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1. Fonte Portugal 2009 2010a 2010b 2012 O conte do deste aparato legal ainda que apresente algumas conquistas para os professores obtidas nas mesas de negocia o com o ME e por meio da luta docente e sindical como a simplifica o do modelo de ADD do ME n o se aproxima da proposta de ADD elaborada pela FENPROF e apresentada no Anexo A Procuramos mostrar as ideias centrais que consubstanciaram o modelo de ADD do ME inscrito no ECD de 2007 O conte do dos normativos elaborados a partir disso e citados no Quadro 21 sofreu poucas modifica es Por isso n o os analisamos Privilegiamos o estudo dos processos de resist ncia e luta contra a implanta o da pol tica de ADD em Portugal Na Se o 7 analisamos as rea es e os posicionamentos das organiza es sindicais docentes pol tica de ADD implementada pelo governo portugu s em 2008 e as repercuss es da luta sindical sobre a pr pria pol tica Para isso utilizamo nos de entrevistas realizadas com os dirigentes sindicais e materiais publicados pela imprensa sindical especialmente o Jornal da FENPROF 295 SE O 7 A LUTA SINDICAL EM PORTUGAL CONTRA AS PROPOSTAS DO ME Como visto o DL n 15 2007 trouxe altera es profundas carreira dos professores portugueses sobretudo no que se referiu ao modelo de ADD cria o de duas categorias de professor defini o de quotas para a percep o por escola de men es de Excelente e Muito
2. Pensamos que s o men es a mais A diferen a quase m nima entre o Insuficiente e o Regular porque quem tem Regular tamb m n o tem seu tempo contado para progress o Pode se chamar Regular alguma coisa que n o permite progress o N o h d vidas com a diferencia o N o h Insuficiente e Regular H Insuficiente Depois Bom Muito bom e Excelente preciso mesmo fazer a distin o entre o Muito bom e o Excelente Para este governo e para os anteriores foram 5 de quotas m ximas para o Excelente e 20 para o Muito bom Portanto no conjunto s 25 dos professores podem ser Excelentes ou Muito bons N o temos d vidas de que pode haver escolas e servi os em que as quotas n o sejam preenchidas n o havendo 25 de Excelentes ou Muito bons Nestes casos a esmagadora maioria boa bastante boa mas n o chega ao Muito bom At n o h nenhum Insuficiente nenhum Regular Por outro lado pode haver escolas em que no c mputo da avalia o feita h 37 de Muito bons ou 274 Excelentes Ent o desses os 12 mais abaixo j n o v o ser por causa do limite de 25 Agora se as quotas fossem rigorosamente aplicadas na maior parte dos casos elas n o seriam atingidas DIRIGENTE 1 Os percentuais de 5 para Excelente e 20 para Muito bom estavam diretamente vinculados aos resultados de cada escola na sua avalia o externa PORTUGAL 2007a A obten o de um Exc
3. 208 Figura 4 P gina onde o professor pode consultar o valor de sua BR 2014 SP DESA meme amp o hee bye og nu q pe O m PR O AR ES pon e ga CUP meme aus fins doa es ur reujlicusbros m u L Fonte SEE SP 2013c Mesmo deixando claro ao longo do texto que a BR destinada a servidores em efetivo exerc cio a Lei Complementar n 1 078 2008 refor a em seu artigo 12 que vedado o pagamento da bonifica o a aposentados e pensionistas S O PAULO 20084 O nome da pol tica Bonifica o por RESULTADOS sugere que inativos n o devem ser contemplados porque n o produzem resultados J os servidores afastados para exercer seus mandatos nas entidades de classe representativas de funcion rios e servidores do Estado S O PAULO 1984 p 1 fazem jus BR S O PAULO 20084 De acordo com a Lei Complementar n 343 de 06 de janeiro de 1984 o afastamento para este fim dar se sem preju zo dos vencimentos da remunera o ou do sal rio bem como das demais vantagens do cargo ou fun o atividade S O PAULO 1984 p 1 Al m disso esta lei considera de efetivo exerc cio 209 para todos os efeitos legais o mencionado per odo de afastamento S O PAULO 1984 p 1 Conceder BR aos dirigentes sindicais uma estrat gia que o governo psdbista tem elaborado desde 2000 para tentar cooptar as organiza es sindicais docentes em favor de p
4. adotar um enfoque gradual em lugar do global estabelecendo mudan as progressivas que evitam a notoriedade excessiva das altera es e reduzem o impacto dos custos que devem assumir alguns grupos PREAL 2000 p 2 Outra estrat gia citada pelo autor muito disseminada por intelectuais coletivos org nicos do capital como o Banco Mundial BM a Organiza o para a Coopera o e o Desenvolvimento Econ micos OCDE a Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNESCO e o pr prio PREAL incluir os poss veis benefici rios no desenho e avalia o das reformas PREAL 2000 p 3 Essa estrat gia segundo o autor outorgaria aos reformistas a oportunidade de responder a quem tem reservas e a ganhar os opositores Mais do que isso a inclus o pode converter os atores passivos em ativos PREAL 2000 p 3 Corrales faz dois alertas aos reformadores O primeiro refere se filia o das organiza es sindicais docentes aos partidos pol ticos de oposi o CORRALES 2000 Para o autor essa filia o piora hostiliza obstaculariza as rela es entre os governos e ditas organiza es PREAL 2000 p 3 Ao mesmo tempo reconhece que a filia o dessas organiza es com partidos do governo tamb m n o garante sua coopera o O segundo alerta que o autor faz que os grupos nos quais recaem 39 3 os custos das reformas como os sindicatos de professore
5. PORTUGAL 2008b p 226 tais como a fixa o dos objetivos individuais a calendariza o a explicita o dos par metros classificativos o sistema de classifica o entre outros aspectos PORTUGAL 2008b p 226 Os docentes a serem avaliados eram aqueles integrados na carreira em per odo probat rio em regime de contrato em regime de mobilidade nos servi os e organismos da Administra o P blica PORTUGAL 2008b p 226 e os professores titulares Segundo o DR n 2 2008 a ADD tinha como refer ncia os objectivos e metas fixados no projecto educativo e no plano anual de atividades das escolas e os indicadores de medida previamente estabelecidos pelas mesmas PORTUGAL 2008b p 227 sobretudo no que se referia ao progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e a redu o das taxas de abandono escolar tendo em conta o contexto socioeducativo PORTUGAL 2008b p 227 Cada escola definia no seu regulamento interno o calend rio anual de desenvolvimento do processo de avalia o incluindo os prazos m ximos de dura o de cada fase PORTUGAL 2008b p 228 No conjunto e de modo sequencial constavam as seguintes fases a Preenchimento da ficha de auto avalia o b Preenchimento das fichas de avalia o pelos avaliadores c Confer ncia e valida o das propostas de avalia o com men o qualitativa de Excelente Muito bom ou de Insuficiente pela
6. PORTUGAL 2007a p 531 Al m disso a obten o de Insuficiente na ADD implica va a impossibilidade de o docente se candidatar a qualquer t tulo doc ncia no pr prio ano ou no ano escolar seguinte a menos que demonstr asse ter completado a forma o prevista PORTUGAL 2007a p 531 O per odo probat rio tem a dura o de no m nimo um ano escolar Ainda 264 se o professor fosse avaliado com men o igual ou superior a Bom ao final deste processo o respectivo tempo de servi o prestado era contado para fins de acesso e progress o na carreira docente PORTUGAL 2007a O docente no acesso carreira ingressava na categoria de professor Com o DL n 15 2007 o ME tamb m intencionou estabelecer condi es mais rigorosas para o ingresso na carreira PORTUGAL 2007a p 502 visando a assegurar que aqueles que fossem se efetivar preenchessem de fato todos os requisitos conhecimentos e compet ncias exigidos para o exerc cio da profiss o docente PORTUGAL 2007a Para satisfazer tal rigorosidade o ME tamb m tentou introduzir uma prova de avalia o de conhecimentos e de compet ncias cuja aprova o se tornaria pr requisito queles que desejassem se candidatar ao concurso para ingresso na carreira docente PORTUGAL 2007a Esta prova que seria organizada segundo as exig ncias da lecciona o dos programas e orienta es curriculares PORTUGAL 2007a p 529 seria realizada
7. Professores afastados junto s entidades conveniadas com a Secretaria de Educa o e entidades de classe do Magist rio tinham assegurado um b nus de R 750 00 desde que cumprissem 40 horas semanais de trabalho Portanto e n o somente nesses casos a carga hor ria cumprida pelo docente para al m do n mero de aus ncias determinava tamb m o valor de sua bonifica o S O PAULO 2000b 184 PAULO 2000b Para implementar o B nus M rito o Poder Executivo contou com cr ditos suplementares at o limite de R 172 000 000 00 S O PAULO 2000b p 3 A Lei do B nus M rito foi regulamentada pelo Decreto n 46 167 2001 de 09 de outubro de 2001 S O PAULO 2001b Em seu anexo esse decreto apresenta os valores do B nus M rito segundo o n mero de aus ncias dos docentes O quadro abaixo mostra que os docentes que n o apresentavam nenhuma falta recebiam um b nus quatro vezes superior R 3 000 00 ao valor m nimo R 750 00 previsto na lei que tamb m era concedido aos professores com mais de 12 faltas Quadro 8 Valores do B nus M rito segundo o n mero de aus ncias dos docentes 2001 SP N mero de aus ncias Valores em Percentuais de aumento R 40 horas 0 3 000 00 20 2 500 00 500 00 3 000 00 1 3 2 500 00 38 89 1 800 00 700 00 2 500 00 4 6 1 800 00 38 46 1 300 00 500 00 1 800 00 7 9 1 300 00 30 1 000 00 300 00 1 300 00 10 12 1 000 00
8. Um ensino eficaz ou uma escola exitosa garantiria segundo Neubauer que os alunos realmente aprendessem aquelas habilidades e compet ncias Para alcan ar o ensino eficaz seria preciso em sua vis o envolver toda a sociedade em um processo onde o magist rio o principal protagonista na medida em que quem garante o xito de toda pol tica educacional SILVA 1999 p 18 Para reconhecer o relevo e o papel central dos professores na sociedade moderna Neubauer defendia ser preciso valorizar o magist rio em tr s aspectos fundamentais 87 pi E F V rios intelectuais burgueses apresentam em suas formula es te ricas como condi o ou pressuposto para o sucesso de qualquer pol tica ou reforma educacional a necessidade de seduzir cativar ou envolver os professores para compartilharem dos seus objetivos Trata se na verdade de tentar convencer os professores do seu protagonismo na constru o da viabilidade politica requerida pela burguesia para o xito de seus interesses no campo educacional O reconhecimento de que os professores s o os protagonistas da mudan a educacional pode ser vista em UNESCO 2007 Neste mesmo documento em contrapartida as organiza es sindicais que representam e defendem os interesses dos ditos protagonistas s o tratadas como um obst culo para a implementa o das mudan as UNESCO 2007 p 62 Um documento cl ssico que aborda o te
9. recorrente no texto de Mello a refer ncia ao gigantismo do Estado ou da m quina administrativa como um problema que caracteriza e acirra a profunda crise da educa o no pa s MELLO 1990 p 19 A autora apresenta a tese de que a crise da educa o no Brasil parte insepar vel da crise do Estado MELLO 1990 p 23 Por isso a Revolu o Educacional devia ser constru da em cima de um mote slogan ou palavra de ordem mais cidadania melhor governo menos Estado 58 i E po Es z O ex presidente do Brasil acrescentou que n o inten o da socialdemocracia acirrar as lutas de classes CARDOSO 1990 p 9 afirmando com isso que reconhece a exist ncia dessa luta e das pr prias classes sociais que a promovem A este respeito ver Tonet 2005 Para promover melhor governo o PSDB 2007 estabelece como um de seus objetivos fundamentais avaliar permanentemente os servidores p blicos entre os quais os professores Segundo o Programa Partid rio do PSDB aprovado no III Congresso Nacional do partido realizado em 23 de novembro de 2007 em Bras lia esta a o juntamente com a profissionaliza o e o treinamento dos servidores 130 MELLO 1990 p 25 indicando com isso a necessidade de se realizar sem desconversa ideol gica MELLO 1990 p 28 uma reforma do Estado para que a educa o escolar pudesse cumprir de forma pragm tica e desideologizada a sua prin
10. 11 SDPSUL SINDICATO DEMOCR TICO DOS PROFESSORES DO SUL Rua L dia Cutileiro 23 7000 737 vora Telefone 266 749 660 E mail evora a sdpsul com Site http www sdpsul com iry S 12 SDPA ORES SINDICATO DEMOCR TICO DOS PROFESSORES DOS A ORES Morada Rua Arcanjo Lar 7 R C Poente Ponta Delgada Telefone 296 302 180 Site http www sdpa pt S3JPA 13 SDPMADEIRA SINDICATO DEMOCR TICO DOS PROFESSORES DA MADEIRA Morada Rua do Brasil 49 Bairro da Nazar Funchal Telefone 291 765 112 Site http www sdpmadeira org Sp MADEIRA 14 SINDICATO DOS PROFESSORES NAS COMUNIDADES LUS ADAS Morada Kesslerplatz 10 D 90489 Nurnberg Telefone 00 499 119419 854 2 Rue Albert Camus 75010 Paris Fran a 15 ASSOCIA O SINDICAL DOS PROFESSORES PR ORDEM Rua Prof Vieira de Almeida 7 4 N 1600 664 Lisboa Tel 217590701 Fax 217590701 E mail proordem imail telepac pt 396 15 SNPES SINDICATO NACIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO SECUND RIO Sede Nacional Rua Prof V Almeida n 5 2 C 1600 664 Lisboa 16 ASPL ASSOCIA O SINDICAL DE PROFESSORES LICENCIADOS Av 5 de outubro 204 3 B Lisboa 217950 017 E mail lisboa Daspl pt Site www aspl pt Em Porto Rua de Santa Catarina 1480 2 andar Sala 2 3 226 098 317 E mail porto Daspl pt f Associa o Sindical de Professores Licenciados 17 SEPLEU SINDICATO DOS EDUCADORES E PROFESSORES LICENCIADOS PELAS ESCOLAS SUPERIORE
11. NO FINAL DO FAZ PROPOSTA DE no pane nano PARTRHA DISCUSS O FAS PROPOSTA DE MEN O NOATRISU AT E PROP E ESTRA GAS PARA FUTUROS os DE AW Os impulsos indic rios entre escal es s o de igual valor 1 Decorentes de um modelo do gest o e administra o escolares que respete os procetos democr ticos previstos ne actual LBSE ou seja incompativel com o disposto no DL n 75 2008 de 22 de Abril que o ME EE da sua Cura o pelo que o kko dente imp s aca docentes e s escolas Vor propostas da FENPROF nesie sentido 2 A Carreira que subjaz osta proposta n o podo sor a quo o ME imp s sos docentes o prolongamento promito que consagra a fractura da coceira a prova do ingrosso a prova de acesso as quotas do avalia o do desempenho o drido a uma l gica de camera nica a ser negociada com vs Sindicatos Fonte FENPROF 2009b p 30
12. es dos avaliados e do trabalho burocr tico que os aguardava o ME definia a avalia o de desempenho como um direito do professor que contribuiria para o seu desenvolvimento profissional PORTUGAL 2008b Al m disso ao professor em avalia o eram supostamente garantidos os meios e condi es necess rios ao seu desempenho PORTUGAL 2008b p 228 Contudo a perda de condi es de trabalho nas escolas e a deteriora o dessas condi es intermitentemente denunciadas pelas organiza es sindicais compuseram outro aspecto cr tico contestado pelos professores nas manifesta es de rua ocorridas em Lisboa nos anos de 2008 e 2009 DIRIGENTE 1 Outro aspecto criticado pelos professores e sindicatos foi a defini o pelo ME no DR n 2 2008 dos avaliadores No caso da educa o pr escolar e do 1 ciclo do ensino b sico era o coordenador do conselho de docentes J no 2 e 3 ciclos do ensino b sico a fun o de avalia o foi remetida ao coordenador do departamento curricular Ambos os cargos conforme o DL n 15 2007 PORTUGAL 2007a eram exercidos somente por professores titulares Somava se a estes avaliadores o presidente do conselho executivo ou o diretor da escola que podiam delegar as suas compet ncias de avaliadores a outros membros da dire o executiva da escola Tamb m os coordenadores do conselho de docentes e dos departamentos curriculares podiam delegar as suas compet ncias de avaliadore
13. new economy skills habilidades para a nova economia BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 29 Maior integra o econ mica oferece a promessa de crescimento econ mico elevado e mais sustent vel mas isso tamb m significa crescente press o sobre a for a de trabalho brasileira para alcan ar globalmente n veis competitivos de produtividade Muitos fatores afetam a economic benefits from schooling BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 16 ep Ja large share of students lacking basic skills might constrain labor productivity and economic growth BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 20 88 produtividade do trabalho a exporta o de competitividade e a atra o de investimento global mas pesquisas t m consistentemente apontado para a acumula o de capital humano como um elemento decisivo BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 15 16 As habilidades do s culo 21 incluem a capacidade para pensar analiticamente administrar grandes corpos de informa o e dados formular quest es decisivas aprender novas habilidades e adaptar se para mudar de carreiras e emprego em toda a sua vida adulta Habilidades de comunica o e interpessoais de alto n vel incluindo o dom nio de uma l ngua estrangeira e a habilidade para trabalhar eficazmente em times e tarefas colaborativas tamb m s o importantes Os sistemas de educa o da OCDE est o focados sobre a constru o dessas compet ncias e estas tend ncias t m maiores impl
14. o cient fica na rea departamental do avaliado designado pelo inspector geral da Educa o para avalia o dos professores titulares que exercem as fun es de coordena o do conselho de docentes ou do departamento curricular c O presidente do conselho executivo ou o director da escola ou agrupamento de escolas em que o docente presta servi o ou um membro da direc o executiva por ele designado PORTUGAL 2007a p 534 Ao presidente do conselho executivo ou ao diretor da escola ou agrupamento de escolas competia garantir a permanente adequa o do processo de avalia o s especificidades da escola e coordenar e controlar o processo de avalia o de acordo com os princ pios e regras definidos no presente Estatuto PORTUGAL 2007a p 534 Cada escola ou agrupamento de escolas devia constituir uma comiss o de coordena o da avalia o constitu da pelo presidente do conselho pedag gico que a coordena mais quatro membros do mesmo conselho com a categoria de professor titular PORTUGAL 2007a p 534 535 Eram suas fun es a Garantir o rigor do sistema de avalia o designadamente atrav s da emiss o de directivas para a sua aplica o b Validar as avalia es de Excelente Muito bom e Insuficiente c Proceder avalia o do desempenho nos casos de aus ncia de avaliador e propor as medidas de acompanhamento e correc o do desempenho insuficiente d Emitir parecer vincul
15. o da agenda da educa o para a pr xima d cada afirma que Na ltima d cada os pesquisadores da educa o t m mostrado que o que conta para o crescimento econ mico o que os estudantes realmente aprendem e n o quantos anos de escolariza o eles completam a qualidade da educa o que conta para os benef cios econ micos da escolariza o BRUNS EVANS LUQUE diferentes tipos de alunos estimulam rela es produtivas entre professor e aluno e trabalham eficazmente com colegas e pais No original l se effective teachers are enthusiastic and creative convey ideas in clear and convincing ways provide stimulating learning environments for different types of students foster productive teacher student relationships and work effectively with colleagues and arents OCDE 2009 p 3 to stimulate and support the federal state and municipal governments in setting the education agenda for the next decade BRUNS EVANS LUQUE 2012 p vxiii 2 Over the past decade education researchers have shown that what counts for economic growth is what students actually learn and not how many years of schooling they complete Moreover the crucial yardstick is not national standards but the best performing education systems globally It is the quality of education that counts for 87 2012 p 16 tradu o nossa De acordo com a OCDE 2006 p 7 as mudan as econ mic
16. o das conquistas A luta econ mica por reajuste salarial marcou a trajet ria da APEOESP intensificando se nos per odos em que os governos psdbistas inviabilizaram processos de negocia o junto s organiza es sindicais O hist rico de luta da APEOESP mostra que a entidade luta por reajustes salariais e n o por b nus e gratifica es No entanto quando estas pol ticas foram implementadas as organiza es sindicais se opuseram a elas mas tamb m entraram com a es judiciais para que os docentes pudessem participar e se beneficiar dos seus resultados In meras outras reivindica es foram realizadas e outras tantas conquistas foram obtidas pela APEOESP ao longo de sua hist ria Contudo aqui procuramos destacar aquelas que se aproximaram do contraponto reajuste salarial x b nus A APEOESP e demais organiza es sindicais entraram com a es judiciais contra a prova dos ACT a prova do m rito pela inscri o de professores com faltas nessa prova contra a avalia o de desempenho dos professores em est gio probat rio e pela extens o do b nus aos aposentados Tudo isso nos lembra que a APEOESP no per odo repressivo da ditadura buscava o caminho jur dico para resolver os conflitos Diante da trucul ncia crescente dos governos da falta de di logo e de abertura para negocia o precisamos questionar se usar um 238 instrumento criado pela classe dominante o modo mais eficaz de obter conquistas pa
17. o docente institu das a partir de 2000 no Estado de SP No Brasil encontramos as principais propostas de AD sob os ausp cios e est mulos hist ricos de intelectuais economistas e gestores vinculados socialdemocracia o que entretanto n o impediu o PT no governo federal desde 2002 de se apropriar dessas propostas e tentar lan ar em 2003 como pol tica nacional o Prov o do Professor Em SP o PSDB administra o Estado h praticamente 20 anos Por isso tamb m analisamos as recomenda es de AD do PSDB formuladas por Guiomar Namo de Mello que presidiu o Conselho Estadual de Educa o de SP no per odo 2012 2013 CEE SP 2014 Ainda em SP investigamos as rea es e posicionamentos das organiza es sindicais docentes especialmente da APEOESP s pol ticas de AD implementadas bem como as repercuss es da luta sindical sobre as pr prias pol ticas Conselho Estadual de Educa o de S o Paulo 123 SE O 4 AS PROPOSTAS DE AVALIA O DOCENTE NO BRASIL Nesta se o analisamos propostas pol ticas e experi ncias de AD lan adas desde o ano de 1990 no Brasil quando Guiomar Namo de Mello PSDB levanta a necessidade de o governo adotar pol ticas de AD para responsabilizar e incentivar os professores e assim supostamente promover qualidade na educa o Tais propostas lan adas pela socialdemocracia e vinculadas Reforma gerencial do Estado n o demoram a ser encabe adas por pol ticos e
18. o e difus o de documentos e recomenda es na necessidade de atuar sobre o desempenho dos docentes adotando medidas e pol ticas responsabilizantes para melhorar a qualidade do ensino e da educa o parece n o ser suficiente para os OM para convencer eficazmente os governos Por isso tamb m disseminam ideias de que os pr prios professores querem ser avaliados isto quando n o afirmam o contr rio ou seja que os professores t m medo de serem avaliados buscando com tal afirma o provocar a suspeita social de que eles s o de fato acomodados absente stas improdutivos pregui osos e por isso 99 contr rios avalia o Difundir a afirma o de que os professores s o favor veis ou contr rios sua avalia o apresenta se portanto tanto em n vel supranacional OM como nacional e local pa ses tamb m como uma estrat gia para conquistar o consentimento ativo dos professores a esta pol tica estrat gia que ainda inclui adequar inversamente os discursos posi o pol tica dos professores diante da AD Assim quando os professores s o contr rios sua avalia o os OM e governos afirmam que eles s o favor veis e vice versa o que talvez coaduna com a constata o de Evangelista e Shiroma 2007 p 539 de que a primeira atitude de um governo que quer iniciar uma reforma impelir substitui o de discursos Em seu trabalho de revis o da pol tica de ADD implantada em Po
19. o maior benef cio seria assegurar forma o de melhor qualidade para os professores da educa o b sica das pr ximas d cadas tamb m a plena implementa o da reforma da educa o b sica MELLO 2000 p 108 Por outro lado a autora admite que tais propostas podiam promover a sele o natural das institui es privadas e p blicas que teriam voca o e disposi o para formar professores com seriedade e qualidade MELLO 2000 p 108 Embora reconhe a os riscos desta solu o t o evidente MELLO 2000 p 108 a autora questiona se os impasses pol ticos que ela causaria MELLO 2000 p 108 n o seriam menores que o receio oriundo dos fantasmas ideol gicos que povoam o arm rio de velharias das hostes educacionais MELLO 2000 p 108 Talvez seja por isso que a autora tenha exclu do da necess ria constru o de consensos as organiza es sindicais Essa perspectiva de AD disseminada no Brasil por Mello 1990 tamb m aparece na LDBEN BRASIL 1996 sob o governo de FHC Conforme a lei a progress o funcional dos professores se basearia na titula o ou habilita o e na avalia o do desempenho BRASIL 1996 p 23 Enquanto Mello em 2000 relan a a proposta de certifica o docente cuja aprova o seria pr requisito para o exerc cio da doc ncia o BM de quem ela foi consultora nos anos 1990 publica um relat rio intitulado Brazil Teachers Development
20. 18 Rs A200 7 CEI R 1 400 00 T R 300 00 1 R 1 300 00 T5 RE 345000 i R 1 200 00 Fonte S o Paulo 2005c p 9 191 No Quadro 10 os valores de bonifica o apresentam uma l gica que foi invertida no b nus de 2007 quando os maiores valores de aumento davam se nas menores pontua es e vice versa Aqui cada ponto a mais no intervalo de zero a 10 pontos fornecia um aumento de apenas R 100 00 Este aumento subia para R 250 00 a cada ponto no intervalo 10 18 para R 300 00 no intervalo 18 26 e para R 350 00 no intervalo 26 34 diminuindo de forma irregular a partir dos 34 pontos Ent o havia um est mulo financeiro crescente at certo ponto para os servidores n o faltarem O maior b nus oferecido aos professores em 2000 foi de R 3 000 00 o que equivalia na poca a 19 87 sal rios m nimos Em 2004 este valor alcan ou R 10 000 00 equivalentes a 38 46 sal rios m nimos enquanto em 2007 o maior b nus oferecido aos professores alcan ou o valor de R 6 500 00 correspondentes a 10 11 sal rios m nimos Servidores afastados junto s suas organiza es sindicais por exemplo tinham direito a um b nus correspondente a 14 pontos S O PAULO 2005c o que equivalia a R 3 200 00 valor que em 2004 correspondia a 12 31 sal rios m nimos Em 2007 os mesmos servidores tinham direito a um b nus correspondente a 10 pontos S O PAULO 2008b ao que correspondia um b nus de R 3 700 00 que q
21. 2006 se denominava Sindicato dos Professores do Pr Escolar e do Ensino B sico Sindicato Nacional dos Professores Licenciados SNPL Sindicato Nacional dos Professores e Educadores SINPROFE Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Secund rio SNPES e Uni o Sindical dos Professores USPROF FENPROF 2006 4 A FENPROF representa os seguintes sindicatos Sindicato dos Professores do Norte SPN Sindicato dos Professores da Regi o Centro SPRC Sindicato dos Professores da Grande Lisboa SPGL Sindicato dos Professores da Zona Sul SPZS Sindicato dos Professores da Regi o dos A ores SPRA Sindicato dos Professores da Madeira SPM e Sindicato dos Professores no Estrangeiro SPE J a FNE representa o Sindicato dos Professores da Zona Norte SPZN o Sindicato dos Professores da Zona Centro SPZCentro o Sindicato Democr tico dos Professores da Grande Lisboa SDPGL o Sindicato Democr tico dos Professores do Sul SDPSul o Sindicato Democr tico dos Professores dos A ores SDPA ores o Sindicato Democr tico dos Professores da Madeira SDPMadeira e o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lus adas Vale a pena conferir Anexo A a proposta de ADD elaborada pela FENPROF em fevereiro de 2009 Na entrevista concedida para esta pesquisa o Dirigente 3 deixou claro que a FENPROF defende um sindicalismo propositivo e combativo Isto significa que para cada diretriz medida ou pol tica governamental contestada ela
22. 304 internacional assim como quest es concernentes ao trabalho docente inquietam mais os professores portugueses atualmente Quadro 22 Maiores preocupa es dos professores portugueses em 2013 l Precariedade e desemprego 87 88 Op es por medidas 2 economicistas 86 21 Redu o do n mero de 3 professores 86 16 Instabilidade do corpo docente 4 das escolas 84 80 N mero elevado de alunos por 5 turma 84 28 Degrada o das condi es de 6 trabalho nas escolas 84 08 Redu es remunerat rias dos 7 docentes 83 66 17 Regime de gest o das escolas 59 92 18 Avalia o de desempenho 49 16 Fonte FENPROF 2013 p 1 Na vis o da FENPROF 2008e p 4 o modelo de ADD regulamentado em janeiro de 2008 e a forma desqualificada e ilegal como o ME pretendeu implementa lo constituiu sem d vida um dos principais motivos de protesto dos docentes Para o Dirigente 1 a ADD foi o principal fator que mobilizou os professores para a sua intensa participa o nas marchas realizadas em 2008 e 2009 Que a quest o da avalia o teve um peso determinante e essencial isto inequ voco As manifesta es foram contra um conjunto de situa es A avalia o de desempenho docente continuava a ser uma das preocupa es N o era a nica Agora se me perguntar assim o que ter levado a maior parte dos professores a colocar se na rua
23. Castilho defensor de pol ticas de avalia o e remunera o por desempenho questionou A fun o p blica pouco eficiente e est servida por um mosaico incoerente de estatutos Certamente Mas t m sido sucessivas gera es de pol ticos incompetentes que o permitiram e n o os funcion rios que o decidiram Mudar isto paulada pondo meio pa s contra outro meio como se os funcion rios p blicos fossem madra os e golpistas respons veis pela pol tica financeira que os vai empobrecer desastroso o sector numericamente mais relevante do funcionalismo p blico o pessoal administrativo aufere de 602 euros em in cio de carreira at 1037 no topo da mesma doze anos depois Tudo il quido pass vel de IRS e 11 por cento de desconto para presta es sociais S o estes n meros que justificam a diaboliza o em curso a prop sito dos sal rios da fun o p blica CASTILHO 2009 p 41 42 O que se passou recentemente 2005 com os professores paradigma do ambiente em que o pa s est a mergulhar De repente pela m o do governo os professores come aram a ver lhe aferrolhada a marca de privilegiados e improdutivos Sabem as penas f ceis que escreveram sobre os privilegiados professores tomando partes a corrigir pelo todo que um docente corrente com vinte anos de servi o leva para casa 800 euros l quidos depois de uma licenciatura e em muitos casos mestrado e p s gradua es Sa
24. Chile e M xico Conforme o autor a intelig ncia econ mica da regi o sob o governo daqueles pa ses Menem Fernando Henrique Cardoso FHC Pinochet e Salinas de Gortari respectivamente submeteu se pura e simplesmente a um programa de reformas que n o vigora entre os que o vendem como panac ia CARDOSO 2003 p 87 OCDE e BM ent o atuam como intelectuais coletivos criadores de consenso na Para citar apenas um exemplo ver a obra Educa o b sica no Brasil construindo o pa s do futuro VELOSO et al 2009 Os quatro organizadores do livro e os 20 autores dos diversos artigos presentes na obra s o economistas muitos deles vinculados a empresas OM governos e o Movimento Todos Pela Educa o MARTINS 2013 106 medida em que assumem para si a responsabilidade de dar organicidade classe dominante articulando informa es z a 43 Ra produzindo conhecimentos constituindo se como foro de debate para economistas empres rios e governos DE MARI 2006 p 122 Segundo Gramsci 1982 p 3 cada grupo social nascendo no terreno origin rio de uma fun o essencial no mundo da produ o econ mica cria para si ao mesmo tempo de um modo org nico uma ou mais camadas de intelectuais que lhe d o homogeneidade e consci ncia da pr pria fun o n o apenas no campo econ mico mas tamb m no social e no pol tico O intelectual assume a fun o de organizar a
25. Noronha 2010b e Rey 2010 Rose Neubauer membro do Conselho Estadual de Educa o de S o Paulo Foi pesquisadora do Grupo Descentralizacion y Autonomia Escolar e atualmente participa do Grupo Profisi n Docente ambos do PREAL Diretora Presidente do Instituto Protagonist s que tem entre outros objetivos discutir coordenar produzir e monitorar modelos de moderniza o de gest o p blica PROTAGONISTES 2014 p 1 Esse instituto tem como parceiros entre outros a Funda o Lemann e a Funda o Victor Civita as quais mant m apoiam e integram por meio de sua presid ncia e outros membros o MTPE que apoiado pela ex Secret ria Rose Neubauer tamb m comp e a Funda o Fernando Henrique Cardoso IFHC juntamente com Simon Schwartzman Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade IETS e s cio fundador do MTPE Denise Vaillant PREAL e BM e Donald Winkler Instituto Banco Mundial O IFHC tem o apoio do BID institui o que compartilha os objetivos do MTPE e do Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento PNUD IFHC 2014a A Funda o IFHC foi criada pelo ex 161 Leis Complementares que institu ram incentivos financeiros distintos a dois grandes grupos dentro do campo educacional Uma das leis n 890 2000 instituiu o B nus Gest o s classes de suporte pedag gico do Quadro do Magist rio S O PAULO 2000a p 1 e a outra n 891 2000 instituiu o B nus M
26. ainda na gest o de Lurdes Rodrigues mas a resist ncia e a oposi o das organiza es sindicais mantiveram na sempre restrita ao plano te rico Nuno Crato atual Ministro da Educa o tamb m tentou aplicar parte dela em dezembro de 2012 Contudo as organiza es sindicais continuam a repreender tal medida pol tica De acordo com o Dirigente 1 A alcunhada Prova de Ingresso ainda n o existe Est legislada est regulada A regulamenta o at j foi alterada mas nunca foi aplicada embora em declara es do Ministro Nuno Crato na AR h uns meses atr s foi percebido que pelo menos a primeira parte das duas provas a gen rica que seria comum a todos os professores seria aplicada em dezembro de 2012 A Prova de Avalia o de Conhecimentos e Compet ncias n o para ingresso na carreira para ingresso na profiss o Portanto mesmo para se concorrer a um hor rio a um contrato tempor rio nem que seja por um m s e s para uma turma de tr s horas ou quatro ser ent o no futuro necess rio ter sido aprovado nessa prova Para come ar a trabalhar a lecionar normalmente o professor f lo na 265 condi o de contratado a termo certo ou incerto Mas fora isso para concorrer ao concurso de contrata o ser necess rio a prova de ingresso o que prev a legisla o Ela s n o foi aplicada at hoje E quando for aplicada a data da lei tamb m prev a p
27. atitudes e pr ticas do professor OCDE 2009 p 3 tradu o nossa Isto evidencia que a OCDE vincula diretamente a qualidade das aprendizagens dos alunos expressa num posterior desempenho em avalia es e exames qualidade do ensino e do professor No relat rio intitulado Teacher evaluation in Portugal os professores s o apresentados pela OCDE como sendo decisivos para o sucesso dos esfor os de Portugal para elevar seus padr es educacionais OCDE 2009 p 3 No Decreto Lei DL n 15 2007 de 19 de janeiro de 2007 PORTUGAL 2007a que anunciou um novo modelo de ADD naquele pa s o ME exp s que o trabalho organizado dos docentes nos estabelecimentos de ensino constitui certamente o principal recurso de que disp e a sociedade portuguesa para promover o sucesso dos alunos PORTUGAL 2007a p 501 Tal relev ncia explica porque a OCDE o BM o PREAL a UNESCO e movimentos da sociedade civil como o Movimento Todos pela Educa o defendem e difundem e n o apenas para Portugal a necessidade de os governos avaliarem seus professores Os professores necessitam de retorno sobre seu desempenho para ajud los a identificar como melhorar a forma e a pr tica de seu ensino Ao mesmo tempo devem ser responsabilizados por seu desempenho e progresso em suas carreiras com base numa demonstrada pr tica de ensino eficaz OCDE 2009 p 3 Insistir repetidamente por meio da crescente produ
28. e H consenso mundial em considerar a melhoria do desempenho das institui es educacionais como indispens vel para promo o do desenvolvimento s cio econ mico redu o das desigualdades aumento da competitividade econ mica das na es e possivelmente para o fortalecimento das institui es governamentais Infelizmente por m e principalmente por raz es pol ticas frequente ver se que reformas educativas significativas n o s o aprovadas ou implementadas Por que isto Neste documento est o resumidos 110 alguns dos obst culos pol ticos conhecidos que as reformas educativas enfrentam CORRALES 2000 p 3 os poss veis perdedores das reformas educativas est o em boa posi o pol tica para lutar contra elas Os sindicatos de professores por exemplo tendem a ser altamente centralizados e bem organizados o que lhes permite resolver com maior facilidade os problemas de a o coletiva Tudo isso lhes d uma forte coes o na maioria dos pa ses mais prov vel que os professores participem mais de uma organiza o sindical que os trabalhadores de outros setores o que aumenta o poder pol tico dos sindicatos As reformas voltadas para qualidade geram perdedores concentrados que t m uma alta probabilidade de organizar se eficazmente para bloque las CORRALES 2000 p 8 9 Uma raz o pela qual as organiza es sindicais de professores est o melhor posicionadas par
29. es sindicais questionaram a forma como se desenvolveu o processo de aprova o da pol tica que implementou a prova do m rito Assim durante a vota o do PLC n 29 2009 no dia 20 de outubro de 2009 o governador Jos Serra e o ent o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de S o Paulo Alesp Barros Munhoz PSDB utilizaram se da trucul ncia contra os professores Primeiro Serra tentou impedir que a reuni o do Conselho de Representantes marcado para o Gin sio Pinheiro Machado acontecesse Os professores foram impedidos de usar o gin sio e realizaram a reuni o nos bols es de estacionamento da Alesp Durante a vota o a pol cia militar cercou o pr dio do legislativo impedindo que muitos professores pudessem 235 acompanhar a vota o no Plen rio A tropa de choque chegou a postar se na frente de uma das entradas onde concentrava se a maioria dos professores O PLC 29 s foi votado na madrugada do dia 21 APEOESP 2014 p 20 De acordo com o Sindicato de Supervisores do Ensino do Estado de S o Paulo APASE o governo n o ouviu as entidades representativas dos trabalhadores da educa o para a elabora o do PLC 29 2009 APASE 2009 depois transformado em LC n 1 097 2009 Segundo a entidade o descaso do governo para com os representantes da categoria a constante falta de di logo a desconsidera o da LC 836 97 que prev uma comiss o parit ria governo entidades para a r
30. lt http Awww midiaindependente org pt red 2012 03 505148 shtml gt Acesso em 13 fev 2014 CHALITA Gabriel Governo libera R 780 mil 2005c Dispon vel em lt http Awww chalita com br index php noticias item 327 governo libera r 780 mil html gt Acesso em 14 jan 2014 CHALITA Gabriel Mais 8 470 tem b nus 2005b Dispon vel em lt http www chalita com br index php noticias item 332 mais 8 470 tem b C3 B4nus html gt Acesso em 13 jan 2014 B nus para professores 2005a Dispon vel em lt http Aw ww chalita com br index php noticias item 323 b WC3 B4nus para professores html gt Acesso em 13 jan 2014 CIEGLINSKI Amanda Professor chave 29 04 2011 In Ag ncia Brasil Dispon vel em lt http www sinteac org br pg noticia amp id 581 gt Acesso em 15 abr 2013 350 COAN Marival Educa o para o empreendedorismo implica es epistemol gicas pol ticas e pr ticas Florian polis SC 2011 540 p Tese Doutorado Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ci ncias da Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Florian polis 2011 Dispon vel em lt http Awww tede ufsc br teses PEEDO893 T pdf gt Acesso em 13 fev 2014 CODO Wanderley coord Educa o carinho e trabalho 3 ed Petr polis RJ Vozes Bras lia CNTE UnB Laborat rio de Psicologia do Trabalho 1999 CORRALES Javier Aspectos pol ticos na implementa o das reformas educaci
31. o ideol gica de que a efetiva aprendizagem dos alunos depende diretamente quando n o imediatamente do desempenho do professor Na perspectiva colocada desempenhos docentes adequados ou satisfat rios s o centrais para produzir o sucesso dos alunos medido pelo desempenho nos exames e consequentemente dos sistemas educativos e escolares mensurados pelo do ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica IDEB pelo Indicador de Desempenho dos pa ses no ranking do Programa de Avalia o Internacional dos Estudantes PISA entre outros Os desempenhos docentes adequados ou satisfat rios seriam explicam cerca de 20 daquele desempenho Desses 20 a maior parte ou seja 10 a 15 se devem ao professor O autor conclui que as diferen as de realiza o entre os alunos s o predominantemente atribu veis a fatores externos s escolas e salas de aula DI CARLO 2010 p 1 FREITAS 2012a p 1 2013a p 1 2013b p 1 Travitzki 2013 p 255 em sua tese de doutorado realizada sobre os microdados do Exame Nacional do Ensino M dio ENEM de 2009 chegou conclus o semelhante O autor verificou que 79 dos resultados das escolas podiam ser atribu dos a fatores que n o est o sob seu controle como o n vel socioecon mico das fam lias a cor da pele dos alunos a depend ncia administrativa o estado a que pertencem etc Desse modo no m ximo 21 da diferen a entre as m dias das escolas podi
32. prepara o e organiza o das actividades lectivas realiza o das mesmas rela o pedag gica com os alunos e processo de avalia o das aprendizagens PORTUGAL 2007a p 535 Assim o coordenador tanto avaliava os professores de seu departamento curricular quanto era avaliado pelos mesmos par metros embora por fun es acrescidas e por avaliadores distintos Sua fun o de coordenador ainda podia ser avaliada pelos pr prios professores de seu departamento curricular Entretanto tal avalia o n o podia ultrapassar 10 do total da respectiva ficha de avalia o PORTUGAL 2008b p 232 Portanto os coordenadores de departamento curricular e demais professores titulares tamb m eram avaliados tanto por suas fun es de professor como pelas fun es espec ficas da categoria de professor titular PORTUGAL 2008b No que se refere avalia o de desempenho do professor em per odo probat rio o DR n 2 2008 exp s que os seus objetivos eram a Reconhecer xitos conseguidos superar eventuais defici ncias e diagnosticar e resolver dificuldades relativas a atitudes comportamentos e estrat gias de ac o do docente b Detectar as dificuldades experimentadas no dom nio cient fico e pedag gico did ctico e respectivas formas de correc o ou ajustamento PORTUGAL 2008b p 231 cc A avalia o deste professor tinha como base o cumprimento de um plano individual de trabalho P
33. teve no entanto o cond o de p r trav o no avan o de algumas iniciativas pol micas como a avalia o do desempenho docente e acima de tudo um gesto carregado de esperan a e simbolismo j que faz nos crer que com luta determina o empenho persist ncia e uni o poss vel atingir objectivos mais ambiciosos nomeadamente a revis o do ECD do ME a n o aplica o do novo modelo de gest o das escolas e porque n o a revoga o de algumas mat rias do C digo do Trabalho entre outros SOUZA 2008 p 2 Portanto o Memorando de Entendimento consagrou algumas das mais importantes reivindica es dos docentes e abriu o caminho para a experimenta o do modelo de avalia o do desempenho e para a abertura negocial de importantes dossi s FENPROF 2008d p 7 Nota se que a aplica o do modelo de ADD em 2008 n o teve consequ ncias quer dizer n o foi usado para contagem do tempo de servi o e progress o na carreira e em 2009 foram negociadas altera es com o ME sobre a mat ria Do mesmo modo o ECD foi revisado embora as altera es provenientes desse processo n o tenham extinguido por exemplo a fratura na carreira o que veio a ocorrer em 2009 na gest o da Ministra Isabel Al ada Embora 2 3 dos professores portugueses tenham ido s ruas de Lisboa externalizar num mesmo dia por dois momentos distintos uma posi o nica de rejei o s pol ticas educativas do governo
34. tica b desenvolvimento do ensino e da aprendizagem c participa o na escola e rela o com a comunidade escolar e d desenvolvimento e forma o profissional ao longo da vida PORTUGAL 2007a p 534 A avalia o realizada pelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes ponderajva o envolvimento e a qualidade cient fico pedag gica do docente PORTUGAL 2007a p 535 com base em quatro itens a 277 prepara o e organiza o das actividades lectivas b realiza o das actividades lectivas c rela o pedag gica com os alunos e d processo de avalia o das aprendizagens dos alunos PORTUGAL 2007a p 535 Na avalia o realizada por sua vez pelo rg o de dire o executiva eram ponderados os seguintes indicadores a N vel de assiduidade b Servi o distribu do c Progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e taxas de abandono escolar tendo em conta o contexto s cio educativo d Participa o dos docentes no agrupamento ou escola n o agrupada e aprecia o do seu trabalho colaborativo em projectos conjuntos de melhoria da actividade did ctica e dos resultados das aprendizagens e Ac es de forma o cont nua conclu das f Exerc cio de outros cargos ou fun es de natureza pedag gica g Dinamiza o de projectos de investiga o desenvolvimento e inova o educativa e sua correspondente a
35. transforma o da classe trabalhadora numa for a social independente AGUENA 2008 p 12 Entretanto Aguena 2008 nota que Engels identifica s rios limites na atua o dos sindicatos sobretudo quando as crises da economia capitalista ao suscitarem o fechamento de f bricas a gera o de desemprego e press es pela redu o dos sal rios diminuem a efic cia de suas a es Por isso apesar de assimilar as lutas sindicais como instrumentos indispens veis e obrigat rios na luta pol tica da classe trabalhadora por sua emancipa o Engels conclui em ltima inst ncia que elas terminam sendo lutas defensivas que n o consegu eJm mudar a condi o geral da explora o capitalista para o que necess rio realizar a luta pol tica AGUENA 2008 p 12 Aguena 2008 ressalva que Marx compartilha as ideias de Engels Para ambos portanto a luta travada pelos sindicatos possibilita classe trabalhadora come ar a se constituir como classe independente AGUENA 2008 p 13 Como Engels por outro lado Marx reconhece que a luta econ mica promovida pelos sindicatos apresenta limita es n o podendo ser confundida com a luta pol tica Alerta que os trabalhadores n o 57 podem cair na armadilha de superestimar aquela luta que se dirige contra os efeitos e n o contra as causas que levavam queda dos sal rios ou melhor o pr prio sistema de explora o capitalista baseado na busca do lucr
36. 2003 mas um espa o onde se enfrentam distintas classes e seus respectivos projetos objetivos e interesses de classe ACANDA 2006 Portanto n o se trata de um campo despolitizado como promulgam os defensores de uma sociedade civil liberal BORGES 2003 O Estado por sua vez que conta com grande n mero de trabalhadores docentes entre seus servidores tamb m um espa o de disputa entre as classes embora tenha nascido no mago da luta para preservar os interesses da classe burguesa As discuss es de Wood 2003 em torno da separa o entre o econ mico e o pol tico no capitalismo fornecem elementos importantes para analisarmos os limites e as possibilidades da luta pol tica e da luta econ mica Tamb m oportuniza pensarmos as rela es de continuidade entre ambas j que toda luta econ mica segundo a III Internacional 2008 p 138 uma luta pol tica isto uma luta levada por toda uma classe 2 2 AS RELA ES ENTRE ECONOMIA E POL TICA E SUAS IMPLICA ES PARA A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA De acordo com Wood 2003 a separa o entre economia e pol tica apregoada desde os economistas pol ticos cl ssicos 68 falseia a realidade Isso se revela um eficiente mecanismo de defesa para o capital pois concorre para fragmentar a luta da classe trabalhadora Este efeito seguido pela reprodu o do sistema capitalista justificaria implicitamente as tentativas neoliberais de acentua o dessa s
37. Conselho Cient fico para a Avalia o de Professores Portugal CDS PP Partido do Centro Democr tico Social Partido Popular Portugal CEE SP Conselho Estadual de Educa o SP CEETEPS Centro Estadual de Educa o Tecnol gica Paula Souza SP CGTP Confedera o Geral dos Trabalhadores Portugueses CNE Conselho Nacional de Educa o Brasil CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico Brasil CNTE Confedera o Nacional dos Trabalhadores em Educa o Brasil CPP Centro do Professorado Paulista SP CUT Central nica dos Trabalhadores Brasil CONSED Conselho Nacional de Secret rios de Educa o Brasil DETRAN Departamento Estadual de Tr nsito SP DER Departamento de Estradas de Rodagem SP DL Decreto Lei Portugal DR Decreto Regulamentar Portugal ECD Estatuto da Carreira Docente Portugal ENAMEB Exame Nacional de Avalia o do Magist rio da Educa o B sica Brasil ENEM Exame Nacional do Ensino M dio EUA Estados Unidos da Am rica FENEI Federa o Nacional do Ensino e Investiga o Portugal FENPROF Federa o Nacional dos Professores Portugal FEPECI Federa o Portuguesa dos Profissionais da Educa o Ensino Cultura e Investiga o Portugal FHC Fernando Henrique Cardoso FMI Fundo Monet rio Internacional FNE Federa o Nacional da Educa o Portugal GEPDES Grupos de Estudos do Pessoal Docente
38. DELLANOY SEDLACEK 2001 Vejamos ent o o b nus de 2007 e em seguida a Bonifica o por Resultados Em 15 de outubro de 2007 o ent o governador Jos Serra PSDB e a Secret ria de Educa o Maria Helena Guimar es de Castro PSDB institu ram via Lei Complementar n 1017 2007 b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio em exerc cio nas unidades escolares nos rg os da estrutura b sica da SEE SP ou afastados junto ao Programa de A o de Parceria Educacional Estado Munic pio S O PAULO 2007b p 1 Esta lei foi regulamentada 120 dias depois portanto em 14 de fevereiro de 2008 obedecendo ao prazo estipulado no texto normativo Maria Helena Guimar es de Castro foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso 1995 2002 quando foi respons vel por viabilizar o prov o no Ensino Superior Em janeiro de 2003 assumiu a Secretaria de Educa o do Distrito Federal quando tentou implementar uma pol tica de avalia o de desempenho que foi recha ada pela categoria docente Dirigiu a Secretaria de Educa o do Estado de S o Paulo de julho de 2007 a mar o de 2009 quando foi sucedida por Paulo Renato Souza PSDB que deu continuidade reforma educacional neoliberal Nas mesmas datas 15 de outubro de 2007 e 14 de fevereiro de 2008 o governo paulista ainda instituiu e regulamentou novamente o B
39. EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 537 o que leva OM e governos a sugerirem a coopta o dos sindicatos resistentes para n o obstacularizarem o sucesso das reformas educacionais EVANGELISTA SHIROMA 2007 As autoras indicam que 7 O professor ainda alvo de outro tipo de desqualifica o relativa ao seu gue fazer profissional EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 537 Nessa linha ele est na profiss o porque n o foi aceito em carreiras de maior prest gio acomodou se na carreira porque n o h incentivos para desempenhos diferentes n o se preocupa com a qualidade do que faz porque seu sal rio irris rio Essas e muitas outras imagens denegat rias justificam uma a o dura sobre os docentes Os impactos dessa sobrecarga de trabalho produzem efeitos vis veis na sa de f sica e mental do trabalhador da Educa o Assolado por cobran as de produtividade efici ncia compromisso com a escola o professor obrigado a desenvolver um senso de sobreviv ncia que n o raro o transforma em um sujeito competitivo que investe suas energias na tentativa de superar a solid o a culpa o fracasso a impot ncia a incompet ncia as incertezas Nessa seara a l gica da produtividade encontra respaldo dando lugar id ia de que os bons resultados escolares independem da qualidade da forma o e dos sal rios do professores da Educa o B sica EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 537 De acordo com as autoras
40. Educa o Ensino Cultura e Investiga o USPROF Uni o Sindical dos Professores SINPROFE Sindicato Nacional dos Professores e Educadores e SNPES Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Secund rio Portanto apesar das diferen as pol tico ideol gicas existentes entre as organiza es sindicais docentes portuguesas a experi ncia das duas Plataformas t m lhes mostrado que a unidade sindical promove mais mobiliza o entre os professores e melhores resultados em termos de abertura de negocia o com o governo e conquistas efetivas As pr prias organiza es sindicais perceberam que apenas com unidade era poss vel abarcar a indigna o da categoria docente e responder aos ataques do governo Abaixo vemos o sentimento de gratid o dos 126 r a Em 2006 esta organiza o se denominava Sindicato dos Professores do Pr Escolar e do Ensino B sico FENPROF 2006 321 professores e das organiza es sindicais Ministra por t los unido Figura 18 Professores agradecem a Ministra Lurdes Rodrigues 2008 Portugal Fonte FENPROF 2008b De acordo com o Dirigente 1 as manifesta es de 2008 se originaram do desencanto que os professores sentiram em rela o aos ataques da Ministra sua dignidade s condi es de trabalho que tinham Para ele muitos professores que n o se identificam com estas a es de rua com o protesto participaram das marchas o que
41. Figura 17 Mobiliza o da Plataforma de Sindicatos de Professores 2013 P rtugal isa aro ceia ed Figura 18 Professores agradecem a Ministra Lurdes Rodrigues 2008 Portugal seesessssesessessessesesssessesseseesessesseseeseessesseseeseo Figura 19 Marcha da Indigna o descendo a Avenida da Liberdade em Lisboa 2008 Portugal cii Figura 20 Marcha de Professores realizada em Lisboa no dia 08 11 08 Portugal sisikian e ha baba Sha Lace Era Figura 21 Esquema conceitual da atual ADD 2013 Portugal std a id db a 33 35 208 228 233 233 262 296 297 299 303 309 309 310 318 319 321 322 322 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Vis o linear dos OM sobre a produ o da qualidade na SduCa o ssa peso same nro e FEST PRE EEE E ao Quadro 2 Estrat gias recomendadas pela OCDE para melhorar a qualidade da for a de trabalho docente Quadro 3 Propostas de avalia o docente do Congresso Nacional e MEC no Brasil 2007 201 1 iii Quadro 4 Percentuais de absente smo docente no Estado de SP 200022010 essere N ANANN arado Quadro 5 Configura o da escola desempenho da escola e desempenho do servidor 2001 SP Quadro 6 Valores do sal rio m nimo em reais 2000 2014 Bra Sissi nas VD ni DI a annee E AEA Quadro 7 Pontua es e respectivos b nus dos servidores POOL small ais CAR
42. Figura 5 Reivindica o da APEOESP em rela o ao b nus 2011 SP SAL RIO SOLU O B nus ENGANA O Fonte Socorro 2011 Em mar o de 2002 a APEOESP lan ou uma campanha que incluiu novamente a defesa do sal rio Em defesa da escola p blica por melhores condi es de trabalho garantia de emprego e sal rio digno APEOESP 2014 p 12 Nos meses de novembro e dezembro promoveu um plebiscito em que a comunidade escolar condenou a pol tica educacional excludente do governo Alckmin Chalita APEOESP 2014 p 12 Em 2003 a campanha incluiu mais uma vez a defesa do sal rio Em Defesa da Escola P blica do Emprego do Sal rio e da Previd ncia P blica APEOESP 2014 p 13 Ao longo do ano o sindicato realizou in meras assembleias e atos junto ao governo estadual para apresentar as reivindica es da categoria docente entre as quais constavam a incorpora o das gratifica es dos b nus e abonos com extens o aos aposentados e aumento no valor da hora aula de acordo com o piso do DIEESE APEOESP 2014 p 13 O governo n o as atendeu mostrando sua trucul ncia e a falta de compromisso com a Educa o APEOESP 2014 p 13 A campanha salarial de 2004 buscou pressionar o governo estadual para que as principais reivindica es da categoria fossem atendidas APEOESP 2014 p 14 Visando a resgatar a escola p blica da qualidade do processo ensino a
43. Os 100 mil professores que estavam na rua representavam na altura 2 3 305 daqueles que estavam na profiss o E na segunda vez em novembro ainda mais Mas n o tenho d vidas que aquela que levou mais gente a lutar foi a avalia o de desempenho N o tenho d vidas absolutamente nenhuma ainda que tenha sido na altura um motivo menor Diante de tudo que tem acontecido profiss o e escola um motivo menor mas foi o que levou a maior parte das pessoas DIRIGENTE 1 O Dirigente 3 analisa por que os professores participaram maci amente dos protestos em 2008 e n o o fazem nos anos mais recentes diante das quest es econ micas urgentes que atingem os trabalhadores portugueses Para o dirigente embora a ADD do ME fosse punitiva os professores n o temeram lutar contra ela em 2008 diferente de hoje quando eles temem por seus empregos e por suas vidas Eu acho que apesar de ser uma avalia o punitiva foi talvez uma das coisas que menos impressionou os professores e menos os incomodou ou condicionou para protestarem Por isso que se calhar os professores vieram tantos como vieram para a rua dizer que eram contra a avalia o e hoje 2012 n o vemos tantos como l 2008 que at deveriam vir mais contra o despedimento o desemprego o roubo dos sal rios Eu acho que naquele momento 2008 havia v rios fatores N o estava em risco o emprego portanto n o havia uma situa o como h hoje e
44. XXIV Congresso da APEOESP Sair s ruas contra o golpe do concurso tucano 28 de novembro de 2013 Dispon vel em lt http lcligacomunista blogspot com br 2013 1 1 xxiv congresso da apeoesp 23 html gt Acesso em 12 fev 2014 LISBOA Marcos de B Pref cio In VELOSO Fernando et al orgs Educa o b sica no Brasil construindo o Brasil do futuro Rio de Janeiro Elsevier 2009 p xxi xxvii LOPES K tia de C Educa o p blica como nicho de investimento social privado Florian polis SC 2010 249 p Disserta o Mestrado Universidade Federal de Santa Catarina Programa de P s Gradua o em Educa o Florian polis 2010 Dispon vel em lt https reposito rio ufsc br bitstream handle 123456789 94484 287947 pdf sequence 1 gt Acesso em 13 fev 2014 LOUREIRO Br ulio R de C Reforma educacional neoliberal uma an lise pol tica da concess o de b nus m rito do governo Jos Serra 2007 2010 aos professores da rede estadual paulista 2011 132 f Disserta o Mestrado Universidade Estadual Paulista UNESP Faculdade de Filosofia e Ci ncias Mar lia 2011 Dispon vel em lt http www marilia unesp br Home Pos Graduacao CienciasSociais Dissertacoes loureiro bre me mar pdf gt Acesso em 11 jun 2014 LOUREIRO Br ulio R de C MENDON A Sueli G L O b nus m rito do governo Serra 2007 2010 elementos para pensar a racionaliza o econ mica da educa o e a precariza o do trabal
45. blica a orienta o por resultados a descentraliza o dos controles gerenciais no sentido de maior autonomia responsabiliza o e flexibiliza o de procedimentos bem como uma distin o entre a formula o policy making e implementa o service delivery das pol ticas p blicas REZENDE 2002 p 224 De acordo com Shiroma 2004 este modelo de gest o emergiu com os governos conservadores de Thatcher na Gr Bretanha e Reagan nos EUA ap s sua assun o ao poder em 1979 No Brasil a execu o do projeto de reforma gerencial da administra o p blica federal iniciou em 1995 durante o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso com a publica o do Plano Diretor da Reforma do Estado SEMIN RIO BALAN O DA REFORMA DO ESTADO NO BRASIL 2002 O processo foi desenvolvido no mbito do Minist rio da Administra o Federal e Reforma do Estado MARE conduzido por Luiz Carlos Bresser Pereira 126 gerencial proposta por OM aos governos tanto para racionalizar o gasto p blico quanto para administrar professores EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 534 O objetivo anunciado pelos reformadores promover a profissionaliza o dos trabalhadores para melhorar a qualidade e a efici ncia dos servi os p blicos prestados popula o dentre eles a educa o HASHIMOTO 2004 O foco portanto s o os resultados o que sustenta o desenvolvimento de uma cultura de avalia o e de um Estado Avaliad
46. das organiza es sindicais docentes Assim aconteciam quatro mesas de negocia o uma com a FENPROF uma com a FNE e 318 outras duas mesas separadas com as organiza es sindicais docentes de menor expressividade sindical Embora a Plataforma Sindical de Professores tenha se desmembrado sobretudo quando o PSD assumiu o governo em 2011 no contexto atual devido ao aprofundamento das pol ticas educacionais neoliberais adotadas pelo governo PSD para superar a crise econ mica ocorre um movimento de retomada daquela unidade sindical como se pode ver na parte inferior das chamadas de mobiliza o da FENPROF para a luta no ano de 2013 Figura 16 Mobiliza o da Plataforma de Sindicatos de Professores 2013 Portugal pela re PELA QUALIDADE DE ENSINO PELO FUTURO DOS NOSSOS ALUNOS Fonte FENPROF 2013b 319 Figura 17 Mobiliza o da Plataforma de Sindicatos de Professores 2013 Portugal MANIFESTA A O NAL DE PROFESSORES gut DR PT YMBAL LISBUA PRA A MA Em duiena da Escola Pu Fonte FENPROF 2013c O primeiro cartaz acima assinado pela Plataforma de Sindicatos de Professores enquanto o segundo explicita as organiza es que a constituem quais sejam ASPL Associa o Sindical de Professores Licenciados FENPROF Federa o Nacional dos Professores FNE Federa o Nacional dos Sindicatos da Educa o SEPLEU Sindicato dos Educadores e
47. em sua vis o muito significativo j que a rua ainda por excel ncia o s tio onde foram feitas as maiores conquistas para o lado dos trabalhadores ao longo da hist ria DIRIGENTE 1 As duas figuras a seguir retratam os protestos dos professores na rua 322 Figura 19 Marcha da Indigna o descendo a Avenida da Liberdade em Lisboa 2008 Portugal Fonte FENPROF 2008b Figura 20 Marcha de Professores realizada em Lisboa no dia 08 11 08 Portugal DEIXEM NOS SER AR na indigna o z 3 Fonte FENPROF 2008b Como expuseram os dirigentes entrevistados as marchas de professores de 2008 fizeram hist ria no sindicalismo docente portugu s produzindo efeitos inclusive na organiza o de lutas posteriores como foi o caso da recupera o da Plataforma Sindical em 2013 Portanto uma pol tica baseada na avalia o do desempenho individual de cada professor direcionada a reconhecer os m ritos individuais e por isso a instigar a competi o dentro da categoria docente pelas melhores men es e pelas quotas de professor titular contraditoriamente provocou a uni o dos docentes e sindicatos numa ampla Frente de lutas 323 Mesmo que a grande mobiliza o dos professores n o tenha conseguido revogar o ECD revisto em 2007 e suspendido o modelo de ADD do ME ambos diante das press es das contesta es e das in meras negocia es entre ME e organiza es
48. fragilizar as 298 organiza es sindicais mais representativas e atentar contra o livre exerc cio da actividade sindical NOGUEIRA 2008 p 6 Estas frentes de luta assim como outras n o exclusivas da categoria docente como o combate ao desemprego a defesa dos sal rios e dos direitos a luta contra os abusos cometidos sobre os hor rios de trabalho ou mesmo num plano mais geral a exig ncia de nos pronunciarmos sobre o nosso futuro colectivo NOGUEIRA 2008 p 6 exigiram a mobiliza o de professores e organiza es sindicais Para a FENPROF 2008c p 4 a imposi o de um Estatuto desvalorizador do ser professor provocou o forte rep dio de todo o movimento sindical docente As profundas altera es introduzidas segundo a entidade 2008c p 4 n o provocaram qualquer transforma o positiva nas escolas e jardins de inf ncia Bem pelo contr rio Analisando as implica es das medidas pol ticas tomadas pelo governo no ano de 2007 principalmente a revis o do Estatuto a FENPROF identificou que elas logo produziram uma s rie de efeitos sobre professores e escolas Muitos destes efeitos foram posteriormente agravados pela implementa o da ADD De 2007 e do ECD imposto pode dizer se como prev ramos que est a criar mais desemprego entre os docentes mais precariedade nas rela es laborais e mais instabilidade profissional que deteriorou as condi es de exerc cio
49. gil forma o em n vel superior dos professores o que o MEC pretendia verificar pelos resultados dos concluintes dos Cursos de Licenciatura no Exame de Certifica o Nacional Esses resultados ainda indicariam ao MEC e sociedade brasileira o grau de aproxima o ou distanciamento entre a forma o oferecida pelas institui es de ensino superior e as demandas da 152 economia capitalista Diante disso o MEC apostaria na boa prepara o do professor com forma o continuada direcionada para o Exame e p s Exame na sua dedica o e compet ncia comprovadas pelo Certificado Nacional de Doc ncia e na sua boa remunera o melhorada com a concess o da Bolsa do Professor BRASIL 2003b p 15 como a es que apesar de n o equacionarem todos os problemas do Magist rio significariam investimento na cabe a no cora o e no bolso do professor BRASIL 2003b p 6 4 3 2 O Projeto de Lei n 1 172 2003 da Deputada Raquel Teixeira De acordo com a Portaria n 1 403 BRASIL 2003d p 2 o Minist rio da Educa o prop s por meio de Projeto de Lei a institui o da Bolsa Federal de Incentivo Forma o Continuada Esta Portaria foi publicada em 09 06 2003 O Programa Toda Crian a Aprendendo que a originou foi lan ado em 05 06 03 Coincidentemente ou n o em 03 06 2003 a ent o deputada Raquel Teixeira PSDB Goi s lan ou o PL n 1 172 de 2003 que disporia sobre as diretrize
50. lt http nupet esp uer br arquivos Tavares pdf gt Acesso em 11 jun 2013 TAKAHASHI F bio SP anuncia plano para sa de do docente 23 05 2010a Folha de S Paulo Dispon vel em lt http www1 f olha uol com br fsp cotidian ff2305201003 htm gt Acesso em 13 jan 2014 TAKAHASHI F bio Tempor rios chegam a 46 dos professores em SP 14 09 2010b Folha de S Paulo Dispon vel em http wwwl folha uol com br educa ao 2010 09 798364 temporarios chegam a 46 dos professores em sp shtml gt Acesso em 13 jan 2014 TAVARES Manuel Do sindicalismo docente reivindicativo ao sindicalismo reflexivo em Portugal nas d cadas de setenta e oitenta III Semin rio da Rede de Pesquisadores sobre Associativismo e Sindicalismo dos Trabalhadores em Educa o Rio de Janeiro 18 20 de abril de 2011 Dispon vel em lt http nupet iesp uer br arquivos ManuelTavares3 pdf gt Acesso em 12 jun 2014 HI INTERNACIONAL A Internacional Comunista e a Internacional Sindical Vermelha Programa de a o da Internacional Comunista In 375 AGUENA Paulo org O marxismo e os sindicatos S o Paulo Instituto Jos Lu s e Rosa Sundermann 2008 p 133 139 TERRA SP professor n o precisar fazer prova para progredir na carreira 29 de Agosto de 2013 Dispon vel em lt http noticias terra c om br educacao sp professor nao precisara fazer prova para progredir na carreira 24fa0cb773f9c0410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD html gt
51. m presta contas a ningu m exceto sobre aspectos formais burocr ticos p blicos possibilitaria ao Estado viabilizar as pol ticas dos governos e mais prosperidade e igualdade na o PSDB 2007 Acompanhando a perspectiva de intelectuais do capital que prop em AD o PSDB observa servi os p blicos de qualidade dependem de servidores bem treinados e com seu desempenho permanente avaliado A avalia o objetiva fundamental tanto para premiar a compet ncia e efici ncia quanto no limite afastar os funcion rios comprovadamente ineptos PSDB 2007 p 22 131 como nas demais reas do Estado brasileiro impera o cartorialismo os controles pr vios e o acompanhamento formal n o h avalia o de resultados nem do ensino p blico nem do particular MELLO 1990 p 24 25 A revolu o educacional psdbista se ancora na reforma do Estado que conforme os intentos de convencimento do partido deve ser reivindicada pelos pr prios professores como parte do processo de democratiza o do ensino de descentraliza o e de moderniza o da m quina prioriza o da escola e incentivo salarial aos que nela trabalham MELLO 1990 p 67 Alcan ar essa revolu o educacional para a autora implicaria realizar in meras a es dentre as quais a avalia o e certifica o do professor desideologizar a educa o buscando compet ncia na transmiss o do conhecimento siste
52. ncia PORTUGAL 2007a p 533 Al m disso buscava a Contribuir para a melhoria da pr tica pedag gica do docente b Contribuir para a valoriza o e 272 aperfei oamento individual do docente c Permitir a inventaria o das necessidades de forma o do pessoal docente d Detectar os factores que influenciam o rendimento profissional do pessoal docente e Diferenciar e premiar os melhores profissionais f Facultar indicadores de gest o em mat ria de pessoal docente g Promover o trabalho de coopera o entre os docentes tendo em vista a melhoria dos resultados escolares h Promover a excel ncia e a qualidade dos servi os prestados comunidade PORTUGAL 2007a p 533 534 ADD foram destinados quatro fins quais sejam a progress o na carreira e acesso categoria de professor titular b convers o da nomea o provis ria em nomea o definitiva no termo do per odo probat rio PORTUGAL 2007a p 534 c renova o do contrato dos professores tempor rios e d atribui o do pr mio de desempenho PORTUGAL 2007a p 534 O pr mio de desempenho de car ter pecuni rio seria concedido aos professores efetivos por cada duas avalia es de desempenho consecutivas com men o qualitativa igual ou superior a Muito bom PORTUGAL 2007a p 538 Como a avalia o seria realizada no final de cada per odo de dois anos escolares PORTUGAL 2007a p 534 os profess
53. ncia necess rias para fazer pol tica ENGELS s d J no plano mediato embora possa parecer uma mera luta corporativa por aumento de sal rios e redu o da jornada de trabalho a luta econ mica oferece aos trabalhadores a sua primeira experi ncia organizativa de classe e por isso tamb m visa e pode ampliar a consci ncia de classe dos trabalhadores concorrendo para a luta pol tica por sua emancipa o VIEIRA PINTO 1962 na vis o deste autor uma estrat gia de desmobiliza o da classe dominante fazer crer que a luta da classe trabalhadora se reduz luta econ mica e suas motiva es 64 Diante do desenvolvimento contradit rio do capitalismo observado j no fim do s culo XIX L nin 1979a ressalta a necessidade de a classe trabalhadora lutar unificadamente por suas reivindica es o que implica utilizar se de todos os meios de luta dispon veis entre eles a greve Nas palavras do autor Quanto mais se desenvolve o capitalismo mais imperiosa a necessidade de uma resist ncia conjunta dos oper rios porque se agrava o desemprego agu a se a competi o entre os capitalistas que procuram produzir mercadorias de modo mais barato poss vel para o que preciso pagar aos oper rios o menos poss vel e acentuam se as oscila es da ind stria e as crises L NIN 19794 p 46 Aguena 2008 assinala que as contribui es de L nin sobre os sindicatos obedecem a um momento hist rico distint
54. o designadamente atrav s da Comiss o Parit ria constitu da para esse efeito mas tamb m que j tivesse ficado estabelecido o per odo em que decorrer o as negocia es com vista altera o do actual regime de avalia o Ou seja al m de neste ano lectivo o modelo de avalia o do ME n o se aplicar a nenhum docente no pr ximo ano ele assumir um car cter experimental por ter um limite temporal pr definido o final do ano lectivo 2008 09 por ser acompanhado por uma Comiss o Parit ria e por n o ter consequ ncias negativas para a carreira 312 dos docentes O Memorando permitiu ainda que se abrissem diversos espa os de negocia o relacionados com estrutura da carreira sal rios hor rios de trabalho que pela primeira vez est o a ser negociados e avalia o do desempenho que dever o servir para alterar alguns dos aspectos mais negativos e penalizadores que neste momento vigoram Como era previs vel a assinatura do Entendimento suscitou diferen as de opini o entre os professores e educadores e criou incompreens es entre a classe docente por m necess rio que se combata e denuncie a ideia espalhada por uns poucos de que se tratou de uma capitula o dos professores Se verdade que as melhorias alcan adas com o Entendimento sendo inequivocamente importantes s o de valor relativo face s grande quest es em causa a avalia o de desempenho a divis o da carreira ne
