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10ª EDIÇÃO – ANO IV – JULHO A DEZEMBRO DE 2013

1. grande o n mero de decis es de Tribunais brasileiros condenando o Estado a fornecer gratuitamente medicamentos meios de diagn stico ou tratamento a pessoas doentes e ao pagamento de multa di ria pelo n o cumprimento destas decis es judiciais Gilmar Ferreira MENDES explica que devido a grande import ncia te rica e pr 19 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz KOZICKI Katya Judicializa o p 79 12 Idem 2 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Op cit p 709 ae NUNES Ant nio Jos Avel s Op cit p 473 101 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tica do problema da judicializa o do direito sa de ele envolve n o apenas os operadores do direito mas tamb m os gestores p blicos os profissionais das reas de sa de e a sociedade civil como um todo Assim sens vel s aspira es e s exig ncias da popula o o STF tem procurado resolver alguns problemas delicados que o Congresso n o estaria dispon vel para resolver ajudando talvez a aliviar tens es ao mesmo tempo que faz ver aos demais poderes do Estado que n o podem continuar a ignorar a vontade dos cidad os deixando sem solu o proble mas que se arrastam h anos Em sentido di
2. J a omiss o uma abstra o surge da omiss o de uma conduta em que a norma jur dica teria determinado que praticasse o ato exigido Tinha o dever jur dico de agir e mes mo assim n o o fez O dano ou preju zo um pressuposto indispens vel e n o a diverg ncia entre os doutrinadores de que n o h Responsabilidade Civil sem dano Mas o dano que falamos n o so NERY Nelson Junior C digo Civil Comentado 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2008 p 733 e STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 131 se CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 9 ed rev amp S o Paulo Atlas 2010 p 24 222 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 seria s o dano exteriorizado com uma conduta a o ou omiss o mas poder o ser danos causados a valores de ordem interna os direitos de personalidade Tamb m aqui que se es tuda a teoria da perda de uma chance como g nero de indeniza o juntamente com os lu cros cessantes e os danos emergentes pois todos buscam a repara o do dano ou do preju zo com a indeniza o Autores como Silvio de Salvo Venosa fala em dano ou interesse Em concep o mais moderna po
3. Como ponderado pelo STJ pode se afirmar que o efeito da negativa o indevida quando existente a pr negativa o devida n o gera efeitos determinantes na honra objetiva da pessoa Antes do ato il cito praticado a mesma j era vista perante o mercado como m pagadora e a nova negativa o em nada altera essa realidade A pessoa com uma nica nega tiva o parece encontrar a mesma dificuldade de obter cr dito que uma pessoa com vinte apontamentos desabonadores e sua posi o social tamb m n o se altera Veja se aqui que a s mula n o afasta o direito da pessoa defender sua honra obje tiva visto que n o nega o direito exclus o do cadastro O que a s mula nega em nosso en tender a exist ncia de um dano pass vel de repara o pela via indireta pecuni ria A m ni ma lesividade apontada pelo STJ autorizaria a repara o in natura considerada suficiente nessa hip tese Com efeito a maioria dos cr ticos defende a necessidade de uma responsabiliza o civil mitigada nesses casos muitas vezes com a condena o do ofensor ao pagamento de quantias simb licas apenas para que o ato il cito n o fique sem puni o Dessa posi o no entanto poss vel tamb m extrair algumas ila es De in cio observa se que essa solu o afasta se das fun es da responsabilidade Condenar o respons vel pelo ato il cito por valores reduzidos ou simb licos n o gera efeito disciplinador e n o re
4. Ms Rosiane Follador Rocha Egg RESUMO Tendo em vista que as rela es familiares sofreram significativas altera es ao longo dos anos importante que o Direito acompanhe essas modifica es na medida em que atrav s dele que as rela es ser o tuteladas Isso inclui as uni es homoafetivas as quais est o cada vez mais presentes na sociedade contempor nea T o importante quanto tutelar essas uni es permitir a essas pessoas a possibilidade de adotar sendo que toda e qualquer decis o neste mbito deve levar em considera o o princ pio da dignidade humana da n o discrimina o e do maior interesse da crian a ou adolescente olvidando se dos preconceitos arraigados na sociedade e das conjecturas infundadas dos ju zos homof bicos Palavras chaves ado o fam lia ado o homoparental ado o por par homossexual fam lia homoafetiva RESUMEN Considerando que las relaciones familiares sufrieron significativas modificaciones a lo largo de los a os es importante que el Derecho acompa e dichas alteraciones en la medida en que es a trav s de ste que l s relaciones son tuteladas Esto incluye las uniones homoafectivas Profissional da rea de Est tica formada pelo Professional School Lady amp Lord Cursando o 5 Per odo de Direito nas Faculdades OPET adrianaferrarimt Dhotmail com 2 Profissional da rea de Gastronomia formada pelo SENAC RO Cursando o 5 Per odo de Direito nas Faculdade
5. Neste cadastro dever o constar todos os c digos identificadores do autor sendo omisso o projeto no sentido de prescrever a exigibilidade de demais documentos como o RG e CPF como geralmente s o realizados os cadastros nas outras esferas da federa o Isto se deve ao fato de que o Projeto permite a comercializa o dos dados do consumidor desde que autorizados expressamente por este Interpreta o extra da do art 3 V citado alhures Numa compara o com os sistemas regulados pelas leis estudais e municipais quando o potencial alvo do telemarketing fizer seu cadastro junto a rg os p blicos as empre sas ter o a obriga o de consultar o sistema disponibilizado por aquele a fim de n o efetuar liga es para quem tem tiver seu registro na lista Este sistema pelo objetivo que tem pode ser efetivo por m ineg vel que seja limitado Uma vez que ao tentar delimitar demasiada II qualquer contato que exija resposta ou interven o imediata do destinat rio somente poder ser efetuado de segunda feira a sexta feira exceto feriados das oito s vinte horas a n o ser que expressamente autorizado em contr rio pela pessoa inclusive por meio do servi o cadastral a que se refere o inciso I HI qualquer pessoa tem o direito de solicitar entidade patrocinadora para ser exclu do de campanhas de telemarketing indicando por meio do servi o cadastral a que se refere o inciso I os meios de comunica o por
6. FACULDADES anim Revista Eletr nica FACULDADES OPET CURSO DE DIREITO REVISTA NIMA 10 EDI O ANO IV JULHO A DEZEMBRO DE 2013 ISSN 2175 7119 Revista indexada no LATINDEX e Diadorim Classifica o Qualis B5 Ci ncias Sociais Aplicadas C Direito CURITIBA PARAN BRASIL 2 SEMESTRE DE 2013 Expediente ANIMA REVISTA ELETR NICA DO CURSO DE DIREITO DA OPET Editor Respons vel Prof Dr rico Hack Coordenadora do Curso de Direito Prof L lia Lenz Cesar Conselho Editorial Alexandre Walmott Borges UF Uberl ndia Andreia Cristina Caldani OPET Augustus B Cochran Ph D AGNES SCOTT COLLEGE EUA Clayton Reis CESUMAR UNICURITIBA Gon alo S de Melo Bandeira ESG IPCA e Universidade Portucalense PORTUGAL Murilo Sampaio Oliveira UFBA Viviane Coelho de S llos UNICURITIBA Conselho Consultivo Alexandre Coutinho Pagliarini PUC SP e Universidade de Lisboa Andr Ramos Tavares PUC SP e USP Carlos M rio da Silva Velloso Supremo Tribunal Federal Celso Luiz Ludwig UFPR Danilo Doneda FD Campos RJ Fauzi Hassan Choukr FACAMP Jorge Miranda Universidade de Lisboa Jos Afonso da Silva USP Jos Alfredo de Oliveira Baracho J nior PUC MG Leonardo Nemer Caldeira Brant PUC MG Luiz Carlos Amorim Robortella Universidade Mackenzie SP Luiz Edson Fachin UFPR e PUC PR Marco Ant nio C sar Villatore PUC PR Maria Elizabeth Guimar es Teixeira Rocha S
7. Trata se dos direitos sociais fundamentais elencados no artigo 5 da Constitui o Federal quais sejam de sa de educa o moradia cultura econ micos e coletivos que via de regra n o se concretizam por si mesmos mas por uma conduta positiva do pr prio particu lar e quando necess rio do poder p blico Sobre o assunto F bio Konder Comparato afirma que Com base no princ pio da solidariedade passaram a ser reconhecidos como direitos humanos os chamados direitos sociais que se realizam pela execu o de pol ticas p blicas destinadas a garantir amparo e prote o social aos mais fracos e mais po bres ou seja aqueles que n o disp em de recursos pr prios para viver dignamente COMPARATO 2010 p 77 Ainda que fruto tamb m de muitos debates filos ficos e pol ticos os direitos fun damentais de terceira dimens o foram objeto de baixa normatividade ou de efic cia duvidosa a ponto de serem remetidos chamada esfera de norma program tica Raz o pela qual diver sas Constitui es inclusive a brasileira formularam o preceito da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais a fim de p los no mesmo bojo de efetividade dos primeiros As demais dimens es de direitos fundamentais foram e continuam desenvol vendo se juntamente com a din mica da sociedade renovando se e estabelecendo cada vez mais novos horizontes inafast veis vida humana digna 134 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direit
8. VALLA Wilson Odirley Deontologia Policial Militar APMG S o Jos dos Pinhais 1998 ZAFFARONI Eug nio Ra l Manual de direito Penal Brasileiro parte geral Eug nio Raul Zaffaroni e Jos Henrique Pierangeli 6 ed Rev atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 312
9. crian a e adolescente de serem adotados por um casal do mesmo sexo Em seu voto o Desembargador Andr Luiz Planella Villarinho explica que o eventual preconceito que possa advir crian a pelo fato de possuir duas m es em seu regis tro de nascimento ser com certeza infinitamente menos nocivo do que as agruras que expe rimentaria caso viesse a crescer sem lar e sem fam lia na indiferen a e isolamento de um abrigo para menores O Tribunal do Estado do Paran tamb m j se manifestou no sentido de possibi litar a ado o por casais do mesmo sexo em seu Ac rd o 529 976 1 tendo como relator o De sembargador D Artgnan Serpa Sa em decis o proferida em 2009 afirmando que as uni es homoafetivas s o reconhecidas como entidade familiar merecendo tutela legal n o havendo portanto empecilho para a ado o por pares do mesmo sexo Atualmente muitos de nossos tribunais p trios v m dispensando um tratamento digno e respeitoso ao que tange a ado o por casais homoafetivos 4 CONSIDERA ES FINAIS Tem se que a ado o conjunta por par homoafetivo quando reconhecida juridica mente atende as necessidades emocionais daquele que aguarda ansioso a possibilidade de ser inserido em uma fam lia de modo a vir apresentar melhor desenvolvimento de suas potencia lidades Possibilitar s crian as ou adolescentes o acesso a fam lia no entendimento de Matos 2006 p 89 atender a diversos de
10. por meio de seus agentes in terlocutores acabou por direcionar uma orienta o a ser adotada no caso em tela Desse modo urge a compreens o de que as decis es judiciais adotadas cotidianamente podem causar grande impacto social por meio de seus direcionamentos 73 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 6 CONCLUS O Tratar do tema e do conceito de Justi a n o tarefa f cil Diferentes linhas te ri cas surgem seja a utilitarista a libert ria o contratualismo entre outras tentando orientar o caminho a ser tra ado ou qual op o de escolha a seguir quando se trata do tema Justi a ao mesmo tempo em que parece voc bulo de f cil defini o pois cada cidad o tem a sua concep o de uma complexidade intensa pois orienta caminhos con funde decis es e direciona op es sejam te ricas ou pol ticas mas certamente sociais A estreita rela o entre justi a e o consenso social as rela es sociais e as regras jur dicas que afetam sobremaneira o coletivo influenciam sua conceitua o Mas para al m dessas refle x es cabe aqui elucidar mesmo que minimamente ou quem sabe dizer incidentalmente al gumas reflex es quanto ao objetivo deste trabal
11. 8 069 90 com nova reda o dada pela Lei 10 010 09 disp e que toda a crian a ou adolescente tem o direito fundamental de ser criado no seio de uma fam lia seja esta natural ou substituta Entre as modalidades de coloca o em fam lia substituta encontramos a ado o medida de car ter excepcional mas irrevog vel que atribui a condi o de filho ao adotado impondo lhe todos os direitos e deveres inerentes filia o BITTENCOURT Edgard de Moura Guarda de Filhos 2 ed S o Paulo Leud 1981 1 DINIZ Maria Helena Direito Civil Brasileiro 15 ed vol V S o Paulo Saraiva 2000 50 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Explicam Gagliano e Pamplona Filho 2011 p 656 657 que a ado o um ato jur dico em sentido estrito de natureza complexa excepcional irrevog vel e personal ssimo que firma a rela o paterno ou materno filial com o adotando em perspectiva constitucional ison mica em face da filia o biol gica Gagliano e Pamplona Filho 2011 ensinam que outrora a ado o era regulada pelo C digo Civil brasileiro e pelo ECA e que esta duplicidade normativa se dava pela exis t ncia de uma ado o civil para maiores de dezoito anos e outra estatut ria para crian as e adolescentes o que gerava grande inseguran
12. ABSTRACT The scope of this paper is to discuss the causes of exclusion of guiltiness regarding the hy potheses involving the Military Criminal Law Thus it gives an account of how the hierarchi cal system evolved with the military justice as well as institutions of hierarchy and discipline in the castrense field We sought to examine further the influence of hierarchical obedience schools in France Germany and England and which ones Brazil adopted as reference Dwelt us equally in the interpretation of the article 22 of the brazilian penal code as opposed to the article 38 of the Military Penal Code Finally we dedicate ourselves in the analysis of the con cept that the Statute of the Military and Army regulation lays on the subject of hierarchy and discipline along with the hierarchical rank of the military all recommended by the article 142 of the Brazilian Constitution and decisions of magistrates Keywords 1 Trabalho de Conclus o de Curso apresentado OPET Organiza o Paranaense de Ensino T cnico como requisito parcial para a obten o do t tulo de Bacharel em Direito 281 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Criminal Law Military Crimina
13. ANTUNES VARELA Jo o de Matos Das obriga es em geral V 1 7 edi o Lisboa Por tugal Editora Almedina 1993 P 591 BARROS Petronio Bismarck Tenorio de Da o moral a la persona juridica en el derecho brasile o Cognitio Juris Jo o Pessoa Ano I n 2 2011 Dispon vel em lt http www cogni tiojuris com artigos 02 13 html gt Acesso em 14 de outubro de 2013 BESSA Leonardo Roscoe O consumidor e os limites dos bancos de dados de prote o ao cr dito S o Paulo Editora RT 2003 P 32 37 BITTAR Carlos Alberto Os direitos da personalidade Rio de Janeiro Editora Forense Uni versit ria 1989 P 6 10 BITTAR Carlos Alberto Repara o civil por danos morais 3 Edi o S o Paulo Editora RT 1998 P 41 EFING Ant nio Carlos Bancos de dados e cadastro de consumidores V 18 S o Paulo Editora RT 2001 P 41 MARQUES Cl udia Lima Coment rios ao C digo de Defesa do Consumidor 3 edi o 44 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 S o Paulo Editora RT 2010 P 833 MEIRELES Rose Melo Vencelau Autonomia privada e dignidade humana Rio de Janei ro Editora Renovar 2009 P 187 MIRAGEM Bruno Inscri o indevida em banco de dados restritivo de cr dito e dano mora
14. O A quest o a ser enfrentada no presente estudo se relaciona com a aferi o do dano e seu car ter ressarc vel causado pela negativa o indevida nos rg os de restri o ao cr di to e sua rela o com os direitos da personalidade j que tal ato constituiria uma ofensa hon ra objetiva O estudo parte do conte do da s mula 385 STJ que afasta a responsabilidade ci vil do respons vel pelo cadastro indevido quando h pr negativa o devida 1 Advogado em S o Paulo Especialista em Direito Empresarial pela Funda o Get lio Vargas GV Law 18 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Os servi os prestados pelos rg os de restri o ao cr dito possuem alta relev n cia vez que objetivam disponibilizar informa es a terceiros de modo a viabilizar melhor aprecia o dos riscos para concess o de cr ditos Ou seja tais rg os servem como meca nismo de prote o a quem pretende conceder cr dito a outrem permitindo identificar se o to mador de cr dito enfrenta naquele momento uma situa o de inadimpl ncia o que reduziria sua chance de cumprir futuras obriga es Como afirma Ant nio Carlos Efing percebe se que a informa o toma contornos cada vez mais relevantes na socieda
15. a denomina o dada para as patentes apenas de oficiais Para pra as a denomina o grada o e BRASIL Decreto Lei N 1 001 de 21 de outubro de 1969 que instituiu o C digo Penal Militar Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 21 outubro 1969 304 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 galidade nesses dois casos o agente n o ser penalizado pela aus ncia de culpa O regulamento do Ex rcito traz a excludente de culpa em um de seus artigos ve jamos Art 18 Haver causa de justifica o quando a transgress o for cometida I na pr tica de a o merit ria ou no interesse do servi o da ordem ou do sossego p blico Il em leg tima defesa pr pria ou de outrem II em obedi ncia a ordem superior IV para compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever em caso de perigo necessidade urgente calamidade p blica manuten o da ordem e da disci plina V por motivo de for a maior plenamente comprovado e VI por ignor ncia plenamente comprovada desde que n o atente contra os senti mentos normais de patriotismo humanidade e probidade Como exemplo da aplica o do artigo 38 d
16. es dignas de atendimento nos postos de sa de e o forne cimento de medicamentos queles que n o podem aceder a eles por seus pr prios meios Para Jos Carlos Vieira de ANDRADE os direitos fundamentais sociais n o s o apenas proclamat rios pois t m for a jur dica e vinculam efetivamente os poderes p blicos impondo lhes aut nticos deveres de legisla o Cl merson Merlin CL VE corrobora esse entendimento e afirma que os referidos direitos n o s o meras normas programa e por isso devem ser compreendidos por uma dog m tica constitucional singular emancipat ria marcada pelo compromisso com a dignidade da pessoa humana e plena efetividade dos comandos constitucionais Portanto a Constitui o de 1988 determinou ao Estado que descruzasse os bra os e atuasse concretamente na realidade social fomentando provendo garantindo Nesse sentido Maurizio FIORAVANTI trata de um constitucionalismo que pre tenda promover os direitos e n o apenas reconhec los e garanti los Por isso ele afirma que os direitos sociais pressup em uma guia ativa para seu desenvolvimento comum em todos os poderes do Estado e n o apenas garantias de ordem jurisdicional Contudo indaga se Por que o acesso Justi a e a luta por direitos se orienta crescentemente em dire o ao Judici rio Demandas que antes eram dirigidas ao Legislativo s o apresentadas agora ao Judici rio na expectativa de qu
17. mum O que deve ser feito diz respeito a respeitar diferen as e direitos humanos das pessoas envolvidas Kant repudia o utilitarismo JAo basear direitos em um c lculo sobre o que produzir a maior felicidade argu menta ele o utilitarismo deixa esses direitos vulner veis JO simples fato de a maioria por maior que seja concordar com uma determinada lei ainda que com convic o n o faz com que ela seja uma lei justa Sandel 2013 p 138 Ou seja para Kant o que importa o motivo Deve se agir de forma justa e cada cidad o tem direito a ter os seus direitos independentemente do bem da coletividade ou da sociedade como um todo Como ele relata somos merecedores de respeito porque somos seres racionais capazes de pensar somos tamb m seres aut nomos capazes de agir e escolher livremente Sandel 2013 p 139 Na teoria libert ria a justi a relacionada ao que deve ser feito ao que correto com base no fundamento de que todas as pessoas possuem os seus direitos de forma in 68 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 equ voca 3 3 A teoria de justi a para Rawls Para finalizar as teorias de justi a que ser o trabalhadas neste artigo
18. o P blica 2 MENDES COELHO BRANCO 2009 p 141 142 JUSTEN FILHO 2012 p 889 126 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Apesar de acompanharmos a considera o feita por RIBEIRO PRADO e JUNI OR com rela o possibilidade dos contratos administrativos poderem conter uma matriz pr pria de riscos ou seja distribu rem as leas de forma diversa da disposta em lei por meio do contrato essa solu o n o seria completa pois contratos de contrata o integrada que n o contiverem essa matriz seriam submetidos a um regime inconstitucional nos moldes destaca dos acima Como os pr prios autores afirmam cometeu se o equ voco de enrijecer uma dis 3324 cuss o que deveria ser eminentemente econ mica e para n s esse equ voco s poder ser resolvido pela declara o expressa da inconstitucionalidade do dispositivo 6 REVIS O BIBLIOGR FICA AMARAL Ant nio Carlos Cintra do Licita o e Contrato Administrativo estudos pare ceres e coment rios Belo Horizonte F rum 2006 BARROSO Lu s Roberto Curso de Direito Constitucional Contempor neo os conceitos fundamentais e a constru o do novo modelo 3 ed S o Paulo Saraiva 2011 CAMMAROSANO M rcio DAL POZZO August
19. tem o nome nos rg os de restri o ao cr dito quando sofre posterior negativa o indevida sofre dano pass vel de repara o Dada a pol mica que cerca o tema passaremos a enfrentar a quest o BESSA Leonardo Roscoe O consumidor e os limites dos bancos de dados de prote o ao cr dito S o Paulo Editora RT 2003 P 32 37 20 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 O DANO MORAL CAUSADO PELA NEGATIVA O INDEVIDA Ao apresentar seu conceito de responsabilidade civil o ilustre civilista portu gu s Fernando de Sandy Lopes Pessoa Jorge aduz ser a situa o em que se encontra algu m que tendo praticado um acto il cito obrigado a indemnizar o lesado dos preju zos que cau sou defini o esta que muito se assemelha ao conte do do artigo 927 do C digo Civil brasi leiro Apresenta se assim como o instrumento conferido pela ordem jur dica pessoa que deseja obter a repara o de um dano sofrido cabendo lei definir as hip teses em que isto ser poss vel bem como indicar quem ser o respons vel por promover tal repara o que nem sempre ser o causador direto do dano como visto no artigo 932 do C digo Civil A responsabilidade civil pode advir da causa o de um dan
20. 10 ed Rio de Janeiro Civiliza o Brasi leira 2013 SANTOS F M Estudo de Caso como Ferramenta Metodol gica In Revista Meta Avalia o Vol 03 N 09 2011 Dispon vel em lt http metaavaliacao cesgranrio org br index php metaavaliacao article view 132 162 gt aces sado em 27 06 2018 SILVA E L da MENEZES E M Metodologia da pesquisa e elabora o da disserta o 3 ed rev e atual Florian polis Laborat rio de Ensino a Dist ncia da UFSC 2001 Dispon vel em ftp ftp unilins edu br brenoortega metodologia metodologia de pesquisa pdf aces so em 30 11 2015 76 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 REFLEX ES SOBRE A JUDICIALIZA O DO DIREITO FUNDAMENTAL SA DE A PARTIR DO ATIVISMO JUDICIAL Helet cia Le o de Oliveira RESUMO O presente artigo tem como objeto analisar o fen meno do ativismo judicial refletindo sobre a judicializa o do direito sa de no Brasil Para tanto ser desenvolvida uma an lise hist rica do judicial review norte americano que consiste na maior representa o de ativismo judicial discutindo a autorrestri o judicial limite Tamb m ser abordado os conceitos de ativismo judicial e da judicializa o da pol tica apresentando su
21. 128 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Grandes Temas de Direito Administrativo 1 ed S o Paulo Malheiros 2010 MELLO Oswaldo Aranha Bandeira de Princ pios Gerais de Direito Administrativo 3 ed S o Paulo Malheiros 2010 MENDES Gilmar Ferreira COELHO Inoc ncio M rtires BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de Direito Constitucional S o Paulo Saraiva 2009 MOTTA Carlos Pinto Coelho BICALHO Al ciaPaolucci Nogueira RDC Contrata es para as Copas e Jogos Ol mpicos Lei n 12 462 2011 Decreto n 7 581 2011 Belo Hori zonte F rum 2012 REISDORFER Guilherme Fredherico Dias A contrata o integrada no Regime Diferenci ado de Contrata es Lei 12 462 2011 Informativo Justen Pereira Oliveira e Talamini Curitiba n 55 setembro de 2011 dispon vel em lt http www justen com br informativo gt acesso em 04 de abril de 2012 REZENDE Renato Monteiro de O Regime Diferenciado de Contrata es P blicas coment rios lei 12 462 de 2011 N cleo de Estudos e Pesquisas do Senado Texto para Discuss o n 100 Dispon vel em lt http www senado gov br senado con leg textos discussao htm gt RIBEIRO Maur cio Portugal PRADO Lucas Navarro JUNIOR
22. 287 e 316 14 Ibidem p 271 5 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido O Ativismo Judicial como Instrumento de Concre o dos Direitos Fundamentais no Estado Democr tico de Direito Uma Leitura Luz do Pensamento de Ronald Dworkin 255f Tese Doutorado Pontif cia Universidade Cat lica de Minas Gerais Programa de P s Gradua o em Direito P blico Belo Horizonte 2011 p 53 1 HIRSCHL Ran Towards Juristocracy The Origins and Consequences of the New Constitutionalism Massachusetts Harvard University Press 2007 p 1 80 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pol ticas Outrossim Luiz Werneck VIANNA afirma que o boom da litiga o um fen meno mundial que encontrar antenas sens veis nas institui es da democracia pol tica inclu sive no sistema da representa o Os pol ticos diante da perda de efic cia e de abrang ncia dos mecanismos pr prios ao welfare e igualmente conscientes da dist ncia nas democracias contempor neas entre representantes e representados passam a estimular pela via da legisla o os canais da representa o funcional Por meio de suas iniciativas a Justi a se torna capilar avizinhando se da popula o com a cria o de
23. 31 Neste sentido Osvaldo Canela Junior afirma que a atua o jurisdicional reflete portanto atividade corretiva do Estado juiz com o prec puo prop sito de atender aos objetivos estatais mediante a satisfa o integral dos direitos fundamentais sociais fator que assegura a unidade do sistema CANE LA JUNIOR 2011 p 95 Afinal n o h como exigir do cidad o de direitos que permane a a merc da abs ten o do Poder P blico em prover lhe seu direito fundamental afinal a pr pria Constitui o Federal disp e que a lei n o excluir da aprecia o do Poder Judici rio les o ou amea a a di reito art 5 XXV 4 OBRIGA O ESTATAL E SEUS PRINC PIOS REGENTES No atual modelo de Estado Democr tico de Direito ao passo que a Constitui o Federal lhe confere o poder administrativo para dirimir conflitos proporcionar seguran a so cial e prezar pelo bem da coletividade det m o ente estatal o dever irrenunci vel e obrigat rio do exerc cio destas prerrogativas para o bem comum no estrito limite da legalidade Nes te sentido o professor Jos dos Santos Carvalho Filho esclarece que as prerrogativas p blicas ao mesmo tempo em que constituem poderes para o admi nistrador p blico imp em lhe o seu exerc cio e lhe vedam a in rcia porque o refle xo desta atinge em ultima est ncia a coletividade esta a real destinat ria de tais po deres CARVALHO FILHO 2009 p 42 A respeito desta p
24. 9 019 1995 e o novo 8 058 2013 Palavras chave GATT OMC Direitos Antidumping Lei n 9 019 1995 ABSTRACT This work intends to make some considerations about the dumping passing first through the creation of the GATT and its successor the WTO Then adheres to the definition of dumping and the laws and the legal nature of the anti dumping measures Analyzes the new understanding emerged in doctrine to consider the public interest as a reason for not applying anti dumping measures and the interaction between international trade law where are the anti dumping measures and competition law Finally it analyzes the normative in Brazil on antidumping notably Law No 9 019 1995 and 8 058 2013 again Keywords GATT WTO Anti dumping Rights Law No 9 019 1995 1 Mestranda em Direito Internacional da Unisantos procuradora municipal timamarques uol com br 170 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 1 INTRODU O O presente artigo pretende fazer uma breve an lise sobre o dumping e as medidas para control lo Antes por m discorre sobre a cria o do GATT acordo provis rio que se referia s negocia es de tarifas e regras gerais sobre o com rcio que n o entanto se estendeu por quase 50 anos at a cria o da Organiza o Mundial do Com rc
25. Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 seriam tamb m aplic veis como forma de responsabilizar o ofensor Com rela o a san o de multa a ser aplicada por rg o administrativo como o PROCON aduz Vitor Morais de Andrade A penalidade mais comum imposta pelos rg os de prote o e defesa do consumidor a pena de multa Nos termos do artigo 57 do C digo de Defesa do Consumidor a multa pode varia de 200 a 3 000 000 UFIR aproximadamente R 200 00 a R 3 000 000 00 e tem como crit rios estabelecidos para sua gradua o a gravidade da infra o b vantagem auferida e c condi o econ mica do fornecedor Nesses casos a imposi o de san es n o encontraria obst culo na s mula 385 do STJ e as condena es dos ofensores pode resultar num efeito reparador disciplinador muito mais eficaz atendendo melhor ao interesse do consumidor A imposi o de san es mais concentradas acarretam em medidas mais efetivas ou valores mais elevados atingindo de forma mais significativa o respons vel evita se a pul veriza o das condena es e fortalecendo sobremaneira as entidades protetoras dos direitos do consumidor ante o levantamento de valores ao fundo para sua prote o Ademais dessa forma seria poss vel o controle mais pontual das san es impos tas
26. Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 UMA BREVE AN LISE TE RICA ACERCA DO CRIME DE SONEGA O DE AUTOS JUNTO AS INST NCIAS SUPERIORES S rgio Artur M Ferreira Filho Soraya guida Brand o de Proen a Orientador Prof Dr Raimundo Ara jo Neto RESUMO A sonega o de autos um dos dois n cleos do art 356 do C digo Penal Brasileiro conside rado pelos doutrinadores crime omissivo pr prio e quanto ao resultado formal Este o mes mo pensamento jurisprudencial dos ju zes dos tribunais superiores p trios na fundamenta o de seus julgados Ocorre que no momento da senten a estes ltimos estabelecem que a con suma o do delito requer a n o restitui o dos autos ao cart rio ap s o recebimento da inti ma o judicial acrescentando mais um elemento ao tipo penal criando assim um novo mo mento consumativo contrariando a teoria da atividade a o op o esta do legislador brasilei ro e desconsiderando conceitos b sicos da ci ncia do Direito Palavras chave art 356 do CPB sonega o de autos restitui o de autos ao cart rio consuma o do crime de sonega o de au tos RESUMEN La retenci n de registros uno de los dos n cleos del art 356 del C digo Penal de Brasil es considerad
27. Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mico financeiro j era previsto em constitui es brasileiras pret ritas mais notadamente no art 147 da Constitui o de 1937 no art 151 da Constitui o de 1946 e no art 160 da Consti tui o de 1967 Nesta surgia especificamente a express o equil brio econ mico financeiro Atualmente o direito ao equil brio contratual mant m seu car ter constitucional conforme reda o do art 37 XXI da Constitui o de 1988 que n o adota a express o equi l brio econ mico financeiro mas por meio de palavras distintas protege o mesmo direito Art 37 A administra o p blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios obedecer aos princ pios de lega lidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia e tamb m ao seguinte a XXI ressalvados os casos especificados na legisla o as obras servi os compras e aliena es ser o contratados mediante processo de licita o p blica que assegure igualdade de condi es a todos os concorrentes com cl usulas que estabele am obriga es de pagamento mantidas as condi es efetivas da proposta nos termos da lei o qual somente permiti
28. Mario Engler Pinto Regi me Diferenciado de Contrata o licita o de infraestrutura para Copa do Mundo e Olim p adas S o Paulo Atlas 2012 RIBEIRO Maur cio Portugal Concess es e PPPs melhores pr ticas em licita es e con tratos S o Paulo Atlas 2011 T CITO Caio Direito Administrativo S o Paulo Saraiva 1975 T CITO Caio O equili brio financeiro na concess o de servi o p blico in Temas de Direito P blico Estudos e Pa receres Rio de Janeiro Renovar v 1 pp 487 497 TOLOSA FILHO Benedicto de Incorpo ra o de disposi es da Lei n 12 462 11 RDC Lei n 8 666 93 Revista Z nite Informati vo de Licita es e Contratos ILC Curitiba Z nite n 216 p 167 170 fev 2012 129 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A EFETIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS PRESTACIONAIS LUZ DA RESERVA DO POSS VEL Tiemi Saito RESUMO A Constitui o Federal da Rep blica de 1988 reconheceu e assegurou vasto rol de direitos fundamentais indispens veis vida humana digna Dentre estes foca se o presente estudo nos direitos sociais prestacionais e na interven o estatal em concretiz los compet ncia do Po der Legislativo e Executivo viabiliz los prevendo e efetuando as pol ticas p blicas no en tant
29. Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ato assume o risco da atividade Assim ocorrendo danos n o precisa provar a culpa do cau sador do dano para que ele tenha o dever de reparar Devendo assim apenas provar o dano e o nexo de causalidade Desse modo Nelson Nery Junior comenta O sistema subsidi rio do CC o da responsabilidade civil objetiva CC 927 par n que se funda na teoria do risco para que haja o dever de indenizar irrelevante a conduta dolo ou culpa do agente pois basta a exist ncia a do dano e b do nexo de causalidade do dano Sendo assim n o importa o tamanho do dano e nem a conduta do agente que ela ainda assim responder pelos danos causados a outrem 3 2 4 Pressupostos da Responsabilidade Civil A a o ou omiss o uma conduta volunt ria a qual h uma viola o da norma ju r dica e que resulta em uma les o a bem jur dico protegido No entanto ela n o se confunde com a vontade do resultado ou seja o causador do dano pode ter a a o ou omiss o mas n o ter vontade do resultado Independente dessa vontade de resultado a Responsabilidade Civil do causador do dano existe a fim de reparar e voltar ao estado a que se encontrou o bem jur dico antes do dano A a o uma conduta volunt ria exteriorizada consiste em um movimento corp reo comissivo um comportamento positivo
30. Stare Decisis p 86 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz KOZICKI Katya Judicializa o p 79 82 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 58 sa Ibidem p 160 93 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Admirado por uns rejeitado por outros o ativismo vem se tornando o marco de um Judici rio democr tico que ao mesmo tempo mant m seus sentinela atentos preserva o do respeito e equil brio entre os Poderes do Estado 3 CONSIDERA ES SOBRE A JUDICIALIZA O DO DIREITO FUNDAMENTAL SA DE O direito sa de um direito fundamental social j que previsto no rol do art 6 da Lei Maior no T tulo II intitulado Dos Direitos e Garantias Fundamentais Seu objetivo a melhoria de vida das vastas categorias da popula o mediante pol ticas p blicas e medi das concretas de pol tica Trata se de um direito subjetivo que outorga ao seu titular a possibilidade de im por os seus interesses em face dos rg os obrigados e que se constitui como elemento funda mental da ordem constitucional objetiva formando a base de um Estado de Direito Democr tico A garantia dos direitos fundamentais sociais reflete para o campo jur dico o ideal d
31. blica n o sendo admiss vel hierarquia decorrente da rela o privada como a comercial a trabalhista priva da de ordens religiosas familiar etc A ordem do superior hier rquico quando cumprida se obtiver como resultado um ato il cito o subordinado ser isentado de culpa apenas se a ordem n o for manifestamente ilegal como excludente de culpabilidade Ou seja a ordem emanada deve ser analisada pelo 50 ZAFFARONI Eug nio Ra l Manual de direito Penal Brasileiro parte geral Eugenio Raul Zaffaroni e Jose Henrique Pierangeli 6 ed rev atual S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2006 p 563 303 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 subordinado dentro de suas possibilidades de conhecimento a fim de se entender a sua legali dade 7 3 A exclus o da culpabilidade na obedi ncia hier rquica militar O C digo penal Militar em seu artigo 22 conceitua militar como todo integrante das for as armadas tanto em tempo de paz e de guerra para neles servir em posto gradua o ou sujei o disciplina militar No artigo 23 conceitua os equiparados comandante como toda autoridade com fun o de dire o Para ent
32. blico Estudos em Homenagem ao Professor Celso Ant nio Bandeira de Mello Belo Horizonte F rum 2010 p 391 Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade Art 196 A sa de direito de todos e dever do Estado garantido mediante pol ticas sociais e econ micas que visem redu o do risco de doen a e de outros agravos e ao acesso universal e igualit rio s a es e servi os para sua promo o prote o e recupera o SARLET Ingo Wolfgang MARINONI Luiz Guilherme MITIDIERO Daniel Curso de Direito Constitucional S o Paulo Revista dos Tribunais 2012 p 577 2 FREITAS Luiz Fernando Calil de Freitas Direitos Fundamentais Limites e Restri es Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 p 70 71 3 SARLET Ingo Wolfgang A Efic cia dos Direitos Fundamentais Uma Teoria Geral dos Direitos Fundamentais na Perspectiva Constitucional 11 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2012 p 195 95 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tais p blicos manuten o de condi
33. com o objetivo de dotar o sistema internacional de institui es s lidas de alcance global capazes de manterem solidez e previsibilidade nas rela es comerciais e financeiras naquele momento sob a incontrast vel lideran a hegem nica dos Estados Unidos Nesse contexto foram tra adas as linhas dos tr s pilares da nova ordem 171 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 econ mica internacional que se instaurava o liberalismo Os pilares para sua implementa o eram 1 o Fundo Monet rio Internacional FMI para promover o equil brio macroecon mico 2 o Banco Mundial BIRD para conseguir recursos s na es em desenvolvimento para que tamb m participassem dessa nova ordem 3 a Organiza o Internacional do Com rcio OIC para a liberaliza o comercial objetivando evitar as pr ticas protecionistas que vigoravam at ent o e assim com o aumento das trocas entre as na es evitar novos conflitos entre elas Como a liberaliza o comercial era premente e no aguardo da cria o da OIC foi negociado em 1947 um acordo provis rio que se referia s negocia es de tarifas e regras gerais sobre o com rcio chamado General Agreement on Tarifs and Trade GATT e que obrigava os 23 pa ses signat rios Com a recusa dos Esta
34. dica particularmente grave que procura evitar o cometimento de novos delitos por parte do autor No segundo sentido direito penal saber do direito penal o sistema de compreens o ou de interpreta o da legisla o penal Ainda sobre o Direito Penal parece adequado apresentar uma considera o adicio nal qual seja a distin o legislativa da rea penal em rela o s demais Zaffaroni 2010 p 80 leciona A legisla o penal se distingue da restante legisla o pela especial consequ ncia que associa infra o penal delito a coer o penal que consiste quase exclusiva mente na pena A pena se distingue das restantes san es jur dicas distinguindo se assim a legisla o penal das restantes legisla es civil comercial trabalhista admi nistrativa etc porque procura conseguir de forma direta e imediata que o autor n o 8 REC SENS SICHES Luis Tratado general de filosofia del derecho 4 ed M xico Editorial Porr a 1970 ZAFFARONI Eugenio Ra l Manual de Direito Penal Brasileiro vol 1 Parte Geral 8 ed rev atual S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 n ZAFFARONI Eugenio Ra l Manual de Direito Penal Brasileiro vol 1 Parte Geral 8 ed rev atual S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 187 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst
35. em casos de da nos a seus usu rios devem responder objetivamente conforme a regra do C digo de Defesa do Consumidor No entanto para caracterizar a responsabilidade dos provedores preciso analisar a natureza da atividade exercida e as cl usulas contratuais entre eles e o tomador de servi o O artigo 14 do CDC fala da responsabilidade civil dos fornecedores de servi o Art 14 O fornecedor de servi os responde independentemente da exist ncia de cul pa pela repara o dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos presta o dos servi os bem como por informa es insuficientes ou inadequadas so bre sua frui o e riscos 8 1 O servi o defeituoso quando n o fornece a seguran a que o consumidor dele pode esperar levando se em considera o as circunst ncias relevantes entre as quais I o modo de seu fornecimento II o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam II a poca em que foi fornecido 8 2 O servi o n o considerado defeituoso pela ado o de novas t cnicas 8 3 O fornecedor de servi os s n o ser responsabilizado quando provar I que tendo prestado o servi o o defeito inexiste II a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro 8 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais ser apurada mediante a verifica o de culpa F MENEZES Rafael Jos de Responsabilidade civil na internet e cybercrimes Dispon vel em http
36. estabelecimento de contato por meio de c digo de acesso individual vedado pelo destinat rio multa de mil reais por contato efetuado IV indisponibilidade dos registros das pessoas f sicas e jur dicas destinat rias de cada campanha de telemarketing nos termos do inciso IV do caput do art 3 multa 9 Ao longo do tempo a evolu o tecnol gica ampliou o poder de comunica o de outras plataformas tornando as indispens veis atividade econ mica exercida pelas empresas do chamado setor de relacionamento E de forma semelhante ao que se observou em outros pa ses os consumidores passaram a ser importunados n o apenas por liga es telef nicas suas caixas de mensagem foram inundadas por mensagens comerciais a maioria mal formulada ou mal intencionada Tais abusos continuam sendo corriqueiramente cometidos por diversas empresas e o setor se mostra incapaz de desenvolver e aplicar a autorregulamenta o O PLS n 123 de 2007 prop s ent o substituir o cadastro nico e centralizado de n meros telef nicos proposto pelo PLS n 234 de 2004 e adotado pela legisla o de alguns Estados da Federa o pela obriga o atribu da a cada empresa que realize o telemarketing de manter sua pr pria base de dados e de excluir o registro daqueles que manifestem o desejo de n o mais serem contatados O PLS n 252 de 2008 por sua vez prop s alterar o C digo de Defesa do Consumidor CDC para prever a aplica o
37. este m todo pu blicit rio Veja se Art 2 Par grafo nico Excluem se do mbito deste decreto a oferta e a contra ta o de produtos e servi os realizadas por telefone Em arremate al m da problem tica sobredita o Projeto de Lei 566 06 n o estipu lou as penalidades cab veis em caso de infra o tamb m contribuiu para o veto J em outro Projeto de Lei da Assembleia Legislativa de S o Paulo de n 146 10 os SACs passam a ter a obriga o de fornecer um endere o para o qual o consumidor poder enviar por carta registrada seu pedido de informa o de reclama o ou de cancelamento de pedidos contratos e servi os e ap s ter recebido o aval das comiss es competentes daquela Casa ainda aguarda o crivo do Poder Executivo Ao contr rio do projeto anterior este define bem no art 1 81 a que tipo de servi o se destina qual seja o servi o de atendimento ao consumidor nos termos do Decreto 6 523 08 bem como exclui algumas formalidades presen tes na iniciativa mencionada no par grafo anterior como as presentes no art 3 do Projeto de Lei 566 06 que determinariam aos atendentes informarem seus nomes sobrenomes e suas respectivas matr culas e no art 4 do mesmo projeto que determinava que o teleatendente caso n o pudesse dar uma resposta imediata teria de anotar o telefone da parte que solicitou o servi o para dar lhe a resposta num prazo de 30 trinta minutos as quais tamb m motiva
38. ficha registro de dados pessoais e de consumo por concession rias de servi o p blico estabelecimentos comerciais e empresas de telemarketing Dispon vel em lt http alerjln1 alerj rj gov br contlei nsf b24a2da5a077847c032564f4005d4bf2 73d00172c1c8 edfb8325773c006890da OpenDocument gt Acesso em 09 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Lei 5 925 de 25 de mar o de 2011 Disp e sobre a aplica o dos efeitos do Decreto Federal n 6 523 2008 278 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 no mbito estadual Dispon vel em lt http www agenersa r gov br agenersa site documentos Legislacoes LeiS925 11 pdf gt Acesso em 09 de setembro de 2012 RIO GRANDE DO SUL Assembleia Legislativa Lei 13 249 de 08 de setembro de 2009 Cria o Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www3 alrs gov br FileRepository repLegis Arquivos 13 249 pdf gt Acesso em 13 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Projeto de Lei n 44 2009 Cria o Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing e d outras provid ncias Dispon vel em lt http proweb procergs com br Diario D A20090407 01 100000 EX20090407 01 100000 PL 44 2009 pdf gt Ac
39. fundamental pois ao longo da execu o do contrato podem ocorrer diversas situa es que modifiquem a harmonia antes existente dando raz o revis o do contrato para que se proceda ao reequil brio econ micf financeiro Cabe notar que o direito a um contrato equilibrado um jogo duplo o contrato poder ser revisto tanto em benef cio do particular quanto em benef cio da administra o A garantia tem fundamento no respeito m tuo e ison mico que deve pautar a re la o entre administra o p blica e particular pois atualmente o contratante privado havi do como um colaborador da Administra o 3 A Administra o pode celebrar contratos que n o tenham sinalagma perfeito s o exemplos os contratos de doa o de concess o de uso e at mesmo de comodato T CITO 1975 p 293 Pode ser conhecido tamb m como equa o econ mica equa o financeira equil brio econ mico e equil brio financeiro MEIRELLES 2011 p 221 Pode haver desarmonia contratual sem que haja direito reequil brio econ mico financeiro essas hip teses ser o esclarecidas ao longo do texto 7 ENTERR A 1991 p 660 8 MELLO 2011 p 649 116 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 217
40. garante de padr es m nimos de justi a social ao passo que os direitos a presta es em sentido estrito direitos sociais dizem com direitos a algo presta es f ticas decorrentes da atua o do Estado como Estado Social ALEXY 2011 Contudo parece mais correto o posicionamento de que os direitos sociais tamb m visam a assegurar e a proteger determinados bens jur dicos de maior vulnerabilidade frente ao Estado como os seguimentos econ mico e social dos trabalhadores raz o pela qual 136 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 o qualificativo social n o est exclusivamente vinculado a uma atua o positiva do Estado na implementa o e garantia da seguran a social como instrumento de com pensa o de desigualdades f ticas manifestadas e modo de assegurar um patamar pelo menos m nimo de condi es para uma vida digna SARLET FIGUEIREDO 2008 p 17 Insta salientar que a tais direitos sujeitos l gica do artigo 5 81 da Constitui o Federal foi conferida a m xima efic cia e efetividade poss vel observando contudo os contornos f tico jur dicos de cada caso concreto Afinal n o se pode esquecer que teoria e pr tica nem sempre andam juntas Raz o pela qual Norberto Bobbio afirma que descendo do plano ideal
41. importa refer enciar o que foi proposto por John Rawls O autor se op e inicialmente s teorias intu icionista e utilitarista justificando sua oposi o No que diz respeito primeira o autor menciona a falha mais peculiar dessa pro posta qual seja a incapacidade de propor um sistema de regras capaz de hierarquizar nossas intui es n o nos oferece uma boa orienta o para distinguir intui es corretas de incorretas Gargarela 2008 p 03 J com rela o ao utilitarismo ele sugere que contr rio teoria j que dif cil considerar as prefer ncias de cada um dos poss veis afetados inde pendentemente do conte do espec fico das reinvidica es particulares de cada um deles Ou ainda a id ia de Rawls que dever amos rejeitar certo tipo de c lculos que poder amos considerar aceit veis no n vel pessoal quando s o passados por uma pluralidade de indiv du os Gargarela 2008 p 07 Ou ainda seria inaceit vel impor sacrif cios s gera es presen tes em prol de benef cios para as gera es futuras Gargarela 2008 p 07 Sendo assim a teoria de justi a proposta por John Rawls apresenta suas caracte r sticas espec ficas Tamb m conhecida como o contratualismo Rawls menciona o contrato hipot tico Tal contrato significaria um acordo estabelecido no que diz respeito s condi es e escolhas relativas justi a por m tais escolhas seriam fe
42. nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 trad S o Paulo Martin Claret 2010 MOTTA Francisco Jos Borges Levando o Direito S rio Uma Cr tica Hermen utica ao Protagonismo Judicial 2 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2012 NOVAIS Jorge Reis Direitos Fundamentais Trunfos contra a Maioria Coimbra Coimbra 2006 NUNES Ant nio Jos Avel s Os Tribunais e o Direito Sa de Revista Juris Poiesis Rio de Janeiro ano 14 n 14 p 473 490 Jan Dez 2011 OLSEN Ana Carolina Lopes A Efic cia dos Direitos Fundamentais Sociais Frente Re serva do Poss vel 390 f Disserta o mestrado Universidade Federal do Paran Setor de Ci ncias Jur dicas Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 2006 PIEROTH Bodo SCHLINK Bernhard Direitos Fundamentais Sousa Ant nio Francisco de FRANCO Ant nio trads S rie IDP S o Paulo Saraiva 2012 PIVETTA Saulo Lindorfer Direito Fundamental Sa de Regime Jur dico Constitucional Pol ticas P blicas e Controle Judicial 270 f Disserta o mestrado Universidade Federal do Paran Setor de Ci ncias Jur dicas Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curi tiba 15 03 2013 ROMANELLI Sandro Ballande A Constitui o Norteadora das Paix es O Protagonismo Judicial como Garantia dos Pr Compromissos Constitucionais In CLEVE Cl merson Mer
43. o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 soas do mesmo sexo embora assim como ocorre na Fran a apenas os homossexuais solteiros podem adotar crian as e ou adolescentes Os casais n o possuem esse direito O Uruguai conforme se desprende not cia vinculada no site Consultor Jur dico em setembro de 2009 tornou se o primeiro pa s latino americano a legalizar a ado o de cri an as por casais homossexuais 3 2 A ado o no Brasil por casal homoafetivo A mais alta Corte brasileira o Supremo Tribunal Federal STF ao reconhecer por unanimidade em maio deste ano de 2011 a uni o est vel entre casais do mesmo sexo abre um precedente hist rico que deve ser seguido pelas outras inst ncias da Justi a e pela admi nistra o p blica O Ministro Marco Aur lio de Melo disse que o Estado deve aplicar o mes mo tratamento dado as uni es est veis heterossexuais quanto s uni es homoafetivas N o havendo motivo que justifiquem que esse direito n o seja reconhecido frisando que Toda pessoa tem o direito de constituir fam lia independentemente de orienta o sexual ou identi dade de g nero Terminada a vota o relata Haidar 2011 p 1 os ministros destacaram que o Congresso Nacional deixe de ser omisso em rela o ao tema e regule as rela es que surgi r o a partir da decis o
44. o de lei que ir complementar suas normas relativamente a esta ou quela mat ria F lo por considerar a particular import ncia dessas mat rias frisando a necessidade de receberem um tratamento especial S nessas mat rias s em decorr ncia dessas indica es expressas que cabe a lei complementar 287 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Se for certo que n o dado ao legislador dar conceitos poder ser ias inferir que a legisla o p tria assim o fez no caso dos militares Vejamos o que diz o artigo 14 da Lei n 6 880 de 9 de dezembro de 1980 Estatuto dos Militares Art 14 A hierarquia e a disciplina s o a base institucional das For as Armadas A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hier rquico 8 1 A hierarquia militar a ordena o da autoridade em n veis diferentes dentro da estrutura das For as Armadas A ordena o se faz por postos ou gradua es den tro de um mesmo posto ou gradua o se faz pela antig idade no posto ou na gradua o O respeito hierarquia consubstanciado no esp rito de acatamento segii ncia de autoridade 8 2 Disciplina a rigorosa observ ncia e o acata
45. o no artigo 24 falar quem superior ou seja quem esta sujeito hierarquia Artigo 24 CPM O militar que em virtude da fun o exerce autoridade sobre ou tro de igual posto ou gradua o considera se superior para efeito da lei penal mili tar grifo nosso Considerando o entendimento de quem seria o superior hier rquico militar se consegue facilmente identificar quem seria o sujeito ativo e passivo de um crime militar de desobedi ncia hier rquica em causa de excludente de culpa do agente causador do delito O C digo Penal Militar no artigo 34 assim como o C digo Penal Brasileiro salientam que s responde pelos resultados o agente que houver causado pelo menos culposamente Ou seja caso seja considerado que o subordinado no exerc cio de suas fun es obteve uma ordem n o manifestamente ilegal essa ordem ao ser cumprida e posteriormente vir a ser considerada ilegal o subordinado ser isentado de pena pela excludente de culpabili dade por estar cumprindo ordem de superior hier rquico o qual n o manifestava ilegalidade Aplica se como fundamenta o da excludente de culpabilidade o artigo 38 do C digo Penal Militar igualmente as do C digo Penal Brasileiro sendo elas a coa o irresist vel e a obedi ncia hier rquica ou seja se a a o ou omiss o do militar subordinado for em fun o de uma coa o irresist vel ou de uma obedi ncia hier rquica que n o manifestava ile is POSTO
46. o que possa vir em caso de ilegalidade Provedor de correio eletr nico dependente de uma pr exist ncia de acesso internet funciona como um servi o acess rio e quase todos os provedores de acesso fornecem o correio eletr nico como acess rio No entanto podem ser vendidos separadamente normal mente com contratos onerosos e de ades o mas mesmo nos casos de serem fornecida gratuita mente a empresa que disponibiliza o provedor de correio eletr nico continua fornecendo ser vi o ao usu rio destinat rio final e assim estar o submetidos s regras do C digo de Defesa PEREIRA Ricardo Alc ntara Ligeiras Considera es sobre a Responsabilidade Civil na Internet In BLUM Renato M S Opice coord Direito Eletr nico A Internet e os Tribunais 1 ed S o Paulo Edipro 2001 p 386 14 REDE NACIONAL DE PESQUISA Guia do usu rio Internet Brasil vers o 2 0 abril de 1996 documento n RNP RPU 0013D p 7 8 Dispon vel em http www rnp br arquivo documentos rpu0013d pdf Acessado em 23 de abril de 2013 13 RAMOS Jos Sergio Monografia Responsabilidade Civil dos provedores de internet Universidade do Vale de Itaja Itaja 2009 217 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 do Consumidor Provedor de hos
47. para que tivessem acesso ao compartilhamento de hadware e software Era uma rede de comando individual onde caso uma deixasse de funcionar outras continuariam se comunicando sem problemas na rede As pequenas redes locais foram criadas para garantir a comunica o mesmo que uma delas deixasse de funcionar como poderia acontecer no caso dos Estados Unidos tivessem um ataque nuclear russo assim garantiriam a comunica o das redes coligadas A partir da d cada de 70 come aram a surgir outras redes dentre elas a NSFNETS onde a internet teve a sua significativa expans o Backbone foi o nome dado a espinha dorsal dessa linha de comunica o onde todos os computadores e redes ligadas entre si e com a conectividade atrav s de um protocolo TCP IP que significa Transmission Constrol Protocol Internet Protocol e que responsavel pela liga o de outras redes Assim em 1989 nasceu a World Wide We www em Genebra que a rede de comunica o em massa composta por diversas redes interligadas e que juntas n o necessitam mais conhecer os in meros protocolos TCP IP de acesso para a navega o e formada por hipertextos por isso que facilita a navega o No mesmo ano a internet chegou ao Brasil por iniciativa acad mica Por consequ ncia foi criada a Rede Nacional de Pesquisa pelo Minist rio de Ci ncia e Tecnologia para que pudesse disponibilizar o servi o de acesso internet e interligar os Estados com
48. rio n o deve desviar a aten o da real disfun o que aflige a democracia brasileira ou seja a crise de representatividade legitimidade e funci A BARROSO Luis Roberto Judicializa o p 88 e BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz KOZICKI Katya Judicializa o da Pol tica e Controle Judicial de Pol ticas P blicas Revista Direito GV S o Paulo 8 1 p 59 86 jan jun 2012 p 79 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 154 BARROSO Luis Roberto Judicializa o p 88 CORDEIRO Karine da Silva Direitos Fundamentais Sociais Dignidade da Pessoa Humana e M nimo Existencial O Papel do Poder Judici rio Porto Alegre Livraria do Advogado 2012 p 150 92 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 onalidade do Poder Legislativo H a necessidade de uma reforma pol tica e essa n o pode ser feita por ju zes Para Estef nia Maria de Queiroz BARBOZA a atua o do Judici rio leg tima na medida em que provocada por atores pol ticos como tamb m por estar legitimado no pr prio documento constitucional O grande desafio est em superar as barreiras colocadas atu a o do Judici rio pela tradi o do civil law que pretendia limitar a atua o
49. stica No entanto mesmo tendo tais rg os uma finalidade preventiva e assecurat ria E REsp 1246170 relator Ministro Sidnei Beneti DJe 11 05 2011 a EFING Ant nio Carlos Bancos de dados e cadastro de consumidores V 18 S o Paulo Editora RT 2001 P 41 Dispon vel em lt http www serasaexperian com br quem somos institucional gt Acesso em 16 10 2013 Dispon vel em lt http noticias uol com br cotidiano ultimas noticias 2013 08 29 brasil tem mais de 201 milhoes de habitantes estima ibge htm gt Acesso em 16 10 2013 u 19 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tem se como fato not rio que todos os dias s o ajuizadas a es de cunho indenizat rio decor rentes da negativa o indevida do nome de pessoas f sicas e jur dicas em seus bancos de da dos Seja por neglig ncia esquecimento fraudes etc infelizmente comum em nossa socie dade a ocorr ncia da inser o ileg tima nesses rg os restritivos Isso decorre principalmente da facilidade e rapidez com que os nomes s o inclu dos exclu dos e consultados no cadastro o que necess rio para a efic cia do servi o e pr prio de sua natureza Afinal seja numa pequena loja de bairro ou mesmo nas maiores institui es fin
50. vel ainda que configure neste p lo a pessoa prejudicada O renomado professor ensina que este um delito doloso que na modalidade deixar de restituir autos documento ou objeto de valor probat rio n o admite tentativa e pode ser entendido como n o devolver sonegar ou reter Quanto ao momento de consuma o do delito nas palavras do eminente jurista 2010 p 436 Consuma se o delito na modalidade de sonega o com a recusa do agente em restituir os autos na forma da legisla o processual vigente ou com a n o devolu o do documento ou objeto de valor probat rio ap s o decurso de per odo juridicamen te relevante no caso em 24 horas Tangente a classifica o doutrin ria do delito tipificado no artigo 356 CPB Biten court 2010 436 leciona Trata se de crime pr prio que exige qualidade ou condi o especial do sujeito formal que n o exige resultado natural stico para sua consuma o de forma livre que pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente instant neo n o h demora entre a a o e o resultado unissubjetivo que pode ser praticado por um agente apenas plurissubsistente que em regra pode ser praticado com mais de um ato admitindo em consequ ncia fracionamento em sua execu o 2 BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal vol 5 Parte Especial dos crimes contra administra o p blica dos crimes praticados por prefeit
51. vel e im vel a reformular as decis es pol tico valorativas adotadas pelo processo democr tico se a reflex o moral individual de um nico juiz considerada superior discuss o intersubjetiva qual o sentido de se manter um procedimento para a tomada de decis es coletivas do tipo democr tico Portanto a manuten o da Constitui o n o teria raz o de ser porque o ju zo moral de um nico juiz seria sempre mais justo do que aquilo que definido por normas constitucionais RAMOS cio Oto Ramos POZZOLO Susanna Neoconstitucionalismo e Positivismo Jur dico As Faces da Teoria do Direito em Tempos de Interpreta o Moral da Constitui o S o Paulo Landy Editora 2006 p 102 w DWORKIN Ronald O Direito da Liberdade p 2 3 e 17 79 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 outras Por isso Ronald DWORKIN compara os ju zes aos escritores que criam juntos um romance em cadeia chain novel no qual cada um escreve um cap tulo que tem sentido no contexto global da hist ria Tamb m deve haver respeito ao princ pio da integridade que instrui os ju zes a identificar direitos e deveres legais at onde for poss vel a partir do pressuposto que foram todos criados por um nico autor
52. verdadeiro direito subjetivo p blico outorgado aos ocupantes de rea p blica tendo em vista que o t tulo pode ser concedido pela via administrativa Entretanto se de tal forma n o puder ser conquistado pela recusa ou omiss o da Administra o abre se a possibilidade de persegui o do t tulo pela via judicial guisa de outras distin es a concess o constitucional depende da dimens o do terreno enquanto que a concess o de direito real de uso n o depende de qualquer dimens o Ademais a concess o constitucional depende de ocupa o anterior por certo per odo de tempo o que n o ocorre na concess o do Decreto Lei n 271 67 Vale ressaltar ainda que os dois institutos constam no artigo 1 225 do C digo Civil nos incisos XI e XII introduzidos pela Lei n 11 481 07 como direitos reais 2 3 Fun o social da propriedade p blica A propriedade deve ser utilizada a fim de garantir o direito constitucional a moradia contido no artigo 6 da Constitui o tendo inclusive o Estatuto da Cidade Lei n 10 257 01 estabelecido como diretriz geral da pol tica urbana a regulariza o fundi ria e a urbaniza o de reas ocupadas por popula o de baixa renda conforme artigo 2 inciso XIV Neste contexto se encaixa a concess o de uso especial para fins de moradia pois conforme dito anteriormente esta um dos principais instrumentos para a realiza o da GARCEZ Gabriela Soldano A Co
53. 2 Responsabilidade Civil do Provedor Acesso O provedor de acesso aquele que presta um servi o de intermedia o entre o usu rio e a rede o provedor que conecta o usu rio a internet sem deixar de lado a efici ncia a seguran a e a continuidade do servi o Ou seja o provedor apenas disponibiliza ao usu rio o acesso internet mas n o tem controle dos conte dos utilizados pelos usu rios Mas deve garantir a continuidade do servi o s podendo impedir o acesso de seus usu rios por ordem judicial E LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 67 230 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Enquadra se no conceito de fornecedor de servi o do artigo 3 do C digo de Defe sa do Consumidor e presta um servi o de intermedia o entre o usu rio e a rede Claudia Lima Marques conceitua fornecedor de bens e servi os como Toda pessoa f sica ou jur dica p blica ou privada nacional ou estrangeira bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produ o monta gem cria o constru o transforma o importa o exporta o distribui o ou co mercializa o de produtos ou presta o de servi os A atividade do p
54. 2012 12 745 de 19 12 2012 e 12 772 de 13 10 2012 115 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 O EQUIL BRIO ECON MICO FINANCEIRO Nos contratos administrativos normalmente existe a forma o de um sinalagma perfeito de uma bilateralidade em que uma das partes se compromete a pagar certa quantia administra o e a outra a entregar determinada coisa ou fazer determinado servi o particu lar Em suma ambos os contratantes s o credores e devedores de presta es equivalentes Nesses tipos de contrato em que h comutatividade depois de firmada a aven a pressup e se a estipula o de uma identidade entre as presta es de cada uma das partes Ou seja a equa o entre o que a administra o paga e o que o particular realiza dada como equilibrada Fixa se o fiel da balan a Essa garantia do equil brio econ mico financeiro do contrato administrativo que tem outras implica es como adiante indicado preserva a sua natureza comutativa equival ncia intr nseca entre as presta es e sinalagm tica reciprocidade das obri ga es A essa identidade de presta es d se o nome de equil brio econ mico financei ro O conceito de equil brio econ mico financeiro
55. 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 defesa dos direitos individuais indispon veis enquanto o artigo 129 lhe confere fun es diver sas para defesa dos direitos difusos e coletivos fun es que foram dispostas de forma exemp lificativa no dispositivo pois havendo relev ncia social caber a atua o do parquet A respeito confira se a s mula 7 do Conselho Superior do Minist rio P blico de S o Paulo O Minist rio P blico est legitimado defesa de interesses ou direitos individuais homog neos que tenham express o para a coletividade tais como a os que digam respeito a direitos e garantias constitucionais bem como aqueles cujo bem jur dico a ser protegido seja relevante para a sociedade v g dignidade da pessoa humana Diante dessa prote o entendemos vi vel a atua o do Minist rio P blico que in clusive pode agir de of cio para fiscalizar junto aos rg os de prote o ao cr dito quais s o as empresas respons veis por grandes quantidades de negativa es indevidas as institui es fi nanceiras por exemplo seriam not rios alvos dessa investiga o Os controles do Conselho Nacional de Justi a poderiam auxiliar nesse sentido Identificados os maiores respons veis caberia ao rg o ministerial averiguar solu es para coi
56. Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ais prestacionais enquadra se nos servi os que podem ser prestados por terceiros mas que a Administra o P blica n o pode permitir a sua aus ncia em virtude de obriga o constitucio nal vez que s o fundamentais dignidade da pessoa humana Assim o Estado por meio de pol ticas p blicas concretiza a frui o destes direi tos por aqueles que n o podem por si pr prios proverem Neste sentido Maria Paula Dallari Bucci define as pol ticas p blicas como programas de a o governamental visando a coorde nar os meios disposi o do Estado e as atividades privadas para a realiza o de objetivos socialmente relevantes e politicamente determinados BUCCI 2002 p 241 Trata se de ato administrativo consistente na convers o de decis es privadas em decis es e a es p blicas que afetam a todos ROSSATO 2011 p 112 raz o pela qual po der sofrer o controle das escolhas feitas pelos representantes dos poderes constitu dos Jamais poder se esquivar da vincula o que tais decis es tem em face do interes se p blico visando assegurar as orienta es constitucionalmente institu das pela Carga Mag na de 1988 Raz o pela qual Nenhuma pol tica p blica ser valida se estiver em desacordo com o ideais do cons tituinte de 1988 ou se colocar em xeque a efetividade das normas constitucionais sob o pretexto de n o haver exig ncia objetiv
57. Bacharel em Direito pelas Faculdades OPET P s graduanda em Direito P blico pela Escola da Magistratura Federal Curitiba PR Brasil tiemi saito Dhotmail com 130 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 das d cadas como reflexos n tidos dos anseios e pen rias que assolaram a sociedade em deter minados contextos hist ricos N o h portanto um ponto inicial da exist ncia destes direitos nem mesmo um ponto final A Constitui o Federal da Rep blica de 1988 por sua vez teve o cond o de firm los e conceder ao Estado o poder dever de prov los a fim de garantir o m nimo exis tencial para a vida humana dentro dos padr es de dignidade evidente que o ente estatal por diversas vezes n o disp e de recursos suficien tes para satisfazer todos os anseios sociais seja em virtude de circunst ncia negativa f tica ou jur dica Raz o pela qual a doutrina brasileira importou da Alemanha a teoria da reserva do fi nanceiramente poss vel que justifica em tese a in rcia estatal nas situa es em que a Admi nistra o P blica n o disponha de recursos suficientes para garantir a concretiza o do direito social afetado Por outro lado a absten o da provis o destes direitos encontra seu limite na ina fast vel garanti
58. DF 27 agosto 2002 BRASIL Lei n 6 880 de 9 de dezembro de 1980 disp es sobre o Estatuto dos Militares Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 9 dezembro 1980 CAPEZ Fernando Curso de Direito Penal parte geral v I 16 ed S o Paulo Saraiva 2000 CAPEZ Fernando Curso de Direito Penal Parte especial v IV 7 ed S o Paulo Sarai va 2012 CARVALHO FILHO J S Manual de Direito Administrativo 17 ed Rio de Janeiro Lu men Juris 2007 DA COSTA Alexandre Henriques Dispon vel em http www jusmilitaris com br uploads docs obediencia pdf Acessado em 10 de outubro de 2012 DE JESUS Dam sio E Direito Penal Parte Especial Vol 04 13 ed S o Paulo Saraiva 2003 DE JESUS Dam sio E C digo Penal Anotado 11 ed S o Paul Revista dos Tribunais 2001 310 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 DOTTI Ren Ariel Curso de direito penal 3 ed rev atual e ampli com a colabora o de Alexandre Knopfholz e Gustavo Britta Scandelari S o Paulo Revista dos Tribunais 2010 FERREIRA FILHO Manoel Gon alves Do Processo Legislativo 4 ed S o Paulo Saraiva 2001 FRAGOSO
59. Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 prir ordem ilegal ser responsabilizado tanto quando seu superior por ter emanado a ordem e ambos terem discernimento para identificar ilegalidade 7 4 Obedi ncia hier rquica no estatuto dos militares O Estatuto dos Militares veio regular as situa es obriga es deveres direitos e prerrogativas dos membros das For as Armadas no ano de 1980 quando foi sancionado Ao que se refere hierarquia militar e disciplina tratado no Capitulo III artigo 14 e seguintes do Estatuto onde al m de conceitu lo faz uma breve s ntese dos postos e gradua o O estatuto mesmo sendo posterior ao C digo Penal Militar nada interfere nesse ponto pois complementa o entendimento de hierarquia e disciplina e traz transpar ncia quan to a seus graus hier rquicos identificando a capacidade de comando e de subordina o Por tanto as causas de exclus o de culpabilidade do C digo Penal Militar d o refer ncia ao que disp e do Estatuto dos Militares 8 CONSIDERA ES FINAIS Ao t rmino desse estudo faz se necess rio abordar alguns pontos discutidos ao longo do texto e que possuem import ncia fundamental para a argumenta o da hip tese le vantada bem como proceder ao recolhimento de algumas considera es que justificam a ado o das propostas realizadas no cap tulo final Conforme se extrai da pesquisa realizada inf
60. Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARA JO La ss Targino Casullo de REIS S rgio Cabral dos Responsabilidade civil dos provedores de conte do de internet In mbito Jur dico Rio Grande XIV n 93 out 2011 Dispon vel em lt http www ambito juridico com br site n link revista artigos leitura amp rar tigo id 10422 amp revista caderno 17 gt Acesso em 15 abril 2013 BLUM Rita Peixoto Ferreira Direito do Consumidor na Internet S o Paulo Quarter Lattin 2002 BLUM Renato M S Opice BRUNO Marcos Gomes da Silva ABRUSIO Juliana Canha coordenadores Manual de Direito Eletr nico e Internet S o Paulo Lex Editora 2006 p 652 BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia DF Senado Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 jan 2002 Lei 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 12 set 1990 Lei n 5 250 de 9 de fevereiro de 1967 Regula a liberdade de manifesta o do pensamento e de informa o Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 10 fev 1967 C mara dos Deputados Projeto Lei n 2 126 2011 Disp e sobre o acesso a infor ma es da Int
61. Heleno Cl udio Li es de Direito Penal Parte Geral Rio de Janeiro Forense 1995 GRECO Rog rio Curso de Direito Penal parte especial v IV 5 ed Rio de Janeiro Im petus 2009 HORTA Raul Machado Direito Constitucional 4 ed Belo Horizonte Rel Rey 2003 JUNIOR Rolf Koerner Obedi ncia Hier rquica Belo horizonte Del Rey 2003 LEIRNER Piero de Camargo Meia Volta volver um estudo antropol gico sobre hierar quia militar Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1997 LOB O C lio Direito Penal Militar 2 ed atual Bras lia Bras lia Jur dica 2004 LOUREIRO NETO Jos da Silva Direito Penal Militar 4 ed S o Paulo Atlas 2001 MARQUES Jos Frederico Curso de Direito Penal S o Paulo Saraiva 1969 MARTINS Eliezer Pereira Direito Administrativo Disciplinar e sua Processualidade Doutrina Pr tica Legisla o S o Paulo Editora de Direito 1996 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de Direito Administrativo 17 ed Malheiros S o Paulo 2004 MEYRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 22 ed atual S o Paulo Malheiros 1997 MORAES Alexandre de Direito Constitucional 21 ed S o Paulo Atlas 2007 MOREIRA NETO D F Curso de Direito Administrativo 12 ed Rio de Janeiro Forense 2002 NOGUEIRA Marco Aur lio Cap tulo Ex rcito e Estado no Brasil Imperial Cap tulo dis 311 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur di
62. Hist ria da Internet Dif cil parar e pensar como surgiu a internet E como deu origem a essa grande rede que interliga hoje o mundo todo Jamais ir amos pensar que tudo come ou por uma ne cessidade de comunica o das for as armadas por uma necessidade do Departamento de De fesa norte americano Ou seja o objetivo inicial da internet nunca foi o mercado com rcial e sim para fins de seguran a Por m o com rcio tanto pessoal quanto corporativo foi o que mais teve sucesso e garantiu uma expans o no mercado Tudo come ou no s culo XVII quando o fran s chamado Blaise Pascal fez sua brilhante inven o a calculadora que hoje ainda muito utilizada Como a m quina de 212 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Pascal fazia apenas c lculos b sicos como adi o e subtra o Gottfried Wilhem von Leibniz matem tico alem o resolveu inovar e aperfei oar a calculadora para que pudesse tamb m multiplicar e dividir Ap s diversas incrementa es nessas m quinas que surgiu o computador eletr nico criado pelas for as Militares em 1946 S em 1969 que surgiu a internet onde o departamento de defesa dos Estados Unidos a ARPANETN Advance Reserarch Projects Agency tinha por finalidade interconectar os computadores
63. Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 3 EXCE O DA PR NEGATIVA O DEVIDA E A S MULA 385 STJ Com a exposi o dos elementos conceituais passa se an lise concreta da s mu la 385 STJ o que ser feito pelo contexto f tico de sua edi o o estudo dos precedentes que a justificam e principalmente pelo confronto entre as cr ticas que lhe s o dirigidas com os argu mentos expl citos e impl citos pelos julgados do Superior Tribunal de Justi a Nesse contexto vale destacar que ser o observadas ainda cr ticas extra das da an lise de reclama es constitucionais dirigidas ao Superior Tribunal de Justi a algumas de las j julgadas e outras ainda pendentes de aprecia o 3 1 Conte do da s mula 385 e contexto da sua edi o A s mula 385 STJ foi elaborada com a seguinte dic o da anota o irregular em cadastro de prote o ao cr dito n o cabe indeniza o por dano moral quando preexistente le g tima inscri o ressalvado o direito ao cancelamento Referido enunciado decorre do posi cionamento da 2 Se o do Superior Tribunal de Justi a lastreado em oito precedentes e foi publicado no dia 27 05 2009 O leading case que d amparo ao entendimento sumulado o REsp 1 062 336 RS de relatoria da Ministra Nancy Andrighi proferido em sede de recursos repetitivos 543 C do C digo d
64. Lei n 9 636 98 que disp e sobre a regulariza o administra o aforamento e aliena o de bens im veis de dom nio da Uni o par grafo com reda o dada pela recente Lei n 11 481 07 que alargou este permissivo para n o somente os im veis da Uni o para abranger tamb m os 4 SAULE J NIOR Nelson coord Op cit p 173 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 im veis das demais pessoas pol ticas 8 6 Fica dispensada de licita o a cess o prevista no caput deste artigo relativa a I bens im veis residenciais constru dos destinados ou efetivamente utilizados no mbito de programas de provis o habitacional ou de regulariza o fundi ria de interesse social desenvolvidos por rg os ou entidades da administra o p blica II bens im veis de uso comercial de mbito local com rea de at 250 m duzentos e cing enta metros quadrados inseridos no mbito de programas de regulariza o fundi ria de interesse social desenvolvidos por rg os ou entidades da administra o p blica e cuja ocupa o se tenha consolidado at 27 de abril de 2006 Por outro lado a concess o de uso especial constante do texto constitucional
65. Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 o P blica n o afasta a obrigatoriedade de presta o dos direitos sociais quele que deles ne cessita irremediavelmente 6 CONSIDERA ES FINAIS A atual dimens o dos direitos fundamentais sociais do homem se d sob a pers pectiva inafast vel da dignidade da pessoa humana v rtice fundante da Constitui o Federal e consequentemente de todo o ordenamento jur dico Dever portanto o Estado atuar a fim de amenizar ao m ximo as desigualdades formais e materiais existentes na sociedade viabilizando o chamado m nimo existencial N o apenas com o fito de possibilitar uma sobreviv ncia s circunst ncias que eventualmente o cidad o esteja submetido mas sim proporcionar lhe uma vida digna com os valores que lhes s o pertinentes e os direitos constitucionalmente estabelecidos em sua completude N o se trata aqui de norma meramente program tica mas de direito fundamental inescus vel Mas de direito humano ao qual d o texto constitucional efetividade m xima logo o administrador dever proporcionar pol ticas p blicas suficientes conduzi las e exe cut las a fim de garanti los Com efeito n o poder se esperar muito menos exigir a interven o estatal e a movimenta o dos cofres p blicos para aqueles que possuem condi es pr prias
66. O subordinado mesmo quando n o manifestar ilegalidade pode cumprir a ordem de forma excessiva o que tamb m acabaria por responder por todos os danos praticados Por m o subordinado cometendo excesso ter a sua responsabilidade tanto quanto seu superior nos casos de a ordem for manifestamente ilegal ou at maior por ter excedido na ordem recebida Frederico Marques professor em sua obra Curso de Direito Penal aten ta que o cumprimento da ordem de superior precisa ficar nos limites do que nela se cont m onde a linguagem incontroversa do C digo em estrita obedi ncia Donde a 1 t do C d trita obed dido No mesmo sentido Heleno Cl udio Fragoso salienta que deve a execu o limita se estrita observ ncia da ordem ou seja n o pode o subordinado exceder se na execu o da ordem sob pena de responder pelo excesso Sendo assim todos os atos cometidos com excesso pelo subordinado que recebeu a ordem ser responsabilizado na medida do resultado lesivo causado pois deveria prev los al MARQUES Jos Frederico Curso de Direito Penal S o Paulo Saraiva 1969 a FRAGOSO Heleno Cl udio Li es de Direito Penal Parte Geral Rio de Janeiro Forense 1995 p 221 300 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Dir
67. REsp n 1 360 338 MG em 16 05 2013 julgamento un 35 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 nime da Quarta Turma Quanto a este ltimo que corresponde a um entendimento isolado entendemos tratar se de uma inova o interpretativa que se encontra divorciada dos precedentes da s mula 385 STJ e do pr prio leading case acima analisado Fato que o julgado expresso ao separar a an lise de duas quest es diversas de um lado a necessidade de pr via notifica o por parte dos rg os de restri o ao cr dito para fins de gerar obriga o de indenizar e de outro a quest o da pr negativa o de modo que esse julgado n o tende a gerar maior reper cuss o Ou seja h uma t mida por m crescente corrente jurisprudencial negando aplica o s mula 385 STJ mas ainda sem um argumento central S o posi es por ora minorit ri as mas que demonstram algumas pol micas na aplica o da s mula 385 STJ 4 2 Cr ticas extra das da doutrina Numa s ntese das cr ticas levantadas pela doutrina ser o levantados os aponta mentos realizados por dois dos maiores cr ticos do enunciado os consumeristas Cl udia Lima Marques e Bruno Miragem Na vis o de Cl udia Lima Marques o entend
68. S o Paulo Saraiva 2003 p 220 296 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A ordem por si s sendo ela competente e legal deve ser cumprida pelo seu subor dinado por m se o superior hier rquico n o tem compet ncia para com o subordinado a quem pretende ordenar essa ordem ser ilegal pela sua natureza Por outro lado ordem po der ser competente e ilegal o que vem a ser o objeto do nosso estudo No entanto a compet ncia uma das condi es para a validade da ordem e en tendida como o poder atribu do ao agente da administra o para desempenho espec fico da sua fun o como faz men o Hely Lopes Esse poder dever do administrador p blico s o expressos em lei estando sujeitos para cada agente administrativo o poder p blico para poder desempenhar as suas fun es car go servi o ou atividade Por m deve ser usado como um atributo e n o como um privil gio do administrador p blico pois o poder de agir vira um dever de agir pois n o se admite a omiss o de autoridade diante de situa es a que exigem sua atua o Em se tratando de funcion rio p blico o C digo Penal se incumbiu de conceitu lo para seus efeitos
69. Todos os direitos ligados vida s o portanto direitos fundamentais O direito moradia um direito inegavelmente ligado a vida eis que dentre suas nuances permite a sadia qualidade de vida 4 CORRELA O COM O PRINC PIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA A dignidade n o um direito mas sim um atributo que todo ser humano possui independentemente de sua nacionalidade ou do ordenamento jur dico vigente portanto um conceito imaterial uma condi o que permite o m nimo necess rio para o adequado desenvolvimento do indiv duo e de sua personalidade Segundo Liliana Allodi Rossit No nosso ordenamento jur dico essas condi es v m previstas no artigo 6 da Carta de 1988 sob o nome de Direitos Sociais educa o sa de trabalho moradia lazer seguran a previd ncia social prote o maternidade e inf ncia assist ncia aos desamparados e igualmente no artigo 5 quando garante aos brasileiros e 7 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional 6 ed Coimbra Almedina 1993 p 529 E SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 14 ed S o Paulo Malheiros 1997 p 176 177 12 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun
70. Uma Quest o de Princ pio S o Paulo Martins Fontes 2000 DWORKIN Ronald Levando os Direitos a S rio S o Paulo Martins Fontes 2002 DWORKIN Ronald O Direito da Liberdade A Leitura Moral da Constitui o Norte Ame ricana S o Paulo Martins Fontes 2006 DWORKIN Ronald O Imp rio do Direito S o Paulo Martins Fontes 2007 DWORKIN Ronald A Virtude Soberana A Teoria e a Pr tica da Igualdade SIM ES Jussa ra trad 2 ed S o Paulo WMF Martins Fontes 2011 DWORKIN Ronald Igualdade como Ideal Novos estudos CEBRAP S o Paulo n 77 mar 2007 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 109 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 33002007000100012 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 09 set 2013 FERRAJOLI Luigi Pasado y Futuro del Estado de Derecho In CARBONELL Miguel Neoconstitucionalismo Madrid Editorial Trotta 2003 FIORAVANTI Maurizio Los Derechos Fundamentales Madrid Editorial Trotta 1998 FIORAVANTI Maurizio Constituci n De la Antig edad a Nuestros Dias Madrid Edito rial Trotta 2001 FIORAVANTI Maurizio Estado y Constituci n In FIORAVANTI Maurizio Org In El Estado Moderno en Europa Institucione
71. a comprova o de culpa Os provedores de servi o de internet como s o fornecedores de servi os respon dem nos casos de v cios na qualidade conforme disp e o artigo 20 do C digo de Defesa do Consumidor O fornecedor de servi os responde pelos v cios de qualidade que os tornem impr prios ao consumo ou lhes diminuam o valor assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indica es constantes da oferta ou mensagem publicit ria po dendo o consumidor exigir alternativamente e sua escolha I a reexecu o dos servi os sem custo adicional e quando cab vel II a restitui o imediata da quantia paga monetariamente atualizada sem preju zo de eventuais perdas e danos HI o abatimento proporcional do pre o 8 1 A reexecu o dos servi os poder ser confiada a terceiros devidamente capaci tados por conta e risco do fornecedor 8 2 S o impr prios os servi os que se mostrem inadequados para os fins que razoa velmente deles se esperam bem como aqueles que n o atendam as normas regula mentares de prestabilidade LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 63 u LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 64 48 BRASIL Lei 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias
72. a LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 70 104 Ea LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 104 239 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 forma es tanto o provedor de acesso como o provedor de espa o hospedagem n o est o obrigados a acessar nem controlar o que est sendo trafegado pelo sistema que dis ponibilizam o primeiro tem autoriza o para faz lo por raz es de avalia o da efi ci ncia do sistema otimiza o de fluxos etc mas n o por uma raz o ligada ao con trole sobre o respectivo conte do o segundo pode ter pleno acesso aos conte dos embora n o esteja obrigado a faz lo Nesse sentido podemos observar este julgado em que a autora pede indeniza o por danos morais por um terceiro que fez perfil falso em seu nome pediu ao provedor de hos pedagem o numero do IP de quem originou o dano assim como os dados e o nome do propri et rio da linha O provedor em Agravo de instrumento Provido n o tem obriga o de guardar in forma es pessoais dos usu rios e n o da natureza da atividade do provedor de hospedagem fiscalizar os conte d
