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estudo baseado em corpus oral do Português Brasileiro

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1. verdade verdadeira foi verdade l gico mais certo que t verdade Ainda as express es com valor modal era pra pode saber ser ser que tem certeza tem chance tem condi o tem condi es tem jeito tenho certeza tinha condi es tinha jeito Para fins de anota o levo em conta aqui apenas os ndices lexicais N o ser o anotados os marcadores morfol gicos e gramaticais nem os itens que expressam evidencialidade cf defini o no cap tulo 2 desta tese Desta forma n o est o codificados os marcadores de futuro perifr stico futuro do presente futuro do pret rito com significado condicional o subjuntivo e as constru es condicionais A partir de agora apresento as regras para anota o do trigger 7 Avalio que para a anota o das constru es condicionais do tipo factual e contrafactual por exemplo um sistema de anota o deveria levar em conta n o apenas a sua epistemicidade mas tamb m um conjunto de valores distintivos da factualidade dos eventos nos moldes do FactBank cf SAUR PUSTEJOVSKY 2009 que definem a factualidade de um evento como o n vel de informa o que expressa o comprometimento de fontes relevantes em rela o natureza factual de eventos mencionados no discurso SAUR PUSTEJOVSKY 2009 p 231 O termo evento tratado em termos amplos pa
2. querer e parecer No entanto h formas outras que normalmente n o s o consideradas modais can nicos como os verbos dar adiantar valer e aguentar que parecem ser usos especializados do portugu s brasileiro O gr fico abaixo mostra a distribui o dos itens x 85 E j v3 4 A os ai fe Restrinjo me variante brasileira do portugu s uma vez que n o tenho dados suficientes para fazer afirma es sobre as outras variantes seja a europeia ou as africanas 116 Frequ ncia dos verbos modalizadores E adiantar aguentar E conseguir E dar B dever E esperar Mgostar mparecer E poder E precisar E querer mter que valer Digg 3 7 ay 1 0 2 Figura 4 10 Frequ ncia dos verbos modalizadores A seguir apresento alguns exemplos de verbos que por um vi s metaf rico permitem a leitura como marcador modal 4 1 Adiantar a 217 a n o adianta CMM n pode desmanchar CMM bpubdl01 4 2 Conseguir b BRU 383 c conseguiu ser pior COM 8 bfamcv04 c KAT 32 conseguiu marcar CMM n o CMM n CMM 4 3 Dar para d REN 266 da pa fechar o jogo COM e LUZ 210 Nossa EXP esse neg cio de terra n d n o COM f 168 dois filho TOP_r d pa rir e chorar COM r 4 4 Esperar g ent o assim INT espero que SCA isso nti seja SCA coisa pros times que jogam com a gente deixar de jogar
3. ser que tem certeza tem chance tem condi o tem condi es tem jeito tenho 5 66 39 66 certeza tinha condi es tinha jeito A Se o trigger A 1 um verbo auxiliar ou semi auxiliar modal anota se o verbo modalizador como trigger 23 FLA 104 lt hhh n o INP e a gente tem que gt pesar a bolsa de novo COM bpubcvOI trigger tem que 24 CAR 38 e ZDCT falei com Deus tamb m que eu n queria buscar COM r bfammn05 trigger queria Se o verbo modalizador est em uma constru o com os verbos auxiliares ser estar ou ter haver anota se apenas o modal 25 99 j sofri o suficiente COB_r agora eu t querendo relaxar COM r trigger querendo 26 271 eu t achando que vai lt chover gt COM trigger achando A 2 um adv rbio anota se o adv rbio ou locu o adverbial como trigger 27 LEO 247 talvez o Racing COM bfamcv01 trigger talvez 28 44 que s vezes a gente sente uma dor numa hora COM S bfamdl02 trigger s vezes A 3 um adjetivo ou uma constru o adjetival anota se o adjetivo ou toda a express o adjetival inclusive o auxiliar ser uma vez que parte do predicado nominal Apenas os adjetivos com valor modal s o considerados neste esquema de anota o uma vez que n o consideramos como modais os avaliativos 29 PAU 146 capaz COM
4. exatamente po parar o carro hhh CES setecentos e quatro bfamdl05 4 33 Claro e bvio kk LUI 151 n o 152 e 1 e 1 e 1 e principalmente convocando a galera falar assim o galera neg cio seguinte t pensando em organizar um torneio e a gente quer que voc s participem da organiza o mandando representante LEO 153 e acima de tudo eu acho que a gente tem que chamar os times que tipo o 1 realmente os times que merecem a 1 a nossa EVN 154 a gente tem que lt restringir tamb m isso gt GIL 155 n o claro bfamcv01 II ROG 222 223 o projeto bom por isso uai 224 a gente faz jeito que a pessoa pede uai 225 aquele carinha lt do amp Alexa gt PAU 226 lt mas tem gt que saber ler projeto tamb m n ROG 227 aquele lt carinha gt do Alexandre l ele me deu o desenho dele PAU 228 claro bpubdl01 mm BRU t falando do meu p n CEL bvio bfamcv04 135 Os ndices modais claro e bvio apesar de pertencerem formalmente categoria dos adjetivos foram inclu dos na an lise das constru es adverbiais modais uma vez que seu comportamento se assemelha dos adv rbios modais claramente e obviamente S o considerados adv rbios somente quando ocorrem sozinhos sem a presen a do verbo ser e ou da conjun o Quan
5. EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos jogava bola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha EVN era aquele cara LUI escroto e como ele era amigo dos caras a galera meio que tomava as dores mas n mas n eles n eram todos escrotos igual o pessoal do Galaticos n o o mundo babaca B unmarkas link t5 eles reclamavam n o se bem que tinha tinha uns dois que falaram assim gente a gente perdeu no campo a gente n perdeu por causa disso n o tipo tinha dois falaram isso n o a gente perdeu no campo e tal EVN eu queria ver a comunidade dele la ver que que es falam entre si assim s pra eles mesmos mas fechado ing prair Figura 5 6 Remover o link b 3 Apagar para apagar completamente um markable Figura 5 7 basta clicar em cima do elemento a ser apagado O elemento n o pode estar em amarelo gt MMAX2 1 13 003 H modality software_luciana MMAX_Modality_data bfamcv01_clean txt tok mmax modified TAR File Settings Display Tools Plugins Info 7 Show ML Panel LEO o Juninho foi GIL 6 mas voltando quest o falando em e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muito palha eu acho que es n deviam mais p LUI n o LEO n o LUI
6. Em outras palavras esta distin o separa o mundo entre situa es ou eventos reais ou irreais Ferdinand de Haan 2005 p 41 45 argumenta que a distin o realis irrealis talvez n o seja suficiente para dar conta de uma tipologia da modalidade e uma defini o interlingu stica desta categoria uma vez que o termo irrealis vago e pode se referir a diferentes circunst ncias al m de o conte do sem ntico de morfemas irrealis variar de l ngua para l ngua mesmo as l nguas intimamente relacionadas A categoria de futuro apresentada por de Haan como uma que pode ilustrar esta inconsist ncia apesar de ser uma categoria que pode ser tomada como prototipicamente irrealis j que indica eventos que ainda n o ocorreram e portanto s o irreais Nas l nguas Amele e Muyuw ambas l nguas da Papua Nova Guin mas de fam lias diferentes o futuro uma categoria irrealis mas n o o caso da l ngua Caddo CHAFE 1995 p 358 exemplificada abaixo 2 11 c b w a ci yi bahw a 1SG AG REAL see FUT Irei olh lo No exemplo em 2 11 o morfema de futuro a n o ocorre com o prefixo de irrealis t a t i mas com o prefixo de realis ci Mithun 1995 p 378 80 pontua que h l nguas como o Pomo Central falado na Calif rnia em que o futuro pode ser usado tanto como realis ou irrealis a depender do julgamento do falante sobre a probabilidade de um evento realmente acontecer No
7. Epist mico O conceptualizador o falante ou uma outra entidade conhecimento que expressa o grau de conhecimento ou compreens o sobre algo O conceptualizador que expressa a sua cren a ou sua opini o sobre algo O conceptualizador que apresenta o que enuncia como uma possibilidade O conceptualizador que apresenta o que enuncia como uma probabilidade baseado em alguma evid ncia O conceptualizador que apresenta o material enunciado necessidade como uma necessidade baseado em conhecimento anterior O conceptualizador que expressa incerteza em rela o a um estado de coisas evento ou atividade em foco cren a possibilidade probabilidade verifica o De ntico O conceptualizador que obriga algu m se v obrigado obriga o ou obriga a si mesmo a realizar uma atividade por uma determinada raz o O conceptualizador que permite algu m ou a si mesmo a fazer algo ou permite que algo aconte a O conceptualizador que pro be algu m ou a si mesmo a fazer algo ou pro be que algo aconte a O conceptualizador que expressa suas necessidades ou a necessidade de uma outra pessoa ou grupo permiss o proibi o necessidade Din mico O conceptualizador que expressa a sua pr pria habilidade habilidade capacidade ou a habilidade capacidade de uma outra pessoa para realizar ou alcan ar algo O conceptualizador que expressa as suas vontades necessidades desejos espe
8. Ex CES 104 uhn PHA t achando que n o COM c ampersand ou e comercial amp este s mbolo usado para indicar que o material seguinte apenas um fragmento fonol gico ou um peda o de palavra Esta forma de nota o usada quando o falante gagueja ou para de falar antes de completar uma palavra reconhec vel falsos come os Ex ANE 224 amp he TMT essa localiza o aqui eu n acho ruim COM S d Ex e Ex f 157 anguladores gt sinalizam que o material locutivo de um falante em um determinado turno contido entre os anguladores est sendo produzido ao mesmo tempo que o material angulado do seu interlocutor no turno seguinte ANE 298 s vezes 2 EMP s vezes fica gente COM CES 299 pode entrar COM sinal de adi o indica uma interrup o seja por tomada de turno pelo interlocutor ou por decis o do pr prio falante 99 ent o INP eu TOP eu sei COB Mara ALL que DCT ela me tirou i COB assim PAR n indica retracting O numeral n ao lado da barra indica o n mero de palavras envolvidas no retracting e canceladas pelo falante usado quando o falante come a a dizer alguma coisa para repete o sintagma b sico muda a sintaxe mas mant m a mesma ideia pode envolver tamb m a completa reformula o da mensagem sem quaisquer corre es espec ficas ou ainda indicar que o falante come o
9. bfamdl04 2 91 48 c n consegue cem por cento de nada na sua vida ent o acho que t 1 t caminhando bpubmn01 Em 2 87 e 2 88 temos um conceptualizador em primeira pessoa que coincide com o falante e enuncia a sua avalia o sobre o material locut rio Em 2 87 o enunciador se desloca para um momento anterior e reporta o que enunciou quela altura marcada linguisticamente pela presen a do verbo dicendi falar A ocorr ncia em 2 88 apresenta inclusive uma redund ncia da possibilidade epist mica com o uso do verbo modal poder e do adv rbio modal potencialmente ou conforme Halliday 1970 e Lunguinho 2010 o fen meno da concord ncia modal No exemplo em 2 89 o falante enuncia a avalia o de um conceptualizador em terceira pessoa O falante em 2 90 pede a confirma o da avalia o de um outro conceptualizador ela Na ocorr ncia do mon logo p blico em 2 91 a falante no papel de professora se projeta para um ponto de vista impessoal representado pelo d itico c o que aponta para um grau de afastamento em rela o ao que est sendo enunciado Segundo Langacker 2008 a conceptualiza o metaforicamente a forma como vemos uma cena Em suas palavras Um arranjo de ponto de vista a rela o global entre os observadores e a situa o sendo observada os observadores s o os conceptualizadores que apreendem os significados
10. gt E n x E O conceptualizador a entidade que constr i um ponto de vista em uma determinada cena Esta noc o est ligada de construal que a nossa capacidade de conceber e retratar a mesma situa o de maneiras diferentes 58 euacho euacho que ele acha parece que diz que ele acha info partilhada Figura 2 3 Continuum modalidade epist mica evidencialidade Nos exemplos observam se tr s diferentes graus de participa o do enunciador na constitui o da avalia o sobre o que est sendo dito o que me leva a tentar reformular o i i y y 48 g conceito de modalidade e assumir a no o de conceptualizador nos termos langackerianos para explicar este fen meno sem ntico 2 5 O escopo da modalidade e as fronteiras entre algumas categorias Nas se es anteriores foram apresentadas diferentes abordagens e tipologias no que diz respeito modalidade As defini es desta categoria podem ser mais amplas como a de Palmer 2001 que diz que a modalidade se relaciona com o status da proposi o que descreve o evento ou mais restritas como a de van der Auwera e Plungian 1998 para quem a modalidade envolve os dom nios de possibilidade e necessidade como variantes paradigm ticas A primeira defini o n o deixa claro o que inclui ou exclui a modalidade na segunda identificam se termos reconhecidos como modais mas exclui
11. 81 Sob a etiqueta verbos modalizadores incluo n o apenas os verbos poder dever e ter que mas todos aqueles que expressam modalidade epist mica de ntica e din mica mesmo que a rigor nem todos sejam enquadrados na categoria verbos modais 98 a uonoipeJd uonoipeJd uomnoipeud uonoipeJd UONIOA UONI OA Aiqeqoid Ayiqissod UONI OA Jjeyeq uonoipeud Jjeyeq Jjeyeq Jjeyeq yusseoou Jeteq Jepoui sojeaqns a juedinj juedinj juedinj juedinj WA WA WA WA WA Ape Juodyny ape ape Ida WA Ida ide ide ide ide uAp uAp ide ide u p ide ide ide ide ide ide ide pn eui pn eui pn eui pn eui ou ou ou ou 802 802 802 802 WOO LNI WOO WOO WOO LNI WOO WOO WOO WOO WOO WOO 1 WOD 40uJe ul Waq 9 990 p ojeuoeduueo VOS 0 1 gIN9 Ogu LNI Wisse opue ej z4vd ouuuno ez VOS IL esor ody 409 odwe siew eu 3 u e uje2euuoo ef enb sees so J9A IBA 9o anb ojsode ne e 909 essep oiooBeu uin Jaze Jejua JeBod OBA se gOo2 JeBed OBA se gO2 2 909 opuewejoa SG o ados WEAR NV d odi 909 enb seseo so JeBed OBA se NI 18 qnu2 o owo cc O31 e woo webol enb sawn soud esioo y9S eles nu oss y9S enb o1edse N wisse ogjua 8IN2 Weque gi2 eyueb e Was gIW2 ojyeuoeduueo Nl Jezej opueJenb og se 2901 ejueuu edi
12. COM bfamdl05 a 2 epitemic belief o conceptualizador expressa a sua cren a ou opini o sobre algo 6 JAE 84 mas l gico que ea vai p r oc s COM uai PHA bfamcv02 a 3 epistemic possibility O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma possibilidade 7 TON 173 d pra amp ma 3 EMP d pra jogar ela aqui CMM ela vem na frente da quatro o CMM bfamcv03 a 5 epistemic probability O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma probabilidade baseado em alguma evid ncia 8 CAR 95 deve ser um 1 SCA alguns milhares de reais a conta COM n PHA bpubcv02 a 6 epistemic necessity O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma necessidade baseado em conhecimento anterior 9 DFL 121 meu av falava com papai INT ele doido CMM r s pode ser doido CMM r n PHA amp po EMP bfammn02 a 7 epistemic verification O conceptualizador expressa incerteza em rela o a um estado de coisas evento ou atividade em foco 10 ANE 390 olha a se n tem ningu m COM C sar ALL bfamdlOS b De nticos o valor de ntico normalmente est associado s conven es morais e sociais e portanto normalmente usado para indicar obriga o permiss o ou proibi o Os exemplos 11 e 12 ilustram respectivamente uma obriga o e uma permiss o 11 RUT 257 c tem que ir chique COM bfamc
13. MELLO H CAETANO R Mapeamento de constru es adverbiais modais na fala espont nea Belo Horizonte FALE UFMG 2012 Manuscrito MELLO H R RASO T Frames e Fala Espont nea Cadernos de Estudos Lingu sticos UNICAMP v 55 p 99 108 2013 MELLO H R PAIX O C A COELHO F C SOUZA R R Distribution of modality markers in Brazilian Portuguese spontaneous speech In Quantitave Investigations in Theoretical Linguistics 5 2013 Leuven Proceedings QITL 5 Leuven KU Leuven 2013 p 64 67 MENDES A HENDRIKX I SALGUEIRO A AVILA L Annotating the Interaction between Focus and Modality the case of exclusive particles Proceedings of the 7th Linguistic Annotation Workshop amp Interoperability with Discourse Sofia Bulgaria Association for Computational Linguistics p 228 237 2013 MELAC E Modality and evidentiality in English and Tibetan Apresenta o na Modality Corpus Discourse Conference Lund University Lund Su cia 2012 MITHUN M The relativity of irreality In BYBEE J FLEISCHMAN S eds Modality in Grammar and Discourse Typological Studies in Language 32 Amsterdam John Benjamins 1995 p 367 388 MITHUN M The languages of native North America Cambridge Cambridge University Press 1999 214 MITTMAN M M O C ORAL BRASIL e o estudo da fala informal um novo olhar sobre o T pico no Portugu s Brasileiro 2012 Tese de Doutorado Estudos Lingu sticos Faculd
14. e Part of speech PoS do ndice modal verbos modalizadores verbos epist micos verbos de compreens o e percep o verbos de atitude proposicional adv rbio modal e locu es adverbiais adjetivos e constru es adjetivas express es modais constru es de futuro futuro perifr stico vamos infinitivo futuro do pret rito e imperfeito com fun o de retrospec o A Tabela 3 4 indica as etiquetas PoS Etiqueta Verbos modalizadores Vm Verbos epist micos Vepi Verbos de compreens o percep o Vcomp Verbos de atitude proposicional Vap Adv rbios e locu es adverbiais Adv Adjetivos e constru es adjetivas Adj Express es modais Em Morfologia Futuro perifr stico futperif vamos infinitivo let s Futuro do pret rito futpret Imperfeito imperf Tabela 3 6 Etiquetagem de Part of speech PoS e ndices morfol gicos 66 99 f Composicionalidade se h apenas um ndice modal em cada enunciado s para simples ou se h dois ou mais ndices na mesma unidade informacional e mesmo enunciado me para mesmo enunciado ou se h no mesmo enunciado e em unidades informacionais diferentes me ud para mesmo enunciado e unidades diferentes A Tabela 3 7 traz um instant neo da maneira como os dados referentes a enunciados padr o informacional composicionalidade valor modal PoS e subvalores modais est o organizados e codificados
15. n o marcado para a modalidade com exce o para os usos modais do futuro do presente e futuro do pret rito conforme os exemplos abaixo 2 75 33 eu vou olhar pr oc se eu tenho trinta e nove dessa dessa bpubdl02 2 76 37 a ea falou assim c ia ter nen m aonde bfammn04 J o subjuntivo segundo Palmer 1986 p 39 um marcador gen rico de modalidade Morfossintaticamente ocorre em ora es encaixadas PALMER 1986 p 22 e com frequ ncia uma marca redundante de um elemento modal presente na ora o principal s FINE 4 No minicorpus analisado encontramos algumas dessas ocorr ncias 2 77 REN 550 espero que eu n o tinha 1 tenha perdido bfamdl01 2 78 39 queria uma crian a que n me desse trabalho e tudo bfammn05 Podem aparecer tamb m em ocorr ncias como as em 2 79 e 2 80 com valor de hip tese 2 79 148 porque esse aqui quando for desenhar bfamcv04 2 80 239 pra que Deus venha amp ri 1 contribuir pa sua sorte bfamdl04 O modo imperativo por sua vez poderia estar ligado modalidade de ntica como reconhece Portner 2007 p 399 a ideia de que os imperativos devam ter alguma coisa a ver com a interpreta o de modais de nticos extremamente intuitiva De fato uma enuncia o imperativa uma tentativa de impor a um indiv duo uma obriga o No entanto a op o neste trabalho dados seus pressupostos
16. o o falante enuncia uma sua opini o negativa No PB h tr s tipos de nega o a simples preposta a simples posposta e a dupla nega o Neste trabalho investigarei ainda a rela o de modalidade e nega o para fins de anota o sem ntica Este ponto vai ser desenvolvido na Parte III desta tese 2 5 2 Modalidade e modo O modo uma categoria morfol gica e se refere a um conjunto de tipos de enunciados que indica a maneira de o verbo expressar um estado de coisas Esta categoria apresentada em sua rela o com a modalidade ou como a express o gramaticalizada da modalidade por exemplo o modo imperativo se relaciona com a modalidade de ntica e os outros modos com a modalidade epist mica OLIVEIRA 2003 p 254 Bybee et al 1994 como j visto incluem o modo no dom nio da modalidade enquanto van der Auwera e Plungian 1998 no dom nio das ilocu es Como Green 2009 que afirma que o modo com o conte do subdetermina a for a Por outro lado uma hip tese plaus vel que o modo gramatical um dos dispositivos que usamos em conjunto com as pistas contextuais entona o e outros para indicar a for a com a qual estamos expressando um dado conte do Palmer 1986 define o modo como uma categoria morfossint tica de natureza verbal no mesmo n vel de tempo e aspecto sendo caracterizado em rela o modalidade como um recurso lingu stico menos protot pico Lyons 1977 p 848 tamb m
17. obligative iv permiss o permissive v potencial potential vi avaliativo evaluative vii intencional intentional viii epit utico grau de sucesso epiteuctic degree of success ix esfor o effort x voli o volitive A cada um destes significados modais est o distribu dos valores que variam em uma escala de zero a um considerados qualquer valor decimal v lido neste intervalo Por exemplo para a factividade epist mica o valor 0 corresponde a n o aconteceu didn t happen e o valor 1 a definitivamente aconteceu definitely happen ou para o epit utico grau de sucesso o zero equivale ao fracasso fail e o um ao completamente bem sucedido ou sucesso absoluto succeed fully Assim como nos outros projetos o escopo SCOPE o predicado afetado pela modalidade e a propriedade a quem atribu da ATTRIBUTED TO aponta para a quem a modalidade atribu da sendo o falante o valor padr o importante notar que as propriedades da modalidade est o explicitamente presentes no texto O sistema desenvolvido para o portugu s europeu HENDRICKX et al 2012a 2012b baseia se no esquema de anota o proposta por Nirenburg e McShane 2008 Enquanto no OntoSem a informa o sobre a modalidade um m dulo sem ntico nas entradas lexicais que expressam modalidade o mo
18. 77 MAI 13 o di metro dea deve dar uns 1 SCA uns quarenta a cinq enta cent metro de 1 SCA de amp s 2 EMP de grossura COM o di metro dela APC bfammn01 trigger sabe modal value epistemic probability polarity pos IU COM target o di metro dea dar uns quarenta a cingiienta centimetro de grossura polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention MAI source of the modality MAI e epistemic necessity 78 REN 231 pois CMME mas teria que ser uns dez reais CMM n PHA bfamdl01 trigger teria que modal value epistemic necessity polarity pos IU CMM target ser uns dez reais polarity tgt pos IU tgt CMM source of the event mention REN source of the modality REN f epistemic verification 79 ANE 393 olha a se n tem ningu m CMM C sar CMM bfamdl05 trigger olha modal value epistemic_verification polarity pos IU CMM target n tem ningu m polarity tgt neg IU tgt CMM source of the event mention ANE source of the modality ANE g deontic obligation 80 JAN 239 depois eu tem que comprar uma COM 8 bpubdl02 trigger tem que modal value deontic obligation polarity pos IU COM target comprar uma polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention JAN source of the modality eu h deontic permission 81 PAU 247 ele n o pode chegar no final da semana e SCA desmanchar tudo o que
19. INT se a pessoa n tem condi es de fazer TOP ele paga pra fazer COM bfamdl04 Mello e Raso 2013 discutem a necessidade de amplia o do enunciado e das unidades tonais como construtos anal ticos b sicos no tratamento da fala espont nea via frames Como segundo a Teoria da L ngua em Ato CRESTI 2000 ao enunciado 128 corresponde uma ilocu o mesmo que esses verbos epist micos objeto de nossa investiga o estejam de alguma forma representados em frames ligados por heran a metaf rica e no uso de atividade mental ao falarmos estamos cumprindo diferentes a es Dessa forma a an lise da linguagem pautada por frames necessariamente deve levar em conta pelo menos dois n veis adicionais queles construcional e sem ntico quais sejam os n veis informacional e ilocucion rio MELLO RASO 2013 p 106 Transponho um princ pio talhado at agora para a an lise da escrita para a an lise da fala o Princ pio da N o Sinon mia para discutir brevemente essa quest o Segundo esse Princ pio GOLDBERG 1995 2006 Se duas constru es s o sintaticamente distintas elas devem ser sem ntica ou pragmaticamente distintas Corol rio A Se duas constru es s o sintaticamente distintas e semanticamente sinOnimas ent o elas n o devem ser pragmaticamente sin nimas Corol rio B Se duas constru es s o sintaticamente distintas e pragmaticamente sin nimas ent o elas n o devem se
20. bpubldl01 trigger capaz 30 JAE 84 mas l gico que ea vai p r oc s COM uai PHA bfamcv02 trigger s vezes A 4 uma express o modal anota se toda a express o 31 64 esquenta SCA comida CMB lt yyyy CMB tem a possibilidade de um gt monte de produto COM o CNT bfamdl01 trigger tem a possibilidade 32 LUZ 1 porque DCT eu s soube que eu n 6 EMP eu tive certeza absoluta que eu n era daqui quando eu sa COM bfamdl03 trigger tive certeza absoluta m8 2 132 AZ A B O trigger n o inclui as part culas negativas A nega o um fen meno que interage diretamente com a modalidade 33 16 n sei se eu jogo a na tr s COB n posso COM S bfamcv03 trigger sei C As preposi es e conectivos n o s o inclu dos no trigger A nica exce o o verbo semimodal ter que 34 108 e eu sei que ea devia TOP porque SCA amp he TMT foi 1 EMP foi amp q 1 SCA nas v spera d eu vim embora COM trigger sei 35 BAL 38 t vendo CNT a setinha tem que t no cento e dez COM bfamdl02 trigger tem que 36 80 e DCT teve que amputar as duas perna aqui COB hoje anda numa cadeira de roda COB ent o a gente levava ela pra av COM bfammn05 trigger teve que D Se no trigger vier intercalada qualquer part cula n o se considera esta palavra como parte do trig
21. brasileiro ABSTRACT This study deals with the description of modality in a corpus of spontaneous Brazilian Portuguese spoken language more specifically the Minas Gerais variety Modality in a more concise definition is the evaluation of a conceptualizer which relativizes the uttered locutive material in terms of degree of certainty possibility necessity capability and volition However there is no consensus on a precise definition of such category explained by a number of reasons a modality is a field of study for logics and linguistics that utilizes various methodologies b the categories is both differentiated and interrelated to others such as time aspect mode c this notion is mistaken and overlaps those of illocution attitude and emotion Based on the principles of the Speech Act Theory in Corpus and Computational Linguistics this work aims at describing the behavior of different modality markers and proposing a modality annotation scheme for a C ORAL BRASIL minicorpus C ORAL BRASIL is a corpus of Brazilian Portuguese spoken language the fifth branch of C ORAL ROM a comparable corpus representative of the four main European Romance Languages Italian Spanish French and Portuguese prosodically segmented in utterances and their informational sub units The utterance is the minimal reference unit pragmatically interpretable To better fit the purposes of this research I utilized the informal part of the C ORAL B
22. correspondendo a 34 6 do total de ocorr ncias As duas outras estrat gias mais frequentes s o o futuro perifr stico 20 2 e os verbos epist micos e de atitude proposicional 18 5 A Figura 4 4 demonstra a participa o de cada uma das estrat gias utilizadas na amostra 107 estrat gias modalizadoras E verbos modais E verbos epist micos atitude proposicional E adv rbios e locu es adverbiais E adjetivos e constru es adjetivas E futuro perifr stico E vamos infinitivo let s Figura 4 4 Distribui o das estrat gias modalizadoras na amostra Importante destacar que na l ngua portuguesa o futuro do pret rito apesar de ser uma forma do modo indicativo representando um futuro retrospectivo funciona como uma forma condicional exatamente como em outras l nguas rom nicas como o franc s e o italiano Dessa forma as constru es condicionais do tipo se p ent o q e o futuro do pret rito inclusive na forma temporal do imperfeito consistem em 12 9 do total de enunciados modalizados 4 3 1 Distribui o dos ndices em rela o unidade informacional Nesta se o apresento a distribui o dos marcadores de modalidade em rela o articula o informacional do enunciado Segundo Tucci 2007 apenas algumas unidades podem conter um ndice modal o Coment rio o T pico o Parent tico e o Introdutor Locutivo No minicorpus em an lise al m destas unidades inf
23. de que os imperativos est o ligados a atos de fala do tipo diretivos e n o express o da modalidade Vale lembrar que no PB em contextos anteriormente tidos como tipicamente de uso do subjuntivo observa se uma varia o com o emprego de formas do indicativo No entanto n o est no escopo deste trabalho a discuss o desta flutua o Para esta varia o no espanhol ver o trabalho de Mejias Bikandi 1996 apoiado na Teoria dos Espa os Mentais de Fauconnier 1994 Nesta moldura te rica o modo visto como um mecanismo que regula o compartilhamento de informa es entre espa os mentais Tradu o para The idea that imperatives should have something to do with the interpretation of deontic modals is extremely intuitive PORTNER 2007 p 339 63 Na pr xima se o trato da modalidade e sua rela o com a ilocu o e a atitude no sentido de demonstrar que s o categorias diferentes por m que se interrelacionam 2 5 3 Modalidade ilocu o e atitude O conceito de ilocu o ou ato ilocucion rio foi primeiramente formulado por Austin 1962 em uma s rie de confer ncias em que sustentava que falar alguma coisa fazer alguma coisa Austin distingue no ato lingu stico tr s n veis o locut rio o ilocut rio e o perlocut rio Este conceito retomado mais tarde por Searle 1969 que considera que um ato ilocucion rio a unidade m nima da comunicag o lingu stica humana O fil sofo rev
24. es da l ngua os estudos de corpora em termos metodol gicos v m contribuir para a manipula o de um grande n mero de dados representativos do uso com o recurso de ferramentas computacionais sofisticadas Dar conta da distribui o das express es de uma l ngua se constitui como uma tarefa herc lea A pesquisa de corpus dessa forma pode determinar a frequ ncia com a qual uma determinada express o ou constru o pode ser usada em diferentes contextos Gries destaca em artigo sobre a polissemia do verbo to run como os m todos quantitativos da lingu stica de corpus podem fornecer evid ncia emp rica sugerindo respostas para alguns problemas notoriamente dif ceis da lingu stica cognitiva GRIES 2006 p 57 Por ltimo mas n o menos importante o tema da modalidade cobre diferentes construtos de abordagens baseadas no uso ainda n o combinados Os estudos lingu sticos no Brasil sobre a modalidade ainda carecem de an lises que levem em conta as express es em contexto com dados da fala espont nea organizados sistematicamente ainda que haja projetos que explorem o estudo da l ngua falada como o NURC e seus desdobramentos em publica es Como consequ ncia o trabalho que ora se apresenta pode fomentar a discuss o sobre semelhan as e diferen as em rela o a variedades da l ngua portuguesa e em rela o a outras l nguas de base rom nica o italiano o franc s e o espanhol Desse modo a pesquisa se mostr
25. es entre as coisas not vel a ocorr ncia dessa nova acep o epist mica mais frequente que a acep o de raiz de ntica O espa o deixado pelo verbo dever em usos de obriga o de ntica tem sido ocupado pelo semimodal ter que como confirmam os n meros Em termos de distribui o dos verbos nas unidades informacionais como estrat gia mais produtiva podem ocupar qualquer uma das UIs modaliz veis com destaque mais uma vez para o grande n mero de ocorr ncias na unidade de Coment rio 315 o que corresponde a 78 6 de todas as ocorr ncias Se ao Coment rio acrescentamos as ocorr ncias para APC CMM e COB este n mero sobe para 390 97 3 do total de ocorr ncias da amostra importante notar que todos os significados epist micos s o realizados nesta unidade Nas unidades de T pico Ap ndice de T pico Parent tico e Introdutor Locutivo temos a realiza o de valores de nticos tanto permiss o quanto obriga o e din micos voli o 4 5 2 Os verbos epist micos Os verbos de car ter epist mico ou verbos de cren a funcionam segundo Venier 1991 p 68 apud TUCCI 2007 p 172 como sinais para manifestar no ouvinte o grau de confiabilidade conferido pelo falante proposi o e para manter uma fun o sinalizadora tamb m quando o enunciado que a cont m vem reportado Al m disso desenvolvem sentidos atitudinais e interacionais podem estar configurados sintaticamente de
26. o do falante ou outra pessoa em rela o a um determinado estado de coisas Este tipo assim como o epist mico e o de ntico que podem ser considerados mais fortes ou mais fracos podem ser analisados de forma escalar com polos positivo e negativo O tipo circunstancial se refere ao que poss vel ou necess rio de acordo com determinadas circunst ncias por exemplo 2 30 poss vel instalar uma internet a r dio na zona rural de Vi osa A senten a em 2 30 expressa a informa o de que h as condi es necess rias que viabilizam a instala o de um servi o de internet na zona rural de uma cidade n o importa se a instala o vai ocorrer ou n o Segundo Mello et al 2009 p 119 alguns autores n o consideram este tipo de forma aut noma concebendo os como enunciados modalizados ou aleticamente ou dinamicamente A modalidade teleol gica expressa o que necess rio para se atingir um determinado objetivo 2 31 Para entrar no Minist rio P blico tenho que estudar com disciplina Em 2 31 em que o objetivo ser funcion rio do Minist rio P blico e para alcan ar tal objetivo necess rio um estudo disciplinado 47 2 3 2 1 Modalidade epist mica a linguagem das possibilidades Lyons 1977 p 797 800 afirma que as interpreta es epist micas de ndices modais s o frequentemente mais subjetivas e que essas interpreta es s o mais b sicas que as objetivas Kiefer confirma este c
27. o g nero textual e o assunto de cada intera o a fim de verificar a rela o entre as escolhas dos itens modais e os tipos de texto em que est o inseridos Estas vari veis n o s o par metros controlados pelo C ORAL BRASIL nem pelo C ORAL ROM Abaixo um instant neo das informa es compiladas e codificadas sobre os metadados Arquivo Tipologia interaciona Tipo textual vy G nero Assunto v Informantes 7 Sir bfamcv01 conversa o privada argumentativo avalia o planejamento campeonato de futebol GIL M bfamcv01 conversa o privada argumentativo avalia o planejamento campeonato de futebol GIL M bfamcv01 conversa o privada argumentativo avalia o planejamento campeonato de futebol LUI M bfamcv01 conversa o privada argumentativo avalia o planejamento campeonato de futebol LUI M bfamcv01 conversa o privada argumentativo avalia o planejamento campeonato de futebol LUI M bfamcv02 conversa o privada narrativo bate papo preparativos de casamento RUT F bfamcv02 conversa o privada narrativo bate papo preparativos de casamento RUT F bfamcv02 conversa o privada narrativo bate papo preparativos de casamento TER F bfamcv03 conversa o privada narrativo bate papo variados jogo de sinuca CEL M bfamcv04 conversa o privada descritivo instru o de jogo Imagem e A o CEL M bfamdlO1 di logo privado narrativo sele o de alimentos compras do m s REN1 F bfamdlo di logo privad
28. prontamente considerada esperada ou at mesmo solicitada d asser o NEG a proposi o fortemente afirmada como falsa mais comumente em contradi o s cren as expl citas ou assumidas do ouvinte a contesta o do ouvinte antecipada e o falante tem evid ncia ou outras bases para confirmar sua firme cren a Mudar o foco das no es de realis e irrealis para uma tica cognitiva e comunicativa implica cognitivamente deslocar de quest es de verdade l gica para quest es de certeza subjetiva e comunicativamente deslocar do sentido sem ntico da orienta o pelo falante para o sentido pragm tico interativo socialmente negociado envolvendo tanto o falante quanto o ouvinte Independentemente da perspectiva que tomada esta distin o parece dif cil tomar a oposi o realis x irrealis e especificamente o irrealis como uma no o para a defini o de modalidade ainda que em algumas l nguas esteja gramaticalmente marcada e que na literatura sobre crioulos e pidgins esta seja a forma padr o para descrever as distin es modais de HAAN 2005 p 45 Passo portanto para a terceira abordagem sobre o fen meno a modalidade como uma categoria relacionada subjetividade 2 2 3 Subjetividade Lyons 1977 p 797 ss em sua tentativa de s ntese sobre a modalidade que guia muitos outros autores em termos de relacionar a categoria com a express o da atitude de um falante anuncia ao tratar do
29. 152 Em resumo os componentes identificados e ou anotados nos projetos apresentados na se o anterior Autores Trigger Target Source Factuality Certainty Transition of certainty Focus Time Conditional Saur et al 2006 2007 2009 2012 Baker et al 2010 Matsuyoshi et al 2010 Wiebe et al 2005 Niremburg McShane 2008 Hendrikx et al 2012 Mendes et al 2013 Rubinstein et al 2013 Cui Chi 2013 X X X Tabela 5 2 Elementos identificados e ou anotados em diferentes projetos de anota o sem ntica Entre os diferentes projetos apesar de a terminologia usada para a categoriza o dos significados modais diferirem poss vel encontrar correspond ncias entre os valores modais correntes na literatura lingu stica e aqueles valores denominados n o padr o Abaixo resumidamente elenco na Tabela 5 2 todos os valores assinalados nos esquemas de anota o apresentados Na coluna da esquerda listo os valores modais utilizados na tradi o lingu stica cf PALMER 2001 e na coluna da esquerda os valores correspondentes encontrados nos esquemas aqui apresentados e seus respectivos autores 153 Valores modais tradi o lingu stica esquemas de anota o Epistemic factuality SAURI et al 2006 BAKER et al 2010 actuality MATSUYOSHI et al 2010 evidentialit
30. 43 ent o ela acha que a meia que t melhorando COM bfamdl04 4 13 Acreditar n 46 tipo INT eu 1 EMP eu acredito i COM tipo PAR cem SCA por cento SCA nisso COM bfamcv01 0 87 n o INP r n acredito nisso n o COM r bfamdl01 p 49 e eu acredito que depois que eu terminar o EDUCONLE COB eu acho que a eu vou tar mais madura ainda COB acho que mais preparada COM bpubmn01 4 14 Crer q ENC 208 eu creio que sim COM bfamdl05 4 15 Imaginar r 171 n o PHA trinta reais TOP a eu amp j 2 SCA eu 1 EMP eu fico imaginando que e fica pensando assim INT Nossa Sio EXP_r s vezes l em casa t precisando de fazer uma compra e tudo COM r n PHA bpubmn01 4 16 Pensar s RUT 208 c pensa que ele SCA participa da 1 SCA amp d 1 EMP desses presente COM bfamcv02 4 17 Saber t TER 69 sei o tanto n o COM bfamcv02 u BAL 45 c sabe que aquelas caxinhas ali TOP ela 1 EMP eu descobri ontem COB bfamdl02 124 v ANE 19 rua Joaquim Nabuco TOP s sabe me informar COM bfamdl03 Como mencionado anteriormente o n mero total de tokens de verbos epist micos encontrado no subcorpus foi de 210 distribu dos em 6 types como a seguir 105 para achar 50 3 para acreditar 1 para crer 1 para imaginar 2 para pen
31. Nosso esquema se inspirou no esquema proposto para o portugu s europeu mas dele se diferencia na medida em que algumas decis es cruciais para a anota o foram baseadas na moldura te rico metodol gica da TLA o que significa tomar o enunciado como unidade anal tica de refer ncia e a unidade informacional o campo de aplica o da modalidade Foram anotados 781 itens modais lexicais Como valores modais escolhemos o tipo epist mico com seis subvalores conhecimento cren a possibilidade probabilidade necessidade e verifica o o tipo de ntico que abriga quatro subvalores obriga o permiss o proibi o e necessidade e por fim o tipo din mico com dois subvalores habilidade e voli o Como elementos a serem anotados o trigger a palavra ou sequ ncia de palavras que carrega m a modalidade o target a express o que est no escopo do trigger dentro da unidade informacional a source of the modality o conceptualizador e a source of the event o falante ou produtor A anota o foi realizada por um nico anotador at o momento com a ferramenta MULLER STRUBE 2006 um software livre para a anota o em m ltiplos n veis valores e subvalores modais e os elementos a serem anotados trigger target sources e O detalhamento das regras para cada um O estudo da modalidade como campo prof cuo pode inspirar futuras possibilidades e projetos Tendo em vista que o C ORAL BRASIL um corpus constru do com a mesma
32. apoio epist mico Esta categoria assim como a de evidencialidade estaria subordinada a outra categoria descritiva a epistemicidade que seria uma generaliza o das no es de justificativa epist mica e apoio epist mico ao que os fil sofos chamam de apoio justificativo K rkk inen 2003 destaca que ainda que as defini es propostas para a modalidade epist mica fa am refer ncia verdade da proposi o os types relacionados a ela s o de possibilidade probabilidade e certeza inferida No PB a modalidade epist mica pode ser expressa por elementos de natureza lexical como verbos modais adv rbios modais verbos de atitude proposicional constru es adjetivas express es modais e de natureza gramatical como o futuro perifr stico e as condicionais Encerro a se o com mais alguns exemplos de nossa amostra 2 38 TER 21 6 Jael 22 mas gente velha j prometeu o 1 os presente lt j pode gt garantir que ganhou bfamcv02 38 epistemic support BOYE 2012 p 2 justificatory support BOYE 2012 p 2 3 50 2 39 171 n o trinta reais a eu amp j 2 SCA eu 1 eu fico imaginando que e fica pensando assim Nossa Sio s vezes l em casa t precisando de fazer uma compra e tudo n bpubmn01 2 40 72 quela 1 quela aula igual se d no EDUCONLE que c acha que amp o 1 tudo de bom n bpubmn01 2 41 foi verdad
33. e tudo APC bfammn05 LJ 3 8 CAR 177 c n entendeu COM c ni APC bfamcv03 3 9 FLA 358 tem que lembrar ela COM comprar acetona APC bfamdl01 bfamdl01 gt J 3 1 2 4 Ap ndice de T pico APT O Ap ndice de T pico APT integra o texto do T pico e se constitui informacionalmente por integra es lexicais ou altera es e muito raramente por repeti es exclusivamente do material locut rio do T pico Esta uma unidade de tipo sufixo com perfil que pode ser nivelado descendente ou mesmo reproduzir a curva de Fo do T pico a que se refere Diferentemente do T pico n o possui foco Distribui se direita da unidade de T pico e o segue podendo estar intercalado 82 por uma unidade dial gica F tico ou Alocutivo no PB N o pode ser interrompido por uma unidade de Parent tico 3 10 BAL um cuidado TOP que c s t m que tomar APT lt Bel gt ALL bfamdl02 8 3 1 1 5 Parent tico PAR A unidade de Parent tico PAR expressa uma integra o metalingu stica do enunciado em alguns casos com fun o modalizadora apresentando um ponto de vista externo quele do Coment rio A fun o metalingu stica encontra sua relev ncia em rela o a todo o enunciado ou pode se referir a uma unidade textual para tr s ou para frente na maioria das vezes um Coment rio ou um T pico e mais raramente a outro Parent tico ou uma palavra espec fica dentro
34. eu acho n o LEO com certeza LUI com certeza es n v o participar u LEO eles s o piores do que o Durepo EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos jogava hola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha EVN era aquele cara LUI escroto e como ele era amigo dos caras a galera meio que tomava as dares mas n mas n eles n eram todos escrotos igual o pessoal do Galaticos n o i es mais participar modal Delete this Markable Copy this Markable to Open in Markable Browser gt Copy to clipboard gt Figura 5 7 Apagar um markable b 4 Markable descont nuo a partir de um markable existente poss vel adicionar a ele uma por o de texto n o cont nua necess rio clicar sobre o markable criado que fica em amarelo ent o selecionar com o bot o esquerdo a segunda por o de texto a ser adicionada Figura 5 8 clicar com o bot o direito sobre esta sele o e escolher Add to this markable Para o caso de toda a por o de texto adicionada ser removida ou apenas parte dela Figura 162 5 9 basta selecionar o elemento que deseja desvincular do markable clicar com o bot o direito em cima dele e escolher Remove from this markable MMAX2 1 13 003 H modality software_luciana MMAX_Modality_da
35. gicas di logos e conversa es 4 3 Frequ ncia dos ndices morfolexicais de modalidade Foram encontradas 1 197 ocorr ncias de itens lexicais e gramaticais que expressam modalidade divididos em verbos modais verbos epist micos e de atitude proposicional adv rbios e locu es adverbiais adjetivos e constru es adjetivas express es modais futuro perifr stico futuro do pret rito imperfeito com valor de futuro do pret rito e constru es condicionais A Tabela 4 3 abaixo mostra os n meros para cada estrat gia modalizadora 106 Estrat gias modalizadoras n de enunciados verbos modalizadores 414 verbos epist micos atitude proposicional 223 adv rbios e locu es adverbiais 92 adjetivos e constru es adjetivas 22 express es modais 30 futuro perifr stico 243 vamos infinitivo let s 18 futuro do pret rito 37 imperfeito futuro do pret rito 9 constru es condicionais 109 Tabela 4 3 Estrat gias modalizadoras O n mero de ocorr ncia de ndices lexicais de 783 e corresponde a 65 4 da amostra enquanto o de ndices gramaticais de 416 e corresponde a 34 6 O n mero de ndices gramaticais somados id ntico ao n mero de verbos modalizadores A estrat gia modalizadora empregada mais frequententemente s o os verbos modalizadores aqui como j explicitado incluo todos os verbos que expressam modalidade epist mica de ntica e din mica
36. http www corpusdoportugues org Acesso em 12 mai 2011 DENDALE P TASMOWSKY L Introduction evidentiality and related notions Journal of Pragmatics 33 339 348 2001 DOLZ J SCHNEUWLY B G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 209 FALLER M Semantics and Pragmatics of Evidentials in Cuzco Quechua 2002 Tese Doctor of Philosophy Department of Linguistics Stanford University Stanford California FARKAS R VINCZE V M RA G CSIRIK J SZARVAS G The CoNLL 2010 shared task learning to detect hedges and their scope in natural language text In Proceedings of the Fourteenth Conference on Computational Natural Language Learning Shared Task 2010 p 1 12 FAUCONNIER G Espaces mentaux Paris Editions de Minuit 1984 FERRARI L V Condicionais reportadas e flexibilidade de ponto de vista Gragoat UFF v 23 p 95 109 2007 FERRARI L V Reportar condicionais uma quest o de ponto de vista Revista de Estudos da Linguagem v 16 p x 2008 von FINTEL K Modality and language In BORCHET D M ed Enciclopedy of Philosophy Detroit MacMillan 2006 Vers o mais recente online dispon vel em http mit edu fintel www modality pdf Ultimo acesso 13 set 2012 von FINTEL K IATRIDOU S Anatomy of a Modal In GAJEWSKI J HACQUARD V NICKEL B YALCIN S eds New Work on Modality No 52 in MIT Working Papers in Linguistics Department of
37. n o podem ser definidos como cl usulas mas como fragmentos interjei es adv rbios sintagmas no entanto funcionam perfeitamente do ponto de vista comunicativo 6 Assim o target anotado maximamente admitindo se descontinuidade dentro do dom nio da unidade informacional que cont m o ndice modal 126 No original a large number of spoken chunks indeed cannot be defined as clauses but are rather fragments interjections adverbs phrases while nevertheless functioning properly from a communicative point of view CRESTI no prelo 186 A Seo target A 1 um sintagma anota se todo o sintagma 5 57 REN 136 sab o em p n precisa n o COM n PHA bfamdl01 trigger precisa modal value deontic necessity polarity neg IU COM target sab o em p polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention REN source of the modality REN 5 58 REN 463 precisando xxx COM bfamdl01 trigger precisando modal value deontic necessity polarity pos IU COM target XXX polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention REN source of the modality REN 5 59 DFL 86 n o INP r n acredito nisso n o COM r bfammn02 trigger acredito modal value epistemic_belief polarity neg IU COM target nisso polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention DFL source of the modality DFL A 2 uma cl usula anota se a
38. o a partir dos dados em contexto foram identificados significados que sugeriam proibi o uma permiss o mais fortemente negada e necessidade pessoal ou de um grupo que n o gera necessariamente uma obriga o ou permiss o Estes subvalores est o descritos abaixo b 1 deontic obligation O conceptualizador obriga a algu m se v obrigado ou obriga a si mesmo a realizar uma atividade por uma determinada raz o 5 13 CAR 220 lt ai gt tem que olhar os vizinhos COM S bpubcv02 b 2 deontic permission O conceptualizador permite algu m ou se permite realizar uma atividade ou permite que algo aconte a 5 14 BAL 134 c pode deixar o cabo bater no ch o ZCOM bfamdl02 b 3 deontic prohibition O conceptualizador pro be algu m ou a si mesmo de fazer algo ou pro be que algo aconte a 5 15 CAR 250 hhh lt palavr o gt n po falar n o COM 8 bfamcv03 b 4 deontic necessity O conceptualizador expressa suas necessidades ou a necessidade de uma outra pessoa ou grupo 5 16 JOR 50 n s precisamo criar esse h bito COM 8 bfammn06 172 c Din micos o tipo din mico apesar de ser menos central nos trabalhos sobre modalidade HUDDLESTON PULLUM 2002 KIEFER 1994 SALKIE 2009 se relaciona capacidade habilidade e voli o inten o de um conceptualizador como mostram as ocorr ncias em 5 17 5 18 e 5 19 5 17 BRU 383 c conseguiu se
39. o tipo Avenida Brasil 9 milh es 582 mil etc risos Foi na poca em que servi o Ex rcito no Rio em Magalh es Bastos sub rbio Sebasti o N o entendi Com 17 anos o senhor A partir de 4 9 temos duas poss veis interpreta es acad mico dialeto portugu s brasileiro vs europeu no s culo XX per odo hist rico s culos XIV ao XX Para acess lo http www corpusdoportugues org 121 4 9a Os juizforanos efetivamente dizem que s o cariocas e a se constituiria como x1 discurso reportado 4 9b Os juizforanos se comportaram de uma determinada forma ou fizeram alguma considera o sobre serem cariocas que levam o falante a crer que o pessoal de Juiz de Fora se considera carioca inclusive enfatizado pelo enunciado seguinte em que temos a presen a do evidencial Dizem que Dessa forma o que se pode depreender dos exemplos acima quando empregada a terceira pessoa do discurso que um dos usos dessas constru es uma avalia o do falante sobre a avalia o ou perspectiva ou ainda ponto de vista de uma pessoa outra no papel sint tico de sujeito da cl usula principal Segundo Nuyts 2012 esta seria uma diferen a ente subjetividade e intersubjetividade Uma avalia o tomada como subjetiva quando responsabilidade exclusiva do avaliador enquanto a intersubjetiva compartilhada entre o avaliador e um grupo de pessoas O autor sugere que s o principalmente os verbos de
40. propus a modalidade como uma modifica o avaliativa operada por um sujeito conceptualizador o falante o endere ado ou uma terceira pessoa em cena que relativiza o material locut rio enunciado de acordo com o grau de certeza comprometimento e baseada em no es de possibilidade necessidade capacidade e voli o 202 A delimita o da categoria pela subjetividade e pela inclus o dos dom nios sem nticos da possibilidade necessidade capacidade e voli o levou nos a uma op o te rico metodol gica de estudar o fen meno a partir de uma tipologia j bem definida na literatura e que est no centro de muitas an lises os significados epist micos de nticos e din micos Esta escolha exclui a modalidade al tica dado que segundo Palmer 1986 n o h distin o entre o que logicamente verdadeiro e aquilo que o falante considera como verdadeiro Completando este racioc nio pergunto se a linguagem per se argumentativa isto se sempre h uma perspectiva de um conceptualizador sobre uma determinada cena de que maneira seria poss vel alcan ar uma objetividade tal que levaria a uma verdade A sele o dos itens modais portanto foi baseada nos crit rios acima mencionados com lemas que figuram em listas de modais em v rias l nguas e outros que emergem por um vi s metaf rico como uso espec fico da l ngua portuguesa Como dito fa o esta afirma o desde os dados pesquisados na variante brasil
41. que o que estudado normalmente a transcri o da fala segmentada de acordo com pausas sint ticas o que corresponde graficamente ao uso da v rgula como pontua o MELLO RASO 2013 No entanto ancorado em consistente base emp rica Moneglia 2011 afirma que os dados de corpora orais apontam para a insufici ncia dos mesmos crit rios sint ticos aplicados escrita para an lise dos eventos de fala uma vez que muitos destes eventos n o apresentam sequer um verbo Ainda de acordo com Mello e Raso 2013 p 101 para o estudo efetivo da fala h que se considerar os n veis hier rquicos definidos na express o comunicativa da fala o que pressup e i que inicialmente se individualize a unidade ilocucion ria ii que dentro dessa unidade seja estabelecida a sua estrutura informacional e iii que somente dentro da unidade informacional seja poss vel uma an lise sint tica Como mencionado acima o enunciado a entidade lingu stica que do ponto de vista pragm tico aut noma o que significa que n o se define nem pela completude sem ntica nem pela express o da predica o O crit rio de identifica o de um enunciado parte de caracter sticas entoacionais dado que a for a ilocucion ria de um enunciado veiculada atrav s dela A correspond ncia entre ilocu o e um dado contorno pros dico denominada crit rio ilocutivo CRESTI 2000 As fun es lingu sticas da entoa o seriam segundo
42. s tipos de julgamento epist mico poss veis o especulativo que expressa incerteza o dedutivo que expressa uma infer ncia a partir de uma evid ncia e o assumptivo que indica uma infer ncia no senso comum Assim os subvalores que ser o descritos abaixo foram definidos a partir destes tr s tipos de julgamento a 1 epistemic knowledge o conceptualizador o falante ou uma outra entidade expressa o seu conhecimento ou compreens o sobre algo 170 5 5 ANE 152 lt a gt gente n sabia que era essa 1 SCA essa rua COM bfamdl05 a 2 epitemic_belief o conceptualizador expressa a sua cren a ou opini o sobre algo 5 6 JAE 84 mas l gico que ea vai p r oc s COM uai PHA bfamcv02 a 3 epistemic possibility O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma possibilidade 5 7 TON 173 d pra amp ma 3 EMP d pra jogar ela aqui CMM ela vem na frente da quatro o CMM bfamcv03 a 5 epistemic probability O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma probabilidade baseado em alguma evid ncia 5 8 CAR 95 deve ser lt um gt 1 SCA alguns milhares de reais a conta COMS n PHA bpubcv02 a 6 epistemic necessity O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma necessidade baseado em conhecimento anterior 5 9 DFL 121 meu av falava com papai INT ele doido CMM_r s pode ser doido CMM r n PHA