55. o Estado que representa o momento coercitivo da domina o de classe no capitalismo em ltima an lise o ponto decisivo de concentra o de todo o poder na sociedade WOOD 2003 p 49 Devemos lembrar no entanto que a tomada do poder do Estado em seu sentido estrito condi o necess ria mas n o suficiente para a supera o do modo de produ o capitalista Para alcan ar efetivamente este fim ela deve eliminar os fundamentos do conflito pol tico ou seja a exist ncia das classes sociais e da propriedade privada dos meios de produ o Por outro lado a complexifica o do Estado burgu s acentuada 72 pela crescente neoliberaliza o e globaliza o da sociedade capitalista explicita que a hegemonia burguesa n o se sustenta somente pelo uso da for a A elabora o difus o e consentimento ativo das organiza es da sociedade civil s o parte importante da sustenta o da hegemonia burguesa Isso indica que a constru o da contra hegemonia passa pela disputa destas organiza es Para Gramsci nas sociedades de tipo ocidental na disputa da hegemonia mediada por estas organiza es que come a a tomada do poder GRUPPI 1985 e n o no aparelho coercitivo do Estado Na pr xima se o apresentamos a an lise de documentos de Organismos Multilaterais OM que trazem a recomenda o de AD e as justificativas para sua implementa o pelos governos Al m disso identificamos as vis
56. o da revis o do Estatuto da Carreira Docente ECD em 19 de janeiro de 2007 da regulamenta o da pol tica de Avalia o de Desempenho Docente ADD em janeiro de 2008 e sob o contexto de violentos ataques dirigidos pelo governo e o ME dignidade profissional dos professores desde 2005 professores e organiza es sindicais docentes 296 passaram a desencadear uma crescente mobiliza o para revogar o ECD e suspender a ADD As organiza es sindicais docentes unificadas sob uma Plataforma Sindical de Professores designaram o dia 19 de janeiro como o Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugueses FENPROF 2008c p 5 como indica a capa do Suplemento ao Jornal da FENPROF publicado em janeiro de 2007 Figura 9 Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugueses JORNAL 2 FENPROF dy do o am Fora TREVAS ET ERVAS 19 de Jan iro DIA PRA Ra DE PETO Fonte FENPROF 20070 Em janeiro de 2008 a Plataforma Sindical dos Professores empreendeu diversas iniciativas no sentido de manifestar o referido luto Uma delas foi uma vig lia porta do ME no dia 18 de janeiro de 2008 FENPROF 2008c como mostra a Figura 10 297 Figura 10 Convite vig lia porta do ME em luto contra o ECD Portugal E Em luto contra o ECD do M E Vigilia das 16h00 s 24h00 junto ap M E Fonte FENPROF 2008c De acordo com Nogueira Secret rio Geral da FENPROF
57. o de lutas em torno da apropria o em disputas aparentemente n o pol ticas e a focaliza o das lutas nas unidades individuais s o estrat gias criadas pelo capital para inviabilizar a luta pol tica da classe trabalhadora e por conseguinte perpetuar o sistema capitalista WOOD 2003 p 47 Nesse sentido cada f brica escola e rede municipal e estadual de ensino passam a conter individualmente as principais fontes do conflito de classes que resolvido em ltimo caso pela coer o do Estado Este deslocamento da luta de classes contribui para torn la local e particularizada o que repercute negativamente sobre a a o sindical Esta fragmenta o por sua vez favorece a despolitiza o ou o economicismo da luta de classes uma vez que as quest es econ micas s o colocadas em primeiro plano WOOD 2003 Mas mesmo que a luta de classes se reduza aos termos de uma luta econ mica o capital considera fundamental domestic la despolitiz la WOOD 2003 No capitalismo contempor neo a luta sindical por melhores sal rios se restringe a uma luta econ mica enquanto a pr pria condi o de assalariamento dos trabalhadores docentes e a exist ncia das classes sociais n o s o problematizadas Reajustes salariais mesmo que significativos n o alteram a condi o de trabalhador assalariado do docente e n o transformam a rela o de explora o e domina o social do capital sobre o trabalho Frigo
58. o de topo novo Porque neste momento o ndice m ximo em que os professores est o o ndice 340 mas a carreira que est legislada prev um ndice 370 mas ainda ningu m est l nem sabe quando vai estar Congelado ningu m passa ao ndice 370 Mas aqueles que est o nos primeiros escal es da carreira mesmo que ela fosse descongelada 270 agora com o tempo de servi o que j preveram nunca chegar o a este topo ou ent o chegam e no m s seguinte se aposentam A inten o do governo talvez seja estabelecer progress o at o ano da aposentadoria Mas atingir o topo com 65 anos de idade n o faz sentido e n o acontece em pa s nenhum Acontece aqui s A pessoa deve atingir o topo em determinada fase da vida e a partir da n o progride mais DIRIGENTE 1 O corte nos sal rios e o congelamento das progress es dos funcion rios p blicos portugueses foram medidas complementares FERNANDES 2011 p l adotadas pelo governo em 2005 para respectivamente controlar o n mero de trabalhadores no setor p blico garantir a redu o do peso das despesas com pessoal recuperar o d fice or ament rio e por ltimo superar as dificuldades econ micas e financeiras do pa s FENPROF 2011 Em 2011 por exemplo o governo objetivou realizar cortes progressivos nos sal rios entre 3 5 e 10 alcan ando uma redu o m dia de 5 FERNANDES 2011 A mesma porcentagem de redu o foi estabelecida pel
59. o do Estado de S o Paulo SEMTEC Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Brasil SEPLEU Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educa o e Universidades Portugal SIADAP Sistema de Gest o e Avalia o do Desempenho na Administra o P blica Portugal SINAPE Sindicato Nacional dos Profissionais da Educa o Portugal SINDEP Sindicato Nacional e Democr tico dos Professores Portugal SINPROFE Sindicato Nacional dos Professores e Educadores Portugal SINTE SC Sindicato dos Trabalhadores da Educa o de Santa Catarina SIPE Sindicato Independente de Professores e Educadores Portugal SIPPEB Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino B sico Portugal SNPES Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Secund rio Portugal SNPL Sindicato Nacional dos Professores Licenciados Portugal SP S o Paulo SPE Sindicato dos Professores no Estrangeiro Portugal SPGL Sindicato dos Professores da Grande Lisboa Portugal SPLIU Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Polit cnicos e Universidades Portugal SPM Sindicato dos Professores da Madeira Portugal SPN Sindicato dos Professores do Norte Portugal SPPrev S o Paulo Previd ncia SPRA Sindicato dos Professores da Regi o dos A ores Portugal SPRC Sindicato dos Professores da Regi o Centro Portugal SPZCentro Sindicato dos Professores da Zona Centro Portug
60. o do ME contida no DL n 15 2007 o tempo de servi o prestado no 6 escal o da categoria de professor conta para efeitos de progress o como tempo de servi o efectivo prestado no 1 escal o da categoria de professor titular at ao limite de seis anos ap s o provimento nesta ltima categoria PORTUGAL 2007a p 533 Para progredir ao 6 escal o os professores deviam cumprir os quatro anos de servi o do 5 escal o obter avalia o de desempenho n o inferior a Bom nesses quatro anos e ter prestado o concurso de acesso categoria de professor titular sem nela terem sido providos por falta de vaga PORTUGAL 2007a Segundo o Dirigente 1 era imposs vel alcan ar o topo da carreira mesmo com as altera es posteriores que se sucederam em 2010 no ECD PORTUGAL 2010a O que n s consider vamos Que de fato os professores no in cio de carreira tinham que ser valorizados Agora temos uma carreira que supostamente valoriza o vencimento no in cio de carreira Temos uma carreira que entre o acesso e o topo se n o houver perdas no tempo de servi o por m s avalia es se n o houver ganhos ou acumula es por ter Muito bom ou Excelente tem 34 anos Com os anos de congelamento das progress es e j vimos que vai para mais de cinco anos no final de 2013 o que acontece Ningu m vai chegar ao topo da carreira Que adianta revalorizar a carreira Que adianta at por exemplo prever um escal
61. o dos professores pelos problemas da educa o estadual significam n o apenas uma grave desvaloriza o profissional mas um elemento que atinge em cheio a auto estima dos professores afetando a qualidade do Fonte BLOG PAPO DE PROFESSOR E as confus es do b nus 2011 continuam 28 de mar o de 2011 Dispon vel em lt http papodeprofessor blogspot com 2011 03 e as confusoes do bonus2011 continuam html gt Acesso em 12 fev 2014 167 seu trabalho APEOESP 2013 p 9 10 Dados de uma pesquisa realizada por uma entidade do Governo Federal em abril de 2010 mostraram que entre as principais causas de sofrimento dos professores no trabalho que provocavam o seu adoecimento estavam o constrangimento por meio de avalia es e amea as expl citas ou veladas ser obrigado a fazer o que n o acha correto ser considerado culpado pelas defici ncias e problemas da educa o n o ver seu trabalho reconhecido nem valorizado social e financeiramente APEOESP 2013 p 8 9 Em pesquisa realizada pela APEOESP em dezembro de 2010 com 936 s cios 27 deles informaram que se afastaram do trabalho no ltimo ano por motivo de sa de principalmente por problemas emocionais APEOESP 2013 Entre janeiro e julho de 2010 por exemplo foram 92 licen as m dicas di rias o que representa 19 mil professores num conjunto de 230 mil ou uma taxa de absente smo de 12 11 APEOESP 2013 Um levantamento feito
62. os OM em seus documentos apontam que o sal rio do professor n o tem repercuss o significativa na melhora da aprendizagem portanto n o precisaria ser priorizado nas reformas pelo contr rio sua redu o foi cogitada embora tenha sido reconhecido que haveria forte resist ncia a medidas dessa natureza A UNICEF por exemplo recomenda contratar professores baratos BUCKLAND 2000 supondo talvez que seja mais vi vel do que rebaixar os sal rios dos que j est o na ativa J o BM DELLANOY SEDLACEK 2001 sugere oferecer gratifica es por desempenho introduzindo um sistema de sal rios diferentes segundo a produtividade de cada professor baseada nos escores alcan ados em termos de rendimento do alunado EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 538 539 116 n o apenas o professor objeto da pol tica mas tamb m os sindicatos o s o posto que individual ou sindicalmente pensado o docente apreendido como uma quest o de Estado EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 537 Portanto na perspectiva do capital representado no campo educacional brasileiro entre outros pelo Movimento Todos Pela Educa o as organiza es sindicais docentes n o contribuem para a melhoria da qualidade da educa o b sica Segundo Ioschpe 2011 p 1 um dos s cios fundadores do Movimento supracitado TODOS PELA EDUCA O 2013 n s os defensores da melhoria educacional do pa s estamos s s O sindicato dos professores n
63. p 351 352 v 2 ENGELS Friedrich A situa o da classe trabalhadora na Inglaterra S o Paulo Boitempo 2010 ESTANQUE El sio Crise Estado social e desafios do sindicalismo Breve reflex o sobre a Europa Educar em Revista Curitiba Brasil n 48 p 23 37 abr jun 2013 Dispon vel em lt http ojs c3sl ufpr br ojs index php educar article viewFile 32517 20648 gt Acesso em 12 jun 2014 EVANGELISTA Olinda SHIROMA Eneida O Professor protagonista e obst culo da reforma Educa o e Pesquisa S o Paulo v 33 n 3 p 531 541 set dez 2007 353 EVANGELISTA Olinda TRICHES Jocemara Curso de Pedagogia organiza es multilaterais e o superprofessor Educ rev Curitiba n 45 Set 2012 Dispon vel em lt http Awww scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0104 40602012000300013 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 14 jun 2014 FENPROF Jornal da FENPROF n 213 Lisboa FENPROF nov dez de 2006 Jornal da FENPROF n 214 Suplemento Lisboa FENPROF jan de 2007a Jornal da FENPROF n 214 Lisboa FENPROF jan de 2007b Jornal da FENPROF n 230 Lisboa FENPROF dez de 2008a A o sindical Iniciativas 2008b Dispon vel em lt http www fenprof pt aba 27 amp cat 313 amp mid 115 gt Acesso em 08 jun 2013 Jornal da FENPROPF n 222 Lisboa FENPROF jan de 2008c Jornal da FENPROF n 227 Lisboa FENPROF jul de 2008d Jor
64. pelo ME porque a pol tica de avalia o docente continua gerando confus o e d vida entre os professores Como sinalizou o Dirigente 1 a pol tica de ADD do ME provocou tamanha repugn ncia nos professores que a simples men o pol tica pelo governo os p em em alerta Por outro lado o processo de implementa o da ADD em Portugal ap s as grandes greves tamb m desencadeou efeitos que se distanciam da unidade e solidariedade visualizadas naquele per odo Por isso poss vel afirmar que essa pol tica promoveu efeitos antag nicos sobre os professores e suas organiza es sindicais Se no patamar mais individual e interno s escolas ela promoveu um clima de mal estar injusti a competi o inveja e individualismo porque era ali que a pr tica da pol tica se desenvolvia e se fazia sentir por estas e outras implica es tamb m foi neste plano que as organiza es sindicais buscaram com sucesso as bases para a constru o e intensifica o da resist ncia pol tica de ADD Ainda que as grandes marchas tenham impressionado professores pesquisadores dirigentes sindicais sociedade e 338 m dia dentro e fora do pa s pelo alto ndice de ades o da categoria docente tal expressividade n o foi suficiente para suspender a ADD do ME e revogar o Estatuto da Carreira Docente revisado em 2007 Ap s a primeira marcha a ministra da educa o Maria de Lurdes Rodrigues chegou a afirmar que n o importava o n me
65. pormenores de ordem t cnica que muitas vezes resultavam da incompet ncia da pr pria equipa negociadora do governo FENPROF 2008c p 11 Analisando o processo de negocia o entre ME e organiza es sindicais docentes em torno dos temas aqui tratados o Dirigente 1 corrobora o sentido dessas negocia es como pseudo negocia es s vezes recebemos diplomas por exemplo para tomar conhecimento e emitir opini o quando entendemos que devemos ser chamados a negociar uma coisa a formaliza o das reuni es e a outra de fato sermos ouvidos sermos atendidos h processos de negocia o formais mas digamos a opini o do 301 ME vai feita e depois altera uns pormenores aqui e ali s vezes chegamos quase a ser revisores de texto quase o tipo de aten o que d o as nossas posi es porque altera es de fundo nunca se passam DIRIGENTE 1 Para o ME as organiza es sindicais docentes deveriam ter um papel de convencer os professores da bondade das medidas para que eles as aceitassem DIRIGENTE 3 O dirigente rebate da nossa parte n o assim ouvimos os professores e levamos ao ME as quest es dos professores DIRIGENTE 3 A postura de n o negocia o do ME incitou a categoria docente ao descontentamento e revolta levando a em 30 de novembro de 2007 a compor um dos maiores protestos de sempre contra a pol tica do Governo na Admi
66. prios limites VASCONCELOS 2006 p 95 porque o docente o construtor do seu b nus VASCONCELOS 2006 p 24 Maria Helena Guimar es de Castro em 2007 ano em que assumiu a SEE SP do Estado de SP assegurou que um dos maiores problemas das redes p blicas o absente smo dos professores a falta de incentivos carreira e o excesso de licen as m dicas CASTRO 2007 p 6 Acrescentou a estes problemas indutores de m qualidade no ensino a estabilidade no emprego independente do desempenho CASTRO 2007 p 6 Diante desse quadro recomendou como solu o para o absente smo dos professores e logo para a melhoria da qualidade da educa o vincular a progress o na carreira ou simplesmente o sal rio ao seu desempenho e aos resultados obtidos nas escolas onde atuam CASTRO 2007 p 6 A autora entendia que esta vincula o geraria motiva o para o ensino principalmente entre os professores dedicados e comprometidos que n o recebem incentivos por seu desempenho pagando o pre o dos colegas menos respons veis CASTRO 2007 p 6 A recomenda o para vincular remunera o a desempenho docente tamb m se apoia na percep o de que no Brasil 80 ou mais do or amento das Secretarias de Educa o est o comprometidos com pagamento de sal rios CASTRO 2007 Nessa l gica a imensa quantidade de professores empregados na educa o b sica brasileira 2 5 milh es
67. reivindica o docente sindical por aumento salarial e 221 almejando uma maior satisfa o de suas necessidades os trabalhadores da educa o s o repetitiva e insistentemente levados a perceber sob uma enxurrada midi tica pr PSDB que criminaliza as organiza es sindicais e sua luta que mais vantajoso competir individualmente por recompensas anuais de valor flex vel do que lutar coletivamente por aumentos permanentes no sal rio base Intelectuais burgueses que defendem as pol ticas de avalia o e bonifica o docente como medidas fundamentais para garantir a qualidade da educa o b sica e n o somente dela incitam governos a praticarem incentivos monet rios seletivos como chamariz para os professores desenvolverem melhores desempenhos Em sua vis o o fraco empenho dos professores est associado a um suposto comodismo oportunizado pela estabilidade no emprego SHIROMA SCHNEIDER MAFRA JUNIOR 2010 p 3 Nesse sentido condenam o aumento salarial coletivo e indiscriminado alegando que ele n o contribui para a melhoria dos resultados dos alunos nas avalia es Nessa l gica defendem a diferencia o salarial a remunera o vari vel ou a bonifica o por resultados efeitos da avalia o docente como mecanismos promotores de professores mais ass duos competitivos produtivos e eficazes e por outro lado de or amentos estatais otimizados Nessa perspectiva contudo n o est em jogo apena
68. secretarias estaduais e municipais de educa o reunidos em Bras lia no m s de setembro de 2003 ap s os encontros estaduais que discutiram os conhecimentos saberes e as compet ncias que ser o a refer ncia para as a es de forma o continuada e consegiente certifica o deram uma demonstra o de que o caminho que estamos trilhando baseado no di logo no entendimento e na constru o coletiva o mais eficiente para o desmonte da trag dia educacional edificada no nosso Pa s BRASIL 2003c p 5 Tamb m pela via democr tica foram constru das as matrizes de refer ncia Participaram dessa discuss o mais de 7 mil profissionais da educa o representando gestores das redes de ensino estaduais e municipais institui es formadoras e professores em exerc cio nos anos iniciais do ensino fundamental O encontro nacional contou com a participa o de 800 delegados eleitos nos encontros estaduais e mais de cem convidados BRASIL 2003c p 9 importante ressaltar que o processo de discuss o das matrizes de refer ncia refletiu toda a riqueza de id ias que permeiam o mundo da educa o As diverg ncias existiram e v o continuar perpassando esse debate Entretanto esse o 143 caminho para que a revolu o educacional que todos almejamos tanto possa se tornar realidade BRASIL 2003c p 9 A participa o desses profissionais na delibera o sobre os saberes os conhecimentos e as compet n
69. seja do p blico em geral WORLD BANK 1997 p 113 apud BORGES 2003 p 129 Ent o o BM tenta desqualificar os grupos contr rios sobretudo os sindicatos dos servidores p blicos e a burocracia estatal como grupos que supostamente tomaram conta do Estado para atingir objetivos particulares BORGES 2003 p 129 Embora conceba a participa o da sociedade civil na formula o de pol ticas no mbito do Estado como um processo importante para viabilizar politicamente as reformas e mesmo que essa participa o seja de car ter consultivo e limitada a reas n o controversas entre o p blico e o privado o BM evidencia que n o se trata da participa o de qualquer sociedade civil mas daquela mais adequada aos c nones do liberalismo de mercado BORGES 2003 p 129 Em princ pio isso exclui os sindicatos de professores da participa o na formula o de pol ticas educacionais o que por outro lado n o impede os governos neoliberais e os OM de trabalharem no sentido de coopt los s reformas neoliberais Desse modo a participa o da sociedade civil em reas de decis o p blica parece ser um mecanismo conveniente aos interesses da classe dominante somente quando o interesse p blico e o privado coincidem Do contr rio como nas reas 105 t cnicas de administra o macroecon mica o BM defende o insulamento das press es pol ticas WORLD BANK 1997 p 196 197 apud BORGES
70. ticas educacionais e seus condicionantes Por decorr ncia ao ingressar em 2007 no Curso de Mestrado em Educa o da Universidade Federal de Santa Catarina e no Grupo de Estudos sobre Pol tica Educacional e Trabalho GEPETO comecei a priorizar o estudo de uma recomenda o espec fica dentre v rias do BM para a educa o brasileira a certifica o docente SCHNEIDER 2009 Essa recomenda o ganhou for a no ano de 2000 quando o BM publicou um relat rio dirigido ao governo brasileiro sugerindo a ado o de uma s rie de mecanismos para lidar com o professor dito ineficaz DELLANOY SEDLACEK 2001 Constavam ent o a certifica o e a recertifica o docente a avalia o de desempenho o pagamento por m rito entre outros mecanismos O conhecimento desse relat rio fez me pesquisar se existiam no Brasil experi ncias concretas Identifiquei que o Estado da Bahia havia implementado um exame de certifica o para os trabalhadores de sua rede p blica de ensino Investiguei ent o no mestrado as contradi es daquela pol tica e suas implica es para os professores e sua carreira SCHNEIDER 2009 Por sua vez o interesse pelo estudo das pol ticas de AD e suas rela es com o movimento sindical surgiu quando soube que os trabalhadores da educa o do Estado de S o Paulo SP foram inibidos a partir de 2008 de faltar e se afastar do trabalho para fins de tratamento de sa de participa o em atividades sindica
71. trabalhadores se afasta dessas organiza es seduzida pelas vantagens provis rias oferecidas pela burguesia ENGELS 2010 Por outro lado a necessidade como a fome por exemplo obriga os oper rios a se submeterem ao jugo da burguesia o que tamb m compromete a efic cia da greve ENGELS 2010 Desse modo mesmo que sejam poucos os trabalhadores a retornar ao trabalho e a aceit lo sob quaisquer condi es isso suficiente para anular a for a do sindicato ENGELS 2010 Por isso qualquer redu o salarial que piore as condi es de vida dos trabalhadores deve ser evitada pelos sindicatos pois leva a que a maior parte das greves termine mal para os oper rios ENGELS 2010 p 252 Diante da constata o de que a greve um meio extremamente limitado de luta Engels 2010 p 251 afirma que a hist ria dessas associa es a hist ria de uma longa s rie de derrotas dos trabalhadores interrompida por algumas vit rias espor dicas o autor questiona e analisa as raz es que ainda levam os trabalhadores a promov la Simplesmente porque devem protestar contra a redu o do sal rio e mesmo contra a necessidade de uma tal redu o devem expressar claramente que como homens n o podem adaptar se s circunst ncias mas ao contr rio as circunst ncias devem adaptar se a eles os homens porque sua omiss o equivaleria aceita o dessas condi es de vida ao reconhecimento do direit
72. uma alternativa mais eficiente tamb m politicamente do que a privatiza o total estimulada pelas pol ticas econ micas do Consenso de Washington 4 1 UM ESTADO AVALIADOR A difus o ampliada de recomenda es e experi ncias de AD em diversos pa ses encontra espa o sobretudo com o desenvolvimento dos processos de reforma gerencial do Estado que no Brasil visou entre outros aspectos moderniza o da gest o de pessoal e formula o e ou reestrutura o das carreiras dos trabalhadores ASSIS 2004 Os ide logos da moderniza o do Estado justificaram essa reforma com as press es que os governos estariam a sofrer em tempos de intensa competi o mudan a tecnol gica e globaliza o dos mercados para assumir uma nova postura de agilidade e efici ncia no uso dos recursos ASSIS 2004 p 3 Para Evangelista e Shiroma 2007 p 534 a ado o da administra o ce 5 A reforma gerencial do Estado procura desenvolver uma administra o p blica profissional voltada para resultados ou seja busca disseminar a ideologia da gest o por resultados pr pria do setor privado com o objetivo de alcan ar sobretudo efici ncia efic cia e qualidade na presta o dos servi os p blicos SEMIN RIO BALAN O DA REFORMA DO ESTADO NO BRASIL 2002 p 11 Tem como princ pios a nfase na efici ncia e na eleva o da performance a introdu o de mecanismos de mercado na gest o p
73. 100 z R 1001 a 1500 3 gt 8800 1501 a 2500 t gt 02 gt gt 2500 5 bi Quanto tipologia da escola bi Quanto aos indices de abandoso escolar TIPOS DE EREMO ns MNE PE ME FPS MES Eine Somente entro tardamenta y keii Reia News Ensino Fend ci acslaca o cu TELS T WE N 5 Ensino Fend Sapl ncia a E s nes 2 aD A Wih us d Ensiso Ford Sapl scio Ermino Medio 13430 ATY PaT a Exchustramente Ensino M do CEFAM 3 rapa DO y mm 1 Ensino Fend Ensino M dia CEFAM 4 ralo FR Mia tas 3 Ensiso Fend Ensino M dio cl acelera o ou TRGI E oNN 1a 166 t Eruiso Ford Ensino Mido Sapl nca 5 amp 9 gt 10 TABELA H Disarmpanho de Sarkis Ai Quarta Ao mH de quadro QUANTIDADE DE AUBERGINA PONTUA O LU iad para Ta BOA 14 Fonte S o Paulo 2001a p 4 Os dois primeiros indicadores na tabela 1 apoiavam se cada um em dois crit rios respectivamente n mero de alunos tipologia da escola e resultados do SARESP ndices de abandono escolar De acordo com as tabelas a pontua o do servidor era diretamente proporcional ao n mero de alunos da escola aos n veis de ensino que ela contemplava e aos seus resultados no SARESP e era inversamente proporcional aos ndices de abandono escolar e ao n mero de faltas do servidor Esses crit rios de bonifica o aos quais se somavam a m dia de aus ncias dos professores por escola cuja tabela de pontua o inexistia ne
74. 10482 1149 1 TESE 2008 ErlandoDaSilvaReses pdf gt Acesso em 15 jun 2014 368 REY Beatriz Diane Ravitch punitive accountability 08 07 2010 Revista Educa o ed 158 Dispon vel em lt http noite wordpre ss com 2010 07 08 a diane ravitch punitive accountabi lity gt Acesso em 12 fev 2011 REZENDE F da C A reforma do Estado em perspectiva comparada In Semin rio Balan o da Reforma do Estado no Brasil Balan o da reforma do Estado no Brasil a nova gest o p blica Bras lia MP SEGES 2002 p 223 233 RIBEIRO Rodrigo Fernandes O refor o do sindicalismo de Estado com a incorpora o das centrais sindicais 2013 208 f Disserta o Mestrado Universidade Federal de Santa Catarina Centro S cio Econ mico Programa de P s Gradua o em Servi o Social Florian polis 2013 Dispon vel em lt http www bu ufsc br teses PGSS0130 D pdf gt Acesso em 19 jun 2014 RODRIGUES Maria de Lourdes A escola p blica pode fazer a diferen a Coimbra Portugal Edi es Almedina 2010 SALDANA Paulo Por ano 3 mil professores desistem de dar aula nas escolas estaduais de SP 31 de agosto de 2013 Dispon vel em lt http w ww estadao com br noticias vidae por ano 3 mil professores desistem de dar aula nas escolas estaduais de sp 1069886 0 htm gt Acesso em 13 jan 2014 SANCHES M rio Professores novo estatuto e avalia o de desempenho identidades vis es e instrumentos para a ac o Vil
75. 115 O governo de Jos S crates foi antecedido pelo de Pedro Santana Lopes Partido Social Democrata PSD 2004 2005 e este por sua vez pelo de Dur o Barroso PSD 2002 2004 247 2005a p 7 O XVII Governo Constitucional dedicou dois subcap tulos espec ficos e sequentes para tratar dos temas da reforma do Estado e da educa o O primeiro intitulou se Modernizar a Administra o Publica para um Pa s em crescimento PORTUGAL 2005a p 38 41 e o segundo Mais e melhor educa o PORTUGAL 2005a p 42 54 importante analisar o que o governo pensava e planejava em termos de educa o e reforma do Estado para o per odo 2005 2009 porque aqui encontramos justificativas para um conjunto de medidas pol ticas que se efetivaram no per odo como a revis o do ECD em 2007 e a implanta o do modelo de ADD em 2008 As medidas anunciadas seus meios e prop sitos explicitam a converg ncia desse governo com as demandas da economia capitalista A moderniza o da Administra o P blica foi tratada pelo governo como pe a essencial para a estrat gia de crescimento que objetivava adotar para o pa s PORTUGAL 2005a p 38 Entretanto o governo esclarecia N o se trata de fazer uma m tica grande reforma da Administra o P blica mas de conduzir um processo reformador feito de passos positivos firmes e consequentes para alcan ar uma Administra o eficaz que sirva bem os cidad os
76. 2003 p 129 Ent o este o modo do BM fazer pol tica procura isolar as decis es econ micas das press es pol ticas contr rias ao livre mercado e relega las aos seus experts Para Frigotto 2006 p 277 a nova pedagogia da hegemonia do capital nos quer fazer crer que a pol tica tarefa de especialistas e de t cnicos diante do que o autor prop e que as massas sejam mobilizadas para o exerc cio permanente da pol tica no combate classe burguesa brasileira aos seus intelectuais e gestores de seus neg cios e aos governos que governam em seu nome FRIGOTTO 2006 p 277 O autor parte do entendimento de que as massas constituem sujeitos pol ticos Entretanto como elas podem s lo efetivamente diante da tentativa de intelectuais burgueses de separar o econ mico e o pol tico separa o que restringe as a es e tomadas de decis es em cada dimens o aos seus experts O pr prio campo educacional est minado de economistas nos cargos da gest o central e parte expressiva dos intelectuais burgueses da educa o tem forma o em economia De acordo com Mattoso apud Cardoso 2003 p 83 a id ia de Estado m nimo que alimenta o discurso neoliberal tem um componente que se destina preferencialmente para o consumo de governos de pa ses do Sul Para Cardoso 2003 o programa neoliberal de reforma econ mica foi aplicado com muito zelo por pa ses latino americanos como Argentina Brasil
77. 20084 Este avan o seria evidenciado no cumprimento de metas pelas escolas A BR tal como os b nus anteriores uma presta o pecuni ria eventual desvinculada dos vencimentos ou do sal rio do servidor S O PAULO 20084 p 1 Portanto ela n o 104 Informa es coletadas na p gina da Unidade Central de Recursos Humanos do Estado de S o Paulo evidenciam que a pol tica de BR uma pr tica adotada pelo PSDB a partir de 2008 n o apenas na Secretaria de Educa o mas em v rias outras pastas autarquias como a Secretaria da Fazenda Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional Secretaria de Gest o P blica Centro Estadual de Educa o Tecnol gica Paula Souza CEETEPS S o Paulo Previd ncia SPPrev Instituto de Assist ncia M dica ao Servidor P blico Estadual IAMSPE Departamento Estadual de Tr nsito DETRAN SP Departamento de Estradas de Rodagem DER Ag ncia Metropolitana da Baixada Santista AGEM e Ag ncia Metropolitana de Campinas Agemcamp VCLIPPING 2013 205 integra nem se incorpora aos vencimentos sal rios proventos ou pens es para nenhum efeito e paga na propor o direta do cumprimento das metas definidas para a unidade de ensino ou administrativa S O PAULO 2008a p 1 Os resultados obtidos por cada escola em termos de cumprimento de metas s o avaliados de acordo com indicadores e metas da pr pria SEE SP que para defini los observa o ali
78. 33 33 750 00 250 00 1 000 00 gt 12 750 00 Docentes em exerc cio 750 00 junto aos rg os da SEE SP e entidades conveniadas com ela Conselho Estadual de Educa o entidades de classe do Magist rio e docentes readaptados Fonte S o Paulo 2001b Elabora o pr pria Neste quadro notamos que os percentuais de aumento n o s o t o d spares quanto queles relativos ao B nus Gest o e os maiores aumentos de 38 46 e 38 89 correspondentes faixa de 1 a 6 faltas revelam a intencionalidade do governo 185 psdbista de for ar os professores a se enquadrarem na lei das seis faltas UDEMO 2008 Os 20 de aumento dados ao professor totalmente presente em rela o quele que tem entre 1 e 3 faltas evidenciam tamb m que este n o o professor pretendido pelo governo O percentual de aumento entre o valor m nimo e o m ximo tanto do B nus Gest o quanto do B nus M rito de 400 Se constitu ssem uma reivindica o salarial dos trabalhadores da educa o e de suas organiza es sindicais estes aumentos percentuais certamente seriam dados pelo governo como financeiramente invi veis Basta lembrar a afirma o de Rose Neubauer de que o governo Covas j tinha ultrapassado o limite de 60 dado pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o fim de folha de pagamento De acordo com os normativos analisados S O PAULO 20004 S O PAULO 2000b S O PAULO 2001a S O PAULO 2001
79. Aires CLACSO S o Paulo Departamento de Ci ncia Pol tica FFLCH USP 2006 p 287 328 BRUNS Barbara EVANS David LUQUE Javier Achieving world class education in Brazil The next agenda Documento do BM 2012 Dispon vel em lt http Awww ds worldbank org external default WDS ContentServer WDSP IB 2011 12 08 000333037 20111208235751 Ren dered PDF 656590REPLACEMOhieving0 World0Class0 pdf gt Acesso em 12 jun 2013 BUSCAJUS Sal rio M nimo Per odo 2000 a 2014 2014 Dispon vel em lt http Awww buscajus com br index php option com content amp vie w article amp id 23 19 amp catid 8 gt Acesso em 13 jan 2014 BUCKLAND Peter Making quality basic education affordable what have we learned UNICEF PD ED 2000 Dispon vel em lt www unicef org gt Acesso em 28 mai 2013 CARDOSO Fernando H A Social Democracia O que o que prop e para o Brasil S o Paulo mar o de 1990 Dispon vel em lt http www psdb org br wp content uploads biblioteca 36575470 pdf gt Acesso em 07 mai 2013 CARDOSO Adalberto M A d cada neoliberal e a crise dos sindicatos no Brasil S o Paulo Boitempo 2003 CARDOSO Adalberto M GINDIN Juli n Rela es de trabalho sindicalismo e coes o social na Am rica Latina Instituto Fernando Henrique Cardoso 1FHC Corpora o de Estudos para a Am rica Latina CIEPLAN 2008 Dispon vel em lt http Awww platafor mademocratica org Publicacoes 1 1645 pdf gt Acesso
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81. Excelentes n o s n o logram qualquer efeito sustentado e credibilizador como inclusivamente se arriscam a ser mais um pequeno abalo no capital de confian a social que reside em cada indiv duo FREIRE 2005 p 105 106 O diagn stico da situa o da carreira docente em 2005 indicava sinteticamente conforme Freire 2005 p 12 que havia um fraco rendimento do sistema medido pela insuficiente qualidade dos formados e que isso por sua vez apontava a necessidade de incrementar a visibilidade justi a e equidade do sistema profissional FREIRE 2005 p 12 Um aprofundamento da an lise sugeriu a Freire algumas reflex es a O conceito de carreira nica dos docentes interessante pela base de tratamento comum que estabelece entre todos estes dependentes do ME e pela n o hierarquiza o de import ncia entre os diversos ensinos No entanto um tratamento jur dico universal tem o risco de esbater as especificidades de cada segmento abrindo a porta s ilus es igualit rias e de que tudo est ao alcance de todos como se de um direito natural se tratasse b A miss o essencial dos docentes em primeira an lise a de ensinar e transmitir conhecimentos a fun o docente n o muda de natureza ao longo do percurso profissional de cada agente de ensino Ser professor primariamente ensinar durante toda a vida c As duas formula es ant
82. O 2011 e 5 acima de tudo ser amplamente recha ada por professores e organiza es sindicais docentes como a APEOESP que luta pela revoga o dessas pol ticas e ao mesmo tempo a convers o do b nus em reajuste salarial a sua incorpora o aos sal rios e a extens o dos b nus implementados aos aposentados que nunca foram abrangidos pelas diferentes vers es dessa pol tica Ent o no ano de 2000 os trabalhadores da educa o b sica p blica do Estado mais rico do Brasil passaram a disputar o merecimento de dois b nus No per odo de f rias exatamente no dia 28 de dezembro Covas e Neubauer publicaram duas lei No Child Left Behind e por meio dela a responsabiliza o punitiva quer dizer escolas poderiam ser fechadas estudantes poderiam pedir transfer ncia de escolas ruins professores seriam culpados pelo mau desempenho de seus alunos A rede de escolas seria regulada pela m o invis vel do mercado REY 2010 p 2 Tudo isso permeou a reforma educacional nova iorquina Apesar de apoiar todas estas medidas no momento de sua implementa o Ravitch percebeu em 2006 que incentivos e san es n o eram as maneiras certas de melhorar a educa o Podiam funcionar para empresas em que o lucro a prioridade m xima mas n o para as escolas REY 2010 p 2 Para Ravitch a m o invis vel do mercado n o agiu como o previsto REY 2010 p 2 Ver tamb m Freitas 2012b
83. O termo privados colocado entre aspas porque estes aparelhos t m uma indiscut vel dimens o p blica na medida em que s o parte integrante das rela es de poder em dada sociedade COUTINHO 2008 p 55 Apoiando se na distin o que Gramsci 1982 realiza entre intelectuais org nicos e identificar as melhores pr ticas e trabalhar a coordena o de pol ticas nacionais e internacionais OCDE 2010 p 2 S o pa ses membro da OCDE Alemanha Austr lia ustria B lgica Canad Chile Cor ia Dinamarca Eslov nia Espanha Estados Unidos Finl ndia Fran a Gr cia Hungria Irlanda Isl ndia Israel It lia Jap o Luxemburgo M xico Noruega Nova Zel ndia Pa ses Baixos Pol nia Portugal Reino Unido Rep blica Checa Rep blica Eslovaca Su cia Su a e Turquia Embora o Brasil n o esteja neste conjunto participa das provas realizadas pela OCDE no mbito do PISA Ibid 101 tradicionais Coutinho 2008 sugere que aqueles aparelhos tamb m podem ser assim distintos Assim afirma que enquanto os aparelhos org nicos seriam diretamente criados pelas novas classes em seu processo de organiza o e de forma o de auto identidade os aparelhos tradicionais herdados pelo capitalismo de forma es sociais anteriores teriam uma maior autonomia em face das classes criadas pela forma o capitalista eles se constituiriam assim em espa o para uma
84. OCDE publicou um relat rio intitulado Teacher evaluation in Portugal em que fez uma avalia o da pol tica portuguesa de ADD implementada em 2008 Na s ntese desse relat rio a OCDE elencou todos os aspectos que precisavam ser refor ados para consolidar o sistema implementado Dentre as recomenda es constava a necessidade de envolver e motivar os professores para realizarem uma reforma bem sucedida OCDE 2009 p 14 Certamente tal prescri o considerou os ataques feitos pelo governo categoria docente os quais afetaram suas condi es de trabalho sua dignidade e a pr pria imagem profissional diante da sociedade DIRIGENTE 1 A unidade criada na base da categoria docente reverberou por sua vez sobre as organiza es sindicais fazendo com que elas sentissem a necessidade de unificarem o pr prio movimento sindical para dar organicidade luta Nesse sentido foi constitu da a Plataforma Sindical de Professores como explica o Dirigente 1 Naquela altura o ataque feito classe era de tal ordem que conviria que apesar das m ltiplas e demasiadas representa es sindicais fosse poss vel que a uni o das vozes dos professores que surgia contra todas as medidas que estavam a ser tomadas tivesse tamb m reflexo no n vel das organiza es sindicais E portanto a FENPROF sendo a mais representativa discutiu a possibilidade de procurarem encontros e estabelecerem posi es conjuntas com
85. Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educa o e Universidades SIPE Sindicato Independente de Professores e Educadores SPLIU Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Polit cnicos e Universidades SINDEP Sindicato Nacional e Democr tico dos Professores SINAPE Sindicato Nacional dos Profissionais da Educa o e 2 Est vinculado Federa o Nacional do Ensino e Investiga o FENEI que constituiu a anterior Plataforma Sindical de Professores 320 SIPPEB Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino B sico A unidade sindical desenvolvida no per odo de 2006 2010 sob a Plataforma de Sindicatos de Professores se refaz em 2013 com a participa o de 9 organiza es sindicais docentes ou de 23 se contarmos que a FENPROF e a FNE representam cada uma 7 sindicatos de professores Quando foi constitu da em 2006 a Plataforma de Sindicatos de Professores contou com a participa o de 14 organiza es sindicais ou de 28 se considerarmos que a FENPROF e a FNE representam cada uma 7 sindicatos de professores Foram elas ASPL FENPROF FNE SEPLEU SIPE SPLIU SIPPEB presentes na atual Plataforma de Sindicatos de Professores FENEI Federa o Nacional do Ensino e Investiga o SNPL Sindicato Nacional dos Professores Licenciados PR ORDEM Associa o Sindical dos Professores Pr Ordem FEPECI Federa o Portuguesa dos Profissionais da
86. RELA ES ENTRE ECONOMIA E POL TICA E SUAS IMPLICA ES PARA A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA 67 2 3 A LUTA SINDICAL DOCENTE DIANTE DAS REFORMAS E POL TICAS EDUCACIONAIS NEOLIBERAIS s 72 SE O 3 VIS O DOS OM SOBRE AS ORGANIZA ES SINDICAIS DOCENTES E SUAS RECOMENDA ES PARA A AVALIA O DE PROFESSORES creeeereereeerereereereenees 81 3 1 OS OM E SUAS RECOMENDA ES PARA A AVALIA O DE PROFESSORES aiat o eso EEE E RAAN 82 3 1 1 Qualidade dos futuros trabalhadores o interesse da OCDE pela avalia o docente sseseeseeeeseeoerereoesesoesesoeecrseeoeseseorsesoroesoreerseeeee 92 3 2 OM COMO INTELECTUAIS ORG NICOS COLETIVOS DO CAPITAL valas iee a e p Ei NEEE RE case nado SST quo geada 100 3 3 VIS O DOS OM SOBRE AS ORGANIZA ES SINDICAIS DOCENTE Sienese i o a O renina achas tone asa centre pino OEN E 108 SE O 4 AS PROPOSTAS DE AVALIA O DOCENTE NO BRASIL scsisserisserscosamnisisssaociio haincocisaei boib oso assess posee SSV ossea tes biosi Sa 123 4 1 UM ESTADO AVALIADOR eres 125 4 2 A VANGUARDA DA SOCIALDEMOCRACIA NAS POL TICAS DE AVALIA O DOCENTE s 127 4 3 PROPOSTAS NACIONAIS DE AVALIA O DOCENTE 140 4 3 1 A Portaria n 1 403 2003 do Ministro da Educa o Cristovam Buarque cccerreereereeseerersssresessssnsssnsenasenesnsennesanesnos 140 4 3 2 O Projeto de Lei n 1 172 2003 da Deputada Raquel IKE T e SS qisiioscestuoiiss sceesa isa icoenac
87. Vejamos a pontua o dada a cada n mero de faltas dos docentes e os valores de bonifica o correspondentes a cada pontua o No Blog do Professor Luiz Carlos de Freitas http avalia oeduca cional com h uma categoria de pesquisa intitulada Saresp Nela lt http avaliacaoeducacional com category exames e indices sare sp gt poss vel ter acesso aos 22 artigos com os quais o autor mostra e discute o vai e vem dos n meros da educa o no Estado de S o Paulo 190 Quadro 9 N mero de aus ncias e pontua o dos docentes 2005 SP NUMERO DE AUSENCIAS PONTOS o 25 24 2 23 3 22 4 21 5 20 6 19 18 8 17 9 16 10 15 11 14 12 13 13 12 14 11 15 10 16 9 17 8 18 17 19 6 20 5 21 4 22 3 23 2 24 1 25 o Fonte S o Paulo 2005c p 10 Quadro 10 Pontua es e respectivos valores de b nus 2005 SP Pontus o Vako au Rs 14 000 00 30 R 1 900 00 3 ES 485000 37 R 0 750 00 36 R 4 675 00 35 RS 260000 3 Rs 400 00 3 R 105000 ER Es E IDO DO Pontua o Valor 31 R 8 350 00 t ks 3200 00 x R 8 000 00 E R 2 950 00 29 R TESALDO A E R R 2700 00 ti R 2450 00 a niol R 2 200 00 R 600 00 25 R EJOO 9 R 2 100 00 ET R 6 000 00 8 Ri 2 000 00 23 RS 570000 7 Rs 1 30000 22 Res 5 400 00 R 1 800 00 21 R 5 10000 5 R 170 00 bater E R 10000 a EEI 7 ENT
88. a cria o de constrangimentos administrativos progress o na carreira o aumento do hor rio de trabalho a responsabiliza o dos professores com atribui es desenquadradas do seu conte do funcional e que se traduzem em maior sobrecarga em aspectos de ordem n o pedag gica a transforma o da doc ncia numa profiss o mais burocratizada mais tutelada menos aut noma e mais sujeita a influ ncias externas perniciosas e a transposi o para os professores e educadores da cegueira do SIADAP FENPROF 2008c p 11 O fracionamento da carreira docente em duas categorias hierarquizadas professor e professor titular gerou profunda revolta e indigna o nos professores tamb m porque promoveu sentimentos de injusti a e inveja a partir do momento em que os professores come aram a comparar se com seus pares para diferenciar se e evidenciar se em termos de desempenho qualifica o e merecimento Diante disso a defesa da categoria nica tornou se uma bandeira de luta para as organiza es sindicais docentes Em outubro de 2008 a FENPROF promoveu um abaixo assinado para exigir do ME a revoga o do ECD No texto desse abaixo assinado cujo exemplar consta na Figura 12 encontramos elencados pela FENPROF os pontos negativos do ECD tais como o car ter aparente das negocia es a fratura da carreira em duas categorias a prova de ingresso na profiss o a extens o da carreira o roubo do tempo de servi o e o congelame
89. a ia Quadro 8 Valores do B nus M rito segundo o n mero de aus ncias dos docentes 2001 SP ccii iii Quadro 9 N mero de aus ncias e pontua o dos docentes 2005 SP siise iesin irina E aka RES S EAR nba ado pa POL AEAN Quadro 10 Pontua es e respectivos valores de b nus 2005 Quadro 11 Condi es para o adiantamento do pagamento parcelado do b nus 2007 SP i ii Quadro 12 Detalhamento dos crit rios pontua es e valores do b nus 2008 SP errar rre rara Quadro 13 Aumentos em reais e percentuais de um n vel de pontua o a outro Docentes 2008 SP Quadro 14 Resolu es que definem indicadores metas e normas da BR 2009 2013 SP i ii Quadro 15 IDESP por n vel de ensino 2007 2012 SP Quadro 16 IDESP hipot tico alcan ado por cada n vel em DOSOMSD asirinat ipi aros A N A S Quadro 17 Estrutura da carreira docente em 1999 Portugal Quadro 18 Estrutura da carreira docente em 2007 Portugal Quadro 19 Men es classificativas da ADD em 2008 Portugal treta na a DR bbb a a ae Re RR Quadro 20 Quadro s ntese do modelo de ADD implementado em 2008 em Portugal sa a Quadro 21 Documentos que regulamentam a ADD em 10a 1 22 A OPAPP EEEE E EEA ab Quadro 22 Maiores preocupa es dos professores portugueses em 2013 sceran insira meias dada Ene
90. acordo quanto aos objetivos prevalecia a posi o dos avaliadores fato que podia ser registrado pelo avaliado na sua ficha de auto avalia o PORTUGAL 2008b O professor devia elaborar os seus objetivos individuais considerando a lista de itens abaixo a A melhoria dos resultados escolares dos alunos b A redu o do abandono escolar c A presta o de apoio aprendizagem dos alunos incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem d A participa o nas estruturas de orienta o educativa e dos rg os de gest o do agrupamento ou escola n o agrupada e A rela o com a comunidade f A forma o cont nua adequada ao cumprimento de um plano individual de desenvolvimento profissional do docente g A participa o e a dinamiza o i De projectos e ou actividades constantes do plano anual de actividades e dos projectos curriculares de turma 288 ii De outros projectos e actividades extracurriculares PORTUGAL 2008b p 227 Uma vez definidos os objetivos entre avaliadores e avaliado eles ainda podiam ser alterados Isso sucedia quando havia altera es no projeto educativo da escola no seu plano anual de atividades ou no projeto curricular de turma ou quando o professor mudasse de escola PORTUGAL 2008b Caso n o fosse poss vel acordar novos objectivos a avalia o decorr ia relativamente aos objectivos inicialmente acordados e mantidos PORTUGAL 2008b p 227 Apesar das obriga
91. acreditar em mim Obrigada por conversar tanto comigo e de forma t o clara e acalentadora Obrigada pelo carinho pelo amor pelo aconchego e pelo crescimento Tat Quem defende aumento de remunera o sem esperar nenhuma contrapartida em termos da qualidade do servi o est subvertendo uma das leis basilares da economia a que estabelece que remunera es s o proporcionais produtividade do trabalhador Mesmo que fosse financeiramente fact vel o que n o a educa o no Brasil n o melhoraria se os professores passassem a ganhar o mesmo que os de pa ses desenvolvidos Dezenas de estudos acad micos mostram que n o h correla o entre o sal rio dos professores e o aprendizado dos alunos Qualquer gestor acharia absurdo dar aumento significativo a funcion rios que est o entregando p ssimos resultados Est na hora de aplicar a mesma l gica rea da educa o Sal rio n o cai do c u conquista se Gustavo Ioschpe 2013 A concorr ncia a express o mais completa da guerra de todos contra todos que impera na moderna sociedade burguesa Essa guerra uma guerra pela vida pela exist ncia por tudo e que em caso de necessidade pode ser uma guerra de morte n o se trava apenas entre as diferentes classes da sociedade mas tamb m entre os diferentes membros dessas classes cada um constitui um obst culo para o outro e por isso todos procuram eliminar quem quer que se lhes cruze o caminh
92. atravessa e persiste em todas as vers es do b nus criadas at hoje em SP Por isso desde logo e ano a ano elas exigem a extens o do b nus aos aposentados inclusive por meios judiciais A es referentes aos anos de 2001 2002 e 2003 impetradas pela APEOESP e o Col gio do Professorado Paulista CPP j conseguiram com que os aposentados s cios desses sindicatos tivessem direito ao recebimento do b nus pago na poca ADVOCACIA SANDOVAL FILHO 2012 CUT NACIONAL 2007 KAORU LAZARINI 2014 Para termos uma ideia enquanto uma a o movida pela APEOESP beneficiou 37 mil professores aposentados s cios seus outra beneficiou 32 248 professores CUT NACIONAL 2007 KAORU LAZARINI 2014 Os sindicatos avisam que h ainda mandados com o mesmo teor referentes aos demais anos nos quais foram pagos os b nus que ainda n o foram julgados CUT NACIONAL 2007 p 1 Vejamos agora os normativos do B nus M rito 183 O B nus M rito dirigido especificamente aos professores foi institu do pelo governo Covas com a Lei Complementar n 891 2000 S O PAULO 2000b p 1 Tratava se de uma vantagem pecuni ria ligada diretamente frequ ncia do professor o que implicava que para obter uma bonifica o maior ele precisava ter menos faltas S O PAULO 2000b Para aferir essa frequ ncia a SEE SP considerava os mesmos crit rios utilizados para mensurar a frequ ncia dos integrantes das classes de suporte
93. autora N o cumpre escola formar militantes pol ticos nem ela pode determinar o destino social a ideologia ou o projeto pol tico de cada um Quem aprende corretamente a ler e escrever pode usar essa habilidade para entender o jornal o folheto da porta da f brica a bula do rem dio o livreto da missa a receita do bolo o discurso dos pol ticos Se al m de ter aprendido a ler e escrever essa pessoa adquiriu no es corretas sobre o mundo f sico e social ela poder interpretar aceitar e rejeitar a mensagem critic la e compar la com seus pr prios valores religiosos familiares e pol ticos A escola n o um mundo parte da sociedade Al m dela atuam as igrejas os partidos os sindicatos os meios de comunica o as manifesta es culturais da a o educativa conjunta de todos esses elementos que se formam as consci ncias os valores os projetos de vida as 134 op es ideol gicas Propor que a educa o escolar substitua todos eles o pior que pode acontecer porque ir desvi la de seu objetivo fundamental aquele que lhe espec fico e nenhuma outra institui o pode cumprir que de dar acesso ao conhecimento sistem tico e universal MELLO 1990 p 31 32 Compreendemos que a fun o da escola e do professor a de transmitir o conhecimento cient fico ajudar os alunos a lerem criticamente o mundo e a intervirem nele para transform lo A escola uma das inst ncias soci
94. brasileiro Bras lia CNTE 2003 VIEIRA PINTO Alvaro Por que os ricos n o fazem greve Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1962 WAGNER Jo o APEOESP e demais entidades do magist rio questionam promo o por m rito no STF 30 de abril de 2010 2010b BLOG EDUCANDO NA A O Dispon vel em lt http educando naacao blogspot com search label promo C3 A7 C3 A30 20por 20m C3 Arito gt Acesso em 13 fev 2014 Promo o dos integrantes do quadro do magist rio 1 Processo 2010 29 de mar o de 2010 20104 BLOG EDUCANDO NA A O Dispon vel em lt http educandonaacao blogspot com search label promo C3 A7 C3 A30 20por 20m CI AIrito gt Acesso em 13 fev 2014 WINKLER Donald R GERSHBERG Alec I Os efeitos da descentraliza o do sistema educacional sobre a qualidade da educa o na Am rica Latina In Programa de Promo o da Reforma na Am rica Latina e Caribe PREAL 2000 Dispon vel em lt http www preal org BibliotecaN asp Pagina 4 amp Id C arpeta 64 amp Camino 63 Preal 20Publicaciones 64 PREAL 20Documentos gt Acesso em 24 set 2011 WOOD Ellen M A separa o entre o econ mico e o pol tico no 378 capitalismo In WOOD Ellen M Democracia contra capitalismo a renova o do materialismo hist rico S o Paulo Boitempo 2003 p 27 49 WORLD BANK World development report the State in a changing world Washington Oxford University Press 1997 Dispon vel em lt http
95. capitalistas muitas vezes uma forma mistificada de participa o que adotada pelos governos para dar legitimidade s suas medidas pol ticas 176 Com a Lei Complementar n 890 2000 S O PAULO 2000a o governo do Estado de SP instituiu o B nus Gest o para os integrantes das classes de suporte pedag gico Coordenadores Pedag gicos Professores Coordenadores Pedag gicos Supervisores de Ensino Diretores Vice Diretores de Escola Assistentes de Diretor de Escola e Dirigentes Regionais de Ensino S O PAULO 20004 p 1 Esse b nus estava vinculado avalia o de desempenho do servidor que se baseava em quatro indicadores I configura o da escola considerando se o n mero de alunos e sua tipologia II desempenho da escola considerando os resultados do Sistema de Avalia o de Rendimento Escolar do Estado de S o Paulo SARESP e os ndices de abandono apresentados HI aferi o da frequ ncia do servidor no exerc cio de 2000 IV fregi ncia dos professores da unidade escolar considerando o n mero m dio de aus ncias S O PAULO 20004 p 1 9 O Sistema de Avalia o de Rendimento Escolar do Estado de S o Paulo SARESP constitui uma avalia o externa da rede p blica paulista de educa o b sica realizada anualmente e em larga escala pela Secretaria de Educa o desde 1996 Objetiva produzir um diagn stico da situa o da escolaridade b sica para orientar os gestores
96. caso de um crescimento importante da demanda de trabalho n o pode fixar um sal rio mais alto que aquele determinado pela concorr ncia entre os capitalistas No entanto no que tange a causas de menor magnitude sua a o eficaz Al m disso ap s uma crise as associa es frequentemente imp em um aumento de sal rio que sem a sua interven o tardaria mais a efetivar se se o industrial resiste a aumentar os sal rios agora s o os pr prios oper rios que o pressionam quando o mercado de trabalho lhes favor vel e nessas condi es podem obrig lo a um aumento mediante uma greve Apesar dos limites apontados por Engels o autor 2010 p 253 reconhece que os sindicatos e suas greves s o importantes porque representam a primeira tentativa oper ria para suprimir a concorr ncia concorr ncia divis o que a burguesia estimula entre os oper rios porque o pilar de sustenta o de seu poder Na vis o do autor as associa es ainda que de modo unilateral e limitado confrontam se diretamente com a concorr ncia o nervo vital da ordem social vigente e por isso constituem uma grave amea a a essa ordem ENGELS 2010 p 253 O autor 55 apresenta uma passagem significativa sobre a concorr ncia e seus resultados para os trabalhadores quando para a satisfa o de suas necessidades b sicas o outro se torna meramente um obst culo a ser eliminado A concorr ncia a express o
97. confian a social de persuadir permanentemente GRAMSCI 1982 p 4 visando a contribuir assim para manter ou para modificar uma concep o do mundo isto para promover novas maneiras de pensar GRAMSCI 1982 p 8 O intelectual possui portanto uma fun o organizativa e educativa de dire o intelectual e portanto com fun o de hegemonia GRAMSCI 1982 p 37 No caso dos OM poss vel verificar pela crescente produ o e dissemina o de suas publica es a intencionalidade de pela repeti o construir consensos ativos em torno de suas ideias com governos e formuladores de pol tica educacional No que se refere formula o de pol ticas educacionais intelectuais org nicos do capital como o BM a OCDE o Movimento Todos Pela Educa o MTPE a Funda o Victor Civita a Rede Pit goras e o PREAL e ide logos como Guiomar Namo de Mello Maria Helena Guimar es Castro Gustavo Ioschpe Cl udio Moura Castro e Simon Schwartzman todos membros do PREAL procuram influenciar ativamente o Estado por meio de lobbies e redes de pol ticas p blicas De acordo com Coutinho 2008 p 39 40 O BM no site lt http web worldbank org WBSITE EXTERNAL W BI 0 comtenteMDK 20212624 menuPK 575902 pagePK 209023 pi PK 207535 theSitePK 213799 00 html gt se apresenta como Knowledge Bank Banco do conhecimento Desde 2007 Shiroma 2008 2009 2011 2012 2013 vem realizando
98. conforme crit rios a serem estabelecidos por comiss o intersecretarial V retribui o mensal a retribui o pecuni ria mensal efetivamente percebida e em car ter permanente pelo servidor durante o per odo de avalia o sal rio base 206 VI dias de efetivo exerc cio os dias do per odo de avalia o em que o servidor tenha exercido regularmente suas fun es desconsiderada toda e qualquer aus ncia exce o das que se verificarem em virtude de f rias licen a gestante licen a paternidade e licen a por ado o VII ndice de dias de efetivo exerc cio a rela o percentual estabelecida entre os dias de efetivo exerc cio a que se refere o inciso anterior e o total de dias do per odo de avalia o em que o servidor deveria ter exercido regularmente suas fun es S O PAULO 20084 p 1 2 A defini o dos indicadores espec ficos dos crit rios de apura o e avalia o destes e das metas de cada escola e unidade administrativa feita anualmente pela Secret ria de Educa o S O PAULO 2008 Tambem ela quem prop e via comiss o intersecretarial os indicadores globais e seus crit rios de apura o e avalia o bem como as metas de toda a Secretaria da Educa o S O PAULO 20084 p 2 De acordo com a Lei n 1 078 2008 todos estes indicadores crit rios e metas devem estar alinhados S O PAULO 2008 ainda a Secret ria de Educa o quem define
99. cr tica sua situa o de vida e buscar solu es para seus problemas SILVA 1999 p 3 A autora apontou v rios aspectos cr ticos que teriam concorrido para a prec ria qualidade da educa o a crise de gest o e a baixa efici ncia dos sistemas educacionais SILVA 1999 p 3 7 Entre eles estava o gigantismo da m quina burocr tica a aus ncia de mecanismos de controle e avalia o do sistema As pol ticas paulistas de bonifica o dos trabalhadores da educa o tiveram vers es anuais atualizadas desde o ano em que foram institu das Buscamos selecionar somente as vers es que apresentaram significativas mudan as em rela o s anterior es Assim priorizamos as pol ticas implementadas em 2000 2004 2007 2008 e 2009 Uma an lise cr tica e bem fundamentada do empreendedorismo pode ser encontrada em Coan 2011 171 educacional a aus ncia de dados confi veis para o monitoramento da educa o e a tomada de decis es e a subutiliza o dos recursos humanos f sicos e materiais SILVA 1999 Estes fatores que tamb m foram enfaticamente condenados por Mello 1990 teriam resultado numa profunda crise do sistema de educa o que requeria com urg ncia melhoramento e remodela o Era necess ria uma reforma radical dos modelos de gest o um aumento cuidadoso dos recursos acompanhados pela racionaliza o do gasto SILVA 1999 p 5 Diante desse quadr
100. da 2003 Alckmin milh es 06 12 2002 Educa o O b nus proporcional aos dias de PSDB QSE e Quadro exerc cio exig ncia de 90 dias de Rose de Apoio exerc cio e jornada de trabalho Neubauer Escolar QAE PSDB 44 5 mil 404 2003 B nus QSE e QAE Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 500 00 L C n 949 de Merecimento 222 2004 Alckmin 11 12 2003 O b nus proporcional frequ ncia PSDB exig ncia de 90 dias consecutivos de Gabriel exerc cio e jornada de trabalho Chalita PSDB 2004 B nus QSE e QAE Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 500 00 L C n 966 de Merecimento 49 395 de 22 02 2005 Alckmin 16 12 2004 O b nus proporcional frequ ncia PSDB exig ncia de 180 dias consecutivos de Gabriel exerc cio e jornada de trabalho Chalita Servidor sem nenhuma falta contava PSDB com mais 240 00 ou 180 00 de acordo com a carga hor ria a t tulo de valoriza o da assiduidade 2005 B nus QSE e QAE Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 500 00 L C n 983 de Merecimento 50 550 2006 Alckmin 29 12 2005 O b nus proporcional frequ ncia PSDB exig ncia de 200 dias consecutivos de Gabriel exerc cio e jornada de trabalho Chalita Servidor sem nenhuma falta contava PSDB com mais 170 00 ou 127 50 de acordo com a carga hor ria a t tulo de valoriza o da assiduidade 2006 B nus QSE e QA
101. da profiss o docente que est a provocar sobrecargas hor rias e de trabalho que esgotam os profissionais e influem negativamente no seu desempenho que lhes retira ou restringe direitos que s o reconhecidos a outros trabalhadores que dificulta a organiza o pedag gica e o normal funcionamento das escolas FENPROF 2008c p 7 A previs o de que o ECD geraria instabilidade nas escolas era indicada pelas organiza es sindicais no momento mesmo de sua publica o pelo ME em janeiro de 2007 299 Figura 11 ECD do ME gera conflitos e instabilidade nas escolas portuguesas FENPROF 2007b A oposi o das organiza es sindicais sobretudo da FENPROF s pol ticas educacionais do governo fortaleceu as inten es governamentais de desvalorizar o papel dessas organiza es Assim constrangeu se o livre exerc cio da actividade sindical pelos professores atacou se a organiza o sindical tentou se descredibilizar publicamente as direc es e os dirigentes criaram se inst ncias alternativas aos Sindicatos para desenvolver linhas de pseudo di logo Esta atitude esteve presente em actos e palavras de respons veis do ME mas tamb m nas do pr prio Primeiro Ministro A Senhora Ministra considerou recentemente que uma boa rela o institucional com os Sindicatos exigia destes uma atitude geradora de confian a trocando por mi dos pretenderia que estes n o criticassem nem p
102. de implanta o da pol tica e tratamento dado s organiza es sindicais Muitas das orienta es seguidas atualmente pelo ME em Portugal para a revis o da pol tica de ADD se pautam nas recomenda es da OCDE 2009 o que tamb m foi constatado por Nunes 2011 a totalidade das recomenda es da OCDE 2009 para a avalia o de professores em Portugal foram incorporadas na atual pol tica de ADD como por exemplo responsabiliza o dos professores por cumprimento de objetivos defini o de padr es de desempenho e crit rios de avalia o nacionais comuns acredita o de avaliadores externos atribui o de pr mios de desempenho reconhecimento de m ritos manuten o do sistema de cotas para ascens o na carreira entre outros NUNES 2011 p 201 A presen a de aspectos comuns em documentos de origens distintas refor a a tese de que a AD parte de uma Agenda Globalmente Estruturada para a Educa o DALE 2004 O destaque dado AD como f rmula para elevar o desempenho dos estudantes nas avalia es nacionais e internacionais pode ser percebido por meio da crescente publica o de documentos produ o de pol ticas e prolifera o de experi ncias de AD seja em pa ses perif ricos ou centrais Muitos destes documentos pol ticas e experi ncias possibilitam visualizar um esquema linear simplificado input gt output de produ o de melhorias na educa o qual seja Quadro 1 V
103. de 100 mais um adicional de 10 Outra que cumpre 120 de sua meta espec fica recebe em teoria uma BR de 100 20 No entanto a escola que cumpre 121 ou mais de sua meta n o recebe uma BR proporcional a este cumprimento Sua BR m xima independente do percentual alcan ado acima dos 120 fixada em 100 mais o adicional de 20 Por outro lado a escola que cumpre 50 da meta espec fica definida a ela pela SEE SP recebe uma suposta BR de 50 A escola que n o cumprir a meta ou seja que alcan ar 0 ou at um ndice negativo por reduzir seu desempenho em rela o ao do ano anterior n o recebe BR Embora a escola por meta alcan ada fa a jus BR esta n o distribu da uniformemente entre os seus servidores A BR individual teoricamente proporcional ao ndice de frequ ncia de cada servidor que deve estar presente em efetivo exerc cio em no m nimo 66 67 do total de dias letivos constantes no per odo da avalia o Ent o embora uma escola tenha apresentado os elementos necess rios para obter 100 de bonifica o o valor da BR individual em ltima inst ncia determinado pelo n mero de faltas ou presen as do servidor Este valor pode ser conhecido pelo servidor acessando o site da SEE SP onde tamb m poss vel a ele verificar o seu n mero de faltas 105 No endere o lt http www educacao sp gov br portal area reservad a professores e funcionarios consulte sua bonificacao por resultados gt
104. de 1979 outra greve foi deflagrada desta vez com o funcionalismo p blico durando 39 dias A resposta de Paulo Maluf 1979 1982 ARENA greve incluiu mais arrocho salarial desconto dos dias parados e atos de arbitrariedade como o corte do repasse das mensalidades da APEOESP apostando no enfraquecimento da entidade com a redu o do n mero de s cios o que n o conseguiu APEOESP 2014 p 3 Segundo a APEOESP 2014 p 3 entre 1979 e 1983 os funcion rios p blicos ainda n o tinham o direito de organizar se em sindicatos Este foi conquistado somente em 1988 com a promulga o da Constitui o Federal APEOESP 2014 Portanto neste nterim n o havia garantia de negocia o junto ao Estado Os funcion rios p blicos tiveram de lutar arduamente 107 A hist ria da APEOESP no per odo 1978 1987 pode ser consultada em Gerolomo 2009 224 por ela Desse modo com muita organiza o e mobiliza o realizaram in meros atos p blicos e greves APEOESP 2014 Em 1984 no governo de Andr Franco Montoro 1983 1987 ent o PMDB depois PSDB a APEOESP realizou tr s semanas de greve com vistas a reconquistar as cinco refer ncias retiradas por Maluf em seu governo APEOESP 2014 Em 1985 ela obteve um novo Estatuto do Magist rio que resultou numa s rie de ganhos para a categoria docente fim da avalia o de desempenho introdu o da promo o autom tica a cada dois anos 10 de adicio
105. de Escola TOTAL Ensino s Promovidos N o promovidos SECRETARIA ps ore S OPAULO Fonte SEE SP 2010 p 3 Segundo a SEE SP os professores aprovados mas n o promovidos podiam escolher no ano seguinte entre usar seus 234 bons resultados ou realizar nova prova para tentar a promo o WAGNER 2010a As organiza es sindicais entraram com a es judiciais tanto para garantir a inscri o de docentes na prova APEOESP 2011a GERCINA 2011 como para questionar a exclus o de 80 da categoria da possibilidade de promo o via prova do m rito Para a APEOESP WAGNER 2010b p 1 esse sistema exclui pelo menos 80 da categoria e possibilita que professores com o mesmo cargo com a mesma forma o com o mesmo tempo de servi o de uma mesma escola lecionando a mesma disciplina possam ter sal rios diferentes o que contra toda luta hist rica travada pela APEOESP por condi es salariais dignas e tamb m contraria o princ pio da isonomia salarial assegurado constitucionalmente Por essa raz o a APEOESP com as demais entidades do Magist rio discute a quest o no STF por meio de A o Direta de Inconstitucionalidade Al m disso outras medidas jur dicas est o sendo tomadas para igualar a situa o de todos os professores de modo que todos com as mesmas condi es subjetivas recebam seus sal rios acrescidos dos 25 em quest o WAGNER 2010b p 1 Por outro lado as organiza
106. de acesso e promo o do servidor e esclarecia que ele podia obter vantagens pecuni rias previstas em leis especiais S O PAULO 1968 p 439 Por sua vez o Estatuto do Magist rio Paulista institu do em 1974 pelo governo de Laudo Natel Alian a Renovadora Nacional ARENA definia a qualidade do desempenho no trabalho apurada mediante prova e outras t cnicas e processos de sele o como um dos crit rios para a percep o de uma vantagem pecuni ria S O PAULO 1974 p 3 J o Estatuto aprovado em 1985 pelo governo de Andr Franco Montoro Governador Paulo Renato Souza Secret rio de Educa o e Luiz Carlos Bresser Pereira Secret rio do Governo p s fim quela avalia o de desempenho embora expusesse que os servidores do Quadro do Magist rio faziam jus a vantagens pecuni rias previstas em lei S O PAULO 1985 p 9 Como informa o pr prio texto do Estatuto de 1985 teriam sido realizadas oito avalia es de desempenho entre 1978 e 1985 S O PAULO 1985 curioso notar que naquele momento a avalia o de desempenho de servidores p blicos foi barrada por dois pol ticos e intelectuais que a partir dos anos 1990 estiveram entre os seus maiores defensores Paulo Renato Souza e Luiz Carlos Bresser Pereira Em 30 de dezembro de 1997 o Governador M rio Covas PSDB e a Secret ria de Educa o Rose Neubauer PSDB institu ram via Lei Complementar n 836 1997 o Plano de Carreira Ve
107. de dos professores Blog Palavra da Presidenta 24 05 2010 2010a Dispon vel em lt http apeoesp w ordpress com gt Acesso em 13 jan 2014 Criadora do m todo de reajuste por m rito adotado em S o Paulo diz que modelo n o funciona Blog Palavra da Presidenta 03 08 2010 2010b Dispon vel em lt http apeoesp wordpress com 2 010 08 03 criadora do metodo de reajuste por merito adotado em sao paulo diz que modelo nao funciona gt Acesso em 13 fev 2014 NOT RIO Antonio C S Autonomia do trabalho docente na rede p blica paulista 2007 137 f Disserta o Mestrado em Educa o Faculdade de Educa o e Letras Universidade Metodista de S o Paulo S o Bernardo do Campo SP 2007 Dispon vel em lt http ibict met odista br tedeSimplificado tde busca arquivo php codArquivo 1021 gt Acesso em 12 jun 2014 NOVAES Ana P Esperan a mesmo na adversidade Entrevista com Gabriel Chalita 17 de outubro de 2006 Dispon vel em lt http www educativapalestras com br artigos03 htm gt Acesso em 13 jan 2014 NUNES Cely do Socorro Costa As rea es dos professores portugueses pol tica de avalia o do desempenho docente tens es e desafios Ver a Educa o 2011 v 12 n 2 p 199 212 jul dez 2011 OIT Enfrentar a crise do emprego em Portugal Relat rio preparado pelo Grupo de A o Interdepartamental sobre os pa ses em crise para a Confer ncia de Alto N vel Enfrentar a Crise do Emprego
108. do 223 Magist rio paulista realizada em 1963 KAPOR 2012 n o contou com a participa o de sua diretoria APEOESP 2014 Segundo Gerolomo 2009 p 35 a APEOESP nasceu como uma associa o submetida a uma Lei contr ria a greves e mobiliza es atrelando se ao Estado Adotava o caminho Jur dico para resolver os conflitos da categoria docente GEROLOMO 2009 p 35 Durante os 33 anos que separam sua cria o da realiza o da primeira greve a APEOESP acomodou se e adaptou se ao regime ditatorial se afastando do conjunto da categoria passando a orient lo no sentido de tamb m se submeter s determina es oficiais APEOESP 2014 p 1 Depois da greve de 1978 os professores se conscientizaram da necessidade da mobiliza o e organiza o e a APEOESP deixou de ser uma entidade que n o encaminhava lutas da categoria para se transformar numa das mais combativas APEOESP 2014 p 3 A greve iniciada em 19 de agosto de 1978 no governo de Paulo Egydio Martins 1975 1979 da ARENA e atualmente filiado ao PSDB teve 24 dias de dura o APEOESP 2014 A principal reivindica o dos professores nesse momento foi um reajuste salarial de 20 que acabou sendo conquistado APEOESP 2014 p 2 Segundo a APEOESP 2014 a greve teve ampla repercuss o no Estado de SP apesar de as emissoras de r dio e televis o serem proibidas pela Pol cia Federal de noticiarem na Em janeiro