73. ao plano real uma coisa falar dos direitos do homem di reitos sempre novos e cada vez mais extensos e justific los com argumentos con vincentes outra coisa garantir lhes uma prote o efetiva medida que as pre tens es aumentam a satisfa o delas torna se cada vez mais dif cil Os direitos soci ais como se sabe s o mais dif ceis de proteger do que os direitos de liberdade BOBBIO 2004 p 60 Visando a amenizar a problem tica intimamente relacionada consagra o do di reito assist ncia social surgiu na Alemanha OLSEN 2008 p 315 no p s II Guerra Mun dial o debate a respeito de estabelecerem se condi es materiais m nimas para a exist ncia humana digna No Brasil tal princ pio ganhou destaque ao estabelecer a Constitui o Federal como objetivos fundamentais da Rep blica erradicar a pobreza e a marginaliza o e reduzir as desigualdades sociais e regionais art 3 III e neste sentido a professora Ana Carolina Lopes Olsen aduz que a no o de m nimo existencial passa ent o a fornecer um par metro material de aferi o da possibilidade de sua aplica o no que tange reserva do poss vel OLSEN 2008 p 310 Em seus estudos mais aprofundados ela ressalta a teoria anal tica de Robert Alexy sobre o m nimo existencial tendo este surgido da correla o entre princ pios de dignidade da pessoa humana e igualdade material bem como a separa o e a compet
74. as reformas constitucionais advindas busca se uma interpreta o sis tem tica para melhor sedimentar o estudo do tema uma vez que a Constitui o n o se l em tiras e portanto tudo o que expressamente n o se relacionar com hierarquia e disciplina pode ria estar sujeito observ ncia dos preceitos do artigo 37 da Constitui o Federal como balizar da legisla o ordin ria que trata do tema como o aos demais servidores p blicos devendo ser respeitadas claro as particularidades da carreira Atrav s desta perspectiva pretende se a demonstra o da possibilidade de inter preta o ampla da obedi ncia hier rquica como causa de exclus o da culpabilidade Os militares s o os integrantes das For as Armadas Marinha Ex rcito e Aero n utica segundo o artigo 142 caput da Constitui o Federal e os membros das pol cias Mi litares e do Corpo de Bombeiros Militares no plano dos Estados Segundo Jos Afonso da Silva entende se por servidores p blicos militares fede rais nos termo do art 142 da CF os integrantes das For as Armadas e servidores p blicos militares dos Estados Territ rios e Distrito Federal os integrantes de suas pol cias militares e 3 BRASIL Lei n 6 880 de 9 de dezembro de 1980 disp e sobre o Estatuto dos Militares Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 dezembro 1980 4 PUNDONOR MILITAR est intimamente ligado honra pessoal o esfor o d
75. autos no prazo estipulado por lei art 196 CPC ou pelo cart rio 4 3 Crime de mera conduta 37 TAVARES Juarez As controv rsias em torno dos CRIMES OMISSIVOS 1 ed Rio de Janeiro Instituto Latino Americano de Coopera o Penal 1996 38 JESUS Dam sio de Direito Penal Parte Geral 31 ed S o Paulo Saraiva 2010 3 BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal Parte Geral vol 1 15 ed S o Paulo Saraiva 2010 196 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Crime de mera conduta aquele cuja lei n o faz nenhuma alus o a algum re sultado para a configura o do fato t pico isto em que a lei descreve apenas uma conduta e n o um resultado Seguindo a orienta o de Grispigni Dam sio de Jesus 2010 p 231 ensina que nos crimes de mera conduta o legislador descreve somente o comportamento do agente sem se preocupar com o resultado antecipando a consuma o produ o de um resultado No crime de mera conduta n o h um resultado natural stico a ser atingido bastando apenas que o agente pratique a conduta proibida O crime tipificado no art 356 do CP n o se enquadra nesta classifica o visto ser presum vel
76. banco de dados fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata Pena Deten o de um a seis meses ou multa ROCHA Rafael da Silva Autonomia privada e direitos da personalidade Revista da Se o Judici ria do Rio de Janeiro V 18 n 30 P 145 2011 Dispon vel em lt http www4 jfrj jus br seer index php revista_sjrj article view 258 gt Acesso em 14 10 2013 aa Enunciado 4 do Conselho da Justi a Federal o exerc cio dos direitos da personalidade pode sofrer limita o volunt ria desde que n o seja permanente nem geral g ROCHA Rafael da Silva Op cit so BITTAR Carlos Alberto Os direitos da personalidade Op cit P 125 er Op cit P 30 29 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 4 Dano moral e pessoa jur dica A partir da vig ncia do C digo Civil de 2002 restou inequ voco que as pessoas jur dicas s o tamb m titulares de direitos da personalidade Isso porque referida lei trouxe em seu bojo no artigo 52 a seguinte disposi o aplica se s pessoas jur dicas no que couber a prote o dos direitos da personalidade No entanto conforme aduz F bio Siebeneichler de Andrade mesmo diante de tal disposi o uma parte da doutrina resiste em reconhecer essa possibilida
77. cio mas o v cio inteiro Arist teles 2010 p 106 Para o fil sofo a justi a apenas pode ser usada nas rela es humanas regidas por lei do que se depreende que o que n o est previsto legalmente n o pode se submeter ao cri vo do que seria alvo dos conceitos de justi a ou injusti a Ou seja a justi a existe apenas entre homens cujas rela es m tuas s o regidas pela lei e a lei existe para os homens entre os quais pode haver injusti a pois a justi a legal a discrimina o entre o que justo e injusto p 116 O fil sofo trata ainda do equitativo e da justi a dizendo ser aquele superior a esta ou seja o equitativo surge para corrigir as poss veis falhas da lei A lei pensada e criada para atender as demandas de forma universal com o prop sito de tentar abarcar todas as situ a es ali previstas Por m quando isso n o ocorre pois nem sempre a lei consegue atender aos anseios de casos particulares surge o equitativo A natureza do equitativo uma corre o da lei quando esta deficiente em raz o de sua universalidade Arist teles 2010 p 125 Por fim para o fil sofo a justi a encontra se estritamente vinculada lei con siderando que o objetivo desta tra ar diretrizes para o bem comum de toda a sociedade E com base nesses primeiros apontamentos e questionamentos acerca da teoria da justi a que a seguir s o apresentadas algumas teorias de Ju
78. com o argumento de que isenta de responsabilidade o provedor de correio ele tr nico por dano moral pois n o tem o dever de fiscalizar o conte do das mensagens e por n o ser risco inerente a atividade n o aplicando assim a regra da responsabilidade objetiva CIVIL E CONSUMIDOR INTERNET RELA O DE CONSUMO INCID NCIA DO CDC GRATUIDADE DO SERVI O INDIFEREN A PROVEDOR DE CORREIO ELETR NICO E MAIL FISCALIZA O PR VIA DAS MENSAGENS ENVIADAS DESNECESSIDADE MENSAGEM OFENSIVA DANO MO RAL RISCO INERENTE AO NEG CIO INEXIST NCIA CI NCIA DA EXIST NCIA DE CONTE DO IL CITO BLOQUEIO DA CONTA DEVER IDENTIFICA O DO USU RIO INDICA O DO PROVE DOR DE ACESSO UTILIZADO SUFICI NCIA Ent o conclu mos que quando ocorrer danos por atos pr prios do provedor de correio eletr nico sua responsabilidade ser objetiva de acordo com o artigo 14 e 20 do C di go de Defesa do Consumidor Apenas excluindo a responsabilidade nos casos previstos no 83 do artigo 14 do C digo de Defesa do Consumidor o que n o ocorre no caso em tela No en tanto nos casos de danos por atos il citos de usu rios ou de terceiros s responder mediante comprova o de culpa responsabilidade subjetiva do artigo 186 e 927 caput do C digo Ci vil 4 5 Responsabilidade Civil do Provedor de Hospedagem O provedor de conte do destinat rio final dos servi os do provedor de hospeda gem assim h uma rela o de consumo entre
79. conserva o de uma ordem orientada para determina dos fins mas necessariamente flex vel para permitir o aparecimento e a integra o de novos meios e para assegurar a reformula o da concep o dos objetivos funda mentais quando isto for exigido pela altera o substancial das condi es de vida so cial 2 3 O Direito enquanto ci ncia Ci ncia em breves palavras pode ser descrita como o estudo dos fen menos para a formula o de conceitos sendo estes fen menos passiveis de serem reproduzidos em labo rat rio para que os conceitos a partir deles formulados possam ser confirmados ou n o Em outras palavras diz se aqui que qualquer ci ncia evolui com a formula o e a reformula o de conceitos Sobre ci ncia Marques Neto 2001 p 185 leciona Ci ncia discurso teoria que se constr i em fun o de um objeto de conhecimen to e de um m todo por sua vez tamb m constru dos E a fun o prec pua de toda te oria cientifica a de explicar e n o ditar normas e muito menos dogmatizar Ainda quanto ci ncia alguns pontos podem ser considerados desde logo como define o cientista do comportamento humano Skinner 1998 p 13 A ci ncia uma disposi o de aceitar os fatos mesmo quando eles s o opostos aos desejos caracter stica da ci ncia que qualquer falta de honestidade acarreta imediatamente desastre Os dados n o os cientistas falam mais alto As mesm
80. considera es iniciais Como quase da popula o brasileira mora nas cidades e todos independentemente da renda que disp em precisam morar em algum lugar a popula o de baixa renda tem procurado resolver seus problemas de moradia revelia do mercado imobili rio e do marco legal do Direito ocupando terrenos vazios p blicos ou privados em s tios adequados ou em reas de risco espont nea ou organizadamente simplesmente buscando um espa o vital de radica o Neste cen rio surgem interven es p blicas destinadas a proceder a regulariza o fundi ria desses assentamentos Regulariza o fundi ria o processo de interven o p blica sob os aspectos jur dico f sico e social que objetiva legalizar a perman ncia de popula es moradoras de reas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei para fins de habita o implicando acessoriamente melhorias no ambiente urbano do assentamento no resgate da cidadania e da qualidade de vida da popula o benefici ria Para tanto s o necess rios a utiliza o de alguns instrumentos entre eles a concess o especial para fins de moradia concedida para aqueles na posse de terras p blicas Significa de forma simpl ria um contrato administrativo pelo qual o Poder P blico atribui onerosa ou gratuitamente o uso exclusivo de um bem desta pessoa jur dica a particular para utiliza o segundo a sua destina o espec fica Tal concess o est incl
81. dados jur dicos ficar comprometida ou mesmo impossibili tada 2 BASE OU BANCO DE DADOS ESTAT STICOS importante ressaltar que os dados podem ser levantados pelo pesquisador dado prim rio ou podem ser usados dados secund rios como os dados utilizados neste artigo Para exemplificar a utiliza o de t cnicas descritivas neste artigo ser o utilizados os dados do Su plemento sobre Vitimiza o e Justi a da PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domici lios realizada pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica em 2009 Os dados podem ser obtidos por entrevistas estruturadas como o caso da PNAD ou podem ser levantados junto a arquivos processos etc Podemos digitar os dados de mais de uma forma entretanto a forma mais simples digitar as perguntas vari veis nas colunas e os question rios respostas nas linhas importante codificarmos as perguntas de forma sim ples alguns softwares tem limita es quanto ao n mero de caracteres utilizados na codifica o das perguntas as respostas categorias de respostas devem ser codificadas utilizando n Podemos dizer por exemplo que um indiv duo tem 22 55 anos ou seja 22 anos 5 meses e 15 dias As PNAD s s o pesquisas amostrais com abrang ncia nacional realizadas pelo IBGE desde 1967 em anos intercensit rios n o abrangendo reas rurais da antiga Regi o Norte Rond nia Acre Amazonas Roraima Par e Amap do Brasil 15
82. das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 quer colocar o primeiro como salvador da p tria ou como protagonista de um processo de transforma o e de redu o de desigualdades em nossa sociedade e sim que ele atue junto com os outros poderes e possa por meio da efetiva o dos direitos fundamentais sociais me lhorar o processo democr tico existente Enfim em muitas oportunidades o Judici rio quem est mais pr ximo dos cida d os que podem l reivindicar a satisfa o de seus direitos constitucionais Assim a efetiva o dos direitos sociais pela jurisdi o constitucional pode muito bem promover o processo democr tico 4 O POSICIONAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Como o Estado omisso recorre se ao Poder Judici rio para garantir a presta o do direito fundamental sa de Por isso mister discutir as perspectivas para um juiz ativista no Brasil especialmente quando atue na prote o dos direitos fundamentais e na garantia da supremacia da Constitui o O Supremo Tribunal Federal tem definido h tempos os contornos do direito de prote o sa de em diversos julgados que versam sobre fornecimento de medicamentos su plementos alimentares rteses e pr teses cria o de vagas de UTIs e de leitos hospitalares contrata o de servidores da sa de realiza o de cirurgias e exames custeio de tratamento fora do domic lio inclusive no exterior
83. das necessidades dos consumidores o respeito sua dignidade sa de e seguran a a prote o de seus interesses econ micos a melhoria da sua qualidade de vida bem como a transpar ncia e harmonia das rela es de consumo atendidos os seguintes princ pios HI harmoniza o dos interesses dos participantes das rela es de consumo e compatibiliza o da prote o do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econ mico e tecnol gico de modo a viabilizar os princ pios nos quais se funda a ordem econ mica art 170 da Constitui o Federal sempre com base na boa f e equil brio nas rela es entre consumidores e fornecedores 242 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 daria de maneira p blica e not ria sem necessidade de norma legal que exija esta conduta o que proporcionaria inclusive uma melhor aceita o mercadol gica J o Direito privacidade se refere exclusivamente aos servi os de telemarketing Aqui se trata mais de uma quest o de bom senso por parte da empresa pois liga es fora de hor rio al m de gerar conflitos tamb m proporcionam a perda da clientela Al m disso al guns teleatendentes fazem um verdadeiro aliciamento em busca de informa es de seus po tenciais clientes Portanto est
84. de Pesquisa sobre Jurimetria do Mackenzie e mail marcia serra mackenzie br mapiserra Dterra com br 156 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 1 INTRODU O O termo Jurimetria cunhado pelo advogado Lee Loevinger na d cada de 60 pen sado com uma forma de tornar as decis es judiciais jurisprud ncia experimentadas como ocorre com os experimentos das ci ncias exatas e n o somente comentadas HADDAD 2010 Entendida como a aplica o dos m todos da Estat stica e da Probabilidade ao estudo e elucida o dos fen menos jur dicos NUNES e COELHO 2010 apud ARNOLDI 2010 ou ainda de uma forma mais abrangente como estudos emp ricos legais HEISE 2002 Se con siderarmos a defini o de Heise a Jurimetria deveria compreender n o somente estudos com uma abordagem quantitativa mas tamb m estudos com uma abordagem qualitativa onde a estat stica n o seria uma ferramenta adequada de an lise e sim m todos e t cnicas como o es tudo de caso a investiga o participativa a observa o participante a an lise interpretativa os grupos focais etc A Associa o Brasileira de Jurimetria ABJ coloca a jurimetria como um ramo do conhecimento jur dico Classicamente o objeto de estudo do Direito s o as an lises das nor mas jur d
85. de interesse da defesa nacional para efeito do disposto no inciso III do caput do art 5o da Medida Provis ria no 2 220 de 4 de setembro de 2001 sem preju zo do estabelecido no 8 10 deste artigo O instituto foi regulamentado pela Medida Provis ria n 2 220 01 ainda eficaz tendo em vista a norma permissiva do artigo 2 da Emenda Constitucional n 32 01 e n o convertida em lei Emenda Constitucional n 32 01 artigo 2 As medidas provis rias editadas em data anterior da publica o desta emenda continuam em vigor at que medida provis ria ulterior as revogue explicitamente ou at delibera o definitiva do Congresso Nacional A Medida Provis ria citada disp e sobre a concess o de uso na forma individual em seu artigo 1 e sobre a forma coletiva no artigo 2 Artigo 1 Aquele que at 30 de junho de 2001 possuiu como seu por cinco anos ininterruptamente e sem oposi o at duzentos e cingiienta metros quadrados de im vel p blico situado em rea urbana utilizando o para sua moradia ou de sua fam lia tem o direito concess o de uso especial para fins de moradia em rela o ao bem objeto da posse desde que n o seja propriet rio ou concession rio a qualquer t tulo de outro im vel urbano ou rural Artigo 2 Nos im veis de que trata o art 1 com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados que at 30 de junho de 2001 estavam ocupados por popula o de baixa renda para sua
86. de julho 2008 Torna obrigat rio o encaminhamento por escrito dos contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratantes e d outras provid ncias Dispon vel em lt http web01 cl df gov br Legislacao consulta TextoLeiParaNormaJuridicaNJUR 6777 buscar TextoLeiParaNormaJuridicaNJUR action gt Acesso em 05 de setembro de 2012 DUBNER Stephen J LEVITT Steven D Freakonomics o lado oculto de tudo que nos afeta Rio de Janeiro Elsevier 2007 ESP RITO SANTO Assembleia Legislativa Lei 9 176 de 01 de junho de 2009 Institui no mbito do Estado o Cadastro para o bloqueio do recebimento de liga es de telemarketing denominado N o Importune e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www al es gov br antigo portal ales images leis htm 9 176 htm gt Acesso em 09 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Projeto de Lei n 205 de 2012 Disp e sobre a obrigatoriedade das empresas de Call Center encaminhar os contratos por escritos ao contratante de bens e servi os na forma que especifica Dispon vel em lt http www al es gov br antigo portal ales images documento spl 36423 pdf gt Acesso em 09 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Projeto de Lei 304 de 2011 Torna obrigat rio o encaminhamento por escrito dos contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratantes e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www al es gov br ant
87. de la reparaci n del da o moral La pri mera defiende que la reparaci n del da o moral tiene naturaleza jur dica reparatoria o compensatoria La segunda entiende que la reparaci n del da o moral es de natu raleza punitiva La tercera y ltima afirma que la naturaleza jur dica principal es re parat ria con un car cter disciplinador para coibir nuevas lesiones As principais diferen as entre elas podem ser assim resumidas conforme se extrai dos dois trabalhos mencionados nesse item ao aduzir que a fun o meramente reparat ria tem se que a indeniza o por danos morais objetiva restituir ao ofendido o status quo ante 16 SOUSA Jos Pedro Ferreira de Danos n o patrimoniais dano morte Revista do IPCB Instituto Polit cnico de Castelo Branco Ano I n 1 2002 P 119 1 Op cit 25 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 como se o dano n o tivesse ocorrido quanto fun o punitiva pretende se t o somente punir aquele que praticou o ato il cito tenha deste ato resultado dano ou n o enquanto a fun o re parat ria disciplinadora teria como fundamento prec puo a repara o do dano mas tamb m um car ter pedag gico ou seja a condena o ao pagamento dos danos morais serviria tam b
88. de sustento e gozo pleno de seus direitos fundamentais Doutra sorte sob a gide do atual Estado Solid rio n o poder tal ente afastar se simplesmente da obriga o que lhe compete qual seja de viabi lizar o exerc cio de tais direitos queles que por si s n o o podem alcan lo Mais do que pacificado na doutrina e jurisprud ncia garantido ao cidad o o di reito de a o perante o judici rio sempre que tenha direito fundamental seu tolhido por a o ou omiss o de qualquer dos entes da federa o Da mesma forma n o h que se falar em pre ju zo ao princ pio da Separa o dos Poderes eis que a atua o do Poder Judici rio se dar apenas nos casos em que o Poder Legislativo e Executivo eventualmente n o venha a prever e ou executar as pol ticas p blicas de modo a viabilizar o cumprimento a salvaguarda dos di reitos fundamentais sociais prestacionais eis que todos os poderes devem zelar pelo cumpri mento da Constitui o Federal 150 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 No entanto ao passo que as necessidades humanas mostram se infinitas o or a mento estatal n o acompanha tal escala Raz o pela qual nem sempre haver condi es a Administra o P blica de corresponder prestativamente s pen rias que ass
89. de um direito penal que reconhe a um m nimo de respei to dignidade humana n o pode deixar de reafirmar que a base do delito como inilud vel car ter gen rico a conduta identificada em sua estrutura ntico onto l gica A intima o para que um advogado em mora restitua os autos constitui procedi mento administrativo de um processo judicial sendo apresentada ao operador do direito com lapso temporal ou seja posterior a omiss o do agente propriamente dita Isto uma afronta a ci ncia jur dica pois desconsidera todo o entendimento dou trin rio conceitual apresentado at aqui em prol da manuten o injustific vel e arbitr ria do ius puniendi O Direito Penal rea de foco deste artigo segundo entendimento do eminente ju rista argentino Eugenio Ra l Zaffaroni 2010 p 79 80 o direito penal legisla o penal o conjunto de leis que traduzem normas que pre tendem tutelar bens jur dicos e que determinam o alcance de sua tutela cuja viola o se chama delito e aspira a que tenha como consegii ncia uma coer o jur dica particularmente grave que procura evitar o cometimento de novos delitos por parte do autor No segundo sentido direito penal saber do direito penal o sistema de compreens o ou de interpreta o da legisla o penal Sabe se que a aplica o do Direito Penal exige e empodera do operador do Direito uma tarefa interpretar Conforme
90. decorrentes que amea am os direitos e garantias fundamentais sobretudo das mino rias reconhecidas pelo Estado Democr tico de Direito Assim com a promulga o da Constitui o Federal de 1988 pela primeira vez na hist ria brasileira o Poder Judici rio se tornou uma importante institui o pol tica devido ao extremamente descentralizado sistema de revis o judicial amplamente acess vel aos atores individuais pol ticos e sociais Nesse novo modelo jurisdicional o Supremo Tribunal Federal passou ent o a exercer o papel de Guardi o da Constitui o art 102 da Constitui o Federal tendo con sagrado tamb m o controle de constitucionalidade power of judicial review herdado da Su prema Corte norte americana O Brasil possui um sistema h brido de revis o judicial ou seja o controle de constitucionalidade difuso e concentrado Por causa da A o Direta de Inconstitucionalidade ADIN pela qual o Supremo Tribunal Federal pode diretamente anular ou ratificar uma lei o STF pode ser considerado um tribunal constitucional Por outro lado o sistema n o total mente central pois o STF n o det m o monop lio na declara o de inconstitucionalidade di Ei ARANTES Rog rio Bastos Constitutionalism p 231 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 81 Idem ARANTES Rog rio Bastos Constitutionalism p 232 2 Art 102 Compete ao Supremo Tribunal Federal p
91. defensor Ao se analisar a tutela art 36 38 do ECA se conclui que a mesma um poder conferido a uma pessoa capaz cuja finalidade a prote o e assist ncia a crian a e ou adoles cente e administra o aos seus bens Diniz conceitua a tutela como um complexo de Direi tos e Obriga es conferidos pela lei a um terceiro para que proteja a pessoa de um menor que n o se ache sob o p trio poder e administre seus bens Verifica se atrav s desse concei to que o escopo da tutela substituir o p trio poder A ado o a nica forma de inser o da crian a e ou adolescente de maneira de finitiva no seio de uma fam lia substituta Atrav s da ado o a crian a e ou adolescente rom pe com os v nculos anteriores e passa a ter todos os direitos e deveres de filho natural 2 1 O valor jur dico do afeto na ado o a luz do ECA e da Constitui o Federal de 1988 Nossa Constitui o de 1988 em seu art 227 declara comprometimento com os direitos da crian a e do adolescente com fundamento em nossa Carta Magna que se criou o Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei 8 069 90 para proteger e resguardar tais direitos O ECA consubstanciado no princ pio da prote o integral crian a e ao adoles cente considera seus destinat rios como sujeitos de direito contrariamente ao C digo de Me nores que os considerava como objetos de direito Dessa forma entre os diversos direitos elencados na Lei n
92. demandas relativas ao mau atendimento e trabalhista com as a es que discutem as condi es de trabalho dos ope radores de teleatendimento com um mesmo r u a empresa que disponibiliza o servi o As sim buscando a pacifica o social neste sentido os demais Poderes passam a criar normas de maneira excessiva trazendo complica es atividade empresarial bem como preju zos ao pr prio Estado que acionado de maneira n o uniforme para criar normas sobre este assunto e passa n o se preocupar com quest es mais urgentes Sendo assim conforme Marinho Silva 2004 p 19 a realidade se enquadra no contexto de um foco normativo mais voltado para o consumo do que para os trabalhadores desse ramo Portanto pertinente a an lise das normas e proposi es normativas vigentes com o objetivo de se buscar conclus es metodol gicas eficazes que visem defesa dos direi tos daqueles que sofrem diariamente com a m presta o do servi o dado pelas entidades que disponibilizam do servi o de teleatendimento 2 1 Consequ ncias nos poderes legislativo e executivo a preocupa o normativa nas uni dades da federa o at janeiro de 2013 Apesar de a tend ncia brasileira se voltar para as rela es civis em detrimento das trabalhistas quando o assunto teleatendimento nota se que o sistema normativo ainda est eivado de falhas o que j deu causa a v rias tentativas legiferantes em tentar aprimorar o cor po normat
93. demonstrado para esta tarefa ser bem executada deve o operador seguir m todos confi veis e princ pios garantidores para evitar que o ius puniendi seja exercido de forma arbitr ria Por ltimo mas n o menos importante destaca se um princ pio do direito penal que como sabemos deve orientar as decis es dos juristas e para tanto se recorre novamente ao jurista argentino Zaffaroni 2010 p 354 sr ZAFFARONI Eugenio Ra l Manual de Direito Penal Brasileiro vol 1 Parte Geral 8 ed rev atual S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 38 ZAFFARONI Eugenio Ra l Manual de Direito Penal Brasileiro vol 1 Parte Geral 8 ed rev atual 205 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O principio nullum crimen sine conducta uma garantia jur dica elementar Se fos se eliminado o delito poderia ser qualquer coisa abarcando a possibilidade de pena lizar o pensamento a forma de ser as caracter sticas pessoais etc Neste momento de nossa cultura isto parece suficientemente bvio mas apesar disto n o faltam tenta tivas de suprimir ou de obstaculizar este princ pio elementar 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARAUJO NETO Raimundo Principio da
94. do Desenvolvimento Ind stria e Com rcio Exterior o governo brasileiro vem aplicando o direito antidumping s importa es de cobertores origin rias da China para evitar a concorr ncia desleal com os produtos nacionais A Ind stria e Com rcio Jolitex Ltda fabricante do produto no Brasil por m alegou que as importa es de tecidos de felpa longa de fibra sint tica de origem chinesa e importa es de cobertores do Paraguai e do Uruguai fabricados com esses tecidos chineses estariam frustrando os efeitos da medida contra a China Pela resolu o a importa o de tecidos de felpas longas origin rios da China e utilizados na fabrica o de cobertores comprados do Paraguai e Uruguai tamb m ser o sobretaxados A medida anticircunven o recente no com rcio exterior brasileiro e se encontrava regulamentada pela Portaria Secex n 21 de 18 10 2010 que tratava de que forma seria investigada a exist ncia de pr ticas elisivas que frustrassem a aplica o de medidas antidumping vigente no Brasil Tais pr ticas buscavam diretamente frustrar a efetividade da medida de defesa comercial fazendo que a empresa nacional sujeita ao direito n o estivesse mais protegida contra o dumping Essa Portaria apresentava em seu artigo 4 quatro formas de elis o fiscal contra as quais pode haver medidas antidumping I a introdu o no territ rio nacional de partes pe as ou componentes cuja industrializa o resulte em produt
95. do Supremo Ao tutelar a uni o homossexual como fam lia o STF procurou ponderar os princ pios norteadores do atual Direito de Fam lia consubstanciados na Carta Magna recha ando valores ultrapassados os quais se encontram em descompasso com a realidade contempor nea Desse modo abre se a possibilidade dos casais homoafetivos que vivem em uni o est vel adotarem conjuntamente crian a ou adolescente atendendo ao melhor interesse daqueles que aguardam o momento de serem inseridos em uma fam lia substituta 2 CONSULTOR JUR DICO Parlamento uruguaio aprova ado o por casais gays Dispon vel em lt http www conjur com br 2009 set 10 parlamento uruguaio aprova adocao criancas casais gays gt Acesso em 08 09 11 HAIDAR Rodrigo A Quarta Fam lia Supremo reconhece uni o est vel homoafetiva Dispon vel em lt http www conjur com br 2011 mai 05 supremo tribunal federal reconhece uniao estavel homoafetiva gt Acesso em 13 09 11 54 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Nesse sentido o Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul na Apela o C vil n 70031574833 decidiu acerca da possibilidade da ado o por casal homoafetivo observando que essas uni es s o consideradas como entidade familiar mostrando que n o h qualquer preju zo
96. e II por necessidade de altera o do projeto ou das especifica es para melhor ade qua o t cnica aos objetivos da contrata o a pedido da administra o p blica des de que n o decorrentes de erros ou omiss es por parte do contratado observados os limites previstos no 8 1 do art 65 da Lei no 8 666 de 21 de junho de 1993 A hip tese de altera o unilateral delimitada pelo art 90 840 II da Lei 12 462 11 est igualmente positivada no art 65 I a e b da Lei 8 666 93 n o havendo nesse ponto problemas novos Portanto n o incluiremos esses debates no foco do presente texto Problema novo foi trazido pela reda o do art 90 caput e do art 90 840 I ambos do RDC Se comparado com a Lei 8 666 93 houve redu o dr stica das hip teses que autori 120 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 zam a modifica o contratual com o objetivo de promover o reequil brio econ mico financei TO Na Lei 8 666 93 uma das hip teses de recomposi o era a superveni ncia de caso fortuito e for a maior j na contrata o integrada do RDC essa hip tese acabou por ser a ni ca ficando exclu dos prima facie i fatos imprevis veis ou fatos previs veis de consequ ncias incalcu
97. e f tico destes Podendo por outro lado servir de garantia concretude de cer tos direitos ante o conflito destes pautando se nos princ pios da proporcionalidade e razoabi lidade SARLET 2008 p 30 Verifica se portanto que a aplica o da reserva do poss vel deve ser analisada em seus diversos aspectos considerada toda a sua complexidade a fim de que a m xima efetiva o dos direitos sociais ante ao atual status constitucional que nos dado seja garantida 5 VIS O JURISPRUDENCIAL E PONDERA O Certamente que algumas vezes o or amento p blico n o comporta a integral sa tisfa o do direito social No entanto com frequ ncia a Administra o P blica tem se acober tado sob o manto da reserva do poss vel e artificialmente sem comprovar qualquer impossi bilidade jur dica ou econ mica Tanto que em decis o proferida pelo Supremo Tribunal Federal no que tange tal discuss o o Ministro Celso de Mello sustentou que A cl usula da reserva do poss vel ressalvada a ocorr ncia de justo motivo objetiva mente afer vel n o pode ser invocada pelo Estado com a finalidade de exonerar se do cumprimento de suas obriga es constitucionais notadamente quando dessa conduta governamental negativa puder resultar nulifica o ou at mesmo aniquila o de direitos constitucionais impregnados de um sentido de essencial fundamenta lidade STF RE 436 996 6 2005 Este o problema da imp
98. ed S o Paulo Atlas 2003 Direitos humanos fundamentais Teoria geral 8 ed S o Paulo Atlas 2007 MOREIRA Alinie da Matta As restri es em torno da reserva do poss vel Uma an lise cr tica Belo Horizonte F rum 2011 OLIVEIRA NETO Francisco Jos Rodrigues de O juiz como garantidor dos direitos fun damentais In Constitui o e Estado Social os obst culos concretiza o da Constitui o OLIVEIRA NETO Francisco Jos COUTINHO Jacinto Nelson de Miranda et al S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2008 OLSEN Ana Carolina Lopes Direitos fundamentais sociais Efetividade frente reserva do poss vel Curitiba Juru 2008 PARAN Tribunal de Justi a Reex Nec n 0770465 6 Rel Des Adalberto Jorge Xisto Pe reira j 07 7 2011 Dispon vel em lt http www jfpr jus br conteudo sentencas e acordaos principio da reserva do possivel 434 gt Acessado em 01 11 2012 PEREZ LUNO Ant nio E Los derechos fundamentales 5 ed Madrid Tecnos 1993 p 193 PIOVESAN Fl via Direitos humanos e o direito constitucional internacional 13 ed rev e atual S o Paulo Saraiva 2012 RIO GRANDE DO SUL Tribunal de Justi a Apela o C vel n 70045721578 Dispon vel em http www jusbrasil com br jurisprudencia 21393427 apelacao civel ac 70045721578 rs tirs Acessado em 05 11 2012 154 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss v
99. em 13 de setembro de 2012 PERNAMBUCO Assembleia Legislativa Lei 13 796 de 11 de junho de 2009 Institui no Estado de Pernambuco o Cadastro para bloqueio do recebimento de liga es de telemarketing e d outras provid ncias Dispon vel em lt http legis alepe pe gov br arquivo Texto aspx tiponorma 1 amp numero 137968 amp complemento 0 amp ano 2009 amp tipo gt Acesso em 02 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Lei 14 566 de 27 de dezembro de 2011 Obriga o encaminhamento aos contraentes por escrito de uma via dos contratos firmados por call center internet e similares Dispon vel em lt http legis alepe pe gov br arquivo Texto aspx tiponorma 1 amp numero 14566 amp complemento 08ano 2011 amp tipo gt Acesso em 02 de setembro de 2012 PROBARE C digo de tica Dispon vel em lt http www probare com br codigo html gt Acesso em 30 de setembro de 2012 DD Norma de Maturidade de Gest o Dispon vel em lt http www probare com br norma html gt Acesso em 30 de setembro de 2012 REINALDO FILHO Dem crito O sistema de call center teleatendimento sua insufici ncia e a obriga o das operadoras de telefonia m vel de disponibilizar postos de atendimento aos usu rios Dispon vel em lt http jusvi com artigos 27026 gt Acesso em 27 de agosto de 2012 RIO DE JANEIRO Assembleia Legislativa Lei 5 739 de 07 de junho de 2010 Disp e sobre a abertura e utiliza o de cadastro
100. entendida de uma forma mais ampla do que meramente um conjunto de pessoas mas sim como um conjunto de elementos com caracter s ticas em comum definidas temporalmente e espacialmente j a amostra seria um subconjunto qualquer desta popula o Para fazer a infer ncia estat stica necess ria uma amostra repre sentativa dos dados populacionais preferencialmente rand mica aleat ria ou seja obtida atrav s de um sorteio probabil stico Dos elementos ou indiv duos de uma popula o ou amostra podemos levantar caracter sticas opini es ou fatos que variam de indiv duo para indiv duo as vari veis As va ri veis podem ser classificadas basicamente como vari veis qualitativas e quantitativas Algu mas vari veis como sexo educa o estado civil apresentam como realiza es de uma quali dade ou atributo do indiv duo pesquisado e s o chamadas qualitativas Ao passo que outras como n mero de filhos idade sal rio apresentam como poss veis realiza es n mero resul tantes de uma contagem ou mensura o e s o chamadas quantitativas Dentre as vari veis qualitativas podem se distinguir as ordinais para as quais existe uma ordem como o grau de instru o ou as nominais para as quais n o existe nenhuma ordena o como o sexo e o esta do civil As quantitativas tamb m sofrem uma classifica o dicot mica podendo ser classifi cadas em discretas quando os poss veis valores formam um conjunto finito ou enume
101. entre a conduta e o resultado A rela o causal estabelece o v nculo entre determinado comportamento e um evento permitindo concluir com base nas leis naturais se a a o ou omiss o do 33 VENOSA Silvio de Salvo Direito Civil Responsabilidade Civil 3 ed S o Paulo Atlas 2003 p 28 sa DINIZ Maria Helena Curso de Direito Civil brasileiro Responsabilidade Civil 22 ed rev atual e ampl S o Paulo Saraiva 2008 p 60 3a STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 129 223 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 agente foi ou n o a causa do dano determina se o resultado surge como consequ n cia natural da volunt ria conduta do agente Algo assim como se chover fica molha do O juiz ao analisar casos de responsabilidade civil dever eliminar todos os fatos irrelevantes para a efetiva o do dano e demonstrar o fato ocorrido o qual sem ele o resultado do dano jamais teria ocorrido Para ajudar na an lise do caso concreto existem teorias as quais buscam uma me lhor solu o para cada caso Ainda Sergio Cavalieri Filho comenta em especial duas teorias a Teoria da equi val ncia dos antecedentes e a Teoria da causalidade adequada Sendo
102. est o interligados milh es de computadores sejam eles universit rios militares comerciais cient fico ou pessoal todos interconectados a rede de redes que pode ser conectada por linha telef ni ca sat lite liga es por microondas ou por fibra tica A internet passou por diversas adapta es e aprimoramento ao ponto que hoje todas as atividades s o facilitadas por essa grande inven o melhorando e agilizando a vida de todos no entanto trouxe conflitos sociais dos quais agora devem ser disciplinados Desse modo faz se necess rio conhecer alguns regramentos b sicos do C digo Civil dos quais possamos aplica lo na Responsabilidade Civil dos Provedores de Internet o que se passa a estudar 3 OS PROVEDORES E A RESPONSABILIDADE CIVIL Cada provedor respons vel por fornecer um determinado tipo de produto ou ser vi o a cada usu rio que poder ser pessoa jur dica ou f sica Assim a cada tipo de dano cau sado aos usu rios se tem um ou mais respons veis pelos danos causados a eles sendo que coube ao C digo Civil de 2002 trazer a regulamenta o deste dispositivo sabendo que essa uma antiga e ainda atual problem tica jur dica na sociedade Com a expans o dos neg cios jur dicos tanto contratuais como extracontratuais faz se necess rio uma adapta o jur dica mais aprofundada sobre a mat ria de responsabilida de civil uma vez que a todo tempo novas rela es jur dicas nascem e assim j
103. exclusivamente nos ju zes vem a tona uma preocupa o voltada para a resolu o de um conflito Mas aqui ao analisar um ramo dos servi os que gera alta litigiosidade como o teleatendimento pretende se demonstrar solu es para que o conflito n o chegue a acontecer e n o acarrete as consequ ncias j de monstrads Para isso em vez de centralizar no juiz o papel de constru o dos conceitos das cl usulas gerais nos casos concretos por que n o alocar este papel no empres rio como uma medida de gest o e ao mesmo tempo de cumprimento legal Por bvio que nem todos os empres rios dos servi os de teleatendimento det m o conhecimento jur dico dos magistrados entretanto devem ser assessorados por juristas que busquem primeiramente trabalhar em car ter preventivo Com uma orienta o jur dica feita antes do conflito passar a se estimular um amadurecimento jur dico quanto percep o tele ol gica do ordenamento fazendo desonerar a m quina estatal de quest es como o excesso de processos judiciais e cria o exacerbada de normas Para Marinho Silva 2004 p 19 o que existe hoje comprovadamente demonstra do pelo relat rio das normas demonstradas neste estudo diante da escassez de normas traba lhistas de car ter protetivo a integridade do obreiro e pouco reconhecimento aos profissionais 270 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr
104. existencial que ora se concebe composto de quatro elementos tr s materiais e um instrumental a saber a educa o fundamental a sa de b sica a assist ncia aos desamparados e o acesso Justi a Repita se ainda uma vez que esses quatro pontos correspondem ao n cleo da dignidade da pessoa humana a que se reconhece efic cia jur dica positiva e a fortiori o status de direito subjetivo 12 SAULE J NIOR Nelson coord Op cit p 63 14 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 exig vel diante do Poder Judici rio Por outro lado comp e o direito a assist ncia 1 alimenta o 2 vestu rio 3 sal rio social benef cio previsto na Lei Org nica de Assist ncia Social LOAS e 4 moradia Percebe se portanto que o direito moradia comp e o n cleo do m nimo existencial garantido pelo princ pio da dignidade da pessoa humana tendo em vista que somente com a efetiva o destes direitos que a pessoa pode desfrutar de uma vida digna Por esta raz o a pol tica habitacional brasileira deve facilitar a entrada de diversas camadas da popula o no mercado habitacional seja atrav s de leis planos ou pol ticas p blicas Os mais difere
105. la os com o adotando pens o aliment cia no caso de separa o de seus pais de fato entre outros Matos 2006 p 92 explica que os eventuais efeitos jur dicos pretendidos n o se operam automaticamente em raz o da aus ncia de formalidade de um dos parceiros Desta forma o processo de ado o atendidos os requisitos pr estabelecidos pelo ECA a luz do 2 do art 42 deve ser permeado pelo princ pio da isonomia visando n o so mente coibir a discrimina o de homossexuais ou de pares homoafetivos mas principalmente atender ao superior interesse das crian as ou adolescentes a terem uma fam lia Assim defende se aqui n o apenas a inclus o da possibilidade da ado o ser reali zada por par homoafetivo mas sim a isonomia de tratamento ao casal homossexual que deseja participar do processo de ado o pois n o se pode em nome do preconceito que permeia ain da nossa sociedade privar crian as ou adolescentes do conv vio de uma fam lia 5 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BARCELLOS Cid Pav o Uni o homoafetiva STF deve se debru ar sobre uni o MATOS Ana Carla Harmatiuk Filia o e Homossexualidade Anais do V Congresso Brasileiro de Direito de fam lia IBDFAM Fam lia e Dignidade Humana Coordena o de Rodrigo da Cunha Pereira S o Paulo IOB Thomson 2006 56 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculd
106. lhe fazem qualquer refer ncia Os principais comentadores silenciam Afirmam se em contr rio os princ pios da autonomia da vontade humana e da irretratabilidade das conven es Vivendo momentos de adormecimento foi no conflito mundial da segunda d ca da do s culo atual que veio reavivar a teoria j recolhida ao museu hist rico do direito Para que a teoria possa ser aplicada nenhum dos contratantes pode ter dado causa ao fato sua ocorr ncia deve ser alheia vontade das partes n o deve haver culpa pois caso contr rio o fato deixaria de ser extraordin rio uma vez que seu acontecimento seria evit vel pelo emprego da dilig ncia que se espera dos contratantes Da mesma forma n o ser cab vel a revis o quando mesmo que de origem extra ordin ria o evento puder ter seus efeitos minimizados ou anulados pelo comportamento das partes que t m o dever de mitigar suas perdas n o podendo ficar acomodadas assistindo pas s veis os acontecimentos O encargo a ser suportado deve abalar a comutatividade da aven a N o se aplica de forma banal a teoria da imprevis o se ocorreu o extraordin rio mas n o houve rompimen to significativo da equival ncia do contrato n o h falar em reequil brio econ mico financei ro N o pois a simples eleva o de pre os em propor o suport vel como lea pr Estado os arestos aqui mencionados s o os que ganharam maior relev ncia Por isso m
107. linhas de comunica o que juntas comp e o backbone ou seja uma espinha dorsal que interliga todas as redes 4 CASTRO Carla Rodrigues Ara jo de Crimes de Inform tica e seus Aspectos processuais 2 edi o Rio de Janeiro Lumen Juris 2003 p 55 PAESANI Liliana Minardi Direito e Internet liberdade de informa o privacidade e responsabilidade Civil 2 edi o S o Paulo Atlas 2003 p 25 NSFNET National Science Foundation Network programa de financiamento da internet 213 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 No entanto s em 1995 o Minist rio das Comunica es e da Tecnologia criou o Comit Gestor da Internet CG que regulamente toda a internet Junto foi aprovada a Norma 04 1995 que conceituou internet como sendo nome gen rico que designa o conjunto de redes os meios de transmiss o e comuta o roteadores equipamentos e protocolos necess rios comunica o entre computadores bem como o software e os dados contidos nos computadores Alguns doutrinadores fazem seus pr prios conceitos mas n o fogem da linha de conceito dada pela Norma Assim pode se ver no conceito de Carla Rodrigues Ara jo de Cas tro conceitua internet como sendo uma grande rede de comunica o mundial onde
108. m como um freio para que o causador do dano n o repita as atitudes lesivas Como conclui o professor Petr nio de Barros o sentimento jur dico dominante na maior parte da doutrina e especialmente no mbito do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justi a aponta para acolhimento dessa ltima tend ncia qual seja a natureza jur dica da repara o do dano moral no Brasil reparat ria disciplinadora destaca se o papel da Ministra Eliana Calmon como firme defensora da tese Quanto s formas de reparar esse dano extrapatrimonial a doutrina em geral cos tuma classifica las de diversas maneiras dentre quais atribu mos maior relev ncia na diferen cia o da repara o in natura da repara o pela via indireta A repara o in natura a repara o tanto por tanto aquela que seria capaz de reparar integralmente o dano causado e por esse motivo deve ser tida como preferencial na ocasi o de condena o do ofensor em detrimento da via indireta que a pecuni ria Nesse sentido claro o magist rio de Am rico Lu s Martins da Silva a repara o do dano moral deve ser quando poss vel satisfeita in natura No caso desse tipo de repara o n o ser poss vel caber a repara o atrav s de compensa o pecuni ria Ainda quanto s formas de repara o do dano menciona se a t tulo de curiosidade o disposto na Lei 5 250 67 Lei de Imprensa que em seus artigos 1
109. meio dos quais n o deseja o contato IV a entidade que patrocinar ou aquela que for contratada para prestar servi os de telemarketing dever manter por um per odo de tr s meses os registros das pessoas f sicas e jur dicas destinat rias de cada campanha de telemarketing V vedada a cess o ou comercializa o de bancos de dados de pessoas f sicas e jur dicas cujos dados tenham sido fornecidos em campanha de telemarketing sem a expressa autoriza o das mesmas VI pessoa incapaz ou menor de idade sem autoriza o dos pais ou respons veis legais n o pode ser destinat ria de campanha de telemarketing devendo ser finalizado o contato e exclu do o referido registro das bases de dados t o logo seja identificada tal situa o 8 1 Em todo o contato de telemarketing devem ser informados claramente a entidade patrocinadora e o n mero telef nico ou s tio na internet por meio dos quais a pessoa poder exercer o direito que lhe assegura o inciso II do caput 8 2 O servi o cadastral a que se refere o inciso I do caput deve ser capaz de armazenar todos os n meros telef nicos endere os de correio eletr nico e outros c digos de acesso individuais que a pessoa pretenda informar com a finalidade de vedar o contato 8 3 Fica autorizado o contato com pessoa por meio de c digo de acesso individual que n o tenha sido informado 8 4 O servi o cadastral a que se refere o inciso I do caput deve permitir que a pess
110. minoria que apoiam o Governo que est em gest o enquanto a oposi o usa o Judici rio para comba ter as pol ticas do Governo Por fim modelo constitucional delega ao Poder Judici rio e ao Ei VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 52 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Jurisdi o Constitucional p 115 BARROSO Luis Roberto Judicializa o p 73 74 7 ARANTES Rog rio Bastos Direito e Pol tica o Minist rio P blico e a Defesa dos Direitos Coletivos Revista Brasileira de Ci ncias Sociais S o Paulo v 14 n 39 fev 1999 p 1 2 85 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Minist rio P blico a tarefa de proteger os direitos e interesses individuais bem como a garan tia de direitos coletivos e sociais Destarte atrofiados em meio a um emaranhado de questionamentos t cnicos ti cos e morais os Poderes de soberania se encontram descredenciados perante os cidad os que lan am ent o seu olhar de esperan a sobre o terceiro trip da Rep blica O Poder Judici rio Nesse contexto nota se o esfor o dos Tribunais no sentido de tentar aplacar a cri se instalada entre as tr s grandes arenas pol ticas do governo e minimizar as intensas viola es da
111. moradia por cinco anos ininterruptamente e sem oposi o onde n o for poss vel identificar os terrenos ocupados por possuidor a concess o de uso especial para fins de moradia ser conferida de forma coletiva desde que os possuidores n o sejam propriet rios ou concession rios a qualquer t tulo de outro im vel urbano ou rural O t tulo ser obtido pela via administrativa ou judicial e servir para efeito de registro no servi o imobili rio conforme Lei de Registros P blicos no artigo 167 inciso 1 item 37 com reda o da Medida Provis ria citada anteriormente GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 2 Concess o especial para fins de moradia x concess o de direito real de uso Primeiramente cabe diferenciar a concess o especial para fins de moradia com a concess o de direito real de uso A concess o de direito real de uso um instituto primitivo institu do no Decreto Lei n 271 67 no artigo 7 posteriormente modificado pela Lei n 6 766 79 que disp e sobre o parcelamento do solo urbano lei esta que trata basicamente de contratos de compra e venda contratos de promessa de compra e venda e contratos de cess o de direitos que geram
112. ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 cometa novos delitos enquanto as restantes san es jur dicas t m uma finalidade primordialmente ressarcit ria ou reparadora Mesmo frente a estas mencionadas dificuldades voltando a tratar do Direito de forma generalista poss vel apresentar a posi o do jurista ingl s Dworkin 1999 p 492 O direito n o esgotado por nenhum cat logo de regras ou princ pios cada qual com seu pr prio dom nio sobre uma diferente esfera de comportamentos Tampouco por alguma lista de autoridades com seus poderes sobre parte de nossas vidas O im p rio do direito definido pela atitude n o pelo territ rio o poder ou o processo Estudamos essa atitude principalmente em tribunais de apela o onde ela est dis posta para a inspe o mas deve ser onipresente em nossas vidas comuns se for para servir nos bem inclusive nos tribunais uma atitude interpretativa e auto reflexi va dirigida pol tica no mais amplo sentido uma atitude contestadora que torna todo cidad o respons vel por imaginar quais s o os compromissos p blicos de sua sociedade com os princ pios e o que tais compromissos exigem em cada nova cir cunst ncia O car ter contestador do direito confirmado assim como reconheci do o papel criativo das decis es privadas pela retrospectiva da natureza j
113. nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 objeto de valor probat rio sem exigir que para a consuma o do delito ocorra a produ o de um resultado natural stico sendo que o ato de deixar de restituir autos tornar inevit vel que o agente alcance o resultado por este pretendido qual seja retardar a justi a em favor de uma das partes do processo de modo que h uma antecipa o valorativa por parte da lei quanto ofensividade ou lesividade O comportamento em si tendente produ o de um resultado ainda que este n o se realize suficiente para a configura o do delito 4 5 Consuma o O C digo Penal em seu art 14 I declara que haver a consuma o do crime quando se re nam no fato todos os elementos de sua defini o legal Tavares 2009 explica que a identifica o do momento consumativo do delito depende de uma interpreta o do tipo de delito em esp cie No que se refere ao delito previsto pelo art 356 do CP este se inclui nos delitos chamados de mera atividade consumando se conforme preleciona o eminente jurista com a realiza o da pr pria conduta uma vez que esta preencha todos os elementos de sua descri o t pica Assim o crime de sonega o de autos tem o seu momento consumativo no instan te em que o advogado depois de expirado o prazo para a devolu o dos autos ao cart rio n o os restitui sendo imp
114. o dos poderes Por esta vis o o Judici rio n o responderia politicamente pelo povo pois ele n o seria democraticamente leg timo para dizer quais s o as suas necessidades cabendo esta deci s o ao pr prio povo atrav s dos rg os eleitos d ficit democr tico Em sentido diverso h doutrinadores que defendem que a atividade atualmente desempenhada pelo STF n o impr pria fun o de um Tribunal porque consiste num ins trumento eficaz de concre o da dignidade da pessoa humana cidadania justi a e democra cia Nesse contexto reflete se sobre o direito fundamental sa de compreendido como um direito social que deve ser cumprido pelo Estado Em caso de omiss o ao cumpri mento desse dever estatal o caminho natural que haja uma invoca o jur dica desse direito em determinada situa o concreta S o not rias as falhas no servi o de sa de de insufici ncia de quadro m dico de baixa qualifica o do servi os em geral de car ncias materiais elementares de superlota o de equipamentos p blicos de sa de de terceiriza o de m o de obra fragilidade dos progra mas de preven o de doen as e falta de medicamentos Por isso no campo do direito sa de muitas vezes quest es complexas s o pos tas aprecia o do rg o judicante Diante disso s o apresentados posicionamentos que ver sam sobre uma atua o mais criativa e ativa dos Ju zes para concretizar esse direito funda ment
115. o para a justa remunera o da obra ser vi o ou fornecimento objetivando a manuten o do equil brio econ mico financeiro inicial do contrato na hip tese de sobrevirem fatos imprevis veis ou previs veis po r m de consequ ncias incalcul veis retardadores ou impeditivos da execu o do ajustado ou ainda em caso de for a maior caso fortuito ou fato do pr ncipe confi gurando lea econ mica extraordin ria e extracontratual O dispositivo tratou da mesma maneira os casos em que ocorressem i fatos im previs veis ou fatos previs veis de consequ ncias incalcul veis retardadores ou impeditivos da execu o do ajustado ii for a maior e caso fortuito iii fato do pr ncipe iv lea econ mica extraordin ria e extracontratual Em todos esses casos poder haver modifica o contratual com o objetivo de ree quilibrar os direito e deveres das partes Se a Lei 8 666 1993 foi ampla na quest o o RDC ao tratar da contrata o integrada foi mais rigoroso Art 9 Nas licita es de obras e servi os de engenharia no mbito do RDC poder ser utilizada a contrata o integrada desde que t cnica e economicamente justifica da 8 4 Nas hip teses em que for adotada a contrata o integrada vedada a celebra o de termos aditivos aos contratos firmados exceto nos seguintes casos I para recomposi o do equil brio econ mico financeiro decorrente de caso fortui to ou for a maior
116. ou tras Unidades da Federa o iniciassem um enorme fen meno legiferante relacionado ao telea tendimento o qual estimula a conduta moral do dever ser pela aplica o de san es legais e normas demasiadamente detalhadas enfraquecendo a cren a que a simples aten o respon sabilidade tico social nas presta es de servi o de teleatendimento possam reduzir substan cialmente os conflitos di rios Com a infla o das normas a conduta moral sucumbe ante as import ncias econ micas isto qualquer eventual conflito gerado por este meio considera do apenas como um custo a mais a ser encaixado no or amento anual das empresas e n o como algo que se reiteradamente praticado pode comprometer toda uma cadeia de pol ticas p blicas As empresas ent o criam um c rculo vicioso veja se ao adotar pol ticas inade quadas aos postulados gerais do ordenamento jur dico acabam por gerar conflitos com a soci edade em geral o que compromete a atua o estatal seja no Poder Judici rio pelo ac mulo de processos e no Legislativo e Executivo pela numerosa edi o de normas e imposi o da ado 251 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 o de padr es por san es e determina es legais e administrativas Da fica o seguint
117. provar o dano e o nexo de causalidade no entanto n o precisa provar a culpa uma vez que os provedores deve arcar com os riscos da atividade n o podendo transferir a responsabilidade para seus usu rios O provedor de hospedagem assim como os outros tem o costume de firmar con tratos de ades o limitando garantias de adequa o de servi o e limitando suas responsabilida des nos casos de danos no entanto essas cl usulas s o abusivas e consideradas nulas As ex cludentes de responsabilidade deste provedor tamb m est o previstas no 8 3 do artigo 14 do C digo de Defesa do Consumidor A respeito da responsabilidade dos provedores de hospedagem por atos il citos co metidos por seus usu rios ou por terceiros podemos citar o mesmo exemplo dado por Marcel Leonardi como uma livraria ou banca de jornais e revistas n o controla o conte do das pu blica es que vende o provedor de hospedagem n o exerce quaisquer atividade de edi o Como o provedor de hospedagem n o tem controle das informa es nem do con te do n o se pode imput lo a responsabilidade pelo dano causado do autor de um ato il cito N o h rela o nenhuma entre o autor do ato il cito e o provedor de hospedagem pois esse n o titular da p gina hospedada apenas cede o espa o para armazenar um conte do n o se falando em responsabilidade solid ria Marco Aur lio Greco exp e seu posicionamento sobre o controle de trafego de in
118. que a justi a estava relacionada felicidade social Neste sentido corrobora se a com a concep o de justi a de forma coletiva com base no bem comum Na teoria utilitarista n o h espa o para pensar ou defender os direitos individuais considerando que estes iriam contra a perspectiva utilit ria da sociedade e ou da comunidade de forma geral Pois ao referendar perspectivas individualistas consequente mente estas seriam priorizadas em detrimento do bem maior que seria o bem comum Neste ponto insurge o vi s pol mico da teoria utilitarista em benef cio da sociedade de modo am 63 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 plo alguns sujeitos sociais poderiam ser sacrificados para que o bem estar geral pudesse ser alcan ado Ou seja nesta teoria tudo se relaciona ao princ pio da utilidade coletiva Com base nessa vis o SANDEL 2013 ao abordar um exemplo que envolve tor tura a determinado sujeito que poderia colocar em risco a totalidade dos sujeitos instiga O argumento a favor da tortura nesse caso come a com um c lculo utilitarista A tor tura inflige dor ao suspeito reduzindo muito a sua felicidade ou utilidade Mas mi lhares de inocentes morrer o se a bomba e
119. que ocorrem no mundo cada vez mais globalizado E essa globaliza o tem na OMC o seu canal de discuss o de defesa de acertamento das normas que devem reger o com rcio internacional e da irradiadas para cada legisla o nacional dos pa ses signat rios 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BARRAL Welber Dumping e Com rcio Internacional A regulamenta o antidumping ap s a Rodada Uruguai Rio de Janeiro Ed Forense 2000 BARROS Maria Carolina Mendon a Antidumping e Protecionismo S o Paulo Ed Adua neiras 2004 CAPARROZ Roberto Com rcio Internacional Esquematizado S o Paulo Ed Saraiva 2012 CORDOVIL Leonor Antidumping Interesse p blico e protecionismo no com rcio interna cional S o Paulo Ed Revista dos Tribunais 2011 182 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 FONSECA Hugo Soares Porto Tens es nas Rela es Comerciais Internacionais Medidas Antidumping e Protecionismo sob uma perspectiva brasileira lt www biblioteca pucminas br teses Direito FonsecaHS 1 pdf gt Acessado em 07 04 2013 OLIVEIRA Caio Figueiredo Cibella de Medidas anticircunven o lt www funcex org br publica es rbce material rbce 109 cfco pdf gt Acessado em 07 04 2013 183 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M
120. que se desvenda a partir da presun o de evidencia UERJ 2011 THEODORO JUNIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil vol 1 52 ed Rio de Janeiro Forense 2011 TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 ZAFFARONI Eugenio Ra l Manual de Direito Penal Brasileiro vol 1 Parte Geral 8 ed 207 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 rev atual S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 208 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami De Macedo Guilherme Tomizawa Orientador RESUMO O presente trabalho tem por finalidade analisar a responsabilidade civil de cada provedor de servi o de Internet Tendo como foco identificar quais os casos em que o provedor de internet ser responsabilizado objetivamente ou subjetivamente diferenciando os casos de dano por seus pr prios atos e danos por atos il citos cometidos por terceiros Analisa se a aplic
121. quest o habitacional como um componente essencial da atua o do Estado Brasileiro na promo o de pol ticas p blicas voltadas para a redu o das desigualdades sociais erradica o da pobreza e na garantia dos direitos das pessoas que vivem nas cidades O m nimo existencial o conjunto de bens e utilidades indispens veis a uma vida humana digna ou seja s o os direitos que de t o essenciais se n o forem assegurados a pessoa n o ter uma vida digna b sica o m nimo sem o qual o ser humano n o ter sua dignidade respeitada Seu conte do extra do de tr s princ pios a princ pio da dignidade da pessoa humana artigo 1 inciso III da Constitui o b princ pio da liberdade material artigo 5 diversos incisos da Constitui o c princ pio do estado democr tico e social de direito artigo 1 caput da Constitui o O m nimo existencial estabelece um subgrupo menor e mais preciso de direitos visando conferir maior efetividade a estes H diferentes vis es sobre o conte do do m nimo Entretanto a maioria da doutrina adota como componente do m nimo a educa o artigo 208 inciso I da Constitui o b sa de c assist ncia aos desamparados d acesso justi a que o instrumento indispens vel para assegurar os direitos sociais caso o Estado n o o fa a espontaneamente Na linha do que se identificou no exame sistem tico da pr pria Carta de 1988 o m nimo
122. rafaeldemenezes adv br artigo Responsabilidade Civil na internet e Cybercrimes 31 Acesso em 16 maio 2013 p 1 227 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Nota se que o C digo de Defesa do Consumidor utiliza a responsabilidade objeti va para os fornecedores de servi os classificando pelo defeito do servi o dano experimentado pelo consumidor e a rela o de causalidade entre o defeito e o dano Para identificarmos os ti pos de defeitos o par grafo 1 trouxe apenas um rol exemplificativo o qual depender da ati vidade exercida pelo fornecedor de servi o J o par grafo 2 refere se ao produto que era adequado na poca em que foi con tratado no entanto para os provedores de internet n o se aplica uma vez que o servi o con tratado uma atividade continuada tendo o dever de atualizar seus equipamentos no momento da utiliza o e n o s no momento da contrata o Na sequ ncia o par grafo 3 trata das excludentes de responsabilidade apenas a inexist ncia de um defeito e a culpa exclusiva da v tima ou de terceiro mas a doutrina em de terminados casos admite tamb m o caso fortuito e a for a maior O par grafo 4 apenas trata dos casos de profissionais liberais que ter o responsabilidade subjetiva ou seja mediante
123. ram o veto pois a primeira n o traria nenhuma garantia efetiva ao consumidor e a segunda flexibilizaria o Decreto 6 235 08 norma hierarquicamente superior Ademais o que h de comum entre os dois projetos paulistas que ambos incenti vam que o fornecedor do servi o mediante o teleatendimento a disponibilizar endere o para o qual o consumidor poder enviar carta solicitando informa es reclama es e cancelamen to de servi os e aduz ainda que o Aviso de Recebimento AR da carta devidamente assinado 257 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 v lido para qualquer reclama o posterior ou seja meio de prova Ocorre que segundo o veto do Projeto de Lei 566 06 o art 5 deste que trata da quest o do AR somente daria efic cia de prova a este instrumento excluindo os demais como por exemplo o protocolo da liga o Ora a infelicidade do veto neste ponto traduz se no impedimento que foi feito ao consumidor a uma forma de materializa o da prova da m presta o do servi o Em ambos os projetos est descrito O aviso de recebimento da correspond ncia AR devidamente as sinado documento v lido para qualquer reclama o posterior art 5 par grafo nico do PL 566 06 e art 1 8 2 do PL 146 1
124. review in North America that consists on the great re presentation of judicial activism It discusses the concepts of judicial activism and the judicia lization of politics with their differences It is also analyzes the perspectives of judicial acti Advogada atuante em Direito Administrativo e Previdenci rio Mestranda em Direito pelas Faculdades Integradas do Brasil UniBrasil na rea de concentra o Direitos Fundamentais e Democracia Pesquisadora do N cleo de Pesquisas em Direito Constitucional da UniBrasil NupeConst P s Graduada em Direito P blico pela Escola da Magistratura Federal do Paran Especialista em Direito Administrativo pelo Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar Bacharel em Direito pelo Centro Universit rio Curitiba Unicuritiba Email heleticia oliveira yhotmail com 77 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 vism in Brazil and their main criticisms Furthermore this essay discusses the fundamental right to health provided as a social right that must be satisfied by the State Therefore in the field of the right to health the Judiciary often appreciates hard cases Indeed positions are presented that cover a more creative and active role of judges to realize this fundamental righ
125. ri as inscri es desabonadoras e afirmou que o ponto central da discuss o n o a situa o do negativado e sim o ato il cito cometido pelo credor que deu cabo inscri o indevida Ap s o voto acima resumido foi dada a palavra ao Ministro Jo o Ot vio de Noro nha que proferiu voto oral divergente opinando pela inexist ncia de dano v tima em caso de pr negativa o Em suma o mesmo argumentou que o dano causado pela inscri o inde vida nos rg os de restri o ao cr dito a imputa o de mau pagador quele que n o o Afirmou ainda que comum devedores com in meras negativa es suscitarem a ocorr ncia do dano moral e do abalo de cr dito mas que estes visam muitas vezes apenas a repara o pecuni ria sem sequer requerer a baixa da restri o Assim considerando a incid ncia do princ pio da boa f objetiva concluiu que n o h dano a ser reparado nesses casos Em seguida os Ministros Luis Felipe Salom o Fernando Gon alves Carlos Fer nando Mathias e Aldir Passarinho Junior este ltimo salientou ainda a exist ncia de votos seus nesse sentido desde o ano de 2005 acompanharam a diverg ncia inaugurada pelo Minis tro Jo o Ot vio de Noronha encerrando o julgamento 3 2 A exce o da pr negativa o Pouco ap s o julgamento do leading case acima examinado como visto o Superi or Tribunal de Justi a cumpriu sua fun o institucional de uniformiza o da jurisprud n
126. rio a essa categoria es pec fica de consumidores A boa f objetiva um princ pio autoexplicativo Judith Martins Costa 1998 p 14 enxerga a boa f como regra de conduta fundada na honestidade na retid o na lealda de e principalmente na considera o para com os interesses do alter visto como um membro do conjunto social que juridicamente tutelado deste princ pio que partem as condutas pr ticas a serem tomadas por quem organiza o setor de teleatendimento Nesse sentido uma sugest o interessante seria o aprimoramento das ouvidorias que usualmente s o consideradas como a segunda inst ncia dos SACs uma vez que funcio nam como um canal direto com a institui o demandada onde dada uma maior aten o causa do problema do que aos relatos casuais Por m a ouvidoria n o deve ser vista como apenas outra via de reclama o Ela possui um vi s social Assim conforme afirma Vismona apud Garcia 2011 p 20 a ouvidoria que representa a parte lesada dentro da institui o de vendo analisar imparcialmente da reclama o para tentar solucionar a causa do problema de e Apenas recentemente em 2001 que o TST estabeleceu a jornada equiparada aos telefonistas ao cancelar OJ n 273 SDI I isto constata o atraso do nosso ordenamento jur dico em dar aten o a um setor de mercado que cresceu muito nos ltimos anos e nem se compara ao servi o de telefonista que diante do implemento de novas tecnologia
127. rmaco registrado na ANVISA N o comprova o de grave les o ordem economia sa de e seguran a p blicas Possibilidade de ocorr ncia de dano inverso Agravo regimental a que se nega provimento BRASIL Supremo Tribunal Federal Agravo Regimental na Suspens o de Tutela Antecipada 175 Cear Tribunal Pleno Relator Ministro Gilmar Mendes Julgado em 17 03 2010 DJe 30 04 2010 1 A esse respeito veja BRASIL Supremo Tribunal Federal Suspens o de Tutela Antecipada 244 Paran Tribunal Pleno Relator Ministro Gilmar Mendes Julgado em 11 11 2008 DJe 18 11 2008 Na STA 244 o Estado do Paran pediu a suspens o da decis o da 1 Vara da Fazenda P blica de Curitiba que determinou o fornecimento do medicamento Naglazyme Galsulfase por tempo indeterminado 12 BRASIL Supremo Tribunal Federal Agravo Regimental na Suspens o de Tutela Antecipada 175 Cear Tribunal Pleno Relator Ministro Gilmar Mendes Julgado em 17 03 2010 DJe 30 04 2010 Inteiro Teor p 17 18 103 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 do a determinado paciente Em geral dever ser privilegiado o tratamento fornecido pelo SUS em detrimento de op o diversa escolhida pelo paciente sempre que n o for comprovada a inefic
128. similar aos cadastros criados nos outros estados pelos Procons s que em Minas o rg o respons vel pela manuten o desse sistema a OSCIP Organiza o da Sociedade Civil de Interesse P blico O instrumento possui normas espec ficas bem definidas caso da defini o de hor rios 259 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 para as liga es da necessidade do consumidor residir no estado e da inclus o na lista estar condicionada ao pagamento de uma taxa que tamb m cobrada junto aos fornecedores que quiserem consultar a lista sendo lhes vedado apresentar ofertas por marketing direto ativo ao consumidor cadastrado na lista Este instrumento visa praticamente banir o uso de telemarke ting no estado pois ao fornecedor do servi o necess ria muita cautela para proceder com as a es de marketing direto uma vez que est rodeado de custos que cercam a atividade Neste caso particular necess rio fazer uma ressalva se por um lado protege o consumidor por ou tro restringe a livre iniciativa empresarial pois o fornecedor fica submetido ao acaso tendo que pagar por uma consulta a uma lista de consumidores para poder realizar sua atividade e se a fizer sem consult la pode correr o risco de ser multado por aquele cliente em
129. sobre os pressupostos da responsabilidade civil Lisboa Portugal Editora Almedina 1999 P 36 BITTAR Carlos Alberto Repara o civil por danos morais 3 Edi o S o Paulo Editora RT 1998 P 41 BARROS Petronio Bismarck Tenorio de Da o moral a la persona juridica en el derecho brasile o Cognitio Juris Jo o Pessoa Ano I N mero 2 agosto 2011 Dispon vel em lt http www cognitiojuris com artigos 02 13 html gt Acesso em 14 de outubro de 2013 Com cita o obra de Miguel Piedecasas 21 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 calificar todas las formas de perjuicio no fijables pecuniariamente ha sido por de m s acepta por la doctrina y jurisprudencia patria a n porque constituye aquella que fue positivada Com efeito no campo dos danos morais que concentraremos o estudo da mat ria aqui enfrentada o dano causado pessoa que tem seu nome inscrito indevidamente no rol de inadimplentes bancos de dados mantidos por entidades como o SERASA SPC EQUI FAX TRANSUNION etc Tratando se de quest o antiga e corriqueira que gera in meras a es judiciais o que poss vel afirmar com seguran a mesmo inexistindo dados objetivos sobre a quantidade de demandas com esse objeto evidente que co
130. um controle de constitucionalidade judicial review contra sua poss vel viola o por parte do legislador Maurizio FIORAVANTI explica que vivemos em um Estado Constitucional no qual a lei continua ocupando um lugar relevante enquanto express o do princ pio democr ti co Este Estado caracterizado pela presen a de muitos elementos mesclados e imbricados que j caracterizaram a exist ncia do Estado moderno europeu em pocas distintas retomando a sua voca o pluralista e o papel protagonista da jurisdi o A quest o que se coloca a de saber se este tipo de atua o dos tribunais pode Ibidem p 98 amp Art 127 O Minist rio P blico institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis 4 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 49 6 Idem amp FIORAVANTI Maurizio Estado y Constituci n In FIORAVANTI M Org In El Estado Moderno en Europa Instituciones y Derecho Madrid Editorial Trotta 2004 p 37 87 Ibidem p 28 90 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 considerar se juridicamente constitucional
131. vio do contrato celebrado verbalmente por meio da internet 2 1 3 Regi o Sudeste Ao contr rio das demais regi es at aqui expostas a Regi o Sudeste possui leis e projetos que regulam o teleatendimento em todos os seus estados e dos mais variados tipos n o se restringido ao que podemos chamar de clich legislativo das leis do N o Importune e do envio compuls rio de contratos firmados por meio telef nico O Projeto de Lei 566 06 da Assembleia Legislativa do S o Paulo tratava dos pa dr es m nimos de qualidade exigidos aos servi os de telemarketing em especial aos servi os de car ter passivo aqueles em que o consumidor contata para tirar d vidas Em 2009 as co miss es da Assembleia Legislativa do Estado de S o Paulo respons veis pelo assunto de que tratava a lei emitiram pareceres favor veis sua aprova o por m a iniciativa legislativa foi vetada pelo Poder Executivo em raz o de bices pontuais apontados pelo Procon daquele es tado estes tanto de ordem interpretativa quanto s incertezas que poderiam surgir quanto ao alcance da norma como o fato do projeto n o definir claramente a que tipo de servi o se des tinava a lei em potencial pois o art 1 ao indicar a palavra telemarketing poria em d vida a sua abrang ncia consequentemente dificultando sua fiscaliza o em raz o da exist ncia das Belmonte 2009 p 59 define telemarketing com base no que diz a Classifica o Brasil
132. vis o doutrinaria e pela le gisla o vigente 6 OBEDI NCIA HIER RQUICA A obedi ncia hier rquica como pr prio Koerner comenta n o riqu ssima em nosso pa s sendo de dif cil compreens o a regra do artigo 22 do CP e para come ar a com preend lo precisamos fazer analise dele como um todo Artigo 22 do C digo Penal Se o fato cometido sob coa o irresist vel ou em es trita obedi ncia a ordem n o manifestamente ilegal de superior hier rquico s pun vel o autor da coa o ou da ordem grifo nosso A ordem a que nos interessa de envolvimento com o direito Penal e de ordens delituosas ou il citas n o podendo ser manifestamente ilegais ou seja o artigo trata de exclu dente de culpabilidade somente se a ordem n o manifestar ilegalidade Por m o Direito Penal n o conceitua ordem incumbindo a doutrina e aos interpretes sua defini o Para Galdino Siqueira entende a como espec fica manifesta o de vontade que 3330 parte da autoridade para o subordinado sendo que a autoridade deve ter compet ncia para ordenar e o subordinado tem o dever de obedecer Ver p 9 e JUNIOR Rolf Koerner Obedi ncia Hier rquica Belo horizonte Del Rey 2003 p 91 E SIQUEIRO Galdino Tratado de Direito Penal Rio de Janeiro Forence 1991 p 353 295 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi nci
133. voto acima destacado a pr negativa o apenas capaz de minimizar a indeniza o mas n o de afast la J no TJ RS de onde sobrevieram todos os recursos que deram origem edi o da S mula 385 STJ ainda mais comum encontrar posi es divergentes s mula No pr prio voto proferido na apela o n 0042241 62 2012 8 21 7000 julgada em 24 de outubro de 2013 a Desembargadora Ana L cia Carvalho Pinto Vieira Rebout salienta que Na esteira do entendimento esposado por expressiva jurisprud ncia desta Corte ao qual aderi recentemente a S mula n 385 do STJ n o aplic vel nos casos em que preexistam inscri es desabonadoras em nome do consumidor repercutindo t o so mente no quantum da indeniza o Pode ser citado ainda no mesmo sentido os recursos de apela o autuados sob o n 70052948940 e 70050219567 perante esse mesmo Tribunal ilustrando o crescimento do posicionamento na sempre inovadora Corte ga cha Por fim cumpre destacar recente posi o do Superior Tribunal de Justi a que n o ataca a s mula de forma direta mas aduz que a mesma se aplicaria conforme ementado ape nas s hip teses em que a indeniza o pleiteada em face do rg o mantenedor do cadastro de prote o ao cr dito que deixa de providenciar a notifica o prevista no art 43 8 2 do CDC antes de efetivar a anota o do nome do devedor no cadastro Essa foi a conclus o do Ministro Raul Ara jo no AgRg no
134. 0 ou seja n o h men o de que este seria o nico m todo eficaz para provar que existiu de fato um atendimento pelo contr rio aqui a norma visa apenas considerar o AR eficaz at por ser uma prova corp rea da ocorr ncia de um fato o que facilitaria o trabalho do juiz para fins de saneamento dos feitos se por ventura do atendi mento surgisse o interesse de agir da parte lesada O projeto por ter um vi s de direito privado segue o princ pio da legalidade de maneira privatista isto o que n o for defeso em lei aceito pelo ordenamento jur dico ou seja n o sendo outros tipos de provas il citas ou ileg ti mas ter o a mesma efic cia conferida ao AR sem preju zo do que preceitua o art 212 inciso III do C digo Civil al m do mais o projeto era de car ter consumerista o que imp e a inter preta o favor vel ao hipossuficiente Noutro p rtico a Lei n 12 239 06 tamb m do estado de S o Paulo disp e sobre a institui o de um cadastro com os n meros das linhas telef nicas dos assinantes do servi o de telefonia interessados no sistema de venda por via telef nica ou seja esta lei trata exclusi vamente do telemarketing j que como vimos anteriormente o Decreto 6 523 08 aduz clara mente em seu art 1 que o SAC n o abrange as televendas Ao contr rio dos demais este abrange as penalidades da parte que disp e do servi o de forma severa e bem definida contu do este projeto foi impugnado p
135. 0 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 cas A metodologia utilizada no artigo foi a de pesquisa bibliogr fica culminando com um es tudo de caso para referendar o debate realizado 2 O CONCEITO DE JUSTI A A constru o da justi a elemento de debate te rico entre diferentes autores e pensadores Talvez por sua rela o mediata e imediata com a realidade cotidiana e pr tica ad vinda das rela es sociais talvez pela nsia de defini o do que efetivamente trata a t o fala da e debatida justi a Por vezes o conceito de justi a e direito s o intimamente associados prescreven do que toda a o oriunda do Direito deva ser baseada em princ pios de justi a ou com base em elementos de decis o justas Por m cabe a reflex o O que justo ou ainda O que a justi a Do que ela trata A Justi a e o Direito realmente trabalham de forma relacionada e n o podem ser desvinculadas Com o objetivo de refor ar a quest o cabe explanar o fil sofo Arist teles a quem o tema da justi a e do que poderia ou n o ser considerado justo se pode atribuir discus s o em pocas remotas Na obra tica Nic mano de autoria do fil sofo Arist teles 2010 ele dedica um de seus cap tulos ao pensamento relativo justi a e injusti a e s quais tipos de a es elas podem ser relacionadas O fil sofo ao tratar do que seria considerado justo ou injusto afirma que a disposi o para fazer o
136. 09 11 gt JURISPRUD NCIA DO TRIBUNAL DE JUSTI A DO RIO GRANDE DO SUL Dispon vel em lt http www tjrs jus br busca as q amp tb proc gt Acesso em 14 09 11 MATOS Ana Carla Harmatiuk Filia o e Homossexualidade Anais do V Congresso Brasileiro de Direito de fam lia IBDFAM Fam lia e Dignidade Humana Coordena o de Rodrigo da Cunha Pereira S o Paulo IOB Thomson 2006 ROSSATO Luciano ALVES L PORE Paulo Eduardo CUNHA Rog rio Sanches Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Lei n 8 079 90 S o Paulo Revista dos Tribunais 2010 SILVA Danielli Gomes Lamenha e Direito ado o de crian as e adolescentes por pares homossexuais Dispon vel em lt http jus com br revista texto 14587 direito a adocao de 57 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 criancas e adolescentes por pares homossexuais Acesso em 07 09 11 gt SOUZA urea Maria Ferraz de Que se entende por ado o homoparental Dispon vel em lt http lfg jusbrasil com br noticias 1629607 que se entende por adocao homoparental aurea maria ferraz de sousa gt Acesso em 13 09 11 VARGAS F bio de Oliveira A prote o da uni o homossexual no direito internacional Dispon vel em lt http jus com br revista texto 10266 a protecao da uniao homossexual no direi
137. 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Objetivando afastar a inseguran a que essa discricionariedade enseja s partes interessadas os pa ses membros prop em solu es para definir m todos de c lculos melhor exame da situa o da ind stria dom stica do dano e outros mecanismos para diminuir o arb trio das autoridades locais Dessas solu es propostas h uma de especial relevo que prop e a considera o do interesse p blico nas investiga es antidumping Assim as medidas antidumping n o ser o aplicadas se constatados que os benef cios gerados por elas ind stria dom stica sejam menores do que os preju zos provocados a outros agentes tamb m significativos na sociedade como os consumidores usu rios industriais do produto etc Ressalte se que a atual reda o do Acordo Antidumping j contempla essa possibilidade de an lise uma vez que d a autoridade ainda quando identificados o dumping o dano e o nexo causal o poder de n o aplicar as medidas antidumping se constatar que elas seriam contr rias ao interesse p blico Alguns pa ses membros j contemplam em sua legisla o o teste do interesse p blico No caso do Brasil segundo informa Cordovil 2011 p g 90 a experi ncia brasileira n o ainda muito conclusiva acerca do entendimento das autoridades sobre o assunto uma vez que em apenas cinco investiga es o tema foi profundamente debatido O artigo 64 3 do Decreto 1 602 1995 j previa
138. 1963 pp 5 35 157 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 uma amostra ou popula o coordena e classifica os dados obtidos com o objetivo de determi nar suas causas consequ ncias e tend ncias e se divide em estat stica descritiva e estat stica inferencial A estat stica descritiva compreende a coleta tabula o apresenta o an lise in terpreta o representa o gr fica e descri o dos dados coletados facilitando sua compreen s o e interpreta o J a Estat stica Inferencial pretende inferir caracter sticas de uma popula o a partir de dados observados em uma amostra de indiv duos Embora autores como Sisk e Heise 2005 ao retomar o que chamaram de O Grande Debate do M todo Emp rico de 2002 The Great Empirical Method Debate of 2002 organizado pela University of Chicago Law Review colocam que o Professor Lee Epstein revisou centenas de artigos emp ricos e em muito deles observou a viola o dos prin c pios inferenciais A estat stica inferencial n o ser abordada neste artigo As t cnicas descritivas podem ser utilizadas tanto com dados amostrais como com dados populacionais j as t cnicas inferenciais somente fazem sentido quando se trata de da dos amostrais A popula o na estat stica deve ser
139. 1988 foi o grande marco que instau rou um novo momento no direito constitucional brasileiro vez que o legislador constituinte tratou de estabelecer princ pios dotados de elevada carga axiol gica a fim de tutelar e salva guardar a dignidade da pessoa humana em todos os seus aspectos Preocupado n o apenas em declarar direitos mas propiciar meios capazes de efetiv los Observa se a partir de ent o a tentativa de reaproximar a tica do direito confor me apregoa o idealismo kantiano fundado na moralidade dignidade direito cosmopolita e a paz perp tua PIOVESAN 2012 p 84 85 Tanto que a respeito deste fen meno Jorge Mi randa assinala que A Constitui o confere uma unidade de sentido de valor e de concord ncia pr tica ao sistema dos direitos fundamentais E ela repousa na dignidade da pessoa humana ou seja na concep o que faz a pessoa fundamento e fim da sociedade e do Estado MIRANDA 1988 p 166 135 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A partir do fen meno de constitucionaliza o a dignidade da pessoa humana pas sa nitidamente a ser o v rtice fundante de todo ordenamento jur dico 2 3 Conceito Os direitos sociais refletem as necessidades humanas consistentes em sa de edu ca o moradia cultura