43. stico como opera o pragm tica se enfraquece As estrofes em princ pio podem ser encontradas em todos os tipos de texto mas s o muito mais presentes no monol gico e no contexto p blico Podemos ver portanto a estrofe como a dimens o da acionalidade enfraquecida em favor de uma elabora o sem ntico textual 3 23 nos temos vinte e cinco funcion rios COB dentro de Minas Gerais COB atuando ZCOBz com a base nossa aqui em 1 SCA na capital COB e hoje n s tamos SCA numa media de amp fature 1 SCA faturamento de um milh o e meio a um milh o e setecentos mil reais SCA m s COM bfammn06 E 88 3 2 O corpus de fala espont nea o C ORAL BRASIL O C ORAL BRASIL corpus de fala espont nea do portugu s brasileiro um projeto em desenvolvimento na Universidade Federal de Minas Gerais especificamente no Laborat rio de Estudos Experimentais e Emp ricos da Linguagem LEEL coordenado pelos professores Tommaso Raso e Heliana Mello O corpus foi originalmente estruturado para o estudo da estrutura informacional do portugu s brasileiro e suas ilocu es com base nos pressupostos da Teoria do Padr o Informacional CRESTI 2000 e constru do aos moldes do C ORAL ROM CRESTI MONEGLIA 2005 projeto que re ne os corpora compar veis das quatro principais l nguas rom nicas europ ias italiano franc s espanhol e portugu s Na arquitetura desses corpora privilegia se uma maior varia o dia
44. tase ap dose em enunciados diferentes 4 36 SIL 233 se oc n o tem rel gio dentro do quartopro COM 234 c vai comprar um rel gioapo CMM p r l pa despertar CMM bfamdl04 a 4 pr tase CMM ap dose CMM 4 37 CAR 75 se ele n morrerpro CMM n tem problema n ospo CMM bfamcv03 b Ap dose pr tase b 1 ap dose e pr tase em enunciados diferentes ap dose pr tase 4 38 ANE 120 como que a gente vai adivinharapo COM 121 se for issopro COMS n PHA bfamdl05 b 2 ap dose pr tase COM 4 39 RUT 191 l em casa TOP lt avisoapo se c for l pro gt COM bfamcv02 b 3 ap dose TOP pr tase COM 4 40 BAL 58 d lt problema po TOP se voc ligar o aparelho de gt amp duz 1 SCA cento e dez na tomada de duzentos e vintepro COM bfamdl02 139 c Pr tase c 1 express o de obviedade 4 41 ANE 38 eh ZPHA se c n tiver um carrinho que 1 SCA que sobe aquipro COM bfamdl05 8 c 2 pergunta parcial pedido de explica o 4 42 318 e se precisar de um esclarecimentopro gt COM lt assim PAR no meio do neg cio hhh APC bfamcv04 8 4 43 TER 22 mas INP gente velha TOP j prometeu o 1 SCA os presente TOP lt j SCA pode garantir que ganhouapo COM RUT 23 ah CMM gt CMM 24 se ni morrer antes
45. uso no portugu s brasileiro do tipo epist mico e apontaram que este valor tem uma taxa de associa o a diferentes ndices modais muito mais elevada do que os tipos de ntico e din mico Os valores de ntico e din mico s o realizados predominantemente pelos verbos modalizadores com a ocorr ncia de uma express o modal com valor de ntico e uma para o valor din mico Constru es do tipo vamos Vinf tamb m chamada de constru o let ou constru es hortativas com 17 ocorr ncias representam o futuro como voli o inten o subvalores associados ao valor din mico 4 4 2 Rela o entre o valor modal e as unidades informacionais Nesta se o apresento os resultados para a frequ ncia do valor modal em rela o s unidades informacionais J deixamos claro que o escopo da modalidade n o o enunciado mas a unidade informacional Em um mesmo enunciado pode ocorrer mais de um elemento veiculador de modalidade e a modalidade s se estende ao enunciado inteiro se ele for do tipo simples quer dizer s composto pela unidade de Coment rio A Tabela 4 7 traz os n meros para os valores modais nas unidades informacionais de Coment rio T pico Parent tico e Introdutor Locutivo Unidades informacionais epi deo dyn COM 746 185 96 TOP 19 1 2 PAR 15 1 1 INT 16 3 3 Tabela 4 7 Distribui o dos valores modais nas unidades informacionais 112 As unidades
46. 1 Trabalhos anteriores em anota o sem ntica Os trabalhos desenvolvidos em anota o sem ntica centram se nos fen menos da factualidade e da modalidade uma vez que como foi dito para um bom n mero de aplica es em PLN necess rio distinguir uma informa o factual de uma n o factual e tamb m as certezas das incertezas 7 Tradu o minha para is still a hurdle in computer assisted research No original t he challenge of creating a modality annotation scheme was to deal with the complex scopig of modalities with each other and with negation while at the same time creating a simplified operational procedure that could be followed by language experts without special training 144 Do ponto de vista computacional a defini o de modalidade envolve um n mero de conceitos diferentes relacionados a ela a depender da tarefa que se deve cumprir e de fen menos espec ficos que s o levantados como por exemplo subjetividade factualidade certeza incerteza hedging como j explicitado O trabalho de Saur Verhagen e Pustejovsky 2006 objetiva identificar o escopo da modalidade e propor uma sua solu o para sua identifica o autom tica Os autores utilizam a linguagem TimeML PUSTEJOVSKY et al 2005 para sua anota o que codifica com diferentes etiquetas tags nos n veis lexical e sint tico v rios tipos de modalidade Os eventos s o identificados no TimeML como as express es que p
47. 2 O corpus de fala espont nea o C ORAL BRASIL 3 3 Coleta e organiza o dos dados 3 3 1 O minicorpus do C ORAL BRASIL I 3 3 2 A busca e organiza o dos ndices 3 4 An lise dos dados Cap tulo 4 A MODALIDADE NO MINICORPUS DO C ORAL BRASIL I resultados e an lise 4 1 Frequ ncia de enunciados modalizados na amostra 4 2 Enunciados e tipologia interacional 4 3 Frequ ncia dos ndices morfolexicais de modalidade 4 3 1 Distribui o dos ndices em rela o unidade informacional 4 4 Frequ ncia da modalidade quanto aos tipos modais 4 4 1 Frequ ncia de valor modal por ndice lexical 4 4 2 Rela o entre o valor modal e as unidades informacionais 4 5 An lise de ndices marcadores de modalidade 4 5 1 Os verbos modalizadores 79 80 81 81 82 83 83 83 84 84 84 85 85 85 86 86 87 88 89 89 92 99 101 101 103 105 107 109 110 111 114 114 4 5 1 1 Frequ ncia dos verbos modalizadores 4 5 2 Os verbos epist micos 4 5 2 1 Os n meros para os verbos epist micos 4 5 2 2 Padr es sint ticos sem ntica e quest es pragmaticas 4 5 3 Adv rbios e adjetivos modais 4 5 3 1 Frequ ncia de adv rbios e locu es adverbiais modais 4 5 3 2 Distribui o em unidades informacionais 4 5 4 As constru es condicionais se p ent o q 4 5 4 1 Os n meros para as constru es condicionais de forma can nica PARTE III ANOTA O SEM NTICA DA MODALIDADE Cap tulo 5 O PROJETO MASS MODAL ANNOTATION IN SPON
48. 29 2 0 ter que have to 2 94 querer wish want 0 0 65 conseguir be able to 2 0 9 total 85 174 76 verbos modalizadores 20 5 42 1 18 4 valor modal 9 4 91 5 73 7 Tabela 4 9 Distribui o e frequ ncia dos principais verbos modalizadores Observa se que a partir do c lculo da porcentagem para cada um dos valores modais tomando em considera o todos os enunciados estes verbos em destaque assumem o valor de ntico 91 5 e din mico 73 7 contra 9 4 de epist micos Em rela o aos verbos modalizadores os de nticos continuam a predominar 42 1 seguido em n meros pr ximos dos epist micos 20 5 e dos din micos 18 4 Conforme o gr fico em 4 12 Figura 4 12 Frequ ncia relativa dos valores modais dos principais verbos modalizadores A baixa ocorr ncia de dever com valor de ntico relacionado com o sentido de uma obriga o fraca e a sua maior ocorr ncia com o valor epist mico indica que este verbo conforme Mello et al 2010 p 119 119 d e t pico modalizador de ntico por conter a no o de obriga o associada d vida o verbo passou a frequente modalizador epist mico veiculando menos a no o de obriga o do que a de possibilidade ou a de probabilidade A no o de obriga o aparece fracamente na sem ntica do verbo porque a avalia o de probabilidade epist mico deriva de uma avalia o baseada na necessidade de ntica neste caso das rela
49. 30 Tradu o minha para The alethic modalities are said to be de dicto when they are about the mode or way in which a proposition is or is not true The modalities are used de dicto in phrases such as it is necessary that it is impossible that etc von WRIGHT 1951 p 8 No original there is no distinction between what is logically true and what the speaker believes as a matter of fact to be true and there is no formal grammatical distinction in English and perhaps in no other language either between alethic and epistemic modality PALMER 1986 p 11 46 Entretanto alinho me a Palmer no sentido de que compreendo que em um determinado enunciado em que um conhecimento apresentado como dado e n o especulativo o que seria em l gica modal reconhecido como uma verdade al tica considero que seja um conhecimento epist mico ou ainda como uma possibilidade din mica Portanto a diferen a colocada entre verdade no mundo e verdade na mente de um determinado indiv duo perde o sentido Portner 2009 p 135 prop e inclusive o termo modalidade factual para abarcar os tipos epist mico al tico e metaf sico Conforme Portner 2009 p 10 h uma dificuldade em se classificar precisamente o uso al tico de um modal e que este tipo pode ser considerado o mais b sico a partir do qual outros podem ser definidos A modalidade bulomaica indica o grau de aprova o ou desaprova
50. 39 de algum contexto de enuncia o mais amplo Assim o significado modal pode ser tomado como emergente da intera o de duas camadas de significado estreitamente conectadas uma abarcando o significado lingu stico do verbo modal herdado em conjunto com outros itens modais vizinhos e outra que diz respeito aos princ pios ligados a polidez e estrat gias de prote o de face Para ilustrar seu ponto o autor lan a m o de exemplos com might selecionados do International Corpus of English ICE GB e de um excerto do Four Weddings and a Funeral Quatro casamentos e um funeral no t tulo brasileiro Abaixo transcrevo o primeiro exemplo apresentado pelo autor e sua respectiva an lise GONZALV S GARCIA 2000 p 128 129 2 19 Maybe I might miss something out because we are all human and I ve overlooked it and you ve remembered it ICE GB Corpus S2A 061 36 Talvez eu pudesse deixar escapar algo porque somos todos humanos e eu o tenha esquecido e voc se lembrado ICE GB Corpus S2A 061 36 Gonzalv s Garcia considera este uso do modal might pudesse como possibilidade remota com a leitura refor ada pelo adv rbio epist mico maybe talvez Entretanto outras formas lingu sticas are have overlooked e have remembered parecem indicar em contraste uma leitura mais factual do modal e al m disso o uso da forma might parece ser motivado pela necessida
51. 5 72 LUC 1 pois ent o INT c sabe que INT l na Letras TOP se eu conto essa hist ria SCA que eu sou parente do Drummond COM n PHA bfammn02 trigger sabe modal value epistemic knowledge polarity pos IU COM target se eu conto essa hist ria que eu sou parente do Drummond polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention LUC source of the modality c 5 73 FLA 239 s que a gente n o sabe COB s se elas t m agaiv CMB se elas lt t m hepatite gt CMB se elas EMP trigger sabe modal value epistemic knowledge polarity pos IU COB target se elas t m agaiv se elas t m hepatite polarity tgt pos IU tgt COB source of the event mention FLA source of the modality a gente 12 Tradu o para constructions performed across TUs with each developing a different information function CRESTI no prelo p 18 130 O CMB uma categoria a ser revisada e est sendo considerada como COB 193 Para o target atribuem se as seguintes caracter sticas a polaridade polarity b ndice de modalidade polarity_cue c unidade informacional em que est contido IU 5 3 3 4 Identifica o de targets de acordo com o valor modal a epistemic knowledge 5 74 OSV 67 lt a de telefone gt n veio ainda CMM que eu n sei quando que vai CMM bpubcv02 trigger sei modal value epistemic knowl
52. A 1 um sintagma anota se todo o sintagma 57 REN 136 sab o em p n precisa n o COM n ZPHA bfamdlO1 trigger precisa modal value deontic necessity polarity neg IU COM target sab o em p polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention REN source of the modality REN 139 No original a large number of spoken chunks indeed cannot be defined as clauses but are rather fragments interjections adverbs phrases while nevertheless functioning properly from a communicative point of view CRESTI no prelo 58 REN 463 precisando xxx COM S bfamdl01 trigger precisando modal value deontic necessity polarity pos IU COM target XXX polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention REN source of the modality REN 59 DFL 86 n o INP r n acredito nisso n o COM r trigger acredito modal value epistemic belief polarity neg IU COM target nisso polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention DFL source of the modality DFL bfammn02 A 2 uma cl usula anota se a cl usula exclu do o complementizador que a introduz 60 GIL 2 lt 6 CNT mas DCT voltando quest o COB falando em 2 EMP e tamb m falando em povo mascarado COB esse povo do Gal ticos muito palha COB eu acho que es n deviam mais participar COME e tal UNC bfamcv01 trigger acho modal v
53. Antunes Sandra Pereira Fernando aos professores Lu sa Alice Gabriela e Jo o pelos almo os caf s da tarde solzinho na esplanada e toblerones compartilhados Ao S rgio da inform tica pelo suporte t cnico no meu momento de desespero quando o programa n o rodava Meu agradecimento especial ao Agostinho que j no primeiro dia de trabalho me ensinou pacientemente a operar o software de anota o e me provocou um lindo insight para a solu o de uma quest o que me perseguia minha m e Celeste a quem n o cabe adjetivos Ela superlativa minha fam lia porque sim Clara grande companheira de viagem e a todos os sobrinhos plenos de sonhos e esperan as A Fernanda que estava l na hora certa Ao Nando e Ang lica amigos obrigat rios nos meus agradecimentos na alegria e na tristeza na sa de e na doen a Meu amor sempre Ao Francisco e Antonieta pela amizade carinho almo os de domingo sabores maravilhosos e um bom vinho Ao Eduardo amigo querid ssimo pelo apoio incondicional e por tornar a vida mais f cil todos os dias Caf preto sem a car fruta picada e CBN Isabel Mariana e Laurent pelas portas e bra os sempre abertos do lado de c e de l do Atl ntico A Chris que foi chegando devagarinho e veio pra ficar Risos l grimas conversas matinais A Corita Evandro e Fernandinho reencontro maravilhoso pelo carinho e a sensa o de abra o apertado em Vi osa Ao
54. C ORAL BRASIL cf RASO MELLO 2012 a ser descrito mais adiante Como exemplos desses ndices temos 1 1 RUT 178 lt mas eles gt tamb m deve ter condi es uai 1 2 JAE 88 mas l gico que ea vai p r oc s uai 1 3 CAR 12 e TXC e eu achei que ia me dar trabalho COM 1 4 123 o Z Carlos vai dar a televis o COM 1 5 LUC 361 lt isso pode ser SCA potencialmente gt divertido COM 1 1 Justificativa Um estudo sobre a modalidade se justifica por diferentes raz es Primeiro por ocupar um lugar de destaque nos estudos da lingu stica nas ltimas d cadas e ser um conceito ainda controverso e complexo que se pode sobrepor a outros como os de atitude ilocu o ou modo Mello e Raso 2011 prop em uma discuss o interessante sobre as categorias de atitude ilocu o e modalidade a fim de facilitar a identifica o de tra os que possam caracterizar esses diferentes conceitos De acordo com os autores essas tr s defini es muitas vezes se sobrep em o que leva a problemas metodol gicos cruciais para a an lise pros dica uma vez que a pros dia codifica coisas diferentes ao mesmo tempo Os autores na tentativa de separar os dom nios de aplica o de cada um desses conceitos argumentam que eles Para fala espont nea acompanho a proposta de Cresti e Scarano 1998 p 5 que entendem o espont neo como o cumprimento de atos lingu sticos nem programados nem prog
55. CHI 2013 e para o portugu s europeu HENDRICKX et al 2012 MENDES et al 2013 A anota o da modalidade para dados do portugu s brasileiro terreno a ser explorado tanto para corpora escritos quanto para corpora de fala Segundo Nurmi 2007 p 1 a anota o lingu stica contribui para a recupera o de diferentes elementos lingu sticos no entanto a natureza multifacetada da modalidade ainda um obst culo para a pesquisa assistida por computador Na mesma clave Baker et al 2010 p 1403 afirmam que o desafio para a cria o de um esquema de anota o de modalidade reside em lidar com o complexo escopo das modalidades entre cada uma delas e com a nega o e ao mesmo tempo criar um procedimento operacional simplificado que possa ser seguido por um especialista da linguagem sem treinamento especial Como j discutido na parte I desta tese est longe de haver um consenso sobre como definir e caracterizar a modalidade ela pode ser tomada como express o da subjetividade como uma distin o entre realis e irrealis ou ainda como uma quantifica o sobre mundos poss veis restringidas por uma rela o de acessibilidade Dessa forma o entendimento do que essa categoria sem ntica fundamental bem como ter claro quais s o os elementos que podem veicular a modalidade Na se o seguinte contextualizo o nosso projeto dentro dos estudos anteriores de anota o sem ntica das express es modais 5
56. Epistemic knowledge belief doubt possibility interrogative Deontic obligation permission Participant internal necessity personal needs capacity personal capacity Evaluation evaluation of the proposition Volition hopes and wishes Effort attempt of the participant to make sth happen Success results of the commitment of the participant Tabela 5 1 Valores e subvalores para o esquema do portugu s europeu Se comparado aos tipos de modalidade selecionados no OntoSem poss vel observar grande semelhan a entre os dois esquemas O tipo intentional foi inclu do no valor effort e o subvalor doubt do PE inclu do nos epist micos parte do tipo belief no OntoSem A tarefa de anota o foi empreendida primeiramente por um anotador em papel e em um segundo momento foi revisada por um segundo anotador utilizando o software MMAX2 M LLER STRUBE 2006 em uma amostra de aproximadamente 2000 senten as da parte escrita do Corpus de Refer ncia do Portugu s Contempor neo CRPC G N REUX et al 2012 Os anotadores utilizam a estrat gia min max cf FARKAS et al 2010 Para o trigger anotada a menor unidade poss vel j para o target o m ximo de unidades Dispon vel para download em http mmax2 net Esta ferramenta de anota o ser detalhada na se o 5 3 1 1 deste cap tulo HI Este um corpus de aproximadamente 312 milh
57. In BYBEE J FLEISCHMAN S eds Modality in Grammar and Discourse Typological Studies in Language 32 Amsterdam John Benjamins 1995 p 349 365 CHILDES Child Language Data Exchange System Dispon vel em http childes psy cmu edu Ultimo acesso 29 nov 2012 CHOI Y CARDIE C RILOFF E PATWARDHAN S Identifying Sources of Opinions with Conditional Random Fields and Extraction Patterns In Proceedings of HLT EMNLP 2005 2005 CHUNG S TIMBERLAKE A Tense aspect and mood In SHOPEN T ed Language Typology and Syntactic Description Ul Grammatical Categories and the Lexicon Cambridge Cambridge University Press 1985 p 202 258 COATES J The semantics of the modal auxiliaries London Routledge 1983 208 COHEN J A coefficient of agreement for nominal scales Educational and Psychological Measurement 1960 20 p 37 46 COMRIE B Conditionals A typology In TRAUGOTT E ed On conditionals Cambridge Cambridge University Press 1986 p 77 99 CORNILLIE B Evidentiality and epistemic modality in Spanish semi auxiliaries A cognitive functional approach Berlin New York Mouton de Gruyter 2007 CORNILLIE B Evidentiality and epistemic modality on the close relationship of two different categories Functions of Language Amsterdam Philadelphia John Benjamins 16 1 44 32 2009 CORNILLIE B PIETRANDREA P Modality at work Cognitive interactional and textual functions of moda
58. Linguistics and Philosophy MIT 2005 FITNEVA S Epistemic marking and reliability judgments evidence from Bulgarian Journal of Pragmatics 33 401 420 2001 FRAWLEY W Linguistic Semantics Hillsdale NJ Hove London Lawrence Erlbaum 1992 FRAWLEY W ed The expression of modality Berlin Mouton de Gruyter 2005 GALV O V C C O ACHAR no portugu s do Brasil um caso de gramaticaliza o Revista S nteses Campinas v 6 p 143 156 2000 GALV O V C C GON ALVES S C L Modalidade e Gramaticaliza o os casos do ACHAR e do PARECER Estudos Ling sticos Revista do GEL CD ROM Artigo 43 Mar lia v XXX 2001 G N REUX M HENDRICKX I MENDES A Introducing the Reference Corpus of Contemporary Portuguese On Line In Proceedings of the Eighth International Conference on Language Resources and Evaluation LREC 2012 Istanbul May 21 27 2012 p 2237 2244 GIV N T Modal prototypes of truth and action In GIV N T Functionalism and grammar Amsterdam Philadelphia John Benjamins 1995 p 111 174 GOLDBERG A Constructions a construction grammar approach to argument structure Chicago University of Chicago Press 1995 GOLDBERG A Constructions at work Chicago University of Chicago Press 2006 210 GON ALVES S C L Gramaticaliza o de constru es com o verbo parecer no portugu s brasileiro de verbo pleno a sat lite atitudinal Veredas UFJF Juiz de Fora
59. New and Revised Perspectives Oxford Oxford University Press 2012 KRIPKE S Semantical Considerations on Modal Logic Acta Philosophica Fennica 16 83 94 1963 LANGACKER R W Foundations of Cognitive Grammar Volume I Stanford Stanford University Press 1987 LANGACKER R W Foundations of Cognitive Grammar Volume II Stanford Stanford University Press 1991 212 LANGACKER R W Viewing and Experiential Reporting in Cognitive Grammar In SILVA A S org Linguagem e Cogni o a perspectiva da Lingu stica Cognitiva Braga Editora Associa o Portuguesa de Lingu stica 2001 p 19 49 LANGACKER R W Cognitive Grammar GEERAERTS D CUYCKENS H eds The Oxford Handbook of Cognitive Linguistics New York Oxford University Press 2007 p 421 462 LANGACKER R W Cognitive grammar Cambridge Cambridge University Press 2008 LARREYA P Towards a typology of modality in language In SALKIE R BUSUTIL P van der AUWERA J Modality in English theory and description Belin New York Mouton de Gruyter 2009 p 9 29 LAWLER J Negation and negative polarity Cambridge Encyclopedia of the Language Sciences 2007 Disponivel em http www umich edu jlawler CELS Negation pdf Ultimo acesso em 16 nov 2012 LEECH G Corpus Annotation Schemes In Literacy and Linguistic Computing 8 4 275 201 1993 LEE H S Cognitive constraints on expressing newly perceived information with reference t
60. SNsuj SAdvnegV SAdjatr SAdVyNEG 283 eu n achei ruim n o COM Jael ALL bfamcv02 Semanticamente estes verbos expressam o grau de comprometimento do conceptualizador em rela o ao material locutivo enunciado Estas unidades lexicais est o ligadas a diferentes frames descritos para o ingl s Opinion Certainty Awareness Assessing and or Cogitation ne Em termos da distribui o dos verbos por unidades informacionais podemos ver na Tabela 4 11 como o subcorpus est caracterizado Unidades informacionais ocorr ncias i amostra epist micos COM 182 86 6 17 7 INT 3 1 4 13 63 PAR 11 5 3 64 7 TOP 14 6 7 63 6 Tabela 4 11 Distribui o dos verbos epist micos em unidades informativas A primeira coisa a se observar qual a unidade informacional que cont m o ndice modal apenas o Coment rio incluindo as unidades Coment rio M ltiplo e Coment rio Ligado o T pico inclusive a Lista de T pico o Parent tico inclusive a Lista de Parent tico e o Introdutor Locutivo podem ser modalizados No caso dos verbos epist micos a unidade de Coment rio modalizada em 86 6 de todas as ocorr ncias 182 para COM 11 para CMM e 20 para COB seguida pelo T pico 6 7 das ocorr ncias sendo em n meros absolutos 12 para o TOP e 2 para TPL o Parent tico 5 3 das ocorr ncias 8 para PAR e 3 para PRL Em n mero bastante reduzido o Introdutor Locutivo com apenas 3 oc
61. a modalidade b o que est inclu do no seu escopo c quais os dom nios sem nticos envolvidos d como estabelecer fronteiras entre as diferentes categorias creio que poss vel ir um pouco al m e entender a modalidade como uma nuance relativiza o do material locut rio enunciado n o necessariamente uma proposi o ligada dimens o subjetiva e que inclui os dom nios da possibilidade da necessidade da habilidade e da voli o Diferencia se de nega o modo ilocu o e atitude entretanto est estreitamente relacionada com estas no es Na minha formula o a partir do que foi discutido anteriormente a modalidade pode ser tomada como o julgamento ou a avalia o de um sujeito conceptualizador que relativiza o que est sendo enunciado em termos de grau de certeza e das no es de possibilidade necessidade habilidade e voli o Ela est ancorada em uma situa o comunicativa e vai cumprir diferentes fun es pragm tico discursivas no curso da intera o Esta defini o proposta se aproxima e se afasta do conceito corrente na literatura a opini o ou atitude do falante em rela o proposi o ou situa o contida na proposi o LYONS 1977 p 452 3 por alguns motivos os quais elenco a seguir a opini o atitude gt julgamento avalia o que relativiza Como vimos a categoria da atitude est relacionada a um n vel sociointeracional no qual o falante demonstra seu humor enqua
62. a tipologia monol gica possui mais enunciados modalizados 22 2 Na Tabela 4 2 est o indicados o n mero de ndice modais encontrados em cada contexto e tipologia interacional e sua frequ ncia em rela o ao n mero total de ndices modalizados Mon logos Di logos Conversa es Total modal Freq 96 Privados 207 365 334 906 75 6 P blicos 64 130 97 291 24 3 Total modal 271 495 431 1197 Freq 22 6 41 3 35 9 Tabela 4 2 Frequ ncia de ndices modais por contexto e tipologia interacional Abaixo o gr fico para ilustrar essa distribui o 105 E Privados E P blicos E Total modal E Freq Figura 4 3 Frequ ncia de indices modais por tipologia e contexto interacional A grande diferen a entre a frequ ncia dos ndices em contextos privados e p blico deve se ao n mero bastante superior de textos privados 15 em rela o ao p blico 5 Esta compara o portanto meramente ilustrativa No que diz respeito tipologia interacional os ndices est o assim distribu dos para os mon logos 22 6 do total de ndices para os di logos 41 3 e para as conversa es 35 9 Assim vemos que ao serem apresentados apenas os n meros de ndices modais deslocados do n mero de enunciados e de uma base de refer ncia de toda a amostra inverte se o peso das tipologias os mon logos apresentam menos modaliza es em compara o com as trocas dial
63. abordagem formalista a sem ntica dos mundos poss veis 2 2 2 Realis x Irrealis 2 2 3 Subjetividade 2 3 Tipos de significados modais 2 3 1 As vis es n o tradicionais tipologias alternativas 2 3 2 A vis o tradicional 2 3 2 1 Modalidade epist mica a linguagem das possibilidades 2 3 2 Modalidade de ntica 2 3 3 Modalidade din mica 2 4 Modalidade epist mica e evidencialidade o limite 2 entre categorias 2 5 O escopo da modalidade e as fronteiras entre algumas categorias 2 5 1 Modalidade e nega o 2 5 2 Modalidade e modo 2 5 3 Modalidade ilocu o e atitude 2 6 Modalidade na fala espont nea PARTE II PROCEDIMENTOS METODOL GICOS E AN LISE DOS DADOS Cap tulo 3 PROCEDIMENTOS METODOL GICOS 3 1 A Teoria da L ngua em Ato 3 1 1 O enunciado 3 1 2 Unidades Informacionais 17 18 20 20 20 21 23 24 24 27 28 3l 33 39 40 45 47 50 53 55 58 39 61 63 67 74 75 75 76 79 3 1 2 1 Coment rio COM 3 1 2 2 T pico 3 1 2 3 Ap ndice de Coment rio APC 3 1 2 4 Ap ndice de T pico APT 3 1 1 5 Parent tico PAR 3 1 1 6 Introdutor locutivo INT 3 2 2 Unidades Dial gicas 3 2 2 1 Incipit rio INP 3 2 2 2 Conativo CNT 3 2 2 3 F tico PHA 3 2 2 4 Alocutivo ALL 3 2 2 5 Expressivo EXP 3 2 2 6 Conector Discursivo DCT 3 2 3 A perda do isomorfismo 3 2 3 1 Unidade de escans o SCA 3 2 3 2 Coment rios M ltiplos CMM 3 2 3 3 Estrofes e Coment rios Ligados COB 3
64. and can be marked socially and or stylistically CRESTI no prelo p 13 72 dentro de uma mesma unidade informacional temos dois indices modais vale 0 principio de composicionalidade em que um indice domina o outro hieraquicamente e determina a modalidade e c se um enunciado possui duas unidades informacionais aplica se o princ pio de n o composicionalidade e o dom nio da modalidade portanto recai sobre a unidade informacional Alguns dados da amostra no entanto me levam a considerar que a modalidade tem uma incid ncia local no mbito da unidade informacional mas tamb m uma propriedade din mica que atua igualmente em uma cadeia referencial no dom nio textual Segundo Cresti no prelo p 12 cada chunk lingu stico de um ponto de vista sem ntico corresponde a uma cena cf BARWISE PERRY 1981 FAUCONNIER 1984 e para permitir o desenvolvimento de uma fun o textual as express es participantes devem estar na mesma cena Segundo Simon Venderbergen e Aijmer 2007 os marcadores modais podem evoluir de uma fun o puramente qualificacional para fun es textuais e ret ricas Podem ser marcadores de confirma o adversidade continuidade e causalidade Vejamos este excerto de uma conversa o familiar do tipo argumentativo predominantemente cujo tema um campeonato de futebol 2 92 Excerto 1 LEO 1 o Juninho lt foi gt GIL 2 lt mas voltando quest o falan
65. bfamcv02 trigger tem que IU COM G Se um trigger estiver expresso em uma unidade de Ap ndice de Comentario APC ou no Ap ndice de T pico APT seja como uma repeti o de um ndice expresso no Coment rio ou T pico ou como informa o atrasada quer dizer quando se adiciona informa o para facilitar a compreens o do enunciado pelo endere ado anota se a unidade de Coment rio ou T pico do qual dependente 42 4 ele n muito parente chegado n o COB mas amp t 1 SCA deve ser SCA primo 1 EMP primo quarto COME por a ZPAR deve ser APC bfammn01 trigger deve IU COM APC como eco 43 157 distancia COM que es queria colocar APC bpubcv02 trigger queria IU COM APC como informa o atrasada Como o trigger o componente central na express o modal atribui se as especifica es do tipo de modalidade a ele Especifica se para cada trigger as seguintes caracteristicas a valor modal modal value e polaridade polarity f indice de modalidade polarity_cue g unidade informacional em que esta contido IU A polaridade polarity o componente usado para marcar se h uma nega o escopando o valor modal Os valores atribu dos a este tra o s o positivo e negativo O ndice de polaridade polarity cue um campo freetext em que est identificado a palavra ou pa
66. bito COM bfammn06 196 trigger precisamo modal value deontic necessity polarity pos IU COM target criar esse h bito polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention JOR source of the modality n s h dynamic ability 5 84 CAR 150 porque ele ama COB ele chama ela de ZSCA fuminho COB n COB meu pretinho COB papai nt g enta carregar mais COB mas DCT n g enta pegar mais COB porque t muito grande COB mas 1 SCA essa a hist ria SCA e a vida SCA que n s temos aqui em casa COM bfammn05 trigger giienta modal value dynamic_ability polarity neg IU COB target carregar mais polarity tgt pos IU tgt COB source of the event mention CAR source of the modality papai 1 dynamic volition 5 85 DFL 63 mas ele quis que todos os filhos estudassem COM bfammn02 trigger quis modal value dynamic volition polarity pos IU COM target todos os filhos estudassem polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention DFL source of the modality ele 197 5 3 4 Polaridade O tra o da polaridade como explicitado nas se es sobre os componentes trigger e o target marcado para o trigger e o target Possui dois valores positivo e negativo e o valor default o positivo A polaridade global do enunciado n o computada Se um trigger e um target ambos possuam polaridade negativa a polar
67. categoria pode ser dividida em duas subcategorias evid ncia direta e evid ncia indireta o ouvi dizer que a cita o e a infer ncia Tradu o minha para disjunction where they are conceptually distinguished from each other inclusion where one is regarded as falling within the semantic scope of the other and overlap where they partly intersect Tradu o para e videntiality asserts the evidence while epistemic modality evaluates the evidence de HAAN 2005 p 379 46 No original w hile evidentiality qualifies the source that justifies the assertion of a proposition modality qualifies the genuine belief of the speaker about the truth of the proposition PIETRANDREA 2005 p 33 57 Em nossa amostra levanto alguns exemplos para ilustrar a quest o e sugerir de alguma forma que as categorias de fato se distinguem Vou partir de tr s exemplos para evidenciar meu ponto 2 66 LUI 236 eu acho que a gente deve chamar os lt times gt legais bfamcv01 2 67 65 se o brasileiro n l os manuais hhh no mercado de reposi o amp auto 1 de autope a eles acham que abrir uma empresa comprar um produto por um real COB na base cem e vender por dois acha que t ganhando o amp do 2 o dobro bfammn06 2 68 ROG 187 d 188 tem muita pedra ali uai 189 l embaixo ainda tem pedra perto da 2 perto da garagem l tem 190 assim vai ficar u
68. cl usula exclu do o complementizador que a introduz 5 60 GIL 2 lt ZCNTz mas DCT voltando quest o COB falando em 2 EMP e tamb m falando em povo mascarado COB esse povo do Gal ticos muito palha COB eu acho que es n deviam mais participar COMS e tal UNC bfamcv01 trigger acho 187 modal value epistemic_belief polarity pos IU COM target es n deviam mais participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention GIL source of the modality GIL 5 61 LUI 7 com certeza es n v o participar COM uai PHA trigger com certeza modal value epistemic belief polarity pos IU COM target es n v o participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention LUI source of the modality LUI 5 62 JAE 84 mas l gico que ea vai p r oc s COM uai PHA bfamcv02 trigger l gico modal value epistemic_belief polarity pos IU COM target ea vai p r oc s polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention JAE source of the modality JAE B Quando o target tem polaridade negativa incluir a part cula de nega o no target 5 63 CAR 200 acho que n gt deu muito certo pra ele n o COM Toninho ALL _ bfamcv03 trigger acho modal value epistemic belief polarity pos IU COM target n deu muito certo pra ele polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention CAR so
69. cumprem a fun o de delimitar as unidades internas ao enunciado Graficamente s o representadas por uma barra As quebras pros dicas s o utilizadas na transcri o e segmenta o de textos orais MONEGLIA CRESTI 1997 Como exemplos dessas quebras terminal e n o terminal r espectivamente temos 3 1 REN 116 eu gosto de ma w 3 2 REN 145 desinfetante a gente precisa ZJ Os enunciados podem ter um padr o simples ou complexo No padr o simples o enunciado composto apenas pelo n cleo do ato de fala e executado em uma nica unidade tonal necess ria e suficiente porque carrega a for a ilocucion ria denominada Coment rio no padr o complexo o enunciado corresponde ao n cleo mais um conjunto de unidades com distintas fun es informacionais executado em duas ou mais unidades tonais Uma dessas unidades obrigatoriamente o Coment rio as outras unidades cumprem fun es informacionais textuais ou dial gicas As unidades tonais s o marcadas pelas quebras pros dicas terminais ou n o terminais e em princ pio realizam uma unidade informacional A rela o entre as unidades de um enunciado de natureza funcional e apenas dentro de uma mesma unidade podem ser estabelecidas rela es de ordem sint tica Os crit rios de individualiza o das unidades aplicados simultaneamente s o de car ter a funcional a fun o desempenhada pela unidade no padr o informacio
70. de anota o para os verbos modais em ingl s aplicados a documentos do MPQA Opinion Corpus WIEBE et al 2005 Em seu esquema tamb m levam em conta tr s elementos de No original level of information expressing the factual nature of eventualities mentioned in text That is expressing whether they correspond to a fact in the world a possibility or a situation that does not hold SAUR e PUSTEJOVSKY 2012 p 263 No original an attitude on the part of the speaker toward an action or state BAKER et al 2010 p 1 Dispon vel em http mpqa cs pitt edu ltimo acesso em 28 out 2013 O corpus cont m not cias e outros documentos anotados manualmente para opini es e outros estados privados como cren as especula es sentimentos Sua mais nova vers o inclui a anota o de atitudes e targets WILSON 2008 146 significado modal a express o modal a source e o target Para a tarefa de anota o utilizam a ferramenta SALTO BURCHARDT et al 2006 e identificam seis categorias epist mico de ntico din mico optativo concessivo e condicional para a anota o de cinco verbos modais can could may might must ought shall should Como o trabalho est restrito aos verbos modais do ingl s utilizado um n mero menor de categorias comparado a Baker et al 2010 Importante destacar que na descri o das instru es de anota o os autores
71. de express es lingu sticas o falante e o A concord ncia modal se caracteriza se caracteriza pela presen a sint tica de dois itens modais que s o interpretados como se houvesse apenas um HALLIDAY 1970 LUNGUINHO 2010 71 ouvinte LANGACKER 2008 p 73 O arranjo de ponto de vista portanto seria uma esp cie de ajuste ou afina o entre quem v e o que v Este ajuste tomado como default quando os interlocutores est o juntos em um local fixo a partir do qual observam e descrevem o que acontece no mundo em volta deles e uma parte essencial para o substrato conceptual que sustenta o significado de uma express o e molda a sua forma As perspectivas default tendem a ser praticamente invis veis e se explicitam quando se considera express es que cumprem uma a o como uma pergunta ou ordem O que a modalidade parece sugerir que se trata da modifica o avaliadora de uma perspectiva default ou seja aquela perspectiva expl cita marcada semanticamente Por exemplo em O livro t sobre a mesa estamos diante de uma perspectiva default J em Eu acho que o livro t sobre a mesa temos o grau de certeza modalizador como acr scimo ao ponto de vantagem do arranjo default Cresti no prelo p 13 corroborando esta posi o afirma que c ada cena uma fun o de uma perspectiva o ponto de vista do falante ou do endere ado ou de algu m 9968 externo e pode ser marcada socialment
72. de qualquer unidade informacional Informacionalmente cinco tipos de integra o metalingu stica foram encontrados avalia o modal simples adi o de informa o com avalia o positiva ou negativa coment rios sobre a atividade n o lingu stica do falante simult neo ao enunciado instru es para o interlocutor que diz respeito atividade dial gica glosa terminol gica glosa locutiva de discurso reportado ou exemplifica o O perfil pros dico do tipo par ntese caracterizado por um abaixamento da Fo e velocidade de execu o mais alta que o resto do enunciado Pode ocorrer em qualquer posi o no enunciado exceto na inicial VALE 2010 3 11 BAL 30 porque DCT lt se eu for gt empregado TOP por exemplo PAR algu m v que eu sou muito foda TOP lt medo gt de perder TOP lt o posto gt lt deles APT es v o 2 EMP es v o gt me dizar COM lt n gt PHA bfamdl02 2 Foi identificada ainda no minicorpus do C ORAL BRASIL a unidade de Lista de Parent ticos 3 12 LUZ 68 aquele dia a Lilisa tava discutindo com a Deise COB ela ja tava 3 EMP j 1 EMP a Deise SCA j amp f 1 SCA tinha falado de quem que era PAR eu achei ate que ia ser do Ronan COB mas DCT elas tava falando que nao COB falando de um outro ai COM n sei se Marco T lio ZPRL sei l quem PRL n sei quem PRL bfamdl03 83 3 1 1 6
73. de tipologia interacional respectivamente adv rbios ocorr ncias com certeza E 7 5 mesmo 45 47 9 realmente 3 9 2 exatamente 4 4 4 talvez 8 8 5 sem d vida 2 2 2 as vezes 5 5 3 na verdade 7 7 5 sinceramente 2 22 claro 5 5 3 potencialmente 1 1 bvio 1 1 sem chance 1 1 logicamente 1 1 justamente 1 1 certamente 1 1 Total 94 100 Tabela 4 12 Numero de ocorr ncias dos adv rbios modais Mello e Caetano 2012 investigaram a distribui o e frequ ncia dos adv rbios modais em toda a parte informal do C ORAL BRASIL Atrav s da busca pelo parser PALAVRAS de todos os adv rbios foram identificados 28 000 adv rbios no corpus correspondendo a 13 45 das palavras na amostra Dentre os adv rbios e locu es adverbiais 763 foram destacados como modais que representa 0 37 do total de palavras da parte informal do corpus No que diz respeito rela o entre adv rbios adv rbios modais aproximadamente 2 7296 do total de adv rbios assume fun o modal O estudo revela dessa forma que a frequ ncia de adv rbios modais expressiva mas as autoras sublinham que ao olhar com lentes de aumento para a amostra um nico item o adv rbio mesmo contribui com uma frequ ncia de 55 7 de todas as ocorr ncias O que coincide com os n meros para o minicorpus 131 Privado P blico TOTAL Mon logos 14 5 19 Di logos 33 12 45 Conv
74. diferencia o de categorias modais dividindo as a partir da presen a ou aus ncia de um elemento volitivo A primeira corresponderia ao obrigativo jussivo e permissivo a ltima ao necessitativo potencial hipot tico dubitativo H no entanto al m da abordagem relacionada subjetividade qual esta tese vai se alinhar outras abordagens para o estudo da modalidade a uma mais formal sob a perspectiva de uma sem ntica de mundos poss veis e b outra que prop e a distin o entre realis e irrealis Nas se es seguintes apresento estas tr s teorias sem nticas que definem de diferentes perspectivas o fen meno da modalidade 7 No original Logical treatments of modality are restricted to properties of propositions and exclude all nonpropositional features of sentences KIEFER 2009 p 179 Esta formula o vai ser problematizada logo frente express ing certain attitudes of the mind of the speaker towards the content of the sentences JESPERSEN 1924 p 313 element of will JESPERSEN 1924 1992 p 320 1 28 2 2 1 A abordagem formalista a sem ntica dos mundos poss veis De uma forma ou de outra observamos que as defini es propostas por linguistas sobre a modalidade est o comprometidas com o valor de verdade de um determinado conte do proposicional ou tamb m s o analisadas sob a perspectiva de uma sem ntica de mundos poss veis KRATZER 1981 Esta n
75. distinguem para os verbos must should e ought dois sentidos o epist mico e o de ntico nestes casos para os epist micos n o distinguem entre as infer ncias subjetivas The light is on He must be home e as objetivas John is 35 and Peter is only a year or two older than John so he must be under 40 still cf HUDDLESTON PULLUM 2002 No primeiro exemplo n o h uma infer ncia l gica que leve conclus o de que John est em casa e no segundo chega se conclus o sobre a idade de Peter por meio de opera es matem ticas Para o valor de ntico n o fazem qualquer subcategoriza o no que diz respeito for a imposta sobre os atores se externa Dogs must be leashed here A city ordinance requires it ou interna I really must call him He will be worried e tamb m n o fazem distin o entre uma obriga o reportada Mom says you must go home now It s past 10 p m e uma obriga o imposta pelo ato de fala You must go home now I want you gone Ainda para o verbo may identificam tr s sentidos epist mico de ntico relacionado permiss o e optativo relacionado a um desejo Para o verbo can tr s s o os valores din mico relacionado habilidade e ao potencial de envolvimento em eventos ou comportamento de ntico relacionado permiss o e epist mico relacionado a possibilidade J Matsuyoshi et al 2010 a partir de estudos sobre mo
76. do termo atitude que pode ser definida como uma posi o postura assumida ou como emo o MOZZICONACCI 2001 ou como comportamento maneira de agir em rela o a uma outra pessoa Nos trabalhos de anota o sem ntica de opini o e sentimentos cf WIEBE et al 2005 os conceitos de modalidade e atitude tamb m se confundem Mello e Raso 2011 constatam que a categoria de atitude comparada s de modalidade e ilocu o ainda pouco discutida na literatura Eles apresentam alguns estudos como o de Local 2005 que menciona a import ncia da categoria para os estudos de entona o ou a defini o de Moraes et al 2010 de que a atitude pros dica geralmente se refere express o de afetos sociais voluntariamente controladas pelo falante Ainda segundo Moraes et al 2010 existem algumas atitudes que afetam o conte do proposicional de um enunciado como a ironia a incredulidade a surpresa e outras que est o ligadas a rela es sociais estabelecidas entre os participantes de uma intera o como a polidez a autoridade a arrog ncia Assim reconhecida a dimens o sociointeracional da atitude isto o falante revela seu humor enquanto realiza uma ilocu o espec fica com uma modalidade espec fica A mesma a o pode ser realizada de diferentes maneiras por exemplo triste contente desafiadora envolvente surpresa irritada etc Como experimento para a distin o das tr s categorias os pesquisadores co
77. es de palavras entre textos e escritos e registros orais constitu do por uma ampla gama de textos de diferentes g neros textuais em todas as variedades da l ngua portuguesa Dispon vel em http www clul ul pt pt recursos 183 reference corpus of contemporary portuguese crpc ltimo acesso em 13 nov 2013 151 considerado e este elemento tamb m pode ser anotado em descontinuidade No que diz respeito s sources s o marcados sintagmas nominais inteiros ou verbos No esquema proposto ainda h um campo adicional para coment rios Comment para que quaisquer dificuldades sejam registradas principalmente casos de ambiguidade Em trabalho mais recente MENDES et al 2013 foi integrada a este esquema de anota o a intera o entre o foco e a modalidade especialmente o foco envolvendo part culas ee exclusivas como s Os autores extra ram os contextos e aplicaram o esquema a 100 sentencas de documentos escritos do CRPC Dois projetos desenvolvidos na Georgetown University os trabalhos de Rubinstein e colegas 2013 para a anota o da modalidade no ingl s e o de Cui e Chi 2013 para a anota o de dados do chin s seguem a mesma orienta o te rica cf PORTNER 2009 e utilizam um quadro bastante similar de elementos a serem anotados Rubinstein et al 2013 prop em um esquema de anota o de sentidos modais constru do a partir de trabalhos anteriores e acrescentado de novos tra os para a anot
78. esquerda superior desta tela no menu File h a op o Auto save onde o intervalo para salvar as modifica es realizadas pode ser controlado O ideal configur lo para 5 ou 10 minutos a 3 Snapshot do painel de controle do n vel do markable Markable level control panel Settings Levels active w Update Validate Delete modal active w update Validate Delete x sentences Figura 5 12 Painel de controle Nesta caixa temos dois n veis modal e sentence Este ltimo n vel deve estar configurado como visible e n o active uma vez que nenhuma anota o no n vel da senten a ser realizada a 4 Snapshot da tela de valida o da anota o MMAX2 Annotation validation prompt Do you want to validate the annotations now It is recommended to validate annotations once after initial creation and after each MMAX external modification Validation will check initial data consistency It will also set default values for all attributes so the annotations should be saved afterwards What do you want to do Do not validate Validate now Figura 5 13 Tela de valida o da anota o O anotador deve clicar em Do not validate nesta fase inicial 165 5 3 1 4 O esquema de anota o em vers o XML No MMAX2 qualquer tipo de anota o pode ser representada pela associa o de elementos individuais com atributos e pela conex o dos v rios mark
79. event mention LUZ source of the modality LUZ 68 FLA 296 oito CMM n CMM na verdade ZPAR bfamdl01 trigger na verdade modal value epistemic belief polarity pos IU COM target polarity tgt IU tgt source of the event mention FLA source of the modality FLA F Target dependent O atributo target dependent foi criado para os casos em que o target n o est expl cito em um determinado enunciado mas recuper vel na cadeia referencial do texto Segundo Cresti no prelo p 12 c ada chunck lingu stico concebido para desempenhar uma determinada fun o textual UT dentro de um padr o informacional PI corresponde a uma cena Barwise amp Perry 1981 Fauconnier 1984 de um ponto de vista sem ntico Como j dito de um ponto de vista sint tico uma UT pode at mesmo corresponder a uma cole o de fragmentos mas a fim de permitir o desenvolvimento de uma x p 1 141 fun o textual as express es participantes devem estar reunidas na mesma cena 7 No original Each linguistic chunk conceived to perform a certain textual function TU within an information pattern IP corresponds to a scene Barwise amp Perry 1981 Fauconnier 1984 from a semantic point of view As we have already said from a syntactic point of view a TU can even correspond to a collection of fragments but in order to allow the development of a textual function the participating expressions must be ga
80. fundamentalmente de natureza epist mica 132 Vejamos agora os exemplos para cada um dos 16 itens aqui encontrados e seu comportamento em rela o a outros elementos co textuais 4 26 Mesmo w REN lt tem que ser o gt Knorr mesmo FLA amp va 1 vai esse n Rena bfamdl01 O item mesmo o adv rbio modal mais frequente na amostra com quase a metade das ocorr ncias Este item tem um comportamento particular porque muitas das vezes pode funcionar como intensificador como um operador que regula o fluxo da intera o ou como pronome adjetivo Para o desempate utilizamos a regra de substitui o observamos o co texto e ainda fazemos a oitiva do arquivo de som Vejamos os exemplos em que o adv rbio n o possui fun o modal x TON tinha que matar o cinco s REN n o a e l CAR o quatro mesmo Jacar TON lt penei gt CAR lt quatro mesmo s gt purra ele se ele n morrer n tem problema n o a o y CES v o l e ele 2 e ele mesmo que t ainda viu o trezentos e tr s viu Anete ANE ele mesmo CES ele mesmo ent o uhn bfamdl05 4 27 Na verdade e com certeza z EUG c j escolheu mo a JAN hum hum eu acho que eu vou na verdade eu queria levar as duas n mas eu vou levar essa aqui bpubdl02 aa FLA colorido mais caro REN co
81. informacionais t m comportamento diverso e n o uniforme no que diz respeito realiza o do valor modal Para o Coment rio n o h restri o quanto ao valor modal a unidade assume significados epist micos de nticos e din micos O T pico ao contr rio realiza principalmente o tipo epist mico 86 3 e na amostra assumiu o valor din mico em duas ocorr ncias e em uma ocorr ncia do tipo de ntico correspondente ao item modal contido na unidade de Ap ndice de T pico que a integra A unidade de Parent tico tem comportamento semelhante realiza em sua maioria significados epist micos 88 2 e assume em apenas uma ocorr ncia o valor de ntico e o din mico Quanto ao Introdutor Locutivo parece apresentar da mesma forma que o Coment rio a possibilidade de maior realiza o de todos os significados modais 73 9 para os epist micos e 13 para os de nticos e din micos Abaixo o gr fico representa a distribui o absoluta das unidades informacionais relativo a cada valor modal Figura 4 8 Distribui o absoluta de unidades informacionais por valor modal 113 Abaixo na Figura 4 9 a distribui o relativa das unidades no que diz respeito a cada valor modal com base no n mero total de ocorr ncias unidades informacionais x valor modal mepi mdeo mdyn Figura 4 9 Frequ ncia relativa de unidades informacionais por valor modal Segundo Tucci 2007 p 270 em an lise do
82. jogava bola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha EVN era equele cara LUI escroto e como ele era amigo dos caras a galera meio que tomava as dores mas n mas n eles n eram todos escrotos igual o pessoal do Gal ticos n o EVN No o Galaticos todo mundo babaca GIL n o e assim esse que o ponto eles reclamavam n o se bem que tinha tinha uns dois que falaram assim gente a gente perdeu no campo a gente n perdeu por causa disso n o tipo tinha dois falaram isso n o a gente perdeu no campo e tal EVN eu queria ver a comunidade dele l ver que que es falm entre si assim s pra eles mesmos mas fechado nd pra iri GIL n es deve meter o pau mas enfim esse que o ponto e pr e principalmente es t o querendo fazer campeonato sem a gente tamb m ent o assim espero que isso n seia coisa pros times que iodam com a dente Figura 5 4 Links entre markables estabelecido E 160 No campo modal class da caixa de anota o Figura 5 5 aparecer set x em que x corresponde ao n mero do set criado mesmo One click annotation Panel Settings modal sentences lt gt Type O none target1 target dep trigger source modality source event mod
83. markable o componente b sico de anota o no MMAX2 uma por o de texto que marcada normalmente uma sequ ncia de texto ou partes descont nuas de um texto Estes marcadores podem se expandir em diferentes senten as podem se sobrepor podem corresponder a exatamente a mesma por o de texto e podem estar anotados em descontinuidade isto duas partes do texto podem estar divididas e serem anotadas como um nico marcador Em nosso projeto defino quatro tipos de markables os quais descreverei em detalhes mais adiante que s o o trigger O target a source of the event mention e a source of the modality Estes componentes em conjunto formam um set modal Os componentes trigger e target possuem tra os que os distinguem O primeiro carrega os tra os modal value polarity information unit e comment o segundo os tra os information unit i e a unidade informacional em que o componente est contido e polarity Para a cria o de um set modal necess rio em primeiro lugar criar cada um dos markables e em seguida estabelecer os links entre eles Para a cria o dos markables Figura 5 2 arraste com o mouse sobre o elemento que se deseja marcar clique com o bot o direito sobre o texto selecionado selecione Create Markable at level modal por ltimo na caixa de anota o fa a a escolha dos atributos apropriados para cada markable MMAX2 1 13 003 H Wnodalityisoftware lucianaWMAX Modal