109. do Ensino Secund rio Portugal GEPETO Grupo de Estudos sobre Pol tica Educacional e Trabalho Brasil IAMSPE Instituto de Assist ncia M dica ao Servidor P blico Estadual SP IC ndice de Cumprimento de Metas SP IDEB ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Brasil IDESP ndice de Desenvolvimento da Educa o do Estado de S o Paulo IETS Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade Brasil IFHC Instituto Fernando Henrique Cardoso Brasil IGE Inspec o Geral da Educa o Portugal INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Brasil TIQ Adicional por Qualidade SP IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares Portugal ISCTE IUL Instituto Superior de Ci ncias do Trabalho e da Empresa Instituto Universit rio de Lisboa Portugal LC Lei Complementar LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Brasil LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Brasil LBSE Lei de Bases do Sistema Educativo Portugal MARE Minist rio da Administra o Federal e Reforma do Estado Brasil ME Minist rio da Educa o de Portugal MEC Minist rio da Educa o do Brasil MTPE Movimento Todos Pela Educa o Brasil OCDE Organiza o para Coopera o e Desenvolvimento Econ micos OEA Organiza o dos Estados Americanos OEI Organizaci n de los Estados Iberoamericanos para la Educaci n la Ciencia y la Cultura OIT Or
110. do conjunto dos professores de cada escola era calculada uma m dia considerando o conjunto das escolas estaduais de educa o b sica de cada Diretoria S O PAULO 2001a Nessa tabela os aumentos percentuais de um b nus a outro eram respectivamente de 100 50 16 67 e 14 29 Al m de apresentar apenas quatro faixas de pontua o os outros cargos inclusive o de professor apresentavam cinco mais uma vez nota se com esses percentuais o regressivo incentivo dado aos trabalhadores para alcan ar as maiores pontua es Os pequenos est mulos percentuais existentes entre as pontua es superiores tanto na tabela a quanto na tabela b sugerem que o governo n o estava preocupado com os ndices de absente smo dos integrantes das classes de suporte pedag gico O B nus M rito direcionado aos professores apresentava como veremos no Quadro 8 percentuais de aumento mais significativos entre as pontua es superiores configurando um est mulo maior para a inibi o do absente smo entre os professores Portanto nos parece que o foco do governo estava mesmo no absente smo dos professores os protagonistas do fluxo escolar e n o no de Coordenadores Pedag gicos Professores Coordenadores Pedag gicos Supervisores de Ensino Diretores Vice Diretores de Escola Assistentes de Diretor de Escola e Dirigentes Regionais de Ensino Embora n o constasse nas tabelas os servidores afastados para a o
111. dos obst culos pol ticos qual seja os estudantes universit rios Consoante o autor Os estudantes universit rios acostumados com um ensino superior gratuito t m demonstrado uma impressionante for a pol tica na defesa de seus subs dios Estes grupos e muitos mais constituem uma demanda pol tica por educa o Confront los muito mais uma tarefa pol tica que financeira ou t cnica PURYEAR 1997 p 8 112 obst culo a uma melhor educa o na Am rica Latina PURYEAR 1997 p 8 O autor fundamenta tal constata o com base numa s rie de supostas lacunas ou car ncias na gest o do professor Inexistem os principais incentivos para qualidade dos docentes sal rios adequados treinamento especializado rigorosa avalia o peri dica e exames competitivos para admiss o O treinamento e a supervis o dos professores n o mudaram o m todo frontal tradicional de ensino em que o material ditado para os alunos a memoriza o valorizada respostas nicas corretas s o favorecidas e pouco comum a discuss o entre os alunos na solu o de problemas Os sistemas nacionais de promo o e pagamento criaram monop lios que deixam pouco controle sobre o desempenho dos professores nas m os dos diretores das escolas Os sindicatos militantes de professores rejeitam qualquer sistema de avalia o para acesso ou promo o PURYEAR 1997 p 8 Diante da oposi o e resist ncia de p
112. dos alunos para bonificar seus professores SANTOS et al 2012 p 14 Tamb m constataram que os sistemas de avalia o de desempenho se orientam para a responsabiliza o de professores e equipes escolares o que tem provocado nos diferentes pa ses forte resist ncia por parte das entidades de classe SANTOS et al 2012 p 4 5 Os autores prosseguem O pagamento de b nus tem levado as entidades a questionar os crit rios utilizados dentre outros o absente smo dos profissionais da escola a n o incorpora o do b nus ao piso salarial e ainda o fato de os inativos serem exclu dos desse pagamento A estes soma se um argumento contr rio a essa concep o de que a escola n o pode ser responsabilizada por seus resultados se o Estado por meio dos minist rios e secretarias de educa o n o garantirem as condi es indispens veis para um trabalho de qualidade SANTOS et al 2012 p 4 5 A ado o governamental de pol ticas de avalia o e bonifica o docente vem gerando a resist ncia e oposi o de M E r 45 organiza es sindicais em diversos pa ses como Brasil 6 7 8 10 49 S Ea Portugal Peru Equador e M xico em fun o de in meros A pesquisa aos sites dos sindicatos de professores possibilitou verificar que no Brasil j houve algum tipo de contraposi o ou questionamento dos professores e seus sindicatos s pol ticas de AD no Rio Grande do Sul San
113. e as empresas altura do que se espera de um Estado moderno PORTUGAL 2005a p 38 Almejando a moderniza o da Administra o P blica o governo empreendeu a es em tr s frentes de atua o a facilitar a vida ao cidad o e s empresas b melhorar a qualidade do servi o pela valoriza o dos recursos humanos e das condi es de trabalho c tornar a Administra o amiga da economia PORTUGAL 2005a p 38 Desse modo seguem se algumas das a es que foram desenvolvidas em cada linha de atua o para modernizar a Administra o P blica Facilitar a vida aos cidad os e s empresas Estimular a participa o das organiza es de utentes na avalia o dos servi os atrav s das novas tecnologias e incentivar a participa o da sociedade civil na gest o das escolas das 248 unidades de sa de e de ac o social ambiente e cultura Seguir uma pol tica de qualidade estabilidade racionalidade coer ncia clareza e consolida o legislativa PORTUGAL 2005a p 39 2 Qualificar os recursos humanos e as condi es de trabalho e Reorganizar a Administra o central para promover economia de gastos e ganhos de efici ncia pela simplifica o e racionaliza o de estruturas designadamente atrav s da flexibiliza o dos instrumentos normativos e Concentra o f sica dos servi os do Estado como forma de obter economias de escala ao n vel dos recursos humanos e Actua
114. e a oposi o das organiza es sindicais docentes na 16 Javier Corrales PhD em Ci ncias Pol ticas na Universidade de Harvard especializado em pol tica comparativa e internacional da Am rica Latina CORRALES 2000 p 1 Em 2000 era professor de Ci ncias Pol ticas em Massachusetts O documento citado foi originalmente preparado para a S rie sobre Reforma e Gest o Educacional do Banco Mundial CORRALES 2000 p 1 O PREAL traduziu o documento para o portugu s a partir da vers o espanhola de 1999 e publicou o em 2000 Ainda em 2000 o PREAL publicou um resumo desse documento dando destaque j no t tulo para os obst culos pol ticos PREAL 2000 p 1 O PREAL co dirigido pelo Di logo Interamericano e financiado entre outros pela Ag ncia dos Estados Unidos Para Desenvolvimento Econ mico USAID e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento BID CORRALES 2000 As organiza es da sociedade civil que integram a Rede PREAL podem ser acessadas em lt http preal org Quienes asp Id Quienes 12 gt 37 implementa o das reformas educacionais Uma delas diz respeito fragmenta o externa das organiza es sindicais situa o que exprime a realidade portuguesa Quando os sindicatos est o fragmentados do ponto de vista externo vale dizer quando o setor educacional cont m m ltiplas organiza es sindicais que competem entre si para angariar membros entre o professorado s o meno
115. e esvaziadas de objetividade e pragmatismo SOUZA 2009 Na vis o do ex Ministro as bandeiras velhas ideol gicas corporativistas atrasadas irracionais e improdutivas da categoria docente e de suas organiza es sindicais devem ser substitu das por bandeiras novas objetivas modernas inovadoras racionais e produtivas oferecidas pela gest o moderna como a meritocracia SOUZA 2009 p 4 Em sua opini o j consenso entre especialistas do mundo todo que aumentos concedidos a uma categoria inteira desprezando as diferen as de desempenho entre os profissionais n o t m impacto relevante no ensino SOUZA 2009 p 4 5 Este consenso desprovido de qualquer comprova o cient fica no ensino p blico SOUZA 2009 p 4 visa somente a justificar a cria o de um plano de carreira inteiramente baseado na meritocracia SOUZA 2009 p 2 A defesa da meritocracia entre os professores se sustenta no argumento de que ela evita um rombo no or amento e ao mesmo tempo promove uma bem vinda competi o SOUZA 2009 p 4 Portanto a inser o da meritocracia no plano de carreira dos professores proposta por Souza em 2009 visa a suprimir o pr prio direito da categoria docente de lutar por direitos iguais para todos SOUZA 2009 p 4 No entendimento do ex Ministro isso coisa do passado a moda 217 agora ser ass duo para ser bonificado O importante enfrentar seus pr
116. e instrumentos de trabalho etc e enfim ajudar financeiramente os oper rios desempregados Entre os meios legais empregados pelos sindicatos para atingir essas finalidades est a greve compreendida como a suspens o parcial ou geral do trabalho ENGELS 2010 O autor nota que a Inglaterra vivenciava nos anos de 1840 um per odo de greves cuja frequ ncia at di ria pelos mais diversos motivos evidenciava a extens o da guerra social que assolava os trabalhadores ENGELS 2010 p 258 Analisando o sentido destas a es comenta Essas greves s o em geral pequenas escaramu as de vanguarda e s vezes combates mais importantes n o solucionam nada definitivamente mas s o a prova mais segura de que se aproxima o confronto decisivo entre o proletariado e a burguesia Elas s o a escola de guerra na qual os oper rios se preparam para a grande batalha agora inevit vel s o os pronunciamentos das distintas categorias de oper rios consagrando sua ades o ao grande movimento prolet rio E as greves como escola de guerra t m uma efic cia insuper vel ENGELS 2010 p 258 51 Por promoverem a unidade de classe entre os trabalhadores e por prepar los para a luta pol tica as greves s o chamadas por Engels 2010 de escola de guerra Nessa escola os trabalhadores aprendem a desfechar a guerra contra seus inimigos governo e burguesia pela emancipa o de todo o povo e de todos os traba
117. e para a eleva o do seu padr o de vida BRASIL 2003b p 11 Compunham os cinco eixos norteadores da pol tica educacional do primeiro governo Lula 1 Igualdade de oportunidades educacionais e de acesso ao conhecimento inclus o 2 Qualidade social 3 Valoriza o dos profissionais da educa o 4 Democracia e autonomia e 5 Financiamento da educa o BRASIL 2003b p 9 10 147 BRASIL 2003b p 6 o MEC lan ou em 05 de junho de 2003 um programa denominado Toda Crian a Aprendendo que tinha o objetivo de reverter esse quadro diagnosticado pela avalia o nacional BRASIL 2003b p 13 O quadro era o seguinte Os resultados apresentados pelo Sistema Nacional de Avalia o da Educa o B sica t m demonstrado uma tend ncia de queda de rendimento na aquisi o de compet ncias cognitivas b sicas por parte dos alunos Os resultados do SAEB de 2001 indicam que 59 das crian as na 4 s rie do ensino fundamental n o adquiriram os conhecimentos e as compet ncias b sicas de leitura e 52 n o adquiriram os conhecimentos matem ticos apropriados a essa faixa de escolariza o BRASIL 2003b p 9 O Programa continha quatro linhas de a es priorit rias BRASIL 2003c p 7 dentre as quais implantar a Pol tica Nacional de Valoriza o e Forma o de Professores BRASIL 2003c p 7 pois a inclus o educacional com qualida
118. e reivindicando a cria o de um ECD Apesar dessa aus ncia a LBSE indica que a forma o permanente dos professores que constitui ent o uma obriga o do Estado deve al m de assegurar a actualiza o dos conhecimentos e o aperfei oamento da prepara o pedag gica favorecer a promo o e mobilidade profissionais PORTUGAL 1973 p 1320 Anos depois o Decreto Lei DL n 513 M1 79 de 27 de dezembro de 1979 PORTUGAL 1979 que regulamenta a carreira dos professores do ensino n o superior estruturando a em quatro fases n o aponta a avalia o 112 Os Grupos de Estudo surgiram em 1969 1970 constituindo um movimento de professores eventuais e provis rios que tinha como motiva o imediata conseguir assegurar a remunera o em f rias e a recondu o no ano seguinte Este grupo de professores descontente com a forma como era tratada a profiss o docente e com o regime pol tico decide criar os Grupos de Estudos do Pessoal Docente do Ensino Secund rio GEPDES mais tarde alargados aos professores do ensino prim rio publicando uma revista cuja exist ncia se prolonga at hoje O Professor Buscam a mobiliza o dos professores em torno de quest es importantes de que se destaca a necessidade de um estatuto da carreira MENDON A 2000 p 24 25 Ver tamb m Gr cio 1983 Stoer 2008 e Tavares 2010 241 de desempenho dos professores como uma condi o pa
119. econ worldbank org external default main pagePK 64165 259 amp theSitePK 469382 amp piPK 64165421 amp menuPK 64166093 amp entit y1D 000020953 20070620145917 gt Acesso em 12 jun 2014 WREFORD Jane A Administra o da Educa o P blica em S o Paulo Junho de 2002 In Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Dispon vel em lt http pt braudel org br pesquisas arquivos 2002 a administraco da educao publica em sao paulo php gt Acesso em 27 set 2011 WREFORD Jane Por que ensinam e aprendem t o pouco Gest o do ensino p blico em S o Paulo In Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2003 Dispon vel em lt http pt braudel org br publicacoes braudel papers 33 php gt Acesso em 27 set 2011 XAVIER Antonio C da R Gest o da Qualidade Total nas escolas um novo modelo gerencial para a educa o Instituto de Pesquisa Econ mica Aplicada IPEA Texto para discuss o n 234 Setembro de 1991 Dispon vel em lt http www ipea gov br portal images sto ries PDFs TDs td 0234 pdf gt Acesso em 13 fev 2014 REFER NCIAS legisla o brasileira BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional Dispon vel em lt http portal mec govbr arquivos pdf ldb pdf gt Acesso em 07 mai 2013 MINIST RIO DA EDUCA O Conselho Nacional de Educa o Conselho Pleno Resolu o n 01 2002 Insti
120. elabora e apresenta para negocia o com o governo uma contraproposta 35 cidade de Lisboa Segundo not cias veiculadas no site da FENPROF 100 mil professores participaram da primeira marcha e 120 mil da segunda num total de 150 mil professores portugueses A suspens o do modelo de ADD do ME foi uma das principais reivindica es destes movimentos A figura a seguir d uma dimens o da presen a docente na marcha realizada no dia 08 de mar o Figura 3 Marcha da Indigna o no Terreiro do Pa o em Lisboa 08 03 08 Fonte FENPROF 2008b As grandes marchas pretenderam expressar a oposi o dos professores e de seus sindicatos n o apenas ao modelo de ADD do ME mas a todo o conjunto de pol ticas educacionais de cunho neoliberal FENPROF 2009 adotado pelo governo portugu s naquele per odo Nos cap tulos 6 e 7 referentes a Portugal destacamos as raz es da oposi o docente e sindical ADD do ME A luta sindical desenvolvida no campo educacional portugu s no ano de 2008 foi exemplar para o presente estudo Afinal por que essa luta alcan ou tamanha expressividade O que explica a ampla ades o dos professores s duas grandes marchas promovidas pelas organiza es sindicais em 2008 Os grandes embates travados entre governo e organiza es sindicais docentes em torno da pol tica de ADD em Portugal constitu ram um terreno f rtil para a investiga o de suas 36 rea es e posicionamentos e
121. em 10 jun 2014 Sur neoliberalismo Y despu s Los sindicatos docentes en Venezuela Argentina Bolivia Brasil Uruguay y Ecuador Rio de Janeiro NUPET IUERJ 2009 Sobre las asociaciones docentes de comienzos del siglo XXI Semin rio Internacional da Rede de Pesquisadores sobre Associativismo e Sindicalismo dos Trabalhadores em Educa o 357 Associa es e Sindicatos de Trabalhadores em Educa o Rio de Janeiro 22 e 23 de abril de 2010 Dispon vel em lt https www y umpu com es document view 14457050 sobre las asociaciones docentes de nupet uerj gt Acesso em 11 jun 2014 GINDIN Juli n La tradici n sindical y la explicaci n de las pr cticas sindicales Conclusiones de una comparaci n internacional sobre los docentes del sector p blico Revista Latino americana de Estudos do Trabalho Ano 16 n 26 2011a 119 143 Dispon vel em lt http relet iesp uer br Relet 26 Artigo 20de 20Juli CI A In 20 Gindin pdf gt Acesso em 15 jun 2014 Por n s mesmos As pr ticas sindicais dos professores p blicos na Argentina no Brasil e no M xico 2011 300 f Tese Doutorado em Sociologia Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2011b Dispon vel em lt http www iesp uer br wp content uploads 2012 10 Julian Jose Gindin pdf gt Acesso em 13 jun 2014 Sindicalismo docente en Am rica Latina Una contribuci n al debate El Cotidiano Universidad Aut noma Metropolitana A
122. em 13 jun 2014 CASTILHO Santana Os bonzos da estat stica ideias falsas que travaram a educa o Mangualde Edi es Pedago 2009 CASTILHO Santana O ensino passado a limpo Um sistema de ensino para Portugal e para os portugueses Porto Portugal Porto 2011 349 CASTRO Maria H G de A educa o para o s culo XXI o desafio da qualidade e da equidade 1999 Bras lia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Dispon vel em lt http www publica coes inep gov br detalhes asp pub 444 gt Acesso em 10 dez 2013 CASTRO Maria H G de Problemas institucionais do ensino p blico Documento do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial N 42 2007 Dispon vel em lt http pt braudel org br publicacoes braudel papers 42 php gt Acesso em 09 dez 2013 CAUSA OPER RIA ONLINE Os ltimos resultados da pol tica do Bando dos Quatro na APEOESP 07 07 2009 Dispon vel em lt http www pco org br conoticias imprimir materia php mat 15443 gt Acesso em 13 fev 2014 Unir a categoria e a oposi o para acabar com a ditadura e retomar a APEOESP para as lutas 18 11 2013 Dispon vel em lt http www pco org br movimento operario unir a categoria e a oposicao para acabar com a ditadura e retomar a apeoesp para as lutas azey i html gt Acesso em 13 fev 2014 CENTRO DE M DIA INDEPENDENTE CMI BRASIL Apeoesp boicota e esvazia greve nacional do magist rio 16 03 2012 Dispon vel em
123. em Portugal que caminhos para o futuro Lisboa 4 de novembro de 2013 Dispon vel em lt http Awww eapn pt iefp docs Enfrentar a crise do 365 emprego em Portugal pdf gt Acesso em 14 jun 2014 OKADA Ana B nus para trabalhadores da rede estadual de SP deve sair em 25 de mar o 26 02 2010 Dispon vel lt http educacao uol com br ultnot 2010 02 26 ult105u9124 jhtm gt Acesso em 03 dez 2013 OLIVEIRA Dalila O VIEIRA L via M F coord Pesquisa trabalho docente na educa o b sica no Brasil sinopse do survey nacional Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais Grupo de Estudos Sobre Pol tica Educacional e Trabalho Docente 2010 Dispon vel em lt http Awww trabalhodocente net br images pub licacoes 28 SinopseSurveyNacional TDEBB Gestrado pdf gt Acesso em 12 jun 2014 OPS Revista de Opini o Socialista Portugal n 1 julho de 2008 Dispon vel em lt http militantesocialista blogspot com br 2008 07 ops revista de opinio socialista quer html gt Acesso em 12 jul 2012 OCDE ORGANIZA O PARA COOPERA O E DESENVOLVIMENTO ECON MICOS Professores s o importantes atraindo desenvolvendo e retendo professores eficazes S o Paulo Moderna 2006 Evaluating and Rewarding the Quality of Teachers International Practices 2009 Dispon vel em lt http www oecd org document 20 0 3343 en 2649 39263231 44111636 111 37455 00 html gt Acesso em 22 mai 2013 The High Co
124. em seu site www apeoesp org br Tanto em Portugal quanto em SP privilegiamos para an lise as rea es e posicionamentos das principais organiza es sindicais docentes quais sejam a FENPROF que tem 60 do total de professores sindicalizados em Portugal de acordo com o dirigente da FENPROF e a APEOESP que conta com 180 mil s cios APEOESP 2014 N o se trata de um estudo comparativo entre as organiza es sindicais nem entre as pol ticas de AD analisadas Procuramos identificar em Portugal onde a avalia o docente foi implantada como pol tica p blica desde o in cio dos anos 1990 os enfrentamentos realizados pelas organiza es sindicais docentes especialmente a FENPROF em torno da formula o e implementa o da pol tica de ADD de 2008 e as repercuss es desses embates sobre a pr pria pol tica O conhecimento deste processo de luta entre o governo portugu s e as organiza es sindicais docentes importante para perspectivar a organiza o e a mobiliza o que os sindicatos de professores brasileiros poder o ter que empreender para se oporem s pol ticas de AD j institu das e as que poder o vir a ser adotadas no Brasil A orienta o neoliberal das pol ticas de AD implementadas nos pa ses perif ricos a partir dos anos 2000 t m apresentado crescentemente uma perspectiva individualista meritocr tica competitiva excludente e discriminat ria que desse modo desafia as organiza es sindicais
125. estudo n o nos aprofundamos no sindicalismo docente Entretanto citamos aqui algumas refer ncias importantesform Para conhecer a vis o dos cl ssicos marxistas sobre o sindicalismo ver Bauer e Matos 2010 e Alves 2003 Diversos autores que escreveram na Revista de Opini o Socialista 2008 assim como Stoleroff 2007 2010 2012 Stoleroff e Pereira 20084 2008b Tavares 2011 e Estanque 2013 fornecem elementos que permitem compreender o sindicalismo inclusive docente em Portugal e no contexto europeu Em Pereira 2009 poss vel identificar os conflitos profissionais em torno da pol tica de Avalia o de Desempenho Docente implementada em 2008 em Portugal Leite 2003 e R ses 2008 analisam o sindicalismo docente em ambos os pa ses Brasil e Portugal No Brasil a hist ria e a situa o atual do sindicalismo podem ser consultadas em Boito J nior 1991 Boito J nior e Marcelino 2010 Jornal Voz Oper ria 2012 e Ribeiro 2013 enquanto o estudo do sindicalismo docente pode ser encontrado em Rosso Cruz e R ses 2011 Gouveia e Ferraz 2013 Mello 2013 e Cruz 2008 O sindicalismo docente 74 organiza es representativas dos interesses dos trabalhadores quando a sua interven o extrapola o campo educacional e alcan a o pol tico Argumentam que a atua o destes tem sido mais pol tica do que educacional ou propriamente sindical No Peru tal fato seria explicado segundo Diaz 2004 p 67 pela
126. evolutivo APEOESP 2012 p 4 Ele tamb m teria sido desfigurado por mudan as posteriores como a prova do m rito e as pol ticas de b nus e gratifica es APEOESP 2012 Como vimos ao longo do cap tulo em mar o de 2000 a APEOESP e outras organiza es sindicais lan aram a 227 Campanha Salarial Unificada por meio da qual reivindicaram no m nimo cinco m nimos APEOESP 2014 p 9 A APEOESP realizou uma assembleia no dia 07 de abril quando compareceram mais de 15 mil professores Tr s semanas depois 28 04 2000 a entidade realizou uma assembleia geral unificada que decretou greve a partir do dia 02 de maio APEOESP 2014 43 dias de greve mostraram sociedade segundo a APEOESP 2014 que as pol ticas educacionais do governo Covas n o contribu am para a melhoria da qualidade do ensino e das condi es de trabalho dos professores Como decorr ncia do XVII Congresso da APEOESP realizado em novembro de 2000 os professores aprovaram um Plano de Lutas em defesa da escola p blica do emprego e do sal rio cuja primeira a o foi um ato p blico em frente Secretaria da Educa o em 1 de dezembro APEOESP 2014 p 10 Neste Plano a APEOESP reafirmou uma s rie de a es como por exemplo a oposi o discrimina o dos professores aposentados APEOESP 2014 Logo em seguida o b nus excludente e discriminador veio mostrar entidade que a bandeira em defesa dos aposentad
127. impulso eleva o dos padr es de funcionamento dos sistemas de ensino e por consequ ncia da qualidade da educa o nacional SOUZA 2007 p 3 Nesse sentido elaborou em 2007 um substitutivo ao PL n 1 172 2003 por meio do qual votou pela amplia o do p blico alvo que poderia se candidatar s bolsas de forma o Contudo as bolsas para forma o inicial e continuada haviam sido regulamentadas pela Lei n 11 273 de 06 de fevereiro de 2006 BRASIL 2006 que 154 no entanto limitava a candidatura s bolsas para os professores da educa o b sica de escolas p blicas Diante disso o substitutivo ao PL n 1 172 2003 foi agregado Lei n 11 273 2006 garantindo a mencionada amplia o O PL n 1 172 2003 por sua vez foi arquivado Segundo Souza 2007 p 2 esta converg ncia de objetivos ressalta va a import ncia da iniciativa ora examinada apresentada a esta Casa desde 2003 Na sequ ncia um conjunto de propostas de AD foi expedida no mbito do Congresso Nacional e do MEC na tentativa de implantar a pol tica no Brasil Essas propostas bem como as rea es e cr ticas que geraram entre entidades como a CNTE e a ANFOPE foram detalhadamente analisadas por Shiroma e Schneider 2011 Uma s ntese destas propostas apresentada no quadro abaixo 155 Quadro 3 Propostas de avalia o docente do Congresso Nacional e MEC no Brasil 2007 2011 AUTOR DECRETO ASSUNTO D
128. incompet ncia e de fracasso um clima de mal estar de injusti a e de competi o dentro das escolas Em Portugal por sua vez a pol tica de Avalia o de Desempenho Docente ADD implementada pelo governo em 2008 promoveu segundo an lises de professores e sindicalistas segmenta o entre os professores intensifica o do trabalho docente controle burocr tico dos professores responsabiliza o docente pelos rankings das escolas nas avalia es externas e outros efeitos Muitos destes efeitos tamb m foram relatados pelos dirigentes sindicais nas entrevistas concedidas a mim durante a realiza o do Est gio Sandu che na Universidade do Porto Porto Uni o Nacional dos Educadores UNE est o em desacordo com o processo questionando a validez destas provas e por fim as decis es tomadas como consequ ncia das mesmas PREAL FUNDACI N ECUADOR GRUPO FARO 2010 p 24 No dia 22 de abril de 2013 estudantes mexicanos de pedagogia ocuparam tr s esta es de r dio na cidade de Chilpancingo capital do estado de Guerrero que fica ao sul da Cidade do M xico para protestar contra uma recente reforma educacional que exige que professores passem por uma avalia o peri dica de desempenho com o rosto coberto por len os e gorros os estudantes invadiram as instala es das emissoras para ler comunicados de protesto ANSA 2013 p 1 10 Depoimentos coletados nos sites da Federa o Nacional de
129. intelectuais de outros partidos como o PT e o PDT Portanto antes de adentrar as propostas de avalia o docente levantadas no Brasil faremos algumas considera es sobre o Estado e a sua reforma gerencial que foi promovida sobretudo pelo PSDB Embora as frequentes crises do sistema capitalista resultem na interven o do Estado no mercado percept vel a estrat gia pol tica dos intelectuais burgueses de depreciar mas ao mesmo tempo de racionalizar otimizar o papel do Estado com vistas a respectivamente desacredit lo e a reduzir as suas iniciativas na quest o social De acordo com Nogueira 2003 p 189 o processo de democratiza o no Brasil combinou se com uma despolitiza o da pol tica ou seja com o enfraquecimento do Estado e da perspectiva do Estado gra as progressiva afirma o de um discurso satanizador do setor p blico que iguala tudo o que estatal com a inefici ncia a corrup o e o desperd cio NOGUEIRA 2003 p 188 Trata se de um discurso ideol gico forjado e disseminado para conquistar o consentimento das classes subalternas sobre a necessidade de reforma do Estado no sentido de povo lo de mecanismos de mercado supostamente promotores da efici ncia e da qualidade necess rias para viabilizar o bom funcionamento dos pr prios mercados Visando a enfraquecer o Estado e sobrelevar o mercado intelectuais burgueses repetem exaustivamente que o primeiro uma i
130. justificaria o abandono ou o engavetamento de aumentos salariais coletivos e a sua substitui o por uma pol tica de incentivos seletivos DELLANOY SEDLACEK 2001 Essa substitui o tamb m se ancora no enunciado retumbante e repetitivo promovido por intelectuais vinculados classe dominante e aos seus aparelhos privados de hegemonia como os membros do MTPE Cl udio Moura Castro Gustavo Ioschpe e tantos outros de que o sal rio n o repercute positivamente sobre a qualidade do ensino e da aprendizagem do aluno Na mesma linha defendendo a efici ncia das pol ticas p blicas o aprimoramento de mecanismos de avalia o do ensino b sico e a ado o de metas de melhoria de indicadores educacionais os organizadores do livro Educa o b sica no Brasil construindo o Brasil do futuro prescrevem que para o 218 Brasil revolucionar sua educa o b sica nos pr ximos anos ele precisa adotar mudan as importantes na rea do ensino particularmente a cobran a de uma melhora conjunta nos desempenhos de alunos e professores VELOSO et al 2009 p xvii Ora o que vemos nos ltimos anos como mostram as pol ticas de bonifica o no Estado de SP o predom nio da cobran a de melhores desempenhos sobre os professores postos como causa imediata de melhores desempenhos discentes Esse predom nio fica ainda mais claro quando os autores destacam a import ncia de desenvolver mecanismos d
131. leve as grandes maiorias ao pleno exerc cio da cidadania por meio do conhecimento que emancipa e cria as condi es da liberdade e 149 da autonomia individuais Queremos reafirmar neste momento a cren a de que o agente desta revolu o de que o pa s necessita e que aguarda o professor que com sua palavra e a o em suas salas de aula e associa es faz da educa o uma grande luta de reinven o de nossa hist ria e sociedade um esfor o de constru o da na o democr tica BRASIL 2003b p 7 E a valoriza o do professor prosseguiria ao longo do texto como aspecto importante a ser relevado para o pa s sair do quadro de calamidade estat stica constatado pelo governo no ensino fundamental A consolida o da escola p blica de qualidade para todos que combata as desigualdades e contribui para a constru o de uma sociedade Justa democr tica e solid ria est diretamente relacionada com a valoriza o e a forma o dos professores as brasileiros as BRASIL 2003b p 10 11 A cria o de um certificado nacional de doc ncia tem o objetivo de contribuir para a constru o da identidade profissional do Magist rio ao mesmo tempo em que coloca o professor no centro da vida nacional esteja ele onde estiver relativamente consensual a necessidade de se conferir ao professor o status profissional a que ele faz jus Ao longo das ltimas d cadas associa es de educadores e sindi
132. limita a uma luta econ mica na medida em que duas quest es n o s o problematizadas a condi o de 340 assalariamento dos trabalhadores docentes e a exist ncia das classes sociais Reajustes salariais mesmo que significativos n o alteram a condi o de trabalhador assalariado do docente e n o transformam a rela o de explora o e domina o social do capital sobre o trabalho Segundo Gramsci MACCIOCCHI 1980 as reivindica es de cunho essencialmente econ mico corporativo n o ultrapassam os limites do projeto ideol gico burgu s porque n o o colocam em quest o Nessa perspectiva em vez de enfraquecer a burguesia essas reivindica es embora fundamentais para a classe trabalhadora podem fortalecer o sistema capitalista Por isso intelectuais burgueses como Diaz 2004 condenam a politiza o da luta sindical e recomendam s organiza es sindicais adotar reivindica es economicamente sensatas isto ajustadas s disposi es or ament rias do Estado capitalista diante destas quest es que cabe perguntar se a luta sindical da APEOESP se configura essencialmente como uma luta econ mica focada no sal rio por que os intelectuais burgueses e os governos psdbistas tanto a perseguem e desqualificam Por que eles tentam vender a ideia de que a APEOESP uma organiza o que atua politica ou partidariamente constituindo se portanto num obst culo pol tico Entendemos com a III Internacional
133. n 5 Formas amp reformas de la educaci n Serie Pol ticas Dispon vel em lt http www preal org Archivos Pr cal w20Publicaciones Pol WC3 ADticas 20y 20Mejores 20Pr C3 A Icticas Serie 20Pol C3 ADticas politica5 pdf gt Acesso em 13 fev 2014 PROTAGONIST S Quem somos 2014 Dispon vel em lt http www protagonistes org br quem somos asp gt Acesso em 13 jan 2014 PURYEAR Jeffrey M La accountability en la educaci n Qu hemos aprendido In CORVAL N Javier MCMEEKIN Robert W Accountability educacional posibilidades y desafios para Am rica Latina a partir de la experiencia internacional Santiago Chile PREAL CIDE 2006 p 125 133 Educa o na Am rica Latina problemas e desafios 1997 Dispon vel em lt http www preal org BibliotecaN asp Pagina 5S amp lId Carpeta 64 amp Camino 63 Prealy 20Publi caciones 64 PREALY 20Documentos gt Acesso em 03 abr 2013 RAVITCH Diane The death and life of the great American school system how testing and choice are undermining education Philadelphia Basic Books 2010 RAMOS Cosete Excel ncia na educa o a escola de qualidade total Rio de Janeiro RJ Qualitymark 1992 R SES Erlando da S De voca o para profiss o organiza o sindical docente e identidade social do professor 2008 308 f Tese Doutorado Universidade de Bras lia Instituto de Ci ncias Sociais Bras lia 2008 Dispon vel em lt http repositorio unb br bitstream
134. no Blog Papo de Professor 2011 p 1 que exp e a variedade de sentimentos negativos que tomam conta dos professores quando eles se deparam com o b nus migalha recebido e o contrap em ao esfor o que empreenderam ao longo do ano para n o faltar Estou indignada Que vergonha Que doida no ano todo as classes que foram avaliadas na minha escola n o eram turmas t o ruins assim e o que vi hoje na minha conta corrente a quantia rid cula de R 51 00 N o tenho nem palavras para expressar o pouco caso que o governador est tendo com a educa o e principalmente conosco que somos professores Ele est nos tratando como marionetes como se f ssemos bobos ou pessoas das quais a sociedade n o faz a menor quest o Sinto que n o sou ningu m que n o fa o diferen a Estou completamente desmotivada e n o tenho mais vontade de trabalhar duro de me esfor ar uma pena mas a minha vontade acabou com estes R 51 00 de b nus Preciso pagar minhas contas mas n o preciso de esmola PROFESSOR 1 Ano passado trabalhei todos os dias abonei apenas 3 vezes n o tenho uma falta injustificada desde que ingressei como professor do Estado Recebi 2010 R 240 00 Outro camarada da mesma escola com 48 faltas injustificadas ganhou pra sorte dele R 3 400 00 N o h crit rio para o b nus Ele deve imediatamente ser incorporado 166 ao sal rio PROFESSOR 2 Estou t o indignada e desmotivada
135. o nosso parceiro Portanto para os intelectuais do capital as organiza es sindicais docentes se constituem como obst culos pol ticos qualidade da educa o porque potencialmente inviabilizam os interesses da classe burguesa no campo educacional sobretudo a melhoria da qualidade da educa o numa perspectiva de forma o restrita visando competitividade econ mica internacional Quando as organiza es sindicais docentes questionam as pol ticas de avalia o e remunera o docente por desempenho por exemplo os intelectuais do capital rotulam nas de avessas inova o e mudan a de corporativistas e de partid rias da oposi o BARRETO LEHER 2003 Nessa perspectiva as organiza es sindicais docentes s o um entrave e um freio de m o para o bom ensino SOUZA 2009 p 1 isto porque constituem meros grupos de press o os protetores de privil gios corporativos e dos interesses dos empregados sindicalizados PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 8 pensam no bem estar de seus membros e n o no da sociedade em geral IOSCHPE 2011 p 2 s o defensores de seus pr prios interesses IOSCHPE 2011 p 3 s o os principais advers rios da meritocracia SOUZA 2009 p 1 Outras barreiras melhoria da qualidade do ensino no Brasil segundo Wreford 2002 2003 incluem o alto n vel de absente smo dos professores estimulado pelo sistema de emprego que
136. o das escolas em cores superlota o das salas de aula e avalia o dos alunos por um rg o externo APEOESP 2014 p 10 Ao longo de todo o ano a APEOESP junto com as demais organiza es mobilizou se para tentar negociar com o governo uma pol tica salarial nica para todo o magist rio da ativa e aposentados APEOESP 2014 p 11 A resposta do governo Alckmin e da Secret ria de Educa o s a es das organiza es sindicais incluiu o an ncio de mais uma edi o dos b nus m rito e gest o APEOESP 2014 p 11 importante analisar algumas ideias defendidas por Rose Neubauer para percebermos sua express o nas pol ticas de bonifica o institu das em sua gest o 1995 2002 e em administra es posteriores Em um trabalho apresentado no Chile em 1997 SILVA 1999 a ex Secret ria de Educa o discutiu elementos da reforma educacional que ent o realizava em SP antes da institui o de b nus aos trabalhadores da educa o O foco da reforma naquele momento era a gest o do sistema educacional Neubauer afirmou que os principais obst culos ao desenvolvimento da educa o b sica no Estado de S o Paulo eram a inefic cia e a inefici ncia do sistema que resultavam entre outros aspectos numa taxa de 30 de evas o e repet ncia o que causava desperd cio financeiro e deixava de preparar uma popula o bem informada e apta intelectualmente para analisar de maneira
137. o das negocia es no sentido de promover uma negocia o individual em torno de recompensas e portanto excludente das organiza es sindicais 127 4 2 A VANGUARDA DA SOCIALDEMOCRACIA NAS POL TICAS DE AVALIA O DOCENTE Em 1990 Guiomar Namo de Mello no livro Social democracia e educa o teses para discuss o identificando se com o PSDB apresentou um conjunto de teses e proposi es dentre elas a avalia o e certifica o de professores com as quais pretendeu ajudar a formatar o projeto de Revolu o Educacional MELLO 1990 p 17 almejada pelo partido No mesmo ano Fernando Henrique Cardoso FHC PSDB em cartilha explicativa sobre o que e o que prop e o PSDB Guiomar Namo de Mello formada em Pedagogia mestre e doutora em educa o Trabalhou em escolas p blicas estaduais como professora de ensino superior na Pontif cia Universidade Cat lica de SP PUC SP e como pesquisadora na Funda o Carlos Chagas De 1982 a 1985 foi Secret ria Municipal de Educa o de S o Paulo na gest o de M rio Covas Na poca liderou a implementa o de inova es gerenciais e pedag gicas como a reestrutura o da carreira do magist rio municipal com mecanismos de incentivos para que os professores permanecessem na doc ncia Em 1986 elegeu se Deputada Estadual de S o Paulo Contribuiu para a forma o do PSDB em 1988 Em 1990 e 1991 foi consultora da prepara o de projetos de investi
138. o governo exigiu a luta dos professores e das organiza es sindicais j que n o parou de atacar de forma violenta a Escola P blica definindo como linha de for a do seu ataque uma pr tica que visa va desvalorizar e denegrir os professores e o seu papel na escola e na sociedade NOGUEIRA 2008 p 6 O dirigente ainda comenta aqueles de quem se esperavam solu es para os problemas fazem afinal parte dos mesmos Eles assistem ao esgotamento dos professores sobre quem se abatem hor rios de trabalho pedagogicamente absurdos e muitas vezes ilegais mas preferem dizer que nas escolas se continua a trabalhar muito pouco eles l em os resultados do PISA justificam nos com as reten es mas em vez de refor arem as medidas de apoio aos alunos retidos preferem combat las com medidas de car cter administrativo e press es sobre os docentes FENPROF 2008c p 9 Segundo Nogueira 2008 p 6 entre as diversas medidas perniciosas que o governo tomou constavam a proposta de altera o do regime de dire o e gest o escolar que implicava a supremacia do administrativo sobre o pedag gico a vig ncia do ECD do ME a entrada em vigor de um novo regime penal que se abatia sobre os professores por meio do regime de avalia o imposto e que tinha tanto de negativo e penalizador como de absurdo e a anunciada revis o da lei sindical atrav s da qual o Governo pretend ia
139. o na carreira Todavia a avalia o docente ainda possu a resqu cios de um car ter formativo ou pelo menos um sentido ainda bastante distante daquele punitivo que predominou a partir dos anos 2000 Em Portugal a pol tica de avalia o docente implementada na d cada de 1990 PORTUGAL 1990 1992 1998a 1998b visava ao desenvolvimento profissional dos professores e junto com o ECD havia resultado de negocia es entre sindicatos e governo Portanto sua cria o n o suscitou a oposi o resist ncia e cr ticas das organiza es sindicais docentes e dos professores No Brasil a introdu o da pol tica de AD foi diferente Institu do em 2000 na rede p blica de educa o b sica do Estado de S o Paulo a despeito de qualquer negocia o com as organiza es sindicais docentes o b nus por assiduidade foi implantado e imediatamente questionado pela APEOESP que desde ent o defende a convers o de todos os b nus em reajuste salarial a sua incorpora o ao sal rio base dos trabalhadores da educa o bem como sua extens o aos aposentados Em n vel federal apesar de a avalia o de desempenho docente estar contemplada no texto da LDB em 1996 aparentemente sem qualquer oposi o sindical a primeira tentativa do governo brasileiro de implementar um exame para avalia o de professores em 2003 resultou num forte recha o das organiza es sindicais e cient ficas que barraram com 328 oposi o e cr t
140. o salarial mais precisamente uma luta pol tica revolucion ria AGUENA 2008 p 14 Em 4 ideologia alem 1846 Marx e Engels indicam que as conquistas oriundas da luta econ mica empreendida pela classe trabalhadora contra o capital s o uma condi o essencial da luta pol tica na medida em que o primeiro pressuposto de toda hist ria humana naturalmente a exist ncia de indiv duos humanos vivos MARX ENGELS 1987 p 27 Quer dizer o homem precisa em primeiro lugar comer beber ter um teto e vestir se antes de poder fazer pol tica ENGELS s d p 351 Na sociedade capitalista este pressuposto satisfeito no caso da classe trabalhadora quando seus membros vendem sua for a de trabalho no mercado em troca de um sal rio MARX 1978 Esta venda garante ao trabalhador sustentar se e reproduzir se mesmo que apenas fisicamente Segundo Marx 1978 p 81 Para poder crescer e manter se um homem precisa consumir uma determinada quantidade de meios de subsist ncia o homem como a m quina se gasta e tem que ser substitu do por outro 59 homem Al m da soma de artigos de primeira necessidade exigidos para o seu pr prio sustento ele precisa de outra quantidade dos mesmos artigos para criar determinado n mero de filhos que h o de substitu lo no mercado de trabalho e perpetuar a ra a dos trabalhadores Ademais tem que gastar outra soma de valores no desenvolvimento de sua for a d
141. ocupar uma posi o de destaque em toda e qualquer pol tica voltada para o aprimoramento da qualidade do ensino OCDE 2010 p 20 No mbito dos esfor os das autoridades do Estado de Santa Catarina em prol do aumento da qualidade da educa o a profiss o do magist rio dever ser objeto de aten o priorit ria OCDE 2010 p 229 e O grande desafio presente e futuro o desenvolvimento qualitativo do sistema Um elemento determinante para a melhoria da qualidade da educa o o empenho do corpo docente OCDE 2010 p 253 A cita o seguinte engloba as tr s dimens es que devem ser melhoradas consoante a OCDE 2010 No mbito dos esfor os empreendidos para melhorar a qualidade da educa o a carreira docente deve ser vista como uma prioridade N o se trata de um mero coadjuvante ou de um detalhe insignificante na constru o de uma pol tica educacional A carreira docente um elemento central desse processo No longo prazo n o poss vel garantir a qualidade do ensino sem um corpo docente inteligente dedicado criativo qualificado motivado e cujas condi es de trabalho ofere am aos professores boas oportunidades para exercerem de maneira eficaz suas compet ncias profissionais Embora seja necess rio contar com mecanismos de controle e avalia o nada pode substituir um bom professor quando se busca melhorar a qualidade dos resultados dos alunos OCDE 2010 p 230 3 A exp
142. p 10 a organiza o constata determinados temas reaparecem frequentemente no relat rio s o a interac o entre as for as econ micas tecnol gicas e pol ticas que influem os programas as preocupa es das colectividades ou dos grupos de press o SKILBECK 1992 p 10 Neste relat rio muitos trechos evidenciam a atua o da OCDE em favor da vincula o do ensino e da educa o aos interesses burgueses que movimentam e sustentam a economia capitalista uma vez mais se v na reforma do ensino um importante instrumento at mesmo por vezes o mais importante do progresso econ mico e social SKILBECK 1992 p 18 na sua quase totalidade os problemas do ensino p blico fazem parte de um vasto e complexo conjunto sociocultural estreitamente ligado a preocupa es econ micas pol ticas e estrat gicas dos pa ses membro SKILBECK 1992 p 31 na convic o de que a escola ou o ensino deve contribuir para o desenvolvimento econ mico e social SKILBECK 1992 p 33 o ensino deve ser um meio eficaz de adapta o s mudan as econ micas e a outras transforma es macros sociais SKILBECK 1992 p 34 e est fora de d vida que a avalia o permanente da economia a sua reestrutura o e a sua gest o cada dia influem mais sobre as medidas tomadas para melhorar o ensino e os programas SKILBECK 1992 p 39 H mais duas passagens significativas Ao longo dos a
143. para a identifica o das repercuss es da luta sindical sobre o pr prio rumo das pol ticas de AD Outro aspecto relevante para a realiza o da investiga o em Portugal a exist ncia naquele pa s de um n mero expressivo de 25 organiza es sindicais docentes Ap ndice A que n o inclui as delega es regionais de cada sindicato Dessa quantidade de sindicatos constru mos a hip tese de haver uma diversidade de posicionamentos e rea es sindicais diante da pol tica de ADD Afinal como as diferentes organiza es se articularam para lutar por suas reivindica es em torno da ADD neste contexto que se situou o objeto deste estudo qual seja as propostas e pol ticas de AD Entendendo as como campo de disputa na medida em que s o concebidas e desenvolvidas no mago de uma sociedade fundamentalmente caracterizada pelo antagonismo de classes que se expressa no pr prio aparelho de Estado as pol ticas de AD s o recebidas diferentemente por professores e organiza es sindicais os quais muitas vezes op em se a elas seja pela forma como governos desenham nas e implementam nas seja pelas implica es reais e ou potenciais que tais pol ticas produzem sobre aqueles sujeitos alterando seus sal rios carreiras trabalho e luta sindical No texto Aspectos pol ticos na implementa o das reformas educacionais Corrales 2000 faz uma s rie de recomenda es aos governos sobre como lidar com a resist ncia
144. pedag gico ou seja as aus ncias apresentadas pelos docentes nos meses de mar o abril agosto setembro outubro e novembro de 2000 e as faltas abonadas justificadas e injustificadas bem como as licen as e afastamentos de qualquer natureza para o computo das aus ncias S O PAULO 2001b p 1 Todavia os afastamentos realizados para o exerc cio de fun es junto aos rg os da SEE SP Conselho Estadual de Educa o entidades conveniadas com aquela Secretaria e entidades de classe do Magist rio n o eram considerados para o c lculo da frequ ncia S O PAULO 2001b Os professores afastados para o cumprimento dessas fun es tinham assegurado o recebimento de um b nus de R 750 00 n o sendo submetidos queles crit rios de avalia o de frequ ncia Professores readaptados tamb m tinham assegurado um b nus de R 750 00 enquanto professores eventuais substitutos estagi rios aposentados e pensionistas mais uma vez n o eram contemplados pela lei S O PAULO 2001b Uma condi o essencial para receber o B nus M rito al m da frequ ncia era contar com no m nimo 90 noventa dias consecutivos de exerc cio em cargo ou fun o atividade docente considerando o per odo compreendido entre 03 de setembro e 1 de dezembro de 2000 S O PAULO 2000b p 1 Aquele que atendesse exatamente esse m nimo eram concedidos 45 R 337 50 do valor do b nus assegurado na lei R 750 00 S O 92 s A
145. poca tendo marcado a hist ria do sindicalismo docente portugu s DIRIGENTE 1 Nos meandros das negocia es em torno do ECD sindicatos professores e ME tamb m debatem a cria o de um modelo de AD cuja recomenda o posteriormente consolidada no ECD sob o Decreto Lei n 139 A 90 de 28 de abril de 1990 PORTUGAL 1990 consta na LBSE como vemos a seguir A progress o na carreira deve estar ligada avalia o de toda a actividade desenvolvida individualmente ou em grupo na institui o educativa no plano da educa o e do ensino e da presta o de outros servi os comunidade bem como s qualifica es profissionais pedag gicas e cient ficas PORTUGAL 1986 p 3076 Na LBSE o governo estabelece que publicaria no prazo de um ano sob a forma de decreto lei a legisla o complementar necess ria para o seu desenvolvimento PORTUGAL 1986 p 3080 Esta legisla o contempla entre outros dom nios as carreiras de pessoal docente e de outros profissionais da educa o PORTUGAL 1986 p 3080 uma vez que os educadores professores e outros profissionais da educa o t m direito a retribui o e carreira compat veis com as suas habilita es e responsabilidades profissionais sociais e culturais PORTUGAL 1986 p 3076 Desta forma em 28 de abril de 1990 durante o per odo de aplica o e ou experimenta o das medidas e pol ticas aprovadas para consolidar
146. por consultores em SP mostrou que os professores desse Estado faltaram em m dia 32 dias letivos no ano de 2006 ANDI 2007 p 1 Baseado nesse levantamento os consultores acreditam que os professores faltam devido permissividade da lei o educador aproveita todas as brechas previstas na lei para poder faltar pr tica que ainda seria estimulada pela desvaloriza o da carreira docente e pelo baixo sal rio ANDI 2007 p 1 Para reverter o quadro de absente smo estimulado a priori pela permissividade da lei e o suposto desinteresse dos docentes pelas aulas os consultores recomendam incentivar financeiramente os mais eficientes bem como mexer no direito de faltar medida sugerida por Ilona Becskeh zy ANDI 2007 p 1 Segundo Takahashi 20104 da Folha de S Paulo a taxa de absente smo em 2007 foi de 12 8 Esta r pida triangula o que fizemos entre b nus absente smo e adoecimento docentes visa a destacar que a 80 p o wani aa Diretora executiva da Funda o Lemann institui o parceira do Movimento Todos Pela Educa o 168 assiduidade dos professores foi e ainda o pilar de sustenta o das diversas pol ticas de bonifica o assinadas pelos governos psdbistas no Estado de SP O foco na assiduidade explicita que para esses governos professor presente em sala de aula independentemente do seu estado de sa de condi es de trabalho remunera o e forma o garanti
147. pt aba 27 amp cat 226 amp doc 4850 gt Acesso em 05 de jun 2013 Decreto Regulamentar n 2 2010 de 23 de junho de 2010 Regulamenta o sistema de avalia o do desempenho do pessoal docente estabelecido no Estatuto a Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 2010b Dispon vel em lt http Awww ccap min edu pt docs DR 2 2010 pdf gt Acesso em 05 de jun 2013 MINIST RIO DA EDUCA O E CI NCIA Decreto Lei n 41 2012 de 21 de fevereiro de 2012 Procede altera o do Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 2012 Dispon vel em lt http www dga p gov pt upload Legis 2012 dl 41 21 02 pdf gt Acesso em 25 fev 2013 Decreto Regulamentar n 26 2012 de 21 de fevereiro de 2012 Regulamenta o sistema de avalia o do desempenho do pessoal docente estabelecido no Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 2012b Dispon vel em lt http Awww spn pt Download SPN SM Doc Mid 115 Doc 3063 Anexos 26 2012 avaliacaodesempenho pdf gt Acesso em 04 mai 2013 DIRE O GERAL DA ADMINISTRA O ESCOLAR Nota Informativa 05 11 2013 Dispon vel em lt http www spn pt Download SPN SM Doc Mid 115 Doc 3624 Anexos NOTA INFORMATIVA AVALIACAO DO DESEMPENHO DOCENTE nov2013 pdf gt Acesso em 15 jun 2014 PRESID NCIA DA REP BLICA Lei n 5 73
148. representam distintos projetos de classe e fra es de classe os quais por sua vez se op em ou aderem s pol ticas de AD propostas por intelectuais burgueses e adotadas por governos Discutir os limites e as possibilidades da luta sindical no Estado capitalista demanda refletir sobre os fundamentos desse Estado pois a educa o objeto de trabalho dos docentes um direito constitucional a ser assegurado em seu n vel b sico majoritariamente pelo Estado nos casos de Brasil e Portugal Al m disso os docentes da educa o b sica em sua maioria s o trabalhadores vinculados ao Estado constituindo se no Brasil na maior categoria de trabalhadores do setor p blico com dois milh es de membros Por ltimo no mbito do Estado que se elaboram e avaliam pol ticas como as de AD que t m mobilizado a resist ncia de docentes e sindicatos em fun o de in meras implica es 1 5 ESTRUTURA DO TEXTO Compreender a luta sindical e suas motiva es como as pol ticas de AD exige um movimento te rico mais amplo para al m da superestrutura jur dico pol tica preciso buscar os v nculos org nicos existentes entre Estado e economia capitalista no sentido de evidenciar a natureza de classe do Estado Para tanto na Se o 2 discutimos alguns aspectos do Estado capitalista e do papel dos sindicatos segundo os autores cl ssicos marxistas para apresentar os fundamentos te ricos que nortearam nossas an lises sobre as l
149. rios Pregavam claramente na linha do Manifesto Comunista de Marx e Engels a derrubada violenta do sistema capitalista destruindo o estado vigente e abolindo a propriedade privada dos meios de produ o J no fim do s culo esse movimento se dividiu em dois Uma corrente continuou a pregar a revolu o com base nas id ias de Marx e a partir da pdf gt Acesso em 07 mai 2013 129 Revolu o Russa com base nas id ias e na a o pol tica de Lenin Esta a origem dos partidos comunistas atuais e de outros partidos que se denominam marxistas leninistas Outra corrente rejeitou os m todos revolucion rios e se voltou para a disputa do poder pol tico pelo voto buscando transformar a sociedade capitalista atrav s de reformas graduais Da evolu ram os partidos social democr ticos europeus da atualidade que s vezes tamb m se chamam socialistas como na Fran a Espanha e Portugal ou trabalhistas como na Inglaterra Os social democratas querem fazer suas propostas avan ar pelo convencimento n o pela imposi o Isto pode tornar as mudan as mais lentas talvez Mas n o significa que elas tenham de ser superficiais ou limitadas CARDOSO 1990 p 8 Nesse sentido a revolu o educacional visada pelo PSDB pretendia entre outros aspectos p r o dedo em algumas feridas entre elas a do corporativismo da rea educacional e a da redefini o do papel do Estado MELLO 1990 p 18
150. rito aos integrantes das classes de docentes S O PAULO 2000b p 1 importante assinalar que o BM em 2000 e 2001 publicou um relat rio direcionado ao governo brasileiro por meio do qual recomendava a este a ado o de alguns mecanismos para converter em eficazes os maus professores DELLANOY SEDLACEK 2001 O BM criticava e condenava o alto absente smo docente entre outros aspectos DELLANOY SEDLACEK 2001 Os principais mecanismos que ele recomendou para solucionar os problemas educacionais brasileiros certifica o e recertifica o docente e a avalia o e remunera o por desempenho ou m rito focavam se no professor DELLANOY SEDLACEK 2001 SCHNEIDER 2009 No relat rio se encontrava uma preocupa o expl cita com a sustentabilidade fiscal do sistema educacional brasileiro preocupa o fundamentada no enorme contingente de professores existente no Brasil Apesar dos efeitos do B nus M rito e do B nus Gest o serem retroativos o governo de SP publica anualmente desde 2000 leis anuais que atualizam a pol tica de bonifica o dos trabalhadores do ensino p blico desse Estado Atuando presidente Fernando Henrique Cardoso PSDB em 2003 visando a produzir e disseminar conhecimento sobre os desafios do desenvolvimento e da democracia no Brasil em sua rela o com o mundo via exposi es eventos educativos debates interdisciplinares estudos e publica es IFHC 2014
151. se realiza ria o exame nacional de cursos para as licenciaturas BRASIL 2003a p 1 Por isso seria obrigat rio para os concluintes desses cursos sendo volunt rio para todos os demais BRASIL 20034 Os dois testes do Exame seriam elaborados a partir de Matrizes de Refer ncia que especificariam o que se pretende avaliar BRASIL 2003c p 17 tanto no professor quanto em suas institui es formadoras O MEC construiu e disponibilizou uma proposta de Matrizes para discuss o entre gestores representantes de institui es de ensino superior e professores dos anos iniciais do ensino fundamental que seriam os primeiros candidatos a realizarem o Exame De acordo com o MEC BRASIL 2003b p 18 trata va se de uma proposta aberta flex vel que busca va integrar um conjunto de conhecimentos considerados b sicos para a forma o e a a o profissional dos docentes Tanto no documento desta proposta BRASIL 2003b lan ado em junho de 2003 quanto no documento das Matrizes aprovadas BRASIL 2003c lan ado em dezembro de 2003 nota se o apelo do MEC sobre os professores para que eles participassem da discuss o sobre as Matrizes que em ltima inst ncia fundamentariam o Exame a ser por eles realizado Tal como os intelectuais do capital o MEC celebra a participa o formal consultiva te rica dos professores no desenho reformula o e implementa o da pol tica que recai sobre eles como um grande fator de
152. segundo o autor ajudar a 212 responder qual a f rmula mais eficaz de remunera o de professores e diretores LISBOA 2009 p xxvii Concordamos com a import ncia da estat stica para a compreens o da realidade Contudo a realidade n o se reduz estat stica e a produ o e o uso de seus resultados n o ocorrem de maneira desvinculada do mundo social pol tico econ mico e cultural O governo do Estado mais rico do Brasil tem tomado determinadas evid ncias estat sticas como express o concreta da realidade para formular pol ticas educacionais como a BR O PSDB embalou articuladamente a Reforma do Estado com a reforma neoliberal da educa o na d cada de 1990 ambas de grande interesse para o movimento da economia burguesa Portanto o PSDB representa interesses de grandes empres rios e grupos econ micos Portanto a mesma leitura estat stica da realidade educacional paulista que refor ou que pol ticas de remunera o ou premia o por presen a e metas para os trabalhadores da educa o podiam gerar melhores resultados de aprendizagem entre os estudantes FERRAZ 2009 hoje n o explicita com o mesmo vigor que esses resultados de aprendizagem sofreram mudan as insignificantes desde que os b nus foram institu dos em 2000 Essas varia es podem ser observadas por meio do IDESP criado pela SEE SP em 2007 para acompanhar o desenvolvimento da qualidade do ensino p blico paulista O quadro abaixo
153. sempre entender quais eram as 254 necessidades e orienta es gerais da pol tica educativa para tentar fomnecer lhes um instrumento pr tico de apoio s suas decis es sem que tal assun o limitasse ou de qualquer forma diminu sse a liberdade de discuss o FREIRE 2005 p 104 A vincula o do processo de pesquisa e de seus resultados o conhecimento produzido s necessidades da pol tica no sentido de inform la para subsidiar decis es mais acertadas ou para sustentar as op es de pol tica realizadas defendida pela pr pria Ministra Lurdes Rodrigues RODRIGUES 2010 Freire 2005 p 103 por exemplo explicitou que preferiu partir de uma vis o pr pria da situa o da carreira docente que julgava ser partilhada pelos respons veis do ME tal como foi entrevisto na reuni o inicial havida O comprometimento do autor com os interesses e demandas do ME no que concerne reorganiza o da carreira docente do ensino n o superior levou o a diagnosticar os seguintes pontos fr geis na situa o estrutural dos professores Os ditos pontos fr geis situam se em v rios dispositivos processuais por um lado a estrutura horizontal da carreira a avalia o de desempenho etc e por outro lado nas percep es forjadas por v rios actores do sistema a naturaliza o dos direitos adquiridos ou a falta de autoridade por parte dos professores os interesses col
154. seu sucesso A constru o de pol ticas educacionais duradouras e compat veis com os anseios da sociedade brasileira s se viabiliza com a participa o de todos os atores compromissados com o cotidiano do processo educativo Temos a convic o de que apenas institui es constru das com a participa o de todos os segmentos da educa o brasileira por meio de um grande di logo nacional ser o capazes de criar um c rculo virtuoso que leve supress o dos atuais padr es de exclus o e desigualdade de oportunidade educacionais BRASIL 2003b p 12 O Sistema Nacional de Forma o Continuada e 142 Certifica o de Professores tem o seu in cio previsto para 2003 2004 somente para docentes nos quatro primeiros anos do ensino fundamental A participa o desse segmento de professores nos encontros estaduais e no encontro nacional decisiva para que possamos construir juntos as matrizes de refer ncia do Exame Nacional de Certifica o BRASIL 2003b p 13 Vale ressaltar mais uma vez a import ncia da participa o dos professores nos encontros estaduais e nacional organizados com a finalidade de debater e aprovar as matrizes de refer ncia do exame BRASIL 2003b p 14 Professor participe do encontro do seu Estado e discuta em sua escola a proposta de matriz de refer ncia para o exame nacional BRASIL 2003b p 17 Os 800 delegados representando professores institui es de ensino superior
155. sindicais docentes realizadas ap s as grandes manifesta es sofreram v rias altera es e hoje a ADD se apoia num modelo muito mais simplificado como poss vel verificar no esquema conceitual elaborado pelo Sindicato dos Professores do Norte SPN a partir das contribui es online dos professores 324 Figura 21 Esquema conceitual da atual ADD 2013 Portugal ram rem acima pr E nr krenas x F a tretie hi RO Fr PRM UM ir Rara tres E na o E qua AE PAP mr ga e fo a ma si Cri l niia qr ei E EL a T ema manir as uade il do mla miada daria md corria coma demanda kiluta rrem Ea pelei por er re qria riw m h ho o miir Fonte Sindicato dos Professores do Norte SPN 2013 p 1 325 Considerando as mudan as que apontaram para a simplifica o do modelo de ADD e para a incorpora o nele de um car ter menos punitivo PORTUGAL 2012b 2013 podemos afirmar que as organiza es sindicais docentes se constitu ram em Portugal como obst culos pol ticos implementa o da ADD do ME Corrales 2000 afirmou que os sindicatos de professores s o o primeiro grupo atingido pelas reformas educacionais que visam melhoria da qualidade da educa o Com esta afirma o o autor sup s que os sindicatos de professores como grupo de interesses espec ficos s o prejudicados pelas reformas e por isso se op em a elas Ao se opor s reformas os sindicatos estariam
156. socialista FENPROF 2009 e uma postura de revolta coletiva face aos ataques empreendidos a si por este mesmo governo a Ministra Lurdes Rodrigues estava decidida a manter o rumo dessas pol ticas o que ficou expl cito em uma afirma o p blica sua tanto faz serem mil ou cem mil Isto n o vai alterar as nossas posi es e as nossas decis es DIRIGENTE 1 Numa an lise realizada sobre o conjunto das 314 pol ticas educativas desenvolvidas pelo governo no per odo 2005 2009 a FENPROF evidenciou que esta intransig ncia tinha uma orienta o bem definida Analisar as pol ticas educativas desenvolvidas ao longo dos ltimos quatro anos implica ter claro o objectivo central que as norteou as op es ideol gicas que as sustentaram e os des gnios que se pretendiam atingir Sem esquecermos obviamente o quadro pol tico geral em que nos movimentamos nomeadamente a nossa integra o na Uni o Europeia mas tamb m e principalmente o quadro de globaliza o neoliberal em que os governos portugueses se instalaram entusiasticamente e de que este um Governo de maioria do Partido Socialista se revelou mais do que entusi stico aderente tentando mesmo afirmar se como o melhor aluno da cartilha neoliberal que nos tentaram impor como solu o nica e inquestion vel FENPROF 2009 p 11 A expressividade das manifesta es n o sensibilizou os membros do governo mas o Primeiro Ministro sentiu nas urnas por meio da re
157. tamb m 76 procuram viabilizar o apoio das organiza es sindicais s pol ticas de AD que afetam os trabalhadores docentes e suas carreiras Segundo Diaz o aspecto que mais requer uma renova o da atitude sindical diz respeito ao apoio moderniza o dos enfoques de gest o do sistema educacional e s iniciativas de melhoria da qualidade que incluem as pol ticas antes citadas D AZ 2004 p 68 Na vis o do autor essas pol ticas n o conv m aos interesses dos sindicatos ao contr rio o que a dire o sindical quer assumir pap is que extrapolem sua finalidade D AZ 2004 p 68 As a es sindicais politizadas s o temidas porque se constituem em obst culos viabiliza o do consenso necess rio implanta o bem sucedida das reformas neoliberais no campo educacional MCMEEKIN 2006 PURYEAR 2006 Al m disso transcorre insistentemente a estrat gia burguesa de persuadir os docentes de que a educa o e seus sindicatos n o s o espa os de atua o pol tica como se n o fossem atravessados pelo conflito de classes Mas por que esta preocupa o em despolitizar os sindicatos de professores e o campo educacional V rias podem ser as raz es porque a escola tem o potencial de desenvolver a consci ncia coletiva da classe trabalhadora no que se refere sua condi o de classe explorada porque os docentes constituem a maior parcela de trabalhadores do setor p blico em muitos pa ses por
158. todos deviam obter frequ ncia com aproveitamento de m dulos de forma o cont nua que no per odo em avalia o correspond esseljm em m dia a vinte e cinco horas anuais PORTUGAL 2007a p 532 Caso os professores obtivessem men o qualitativa inferior a Bom no per odo em avalia o lhes seria acrescentado id ntico per odo com avalia o qualitativa m nima de Bom ou superior PORTUGAL 2007a p 532 Sob as altera es introduzidas pelo DL n 15 2007 a carreira docente passou a ser estruturada em praticamente oito escal es quando antes de acordo com o DL n 312 99 de 10 de Agosto de 1999 PORTUGAL 1999 eram nove como se pode ver no Quadro 17 Quadro 17 Estrutura da carreira docente em 1999 Portugal Escal es 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Dura o em anos 2 3 4 4 4 3 3 3 5 Fonte Portugal 1999 Elabora o pr pria O Quadro 18 mostra como ficou estruturada e dividida a carreira docente a partir de 2007 Quadro 18 Estrutura da carreira docente em 2007 Portugal Categorias Escal es I 2 3 4 5 6 Professor 5 5 5 4 4 6 Professor titular 6 6 6 Fonte Portugal 2007a Elabora o pr pria 269 O 6 escal o da categoria de professor equivalia ao 1 da categoria de professor titular como evidenciava o mesmo ndice remunerat rio 245 e uma observa
159. um profissional da rede privada n o pode faltar ent o da p blica n o pode tamb m FOLHA DE S PAULO 2005 p 8 A Folha de S Paulo em opini o publicada no dia 13 de novembro de 2007 apresentou argumento semelhante ao de Chalita Mesmo reconhecendo a necessidade de recupera o salarial dos docentes a Folha defendeu que ganhar um pouco mais n o resolvia o descalabro instalado em 2007 de 12 8 de absente smo no ensino p blico paulista FOLHA DE S PAULO 2007 p 1 A este percentual correspondia segundo a Folha um sumi o di rio das salas de aula de 29 4 mil docentes 13 36 considerando um universo de 220 mil professores contra menos de 1 em escolas privadas FOLHA DE S PAULO 2007 p 1 Segundo a Folha os professores paulistas recebiam uma m dia salarial 53 superior ao valor proposto pelo piso nacional em 2007 Por isso deduziu que aumentos salariais n o produzem assiduidade nem garantem melhora autom tica do ensino FOLHA DE S PAULO 2007 p 1 Tais resultados acredita a Folha adv m das cobran as realizadas sobre os professores E preciso exigir contrapartida dos professores Reservar uma parte relevante do or amento para premiar as escolas que mais reduzirem as faltas e mais melhorarem o desempenho dos alunos um meio inteligente de perseguir esse objetivo A via do est mulo por m n o basta N o h como 194 conciliar o interesse p blico com a pletora
160. uma institui o criada em 2006 por 14 sie RS 13 organiza es sindicais docentes para defender sobretudo a Refiro me FENPROF 3 S o elas FENPROF FNE Federa o Portuguesa dos Profissionais da Educa o Ensino Cultura e Investiga o FEPECI Federa o 34 carreira docente Na realidade essa Plataforma foi constitu da por 28 organiza es sindicais j que a FENPROF e a FNE representam cada uma 7 sindicatos de professores A Plataforma perdurou at 2009 2010 quando as organiza es sindicais no momento de constru rem uma alternativa ADD do ME n o chegaram a um acordo sobre as proposi es Todo o processo de luta contra a ADD do ME foi liderado pela FENPROF Os sindicatos utilizaram diversos meios telefone e mail internet visitas s escolas e reuni es sindicais para mobilizar os professores e leva los a participar das marchas realizadas nos dias 08 de mar o e 08 de novembro de 2008 na Nacional do Ensino e Investiga o FENEN Associa o Sindical de Professores Licenciados ASPL Associa o Sindical dos Professores Pr Ordem PR ORDEM Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educa o e Universidades SEPLEU Sindicato Independente de Professores e Educadores SIPE Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Polit cnicos e Universidades SPLIU Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino B sico SIPPEB que at
161. uma sa da para melhorar a qualidade da educa o em sistemas educacionais nos quais supostamente prevalece uma cultura de absente smo Os ex Secret rios de Educa o Rose Neubauer Maria Helena Guimar es de Castro e Paulo Renato Souza PSDB entendiam que o Estado de SP apresentava altas taxas de absente smo docente o que em sua vis o explicava sobremaneira a fraca aprendizagem dos alunos e o seu consequente fracasso escolar A estreita rela o entre bonifica o e frequ ncia ou assiduidade como indicamos pr pria da pol tica educacional neoliberal que vigora em SP desde os anos 2000 Por isso continuamos encontrando a nos textos normativos publicados ao longo dos anos 2000 como o Decreto n 52 719 de 14 de fevereiro de 2008 que regulamenta e define os crit rios para a concess o do b nus de 2007 S O PAULO 2008b p 1 Por meio desse b nus tal como ocorreu em 2004 o governo suprimiu a extin o que havia entre B nus Gest o e B nus M rito O mesmo b nus portanto sem adjetiva o passa a ser devido tanto aos integrantes das classes de suporte pedag gico quanto aos docentes considerando os mesmos crit rios para ambos exce o de que aos primeiros era acrescido o crit rio do n mero de alunos de sua escola Os crit rios para a obten o desse b nus e suas respectivas pontua es s o mostrados na tabela a seguir 198 Tabela 2 Crit rios de avalia o e respec