140. 2012 Congresso Nacional Senado Federal Comiss o de juristas respons vel pela elabora o de Anteprojeto de C digo de Processo Civil Dispon vel em lt http www senado gov br senado novocpc pdf la e 2a Reuniao PARA grafica pdf gt Acesso em 31 de julho de 2012 Congresso Nacional Senado Federal Projeto de Lei 673 de 2011 Disciplina a atividade do telemarketing Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra codteor 847715 amp filename PL 673 2011 gt Acesso em 06 de agosto de 2012 Minist rio da Justi a Secretaria de Direito Econ mico Portaria 49 2009 Dispon vel em lt http www mp pe gov br uploads i mDM TLI mLhB6mhNvYRjw Izcw19Rt8S U73ZIRiIBDdA SDE Portaria 49 2009 pdf gt Acesso em 10 de agosto de 2012 DISTRITO FEDERAL C mara Legislativa Lei 4 171 de 08 de julho 2008 Cria o Cadastro 275 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 para Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing denominado N O IMPORTUNE e d outras provid ncias Dispon vel em lt http web01 cl df gov br Legislacao consulta TextoLeiParaNormaJuridicaNJUR 6749 buscar TextoLeiParaNormaJuridicaNJUR action gt Acesso em 05 de setembro de 2012 C mara Legislativa Lei 4 186 de 24
141. 2126 2011 gt Acessado em 24 de maio de 2013 242 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O Projeto Lei ainda est pra ser apreciada pelo Plen rio e tramita em conjunto com o Projeto Lei n 5 403 2001 e pode ser acompanhado pelo site da C mara Os principais pontos do Marco Civil a liberdade de express o a neutralidade da rede a prote o da privacidade do usu rio a guarda de registro a Responsabilidade Civil de terceiros e a atua o do poder p blico Pretendendo estabelecer regras gerais da internet do Brasil como se fosse uma Constitui o da Internet Vem acompanhada de cinco cap tulos passando primeiramente pelas disposi es preliminares onde trata do conceito e do objetivo da Lei O segundo cap tulo trata dos direitos e garantias dos usu rios O terceiro cap tulo aborda a previs o de conex o e de aplica es de internet como a responsabilidade por danos decorrente da internet dentre outros O cap tulo quatro aborda a atua o do poder p blico quanto internet seu desenvolvimento e incentivos Por ltimo o cap tulo cinco vem garantir o direito fundamental de acesso internet mesmo q individual ou coletivo Os princ pios que disciplinam o uso da internet esta exposto no artigo 2 do Proje to Lei n 2 1
142. 26 2011 sendo I Princ pio da garantia da liberdade de express o comunica o e manifesta o de pensamento nos termos da Constitui o II prote o da privacidade II prote o aos dados pessoais na forma da lei IV preserva o e garantia da neutralidade da rede conforme regulamenta o V preserva o da estabilidade seguran a e funcionalidade da rede por meio de medidas t cnicas compat veis com os padr es internacionais e pelo est mulo ao uso de boas pr ticas VI responsabiliza o dos agentes de acordo com suas ativida des nos termos da lei e preserva o da natureza participativa da rede Os objetivos de disciplinar o uso da internet est o exposto do artigo 4 na parte de disposi es preliminares salientado que o Marco Civil da Internet visa a todos os cidad os o acesso a informa es ao conhecimento a cultura e na condu o dos assuntos p blicos pro mover a inova o e fomentar a ampla difus o de novas tecnologias e modelos de uso e aces so e promover a ades o a padr es tecnol gicos abertos que permitam a comunica o a aces sibilidade e a interoperabilidade entre aplica es e bases de dados 2e Coment rios do Deputado Federal e Relator do Projeto Lei n 2 126 2011 Alessandro Molon em Palestra sobre o Marco Civil da Internet princ pios direitos e deveres Dispon vel em http www youtube com watch v uECDiLA4rxU Acessado em 27 maio 2013 o BRASIL C mara do
143. 4 888 de 22 de outubro de 2009 respectivamente 2 1 5 Regi o Centro Oeste Na regi o Centro Oeste o estado do Mato Grosso mais um sem registro algum de regulamenta o ou proposta legislativa com este intuito A contrario sensu no estado do Mato Grosso do Sul existe pelo menos a Lei 4 167 12 que torna obrigat rio o encaminhamento aos contratantes por escrito de contratos firmados por meio de call center e outros meios n o presenciais O estado de Goi s o que possui ativismo legislativo mais forte quanto ao telea tendimento na Regi o Centro Oeste enquadrando se no grupo dos estados do clich legisla tivo do teleatendimento j que ali vige a Lei 17 424 12 que institui o Cadastro para o Blo queio do Recebimento de Liga es de telemarketing bem como existe o Projeto de Lei 119 12 em tramita o que visa tornar obrigat rio o encaminhamento por escrito dos contra 261 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tos firmados por meio eletr nico ou call center e formas similares aos contratantes No Distrito Federal tamb m vigora a Lei 4 186 08 que torna obrigat rio o enca minhamento por escrito dos contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratantes Por outro lado a outra lei
144. 5 7119 Mas apesar de atuar em colabora o os interesses de contratado e contratante s o distintos a administra o busca realizar seus fins jur dicos pol ticos enquanto o particular ir perseguir basicamente o lucro Tendo em vista o leg timo interesse do contratante particular n o se deve pensar no equil brio contratual apenas pelo vi s da exequibilidade isso caso o contrato tenha de ser reequilibrado a modifica o deve alcan ar a remunera o percebida pelo contratado como um todo respeitando seus interesses financeiros Haver direito revis o do contrato nos casos em que a contrapresta o j paga pela administra o mesmo que suficiente para executar o contrato seja significativamente in ferior margem de lucro assegurada poca da celebra o do contrato N o h cabimento em afirmar que est respeitado o equil brio quando a empresa n o tem preju zo Trata se de aplica o t cnica do voc bulo Quando se alude a equil brio econ mico financeiro n o se trata de assegurar que a empresa se encontre em situa o lucrativa A garantia constitucional se reporta rela o original entre encar gos e vantagens do contrato O equil brio exigido envolve essa contraposi o entre encargos e vantagens tal como fixada por ocasi o da contrata o O objetivo de realizar o reequil brio econ mico financeiro do contrato adequar uma situa o presente situa o n o equilibrada
145. 5 p 63 108 pa BRASIL Lei n 5 250 de 9 de fevereiro de 1967 Regula a liberdade de manifesta o do pensamento e de informa o Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 10 fev 1967 so SANTOS Ant nio Jeov Dano Moral na Internet S o Paulo M todo 2001 p122 123 234 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ci rio poder dirimir a situa o Analisando casos jurisprudenciais nota se o entendimento do Superior Tribunal de Justi a em n o aplicar o artigo 927 do C digo Civil e nem a aplicar o artigo 14 do C digo de Defesa do Consumidor para os provedores de conte do PROCESSUAL CIVIL AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL RESPONSABILIDADE CIVIL A O DE INDENIZA O PRO VEDOR DE CONTE DO DA INTERNET RESPONSABILIDADE SUBJETIVA OMISS O S MULA N 7 STJ 1 O provedores de conte do da internet n o se submetem ao art 927 do CC 2002 que trata da responsabilidade objetiva pois a in ser o de mensagens com conte do ofensivo no site n o constitui um risco inerente atividade nem tampouco ao art 14 do CDC por n o se tratar de produto defeituo so 2 Possuem responsabilidade subjetiva por omiss o os provedores de internet que ap s serem notificados sobre a exist ncia de p g
146. 6 II e 49 I previam res ponsabiliza o civil e criminal pela divulga o de informa es que pudessem gerar desconfi an a no sistema banc rio ou abalo de cr dito de institui o financeira ou de qualquer empr sa pessoa f sica ou jur dica Referida lei contudo n o mais se aplica pois foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal como n o recepcionada pela Constitui o Federal vigente ADPF 130 2 3 A tutela dos direitos da personalidade 18 SILVA Am rico Luis Martins da O dano moral e sua repara o civil S o Paulo Editora RT 2002 P 328 26 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Como j visto a viola o aos direitos da personalidade capaz de gerar a obriga o de repara o do dano extrapatrimonial causado apurado ir re ipsa em fun o de sua gravidade e da impossibilidade de demonstra o material da ocorr ncia desse dano Nesse sentido o entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justi a A conceitua o dos direitos da personalidade por sua vez pode ser vista sob duas correntes opostas a dos positivistas e a dos naturalistas Abordando o tema Carlos Alberto Bittar explica que a corrente positivista apre senta direitos subjetivos inatos e essenciais
147. 6 DO C DIGO PENAL CRIME OMISSIVO FORMAL 1 Para a configura o do art 356 do C digo Penal na modalidade deixar de resti tuir os autos imprescind vel a intima o do advogado caracteriza pela vontade de liberada de n o restituir no prazo legal 2 No caso vertente o advogado apesar de regularmente intimado para devolver os autos no prazo assinalado n o o fez em ra z o do extravio dos volumes retirados do cart rio caracterizando conduta negligente na guarda dos autos contr ria tica profissional mas n o configura o tipo penal de sonega o de papel ou objeto probat rio ante a aus ncia do dolo gen rico exigido para configura o do delito do art 356 do CP 3 Apela o criminal desprovida TRF1 Apela o Criminal ACR 15728 BA 2007 33 00 015728 9 4 Turma Rela tor Des It lo Fioravanti Sabo Mendes julg 23 09 08 DJF 31 10 08 p 109 grifo nosso EMENTA HABEAS CORPUS INSTAURA O DE INQU RITO POLICIAL CRIME DE SONEGA O DE AUTOS ARTIGO 356 DO C DIGO PENAL PRESCRI O DA PRETENS O PUNITIVA PELO M XIMO DA PENA PRIVA TIVA DE LIBERDADE COMINADA INOCORR NCIA CONSUMA O DO DELITO S OCORRE AP S EFETIVA INTIMA O JUDICIAL DO ADVOGA DO PARA RESTITUIR OS AUTOS EM CART RIO IMPOSSIBILIDADE DE TRANCAMENTO DO INQU RITO POLICIAL ORDEM DENEGADA 1 A consuma o ocorre quando vencido o prazo para a devolu o dos autos documento ou objeto n o ele restitu d
148. 83 declara que a verdadeira paternidade funda se no desejo de amar e ser amado mas incr vel como a sociedade ainda n o v a ado o como deve ser vis 33 ta A ado o ganha relevo significativo quando se depara com a for a do estigma ainda enfrentado por aqueles que optam por uma orienta o sexual diferente da dos padr es mais verificados ou seja aqueles que vivem em uni o est vel homoafetiva No t pico a seguir se deseja realizar uma reflex o sobre ado o por par homoafe tivo verificando o tratamento dado em outros pa ses e com maior enfoque no Brasil 3 ADO O HOMOPARENTAL Conforme Souza 2009 entende se por ado o homoparental aquela ado o re querida por duas pessoas do mesmo sexo que vivem em uni o est vel homoafetiva ou seja ado o por casais homossexuais Como adverte Dias 2004 o mundo se divide em tr s blocos Os liberais est o compostos pelos pa ses n rdicos onde a uni o homoafetiva j foi legalizada a exemplo da Dinamarca Noruega Holanda que prev o casamento a ado o entre outros direitos Os con servadores compreendem aos mul umanos onde existe at a pena de morte para quem pratica Dias Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 19 SOUZA urea Maria Ferraz de Que se entende por ado o homoparental Dispon vel em lt http lfg jusbrasil com br noticias 1629607 que se entende por a
149. 9 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 meros o que diminui a velocidade de digita o e evita que o computador classifique categori as iguais de forma diferente uma vez que ao trabalharmos com caracteres as mai sculas s o diferenciadas das min sculas e caracteres podem passar desapercebidos aos nosso olhos como por exemplo diferenciar MASCULINO de masculino ou ainda de Masculino As sim antes de partirmos para a digita o dos dados propriamente dita devemos codificar as vari veis assim como as categorias de resposta e elaborar um dicion rio com a codifica o como o apresentado no Quadro 1 Pode se observa no Quadro 1 que a primeira vari vel a V0301 e corresponde a uma codifica o do question rios que deve ser a mesma que aparece no question rio respon dido pelo entrevistado O dicion rio deve ter onde se inicia o campo da vari vel caso n o seja utilizado uma planilha eletr nica Quadro 1 Codifica o parcial dos dados da PNAD 2009 Inicial Tamanho i vel V0301 1 N mero de ordem 01a30 2 1 2 Masculino 3 1 V0302 2 Sexo 4 Feminino Idade do morador 27 3 V8005 na data de 000 a 120 Idade em anos refer ncia Trabalhista Criminal Fam lia Terras Moradia rea da situa o de conf
150. 988 no artigo 6 caput bem como um direito fundamental garantido pelo artigo 5 tamb m da Carta Magna al m de ser classificado como um direito humano b sico garantido por diversas Conven es Internacionais como a Declara o Universal dos Direitos Humanos o Pacto Internacional de Direito Econ micos Sociais e Culturais a Conven o Internacional sobre a elimina o de todas as formas de discrimina o racial entre outras que o Brasil signat rio Neste contexto surge a concess o especial para fins de moradia como instrumento de pol tica urbana habitacional objetivando a concess o de moradia para a popula o de baixa renda Em raz o da import ncia do assunto o presente trabalho exp e a tem tica deste instituto apresentando tanto seus aspectos b sicos quanto suas peculiaridades relacionando o com o princ pio da dignidade da pessoa humana fundamento do Estado Democr tico de Direito brasileiro artigo 1 inciso III da Constitui o e base para os objetivos fundamentais da Rep blica artigo 3 incisos I e III da Constitui o GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 CONCESS O ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA 2 1 Conceito e breves
151. 997 297 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Desobedecer ordem de funcion rio p blico o comportamento proibido sendo que a ordem deve ser legal pois se for ilegal n o h crime por isso toda ordem deve estar fundada em lei e com funcion rio p blico competente para d la Como elemento subjetivo do tipo temos o dolo onde quem desobedecer deve ter vontade livre e consciente que esta descumprindo ordem legal Sendo assim como requisitos para se enquadrar na excludente de culpabilidade do Artigo 22 do CP temos a rela o de subordina o fundada no direito administrativo que ser o subordinado competente para cumprir e o superior hier rquico competente para ordenar e a ordem n o poder ser manifestamente ilegal tendo a pessoa ordenada o discernimento para reconhecer se o fato a cumprir ser licito ou il cito 6 1 Da ordem manifestamente ilegal e n o manifestamente ilegal O dever do interprete de analisar caso a caso as ordens recebidas verificando que para quem recebe a ordem nem sempre a legalidade dela vista da mesma maneira o que ser manifestamente ilegal para um n o ser necessariamente ilegais para outro Mas par
152. A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 33 ed S o Paulo Editora Malheiros 2007 MUKAI Toshio Direito Ambiental sistematizado Rio de Janeiro Forense Universit ria 1992 NOVELINO Marcelo Constitui o Federal para concursos teoria s mulas e jurisprud ncia 2 ed Bahia Editora Jus Podivm 2011 PADILHA Norma Sueli Fundamentos constitucionais do direito ambiental brasileiro Rio de Janeiro Elsevier 2010 Colis o de direitos metaindividuais e a decis o judicial Porto Alegre S rgio Antonio Fabris Ed 2006 RODRIGUES Silvio Direito Civil Direito das Coisas Volume 5 28 ed S o Paulo Saraiva 2003 ROSSTT Liliana Allodi O meio ambiente de trabalho no direito ambiental brasileiro S o Paulo LTr 2001 SARLET Ingo Wolfgang A efic cia dos direitos fundamentais 4 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2004 SAULE J NIOR Nelson coord Direito cidade trilhas legais para o direito s cidades sustent veis S o Paulo Editora Max Limonad 1999 SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 14 ed S o Paulo Malheiros 1997 WEIS Carlos Direitos Humanos
153. AD Brasil 2009 5 MEDIDAS RESUMO PARA VARI VEIS QUANTITATIVAS Outra maneira de resumir as vari veis quantitativas sejam elas discretas ou cont nuas seriam as medidas de tend ncia central e as medidas de dispers o Com esses valores es tamos reduzindo os dados em um ou mais valores que sejam representativos da s rie toda As medidas de posi o mais usadas s o a m dia a mediana e a moda A m dia aritm tica um conceito bastante familiar a soma de todas as observa es dividida pelo n mero delas Se por exemplo temos as idades de um grupo de 5 crian as 3 5 5 5 e 7 anos A idade m dia do grupo seria 3 5 5 5 7 5 5 anos Cuja nota o seria 5 X z 3 5 5 5 7 25 _ 5 n 5 5 8 8 x corresponde a cada valor observado no exemplo das idades das crian as x igual 3 166 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A mediana md corresponde ao valor que ocupa a posi o central da s rie de ob serva es quando est o ordenados em ordem crescente No exemplo das idades das crian as a mediana 5 anos ou seja 50 dos alunos tem menos de 5 anos e 50 dos alunos tem mais de 5 anos Se tivermos um n mero impar de observa es teremos no centro dois valores e neste caso devemos calcular a m dia dos dois valore
154. BIBLIOGR FICAS ASSIS Jorge C sar de Direito Militar Aspectos Penais Processuais Penais e Administra tivos Editora Juru Curitiba 2001 309 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ALMEIDA rika Fontes e Daniel R Vaz Teoria do Crime conceito de delito Dispon vel em http www unit br Publica 2010 2 HS TEORIA DO CRIME pdf Acesso em 09 10 2012 BERTOLLO Alessandro Rafael O conceito de crime Dispon vel em http jus com br revista texto 3705 0 conceito de crimefixzz29bAcmkK00 Acesso em 10 10 2012 BONAVIDES Paulo Teoria do Estado 6 ed S o Paulo Malheiros 2007 BRASIL C digo Penal Militar In LAZZARINI lvaro org C digo Penal Militar C di go de Processo Penal Militar Estatuto dos Militares e Constitui o Federal 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 BRASIL Decreto Lei N 1 001 de 21 de outubro de 1969 que instituiu o C digo Penal Militar Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 21 outubro 1969 BRASIL Decreto Federal 4 346 de 26 de agosto de 2002 que instituiu o Regulamento Disciplinar do Ex rcito Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia
155. Contempor neos S o Paulo Malheiros 1999 17 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A POL MICA DA S MULA 385 STJ EXCE O DA PR NEGATIVA O E O DEVER DE INDENIZAR Marcio Fernandez Perez RESUMO O dano moral tido como uma ofensa aos direitos da personalidade mostra se presente quan do da inscri o indevida do nome da pessoa nos rg os de restri o ao cr dito viola o honra objetiva Contudo quando a inscri o se d em momento em que j existe uma outra negativa o devida vigente n o se observa dano pass vel de repara o moral de modo que o conte do da s mula 385 STJ n o merece revis o ou cancelamento Palavras chave s mula 385 STJ dano moral direitos da personalidade negativa o indevida ABSTRACT The moral damage pointed as a violation of the personality rights is detected when the name of a person is registered incorrectly in the credit bureaus trespass of the objective honor However when the registration is made in a moment that exists other regular registration it s not possible to the person claim for moral damages what imply in the maintenance of the enunciation 385 STJ Keywords enunciation 385 STJ moral damage personality rights credit bureaus 1 INTRODU
156. Curitiba Z nite n 216 p 171 183 fev 2012 FIGUEIREDO L cia Valle Extin o dos Contratos Administrativos 3 ed S o Pau lo Malheiros 2002 FORTINI Cristina PEREIRA Maria Fernanda Pires de Carvalho CAMAR O Tatiana Mar tins da Costa Licita es e Contratos aspectos relevantes 2 ed Belo Horizonte F rum 2008 FONSECA Arnoldo Medeiros Caso Fortuito e Teoria da Imprevis o 2 ed Rio de Janei ro Forense 1958 FURTADO Lucas Rocha Curso de Licita es e Contratos Administrativos 2 ed Belo Horizonte F rum 2009 JUSTEN FILHO Mar al PEREIRA Cesar A Guimar es Coord O Regime Diferenciado de Contrata es P blicas RDC coment rios Lei n 12 462 e ao Decreto n 7 581 Belo Horizonte F rum 2012 JUSTEN FILHO Mar al Coment rios Lei de Licita es e Contratos Administrativos 15 ed S o Paulo Dial tica 2012 KLEIN Alicia L cia Altera o dos Contratos no RDC in JUSTEN FILHO Mar al PER REIRA Cesar A Guimar es Coord O Regime Diferenciado de Contrata es P blicas RDC coment rios Lei 12 462 e ao Decreto 7 581 Belo Horizonte F rum 2012 p 407 425 MEIRELLES Hely Lopes Licita o e contrato administrativo 12 ed S o Paulo Malhei ros 2006 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 37 ed S o Paulo Malheiros 2011 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de direito administrativo 28 ed S o Paulo Malheiros 2011
157. DA PESSOA HUMANA Gabriela Soldano Garcez RESUMO O crescimento populacional urbano desencadeou a ocupa o desordenada das cidades fazendo surgir diversos institutos a fim de garantir moradia para a popula o de baixa renda O direito a moradia assegurado pela Constitui o Federal de 1988 como um direito fundamental e integrante do n cleo m nimo da dignidade da pessoa humana desde a Emenda Constitucional n 66 2000 Por outro lado a concess o especial visa ceder o uso de um bem p blico a um particular para fins de moradia objetivando o direito fundamental garantido por diversas Conven es Internacionais Neste contexto o presente artigo analisa e explana tanto os aspectos b sicos quanto as peculiaridades deste instituto bem como visa relacion la ao direito moradia Analisa ainda os requisitos necess rios para o preenchimento da concess o especial tanto na forma individual quanto a coletiva fazendo uma correla o entre o direito fundamental moradia e o princ pio da dignidade humana fundamento e objetivo constitucional do Brasil Palavras chave Direito fundamental concess o especial moradia ABSTRACT The special grant aims to give the use of a public good to private individuals for housing purposes In turn the right to housing is guaranteed by the Constitution as a fundamental and integral to the core of human dignity In this context this article aims to analyze the special grant for housing purpo
158. DADE ou ilicitude a contradi o da conduta do agente com o ordenamento jur dico 2 ZAFFARONI Eug nio Ra l Manual de direito Penal Brasileiro parte geral Eug nio Raul Zaffaroni e Jos Henrique Pierangeli 6 ed Rev atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 p 517 526 a ZAFFARONI Eug nio Ra l Manual de direito Penal Brasileiro parte geral Eug nio Raul Zaffaroni e Jos Henrique Pierangeli 6 ed Rev atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 p 548 565 302 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 senvolvimento mental incompleto ou retardado art 26 caput CP a menoridade art 27 CP e a embriaguez acidental completa art 28 II 81 CP e embriaguez patol gica completa art 26 caput CP tendo em vista a redu o da capacidade que o agente teve de sua culpabi lidade poder nas causas acima referidas diminuir ou atenuar a pena aplicada O potencial de consci ncia da ilicitude a reprovabilidade intelectual onde o agente n o tem compreens o se a a o ou omiss o era il cito ou seja n o tinha conhecimento da proibi o do ordenamento jur dico nem era poss vel de t lo J a exigibilidade de co
159. Dam sio E C digo Penal Anotado 11 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 p 492 289 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 outorga o direito de abster se de cumprir uma determina o da pr tica de fato mani festamente contr rio lei mediante uma aprecia o relativa Relativa porque n o lhe cabe julgar a oportunidade a conveni ncia ou a justi a da pr tica do fato consti tutivo da ordem mas somente a sua legalidade Em 1955 foi aprovado o regulamento geral da marinha o Decreto n 38 010 onde ao tratar no seu artigo 2 sobre hierarquia e disciplina demonstra que o Brasil a poca mantinha o sistema franc s amparado pelo absolutismo No Brasil foi adotado um sistema intermedi rio onde se resguarda a legalidade sem prejudicar o princ pio de hierarquia e disci plina o que teria ocorrido no sistema Ingl s Segundo Capez ao afirmar que o instituto da obedi ncia hier rquica incide sobre o um dos elementos da culpabilidade a exigibilidade de conduta diversa a obedi ncia ordem n o manifestamente ilegal de superior hier rquico tornando viciada a vontade do su bordinado e afastando a exig ncia de conduta diversa Deste
160. Democracia Belo Horizonte F rum 2007 p 113 3 Mister lembrar que a revolu o americana se posicionou contra toda vers o estadista de direitos e liberdades Ela parte da necessidade de negar uma representa o pol tica n o explicitamente querida n o diretamente institu da pelo povo soberano Assim essa revolu o tende a desconfiar das virtudes de todo legislador confiando os direitos e liberdades Constitui o Esta a doutrina dos rights da prioridade dos direitos sobre os poderes p blicos FIORAVANTI Maurizio Los Derechos Fundamentales Madrid Editorial Trotta 1998 p 83 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Jurisdi o Constitucional p 85 78 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 no Um importante exemplo do ativismo judicial pode ser encontrado no caso Roe versus Wade 1973 em que a Corte reconheceu o direito privacidade n o previsto expressa mente na Constitui o como um direito fundamental adicional concluindo que a mulher teria direito interrup o volunt ria da gravidez Nesse contexto fica demonstrada a import ncia do papel criativo da Suprema Corte americana ao determinar valores para normas abstratas contidas em seu texto constituci onal por meio d
161. Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 12 set 1990 228 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Igualmente n o adianta o fornecedor do produto estabelecer cl usulas que impos sibilite exonere ou atenua a obriga o de indenizar ao consumidor que teve dano por v cio de qualidade ou de quantidade no servi o O artigo 25 do C digo de Defesa do Consumidor disp e exatamente nesses casos proibindo a exist ncia dessas cl usulas No entanto mesmo com o artigo expressamente proi bindo alguns fornecedores de produtos colocam tais cl usulas com o intuito de inibir o consu midor ao pedido de indeniza o ou da repara o do dano mas essa cl usula pode ser conside rada nula e abusiva No par grafo 2 do mesmo artigo exp e que respondem solidariamente os casos de dano causado por componentes ou pe as incorporadas do produto ou servi os fornecido por fabricantes construtor ou importador e o que realizou a incorpora o Art 25 vedada a estipula o contratual de cl usula que impossibilite exonere ou atenue a obriga o de indenizar prevista nesta e nas se es anteriores 8 1 Havendo mais de um respons vel pela causa o do dano todos responder o solidariamente pela repara o prevista nesta e n
162. EONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 98 as SANTOS Ant nio Jeov Dano Moral na Internet S o Paulo M todo 2001 p122 123 o Norma n 04 95 aprovada pela Portaria n 148 95 do Minist rio das Comunica es 233 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 jetiva sendo que assume o risco de eventual ataque a direito personal ssimo de terceiro Alguns doutrinadores como Ant nio Jeov Santos separa os conte dos expos tos na internet como conte dos diretos que s o aqueles que o pr prio provedor s o os autores e o indireto ou de terceiros n o sendo de autoria do provedor Esses conte dos Marcel Leonardi estuda separadamente cada informa o que disponibilizada podendo ser pela forma m utilizada de lincks e de cookies a propaganda eleitoral o direito autoral a publicidade enganosa abuso no exerc cio da liberdade de mani festa o de pensamento ou de imprensa incorpora o de conte dos alheios como se fossem pr prios Cada um desses modos de disponibilizar informa o s o estudadas de maneira diferente como a de abuso da liberdade de manifesta o de pensamento ou de imprensa que dever ser levada em conta a responsabilidade civ
163. Estado Poder na id ia de Hobbes tem poderes ilimita dos para manter a conviv ncia pacifica entre os homens que sem a presen a deste estariam em um estado de permanente guerra de todos contra todos b o Estado de Direito conforme John Locke Estado liberal que tem poderes para garantir as liberdades e o patrim nio do povo mas que n o pode invadir a vida particular dos indiv duos c o Estado do Pacto Social de Rousseau segundo o qual o povo escolhe os governantes e o Estado al m de garantir as li berdades individuais sem invadir a vida particular das pessoas tem o dever de intervir para ga rantir a todos uma igualdade de oportunidades de acesso R HABERMAS J rgen Direito e democracia entre facticidade e validade vol I Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 1997 18 DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de Teoria Geral do Estado 29 ed S o Paulo Saraiva 2010 a MORAES Alexandre de Direito Constitucional 23 ed S o Paulo Atlas 2008 190 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O jurista Raimundo Ara jo Neto 2010 em sua obra apresenta uma descri o da evolu o do modelo estatal segundo a qual o Estado Liberal no qual o Estado n o intervinha de ne
164. Justi a tabulados pelo autor Na Tabela 3 representa a vari vel idade que uma vari vel quantitativa cont nua e para poder resumir os dados foi necess rio trabalhar com faixas de idade caso contr rio a tabela ficaria com um n mero muito grande de linhas n o cumprindo o objetivo de resumir os dados O uso de faixas ou intervalos de classe como s o mais conhecidos na estat stica bas tante comum quando temos vari veis quantitativas cont nuas Tabela 3 Distribui o de frequ ncia dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cinco anos segundo a faixa et ria Suple mento Vitimiza o e Justi a da PNAD Brasil 2009 Idade N de entrevistados Y 18a 27 4371 16 3 28a 37 6816 25 5 38 a 47 6258 23 4 48 a 57 4916 18 4 163 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 58 a 67 2845 10 6 68 a 77 1169 4 4 78 a 87 325 1 2 88 ou mais 57 0 2 Total 26757 100 0 Fonte PNAD 2009 Suplemento de Vitimiza o e Justi a tabulados pelo autor 4 PRINC PIOS B SICOS DE ELABORA O DE UM GR FICO Os gr ficos ou diagramas s o normalmente figuras que representam a distribui o de frequ ncias ou seja um gr fico est sempre associado a uma tabela Os gr ficos tamb m se
165. LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pela norma aplicar o direito ao caso concreto Judith Martins Costa 1998 p 02 ao defen der que uma das grandes fun es das cl usulas gerais a de permitir a mobilidade externa do sistema fazendo com que este seja composto de normas em branco a serem completadas conforme os casos concretos questiona a necessidade de sempre se recorrer a pontual inter ven o legislativa quando o j sistema legislado poderia por si s alcan ar inova es e acom panhar a din mica social A mesma autora tamb m aloca para o juiz papel central na constru o da norma Veja se a concre o especificativa da norma ao inv s de j estar pr constitu da pr posta pelo legislador h de ser constru da pelo julgador a cada novo julgamento cabendo relevant ssimo papel aos casos precedentes que auxiliam a fixa o da hip tese e a doutrina no apontar de exemplos Como visto os ju zes assumem o principal papel de dar interpreta o comple mentar norma de car ter geral N o uma vis o equivocada sobretudo porque esta sua fun o principal al m disso os magistrados s o atores qualificados para esta tarefa Por m ao concentrar toda a import ncia desse tipo de interpreta o
166. LVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 15a ed S o Paulo Malheiros 1998 p 671 7 BONAVIDES Paulo Teoria do Estado 6 ed S o Paulo Malheiros 2007 p 374 8 HORTA Raul Machado Direito Constitucional 4a ed Belo Horizonte Rel Rey 2003 p 492 285 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mas federais da Uni o e as locais dos Estados Membros organizados e comandados pela Constitui o Federal na fun o de Constitui o total fonte da reparti o de compet ncias que alimenta o funcionamento do ordenamento central e dos ordena mentos parciais Sem querer tecer qualquer esp cie de cr tica a forma de concep o tradicional de federalismo apenas partindo se do conceito cl ssico o princ pio da simetria pode ser entendi do da seguinte forma no que toca ao trato dos militares qual seja os Estados devem respeitar as normas gerais de hierarquia e disciplina postos pela Legisla o Federal No entanto hierarquia e disciplina est o umbilicalmente envolvidas com a organi za o das For as Amadas ou seja mat ria a ser tratada por Lei Complementar segundo a des tina o constitucional do 81 do Art 142 Ass
167. N 2175 7119 de toda a popula o Esse quadro indica o desenvolvimento de uma situa o contradit ria ao projeto constitucional quando do estabelecimento de um sistema de sa de universal que n o possibi litasse a exist ncia de qualquer benef cio ou privil gio de alguns usu rios Nesse contexto Terezinha de Jesus de Souza SIGNORINI sustenta que o trata mento do direito sa de pelo Poder Judici rio pode ser revestido de racionalidade e razoabili dade e ela indica instrumentos normativos j existentes que servem como ponte para transmu dar do plano normativo para o plano da realidade a realiza o desse direito fundamental Com efeito a justiciabilidade do direito sa de n o dispensa que o requerente de monstre a necessidade do rem dio postulado bem como sua efic cia na cura da mol stia que lhe est afetando A Lei Federal n 6 360 76 disp e sobre a Vigil ncia Sanit ria a que ficam sujeitos os medicamentos as drogas os insumos farmac uticos e correlatos cosm ticos e saneantes e ela determina a necessidade de registro desses produtos no Minist rio da Sa de Pode ocorrer de medicamentos requeridos constarem das listas do Minist rio da Sa de ou de pol ticas p blicas Estaduais ou Municipais mas n o estarem fornecidos popu la o por problemas de gest o Logo o cidad o n o pode ser punido pela a o administrativa ineficaz ou pela omiss o do gestor do sistema de sa de e
168. NA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil Direito de Fam lia Vol IV S o Paulo Saraiva 2011 DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 iS DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 1 ART 50 A autoridade judici ria manter em cada comarca ou foro regional um registro de crian as e adolescentes em condi es de serem adotados e outro de pessoas interessadas na ado o 1 DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 51 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 desejo da m e de entregar o filho a determinada pessoa Este tipo de ado o definida pela doutrina p tria como ado o intuito personae Nestes casos a crian a poder ser adotada por aquele que a segii ncia do cadastro determinar e n o por quem acaba de ser inscrito ou se quer se inscreveu muitas vezes por nunca ter imaginado que adotaria uma crian a ou adolescente mas que foi levado a querer adotar por circunst ncias inesperadas A lei 12 010 09 flexibilizou tal determina o do ECA ao alterar o art 50 8 13 do referido diploma legal melhorando o desenrolar do processo de ado o Dias 2011 p 4
169. O 2009 p 82 83 Dar efetividade aos direitos sociais consiste em prover ao sujeito de direitos que n o tem condi es financeiras um conte do de dignidade e igualdade garantindo lhe o m ni mo existencial digno 142 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 4 1 Servi o P blico V rios s o os crit rios de defini o do servi o p blico tais como o subjetivo ob jetivo org nico formal e material a partir dos quais para Jos dos Santos Carvalho Filho de vem ser considerados conjuntamente na forma o da moderna fisionomia que marca a no o de servi os p blicos CARVALHO FILHO 2009 p 308 No entanto dois de seus aspectos apresentam maior relev ncia e inser o nos con ceitos firmados pela doutrina majorit ria o subjetivo e o objetivo No que se refere ao primei ro afirma que leva em conta os rg os do Estado respons veis pela execu o das atividades voltadas coletividade Por outro lado no sentido objetivo afirma que a atividade em si prestada pelo Estado e seus agentes CARVALHO FILHO 2009 p 307 E na mesma estei ra sustenta Hely Lopes Meirelles que servi o p blico todo aquele prestado pela Administra o ou por seus delegados sob normas e controles estatais para satisfaz
170. ORAVANTI Maurizio Constituci n p 97 89 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 lei mas apenas em sentido negativo e sem que se configure uma verdadeira e pr pria partici pa o do Executivo na forma o da vontade legislativa Em que pese a interven o do Executivo no Legislativo via medidas provis rias a Teoria da Separa o dos Poderes evoluiu de forma inusitada no Brasil inclusive com o for talecimento das compet ncias do Judici rio e do Minist rio P blico no que se refere chance la dos direitos coletivos e difusos bem como no que pertinente defesa da ordem jur dica da democracia e dos interesses sociais e individuais de car ter indispon vel tal como precei tua o art 127 da Lei Maior Corol rio tamb m das Constitui es brasileiras o controle jur dico tornou se n cleo gravitacional da separa o dos poderes princ pio este cristalizado no art 2 da Constitui o de 1988 que proclama S o Poderes da Uni o independentes e harm nicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judici rio Mister destacar que nas Constitui es democr ticas como a brasileira de 1988 se encontra a inviolabilidade dos direitos fundamentais que s o tutelados mediante
171. Paris 1939 v I n 1 es BRASIL lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 jan 2002 4 STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 124 220 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mesmo se tratando de responsabilidade subjetiva ou objetiva O ato il cito retomado no artigo 927 do C digo Civil que fala da obriga o de indenizar no Titulo IX da Responsabilidade Civil ele mesmo nos remete ou ao artigo 186 e 187 que conceitua ato il cito vejamos Aquele que por ato il cito arts 186 e 187 causar dano a outrem fica obrigado a repar lo 3 2 3 Esp cies da Responsabilidade Civil Para entender melhor o instituto da Responsabilidade civil os autores a dividiram em esp cies podendo ser quanto natureza jur dica Responsabilidade Civil contratual ou ex tracontratual e quanto a culpa poder ser Responsabilidade Civil subjetiva e objetiva A Responsabilidade Civil contratual ou tamb m chamada de il cito contratual rege se pela Teoria Geral dos Contratos e a responsabilidade que adv m da inexecu o de um contrato firmado onde todas as partes tornam se r
172. R ELEMENTOS DA ESTAT STICA DESCRITIVA NA JURIMETRIA M rcia Milena Pivatto Serra snooooseosseeseoessoossooessseesseesseessoossooessseesseessorssoosssoessseesserssorsssso 156 A OMC E AS MEDIDAS ANTIDUMPING NO BRASIL Maria de F tima Rodrigues Mar UMA BREVE AN LISE TE RICA ACERCA DO CRIME DE SONEGA O DE AUTOS JUNTO AS INST NCIAS SUPERIORES S rgio Artur M Ferreira Filho Soraya guida Brandao de Proen a s esisnrsenanrnunn n a a a r aaas 184 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET Gisele Amanda Ma ria Pereira Beltram de Macedo Guilherme Tomizawa ieeeeeeeeeeeeereeerererenaees 209 TELEATENDIMENTO NO BRASIL E A NECESSIDADE DE REDIRECIONAMENTO NORMATIVO Felipe Louren o Mora Lima eesssessesseesseesseseesseessesersseesseserssressessessresse 250 O REGIME JUR DICO DOS MILITARES NA ESFERA DO DIREITO PENAL A QUES T O DA CONFIGURA O DA OBEDI NCIA HIER RQUICA COMO CAUSA DE FEX CLUS O DA CULPABILIDADE Silvana Cordeiro Correa ceteeemeremeeserers 281 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A CONCESS O ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA COMO MEIO DE ACESSO AO DIREITO FUNDAMENTAL MORADIA FRENTE AO PRINC PIO DA DIGNIDADE
173. RACT This study aims to demonstrate how the use of Law can improve the quality standards of the teleservices Compliance with general clauses present in the Brazilian legal system coupled with the adoption of new criterions of management and the introduction to other directions of investments may determine the reduction of litigation and ensure better social and market ac ceptance for the providing services enterprises For this theme it was used the theoretical and descriptive methodology through the analysis of correlate literature as well as the inquiry of regulatory texts and proposed legislation within all the Federative Unities including its capi tals and the Union until January of 2013 with the remainder of this year dedicated to the or ganization of the collected data and the writing of the text where it was concluded that the in stallation of new guidelines for growth by the teleservices companies related to conflict pre vention in accordance with the general provisions in the legal system may prevent damage to the State and society also ensuring peace and service delivery excellence Keywords Teleservices Litigation Normative redirection 1 Acad mico do Curso de Direito do Centro Universit rio do Rio Grande do Norte UNI RN E mail felipe Iml Dhotmail com 250 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdad
174. Rog rio Bastos Constitutionalism the Expansion of Justice and the Judicialization of Politics in Brazil In SIEDER Rachel SCHJOLDEN Line ANGELL Alan The Judicialization of Politics in Latin America New York Palgrave Macmillan 2006 p 233 BRAND O Rodrigo Op cit p 176 33 VOJVODIC Adriana de Moraes MACHADO Ana Mara Fran a CARDOSO Evorah Lusci Costa Escrevendo um Romance Primeiro cap tulo Precedentes e Processo Decis rio no STF Revista Direito GV S o Paulo v 5 n 1 Jun 2009 p 3 84 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 e direitos fundamentais consagrados pelo Estado democr tico Estef nia Maria de Queiroz BARBOZA leciona que a experi ncia norte america na deve ser tida como exemplo e adaptada ao caso brasileiro que enquanto pa s perif rico n o pode deixar de realizar seus direitos fundamentais porque tratam muitas vezes de quest es pol ticas Luis Roberto BARROSO indica como causas da judicializa o no ordenamento jur dico p trio a redemocratiza o do pa s inclusive com a promulga o da Constitui o Fe deral de 1988 que fortaleceu e expandiu o Poder Judici rio e aumentou a demanda por justi a na sociedade brasileira a constitucionaliza o abran
175. Rog rio Bastos Direito e Pol tica O Minist rio P blico e a Defesa dos Direitos Coletivos Revista Brasileira de Ci ncias Sociais S o Paulo v 14 n 39 fev 1999 107 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 BARCELLOS Ana Paula de Efic cia Jur dica dos Princ pios Constitucionais 3 ed Rio de Janeiro Renovar 2011 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz A Legitimidade Democr tica da Jurisdi o Constitucional na Realiza o dos Direitos Fundamentais Sociais 185 f Disserta o mes trado Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Centro de Ci ncias Jur dicas e Sociais Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 26 08 2005 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Jurisdi o Constitucional Entre Constitucionalis mo e Democracia Belo Horizonte F rum 2007 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Stare Decisis Integridade e Seguran a Jur dica Reflex es Criticas a Partir da Aproxima o dos Sistemas de Common Law e Civil Law na Sociedade Contempor nea 264 f Tese doutorado Pontif cia Universidade Cat lica do Pa ran Centro de Ci ncias Jur dicas e Sociais Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 28 02 2011 BARBOZA Estef nia Maria de Queir
176. Se mesmo com tais san es a conduta abusiva n o cessar o rg o respons vel diferente mente das a es individuais em geral em que n o poss vel aos ju zes fazerem liame entre as condena es pela aplica o poder ser mais brando ou mais rigoroso em ocasi es futuras 6 CONCLUS O vista do exposto neste trabalho conclu mos que o contexto de edi o da s mula 385 STJ indica a preocupa o da Corte frente s posi es diversas existentes naquela oca si o de indicar qual a melhor interpreta o a ser feita no caso concreto conferindo assim se guran a jur dica aos jurisdicionados Contudo ao faz lo a fundamenta o que amparou o voto n o fez constar elementos suficientes para sanar a controv rsia devidamente Com isso abriu se espa o para uma s rie de cr ticas que consideram a conclus o do STJ contr ria aos direitos existenciais e prejudicial aos consumidores O voto prevalecente ag ANDRADE Vitor Morais de San es administrativas no C digo de Defesa do Consumidor S o Paulo Editora Atlas 2008 P 97 98 42 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 foi proferido oralmente de modo bastante simpl rio o que pode ter levado alguns cr ticos a considerar que o Superior Tribunal de Ju
177. TIMA O POR AR PARA A DEVOLU O DOS AUTOS INDEVIDAMENTE RETIDOS ART 370 2 DO CPP COMPROVA O DE PREJU ZO DESNECESSIDADE APELA O DESPROVIDA a A devolu o dos autos fora do prazo legal mesmo ocor rida antes da den ncia n o enseja o trancamento da a o penal por falta de justa causa STF b A prescri o come a a correr da consuma o do delito que se d quando vencido o prazo para a devolu o dos autos Como a den ncia e a senten a s o causas interruptivas da prescri o art 117 I e IV do CP e considerando ainda que houve suspens o condicional do processo art 89 da Lei n 9 099 95 pela pena concretamente aplicada ao r u v se que n o ocorreu a prescri o retroativa c A in tima o do apelante por AR para a devolu o dos autos os quais pessoalmente retirou mediante carga para apresentar alega es finais legal art 370 8 2 do CPP d O crime do art 356 do CP independe de eventual preju zo para sua confi gura o mas de qualquer forma a consider vel demora para a recupera o dos au tos efetivada por interm dio de mandado de busca e apreens o trouxe ineg vel pre ju zo Administra o da Justi a TJ PR AC 12827 1 C mara Criminal Relator Des Rog rio Kanayama julg 04 11 04 DJ 6759 grifo nosso Ao se realizar a releitura do tipo penal em exame e confront la com as decis es de nossos tribunais p trios constata se que ao cont
178. a o de nome e senha ai sim o provedor de correio eletr nico res ponder por eventuais danos causados a seus usu rios Nesse caso o dano deve ser integral mente reparado com danos morais caso o tenha mas o usu rio dever provar ao menos dano e nexo de causalidade n o sendo necess ria a culpa do provedor pois responder objetivamen BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia DF Senado s TOMIZAWA Guilherme A invas o de privacidade atrav s da internet a dignidade humana como direito fundamental Curitiba JM livraria Jur dica 2008 p 105 amp SANTOS Ant nio Jeov Dano Moral na Internet S o Paulo M todo 2001 p122 123 236 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 te pelos danos causados O provedor de correio eletr nico assim como o provedor de acesso responder objetivamente nos caso de danos por m presta o do servi o mesmo que o dano tenha ocor rido por falha do servi o de terceiros do qual o provedor usufrui do seu servi o Nos casos das clausulas abusivas segue tamb m a mesma linha dos provedores de acesso sendo que ser o nulas as cl usulas que limitem a responsabilidade do provedor em caso de danos As excludentes de responsabilidade s se dar o nos casos
179. a Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 5 1 Origens Militares e da Hierarquia A base a qual caracteriza o Ex rcito brasileiro esta na idade m dia sendo que j se organizavam hierarquicamente as sociedades europ ias pelo sistema de susserania e vassala gem e era de grande import ncia nas distin es da sociedade Os graus de hierarquia estavam diretamente ligados posse de terras sendo que a maioria dos oficiais nessa fase eram propri et rios de terras e que acabavam por desempenhar os deveres de oficiais Por m com o surgimento da burguesia houve mudan as estruturais na economia feudal afetando de forma significativa nobreza a ponto do rei nesse momento se aliar com a burguesia a fim de se unificar o reino e criar um ex rcito surgindo as bases de uma outra so ciedade cujos pilares s o a hierarquia e a lealdade entre seus membros A partir dai a forma o de um ex rcito onde passaram a ser composto pela nobreza desconstitu da No s culo XV em Portugal se encontrava o mesmo sistema feudal e sua estrutura da Europa No Brasil col nia de Portugal foi utilizada o mesmo sistema trazido da evolu o do feudalismo sendo que o senhor de terras ser consequentemente uma autoridade p blica e investido no poder militar Os mesmo colonos donos d
180. a de 99 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 rados essenciais Fica configurado um direito subjetivo presta o de sa de pass vel de efeti va o por meio do Poder Judici rio Para superar a exig ncia de registro do medicamento na Ag ncia Nacional de Vi gil ncia Sanit ria ter o demandante um esfor o redobrado na tarefa de convencimento do magistrado pois dever provar n o somente a necessidade do medicamento e sua utilidade no tratamento da mol stia que lhe aflige como tamb m que o f rmaco n o produz efeitos lesivos sa de bem como que n o foi registrado no Brasil por desinteresse da empresa produtora ou lentid o no processo de concess o do registro por m cumpre todos os requisitos exigidos por lei Todavia n o deve o julgador utilizar as normas que regem o direito sa de de for ma religiosa acreditando que com o simples deferimento de uma liminar est salvando a vida do autor A autoriza o para que o requerente utilize se de um medicamento contra indi cado poder apenas piorar seu estado de sa de Da exigir se do juiz e das partes nestas hip teses uma argumenta o com base em dados f sicos qu micos e biol gicos que pode ser realizada com o au
181. a Administra o P blica omitir se Sendo portanto ilegal a omiss o espec fica ou quando mesmo sem prazo fixado mantenha se inerte por per odo superior ao aceit vel dentro dos padr es de toler ncia ou razoabilidade CARVALHO FILHO 2009 p 43 Aprofundando se ao estudo Ingo Wolfgang Sarlet e Mariana Filchtiner Figueire 145 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 do trabalham uma tr plice dimens o da teoria da reserva do poss vel a partir da qual abrange em s ntese a a efetiva disponibilidade f tica dos recursos para a efetiva o dos direitos funda mentais b a disponibilidade jur dica dos recursos materiais e humanos que guarda ntima conex o com a distribui o das receitas e compet ncias tribut rias or amen t rias legislativas e administrativas c j na perspectiva tamb m do eventual titular de um direito a presta es sociais a reserva do poss vel envolve o problema da proporcionalidade da presta o em especial no tocante sua exigibilidade e nes ta quadra tamb m da sua razoabilidade SARLET 2008 p 30 Asseveram ainda que n o se trata de elemento integrante dos direitos fundamen tais e que jamais pode ser visto como limite imanente mas deve constituir uma esp cie de li mite jur dico
182. a Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 issue are Justice and law synonymous Thus the research method used was the bibliograph ical research using theoretical concepts from different authors and culminating with a case study to endorse the position taken Despite the concept of justice is not something peaceful in the society we sought to establish the construction and the relation between the elements justice and law which can influence directly in the experienced social reality and the existing legal standards Several theories that seek to establish what may or may not be considered righteous in different factual situations and their impact in relation to the legal world were presented Finally it advocates the theoretical line adopted in the article based on the theo retical constructs previously made giving rise only initially to a debate that can mean end less Key words justice law equality judicial decisions 1 INTRODU O Abordar o conceito de justi a n o tarefa das mais simples Por vezes ao tratar ou pensar no tema diferentes concep es do que significa o termo justi a e qual o seu al cance comparecem na hist ria e nos pensamentos filos ficos A tentativa por vezes v de tentar acertar e delinear exatamente tal conceito gera uma s rie de ang stias e consequente mente contradi es A justi a que pode
183. a Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 No mesmo sentido o professor Jos Frederico Marques definia Ordem de superi or hier rquico a manifesta o de vontade do titular de uma fun o p blica que lhe subor dinado no sentido que realize uma conduta positiva ou negativa Contudo o conceito de ordem necessita n o s de um subordinado competente como de um superior hier rquico com poderes e deveres administrativos o qual ira manifestar a sua vontade comando determina o ou proibi o ordem sendo que ambos s o titular de uma fun o p blica onde um tem poder hier rquico para comandar sobre o outro que tem o dever de obedecer N o podemos falar em hierarquia sobre o foco do Direito privado uma vez que nosso estudo se especifica exclusivamente no Direito P bico At porque se o subordinado no direito privado cometer um fato il cito comandado por superior ser esse fato cometido sobre coa o irresist vel e n o sobre a exclus o de culpa por obedi ncia hier rquica como no direi to p blico Por m no direito p blico podemos falar em coa o uma vez que mesmo a or dem sendo manifestamente ilegal por coa o irresist vel do superior o subordinado comete o il cito o que ser estudado mais frente Partindo do ponto de que quem da orde
184. a boa educa o e assim por diante Bobbio 2010 p 17 Ou seja a sociedade formada por um complexo e uma mistura de normas sejam elas escritas normativas ou sociais estabeleci das por conveni ncia e costume O autor ao tratar de teorias que explicam o direito aborda a Teoria da Institui o proposta por Santi Romano 1945 que sugere os tr s elementos essenciais em sua defini o quais sejam deve remeter se ao conceito de sociedade Isso em dois sentidos rec procos o que n o sai da esfera puramente individual o que n o supera a vida do indiv duo como tal n o direito ubi ius ibi societas e n o existe sociedade no verdadei ro sentido da palavra sem que nela se manifeste o fen meno jur dico ubi societas ibi us o conceito de direito deve conter a ideia de ordem social Toda manifesta o social pelo simples fato de ser social ordenada ao menos em rela o aos cons ci OS A ordem social posta pelo direito n o dada pela exist ncial de normas que disci plinam as rela es sociais Isso significa que antes de ser norma antes de se refe rir a uma simples rela o ou a uma s rie de rela es sociais organiza o estrutu ra posi o da pr pria sociedade em que se desenvolve e que ele constitui como uni dade como ente distinto Bobbio 2010 p 20 21 grifos do autor Ou seja nesta teoria o que importa para a constru o do conce
185. a cada ordem dada de superior hier rquico gera uma conduta de seu su bordinado mesmo que seja para n o cumpri la por m para n o cumpri la a ordem deve ser manifestamente ilegal para que n o responda pelo crime de desobedi ncia hier rquica O car ter de o subordinado poder dirimir se a ordem ou n o manifestamente ile gal permite que o inferior determine o conte do da determina o pois ningu m possui de ver de praticar ilegalidade Por m h consegii ncias se a ordem for manifestamente ilegal ou n o manifesta mente ilegal onde apenas em uma podemos excluir a culpabilidade do subordinado A JESUS Dam sio E Direito Penal Parte Especial Vol 04 13 edi o S o Paulo Saraiva 2003 p 221 Ss DA COSTA Alexandre Henriques Dispon vel em http www jusmilitaris com br uploads docs obediencia pdf Acessado em 10 de outubro de 2012 298 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 6 1 1 Da ordem manifestamente ilegal Quando a ordem se manifestar ilegal ao subordinado n o ser exig vel que seja cumprida pois como j comentamos n o permitido no Brasil o cego cumprimento de or dem ilegal No entanto o subordina
186. a comunidade personificada expressando uma concep o coerente de justi a e equidade Desse pensamento se infere que a democracia contempor nea expandiu os hori zontes dos tribunais conferindo lhes outras atribui es jurisdicionais e institucionais antes inexistentes sobretudo a revis o judicial de medidas adotadas pelos outros Poderes Esse mo vimento denominado de judicializa o da pol tica e seu primado firmou se na supremacia da Constitui o que urge ser respeitada Ran HIRSCHL trata da referida judicializa o afirmando que ela aconteceu em mais de oitenta pa ses e em v rias entidades supranacionais com a transfer ncia de uma par cela significativa de poder das institui es representativas ao Judici rio Ele adota o termo juristocracia para identificar o movimento de judicializa o da pol tica e que a partir desse novo modelo constitucional deu poderes sem precedentes ao Poder Judici rio transformando os tribunais em importantes rg os de tomadas de decis es S Ibidem p 15 12 Idem 13 Para expor a complexa estrutura da interpreta o jur dica Ronald DWORKIN utiliza um juiz imagin rio de capacidade e paci ncia sobre humanas o juiz H rcules Contudo ele n o imagina que todos os ju zes tornem se H rcules pois a sua utilidade decorre do fato dele ser mais reflexivo e auto consciente do que qualquer juiz DWORKIN Ronald O Imp rio do Direito S o Paulo Martins Fontes 2007 p
187. a de atendimento aos seus ditames ROSSATO 2011 p 112 Dois obst culos t m sido enfrentados frequentemente no que se refere efetivida de aos direitos sociais uma virtual impossibilidade de interfer ncia nas pol ticas p blicas notadamente por gerar mudan as nos or amentos e despesas p blicas e um criado limite f ti co denominado reserva do poss vel ROSSATO 2011 p 112 os quais devem ser devida mente analisados e dadas as relev ncias e circunst ncias que permeiam o caso concreto afas tados 4 2 Limites Por mais que sejam os direitos fundamentais essenciais garantia da dignidade da pessoa humana observa se que estes n o s o por si absolutos mas podem ter sua efetividade relativizada quando no caso concreto se sobreponha outro direito fundamental de igual ou su 144 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 perior essencialidade No que se refere eventual colis o de princ pios Robert Alexy assevera que um dos princ pios dever ceder em detrimento do outro O que n o significa que este seja inv li do mas apenas que diante das circunst ncias que contornam o caso concreto tais direitos aca bam por receberem pesos distintos e assim um prevalece sobre o outro ALEXY 2011 p 93 94 Sustenta ainda
188. a democracia resulta da interliga o que existe entre o principio do discurso e a forma jur dica Eu vejo esse entrela a mento como uma g nese l gica de direitos a qual pode ser reconstru da passo a pas so Ela come a com a aplica o do princ pio do discurso do direito a liberdades sub jetivas de a o em geral constitutivo para a forma jur dica enquanto tal e termina quando acontece a institucionaliza o jur dica de condi es para um exerc cio dis cursivo da autonomia pol tica a qual pode equipar retroativamente a autonomia pri vada inicialmente abstrata com a forma jur dica Por isso o principio da democra cia s pode aparecer como n cleo de um sistema de direitos A g nese l gica desses direitos forma um processo circular no qual o c digo do direito e o mecanismo para a produ o do direito leg timo portanto o principio da democracia se constituem de modo co origin rio 2 2 Estado de Direito Democr tico Outro ponto que merece realce a rela o entre Direito e Estado Comecemos pe las palavras conceituais sobre Estado do professor Dalmo de Abreu Dallari 2010 p 119 ordem jur dica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em um determi nado territ rio Sabe se de plano que a no o de Estado apresentou uma evolu o que pode ser bem dividida em tr s pontos chaves conforme apontam diversos autores dentre os quais Ale xandre de Moraes 2008 p 03 a o
189. a do m nimo existencial e na veda o do retrocesso social sob a observ ncia da supremacia do interesse p blico Afinal a Carta Magna p s no centro do ordenamento jur dico o homem e a sua dignidade Ademais muito embora finalmente reconhecidos e constitucionalizados tais direi tos fundamentais a efetividade de alguns destes depende em especial da atua o do Poder Legislativo e Executivo o caso dos direitos sociais prestacionais que n o se efetivam por si s mas tem sua efic cia relativizada pela eventual absten o de um destes poderes Logo discute se muito a respeito da possibilidade do pleito perante o Poder Judi ci rio por aquele que tem seu direito social tolhido em face da omiss o dos demais Poderes Torna se necess ria e inafast vel portanto a aprecia o dessas causas pelo Poder Judici rio e interven o nas hip teses em que o Legislativo deixe de atuar por exemplo pre vendo or amento para a concretiza o do direito social ou o Executivo na falha ou inexecu o das pol ticas p blicas destinadas a tal fim sem que fira o princ pio da separa o dos pode res Afinal a obriga o estatal de concretizar os ditames constitucionais legitima o Poder Ju dici rio para agir extraordinariamente quando invocado respeitando o princ pio da in rcia a fim de garantir a frui o dos direitos fundamentais do homem Para tanto deve atuar pautado no princ pio da pondera o e proporcionali
190. a forma a se alcan ar a justi a e a democra cia erigindo o Brasil a um verdadeiro Estado Democr tico de Direito 10 Note se que a Administra o P blica foi criada durante o processo de forma o do Estado Moderno Europeu com o advento do Estado legislativo e administrativo em supera o ao Estado jurisdicional Al m do protagonismo da lei como express o da vontade geral e da soberania da na o se situa a cria o desse novo sujeito destinado a representar o Estado e a responder as necessidades concretas dos cidad os FIORAVANTI Maurizio Estado y Constituci n p 25 101 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz A Legitimidade Democr tica da Jurisdi o Constitucional na Realiza o dos Direitos Fundamentais Sociais 185 f Disserta o mestrado Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Centro de Ci ncias Jur dicas e Sociais Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 26 08 2005 p 9 102 Thidem p 9 10 97 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Al m dessa quest o discute se a legalidade da interfer ncia do Poder Judici rio em mat ria or ament ria Isso porque a concretiza o do direito sa de exige uma sens vel aloca o de bens materiais cuja distri
191. a geral de tutela personalidade art 12 do CC permite um rico di logo de fontes entre a Constitui o Federal por interm dio da dignidade da pessoa humana e o C digo Civil Quanto s suas caracter sticas s o os direitos da personalidade absolutos opon veis erga omnes vital cios s o inerentes pessoa desde o seu nascimento at a sua morte extrapatrimoniais n o possuem conte do patrimonial afer vel objetivamente indispon veis o seu titular n o pode neg los a princ pio impenhor veis n o est o sujeitos penhora e imprescrit veis n o h prazo para seu exerc cio Ainda a respeito das caracter sticas o artigo 11 do C digo Civil trata de maneira espec fica de duas delas que decorrem da indisponibilidade a intransmissibilidade e a irre nunciabilidade que merecem exame mais aprofundado Estariam estas ligadas ideia de que a ningu m cabe dispor dos direitos da perso nalidade mesmo mediante consentimento Isso porque a pessoa n o poderia renunciar a um direito inato e inerente ou mesmo transmitir sua titularidade a terceiros A princ pio isso indicaria que n o cabe pessoa por exemplo dispor de sua ima gem e privacidade Contudo essa regra permite temperamentos j que limitar a autonomia existencial da pessoa aos casos previstos em lei equivale a negar sua pr pria dignidade vide fen menos como as redes sociais e o programa de televis o Big Brother Na realid
192. a inten o do agente ao n o devolver dolosamente os autos ao cart rio de ori gem 4 4 Crime formal Crime formal aquele que se considera consumado independente do resultado natural stico isto n o se exige para a consuma o a obten o do resultado pretendido pelo agente A inten o do agente presumida de seu pr prio ato o qual se considera consumado independentemente do resultado Bitencourt 2010 p 254 preleciona que o crime formal descreve um resul tado contudo n o precisa verificar se para ocorrer a consuma o Explica ainda que o legislador antecipa a consuma o satisfazendo se com a simples a o do agente Neste mesmo sentido Hungria apud Bitencourt 2010 p 254 com proprie dade h muito lecionou que no crime formal a consuma o antecede ou alheia se ao even tus damni O art 356 do CP descreve a conduta de deixar de restituir autos documento ou po JESUS Dam sio de Direito Penal Parte Geral 31 ed S o Paulo Saraiva 2010 a BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal Parte Geral vol 1 15 ed S o Paulo Saraiva 2010 2 BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal Parte Geral vol 1 15 ed S o Paulo Saraiva 2010 197 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr
193. a jur dica Com o advento da Lei 12 010 09 a ado o passou a ser regulada pelo ECA que conforme ensinam Gagliano e Pamplona Filho 2011 passa a ter aplica o subsidi ria no que concerne a ado o de maiores de dezoito anos Embora as normas estabelecidas no ECA visem sempre pela a prote o da crian a e do adolescente Dias 2011 ressalta que a legisla o brasileira vem burocratizando demais o processo de ado o com a obsess o de esgotar os recursos de manuten o da crian a e do adolescente no seio da fam lia natural Dias 2011 p 497 explica que o ECA determina que em cada comarca ou foro regional haja um duplo cadastro um de crian as e ado lescentes em condi es de serem adotados e outro de pessoas interessadas em adotar ECA 50 Por m adverte que existe uma exacerbada tend ncia de sacralizar a lis ta de prefer ncia e n o admitir em hip tese nenhuma a ado o por pessoas n o ins critas Esta determina o dificulta a ado o por pessoas que n o se encontram inscritas A quest o muito bem explicada por Dias 2011 quando diz que em algumas situa es h o GAGLIANO Paplo Stolze PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil Direito de Fam lia Vol IV S o Paulo Saraiva 2011 1 GAGLIANO Paplo Stolze PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil Direito de Fam lia Vol IV S o Paulo Saraiva 2011 13 GAGLIANO Paplo Stolze PAMPLO
194. a lhe im putar uma repara o ao dano Isso se d pela falta de nexo de causalidade com o dano pois seria imposs vel do provedor impedir a ocorr ncia uma vez que o provedor de acesso apenas faz a intermedia o entre o usu rio e a rede Para Marcel Leonardi Essa responsabilidade somente pode ser imputada a um provedor de servi os de internet quando este notificado a respeito da exist ncia de determi 53 BRASIL Lei 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 12 set 1990 232 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 nado conte do il cito e nada faz para remover ou bloquear o acesso a ele No caso comentado por Marcel Leonardi o provedor de acesso ser respons vel por omiss o neglig ncia ou imprud ncia respondendo de forma subjetiva conforme artigo 186 do c digo civil No entanto nos casos do provedor n o ter conhecimento do conte do ofensivo observa Ant nio Jeov Santos No que tange ao alojamento de dados a responsabilidade civil n o incidir desde que o provedor n o tenha conhecimento efetivo de que a atividade ou a informa o il cita e no que se refere a o n o te
195. a orienta o deve ser feita em car ter pr vio uma vez que tam b m constitui parte daquilo que passado ao trabalhador que executa o servi o Tal situa o implica que o investimento na capacita o dos teleatendentes medi da essencial para que a presta o do servi o melhore devendo esta sobrepor sen o serem tra tadas como mais importantes do que as medidas or ament rias das empresas com rela o aos conflitos judiciais que poder o surgir Contudo a capacita o sem o implemento de melhores condi es de trabalho n o surtir efeito isto n o s no telemarketing mas tamb m nos outros ramos do teleatendimento assim fica a cargo das empresas a responsabilidade de adotar me didas preventivas tamb m no que concerne ao planejamento e administra o das rela es tra balhistas utilizando o Direito do Trabalho como ferramenta eficiente para evitar problemas de ordem jur dico empresariais 4 CONCLUS O As rela es de teleatendimento constituem um fato social em que se d causa a muitos conflitos de ordem jur dica em raz o da demanda social cada vez mais crescente no setor de servi os Essa demanda vem sendo atendida de maneira equivocada isto as empresas que disponibilizam o teleatendimento n o priorizam a qualidade do seu servi o e consequente mente comprometem as condi es de trabalho do operador Al m do sobredito o foco normativo mais voltado para o setor econ mico e de consumo onde
196. a por los doctrinadores delito omisivo propio y en lo que dice respecto al resulta do formal Este es el mismo pensamiento jurisprudencial de los jueces de los tribunales supe riores patrios en la fundamentaci n de sus juzgados Ocurre que en el momento de la senten cia estos ltimos establecen que la consumaci n del delito requiere la no restituci n de los registros al tribunal despu s del recibimiento de la intimaci n judicial incorporando un ele mento m s al tipo penal creando as un nuevo momento consumativo contrariando a la teo r a de la actividad acci n opci n del legislador brasilero y desconsiderando conceptos b sicos de la ciencia del Derecho Licenciado em Psicologia pela PUC PR P s Graduado em Metodologia de Interven o no Processo Ensino Aprendizagem pela PUC PR Funcion rio P blico Estadual lotado no N cleo de Prote o Crian as e ao Adolescentes V timas de Crime NUCRIA Cursando o 4 Per odo de Direito nas Faculdades OPET sergioarturfilho hotmail com Licenciada em Pedagogia UTP P s Graduada em Metodologia de Ensino de 1 e 2 Graus pelas Faculdades Integradas Esp rita Funcion ria P blica Estadual Aposentada Cursando o 4 Per odo de Direito nas Faculdades OPET sorayabrandao brturbo com br 3 Mestre e Doutor em Direito Criminal Professor Titular das Faculdades OPET Presidente do ISDEC 184 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lis
197. a possibilidade da Camex diante de circunst ncias excepcionais n o aplicar medidas antidumping ainda quando demonstrado o dano o dumping e o nexo causal por raz es de interesse nacional Igual previs o tamb m de atribui o Camex se encontra no artigo 3 do novo Decreto 8 058 13 Cordovil 2011 p g 91 critica a previs o contida no decreto anterior que atribu Camex que n o conduz a investiga o e sim o Decom a compet ncia para definir o que deva ser considerado interesse p blico Para ela teria o Decom que vai analisar o caso concreto maiores subs dios para definir e aferir a ocorr ncia ou n o do interesse p blico Como o Decreto 8 058 13 n o alterou esse estado de coisas o problema persiste De uma maneira geral os crit rios mais utilizados pelas autoridades para aferir o interesse p blico s o a a concorr ncia incluindo a os interesses do consumidor por pre os baixos e op es de compra b o emprego e a redu o dos sal rios c o desenvolvimento tecnol gico e industrial 176 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 3 4 A intera o entre os direitos antidumping e o direito concorrencial Cordovil 2011 p g 128 aponta uma relevante intera o entre o com rcio internacional e a defesa da concorr ncia na
198. a que nin gu m tem o monop lio da palavra direito e que ela pode ser usada em sentido mais amplo ou mais restrito conforme a oportunidade cujo nico juiz o pr prio ci entista Quem afirma que direito apenas o direito estatal usa a palavra direito em sentido restrito Quem considera seguindo os institucionalistas que direito tam b m aquele de uma associa o para delinquir usa o termo direito em sentido mais amplo me parece mais oportuna a defini o ampla ou seja a proposta pelos institucionalistas pois limitando o significado da palavra direito s normas de con duta promulgadas pelo poder estatal vai se contra o uso lingu stico geral que chama direito tamb m o direito internacional e aquele da Igreja Bobbio 2010 p 25 O autor defensor claro da teoria normativa por vezes parece elucidar tais teorias como forma de fortalecer e solidificar a teoria normativa BOBBIO 2010 defende que as re la es s s o jur dicas devido exist ncia das normas jur dicas que a orientam Ou na ex press o do pr prio autor n o diremos que uma norma jur dica porque regula uma rela o jur dica mas sim que uma rela o jur dica por ser regulada por uma norma jur dica Bobbio 2010 p 34 Denota se neste princ pio a preval ncia da norma jur dica expressa na teoria do autor em quest o Sendo assim o autor se prop e ao estudo das regras de conduta afi
199. a uma situa o passada a um paradigma que fora fixado anteriormente no momento em que se efetivou a proposta situa o de equil brio O equil brio a ser perseguido puramente estipulativo Exemplificando caso a proposta vencedora preveja uma margem de lucro m nima ou tendente a zero n o haver di reito ao reequil brio contratual caso esse m nimo seja alcan ado pela execu o do contrato por outro lado se um contrato bastante vantajoso para o particular a administra o n o po der negar o direito revis o sob o argumento de ainda restar margem de lucro e o contrato permanecer exequ vel Comumente o direito ao equil brio econ mico financeiro descrito pela doutrina como uma esp cie de contradireito do contratado em raz o dos poderes conferidos adminis tra o pelas cl usulas exorbitantes que s o muito bem definidas por JOS CRETELLA J NIOR que as chama de cl usulas de privil gio O princ pio visa sobretudo correla o entre os encargos e a remunera o correspondente de acordo com o esp rito lucrativo que elementar aos contratos administrativos e especialmente concess o do servi o p blico T CITO 1975 p 203 1 JUSTEN FILHO 2012 p 888 JUSTEN FILHO 2012 p 888 117 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Fac
200. abilidade do C digo de Defesa do Consumidor e do C digo Civil para cada provedor enquadrando os quando poss vel nas rela es de consumo Enfrentando o entendimento dos casos emblem ti cos decididos pelo judici rio identificando quais casos de responsabilidade civil dos provedo res de servi o de internet se fundamentam as decis es Finalmente analisar o projeto de lei 2 126 2011 marco inicial da Internet e o que muda nos casos de responsabilidade civil dos provedores de servi os de internet Palavras chave Internet Provedores de internet Responsabilidade civil Responsabilidade civil dos provedores de internet ABSTRACT This paper aims to analyze the civil liability of each Internet service provider The focus is to identify in which cases circumstances the Internet provider will be made responsible either objectively or subjectively differentiating damages caused by their own faults or illicit acts performed by outsourced parties It evaluates the applicability of the Consumer Rights and Civil Law Defense Code for each given provider framing them whenever possible in the consumerism relations Decisions will be taken by facing the understanding of such emblem atic cases judged by the judiciary head and plotting which civil liabilities case belongs to the internet service providers At last to comment the Law Project 2 126 2011 Internet services kick off start date and whatever changes in the civil liabilities for the In
201. ada de proposi es suscet veis de serem veri ficadas o que sup e que tenham por objeto n o um dever ser mas um ser isto que tenham por objeto fatos observ veis Para exemplificar este entendimento ainda o mesmo autor 2008 p 35 embasado na proposta de Alf Ross representante da corrente realista afirma Trata se antes de tudo do comportamento dos ju zes As normas n o existem com efeito sen o na medida em que se aplicam de forma efetiva Descrever o direito em vigor descrever a norma que o juiz de fato aplica Essa concep o deve permitir ci ncia do direito produzir enunciados que predigam o comportamento dos ju zes A presente defini o ao delimitar como ci ncia a aplica o da lei abstrata ao fato concreto traz a baila um relevante questionamento Qu o poder possuem os magistrados no momento em que interpretam a lei Michel Troper 2008 p 123 130 aponta duas correntes a Tradicional segundo a qual o magistrado n o exerce poder pois apenas traz a luz uma sig nifica o oculta mas j presente ao enunciado b Realista sendo aqui a interpreta o consi derada fun o de vontade cabe ao operador do direito desde que habilitado dar a norma o significado que entender mais adequado para o caso em concreto Continua o mesmo autor 2008 indicando que o interprete deve seguir m todos confi veis para interpretar quais sejam a Semi tica que se baseia na linguagem b Gen t
202. ade conforme argui o de Rafael da Silva Rocha cabe apenas ao sujei to decidir o que melhor para si podendo at restringir o exerc cio de um direito da persona lidade ou consentir na sua les o se assim o desejar Desse modo ele exerce sua autonomia a ROSENVALD Nelson Dignidade humana e boa f no C digo Civil S o Paulo Editora Saraiva 2005 P 30 i MEIRELES Rose Melo Vencelau Autonomia privada e dignidade humana Rio de Janeiro Editora Renovar 2009 P 187 28 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 privada existencial Com isso seria poss vel ao sujeito doar sangue ou rg os ou fazer uso de sua imagem para fins onerosos como o caso do Big Brother desde que o fa a temporari amente vedada a ren ncia vital cia de direito da personalidade mediante um consenti mento v lido As limita es com isso est o vinculadas dignidade da pessoa humana Poderia a autonomia da pessoa dessa forma avan ar at onde n o restar ferida a ordem p blica a mo ral e os bons costumes ou nos casos de consentimento inv lido e ren ncia permanente dos di reitos Os direitos da personalidade s o tutelados pelo ordenamento jur dico de modo amplo cabendo aqui dar destaque ao inciso X
203. ades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 homoafetiva Dispon vel em lt http www conjur com br 2011 fev 04 supremo tribunal federal debrucar uniao homoafetiva gt Acesso em 07 09 11 BITTENCOURT Edgard de Moura Guarda de Filhos 2 ed S o Paulo Leud 1981 CONSULTOR JUR DICO Parlamento uruguaio aprova ado o por casais gays Dispon vel em lt http www conjur com br 2009 set 10 parlamento uruguaio aprova adocao criancas casais gays gt Acesso em 08 09 11 DIAS Maria Berenice Conversando sobre homoafetividade Porto Alegre Livraria do Advogado 2004 DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 DINIZ Maria Helena Direito Civil Brasileiro 15 ed vol V S o Paulo Saraiva 2000 GAGLIANO Paplo Stolze PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil Direito de Fam lia Vol IV S o Paulo Saraiva 2011 GUERIN Camila Rocha Ado o e uni o homoafetiva Dispon vel em lt http www ibdfam org br artigos amp artigo 524 gt Acesso em 07 09 11 HAIDAR Rodrigo A Quarta Fam lia Supremo reconhece uni o est vel homoafetiva Dispon vel em lt http www conjur com br 2011 mai 05 supremo tribunal federal reconhece uniao estavel homoafetiva gt Acesso em 13 09 11 JURISPRUD NCIA DO TRIBUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DO PARAN Dispon vel em lt http www tjpr jus br jurisprudencia Acesso em 14
204. ado isoladamente mas dos proble mas espec ficos que a ci ncia do Direito se prop e com vista a uma subsequente aplica o normativa s em fun o da teoria que comanda todo o processo de ela bora o cient fica que o objeto de conhecimento da ci ncia jur dica assim como as normas que constituem sua parte t cnica podem fazer algum sentido E as teorias da ci ncia do Direito como quaisquer teorias cient ficas s o essencialmente refut veis e por isso carecem n o de ser afirmadas dogmaticamente como o faz a maioria dos juristas mas de ser questionadas postas em xeque Sendo ci ncia o Direito apresenta conceitos que n o devem ser considerados dog mas mas devem ser respeitados enquanto considerados cientificamente v lidos ou seja en quanto n o sejam refutados pela comunidade cient fica Nas palavras de Marques Neto 2001 p 185 Ci ncia discurso teoria que se constr i em fun o de um objeto de conhecimen to e de um m todo por sua vez tamb m constru dos E a fun o prec pua de toda te oria cientifica a de explicar e n o ditar normas e muito menos dogmatizar O Direito pretende regrar o comportamento para possibilitar o conv vio harmonio so entre as pessoas estabelecendo uma ordem social conforme Perez Lufio 1997 p 27 28 as diferentes defini es que ao longo da hist ria se tem dado ao Direito n o s o outra coisa sen o a revela o de distintas forma
205. ais tal como apontado pelos cr ticos a nica e exclusiva solu o para o caso concreto O ordenamento jur dico aliado tutela dos direitos da personalidade n o per mite uma outra resposta ao ato il cito praticado Note se que alguns como exposto por Bruno Miragem apontam que a principal cr tica que deve ser feita s mula 385 STJ que a mesma estaria conferindo carta branca aqueles que rotineiramente praticam a negativa o indevida e afastaria a possibilidade de im por a estes uma san o Mais uma vez entendemos que cabem cr ticas cr tica Como visto e defendido especialmente por Nelson Rosenvald ainda que timidamente o ordenamento jur dico nacional prev a tutela geral dos direitos da personalidade num di logo de fontes que especialmente deriva do artigo 1 II da Constitui o Federal dignidade da pessoa humana e do artigo 12 do C digo Civil tutela inibit ria O direito exclus o do nome da pessoa do cadastro restritivo consubstanciado na s mula em comento n o afasta a possibilidade de outras tutelas que podem ser invocadas num car ter disciplinador e com muito mais efic cia do que a condena o pela repara o ex trapatrimonial Nesse aspecto destacamos aqui o cabimento das demandas coletivas hip te se No artigo 127 caput da Constitui o Federal atribu do ao Minist rio P blico a 34 Op cit 40 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula
206. al ou seja a judicializa o do direito sa de A a o dos poderes soberanos na rea da sa de deve estar voltada necessariamen te ao atendimento da popula o de forma universal e igualit ria garantindo um atendimento integral preventivo curativo e acima de tudo digno Ainda foi realizada uma an lise da posi o adotada pelo Supremo Tribunal Fede ral acerca do direito sa de tendo por par metro a Suspens o de Tutela Antecipada n 175 Nessa julgamento o STF estabeleceu alguns crit rios essenciais solu o judicial de casos concretos que envolvem esse direito fundamental tais como a exist ncia ou n o de pol tica estatal que abranja a presta o de sa de pleiteada pela parte a presen a de motiva o para o n o fornecimento de determinada a o de sa de pelo SUS e a necessidade de registro do me dicamento na Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria 106 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Nocivo ou n o o ativismo judicial representa a insufici ncia do Estado em aten der aos anseios da sua popula o protegendo o indiv duo contra omiss es ou excessos do Es tado Dessa forma quando a in rcia dos Poderes Executivo e Legislativo configura um bice ao regular fun
207. al equiparou os direitos das uni es est veis homo e heteroafetivas Com a equipara o das uni es est veis homoafetiva s heteroafetivas por meio da ADI 4277 n o foi justificado e compreendido pelo STJ como invi vel a ado o unilateral nesse modelo de rela o familiar estabelecido negando ent o provimento ao RE Em que pese todo o debate que se fez e ainda se faz no que tange separa o dos tr s poderes e da atua o do STF para al m de sua atribui o origin ria extrapolando seus limites tal norma se encontra pacificada pelo entendimento majorit rio Deste modo com base na incurs o te rica acima realizada no que tange justi a o entendimento do STJ quanto equipara o e igualdade para ado o unilateral por uma das pessoas do casal homoafetivo justo Equiparar as duas rela es familiares uni o est vel homoafetivo heteroafetivas uma decis o justa A decis o dos ministros do STJ sin ni mo de justi a E o Direito como pode ser vinculado justi a nesse pormenor Estes questionamentos remetem aplica o pr tica do conceito de justi a na reali dade cotidiana da disciplina do Direito importa elucidar que as decis es no mbito jur dico devem acompanhar as mudan as ocorridas na sociedade Para tanto acompanhar e compreen der as novas concep es de fam lias e formas de relacionamento aponta para elementos inici ais fundamentais para tratar da decis
208. amais poder ser obtida caso persista o confronto entre puni o e liberdade Mas o Estado n o pode demonstrar essa legitimidade a n o ser mediante um proces so de presun o de evidencia decorrente de uma legalidade racionalizada e por isso mesmo imposta pela autoridade Isso porem solapa derradeiramente as bases su postamente consensuais e legitimantes de uma democracia Pertinente destacar o alerta do eminente jurista argentino Eugenio Ra l Zaffaroni 3 TAVAREZ Juarez Os objetos simb licos da proibi o o que se desvenda a partir da presun o de evidencia Texto 2011 a ZAFFARONI Eugenio Ra l Manual de Direito Penal Brasileiro vol 1 Parte Geral 8 ed rev atual S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 204 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2010 p 354 355 O direito pretende regular conduta humana n o podendo ser o delito outra coisa al m de uma conduta Se admit ssemos que o delito algo diferente de uma conduta o direito penal pretenderia regular algo distinto de uma conduta e portanto n o se ria direito pois romperia o atual horizonte de proje o de nossa ci ncia Quem quiser defender a vig ncia
209. anceiras aquele que conceder o cr dito precisa de uma resposta imediata para que decida entre conceder ou n o o cr dito pretendido Nesse aspecto demonstrando a facilidade de uso do sistema mister observar que o pr prio credor quem realiza a inscri o desabonadora que muitas vezes n o feita de for ma regular para efetuar a inscri o nos bancos de dados s o exigidos em geral a qualifica o do devedor o valor da d vida a data de vencimento o n mero do contrato e a identifica o do fornecedor os bancos de dados de prote o ao cr dito permitem a inclus o das chamadas restri es comerciais por meio de preenchimento de formu l rio pr prio ou pela Internet A solicita o e o registro baseiam se apenas na afirma o do fornecedor n o se exige a priori qualquer comprova o do d bito A doutrina e jurisprud ncia nacional sustentam que tal inser o quando indevida causa danos queles que sofreram restri es credit cias de maneira irregular que devem ser reparados por parte de seu causador Isso porque a negativa o acima mencionada atingiria di retamente os direitos da personalidade da v tima que injustamente perde seu cr dito na pra a e ainda arca com a fama de m pagadora Contudo surge pol mica quando tal negativa o indevida efetuada em momento que o nome da v tima j consta em tais cadastros por inscri o devida anterior Ou seja aque le que j