84. minha m e sem chance bfammn04 2 35 LUA 95 lt e gt assim se c tivesse uma coordena o pedag gica melhor talvez adiantasse um pouco assim ou pelo menos ajudasse a organizar n bpubmn01 O exemplo em 2 32 representa a certeza que um estado de coisas vai ocorrer saber alguma coisa ao contr rio de 2 33 e 2 34 que apontam para a certeza de que n o v o ocorrer J em 2 35 temos um exemplo da nuance de possibilidade que Nuyts fala de um estado de coisas ocorrer ou n o dadas determinadas circunst ncias no caso a hip tese de uma coordena o pedag gica melhor Sweetser 1990 considera a modalidade epist mica como extens o da modalidade raiz A partir da an lise da modalidade raiz em termos de for as e barreiras sociof sicas ela explora a transfer ncia dessa vis o para a modalidade epist mica para atingir uma an lise unificada sobre modalidade A autora se alinha a Palmer 1986 no sentido de argumentar que os verbos modais em ingl s nos seus sentidos epist micos expressam o julgamento do falante Assim pretende encontrar uma conex o sem ntica motivada entre o dom nio epist mico de racioc nio e Julgamento e o dom nio da modalidade sociof sica Por exemplo se o may sociof sico representa em termos de din mica de for as uma aus ncia de barreira potencial o may epist mico tem um sentido paralelo no dom nio do racioc nio isto h uma barreira ausente no p
85. minha vida que n o est o aqui nomeadas mas que certamente deram cor e gra a a esta minha aventura E preciso que as pessoas entrem e saiam B Que vivam por toda a parte Herberto H lder RESUMO Este estudo trata da descri o da modalidade em um corpus de fala espont nea da variedade mineira do portugu s brasileiro Modalidade em uma defini o mais enxuta a avalia o de um sujeito conceptualizador que relativiza o material locut rio que enuncia em termos do grau de certeza possibilidade necessidade capacidade e voli o No entanto n o existe consenso sobre a defini o precisa desta categoria por diferentes raz es a a modalidade campo de estudo para a l gica e a lingu stica que aplicam para este fim metodologias diversas b a categoria se diferencia e est interrelacionada com outras como as de tempo aspecto modo c esta no o se confunde e se sobrep e s de ilocu o atitude e emo o Com base nos princ pios da Teoria da L ngua em Ato na metodologia da Lingu stica de Corpus e Lingu stica Computacional o trabalho tem como objetivo descrever o comportamento de diferentes ndices marcadores de modalidade e propor um esquema de anota o da modalidade para um minicorpus do C ORAL BRASIL O C ORAL BRASIL um corpus de fala espont nea do portugu s brasileiro o quinto bra o do C ORAL ROM um corpus compar vel representativo das quatro principais l nguas rom nicas europ
86. n o p Estas duas s o as no es centrais da modalidade mas n o refletem a sua totalidade pois h uma gama de significados modais que circulam na periferia formando o quadrado modal necessidade n o necessidade impossibilidade possibilidade como ilustrado na Figura 2 1 abaixo Necess rio Imposs vel Contradi o Poss vel Contingente Figura 2 1 Quadrado modal No original franc s que c est possible et celles qui nient que ce soit possible entre celles d clarant que c est susceptible de se produire et celles qui le nient et entre celles qui traitent de l impossible et du n cessaire ARISTOTE 2007 p 309 26 O quadrado modal pode dar conta por exemplo de explicar que Ele pode subir 3 degraus de cada vez e N o imposs vel pra ele subir 3 degraus de cada vez se relacionam semanticamente mas n o s o sin nimas Como extens o da l gica formal as l gicas modais identificam uma proposi o com o conjunto de mundos poss veis nos quais ela verdadeira ou com uma fun o de mundos poss veis em valores de verdade HAAK 2002 p 116 Incorporam operadores que modulam a verdade ou a falsidade para representar argumentos ligados ideia de necessidade e possibilidade Segundo Machado e Cunha 2005 p 75 um modal uma express o necessariamente possivelmente que usada para qualificar a verdade de um julgamento Dois operadores modais s o utilizados por
87. ncias que imediatamente os afetam mas n o claro a permiss o Ant 116 SAX de ntica Abaixo a descri o de cada um dos subvalores c 1 dynamic ability O conceptualizador expressa a sua pr pria habilidade capacidade ou a habilidade capacidade de uma outra pessoa para realizar ou alcan ar algo 5 20 CEL 85 e nti consegue fazer isso nunca t meio de hhh gt 3 SCA t de ladinho gt COM S8 bfamcv03 116 No original has to be interpreted rather more widely than in terms of the subject s physical and mental powers to include circumstances that immediately affect them but not of course deontic permission PALMER 2001 p 10 173 5 21 CAR 150 porque ele ama COB ele chama ela de SCA fuminho COB n COB meu pretinho COB papai n g enta carregar mais COB mas DCT n g enta pegar mais COB porque t muito grande COB mas 1 SCA essa a hist ria SCA e a vida SCA que n s temos aqui em casa COM S bfammn05 c 2 dynamic volition O conceptualizador expressa as suas vontades desejos esperan as e inten es 5 22 REN 550 espero que eu n o tinha 1 SCA tenha perdido COM bfamdl01 Na tabela abaixo apresento em resumo os valores modais os subvalores a eles associados e a defini o de cada um Valores Subvalores Defini o O conceptualizador o falante o
88. o a cl usula complemento tanto direta como indiretamente desde a perspectiva do falante ALMEIDA FERRARI 2012 p 123 124 Ainda sustentam que as constru es sinalizam intersubjetividade uma vez que se referem implicitamente perspectiva do falante em rela o a outras perspectivas apresentadas em discurso anterior as n o completivas indicam conjun o cognitiva e as completivas disjun o cognitiva entre a perspectiva do falante e outras perspectivas dispon veis no fluxo discursivo ALMEIDA FERRARI 2012 p 124 Esta posi o que leva em conta uma abordagem discursiva contraria outras propostas discutidas na literatura sobre o tema como a ja mencionada de Nuyts 2012 e a de Verhagen 2005 justamente porque pleiteia que a intersubjetividade vai envolver uma cena mais ampla que inclui a rela o entre falante e ouvinte a cl usula complemento e as perspectivas anteriores dispon veis no discurso De fato os exemplos da amostra apontam para uma diferen a na qualidade da avalia o em constru es completivas e n o completivas No entanto n o temos dados suficientes para uma generaliza o que corrobore uma ou outra posi o apresentada Para fins da pesquisa abarco cren a e opini o sob o guarda chuva de cren a tomando uma opini o como o resultado de uma determinada cren a 4 5 2 1 Os n meros para os verbos epist micos Os types e tokens correlatos para os verbos epist micos foram classificados quant
89. o dos verbos modalizadores no minicorpus Tabela 4 9 Distribui o e frequ ncia dos principais verbos modalizadores Tabela 4 10 Distribui o de tokens de verbos epist micos por tipologia interacional Tabela 4 11 Distribui o dos verbos epist micos em unidades informativas Tabela 4 12 N mero de ocorr ncias dos adv rbios modais Tabela 4 13 Distribui o dos adv rbios x tipologia interacional Tabela 4 14 Distribui o dos adv rbios modais nas unidades informacionais Tabela 4 15 Distribui o de tokens de condicionais por tipologia interacional Tabela 4 16 Frequ ncia dos padr es sint ticos de condicionais Tabela 4 17 Frequ ncia das condicionais quanto estrutura informacional Tabela 4 18 Rela o do padr o sint tico de condicionais e estrutura informacional Tabela 5 1 Valores e subvalores para o esquema do portugu s europeu Tabela 5 2 Elementos identificados e ou anotados em diferentes projetos de anota o sem ntica Tabela 5 3 Correspond ncia entre valores na tradi o lingu stica e nos esquemas de anota o Tabela 5 4 Valores e subvalores modais e suas defini es Tabela 5 5 Sources correspondentes a cada valor e subvalor modais Tabela 5 6 Frequ ncia dos valores modais na amostra 32 42 91 94 95 95 96 97 98 99 103 104 106 108 109 110 112 115 118 124 126 130 131 131 136 136 137 137 150 152 153 173 182 198 LISTA DE
90. os atos de fala diretivos e com o modo imperativo cf BYBEE et al 1994 uma vez que a obriga o e permiss o derivariam de uma fonte de autoridade As evid ncias em corpora de fala espont nea com arquivos de udio dispon veis para checar os atos ilocucion rios apontam para outro caminho Os exemplos de Tucci 2007 p 62 do corpus de refer ncia do italiano problematizam a ideia de comando nos usos de dovere e potere em enunciados assertivos que expressam necessidade contingente em 2 50 impossibilidade condicionada em 2 51 e esclarecimento de uma regra operativa em 2 52 2 50 LIA si doveva rigovernare ifamcv02 2 51 GAL un potevi fa cip M ifamev14 2 52 MAM ma te la devi fare a lei e lei la fa a te M ifamcv25 Ou como atestado na amostra do corpus de fala espont nea do PB em que temos diferentes classes de atos de fala a partir de Moneglia 2011 p 490 representativos diretivos e expressivos 2 53 dever gt necessidade obriga o 2 53a LUI 213 eu acho que a gente deve chamar os lt times gt legais bfamcv01 ill asser o forte gt 2 54 ter que gt necessidade obriga o 2 54a 211 ent o tem que ser eu mesma bfamcv02 ill express o de obviedade 2 55 poder 2 55a permiss o 205 a porta t fechada mas c pode abrir bfamdl05 v ill autoriza o Os exemplos em 2 50 2 51 2
91. primeira se o trago os trabalhos anteriores em anota o sem ntica relevantes para o projeto aqui apresentado e em seguida apresento um quadro resumptivo de quem anota o qu e quais os valores s o utilizados por cada um deles Na se o 5 3 introduzo a proposta descrevendo a metodologia utilizada o software de anota o a prepara o dos textos e regras b sicas de anota o para ent o explicitar a escolha dos valores e subvalores modais e os elementos a serem anotados trigger target sources e o detalhamento das regras para cada um Por fim apresento e discuto os resultados al m de mostrar os experimentos a serem realizados para computar o acordo entre os anotadores No cap tulo seguinte caminho para a conclus o deste trabalho resumindo os principais pontos discutidos os avan os para o tema da modalidade e o horizonte futuro desta pesquisa 201 Cap tulo 6 CONSIDERA ES FINAIS A t tulo de conclus o deste trabalho gostaria de evidenciar alguns pontos centrais para a discuss o do conceito de modalidade a partir de uma an lise baseada em corpus Este estudo seguiu um fio narrativo por assim dizer que compreende tr s eixos que est o intrinsecamente relacionados o primeiro a discuss o do conceito de modalidade o segundo a descri o e a an lise dos itens modais e o terceiro a elabora o de um esquema de anota o sem ntica da modalidade No cap tulo te rico busquei apresentar e de cer
92. uma mesma unidade informacional Ela introduz a unidade informacional que escande escans o esquerda de maneira que a parte final da UI escandida especifica a fun o informacional do todo 178 5 40 33 ent o assim INT espero que SCA isso n seja SCA coisa pros times que jogam com a gente deixar de jogar com a gente COM bfamcv01 trigger espero IU COM 5 41 EVN 134 acho que a gente tem SCA que olhar direito COM bfamcv02 trigger tem que IU COM G Se um trigger estiver expresso em uma unidade de Ap ndice de Comentario APC ou no Ap ndice de T pico APT seja como uma repeti o de um ndice expresso no Coment rio ou T pico ou como informa o atrasada quer dizer quando se adiciona informa o para facilitar a compreens o do enunciado pelo endere ado anota se a unidade de Coment rio ou T pico do qual dependente 5 42 4 ele nt muito parente chegado n o COB mas amp t 1 SCA deve ser SCA primo 1 EMP primo quarto COME por a ZPAR deve ser APC bfammn01 trigger deve IU COM APC como eco 5 43 157 distancia COM que es queria lt colocar gt APC bpubcv02 trigger queria IU COM APC como informa o atrasada Como o trigger o componente central na express o modal atribui se as especifica es do tipo de modalidade a ele Especifica se para cada trigger as seguintes caracter sticas a valor
93. v 8 n 1 2 p 195 214 2004 GONZALVEZ GARCIA F Modulating Grammar through modality a discourse approach Dispon vel em http institucional us es revistas elia 1 9 gonzalvez pdf Acesso em 20 jul 2010 GREENBAUM S Studies in English adverbial usage London Longman 1969 GREEN M Speech Acts In ZALTA E N ed The Stanford Encyclopedia of Philosophy Spring 2009 Edition Dispon vel em http plato stanford edu entries speech acts Ultimo acesso 27 abr 2014 GRIES S Th Corpus based methods and cognitive semantics The many senses of to run In GRIES S Th STEFANOWITSCH A Corpora in Cognitive Linguistics corpus based approaches to syntax and lexis Berlin New York Mouton de Gruyter 2006 HAAK S Filosofia das l gicas S o Paulo Editora UNESP 2002 HACQUARD V Aspects of Modality Ph D Thesis MIT 2006 Dispon vel em http ling umd edu hacquard papers hacquard thesis pdf Ultimo acesso em 13 jan 2012 HALLIDAY M A K Functional diversity in language as seen from a consideration of modality and mood in English Foundations of Language 6 3 322 361 1970 de HAAN F Evidentiality and epistemic modality setting boundaries Southwest Journal of Linguistics 1999 de HAAN F Typological approaches to modality In FRAWLEY F The expression of modality Berlin New York Mouton de Gruyter 2005 HARA Y Non propositional modal meaning University of Delaware 2006 Manuscrito Dis
94. variadas maneiras permitindo diferentes complementos a pr pria omiss o de complemento e informacionalmente a parentetiza o Vejamos ocorr ncias do Corpus do Portugu s DAVIES FERREIRA 2006 com o verbo de cren a considerar a fim de apontar nuances de com conceptualiza o no uso deste tipo de verbo 6 Tradu o minha para segnali di manifestare all ascoltatore il grado di attendibilit assegnato dal parlante alla proposizione e di mantenete uma funzione segnaletica anche quando l enunciato che li contiene viene riportato VENIER 1991 p 68 apud TUCCI 2007 p 172 87 Os exemplos foram coletados do Corpus do Portugu s esse um corpus de refer ncia da l ngua portuguesa projeto desenvolvido pelos professores Mark Davies BYU e Michael J Ferreira Georgetown University com mais 45 000 000 de palavras e um total de 57 000 textos do s c XIV ao s c XX Esse corpus permite o cruzamento de dados e distribui o de palavras frases e constru es por registro oral fic o jornal stico e 120 4 7 os direitos com facilidade ou tem ci me Jo o Ubaldo Realmente n o gostei de O Sorriso do Lagarto mas gostei da adapta o de Sargento Get lio para o cinema N o tenho ci me algum Trata se mesmo de outra obra a obra do cineasta iBEsp_242 15 de outubro de 1997 Nahas se considera um bode expiat rio Estado O sr esperava esta senten a da Justi a Naji Nahas N o esperava de jeit
95. vel padr o lexical correspondente a um fen meno de gradi ncia de ndice modal para um marcador discursivo os itens claro e bvio apesar de pertencerem formalmente categoria dos adjetivos foram inclu dos na an lise das constru es adverbiais modais uma vez que seu comportamento se assemelha dos adv rbios modais claramente e obviamente S o considerados adv rbios somente quando ocorrem sozinhos sem a presen a do verbo ser e ou da conjun o as constru es condicionais dentro do quadro te rico da Teoria da L ngua em Ato constituem se como um desafio uma vez que podem ultrapassar os limites de um enunciado ou estar completamente acomodada nele dividida ou n o em mais de uma de suas unidades tonais 204 Por fim nasceu o MASS Modal Annotation in Spontaneous Speech projeto de anota o da modalidade na fala espont nea do portugu s brasileiro Os desafios para cumprir esta tarefa foram muitos fundamentalmente relacionados ao fato de que todos os esquemas de anota o desenvolvidos at agora s o aplicados a textos escritos normalmente a corpora de textos jornal sticos ou textos biom dicos Como j visto anotar a modalidade com a finalidade de permitir o seu reconhecimento autom tico inclui identificar os ndices modais classific los em uma determinada tipologia por exemplo em significados epist micos e n o epist micos definir a sua fonte e o seu escopo sem ntico
96. 03 o Introdutor Locutivo no portugu s brasileiro tamb m pode marcar uma introdu o de uma avalia o epist mica as unidades de T pico e Parent tico abrigam como estrat gia preferencial de modaliza o os verbos epist micos com 63 6 e 64 7 respectivamente de todas as ocorr ncias do minicorpus a modalidade epist mica a mais frequente entre os tipos de significado com uma taxa de associa o a diferentes ndices modais muito mais elevada do que a dos tipos de ntico e din mico cf MELLO et al 2013 os verbos modalizadores s o a estrat gia preferencial para marca o de modalidade Sua distribui o est concentrada na unidade informacional de Coment rio com uma porcentagem de 97 3 de todas as ocorr ncias inclu dos o Coment rio M ltiplo o Coment rio Ligado e o Ap ndice de Coment rio o verbo dever com valor de ntico relacionado com o sentido de uma obriga o fraca tem baix ssima ocorr ncia O espa o em usos de obriga o de ntica tem sido ocupado pelo semimodal ter que os verbos epist micos que sinalizam a opini o ou grau de comprometimento de um falante em rela o ao que est enunciado e se organizam sintaticamente de v rias maneiras possuem fun es pragm ticas distintas a em termos de estrutura informacional em posi o parent tica funciona como atenuador da asser o anterior e b podem ser marcadores de concord ncia discord ncia o que indica um poss
97. 1 EMP o ceagaeme TPL 1 o plasma TPL 2 e a plaqueta TPL 3 a gente armazena ate o dia seguinte COM bpubcv01 3 81 Em 3 5 temos um SN que realiza um T pico simples e a ocorr ncia em 3 6 representa uma Lista de T picos um dos tipos de T pico complexo 3 1 2 3 Ap ndice de Coment rio APC O Ap ndice de Coment rio APC integra textualmente o Coment rio e dependente desta unidade Varia informacionalmente atrav s de a repeti o repeti o ou eco parcial ou n o de uma informa o j conhecida ou uma par frase de um material locutivo no mesmo enunciado ou em um enunciado diferente do mesmo falante ou mesmo do interlocutor b preenchedor n o apresenta repeti o de um conte do anterior e se constitui como uma express o formulaica que n o apresenta quase nenhuma informa o e c informa o retardada o conte do sem ntico adiciona informa o para fins sociais quer dizer oferece informa o mais espec fica ou altera es que facilitam a compreens o do enunciado para o interlocutor Apresenta perfil entoacional do tipo sufixo nivelado ou descendente sem foco Est distribu do direita do Coment rio e em alguns casos pode estar separado do Coment rio por uma unidade de F tico ou Parent tico No entanto nunca pode ser interrompido por um Parent tico e algumas vezes seguido por um F tico ou Conativo 3 7 CAR queria uma crian a que n me desse trabalho COM
98. 1 bfamdl02 Colegas de faculdade batem papo enquanto organizam o material de grava o 1 1 00 07 26 1572 bfamd103 Casal faz uma viagem de carro 1 1 00 10 30 1637 bfamdl04 Dom sticas m e e filha fazem a limpeza da cozinha ap s o almo o 0 2 00 19 32 1249 bfamdl05 Corretor de im veis leva a irm para visitar apartamento 1 1 00 11 28 1736 bpubdl01 Engenheiro e pedreiro trabalham em uma obra 2 O 00 26 08 1568 bfamdl02 Cliente e vendedor interagem durante a compra de calgados 1 1 00 15 45 1438 Mon logos 7 10 01 05 40 10213 bfammn01 Senhor narra hist ria fant stica sobre uma cobra 2 O 00 05 02 1086 bfammn02 Sobrinha de Carlos Drummond de Andrade conta hist ria da fam lia ao neto 1 1 00 07 23 1677 bfammn03 Narrativa de causos divertidos para a fam lia 3 3 00 07 08 1206 91 Caracter sticas dos textos do subcorpus do C ORAL BRASIL etiquetado informacionalmente Texto Situa o Informantes Dura o N de M F H m s palavras bfammn04 Senhora conta sua experi ncia no hospital ap s ter dado luz no carro 0 1 00 06 57 1450 bfammn05 Senhora fala sobre a adoc o da filha ap s a morte de sua filha biol gica 0 2 00 09 52 1580 bfammn06 Pai conta seu percurso profissional sua filha 1 1 00 10 02 1600 bpubmn01 Entrevista de avalia o sobre aulas de ingl s na rede p blica de ensino 0 2 00 19 16 1614 Total 28 27 03 58 36 31318 presen a de pequenas interven es de um ou mais informantes que es
99. 1983 SWAN 1988 BIBER FINEGAN 1988 HOYE 1997 SIMON VANDERBERGEN AIJMER 2007 SIMON VANDERBERGEN 2008 No portugu s brasileiro destacam se os trabalhos de Castilho 1993 2010 e para a fala espont nea os de Mello Couto e vila 2010 e Mello e Caetano 2012 A classe de adv rbios uma classe flex vel em termos sint ticos uma vez que pode aparecer em diferentes posi es nos enunciados Na fala como aponta Mello et al 2010 esta complexidade de escopo se amplifica dado que devem ser levados em considera o os tra os pros dicos J foi salientado que a an lise da pros dia importante para a desambiguiza o de itens modais e no caso espec fico dos adv rbios modais se estes s o de fato itens modalizadores ou se cumprem outra fun o no enunciado como a de intensificador ou marcador discursivo 4 5 3 1 Frequ ncia de adv rbios e locu es adverbiais modais Nesta se o forne o os resultados para os adv rbios modais em rela o sua frequ ncia na amostra Os types e tokens tamb m foram classificados quantitativamente de acordo com a tipologia interacional p blico vs privado mon logos vs di logos vs conversa es Foram encontrados 16 types em 94 ocorr ncias na amostra o que corresponde 130 no universo dos ndices modais a 7 9 das ocorr ncias A Tabela 4 12 e 4 13 trazem os n meros para o n mero de ocorr ncias deste ndice no minicorpus e sua distribui o em termos
100. 52 correspondem respectivamente aos exemplos 20 21 e 22 de Tucci 2007 p 62 transcritos aqui ipsis litteris 42 A tarefa de anota o ilocucion ria ainda est por ser realizada no mbito do projeto C ORAL BRASIL Os exemplos elencados foram anotados com a colabora o do aluno de doutorado Bruno Rocha exclusivamente para ilustrar nosso argumento 53 2 55b proibi o BRU 177 c n pode fazer amp a 1 nenhum som bfamcv04 Ld ill ordem 2 55c restri o 181 porque eu acho que no mesmo concurso c nti pode fazer duas bfamdl03 Li ill asser o 97 No subcorpus analisado foram identificadas express es de modalidade de ntica com os types poder em grande n mero com significado de permiss o ter que a ampla Ed R y A s 43 maioria com significado de obriga o e dever em n mero reduzido 2 3 3 Modalidade din mica A modalidade din mica de acordo com Palmer 1990 e Papafragou 2000 inclui uma habilidade e a inten o vontade isto a express o da capacidade do sujeito Salom o 1990 d os seguintes exemplos com o verbo poder 2 56 Ele pode correr 4 km sem cansar habilidade f sica 2 57 Ele pode citar Virg lio de cabe a habilidade mental Os exemplos de Salom o se sustentam dentro da defini o de Palmer e Papafragou no entanto se realizada uma busca minuciosa em corpus dificilmente esses usos ocorreriam no po
101. 8 Privado 25 Di logo P blico 10 Privado 38 Conversacao P blico 12 Tabela 4 15 Distribui o de tokens de condicionais por tipologia interacional No que diz respeito tipologia interacional ainda n o temos dados suficientes para verificar quais as vari veis em jogo e como as condicionais se comportam em cada contexto Com rela o organiza o sint tica encontramos tr s tipos de padr es pr tase ap dose ap dose pr tase e pr tase somente Abaixo as frequ ncias para cada um dos tipos Organiza o sint tica Frequ ncia Pr tase ap dose 76 Ap dose pr tase 10 Pr tase 23 Tabela 4 16 Frequ ncia dos padr es sint ticos de condicionais 137 Os n meros para cada tipo de organiza o n o surpreendem exatamente Em frequ ncia absoluta o padr o pr tase ap dose o mais recorrente j o ap dose pr tase apresenta ocorr ncia bem reduzida Sobre a pr tase sozinha parece me um n mero interessante pois n o segue o padr o estabelecido na escrita e corresponde a 21 1 do total de ocorr ncias e se dividem na amostra em tr s tipos a pr tases cuja ap dose n o s o realizadas com efeito suspensivo mas poss vel de ser compreendida entre os interlocutores em termos de ilocu o parecem cumprir um ato do tipo expressivo do subtipo express o de obviedade b pr tases que s o perguntas parciais em termos de ato s o do tipo diretivo do subtipo pe
102. 90 SZARVAS G VINCZE V FARKAS R CSIRIK J The BioScope corpus annotation for negation uncertainty and their scope in biomedical texts in Proceedings of the Workshop on Current Trends in Biomedical Natural Language Processing Association for Computational Linguistics 2008 p 38 45 TALMY L Force Dynamics Paper presented at conference on Language and Mental Imagery May 1981 University of California Berkeley TALMY L Force Dynamics in language and cognition Cognitive Science 12 1 49 100 1988 TALMY L Toward a Cognitive Semantics Cambridge MA MIT Press 2000 TUCCI I L espressione lessicale della modalit nel parlato spontaneo Analisi del corpus C ORAL ROM 2007 Tese de Doutorado Lingu stica Italiana Firenze Universit degli Studi di Firenze 2007 335p TUCCI I The informational structure and the scope of lexical modality in spoken Italian 2008 Manuscrito TUCCI I La modalit nel parlato spontaneo e il suo dominio de pertinenza Una ricerca corpus based C ORAL ROM italiano Actes du XXVe CILPR Innsbruk 3 8 September 2007 Dispon vel em http lablita dit unifi it preprint preprint 2008 02 06 3658867998 ltimo acesso 13 jan 2013 218 TUCCI I Illocution and modality in spoken Italian performing a speech act through words and judging their semantic content a corpus based analysis In MELLO H PANUNZI A RASO T eds Pragmatics and prosody Illocution Modal
103. ABREVIATURAS ALL Alocutivo APC Ap ndice de Coment rio APT Ap ndice de T pico b Brasileiro Portugu s fam Familiar pub P blico cv Conversa o dl Di logo mn Mon logo CMM Coment rio M ltiplo CNT Conativo COB Coment rio Ligado COM Coment rio DCT Conector Discursivo EMP Unidade informacionalmente vazia EXP Expressivo F Feminino Fo Frequ ncia fundamental Hz Hertz i Unidade informacional interrompida INP Incipit rio INT Introdutor Locutivo IPO Instituto de Pesquisa Perceptual LABLITA Laboratorio Linguistico do Departamento de Italianistica LEEL Laborat rio de Estudos Empiricos e Experimentais da Linguagem M Masculino PAR Parent tico PB Portugu s do Brasil PE Portugu s Europeu PLN Processamento de Linguagem Natural PHA F tico PRL Lista de Parent ticos SCA Unidade informacional escandida TLA Teoria da L ngua em Ato TMT Tomada de Tempo TOP T pico TPL Lista de T picos UI Unidade de informa o UNC Unidade informacional irreconhec vel XML Linguagem de marca o estendida SUM RIO Cap tulo 1 INTRODU O 1 1 Justificativa 1 2 Quadro hipot tico 1 2 1 Hip teses 1 2 2 Objetivos 1 3 Organiza o do texto PARTE I DISCUSS O TE RICA Cap tulo 2 MODALIDADE estado da arte 2 1 Breve percurso hist rico a modalidade na l gica 2 2 A modalidade Vis es sobre o tema 2 2 1 A
104. Cresti 2000 a indicar o tipo de ilocu o realizada no ato de fala b delimitar os enunciados no cont nuo f nico c segmentar o enunciado em unidades menores d assinalar o tipo informacional de cada unidade dentro do enunciado Assim a pros dia pode ser considerada a interface formal entre os atos executados simultaneamente em um ato de fala Podemos identificar como par metros pros dicos os seguintes elementos movimento de Fo hz intensidade db dura o s alinhamento velocidade de fala e ritmo importante destacar que o tipo de ilocu o n o est subordinado ao conte do locut rio No que diz respeito segunda fun o da entoa o esta delimita o dos enunciados realizada atrav s da percep o das varia es pros dicas relevantes por um falante competente As varia es que resultam na segmenta o do enunciado em unidades discretas s o chamadas de quebras pros dicas divididas em 73 2 Za PAS E E s E E Adiante veremos que a pros dia apenas um dos crit rios para identifica o da unidade entoacional ainda contribuem para esta defini o do tipo informacional crit rios funcionais e distribucionais 78 a terminais quebras que s o percebidas como conclusivas e portanto indicam a completude pros dica do enunciado Graficamente s o representadas por duas barras b n o terminais percebidas como quebras n o conclusivas S o mais fracas e
105. DO N W LEVIN L PIATKO C A modality lexicon and its use in automatic tagging in Proceedings of the Seventh Language Resources and Evaluation Conference LREC 10 2010 BAKER K DORR B BLOODGOOD M CALLISON BURCH C FILARDO N W PIATKO C LEVIN L MILLER S Use of modality and negation in semantically informed syntactic MT Computational Linguistics 38 2 411 438 2012 BALLY Ch Linguistique g n rale et linguistique francaise Berna Francke Verlag 1932 BALLY Ch Syntaxe de la modalit explicite Cahiers Ferdinand de Saussure 2 3 13 1942 BARWISE J PERRY J Situation and attitudes Journal of Philosophy 78 11 668 69 1981 BETHARD S YU H THORNTON A HATZIVASSILOGLOU V JURAFSKY D Automatic extraction of opinion propositions and their holders In 2004 AAAI Spring Symposium on Exploring Attitude and Affect in Text 2004 BEZERRA W S MEIRELES F A R Um estudo sobre constru es condicionais no Portugu s do Brasil In SALOMAO M M M MIRANDA N S Constru es do Portugu s do Brasil da gram tica ao discurso Belo Horizonte Editora da UFMG 2009 BRECK E CARDIE C Playing the Telephone Game Determining the Hierarchical Structure of Perspective and Speech Expressions In The 20th International Conference on Computational Linguistics COLING 2004 2004 207 BICK E The Parsing System PALAVRAS Automatic Grammatical Analysis of Portuguese in a Constraint G
106. E 2005 composto de 10 657 senten as em 535 documentos em l ngua inglesa Segundo as autoras 2005 p 1 a motiva o para a identifica o e extra o de opini es reconhecimento de emo es e an lise de sentimentos nasce do desejo de fornecer ferramentas para analistas da informa o nos dom nios governamental comercial e pol tico que querem rastrear automaticamente atitudes e sentimentos em not cias e em f runs on line 104 Nas palavras dos autores classifications of restricted modality in Linguistics e g Palmer 2001 and systems of modal logic Portner 2009 are too sophisticated and it is very difficult to implement analyzers of extended modality based on them with the current level of technology in NLP MATSUYOSHI 2010 p 1458 148 As pesquisadoras prop em um esquema de anota o refinado para a etiquetagem de componentes e propriedades de opini es sentimentos emo es estados privados especula es que abriga sob o r tulo de estados privados private states Os estados privados s o definidos como estados internos que n o podem ser diretamente observados pelos outros WIEBE et al 2005 p 2 Para cada express o de estado privado definido um frame de estado privado que se constitui pelos seguintes elementos a source cujo estado privado est sendo expresso o target sobre o qu o estado privado as propriedades que envolvem intensity significance e
107. ELLO RASO 2011 p 16 67 2 6 Modalidade na fala espont nea Tomarei para in cio de conversa e porque como explicitado nos objetivos pretendo reavaliar a no o de modalidade a posi o de Cresti 2002 e Tucci 2007 2008 2009 que assumem que a modalidade inerente a qualquer enunciado com ou sem a presen a de ndices modais Para elas a modalidade est sob o dom nio do n vel sem ntico n o do pragm tico uma vez que se constitui como um processo cognitivo n o uma a o Como a fala n o organizada em proposi es l gicas mas em unidades pragm ticas a incid ncia do valor modal veiculado por um ndice de acordo com Tucci 2007 uma propriedade n o do enunciado mas da unidade informacional H tr s casos a serem considerados 1 se o enunciado simples quer dizer se cont m apenas a unidade de Coment rio a modalidade pertence simultaneamente ao enunciado inteiro e unidade informativa 2 81 31 tr s o carinho no um n d bfamcv03 11 se dentro de uma mesma unidade informacional temos dois ndices modais vale o princ pio de composicionalidade em que um ndice domina o outro e determina a modalidade 2 82 EVN 148 acho que a gente tem que olhar direito bfamcv01 111 se um enunciado possui duas unidades informacionais se aplica um princ pio de n o composicionalidade e o dom nio da modalidade portanto recai sobre a unidade informaciona
108. ISCOE T Weakly supervised learning for hedge classification in scientific literature In Proceedings of the 45th Annual Meeting of the Association of Computational Linguistics Prague Czech Republic Association for Computational Linguistics p 992 999 2007 MEJIAS BIKANDI E Space accessibility and moods in Spanish In SWEETSER E FAUCONNIER G eds Spaces worlds and grammar Chicago University of Chicago Press 1996 p 157 178 MELLO H R MELO E L CARVALHO J M CORTES P O Proleg menos sobre modaldade Dom nios de Lingu gem v 5 p 104 134 2009 MELLO H R CARVALHO J M CORTES P O Modaliza o na fala espont nea do portugu s brasileiro um primeiro mapeamento de indices morfolexicais Revista de Estudos da Linguagem v 18 p 105 133 2010 MELLO H R RAMOS A AVILA L Probing modal adverbs in Brazilian and European Portuguese sociocultural variability in a pluricentric language In SILVA A S TORRES A GONCALVES M org Pluricentric languages Linguistic Variation and Socicognitive Dimensions led Braga Portugal Publica es da Universidade Cat lica Portuguesa 2011 v 1 p 473 486 MELLO H R RASO T Illocution modality attitude different names for different categories In MELLO H R PANUNZI A RASO T eds Pragmatics and prosody illocution modality attitude information patterning and speech annotation Firenze Firenze University Press 2011 p 1 18
109. Introdutor locutivo INT O Introdutor Locutivo INT sinaliza a suspens o pragm tica do hic et nunc e introduz uma metailocu o por exemplo um discurso reportado uma exemplifica o e um pensamento falado um elenco e tamb m um parent tico O perfil do tipo introdutor apresenta alta velocidade de execu o e Fo mais baixa do que a do Coment rio subsequente Sua posi o anterior ao Coment rio que introduz 3 13 FLA 324 como diz voc INT n o precisa COM_r bfamdl01 UJ 3 2 2 Unidades Dial gicas As unidades dial gicas compartilham algumas propriedades que as distinguem das unidades textuais como por exemplo desenvolver uma fun o que n o contribui para a constru o do conte do sem ntico do enunciado e por outro lado contribuir para o desempenho feliz do ato de fala no contexto comunicativo e podem ocorrer em discurso reportado Al m disso em sua maioria s o realizadas com apenas uma palavra ou express o n o podem ser escandidas n o carregam foco n o podem ser modalizadas possuem restri es de sele o lexical e n o contribuem para a composicionalidade sint tico sem ntica do enunciado 3 2 2 1 Incipit rio INP O Incipit rio INP uma unidade dial gica que marca a abertura do turno dial gico e regula o fluxo da intera o Ele abre o canal comunicativo e indica um valor de contraste ou uma oposi o ao enunciado anterior Apresenta perfil pros dico de aux lio com F
110. Ligados No entanto para os prop sitos de meu trabalho assumo os CMBs como COBs pela op o de agrupar categorias semelhantes funcionalmente 96 d Valor modal correspondente epist mico de ntico e din mico e seus respectivos subvalores modais Para os subvalores a nomenclatura est em ingl s tendo em vista que nos projetos de anota o da modalidade a l ngua inglesa a l ngua franca O valor epist mico o significado epist mico est relacionado com o grau de certeza de um conceptualizador sobre o material locut rio enunciado e tamb m se refere s no es de possibilidade probabilidade e necessidade Por exemplo O valor de ntico normalmente est associado s conven es morais e sociais e portanto normalmente usado para indicar obriga o permiss o ou proibi o O valor din mico relaciona se capacidade habilidade e voli o inten o de um conceptualizador A Tabela 3 3 indica os c digos utilizados Valores Subvalores C digo Epist micos epi Conhecimento knowledge Cren a belief Possibilidade possibility Probabilidade probability Necessidade necessity Verifica o verification De nticos deo Obriga o obligation Permiss o permission Proibi o prohibition Necessidade necessity Din micos dyn Habilidade ability Voli o volition Tabela 3 5 Etiquetagem de valores e subvalores modais 97
111. M bfamdl02 trigger tem que 119 No PB existem tr s possibilidades de realiza o da nega o nega o simples preposta nega o simples posposta e dupla nega o 177 5 36 80 e DCT teve que amputar as duas perna aqui COB hoje anda numa cadeira de roda COB ent o a gente levava ela pra av COM S bfammn05 trigger teve que D Se no trigger vier intercalada qualquer part cula n o se considera esta palavra como parte do trigger 5 37 81 porque eu nunca confundo letras com inform tica COB n tem nem como COM bfamdl02 trigger tem O como E Quando uma unidade informacional ou um enunciado cont m mais de um trigger anota se cada um dos triggers separadamente 5 38 169 v o gt v o CNT lt eu acho que tem que ser esses gt COM bfamcv01 trigger acho target tem que ser esses trigger tem que target ser esses 5 39 220 e nti pode falar e n pode lt apontar o bagulho gt COM bfamcv04 trigger poder target falar trigger pode target apontar o bagulho F Quando um trigger est em unidade de escans o SCA anota se a unidade da qual ela herda as propriedades n x 120 Utilizo o sinal para marcar sequ ncias n o cont nuas Como proceder anota o de sequ ncias descont nuas com o software MMAX2 ver a se o 5 3 1 3 deste cap tulo item b 4 A unidade de escans o constitui partes tonais diferentes de
112. M S HEL 96 pois COM 97 o que que lt pode gt lt que que n pode gt COM LUC 98 lt xxx gt UNC BRU 99 mas a TOP a gt gente escolhe SCA qual COM 100 o laranja CMM ou o amarelo CMM HEL 101 lt t gt bfamcv04 ad ee UL LI 185 trigger pode modal value deontic permission polarity pos IU COM source of the event mention HEL source of the modality 4 Se uma pergunta ret rica anota se o cognoscente Se n o est expl cito anota se o verbo 5 55 REG 134 e oc acha que eu nti te conhe o COM r bfammn04 trigger acha modal value epistemic belief polarity pos IU COM source of the event mention REG source of the modality oc 5 56 GIL 54 sabe que que eu penso COM velho ALL bfamcv01 trigger sabe modal value epistemic knowledge polarity pos IU COM source of the event mention GIL source of the modality sabe 5 3 3 3 Targets O target em textos falados a express o afetada pelo ndice modal expresso pelo trigger dentro de uma unidade informacional Portanto diferente de outros esquemas de anota o que anotam o evento no escopo do item modal n o necess rio um predicado completo como usualmente tomado em textos escritos uma cl usula subordinada ou um evento com todos os seus complementos e adjuntos Na fala como argumenta Cresti no prelo um grande n mero de chunks falados de fato
113. Mestrado Estudos Lingu sticos Belo Horizonte Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG RUBIN V LIDDY E KANDO N Certainty Identification in Texts Categorization Model and Manual Tagging Result New York Springer Verlag 2005 p 61 74 RUBINSTEIN A Roots of modality 2012 Tese Doctor of Philosophy Department of Linguistics University of Massachussets Amherst RUBINSTEIN A HARNER H KRAWCZYK E SIMONSON D KATZ G PORTNER P Toward fine grained annotation of modality in text with In Proceedings of WAMM IWCS2013 Potsdam Germany 2013 RUPPENHOFER J amp REHBEIN I Yes we can Annotating English modal verbs In Proceedings of the Eighth conference on the International Language Resources and Evaluation LREC 12 Istanbul Turkey 2012 SALKIE R Degrees of modality In SALKIE R BUSUTIL P van der AUWERA J Modality in English theory and description Berlin New York Mouton de Gruyter 2009 p 79 102 SALOMAO M M M Polysemy aspects and modality in Brazilian Portuguese the case for a cognitive explanation of grammar Tese de Doutorado Linguistica 1990 Berkeley University of California System 1990 SALOM O M M M A constru o modal com dar no Portugu s do Brasil met fora uso e gram tica Revista de Estudos da Linguagem v 16 p 3 Belo Horizonte 2008 SAUR R VERHAGEN M PUSTEJOVSKY J Annotating and recog
114. NA opini o sobre algo n O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma PERS possibilidade PRA Epist mico possibilidade probabilidade O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma probabilidade f O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma necessidade necessidade T O conceptualizador expressa incerteza em rela o a um verifica o X estado de coisas evento ou atividade em foco O conceptualizador se v obrigado ou obriga a si obriga o mesmo a realizar uma atividade por uma determinada raz o m O conceptualizador permite algu m ou a si mesmo a De ntico ICI fazer algo ou permite que algo aconte a bic O conceptualizador pro be algu m ou a si mesmo a pM fazer algo ou pro be que algo aconte a O conceptualizador expressa suas necessidades ou a necessidade de uma outra pessoa ou grupo O conceptualizador expressa a sua propria habilidade habilidade capacidade ou a habilidade capacidade de Din mico uma outra pessoa para realizar ou alcan ar algo lic O conceptualizador expressa as suas vontades Mond necessidades desejos esperan as e inten es Tabela 1 Valores e subvalores modais e suas defini es 3 O PROJETO MASS MODAL ANNOTATION IN SPONTANEOUS SPEECH Este projeto de esquema de anota o de modalidade em dados orais do portugu s brasileiro segue diretamente o esquema proposto para o portugu s europeu HENDRICKX et al 2012a 2012b MENDES et al 2013 e igualment
115. RASIL corpus a minicorpus composed of 20 texts of three interactional typologies divided into private and public 7 monologues 6 private and 1 public 7 dialogues 5 private and 2 public and 6 conversations 4 private and 2 public ones For the treatment in this thesis 1 197 modal indexes distributed in 1 046 utterances codified and later on semantically annotated through the MMAX2 software were utilized After the quantitative and qualitative analysis we can conclude that i the category of modality behaves distinctively in written and spontaneous oral language 11 the modal indexes are widely utilized in dialogic situations be them public or private 111 only a few informational units can be modalized Comment Parenthetical Topic Locutive Introducer iv the Comment unit is the most modalized and there is no realization restriction for this IU v the epistemic modality is the most frequent one among the types of meaning vi verbs are the preferred strategy for modality marking Keywords modality oral corpus spontaneous speech semantic annotation Brazilian Portuguese LISTA DE FIGURAS Figura 2 1 Quadrado modal Figura 2 2 Mapa sem ntico da modalidade Fonte van der Auwera e Plungian 1998 p 111 Figura 2 3 Continuum modalidade epist mica evidencialidade Figura 2 4 Proje o do ato comunicativo Figura 4 1 Frequ ncia de enunciados modalizados no minicorpus Figura 4 2 Fre
116. TANEOUS SPEECH anota o sem ntica da modalidade no C ORAL BRASIL 5 1 Trabalhos anteriores em anota o sem ntica 5 2 Panorama geral ou quem identifica e ou anota o qu 5 3 Proposta para anota o da modalidade no C ORAL BRASIL o projeto MASS Modal Annotation in Spontaneous Speech 5 3 1 Metodologia 5 3 1 1 O software de anota o MMAX2 5 3 1 2 A prepara o dos textos 5 3 1 3 Defini o e formaliza o da tarefa de anotar 5 3 1 4 O esquema de anota o em vers o XML 5 3 2 Escolha dos valores modais 5 3 3 Triggers Sources e Targets elementos a serem anotados 5 3 3 1 Triggers 5 3 3 2 Sources 5 3 3 2 1 Source of the event mention 53322 Source of the modality 5 3 3 3 Targets 5 3 3 4 Identifica o de targets de acordo com o valor modal 5 3 4 Polaridade 5 4 Resultados 5 4 1 Acordo entre anotadores Cap tulo 6 Considera es finais 114 117 122 125 129 129 131 135 135 141 142 143 152 154 154 154 156 158 165 168 174 174 180 180 181 185 193 197 198 199 201 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 206 ANEXOS Anexo 1 MASS 1 0 Manual de anota o Anexo 2 Guia de uso MMAX2 apenas na vers o eletr nica Anexo 3 Demonstra o de arquivo anotado apenas na vers o eletr nica 17 Capitulol INTRODUCAO O presente trabalho se insere em um projeto sobre a modalidade desenvolvido desde o ano de 2008 na Universidade Federal de Minas Gerais denominado Modalidade na fa
117. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS LUCIANA BEATRIZ BASTOS VILA Modalidade em perspectiva estudo baseado em corpus oral do Portugu s Brasileiro BELO HORIZONTE 2014 LUCIANA BEATRIZ BASTOS VILA Modalidade em perspectiva estudo baseado em corpus oral do Portugu s Brasileiro Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Estudos Linguisticos da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obten o do titulo de Doutor em Estudos Lingu sticos rea de Concentra o Linguistica Te rica e Descritiva Linha de Pesquisa Estudos Linguisticos baseados em Corpora Orientador Prof Dr Heliana Ribeiro de Mello Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2014 Ficha catalogr fica elaborada pelos Bibliotec rios da Biblioteca FALE UFMG vila Luciana Beatriz Bastos Modalidade em perspectiva manuscrito estudo baseado em corpus oral do portugu s brasileiro Luciana Beatriz Bastos Avila 2014 253 f enc il grafs color tabs p amp b 1 CD ROM Orientadora Heliana Ribeiro de Mello rea de concentra o Lingu stica Te rica e Descritiva Linha de Pesquisa Estudos Ling sticos Baseados Em Corpora Tese doutorado Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Inclui CD ROM com arquivos de udio guia do usu rio MMAX2 demonstra o de arquivo anotado Bibliografia f 206 218 Anexo f 219 253 1 Modal
118. a o do MPQA Corpus No esquema os anotadores em primeiro lugar codificavam cada modal em tr s categorias mais amplas Epist mica ou Circunstancial Epistemic ou Circumstantial Habilidade ou Circunstancial Ability ou Circumstantial e Prioridade Priority Em seguida sete tipos modais mais refinados foram individualizados Epist mica Epistemic Circunstancial Circumstantial Habilidade Ability De ntica Deontic Boul tica Bouletic Teleol gica Teleological e Bul tica Teleol gica Bouletic Teleological Cui e Chi 2013 descrevem em seu trabalho a tentativa de refinar a anota o de alguns aspectos dos modais para o Penn Chinese Treebank e apontam seus primeiros resultados para a primeira fase de anota o Para a tarefa de anota o realizada por dois anotadores tamb m foi utilizado o software MMAX2 MULLER STRUBE 2006 com um esquema de dez tra os e uma lista de inicial com onze ndices modais que medida que o projeto avan a pode crescer Como contribui o os autores argumentam que o projeto demonstrou que poss vel usar um esquema e um conjunto de instru es para a anota o translingu stica CUI CHI 2013 p 8 2 No original it is possible to use one scheme and set of guidelines for cross linguistic annotation CUI e CHI 2013 p 8 5 2 Panorama geral ou quem identifica e ou anota o qu
119. a seja na escolha do vocabul rio na perspectiva adotada para conceptualizar a situa o etc Pelo vi s cognitivista do fen meno tamb m considerada a dimens o subjetiva da modalidade Mortelmans 2007 p 869 870 concorda que a no o de modalidade est longe de ser definida de forma mais ou menos unificada e destaca que os trabalhos na moldura cognitiva focam em sua maioria os verbos modais mas h publica es que contemplam outras express es de modalidade como os adv rbios adjetivos modais e predicados mentais NUYTS 1994 2001 2002 os verbos semi auxiliares CORNILLIE 2007 e os marcadores evidenciais MATLOCK 1989 LEE 1993 A ideia de for a como pontua Mortelmans tem papel fundamental na forma como a modalidade conceptualizada pelos cognitivistas A Hip tese da Din mica de For as de Talmy 1988 2000 se caracteriza como um esquema imag tico b sico de causa como imposi o de for a e suspens o de barreiras Expressa como as entidades interagem no que diz respeito for a Inclu do aqui est a imposi o da for a resist ncia a tal for a barreira express o de tal for a a supera o de tal resist ncia a suspens o de tal barreira e coisas do g nero TALMY 1988 p 49 2 Este modelo uma generaliza o da no o de causa o em que processos s o conceptualizados como resultado de uma intera o de for as e rela es causais agindo de diversas maneiras sobre os participante
120. a taxinomia austiniana e prop e cinco categorias b sicas para como usamos a linguagem SEARLE 1979 2002 p 19 31 a assertivos dizer s pessoas como as coisas s o b diretivos levar as pessoas a fazer coisas c compromissivos nos comprometer a fazer coisas d expressivos expressar nossos sentimentos e e declara es provocar mudan as no mundo atrav s das emiss es lingu sticas Na mesma linha Cresti 2001 reconhece a divis o em tr s n veis do ato lingu stico e afirma que a ilocu o coocorre com o ato locut rio e produz um efeito de car ter afetivo pulsional Principalmente a partir de crit rios pros dicos ela prop e cinco classes de atos ilocucion rios a Asser o uma disposi o atitude ou estado de esp rito de autoconfian a por parte do falante com base nas pr prias realiza es de pensamento que permite a manifesta o de julgamentos descobertas avalia es representa es como novos objetos no mundo b Dire o uma disposi o atitude ou estado de esp rito de levar em considera o as habilidades possibilidades disponibilidade do ouvinte enquanto se espera transformar o mundo atrav s de a es informa es movimentos ou que o ouvinte transforme a si mesmo com rela o a seu horizonte de aten o seu conhecimento sua habilidade seu ponto de vista 96 to say something is to do something AUSTIN 1962 p 12 64 c Express o um
121. a amostra h uma s rie de valores modais combinados epi epi epi deo epi dyn epi epi epi epi deo epi epi epi dyn deo deo deo epi dyn epi etc sendo que o valor global predominante nestes enunciados o epist mico Vejamos alguns exemplos 4 1 SIL 92 lt sinceramente gt que eu n sei COM bfamdl04 4 2 HEL 97 o que que pode que que n pode COM S bfamcv04 4 3 JOR 79 eles queriam me dar um dinheiro por fora mas SCA a gente tamb m tem que ter o nossos momento de descanso COM bfammn06 4 4 EVN 169 v o v o CNT eu acho que tem que ser esses COM bfamcv01 83 Apresento a composicionalidade dos 1 088 marcadores de modalidade exclu das as constru es condicionais que como j mencionado est o organizadas de maneira particular 103 ee 99 Em 4 1 temos dois ndices modais epist micos sinceramente e sei com subvalores de cren a e conhecimento e o valor global do enunciado epist mico A ocorr ncia em 4 2 traz um enunciado com valor global de ntico h uma combina o de dois itens modais de nticos com significado de permiss o e impedimento O exemplo 4 3 combina um ndice din mico queriam e um de ntico tem que dada a hierarquia o valor global din mico Por ltimo em 4 4 a unidade informacional de Coment rio cont m dois marcadores modais um epist mico de cren a acho e uma obriga o d
122. a curva pros dica entre outros A an lise dos arquivos de som se mostra fundamental para reconhecer classificar e analisar os ndices de modalidade quando sugerem mais de um sentido Para o tratamento nesta tese foram selecionados apenas os enunciados com um ndice modal expl cito e ao final destacamos 1 197 ndices modais distribu dos em 1 046 enunciados exclu dos os enunciados interrompidos Ap s a sele o os dados foram organizados em uma tabela com todas as ocorr ncias por arquivo de texto Os enunciados foram codificados da seguinte forma a Metadados informa es sobre cada arquivo o nome de cada um a tipologia interativa mon logos di logos e conversa es e os participantes Estes dados foram colhidos nos cabe alhos de cada arquivo que fornecem os dados estat sticos sobre as categorias de sexo idade n vel escolar ocupa o e papel comunicativo exercido pelos falantes assim como informa es relativas s atividades exercidas durante a grava o os assuntos e os locais de grava o Esse cabe alho traz tamb m coment rios que podem conter observa es julgadas importantes sobre a natureza situacional para a compreens o do texto como um todo ou de parte s dele e observa es lingu sticas n o acolhidas nos crit rios de transcri o mas consideradas relevantes em cada caso espec fico 94 A estes metadados fornecidos pelo corpus foram acrescentados a tipologia 7 A E E pp textual
123. a da modalidade epist mica 78 No original It can be hard to determine precisely which uses of modals are supposed to count as alethic but if you put in the word true as in It is necessarily true that the alethic reading tends to stand out The motivation for the narrow conception may be an assumption that alethic modality is the most basic type of modality in terms of which the other varieties may be defined rather than just one type among many PORTNER 2009 p 10 93 Para os casos de ambiguidade dos verbos modais como poder e dever que permitem leituras tanto epist micas quanto de nticas e para o poder tamb m din micas o desempate foi feito pela an lise do contexto e ainda pela utiliza o do software WinPitch MARTIN 2004 na oitiva uma vez que a an lise perceptual e ac stica do sinal sonoro permitem a desambigua o do valor sem ntico de uma mesma forma lexical O WinPitch Corpus uma ferramenta fundamental para a an lise de textos falados porque permite o alinhamento preciso das informa es lingu sticas contidas num texto com seu correspondente sinal ac stico Assim permite a identifica o n o s de s labas como de enunciados inteiros inclusive dos segmentos de unidades informacionais Al m do alinhamento transcri o fala o software possui outros recursos para a an lise ac stica como espectrograma identifica o da frequ ncia fundamental possibilidade de s ntese d
124. a defini o muito ampla apesar de indiscutivelmente nos inspirar a considerar a dimens o do enunciado e seguirei na tentativa de estreit la e responder pergunta que tipo de modifica o do dictum deve ser considerada sob o escopo da modalidade ou em outras palavras como definir o que compreende o modus Como definir a de que modifica o se trata b o que est inclu do no escopo da modalidade c quais os dom nios sem nticos envolvidos d como estabelecer fronteiras entre as diferentes categorias A partir de agora portanto argumentarei no sentido de diferenciar as categorias que podem modificar o que dito e em particular apontar as nuances entre nega o modo ilocu o e atitude A pergunta que emerge ao me defrontar com dados orais em situa es reais de uso da l ngua por que seria insuficiente esse conceito de modalidade fundado na l gica aristot lica Dito de outra forma a defini o de modalidade e o seu campo de aplica o at agora utilizados pela sem ntica como heran a da l gica formal para a an lise de senten as isoladas servem completamente ao estudo desse fen meno na fala e na din mica de uma intera o 2 5 1 Modalidade e nega o A categoria da nega o vem sendo estudada em uma perspectiva filos fica desde Arist teles A pergunta que se persegue responder em termos de valor de verdade como o valor de verdade de uma senten a muda se for adicionado u