162. uma sistem tica investiga o sobre a constitui o de redes 107 Se o Estado composto por m ltiplos aparelhos e ao mesmo tempo influenciado por uma mut vel e din mica correla o de for as entre classes e fra es de classe disso deriva que em sua a o efetiva e em momentos hist ricos diversos diferentes aparelhos poder o ser mais ou menos influenciados por diferentes classes e muitas pol ticas espec ficas do Estado poder o refletir interesses entre si conflitantes O fato de que em ltima inst ncia terminem por predominar as pol ticas que asseguram a reprodu o da sociedade de acordo com os interesses do conjunto das classes dominantes muitas vezes em oposi o a setores ou fra es de tais classes esse fato resulta de um processo bastante complexo COUTINHO 2008 p 39 40 Essa perspectiva de an lise nos ajuda a compreender a preocupa o dos OM sobre os professores manifesta nas recomenda es para que governos adotem pol ticas de AD O professor da escola p blica um trabalhador que forma conforma e monitora na sociedade de classes as pr ximas gera es de trabalhadores bem como suas habilidades b sicas SHIROMA EVANGELISTA 2004 Por isso estrat gico para o projeto do capital SHIROMA EVANGELISTA 2004 p 535 mas contraditoriamente o professor tamb m estrat gico para o trabalho porque contribui para a forma o da capacidade de ler o mundo
163. vez as lutas dos sindicatos BARRETO LEHER 2003 p 41 Al m disso OM e governos acusam frequente e reiteradamente os professores de serem corporativistas acomodados descompromissados e opositores BARRETO LEHER 2003 Vemos que esta caracteriza o orquestrada para desqualificar os professores para negativar sua imagem perante a sociedade e acima de tudo para remover o professor obst culo EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 533 e o sindicato obst culo ou seja os sujeitos contr rios s reformas educacionais burguesas As quest es principais desta pesquisa brotaram dos elementos que sumariamos at aqui Indagamos em que medida e de que forma as organiza es sindicais docentes se configuraram como obst culos pol ticos implementa o de reformas educacionais em especial de pol ticas de AD Quais 40 foram os seus posicionamentos e rea es diante delas Como a luta sindical repercutiu sobre as pol ticas de AD Quais foram as principais recomenda es dos OM para a elabora o de propostas de AD Que ideias produziram e disseminaram sobre as organiza es sindicais docentes Que estrat gias utilizaram os governos para implementar suas pol ticas de AD 1 2 OBJETIVOS O objetivo da pesquisa foi analisar pol ticas de avalia o docente propostas por OM e adotadas por governos desde os anos 1990 Procuramos identificar os posicionamentos e as rea es das organiza es sindicais sua implemen
164. 0 FOLHA DE S PAULO ntegra de entrevista Gabriel Chalita 24 06 2005 Dispon vel em lt http wwwl folha uol com br folha treinamento educacao te2406200512 shtml gt Acesso em 12 jun 2014 Mestres em falta 13 de novembro de 2007 Dispon vel em lt http Awww1 folha uol com br fsp opiniao fz1311200701 htm gt Acesso em 13 jan 2014 Governo tenta p r culpa em docente diz sindicato 12 de janeiro de 2009 Dispon vel em lt http apeoespsub org br clipping culpa docente html gt Acesso em 12 fev 2011 FRIGOTTO Gaud ncio Fundamentos cient ficos e t cnicos da rela o Trabalho e Educa o no Brasil de hoje In LIMA J lio C F NEVES L cia M W org Fundamentos da educa o escolar do Brasil contempor neo Rio de Janiero FIOCRUZ 2006 p 241 288 355 FUNDA O CARLOS CHAGAS An lise das modalidades e das pr ticas em estados e munic pios brasileiros Relat rio final 2011 Dispon vel em lt www fvc org br pdf relatorio formacao continuada pdf gt Acesso em 14 set 2012 FUNDA O KONRAD ADENAUER Sindicatos docentes y reformas educacionais en Am rica Latina Brasil 2008 Dispon vel em lt http Awww kas de wf doc 6790 1442 4 30 pdf gt Acesso em 23 jun 2014 FREIRE Jo o C de O Estudo sobre a reorganiza o da carreira docente do Minist rio da Educa o Relat rio Final Dezembro de 2005 Dispon vel em lt http mobilizacaoeunidadedosprofessores blogs
165. 002 Alckmin 5 500 00 28 12 2001 Pedag gico Avalia desempenho frequ ncia PSDB exig ncia de no m nimo 200 dias de Rose exerc cio dos quais no m nimo 180 Neubauer consecutivos PSDB 2002 B nus Classes de Alterado pela L C n 938 de Geraldo 1 500 00 a Gasto L C n 927 de Gest o Suporte 07 02 2003 Alckmin 370 milh es 12 09 2002 Pedag gico Regulamentado pelo Decreto n PSDB inclui 27922003 Rose B nus Avalia desempenho frequ ncia Neubauer M rito exig ncia de no m nimo 200 dias de PSDB exerc cio dos quais no m nimo 180 consecutivos 402 2000 B nus Classes de Regulamentado pelo Decreto n M rio 750 00 a 172 milh es L C n 891 de M rito Docentes 46 167 de 09 10 2001 Covas 3 000 00 28 12 2000 Avalia frequ ncia exig ncia de no PSDB m nimo 90 dias consecutivos de Rose exerc cio Neubauer PSDB 2001 B nus Classes de Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 1 000 00 a Estimado L C n 909 de M rito Docentes 222 2002 Alckmin 4 500 00 310 milh es 28 12 2001 Avalia desempenho frequ ncia PSDB Gasto exig ncia de no m nimo 200 dias de Rose 233 4 exerc cio Neubauer milh es PSDB 2002 B nus Classes de Alterado pela L C n 938 de Geraldo 1 000 00 a Gasto L C n 928 de M rito Docentes 07 02 2003 Alckmin 2 370 milh es 12 09 2002 Regulamentado pelo Decreto n PSDB inclui 2922003 Rose B nus Avalia d
166. 03 12 37 de 09 04 12 altera 30 03 12 Resol SE n 20 de 30 03 11 2013 Resolu o Resol SE Resol SE n 88 n 21 de Conj de 09 04 13 CC 20 12 13 SGP SF Resol SPDR n Conj CC 6 de SGP SF S 28 03 13 PDR n 5 de 28 03 13 Fonte Site da SEE SP Elabora o pr pria poss vel perceber a partir do conte do dos normativos constantes no quadro acima e das Notas T cnicas anuais do Programa de Qualidade da Escola PQE que apresenta as formas de c lculo do IDESP do ndice de Cumprimento de Metas e do Adicional por qualidade IQ que regem o pagamento da bonifica o por resultado S O PAULO 2010 p 1 S O PAULO 2011 p 1 S O PAULO 2012 p 1 S O PAULO 2013 p 1 que a pol tica de BR em rela o s anteriores se apoia fortemente na estat stica no controle matem tico no c lculo detalhado e supostamente neutro dos desempenhos e dos merecimentos Lisboa 2009 prefaciador do livro Educa o b sica no Brasil construindo o Brasil do futuro escrito por 20 economistas que abordam entre outros temas a educa o paulista ressalta que a estat stica aplicada educa o traz grandes beneficios ao desenho da pol tica educacional O autor sugere que ela tamb m pode contribuir para aperfei oar o desenho institucional de modo a garantir o uso mais eficaz dos recursos p blicos LISBOA 2009 p xxvi Na linha da efic cia a estat stica poderia
167. 05 p 13 Tomando como base este diagn stico e sua an lise Freire 2005 p 30 prescreveu altera es estrutura da carreira docente que foram incorporadas com modifica es na revis o do ECD publicado em 19 de janeiro de 2007 PORTUGAL 2007a Segundo o autor deveriam ser criadas tr s categorias profissionais com respectivas condi es de acesso na carreira docente quais sejam a Professores iniciais Assim se designam os docentes ap s o processo de profissionaliza o e vincula o ao ME que marca o ingresso na carreira docente b Professores confirmados Ser o assim designados os professores iniciais que acederem a esta categoria por terem Cumprido um m nimo de 10 anos de servi o Satisfeito durante esse per odo as exig ncias fixadas no sistema de avalia o de desempenho incluindo a forma o cont nua 258 E realizado com sucesso as Provas de Confirma o c Professores Titulares Ser o assim designados os que acederem a esta categoria por terem Cumprido um m nimo de 15 anos na categoria de Professor Confirmado e 25 anos de servi o Satisfeito durante esse per odo as exig ncias fixadas no sistema de avalia o de desempenho incluindo a avalia o cont nua Obtido lugar nas vagas postas a concurso na prova anterior 9 2 Os docentes que n o lograrem a promo o categoria subsequente v o continuando a progredir
168. 08 e 2009 Portugal Datas 08 03 2008 08 11 2008 30 05 2009 2013 Total de professores 150 mil 150 mil 150 mil 130 mil no pa s Participa o nas 100 mil 120 mil 75 mil manifesta es Percentual de 66 67 80 50 participa o da categoria Total de professores 90 mil 90 mil 74 mil 78 mil sindicalizados no pa s Percentual de 60 60 49 33 60 sindicaliza o docente Total de 63 mil 63 mil 51 800 52 mil sindicalizados na FENPROF Representatividade 70 70 70 66 67 sindical da FENPROF Fonte Entrevistas Elabora o pr pria Al m dos n meros as imagens das grandes marchas de professores ajudam a constituir o significado desta movimenta o docente no contexto do sindicalismo portugu s As imagens a seguir tamb m revelam as principais fontes de contesta o e descontentamento dos professores e organiza es sindicais 309 Figura 13 Marcha da Indigna o 08 03 08 Portugal Fonte FENPROF 2008b Figura 14 Plataforma Sindical exigindo a suspens o da ADD 08 11 08 Portugal E t PENS O J Plataforma Sindic r dos Professores Fonte FENPROF 2008b 310 Figura 15 Categoria h s uma Professor e mais nenhuma 08 11 08 Portugal Fonte FENPROF 2008b As entrevistas com os dirigentes sindicais deixam claro que em nenhum momento as organiza es sindicais imagina
169. 1996 Dispon vel em lt http xa yimg com kq groups 16807957 196 6327124 name pabloGentil rtf gt Acesso em 13 fev 2014 GENTILI Pablo A A Neoliberalismo qualidade total e educa o vis es cr ticas Petr polis Vozes 1994 GENTILI Pablo et al Reforma educativa y luchas docentes en Am rica Latina Educ Soc Campinas v 25 n 89 Dec 2004 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 733 02004000400009 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 20 abr 2014 GERCINA Cristiane Professor com licen a concorrer a reajuste 28 05 2011 Agora Dispon vel em lt http www agora uol com br trabalho ult10106u922137 shtml gt Acesso em 13 fev 2014 GEROLOMO Amilton C Trabalhadores do ensino e APEOESP uma rela o de conflito 1978 1987 S o Paulo Annablume 2009 GINDIN Juli n Sindicalismo docente e Estado as pr ticas sindicais do Magist rio no M xico Brasil e Argentina 2006 253 f Disserta o Mestrado Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Educa o Rio de Janeiro 2006 Dispon vel em lt http Awww bdtd uer br tde busca arquivo php codArquivo 71 gt Acesso em 13 jun 2014 La conflictividad docente en Am rica Latina un balance del afio 2005 Buenos Aires Fundaci n Laboratorio de Pol ticas P blicas 2007 Dispon vel em lt http www lpp buenosaires net LPP _ BA Publicaciones documentos ED4 CDAL Balance05 pdf gt Acesso
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171. 2 anos a APEOESP tem sido questionada pelo car ter partid rio de suas a es uma vez que a oposi o ao PSDB tem como pano de fundo o apoio ao PT que assumiu tamb m em 2012 a administra o do munic pio de SP Al m disso o estudo das pol ticas de avalia o e bonifica o mostrou nos que a luta empreendida pela APEOESP bastante focalizada em algumas pol ticas tendo como eixo central de sua atua o o reajuste salarial o que fundamental para o desenvolvimento da luta econ mico pol tica A luta da APEOESP tem um forte car ter econ mico apresentando como elementos constitutivos da 339 valoriza o do Magist rio percentuais de reajuste salarial na casa dos 20 e ou 30 bem como a convers o dos b nus em reajustes ou a sua incorpora o aos sal rios Nessa perspectiva pensamos que se a luta dos sindicatos de professores circunscreve se a quest es de ordem econ mica e imediata os conflitos e negocia es podem ocorrer e se resolver no mbito local a princ pio descolados da perspectiva de classe A luta sindical assim delimitada se fragmenta em lutas econ micas e particulares o que n o contribui para estabelecer no mbito da escola p blica as bases de uma educa o e de uma sociedade para al m do capital As pol ticas de avalia o docente capturam a subjetividade do professor sugerindo fazer justi a em rela o ao reconhecimento das diferencia es merit rias entre os professores Porq
172. 20 mil trabalhadores um n mero expressivo e mais ainda quando verificamos que em 2009 a APEOESP 2010b promoveu um boicote prova estimulando os professores a n o se inscreverem nela Segundo a entidade Essa proposta ilegal pois fere diretamente a isonomia salarial Est inclusive sendo questionada judicialmente pela Apeoesp Nossa luta por um plano de carreira que de fato valorize os professores e que permita reajuste salarial independentemente de prova Ressaltamos que o boicote a prova de m rito continua O boicote foi aprovado em assembl ia e pela Confer ncia de Educa o realizada pela APEOESP na cidade de Serra Negra em Nov 09 O governo argumentou que com tal projeto e lei pretendia reduzir o absente smo j que a assiduidade era um crit rio para participa o na prova APEOESP 2010b p 175 Os resultados da primeira prova do m rito que foi realizada no final de janeiro e in cio de fevereiro de 2010 confirmam que nem todos os professores aprovados foram promovidos 233 Figura 6 Resultados do Concurso de Promo o de 2010 por categoria SP o Categoria Hata d corta q O DO FLAD Fonte SEE SP 2010 p 2 Figura 7 Resultados do Concurso de Promo o de 2010 promovidos e n o promovidos SP Aprovados com requisito propor o de promovidos e n o promovidos por categoria 100 7 80 PEB PEB II Supervisor de Diretor
173. 2005a Dispon vel em lt http www portugal gov pt pt o governo arquivo historico governos constitucionais cg17 programa do governo p rograma do xvii governo constitucional aspx gt Acesso em 10 mai 2013 Decreto Lei n 15 2007 de 19 de janeiro de 2007 Altera o Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 2007a Dispon vel em lt http dre pt p dfisdip 2007 01 01400 05010547 pdf gt Acesso em 01 de jun 2013 Decreto Regulamentar n 4 2008 de 5 de fevereiro de 2008 Cria o Conselho Cient fico para a Avalia o de Professores 2008a Dispon vel em lt http dre pt pdf1s 2008 02 02500 0091 300915 pdf gt Acesso em 28 mar 2013 Decreto Lei n 2 2008 de 10 de janeiro de 2008 Altera o Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 2008b Dispon vel em lt http cefaeb no s apo pt legal Decreto2 pdf gt Acesso em 04 de jun 2013 Decreto Lei n 270 2009 de 30 de Setembro de 2009 Altera o Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio Dispon vel em lt http dre pt pdf1s 2009 09 19000 0702407058 pdf gt Acesso em 13 abr 2013 PORTUGAL Decreto Lei n 75 2010 de 23 de junho de 2010 Altera o Estatuto a Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 2010a Dispon vel em lt http www fen prof
174. 2006 e 2012 aposentaram se nesse pa s mais de 25 mil professores DIRIGENTE 3 O Minist rio da Educa o de Portugal abriu concurso em 2009 para preencher 396 vagas DIRIGENTE 3 Diante disso a abertura de concurso para o preenchimento destas e de outras vagas que continuam a surgir tem sido uma das principais reivindica es das organiza es sindicais portuguesas nos ltimos anos FENPROF 2013a Para a OCDE 2009 p 3 tradu o nossa professores eficazes s o entusiasmados e criativos transmitem ideias de modo claro e convincente fornecem ambientes de aprendizagem estimuladores para 86 lidar com diferentes idiomas e backgrounds dos estudantes que sejam sens veis a quest es culturais e de g nero que promovam a toler ncia e a coes o social que sejam eficazes ao lidar com estudantes carentes e com estudantes com problemas de aprendizagem ou de comportamento que utilizem novas tecnologias e que acompanhem o ritmo r pido de desenvolvimento de reas de conhecimento e de abordagens de avalia o dos estudantes OCDE 2006 p 7 A fun o essencial da escola e do professor ensinar sequer mencionada nesta lista de exig ncias sociais embora ela seja explicitada nos documentos da OCDE e do BM Este por exemplo em documento BRUNS EVANS LUQUE 2012 p xvili tradu o nossa por meio do qual espera estimular e apoiar os governos federal estaduais e municipais do Brasil na configura
175. 2008 p 138 que toda luta econ mica uma luta pol tica A luta econ mica embora seja politicamente limitada a base e uma media o necess ria para vislumbrar a luta pol tica e o fim do sistema de trabalho assalariado A an lise da resist ncia sindical empreendida pela FENPROF e pela APEOESP s pol ticas de avalia o e bonifica o docente nos ensina que embora as organiza es sindicais consigam mobilizar toda uma categoria de trabalhadores para exigir a sua suspens o revoga o ou altera o a efic cia das lutas sindicais e docentes torna se limitada quando elas se at m a pol ticas particulares A continuidade das pol ticas de avalia o em Portugal e das de bonifica o em SP nos indicam que as altera es pelas quais passaram ainda que mais significativas em Portugal n o alteraram a sua natureza e sentido Essas pol ticas n o foram suspensas como pretendiam professores e sindicatos Contudo se a continuidade dessas pol ticas nos revela que o cerne das lutas sindicais n o deve ser a pol tica isolada ela tamb m nos 341 ensina que a correla o de for as entre as classes sociais est presente na formula o de cada pol tica Se 120 mil professores n o conseguiram suspender a ADD do ME em Portugal por outro lado hoje gra as a eles e s lutas empreendidas pelas organiza es sindicais vigora um modelo muito mais simplificado PORTUGAL 2012b 2013 e por isso menos punitivo po
176. 4 Hist ria 2014 Dispon vel em lt http www apeoesp org br o sindicato historia gt Acesso em 13 jan 2014 ASSIS Sylvana C M da S Estrutura de carreiras no estado da Bahia princ pios norteadores sistem tica de desenvolvimento e de remunera o vari vel In IX Congreso Internacional del CLAD sobre 346 la Reforma del Estado y de la Administraci n P blica Madrid Espana nov 2004 Dispon vel em lt http www 1ij derecho ucr ac cr archivos documentacion inv 200tras 20entidades CLAD CLADY 20IX documentos assis pdf gt Acesso em 4 fev 2011 ATHIAS Gabriela OLIVEIRA Nilson de Pais devem exigir professor tempor rio diz secret ria Folha de S Paulo 26 de maio de 2000 Dispon vel em lt http www1 folha uol com br folha cotidiano greveuniv g htm gt Acesso em 13 jan 2013 BALDAIA Ant nio Se n o deu que desse In Jornal da FENPROF n 223 fevereiro de 2008 BID BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO Hacia la expansi n del capital de conocimiento de Am rica Latina y el Caribe uma estrategia del BID para la educaci n y la capacitaci n BORRADOR Unidad de Educaci n Departamento de Desarrollo Sostenible 2005 BANCO MUNDIAL Education Sector Strategy Update Achieving Education For All Broadening our Perspective Maximizing our Effectiveness final draft 2005 Dispon vel em lt http siteresources worldbank org EDUCATION Resources ESSU Education Sector Strat egy Update p
177. 640000 R 6 200 00 R 5 700 00 R 5 700 00 21 R 6200 00 R 6 000 00 R 5 600 00 R 5 600 00 20 R 6 000 00 R 5 800 00 R 5 450 00 R 5 450 00 19 R 5800 00 R 5 600 00 R 5 300 00 R 5 300 09 18 P6555000 R 5400 00 R 515 00 R 5 150 00 17 R 5 300 00 R 5 200 00 R 5 000 00 16 R 5 050 00 R 5 000 00 R 4 850 00 15 R 4800 00 R 4 800 00 R 4 700 00 14 R 4 550 00 R 4 600 00 R 4 500 00 13 R 4 300 00 R 4 400 00 R 4 300 00 12 R 4 050 00 R 4 200 00 R 4 100 00 11 R 3800 00 R 4 000 00 R 3 900 00 10 R 3550 00 R 3 800 00 R 3 700 00 R 3 300 00 R 3 550 00 R 3 500 00 R 3 050 00 R 3 300 00 R 3 300 00 R 3 050 00 R 3 100 00 R 3 100 00 R 2 800 00 R 2 800 00 R 2 800 00 9 8 7 5 5 P5230000 R 2500 00 R 250000 R 250 00 4 R 2 050 00 R 2200 00 R 2 200 00 R 2200 09 3 R 1800 00 R 1 900 00 R 1 900 00 R 1 900 00 2 R 1500 00 R 1 600 00 R 1 550 00 R 1 550 00 1 R 1200 00 R 1 200 00 R 1 200 00 R 1 200 00 Fonte S o Paulo 2008b Elabora o pr pria Constata se no Quadro 12 que entre os valores m nimos e m ximos do b nus h um significativo percentual de acr scimo que chega a 541 67 R 6 500 00 R 1 200 00 entre os professores e 625 R 7 500 00 R 1 200 00 no caso dos Dirigentes Regionais de Ensino Os ltimos portanto podiam alcan ar nos 30 pontos um b nus 15 38 correspondente a R 1 000 00 superi
178. 7a Servidores afastados junto s suas entidades de classe por exemplo tinham direito ao b nus cujo valor de refer ncia era R 500 00 S O PAULO 2007 Por fim tal como definido em 2000 era vedado receber cumulativamente o B nus Merecimento e o b nus institu do para os integrantes do Quadro do Magist rio S O PAULO 2008c 100 Os integrantes das classes de suporte pedag gico incluem os Dirigentes Regionais de Ensino Supervisores de Ensino Diretores de Escola titulares de cargo de Coordenador Pedag gico e de Assistente de Diretor de Escola e ocupantes dos postos de Vice Diretor de Escola e de Professor Coordenador S O PAULO 2007b WI Como vimos a participa o dos servidores em programas de forma o continuada oferecidos pela Secretaria era um crit rio de bonifica o em 2004 197 Quadro 11 Condi es para o adiantamento do pagamento parcelado do b nus 2007 SP Dias de exerc cio Per odo cumpridos 120 1 02 a 31 07 2007 140 1 02 a 31 08 2007 160 1 02 a 31 09 2007 180 1 02 a 31 10 2007 Fonte S o Paulo 2007b Elabora o pr pria O quadro ilustra o compromisso cont nuo que o governo pretendia forjar entre o professor e sua frequ ncia indicando que a referida pol tica almejava produzir antes de tudo a assiduidade do servidor Ferraz 2009 um economista brasileiro alinhado com o ide rio neoliberal sugere que a remunera o por presen a
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180. Al m destes efeitos os professores que obtivessem men es classificativas de Regular e Insuficiente deviam cumprir uma proposta de forma o cont nua visando a superar os aspectos do seu desempenho profissional identificados como negativos no respectivo processo de avalia o PORTUGAL 2007a p 536 Os resultados globais do processo de avalia o realizado em cada escola de acordo com o DL n 15 2007 seriam divulgados na escola mediante informa o n o nominativa contendo o n mero de men es globalmente atribu das ao pessoal docente bem como o n mero de docentes n o sujeitos avalia o do desempenho PORTUGAL 2007a p 536 Da mesma forma seria divulgada semestralmente a lista dos professores que deveriam mas n o progrediam na carreira devido ao seu congelamento Com a revis o do ECD em 2007 a ADD se tornou um processo complexo e burocr tico que se apoiou em in meros instrumentos de avalia o PORTUGAL 20074 O modelo anterior de ADD estabelecido pelo ECD de 1990 PORTUGAL 1990 regulamentado pelo DR n 14 92 PORTUGAL 1992 revisado junto com o ECD em 1998 PORTUGAL 1998a e regulamentado no mesmo ano pelo DR n 11 98 PORTUGAL 1998a se baseou apenas em um relat rio cr tico PORTUGAL 1990 1992 ou em um documento de reflex o 276 cr tica PORTUGAL 1998a 1998b no qual constava a actividade desenvolvida pelo docente no per odo de tempo de servi o a que se report
181. Brasil quanto Portugal campos de investiga o deste trabalho constituem economias capitalistas com distintos graus de desenvolvimento e distintas inser es na divis o internacional do trabalho cabe problematizar as finalidades e o sentido destas pol ticas quest es que as organiza es sindicais docentes v m polemizando em suas a es de luta com os professores como veremos mais pormenorizadamente nas se es seguintes 3 3 VIS O DOS OM SOBRE AS ORGANIZA ES SINDICAIS DOCENTES Para introduzir a discuss o sobre como os OM veem as organiza es sindicais de professores mencionamos uma cita o de Maria Helena Guimar es de Castro que foi entre outras coisas Secret ria de Educa o do Estado de SP entre 2007 e 2009 Segundo esta intelectual burguesa os sindicatos de professores reclamam sobre muitas coisas in meras vezes trabalham com modelos muito conservadores e estruturas muito estatizantes As reivindica es s o lineares para todos os docentes independentemente do seu desempenho O fato de o ensino ser p blico e gratuito n o significa que n s n o podemos ter uma legisla o que incentive os professores e as escolas que apresentem melhor desempenho CASTRO 2007 p 8 9 Esta vis o sintetiza o que ide logos do capital como Diaz pensam a respeito das organiza es sindicais docentes Para este 109 intelectual peruano essas organiza es resistem a reformas educ
182. Campinas Faculdade de Educa o Campinas 2002 Dispon vel em lt http www bibliotecadigital unicamp br document code vtls000259083 amp fd y gt Acesso em 12 jun 2014 376 UDEMO SINDICATO DE ESPECIALISTAS DE EDUCA O DO MAGIST RIO OFICIAL DO ESTADO DE S O PAULO Lei Complementar n 1041 de 14 de abril de 2008 Disp e sobre o vencimento a remunera o ou o sal rio do servidor que deixar de comparecer ao expediente em virtude de consulta ou sess o de tratamento de sa de e d provid ncias correlatas 2008 Dispon vel em lt http www udemo org br LC 201041 08 htm gt Acesso em 13 jan 2014 UMES SP UNI O MUNICIPAL DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE S O PAULO Por que os professores de SP est o em greve 30 03 2010 In Hora do Povo Dispon vel em lt http www horadopovo com br 2010 mar C3 A70 2850 31 03 2010 P5 pag5c htm gt Acesso em 27 abr 2013 UNESCO ESCRIT RIO REGIONAL DE EDUCA O PARA A AM RICA LATINA E O CARIBE OREALC O docente como protagonista na mudan a educacional Revista PRELAC n 1 junho de 2005 Dispon vel em lt http www gestaoescolardequalidade org br documentos Liderazgo Docente M Uribe VPortu doc pdf gt Acesso em 13 jan 2014 UNESCO Evaluaci n del desempe o y carrera profesional docente Un estudio comparado entre 50 pa ses de Am rica y Europa F Javier Murillo Torrecilla Coord Santiago de Chile junho de 2006 Dispon vel em lt http www oei
183. Dirigente 1 em Portugal a atua o de alguns sindicatos de professores varia radicalmente conforme o partido que est no poder Isso explica porque a FNE quando o PSD assumiu o governo em 2011 se afastou da Plataforma Sindical de Professores e da luta conjunta com a FENPROF que assume uma postura pol tico ideol gica de esquerda DIRIGENTE 3 e passou a realizar acordos e negocia es espec ficas com o governo Portanto os ataques do governo categoria docente a revis o do ECD e a ADD do ME foram quest es que levaram as organiza es sindicais docentes a estarem conjunturalmente unidas apesar de se posicionarem pol tica e ideologicamente de modos distintos Estarem do mesmo lado numa determinada conjuntura como reconhece o pr prio Dirigente 1 favoreceu a assun o e a entrega ao ME de posi es conjuntas tamb m sobre outras mat rias Segundo o Secret rio Geral da FENPROF a unidade da Plataforma Sindical de Professores se manteve durante o processo de oposi o ao ECD e ADD do ME Posteriormente quando foi necess rio negociar com o ME e apresentar propostas alternativas ADD j n o foi poss vel manter a unidade porque os diferentes posicionamentos pol tico ideol gicos implicaram diferentes proposi es mat ria Diante disso o ME abandonou a mesa nica de negocia o realizada com a Plataforma Sindical e voltou a realizar as mesas de negocia o separadas de acordo com os n veis de sindicaliza o
184. E Regulamentado pelo Decreto n Cl udio 500 00 L C n 1 005 Merecimento 51 563 de 12 02 2007 Lembo de 21 12 2006 O b nus proporcional aos dias de PFL exerc cio exig ncia de 200 dias de Gabriel exerc cio frequ ncia e jornada de Chalita 405 trabalho PSDB 2007 L C n B nus QSE e QAE Regulamentado pelo Decreto n Jos Serra 500 00 1 016 de Merecimento 52 720 de 14 02 2008 PSDB 15 10 2007 O b nus proporcional aos dias de Maria exerc cio exig ncia de 200 dias de Helena G exerc cio frequ ncia e jornada de de Castro trabalho PSDB 2003 B nus Quadro do Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 1 200 00 L C n 948 de Magist rio 48 486 de 09 02 2004 Alckmin a 8 000 00 10 12 2003 Avalia resultados das a es PSDB desenvolvidas na escola frequ ncia Gabriel exig ncia de no m nimo 200 dias de Chalita exerc cio para professores e de no PSDB m nimo 200 dias dos quais 180 consecutivos para classes de suporte pedag gico 2004 B nus Classes de Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 1 200 00 a L C n 963 de Docentes e de 49 365 de 09 02 2005 Alckmin 10 000 00 16 12 2004 Suporte Avalia resultados de in meras a es PSDB Pedag gico desenvolvidas na escola frequ ncia Gabriel exig ncia de no m nimo 200 dias de Chalita exerc cio para professores e de no PSDB m nimo 200 dias dos quais 180 consecutivos para clas
185. ESP 2014 p 5 Em 1990 depois que cinco mil professores amea aram entrar em greve no m s de agosto Qu rcia anunciou a concess o de 10 refer ncias APEOESP 2014 p 5 Naquele ano a APEOESP ainda obteve outras conquistas como a regulamenta o do direito estabilidade o direito constitucional de receber vantagens atualizadas monetariamente e o pagamento autom tico das vantagens sem a necessidade de requer las APEOESP 2014 p 5 No governo de Luiz Ant nio Fleury Filho 1991 1994 tamb m do PMDB os professores realizaram duas greves que resultaram em dois reajustes salariais a primeira realizada em 1992 originou ap s quatro semanas de greve um reajuste de 30 mais 12 refer ncias e o reajuste geral do funcionalismo 226 enquanto a segunda realizada em 1993 e com a dura o de 79 dias fez com que o governo Fleury anunciasse sua pol tica salarial por seis meses e no final deste per odo determin asse corre o salarial a cada quatro meses APEOESP 2014 p 6 No governo de Mario Covas 1995 2001 os professores conquistaram a data base para o magist rio e reajuste no piso salarial dos professores em abril de 1995 depois de uma greve de 28 dias APEOESP 2014 p 6 Este foi segundo a APEOESP 2014 que ent o comemorava 50 anos de exist ncia o ltimo reajuste salarial concedido categoria docente nos anos 1990 Depois disso novo reajuste salarial ocorr
186. FENPROF 252 Anniall7 tabagismo e a toxicodepend ncia PORTUGAL 20054 p 48 Para efetivar seu Programa na rea educativa o Primeiro Ministro Jos S crates chamou Lurdes Rodrigues que coordenou o ME entre 2005 e 2009 A gest o desta Ministra e sua postura em termos de negocia o foram extremamente questionadas pelos professores e as organiza es sindicais docentes As pol ticas educativas que implantou pelos efeitos negativos que produziram sobre a educa o e a categoria docente incentivaram a concretiza o das tr s maiores manifesta es da hist ria do sindicalismo docente em Portugal Segundo o Coordenador Geral da FENPROF enquanto as organiza es sindicais mobilizaram metade dos professores para as grandes marchas de 2008 2009 Lurdes Rodrigues mobilizou a outra metade DIRIGENTE 3 isto porque promoveu pol ticas de afrontamento gratuito CASTILHO 2009 p 90 De acordo com este autor j em 2005 instalou se uma revolta crescente por parte dos professores e de suas organiza es sindicais em rela o Ministra e ao Primeiro Ministro em fun o de ambos atacarem a imagem e a dignidade profissional daqueles Segundo Castilho 2009 Lurdes Rodrigues e Jos S crates fizeram afirma es injustas contra os professores as quais ecoaram nos principais meios de comunica o Acusaram nos de serem altamente absente istas Com isso tentaram menorizar os professores CASTILHO 2009 e ganhar a
187. LISBOA Tel 217979011 Fax 217979012 E mail sinape dsinape pt Site http www sinape pt Sindicato Nacional dos Profissionais da Educa o Fundado em 2 ck Mar o de 1A39 398 23 FEPECI FEDERA O PORTUGUESA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCA O ENSINO CULTURA E INVESTIGA O Av Elias Garcia 76 5 A LISBOA Pal P DA 24 ANVPC ASSOCIA O NACIONAL DOS PROFESSORES CONTRATADOS rec m criado Rua Jorge Barradas 34 L4 5 1500 371 Lisboa geral Danvpc org http anvpc org darain ia apra hir Protein Corbririacd ri 25 SIPPEB SINDICATO DOS EDUCADORES E PROFESSORES DO ENSINO B SICO http www sippeb pt E mail info sippeb pt E mail geral Dsippeb pt Rua do Arco do Cego 65 2 Dto 1000 020 Lisboa Telefone 217 956 175 217 940 095 Fax 217 956 175 a is SINDICATO DOS EDUCADORES E PROFESSORES DO ENSINO B SICO 399 AP NDICE B roteiro das entrevistas realizadas com os dirigentes sindicais 1 H quanto tempo voc trabalha como professor e na atividade sindical Que fun o exercia dentro do sindicato federa o em 2008 quando a ADD foi implantada E hoje filiado ou simpatizante de algum partido pol tico O sindicato federa o ap ia algum partido Algum partido ap ia o Qual a porcentagem e o n mero de professores sindicalizados neste sindicato federa o 2 Quais foram as primeiras rea es e medidas deste sindicato federa o em rela o ao modelo de ADD quan
188. Mara Cristina Schneider AVALIA O DOCENTE NO BRASIL E EM PORTUGAL AN LISE DAS POL TICAS E DOS OBST CULOS POL TICOS Tese submetida ao Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal de Santa Catarina para a obten o do Grau de Doutora em Educa o Orientadora Profa Dra Eneida Oto Shiroma Coorientador Prof Dr Jos Alberto Correia Florian polis 2014 EE las ik f ie Sririlra T ODREDE KEELTE CEJ CRSPORA EER a lisas wate Fi L E ai j ii SCEI FHERR ds SINCE e HETERO ai fidocas o Piurnma Pdi Parui m Sail Unke ed Elric m mm femmcin f lizgdo s n iremos PE STT Ra ET 4 Dori Jet l i iri Priar Enna a b hiin Pirej UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CI NCIAS DA EDUCA O PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O CURSO DE DOUTORADO EM EDUCA O AVALIA O DOCENTE NO BRASIL E EM PORTUGAL AN LISE DAS POL TICAS E VOS ORST CULOS POL TICOS Tese subnctida no Colegiado do Curso de Pos Gembua o cos Educa o da Cestro de Cl ncias i da Educu o cm esmprimento parcial para nbtes o du titalu de Doator em Educa o APROVADO PELA COMISS O EXAMINADORA em 3032014 Dra Esta Oto Sirena PGENSC Orientadurn ines Dr Jest Alberto Correia Universitade do PortCo nrieytudgo j Dr Luie Cordes de Freitas U NICAMP Framinagor pr Vo ao mimo E Dra inda Evangelista PPGIAESC y Dra Celia Regies Vesd
189. O 201 amp NumeroPagina 3 gt Acesso em 13 jan 2014 384 S O PAULO Decreto n 46 665 de 5 de abril de 2002 Institui Men o Honrosa a integrantes do Quadro do Magist rio da Secretaria da Educa o e d provid ncias correlatas 2002d Dispon vel em lt http www al sp gov br repositorio legislacao decreto 2002 decreto 46 665 05 04 2002 html gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 938 de 7 de fevereiro de 2003 Altera as Leis Complementares n 927 e 928 de 12 de setembro de 2002 2003a Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br le gislacao 91751 lei complementar 938 03 gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 948 de 10 de dezembro de 2003 Institui b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias 2003b Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 162608 lei complementar 948 03 gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 949 de 12 de dezembro de 2003 Institui B nus Merecimento aos servidores do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria da Educa o e d provid ncias correlatas 2003c Dispon vel em lt http Awww legislacao sp gov br legislacao dg280202 nsf 5896 53da06ad8e0a83256cfb0050146b 9d9c5b2cad6fl4db03256 e14 004cd53d OpenDocument gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 963 de 16 de dezembro de 2004 Institui b nus aos integrantes do Quad
190. ORTUGAL 291 2007a p 231 por meio do qual o avaliador seu tutor no per odo probat rio no caso um professor titular verificava a A capacidade de integra o profissional do docente na fun o a desempenhar atrav s do cumprimento de determinados objectivos e metas b A capacidade de adapta o ao meio escolar em geral e a interac o com os alunos nas seguintes componentes 1 Informa o cient fica ii Observa o e pr tica pedag gica dentro da sala de aula iii Envolvimento nas actividades da comunidade educativa PORTUGAL 2008b p 231 O referido plano individual de trabalho tal como na defini o dos objetivos individuais do avaliado era estabelecido entre o professor e seu tutor nas primeiras duas semanas do per odo PORTUGAL 2008b Este plano compreendia a A realiza o de pelo menos uma unidade de ensino devidamente apoiada e acompanhada b O desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem no dom nio da sua especialidade incluindo 1 A identifica o dos objectivos de ensino ii O diagn stico das caracter sticas e necessidades dos alunos face aos objectivos definidos iii O dossier da direc o de turma que lhe foi atribu da e a sua participa o no projecto educativo da escola c A selec o das estrat gias e m todos adequados aos alunos d A planifica o e condi es de ensino e A selec o de materiais auxiliares f A avalia o do ensino
191. PORTUGAL 2008b p 231 Para avaliar o desempenho do estagi rio o professor titular se apoiava na observa o de pelo menos quatro unidades did ticas que deviam perfazer no m nimo doze horas de aula PORTUGAL 2008b Depois dessa observa o ambos se reuniam para apreciar as t cnicas de exposi o e exercita o 292 dos conte dos curriculares e da avalia o feita aos alunos PORTUGAL 2008b p 231 A partir disso o professor titular elaborava um relat rio sobre a atividade desenvolvida pelo professor o qual servia de base para a sua avalia o Quando as propostas de avalia o conferiam men es qualitativas de Excelente Muito bom ou Insuficiente as fichas de avalia o deviam ser apresentadas comiss o de coordena o da avalia o de desempenho para confer ncia e valida o dos dados Com esta verifica o o ME pretendeu assegurar a aplica o das correspondentes percentagens m ximas PORTUGAL 2008b p 230 Ao validar as propostas de avalia o a referida comiss o estava confirmando formalmente via ata o cumprimento dessas percentagens Caso a comiss o n o validasse as propostas devolvia as aos avaliadores com orienta es a serem cumpridas para garantir posterior valida o PORTUGAL 2008b Segundo o ME PORTUGAL 2008b a fixa o de porcentagens m ximas para a atribui o das men es de Muito bom e Excelente visava a garantir a diferencia o dos desempen
192. Professores FENPROF e da Federa o Nacional da Educa o FNE Ver lt www fenprof pt gt e lt www fne pt gt respectivamente l Para realizar a pesquisa referente a Portugal fizemos um Est gio Sandu che nesse pa s no per odo de 15 de fevereiro de 2012 a 31 de janeiro de 2013 Agradecemos o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq e a co orienta o realizada pelo Prof Dr Jos Alberto Correia da Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade do Porto 33 Portugal no ano de 2012 Contudo fugiu ao escopo deste trabalho analisa los devendo tal atividade ser efetuada em estudos posteriores No que se refere pol tica portuguesa de ADD instaurada pelo Minist rio da Educa o ME em 2008 v rios jornais impressos pela principal federa o de sindicatos de professores de Portugal expuseram que uma das principais reivindica es dos professores e de suas organiza es sindicais levantada durante o per odo de lutas que se desenvolveu especialmente entre 2008 e 2009 foi a sua suspens o como mostra a figura a seguir Figura 2 Organiza es sindicais exigem a suspens o da Avalia o do ME Eq S Fonte FENPROF 2008a A Suspens o da Avalia o do ME foi uma demanda que esteve presente em cada sindicato de professores e tamb m na pauta de reivindica es da chamada Plataforma Sindical de Professores
193. S Mari C M M Rede KIPUS de forma o docente na Am rica Latina e Caribe Do protagonismo subordina o 2011 141 f Disserta o Mestrado em Educa o Centro de Ci ncias da Educa o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2009 Dispon vel em lt https repositorio ufsc br xmlui bitstream handle 123456789 95581 301718 pdf sequence 1 gt Acesso em 08 ago 2011 AN BAL S rgio Congelamento das carreiras prolonga se at ao final de 2008 24 05 2007 P blico Dispon vel em lt http Avww p ublico pt economia noticia congelamento das carreiras prolongase ate ao final de 2008 1294891 0 gt Acesso em 13 jun 2014 ANSA Em protesto estudantes mexicanos invadem emissoras de r dio 23 04 2013 Dispon vel em lt http noticias uol com br ultimas noticias ansa 2013 04 23 em protesto estudantes mexicanos invadem emissoras de radio htm gt Acesso em 07 mai 2013 APASE SINDICATO DE SUPERVISORES DE ENSINO DO ESTADO DE S O PAULO Projeto de Lei Complementar n 29 2009 Mais um golpe do governo contra o professor a escola e a educa o p blica 2009 Dispon vel em lt http www s indicatoapase org br userfiles file 2009 agosto B 2014 Mais 20um 20golpe 20do 20governo 20contra 200 20prof essor 20a 20escola 20e 20a 20educa C3 A7 C3 A30 20p C3 BAblica pdf gt Acesso em 13 fev 2014 345 APEOESP SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO OFICIAL DO ESTADO DE S O PAULO Professores pede
194. S DE EDUCA O E UNIVERSIDADES Avenida de Paris n 4 3 Esq 1000 228 Lisboa E mail sepleu Osepleu pt Rua Dr Alfredo de Magalh es 46 Bloco B 4 piso Sala 1 4000 061 Porto 222 084 170 E mail sepleu porto dsapo pt Site http www sepleu pt ON Lidar o s Pmr limaani bii aiii mah biii de bimini a frii ih hied 18 SIPE SINDICATO INDEPENDENTE DE PROFESSORES E EDUCADORES Rua Igreja da Cedofeita 27 222 076 060 E mail sipenacional sipe pt Site www sipe pt 397 SI P E quetcalo Indecemdrcii de Premas s Eda adore 19 SNPL SINDICATO NACIONAL DOS PROFESSORES LICENCIADOS Av Padre Manuel da N brega n 4 2 1000 224 Lisboa Tele 218 464 371 210996205 Fax 218 464 373 E mail snplcentral o gmail com Site www snpl pt Pra a da Rep blica 93 6 Sala 1 4050 497 Porto Tel 223 389 350 Fax 223 389 355 E mail snplporto msapo pt imt rabo snpy E 20 SPLIU SINDICATO NACIONAL DOS PROFESSORES LICENCIADOS PELOS POLIT CNICOS E UNIVERSIDADES Pra a Nuno Gon alves n 2 Lisboa 217 815 740 Site www spliu pt 21 FENEI SINDEP SINDICATO NACIONAL E DEMOCR TICO DOS PROFESSORES Rua Domingos Sequeira 66 4 Esg 1300 122 Lisboa Tel 213931010 Fax 213931011 E mail sindep zonmail pt Site http www sindep pt 22 SINAPE SINDICATO NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCA O Ensino Particular e Cooperativo Av Elias Garcia 76 5 A 1050 100
195. T RIO DA EDUCA O CONSELHO NACIONAL DE EDUCA O SECRETARIA EXECUTIVA Portaria Normativa n 6 de 28 de maio de 2009 Institui o Exame Nacional de Admiss o de Docentes 2009 Dispon vel em lt http www cmconsultoria com br imagens diretorios diretorio1 4 arquivo 1492 pdf gt Acesso em 06 fev 2013 MINIST RIO DA EDUCA O GABINETE DO MINISTRO Portaria Normativa n 14 de 21 de maio de 2010 Institui o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente Di rio Oficial da Uni o Bras lia Se o 1 n 24 p 11 24 maio 2010 Dispon vel em lt http noticias cefet r br wp content uploads 201 0 05 20100524 portaria normativa mec pdf gt Acesso em 06 fev 2013 MINIST RIO DA EDUCA O INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS AN SIO TEIXEIRA Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente Documento para Consulta P blica 2010b Dispon vel em lt http consultaexamedocente inep gov br publico download R eferencia is para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente pdf gt Acesso em 06 mai 2014 MINIST RIO DA EDUCA O GABINETE DO MINISTRO Portaria Normativa n 3 de 2 de mar o de 2011 Institui a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente Di rio Oficial da Uni o Bras lia Se o 1 n 44 p 9 03 mar 2011 Dispon vel em lt http Awww audisa net arquivos 1299259781 pdf gt Acesso em 20 mar 2013 BRASIL Professor alfabetiza
196. UL que tinha como objetivo a revis o urgente do modelo de progress o nas carreiras de educadores de inf ncia e de professores do ensino b sico e secund rio norteada pelo princ pio da valoriza o da pr tica letiva e sustentada por refer ncias comparativas com outras carreiras profissionais de estatuto social equivalente em Portugal e com carreiras hom logas em outros pa ses FREIRE 2005 p 8 O estudo levou aproximadamente tr s meses para ser conclu do O pr prio autor reconheceu que o diagn stico realizado sobre a situa o da carreira docente careceu de rigor e fundamenta o devido ao tempo e recursos disponibilizados FREIRE 2005 Apesar desse reconhecimento n o viu acr scimo no rigor do diagn stico com a audi o de peritos ou de informantes privilegiados professores l deres de associa es entre outros aparentemente poss vel e enriquecedora FREIRE 2005 p 103 Tal audi o entretanto se fez com a equipe do ME quando chegou o momento de decidir as solu es de pol tica educativa Ap s discuss es e hip teses v rias orient mo nos sempre para propostas concretas e un vocas de reforma do status quo Algumas hesita es ou considera o de solu es alternativas puderam ser resolvidas atrav s da ausculta o de altos funcion rios do ME e da reuni o de meio percurso realizada com os pr prios respons veis pol ticos do minist rio Isto significa que se procurou
197. VA SILVEIRA 2009 Numa an lise preliminar dos poss veis efeitos desta pol tica indicamos que a partir do desempenho docente ela pode quebrar a estabilidade do emprego p blico e a isonomia salarial estimular a mobilidade da for a de trabalho docente e a competitividade por postos de trabalho afastar os sindicatos das negocia es salariais que passam a ser individuais ao mesmo tempo em que os esvazia entre outros aspectos As pol ticas de avalia o e remunera o docente por desempenho atreladas a pol ticas de responsabiliza o individual por resultados s o amplamente recomendadas por intelectuais do capital como o BM OCDE PREAL Cl udio de Moura Castro Gustavo Ioschpe Guiomar Namo de Mello Maria Helena Guimar es de Castro Paulo Renato Souza entre tantos outros Baseados numa leitura econ mica da educa o esses intelectuais entendem que o docente naturalmente acomodado sobretudo pela condi o de estabilidade proporcionada pelo emprego p blico Para instaurar definitivamente a efici ncia e a qualidade na educa o p blica recomendam a inser o de mecanismos competitivos e responsabilizantes nesse setor oriundos de experi ncias do setor produtivo e educacional privado como a remunera o por desempenho Esses intelectuais sup em portanto numa vis o economicista que basta estimular a concorr ncia econ mica entre os trabalhadores docentes para promover a melhoria da qualidade de s
198. Y 73 SEDLACEK 2001 OCDE 2006 SILVA AZZI BOCK 2008 Portanto a interven o sobre os docentes via pol ticas e reformas justificada por uma suposta busca de qualidade no ensino e por raz es econ micas Os intelectuais do capital agem por meio de lobbies e aparelhos privados de hegemonia influenciando diretamente o Estado no que se refere ao processo de formula o de pol ticas educacionais Isso evidencia que as pol ticas de AD n o s o resultado de processos neutros ou despolitizados mas sim da correla o de for as entre as classes sociais no mbito do Estado capitalista A despeito de suas justificativas econ micas aparentemente consensuais as reformas e pol ticas educacionais assim como as demais pol ticas estatais expressam no seu desenvolvimento antagonismos de classe Portanto se aquelas pol ticas acabam sendo orientadas por uma racionalidade instrumental ou por um economicismo em suas concep es justificativas e finalidades se constituindo em uma estrat gia de controle econ mico pol tico dos trabalhadores docentes BARRETO LEHER 2003 importante frisar que essas orienta es n o s o consensuais mas disputadas pelas classes sociais no processo de constru o e implementa o das pol ticas Os intelectuais burgueses que visam a influenciar politicamente o processo de tomada de decis o no mbito do Estado costumam criticar o sindicalismo docente e todas as 22 E Neste
199. a dos instrumentos adequados a uma melhor e mais eficaz gest o dos recursos humanos da educa o PORTUGAL 1990 p 2040 2 bem como de instituir o princ pio gen rico de que o desempenho da fun o docente se deve orientar para n veis de excel ncia PORTUGAL 1990 p 2040 2 vigor sobre negocia o colectiva foi o presente diploma antecedido de negocia es com as organiza es sindicais PORTUGAL 1989 p 5088 4 14 Por educadores de inf ncia entende se os docentes certificados para a doc ncia na educa o pr escolar e por professores os docentes certificados para a doc ncia nos ensino b sico e secund rio PORTUGAL 1990 p 2040 3 De acordo com a LBSE a educa o pr escolar destina se s crian as com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino b sico ou seja 6 anos completos at o dia 15 de setembro PORTUGAL 1986 p 3069 o ensino b sico compreende tr s ciclos sequenciais sendo o 1 de quatro anos o 2 de dois anos e o 3 de tr s anos PORTUGAL 1986 p 3070 e o ensino secund rio tem a dura o de tr s anos PORTUGAL 1986 O ensino b sico universal obrigat rio at os 15 anos e tem a dura o de nove anos PORTUGAL 1986 p 3069 Em 2003 uma nova Lei de Bases do Sistema Educativo aprovada pela AR mas n o promulgada consagra o objectivo de prolongar a escolaridade obrigat ria at aos 18 anos
200. a o 05 04 2009 Agora Dispon vel em lt http Awww agora uol com br trabalho ult10106u546077 shtml gt Acesso em 12 fev 2011 LEITE Ivonaldo N Sindicatos trabalho e educa o um estudo do posicionamento do sindicalismo docente brasileiro e portugu s durante a d cada de 1990 2003 Tese Doutorado Universidade do Porto Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o Porto 2003 Dispon vel em lt http repositorio aberto up pt handle 10216 2 033 browse type author amp order ASC amp rpp 20 amp value Ivonaldo Neres Leite gt Acesso em 12 jun 2014 L NIN Vladimir I Sobre as greves In L NIN Vladimir I Sobre os sindicatos S o Paulo LECH 1979a p 43 51 A doen a infantil do esquerdismo no comunismo In L NIN Vladimir I Sobre os sindicatos S o Paulo LECH 1979b p 283 291 L NIN Vladimir I O que fazer extratos In AGUENA Paulo org O marxismo e os sindicatos S o Paulo Instituto Jos Lu s e Rosa Sundermann 2008 p 109 121 O Estado e a revolu o o que ensina o marxismo sobre o Estado e o papel do proletariado na revolu o 2 ed S o Paulo Express o popular 2010 LER QI LIGA ESTRAT GIA REVOLUCION RIA QUARTA INTERNACIONAL Burocracia da Apeoesp trai greve para defender o governo Haddad 29 05 2013 Dispon vel em lt http www ler gi org Burocracia da Apeoesp trai greve para defender o governo Haddad gt Acesso em 13 fev 2014 LIGA COMUNISTA
201. a o de pr mios e puni es quele que consideram ser o agente principal das reformas e das revolu es educacionais o professor Constam entre pr mios e puni es a remunera o bonifica o por desempenho m rito ou produtividade a n o progress o na carreira o aumento ou a estagna o salarial a promo o ou n o efetiva o na carreira a demiss o o reconhecimento monet rio ou simb lico a oferta de cursos de atualiza o para aperfei oamento das compet ncias docentes entre outros Um dos principais efeitos visados por intelectuais burgueses TOSCHPE 2011 DELLANOY SEDLACEK 2001 com a instaura o destes mecanismos diferenciadores a quebra da isonomia salarial entre os trabalhadores docentes Este um dos fatores que t m levado organiza es sindicais docentes a recha ar as pol ticas de AD 1 1 ORIGEM DO PROBLEMA Durante a realiza o do Curso de Licenciatura em Educa o F sica 2001 2006 e sobretudo do Curso de Especializa o em Gest o Educacional 2006 na Universidade Federal de Santa Maria comecei a desenvolver progressivas imers es no estudo das influ ncias do Banco Mundial BM e do Fundo Monet rio Internacional no desenho de pol ticas educacionais brasileiras No percurso da gradua o para a p s gradua o as reas de interesse se estenderam portanto da pr tica pedag gica escolar em Educa o F sica e da psicologia 28 hist rico cultural para as pol
202. a Nova de Gaia Portugal LabGraf 2008 SANTOS Catarina de A et al Avalia o de desempenho docente nas redes estaduais de educa o b sica no Brasil 2012 Dispon vel em lt http www anpae org br iberoamericano2012 Trabalhos Catari nadeAlmeidaSantos res int GT2 pdf gt Acesso em 13 jan 2014 SAVIANI Dermeval Escola e democracia 15 ed S o Paulo Cortez Editora Autores Associados 1987 SCHNEIDER Mara C Certifica o de professores contradi es de uma pol tica 2009 248 f Disserta o Mestrado em Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o Centro de Ci ncias da 369 Educa o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2009 Dispon vel em lt http www dominiopublico gov br pesquisa Deta lheObraForm do select action amp co obra 152632 gt Acesso em 11 dez 2013 SCHULMEYER Alejandra Estado actual de la evaluaci n docente en trece pa ses de Am rica Latina In PEARLMAN Mari et al Maestros en Am rica Latina Nuevas Perspectivas sobre su Formaci n y Desempe o Santiago PREAL BID jul 2004 p 25 64 Dispon vel em lt http www preal org gt Acesso em 22 mai 2013 SEMIN RIO BALAN O DA REFORMA DO ESTADO NO BRASIL Balan o da reforma do Estado no Brasil a nova gest o p blica Bras lia MP SEGES 2002 Dispon vel em lt 2002http www b resserpereira org br Documents MARE Terceiros Papers Livro _ Balanco Reforma Estado Brasil pdf gt Acesso em 04 ma
203. a desafiar o estado que as organiza es sindicais de outros setores que a arma a greve de que aquelas disp em altamente discriminadora gera enormes custos para o governo mas apenas poucos inc modos para o restante da sociedade Isto contrasta marcadamente com as greves de outros setores como os servi os p blicos a sa de e os transportes CORRALES 2000 p 14 15 os l deres dos sindicatos de professores sabem que suas armas contra o governo podem ser aplicadas durante longo tempo com menos custos em termos de apoio p blico Isto sugere que a press o para render se menor nos sindicatos de professores que as que enfrentam outros trabalhadores em greve CORRALES 2000 p 15 Os governos podem enfrentar esses obst culos pol ticos institucionais Especificamente podem isolar os opositores da reforma ou simplesmente criar alian as com outros grupos de press o como contrapeso CORRALES 2000 p 47 As reformas educativas produzem perdedores Isto inevit vel Se estes perdedores tomam posi es ativas e criam obst culos ao processo ou n o depender de certas vari veis institucionais a 111 fortes v nculos entre as organiza es sindicais e os partidos de oposi o nos sistemas com partidos pol ticos polarizados b o estado das rela es entre o executivo e o poder legislativo c os desafios s lideran as dentro e fora dos sindicatos e d as alian as estrat gicas entre as orga
204. a domina o e sua futura elimina o ACANDA 2006 p 173 Por m importante frisar que Gramsci n o concebeu a superestrutura de modo isolado das rela es de produ o capitalistas Segundo Acanda 2006 a an lise das condi es hist ricas da It lia na primeira metade do s culo XX com sua economia e seu Estado capitalistas possibilitou a Gramsci compreender que a superestrutura constitu da por uma unidade dial tica entre sociedade pol tica e sociedade civil Enquanto a primeira se refere aos rg os de coer o e dom nio ou seja o Estado em seu sentido estrito a segunda diz respeito aos aparelhos privados de hegemonia como partidos pol ticos sindicatos igrejas meios de comunica o de massa entre outros por meio destes que a classe dominante dissemina a sua ideologia modos de ser pensar e agir obt m o consenso das classes subalternas e a coes o social e articula a dire o moral e intelectual da sociedade ou seja a hegemonia ACANDA 2006 A hegemonia portanto se refere capacidade da classe dominante de estabelecer e preservar sua lideran a intelectual e moral mais para dirigir do que para obrigar ACANDA 2006 p 173 49 No pr ximo t pico tendo como refer ncia Engels Marx L nin Luxemburgo e Gramsci analisamos o papel dos sindicatos na luta de classes Nessa an lise damos destaque compreens o dos autores no que se refere s rela es entre luta econ mica
205. a no m nimo 200 dias 0 10 Frequ ncia de exerc cio com no m nimo 180 quantidade de faltas ao 0 25 consecutivos longo do ano no m nimo 200 dias de exerc cio valoriza o da 5 assiduidade Total de pontos poss veis 2 40 1 40 Fonte S o Paulo 2005c 2008b Elabora o pr pria A tabela mostra que era poss vel ao servidor alcan ar at 40 pontos e o que chama a aten o mais uma vez sobretudo no 189 caso dos professores o peso dado frequ ncia que podia dar 25 desses 40 pontos Al m disso se o professor n o faltasse uma nica vez ao longo do ano eram lhe acrescidos a t tulo de valoriza o da assiduidade mais cinco pontos o que totalizava somente no quesito frequ ncia 30 pontos dos 40 poss veis ou seja 75 da bonifica o dos professores advinham diretamente de sua frequ ncia Embora o b nus de 2004 inclu sse novos crit rios de avalia o buscamos nos anexos do Decreto n 49 365 2005 S O PAULO 2005c somente as tabelas necess rias dentre as muitas para dar prosseguimento a nossa discuss o Procuramos evidenciar o modo como o governo psdbista no Estado de SP se esfor ou para culpar o absente smo docente pelo mau desempenho anual das escolas no SARESP Novamente esta nfase pode ser verificada n o somente na alta pontua o dada frequ ncia mas tamb m nos altos valores de bonifica o prometidos pelo governo aos trabalhadores menos faltosos
206. a ser atribu do a elas mesmas TRAVITZKI 2013 p 255 O autor conclui que embora o ENEM possa avaliar o m rito dos alunos pouco informativo sobre o m rito das escolas sendo inadequado para avaliar isoladamente a qualidade dessas institui es TRAVITZKI 2013 p 5 Desde 2009 o governo brasileiro est propondo a implementa o de uma Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente BRASIL 2009 2010a 2011 Em 2010 o Minist rio da Educa o MEC publicou para consulta p blica um documento no qual enumera 20 caracter sticas daquilo que compreende ser o perfil de um bom professor BRASIL 2010b p 2 Entre as caracter sticas 83 automaticamente produzidos ou melhorados segundo intelectuais vinculados aos OM ao se submeter os professores avalia o o que explicaria a tend ncia atual de governos de colocar os professores prova SHIROMA SCHNEIDER 2011 O professor tem sido progressivamente alvo de reformas e pol ticas educacionais propostas sobretudo nas duas ltimas d cadas por OM e seus consultores Algumas propostas relativas avalia o e bonifica o docente foram assimiladas de modo ativo e consentido pelos governos de Brasil Portugal e SP apesar da resist ncia sindical e docente Segundo estudo realizado pela Funda o Carlos Chagas 2011 p 9 a pedido da Funda o Victor Civita os professores est o no centro das preocupa
207. a C lia M de Proposi es acerca da produ o de conhecimento e pol ticas de forma o docente Apresenta o In MORAES Maria C lia M org Iluminismo s avessas produ o de conhecimento e pol ticas de forma o docente Rio de Janeiro DP amp A 2003 p 7 19 MOREIRA Elmo N Valores do Sal rio M nimo desde sua institui o at o dia de hoje 2013 Dispon vel em lt http www gazetadeitauna com br valores do salario minimo desde htm gt Acesso em 03 mai 2013 NOGUEIRA Danielle X P JESUS Girlene R de CRUZ Shirleide P da S Avalia o de desempenho docente no Brasil desvelando concep es e tend ncias Linhas Cr ticas Bras lia DF v 19 n 38 p 13 32 jan abr 2013 Dispon vel em lt http seer bce unb br in dex php linhascriticas article viewFile 8917 6694 gt Acesso em 13 jan 2014 NOGUEIRA Ellen FONSECA Marcela Falta m dica reduz o valor do b nus da Educa o 17 03 2009 S o Paulo Agora Dispon vel em 364 lt http apeoespsub org br clipping falta medica html gt Acesso em 16 fev 2014 NOGUEIRA Marco A Sociedade civil entre o p blico estatal e o universo gerencial Revista Brasileira de Ci ncias Sociais online 2003 v 18 n 52 p 125 138 NOGUEIRA M rio Em tempo de tanta exig ncia mais se exige de n s In Jornal da FENPROF n 222 janeiro de 2008 NORONHA Maria I A Reportagem da Folha de S Paulo confirma pesquisa da APEOESP sobre sa
208. a LBSE o ME publica o Decreto Lei DL n 139 4 90 2 que aprova o Estatuto da Carreira dos 13 O DL n 409 89 de 18 de novembro que aprova a estrutura da carreira do pessoal docente da educa o procura refor ar logo em sua introdu o em dois trechos o car ter negociado do futuro ECD e dos momentos que o antecedem como o pr prio DL 409 89 Assim l se encontra se em fase de conclus o de negocia o com as organiza es sindicais de pessoal docente o Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio e Importa acrescentar que nos termos da legisla o em 244 Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio PORTUGAL 1990 p 2040 3 A ADD integra o ECD e passa a ser o mecanismo por meio do qual os professores progridem na carreira O ME por meio do DL que cria o ECD afirma que o Programa do Governo considera vector fundamental da moderniza o da educa o portuguesa a valoriza o social e profissional dos educadores com a consequente melhoria qualitativa do exerc cio da fun o docente PORTUGAL 1990 p 2040 2 Esclarece que o ECD inclui disposi es relativas a toda a vida profissional do docente desde o recrutamento at a aposentadoria numa ptica de moderniza o da gest o dos recursos humanos da doc ncia PORTUGAL 1990 p 2040 2 expl cito o objetivo de dotar o sistem
209. a OCDE afirma que o s sistemas educativos exercem um papel fundamental em garantir o crescimento econ mico e a coes o social e o desenvolvimento da popula o jovem para alcan ar seu completo potencial OCDE 2009 p 3 tradu o nossa Nesse sentido todos os pa ses deveriam buscar melhorar suas escolas e corresponder da melhor forma a expectativas sociais e econ micas mais altas OCDE 2006 p 7 Evid ncias retiradas deste relat rio OCDE 2006 explicitam a vincula o que a OCDE realiza diretamente entre educa o ensino e economia capitalista Num relat rio produzido em 1990 e publicado em 1992 em Portugal intitulado A reforma dos programas escolares SKILBECK 1992 a OCDE explicita repetidamente conformidade com a ideia de que o setor educacional deve dirigir suas atividades de acordo com as demandas do setor econ mico Depois de afirmar que por toda a parte h uma preocupa o com a qualidade do ensino e a Freitas 2014 em seu Blog denominado Avalia o Educacional discute entre outros aspectos da avalia o docente a f dos reformadores neste mecanismo e na bonifica o docente como panaceia da educa o Nesse Blog encontram se in meros artigos do autor contendo evid ncias emp ricas que problematizam e desmistificam a efic cia daquelas pol ticas 93 aquisi o de compet ncias de base e de que a avalia o o tema de todas as conversas SKILBECK 1992
210. a Sindicatos Docentes e Reformas Educacionais na Am rica Latina Destes citamos apenas o estudo relativo ao Brasil FUNDA O KONRAD ADENAUER 2009 3 Hugo Diaz D az planejador de educa o especialista em estudo e avalia o de pol ticas educativas Tem um Blog sobre pol ticas de educa o que visa segundo o autor analisar o estado atual da educa o no Peru em especial a situa o da educa o b sica a forma o e o desenvolvimento profissional dos docentes Nesse contexto se destacam os avan os as dificuldades as experi ncias relevantes os esfor os encaminhados a consensuar estrat gias as posi es encontradas Dispon vel em lt http educared fundacion te lefonica com pe desafioseducacion author hdiaz gt 75 interesses pr prios dos professores Al m disso a mensagem por elas transmitida revela uma diretoria sindical que pretende dar mais for a ao pol tico do que ao pr prio sindical Diante dessa constata o Diaz 2004 recomenda ao SUTEP modernizar suas posturas para assim poder ter suas reivindica es seriamente consideradas pelo governo Segundo o autor D AZ 2004 p 67 esperava se que o sindicato amadurecesse agindo com mais flexibilidade e realismo em suas reivindica es De acordo com o autor para o sindicato produzir reivindica es mais realistas ele deveria contar entre seus membros com pessoas que tenham amplos conhecimentos sobre econ
211. a a aquisi o e desenvolvimento de compet ncias cient ficas e pedag gicas que fossem relevantes para o trabalho dos docentes PORTUGAL 2007a p 502 O ME justificava tal medida a partir da constata o de que os avultados recursos PORTUGAL 2007a p 501 investidos em forma o continua dos professores n o promoveram o desenvolvimento daquelas compet ncias ditas profissionais PORTUGAL 2007a p 528 A forma o cont nua sob a altera o sofrida no DL n 15 2007 devia assegurar a 266 actualiza o o aperfei oamento a reconvers o e o apoio actividade profissional do pessoal docente visando ainda objectivos de desenvolvimento na carreira e de mobilidade PORTUGAL 2007 p 502 Criticando o desperd cio de recursos p blicos realizado na forma o docente no per odo 2005 2009 Castilho 2009 p 48 adverte que o Estado que j paga a forma o inicial dos professores que ele denomina de uma generalizada bagun a e a sua forma o continuada n o pode continuar a lan ar mais dinheiro em forma o complementar para atamancar o que deveria ter sido bem feito primeira CASTILHO 2009 p 48 Visualiza imediatamente apenas uma solu o qual seja avaliar por exame de entrada os candidatos profiss o e enquadrar os que j entraram em l gicas exigentes de avalia o de desempenho que reflictam nos sal rios e nas regalias os resultado
212. a dar para os quais conv m tamb m chamar a aten o porque apesar da sua praticidade podem desviar desde logo uma certa linha de pensamento e actua o para orienta es indesej veis ou para sua perversa nega o FREIRE 2005 p 104 Segundo Freire 2005 quatro aspectos cr ticos deveriam ser observados na aplica o das propostas levantadas no estudo para a reorganiza o da carreira docente do ensino n o superior a a transposi o das mesmas para a linguagem e o texto jur dico normativo FREIRE 2005 p 104 b os processos de negocia o colectiva de trabalho e de concerta o social que se encontram legalmente consagrados FREIRE 2005 p 105 o autor alertava para o fato de que o estudo n o se constitu a num gui o negocial embora muitas de suas formula es se prestassem gin stica do bairgaining FREIRE 2005 p 105 c a aplica o e transposi o das normas legais para o terreno das pr ticas administrativas do ME e das escolas FREIRE 2005 p 105 onde o autor destacava que a qualidade dos desempenhos dos dirigentes escolares e o clima motivacional dos professores em cada escola pareciam dados decisivos para a melhor e mais adequada aplica o de uma reforma como a aqui proposta FREIRE 2005 p 105 e d a 256 possibilidade de continuidade deste esfor o de exig ncia e rigor sem o qual quaisquer medidas sejam elas as mais
213. a de melhor aprendizagem para os alunos A assiduidade portanto junto com a pol tica de aprova o autom tica condi o segundo os governos psdbistas para a produ o de um bom ndice de fluxo escolar que significa menos retrabalho docente porque h menos alunos reprovados e por consequ ncia menos custos para o Estado Analisemos agora as pol ticas de bonifica o implantadas em SP e vejamos como elas se articulam com os elementos acima 5 1 AS POL TICAS DE BONIFICA O E SEU DESENVOLVIMENTO Inaugurando toda a pol tica de bonifica o docente institu da no ensino p blico do Estado de SP at hoje as leis do B nus M rito e do B nus Gest o deviam ser regulamentadas em 27 de janeiro de 2001 30 dias ap s sua publica o No entanto o foram somente em 09 de outubro de 2001 ou seja nove meses depois do prazo estipulado Neste per odo 2000 2001 a APEOESP realizou algumas a es que ajudam a compreender porque o governo do Estado apostou em pol ticas de b nus ao servidor ass duo e n o em aumentos salariais para todos os trabalhadores da educa o Em mar o de 2000 ap s cinco anos de arrocho salarial e considerando a promessa de campanha do governador Mario Covas a APEOESP unida a outras entidades do Magist rio lan ou uma Campanha Salarial Unificada por meio da qual Al m da APEOESP a educa o b sica p blica do Estado de S o Paulo conta com outras organiza es
214. a educa o e das compet ncias da sua popula o o Governo Estadual solicitou OCDE que empreendesse uma an lise independente sobre o sistema educacional e que formulasse op es com vista elabora o de pol ticas a curto e m dio prazo com o objetivo de desenvolver o seu capital humano OCDE 2010 p 3 Mais adiante no relat rio afirma em tom de amea a os resultados dos exames apontam para inadequa es na qualidade do ensino Se este problema n o for tratado o Brasil corre o risco de ficar prejudicado em rela o economia globalizada OCDE 2010 p 230 As exig ncias formativas do capitalismo contempor neo que alteram e ampliam em ltima inst ncia o conte do do trabalho e as fun es do professor orientam os OM a focarem o docente em suas agendas de recomenda es para a educa o A OCDE destaca que pol ticas para professores t m alta prioridade em agendas nacionais uma vez que os professores constituem o recurso mais significativo das escolas sendo fundamentais para elevar a qualidade da aprendizagem para todos objetivo que segundo a OCDE somente ser 95 alcan ado quando todos os estudantes receberem ensino de alta qualidade OCDE 2006 p 7 No referido relat rio a OCDE 2010 ressalta em v rios momentos a centralidade do professor para a melhoria da qualidade do ensino da educa o e dos resultados dos alunos Os professores devem
215. a escola e da assiduidade dos profissionais da educa o Na mesma dire o um texto de Maria Helena Guimar es de Castro publicado em 2007 exp s que o conte do daquelas Em 2007 Castro publicou as ideias centrais dos Decretos n 49 365 2005 e n 52 719 2008 e de todo o programa de reforma educacional que coordenou em S o Paulo num trabalho editado pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial CASTRO 2007 que conta com o patroc nio de uma s rie de empresas e tem como diretor executivo e editor Norman Gall um dos s cios que ajudou a fundar em 2006 com Maria Helena Paulo Renato e outros o Movimento Todos pela Educa o MTPE Maria Helena constitui a Comiss o T cnica do MTPE S o s cio fundadores do MTPE entre outros Cl udia Costin Cl udio Moura Castro Cristovam Buarque Em lio 187 considera es indicava objetos de pol tica educacional que se desvinculados uns dos outros como pol tica melhoravam na perspectiva da autora a qualidade do ensino integrados como condicionantes de uma bonifica o eram no seu entendimento muito mais efetivos porque a falta de investimentos salariais e o esvaziamento da forma o docente contribu am para a cria o de condi es adequadas para que o b nus m rito encontrasse menos resist ncia e cr tica e mais necessidade por parte dos professores LOUREIRO MENDON A 2012 p 9 LOUREIRO 2011 p 98 O conte do tev
216. a participar do movimento sindical Contudo n o foi objetivo desta pesquisa analisar as implica es das pol ticas de avalia o e bonifica o sobre o sindicalismo docente Boa parte das entrevistas realizadas em Portugal e neste texto pouco exploradas focou as implica es da ADD sobre os professores e o sindicalismo docente Portanto estudos futuros devem contemplar esta dimens o das pol ticas de AD A mobiliza o que o professor faz sobre si para obter um b nus maior estimula a intensifica o do trabalho e a produ o do professor ass duo flex vel e empreendedor o professor de resultados o nico respons vel por sua valoriza o salarial Simultaneamente o professor mobilizador de si construtor de sua valoriza o pode imobilizar o coletivo porque junto com os outros se at m pol tica que busca estimular a assiduidade um dos crit rios m ximos de premia o Com isso este professor pode secundarizar a import ncia do coletivo das a es coletivas e o papel de representa o que sua organiza o sindical construiu historicamente Por outro lado o mesmo grupo que se junta para discutir as possibilidades de alcan ar um b nus maior pode vir a reconhecer os limites dessas possibilidades e da pr pria pol tica ou sentir a necessidade de nega la e de lutar por reajuste salarial para todos ou at de questionar e lutar pelo fim do trabalho assalariado Portanto as pol ticas de bonifica o do