210. ande maioria refletem necessidades pertinentes ao direito fundamen tal sa de Verifica se que o Judici rio tem reconhecido a reserva do poss vel o m nimo exis tencial a proporcionalidade razoabilidade e demais assuntos vertentes da implementa o e garantia dos direitos sociais Como se verificou nos casos abordados enquanto que o pleito de fraldas geri tri cas restou negado em virtude de haver a possibilidade de o requerente supri lo por outros meios e da Administra o P blica poder direcionar seus custos para tratamentos a base de f r macos essencialmente necess rios no segundo caso tendo em vista a doen a grave do pleite ante a impossibilidade financeira de autoprover seu medicamento concedido foi seu pleito no sentido de que n o caber o alega es de impossibilidades financeiras eis que a demanda 151 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 versa sobre direito fundamental social integrante necess rio do m nimo existencial fundado na dignidade da pessoa humana O que causa espanto em verdade a utiliza o da reserva do poss vel para todo e qualquer caso sem fundamenta o ou produ o de provas da impossibilidade de presta o do direito demonstrando a evidente tentativa de recusa a algo t o essencial vi
211. ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 6 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BARCELLOS Ana Paula de A efic cia jur dica dos princ pios constitucionais o princ pio da dignidade da pessoa humana Rio de Janeiro Editora Renovar 2002 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional 6 ed Coimbra Almedina 1993 CARVALHO Carlos Gomes de Introdu o ao direito ambiental Cuiab Verde Pantanal 1990 DINIZ Maria Helena Curso de Direito Civil brasileiro direito das coisas Volume 4 23 ed S o Paulo Saraiva 2008 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Estatuto da cidade coment rios Lei Federal 10 257 2001 S o Paulo Malheiros 2002 FERNANDES Ed sio ALFONSIN Bet nia coord A lei e a ilegalidade na produ o do espa o urbano Belo Horizonte Del Rey 2003 FREITAS Gilberto Passos de Il cito penal ambiental e repara o do dano S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 GARCIA Maria coord A cidade e seu estatuto S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2005 LIMA M rcio Kammer de Usucapi o coletivo e desapropria o judicial instrumentos de atua o da fun o social da propriedade Rio de Janeiro GZ Ed 2009 MACHADO Paulo Affonso Leme Direito Ambiental Brasileiro 18 ed S o Paulo Malheiros Editores Ltda 2010 16 GARCEZ Gabriela Soldano
212. ar se a ponto de estar ciente da reprovabilidade de sua a o ou omiss o e as conseqii ncias de seus atos sendo que n o haver pena se a conduta n o for reprov vel ao autor Para a caracteriza o da culpabilidade estudamos a conduta do agente pelos ele mentos da culpabilidade para que com esses crit rios seja analisado o nimo de reprovabili dade na conduta il cita do autor e assim aplicar uma pena justa ao fato delitivo S o os elementos da culpabilidade a imputabilidade o potencial consci ncia da ilicitude e a exigibilidade de conduta adversa sendo esta ultima o objeto de nosso estudo no entanto cabe fazer um breve conceito de cada um de seus elementos A imputabilidade a capacidade de culpa que pode ser dada ao agente sendo que verificam se suas condi es de maturidade e sanidade mental a ponto de ter conhecimento que o ato praticado tem car ter il cito n o podendo se exigir o entendimento da ilicitude S o causas que excluem a imputabilidade ou causas de inimputabilidade as doen as mentais o de a DOTTI Ren Ariel Curso de direito penal 3 ed rev atual E ampl com a colabora o de Alexandre Knopfholz e Gustavo Britta Scandelari S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 418 Es ROXIN Claus A culpabilidade como crit rio limitativo da pena tradu o de Fernando Fragoso em Revista de Direito Penal S o Paulo RT 1973 n 11 12 p 7 es na ANTUJURIDICIA
213. arar o preju zo causado a outra por fato pr prio ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam Nesse campo deve se observar a conduta do agente referidos atos ou fatos l citos ou il citos os quais a sociedade reprova moralmente e para isso o artigo 186 do C digo Ci vil conceitua ato il cito Aquele que por a o ou omiss o volunt ria neglig ncia ou impru d ncia violar direito e causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral comete ato il cito Rui Stoco comenta que s a viola o do direito j caracteriza o ato il cito inde pendentemente de ter ocorrido o dano Ou seja o ato il cito aquele praticado com infra o de um dever legal ou contratual No entanto comenta que o dano indispens vel e essencial para responsabiliza o do agente seja a obriga o originada de ato il cito ou seja de inadimplemento contratual a STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 119 so CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 9 ed rev amp S o Paulo Atlas 2010 p 5 F DINIZ Maria Helena Curso de direito civil brasileiro Responsabilidade Civil 22 ed rev atual e ampl S o Paulo Saraiva 2008 p 35 a RODRIGUES Silvio Direito Civil v 4 Responsabilidade Civil 20 ed rev e atual S o Paulo Saraiva 2003 p 6 apud Cf Rene Savatier Traite de La responsabilit civile
214. as consequ ncias praticas criaram a atmosfera cientifica na qual as afirma es s o constantemente submetidas a verifica o onde nada posto acima de uma descri o precisa dos fatos e onde os fatos s o aceitos n o importando qu o desagrad veis se jam suas conseqii ncias moment neas Dif cil pode parecer considerar o Direito como uma ci ncia pois conforme ensina Michel Troper 2008 a ci ncia como j vimos descritiva dos fen menos algo en 2010 o MARQUES NETO Agostinho Ramalho A ci ncia do Direito conceito objeto m todo 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 H SKINNER Burrhus Frederic Ci ncia e comportamento humano 10 ed S o Paulo Martins Fontes 1998 R TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 192 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 quanto o direito prescritivo algo deve ser as normas Mesmo assim pode se conceber uma ci ncia distinta do Direito que o tenha como seu objeto de estudo e se limite a descrev lo en quanto um fen meno O mesmo autor 2008 p 53 delineia aquilo que para ele deve alicer ar a ci ncia emp rica do direito Essa ci ncia deve ser form
215. as altera es mas ao mesmo tempo n o poderiam comportar altera es vol veis e constantes sem por m lhes exigir rigidez que im pedisse a modifica o de seu tratamento assim que necess rio A Emenda 20 de 15 de dezembro de 1998 que modifica o sistema de previd ncia social e estabelece normas de transi o s tratou diretamente no trato dos militares no que toca remunera o proibi o de greve veda o ao habeas corpus Todavia n o fez a Carta de Republica em dar um conceito do que seria hierarquia e disciplina Apenas argentou que a Base das For as Armadas e for as auxiliares Se n o vejamos o artigo 142 CFRB 88 Art 142 As For as Armadas constitu das pela Marinha pelo Ex rcito e pela Aero n utica s o institui es nacionais permanentes e regulares organizadas com base na hierarquia e na disciplina sob a autoridade suprema do Presidente da Rep blica e destinam se defesa da P tria garantia dos poderes constitucionais e por iniciati va de qualquer destes da lei e da ordem grifo nosso n MOREIRA NETO D F Curso de Direito Administrativo 12 ed Forense Rio de Janeiro 2002 p 321 l MORAES Alexandre de Direito Constitucional 21 Ed Atlas S o Paulo 2007 p 641 e No mesmo sentido FERREIRA FILHO M G Do Processo Legislativo 4 ed Saraiva S o Paulo 2001 p 244 A Constitui o enuncia claramente em muitos de seus dispositivos a edi
216. as diferen as Ser o tratadas as pespec tivas do ativismo judicial no Brasil e as suas principais cr ticas Reflete se sobre o direito fun damental sa de compreendido como um direito social que deve ser cumprido pelo Estado Em caso de omiss o ao cumprimento desse dever estatal o caminho natural que haja uma invoca o jur dica desse direito em determinada situa o concreta Por isso no campo do di reito sa de muitas vezes quest es complexas s o postas aprecia o do rg o judicante Diante disso s o apresentados posicionamentos que versam sobre uma atua o mais criativa e ativa dos ju zes ou seja a judicializa o do direito sa de Por fim s o feitas considera es sobre o posicionamento do Supremo Tribunal Federal a respeito do tema Palavras chave Constitucionalismo brasileiro Jurisdi o Constitucional Ativismo Judicial Direito Fundamental Sa de Judi cializa o da Sa de ABSTRACT Why access to justice and the struggle for rights including the fundamental right to health is increasingly towards the Judiciary Therefore demands that were directed to the Legislative are presented now to the Judiciary in the expectation that it will provide certain services ne glected by the Public Administration This article aims at analyzing the phenomenon called judicial activism reflecting on the judicialization of the right to health This essay starts by identifying the development of judicial
217. as se es anteriores 8 2 Sendo o dano causado por componente ou pe a incorporada ao produto ou servi o s o respons veis solid rios seu fabricante construtor ou importador e o que realizou a incorpora o Para a Responsabilidade Civil dos provedores de internet o 2 do artigo 25 de extrema relev ncia uma vez que os provedores de servi o de internet servi os necessitam de diversos componentes de terceiros Mas a responsabilidade nos casos dos provedores de servi o de internet nem sempre ser solid ria o que depender de casa tipo de provedor e seu ser vi o disponibilizado os quais veremos nos pr ximos itens deste capitulo Tamb m no artigo 50 do CDC menciona hip teses de cl usulas abusivas de for necedores de produtos e servi os tornando essas cl usulas nula Quando o fornecedor do produto n o for considerado uma rela o de consumo o fornecedor respondera pelo artigo 931 do C digo Civil em casos de danos nos produtos pos tos em circula o e o adquirente do produto n o precisar provar a culpa do fornecedor Mas como j mencionada cada provedor de servi o de internet presta um servi o diferente preciso ent o analisar cada provedor e suas respectivas obriga es para enquadra los nas hip teses de responsabilidade 49 BRASIL Lei 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Di rio Oficial da Republica Federativa do Br
218. asil Bras lia DF 12 set 1990 229 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Os autores ao entrarem nesse tema separam a responsabilidade dos provedores por atos pr prios e abrem outro t pico para falar de atos dos usu rios ou de terceiros no entanto aqui nos cabe falar tanto dos atos pr prios quanto atos dos usu rios e de terceiro no mesmo item para analisar com mais precis o a diferen a nessas duas ocasi es 4 1 Responsabilidade Civil do provedor Backbone O provedor de backbone tamb m chamado de espinha dorsal respons vel ape nas por disponibilizar acesso infraestrutura do trafego de dados da rede Ou seja n o exerce atividade de edi o e nem monitora as informa es N o existe rela o de consumo entre os provedores backbone e o Provedor de Acesso sendo assim licito em casos de inadimplemento o provedor interromper a presta o de servi o pois apesar da internet ser de grande utilidade n o considerado como essenciais ou indispens veis a popula o por isso n o se aplica a regra do artigo 22 do C digo de Defe sa do Consumidor que trata do princ pio da continuidade Assim s responder o provedor de backbone em casos de falhas na presta o de servi o conforme artigo 931 do C digo Civil 4
219. atingir os objetivos esperados Ou ainda como caminho para se chegar a determinado fim Gil 2008 p 08 Desse modo no que diz respeito ao tipo de pesquisa trata se de uma pesquisa bibliogr fica conceituada como quando elaborada a partir de material j publicado consti tu do principalmente de livros artigos de peri dicos e atualmente com material disponibiliza do pela internet Silva Menezes 2001 p 21 Para referendar esse estudo para al m da pesquisa bibliogr fica o estudo de caso foi escolhido como op o interessante pois aplicado com o objetivo de se compreen der os diferentes fen menos sociais em que n o h uma defini o substancial sobre os limites entre o fen meno e o contexto Yin apud Santos 2011 p 01 5 ESTUDO DE CASO A POSSIBILIDADE DE ADO O UNILATERAL POR UM CASAL HOMOAFETIVO Ap s o debate te rico acima efetuado no que tange teoria de Justi a e ao Direito verifi cando de forma geral que tais elementos n o s o sin nimos cabe transportar tais elementos realidade f tica Importa por m elucidar que justi a e Direito na concep o desta autora s o conceitos distintos por m estritamente relacionados N o h que se falar de Direito do direito normativo ou positivo sem refletir teoria de Justi a que o molda e define nas con cep es sociais que o direcionam e nas consequ ncias das decis es com base neste princ pio normativo O
220. atural Para finalizar esse subitem importa elucidar o questionamento de validade cient fica que o autor proporciona no que diz respeito justi a Para ele a justi a uma ideia irraci onal KELSEN 2013 j que ela n o estaria sujeita cogni o racional logo n o poderia ainda ser objeto da ci ncia Para suprir essa necessidade h o Direito Positivo que Tal cog ni o pode entender apenas uma ordem positiva evidenciada por atos determinados objetiva mente Essa ordem o Direito Positivo Somente isso pode ser objeto da ci ncia Ela bus ca um Direito real e poss vel n o o correto Kelsen ver ano p 19 O que fica como elemento concreto de compreens o do proposto por Kelsen que o ideal e o conceito de justi a intrinsicamente contr rio ao voc bulo Direito Este l timo maior valorado para o autor considerando que o nico portador de cientificidade en quanto que aquele ausente de debate cient fico sendo ponderado por ju zos de valor ou sub jetividades A teoria utilitarista neste contexto busca a ordem social e a justi a com funda mento no bem comum coletivo sendo que se necess rio dados sujeitos em espec fica situ a o social podem responder ou arcar com as consequ ncias do que seria til sociedade Deste modo o Direito regula as rela es sociais de forma ordenada e positiva sendo racional enquanto que a justi a seria apenas um conceito fi
221. autela ao afirmar quais objetos contemplam o m nimo existencial afi nal deve este buscar sempre acompanhar os largos passos que a evolu o social d ao longo da hist ria vez que a conquista de direitos humanos jamais ser estanque como bem explica Norberto Bobbio os direitos do homem constituem uma classe vari vel como a hist ria destes ltimos s culos demonstra suficientemente O elenco dos direitos do homem se modificou e continua se modificando com a mudan a das condi es hist ricas BOBBIO 2004 p 18 Contudo ideia de m nimo existencial n o pode se confundir com a de direitos so ciais stricto sensu Afinal de igual propor o aos direitos fundamentais o m nimo existencial sofre altera es ao acompanhar a sociedade e seu desenvolvimento econ mico social mas deve sempre prezar pela essencialidade do n cleo vital e essencial de dignidade 3 PRESTA O JUDICIAL E ATIVIDADE ESTATAL Ao longo das modifica es que o Estado veio sofrendo em resposta aos momentos sociais o centro de suas decis es alternou se entre seus tr s poderes a fim de cumprir sua fun o estatal Haja vista que no Estado Liberal o centro de decis o apontava para o Legislativo o que n o proi bido permitido direitos negativos no Estado Social a primazia ficava com o Executivo em face da necessidade de realizar pol ticas p blicas e sustentar a inter ven o do Estado na Economia j no Estado Democr tico de Direi
222. bir a pr tica costumeira de desrespeito ao consumidor Colocamos aqui como op es o ajuizamento de demanda de dano moral coletivo e a assinatura de Termos de Ajusta mento de Conduta como medidas exemplificativas Vale notar ainda que o artigo 82 do C digo de Defesa do Consumidor legitima di versas entidades para defesa desses mesmos direitos de maneira coletiva em observ ncia a uma reconhecida tend ncia de coletiviza o dos direitos Nesse sentido caberia tamb m s associa es de defesa do consumidor a atua o junto ao rg o competente E mais Nesse campo de solu es alternativas ao dano moral mister ainda obser var a dic o do artigo 56 do C digo de Defesa do Consumidor que prev san es administra tivas em caso de infra o s suas normas A aplica o desse dispositivo permitiria a aplica o de san es n o s s grandes respons veis pelas negativa es indevidas como tamb m que les fornecedores de menor porte Dentre as san es previstas na lei est disposto o cabimento de multa suspens o tempor ria de atividade revoga o de concess o ou permiss o de uso cassa o de licen a do estabelecimento ou de atividade interven o administrativa etc que num di logo de fontes 33 VASCONCELOS Clever Minist rio P blico na Constitui o Federal 2 edi o S o Paulo Editora Atlas 2013 2 Edi o P 246 41 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ
223. bui o recebe tratamento em atos normativos aprovados pelo Poder Legislativo Com efeito o princ pio da separa o dos poderes e a legitimidade majorit ria n o s o absolutos pois todos os poderes constitu dos est o submetidos Lei Fundamental Assim a gest o da despesa p blica tamb m deve estar vinculada aos par metros constitucionais se os recursos s o escassos sua aplica o deve privilegiar o atendimento aos fins considerados priorit rios pelo Texto Maior Gilmar Ferreira MENDES entende que n o cabe ao Poder Judici rio formular po l ticas sociais e econ micas na rea da sa de sendo sua obriga o verificar se as pol ticas elei tas pelos rg os competentes atendem aos ditames constitucionais do acesso universal e igua lit rio Logo esta proposta apresente in meras dificuldades Tais decis es judiciais s o criticadas inclusive ao argumento de que o atendimento desses pedidos atendem aos interes ses das classes com melhores condi es socioecon micas e acesso informa o que t m maior facilidade de acesso ao Judici rio Dessa forma s o inviabilizadas pol ticas p blicas de sa de eficazes uma vez que comprometem com a entrega a poucas pessoas de atendimen tos e medicamentos extremamente caros os escassos recursos destinados prote o sa de 103 A respeito das teses econ micas que analisam o tema dos recursos escassos HOLMES Stephen SUNSTEIN Cass R The Cost of Rig
224. c pio sistema 260 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 baseado no Do not call registry o diploma normativo considerado inconstitucional po Ca O que se viu nos anos seguintes foram proposi es em massa por parte de v rios estados e cidades brasileiras relativas ao tema N o indo na contram o desta tend ncia a As sembleia Legislativa ga cha tratou de apresentar o Projeto de Lei 44 09 que superveniente mente viria a se tornar a Lei 13 249 09 que versa sobre a mesma mat ria do diploma munici pal porto alegrense revogado em 2002 doravante em mbito estadual Contudo n o obstante a preocupa o pioneira regulamentar a atividade em co mento o Rio Grande do Sul n o se encaixa no j exaustivamente mencionado clich legisla tivo do teleatendimento pois n o existe a lei que determina o envio dos contratos celebrados dist ncia Ao contr rio da sistem tica legislativa do Rio Grande do Sul os estados do Para n e Santa Catarina seguem a tend ncia da maioria dos estados brasileiros pois possuem tan to as leis do sistema N o perturbe Lei n 16 135 10 e Lei n 15 329 09 respectivamente e as que determinam o envio do contrato f sico ao usu rio do servi o Lei n 16 685 10 e Lei n 1
225. cado Outrossim sabe se que toda rela o jur dica que se inicia tem como consequ ncia uma presta o obrigacional e caso cause danos deve ser reparado Para falar em Responsabilidade dos Provedores precisa se analisar quem o su jeito que cometeu o ato il cito e que causou dano outrem Quando um terceiro causador do dano n o puder ser localizado se verifica quem s o os provedores respons veis ou se eles res pondem solidariamente com os causadores diretos do dano Passa se a entender melhor o ins tituto da Responsabilidade Civil para ap s analisar caso a caso dos provedores de internet e suas respectivas responsabilidades 3 1 Conceito de provedores de servi os de internet Sem os Provedores de Servi o de Internet n o tem como se falar em acesso a grande rede sendo que fazem a ponte entre consumidores e rede virtual No entanto para definir a responsabilidade dos provedores de internet deve se di ferenciar cada servi o dos provedores Para ent o caracterizar quem realmente tem a respon sabilidade pelo servi o oferecido Marcel Leonardi conceitua provedores de servi o de internet uma pessoa na tural ou jur dica que fornece servi os relacionados ao funcionamento da internet ou por meio a LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 25 215 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Ci
226. caso em tela trata do Recurso Especial n 1 281 093 SP com o pedido de ado 71 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 o unilateral em caso de uni o homoafetiva O nascimento da crian a foi fruto de planeja mento do casal homoafetivo que j vivia em condi o de uni o est vel antes do referido nas cimento No entanto o recurso prov m do Minist rio P blico Estadual de S o Paulo apontan do a impossibilidade jur dica de ado o de crian a ou adolescente por pessoas do mesmo sexo A argumenta o jur dica do MP SP que menciona como exemplo a afronta ao conte do dos artigos 226 da CF88 e art 1723 do CC 2002 n o encontra mais sustenta o jur dica ap s a ADI 4277 STF Em que pese que nos dois presentes artigos s o mencionados e reconhecidos como fam lia a uni o entre homem e mulher a legisla o infraconstitucional silenciou so bre a uni o entre pessoas do mesmo sexo No sil ncio da lei mas com fulcro nos princ pios constitucionais de dignidade da pessoa humana art 1 inciso III da igualdade art 5 da veda o de discrimina es odiosas art 3 inciso IV da liberdade art 5 caput e da prote o seguran a jur dica o Supremo Tribunal Feder
227. cia e com fundamento no artigo 122 do seu Regimento Interno fez publicar a s mula 385 STJ fi xando a inexist ncia do dever de indenizar por parte do respons vel pela negativa o indevi da A situa o criada pela s mula 385 STJ deu origem assim denominada exce o da pr negativa o ora conceituada como a circunst ncia que exclui o dever de indenizar por parte daquele que inseriu ilicitamente o nome de outrem pessoa f sica ou jur dica em r g os de restri o ao cr dito ante a impossibilidade f tica de exist ncia de dano ressarc vel na 33 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 negativa o realizada em momento que havia inscri o desabonadora v lida Neste aspecto importante observar que a exce o da pr negativa o incide ape nas se ao tempo da negativa o indevida j existiam anteriormente restri es devidas Ou seja a s mula n o se aplica se as restri es que excluiriam o dano s o posteriores ou se essas outras negativa es s o ileg timas A situa o contudo parece n o ter sido enfrentada pelo Superior Tribunal de Jus ti a com a abrang ncia desejada por parte da doutrina e dos rg os de classes representativos dos consumidores Talvez por uma insuficiente ar
228. cia ou a impropriedade da pol tica de sa de existente Ademais poder ocorrer outra situa o em que o SUS n o disp e de nenhum tra tamento espec fico para certa patologia novos tratamentos ainda n o incorporados ao SUS Destaca se que o Estado n o pode ser condenado a fornecer tratamentos puramente experi mentais sem comprova o cient fica de sua efic cia Karine da Silva CORDEIRO entende que com base nos par metros fixados pela STA 175 diversos medicamentos e tratamentos m dicos de alto custo e n o fornecidos pela 1 1 Um dos crit rios decisivos rede p blica foram assegurados pelo Supremo Tribunal Federa para a decis o o risco de a aus ncia da medida postulada ocasionar graves e irrepar veis da nos sa de e vida dos pacientes Ana Paula BARCELLOS afirma que compreensivelmente dif cil para o juiz dei xar de ceder tenta o de dar uma solu o jur dica localizada e individual a um problema cujo espa o de discuss o essencialmente pol tico Por m necess rio que o juiz atente a convic o s lida a respeito dos limites de seu papel no mbito do Estado Democr tico de Di reito e pela certeza de que h meios jur dicos aptos a impor ao Poder P blico a presta o do m nimo existencial na rea da sa de Os crit rios referidos n o esgotam os referenciais que podem detectados na esfera das decis es judiciais no Brasil al m de n o serem excludentes de outros pa
229. cionamento da democracia leg timo ao Judici rio atuar na efetiva o dos direitos fundamentais sociais permitindo a manuten o do processo democr tico Diante do exposto conclui se que o ativismo judicial n o decorre de uma postura inconsequente dos ju zes sendo o reflexo de uma realidade social carente de tutela e cansada de omiss es estatais passando a ter os ju zes uma cota de responsabilidade no processo de in clus o dos exclu dos 6 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ABBOUD Georges Jurisdi o Constitucional e Direitos Fundamentais S o Paulo Re vista dos Tribunais 2011 ALEXY Robert Teoria dos Direitos Fundamentais SILVA Virg lio Afonso trad 2 ed S o Paulo Malheiros 2011 ALMEIDA Tagore Trajano de GORDILHO Heron Jos de Santana Efic cia dos Direitos Fundamentais e Justi a Distributiva O Interesse P blico como Problema Jur dico nos Trata mentos de Sa de Revista Juris Poiesis ano 14 n 14 jan dez 2011 AMARAL Gustavo Direito Escassez e Escolha 2 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2009 ANDRADE Jos Carlos Vieira de Andrade Os Direitos Fundamentais na Constitui o Portuguesa de 1976 3 ed Coimbra Almedina 2004 ARANTES Rog rio Bastos Constitutionalism the Expansion of Justice and the Judicia lization of Politics in Brazil In SIEDER Rachel SCHJOLDEN Line ANGELL Alan The Judicialization of Politics in Latin America New York Palgrave Macmillan 2006 ARANTES
230. cito por meio de aditivo contratual submeter o contratante a uma situa o demasiadamente onerosa sem que haja justificativa para tal e em verdadeira afronta garantia constitucional do equil brio econ mico financeiro N o h que se falar em interpreta o conforme a Constitui o no caso pois ela se ria verdadeira interpreta o contra legem Nas hip teses em que a aplica o do dispositivo por maiores que sejam os esfor os hermen uticos resultarem em viola o da lei ou da consti tui o ser prefer vel a declara o expressa da inconstitucionalidade do dispositivo atacado em respeito a pr pria seguran a jur dica A interpreta o conforme cab vel quando h polissemia na norma mas ao nosso ver imposs vel inserir o fato da administra o dentro de alguma interpreta o de caso fortuito e for a maior H muitas discrep ncias entre os institutos o fortuito notadamente fato alheio s partes e despido de culpa lato sensu j o fato da administra o ato direto e il cito do con tratante Al m do mais h clara inten o legislativa de conferir regime excepcional aos MEIRELLES 2006 p 251 125 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 aditivos da contrata o integrada s
231. clus o da culpabilidade A import ncia da obedi ncia hier rquica foi trazida ao C digo Penal Brasileiro de 1940 e no C digo Penal Militar de 1969 por m n o o conceituou apenas trouxe como erro de proibi o como uma das causas de exclus o de culpabilidade a exigibilidade de conduta adversa Ambos os C digos excluem a culpabilidade se a ordem emanada n o manifestava ilegalidade e seu subordinado a cumpriu sendo que pode at ser atenuada a pena ou at ser isento No entanto a ordem emanada ao manifestar ilegalidade o subordinado tem o dever de n o cumpri la e caso a cumpra respondera em coautoria com o superior competente autor da ordem E os excessos ou o n o cumprimento da ordem manifestamente legal ser o de respon sabilidade do subordinado enquadrando o no crime do artigo 163 do C digo Penal Militar por recusa a obedi ncia No tocante ao grau de conhecimento dos integrantes das For as Armadas conclu mos que de grande relev ncia que o magistrado interprete a de acordo com a forma o dos agentes que a comp e ou seja analisando a hierarquia e disciplina em que foram submetidos Sendo que aqueles que n o ainda n o tem a forma o da mat ria hierarquia e disciplina n o se poderia exigir um amplo conhecimento do que seria uma ordem ilegal cabendo ao magis trado aplicar a pena ou n o aplic la de acordo com a capacidade de cada integrante e de sua interpreta o de ilegalidade 9 REFER NCIAS
232. co Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pon vel em http seer fclar unesp br perspectivas index Acessado em 15 de outubro de 2012 PRADO Luiz Regis Direito Penal parte geral 2 ed ref atual e ampl S o Paulo Editora dos Tribunais 2008 ROXIN Claus A culpabilidade como crit rio limitativo da pena trad de Fernando Fra goso em Revista de Direito Penal S o Paulo Revista dos Tribunais 1973 ROXIN Claus Estudo de Direito Penal 2 edi o tradu o de Luis Greco Rio de Janeiro Renovar 2008 SIQUEIRA Galdino Tratado de Direito Penal parte geral v I 2 ed Rio de Janeiro Fo rense 1991 SILVA Jos Afonso A Curso de Direito Constitucional Positivo 15 ed S o Paulo Ma lheiros 1998 SODRE Nelson Werneck Hist ria Militar do Brasil Rio de Janeiro civiliza o brasileira 1965 STOCO Rui FRANCO Alberto Silva C digo Penal e sua Interpreta o Jurisprudencial Volume 1 parte geral 7 ed Rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 T CITO Caio O Abuso de Poder Administrativo no Brasil Conceito e Rem dios S o Paulo Departamento Administrativo do Servi o P blico Instituto Brasileiro de Ci ncias Ad ministrativas 1959
233. co anos segundo rea de conflito Suple mento Vitimiza o e Justi a da PNAD Brasil 2009 300 E S o Paulo 25 0 E Amap 20 0 E Brasil x 15 0 4 10 0 CEALL beu 0 0 gt gt O O 9 RS a o PX o N S Se S Vo amp Ed N D o a 3 PA RN Pe C N 39 JO lt W S Ci A AN N xo V g sv g O AS as CH S Es nf N s 5S N rea de conflito Fonte PNAD 2009 Suplemento de Vitimiza o e Justi a tabulados pelo autor Figura 2 Distribui o de frequ ncia dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cinco anos segundo rea de conflito Suple mento Vitimiza o e Justi a da PNAD estados de S o Paulo e Amap e Brasil 2009 165 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A Figura 3 traz a representa o da vari vel idade uma quantitativa cont nua e o gr fico adequado para represent la o histograma 25 0 20 0 X 15 0 10 0 5 0 0 0 18a 27 28 a 37 38a 47 48 a57 58 a 67 68 a 77 78a 87 88 ou mais idade Figura 3 Distribui o de frequ ncia dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cinco anos segundo a faixa et ria Suple mento Vitimiza o e Justi a da PN
234. como marco te rico do meu estudo As pesquisas para a elabora o deste trabalho foram feitas de maneira bibliogr fi ca com doutrinas especificas de responsabilidade civil internet e de responsabilidade civil na internet assim como uma an lise nas decis es que venham a ser admitidas no judici rio Partindo do ponto de que a legisla o vigente utilizada o C digo Civil 2002 e o C digo de Defesa do Consumidor pois s o legisla es as quais vem suprindo a falta da legis la o espec fica usa se portanto o m todo indutivo para compreender qual o melhor modo para aplica o das normas nos casos concretos N o uma dedu o de utiliza o das normas e sim aplica o das normas j vigentes uma vez n o existir legisla o espec fica aos prove dores de servi o de internet Contudo a problem tica surge nesse ponto onde a legisla o ainda omissa quando se refere internet e especificamente aos provedores de servi o sendo que a jurispru d ncia vem decidindo conforme as leis vigentes e o estudo feito pela doutrina Por isso a ne cessidade de diferenciar as rela es jur dicas dos provedores em rela o a seus usu rios e ana lisar cada hip tese de responsabilidade a fim de definir um m todo de aplica o mais eficaz quanto obriga o de reparar os danos Conforme alguns autores no segundo cap tulo conceitua se internet e d uma pe quena abordagem por m suficiente sobre o hist ric
235. cratica mente produzido Lu s Roberto BARROSO sintetiza que os riscos da judicializa o e do ativismo VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 7 9 Idem 70 Ibidem p 7 8 71 MOTTA Francisco Jos Borges Levando o Direito S rio Uma Cr tica Hermen utica ao Protagonismo Judicial 2 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2012 TASSINARI Clarissa Jurisdi o e Ativismo Judicial Limites da Atua o do Judici rio Porto Alegre Livraria do Advogado 2013 ABBOUD Georges Jurisdi o Constitucional e Direitos Fundamentais S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 7 NUNES Ant nio Jos Avel s Os Tribunais e o Direito Sa de Revista Juris Poiesis ano 14 n 14 p 473 490 Jan Dez 2011 p 489 73 STRECK Lenio Luiz Jurisdi o Constitucional e Hermen utica Uma Nova Cr tica do Direito 2 ed Rio de Janeiro Forense 2003 STRECK L nio Hermen utica Jur dica em Crise Uma Explora o Hermen utica da Constitucionaliza o do Direito 10 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2010 91 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 envolvem a legitimidade democr tica a politiza o da justi a e a falta de capacidade instituci onal do Judici rio para decidir
236. d rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 133 e STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 133 226 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 res para que minimizem as suas responsabilidades em casos de ato il citos Al m da responsabilidade civil material pelo dano emergente e pelo lucro cessante a v tima pode tamb m sofrer um dano moral tendo seu equil brio emocional e psi col gico abalado pelo ato il cito de modo que uma indeniza o de cunho moral pode tamb m ser exigida juntamente com a indeniza o material Todos os danos que ocorrem no ciberespa o devem ser atribu dos responsabili dade a algu m seja ao provedor ou aos usu rios ao pr prio cidad o que cometeu ato il cito ou aos tr s solidariamente Por m para muitos casos s o necess rias per cias t cnica afim de averiguar o ver dadeiro causador do dano e poder a ele imputar a responsabilidade pelo ato il cito Os provedores quando gerar danos a seus usu rios pela m presta o do servi o ter o sua culpa presumida uma vez que mesmo que alguns dos provedores dependam de ser vi os de outras empresas est o exercendo uma atividade de risco no entanto
237. da Dever nessas situa es o magistrado decidir com emprego da proporcionalida de razoabilidade e pondera o diante do caso concreto a fim de que os direitos sociais pos sam ser celebrados ao m ximo 7 REFER NCIA BIBLIOGR FICA ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamentais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva 2 ed S o Paulo Malheiros 2011 BARCELLOS Ana Paula de A efic cia jur dica dos princ pios constitucionais Rio de Ja neiro Renovar 2002 p 272 277 Pondera o racionalidade e atividade jurisdicional S o Paulo Revonar 2005 p 92 A efic cia jur dica dos princ pios constitucionais O princ pio da dignidade da pes soa humana 2 ed rev e atual Rio de Janeiro Renovar 2008 BARROSO Luis Roberto O direito constitucional e a efetividade de suas normas limites e possibilidades da Constitui o brasileira 9 ed rev e atual Rio de Janeiro Renovar 2009 BOBBIO Norberto A era dos direitos Rio de Janeiro Elsevier 2004 BONAVIDES Paulo Do Estado liberal ao Estado social 8 ed S o Paulo Malheiros 2007 Curso de direito constitucional 24 ed atual e ampl S o Paulo Malheiros 2009 Teoria geral do Estado 8 ed rev e atual S o Paulo Malheiros 2010 BOTELHO Ramon Fagundes A judicializa o do direito sa de Tens o entre o m nimo 152 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Elet
238. da dife ren a proposta pela teoria fundamenta esse estudo de caso Tal princ pio afirma que apesar das condi es pessoais o que importa que as condi es de acesso e escolha sejam ofereci das a todos da mesma maneira E foi o que se identificou no caso em tela Ao oferecer o mes mo direito garantista aos casais heteroafetivos agora aos casais homoafetivos referenda se tal princ pio Claramente a teoria contratualista n o se encontra desenvolvida de forma plena j que os agentes sabem sua posi o e os benef cios ou malef cios da decis o escolhida Fato que tamb m pode ser encontrado nas demais teorias de justi a pois como sabido as ade qua es e conquistas do proposto em teorias e doutrinas intelectuais det m um alcance de lon go prazo para sua aplica o pr tica Por m ao oferecer as mesmas condi es tratando de forma ison mica os sujeitos transmuta a ideia de igualdade de acesso e de condi es aos sujeitos sociais Sendo assim poss vel afirmar que o direito pode aplicar a justi a ou seja o direito n o sin nimo da justi a mas pode ser entendido como instrumento de aplica o justa Como relata JUNIOR 2013 a justi a n o o sentimento que cada qual t m do seu pr prio bem estar ou fe licidade mas se trata do reconhecimento de que cada qual deve respeitar o bem e a dignidade dos outros Junior 2013 p 210 Ao oferecer uma resposta ao caso concreto o STJ
239. da no artigo 22 como causa de exclus o de culpabilidade tema base deste trabalho O Estatuto dos Militares de 1980 apesar de ser anterior a Constitui o Federal de 1988 j abordava hierarquia e disciplina em seu artigo 14 e seguintes e conceituou tanto hie rarquia como disciplina No mesmo sentido em 2002 foi decretada a lei 4 346 de 2002 que regulamenta JUNIOR Rolf Koerner Obedi ncia Hier rquica Belo horizonte Del Rey 2003 p 57 294 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 os militares do ex rcito tamb m vem conceituar e tratar de hierarquia e disciplina nos artigos 7 8 e 9 trazendo esses conceitos para o C digo Penal Brasileiro de 1940 e ao C digo Penal Militar de 1969 que tratou de obedi ncia hier rquica e coa o irresist vel em seu artigo 38 mas n o trouxe o conceito Vejamos Art 38 CPM N o culpado quem comete o crime Coa o irresist vel a sob coa o irresist vel ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a pr pria vontade Obedi ncia hier rquica b em estrita obedi ncia a ordem direta de superior hier r quico em mat ria de servi os Assim passamos a estudar a obedi ncia hier rquica na
240. dade das decis es a fim de que direitos fundamentais essenciais n o restem sobremaneira prejudicados 131 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 em detrimento de direitos outros 2 DIREITO SOCIAIS O reconhecimento dos direitos inatos ao homem resultado de v rias fontes des de a tradi o e os costumes estabelecidos numa determinada sociedade como os pensamentos jusfil sofos o cristianismo e o jusnaturalismo Neste sentido Alexandre de Moraes afirma que essas ideias encontravam um ponto fundamental em comum a necessidade de limi ta o e controle dos abusos de poder do pr prio Estado e de suas autoridades consti tu das e a consagra o dos princ pios b sicos da igualdade e da legalidade como re gentes do Estado moderno contempor neo MORAES 2007 p 01 Aos poucos os direitos humanos migraram do plano da metaf sica e passaram a integrar a ordem institucional Momento em que de forma concreta e material vieram a cons tituir a universalidade dos direitos humanos O que reflete que a no o de que tais direitos mais remota do que o pr prio constitucionalismo Por fim Norberto Bobbio afirma que os direitos humanos a democracia e a paz s o virtudes indissoci veis e interdependentes vez que o reconhecimento e a pro
241. de que seria uma con tradi o do C digo Reale Isso porque na vis o dos cr ticos a lei estaria conferindo s pesso as jur dicas um centro de imputa es patrimoniais uma prote o espec fica de direitos exis tenciais que estariam ligados apenas s pessoas naturais Refutando tais cr ticas o pr prio afirma em seguida deve se referir aqui uma vez mais a preval ncia de uma concep o funcionalizante no sentido de garantir pessoa ju r dica a tutela de determinados interesses prevalentes vinculados ao seu n cleo de atividades como express o de uma vis o jur dica finalista Esta foi a orienta o do legislador ao inserir no comando do artigo 52 um elemento de pondera o contido na f rmula no que couber A realidade que seja numa interpreta o literal ou mesmo numa interpreta o sistem tica n o h d vidas de que o C digo Civil de 2002 quis conferir pessoa jur dica al gumas das prote es conferidas pessoa natural vez que a primeira de fato titular de direi tos da personalidade Pela an lise do cen rio concorrencial atual mesmo que superficialmente se deno ta as diversas repercuss es prejudiciais que podem derivar da ofensa esfera n o patrimonial de uma pessoa jur dica Como exemplo podemos aqui citar a falsifica o de uma marca ou mesmo a divulga o de informa es falsas para beneficiar ou prejudicar que podem influ enciar diretamente nos divers
242. de atendimento ao consumidor por telefone no que toca aos servi os regulados pelo Poder P blico Federal a hip tese de dentre outras pr ti cas recusar ou dificultar quando solicitado pelo consumidor ou por rg o competente a en trega da grava o das chamadas efetuadas para o Servi o de Atendimento ao Consumidor no prazo de 10 dez dias devendo a entrega ocorrer por meio eletr nico por correspond ncia ou 8 Tramita o do processo legislativo dispon vel em lt http www camara gov br proposicoes Web fichadetramitacao idProposicao 344035 gt Acesso em 26 de outubro de 2013 262 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pessoalmente a crit rio do solicitante No caso da portaria ministerial embora possua base na legisla o consumeris ta tamb m poss vel perceber que o diploma n o se restringe apenas ao consumidor final merecendo destaque para a express o rg o p blico solicitante que se faz necess ria pelo fato desta norma regulamentar condutas na esfera do Poder P blico cujos atos devem obede cer s m ximas dos princ pios cravados no art 37 da Constitui o Federal em especial para o aludido diploma o da publicidade dando a norma um vi s de direito administrativo Ainda assim existem proj
243. de atual haja vista a dimens o desta motivo que levou os arquivos de consumo verdadeiras manifesta es da sociedade de informa o a uma estatura semidivina tamanha a confian a que neles depositam os agentes econ micos e por via de con sequ ncia os pr prios cidad os vistos coletivamente Tal a import ncia de tais rg os restritivos que o C digo de Defesa do Consu midor os eleva expressamente categoria de entidades prestadoras de servi o de interesse p blico conforme a reda o de seu artigo 43 par grafo 4 os bancos de dados e cadastros rela tivos a consumidores os servi os de prote o ao cr dito e cong neres s o considerados enti dades de car ter p blico Em seu s tio eletr nico o Serasa Experian rg o dessa natureza com maior pre sen a no mercado brasileiro d uma ideia da import ncia desses servi os h mais de 40 anos presente no mercado brasileiro a Serasa Experian participa da maioria das decis es de cr dito e neg cios tomadas no Pa s respondendo on line e em tempo real a 4 milh es de consultas por dia demandadas por 400 mil clientes diretos e indiretos Assim pelos n meros apresentados percebe se que a cada 50 dias de atividades referida entidade sem contar as demais realiza consultas em n mero equivalente popula o total do Brasil conforme levantamentos mais recentes efetuados pelo IBGE Instituto Brasi leiro de Geografia e Estat
244. de cuidado imposto pelo Direito com a produ o de um evento danoso involunt rio po a CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 9 ed rev ampl S o Paulo Atlas 2010 p 47 a CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 9 ed rev ampl S o Paulo Atlas 2010 p 47 ae BRASIL lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 jan 2002 224 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 r m previsto ou previs vel s o elementos da culpa uma conduta volunt ria com resultado involunt rio previs o ou previsibilidade e falta de cuidado cautela dilig ncia ou aten o Podemos dizer que ao contr rio do dolo a culpa n o tem a inten o final de dano sendo que o resultado era involunt rio mais por falta de um dever de cuidado acabou ocorrendo No estudo da culpa os doutrinadores a classificam em duas esp cies a culpa em sentido amplo e a sentido estrito Em sentido amplo o dever jur dico violado mas n o s aquela conduta intencional o dolo mas tamb m aquela conduta violada por imprud ncia ne glig ncia ou imper cia Ou seja podemos dizer que a culpa em sentido amplo abrande o dolo e a culpa em sent
245. de multas de at cem mil reais s empresas que por interm dio da telefonia fixa ou m vel realizassem publicidade comercial sem autoriza o pr via do destinat rio Diferentemente dos anteriores o projeto condenava o sistema conhecido por opt out no qual o consumidor opta por ser exclu do da lista de destinat rios de mensagens comerciais e determina a utiliza o do sistema opt in que requer das empresas o consentimento pr vio de cada usu rio para que seu n mero de contato seja inclu do em campanhas de telemarketing Embora n o concordemos com o extremismo dessa proposta ela propiciou o debate acerca do m todo de controle da atividade O PLS n 424 de 2009 preferiu abordar o telemarketing baseado em mensagens de texto do Servi o M vel Pessoal SMP ratificando a percep o de que a atividade continuava a causar transtornos s pessoas Ao final da legislatura passada todos esses projetos foram arquivados sem que houvesse a possibilidade de o Senado concluir o debate da mat ria e consolidar princ pios gerais que independentemente da plataforma tecnol gica disciplinassem a atividade de telemarketing Com amparo constitucional pelo menos seis unidades da Federa o j aprovaram leis que regulam essa atividade S o Paulo Rio Grande do Sul Paran Esp rito Santo Mato Grosso do Sul e Para ba O processo de controle mais utilizado o de listas conhecidas como do not call que cont m os n meros de telefone das pes
246. de se entender que a express o dano injusto traduz a mesma no o de les o a um interesse Maria Helena Diniz salienta que n o pode haver Responsabilidade Civil sem a exist ncia de um dano a um bem jur dico sendo imprescind vel a prova real e concreta dessa les o Rui Stoco completa o conceito O dano pois elemento essencial e indispens vel responsabilidade do agente seja essa obriga o originada de ato licito nas hip teses expressamente previstas de ato il cito ou de inadimplemento contratual independentemente ainda de se tratar de responsabilidade objetiva ou subjetiva Com esses conceitos podemos concluir que o dano se faz necess rio para todas as esp cies de responsabilidade a contratual ou extracontratual aquiliana objetiva ou subjetiva e direta ou indireta Outro pressuposto indispens vel em qualquer esp cie da Responsabilidade Civil o nexo de causalidade Na Responsabilidade Civil objetiva dispensamos a culpa mas nunca o nexo causal O nexo causal uma rela o derivada das leis naturais como alguns autores ex p em por meio dessa rela o de causalidade que podemos identificar quem foi o causador do dano e o que une a conduta do agente ao resultado danoso Para Sergio Cavalieri Filho nexo causal O conceito de nexo causal n o exclusivamente jur dico decorre primeiramente das leis naturais o v nculo a liga o ou rela o de causa e efeito
247. de ser por sua vez o titular do poder legislativo O referido doutrinador foi o primeiro a formular a distin o entre o poder absoluto e moderado O primeiro exercido por um nico sujeito seja o rei ou a assembleia detentor do Poder Legislativo e Executivo J no segundo os poderes s o distintos e pertencem a sujei tos diversos MONTESQUIEU foi o respons vel por defender e divulgar esse sistema atrav s da discuss o sobre a alternativa entre poder absoluto desp tico e poder moderado inclusive na obra Esp rito das Leis Ele trata do poder que freia o poder afirmando que todas as complexas rela es entre o Legislativo e Executivo se estabelecem com a finalidade de rec proca limita o e n o coparticipa o Logo o Legislativo pode e deve controlar a execu o de uma lei mas sem intrometer se nos assuntos que competem ao Executivo e esse segundo pode opor seu veto a Tdem 5 HAMILTON Alexander JAY John MADISON James O Federalista GAMA Ricardo Rodrigues trad 2 ed Campinas Russell Editores 2005 p 301 56 Idem a LOCKE John Segundo Tratado sobre o Governo MARINS Alex trad S o Paulo Martin Claret 2011 38 FIORAVANTI Maurizio Constituci n De la Antig edad a Nuestros Dias Madrid Editorial Trotta 2001 p 93 59 Idem MONTESQUIEU Charles de Secondat Do Esp rito das Leis FERREIRA Roberto Leal trad S o Paulo Martin Claret 2010 61 FI
248. de ser praticado com mais de um ato admitindo em consequ ncia fracionamento em sua execu o grifo nosso Sobre o momento consumativo do delito foco central do presente artigo o pr prio C digo Penal Brasileiro em seu art 14 I declara que a consuma o do crime depende da presen a no fato de todos os elementos de sua defini o legal O delito em an lise se inclui nos delitos chamados de mera atividade consumando se conforme preleciona Tavares 2009 com a realiza o da pr pria conduta uma vez que esta preencha todos os elementos de sua descri o t pica Em outras palavras este delito se consuma no instante em que o ad vogado depois de expirado o prazo para a devolu o dos autos ao cart rio n o os restitui sendo imprescind vel que o agente aja dolosamente A senten a judicial a forma mais importante de manifesta o do Poder Judici rio visa garantir a seguran a jur dica Conforme leciona Theodoro Junior 2011 p 243 244 atrav s dela que o Estado presta a tutela jurisdicional de maneira definitiva sem a qual n o a TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 ne BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal vol 5 Parte Especial dos crimes contra administra o p blica dos crimes praticados por prefeitos 4 ed rev atual ampl S o Paulo Saraiva 2010 a TAVAREZ Juarez Apontamentos de aula UERJ 2009 A THEODORO JUNIOR Humberto Curs
249. de suas condutas ilegais a ponto de n o cumprir uma ordem ilegal o que para ele ainda n o manifestava ilegalidade Sobre o tema em apre o confira se o seguinte julgado verbis A Ordem de superior hier rquico isto emanada de autoridade p blica pressu pondo uma rela o de Direito Administrativo s isenta de pena o executor se n o manifestamente ilegal Outorga se assim ao inferior hier rquico uma relativa facul dade de indaga o da legalidade da ordem TACRIM SP AC Rel Lauro Malheiros RT 490 331 Assim nos casos em que j se pode cobrar a hierarquia e disciplina tanto superior quan to subordinado n o devem cometer atos manifestamente ilegais e caso o subordinado cum x Esta fase de instru o chama se Instru o Individual B sica o qual tem 8 semanas de dura o e prevista no sistema de instru o do ex rcito brasileiro Sendo que ao final do per odo existe a publica o em boletins internos do apto ou inapto Se apto j conhecedor dos direitos e deveres militares s STOCO Rui FRANCO Alberto Silva C digo Penal e sua Interpreta o Jurisprudencial Volume1 parte geral 7 ed Rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 p 358 307 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de
250. dentre outras que podem ser satisfeitas individual e privadamente ou por meio dos mecanismos econ micos n o estatais Mas nem todas podem ser satisfeitas sem a interven o do Estado E nem todas as pessoas disp em de condi es id nticas para promover a autossatisfa o de suas necessidades essenciais H um dever difuso de solidariedade JUSTEN FI LHO 2011a p 151 Em rela o a eles assevera o professor Jos Afonso da Silva que se tratam de presta es positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente enunciadas em normas constitucionais que possibilitam melhores condi es de vida aos fracos direitos que tendem a realizar a igualiza o de situa es sociais desiguais SILVA 2011 p 286 Afirmando ainda que s o pressupostos do gozo dos direitos individuais vez que propiciam condi es materiais favor veis garantia da igualdade real a qual possibilita con di o mais prop cia ao efetivo exerc cio da liberdade SILVA 2008 p 184 Muito embora os direitos sociais via de regra sejam classificados meramente como prestacionais proveniente de um agir do ente estatal a fim de assegurar a igualdade Ro bert Alexy os diferencia em dois aspectos em sentido amplo referindo se s presta es cor respondentes atua o positiva do Estado no cumprimento de seus deveres de prote o j decor rentes da sua condi o de Estado Democr tico de Direito e n o propriamente como
251. determinadas mat rias Apesar das cr ticas que o Judici rio brasileiro vem sofrendo no sentido de que est se imiscuindo em quest es pol ticas em ofensa ao princ pio da separa o dos poderes e ainda que por n o ser um poder eleito pelo povo n o poderia interferir nessas quest es o que se verifica que a transfer ncia de decis o do Parlamento para o Judici rio decorre em virtu de do fen meno da judicializa o da pol tica Por isso torna se imprescind vel que o Judici rio se situe com prud ncia e equil brio na equa o de um lado a letargia que fere toda a estrutura moral e material do Executivo e do Legislativo cujos resultados aviltam o paradigma do Estado democr tico De outro a exig ncia dos cidad os e segmentos sociais no sentido de que o rg o jurisdicional supra e at mesmo repare os in meros danos e inadi veis lacunas geradas pela referida in rcia dos Poderes pares No entendimento de Lu s Roberto BARROSO o Judici rio o guardi o da Cons titui o e deve faz la valer em nome dos direitos fundamentais e dos valores e procedimen tos democr ticos inclusive em face dos outros Poderes Eventual atua o contramajorit ria nessas hip teses se dar a favor e n o contra a democracia Outrossim o protagonismo judicial condi o indispens vel para a efetiva prote o dos direitos socias e para a estabilidade da democracia Todavia a expans o do Judici
252. dez 2013 ISSN 2175 7119 estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade A dignidade da pessoa humana est consagrada como um dos fundamentos da Rep blica Federativa do Brasil artigo 1 inciso III da Constitui o o que significa dizer que cabe ao Estado respeitar proteger e promover a dignidade ou seja permitir a cria o de condi es necess rias para uma vida com dignidade Ademais a dignidade n o apenas mais um dos fundamentos da Rep blica mas tamb m um valor supremo do nosso ordenamento jur dico pois n o somente a Constitui o que a prev mas todo o ordenamento jur dico brasileiro Entretanto n o uma norma suprema mas possui valor constitucional supremo quando considerada como um princ pio instrumental um postulado normativo Assim o valor da dignidade humana tem um peso mais elevado do que os outros valores Vale salientar que a dignidade da pessoa humana o n cleo em torno do qual gravitam todos os outros direitos fundamentais Assim se todos os direitos fundamentais foram criados com a finalidade de promover e proteger a dignidade da pessoa humana o direito moradia direito este considerado fundamental conforme j explicitado anteriormente deve ter como finalidade essencial a prote o e promo o da dignidade Resta claro portanto que a dignidade da pessoa humana se d tamb m co
253. dios Os acordos comerciais eram rar ssimos b o segundo iniciado ap s o t rmino da Segunda Guerra Mundial per odo em que ocorreram as primeiras discuss es sobre dumping em foros multilaterais em raz o do excesso de discricionariedade das autoridades nacionais na aplica o do antidumping Foi nesse per odo e em raz o das dificuldades de serem aplicadas as medidas antidumping que se come ou a pensar na cria o de um organismo internacional de com rcio c o terceiro que come ou com a celebra o do Acordo Antidumping da OMC 1995 e segue at os dias atuais As medidas antidumping tem car ter de defesa comercial e s o aplicadas nos 173 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 casos em que o dumping cause dano ou amea a de dano ind stria dom stica Nesse contexto quando a diferen a de pre os praticada em diferentes mercados decorre de condi es normais de com rcio resultado de um comportamento normal e previs vel em economia de mercado n o h que se aplicar medidas antidumping 3 3 A natureza jur dica dos direitos antidumping A defini o da natureza jur dica dos direitos antidumping n o pac fica na doutrina tanto no Brasil quanto no exterior T rcio S Ferraz Jr apud Barros 2004 p g 43 explica que as medida
254. direitos reais opon veis a terceiros Decreto Lei n 271 67 artigo 7 institu da a concess o de uso de terrenos p blicos ou particulares remunerada ou gratuita por tempo certo ou indeterminado como direito real resol vel para fins espec ficos de regulariza o fundi ria de interesse social urbaniza o industrializa o edifica o cultivo da terra aproveitamento sustent vel das v rzeas preserva o das comunidades tradicionais e seus meios de subsist ncia ou outras modalidades de interesse social em reas urbanas Assim tal concess o implica o direito de uso de terrenos p blicos ou particulares remunerada ou gratuita por tempo certo ou determinado tendo sido criada em poca de reforma administrativa do governo militar com a inten o de cria o de direito real resol vel para fins de edifica o urbaniza o cultivo ou outra destina o de interesse social A concess o de direito real de uso foi festejada como uma possibilidade nica de dar uso a terrenos p blicos sem dilapidar o patrim nio das pessoas jur dicas de direito p blico a que os im veis pertencem evitando ainda o desvirtuamento das finalidades para as quais os im veis s o destinados A concess o de direito real de uso resol vel n o prescinde de autoriza o legal da pessoa pol tica competente e reclama via de regra de licita o pr via Tal licita o dispensada nos casos do par grafo 6 do artigo 18 da
255. disposi o legal em contr rio o provedor de aplica es de Internet somente poder ser responsabilizado por danos decorrentes de conte do gerado por terceiros se ap s ordem judicial espec fica n o tomar as provid ncias para no m bito do seu servi o e dentro do prazo assinalado tornar indispon vel o conte do apontado como infringente Par grafo nico A ordem judicial de que trata o caput dever conter sob pena de nulidade identifica o clara e espec fica do conte do apontado como infringente que permita a localiza o inequ voca do material Art 16 Sempre que tiver informa es de contato do usu rio diretamente respons vel pelo conte do a que se refere o art 15 caber ao provedor de aplica es de In ternet informar lhe sobre o cumprimento da ordem judicial De acordo com estes dispositivos a Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi o de Internet ser subjetiva ou seja s ser responsabilizado o provedor se provar a culpa do mesmo quanto aos danos causados por usu rios ou terceiros ou em casos de ordem judicial mandar e o provedor n o tornar indispon vel o conte do Contudo o Marco n o trata de crimes cibercrimes por isso a nomenclatura Mar co Civil n o trata de direitos autorias sendo mantida as regras da lei de Direitos Autorais nem trata de dados pessoais Com ele a expectativa a regulamenta o da mat ria em estudo facilitando e dando seguran a tanto a
256. do artigo 5 da Constitui o Federal s o invi ol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o Dessa disposi o d se relevo especial esp cie de direito da personalidade que se refere ao objeto de nosso estudo qual seja o direito honra que visto sob dois aspectos a honra objetiva que se refere reputa o do sujeito no ambiente em que est inserido e a honra subjetiva que a autoestima o sentimento de dignidade pr prio da pessoa Da dic o da Carta Magna ademais se extrai um das tutelas conferidas ao sujeito lesionado que se refere ao direito de indeniza o o que n o exclui a possibilidade de invoca o de outros tipos de tutela Na arguta li o de Rosenvald a tutela inibit ria do artigo 12 do C digo Civil d azo uma s rie de atitudes por parte do ofendido que pode inclusive se valer do artigo 461 do C digo de Processo Civil para sua efetiva o Mister indicar ainda quanto tutela penal que o C digo de Defesa do Consumi dor tipifica as seguintes condutas Art 72 Impedir ou dificultar o acesso do consumidor s informa es que sobre ele constem em cadastros banco de dados fichas e registros Pena De ten o de seis meses a um ano ou multa e Art 73 Deixar de corrigir imediatamente infor ma o sobre consumidor constante de cadastro
257. do juiz no texto normativo Ademais em que pese a teoria da autorrestri o judicial verifica se que no con texto da Constitui o Federal de 1988 a mesma n o se sustenta eis que a partir da Carta Mag na deve se dar um novo papel ao Judici rio brasileiro que passa a exercer um importante pa pel na realiza o dos direitos fundamentais O princ pio da separa o dos poderes deve ser analisado a partir da Constitui o com a ideia de controles rec procos entres os poderes e n o mais a ideia de separa o r gida entre os mesmos Conforme demonstrado a doutrina p tria vem aderindo expressivamente ao ati vismo judicial partindo sempre do princ pio de que ele consiste num instrumento eficaz de concre o da dignidade da pessoa humana cidadania justi a e democracia Entretanto existem temores de que se erija um governo de toga ou uma juris tocracia decorrente de uma falsa interpreta o normativa Enfim deve se atentar para o irrefut vel fato de que cabe ao Poder Judici rio o dever de incorporar uma nova roupagem Nesse contexto necess rio que ele dialogue mais frequentemente com a pol tica dado que lhe compete aliado ao Legislativo e ao Executivo proporcionar um car ter de efetividade aos preceitos constitucionais conferindo lhes um efei to imediato e n o meramente program tico BARROSO Luis Roberto Judicializa o p 90 Ro BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz
258. do tem o dever de n o cumprir a ordem que era manifesta mente ilegal nesse caso n o ter consegii ncia uma vez que a ordem o qual era manifesta mente ilegal n o for cumprida n o gera crime de desobedi ncia Por outro lado se mesmo a ordem sendo manifestamente ilegal o subordinado cumpri la ele poder responder junto com o superior hier rquico pelo fato delitivo por abuso de autoridade a n o ser que a ordem re cebida tenha vindo de coa o irresist vel 6 1 2 Da ordem n o manifestamente ilegal Se a ordem n o manifesta ilegalidade ao cumpri la o subordinado estar agindo sem culpa da sua conduta pois n o poderia se exigir conduta diversa que a cumprida para Capez incide na exigibilidade de conduta diversa um dos elementos da culpabilidade a obedi ncia a ordem n o manifestamente ilegal de superior hier rquico tornando viciada a vontade do subordinado e afastando a exig ncia de conduta diversa No entanto para a ordem n o manifestamente ilegal n o se fala em n o cumpri mento partindo do ponto que certamente o subordinado obedeceria ordem mas caso ele ve nha a n o cumprir ordem que seria a principio legal responder por crime de desobedi ncia hier rquica Voltando ao ponto no qual ele cumpriria a ordem em que n o se manifestava ile galidade podemos ent o excluir a culpabilidade do subordinado passando do pressuposto de que para ele estava puro e simplesmente no seu estrito cumpri
259. docao homoparental aurea maria ferraz de sousa gt Acesso em 13 09 11 2 DIAS Maria Berenice Conversando sobre homoafetividade Porto Alegre Livraria do Advogado 2004 52 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 essa rela o Os intermedi rios s o os que comp em o maior bloco aonde vem se discutindo acerca da rela o homoafetiva a exemplo do Brasil 3 1 Pa ses que reconhecem juridicamente a ado o homoativa Na Holanda preleciona Silva 2009 em setembro de 2000 o Parlamento apro vou por maioria absoluta a Lei que permite a uni o entre homossexuais incluindo o div rcio e a ado o de crian as e ou adolescentes O casal homoafetivo poder optar entre a parceria registrada e o matrim nio Caso deseje requerer a ado o conjunta dever ser casado com co abita o de no m nimo tr s anos sendo lhe facultado tamb m a possibilidade de ado o indi vidual Em 2002 na Noruega ensina Barcellos 2011 foi autorizada a ado o de crian as e ou adolescentes inclusive a dos filhos dos parceiros homoafetivos Em 2002 na Calif rnia conta Guerin 2009 entrou em vigor a Lei que autoriza a ado o por par homoafetivo A ado o deferida tomando por base os interesses do adotan do A certid o de nascimento nesses casos ser alterada pas
260. dolescente deve ser por uma prepara o gradativa disponibilizando tamb m acom panhamento posterior A guarda uma das modalidades de coloca o em fam lia substituta vem regulari zada nos artigos 33 a 35 do ECA Ensinam Rossato L pore e Cunha 2010 p 169 que a guarda se destina a regularizar a posse de fato obrigando a presta o de assist ncia material moral e educacional crian a e ao adolescente conferindo ao seu detentor o direito de 7 ROSSATO Luciano ALVES L PORE Paulo Eduardo CUNHA Rog rio Sanches Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Lei n 8 079 90 S o Paulo Revista dos Tribunais 2010 8 ROSSATO Luciano ALVES L PORE Paulo Eduardo CUNHA Rog rio Sanches Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Lei n 8 079 90 S o Paulo Revista dos Tribunais 2010 49 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 opor se a terceiros inclusive a seus pais Bittencourt assevera que a guarda de fato prov m a algu a seu cargo a cria uca j interven do ato de algu m tomar a seu cargo a cria o e a educa o do menor sem a interven o do juiz O guardi o possui as fun es de um verdadeiro pai excetuando se apenas a atribui o do p trio poder assim o menor considerado legalmente dependente do seu
261. dos Unidos em ratificar o tratado Carta de Havana 1950 que delimitava os princ pios e objetivos da OIC sob argumento de que retiraria grande parte da autonomia do pa s em termos de com rcio exterior a OIC n o vingou Assim o GATT que era um acordo provis rio que se propunha a vigorar at a cria o da OIC tornou se o mais importante foro de discuss es de todos os assuntos relativos ao com rcio internacional O artigo VI do GATT de 1947 a ser observado pelos pa ses signat rios em linhas gerais define o dumping como a introdu o de produtos de um pa s no mercado de outro a um pre o inferior a seu valor normal bem como o considera conden vel se causa ou amea a causar dano importante a uma ind stria estabelecida no pa s importador ou se retarda o estabelecimento da ind stria dom stica Esse primeiro acordo sofreu altera es em 1967 C digo Antidumping do GATT 1967 e 1979 C digo Antidumping do GATT 1979 Aponte se que o GATT atuou como uma organiza o internacional de fato por onde ocorreram negocia es visando liberalizar o com rcio mundial e que durou quase 50 anos at a entrada em vigor da OMC Essas negocia es que eram e s o agora na OMC multilaterais s o chamadas rodadas e tem como escopo uma agenda de temas que s o discutidas entre os membros para formarem acordos O GATT passou por oito rodadas sendo que a ltima durou oito anos iniciando se em Punta Del Este e
262. e Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Janeiro Tempo Brasileiro 1997 JESUS Dam sio de Direito Penal Parte Geral 31 ed S o Paulo Saraiva 2010 MARQUES NETO Agostinho Ramalho A ci ncia do Direito conceito objeto m todo 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 LUNO Antonio Enrique P rez et alii Teor a del Derecho Madrid Editorial Tecnos 1997 MORAES Alexandre de Direito Constitucional 23 ed S o Paulo Atlas 2008 MOREIRA Luiz Fundamenta o do Direito em Habermas 2 ed rev atual Belo Horizonte Mandamentos 2002 REALE Miguel Teoria do Direito e do Estado 5 ed S o Paulo Saraiva 2000 REC SENS SICHES Luis Tratado general de filosofia del derecho 4 ed M xico Editorial Porr a 1970 SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTI A Estatuto da OAB Lei n 8 906 94 Dispon vel em lt http w ww stf jus br portal legislacao Anotada A diA dcAdpf verLegislacao asp Lei 375 gt Acesso em 25 06 11 SKINNER Burrhus Frederic Ci ncia e comportamento humano 10 ed S o Paulo Martins Fontes 1998 TAVARES Juarez As controv rsias em torno dos CRIMES OMISSIVOS 1 ed Rio de Janeiro Instituto Latino Americano de Coopera o Penal 1996 TAVAREZ Juarez Apontamentos de aula UERJ 2009 TAVAREZ Juarez Os objetos simb licos da proibi o o
263. e Nacional de Pesquisa em seu guia do usu rio internet Brasil O provedor backbone opera pois no atacado de conectividade vendendo acesso a outras empresas que far o a pr venda de acesso para usu rios finais ou simples mente utilizar o a rede para fins institucionais internos Provedor de acesso internet conectado ao backbone sendo apenas um re transmissor do acesso internet e quem disponibiliza as informa es no seu pr prio espa o ou em de terceiro Muitas vezes quem cuida dos e mails e acaba acumulando o servi o de provedor de acesso com o de provedor de conte do pois al m do acesso ele edita e publica informa es na internet onde o caso da IG BOL UOL POP entre outras Ricardo Alc ntara Pereira refere se diante do provedor de acesso como sendo ll REDE NACIONAL DE PESQUISA Guia do usu rio Internet Brasil vers o 2 0 abril de 1996 documento n RNP RPU 0013D p 7 8 Dispon vel em http www rnp br arquivo documentos rpu0013d pdf Acessado em 23 de abril de 2013 e IG BOL UOL POP s o os principais provedores de internet no Brasil de acesso gratuito 216 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O provedor de acesso uma esp cie de ponte para a internet um computador pro vendo a c
264. e Processo Civil Vale aqui observar que foi apenas nesse julgamento ocorrido em 10 12 2008 que pela primeira vez o Superior Tribunal de Justi a deu fundamenta o jur dica mais detalhada hip tese Conforme exposto pela relatora na ocasi o at a metade do ano de 2008 o Superi or Tribunal de Justi a entendia de forma majorit ria que a exist ncia da pr negativa o n o exclu a o dano moral constituindo apenas uma circunst ncia que minorava a quantifica o dos danos morais Foi a partir do voto do Ministro Ari Pargendler no REsp 1 002 985 RS pu blicado em 27 08 2008 que o entendimento de que a pr negativa o exclu a o dever de inde nizar passou a ganhar for a apesar de n o se tratar de posicionamento in dito Em seguida vista dos entendimentos divergentes da Corte a relatora opinou que 32 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 deveria prevalecer a interpreta o que melhor beneficia o consumidor qual seja a de que a pr negativa o apenas mitiga a condena o que deve ser imposta ao respons vel pela negati va o indevida Com a pondera o de sempre a relatora ilustrou ainda que a posi o confli tante coloca o devedor com apenas uma negativa o na mesma posi o do devedor com v
265. e Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Palabras clave art 356 de la CEC retenci n de registros restituci n de los registros del tribunal consumaci n del delito de re tenci n de registros 1 INTRODU O O presente artigo visa realizar uma an lise cr tica das decis es proferidas pelas inst ncias superiores dos tribunais brasileiros no que tange ao crime de sonega o de autos um dos dois n cleos previstos pelo art 356 do CPB in verbis Inutilizar total ou parcialmente ou deixar de restituir autos documento ou objeto de valor probat rio que recebeu na qualidade de advogado ou procurador grifo nosso Importante ressaltar ser necess rio para a tipifica o do crime do art 356 do CPB que o agente tenha recebido o objeto material autos documento ou objeto na qualidade de advogado ou procurador judicial estagi rio de advocacia O legislador brasileiro visou atrav s do art 356 do CP tutelar a administra o da justi a na medida em que visa ampliar a efici ncia e a efic cia do judici rio ou seja aumen tar a capacidade de solucionar as lides preferencialmente no m rito fornecendo assim as par tes o que lhe um direito inafast vel e improrrog vel a jurisdi o Deste modo qual seja fornecendo ao jurisdicionad
266. e adequada de modo que conforme f rmula elaborada pelo ilustre mestre p 411 412 A obriga o de indemnizar s existe em rela o aos danos que tendo resultado da les o provavelmente ou seja em termos de um ju zo ex post dela teriam resultado ou numa vers o negativa a obriga o de indemnizar n o existe em rela o aos da nos que tendo resultado da les o todavia em termos de ju zo de probabilidade dela n o resultariam Expostos os requisitos que tornam o dano ressarc vel sem os quais n o poss vel a pretens o reparat ria faremos uma breve exposi o a respeito de sua prova em espec fico no que se refere aos danos extrapatrimoniais Isso porque uma vez que o dano extrapatrimonial n o pass vel de prova materi al j que se encontra na esfera psicof sica da pessoa cumpre v tima demonstrar a ocorr ncia do fato lesivo em regra um ato il cito e o nexo de causalidade deste com o dano conside rando se a prova do dano como prova levior aferida com menos rigor pelo juiz como sali enta Ant nio Jeov Santos 1 Op cit P 515 24 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 E o mesmo prossegue O preju zo moral que algu m diz ter sofrido provado in re ipsa Acredita q
267. e ele venha a suprir determinados 34 PIVETTA Saulo Lindorfer Direito Fundamental Sa de Regime Jur dico Constitucional Pol ticas P blicas e Controle Judicial 270 f Disserta o mestrado Universidade Federal do Paran Setor de Ci ncias Jur dicas Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 15 03 2013 p 37 ANDRADE Jos Carlos Vieira de Andrade Os Direitos Fundamentais na Constitui o Portuguesa de 1976 3 ed Coimbra Almedina 2004 p 387 39 CL VE Cl merson Merlin A Efic cia dos Direitos Fundamentais Sociais Cr tica Jur dica Curitiba v 22 2003 p 19 OLSEN Ana Carolina Lopes A Efic cia dos Direitos Fundamentais Sociais Frente Reserva do Poss vel 390 f Disserta o mestrado Universidade Federal do Paran Setor de Ci ncias Jur dicas Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 2006 p 13 8 FIORAVANTI Maurizio Los Derechos p 95 9Tdem 96 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 servi os negligenciados pela Administra o P blica Se o cumprimento do dever estatal de promo o sa de negligenciado o cami nho natural que haja uma invoca o jur dica desse direito social em determinada situa o conc
268. e in cases of un foreseeable circumstances or force majeure or ii need to realignment the Project art 9 8 4 of Law 12 462 11 From these aspects a literature review on the subject and the constitu tional principles of the economic and financial balance art 37 XXI Constitution the principle of efficiency art 37 caput Constitution and of most advantageous proposal to the contracting party art 1 8 1 IV DRC and art 3 Law 8 666 93 we conclude that the rule put by the differential public procurement is unconstitutional Keywords 1 Gustavo Matos advogado Bacharel em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG 114 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 public bids differential public procurement economic and financial balance 1 INTRODU O A Lei 12 462 de 04 08 2011 tamb m conhecida como Regime Diferenciado de Contrata es RDC foi promulgada inicialmente com o objetivo de garantir maior celerida de e efici ncia aos procedimentos licitat rios e aos contratos administrativos realizados para viabilizar a Copa do Mundo de 2014 e os demais eventos esportivos que acontecer o no Bra sil entre 2013 e 2016 Apesar de ter sido idealizado para atender apenas os acont
269. e pode aferir o pr prio risco das decis es ao considerar que apesar da concord ncia com os princ pios e valores que regem um sistema isso n o representa sobre maneira que tais valores estejam corretos Nesse nterim que KELSEN 2000 sugere o cui dado com as quest es subjetivas que podem interferir nas decis es Ou como ele ainda men ciona O crit rio de justi a como o crit rio da verdade n o depende da frequ ncia com que s o feitos julgamentos sobre a realidade ou julgamentos de valor Kelsen 2000 p 12 Neste quesito o autor faz alus o s diferencia es entre o Direito Natural e o Di reito Positivo e sua rela o com a justi a No Direito Natural a ordem jur dica positiva re flexo da justi a natural considerando que elas justificam o que compreendido pelo homem 64 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 enquanto justo Ou seja O Direito positivo justificado apenas na medida em que corres ponda ao Direito natural Kelsen 2000 p 17 Assim not rio que o Direito Natural para seus defensores regularia as rela es jur dicas e estas s seriam compreendidas como justas na medida em que representassem os primados do Direito N
270. e ques tionamento como as empresas podem garantir um bom relacionamento com os consumidores sem violar direitos e ao mesmo tempo n o criar preju zos sua atividade 2 OS CONFLITOS NO TELEATENDIMENTO E SUAS IMPLICA ES NEFASTAS A raz o para haver a grande quantidade de lit gios reside na m presta o do ser vi o pelas entidades Segundo o soci logo Daniel Annenberg as maiores reclama es sobre o teleatendimento s o as trocas de setor durante o atendimento as quedas das chamadas e a n o capacita o dos profissionais da rea o que evidencia o pouco interesse no atendimento ao p blico Isto ocorre mormente porque os operadores n o s o qualificados A m presta o do servi o consequ ncia de pr ticas pouco conhecidas pela soci edade em geral conforme o estudo feito por Marinho Silva 2004 p 33 a 55 o que existe um verdadeiro abuso de direito dos profissionais da rea que n o recebem a capacita o ide al s o em sua grande maioria jovens no primeiro emprego e ficam submetidos a trabalhos mediante metas rigorosas num ambiente em muitas das vezes insalubre e com uma jornada de trabalho abusiva na qual existe at mesmo limita es s idas ao banheiro O referido auto 2004 p 18 ainda observa que essas condi es de trabalho e as institui es que disp em do servi o costumeiramente contratam empresas terceirizadas para realiz lo em vista da redu o de custos que esta forma at
271. e recursos doutrina pol tica A interpreta o mais direta da pr tica constitucional norte americana mostra que os ju zes s o dotados da autoridade interpretativa final e que eles devem compreender a De clara o de Direitos como uma Constitui o de princ pios morais Ronald DWORKIN defende a leitura moral que consiste em um m todo particular de ler e executar uma Constitui o pol tica Contudo ela incerta e controversa por isso todo sistema de governo que incorpora esse princ pios a suas leis tem de decidir quem ter a autori dade suprema para compreend los e interpret los No sistema norte americano atual essa autoridade cabe aos ju zes e em ltima inst ncia aos ju zes da Suprema Corte Por isso os cr ticos da leitura moral da Constitui o afirmam que ela d aos ju zes o poder absoluto de impor suas convic es morais sociedade transformando os em reis fil sofos Al m disso os ju zes tem de considerar que fazem um trabalho em equipe junto com os demais funcion rios da justi a do passado e do futuro que elaboram juntos uma moralidade constitucional coerente cuidando para que suas contribui es se harmonizem com todas as Ibidem p 90 96 Ibidem p 110 111 7 DWORKIN Ronald O Direito da Liberdade A Leitura Moral da Constitui o Norte Americana S o Paulo Martins Fontes 2006 p 53 Ibidem p 2 coloca se o sujeito politicamente mais irrespons
272. e terras de Portugal adquiriram terras no Brasil atra v s das cartas de doa o e assim teriam tamb m seus deveres militares Sendo que apesar de se ter um novo sistema com mudan as significativas o sistema feudal foi mantido ao que se refere aos princ pios estruturais origin rios como as patentes militares a composi o da hie rarquia e a rela o de comando e da obedi ncia atrelada ao Rei No entanto a estrutura militar brasileira se dividiu estruturalmente pelas linhas de comando composto pela nobreza portuguesa e as mil cias compostas por brasileiros nativos incluindo negros e ndios e tamb m havia os guardas territoriais o qual eram denominados como ordenan as por m apenas para casos de emerg ncia Por m houve mudan as onde passou a misturar as tropas do comando com as mi 2 JUNIOR Rolf Koerner Obedi ncia Hier rquica Belo horizonte Del Rey 2003 p 55 28 NOGUEIRA Marco Aur lio No capitulo Ex rcito e Estado no Brasil Imperial de um de uma de suas obras refere se o ex rcito como um grupo que atua e expressa ao mesmo tempo interesses profissionais e interesses sociais e que tem um tipo espec fico de conex o com o Estado Capitulo dispon vel em http seer fclar unesp br perspectivas index Acesso em 15 de outubro de 2012 ea SODRE Nelson Werneck Hist ria militar do Brasil Rio de Janeiro civiliza o brasileira 1965 p 18 3 LEIRNER Piero de Camargo Meia Volta volver um estudo antrop
273. e toda Constitui o est constru da segundo o princ pio dos pesos e contrapesos que objetiva que n o exista um poder supremo mas sim po deres autorizados pela Constitui o e um equil brio entre eles Logo Poderes Legislativo Executivo e Judici rio para os quais a Constitui o prev uma s rie de atribui es reservadas prevendo ao mesmo tempo modos de controle de um sobre o outro James MADISON tamb m entende que os ramos Legislativo Executivo e Judi 5 Idem ARANTES Rog rio Bastos Constitutionalism p 256 257 52 FIORAVANTI Maurizio Los Derechos 93 Ibidem p 92 88 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ci rio devem ser separados e distintos Ele defende que a acumula o de todos os poderes nas mesmas m os quer de um de poucos ou de muitos cidad os quer por hereditariedade autonomea o ou elei o pode com justi a ser considerada como caracterizando a tirania O idealizador desse sistema foi John LOCKE autor da obra Dos Tratados sobre o Governo Segundo ele o detentor do poder de legislar n o pode ser e nem deve dispor dos meios e recursos do governo inclusive sobre o poder de coa o sobre os indiv duos e quem disp e desse poder n o po
274. e uma sociedade justa e igualit ria que imp e ao Estado n o s o dever de absten o de uma maneira a assegurar a autonomia privada na esfera de prote o dos direitos liberdades in Ibidem p 214 8 Art 6 S o direitos sociais a educa o a sa de a alimenta o o trabalho a moradia o lazer a seguran a a previd ncia social a prote o maternidade e inf ncia a assist ncia aos desamparados na forma desta Constitui o 3 DIMOULIS Dimitri MARTINS Leonardo Defini o e Caracter sticas dos Direitos Fundamentais In LEITE George Salom o SARLET Ingo Wolfgang Coords Direitos Fundamentais e Estado Constitucional Estudos em homenagem a J J Gomes Canotilho S o Paulo Revista dos Tribunais Coimbra 2009 p 118 135 S MENDES Gilmar Ferreira Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade Estudos de Direito Constitucional S o Paulo Saraiva 2004 p 2 94 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 dividuais mas tamb m a proporcionar o acesso a todos a condi es de uma vida digna De acordo com a Constitui o Federal de 1988 o Estado tem responsabilidade de promover o acesso universal da sa de sendo um direito destinado a brasileiros e estrang
275. ea devendo cada empresa que tem acesso aos dados do registro pagar uma taxa anual com base nos c digos de rea que a empresa acessa O consumidor que recebe uma liga o de telemarketing estando cadastrado pode registrar uma reclama o junto a FTC seja via internet ou ligando para um n mero gratuito Os infratores podem ser multados em at 16 000 d lares por incidente A Federal Trade Commission FTC uma ag ncia independente do governo dos Estados Unidos criada em 1914 pelo Federal Trade Commission Act cuja miss o de informar e melhorar a escolha do consumidor bem como estimular a compreens o p blica do processo competitivo adotando m todos que visam coibir pr ticas monopolizadoras e enganosas ou injustas com os consumidores para n o prejudicar a atividade comercial leg tima Dispon vel em lt http ultimainstancia uol com br conteudo noticias 37532 por maioria de votos tjrs julga inconstitucio nal lei do telemarketing shtml gt Acesso em 13 de agosto de 2012 254 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pa s o que acaba por reduzir substancialmente a demanda pelo setor de servi os ocasionan do por conseguinte uma redu o dr stica no setor de teleatendimento Nos estados do Acre Amap Roraima e Rond nia
276. ecimentos menciona dos o RDC foi ampliado e atualmente o regime jur dico aplic vel tamb m i s a es inte grantes do Plano de Acelera o do Crescimento ii s obras e servi os de engenharia no m bito do Sistema nico de Sa de e iii realiza o de obras e servi os de engenharia no mbito dos sistemas p blicos de ensino Um dos temas mais controvertidos a figura da contrata o integrada instituto que prev que o contratado dever n o s executar a obra como tamb m elaborar os projetos b sico e executivo correspondentes Segundo o RDC nos casos de contrata o integrada os aditivos ser o cab veis apenas em duas hip teses i para recomposi o do equil brio econ mico financeiro decorren te de caso fortuito e for a maior e ii por necessidade de readequa o do projeto limitado aos 25 estabelecidos pelo art 65 810 da Lei 8 666 98 Ao nosso ver tal constri o s hip teses autorizativas para se proceder ao reequi l brio econ mico financeiro s o inconstitucionais i por ofender o direito constitucional ao equil brio econ mico financeiro ii por implicar em contratos mais onerosos para a adminis tra o p blica o que viola o princ pio da efici ncia art 37 caput da Constitui o Federal e o princ pio da obten o da proposta mais vantajosa art 1 81 IV RDC e art 3 Lei 8 666 93 2 Essas expans es foram feitas respectivamente pelas Leis 12 668 de 18 07