125. a disposi o atitude ou estado de esp rito de manifesta o est tica de estados mentais sentimentos emo es cren as esperando que o ouvinte se torne consciente disso e compartilhe disso d Rito um comportamento externo de execu o de tarefas ling sticas que t m valor e efeito legal e social e que pode ser realizado com o m nimo de participa o afetiva apenas suficiente para a ativa o fisiol gica da fala e Recusa uma disposi o atitude ou estado de esp rito de liberdade e separa o por parte do falante com rela o ao seu interlocutor que permite um confronto completo com esse ltimo Cresti assume que a ilocu o n o se op e modalidade mas que as duas pertencem a dois n veis diferentes Tucci 2011 em an lise de corpus de fala espont nea do italiano afirma que h duas raz es principais para se separar as duas no es a primeira de car ter formal consiste em assumir que por defini o cada enunciado corresponde a uma e somente uma for a ilocucion ria enquanto que mais de um valor modal pode coexistir num enunciado a segunda de um ponto de vista mais qualitativo consiste em atestar que n o h uma correspond ncia entre o valor modal e a for a ilocucion ria apesar de os ndices modais contribu rem para a interpreta o ilocucion ria de um enunciado Outros autores igualmente assumem que a modalidade se circunscreve perfeitamente no n vel da sem ntica e n o da pra
126. a for a que impede o movimento do causado a capa que resulta na sua destrui o Dentre os trabalhos nessa linha sobressai se o de Sweetser 1990 que argumenta que h uma tend ncia a usar um vocabul rio de um dom nio externo sociof sico para um dom nio interno emocional e psicol gico Diacronicamente o sistema metaf rico guia numerosas mudan as sem nticas Sincronicamente representado por v rias palavras poliss micas e extens es abstratas de sentido do vocabul rio do mundo f sico A modalidade assim uma categoria que est em ambiguidade sincr nica entre mundo externo e mundo interno quer dizer h uma ambiguidade de express es modais entre sentidos raiz ou de nticos e sentidos epist micos Os significados que denotam obriga o permiss o ou habilidade a autora denomina os raiz Como exemplo temos 2 15 John must be home by ten Mother won t let him stay out any later John tem que estar em casa s dez a M e n o deixar que ele fique fora at mais tarde Epist micos s o os significados que denotam necessidade probabilidade ou possibilidade Como atestado abaixo 2 16 John must be home already I see his coat John j deve estar em casa estou vendo seu casaco A proposta portanto de que significados raiz s o extens veis ao dom nio epist mico justamente porque usamos geralmente a linguagem do mundo externo para aplicar ao mundo mental interno o qu
127. a induzir o interlocutor a realizar infer ncias e criar um discurso coerente Neste cap tulo apresentei o estado da arte dos estudos de modalidade as tipologias tradicionais e as vis es alternativas Ainda defini os valores modais que ser o utilizados na pesquisa e a partir de uma perspectiva subjetiva tentei uma formula o para o conceito de modalidade que desse conta de explicar a que tipo de modifica o me refiro quando utilizo os termos modalidade modal e modalizador e a que dom nios sem nticos ela estaria ligada A partir de agora desde um ponto de vista emp rico introduzo os procedimentos metodol gicos e os resultados da descri o do fen meno da modalidade em um corpus de fala espont nea do portugu s brasileiro PARTE II PROCEDIMENTOS METODOL GICOS E AN LISE DOS DADOS 74 15 Cap tulo 3 PROCEDIMENTOS METODOL GICOS No cap tulo anterior me ocupei em apresentar alguns estudos sobre a categoria de modalidade destacados de uma vasta literatura sobre o tema sejam eles vinculados a uma abordagem mais objetiva ou subjetiva e tamb m descrevi os tipos de significados modais da tradi o lingu stica e de abordagens alternativas e aqueles que utilizo na pesquisa Ainda apontei a rela o da modalidade com outras categorias a ela associadas como a nega o o modo a ilocu o e a atitude Por fim apresentei minha pr pria proposta de defini o que se conforma com o estudo da modalida
128. a ou prov vel 2 28a John may have arrived John pode ter chegado 2 28b John must have arrived John deve ter chegado 2 28a ilustra uma possibilidade baseada em julgamentos anteriores o falante trata a chegada de John como incerta Em 2 28b o falante se refere chegada de John como prov vel Dado um conjunto de evid ncias anteriores o falante levado a crer que necessariamente John chegou 44 Assim os autores a partir dos passos de gramaticaliza o de Bybee et al 1994 desenvolveram um mapa sem ntico da representa o da modalidade Como mostra a Figura 2 2 abaixo PES postmodal premodal meanings coming meanings going from possibility topossibility H f f 4 J N fo 0 t8e premodal EEE p i i ing nao f ostmodal ERU vie piu me tid coming towhatis vague between from either possibility and possibility or it necessity l 1 necessity one is future Dae ETT a ecessit 3 dd PE T I S participant external Re d premodal meanings going tonecessity 3 gue n ostmodal j one is future participant internal po j j meanings coming I g necessity 7 from necessity Figura 2 2 Mapa sem ntico da modalidade Fonte van der Auwera e Plungian 1998 p 111 Neste mapa est o representados tr s dom nios da esquerda para a direita pr modal modal e p s modal Os d
129. a perfil entoacional nivelado e dura o muito curta Sua posi o no enunciado livre 3 16 eu contei o caso lt pra ele COM n gt PHA bfammn01 gt 3 2 2 4 Alocutivo ALL O Alocutivo ALL opera no controle da comunica o especifica a quem a mensagem dirigida e mant m a aten o do interlocutor desempenhando tamb m uma fun o de coes o social Tem dura o curta baixa intensidade e movimento descendente Pode ocorrer em qualquer posi o dentro do enunciado 3 17 lt n tem perigo n o COM s gt ZALLz bpubcv02 99 85 3 2 2 5 Expressivo EXP O Expressivo EXP suporte emocional do ato ilocut rio cumprido pelo Coment rio assinala o compartilhamento de uma identidade de grupo com o interlocutor Apresenta Fo modulada ascendente com aumento da velocidade em rela o m dia do enunciado Pode ocorrer em qualquer posi o em rela o ao coment rio 3 18 um 2 EMP um pacote l com a Oi COM uai EXP bpubcv01 8 3 2 2 6 Conector Discursivo DCT O Conector Discursivo DCT tem como fun o marcar a continuidade do discurso indicando ao interlocutor que o processo de constru o textual vai prosseguir Ocorre sempre em in cio de enunciado ou de um subpadr o de estrofe uma unidade com dura o longa perfil nivelado ou modulado baixa velocidade e intensidade alta O DCT funciona de modo oposto ao Incipit rio Enquanto o lt
130. a relevante na medida em que a an lise pode colaborar na reavalia o de procedimentos te rico metodol gicos nesse campo e contribuir para uma melhor compreens o da rela o da cogni o humana e o comportamento social Para al m da pr pria import ncia do esfor o descritivo da modalidade na fala a tarefa de se propor um esquema de anota o sem ntica da modalidade para seu reconhecimento autom tico se constitui como campo ainda inexplorado no portugu s brasileiro tanto para dados escritos quanto dados orais Um projeto de anota o para o PB inspirado em outros desenvolvidos para a l ngua inglesa e o portugu s europeu PE pretende portanto contribuir 20 para um n mero de aplica es para o Processamento de Linguagem Natural PLN e tamb m para o pr prio estudo lingu stico da modalidade 1 2 Quadro hipot tico 1 2 1 Hip teses a H uma rela o entre a tipologia da modalidade os perfis lingu sticos e a estrutura informacional dos enunciados do Portugu s Brasileiro b As constru es que carregam ndices de modalidade cumprem diferentes fun es a depender do contexto de uso c O uso de ndices de modalidade depende da tipologia do texto do g nero discursivo do prop sito comunicativo e al m disso da rela o entre os participantes da intera o 1 2 2 Objetivos Como objetivos pretendemos Objetivo geral e reavaliar a partir de um estudo de um corpus de fala espont
131. a semana e desmanchar tudo o que foi feito durante a semana n ROG 248 pode n o 249 mas tem gente que desmancha s Paulo bpubdl01 2 72 185 c n o pode aprontar 1 apontar pra mesa bfamcv04 Os verbos dever e poder modificados pelo operador de nega o nos casos acima expressam interdi o impedimento restri o e proibi o respectivamente portanto est o inscritos no significado de ntico da modalidade Quero destacar o exemplo 2 70 em que temos dois ndices modais na mesma unidade informacional um verbo epist mico achar e o verbo modal dever de ntico Neste caso vai atuar o princ pio da composicionalidade o valor epist mico ordena o valor de ntico Em outras palavras o falante a partir de seu conhecimento de mundo e de suas cren as emite sua opini o que envolve uma avalia o relacionada interdi o Apresento mais dois exemplos do subcorpus em estudo para discutir o escopo da nega o 2 73 CES 391 acho que n tem ningu m a n o bfamdl03 2 74 LUI 232 eu n acho que a gente 6 eu n acho que a gente deve chamar s veteranos ndo bfamcv01 Na ocorr ncia em 2 73 o verbo de atitude proposicional achar n o est sob o escopo da nega o A avalia o aqui apresentada de que o falante considera que o material 61 locut rio da encaixada n o ocorre J em 2 74 o verbo posto no escopo da nega
132. ables por meio de rela es MULLER STRUBE 2006 p 202 Abaixo apresento os atributos e as rela es definidos no esquema de anota o de modalidade para a fala espont nea em sua vers o XML No primeiro n vel est definido o atributo Type e os seus respectivos valores none target target dependent trigger source of the event source of the modality que apareceram como nominal buttons bot es nominais A cada valor corresponde um conjunto de propriedades e estas depend ncias s o expressas pelo atributo next Isso significa que ao ser selecionado um determinado valor o seu conjunto de propriedades estar dispon vel Para o target temos as propriedades polaridade e unidade informacional para o trigger as propriedades valor modal polaridade ndice de polaridade e unidade informacional lt xml version 1 0 encoding ISO 8859 1 gt lt annotationscheme gt lt attribute id level type name Type type nominal_button text Choose type of expression gt lt value id value type none name none gt lt value id value type target name target1 next level polarity targetl level info unit targetl gt lt value id value type target dependent name target dep next level polarity target dependent level info unit target dependent gt lt value id value type trigger name trigger next level modal value level polarity level polarity cue level info u
133. ade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG MONEGLIA M Spoken corpora and pragmatics Revista Brasileira de Linguistica Aplicada online 2011 vol 11 n 2 p 479 519 MONEGLIA M e CRESTI E L intonazione e i criteri di trascrizione del parlato adulto e infantile In BORTOLINI U PIZZUTO E Il Progetto CHILDES Italia Pisa Del Cerro 1997 p 57 90 MORAES J A RILLIARD A MOTA B SHOCHI T Multimodal perception and production of attitudinal meaning in Brazilian Portuguese In Proceedings Speech Prosody 2010 Chicago 2010 MORANTE R DAELEMANS W Learning the scope of hedge cues in biomedical texts In Proceedings of the Workshop on Current Trends in Biomedical Natural Language Processing Boulder Colorado USA 2009 p 28 36 MORANTE R DAELEMANS W Annotating modality and negation for a machine reading evaluation In P Forner J Karlgren amp C Womser Hacker eds CLEF 2012 Conference and Labs of the Evaluation Forum Question Answering For Machine Reading Evaluation QA4MRE Rome Italy 2012 MORANTE R SPORLEDER C Modality and Negation An Introduction to the Special Issue Computational Linguistics 38 2 2012 MORTELMANS T Modality in Cognitive Linguistics In GEERAETS D CUYCKENS H The Oxford Handbook of Cognitive Linguistics New York Oxford University Press 2007 p 869 889 MOWERY D L VELUPILLAI S CHAPMAN W W Medical diagnosis lost in t
134. ais estas for as modais que incidem sobre a base s o definidas pelo item lexical e ii ordenamento de mundos as express es modais s o quantifica es sobre mundos poss veis no entanto estes mundos poss veis s o tomados como um conjunto ordenado ou parcialmente ordenado de mundos Este conjunto criado atrav s da intera o de dois backgrounds conversacionais A base modal formalmente uma fun o de mundos poss veis para um conjunto de proposi es que servem para diferenciar as leituras dos significados modais A cada situa o de uso a base modal o conjunto dos mundos compat veis com o conhecimento a cren a os Tradu o para possible worlds represent all the possible ways things could be without committing to whether or not these possibilities actually exist alongside the one world we live in RUBINSTEIN 2012 p 191 No original the linguistic phenomenon whereby grammar allows one to say things about or on the basis of situations which need not be real PORTNER 2009 p 1 P influential incarnation von FINTEL 2006 p 3 29 desejos do falante as regras aplic veis e podem variar de mundo para mundo de acordo com a sua avalia o Para o segundo par metro o subconjunto relevante de mundos poss veis para qualquer modal identificado primeiro pela descoberta de todos os mundos nos quais todas as proposi es na base modal s o verdadeiras e em
135. al metaforicamente estruturado como paralelo aquele mundo externo Sweetser argumenta que os verbos modais n o t m sentidos separados n o Z Sweetser prefere usar o termo raiz N o s porque um termo mais amplo mas tamb m porque como veremos a seguir ela argumenta que a modalidade epist mica est enraizada na modalidade sociof sica Segundo ela o termo de ntico pode ser tomado algumas vezes meramente como uma obriga o social ou moral 38 relacionados mas sim mostram uma extens o do sentido raiz para o dom nio epist mico uma extens o fortemente motivada pelo sistema lingu stico circundante A autora considera que um dos obst culos para a evolu o de uma compreens o unificada de modalidade que j sabemos ser um conceito controverso decorre do fato de que an lises sem nticas da modalidade raiz n o foram sistematicamente relacionadas necessidade e probabilidade l gicas O objetivo de Sweetser demonstrar que uma an lise em termos de din mica de for as para os modais raiz poss vel e extens vel ao dom nio epist mico A an lise da linguista avan a em rela o ao modelo de Talmy 1981 1988 no sentindo de considerar que a modalidade se refere a for as e barreiras intencionais e diretas Tomando como exemplo o modal may temos que no dom nio sociof sico o verbo representa em termos de din mica de for as uma aus ncia de barreira potencial e encontra no dom nio
136. al de que faziam parte e a frequ ncia dos tipos de modalidade em rela o aos ndices e a cada unidade informacional Em seguida foi feita a an lise qualitativa e quantitativa para cada um dos ndices modais encontrados em termos de ambientes sint ticos rela o entre estrutura sint tica e estrutura informacional distribui o nos contextos e tipologias interacionais tipologia textual 100 narrativo relato expositivo argumentativo descritivo Al m disso foram analisadas as vari veis tipo de modalidade e seus subvalores padr o de estrutura informacional qual unidade informacional cont m o marcador modal e a composicionalidade enunciado simples dois ndices na mesma unidade informacional dois ou mais ndices em unidades informacionais diferentes mas no mesmo enunciado Neste cap tulo tratei dos procedimentos metodol gicos que guiaram esta pesquisa Na primeira se o expus os pressupostos da Teoria da L ngua em Ato teoria esta corpus driven e corpus based que define o enunciado como sua unidade m nima de refer ncia pragmaticamente analis vel Elenquei e defini as unidades informacionais textuais e dial gicas e os padr es complexos de organiza o informacional a saber as Unidades de escans o Coment rios M ltiplos Estrofes e Coment rios Ligados Em seguida na segunda se o apresentei a arquitetura do CCORAL BRASIL corpus de fala espont nea do portugu s brasileiro especificament
137. al value dynamic ability namez dynamic ability gt attribute No terceiro quarto quinto e sexto n veis est o definidos os atributos polaridade do trigger polaridade do target polaridade do target dependent com os valores positivo e negativo em bot es nominais e o ndice de polaridade o qual um atributo freetext lt attribute id level_polarity name polarity type nominal button text Choose the polarity of the trigger gt lt value id value_polarity_pos name pos gt lt value id value_polarity_neg name neg gt lt attribute gt lt attribute id level polarity targetl name polarity_targetl type nominal button text Choose the polarity of the targetl gt lt value id value polarity pos name pos gt lt value id value polarity neg name neg gt lt attribute gt 1 lt attribute id level polarity target dependent name polarity target dep type nominal button text Choose the polarity of the target1 gt value id value polarity pos name pos gt value id value polarity neg name neg gt attribute lt attribute id level polarity cue type freetext namez polarity cue value idz value polarity cue name polarity cue attribute 167 Os s timo oitavo e nono n veis definem os atributos para a unidade informacional do trigger a unidade informacional do targetl e a uni
138. al value epistemic belief v polarity pos neg polarity cue IU Ocom top par int O cmm cob modal class set 5 comment y Suppress check Warn on extra attributes appty undo changes Auto apply is ON Figura 5 5 Modal class n mero do set modal No caso de haver uma mesma sequ ncia de texto com dois ou mais pap is diferentes isto uma sequ ncia de texto correspondente a dois ou mais markables basta proceder da forma indicada acima Para selecionar os links apropriados clique em cada uma das por es de texto dispon veis para criar o set modal b Regras b sicas de anota o b 1 Criar como explicitado acima para um novo markable ser criado Figura 5 2 necess rio selecionar uma por o de texto arrastando o mouse com o bot o esquerdo e clicando com o bot o direito na sele o Outros elementos n o devem estar selecionados do contr rio este material ser adicionado ao markable em amarelo b 2 Remover um link pode ser removido Figura 5 6 primeiro selecionando o componente com o bot o esquerdo do mouse depois com o bot o direito sobre a sele o escolher Unmark as link 161 MMAX2 1 13 003 H WmodalityWoftware lucianalMMAX Modality datalbfamcv01 clean txt tok mmax modified E JE File Settings Display Tools Plugins Info Show ML Panel LEO eles s o piores do que o Durepox
139. alue epistemic_belief polarity pos IU COM target es n deviam mais participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention GIL source of the modality GIL 61 LUI 7 com certeza es n v o participar COM uai PHA trigger com certeza modal value epistemic belief polarity pos IU COM target es n v o participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention LUI source of the modality LUI 62 JAE 84 mas l gico que ea vai p r oc s COM uai PHA bfamcv02 trigger l gico modal value epistemic belief polarity pos IU COM target ea vai p r oc s polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention JAE source of the modality JAE B Quando o target tem polaridade negativa incluir a part cula de nega o no target 63 CAR 200 acho que n deu muito certo pra ele n o COM Toninho ALL bfamcv03 trigger acho modal value epistemic_belief polarity pos IU COM target n deu muito certo pra ele polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention CAR source of the modality CAR B 1 No caso de dupla nega o n o incluir a segunda part cula de nega o no target 64 LUZ 210 Nossa EXP esse neg cio de terra n d n o COM bfamdl03 trigger da modal value epistemic_possibility polarity neg IU COM target esse neg cio de terra polarity tgt pos IU tgt COM
140. amp he dentro da casa n sei n a imagina o hhh dum 1 dum animal o que que pode ser n bfammn01 ff HEL lt tipo c s ficam falando tamb m gt LUC lt isso pode ser potencialmente gt divertido BRU lt n o gt LUC mas enfim yyyyhhh gt BRU n acho gt bfamcv04 N o do escopo deste trabalho investigar a gramaticaliza o dos itens modais Parece me no entanto que o caminho de adverbial de tempo para um adverbial modal uma hip tese consistente Como exemplo similar temos o caso da locu o de repente De repente ele chegou uso temporal De repente a gente toma um copo assim que c acabar a tese uso modal indicando possibilidade 134 4 30 Sinceramente gg TER lt oh adorei gt RUT o eu n achei ruim n o Jael sinceramente JAE n gostei gt de jeito nenhum bfamcv02 4 31 Logicamente hh JOR e l eu fiquei um per odo desenvolvendo o mesmo tipo de trabalho q P logicamente com um sal rio melhor hhh e por amizade eu fui cair em uma multinacional que eu dei uma virada no produto bfammn06 4 32 Exatamente e justamente ii CEL fazer uma jogada melhor CAR que a c rola o seis fica atr s do quatro CEL isso exatamente bfamcv03 jj ANE que n mero gt que CES setecentos e quatro ANE aqui
141. amp po EMP bfammn02 a 7 epistemic verification O conceptualizador expressa incerteza em rela o a um estado de coisas evento ou atividade em foco 5 10 ANE 390 olha a se n tem ningu m COM C sar ALL bfamdl05 b De nticos o valor de ntico normalmente est associado s conven es morais e sociais e portanto normalmente usado para indicar obriga o permiss o ou proibi o Os exemplos 5 11 e 5 12 ilustram respectivamente uma obriga o e uma permiss o 5 11 RUT 257 c tem que ir chique COM bfamcv02 5 12 BAL 127 c pode deixar o cabo bater no ch o COM S bfamdl02 171 A Na ocorr ncia em 5 11 o falante imp e a obriga o ao sujeito c de ir chique a um determinado evento J em 5 12 excerto de um di logo em que um participante d instru es para uma outra pessoa de como utilizar um equipamento o falante BAL que garante a permiss o para que o sujeito da senten a c esteja autorizado a realizar uma determinada a o no caso deixar o cabo bater no ch o Como subvalores os de nticos abrangem obriga o permiss o proibi o e necessidade Apesar de a literatura sobre os de nticos normalmente classificarem tais modais como uma necessidade que gera uma obriga o imposta pelo falante ou por uma autoridade mas tamb m uma mera obriga o a ser cumprida por um conceptualizador ou uma permiss
142. ar ter subjetivo da modalidade De acordo com ele a modalidade epist mica subjetiva expressa diferentes graus de comprometimento com a factualidade KIEFER 2009 p 183 e completa dizendo que dessa forma se relaciona com a categoria de evidencialidade Bybee et al 1994 p 179 prop em que a modalidade epist mica marca a extens o 9934 at a qual o falante est comprometido com a verdade da proposig o ou como define Palmer 1986 p 51 o grau de comprometimento do falante com a verdade do que ele di No mesmo sentido van der Auwera e Plungian 1998 argumentam que uma proposi o avaliada como certa ou prov vel em rela o a um conjunto de julgamentos Coates 1983 p 41 por sua vez sustenta que a modalidade epist mica sempre indica a confian a ou falta de confian a do falante na verdade da proposi o expressa e dessa forma varia entre o limite da confian a e da d vida Nuyts 2001 nos oferece a seguinte defini o A modalidade epist mica uma avalia o das chances que um certo estado de coisas hipot tico tomado em considera o ou algum aspecto dele vai ocorrer est ocorrendo ou ocorreu em um mundo poss vel o qual funciona como o universo de interpreta o para a avalia o do processo e o qual no caso default o mundo real ou antes a interpreta o do avaliador desse mundo Eek NUYTS 2001 p 21 A avalia o nesse caso iria da absoluta certeza
143. arity tgt neg IU tgt COM source of the event mention LEO source of the modality LEO Apesar de em termos da anota o em seu conjunto esta ser uma informa o redundante a decis o se justifica para fins de recupera o das informa es referenciais mais facilmente Destaco que esta n o uma tentativa para a anota o de an foras ou correfer ncias para o qual um projeto espec fico deve ser empreendido G Casos dif ceis G 1 No caso de usos formulaicos em que a express o do target envolve aspectos n o verbais como gestos express es faciais etc que poderiam ser recuperados apenas se dispon veis arquivos de imagem o target inespec fico e portanto n o anotado 71 CEL 138 lt ent o t CMM amarelo gt CMM HEL 139 COM 140 t COM BRU 141 amarelo COM LUC 142 beleza xxx UNC BRU 143 t COM LUC 144 posso COM BRU 145 lt e gt EMP LUC 146 e tem um dadinho diferente ali COM bfamcv01 trigger posso modal value deontic permission polarity pos IU COM target inespecifico polarity tgt IU tgt source of the event mention LUC source of the modality inespec fica Nesta ocorr ncia em 71 os participantes da intera o est o discutindo esclarecendo e conversando sobre as regras de um jogo Ap s as explica es iniciais um dos participantes LUC pede a permiss o a uma
144. arquitetura dos corpora do C ORAL ROM poss vel propor um estudo comparativo entre a express o da modalidade no portugu s brasileiro e nas outras quatro l nguas rom nicas que comp em o C ORAL ROM Mais imediatamente faz sentido a compara o com o trabalho de Ida Tucci 2007 que descreveu a modalidade para a fala espont nea do italiano em uma an lise corpus based Uma segunda tarefa premente a aplica o dos experimentos para a computa o do acordo entre anotadores o que vai indicar a viabilidade do esquema proposto A porcentagem 205 de itens anotados alcan ada na amostra leva nos a crer na possibilidade tamb m de se buscar algoritmos para o treinamento de m quinas para alguns dos ndices mais representativos como os verbos modalizadores Outras pesquisas sobre a modalidade e a sua rela o com outras categorias como modo tempo e aspecto podem ser exploradas Assim como pode ser considerada a possibilidade de inclus o de constru es avaliativas do tipo osso e ser estudada a rela o entre a modalidade e as ilocu es No que concerne aos trabalhos em anota o sem ntica como mencionado terreno a ser semeado e cultivado Trabalhos que envolvam a modalidade e outras categorias como o foco e trabalhos comparativos por exemplo entre as diamesias oral e escrita e entre os diferentes projetos propostos para outras l nguas Entendo que o trabalho realizado contribui para uma melhor compreens
145. articipam de uma narrativa em um dado documento que podem ser ordenados temporalmente No n vel sint tico os seguintes valores s o levados em conta factive para eventos implicados ou pressupostos counterfative para um evento que pressup e a n o veracidade de seu argumento evidential introduzido por eventos reportados ou perceptuais negative evidential introduzido por eventos reportados ou perceptuais que expressam polaridade negativa modal para eventos que introduzem uma refer ncia a mundo poss vel e conditional para constru es condicionais Tendo em vista a tarefa de reconhecer implicaturas textuais Saur e Pustejovski 2009 apresentam uma ferramenta que fornece eventos com os seus valores de factualidade Os autores identificam os valores de factualidade baseados na an lise de Horn 1989 para a modalidade epist mica em que o valor factual apresentado pelo par lt mod pol gt contendo um valor modal certo prov vel poss vel e desconhecido e um valor de polaridade positivo ou negativo H ainda a possibilidade do participante estar completamente descomprometida com a factualidade de um determinado evento lt UN UN gt No entanto os autores destacam que o valor assinalado para os eventos est o diretamente relacionados com os participantes fontes da modalidade em jogo quer dizer h um ato de comprometimento em rela o factualidade de um evento desempenhado por um determinado participante O co
146. as para solucion los 2 NO ES IMPORTANTES 2 1 MODALIDADE A defini o da modalidade est longe de ser consensual Neste projeto defino este fen meno como o julgamento ou a avalia o de um sujeito conceptualizador que relativiza o que est sendo enunciado em termos de grau de certeza e das no es de possibilidade probabilidade necessidade obriga o e permiss o Ela est ancorada em uma situa o comunicativa e vai cumprir diferentes fun es pragm tico discursivas no curso da intera o AVILA amp MELLO 2013 AVILA 2014 2 2 VALORES MODAIS a Epist micos o significado epist mico est relacionado com o grau de certeza de um conceptualizador sobre o material locut rio enunciado e tamb m se refere s no es de possibilidade probabilidade e necessidade Como exemplificado em 1 2 3 e 4 1 LAU 195 tamb m n tem certeza de nada COM bfamdlO3 2 BAL 107 lt s que aquela coisa INT eu n amp po gt 3 EMP eu n posso esperar crescer dentro disso COM 8 bfamdl02 3 GIL 36 n es deve meter o pau bfamcv01 4 REN 230 o dobro COM 231 pois CMM mas teria que ser uns dez reais CMM n PHA bfamdl0 a 1 epistemic knowledge o conceptualizador o falante ou uma outra entidade expressa o seu conhecimento ou compreens o sobre algo 5 ANE 152 lt a gt gente ni sabia que era essa 1 SCA essa rua
147. asileira levando se em conta as significativas diferen as em rela o realidade europeia 3 3 Coleta e organiza o dos dados 3 3 1 O minicorpus do C ORAL BRASIL I Para fins desta pesquisa utilizarei uma amostra da parte informal do corpus C ORAL BRASIL Dentre os 139 textos com m dia de 1500 palavras cada um num total de 208 130 palavras ser analisado um minicorpus composto de 20 textos de tr s tipologias interacionais divididos em privados e p blicos 7 mon logos 5 privados e 2 p blicos 7 di logos 5 privados e 2 p blicos e 6 conversa es 4 privadas e 2 p blicas Este minicorpus busca preservar a mesma estrutura da parte informal do C ORAL BRASIL e representa uma ampla varia o diastr tica e diaf sica Os seguintes crit rios de m xima qualidade foram utilizados para a escolha dos 20 textos da amostra RASO MELLO 2009 p 32 1 Representatividade de ramifica o mon logos di logos conversa es privados e p blicos 11 Maior varia o de atividade maior n mero poss vel de situa es comunicativas diferentes 90 iii Alta qualidade ac stica de acordo com a qualidade do espectrograma pouco ou nenhum ru do de fundo pouco ou nenhum retorno do sinal claridade da voz ganho bom c lculo confi vel da Fo baixa porcentagem de sobreposi o de vozes iv Diversidade de locutores representatividade equilibrada entre vozes masculinas e femininas e de fa
148. ategoria modal se se exclui o modo do dom nio da modalidade As autoras ainda distinguem a categoria de modalidade subordinada que se trata de estabelecer uma categoria formal para dar conta das modalidades em cl usulas subordinadas Uma segunda tipologia considerada alternativa dentro dos estudos da modalidade a proposta por van der Auwera e Plungian 1998 A modalidade para os autores estaria relacionada com dom nios sem nticos em que possibilidade e necessidade s o as variantes paradigm ticas van der AUWERA PLUNGIAN 1998 p 80 S o considerados quatro dom nios modalidade interna ao participante modalidade externa ao participante A modalidade interna ao participante se refere ao tipo de possibilidade ou necessidade interna a um participante engajado no estado de coisas Veja os exemplos 2 25a Boris can get by with sleeping five hours a night Boris pode passar bem dormindo cinco horas por noite 2 25b Boris needs to sleep ten hours every night for him to function properly Boris precisa dormir dez horas toda noite para funcionar adequadamente O exemplo 2 25a em termos de possibilidade mostra uma capacidade habilidade do participante Boris e o exemplo em 2 25b um caso de uma necessidade interna do participante O segundo dom nio de contraste entre possibilidade e necessidade a modalidade externa ao participante que se refere a circunst ncias externas ao participante engajado no estad
149. bee et al 1994 p 176 pode ser imposs vel chegar a uma caracteriza o sucinta do dom nio nocional da modalidade Tradu o do original it may be impossible to come up with a succinct characterization of the notional domain of modality BYBEE et al 1994 p 176 25 Segundo a tradi o aristot lica uma proposi o uma senten a declarativa que cont m uma verdade ou uma falsidade n o podendo ocorrer as duas simultaneamente Dessa forma Arist teles dedica um cap tulo do seu De Interpretatione sua teoria da modalidade e prop e uma an lise das declara es modais ou seja da rela o das proposi es que s o poss veis e aquelas que negam que seja poss vel entre aquelas que declaram que suscet vel de se produzir e aquelas que o negam e entre aquelas que tratam do imposs vel e do necess rio ARISTOTE 2007 p 309 Em dois cap tulos Arist teles trata das rela es entre as declara es que dizem respeito ao poss vel ao imposs vel ao contingente ao necess rio e suas respectivas nega es Cap tulo 12 As declara es modais e suas contradi es e na sequ ncia analisa as consequ ncias das declara es modais Cap tulo 13 A consecu o l gica entre declara es modais A possibilidade e a necessidade est o relacionadas por uma dupla nega o poss vel que p N o necess rio que n o p e necess rio que p N o poss vel que
150. caracteriza o modo como uma categoria gramatical e portanto diferente da modalidade que estaria associada ao dom nio sem ntico O que corroborado por Narrog 2005 p 167 que afirma que o termo modo se refere a formas lingu sticas espec ficas ou paradigmas de formas tipicamente na inflex o verbal cuja fun o primeira expressar modalidade Halliday 1970 distingue modalidade e modo relacionando a primeira express o de necessidade e possibilidade e o segundo for a ilocucion ria O modo estaria ligado a no es de realidade exist ncia factualidade e a modalidade a no es de possibilidade probabilidade necessidade e voli o No original Mood together with content underdetermine force On the other hand it is a plausible hypothesis that grammatical mood is one of the devices we use together with contextual clues intonation and so on to indicate the force with which we are expressing a given content GREEN 2009 No original refers to specific linguistic forms or paradigms of forms typically in verb inflection whose primary function is to express modality NARROG 2005 p 167 62 Na tradi o gramatical do portugu s do Brasil o modo verbal classificado em tr s tipos indicativo relacionado ao factual o subjuntivo relacionado ao hipot tico e contrafactual e o imperativo relacionado a comandos ordens pedidos O modo indicativo de maneira mais geral
151. casa no hor rio Introduzi aqui algumas das ideias principais acerca da abordagem formal da modalidade desenvolvida desde a d cada de 1960 e cuja contribui o de Kratzer fundamental como o fato de as express es modais serem usadas para descrever maneiras alternativas de como pode ser o mundo e incidirem sobre um argumento proposicional conhecido por prejacente S o quantificadores sobre mundos poss veis e esta quantifica o em qualquer mundo avaliativo est contextualmente localizada e determinada por rela es de acessibilidade Foram apresentados tamb m os dois par metros principais desta abordagem quais sejam a base modal epist mica de ntica bulomaica circunstancial teleol gica a ordena o de mundos e a fonte de ordena o definidos em um background conversacional e a partir da intera o entre eles 31 2 2 2 Realis x Irrealis Como dito h na literatura sobre modalidade abordagens que privilegiam em suas an lises uma divis o bin ria entre modal e n o modal e relacionam essa distin o ao contraste factual n o factual ou realis irrealis CHUNG TIMBERLAKE 1985 GIV N 1995 KIEFER 1994 MITHUN 1999 Para Mithun 1999 p 173 o realis retrata situa es como presentes ou tendo ocorrido ou atualmente ocorrendo reconhec veis por percep o direta O irrealis retrata situa es como puramente dentro dom nio do pensamento reconhec vel apenas atrav s da imagina o
152. ce forces a particular ordering among epistemic worlds of the modal base in terms of their accessibility HARA 2006 p 9 P No caso da lingua portuguesa comportam mais de um sentido os verbos poder dever e ter que que carregam tanto o valor epist mico quanto o raiz de ntico e din mico Mais adiante discuto este ponto 30 2 7 Visitors have to leave by six pm Os visitantes t m que sair por volta de seis da tarde regulamento de hospital de ntico 2 8 You have to go to bed in ten minutes Voc tem que ir pra cama em dez minutos um pai severo bulomaica ou bul tica 2 9 I have to sneeze Tenho que espirrar dado o estado atual do nariz de algu m circunstancial 2 10 To get home in time you have to take a taxi Para chegar em casa no hor rio Voc tem que pegar um t xi modalidade teleol gica Os exemplos entre 2 6 e 2 10 poderiam ser tomados como ocorr ncias do tipo de ntico No entanto guardam entre si diferen as sutis Em 2 7 o tipo bul tico ou bulomaico indica a vontade ou inten o do falante O valor circunstancial em 2 8 expressa o que poss vel ou necess rio de acordo com determinadas circunst ncias A modalidade teleol gica orientada para um alvo isto o dom nio do necess rio e do poss vel com a finalidade de alcan ar um determinado objetivo von FINTEL IATRIDOU 2005 HACQUARD 2006 no caso em 2 9 o objetivo seria chegar em
153. co o epist mico o de ntico e o existencial Os modos al ticos s o os modos da verdade e a preocupa o central para as an lises da l gica modal De acordo com von Wright 1951 p 8 a s modalidades al ticas s o ditas de dicto quando s o sobre o modo ou forma na qual uma proposi o ou n o verdadeira As modalidades s o usadas de dicto em frases como necess rio que ou imposs vel que ete Nas abordagens da sem ntica formal LYONS 1977 o valor al tico se diferencia do valor epist mico uma vez que o ltimo est relacionado aos modos de conhecimento Esta diferen a se aproxima daquela j discutida anteriormente do car ter objetivo e subjetivo da modalidade epist mica Segundo Palmer 1986 p 11 n o h qualquer distin o entre o que logicamente verdadeiro e o que o falante acredita ser verdade efetivamente e n o h qualquer distin o gramatical formal em ingl s e talvez tamb m em qualquer outra l ngua entre a modalidade al tica e a epist mica i Vejamos o exemplo 2 29 Uma refinaria representa investimento de muitos milh es Al m do mais o refino do petr leo pode ser feito em qualquer lugar do pa s CP 190r Br Intrv Com Na ocorr ncia em 2 29 coletada no Corpus do Portugu s DAVIES FERREIRA 2006 o falante afirma uma possibilidade f sica ou natural compat vel com o que est estabelecido em um determinado universo
154. co qu chua FALLER 2002 Apesar de n o ser uma categoria gramatical em ingl s ou portugu s ela pode ser expressa por ndices lexicais como adv rbios ou verbos como parecer e dizer na express o diz que Justamente por n o ser uma categoria com marca o gramatical e por alguns dos itens lexicais poderem igualmente ser ndices que expressam modalidade a fronteira entre evidencialidade e epistemicidade difusa e a rela o entre as duas no es ainda ocupa o debate entre linguistas CHAFE 1986 FITNEVA 2001 NUYTS 2001 PLUNGIAN 2001 entre outros Dendale e Tasmowski 2001 p 341 342 levantam os problemas de conceitua o e apontam tr s caminhos encontrados em estudos recentes disjun o em que 56 s o conceptualmente distinguidas inclus o em que uma est inclu da no escopo sem ntico da outra e sobreposi o em que elas parcialmente se interseccionam Palmer 2001 por exemplo organiza a modalidade epist mica e a evidencial subordinadas a uma categoria hierarquicamente superior da modalidade proposicional A mesma decis o de inclus o da evidencialidade como uma categoria modal aparece em Bybee 1985 Bybee et al 1994 e Frawley 1992 Na outra ponta a da exclus o est o os estudos de de Haan 1999 2005 Como visto anteriormente a modalidade epist mica expressa os diferentes graus de comprometimento em rela o validade do material enunciado J os evidenciais s o marcadores q
155. com a gente COM bfamcv01 h REN 518 espero que eu n o tinha 1 SCA tenha perdido COM bfamdl01 117 4 5 Parecer i 307 ele tem setenta e seis gt metros quadrado me parece COM bpubdl01 4 6 Valer j FLA 444 n o vale mais chorar por ele COM Destaco na amostra os n meros para as ocorr ncias dos principais verbos que dizem respeito s modalidades epist mica de ntica e din mica poder dever ter que querer e conseguir Principais verbos modais r a NE HUNE a ee popups NO LOS Lm 9 Figura 4 11 Ocorr ncia dos principais verbos modais tipo de modalidade Observamos que o verbo poder mais usado que o verbo dever como estrat gia de modalidade com 132 ocorr ncias comparadas a 31 ocorr ncias Necess rio salientar que o uso de ter que 93 ocorr ncias 2 em sentido epist mico e 91 em sentido de ntico no PB como veiculador de modalidade de ntica indica que o sentido de obriga o est quase totalmente vinculado a ele O verbo querer assume valor din mico de voli o e o conseguir indica habilidade capacidade din mica em 9 casos e possibilidade epist mica em 2 Na Tabela 4 9 os n meros de ocorr ncias de cada verbo e a frequ ncia relativa aos verbos modalizadores e aos valores modais totais 118 Verbos modais epi deo dyn poder can 52 78 2 dever must should
156. como gestos express es faciais etc o target inespec fico e portanto n o anotado 5 71 CEL 138 lt ent o t CMM amarelo CMM HEL 139 COM 140 t COM BRU 141 amarelo COM LUC 142 beleza xxx UNC BRU 143 t COM LUC 144 posso COM BRU 145 e EMP LUC 146 e tem um dadinho diferente ali COM bfamcv01 trigger posso modal value deontic permission polarity pos IU COM target inespec fico polarity tgt IU tgt source of the event mention LUC source of the modality inespec fica 192 Nesta ocorr ncia em 5 71 os participantes da intera o est o discutindo esclarecendo e conversando sobre as regras de um jogo Ap s as explica es iniciais um dos participantes LUC pede a permiss o a uma pessoa para realizar alguma a o N o podemos precisar a express o no escopo do trigger modal nem o conceptualizador da permiss o que poderia ser qualquer um dos envolvidos G 2 Se o trigger est em uma unidade informacional e o target afetado por ele est em uma unidade subsequente considera se o todo como uma constru o padronizada ou seja constru es realizadas atrav s de UTs unidades textuais com cada qual desenvolvendo uma fun o informacional diferente CRESTI no prelo p 18 e anota se a express o afetada contida na unidade informacional subsequente e seu valor
157. da um dos valores modais s o assim descritas Valores Subvalores Source O conceptualizador o falante ou uma outra entidade que conhecimento a expressa o grau de conhecimento ou compreens o sobre algo cienca O conceptualizador que expressa a sua cren a ou sua opini o sobre algo v O conceptualizador que apresenta o que enuncia como uma possibilidade C ONE possibilidade Epist mico E E robabilidade O conceptualizador que apresenta o que enuncia como uma p probabilidade baseado em alguma evid ncia Sepesdidade O conceptualizador que apresenta o material enunciado como uma necessidade baseado em conhecimento anterior v rniticac o O conceptualizador que expressa incerteza em rela o a um estado de coisas evento ou atividade em foco O conceptualizador que obriga algu m se v obrigado ou obriga o obriga a si mesmo a realizar uma atividade por uma determinada raz o ON O conceptualizador que permite algu m ou a si mesmo a De ntico P fazer algo ou permite que algo aconteca roibi o O conceptualizador que pro be algu m ou a si mesmo a fazer P algo ou pro be que algo aconte a t O conceptualizador que expressa suas necessidades ou a necessidade necessidade de uma outra pessoa ou grupo O conceptualizador que expressa a sua pr pria habilidade habilidade capacidade ou a habilidade capacidade de uma Din mico outra pessoa para realizar ou alcan ar algo v
158. dade target dependent em bot es nominais lt attribute id level info unit trigger type nominal button name IU gt lt value id value IU comment name COM gt lt value id value IU topic name TOP gt value id value IU parenthetical name PAR gt value id value IU locutive introducer name INT gt value idz value IU multiple comment name CMM gt value id value IU bound comment name COB gt attribute lt attribute id level info unit target1 type nominal button name IU gt value id2 value IU comment name COM gt value idz value IU topic name TOP gt value idz value IU parenthetical name PAR gt value id value IU locutive introducer name INT gt value idz value IU multiple comment name CMM gt value id value IU bound comment name COB gt lt value id value IU appendix comment name APC gt lt attribute gt lt attribute id level info unit target dependent type nominal button name IU gt lt value id value IU comment name COM gt lt value id value IU topic name TOP gt value id value IU parenthetical name PAR gt value id value IU locutive introducer name INT gt value idz value IU multiple comment name CMM gt value id value IU bound comment name COB gt value idz value IU appendix comment name APC gt lt attribute gt informacional do O d cimo n ve
159. dais epist micos seguido pelos adv rbios 11 8 Em n mero bastante menor os adjetivos 2 8 e express es modais 3 9 A source of the event mention normalmente o falante A source of modality coincide com o falante em 88 3 das ocorr ncias mas encontramos diferentes n veis de 199 conceptualiza o envolvendo a perspectiva do endere ado ou outra entidade al m da perspectiva do falante No entanto h que se observar que estas perspectivas de conceptualizadores diferentes da do enunciador s o normalmente filtradas pelos olhos do falante principalmente em rela o ao uso dos verbos de cren a confirmando o argumento de Wiebe e suas colaboradoras 2005 p 9 de que o aninhamento uma propriedade importante das sources Quanto aos targets em 79 1 de todas as ocorr ncias eles s o realizados dentro da mesma unidade informacional Em onze ocorr ncias ele n o foi marcado sendo que em uma delas inespec fico o caso em que poderia ser recuperado apenas se toda a cena estivesse registrada em imagem Por fim cinco s o os casos em que est o em constru es padronizadas tr s com unidades de INT contendo o trigger e duas em unidade de COB com os targets realizados na unidade de Coment rio Foram encontradas 108 ocorr ncias com polaridade negativa do trigger e 27 para o target disparada em sua maioria pela part cula de nega o n o ou em sua forma nt 8 a 5 4 1 Acordo entre anotador
160. dalidade e trabalhos em PLN apresentam um esquema para a anota o da modalidade estendida de eventos modais para um corpus do japon s constitu do de 50 018 eventos recolhidos em diferentes recursos como blogs documentos da web o corpus de Murakami et al 2009 e posts de sites de perguntas e respostas Um evento definido como consistindo de um predicado central e seus argumentos complementos e adjuntos em uma senten a MATSUYOSHI et al 2010 p 1458 102 Esta ferramenta de anota o foi originalmente concebida para a anota o manual de pap is sem nticos na moldura te rica da sem ntica de frames no contexto do projeto Salsa ERK et al 2003 103 No original consisting of a core predicate and its arguments complements and adjuncts in the sentence MATSUYOSHI et al 2010 p 1458 147 Para a constru o do esquema com vistas para aplica o em PLN s o colocadas quatro condi es necess rias 1 a informa o da modalidade deve estar reunida em um nico elemento especificamente o predicado central 2 o sistema deve ser independente de l ngua 3 a polaridade deve comportar duas classes a polaridade da realidade e a polaridade do ponto de vista da avalia o da fonte para capturar explicitamente a factualidade do evento 4 as etiquetas em cada componente n o podem ser muito refinadas porque segundo os autores as classifica es de modalidade restrita em Lingu stica por exemp
161. dality TIQ 51 REN 136 sab o em p n precisa n o COM n PHA trigger precisa modal value deontic necessity polarity pos IU COM source of the event mention REN source of the modality REN 2 Quando a source of the modality um pronome ele anotado 52 CES 307 ele lt tem setenta e seis gt metros quadrado me parece COM trigger parece modal value epistemic_belief polarity pos IU COM source of the event mention CES source of the modality me 3 Quando a source de uma deontic permission externa ao participante ela n o anotada 53 BRU 147 esse aqui n o CMM porque esse aqui quando for desenhar CMME 148 a DCT o 1 EMP no jogo do desenho TOP por exemplo INT um TOP c n pode tirar o 1 SCA o 1 EMP lt o gt 1 EMP o l pis do papel ZCMM o outro tem que desenhar com a m o gt esquerda CMM HEL 149 lt n o 2CMM n s n v o fazer o desenho CMM LUC 150 eu posso desenhar ao inv s de fazer m mica gt COM bfamcv04 trigger posso modal value deontic permission polarity pos IU COM source of the event mention LUC source of the modality 54 BRU 88 lt hhh a DCT passa um tiquim CMM fala de novo CMM n PHA Lael HEL 96 pois COM 97 o que que lt pode gt lt que que n pode gt COM bfamcv04 trigger pode modal value deontic_perm
162. de do falante de salvar a sua face e despertar a simpatia da audi ncia Em resumo o autor praticamente assume uma vis o pragm tica da modalidade e este estudo apresenta as fronteiras t nues entre sem ntica e pragm tica 2 3 Tipos de significados modais A tradi o l gica estabelece o estudo das modalidades al tica epist mica e de ntica relacionadas respectivamente com as no es de verdade falsidade conhecimento e conduta Seguindo a tradi o as no es de necessidade possibilidade probabilidade e obriga o s o tomadas em considera o para defini o dos significados modais No entanto assim como n o h qualquer unanimidade na defini o da no o da modalidade tamb m n o h entre os pesquisadores um consenso de quais categorias poderiam estar englobadas sob o r tulo de modal Na literatura lingu stica tradicional sobre a modalidade destacam se tr s valores sem nticos o epist mico o de ntico e o din mico 40 mas muitos estudos organizam de formas distintas as dimens es relacionadas categoria a depender da perspectiva adotada para sua defini o Entre as diferentes abordagens mant m se a oposi o entre os significados epist micos e n o epist micos havendo uma maior diferencia o no que diz respeito aos ltimos Nas subse es abaixo apresento primeiramente as vis es n o tradicionais da tipologia dos ndices modais e em seguida a classifica o tradicional
163. de na fala que se diferencia em larga medida do estudo da categoria na escrita Neste cap tulo descrevo os procedimentos metodol gicos utilizados para empreender a pesquisa Em primeiro lugar introduzo os pressupostos da Teoria da L ngua em Ato Em seguida apresento o projeto C ORAL BRASIL e a amostra de estudo um minicorpus da parte informal deste corpus RASO MELLO 2012 A seguir apresento as outras etapas do trabalho para fim de coleta prepara o organiza o e an lise dos dados 3 1 A Teoria da L ngua em Ato A Teoria da L ngua em Ato para a an lise da estrutura informacional proposta por Cresti 2000 tem como hip tese b sica a partir de Austin 1962 que poss vel dizer que h uma correspond ncia entre unidade de a o os atos de fala e unidade lingu stica os enunciados atrav s de padr es entoacionais Nas palavras da pr pria autora assumindo a teoria dos atos lingu sticos de Austin 1962 como quadro te rico de refer ncia possamos descrever a verbaliza o oral como uma forma particular de comportamento humano do qual cada inst ncia um ato lingu stico constitu do da ativa o simult nea de tr s diversos tipos de ato locut rio ilocut rio e perlocut rio CRESTI 2000 p 42 No original assumendo la teoria degli atti linguistici di Austin 1962 come quadro te rico di riferimento possiamo descrivere La verbalizzazioneorale come uma particolare forma di compor
164. de que um estado de coisas real absoluta certeza de que n o real Entre os dois extremos estaria um continuum que inclui a possibilidade e a probabilidade Como os exemplos extra dos de nossa amostra indicam No original Subjective epistemic modality thus expresses different degrees of commitment to factuality and it thus relates to evidentiality KIEFER 2009 p 183 33 Trato da rela o sem ntica entre modalidade epist mica e evidencialidade mais adiante na se o 2 4 the extent to which the speaker is committed to the truth of the proposition BYBEE PERKINS PAGLIUCA 1994 p 179 the degree of commitment by the speaker to the truth of what he says PALMER 1986 p 51 6 speaker s confidence or lack of confidence in the truth of the proposition expressed COATES 1983 p 41 37 Epistemic modality is an evaluation of the chances that a certain hypothetical state of affairs under consideration or some aspect of it will occur is occurring or has occurred in a possible world which serves as the universe of interpretation for the evaluation process and which in the default case is the real world or rather the evaluator s interpretation of it NUYTS 2001 p 21 48 2 32 141 os cara que s o bem mais boleiros eles com lt certeza gt v o saber alguma coisa bfamcv01 2 33 LUI 7 com certeza es n v o participar uai bfamcv01 2 34 198
165. delo para o PE centra se na anota o de eventos e n o de entidades S o anotadas as express es modais que incluem verbos adv rbios nomes adjetivos sintagmas preposicionais e ora es entretanto a tarefa restrita anota o de senten as Entre os componentes anotados est o o trigger o elemento que expressa o valor 108 l modal o target a express o no escopo do trigger corresponde ao atributo SCOPE a source of the modality um agente ou experienciador correspondente propriedade ATTRIBUTED TO e a source of the event mention que pode ser o falante ou o escritor 108 Para o trigger s o assinalados dois atributos os valores modais e a polaridade positiva ou negativa 10 A decis o de anotar duas sources se deve necessidade de se distinguir entre aquele que produz a senten a e aquele que expressa a modalidade Em muitas ocorr ncias estes dois elementos s o coincidentes mas n o necessariamente este o caso como em Os portugueses necessitam em m dia de 180 contos por m s para a manuten o de uma fam lia de quatro pessoas Neste exemplo Os portugueses a entidade com a necessidade interna disparada pelo verbo necessitar O produtor do evento n o est expl cito aqui e assume se que o produtor da frase 150 Para os significados modais s o considerados sete valores e alguns subvalores correspondentes a saber Valores Subvalores