217. acionais DE MARI 2006 p 121 Ap s analisar a diferencia o em graus da atividade intelectual assentada numa divis o de trabalho entre criadores e administradores divulgadores da riqueza intelectual produzida pelos homens e acumulada ao longo da hist ria humana Gramsci 1982 p 12 assinala que no mundo moderno a categoria dos intelectuais ampliou se de modo inaudito Foram elaboradas pelo sistema social democr tico burgu s imponentes massas de intelectuais nem todas justificadas pelas necessidades sociais da produ o ainda que justificadas pelas necessidades pol ticas do grupo fundamental dominante GRAMSCI 1982 p 12 103 Para Coutinho 2008 p 77 a dissemina o desses e de outros aparelhos contribui para a constitui o de uma complexa rede de organiza es de massa de sujeitos pol ticos coletivos cuja exist ncia e desenvolvimento resultam progressivamente na socializa o da pol tica COUTINHO 2008 p 77 ou seja na amplia o do espa o pol tico e da participa o pol tica sobretudo para a classe trabalhadora para al m do aparelho de Estado A crescente capacidade destas OM de se fixarem como intelectuais coletivos internacionais n o significa que suas rela es com os pa ses perif ricos e semiperif ricos se d de fora para dentro no sentido de uma imposi o imperialista DE MARI 2006 p 230 Pelo contr rio tais o
218. acionais supostamente modernizadoras Ainda hoje os sindicatos resistem claramente a se adequarem a esquemas de moderniza o da carreira docente que fortale am a autoridade dos diretores de centros educacionais e que atendam as crescentes demandas de avalia o e presta o de contas assim como de tratamento diferenciado das remunera es em fun o do desempenho trabalhista D AZ 2004 p 68 Puryear 2006 p 127 codiretor do PREAL admite que os docentes atrav s de seus gr mios t m consider vel autoridade para impedir que os governos instituam reformas com as quais n o est o de acordo Al m disso observa que uma boa educa o n o surge automaticamente a partir da boa vontade dos burocratas e dos docentes o resultado de desenhos institucionais estritos e frequentemente impopulares PURYEAR 2006 p 132 Intelectuais coletivos do capital como OCDE BM e PREAL tratam os professores e sobretudo suas organiza es sindicais como obst culos pol ticos boa educa o e ao desenvolvimento econ mico PURYEAR 2006 p 132 Corrales 2000 apresenta passagens significativas por meio das quais tanto defende a vincula o subordinada da educa o economia quanto questiona os obst culos pol ticos que se interp em nessa rela o paralisando e distorcendo reformas educativas que vislumbram uma boa educa o como fator de desenvolvimento da competitividade econ mica mundial
219. ada alterada simplificada implementada como pode ser suspensa engavetada substitu da ou extinta Ao propor uma pol tica o governo anuncia um por vir que n o est dado que precisa ser constru do e consensuado entre as partes Por isso para tentar obter a ades o dos professores os protagonistas da revolu o educacional segundo os reformadores ele lan a m o de estrat gias de convencimento e sedu o que todavia podem n o produzir consentimento mas resist ncia e oposi o 1 4 CONSIDERA ES TE RICO METODOL GICAS Estudamos documentos dos governos brasileiro Minist rio da Educa o e do Congresso Nacional paulista e portugu s para conhecer as pol ticas de AD propostas e implantadas e documentos de OM que influenciaram sua formula o especialmente da OCDE BM e PREAL Analisamos jornais e not cias publicados na internet pela FENPROF sobretudo o Jornal da FENPROF e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo APEOESP visando a identificar os posicionamentos e rea es dessas organiza es diante das pol ticas de avalia o e bonifica o docente bem como as repercuss es da luta sindical sobre estas pol ticas Desenvolvemos pesquisa de campo em Portugal onde al m de coletar documentos na sede das organiza es sindicais docentes entrevistamos a partir de uma entrevista semi estruturada Ap ndice B cinco dirigentes sindicais dois do Sindica
220. ades o e car ter pol tico do movimento Em editorial assumiram o apoio ao governo APEOESP 2014 p 22 O XXIII Congresso Estadual da APEOESP realizado entre os dias 1 e 03 de dezembro de 2010 fez segundo a entidade uma avalia o positiva da atua o da ent o gest o da APEOESP assim como avaliou positivamente a greve realizada no primeiro semestre de 2010 APEOESP 2014 p 22 A avalia o positiva leva em considera o a correla o de for as a trucul ncia e intransig ncia do governo e a capacidade da APEOESP de denunciar opini o p blica n o 237 apenas do Estado de S o Paulo mas de todo o Brasil a real situa o das escolas estaduais interferindo na conjuntura brasileira Ao mesmo tempo v rias das quest es levantadas durante a greve continuaram repercutindo durante o ano e ainda produzem seus resultados APEOESP 2014 p 22 No entanto quando analisamos o Caderno de Teses do XXIII Congresso Estadual da APEOESP APEOESP 2010a e outros materiais SILVA 2008 CAUSA OPER RIA ONLINE 2009 2013 APEOESP 20104 CENTRO DE M DIA INDEPENDENTE 2012 SILVA 2013 LER QI 2013 LIGA COMUNISTA 2013 identificamos v rias cr ticas gest o de Maria Izabel Azevedo Noronha que est frente da APEOESP desde 2008 As cr ticas incluem por exemplo a partidariza o das lutas devido ao alinhamento com o PT a burocracia sindical a focaliza o das lutas e a superestima
221. admite a estabilidade a m qualidade da forma o inicial os baixos sal rios e a falta de incentivos ao progresso dos professores 2 mere pressure groups the protectors of the corporative privileges and interests of unionized employees PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 8 117 est o focados cada vez mais no pr prio umbigo e menos nas quest es relativas educa o SOUZA 2009 p 3 4 est o tomados por partidos radicais de esquerda sem nenhuma relev ncia para a sociedade tornando se agremia es insignificantes SOUZA 2009 p 4 comp em poderosas for as inerciais BID 2005 p 53 imp em um obst culo inaceit vel a mudan as OCDE 2010 p 32 op em se reforma do Estatuto Docente OCDE 2010 adotam posi es de oposi o ideol gica em vez de propor uma abordagem de parceria social em suas atividades OCDE 2010 p 237 mant m uma atitude de recha o implementa o da avalia o docente SCHULMEYER 2004 p 40 e dificultam a puni o dos professores que demonstrem um mau desempenho mesmo quando poss vel identific los WINKLER GERSHBERS 2000 p 24 Para Ioschpe 2011 p 1 a luta dos manifestantes n o melhora em nada a qualidade da educa o Ao contr rio o ensino sofre com os atentados ao m rito Para este intelectual burgu s Quando um sindicato se adona de uma categoria a tend ncia que os sal rios de
222. ado per odo atinge um certo patamar MICHAELIS 2014 p 1 225 semanas de greve garantindo o pagamento dos 4 gatilhos que Qu rcia se recusava a pagar APEOESP 2014 p 4 No per odo 1987 1988 a APEOESP mais uma vez teve algumas de suas principais reivindica es atendidas quais sejam a defini o de 18 do Or amento Federal e 25 dos Estados e Munic pios para a Educa o aposentadoria aos 25 anos plano de carreira direito a piso salarial direito de sindicaliza o de funcion rios p blicos estabilidade para professores com mais de 5 anos de magist rio direito ao 13 sal rio integral gratifica o de 1 3 do sal rio de f rias direito de greve direito para as entidades entrarem com a es coletivas em nome de seus associados etc APEOESP 2014 p 5 Em 1988 o governo Qu rcia tentou destruir o Estatuto do Magist rio APEOESP 2014 Depois de uma greve de 30 dias fixou um percentual de aumento de 18 sobre a carreira APEOESP 2014 Contudo negou se a estender esse percentual aos aposentados Diversas formas de luta como press o sobre os deputados abaixo assinados e forma o de Comiss es de Aposentados garantiram essa extens o APEOESP 2014 No ano seguinte a APEOESP realizou uma greve de 80 dias a maior at ent o no Estado Foi uma greve em defesa da Escola P blica e por um Piso Salarial Profissional que teve como resultados um reajuste de 51 a 126 APEO
223. adores de classifica o a N vel de assiduidade b grau de cumprimento do servi o lectivo e n o lectivo atribu do ao docente c Progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e redu o das taxas de abandono escolar d Participa o dos docentes no agrupamento ou escola n o agrupada assenta na valoriza o dos seguintes factores i N mero de actividades constantes do projecto curricular de turma e do plano anual de actividades que foram distribu das ao docente em cada ano lectivo e em que o mesmo participou ii Qualidade e import ncia da interven o do docente para o cumprimento dos objectivos prosseguidos e Ac es de forma o cont nua que incidam sobre conte dos de natureza cient fico did ctica com estreita liga o mat ria curricular que leccionam e relacionadas com as necessidades do agrupamento de escolas ou escola n o agrupada definidas no respectivo projecto 290 educativo ou plano de actividades f Exerc cio de outros cargos ou fun es de natureza pedag gica g Dinamiza o de projectos de investiga o desenvolvimento e inova o educativa i Grau de cumprimento dos objectivos previamente fixados ii Avalia o do desempenho do docente no desenvolvimento do projecto PORTUGAL 2008b p 229 230 O segundo avaliador o inspetor apreciava os par metros classificativos constantes no ECD de 2007 quais sejam
224. agist rio e d outras provid ncias correlatas 2005b Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 91702 lei complementar 984 05 gt Acesso em 14 jan 2014 Decreto n 49 395 de 22 de fevereiro de 2005 Regulamenta e define crit rios para concess o do B nus Merecimento aos integrantes do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria de Estado da Educa o e d provid ncias correlatas 2005c Dispon vel em lt http www ucrhnarede net V clipping 1 index php Decreto n C2 BA 49 395 de 22 de fevereiro de 2005 gt Acesso em 13 jan 2014 Lei Complementar n 1005 de 21 de dezembro de 2006 Institui B nus Merecimento aos servidores do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria da Educa o e d outras provid ncias correlatas 2006a Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 91693 lei complementar 1005 06 gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 1 006 de 21 de dezembro de 2006 Institui b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias correlatas 2006b Dispon vel em lt http www legi slacao sp gov br legislacao dg2 80202 nsf 589653da06ad8e0a83256c fb0050146b ac777d4cd7af377e0325725800786e47 8FILE C 1006 doc gt Acesso em 14 jan 2014 386 S O PAULO ASSEMBL IA LEGISLATIVA DO ESTADO DE S O PAULO Dec
225. ais como a AD j explicitava que a manuten o da competitividade econ mica internacional deveria ser um objetivo central de qualquer reforma educacional A maioria dos analistas concorda que uma nova abordagem para o desenvolvimento educacional tem de estar ligada manuten o da competitividade econ mica internacional Para se competir com sucesso no cen rio internacional preciso fortalecer as compet ncias tradicionais e acrescentar outras em resposta s mudan as no mercado de trabalho Isto significa prover os conhecimentos valores e compet ncias que promovem a inova o tecnol gica Isto por sua vez significa provavelmente aumentar a base de leitura e habilidade num rica dando nfase geral cada vez maior s ci ncias fortalecendo a 90 capacidade de racioc nio e dos alunos aprenderem por si mesmos Significa tamb m repensar as abordagens ao ensino t cnico vocacional e envolver a comunidade empresarial no desenho dos processos educacionais Os sistemas educativos precisam tornar se mais sens veis s demandas dos mercados de trabalho contempor neos PURYEAR 1997 p 9 Corrales 2000 p 4 outro ide logo do PREAL refor a a necessidade de a melhoria da educa o se subordinar s exig ncias da competitividade econ mica internacional A melhoria da qualidade da educa o est vinculada a dois objetivos de suma import ncia para os estados modernos Em primeiro lugar a melhoria da
226. ais que concorrem para a forma o da consci ncia de classe e portanto de sujeitos cr ticos emancipados politizados Concordamos com Saviani 1987 p 92 quando afirma que toda pr tica educativa cont m inevitavelmente uma dimens o pol tica e portanto discordamos da defesa da neutralidade pol tico ideol gica como princ pio de a o para o espa o da escola p blica e o processo de ensino e aprendizagem Mello 1990 ao mesmo tempo em que faz essa defesa dissemina seu pensamento socialdemocrata definindo pertin ncias e finalidades educacionais Diante deste proselitismo n o podemos compreender a sua recomenda o de avalia o e certifica o docente como uma medida isenta de um posicionamento pol tico ideol gico sobretudo quando se encontra subordinada ao escopo de uma Revolu o Educacional claramente comprometida com a reprodu o e expans o da economia capitalista e ao intento de uma reforma do Estado destinada a promover sob o mesmo compromisso o uso mais eficiente dos recursos dispon veis MELLO 1990 p 58 Nesse sentido quando Mello 1990 prop s a reestrutura o da carreira docente recomendando que a progress o funcional dos professores fosse orientada por crit rios baseados no m rito e na avalia o dos resultados de aprendizagem dos alunos objetivava instituir diferencia es salariais que embora pudessem estimular o aperfei oamento a inova o a assiduidade e o esfo
227. al SPZN Sindicato dos Professores da Zona Norte Portugal SPZS Sindicato dos Professores da Zona Sul Portugal STF Supremo Tribunal Federal Brasil SUTEP Sindicato Unitario de Trabajadores en la Educaci n del Per UDEMO Sindicato dos Diretores e Especialistas do Magist rio Oficial SP FSC Universidade Federal de Santa Catarina MES SP Uni o Municipal dos Estudantes Secundaristas de S o Paulo UNDIME Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa o Brasil UNE Uni o Nacional dos Educadores Equador UNESCO Organiza o das Na es Unidades para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNICEF Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia USAID Ag ncia dos Estados Unidos para Desenvolvimento Econ mico USPROF Uni o Sindical dos Professores Portugal U U SUM RIO EINTRODU O sa o E 27 1 1 ORIGEM DO PROBLEMA eememeeseenersmeeerseereeeseereermeees 27 EDOBIE RN OS aa o Senra ii a a A 40 13 HIPOTESE o ses a aa dO E de A A An 40 1 4 CONSIDERA ES TE RICO METODOL GICAS 41 1 5 ESTRUTURA DO TEXTO use iio sto or a Sen 44 SE O 2 SINDICATOS E SUAS LUTAS REFLEX ES SOBRE O ECON MICO E O POL TICO NO ESTADO CAPITALISTA ssssssriserrsesesessrssevossonssrosvesvssosserssss o vase esscrso tars seses nera 47 2 1 O PAPEL DOS SINDICATOS SEGUNDO AUTORES CL SSICOS MARXISTAS ssssssssssssessesssssersstttrtsrsetterrsrsesresenrersnrs 49 2 2 AS
228. almente no concurso documental foram admitidos como titulares O governo estabeleceu quotas de professor titular por escola ou seja somente um ter o dos docentes podia se tornar um professor titular e alcan ar o topo da carreira PORTUGAL 2007a A divis o da carreira docente a necessidade de realiza o de um concurso de acesso para a categoria de professor titular e as quotas de professor titular por escola foram quest es extremamente rebatidas pelas organiza es sindicais e a categoria docente O retorno carreira nica foi uma das principais reivindica es dos professores e de suas organiza es sindicais nas a es de luta desenvolvidas a partir de 2007 como vemos na figura abaixo Figura 8 A defesa da categoria nica na profiss o docente Portugal Em dotfesa nal de uma carreira me digna e vatoriz AS ARO Fonte FENPROF 2008c p 11 No entanto a extin o dessa divis o ocorreu apenas no ano de 2009 quando Jos S crates foi reeleito para o XVIII Governo Constitucional de Portugal indicando o nome de Isabel Al ada PS para a coordena o do Minist rio da Educa o 263 No que se refere ainda s fun es espec ficas do professor titular este deveria acompanhar e avaliar o per odo probat rio dos professores cujo tinha a finalidade de verificar a capacidade de adequa o do docente ao perfil de desempenho profissional exig vel PORTUGAL 2007a p 530 O professo
229. alquer que seja o desfecho um avan o no desenvolvimento da consci ncia das massas e um incremento do seu potencial pol tico VIEIRA PINTO 1962 p 75 76 Nesse sentido resultados profundos essenciais pol ticos sempre existir o enquanto resultados superficiais depender o das circunst ncias VIEIRA PINTO 1962 p 77 O autor analisa que a greve Enquanto dado da conjuntura tem sentido relativo e dura o provis ria podendo ser resolvida vencida pela brutalidade da repress o policial mas enguanto resultado da estrutura s deixar de existir quando essa mesma estrutura for substitu da por outra na qual n o seja mais poss vel por defini o VIEIRA PINTO 1962 p 72 Para Wood 2003 p 48 se analisarmos o economicismo da classe oper ria do ponto de vista hist rico veremos que ele representa um est gio mais e n o menos avan ado de desenvolvimento Acrescenta que se ele puder ser superado isso reflete uma mudan a objetiva na localiza o da pol tica uma mudan a de arena e dos objetivos da luta pol tica 71 WOOD 2003 p 48 Em outras palavras as lutas econ micas podem se constituir em media o para as lutas pol ticas Considerando a import ncia da unidade da luta econ mica e da luta politica para a constru o do socialismo Wood 2003 sinaliza que as lutas no plano da produ o econ micas devem se estender esfera pol tica ao poder do Estado po
230. alva a avalia o do desempenho PORTUGAL 1998a p 5 Esse modelo de ADD acordado com as organiza es sindicais tinha como corrobora o Dirigente 3 um sentido iminentemente formativo PORTUGAL 1998a p 2 distinto portanto do modelo punitivo DIRIGENTE 3 estabelecido pelo governo em 2007 e que se apoiou em 6 seis fases como podemos notar abaixo a Preenchimento de uma ficha de avalia o pelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes respectivo b Preenchimento de uma ficha de avalia o pelo presidente do conselho executivo ou pelo director da escola ou agrupamento de escolas c Preenchimento pelo avaliado de uma ficha de auto avalia o sobre os objectivos alcan ados na sua pr tica profissional na qual identificar a forma o cont nua realizada d Confer ncia e valida o dos dados constantes da proposta de classifica o quando esta apresente as men es de Excelente Muito bom e Insuficiente pela comiss o de coordena o da avalia o e Entrevista dos avaliadores com o avaliado para conhecimento da proposta de avalia o e aprecia o do processo em particular da ficha de auto avalia o f Reuni o conjunta dos avaliadores para atribui o da classifica o final PORTUGAL 2007a p 535 As dimens es a serem avaliadas neste processo eram as mesmas sobre as quais incidia a forma o inicial de professores S o elas a vertente profissional e
231. and Incentives A Strategic Framework DELLANOY SEDLACEK 2001 Neste relat rio seus autores discutem a 139 suposta inefic cia do professor brasileiro ao mesmo tempo em que recomendam ao governo brasileiro adotar um sistema de certifica o de compet ncias e de ADD para promover um tamb m suposto professor eficaz Em 2002 na condi o de conselheira do CNE ainda sob o governo FHC Mello aparece como relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena BRASIL 2002 De acordo com esta resolu o o MEC coordenaria e articularia em regime de colabora o com o CNE o CONSED o F rum Nacional de Conselhos Estaduais de Educa o a UNDIME e representantes de Conselhos Municipais de Educa o e das associa es profissionais e cient ficas a formula o de proposta de diretrizes para a organiza o de um sistema federativo de certifica o de compet ncia dos professores de educa o b sica BRASIL 2002 p 6 Mais uma vez as organiza es sindicais docentes como representantes dos interesses da categoria docente s o exclu das da discuss o de pol ticas certifica o de compet ncias e avalia o de desempenho que tendem a ser extremamente pol micas entre os trabalhadores docentes Contudo a participa o dos professores ent o negada no governo do PSDB foi fortemente soli
232. ara a produ o dos maus resultados da educa o portuguesa Para reverter esses resultados recomenda como pol ticas acertadas que esses mesmos professores sejam avaliados e remunerados conforme seu desempenho CASTILHO 2009 Em 2008 o governo portugu s implementou um modelo de avalia o docente visando melhoria dos indicadores educacionais Contudo a progress o na carreira principal finalidade da ADD n o surtiu como efeito dessa pol tica naquele ano O uso dos primeiros resultados da ADD ao final de 2008 foi anulado devido intensa luta de professores e sindicatos O modelo de ADD anunciado em 2007 com a revis o do ECD foi regulamentado com o DR n 2 2008 de 10 de janeiro de 2008 PORTUGAL 2008b Cada escola e agrupamento de escolas a partir deste momento passou a interpretar e aplicar a legisla o de modo particular e poss vel instalando se generalizada confus o no sistema educativo quanto aos modos de execu o da pol tica A par da tentativa de diferenciar os professores por categorias o ME conseguiu desencadear tamb m diante da resist ncia da categoria docente e de suas organiza es sindicais uma generalizada diferencia o nos modos de apropria o da pol tica pelas escolas 6 2 4 O Decreto Regulamentar n 2 2008 Com o DR n 2 2008 de 10 de janeiro de 2008 o ME criou os mecanismos indispens veis aplica o do novo sistema de 284 avalia o de desempenho do pessoal docente
233. aram mudancas dos anos 80 90 gt Acesso em 22 jun 2012 STOLEROFF Alan PEREIRA Irina Teachers Unions and the transformation of employment relations in public education in Portugal Transfer European Review of Labour and Research ETULIRES v 14 n 2 2008 p 313 331 Dispon vel em lt http trs sagepub com content 14 2 313 fullpdf Hhtml gt Acesso em 12 jun 2013 374 STOLEROFF Alan PEREIRA Irina A reforma da carreira docente e da gest o escolar uma an lise da conflituosidade sindical e profissional Atas do Encontro Contextos Educativos na Sociedade Contempor nea Lisboa Instituto Superior de Ci ncias do Trabalho e da Empresa v 1 2 ed 2009 p 164 187 Dispon vel em lt http www aps pt cms imagens ficheiros FCH4b1 1c4088da30 pdf gt Acesso em 12 jun 2014 STRANGE Susan States Firms and diplomacy International Affairs 1998 68 1 janeiro 1 15 Dispon vel em lt ttp www jst or org discover 10 2307 26204589uid 3737664 amp uid 2129 amp uid 2 amp uid 70 amp uid 4 amp sid 21102319695021 gt Acesso em 21 mai 2013 TAVARES Manuel O movimento sindical docente em Portugal nas d cadas de 70 e 80 Dos Grupos de Estudo do Pessoal Docente do Ensino Secund rio afirma o dos sindicatos de professores In Semin rio Internacional da Rede de Pesquisadores sobre Associativismo e Sindicalismo dos Trabalhadores em Educa o Rio de Janeiro 22 e 23 de abril de 2010 Dispon vel em
234. as sim do filtro isto da competi o entre professores para promover no mago da categoria docente a diferencia o por m rito o que o MEC mistificadamente designou de Pol tica Nacional de Valoriza o e Forma o de Professores da educa o b sica BRASIL 2003b O Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores da educa o b sica legalmente institu do pela Portaria Ministerial n 1 403 2003 em 09 de junho compunha uma das quatro componentes principais da Pol tica Nacional de Valoriza o e Forma o de Professores ent o promovida pelo MEC a partir da considera o de que a valoriza o dos profissionais da educa o constitu a um dos cinco eixos que alicer avam no per odo a pol tica educacional do governo Lula BRASIL 2003b Tomando como refer ncia o quadro dr stico de insufici ncia no desempenho dos alunos do ensino fundamental est gerando muita pol mica na categoria docente porque o MEC segundo os professores n o esclarece os termos do contrato amp As outras tr s componentes da pol tica de valoriza o docente do MEC eram as seguintes a defini o de um piso salarial que garanta a todos os professores e professoras condi es dignas de vida e de trabalho b diretrizes nacionais para a carreira do Magist rio c programas especiais que favore am o acesso do professor a bens relevantes para o exerc cio profissional
235. as e sociais de grande alcance em andamento deram escolariza o de alta qualidade uma import ncia nunca antes vista ressoando sobre professores e escolas por consequ ncia cobran as e expectativas sem precedentes Os OM orientam governos para que estimulem seus professores a promover nos alunos futuros trabalhadores a habilidade de aprender progressiva e permanentemente a se adaptar s expectativas sociais e econ micas mais altas OCDE 2006 p 7 Ent o os professores tamb m devem ser capazes de preparar os estudantes para uma sociedade e uma economia em que se espera que sejam aprendizes auto direcionados capazes e motivados a seguir aprendendo ao longo de toda a vida OCDE 2006 p 7 Nessa perspectiva cabe ao professor dotar os futuros trabalhadores da capacidade de aprender novas habilidades bem como ensinar lhes um rol de compet ncias que garantam a produtividade a competitividade e a lucratividade econ micas de suas empresas Segundo o BM BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 20 tradu o nossa grande parte dos estudantes desprovida de habilidades b sicas pode constranger a produtividade do trabalho e o crescimento econ mico Desse modo o capital exige da educa o uma participa o crescente em termos de produ o de qualidade no processo de forma o da for a de trabalho seja para o desenvolvimento de manual skills habilidades manuais BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 28 ou de
236. as para implementa o de pol ticas professores Desenvolver comunidades de aprendizagem profissional Melhorar a base de conhecimentos em apoio s pol ticas docentes Fonte OCDE 2006 p 10 Percebe se no Quadro 2 que muito mais do que diretrizes de pol ticas a OCDE apresenta um conjunto de prescri es para as agendas pol ticas dos governos o que fica evidente quando afirma que esta uma agenda desafiadora OCDE 2006 p 11 A organiza o assinala que iniciativas de pol ticas s o necess rias em dois n veis OCDE 2006 p 10 referindo se s colunas 2 Direcionado profiss o docente como um todo e 3 Direcionado a tipos espec ficos de professores e escolas e anuncia que as estrat gias do primeiro n vel visam a aprimorar o status da profiss o docente e a competitividade do mercado de trabalho docente assim como melhorar os ambientes de desenvolvimento do professor e de trabalho na escola OCDE 2006 p 10 j que a qualidade da doc ncia determinada n o s pela qualidade dos professores embora esta seja claramente fundamental mas tamb m pelo ambiente em que esses profissionais atuam OCDE 2006 p 10 Se a qualidade do ensino determinada sobretudo pela qualidade do professor a qualidade da aprendizagem dos 98 estudantes explica a OCDE 2009 tamb m influenciada dentre outros aspectos pelas habilidades conhecimento
237. asinta sia drado Rian A R dani date asteri dels Figura 5 Reivindica o da APEOESP em rela o ao b nus PAD D E SD ssisassinsssasagsa ssa E A abas vara aan am ed Figura 6 Resultados do Concurso de Promo o de 2010 por CALC BOTIA SL id nd ga A A A E AAAS Figura 7 Resultados do Concurso de Promo o de 2010 promovidos e n o promovidos SP iiiiiii Figura 8 A defesa da categoria nica na profiss o docente POR ala atas estara a AD AMADA GA GU ARA SD AR Cao EE Figura 9 Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugese S iai asia ihisa sapo aaa Pads hua baba ha dna db afiado SL usa Danas Figura 10 Convite vig lia porta do ME em luto contra o ECD Portugal tes Ras e PENEDO EO POOR R EA SO PT aa Figura 11 ECD do ME gera conflitos e instabilidade nas escolas portuguesas asssssmss spissssssnisasl r EESE EEEE T aa Figura 12 Abaixo assinado para exigir a revoga o do ECD do ME Portugalko o oae i idea REER R E A Figura 13 Marcha da Indigna o 08 03 08 Portugal Figura 14 Plataforma Sindical exigindo a suspens o da ADD OS 11 08 Portugal essas iss rs a TEST E EEE oa ESA Figura 15 Categoria h s uma Professor e mais nenhuma OS 0S Portugal is Ros II A ga O dad a SO CRASE RR RE RARO Figura 16 Mobiliza o da Plataforma de Sindicatos de Professores 2013 Portugal ccsiisscsssceeserersererserensoo
238. ativo sobre as reclama es do avaliado PORTUGAL 2007a p 535 Um quadro s ntese do modelo de ADD implantado em Portugal em 2008 apresentado no Quadro 20 280 Quadro 20 Quadro s ntese do modelo de ADD implementado em 2008 em Portugal Objetivos Melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos Desenvolvimento pessoal e profissional dos professores Fundamentos Lei de Bases do Sistema Educativo LBSE Sistema de Gest o e Avalia o do Desempenho na Administra o P blica SIADAP Perfil de desempenho organizado em quatro dimens es desenvolvimento do ensino e da aprendizagem dimens o social e tica participa o na escola e rela o com a comunidade desenvolvimento profissional Referencializa o ao n vel da escola Objeto de Compet ncias de planifica o realiza o e avalia o das avalia o atividades letivas Enfase na consecu o de resultados escolares Participa o nas atividades da escola incluindo desempenho de cargos e rela o com a comunidade Forma o cont nua Modelo Avalia o por par metros Avaliadores Internos coordenador de departamento ou do conselho de docentes e membro do rg o de gest o Externos inspetor apenas para os avaliadores Instrumentos Auto avalia o Relat rios de a es de forma o observa o de aulas an lise de instrumentos de gest o curricular materiais pedag gicos instrumentos
239. atura as imagens no es corretas de grandezas n meros e quantidades que sirvam de base ao desenvolvimento do racioc nio abstrato l gico 133 formal e matem tico MELLO 1990 p 30 Este conhecimento desideologizado comp e segundo a autora 1990 p 30 o curr culo b sico do ensino fundamental Ci ncias Hist ria Geografia Portugu s e Matem tica que deve ser transmitido a todas as camadas sociais MELLO 1990 p 31 para que possam formar h bitos e atitudes que levam participa o na vida social e ao pleno exerc cio da cidadania MELLO 1990 p 30 Para a autora conhecer o mundo apropriar se dele e n o ser presa f cil da mentira da ilus o do obscurantismo da demagogia da mistifica o do sectarismo ideol gico MELLO 1990 p 31 O texto aparece como um conjunto de recomenda es sobre o que n o cabe escola ao que podemos acrescentar e problematizar o que n o cabe ao professor e sua avalia o A avalia o dos resultados dos alunos p s ensino na perspectiva da autora indica que se pode verificar o n vel de ideologiza o politiza o dos professores e de adequa o neutralidade curricular De acordo com Mello 1990 escola n o cabe doutrinar p 32 educa o escolar n o interessa o destino social de cada um p 35 e o conhecimento instrumento de cr tica s ideologias p 36 Al m disso acrescenta a
240. b era vedado ao servidor receber cumulativamente o B nus Gest o e o B nus M rito Apesar de serem dois b nus distintos o c lculo do primeiro encontrava se determinado n o somente pela frequ ncia do servidor mas tamb m pela taxa m dia de absente smo docente existente em cada escola e no conjunto das escolas de cada Diretoria Regional de Educa o Isso leva a pensar que tamb m existia uma cobran a pela assiduidade entre os pares Al m de dar prosseguimento na sua gest o 2003 2007 como Secret rio de Educa o do Estado de SP ao B nus M rito e ao B nus Gest o Gabriel Chalita PSDB antes mesmo de assumir a pasta instituiu em 06 de dezembro de 2002 um B nus Merecimento de R 500 00 aos servidores do Quadro da SEE SP e do Quadro de Apoio Escolar S O PAULO 2002c Este b nus teve vers es atualizadas at 2005 Em 2004 Chalita unificou o B nus Gest o e o B nus M rito os quais deram lugar a um b nus dirigido aos integrantes do Quadro do Magist rio S O PAULO 2004a 2005c Esse b nus foi regulamentado em 2005 S O PAULO 2005c e vale a pena conferir os novos e velhos crit rios e os novos valores de bonifica o implantados pelo governo Alckmin Chalita O Decreto n 49 365 de 09 de fevereiro de 2005 S O PAULO 2005c que regulamentou e definiu os crit rios para a concess o do b nus institu do pela Lei Complementar n 963 de 16 de dezembro de 2004 S O PAULO 20044 apresentava em sua int
241. b nus aos trabalhadores da educa o o que entretanto n o tem alterado a situa o do IDESP FREITAS 2012b que mede a qualidade da educa o nesse Estado Sucessivos governos do PSDB que o administraram afirmam que n o h recursos para aumentar o valor do sal rio base e de fato n o o aumentam embora os recursos existam como evidenciam os dados no Ap ndice C Esta aparente contradi o entre ter recursos para b nus mas n o ter para aumento salarial oculta um fato importante a pretens o desses governos de desvincular a situa o salarial de ativos e inativos que tem sido uma recomenda o recorrente dos OM n o apenas para os professores mas para todo o funcionalismo p blico N o conceder b nus a aposentados e pensionistas e negar aumentos salariais que os contemplam s o estrat gias usadas pelos governos no setor p blico tanto para reduzir custos quanto para estimular a produtividade dos trabalhadores Tanto em Portugal como em SP os governos procuraram construir a imagem do professor faltoso Nesse sentido estabeleceram a assiduidade como crit rio de avalia o docente As pol ticas implementadas em ambos geraram rea es de oposi o dos sindicatos que sempre se queixaram da falta de di logo e do car ter formal das negocia es realizadas com os governos Sua participa o nas negocia es dificilmente produziu mudan as substanciais nos textos normativos Entretanto segundo os dirigentes portu
242. b p 1 0 BM publicou a primeira vers o desse relat rio em maio de 2000 Por m o mesmo n o se encontra mais dispon vel na internet Por isso citamos somente a segunda vers o que foi expandida e republicada em dezembro de 2001 DELLANOY SEDLACEK 2001 Documentos do BM que abordam o que pode ser feito para melhorar a qualidade do professor do ensino e da educa o contemplando solu es como certifica o e recertifica o avalia o de conhecimentos e remunera o por desempenho ou m rito podem ser encontrados via pesquisa desses termos traduzidos para o ingl s no site do Banco Mundial lt http worldbank org gt 162 retroativamente o governo pretende comprovar uma den ncia que para os intelectuais burgueses como o BM e os Secret rios de Educa o psdbistas do Estado de SP evidence based qual seja que a categoria docente sente se no direito de faltar ao trabalho e por isso o absente smo docente alcan a taxas abusivas Tal fato na perspectiva governamental justifica determinar a assiduidade como o crit rio central das diversas bonifica es punindo por consequ ncia os professores que faltam independente dos motivos que os levam a se ausentar Nesse sentido a pol tica paulista de bonifica o docente qualquer que seja sua roupagem apresenta se como coercitiva e educativa uma vez que se em seu ponto de partida obriga os professores a se apresentarem e permanecerem na escola
243. balhador MARX 1978 Segundo o autor A taxa de mais valia depender se todas as outras 20 a a o AVE A Neste texto Marx utiliza ambas as express es como sin nimos 60 circunst ncias permanecerem invari veis da propor o existente entre a parte da jornada que o oper rio tem que trabalhar para reproduzir o valor da for a de trabalho e o sobretempo ou sobretrabalho realizado para o capitalista Depender por isso da propor o em que a jornada de trabalho se prolongue al m do tempo durante o qual o oper rio com o seu trabalho se limita a reproduzir o valor de sua for a de trabalho ou a repor o seu sal rio MARX 1978 p 83 Portanto o capitalista procura sempre de um lado estender a jornada de trabalho e intensific la at o limite da energia vital do trabalhador e por outro reduzir seu sal rio ao m nimo estritamente f sico haja visto que o m ximo de lucro s se acha limitado pelo m nimo f sico dos sal rios e pelo m ximo f sico da jornada de trabalho MARX 1978 p 96 Em sentido contr rio o trabalhador tenta reduzir a jornada de trabalho e ou obter um aumento de sal rio para contrabalan ar o trabalho excessivo MARX 1978 o que implica necessariamente uma diminui o da taxa geral de lucro do capitalista portanto a luta incessante entre capital e trabalho MARX 1978 que define o grau concreto de lucro m ximo e de sal rio m nimo que ser obtido pel
244. batalha interna entre diferentes projetos de hegemonia batalha cujo resultado levaria certos aparelhos tradicionais a se alinharem em maior ou menor medida com essa ou aquela classe social COUTINHO 2008 p 55 Sob este entendimento bom acrescentar que o fato de os sindicatos terem sido criados pela classe trabalhadora para defender seus interesses portanto como aparelhos org nicos n o os isenta da disputa interna de projetos caracter stica dos aparelhos tradicionais Nesse sentido a burguesia por meio da a o de seus intelectuais na sociedade civil visa a articular a dire o moral e intelectual da sociedade para garantir sua hegemonia ou seja para estabelecer e preservar sua lideran a intelectual e moral mais para dirigir do que para obrigar ACANDA 2006 p 173 Entretanto cabe observar que os aparelhos privados de hegemonia n o se apresentam como meras correias de transmiss o da ideologia burguesa A sociedade civil n o um campo politicamente homog neo NOGUEIRA 2003 mas um espa o de confronta o de objetivos e projetos ACANDA 2006 portanto de representa o de interesses origin rios de distintos grupos sociais COUTINHO 2008 Podemos considerar OM como a OCDE e o BM que prop em aos governos a ado o de pol ticas de AD como intelectuais org nicos coletivos ou ag ncias de pensamento que representam e dinamizam os interesses pol ticos e ec
245. bem que independentemente de 122 E EE saha Estas reflex es foram retiradas de um texto intitulado Sacrif cios m ximos benef cios minimos e trapalhadas quanto basta publicado pelo autor no Jornal P blico em 04 07 2005 Santana Castilho durante 8 anos manteve neste jornal uma coluna em que analisava as pol ticas educacionais O texto mencionado integra seu livro Os bonzos da estat stica Id ias falsas que travaram a educa o Trata se de uma colet nea de artigos publicados no referido jornal durante o per odo de 12 de mar o de 2005 a 19 de agosto de 2009 Ele abarca e analisa portanto o per odo de gest o do XVII Governo Constitucional CASTILHO 2009 1233 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares IRS 283 discutir a qualidade ou seriedade do processo a apregoada progress o autom tica n o existe na carreira docente Que s se verifica mediante a obten o de cr ditos em forma o ou da obten o de grau acad mico de mestre ou doutor a expensas dos interessados em acumula o com o servi o docente normal Os resultados do nosso sistema de ensino s o degradantes Muitas vari veis contribuem para isso Os maus professores que existem tamb m Mas os mesmos professores sujeitos a pol ticas acertadas produziriam resultados bem melhores CASTILHO 2009 p 42 43 Nota se que para Castilho 2009 os maus professores est o entre as vari veis que contribuem p
246. bom a vincula o dos resultados dos alunos como crit rio de AD entre outros Em seu conjunto estes elementos somados a outras medidas pol ticas e aos ataques empreendidos diretamente pela ent o Ministra da Educa o Lurdes Rodrigues e o Primeiro Ministro Jos S crates geraram profunda revolta na categoria docente Neste cap tulo analisamos as publica es da imprensa sindical sobretudo o Jornal da FENPROF e as entrevistas dos dirigentes sindicais realizadas nas sedes dos sindicatos de professores localizados nas cidades do Porto SPN Coimbra Sindicato de Professores da Regi o Centro SPRC e Lisboa Sindicato de Professores da Grande Lisboa SPGL no per odo de novembro de 2012 a janeiro de 2013 durante o Doutorado Sandu che Com estas entrevistas tentamos identificar os posicionamentos as rea es e a luta das organiza es sindicais portuguesas principalmente no ano de 2008 diante da implementa o da nova pol tica de ADD do ME Tamb m procuramos conhecer as estrat gias que o governo portugu s utilizou no per odo tanto para tornar a sua pol tica de ADD consensual entre professores e organiza es sindicais como para desqualificar as ltimas Estes objetivos tamb m orientaram a an lise dos materiais revistas jornais e documentos recolhidos nas sedes das organiza es sindicais ou em suas p ginas da internet 7 1 A BASE OBJETIVA DA CONTESTA O DOCENTE E SINDICAL Depois da publica
247. briga es lectivas e das remunera es mais elevadas que assumissem responsabilidades acrescidas na escola Pelo contr rio permitiu se at que as fun es de coordena o e supervis o fossem desempenhadas por docentes mais jovens e com menos condi es para as exercer Daqui resultou um sistema que n o criou nenhum incentivo nenhuma motiva o para que os docentes aperfei oassem as suas pr ticas pedag gicas ou se empenhassem na vida e organiza o das escolas PORTUGAL 2007a p 501 Nesse sentido uma das principais altera es que o ME realizou seguindo as prescri es de Freire 2005 foi instalar dentro da categoria docente uma diferencia o justificada pela necessidade de criar incentivos e motiva o para os professores aperfei oarem o seu trabalho Al m disso o ME pretendeu promover a coopera o entre os professores e refor ar as fun es de coordena o j que em seu entendimento para produzir melhores resultados o trabalho docente embora devesse ser diferenciado n o podia ser atomizado e individualizado PORTUGAL 2007a p 501 Na vis o do Minist rio da Educa o era imposs vel organizar as escolas com base na indiferencia o PORTUGAL 2007a p 501 Por isso dividiu a carreira docente em duas categorias professor e professor titular PORTUGAL 2007a p 531 Para obter o apoio dos professores e das organiza es sindicais medida o governo alegou q
248. ca mas no mbito da luta pol tica entre as classes sociais A consci ncia pol tica de classe n o pode ser levada ao oper rio sen o do exterior isto do exterior da luta econ mica do exterior da esfera 58 das rela es entre oper rios e patr es O nico dom nio onde se poder extrair esses conhecimentos o das rela es de todas as classes e categorias da popula o com o Estado e o governo o dom nio das rela es de todas as classes entre si L NIN 2008 p 118 Em Sal rio pre o e lucro 1865 Marx 1978 p 99 defende que os trabalhadores devem substituir em sua bandeira o lema conservador Um sal rio justo para uma jornada de trabalho justa pelo lema revolucion rio Aboli o do sistema de trabalho assalariado Segundo Aguena 2008 p 14 tal substitui o n o implica desprezar ou subestimar a import ncia da luta econ mica mas alertar que seria um erro fazer dela um fim em si mesmo erro que segundo Marx 1978 cometem os sindicatos O autor reconhece os como centro de resist ncia contra as usurpa es do capital mas refor a que os mesmos tamb m devem empregar suas for as organizadas como alavanca para a emancipa o final da classe oper ria isto para a aboli o definitiva do sistema de trabalho assalariado MARX 1978 p 99 Nesse sentido preciso ir al m da luta econ mica ou seja efetivar uma luta pol tica externa mera rela
249. catos da categoria t m desenvolvido essa luta das mais variadas formas BRASIL 2003b p 11 A constru o da pol tica de valoriza o dos professores um grande compromisso com a qualidade social da educa o brasileira Exige de todos n s a disposi o de discutir e de construir com esp rito aberto com humildade e sem preconceitos As diverg ncias existir o e fazem parte do processo democr tico O essencial comprometer nossos cora es e mentes com a luta pelo reconhecimento p blico da import ncia do professor BRASIL 2003b p 13 Garantir a todos o acesso ao conhecimento criar as condi es para o exerc cio livre da cidadania O 150 MEC assume esse desafio priorizando a valoriza o docente por reconhecer que o professor na boniteza de seu trabalho cotidiano criativo e ousado o grande agente das mudan as de que a educa o e a sociedade brasileira necessitam BRASIL 2003b p 13 Ser professor hoje significa mais que ensinar determinados conte dos Os desafios do mundo contempor neo exigem que ele seja antes de tudo um educador tico e comprometido com a transforma o da sociedade na busca de justi a democracia e participa o favorecendo o exerc cio dos direitos b sicos de cidadania BRASIL 2003b p 18 Em dezembro de 2003 Cristovam Buarque voltaria a reafirmar a valoriza o do professor como o caminho priorit rio para revolucionar a educa o brasileira Professo
250. ceitualiza o alternativa de accountability em educa o Educ Soc Campinas v 33 n 119 p 471 484 abr jun 2012 Dispon vel em lt http www scielo br pdf es v33n1 19 a08 v33nl19 pdf gt Acesso em 13 fev 2014 AG NCIA FAPESP S o Paulo cria Programa de Valoriza o pelo M rito 28 10 2009 Dispon vel em lt http www agencia fapesp br materia 11277 noticias sao paulo cria programa de valorizacao pelo merito htm gt Acesso em 12 fev 2014 AGUENA Paulo Apresenta o In AGUENA Paulo org O marxismo e os sindicatos S o Paulo Instituto Jos Lu s e Rosa Sundermann 2008 p 7 34 128 A q As Refer ncias relativas legisla o brasileira paulista e portuguesa s o separadas e apresentadas nesta mesma ordem 344 ANDI AG NCIA DE NOT CIAS DOS DIREITOS DA INF NCIA SP estudo revela que professores de escolas estaduais faltam 32 dias por ano em m dia 30 10 2007 Dispon vel em lt http www sinteal org br noticias detalhes asp id 2199 gt Acesso em 13 dez 2013 ALVES Giovanni Dimens es da reestrutura o produtiva ensaios de sociologia do trabalho 2 ed Londrina Praxis Bauru Canal 6 2007 Dispon vel em lt www giovannialves org gt Acesso em 23 jul 2012 Limites do sindicalismo Marx Engels e a cr tica da economia pol tica Bauru Giovanni Alves 2003 Dispon vel em lt http www giovannialves org LS pdf gt Acesso em 12 jun 2014 ALVE
251. cente levantam uma tripla possibilidade para os trabalhadores da educa o lutar sozinho ou em grupo por b nus lutar coletivamente por reajuste salarial ou ainda lutar coletivamente pelo fim do trabalho assalariado As duas primeiras lutas s o meramente econ micas e a luta econ mica justificou historicamente a cria o dos sindicatos J a luta pol tica reconhece a import ncia da luta econ mica promovida pelos sindicatos No entanto no contexto da luta de classes a luta pol tica reivindica das organiza es sindicais inclusive docentes a politiza o da luta econ mica ou 333 seja que elas tenham como horizonte n o apenas o reajuste salarial mas tamb m a pr pria destrui o do sistema de trabalho assalariado que lhes deu origem O b nus e os demais reconhecimentos resultantes das pol ticas de avalia o docente s funcionam s s o atraentes para muitos professores porque o sal rio n o e uma op o pol tica clara dos governos burgueses que ele n o seja para que se instaure entre os professores uma competi o por gratifica es econ micas e simb licas Ao comprometer e responsabilizar o professor pelos resultados de seu trabalho e o baixo sal rio as pol ticas de avalia o e bonifica o docente educam no para se restringir luta econ mica por melhores sal rios O comprometimento e a responsabiliza o do professor por sua situa o socioecon mica visam tamb m faz lo repassa
252. cente no Brasil 2013 projeto Dispon vel em lt http www gepeto ced ufsc br index php projetos de pesquisa em andamento viewdownload 10 em andamento 149 projeto propostas e acoes das redes politicas para a reforma da carreira docente no brasil html gt Acesso em 13 fev 2014 SHIROMA Eneida O EVANGELISTA Olinda A coloniza o da utopia nos discursos sobre profissionaliza o docente Perspectiva Florian polis v 22 n 2 2004 p 525 545 Dispon vel em lt http www ced ufsc br nucleos nup perspectivas html gt Acesso em 12 set 2011 SHIROMA Eneida O EVANGELISTA Olinda Redes para reconvers o docente In Alexandre Felipe Fiuza Gilmar Henrique da Concei o Org Pol tica Educa o e Cultura Cascavel EDUNIOESTE 2008 v 1 p 33 54 SHIROMA Eneida O SCHNEIDER Mara C Professores em exame reflex es sobre pol ticas de avalia o docente Pr xis Educativa Ponta Grossa v 6 n 1 p 31 44 jan jun 2011 Dispon vel em lt http www periodicos uepg br gt Acesso em 10 mai 2013 SHIROMA Eneida O SCHNEIDER Mara C MAFRA JUNIOR Ant nio C A cada um segundo seu desempenho tens es e contradi es da pol tica de avalia o docente In VII Semin rio Internacional Red Estrado 2010 Lima Anais do VIII Semin rio Internacional Red Estrado Lima Universidad de Ciencias y Humanidades 2010 p 1 15 SILVA Camilla C org AZZI Diego BOCK Renato Banco Mundial em foco s
253. cess rio reconhecer que ele criou espa os de negocia o at ent o inexistentes de cujo aproveitamento poder o e dever o resultar vit rias importantes A campanha contra o Entendimento como capitula o a afirma o do mais extremo conformismo e de quem j desistiu de lutar FENPROF 2008d p 9 compreensiva a comemora o da FENPROF com a assinatura do Memorando haja visto a postura de anti negocia o que predominou durante toda a gest o de Lurdes Rodrigues Para Souza 2008 p 2 dirigente sindical essa assinatura s foi poss vel gra as contesta o e grande ades o dos professores luta A Marcha da Indigna o ficar para a hist ria da Educa o e do sindicalismo em Portugal como a maior manifesta o de uma classe profissional contra o mais miser vel ataque desencadeado ao seu estatuto sua dignidade e s suas condi es de trabalho Gra as a essa contesta o e sobretudo grande ades o dos professores e educadores de todas as regi es do pa s mobilizados e imbu dos do mesmo esp rito de revolta porque sentiram que o 313 seu futuro est amea ado foi poss vel for ar e at obrigar os respons veis do ME a assinar o Memorando de Entendimento com a Plataforma Sindical Nacional Este vergar da Ministra embora n o tenha permitido inverter a ess ncia das medidas infelizes que t m sido implementadas no sistema educativo nacional por este Governo socialista
254. cias pr prias da profiss o iniciou uma grande caminhada para resgatar se a identidade do professor que como profissional n o deixar de ser um elemento importante na mobiliza o do grande movimento educacionista t o necess rio para o desenvolvimento econ mico social e ambiental do Pa s BRASIL 2003c p 10 Os candidatos aprovados no exame receberiam o Certificado Nacional de Profici ncia Docente BRASIL 2003a p 2 que n o constituiria pr requisito ou prova de licen a para o exerc cio da doc ncia podendo ser utilizado pelas redes de ensino como crit rio de sele o avalia o promo o e concess o de benef cios BRASIL 2003a p 1 Ele seria concedido para as reas de Educa o Infantil Educa o Fundamental anos iniciais Ci ncias Humanas e Sociais Ci ncias da Natureza L nguas Estrangeiras Educa o F sica Artes e Gest o BRASIL 2003a Os professores em exerc cio nas redes p blicas de ensino que adquirissem a certifica o no exame teriam direito Bolsa Federal de Incentivo Forma o Continuada BRASIL 2003a p 2 A institui o desta bolsa seria proposta pelo Minist rio da Educa o por meio de Projeto de Lei PL ao Congresso Nacional BRASIL 2003a A bolsa funcionaria como atrativo para a adequa o dos professores ao curr culo constru do pelo MEC qual seja as Matrizes de Refer ncia Estas Matrizes expressariam os conhecimentos compet ncias e
255. cipal fun o social e pol tica que ensinar MELLO 1990 p 19 Conforme Chico Poli prefaciador do livro de Mello 1990 p 10 no Brasil um ato revolucion rio priorizar a educa o e constatar que escola cabe ensinar Para Mello 1990 p 17 na perspectiva da Social Democracia a educa o faz a ponte entre as pol ticas sociais e aquelas que s o estrat gicas para o desenvolvimento Dessa forma ela tem a fun o de equidade e de forma o de quadros para o desenvolvimento auto sustentado MELLO 1990 p 17 Al m disso somente uma base s lida de conhecimento poderia suportar um processo de gera o renova o e absor o tecnol gica fornecendo quadros que sejam produtores e consumidores de tecnologia MELLO 1990 p 20 21 Tais fun es consoante Mello 1990 n o est o sendo cumpridas devido exist ncia de uma s rie de mazelas no mbito do Estado a aus ncia de mecanismos de participa o controle e fiscaliza o do que se passa no ensino por parte da popula o a consequente privatiza o do patrim nio p blico por grupos ou interesses de diversa natureza corpora es correntes ideol gicas ou pedag gicas conflitantes divis es pol ticas dentro do grupo de poder a a o conjunta desses mecanismos produz o que de pior poderia haver num aparato estatal paquid rmico a total aus ncia de cobran a e responsabiliza o pois ningu
256. citada no ano seguinte o primeiro governo Lula PT quando o ent o Ministro da Educa o Cristovam Buarque lan a a Portaria n 1 403 BRASIL 20034 que instituiria o Prov o do Professor Apesar dos professores serem chamados para a discuss o das Matrizes de Refer ncia que consubstanciariam os testes do Exame Nacional de Certifica o tal convite novamente n o se estendeu s organiza es sindicais com exce o da CNTE que inclusive comp s poca o Comit Permanente de Pol ticas da ent o Secretaria de Educa o Infantil e Fundamental BRASIL 2003b 2003c 140 4 3 PROPOSTAS NACIONAIS DE AVALIA O DOCENTE 4 3 1 A Portaria n 1 403 2003 do Ministro da Educa o Cristovam Buarque Em 09 de junho de 2003 o Ministro da Educa o Cristovam Buarque publicou a Portaria n 1 403 que instituiria o Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica BRASIL 2003a p 1 Considerava para tal fim o que estava disposto por exemplo no artigo 16 da Resolu o n 01 2002 do Conselho Nacional de Educa o BRASIL 2002 que dispunha sobre a implanta o de um sistema de certifica o de compet ncias dos professores BRASIL 2003a p 1 O Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica compreenderia entre outros aspectos o Exame Nacional de Certifica o de Professores por meio do qual se promo
257. comiss o de coordena o da avalia o d Realiza o da entrevista individual dos avaliadores com o respectivo avaliado e Realiza o da reuni o conjunta dos avaliadores para atribui o da avalia o final PORTUGAL 2008b p 228 Quanto primeira fase era obrigat rio ao professor realizar a sua auto avalia o procedendo ao preenchimento de uma ficha Tal procedimento segundo o ME visava a envolver o avaliado no processo de avalia o e responsabiliz lo pela melhoria do cumprimento de seus objetivos individuais o que constitu a refer ncia essencial da classifica o atribu da 285 PORTUGAL 2008b p 228 Era portanto dever do professor a partir da informa o recolhida na sua avalia o de desempenho melhorar este mesmo desempenho PORTUGAL 2008b A ficha de auto avalia o preenchida pelo docente era analisada conjuntamente por ele e seus avaliadores na entrevista individual na qual tamb m era dado ao professor conhecimento da proposta de avalia o PORTUGAL 2008b p 230 Na ficha de auto avalia o do professor devia constar uma s rie burocratizante de aspectos dif ceis de aferir objetivamente sobretudo quando se tratou de avaliar as contribui es individuais dos professores para o progresso dos alunos a Resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos em avalia o i Por ano quando se trate da educa o pr escolar e do 1 ciclo d
258. como medida de pol tica educativa visando o combate ao abandono precoce e a eleva o dos n veis de escolaridade das novas gera es RODRIGUES 2010 p 85 Posteriormente em 27 de agosto de 2009 a AR estabelece via Lei n 85 2009 que a escolaridade obrigat ria se estende dos 6 aos 18 anos perfazendo um total de 12 anos PORTUGAL 2009 245 6 1 O CONSELHO CIENT FICO PARA A AVALIA O DE PROFESSORES CCAP O CCAP foi criado pelo ME via Decreto Regulamentar DR n 4 2008 de 05 de Fevereiro de 2008 com a miss o de implementar e assegurar o acompanhamento e a monitoriza o da ADD PORTUGAL 20084 p 913 Concebido como um rg o consultivo dotado de autonomia t cnica e cient fica PORTUGAL 2008a p 913 este conselho devia refletir a preocupa o crescente de fundamentar a decis o pol tica no conhecimento cient fico e nas boas pr ticas nacionais e internacionais existentes na mat ria PORTUGAL 2008a p 913 Nesse sentido sua cria o acompanharia as tend ncias actuais das sociedades modernas que reconhecem o papel determinante dos professores para a melhoria da qualidade da educa o e particularmente para a eleva o dos n veis de qualidade das aprendizagens PORTUGAL 2008a p 913 Al m de acompanhar e monitorar o processo de implementa o da ADD nas escolas o CCAP viria a contribuir para o fortalecimento nas escolas de uma cultura de avalia o
259. concess o do b nus de 2007 S O PAULO 2007b p 1 tem de considerar a compreens o das determina es macro pol ticas que se vinculam ao micro contexto da reforma educacional paulista e sua pol tica de b nus m rito no governo Jos Serra LOUREIRO 2011 p 41 Al m disso observa preciso analisar as media es que articulam o contexto macro ao micro No caso da reforma do ensino p blico paulista os partidos que governaram o Estado entre 1991 e 2010 2 PMDB e PSDB contribuiram para a materializa o da reestrutura o neoliberal da educa o LOUREIRO MENDON A 2012 p 2 Para os autores 102 das Lar A Partido do Movimento Democr tico Brasileiro 103 Governaram o Estado de S o Paulo desde 1991 Luiz Ant nio Fleury Filho PMDB 1991 1994 Mario Covas PSDB 1995 2001 Geraldo Alckmin PSDB 2001 2006 e Jos Serra PSDB 2007 2010 O per odo analisado pelos autores 1991 2010 n o contempla o ltimo e atual governo liderado novamente por Geraldo Alckmin PSDB 2011 2014 No final de 2014 o PSDB deve completar 20 anos ininterruptos de governo em S o Paulo A reforma educacional paulista recheada pelo ide rio neoliberal e suas no es de efici ncia efic cia e produtividade est sintonizada com o programa da socialdemocracia brasileira Basta lembrar tamb m os desejos e recomenda es expostos em 1990 pela mentora do projeto educacional psdbista quais sejam reforma
260. conteciam sobre as menores pontua es at 7 pontos constituindo em nosso entendimento uma forma de instigar os servidores a competirem por um pouco mais de pontos mas n o mais do que isso N o se tratava de um est mulo irrestrito at mesmo porque a partir dos 15 pontos aos quais equivalia um b nus de R 4 700 00 os percentuais de aumento de no m ximo 3 19 eram t o insignificantes que os servidores podiam questionar a validade do esfor o necess rio para obt los Cada ponto a mais a partir dos 21 pontos resultava para os professores num acr scimo m dio de 1 6 no b nus R 100 00 Por outro lado avan ar do ponto m nimo ao segundo ou do segundo para o terceiro resultava num acr scimo de mais de 20 R 350 00 Vemos portanto que quantitativamente predominavam os menores aumentos 8 x R 200 00 6 x R 150 00 e 9 x R 100 00 embora sobre os b nus mais altos que entretanto pelos crit rios estabelecidos eram mais dif ceis de serem alcan ados Fazendo uma s ntese do per odo 2000 2008 verificamos que foram institu dos cinco b nus distintos para os trabalhadores da educa o b sica p blica do Estado de SP Por ordem cronol gica s o eles B nus Gest o B nus M rito B nus Merecimento B nus M rito e B nus Gest o juntos B nus e Bonifica o por Resultados O ltimo vem sendo institu do desde 2008 em todas as esferas da gest o p blica do Estado de SP visando a estimular o cumprimen
261. ctiva colocada quando verificamos as in meras responsabilidades que a sociedade lhe compete e escola no capitalismo contempor neo A escola de hoje defronta se entretanto com um novo leque de desafios pede se legitimamente escola que n o se preocupe apenas com a transmiss o de conhecimentos De um lado h que centrar o trabalho pedag gico na aquisi o de compet ncias que sustentem a aprendizagem ao longo de toda a vida Do outro h que promover a educa o para os valores Assim entre as m ltiplas responsabilidades da escola actual est o a forma o c vica incluindo o conhecimento das institui es democr ticas o est mulo da participa o c vica a cultura da paz a valoriza o da dimens o europeia a capacidade empreendedora individual e de grupo o di logo entre civiliza es e culturas e o aprender a viver em conjunto a educa o para a sa de para a sexualidade e os afectos a preven o contra o H6 Castilho 2011 p 15 observa que na educa o os dois ltimos governos de Portugal orientaram todas as medidas para um mesmo objetivo fabricar resultados estat sticos imediatos Cr tico do governo PS e ex consultor do BM da Uni o Europeia e da UNESCO Castilho integrou o VIII Governo Constitucional liderado pelo Partido Social Democrata PSD no per odo de 1981 a 1983 A fabrica o de estat sticas no entanto tamb m tem sido fortemente questionada pela
262. cund rio Uma alternativa sob o Caetanismo 1983 An lise Social XIX 77 78 79 757 791 Dispon vel em lt http analisesocial ics ul pt documentos 1223465276L1 nJJ2xr9Ab050 A3 pdf gt Acesso em 23 mai 2013 GRAMSCI Ant nio Os intelectuais e a organiza o da cultura 4 ed Rio de Janeiro RJ Civiliza o Brasileira 1982 GRUPPI Luciano Tudo come ou com Maquiavel As concep es de Estado em Marx Engels L nin e Gramsci 5 ed Porto Alegre L amp PM 1985 GUIOT Andr P Um moderno Pr ncipe para a burguesia brasileira o PSDB 1988 2002 Niter i RJ 2006 202 f Disserta o Mestrado Universidade Federal Fluminense Programa de P s Gradua o em Hist ria Niter i 2006 Dispon vel em lt http www historia uff br stricto teses Dissert 2006 GUIOT Andre Pereira S pdf gt Acesso em 12 jun 2014 G1 Secretaria da Educa o de S o Paulo divulga resultado do Idesp por escola 28 03 2013 S o Paulo Dispon vel em lt http g globo com educ acao noticia 2013 03 secretaria da educacao de sao paulo divulga resultado do idesp por escola html gt Acesso em 13 jan 2014 HARVEY David O neoliberalismo hist ria e implica es S o Paulo Loyola 2008 HASHIMOTO Rosa Avalia o de compet ncias mediante certifica o ocupacional In IX Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administraci n P blica Madrid Espa a 2 5 Nov 2004 Dispon vel em
263. cupa o de fun es nas entidades de classe do 182 Magist rio rg os da Secretaria de Educa o do Estado de S o Paulo SEE SP Conselho Estadual de Educa o e outros tinham assegurado um b nus de R 1 000 00 n o precisando se submeter avalia o de desempenho e demais crit rios de pontua o S O PAULO 200la J os servidores aposentados dispensados exonerados e falecidos ap s 1 de dezembro de 2000 tinham direito ao b nus desde que tivessem cumprido nessa data os crit rios de avalia o e pontua o S O PAULO 200la p 3 Os demais aposentados e pensionistas assim como os estagi rios e professores eventuais substitutos n o tinham direito ao b nus Cabe lembrar que o BM DELLANOY SEDLACEK 2001 no intuito de aliviar os gastos p blicos com folha de pagamento recomendou a desvincula o salarial entre docentes ativos e inativos O governo paulista alega que a exclus o dos inativos aposentados e pensionistas nada tem a ver com discrimina o A id ia incentivar os servidores ativos para que n o faltem ao trabalho SINDICATO MERCOSUL 2002 p 1 A exclus o dos inativos que em 2002 somavam 105 mil entre professores e especialistas SINDICATO MERCOSUL 2002 coaduna com a recomenda o do BM penalizando aqueles servidores que dedicaram uma vida profissional ao trabalho pedag gico As organiza es sindicais docentes criticam duramente esta discrimina o que
264. da doc ncia Valorize a componente lectiva expurgando do hor rio dos docentes os cada vez maiores tempos destina dos a tarefas burocr ticas e outras actividades sem interesse pedag gico Elimine todos os mecanismos criados para afastar da profiss o docentes que s o necess rios s escolas designadamente a esp ria prova de ingresso Fonte FENPROF 2008d De acordo com o Dirigente 1 os professores n o protestaram pelas mesmas raz es Enquanto uns eram contra a altera o nas regras de aposentadoria por exemplo outros eram contra as altera es nos hor rios de trabalho contra a deteriora o das condi es de trabalho nas escolas ou contra as condi es gerais de congelamento de carreira DIRIGENTE 1 Al m disso quest es de mbito geral comuns a todos os trabalhadores tamb m compunham as reivindica es dos professores indicando que os protestos em alguns momentos extrapolavam as dimens es da luta econ mico corporativa Em um inqu rito feito pela FENPROF com os professores durante o 11 Congresso Nacional dos Professores realizado em Lisboa em 2013 e que tinha como lema Afirmar a escola p blica Valorizar os professores Dar futuro ao pa s a entidade constatou que a ADD hoje n o uma das principais preocupa es dos professores embora ainda seja inquietante para quase metade deles Como podemos notar no quadro abaixo quest es mais prementes geradas pela crise econ mica
265. da pol tica de aprova o autom tica no munic pio de S o Paulo por entender que repet ncia gera somente repet ncia SILVA 1999 Neubauer evidenciou o sentido do B nus M rito institu do por sua gest o aos professores em 2000 buscava evitar faltas SILVA 2013 De acordo com a autora n o se questiona se houve incapacidade aus ncia ou falta de empenho do professor e o sistema absolvido Reprovar portanto culpar s a v tima o aluno pelo fracasso que da escola e do sistema SILVA 2013 p 1 Desse modo compreendia que a presen a do professor em sala de aula era fundamental para garantir a aprendizagem dos alunos e sua consequente aprova o Logo para a autora o n mero significativo de faltas dos professores era um obst culo qualidade da educa o e seu aspecto precedente o fluxo escolar SILVA 2013 p 1 A preocupa o da ex Secret ria de Educa o com o fracasso escolar expressa na realidade a inten o de cuidar dos interesses pol ticos e econ micos burgueses no que se refere qualifica o da for a de trabalho exigida pela classe dominante para dinamizar os novos processos produtivos constituintes do novo paradigma internacional SILVA 1999 p 10 Neste processo o capital deseja da escola que ela forne a indiv duos com um perfil mais compat vel com as exig ncias dos novos tempos SILVA 1999 p 10 Esse perfil conforme Neubauer englobava o
266. de 19 dispositivos que facultam ao professor paulista ausentar se do trabalho sem desconto no sal rio Tampouco cabe aguardar condi es perfeitas de trabalho para que se aceite enfim reduzir a absurda m dia de 32 faltas anuais por docente Seria til que entre os crit rios de avalia o figurassem tamb m metas ambiciosas de redu o do absente smo docente FOLHA DE S PAULO 2007 p 1 Para o governador Geraldo Alckmin que investiu R 20 milh es em b nus nas escolas t cnicas em 2004 essa uma boa forma de cobrar bons resultados o mundo moderno exige est mulo por produ o CHALITA 2005b p 1 A segunda observa o que temos a fazer que apesar de o comparecimento a eventos de Entidades de Classe autorizados por resolu o do Secret rio da Educa o S O PAULO 2008b p 1 n o implicar em aus ncia notamos nos Decretos n 49 365 2005 S O PAULO 2005c n 52 719 2008 S O PAULO 2008b e n 52 720 2008 S O PAULO 2008c um est mulo evidente para os servidores n o participarem das atividades promovidas por suas organiza es sindicais Tal est mulo aparece quando a promessa de um b nus maior exige em nome da valoriza o da assiduidade que os servidores abdiquem das aus ncias que n o implicam queda do b nus entre as quais est a participa o em atividades sindicais Tamb m percebemos por outro lado uma tentativa expl cita da SEE SP de domesticar e enfra
267. de 25 de julho de 1973 Lei de Bases do Sistema Educativo Dispon vel em lt http www observatoriople gov pt np4 np4 newsld 5 amp fileN ame lei 5 1973 pdf gt Acesso em 16 de abr 2013 MINIST RIO DAS FINAN AS E DA ADMINISTRA O P BLICA Decreto Lei n 229 05 de 29 de dezembro de 2005 procede revis o dos regimes que consagram 392 desvios s regras previstas no Estatuto da Aposenta o em mat ria de tempo de servi o idade de aposenta o 2005b Dispon vel em lt http dre pt pdf1s 2005 12 249A00 73137317 pdf gt Acesso em 12 jun 2014 PORTUGAL Decreto Lei n 200 2007 de 22 de maio de 2007 Estabelece o regime do primeiro concurso de acesso para lugares da categoria de professor titular 2007b Dispon vel em lt http www dgaep gov pt upload Legis 2007 dl 200 22 05 pdf gt Acesso em 01 de jun 2014 393 AP NDICE A Organiza es sindicais docentes em Portugal 1 SPN SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE Endere o R D Manuel II 51 C 3 Edif cio Cristal Park 4050 345 Porto Fone 226 070 500 Fax 226 070 595 E mail geral spn pt Site www spn pt Sindicato dos Professores do Norte 2 SPGL SINDICATO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA Endere o Rua Fialho de Almeida n 3 1070 128 Lisboa Fone 213 819 100 Fax 213 819 199 E mail spgl spgl pt Site www spgl pt SPGL anme a maaa poe 3 SPRC SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGI O CENTRO End
268. de avalia o e de planifica o de aulas Efeitos Ingresso na carreira convers o da nomea o provis ria em nomea o definitiva Progress o horizontal mudan a de escal o e ndice salarial Promo o vertical acesso categoria de professor titular Outros efeitos renova o de contrato reconvers o ou reclassifica o profissional atribui o de pr mio de desempenho Outros elementos Periodicidade de 2 em 2 anos para professores na carreira fim do per odo probat rio final de contrato Garantias sigilo e confidencialidade conhecimento de crit rios de avalia o Requisitos de tempo 1 ano no m nimo Fonte Sanches 2008 p 176 De acordo com o ME os resultados da avalia o n o estavam associados aos momentos de poss vel progress o na 281 carreira embora tivessem efectivas consequ ncias para o seu desenvolvimento PORTUGAL 2007a p 502 Isto significa que a avalia o de desempenho n o era realizada apenas quando o professor precisava mudar de escal o Como mostra o quadro anterior a ADD era realizada de dois em dois anos para os professores efetivos e como vimos no Quadro 18 cada escal o da carreira possu a um per odo de quatro a seis anos PORTUGAL 2007a Portanto at tr s avalia es podiam ser realizadas dentro de um mesmo escal o Tudo isso considerando ainda o conjunto de instrumentos aplicados e analisados em cada process
269. de social que sintetiza a escola de qualidade para todos s ser ia consolidada para o governo com a valoriza o permanente dos profissionais da educa o BRASIL 2003b p 6 Cristovam Buarque na poca fez uma apresenta o do Programa antes das Matrizes de Refer ncia serem discutidas e aprovadas nos encontros estaduais e nacional Professoras e professores brasileiros O Brasil pode nas pr ximas d cadas se transformar num l der mundial em educa o Para isso precisa n o se conformar com o quadro dr stico de insufici ncia no desempenho dos alunos do ensino fundamental Tamb m devemos garantir que as crian as n o amp As outras tr s linhas de a o inclu am ampliar o atendimento escolar incluindo as crian as de seis anos no ensino fundamental apoiar a constru o de Sistemas Estaduais de Avalia o da Educa o B sica e instituir programas de apoio ao letramento BRASIL 2003c p 7 148 apenas fiquem na escola mas aprendam O principal caminho para isso o professor preciso fazer com que o professor seja um profissional bem remunerado bem preparado e dedicado Investir na cabe a no cora o e no bolso do professor Isso custaria muitas vezes menos do que o gasto para criar a infra estrutura econ mica n o custaria mais em 15 anos do que o equivalente a duas Itaipus Sobretudo custaria muito menos do que o que ser preciso gastar daqui a 20 ou 30 anos para c
270. de transform lo SHIROMA SCHNEIDER 2011 p 41 Embora capital e trabalho almejem educa o de qualidade e entendam que a avalia o do professor um instrumento que pode contribuir nesse sentido a concep o de educa o de qualidade aspirada por cada classe social est sociais como a do PREAL que articulam sujeitos coletivos que visam a influenciar o processo estatal de produ o de pol ticas educacionais O objetivo dessas redes viabilizar a implementa o de reformas educativas orientadas pelos OM no sentido de produzir as condi es de reprodu o do sistema capitalista Ver tamb m Shiroma e Evangelista 2008 Lopes 2010 e o site do Grupo de Estudos sobre Pol tica Educacional e Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina GEPETO UFSC lt www gepeto ced ufsc br gt 108 diretamente vinculada aos seus interesses e projetos societais que s o antag nicos SHIROMA SCHNEIDER 2011 Nesse sentido o conceito de educa o de qualidade ou qualidade da educa o LOPES 2010 que orienta suas interven es press es e disputas no campo da produ o da pol tica educacional tamb m antag nico da mesma forma que o s o tamb m as finalidades meios e princ pios que orientam e fundamentam as pol ticas de AD que deste modo n o s o neutras mas permeadas pelas concep es interesses e projetos que movimentam cada classe social na luta de classes Diante disso e considerando que tanto