277. eg cio um risco que todo empres rio corre como resultado da pr pria flutua o do mercado sendo previs vel por ele responde o particular Outro exemplo seria a varia o ordin ria normal nos pre os de insumos produ tos e servi os dos quais dependa o particular vencedor do certame Vivemos em uma econo mia de mercado a varia o dos pre os evento tipicamente ordin rio sendo previs vel que varia es ocorram seja para aumentar ou para diminuir os valores desses bens e servi os Fatos provenientes de lea ordin ria n o autorizam a sua aplica o reequil brio econ mico financeiro por tratar se de risco comum ao qual todo empres rio se submete ao assumir uma obriga o Significa que o simples aumento de despesa ine rente execu o contratual por exemplo a varia o normal dos pre os na econo DA CUNHA 1992 p 28 122 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mia moderna n o possibilita aos contratantes socorrerem se deste mecanismo O que marca a lea ordin ria a previsibilidade do fato juntamente com a previsi bilidade dos resultados decorrentes do fato Se o fato era esperado mas ao consumar se traz consigo consequ ncias inesperadas anormais acreditamos que o e
278. ei ros art 5 CF que assim necessitarem podendo utilizar os servi os de sa de de forma gratuita a fim de promover o seu direito no art 196 que o direito sa de encontrou sua maior concretiza o ao n vel normativo constitucional para al m de uma significativa e abrangente regulamenta o nor mativa na esfera infraconstitucional O referido dispositivo legal constitui se como norma de cunho impositivo de deveres e tarefas pois enuncia que a sa de direito de todos e dever do Estado impondo aos poderes p blicos uma s rie de tarefas nesta seara como promover pol ti cas sociais e econ micas que visem redu o do risco de doen a e estabelecer o acesso uni versal e igualit rio s a es e presta es nesta esfera Logo o direito sa de exige do Estado presta es positivas no sentido de garan tia efetividade da sa de sob pena de inefic cia de tal direito fundamental Esses direitos se vinculam a ideia de que incumb ncia do Estado disponibilizar os meios materiais e o imple mento das condi es f ticas aptas a possibilitarem o exerc cio das liberdades Dessa forma surgem diversos deveres estatais tais como a constru o de hospi 88 SCHIER Adriana da Costa Ricardo O Princ pio da Supremacia do Interesse P blico sobre o Privado e o Direito de Greve de Servidores P blicos In BACELLAR FILHO Romeu Felipe HACHEM Daniel Wunder Coord Direito Administrativo e Interesse P
279. eira de Ocupa es CBO n 3 80 25 veja se Telemarketing por sua vez diz respeito ao gerenciamento por telefone do relacionamento direto com os clientes de determinada empresa visando divulga o e oferta de produto ou servi o e a aferi o da qualidade e satisfa o No Brasil segundo o C digo Brasileiro de Ocupa es operador de telemarketing aquele que atende usu rios oferece servi os e produtos presta servi os t cnicos especializados realiza pesquisas faz servi os de cobran a e cadastramento de clientes sempre via teleatendimento 256 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 outras formas de teleatendimento Bem o Decreto n 6 523 08 que regulamenta o C digo de Defesa do Consumidor em seu art 2 caput se limita a definir a fun o do servi o de atendi mento ao consumidor SAC a qual se destina t o somente resolu o de demandas acerca de informa o d vida reclama o suspens o ou cancelamento de contratos e de servi os que sejam objeto de uma rela o consumerista Sendo assim por l gica pode se extrair do Par grafo nico de seu art 2 uma defini o negativa do que seria telemarketing ou seja dizen do quando o servi o n o considerado um SAC ao expor a ess ncia do que
280. eito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 7 A RELEITURA DA OBEDI NCIA HIER RQUICA COMO CAUSA DE EXCLU S O DE CULPABILIDADE 7 1 Conceito de crime Para se iniciar a an lise de uma exclus o de culpabilidade primeiramente precisa mos saber o conceito de crime apresentando o que mais atende a realidade jur dica e o posici onamento da doutrina O conceito de crime separado pela doutrina em formal material e anal tico sendo que o conceito formal a descri o que se obt m com a legisla o penal sob o ponto de vista do direito positivo o que a lei penal vigente incrimina O conceito material ou subs tancial o conte do il cito ordenado pela sociedade e que foi trazida lei penal buscando a ess ncia do delito e a afixa o de alguns limites do legislador ao fazer a incrimina o de uma conduta o desvalor da sociedade perante aquele delito O conceito anal tico de crime pode ser fragmentado em alguns elementos sem descaracterizar o fato delitivo como um todo unit rio advindo pela classifica o tripartida uma a o ou omiss o t pica ou tipicidade antijur dico antijuridicidade ou Ilicitude e culp vel ou culpabilidade S o diversas as posi es da doutrina sobre esses elementos por m nossa nfase ser apenas quanto culpabilidade ou seja a reprova o da conduta do agente pela socieda de B FRAGOSO Heleno Cl udio L
281. el Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Tribunal de Justi a Apela o C vel n 70045721578 Relator Mara Larsen Chechi Julgado em 15 02 2012 ROSSATO Luciano Alves L PORE Paulo Eduardo et al Estatuto da crian a e do adoles cente comentado 2 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 SARLET Ingo Wolfgang A efic cia dos direitos fundamentais 2 ed Porto Alegre Livra ria do Advogado 2001 p 265 Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constitui o Federal de 1988 5 ed rev e atual Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 TIMM Luciano Benetti Org Direitos fundamentais or amento e reserva do poss vel Porto Alegre Livraria do Advogado 2008 SILVA Jos Afonso da Coment rio contextual Constitui o 5 ed S o Paulo Malheiros 2008 Curso de direito constitucional positivo 34 ed rev e atual S o Paulo Malheiros 2011 STF RE 436 996 6 Relator Min Celso de Mello Bras lia 26 de outubro de 2005 Dispon vel em lt http www stf jus br imprensa pdf re436996 pdf gt Acessado em 02 de outubro de 2012 STJ Informativo STF n 579 Dispon vel em http stf jus br arquivo informativo documento informativo htm Fornecimento de Medica mentos e Responsabilidade Solid ria dos Entes em Mat ria de Sa de 155 SAITO Tiemi A Efetiv
282. eles respondendo objetivamente por danos cau E BRASIL Superior Tribunal de Justi a Recurso Especial A o indenizat ria n 1 300 161 RS 2011 0190256 3 RSTJ vol 227 p 504 Recorrente Jos Leonardo Bopp Meisterre Recorrido Microsoft Inform tica Ltda Relatora Ministra Nancy Andrighi Decis o 19 06 2012 DJe 26 06 2012 Dispon vel em http www stj jus br Acessado em 30 maio 2013 238 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 sados Al m de ser indispens vel contrata o de um provedor de conte do para que se possa veicular as informa es do provedor de hospedagem O provedor de hospedagem mero distribuidor de informa o e assegura o arma zenamento de arquivos fornecendo espa o ao servidor de conte do para armazenar as infor ma es no entanto n o possui qualquer controle sobre essas informa es armazenadas pelo provedor de conte do Ou seja como n o tem controle do conte do armazenado pelo provedor de con te do o provedor de hospedagem s responder por danos causados pela m presta o de ser vi o ou quando houver falhas nos equipamentos inform ticos ou defeitos no sistema de segu ran a contra invas es como acontece com todos os outros provedores Nesses casos a v tima dever
283. elo ent o governador Jos Serra junto ao STF por meio da ADI 3 959 93 No tocante as leis clich do teleatendimento no estado de S o Paulo vigem as 2 Art 212 Salve e neg cio a que se imp e forma especial o fato jur dico pode ser provado mediante I confiss o II documento HI testemunha IV presun o V per cia 258 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 leis 14 516 11 e 13 226 08 que respectivamente torna obrigat rio o encaminhamento por es crito dos contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratantes bem e institui no mbito o Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarke ting No estado do Rio de Janeiro existe a Lei 5 925 11 em que se estende aos servi os p blicos o disposto no decreto 6 523 08 fazendo com que regras garantidas por ele como a gratuidade do servi o a possibilidade de cancelamento do servi o em seu menu de atendi mento e a oportunidade de contatar atendimento pessoal em todos os menus sejam regras tam b m obedecidas pela administra o p blica sem preju zo dos rg os fiscalizadores como aduz o art 2 do referido diploma Verbis Art 2 Os rg os respons veis pela fiscaliza o da aplica o da presente nor
284. em seu artigo 327 dispondo que mesmo transitoriamente ou sem remune ra o ser funcion rio p blico quem exer a cargo emprego ou fun o p blica mesmo que em entidade paraestatal ou que trabalhe em empresa prestadora de servi o contratada ou con veniada para a execu o de atividade t pica da Administra o P blica Sendo assim a ordem o qual se refere o artigo 22 do C digo Penal se trata de or dem emanada de quem tenha compet ncia para tanto compet ncia essa expressa em lei para funcion rios p blicos conceituados no artigo 327 do C digo penal Com efeito em caso de desobedi ncia a ordem legal a funcion rio p blico disp e o artigo 330 se referindo a n o cumprimento de ordem legal A ordem deve ser formal e pes soal tendo que haver prova de que fora intimado pessoalmente a cumpri la para ent o carac terizar desobedi ncia n o bastando o mero pedido por si s O crime de desobedi ncia pode ser executado por qualquer pessoa por ser um cri me comum inclusive por funcion rio p blico No entanto a ordem a que se trata o Artigo 330 do CP n o deve estar relacionada fun o pois caso diga respeito se enquadrar no crime de prevarica o o que n o o foco de nosso estudo e MEYRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 22 edi o atualizada Malheiros S o Paulo 1997 se MEYRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 22 edi o atualizada Malheiros S o Paulo 1
285. endo imposs vel desconsiderar essa vontade legislativa por meio da t cnica da interpreta o conforme N o h dispositivo legal que seja ocioso como quis defender MOTTA e BICALHO ou mesmo raz o para compreender a abertura total do dispositivo como quis KLEIN e DAL POZZO Essa prud ncia realizar a interpreta o conforme a constitui o por outro lado n o pode ser excessiva a ponto de induzir o int rprete a salvar a lei custa da Cons titui o nem tampouco a contrariar o seu sentido inequ voco para constitucionaliza l de qualquer maneira No primeiro caso porque isso implicaria interpretar a Cons titui o conforme a lei e assim subverter a hierarquia das normas no segundo por que toda conforma o exagerada implica no fundo usurpar tarefas legislativas e transformar o int rprete em legislador positivo na exata medida em que a lei resul tante dessa interpreta o conformadora s nas apar ncias em verdade seria subs tancialmente distinta em sua letra como no seu esp rito daquela que resultou o tra balho legislativo Por isso defendemos a inconstitucionalidade do art 90 840 da Lei 12 462 11 para que seja aplic vel tamb m contrata o integrada o regime da Lei 8 666 93 como ocor re com os demais contratos do RDC em raz o do art 39 da Lei 12 462 11 Al m do mais a favor da inconstitucionalidade pesa o pr prio princ pio da efici ncia da administra o e da obten o da pr
286. ensamento de Ronald Dworkin 255f Tese Doutorado Pontif cia Universidade Cat lica de Minas Gerais Programa de P s Gradua o em Direito P blico Belo Horizonte 2011 VOJVODIC Adriana de Moraes MACHADO Ana Mara Fran a CARDOSO Evorah Lusci Costa Escrevendo um Romance Primeiro cap tulo Precedentes e Processo Decis rio no STF Revista Direito GV S o Paulo v 5 n 1 Jun 2009 112 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 113 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O REEQUIL BRIO ECON MICO FINANCEIRO NA CONTRATA O INTEGRADA DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATA ES Gustavo Matos RESUMO O presente trabalho tem como objetivo problematizar o tratamento dado ao reequil brio econ mico financeiro na contrata o integrada da Lei 12 462 de 04 08 2011 Regime Dife renciado de Contrata es RDC Atrav s da revis o da teoria da imprevis o na qual se bus ca delimitar com maior precis o as leas e institutos que a comp e examina se a constitucio nalidade do regime espec
287. ensejar discuss es intermin veis acerca de seu al cance e de sua import ncia hist rica serve n o s para iluminar o caminho a ser escolhido ou tra ado bem como para moldar tra ados hist ricos em que pese que o verbo moldar aqui n o se apresenta como elemento estanque e inflex vel mas apenas como delineamento de uma hist ria vivida E nesse ensejo que a justi a e o Direito se coadunam pensando em que medida tal rela o imbricada e dependente Ou seja seria poss vel remeter discuss o de que Justi a e Direito seriam sin ni mos Os dois termos apresentam correla es imbricadas de defini o e aplica o pr tica Neste sentido o objetivo deste artigo o de responder a pergunta Justi a e Direito s o sin ni mos N o h a inten o de esgotar o tema apenas indicando suas nuances no que diz respei to conceitua o de Justi a e sua poss vel prov vel ou improv vel rela o com a ci ncia do Direito finalizando o trabalho com um estudo de caso A discuss o a ser realizada entre os conceitos de Justi a e Direito com maior en foque na categoria anal tica de justi a ser fundada com base em diferentes concep es te ri 60 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 1
288. ente hip tese de sua incid ncia e que o colegiado si lenciou a respeito mesmo ap s provocado por meio de Embargos de Declara o Entretanto a reclama o foi rejeitada pela Ministra Nancy Andrighi com fundamento processual Na segunda reclama o autuada como Rcl 4574 MG o debate se ateve seguinte quest o se h apenas uma negativa o devida anterior deve subsistir a exce o da pr nega se MIRAGEM Bruno Inscri o indevida em banco de dados restritivo de cr dito e dano moral Revista de Direito do Consumidor 81 334 S o Paulo Editora RT 2012 3 Todas elas est o dispon veis no site do Superior Tribunal de Justi a processo eletr nico 37 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tiva o A resposta mais uma vez dada pela Ministra Nancy Andrighi foi afirmativa da re da o da s mula portanto extraem se duas conclus es a de que uma inscri o pr via leg ti ma impede a indeniza o e a contr rio senso a de que uma inscri o pr via ileg tima n o a impede Nessa mesma reclama o o Ministro Aldir Passarinho Junior fez ainda o seguinte apontamento acompanho o voto considerando que no caso espec fico a parte est discutin do as duas inscri es simultaneamente a ante
289. ento jur dico pr vio suficiente para associar o cumprimento dos direitos do consumidor aos seus lucros Tal fato fica evidenciado inclusive pela justifica o do referido Projeto a qual apresenta um breve hist rico da tentativa legiferante do Estado em regular o setor expondo projetos que j foram arquivados pois n o continham as especifi 265 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 cidades exig veis para a regulamenta o do telemarketing O Projeto inclusive traz penalidades administrativas bem definidas para os casos de descumprimento das imposi es nele contidas abordando inclusive valores a serem pagos nas multas e em casos de reincid ncia conforme o art 8 Verbis Art 8 O descumprimento das disposi es desta Lei sujeita os respons veis s se guintes multas I falta de oferta adequada do servi o de cadastro a que se refere o inciso I do caput do art 3 multa inicial de trinta mil reais aplicada em dobro para cada campanha de telemarketing subsequente em que a infra o se repetir II estabelecimento de contato por meio de qualquer c digo de acesso individual em dia ou hor rio diferente daqueles determinados no inciso II do caput do art 3 multa de duzentos reais por contato efetuado HI
290. er de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mente exigida para configura o da responsabilidade civil conforme consta da Constitui o Federal artigo 5 X e das codifica es de maior incid ncia no campo obrigacional artigos 186 e 927 do C digo Civil vigente e artigo 6 VI do C digo de Defesa do Consumidor Apenas com a inten o de ressaltar a indispensabilidade do dano na obriga o de repara o moral e material vale citar o levantamento feito por Fernando Pessoa Jorge na dou trina cl ssica portuguesa o qual identificou a presen a do dano ou preju zo em todas as ten tativas de sistematiza o dos pressupostos da responsabilidade civil por parte dos juristas da quele pa s O car ter imprescind vel do dano tamb m destacado por Antunes Varela ao afirmar que para haver obriga o de indemnizar condi o essencial que haja dano que o fac to il cito culposo ou nos casos previstos na lei em que tal n o pressuposto tenha causado um preju zo a algu m se o automobilista transgrediu as regras de tr nsi to mas n o atropelou ningu m nem danificou coisa alheia n o chega a p r se nenhum problema de responsabilidade Esta surge apenas quando ao fato il cito so brev m um dano Contudo cumpre destacar que nem todo dano indeniz vel ou seja capaz de ge rar resp
291. er necessidades essenciais ou secund ri as da coletividade ou simples conveni ncias do Estado MEIRESLLES 2009 p 332 A pr pria Constitui o Federal cuidou de indicar expressamente quais servi os s o de ordem p blica e portanto de presta o direta ou indireta obrigat ria de compet ncia das entidades p blicas acerca do que Celso Antonio Bandeira de Mello os classificou da se guinte forma a servi os de presta o obrigat ria e exclusiva do Estado b servi os de presta o obrigat ria do Estado e em que tamb m obrigat rio outorgar em concess o a ter ceiros c servi os de presta o obrigat ria pelo Estado mas sem exclusividade e d servi os de presta o n o obrigat ria pelo Estado mas n o os prestando obrigado a promover lhes a presta o tendo pois que outorg los em concess o ou permis s o a terceiros MELLO 2008 p 676 Segundo ele h cinco tipos de servi o aos quais impossibilitada est a Adminis tra o P blica de permitir sua prestabilidade exclusiva por meio de terceiros s o eles 1 de educa o 2 de sa de 3 de previd ncia social 4 de assist ncia social e 5 de radiofus o so nora e de sons e imagens MELLO 2008 p 677 Assim sendo a garantia dos direitos soci 143 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil
292. ere se que o instituto da hierarquia e disciplina a base das For as Armadas e para tanto observamos a diferen a entre os servido res p blicos comuns e os servidores p blicos especiais das For as Armadas onde exigido com rigorosidade a disciplina e a hierarquia tanto que os diplomas infraconstitucionais vie ram a conceituar como o Estatuto dos Militares e o regulamento do ex rcito mesmo n o sen do de compet ncia do legislador apreciar tais preceitos A Justi a Militar e muito antiga e pouco conhecida da comunidade jur dica eis 308 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 que foi preciso fazer breves hist ricos desde como se come ou a formar os primeiros ex rci tos na Europa e depois no Brasil at a abordagem da hierarquia e disciplina em legisla o N o deixando de lado o hist rico desde a primeira Constitui o do Imp rio do Brasil at a Constitui o da Republica Federativa Brasileira de 1988 e o conceito que ela tr s de For as Armadas e sua compet ncia Ainda assim a import ncia da evolu o hist rica do C digo Pe nal Brasileiro e do C digo Penal Militar e como veio a ser abordada a obedi ncia hier rquica como causa de ex
293. erecem ser colocados como marcos no desenvolvimento do assunto Ver CAMPOS 2001 pp 584 594 MELLO 210 p 679 1 FONSECA 1958 p 199 200 2 T CITO 1975 p 297 124 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pria do contrato que rende ensejo ao reajuste da remunera o contratual aven ada inicialmente entre o particular e a Administra o s a lea econ mica extraordin ria e extracontratual que autoriza a revis o do contrato 5 CONCLUS ES Em nossa opini o a proposta de se interpretar os conceitos de caso fortuito e for a maior de forma ampla auxilia na mitiga o da restri o trazida pela norma podendo ser in serido dentro do fortuito todo fato que n o possa ser evitado pelas partes Mas a bem da verdade inevit veis s o as leas extraordin rias e os fatos do pr n cipe mas ser o inevit veis e necess rios os fatos da administra o O ato il cito praticado pelo poder p blico n o fato necess rio fato dotado de dolo ou culpa do contratante que em raz o da veda o trazida pelo dispositivo s poderia ser compensado por meio de a o de indeniza o na via judici ria que ser paga pelo moroso procedimento dos precat rios Impedir a recomposi o do il
294. erior sobre assunto ou mat ria de servi o ou relativamente a dever imposto em lei regulamento ou instru o Pena deten o de um a dois anos se o fato n o constitui crime mais grave BRASIL Decreto Lei 1001 de 21 de outubro de 1969 Bras lia DF 1969 283 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 res p blicos Militares Esta categoria de servidores p blicos diverge das demais quanto estabilidade sendo que os pra as soldado e subtenente s conseguem estabilidade ap s 10 anos de presta o de servi o efetivo j o oficial no per odo de aspirante a oficial chamado de estagio pro bat rio ainda n o se tem estabilidade sendo que s com a carta patente que ser o est veis Portanto s o limitadas pelas restri es no que toca ao pundonor militar pela bus ca da manuten o do bom nome das institui es militares e qualquer ato que viole esta pode ser considerada como atitude indigna de um militar e podem acarretar a exclus o dos quadros das For as Armadas e da Pol cia Militar no qual os militares est veis podem perder o cargo em face do conselho de disciplina pra as ou justifica o oficiais Mesmo com
295. ermitam a identifica o e corre o de eventuais erros na con trata o antes de finaliz la sem preju zo do posterior exerc cio do direito de arrependimen to Visando a altera o no CDC existe tamb m o Projeto de Lei de 7 140 02 que prop e a altera o do art 6 do referido diploma determinando que o acesso seja gratuito a servi os de atendimento com o objetivo de obter informa es apresentar reclama es e diri mir d vidas sobre produtos e servi os sendo vedada qualquer cobran a por estes servi os 267 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 bem como pelo acesso telef nico ou via Internet s centrais de atendimento Uma vez que conforme a justifica o do Projeto obrigar o consumidor que vai reclamar da presta o de um servi o ou do defeito de um produto a pagar pelo servi o de atendimento n o faz o menor sen tido A nosso ver essa postura viola o direito do consumidor de obter informa es dirimir d vidas e apresentar reclama es 3 RENOVA O DA PERSPECTIVA JUR DICO ECON MICA OBSERV NCIA S CL USULAS GERAIS DO ORDENAMENTO JUR DICO COMO MODO DE PRE VEN O DOS CONFLITOS Conforme divulgado no Portal Conjur no ano de 2010 o Conselho Nacional de Justi a solicitou a Funda o Get li
296. ernet e d outras provid ncias Dispon vel em http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra codteor 912989 amp filename PL 2126 2011 Acessado em 24 de maio de 2013 Superior Tribunal de Justi a Agravo em Recurso Especial A o indenizat ria n 137 944 RS 2012 0003695 0 Agravante Google Brasil Internet Ltda Agravado Irismar Lira Relator Ministro Antonio Carlos Ferreira Decis o 21 03 2013 DJe 08 04 2013 Dispo n vel em http www stj jus br Acessado em 30 maio 2013 Superior Tribunal de Justi a Recurso Especial A o indenizat ria n 1 300 161 RS 2011 0190256 3 RSTJ vol 227 p 504 Recorrente Jos Leonardo Bopp Meisterre Re corrido Microsoft Inform tica Ltda Relatora Ministra Nancy Andrighi Decis o 19 06 2012 DJe 26 06 2012 Dispon vel em http www stj jus br Acessado em 30 maio 2013 247 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul Agravo de Instrumento n 70053410833 Agravante Google Brasil Internet Ltda Agravado Debora Cristina Deotti Relator T lio de Oliveira Martins Decis o 28 02 2013 DJe 08 03 2013 Dispon vel em http www tjrs jus br acessado em 31 maio 2013 CASTRO Carla Rodrigues Ara jo de Crimes de Inform tica e s
297. es opostas aumentam demanda justica gt Acesso em 03 de novembro de 2013 268 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 do que a uma das principais reclama es dos consumidores a m presta o deste que oca sionada n o s pela n o observ ncia das empresas lei mas tamb m pela m qualifica o dos teleatendentes podemos concluir que o servi o de teleatendimento com certeza um dos respons veis por este aumento no contencioso Al m disso pode ser constatada que a pr pria cultura legislativa d suporte ao aumento do contencioso haja vista a citada afirma o da pes quisadora Postas as raz es que levam os consumidores ao conflito judicial e os legislado res a edi o de cada vez mais normas passa a ser necess rio esclarecer o que leva as empre sas a infringir os direitos do consumidor Segundo Salama 2010 p 10 a 17 a An lise Econ mica do Direito visa apontar os incentivos postos pelas institui es jur dico pol ticas existentes de modo a identificar inte resses dos diversos grupos Levitt e Dubner 2005 p 19 a 21 exp em que existem tr s tipos de incentivos econ mico social e moral sendo nos interessantes apenas o primeiro e o lti mo tipo Pois bem de acordo com aqueles autores o incentivo m
298. es OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Na obedi ncia hier rquica o subordinado apenas ser responsabilizado se a or dem dada for manifestamente ilegal ou em casos da ordem j ter por objeto a pr tica de ato manifestamente criminoso A recusa da pr tica de comando legal constitui modalidade de crime de insubordi na o Art 163 Recusar obedecer ordem do superior sobre assunto ou mat ria de servi o ou relativamente a dever imposto em lei regulamento ou instru o Pena deten o de um a dois anos se o fato n o constitui crime mais grave Vejamos como que o regulamento do Ex rcito saliente sobre as ordem de seus su periores hier rquicos Art 9 As ordens devem ser prontamente cumpridas 1oCabe ao militar a inteira responsabilidade pelas ordens que der e pelas con sequ ncias que delas advierem 820Cabe ao subordinado ao receber uma ordem solicitar os esclarecimentos neces s rios ao seu total entendimento e compreens o 83 Quando a ordem contrariar preceito regulamentar ou legal o executante poder solicitar a sua confirma o por escrito cumprindo autoridade que a emitiu atender solicita o 840Cabe ao executante que exorbitou no cumprimento de ordem recebida a res ponsabilidade pelos excessos e abusos que tenha cometido A exclus o da culpa far com que apenas o superior hier rquico responda pelo re sultado sendo ele o sujeito ativ
299. es OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 1 INTRODU O A massifica o do ramo de servi os na sociedade atual fez com que o teleaten dimento se tornasse uma pr tica comum e um meio de auferir muito lucro por parte de em presas que se utilizam dele Hoje fecham se contratos e resolvem se problemas pelo telefone algo inimagin vel at o fim do s culo passado este que se caracterizou pela vit ria do capita lismo como modo de produ o no qual o lucro elevado a um patamar onde poder n o ha ver respaldo para direitos e garantias fundamentais essenciais sociedade Ao associar este m todo de produ o aos avan os tecnol gicos as consequ ncias para o Estado e sociedade podem ser nefastas e um dos melhores exemplos para expor estas m culas o servi o de tele atendimento As empresas que disp em deste servi o adotam pol ticas que infringem cl usu las gerais do ordenamento jur dico o que compromete n o s as pessoas envolvidas na rela o consumidor fornecedor mas tamb m a pr pria efic cia do ordenamento jur dico pois a delimita o minuciosa de situa es hipot ticas por diferentes tipos de legisladores bem como a necessidade de se adequar a diplomas diversos dificulta a pr pria atua o empresarial por ter que adotar pol ticas diferentes para cada local onde preste seu servi o Contudo percebe se que esta iniciativa foi um verdadeiro impulso para que
300. espons veis pela obriga o contratual Portanto em casos de n o cumprimento da obriga o o culpado pelo dano ter a responsabi lidade civil a qual foi estipulada nas cl usulas do contrato quando j previa indeniza o em casos de inexecu o da obriga o J a Responsabilidade Civil extracontratual ou tamb m chamada Aquiliana aquela em que o dever jur dico n o foi estipulado em nenhum contrato mas tem como fonte os deveres jur dicos que nascem com a lei e com todo ordenamento jur dico Essas duas esp cies d o ensejo a uma repara o de dano no entanto a responsabi lidade extracontratual poder ser subjetiva ou objetiva A Responsabilidade Civil subjetiva a regra geral estabelecida no j mencionado artigo 927 combinado com artigo 186 do C digo civil onde para a configura o da responsa bilidade o principal pressuposto a se provar a dolo ou culpa do agente mas devem vir se guido da a o ou omiss o Dano ou preju zo e Nexo de Causalidade A Responsabilidade Objetiva baseada na Teoria do Risco onde quem exerce o a STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 129 23 BRASIL lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 jan 2002 221 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet
301. esponsabilidade subjetiva Ou seja s ser o responsabilizados sem culpa os casos em que a lei j prev Aquele que por ato il cito arts 186 e 187 causar dano a outrem fica obrigado a sa CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 9 ed rev ampl S o Paulo Atlas 2010 p 35 STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 p 132 a BRASIL Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 jan 2002 225 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 repar lo Par grafo nico Haver obriga o de reparar o dano independente de culpa nos casos espec ficos em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo au tor do dano implicar por sua natureza riscos para os direitos de outrem Complementando Rui Stoco salienta Note se que o referido preceito excepcionado expresso e n o deixa margem a d vi da pois s estabelece a obriga o de reparar o dano independente de culpa nos ca sos expressos em lei ou quando a atividade desenvolvida pelo autor implique em risco para terceiros Evidente que se a atividade desenvolvida for normal sem risco i
302. esso em 13 de setembro de 2012 SANTA CATARINA Assembleia Legislativa Lei n 14 888 de 22 de outubro de 2009 Torna obrigat rio o encaminhamento por escrito de contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratantes e adota outras provid ncias Dispon vel em lt http server03 pge sc gov br LegislacaoEstadual 2009 014888 011 0 2009 001 htm gt Acesso em 13 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Lei 15 329 de 30 de novembro de 2010 Cria o cadastro para bloqueio do recebimento de liga es de telemarketing e adota outras provid ncias Dispon vel em lt http 200 192 66 20 alesc docs 2010 15329 2010 Lei doc gt Acesso em 13 de setembro de 2012 SALAMA Bruno Meyerhof org Direito e Economia textos escolhidos S o Paulo Saraiva 2010 Assembleia Legislativa Lei 12 239 de 23 de janeiro de 2006 Disp e sobre a institui o de cadastro com os n meros das linhas telef nicas dos assinantes do servi o de telefonia interessados no sistema de venda por via telef nica Dispon vel em lt http www jusbrasil com br legislacao 159801 lei 12239 06 sao paulo sp gt Acesso em 09 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Lei 13 226 de 07 de outubro de 2008 Institui no mbito do Estado de S o Paulo o Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing Dispon vel em lt http www procon sp gov br texto asp id 2690 gt Acesso em 09 de setembro de 2012 As
303. estas n o deveriam estar balizadas em lei complementar A lei complementar 97 de 9 de junho de 1999 que disp e sobre as normas gerais para a organiza o o preparo e o emprego das For as Armadas tamb m n o trata de hierar quia e disciplina por m pela recep o das normas infraconstitucionais devem ser utilizado o Estatuto dos Militares neste ponto fazendo s vezes de lei complementar Por isso os limites das legisla es impostas devem versar sobre a aplicabilidade 288 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 destes princ pios e o emprego das For as Armadas deixando para a legisla o ordin ria o regramento dos demais preceitos constitucionais Ou seja at que a referida legisla o venha a ser editada no que toca as normas gerais sobre o assunto podem os Estados por determina o Constitucional art 24 83 da CRFB 88 exercerem compet ncia legislativa plena para atender as peculiaridades de suas Pol cias Militares 4 ESCOLAS DE OBEDI NCIA HIER RQUICA MILITAR Para que se compreenda melhor a quest o da obedi ncia hier rquica na seara mili tar se faz necess rio o estudo sobre os sistemas de obedi ncia hier rquica exis
304. etos relativos ao teleatendimento no mbito federal que visam otimizar as rela es consumeristas V se que a grande maioria dos projetos relativa ao telemarketing dentre as pr ticas impertinentes das empresas deste setor pode se citar o p ssimo h bito em ligar para os potenciais clientes em hor rios inoportunos a insist ncia no convencimento do consumidor e as formas de veicula o ludibriantes do produto ou servi o a ser fornecido Observando este fen meno o Projeto de Lei 673 11 adota a tend ncia existente nos demais entes da Federa o Ou seja este projeto determina a cria o de um cadastro para que os consumidores possam registrar seus n meros de telefone e mails ou qualquer identifi cador que corresponda a um servi o de telecomunica o ou de valor adicionado isto qual quer c digo de acesso individual como denomina o projeto a fim de que n o recebam liga es relativas determinada campanha de telemarketing cuja defini o segundo a proposi o toda utiliza o deste m todo publicit rio realizada independentemente de servi o de te lecomunica o ou de valor adicionado o que traz estende o alcance da norma para demais se tores comerciais Inova ainda a defini o do que s o as entidades prestadoras de servi o pro vedoras de meio e entidades patrocinadoras instituindo deveres para a ltima e responsabili zando subsidiariamente as primeiras na hip tese da entidade patrocinadora cumpri
305. eus Aspectos processuais 2 edi o Rio de Janeiro Lumen Juris 2003 CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 9 Ed Ver amp S o Paulo Atlas 2010 CORR A Gustavo Testa Aspectos jur dicos da Internet S o Paulo Saraiva 2000 DINIZ Maria Helena Curso de direito civil brasileiro responsabilidade civil 22 ed rev atual e ampl S o Paulo Saraiva 2008 GRECO Marco Aur lio Internet e Direito S o Paulo Dial tica 2000 GUIA DO USU RIO INTERNET Brasil vers o 2 0 abril de 1996 documento n RNP RPU 0013D p 7 8 Disponivel em lt http www rnp br arquivo documentos rpu0013d pdf gt Acesso em 23 de abril de 2013 Isabel Costa Cabral Dall Agnol Responsabilidade Civil dos Provedores de Internet LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 MARQUES Claudia Lima Contratos no C digo de Defesa do Consumido o novo regime das rela es contratuais 4 ed ver atual e ampl 2 tir S o Paulo Editora Revista dos Tribu nais 2004 MENEZES Rafael Jos de Responsabilidade civil na internet e cybercrimes Dispon vel em http rafaeldemenezes adv br artigo Responsabilidade Civil na internet e Cybercrimes 31 Acesso em 16 de maio de 2013 NERY Nelson Junior C digo Civil Comentado 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2008 PAESANI Liliana Minardi Direito e Internet liberdade de informa o pri
306. evidenciando se assim a relev ncia do estudo do tema em comento 3 UMA VIS O CONSTITUCIONAL DO DIREITO PENAL MILITAR NO QUE SE REFERE A OBEDI NCIA PENAL HIER RQUICA A Constitui o Federal em seu artigo 142 1 estabeleceu que a Uni o legisla r mediante lei complementar sobre normas gerais aplic veis aos militares De igual modo os artigos 25 e 42 da mesma Carta Constitucional estabeleceram o princ pio da simetria ou do paralelismo entre Estados e a Uni o no que toca organiza o administrativa Nada obstante o artigo 42 da CRFB 88 n o indicou em seu 1 que se aplicam aos policiais militares o 8 1 do artigo 142 da Constitui o exig ncia de Lei Complementar o que dificulta ainda o estudo do tema A fim de se tra ar qual o mbito de observ ncia obrigat ria da legisla o estadual preciso obedecer a eventual legisla o Federal a ser editada ou n o mesmo que rapidamen te que se defina o federalismo sim trico entre essas pessoas de direito p blico no que toca legisla o Deste modo defende Raul Machado Horta o seguinte in verbis Projetada na concep o de Kelsen a simetria federal dentro de tipologia constante envolve a exist ncia de ordenamento jur dico central sede das normas centrais do Estado Federal e de ordenamentos jur dicos parciais respons veis pelas normas cen trais do Estado Federal e de ordenamentos jur dicos parciais respons veis pelas nor SI
307. f tica entendeu se que as fraldas geri tricas n o s o essenciais e indispens veis vida digna Sendo que tal direito restou pre terido quando contraposto disponibiliza o de medicamentos de maior necessidade eis que estes n o poderiam ser supridos por maneira diversa Por outro lado no segundo exemplo o Poder Judici rio entendeu por bem conce der o pleito de fornecimento de medicamento pessoa portadora de doen a grave eis que tal enfermidade fere o m nimo existencial digno deste e que por si pr prio n o possui recursos econ micos suficientes para sequenciar o tratamento MANDADO DE SEGURAN A FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTO A PES SOA PORTADORA DE DOEN A GRAVE E CARENTE DE RECURSOS ECON MICOS RESPONSABILI DADE SOLID RIA ENTRE A UNI O OS ESTADOS O DISTRITO FEDERAL E OS MUNIC PIOS PELA PRESTA O DO SERVI O NICO DE SA DE POPULA O AUS NCIA DE DOTA O OR A MENT RIA QUE N O AFASTA ESSE DIREITO FUNDAMENTAL CUJO DESCUMPRIMENTO PERMI TE A CHAMADA JUDICIABILIDADE DAS POL TICAS P BLICAS REEXAME NECESS RIO MANI FESTAMENTE IMPROCEDENTE E EM CONFRONTO COM A JURISPRUD NCIA DESTA CORTE E DOS TRIBUNAIS SUPERIORES SEGUIMENTO NEGADO SENTEN A MANTIDA 1 A presta o de assist n cia sa de direito de todos e dever do Estado assim entendido em sentido amplo co obrigando Uni o Esta dos e Munic pios podendo a a o ser dirigida em face de qualquer um desses entes federados em c
308. fico dado contrata o integrada que restrito por permitir aditi vos contratuais em apenas duas hip teses i para recomposi o do reequil brio econ mico financeiro nos casos de caso fortuito e for a maior ou ii por necessidade de readequa o do projeto art 90 840 da Lei 12 462 11 A partir desses aspectos somados a uma revis o bibli ogr fica sobre o tema e tendo como par metros o direito constitucional ao equil brio econ mico financeiro art 37 XXI da Constitui o o princ pio da efici ncia art 37 caput da Constitui o e o da obten o da proposta mais vantajosa art 1 81 IV RDC e art 3 Lei 8 666 93 conclui se pela inconstitucionalidade do regime restrito dado pelo RDC ao equil brio econ mico financeiro na contrata o integrada Palavras chave licita es p blicas regime diferenciado de contrata o reequil brio econ mico financeiro ABSTRACT This paper aims to discuss the treatment given to the economic and financial balance on the integrated contracts ruled by the Law n 12 462 of 04 08 2011 Differential Public Procure ment Through the review of the circumstances theory in which we seek to analyse more pre cisely the risks and institutes that compose this theory we exam the constitutionality of the strictly regime that is imposed to the integrated contracts in which contractual amendments are allowed only in two cases i to restore the economic and financial balanc
309. gente que trouxe para a Constitui o in meras mat rias que antes eram deixadas para o processo pol tico majorit rio e para a legisla o ordin ria e o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade abrangente pois quase qualquer quest o pol tica ou moralmente relevante pode ser al ada ao STF Nesse sentido Rog rio Bastos ARANTES entende que a redemocratiza o do pa s produziu forte impacto sobre o sistema de justi a inclusive ao Poder Judici rio De um lado a demanda por justi a em grande parte represada nos anos de autorita rismo inundou o Poder Judici rio com o fim dos constrangimentos impostos pelo regime militar ao seu livre funcionamento Por outro lado a ado o de um Estado Democr tico de Direito gerou a necessidade de ju zes e rbitros leg timos virem a decidir sobre conflitos entre sociedade e governo e entre os poderes do pr prio Esta 37 do Comparando o Brasil s democracias contempor neas o referido doutrinador en tende que o pa s passa pelas mesmas causas de judicializa o da pol tica de outros pa ses Ele afirma em primeiro lugar que a democracia pol tica foi estabelecida na d cada de 1980 se guida pela aprova o de uma nova Constitui o em 1988 que definiu um cat logo extensivo de direitos Al m disso um n mero cada vez maior de grupos exigem uma solu o judicial para os conflitos sociais o sistema pol tico caracterizado por fr geis coalis es de
310. gisla o quanto ao tema espec fico e por ser um tema novo a dificuldade do estudo maior sendo de grande escassez o estudo da doutrina sobre o tema Por isso conclui se a necessidade do legislativo em criar novos instrumentos jur dicos que garantam a prote o do patrim nio da honra da intimidade da privacidade e do di reito informa o Esse tema merece mais tempo e reflex o para abordar futuras propostas nas Res ponsabilidades dos Provedores assim como todos os temas de internet ainda muito poucos debatidos abrindo leques de estudo e aprimoramento da mat ria A maior dificuldade do presente estudo foi escassez de doutrina embora j seja poss vel localizar v rios casos enfrentados pela jurisprud ncia acerca da responsabilidade ci vil do provedor de Internet necessitamos de embasamento te rico para conclus o do tema Assim n o se tem d vida que a internet nos trouxe in meros benef cios nos coli gando ao mundo inteiro no entanto dando in cio a novos conflitos sociais H uma omiss o legislativa quanto a esses conflitos trazendo necessidade da aprova o de um Projeto de Lei como o Marco Civil que traria o in cio da nova era da Grande rede abrindo assim caminho para novas legisla es sobre o tema e outros t o pol micos como ele 246 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das
311. guem uma normatiza o devem ter sempre um t tulo colocado preferencialmente abaixo do gr fico devem atrair a aten o do leitor e autoexplicativos O tipo adequado de gr ficos a ser utilizado est normalmente relacionado ao tipo de vari vel envolvida Por exemplo para descrever a vari vel rea de conflito Figura 1 uma vari vel qualitativa pode se utilizar um diagrama de barras ou colunas ou ainda um dia grama de setores circulares Pizza no caso utilizou se um diagrama de colunas Para va ri veis quantitativas discretas os gr ficos utilizados s o os mesmos que para as vari veis qua litativas No caso da Figura 2 como al m da vari vel rea de conflito tem se tamb m os esta dos de S o Paulo Amap e Brasil a legenda deve ser colocada 30 0 25 0 4 20 0 x 15 0 10 0 4 0 0 gt PO o 9 o N 4 O g iS gt V S se ss S S K Ka Ra Rd as e o KO N w N S amp SG amp amp 4 g S S Ro O g C amp O 5 rea de conflito Fonte PNAD 2009 Suplemento de Vitimiza o e Justi a tabulados pelo autor 164 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Figura 1 Distribui o de frequ ncia dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cin
312. gumenta o material por parte desse Tribu nal a s mula 385 STJ alvo de severas cr ticas como ser visto no t pico seguinte 4 CR TICAS DIRIGIDAS S MULA 385 STJ As manifesta es contr rias ao conte do da s mula 385 STJ surgiram praticamen te junto sua edi o A an lise dessas cr ticas ser feita em tr s frentes diversas a posi o dos Tribunais de Justi a estaduais a respeito as cr ticas extra das da doutrina e as cr ticas levadas ao Superior Tribunal de Justi a por meio de reclama es constitucionais algumas delas j apreciadas e outras ainda pendentes de julgamento 4 1 Posi o da jurisprud ncia nacional frente ao enunciado A jurisprud ncia nacional de forma amplamente majorit ria aplica a s mula 385 STJ diariamente sendo poss vel afirmar que se trata de um dos enunciados mais invocados pelas Cortes de Justi a estaduais Por for a da clareza de sua disposi o em nossa pesquisa n o se observou nenhuma aplica o equivocada de sua disposi o em situa o que a mesma n o pudesse incidir Contudo poss vel notar algumas diverg ncias com o pr prio teor do enunciado por parte de julgadores que n o concordam com a conclus o alcan ada pelo Tribunal Superi or Para fins de ilustra o cumpre aqui observar as mais recentes diverg ncias sob a tica de 34 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Ideniza
313. ho qual seja Justi a e Direito s o efetivamen te sin nimos Como j postulado anteriormente em que pese que tais voc bulos n o sejam sin nimos eles apresentam rela o imbricada e de forte vincula o N o h que se falar em Justi a e Direito de forma estanque compartimentalizada ou separada como querem alguns te ri cos na nsia de defender seu ponto de vista Justi a e Direito constituem acep es te ricas importantes e direcionadoras de decis es a ser tomadas Enquanto a Justi a representa como que um tratado te rico acerca do que se encontra corroborado na sociedade de forma geral o Direito ideal seria a express o dessa justi a importante elucidar que est a se pensar em sociedades organizadas e regidas por ordenamento jur dico seja ele expresso por normas ju r dicas ou pelos costumes para que se fa a essa an lise da justi a enquanto elemento baliza dor do Direito A justi a seria ou deveria ser a base fundante do Direito de suas aplica es e decis es A organiza o judici ria contando com seus rg os de representa o e de decis o perante os casos concretos deve ser constru da com base em princ pios de justi a e igualdade perante os cidad os J de not rio conhecimento a pol mica estabelecida no que tange ao conceito de justi a mas compreendendo que tal conceito deva ser discutido amplamente en tre os envolvidos igualando as oportunidades de escolha e p
314. hts Why Liberty Depends on Taxes New York and London W M Norton 1999 AMARAL Gustavo Direito Escassez e Escolha 2 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2009 GALDINO Fl vio Introdu o Teoria dos Custos dos Direitos Direitos n o Nascem em rvores Rio de Janeiro Lumen Juris 2005 104 SIGNORINI Terezinha de Jesus de Souza Fundamenta o Material e Efetividade Constitucional do Direito Sa de Da Exclus o Igualdade numa Perspectiva Superadora de seus Hodiernos Obst culos Curitiba 2007 136 f Disserta o Mestrado em Direito Pontif cia Universidade Cat lica do Paran p 79 15 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de Direito Constitucional 6 ed S o Paulo Saraiva 2011 p 706 1 Ibidem p 708 107 Quanto devemos gastar coletivamente para proporcionar servi os de sa de a todos de forma a honrar o ideal de igualdade Dworkin discute duas respostas poss veis A primeira baseada na teoria da igualdade de bem estar seria o que for necess rio sa de n o tem pre o para restabelecer a sa de das pessoas custe o que custar Mas este princ pio seria inaceit vel pois implicaria na fal ncia da sociedade pela incapacidade de 98 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISS
315. i es de Direito Penal Parte Geral Rio de Janeiro Forense 1995 p 144 44 PRADO Luiz Regis Direito Penal parte geral 2 ed reform Atual E ampl S o Paulo Editora dos Tribunais 2008 p 52 53 e 89 94 301 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 7 2 Culpabilidade e causa de exclus o A culpabilidade como vimos faz parte do conceito anal tico de crime por m al guns autores como Ren Dotti e Claus Roxin mant m o posicionamento de que a culpabi lidade deve ser estudada como um elemento da teoria da pena e n o no campo da teoria geral do delito No entanto a mat ria continua a ser estudada juntamente com os elementos do cri me por uma conveni ncia did tica O conceito de culpabilidade ou do fato culposo consiste na reprova o da socieda de sobre a a o ou omiss o onde poderia ele ter agido conforme a norma e n o o fez ou seja exig vel do sujeito possibilidade de compreens o da antijuridicidade de sua conduta e que as circunstancias em que agiu n o lhe tenham reduzido o mbito de autodetermina o al m de um limite m nimo O princ pio da culpabilidade entende que o homem capaz de se alto determin
316. i ca que tem por base a vontade real do autor c Sist mica utiliza trechos de outros textos para esclarecer aquele que esta a interpretar e por fim d Funcional busca dar o significado que permita preencher a fun o que lhe atribu da 3 CLASSIFICA O DOUTRIN RIA DO ARTIGO 356 CP ee TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 so TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 sI TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 se TROPER Michel A filosofia do direito 1 ed S o Paulo Martins 2008 193 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Neste t pico apresentar se uma vis o doutrin ria do artigo em estudo in verbis Inutilizar total ou parcialmente ou deixar de restituir autos documento ou objeto de valor probat rio que recebeu na qualidade de advogado ou procurador grifo nosso De acordo com Cezar Roberto Bitencourt 2010 p 433 436 o tipo em an lise pretende proteger a administra o da Justi a consiste em crime pr prio pois tem como sujei to ativo apenas o advogado ou o procurador judicial enquanto o sujeito passivo o Estado sendo poss
317. i poder ser considerada crime em raz o de o resultado vir a produzir se sob o imp rio de outra lei incriminadora Assim momento do crime aquele em que o agente realiza a conduta a o ou omiss o t pica pois segundo este mesmo renomado doutrinador nesse momento que o in div duo exterioriza a sua vontade violando o preceito proibitivo A leitura do art 356 do CP d a entender que se trata de crime formal consu mando se o delito no momento em que advogado resolve livre e conscientemente n o resti tuir os autos ao cart rio podendo ocorrer no instante da retirada dos autos do cart rio ou em momento posterior 4 2 Crime omissivo pr prio Da mesma forma que a o em Direito Penal n o significa fazer algo mas fazer o que o ordenamento jur dico pro be a omiss o n o um n o fazer mas n o fazer o que o ordenamento jur dico obriga ou seja non facere quod debetur 3 BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal Parte Geral vol 1 15 ed S o Paulo Saraiva 2010 195 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O renomado professor Juarez Tavares 1996 p 30 ao trabalhar a omiss o diz que esta modal
318. ia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O REGIME JUR DICO DOS MILITARES NA ESFERA DO DIREITO PENAL A QUEST O DA CONFIGURA O DA OBEDI NCIA HIER RQUICA COMO CAUSA DE EXCLUS O DA CULPABILIDADE Silvana Cordeiro Correa RESUMO O presente trabalho tem por escopo discorrer sobre as causas de exclus o da culpabilidade no que tange as hip teses envolvendo o Direito penal Militar Para tanto se faz um relato de como o sistema hier rquico evoluiu juntamente com a justi a militar bem como os institutos da hierarquia e da disciplina na seara castrense Buscou se analisar tamb m a influ ncia das escolas de obedi ncia hier rquica da Fran a da Alemanha e da Inglaterra e quais delas o Bra sil adotou como refer ncia Debru amo nos de igual forma sobre o sistema interpretativo do artigo 22 do C digo Penal em contraposi o ao artigo 38 do C digo Penal Militar Por fim dedicamo nos an lise do conceito que o Estatuto dos Militares e o regulamento do ex rcito estabelece sobre o tema em apre o quando aborda a hierarquia e disciplina juntamente com a patente hier rquica dos militares tudo luz do preconizado pelo artigo 142 da Constitui o Federal e as decis es dos magistrados Palavras chave Direito Penal Direito Penal Militar Hierarquia Militar Excludente de culpabilidade
319. iba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ser fechada das laterais conter elementos ess ncias como cabe alho e a coluna indicadora e ser autoexplicativa Um maior detalhamento pode ser encontrado em manuais como o de Normas de Apresenta o Tabular do IBGE IBGE 1993 A Tabela 1 traz um exemplo de tabela dos dados sobre Vitimiza o e Justi a da PNAD 2009 e podemos observar a presen a de valores relativos o percentual al m de valo res absolutos Nela observamos que para o Brasil as reas de conflito mais grave nos ltimos cinco anos s o trabalhista 23 6 e fam lia 22 5 Tabela 1 Distribui o de frequ ncia dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cinco anos segundo rea de conflito Suple mento Vitimiza o e Justi a da PNAD Brasil 2009 N de entrevista rea de conflito mais grave nos ltimos 5 anos dos Trabalhista 6305 23 6 Criminal 3471 13 0 Fam lia 6008 22 5 Terras Moradia 1275 4 8 Servi os de gua luz e telefone 2555 9 5 Impostos tributa o 292 1 1 Benef cio INSS tributa o 2162 8 1 Bancos institui es financeiras 1920 7 2 Outros 2769 10 3 Total 26757 100 0 Fonte PNAD 2009 Suplemento de Vitimiza o e Justi a tabulados pelo autor Relativizar as frequ ncias importante pois podemos fazer an lises equivocadas quando consideramos valores absolutos principalmente quand
320. icas suas poss veis interpreta es e os conceitos jur dicos de uma perspectiva te ri ca Embora tal perspectiva seja fundamental o estudo do direito n o deveria se restringir ape nas a an lise dos poss veis significados das leis A associa o e autores como Nunes e Coelho 2010 colocam a import ncia de se estudar n o apenas as leis e suas poss veis interpreta es mas tamb m as caracter sticas concretas dos processos jur dicos de decis o importante en tender como os fatos atos e neg cios que concretizam o direito se d o no cotidiano da vida em sociedade T o importante quanto estudar o conceito legal de responsabilidade civil de contrato e de senten a compreender quais as caracter sticas das indeniza es dos contratos e das senten as produzidas concretamente pelos operadores no seu dia a dia NU NES e COELHO 2010 Desta forma ferramentas como a jurimetria poderiam descrever como se d efeti vamente a dissuas o pr tica dos processos em que h conflitos de interesse A estat stica a metodologia adequada para o estudo emp rico quantitativo de um universo de eventos Segundo Escotet 1973 apud BISQUERRA SARRIERA MAT NEZ 2007 estat stica a t cnica que computa numera mede fatos relacionados aos elementos de 2 LOEVINGER Lee Jurimetrics the methodology of legal inquiry Published by Duke University School of Law Law and Contemporary Problems Vol 28 No 1 Jurimetrics Winter
321. ida humana Define se como direito fundamental aquele direito do cidad o que recebe a s FREITAS Gilberto Passos de Il cito penal ambiental e repara o do dano S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 111 11 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 prote o constitucional S o direitos garantidos e limitados no tempo e no espa o objetivamente vigentes numa ordem jur dica concreta Est o portanto positivados na Constitui o vigente sob pena desse instrumento chamado Constitui o perder seu sentido primordial como observa o artigo 16 da Declara o do Homem e do Cidad o de 1789 Toda sociedade onde a garantia dos direitos n o est assegurada nem a separa o dos poderes determinada n o tem Constitui o O doutrinador Jos Afonso da Silva observa que sob a denomina o fundamentais encontra se a indica o de que se trata de situa es jur dicas sem as quais a pessoa humana n o se realiza n o convive e s vezes nem mesmo sobrevive s o direitos fundamentais do homem no sentido de que a todos por igual devem ser n o apenas formalmente reconhecidos mas concreta e materialmente efetivados
322. idade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 COMO UTILIZAR ELEMENTOS DA ESTAT STICA DESCRITIVA NA JURIMETRIA M rcia Milena Pivatto Serra RESUMO O termo jurimetria definido como a aplica o da estat stica ou de m todos quantitativos aos estudos jur dicos Estudos na rea da Jurimetria s o escassos no Brasil e mesmo em estu dos internacionais est o restritos a alguns grupos espec ficos O principal motivo talvez seja a dificuldade ou mesmo o desconhecimento das ferramentas estat sticas por parte dos juristas Al m disso como o objeto dos estudos jur dicos s o as leis a maioria dos estudos tem uma concep o mais te rica deixando de lado as caracter sticas concretas e ou emp ricas dos pro cessos jur dicos Os estudos jur dicos emp ricos podem ser tanto qualitativos quanto quantita tivos sendo que a estat stica a ferramenta adequada para a an lise de estudos emp ricos quantitativos Tal an lise poderia revelar caracter sticas concretas do processo jur dico que est sendo analisado O objetivo deste artigo apresentar as principais ferramentas da estat s tica descritiva e mostrar como elas podem auxiliar o pesquisador em seus estudo jur dicos Para isso as ferramentas estat sticas foram apresentadas de uma forma simples sem o com prometimento me
323. idade de conduta valorada E justamente em raz o dessa valora o que adquire relev ncia social revelando o conte do extrajur dico da omiss o constituindo se a norma na express o de exig ncias sociais de conviv ncia Portanto crime omissivo aquele que se configura por um deixar de agir por um n o fazer quando era esperado que algo fosse feito ou como no dizer de Dam sio 2010 p 232 por uma ina o O dever jur dico imposto pelo preceito do pr prio tipo ou seja a omiss o enun ciada no tipo correspondendo conduta desobediente o que normalmente acontece quando o preceito impl cito no tipo de comando ou obriga o A omiss o pr pria ensina Bitencourt 2010 p 253 consiste no fato de o agente deixar de realizar determinada conduta tendo a obriga o jur dica de faz lo configura se com a simples absten o da conduta de vida quando podia e devia realiz la independentemente do resultado A inatividade constitui em si mesma crime Assim os crimes omissivos pr prios s o os que se perfazem com a simples absten o da realiza o de um ato independentemente de um resultado posterior O resultado imputado ao agente pela simples omiss o normativa Resta claro que o crime de sonega o de autos tipificado no art 356 do CP se consuma quando o agente advogado ou procurador judicial deixa dolosamente portanto por vontade livre e consciente de restituir os
324. ido estrito Rui Stoco conceitua culpa em sentido estrito como sendo A culpa em sentido estrito traduz o comportamento equivocado da pessoa despida da inten o de lesar ou violar direito mas da qual se poderia exigir comportamento diverso posto de erro inescus vel ou sem justificativa plaus vel e evit vel para o homo m diuns Sendo assim nas condutas inevit veis o qual seu resultado seria imprevisto ou imprevis vel n o podemos configurar a culpa A repara o do dano causado pela culpa do agente pode ser medida para que a in deniza o seja equivalente ao dano sofrido Dessa maneira o artigo 944 do CC disp e que a indeniza o mede se pela extens o do Dano e 945 tamb m do CC fala na culpa concor rente Ambos os artigos impedem o enriquecimento il cito uma vez que a indeniza o deve ser proporcional ao dano ocorrido No entanto a culpa grave leve ou lev ssima igualmente pass vel de indeniza o o que ir definir o valor estipulado pelo juiz ser a gravidade do dano juntamente com a gravidade da culpa do agente O par grafo nico do artigo 927 do C digo Civil que trata da Responsabilidade Civil traz a culpa e com ela v m diversos questionamentos A culpa elemento integrante do ato il cito ent o onde n o houver culpa n o haver ato il cito S que o par grafo nico fala da exce o da responsabilidade sem culpa pois a regra sempre ser a responsabilidade com culpa a r
325. iedade da Funda o Get lio Vargas do Rio de Janeiro sendo que o Relator do Projeto o Deputado Federal Alessandro Molon PT RJ As fases do projeto Lei n 2 126 2011 pode ser acompanhada pelo site da C mara dos Deputados no link http www camara gov br proposicoes Web fichadetramitacao idPro posicao 517255 ou tamb m pelo blog do Marco Civil da Internet acessado em http cultura digital br marcocivil ambos trazem consigo o projetos suas peculiaridades e expectativas assim como as fases que o Projeto lei esta percorrendo Atualmente segue em regime de ur g ncia aguardando aprecia o do Plen rio Houve diversas audi ncias p blicas sendo que a primeira foi realizada em Bras lia no dia 17 de abril de 2012 tratando dos temas os direitos dos usu rios e a responsabilida de civil de terceiros Foram feitas 7 audi ncias p blicas e Semin rios em 4 regi es do Pais onde foram ouvidos 62 palestrantes E CORR A Gustavo Testa Aspectos jur dicos da Internet S o Paulo Saraiva 2000 p 107 a BLUM Renato M S Opice BRUNO Marcos Gomes da Silva ABRUSIO Juliana Canha coordenadores Manual de Direito Eletr nico e Internet S o Paulo Lex Editora 2006 p 652 1 BRASIL C mara dos Deputados Projeto Lei n 2 126 2011 Disp e sobre o acesso a informa es da Internet e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop_mostrarintegra codteor 912989 amp filename PL
326. igo Civil 02 no Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA bem como no entendimento jurisprudencial sobre o assunto os proje tos de leis relativos ao tema que est o tramitando no legislativo brasileiro fazendo tamb m um estudo comparado com o tratamento dado por outros pa ses A ado o entre pessoas de mesmo sexo acertadamente denominada de uni o ho 5 z A fe moafetiva por Maria Berenice Dias um dos temas mais pol micos e de maior dificuldade de enfrentamento pelos nossos ju zes singulares e tribunais p trios A Constitui o Federal de 1988 ao alterar a vis o do casamento como sacramento reconheceu a pluralidade de constitui o de fam lias equiparou os filhos adotivos aos naturais e eliminou a diferen a entre os filhos havidos dentro ou fora da const ncia do casamento Consagrou e erigiu a dignidade humana como fundamento da Rep blica Federativa do Brasil bem como reconheceu e elucidou princ pios democr ticos e direitos humanos como a igual dade a n o discrimina o e a liberdade Operou se portanto um processo de mudan a no conceito de fam lia necessitan do esta ter sua defini o reelaborada frente s transforma es por que passou a sociedade Neste contexto o Estado passa a proteger todos os microssistemas sociais indistintamente cujas rela es se baseiam em la os afetivos volitivos criadores dos enlaces familiares Em virtude das transforma es sociais o legislad
327. igo portal ales images documento spl 35124 pdf gt Acesso em 09 de setembro de 2012 GARCIA Maria Carolina Mendes Ouvidoria nas institui es financeiras como meio de fideliza o de clientes Dispon vel em lt http www abrarec org br gt Acesso em 7 de setembro de 2012 GOI S Assembleia Legislativa Lei 17 424 de 21 de setembro 2011 Institui no mbito do Estado de Goi s o Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing Dispon vel em lt http www gabinetecivil go gov br pagina leis php id 10078 gt Acesso em 05 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Projeto de Lei 119 de 2012 Torna obrigat rio o encaminhamento por escrito dos contratos firmados por meio eletr nico ou call center e formas similares aos contratantes e d outras provid ncias Dispon vel em 276 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 lt http www jusbrasil com br diarios 37243882 al go 15 05 2012 pg 25 pdfView gt Acesso em 05 de setembro de 2012 HART H L A O conceito de Direito Lisboa Calouste Gulbekian 2003 MACCORMICK Neil H L A Hart Rio de Janeiro Elsevier 2010 MARINHO SILVA Airton A regulamenta o das condi es de trabalho no setor de teleatendimento no Brasil necessidades e desafios Di
328. il da Lei de Imprensa par grafo 2 artigo 49 Quanto viola o dos direitos autorais ser amparado pela Lei n 9 610 1998 Lei de Direitos Autorais assegurando a imediata suspens o ou interrup o dos conte dos Assim apesar de ser dos principais desafios do Direito Moderno todos os casos enquadrados nessa hip teses de viola o a direitos autorais e demais casos relativos propriedade intelectual se r o resolvidos a partir da Lei de Direitos Autorais Ant nio Jeov Santos destaca seu posicionamento nos casos conte do ofensivo de n o conhecimento do provedor No que tange ao alojamento de dado a responsabilidade ci vil n o incidir desde que o provedor n o tenha conhecimento efetivo de que a atividade ou a informa o il cita Mas nos casos em que o provedor tem o conhecimento que o conte do ofensivo deve atuar imediatamente retirando a informa o ofensiva Uma vez ciente pelo ofendido que est sendo exibida mensagem ofensiva o prove dor tem a faculdade de baixar a p gina excluindo a de sua site mant la ou demo rar se a tomar a provid ncia pleiteada extrajudicialmente Mantendo o p gina por entender que o contudo da informa o n o ofende o usu rio somente o Poder Judi E SANTOS Ant nio Jeov Dano Moral na Internet S o Paulo M todo 2001 p122 123 2 LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 200
329. im mesmo que a Carta da Rep blica tenha exclu do da vincula o dos Esta dos a edi o de legisla o especial deve esta no que toca a hierarquia e a disciplina obedecer ao que eventualmente seja fixado para os Militares Federais Ou seja quando a legisla o Federal estabelece Decreto n 4 346 2002 Regula mento Disciplinar do Ex rcito os motivos de puni o disciplinar n o podem os Estados esta belecer de maneira diferente como por exemplo estabelecer que a viola o ao pundonor mi litar n o causa de expuls o Assim a destina o e emprego no tocante a interesses locais Estaduais na aplica o das pol cias militares subs dios etc compete exclusivamente aos Estados median te legisla o especial Hoje a legisla o que vem sendo aplicada sem um maior crit rio para reger a car reira Militar nos Estados o Decreto Lei n 667 de 02 de julho de 196 revogou o Decreto lei n 317 de 13 de mar o de 1967 o que estabelece as normas gerais a serem seguidas Os militares estaduais por adotarem o sistema estatut rio s o regidos por leis es pec ficas podendo segundo alguns haver estatutos funcionais m ltiplos em raz o de que cada pessoa da federa o tem autonomia e por isso tem poder de se auto organizar seus ser vidores Contudo ante o regime jur dico adotado pela Constitui o Federal e pelo princ 2 Vide conceito supra p 8 1 CARVALHO FILHO J S Manual de Direit
330. imento esposado na s mula n o est de acordo com o esp rito do C digo de Defesa do Consumidor e autoriza que os forne cedores fa am restri es financeiras sem receio de consequ ncias ignorando seu dever de manter regulares os cadastros de consumidores Nas palavras da autora O foco do CDC na regularidade do cadastro e pressup e parece me que mesmo o consumidor superendividado ou com os anteriores e preexistentes problemas de ca dastro negativo tem honra ou quid e sofre dano moral o quantum que poderia ter sido diminu do ou teria feito esta exce o A S mula ressalvou o direito de cance lar o erro do fornecedor mas n o trouxe qualquer incentivo para que os fornecedores cuidem com os registros irregulares que fazem e denigrem a imagem do consumi dor 31 MARQUES Cl udia Lima Coment rios ao C digo de Defesa do Consumidor 3 edi o S o Paulo Editora RT 2010 P 833 36 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Em suma pelo entendimento acima mencionado a exist ncia de pr negativa o n o excluiria o dano extrapatrimonial causado pela negativa o indevida o que possibilitaria ao consumidor mesmo que superendividado exercer a pretens o indenizat ria face ao ato il cito p
331. ina com conte do ofensivo permanecem inertes 3 No caso concreto o Tribunal de origem analisan do a prova dos autos concluiu pela configura o do dano moral em virtude da in r cia da recorrente em bloquear a p gina da rede social com conte do ofensivo con denando a ao pagamento de danos morais 4 O recurso especial n o comporta o exame de quest es que impliquem revolvimento do contexto f tico probat rio dos autos a teor do que disp e a S mula n 7 STJ 5 O valor da indeniza o foi fixado de forma a preservar a dupla finalidade da condena o considerando as peculiarida des subjetivas do caso Rever tal entendimento implicaria o reexame de fatos e pro vas o que vedado pelo bice da referida S mula 6 Agravo regimental desprovi do Esta Corte j decidiu pela inaplicabilidade do art 927 do CC 2002 que trata da responsabilidade objetiva aos provedores de conte do da internet pois a inser o de mensagens com conte do ofensivo no site n o constitui um risco inerente ativida de nem tampouco do art 14 do CDC por n o se tratar de produto defeituoso No entanto os provedores de internet que ap s serem notificados sobre a exist ncia de p gina com conte do ofensivo permanecem inertes possuem responsabilidade sub jetiva por omiss o Em raz o disso negou provimento ao Agravo regimental pois o autor havia re querido a retirada do conte do e o provedor permaneceu inerte quanto a reti
332. ing artigo 7 A partir de 1 de outubro de 2013 passou a vigorar o Decreto n 8 058 2013 que substitui o Decreto n 1 602 1995 e nele se automatizaram os procedimentos encurtaram se prazos para abertura e encerramento da investiga o estipularam se prazos para imposi o de direitos antidumping provis rios 120 dias da instaura o da investiga o e foram regula dos os conceitos dos requisitos necess rios aplica o dos direitos antidumping 5 EXEMPLO PR TICO DE OCORR NCIA DE MEDIDA ANTIDUMPING ADOTADA PELO BRASIL Exemplo de medida antidumping adotada pelo Brasil foi anunciada pelo governo brasileiro contra pr ticas consideradas desleais s importa es brasileiras de cobertores de fibras sint ticas origin rios do Paraguai e Uruguai publicada no dia 14 02 2012 no Di rio Oficial da Uni o atrav s da Resolu o n 12 2012 da C mara de Com rcio Exterior 179 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Camex que estende a aplica o do direito antidumping sobretaxa para importa es de cobertores de fibras sint ticas do Paraguai e Uruguai Essa medida foi estipulada inicialmente para o produto chin s e segundo o governo a primeira medida de anticircunven o adotada pelo Brasil Desde abril de 2010 segundo o Minist rio
333. inge direitos da personalidade causa o de dano honra objetiva repercutindo de forma grav ssima na esfera pessoal da v tima perante seu meio social Com isso surge a possibilidade do lesado valer se das tutelas reservadas para sua prote o Dentre tal sistema protetivo o que se observa na pr tica a prolifera o de deman das judiciais objetivando a restitui o da situa o ao status quo ante in natura bem como a repara o pecuni ria via indireta visto que a mera exclus o do nome do ofendido dos ban cos de dados n o seria capaz de reparar o dano sofrido pelo abalo de cr dito poss vel outrossim a invoca o das tutelas inibit rias que seriam aplicadas de forma preventiva quando se percebe que o credor est em vias de efetivar a negativa o de forma indevida o que pode ser comprovado por meio da comunica o pr via que exigida aos rg os de restri o ao cr dito s mula 359 STJ Ademais tal dano moral in re ipsa ou seja o ofendido n o precisa demonstrar que a negativa o indevida lhe causou danos vez que o dano aqui presumido Basta v ti ma que pode ser pessoa natural ou pessoa jur dica demonstrar que a negativa o de fato ocorreu bem como que essa negativa o indevida i BITTAR Carlos Alberto Os direitos da personalidade Op cit P 126 31 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de
334. io OMC que o rg o que supervisiona e regulariza o com rcio internacional O artigo al m de trazer cola o a defini o de dumping contida no artigo 2 do Acordo Antidumping da Rodada Uruguai faz um retrospectiva da legisla o antidumping a natureza jur dica dos direitos antidumping e as diversas correntes de pensamento sobre sua natureza jur dica que vai da defini o como ato administrativo p blico estatal at a uma modalidade n o tribut ria de interven o no dom nio econ mico extra do diretamente do caput do artigo 174 da Constitui o Federal Em seguida aponta a considera o do interesse p blico como fundamento para a n o aplica o dos direitos antidumping bem como a intera o entre esses direitos e os da concorr ncia Depois det m se na aplica o dos direitos antidumping no Brasil e sua regula o pela Lei n 9 019 1995 e o novo Decreto 8 058 2013 concluindo por fim da necessidade de serem mantidos tais direitos ao mesmo tempo que prop e o fortalecimento da OMC como canal de discuss o defesa e acertamento das normas que devem reger o com rcio internacional agora sob a perspectiva da globaliza o 2 A CRIA O DO GATT E DA OMC No apagar das luzes da 2 Guerra Mundial os EUA e os pa ses aliados da Europa essa destru da pela guerra perceberam a necessidade de se reconstruir a economia mundial Assim que j em 1944 foi realizada a Confer ncia de Bretton Woods EUA
335. io de recursos doutrina pol tica Essa experi ncia norte americana serve de exemplo e pode ser adaptada ao caso brasileiro que enquanto pa s perif rico n o pode deixar de realizar seus direitos fundamen tais porque tratam muitas vezes de quest es pol ticas Destaca se no campo da judicializa o da pol tica o aumento da responsabilidade do Judici rio em decidir sobre pol ticas p blicas especialmente sobre quest es relacionadas ao direito fundamental sa de sendo o Judici rio questionado e criticado por estar intervindo em esfera de pol ticas de sa de Dessa forma questiona se se a atua o mais ativa do Supremo Tribunal Federal leg tima ou seja e se o ativismo judicial promove a democracia consagrando de forma mais efetiva os direitos fundamentais ou favorece o surgimento de uma juristocracia violadora das tutelas e garantias constitucionais Argumenta se que o Judici rio estaria com sua postura ativista usurpando fun es do Legislativo e Executivo quando sua fun o seria somente a de aplicar as normas le 139 SARLET Ingo Wolfgang MARINONI Luiz Guilherme MITIDIERO Daniel Curso p 583 105 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 gais princ pio da separa
336. ional que se adotou e n o um exerc cio deliberado de vontade pol tica As sim o Judici rio decide porque era o que lhe cabia fazer sem alternativa Logo a judicializa o n o decorre da vontade do Judici rio mas sim do Constituinte J o ativismo judicial traduz uma interpreta o proativa e progressista do ide rio constitucional redimensionando o seu real sentido e seu verdadeiro alcance Em regra invo cado sobretudo em casos de in rcia do Poder Legislativo que provoca a desarmonia entre a classe pol tica e a sociedade civil fato que historicamente tem impedido a solu o efetiva de demandas sociais Estef nia Maria de Queiroz BARBOZA afirma que a expans o do ativismo ju dicial amplia o espa o p blico de debate sobre quest es morais e pol ticas na sociedade que ganha uma nova arena o Poder Judici rio o qual assume papel protagonista na concretiza o BRAND O Rodrigo Supremacia Judicial versus Di logos Constitucionais A Quem Cabe a ltima Palavra sobre o Sentido da Constitui o Rio de Janeiro Lumen Juris 2012 p 3 2 BARROSO Luis Roberto Judicializa o Ativismo Judicial e Legitimidade Democr tica Revista de Direito do Estado Rio de Janeiro n 13 p 71 91 jan mar 2009 p 73 2 Ibidem p 88 4 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 16 82 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir d
337. ique ofensivo nesse caso poder remover ainda que sem ordem judicial Conclui se aqui que o Marco Civil da Internet apenas dar in cio a grandes mani festa es para novas regulamenta es serem feitas em mat ria de internet entendendo que n o poderia trazer em apenas uma lei todas as mat rias pertinentes a ela cabendo ao legislati vo a partir desse Marco dar iniciativa a outras regulamenta es pertinentes mat ria 6 CONCLUS O A internet trouxe mais agilidade no nosso dia a dia e com ela nasceram novos problemas jur dicos para ser resolvido pelo Direito Por isso o trabalho teve por objetivo ex por um ponto ainda em debate os casos de Responsabilidade dos Provedores de Servi o de Internet Assim nota se a aus ncia da norma para tratar especificamente deste assunto onde hoje a solu o ainda buscar aux lio de outras leis como o C digo Civil e o C digo de Defe sa do Consumidor No entanto com a an lise de doutrinas e da jurisprud ncia notou se a import ncia que nos trar a aprova o do Projeto Lei n 2 126 2011 a fim de estabelecer par metros cla ros e fixos quanto a Responsabilidade de cada esp cie de Provedor de Servi o de Internet nos trazendo maior seguran a jur dica problem tica da omiss o da legisla o sobre o tema Mas enquanto ainda o Projeto analisado dar se a foco ao que doutrinadores 245 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Ci
338. itas em condi es ideais de tal escolha Ou seja a op o por determinada escolha do que seria ou n o considerado justo de veria ser realizada de forma neutra sem a interfer ncia de interesses pessoais ou particula res por parte dos agentes que proporiam tal contrato sociedade de forma geral Esse contrato seria importante pois o contrato tem sentido fundamentalmente porque reflete nosso status moral igual a ideia de que de um ponto de vista moral o destino de cada um tem a mesma import ncia a ideia de que todos nos equivalemos Gargarella 2008 p 18 Para referendar o contrato que orientaria as regras estabelecidas socialmente t m se que A cada um deve ser assegurada a livre possibilidade de jogar de contrair contratos dos mais diferentes tipos sendo o seu resultado o fruto de sua habilidade do acaso das circunst ncias e de sua perseveran a Nada lhe pode ser antecipado a n o ser 69 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 que as leis e regras jur dicas assegurem o completo desenvolvimento de sua capaci dade de escolha sendo imparciais n o privilegiando a ningu m contemplando a to dos em qualquer tempo e sobretudo luz do futuro como pes
339. ito de Direito a sociedade a ordem e a organiza o sociedade ordenada e organizada que Romano chama de institui o BOBBIO 2010 Para concluir a concep o de Romano o autor menciona pode se perfeitamente admitir que o direito pressup e a sociedade ou seja o produto da vida social mas n o se pode admitir que toda sociedade jur dica Bobbio 2010 p 22 Depreende se dessa afirma o que em toda sociedade pela sua forma de organi za o pelos costumes e regras de conduta a partir disso o Direito pode se fazer presente po r m independentemente desse fator nem toda sociedade jur dica ou porque n o dizer nor mativa 66 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A teoria do Direito como institui o rompe com a proposta do Direito a partir da teoria estatista de Estado considerando como Direito apenas as rela es estabelecidas no m bito estatal ou do Direito do Estado poss vel dizer que a teoria da Institui o uma rea o ao estatismo Bobbio 2010 p 23 Para distinguir ainda a teoria da Institui o com a teoria estatista diz que As defini es de termos cient ficos s o convencionais o que signific
340. ividade prestacional de assist ncia social se d por meio do poder discricion rio ao qual conferida a possibilidade de valora o da conduta sob os crit rios de conveni ncia e oportunidade visando sempre o interesse p blico Podendo ser definido como a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem entre v rias condutas pos s veis a que traduz maior conveni ncia e oportunidade para o interesse p blico CARVA LHO FILHO 2009 p 47 Seja qual for o ato da Administra o P blica dever ser regido pelos princ pios basilares desta institu dos pela pr pria Constitui o Federal quais sejam o da legalidade da impessoalidade moralidade publicidade e da efici ncia Acerca da incid ncia do princ pio da legalidade sobre os atos da Administra o Celso Ant nio Bandeira de Mello declara que o liame que vincula a Administra o lei mais estrito que o travado entre a lei e o comportamento dos particulares MELLO 2008 O Estado por meio dos seus poderes deve concretizar os direitos constitucional mente previstos concedendo lhes a efetividade necess ria Fen meno este que Lu s Roberto Barroso define como a realiza o do Direito o desempenho concreto de sua fun o social Ela representa a materializa o no mundo dos fatos dos preceitos legais e simboliza a aproxima o t o ntima quanto poss vel entre o dever ser normativo e o ser a realidade soci al BARROS
341. ivo vigente Primeiramente surgiu a iniciativa do Programa Brasileiro de Auto Regulamenta o Call Center Contact Center Help Desk SAC Telemarketing que atrav s de um C digo de tica e da Norma de Maturidade de Gest o firmados entre as tr s principais entidades representantes do mercado de relacionamento no pa s Associa o Brasileira de Marketing Direto ABEMD Associa o Brasileira das Rela es Empresa Cliente ABRA REC e Associa o Brasileira de Telesservi os ABT que re nem pessoas f sicas e jur dicas atuantes na atividade do teleatendimento identificaram a necessidade de definir par metros de autorregulamenta o no segmento a fim de consolidar e aprimorar o atendimento aos Con 253 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 sumidores e aos Clientes Contratantes Em uma situa o ideal seria louv vel que este fosse o nico instrumento normativo a tratar sobre o tema o qual aliado s cl usulas gerais do orde namento forneceriam diretivas suficientes para a atividade Mas a nica fun o destes regula mentos foi a de servir como norte para os legisladores O munic pio de Porto Alegre foi pioneiro ao tentar regular o telemarketing no Brasil por meio da Lei n 9 053 02 este instrumento normativo tinha c
342. ja se conhecer o seu comportamento analisando a ocorr ncia de suas poss veis realiza es o que chamado na estat stica de tabela de distri bui o de frequ ncias As tabelas cumprem a tarefa de ordenar e organizar os dados facilitan do as an lises e a conclus o importante distinguir os quadros das tabelas os quadros s o definidos como ar ranjo predominante de palavras dispostas em linhas e colunas com ou sem indica o de dados num ricos e diferenciam se das tabelas por apresentarem um teor esquem tico e descritivo A apresenta o dos quadros semelhante das tabelas exceto pela coloca o dos tra os verti cais em suas laterais e na separa o das casas veja os Quadros 1 e 2 Algumas normas de constru o de tabelas devem ser respeitadas como ter sempre um t tulo acima da tabela n o Uma planilha consiste em linhas e colunas que se subdividem em c lulas refere se a a cada c lula pelo r tulo de classifica o de coluna e da linha respectivas 7 American Standard Code for Information Interchange que em portugu s significa C digo Padr o Americano para o Interc mbio de Informa o mas comumente utilizamos a sigla em ingl s para referencia direta uma codifica o de caracteres de sete bits baseada no alfabeto ingl s 161 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curit
343. juizados de pequenas causas mais geis e menos burocratizados A insti tucionaliza o das class actions generaliza se instalando o juiz por provoca o de ag ncias da sociedade civil no lugar estrat gico das tomadas de decis o em mat ria de pol ticas p bli cas e a malha protetora do judici rio amplia se mais ainda com a legisla o dos direitos do consumidor Ran HIRSCHL apresenta tr s categorias de judicializa o i a expans o do dis curso legal jarg es regras e procedimentos para a esfera pol tica e para os f rums de decis es pol ticas ii judicializa o das pol ticas p blicas por meio do controle de constitucionalidade ou das revis es dos atos administrativos iii judicializa o da pol tica pura ou da macropol ti ca que seria a transfer ncia s Cortes de quest es de natureza pol tica e de grande import n cia para a sociedade incluindo quest es sobre legitimidade do regime pol tico e sobre identi dade coletiva que definem ou dividem toda a pol tica Posto isso durante o s culo XIX a judicial review of legislation que era uma pe culiaridade institucional norte americana passa por um processo de expans o global no limiar do s culo XXI atingindo 158 pa ses que contam com a previs o formal de algum instrumento Ibidem p 16 1 VIANNA Luiz Werneck BURGOS Marcelo Baumann SALLES Paula Martins Dezessete Anos de Judicializa o da Pol tica Tempo social S o Paulo
344. l Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 reitos coletivos pela via judicial e dado que os conflitos relativos a tais direitos t m geralmen te conota o pol tica pode se dizer que tamb m tem impulsionado um processo mais amplo de judicializa o de conflitos pol ticos e no sentido inverso de politiza o do sistema judici al 50 Rog rio Bastos ARANTES entende que o futuro do Poder Judici rio no Brasil de pende do equil brio entre as dimens es pol tica funcional e republicana da reforma Entre tanto o papel do Judici rio e suas fun es na democracia brasileira continuam sendo proble m ticas Esse poder precisa equilibrar as duas tarefas de restringir o poder das maiorias pol ti cas dominantes em nome da prote o das liberdades individuais por meio de revis o judicial fun o liberal e apoiar as reivindica es igualit rias dos grupos sociais por meio de acesso coletivo Justi a fun o social Tudo isso um desafio constante para manter a independ n cia do Judici rio na Rep blica Democr tica 2 1 AS CR TICAS AO ATIVISMO SEPARA O DOS PODERES E D FICIT DE MOCR TICO O sistema checks and balances adotado pela Constitui o Federal de 1988 re fere se t cnica estadunidense do equil brio entre os poderes balance Maurizio FIORAVANTI afirma qu
345. l Revista de Direito do Consumidor 81 334 S o Paulo Editora RT 2012 PESSOA JORGE Fernando Ensaio sobre os pressupostos da responsabilidade civil Lis boa Portugal Editora Almedina 1999 P 36 ROCHA Rafael da Silva Autonomia privada e direitos da personalidade Revista da Se o Judici ria do Rio de Janeiro V 18 n 30 P 145 2011 Dispon vel em lt http www4 jfrj jus br seer index php revista sjrj article view 258 gt Acesso em 14 10 2013 ROSENVALD Nelson Dignidade humana e boa f no C digo Civil S o Paulo Editora Saraiva 2005 P 30 SANTOS Ant nio Jeov Dano moral indeniz vel 4 edi o S o Paulo Editora RT 2003 P 76 78 SILVA Am rico Luis Martins da O dano moral e sua repara o civil S o Paulo Editora RT 2002 P 328 SOUSA Jos Pedro Ferreira de Danos n o patrimoniais dano morte Revista do IPCB Instituto Polit cnico de Castelo Branco Ano I n 1 2002 P 119 VASCONCELOS Clever Minist rio P blico na Constitui o Federal 2 edi o S o Pau lo Editora Atlas 2013 2 Edi o P 246 45 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ADO O CONJUNTA POR CASAIS HOMOAFETIVOS Adriana Ferrari Flora Pereira Dorado de Oliveira Soraya guida Brand o de Proen a Orientadora Prof