166. dem inversa o foco da 140 constru o est no conte do veiculado pela ap dose isto a parte mais saliente informativamente a a o presente na ap dose CORTES MELLO 2013 p 4 Por ltimo gostaria de retomar que as condicionais como ndices que expressam de modalidade desafiam a premissa posta pela Teoria da L ngua em Ato de que o marcador modal incide dentro da unidade informacional Como vimos este tipo de constru o ultrapassa as fronteiras da unidade informacional e inclusive em alguns casos do enunciado Uma das hip teses que levanto que a estrutura condicional poderia ser tratada como uma constru o padronizada nos termos de Cresti no prelo p 17 estas s o constru es realizadas atrav s de UTs cada uma desenvolve uma fun o informacional diferente A autora ainda completa que incluem tamb m constru es que s o realizadas em diferentes enunciados com cada uma cumprindo sua pr pria ilocu o Neste cap tulo apresentei a descri o da modalidade no minicorpus da parte informal do C ORAL BRASIL Apresentei e discuti os resultados em termos de frequ ncia por tipologia interacional por distribui o dos ndices nas unidades informacionais a distribui o e frequ ncia dos valores modais epist micos de nticos e din micos e a rela o de cada valor com as unidades informacionais Em seguida empreendi a an lise para os verbos modalizadores os verbos epist micos os ad
167. dido de explica o c pr tases cuja ap dose foi realizada anteriormente dilu da no contexto ou realizada por outro falante Antes de apresentar os exemplos das condicionais mostro os n meros referentes distribui o dos ndices em termos de estrutura informacional na Tabela 4 17 e a rela o entre padr es sint ticos e organiza o informacional na Tabela 4 18 Estrutura Frequ ncia informacional Enunciados diferentes 10 Mesma unidade de COM 30 TOP COM 51 CMM CMM 11 Outros 7 Tabela 4 17 Frequ ncia das condicionais quanto estrutura informacional Estrutura informacional Mesmo Enunciados TOP COM CMM CMM Outros Total Estrutura COM diferentes sint tica Pr ap 49 7 9 8 3 76 Ap pr 2 2 2 2 2 10 Pr 21 2 23 Total 109 Tabela 4 18 Rela o do padr o sint tico de condicionais e estrutura informacional 138 Seguem exemplos das poss veis combina es sint ticas das condicionais e de sua distribui o em termos de estrutura informacional a Pr tase ap dose a 1 pr tase TOP ap dose COM 4 34 BRU 268 e se for uma palavra compostapro TOP c faz assimapo gt COM bfamcv04 a 2 pr tase e ap dose na mesma unidade de COM pr tase ap dose COM 4 35 PAU 72 esse tipo de muro TOP se ficar baixo demaispro ele fica fei0 po COM bpubdl01 a 3 pr
168. do em e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muito palha eu acho que es ni deviam mais participar e lt tal gt LUI 3 lt n o gt LEO 4 lt n o gt LUI 5 lt eu acho n o gt LEO 6 com certeza LUI 7 com certeza es n v o participar uai Destaco do excerto acima os enunciados 2 5 6 e 7 No enunciado 2 o participante GIL exp e sua opini o sobre o time Gal ticos muito palha e faz tamb m um julgamento sobre a participa o desta equipe no campeonato que est o organizando eu 13 acho que es n deviam mais participar e lt tal gt Os participantes LUI e LEO por sua vez fazem eco a esse julgamento utilizando operadores modais de confirma o como acho n o e com certeza Os enunciados s o diferentes com suas respectivas modalidades no entanto o que parece que podemos recuperar nos dom nios locais elementos referenciais pertencentes a uma determinada cena anterior em uma coordena o m tua de sistemas cognitivos quer dizer os sistemas cognitivos dos participantes de uma intera o est o alinhados o que Verhagen 2005 chama intersubjetividade Segundo ele a l ngua se presta n o s a objetivos de informa o mas principalmente de argumenta o Assim desenvolve o conceito de argumentatividade ou seja a capacidade das pessoas de a es cognitivamente coordenadas no fluxo par
169. do estado privado isto a source cujo estado privado est sendo expresso e apontam o aninhamento de sources uma propriedade que reflete o fato de que eventos e estados privados podem estar encaixados um no outro De acordo com Matsuyoshi et al 2010 p 1459 a source um importante tra o da modalidade estendida porque esta informa o ajuda o leitor a julgar a credibilidade dos conte dos expressos em uma determinada senten a O esquema desenvolvido para o portugu s europeu HENDRICX et al 2012a 2012b anota a source of the event mention o falante ou o produtor do evento e a source of the modality a quem a modalidade atribu da Segundo os autores a decis o de anotar duas sources se deve necessidade de se distinguir entre aquele que produz a senten a e aquele que expressa a modalidade Em muitas ocorr ncias estes dois elementos s o coincidentes mas n o necessariamente este o caso como em Os portugueses necessitam em m dia de 180 contos por m s para a manuten o de uma fam lia de quatro pessoas Neste exemplo Os portugueses a entidade com a necessidade interna disparada pelo verbo necessitar O produtor do evento n o est expl cito aqui e assume se que o produtor da senten a Inspirada neste ltimo trabalho e ciente dos diferentes n veis de concepualiza o na express o da modalidade utilizo as mesmas categorias para o esquema proposto aqui 5 3 3 2 1 Sou
170. do este o caso s o analisados como adjetivos em posi o predicativa Estes itens tendem a cumprir um papel de confirma o quer dizer um falante normalmente os utiliza para confirmar o que foi enunciado pelo falante anterior 4 5 4 As constru es condicionais se p ent o q O car ter epist mico das constru es condicionais na variante brasileira do portugu s apontado em um n mero de trabalhos relevantes para o tema entre eles os de Hirata Vale 2001 2008 Ferrari 2007 2008 Bezerra e Meireles 2009 Hirata Vale afirma que as condicionais relacionam se a mundos conceb veis sejam eles reais eventuais e contrafactuais e se tornam mais abstratas medida que passam por um processo de subjetiviza o por isso est o situadas no eixo do conhecimento e da avalia o subjetiva Nas condicionais de forma can nica se p ent o q em que p a pr tase e q a ap dose o evento p uma condi o suficiente e em alguns casos necess ria para a ocorr ncia do evento q SWEETESER 1990 As condicionais s o pois proje es hipot ticas de manifesta es causais diretas A sua hipoteticidade est ligada ao grau de probabilidade de realiza o das situa es referidas na pr tase cf COMRIE 1986 4 5 4 1 Os n meros para as constru es condicionais de forma can nica As constru es condicionais dentro do quadro te rico da Teoria da L ngua em Ato constituem se como um desafio uma
171. e mesmo bfammn01 2 42 PAU 153 porque capaz d eu subir uma parede l bpubdl01 2 43 59 porque at a essas crian a at dez anos o 1 o mundo que n s tamo vivendos hoje com dez ano j d pa ver que d trabalho bfammn05 2 44 44 es v o pegar os caras que tipo tavam reclamando e tal es v o pegar 3 es v o pegar tentar fazer um neg cio desse e eu aposto que c vai ver os caras que j conhecem a gente h mais tempo tipo Jos 1 Z Mourinho falando assim n o o campeonato d oc s bem melhor bfamcv01 2 45 BRU 268 e se for uma palavra composta c faz assim gt bfamcv04 Em 2 38 temos uma ocorr ncia com o verbo modal poder com valor epist mico que denota possibilidade 2 39 traz um exemplo com a locu o adverbial as vezes normalmente utilizada no sentido temporal de em algumas ocasi es ou circunst ncias mas que na diatopia mineira toma o sentido modal de possibilidade sendo sin nima de talvez A ocorr ncia em 2 40 traz um verbo de atitude proposicional ou ainda verbo epist mico ou verbo de cren a acha que indica o grau de certeza sobre o que est enunciado As constru es adjetivas est o representadas nos exemplos 2 41 e 2 42 com as express es foi verdade e capaz No primeiro caso temos um sentido de certeza e no segundo de possibilidade O uso modal do verbo dar exempl
172. e inspira se em outros esquemas de anota o previamente explorados para a l ngua inglesa BAKER et al 2010 SAURI et al 2006 2009 RUBINSTEIN et al 2013 o japon s MATSUYOSHI et al 2010 e o chin s CUI CHI 2013 Este esquema se baseia nos pressupostos da Teoria da L ngua em Ato e tem como unidade de refer ncia de an lise portanto o enunciado e as unidades informacionais cf CRESTI 2000 Desta forma difere se de outros projetos uma vez que n o centra a sua an lise na diamesia escrita e portanto n o fornece uma anota o no dom nio da senten a Nas subse es seguintes apresento o software livre MMAX2 MULLER STRUBE 2006 sigo com a escolha dos valores modais e os elementos a serem anotados trigger source of the event source of the modality target e a marca o da polaridade aplicada ao elemento trigger 3 1 O software de anota o MMAX2 O MMAX2 MULLER STRUBE 2006 um software livre para anota o lingu stica de corpora em m ltiplos n veis Esta uma ferramenta flex vel para criar navegar por e visualizar as anota es lingu sticas MMAX oferece uma interface visual para anotar senten as pela marca o sequ ncias textuais e cria o de links entre os elementos marcados O MMAX est escrito em Java por raz es de independ ncia de plataforma e as anota es s o armazenadas em XML 3 2 TRIGGERS SOURCES E TARGETS ELEMENTOS A SEREM ANOTADOS 3 2 1 TRIGGERS Os trigger
173. e ntica tem que e seu valor global epist mico 4 2 Enunciados e tipologia interacional Na amostra da parte informal do corpus a extra o autom tica dos enunciados nos d um resultado de 5 484 enunciados simples e complexos distribu dos da seguinte forma 4 126 enunciados privados 1 404 conversa es 1 870 di logos e 852 mon logos e 1358 enunciados p blicos 635 conversa es 581 di logos e 142 mon logos A Tabela 4 2 mostra os n meros para a distribui o de enunciados em termos de tipologia interacional e contexto familiar ou p blico Destacam se o n mero total de enunciados por tipologia e contexto e a frequ ncia deles comparados aos n meros totais do minicorpus Total Freq Mon logos Di logos Conversa es Total modal amostra Privados 174 332 291 797 4126 19 3 Publicos 46 111 90 247 1358 18 1 Total modal 220 443 381 1044 5484 19 03 Total amostra 994 2451 2039 5484 Freq 22 1 18 18 6 Tabela 4 1 Frequ ncia de enunciados modalizados x tipologia e contexto interacional O gr fico abaixo d a perspectiva da distribui o E Privados E P blicos E Total modal Figura 4 2 Frequ ncia de enunciados por tipologia e contexto interacional 104 Observa se que a tipologia interacional tem influ ncia sobre o percentual de enunciados modalizados comparados aos di logos e conversa es 18 196 e 18 6 respectivamente
174. e cap tulo 156 5 3 1 2 A prepara o dos textos Para fins de pr processamento e utiliza o do software MMAX2 foi necess ria a limpeza dos arquivos em extens o txt Os elementos a serem eliminados foram detectados atrav s da pr pria ferramenta de busca do editor de texto e os textos foram limpos manualmente O corpus C ORAL BRASIL transcrito segundo o sistema CHAT MAcWHINNEY 2000 que fornece um formato padronizado para produzir transcri es computadorizadas de intera es conversacionais face a face implementado para a anota o pros dica MONEGLIA CRESTI 1997 e segmentado em enunciados e unidades tonais Algumas das conven es da segmenta o pros dica e tamb m nota es da transcri o tiveram que ser removidas tais como interrup es retractings sobreposi es fragmentos fonol gicos n meros de enunciados e os asteriscos que precedem os nomes de cada participante Abaixo segue um resumo dos elementos eliminados a n meros dos enunciados xxx os arquivos s o transcritos por enunciados e a cada enunciado corresponde um n mero Ex LUA 72 t parecendo aqueas hist ria daquele livro que c tava contando COM b asterisco o asterisco indica a linha principal isto a linha que codifica um nico enunciado produzido por um determinado falante Este sinal antecede o c digo em tr s letras mai sculas que indicam o participante produtor daquele enunciado
175. e e ou estilisticamente Uma cena se caracteriza por coordenadas nos eixos temporal e especial em um determinado universo poss vel c proposi o gt material locut rio enunciado Como estamos tratando da modalidade na fala com um entendimento particular do que esta fala espont nea CRESTI SCARANO 1998 e dentro do quadro te rico da Lingua em Ato CRESTI 2000 h que se deslocar o alvo de incid ncia da proposi o para o material locut rio enunciado no escopo de uma unidade informacional cf TUCCI 2007 Z Recuperando resumidamente a formula o de Tucci a modalidade n o uma propriedade do enunciado mas da unidade informacional H tr s casos a serem levados em conta a se o enunciado simples isto se cont m apenas a unidade de Coment rio a modalidade pertence simultaneamente a todo o enunciado e unidade informacional b se 56 No original A viewing arrangement is the overall relationship between the viewers and the situation being viewed For our purposes the viewers are conceptualizers who apprehend the meanings of linguistic expressions the speaker and the hearer LANGACKER 2008 p 73 7 Tradu o para an essential part of the conceptual substrate that supports an expression s meaning and shapes its form No original Every scene is a function of a perspective the point of view of the speaker or the addressee or someone external
176. e em sua variedade mineira Da parte informal deste corpus foi recortado um minicorpus a partir de crit rios de m xima qualidade com 20 textos privados familiares e p blicos que tenta preservar a arquitetura do corpus Descrevo as vari veis utilizadas para a an lise dos dados metadados lemas e lexemas estrutura informacional composicionalidade valores e subvalores modais e PoS e por ltimo explicito o tipo de an lise a ser empreendida No pr ximo cap tulo sigo com a descri o da modalidade no C ORAL BRASIL com a apresenta o e discuss o dos dados e posterior an lise qualitativa de alguns dos ndices lexicais que expressam o fen meno em tela 101 Cap tulo 4 A MODALIDADE NO MINICORPUS DO C ORAL BRASIL I resultados e an lise No cap tulo anterior apresentei a moldura te rica da Teoria da L ngua em Ato o projeto C ORAL BRASIL e os procedimentos metodol gicos utilizados para a an lise da modalidade no minicorpus extra do da parte informal do C ORAL BRASIL No presente cap tulo descrevo os resultados para a modalidade na amostra de 20 textos deste minicorpus e analiso o comportamento de alguns dos ndices lexicais que expressam modalidade a saber verbos modalizadores verbos epist micos adv rbios e as constru es condicionais do tipo se p ent o q 4 1 Frequ ncia de enunciados modalizados na amostra O minicorpus de an lise possui um total de 31 465 palavras e 5 484 enunciados Foi r
177. e imprime ao estado de coisas uma avalia o baseada em seus conhecimentos e cren as sobre o mundo e denota graus de possibilidade e de probabilidade com rela o aos estado de coisas 2 86 J lio pode ter partido Devem ser os sete No que se refere ao discurso oral o comprometimento com o conte do proposicional n o se aplica uma vez que o escopo da modalidade n o pode estar limitado a proposi es O conte do lingu stico organizado em enunciados revelando um determinado padr o informacional CRESTI 2000 A vis o de modalidade tomada pelas autoras italianas a Os exemplos que ilustram as categorias de modalidade s o de Tucci 2007 Tradu o minha Os sentidos de capacidade habilidade e voli o s o tratados de forma separada neste trabalho como visto na se o 2 3 3 Na moldura da Teoria da L ngua em Ato CRESTI 2000 como veremos em detalhes mais adiante o enunciado a unidade de refer ncia da l ngua falada e definido como qualquer express o lingu stica interpret vel pragmaticamente ligada a a uma condi o sem ntica de plena significa o da express o em quest o e b uma realiza o entoada segundo um padr o mel dico de valor ilocut rio 69 seguinte express o da avalia o do falante sobre o material locut rio e seu escopo a unidade informacional Relembrando as perguntas que me motivaram at aqui a saber a de que modifica o se trata
178. e os significados modais a serem aplicados optou se por uma abordagem subjetiva da modalidade De fato alguns estudiosos von WRIGHT 1951 LYONS 1977 CRESTI 2000 TUCCI 2007 reconhecem o tipo al tico e consideram no em sua tipologiza o por m como Portner 2009 p 10 argumenta p ode ser dif cil determinar precisamente quais os usos de modais supostamente contados como al ticos como em necessariamente verdade que a leitura al tica tende a se destacar A motiva o para a concep o estrita pode ser a assun o de que a modalidade al tica o tipo mais b sico de modalidade em termos do qual as outras variedades podem ser definidas mais do que um tipo entre muitos o que corrobora nossa posi o A cada texto anotado os resultados eram discutidos em reuni o com a coordenadora do projeto A busca e a classifica o eram checadas e validadas e apesar de n o computado estatisticamente foi apontado alto grau de acordo entre os anotadores medida que o processo de codifica o avan ava foi decidido que o valor din mico seria inclu do na tipologia para cobrir os casos de habilidade capacidade e os de voli o inten o 76 No entanto reconhecida a import ncia da modalidade al tica para o estudo das ontologias por exemplo Segundo Portner 2009 p 122 123 A vis o de Lyons tamb m parece ser de que a modalidade na linguagem natural simplesmente uma vers o extremamente objetiv
179. e sentimentos WIEBE et al 2005 Anotar a modalidade com a finalidade de permitir o seu reconhecimento autom tico inclui identificar os ndices modais classific los em uma determinada tipologia por exemplo em significados epist micos e n o epist micos definir a sua fonte e o seu escopo sem ntico V rios t m sido os projetos desenvolvidos para a anota o de express es modais Parte da pesquisa sobre a anota o sem ntica foi desenvolvida em meu Est gio Doutoral no Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa no per odo de janeiro a agosto de 2013 sob a supervis o da Dra Am lia Mendes e financiada pela Capes Proc n BEX 9537 12 0 No original the practice of adding interpretative especially linguistic information to an existing corpus of spoken and or written language by some kind of coding attached to or interspersed with the electronic representation of the language material itself LEECH 1993 p 275 143 em sua grande maioria para a l ngua inglesa e focados nos auxiliares modais com destaque para a rela o entre modalidade e nega o MORANTE SPORLEDER 2012 BAKER et al 2012 a anota o de sentido de verbos modais RUPPENHOFER REHBEIN 2012 o desenvolvimento de um l xico para a modalidade e a constru o de etiquetadores autom ticos BAKER et al 2010 H ainda esfor os de anota o sendo empreendidos em outras l nguas como os trabalhos para o chin s CUI
180. ealizada uma busca manual em todos os enunciados para a extra o dos enunciados que continham pelo menos um marcador de modalidade dentre os j elencados na se o de procedimentos metodol gicos Foram encontrados 1 197 ndices marcadores de modalidade sendo 109 referentes a constru es condicionais e 1 088 referentes aos outros itens modais distribu dos em 1 044 enunciados o que corresponde a 19 03 do total de todos os enunciados da amostra Como mostra o gr fico abaixo 82 Conforme destacado no cap tulo de procedimentos metodol gicos as constru es condicionais recebem tratamento diferenciado porque assumem uma estrutura textual que difere das estrat gias lexicais e possuem uma distribui o pros dico pragm tica peculiar CORTES MELLO 2013 p 1 102 E n de enunciados E n de enunciados modalizados Figura 4 1 Frequ ncia de enunciados modalizados no minicorpus Em termos de composicionalidade OS ndices est o assim organizados dos 1 088 marcadores 825 aparecem em enunciados com apenas um ndice modal 202 est o combinados dois ou mais ndices em uma mesma unidade informacional e 61 deles correspondem a mais de um ndice modal em um mesmo enunciado mas em unidades informacionais diferentes A combina o de um ou mais ndices em uma mesma unidade informacional exige que seja analisado o valor global do enunciado respeitando a hierarquia de valores de cada um dos modais N
181. edge polarity neg IU CMM target quando que vai polarity tgt pos IU tgt CMM source of the event mention OSV source of the modality eu b epistemic belief 5 75 REN 321 o Neve caro mesmo COM bfamdl01 trigger mesmo modal value epistemic belief polarity pos IU COM target o Neve caro polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention REN source of the modality REN c epistemic possibility 5 76 CEL 229 c pode ter feito lt LIBRAS gt COM bfamcv04 trigger pode modal value epistemic possibility polarity pos IU COM target ter feito LIBRAS polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention CEL source of the modality c 194 d epistemic probability 5 77 MAI 13 o di metro dea deve dar uns 1 SCA uns quarenta a cinq enta cent metro de 1 SCA de amp s 2 EMP de grossura COM o di metro dela APC bfammn01 trigger sabe modal value epistemic probability polarity pos IU COM target o di metro dea dar uns quarenta a cinquenta centimetro de grossura polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention MAI source of the modality MAI e epistemic necessity 5 78 REN 231 pois CMM mas teria que ser uns dez reais CMM n PHA bfamdlO1 trigger teria que modal value epistemic necessity polarity pos IU CMM target ser uns dez reais polarity tgt pos IU
182. eias italiano espanhol franc s e portugu s segmentado prosodicamente em enunciados e suas subunidades informacionais O enunciado a unidade m nima de refer ncia pragmaticamente interpret vel Para fins desta pesquisa utilizo uma amostra da parte informal do corpus C ORAL BRASIL um minicorpus composto de 20 textos de tr s tipologias interacionais divididos em privados e p blicos 7 mon logos 6 privados e 1 p blico 7 di logos 5 privados e 2 p blicos e 6 conversa es 4 privadas e 2 p blicas Para o tratamento nesta tese foram selecionados 1 197 ndices modais distribu dos em 1 046 enunciados codificados e posteriormente anotados semanticamente atrav s do software MMAX2 Ap s a an lise quantitativa e qualitativa podemos concluir que i a categoria da modalidade se comporta de forma distinta da escrita na fala espont nea ii os ndices modais s o amplamente utilizados em situa es dial gicas sejam p blicas ou privadas iii apenas algumas unidades informacionais podem ser modalizadas Coment rio Parent tico T pico Introdutor Locutivo iv a unidade de Coment rio a mais modalizada e n o h restri o de realiza o de itens nesta UI v a modalidade epist mica a mais frequente entre os tipos de significado vi os verbos s o a estrat gia preferencial para marca o de modalidade Palavras chave modalidade corpus oral fala espont nea anota o sem ntica portugu s
183. eira j que n o possuo informa o suficiente para generalizar para as outras variantes de Portugal e frica Definida a concep o de modalidade a tipologia a ser utilizada e os pressupostos da Teoria da L ngua em Ato CRESTI 2000 procedi descri o da modalidade em uma amostra de 20 textos da parte informal do C ORAL BRASIL corpus da fala espont nea do portugu s brasileiro especificamente da regi o de Belo Horizonte MG Este minicorpus compilado a partir de crit rios de m xima qualidade tenta preservar a estrutura da parte informal e representa uma ampla varia o diastr tica e diaf sica Esta descri o lan ou luz a pontos importantes como e a categoria sem ntica da modalidade se comporta de forma distinta da escrita na fala espont nea uma vez que o seu escopo a unidade informacional que n o necessariamente abriga uma proposi o mas antes chunks lingu sticos que n o obedecem aos crit rios sint ticos propostos para a an lise da escrita e os ndices modais s o amplamente utilizados em situa es dial gicas sejam p blicas ou privadas e apenas algumas unidades informacionais podem ser modalizadas o Coment rio inclu dos os Coment rios M ltiplos e Coment rios Ligados o Parent tico e a Lista de Parent ticos o T pico e a Lista de T picos e o Introdutor Locutivo e A unidade de Coment rio a mais modalizada e n o h restri o de realiza o de itens nesta UI 2
184. em termos relativos o quadro se modifica o Parent tico figura como a segunda unidade mais modalizada 13 7 seguida do Introdutor Locutivo 10 3 e em frequ ncia bem menor do T pico 4 3 4 4 Frequ ncia da modalidade quanto aos tipos modais Trato agora da distribui o dos valores modais epist micos de nticos e din micos em rela o ao n mero de enunciados estrutura informacional e ocorr ncia das estrat gias modalizadoras A distribui o dos valores modais na nossa amostra a seguinte tipo de modalidade n de enunciados epist mica 904 de ntica 190 din mica 103 Tabela 4 5 Tipos de modalidade 110 De um total de 1 197 ndices que expressam a modalidade o epist mico o valor modal mais amplamente utilizado em 76 6 das ocorr ncias As modalidades de ntica e din mica s o realizadas em percentual bem menor com 14 9 e 8 4 das ocorr ncias Como mostra a figura a seguir tipos de modalidade mepist mica m de ntica E din mica Figura 4 7 Distribui o dos valores modais 4 4 1 Frequ ncia de valor modal por ndice lexical No que diz respeito frequ ncia dos valores modais por ndice lexical temos Estrat gias modalizadoras epi deo dyn verbos modalizadores 128 188 85 verbos epist micos 210 0 0 verbos de atitude proposicional 26 0 0 adv rbios e locu es adverbiais 94 0 0 adjetivo
185. epist mico um sentido correspondente quer dizer uma barreira ausente no processo de racioc nio do falante a partir das premissas dispon veis para a conclus o expressa na senten a qualificada pelo verbo Ex permiss o may let allow inst ncia de retirar uma barreira potencialmente presente 2 17 The crack in the stone let the water flow through barreira f sica A fenda na pedra deixou a gua escorrer 2 18 I begged Mary to let me have another cookie barreira social Implorei a Maria para me deixar comer outro cookie Gonzalv z Garcia 2000 sob uma perspectiva discursiva ou seja uma perspectiva mais din mica e sistem tica que pressup e a rela o entre modalidade o contexto de enuncia o e a fun o interpessoal da polidez nos termos de Brown e Levinson 1987 GONZALV S GARCIA 2000 p 127 prop e que a modalidade seja caracterizada como express o do envolvimento do falante com o conte do proposicional de um dado enunciado ag ncia ou subjetividade e que pode ser tomada como ramificadora atrav s de toda a arquitetura l xico gramatical da linguagem O autor argumenta que muitos dos significados normalmente atribu dos a verbos modais individuais s o na verdade derivados tanto do ambiente sentencial do verbo quanto No original relationship between modality the context of utterance and the interpersonal function of politeness GONZALVES GARCIA 2000 p 127
186. eroperability with Discourse Sofia Bulgaria 2013 p 228 237 MULLER C STRUBE M Multi level annotation of linguistic data with MMAX2 In BRAUN S KOHN K MUKHERJEE J eds Corpus technology and language pedagogy New Resources New Tools New Methods Frankfurt Peter Lang p 197 214 English Corpus Linguistics Vol 3 RUBINSTEIN A HARNER H KRAWCZYK E SIMONSON D KATZ G PORTNER P Toward fine grained annotation of modality in text In Proceedings of WAMM IWCS2013 Potsdam Germany 2013 SALKIE R Degrees of modality In SALKIE R BUSUTTIL P VAN DER AUWERA J eds Modality in English theory and description Topics in English Linguistics 58 Berlim Mouton de Gruyter 2009 p 79 103 SAURI R VERHAGEN M PUSTEJOVSKY J Annotating and recognizing event modality in text in Proceedings of the 19th International FLAIRS Conference FLAIRS 2006 SAURI R PUSTEJOVSKY J FactBank a corpus annotated with event actuality Language Resources amp Evaluation 43 227 268 2009
187. ersa es 25 5 30 TOTAL 72 22 94 Tabela 4 13 Distribui o dos adv rbios x tipologia interacional Em termos absolutos o n mero de ocorr ncias em contexto privado familiar bastante maior do que no contexto p blico No entanto como j observado para as outras estrat gias poss vel um balanceamento na frequ ncia dos itens que apontam para um uso proporcional nos dois contextos interacionais No que diz respeito tipologia interacional tamb m como esperado os adv rbios ocorrem mais em trocas dial gicas 45 para di logos e 30 para conversa es do que em mon logos 19 Estes n meros acompanham os encontrados por Mello e Caetano 2012 na an lise de todos os adv rbios modais da parte informal do CC ORAL BRASIL 4 5 3 2 Distribui o em unidades informacionais Em termos de distribui o pelas unidades informacionais s o estes os n meros Unidades informacionais ocorr ncias b adv rbios COM 87 92 6 INT 2 2 1 PAR 3 3 2 TOP 2 2 1 Tabela 4 14 Distribui o dos adv rbios modais nas unidades informacionais No que tange aos valores modais todas as ocorr ncias da amostra s o do tipo epist mico com o subvalor de possibilidade como s vezes e talvez ou de cren a indicando graus de certeza em sua maioria o que corrobora a posi o de Perkins 1983 p 89 para os adv rbios modais em ingl s O autor afirma que estes marcadores s o
188. es A anota o dos textos do minicorpus nos termos descritos neste cap tulo foi realizada por apenas um anotador at o momento Entretanto para fins de valida o do esquema e checagem de sua viabilidade em uma etapa posterior a este trabalho ser o realizados testes com pelo menos mais dois anotadores estudantes de p s gradua o No primeiro teste um dos anotadores receber um treinamento m nimo com diretrizes gerais da anota o para a anota o de 3 textos um texto de cada tipologia interacional No segundo experimento um anotador diferente do primeiro receber instrug es detalhadas e proceder anota o dos mesmos textos acompanhando o manual de anota o Ambas as anota es ser o revisadas pelo anotador original O acordo entre anotadores ser computado utilizando a Estat stica Kappa COHEN 1960 para todos os componentes da anota o Neste cap tulo apresentei as regras para a anota o de um subcorpus de 20 textos de fala espont nea do portugu s brasileiro Este esquema foi inspirado por outros j elaborados para a l ngua inglesa e se aproxima do projeto proposto para o portugu s europeu No entanto diferencia se deste ltimo pelas op es te ricas adotadas aqui em termos de valores modais e fundamentalmente em termos de conceber os targets n o como uma proposi o completa 200 mas chuncks lingu sticos dado que a modalidade se realiza dentro do escopo da unidade informacional Na
189. es indicam a evid ncia que t m sobre o estatuto factual da proposi o reportada e sens ria O segundo tipo a atitude do falante em rela o a um potencial evento futuro que ainda n o ocorreu tamb m subdividida em de ntica relacionada obriga o ou permiss o e din mica relativa habilidade ou voli o Na mesma clave Bybee Perkins e Pagliuca 1994 p 178 grifo meu conceituam a modalidade como a gramatiza o das atitudes e opini es subjetivas do falante e prop em uma divis o de modalidade em quatro tipos epist mica orientada para o agente i e de ntica orientada para o falante e subordinada Elas sublinham a import ncia do estudo diacr nico do desenvolvimento de elementos modais a fim de compreender a varia o dos significados modais em uma l ngua S No original the speaker s opinion or attitude towards the preposition that the sentence expresses or the situation that the proposition describes LYONS 1977 p 452 1 Tradu o minha para the speaker s cognitive emotive or volitive attitude towards a state of affairs KIEFER 1994 p 2516 2 Tradu o de as expressing the speaker s point of view on the sentence contentes and the speaker s coomunicative atitude NITTA 2000 p 81 Modality in language is concerned with subjective characteristics of an utterance and could be defined as the grammaticalization of speaker s sub
190. f sica a fim de se obter uma diversidade de ilocu es e de estruturas informacionais da fala O corpus se constitui de textos de fala espont nea isto textos produzidos ao mesmo tempo em que s o executados e sua realiza o n o pressup e um texto anterior escrito ou roteirizado Est dividido em uma metade formal em fase de coleta transcri o e revis o e em uma metade informal conclu da e j publicada RASO MELLO 2012 A parte informal composta de 139 textos de aproximadamente 1500 palavras e 208 130 palavras em um total de 21h8min de grava o organizada em duas se es privado familiar e p blico Do total de textos 80 pertencem ao dom nio familiar 105 grava es e 20 ao dom nio p blico 34 grava es distribu dos igualmente em tr s diferentes tipologias interacionais 1 3 de mon logos 1 3 de di logos e 1 3 de conversa es A classifica o da tipologia interacional n o est relacionada somente ao n mero de participantes na cena comunicativa mas din mica da situa o e ao peso relativo de cada participante na produ o lingu stica resultante Al m de se privilegiar a diversidade de situa es o corpus balanceado em termos de varia o diastr tica As grava es s o realizadas em contexto natural enquanto os falantes realizam atividades Como nos corpora do C ORAL ROM os textos s o transcritos no formato CHILDES CLAN e procede se segmenta o da fala em enunciados e un
191. f the faculty concerned before entering for examination Todos os estudantes devem obter o consentimento do Diretor da Faculdade referida antes de entrar no exame 8 Tradu o do original encompasses all modal meanings that predicate conditions on an agent with regard to the completion of an action referred to by the main predicate e g obligation desire ability permission and root possibility BYBEE FLEISCHMAN 1995 p 6 41 2 21 I just insisted very firmly on calling her Miss Tillman but one should really call her President Insisti muito firmemente em cham la de Srta Tillman mas deve se realmente cham la de Presidente Em 2 20 tem se caracterizada uma obriga o mais fraca J em 2 21 emos um exemplo de obriga o forte b necessidade exist ncia de condi es f sicas que levam um agente a completar a a o predicada 2 22 I need to hear a good loud alarm in the mornings to wake up Eu preciso ouvir um despertador bem alto pelas manh s para acordar c habilidade exist ncia de condi es internas de habilidade no agente com rela o a o predicada 2 23 I can only type very slowly as I am a beginner Como sou um iniciante eu s consigo digitar muito devagar d desejo exist ncia de condi es internas de voli o no agente com rela o a o predicada 2 24 Juan Ortiz called to them loudly in the Indian tongue bidding them come for
192. foi feito durante a semana COMS n PHA bpubdlO1 trigger pode modal value deontic permission polarity neg IU COM target ele chegar no final da semana e desmanchar tudo o que foi feito durante a semana polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention PAU source of the modality PAU 1 deontic prohibition 82 CES 82 nti pode subir CMM contram o CMM bfamdl05 trigger pode modal value deontic prohibition polarity pos IU CMM target subir polarity tgt pos IU tgt CMM source of the event mention CES source of the modality CES j deontic necessity 83 JOR 50 n s precisamo criar esse h bito COM bfammn06 trigger precisamo modal value deontic necessity polarity pos IU COM target criar esse h bito polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention JOR source of the modality n s h dynamic ability 84 CAR 150 porque ele ama COB ele chama ela de SCA fuminho COB n COB meu pretinho COB papai n g enta carregar mais COB mas DCT n g enta pegar mais COB porque t muito grande COB mas 1 SCA essa a hist ria SCA e a vida SCA que n s temos aqui em casa COM bfammn05 trigger giienta modal value dynamic_ability polarity neg IU COB target carregar mais polarity tgt pos IU tgt COB source of the event mention CAR source of the modality papai 1 dyna
193. ger 132 No PB existem tr s possibilidades de realiza o da nega o nega o simples preposta nega o simples posposta e dupla nega o 37 81 porque eu nunca confundo letras com lt inform tica gt COB n tem nem como COM bfamdl02 trigger tem O como E Quando uma unidade informacional ou um enunciado cont m mais de um trigger anota se cada um dos triggers separadamente 38 169 v o gt v o CNT lt eu acho que tem que ser esses gt COM bfamcv01 trigger acho target tem que ser esses trigger tem que target ser esses 39 220 e nt pode falar e n pode lt apontar o bagulho COM bfamcv04 trigger poder target falar trigger pode target apontar o bagulho F Quando um trigger est em unidade de escans o SCA anota se a unidade da qual ela herda as propriedades 134 40 33 ent o assim INT espero que SCA isso nti seja SCA coisa pros times que jogam com a gente deixar de jogar com a gente COM bfamcv01 trigger espero IU COM 133 Utilizo o sinal a para marcar sequ ncias n o cont nuas A unidade de escans o constitui partes tonais diferentes de uma mesma unidade informacional Ela introduz a unidade informacional que escande escans o esquerda de maneira que a parte final da UI escandida especifica a fun o informacional do todo 41 EVN 134 acho que a gente tem SCA que olhar direito COM
194. gio reconhecido pela repeti o de chunks e ou mudan a de planejamento 189 IU tgt COM source of the event mention RUT source of the modality CE E Se o trigger est em unidade de Parent tico PAR e a express o em seu escopo est em uma unidade informacional diferente n o se anota o farget 5 67 LUZ 52 s o duas vagas COM eu acho PAR bfamdl03 5 68 trigger acho modal value epistemic belief polarity pos IU COM target polarity tgt IU tgt source of the event mention LUZ source of the modality LUZ FLA 296 lt oito CMM n CMM na verdade PAR bfamdl01 trigger na verdade modal value epistemic belief polarity pos IU COM target polarity tgt IU tgt source of the event mention FLA source of the modality FLA F Target dependent O atributo target dependent foi criado para os casos em que o target n o est expl cito em um determinado enunciado mas recuper vel na cadeia referencial do texto Segundo Cresti no prelo p 12 c ada chunck lingu stico concebido para desempenhar uma determinada fun o textual UT dentro de um padr o informacional PI corresponde a uma cena Barwise amp Perry 1981 Fauconnier 1984 de um ponto de vista sem ntico Como j dito de um ponto de vista sint tico uma UT pode at mesmo 190 corresponder a uma cole o de fragmentos mas a fim de permitir o desenvolvimento de
195. gm tica FRAWLEY 1992 KIEFER 1997 NARROG 2005 Kiefer 1997 p 247 afirma que os atos de asseverar permitir ordenar ou prometer s o estranhos modalidade N o h como elaborar uma quest o significativa sobre como um ato afeta a modalidade Isso vale para a ilocu o assim como para a perlocu o i Desde um ponto de vista pragm tico coerente n o se pode considerar a modalidade como a mesma coisa que ilocu o Mello e Raso 2011 p 5 ss em estudo experimental fazem uma distin o entre as categorias de modalidade ilocu o e atitude Os autores pleiteiam que a modalidade pertence ao dom nio da sem ntica no qual a postura do falante em rela o express o do material locut rio se manifesta de maneira que a mesma ilocu o pode ser modalizada de diferentes formas sem afetar o n vel ilocucion rio A ilocu o por sua vez pertence ao dom nio pragm tico no qual a postura do falante em rela o ao seu interlocutor se manifesta No original t he act of asserting permitting ordering or promising is alien to modality There is no way to ask a meaningful question about how such an act affects modality This holds for illocution as well as for perlocution KIEFER 1997 p 247 A distin o entre modalidade e atitude est na pr xima se o 2 4 4 65 Em rela o atitude uma das dificuldades para se distinguir modalidade e esta categoria reside justamente na pr pria polissemia
196. idade Lingu stica Teses 2 Lingu stica de corpus Teses 3 L ngua portuguesa Portugu s falado Brasil Teses 4 Atos de fala Lingu stica Teses 5 Lingu stica Processamento de dados Teses Mello Heliana Ribeiro de Il Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Ill T tulo CDD 418 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ESTUDOS LINGU STICOS FOLHA DE APROVA O Modalidade em perspectiva estudo baseado em corpus oral do portugu s brasileiro LUCIANA BEATRIZ BASTOS AVILA Tese submetida Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de P s Gradua o em ESTUDOS LINGU STICOS como requisito para obten o do grau de Doutor em ESTUDOS LINGU STICOS rea de concentra o LINGUISTICA TEORICA E DESCRITIVA linha de pesquisa Linha G Estudos Inter Rela o Linguagem Cogni o e Aprovada em 30 de abril de 2014 pela banca constitu da pelos membros Prof a Heliana Ribeiro de Mello Orientador UFMG gus sa D X GAIA 120722 e AS Prof a Giulia Bossaglia UFMG Prof a he Lu UP OJN Prof a Lilian Vieira Ferrari UFRJ i a V uu Maria tan wor ot Jur fez Prof a Maria Cl udia de Freitas PUC RJ Belo Horizonte 30 de abril de 2014 mem ria do meu pai Jos Walter que me ensinou a assimetria do tempo espa o AGRADECIMENTOS N o se engana quem pensa que um doutorado um os
197. idade dos componentes ser marcada separadamente Nos casos de valores de nticos de permiss o e proibi o marcados por uma part cula negativa o que os diferencia a for a da permiss o forte ou forte respectivamente Para a deontic permission marca se a polaridade como negativa j para a deontic_prohibition marca se a polaridade como positiva 5 86 PAU 247 ele n o pode chegar no final da semana e SCA desmanchar tudo o que foi feito durante a semana COMS n PHA bpubdlO1 trigger pode modal value deontic permission polarity neg IU COM target ele chegar no final da semana e desmanchar tudo o que foi feito durante a semana polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention PAU source of the modality PAU 5 87 CAR 250 hhh lt palavr o gt n po falar n o COM 8 bfamcv03 trigger po modal value deontic prohibition polarity pos IU COM target palavr o falar polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention CAR source of the modality CAR A decis o de se individualizar o valor de proibi o deve se tentativa de se cobrir exemplos do tipo N o proibido X ou Voc n o est proibido de X Mais que uma permiss o estes tipos de ocorr ncia se configurariam como uma proibi o de ntica de polaridade negativa 198 5 4 Resultados Em nossa amostra encontramos 1 088 marcadores modais lexicais e gramatica
198. idades tonais e anota o da estrutura informacional Escolheu se representar de maneira sistem tica uma nica diatopia no caso a do estado de Minas Gerais e em particular a rea urbana da capital Belo Horizonte Tal escolha se deve limitada dimens o do corpus que n o poderia ser representativo de mais diatopias Assim pelo menos 50 dos falantes s o mineiros Tradicionalmente a fala mineira dividida 89 em pelo menos tr s grandes reas Sul e Tri ngulo falar paulista Norte falar baiano e regi o constitu da pela Zona da Mata Zona Metal rgica Vertentes e Belo Horizonte e arredores falar mineiro Estas regi es est o representadas mas a grande rea metropolitana de Belo Horizonte tem a maior representa o O corpus busca representar a varia o diastr tica especialmente importante na fala brasileira mas tamb m nesse caso n o se pretende alcan ar uma representatividade sistem tica H entretanto um esfor o no sentido de que v rias faixas socioculturais estejam presentes em todas as ramifica es do corpus constam intera es com falantes de v rias diastratias interagindo tanto com falantes da mesma faixa quanto com falantes de faixas diferentes o que se mostrar produtivo para a an lise da modalidade Nesse aspecto com rela o aos crit rios adotados para o C ORAL ROM optou se por adequar a indica o das faixas de escolaridade a uma distribui o que melhor refletisse a realidade br
199. ificado em 2 43 ainda pouco reconhecido na literatura cf SALOM O 2008 no entanto recorrente na fala em sentidos possibilitativos Os marcadores de modalidade de car ter gramatical est o ilustrados em 2 44 e 2 45 o primeiro exemplo traz uma s rie de usos de futuro perifr stico que indicam o grau de certeza ou comprometimento em rela o realiza o de um evento futuro no segundo exemplo temos uma constru o condicional na forma can nica se p ent o q em que o conectivo se o marcador modal 2 3 2 Modalidade de ntica Segundo a tradi o l gica o valor de ntico diz respeito s no es da obriga o e da permiss o Este valor est ligado a princ pios morais ou legais e de conduta social 51 Lyons 1977 p 792 793 afirma que a mesma distin o aplicada modalidade epist mica entre leitura subjetiva e objetiva pode ser estendida modalidade de ntica como exemplifica a partir da proposi o Alfred is a bachelor Alfred celibat rio 2 46 Alfred is obliged to be unmarried Alfred obrigado a ser descasado 2 47 I hereby oblige Alfred to be unmarried Eu obrigo Alfred ser descasado Em 2 46 ter amos uma interpreta o de ntica mais objetiva e em 2 32 uma mais subjetiva Mais al m no exemplo 2 47 temos um performativo Tento resgatar em nossa amostra um exemplo que em minha opini o amb guo no que diz respeito a uma lei
200. imo marca descontinuidade no discurso o primeiro marca a continuidade O INP muitas vezes usado para tomar o turno de outro falante enquanto o DCT funciona mais internamente ao turno de um mesmo falante 3 19 ent o DCT dia de sexta e s bado ele nti trabalha COM bpubdl01 gt 3 2 3 A perda do isomorfismo De acordo com Cresti 2000 h um princ pio de isomorfismo entre enunciado e ilocu o e entre unidade tonal e unidade informacional Em alguns casos no entanto este princ pio quebrado como nos seguintes 1 quando uma unidade informacional se realizada em mais de uma unidade entoacional fen meno denominado escans o ii quando mais de uma ilocu o realizada com determinado padr o dentro de uma nica entidade lingu stica conclu da e iii quando varias ilocu es fracas e homog neas s o realizadas processualmente em uma situa o pouco acional ao que chamado de Estrofe 86 3 2 3 1 Unidade de escans o SCA O fen meno da escans o ocorre apenas em unidades informacionais textuais Estas unidades podem ser realizadas em mais de uma unidade entoacional Assim a Unidade de Escans o SCA n o apresenta fun o informacional mas parte de uma unidade informacional maior A SCA indica disflu ncias na fala que podem ocorrer por dificuldades relativas execu o do programa mel dico de uma unidade longa ou expressividade da unidade informacional N o possui foco Uma ca
201. interpreta o parece cheia de dificuldades Segundo Kiefer 2009 p 179 os tratamentos l gicos da modalidade Este exemplo foi adaptado de Lyons 1977 p 165 O exemplo original John is a bachelor 27 s o restritos s propriedades das proposi es e excluem todos os tra os n o proposicionais das senten as Estas ideias j tinham surgido mesmo que de forma incipiente nos Primeiros Anal ticos em que Arist teles anuncia Temos que dizer primeiro que se quando A necess rio que B seja ent o se A poss vel tamb m necess rio que B seja poss vel citado por MACHADO CUNHA 2005 p 76 O tema continuou a ser desenvolvido em outros mbitos sobretudo na lingu stica da qual passo a tratar agora 2 2 A modalidade Vis es sobre o tema As l gicas modais e a lingu stica utilizam os mesmos termos para tratar da modalidade Entretanto a l gica a divide em objetiva e subjetiva e se ocupa fundamentalmente do car ter objetivo da modalidade J na tradi o lingu stica a leitura subjetiva da modalidade parece ser a preferencial ou melhor dito a modalidade na linguagem essencialmente subjetiva uma vez que est relacionada com as atitudes dos falantes De fato um dos primeiros estudos lingu sticos sobre a modalidade o de Jespersen em 1924 nos oferece a defini o expressar certas atitudes da mente do falante em rela o ao conte do das senten as e aponta para uma
202. is exclu das as condicionais e as constru es de subjuntivo e destes foram anotados 781 triggers A Tabela 5 6 mostra a distribui o dos valores modais e respectivos subvalores no minicorpus Valores Subvalores Freq Epist micos 506 64 7 conhecimento 108 21 3 cren a 223 44 possibilidade 122 24 1 probabilidade 24 4 7 necessidade 10 1 9 verifica o 19 3 7 De nticos 189 obriga o 96 50 8 permiss o 70 37 proibi o 6 3 2 necessidade 17 9 Din micos 86 habilidade 17 19 8 voli o 69 80 2 Tabela 5 6 Frequ ncia dos valores modais na amostra A modalidade epist mica o valor mais frequente 64 7 e o valor cren a que compreende os verbos epist micos e adv rbios modais o mais numeroso representando 44 de todos os ndices epist micos Dentre os itens de nticos o seu maior uso o de obriga o metade de todos os itens e a proibi o de ntica tem o n mero menor de ocorr ncias possivelmente por se tratar de uma nuance mais forte da permiss o de ntica 37 dos de nticos Os casos de voli o correspondem a 80 2 da modalidade do tipo din mico e em n mero menor os casos de habilidade capacidade o que pode confirmar o car ter menos central desta categoria como j mencionado anteriormente Os triggers s o em um sua maioria verbos modais 81 5 de todos os ndices 65 auxiliares e semi auxiliares 31 mo
203. ission polarity pos IU COM source of the event mention HEL source of the modality 4 Se uma pergunta ret rica anota se o cognoscente Se n o est expl cito anota se o verbo 55 REG 134 e oc acha que eu nti te conhe o COM r bfammn04 trigger acha modal value epistemic_belief polarity pos IU COM source of the event mention REG source of the modality oc 56 GIL 64 sabe que que eu penso COM velho ALL bfamcv01 trigger sabe modal value epistemic_knowledge polarity pos IU COM source of the event mention GIL source of the modality sabe 3 2 3 TARGETS O target em textos falados a express o afetada pelo ndice modal expresso pelo trigger dentro de uma unidade informacional Portanto diferente de outros esquemas de anota o que anotam o evento no escopo do item modal n o necess rio um predicado completo como usualmente tomado em textos escritos uma cl usula subordinada ou um evento com todos os seus complementos e adjuntos Na fala como argumenta Cresti no prelo um grande n mero de chunks falados de fato n o podem ser definidos como cl usulas mas como fragmentos interjei es adv rbios sintagmas no entanto funcionam perfeitamente do ponto de vista comunicativo Assim o target anotado maximamente admitindo se descontinuidade dentro do dom nio da unidade informacional que cont m o ndice modal A Se o target
204. itativamente de acordo com a tipologia interacional p blico versus privado mon logos versus di logos versus conversa es e a tipologia textual narrativo relato expositivo argumentativo descritivo Al m disso foi utilizado um n mero de vari veis na tabula o dos dados que levam em conta o padr o de estrutura informacional qual unidade informacional cont m o marcador modal composicionalidade enunciado simples dois ndices no mesmo enunciado dois ou mais ndices em enunciados diferentes refer ncia contextual tipo de modalidade e seus subvalores o padr o sint tico a proje o pragm tica dos ndices e o conceptualizador Os tipos encontrados foram achar acreditar crer imaginar pensar e saber como exemplificado abaixo No original subjectivity operators which present the object of conceptualization complement clause either direct or indirectly from the speaker s perspective ALMEIDA FERRARI 2012 p 123 124 123 4 12 Achar k GIL 2 lt CNT mas DCT voltando quest o COB falando em 2 EMP e tamb m falando em povo mascarado COB esse povo do Gal ticos muito palha COB eu acho que es n deviam mais participar COM e tal UNC bfamcv01 D 44 af PHA passou um pouquim COB o filho i COB achando que tava errado aquele neg cio PAR voltou l outra vez COM bfammn03 m KAT
205. ity Attitude Information Patterning and Speech Annotation Firenze Firenze University Press 2011 p 83 100 VALE H P A unidade informacional de Parent tico no portugu s do Brasil uma an lise baseada em corpus 2010 Disserta o Mestrado em Estudos Lingu sticos Faculdade de Letras Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG VENIER F La modalizzazionne assertiva Avverbi modalie verbi parentetici Milano Franco Angeli 1991 VERHAGEN A Constructions of Intersubjectivity Discourse Syntax and Cognition Oxford Oxford University Press 2005 von WRIGHT G H An essay in modal logic Amsterdam North Holland Publishing Company 1951 VORKUKOVA E Epistemic Modalities in Spoken Standard Tibetan 2011 377f Tese Doctorat en Sciences du Langage Universit Paris 8 Paris WIEBE J BRUCE R BELL M MARTIN M WILSON Th A corpus study of evaluative and speculative language Proceedings of the Second ACL SIGdial Workshop on Discourse and Dialogue 2001 WIEBE J WILSON Th BRUCE R BELL M MARTIN M Learning subjective language Computational Linguistics 30 3 277 308 2004 WIEBE J WILSON T CARDIE C Annotating expressions of opinions and emotions in language Kluwer Academic Publishers 2005 pp 1 54 WILSON Th Fine grained subjectivity and sentiment analysis recognizing the intensity polarity and attitudes of private states 2008 Ph D thesis University of Pitt
206. ity dataWbfamcv01 clean txt tok mmax modified EBR File Settings Display Tools Plugins Info v Show ML Panel LEO o Juninho foi GIL mas voltando quest o falando em e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muita palha eu acho que es n deviam mais participar e tal LUI n o LEO n o Create Markable on level modar LUI eu acho n o LEO com certeza LUI com certeza es n v o participar uai LEO eles s o piores do que o Durepox EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos jogava bola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha Copy to clipboard Figura 5 2 Cria o de markable 159 Os passos para estabelecer os links entre os markables s o os seguintes Figuras 5 3 e 5 4 clique sobre o componente marcado como o trigger que ganha destaque em amarelo em seguida clique com o bot o direito sobre um dos componentes por exemplo a source of the modality e selecione Mark as link Repita o mesmo procedimento para os outros componentes Uma linha verde vai surgir entre os markables e o set modal est constitu do MMAX2 1 13 003 H modality software_luciana MMAX_Modality_data bfamcv01_clean txt tok mmax modified E E File Settings Display Tools Plugins I