271. declararam que n o havia avalia o de professores em Portugal fato que n o sucede como mostra a entrevista do Dirigente 1 O primeiro governo do engenheiro Jos S crates e Lurdes Rodrigues instituiu a avalia o de desempenho como uma novidade vai passar a haver avalia o de desempenho dos professores 1 De acordo com o Dirigente 1 quando a avalia o de desempenho foi implementada em 1994 1995 ela n o se constituiu como uma quest o pol mica Afirma o dirigente Pode ter havido discord ncias pontuais mas n o foi nem de perto nem de longe uma quest o t o ol mica como veio a ser em 2008 DIRIGENTE 1 Em Portugal o Partido Socialista PS apresenta politicamente uma posi o centro esquerdista tal como o PT no governo federal brasileiro Ideologicamente explica Jalali 2007 o PS localiza se entre o Partido Social Democrata PSD e o Partido Comunista Portugu s PCP Foi fundado pelo advogado oposicionista M rio Soares em 1973 durante seu ex lio na Alemanha O PS compunha se ent o principalmente de profissionais liberais sendo suas bases organizacionais socialistas antes de 1974 extremamente limitadas JALALI 2007 p 150 M rio Soares que viria a se tornar um l der hist rico do PS naquele momento vetou qualquer alian a esquerda com o PCP JALALI 2007 p 150 Para o autor o posicionamento centro esquerdista do PS no cen rio pol tico foi definido interna
272. depositathoje bY F4nus para 232 mil professores e servidores gt Acesso em 14 jan 2014 D AZ Hugo D Coment rios de Hugo D az D az Peru In GENTILI Pablo SU REZ Daniel orgs Reforma educacional e luta democr tica um debate sobre a a o sindical docente na Am rica Latina S o Paulo Cortez 2004 p 63 69 D AZ Hugo D ARREGUI Patricia M de VALLEJOS Maria A P Una mirada a la educaci n en el Per Lima UNESCO Per 2001 352 DI CARLO Matthew Teacher matter but so do words 14 07 2010 Dispon vel em lt http shankerblog org p 74 gt Acesso em 12 jun 2014 DIRIGENTE 1 SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE SPN Entrevista concedida a Mara Cristina Schneider Porto Portugal 28 e 29 11 2012 DIRIGENTE 2 SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE SPN Entrevista concedida a Mara Cristina Schneider Porto Portugal 16 01 2013 DIRIGENTE 3 SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGI O CENTRO SPRC Entrevista concedida a Mara Cristina Schneider Coimbra Portugal 04 12 2012 DIRIGENTE 4 SINDICATO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA SPGL Entrevista concedida a Mara Cristina Schneider Lisboa Portugal 11 12 2012 DIRIGENTE 5 SINDICATO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA SPGL Entrevista concedida a Mara Cristina Schneider Lisboa Portugal 13 12 2012 ENGELS Friedrich Discurso diante da sepultura de Marx In MARX Karl ENGELS Friedrich Obras escolhidas S o Paulo Alfa mega s d
273. deradas no processo de ADD tinham que incidir sobre conte dos de natureza cient fico did ctica com estreita liga o mat ria curricular que lecciona bem como as relacionadas com as necessidades da escola definidas no respectivo projecto educativo ou plano de actividades PORTUGAL 2007a p 535 Neste sentido poss vel perceber que o ME pretendia filtrar e alinhar as forma es buscadas pelos professores para aquilo que era validado na avalia o de desempenho o que expressa o controle ideol gico do ME sobre os professores Posteriormente o ME veio a bancar a oferta de cursos para satisfazer a demanda criada a partir disso Tal oferta contudo n o deu conta das necessidades dos professores frente ao quesito exigido pela ADD Al m da densa lista de par metros e indicadores de classifica o elencados anteriormente a antecipa o do quadro de contesta o e de burocratiza o e intensifica o do trabalho docente que se instalou no mago das escolas a partir de 2008 com a implanta o da ADD foi refor ada com a indica o daqueles que seriam os avaliadores cuja forma o e legitima o para tal fim foi alvo de fortes cr ticas por parte sobretudo dos avaliados Segundo o ME eram avaliadores a O coordenador do conselho de docentes ou do departamento curricular ou os professores titulares que por ele forem designados quando o n mero de 279 docentes a avaliar o justifique b Um inspector com forma
274. desenvolvimento de uma gama de habilidades e compet ncias como a capacidade de comunica o verbal e escrita e o dom nio dos recursos da eletr nica apropria o tecnol gica discriminar e determinado procedimento pode n o s lo em outro para a forma o de classes por n vel de capacidade do turn over das professoras naquele ano letivo da qualidade do corpo docente com que a escola conta num determinado momento da pol tica de atribui o de professoras s primeiras s ries das rela es que se estabelecem entre cada um dos professores e os que lhes s o hierarquicamente superiores dentro da escola da natureza das rela es que se d o entre os educadores e autoridade e rg os governamentais numa determinada conjuntura pol tica do grau de satisfa o dos professores com suas condi es de trabalho e do alvo que elegem para extravasar sua insatisfa o PATTO 1988 p 77 174 tomar iniciativas desenvolver trabalhos complexos solucionar problemas e participar de modo efetivo no meio social em que se vive ler escrever e somar articuladas em um pensamento sist mico que se apoia principalmente na capacidade de abstra o na experimenta o e em especial na m tua colabora o SILVA 1999 p 10 Satisfazer essas exig ncias implicava para a autora SILVA 1999 p 10 investir prioritariamente na melhoria da qualidade e da efici ncia dos sistemas de ensino
275. df gt Acesso em 11 dez 2013 BARBOSA Eduardo F et al Ger ncia da qualidade total na educa o Belo Horizonte Funda o Christiano Ottoni 1995 BARRETO Raquel G LEHER Roberto Trabalho docente e as reformas neoliberais In OLIVEIRA Dalila A Reformas educacionais na Am rica Latina e os trabalhadores docentes Belo Horizonte Aut ntica 2003 p 39 60 BARROSO Jo o O Estado a educa o e a regula o das pol ticas p blicas Educ Soc Campinas v 26 n 92 out 2005 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302005000300002 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 1 mai 2012 BASSETTE Fernanda Pais avaliam qualidade da escola pela seguran a indica estudo 01 04 2008 G1 Dispon vel em lt http g globo com Noticias Vestibular 0 MUL383715 5604 00 347 html gt Acesso em 13 fev 2014 BAUER Carlos MATOS Alessandro R Marx Engels e o sindicalismo docente Revista Espa o Acad mico n 114 nov 2010 Dispon vel em lt http Awww periodicos uem br 0js index php Espaco Academic o article view 11268 gt Acesso em 12 jun 2014 REVISTA EDUCA O Entrevista Herman Voorwald Corre o de rumo UOL Agosto de 2011 Dispon vel em lt http revistaedu cacao uol com br textos 169 correcao de rumo 234937 1 asp gt Acesso em 12 jun 2014 BLOG LEITURAS FAVRE Ap s 14 anos governando S o Paulo os tucanos est o euf ricos com as notas do Id
276. dio dos trabalhadores em rela o classe burguesa o que os leva a cometer atos individuais como ataques contra fura greves e inc ndios a f bricas ENGELS 2008 A classe burguesa por sua vez reage contra os sindicatos com extrema viol ncia e procura incessantemente demonstrar aos oper rios a sua inutilidade ENGELS 2010 p 256 No combate a estas 56 organiza es a burguesia aproveita todas as ocasi es para destilar sua ira contra elas ENGELS 2010 p 258 Diz que os sindicatos s o negativamente influenciados Esses s bios burgueses agem exatamente como certos governos e atribuem todos os movimentos que n o compreendem influ ncia de agitadores mal intencionados de maus elementos de demagogos de desordeiros e de jovens sustentam que os funcion rios pagos das associa es t m interesse em fazer agita o porque vivem disso como se a burguesia n o tivesse tornado necess rio seu pagamento na medida em que n o lhes d emprego ENGELS 2010 p 258 Os trabalhadores sabem que os sindicatos obstacularizam o desejo constante de seus patr es qual seja a redu o dos sal rios ENGELS 2010 Ao possibilitar que eles lutem unificadamente como uma for a de conjunto AGUENA 2008 p 11 contra a redu o dos sal rios ao m nimo os sindicatos oferecem aos trabalhadores sua primeira educa o de classe AGUENA 2008 p 11 Com isso d o o pontap inicial para a
277. do Estado e revolu o educacional MELLO 1990 Na perspectiva da autora a reforma do Estado geraria qualidade efic cia e efici ncia nos servi os p blicos condi es que garantiriam a realiza o da revolu o educacional psdbista 204 No es como efici ncia produtividade rentabilidade enxugamento escassez de recursos entre outras permearam as distintas administra es do per odo 1991 2010 Nesse sentido com a es semelhantes s observadas em empresas na busca pelo aumento da produtividade dos trabalhadores a SEE SP Secretaria Estadual de Educa o de S o Paulo no governo Alckmin introduziu na estrutura educacional paulista em 2000 o componente bonifica o por resultados e desempenho LOUREIRO MENDON A 2012 p 2 A produ o de resultados visando ao cumprimento de metas foi um termo que ganhou concretude nos normativos de bonifica o a partir de dezembro de 2008 quando o governo do Estado de SP implementou uma pol tica de remunera o por desempenho denominada Bonifica o por Resultados BR S O PAULO 2008a O objetivo desde ent o recompensar as equipes das escolas p blicas que cumprem em alguma medida a meta anual de desempenho previamente estabelecida pela SEE SP para cada uma delas De acordo com a Lei Complementar n 1078 de 17 de dezembro de 2008 o governo Serra criou a BR visando melhoria e ao aprimoramento da qualidade do ensino p blico S O PAULO
278. do ele foi anunciado em 2007 Como os sindicatos de professores e as federa es se organizaram para lutar contra o modelo de ADD de 2008 e negociar junto ao ME Como seu sindicato sua federa o dialogou com os demais 3 Como foi a participa o deste sindicato federa o na organiza o das lutas sobretudo das grandes marchas de 2008 Quem foram os principais sujeitos articuladores dessas manifesta es O modelo de ADD foi o principal fator de mobiliza o Por que a luta contra ele atingiu tanta expressividade em PT O que as grandes marchas significaram para os professores os sindicatos federa es e a hist ria do sindicalismo docente portugu s 4 Que fatores provocaram as posteriores mudan as no modelo de ADD de 2008 5 O ME e o governo neste per odo promoveram a es no sentido de desqualificar os sindicatos federa es como leg timos representantes dos professores Que justificativas o ME lan ou para tornar o modelo de ADD consensual entre professores e sindicatos federa es Que interesses moveram esta pol tica Como voc analisa a influ ncia da OCDE no re desenho deste modelo em PT 6 Alguns organismos internacionais como a OCDE o BM e a UNESCO afirmam que os sindicatos de professores s o obst culos pol ticos qualidade da educa o O que voc pensa sobre isso e qual a vis o da sociedade do governo e do ME sobre os sindicatos de professores e suas federa es em PT Na sua opini o quais s o os
279. do ensino no monitoramento das pol ticas voltadas para a melhoria da qualidade educacional SEE SP 2014 p 1 Avalia por meio de provas cognitivas alunos do 2 3 5 7 e 9 anos do Ensino Fundamental e da 3 s rie do Ensino M dio nas reas de L ngua Portuguesa com Reda o e Matem tica com altern ncia entre as disciplinas das reas de Ci ncias Humanas Geografia e Hist ria e Ci ncias e Ci ncias da Natureza Biologia F sica e Qu mica aos alunos do 7 e 9 anos do Ensino Fundamental e da 3 s rie do Ensino M dio SEE 2014 p 1 Alunos e pais ainda respondem a question rios socioecon micos e diretores professores coordenadores e professores das disciplinas avaliadas das escolas estaduais respondem a question rios de contexto SEE SP 2014 p 1 Redes municipais e escolas particulares tamb m podem aderir ao Sistema SEE SP 2014 O site lt http www educacao sp gov br portal projeto s saresp 2011 gt apresenta os resultados do SARESP desde 2007 177 Cada um desses indicadores possu a uma pontua o Quanto maior fosse a pontua o somada pelo servidor em sua avalia o de desempenho maior seria o valor do b nus S O PAULO 2000a Mas para receb lo o servidor devia contar entre 04 de agosto e 1 de dezembro de 2000 com no m nimo 120 dias consecutivos de exerc cio em seu cargo ou fun o S O PAULO 2000a quele que cumprisse estritamente o m
280. docentes por natureza representativas dos interesses coletivos dos trabalhadores 43 Por fim considerando a produ o deste estudo no mbito da Linha de Pesquisa Trabalho e Educa o procuramos realizar uma an lise da documenta o atentando para as inter rela es entre o mundo do trabalho e a educa o A forma como estas rela es aparecem na documenta o indica que a educa o tem para seus formuladores intelectuais org nicos do capital um car ter pragm tico funcionalista utilit rio instrumental e conformador em rela o ao mundo do trabalho Portanto nessa documenta o as recomenda es de AD justificadas pelo discurso da melhoria da qualidade do professor de seu desempenho e da educa o assumem o mesmo sentido que problematizado pela correla o de for as entre docentes e organiza es sindicais por um lado e governo por outro na formula o e implementa o da pol tica educacional Para alcan ar os objetivos propostos neste estudo e desenvolver as problematiza es nele levantadas fundamentamo nos nas contribui es do materialismo hist rico Buscamos neste referencial um suporte te rico e metodol gico para compreender as pol ticas de AD propostas por OM e adotadas por governos como singularidades que expressam e condicionam a universalidade ou seja a sociedade capitalista compreendida como totalidade hist rico social As pol ticas de AD inserem se num quadro mais amplo de p
281. dor 2013 Dispon vel em lt http pacto mec gov br images pdf professor alfabetizador pdf gt Acesso em 07 jun 2013 REFER NCIAS legisla o paulista CONSELHO ESTADUAL DE EDUCA O DE S O PAULO CEF SP Composi o 2014 Dispon vel em lt http www ceesp sp gov br portal php conheca intro conheca composicao gt Acesso em 12 jun 2014 S O PAULO Lein 10 261 de 28 de outubro de 1968 Disp e sobre o Estatuto dos Funcion rios P blicos Civis do Estado de S o Paulo 1968 Dispon vel em lt http www crmariocovas sp gov br pdf ce s Diretor2006 DiretorE 1e110 261 28 out 68 pdf gt Acesso em 14 jan 2014 ASSEMBL IA LEGISLATIVA Lei Complementar n 114 de 13 de novembro de 1974 Institui o Estatuto do Magist rio P blico de 1 e 2 Graus do Estado e d provid ncias corrrelatas 1974 Dispon vel em lt http www al sp gov br repositorio legislacao lei complementar 1974 lei complementar 114 13 11 1974 html gt Acesso em 13 fev 2014 ASSEMBL IA LEGISLATIVA Lei Complementar n 343 de 6 de janeiro de 1984 Disp e sobre o afastamento de funcion rios e servidores do Estado para exercer mandato como dirigente de entidades de classe nas condi es que especifica e d provid ncias correlatas 1984 Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 197404 lei complementar 343 84 gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 444 de 27 de dezembro de 1985 Disp e sobre o
282. du o de sua base parlamentar na AR DIRIGENTE 1 o resultado negativo do profundo descontentamento de uma categoria docente que apesar do n mero crescente de aposentadorias antecipadas nos ltimos anos ainda conta com um quadro de 130 mil professores representando a maior categoria de trabalhadores na Administra o P blica portuguesa Para o Dirigente 1 a intransig ncia da ex Ministra Lurdes Rodrigues para negociar com as organiza es sindicais e atender as reivindica es dos professores apoiava se numa concep o equivocada que subentendia terem professores e alunos interesses antag nicos Com a cria o desta falsa incompatibilidade de interesses Lurdes Rodrigues visava a colocar a opini o p blica alunos e pais contra os professores como se estes defendessem apenas interesses corporativos e n o estivessem preocupados com o interesse geral da sociedade portuguesa sintetizado a priori na melhoria da qualidade da 315 educa o No entanto a intensa mobiliza o da categoria docente evidenciou gradativamente o oposto Os professores e muitos pais tamb m come aram a perceber que os professores n o estavam a lutar por algo que era favor vel a eles independentemente das consequ ncias na educa o N o estavam a lutar por melhores condi es de trabalho para eles mas por melhores condi es de vida nas escolas por melhores condi es de aprendizagem dos alunos DIRIGENTE 1 Em julho de 2009 a
283. e prop e a dirigir os camponeses e os intelectuais uma classe que n o pode vencer a instaurar o socialismo se n o tiver o acordo e o apoio da grande maioria dessas camadas sociais MACCIOCCHI 1980 p 133 Para Gramsci explica a autora as reivindica es essencialmente econ micas de cunho corporativo e imediato 67 inscrevem se no projeto ideol gico da pr pria burguesia dominante e em vez de debilitar o advers rio terminam embora indiretamente jogando gua no moinho da burguesia na medida em que n o questionam o sistema MACCIOCCHI 1980 p 142 Este limite da luta econ mica j foi discutido amplamente pela literatura marxista na qual buscamos extrair alguns elementos para discutir a constitui o dos sindicatos de professores hoje como obst culos pol ticos s reformas educacionais e ao pr prio sistema capitalista Os sindicatos como aparelhos privados de hegemonia que constituem a sociedade civil GRAMSCI 1982 concorrem para a consolida o ou o questionamento do poder burgu s COUTINHO 2008 de acordo com o projeto pol tico que orienta suas a es e concep es sindicais Por isso eles s o visados em termos de dire o e orienta o pol tica pelo Estado por diferentes classes e fra es de classe A sociedade civil e as institui es que a permeiam mant m rela es org nicas com o Estado e tal como o Estado a sociedade civil n o um campo homog neo NOGUEIRA
284. e aplicar e n o romper LUXEMBURGO 2001 p 83 Enquanto Bernstein atribui aos sindicatos a tarefa de dirigir o verdadeiro assalto na luta emancipadora da classe oper ria contra a taxa de lucro industrial transformando o por etapas em taxa de sal rio LUXEMBURGO 2001 p 83 84 a autora argumenta que eles n o est o em condi es de dirigir uma pol tica de ofensiva econ mica contra o lucro porque na verdade n o s o mais que a defesa organizada da for a trabalho contra os ataques do lucro a express o de resist ncia da classe oper ria contra a tend ncia opressora da economia capitalista LUXEMBURGO 2001 p 84 Se no sistema de trabalho assalariado os sindicatos atuam apenas no sentido da defesa e da resist ncia econ micas de acordo com os interesses e as necessidades da classe trabalhadora visando a minimizar as usurpa es do capital esta disputa adquire os contornos de uma luta reativa e intermin vel uma vez que embora um aumento de sal rios beneficie temporariamente a classe trabalhadora ou parte dela ele n o 63 altera a condi o geral de explora o da for a de trabalho e de domina o da burguesia Nessa perspectiva os sindicatos podem apenas reduzir o lucro capitalista mas n o transformar o modo de produ o capitalista LUXEMBURGO 2001 Assim como Engels e Marx L nin 1979b identifica nos sindicatos a forma incipiente da unidade de classe ou inferior se comparada a
285. e com os organismos da sociedade civil mbito em que v m se destacando as a es do empresariado na educa o p blica Nesse sentido as pol ticas e reformas que recaem sobre os docentes e suas carreiras como avalia o responsabiliza o e remunera o por desempenho n o s o desprovidas de uma perspectiva pol tica de classe sobretudo se considerarmos a clareza que a classe dominante tem quanto for a de docentes e sindicatos para dificultar a implanta o de reformas neoliberais BARRETO LEHER 2003 V se claramente ao contr rio do discurso da neutralidade que a classe dominante n o encontra problemas morais ou pol ticos em reivindicar o Estado particularmente a seu favor muito menos quando se trata de intensificar a explora o da for a de trabalho para a amplia o de suas taxas de lucro Stiglitz 1998 ex presidente do BM tamb m n o v problemas em sugerir um Estado eficientista tanto na quantidade de fun es assumidas quanto no enfoque delas para a imensa maioria da popula o que contrariamente reivindica do Estado o atendimento com qualidade e a amplia o de seus direitos sociais Ali s Stiglitz recomenda que o Estado invista seus recursos nos setores que n o interessam ao empreendimento privado exatamente por seu baixo retorno econ mico O ex presidente do BM ainda sugere que a privatiza o parcial das 125 atividades do Estado acompanhada por pol ticas pr competi o
286. e est mulo melhoria do desempenho dos professores vinculados ao aprendizado e s notas dos alunos VELOSO et al 2009 p xvii Na vis o dos organizadores que s o economistas a prolifera o dessa cultura de incentivos tem o potencial de constituir uma verdadeira revolu o no campo da educa o brasileira que entretanto complementam enfrentar resist ncias que precisam ser vencidas para que a educa o da gera o dos nossos filhos e netos seja melhor VELOSO et al 2009 p xvii Embora n o mencionem quais s o as resist ncias que precisam ser vencidas para viabilizar a dissemina o da meritocracia na educa o b sica p blica passagens extra das de outros intelectuais e expostas em nosso estudo revelam em primeiro plano professores e organiza es sindicais docentes Para Castro 2007 os sindicatos defendem o aumento salarial coletivo e s o contr rios remunera o por desempenho Desse modo n o passam de obst culos qualidade da educa o uma vez que se op em quilo que para a autora um mecanismo indutor de qualidade no ensino Nas palavras da ex Secret ria Os sindicatos reclamam sobre muitas coisas Em muitas eles t m raz o Por m in meras vezes as entidades representativas trabalham com modelos muito conservadores e estruturas muito estatizantes As reivindica es s o lineares para todos independentemente do seu desempenho Os sindicatos t m um compromi
287. e express o em cada crit rio de avalia o estabelecido tanto pelo Decreto n 49 365 2005 S O PAULO 2005c quanto pelo Decreto n 52 719 2008 S O PAULO 2008b Sintetizamos os crit rios e suas escalas de pontua o na tabela a seguir Alves Odebrecht Fernando Haddad Gustavo B Ioschpe Jaime Sirotsky Jorge Gerdau JohannPeter Presidente do MTPE Jos Roberto Marinho Mozart Neves Ramos Roberto Civita Simon Schwartzman e Viviane Senna O Movimento Todos pela Educa o foi analisado recentemente por Martins 2013 em sua disserta o de mestrado Quais s o envolver os trabalhadores da educa o compromet los com as metas responsabiliz los pela aprendizagem dos alunos pression los participa o em forma o continuada oferecida somente pela Secretaria de Educa o e for ar sua presen a e perman ncia na escola para construir coes o confian a e identidade dentro da equipe para desse modo alcan ar maiores metas Em 2005 o BM publicou uma atualiza o de sua estrat gia para o setor educacional na qual tematizava entre outros aspectos a necessidade de adotar internamente uma abordagem sist mica intersetorial visando a ampliar sua agenda estrat gica Nesse documento tamb m enfatizava que os pa ses deviam orientar mais seus sistemas de ensino para resultados BM 2005 Com essa recomenda o esperava ajudar seus pa ses cliente a maximizarem o impacto da educa o no crescimento econ
288. e hegem nico era liquidar qualquer resqu cio de corporativismo sindical pois ele freava tanto a unidade de classe dos trabalhadores quanto seu mpeto revolucion rio Assim para evitar sua divis o e enfraquecimento a classe oper ria devia libertar se de todas as taras do economicismo de qualquer ego smo de categoria de qualquer conservadorismo sindical de qualquer forma de aristocracia oper ria MACCIOCCHI 1980 p 133 Nesse sentido tamb m devia recusar o prato de migalhas oferecidas pela burguesia MACCIOCCHI 1980 p 141 e a sua armadilha de reformismo confuso feito de compromissos MACCIOCCHI 1980 p 137 Ent o a classe prolet ria para tornar se dominante devia sacrificar seus interesses corporativos imediatos em favor dos interesses gerais e permanentes da classe MACCIOCCHI 1980 p 143 visando assim a ultrapassar a fase econ mico corporativa para chegar hegemonia tico pol tica na sociedade civil e da domina o no Estado MACCIOCCHI 1980 p 142 Gramsci num trecho citado pela autora ilustra como ocorreria o processo de amplia o da consci ncia de classe dos trabalhadores O metal rgico o carpinteiro o oper rio de constru o etc devem pensar n o apenas como prolet rios nem como metal rgico carpinteiro oper rio de constru o etc mas necess rio que d em um passo adiante eles devem pensar enquanto oper rios membros de uma classe que s
289. e historical materialism as theoretical and methodological framework We developed field research in Portugal where we interviewed leaders of teachers unions The ADD policy was subject to major clashes between government and teachers unions in Portugal especially in the year 2008 and therefore constituted a fertile ground for the research of these organizations as political obstacles In a context where capital seeks to advance the process of de politicization and weakening of trade union struggle this research sought to identify the role played by the teachers unions on the governments attempt to implement neoliberal education policies The research on the process of resistance from teachers unions to the implementation of AD policies in Sao Paulo and Portugal allowed to emphasize the relevance and positivity of the obstacles Keywords Labor and Education Teachers Policies on Teacher Evaluation Subsidy policies Teachers Trade Union organizations Docent struggles LISTA DE FIGURAS Figura 1 Posi o dos sindicatos estaduais brasileiros sobre a Alem 20 ssa rugas pr Sao Asia bo a ga Ri a a Figura 2 Organiza es sindicais exigem a suspens o da SAvalia o d ME ec sanssas Era enES e ES els ei a CR DES rann Figura 3 Marcha da Indigna o no Terreiro do Pa o em Lisboa 08 03 08 cas aE aid a EEA do dad cedro e o ES a e Figura 4 P gina onde o professor pode consultar o valor de sua BR 2014 5P isis am isiabsts
290. e luta pol tica A partir disso buscamos elementos para pensar o papel dos sindicatos de professores hoje e o car ter de suas lutas 2 1 O PAPEL DOS SINDICATOS SEGUNDO OS AUTORES CL SSICOS MARXISTAS A discuss o sobre o papel dos sindicatos na luta de classes encontra base s lida dentro da literatura marxista desde seus fundadores Marx e Engels Este na obra 4 situa o da classe trabalhadora na Inglaterra 1845 j explicitava os fundamentos hist ricos da concep o marxista sobre os sindicatos AGUENA 2008 p 11 A Inglaterra na primeira metade do s culo XIX diante da expans o capitalista e de suas consequ ncias sociais para o proletariado experimentou a efervesc ncia do movimento sindical sobretudo ap s 1824 AGUENA 2008 Naquele ano o Parlamento ingl s aprovou uma lei que anulou as disposi es anteriores que proibiam os oper rios de associar se para a defesa de seus interesses Os oper rios conquistaram assim um direito que at esta data era um privil gio reservado aristocracia e burguesia a liberdade de associa o ENGELS 2010 p 249 Com isso as associa es secretas de oper rios ingleses puderam sair da clandestinidade se expandir e se fortalecer Engels 2010 p 250 observou que em todos os ramos de trabalho constitu ram se organiza es semelhantes trade unions com o objetivo Na Fran a um dos primeiros governos provenientes da Revolu o Francesa formu
291. e se encontram em idade escolar e consagra a universalidade da educa o pr 389 escolar para as crian as a partir dos 5 anos de idade 2009 Dispon vel em lt http dre pt pdfls 2009 08 16600 0563505636 pdf gt Acesso em 13 abr 2013 PORTUGAL MINIST RIO DA EDUCA O Decreto Lei n 513 M1 79 de 27 de dezembro de 1979 Decreta sobre carreira docente dos professores da educa o pr escolar e do ensino prim rio oficiais 1979 Dispon vel em lt http Awww dre pt pdfls 1979 12 29704 0125012 7 pdf gt Acesso em 16 de mai 2013 Portaria n 409 89 de 18 de novembro de 1989 Aprova a estrutura da carreira do pessoal docente da educa o pr escolar e dos ensinos b sico e secund rio 1989 Dispon vel em lt http www dve pt pdfls 1989 11 26601 00040009 pdf gt Acesso em 22 de abr 2013 Decreto Lei n 139 A 90 de 28 de abril de 1990 Aprova Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 1990 Dispon vel em lt http www dve pt pdf1s 1990 04 09801 00020019 pdf gt Acesso em 29 de abr 2013 Decreto Regulamentar n 14 92 de 4 de Julho de 1992 Regulamenta o processo de avalia o do desempenho do pessoal docente da educa o pr escolar e dos ensinos b sico e secund rio bem como dos educadores de inf ncia integrados no quadro nico do Minist rio da Educa o 1992 Dispon vel em lt http www dre pt pdfls 1992 07 152B01 00020005
292. e trabalho possuem distintos valores ou exigem para a sua produ o distintas quantidades de trabalho necessariamente t m que ter pre os distintos no mercado de trabalho Pedir uma retribui o igual ou simplesmente uma retribui o justa na base do sistema do salariado o mesmo que pedir 62 liberdade na base do sistema da escravatura MARX 1978 p 81 82 Se sal rio justo ou igual uma bandeira concretamente invi vel no sistema de trabalho assalariado lutar de modo organizado pela melhoria das condi es de exist ncia da classe trabalhadora aumentando a parte da riqueza social que lhe cabe LUXEMBURGO 2001 p 84 uma tarefa que compete aos sindicatos que devem portanto tentar influenciar a situa o do mercado da mercadoria for a trabalho LUXEMBURGO 2001 p 84 Para esta intelectual marxista a luta sindical indispens vel para que o oper rio receba a taxa de sal rio que lhe cabe para que seja aplicada a lei capitalista do sal rio LUXEMBURGO 2001 p 84 No entanto n o acredita que os sindicatos estejam em condi es de garantir aos oper rios qualquer influ ncia no processo da produ o LUXEMBURGO 2001 p 83 Em Reforma e revolu o 1900 a autora demonstra que a luta da taxa de sal rio contra a taxa de lucro termos de Bernstein cujo reformismo critica se trava nos quadros bem determinados da lei dos sal rios que essa luta s pod
293. e trabalho e na aquisi o de uma certa habilidade MARX 1978 p 81 Para adquirir os meios de subsist ncia necess rios sua manuten o o capitalista confere ao trabalhador depois da venda de sua for a de trabalho um sal rio que supostamente expressa em dinheiro o valor dessa for a MARX 1978 Este valor determinado pelo valor daqueles meios de subsist ncia necess rios para o trabalhador produzir e reproduzir sua for a de trabalho MARX 1978 Entretanto durante uma jornada de trabalho o trabalhador dispende muito mais for a do que aquela que o capitalista lhe paga isto aquilo que lhe foi pago na forma de sal rio n o corresponde ao trabalho que efetivamente realizou MARX 1978 De acordo com o autor A quantidade de trabalho que serve de limite ao valor da for a de trabalho do oper rio n o se limita de modo algum a quantidade de trabalho que sua for a de trabalho pode executar E como vendeu sua for a de trabalho ao capitalista todo o valor ou todo o produto por ele criado pertence ao capitalista que dono de sua for a de trabalho por tempore MARX 1978 p 83 Existe aqui um tempo de trabalho cumprido pelo trabalhador que n o remunerado pelo capitalista Esse tempo chamado por Marx de sobretempo ou sobretrabalho constitui a fonte de lucro ou mais valia do capitalista e explica a tend ncia deste de dilatar a jornada de trabalho ao m ximo da possibilidade f sica do tra
294. ectivos por parte dos sindicatos e a sua t ctica de vitimiza o quando se apontam cr ticas e os custos da concentra o de sistema por banda da tutela governamental FREIRE 2005 p 103 104 Para modificar num sentido interessante FREIRE 2005 p 104 estas percep es docentes e sindicais indesej veis sobre a carreira docente o autor observava que as propostas e an lises oferecidas por estudos como este que foi encomendado pelo ME tinham pouco valor diante das din micas postas em acto a confian a e os climas relacionais FREIRE 2005 p 255 104 Desse modo era no campo da aplica o pr tica que se verificaria a viabilidade das propostas levantadas no estudo As propostas formuladas neste documento n o dever o conter contradi es internas salvo lapso ou insuficiente formula o Naturalmente a sua bondade ou inadequa o ser o verificadas em ltima inst ncia no terreno da sua aplica o pr tica contudo deve chamar se a aten o para o facto de que a delicadeza e import ncia das quest es em jogo n o consentem experimentalismos tanto mais que a responsabilidade dos reformadores ef mera e facilmente dilu vel desde o autor deste estudo at s inst ncias governamentais que a poriam em pr tica no longo prazo Por m a prud ncia excessiva pode tamb m ser nefasta adiando a coragem de decis es dificeis Entretanto h passos pr ticos
295. egula o da evolu o na carreira pela via n o acad mica demonstram a op o por governar de forma autorit ria APASE 2009 p 1 Em 2013 um acordo entre SEE SP e organiza es sindicais docentes sinalizou que a prova podia ser extinta a partir de 2014 Professores da rede estadual de S o Paulo n o precisar o mais fazer a prova de m rito para obter promo o na carreira Um acordo entre a Secretaria de Educa o e sindicatos definiu que os docentes poder o optar por apresentar um memorial com a s ntese da atua o pedag gica atividades na escola e pr ticas fora da rede Ainda n o foi definido quando a mudan a entrar em vigor Criada em 2009 a prova aplicada todos os anos Sindicatos n o concordam com o exame e j chegaram a pedir sua extin o O professor vai poder decidir entre fazer a prova ou entregar o memorial o governo negociava manter a prova e o memorial sem abrir a possibilidade de escolha Outra op o do governo era que o sistema fosse alternado o que tamb m n o foi para frente Segundo a Apeoesp sindicato da categoria a manuten o de dois crit rios pioraria o que j existe TERRA 2013 p 1 236 Apesar da brutalidade do governo Serra a categoria docente e suas organiza es sindicais realizaram em 2010 uma greve de 35 dias APEOESP 2014 Tratou se de um basta da categoria aos constantes ataques do governo que se iniciaram em 2009 com a imposi o do pro
296. eja na categoria de professor seja na de professor titular Para o docente poder progredir de um escal o a outro dentro da categoria de professor ele precisava cumprir o 2 De acordo com o Programa do XVII Governo Constitucional o Governo definir um programa nacional de forma o de professores com explicita o de perfis de desempenho e com consequentes medidas de incentivo qualidade da forma o inicial e cont nua A avalia o do desempenho dos professores neste contexto deve ser acompanhada por iniciativas que aumentem a motiva o e a auto estima dos professores em fun o dos resultados obtidos e das boas pr ticas reconhecidas pelos seus pares PORTUGAL 2005a p 44 268 tempo de servi o referente ao escal o anterior e pelo menos dois per odos de avalia o de desempenho em que seja atribu da a men o qualitativa m nima de Bom PORTUGAL 2007a p 532 Para progredir dentro da categoria de professor titular o docente devia cumprir os mesmos quesitos com a diferen a de ter de realizar pelo menos tr s per odos de avalia o de desempenho em que seja atribu da a men o qualitativa m nima de Bom PORTUGAL 2007a p 532 Isto tamb m porque enquanto na categoria de professor os escal es tinham a dura o de cinco e quatro anos respectivamente na categoria de professor titular eles tinham a dura o de seis e a ADD a priori ocorria a cada dois anos letivos Al m disso
297. elente dependia ainda de o professor demonstrar as contribui es relevantes de seu trabalho para o sucesso escolar dos alunos e para a qualidade das suas aprendizagens tendo em vista a sua inclus o numa base de dados sobre boas pr ticas e posterior divulga o PORTUGAL 2007a p 536 Por outro lado para receber uma classifica o igual ou superior a Bom o professor tinha que cumprir pelo menos 95 das actividades lectivas em cada um dos anos do per odo escolar a que se reporta ria a avalia o PORTUGAL 2007a p 536 Portanto apesar de os professores de uma determinada escola serem todos avaliados individualmente como Excelentes ou Muito bons a limita o percentual estabelecida pelo DL n 15 2007 e o congelamento das progress es impediam que tal reconhecimento procedesse materialmente Isto foi um fator gerador de grande contesta o no seio da categoria docente e de suas organiza es sindicais engrossando mais ainda o conjunto de fatores que desencadeou as grandes manifesta es de professores que sucederam em 2008 Apesar do congelamento das progress es a ADD possu a uma s rie de efeitos Obter dois Excelentes consecutivos ap s a realiza o de dois per odos de avalia o de desempenho um a cada dois anos letivos eliminava quatro dos 18 anos de tempo de servi o necess rios para o professor acessar a categoria de professor titular obter um Excelente e um Muito bom consecutivos eliminava t
298. em lt http www pre al org Archivos Grupos 20de 20Trabajo Gesti wWC3 B3n 20y 20Efectividad 20Escolar Estudios 20nacionales Brasil N cubauer pd f gt Acesso em 14 jan 2014 SILVA Roserley N da SILVEIRA Ghisleine T Gest o dos sistemas escolares Quais caminhos perseguir In SCHWARTZMAN Simon COX Cristi n Pol ticas educacionais e coes o social uma agenda latino americana Rio de Janeiro Elsevier S o Paulo IFHC 2009 p 81 121 SPN SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE Perguntas frequentes sobre aposenta o 2014 2014 Dispon vel em lt http www spn pt aba 27 amp cat 107 amp doc 3708 amp mid 115 gt Acesso em 12 jun 2014 _ Avalia o de Desempenho Esquema conceptual vers o draft 4 04 01 2013 Dispon vel em lt http www spn pt Download SPN SM Doc Mid 115 Doc 3337 Anexos avaliacao draft4 pdf gt Acesso em 13 jun 2014 372 SPN FAQ Perguntas frequentes sobre Avalia o do Desempenho Docente 2012 Dispon vel em lt http www spn pt aba 27 amp Lcat 107 amp doc 3337 amp mid 115 gt Acesso em 13 jun 2014 SINTE SC SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCA O DE SANTA CATARINA Nota do SINTE SC sobre assembleia estadual com ato 26 04 2013 Dispon vel em lt http sinte sc org br trabalhadores edu nota do sintesc sobre assembleia estadual com ato gt Acesso em 27 abr 2013 SINDICATO MERCOSUL Governo vai pagar b nus para os 249 mil servidores da Educa o 02 12 200
299. em que aposta a SEE SP para melhorar a qualidade do ensino 214 A l gica que move a pol tica de BR escamoteia as condi es hist ricas em que os trabalhadores da educa o realizam seu trabalho e a pr pria especificidade do campo educacional Premiando a presen a na escola SOUZA 2009 p 3 a qualquer custo sob o discurso de que isso gera mais aprendizagem melhor desempenho e melhores indicadores de resultado o governo psdbista em suas diferentes vers es acentua a intensifica o e a precariedade do trabalho docente Ao incitar a redu o da quantidade de faltas com uma lei limitadora de atestados m dicos e uma vantagem pecuni ria amarrada a ela o governo paulista tenta mostrar com n meros que a causa do absente smo est na m vontade de uma categoria de 242 mil professores SEE 2013a que se sente no direito de faltar como se de um direito adquirido se tratasse SOUZA 2009 p 3 Para o governo aquelas duas medidas reduziram em quase 60 o n mero de faltas dos professores em 2008 Segundo Nogueira e Fonseca 2009 p 1 o n mero de faltas com atestado m dico caiu de 398 mil entre maio e outubro de 2007 para 163 mil no mesmo per odo de 2008 segundo um balan o da Secretaria de Estado da Educa o NOGUEIRA FONSECA 2009 p 1 Assim com a promessa ao final de cada ano de um 14 sal rio de valor imprevis vel condicionado pelo or amento do Estado e outras vari veis o gove
300. ente ECD e a cria o daquela que foi a pol tica de AD mais contestada em Portugal pelos professores e seus sindicatos Na Se o 7 analisamos as rea es e os posicionamentos das organiza es sindicais docentes portuguesas pol tica de ADD implementada pelo governo em 2008 bem como as repercuss es da luta sindical sobre a pr pria pol tica Para isso utilizamo nos de entrevistas realizadas com os DIRIGENTES sindicais e materiais publicados pela imprensa sindical especialmente o Jornal da FENPROF Na Se o 8 trazemos as considera es finais quando procuramos sintetizar os aspectos relevantes da pesquisa realizada no Brasil e em Portugal assim como refletir sobre a tese do trabalho 46 47 SE O 2 SINDICATOS E SUAS LUTAS REFLEX ES SOBRE O ECON MICO E O POL TICO NO ESTADO CAPITALISTA De acordo com Gruppi 1985 p 30 Marx concebe o Estado como um instrumento para a explora o do trabalho assalariado pelo capital Nesse sentido cabe ao Estado regulamentar juridicamente a luta de classes e manter determinados equil brios GRUPPI 1985 p 31 Ent o para Marx o Estado a forma por meio da qual a classe economicamente dominante estabelece pol tica e juridicamente a sua domina o GRUPPI 1985 Segundo o autor GRUPPI 1985 p 30 o Estado torna se uma necessidade a partir de um determinado grau de desenvolvimento econ mico que necessariamente ligado divis o da soc
301. epara o no capitalismo contempor neo Wood 2003 p 43 verifica que o capitalismo caracterizado por um Estado central com um car ter p blico sem precedentes que pelo voto pode aparentemente pertencer a todos Sob esta apar ncia a burguesia por meio do Estado procura garantir a manuten o de suas fun es econ micas propriedade privada absoluta e apropria o da mais valia Quando o conflito de classes ultrapassa os limites da f brica e das institui es p blicas como escola correios seguran a p blica entre outras o Estado coercitivo entra em a o e promove uma guerra aberta Isso ficou evidente nas ltimas manifesta es de professores realizadas nos Estados do Rio de Janeiro e SP em outubro de 2013 para citar apenas dois casos Os confrontos violentos ent o n o se d o entre as duas classes fundamentais mas entre o trabalho e o Estado que procura conduzir diretamente o conflito de classes Diante disso a domina o de classe aparece disfar ada como um Estado aut nomo e neutro WOOD 2003 p 47 A transfer ncia da coa o pol tica do processo de extra o de mais valia para o Estado muda necessariamente o foco da luta de classes embora a quest o central extra o e apropria o do trabalho excedente permane a na produ o WOOD 2003 p 47 Na produ o capitalista a autora verifica que a luta pela apropria o do trabalho excedente n o aparece ma
302. eputado PL n Altera a LDBEN n 9 394 96 para Gast o 1 088 2007 instituir o exame nacional de Vieira certifica o como pr requisito para o exerc cio do magist rio na educa o b sica Senador PL n Institui o Exame Nacional de Wilson 403 2007 Avalia o do Magist rio da Educa o Matos B sica ENAMEB Senador PL n Cria o d cimo quarto sal rio dos Cristovam 319 2008 profissionais da educa o da rede Buarque p blica MEC Portaria Institui o Exame Nacional de Normativa Admiss o de Docentes n 6 de 2009 MEC Portaria Institui o Exame Nacional de Ingresso Normativa na Carreira Docente n 14 de 2010 MEC Portaria Institui a Prova Nacional de Concurso Normativa para o Ingresso na Carreira Docente n 3 de 2011 Fonte Brasil 2007a 2007b 2008 2009 2010a 2011 Elabora o pr pria Enquanto o Congresso Nacional e o MEC tentam implantar pol ticas nacionais de AD muitos Estados brasileiros se adiantaram e t m suas pr prias pol ticas de AD O governo do Estado de SP implementou a partir do ano de 2000 consecutivas e paralelas pol ticas de avalia o e bonifica o dos trabalhadores da rede p blica de educa o b sica Analisamos essas pol ticas na se o seguinte 156 157 SE O 5 BONIFICA O DOCENTE E RESIST NCIA SINDICAL NO ESTADO DE S O PAULO O Estatuto dos Funcion rios P blicos Civis do Estado de SP em 1968 definia a avalia o do m rito como mecanismo
303. er o m rito e garantir a progress o na carreira docente Entretanto o governo congelou todas as progress es do funcionalismo p blico por mais de seis anos intercalados inclusive as progress es oriundas de pol ticas de avalia o de desempenho O plano de recupera o econ mica do governo n o permitiu o desdobramento dos efeitos econ micos anunciados como produto da pol tica de ADD o que aumentou a desconfian a dos professores em rela o utilidade da pol tica A inutilidade dos resultados da avalia o revoltou os professores devido principalmente sobrecarga de trabalho que tiveram de cumprir para realiza la No que se refere aos sal rios e sua rela o com a qualidade do ensino intelectuais burgueses como Ioschpe 2011 Uma pesquisa nacional realizada em 2009 com quase 9 mil trabalhadores docentes da Educa o B sica provenientes de 7 estados brasileiros mostrou que 92 deles concordam em ser avaliados OLIVEIRA VIEIRA 2010 335 e Dellanoy e Sedlacek 2001 afirmam que aumentos salariais sobretudo coletivos n o mobilizam positivamente o desempenho docente mas em contrapartida entendem que b nus ou qualquer 14 sal rio oriundo de pol ticas de avalia o docente sim No Estado de SP dados coletados ver Ap ndice C no site da Secretaria de Educa o e veiculados por jornais como a Folha de S Paulo mostram que milh es de reais s o gastos todos os anos desde 2000 com pagamento de
304. ere o Rua Louren o Almeida de Azevedo 21 ou Ap 1020 3001 552 Coimbra Fone 239 851 660 Fax 239 851 666 E mail spre aspre pt Site www sprc pt 4 SPZS SINDICATO DOS PROFESSORES DA ZONA SUL Sede Regional vora Fone 266 758 270 Fax 266 758 274 E mail geral spzs pt Site http www spzs pt SPZS 5 SPRA SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGI O DOS A ORES Endere o FAIAL 394 Rua S o Jo o n 38 frac o B 1 andar 9900 129 Horta Fone 292 292 892 E mail sprafaial Wsapo pt Site www spra pt regho scores 6 SPM SINDICATO DOS PROFESSORES DA MADEIRA Endere o Cal ada da Cabouqueira N 22 9000 171 Funchal Fone 291 206 360 E mail spm Ospm ram org Site http www spm ram org P 7 SPE SINDICATO DOS PROFESSORES NO ESTRANGEIRO Site http www fenprof pt SPE FENP Rr 8 SPZN SINDICATO DOS PROFESSORES DA ZONA NORTE Morada R Costa Cabral 1035 Porto Telefone 225 070 000 Site http www spzn pt SEZNE 9 SPZCentro SINDICATO DOS PROFESSORES DA ZONA CENTRO Morada R Antero de Quental 99 Coimbra Telefone 239 853 090 E mail spzcentro dspzcentro pt Site http www spzc pt S Sindicato dos Professores da Zona Centro 10 SDPGL SINDICATO DEMOCR TICO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA Morada Escadinhas da praia n 3 2 dto Lisboa Telefone 213 951 420 395 E mail sdpgl fne sdpgl pt secretariado Dsdpgl pt Site www sdpgl pt
305. eriores combinadas permitem conduzir id ia de que parece ser nefasta a inexist ncia de diferencia es claramente percept veis que estruturem a evolu o e o percurso profissional do docente nomeadamente sob a forma de categorias profissionais capazes de reconfigurar as modalidades de exerc cio da fun o nuclear do professorado a lecciona o com o de outras 257 fun es complementares igualmente indispens veis FREIRE 2005 p 12 e Na situa o actual pode dizer se esquematicamente que com base numa progress o quase autom tica fundada sobre o tempo de servi o esper vel e normal que quase todos os docentes atinjam o topo da carreira Segundo dados oficiais de 2005 Gabinete de Gest o Financeira ME 53 dos docentes vinculados encontrar se iam no 8 9 e 10 escal es e segundo um alto respons vel do ME alguns dos que se situam neste ltimo patamar remunerat rio ter o agora sua frente uma expectativa de n o progress o da ordem de 14 anos at atingirem o limite de idade de 65 anos para se retirarem segundo as novas normas de aposentadoria Consideramos indesej vel esta situa o quer para os docentes embora sentida diferenciadamente quer para a despesa p blica para pelo contribuinte as remunera es daqueles 3 escal es mais elevados representam um encargo anula superior a 2 371 milh es de euros ou seja 63 do total de despesas com este pessoal FREIRE 20
306. erno foi o de dotar as escolas de um corpo de docentes altamente qualificado com mais experi ncia mais forma o e mais autoridade que assegure em perman ncia as fun es de organiza o das escolas para a promo o do sucesso educativo a preven o do abandono escolar e a melhoria da qualidade das aprendizagens PORTUGAL 2007 p 1 Para aceder categoria de professor titular e nesse sentido alcan ar o topo da carreira os docentes tinham que ser aprovados em uma prova p blica ou seja num concurso de car ter documental que se baseava na an lise do curr culo profissional dos professores PORTUGAL 2007b 2008c Nessa an lise eram observados elementos como os n veis de 262 cumprimento da assiduidade PORTUGAL 2007b p 1 a habilita o acad mica e forma o especializada a experi ncia profissional e a avalia o de desempenho dos candidatos PORTUGAL 2008c p 3801 Podiam se candidatar a professor titular os docentes que tivessem completado 15 anos de servi o docente com avalia o de desempenho igual ou superior a Bom PORTUGAL 2008c p 3800 O governo fixava anualmente o n mero de professores titulares que cada escola podia ter Para calcula lo levava em considera o o or amento os resultados da avalia o externa da escola e as perspectivas de desenvolvimento de carreira dos docentes PORTUGAL 2007a p 533 Todavia nem todos os professores aprovados anu
307. es desses OM em seus documentos sobre as organiza es sindicais docentes Este procedimento metodol gico permitiu evidenciar a constru o ideol gica da qualidade da educa o como interesse nacional e justificar a avalia o docente como um interesse de todos Aqueles que se op em AD seriam inimigos da na o ideia que corrobora a hip tese dos sindicatos docentes como obst culos pol ticos 2 3 A LUTA SINDICAL DOCENTE DIANTE DAS REFORMAS E POL TICAS EDUCACIONAIS NEOLIBERAIS As recomenda es de reformas e de pol ticas educacionais oferecidas para ado o aos governos por intelectuais burgueses a partir do s culo XX enfatizam e justificam crescentemente a necessidade de intervir sobre os docentes e seu trabalho como pressuposto fundamental para melhorar os indicadores educacionais Uma segunda justificativa econ mica diz respeito necessidade de garantir a sustentabilidade fiscal do sistema educacional DELLANOY SEDLACEK 2001 Os governos pressionados pelas metas de estabilidade macroecon mica controle de gastos e controle inflacion rio acordadas com o Fundo Monet rio Internacional FMI afirmam que n o h recursos suficientes para investir no sal rio de uma categoria t o ampla SILVA AZZI BOCK 2008 Somados queles intelectuais esses governos propagam que aumentar sal rios de docentes indiscriminadamente n o produz retornos expressivos em termos de melhoria no desempenho escolar DELLANO
308. es e atendendo diversidade dos seus conhecimentos e aptid es PORTUGAL 2007a p 527 reflectir nas v rias estruturas pedag gicas sobre o trabalho realizado individual e colectivamente tendo em vista melhorar as pr ticas e contribuir para o sucesso educativo dos alunos cooperar com os outros docentes na avalia o do seu desempenho PORTUGAL 259 um conjunto de fun es que considerou de maior responsabilidade Vejamos estas quest es no t pico a seguir 6 2 3 A revis o do Estatuto da Carreira Docente lan ada sob o DL n 15 2007 No sentido de dar concreticidade s afirma es do XVII Governo Constitucional de que os professores s o os agentes fundamentais da educa o escolar e certamente o principal recurso de que disp e a sociedade portuguesa para promover o sucesso dos alunos prevenir o abandono escolar precoce e melhorar a qualidade das aprendizagens PORTUGAL 2007a p 501 o ME decidiu revisar o Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio ECD aprovado pelo DL n 1394 90 de 28 de Abril de 1990 PORTUGAL 1990 e modificado pelo DL n 1 98 de 2 de Janeiro de 1998 PORTUGAL 1998a As altera es se deram com o DL n 15 2007 PORTUGAL 20074 Embora avaliasse que este ECD aprovado em 1990 e alterado em 1998 tivesse atribu do reconhecimento social profiss o docente o ME identificou nele um dos principais obs
309. es e das pol ticas educacionais Propositores de pol ticas de AD como o ex Ministro da Educa o Cristovam Buarque Partido Democr tico Trabalhista PDT que pretendeu instituir certifica o de professores no Brasil BRASIL 20034 e o 14 sal rio na remunera o docente BRASIL 2008 compreendem que o professor a pe a principal do sucesso da educa o b sica BRASIL 2008 p 2 Para o ex Ministro da Educa o Fernando Haddad Partido dos Trabalhadores PT que lan ou em 2009 2010 e 2011 tr s portarias ministeriais consecutivas BRASIL 2009 2010a 2011 para a cria o de uma Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente no Brasil s com bons professores vamos fazer a diferen a e garantir um ensino de qualidade em nosso pa s HADDAD apud PELLEGRINI GROSSI 2008 p 2 Assim nota se que na vis o desses constam por exemplo o dom nio dos conte dos curriculares da disciplina que leciona o conhecimento das caracter sticas de desenvolvimento dos alunos o dom nio da did tica e de diversas estrat gias e atividades de ensino o dom nio das diretrizes curriculares da disciplina que leciona a organiza o dos objetivos e conte dos de ensino conforme o curr culo e o n vel de desenvolvimento dos alunos o estabelecimento de um clima favor vel para a aprendizagem a manifesta o de altas expectativas em rela o s possibilidades de aprendizagem dos alunos e a demo
310. es evaluacioneducativa evalu acion desempeno carrera profesional docente unesco pdf gt Acesso em 3 jun 2014 Educaci n de calidad para todos Un asunto de derechos humanos Documento de discusi n sobre pol ticas educativas en el marco de la II Reuni n Intergubernamental del Proyecto Regional de Educaci n para Am rica Latina y el Caribe 29 y 30 de marzo de 2007 Buenos Aires Argentina Santiago de Chile febrero de 2007 Dispon vel em lt http unesdoc unesco org images 0015 001502 150272s pdf gt Acesso em 13 jan 2014 VASCONCELOS Lu s A O b nus professor 2006 154 p Disserta o Mestrado em Educa o Programa de P s Gradua o em ITI Educa o Faculdade de Educa o e Letras Universidade Metodista de S o Paulo S o Bernardo do Campo 2006 Dispon vel em lt http ibict metodista br tedeSimplificado tde busca arquivo php codA rquivo 455 gt Acesso em 2 jan 2014 VCLIPPING UNIDADE CENTRAL DE RECURSOS HUMANOS Bonifica o por Resultados A Bonifica o por Resultados BR no Estado de S o Paulo 2013 Dispon vel em lt http www ucrhnarede net Vclipping1 index php BonificayoC3WAT C3 A30 por Result ados gt Acesso em 13 jan 2014 VELOSO Fernando et al orgs Apresenta o In VELOSO Fernando et al orgs Educa o b sica no Brasil construindo o Brasil do futuro Rio de Janeiro Elsevier 2009 p xv xx VIEIRA Ju ara D Identidade expropriada retrato do educador
311. es ii can as as T E T 152 SE O 5 BONIFICA O DOCENTE E RESIST NCIA SINDICAL NO ESTADO DE S O PAULO cceeeeeemeeseeess 155 5 1 AS POL TICAS DE BONIFICA O E SEU DESENVOLVIMENTO eaaa a a veses ani 157 5 2 POSICIONAMENTOS E REA ES DOS SINDICATOS DE PROFESSORES DO ESTADO DE SP S POL TICAS DE AVALIA O E BONIFICA O es SE O 6 POL TICAS DE AVALIA O DOCENTE EM PORTUGAL suas espsesrecaetostecistasassstesa as sonssaean tas pita cante tists sesono ssir 6 1 O CONSELHO CIENT FICO PARA A AVALIA O DE PROFESSORES CCAP si rcrcrerenerrareserenranraranerontan 6 2 A POL TICA DE AVALIA O DE DESEMPENHO DOCENTE IMPLEMENTADA EM 2008 EM PORTUGAL 6 2 1 O Programa do XVII Governo Constitucional 2005 2009 6 2 2 O Estudo sobre a reorganiza o da carreira docente do Minist rio da Educa o eessesseessesseessescsesscescesoessossessossosssessoesoesse 6 2 3 A revis o do Estatuto da Carreira Docente lan ada sob o DE n 15 2007 2 E E A E PE E E E vaia A E 6 2 4 O Decreto Regulamentar n 2 2008 seesesesseseseeeeeseeoeseseoeseeoes SE O 7 A LUTA SINDICAL EM PORTUGAL CONTRA AS PROPOSTAS DO ME seesesessossesossesoesessosessosossesossessoseesosoesssoossesossesoe 7 1 A BASE OBJETIVA DA CONTESTA O DOCENTE E SINDICA D 2 as e EE E ORE A S 8 CONSIDERA ES FINAIS ss osseseesessoseesesseseesesoestesesee0e REFER NCIAS oeeoiieacie ce
312. esempenho frequ ncia Neubauer Gest o exig ncia de no m nimo 200 dias de PSDB exerc cio 2001 Men o Quadro do Considera a import ncia em M rio Men o D n 45 656 Honrosa Magist rio estimular a assiduidade dos docentes e Covas entregue de 05 01 2001 premiar os profissionais com PSDB em sess o excelente desempenho Rose solene na rea de gest o da educa o Neubauer Concedida queles que n o tenham PSDB apresentado nenhuma falta no recebimento do B nus M rito ou que tenham recebido o valor m ximo do B nus Gest o 403 Para fins de evolu o funcional n o acad mica 2002 Men o Quadro do Considera a import ncia em Geraldo Men o D n 46 665 Honrosa Magist rio estimular a assiduidade dos docentes e Alckmin entregue de 05 04 2002 premiar os profissionais com PSDB em sess o excelente desempenho Rose solene na rea de gest o da educa o Neubauer Concedida queles que tenham PSDB recebido a pontua o m xima para a concess o do B nus M rito e do B nus Gest o Para fins de evolu o funcional n o acad mica 2003 B nus Classes de Altera L C n 927 e L C n 928 Geraldo L C n 938 de M rito e Docentes e de ambas de 12 09 2002 Alckmin 07 02 2003 B nus Suporte PSDB Gest o Pedag gico Gabriel Chalita PSDB 2002 B nus Quadro da Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 500 00 22 25 L C n 935 de Merecimento Secretaria
313. esfera estatal o campo acad mico ou as organiza es sindicais t m um papel crucial a desempenhar Mais uma vez a avalia o de desempenho surge 5 The most effective way to dissipate the feelings of fear and threat to the teachers status and ethos is to develop higher levels of rationality as well as systematic and distant knowledge Doing that requires strengthening the interlocutory capacity of teachers organizations If the aim is to contribute to the culture of dialogue and negotiation then it will be necessary to promote dialogues compared research and case studies with the joint participation of different actors PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 9 120 como um elemento central do discurso a ser recriado como um bloco de constru o para garantir a qualidade ela pode assumir maior import ncia e causar maior impacto em cada caso se definir ra zes em um universo de significados compartilhados por diferentes atores PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 9 Considerando a posi o pol tico ideol gica de confronto resist ncia e oposi o das organiza es sindicais s reformas educacionais portanto seu papel como obst culos pol ticos os autores levantam a necessidade de promover com as mesmas uma cultura de di logo de negocia o de concerta o e de harmoniza o de interesses PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 Segundo os autores preciso rever a ideia preconcebida que
314. esp 19 03 2009 Dispon vel em lt http blogdofavre ig com br tag idesp gt Acesso em 03 dez 2013 BLOG PAPO DE PROFESSOR E as confus es do b nus 2011 continuam 28 de mar o de 2011 Dispon vel em lt http papo deprofessor blogspot com 2011 03 e as confusoes do bonus 2011 continuam html gt Acesso em 12 fev 2014 BOITO J NIOR Armando O sindicalismo de Estado no Brasil uma an lise cr tica da estrutura sindical S o Paulo HUCITEC 1991 Classe m dia e sindicalismo POLITEIA Hist e Soc Vit ria da Conquista v 4 n 1 p 211 234 2004 Dispon vel em lt http periodicos uesb br index php politeia article viewFile 186 207 gt Acesso em 12 jun 2014 BOITO JUNIOR Armando MARCELINO Paula O sindicalismo deixou a crise para tr s Um novo ciclo de greves na d cada de 2000 CADERNO CRH Salvador v 23 n 59 p 323 338 mai ago 2010 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php pid S0103 497 92010000200008 amp script sci arttext gt Acesso em 12 jun 2014 BORGES Andr Governan a e pol tica educacional a agenda recente do Banco Mundial Revista Brasileira de Ci ncias Sociais v 18 n 52 2003 p 125 138 Dispon vel em lt http www scielo br pdf rbc soc v 8n52 18069 pdf gt Acesso em 13 jun 2014 348 BORON Atilio A Filosofia pol tica e cr tica da sociedade burguesa o legado te rico de K Marx In BORON At lio Org Filosofia pol tica moderna 5 ed Buenos
315. esta pol tica praticamente insignificante para os intentos de valoriza o do m rito 3 que a frequ ncia e a assiduidade mais uma vez para efeitos de bonifica o s o os principais crit rios centralidade evidenciada pela alta pontua o oferecida nesses crit rios e 4 que a frequ ncia e a assiduidade s o crit rios mais valorizados entre os professores do que entre os demais 199 trabalhadores da educa o consumando de novo o fato de que o foco do PSDB em SP o absente smo abusivo dos professores As tabelas constantes no anexo do referido decreto e no dos demais eram de certo modo autoeducativas porque o servidor podia observar em tempo real e o tempo todo crit rio a crit rio os limites e as possibilidades de seu esfor o em termos de pontua o e bonifica o Quer dizer o servidor podia calcular o seu b nus no tempo presente e perspectivar ao longo do ano o sacrif cio necess rio para obter um b nus maior Esta an lise pertinente mesmo constatando que at ent o cada pol tica anual de bonifica o do PSDB em S o Paulo tem sido retroativa Na verdade a retroatividade da lei tamb m instrutiva na medida em que ano ap s ano muitos trabalhadores da educa o avaliam seus esfor os e visando a receber uma recompensa maior procuram se adequar progressivamente aos crit rios de bonifica o para obt la Vejamos as tabelas no quadro a seguir Quadro 12 Detalhamento dos crit r
316. eu somente em julho de 2004 portanto quase 10 anos depois APEOESP 2014 Este per odo de estagna o salarial foi intermediado pela inser o das pol ticas de bonifica o Por isso seria importante analisar se o n mero de reajustes salariais e os seus percentuais n o diminu ram por causa do b nus Em 1997 a APEOESP enviou 60 nibus a Bras lia para pressionar deputados e senadores contra a Reforma Administrativa e o fim da aposentadoria especial do magist rio APEOESP 2014 p 7 Tamb m fez press o sobre a SEE SP para que ela negociasse o novo Plano de Carreira com os professores APEOESP 2014 A SEE SP aceitou negociar o Plano mas se mostrou irredut vel em v rios pontos APEOESP 2014 p 7 Acabou rompendo as negocia es e elaborando o Plano APEOESP 2014 Diante disso os professores resistiram e registraram sua discord ncia em rela o ao projeto do governo nos relat rios elaborados pelas escolas APEOESP 2014 p 7 Isso n o impediu a Secret ria Rose Neubauer de enviar seu projeto Assembleia Legislativa onde os professores passaram a lutar para tentar incorporar atrav s de emendas as reivindica es da categoria no novo Plano de Carreira APEOESP 2014 Para a entidade o Plano de Carreira aprovado em 1997 foi muito ruim para o magist rio porque entre outras coisas reduziu a carreira a apenas cinco faixas e o tempo de servi o deixou de ser considerado como componente
317. eu trabalho Ao mesmo tempo em que Diaz Arregui e Vallejos 2001 exp em que carreira incentivos e remunera es estavam entre os temas urgentes de reformas para a primeira d cada do s culo Afonso 2007 2009 2012 um pesquisador portugu s que analisa criticamente o uso da accountability responsabiliza o na educa o Ao mesmo tempo se debru a a estudar formas alternativas democr ticas e progressistas de responsabiliza o para a escola p blica 78 XXI reconhecem que estes s o os mais sens veis e dif ceis de confrontar Os autores admitem que um aspecto que est gerando debates e conflitos o de associar os sal rios dos docentes ao desempenho D AZ ARREGUI VALLEJOS 2001 p 82 Tais pol ticas s o bastante questionadas pelos sindicatos e docentes sobretudo pelos efeitos delet rios produzidos sobre a carreira a categoria docente e a escola p blica Nesse sentido ao mesmo tempo em que as pol ticas de avalia o e remunera o docentes orientadas pelos princ pios de mercado buscam estimular a competitividade por melhores desempenhos e respectivos sal rios entre os trabalhadores docentes na escola p blica elas contraditoriamente provocam o recha o desses trabalhadores e de seus sindicatos Portanto ao instigarem a luta econ mica entre os trabalhadores da categoria docente responsabilizando cada um por seu sucesso ou fracasso salarial as pol ticas mencionadas podem ampliar as poss
318. ex Secret ria viu com bons olhos a inser o e dissemina o no ensino p blico de um mecanismo promotor de competividade como a BR porque em sua vis o ele induz a oferta pelas escolas de um servi o educacional de melhor qualidade melhoria que refutada pelos IDESP alcan ados ao longo dos anos Para Castro a BR induz a produ o dos indicadores de qualidade esperados pela classe dominante para poder anunciar que o pa s est garantindo o capital humano exigido pela l gica capitalista para a sua inser o produtiva e aut noma na economia globalizada CASTRO 1999 p 6 Na condi o de Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP Castro afirmou em 1999 que a educa o havia se tornado um vetor estrat gico e a maior vantagem comparativa dos pa ses e das empresas para enfrentar 220 a competitividade internacional CASTRO 1999 p 5 Por isso o Brasil devia completar o esfor o de universaliza o da educa o b sica e simultaneamente elevar a qualidade do ensino ofertado pelas escolas p blicas que respondem hoje por aproximadamente 92 da matr cula do ensino fundamental e por 81 da matr cula do ensino m dio CASTRO 1999 p 6 Como vimos ao longo deste cap tulo a socialdemocracia brasileira um partido que se preocupa com a qualidade n vel do ensino das aprendizagens dos alunos da educa o do fluxo escolar dos IDESP do cumpriment
319. explicita por n vel de ensino o IDESP de 2007 portanto anterior BR e o IDESP resultante no per odo posterior sua implementa o em 2008 Quadro 15 IDESP por n vel de ensino 2007 2012 SP IDESP 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Meta 2030 1 5 ano 3 23 3 25 3 85 3 96 4 24 428 7 0 6 9 ano 2 54 2 60 2 83 2 52 2 57 2 50 6 0 Ensino M dio 1 41 1 95 1 97 1 80 1 78 191 5 0 IDESP global z 279 2 57 2 61 2 59 A Fontes Blog Leituras Favre 2009 Okada 2010 SEE SP 2013b Elabora o pr pria 10 Guiot 2006 empreendeu um importante estudo sobre o PSDB no qual investigou entre outros aspectos a atua o de seus dirigentes em associa es da sociedade civil e no meio empresarial setor privado 213 Analisemos estes resultados sem esquecer as cr ticas de professores organiza es sindicais e pesquisadores ao uso que o governo deles faz e ao tipo de avalia o que os produz Desde 2007 o IDESP do primeiro n vel 1 5 ano cresce ano a ano positivamente sem quedas enquanto o IDESP do segundo 6 9 ano e terceiro Ensino M dio n veis oscila entre aumentos e redu es Se ao final de cinco anos de pol tica de bonifica o 2008 2012 o IDESP de cada n vel variou percentualmente desse modo 32 51 no primeiro n vel 1 57 no segundo e 35 46 no terceiro tomando como ponto de pa
320. fessor part cipe de um pacto pela melhoria da qualidade da educa o O Dirigente 1 analisou a dificuldade de mensurar as contribui es de cada professor para o progresso individual e coletivo dos alunos e por isso questionou a convers o deste progresso em um objetivo individual para o professor que deveria ser definido por ele e seu avaliador para fins de avalia o de desempenho N s sempre entendemos que os objetivos do professor n o devem ser individuais Os objetivos s o os que constam do projeto educativo do projeto curricular da escola O professor tem que dar contributos para atingir esses objetivos e depois no final do ano fazer um relat rio avaliando seu contributo para esses objetivos na primeira vers o da legisla o os objetivos inclu am os resultados dos alunos N s sempre fomos contr rios ao uso dos resultados dos alunos para a avalia o de um professor Eu sou professor do segundo ciclo do ensino b sico quinto e sexto anos Eu quando chego a uma escola se a escola tiver por exemplo 10 turmas de quinto e 10 turmas de sexto eu dessas vinte turmas posso ter quaisquer Eu posso ter entrado para uma daquelas turmas que aprende seja l quem for o professor ou como se costuma dizer aprende apesar do professor Mas eu tamb m posso ter daquelas turmas em que o professor tem que ser mesmo determinante tem que fazer ali um trabalho muito mais prof cuo muito mais for
321. ganiza o Internacional do Trabalho OM Organismos Multilaterais PC Plan de Cooperaci n PCP Partido Comunista Portugu s PDT Partido Democr tico Trabalhista Brasil PHE Proyectos Hemisf ricos en Educaci n PISA Programa de Avalia o Internacional dos Estudantes PL Projeto de Lei Brasil PLC Projeto de Lei Complementar SP PMDB Partido do Movimento Democr tico Brasileiro Brasil PNAIC Pacto Nacional pela Alfabetiza o na Idade Certa Brasil PNUD Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento PQE Programa de Qualidade da Escola SP PREAL Programa de Promo o da Reforma Educativa na Am rica Latina e Caribe PREALC Proyecto Regional de Educaci n para Am rica Latina y el Caribe PR ORDEM Associa o Sindical dos Professores Pr Ordem PS Partido Socialista Portugal PSD Partido Social Democrata Portugal PSDB Partido da Social Democracia Brasileira PT Partido dos Trabalhadores Brasil PUC SP Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo SARESP Sistema de Avalia o do Rendimento Escolar do Estado de S o Paulo SC Santa Catarina SDPA ORES Sindicato Democr tico dos Professores dos A ores Portugal SDPGL Sindicato Democr tico dos Professores da Grande Lisboa Portugal SDPSUL Sindicato Democr tico dos Professores do Sul Portugal SDPMADEIRA Sindicato Democr tico dos Professores da Madeira Portugal SEE SP Secretaria de Educa
322. garantir o sucesso destas OCDE 2006 p 10 De acordo com Evangelista e Shiroma 2007 p 533 nos discursos divulgados pelas ag ncias multilaterais o docente est 114 sendo constru do como professor obst culo O fundamento para tal constru o estaria numa capacidade de organiza o do magist rio p blico que parece causar temor aos rg os governamentais e internacionais raz o pela qual est em causa a sua ades o ao projeto reformador EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 533 Analisando tr s grandes projetos educacionais desenvolvidos na Am rica Latina e Caribe as autoras verificam que os mesmos difundem uma perversa imagem de professor corporativo avesso s mudan as acomodado pela rigidez da estrutura de cargos e sal rios da carreira docente desmotivado pois n o h diferencia o por m rito por desempenho ou seja como obst culo s reformas EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 536 Os professores se tornam juntamente com a escola alvo preferencial de desqualifica o pol tica e profissional especialmente nos documentos do Banco Mundial EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 536 nos quais se encontram afirma es que visam constru o da menoridade pol tica do professor EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 537 o professor corporativista obsessivo por reajustes descomprometido com a educa o dos pobres um sujeito pol tico do contra e por outro lado incapa