346. l ssica a a o direta de inconstitucionalidade tamb m recurso institucional estrat gico de governo instituindo na pr tica o Supremo Tribunal Federal como um conselho de Estado do tipo prevalecente em pa ses de configura o unit ria Ainda o Minist rio P blico brasileiro est passando por um importante processo de reconstru o institucional fator extremamente relavante ao estudo do ativismo judicial brasileiro A associa o desse rg o normatiza o de direitos coletivos e emerg ncia de novos instrumentos processuais tem resultado no alargamento do acesso Justi a no Brasil e em especial na canaliza o de conflitos coletivos para o mbito judicial Por isso o Minist rio P blico tem sido o agente mais importante da defesa de di hi ARANTES Rog rio Bastos Constitutionalism p 235 236 3 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Stare decisis p 78 4 ARANTES Rog rio Bastos Constitutionalism p 233 47 Em dezessete anos ou seja de 1988 a 2005 das ADINS ajuizadas 60 do total versavam sobre mat ria de administra o p blica 12 6 trataram sobre Pol tica Tribut ria e 11 6 trataram sobre Regula o da Sociedade Civil VIANNA Luiz Werneck BURGOS Marcelo Baumann SALLES Paula Martins Op cit p 43 44 4 Ibidem p 44 ARANTES Rog rio Bastos Direito e Pol tica p 1 87 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamenta
347. l veis retardadores ou impeditivos da execu o do ajustado ii fato do pr ncipe iii lea econ mica extraordin ria e extracontratual Al m do mais o disposto no art 90 840 RDC claramente hip tese de exce o pois para os demais regimes contratuais empreitada por pre o global por pre o unit rio in tegral e contrata o por tarefa mesmo que contratados pelo RDC dever ser aplicada a Lei 8 666 93 por disposi o expressa do art 39 do RDC Art 39 Os contratos administrativos celebrados com base no RDC reger se o pelas normas da Lei n 8 666 de 21 de junho de 1993 com exce o das regras espec ficas previstas nesta Lei Ou seja o legislador teve a clara inten o de dar tratamento mais rigoroso aos contratos administrativos em regime de contrata o integrada o que justifica a reda o do art 90 840 que utiliza a express o exceto nos seguintes casos Apesar da inten o do legislador ser louv vel dada as recorrentes not cias de cor rup o e de toda sorte de ilegalidades existentes nos contornos e nos interiores das contrata es p blicas principalmente quando da celebra o de aditivos tal restri o apresenta se nos como inadequada requerendo portanto uma an lise mais profunda do dispositivo Imprescind vel fazer uma revis o sobre os conceitos de fato do pr ncipe fato da administra o caso fortuito e for a maior lea ordin ria e extraordin ria para q
348. l Law Military Rank Excluded from guiltiness 1 INTRODU O A import ncia do tema desta monografia originou se da parca Doutrina a respeito dos estudos do Direito Penal Militar bem como da falta de delineamentos constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal sobre o que seria a hierarquia a e disciplina na seara castrense quando aquele chamado a decidir as quest es envolvendo essa especial categoria de servido res p blicos O estudo do tema luz da constitui o e jurisprud ncia n o traz conclus es satis fat rias dado que s o em sua maioria conflitantes seja na rbita federal quanto na Estadual n o trazendo seguran a aos processos criminais inerentes a obedi ncia hier rquica Como bem assevera a doutrina a sociedade militar peculiar Possui modus vi vendi pr prio Esta peculiaridade exige sacrif cios extremos a pr pria vida em alguns casos que s o mais do que simples risco natural das atividades tidas como penosas ou insalubres com um todo Para essas condi es t o especiais de trabalho especial tamb m ser o regime dis ciplinar de modo a conciliar tanto o interesse da institui o como os direitos dos que a ela se submetem S o submetidos rigidez da hierarquia e disciplina por m as severidades das san es n o podem ser confundidas como supress o de seus direitos Deste modo se demonstra necessidade de aprofundamento do tema havendo a necessidade de se entender o hist ric
349. l de regulador da atividade econ mica e lhe atribui fun o de incentivo ao setor privado Nesse contexto h que se atentar que a pr pria Lei 9 019 95 distingui os direitos antidumping dos direitos tribut rios j em seu artigo 1 par grafo nico quando prev que tais direitos juntamente com os compensat rios ser o cobrados independentemente de qualquer obriga o tribut ria relativa importa o dos produtos afetados 3 3 O interesse p blico como fundamento a n o aplica o das medidas antidumping Um dos principais pontos de discuss o do Acordo Antidumping o car ter discricion rio do pa s investigador uma vez que cada pa s membro faz uma leitura particular sobre o texto dando ensejo ao protecionismo Um exemplo dado por Cordovil 2011 p g 42 ilustra bem esse espa o dado discricionariedade do pa s investigador Ao analisar as regras do Acordo que determina a avalia o pela autoridade investigadora dos fatores que podem ter causado o dano que n o as importa es investigadas ditas autoridades no mais das vezes em suas investiga es n o analisam todos os elementos entendendo serem alguns crit rios mais importantes que outros o que d margem aos pa ses de utilizarem o Acordo de modo mais protecionista 175 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n
350. la es sociais ou ainda a ordem social como relata o autor s o baseadas em teoria de justi a e no que possa ser considerado justo J o Direito n o pode responder se dadas legisla es e decis es s o justas pois tais respostas n o possuem o cond o de serem verificadas cientificamente Ainda com rela o ordem social KELSEN 2000 coloca O que realmente significa dizer que uma ordem social justa Significa que essa or dem regula a conduta dos homens de modo satisfat rio a todos ou seja que todos os homens encontram nela a sua felicidade O anseio por justi a o eterno anseio do homem pela felicidade a felicidade que o homem n o pode encontrar como indi v duo isolado e que portanto procura em sociedade A justi a a felicidade social Kelsen 2000 p 09 Com base nessa afirma o do autor cumpre resgatar a teoria utilitarista Essa teo ria como o pr prio nome sugere busca a utilidade das coisas em prol do bem comum ou da felicidade geral da sociedade T m eu seu fundador Jeremy Bentham sendo conceituada como Sua id ia central formulada de maneira simples e tem apelo intuitivo o mais eleva do objetivo da moral maximizar a felicidade assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor Sandel 2013 p 48 Ou seja a busca corrente pela felicidade ditava o bem comum de acordo com a teoria utilitarista bem como conforme KELSEN 2000 ponderava em seu tra balho quando dizia
351. lin coord Constitui o Democracia e Justi a Aportes para um Constitucionalismo Iguali t rio Belo Horizonte F rum 2011 p 37 52 SARLET Ingo Wolfgang Os Direitos Sociais como Direitos Fundamentais Seu Conte do Efic cia Efetividade no Atual Marco Jur dico Constitucional Brasileiro In LEITE George Salom o SARLET Ingo Wolfgang Coords Direitos Fundamentais e Estado Constitucio nal Estudos em homenagem a J J Gomes Canotilho S o Paulo Revista dos Tribunais Coimbra 2009 SARLET Ingo Wolfgang A Efic cia dos Direitos Fundamentais Uma Teoria Geral dos Di reitos Fundamentais na Perspectiva Constitucional 11 ed Porto Alegre Livraria do Advoga do 2012 SARLET Ingo Wolfgang Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constitui o de 1988 9 ed rev e atual 2 tir Porto Alegre Livraria do Advogado 2012 SARLET Ingo Wolfgang MARINONI Luiz Guilherme MITIDIERO Daniel Curso de Di 111 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 reito Constitucional S o Paulo Revista dos Tribunais 2012 SIGNORINI Terezinha de Jesus de Souza Fundamenta o Material e Efetividade Consti tucional do Direito Sa de Da Exclus o Igualdade numa Perspectiva Superadora de seus H
352. lito mais Servi os de gua Luz e Telefone grave que teve no 856 2 per odo de 27 de Impostos Tributa o setembro de 2004 26 de setembro de Benef cios do INSS Previd ncia 2009 Bancos Institui es Financeiras Outros N o teve problema N o aplic vel Fonte Dicion rio de Vari veis de Pessoa PNAD 2009 retrabalhados pelo autor 160 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 No Quadro 2 podemos observar a melhor maneira de digitarmos os dados estat s ticos em uma planilha eletr nica como o caso do Excel da Microsoft ou em um arquivo em ASCII como o caso da base de dados da PNAD No quadro temos o exemplo de um peque no banco de dados fict cio pois o banco de dados da PNAD muito grande para ser colocado neste artigo A primeira coluna corresponderia a uma codifica o do question rio respondido para que seja poss vel uma recupera o dos dados originais no caso de alguma d vida na digi ta o dos mesmos Quadro 2 Exemplo de digita o de banco de dados elaborados partir da codifi ca o parcial dos dados da PNAD 2009 Fonte Dados fict cios elaborados pelo autor 3 PRINC PIOS B SICOS DE ELABORA O DE UMA TABELA Ao estudar uma vari vel dese
353. lmente este deslinde do campo da experi ncia jur dica precisa na estrutura l gica ou objetiva do conhecimento que se disponha previamente do conceito geral ou essencial do Direito gra as ao qual se possa delimitar com rigor a rea pr pria de dita experi ncia jur dica Assim resulta que para levar a cabo o procedimento de in du o com vistas a conseguir mediante ele a ess ncia do jur dico seria necess rio ter de antem o essa no o essencial ou universal que precisamente a que se trata ria de encontrar Em segundo lugar aquela suposta via indutiva para lograr o concei to essencial ou universal do Direito resultaria tamb m imposs vel necessariamente frustrada por outra raz o a saber porque o que se busca uma no o absolutamen te universal e ocorre que o que se patenteia em cada um desses ramos concretos da Jurisprud ncia dogm tica t o s a s rie de singularidades ou especialidades que oferecem os conte dos jur dicos de cada um deles Referindo se mais especificamente ao Direito Penal rea de foco deste artigo pode se apresentar uma no o segundo entendimento do eminente jurista argentino Eugenio Ra l Zaffaroni 2010 p 79 80 o direito penal legisla o penal o conjunto de leis que traduzem normas que pre tendem tutelar bens jur dicos e que determinam o alcance de sua tutela cuja viola o se chama delito e aspira a que tenha como consegii ncia uma coer o jur
354. localiza o do im vel em rea urbana e a sua destina o para moradia do ocupante ou de sua fam lia Ademais o adquirente n o pode ser propriet rio ou concession rio de qualquer outro im vel seja na rea urbana ou rural A concess o especial para fins de moradia extingue se caso o concession rio d ao im vel destina o diversa da moradia ou ainda se ele adquirir a propriedade ou a concess o de outro im vel seja na rea urbana ou rural conforme determina o do artigo 8 da Medida Provis ria n 2 220 01 Em qualquer dos casos de extin o esta dever ser averbada no Registro Imobili rio par grafo nico do artigo 8 Vale salientar que para a ocorr ncia de tal extin o o Poder P blico n o precisa recorrer ao Judici rio podendo extinguir o instituto pela via administrativa mesmo se tiver sido concedido judicialmente 3 DO DIREITO FUNDAMENTAL MORADIA A Emenda Constitucional n 26 2000 incluiu expressamente a moradia como um direito social no caput do artigo 6 da Constitui o de 1988 Artigo 6 S o direitos sociais a educa o a sa de a alimenta o o trabalho a moradia o lazer a seguran a a previd ncia social a prote o maternidade e inf ncia a assist ncia aos desamparados na forma desta Constitui o O direito moradia tamb m um direito fundamental na medida em que dele depende a qualidade de um bem jur dico maior qual seja a v
355. los fico a ser debatido mas que nem sem pre corresponde aos ditames jur dicos 3 1 A teoria de justi a para Bobbio e a ideologua libert ria Na continuidade do debate acerca de justi a e Direito outro autor que escreve so bre o tema Norberto Bobbio explicitando especificamente a quest o da Teoria Geral do Di reito Deve se ent o relacionar seu debate aos pressupostos da ideologia libert ria fazendo o contraponto com o que diz o aludido autor 65 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 BOBBIO 2010 inicia seu trabalho argumentando que a experi ncia jur dica uma experi ncia normativa O desenvolvimento da sociedade suas orienta es e conceitos podem ser constru dos sob a forma de regras de conduta Se assim o os homens s o regidos por regras de conduta estabelecidas socialmente para uma conviv ncia pac fica Diante de tais regras estas podem ser expressas escritas ou numa melhor defini o normativas chamadas de normas jur dicas Por m al m dessas normas existem outras influ ncias como Al m das normas jur dicas existem preceitos religiosos regras morais regras sociais regras do costume regras daquela tica menor que a etiqueta regras d
356. m 1986 e terminando em Marraqueche em 1994 Essa Rodada 172 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 conhecida como Rodada Uruguai e culminou com a cria o da Organiza o Mundial do Com rcio OMC ocasi o em que foi firmado outro Acordo para Implementa o do art VI do GATT 1994 Acordo Antidumping da OMC Uma das principais inova es verificadas na OMC em rela o ao GATT foi dot la de personalidade jur dica pr pria 3 OS DIREITOS ANTIDUMPING 3 1 Hist rico Antes de se passar a analisar as medidas antidumping faz se necess rio definir o que seja dumping Essa defini o poder ser extra da do artigo 2 do Acordo Antidumping vigente que n o destoa daquele estipulado no Acordo de 1947 e o define como a oferta de um produto no com rcio de outro pa s a pre o inferior a seu valor normal no caso do pre o de exporta o do produto ser inferior quele praticado no curso normal das atividades comerci ais para o mesmo produto quando destinado ao consumo do pa s exportador Segundo Cordovil 2011 p g 31 a hist ria da legisla o antidumping pode ser dividida em tr s per odos a o primeiro que vai do in cio do s culo XX at a Segunda Guerra Mundial Nesse per odo foi dado tratamento similar entre o dumping e os subs
357. m adquirir os medicamentos conside investir em outros bens importantes qualidade de vida das pessoas em virtude do custo elevado dos servi os de sa de Por isso ele defende a aplica o do mecanismo do seguro hipot tico no qual a comunidade deve gastar coletivamente em sa de a cobertura que pessoas m dias de dada comunidade em igualdade de condi es Assim o seguro hipot tico seria uma resposta realista e justa a essa quest o pois torna as pessoas iguais em face do risco e nunca requer que uma comunidade gaste mais em benef cios sociais do que deveria tendo em conta suas responsabilidades de prover outros servi os essenciais para a vida de seus membros Sobre o custo da sa de veja DWORKIN Ronald A Virtude Soberana A Teoria e a Pr tica da Igualdade SIM ES Jussara trad 2 ed S o Paulo WMF Martins Fontes 2011 p 430 470 DWORKIN Ronald Igualdade como Ideal Novos estudos CEBRAP S o Paulo n 77 mar 2007 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 33002007000100012 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 09 set 2013 18 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Op cit p 708 109 Idem 19 SIGNORINI Terezinha de Jesus de Souza Op cit p 97 11 Ibidem p 101 12 Art 12 Nenhum dos produtos de que trata esta Lei inclusive os importados poder ser industrializado exposto venda ou entregue ao consumo antes de registrado no Minist rio da S
358. m animus domini de tal rea p blica deve ter ocorrido por cinco anos ininterruptos sem oposi o at a data de 30 de junho de 2001 Assim numa interpreta o literal a posse deve ter sido iniciada em data anterior a 30 de junho de 1996 para que em 30 de junho de 2001 tenham decorridos cinco anos Por fim deve ser apresentada uma declara o do munic pio de que aquele determinado im vel encontra se localizado dentro de rea urbana bem como de que ser utilizado para fins de moradia artigo 6 par grafo 2 da Medida Provis ria citada Artigo 6 O t tulo de concess o de uso especial para fins de moradia ser obtido pela via administrativa perante o rg o competente da Administra o P blica ou em caso de recusa ou omiss o deste pela via judicial DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Estatuto da cidade coment rios Lei Federal 10 257 2001 S o Paulo Malheiros 2002 p 160 10 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 8 2 Na hip tese de bem im vel da Uni o ou dos Estados o interessado dever instruir o requerimento de concess o de uso especial para fins de moradia com certid o expedida pelo Poder P blico municipal que ateste a
359. m ca pazes de gerar imposi o jur dica subjetiva opon veis pelo pr prio indiv duo ainda que n o tenham sido regulados pelo Legislativo Ora se a realiza o das pol ticas p blicas para a garantia de direitos sociais enseja um ato discricion rio do administrador p blico neste caso que o socorro do Judici rio ganha foros de rem dio mais valioso mais ambicionado e mais necess rio para os jurisdicionados j que a pron ncia representa a garantia l tima para a conten o do administrador dentro dos limites da liberdade efetivamente conferidos pelo sistema normativo MELLO 2008 p 29 Diante da escassez de recursos financeiros o Estado sob o crivo da discricionari edade escolhe direitos prim rios a serem perseguidos com mais afinco A quest o que aqui se instaura refere se a possibilidade daqueles que foram preteridos de buscarem por meio do Po der Judici rio a tutela de seus direitos Sobre o assunto Ana Paula de Barcellos tra a forte posicionamento sustentando que de fato a compet ncia do Poder Judici rio em determinar o fornecimento do m nimo existencial como mera consequ ncia ordem constitucional no que tange dignidade da pes soa humana BARCELLOS 2002 p 272 277 Ademais assevera que cabe lhe tamb m implementar as op es pol ticas juridicizadas que vierem a ser tomadas nas mat rias al m do m nimo existencial na forma das leis editadas Quanto ao mais compete lhe ape
360. m d vida a defesa comercial Enquanto as medidas antidumping tendem a proteger o competidor eliminando ou reduzindo a participa o do concorrente a defesa da concorr ncia objetiva a mais ampla concorr ncia trazendo com isso efici ncia econ mica claro que essa defesa n o pode chegar s vias da preda o no mercado internacional que seria a discrimina o de pre os presente sempre quando h dumping ainda quando esse n o seja prejudicial quando essa discrimina o se d entre o mercado dom stico e o mercado de exporta o com venda nesse ltimo por um pre o abaixo do de 177 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 custo com objetivo de eliminar os competidores e manter ou adquirir posi o dominante no mercado Um outro ponto que merece destaque que as legisla es antidumping objetivam proteger o empres rio nacional e n o o consumidor a quem inclusive o dumping pelo menos num primeiro momento pode lhe ser favor vel na medida em que desperta a ind stria nacional para a necessidade de aperfei oamento de seus modelos de produ o e forma o de pre os Barros 2004 p g 160 discorda desse entendimento e prop e que o conceito extra do da lei antitruste prote o da coletividade no sentido de que ser o consumido
361. m o acesso moradia H de se considerar que os objetivos tra ados no Estatuto da Cidade entre eles de se ter uma cidade sustent vel apropriada a fornecer a seus habitantes as condi es m nimas de bem estar se conectam com o princ pio da dignidade da pessoa humana Percebe se neste contexto que o Estado tem a obriga o de promover condi es ou remover obst culos que impe am as pessoas de viver com dignidade Melhores condi es de vida que incluem a possibilidade a uma moradia digna devem constituir prioridade para o Poder P blico J ROSSIT Liliana Allodi O meio ambiente de trabalho no direito ambiental brasileiro S o Paulo LTr 2001 p 57 1 GARCIA Maria coord A cidade e seu estatuto S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2005 p 375 1 GARCIA Ibid p 375 13 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Inclui se neste caso o contrato administrativo denominado concess o especial para fins de moradia visando a concess o de habita o para uma parcela da popula o desprovida de recursos financeiros m nimos o que contribui inclusive para a inclus o social 5 CONCLUS O A dimens o dos problemas urbanos no Brasil tem a
362. m o passar do tempo diversas pol micas a ela relacionadas passaram a surgir cabendo ent o ao Superior Tribunal de Justi a exercer a miss o constitucional de uniformizar a jurisprud ncia a respeito Contudo o pronunciamento dessa corte superior que deu origem s mula 385 STJ n o foi seguida da esperada pacifica o da quest o mas sim no fortalecimento de um debate que parece encontrar mais cr ticos do que defensores ao posicionamento adotado pelo tribunal Para darmos continuidade explora o do tema mister se faz um an lise pr via do dano aqui constatado como elemento para configura o da obriga o de indenizar e sua rela o com os direitos da personalidade que serve como fundamento para a repara o n o patrimonial em quest o 2 1 O dano como pressuposto da responsabilidade civil Para an lise do dano pressuposto nos valemos do conceito dado pelo eminente professor M J de Almeida Costa que o define como toda ofensa de bens ou interesses alhei os protegidos pela ordem jur dica A qualifica o do dano como pressuposto da responsabilidade civil uma realida de h muito consolidada Em nosso ordenamento vigente ademais sua presen a expressa o ALMEIDA COSTA M rio J lio de Direito das obriga es 6 edi o Lisboa Portugal Editora Almedina 1994 P 496 22 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dev
363. m sendo necess rio desenhar um novo modelo de juiz um novo conceito de Poder Judici rio j que seu fundamento de atua o passa a ser justificado n o mais pela separa o de poderes mas sim pela prote o dos direitos fundamentais OLIVEIRA NETO 2008 Para Francisco Jos Rodrigues de Oliveira Neto deve se vislumbrar o ativismo judicial como natural consequ ncia do Estado Democr tico de Direito com perfil social Des tarte ao inv s de negar tal possibilidade de efetividade de direitos constitucionais inescus veis a melhor alternativa buscar formas de solu o em casos de atua o inadequada dispo nibilizando instrumentos h beis a fim de corrigir eventuais excessos x Quanto omiss o injustificada da administra o em tornar efetivas as pol ticas p blicas referentes promo o da dignidade da pessoa humana e preceitos constitucionais fundamentais defende o Ministro Humberto Martins que n o deve ser assistida passivamen te pelo Poder Judici rio MARTINS 2009 139 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 3 1 Direito de A o J restou afastada a classifica o dos direitos fundamentais sociais como norma de conte do meramente program tico No entanto a grande quest o se tais direitos seria
364. m tem que ter compet ncia para tanto precisa se ent o analisar quem o titular dessa compet ncia Nesse sentido vemos a observa o de Caio T cito que exp e n o competente quem quer mas quem pode segundo a nor ma de direito Sobre outro foco o professor Dam sio de Jesus ressalva ser inexistente o delito se o funcion rio for incompetente e a ordem dever ser diretamente direcionada ao destinat rio por escrito ou verbalmente e para tanto tamb m imprescind vel que ele tenha o dever jur dico de agir ou deixar de agir n o podendo falar em desobedi ncia se o pr prio ordenamento jur dico n o lhe imp e o dever de acatar o conte do da ordem MARQUES Jos Frederico Tratado de Direito Penal Rio de Janeiro Forense 1956 v 2 p 239 Apud JESUS Dam sio evangelista de Direito Penal 3 ed S o Paulo Saraiva 1978 p 446 n 1 K A obedi ncia a ordens de superior como excludente de punibilidade refere se subordina o hier rquica administrativa entre quem d a ordem e a recebe sem alcan ar outras subordina es como empregat cia familiar religiosa ou legal TACRIM SP AC Rel Emeric Levai RJD 4 66 33 T CITO Caio O Abuso de Poder Administrativo no Brasil Conceito e Rem dios S o Paulo Departamento Administrativo do Servi o P blico Instituto Brasileiro de Ci ncias Administrativas 1959 p 27 3 JESUS Dam sio E Direito Penal Parte Especial Vol 04 13 edi o
365. ma a exemplo do Procon ag ncias reguladoras e outros rg os de promo o e defesa do consumidor vinculados a administra o p blica estadual tamb m a ela se sujeitam Aqui percebe se a abrang ncia que possui o teleatendimento porque at mesmo o Estado deve se sujeitar a legisla o reguladora destes meios para que se possa garantir um atendimento de qualidade e evitar os poss veis conflitos o que demonstra sua estrutura falha e arcaica pois at para o ente que possui a fun o reguladora dos servi os foi necess rio a cria o de uma Lei coercitiva para que pudesse cumprir sua fun o pr pria fato faz saltar os olhos para o s excessivas sistematiza es uma vez que a normatiza o o setor privado onde est presente a grande prolifera o do m todo embora preocupante chega a ser mais compreens vel Ainda no Rio de Janeiro a Lei 5 739 10 disp e sobre a abertura e utiliza o de cadastro ficha registro de dados pessoais e de consumo por concession rias de servi o p blico estabe lecimentos comerciais e empresas de telemarketing as quais ficam sujeitas multa caso des respeitem o Par grafo nico do art 2 do referido diploma normativo O estado de Minas Gerais possui uma nica lei relativa aos servi os prestados por teleatendimento a de n 19 095 10 que disciplina o marketing direto ativo e cria lista p blica de consumidores para o fim que menciona Esta lei cria a Lista Antimarketing que
366. mado isoladamente mas dos proble mas espec ficos que a ci ncia do Direito se prop e com vista a uma subsequente aplica o normativa s em fun o da teoria que comanda todo o processo de ela bora o cientifica que o objeto de conhecimento da ci ncia jur dica assim como as normas que constituem sua parte t cnica podem fazer algum sentido E as teorias da tl DWORKIN Ronald O Imp rio do Direito S o Paulo Martins Fontes 1999 12 MARQUES NETO Agostinho Ramalho A ci ncia do Direito conceito objeto m todo 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 18 MARQUES NETO Agostinho Ramalho A ci ncia do Direito conceito objeto m todo 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 188 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ci ncia do Direito como quaisquer teorias cientificas s o essencialmente refut veis e por isso carecem n o de ser afirmadas dogmaticamente como o faz a maioria dos juristas mas de ser questionadas postas em xeque Depreende se que a evolu o da legitimidade do direito passa por um afastamen to com a delimita o de fronteiras precisas entre Direito e moral Nas palavras do professor Luiz Moreira Habermas vai rejeita
367. mbito de seus munic pios Em comum nos demais estados est o a presen a de leis que instituem o cadastro para o bloqueio de recebimento de liga es N o Perturbe em geral organizado pelos Pro cons sejam eles estaduais ou municipais como ocorre no estado do Rio Grande do Norte em que o somente o munic pio de Natal possui lei neste sentido Lei 6 260 11 O estado que se diferencia um pouco desta linha geral das leis acima as quais possuem praticamente o mesmo texto em todos os estado da federa o Pernambuco no qual por meio da Lei n 13 796 09 faculta ao usu rio do cadastro selecionar as empresas que 255 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 est o autorizadas a entrar em contato com ele por n mero fixo ou m vel bloqueando auto maticamente todas as demais a faz lo No mais de se destacar que Para ba e Pernambuco Leis 8 841 09 e 14 566 11 respectivamente possuem maior atividade legislativa neste aspecto porque tamb m possuem leis em vig ncia que obrigam as empresas que prestam servi o por meio de telefone ao enca minhamento de c pias dos contratos relativos ao que foi pactuado durante o contato telef ni co Frise se que Pernambuco tamb m vai mais al m nesta Lei estendendo a obriga o de en
368. mbora a dispers o dos grupo masculino tenha sido um pouco menor que a do grupo feminino quando observa se a amplitude e o coeficiente de varia o 167 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Tabela 4 Medidas Resumo da idade dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cinco anos Suplemento Vitimiza o e Justi a da PNAD Brasil 2009 Medida Masculi Femini Total no no N mero 13589 13168 26757 M dia 42 84 42 17 42 51 Mediana 41 40 41 Moda 34 30 30 Amplitude 78 80 80 210 4 Vari ncia 204 91 216 03 9 Desvio Pa 4431 1470 1451 dr o Coet Varia 33 41 34 85 o o Vo Fonte PNAD 2009 Suplemento de Vitimiza o e Justi a tabulados pelo autor 6 CONCLUS O O objetivo deste artigo embora singelo era mostrar como se pode usar a estat sti ca descritiva como ferramenta da jurimetria Apresentou se algumas utiliza es simples de gr ficos tabelas e medidas para a utiliza o em dados jur dicos A ideia de que bons resulta dos come am com uma boa base de dados estat sticos A estat stica outro ferramental da ju rimetria entretanto os primeiros passos devem ser dados na estat stica descritiva uma boa descri o dos dados pode levantar hip teses bastante intere
369. medida em que com o aumento do com rcio internacional cresce a oferta de produtos e servi os ao consumidor e a consequente redu o dos pre os desses produtos e servi os Ainda que n o haja uma organiza o internacional da concorr ncia nos moldes da OMC os pa ses aplicam suas normas de concorr ncia s pr ticas que produzirem efeitos em seus territ rios independentemente da nacionalidade ou da localiza o das empresas envolvidas Assim que no Brasil a lei de defesa da concorr ncia Lei 8 884 1994 em seu artigo 2 disp e ser ela aplic vel s pr ticas cometidas no todo ou em parte em territ rio nacional ou que nele produzirem seus efeitos Para Cordovil 2011 p g 149 h semelhan as e diferen as entre o direito do com rcio internacional de onde se extrai a defesa comercial e os direitos antidumping eo direito da concorr ncia O principal ponto de contato sem d vida a busca pelo maior acesso aos mercados Nesse passo as leis da concorr ncia podem isentar determinados setores estrat gicos da aplica o de suas regras em virtude de interesses nacionais Na mesma propor o as leis do com rcio internacional podem permitir a imposi o de salvaguardas tempor rias para proteger a ind stria dom stica pelas mesmas raz es de interesses nacionais Ainda que visem objetivos similares o acesso ao mercado tomam vias diversas para atingi lo O ponto de conflito mais evidente se
370. mencionados no 8 3 do artigo 25 do C digo de Defesa do Consumidor por se tratar de uma rela o de consumo enquadrada do artigo 3 do mesmo C digo Sobre a responsabilidade dos provedores nos casos de invas o por hackers Ro berto Senise Lisboa citado por Marcel Leonardi destaca Caso se demonstre a culpa exclusiva de terceiro como se verifica na hip tese do hacker a provedora poder se beneficiar dessa excludente de responsabilidade re caindo o dever de indeniza o por danos morais em desfavor do real violador arti go II da Lei n 8 078 1990 Passando para os danos por atos il citos praticados por usu rios ou por terceiros entende se que o provedor de correio eletr nico apenas d acesso a conta eletr nica a seus usu rios atrav s de uma senha pessoas de cada um n o tendo o controle dos conte dos das mensagens e outras informa es enviadas pelo e mail assim um usu rio que utiliza o servi o de maneira il cita deve responder a tal conduta O artigo 931 do C digo de Defesa do Consumidor estabelece que as empresas res pondam por danos causados pelos seus produtos postos em circula o independente de com prova o da culpa no entanto n o se aplica aquele consumidor que utiliza o produto de for ma il cita Marcel Leonardi exemplifica A ningu m correria responsabilizar o fabricante de autom veis pelos danos causados pelos motoristas que causou acidente de transito ou que par ticipa de co
371. mente leg tima e em ltima inst ncia a quest o de saber se o mundo ganhar em ser governado pelos ju zes Dessa forma indaga se se o ativismo judicial promove a democracia consagrando de forma mais efetiva os direitos fundamentais ou favorece o surgimento de uma juristocracia violadora das tutelas e garantias constitucionais Assim a viabilidade do ativismo judicial questionada frente ao sistema da sepa ra o de poderes e de freios e contrapesos checks and balances adotados pela Constitui o brasileira princ pios estes que sofrem com a letargia do Executivo e do Legislativo emergin do da uma postura proativa do Poder Judici rio Esse debate tem avan ado em todas as ins t ncias sempre imbricado na judicializa o da pol tica e na politiza o da justi a H doutrinadores que se manifestam adversos ao ativismo judicial por compre end lo danoso democracia entendendo que o juiz substitui o Executivo bem como o povo que n o foi consultado na defini o das prioridades das pol ticas p blicas Dessa forma a verdade que o povo elege bem ou mal os titulares dos cargos pol ticos mas n o elege os ju zes pode pedir contas e ajustar contas com os eleitos mas n o pode responsabilizar politi camente os ju zes Nesse sentido L nio Luiz STRECK apresenta uma postura cr tica em rela o a atua o ativista do Judici rio brasileiro em defesa da Constitui o e do direito demo
372. mento do dever legal 39 ABUSO DE AUTORIDADE acontece quando um agente p blico ultrapassa a atua o legal de uma a o ou omiss o 4 CAPEZ Fernando Curso de Direito Penal Parte especial v IV 7 ed S o Paulo Saraiva 2012 p 55 299 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 6 2 Da coa o irres stivel A coa o irresist vel tal como a desobedi ncia hier rquica s o causas de excluden tes de culpabilidade expostas no artigo 22 do C digo Penal e refere se apenas a coa o mo ral por m para ser causa de exclus o de culpa a a o ou omiss o devem ser inevit veis insu per vel e inelut vel para se caracterizar a coa o Na coa o moral irresist vel o subordinado n o teve op o n o ser cumprir a or dem emanada mesmo sendo ela manifestamente ilegal ou n o manifestamente ilegalidade O subordinado n o agiu com culpabilidade pois n o teve op o de avaliar se a ordem dada era legal ou ilegal ocorrendo assim um erro de proibi o No C digo penal Militar a coa o moral irresist vel est prevista no artigo 38 a com a mesma interpreta o do C digo Penal Brasileiro no artigo 22 6 3 Do excesso
373. mento integral das leis regula mentos normas e disposi es que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harm nico traduzindo se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo O legislador fez por bem mencionar o conceito de hierarquia e disciplina no regu lamento do Ex rcito o Decreto n 4 346 de agosto de 2002 em seus artigos 7 e 8 como veja mos Art 7 A hierarquia militar a ordena o da autoridade em n veis diferentes por postos e gradua es Par grafo nico A ordena o dos postos e gradua es se faz conforme preceitua o Estatuto dos Militares Art 8 A disciplina militar a rigorosa observ ncia e o acatamento integral das leis regulamentos normas e disposi es traduzindo se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes do organismo militar 8 1 S o manifesta es essenciais de disciplina I a corre o de atitudes II a obedi ncia pronta s ordens dos superiores hier rquicos HI a dedica o integral ao servi o e IV a colabora o espont nea para a disciplina coletiva e a efici ncia das For as Ar madas 8 2 A disciplina e o respeito hierarquia devem ser mantidos permanentemente pe los militares na ativa e na inatividade Disciplinando os mas se pergunta se o eixo central do regime jur dico dos milita res a hierarquia e disciplina
374. modo o autor toma essa posi o pelo fato de a obedi ncia hier rquica estar inserida juntamente com a coa o irresist vel excludente de culpabilidade que se d em raz o da inexigibilidade de conduta diversa Ademais sobre o tema Eliezer Pereira Martins assevera que evidente que o problema assume aspectos peculiares ao servi o militar aos deveres militares ao princ pio disciplinar base das organiza es militares Conforme leciona o professor Dam sio de Je sus de observar se que em certos casos a obedi ncia deve ser absoluta e n o relativa como acontece no sistema militar em que n o cabe ao subordinado a an lise da legalidade da or dem Por isso este trabalho tem sua import ncia e foco de estudo nos casos pol micos de obedi ncia hier rquica utilizando se uma interpreta o que dar maior efetividade aos co mandos constitucionais 5 EVOLU O DO SISTEMA HIER RQUICO BRASILEIRO Ao dar in cio ao estudo da hierarquia precisamos conceitu la sob o prisma da 16 276 17 CAPEZ Fernando Curso de Direito Penal parte geral v I 16 ed S o Paulo Saraiva 2000 p MARTINS Eliezer Pereira Direito Administrativo Disciplinar Militar e sua Processualidade Doutrina Pr tica Legisla o S o Paulo Editora de Direito 1996 p 247 i DE JESUS Dam sio E C digo Penal Anotado 11 ed S o Paul Revista dos Tribunais 2001 p 436 290 CORREA Silvana Co
375. n a nacional e passou a ser da justi a Federal comum Tamb m o civil que antes era julgado pela Justi a militar ser submetido a ela apenas nos casos em que a lei discipline Faz men o compet ncia da justi a militar estadual o artigo 125 8 4 da referida Constitui o Federal de 1988 e em seu artigo 42 faz men o as for as auxiliares trazendo a nomenclatura hierarquia e disciplina 5 3 Origens no C digo Penal Brasileiro a e abordagem no C digo Penal Militar no Esta tuto dos Militares e no Regulamento do Ex rcito Contudo em 1830 onde j existia a primeira Constitui o Federal de 1927 sob a sua gide foi criado o C digo Criminal do Imp rio todavia poca sequer se discutia sobre obedi ncia hier rquica No entanto o citado diploma legal foi substitu do pelo C digo Penal dos Estados Unidos do Brasil de 1890 e que veio a tratar de obedi ncia hier rquica no artigo 28 do t tulo III que tratava da responsabilidade criminal como justificativa do crime A partir desse c digo a Consolida o das Leis Penais em 1932 o Projeto de S Pereira em 1927 a 1935 mesmo que n o aproveitado o projeto Alc ntara Machado de 1938 tamb m n o vigorou todos trataram de obedi ncia hier rquica porem n o se havia uma dis tin o quanto se era causa de justifica o ou de isen o de pena No vigente C digo Penal de 1940 a obedi ncia hier rquica juntamente com a co a o moral irresist vel trata
376. n o foram encontrados regis tros de tentativa de a o legislativa relacionado ao teleatendimento e nem em seus munic pi os Ao rev s no Amazonas Par e Tocantins existem tentativas legiferantes relacio nadas ao uso correto do telemarketing tendo o primeiro estado inclusive j transformado em lei a proposta da cria o do bloqueio do recebimento de liga es de telemarketing atrav s de um cadastro organizado pelo Procon Lei 3 633 11 Par e Tocantins apenas esbo aram a cri a o de norma legal atrav s dos Projetos de Lei 70 09 e 74 09 respectivamente J no estado do Amazonas tamb m est em vigor a Lei Ordin ria 3 472 12 que torna obrigat rio o envio de c pia do Contrato de Ades o aos consumidores por carta registrada na modalidade de avi so de recebimento AR bem como no estado do Par tamb m houve a tentativa de se criar uma lei de car ter gen rico por meio do Projeto de Lei 71 2009 com o objetivo de disciplinar as pr ticas de telemarketing e coibir abusos e fraudes nesses servi os obedecendo s normas estabelecidas para o atendimento ao cliente 2 1 2 Regi o Nordeste Apenas dois estados desta regi o n o possuem registro de iniciativa legislativa no tocante ao teleatendimento Bahia e Sergipe Aqui de se espantar que no estado da Bahia um dos mais industrializados da regi o e bastante populoso n o tenha regulamentado ainda a atividade em comento quer no mbito estadual quer no
377. n rio define tipo como i DELMANTO Celso DELMANTO Roberto DELMANTO JUNIOR Roberto DELMANTO F bio M de Almeida C digo penal Comentado 8 ed S o Paulo Saraiva 2010 as THEODORO JUNIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil vol 1 52 ed Rio de Janeiro Forense 2011 e BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal Parte Geral vol 1 15 ed S o Paulo 199 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 conjunto dos elementos do fato pun vel descrito na lei penal Ao se realizar um estudo doutrin rio e jurisprudencial no que tange o crime de sonega o de autos crime omissivo pr prio puro formal observa se que o mesmo caracteri zado pela omiss o dolosa do advogado na restitui o dos autos fora do tempo estipulado por lei ou pelo cart rio sendo irrelevante o eventual preju zo para a configura o do delito po r m imprescind vel para a consuma o do delito que o advogado tenha sido intimado pelo cart rio a devolver os autos A jurisprud ncia de nossos tribunais superiores segue esta linha de racioc nio como se comprova pela leitura de algumas ementas PENAL PROCESSUAL PENAL CRIME DE SONEGA O DE AUTOS ART 35
378. na que estaria sendo banalizado na aplica o jurisprudencial Na atualidade h que saudar a circunst ncia de o ordenamento brasileiro contem 1 BITTAR Carlos Alberto Os direitos da personalidade Rio de Janeiro Editora Forense Universit ria 1989 P 6 10 2 ANDRADE F bio Siebeneichler de A tutela dos direitos da personalidade no direito brasileiro em perspectiva atual Revista de Derecho Privado n 24 2013 Dispon vel em lt http ssmm com abstract 2305362 gt Acesso em 14 10 2018 27 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 plar uma disciplina m nima acerca dos Direitos da Personalidade Contudo viu se aqui que na sua disciplina o C digo Civil de 2002 n o atendeu a alguns objetivos essenciais n o regu lou a mat ria de forma mais abrangente incluindo temas j discutidos na doutrina e jurispru d ncia tampouco estabeleceu elementos m nimos de pondera o Nelson Rosenvald interpreta de outra forma Para este h sim uma cl usula geral de tutela personalidade Em princ pio a sistem tica do C digo poderia ser qualificada como t mida pois o legislador disciplinou os atributos da personalidade topicamente de forma setorial sem estabelecer uma disciplina mais completa Contudo a cl usul
379. nas zelar pela aplica o das outras modalidades de efic cia negativa inter pretativa e vedativa do retrocesso A primeira dificuldade diz respeito atua o do juiz e a suas impress es psicol gicas e sociais que n o podem ser desconsidera das Um doente com rosto identidade presen a f sica e hist ria pessoal solicitando ao Ju zo uma presta o de sa de n o inclu da no m nimo existencial nem autoriza da por lei mas sem a qual ele pode vir mesmo a falecer percebido de forma in teiramente diversa da abstra o et rea do or amento das necessidades do restante da popula o que n o s o vis veis naquele momento e tem sua percep o distorcida BARCELLOS 2002 p 272 277 Sobre o assunto Ingo Wolfgang Sarlet e Mariana Filchtiner Figueiredo s o incisi vos ao sustentarem que assume car ter emergencial uma crescente conscientiza o por parte dos rg os do Poder Judici rio de que n o apenas podem como devem zelar pela efetiva o dos 140 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 direitos fundamentais sociais mas que ao faz lo haver o de obrar com m xima cautela e responsabilidade seja ao concederem seja quando negarem um direito subjetivo a determinada presta o social SARLET FIGUEIREDO 2008 p
380. ncess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 fun o social da propriedade urbana vez que viabiliza tanto a regulariza o fundi ria quanto o exerc cio do direito constitucional a moradia o instituto da concess o especial de uso para fins de moradia atende a evidente interesse social na medida em que se insere como instrumento de regulariza o da posse de milhares de pessoas das classes mais pobres em regra faveladas contribuindo para ampliar a fun o social inerente propriedade p blica 2 4 Requisitos Para ter direito a concess o especial para fins de moradia necess rio o preenchimento de determinados requisitos Primeiramente tanto para a concess o na forma individual quanto na coletiva a propriedade deve ser um im vel p blico de dom nio p blico Para a forma individual o terreno deve ter metragem de at 250m Para a forma coletiva o im vel pode ter mais de 250m deve ser utilizado por mais de um possuidor e n o ser poss vel identificar individualmente a rea ocupada por cada um dos possuidores No caso da concess o coletiva n o h necessidade de comprova o da posse individual bastando a comprova o do assentamento Nos dois casos a posse co
381. ncia dos poderes e seus limites definidos pelos direitos fundamentais Baseado no autor germ nico Olsen susten ta da seguinte forma a o princ pio da separa o dos poderes e a vincula o or ament ria n o s o absolu tos pois encontram limites dentro da pr pria Constitui o nem s o fins em si mes mos mas meios para atingir os fins constitucionais dentre os quais a prote o da dignidade da pessoa humana b O conte do da dignidade humana muito importan 137 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 te para ser deixada ao arb trio do legislador de modo que sua compet ncia pode ser minorada ideia reitora A proporcionalidade entra para se evitar a que a prote o do m nimo existencial onere excessivamente outros direitos de terceiros ou princ pios constitucionais ALEXY 2008 p 310 O m nimo existencial exatamente o conjunto de circunst ncias materiais m ni mas a que a todo homem tem direito o n cleo irredut vel da dignidade da pessoa humana ALEXY 2011 no entanto vale ressaltar que a garantia efetiva de uma exist ncia digna abrange mais do que a garantia da mera sobreviv ncia f sica situando se portanto al m do li mite da pobreza absoluta SARLET FIGUEIREDO 2008 p 22 preciso c
382. ndamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 S o Paulo v 5 n 1 Jun 2009 CLEVE Cl merson Merlin A Efic cia dos Direitos Fundamentais Sociais Cr tica Jur dica Curitiba v 22 2003 CLEVE Cl merson Merlin coord Constitui o Democracia e Justi a Aportes para um Constitucionalismo Igualit rio Belo Horizonte F rum 2011 CORDEIRO Karine da Silva Direitos Fundamentais Sociais Dignidade da Pessoa Huma na e M nimo Existencial O Papel do Poder Judici rio Porto Alegre Livraria do Advogado 2012 CZERESNIA Dina FREITAS Carlos Machado de Promo o da Sa de Conceitos Refle x es e Tend ncias 2 ed Rio de Janeiro Fiocruz 2009 DIMOULIS Dimitri MARTINS Leonardo Teoria Geral dos Direitos Fundamentais S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 DIMOULIS Dimitri MARTINS Leonardo Defini o e Caracter sticas dos Direitos Fun damentais In LEITE George Salom o SARLET Ingo Wolfgang Coords Direitos Fun damentais e Estado Constitucional Estudos em homenagem a J J Gomes Canotilho S o Paulo Revista dos Tribunais Coimbra 2009 DUARTE cio Oto Ramos POZZOLO Susanna Neoconstitucionalismo e Positivismo Ju r dico As Faces da Teoria do Direito em Tempos de Interpreta o Moral da Constitui o S o Paulo Landy Editora 2006 DWORKIN Ronald
383. nduta diversa tem um conceito muito amplo podendo abranger as duas outras situa es de culpabilidade j citadas Nesse caso a a o s ser repro v vel se for exig vel do agente que se tenha conduta adversa da praticada sendo poss vel o agente ter o ju zo de culpa a ponto de identificar a a o ou omiss o por ele praticado se era t pica e il cita por m n o a fez Essa exigibilidade s poder ser exigida se expressa em lei Sendo assim a uma possibilidade ou impossibilidade de agir o que ir variar a cada um e a cada conduta o seu n vel de reprovabilidade No entanto a culpa pela exigibilidade de conduta diversa pode ser exclu da nos casos previsto no artigo 22 do CP da coa o irresist vel e da obedi ncia hier rquica e na pos sibilidade de aborto quando a gravidez resultante de estupro A coa o irresist vel prevista no C digo Penal em seu artigo 22 apenas a coa o moral e n o a f sica pois geralmente o coagido pratica um fato t pico e antijur dico somente o injusto penal cometido que n o lhe poder ser imputado como j abordado anteriormente Contudo chegamos no estudo objeto de nosso trabalho a obedi ncia hier rquica e a excludente de culpabilidade tamb m prevista no mesmo artigo 22 do CP onde obrigatoria mente deve ser emanada de superior hier rquico isto de quem se encontra em condi es legais de comunic la e estar num plano superior de rela o hier rquica p
384. nerente volta se regra da responsabiliza o mediante culpa por for a da regra ge ral do artigo 186 No entanto para Pablo Stolze citado na obra de Rui Stoco tem a vis o da culpa como sendo um elemento meramente acidental da Responsabilidade Civil e n o um ele mento essencial como muitos doutrinadores j colocavam Esses casos de responsabilidade sem culpa caracter sticas dos provedores de in ternet quando danos causados por seus pr prios atos e que passa se a estudar adiante 4 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET Enfim chega se ao tema principal desde trabalho em que se buscara uma an lise da Responsabilidade Civil que cada provedor de internet ir ter por seus pr prios atos ou por atos de seus usu rios ou de terceiros Lembrando que os provedores fazem parte de uma rela o contratual por m nem sempre ser o C digo de Defesa do Consumidor o qual ir amparar o consumidor de servi os dos provedores Nesse mundo da internet nos deparamos com diversos abusos e viola o de direi tos os quais podem atingir direitos personal ssimos e direitos materiais de usu rios Para ga rantir um ciberespa o mais seguro e livre de invas es s o impostas obriga es aos provedo e BRASIL Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 11 jan 2002 a STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 6 e
385. nha conhecimento de fatos ou circunstancias pelas quais a atividade ou a informa o revele seu car ter il cito o PSI deve atual imediatamente para retirada da informa o ou fazer com que o acesso ao s tio ou p gina se torne imposs vel Assim podemos identificar que nos casos de danos causados a seus usu rios por atos pr prios os provedores de acesso responder o de forma objetiva conforme artigo 14 e 20 do C digo de Defesa do Consumidor e nos casos de danos praticados por atos de usu rios ou de terceiro em princ pio estar isenta de responsabilidade e s ser imputada uma respon sabilidade subjetiva nos casos de omiss o neglig ncia ou imprud ncia do provedor de aces so enquadrando se no artigo 186 e 927 caput do C digo Civil 4 3 Responsabilidade Civil do Provedor de Informa o ou Conte do Os provedores de Informa o ou de conte do s o os que disponibilizam as infor ma es na internet exercendo o controle editorial dessas informa es por isso sua responsa bilidade mais agravada que as dos demais provedores A norma n 04 95 aprovada pela Portaria n 148 95 do Minist rio das Comunica es apresenta o provedor de servi o de informa o como sendo a entidade que possui in forma es de interesse e as disp e na Internet por interm dio do servi o de Conex o Inter 56 net Por estar no papel de controlador editorial a responsabilidade a princ pio ser ob SA L
386. nhum modo para estabelecer a igualdade faliu por conta das profundas desigualdades favorecidas pelo pr prio modelo estatal ao fim da segunda Guerra Mundial Surge ent o o Estado Social intervindo fundamentalmente na economia e na sociedade com o intento de al can ar uma efetiva igualdade Pretendendo coibir os excessos estatais surge um terceiro mo delo o Estado Democr tico de Direito com isso o Estado al m de garantir liberdades indivi duais passa a ter uma fun o social qual seja prote o do bem comum e mitiga o das desi gualdades Depreende se que o Estado din mico mencionando o eminente jurista Miguel Reale 2000 p 115 116 tr s esferas de rela o estatal a social relativa forma o e a fa tores socioecon micos b jur dica com rela o ao Estado enquanto ordem jur dica c pol ti ca onde surgem as finalidades de governo Tangente a natureza pol tica do Estado o jurista Dalmo de Abreu Dallari 2010 aponta a interdepend ncia entre os aspectos pol tico e jur dico segundo ele neste prisma pol tico em que se almeja alcan ar os valores da pessoa do grupo social e do Estado A rela o entre Estado e Direito fica clara se considerar a seguinte frase O Estado um territ rio que precisa de legitimidade poder dada pelo seu povo para exercer sua sobe rania estabelecer a ordem jur dica vigente Nas palavras de Dalmo de Abreu Dallari 2010 p 128 com o objetivo de as
387. nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 da rea uma vasta quantidade de normas preocupada com os aspectos econ micos ou seja com o consumidor as quais s o criadas com base em cl usulas gerais como a boa f ob jetiva o direito a informa o ambos presentes no art 4 do C digo de Defesa do Consumi dor e o direito a privacidade art 21 do C digo Civil e portanto devem nortear as ativida des de uma empresta que presta teleatendimento de acordo com as conclus es de Dem crito Reinaldo Filho 2007 p 02 In verbis 1 O servi o de call center teleatendimento se devidamente estruturado pode ser utilizado como meio til para recebimento de queixa e pedidos de cancelamento mas n o pode ser a forma exclusiva de atendimento oferecido pelas operadoras de telefonia m vel uma vez que normas regulamentares da Anatel imp em a obrigato riedade de disponibilizarem servi o de atendimento pessoal postos de atendimento ao p blico aos seus usu rios 2 Ainda que n o houvesse norma regulamentar estabelecendo essa obriga o as operadoras teriam que disponibilizar ao menos postos de atendimento pessoal para os consumidores hipossuficientes idosos portadores de defici ncia f sica e gestan tes por for a do art 2 da Lei 10 048 00 que exige que as prestadoras privadas de servi o p blico dispensem tratamento diferenciado e priorit
388. no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 direito provis rio desde que existam ind cios da pr tica de dumping e atribuindo Secex Secretaria de Com rcio Exterior do Minist rio da Ind stria do Com rcio e do Turismo a promo o do processo administrativo destinado a comprovar o nexo causal entre a conduta e o dano e apura o da margem de dumping Sinteticamente pode se mencionar das disposi es da Lei 9 019 95 que 1 a exigibilidade dos direitos provis rios pode ser suspensa at decis o final do processo a crit rio da Camex desde que o importador ofere a garantias equivalentes ao valor integral da obriga o e dos demais encargos legais que consistir o em dep sito em dinheiro ou fian a banc ria artigo 3 2 poder ser celebrado com o exportador ou seu governo compromisso que elimine os efeitos prejudiciais decorrentes da pr tica de dumping Com a sua homologa o a investiga o ser suspensa sem a imposi o de direitos provis rios ou definitivos ressalvados o disposto nos Acordos Antidumping e nos Acordos de subs dios e Direitos compensat rios de que trata o artigo 1 artigo 4 e 82 3 o cumprimento das obriga es resultantes da aplica o dos direitos antidumping sejam provis rios ou definitivos ser condi o para a introdu o no com rcio do Pa s de produtos objeto de dump
389. nquanto possibilidade de constru o de uma sociedade mais justa Defende se a teoria contratualista em que as mesmas condi es de acesso sejam oferecidas aos cidad os Ou seja justi a enten dida como princ pio de igualdade de oportunidades e participa o dos cidad os na sociedade e o Direito como forma objetiva expressa de consolida o do princ pio do justo 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARIST TELES tica Nic mano Trad Torrieri Guimar es 4 ed S o Paulo ed Martin Claret Ltda 2010 BOBBIO N Teoria Geral do Direito S o Paulo Martins Fontes 2010 GARGARELLA R As teorias da Justi a depois de Rawls um breve manual de filosofia pol tica S o Paulo Martins Fontes 2008 GIL A C M todos e t cnicas de pesquisa social 6 ed S o Paulo Atlas 2008 KELSEN H Teoria Geral do Direito e do Estado S o Paulo Martins Fontes 2000 75 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 LEITE G S SARLET I W coord Constitui o Pol tica e Cidadania em homenagem a Michel Temer Porto Alegre GIW 2013 ROSENFIELD D L Justi a Democracia e Capitalismo 3 tir Rio de Janeiro Elsevier 2010 SANDEL M J Justi a o que fazer a coisa certa
390. ntas formas de conceber a ordem social seu fundamento e seus fins Seria poss vel neste ponto apresentar uma longa explana o sobre as dificuldades S CAMINHA Marco Aur lio Lustosa O Conceito de Direito Dispon vel em lt http www jus uol com br revista texto 1 gt Publicado em 07 2000 Acesso em 25 06 11 4 LU O Antonio Enrique P rez et alii Teor a del Derecho Madrid Editorial Tecnos 1997 186 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 em se obter um conceito preciso e generalista de Direito mas apenas para exemplificar pode se mencionar a diferen a de entendimento conceitual do Direito dada por seus diversos ramos de atua o quer civil penal eleitoral entre outros De acordo com Recasens Siches 1970 p 11 12 seria enganoso supor que este conceito geral ou essencial possa ser fundado por via de compara o indutiva dos dados dos m ltiplos Direitos conhecidos Tal fundamen ta o resultaria injustificada logicamente por duas raz es Em primeiro lugar porque esse procedimento de indu o requereria revolver previamente o campo da experi n cia jur dica sobre o qual haveria de exercer se a compara o e a generaliza o mas caba
391. nternet e Direito S o Paulo Dial tica 2000 p 114 a BRASIL Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul Agravo de Instrumento n 70053410833 Agravante Google Brasil Internet Ltda Agravado D bora Cristina Deotti Relator T lio de Oliveira Martins Decis o 28 02 2013 DJe 08 03 2013 Dispon vel em http www tjrs jus br Acessado em 31 maio 2013 k CORR A Gustavo Testa Aspectos jur dicos da Internet S o Paulo Saraiva 2000 p 101 240 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 se remover tal informa o ou se impedir o acesso a ela a partir do momento em que tenha conhecimento de sua exist ncia No entanto n o cabe ao provedor julgar a seu modo os conte dos que s o expos tos na internet Ora podemos concluir que s ser responsabilizado caso j tenha sido invoca do para bloquear o acesso ao conte do e mesmo assim n o o fez Caso contr rio s responde r por dano causados por atos de usu rios ou de terceiro de forma subjetiva ou seja a vitima dever provar al m do dano e do nexo causal provar a culpa do provedor de hospedagem para que se possa imputa lo a responsabilidade pelo dano Fundamenta se a responsabilidade do provedor por atos il citos praticados por usu rios ou terceiros no artigo 186 do C digo Civil po
392. ntes segmentos sociais que formam a cidade devem ter condi es de acesso a uma moradia digna obriga o do Estado portanto intervir e regulamentar as atividades da pol tica habitacional possibilitando o acesso a propriedade imobili ria em especial a urbana tendo em mente a fun o social da propriedade Uma das formas de aquisi o da propriedade a concess o especial para fins de moradia concedida para aqueles na posse de terras p blicas por meio de um contrato administrativo pelo qual o Poder P blico atribui onerosa ou gratuitamente o uso exclusivo de um bem a um particular para uma destina o espec fica qual seja a moradia Este instituto uma forma de disposi o e regulamenta o do uso do solo urbano visando a melhoria das condi es de vida nas cidades dando dignidade aos seus moradores Assim percebe se o interesse do Estado com o solo e sua disposi o visando o desenvolvimento urbano e a melhoria das condi es sociais nas grandes cidades atrav s do direito a moradia consagrado na Constitui o Federal e em Tratados Internacionais dos quais o Brasil signat rio 3 BARCELLOS Ana Paula de A efic cia jur dica dos princ pios constitucionais o princ pio da dignidade da pessoa humana Rio de Janeiro Editora Renovar 2002 p 258 15 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente
393. ntre o que deve ser e o que norma justa aquilo que deve ser norma injusta aquilo que n o deveria ser Bobbio 2010 p 37 38 Logo a partir dessa conceitua o refletir sobre o que de fato ou n o justo ultra passa a quest o de ordem pr tica necess rio estabelecer conex es analisar possibilidades e teorias de justi a que remetam ao princ pio da Justi a Afinal quem decide se uma norma ou n o justa Poder amos dizer que a teoria escolhida a que mais se adapta ao que o sujeito pen sante acredita como correto sendo que tal sujeito tamb m passou por uma s rie de orienta es e costumes durante sua vida que o fizeram acreditar em dado crit rio ou concep o de justi a J abordada anteriormente a teoria utilitarista de justi a na qual se prepondera o bem comum e a busca pela felicidade de todos na busca e na consolida o da justi a em que pese que em alguns casos um pequeno grupo poder ser isolado ou prejudicado em prol da coletividade Na esteira diretamente contr ria a esse pensamento est a teoria de justi a deno minada libert ria proposta por Immanuel Kant Ele afirma que a moral n o diz respeito ao aumento da felicidade ou a qualquer outra finalidade ela est fundamentada no respeito s pessoas como fins em si mesmas Sandel 2013 p 137 Para essa teoria o respeito ao ser humano ao direito individual suprimem qualquer alega o de coletividade ou de bem co
394. o entendimento de parte dos Tribunais por m que para a configura o do crime n o basta que o advogado tenha retido os autos al m do prazo legal indispens vel que n o atenda intima o para restitu los consu mando se s ent o o delito Trata se por m de crime formal e a consuma o inde pende de les o efetiva para qualquer pessoa A devolu o dos autos mesmo antes do recebimento da den ncia tamb m irrelevante in Julio Fabbrini Mirabete C digo Penal Interpretado 2 O prazo prescricional para a pretens o punitiva n o se ini cial na data da retirada dos autos e sim a partir de quando o crime se consuma ou seja pelo n o atendimento intima o para restitu los STF HC 72 813 PB Rel Saraiva 2010 200 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Maur cio Corr a TJ PR HCC 22153 2 C mara Criminal Relator Des Jos Laurindo de Souza Netto julg 21 02 08 DJ 7568 grifo nosso EMENTA PENAL SONEGA O DE AUTOS ADVOGADO ART 356 DO C DIGO PENAL AUTORIA E MATERIALIDADE DEVIDAMENTE COMPROVA DAS AUTOS APREENDIDOS ANTES DO OFERECIMENTO DA DEN NCIA IRRELEV NCIA PRESCRI O INOCORR NCIA IN
395. o desde o surgimento das primeiras ma quinas at a descoberta da grande rede utilizada a princ pio para quest es de seguran a do Es 210 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tado Americano Ap s no cap tulo tr s conceitua se cada tipo de provedor de servi o de internet assim como o a responsabilidade civil com os coment rios dos doutrinadores que mais expla nam sobre o assunto Conceituados no cap tulo quatro passa se a fazer uma jun o destes conceitos aplicando os para os provedores de internet utilizando sempre como base de estudo o doutri nador que mais explana sobre o assunto Marcel Leonardi Fazem se pequenas an lises de casos concretos para compreender como vem sen do aplicado a responsabilidade civil nos provedores de servi o de internet e qual a fundamen ta o do judici rio Por fim traz se a discuss o do Projeto Lei 2 126 2011 no cap tulo cinco que ain da aguarda para ser aprovado considerado o Marco da Internet tendo em vista ser a nica lei que aborda o tema em espec fico prometendo uma grande revolu o no mundo da inter net Desta forma com os avan os tecnol gicos hoje a internet de extrema import n cia a todos pois interliga milhares de pessoas de todo o mundo ultrapassando f
396. o t m se observado que estes isentam se de sua obriga o constitucional arguindo a teo ria da reserva do poss vel muitas vezes sem crit rio algum Raz o pela qual o particular que tem seu m nimo existencial ferido busca no Poder Judici rio a salvaguarda de seu direito ines cus vel Objetiva se portanto estudar a judicializa o das pol ticas p blicas na garantia dos direitos sociais aplicando os princ pios da razoabilidade ponderabilidade e proporcionalidade nas decis es proferidas Palavras chave Direitos Sociais Reserva do Poss vel Pondera o ABSTRACT The Federal Constitution 1988 recogni the Republic of fundamental essential rights to human worthy life These focuses this study prestacionais rights social state intervention in achieve them Is it the responsibility the of Executive and Legislature make feasible predicty and ef fecty public policy however has it been observed that these disclay it constitutional obliga tion the theory of reserve as possible without often any critery Why an individual who has injuredy this existential search in the judiciary to their safeguard right inexcusable Objecti is fore there to study the judicial activis in ensuring social rights noting its in applying decisions the principles of proportionality and weight Key words Social Rights Possible Reserve Proportionality 1 INTRODU O Os direitos fundamentais do homem estabeleceram se paulatinamente ao longo
397. o Administrativo 17 ed Lumen Juris Rio de Janeiro 2007 p 483 286 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pio da simetria quando os Estados legislarem de forma diferenciada do estabelecido para as For as Armadas devem obedecer hierarquia e disciplina fixados na Lei n 6 880 de 9 de de zembro de 1980 que institui o Estatuto dos Militares Federais Alguns estudiosos do direito ao analisarem o tema afirmam que a Lei Estadual espec fica tem a fun o de dispor sobre as mat rias estatut rias com fulcro no artigo 42 8 1 da Constitui o Federal Desta forma passa se a verificar sobre quais mat rias podem os Estados legislar Ademais o ponto importante da reforma pelo qual o trato militar passou esta na quest o da exig ncia de Lei Complementar para regular mat ria geral exigidas pelo artigo 142 da Constitui o Federal Alexandre de Moraes afirma que a raz o de exist ncia da lei complementar consubstancia se no fato de o legisla dor constituinte ter entendido que determinadas mat rias apesar de evidente im port ncia n o deveriam ser regulamentadas na pr pria Constitui o Federal sob pena de engessamento de futur
398. o Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 dos direitos fundamentais previstos na Constitui o Ainda o oposto do ativismo a autorrestri o ou auto conten o judicial self restraint conduta pela qual o Judici rio procura reduzir sua interfer ncia nas a es dos ou tros Poderes Essa doutrina objetiva limitar a atividade do Judici rio a quest es estritamente jur dicas n o aceitando que esse poder se manifeste sobre quest es pol ticas para compatibi lizar o judicial review com a democracia A principal diferen a metodol gica entre as duas posi es est em que em princ pio o ativismo judicial procura extrair o m ximo das potencialidades do texto constitu cional sem contudo invadir o campo da cria o livre do Direito A auto conten o por sua vez restringe o espa o de incid ncia da Constitui o em favor das inst ncias tipicamente po l ticas Ela adotada por aqueles que refutam a legitimidade do Judici rio para decidir quest es de natureza pol tica haja vista que ele n o composto por representantes eleitos pelo povo Eles protestam contrariamente expans o da atua o do Judici rio argumentando que o ativismo judicial viola a teoria da separa o dos poderes Por fim a doutrina da auto restri o judicial entende que o exerc cio do judici al review importa semp
399. o CPM temos um julgado em que foi exclu da a culpabilidade de um sargento por estar cumprindo ordem de superior HOMICIDIO ART 206 DO CPM INSTALA O DA REDE ELETRICA DE ACAMPAMENTO MILITAR A REDE PUBLICA DE ENERGIA SEM A DEVIDA AUTORIZA O OFICIAL UTILIZA O DE MATERIAL IMPRESTAVEL E AU SENCIA DE PLANEJAMENTO POR PARTE DOS RESPONSAVEIS PELO CO MANDO AGENTES DESQUALIFICADOS PARA A TAREFA ELETROCU O DO SOLDADO AUXILIAR IMPUTA O DO DELITO DE HOMICIDIO AO SARGENTO AMPARADO PELA EXCLUDENTE DE OBEDIENCIA HIERAR QUICA INSITA NO ART 38 LETRA B DO CPM MANUTEN O DA SENTEN A ABSOLUTORIA FACE INDICIOS DE OUTRO CRIME DETERMINADO EXTRA O DE PE AS DO PROCESSO COM REMESSA A PGJM PARA AS PROVIDENCIAS CABIVEIS UNANIME STM Apl 1991 01 046489 1 UF PR Decis o 19 12 1991 Min Rel Jos do Cabo Teixeira de Carvalho amp 33 Ver p 21 3a BRASIL Decreto Federal 4 346 de 26 de agosto de 2002 que instituiu o Regulamento Disciplinar do Ex rcito Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 27 agosto 2002 5 BRASIL Superior Tribunal Militar STM Apela o 1991 01 046489 1 UF PR Decis o 19 12 1991 Min Rel Jos do Cabo Teixeira de Carvalho 305 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdad
400. o Neves VALIM Rafael Coord Regi me Diferenciado de Contrata es P blicas RDC Lei n 12 462 11 aspectos fundamen tais Belo Horizonte F rum 2012 CAMPOS Fl vio de Mendon a O Equil brio Contratual Estudo Comparado de Direito Administrativo e Civil 2001 682 f Disserta o Mestrado em Direito Administrativo Fa culdade de Direito Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2001 CRETELLA J NIOR Jos Dos Contratos Administrativos Rio de Janeiro Forense 2001 DA CUNHA Ant nio Geraldo Dicion rio Etimol gico 2 ed Rio de Janeiro Nova Frontei ra 1992 DALLARI Adilson Abreu Aspectos Jur dicos da Licita o 6 ed S o Paulo Saraiva 2003 RIBEIRO PRADO JUNIOR 2012 p 66 127 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo 24 ed S o Paulo Atlas 2011 ENTERR A Eduardo Garcia de FERNANDEZ Tom s Ram n Curso de Direito Adminis trativo S o Paulo Revista dos Tribunais 1990 FERREIRA Daniel SANTOS Jos Anacleto Abduch Licita es para a Copa do Mundo e as Olimp adas Coment rios sobre algumas inova es da Lei n 12 462 11 Revista Z nite Informativo de Licita es e Contratos ILC
401. o Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 e agrup los em fun o da solu o normativa que sugerem para o caso concreto BARCEL LOS 2005 p 92 96 Devendo tais enunciados restringirem se a comandos jur dicos a fim de se que resguarde a determina o democr tica e a legitimidade ponderativa no sentido de que as diferentes pretens es restem devidamente vinculadas ao sistema jur dico A segunda etapa consiste na apura o dos aspectos de fato relevantes e sua reper cuss o sobre as diferentes solu es indicadas pelos grupos formados na etapa anterior BAR CELLOS 2005 p 92 115 123 da verifica se a essencialidade de an lise em cada caso con creto Por fim a terceira etapa ir definir qual das solu es dever prevalecer estabele cendo os pesos de cada um com o fito de verificar se poss vel conciliar os diferentes ele mentos normativos ou se algum deles deve preponderar e afinal qual a norma que dar solu o ao caso BARCELLOS 2005 p 123 124 O procedimento de apura o acerca da pondera o entre direitos fundamentais em conflito deve seguir minuciosamente analisado a fim que n o haja desproporcionalidade entre o bem jur dico protegido e aquele que foi restrito ou denegado A fim de analisar a aplicabilidade da pondera o ao caso concreto toma se por base dois exemplos O
402. o Vargas FGV para que desenvolvesse uma pesquisa so bre as causas de aumento do contencioso a fim de que pudessem mapear as demandas repeti tivas e propor solu es para a morosidade Pois bem a pesquisa apresentada no Semin rio de Combate Morosidade da Justi a Diagn sticos e Propostas concluiu que h muitos incen tivos para o aumento da judicializa o dos conflitos na rea de Direito do Consumidor cujos principais s o a legisla o processual que estimula o tratamento individualizado das deman das de massa e fato dos consumidores buscarem diretamente o Judici rio em detrimento de uma composi o extrajudicial Uma das pesquisadoras da FGV inclusive afirma N o ape nas a falta de legisla o mas o excesso dela tamb m cria uma zona cinzenta que estimula a li tigiosidade Ora adequando os resultados da pesquisa acima com o que vem sendo defendido neste estudo podemos concluir que a melhoria dos SACs e ouvidorias podem minimizar o quadro apontado no par grafo acima Se o Judici rio vem sendo a primeira op o para a solu o dos conflitos na rela o de consumo porque a rela o entre o consumidor e fornecedor n o costuma ser muito proveitosa Al m disso levando se em considera o o contexto atual das rela es de consu mo as quais s o comumente travadas a dist ncia pelo uso do teleatendimento e consideran i Dispon vel em lt http www conjur com br 2010 dez 14 excesso normas deciso
403. o a jurisdi o que este solicita o Poder Judici rio brasileiro forne cer tamb m sociedade a no o de efetividade de sua a o Saliente se que o Estatuto da Advocacia Lei n 8 906 94 disp e em seu art 34 XXII que constitui infra o disciplinar reter abusivamente autos recebidos com vistas ou em confian a Tendo em vista que o Direito Penal uma ci ncia e como tal deve ser entendida n o como algo absoluto mas como diz Boaventura de Souza Santos 2003 p 13 enquanto pr tica social de conhecimento uma tarefa que se vai cumprindo em di logo com o mundo e que afinal fundada nas vicissitudes nas opress es e nas lutas que o comp e indo muito 4 SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTI A Estatuto da OAB Lei n 8 906 94 Dispon vel em http www stf jus br portal legislacao Anotada Adi AdcAdpf verLegislacao asp lei 375 Acesso em 25 06 11 SANTOS Boaventura de Souza Introdu o a uma ci ncia p s moderna 4 ed S o Paulo Graal 2003 185 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 al m do conjunto de normas jur dicas que o Estado estabelece para tornar poss vel a convi v ncia humana Torna se desta maneira imperioso realiza
404. o acolhida A complexa quest o entre justi a e direito se demonstra de forma latente no estu do de caso apresentado As decis es jur dicas s podem ser realizadas com base no ordena 72 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mento jur dico p trio consoante o que disp em as legisla es infraconstitucionais e a Consti tui o Federal Nesse nterim est se diante do que seria o Direito Por m tais preceitos do ordenamento jur dico p trio demonstram a base te rica e filos fica com a qual tal ordena mento foi fundamentado Na rela o entre o que fundamentou filosoficamente o ordenamento jur dico p trio e o que est posto como norma jur dica h o conceito do que se entende por justi a no pa s Isso n o quer dizer que as normas s o justas mas sim que as normas foram feitas com fulcro no que se acreditou ser o justo socialmente aceito Ou seja o Direito en tendido como instrumento da justi a mesmo que tal conceito de justi a no ordenamento p trio n o seja considerado de forma un nime Para al m disso dentre as teorias de justi a apresentadas no trabalho opta se pela teoria contratualista de John Rawls com aplica o no estudo de caso O princ pio
405. o da conduta delituosa de seu subordinado Por m o subordi nado pode ter ultrapassado com excesso os limites da ordem e acabar respondendo junto com o superior Se a ordem for manifestamente ilegal responder tanto quem demandou a ordem quanto quem cumpre pois deveria ter previsto o resultado lesivo de sua conduta Como segue o julgado abaixo Se a ordem de superior hier rquico manifestamente ilegal cabe ao subordinado n o cumpri la e se a cumpre e da resulta um fato pun vel tem de responder por ele em co autoria com o superior de quem emanou a ordem TJES AC Rel Jos Morcef Filho RT 386 319 28 BRASIL Decreto Lei N 1 001 de 21 de outubro de 1969 que instituiu o C digo Penal Militar Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 21 outubro 1969 K BRASIL Decreto Federal 4 346 de 26 de agosto de 2002 que instituiu o Regulamento Disciplinar do Ex rcito Di rio Oficial da Republica Federativa do Brasil Bras lia DF 27 agosto 2002 aB STOCO Rui FRANCO Alberto Silva C digo Penal e sua Interpreta o Jurisprudencial Volume1 parte geral 7 ed Rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 p 358 306 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET C
406. o da hierarquia militar assim como o sistema das escolas hier rquicas do mundo Atrav s de doutrinas especificas de hierarquia como de KOERNER e LEIRNER se faz uma s ntese dos conceitos por eles expostos afim de se tra ar alem da defini o de obedi ncia hier rquica tamb m adapt la ao que vem acontecendo como veremos em alguns casos julgados No entanto se faz necess ria a an lise desses casos ou de casos futuros para aqueles militares os quais ainda n o foram submetidos Instru o individual B sica e o en 282 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tendimento do que seria hierarquia e disciplina Sendo assim a excludente de culpabilidade seria mais ampla pois a vis o de condutas ilegais se restriria aos conhecimentos de cidad o e n o de um integrante das for as armadas com o devido entendimento de hierarquia e discipli na Contudo passamos a estudar mais afundo 2 REGIME CONSTITUCIONAL ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Da an lise conjunta do artigo 142 da Constitui o Federal e do artigo 38 do C di go Penal Militar infere se uma interpreta o mais razo vel ao regime jur dico dos servidores p blicos militares bem como o delineament
407. o das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 TELEATENDIMENTO NO BRASIL E A NECESSIDADE DE REDIRECIONAMENTO NORMATIVO Felipe Louren o Moura Lima RESUMO Este estudo objetiva demonstrar como utiliza o do Direito pode melhorar os padr es de qua lidade da presta o dos servi os de teleatendimento O cumprimento de cl usulas gerais pre sentes no ordenamento jur dico p trio aliado a ado o de novas medidas de gest o e direcio namento de investimentos podem determinar a redu o da litigiosidade e garantir melhor aceita o mercadol gica e social da empresa Para esta tem tica a metodologia utilizada foi a te rico descritiva mediante an lise da literatura correlata bem como da averigua o de diplo mas normativos e projetos de lei no mbito de todas as Unidades da Federa o incluindo suas capitais e da Uni o at o m s de janeiro de 2013 ficando o restante deste ano dedicado or ganiza o dos dados obtidos bem como reda o do texto em que se concluiu que a instala o de novas diretrizes de crescimento por parte das empresas de teleatendimento relaciona das preven o de conflitos em acordo com as cl usulas gerais existentes no ordenamento ju r dico podem evitar preju zos ao Estado e sociedade al m de garantir a paz e a presta o de servi os de excel ncia Palavras chave Teleatendimento Litigiosidade Redirecionamento normativo ABST
408. o de Defesa do Consumidor j mencionado nos itens anteriores As indeniza es ser o ponderadas na medida do dano causado ao usu rio sendo que meros aborrecimentos ter o apenas descontos nas suas faturas mensais j os casos mais graves de danos o provedor deve reparar o dano integralmente e se ocorrer dano moral dever ser indenizado Conclui se portanto que os provedores de acesso internet responder de forma objetiva conforme artigo 14 e 20 do C digo de Defesa do Consumidor por danos causados a seus usu rios mesmo que o defeito seja de depend ncia de terceiros sendo assim fundamen tar se pelo 2 do artigo 25 do C digo de Defesa do Consumidor Sendo o dano causado por componente ou pe a incorporada ao produto ou servi o s o respons veis solid rios seu fabricante construtor ou importador e o que realizou a incorpora o J os casos em que os danos forem praticados por atos de seus pr prios usu rios ou de terceiros s o analisados por outro enfoque Como a atividade do provedor de acesso a internet se limita a conex o do usu rio a internet n o lhe cabendo o controle das atividades os quais seus usu rios ou terceiros exer am Assim em casos de conte do ou informa es difamat rias imputadas a algu m como provedores n o tem acesso a este conte do n o se pode cobrar uma responsabilidade se n o a subjetiva ou seja precisa provar a culpa do provedor de acesso para que poss
409. o de Direito Processual Civil vol 1 52 ed Rio de Janeiro Forense 2011 203 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 haveria seguran a jur dica e consequentemente a paz social A seguran a jur dica assegura da pela express o maior do Estado Democr tico de Direito o Princ pio da Legalidade o qual permeia todo nosso ordenamento jur dico e seus mais importantes desdobramentos o Devido Processo Legal e a Reserva Legal garantias vitais de que a sociedade n o est presa a vonta des particulares pessoais daquele que governa assim o direito de punir ius puniendi n o arbitr rio A an lise das jurisprud ncias ora destacadas depreende se que o conceito quanto ao momento consumativo do delito positivado no artigo 356 do CPB bem explanado pelos magistrados por m com uma ressalva incongruente qual seja a exig ncia considerada im prescind vel de que o advogado seja intimado para que s ent o o delito esteja configurado Ora esta interpreta o cria um novo momento de consuma o do delito em tela a saber o n o atendimento a intima o judicial Assim pode se dizer a partir deste entendi mento a nosso ver equivocado que este delito n
410. o dos requisitos satisfat rios aplica o aos casos concretos A Constitui o Federal ao estabelecer no artigo 142 caput que As For as Ar madas constitu das pela Marinha pelo Ex rcito e pela Aeron utica s o institui es nacio nais permanentes e regulares organizadas com base na hierarquia e na disciplina sob a au toridade suprema do Presidente da Rep blica n o estabeleceu um sistema fechado quanto ao regime jur dico administrativo aplic vel aos Militares quis sim a Carta da Rep blica esta belecer que esta categoria especial de servidores p blicos tivesse um regime disciplinar dife renciado com amparo legal regido apenas por dois pontos b sicos quais sejam a hierarquia e a disciplina amparados no escopo da defesa da p tria e das institui es democr ticas Neste sentido t o forte a ideia da hierarquia e da disciplina que o C digo Penal Militar estabelece no artigo 163 que qualquer desobedi ncia superior hier rquico constitui crime de insubordina o O Estatuto dos Militares reserva em seu Cap tulo III para regulamentar sobre a hierarquia e disciplina conceituando a e delimitando os c rculos hier rquicos as escalas de hierarquia bem como a correspond ncia entre os postos e as gradua es da Marinha do Ex r cito e da Aeron utica de t o import ncia que se da ao tema na categoria especial de servido 2 Recusa de Obedi ncia Art 163 Recusar obedecer ordem do sup
411. o homem para compatibilizar sua conduta como um profissional zeloso da pr pria reputa o Em servi o ou fora dele o Policial Militar deve manter elevado padr o de dec ncia porque o sucesso profissional pode ser decorrente do respeito que lhe devido bem como a dignidade o prest gio e a autoridade da not vel profiss o VALLA W O Deontologia Policial Militar AVM Curitiba 2002 sn Art 6 II do Decreto Federal 4 346 2002 Regulamento Disciplinar do Ex rcito 5 A todos os militares aplicam se os princ pios e normas do art 142 88 2 e 3 da Constitui o segundo MOREIRA NETO D F Curso de Direito Administrativo 12a ed Forense Rio de Janeiro 2002 p 321 284 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 de seus corpos de bombeiros militares Deste modo a for a militar nomeadamente a tro pa de linha surge como express o armada da na o ou do povo e n o como o Estado dentro do Estado Por isso os Militares sejam os integrantes das For as Armadas sejam os Estadu ais como for as auxiliares desempenham papel important ssimo na sociedade Brasileira com o fim de manter a ordem p blica e a soberania nacional
412. o igual sob todos os aspectos ao produto objeto de medida antidumping ou em outro produto muito pr ximo II a introdu o no territ rio nacional de produto resultante de industrializa o efetuada em terceiros pa ses com partes pe as ou componentes origin rios ou procedentes do pa s sujeito medida antidumping III a introdu o de produto no territ rio nacional com pequenas modifica es que n o alterem o seu uso ou destina o final TV qualquer outra pr tica que frustre a efetividade de medidas antidumping No exemplo acima numa primeira an lise pode se aferir que se trata da situa o prevista no inciso II da Portaria Secex n 21 E as investiga es do Departamento de Defesa 180 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Comercial da Secex por certo a ela chegaram e assim conclu ram pela exist ncia da pr tica desleal e atrav s da Resolu o n 12 2012 da Camex aprovaram a resolu o com a extens o do direito antidumping aos cobertores comprados do Paraguai e Uruguai Com a introdu o do Decreto 8 058 2013 a medida anticircunven o foi regulamentada atrav s de seu artigo 122 que define a circunven o como a pr tica comercial que visa frustrar a efic cia de medida antidumping vigente por meio de introdu o no territ
413. o n o est criando pol tica p blica mas apenas determinando o seu cumprimento Nessas situa es parece ser evidente a exist ncia de um direito subjetivo p blico a determinada pol tica p blica de sa de Al m disso se a presta o de sa de pleiteada n o estiver entre as pol ticas do SUS necess rio distinguir se a n o presta o decorre de uma omiss o legislativa ou admi nistrativa de uma decis o administrativa de n o fornec la ou de uma veda o legal sua dis pensa o Ele tamb m observou a necessidade de registro do medicamento na Ag ncia Naci onal de Vigil ncia Sanit ria ANVISA O segundo dado a ser considerado nos termos do voto do Relator a exist ncia de motiva o para o n o fornecimento de determinada a o de sa de pelo SUS Nessa hip te se pode ocorrer uma situa o em que o SUS fornece tratamento alternativo mas n o adequa 1 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Op cit p 715 1 Ementa Suspens o de Seguran a Agravo Regimental Sa de p blica Direitos fundamentais sociais Art 196 da Constitui o Audi ncia P blica Sistema nico de Sa de SUS Pol ticas p blicas Judicializa o do direito sa de Separa o de poderes Par metros para solu o judicial dos casos concretos que envolvem direito sa de Responsabilidade solid ria dos entes da Federa o em mat ria de sa de Fornecimento de medicamento Zavesca miglustat F
414. o patrimonial materi al ou de um dano n o patrimonial ou imaterial assim distinguidos por Carlos Alberto Bit tar Qualificam se como morais os danos em raz o da esfera da subjetividade ou do pla no valorativo da pessoa na sociedade em que repercute o fato violador havendo se como tais aqueles que que atingem os aspectos mais ntimos da personalidade huma na o da intimidade e da considera o pessoal ou o da pr pria valora o da pessoa no meio em que vive ou atua o da reputa o ou considera o social Vale notar que quanto a estes ltimos danos n o patrimoniais passou se a utili zar o r tulo danos morais consagrado pela doutrina e jurisprud ncia por estar assim consig nado na Constitui o Federal e na legisla o infraconstitucional embora n o seja o mais ade quado esp cie A respeito confira se a li o de Petr nio Bismarck Ten rio de Barros que salienta a impropriedade da express o e sua liga o aos direitos da personalidade Doctrinariamente el da o moral ha sido representado por expresiones que buscan re lacionar su caracterizaci n con el dolor la tristeza y el sentimiento Ahora el da o moral extiende su tutela a todos los bienes personal simos los complejos de orden tica raz n por la cual se revela m s apropiado denominarlo de da o inmaterial o no patrimonial La expresi n da o moral aunque no sea t cnicamente adecuada para 7 PESSOA JORGE FERNANDO Ensaio