207. ixas et rias Um informante n o aparece mais de uma vez a n o ser que seja como interlocutor em atividade monol gica v N o marca o no que diz respeito diastratia a m dia dos informantes n o de diastratia nem muito alta nem muito baixa vi Interesse do conte do aumenta a aten o de transcritores e segmentadores aumenta o n vel de informatividade pois garante uma fala mais espont nea E yas E 7 Abaixo segue a Tabela 3 1 que descreve as caracter sticas dos textos do minicorpus 3 75 Fonte Raso e Mittman 2012 p 220 221 Caracter sticas dos textos do subcorpus do C ORAL BRASIL etiquetado informacionalmente Texto Situac o Informantes Dura o N de M F H m s palavras Conversa es 15 9 01 07 28 9774 bfamcv01 Amigos avaliam um campeonato de futebol organizado por eles e planejam o 4 0 00 07 00 1467 pr ximo bfamcv02 Senhoras conversam sobre os preparativos do casamento de uma parente 0 3 00 07 51 1725 bfamcv03 Amigos jogam sinuca 5 O 00 06 50 1390 bfamcv04 Amigos jogam Imagem e A o ap s explicar as regras do jogo para uma das 2 2 00 07 30 1766 participantes bpubcv0Ol Funcion rios de banco de sangue explicam como o sangue coletado 1 3 00 08 30 1798 armazenado bpubcv02 Reuni o ordin ria em uma sede regional de partido politico 3 1 00 29 47 1628 Di logos 6 8 01 45 28 11331 bfamdl01 Colegas de apartamento fazem as compras do m s 0 2 00 14 39 213
208. jective attitudes and opinions PALMER 1986 p 16 Tradu o minha para grammaticization of speaker s subjective attitudes and opinions BYBEE et al 1994 p 178 2 Esta tipologia ser apresentada na se o 2 3 1 35 A dimens o subjetiva da modalidade tratada de diferentes formas na literatura sobre a modalidade epist mica A oposi o entre o tra o objetivo e subjetivo da modalidade apresentada em Lyons 1977 que define que a modalidade epist mica objetiva expressa a chance objetivamente mensur vel de que um estado de coisas seja verdade ou n o e por sua vez um enunciado epist mico subjetivo indica uma suposi o subjetiva em rela o sua verdade A defini o de Lyons de subjetividade x objetividade recai sobre diferen as na qualidade da evid ncia que leva ao julgamento NUYTS 2005 p 14 Lyons 1977 p 797 toma em considera o os seguintes exemplos em 2 12 e 2 13 2 12 Alfred may be unmarried Alfred pode ser descasado Em uma interpreta o subjetiva do exemplo em 2 12 o falante baseado em suas pr prias suposi es subjetivamente se compromete com a possibilidade de Alfred ser descasado Em uma leitura objetiva o falante tem a informa o por exemplo do n mero de pessoas casadas em uma determinada comunidade e baseado neste fato constr i a possibilidade de Alfred ser descasado 2 13 Alfred must be unmarried Alfred deve ser descasado Em 2 13 uma
209. l 2 83 397 vai arrumar l o dia todo TOP e de l que ea vai po 1 po coisa COM bfamcv02 Dentre os valores modais tr s primordiais s o utilizados por Cresti e Tucci o al tico o de ntico e o epist mico A modalidade al tica se restringe avalia o que o l A l gica modal diz respeito quase exclusivamente modalidade al tica isto quela relacionada com a verdade necess ria ou contingente das proposi es Na lingu stica este tipo de modalidade desempenha um papel marginal por esta raz o n o ser levada em conta neste trabalho como explicitado na se o 2 3 1 68 falante faz do estado de coisas segundo no es l gicas de verdade e apresenta o do l Y 2 estado de coisas como verdadeiro como nos seguintes exemplos 2 84 Um cisne pode ser negro Um leopardo deve ser malhado Como as no es de capacidade e habilidade est o ligadas verdade do mundo s o 63 encaixadas nessa categoria A modalidade de ntica est relacionada s no es de permiss o e de obriga o com as quais o falante avalia um estado de coisas referente a alguma a o como nos exemplos seguintes 2 85 N o se pode abandonar a pessoa sozinha Marco deve partir hoje ter que A express o de desejo em alguns casos tamb m se insere nessa categoria uma vez que o falante posiciona se perante uma a o A modalidade epist mica manifesta se sempre que o falant
210. l descreve o atributo modal class que define o set modal e suas propriedades 168 attribute id level modalclass name modal class color green width 2 type markable set add to markableset text Mark as link style Icurve remove from markableset text Unmark as link adopt into markableset text Move this into current modal set merge into markableset text Merge both modal sets into one value id value modalclass name modal class gt lt attribute gt O ltimo n vel define o atributo comment do tipo freetext lt attribute id level comment type freetext name comment gt lt value id value comment name comment gt lt attribute gt lt annotationscheme gt 5 3 2 Escolha dos valores modais Este trabalho como explicitado anteriormente na parte te rica filia se tradi o lingu stica sobre modalidade que apresenta a depender da orienta o te rico metodol gica diferentes tipologias para o estudo dos modais O repert rio de significados modais est longe de ser est vel entre as l nguas no entanto observamos que h consenso entre todas as abordagens em rela o ao significado epist mico e o que as difere s o as nuances nos significados n o epist micos cf se o 2 3 do cap tulo 2 Retomo brevemente aqui os valores modais que ser o utilizados para fins de anota o a saber os valores epist mico de ntico e din mico Para o estabelecimento dos
211. l markers Journal of Pragmatics 44 15 2109 2115 2012 CORTES P O MELLO H R Modalidade no portugu s brasileiro as estruturas condicionais In Proceedings of the 9th Brazilian Symposium in Information and Human Language Technology 2013 p 163 167 CRESTI E Corpus di italiano parlato Firenze Accademia della Crusca 2000 CRESTI E Illocuzione e modalit In BECCARIA P MARELLO C eds La parola al testo Scritti per Bice Mortara Garavelli Torino Ed dell Orso 2002 p 133 145 CRESTI E SCARANO A Sur la notion de parl spontan CRESTI E SCARANO A Sur la notion de parl spontan Dispon vel em http lablita dit unifi it preprint preprint 98coll03 pdf Ultimo acesso em 15 nov 2012 CRESTI E MONEGLIA M C ORAL ROM Integrated reference corpora for spoken Romance languages Amsterdam Philadelphia John Benjamins 2005 CRESTI E Syntactic properties of spontaneous speech in The Language into Act Theory data on Italian complements and relative clauses In RASO T MELLO H eds Spoken Corpora and Linguistic Studies Amsterdam Philadelphia John Benjamins no prelo CROFT W CRUSE D A Cognitive linguistics Cambridge Cambridge University Press 2004 CUI Y CHI T Annotating Modal Expressions in the Chinese Treebank In Proceedings of WAMM IWCS2013 Potsdam Germany 2013 DAVIES M FERREIRA M 2006 Corpus do Portugu s 45 million words 1300s 1900s Dispon vel em
212. la espont nea do Portugu s Brasileiro um estudo de corpus Este projeto tem como objetivo investigar a modalidade em um corpus oral de fala espont nea do portugu s brasileiro por diferentes motivos 1 pela dificuldade de compreens o dessa categoria gramatical 2 pelo n mero ainda t mido de estudos sobre o tema no portugu s brasileiro e 3 pela necessidade de descri es e estudos pontuais da manifesta o oral do portugu s brasileiro Algumas das decis es te rico metodol gicas aqui adotadas portanto s o fruto das discuss es realizadas pelo grupo de pesquisa Interfaces linguagem cogni o e cultura INCOGNITO certificado pelo CNPq e liderado pelos professores Heliana Mello e Tommaso Raso Assim parti de estudos preliminares empreendidos dentro do projeto C ORAL BRASIL que levantaram as principais estrat gias modalizadoras na fala espont nea do PB MELLO CARVALHO CORTES 2010 MELLO RAMOS AVILA 2011 CORTES MELLO 2013 MELLO CAETANO 2012 O trabalho que ora apresento pretende ser um passo frente no que diz respeito descri o do comportamento de diferentes ndices marcadores do fen meno sem ntico da modalidade em um corpus oral da variante mineira do portugu s brasileiro Desde o s culo XVII segundo Arendt 1958 2010 p 310 todos os grandes autores cientistas e fil sofos declaravam ver coisas jamais antes vistas e ter pensamentos jamais antes pensados Como propo
213. lavras que expressam a polaridade que afeta o trigger Uma unidade informacional pode coincidir com um enunciado ou apenas ser uma parte dele Cada unidade cumpre uma fun o textual ou dial gica As unidades informacionais textuais que podem conter um trigger s o o Coment rio COM Coment rio M ltiplo CMM Coment rio Ligado COB o T pico TOP o Parent tico PAR e o Introdutor Locutivo INT Como os textos do minicorpus alimentados no MMAX2 n o cont m a anota o da estrutura informacional para a anota o deste tra o necess ria a utiliza o da plataforma DB IPIC Database of Information Pattern of Italian C ORAL ROM plataforma de busca dispon vel gratuitamente 3 2 2 SOURCES Uma source definida em sentido amplo como um agente ou uma organiza o que toma uma atitude em rela o a um evento em uma senten a MATSUYOSHI et al 2010 p 1459 De acordo com Matsuyoshi et al 2010 p 1459 a source um importante tra o da modalidade estendida porque esta informa o ajuda o leitora julgar a credibilidade dos 138 conte dos expressos em uma determinada senten a e 3 2 2 1 SOURCE OF THE EVENT MENTION A source of the event mention o produtor do evento O produtor normalmente o falante que enuncia um determinado conte do locut rio A A pessoa que produz o evento modal pode ser identificada no texto como a palavra em caixa alta no in cio de cada enu
214. leitura subjetiva da ocorr ncia seria mais natural segundo Lyons uma vez que o falante subjetivamente qualifica seu comprometimento com a factualidade da proposi o J uma interpreta o objetiva nasceria por exemplo se se considerasse a porcentagem de pessoas descasadas numa determinada comunidade e que fosse identificado o estado civil de todas estas pessoas solteiras exceto o de Alfred O falante portanto se compromete com a informa o dada ao seu interlocutor e que a proposi o Alfred deve ser descasado de certa maneira verdadeira Segundo Nuyts 2001 alguns autores consideram estas caracter sticas como diferentes significados da modalidade epist mico para a subjetividade e de ntico para a objetividade c f HENGEVELD 1988 e outros problematizam o tema como Coates 1983 que reivindica que tanto o valor epist mico quanto o valor de ntico podem ter usos subjetivos e objetivos 36 Narrog 2005 p 169 170 aponta que h dois problemas relacionados a esta quest o O primeiro seria a dificuldade em definir o que subjetivo ou a atitude do falante porque ambos os conceitos levam uma carga de vaguidade O segundo ponto seria definir a fronteira entre a subjetividade e a objetividade Na verdade Narrog argumenta que n o poss vel alcan ar um limite para o que subjetivo ou objetivo uma vez que a subjetividade de um falante pode estar expressa em diferentes elementos de uma senten
215. lizadas respectivamente Frequ ncia absoluta Unidade informacionais mCOM mTOP mPAR BINT 2 2 2 Figura 4 5 Frequ ncia absoluta das unidades informacionais em rela o aos ndices modalizados A tabela foi montada a partir da base IPIC plataforma de busca que fornece os dados comparativos do C ORAL ROM italiano e seu minicorpus e o minicorpus parte informal do C ORAL BRASIL em rela o a dados gerais tipos interacionais contextos comunicativos e unidades informacionais Dispon vel em http lablita dit unifi it ipic ltimo acesso em 16 mar 2014 Trago apenas os n meros que me interessam nesta an lise Para fins de an lise nos n meros para Coment rio est o inclu dos enunciados e estrofes uma vez que os n meros da unidade COM cont m os CMMs e os COBs Computo igualmente para o T pico e o Parent tico os n meros da Lista de T picos 3 e Lista de Parent ticos 3 respectivamente 109 Frequ ncia relativa Unidades informacionais mMinicorpus W ndices modais E 503 22 18 7 4 3 124 17 13 7 223 23 10 3 Coment rio T pico Parent tico Introdutor Locutivo Figura 4 6 Frequ ncia relativa das unidades informacionais no minicorpus Comparados os dois gr ficos notamos que o Coment rio tanto em termos absolutos quanto em termos relativos a unidade mais frequentemente modalizada As outras unidades em n meros absolutos s o modalizadas em m dia em 2 dos enunciados j
216. lo Palmer 2001 e sistemas de l gica modal Portner 2009 s o muito sofisticadas e muito dif cil executar analisadores de modalidade estendida nelas baseados no atual est gio de tecnologia em PNL MATSUYOSHI et al 2010 p 1458 O esquema de modalidade proposto constitu do de sete componentes Source Time Conditional Primary modality type assertion volition wish imperative permission interrogative Actuality Evaluation e Focus Este sistema encontrou alguns desafios como a representa o de adv rbios de frequ ncia de constru es de dificuldade e de potencial No entanto apresentou um acordo entre dois anotadores razoavelmente aceit vel em m dia um x 0 71 para os componentes Comparado aos projetos de Saur et al 2006 Saur e Pustejovski 2009 2012 e ao de Baker 2010 o sistema proposto por Matsuyoshi et al 2010 apesar de tamb m anotar eventos mais rico em termos de elementos a serem anotados Isso se deve ao fato de que os sistemas constru dos tanto por Saur e seus colegas quanto por Baker e colegas atendem a um prop sito espec fico e dessa forma a escolha dos componentes a serem marcados fica condicionada a este objetivo final Em uma perspectiva mais ampla do que seja modalidade Wiebe e suas colaboradoras 2005 exploram um esquema de anota o de opini es e emo es baseado em estudo de um corpus de artigos da imprensa internacional o MPQA Opinion Corpus WIEBE WILSON CARDI
217. lt delespro COM bfamcv02 c 3 conjuga o entre turnos Observa se que a estrutura mais frequente o perfil pr tase no T pico e ap dose no Coment rio o que coincide com a fun o informacional das unidades Em termos discursivos a pr tase de uma condicional atua como um angulador que estabelece as condi es de valida o do discurso subsequente Conforme Ferrari 2008 p 121 desde uma perspectiva cognitiva no dom nio epist mico as condicionais expressam a ideia de que o conhecimento do evento ou do estado de coisas expresso na pr tase seria uma condi o suficiente para o estabelecimento da conclus o na ap dose Os exemplos tamb m nos mostram que poss vel a combina o de outros perfis com as estruturas pr tase ap dose ap dose pr tase distribu das em unidades informacionais diferentes como Coment rios M ltiplos Coment rios Ligados Ap ndices de T pico e tamb m em enunciados diferentes neste caso a estrutura se completa em atos de fala diferentes cada um veiculando sua pr pria ilocu o Podem ser encontradas ainda ocorr ncias em que a pr tase tenha como ncora o contexto interacional sem a realiza o necess ria da ap dose como no caso em 4 41 o que denota um comportamento peculiar destas constru es na fala espont nea Os dados apontam para o fato de que a pr tase carrega o n o factual da constru o condicional cf COMRIE 1986 e nos casos em que ocorre a or
218. m certeza deve ser bfamdl01 133 4 28 Talvez e s vezes indicadores de possibilidade bb MAI no norte de Mina tinha esse 2 antigamente tinha esse tipo de cobra tudo n talvez agora j acabou porque j desmataram muito n bfammn01 cc ANE 297 olha se tem gente ai CES 298 xxx 1 pode passar aqui ENC 299 oi ANE 300 s vezes 2 s vezes fica gente CES 301 pode entrar 302 po po vim Anete bfamdl05 As vezes uma locu o que tanto pode exercer uma fun o temporal quanto pode js 91 ad 21 exercer uma fun o modal A desambiguiza o tamb m feita pela an lise do contexto do co texto e da pros dia Por exemplo dd PAU c tem que aprender a olhar planta porque a hora que c pegar um projeto maior a pa fazer que o dono nt tiver perto a c tem que tocar s vezes o engenheiro tamb m n tem muito tempo t mexendo com outra coisa s vem no final de semana bpubdl01 No exemplo o adverbial s vezes pode indicar uma situa o poss vel portanto um uso modal ou pode indicar a frequ ncia com que o engenheiro visita a obra um uso temporal no caso 4 29 Certamente e potencialmente ee MAI a cobra tava amp en 2 continuou enrolada nele certamente eatava querendo fazer o seguinte eu eu matei esse eu vou matar o resto tudo da 1
219. m elemento negativo Na l gica a nega o um operador que inverte as condi es de verdade de um determinado conte do proposicional Lawler 2007 coloca que a nega o um fen meno lingu stico cognitivo e intelectual e que fundamental para todo o pensamento humano Nas palavras de Kiefer 2009 p 193 a nega o de um evento teria que ser caracterizada em termos da ocorr ncia do evento ser feita relativamente sua n amp o ocorr ncia Nas l nguas naturais a nega o funciona como um operador associado a quantificadores e modais sendo que a rela o entre estas categorias se d de forma complexa Vejamos alguns casos amb guos L the negation of an event would have to be characterized in terms of the occurrence of the event being made relative to its nonoccurrence KIEFER 2009 p 193 60 2 69 Ele n o pode ir ao jogo 2 69a N o poss vel ele ir ao jogo 2 69b Nao permitido ele ir ao jogo Destaco de nossa amostra algumas ocorr ncias em que temos o operador de nega o associado a um ndice modal A partir deles discuto a rela o entre dois ndices modais um deles modificado pela nega o 2 70 GIL 2 lt 6 mas gt voltando quest o falando em 2 e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muito palha eu acho que es n deviam mais participar e tal bfamcv01 2 71 PAU 247 ele n o pode chegar no final d
220. ma pracinha boa aqui PAU 191 e a Isa tava achando que ela ali ia ficar pequena 192 falei assim depois de feito que a gente v o tamanho n bpubdlO1 No exemplo em 2 66 temos um julgamento epist mico de um conceptualizador prim rio o falante o mais frequente em nossa amostra Em 2 67 h a ocorr ncia de uma avalia o por parte do falante de um julgamento epist mico de um conceptualizador em terceira pessoa o que poderia ser textualizado como eu acho que eles acham O uso de um pronome gen rico como eles pode indicar essa ades o a uma avalia o que parte do senso comum Por fim em 2 68 o falante reporta um julgamento epist mico de uma terceira pessoa porque partilha dessa informa o ele ela acha porque compartilhamos esse conhecimento Parece que h em 2 67 e 2 68 dois n veis de interpreta o o primeiro n vel estaria relacionado ao falante e confiabilidade fonte da informa o que seria evidencial uma vez que uma informa o avalia o filtrada pelos olhos do falante no primeiro caso e no segundo exemplo h uma avalia o reportada pelo falante o outro n vel estaria relacionado a um conceptualizador em terceira pessoa e sua suposta avalia o portanto uma interpreta o epist mica O seguinte continuum representa os graus de comprometimento afastamento do falante conceptualizador primeiro no que diz respeito ao material enunciado 47
221. mentam que pode ser tomada de forma mais ampla para incluir v rios tipos de atitude no sentido de posi o Assim segundo eles a modalidade definida como uma atitude por parte do falante em rela o a uma a o ou um estado BAKER et al 2010 p 1 e pode indicar factividade relacionada ao fato de um evento um estado ou uma proposi o acontecer ou n o acontecer evidencialidade relacionada fonte da informa o cf se o 2 4 do segundo cap tulo deste trabalho ou sentimento relacionado aos sentimentos negativos ou positivos do falante em rela o ao evento estado ou proposi o O esquema de anota o reconhece tr s elementos o trigger a palavra ou sequ ncia de palavras que expressam modalidade o target a unidade de anota o o evento estado ou rela o no escopo do trigger e o holder o experienciador ou o cognoscente da modalidade O anotador seleciona apenas o target e a modalidade relacionada a ele nenhuma anota o feita no holder ou no trigger Esta unidade de anota o est contida em uma ora o e o verbo principal da ora o o nico a ser marcado Para fins de etiquetagem s o consideradas oito modalidades relacionadas estritamente factividade que podem no entanto se sobrepor s categorias de evidencialidade e sentimento Requirement Permissive Success Effort Intention Ability Want Belief Da mesma forma Ruppenhofer e Rehbein 2012 prop em um esquema
222. mic volition 85 DFL 63 mas ele quis que todos os filhos estudassem COM bfammn02 trigger quis modal value dynamic volition polarity pos IU COM target todos os filhos estudassem polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention DFL source of the modality ele 3 3 POLARIDADE O tra o da polaridade como explicitado em se es anteriores marcado para o trigger e o target Possui dois valores positivo e negativo e o valor default o positivo A polaridade global do enunciado n o computada Se um trigger e um target ambos possuam polaridade negativa a polaridade dos componentes ser marcada separadamente Nos casos de valores de nticos de permiss o e proibi o marcados por uma part cula negativa o que os diferencia a for a da permiss o forte ou forte respectivamente Para a deontic permission marca se a polaridade como negativa j para a deontic_prohibition marca se a polaridade como positiva 86 PAU 247 ele n o pode chegar no final da semana e SCA desmanchar tudo o que foi feito durante a semana COMS n PHA bpubdlO1 trigger pode modal value deontic permission polarity neg IU COM target ele chegar no final da semana e desmanchar tudo o que foi feito durante a semana polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention PAU source of the modality PAU 87 CAR 250 hhh lt palavr o gt n
223. modal modal value b polaridade polarity c ndice de modalidade polarity_cue d unidade informacional em que est contido IU 179 A polaridade polarity o componente usado para marcar se h uma nega o agindo sobre o valor modal Os valores atribu dos a este tra o s o positivo e negativo O ndice de polaridade polarity cue um campo freetext isto um campo em que se pode digitar qualquer informa o desejada neste caso identificar a palavra ou palavras que expressam a polaridade que afeta o trigger Uma unidade informacional pode coincidir com um enunciado ou apenas ser uma parte dele Cada unidade cumpre uma fun o textual ou dial gica As unidades informacionais textuais que podem conter um trigger s o o Coment rio COM Coment rio M ltiplo CMM Coment rio Ligado COB o T pico TOP o Parent tico PAR e o Introdutor Locutivo INT Como os textos do minicorpus alimentados no MMAX2 n o cont m a anota o da estrutura informacional para a anota o deste tra o necess ria a utiliza o da plataforma DB IPIC Database of Information Pattern of Italian C ORAL ROM uma plataforma de busca dispon vel gratuitamente composta de 1 um corpus da se o informal do C ORAL ROM italiano com 124 735 palavras e 74 sess es gravadas ii um minicorpus da se o informal do C ORAL ROM italiano com 32 589 palavras e 20 se
224. mpo e a Unidade Vazia A partir de agora apresento a defini o de cada uma destas unidades tornadas discretas atrav s dos crit rios mencionados anteriormente funcional entoacional e distribucional 3 1 2 Unidades Informacionais 3 1 2 1 Coment rio COM A unidade de Coment rio COM a unidade nuclear prim ria de um padr o informacional e tem a fun o de veicular a for a ilocucion ria do enunciado a nica que pode figurar sozinha no enunciado uma vez que representa a unidade informacional necess ria e suficiente para a sua realiza o e interpretabilidade Em termos de propriedades pros dicas esta unidade corresponde ao perfil do tipo raiz e seu foco varia de acordo com os tipos de ilocu o recusa asser o dire o express o rito e condi es contextuais Quanto ao crit rio distribucional o Coment rio tem distribui o livre e estabelece restri es nas propriedades distribucionais de outras poss veis unidades informacionais isto as demais unidades se organizam em fun o dele Esta unidade pode ser segmentada por Unidades de Escans o Vejamos os exemplos 80 3 3 BRU 360 n tem nada que pode ser aproveitado COM bpubcv01 3 4 CAR se for mais gente numa situa o pior TOP n s vamo ter que pensar l COM bpubcv02 w O enunciado em 3 3 do tipo simples porque possui apenas a unidade de Coment rio suficiente e necess ria Em 3 4 temo
225. nal b entoacional perfil pros dico tipo e dire o do movimento de Fo velocidade de elocu o e intensidade presen a ou n o de foco entoacional e c distribucional a posi o da unidade 74 O perfil pros dico identificado com base na fonologia entoacional desenvolvida pelo grupo IPO Instituut voor Perceptie Onderzoek em holand s ou Instituto para Pesquisa em Percep o HART COLLIER COHEN 1990 S o definidas tr s classes de configura o root perfix suffix que se combinam em um contorno pros dico 19 opcional em rela o unidade nuclear o Coment rio que tem distribui o livre dentro do enunciado H unidades com fun o textual que comp em e agem diretamente sobre o texto do enunciado e unidades com fun es dial gicas tamb m chamadas aux lios dial gicos que s o instrumentos para regular o di logo e a intera o agem sobre a situa o comunicativa e ou o interlocutor As unidades textuais s o o Coment rio que em um padr o complexo pode ser realizado na forma de Coment rios M ltiplos ou Coment rios Ligados o Ap ndice de Coment rio o T pico o Ap ndice de T pico o Parent tico e o Introdutor Locutivo As unidades dial gicas s o o Incipit rio o Conativo o F tico o Alocutivo o Expressivo e o Conector Discursivo H outras unidades que n o possuem valor informacional e sinalizam disflu ncias da fala ou escans o a Unidade de Escans o a Tomada de Te
226. nciado 44 CAR 98 eu consigo COM n ZPHA bfamcv03 135 Excepcionalmente a unidade de Ap ndice de Coment rio APC pode conter um ndice modal Esta unidade integra o texto do Coment rio e conclui o enunciado dependente da unidade informacional de Coment rio Para a anota o das ocorr ncias do trigger nesta unidade ver regra G desta se o P6 Dispon vel em http lablita dit unifi it app dbipic index php ltimo acesso 01 dez 2013 137 No original an agent or an organization that takes an attitude toward an event mention in a sentence MATSUYOSHI et al 2010 p 1459 P5 Tradu o para this information helps a reader judge credibility of contents conveyed from a given sentence MATSUYOSHI et al 2010 p 1459 trigger consigo modal value dynamic ability polarity pos IU COM source of the event mention CAR 45 JAN 291 na verdade eu queria levar as duas COM n PHA bpubdl02 trigger na verdade modal value epistemic_belief polarity pos IU COM source of the event mention JAN 46 EMM 79 esperamos que esse novo programa que vai vim TOP ele TOP bpucv01 trigger esperamos modal value dynamic_volition polarity pos IU TOP source of the event mention EMM 3 5 2 2 SOURCE OF THE MODALITY A source of the modality o agente experenciador ou cognoscente que veicula a modalidade As sources correspondentes a ca
227. nea a defini o de modalidade no sentido de delimitar a fronteira entre sem ntica e pragm tica e a partir disso definir e descrever os marcadores modais Objetivos espec ficos e explorar o comportamento de diferentes ndices marcadores de modalidade lexicais ou gramaticais em um corpus oral da variante brasileira do portugu s e sugerir uma correla o entre a tipologia da modalidade do Portugu s Brasileiro com base nas unidades informacionais que comp em seus enunciados 21 e investigar os contextos de uso dos diferentes ndices de modalidade e elaborar um esquema de anota o da modalidade a ser aplicado em uma amostra de um corpus representativo da fala espont nea do portugu s brasileiro 1 3 Organiza o do texto Este trabalho est organizado em tr s grandes eixos uma parte te rica que trata da defini o de modalidade e da sua tipologia os procedimentos metodol gicos e a descri o dos itens modais de base emp rica em uma amostra de corpus oral do PB e a ltima parte em que apresento uma proposta de esquema de anota o sem ntica da modalidade A narrativa assim se constr i desde uma discuss o te rica passa pela descri o do fen meno a partir de consistente base emp rica e termina com sua aplica o para fins de PLN com a elabora o do esquema de anota o O cap tulo 2 traz uma discuss o do conceito de modalidade corrente na literatura sobre o tema os tipo
228. nfo Show ML Panel LUI com certeza es n v o participar uai LEO eles s o pores do que o Curepox EVN pcis LUI agora manca uma barrinha minha 7 DN porque o Durcpax pzlo mznoo jogava bola 7 GIL n o eo Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara la qua era muitc muto muito palha CVN era aquele cara ts LUI escroto e como ele era amigo dos caras a galera meio que torrava as dores mas n mas n eles n eram todos escrotos igual o pessoal do Gal ticos n o EVN No o Gal tipos maema ttad mundo babaca GIL n o e assim M Makasink o tt eles reclarravarr n o se bem que tinha tinha uns dois que faleram assim gente a gente perdeu no campo a gente n perdeu por causa disso n o tipo tinha dois falaram isso n o a gente perde no campo e tal EVN eu queria ver a somunidaae dele l ver que que es falam entre si assim s pra eles mssmos mas fechado Figura 5 3 Estabelecer inks entre markables EB MMAX2 1 13 003 H modality software_luciana MMAX_Modality_data bfamcv01_clean txt tok mmax modified m mx File Settings Display Tools Plugins Info Show ML Panel LUI com certeza es n v o participar uai LEO eles s o piores do que o Dureaox EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos
229. nit trigger gt lt value id value type source modality name source modality gt lt value id value type event name source event gt lt attribute gt No segundo n vel est definido o atributo valor modal e seus respectivos valores em uma lista nominal nm lt attribute id level modal value name modal value type nominal list text gt lt value id value modal value none name none gt value id value modal value epistemic knowledge name epistemic knowledge gt value id value modal value epistemic belief name epistemic_belief gt lt value id value modal value epistemic possibility name epistemic possibility gt value id value modal value epistemic probability name epistemic probability gt 166 value id value modal value epistemic necessity name epistemic necessity gt value idz value modal value epistemic verification name epistemic verification value id value modal value deontic necessity name deontic_necessity gt value id value modal value deontic permission name deontic permission gt value id value modal value deontic obligation name deontic obligation gt value id value modal value deontic prohibition name deontic prohibition gt value idz value modal deontic restriction name deontic necessity value idz value modal value dynamic volition name dynamic_volition gt value idz value mod
230. nizing event modality in text in Proceedings of the 19th International FLAIRS Conference FLAIRS 2006 SAUR R PUSTEJOVSKY J Determining modality and factuality for textual entailment In First IEEE International Conference on Semantic Computing Irvine California 2007 217 SAUR R A Factuality Profiler for Eventualities in Text Ph D Thesis Brandeis University 2008 SAUR R PUSTEJOVSKY J FactBank A Corpus Annotated with Event Factuality Language Resources and Evaluation 2009 Dispon vel em http link springer com article 10 1007 s10579 009 9089 9 fulltext html Ultimo acesso 28 jan 2013 SAURI R PUSTEJOVSKY J Assessing the factuality degree of events in text Computational Linguistics 38 2 2012 p 261 299 SEARLE J Speech acts Cambridge Cambridge University Press 1969 SEARLE J 1979 Express o e significado S o Paulo Martins Fontes 2002 SIMON VANDENBERGEN A AIJMER K The semantic field of modal certainty a corpus based study of English adverbs Berlin New York Mouton de Gruyter 2007 SIMON VANDENBERGEN A M Almost certainly and most definitely Degree modifiers and epistemic stance Journal of Pragmatics 40 2008 p 1521 1542 SWAN T Sentence Adverbials in English A Synchronic and Diachronic Investigation Oslo Novus 1988 SWEETSER E From etymology to pragmatics metaphorical and cultural aspects of semantic structure Cambridge Cambridge University Press 19
231. njunto de valores factuais que diferentes participantes assinalam para um evento denominado perfil de factualidade factuality profile Saur 2008 e Saur e Pustejovski 2009 2012 adicionaram ao TimeBank corpus PUSTEJOVISKY et al 2005 uma nova camada de informa o sem ntica o FactBank Este corpus de eventos constitu do por 208 documentos com 9 488 eventos anotado para a factualidade de eventos ou factividade definida por Saur e Pustejovsky 2012 p 263 como o n vel de informa o que expressa a natureza factual de eventualidades 2 mencionadas em um texto Isto expressar se elas correspondem a um fato a uma 145 possibilidade ou a uma situa o que n o ocorre no mundo Segundo os autores a factualidade resultado da intera o entre polaridade e certeza e se relacionam com outras categorias como a modalidade epist mica a evidencialidade a postura epist mica e hedging A anota o de modalidade para a caracteriza o de eventos pode tamb m ser utilizada em processos anal ticos autom ticos Baker et al 2010 desenvolveram um esquema de anota o de modalidade um l xico da modalidade e dois etiquetadores automatizados constru dos a partir do l xico e do esquema de anota o O esquema aplicado a exemplos do ingl s com mapeamentos poss veis para o Urdu Os autores consideram a modalidade como um componente extra proposicional do significado e argu
232. nki fi varieng journals volumes 01 nurmi Ultimo acesso 27 mar 2012 NUYTS J Epistemic modal qualifications On their linguistic and conceptual structure Antwerp Papers in Linguistics APiL n 81 1994 Antu rpia University of Antwerp Dispon vel em http webhost ua ac be apil list html Ultimo acesso em 16 nov 2012 out of print NUYTS J Epistemic modality language and conceptualization a cognitive pragmatic perspective Amsterdam Philadelphia John Benjamins 2001 NUYTS J Grounding and the system of epistemic expressions in Dutch A cognitive functional view In BRISARD F ed Grounding The epistemic footing of deixis and reference Berlin Mouton de Gruyter 2002 p 433 466 NUYTS J The modal confusion On terminology and the concepts behind it In KLINGE A MULLER H H eds Modality Studies in form and function London Equinox 2005 p 5 38 NUYTS J Notions of inter subjectivity English Text Construction 5 53 76 2012 OLIVEIRA F Modalidade e modo In MATEUS M H M BRITO A M DUARTE L FARIA I H Gram tica da Lingua Portuguesa 6 ed Lisboa Caminho 2003 PALMER F R Mood and modality Cambridge Cambridge University Press 1986 PALMER F R Modality and the English modals London Longman 1990 PALMER F R Mood and modality 2 edition Cambridge Cambridge University Press 2001 PAPAFRAGOU A Inference and word meaning the case of modal auxiliaries Ling
233. nsideraram tr s ilocu es diferentes pertencentes classe dos diretivos cf CRESTI 2000 MONEGLIA 2011 a saber sugest o recomenda o convite e pergunta para materiais locut rios com diferentes modalidades o primeiro Vem pro Brasil o segundo Pode vir pro Brasil e o terceiro Tem que vir pro Brasil Foram consideradas tamb m duas atitudes comprometida e irritada Comparando a mesma ilocu o produzida com diferentes atitudes observou se que enquanto a ilocu o tem um n cleo a atitude est distribu da por toda a unidade tonal Dessa forma para se analisar a ilocu o necess rio olhar a posi o do n cleo a forma do n cleo e o alinhamento do n cleo isto a rela o do n cleo com o conte do segmental Tamb m se observou que se se mant m a ilocu o e a atitude e se varia a modalidade esta ltima n o vai afetar os par metros pros dicos O nico aspecto que parece mudar a parte de prepara o da curva devido a uma mudan a no material segmental No original prosodic attitude generally refers to the expression of social affects voluntarily controlled by the speaker MORAES et al p 1 66 Outro aspecto observado por Mello e Raso 2011 p 15 foi que a depender da ilocu o um mesmo ndice modal pode ser interpretado com diferentes significados Por exemplo para o material locut rio eu devo passar na casa dele se enunciado como uma asser o
234. nto realiza uma ilocu o espec fica e com uma modalidade espec fica Usar este r tulo portanto pode levar a interpreta es equivocadas sobre a categoria da modalidade A modalidade uma modifica o que cria uma nuance ou uma relativiza o do que est sendo enunciado N o pode ser confundida com qualquer modifica o nem com qualquer fun o modalizadora nem com um quantificador e g aproximadamente cerca de nem com um angulador e g tipo uma esp cie de uma modifica o que pressup e o grau de comprometimento do sujeito da modalidade e ou os dom nios da possibilidade necessidade habilidade e voli o 70 b falante gt sujeito conceptualizador Utilizo uma no o sem ntico cognitiva o conceptualizador nos termos de Langacker 1987 1991 2001 2007 2008 em lugar do falante uma vez que a primeira no o mais abrangente do que a ltima pois abarca al m do falante o endere ado ou um terceiro indiv duo O conceptualizador seria o pr prio falante ou uma terceira pessoa para cujo ponto de vista o falante se projeta Observe os exemplos abaixo 2 87 117 eu falei n o eu devo ter a conta ainda porque eu nti bfammn03 2 88 LUC 361 lt isso pode ser potencialmente gt divertido bfamcv04 2 89 DFL 58 aquilo que o o professor achava mais importante bfammn02 2 90 K AT 43 ent o ela acha que a meia que t melhorando
235. o COM 225 quatorze e oitenta e nove COM 226 esse daqui quatro e noventa e oito COM FLA 227 COM 228 oh COM 229 n o CMM mas a tem 2 SCA aqui tem o 1 SCA o dobro gt CMM REN 230 o lt dobro gt COM 231 pois CMM mas teria que ser uns dez reais CMM n PHA bfamdl01 Em 5 1 o falante LAU descreve uma situa o que apresentada como uma cren a ou opini o com nenhum ou baixo grau de certeza O exemplo seguinte 5 2 dada determinada evid ncia BAL apresenta a impossibilidade n posso de que esperar crescer dentro disso seja o caso O verbo dever em 5 3 carrega o significado de que a partir de um conhecimento pr vio sobre es chega se conclus o de que prov vel que um grupo es critique uma determinada situa o em outras palavras o exemplo expressa um Julgamento epist mico da probabilidade de uma determinada situa o ocorrer No excerto em 5 4 os participantes comparam o pre o de dois produtos A participante REN chega ent o conclus o de que h a necessidade disparada pelo semimodal ter que do pre o do produto ser uns dez reais para que fosse coerente a quantidade do produto com o seu pre o Para este tipo foram identificados seis subvalores conhecimento cren a possibilidade probabilidade necessidade e verifica o Segundo Palmer 2001 p 24 existem tr
236. o o foi introduzida na filosofia l gica na d cada de 1960 por Hintikka 1962 e Kripke 1963 com ra zes em Leibniz para quem as pessoas viviam em um mundo que apenas um entre infinitas possibilidades de mundos criados por Deus Para fins deste trabalho n o ampliarei a discuss o da l gica modal e passo a apresentar a proposta de Kratzer em que os mundos poss veis servem a modelar determinadas rela es sem nticas entre express es lingu sticas Nas palavras de Rubinstein 2012 p 191 os mundos poss veis representam todas as maneiras poss veis de as coisas poderem ser sem o compromisso de estas possibilidades realmente existirem ou n o no mundo em que vivemos Nesta perspectiva a modalidade seria o fen meno lingu stico por meio do qual a gram tica permite que se diga coisas sobre ou na base de situa es que n o necessitam ser reais PORTNER 2009 p 1 Os modais seriam pistas lingu sticas que lan ariam luz aos conjuntos contextualmente relevantes de mundos poss veis Duas das ideias centrais da abordagem de Kratzer 1981 1991 2012 tomada como uma encarna o influente da l gica modal s o 1 os modais relativos n o s o amb guos a distin o do valor de um determinado ndice modal dada pelo contexto ou pelo que ela denomina background conversacional Os modais de possibilidade corresponderiam a quantificadores existenciais e os de necessidade a quantificadores univers
237. o COM n PHA trigger precisa modal value deontic necessity polarity pos IU COM source of the event mention REN source of the modality REN 184 2 Quando a source of the modality um pronome ele anotado 5 52 CES 307 ele tem setenta e seis gt metros quadrado me parece COM trigger parece modal value epistemic belief polarity pos IU COM source of the event mention CES source of the modality me 3 Quando a source de uma deontic permission externa ao participante ela n o anotada 5 53 BRU 147 esse aqui n o CMM porque esse aqui quando for desenhar CMM 148 a DCT o 1 EMP no jogo do desenho TOP por exemplo INT um TOP c n pode tirar o 1 SCA o 1 EMP lt o gt 1 EMP o l pis do papel ZCMM o outro tem que desenhar com a m o gt esquerda CMM HEL 149 lt n o CMM n s n v o fazer o desenho CMM LUC 150 eu posso desenhar ao inv s de fazer mimica gt COM bfamcv04 trigger posso modal value deontic permission polarity pos IU COM source of the event mention LUC source of the modality 5 54 BRU 88 lt hhh a DCT passa um tiquim CMM fala de novo CMM n gt PHA HEL 89 ham ham COM S 90 a pessoa amp fa COM LUC 91 lt gt COM HEL 92 ah COM LUC 93 lt gt COM HEL 94 pessoa faz que n o COM LUC 95 CO
238. o Chicago University Press 1992 INUI K ABE S MORITA H EGUCHI M SUMIDA A SAO C HARA K MURAKAMI K MATSUYOSHI S Experience mining Building a large scale database of personal experiences and opinions from web documents In 2008 IEEE WIC ACM International Conference on Web Intelligence 2008 p 314 321 K RKK INEN E Epistemic stance in English conversation A description of its interactional functions with a focus on I think Amsterdam Philadelphia Amsterdam 2003 KARTTUNEN L ZAENEN A Veridicity In KATZ G PUSTEJOVSKY J SCHILDER F eds Dagstuhl seminar proceedings Annotating extracting and reasoning about time and events Dagstuhl Germany 2005 KIEFER F Modality In ASHER R E ed The Encyclopedia of Language and Linguistics Oxford Pergamon Press 1994 p 2515 2520 KIEFER F Modality and pragmatics Folia Linguistica 31 3 4 241 253 1997 KIEFER F Modality In BRISARD F OSTMAN J O VERSCHUEREN J Grammar meaning and pragmatics Amsterdam Philadelphia John Benjamins 2009 p 179 207 KRATZER A The notional category of modality In EIKMEYER H J RIESER H ed Words worlds and contexts new approaches in Word Semantics Berlin de Gruyter 1981 p 38 74 KRATZER A Modality In Semantics an International Handbook of Contemporary Research VON STECHOW A DIETER W Berlin de Gruyter 1991 p 639 650 KRATZER A Modals and Conditionals
239. o nenhum mais uma viol ncia uma discrimina o odiosa entre as muitas que tenho sido v tima desde 89 Estado Se o sr a v tima quem CDP 190r Br Intrv ISP 4 8 Nahas Confio na Justi a e sei que esta senten a est sujeita a revis o Terminando meu trabalho eu volto porque quero me apresentar para a apela ao aproveitando o momento para esclarecer todo esse assunto e mostrar definitivamente quem s o os culpados Sou a v tima Estado O sr se considera um bode expiat rio Nahas Sou E o mais sofrido do Brasil iBEsp 244 18 de outubro de 1997 Manoel de Barros faz do absurdo sensatez Estado Como surgiu seu amor pelas coisas sem import ncia Manoel de Barros Quando eu era jovem fiz uma longa viagem pela Bol via CDP 190r Br Intrv ISP Em 4 7 confirmado por 4 8 tem se um caso de discurso reportado e mostra se a separa o entre quem enuncia e nos termos tradicionais explicitados anteriormente o falante que se compromete com a verdade da proposi o enunciada Em ltima consequ ncia h uma separa o a meu ver entre enunciado e proposi o enunciada Observemos outro exemplo 4 9 lugar exceto Belo Horizonte por mais de 2 anos Sebasti o Nem no Rio de Janeiro Prof Eduardo No Rio eu peguei uma vez mas minha mulher me gozou tanto Comecei a puxar o s igual ao pessoal de Juiz de Fora que se considera carioca Dizem aqui em Belo Horizonte que o pessoal de l d o endere
240. o alta caracterizada por um movimento de r pida subida seguida de descida Distribucionalmente ocorre em in cio de enunciado ou turno e frequentemente seguido de uma unidade de F tico 3 14 bom ZINPz ali tamb m pode fazer o seguinte o COM bpubdl01 Dj 84 3 2 2 2 Conativo CNT A unidade de Conativo CNT tem a fun o de provocar o interlocutor a se engajar na intera o ou interromper o seu comportamento n o cooperativo O perfil pros dico se caracteriza por intensidade alta perfil descendente e dura o curta Na maioria das vezes ocupa posi o inicial ou final e algumas vezes posi o intermedi ria H a possibilidade ainda que pouco frequente de ocorrer mais de uma unidade de CNT no enunciado 3 15 pera a CNT pera pera a gt CNT s um segundo CNT s v o esperar o 1 SCA a ampulheta COB a lt desnego ar gt COM bfamcv04 DJ 3 2 2 3 F tico PHA A unidade dial gica de F tico PHA tem a fun o de controlar o canal comunicativo de modo a assegurar a manuten o de sua abertura Ele estimula o ouvinte a manter a coes o social necess ria numa troca conversacional ou tenta se certificar de que o enunciado foi recebido Em posi o final no enunciado serve para marcar o acordo com o interlocutor e pode ser empregado para pedir uma confirma o Por ltimo funciona como uma tomada de tempo para uma melhor programa o do enunciado Apresent
241. o da no o sem ntica de modalidade e sua realiza o na fala espont nea do portugu s brasileiro Al m disso o esquema de anota o da modalidade um passo importante e relevante para os estudos em Processamento em Linguagem Natural e poder contribuir com ferramentas para anota o autom tica da categoria no que diz respeito a textos falados e por que n o sua amplia o e adapta o para textos escritos 206 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALMEIDA S A F Subjetividade e intersubjetividade as constru es completivas epist micas em ingl s 2010 209f Tese Doutorado em Lingu stica Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro ALMEIDA S FERRARI L Subjectivity Intersubjectivity and Epistemic Complementation Constructions Selected Papers from UK CLA Meetings http uk cla org uk proceedings Vol 1 110 127 2012 ARENDT H 1958 A condi o humana Rio de Janeiro Editora Forense Universit ria 2010 ARISTOTE Cat gories Sur l interpr tation Organon I II Paris Editions Flammarion 2007 AUSTIN J How to do things with words Oxford Clarendon 1962 van der AUWERA J PLUNGIAN V Modality s semantic map Linguistic Typology 2 79 124 1998 VILA L B MELLO H Challenges in modality annotation in a Brazilian Portuguese spontaneous speech corpus In Proceedings of WAMM IWCS2013 Potsdam Germany 2013 BAKER K BLOODGOOD M DORR B J FILAR
242. o de coisas o que torna este estado de coisas poss vel ou necess rio Como atestado nos exemplos 2 26a e 2 26b 43 2 26a To get to the Station you can take bus 66 Para chegar esta o voc pode pegar o nibus 66 2 26b To get to the Station you have to take bus 66 Para chegar esta o voc tem que pegar o nibus 66 Em 2 26a o nibus 66 uma entre outras possibilidades para se chegar esta o e em 2 26b pegar o nibus 66 constitui se como uma necessidade externa j que o nico meio de transporte para se chegar esta o O terceiro dom nio a modalidade de ntica caracterizado como um subdominio da modalidade externa ao participante Este tipo identifica as circunst ncias favorecedoras externas ao participante como uma pessoa s normalmente o falante e ou alguma norma social ou tica que permite ou obriga o participante a se engajar no estado de coisas Em 2 27a temos um caso de possibilidade de ntica uma pessoa ou norma permite e torna poss vel a partida de John A necessidade de ntica est expressa em 2 27b em que uma autoridade ou uma norma imp e a partida de Jo o como necess ria e obrigat ria 2 27a John may leave now John pode partir agora 2 27b John must leave now John deve partir agora O quarto e ltimo dom nio a modalidade epist mica que se refere a um julgamento de uma proposi o pelo falante que pode ser considerada incert
243. o epistemic modal suffixes in Korean Cognitive Linguistics 4 135 6 1993 LOCAL J Phonetic and interactional features of attitude in everyday conversation Research proposal Dispon vel em http www users york ac uk lang4 emotion proposal html Ultimo acesso em 22 out 2012 LUNGUINHO M V Sobre a concord ncia modal em portugu s Cadernos de Linguagem e Sociedade v 11 n 2 2010 LYONS J Semantics vol 1 Cambridge Cambridge University Press 1977 LYONS J Semantics vol 2 Cambridge Cambridge University Press 1977 MACHADO N J CUNHA M O L gica e linguagem cotidiana verdade coer ncia comunica o argumenta o Belo Horizonte Aut ntica 2005 MACWHINNEY B The CHILDES Project Tools for Analyzing Talk 3rd Edition Mahwah NJ Lawrence Erlbaum Associates 2000 MARTIN P WinPitch Corpus A text to Speech Alignment Tool for Multimodal Corpora In Proceedings of the Fourth Conference on the International Language Resources and Evaluation LREC 04 Lisbon Portugal 2004 p 537 540 MATLOCK T Metaphor and the grammaticalization of evidentials Berkeley Linguistics Society 15 215 25 1989 MATSUYOSHI S EGUCHI M SAO C MURAKAMI K INUI K MATSUMOTO Y Annotating Event Mentions in Text with Modality Focus and Source Information In Proceedings of the Seventh Conference on the International Language Resources and Evaluation LREC 10 Malta 2010 213 MEDLOCK B BR
244. o material locut rio e pragm tica os aspectos referentes estrutura informacional for a ilocucion ria ao conjunto de informa es contextuais e s estrat gias adotadas pelos interlocutores no curso da intera o 2 1 Breve percurso hist rico a modalidade na l gica A no o de modalidade vem sendo debatida ao longo da hist ria por fil sofos l gicos linguistas Autores de diferentes persuas es tratam o tema de maneira diversa fundados principalmente na ideia comum de que a modalidade est comprometida com a no o de verdade e com a opini o do falante sobre o que enuncia uma determinada proposi o No entanto a tarefa de definir o que essa categoria dif cil por uma s rie de motivos elencados por Mello Carvalho e Cortes 2010 p 108 a o de tal categoria haver sofrido em sua tradi o de estudo uma grande influ ncia da L gica havendo assim uma mescla entre estudos filos ficos e matem ticos e aqueles da linguagem natural o que acarreta uma mistura metodol gica nem sempre produtiva para o estudo da l ngua em uso cf verifica o de valores de verdade b o de essa categoria existir em interrela o no sistema gramatical de uma l ngua com v rios fen menos gramaticais como tempo aspecto e modo pros dia organiza o da informa o dentre outros e c o fato de o pr prio conceito de modalidade confundir se com aqueles de atitude ilocu o e emo o Ou como coloca By
245. o narrativo descritivo bate papo instrucao de uso varados organiza o de BEL F de equipamento equipamento Tabela 3 2 Informa es sobre os metadados b Lemas e lexemas identifica o do item modal de cada enunciado e suas respectivas formas A Tabela 3 3 indica a forma de codifica o 7 A fim de classificar a tipologia textual utilizo as categorias de Dolz e Schneuwly 1996 2004 divididas em NARRAR RELATAR EXPOR ARGUMENTAR e DESCREVER 95 dever deviam achar acho com certeza com certeza com certeza com certeza v o mesmo queria d deve querendo espero Tabela 3 3 Informa es sobre lemas e lexemas c Organiza o informativa unidades informacionais em que se encontram o ndice modal Coment rio Coment rios M ltiplos Coment rios Ligados T pico Lista de T pico Parent tico Lista de Parent ticos Introdutor Locutivo Ap ndice de Coment rio e Ap ndice de T pico Abaixo segue a tabela com as etiquetas utilizadas Unidade informacional Etiqueta Coment rio COM Coment rios M ltiplos CMM Coment rios Ligados COB T pico TOP Lista de T picos TPL Parent tico PAR Lista de Parent ticos PRL Introdutor Locutivo INT Ap ndice APC Ap ndice de T pico APT Tabela 3 4 Etiquetagem de unidades informacionais Na etiquetagem informacional utilizada a etiqueta CMB para Coment rios M ltiplos
246. o pra poder SCA ter SCA o EMP o amp us 1 SCA uso i COB n PHA da pr pria tecnologia COM S bfammn06 19 GIL 78 c s querem olhar com a gente COB c s querem sugerir um lugar COB qualquer coisa desse tipo COM c 1 dynamic_ability O conceptualizador expressa a sua propria habilidade capacidade ou a habilidade capacidade de uma outra pessoa para realizar ou alcangar algo 20 CEL 85 e nti lt consegue fazer isso nunca t meio de hhh gt 3 SCA lt t de ladinho gt COM 8 bfamcv03 21 CAR 150 porque ele ama COB ele chama ela de SCA fuminho COB n COB meu pretinho COB papai n giienta carregar mais COB mas DCT n g enta pegar mais COB porque t muito grande COB mas 1 SCA essa a hist ria SCA e a vida SCA que n s temos aqui em casa COM S bfammn05 c 2 dynamic volition O conceptualizador expressa as suas vontades desejos esperan as e inten es 22 REN 550 espero que eu n o tinha 1 SCA tenha perdido COM bfamdl01 Na Tabela 1 abaixo apresento em resumo os valores modais os subvalores a eles associados e a defini o de cada um Valores Subvalores Defini o O conceptualizador o falante ou uma outra entidade conhecimento expressa o grau de conhecimento ou compreens o sobre algo O conceptualizador expressa a sua cren a ou sua SUSA
247. o valor terminal Contrariamente aos Coment rios M ltiplos n o s o unidades programadas mas uma sequ ncia processual de Coment rios Ligados COB nelas o princ pio ilocucion rio se enfraquece em favor de uma dimens o menos pragm tica e mais textual Nos Coment rios M ltiplos h um programa que requer mais de um Coment rio para ser realizado no caso das Estrofes medida que ocorre a enuncia o outros Coment rios v o sendo acrescentados porque o falante os percebe como importantes no momento sem que se tenha programado anteriormente Cada Coment rio Ligado COB caracterizado por uma for a ilocucion ria fraca e devem ser homog neos Aparentemente as estrofes cumprem somente atos com baixa afetividade descri o narra o pergunta ret rica instru o conselho express o de estado psicol gico O objetivo prim rio da Estrofe parece ser a express o de um pensamento em andamento que induz a realiza o de um texto oral O texto da Estrofe organizado como uma sequ ncia de focos sem nticos cada um dos quais pode registrar um valor modal diferente A homogeneidade ilocucion ria dos COB junto com a liberdade na varia o modal implica que a Estrofe concebida atrav s de uma rela o atitudinal nica com o destinat rio Em s ntese a Estrofe se realiza quando a fala tende para uma dimens o menos pragm tica e mais sem ntica O texto como conte do sem ntico se torna mais evidente e o ato lingu