323. gueses entrevistados as a es sindicais e a luta docente foram essenciais para alterar o modelo portugu s de ADD que foi diversas vezes alterado e simplificado para assim ser aceito e executado pelos professores As in meras organiza es sindicais portuguesas se organizaram sob uma Plataforma Sindical de Professores para lutar contra o modelo de ADD do ME e conseguiram realizar duas manifesta es gigantescas em 2008 A primeira delas aconteceu quando a APEOESP tamb m realizava uma greve para barrar a Prova dos ACT Portanto em Portugal a diversidade 336 e a heterogeneidade de organiza es sindicais docentes n o obstacularizaram a viabilidade da oposi o pol tica de ADD do ME As dificuldades passaram a existir no momento em que a Plataforma Sindical teve que formular uma contraproposta de avalia o docente Nesse instante ela se desmembrou e as organiza es constru ram individualmente as suas propostas sobretudo porque havia diferen as pol tico ideol gicas entre elas que resultavam em distintos apoios aos partidos no governo PS e PSD e consequentemente implicavam na constru o de propostas divergentes de AD Em SP as pol ticas de bonifica o continuam at hoje embora o Secret rio de Educa o Herman VoorWald tenha se predisposto em agosto de 2013 a alterar o modelo por ser contr rio a utilizar o IDESP como crit rio para bonifica o Al m disso foram identificados casos de fraude nas pr
324. habilidades padr es docentes padr es de compet ncias ou perfil de compet ncias que constituiriam um professor ideal e inspirariam o professor ainda mais se ele participasse de sua constru o para buscar forma o para talvez no m ximo ser aprovado no momento do Exame Com isso o MEC pretendia analisar a pr pria adequa o dos curr culos de forma o de professores dos Cursos de Licenciatura reorientando os de acordo com os resultados de seus concluintes nesse Exame Portanto a bolsa ecoaria como um recurso para incentivar os professores e poss veis futuros 144 professores a rapidamente se apropriarem do perfil de compet ncias do bom professor para em seguida pontualmente objetivarem no no Exame demonstrando bons resultados ou n o se o objetivo do MEC fosse culpabilizar as institui es de ensino superior pelo n vel de forma o dos professores e o consequente quadro estat stico do ensino fundamental Com a bolsa e o certificado foi anunciada uma pol tica nacional de valoriza o dos professores que n o tomaria como princ pio responder satisfatoriamente s necessidades de melhores condi es de trabalho carreira remunera o e forma o para o conjunto da categoria docente como afirma o pr prio MEC A certifica o nacional um passo ousado e importante para o processo de valoriza o o selo que sintetiza o compromisso do Estado brasileiro com os p
325. heiros que abandonaram o trabalho junto com ele e que defendem a causa oper ria sem medo das prova es ES Toda greve infunde vigorosamente nos oper rios a id ia do socialismo a id ia da luta de toda a classe oper ria por sua emancipa o do jugo do capital A greve ensina os oper rios a compreenderem onde repousa a for a dos patr es e onde a dos oper rios ensina a pensarem n o s em seu patr o e em seus companheiros mais pr ximos mas em todos os patr es em toda a classe capitalista e em toda a classe oper ria L NIN 1979 p 47 48 A greve n o o nico meio de luta da classe trabalhadora por sua emancipa o Ela apenas um dos meios de luta uma das formas do movimento oper rio L NIN 1979a p 51 Assim n o basta deflagrar greve geral em todo o pa s para poder conseguir dos capitalistas e do governo tudo que queiram L NIN 1979 p 50 Para L nin 1979a p 51 tal conquista inicializada com as greves s pode ser efetivada pelo partido oper rio socialista atrav s da difus o entre os oper rios das justas id ias sobre o governo e sobre a causa oper ria Se a greve exerce grande influ ncia moral sobre os trabalhadores contagiando os para a ades o causa oper ria 53 sua efic cia comprometida pela n o participa o de parcela dos trabalhadores nas organiza es que promovem as greves ou seja os sindicatos ENGELS 2010 Al m disso outra parte dos
326. ho docente em S o Paulo Anais do IX Semin rio da Red Estrado Pol ticas educativas na Am rica Latina pr xis docente e transforma o social Santiago Chile 2012 LUXEMBURGO Rosa Reforma ou revolu o 2 ed S o Paulo Express o Popular 2001 362 MACCIOCCHI Maria Antonietta A favor de Gramsci 2 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1980 MAR AL GRILO Eduardo O sistema educativo In REIS Ant nio coord Portugal 20 anos de democracia Porto C rculo de leitores 1994 p 406 435 MARTINS Erika M Movimento Todos pela Educa o um projeto de na o para a educa o brasileira Campinas SP 2013 193 p Disserta o Mestrado Universidade Estadual de Campinas Programa de P s Gradua o em Educa o Campinas 2013 Dispon vel em lt http www bibliotecadigital unicamp br document code 000915751 gt Acesso em 13 fev 2014 MARTINS Raquel Governo admite descongelar progress es na fun o p blica 06 06 2013 P blico Dispon vel em lt http www publico pt economia noticia conselho de ministros aprova mobilidade e alargamento de horario de trabalho 1596695 gt Acesso em 13 jun 2014 MARX Karl Sal rio pre o e lucro In MARX Karl Manuscritos econ mico filos ficos e outros textos escolhidos 2 ed S o Paulo Abril Cultural 1978 p 55 99 MARX Karl ENGELS Friedrich A ideologia alem 6 ed S o Paulo Editora Hucitec 1987 MCMEEKIN Robert W Hacia una com
327. hos docentes em cada escola A valida o dessas men es incluindo a de Insuficiente pela comiss o de coordena o da avalia o do desempenho se apoiava nas metas estabelecidas por cada escola em seu projeto educativo ou plano de atividades PORTUGAL 2008b Para receber um Excelente por exemplo o professor devia cumprir 100 do servi o lectivo distribu do em cada um dos anos escolares a que se reporta va o per odo em avalia o PORTUGAL 2008b p 230 A comprova o deste cumprimento se dava pela actividade lectiva registada no hor rio de trabalho do docente PORTUGAL 2007a p 536 Entretanto mesmo que todos os professores ou sua maioria cumprissem integralmente seu servi o letivo o estabelecimento de quotas percentuais classificadas pelas organiza es sindicais como impedimentos administrativos para a obten o da men o de Excelente por escola impedia que todos os professores avaliados como Excelentes fossem validados como Excelentes Os avaliados podiam reclamar por escrito aos avaliadores da avalia o final percebida PORTUGAL 2008b Contudo a reclama o n o podia se fundamentar na compara o entre as avalia es atribu das salvo quando fo sse motivada pela aplica o das percentagens m ximas para a atribui o das men es 293 qualitativas de Excelente ou Muito bom PORTUGAL 2008b p 231 A interposi o de recurso tamb m n o podia se fundamentar nessa co
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329. i 2010 SHIROMA Eneida O Redes sociais e reforma educativa na Am rica Latina In XIV Encontro nacional de did tica e pr tica de ensino 2008 Porto Alegre XIV ENDIPE Trajet rias e processos de ensinar e apresnder lugares mem rias e culturas Porto Alegre EdiPUCRS 2008 v 1 p 1 14 Dispon vel em lt http www gepeto c ed ufsc br index php producao trabalhos em eventos view download 119 html gt Acesso em 12 fev 2014 A es em rede na educa o contribui o dos estudos do trabalho para a an lise de redes sociais I Col quio A Pesquisa em trabalho educa o e Pol ticas Educacionais Bel m UFPA 2009 Dispon vel em lt http www gepeto ced ufsc br index php producao trabalhos em eventos view download 121 html gt Acesso em 12 fev 2014 SHIROMA Eneida O Redes sociais e hegemonia apontamentos para estudos de pol tica educacional In M rio Luiz Neves de Azevedo e ngela Mara de Barros Lara Org Pol ticas para a educa o an lises e apontamentos Maring EDUEM 2011 v 1 p 15 38 A es em Rede na Educa o contribui o dos estudos do trabalho para a an lise de redes sociais In Ronaldo Marcos de Lima Araujo Doriedson S Rodrigues Org A pesquisa em trabalho 370 educa o e pol ticas educacionais Campinas SP Al nea e tomo 2012 v 1 p 89 113 SHIROMA Eneida O et al Propostas e a es de redes de pol ticas p blicas para a reforma da carreira do
330. ibilidades desses trabalhadores se reconhecerem como classe trabalhadora Quando as pol ticas formuladas no mbito do Estado sob a correla o de for as das classes sociais antag nicas s o recebidas nas escolas com resist ncia os intelectuais e governos neoliberais avessos oposi o denominam docentes e sindicatos de corporativistas BARRETO LEHER 2003 Tratam lhes como obst culos que inviabilizam politicamente as reformas devendo por isso ser removidos ou cooptados BARRETO LEHER 2003 Essas preocupa es dos governantes explicitam o potencial contra hegem nico da luta docente sindical no campo educacional potencial ali s que tamb m se revela na sala de aula pois o docente como intelectual tem um papel importante na constru o e difus o de uma cultura nova revolucion ria de reforma intelectual e moral GRUPPI 1985 p 83 No entanto para que a luta sindical alcance uma perspectiva pol tica mais ampla importante que os trabalhadores da educa o e suas organiza es sindicais reconhe am as rela es de continuidade entre a luta econ mica e particular realizada em cada escola e rede de ensino e a luta pol tica A compreens o de que o econ mico e o pol tico constituem uma unidade esclarece que o alvo das lutas econ micas particulares e pol tica da classe trabalhadora comum Desta constata o decorre que a luta da classe 79 trabalhadora n o se configura em momentos se
331. ica es para o sistema de educa o superior brasileiro A implica o primordial para o sistema de educa o b sica no Brasil a necessidade urgente de aumentar a aprendizagem do estudante BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 31 tradu o nossa Greater economic integration offers the promise of higher and more sustainable economic growth but it also means increasing pressure on the Brazilian labor force to reach globally competitive levels of productivity Many factors affect labor productivity export competitiveness and attractiveness to global investment but research has consistently pointed to human capital accumulation as a critical element BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 15 16 35 These 21st century skills include the ability to think analytically manage large bodies of information and data ask critical questions learn new skills and adapt to changing careers and employment across one s adult life High level communication and interpersonal skills including foreign language mastery and the ability to work effectively in teams and on collaborative tasks are also important OECD education systems are focused on building these competencies and these trends have major implications for the Brazilian higher education system The overriding implication for the basic education system in Brazil is the urgent need to increase student learning BRUNS EVANS LUQUE 2012 p 31 89 Para adequar o
332. icas educacionais neoliberais dentre as quais a ADD do ME As posi es dos intelectuais burgueses e das organiza es sindicais docentes representativas dos interesses dos trabalhadores da educa o em Portugal deixam entrever que o conceito de qualidade da educa o que orienta as reformas e 326 pol ticas como a de ADD n o consensual mas disputado pelas classes sociais antag nicas no capitalismo contempor neo A concep o dos obst culos pol ticos constru da nesse processo de disputa 327 8 CONSIDERA ES FINAIS Este estudo analisou algumas propostas e ideias de avalia o docente que v m sendo tanto formuladas e difundidas por intelectuais do capital como adotadas sob diferentes formas e conte dos por diversos governos no Brasil e no exterior O monitoramento e a avalia o da qualidade do professor acoplados responsabiliza o individual por seu desempenho e sal rio funcionam como mecanismos importantes na vis o dos governos para a produ o de professores eficazes A partir da d cada de 1990 as propostas de avalia o docente adquiriram visibilidade express o densidade e concretude no mbito das pol ticas p blicas educacionais de diversos pa ses Naquela d cada seguindo o receitu rio neoliberal os proponentes da avalia o docente como Mello 1990 defenderam que os resultados dessas avalia es deviam repercutir sobre o sal rio do professor e a sua progress
333. icas a implementa o do chamado Prov o do Professor Esse recha o entretanto n o impediu que novas e recapadas propostas de avalia o docente viessem tona com o Congresso Nacional e o Minist rio da Educa o ao longo do s culo XXI assim como o convite destas inst ncias governamentais para que as organiza es sindicais e cient ficas antes opositoras participassem nos ltimos anos da constru o e aperfei oamento de novos projetos de avalia o docente como a Prova Nacional de Concurso para Ingresso na Carreira Docente Para intelectuais burgueses como o BM e a OCDE a oposi o e a resist ncia de docentes e sindicatos s pol ticas de avalia o docente e n o somente a elas revela que se at a d cada de 1990 foi estrat gico para o sucesso de qualquer reforma burguesa na educa o exclu los ou isola los do desenho da implementa o e da avalia o de pol ticas educacionais desde ent o no contexto do capitalismo contempor neo afirmam ser fundamental convocar a participa o de docentes e sindicatos naqueles processos Nestes termos objetivam garantir a viabilidade pol tica necess ria para o desenvolvimento bem sucedido das reformas ou pol ticas educacionais no mbito do Estado sobretudo daquelas potencialmente geradoras de resist ncia entre professores e sindicatos Isso mostra que os intelectuais burgueses estudam formas de lidar com as organiza es representativas e os profe
334. iedade em classes Nasce e se desenvolve assim no interior da luta de classes como uma necessidade da burguesia de conter os antagonismos de classes logo de garantir o predom nio das rela es da produ o capitalistas e a reprodu o ampliada do capital GRUPPI 1985 p 27 28 Ao garantir a perpetua o do modo de produ o capitalista o Estado assegura a sua pr pria manuten o Desse modo Marx constata que o Estado democr tico burgu s se apresenta como democr tico universal p blico mas age como Estado de classes particular privado Enquanto garante igualdade para todos a desigualdade real entre capitalistas e prolet rios se produz reproduz e expande nas rela es de produ o capitalistas BORON 2006 A ilus ria garantia de igualdade universalidade e democracia possibilita ao Estado burgu s reproduzir a desigualdade real existente entre as classes na sociedade capitalista Isto evidencia que o Estado burgu s assume dupla fun o oculta a domina o social e tenta separar a economia tratada como assunto privado da pol tica restrita aos assuntos da esfera p blica BORON 2006 Para Boron 2006 p 313 a dualidade alienante do Estado burgu s leva Marx a conceb lo negativamente como uma entidade parasit ria que s existe em fun o da sociedade de classes Assim Marx compreende que independentemente da forma de governo o Estado desp tico por natureza Ent o se h Estad
335. ificamos as estrat gias utilizadas pelos governos portugu s e paulista para instituir suas pol ticas de AD Tamb m pesquisamos os posicionamentos e as rea es da Federa o Nacional dos Professores FENPROF e do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo APEOESP s pol ticas de AD e as repercuss es de sua luta sobre essas pol ticas Com este prop sito efetuamos pesquisa bibliogr fica documental e de campo Analisamos documentos dos OM dos governos brasileiro paulista e portugu s e da FENPROF e da APEOESP A pesquisa tomou como referencial te rico metodol gico o materialismo hist rico Desenvolvemos a pesquisa de campo em Portugal onde entrevistamos dirigentes das organiza es sindicais docentes A pol tica de ADD foi objeto de grandes embates entre governo e organiza es sindicais docentes em Portugal especialmente no ano de 2008 e por isso constituiu um terreno f rtil para a investiga o dessas organiza es como obst culos pol ticos Num contexto em que o capital procura avan ar o processo de despolitiza o e enfraquecimento da luta sindical a pesquisa buscou identificar o papel exercido pelas organiza es sindicais docentes diante da tentativa de governos implementarem pol ticas educacionais neoliberais A pesquisa sobre o processo de resist ncia dos professores e sindicatos implanta o das pol ticas de AD em S o Paulo e Portugal permitiu ressaltar a relev ncia e a p
336. inistro a revoga o do ECD e a suspens o do modelo de ADD Fato que as altera es alcan adas n o corresponderam imediatamente s expectativas gerando um desencanto progressivo entre muitos professores DIRIGENTE 1 DIRIGENTE 3 Em 17 de abril de 2008 a Plataforma Sindical dos Professores e o Minist rio da Educa o assinaram um Memorando de Entendimento FENPROF 2008d que simbolizou uma suposta predisposi o do ME para negociar com as organiza es sindicais Para muitos professores o Memorando foi assimilado como um ato de trai o das organiza es sindicais uma vez que n o resultou no atendimento das reivindica es que moveram os professores a compor as grandes manifesta es de 2008 Pelo contr rio ele representou um poss vel in cio de di logo entre ME e organiza es sindicais docentes para revisar o ECD e alterar o modelo de ADD regulamentado em janeiro de 2008 o que tamb m significou avan os na vis o da FENPROF 2008d Segundo a entidade FENPROF 2008d o Memorando possibilitou que para 2008 nenhum professor fosse avaliado de acordo com as regras impostas pelo ME ficando desde J salvaguardado que para o final desta primeira fase de avalia o n o resultar o penaliza es nomeadamente perdas de tempo de servi o ou a n o renova o de contratos Ainda neste mbito foi muito importante n o s que os Sindicatos passassem a acompanhar a implementa o do processo de avalia
337. interessa que n o se compromete que n o se responsabiliza por nada Muitos professores concordam e aderem ideia de avalia o docente 334 porque acreditam no seu suposto car ter de justi a Sentindo se cada vez mais desvalorizados abandonados humilhados e injusti ados salarial profissional e socialmente muitos professores questionam a capacidade de suas organiza es sindicais de junto com a categoria alterar este quadro nas negocia es com os governos Tal como aqueles investidores que percebem nas piores crises grandes oportunidades de enriquecimento e lucro os propositores da avalia o docente identificam nesse quadro a que se referem como crise da educa o oportunidades para instaurar sal rios diferenciados entre os professores e com isso tentar quebrar a isonomia salarial dessa numerosa categoria Nesse sentido utilizam a falta de reconhecimento do conjunto dos professores e seus baixos sal rios como degraus para tentar construir e desenvolver desde a base o consenso necess rio para viabilizar a competi o por recompensas que s o conferidas na realidade a somente uma nfima parte dos trabalhadores Em Portugal a pol tica de avalia o de desempenho docente implantada em 2008 devia contribuir para a redu o do d fice do Estado pelo qual seriam respons veis segundo o governo os trabalhadores indolentes e improdutivos da fun o p blica Tal pol tica visava reconhec
338. ios pontua es e valores do b nus 2008 SP N mero de alunos Taxa de aprova o no Ensino Fundamental pN mero do alunos Pontua o Intarvalo da Taxa da Aprova o Pontua o At 250 1 MEE De 251 2500 2 ME as Ciel ciai De 751 a 1000 4 05 0 xa 000 De 1001 a 1250 5 al Al De 1251 a 1500 5 De 1501 a 1750 7 De 1751 a 2000 b De 2007 2250 g Mais de 2250 10 Frequ ncia dos integrantes das classes de Frequ ncia dos docentes entre 1 02 e 30 11 suporte pedag gico entre 1 02 e 30 11 dao Doo woo DR w 07 ou mais eo continua 200 Valores dos b nus segundo pontua es e cargos dos servidores 2008 SP P GESTOR DOCENTES o a que se refere o inciso do artigo 4 a que se refere o N Dirigente Supervisor Coordenador indso Ildo F Regional de Ensino Pedag gico artigo 4 O deEnsino e Diretor Assistente de ii de Escola Diretor de Escola Vice Diretor de Escola Professor Coordenador 3 R 750000 R 7 000 00 R 6 500 00 R 6 500 00 29 R 740000 R 690000 R 640 00 R 640 00 R 6 800 00 R 6 300 00 R 6 300 00 R 6 700 00 R 6 200 00 R 6200 00 R 6 600 00 R 6 100 00 R 6 100 00 R 6 500 00 R 6 000 00 R 5 000 00 24 R 680000 R 6 400 00 R 5 900 00 R 5 900 00 23 R 660000 R 6 300 00 R 5 800 00 A 5 800 00 22 R
339. is como uma luta pol tica mas como uma batalha em torno dos termos e das condi es de trabalho WOOD 2003 p 47 limite que foi amplamente discutido pelos autores marxistas A restri o da luta pol tica na produ o a termos econ micos tamb m pode ser constatada na escola p blica Se nas d cadas de 1970 e 1980 assistimos no Brasil a efervesc ncia da luta sindical na educa o articulada luta mais ampla da classe trabalhadora em defesa de uma escola p blica de qualidade a partir da d cada de 1990 a crescente precariza o das condi es objetivas de vida e trabalho acentuadas pelas reformas neoliberais concorreram para o estrangulamento do sentido pol tico deste movimento A luta por melhores sal rios e 69 condi es de trabalho quest es objetivas que repercutem na sobreviv ncia imediata dos trabalhadores passou a demandar e disputar espa o na pauta de reivindica es dos sindicatos de professores ofuscando em muitas a es suas a defesa da bandeira de uma escola p blica de qualidade para os filhos dos trabalhadores A fragmenta o da luta sindical no capitalismo contempor neo e o consequente predom nio da luta econ mica sobre a luta pol tica s o fen menos estimulados entre outros fatores pelas reformas neoliberais que procuram refor ar a separa o entre o econ mico e o pol tico A mudan a do foco da luta da apropria o para a produ o na f brica isto a transforma
340. is licen a pr mio e outros porque o ent o Governador Jos Serra Partido da Social Democracia Brasileira PSDB e sua Secret ria de Educa o Maria Helena Guimar es de Castro PSDB institu ram via Lei Complementar n 1 078 2008 S O PAULO 20084 a pol tica de Bonifica o por Resultados BR que se apoiou entre outros crit rios na assiduidade S O PAULO 20084 Pesquisando sobre o tema descobri que os trabalhadores da rede p blica de educa o b sica do Estado de SP j haviam sido submetidos a pol ticas de A bonifica o docente ou seja a concess o de b nus aos professores mais ass duos mais produtivos ou mais bem avaliados camuflada de aumento salarial um dos efeitos chamariz mais divulgados pelos reformadores para seduzir os professores em torno dos supostos benef cios das pol ticas de AD 29 bonifica o que tinham a assiduidade como o crit rio mor desde os anos 2000 Em 27 de outubro de 2009 quando Paulo Renato Souza PSDB era Secret rio de Educa o do Estado de SP Serra promulgou a Lei Complementar n 1 097 2009 S O PAULO 2009 que instituiu uma prova de m rito baseada na avalia o de conhecimentos como condi o para professores supervisores e diretores progredirem na carreira Para participar da prova o servidor deveria ter no interst cio anterior pelo menos 80 de assiduidade e 80 de perman ncia na mesma escola S O PAULO 2009 Mais uma vez a assiduidade co
341. is o linear dos OM sobre a produ o da qualidade na educa o Qualidade do professor gt Qualidade do ensino gt Qualidade da educa o Fonte OCDE 2006 2009 BM DELLANOY SEDLACEK 2001 Elabora o pr pria 3 Schulmeyer 2004 por exemplo analisou o estado da avalia o docente em 13 pa ses da Am rica Latina enquanto o Escrit rio Regional de Educa o para a Am rica Latina e o Caribe OREALC UNESCO 2006 realizou um estudo comparado sobre avalia o e carreira docente entre 50 pa ses da Am rica Latina e Europa 92 Este esquema acompanhado por diferentes avaliadores com distintos mecanismos de avalia o sob a mesma finalidade avaliar permanentemente cada fatia do processo educacional para somar ao final mais qualidade Como veremos ainda os governos brasileiro paulista e portugu s v m dando destaque avalia o e bonifica o docente por acreditarem que estes mecanismos podem estimular melhorias nos resultados gerais do setor educacional Por sua vez organiza es sindicais docentes como a CNTE ANFOPE APEOESP e FENPROF questionam a qualidade objetividade utilidade seriedade e justi a das propostas e pol ticas discutidas e implementadas no Brasil SP e Portugal 3 1 1 Qualidade dos futuros trabalhadores o interesse da OCDE pela avalia o docente Em um relat rio publicado em 2009 referente pol tica de AD implementada em 2008 em Portugal
342. is da educa o a conclus o inescap vel que o professor brasileiro ganha demais em rela o ao que entrega Mesmo que fosse financeiramente fact vel o que n o a educa o no Brasil n o melhoraria se os professores passassem a ganhar o mesmo que os de pa ses desenvolvidos Dezenas de estudos acad micos mostram que n o h correla o entre o sal rio dos professores e o aprendizado dos alunos Qualquer gestor acharia absurdo dar aumento significativo a funcion rios que est o entregando p ssimos resultados Est na hora de aplicar a mesma l gica rea da educa o Sal rio n o cai do c u conquista se IOSCHPE 2013 p 1 Apesar do recha o s organiza es sindicais docentes os intelectuais do capital consideram o seu envolvimento e participa o no desenho e implementa o de pol ticas e reformas educacionais cada vez mais essenciais para desenvolv las com sucesso sobretudo se as pol ticas e reformas propostas confrontam os interesses dos trabalhadores docentes e das pr prias entidades que os representam como o caso das pol ticas de AD Em outra linha de argumenta o Palamidessi e Legarralde 2006 defendem uma aproxima o dialogada com as organiza es sindicais docentes Em vez de ataca las os autores defendem a constru o de alian as visando assim envolver professores e organiza es sindicais docentes no desenvolvimento das reformas 119 A manei
343. isse formar esse professor que o pa s necessita para implementar a reforma da educa o b sica MELLO 2000 p 106 seria o arranjo institucional adequado para a forma o de professores MELLO 2000 p 106 Mas que mecanismos a autora prop e para identificar as institui es adequadas para este fim e os professores capazes de fazer os alunos aprenderem de acordo com as demandas da moderniza o econ mica Conforme assinala Mello 2000 p 101 urgente organizar um sistema nacional de credenciamento de cursos e certifica o de compet ncias 138 docentes condicionando por consequ ncia o exerc cio do magist rio conclus o do curso em institui o credenciada e avalia o para certifica o de compet ncias docentes MELLO 2000 p 101 Para tal finalidade clama pela constru o de consensos entre diversos setores entre os quais o CNE o Conselho Nacional de Secret rios de Educa o CONSED a Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa o UNDIME as ag ncias formadoras representa es n o sindicais do setor educacional e outros segmentos sociais interessados MELLO 2000 p 8 A autora esclarece que estes consensos d o legitimidade s diretrizes curriculares e a qualquer proposta de avalia o de cursos ou egressos que viesse a ser formulada MELLO 2000 p 108 Avaliando riscos e benef cios sobre as propostas levantadas a autora observa que
344. isserta o Mestrado Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo Programa de Estudos P s Graduados em Educa o Hist ria Pol tica Sociedade S o Paulo 2009 Dispon vel em lt http www sapientia pucsp br tde busca a rquivo php codArquivo 8393 gt Acesso em 13 fev 2014 STIGLITZ Joseph Neoliberalismo em choque O P s Consenso de Washington 12 07 1998 Dispon vel em lt http Avww folha uol c om br fsp mais fs12079804 htm gt Acesso em 08 mar 2009 STOER Stephen R A revolu o de abril e o sindicalismo dos professores em Portugal Educa o Sociedade e Culturas Porto n 26 p 49 70 2008 STOLEROFF Alan The revolution in the public services sector in Portugal with or without the unions Transfer European Review of Labour and Research ETULIRES v 13 n 4 2007 p 631 652 Dispon vel em lt http trs sagepub com content 13 4 631 refs gt Acesso em 10 jun 2013 These unions are a force to contend with Progress and retreat in the reforms of employment and professional relations in public education in Portugal Industrial Relations in Europe Conference IREC 2010 Oslo Norway 2010 Dispon vel em lt http www fafo no irec papers AlanStoleroff pdf gt Acesso em 12 jun 2014 STOLEROFF Alan Sindicatos n o interiorizaram mudan as dos anos 80 e 90 02 05 2012 In PEREIRA Nelson Dispon vel em lt http www ionline pt portugal alan stoleroff sindicatos nao interioriz
345. itados no quadro a seguir 210 Quadro 14 Resolu es que definem indicadores metas e normas da BR 2009 2013 SP Ano Disp e Disp e Disp e Disp e Disp e Estabelec Disp e sobre o sobre a sobre a sobre a sobre o e normas sobre a indicador fixa o de defini o fixa o valor do relativas autoriza global das metas dos das metas IC e do BR o de escolas e para os indicador para os Adiciona pagamen do valor indicadore es indicadore l de to da BR do ndice s globais espec fic s Qualidad de da SEE os da espec fico e Cumprime SEE s das nto de escolas Metas ac 2009 Resol Resol Resol Resol SE Resol Resol SE Conj Conj SE n 22 n 21 de SE n 25 n 23 de CC SF SE CC SF SE de 26 03 09 de 27 03 09 P SGP n P SGP n 27 03 09 Resolu o 27 03 09 1 de 2 de SE n 26 10 03 09 10 03 09 de Resol 27 03 09 Conj CC SF SE P SGP n 5 de 07 08 09 2010 Resol Resol SE Resol Resol SE n 31 n 34 de SE n 32 SE n de 23 03 10 de 43 de 22 03 10 Resol SE 22 03 10 17 05 10 n 45 de Resol 25 05 10 SE n 45 Resol SE de n 63 de 25 05 10 23 09 10 Resol SE n 63 de 23 9 10 2011 Resol SE Resol SE Resol SE n 21 de n 36 de n 20 de 30 03 11 29 03 12 30 03 11 Resol Conj CC SGP SF S PDR n 2 continua 211 de 30 03 11 2012 Resol Resol SE Resol SE Resol SE n 41 n 36 de n 35 de SE n de 29 03 12 28
346. iva gerou novas demandas para o campo educacional particularmente a constitui o de um trabalhador de novo perfil dotado de maiores compet ncias t cnicas e atitudinais mais adequadas produ o flex vel MORAES 2003 p 8 Nesse sentido se a educa o b sica sob o contexto da reestrutura o produtiva foco de interesse e preocupa o para a classe burguesa porque pode repercutir positiva ou negativamente sobre a produtividade do trabalhador e consequentemente a competitividade e a lucratividade das empresas tamb m o s o os meios que concorrem ou n o para a qualidade dessa educa o No discurso dos reformadores o professor o principal fator que interv m na qualidade da educa o CIEGLINSKI 2011 Baseando se nesta 3 De acordo com um estudo publicado por Di Carlo 2010 e traduzido e discutido por Freitas 2012a 2013a 2013b aproximadamente 60 dos resultados de desempenho dos alunos s o explicados a partir deles mesmos e das caracter sticas de suas fam lias portanto por fatores extraescolares Segundo Di Carlo 2010 fatores intraescolares 82 import ncia e para supostamente produzir mais qualidade na educa o os reformadores v m insistindo na necessidade de os governos avaliarem seus professores 3 1 OS OM E SUAS RECOMENDA ES PARA A AVALIA O DE PROFESSORES As propostas de AD t m sido bem aceitas por pol ticos e gestores porque se apoiam na constru
347. ixar correr o tempo e se quiser progredir um pouco mais rapidamente fazer cursos para obter certificados Em segundo lugar gera a cultura da aposentadoria ou seja de contar o tempo para aposentar se com as vantagens obtidas Ora importante valorizar o tempo porque ele traduz experi ncia e amadurecimento profissional para aperfei oar o desempenho do professor n o para lev lo a aposentar se A conclus o que esses fatos imp em que na verdade n o existe ainda no setor p blico uma pol tica de recursos humanos digna desse nome que leve em conta a especificidade da educa o De modo geral os estatutos e regimes de carreira existentes resultam de negocia es com o movimento de professores nas quais ambos os lados sindicatos e governo foram levados a adotar a posi o de contentar o maior n mero poss vel de prefer ncia a todos 136 MELLO 1990 p 61 62 Dez anos depois destes escritos tendo j atuado como consultora do BID e do BM e ainda em atividade como conselheira do CNE sob o governo do ent o presidente FHC Mello abandona o discurso do acesso ao conhecimento sistem tico e universal e passa a defender a perspectiva da pedagogia das compet ncias como elemento dinamizador da forma o docente e discente Isto porque o capital imp e a revis o dos conte dos do ensino colocando para a autora a forma o inicial e continuada de professores como a prioridade na ed
348. l em lt http www educacao sp gov br noticias 445 mil profissionais do magisterio estadual terao aumento salarial de 25 gt Acesso em 15 fev 2014 Dia do Servidor P blico conhe a o perfil dos mais de 300 mil profissionais da Educa o 25 10 13 2013a Dispon vel em lt http www educacao sp gov br noticias conheca o perfil do servidor da educacao gt Acesso em 13 jan 2014 Melhora no Ensino M dio Saresp e Idesp 2012 apontam avan os na rede estadual 08 03 13 2013b Dispon vel em lt http www educacao sp gov br noticias melhora no ensino medio saresp e idesp 2012 apontam avancos na rede estadual gt Acesso em 03 dez 2013 SEE SP Consulte sua Bonifica o por Resultados 2013c Dispon vel em lt http Awww educacao sp gov br portal area reservada professores e funcionarios consulte sua bonificacao por resultados gt Acesso em 11 dez 2013 Saresp 2014 Dispon vel em lt http www educacao sp gov br portal projetos saresp 2011 gt Acesso em 13 fev 2014 REFER NCIAS legisla o portuguesa PORTUGAL ASSEMBL IA DA REP BLICA AR Lei n 46 86 de 14 de outubro de 1986 Lei de Bases do Sistema Educativo 1986 Dispon vel em lt http www dges mctes pt NR rdonlyres 245E978A 0 D63 4D4E 9812 46C28BA831BB 1126 L4686 pdf gt Acesso em 18 de mai 2013 Lei n 85 2009 de 27 de agosto de 2009 Estabelece o regime da escolaridade obrigat ria para as crian as e jovens qu
349. la de aula e reconhecido financeiramente por sua presen a FERRAZ 2009 Ao se deparar continuamente com sal rios defasados e espor dicos reajustes salariais e em contrapartida um b nus que pode chegar anualmente a 2 9 sal rios se a meta do IDESP for atendida em 120 o professor sente o peso de 216 talvez ter de fazer uma escolha que implica em abdicar de certos direitos que resultam em aus ncias no trabalho como participa o em atividades sindicais realiza o de tratamentos m dicos etc para desfrutar um incerto acr scimo salarial Os indicadores alcan ados pela rede p blica de educa o b sica do Estado de SP at 2012 provam estatisticamente que a BR n o veio resolver problemas de qualidade do ensino Antes foi instaurada pelo governo psdbista na cren a de que a gest o empresarial moderna oferece mecanismos promissores como a meritocracia para elevar a produtividade a qualidade a competitividade a efici ncia e a efic cia dos recursos humanos inclusive no setor da educa o p blica Tal escolha como esclareceu Paulo Renato Souza ex Ministro da Educa o de FHC e ex Secret rio de Educa o do Estado de SP sustenta se no entendimento de que aumentos salariais coletivos e iguais n o melhoram a qualidade do ensino caracterizando se portanto na vis o de Souza como bandeiras velhas que devem ser abandonadas porque al m de gerarem desperd cio e inefic cia est o carregadas de ideologia
350. la e do processo educativo Infelizmente o clima inicialmente criado volta da reforma do sistema educativo n o veio a manter se dado que por raz es que se prendem com a negocia o das carreiras dos docentes bem como do sistema de gest o das escolas estes acabaram por se sentir desmotivados e incompreendidos o que os levou a uma atitude de maior exig ncia face ao empenhamento que lhes era pedido na execu o das pol ticas e das medidas que foram sendo adoptadas entre 1989 e 1992 Gerou se assim um certo afastamento entre a administra o central e os professores em particular com as suas estruturas sindicais mais representativas o que constituiu um factor de preocupa o para a evolu o do sector uma vez que sem a participa o e a motiva o do corpo docente n o ser poss vel levar pr tica as medidas definidas no quadro jur dico recentemente estabelecido MAR AL GRILO 1994 p 429 neste per odo de implementa o da reforma educativa p s aprova o da LBSE em 1986 que toma corpo a discuss o sobre a elabora o do ECD at ent o inexistente DIRIGENTE 1 As negocia es em torno da cria o do ECD neste momento suscitam segundo o dirigente sindical movimenta es muito fortes por parte dos professores e de suas organiza es 243 sindicais levando em 1989 25 mil professores de 140 mil a Lisboa O dirigente considera este n mero impressionante para a
351. lam o movimento geral dos pre os MARX 1978 p 94 Diante desse quadro marcado pela luta econ mica do trabalho nos limites do sistema de trabalho assalariado o autor questiona a possibilidade de xito da classe trabalhadora na luta contra o capital MARX 1978 Levanta tal questionamento apoiado no fato de que na luta puramente econ mica o capital a parte mais forte MARX 1978 p 96 O capitalista por exemplo ao comprar a for a de trabalho do trabalhador adquire o direito de us la de servir se dela ou de faz la funcionar todo o dia ou toda a semana tal qual uma m quina MARX 1978 p 82 Do consumo desta mercadoria tenta extrair o m ximo de lucro MARX 1978 Por isso a tend ncia geral da produ o capitalista n o elevar o n vel m dio dos sal rios mas reduzi lo MARX 1978 p 99 No sistema de trabalho assalariado a for a de trabalho uma mercadoria como outra qualquer e por isso tem seu valor fixado de acordo com a quantidade de trabalho necess rio para a sua produ o MARX 1978 For as de trabalho que diferem em sua qualidade ou que se aplicam em diferentes ind strias distinguem se nos custos ou valores necess rios sua produ o MARX 1978 Essa constata o leva Marx 1978 p 81 a assegurar que o grito pela igualdade de sal rios assenta num A erro um desejo oco que jamais se realizar uma vez que como distintas esp cies de for a d
352. lar A autora observou que o fator explicativo extraescolar apoiava se sobretudo na diferen a cultural dos alunos enquanto o fator explicativo intraescolar baseava se principalmente no ensino de m qualidade PATTO 1988 A afirma o de Francisco Campos realizada em 1940 e citada por Patto 1988 ilustrativa a respeito deste segundo fator O ensino inferior despovoa as escolas pela infrequ ncia suscitando nos alunos a repugn ncia intelectual por ela A escola em que o ensino de m qualidade ser evitada pelas crian as como um castigo PATTO 1988 p 74 Em 1956 Almeida Junior por meio de pesquisa tamb m manifestou preocupa o com os maus professores questionando por conseguinte se n o seria um crime contra a crian a confi la a professores em tais condi es PATTO 1988 p 73 Procurando compreender o fen meno do fracasso escolar em sua complexidade ou seja para al m de fatores parciais Patto atentou que preciso analisar uma s rie de elementos Longe de ter qualquer rela o com a capacidade intelectual e cognitiva dos alunos a determina o numa escola que atende a uma clientela pobre dos que ser o ou n o reprovados ao final do ano pode ter na verdade muito de aleat ria e depender em grande medida do procedimento usado a cada ano para determina o dos n veis de prontid o a mesma crian a que considerada imatura num 173 Recentemente questionando o fim
353. lgada a lei ou emitido o decreto medidas tais como a accountability ser o implementadas de forma plena e efetiva A accountability uma medida altamente desej vel mas requer esfor os especiais de persuas o para superar a normal resist ncia das pessoas que ser o avaliadas e objeto de poss veis san es N o informar e convencer aqueles que ser o afetados pela accountability a respeito de seus objetivos e benef cios corre o risco de fazer fracassar o programa MCMEEKIN 2006 p 42 43 tradu o nossa As pol ticas de AD encontram consider vel receptividade entre pol ticos gestores economistas da educa o empres rios organiza es da sociedade civil opini o p blica e at mesmo entre professores e organiza es sindicais docentes devido a uma 122 s rie de fatores suposto car ter de justi a da AD sua suposta contribui o melhoria da qualidade do professor de seu trabalho e da qualidade da educa o suposta economia de gastos com folha de pagamento e inten o de quebrar o princ pio da isonomia salarial dentro de uma das maiores categorias de trabalhadores do setor p blico em muitos pa ses Al m disso enfraquecer e isolar as organiza es sindicais docentes uma realidade desejada por muitos intelectuais e gestores burgueses al m do pr prio empresariado Nas Se es 4 e 5 apresentamos as propostas de AD que tramitam no Congresso Nacional e no MEC e as pol ticas de avalia o e bonifica
354. lhadores do jugo do capital L NIN 1979a p 49 50 Todavia o autor alerta que a greve como escola de guerra ainda n o a pr pria guerra L NIN 1979a p 50 que os trabalhadores n o podem se limitar a este meio de luta mesmo que ele alcance grande difus o e conduza a melhorias na situa o de sua classe L nin corrobora o pensamento de Engels sobre as greves como escola de guerra Num texto escrito em 1899 e publicado em 1924 intitulado Sobre as greves L NIN 1979a o autor analisa entre outros aspectos o significado das greves Observa que este fen meno pr prio do capitalismo que leva necessariamente a uma luta constante entre oper rios e patr es enquanto os primeiros tentam vender sua for a de trabalho pelo maior sal rio os ltimos pretendem contrat los pelo menor L NIN 1979a Nesse contexto imposs vel para o oper rio lutar sozinho contra o patr o L NIN 1979a p 44 uma vez que sua exig ncia por aumento de sal rio ou contra a redu o do mesmo o patr o responde com a amea a de demiss o Isolado portanto o trabalhador percebe que absolutamente impotente e vive sob a amea a de perecer sob o jugo do capital L NIN 1979a p 45 Os trabalhadores apreendem ent o que s podem defender as suas reivindica es aumento ou manuten o de sal rios e opor resist ncia aos patr es se estiverem unidos quer declarando se em greve q
355. lista Marival Coan e Rosalba Garcia pelas reflex es suscitadas na avalia o do trabalho Admiro muito o trabalho de voc s Agrade o a minha orientadora por toda a sabedoria com que soube me guiar Fostes Mestre Chefa M e Amiga Fostes tudo o que eu precisava ter no tempo certo na medida certa Que bom que voc existe para outros orientandos te desfrutarem Muito Obrigada Agrade o ao Professor Jos Alberto Correia a Universidade do Porto e a cidade do Porto que me acolheram t o carinhosamente durante a realiza o do Doutorado Sandu che em 2012 Agrade o tamb m aos dirigentes sindicais que participaram da pesquisa em Portugal Agrade o aos professores da UFSC por tudo que socializaram especialmente Eneida Olinda C lia Roselane Rosalba Maria Helena Valeska Carlos Eduardo Ari Luc dio Tumolo e Patr cia Agrade o tamb m aos colegas do PPGE especialmente a Caroline Bahniuk com quem pude aprender muito Agrade o tamb m ao GEPETO pelo enriquecimento cient fico e cultural Agrade o a compreens o o apoio a aten o e a paci ncia dos amigos de perto e de longe Agrade o a minha terapeuta por ajudar a me conhecer melhor Por ltimo quero agradecer a minha companheira Paula Quero dizer te que s muito especial pra mim Mudas minha vida e aprimoras minha forma de compreender o mundo a todo instante Sinto que estar com voc me torna uma pessoa muito melhor Obrigada por me incentivar por me abrigar por
356. lista decidiu estimular a competitividade por b nus entre os trabalhadores da educa o embora tal decis o n o tenha tornado a carreira docente mais atraente como mostra uma not cia veiculada pelo Jornal O Estado de S Paulo em 31 de agosto de 2013 por ano 3 mil professores desistem de dar aula nas escolas estaduais de SP SALDANA 2013 p 1 Vejamos o conte do normativo do B nus M rito e do B nus Gest o Segundo Neubauer as entidades n o cita quais foram ouvidas e suas sugest es cuidadosamente ponderadas SILVA 1999 p 17 Entretanto a APEOESP afirma que n o houve nenhum tipo de di logo ou negocia o sobre o Plano de Carreira estabelecido em 1997 APEOESP 2012 p 4 Segundo a entidade o Estatuto de 1985 sim resultou de um longo processo de debates na nossa categoria e de negocia o entre as entidades do magist rio e o governo estadual APEOESP 2012 p 4 O resultado da referida consulta mencionada por Neubauer assim como o de tantas outras mostra que tal estrat gia governamental na constru o ou discuss o de qualquer pol tica educacional tem se constitu do muito mais num protocolo formal com suposto car ter de participa o democr tica do que de fato numa negocia o real visando constru o de delibera es coletivas em torno das quest es e reivindica es levantadas pela parte protestante ou reivindicante Entendemos que as consultas constituem nos Estados
357. lizar o recenseamento de pessoal com registo de qualifica es e compet ncias e desenhar os perfis de recursos humanos por forma a orientar a pol tica de forma o na Administra o P blica e Generalizar a implementa o da gest o por objectivos GPO capacitando a decis o financeira dos decisores p blicos atrav s de contratos por objectivos e metas a cumprir Rever aperfei oar e alargar a legisla o relativa avalia o de desempenho a toda a Administra o P blica e Favorecer a mobilidade dos funcion rios e a flexibiliza o das condi es de trabalho nomeadamente atrav s do regime de tempo parcial da partilha de postos de trabalho e do tele trabalho e Restabelecer os pr mios de honra e pecuni rios ao m rito e excel ncia no desempenho de fun es p blicas e Simplificar o procedimento das promo es extraordin rias por m rito Promover a qualifica o dos recursos humanos mediante forma o e incentivar a obten o de qualifica es acad micas PORTUGAL 2005a p 39 40 Adequar a Administra o aos objectivos de 249 crescimento e Criar um programa plurianual de redu o da dimens o da Administra o central visando diminuir nos pr ximos quatro anos o n mero de unidades org nicas de n vel central por descentraliza o desconcentra o fus o ou extin o e Desenvolver e implementar sistemas de avalia o dos servi os p blicos nomeada
358. lou em 1791 um decreto conhecido como Lei Le Chapelier que em nome do liberalismo da liberdade de contrata o econ mica tamb m proibia a forma o de sindicatos COUTINHO 2008 p 76 A inten o desses governos j era frear qualquer organiza o e luta da classe trabalhadora e assim garantir o avan o da economia burguesa Nesta obra Engels 2010 utiliza correntemente o termo associa es para se referir s organiza es trade unions criadas pelos trabalhadores para defender seus interesses Em nosso trabalho optamos por utilizar a designa o sindicatos ou organiza es sindicais 50 declarado de proteger o oper rio contra a tirania e o descaso da burguesia Os sindicatos portanto s o fundados pelos trabalhadores visando a atender uma s rie de finalidades relacionadas sobretudo ao sal rio conforme descreve Engels 2010 p 250 Eram suas finalidades fixar o sal rio negociar en masse coletivamente como for a com os patr es regular os sal rios em rela o aos lucros patronais aument los no momento prop cio e mant los em todas as partes no mesmo n vel para cada ramo de trabalho Ademais outras finalidades eram manter o n vel de procura do trabalho limitando o emprego de aprendizes e assim impedir tamb m a redu o dos sal rios combater no limite do poss vel os estratagemas patronais utilizados para reduzir sal rios mediante a utiliza o de novas m quinas
359. lt http www iij derecho ucr ac cr archivos documentacion inv 200tras 20entidades CLAD CLA D 20IX documentos hashimot pdf gt Acesso em 4 mai 2009 HERGESEL Salatiel dos S A participa o do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo APEOESP 359 na forma o politico pedag gica do professor 2005 177 f Disserta o Mestrado em Educa o Faculdade de Educa o UNICAMP Campinas SP 2005 Dispon vel em lt http www bibliot ecadigital unicamp br document code vtls000376516 gt Acesso em 12 jun 2014 HIDAKA Renato K Sindicalismo docente e reforma neoliberal no Estado de S o Paulo II Semin rio da Rede de Pesquisadores sobre Associativismo e Sindicalismo dos Trabalhadores em Educa o Rio de Janeiro 18 20 de abril de 2011 IFHC Equipe 2014a Dispon vel em lt http www ifhc org br estudos nova agenda equipe gt Acesso em 13 jan 2014 Miss o 2014b Dispon vel em lt http www ifhc org br in stituto missao gt Acesso em 13 jan 2014 IOSCHPE Gustavo Hora de peitar os sindicatos 09 04 2011 Dispon vel em lt http veja abril com br noticia educacao hora de peitar os sindicatos gt Acesso em 13 ago 2012 IOSCHPE Gustavo Seu valor determinado por seu sal rio Veja 12 10 2013 Dispon vel em lt http veja abril com br noticia educacao gustavo ioschpe seu valor e determinado por seu salario gt Acesso em 12 fev 2014 JALALI Carlos Pa
360. m respeito Jornal da APEOESP n 280 fev mar 2009 Dispon vel em lt www apeoesp org br gt Acesso em 13 fev 2014 Caderno de Teses XXIII Congresso Estadual da APEOESP 01 a 03 de dezembro de 2010 2010a Dispon vel em lt http secretariacomunicacaosubsul blogspot com br 2010 11 caderno de teses xxiii congresso html gt Acesso em 13 fev 2014 APEOESP APEOESP e demais entidades do magist rio questionam promo o por m rito no STF In Fax Urgente n 49 29 04 2010 2010b Dispon vel em lt www apeoesp org br gt Acesso em 13 fev 2014 APEOESP obt m liminar em mandados que garantem inscri o para prova de m rito 31 05 2011 Fax URGENTE n 44 2011a Dispon vel em lt www apeoesp org br gt Acesso em 13 fev 2014 A sa de dos professores 29 12 2011 2011b Dispon vel em lt http Awww apeoesp org br publicacoes saude dos professores as ude dos professores e a qualidade do ensino gt Acesso em 13 jan 2014 Centro de Estudos e Pesquisas Educacionais Sindicais e Gerenciamento de Dados CEPE Conversas sobre a carreira Caderno 1 03 07 12 Dispon vel em lt http Awww apeoesp org br publicacoes carreira do magisterio conversas sobre a carreira do magisterio gt Acesso em 14 jan 2014 Sa de dos professores e a qualidade do ensino 18 02 2013 Dispon vel em lt http www apeoesp org br publicac oes saude dos professores a saude dos professores 2013 gt Acesso em 13 jan 201
361. m tico e universal descentralizar de fato recursos e compet ncias para os munic pios e rg os descentralizados da m quina do ensino dar autonomia e recursos s escolas e instituir mecanismos de avalia o dos resultados aferidos pela aprendizagem do alunado que permitam responsabilizar cobrar fiscalizar incentivar instituir mecanismos para que a popula o fiscalize participe tenha acesso s informa es e exer a seu direito de cobrar o que lhe devido enfrentar o corporativismo do magist rio e ao mesmo tempo tomar todas as medidas poss veis para recuperar seu sal rio real de modo menos formalista levando em conta m rito e desempenho aferido repita se pela aprendizagem do alunado promover um efetivo enxugamento e real moderniza o da m quina administrativa centralizada e descentralizada introduzindo tecnologia avan ada para criar sistemas integrados de informa o que permitam o acompanhamento e o controle com maior efic cia e um m nimo de 132 m o de obra aproveitar todos os professores e especialistas em atividades afins nas escolas ou rg os descentralizados diminuindo ao m nimo poss vel o n mero dos afastados e licenciados instituir um exame de Estado para obten o do registro de professor impedindo o exerc cio profissional dos egressos de cursos superiores descomprometidos com a qualidade MELLO 1990 p 26 27 Se a refo
362. m a defesa de melhor qualidade do ensino para os alunos porque aquelas condi es influenciam essa qualidade s o situa es concomitantes os sindicatos da FENPROF sempre tiveram uma grande preocupa o cm isso n o descurando evidentemente a defesa dos interesses espec ficos dos professores Agora interesses espec ficos dos professores n o quer dizer que sejam nicos De vez em quando defendemos condi es remunerat rias melhores Os alunos n o t m nada a ver com isso mas n o deixa de ser verdade que um professor que se sinta bem remunerado por aquilo que faz mais facilmente tem motiva o pra continuar fazendo bom pra ir tentando fazer cada vez melhor O professor que sinta que est a ser explorado na sua profiss o est a ser insultado como o foi com a pr pria ministra Lurdes Rodrigues nomeadamente quando referiu que a falta de prepara o dos alunos e os seus baixos resultados nos exames nacionais eram culpa e responsabilidade suas isto convenhamos n o uma forma de motiva o DIRIGENTE 1 Todas as motiva es expostas acima comp em um quadro que explica os grandes n meros das manifesta es de professores realizadas em 2008 e 2009 cujos valores apresentados pelos dirigentes sindicais s o apresentados abaixo junto com os percentuais aproximados de sindicaliza o docente em Portugal e na FENPROF Vejamos 308 Quadro 23 N meros das manifesta es docentes de 20
363. m colabora o e coes o instrumentais funcionais visando conquista de maior gratifica o A meritocracia princ pio que as sustenta refor a o individualismo estimula uma falsa coopera o e nega a a o coletiva subentendida no ide rio dos intelectuais burgueses modernos IOSCHPE 2011 SOUZA 2009 como algo ultrapassado Por outro lado essas pol ticas contraditoriamente podem produzir solidariedade e unidade na categoria docente Em SP elas juntam os trabalhadores de cada escola para premia los diferentemente O professor soma se e mobiliza se com os demais em seu local de trabalho para tentar fabricar uma complementa o salarial que ajude a satisfazer as suas necessidades vitais Nesta perspectiva a no o de categoria docente n o engloba mais o conjunto dos professores da rede estadual de ensino mas t o somente a equipe de professores da escola Por tr s disso aparece a inten o pol tica de um governo neoliberal de pulverizar pelas mais de cinco mil escolas da rede 332 estadual de SP uma categoria de 242 mil professores dos quais 180 mil est o sindicalizados na APEOESP Trata se de um contingente elevado de trabalhadores que se unidos e mobilizados poderiam exercer grande press o pol tica e social sobre o governo importante notar que a competi o por melhores desempenhos individuais melhores resultados nas avalia es e maiores b nus repercute no tempo que o professor poderia ter par
364. m igualmente alto ndice de absente smo Com as insistentes pol ticas de b nus e o decreto que restringe o n mero de faltas o governo paulista almeja reduzir o ndice de absente smo o que parece ter conseguido no per odo 2001 2004 como mostram fontes pr PSDB exce o da APEOESP 164 Quadro 4 Percentuais de absente smo docente no Estado de SP 2000 2010 Ano Percentuais de acordo com distintas fontes Chalita Di rio de S Paulo Outras 2005c 2005 2000 21 5 18 4 18 4 Jornal da Tarde 2001 15 5 19 2002 10 9 18 9 2003 10 4 10 7 2004 10 3 10 3 10 3 Jornal da Tarde 2007 12 8 Folha de S Paulo 2010 12 1 1 APEOESP Fontes Chalita 2005c Jornal da Tarde 2005 Di rio de S Paulo 2005 Folha de S Paulo 2007 APEOESP 2013 Elabora o pr pria Desse modo conquanto os governos psdbistas anunciem grande preocupa o com o absente smo docente e seus efeitos sobre a qualidade do ensino e da educa o paulista os mesmos desprezam o estado de sa de com o qual os professores realizam suas atividades e que os leva na maior parte das vezes a faltar Carlos Ramiro de Castro ex Presidente da APEOESP exp e que as principais causas do absente smo s o problemas de afastamento por doen a BASSETTE 2008 p 1 Para o sindicalista o professor trabalha muito E muitas vezes tem de faltar para tratar da sa de
365. m isolamento ou engajamento coletivo Unidade ou fragmenta o Coopera o ou competi o Solidariedade ou individualismo Eleva o da consci ncia pol tica ou do interesse econ mico individual Desencantamento Indigna o Revolta Constrangimentos Intensifica o do trabalho docente A ADD melhorou a qualidade do ensino e da educa o 11 A ADD instaurada com o Estatuto da Carreira Docente ECD de 1998 tamb m promoveu rea es de resist ncia dos sindicatos e federa es Que reivindica es ou pol ticas educativas ao longo da hist ria deste sindicato federa o promoveram grande mobiliza o dos professores para a luta A ADD foi a que mais mobilizou AP NDICE C Quadro s ntese das pol ticas de bonifica o no Estado de SP 401 Ano e lei Pol tica P blico Observa es Governo Valor Or amento refer ncia 2000 B nus Classes de Regulamentado pelo Decreto n M rio 1 000 00 a 30 milh es Lei Gest o Suporte 46 168 de 09 10 2001 Covas 4 000 00 Complementar Pedag gico Avalia desempenho por meio de 4 PSDB L C n 890 indicadores n de alunos na escola Teresa de 28 12 2000 desempenho da escola no SARESP Roserley frequ ncia exig ncia de no m nimo Neubauer 120 dias consecutivos de exerc cio e da Silva frequ ncia dos professores da escola Rose Neubauer PSDB 2001 B nus Classes de Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 1 500 00 a 60 milh es L C n 910 de Gest o Suporte 229 2
366. m que as pessoas n o sabem se amanh ainda v o estar colocadas e empregadas Portanto as pessoas estavam vontade O que estavam a contestar n o tinha a ver com o emprego estavam a contestar uma coisa que as indignava que eram as palavras da Ministra Lurdes Rodrigues Ela dizia Eu posso ter perdido os professores mas ganhei a opini o p blica Eu costumo dizer assim A FENPROF mobilizou metade dos professores para as manifesta es e a Lurdes Rodrigues a outra metade porque na verdade havia uma indigna o fort ssima a ela e pr pria maneira dela lidar com os professores Depois havia essa coisa do modelo Houve a uma revolta Hoje 306 diferente Hoje o que est em causa a vida das pessoas DIRIGENTE 3 Portanto a ADD n o comprometendo a perman ncia dos professores no emprego foi o fator que levou mais professores rua embora n o fosse o nico O desrespeito manifestado pela Ministra da Educa o contra os professores e suas organiza es sindicais foi outro forte fator que levou os professores a engrossarem as grandes marchas Desde o in cio Lurdes Rodrigues partiu de um pressuposto errado que os interesses dos professores s o uns e os interesses dos alunos s o outros s o conflitantes mas eles n o s o Quando os professores pretendem boas condi es de trabalho nas escolas quando pretendem um hor rio adequado ao desempenho da sua profiss o sabem que i
367. m virtude de consulta ou tratamento de sa de e d provid ncias correlatas 2000c Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 91803 lei complementar 883 00 gt Acesso em 13 jan 2014 Decreto n 46 168 de 09 de outubro de 2001 Regulamenta o B nus Gest o institu do s classes de suporte pedag gico do Quadro do Magist rio pela Lei Complementar n 890 de 28 de dezembro de 2000 2001a Dispon vel em lt http www al sp gov br repositorio legislacao decreto 2001 decreto 46168 09 10 2001 html gt Acesso em 17 dez 2013 Decreto n 46 167 de 9 de outubro de 2001 Regulamenta o B nus M rito institu do s classes de docentes do Quadro do Magist rio pela Lei Complementar n 891 de 28 de dezembro de 2000 2001b Dispon vel em lt http www legislac ao sp gov br legislacao dg280202 nsf 5fb5269ed17b47ab83256cfb0 0501469 8732663d37479e4983256c40003 7b74 FILE Dec 46 167 doc gt Acesso em 11 dez 2013 383 S O PAULO Lei Complementar n 909 de 28 de dezembro de 2001 Institui o B nus M rito s classes de docentes do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias 2001c Dispon vel em lt http www al sp gov br repositorio legislacao lei complementar 2001 lei complemen tar 909 28 12 2001 html gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 910 de 28 de dezembro de 2001 Institui um B nus Gest o s classes de suporte pedag gico do Quadro do Magist rio e d outras p
368. ma se intitula O docente como protagonista na mudan a educacional UNESCO 2005 Neste documento os sindicatos docentes tamb m s o tratados como importantes protagonistas do cen rio pol tico nacional mas num sentido negativo j que sua a o coletiva pode perturbar a educa o opondo uma forte resist ncia e oposi o aos processos de reforma UNESCO 2005 p 47 Uma an lise cr tica deste tema e destes documentos inclusive de outros intelectuais difusores do protagonismo docente pode ser encontrada em Alves 2011 175 forma o permanente Plano de Carreira atraente e sal rios compat veis com a import ncia da fun o social que os educadores exercem SILVA 1999 p 17 A autora reconhecia portanto que os sal rios dos professores estavam drasticamente reduzidos mas atribu a a redu o ao Plano de Carreira do Magist rio que em seu entendimento apresentava uma estrutura que n o permitia aumentos salariais significativos e n o valorizava o desempenho profissional SILVA 1999 p 8 Por isso esclarece em mar o de 1995 o governo teria discutido com as entidades de classe do magist rio a elabora o de um Plano mais adequado a este fim visando a estimular o desenvolvimento profissional do educador possibilitar o aumento real de seu sal rio base e tornar a carreira docente mais atraente e competitiva SILVA 1999 p 17 18 De fato em 2000 o governo pau
369. mais completa da guerra de todos contra todos que impera na moderna sociedade burguesa Essa guerra uma guerra pela vida pela exist ncia por tudo e que em caso de necessidade pode ser uma guerra de morte n o se trava apenas entre as diferentes classes da sociedade mas tamb m entre os diferentes membros dessas classes cada um constitui um obst culo para o outro e por isso todos procuram eliminar quem quer que se lhes cruze o caminho e tente disputar seu lugar Os oper rios concorrem entre si tal como os burgueses Essa concorr ncia entre os trabalhadores no entanto o que existe de pior nas atuais condi es de vida do proletariado constitui a arma mais eficiente da burguesia em sua luta contra ele Da os esfor os do proletariado para suprimir tal concorr ncia por meio da associa o e da o furor da burguesia contra essas associa es e seu grande j bilo a cada derrota que consegue impor lhes Essa concorr ncia entre os oper rios tem apenas um limite nenhum deles se disp e a trabalhar por menos que o necess rio para sua subsist ncia se deve morrer de fome n o morrer trabalhando ENGELS 2010 p 117 118 Conforme Engels 2008 os oper rios percebem cada vez mais que a concorr ncia entre si os afeta e tamb m que a pr pria concorr ncia entre os capitalistas os pressiona Compreendem assim que necess rio abolir a concorr ncia em geral Al m do mais os sindicatos alimentam o
370. mente da efici ncia da sua gest o e do n vel de satisfa o das necessidades p blicas diminuir em pelo menos 75 mil efectivos o pessoal da Administra o P blica ao longo dos quatro anos da legislatura e Preparar a cria o da figura de finantial controller nos minist rios como nas grandes empresas privadas e Realizar um concurso anual em cada Minist rio para o melhor projecto de inova o simplificadora Criar pr mios anuais para as melhores aplica es das TIC na Administra o P blica em parceria com o sector privado PORTUGAL 2005a p 40 41 Sob esta l gica empresarial de racionaliza o efici ncia economia de gastos flexibiliza o meritocracia avalia o de desempenho e gest o por objetivos o governo anunciou a inten o de melhorar a qualidade dos servi os p blicos oferecidos aos portugueses dentre eles a educa o Dizia tratar se de uma urg ncia nacional superar o atraso educativo portugu s face aos padr es europeus melhorar progressivamente os resultados fazendo subir o n vel de forma o e qualifica o das pr ximas gera es e obter avan os claros e sustentados na qualidade das aprendizagens PORTUGAL 2005a p 42 A supera o destes desafios no mbito educativo afirmava o governo era essencial para a coes o da sociedade para a produtividade e a competitividade da economia PORTUGAL 2005a p 42 Vemos aqui n
371. mente pela amputa o da sua ala mais esquerdista e refor ado pelos governos socialistas de 1976 78 que moderaram alguns dos resultados mais esquerdistas da revolu o principalmente a reforma agr ria no Alentejo e adoptaram pol ticas deflacion rias para descontentamento da esquerda M rio Soares ent o foi acusado pela esquerda de p r o socialismo na gaveta JALALI 2007 p 150 151 240 J havia Mas isto foi completamente ignorado e de tantas vezes repetido passou como verdade absoluta A avalia o do desempenho estava prevista desde o ECD que surgiu em 1990 embora tenha sido regulamentada apenas em 1994 com o Decreto Regulamentar n 14 94 Depois disso a avalia o de desempenho passou a ser realizada anualmente no final do per odo letivo Em 1998 foi alterada com o Decreto Regulamentar n 11 98 DIRIGENTE 1 A avalia o de professores em Portugal como pr tica efetiva nacional j se desenvolve desde os anos 1990 No entanto men es ao tema j podem ser encontradas pelo menos na legisla o nos anos 1980 A Lei de Bases do Sistema Educativo LBSE n 5 73 de 25 de julho de 1973 PORTUGAL 1973 aprovada pelo Presidente da Rep blica Am rico Thomaz ainda sob a ditadura de Marcello Caetano sucessor de Salazar sequer menciona a express o carreira docente apesar dos Grupos de Estudo precursores dos sindicatos de professores na poca j estarem debatendo
372. mento em educa o do BM no Nordeste e em Minas Gerais De 1993 a 1996 trabalhou como Especialista S nior de Educa o no BM e no BID De 1997 a 2005 assumiu a Dire o Executiva da Funda o Victor Civita do Grupo Abril Nesta posi o respondeu pela Dire o Editorial da revista Nova Escola Ainda em 1997 foi nomeada para o cargo de Conselheira do Conselho Nacional de Educa o CNE quando foi Relatora do Parecer das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino M dio participando da elabora o das Diretrizes Curriculares da Educa o Profissional e das Diretrizes Curriculares Nacionais para Forma o de Professores da Educa o B sica em N vel Superior De 1998 a 2000 foi consultora da Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica SEMTEC MEC para a implementa o da reforma curricular do Ensino M dio e nessa condi o coordenou a prepara o do documento que o MEC enviou ao CNE para iniciar a reformula o dos curr culos de forma o de professores Entre 2000 e 2004 participou de v rios projetos de educa o dist ncia de professores Atualmente palestrante e consultora de projetos educacionais MELLO 2013 5 CARDOSO Fernando H A Social Democracia O que o que prop e para o Brasil S o Paulo mar o de 1990 Dispon vel em lt http www psdb org br wp content uploads biblioteca 36575470 128 exp s que para o Brasil voltar a crescer ele precisava reestruturar sua economia tornando a me
373. mico e na redu o da pobreza BM 2005 188 Tabela 1 Crit rios de avalia o e suas escalas de pontos 2005 e 2008 SP Crit rios de avalia o dos Pontos Crit rios de avalia o Pontos integrantes das classes de dos docentes suporte pedag gico N mero de alunos da escola 1 5 Avalia o do desenvolvimento da Avalia o do 1 5 escola desenvolvimento da escola a taxas de aprova o reprova o 1 5 via indicadores de e abandono em 2004 perman ncia e sucesso b realiza o de a es 0 2 escolar taxas de socioeducativas na escola aprova o reprova o e c rela o da Equipe Escolar com 0 2 abandono em 2004 0 2 a comunidade rela o da Equipe d implementa o de 0 2 Escolar com a comunidade projetos a es e realiza o de parcerias 0 2 e Gest o participativa Conselho APM e 0 2 f atua o do Gr mio Estudantil Participa o da escola no 0 2 Programa Escola da Fam lia Valoriza o da Gest o de 5 Qualidade pontos para o servidor cuja escola alcan asse pontua o m xima nos indicadores da avalia o do desenvolvimento da escola com exce o do item a Participa o nos Programas de 0 2 Participa o no Programa 0 2 Educa o Continuada da SEE SP de Educa o Continuada Participa o volunt ria no da SEE SP Programa Escola da Fam lia Participa o volunt ria do 0 1 servidor no Programa 0 1 Escola da Fam lia Frequ nci
374. mpara o PORTUGAL 2008b Por fim o DR n 2 2008 regulamentava os prazos para o desenvolvimento da pol tica de ADD Desse modo as escolas tinham a partir da entrada em vigor deste decreto 20 dias teis para aprovar os instrumentos de registo e os indicadores de medida PORTUGAL 2008b p 233 Estes se referiam ao progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e a redu o das taxas de abandono escolar PORTUGAL 2008b p 233 Ap s este per odo as escolas tinham 10 dias teis para estabelecer os objectivos individuais dos avaliados relativos ao per odo de avalia o correspondente aos anos escolares de 2007 a 2009 PORTUGAL 2008b p 233 Os demais aspectos como o calend rio anual de desenvolvimento do processo de avalia o incluindo os prazos m ximos de dura o das fases previstas PORTUGAL 2008b p 233 deviam ser fixados pelas escolas em seu regulamento interno no prazo m ximo de seis meses contados a partir da entrada em vigor do DR PORTUGAL 2008b No ano escolar de 2007 2008 ainda deviam ser calendarizadas pelo rg o de dire o executiva de cada escola a observa o pelos avaliadores de pelo menos duas aulas leccionadas por cada docente as quais dev ialm corresponder cada uma a uma unidade did ctica diferenciada PORTUGAL 2008b p 229 Ao fim do per odo de avalia o cada escola devia apresentar ao CCAP um relat rio sem refer ncias nominati
375. n KEA RERE ENET Quadro 23 N meros das manifesta es docentes de 2008 e 2009 Portugal sus a a aa RG IST 91 96 155 164 178 179 180 184 190 190 197 199 201 210 212 213 268 268 273 280 294 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Crit rios de avalia o e suas escalas de pontos 2005 e 200805 siso n o nai nona aid a EARE SD Ma E Tabela 2 Crit rios de avalia o e respectivas pontua es dos servidores 2008 SP cc e eeeeeeee re rera ranma LISTA DE SIGLAS ACT Admitidos em Car ter Tempor rio AD Avalia o Docente ADD Avalia o de Desempenho Docente Portugal AFUSE Sindicato dos Funcion rios da Rede Estadual de Educa o SP AGEM Ag ncia Metropolitana da Baixada Santista SP Agemcamp Ag ncia Metropolitana de Campinas SP ALESP Assembleia Legislativa do Estado de S o Paulo ANFOPE Associa o Nacional pela Forma o dos Profissionais da Educa o Brasil APASE Sindicato dos Supervisores do Magist rio do Estado de S o Paulo APAMPESP Associa o dos Professores Aposentados do Magist rio P blico do Estado de S o Paulo APEOESP Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo ARENA Alian a Renovadora Nacional Brasil ASPL Associa o Sindical de Professores Licenciados Portugal BID Banco Interamericano de Desenvolvimento BM Banco Mundial BR Bonifica o por Resultados SP CCAP
376. na sua categoria profissional sem preju zo de se poderem candidatar novamente em futura oportunidade FREIRE 2005 p 30 Na revis o do ECD que sucedeu em 2007 foram incorporadas duas destas categorias profissionais a de professor e a de professor titular primeira o governo incumbiu basicamente a fun o de ensinar enquanto segunda competiu 18 De acordo com o Decreto Lei n 229 05 de 29 de dezembro de 2005 PORTUGAL 2005b o tempo m nimo de servi o a ser cumprido por educadores de inf ncia e professores do 1 ciclo do ensino b sico para se aposentarem de 30 anos e 6 meses e a idade m nima de 55 anos e 6 meses situa o atual descrita pelo Sindicato dos Professores do Norte SPN 2014 1 Entre os deveres profissionais dos professores constavam orientar o exerc cio das suas fun es por crit rios de qualidade procurando o seu permanente aperfei oamento e tendo como objectivo a excel ncia actualizar e aperfei oar os seus conhecimentos capacidades e compet ncias numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida de desenvolvimento pessoal e profissional e de aperfei oamento do seu desempenho desenvolver a reflex o sobre a sua pr tica pedag gica proceder auto avalia o e participar nas actividades de avalia o da escola promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade das aprendizagens de acordo com os respectivos programas curricular