415. o s o necess rias compara es entre estados como o caso da Tabela 2 Na tabela observamos que a distribui o diferente de um estado para outro as quest es sobre Fam lia e Terras Moradia tem uma maior partici pa o relativa no Amap que no estado de S o Paulo J os servi os de tem uma maior partici pa o relativa no estado de S o Paulo que no Amap 162 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Tabela 2 Distribui o de frequ ncia dos entrevistados com 18 anos ou mais que se envolveram em conflito grave nos ltimos cinco anos segundo rea de conflito Suple mento Vitimiza o e Justi a da PNAD estados de S o Paulo e Amap e Brasil 2009 rea de Estado Regi o Ea S o Paulo Amap Brasil I ve nos l timos 5 N N anos PE ER 841 27 4 31 21 8 6305 23 6 Criminal 292 9 5 14 9 9 3471 13 0 Fam lia 589 19 2 45 31 7 6008 22 5 EA M 115 3 7 13 9 2 1275 4 8 Servi os RE o NBS9 11 0 5 3 5 2555 9 5 fone Impostos t z E RN 56 1 8 1 0 7 292 1 1 Benef cio INSS tri 311 10 1 15 10 6 2162 8 1 buta o Bancos In a 252 8 2 13 9 2 1920 7 2 ras Outros 279 9 1 5 3 5 2769 10 3 Total 3074 100 0 142 100 0 26757 100 0 Fonte PNAD 2009 Suplemento de Vitimiza o e
416. o se consuma a partir de uma conduta a o ou omiss o no caso omiss o dolosa do agente entendimento que desconsidera o princ pio consagrado do direito penal nullum crimen sine conducta De mesmo v rtice leciona o eminente jurista Juarez Tavarez 2011 p 15 16 As pessoas em geral buscam uma puni o para quem tenha causado um dano em outrem Como disse isso faz parte de nossa heran a cultural positivista e contradi toriamente religiosa Mas se estamos demonstrando que o objetivo de todo processo de produ o da puni o nada mais do que camuflar o verdadeiro interesse do po der punitivo do Estado com muito maior raz o n o poderemos nos deixar levar por sentimentos nem da pessoa individual nem da comunidade A quest o porem n o pode ficar resumida a isso Temos diante de n s uma legalidade pela qual o Estado imp e a puni o Se esta puni o n o pode ser legitimada s nos resta elimin la Ocorre que o Estado n o aceitar essa aboli o do sistema penal porque isto impli car retirar lhe a pr pria capacidade de legislar a qual lhe d sustento e poder Esta mos assim diante de uma crise institucional praticamente insuper vel Ainda que se conserve ao Estado sua capacidade de legislar e dada a caracter sticas dessa legisla o de que a presun o de evidencia que disso resulta esta sempre associada im posi o de uma pena como forma de poder a legitima o desta capacidade estatal j
417. oa guarde consigo eletronicamente ou em meio f sico arquivo que discrimine todos os dados por ela informados 8 5 A manifesta o da vontade de ser exclu do de campanhas de telemarketing permanecer v lida por tr s anos contados da data de registro no servi o cadastral a que se refere o inciso I do caput devendo a pessoa expressar novamente sua vontade ap s o t rmino desse per odo 264 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mente as normas presentes nestes textos os incentivos ao bom modo da presta o do servi o pelas empresas mudar o pois passar o a focar na r gida descri o legal e n o na qualidade do servi o Isto fica mais evidente quando ao ser imposta ao Poder P blico a obriga o de man ter um cadastro dos clientes as prestadoras do servi o s o for adas a depender de um rg o de fora de sua al ada para manter um banco de dados essencial para o cumprimento regular de sua atividade situa o que eventualmente traria d vidas quanto responsabilidade surgida de algum ato il cito Assim sob a tica da legisla o consumerista a responsabilidade pelo dano em virtude da objetividade seria das empresas que viabilizam as campanhas de telemarketing Contudo n o obstante a empresa tenha o dever de buscar os c
418. ocedimentos internos e reduzindo as chances de solu o do problema Ao investir na mudan a desse quadro as empresas estar o fazendo exa tamente o que diz o inciso 3 do art 4 do CDC sem a necessidade de que outras esferas de poder criem novas normas para tentar refor ar este paradigma e acabem por prejudicar a ativi dade do teleatendimento No que tange ao direito a informa o o que pode ser constatado dentro do que se chamou aqui de clich legislativo do teleatendimento sempre existem normas que deter minam o envio do contrato ao consumidor Esta postura em vez de ser determinada por meio de uma regra j deveria fazer parte do planejamento das empresas uma vez que o art 4 do CDC categ rico ao afirmar que um dos objetivos da Pol tica Nacional das Rela es de Con sumo a transpar ncia Ora se a empresa cuida de teleatendimento por bvio que a transpa r ncia ser reduzida e se a este princ pio for auferido um valor em pec nia nas hip teses de seu descumprimento este valor ser apenas integrado ao or amento da empresa perdendo seu vi s moral e tornando se apenas mais um custo para a atividade Sendo assim seria mais inte ressante para as empresas que voluntariamente n o s enviassem os contratos mas que for necessem v rios meios para exibi los como a disponibiliza o online pois assim se resguar e Art 4 A Pol tica Nacional das Rela es de Consumo tem por objetivo o atendimento
419. ocumento ou objeto probat rio poder ser contr ria a tica profissional mas n o constituir crime 5 AN LISE DAS DECIS ES REFERENTES AO CRIME DE SONEGA O DE AU TOS PELOS TRIBUNAIS SUPERIORES BRASILEIROS A senten a judicial ensina Theodoro Junior 2011 p 243 244 o ato mais importante do processo pois atrav s dela que o Estado presta a tutela jurisdicional de ma neira definitiva sem a qual n o haveria seguran a jur dica e consequentemente a paz social Esse o grande objetivo do Estado que atrav s do sistema processual brasilei ro fornece reduzidas hip teses de se alterar aquilo que foi decidido ap s o esgotamento das vias recursais Esta seguran a jur dica assegurada pela express o maior do Estado Democr tico de Direito o Princ pio da Legalidade o qual permeia todo nosso ordenamento jur dico e seus mais importantes desdobramentos o Devido Processo Legal e a Reserva Legal garantias vitais de que a sociedade n o est presa a vontades particulares pessoais daquele que gover na assim o direito de punir ius puniendi n o arbitr rio Assim o juiz ao proferir suas sen ten as deve estar adstrito a lei bem como fundamentar suas decis es Importante se faz lembrar que o tipo uma descri o precisa do comportamen to humano pela lei penal abarcando componentes objetivos e subjetivos do comportamento do agente Bitencourt 2010 p 303 seguindo este ensinamento doutri
420. oderia ter o direito de retali a o produzindo na pessoa do lesante o dano id ntico a que experimentou S com a Lex Aquilia que houve um grande marco na responsabilidade civil Nela 19 LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 25 1 VENOSA Silvio de Salvo Direito Civil Responsabilidade Civil 3 ed S o Paulo Atlas 2003 p 19 8 DINIZ Maria Helena Curso de direito civil brasileiro responsabilidade civil 22 ed rev atual e ampl S o Paulo Saraiva 2008 p 11 218 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 estavam estabelecidas as bases da responsabilidade extracontratual passando de um mal pelo mal para uma forma pecuni ria do causador do dano pagar pelo preju zo podendo ser cha mada tamb m de responsabilidade aquiliana Assim Maria Helena Diniz salienta A Lex Aquilia de damno estabeleceu as base da responsabilidade extracontratual criando uma for ma pecuni ria de indeniza o do preju zo com base no estabelecimento de seu valor Ou seja antes ao inv s de sanar o dano causava se duplo dano A v tima o qual j teria sido lesionada e a do causador que seria punido sendo que essa puni o n o era uma forma de resti
421. odiernos Obst culos Curitiba 2007 136 f Disserta o Mestrado em Direito Pontif cia Universidade Cat lica do Paran SCHIER Adriana da Costa Ricardo O Princ pio da Supremacia do Interesse P blico sobre o Privado e o Direito de Greve de Servidores P blicos In BACELLAR FILHO Romeu Felipe HACHEM Daniel Wunder Coord Direito Administrativo e Interesse P blico Estu dos em Homenagem ao Professor Celso Ant nio Bandeira de Mello Belo Horizonte F rum 2010 p 377 405 STRECK Lenio Luiz Jurisdi o Constitucional e Hermen utica Uma Nova Cr tica do Direito 2 ed Rio de Janeiro Forense 2003 STRECK Lenio Luiz Hermen utica Jur dica e m Crise Uma Explora o Hermen utica da Constitucionaliza o do Direito 10 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2010 TASSINARI Clarissa Jurisdi o e Ativismo Judicial Limites da Atua o do Judici rio Porto Alegre Livraria do Advogado 2013 TEIXEIRA Anderson Vichinkeski Ativismo judicial Nos Limites entre Racionalidade Jur dica e Decis o Pol tica Revista Direito GV v 8 n 1 S o Paulo Jan Jun 2012 VIANNA Luiz Werneck BURGOS Marcelo Baumann SALLES Paula Martins Dezessete Anos de Judicializa o da Pol tica Tempo social S o Paulo v 19 n 2 nov 2007 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido O Ativismo Judicial como Instrumento de Concre o dos Direitos Fundamentais no Estado Democr tico de Direito Uma Leitura Luz do P
422. ol gico sobre hierarquia militar Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1997 pg 62 292 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 l cias e cada vez as patentes respondiam menos a suas fun es havendo um relaxamento dos crit rios de nobreza limitando o ingresso como cadete e ao acesso oficialidade e a consoli da o de um sistema h brido 5 2 A Justi a Militar no Brasil A Justi a Militar muito antiga tanto que mesmo no Brasil col nia onde foram criadas as autonomias de Conselhos em sistemas regionais n o havia legisla o que se regu lamenta s a promulga o de um alvar com for a de lei editada pelo na poca Pr ncipe Dom Jo o VI onde foi criado foro especial aos delitos Militares Nessa mesma poca foi cria do um conselho supremo militar depois de chamado conselho de justi a o Supremo Tribunal Militar Apenas em 1850 houve o fim do sistema com uma lei definitiva que veio regula mentar a estrutura hier rquica desvinculando a da organiza o medieval onde at ex escra vos passaram a entrar para o corpo permanente do Ex rcito Nessa poca era total o desco nhecimento da Justi a Militar tanto que a Con
423. olam os menos favorecidos Logo se discute a impossibilidade de prestar esse direito com fulcro na inexist n cia de recursos p blicos conforme apregoa a teoria da reserva do financeiramente poss vel Trata se de limita o f tica e ou jur dica opon vel mesmo que relativamente efetiva o de direitos fundamentais sobretudo os de cunho prestacional Contudo a alega o desta teoria tem se tornado escudo do Poder P blico frente s peti es de concretiza o dos direitos sociais Ora jamais a mera invoca o deste instituto poderia afastar a obriga o solid ria de quaisquer dos entes da Administra o P blica em sal vaguardar tais direitos Se h uma limita o dever esta ser comprovada seja ela f tica ou ju r dica E caso seja realmente comprovada poder ainda o Judici rio determinar ao Poder P blico que fa a constar da pr xima proposta or ament ria a verba necess ria implementa o da pol tica p blica perquirida evidente que n o poucas s vezes poder ocorrer a colis o de direitos funda mentais contrapondo se ainda o interesse p blico ao individual motivo pelo qual se faz ne cess rio um processo de pondera o analisando se concretamente as peculiaridades do caso as poss veis normas aplic veis e a valora o dos direitos a fim de que injusti as sejam evita das Durante o desenvolvimento desta pesquisa verificou se que as manifesta es a cerca do tema em sua gr
424. omo base o sistema j aplicado nos Estados Unidos que come ou a valer pouco antes da promulga o do regramen to ga cho chamado Do Not Call Registry DNC um sistema de cadastro mantido pela Fe deral Trade Commission FTC foi criado para oferecer aos consumidores a possibilidade n o receberem liga es de telemarketing No entanto o Minist rio P blico daquele estado ajuizou A o Direta de Inconstitucionalidade contra a lei sob o argumento de que conforme a Constitui o Federal seria compet ncia da Uni o legislar sobre as telecomunica es e direi to civil N o obstante o fracasso desta iniciativa a verdade que ela foi um verdadeiro im pulso para que as outras unidades da federa o iniciassem um fen meno legiferante relaciona do ao teleatendimento em todas as Unidades da Federa o o que ser demonstrado a seguir dividindo se aquelas por cada regi o do pa s 2 1 1 Regi o Norte As Unidades Federativas da Regi o Norte do pa s s o as que menos buscaram le gislar sobre o teleatendimento consequ ncia da baixa densidade demogr fica do Norte do 3 Neste sistema tanto os operadores quanto as empresas s o obrigados a pelo menos uma vez a cada 31 dias puxar do s tio lt www telemarketing donotcall gov gt que totalmente automatizado a lista nacional atualizada de n meros de telefone de pessoas que n o querem receber as liga es os quais ficam organizados e dispostos por c digo de r
425. onex o entre duas redes dois sistemas de Inform tica O internauta utili zando se de um modem conectado linha telef nica e de um programa cliente browser disca do seu computador para o provedor que possui a linha dedicada internet transformando assim o computador do usu rio num n da rede Mas cabe aqui destacar tamb m o conceito que a Rede Nacional de Pesquisa deu ao provedor de acesso Aquele que se conecta a um provedor de backbone atrav s de uma linha de boa qua lidade e revende conectividade na sua rea de atua o a outros provedores usual mente menores institui es e especialmente a usu rios individuais atrav s de li nhas dedicadas ou mesmo atrav s de linhas telef nicas discadas Provedor de conte do ou de informa o s o os respons veis em deixar as infor ma es nos site Como o pr prio nome j faz men o ele quem se responsabiliza pelo con te do deixado na p gina de internet onde ser o divulgadas todas as informa es e todas as pessoas do mundo ter o acesso Os conte dos disponibilizados podem ser classificados sendo que quando for o pr prio provedor que coloca onde chamados de controle diretos ou pr prios ou quando os donos dos sites quem os controlam chamando de controle de terceiro ou indiretos Essa an lise de extrema import ncia na hora de imputar a responsabilidade dos provedores para poder identificar quem ser o realmente sujeitos de uma a
426. onjunto ou separadamente 2 A inexist ncia de previs o or ament ria n o justifica a recusa ao fornecimento de rem dio a pessoa portadora de doen a grave e carente de recursos econ micos visto tratar se de dever do Estado em senti do amplo e direito fundamental do cidad o Nessa perspectiva mais abrangente do enfoque constitucional dos direitos e deveres envolvidos no caso concreto afasta se a discricionariedade dos atos administrativos permi tindo se a chamada judiciabilidade das pol ticas p blicas impondo se ao Poder P blico a supera o de eventu ais obst culos atrav s de mecanismos pr prios dispon veis em nosso ordenamento jur dico pois no plano das po l ticas p blicas onde e quando a Constitui o Federal estabelece um fazer ou uma absten o automaticamente fica assegurada a possibilidade de cobran a dessas condutas comissiva ou omissiva em face da autoridade e ou do rg o competente TJPR Reex Nec n 0770465 6 2011 Neste por sua vez constata se que o medicamento foi concedido levando em con ta a gravidade do estado de sa de bem como as condi es econ micas do pleiteante contra posto ao suposto d ficit or ament rio do ente estatal Em diversas outras situa es poss vel averiguar que a mera alega o da reserva do poss vel sem fundamentada e comprovada sustenta o f tica ou jur dica da Administra 149 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais
427. onsabiliza o civil Para que seja considerado ressarc vel necess ria a conjuga o de alguns requisitos cuja defini o n o encontra simetria na doutrina Para Ant nio Jeov Santos que se ampara nas li es de At lio Alterini por ex emplo a configura o do dano ressarc vel exige a presen a de certeza atualidade e subsist n cia Preferimos no entanto adotar os requisitos indicados por Fernando Pessoa Jorge para quem necess ria a conjuga o de quatro requisitos alienidade certeza m nimo de gravida de e a causa o pelo ato il cito nexo de causalidade A alienidade a circunst ncia de que os preju zos tenham sido suportados por pessoa alheia a seu causador veda o de responsabiliza o civil pela autoles o requisito indicado pelo pr prio professor como elementar e evidente A certeza se refere ao preju zo concreto e existente o que exclui o dano eventual que pode n o se efetivar A certeza pode ser presente ou futura dando se esta ltima quando o Op cit P 53 54 12 ANTUNES VARELA Jo o de Matos Das obriga es em geral V 1 7 edi o Lisboa Portugal Editora Almedina 1993 P 591 SANTOS Ant nio Jeov Dano moral indeniz vel 4 edi o S o Paulo Editora RT 2003 P 76 78 14 Op cit P 385 412 23 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Cu
428. onsumidores que est o resguar dados pelo cadastro do n o recebimento de liga es seria injusto que em decorr ncia de uma poss vel falha do rg o p blico que as empresas fossem responsabilizadas por eventuais da nos causados devendo o ente federativo correspondente ao rg o responder subsidiariamente Logo o Projeto de Lei 673 11 com o intuito de otimizar o sistema de cadastro de termina que as empresas mantenham seus pr prios cadastros a fim de se evitar tamn m lit gi os incidentais envolvendo o Poder P blico na discuss o sobre a responsabilidade dos danos o que retardaria o transcorrer processual de modo a prejudicar o direito do consumidor Al m do mais busca se evitar a m f das empresas que visam o lucro a qualquer custo por exem plo na ocasi o em que o sistema mantido por rg o p blico n o estiver dispon vel a empresa pode valer se da situa o para mesmo sabendo os n meros dos consumidores presentes no cadastro efetuar a liga o e isentar se de responsabilidade alegando exclusivamente a falha estatal Mas ser que realmente necess ria a interven o estatal na iniciativa privada para determinar que as empresas passem a ter os seus pr prios cadastros Ora isto j deveria ter sido uma atitude exclusiva da empresa mas estas n o enxergaram esta atitude como um nus necess rio a maximiza o dos seus lucros e sim como um gasto desnecess rio a sua ati vidade pois n o det m conhecim
429. oposta mais vantajosa pois a inconsist ncia do art 90 840 da Lei 12 462 11 no m nimo gera uma situa o de incerteza que poder ocasionar por si s encarecimento das propostas pois os particulares incluem em seus pre os as insegu ran as que rondam o contrato Da ser indispens vel uma tutela inequ voca do equil brio econ mico financeiro para preservar os interesses da pr pria administra o p blica A tutela do equil brio econ mico financeiro dos contratos administrativos destina se a beneficiar pr pria Administra o Se os particulares tivessem de arcar com as consequ ncias de todos os eventos danosos poss veis teriam de formular propostas mais onerosas A administra o arcaria com os custos correspondestes a eventos me ramente poss veis mesmo quando inocorressem o particular seria remunerado por seus efeitos meramente potenciais muito mais vantajoso convidar os interessados a formular a menor proposta poss vel aquela que poder ser executada se n o se ve rificar qualquer evento prejudicial ou oneroso posterior Concomitantemente asse gura se ao particular que se vier a ocorrer o infort nio o acr scimo de encargos ser arcado pela Administra o Em vez de arcar sempre com o custo de eventos meramente potenciais a Administra o apenas responder por ele se e quando efeti vamente ocorrerem Trata se ent o de reduzir os custos de transa o atinentes contrata o com a Administra
430. or atrav s da Lei 12 010 09 veio Ex Desembargadora do Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul Advogada 47 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 suprir uma lacuna no ordenamento brasileiro ao declarar no artigo 42 8 2 que Para ado o conjunta indispens vel que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham uni o es t vel comprovada a estabilidade da fam lia Contudo a ado o homoparental ou seja ado o por par homossexual ainda nos dias atuais cercada de tabus e as opini es a respeito do assunto divergem devido ao pre conceito enraizado na cultura brasileira e os movimentos religiosos com o intuito de coibir esse tipo de rela o familiar importante entender como ocorre o processo de ado o no Brasil diante do or denamento atual bem como as condi es e formalidades a que deve se submeter o adotante Passemos a examin las 2 AS POL TICAS P BLICAS EM RAZ O DAS CRIAN AS VULNER VEIS Ao se analisar o tamanho do pa s em que vivemos e o n mero de habitantes existentes fazendo uma an lise simpl ria da situa o econ mica das fam lias e do poder de atua o do Estado perante uma parcela gigante da sociedade que vivem em situa o desprivi legiada em detrimento de uma minoria que det m o poder se t m uma demon
431. oral aquele nos faz tomar uma atitude em aten o a concep o tica que determinado grupo ter do que certo ou errado enquanto que o econ mico est diretamente ligado ideia de custo benef cio e maximiza o de recursos Neste estudo foi poss vel constatar que o incentivo moral a n o viola o dos direi tos dos consumidores foi inteiramente trocado pelo incentivo a manter o melhor custo benefi cio pelo menos na vis o das empresas que ao passarem a ter a obriga es legais s o incenti vadas pelos pr prios instrumentos normativos a pagarem multas ou direcionam seu patrim nio para os conflitos judiciais Ocorre que como observa Salama 2010 p 20 a 32 preciso adequar os princ pios de justi a e custo benef cio n o podendo o formalismo jur dico obstar a rela o entre Direito e o mundo real dos fatos Sendo assim as empresas poderiam utilizar esta perspectiva como um norte para suas atividades isto adequ las aos princ pios j consagrados por meio das cl usulas gerais que norteiam o direito privado no ordenamento jur dico p trio Para o jurista ingl s H L A Hart 1956 p 141 as normas jur dicas gozam de uma textura aberta isto d o margem para ser interpretadas dada a impossibilidade do legislador delimitar toda a din mica social decorrente das a es humanas MacCormick 2010 p 167 explica que na vis o de Hart caber ao juiz dentro da textura aberta posta 269
432. ores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 32 7 CORR A Gustavo Testa Aspectos jur dicos da Internet S o Paulo Saraiva 2000 p 100 241 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 eficaz entendimento das quest es cotidianas de nossos tribunais sendo principal mente os bancos acad micos os futuros respons veis pela constru o deste j que neles que existe uma verdadeira interdisciplinaridade essencial para a resolu o dessas novas quest es 7 A doutrina brasileira segue o entendimento da legisla o internacional quanto responsabilidade civil dos provedores isentando a responsabilidade de monitoramento e con trole de conte do como faz men o o artigo 15 da Diretiva 200 31 da Comunidade europeia datada em 08 06 200 No entanto h o Projeto de Lei n 2 126 2011 aguardando aprova o mas tem como objetivo estabelece princ pios garantias direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil e deve trazer inova es ao ciberespa o chamada de Marco Civil da Internet pois a nica lei em que regulamentar pela primeira vez aspectos sobre a internet O Projeto foi encaminhado a C mara em 2011 e foi preparado no Minist rio da Justi a com o apoio do Centro de Tecnologia e soc
433. orizam cotidiana mente sinais de respeito honras cerimonial contin ncia ordens e comandos tudo isso exe cutado pelos membros da For a cada qual em uma posi o no interior da institui o sem que ao menos precisem ter consci ncia de que tomadas em seu conjunto as diferentes condutas s o manifesta es particulares que necessariamente transitam por esse princ pio regulador co letivo que a hierarquia Pode se dizer portanto que a partir dela se espelham as rela es so ciais e a vis o de mundo militar No mesmo sentido Koerner conceitua hierarquia como um fato social de que de corre a obriga o de obedi ncia e excepcionalmente o dever de desobedi ncia para o subal terno Essa desobedi ncia a qual Koerner se manifesta exatamente as causas de exclus o de pena o qual iremos estudar e que tratada na legisla o E LEIRNER Piero de Camargo Meia Volta volver um estudo antropol gico sobre hierarquia militar Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1997 apud de DUMONT Louis Homo hierarchicus S o Paulo Edusp 1992 a LEIRNER Piero de Camargo Meia Volta volver um estudo antropol gico sobre hierarquia militar Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1997 pag 53 a JUNIOR Rolf Koerner Obedi ncia Hier rquica Belo horizonte Del Rey 2003 291 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o d
434. orta o de teorias provenientes de contexto social 146 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 econ mico pol tico e sistema jur dico distintos Afinal outras foram as condi es que trouxe ram tona na Alemanha a teoria da reserva do financeiramente poss vel e esta n o opon vel a toda e qualquer circunstancia como ocorre no Brasil Pelo contr rio sua argui o deve se dar mediante a an lise f tica Em raz o disso n o h como comparar sociedades diversas ainda que coexisten tes contemporaneamente elegendo as institui es de uma como padr o de avalia o das ins titui es da outra JUSTEN FILHO 2011 Diante disso sustenta Mar al Justen Filho que a mera inser o de sofisticados institutos constru dos ao longo de s culos numa determinada sociedade de cultura menos de senvolvida provavelmente sofrer altera es imprevis veis JUSTEN FILHO 2002 p 287 A tal fen meno os antrop logos denominam de Trobriand Cricket O estudo do Direito Comparado de extrema relev ncia para o desenvolvimento jur dico no entanto o conhecimento legislativo nacional t o indispens vel quanto do estran geiro bem como a estrutura social e econ mica de ambos os pa ses Desta feita a importa o de institu
435. orthwestern University Law Review Vol 99 p 743 2005 BISQUERRA Rafael SARRIERA Jorge C MAT NEZ Francesc Introdu o a Estat sti ca Enfoque inform tico com o pacote estat stico SPSS Porto Alegre Artmed 2007 BUSSAB Pedro A MORETTIN Wilton B Estat stica B sica 5 Ed S o Paulo Saraiva 2012 IBGE Normas de Apresenta o Tabular 3 Ed Rio de Janeiro 1993 Dispon vel em http biblioteca ibge gov br visualizacao monografias GEBIS 20 20RJ normastabular pdf gt Acesso em 21 04 2012 169 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A OMC E AS MEDIDAS ANTIDUMPING NO BRASIL Maria de F tima Rodrigues Marques RESUMO O presente trabalho pretende fazer algumas considera es a respeito do antidumping passando primeiramente pela cria o do GATT e de sua sucessora a OMC Em seguida at m se defini o de dumping e de sua legisla o e natureza jur dica das medidas antidumping Analisa o novo entendimento surgido na doutrina de considerar o interesse p blico como fundamento para n o aplicar medidas antidumping e a intera o entre o direito do com rcio internacional onde se situam as medidas antidumping e o direito da concorr ncia Por fim analisa os normativos no Brasil sobre medidas antidumping notadamente a Lei n
436. os 4 ed rev atual ampl S o Paulo Saraiva 2010 z BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal vol 5 Parte Especial dos crimes contra administra o p blica dos crimes praticados por prefeitos 4 ed rev atual ampl S o Paulo Saraiva 2010 33 BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal vol 5 Parte Especial dos crimes contra administra o p blica dos crimes praticados por prefeitos 4 ed rev atual ampl S o Paulo Saraiva 2010 194 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 4 CONCEITOS DOUTRIN RIOS RELEVANTES AO ESTUDO DO CRIME DE SO NEGA O DE AUTOS 4 1 Tempo do crime Necess rio se torna saber qual o tempo do crime ou seja a ocasi o o momento em que se considera praticado o delito para a aplica o da lei penal a seu autor O art 4 do CPB declara in verbis Considera se praticado o crime no momento da a o ou omiss o ainda que outro seja o momento do resultado Por sua leitura verifica se que o legislador de 1940 optou pela teoria da a o ou da atividade e que tal escolha se deu segundo Bitencourt 2010 p 195 a fim de se evitar que uma conduta praticada licitamente sob o imp rio de uma le
437. os servindo apenas como hospedeiro de p ginas AGRAVO DE INSTRUMENTO RESPONSABILIDADE CIVIL A O INDENI ZAT RIA PERFIL ORKUT GOOGLE IDENTIFICA O DO CRIADOR DA P GINA IMPOSSIBILIDADE No caso em tela provedor de hospedagem Google n o possui os dados relativos aos nomes endere o e outros identificadores dos hospedantes a n o ser o n mero do IP Ademais n o compelido a armazenar dados pessoais de seus usu rios n o sendo poss vel o fornecimento de informa es que n o possui em seu banco de dados tais como o nome completo CPF RG e o endere o pessoal de seu usu rio AGRAVO PROVIDO O provedor s ser responsabilizado em casos de omiss o neglig ncia ou impru d ncia quando deixar de bloquear o acesso a estes conte dos il citos Sendo assim Gustavo Testa Corr a salienta sobre a responsabilidade de usu rios dos provedores Os provedores devem esclarecer e fixar por via contratual a responsabilidade de seus usu rios acerca de condutas delituosas que venham a ferir o ordenamento jur dico brasileiro tornando claro o seu posicionamento perante tais a es O provedor de hospedagem como um alojador de sites oferecendo o servi o hosting hospedagem Importante destacar que mesmo o provedor de hospedagem que tenha conhecimento efetivo da in fra o ou de fatos ou circunst ncias que evidenciam a atividade ou informa o ilegal n o ser responsabilizado 4 GRECO Marco Aur lio I
438. os Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 2 Constitui o Federal Muito embora o Poder Constituinte tenha promovido diversos textos constitucio nais ao longo das d cadas assevera Jos Afonso da Silva que a normatividade constitucional dos direitos sociais no Brasil principiou com a Constitui o de 1934 SILVA 2008 p 184 que a priori tratava se de norma de conte do program tico qual ao longo do tempo foi dada maior efetividade Sobre o assunto Lu s Roberto Barroso afirma que observando a vari vel intensi dade com que as normas de direito s o imperativas a doutrina as distinguiu em cogentes e dispositivas BARROSO 2009 p 75 Classificam se portanto como cogentes as normas impositivas determinantes de uma conduta ou proibitivas desta em que n o cabe ao destinat rio dispor de forma diversa Por outro lado s o dispositivas as normas que possibilitam ao destinat rio a liberdade de de cidir conforme a norma ou n o aplicando se o dispositivo legal apenas na situa o de omis s o ou obscuridade da vontade do interessado evidente que n o cabe ao legislador ordin rio ou ao executivo dispor discricio nariamente de direitos fundamentais mas sim proporcionar e promover pol ticas p blicas com o fito de concretiz los Ademais a Carta Magna de
439. os mercados competitivos Ao aprofundar o tema Petronio Bismarck Tenorio de Barros enumera os direitos da personalidade que a pessoa jur dica pode invocar luz do C digo Civil vigente a saber Es posible destacar aquellos posibles de defensa por la persona jur dica tales como honor reputaci n nombre la imagen la libertad marca y s mbolos derecho a la identidad de la persona jur dica propiedad intelectual al secreto y al sigilo privaci dad y as todos que con el avance del derecho se hagan necesarios a la protecci n 28 Op cit Op cit 29 30 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 de los desdobramientos y desarrollo de la vida de las personas jur dicas E titularizando direitos da personalidade a pessoa jur dica pode tamb m sofrer dano moral Outra n o foi a conclus o alcan ada pelo Superior Tribunal de Justi a que h muito pacificou a quest o com a edi o da s mula 227 com o seguinte teor a pessoa jur di ca pode sofrer dano moral 2 5 A negativa o indevida como causa do dano moral vista dos elementos conceituais acima elencados poss vel aferir que o dano moral causado por aquele que insere indevidamente o nome da pessoa nos rg os de restri o ao cr dito at
440. os provedores de servi o de internet e aos seus usu rios quanto aos se BRASIL C mara dos Deputados Projeto Lei n 2 126 2011 Disp e sobre o acesso a informa es da Internet e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra codteor 912989 amp filename PL 2126 2011 gt Acessado em 24 de maio de 2013 244 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ju zes na hora de aplicar as regras de responsabilidade civil O Projeto Lei n 2 126 2011 a fim de ser uma esp cie de Constitui o da Internet como j mencionado regulamenta regras gerais de internet acarretaram algumas altera es no entendimento a quest es da responsabilidade civil dos provedores de internet Assim podemos destacar os casos de conte dos enviados por terceiros que hoje s o de responsabilidade do provedor de conte do por m se n o retirar o material dispon vel em tempo breve quando solicitado pela parte interessada responder pelos danos causados No entanto o projeto lei quando trata do assunto estabelece que o provedor de conte do s ser responsabilizado caso n o retire o material dispon vel ap s uma ordem judicial pedindo que o fa a Mas n o impede que o provedor remova o conte do caso o identif
441. os que deve ser recha ada a imposi o da condena o por da nos morais no caso de negativa o indevida com pr negativa o como solu o primordial e indispens vel ao caso que n o estaria sendo aplicada pelo bice do enunciado o que consti tuiria na vis o dos cr ticos uma injusti a Evidentemente tal como na aplica o de outras s mulas dos Tribunais Superio res a casu stica pode apontar casos de mais dif cil solu o que fugiriam ao mbito de aplica o do entendimento Contudo em condi es ordin rias entendemos pela juridicidade do enunciado que conforma as disposi es expressas e impl citas do ordenamento jur dico naci onal 43 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALMEIDA COSTA M rio J lio de Direito das obriga es 6 edi o Lisboa Portugal Edi tora Almedina 1994 P 496 ANDRADE F bio Siebeneichler de A tutela dos direitos da personalidade no direito bra sileiro em perspectiva atual Revista de Derecho Privado n 24 2013 Dispon vel em lt http ssmm com abstract 2305362 gt Acesso em 14 10 2013 ANDRADE Vitor Morais de San es administrativas no C digo de Defesa do Consumi dor S o Paulo Editora Atlas 2008 P 97 98
442. ossibilidades de participa o se 74 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ria mais democr tico a defini o de sua concep o E com base nessa concep o aplicar se iam as regras de Direito correspondentes ao debatido amplamente em sociedade Alguns podem dizer que tal proposta seria ut pica e imposs vel na realidade f tica do cotidiano Mas n o estaria a exatamente na utopia a possibilidade de amadurecimento da proposta Justi a e Direito devem caminhar juntos como elementos de extrema relev ncia constru o de uma igualdade social necess rio que se compreenda que no ordenamento jur dico brasileiro e tendo em vista sua estrutura jur dica com tribunais superiores de decis o as decis es prolatadas diante do ordenamento jur dico influenciar o sobremaneira as rela es sociais e o que ser aceito como justo ou injusto perante a sociedade mesmo que isso n o implique em uma opi ni o majorit ria Logo a opini o te rica aqui defendida que justi a e direito devem caminhar juntos na mesma dire o com o objetivo primordial de propiciar n o apenas discuss es ac erca do que seria ou n o considerado justo numa sociedade mas principalmente e
443. oz KOZICKI Katya Judicializa o da Pol tica e Con trole Judicial de Pol ticas P blicas Revista Direito GV S o Paulo v 8 n 1 p 59 86 Jan Jun 2012 BARROSO Lu s Roberto Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas Limites e Possibilidades da Constitui o Brasileira 7 ed Rio de Janeiro Renovar 2003 BARROSO Luis Roberto Judicializa o Ativismo Judicial e Legitimidade Democr tica Revista de Direito do Estado Rio de Janeiro n 13 p 71 91 jan mar 2009 BRAND O Rodrigo Supremacia Judicial versus Di logos Constitucionais A Quem Cabe a ltima Palavra sobre o Sentido da Constitui o Rio de Janeiro Lumen Juris 2012 BRASIL Supremo Tribunal Federal Suspens o de Tutela Antecipada 244 Paran Tribunal Pleno Relator Ministro Gilmar Mendes Julgado em 11 11 2008 DJe 18 11 2008 BRASIL Supremo Tribunal Federal Agravo Regimental na Suspens o de Tutela Antecipada 175 Cear Tribunal Pleno Relator Ministro Gilmar Mendes Julgado em 17 03 2010 DJe 30 04 2010 BRASIL Supremo Tribunal Federal Dispon vel em lt http www stf jus br portal cms ver Texto asp servico processo AudienciaPublicaSaude gt Acesso em 25 jul 2013 CHUEIRI Vera Karam de SAMPAIO Joanna Maria de Ara jo Como Levar o Supremo Tri bunal Federal a S rio Sobre a Suspens o de Tutela Antecipada n 91 Revista Direito GV 108 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fu
444. p aplicacao tst jus br dspace handle 1939 13796 gt Acesso em 14 de agosto de 2012 Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Dispon vel em lt http hwww planalto gov br ccivil 03 leis 2002 L10406 htm gt Acesso em 27 ago 2012 Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis L8078compilado htm gt Acesso em 28 de julho de 2012 Decreto n 6 523 de 31 de julho de 2008 Regulamenta a Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 para fixar normas gerais sobre o Servi o de Atendimento ao Consumidor SAC Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 ato2007 2010 2008 decreto d6523 htm gt Acesso em 28 de julho de 2012 Congresso Nacional C mara dos Deputados Projeto de Lei 7 140 de 2002 Altera o C digo de Defesa do Consumidor de forma a garantir o acesso gratuito dos consumidores aos servi os de atendimento Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra codteor 85467 amp filename PL 7140 2002 gt Acesso em 06 de agosto de 2012 Congresso Nacional C mara dos Deputados Projeto de Lei 1 427 de 2011 Disp e sobre o servi o de atendimento telef nico ao consumidor Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra codteor 876553 amp filename PL 1427 2011 gt Acesso em 06 de agosto de
445. pararia corretamente o ofendido caso se considere que ele sofreu um dano Trata se de solu o f cil para o problema mas que em nossa opini o ineficaz 39 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A segunda que os pr prios cr ticos reconhecem que se h dano ele de reper cuss o reduzida o que poderia afastar seu car ter de ressarc vel exig ncia de um m nimo de lesividade Com isso se n o h dano ressarc vel a imposi o do ofensor ao pagamento de indeniza o quando inexistentes pressupostos para tanto causaria o enriquecimento il cito por parte da v tima estar se ia trocando uma ilegalidade por outra apenas para apenar o respon s vel pela negativa o Conforme exposto acima n o se deve atribuir responsabilidade civil uma fun o t o somente punitiva sancionadora A respeito Ten rio de Barros afirma se justifica que la reparaci n tenga car cter disciplinador que no debe ser confundido con punici n pues el juez que condena la reparaci n no pune a n porque el pago indemnizatorio a t tulo punitivo ser a una afrenta al principio del enriquecimiento il cito O que gostar amos de adicionar discuss o o seguinte ponto ser que a repara o por danos mor
446. pedagem tem como fun o hospedar p gina ou sites os quais receberam visitas dos usu rios chamado tamb m de hospedeiro uma vez que n o mexe no conte do da informa o dos sites apenas hospeda como se locasse a p gina ou o site atrav s da internet partir desses conceitos pode se come ar a falar em Responsabilidade Civil uma vez que a internet n o pertence a um pa s ou a uma pessoa e sim s o diversas organiza es que a controlam Assim conseguiremos identificar quem o provedor que prestou o servi o o qual causou danos a alguma pessoa f sica ou jur dica 3 2 A Responsabilidade Civil 3 2 1 Hist rico da Responsabilidade Civil Nas civiliza es antigas as pessoas que causassem dano outra eram vingados por uma coletividade que se reunia contra o causador do dano com a finalidade dele sofrer consequ ncia pelo fato Com o passar do tempo houve alguma mudan a no modo de agir da civiliza o passando a ter car ter individual a vingan a onde n o era mais uma coletividade que vingaria e sim a pr pria pessoa que sofreu o dano a poca em que os homens faziam justi a com as pr prias m os onde se falou na Lei do Tali o que denomina uma forma de repara o do dano e a retribui o do mal pelo mal olho por olho dente por dente Era uma atitude para coibir abusos como Maria Helena Diniz comenta O poder p blico intervinha apenas para declarar quando e como a vitima p
447. pel que a jurisprid ncia francesa axerceu na sistematiza o e difus o da teoria da imprevis o E essa decis o do Conselho de Estado se tornou n o s hist rica como cl ssica constituindo a fonte da teoria da imprevis o no Direito Administrativo n o s Franc s como de todo mundo civilizado E outras surgiram afirmando a mesma orienta o e destarte construiu se a jurisprud ncia a respeito MELLO 2010 p 679 18 Apesar de parte da doutrina francesa e brasileira afirmar que houve decis es anteriores do pr prio Conselho de 123 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A teoria da imprevis o o ressurgimento da cl usula rebus sic stantibus de ori gem romana que andou adormecida durante a poca em que o liberalismo econ mico e co mercial tinha prefer ncia pela pacta sunt servanda ou seja pela imutabilidade e rigidez dos contratos Como quer que fosse nos fins do s culo XVIII e in cio do s culo XIX entrou a cl usula em decad ncia Os autores come aram a mostrar se cada vez menos favor veis sua admiss o procurando limitar os casos em que seria aplic vel Os novos c digos elaborados no princ pio do s culo passado entre os quais o C digo de Napole o e o C digo Civil italia no n o
448. pessoa humana sendo que apenas os reconheci dos pelo Estado que lhes d for a jur dica seriam direitos da personalidade J os naturalis tas conceituam direitos da personalidade como aqueles que existem antes e independente mente do direito positivo como inerentes ao pr prio homem considerando em si e em suas manifesta es Em seguida ao filiar se a corrente naturalista conclui que n o poss vel limitar os direitos subjetivos para depois t los como inerentes pessoa humana Como afirmado pelo ilustre professor na sequ ncia em nosso entender pois os direitos da personalidade devem ser compreendidos como a os pr prios da pessoa em si ou origin rios existentes por sua natureza como ente humano com o nascimento b e os referentes s suas proje es para o mundo exterior a pessoa como ente moral e social ou seja em seu relacionamento com a sociedade No Brasil tais direitos foram positivados t o s na Constitui o Federal de 1988 ao declarar como fundamento da Rep blica Federativa do Brasil a dignidade da pessoa huma na artigo 1 III considerado atualmente como supraprinc pio do ordenamento jur dico No entanto o C digo Civil de 2002 assim como seu antecessor n o traz um di reito geral de personalidade no entender de F bio Siebeneichler de Andrade Essa situa o re sulta no entender do autor na excessiva invoca o do princ pio da dignidade da pessoa hu ma
449. pica de trabalho proporciona pois logisticamente mais f cil e por sua vez mais barato pagar diretamente a uma empresa para disponibilizar essa m o de obra do que contratar o pr prio pessoal donde poderiam surgir muito mais imbr glios de or dem trabalhista do que por meio da terceiriza o O resultado disso se reflete na rela o com o consumidor que acaba se tornando ref m dos call centers terceirizados que n o possuem o conhecimento t cnico necess rio da empresa que os contrata para fornecer uma solu o satisfat ria ao consumidor Assim poss vel notar que h um privil gio ao pagamento de indeniza es as quais figuram nos planeja mentos or ament rios anuais em detrimento da promo o da capacita o de pessoal que 2 Dispon vel em lt http terramagazine terra com br interna 0 014201054 E114214 00 Teleatendimento Como conseguem nos enlouquecer diariamente html gt Acesso em 16 de agosto de 2012 252 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 usualmente n o det m a t cnica necess ria para atender a demanda do consumidor A partir desta desorganiza o e m presta o do servi o como consect rio l gico passa se a ter um incha o de a es em duas searas distintas quais sejam c vel com as
450. potencial ter seu nome na lista No estado do Esp rito Santo tamb m existe o que vem se chamando de clich le gislativo do teleatendimento ou seja uma lei vigente que institui o cadastro N o Importu ne mantido pelo Procon Lei n 9 176 09 al m de dois projetos de lei em tramita o relati vos a obrigatoriedade das empresas que firmam contrato a dist ncia em enviar c pias dos con tratos mediante AR os quais s o o Projetos de Lei 304 11 e 205 12 que s o praticamente iguais sendo o mais recente uma proposi o menos detalhada j que por exemplo limita se a determinar que os contratos firmados por meio telef nico sejam encaminhados por escrito ao consumidor ao contr rio do primeiro que acrescenta que o contrato seja enviado atrav s de correio eletr nico institucional cadastrado em nome da empresa cadastrada Frise se tamb m que o Projeto de Lei de 2012 tamb m determina um valor maior para o pagamento da multa em raz o do descumprimento sendo este de R 3 000 00 em detrimento dos 1 000 mil Valo res de Refer ncia do Tesouro Estadual VRTESs aplicados em dobro no caso de reincid ncia estabelecido pelo projeto mais antigo 2 1 4 Regi o Sul A Regi o Sul caracteriza se por ter sido pioneira na tentativa de regulamentar ati vidade relativa ao teleatendimento como j mencionado alhures a C mara Municipal de Por to Alegre no ano de 2002 teve a inten o de implementar no mbito deste muni
451. prec pua da OMC que somente admite a implanta o de medidas antidumping justamente para atingir seu principal objetivo que a gradual liberaliza o comercial Nesse passo o que se constata que acaba havendo uma legaliza o no mbito normativo da OMC do protecionismo que ela pr pria pretende combater 181 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Para muitos isso tamb m decorre em raz o do cen rio atual do com rcio internacional com o surgimento dos blocos econ micos cada vez mais frequentes e da pr pria configura o atual do contexto internacional modelo multipolar ainda indefinido com o surgimento de novas pot ncias mundiais que n o se coaduna com os textos normativos em vigor fruto de um mundo que n o existe mais Assim faz se necess rio a implementa o de mudan as nas legisla es antidumping ajustando e aperfei oando conceitos e institutos afetos ao Direito Internacional para traz los s novas necessidades do mundo contempor neo Nesse passo conclui se que os direitos antidumping devem ser mantidos porque uma na o n o pode descurar da prote o dos interesses de sua ind stria que fator de desenvolvimento e bem estar de seu povo Contudo essa prote o deve ser din mica e acompanhar as mudan as inova es
452. primeiro no qual o pedido extrapola os limites do m nimo existencial vez que o pleiteante requer perante o judici rio a determina o de que a Administra o P bli ca conceda lhe fraldas geri tricas No entanto a decis o foi prolatada no sentido de que o ob jeto perquirido trata se de insumo referente higiene sendo que este poderia ser suprido por outros meios Al m do que o Estado deve priorizar necessidades maiores por exemplo trata mentos m dicos essenciais sa de como se v pela ementa do julgado CONSTITUCIONAL ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL SISTEMA NICO DE SA DE PROTOCOLOS CL NICOS E DIRETRIZES TERAP UTICAS DO SUS INSUMO FRALDA GERI TRICA EXCLUS O RECURSOS OR AMENT RIOS PRIORIDADES A l gica do razo vel sugere que a n o inclus o de insumos em Protocolos Cl nicos e Diretrizes Terap uticas do SUS decorreu de decis o administrativa voltada destina o priorit ria dos recursos da sa de ao custeio de produtos de maior necessidade sobretudo f rmacos cuja falta o paciente n o poderia suprir por outros meios RECURSO PROVIDO REEXAME NECESS RIO PREJUDICADO TJRS Apela o C vel n 70045721578 2012 148 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Percebe se portanto que na analise da situa o
453. que justo indica o desejo pelo justo e a desejar o que justo e analogamente o que seria injusto seria vinculado ao desejo do que injusto fazendo com que as pessoas ajam injustamente Na perspectiva aristot lica o ser justo guardava forte rela o com a legalidade com os preceitos previstos em lei ou seja considerava que o que estava previsto em lei pode ria ser compreendido enquanto justi a Essa rela o n o era despropositada a justi a era re lacionada lei pois o papel prec puo da legisla o seria o de garantir o bem comum a felici dade de toda a sociedade Sendo a justi a considerada sob esse prisma para Arist teles 2010 ela era uma 61 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 virtude a mais completa e do mais alto grau de abstra o enquanto que na contram o a in justi a era o v cio tamb m por completo Logicamente se a justi a possu a toda essa possibi lidade de garantir a virtude e de exerc la o seu oposto s poderia ser considerado como o v cio t o nocivo na vis o da injusti a Ele diz nesse sentido a justi a n o uma parte da virtude mas a virtude inteira nem seu contr rio a injusti a uma parte do v
454. que o car ter principiol gico das normas de direito fundamental implica a necessidade de um sopesamento quando elas colidem com princ pios antag nicos ALEXY 2011 p 117 118 Por outro lado a viabilidade de exerc cio dos direitos sociais envolve sobremanei ra a ordem econ mica certo de que sua efetividade despende via de regra de elevados mon tantes financeiros p blicos Desta feita a doutrina brasileira fazendo se valer da constru o dogm tica alem qual seja a teoria da reserva do poss vel Vorbehalt d s Moglichen busca justificar a n o pres ta o p blica direta ou indireta de tais direitos em decorr ncia da impossibilidade jur dica ou financeira or ament ria 4 3 Reserva do Poss vel Emergente da doutrina alem a denominada cl usula da reserva do financeiramente poss vel tem sido comumente invocada quando se trata de restri o efetiva presta o do direito social SARLET 2001 p 265 Sobre o assunto Jos dos Santos Carvalho Filho afirma que a reserva do poss vel visa indicar que por v rios motivos nem todas as metas governamentais podem ser alcan a das principalmente pela costumeira escassez de recursos financeiros CARVALHO FILHO 2009 p 43 Logo os recursos p blicos devem ser aplicados prioritariamente no atendimento das necessidades essenciais da popula o Assevera ainda que nas situa es em que haja imposi o expressamente legal n o poder
455. que a Teoria da causali dade adequada mais utilizada na esfera civil Existem outras teorias que auxiliam no nexo de causalidade mas essas duas s o as mais utilizadas As excludentes de responsabilidade que impedem que o nexo causal se concretize s o a culpa exclusiva da v tima culpa concorrente culpa comum culpa de terceiro por for a maior ou caso fortuito e a clausula de n o indenizar na esfera contratual Essa sele o de ex cludente de responsabilidade pelo nexo causal dada por Maria Helena Diniz A culpa diferente dos outros pressupostos dispens vel na Responsabilidade Civil objetiva tamb m chamada responsabilidade de risco ou responsabilidade sem culpa Mas na responsabilidade subjetiva a culpa tem que ser provada ou presumida Para compreendermos quando a culpa deve ser provada ou presumida precisamos compreender seu conceito analisando a interpreta o dos doutrinadores j que a legisla o n o definiu nem conceituou o que seria culpa O dolo e a culpa v m comentados no artigo 186 do C digo Civil quando disp e que ato il cito quando algu m por a o ou omiss o volunt ria que seria o dolo neglig ncia ou imprud ncia falando da culpa viola direito ou causa dano a outrem mesmo que moral Ent o a culpa tamb m uma a o ou omiss o mas se revela atrav s da imprud n cia neglig ncia ou da imper cia Ou seja a culpa uma conduta volunt ria contr ria ao de ver
456. que tratava do teleatendimento qual seja a de n 4 171 08 que tratava tamb m da cria o de um cadastro para o n o recebimento de liga es foi revogada em raz o dos argumentos de empresas do setor que amea aram n o se instalar em Bras lia 2 1 6 Esfera Normativa Da Uni o J na esfera normativa da Uni o existe o Projeto de Lei da C mara dos Deputados 342 07 que busca estabelecer que quaisquer empresas p blicas ou privadas com mais de 300 funcion rios devem criar um setor de ouvidoria O projeto determina as fun es da atividade e os direitos e deveres do ouvidor eleito pelos funcion rios da empresa o qual foi aprovado pela Relatoria da Comiss o de Trabalho de Administra o e Servi o P blico da C mara dos Deputados para aprecia o e ser remetido ao Senado Federal Iniciativa inexistente no mbi to dos estados e mun cipios no que toca a legislar sobre as rela es de ouvidoria feitas pelo teleatendimento Nota se com este Projeto de Lei que existe uma tend ncia em expandir as nor mas reguladoras do teleatendimento ao poder p blico a qual confirmada tamb m com a edi o e proposi o de outros diplomas a exemplo da Portaria 49 09 da Secretaria de Direito Econ mico do Minist rio da Justi a que considerando que a aplica o do C digo de Prote o e Defesa do Consumidor CDC se estende a presta o de servi os p blicos acrescenta ao rol exemplificativo do art 39 do CDC no servi o
457. r aquele a ser protegido deva ser transportado para a legisla o antidumping N o parece ser tal entendimento o melhor Com efeito n o compat vel a transposi o de conceitos e normativos da lei antitruste Lei n 8 884 94 lei antidumping havendo inclusive a previs o no artigo 91 da lei antitruste de que seus dispositivos n o se aplicam aos casos de dumping Tal impossibilidade prevista na lei resultado dos objetivos distintos do antidumping e do antitruste esse precipuamente focado na preserva o da concorr ncia necess ria ao bem estar do consumidor quele com o fito ltimo da prote o ind stria nacional 4 A APLICA O NO BRASIL DOS DIREITOS ANTIDUMPING O Acordo sobre a Implementa o do Artigo VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Com rcio 1994 AAD est anexado ao Acordo Constitutivo da Organiza o Mundial do Com rcio OMC parte integrante da Ata Final que Incorpora os Resultados da Rodada Uruguai das Negocia es Comerciais Multilaterais do GATT assinada em Marraqueche em 12 de abril de 1994 aprovada pelo Decreto Legislativo n 30 de 15 de dezembro de 1994 e promulgada pelo Decreto Legislativo n 1 355 de 30 de dezembro de 1994 A Lei n 9 019 1995 disp e sobre a aplica o dos direitos previstos no AAD regulamentando a forma de cobran a dos direitos antidumping possibilitando a cobran a de 178 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping
458. r as exig ncias de qualifica o t cnica e econ mica in dispens veis garantia do cumprimento das obriga es O enunciado normativo acima destacado cont m o direito ao equil brio econ mico financeiro expressa um direito subjetivo do particular de exigir da administra o nos termos da lei a revis o do contrato quando as condi es presentes forem desvantajosas se comparadas com as condi es efetivadas na proposta Ent o tendo em vista a import ncia e o car ter constitucional do equil brio econ mico financeiro partimos para an lise do problema trazido pelo RDC em busca de uma solu o constitucionalmente adequada 3 AS LIMITA ES TRAZIDAS PELO ART 9 4 DO RDC Antes da vig ncia da Lei 12 462 11 a express o do direito ao equil brio econ mico financeiro era regulamentada primordialmente pela Lei 8 666 93 em seu art 65 II d Art 65 Os contratos regidos por esta Lei poder o ser alterados com as devidas jus 119 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tificativas nos seguintes casos 65 II por acordo das partes C d para restabelecer a rela o que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribui o da administra
459. r Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tr s Tribunais distintos o de S o Paulo que o maior em volume de julgamento o do Rio Grande do Sul considerado o ber o do entendimento sumulado e do pr prio Superior Tribu nal de Justi a que inovou em sua interpreta o No que tange ao Tribunal bandeirante o paradigma indicado a apela o n 0027182 93 2010 8 26 0071 julgada em 25 09 2013 sob a relatoria do Desembargador Luis Mario Galbetti Para referido magistrado o liame entre a fun o pedag gica da responsabili dade civil e a ratio da lei consumerista tornam necess rio afastar sua incid ncia N o obstante o teor da S mula invocada a sua aplica o indiscriminada parece ina dequada ao regime do C digo de Defesa do Consumidor e consistiria em uma ex cludente para o fornecedor que promove conduta irregular e inscreve indevidamente o nome do consumidor nos cadastros de inadimplentes o que n o parece convenien te ou prudente pois a inten o exatamente prestigiar a fun o pedag gica profil tica e intimidativa na exata medida do que se conhece como teoria do desest mulo Ainda no TJ SP na apela o n 0006943 34 2012 8 26 0286 a Desembargadora Rosa Maria de Andrade Nery concluiu tamb m por afastar a incid ncia literal da s mula 385 STJ aplicando a solu o sugerida pela Ministra Nancy Andrighi em seu
460. r metros propos Ibidem p 19 21 134 Idem 13 CORDEIRO Karine da Silva Op cit p 193 136 Idem 17 BARCELLOS Ana Paula de Efic cia Jur dica dos Princ pios Constitucionais 3 ed Rio de Janeiro Renovar 2011 p 332 13 Idem 104 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 tos na esfera doutrin ria inclusive na parte geral dos direitos sociais 5 CONCLUS O Este artigo discute a seguinte problem tica Por que o acesso justi a e a luta por direitos inclusive do direito fundamental sa de se orienta crescentemente em dire o ao Judici rio Demandas que antes eram dirigidas ao Legislativo s o apresentadas agora ao Ju dici rio na expectativa de que ele venha a suprir determinados servi os negligenciados pela Administra o P blica Com efeito o Supremo Tribunal Federal tem passado por profundas transforma es que tem levado a uma postura mais ativa na an lise de suas decis es Trata se da mani festa o do ativismo judicial ou da judicializa o da pol tica Atrav s da an lise do judicial review fica demonstrada a import ncia do papel cri ativo da Suprema Corte americana ao determinar valores para normas abstratas contidas em seu texto constitucional por me
461. r nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 existencial e a reserva do poss vel na busca pela preserva o da dignidade da pessoa hu mana Curitiba Juru 2011 BRAS LIA Supremo Tribunal Federal RE 436 996 6 Relator Min Celso de Mello Bra s lia 26 de outubro de 2005 Dispon vel em lt http www stf jus br imprensa pdf re436996 pdf gt Acessado em 02 10 2012 BUCCI Maria Paula Dallari Direito administrativo e pol ticas p blicas S o Paulo Sarai va 2002 CAETANO Marcelo Manual de direito administrativo Vol 2 Lisboa Coimbra 1973 p 1043 In CARVALHO FILHO Jos dos Santos Manual de direito administrativo 21 ed rev ampl e atual Rio de Janeiro Lumen Juris 2009 p 308 CANELA JUNIOR Osvaldo Controle judicial de pol ticas p blicas S o Paulo Saraiva 2011 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito constitucional e teoria da constitui o 7 ed Coimbra Almedina 2003 p 109 CARVALHO FILHO Jos dos Santos Manual de direito administrativo 21 ed rev ampl e atual Rio de Janeiro Lumen Juris 2009 COMPARATO F bio Konder A afirma o hist rica dos direitos humanos 7 ed rev e atual S o Paulo Saraiva 2010 JUSTEN FILHO Mar al O direito das ag ncias reguladoras independentes S o Paulo Dial tica 2002 Curso de direito administrativo 7 ed ver e atual 1 reimp Belo Ho
462. r nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 concreto magistrados promotores e advogados sendo este ltimo o aspecto pr tico do Di reito ou seja a aplica o das leis e normas propriamente ditas Conv m dar relevo ao fato que tanto o legislador quanto o operador do direito devem almejar refletir os anseios sociais No instante em que aplica a lei abstrata no caso concreto o operador do Direito exerce um poder a ele concedido conforme Michel Troper 2008 a corrente Realista tem a interpreta o considerada como fun o de vontade cabendo ao operador do direito desde que habilitado dar a norma o significado que entender mais adequado para o caso em concreto Contudo o interprete deve seguir m todos confi veis para interpretar Tangente ao crime tipificado no artigo 356 do CPB o legislador pretendeu tutelar a administra o da Justi a na modalidade sonega o de autos Bitencourt 2010 p 436 le ciona quanto classifica o doutrin ria do mesmo Trata se de crime pr prio que exige qualidade ou condi o especial do sujeito formal que n o exige resultado natural stico para sua consuma o de forma livre que pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente instant neo n o h demora entre a a o e o resultado unissubjetivo que pode ser praticado por um agente apenas plurissubsistente que em regra po
463. r rio do entendimento jurisprudencial n o se integra ao tipo penal a intima o judicial contrariando assim a vontade do legislador que optou adotar na elabora o do C digo Penal Brasileiro em seu art 4 a teoria da atividade a o declarando que a consuma o do delito ocorre no momento em que o agente pratica a a o ou omiss o descrita no tipo penal 6 CONSIDERA ES FINAIS No curso do presente artigo nota se que os estudiosos do Direito buscam o reco nhecimento cientifico desta rea de conhecimento humano Enquanto ci ncia prop e se en tend lo a partir da proposta de Marques Neto 2001 p 185 que parte de uma premissa dia l tica entendendo a ci ncia do direito mais do que simples c pia de qualquer realidade mas um sistema constru do de proposi au MARQUES NETO Agostinho Ramalho A ci ncia do Direito conceito objeto m todo 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 201 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 es te ricas que voltado para o real o faz seu assimilando o e transformando o e por isso mesmo construindo o e retificando o Esse sistema te rico se caracteriza como jur dico n o em decorr ncia do objeto tom
464. r vel de 3 O grau de escolaridade pode ser classificado por exemplo em analfabeto primeiro grau incompleto primeiro grau completo segundo grau incompleto segundo grau completo superior incompleto e superior completo e como se pode observar tais categorias podem ser ordenadas 158 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 n meros como por exemplo o n mero de filhos 0 1 2 ou em cont nuas quando os pos s veis valores pertencem a um intervalo de n mero reais como a idade BUSSAB e MORET TIN 2002 As informa es estat sticas devem ser devidamente coletadas e registradas sejam elas populacionais ou amostrais Seja qual for o instrumento usado para obter as informa es necess rias para o estudo em quest o deve se garantir a boa qualidade do dado levantando todas as vari veis necess rias para que o objetivo do estudo seja atingido O objetivo principal deste artigo mostrar a utiliza o de algumas t cnicas de es tat stica descritiva para analisar dados legais O artigo tamb m mostra como construir uma base de dados de forma adequada para que se possa com o aux lio de planilhas eletr nicas ou softwares estat sticos espec ficos obter a tabula o dos mesmos Sem a constru o adequada da base de dados a tabula o dos
465. r o atrelamento em favor de uma rela o de co originali dade A partir disso o Direito ganha luzes na solu o de problemas institucionalizando as aspira es sociais atrav s de um procedimento democr tico Continua o professor Luiz Moreira apresentando as id ias do pensador alem o Jirgen Habermas no tocante a legitimidade do direito e sua teoria discursiva que tem por ali cerces os direitos humanos e a soberania do povo leciona 2002 p 138 139 O processo de normatiza o do Direito se obt m atrav s do processo legislativo Mas o processo legislativo autonomamente n o fonte de legitimidade do direito Os membros de uma dada comunidade jur dica t m que se atribuir direitos para que possam se constituir membros de uma comunidade jur dica aut noma Assim a id ia de que o ordenamento jur dico se constitui enquanto uma inst ncia externa aos cidad os heter noma cede lugar id ia de uma produ o efetiva de seres livres que t m no ordenamento jur dico a manifesta o de sua vontade livre ou seja o Direito ao mesmo tempo cria o e reflexo da produ o discursiva da opini o e da vonta de dos membros de uma dada comunidade jur dica Sobre esta proposta complementa o pr prio Habermas 1997 p 309 a comu nidade jur dica n o se constitui atrav s de um contrato social mas na base de um entendimen to obtido atrav s do discurso Avan ando neste pensamento recorre se no
466. r o que de termina a lei e ainda assim a pessoa f sica ou jur dica que presta o servi o der causa ao seu descumprimento ou quando a entidade que provem meios de realizar a campanha ao prestador de servi o incorre em falhas na sua fun o dessa forma estendendo os efeitos desta norma a mais entes que se utilizam do meio As limita es utiliza o da atividade de telemarketing est o insculpidas no art 3 do Projeto de Lei no referido artigo a principal inova o fica a cargo do dispositivo conti Art 3 livre a utiliza o e o exerc cio da atividade de telemarketing observadas as seguintes condi es I entidades patrocinadoras devem manter servi o de cadastro das pessoas que n o desejam ser contatadas que poder ser acessado por telefone ou pela internet a crit rio da pessoa 263 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 do no inciso I que ao contrario do que determinava as leis dos estados e munic pios as quais delegavam a responsabilidade de manter o cadastro rg o estatal sendo na grande maioria dos casos os Procons o Projeto de Lei 673 11 aduz que a manuten o deste cadastro de res ponsabilidade das entidades patrocinadoras cujos objetivos s o determinantes para a realiza o de campanha
467. r responsabilidade subjetiva E quanto responsabilidade por seus pr prios atos responder pelo artigo 14 e 20 do C digo de Defesa do Consumidor assumindo o risco da atividade com responsabilidade civil subjetiva 5 AN LISE DO PROJETO LEI 2 126 2011 Ainda hoje n o existe lei que responsabilize os provedores de servi o de internet aos danos causados por atos de seus usu rios nem fiscalizar os atos Na verdade a Constitui o Federal at pro be a fiscaliza o em virtude do artigo 5 inciso II quanto ao sigilo da cor respond ncia das comunica es telegr ficas de dados e das comunica es telef nicas No entanto inexiste outro ordenamento jur dico disciplinando a responsabilidade civil dos provedores de internet por isso invocamos o Princ pio da Legalidade do artigo 5 inciso II que afirma ningu m ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se n o em virtude de lei mesmo que houve lei disciplinando a responsabilidade do provedor quan to a conte dos il citos seria imposs vel que os provedores fiscalizassem todos os tipos de in forma es contidas no ciberespa o Os operadores jur dicos dever o utilizar o bom senso para dirimir quest es jur dicas relacionadas Internet procurando sempre relacionar a parte t cnica com o ordena mento jur dico em exerc cio S o as an lises simples e l gicas que possibilitar o um 23 LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Proved
468. r uma an lise dos elementos que com p e o tipo penal em exame delimitando o momento de sua consuma o para posteriormente confront las com as decis es proferidas em nossos tribunais Assim se procura verificar se h ocorr ncia de incongru ncias nos julgados do crime de sonega o de autos pelos magistrados das cortes superiores brasileiras no que tange a aplica o correta dos conceitos cient ficos 2 DIREITO SUA LEGITIMIDADE ESTADO DE DIREITO DEMOCR TICO E O DI REITO ENQUANTO CI NCIA 2 1 Direito e sua legitimidade Inicialmente conv m apresentar uma breve e despretensiosa explana o sobre o que se pode entender por Direito Desde logo se sabe que conceituar a express o direito um dos mais herc leos e ao mesmo tempo in cuos trabalhos dos estudiosos do tema Assim n o constitui objetivo aqui nas palavras de Caminha 2000 p 1 impor absolutamente sua vis o do Direito por que este se trata de uma realidade que sendo nica assume em sua plenitude uma plura lidade de dimens es apenas se quer apresentar uma no o mais ampliada do que seja Direi to sem desconsiderar as peculiaridades inerentes a esta rea do conhecimento humano A evolu o cientifica do conceito de Direito representa uma evolu o social se gundo Perez Lufio 1997 p 26 27 as diferentes defini es que ao longo da hist ria se tem dado ao Direito n o s o outra coisa sen o a revela o de disti
469. ra ele a natureza jur dica dos direitos antidumping de ndole aduaneira posto que s existe dumping numa rela o de com rcio internacional 174 MARQUES Maria de F tima Rodrigues A OMC e as Medidas Antidumping no Brasil Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Justificando esse entendimento Caparroz 2012 p g 393 define direito aduaneiro como o setor de estudo formado pelo agrupamento de normas ratione materiae relativas ao controle sobre a importa o e a exporta o de mercadorias e as rela es dele decorrentes num determinado pa s ou bloco de integra o econ mica Contudo a contrastar esse entendimento h que se apontar que n o obstante ser o direito aduaneiro a exemplo do direito antidumping tamb m uma forma de prote o da ind stria dom stica t m no Imposto de Importa o sua maior express o E como dito supra os direitos antidumping t m car ter de atividade discricion ria ao contr rio dos direitos de natureza tribut ria como o o aduaneiro onde a atividade vinculada Assim melhor entendimento verifica se ser a de Welber Barral 2000 p g 65 que com base no artigo 174 caput da Constitui o Federal inclui os direitos antidumping como uma modalidade n o tribut ria de interven o no dom nio econ mico Tal dispositivo constitucional d ao Estado o pape
470. rada da p gina sendo assim sua responsabilidade subjetiva e nesse caso que foi comprovada a culpa do provedor de conte do dever indenizar o ofendido 4 4 Responsabilidade Civil do Provedor de Correio Eletr nico 61 SANTOS Ant nio Jeov Dano Moral na Internet S o Paulo M todo 2001 p122 123 62 BRASIL Superior Tribunal de Justi a Agravo em Recurso Especial A o indenizat ria n 137 944 RS 2012 0003695 0 Agravante Google Brasil Internet Ltda Agravado Irismar Lira Relator Ministro Antonio Carlos Ferreira Decis o 21 03 2013 DJe 08 04 2013 Dispon vel em http www stj jus br Acessado em 30 maio 2013 235 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O poder Judici rio trabalhista j equiparou o correio eletr nico ao correio con vencional assim hoje usa se o mesmo diploma do artigo 5 inciso XII da Constitui o Fede ral quanto ao sigilo correspond ncia inviol vel o sigilo da correspond ncia e das comunica es telegr ficas de dados e das comunica es telef nicas salvo no ltimo caso por ordem judicial nas hip te ses e na forma que a lei estabelecer para fins de investiga o criminal ou instru o processual penal No entanto alguns doutrinadores interpretam que o e mail
471. ral Ministro Gilmar Ferreira Mendes ouviu 50 especialistas entre advogados defensores p blicos promotores e procuradores de justi a magistrados professores m dicos t cnicos de sa de gestores e usu rios do Sistema nico de Sa de nos dias 27 28 e29de abril e 4 6 e 7 de maio de 2009 BRASIL Supremo Tribunal Federal Dispon vel em lt http www stf jus br portal cms ver Texto asp servico processo AudienciaPublicaSaude gt Acesso em 25 jul 2013 102 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 considerem todas as circunst ncias dos casos concretos Com base na experi ncia apreendida na referida audi ncia p blica o Supremo Tribunal Federal entendeu ser necess rio redimensionar a quest o da judicializa o do direito sa de no Brasil e estabeleceu no julgamento da STA 175 alguns par metros essenciais solu o judicial de casos concretos que envolvem esse direito O primeiro dado a ser esclarecido segundo Gilmar Ferreira MENDES a exis t ncia ou n o de pol tica estatal que abranja a presta o de sa de pleiteada pela parte Para ele ao deferir uma presta o de sa de inclu da entre as pol ticas sociais e econ micas formu ladas pelo Sistema nico de Sa de SUS o Judici ri
472. raticado pelo respons vel pela inscri o Por sua vez Bruno Miragem faz detalhada cr tica a respeito analisando a ques t o de maneira mais abrangente Ap s analisar aspectos conceituais e a evolu o da jurispru d ncia do Superior Tribunal de Justi a afirma este que A cr tica mais eloquente parece situar se justamente na aus ncia de resposta do Di reito ao il cito portanto no mbito da efetividade da norma que assegura o direito pr via notifica o mas que fica sem san o A exclusividade de cancelamento da inscri o indevidamente realizada n o serve para desestimular mas ao contr rio in centiva o comportamento il cito uma vez que n o afasta o objetivo econ mico pre tendido pelo ofensor Afirma assim que a solu o mais adequada seria a responsabiliza o civil do ofensor ainda que de maneira mitigada como modo de reparar o dano moral in re ipsa causa do e impor uma san o quele que pratica o ato il cito 4 3 Cr ticas levadas ao STJ via reclama o vista do conte do da s mula 385 STJ separamos tr s reclama es duas delas j julgadas apresentadas no Superior Tribunal de Justi a que causaram grande expectativa naqueles que acompanham a pol mica em quest o A primeira delas Rcl 4028 DF suscitou a inobserv ncia da s mula por parte de Col gio Recursal que teria ignorado sua disposi o na ocasi o de julgamento de recurso ino minado Afirma o reclamante estar pres
473. rdeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 doutrina analisando se ainda como surgiu e como foi abordada no C digo Penal Brasileiro no Estatuto dos Militares e no regulamento do Ex rcito Encontramos hierarquia hoje em diversos sistemas da sociedade mesmo onde n o tem autoridades constitu das nem tampouco Estado formado inclusive para Dumont citado por Leirner diz encontrar nas castas da ndia a hierarquia como um princ pio que norteia toda a vida social daquele pa s as castas nos ensinam um princ pio social fundamental a hierar quia Tendo para alguns generais da reserva que a hierarquia principalmente entre ofici ais generais o princ pio b sico mais importante e decisivo e que norteia toda a vida da ins titui o militar Esse princ pio aparece na pr pria constitui o quando define For as Armadas no artigo 142 organizadas com base na hierarquia e disciplina Hierarquia a uma forma de organiza o da sociedade sendo de maior valor para as For as Armadas pela sua ess ncia sendo que este princ pio base para todo seu estudo e grande parte deste trabalho Leirner conceitua hierarquia como a base sobre a qual se exteri
474. re em uma afronta vontade da maioria representada no Parlamento Feitas essas considera es parte se para a discuss o acerca do ativismo judici al no contexto brasileiro 3 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Stare Decisis Integridade e Seguran a Jur dica Reflex es Cr ticas a Partir da Aproxima o dos Sistemas de Common Law e Civil Law na Sociedade Contempor nea 264 f Tese doutorado Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Centro de Ci ncias Jur dicas e Sociais Programa de P s Gradua o em Direito Defesa Curitiba 28 02 201 p 86 BARROSO Luis Roberto Judicializa o p 77 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Jurisdi o Constitucional p 89 8 BARROSO Luis Roberto Judicializa o p 77 23 VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 76 3 MELLO Cl udio Ari Democracia Constitucional e Direitos Fundamentais p 205 apud BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Jurisdi o Constitucional p 116 83 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 AS PERSPECTIVAS PARA O ATIVISMO JUDICIAL NO BRASIL O Poder Judici rio brasileiro tem experimentado ap s a Constitui o de 1988 um expressivo processo de judicializa o da pol tica como res
475. recipuamente a guarda da Constitui o cabendo lhe amp VIT RIO Teodolina Batista da Silva C ndido Op cit p 83 86 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 vidindo essa autoridade com as cortes inferiores e os ju zes brasileiros Destaca se no campo da judicializa o da pol tica o aumento da responsabilidade do Judici rio em decidir sobre pol ticas p blicas especialmente sobre quest es relacionadas ao direito fundamental sa de sendo o Judici rio questionado e criticado por estar intervindo em esfera de pol ticas de sa de Nesse sentido Rog rio Bastos ARANTES explica que a constitucionaliza o de pol ticas p blicas uma das principais for as a favor do fen meno da judicializa o da pol ti ca no Brasil Essa situa o pode ser explicada pelo fato de que o Poder Judici rio inclusive o Supremo Tribunal Federal provocado cada vez mais devido a extens o da Constitui o e a proposi o de novas emendas Luiz Werneck VIANNA afirma que as ADINS j fazem parte do cen rio natural da moderna democracia brasileira afirmando em sucessivos e diferentes governos a sua pre sen a institucional Al m de ser instrumento da defesa de minorias sua origem constitucional c
476. rerrogativa concedida ao Estado Social Ant nio E Perez Lu o sob o prisma da igualdade sustenta que os poderes p blicos assumem a responsabilidade de proporcionar generalidade dos cidad os as presta es a servi os p blicos adequados para subvencionar suas neces sidades vitais dizer vela pelo que a doutrina alem denomina de procura existen cial Daseinvorsorge PEREZ LUNO 1993 p 193 141 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 No atual modelo hermen utico neoconstitucional a Carta Magna deve nortear e condicionar todo o sistema jur dico do pa s logo estabelece tamb m os limites de atua o do Poder Executivo tanto quanto determina que os direitos sociais fundamentais devam ser sal vaguardados por este por isso que se diz que ao Estado conferido o poder dever de agir uma vez que n o pode esquivar se do estrito cumprimento da lei tanto para agir quanto para se omitir Entende se por poderes administrativos o conjunto de prerrogativas de direito p blico que a ordem jur dica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins CARVALHO FILHO 2009 p 46 sendo que estas dividem se em Poder Discricion rio Poder Regulamentar e Poder de Pol cia Dentre estes a at
477. rescind vel que o agente aja dolosamente para ser responsabilizado pelo delito em estudo Importante se faz colacionar os ensinamentos de Paulo C sar Busato 2008 no que tange ao dolo e a imprud ncia Explica o renomado autor que dolo e imprud ncia s o coi sas distintas urgindo a necessidade de se estabelecer uma fronteira concreta entre eles deli mitando os elementos do dolo frente imprud ncia identificando o como compromisso de atuar contra o bem jur dico pois como uma das formas de imputa o subjetiva leva consigo uma san o distinta de gravidade as TAVAREZ Juarez Apontamentos de aula UERJ 2009 B BUSATO Paulo C sar PERES Carlos Mart nez Buj n PITA Maria Del Mar D az Modernas tend ncias sobre o DOLO em Direito Penal 1 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2008 198 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Ressalte se que o mero esquecimento do advogado de restituir os autos ao cart rio n o configura o crime tipificado no art 356 do CP n o havendo previs o legal de forma culposa Como assevera Hungria apud Delmanto 2010 p 1027 A neglig ncia por mais crassa determinante do perdimento ou n o restitui o dos autos d
478. reserva legal amp direito criminal 3 reimpress o Curitiba Juru 2010 BITENCOURT Cezar Roberto Tratado de Direito Penal vol 5 Parte Especial dos crimes contra administra o p blica dos crimes praticados por prefeitos 4 ed rev atual ampl S o Paulo Saraiva 2010 p 433 436 BUSATO Paulo C sar P RES Carlos Mart nez Buj n PITA Maria Del Mar D az Modernas tend ncias sobre o DOLO em Direito Penal 1 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2008 SANTOS Boaventura de Souza Introdu o a uma ci ncia p s moderna 4 ed S o Paulo Graal 2003 CAMINHA Marco Aur lio Lustosa O Conceito de Direito Dispon vel em lt http www jus uol com br revista texto 1 gt Publicado em 07 2000 Acesso em 25 06 11 DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de Teoria Geral do Estado 29 ed S o Paulo Saraiva 2010 DELMANTO Celso DELMANTO Roberto DELMANTO JUNIOR Roberto DELMANTO F bio M de Almeida C digo penal Comentado 8 ed S o Paulo Saraiva 2010 DWORKIN Ronald O Imp rio do Direito S o Paulo Martins Fontes 1999 HABERMAS Jiirgen Direito e democracia entre facticidade e validade vol I Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 1997 HABERMAS J rgen Direito e democracia entre facticidade e validade vol II Rio de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 206 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime d
479. reta Por isso no campo do direito sa de muitas vezes quest es complexas s o postas aprecia o do rg o judicante Assim s o not rias as falhas no servi o de sa de de insufici ncia de quadro m dico de baixa qualifica o do servi os em geral de car ncias materiais elementares de super lota o de equipamentos p blicos de sa de de terceiriza o de m o de obra fragilidade dos programas de preven o de doen as e falta de medicamentos Est claro que neste momento aparece com vigor o protagonismo social e pol ti co do Poder Judici rio coincidindo com o fen meno da deslegitima o dos poderes pol ticos e da crise de cren a na autoridade p blica H uma grande tens o entre o Poder Judici rio que exerce a jurisdi o constituci onal no Brasil e os Poderes democraticamente eleitos pelo povo Legislativo e Executivo Essa tens o consiste num reflexo da crise social por que passa a sociedade brasileira que bus ca cada vez mais a efetiva o dos direitos fundamentais inclusive do direito social sa de que demanda presta es positivas do Estado para ser efetivado Estef nia Maria Queiroz BARBOZA entende que o Poder Judici rio por meio da jurisdi o constitucional deve exercer um papel ativo pol tico e social no Estado Brasileiro implementando os direitos sociais prestacionais de forma a lhes dar a maior efetividade poss vel Conforme esta doutrinadora esta seria a nic
480. rio nacional das importa es a que faz refer ncia o artigo 121 Esse artigo por sua vez disp e que a aplica o de uma medida antidumping poder ser estendida por meio de uma revis o anticircunven o s importa es que repete exce o do inciso IV das previstas no artigo 4 da Portaria Secex n 21 2010 supra apontada 6 CONCLUS O As medidas antidumping s o tratadas no mbito da OMC como instrumentos de defesa comercial H que se atentar que a utiliza o desse instrumento uma das raras exce es permissivas de aumento tempor rio de tarifas j consolidadas nas rodadas de negocia es comerciais junto OMC Apesar disso muitas das vezes utilizada de forma protecionista Tal constata o conforme anotado por Barros 2004 p g 159 evidenciada atrav s de um dado concreto a maior parte concentra o de pedidos de investiga o antidumping est nos setores industriais sabidamente antigos e com problemas de competividade como ocorre nos setores de t xtil e a o ou mesmo em setores mais modernos mas que possuem um custo de produ o de reconhecidamente alto como o caso de determinados produtos agr colas Ademais muitos apontam a ampla margem de discricionariedade de que se valem as autoridades nacionais nas investiga es para aferir a exist ncia e o grau de extens o dos elementos necess rios aplica o das medidas antidumping o que obstaculiza o atingimento da finalidade
481. rior e a atual Da por que realmente a hip tese est fora do caso da s mula n o sendo portanto cab vel a reclama o na esp cie No m ri to contudo a reclama o tamb m n o foi conhecida Na terceira Rcl 5650 RJ ainda pendente de julgamento o reclamante se volta contra decis o de Turma Recursal do Rio de Janeiro que mesmo diante do teor do enunciado decidiu condena lo em raz o da negativa o indevida por ele causada face ang stia vivida pelo consumidor Tal reclama o funda se na literalidade da s mula 385 STJ considerando que o reclamante alega ter prova da pr negativa o do nome da reclamada Em rela o a esta ltima distribu da em 05 04 2011 o Ministro Vasco della Gius tina admitiu seu processamento estando pendente de julgamento vista das cr ticas dirigidas ao enunciado aguarda se seja o m rito dessa reclama o conhecido para que o Superior Tri bunal de Justi a finalmente apresente qual o entendimento contempor neo a respeito de sua s mula 385 STJ 5 AN LISE DAS CR TICAS DIRIGIDAS S MULA 385 STJ Como visto os cr ticos da s mula 385 STJ apresentam uma s rie de argumentos pela antijuridicidade do enunciado calcados em prismas diversos Seja pela tica consumeris ta pela necessidade de responsabiliza o civil ou mesmo numa vis o existencialista h de se apontar a pertin ncia e subsist ncia das argui es No entanto cremos que o campo de discus
482. rizonte F rum 2011 a Ag ncias reguladoras e democracia Existe um d ficit democr tico na regula o independente In O poder normativo das ag ncias reguladoras Coord ARAG O Ale xandre Santos de 2 ed rev e ampl Rio de Janeiro Forense 2011 b MANCUSO Rodolfo de Camargo A a o civil p blica como instrumento de controle ju dicial das chamadas pol ticas p blicas In A o Civil P blica MOLAR Edis coord Ed RT 2001 M NICA Fernando Borges Teoria da reserva do poss vel Direitos fundamentais a presta o e a interven o do poder judici rio na implementa o de pol ticas p blicas Dispon vel em lt http advcom com br artigos pdf artigo reserva do possivel com referencia pdf gt 153 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Acessado em 19 08 2012 MARTINS Humberto REsp 1 041 197 MS Segunda Turma julgado em 25 08 2009 DJe 16 9 2009 MEIRELES Hely Lopes Direito administrativo brasileiro 35 ed atual S o Paulo Ma lheiros 2009 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de direito administrativo 25 ed rev e atual S o Paulo Malheiros 2008 MIRANDA Jorge Manual de direito constitucional v 4 Coimbra Coimbra Editora 1988 MORAES Alexandre de Direito constitucional 13