248. olic o O conceptualizador que expressa as suas vontades S necessidades desejos esperan as e inten es Tabela 2 Sources correspondentes a cada valor e subvalor modais As regras para a source of the modality s o as seguintes A A source of the modality e a source of the event mention s o normalmente coincidentes 47 LUI 53 eu quero fazer o pr ximo campeonato no Arnaldinum CMM e foda se pro seu Joaquim CMM S bfamcv01 trigger quero modal value dynamic volition polarity pos IU CMM source of the event mention LUI source of the modality eu 48 GIL 74 que eu acho que deu muito pau COM nessa ta a APC bfamcv01 trigger acho modal value epistemic_belief polarity pos IU COM source of the event mention GIL source of the modality eu 49 GIL 94 a gente podia fazer a ta a aqui COB todo mundo vai adorar COB e tal COM S bfamcv01 trigger podia modal value epistemic possibility polarity pos IU COB source of the event mention GIL source of the modality A gente B Casos dificeis B 1 Se a source of the modality nao esta explicita anota se a o falante se coincidir com ele ou com o grupo em que est inserido 50 TIQ 227 deve ser da SCA da irm gt Geni COM n PHA bpubcv02 trigger deve modal value epistemic_probability polarity pos IU COM source of the event mention TIQ source of the mo
249. om nios pr e p s modais s o representados abstratamente e os passos de gramaticaliza o s o representados por setas Por fim a modalidade raiz abarca os significados n o epist micos em oposi o modalidade epist mica Como visto ela pode estar relacionada com o significado de ntico TALMY 1988 SWEETSER 1990 e tamb m incluir parte do tipo din mico COATES 1983 Como dito anteriormente levarei em conta neste trabalho uma classifica o tradicional na literatura lingu stica considerando os tipos mais centrais desde o ponto de vista do uso das l nguas naturais Utilizo os significados epist mico relacionado ao conhecimento e cren a de ntico relacionado a obriga o e permiss o e din mico relacionado a capacidade habilidade f sica e voli o Na pr xima se o apresento alguns sentidos modais numa vis o tradicional al m de descrever mais detidamente as categorias b sicas aplicadas nesta pesquisa nas se es 2 3 2 1 2 3 2 2 e 2 3 2 3 45 2 3 2 A vis o tradicional Em uma vis o tradicional encontra se normalmente al m das tr s categorias b sicas epist mica de ntica e din mica as categorias al tica bulomaica ou bul tica circunstancial e teleol gica A modalidade al tica por defini o refere se verdade contingente poss vel ou necess ria de uma proposi o von Wright 1951 em seu Um ensaio em l gica modal afirma que h quatro tipos de modos o al ti
250. original the realis portrays situations as actualized as having occurred or actually occurring knowable through direct perception The irrealis portrays situations as purely within the realm of thought knowable only through imagination MITHUN 1999 p 173 32 Giv n 1995 trata esta distin o a partir da afirma o de que a modalidade um dom nio funcional complexo que abarca subdom nios sem nticos e pragm ticos dif ceis de serem separados uma vez que agrupam constru es que servem tanto a constru es primariamente sem nticas quanto primariamente pragm ticas Seu objetivo delinear alguns princ pios coerentes pelos quais se pode predizer uma varia o de ambientes gramaticais em que o modo subjuntivo provavelmente se gramaticaliza e podem representar um subconjunto de irrealis O irrealis tomado como uma categoria comunicativo cognitiva funcional e tipol gica gramatical formal Abaixo um quadro que representa a modalidade epist mica na tradi o l gica e seu equivalente comunicativo tradi o l gica equivalente comunicativo a verdade necess ria pressuposi o b verdade factual asser o realis c verdade poss vel asser o irrealis d n o verdade asser o NEG Quadro 2 1 Correspond ncia da modalidade epist mica entre a tradi o l gica e a funcional A tradi o l gica trata a modalidade desconectada de seu contexto comunicativo natural Nas palav
251. ormacionais centrais j apontadas nos dados do italiano ainda aparecem como modalizados as unidade de Lista de T picos Lista de Parent ticos Coment rios M ltiplos e Coment rios Ligados Destaco que apesar de termos quatro ocorr ncias de ndices na unidade de Ap ndice de Coment rio e uma na de Ap ndice de T pico os n meros foram computados na unidade imediatamente anterior que integra na medida em que se constituem como ecos ou informa o atrasada de itens contidos no Coment rio ou T pico A Tabela 4 4 a seguir mostra a frequ ncia relativa das unidades informacionais centrais na amostra 108 Unidades textuais Amostra ndices modais Comentario 5484 1027 18 7 T pico 503 22 4 3 Parent tico 124 17 13 7 Introdutor Locutivo 243 22 10 3 Tabela 4 4 Frequ ncia relativa das unidades informacionais na amostra Do total de 1 088 ocorr ncias de ndices modais 1027 delas se realizam em unidade de Coment rio seja o Coment rio ele mesmo 820 ocorr ncias ou unidades de Coment rio M ltiplo 94 ocorr ncias Coment rios Ligados 109 ocorr ncias As tr s outras unidades que carregam o marcador modal T pico Parent tico Introdutor Locutivo participam de maneira semelhante na caracteriza o da modalidade na amostra em n meros absolutos com 22 17 e 22 ocorr ncias respectivamente Os gr ficos em 4 5 e 4 6 apontam o percentual absoluto e relativo de unidades moda
252. orpus com informa o sobre a modalidade no mbito do projeto OntoSem NIRENBURG RASKIN 2004 e desenvolveram um analisador alimentado com textos n o tratados e realizaram v rias tarefas 105 Tradu o para internal states that cannot be directly observed by others WIEBE et al 2005 p 2 10 Uma propriedade importante das sources que elas podem estar encaixadas isto eventos privados e eventos de fala podem estar frequentemente encaixados um no outro 107 Este projeto foi desenvolvido para o tratamento computacional da representa o do significado de um texto Nas palavras dos autores o ntological semantics is a theory of meaning in natural language and an approach to natural language processing NLP which uses a constructed world model or ontology as the central resource for extracting and representing meaning of natural language texts reasoning about knowledge derived from texts as well as generating natural language texts based on representations of their meaning NIRENBURG RASKIN 2004 p 10 149 de an lise lingu stica a modalidade inclu da Para a codifica o da modalidade quatro propriedades s o consideradas o tipo de modalidade MODALITY TYPE o valor escalar SCALAR VALUE o escopo SCOPE e a quem atribu da ATTRIBUTED TO Os tipos de modalidade centrais incluem i factividade epist mica epistemic factivity 11 cren a belief 111 obriga o
253. orr ncias Em rela o ao n mero total de ocorr ncias das unidades informacionais o que se destaca s o os n meros para o T pico e o Parent tico As duas unidades t m como estrat gia preferencial de modaliza o os verbos epist micos com 63 6 e 64 7 de todas as ocorr ncias do minicorpus Quanto ao Coment rio e o Introdutor Locutivo como visto anteriormente a estrat gia principal s o os verbos modalizadores sendo os epist micos respons veis por A descri o para o frame de Opinion por exemplo a seguinte Cognizer holds a particular Opinion which may be portrayed as being about a particular Topic John THINKS that it looks better back Dispon vel em https framenet icsi berkeley edu fndrupal 127 menos de 20 das ocorr ncias O gr fico na Figura 4 14 ilustra a distribui o dos epist micos nas unidades informacionais e a frequ ncia desta estrat gia no conjunto das unidades informacionais B ocorr ncias E epist micos E amostra Figura 4 14 Distribui o e frequ ncia dos epist micos em unidades informacionais Abaixo alguns exemplos 4 22 COM DFL 56 aquilo que o SCA professor achava mais importante COM bfammn02 4 23 TOP ANE 324 eu acho que quando eu vim TOP tinha esse ZCMM tinha o outro CMM 8 bfamdl05 4 24 PAR 41 s que de microondas COM eu acho PAR 8 bfamdl01 4 25 INT SIL 154 eu acho assim
254. os avaliativos 3 O esquema de anota o para o portugu s europeu considera o valor Evaluation definido como t he speaker expresses his or someone else s evaluation of facts and propositions HENDRICKX et al 20122 176 5 29 PAU 146 capaz COM bpubldl01 trigger capaz 5 30 JAE 84 mas l gico que ea vai p r oc s COM uai PHA bfamcv02 trigger l gico A 4 uma express o modal anota se toda a express o inclusive se for o caso o verbo suporte 5 31 64 esquenta SCA comida CMB lt yyyy CMB tem a possibilidade de um monte de produto COM o CNT bfamdl01 trigger tem a possibilidade 5 32 LUZ 1 porque DCT eu s soube que eu n eu tive certeza absoluta que eu nu era daqui quando eu sa COM bfamdl03 trigger tive certeza absoluta E ID 7 119 Z A B O trigger n o inclui as part culas negativas A nega o um fen meno que interage diretamente com a modalidade 5 33 16 nti sei se eu jogo a na tr s COB n posso COM S bfamcv03 trigger sei C As preposi es e conectivos n o s o inclu dos no trigger A nica exce o o verbo semimodal ter que 5 34 108 e eu sei que ea devia ZTOP porque SCA amp he TMT foi 1 EMP foi amp q 1 SCA nas v spera d eu vim embora COM trigger sei 5 35 BAL 38 t vendo CNT a setinha tem que t no cento e dez CO
255. ouud e diN3 2 4d e ze ned o 499w eAep S U oc TO WOO 41 amp 4d Bp nu gO2 opeyosy e sew cc WOD Souiseui seje eid os YYd Wisse 909 IS 93u9 2 vOS Wee se enb enb 13A gO2 e eJep epepiunuoo e je euenb ne 7 NA3 c INOOz lt e9eqeq gt 9 OPUNW opo NI O WS W 9 S09 129 O zdX3 ON ph o e codificaga niza Orga Tabel VHd lt en INO9 Jedionied OBA nu se ezej1eo uioo I1 INOO 2e11e2 Woo 9 O31 INOO ogu oue ne c 01 ONN lt 189 gt INO9 1edio ned sieur wejaap nu se enb oyoe ne go2 eyjed ojnu 9 soonejeo op oaod esse go2 opeJeoseui o od w opuejel uequie diNa 2 w opuejej 909 oeisenb e opueyoA 241 OG lt Se w NO 9 gt 2 19 99 Em fase posterior foram acrescentados apenas por um anotador dados referentes aos componentes utilizados para a anota o sem ntica da modalidade como o target a unidade informacional que cont m o target a polaridade e a source of the modality ou holder BAKER et al 2010 A metodologia utilizada na anota o dos dados ser explicitada no cap tulo 5 da Parte III deste trabalho uma vez que para tal classifico apenas os ndices lexicais utilizo uma classifica o mais refinada e um software espec fico para tarefas de anota o o MMAX2 MULLER STRUBE 2006 Da tabela ainda consta um campo para observa es sobre sutilezas de cada ocorr ncia como po
256. pessoa para realizar alguma a o N o podemos precisar a express o no escopo do trigger modal nem o conceptualizador da permiss o que poderia ser qualquer um dos envolvidos G 2 Se o trigger est em uma unidade informacional e o target afetado por ele est em uma unidade subsequente considera se o todo como uma constru o padronizada ou seja constru es realizadas atrav s de UTs unidades textuais com cada qual desenvolvendo uma fun o informacional diferente CRESTI no prelo p 18 e com modalidades tamb m distintas e anota se a express o afetada contida na unidade informacional subsequente e seu valor 72 LUC 1 pois ent o INT c sabe que INT l na Letras TOP se eu conto essa hist ria SCA que eu sou parente do Drummond COMS n PHA bfammn02 trigger sabe modal value epistemic knowledge polarity pos IU COM target se eu conto essa hist ria que eu sou parente do Drummond polarity tgt pos IU tgt COM 14 Tradu o para constructions performed across TUs with each developing a different information function CRESTI no prelo p 18 source of the event mention LUC source of the modality c 73 FLA 239 s que a gente n o sabe COB_s se elas t m agaiv CMB se elas lt t m hepatite gt CMB se elas EMP trigger sabe modal value epistemic knowledge polarity pos IU COB target se elas t m agaiv se elas
257. po falar n o COM bfamcv03 trigger po modal value deontic prohibition polarity pos IU COM target palavrao falar polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention CAR source of the modality CAR A decis o de se individualizar o valor de proibi o deve se tentativa de se cobrir exemplos do tipo N o proibido X ou Voc n o est proibido de X Mais que uma permiss o estes tipos de ocorr ncia se configurariam como uma proibi o de ntica de polaridade negativa 3 7 REFER NCIAS AVILA L MELLO H Challenges in modality annotation in a Brazilian Portuguese spontaneous speech corpus In Proceedings of WAMM IWCS2013 Potsdam Germany 2013 AVILA L Modalidade em perspectiva estudo baseado em corpus de fala espont nea do Portugu s Brasileiro Tese Doutorado em Estudos Ling sticos Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais 2014 BAKER K BLOODGOOD M DORR B J FILARDO N W LEVIN L PIATKO C A modality lexicon and its use in automatic tagging In Proceedings of the Seventh Language Resources and Evaluation Conference LREC 10 Valletta Malta ELRA 2010 p 1402 1407 BARWISE K J PERRY J Situations and attitudes Cambridge MIT Press 1981 CRESTI E Corpus di italiano parlato Firenze Accademia della Crusca 2000 CRESTI E Syntactic properties of spontaneous speech in The Language into Act Theory data on Italian complements and relati
258. pon vel em http cpctl3 cityu edu hk yurihara download darou_hara pdf Ultimo acesso em 10 out 2012 HENDRICKX IL MENDES A MENCARELLI S SALGUEIRO A et al 2012a Modality Annotation Manual version 1 0 Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa Manuscript HENDRICKX I MENDES A MENCARELLI S 2012b Modality in Text a Proposal for Corpus Annotation In Proceedings of the Eighth Conference on the International Language Resources and Evaluation LREC 12 Istanbul Turkey p 1805 1812 HENGEVELD K Illocution mood and modality in a functional grammar of Spanish Journal of Semantics v 6 1988 p 227 269 HINTIKKA J Knowledge and Belief An Introduction to the Logic of the Two Notions Ithaca NY Cornell University Press 1962 HIRATA VALE F B M Articula o de ora es no portugu s escrito do Brasil as ora es condicionais Estudos Lingu sticos S o Paulo Belo Horizonte MG v 5 n 9 2001 211 HIRATA VALE F B M A condicionalidade em constru es parat ticas um uso argumentativo Estudos Lingu sticos S o Paulo v 37 p 204 213 2008 HORN L A Natural History of Negation Chicago University of Chicago Press 1989 HOYE L Adverbs and modality in English London New York Longman 1997 HUDDLESTON R PULLUM G The Cambridge Grammar of the English Language Cambridge Cambridge University Press 2002 JESPERSEN O 1924 The philosophy of grammar Chicag
259. pontaneous Speech Este projeto de esquema de anota o de modalidade em dados orais do portugu s brasileiro segue diretamente o esquema proposto para o portugu s europeu HENDRICKX et al 2012a 2012b MENDES et al 2013 e igualmente inspira se em outros esquemas de anota o previamente explorados para a l ngua inglesa BAKER et al 2010 SAUR et al 2006 RUBINSTEIN et al 2013 o japon s MATSUYOSHI et al 2010 e o chin s CUI CHI 2013 Este esquema se baseia nos pressupostos da Teoria da L ngua em Ato e tem como unidade de refer ncia de an lise portanto o enunciado e as unidades informacionais cf CRESTI 2000 v cap tulo 3 se o 3 1 Desta forma difere se de outros projetos uma vez que n o centra a sua an lise na diamesia escrita e portanto n o fornece uma anota o no dom nio da senten a Nas subse es seguintes apresento a metodologia empregada para a anota o no que diz respeito prepara o dos textos o corpus utilizado e a ferramenta para anota o o software livre MMAX2 MULLER STRUBE 2006 sigo com a escolha dos valores modais e os elementos a serem anotados a marca o da polaridade aplicada ao elemento Trigger exemplos de anota o os resultados e finalmente algumas considera es sobre o processo de anota o 5 3 1 Metodologia 5 3 1 1 O software de anota o MMA X2 O MMAX2 MULLER STRUBE 2006 um software livre para anota o lingu stica de corpo
260. por exemplo habilidade e voli o Bally 1942 p 3 apresenta uma defini o enunciativa da modalidade como o modus do dictum em suas palavras a forma lingu stica Modus on dictum de um julgamento intelectual de um julgamento afetivo ou de uma vontade que um sujeito pensante enuncia a prop sito de uma percep o ou de uma representa o de sua alma Segundo ele uma frase expl cita composta por duas diferentes partes uma o dictum a representa o percebida pelos sentidos pela mem ria e a imagina o a outra o modus uma opera o ps quica de um sujeito pensante Ao modus conferida mais import ncia que ao dictum O autor oferece exemplos para o que considera as opera es do pensamento sobre o que se enuncia que indicam um entendimento um sentimento e uma vontade algu m cr que vai chover ou n o cr ou 2 66 duvida algu m se alegra porque chove ou algu m lamenta que chove algu m deseja 5 Desenvolvo este ponto na se o 2 5 No original la forme linguistique d un jugement intellectual d un jugement affectif ou d une volont qu un sujet pensant nonce propos d une perception ou d une representation de son esprit BALLY 1942 p 3 Pensar para Bally 1932 1965 p 35 seria reagir a uma representa o constatando a apreciando a ou desejando a 59 que chova ou que n o chova Esta parece ser entretanto um
261. posi o interna do sujeito Em 2 65 finalmente temos um exemplo com o verbo querer no sentido volitivo H quem argumente LARREYA 2009 que a voli o est inclu da no significado de ntico de um enunciado como John must leave John deve sair em dois sentidos no primeiro a obriga o expressa no enunciado incluiria uma vontade uma vez que h uma exig ncia imposta seja por princ pio moral ou por uma pessoa que explicita um desejo no caso de que John saia no segundo o uso de must carrega em seu significado a implica o de que se John obedece injun o contida no enunciado isso caracterizaria um ato volunt rio por parte do agente John A primeira seria uma vontade externa e a segunda uma vontade interna Sobre a compuls o interna ou inten o o que me faz aninhar a voli o categoria din mica e n o de ntica Larreya 2009 a considera como uma vontade n o factual em exemplos como J want to go Eu quero ir em que o evento pode ou n o se realizar Seria uma vontade que n o depende de uma for a externa mas unicamente da disposi o interna do sujeito 2 4 Modalidade epist mica e evidencialidade o limite 2 entre categorias Os estudos sobre evidencialidade partem da an lise de l nguas em que h um sistema evidencial gramaticalizado como as l nguas nativas norte americanas CHAFE 1995 MITHUN 1995 o tibetano VOKURKOVA 2011 MELAC 2012 ou o cuz
262. predicados mentais que devem ser identificados com a subjetividade NUYTS 2001 p 122 128 e pleiteia que a subjetividade seja tratada como uma categoria diferenciada da modalidade epist mica NUYTS 2012 como por exemplo em 4 10 e 4 11 4 10 94 achei aquele lugar incr vel COM bfamcv01 4 11 74 que eu acho que deu muito pau COM nessa ta a APC bfamcv01 Na interpreta o de Nuyts exemplos como o apresentado em 4 10 parecem n o carregar um sentido epist mico considerando que o verbo achar neste caso um marcador puramente de subjetividade j que indica uma avalia o est tica ou moral e n o uma Em 4 11 ao contr rio o verbo estaria empregado como um marcador epist mico com a introdu o de uma opini o baseada em evid ncia ou na estimativa das possibilidades de alguma coisa ser 0 caso Sob outra perspectiva Almeida e Ferrari 2012 em artigo sobre a diferen a entre os complementos de constru es epist micas no ingl s do tipo X thinks that Y e X thinks Y levantam a quest o de qual seria a diferen a pragm tica entre estas duas constru es baseado no Princ pio da N o Sinon mia GOLDBERG 1995 As autoras a partir da an lise de 382 constru es epist micas de complementa o coletadas nas vers es impressa e eletr nica da revista Speak Up afirmam que estas constru es s o operadores de subjetividade que 122 apresentam o objeto de conceptualiza
263. qu ncia de enunciados por tipologia e contexto interacional Figura 4 3 Frequ ncia de ndices modais por tipologia e contexto interacional Figura 4 4 Distribui o das estrat gias modalizadoras na amostra 9 Figura 4 5 Frequ ncia absoluta das unidades informacionais em rela o aos ndices modalizados Figura 4 6 Frequ ncia relativa das unidades informacionais no minicorpus Figura 4 7 Distribui o dos valores modais 9 Figura 4 8 Distribui o absoluta de unidades informacionais por valor modal Figura 4 9 Frequ ncia relativa de unidades informacionais por valor modal Figura 4 10 Frequ ncia dos verbos modalizadores Figura 4 11 Ocorr ncia dos principais verbos modais tipo de modalidade Figura 4 12 Frequ ncia relativa dos valores modais dos principais verbos modalizadores Figura 4 13 Distribui o e frequ ncia dos verbos epist micos na amostra Figura 4 14 Distribui o e frequ ncia dos epist micos em unidades informacionais Figura 5 1 Tela principal do software MMAX2 Figura 5 2 Cria o de markable Figura 5 3 Estabelecer links entre markables Figura 5 4 Links entre markables estabelecido Figura 5 5 Modal class n mero do set modal Figura 5 6 Remover o link Figura 5 7 Apagar um markable Figura 5 8 Adicionar uma sequ ncia ao markable Figura 5 9 Remover sequ ncia de um markable Figura 5 10 Caixa de anota o de valores e atrib
264. r pior COM S bfamcv04 5 18 JOR 51 a mesma coisa que voc comprar hoje um celular com tanta tecnologia CMB e voc n consegue us lo porque voc n aprende a usar SCA aqueles manuais t o extenso pra poder SCA ter SCA o EMP o amp us 1 SCA uso i COB n ZPHA da pr pria tecnologia COM bfammn06 5 19 GIL 78 c s querem olhar com a gente COB c s querem sugerir um lugar COB qualquer coisa desse tipo COM No exemplo 5 17 o verbo conseguir se refere capacidade do experienciador de realizar uma atividade no caso a capacidade de ser pior dentre os participantes de um grupo expressa pelo falante BRU Em 5 18 o mesmo verbo indica que o falante expressa a falta de habilidade generalizada de um conjunto de pessoas marcado pelo uso impessoal do pronome voc de cumprir uma determinada tarefa usar o celular Por ltimo em 5 19 GIL reporta a necessidade de se consultar um grupo para que expressem sua vontade A perspectiva levada em conta aqui a do endere ado c s O tipo din mico expressa dois subvalores habilidade capacidade e voli o inten o Palmer 2001 p 76 define duas categorias para a modalidade din mica habilitativo e volitivo De acordo com Palmer 2001 p 10 a categoria da habilidade tem que ser interpretada mais amplamente do que em termos dos poderes f sico e mental dos sujeitos para incluir circunst
265. r semanticamente sin nimas Os verbos pr ximos semanticamente se organizam sintaticamente de v rias maneiras como vimos Dessa forma pelo PNS o seu comportamento pragm tico deve ser diferente E de fato o Vejamos as poss veis fun es e os seus respectivos exemplos com a mesma unidade lexical achar i Estrutura informacional em posi o parent tica funciona como atenuador da asser o anterior Contexto casal conversa sobre a distribui o de vagas em uma universidade p blica LAU 51 n o tem um de ensino de arte LUZ 52 s o duas vagas eu acho 53 n o 54 de ensino de artes bfamdl03 ii Marcadores de concord ncia discord ncia indica um poss vel padr o lexical Corresponde a um fen meno de gradi ncia de ndice modal para um marcador discursivo Contexto amigas no supermercado 129 REN 413 lt pode gt 414 tanto faz 415 pode FLA 416 ou c acha muito REN 417 uhn 418 acho que n o 419 t 420 papel lt higi nico eu nunca bfamdl0I Dessa forma damos conta de que uma descri o de frames em termos exclusivamente sint ticos e sem nticos pode ser de fato enriquecida com desdobramentos pragm ticos de diversas ordens 4 5 3 Adv rbios modais Os adv rbios assim como os verbos receberam aten o especial como ndice marcador de modalidade principalmente na l ngua inglesa GREENBAUM 1969 PERKINS
266. r exemplo rela es entre morfossintaxe e sem ntica estrat gias de polidez envolvidas padr es modais etc As constru es condicionais foram tabuladas em planilha espec fica devido particularidade dos dados a serem analisados Al m dos metadados lemas e lexemas e valor modal foram acrescentados o padr o de organiza o informativa da constru o por exemplo TOP COM e a distribui o da pr tase e ap dose correspondente ao padr o de cada enunciado Abaixo uma amostra da tabela com as condicionais e suas vari veis Texto Falante Constru o Est Info Estr Sint 21 mas INP gente velha TOP j prometeu o 1 SCA os pianos di presente TOP j SCA pode garantir que ganhou COM TOP COM Pro apo bfamcv02 RUT 23 se n morrer antes deles COM COM pro bfamcv02 JAE 27 se for o filho e ganhou TOP quest o da m e COM TOP COM Pro apo Tabela 3 8 Exemplo de organiza o dos dados das constru es condicionais 3 4 An lise dos dados A partir da organiza o dos dados foi realizada a descri o da modalidade no minicorpus etiquetado informacionalmente do C ORAL BRASIL Foram analisadas as frequ ncias de enunciados modalizados encontrados na amostra bem como a sua distribui o por tipologia interacional Al m disso foram descritas a frequ ncia dos ndices morfolexicais inclusive em rela o unidade informacion
267. ra designar tanto processos como estados bem como outros objetos abstratos como proposi es fatos e possibilidades Adicionar uma segunda camada de anota o de factualidade para a interpreta o de eventos um dos objetivos para trabalhos futuros 175 A Se o trigger A 1 um verbo auxiliar ou semi auxiliar modal anota se o verbo modalizador como trigger 5 23 FLA 104 lt hhh n o INP e a gente tem que gt pesar a bolsa de novo COM bpubcv01 trigger tem que 5 24 CAR 38 e DCT falei com Deus tamb m que eu n queria buscar COM r bfammn05 trigger queria Se o verbo modalizador est em uma constru o com os verbos auxiliares ser estar ou ter haver anota se apenas o modal 5 25 99 j sofri o suficiente COB_r agora eu t querendo relaxar COM r trigger querendo 5 26 271 eu t achando que vai lt chover gt COM trigger achando A 2 um adv rbio anota se o adv rbio ou locu o adverbial como trigger 5 27 LEO 247 talvez o Racing COM bfamcv01 trigger talvez 5 28 44 que s vezes a gente sente uma dor numa hora COM 8 bfamdl02 trigger s vezes A 3 um adjetivo ou uma constru o adjetival anota se o adjetivo ou toda a express o adjetival inclusive o auxiliar ser porque parte do predicado nominal Apenas os adjetivos com valor modal s o considerados neste esquema de anota o uma vez que n o consideramos como modais
268. ra em m ltiplos n veis Esta uma ferramenta flex vel para criar navegar por e visualizar as anota es lingu sticas MMAX oferece uma interface visual para anotar senten as pela marca o sequ ncias textuais e cria o de links entre os elementos marcados O MMAX est escrito em Java por raz es de independ ncia de plataforma e as anota es s o armazenadas em XML Abaixo na Figura 5 1 um exemplo da tela principal do programa que se refere a um dos arquivos anotados bfamcvo4 deste projeto de anota o de modalidade no corpus C ORAL BRASIL 155 MMAX2 1 13 003 H modality software_luciana MMAX_Modality_data bfamcv04_clean txt tok mmax modified MBR File Settings Display Tools Plugins Info 4 Show ML Panel BRU t LUC posso ff BRU e LUC e tem um dadinho diferente ali BRU esse aqui n o porque esse aqui quando for desenhar ai o no jogo do desenho por exemplo um c n pode tirar o 00 o lapis do papel o outro tem que desenhar com a m o esquerda HEL n o n s n v o fazer o desenho LUC eu posso desenhar ao inv s de fazer m mica HEL n o a u s desenho ou s m mica LUC n o n pode poa que ser tudo a mesma coisa HEL nao sdasoamimica ne LUC ent o t bom ent o ta bom BRU HEL mas esse novo no que eu jogava n tinha isso n o CEL eu j vou avisar o seguinte eu s eu adivinho m mica muito facil ma
269. racter stica deste fen meno a composicionalidade sint tica entre as unidades tonais escandidas 3 20 com medo INT que se ea entrasse dentro de casa TOP ea ia matar SCA os filho SCA com ea e tudo COM bfammn01 57 3 2 3 2 Coment rios M ltiplos CMM Os Coment rios M ltiplos CMM se constituem como dois ou mais coment rios dentro do mesmo enunciado ou seja separados por quebra n o terminal e estruturados em um padr o ret rico Estes padr es podem ser de tipos variados e at agora foram identificados as seguintes possibilidades de uma lista aberta elenco refor o alternativa pedido de confirma o compara o rela o necess ria chamamento cl max e consequ ncia 3 21 SIL ou vinho bom caro CMM ou cerveja CMM bfamdl04 55 3 22 Heliana ZCMM o vinho tava bom CMM _ bfamdl04 Os Coment rios M ltiplos s o cont guos e como propriedades pros dicas apresentam o formato da unidade tonal do tipo raiz raiz raiz formando um padr o pros dico e seus perfil pros dico e n cleo variam de acordo com o tipo ilocucion rio 87 3 2 3 3 Estrofes e Coment rios Ligados COB Uma Estrofe uma entidade lingu stica conclu da que n o corresponde ao cumprimento de um ato de fala mas sim a uma atividade de fala gen rica As Estrofes s o unidades maiores que desenvolvem duas ou mais ilocu es antes da quebra pros dica percebida como tend
270. ram veis porque produzidos durante e no desenvolvimento de uma intera o sempre nova e imprevis vel entre locutores As autoras destacam o car ter dial gico da fala considerada espont nea fundamentadas na Teoria dos Atos de Fala que relaciona o ato de falar com o cumprimento de diversas a es lingu sticas AUSTIN 1962 Tais a es lingu sticas em si finitas e circunscritas n o s o o produto de um locutor ativo e isolado mas sim se relacionam a um locutor engajado em uma situa o din mica e interativa com v rios interlocutores Segundo as autoras o princ pio que rege os textos da fala espont nea repousa sobre um fundamento ilocut rio ausente na escrita que cont m uma articula o informacional especifica 19 devem ser estabelecidos como inst ncias de diferentes fen menos os quais s o aplicados a diferentes n veis do ato comunicativo e podem a princ pio ser composicionais Em segundo lugar entendo que partir de corpora orais de fala espont nea para a an lise do fen meno pode nos levar a caminhos de investiga o com foco em contextos espec ficos de uso de express es modais e como eles correspondem a necessidades espec ficas de comunica o CORNILLIE PIETRANDREA 2012 e por consequ ncia import ncia dos movimentos lingu sticos dos participantes na negocia o de sentidos no curso de uma intera o De fato se o objetivo que aqui se delineia trabalhar com a descri o de constru
271. rammar Framework Aarhus Aarhus University Press 2000 BIBER D FINEGAN E Adverbial stance types in English Discourse Processes 11 1 34 1988 BOYE K Epistemic meaning Berlin New York Mouton de Gruyter 2012 BROWN P LEVINSON S Politeness some universals in language use Cambridge Cambridge University Press 1987 BURCHARDT A ERK K FRANK A KOWALSKI A PADO S PINKAL M SALTO A Versatile Multi Level Annotation Tool In Proceedings of LREC 06 Genoa Italy 2006 BYBEE J Morphology a study of the relation between meaning and form Amsterdam Philadelphia John Benjamins 1985 BYBEE J PERKINS R PAGLIUCA W The evolution of grammar Chicago The University of Chicago Press 1994 BYBEE J FLEISCHMAN S Modality and grammar in discourse Amsterdam Philadelphia John Benjamins 1995 CASTILHO A T de MORAES DE CASTILHO C M Adv rbios modalizadores In ILARI R org Gram tica do portugu s Falado vol II Campinas Editora da UNICAMP 1993 p 213 260 CASTILHO A T de O sintagma adverbial In Nova Gram tica do portugu s brasileiro S o Paulo Contexto 2010 p 541 558 CHAFE W Evidentiality in English conversation and academic writing In CHAFE W NICHOLS J eds Evidentiality The Linguistic Coding of Epistemology New York Ablex 1986 p 261 272 CHAFE W 1995 The realis irrealis distinction in Caddo the Northern Iroquoian Languages and English
272. ran as e inten es voli o Tabela 5 5 Sources correspondentes a cada valor e subvalor modais As regras para a source of the modality s o as seguintes A A source of the modality e a source of the event mention s o normalmente coincidentes 5 47 LUI 53 eu quero fazer o pr ximo campeonato no Arnaldinum ZCMM e foda se pro seu Joaquim CMM S bfamcv01 trigger quero modal value dynamic volition polarity pos IU CMM source of the event mention LUI source of the modality eu 183 5 48 GIL 74 que eu acho que deu muito pau COM nessa ta a APC bfamcv01 trigger acho modal value epistemic_belief polarity pos IU COM source of the event mention GIL source of the modality eu 5 49 GIL 94 a gente podia fazer a ta a aqui COB todo mundo vai adorar COB e tal COM bfamcv01 trigger podia modal value epistemic possibility polarity pos IU COB source of the event mention GIL source of the modality A gente B Casos dificeis 1 Se a source of the modality nao esta explicita anota se a o falante se coincidir com ele ou com o grupo em que est inserido 5 50 TIQ 227 deve ser da SCA da irm gt Geni COM n PHA bpubcv02 trigger deve modal value epistemic probability polarity pos IU COM source of the event mention TIQ source of the modality TIQ 5 51 REN 136 sab o em p n precisa n
273. ranslation Analysis of uncertainty and negation expressions in English and Swedish clinical texts In Proceedings of the 2012 Workshop on Biomedical Natural Language Processing BioNLP 2012 Montreal Canada Association for Computational Linguistics p 56 64 2012 MOZZICONACCEL S J L Emotion and attitude conveyed in speech by means of prosody For the 2nd Workshop on Attitude Personality and Emotions in User Adapted Interaction Sonthofen Germany 2001 MURAKAMI K MASUDA S MATSUYOSHI S NICHOLS E INUI K MATSUMOTO Y Annotating semantic relations combining facts and opinions In Proceedings of the Third Linguistic Annotation Workshop 2009 p 150 53 M LLER C STRUBE M Multi level annotation of linguistic data with MMAX2 In Corpus Technology and Language Pedagogy New Resources New Tools New Methods p 197 214 Peter Lang 2006 NARROG H On defining modality again Language Sciences 27 p 165 192 2005 NIRENBURG S RASKIN V Ontological Semantics MIT Press 2004 215 NIRENBURG S McSHANE M Annotating modality Technical report University of Maryland Baltimore County March 19 2008 NITTA Y Ninshiki no modariti to sono shu hen Epistemic modality and its periphery In MORIYAMA T NITTA Y KUDO H eds Modariti Modality Nihongo no bunpo 3 Iwanami Tokyo 2000 p 81 159 NURMI A Employing and elaborating annotation for the study of modality Dispon vel em www helsi
274. ras de Giv n 1995 p 114 a interpreta o comunicativo pragm tica das quatro modalidades as reelenca em termos dos estados epist micos e objetivos comunicativos dos dois participantes na negocia o comunicativa falante e ouvinte A redefini o comunicativa da modalidade epist mica fica assim estabelecida a pressuposi o assume se uma pressuposi o como verdadeira por defini o por acordo a priori por conven o gen rica culturalmente compartilhada por ser bvio para todos presentes numa situa o de fala ou por ter sido enunciada pelo falante e n o contestada pelo ouvinte 17 Tradu o minha para the communicative pragmatic interpretation of the four modalities recasts them in terms of the epistemic states and communicative goals of the two participants of the communicative transaction speaker and hearer GIVON 1995 p 114 33 b asser o realis a proposi o fortemente afirmada como verdadeira mas a contesta o do ouvinte considerada apropriada apesar de o falante ter evid ncia ou outras bases para defender sua firme cren a c asser o irrealis a proposi o fracamente afirmada por ser tanto poss vel prov vel ou incerta submodos epist micos ou necess ria desejada ou indesejada submodos avaliativo de ntico Mas o falante n o est pronto para confirmar a afirma o com evid ncia ou outras bases a contesta o do ouvinte
275. rassegmental que nos permite identificar esses enunciados 3 1 1 O enunciado A an lise da fala diferencia se da an lise da escrita uma vez que segundo Moneglia 2011 p 481 a linguagem escrita pode ser propriamente segmentada de acordo com princ pios sint ticos e sem nticos enquanto a identifica o de unidades de refer ncia em um corpus de fala pode dificilmente ser feita atrav s dos mesmos dispositivos sint ticos e sem nticos 2 A primazia da escrita sobre a fala nos estudos lingu sticos ali s leva nos a 70 A base para este estudo foi o LABLITA Corpus principalmente o subcorpus LABLITA Corpus of Adult Spontaneous Spoken Italian Dispon vel em http lablita dit unifi it corpora descriptions lablita ltimo acesso 08 jan 2014 De acordo com Cresti 2000 p 84 e ss um afeto definido como uma puls o e representa o de um esquema acional em rela o ao interlocutor que permite uma a o concreta no mundo Tradu o minha para written language can be properly parsed according to syntactic and semantic principles the identification of the units of reference in a spoken corpus can hardly be identified through the same syntactic and semantic devices Blanche Benveniste 1997 Biber et al 1999 Cresti 2000 Miller amp Weinert 1998 Izre el 2005 MONEGLIA 2011 p 481 TI cometer o equ voco de neglicenciar esta diamesia e trat la como um texto escrito j
276. rce of the event mention A source of the event mention o produtor do evento 124 No original an agent or an organization that takes an attitude toward an event mention in a sentence MATSUYOSHI et al 2010 p 1459 125 Tradu o para this information helps a reader judge credibility of contents conveyed from a given sentence MATSUYOSHI et al 2010 p 1459 181 A O produtor normalmente o falante que enuncia um determinado conte do locut rio B A pessoa que produz o evento modal pode ser identificada no texto como a palavra em caixa alta no in cio de cada enunciado 5 44 CAR 98 eu consigo COM n ZPHA bfamcv03 trigger consigo modal value dynamic ability polarity pos IU COM source of the event mention CAR 5 45 JAN 291 na verdade eu queria levar as duas COM n PHA bpubdl02 trigger na verdade modal value epistemic_belief polarity pos IU COM source of the event mention JAN 5 46 EMM 79 esperamos lt que esse gt novo programa lt que gt vai vim TOP ele TOP bpucv01 trigger esperamos modal value dynamic_volition polarity pos IU TOP source of the event mention EMM 5 3 3 2 2 Source of the modality A source of the modality o agente experenciador ou cognoscente que veicula a modalidade AS sources correspondentes a cada um dos valores modais s o assim descritas 182 Valores Subvalores Source
277. recebe uma leitura epist mica enunciado como uma pergunta uma interpreta o de ntica Em resumo conforme o experimento de Mello e Raso 2011 p 16 as categorias da modalidade ilocu o e atitude se diferenciam e ao mesmo tempo se interrelacionam Nas suas palavras uma atitude espec fica prefere algumas ilocu es e uma ilocu o espec fica prefere algumas modalidades ao ponto de que o mesmo item lexical vai receber uma 60 interpreta o preferencial devido ilocu o em que figura Um esquema poss vel para esta rela o seria o seguinte Proje o ato comunicativo atitude ilocu o modalidade Figura 2 4 Proje o do ato comunicativo A figura um esfor o para representar a hierarquia no ato comunicativo o campo atitudinal pode projetar uma esp cie de zona de sombra na camada da ilocu o que por sua vez projeta uma zona de sombra na camada da modalidade A modalidade seria o Modus do Dictum a ilocu o o Actum do Dictum e a atitude o Modus do Actum Parto portanto para tentar a formula o de uma defini o mais apropriada para que abarque igualmente a modalidade na fala espont nea a partir de dados emp ricos a specific attitude prefers come illocution and a specific illocution prefers some modalities to the point that the same lexical index will receive a preferred interpretation due to the illocution it figures in M
278. rform a certain textual function TU within an information pattern IP corresponds to a scene Barwise amp Perry 1981 Fauconnier 1984 from a semantic point of view As we have already said from a syntactic point of view a TU can even correspond to a collection of fragments but in order to allow the development of a textual function the participating expressions must be gathered within the same scene CRESTI no prelo p 12 191 trigger com certeza modal value epistemic belief polarity pos IU COM target dep es n deviam mais participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention LEO source of the modality LEO Apesar de em termos da anota o em seu conjunto esta ser uma informa o redundante a decis o se justifica para fins de recupera o das informa es referenciais mais facilmente A linguagem natural possui muitos recursos e a anota o lingu stica tem como fun o permitir a melhor compreens o da linguagem natural pela maquina A m quina n o disp e dos recursos do humano para a intera o acional da linguagem dessa forma s o necess rias categorias que a ajudem a recuperar a referencialidade da linguagem natural Destaco que esta n o uma tentativa para a anota o de an foras ou correfer ncias para o qual um projeto espec fico deve ser empreendido G Casos dif ceis G 1 No caso de usos formulaicos em que a express o do target envolve aspectos n o verbais
279. rocesso de racioc nio do falante a partir das premissas dispon veis para a conclus o expressa na senten a qualificada pelo verbo Segundo Sweetser nossa experi ncia sobre os dom nios f sico social e do racioc nio compartilham alguma estrutura que nos permite um mapeamento metaf rico bem sucedido entre os aspectos relevantes dos tr s dom nios Os fatores pragm ticos como as pistas contextuais e a pros dia v o influenciar para o ouvinte ou para o indiv duo endere ado compreender se um modal corresponde a um dom nio ou outro Veja os exemplos com os verbos dever e poder no portugu s brasileiro 49 2 36 dever epist mico 2 36a necessidade RUT 178 mas eles gt tamb m deve ter condi es COM uai PHA bfamcv02 2 36b probabilidade o di metro dea deve dar uns 1 uns quarenta a cinquenta cent metro de 1 de amp s 2 de grossura o di metro dela bfammn01 2 37 poder epist mico 2 37a possibilidade BAL 229 ent o isso aqui a gente pode lt inventar de colocar em qualquer lugar COM bfamdl02 2 37b impossibilidade MAI ele n 2 ele n 2 ele ni pode nem gt falar p oc que verdade bfammn01 Em recente trabalho sobre o significado epist mico Boye 2012 prop e igualmente que a modalidade epist mica est definida em termos da no o do grau de certeza do grau de E x AANS 38 comprometimento o que ele vai chamar de
280. rs s o as palavras ou sequ ncia de palavras que expressam modalidade BAKER et al 2010 Considero como triggers os verbos auxiliares e semi auxiliares modais os verbos epist micos os adv rbios modais as express es adjetivas as express es lexicais que carregam modalidade Para este esquema que proponho ser o anotados apenas os ndices lexicais deixando de lado por ora os gramaticais Como descrito no cap tulo 3 deste trabalho os ndices modais mais frequentes s o os 39 66 39 66 verbos auxiliares e semi auxiliares poder dever ter que parecer precisar dar conseguir aguentar querer valer adiantar bem como os verbos de cren a ou espiet micos achar acreditar crer imaginar julgar pensar verbos de 66 2 conhecimento e compreens o saber ver perceber Na nossa amostra ainda encontramos os seguintes types para os adv rbios e as locu es adverbiais certamente 33 66 66 39 66 39 66 33 com certeza exatamente justamente logicamente mesmo na verdade bvio ee potencialmente realmente sem chance sem d vida sinceramente talvez as 99 64A ee vezes e para os adjetivos e locu es adjetivas capaz capaz claro claro l gico
281. rtugu s brasileiro ou mesmo na l ngua falada Em uma busca no Corpus do Portugu s por exemplo com a express o pode nadar encontrei apenas duas ocorr ncias no portugu s europeu 2 58 A maioria dos caranguejos n o pode nadar podendo rastejar lentamente para a frente e mais frequentemente movendo se para o lado especialmente quando rastejam a grande velocidade CP 19Ac Pt Enc 2 59 Pode nadar mergulhar ou andar junto ao fundo usando a press o da gua sobre as asas e cauda para se manter em baixo enquanto procura larvas de insectos e outros pequenos animais Na an lise dos verbos modais tratarei da substitui o do uso do dever de ntico por ter que no PB 54 Os dois exemplos pertencem ao mesmo g nero verbete de enciclop dia Pelo que foi discutido anteriormente estas s o ocorr ncias que ficam na fronteira entre a possibilidade al tica o conhecimento epist mico e a habilidade din mica uma vez que o verbo modal poder carrega o sentido de um conhecimento estabelecido em um determinado universo n o se constituindo como uma especula o mas igualmente carrega o sentido da habilidade dos seres em nadar no caso tamb m rastejar mergulhar e andar junto ao fundo Ainda poderia colocar em discuss o o estatuto do verbo saber como um modal que expressa conhecimento epist mico ou habilidade do sujeito em realizar uma determinada atividade em conte
282. s adv rbios modais que a modalidade representa a opini o ou a atitude do falante em rela o proposi o que a senten a expressa ou a situa o que a 34 proposi o descreve LYONS 1977 p 452 Kiefer 1994 p 2516 se alinha a ele e afirma que a modalidade a atitude volitiva emotiva e cognitiva do falante em rela o a um 19 estado de coisas e tamb m Nitta 2000 p 81 que define o fen meno como a express o do ponto de vista do falante sobre os conte dos da senten a e a atitude comunicativa do falante Palmer 1986 igualmente sugere uma defini o para modalidade baseada na subjetividade Modalidade na linguagem est relacionada s caracter sticas subjetivas de um enunciado e poderia ser definida como a gramaticaliza o das atitudes e opini es subjetivas de um falante PALMER 1986 p 16 grifos meus O autor toma a modalidade desde uma perspectiva tipol gica e a divide em dois tipos proposicional e de evento A primeira definida como o julgamento pelo falante do valor de verdade ou estatuto factual de uma proposi o e subdividida em epist mica e evidencial A epist mica expressa o julgamento sobre o estatuto factual da proposi o e pode ser especulativa expressa incerteza dedutiva indica uma infer ncia a partir de uma evid ncia observ vel assumptiva indica infer ncia a partir do que geralmente conhecido evidencial os falant
283. s amigos de sempre espalhados pelo mundo Vi osa Juiz de Fora Rio Belo Horizonte Lisboa Ouro Preto S o Paulo Campinas Niter i Nicosia Madrid Paris Gen ve Basel Berna Berlim Voc s formam o mapa do meu afeto Ao Nuno t o diferente e t o surpreendente pelo apoio paci ncia carinho sol amp mar comida preparada Voc segurou a minha onda no momento mais barra pesada da vida Ao Francisco Carlos e Mi cha que abriram suas casas para me acolherem Aos companheiros de casa em Belo Horizonte e Lisboa por me ensinarem a enxergar o outro As funcion rias que cuidaram de meu pai e cuidam de minha m e a ajuda de Voc s nos cerca de tranquilidade Ao Thiago e ao Ronaldo que al m de amigos maravilhosos me ajudaram com abstracts papers uma tradu o rapidinha Ao Prof Kleos pela ajuda com as imagens e a m gica da formata o Aos meus colegas de departamento s funcion rias da PPG Suely e Margarida pelo apoio na burocracia Aos funcion rios do PosLin prestativos e sol citos a nossas demandas Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes pela bolsa de estudos concedida para Est gio Doutoral em Portugal no mbito do Programa de Doutorado Sandu che no Exterior PDSE e UFV pela bolsa de estudos no Brasil A todos os m sicos de samba chorinho jazz fado soul reggae rock amp blues A vida mais leve assim A todas as pessoas que passaram pela
284. s c nunca vai adivinhar nenhuma minha porque eu n tenho a m nima no o ent o LUC ent o beleza CEL a nossa chance pontuar assim BRU tem mais uma coisa ah c n o pode falar nada tipo se for LUC ham ham BRU n o pode falar nada nenhum som HEL n pode apontar pra nada que tem BRU se for um passarinho c n pode fazer hhh n pode HEL hum hum c n pode fazer a nenhum som os Figura 5 1 Tela principal do software MMAX2 Na tela as linhas azuis s o as sequ ncias que cont m os elementos anotados trigger target source of the modality source of the event Em amarelo temos marcado um dos componentes anotados no caso o trigger em cinza os outros elementos da sequ ncia modal e por ltimo em verde os links entre os elementos que comp em um set modal Segundo Miiller e Strube 2006 s o cinco os passos cruciais de um projeto de anota o o que chamam de ciclo de vida da anota o a saber 1 prepara o do corpus 11 defini o e formaliza o da tarefa de anota o iii manual de anota o iv checagem da viabilidade da anota o v utiliza o da anota o completa Apresento nas pr ximas se es alguns passos do ciclo de vida do projeto MASS Modal Annotation in Spontaneous Speech 113 ss 2 Estes elementos ser o descritos em detalhes nas se es subseq entes dest
285. s dados da modalidade para o italiano o fato de as unidades de Coment rio e Introdutor Locutivo poderem realizar todos os valores modais sem qualquer restri o n o surpreendente O Coment rio representa a unidade suficiente e necess ria para a interpretabilidade de um enunciado e da mesma forma o Introdutor Locutivo que introduz um discurso reportado um elenco uma compara o uma exemplifica o no portugu s brasileiro introduz uma opini o ou considera o assinalando a modalidade e suspendendo a opera o ilocutiva Sobre o T pico e o Parent tico Tucci 2007 p 271 273 faz considera es sobre as duas unidades no que diz respeito realiza o majoritariamente das modalidades epist mica e al tica e restri o do uso do tipo de ntico De acordo com a autora esta restri o est intimamente associada sua fun o informativa Nas pr ximas se es passo a analisar os dados para alguns dos ndices lexicais marcadores de modalidade 114 4 5 An lise de ndices marcadores de modalidade Os significados modais no portugu s brasileiro como j apontado podem ser expressos por v rios meios lexicais morfol gicos e sint ticos Esta se o apresenta a an lise de quatro categorias lexicais verbos modalizadores verbos epist micos adv rbios modais e uma categoria gramatical as constru es condicionais 4 5 1 Os verbos modalizadores A grande maioria dos estudos sobre a ca
286. s de significados modais as fronteiras desta categoria sem ntica com as de nega o modo ilocu o e atitude a fronteira entre modalidade e evidencialidade a modalidade na fala espont nea e a minha proposta de defini o que leva em conta a modalidade ancorada em uma situa o comunicativa Ov Em seguida no cap tulo 3 s o detalhados os procedimentos metodol gicos introduzido o quadro te rico da Teoria da Lingua em Ato o projeto C ORAL BRASIL e o minicorpus utilizado nesta pesquisa O cap tulo 4 apresenta a descri o da modalidade na amostra de 20 textos da parte informal do corpus C ORAL BRASIL Este minicorpus representativo e est definido segundo crit rios de alta qualidade Ap s serem discutidos os resultados para a distribui o e frequ ncia dos ndices no que respeita a tipologia interacional as unidades informacionais e os valores modais empreendo uma an lise de tr s estrat gias modalizadoras lexicais verbos modalizadores verbos epist micos e adv rbios e uma gramatical as constru es condicionais O cap tulo 5 que constitui a terceira parte da tese introduz o projeto MASS Modal Annotation of Spontaneous Speech que se trata de um esquema de anota o da modalidade para a fala espont nea do portugu s brasileiro Parte desta pesquisa foi desenvolvida no 22 Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa sob orienta o da Dr Am lia Mendes dentro do Programa de Do
287. s de um evento cf CROFT CRUSE 2004 p 66 Talmy 1988 2000 importa da fisiologia a terminologia que emprega a entidade de for a focal chamada Agonista e o elemento de for a oposto a ela o Antagonista Tento ilustrar E un 25 este ponto com uma ocorr ncia em nossa amostra 2 14 MAI 47 a ele jogou 1 jogou a capaz ea estra alhou toda a capaz a o tamanho do dente bfammn01 2 Tradu o para how entities interact with respect to force Included here is the exertion of force resistance to such a force the overcoming of such a resistance blockage of the expression of force removal of such blockage and the like TALMY 1988 p 49 A nota o utilizada nestes exemplos ser explicitada na Parte II deste trabalho quando introduzo os pressupostos da Teoria da Lingua em Ato No entanto adianto aqui que uma barra simples corresponde a uma quebra no enunciado percebida como n o terminal e uma barra dupla como uma quebra percebida como terminal 37 O exemplo em 2 14 traz dois tipos de eventos causativos o Evento 1 E ele jogou 1 jogou a capa e o Evento 2 E2 ea estra alhou toda a capa Em E o Antagonista aquele que aplica a for a o causador ele exerce uma for a sobre o Agonista aquele em que a for a aplicada o causado a capa que realiza um movimento A situa o em E diferente o Antagonista ea a cobra imp e um
288. s e constru es adjetivas 19 1 0 express es modais 28 1 1 futuro perifrastico 244 0 0 vamos infinitivo constru o let 0 0 17 futuro do pret rito 37 0 0 imperfeito 9 0 0 condicionais 109 0 0 Tabela 4 6 Estrat gias modalizadoras e tipos de modalidade 111 O n mero de ndices lexicais de 781 e corresponde a 65 7 de todos os indices enquanto o de ndices gramaticais de 416 e corresponde a 34 6 dos modais O n mero de itens gramaticais modais praticamente id ntico ao n mero de verbos modalizadores A tabela indica que independentemente do valor s o os verbos modalizadores a estrat gia preferencial para a express o da modalidade num percentual correspondente a 33 5 do total de ndices com destaque para o tipo de ntico em que esta estrat gia predomina 46 9 do uso de verbos modais correspondem a este valor 31 9 ao valor epist mico e 21 2 ao din mico A modalidade epist mica a mais utilizada como j visto e est associada a todas as estrat gias modalizadoras Mello e colaboradores 2013 em an lise quantitativa da distribui o dos marcadores de modalidade na fala espont nea do portugu s brasileiro constru ram um gr fico em que quanto mais vetores estivessem associados a um determinado n mais representativo seria este n em rela o ao par metro analisado no caso a rela o entre a tipologia modal e os lemas modais Desta forma demonstraram a tend ncia para o
289. s s o as palavras ou sequ ncia de palavras que expressam modalidade BAKER et al 2010 Considero como triggers os verbos auxiliares e semi auxiliares P http mmax2 sourceforge net modais os verbos epist micos ou de atitude proposicional os adv rbios modais as express es adjetivas as express es lexicais que carregam modalidade Os ndices modais considerados s o a verbos auxiliares e semi auxiliares poder dever ter que parecer 99 66 29 66 5 66 99 66 precisar dar conseguir aguentar querer valer adiantar 99 99 66 29 c 29 66s 29 66 b verbos de cren a achar acreditar crer imaginar julgar pensar c verbos de conhecimento e compreens o saber ver perceber d adv rbios e as locu es adverbiais certamente com certeza exatamente justamente logicamente mesmo na verdade bvio potencialmente realmente sem chance sem d vida sinceramente talvez as vezes claro e adjetivos e locu es adjetivas capaz capaz claro l gico verdade verdadeira foi verdade l gico mais certo que t verdade f as express es com valor modal era pra pode saber ser
290. s um exemplo de enunciado do tipo complexo com duas unidades informacionais o T pico e o Coment rio 3 1 2 2 T pico TOP O T pico TOP uma das principais unidades informacionais e tem como fun o delimitar semanticamente o campo de aplica o da for a ilocucion ria Esta unidade seleciona o dom nio de relev ncia em rela o ao qual o ato de fala deve ser interpretado Prosodicamente a unidade marcada por um perfil do tipo prefixo e apresenta foco entoacional direita Assim como o Coment rio a unidade informacional de T pico tamb m tem um foco o que permite distingui la de outras unidades que antecedem o Coment rio No portugu s foram identificadas quatro formas entoacionais diferentes para o T pico cf ROCHA 2012 MITTMAN 2012 Em termos de distribui o antecede o Coment rio ainda que n o seja adjacente a ele A unidade tamb m pode ser segmentada em Unidades de Escans o Um T pico pode ser recursivo e tamb m pode ser formado por subpadr es de unidades informacionais normalmente do tipo referencial o que se constitui como uma Lista de T picos Todos os T picos de uma lista juntos fornecem um nico dom nio de aplica o da for a do Coment rio e todos eles pertencem ao mesmo dom nio ontol gico ou no m nimo eles devem ser semanticamente coerentes Como exemplos 3 5 FLA a o caderno TOP um neg cio meio atrasado COM assim PHA bpubcv01 8 3 6 FLA o
291. sar e 98 para saber 47 A Figura 4 13 mostra esta distribui o verbos epist micos ocorr ncias Machar macreditar Mcrer Mimaginar mpensar msaber 0 1 1 1 Figura 4 13 Distribui o e frequ ncia dos verbos epist micos na amostra Analisando os n meros para tipologia interacional os resultados s o 60 exemplares para mon logos 21 em mon logos p blicos e 39 em privados 99 exemplares para di logos 16 para p blicos versus 83 para di logos privados e 51 exemplares para conversa es 14 em p blicas versus 37 em conversa es privadas poss vel visualizar os dados na Tabela 4 10 Privado P blico TOTAL Mon logos 39 21 60 Di logos 83 16 99 Conversa es 37 14 51 TOTAL 159 75 7 32 24 3 210 Tabela 4 10 Distribui o de tokens de verbos epist micos por tipologia interacional 125 Esta tabela aponta para uma alta taxa de tokens em intera es dial gicas principalmente em di logos privados Isso se deve a caracter sticas espec ficas desses tipos de texto e rela o dos participantes na situa o comunicativa Se levarmos em conta a tipologia textual nota se que 31 9 destes verbos s o usados em textos argumentativos ou expositivos o que coincide com a sua pr pria defini o sinalizar o comprometimento do conceptualizador em rela o ao que se enuncia As outras ocorr ncias distribu das em textos narrativos descritivos e relatos mo
292. sburgh Pittsburgh PA USA 214p ANEXOS MASS 1 0 MANUAL DE ANOTA O LUCIANA VILA POSLIN UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CENTRO DE LINGU STICA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA 02 DE JANEIRO DE 2013 SUM RIO LINTRODU O 2 roe uet eu dA be bec a DRA O D ted x a 1 2 NOCOES IMPORTANTES sz az 25st ous a Ses eo te aaa ede LO oe VI rod ede elc 2 2 1 MODALIDADE E 2 2 2 VALORES MODAIS minea dette hood pecados Mode eeu e aise dp ede Uu dads 2 O PROJETO MASS MODAL ANNOTATION IN SPONTANEOUS SPEECH 000cccceeeeeeneeeeeees 5 JO SOFTWARE MMA SPENT 6 3 2 TRIGGERS SOURCES E TARGETS ELEMENTOS A SEREM ANOTADOS ceeecceesseceesteeeenseeeenee 6 Ded TRIGGERS METER 6 3 2 2 SOURCES PRX 11 3 2 2 1 SOURCE OF THE EVENT a ionns bon EEA EREE PEEVE D REEF M DIEM LK REK 11 3 2 2 2 SOURCE OF THE MODALITY 33 isentos said ET eel tak EEEE TE A E tue ids 12 DOS AIR ppa sia cu a An aa ADE LM EAD genes RN aa a aa N 15 3 TLPOLARIDADE e nas aE E AEE A E E E MN EA leur E A a E tie Eri 27 FO Uds RR TH PER 28 1 INTRODU O Este manual apresenta o projeto MASS Modal Annotation in Spontaneous Speech um esquema de anota o sem ntica da modalidade desenvolvido para dados de fala espont nea do Portugu s Brasileiro descreve e explica em detalhes os passos da anota o bem como discute os casos problem ticos e as decis es tomad
293. screve e explica em detalhes os passos da anota o bem como discute os casos problem ticos e as decis es tomadas para solucion los A anota o lingu stica de corpora nas palavras de Leech 1993 p 275 pode ser definida como a pr tica de adicionar informa o interpretativa especialmente lingu stica a um corpus eletr nico de dados lingu sticos falados e ou escritos por algum tipo de c digo anexado a ou intercalados com a representa o eletr nica do pr prio material lingu stico E tamb m pode se referir ao produto final deste processo A Lingu stica Computacional fornece meios para o desenvolvimento de softwares para o processamento de linguagem natural escrita e falada Os corpora anotados n o s o um fim em si mesmo a resolu o de tarefas espec ficas bem definidas e limitadas como a etiquetagem morfossint tica cf o parser PALAVRAS BICK 2000 pr requisito para a constru o de sistemas complexos como os de tradu o autom tica e de sumariza o Especificamente o interesse por se distinguir uma informa o que real e certa de uma informa o especulativa e modal resulta do fato de esta ser tarefa necess ria para aplica es em PLN como a extra o de informa o KARTUNNEN ZAENNEN 2005 modelagem de incerteza em textos cl nicos MOWERY et al 2012 resposta a perguntas SAUR et al 2006 classifica o de hedges MEDLOCK BRISCOE 2007 MORANTE DAELEMANS 2009 e an lise d
294. seguida feita a hierarquiza o ou o escalonamento destes mundos de acordo com o qu o pr ximo est o do ideal determinado pela fonte de ordena o Nas palavras de Hara 2006 p 9 a fonte de ordena o for a uma ordena o particular entre os mundos epist micos da base modal em termos de sua acessibilidade Para von Fintel 2006 p 1 disc pulo de Kratzer a modalidade a categoria de significado lingu stico que tem a ver com a express o de possibilidade e necessidade Uma senten a modalizada estabelece uma proposi o subjacente e prejacente an lise no n vel proposicional no espa o das possibilidades Por exemplo 2 4 Sandy might be home Sandy pode estar em casa diz que ha uma possibilidade de Sandy estar em casa 2 5 Sandy must be home Sandy deve estar em casa diz que entre todas as possibilidades Sandy esta em casa von Fintel 2006 argumenta que a modalidade assim como a temporalidade esta no centro da propriedade de deslocamento que permite a linguagem falar de coisas para al m do aqui agora Al m desta capacidade de proje o prospectiva ou retrospectiva Fintel aponta para os diferentes tipos de significados dos itens modais e nos fornece exemplos com a forma verbal to have to apresentados abaixo 2 6 It has to be raining Tem que estar chovendo depois de observar pessoas entrando com sombrinhas modalidade epist mica No original The ordering sour
295. sendo que nesta ltima destaco as modalidades epist mica de ntica e din mica que tomo como ponto de partida para a descri o e an lises que ser o empreendidas no escopo deste trabalho 2 3 1 As vis es n o tradicionais tipologias alternativas Uma das classifica es mais conhecidas na tipologiza o dos modais a de Bybee e colaboradoras BYBEE 1985 BYBEE et al 1994 BYBEE FLEISCHMAN 1995 O objetivo do trabalho de Bybee e colegas 1985 1994 propor caminhos para o desenvolvimento das no es de modo e modalidade buscando determinar como e por que determinados significados gramaticais surgem neste dom nio As autoras distinguem quatro tipos de modalidade i modalidade orientada para o agente MOA ii modalidade orientada para o falante MOF iii modalidade epist mica ME e iv modalidade subordinada A modalidade orientada para o agente compreende todos os significados modais que indicam a exist ncia de condi es sobre um agente com rela o conclus o de uma a o expressa no predicado principal por exemplo obriga o desejo habilidade permiss o e possibilidade raiz BY BEE FLEISCHMAN 1995 p 6 As no es sem nticas espec ficas deste tipo s o a obriga o exist ncia de condi es sociais externas que levam um agente a concluir a a o predicada expressa como uma obriga o forte ou fraca Por exemplo 2 20 All students must obtain the consent of the Dean o
296. so duro de roer No entanto seria ainda mais duro se n o estiv ssemos cercados de um sem n mero de pessoas que nos apoiam encorajam d o colo provocam motivam Prof Heliana Mello minha orientadora e amiga parceira e c mplice nessa jornada que me guiou pela m o para a terceira margem e se empenhou de forma delicada gentil e generosa para eu me tornar uma doutora Por sua contribui o intelectual e por sua compreens o paci ncia e carinho desde sempre Am lia Mendes que me acolheu em Lisboa em meu per odo de Est gio Doutoral e n o mediu esfor os para que me integrasse vida de trabalho no Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa Pela nossa hist ria de afeto e muita amizade Torcendo por parcerias futuras Ao Prof Tommaso Raso e Prof L lian Ferrari pelos valiosos coment rios em minha sess o de qualifica o Aos membros da Banca Examinadora por aceitarem prontamente o convite para leitura e discuss o deste trabalho Aos colegas do LEEL grandes companheiros Priscila Adriana e Ra ssa com quem dividi a peleja para aprender sobre a modalidade Lu s pelas timas trocas Bruno Rocha Elisa Hel Maryual Andressa Carol Bruna e Bruno Alberto pelos bons momentos passados juntos Ao Pedro Perini com quem venho construindo um produtivo di logo sobre lingu stica e uma bela amizade Ao Fred por nossa hist ria comprida de carinho Aos colegas do CLUL Liliana Raissa Aida Sandra
297. source of the event mention LUZ source of the modality LUZ 0 C Quando h um caso de retracting no target anotar apenas a ltima parte em que est completa a enuncia o 65 GIL 170 eu amp a 2 EMP eu acho que gt esse 2 SCA esse aqui 0 COM bfamcv01 140 Como para a utiliza o do MMAX2 foi necess ria a limpeza dos retractings os seus vest gios s o reconhecidos pela repeti o de chunks e ou mudan a de planejamento trigger acho modal value epistemic_belief polarity pos IU COM target esse aqui o polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention GIL source of the modality GIL D Se o target est em uma unidade de escans o SCA anot lo como uma nica unidade informacional 66 RUT 208 c pensa que ele SCA participa da 1 SCA amp d 1 EMP desses presente COM bfamcv02 trigger pensa modal value epistemic_belief polarity pos IU COM target ele participa desses presente polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention RUT source of the modality CE E Se o trigger est em unidade de Parent tico PAR e a express o em seu escopo est em uma unidade informacional diferente n o se anota o farget 67 LUZ 52 s o duas vagas COM eu acho PAR bfamdl03 trigger acho modal value epistemic belief polarity pos IU COM target polarity tgt IU tgt source of the
298. ss es para compara o interlingu stica com o minicorpus brasileiro ii um minicorpus da se o informal do C ORAL BRASIL com 31 464 palavras e 20 sess es Os arquivos est o divididos por enunciados e para cada enunciado al m da transcri o est o dispon veis o arquivo de som a anota o da estrutura informacional e a anota o de Pos 122 Excepcionalmente a unidade de Ap ndice de Coment rio APC pode conter um ndice modal Esta unidade integra o texto do Coment rio e conclui o enunciado dependente da unidade informacional de Coment rio Para a anota o das ocorr ncias do trigger nesta unidade ver regra G desta se o 1 Dispon vel em http lablita dit unifi it app dbipic index php ltimo acesso 01 dez 2013 180 5 3 3 2 Sources Uma source definida em sentido amplo como um agente ou uma organiza o que toma uma atitude em rela o a um evento em uma senten a MATSUYOSHI et al 2010 p 1459 V rios estudos levam em considera o este componente em suas an lises tais como Bethard et al 2004 Breck amp Cardie 2004 Choi et al 2005 Wiebe et al 2005 Rubin et al 2005 Prasad et al 2007 Saur e Pustejovsky 2007 Inui et al 2008 Baker et al 2010 Wiebe et al 2005 em seu trabalho sobre a anota o de opini es emo es e outros estados privados consideram a source do evento de fala isto o falante ou escritor a source
299. sta de tese de doutoramento pretendo tratar de um tema que j foi bastante pensado e discutido desde a Antiguidade Cl ssica e por autores de diferentes persuas es a categoria sem ntica da modalidade No entanto tal como os grandes nomes da hist ria revolucion rios ou n o sofremos insistentemente do path s da novidade e portanto arrisco pensar a modalidade diferentemente da concep o cl ssica como uma categoria menos est tica e como uma no o que se realiza tamb m em um contexto interacional Logo esse estudo pode ser realizado t o somente pela an lise da l ngua em uso e no caso da pesquisa em tela atrav s de um estudo emp rico Trato da concep o cl ssica da modalidade e de outras defini es da categoria no cap tulo 2 18 Com base nos princ pios da Teoria da L ngua em Ato CRESTI 2000 e na metodologia da Lingu stica de Corpus a pesquisa que proponho desenvolver tem como objetivo descrever e tentar explicar o comportamento de diferentes ndices marcadores de modalidade lexicais ou gramaticais como por exemplo verbos modais adv rbios ou locu es modalizadoras verbos de cren a verbos de voli o constru es adjetivas modalizadoras constru es condicionais e o futuro A pesquisa ter como foco a diamesia oral da variante brasileira do portugu s a partir da an lise qualitativa e quantitativa da parte informal de um corpus oral representativo da fala espont nea o
300. stram os momentos em que os participantes expressam suas opini es ou cren as ou requerem a opini o de seu interlocutor Devo destacar que as ocorr ncias em mon logos p blicos correspondem a apenas um texto a participante uma professora da escola b sica relata sua atividade profissional e d sua opini o sobre o processo de ensino aprendizagem tamb m necess rio destacar que a diferen a entre os n meros de textos privados e p blicos minimizada em termos de frequ ncia relativa 4 5 2 2 Padr es sint ticos sem ntica e quest es pragm ticas V rios padr es sint ticos s o utilizados principalmente 1 os verbos epist micos introduzem ora es encaixadas Em nossa amostra 57 1 de todas as ocorr ncias seguem este padr o 11 eles podem ocupar diferentes posi es no enunciado nos casos em que n o introduzem uma encaixada iii SN susy V SN og SAdv SAdj arr Os casos em que n o h a realiza o do objeto correspondem a 22 9 do total de ocorr ncias principalmente com os verbos achar e saber Alguns exemplos 4 18 SNsu V comp S LUI 236 eu acho que a gente deve chamar os times legais COM bfamcv01 4 19 SNsu V SAdv S SIL 154 eu acho assim INT se a pessoa n tem condi es de fazer TOP ele paga pra fazer COM bfamdl04 4 20 SNsuy V SNopy SAdv SAdjatr 77 ent o eu achava aquilo muito interessante COM bfammn06 126 4 21
301. subvalores de cada tipo de modalidade partiu se da defini o de modalidade discutida neste trabalho e dos valores apresentados em diferentes projetos de anota o como descrito na se o 5 2 deste cap tulo al m de os pr prios dados analisados revelarem pelo contexto sutilezas de interpreta o que aqui foram consideradas 5 Os termos que se referem ao esquema de anota o da modalidade a saber os valores e subvalores modais o ndice modal disparador a express o no escopo do item modal e a fonte do evento e da modalidade ser o mantidos em l ngua inglesa uma vez que no dom nio da anota o sem ntica consenso o uso do ingl s nos sistemas de anota o Desta forma quando necess rio ser apresentada em nota de p de p gina uma legenda com a tradu o dos r tulos para o portugu s e das suas defini es 169 a Epist micos o significado epist mico est relacionado com o grau de certeza de um conceptualizador sobre o material locut rio enunciado e tamb m se refere s no es de possibilidade probabilidade e necessidade Como exemplificado em 5 1 5 2 5 3 e 5 4 5 1 LAU 195 tamb m n tem certeza de nada COM _ bfamdl03 5 2 BAL 107 lt s que aquela coisa INT eu n amp po 3 EMP eu n posso esperar crescer dentro disso COM S bfamdl02 5 3 GIL 36 n es deve meter o pau 8 bfamcv01 5 4 REN 223 oito COM 224 mas olha o pre
302. t m hepatite polarity tgt pos IU tgt COB source of the event mention FLA source of the modality a gente Para o target atribuem se as seguintes caracter sticas d polaridade polarity e ndice de modalidade polarity_cue f unidade informacional em que est contido IU Y Identifica o de targets de acordo com o valor modal a epistemic knowledge 74 OSV 67 lt a de telefone gt n veio ainda CMM que eu n sei quando que vai CMM bpubcv02 trigger sei modal value epistemic knowledge polarity neg IU CMM target quando que vai polarity_tgt pos IU tgt CMM 183 As unidades de CMB n o descritas na literatura correspondem em sua grande maioria unidade de COB e foram portanto substitu das por ela na anota o source of the event mention OSV source of the modality eu b epistemic_belief 75 REN 321 o Neve caro mesmo COM bfamdl01 trigger mesmo modal value epistemic_belief polarity pos IU COM target o Neve caro polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention REN source of the modality REN c epistemic possibility 76 CEL 229 c pode ter feito LIBRAS COM bfamcv04 trigger pode modal value epistemic possibility polarity pos IU COM target ter feito LIBRAS polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention CEL source of the modality c d epistemic probability
303. ta bfamcv01_clean txt tok mmax modified TPAR File Settings Display Tools Plugins Info 7 Show ML Panel LEO o Juninho foi GIL 6 mas voltando quest o falando em e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muito palha eu acho que es n deviam etal LUI n o LEO n o Add to this Markable LUI eu acho n o LEO com certeza LUI com certeza es n v o participar uai LEO eles s o piores do que o Durepox EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos jogava bola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha Figura 5 8 Adicionar uma sequ ncia ao markable EB MMAX2 1 13 003 H WnodalityWoftware lucianalMMAX Modality dataWbfamcv01 clean txt tok mmax modified MBR File Settings Display Tools Plugins Info 7 Show ML Panel LEO o Juninho foi GIL 6 mas voltando quest o falando em e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muito palha eu acho que es n deviam etal LUI n o LEO n o Remove from this Markable Lj LUI eu acho n o LEO com certeza LUI com certeza es n v o participar uai LEO eles s o piores do que o Durepox EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos joga
304. ta maneira confrontar as diferentes abordagens para o estudo da categoria da modalidade a sem ntica dos mundos poss veis a distin o entre realis e irrealis e o car ter subjetivo do fen meno Esta no o apresentada na literatura lingu stica de variadas maneiras Claro est no entanto que seja em uma interpreta o mais ampla e vaga como a de Palmer 2001 que afirma que a modalidade se preocupa com o estatuto da proposi o que descreve o evento seja em uma mais estrita como a de van der Auwera e Plungian 1998 que a definem a partir dos dom nios da possibilidade e da necessidade e excluem outros dom nios n o h um consenso sobre os limites da categoria e que tipo de modifica o ela abarca Coloquei me portanto as seguintes quest es de que qualidade a modifica o definida como modalidade Que crit rios para delimitar esta modifica o poderiam ser propostos Na tentativa de alcan ar uma resposta o primeiro passo foi apresentar o seu avesso o que n o modalidade ou melhor explicando apresentei as categorias com as quais a modalidade conversa e dela se diferenciam como a nega o o modo a ilocu o e a atitude Alinhando me proposta de Cresti 2000 e Tucci 2007 para quem a modalidade inerente a qualquer enunciado e pertence ao n vel sem ntico n o ao pragm tico e seguindo a tradi o ballyniana que leva em considera o a dimens o do enunciado e a no o de subjetividade
305. tamento umano di cui ogni istanza un atto lingu stico costituito dall attivazione simultanea di ter diversi tipi di atti locutivo ilocutivo e perlocutivo CRESTI 2000 p 42 76 Essa teoria nasce no dominio da oralidade especificamente da observa o e an lise da fala espont nea quer dizer de um texto falado concebido ao mesmo tempo em que executado e que n o realiza nenhum texto anterior escrito lido ou script fala roteirizada De uma perspectiva comunicativa a fala espont nea um comportamento din mico de intera o entre interlocutores uma cadeia de a o rea o Os participantes de uma troca conversacional realizam a es dirigidas a um ou mais interlocutores o que chamamos de ilocu es Uma ilocu o se define a partir de um conte do afetivo base de todas as rela es entre pessoas Cumprir uma ilocu o seria realizar um ato ao dizer algo Um ato de fala se realiza simultaneamente em tr s dimens es a ato locut rio parte lingu stica ato de dizer algo b ato ilocut rio inten o comunicativa ato ao dizer algo c ato perlocut rio a produ o de um efeito sobre o interlocutor A contraparte lingu stica de um ato de fala um enunciado que carrega sempre uma inten o comunicativa e a unidade de refer ncia da diamesia falada Diferencia se de uma frase por ser um elemento compreendido em autonomia e analis vel pragmaticamente A pros dia o componente sup
306. tanto poss vel e necess rio O primeiro significa que uma senten a verdadeira em algum mundo poss vel j o segundo significa que a senten a verdadeira em todos os mundos poss veis Considere a proposi o em 2 1 abaixo e suas modifica es pelos operadores em 2 1a e 2 1b 2 1 Jo o solteiro 2 1a Possivelmente Jo o solteiro 2 1b Com certeza Jo o solteiro A senten a em 2 1 que representaria o real pode ser tomada como a modalidade zero Em 2 1a o operador possivelmente indica que h um mundo poss vel em que Jo o solteiro J em 2 1b afirma se que em todos os mundos poss veis a proposi o Jo o solteiro verdadeira Haak 2002 p 229 nos esclarece sobre esse car ter necess rio e contingente H uma longa tradi o filos fica de distinguir entre verdades necess rias e verdades contingentes A discuss o frequentemente explicada da seguinte maneira uma verdade necess ria uma verdade que n o poderia ser de outra forma uma verdade contingente uma que poderia ou a nega o de uma verdade necess ria imposs vel ou contradit ria a nega o de uma verdade contingente poss vel e consistente ou uma verdade necess ria verdadeira em todos os mundos poss veis uma verdade contingente verdadeira no mundo real mas n o em todos os mundos poss veis As l gicas modais sofreram cr ticas principalmente porque sua
307. tavam fora da situa o Tabela 3 1 Caracter sticas dos textos do minicorpus Os nomes dos arquivos s o constru dos da seguinte forma a primeira letra representa a l ngua do corpus b o grupo de tr s letras seguintes o contexto da intera o fam para contextos privados e pub para contextos p blicos as duas letras finais correspondem tipologia interacional mn para mon logos dl para di logos e cv para conversa es os numerais em sequ ncia correspondem sua identifica o na se o a que pertencem A tabela aponta que o minicorpus composto de um total de 31 318 palavras em 3h 58min e 36s de grava o totalizando de 55 informantes 28 do sexo masculino e 27 do feminino As conversa es t m lh 7min e 28s de grava o com 24 informantes 15 homens e 9 mulheres os di logos lh 45min e 28s de grava o com 14 informantes 6 homens e 8 mulheres e os mon logos lh 5min e 40s de dura o e 17 informantes 7 homens e 10 mulheres Com rela o ao n mero de informantes nos mon logos ainda que haja mais de um participante na situa o comunicativa apenas um dos participantes o informante central para a contagem do n mero de palavras do texto Os eventuais interlocutores s o os endere ados e contribuem t o somente com pequenas interfer ncias normalmente para manter o fluxo discursivo Os n meros para o contexto e a tipologia interacional s o os seg
308. tegoria da modalidade se dedica an lise dos verbos modais auxiliares ou semi auxiliares como os de Papafragou 1998 2000 Cornillie 2005 2007 van der Auwera and Plungian 1998 Bybee et al 1994 Almeida 2010 para nomear apenas uns poucos Para a l ngua portuguesa destaco os trabalhos de Oliveira 2003 Gon alves 2004 Galv o 2000 Gon alves e Galv o 2001 Salom o 2008 4 5 1 1 Frequ ncia dos verbos modalizadores Como apontado na se o 4 4 1 os verbos modalizadores s o a estrat gia preferencial utilizada para a express o da modalidade Relembrando ilustro com um excerto da Tabela 4 6 Estrat gias modalizadoras epi deo dyn verbos modalizadores 128 188 85 Foram identificados na amostra portanto 401 verbos modalizadores isto todos os verbos modais auxiliares semimodais e verbos plenos que expressam modalidade Abaixo elenco todos os lemas encontrados e suas respectivas ocorr ncias 115 verbos modalizadores ocorr ncias adiantar 3 3i aguentar 2 95 conseguir TI n 7 5 dever 3i esperar 3 08 gostar 1 33 parecer 10 Li poder 132 32 9 precisar 7 i querer 65 a ter que 93 33 valer 3 3i Tabela 4 8 Distribui o dos verbos modalizadores Desta lista observa se a grande ocorr ncia de verbos que figuram em listas de v rias l nguas como poder dever ter que precisar
309. tgt CMM source of the event mention REN source of the modality REN f epistemic verification 5 79 ANE 393 olha a se n tem ningu m CMM C sar CMM bfamdl05 trigger olha modal value epistemic_verification polarity pos IU CMM target n tem ningu m polarity tgt neg IU tgt CMM source of the event mention ANE source of the modality ANE 195 g deontic obligation 5 80 JAN 239 depois eu tem que comprar uma COM bpubdlO trigger tem que modal value deontic obligation polarity pos IU COM target comprar uma polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention JAN source of the modality eu h deontic permission 5 81 PAU 247 ele n o pode chegar no final da semana e SCA desmanchar tudo o que foi feito durante a semana COM n PHA bpubdl01 trigger pode modal value deontic_permission polarity neg IU COM target ele chegar no final da semana e desmanchar tudo o que foi feito durante a semana polarity_tgt pos IU tgt COM source of the event mention PAU source of the modality PAU 1 deontic prohibition 5 82 CES 82 n pode subir CMM contram o CMM bfamdl05 trigger pode modal value deontic prohibition polarity pos IU CMM target subir polarity tgt pos IU tgt CMM source of the event mention CES source of the modality CES j deontic necessity 5 83 JOR 50 n s precisamo criar esse h
310. th if they would wanted to save their lives Juan Ortiz chamou os bem alto na l ngua indiana ordenando lhes que voltassem se eles quisessem salvar suas vidas A modalidade orientada para o falante abrange marcadores de diretivos tais como imperativos optativos e permissivos que representam atos de fala atrav s dos quais um falante tenta provocar o endere ado a agir BYBEE FLEISCHMAN 1995 p 6 Este tipo n o indica a exist ncia de condi es sobre o agente mas permite ao falante impor tais condi es sobre o interlocutor O quadro abaixo mostra em resumo os termos gramaticais usados para a MOF e suas respectivas fun es No original m arkers of directives such as imperatives optatives or permissives which represent speech acts through which a speaker attempts to move an addressee to action BYBEE FLEISCHMAN 1995 p 6 42 Termos gramaticais Fun o Imperativo Comando direto a uma segunda pessoa Proibitivo Comando negativo Optativo Desejo ou expectativa do falante expresso na ora o principal Hortativo exortativo O falante encoraja ou incita algu m a agir Admoestativo O falante emite um aviso Permissivo O falante concede permiss o Quadro 2 2 Termos gramaticais para a MOF e suas fun es Bybee et al 1994 consideram os modos acima elencados como parte da modalidade de ntica No entanto poss vel questionar a validade deste tipo ser uma c
311. thered within the same scene CRESTI no prelo p 12 69 LUZ 6 passei a vida toda num lugar errado COM 7 que que isso 70 COM 8 passei a vida toda fora d gua hhh COM 9 que loucura COM 10 a que oc sabe 2COM n PHA 11 porque quando c chega num lugar que c se sente em casa TOP c sabe imediatamente COM 12 um EMP LAU 13 ham ham COM LUZ 14 amp he TMT o corpo sabe CMM tudo sabe CMME 15 o seu humor CMB a sua EMP 16 tudo COM bfamdl03 trigger sabe modal value epistemic_knowledge polarity pos IU COM target quando c chega num lugar que c se sente em casa polarity_tgt pos IU tgt TOP source of the event mention LUZ source of the modality LUZ GIL 2 lt CNT mas DCT voltando quest o TOP falando em 2 EMP e tamb m falando em povo mascarado TOP esse povo do Gal ticos muito palha COB eu acho que es n deviam mais participar COME e tal UNC LUI 5 eu acho n o COM LEO 6 com certeza COM bfamcv01 trigger acho modal value epistemic_belief polarity neg IU COM target es n deviam mais participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention LUI source of the modality LUI trigger com certeza modal value epistemic belief polarity pos IU COM target es n deviam mais participar pol
312. tura subjetiva ou objetiva como coloca Lyons 2 48 132 po parar o carro hhh bfamdl05 Ld Se levarmos em considera o a ocorr ncia acima com o verbo modal poder de ntico em sua forma afer tica po desconectada de seu contexto de uso e da forma como foi enunciada n o haveria d vida de que as seguintes interpreta es seriam poss veis 2 48a permitido parar o carro 2 49b Eu te permito parar o carro No entanto n o o caso quando a escutamos X7 O contexto permite a interpreta o de o caso de ou oportuno e percebemos uma ilocu o do tipo representativo do subtipo conclus o N o estou colocando em d vida o car ter de ntico da ocorr ncia mas gostaria de pensar como e se a for a ilocucion ria em sobreposi o modalidade atenuaria ou refor aria a ideia de permiss o Kiefer 2009 argumenta que se deve fazer uma distin o entre o estabelecimento de uma necessidade de ntica ou de uma possibilidade de ntica entre proposi es de nticas e a emiss o de uma ordem impor uma obriga o ou dar permiss o As primeiras segundo ele pertencem sem ntica e se proposicional s o descritas em termos de l gica formal as ltimas s o parte da teoria dos atos de fala e devem assim ser tratadas na pragm tica Sobre a distin o entre modalidade e ilocu o ver se o 2 4 3 52 A literatura identifica a modalidade de ntica com
313. type of attitude H dois tipos de frames de estado privado a elementos subjetivos expressivos expressive subjective elements representam elementos subjetivos expressivos b subjetivos diretos representam men es expl citas a estados privados explicit mentions of private states e eventos de fala que expressam estados privados speech events expressing private states O esquema proposto por Wiebe Wilson e Cardie bastante detalhado assim como o de Matsuyoshi et al 2010 e aplicado a um grande corpus Como se pode observar a no o de modalidade nos esquemas apresentados acima n o segue a no o corrente na literatura sobre o tema cf PALMER 1986 ou PORTNER 2009 Os trabalhos que apresento em seguida ao contr rio se ap iam na ideia de modalidade restrita e na defini o se assim posso dizer mais tradicional da categoria qual seja a atitude do falante al m de considerar geralmente em sua tipologia a oposi o entre significados epist micos e n o epist micos e n o entre informa o factual e n o factual o que evidentemente n o exclui a an lise destas caracter sticas Estes pr ximos projetos n o foram desenvolvidos com um objetivo espec fico e definido de aplica o em PLN no entanto reconhecem que s o pontos de partida para cumprir as tarefas de extra o de informa o minera o de opini o resposta a perguntas por exemplo Nirenburg e McShane 2008 anotaram um c
314. u a dizer alguma coisa parou e repetiu o material anterior sem qualquer mudan a Ex 147 essa hist ria amp de 1 SCA da menina TOP eu tenho certeza que e n te conta n o COM Apresento abaixo em a um exemplo de enunciado antes da limpeza com alguns dos elementos eliminados e a seguir em b o resultado da limpeza deste mesmo enunciado 114 a JOR 17 e af TOP eu consegui i COB amp he TMP com a experi ncia b que eu tinha dentro da multinacional PAR concorrer vaga e amp f 1 SCA isso me facilitou e eu passei pra rea comercial da empresa pra vender COB s disjuntores CMB transformadores CMB motores de INT corrente cont nua CMB corrente alternada CMB isoladores CMB e TXC rel s de prote o secund ria CMB e assim foi iniciando a minha vida comercial COM JOR e a eu consegui he com a experi ncia que eu tinha dentro da multinacional PAR concorrer vaga e f isso me facilitou e eu passei pra rea comercial da empresa pra vender disjuntores transformadores motores de corrente cont nua corrente alternada isoladores e rel s de prote o secund ria e assim foi iniciando a minha vida comercial As unidades informacionais j n o constavam na vers o dos arquivos de texto utilizada para o pr processamento 158 5 3 1 3 Defini o e formaliza o da tarefa de anotar a Os markables marcadores Um
315. u uma outra entidade conhecimento expressa o grau de conhecimento ou compreens o sobre algo Gate O conceptualizador expressa a sua cren a ou sua S opini o sobre algo mE O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma E possibilidade nee Epist mico possibilidade E O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma probabilidade ep p q probabilidade O conceptualizador apresenta o que enuncia como uma necessidade necessidade TAM O conceptualizador expressa incerteza em rela o a um verifica o EO estado de coisas evento ou atividade em foco O conceptualizador se v obrigado ou obriga a si obriga o mesmo a realizar uma atividade por uma determinada raz o O conceptualizador permite algu m ou a si mesmo a De ntico P fazer algo ou permite que algo aconte a roibic o O conceptualizador pro be algu m ou a si mesmo a P S fazer algo ou pro be que algo aconte a O conceptualizador expressa suas necessidades ou a necessidade necessidade de uma outra pessoa ou grupo O conceptualizador expressa a sua propria habilidade habilidade capacidade ou a habilidade capacidade de Din mico uma outra pessoa para realizar ou alcan ar algo voli o O conceptualizador expressa as suas vontades necessidades desejos esperan as e inten es Tabela 5 4 Valores e subvalores modais e suas defini es 174 5 3 3 Triggers Sources e Targets elementos a serem anotados 5 3 3 1 Triggers Os trigge
316. ua 105 1 47 1998 PAPAFRAGOU A Modality issues in the semantics pragmatics interface Amsterdam New York Elsevier Science 2000 PERKINS M R Modal Expressions in English London Pinter 1983 PIETRANDREA P Epistemic modality functional properties and the Italian system Amsterdam Philadelphia John Benjamins 2005 PLUNGIAN V The place of evidentiality within the universal grammatical space Journal of Pragmatics 33 349 357 2001 216 PORTNER P Imperative and modals Natural Language Semantics 4 351 383 2007 PORTNER P Modality Oxford Oxford University Press 2009 PRASAD R DINESH N LEE A JOSHI A WEBBER B Attribution and its Annotation in the Penn Discourse TreeBank Traitement Automatique des Langues Special Issue on Computational Approaches to Document and Discourse 47 2 2007 PUSTEJOVSKY J INGRIA B SAURI R CASTANO J LITTMAN J GAIZAUSKAS R SETZER A KATZ G MANI I The specification language TimeML The Language of Time A reader 2005 p 545 557 RASO T MELLO H R Par metros de compila o de um corpus oral o caso do C ORAL BRASIL Veredas v 13 n 2 p 20 35 2009 RASO T MELLO H C ORAL BRASIL I Corpus de refer ncia do portugu s brasileiro falado informal e DVD multimedia Belo Horizonte Editora UFMG 2012 v 1 ROCHA B N R de M 2011 264f Caracter sticas pros dicas do t pico em PE e o uso do pronome lembrete Disserta o de
317. ue indicam a fonte e a confiabilidade do conhecimento do falante As duas categorias lidam com a evid ncia no entanto a no o de comprometimento no dom nio da modalidade epist mica est relacionada com a postura epist mica do falante isto com a probabilidade ou certeza que atribui quilo que est dizendo J no dom nio evidencial esta no o est relacionada ao grau de confian a de onde parte a evid ncia Este grau de confian a segundo Cornillie 2009 p 58 pode ser explicado em termos de status da evid ncia compartilhado ou n o compartilhado Como s o v rias as fontes de evid ncia o falante o falante e outros participantes da comunica o ou exclusivamente os outros a confiabilidade pode variar mas n o envolve uma avalia o ou probabilidade epist mica Nas palavras de de Haan 2005 p 379 a evidencialidade assevera a evid ncia 9945 enquanto a modalidade epist mica avalia a evid ncia Na mesma linha Pietrandrea 2005 p 33 afirma que enquanto a evidencialidade qualifica a fonte que justifica a asser o de uma proposi o a modalidade qualifica a cren a genu na do falante sobre a verdade da proposi o 6 A evidencialidade pois lida com a fonte da evid ncia que um falante tem sobre uma dada informa o Os marcadores de evid ncia expressam se um falante foi testemunha direta do evento ou atividade que descreve ou se esta informa o chega de outra fonte Dessa forma a
318. uintes 74 da amostra pertencem ao contexto privado familiar e os arquivos em contexto p blico representam 26 do total de palavras da amostra Assim como em toda a parte informal do corpus a divis o do minicorpus balanceada 31 s o conversa es 36 di logos e 33 mon logos Deve se observar que neste subcorpus a representatividade para o contexto p blico z n o suficiente para efeitos de compara o com as situa es familiares O n mero de 92 palavras neste contexto equivale a 1 3 das palavras das conversa es 1 4 das dos di logos e 1 6 das palavras produzidas em mon logos 3 3 2 A busca e organiza o dos ndices A busca pelos ndices modais no minicorpus foi feita manualmente por tr s anotadores Os anotadores duas estudantes de gradua o e uma de p s gradua o cumpriram duas tarefas a partir do que j havia sido investigado na literatura e discutido sobre o conceito de modalidade e a tipologia a primeira buscar os ndices nos textos e a segunda tarefa a de classific los de acordo com os tipos epist micos de nticos e din micos Ainda que um objetivo futuro seja a compara o com dados de modalidade para a fala espont nea do italiano que utilizam os valores al tico epist mico e de ntico decidiu se n o individualizar a modalidade al tica e proceder classifica o apenas dos dois ltimos tipos A partir da observa o direta dos dados e nas discuss es do grupo sobr
319. uma fun o textual as express es participantes devem estar reunidas na mesma cena 128 5 69 LUZ 6 passei a vida toda num lugar errado COM 7 que que isso 5 70 COM 8 passei a vida toda fora d gua hhh COM 9 que loucura COM 10 a que oc sabe 2COM n PHA 11 porque quando c chega num lugar que c se sente em casa TOP c sabe imediatamente COM 12 um EMP LAU 13 ham ham COM LUZ 14 amp he TMT o corpo sabe CMM tudo sabe CMM 15 o seu humor CMB a sua EMP 16 tudo COM bfamdl03 trigger sabe modal value epistemic_knowledge polarity pos IU COM target_dep quando c chega num lugar que c se sente em casa polarity_tgt pos IU tgt TOP source of the event mention LUZ source of the modality LUZ GIL 2 lt 6 CNT mas gt DCT voltando quest o TOP falando em 2 EMP e tamb m falando em povo mascarado TOP esse povo do Gal ticos muito palha COB eu acho que es n deviam mais participar COM e tal UNC 4 LUI 5 eu acho n o COM LEO 6 com certeza COM bfamcv01 trigger acho modal value epistemic_belief polarity neg IU COM target dep es n deviam mais participar polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention LUI source of the modality LUI 128 oi No original Each linguistic chunk conceived to pe
320. urce of the modality CAR 188 B 1 No caso de dupla nega o e nega o posposta simples n o incluir a segunda part cula de nega o no target i Nossa esse neg cio de terra n d n o 5 64 LUZ 210 lt N EXP cio d u d COM bfamdl03 trigger da modal value epistemic_possibility polarity neg IU COM target esse neg cio de terra polarity tgt pos IU tgt COM source of the event mention LUZ source of the modality LUZ C Quando h um caso de retracting no target anotar apenas a ltima parte em que est completa a enuncia o 5 65 GIL 170 eu amp a 2 EMP eu acho que gt esse 2 SCA esse aqui 0 COM S bfamcv01 trigger acho modal value epistemic belief polarity pos IU COM target esse aqui o polarity tgt neg IU tgt COM source of the event mention GIL source of the modality GIL D Se o target est em uma unidade de escans o SCA anot lo como uma nica unidade informacional 5 66 RUT 208 c pensa que ele SCA participa da 1 SCA amp d 1 CEMP desses presente COM bfamcv02 trigger pensa modal value epistemic belief polarity pos IU COM target ele participa O desses presente polarity tgt pos 77 Como para a utiliza o do MMAX2 foi necess ria a limpeza das barras invertidas e colchetes sinais indicativos de retractings o material lingu stico que fica como vest
321. utorado Sandu che no Exterior da Capes PDSE Capes Por fim no cap tulo 6 apresento as considera es finais no sentido de apontar os objetivos alcan ados e sinalizar para perspectivas futuras de trabalho Em resumo Esta introdu o pretendeu explicitar o objeto de estudo os problemas a serem enfrentados em rela o categoria sem ntica da modalidade a justificativa da pesquisa o quadro hipot tico os objetivos a serem perseguidos e a estrutura do trabalho No cap tulo seguinte pretendo situar o debate acerca do que vem sendo dito sobre modalidade o consenso entre as defini es e os problemas da conceitua o e da tipologia aplicadas aos dados da fala Por fim avan o para uma proposta de reformula o do conceito 3 Processo n BEX 9537 12 0 PARTE I DISCUSS O TE RICA 23 24 Cap tulo 2 MODALIDADE estado da arte Este cap tulo pretende elucidar o caminho percorrido pelo conceito de modalidade desde as abordagens l gicas passando pela sua apropria o pelos semanticistas formais pelas concep es correntes na literatura lingu stica sejam formalistas ou funcionalistas para chegar ao que nos interessa como debate a saber a modalidade aplicada a dados de fala espont nea O objetivo assumir um conceito que pressuponha a divis o entre sem ntica e pragm tica no que diz respeito a essa categoria atribuindo sem ntica aquilo que est relacionado conceptualiza o e ao significado d
322. utos Figura 5 11 Tela principal de anota o Figura 5 12 Painel de controle Figura 5 13 Tela de valida o da anota o 25 44 58 66 102 104 105 107 108 109 110 112 113 116 117 118 124 127 155 158 159 159 160 161 161 162 162 163 163 164 164 LISTA DE QUADROS E TABELAS Quadro 2 1 Correspond ncia da modalidade epist mica entre a tradi o l gica e a funcional Quadro 2 2 Termos gramaticais para a MOF e suas fun es Tabela 3 1 Caracter sticas dos textos do minicorpus Tabela 3 2 Informa es sobre os metadados Tabela 3 3 Informa es sobre lemas e lexemas Tabela 3 4 Etiquetagem de unidades informacionais Tabela 3 5 Etiquetagem de valores e subvalores modais Tabela 3 6 Etiquetagem de Part of speech PoS e ndices morfol gicos Tabela 3 7 Organiza o e codifica o de dados Tabela 3 8 Exemplo de organiza o dos dados das constru es condicionais Tabela 4 1 Frequ ncia de enunciados modalizados x contexto e tipologia interacional Tabela 4 2 Frequ ncia de ndices modais por contexto e tipologia interacional Tabela 4 3 Estrat gias modalizadoras Tabela 4 4 Frequ ncia relativa das unidades informacionais na amostra Tabela 4 5 Tipos de modalidade Tabela 4 6 Estrat gias modalizadoras e tipos de modalidade Tabela 4 7 Distribui o dos valores modais nas unidades informacionais Tabela 4 8 Distribui
323. v rbios e as constru es condicionais de forma can nica Passo agora Parte III deste trabalho que traz a proposta de esquema de anota o para a modalidade na fala espont nea do portugu s brasileiro que como afirmam vila e Mello 2013 p 1 vai fornecer um ponto de partida confi vel para pesquisadores interessados em desenvolver metodologias associadas a PLN que resulta na extra o no discurso oral de marcadores de confiabilidade certeza e factualidade ou proceder an lise de e 94 sentimentos modelagem da modalidade e objetivos afins Tradu o minha para constructions performed across TUs with each developing a different information function CRESTI no prelo p 17 No original reliable starting point for researchers that might be interested in developing methodologies associated to NLP that ensue the extraction of oral discourse reliability certainty and factuality markers or carrying sentiment analysis modeling modality and similar objectives VILA MELLO 2013 p 1 141 PARTE III ANOTA O SEM NTICA DA MODALIDADE 142 Cap tulo 5 O PROJETO MASS MODAL ANNOTATION IN SPONTANEOUS SPEECH anota o sem ntica da modalidade no C ORAL BRASIL O presente cap tulo apresenta o projeto MASS Modal Annotation in Spontaneous Speech um esquema de anota o sem ntica da modalidade desenvolvido para dados de fala espont nea do Portugu s Brasileiro de
324. v02 12 BAL 127 c pode deixar o cabo bater no ch o COM bfamdl02 b 1 deontic obligation O conceptualizador obriga a algu m se v obrigado ou obriga a si mesmo a realizar uma atividade por uma determinada raz o 13 CAR 220 lt ai gt tem que olhar os vizinhos COM bpubcv02 b 2 deontic permission O conceptualizador permite algu m ou se permite realizar uma atividade ou permite que algo aconte a 14 BAL 134 c pode deixar o cabo bater no ch o COM bfamdl02 b 3 deontic prohibition O conceptualizador pro be algu m ou a si mesmo de fazer algo ou pro be que algo aconte a 15 CAR 250 hhh lt palavr o gt n po falar n o COM bfamcv03 b 4 deontic_necessity O conceptualizador expressa suas necessidades ou a necessidade de uma outra pessoa ou grupo 16 JOR 50 n s precisamo criar esse h bito COM _ bfammn06 c Din micos o tipo din mico apesar de ser menos central nos trabalhos sobre modalidade HUDDLESTON PULLUM 2002 KIEFER 1994 SALKIE 2009 se relaciona capacidade habilidade e voli o inten o de um conceptualizador como mostram as ocorr ncias em 17 18 e 19 17 BRU 383 c conseguiu ser pior COM bfamcv04 18 JOR 51 a mesma coisa que voc comprar hoje um celular com tanta tecnologia CMB e voc n consegue us lo porque voc n aprende a usar SCA aqueles manuais t o extens
325. va bola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha EVN era aquele cara LUI escroto e como ele era amigo dos caras a galera meio que tomava as dores mas n mas n eles n eram todos escrotos igual o pessoal do Gal ticos n o fal Af Figura 5 9 Remover sequ ncia de um markable c Interface visual do MMAX2 e configura es b sicas iniciais O MMAX2 possui uma apresenta o visual bastante amig vel e algumas configura es b sicas devem ser aplicadas para se iniciar a tarefa de anota o Ao carregar o software mmax bat v o surgir quatro caixas na tela a uma diz respeito ao que est sendo rodado no sistema b a caixa de anota o dos valores e atributos dos markables c a tela principal com o texto a ser anotado e d o painel de controle do n vel do markable 163 Tamb m surgir uma janela em pop up perguntando se o anotador deseja validar as anota es Abaixo apresento instant neos das quatro principais telas a serem configuradas como e quando necess rio pelos anotadores a 1 Snapshot da tela de anota o dos valores e atributos DER One click annotation Panel Settings modal sentences lt gt Type none target target dep trigger source modality source event modal class empty comment Suppress check Warn on e
326. ve clauses In Raso T amp Mello H eds Spoken Corpora and Linguistic Studies Amsterdam Philadelphia John Benjamins no prelo CUI Y CHI T Annotating Modal Expressions in the Chinese Treebank In Proceedings of WAMM IWCS2013 Potsdam Germany 2013 FAUCONNIER G Espaces mentaux Paris Les ditions de Minuit 1984 HENDRICKX I MENDES A MENCARELLI S SALGUEIRO A Modality Annotation Manual version 1 0 Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa Lisboa Portugal 2012a HENDRICKX I MENDES A MENCARELLI S Modality in Text a Proposal for Corpus Annotation In Proceedings of the Eighth International Conference on Language Resources and Evaluation LREC 2012 Istanbul May 21 27 2012b HUDDLESTON R PULLUM G The Cambridge Grammar of the English Language Cambridge Cambridge University Press 2002 KIEFER F Modality In ASHER R E ed The Encyclopedia of language and linguistics Oxford Pergamon Press 1994 p 2515 2520 MATSUYOSHI S EGUCHI M SAO C MURAKAMI K INUI K MATSUMOTO Y 2010 Annotating Event Mentions in Text with Modality Focus and Source Information in Proceedings of the Seventh conference on the International Language Resources and Evaluation LREC 10 A HENDRICKX I SALGUEIRO A AVILA L Annotating the interaction between focus and modality the case of exclusive particles In Proceedings of the 7th Linguistic Annotation Workshop amp Int
327. vez que como apontado anteriormente o escopo da modalidade a unidade informacional No caso deste tipo de constru o como afirmam Cortes e Mello 2013 p 2 ela pode ultrapassar os limites de um enunciado ou estar completamente acomodada nele dividida ou n o em mais de uma de suas unidades tonais Poderiam estar inclu dos os adjetivos l gico e exato que t m comportamento similar ao dos adv rbios logicamente e exatamente 136 A frequ ncia das constru es condicionais no minicorpus foi considerada de acordo com a tipologia interacional a estrutura informacional a distribui o de pr tase ap dose e a rela o entre a estrutura sint tica e informacional Como j dito ao todo foram analisados 5 484 enunciados sendo que 1 046 deles est o modalizados Foram encontradas 109 ocorr ncias de constru es condicionais entre as de forma can nica O percentual de condicionais na amostra de 9 09 entre todos os ndices modais Passando an lise para a tipologia interacional temos os seguintes resultados 24 exemplares para mon logos 8 em mon logos p blicos e 16 em privados 40 exemplares para di logos 9 para p blicos versus 25 para di logos privados e 50 exemplares para conversa es 12 em p blicas versus 38 em conversa es privadas poss vel visualizar os dados na Tabela 4 15 Tipologia Contexto Frequ ncia Privado 16 Mon logo P blico
328. xtos como em 2 60 e 2 61 2 60 Se a pessoa sabe fazer feij o ent o ela deve ensinar isso porque tem muita gente que n o sabe fazer feij o 2 61 E um talento o homem Sabe falar e sabe escrever Se ele quiser escrever uma carta para voc chorar voc chora Se quiser escrever uma carta para voc rir voc ri Palmer 1990 p 36 aponta que a modalidade din mica diz respeito habilidade ou voli o do sujeito da senten a n o do falante e dessa forma n o subjetiva como outras modalidades No PB a modalidade din mica se diferencia igualmente da modalidade epist mica e os verbos mais frequentes s o conseguir e aguentar para sentidos de capacidade e querer e a forma gostaria no sentido de voli o Na amostra encontramos ainda que em n mero bastante reduzido ocorr ncias do tipo din mico como ilustro abaixo 2 62 CEL 85 e nt consegue fazer isso nunca t meio de hhh gt 3 t de ladinho gt bfamcv03 2 63 184 o papai n g enta carregar mais bfammn05 2 64 50 e eu amp a 3 e 1 e vou conseguir sabe vencer essas dificuldades a bpubmn01 2 65 168 t pensando em organizar um torneio e a gente quer que voc s participem da organiza o mandando representante bfamcv01 55 Os exemplos em 2 62 e 2 63 apontam para a habilidade f sica do sujeito j o em 2 64 indica habilidade s cio afetiva ou dis
329. xtra attributes Apply Undo changes Auto apply is OFF Figura 5 10 Caixa de anota o de valores e atributos Nesta tela em Settings selecione Auto apply on para evitar a a o de Apply a cada modifica o Quando os campos comment ou polarity cue forem modificados o Apply deve ser feito manualmente a 2 Snapshot da tela principal de anota o MMAX2 1 13 003 H WnodalityWoftware lucianaMMAX Modality dataWlbfamcv01 clean txt tok mmax File Settings Display Tools Plugins Info Show ML Panel LEO o Juninho foi GIL 6 mas voltando quest o falando em e tamb m falando em povo mascarado esse povo do Gal ticos muito palha eu acho que es n deviam mais participar e tal LUI n o LEO n o LUI eu acho n o LEO com certeza LUI com certeza es n v o participar uai LEO eles s o piores do que o Durepox EVN pois LUI agora manda uma barrinha minha EVN porque o Durepox pelo menos jogava bola GIL n o e o Durepox eu vou tinha um cara era aque era aque era aquele cara l que era muito muito muito palha Figura 5 11 Tela principal de anota o 164 No caso de os anotadores considerarem o espa amento entre as linhas de anota o pequeno poss vel utilizar a op o Font gt Line spacing para a configura o desejada Na parte
330. y SAUR et al 2006 assertion MATSUYOSHI et al 2010 transition of certainty MATSUYOSHI e al 2010 degrees of possibility SAUR et al 2006 potential NIREMBURG McSHANE 2008 belief SAUR et al 2006 BAKER et al 2010 NIREMBURG McSHANE 2008 requirement BAKER et al 2010 interrogative MATSUYOSHI et al 2010 evaluation HENDRICKX et al 2012b NIREMBURG McSHANE 2008 Deontic modality command SAURI et al 2006 requirement BAKER et al 2010 imperative MATSUYOSHI et al 2010 obligative NIREMBURG McSHANE 2008 permissive BAKER et al 2010 NIREMBURG McSHANE 2008 permission MATSUYOSHI et al 2010 Dynamic modality Participant internal modality ability BAKER et al 2010 success BAKER et al 2010 epiteuctic NIREMBURG McSHANE 2008 requirement BAKER et al 2010 volition MATSUYOSHI et al 2010 McSHANE amp NIREMBURG 2008 HENDRICKX et al 2012 NIREMBURG McSHANE 2008 expectation SAUR et al 2006 want BAKER et al 2010 wish MATSUYOSHI et al 2010 intention BAKER et al 2010 NIREMBURG McSHANE 2008 attempting SAUR et al 2006 effort BAKER et al 2010 HENDRICKX et al 2012 NIREMBURG McSHANE 2008 Tabela 5 3 Correspond ncia entre valores na tradi o lingu stica e nos esquemas de anota o 154 5 3 Proposta para anota o da modalidade no C ORAL BRASIL o projeto MASS Modal Annotation in S

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