483. rketing e co be abusos e fraudes nesses servi os Dispon vel em lt http www cassioandrade com br not21 html gt Acesso em 13 de setembro de 2012 PARA BA Assembleia Legislativa Lei 8 841 de 12 de junho de 2009 Cria o cadastro para bloqueio do recebimento de liga es de telemarketing e d outras provid ncias Dispon vel em lt http 201 73 83 244 8082 sapl sapl documentos norma juridica 9265 texto integral gt Acesso em 02 de setembro de 2012 277 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 PARAN Assembleia Legislativa Lei n 16 135 de 24 de junho de 2009 Institui no mbito do Estado do Paran o Cadastro Para o Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing conforme especifica Dispon vel em lt http www alep pr gov br web baixar Arquivo php id 28665 amp tipo L amp tplei 0 gt Acesso em 13 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Lei n 16 685 de 20 de dezembro de 2010 Disp e que todas as empresas atuantes no Estado do Paran ficam obrigadas a encaminhar por escrito aos contratantes contratos firmados verbalmente por meio de call center ou outras formas de vendas a dist ncia Dispon vel em lt http www procon pr gov br arquivos File Leil6685 10envio contrato firmado callcenter p df gt Acesso
484. rmando existir problemas que devam ser ponderados Ao defender a teoria de uma norma jur dica de funda mentos s lidos importa que tais normas estejam sempre sujeitas a tr s valora es distintas as quais s o independentes entre si A tr plice ordem de problemas sugerida pelo autor 1 se ela justa ou injusta 2 se ela v lida ou inv lida 3 se ela eficaz ou ineficaz E neste ponto que ap s trabalhar o conceito de Direito Bobbio traz reflex o a quest o da justi a no ordenamento ou melhor nas normas jur dicas Ao considerar que as normas jur dicas podem ou n o representar o conceito de justi a ou qui ser sin nimo de justi a nas suas decis es considerar a tr ade de problemas abarca a quest o Por m conside rando o tema em debate ser trabalhado apenas o primeiro problema da tr ade ou seja se ela justa ou injusta Como relata Bobbio O problema da justi a o problema da correspond ncia ou n o da norma aos valores 67 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 ltimos ou finais que inspiram determinado ordenamento jur dico O problema de saber se uma norma ou n o justa um aspecto do contraste entre mundo ideal e mundo real e
485. rmativa mas com uma vis o jur dica amadurecida e ao mesmo tempo empreendedora baseada nas cl usulas gerais sedi mentadas no sistema legal 5 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AMAZONAS Assembleia Legislativa Lei n 3 633 de 29 de junho de 2011 INSTITUI no mbito do Estado do Amazonas o Cadastro para o bloqueio do recebimento de liga es de telemarketing Dispon vel em lt http www aleam gov br LegisladorWEB LegisladorWEB ASP WClI LeiTexto amp ID 201 amp inEspecieLei 1 amp nrLei 36338aaLei 2011 amp dsVerbete gt Acesso em 13 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Lei n 3 742 de 26 de abril de 2012 TORNA obrigat rio o envio de c pia do Contrato de Ades o aos consumidores por carta registrada na modalidade de aviso de recebimento AR Dispon vel em lt http www aleam gov br LegisladorWEB LegisladorWEB ASP WCl LeiTexto amp ID 201 amp inEspecieLei 1 amp nrLei 37428 amp aaLei 2012 amp dsVerbete gt Acesso em 13 de setembro de 2012 BELMONTE Alexandre Agra Servi os de teleatendimento aspectos jur dicos materiais e processuais controvertidos Revista do Tribunal Superior do Trabalho Porto Alegre RS v 274 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 75 n 4 p 25 42 out dez 2009 Dispon vel em lt htt
486. rnet mediante o uso de senha a grava o do teleatendimento no pra zo de vinte e quatro horas sujeitando os infratores das normas deste diploma s penalidades presentes no art 56 do CDC A tentativa de se criar uma norma com este teor se justifica no sentido de evitar o arb trio das empresas que prestam servi o de atendimento ao consumidor em gravar somente as liga es que lhes s o convenientes consequentemente prejudicando o direito do consumidor em demonstrar fato danoso ocorrido Ademais o Projeto de Lei 281 12 que altera o CDC para aperfei oar as disposi es gerais do Cap tulo do T tulo I e dispor sobre o com rcio eletr nico na forma dos seus ar tigos 45 C I e III e 45 D I e II aduz que obriga o do fornecedor manter dispon vel servi o adequado facilitado e eficaz de atendimento como por exemplo o meio telef nico para possibilitar ao consumidor o envio e recebimento de comunicados inclusive notifica es re clama es e demais informa es necess rias efetiva prote o dos seus direitos bem como devendo enviar ao consumidor a confirma o imediata do recebimento da aceita o da oferta e via correspondente do contrato em suporte duradouro podendo estar sob qualquer forma que ofere a as garantias de fidedignidade inteligibilidade e conserva o dos dados contratu ais al m disso o fornecedor deve assegurar ao consumidor meios t cnicos adequados efica zes e facilmente acess veis que p
487. ronteiras e ili mitando as dist ncia de lugar e tempo conectando o mundo e por isso que se necessita de um aprimoramento da legisla o aos problemas atuais para resolver os novos modelos de conflitos da sociedade 2 A INTERNET E CONCEITOS INTRODUT RIOS A internet um marco inovador do s culo XX e XXI pois trouxe facilidade e co modidade para a vida das pessoas Tanto que foi o ponto chave para a expans o da Globaliza o fazendo com que o mundo se interligasse mais rapidamente tanto as ind strias com suas exporta es e importa es como os pequenos com rcios viram um meio r pido e eficiente para expandir os neg cios O professor Guilherme Tomizawa comenta em sua obra a import ncia da internet Globaliza o um conjunto de transforma es na ordem pol tica e econ mica mundial vis veis um processo de aprofundamento da integra o econ mica social cultural e pol tica que tornou o mundo interligado Dispon vel em http www significados com br globalizacao Acessado em 14 maio 2013 TOMIZAWA Guilherme A invas o de privacidade atrav s da internet a dignidade humana como direito fundamental Curitiba JM livraria Jur dica 2008 p 19 211 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 para a globali
488. rovedor de acesso portanto uma atividade de fornecedor de servi o e est vinculada a disponibilidade de outros fornecedores de servi os mas n o se isen tar da responsabilidade nos casos de falhas dos servi os contratados Marcel Leonardi comenta os casos em que o provedor de acesso responde por seus pr prios atos que causar danos aos usu rios O provedor de acesso responde pelos danos causados ao usu rio decorrentes da m presta o dos servi os tais como nas hip teses de falhas na conex o de velocidade de transmiss o de dados inferior contratada de interrup o total da conex o de impossibilidade de conex o moment nea ou permanente a determinados web sites ou servi os da Internet de acesso livre de queda da qualidade ou da velocidade de conex o em hor rios de maior utiliza o dos servi os entre diversos outros O provedor de acesso tamb m responde pelos danos causados na hip tese de seus sis temas inform ticos atribu rem equivocadamente a conex o de um computador In ternet ao nome de determinado consumidor sem que efetuem a verifica o pr via de seu nome de usu rio e de sua senha respectiva Sendo assim os provedores de acesso internet nos casos de danos causados a usu rios decorrentes de seus pr prios atos m presta o de servi o respondem de forma ob jetiva ou seja o usu rio n o precisa provar a culpa do provedor para que ele se responsabili ze pelo dano que ca
489. rridas ilegais nas ruas usando os ve culos fabricados pela empresa A n o ser que esse ato il cito de usu rios ou terceiros tenha concorr ncia com atos s LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 68 70 s7 LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 70 ss LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 100 237 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 do provedor Assim far necess ria a comprova o do dano do nexo de causalidade e a culpa do provedor de correio eletr nico quanto concorr ncia para o ato il cito Respondendo de forma subjetiva aplicando se o artigo 186 do C digo Civil Nesse sentido verifica se o julgado onde pediu indeniza o por ofensas veicula das de seu e mail e encaminhada a terceiros por interm dio do servi o de correio eletr nico Em senten a foram indeferidos os pedidos entendendo que inexistiram falhas no servi o prestado tendo havido culpa exclusiva do usu rio O Tribunal mant m a decis o e o Recurso especial interposto pelo autor foi nega do provimento
490. rso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 preju zo futuro decorre da flu ncia normal dos acontecimentos como consequ ncia natural do dano efetivo o caso dos lucros cessantes Vale aqui notar quanto certeza que a perda da chance n o exclui o requisito conforme salienta Ant nio Jeov Santos na obra acima referida Trata se nesse caso excepci onal de estudo complexo aqui apontado apenas para destacar a abrang ncia do requisito de fato danoso que exclui o ganho muito prov vel ou seja aquele em que h boa dose de certeza na sua verifica o como no caso do jogador de futebol que se destacou em todas as categori as pr profissionais mas em vias de profissionalizar se j tendo recebido sondagens de clu bes de renome para contrata o tem a perna amputada O requisito do m nimo de gravidade por sua vez est relacionado ao car ter lesi vo do dano se irris rio n o d amparo a um pedido de repara o Tal requisito no ordena mento jur dico brasileiro deriva tamb m do princ pio da boa f objetiva como reflexo da eti cidade que permeia o C digo Civil vigente Tratando de um requisito mais subjetivo sua an lise ser casu stica Por fim exige se para configura o do dano o nexo de causalidade que o liame entre o ato il cito praticado pelo agente e o dano que sobreveio Adota se nesse caso a teoria da causalidad
491. s antidumping s o um ato de administra o p blica estatal resultante de uma avalia o pr via para se constar se houve ou n o dumping e em caso positivo se trouxe dano ou amea a de dano ind stria dom stica Constatada a ocorr ncia de dumping caber administra o dentro de um ju zo de conveni ncia e oportunidade aplicar ou n o uma medida antidumping Por envolver um ato discricion rio entende Ferraz 2004 p g 43 que os direitos antidumping n o t m natureza tribut ria que como se sabe atividade vinculada Roberto Caparroz 2012 p g 393 concorda com o entendimento supra de n o terem os direitos antidumping natureza tribut ria lembrando tamb m que ao contr rio das normas tribut rias que pro bem a retroatividade os direitos antidumping definidos no Brasil podem em alguns casos ser cobrados retroativamente Para Caparroz tamb m n o h que se enquadrar os direitos antidumping como san o a um eventual il cito internacional praticado pela empresa exportadora por alguns aceita sob o argumento de que o dumping seria conden vel luz das disposi es do GATT Igualmente n o teriam natureza de ordem econ mica que como bem explicitado no artigo 21 da Lei n 8 884 94 excepcionando se o inciso XIX estaria voltado s quest es de mbito exclusivamente interno sem conex o com as pr ticas de com rcio internacional que podem ensejar a aplica o de medidas previstas no GATT Pa
492. s o acima delineado merece ser expan dido Afinal h tamb m outros motivos que justificam a validade do enunciado tanto que o mesmo vem sendo aplicado rotineiramente na jurisprud ncia nacional que n o encontra os bices apontados na atua o pr tica majorit ria 38 PEREZ Marcio Fernandez A Pol mica Da S mula 385 STJ Exce o da Pr negativa o e o Dever de Idenizar Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O primeiro ponto a ser aqui destacado se refere ao preenchimento dos pressupos tos para recebimento de indeniza o por parte daquele que teve seu nome indevidamente ins crito nos rg os de restri o ao cr dito ap s pr negativa o devida Para tal aferi o torna se necess rio identificar especificamente a figura do dano E a quest o mais pol mica do que aparenta N o h como negar que a negativa o indevida gera uma ofensa honra objetiva da pessoa e com isso existe um dano Afinal se h viola o a um direito reconhecido pelo ordenamento honra incontest vel a presen a de um dano pessoa atingida Contudo a pol mica surge quando buscamos aferir se esse dano ressarc vel Como visto o dano ressarc vel exige um m nimo de lesividade para que seja pass vel de gerar a obriga o do ofensor indeniza lo e a poss vel inexist ncia dessa lesividade tamb m deve ser considerada
493. s Deputados Projeto Lei n 2 126 2011 Disp e sobre o acesso a informa es da Internet e d outras provid ncias Dispon vel em http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra codteor 912989 amp filename PL 2126 2011 Acessado em 24 de maio de 2013 243 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 O Marco Civil da Internet tamb m conceitua alguns elementos essenciais no ci berespa o s o eles a internet terminal administrador de sistema aut nomo endere o de IP conex o a internet registro de conex o aplica es de internet e registros de acesso a aplica es de internet Referente guarda de Registro a lei salienta a preserva o da intimidade onde deve ser sempre observado a vida privada honra e imagem das pessoas envolvidas no entan to como apenas guarda os registros ser obrigado a disponibilizar informa es que identifi quem usu rios apenas sob ordem judicial caso contrario ser violada e ferida a privacidade do usu rio Quanto responsabilidade dos provedores por danos decorrentes de conte do ge rado por terceiros refere se o artigo 14 15 e 16 Art 14 O provedor de conex o Internet n o ser responsabilizado por danos de correntes de conte do gerado por terceiros Art 15 Salvo
494. s OPET floradorado Dhotmail com 3 Licenciada em Pedagogia UTP P s Graduada em Metodologia de Ensino de 1 e 2 Graus pelas Faculdades Integradas Esp rita Funcion ria P blica Estadual Aposentada Cursando o 5 Per odo de Direito nas Faculdades OPET sorayabrandao mbrturbo com br 4 Mestre em Educa o pela UTP especialista em Direito Aplicado pela EMAP professora de Direito de Fam lia do curso de Direito das Faculdades OPET 46 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 las que est ncada vez m s presentes en la sociedad contempor nea Tan importante cuanto tutelar tales uniones espermitir a esas personas la posibilidad de adoptar Toda y cualquier decisi nen ste mbito debe considerar el principio de la dignidad humana de la no discriminaci n y del mayor inter s del ni o o adolescente As como tambi n olvidar los preconceptos arraigados en la sociedad y las conjeturas infundadas de los juicios homof bicos Palabras claves adopci n familia adopci n homoparental adopci n por parhomosexual familia homoafectiva 1 INTRODU O Busca se no transcorrer deste artigo tratar de forma clara e simples com muito respeito e sem discrimina o ao pr ximo aspectos sobre a ado o homoafetiva com embasa mento jur dico na Constitui o Federal no Novo C d
495. s centrais A moda mo definida como a realiza o mais frequente do conjunto de valores observados No exemplo a idade modal seria 5 anos As medidas de posi o escondem a informa o sobre a dispers o do conjunto de informa es As medidas de variabilidade mais comumente utilizadas s o a amplitude a vari ncia o desvio padr o e o coeficiente de varia o A amplitude H corresponde a diferen a entre o maior e menor valor no exemplo a amplitude seria 7 3 4 A amplitude um indicador de dist ncia pobre pois trabalha apenas com dois va lores de todos os valores observados J a vari ncia s trabalha com todos os valores embora seja um indicador quadr tico Como a vari ncia um indicador quadr tico mais interpretar o desvio padr o que a raiz quadrada da vari ncia no exemplo Como o desvio padr o uma medida de dispers o absoluta calculada em rela o a media e que depende da magnitude dos dados seria melhor para compara es ter um indica dor relativo e que fosse independente da unidade de medida utilizada esse indicador seria o coeficiente de varia o que seria o desvio padr o dividido pela m dia pode ou n o ser ex presso em valores percentuais No exemplo ter amos ou ainda 28 28 A tabela 4 traz algumas medidas resumo da idade dos entrevistados observamos que a idade m dia dos homens assim como a mediana e a moda ligeiramente superior que a das mulheres muito e
496. s de conceber a ordem social seu fundamento e seus fins A partir da resta clara a rela o intr nseca e interdependente entre Estado e Direito conforme o ensinamento do eminente professor Dalmo de Abreu Dallari 2010 p 131 o Estado e o povo est o permanentemente implicados num processo de deci s es pol ticas Estas quanto poss vel devem ser enquadradas num sistema jur dico suficientemente eficaz para a conserva o de uma ordem orientada para determina dos fins mas necessariamente flex vel para permitir o aparecimento e a integra o de novos meios e para assegurar a reformula o da concep o dos objetivos funda mentais quando isto for exigido pela altera o substancial das condi es de vida so cial O sistema jur dico constitu do a partir do prisma social pol tico e econ mico O legislador pol tico que formula a lei abstrata n o aquele que opera a lei abstrata no caso 48 MARQUES NETO Agostinho Ramalho A ci ncia do Direito conceito objeto m todo 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2001 ae LUNO Antonio Enrique P rez et alii Teor a del Derecho Madrid Editorial Tecnos 1997 So DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de Teoria Geral do Estado 29 ed S o Paulo Saraiva 2010 202 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Elet
497. s de telecomunica o resta defasado Dispon vel em lt http jus com br revista texto 19599 cancelamento da oj no 273 sdi i do tst e repercussoes gt ne Dispon vel em lt www guiadeouvidorias com br gt acesso em 3 de setembro de 2012 271 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 forma preventiva ou seja ao ouvir a reclama o que n o est dentro dos padr es em que os operadores de SAC est o adaptados a lidar para evitar que os lesados busquem m todos que ir o coagir as institui es de um modo mais severo v g Procon Minist rio P blico ou Bacen Na vis o de Garcia 2011 p 18 para que o cliente seja atendido pela ouvidoria ne cess rio que este j tenha recorrido a qualquer outro canal de atendimento da empresa seja ele qual for e que sua reclama o tenha sido regularmente conclu da ou seja todos os proce dimentos para a solu o do caso foram adotados pois ali se busca a solu o individual para cada problema Cabe ressaltar que esta an lise mais detalhada s poss vel tendo em vista o primeiro n vel de atendimento o SAC solucionar o grande volume das reclama es Ocorre que muitas empresas trabalham com sistemas de atendimento engessados com rotinas pr estabelecidas burocratizando ainda mais os pr
498. s jur dicas existentes Foram apresentadas diversas correntes que buscam estabelecer o que pode ou n o ser considerado justo diante de diferentes situa es f ticas e qual o seu im pacto no que tange ao mundo jur dico Por fim defendida a linha te rica adotada no artigo com base nas constru es te ricas feitas anteriormente dando margem apenas inicialmente a um debate que se pode dizer intermin vel Palavras Chaves justi a direito igualdade decis es judiciais ABSTRACT This article deals with the relation between Justice and Law using for this different theoreti cal approaches to the issues under consideration The objective of this article is to answer the Esse trabalho foi desenvolvido devido participa o da acad mica junto ao N cleo de Inicia o Cient fica intitulado Hermen utica Judicial a razoabilidade das decis es das Faculdades Opet coordenado pelo Prof Luiz Os rio Moraes Panza 1 Acad mica do 6 per odo do Curso de Direito das Faculdades Opet E mail mariana ssocial Dyahoo com br Desembargador do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Professor orientador do trabalho e respons vel pelo N cleo de Inicia o Cient fica em hermen utica Judicial a razoabilizadade das decis es E mail luizpanza Dyahoo com br 59 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revist
499. s y Derecho Madrid Editorial Trotta 2004 FREITAS Luiz Fernando Calil de Freitas Direitos Fundamentais Limites e Restri es Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 GALDINO Fl vio Introdu o Teoria dos Custos dos Direitos Direitos n o Nascem em rvores Rio de Janeiro Lumen Juris 2005 HAMILTON Alexander JAY John MADISON James O Federalista GAMA Ricardo Ro drigues trad 2 ed Campinas Russell Editores 2005 HIRSCHL Ran Towards Juristocracy The Origins and Consequences of the New Consti tutionalism Massachusetts Harvard University Press 2007 HIRSCHL Ran The New Constitutionalism and the Judicialization of Pure Politics Worldwi de Fordham Law Review v 75 n 2 2006 HOLMES Stephen SUNSTEIN Cass R The Cost of Rights Why Liberty Depends on Ta xes New York and London W M Norton 1999 LOCKE John Segundo Tratado sobre o Governo MARINS Alex trad S o Paulo Mar tin Claret 2011 MENDES Gilmar Ferreira Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade Es tudos de Direito Constitucional S o Paulo Saraiva 2004 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de Direito Constitucional 6 ed S o Pau lo Saraiva 2011 MONTESQUIEU Charles de Secondat Do Esp rito das Leis FERREIRA Roberto Leal 110 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr
500. sando a constar como duas m es ou dois pais A Su a explica Silva 2009 recentemente admitiu a ado o por pares homoa fetivos embora o Estado n o autorize o casamento mas somente o registro da uni o civil Vargas 2006 relata que a Inglaterra em 2005 permitiu o casamento entre pes 2 SILVA Danielli Gomes Lamenha e Direito ado o de crian as e adolescentes por pares homossexuais Dispon vel em lt http jus com br revista texto 14587 direito a adocao de criancas e adolescentes por pares homossexuais gt Acesso em 07 09 11 2 BARCELLOS Cid Pav o Uni o homoafetiva STF deve se debru ar sobre uni o homoafetiva Dispon vel em lt http www conjur com br 2011 fev 04 supremo tribunal federal debrucar uniao homoafetiva gt Acesso em 07 09 11 GUERIN Camila Rocha Ado o e uni o homoafetiva Dispon vel em lt http Awww ibdfam org br artigos amp artigo 524 gt Acesso em 07 09 11 SILVA Danielli Gomes Lamenha e Direito ado o de crian as e adolescentes por pares homossexuais Dispon vel em lt http us com br revista texto 14587 direito a adocao de criancas e adolescentes por pares homossexuais gt Acesso em 07 09 11 3 VARGAS F bio de Oliveira A prote o da uni o homossexual no direito internacional Dispon vel em lt http jus com br revista texto 10266 a protecao da uniao homossexual no direito internacional gt Acesso em 07 09 11 53 FERRARI Adriana et al Ado
501. segurar os valores fundamentais da pessoa humana o Estado deve procurar o m ximo de juridicidade Assim que se acentua o car ter de ordem jur dica na qual est o sintetizados os elementos componentes do Estado procu rando reduzir a margem de arb trio e discricionariedade e assegurar a exist ncia de limites jur dicos a o do Estado Concluindo sobre este tema de forma precisa continua o professor Dallari al ARAUJO NETO Raimundo Principio da reserva legal amp direito criminal 3 reimpress o Curitiba Juru 2010 22 REALE Miguel Teoria do Direito e do Estado 5 ed S o Paulo Saraiva 2000 z3 DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de Teoria Geral do Estado 29 ed S o Paulo Saraiva 2010 ea DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de Teoria Geral do Estado 29 ed S o Paulo Saraiva 2010 E DALLARI Dalmo de Abreu Elementos de Teoria Geral do Estado 29 ed S o Paulo Saraiva 191 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2010 p 131 o Estado e o povo est o permanentemente implicados num processo de deci s es pol ticas Estas quanto poss vel devem ser enquadradas num sistema jur dico suficientemente eficaz para a
502. sembleia Legislativa Lei 14 516 de 31 de agosto de 2011 Torna obrigat rio o encaminhamento por escrito dos contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratante e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www al sp gov br repositorio legislacao lei 2011 1ei 20n 14 516 20de 2031 08 2011 htm gt Acesso em 09 de setembro de 2012 279 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Assembleia Legislativa Of cio n 072 1 07 PA Ref Of cio 5522 R ADI n 3959 Dispon vel em lt http redir stf jus br paginadorpub paginador jsp docTP TP amp docID 330875 gt Acesso em 09 de setembro de 2012 Assembleia Legislativa Projeto de Lei 566 06 Disciplina o atendimento na compra de produtos e presta o de servi os realizado atrav s de telefone o chamado telemarketing Dispon vel em lt www abdir com br pj lei pl abdir 2 4 07 1 doc gt Acesso em 09 de setembro de 2012 Poder Executivo Mensagem n 77 2009 VETO TOTAL ao Projeto de Lei 566 de 2006 Dispon vel em lt www casacivil sp gov br biblioteca ccivil VetoFile asp id 3 gt Acesso em 09 de setembro de 2012 280 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi nc
503. ses linking it to the right to housing and the dignity of the human Keywords Fundamental right special grants housing i Advogada e Jornalista diplomada P s graduada em Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho pela Universidade Cat lica de Santos Mestre em Direito Ambiental pela Universidade Cat lica de Santos com bolsa da CAPES PROSUP E mail para contato gabrielasoldanogarcez adv oabsp org br GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 1 INTRODU O Nas ltimas d cadas houve grande crescimento populacional urbano As pessoas dirigiram se s cidades a procura de melhores condi es de vida e a procura de trabalho digno Entretanto a maioria destas cidades n o estava preparada para receber ndices t o altos de popula o que necessitavam de moradia e infraestrutura Como consequ ncia a expans o desordenada prejudicou os espa os urbanos ocasionando al m de risco para os novos e antigos moradores degrada o ambiental e necessidade do Poder P blico investir em infraestrutura e novos meios de regulariza o da ocupa o informal tendo em vista que o direito a moradia um direito social garantido pela Constitui o Federal de 1
504. seus direitos fundamentais como educa o ali JURISPRUD NCIA DO TRIBUNAL DE JUSTI A DO RIO GRANDE DO SUL Dispon vel em lt http www tjrs jus br busca as q amp tb proc gt Acesso em 14 09 11 2 JURISPRUD NCIA DO TRIBUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DO PARAN Dispon vel em lt http www tjpr jus br jurisprudencia gt Acesso em 14 09 11 MATOS Ana Carla Harmatiuk Filia o e Homossexualidade Anais do V Congresso Brasileiro de Direito de fam lia IBDFAM Fam lia e Dignidade Humana Coordena o de Rodrigo da Cunha Pereira S o Paulo IOB Thomson 2006 55 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 menta o qualificada lazer e principalmente o afeto personalizado especial zelo o qual fundamental para a sua constitui o enquanto pessoa Destarte a falta de reconhecimento jur dico desse tipo de ado o situa o que j ocorre de fato haja vista o grande n mero de casais homossexuais que na nsia de adotar uma crian a ou adolescente optam por realizar a ado o individual A ado o de fato obsta ao ado tando justamente aquele que deve estar tutelado de forma privilegiada a frui o de direitos amplamente consagrados na Constitui o Federal de 1988 e no ECA tais como pens o por morte daquele que juridicamente n o possui
505. sileiro responsabilidade civil 22 ed rev atual e ampl S o Paulo Saraiva 2008 p 11 a DINIZ Maria Helena Curso de direito civil brasileiro responsabilidade civil 22 ed rev Atual e ampl S o Paulo Saraiva 2008 p 11 a VENOSA Silvio de Salvo Direito Civil Responsabilidade Civil 3 ed S o pulo Atlas 2003 p 12 219 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 a o pela qual o homem expressa o seu comportamento em face desse dever ou obriga o A Responsabilidade Civil se inicia com uma obriga o origin ria n o cumprida Essa obriga o origin ria n o cumprida vira uma obriga o de indenizar tal indeniza o de ver ocorrer de modo que a v tima do dano deve tornar a situa o em que estaria sem a ocor r ncia do dano Sendo assim Maria Helena Diniz conceitua Responsabilidade Civil A Responsabilidade Civil a aplica o de medidas que obriguem uma pessoa a re parar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em raz o de ato por ela mesma praticado por pessoa por quem ela responde por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposi o legal Outro conceito o qual pode se citar o de Savatier citado na obra de Silvio Rodri gues a obriga o que pode incumbir uma pessoa a rep
506. similar ao cart o pos tal que pode ser visualizado por qualquer pessoa n o aceitando ent o o entendimento de que e mail inviol vel igual s correspond ncias tradicionais Cabendo assim aos ju zes interpre tar da melhor forma uma vez que a Constitui o Federal n o faz men o ao sigilo da corres pond ncia eletr nica Ant nio Jeov dos Santos identifica a Lei de Imprensa a todos os meios de co munica o vejamos palmar a atua o dos provedores em tudo similar de editores quando oferecem este tipo de servi o Prestando informa es atuam como se fossem um diretor de publica es entre elas jornais revistas e peri dicos A responsabilidade prevista na lei de Imprensa a mesma para editores de jornais e estes meios modernos de infor ma o O correio eletr nico nos traz riscos muito maiores de uma correspond ncia con vencional mas h uma expectativa de privacidade da correspond ncia eletr nica n o ser lida e nem interceptada por terceiros e at mesmo pelo provedor de correio eletr nico O prove dor dever disponibilizar o acesso ao e mail apenas aqueles usu rios que contratem o servi o e ainda o contratante s poder o acessar com o nome e senha impedindo acesso de terceiros Assim o provedor de correio eletr nico deve tomar o m ximo de precau o quan to inviolabilidade mas caso ocorra viola o do e mail por terceiros os quais n o foram submetidos por autentic
507. soas Rosenfield 2010 p 118 Com base nesse contrato Rawls tamb m defende determinados princ pios de justi a os quais deveriam ser aplicados sociedade em sua estrutura b sica Aponta nesse sentido o objeto prim rio de justi a que seria Ja estrutura b sica da sociedade ou mais exatamente o modo como as institui es sociais mais importantes distribuem os direitos e deveres fundamentais e deter minam a vis o das vantagens provenientes da coopera o social Gargarella 2008 p 19 No contratualismo de Rawls al m da import ncia do contrato para a sociedade e os princ pios de justi a que os deveriam elencar est o ainda presentes os agentes que deve riam optar por tais escolhas de justi a porque n o dizer diretrizes os quais deveriam estar submetidos ao v u da ignor ncia O v u da ignor ncia foi trabalhado por SANDEL 2013 conceituando Ao fazer com que as pessoas ignorem sua posi o na sociedade suas for as e fra quezas seus valores e objetivos o v u de ignor ncia garante que ningu m possa ob ter vantagens ainda que involuntariamente valendo se de uma posi o favor vel de barganha Sandel 2013 p 188 Ainda no contrato hipot tico GARGARELLA 2008 menciona os bens prim ri os que tais agentes devem escolher sejam eles os de tipo social distribu dos pelas institui es sociais como riqueza oportunidades e direitos e os de tipo natural como os
508. soas que n o desejam ser contatadas em campanhas de telemarketing Os Procons t m se encarregado de administrar tais listas Segundo dados divulgados em 2010 havia mais de um milh o de n meros cadastrados naqueles Estados Como as multas previstas podem chegar a tr s milh es de reais empresas come aram a oferecer servi os de consulta autom tica s listas estaduais com atualiza es di rias para evitar que fossem geradas liga es para linhas bloqueadas 266 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 de cinquenta mil reais por campanha realizada sem manuten o dos registros V cess o ou comercializa o de bancos de dados em desacordo com o inciso V do caput do art 3 multa de cem mil reais aplicada em dobro em caso de reincid ncia VI desenvolvimento de relacionamento com pessoa incapaz ou com menor de ida de sem autoriza o dos pais ou respons veis legais multa de dez mil reais aplicada em dobro em caso de reincid ncia Ainda existem no campo legislativo federal iniciativas que visam n o s alterar mas tamb m complementar as normas existentes no CDC quanto a estas ltimas um bom ex emplo o Projeto de Lei 1 427 11 que aduz que os servi os de atendimento telef nico deve r o disponibilizar na inte
509. speito disso Paulo Bonavi 133 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 des faz as seguintes considera es Alcan lo j foi dif cil conserv lo parece imposs vel E no entanto o estado a que damos do ponto de vista doutrin rio valora o m xima e essencial por afigu rar se nos aquele que busca realmente como Estado de coordena o e colabora o amortecer a luta de classes e promover entre os homens a justi a social e a paz econ mica BONAVIDES 2007 p 187 Surgem ent o no bojo do Estado Social os direitos de terceira dimens o como resposta s necessidades do proletariado Diferentemente dos primeiros exigem do Estado que n o mais se abstenha de todos os atos mas que intervenha a fim de afastar a desigualdade e proporcionar crit rios m nimos para a dignidade da pessoa humana No que se refere a esta mudan a de paradigma Norberto Bobbio explica que Enquanto os direitos de liberdade nascem contra os superpoderes do Estado e por tanto com o objetivo de limitar o poder os direitos sociais exigem para sua reali za o pr tica ou seja para a passagem da declara o meramente verbal sua prote o efetiva precisamente o contr rio isto amplia o dos poderes do Estado BOBBIO 2004 p 67
510. spon vel em lt http www fundacentro gov br dominios ctn anexos teses pdf TeseAirton pdf gt Acesso em 13 de agosto de 2012 MARTINS COSTA Judith O Direito Privado como um sistema em constru o As cl usulas gerais no Projeto do C digo Civil brasileiro Dispon vel em lt http www2 senado leg br bdsf bitstream handle id 383 r139 01 pdf sequence 4 gt Acesso em 02 de outubro de 2013 MATO GROSSO DO SUL Assembleia Legislativa Lei 4 167 de 07 de fevereiro de 2012 Torna obrigat rio o encaminhamento aos contratantes por escrito de contratos firmados por meio de call center e outros meios n o presenciais e d outras provid ncias Dispon vel em lt http legisweb com br legislacao legislacao 237545 gt Acesso em 05 de setembro de 2012 MINAS GERAIS Assembleia Legislativa Lei 19 095 de 02 de agosto de 2010 Disciplina o marketing direto ativo e cria lista p blica de consumidores para o fim que menciona Dispon vel em lt http ws mp mg gov br biblio informa 060813753 htm gt Acesso em 09 de setembro de 2012 NATAL C mara Municipal Lei 6 260 de 07 de junho de 2011 Cria o Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Liga es de Telemarketing e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www natal rn gov br anexos publicacao legislacao LeiOrdinaria 6260 pdf gt Acesso em 02 de setembro de 2012 PAR Assembleia Legislativa Projeto de Lei 71 2009 Disp e sobre as pr ticas do servi o de telema
511. ssantes com rela o ao fen meno estudado que podem posteriormente ser comprovada ou n o com a utiliza o da estat stica inferencial 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS NUNES Marcel G e COELHO Fabio Ulhoa Pesquisas a Servi o da Advocacia Valor Econ mico SP sexta feira e fim de semana 20 21 e 22 de agosto de 2010 Caderno Legisla o e Tributos p E2 ABJ Associa o Brasileira de Jurimetria Dispon vel em lt http www abjur org br gt Aces 168 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 so em 25 06 2018 ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Novas Perspectivas para o Direito Concursal Brasi leiro com os Estudos Interdisciplinares da Economia e da Estat stica Revista Estudos Ju r dicos UNESP Franca A 14 n 19 p 01 404 2010 HADDAD Ricardo Nussrala A Motiva o das decis es Judiciais e a Jurimetria Contri bui es Poss veis Trabalho publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI realizado em Fortaleza CE nos dias 09 10 11 e 12 de Junho de 2010 HEISE Michael The Past Present and Future of Empirical Legal Scholarship Judicial Decision Making and the New Empiricism U III L Rev 819 2002 SISK Gregory C HEISE Michael Judges and Ideology Public and Academic Debates about Statistical Measures N
512. sti a abordadas por diferentes pensadores e com defini es pr prias 3 A TEORIA DE JUSTI A PARA KELSEN E O PRINC PIO DO UTILITARISMO Para Hans Kelsen o elemento principal no debate diz respeito intr nseca diferen a entre os conceitos de Justi a e Direito Em seu estudo a quest o trabalhada diz respeito conduta humana tra ando um perfil hist rico comparativo entre o homem primitivo e o ho 62 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 mem civilizado tratando se da reprovabilidade de conduta humana Desse modo o autor aproxima a discuss o quanto diferen a entre os conceitos de Direito e Justi a afirmando Direito e justi a s o dois conceitos diferentes O Direito considerando como distinto da justi a o Direito positivo o conceito de Direito positivo que est em quest o aqui e uma ci ncia do Direito positivo deve ser claramente distinguida de uma filosofia da justi a Kelsen ver ano p 08 Ou seja o debate acerca do Direito e da Justi a envereda por caminhos distintos como que cada qual representasse ou possu sse uma fun o diferente nas rela es sociais e nas decis es de ordem jur dica As quest es de fundo social que ordenam as re
513. sti a fez uma an lise superficial da controv rsia As cr ticas assim s o v lidas e subsistentes mas consideram que a nica forma de punir o respons vel pela negativa o indevida a sua responsabiliza o civil direta deve arcar com a indeniza o frente v tima mesmo que inexista dano como se essa fosse a fun o da teoria da responsabilidade civil contempor nea A solu o proposta pelos cr ticos as sim resultaria em uma ilegalidade o enriquecimento il cito ao passo que sequer haveria uma puni o adequada Isso porque a nosso ver parece inexistir dano ressarc vel no caso da exce o de pr negativa o devida Conforme abordado entendemos que a negativa o indevida n o causa dano com m nimo de relev ncia quando a pessoa j se encontra negativada devida mente Em tal situa o a mesma ter a mesma restri o ao cr dito que tinha anteriormente negativa o e sua estima social fica inalterada O que se prop e uma an lise mais abrangente do tema H sim outras formas de sancionar o respons vel pelo ato il cito e at mesmo de maneiras mais eficazes do que a mera condena o ao pleito indenizat rio nas a es individuais O di logo de fontes entre o C digo de Defesa do Consumidor o C digo Civil e a Constitui o permite a prote o da v tima e a aplica o de san es ao respons vel pela negativa o indevida n o preciso inovar Com isso entendem
514. stitui o Federal de 1824 nem ha fazem men o Segundo Leiner a guerra do Paraguai em 1964 1970 foi um grande marco inau gural para o ex rcito contribuindo para sua forma o Tanto que a Constitui o de 1891 no artigo 77 menciona a justi a militar ser apenas em car ter jurisdicional Em 1893 com o De creto Legislativo 149 1893 traz a verdadeira organiza o do Tribunal Militar a compet ncia e atribui es administrativas S na Constitui o de 1946 que foi criada a aeron utica a mudan a do nome de Supremo Tribunal Militar para Superior Tribunal Militar e ampliada sua compet ncia para processar e julgar os crimes contra a seguran a nacional Em 1969 foi promulgado o Decreto Lei n 1000 revogado n 1001 Criando o C digo Penal militar atualmente em vigor n 1002 criando o C digo de Processo Penal tamb m em vigor n 1003 que organizava a justi a Militar da Uni o foi substitu do pela lei 2 H brido mistura ilegal irregular desigual etc 293 CORREA Silvana Cordeiro O Regime Jur dico Dos Militares na Esfera do Direito Penal A Quest o da Configura o da Obedi ncia Hier rquica Como Causa de Exclus o da Culpabilidade Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 8 457 1992 Na Constitui o Federal de 1988 hoje vigente retirou compet ncia da justi a militar quanto segura
515. stra o da desi gualdade social no Brasil neste contexto social que nos deparamos com um n mero relativamente alto de crian as abandonadas Orfanatos e abrigos lotados de crian as e adolescentes esperando o momento de ser inserido em um seio familiar seguro recebendo carinho e amor necess rios ao seu desenvolvimento pleno Sem deixar de mencionar as crian as e adolescentes que vivem na rua Conforme Maria Berenice Dias 2011 p 484 A lei de ado o 12 010 09 no seu primeiro dispositivo confessa que a interven o do Estado prioritariamente voltada orienta o apoio promo o social da fam lia natural junto qual a crian a e o adolescente devem permanecer Somente em caso de absoluta impossibilidade reconhecida por decis o judicial fundamentada ser o colocadas em fam lia substituta ado o tutela ou guarda A fam lia natural sem d vidas sempre vai ser o local ideal para a crian a ser DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2011 48 FERRARI Adriana et al Ado o Conjunta Por Casais Homoafetivos Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 criada com amor e carinho mas sabemos que essa n o a realidade para muitas de nossas crian as O Estado tenta promover o bem estar social contudo n o consegue promover po l ticas sociais s
516. t namely judicialization of the right to health Finally we discuss the position of the Su preme Court on the subject Keywords Brazilian Constitutionalism Constitutional Jurisdiction Judicial Activism Fundamental Right to Health Judici alization of Health Care 1 INTRODU O O judicial review norte americano consiste no maior exemplo de ativismo judicial da hist ria constitucional moderna e ele permite jurisdi o constitucional a defini o materi al ou substantiva das cl usulas de conte do aberto presentes na Constitui o O desenvolvimento desse fen meno priorizou os direitos previstos na Constitui o mesmo que isso fosse contra a vontade majorit ria do povo ou de seus representantes defendeu minorias realizou direitos sociais e tratou de pol ticas p blicas Ele teve in cio com a decis o de Marbury versus Madison 1803 na qual o juiz John Marshall entendeu que a Constitui o uma lei suprema e por isso os atos legislativos ordin rios devem estar em conformidade com ela Dessa forma quando duas leis est o em conflito a Corte deve obedecer superior e aplic la Assim foi poss vel demarcar o poder da Suprema Corte de rever os atos legislativos estaduais e federais que fossem contr rios Cons titui o instaurando o marco do controle de constitucionalidade no constitucionalismo moder BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz Jurisdi o Constitucional Entre Constitucionalismo e
517. talentos sa de intelig ncia entre outros E consolidando a teoria de justi a para John Rawls surge mencionar o princ pio da diferen a que pode se dizer seria a motriz de tal teoria de justi a Com esse princ pio se prop e que a supera o de uma ideia de justi a distributiva habitual em sociedades modernas segundo a qual o que cada um obt m justo se os benef cios ou posi es em ques t o tamb m forem acess veis aos demais Gargarella 2008 p 25 Justi a na teoria de John Rawls seria sin nimo de contrato estabelecido por pes soas agentes n o influenciadas ou manipuladas por seus pr prios interesses direcionados pelo v u da ignor ncia o que a princ pio os possibilitaria escolher melhores op es e condi es de vida mais justas a todos Finaliza ainda pontuando que o princ pio da diferen a 70 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 seria O justo o que significa dizer que apesar das diferen as pessoais presentes na sociedade o que importa que as condi es propostas sejam acess veis a todos detendo eles a capaci dade de escolha 4 METODOLOGIA No contexto da pesquisa os m todos s o compreendidos como forma de
518. te o dos direitos do homem s o a base das constitui es democr ticas e ao mesmo tempo a paz o pressuposto necess rio para a prote o efetiva dos direitos do homem em cada Estado e no sistema internacional BOBBIO 2004 p 204 O extenso lastro no qual se firmaram os direitos fundamentais do homem cuidou de prev los No entanto a tutela efetiva de tais direitos ainda um desafio a ser alcan ado hodiernamente 132 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 2 1 Hist rico Em meados do S culo XVIII com o fim da monarquia absolutista instituiu se o Estado Liberal Neste finalmente a burguesia conquistou seu ideal de liberdade ensejando formalmente o reconhecimento de direitos de defesa Surgiram neste momento declaradamente os direitos fundamentais de primeira dimens o os quais tem por titular o indiv duo s o opon veis ao Estado traduzem se como faculdades ou atributos da pessoa e ostentam uma subjetividade que seu tra o mais caracter s tico enfim s o direitos de resist ncia ou de oposi o perante o Estado BONAVI DES 2009 p 563 564 Esses t m a finalidade de sinalizar o limite at o qual a atua o do poder p blico dever ocorrer de maneira a n o infringir a ceara de direitos pertinentes ao indi
519. te o e garantia no que concerne ao ngulo patrimonial do v nculo at mesmo como contrapartida das prer rogativas reconhec veis ao contratante governamental MELLO 2010 p 210 Note se apenas em alguns desses casos poder o particular exercer o direito ao re equil brio contratual N o se pode cogitar de reequil brio nos casos em que h aplica o de multa ao particular em raz o da pr tica de um il cito Mas de outra ponta f cil perceber que o contratado ter direito revis o se a administra o lhe impuser aumento do objeto contrata do por meio de altera o unilateral Apesar da garantia ao equil brio servir em alguns casos para contrabalan ar as cl usulas exorbitantes sua aplica o n o se restringe a esse ponto poss vel haver direito ao equil brio econ mico financeiro em situa es que a administra o n o exerce poder decorrente de cl usulas exorbitantes Tais situa es ser o ex ploradas posteriormente quando tratarmos das leas do contrato administrativo Percebe se que o direito ao equil brio econ mico financeiro tem posi o de desta que nas contrata es p blicas pois sua compreens o fundamental para a boa gest o de um contrato administrativo bem como para que se respeitem os direitos e deveres da administra o e do particular Para os contratos de concess o de servi o p bico o direito ao equil brio econ 2 CRETELLA J NIOR 2001 p 49 118 MATOS
520. tentes no mun do No mundo h tr s sistemas pelo qual a obedi ncia hier rquica estudada nas for as armadas quais sejam a franc s sistema da obedi ncia cega na qual o subordinado mero objeto das vontades do superior ou seja se a ordem for ilegal somente o superior ser responsabilizado b alem o para que o servidor fique isento de responsabilidade dever exigir do superior confirma o por escrito da ordem que lhe pare a ilegal e c ingl s o su bordinado tem o dever de cumprir apenas as ordens legais devendo sempre que poss vel des cumprir as ordens ilegais e em qualquer hip tese aquelas de ilegalidade manifesta Se duvidosa a legalidade da ordem ainda assim dever acat la o inferior hier r quico porque nesse caso a sua criminosidade n o evidente e a ordem n o manifestamen te ilegal Ocorre que devemos investigar qual desses sistemas foi adotado pela Constitui o para orientar a forma pela qual o tema ser tratado Para o professor Dam sio Atualmente n o se admite mais o cego cumprimento da ordem legal permitindo se que o inferior examine o conte do da determina o pois ningu m possui dever de praticar uma ilegalidade N o se coloca o subordinado numa condi o de julgador superior da ordem o que criaria um caos na m quina administrativa mas a ele se A KOERNER J NIOR Rolf Obedi ncia Hier rquica Belo Horizonte Del Rey 2003 p 105 1 DE JESUS
521. ternet Services Providers Keywords 1 Trabalho de Conclus o de Curso apresentado OPET Organiza o Paranaense de Ensino T cnico como requisito parcial para a obten o do t tulo de Bacharel em Direito 209 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Internet Internet providers Liability Liability of internet service providers 1 INTRODU O Como a Internet foi inven o que gerou a maior evolu o de todos os tempos e as rela es jur dicas foram aumentando atrav s dela come ou a haver conflitos e junto com eles a necessidade de regulamenta los Com a tentativa de coibir as pr ticas delituosas e abu sivas o Poder Judici rio tenta identificar os respons veis a fim de uma repara o aos danos causados no entanto ainda hoje n o temos uma legisla o a qual aborde necessariamente a responsabilidade dos provedores de internet por isso busca se amparo em outras legisla es Assim para entender o que o judici rio vem aplicando nas decis es buscou se o entendimento dos doutrinadores em mat ria de internet sendo que muitos deles apenas falam de responsabilidade civil dos provedores de internet em apenas um pequeno capitulo j alguns como Marcel Leonardi lan ou um livro s para tratar do assunto o qual utilizei
522. to o foco de ten s o se volta para o Judici rio STRECK 2004 p 55 138 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva do Poss vel Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Motivo pelo qual hodiernamente os Tribunais de Justi a t m entendido que o Ju dici rio tamb m deve assegurar a concretiza o dos direitos fundamentais quando demais Po deres eventualmente venham a falhar Assim apregoa Mar al Justen Filho ao afirmar que a organiza o do Estado a separa o de poderes a cria o de rg os de controle se orientam a assegurar que o desenvolvimento das atividades estatais ser feito de modo compat vel com a preserva o dos direitos fundamentais JUS TEN FI LHO 2011a p 154 Neste cen rio entendia se que o juiz que outrora encontrava se adstrito aos con flitos particulares trilhando linearmente sob os comandos da lei passa a atuar consubstancia do nos crit rios de justi a elencados na Constitui o prezando pela defesa dos direitos funda mentais e da coletividade Ali s sobre o assunto o Ministro Gilmar Mendes confirma o en tendimento de ser leg tima a interven o do Poder Judici rio no que tange implementa o de pol ticas p blicas quando configurada a hip tese injustific vel de in rcia estatal ou abuso por parte do ente governamental STF 2012 Assi
523. to internacional Acesso em 07 09 11 gt 58 RICHTER Mariana p PANZA Luiz Os rio Moraes Justi a e Direito Nas Decis es Judiciais Estudo de Caso de Ado o Unilateral Por Casal Homoafetivo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 JUSTI A E DIREITO NAS DECIS ES JUDICIAIS ESTUDO DE CASO DE ADO O UNILATERAL POR CASAL HOMOAFETIVO Mariana P Richter Luiz Os rio Moraes Panza A utopia est l no horizonte Me aproximo dois passos ela se afas ta dois passos Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos Por mais que eu caminhe jamais alcan arei Para que serve a uto pia Serve para isso para que eu n o deixe de caminhar Eduardo Galeano RESUMO Este artigo trata da rela o entre Justi a e Direito utilizando para isso diferentes abordagens te ricas acerca dos temas em quest o O objetivo do artigo responder quest o Justi a e Direito s o sin nimos Para tanto o m todo de pesquisa utilizado foi o da pesquisa bibliogr fica utilizando concep es te ricas de diferentes autores e culminando com um estudo de caso para referendar o posicionamento adotado Em que pese que o conceito de justi a n o algo pac fico na sociedade buscou se estabelecer a constru o e a rela o entre os elementos justi a e direito os quais podem influenciar diretamente na realidade social vivenciada e nas norma
524. todol gico Palavras chave Estat stica Jur dica Estudos Emp ricos legais Jurimetria ABSTRACT The term Jurimetrics is defined as an application of Statistics or of quantitative methods to Juridical studies Studies in the area of Jurimetrics are still rare in Brazil and even internatio nal studies are restricted to specific groups Perhaps the main reason for that is the difficulty or even lack of knowledge jurists might have concerning statistic tools Furthermore as the main study object of jurists are the Laws most studies have a more theoretical approach lea ving aside the empirical and or concrete characteristics of juridical processes The empirical legal studies can be both qualitative and quantitative the statistic is the appropriate tool for the analysis of quantitative empirical studies Such analysis could reveal specific characteris tics of the legal process analyzed The objective of this article is to present the main tools of descriptive statistics and show how they can help juridical researchers In order to achieve that statistics tools were presented in a simple way not regarding methodological commit ments Keywords Statistics Legal Empirical Legal Studies Jurimetrics 14 Professora do Curso de Administra o de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie do Campus de Campinas tem gradua o e mestrado em Estat stica e doutorado e p s doutorado em demografia Faz parte de grupo interdisciplinar
525. tos jur dicos deve ocorrer com total cautela do operador do direito evidente que a mera aplica o de institutos a casos concretos deve ser recha ada a fim de que os direitos fundamentais restem salvaguardados O grande entrave se instaura em virtude de um conflito de princ pios o qual dever ser tido como relevante no caso concreto fazendo se valer da pondera o entre estes Neste sentido Osvaldo Canela Junior sustenta que a solu o para tais hip teses de exce o a aplica o do princ pio da proporcionalidade sopesando se os valores contra postos e optando se por aquele de maior relev ncia constitucional dentro do contexto hist rico social CANELA JUNIOR 2011 p 95 Por sua vez Ana Paula de Barcellos por meio de um estudo aprofundado acerca da pondera o racionalidade e atividade jurisdicional prop e que a t cnica de pondera o se d em tr s etapas distintas considerando que tal metodologia apenas dever ser utilizada quando o conflito em ep grafe n o puder ser superado por t cnicas tradicionais de solu o de antinomias por envolver uma disputa grave entre valores ou op es pol ticas BARCEL LOS 2005 p 92 Primeiramente a doutrinadora supracitada sustenta que o int rprete dever iden tificar todos os enunciados normativos que aparentemente se encontram em conflito ou tens o 147 SAITO Tiemi A Efetividade Dos Direitos Sociais Prestacionais Luz da Reserva d
526. tui o ao dano causado e sim como forma de pena pois era vingada com o mes mo dano que causou Ap s um tempo com a lei Lex Aquilia o estado passou a intervir nos conflitos de forma a fixar os valores das indeniza es e a vitima passou a ser obrigada a aceitar a indeniza o em troca da sua vingan a A Teoria da Responsabilidade Civil lois civiles o respons vel pelo Princ pio geral da Responsabilidade Civil sendo que o autor da obra foi o jurista franc s Domant nessa poca a responsabilidade civil j era distinguida da Responsabilidade Penal Nessa evolu o tamb m houve a caracteriza o da responsabilidade n o s da culpa a responsabilidade subje tiva mas da responsabilidade sem culpa ou de risco responsabilidade objetiva 3 2 2 Defini o de Responsabilidade Civil O termo responsabilidade vem do latin spondeo estabelecendo uma obriga o a quem respondia por ela significando responder a alguma coisa No entanto utilizado em di versas situa es em sentido amplo como o sujeito com o dever de assumir as consequ ncias de um evento ou de uma a o Por outro lado no sentido de capacidade o que n o ser objeto de estudo pois s nos interessa aqui a responsabilidade por ato ou fato pun vel ou moralmente reprov vel os quais violam o C digo Civil Nesse sentido Rui Stoco comenta A responsabilidade portanto resultado da e DINIZ Maria Helena Curso de direito civil bra
527. u da no texto constitucional no artigo 183 par grafo 1 tendo sido vetada pelo Presidente da Rep blica no Estatuto da Cidade artigos 10 a 15 artigo 183 8 1 O t tulo de dom nio e a concess o de uso ser o conferidos ao homem ou mulher ou a ambos independentemente do estado civil Consta ainda na Lei n 9 636 98 no artigo 22 A com texto inclu do pela Lei n 11 481 07 Artigo 22 A A concess o de uso especial para fins de moradia aplica se s reas de propriedade da Uni o inclusive aos terrenos de marinha e acrescidos e ser conferida aos possuidores ou ocupantes que preencham os requisitos legais estabelecidos na Medida Provis ria no 2 220 de 4 de setembro de 2001 8 1 O direito de que trata o caput deste artigo n o se aplica a im veis funcionais SAULE J NIOR Nelson coord Direito cidade trilhas legais para o direito s cidades sustent veis S o Paulo Editora Max Limonad 1999 p 162 3 SAULE J NIOR Nelson coord Op Cit p 163 GARCEZ Gabriela Soldano A Concess o Especial Para Fins De Moradia Como Meio De Acesso Ao Direito Funda mental Moradia Frente ao Princ pio Da Dignidade Humana ANIMA Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 8 2 Os im veis sob administra o do Minist rio da Defesa ou dos Comandos da Marinha do Ex rcito e da Aeron utica s o considerados
528. udiciosa das decis es tomadas pelos tribunais e tamb m pelo pressuposto regulador de que ainda que os ju zes devam sempre ter a ltima palavra sua palavra n o ser a melhor por essa raz o A atitude do direito construtiva sua finalidade no esp rito interpre tativo colocar o princ pio acima da pr tica para mostrar o melhor caminho para um futuro melhor mantendo a boa f com rela o ao passado por ltimo uma atitude fraterna uma express o de como somos unidos pela comunidade apesar de divididos por nossos projetos interesses e convic es Isto de qualquer forma o que o direito representa para n s para as pessoas que queremos ser e para a comuni dade que pretendemos ter De forma contraria posiciona se o jurista brasileiro Agostinho Ramalho Marques Neto 2001 afirmando que as concep es tradicionais surgem como um conjunto de princ pios anteriores ao ser humano ou confundem o conceito com o conjunto de normas jur dicas emanadas do poder p blico O mesmo autor 2001 p 185 apresenta uma proposta dial tica sobre a ci ncia do direito segundo a qual considera esta ultima mais do que simples c pia de qualquer realidade mas um sistema constru do de proposi es te ricas que voltado para o real o faz seu assimilando o e transformando o e por isso mesmo construindo o e retificando o Esse sistema te rico se caracteriza como jur dico n o em decorr ncia do objeto to
529. ue ele existe porque houve a ocorr ncia do ato il cito Quando a v tima sofre um dano que pela sua dimens o imposs vel ao homem comum n o imaginar que o preju zo aconteceu A consuma o do il cito que faz surgir fatos desta natureza mostra o preju zo a prova in re ipsa Caberia ent o v tima apenas demonstrar a repercuss o danosa causada pelo fato salvo nos casos em que tal repercuss o presumida ou in re ipsa sendo o exemplo cl ssico de um dano moral a mat ria objeto deste estudo a inscri o indevida do nome da pessoa no rol de inadimplentes cujos efeitos lesivos tidos como evidentes constrangimento abalo de cr dito etc sequer precisam sem provados 2 2 A natureza e a forma da repara o dos danos n o patrimoniais O dano moral uma viola o aos direitos da personalidade conforme entendi mento contempor neo Mas a defini o da natureza da repara o dos danos n o patrimoniais tamb m objeto de diverg ncias doutrin rias e jurisprudenciais Como bem salientado por Jos Pedro Ferreira de Souza a indica o dessa natureza est atrelada aferi o de qual a fun o da responsabilidade civil na hip tese A respeito Petr nio Bismarck Ten rio de Barros discorre da seguinte forma sobre essa problem tica no direito brasileiro Est sedimentado en la doctrina jur dica patria la comprensi n de que tres son las corrientes que debaten la naturaleza jur dica
530. ue se compre enda o qu o rigorosa foi a supress o feita pelo RDC 121 MATOS Gustavo O Reequil brio Econ mico financeiro na Contrata o Integrada do Regime Diferenciado de Contrata es Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 4 AS LEAS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO leas s o riscos guardam rela o com o imprevisto com o aleat rio Durante a execu o de um contrato in meros riscos se concretizam para as partes que devem se adap tar a essa nova realidade que se imp e e sendo o caso reavaliar a equa o econ mico finan ceira antes estipulada restabelecendo deveres e direitos que se conformem melhor ao novo cen rio As leas n o t m origem comum podem advir de eventos da natureza em raz o de fatos humanos de comportamentos espec ficos ou gen ricos da administra o pelo conhe cimento de circunst ncias antes desconhecidas enfim tem origem plural Portanto para melhor sistematizar a an lise dos riscos partiremos de uma taxono mia de tr s g neros i lea ordin ria ii lea extraordin ria iii lea administrativa 4 1 lea Ordin ria Dentro da lea ordin ria est o todos os riscos previstos e previs veis que ir o ou poder o ocorrer durante a vig ncia do contrato MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO esclarece lea ordin ria ou empresarial que est presente em qualquer tipo de n
531. uficientes para dar s crian as e aos adolescentes um ambiente digno que substitua temporariamente o familiar muito embora tenha previs o legal da fam lia substituta Rossato L pore e Cunha 2010 p 161 ensinam que a fam lia substituta aque la que se forma a partir da impossibilidade mesmo que moment nea de a crian a ou adoles cente permanecer junto sua fam lia natural A fam lia substituta pode ser provis ria em casos como o da Guarda tempor ria como na Tutela ou definitiva como na Ado o a recomposi o de uma fam lia onde a cri an a ou adolescente passar a ser cuidado por uma fam lia que o queira inclusive estrangeira desde que tenha autoriza o judicial para isto ou por um parente do menor Atualmente as normas que regulamentam a coloca o de crian as e adolescentes em lares de fam lias substitutas no Brasil est o inseridas na Lei n 8 069 90 que disp e sobre o ECA com nova reda o dada pela Lei 10 010 09 O artigo 28 do ECA em seu 8 3 informa os crit rios para a coloca o em fam lia substituta devendo ser levado em conta o grau de parentesco afinidade e afetividade do ado tando com o adotante no 8 4 demonstra a preocupa o em se manter os v nculos fraternais determinando que irm os n o devam ser separados quando da coloca o em fam lia substitu ta Ainda no 5 do mesmo artigo determina que a preced ncia de coloca o de cri an a ou a
532. uldades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 A cl usula de privil gio de obrigat ria presen a no contrato administrativo porque vai revelar o tra o on modo onisciente onipresente onipotente do Estado atrav s de sua puissance publique no acordo celebrado com o particular caso em que a Administra o por interesse p blico tem o poder dever de impor ao contra tante as regras do jogo ao mesmo tempo que pode transferir lhe a parcela necess ria de prerrogativas p blicas de que detentora para que a execu o do contrato o de sempenho do servi o p blico se processe da melhor maneira poss vel em benefi cio da coletividade V rios exemplos de cl usulas exorbitantes podem ser extra dos da Lei 12 462 12 e da 8 666 93 bem como de outros textos normativos Tais cl usulas conferem resumidamen te os seguintes poderes administra o i poder de exigir garantia ii poder de alterar unila teralmente o contrato iii poder de rescis o unilateral iv poder de fiscaliza o v poder de aplica o de penalidades entre outros Na teoria do contrato administrativo a manten a do equil brio econ mico financeiro n o sem raz o aceita como verdadeiro artigo de f Doutrina e jurisprud ncia brasileiras em sintonia com o pensamento alien gena assentaram se pacificamente em que neste tipo de aven a o contratado goza de s lida pro
533. ultado da constitucionaliza o dos direitos e das pol ticas p blicas e tamb m devido s mudan as nos pap is institucionais do Minist rio P blico O controle judicial do processo de impeachment contra o Presidente da Rep blica a mudan a de partido por parlamentar a compatibilidade entre as coliga es partid rias ques t es ticas complexas como o aborto de fetos anenc falos e a pesquisa com c lulas tronco s o exemplos disso Sobre esse ltimo caso destaca se que a a o questionava a constitucionalidade da permiss o de pesquisas com c lulas tronco embrion rias prevista na Lei de Biosseguran a ADIN n 3510 Contudo os ministros n o se limitaram a analisar a constitucionalidade da lei tendo alguns deles apresentado condi es sua constitucionalidade que envolviam a es externas do Executivo como o monitoramento do uso das c lulas tronco e a cria o de rg os respons veis pela fiscaliza o dessas pesquisas Por isso afirma se que os ministros do STF teriam agido como legisladores demonstrando que essas inclus es evidenciam um papel mais ativo que o esperado a mera interpreta o constitucional da lei e a declara o de consti tucionalidade ou inconstitucionalidade sem impor qualquer condi o Assim ju zes e tribunais v m abdicando de uma postura meramente t cnica para assumirem uma fun o pol tica dialogando com a sociedade e visando defesa dos princ pios 31 ARANTES
534. uma h uma grande infla o de normas que prejudicial a atividade empresa rial e sociedade como um todo uma vez que se tenta regulamentar exaustivamente uma ati 273 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade de Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 vidade que pode ser controlada pela simples observ ncia a preceitos do CDC do C digo Civil e do Direito do Trabalho Por isso como medidas de gest o imp e se uma maior participa o da empresa que disponibiliza o telesservi o tornando concretas as mudan as sugeridas ouvidoria forne cendo informa es necess rias ao ente terceirizado que ir prestar o servi o e aos consumido res como tamb m de suma import ncia dar aos operadoes melhor qualidade no ambiente de trabalho e a capacita o necess ria Assim a solu o dada m cula que compromete os servi os de teleatendimento deve ser de dentro para fora ou seja as empresas devem combat la desde sua raiz adotando pol ticas internas que busquem evitar os conflitos como as demonstradas acima Dessarte partindo da tica dos teleatendentes lhes dar melhores condi es de trabalho e a capacita o necess ria J da tica do consumidor a busca pelo aprimoramento constante do servi o contudo sem que isto seja feito em raz o de uma imposi o no
535. untamente os problemas 7 BRASIL Comit Gestor da Internet Dispon vel em http www cgi br Acessado em 10 de abril de 2013 Norma 04 95 aprovada pela portaria 148 95 do Minist rio de Estado das Comunica es CASTRO Carla Rodrigues Ara jo de Crimes de Inform tica e seus Aspectos processuais 2 edi o Rio de Janeiro Lumen Juris 2003 p 61 9 214 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Para sanar esses problemas o instituto da responsabilidade civil trouxe alguns meios de ressarcir e ou indenizar a pessoa que teve seu bem lesado por m n o h s uma fi nalidade de repara o do dano mas tamb m inibir a ocorr ncia de futuros danos tamanha a import ncia que ganhou volumes pr prios de doutrinadores como Maria Helena Diniz Silvio de Salvo Venosa Silvio Rodrigues entre outros Mas tratada no C digo Civil de 2002 apenas no T tulo IX e tem s 28 artigos que v o do artigo 927 a 954 o que significativamente seriam poucos artigos para contemplar um volume o que explica a sua vasta import ncia O C digo Civil n o traz a responsabilidade civil dos provedores de internet uma vez que pois em 2002 a internet ainda estava em evolu o no entanto trouxe problemas de danos desde o momento que entrou no mer
536. uperior Tribunal Militar M rio L cio Quint o Soares PUC MG Rodrigo Fortunato Goulart OPET PR PUC PR EMATRA IX Samantha Ribeiro Meyer Pflug UNICEUB Zulmar Fachin UEL Secretaria Faculdades Opet Curso de Direito Campus Centro C vico Rua Nilo Pe anha 1635 Fones 41 3028 2841 3028 2888 Contato sap fao Dopet com br SUM RIO A CONCESS O ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA COMO MEIO DE ACESSO AO DIREITO FUNDAMENTAL MORADIA FRENTE AO PRINC PIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Gabriela Soldano Garcez e rererereernaea 4 A POL MICA DA S MULA 385 STJ EXCE O DA PR NEGATIVA O E O DE VER DE INDENIZAR Marcio Fernandez Peres c e ceereeereeeeeereeaneeaa 18 ADO O CONJUNTA POR CASAIS HOMOAFETIVOS Adriana Ferrari Flora Pereira Dourado de Oliveira Soraya guida Brand o de Proen a iterereeeeeerererreers 46 JUSTI A E DIREITO NAS DECIS ES JUDICIA Maria P Richter Luiz Os rio Moraes REFLEX ES SOBRE A JUDICIALIZA O DO DIREITO FUNDAMENTAL SA DE A PARTIR DO ATIVISMO JUDICIAL Helet cia Le o de Oliveira i 77 O REEQUIL BRIO ECON MICO FINANCEIRO NA CONTRATA O INTEGRADA DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATA ES IS ESTUDO DE CASO DE ADO O UNILATERAL POR CASAL HOMOAFETIVO Gustavo Matos 114 A EFETIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS PRESTACIONAIS LUZ DA RESERVA DO POSS VEL Tiemi Saito aior ria N da 130 COMO UTILIZA
537. uritiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Essa previs o a qual nos referimos no par grafo anterior est diretamente relaci onada ao n vel da capacidade que cada agente militar Federal ou Estadual o qual ir discer nir se aquela conduta ser cumprida e se a ordem manifestamente ilegal ou n o No entanto existem umas hip teses ainda sem solu o pela doutrina Assim separaremos em dois momentos o primeiro aquele em que o oficial n o tem conhecimento b sico sobre a hierarquia e disciplina o que possibilita aos juristas em sua hermen utica avaliar se o agente teria capacidade e conhecimento a ponto de identificar se a conduta emanada seria ilegal e assim aplicar a pena conforme os limites de conhecimento desses agentes Por m ap s o estudo e forma o desses agentes pressupondo que teriam as bases suficientes sobre o que seria hierarquia e disciplina n o se pode mais falar em cumprimento de ordem ilegal uma vez que ser respons vel pelos seus atos em coautoria de seu superior e que poderia identificar a ordem ilegal dada a sua pessoa pois ambos teriam como aferir a ile galidade de seu ato Sendo assim o agente que n o tem a forma o adequada quanto hierarquia e disciplina ao cometer ato ilegal o juiz aplicar a pena mais branda ou at mesmo n o aplica r levando em conta que o agente n o est plenamente formado e portanto n o tem conheci mento absoluto
538. usou ao usu rio As excludentes de responsabilidade s o tratadas no par grafo 3 do artigo 14 do CDC podendo ser nos casos de defeito inexistente ou culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro Alguns doutrinadores utilizam como excludente a for a maior ou do caso fortuito mesmo o artigo n o tratando desses casos Como j citado alguns provedores de servi o de internet ao firmarem contrato com seus usu rios utilizam cl usulas excluindo a responsabilidade em determinados casos os quais eles tem o dever de agir assim como utilizam cl usulas impossibilitando o usu rio de Ei MARQUES Claudia Lima Contratos no C digo de Defesa do Consumido o novo regime das rela es contratuais 4 ed ver atual e ampl 2 tir S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2004 p 326 32 LEONARDI Marcel Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi os de Internet S o Paulo Juarez de Oliveira 2005 p 67 231 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 pedir indeniza es em casos de danos No entanto essas cl usulas n o os isentam de respon sabilidade Todas essas cl usulas dos contratos de ades o que impossibilite exonere ou ate nue a obriga o do provedor de acesso ser o cl usulas abusivas e nulas conforme artigo 25 do C dig
539. v 19 n 2 nov 2007 p 40 41 Ibidem p 41 2 HIRSCHL Ran The New Constitutionalism and the Judicialization of Pure Politics Worldwide Fordham Law Review v 75 n 2 2006 p 723 81 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 de jurisdi o constitucional Em regimes jur dicos romano germ nicos ou de common law e mesmo em pa ses que constitu am cl ssicos exemplos de supremacia parlamentar como In glaterra Nova Zel ndia Canad e Israel est se proliferando mecanismos de controle de constitucionalidade Ademais mister ressaltar o conceito do termo judicializa o Ele significa que algumas quest es de larga repercuss o pol tica ou social est o sendo decididas por rg os do Poder Judici rio e n o pelas inst ncias pol ticas tradicionais o Congresso Nacional e o Poder Executivo em cujo mbito se encontram o Presidente da Rep blica seus minist rios e a administra o p blica em geral Logo a judicializa o envolve uma transfer ncia de poder para ju zes e tribunais com altera es significativas na linguagem na argumenta o e no modo de participa o da sociedade A judicializa o no contexto brasileiro uma circunst ncia que decorre do modelo constituc
540. v duo em vir tude de sua pr pria condi o humana Afinal conforme destaca Jos Joaquim Gomes Canotilho a economia capitalista necessitava de seguran a jur dica e a seguran a jur dica n o estava garantida no Estado Absoluto dadas as frequentes interven es do pr ncipe na esfera jur dico patrimonial dos s ditos e o direito discricion rio do mesmo pr nci pe quanto altera o e revoga o das leis CANOTILHO 2003 p 109 Posteriormente os direitos de segunda gera o garantiram ao homem sua condi o de cidad o da sociedade Tanto que Mar al Justen Filho refere se a eles como direitos fundamentais democr ticos afirmando que estes envolvem a partici pa o pol tica dos cidad os a exist ncia de elei es peri dicas com sufr gio univer sal o direito de peti o e o devido processo legal e o acesso aos cargos p blicos JUSTEN FILHO 2011a p 151 A verdade dos fatos logo ficou evidente de que a beneficie da n o interven o estatal n o contemplaria a todas as classes Desta feita a explora o do trabalho prejudicou fortemente a condi o de vida dos trabalhadores que se organizaram a fim de motivar a manu ten o do capitalismo liberal A crise do capitalismo chegou ao seu pice em 1870 o que considerando a intensa press o popular e o movimento oper rio motivou o governo a promover reformas significati vas dando margem ao in cio do Estado do Bem Estar Social A re
541. vacidade e responsabilidade Civil 2 ed S o Paulo Atlas 2003 PEREIRA Ricardo Alc ntara Ligeiras Considera es sobre a Responsabilidade Civil na 248 MACEDO Gisele Amanda Maia Pereira Beltrami de Responsabilidade Civil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 Internet In BLUM Renato M S Opice coord Direito Eletr nico A Internet e os Tri bunais 1 ed S o Paulo Edipro 2001 Rede Nacional de Pesquisa Guia do usu rio Internet Brasil vers o 2 0 abril de 1996 do cumento n RNP RPU 0013D p 7 8 Dispon vel em http www rnp br arquivo documentos rpu0013d pdf Acessado em 23 de abril de 2013 RODRIGUES Silvio Direito Civil v 4 Responsabilidade Civil 20 ed rev e atual S o Pau lo Saraiva 2003 SANTOS Ant nio Jeov Dano Moral na Internet S o Paulo M todo 2001 STOCO Rui Tratado de responsabilidade civil 6 ed rev atual ampl S o Paulo Revista dos tribunais 2004 TOMIZAWA Guilherme A invas o de privacidade atrav s da internet a dignidade hu mana como direito fundamental Curitiba JM livraria Jur dica 2008 VENOSA Silvio de Salvo Direito Civil Responsabilidade Civil 3 ed S o Paulo Atlas 2003 249 LIMA Felipe Louren o Moura Teleatendimento no Brasil e a Necessidade e Redirecionamento Normativo Revista Eletr nica do Curso de Direit
542. vamente ao professor Luiz Moreira 2002 p 175 O estabelecimento do Direito como esfera constitutiva da sociedade seu desliga mento da normatividade da raz o pr tica e sua autonomia em rela o moral signi ficam uma seculariza o da vida Essa seculariza o assume perspectivas institucio nais medida que o Direito passa a ser visto como produto e reflexo da vontade dis cursiva dos cidad os Como emana o dessa vontade discursiva o Direito pode rea e MOREIRA Luiz Fundamenta o do Direito em Habermas 2 ed rev atual Belo Horizonte Mandamentos 2002 e MOREIRA Luiz Fundamenta o do Direito em Habermas 2 ed rev atual Belo Horizonte Mandamentos 2002 y HABERMAS J rgen Direito e democracia entre facticidade e validade vol II Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 1997 ai MOREIRA Luiz Fundamenta o do Direito em Habermas 2 ed rev atual Belo Horizonte Mandamentos 2002 189 PROEN A Soraya guida Brand o de FILHO S rgio Arthur M Ferreira Uma Breve An lise Te rica Acerca do Crime de Sonega o de Autos Junto as Inst ncias Superiores Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 lizar a grande aspira o da tradi o pode efetivar a liberdade O pensador alem o J rgen Habermas 1997 p 158 explana de modo preciso a id ia b sica a seguinte o princ pio d
543. vento ser mais bem quali ficado como pertencente lea extraordin ria Em conclus o o particular que deve arcar com os encargos trazidos pelas leas ordin rias que s o inerentes ao pr prio neg cio por serem previs veis e calcul veis quando do oferecimento da proposta 4 2 lea Extraordin ria Tamb m conhecida como lea econ mica compreende todo e qualquer evento de natureza imprevis vel exterior ao contrato que n o podendo ser evitado causa rompimen to da equa o econ mico financeira do contrato Sempre que a economia do contrato for substancialmente conturbada pela incid ncia de fatores an malos e imprevis veis que tornem excessivamente onerosa a presta o a cargo do concession rio cumpre ao Poder P blico compartilhar dos efeitos dessa lea econ mica extraordin ria A lea extraordin ria resolvida pela aplica o da teoria da imprevis o nos con tratos administrativos Tal teoria tem como marco hist rico a jurisprud ncia do Conselho de Estado franc s que nos casos Compagnie G n rale Fran aise de Tramways 1910 e Com pagnie du Gaz de Bordeaux 1916 faz a primeira aplica o sistem tica da possibilidade de revis o de contratos em raz o de eventos extraordin rios 1 DI PIETRO 2011 p 281 1 DI PIETRO 2011 p 286 16 T CITO 1975 p 237 17 Tratando do aresto Compagnie du Gaz de Bordeaux OSWALDO ARANHA BANDEIRA DE MELLO deixa claro o importante pa
544. verso h quem acredite que por mais humanamente que se possa compreender a tenta o dos tribunais para atuarem deste modo perante a incapacidade cr nica dos demais Poderes este n o seria um caminho que favore a e prestigie o Poder Judici rio e a democracia Dessa forma n o seria compet ncia dos tribunais averiguar se h recursos dis pon veis para condenar o Executivo a uma certa presta o de sa de pois a altera o n o pode ser imposta pelos tribunais aos outros Poderes do Estado sendo inaceit vel que as op es pol ticas do Legislativo possam ser substitu das pelas op es pol ticas de cada juiz Diante da exist ncia de um n mero significativo de demandas judiciais relaciona das ao direito sa de houve a convoca o pela Presid ncia do Supremo Tribunal Federal de uma audi ncia p blica sobre a sa de Na referida audi ncia p blica foi reconhecida a complexidade da interpreta o e aplica o do direito fundamental sa de e a sua depend ncia de ju zos de pondera o que 123 BRASIL Supremo Tribunal Federal Agravo Regimental na Suspens o de Tutela Antecipada 175 Cear Tribunal Pleno Relator Ministro Gilmar Mendes Julgado em 17 03 2010 DJe 30 04 2010 124 NUNES Ant nio Jos Avel s Op cit p 474 13 Idem 1 Ibidem p 485 127 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Op cit p 713 18 A Audi ncia P blica convocada pelo Presidente do Supremo Tribunal Fede
545. vil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 dela Existem cinco esp cies de provedores de servi o internet o provedor de back bone provedor de acesso Internet Service Providers provedor de conte do ou de informa o Ontent provedes ou information Provedes provedor de correio eletr nico e o provedor de hospedagem hosting service providers Embora para fins acad micos utilizarem apenas o provedor de backbone o prove dor de acesso e o provedor de informa o como menciona o guia de usu rio internet Brasil encontrado no site da Rede Nacional de Pesquisa RNP www rnp br Cada um dos provedores encarregado por uma determinada presta o de servi o no entanto alguns disponibilizam servi os cumulados os quais n o podem ser confundi dos que o caso de alguns provedores de acesso quando juntamente com o acesso disponibi lizam o provedor de conte do Para poder diferenciar a responsabilidade de cada provedor passa se a conceitu los Provedor de backbone sua tradu o como j mencionado espinha dorsal funciona realmente como um centro onde sustenta todos os tr fegos que passam pela internet No Brasil a empresa que funciona como backbone a Embratel que respons vel por interligar todas as redes do pa s as outras redes mundiais Segundo a Red
546. vil Dos Provedores de Internet Revista Eletr nica do Curso de Direito das Faculdades OPET Curitiba PR Brasil Ano IV n 10 jun dez 2013 ISSN 2175 7119 v m disciplinando como o exemplo do Marcel Leonardi que utilizado como base te rica deste trabalho nos esclarece a Responsabilidade Civil dos Provedores de Servi o de Internet por ato pr prio ou por ato il cito dos usu rios ou de terceiros No decorrer do estudo verifica se que quase todos os doutrinadores que tratam de direito e internet falam da Responsabilida de Civil dos Provedores no entanto n o trazem maior abordagem como Marcel Leonardi Com as analises de jurisprud ncia verifica se a incid ncia mais constante no judi ci rio de responsabiliza o aos Provedores de Conte do nos casos de informa es il citas Normalmente s o casos em que o usu rio informa o provedor do material il cito e muitos pro vedores acabam sendo omissos nesses caso sendo comprovada a culpa dessa omiss o res pondem subjetivamente pelos danos causados a seus usu rios ou a terceiros N o percebe se nessa an lise a incid ncia de muitos julgados pela m presta o do servi os partindo do ponto que normalmente s o resolvidos por acordos extrajudiciais de repara o de danos ou abatimentos dos valores quando o provedor n o estava funcionando Embora se consiga verificar como vem sendo julgado os casos pelo judici rio ainda temos a problem tica da omiss o da le
547. x lio t cnico de profissionais de outras reas estabelecendo se um cotejo com as normas legais de controle dos insumos farmac uticos Nocivo ou n o o ativismo judicial representa a insufici ncia do Estado em aten der aos anseios da sua popula o bem como em buscar a realiza o dos objetivos que lhe fo ram postos trata se de uma patologia constitucional cada vez mais necess ria desde que seja na sua vertente positiva para a prote o do indiv duo contra omiss es ou excessos do Esta do 117 Quando a in rcia dos Poderes Executivo e Legislativo configura um bice ao re gular funcionamento da democracia leg timo ao Judici rio atuar na efetiva o dos direitos fundamentais sociais permitindo a manuten o do processo democr tico Ao se defender a possibilidade do Judici rio intervir em pol ticas p blicas n o se 13 MENDES Gilmar Ferreira BRANCO Paulo Gustavo Gonet Op cit p 707 114 SIGNORINI Terezinha de Jesus de Souza Op cit p 101 STbidem p 103 u6 Idem 1 TEIXEIRA Anderson Vichinkeski Ativismo Judicial Nos Limites entre Racionalidade Jur dica e Decis o Pol tica Revista Direito GV v 8 n 1 S o Paulo Jan Jun 2012 p 9 8 BARBOZA Estef nia Maria de Queiroz A Legitimidade p 159 100 OLIVEIRA Helet cia Le o de Reflex es Sobre a Judicializa o do Direito Fundamental Sa de a Partir do Ativismo Judicial Revista Eletr nica do Curso de Direito
548. xplodir Assim voc pode argumentar nos termos do utilitarismo que moralmente justific vel infligir dor intensa a uma pessoa se isso evitar a morte e sofrimento em grande escala Sandel 2013 p 52 A teoria utilitarista possui como mote fundamental de sua justifica o o bem co mum mesmo que para atingir tal objetivo um mal maior a determinado sujeito deva ser pra ticado Nesse aspecto pode se dizer que h um lado racional e n o emotivo em tal con cep o de justi a o que poderia em tese valer para determinadas decis es judiciais Cabe ent o retomar a perspectiva de Kelsen em alguns outros posicionamentos que ele demonstra em seu trabalho quando aborda as quest es de ordem pr tica do direito e dos chamados julgamentos de valor As ordens sociais os julgamentos de valor e a pr pria concep o sobre a justi a s o exercidos e criados dentro de um contexto hist rico e de dada realidade social Ou seja um sistema de valores constru do e elencado de acordo com elementos complexos diante de determinada realidade hist rica E com base nesses julgamentos que por vezes se constr i as bases para espec ficas determina es e decis es de mbito jur dico que est o relacionadas ao pr prio conceito de justi a Como foi dito Todo sistema de valores em especial um siste ma de moral com a sua ideia central de justi a um fen meno social Kelsen 2000 p 11 Ou seja aqui s
549. za o a internet representa hoje a mais pura express o do fen meno da globa liza o das rela es econ micas e sociais Alguns neg cios se expandiram tanto que hoje n o mais necess rio se locomo ver at o pa s vizinho para uma negocia o ou para representa o da empresa que antes era feita pessoalmente pois podemos verificar a estrutura toda de uma empresa simplesmente pelo acesso ao site que ela possua Tamb m estudantes tem a oportunidade de desfrutar com a comodidade de seus aposentos domiciliares por escolas de ensino a dist ncia o que d opor tunidade aquelas pessoas que n o podem se deslocar facilmente como portadores de defici n cia ou quem por algum outro motivo os impedem sair de casa O com rcio tamb m ganhou novas oportunidades de publicidade e vendas onde um pequeno empres rio consegue vender seu produto a pessoas que est o a quil metros de dist ncia de modo eficiente Por m junto com a expans o come aram alguns problemas de pessoas mal inten cionadas que acabam por corromper o mercado e deixando o por diversas vezes inseguros trazendo graves consegii ncias jur dicas as quais estudaremos nesse trabalho Mas para tanto precisamos conhecer um pouco desse mundo da internet e o que nos envolve nessa grande descoberta Por isso a internet hoje uma rede essencial para o desenvolvimento de qualquer atividade seja para a sua produ o ou para divulga o 2 1

10ª EDIÇÃO – ANO IV – JULHO A DEZEMBRO DE 2013

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