377. nacional e internacional Portanto constituem se em obst culos pol ticos quando for am os governos a desviarem de alguma maneira do caminho inicialmente previsto para a formula o e implementa o da pol tica educacional e quando exigem dos intelectuais org nicos do capital a produ o e dissemina o de novas estrat gias para lidar com a resist ncia das organiza es sindicais docentes Destaca se a uma positividade do obst culo 342 343 REFER NCIAS ACANDA Jorge L Sociedade civil e hegemonia Rio de Janeiro UERJ 2006 ADVOCACIA SANDOVAL FILHO B nus vale tamb m para Professores aposentados 10 07 2012 Edi o 217 Dispon vel em lt http www sandovalfilho com br blogs blog dos advogados ite m 649 b C3 B4nus vale tamb C3 AYm para professores aposentados gt Acesso em 13 fev 2014 AFONSO Almerindo Janela Estado pol ticas educacionais e obsess o avaliativa Contrapontos 2007 vol 7 n 1 p 11 22 Dispon vel em lt http educa fec org br scielo php script sci pdf amp pid S1984 71142 007000100002 amp Ing pt amp nrm iso amp tIng pt gt Acesso em 13 jun 2014 Nem tudo o que conta em educa o mensur vel ou compar vel Cr tica accountability baseada em testes estandardizados e rankings escolares Revista Lus fona de Educa o 2009 13 p 13 29 Dispon vel em lt http www scielo oces mctes pt pdf rle n13 13 a02 gt Acesso em 13 jun 2014 Para uma con
378. nal da FENPROF n 223 Lisboa FENPROF fev de 2008e 2005 2009 Livro negro das pol ticas educativas do XVII Governo Constitucional Junho de 2009 Dispon vel em lt http www sprc pt upload File PDF Accao LivroNegro pdf gt Acesso em 13 mai 2013 Jornal da FENPROPF n 231 Lisboa FENPROF fe 2009b Secretariado Nacional Queixa contra o MEC na UNESCO 2011 Dispon vel em lt http www spre pt index php 354 accao 635 queixa contra o mec na unesco gt Acesso em 13 jun 2014 FENPROF As raz es do protesto e da luta dos docentes 2013a Dispon vel em lt http www fenprof pt aba 27 amp mid 115S amp ca t 226 amp doc 5334 gt Acesso em 13 mai 2013 Greves ao servi o de avalia es 2013b Dispon vel em lt www fenprof pt gt Acesso em 08 mai 2013 15 de junho Manifesta o Nacional de Professores 2013c Dispon vel em lt www fenprof pt gt Acesso em 08 mai 2013 FERNANDES Denise Sal rios e progress es no Estado congelados por mais dois anos 01 09 2011 Di rio Econ mico Dispon vel em lt http www mynetpress com pdf 201 1 setembro 2011090127d237 pdf gt Acesso em 08 jun 2014 FERRAZ Cl udio Sistemas educacionais baseados em desempenho metas de qualidade e a remunera o de professores os casos de Pernambuco e S o Paulo In VELOSO Fernando et al orgs Educa o b sica no Brasil construindo o Brasil do futuro Rio de Janeiro Elsevier 2009 p 239 26
379. nal dos Trabalhadores em Educa o entre outros sobre as condi es de trabalho e as perspectivas profissionais de professores em nosso Pa s apontam uma situa o cr tica Um grande n mero tem dois ou mais empregos para sobreviver n o podendo dedicar se necess ria prepara o das aulas e sua constante atualiza o Mais de cinquenta por cento tem mais de 15 anos de servi o e h poucos ingressantes na carreira pela sua pouca atratividade Al m disso o n mero de concluintes dos cursos de licenciatura n o tem possibilitado o preenchimento das vagas existentes nos quadros docentes dos Estados Distrito Federal e Munic pios o que tornar a situa o ainda mais grave em um futuro bastante pr ximo BRASIL 2003d p 3 Para reverter este quadro dram tico sugeria uma a o sistem tica e efetiva mas principalmente integrada dos tr s n veis de sistemas de ensino cabendo ao MEC coordenar a formula o e a implementa o de tais medidas em busca de uma ampla mobiliza o em favor da qualidade da educa o BRASIL 2003d p 3 O relator deste PL Paulo Renato Souza PSDB ex ministro da Educa o nos dois governos de FHC defendia a necessidade de investimento na forma o e melhoria do perfil dos demais profissionais da educa o n o apenas dos professores SOUZA 2007 p 2 3 Argumentava que ampliar o conjunto dos benefici rios do programa de bolsas favoreceria o decisivo
380. nal noturno 20 de horas atividade contagem de tempo em dias corridos pontos por cursos 2 refer ncias para mestrado e doutorado afastamento com vencimentos para elabora o de tese f rias proporcionais para os ACTs pagamento das aulas excedentes pelo valor do padr o garantia de jornada para o celetista hora atividade e direito a f rias de acordo com o calend rio escolar para o professor readaptado promo o por antiguidade A B C D e E Conselho de Escola deliberativo etc APEOESP 2014 p 4 Embora o fim da avalia o de desempenho tivesse sido tratado em 1985 como uma conquista n o o encontramos no hist rico realizado pela APEOESP como uma reivindica o da categoria docente Precisar amos de mais elementos para compreender os motivos que levaram o governo Montoro a extingui la Em 1986 a APEOESP realizou uma ato p blico com 30 mil professores e mais uma greve de tr s semanas que resultaram na conquista de 6 refer ncias 25 de reajuste e concess o do gatilho salarial a todo o funcionalismo APEOESP 2014 p 4 No ano seguinte no governo de Orestes Qu rcia 1987 1991 do PDMB foram realizadas mais tr s 8 De acordo com o Dicion rio Michaelis online lt http michaelis uol com br moderno portugues index php lingua portugues portugues amp palavra gatilho gt gatilho salarial o aumento de sal rio concedido automaticamente aos trabalhadores sempre que a infla o de um determin
381. ncess o do B nus Merecimento aos integrantes do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE e d provid ncias correlatas 2008c Dispon vel em lt http dobus cadireta imprensaoficial com br default aspx DataPublicacao 20080215 amp Caderno DOE I amp NumeroPagina 1 gt Acesso em 13 jan 2014 Lei Complementar n 1097 de 27 de outubro de 2009 Institui o sistema de promo o para os integrantes do Quadro do Magist rio da Secretaria da Educa o e d outras provid ncias 2009 Dispon vel em lt http www al sp gov br reposit rio legislacao lei 20 complementar 2009 1ei 20complementar 20n 1 097 20de 2027 10 2009 htm gt Acesso em 27 abr 2013 SECRETARIA DE EDUCA O Programa de Qualidade da Escola Sum rio Executivo 2010 Dispon vel em lt http idesp edunet sp gov br gt Acesso em 13 fev 2014 Programa de Qualidade da Escola Nota t cnica 2011 Dispon vel em lt http idesp edunet sp gov br gt Acesso em 13 fev 2014 Programa de Qualidade da Escola Nota t cnica 2012 Dispon vel em lt http idesp edunet sp gov br gt Acesso em 13 fev 2014 388 S O PAULO Programa de Qualidade da Escola Nota t cnica 2013 Dispon vel em lt http idesp edunet sp gov br gt Acesso em 13 fev 2014 SEE SP SECRETARIA DA EDUCA O DO ESTADO DE S O PAULO 44 5 mil profissionais do magist rio estadual ter o aumento salarial de 25 31 03 2010 Dispon ve
382. ncimentos e Sal rios do Magist rio S O PAULO 1997 Entre outros aspectos esse Plano estabelecia os crit rios 9 O Estatuto definia que o merecimento do servidor seria apurado em pontos positivos e negativos As condi es para obter pontos positivos inclu am a efici ncia leia se desempenho do servidor no cargo e o aperfei oamento funcional decorrente do aprimoramento de seus conhecimentos S O PAULO 1968 Os pontos negativos por sua vez resultavam da falta de assiduidade e da indisciplina S O PAULO 1968 p 433 Portanto h 32 anos a assiduidade dos funcion rios p blicos constitu a um crit rio de diferencia o salarial e funcional 6 Os tr s pol ticos ajudaram a fundar o PSDB em 1988 158 e para a evolu o funcional dos professores definida como a passagem para n vel retribuit rio superior da respectiva classe mediante a avalia o de indicadores de crescimento da capacidade potencial de trabalho do profissional do magist rio S O PAULO 1997 p 52 A avalia o de desempenho n o constava como crit rio para a evolu o funcional que se baseava em outros tr s fatores atualiza o aperfei oamento e produ o profissional S O PAULO 1997 Todos indicavam na vis o do governo o crescimento da capacidade da qualidade e da produtividade do trabalho do profissional do magist rio S O PAULO 1997 p 3 A avalia o do m rito veio novamente tona desta vez c
383. ndicador desempenho do servidor Esta pontua o se enquadrava naquela necess ria 3 10 pontos para obter o b nus m nimo que valia R 1 000 00 Portanto Secretaria de Educa o utilizava os dados constantes em seu cadastro funcional e no boletim de frequ ncia S O PAULO 2001a Para apurar a frequ ncia de cada servidor e do conjunto dos professores eram considerados I o per odo relativo aos meses de mar o abril agosto setembro outubro e novembro de 2000 totalizando 183 cento e oitenta e tr s dias letivos e II as faltas abonadas justificadas e injustificadas bem como as licen as e afastamentos de qualquer natureza para o c mputo de aus ncias exceto os afastamentos previstos na Lei Complementar n 890 de 28 de dezembro de 2000 S O PAULO 2001a p 2 l No quadro abaixo adicionamos os valores dos sal rios m nimos no per odo 2000 2014 para o leitor poder compar los com os valores de todos os b nus Quadro 6 Valores do sal rio m nimo em reais 2000 2014 Brasil Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Valor 151 00 180 00 200 00 240 00 260 00 300 00 350 00 380 00 Ano 2008 2009 2010 2011 2011 2012 2013 2014 Valor 415 00 465 00 510 00 540 00 545 00 622 00 678 00 724 00 Fonte Buscajus 2014 Elabora o pr pria 180 alcan ar um b nus pr ximo aos R 4 000 00 valor m ximo em 2000 dependia n o apenas de assiduidade mas de o se
384. ndical transformou os sindicatos em correias de transmiss o dos interesses da burguesia dentro do movimento oper rio e com isso passou a trair cada vez mais os interesses da classe oper ria AGUENA 2008 p 16 Analisando o grande desenvolvimento dos sindicatos entre os ltimos anos do s culo XIX e os primeiros anos do s culo XX Rosa Luxemburgo observou segundo Aguena 2008 p 17 que surgira uma tend ncia dos funcion rios ao burocratismo e estreiteza de vis o Para este autor teriam contribu do para a constitui o desta tend ncia a especializa o da atividade profissional dos dirigentes sindicais e o estreitamento do horizonte proporcionado pelas lutas isoladas t picas de uma etapa pac fica e de prosperidade econ mica AGUENA 2008 p 17 Estas caracter sticas o burocratismo e a estreiteza de vis o explica o autor 2008 p 17 na vis o de Luxemburgo aburguesaram os dirigentes sindicais e fizeram nos defender a bandeira da independ ncia pol tica sobretudo diante do partido social democrata Todavia quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial em 1914 as burocracias sindicais n o mediram esfor os em pender a sua bandeira da independ ncia pol tica para o lado das burguesias nacionais sacrificando os interesses da classe oper ria em prol dos interesses imperialistas AGUENA 2008 p 18 O autor analisa que para Luxemburgo a bandeira da ne
385. ndice chegou a 46 o que representava quase metade 101 mil dos professores 220 mil na poca TAKAHASHI 2010b Para Lyra 1995 p 91 apud VASCONCELOS 2006 p 26 o b nus a princ pio atraente para parte dos professores uma contrapartida que o Estado oferece aos seus quadros para conter poss veis manifesta es devido queda do poder aquisitivo dos sal rios A APEOESP se posiciona contrariamente ao b nus porque o servidor n o pode ficar doente para ter o benef cio NOGUEIRA FONSECA 2009 p 1 Al m disso compreende que quem se prontifica a pagar milh es pode transformar isso em reajuste NOGUEIRA FONSECA 2009 p 1 Segundo a SEE SP em 2013 foram pagos R 590 2 milh es em b nus para 205 869 servidores de 4 183 escolas estaduais que cumpriram ou ultrapassaram no ano passado as metas de desempenho do Idesp G1 2013 p 1 E milh es em b nus foram pagos todos os anos desde que este g nero de pol ticas foi implementado em 2000 no ensino p blico do Estado de SP Portanto a prioridade pol tica do governo psdbista clara A contradi o entre o aumento das taxas de adoecimento e a redu o do absente smo docente oculta uma l gica perversa que enfraquece pol tica e pedagogicamente e individual e coletivamente o professor e a qualidade de seu trabalho desnudando o discurso neoliberal de que a aprendizagem dos alunos melhora sobretudo com professor presente e doente em sa
386. nhamento destes itens com os seus objetivos estrat gicos a comparabilidade dos resultados ao longo do tempo a mensura o objetiva e a publicidade e transpar ncia na apura o S O PAULO 20084 p 2 Os indicadores segundo a SEE SP devem refletir o desempenho da escola no sentido da melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem podendo considerar quando for o caso indicadores de desenvolvimento gerencial e de absente smo S O PAULO 20084 p 2 Todavia o absente smo docente n o mobilizado pelo governo paulista como crit rio eventual mas mais uma vez como um dos crit rios centrais para pagamento de b nus Para aplicar a pol tica de BR a SEE SP elaborou uma s rie de conceitos que integram o c lculo do cumprimento de metas e da respectiva BR como vemos abaixo I indicador a global ndice utilizado para definir e medir o desempenho de toda a Secretaria da Educa o b espec fico ndice utilizado para definir e medir o desempenho de uma ou mais unidades de ensino ou administrativas II meta valor a ser alcan ado em cada um dos indicadores globais ou espec ficos em determinado per odo de tempo HI ndice de cumprimento de metas a rela o percentual estabelecida entre o valor efetivamente alcan ado no processo de avalia o e a meta fixada IV ndice agregado de cumprimento de metas a consolida o dos ndices de que trata o inciso anterior
387. nimo ou seja 120 dias de trabalho eram concedidos 85 R 850 00 do valor do b nus refer ncia R 1 000 00 S O PAULO 2000a p 3 Para distribuir o B nus Gest o aos integrantes das classes de suporte pedag gico Diretores Dirigentes Regionais de Ensino e outros o Poder Executivo estava autorizado a abrir cr ditos suplementares at o limite de R 30 000 000 00 S O PAULO 20004 p 3 O Decreto n 46 168 2001 regulamentou a Lei do B nus Gest o e estabeleceu as tabelas de pontua o de cada indicador da avalia o de desempenho bem como os valores do b nus proporcionais a cada pontua o e cargo fun o do servidor S O PAULO 2001a Deste modo encontramos no Anexo I do referido decreto as tabelas de pontua o referentes aos tr s primeiros indicadores da avalia o de desempenho dos servidores que s o a configura o da escola o desempenho da escola e o desempenho do servidor S O PAULO 200la p 3 Vejamos 178 Quadro 5 Configura o da escola desempenho da escola e desempenho do servidor 2001 SP ANEXO n TABELA II Desempenho da Escola TABELAS DE PONTUA O DO B NUS GEST O ni Quarto aos resultados do SARESF a e regado RESULTADOS OBTIDOS Pap Pal Decreto n 46 165 de 9 de outubro de 2001 TABELA Configura o de Escota ENSINO TUNDAMENTAL ter mies H a Quanto do n mero de alunos QUANTIDADE FONIURDO Dorm ate 502 1 60480 501 a
388. nistra o P blica FENPROF 2008c p 35 O protesto foi direcionado a medidas como a imposi o de uma revis o salarial que desvalorizava de novo os sal rios e a redu o das pens es de aposenta o FENPROF 2008c p 35 Ant nio Baldaia dirigente sindical do SPN referindo se intensifica o da luta docente observou que embora a marcha dos professores agendada para 08 de mar o expressasse uma forte indigna o da categoria docente a verdade que milhares de docentes j tinham expressado em v rias cidades do pa s uma sentida revolta face s diatribes de um ME e de um Governo que persistem em afrontar a sua dignidade profissional e dinamitar o clima escolar BALDAIA 2008 p 2 A partir de novembro de 2007 o protesto da categoria docente se ampliou na medida em que se multiplicaram as pol ticas fonte de descontentamento as quais passaram a englobar a apresenta o de um projecto para novo modelo de direc o e gest o das escolas e a recente publica o do decreto regulamentar da avalia o do desempenho FENPROF 2008c p 35 No que se refere especificamente ao ECD do ME os aspectos mais contestados pela categoria docente que constitu ram agentes funcionarizadores da profiss o docente FENPROF 2008c p 11 foram aqueles que estavam de algum modo vinculados ADD quais sejam O fim da carreira nica a estratifica o e 302 fraccionamento da carreira
389. niza es sindicais e outros grupos da sociedade CORRALES 2000 p 52 Corrales conclui em suma que os entraves pol ticos s reformas educativas n o s o triviais mas tamb m n o s o imposs veis de superar se CORRALES 2000 p 50 Nesse sentido Puryear 2006 p 130 alerta para a import ncia da constru o de consenso com os obst culos pol ticos para expandir com sucesso por exemplo a accountability na Am rica Latina A accountability est vinculada s rela es de poder entre os atores educacionais Por isso tem uma importante dimens o pol tica que complica a implementa o Os obst culos pol ticos para a expans o da accountability na educa o s o significativamente maiores que os obst culos t cnicos Portanto o xito depender n o apenas da identifica o dos melhores modelos sen o da gera o de lideran a pol tica consenso e vontade para implementa los PURYEAR 2006 p 130 Em 1997 o autor alertava para a import ncia dos governos enfrentarem os obst culos pol ticos das reformas e da boa educa o PURYEAR 1997 p 2 10 Nesta altura assinalava como obst culos pol ticos n o somente os sindicatos de professores que entendia serem poderosos bem organizados PURYEAR 1997 p 8 e promotores de uma resist ncia feroz mas tamb m os professores que teriam se tornado o maior 4 Puryear 1997 acrescenta mais um grupo lista
390. no PSDB m nimo 200 dias dos quais 180 consecutivos para classes de suporte pedag gico participa o no Programa de Forma o Continuada da Secretaria de Educa o 407 2008 Prova dos Quadro do Tem a finalidade de selecionar Jos Serra Decreto n ACT Magist rio professores ACT para a atribui o de PSDB 53 037 de aulas Maria 28 05 2008 Foi alterado pelo Decreto n 59 447 de Helena G 19 de agosto de 2013 de Castro PSDB 2008 Bonifica o Servidores em Avalia o cumprimento de metas via Jos Serra At 20 Estimado L C n 1 078 por efetivo desempenho institucional no SARESP PSDB da soma 600 milh es de 17 12 2008 Resultados exerc cio na e frequ ncia dos servidores Maria salarial 2008 BR Secretaria de Helena G obtida no Pago 590 2 Educa o de Castro per odo da milh es unidades PSDB avalia o 2013 escolares e x administrativas frequ ncia e IC agregado Observa o este quadro foi constru do a partir da legisla o analisada no texto da tese 408 ANEXO A Proposta de ADD da FENPROF 409 dias va renas AVALIA O DO DESEMPENHO PROJECTO DA FENPROF ORGANOGRAMA INTERVENIENTES PROCEDIMENTOS INSTRUMENTOS MOMENTOS EFEITOS Grupo Disciplinar Cons Docentes ou Cons Escolar cm ProfessoriEducador 5 AUTO AVALIA O PORTF LIO E AO LONGO DO ANO l apad DE j
391. nos 80 os pa ses interessaram se uma vez mais pelas estreitas mas muitas vezes complexas afinidades entre os efeitos do ensino e a qualidade da vida em sociedade Em v rios pa ses calculou se que a possibilidade de realizar objectivos t o gerais como a mudan a estrutural da economia e a utiliza o das novas tecnologias a melhoria do n vel de vida e uma melhor qualidade dos servi os sociais a multiplica o de empregos e o enriquecimento da cultura dependia em grande parte da qualidade geral do ensino dispensado SKILBECK 1992 p 20 O s factores econ micos parecem determinar em grande parte o contexto do debate e das decis es pol ticas num substancial n mero de pa ses Entre 94 esses factores figuram as mudan as estruturais da economia a necessidade frequentemente assinalada de novas compet ncias t cnicas para obter ou conservar um emprego e os problemas ocasionados pelo endividamento verifica se uma tend ncia praticamente universal em considerar o ensino como um instrumento da pol tica econ mica nacional SKILBECK 1992 p 37 Em outro relat rio intitulado Avalia es de pol ticas nacionais de educa o Estado de Santa Catarina Brasil e publicado em 2010 a OCDE mais uma vez evidencia a rela o subordinada da educa o s necessidades econ micas e sociais capitalistas Consciente do fato de que o sucesso econ mico e social da regi o depende amplamente d
392. nos protecionista e mais eficiente CARDOSO 1990 p 20 Tal moderniza o receberia f lego segundo FHC com a realiza o de uma verdadeira revolu o educacional CARDOSO 1990 p 22 que implicaria o seguinte Uma revolu o que sacuda a apatia do sistema de ensino desde o primeiro grau at a universidade Que democratize o acesso educa o recuperando a escola p blica t o abandonada nos ltimos anos E que acabe com o analfabetismo no prazo mais curto poss vel o que mais do que uma quest o de desenvolvimento uma condi o b sica para que milh es de brasileiros possam exercer plenamente seus direitos de cidad os CARDOSO 1990 p 22 O sentido da mencionada revolu o n o o de superar o sistema capitalista ou a subordina o restrita da educa o s demandas da economia competitiva internacional instaurando por sua vez uma sociedade e uma educa o socialistas A revolu o para o PSDB assume o sentido de altera es graduais oriundas de reformas livremente consentidas pela sociedade CARDOSO 1990 p 5 a partir daquilo que o capitalismo apresenta de supostamente positivo Social democracia significa mudan as com liberdade Se por revolu o se entende mudan a do regime pol tico e social por meio da viol ncia a social democracia n o decididamente um movimento revolucion rio Os social democratas do s culo passado eram em geral revolucion
393. novador dentro de um sistema e de uma sociedade cujos comportamentos s o tradicionalmente conservadores Trata tais a es como uma das prioridades essenciais do sistema MAR AL GRILO 1994 p 428 Al m disso afirma que o resultado final das altera es que se pretende introduzir depende hoje fundamentalmente das condi es de implementa o ou seja dos apoios que for poss vel mobilizar para as escolas e para os professores que s o os principais agentes da mudan a embora dependam igualmente da avalia o e da forma como se procede ao reequacionamento das pol ticas e das medidas em fun o dos resultados dessa avalia o que deve ser conduzida de forma isenta sistem tica e cient fica MAR AL GRILO 1994 p 429 242 Referindo se Reforma do Sistema Educativo que sucede aprova o da LBSE em 1986 no sentido de implant la Mar al Grilo real a o clima produzido em torno da aprova o e aplica o das medidas aprovadas Na realidade quando em 1988 a Comiss o de Reforma lan ou uma discuss o p blica sobre os diversos documentos que foram elaborados no mbito dos trabalhos desenvolvidos sectorialmente foi evidente que os protagonistas da ac o educativa em especial os professores manifestaram uma grande disponibilidade e um grande empenhamento no prosseguimento de um processo que visava alterar significativamente a forma como vinha a desenvolver se a actividade da esco
394. nst ncia politizada permeada de interesses enquanto o segundo em sentido oposto representa o pice da despolitiza o da neutralidade e da racionalidade t cnica No Brasil o processo de democratiza o pol tica ocorrido na d cada de 1980 foi acompanhado segundo Nogueira 2003 pela negativiza o do Estado e a positiviza o da sociedade 124 civil que aparece na vis o de Harvey 2008 como o espa o privilegiado para a realiza o das liberdades individuais logo tamb m dos interesses do mercado uma vez que as corpora es s o concebidas pelos intelectuais burgueses como indiv duos de direito A sociedade civil ent o contraposta ao Estado considerado o momento autorit rio repressivo e burocr tico inviabilizador portanto daquelas liberdades NOGUEIRA 2003 p 189 Desenvolve se segundo o autor uma imagem da sociedade civil como express o de uma esp cie de revanche do econ mico sobre o pol tico o que somado ao avan o do neoliberalismo no Brasil concorre para a fragmenta o e despolitiza o da sociedade civil NOGUEIRA 2003 p 189 Esta setorializa o que se contrap e pr pria abordagem sist mica assumida pelo BM 2005 tem implica es sobre a luta da classe trabalhadora A setorializa o das esferas sociais dificulta perceber que as reformas e pol ticas educacionais possuem v nculos org nicos com as rela es de produ o capitalistas
395. nstituiu um importante crit rio de sele o No Brasil entidades como a Confedera o Nacional dos Trabalhadores em Educa o CNTE e a Associa o Nacional pela Forma o dos Profissionais da Educa o ANFOPE questionaram veementemente as propostas de AD que tramitam no Minist rio da Educa o MEC e no Congresso Nacional e mesmo assim aceitaram participar em n vel consultivo do aperfei oamento da Prova Nacional de Concurso para Ingresso na Carreira Docente e de sua matriz de compet ncias institu das pela Portaria Normativa n 03 2011 BRASIL 2011 Com esta pol tica o MEC pretende n o apenas centralizar o processo de sele o de professores mas tamb m construir padr es docentes para orientar futuras pol ticas de forma o avalia o e desenvolvimento na carreira docente BRASIL 2010a Em maio de 2011 ao pesquisar os sindicatos estaduais de professores no Brasil verifiquei que dos 18 estados brasileiros que adotavam algum tipo de avalia o ou bonifica o docente 50 mais o Distrito Federal enfrentavam a oposi o expl cita das organiza es sindicais docentes pol tica enquanto a outra metade ou manifestava cr ticas s pol ticas reivindicando altera es no sentido de aperfei o las ou aceitou as tal como implementadas O resultado da pesquisa apresentado na Figura 1 Ver cap tulo 4 Temos ci ncia de que esta pesquisa que toma como fonte de an lise os sites dos sindica
396. nstra o de valores atitudes e comportamentos positivos BRASIL 2010b O Ap ndice C apresenta sinteticamente as pol ticas de bonifica o docente que foram implementadas no Estado de SP desde o in cio do s culo XXI 84 ide logos monitorar frequentemente o desempenho do professor vinculando seu sal rio e progress o na carreira a este monitoramento passa a se constituir como pressuposto para melhorar a qualidade da educa o Esta centralidade derramada isoladamente sobre o professor indiv duo recoloca a quest o por que o professor e sua avalia o t m se tornado um eixo das atuais pol ticas educacionais que visam melhoria da qualidade da educa o b sica De acordo com Shiroma e Schneider 2011 p 41 as pol ticas de AD explicita fm a inten o de incutir na Educa o a cultura da avalia o pautada na meritocracia na competi o entre pares na responsabiliza o pelos resultados e na flexibiliza o salarial elementos t picos do setor privado mas cada vez mais presentes na totalidade do setor p blico Esses elementos atendem aos interesses da nova gest o p blica implantada na vaga neoliberal na medida em que concorrem para a quebra da isonomia salarial e da solidariedade de classe entre os trabalhadores No relat rio intitulado Professores s o importantes 28 Atraindo desenvolvendo e retendo professores eficazes a 8 Este relat rio foi publicado originalme
397. nte em 2005 e produzido a partir de uma revis o em n vel internacional com a participa o de 25 pa ses de pol ticas para professores lan ada em 2002 pelo Comit de Educa o da OCDE OCDE 2006 A OCDE pretendia com ele ajudar os pa ses a compartilhar iniciativas inovadoras e bem sucedidas e identificar op es de pol ticas para atrair desenvolver e reter professores eficazes Ibid p 3 Buscava portanto sugerir op es de pol ticas para seus pa ses membro Ibid loc cit Al m de organiza es representativas dos professores teriam participado do projeto a Comiss o Europeia a Eurydice a Organiza o Internacional do Trabalho OIT a UNESCO o BM e outras organiza es Paulo Santiago um dos autores deste relat rio tamb m assina como autor um estudo intitulado Teacher evaluation in Portugal Id 2009 com o qual a OCDE procura fornecer uma vis o externa e independente da avalia o docente em Portugal e por outro lado oferecer nossa avalia o dos pontos fortes do modelo atual e dos aspectos que precisam ser melhorados para que ele seja implementado com sucesso Ibid p 3 tradu o nossa Em ingl s l se This report provides an external independent review of teacher evaluation 85 OCDE destaca que muitos de seus pa ses membro enfrentam s rias dificuldades para recrutar professores qualificados em n mero suficiente para substituir o grande co
398. ntingente de docentes OCDE 2006 p 3 que est em vias de se aposentar Al m disso a organiza o assinala que os pap is dos professores est o mudando e esses profissionais precisam de novas habilidades para atender s necessidades de popula es de estudantes mais diversificadas e para trabalhar de maneira eficaz com novos tipos de equipes nas escolas e em outras organiza es OCDE 2006 p 3 As mudan as no trabalho e no perfil do professor tamb m s o apontadas em outro documento da OCDE que observa que em muitos paises dentre eles o Brasil houve uma evolu o do papel que o professor deve desempenhar Entre as caracter sticas que hoje ele deve demonstrar est o a capacidade de reflex o autonomia e inova o OCDE 2010 p 230 Mais do que apresentar novas habilidades aos professores e escolas s o incutidas novas exig ncias fun es tarefas e responsabilidades que entretanto n o devem ser meramente executadas sen o executadas com efic cia Atualmente a sociedade espera que as escolas A o 30 logo tamb m os professores sejam eficazes ao in Portugal and offers our assessment of the strengths of the current model and ways in which it needs to be improved in order to be successfully implemented Ibid p 3 De 2006 a 2009 aposentaram se em Portugal cerca de tr s mil professores por ano DIRIGENTE 1 Segundo estimativas do Coordenador Geral da FENPROF entre
399. nto das progress es na Administra o P blica o agravamento das condi es para aposentadoria e o regime de ADD s den ncias seguem se as reivindica es da categoria docente 303 Figura 12 Abaixo assinado para exigir a revoga o do ECD do ME Portugal Os Professores e Educadores abaixo assinados exigem a revoga o do actual estatuto da carreira docente ECD do ME imposto contra tudo e todos na sequ ncia de um processo aparentemente negocial dada a quantidade de reuni es realizada mas no qual o Minist rio da Educa o recusou alterar o que de mais negativo apresentou logo na primeira reuni o a fractura da carreira um regime de avalia o do desempenho sem conte do pedag gico a exist ncia de uma prova de ingresso na profiss o uma carreira ainda mais longa Um estatuto para o qual verteram ainda algumas das medidas mais negativas impostas no mbito da Administra o P blica tais como o roubo do tempo de servi o ou o agravamento dos requisitos para a aposenta o Face a esta situa o os docentes exigem a revoga o do ECD do ME e a aprova o de um ECD que dignifi que e valorize a profiss o docente Um verdadeiro Estatuto que Consagre a exist ncia de apenas uma categoria de Professor Garanta a contagem integral de todo o tempo de servi o prestado Estabele a um modelo de avalia o pedagogicamente constru do tendo em conta a especificidade do exerc cio profissional
400. nus Merecimento aos integrantes do Quadro da Secretaria da 196 Com a lei n 1017 2007 o governo Serra pretendia bonificar os integrantes das classes de suporte pedag gico e os docentes que em 1 de dezembro de 2007 contassem com no m nimo 200 duzentos dias de exerc cio S O PAULO 2007b p 1 Isso significa que o total de dias efetivamente cumpridos somado carga hor ria eram os crit rios determinantes do valor do b nus S O PAULO 2007b p 1 Esse valor ainda era influenciado pelos resultados obtidos pelas a es desenvolvidas nas unidades escolares e a participa o no Programa de Forma o Continuada da Secretaria de Estado da Educa o S O PAULO 2007b p 1 Cada um destes tr s crit rios carga hor ria resultados e participa o em forma o possu a uma pontua o e o valor do b nus era proporcional soma da pontua o alcan ada pelo servidor O pagamento do b nus podia ser antecipado de forma parcelada nos meses de agosto setembro outubro e novembro de 2007 ficando condicionado ao cumprimento gradativo das condi es expostas no quadro abaixo Educa o e do Quadro de Apoio Escolar S O PAULO 2007a 2008c O valor do B nus Merecimento cujo valor de referencia era mais uma vez R 500 00 era proporcional frequ ncia jornada de trabalho e aos dias de exerc cio do servidor que tinha de cumprir no m nimo 200 dias S O PAULO 200
401. o AGUENA 2008 p 13 Ent o observa Marx a classe oper ria n o deve exagerar a seus pr prios olhos o resultado final destas lutas di rias N o deve esquecer se de que luta contra os efeitos mas n o contra as causas desses efeitos que logra conter o movimento descendente mas n o faz lo mudar de dire o que aplica paliativos mas n o cura a enfermidade N o deve portanto deixar se absorver exclusivamente por essas inevit veis lutas de guerrilhas provocadas continuamente pelos abusos incessantes do capital ou pelas flutua es do mercado MARX 1978 p 98 99 Al m disso as conquistas oriundas dessas lutas s o provis rias j que o capital logo trataria de impor novas perdas o que exigiria novas lutas Assim as lutas da classe oper ria se ficassem restritas l gica da melhoria do sistema assalariado se encontrariam presas num c rculo vicioso AGUENA 2008 p 14 Aguena 2008 p 21 tamb m destaca que L nin ao analisar as greves p s 1890 na R ssia observou que elas caminharam para o economicismo ou sindicalismo quer dizer produziram uma superestima o da luta econ mica e um desprezo pela constru o de uma organiza o revolucion ria Com isso a pr pria import ncia da luta pelo desenvolvimento da consci ncia socialista foi desprezada AGUENA 2008 p 21 Para L nin 2008 essa consci ncia n o engendrada no seio da luta econ mi
402. o um ato p blico unificado que reuniu na Pra a da S 50 mil trabalhadores da educa o APEOESP 2014 Como resultado o governo prop s a simples incorpora o do Pr mio de Valoriza o aos sal rios APEOESP 2014 p 18 Em 2008 Maria Izabel Azevedo Noronha foi eleita Presidente da APEOESP e os professores do Estado de SP junto com suas organiza es sindicais realizaram uma greve de 22 dias para reivindicar especialmente a revoga o do Decreto n 53 037 de 28 de maio de 2008 S O PAULO 2008 que definiu a realiza o de uma provinha para os professores ACT APEOESP 2014 Em 16 de maio os docentes aprovaram a luta contra a LC n 1 041 2008 que restringiu as faltas m dicas a seis por ano UDEMO 2008 A greve foi aprovada por 30 mil professores numa assembleia realizada no dia 13 de junho de 2008 na Pra a da Rep blica APEOESP 2014 A assembleia realizada no dia 20 de junho contou com a participa o de 60 mil pessoas APEOESP 2014 A greve de 22 dias pressionou o governo a apresentar uma proposta de reajuste de 5 com a incorpora o da Gratifica o de Trabalho Educacional APEOESP 2014 Tamb m for ou a SEE SP a alterar o Decreto n 53 037 2008 APEOESP 2014 As mudan as entretanto n o agradaram os professores O governo Serra ficou conhecido entre os professores e seus sindicatos pela trucul ncia e pela intransig ncia em abrir negocia es o que levou o Minist rio P blic
403. o Neubauer explicou que a grande meta do governo Covas para a rea educacional era a promo o da produtividade dos recursos p blicos que em ltima inst ncia culminaria com o melhoramento da qualidade da educa o SILVA 1999 p 5 Entretanto a pretens o de promover a produtividade com efici ncia efic cia e qualidade no setor p blico n o foi exclusiva do governo Covas nem do PSDB seja em n veis estaduais ou federal Ela justifica grandemente o processo de Reforma Gerencial do Estado que foi desencadeado em larga escola e sob diferentes nuances nos pa ses da Am rica Latina sob a vigil ncia e a press o de OM como o BM e o FMI Associada Reforma do Estado tivemos ainda na d cada de 1990 a propaga o no ensino p blico de conceitos princ pios e mecanismos do programa de Controle da Qualidade Total que tamb m visaram a estimular nesse setor a produtividade com efici ncia efic cia e qualidade XAVIER 1991 RAMOS 1992 BARBOSA 1995 GENTILI 1994 1996 Mirando o objetivo central de corrigir o fluxo escolar j que segundo Neubauer havia uma perda anual de quase 30 de todos os alunos devido repet ncia e evas o o que considerava uma situa o insuport vel do ponto de vista social e economicamente improdutiva SILVA 1999 p 13 a autora entendia ser necess rio reformar o modelo de gest o supostamente em crise adotar um modelo pedag gico capaz de preparar
404. o daquele vivido por Marx e Engels Para L nin 2010 at o fim da Primeira Guerra Mundial o capitalismo parecia agonizante Contudo ele continuou se desenvolvendo e a burguesia que durante todo o s culo XIX combateu o direito de associa o dos trabalhadores e enfrentou abertamente as greves no s culo XX tratou de aprender a conviver com os sindicatos AGUENA 2008 p 15 Primeiro reconheceu os legalmente depois buscou domestic los visando a transform los em instrumentos de domina o de classe AGUENA 2008 Para tentar domesticar os sindicatos a burguesia se apoiou na aristocracia oper ria AGUENA 2008 p 15 que constitu a a base social mais ampla dos sindicatos Essa base possu a mais privil gios obtidos por meio de luta e negocia o sindical melhor qualifica o profissional e maior cultura AGUENA 2008 p 15 e sobre ela os sindicatos se fortaleceram e se transformaram em poderosos aparatos AGUENA 2008 p 16 A tentativa de conciliar o trabalho com o capital no mbito dos sindicatos deu origem burocracia sindical reformista formada por uma camada de dirigentes funcion rios sindicais profissionais educados na conviv ncia relativamente amig vel com os capitalistas AGUENA 2008 p 21 A Segundo Aguena 2008 antes da Primeira Guerra Mundial somente um quarto da classe oper ria se organizava nos sindicatos 65 16 A burocracia si
405. o abuso de faltas pelos docentes foi a amea a de investiga o e afastamento do cargo dos peritos m dicos que concedessem mais licen as que a m dia aceit vel pelo governo SOUZA 2009 p 121 163 deixam de adoecer e de faltar por causa da Lei n 1 041 2008 e do b nus Uma pesquisa de mestrado realizada por Spineli 2009 em uma escola da rede estadual de S o Jos dos Campos por meio da qual analisou a rela o entre o B nus M rito e o absente smo docente mostrou com dados relevantes que o b nus n o contribuiu para a redu o das faltas pelo contr rio o n mero de faltas que era menor 2 812 no per odo anterior ao b nus 1995 1999 aumentou 3 316 no per odo posterior 2001 2005 sua implementa o SPINELI 2009 p 41 42 A m dia de faltas por docente no primeiro per odo foi de 11 82 dias enquanto no segundo chegou a 13 26 dias O autor tamb m verificou que o estado de sa de foi o principal motivo disparado em rela o aos demais de aus ncia e afastamento dos professores cuja maioria mesmo sabendo que o n mero de faltas interferia no valor do b nus continuava faltando sempre que julgava necess rio SPINELI 2009 No cotidiano da escola p blica as organiza es sindicais como a APEOESP e a CNTE diagnosticam por meio de v rios estudos e pesquisas APEOESP 2013 2011b NORONHA 20104 VIEIRA 2003 CODO 1999 um alto ndice de adoecimento docente que pode levar a u
406. o capitalista e pelo trabalhador respectivamente Para Marx ao tentarem reduzir a jornada de trabalho e ou obter um aumento de sal rios os trabalhadores n o fazem mais que cumprir um dever para com eles mesmos e a sua ra a Limitam se a refrear as usurpa es tir nicas do capital O tempo o campo do desenvolvimento humano O homem que n o disp e de nenhum tempo livre cuja vida afora as interrup es puramente f sicas do sono das refei es etc est toda ela absorvida pelo seu trabalho para o capitalista menos que uma besta de carga uma simples m quina fisicamente destro ada e espiritualmente animalizada para produzir riqueza alheia E no entanto toda a hist ria da moderna ind stria demonstra que o capital se n o se lhe p e um freio lutar sempre implacavelmente e sem contempla es para conduzir toda a classe 61 oper ria a este n vel de extrema degrada o MARX 1978 p 92 93 A luta pelo aumento de sal rios segundo Marx 1978 sempre uma rea o dos trabalhadores a modifica es ou a es realizadas anteriormente pelo capital Nesse sentido tanto a resist ncia peri dica daqueles contra a redu o de sal rios como suas tentativas peri dicas para obter um aumento de sal rios s o fen menos insepar veis do sistema do salariado e ditadas pelo pr prio fato de o trabalho se achar equiparado s mercadorias por conseguinte submetido s leis que regu
407. o de a burguesia explor los o protesto concreto mant m em certos limites a avidez da burguesia e estimula a oposi o dos oper rios contra a onipot ncia social e pol tica da classe propriet ria ao mesmo tempo em que leva os trabalhadores a compreender que para destruir o poder da burguesia preciso algo mais que associa es oper rias e greves ENGELS 2010 p 252 253 Assim se os sindicatos e suas a es de luta s o fundamentais para tentar barrar defensivamente os abusos do 54 capital s o insuficientes para destruir o seu poder de abuso A a o concreta da greve revela aos trabalhadores o alcance estreito de seus resultados no sistema de trabalho assalariado e a necessidade de ampliar a luta para al m daquela desenvolvida no cerne dos sindicatos se o objetivo destruir esse sistema ENGELS 2010 De outro modo os limites da luta sindical podem ser verificados no desempenho dos sindicatos em suas a es contra pequenas e grandes causas como analisa Engels 2010 p 251 252 natural que todos esses esfor os dos sindicatos n o possam mudar a lei econ mica segundo a qual o sal rio no mercado de trabalho regulado determinado pela rela o entre a demanda e a oferta As associa es s o impotentes diante de todas as grandes causas que operam sobre essa rela o durante uma crise comercial a pr pria associa o deve reduzir o sal rio que exige ou desagregar se e no
408. o de avalia o intensificava significativamente o trabalho docente o que gerou in meras rea es e cr ticas por parte dos professores e suas organiza es sindicais Al m disso a crise econ mica fez com que o governo portugu s optasse por congelar as progress es na carreira do funcionalismo p blico o que dava na opini o dos professores um sentido de inutilidade ADD Por sua vez o congelamento das progress es se apoiou tamb m na compreens o de que os funcion rios p blicos eram bem remunerados e por isso podiam ser considerados os culpados pelas mazelas do Estado CASTILHO 2009 Para o autor O esp rito prim rio dos menos esclarecidos foi maliciosamente fomentado pelo Governo quando apresentou plebe deprimida pelo desemprego e pelas contas a pagar os respons veis pela pr fal ncia do Estado o funcionalismo p blico e particularmente a sua classe maiorit ria de professores CASTILHO 2009 p 62 Para fazer ferver no imagin rio social o quadro de diaboliza o CASTILHO 2009 do funcionalismo p blico que se instaurou com o apoio da m dia o governo ainda apregoou que os funcion rios p blicos apesar dos altos sal rios eram madra os golpistas privilegiados e improdutivos CASTILHO 2009 p 41 42 Criticando a obsess o pelo d fice demonstrada pelo ex Primeiro Ministro Jos S crates bem como sua obsess o por maldizer o funcionalismo p blico 282
409. o de metas pelas escolas dos gastos com sal rio de professor do capital humano da competitividade produtividade e lucratividade das empresas Todas estas qualidades e ou n veis segundo o PSDB s o mediados pelo protagonismo dos professores Todavia n o se trata de um protagonismo que implica atender as reivindica es hist ricas da categoria docente organizadas pelos seus sindicatos N o se trata de um protagonismo pol tico orientado satisfa o com qualidade social das necessidades culturais da classe trabalhadora O professor protagonista demandado pela burguesia representada politicamente em SP pelo PSDB um indiv duo empreendedor individualista flex vel pragm tico competitivo ass duo esfor ado produtivo ambicioso respons vel que se afasta da categoria e do sindicato por natureza inst ncias coletivas ainda que corporativas porque acredita que seus problemas dentre os quais o baixo sal rio s o apenas individuais e por isso n o passam por uma resolu o coletiva O professor eficaz que o PSDB tentou forjar em SP se sente indignado decepcionado enraivecido injusti ado desgastado estressado revoltado envergonhado desmotivado humilhado desestabilizado e enganado pelas pol ticas educacionais neoliberais que abarcam a bonifica o por resultados e a prova do m rito Desestimulados por uma hist rica deprecia o salarial apoiada pelo PSDB em detrimento da tamb m hist rica
410. o do Trabalho a agendar audi ncia de concilia o sobre a greve APEOESP 2014 p 19 O resultado foi a altera o da Provinha dos ACT aplicada em dezembro de 2008 APEOESP 2014 O Decreto n 53 037 2008 previa que ela fosse eliminat ria mas a luta da categoria assegurou que o processo fosse classificat rio e que o tempo de servi o tivesse o mesmo peso que o desempenho na avalia o APEOESP 2014 p 19 O ano de 2008 representou um ano de luta pela valoriza o e defesa dos professores APEOESP 2014 231 De acordo com a APEOESP 2014 p 19 o ano de 2009 come ou com uma pendenga judicial contra a SEE SP em fun o de irregularidades no processo de aplica o da prova dos ACT APEOESP 2014 p 19 J no m s de janeiro intensificou se a queda de bra os entre o sindicato e o governo APEOESP 2014 p 19 O resultado veio em 06 de fevereiro quando os professores souberam que as notas da prova realizada em dezembro de 2008 n o seriam utilizadas pela SEE SP para fins de atribui o de aulas em 2009 Tentando ocultar in meras irregularidades ocorridas na organiza o realiza o corre o e divulga o dos resultados dessa prova a ex Secret ria de Educa o Maria Helena Guimar es de Castro alegou que a APEOESP entrara na Justi a contra o uso das notas para a atribui o de aulas dos ACT porque 1 500 professores teriam zerado na avalia o APEOESP 2014
411. o e novembro foi de 18 4 A m dia foi de duas faltas por m s Tanto o Decreto n 49 365 2005 S O PAULO 2005c quanto o Decreto n 52 719 2008 S O PAULO 2008b e o Decreto n 52 720 2008 S O PAULO 2008c que regulamentaram e definiram crit rios para a concess o dos b nus de 2004 e 2007 expunham que entrar ap s o in cio do expediente retirar se antes de seu t rmino ou dele ausentar se temporariamente S O PAULO 2000 p 1 resultavam em horas n o cumpridas que seriam registradas no Boletim de Frequ ncia da Educa o e contabilizadas para a apura o do n mero de aus ncias S O PAULO 2005c 2008b 2008c 193 durante os seis meses analisados Isso equivale a 33 440 professores a menos nas salas de aula no Estado Em 2001 o ndice de absente smo foi de 19 passando para 18 9 em 2002 No ano seguinte foi de 10 7 e caiu para 10 3 em 2004 DI RIO DE S PAULO 2005 p 1 Em entrevista Folha de S Paulo 2005 p 8 concedida em 24 de junho de 2005 Chalita afirmou que o Estado n o podia ser paternalista em rela o s mais de 30 mil faltas por dia de professor De acordo com o ex Secret rio voc tem que dar dignidade respeito afeto mas cobrar resultados FOLHA DE S PAULO 2005 p 8 Tamb m mencionou que o sindicato colocava se contr rio ao b nus porque com ele o professor n o podia faltar ent o parece que voc est tirando o direito dele de faltar Mas
412. o e tente disputar seu lugar Os oper rios concorrem entre si tal como os burgueses Essa concorr ncia entre os trabalhadores no entanto o que existe de pior nas atuais condi es de vida do proletariado constitui a arma mais eficiente da burguesia em sua luta contra ele Da os esfor os do proletariado para suprimir tal concorr ncia por meio da associa o e da o furor da burguesia contra essas associa es e seu grande j bilo a cada derrota que consegue impor lhes Essa concorr ncia entre os oper rios tem apenas um limite nenhum deles se disp e a trabalhar por menos que o necess rio para sua subsist ncia se deve morrer de fome n o morrer trabalhando Friedrich Engels 2010 RESUMO O objetivo da pesquisa foi analisar pol ticas de avalia o docente AD adotadas por governos desde os anos 1990 na educa o b sica Procuramos analisar as justificativas de Organismos Multilaterais OM que sustentam suas recomenda es de AD bem como conhecer a sua vis o sobre as organiza es sindicais docentes que eles consideram obst culos pol ticos s reformas educacionais porque emperram iniciativas e interesses do capital no campo educativo Buscamos conhecer propostas e pol ticas de AD no Brasil e em Portugal especificamente o modelo portugu s de Avalia o de Desempenho Docente ADD implementado em 2008 e as pol ticas de bonifica o institu das no Estado de S o Paulo desde 2000 Ident
413. o ensino b sico ii Por disciplina quando se trate dos 2 e 3 ciclos do ensino b sico e do ensino secund rio b A evolu o dos resultados dos seus alunos face evolu o m dia dos resultados i Dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de escolas ou escola n o agrupada ii Dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos dos 2 e 3 ciclos do ensino b sico e do ensino secund rio c Resultados dos seus alunos nas provas de avalia o externa tendo presente a diferen a entre as classifica es internas e externas Al m dos referidos no n mero anterior pode o docente apresentar outros elementos designadamente que permitam comprovar o seu contributo para o progresso dos resultados escolares dos alunos a redu o das taxas de abandono escolar e a aprecia o do respectivo contexto socioeducativo PORTUGAL 2008b p 229 Ainda que esta ficha devesse explicitar o contributo do docente durante o exerc cio das suas fun es para o cumprimento dos objectivos individuais fixados em particular os relativos melhoria dos resultados escolares obtidos pelos seus alunos PORTUGAL 2008b p 229 seus resultados n o 286 eram vinculativos para a classifica o a atribuir PORTUGAL 2008b p 229 Portanto preencher esta detalhada ficha de auto avalia o era um trabalho que visava a princ pio tornar o pro
414. o governo para o ano de 2012 FERNANDES 2011 Al m da redu o salarial o governo manteve proibidas as progress es e promo es salariais at 2013 FERNANDES 2011 De acordo com o SPN 2012 p 1 o governo prolongou para 2014 o per odo de congelamento das progress es e de n o contagem do tempo de servi o Para An bal 2007 p 1 o congelamento das progress es constituiu uma ajuda preciosa ao controlo das despesas da administra o p blica com pessoal Com esta medida afirma o autor o governo estimou uma poupan a de 140 milh es de euros em 2005 e de 400 milh es de euros em cada um dos dois anos seguintes AN BAL 2007 p 1 Por sua vez a FENPROF em 27 de janeiro de 2011 apresentou UNESCO queixa contra o ME pelo facto de terem sido congeladas as progress es na carreira FENPROF 2011 p 1 Segundo a entidade esta e outras medidas como a redu o dos sal rios foram impostas pelo governo sem qualquer acordo com as organiza es sindicais Al m disso a FENPROF 2011 p 1 avalia que tais medidas tiveram impactos grav ssimos na qualidade do ensino e no emprego dos docentes 271 Os cortes or amentais na Educa o em Portugal foram de 800 milh es de euros em 2011 e de 1 500 milh es de euros em 2012 As verbas para a Educa o representam apenas 3 8 do PIB o que coloca Portugal no ltimo lugar do ranking da UE Tais cortes incidiram nos sal rios e carrei
415. o h ditadura porque sua fun o primordial garantir o predom nio da classe dominante e a opress o das classes e 48 camadas subalternas BORON 2006 p 323 Diante disso o autor analisa que a teoria marxista do estado na realidade uma teoria da extin o do estado uma teoria da reabsor o do Estado pela sociedade civil plasmada na f rmula do autogoverno dos produtores BORON 2006 p 312 Quer dizer uma vez institu da uma sociedade sem classes o Estado a pol tica e a luta pol tica estariam fadados extin o porque os fundamentos do conflito pol tico como a propriedade privada as classes sociais o trabalho assalariado desapareceriam Enquanto os economistas pol ticos cl ssicos concebem a economia como um campo espec fico de an lise separado da pol tica Estado Marx evidencia no entendimento de Wood 2003 as continuidades entre as rela es de produ o sociedade civil estrutura e o instrumento de domina o social do capital sociedade pol tica Estado identificando a unidade concreta entre economia e pol tica na sociedade capitalista Acanda 2006 p 172 por sua vez alerta que n o foi prop sito de Marx desenvolver uma teoria sistem tica das rela es entre estrutura e superestrutura Foi Gramsci quem dedicou mais tempo a estudar a superestrutura isto as condi es ideol gicas culturais e pol ticas necess rias preserva o d
416. o n 51 563 de 12 de fevereiro de 2007 Regulamenta e define crit rios para concess o do B nus Merecimento aos integrantes do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE e d provid ncias correlatas 2007c Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 136952 decreto 51563 07 gt Acesso em 13 jan 2014 Decreto n 51 564 de 12 de fevereiro de 2007 Regulamenta e define crit rios para concess o do b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d provid ncias correlatas 2007d Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 136951 decreto 51564 07 gt Acesso em 13 jan 2014 387 S O PAULO Lei Complementar n 1 078 de 17 de dezembro de 2008 Institui Bonifica o por Resultados BR no mbito da Secretaria da Educa o e d provid ncias correlatas 2008a Dispon vel em lt http www al sp gov br repositorio legislacao lei o20complementar 2008 1e1 20complementar 20n 1 078 20de 2017 12 2008 htm gt Acesso em 23 abr 2013 Decreto n 52 719 de 14 de fevereiro de 2008 Regulamenta e define crit rios para concess o do b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d provid ncias correlatas 2008b Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legisla o 136833 decreto 52719 089ref home gt Acesso em 11 dez 2013 DI RIO OFICIAL Decreto n 52 720 de 14 de fevereiro de 2008 Regulamenta e define crit rios para co
417. o para o desenvolvimento bem sucedido do mercado Como vimos no Cap tulo 2 Marx concebe o Estado como um instrumento coercitivo a servi o da burguesia para a explora o da classe trabalhadora enquanto Gramsci numa concep o ampliada concebe o como um campo de disputa onde se dinamizam articuladamente coer o e consenso 104 estimula o empowerment da sociedade civil por meio de participa o descentraliza o transpar ncia presta o de contas e accountability BORGES 2003 transformando estas recomenda es de pol ticas de cunho gerencial em media es para a constru o de consenso em torno das reformas neoliberais Tanto a reforma do Estado quanto o fortalecimento da sociedade civil s o iniciativas pol ticas guiadas pelo BM com o aparente objetivo de apenas aumentar a efici ncia e desempenho econ micos do Estado Na vis o do BM a participa o da sociedade civil um mecanismo que serve para dar legitimidade pol tica s reformas neoliberais embora seja concebida em si por esta institui o como um processo essencialmente restrito e despolitizado BORGES 2003 p 130 Mas a vis o do BM sobre a participa o como um processo despolitizado se altera quando essa participa o alcan a grupos contr rios s reformas de mercado preconizadas por ele De acordo com a institui o nem todas as organiza es da sociedade civil s o adequadamente representativas seja de seus membros
418. o partido revolucion rio do proletariado Para o autor eles representaram um progresso gigantesco da classe oper ria nos primeiros tempos do desenvolvimento do capitalismo uma vez que significavam a passagem da dispers o e da impot ncia dos oper rios aos rudimentos da uni o de classe L NIN 1979b p 286 Nesse sentido procura convencer os revolucion rios de que preciso atuar at mesmo dentro dos sindicatos reacion rios pois neles que est a quase totalidade dos oper rios sobretudo suas camadas mais atrasadas Sair desses sindicatos e inventar uma uni o oper ria novinha em folha pura isenta de todo preconceito democr tico burgu s de todo pecado corporativo e de estreiteza profissional L NIN 1979b p 289 significaria abandonar as massas influ ncia dos l deres reacion rios dos agentes da burguesia dos oper rios aristocratas ou oper rios aburguesados L NIN 1979b p 288 O autor lembra que Inglaterra Fran a e Alemanha em 1920 possu am milh es de oper rios filiados aos sindicatos que desse modo passavam pela primeira vez da completa falta de organiza o forma mais elementar e inferior mais simples e acess vel de organiza o os sindicatos L NIN 1979b p 289 Portanto no plano imediato a luta econ mica promovida pelos sindicatos busca fornecer classe trabalhadora a possibilidade de se apropriar das condi es materiais de exist
419. o per odo da avalia o que nunca pode ser superior a um ano a necessidade de avalia es de acompanhamento em per odos inferiores para fins de ajuste ou corre o da trajet ria institucional e as regras para a interposi o de recursos sobre os resultados obtidos por cada unidade de ensino ou administrativa no processo de avalia o S O PAULO 20084 p 2 3 Para calcular o valor anual e individual da BR a SEE SP considera at 20 do somat rio da retribui o mensal do servidor relativo ao per odo de avalia o S O PAULO 2008a p 3 Este valor multiplicado pelo ndice agregado de cumprimento de metas espec ficas obtido pela unidade de ensino ou administrativa e pelo ndice de dias de efetivo exerc cio S O PAULO 2008a p 3 Para receber a BR o servidor deve participar de pelo menos 2 3 do per odo de avalia o S O PAULO 20084 p 3 Portanto o absente smo n o um crit rio complementar e eventual no c lculo do valor da BR de cada servidor 207 A Lei Complementar n 1078 2008 estabelece que aos servidores que cumprem metas espec ficas superiores quelas que foram definidas pela SEE SP para suas escolas ou unidades administrativas pode ser pago um adicional de at 20 do valor da BR S O PAULO 2008a p 3 Ent o a escola que cumpre 100 de sua meta obt m a priori um b nus de 100 Aquela que cumpre 110 de sua meta recebe uma prov vel BR
420. o politicamente como priorit rias Assim por exemplo foi para tornar o pa s mais competitivo que o governo anunciou o desenvolvimento de um amplo conjunto de pol ticas sociais que portanto significaram mais do que pol ticas de coes o social PORTUGAL 2005a p 6 Sendo um dos pa ses europeus mais atingidos pela crise econ mica originada em 2008 Portugal apresenta ndices crescentes de desemprego e pobreza OIT 2013 Um dos caminhos apontados pelo governo para sair da crise foi realizar uma aposta muito forte no conhecimento na qualifica o dos portugueses na tecnologia e na inova o PORTUGAL 2005a p 6 j que o pa s apresentava segundo o pr prio governo n veis de ensino e qualifica o insuficientes Apostava tamb m na moderniza o e desenvolvimento com coes o social na recupera o da confian a para lan ar uma din mica de crescimento progressivo da economia e na consolida o das contas p blicas que n o dispensa va jm o rigor or amental e a conten o na despesa p blica PORTUGAL 2005a p 6 Ent o a agenda pol tica do XVII Governo Constitucional se desenvolveu em torno de cinco eixos entre os quais constava retomar o crescimento da economia de forma sustentada e visando a moderniza o do Pa s fazendo do conhecimento da inova o da qualifica o dos portugueses e da melhoria dos servi os do Estado os caminhos do progresso PORTUGAL
421. oal quando a Lei de Responsabilidade Fiscal obrigava o Estado a gastar 60 ATHIAS OLIVEIRA 2000 Quer dizer o governo ainda quis fazer a opini o p blica crer que ele estava sobrevalorizando a categoria docente O XVII Congresso Estadual da APEOESP realizado em novembro de 2000 teve como tema Mobiliza o Solid ria por um movimento social em defesa da escola p blica do emprego e do sal rio APEOESP 2014 p 10 As organiza es sindicais ainda hoje deixam claro que rejeitam o b nus e outras gratifica es n o incorporadas ao sal rio mas ao mesmo tempo reivindicam a extens o daqueles que foram institu dos aos aposentados que n o s o contemplados por tais pol ticas bem como sua incorpora o aos sal rios de todos os profissionais do magist rio da ativa e aposentados APEOESP 2014 p 11 Apesar da institui o dos b nus no final de 2000 em 2001 a APEOESP continuou a ter o sal rio como uma de suas bandeiras assim como a defesa da escola p blica dos servi os p blicos e do emprego APEOESP 2014 p 10 Al m disso mais uma vez manifestava desacordo com as pol ticas 82 P gie Como veremos posteriormente tanto a lei do B nus M rito quanto a lei do B nus Gest o n o consideraram o periodo da greve maio junho para o c mputo das faltas 170 educacionais psdbistas naquele momento encabe adas por Alckmin tais como aprova o autom tica classifica
422. oduzidas o conte do das distintas avalia es o uso dos resultados os instrumentos de avalia o a escolha dos avaliadores entre outros Outro aspecto criticado sobretudo pela FENPROF o peso que tem sido dado pelo governo portugu s avalia o docente como panaceia da m qualidade da educa o Este peso encontrado por exemplo em documentos do BM DELLANOY SEDLACEK 2001 da OCDE 2006 e do PREAL os quais apresentam um esquema linear simplificado de produ o de qualidade em educa o que toma os termos qualidade e desempenho do professor como centrais De acordo com Freitas 2012a 2013a 2013b a educa o um complexo processo social influenciado por in meras outras vari veis muitas das quais exteriores ao mbito escolar O professor um trabalhador que forma outros trabalhadores SHIROMA SCHNEIDER 2011 Seu trabalho mediado por diversos fatores inclusive por outras pol ticas como sal rio forma o plano de carreira condi es de trabalho financiamento da educa o curr culo e gest o escolar Nas recomenda es de avalia o docente dos intelectuais burgueses estas media es s o mistificadas Como produtores e difusores de valores e ideias que representam os interesses da burguesia eles procuram influenciar o Estado para que ele re adapte seus sistemas de ensino e re jadeque seus professores de modo a garantir a forma o da for a de trabalho necess ria 331 para elevar a
423. ofessores sic recompensa mais flex veis Melhorar as condi es de ingresso de novos professores Repensar as vantagens entre rela o estudantes professor e o sal rio m dio do professor Desenvolver o conhecimento e as habilidades dos professores Desenvolver os perfis dos professores Considerar o desenvolvimento do professor como um processo cont nuo Tornar a educa o do professor mais flex vel e mais responsiva Aprovar programas para educa o de professores Melhorar a sele o para ingresso em programas de educa o de professores Melhorar experi ncias pr ticas Conceder certifica o a novos professores Fortalecer programas de inicia o continua Este conceito apresentado repetidamente pela OCDE no relat rio Professores s o importantes atraindo professores eficazes OCDE 2006 desenvolvendo e retendo 97 Integrar o desenvolvimento profissional ao longo da carreira Reter nas Avaliar e recompensar o Agir com rela o a escolas os ensino eficaz professores ineficazes professores Oferecer maiores Prover maior apoio a eficazes oportunidades para professores iniciantes variedade e diversifica o Prover hor rio e de carreiras condi es de trabalho Melhorar a lideran a e o mais flex veis ambiente escolar Melhorar as condi es de trabalho Desenvolver e Envolver os professores no implementar desenvolvimento e na pol tic
424. oiire REFER NCIAS legisla o brasileira essseseessesossooesessoesoossessesss REFER NCIAS legisla o paulista eeseoesoesseoresssessesseseessoeseceeee REFER NCIAS legisla o portuguesa ceereenmereeeeeerseennee AP NDICE A Organiza es sindicais docentes em Portugal AP NDICE B roteiro das entrevistas realizadas com os dirigentes sindicais csrsrserreneernerseeseesmeeseesmesssesces sas sse sess sssi AP NDICE C Quadro s ntese das pol ticas de bonifica o no Estado de SP ssoscessos esse eseeseos ANEXO A Proposta de ADD da FENPROF 222 239 245 245 27 1 INTRODU O O objetivo deste trabalho foi analisar propostas e pol ticas de avalia o docente AD e as rea es e os posicionamentos de organiza es sindicais docentes a elas As propostas e pol ticas de AD que t m mobilizado a resist ncia e a oposi o de muitas organiza es sindicais docentes no s culo XXI englobam um conjunto de mecanismos que tomam como objeto de avalia o o desempenho o m rito os conhecimentos as habilidades e ou as compet ncias do professor bem como sua assiduidade o resultado dos alunos em avalia es as taxas de aprova o e fluxo escolar entre outros aspectos Com estas pol ticas Organismos Multilaterais OM reformadores e governos anunciam que pretendem melhorar a qualidade da educa o Como Mediante a aplic
425. ol ticas que visam remunera o vari vel dos trabalhadores de acordo com seu desempenho Obtendo o apoio sindical o governo e a SEE SP esperam enfraquecer a confian a da categoria docente em suas organiza es de classe e o pr prio poder de representa o das mesmas Considerando a dificuldade das escolas de alcan ar maiores indicadores e tamb m de mant los em patamares superiores o governo paulista por meio da Lei Complementar LC n 1 078 2008 acenou com a possibilidade de destinar recursos or ament rios adicionais s unidades que apresentarem maior ndice de cumprimento de metas como est mulo cont nua melhoria do desempenho institucional S O PAULO 2008a p 3 4 Tal possibilidade entretanto imediatamente seguida na lei por um alerta no que se refere manipula o de dados e informa es com o prop sito de alterar o resultado das avalia es S O PAULO 2008a p 4 Esta manipula o segundo a lei caracteriza procedimento irregular de natureza grave a ser apurado mediante procedimento disciplinar S O PAULO 2008a p 4 A BR foi implementada na rede p blica de educa o b sica do Estado de SP a partir de 2009 quando a SEE SP e o governo estadual passaram a publicar anualmente uma s rie de resolu es visando a definir os indicadores metas e normas necess rias execu o da pol tica Alguns destes normativos encontrados facilmente na internet s o c
426. ol ticas e reformas educacionais que carregam as marcas da luta de classes em torno do sentido da educa o b sica p blica Esta e mais especificamente as pol ticas de AD processam se articuladamente totalidade hist rico social CURY 1987 Por isso elas possuem na sociedade capitalista uma especificidade que s intelig vel no contexto das rela es resultantes dos conflitos das duas classes fundamentais CURY 1987 p 13 Compreender as pol ticas de AD portanto pressup e analis las luz das rela es e interesses de classe que atravessam sua produ o e implementa o bem como analisar o seu sentido no conjunto das pol ticas p blicas e da totalidade hist rico social A educa o b sica p blica uma pr tica social permeada pelos conflitos e interesses de classes Ela exerce uma fun o social importante na produ o e difus o das concep es de mundo de capital e trabalho ou seja do consenso necess rio reprodu o ou transforma o das rela es de produ o capitalistas Para o capital disputar pol ticas e reformas educacionais bem como as finalidades da educa o b sica 44 p blica crucial para tentar garantir a reprodu o da sua concep o de mundo e nesse sentido mascarar as contradi es inerentes ao modo de produ o capitalista A dire o das organiza es sindicais docentes e os posicionamentos e a es destas s o disputados por diferentes lideran as que
427. omia deixando de lado outras exig ncias frequentemente inalcan veis ou demag gicas que tornam o di logo com o governo ainda mais dif cil e impratic vel D AZ 2004 p 68 Sobressai aqui o entendimento de que economia e pol tica s o fen menos separados e de que os conhecimentos econ micos fornecem a base para a produ o de reivindica es sensatas supostamente ajustadas realidade da economia capitalista e do Estado Se o sindicato n o deve ser um espa o pol tico aquela separa o sugere em contrapartida que ele pode ser um espa o de luta econ mica desde que as reivindica es sejam realistas e flex veis Contudo a exclus o da dimens o pol tica da luta sindical contribui para ampliar o economicismo da luta Se a luta meramente econ mica por reajustes salariais por exemplo ela pode ocorrer e se resolver no mbito local descolada da perspectiva de classe A luta sindical assim delimitada se fragmenta numa soma de lutas econ micas e particulares o que n o contribui para estabelecer a partir do campo educacional as bases de uma educa o e de uma sociedade para al m do capital M SZ ROS 2002 2008 Por isso reiterar que o sindicato n o deve ser um espa o pol tico tem uma finalidade pol tico ideol gica que concorre para a reprodu o da hegemonia capitalista As recomenda es de renova o dos l deres sindicais e de moderniza o leia se despolitiza o de suas posturas
428. omo mecanismo de promo o na carreira para professores supervisores e diretores com a aprova o pelo Governador Jos Serra PSDB e o novamente Secret rio de Educa o Paulo Renato Souza do Projeto de Lei Complementar PLC n 29 de agosto de 2009 APASE 2009 e sua convers o em 27 de outubro na Lei Complementar n 1 097 2009 S O PAULO 2009 Com esta altera o a promo o de uma faixa a outra na carreira passa a se dar mediante aprova o em processo de avalia o te rica pr tica ou te rica e pr tica de conhecimentos espec ficos S O PAULO 2009 p 1 Para participar da prova do m rito o servidor deve atender algumas condi es que incluem tomando como base o interst cio exigido para a mudan a de faixa 80 de assiduidade e 80 do tempo de perman ncia na escola S O PAULO 2009 Para o servidor que n o usufrui sequer das faltas abonadas a Lei estipula uma pontua o especial S O PAULO 2009 Com a Lei Complementar n 1 097 2009 o governo Serra anunciou que pretendia instituir um Programa de Valoriza o pelo M rito por meio do qual concederia a cada ano 25 de aumento salarial para 20 dos servidores AG NCIA FAPESP 2009 p 1 Para o Governador tratava se de dar um incentivo individual aos servidores para al m do incentivo coletivo 69 x E E A produ o profissional referia se s produ es individuais e coletivas realizadas pelo p
429. on micos dos pa ses centrais DE MARI 2006 p 106 De acordo com Gramsci 1982 p 11 os intelectuais s o os comiss rios do grupo 102 dominante para o exerc cio das fun es subalternas da hegemonia social e do governo pol tico isto 1 do consenso espont neo dado pelas grandes massas da popula o orienta o impressa pelo grupo fundamental dominante vida social consenso que nasce historicamente do prest gio e portanto da confian a que o grupo dominante obt m por causa de sua posi o e de sua fun o no mundo da produ o 2 do aparato de coer o estatal que assegura legalmente a disciplina dos grupos que n o consentem nem ativa nem passivamente mas que constitu do para toda a sociedade na previs o dos momentos de crise no comando e na dire o nos quais fracassa o consenso espont neo GRAMSCI 1982 p 11 Os intelectuais trabalham para garantir a produ o reprodu o e expans o da hegemonia burguesa em n vel global via produ o e difus o de ideias e a es em torno de conceitos chave como globaliza o DE MARI 2006 crescimento econ mico coes o social governan a e qualidade da educa o Com base em Gramsci compreendemos que as OM estabelecem correla o de for as nas fun es de socializa o e media o dos interesses de classes como for as ideol gico pol ticas funcionando como intelectuais coletivos intern
430. onais Documento do PREAL n 14 2000 Dispon vel em lt http Awww oei es reformaseducativas aspectos politicos implementacion reformas educativas corrales portugues pdf gt Acesso em 3 jun 2013 COUTINHO Carlos N Marxismo e pol tica A dualidade de poderes e outros ensaios 3 ed S o Paulo Cortez 2008 CRUZ H lvia L Condi es de constru o hist rica do sindicalismo docente de educa o b sica 2008 301 f Tese Doutorado Universidade de Bras lia Instituto de Ci ncias Sociais Bras lia 2008 Dispon vel em lt http repositorio unb br bitstream 10482 1218 WTESE 2008 HelviaLeiteCruz pdf gt Acesso em 13 fev 2014 CURY Carlos R L Educa o e contradi o elementos metodol gicos para uma teoria cr tica do fen meno educativo S o Paulo Cortez Autores Associados 1987 CUT NACIONAL A o da APEOESP beneficiar 37 mil aposentados 04 06 2007 Dispon vel em lt http Awww cut org br destaque central 33590 acao da apeoesp beneficiara 37 mil aposentados gt Acesso em 13 fev 2014 DAL ROSSO Sadi Fragmenta o sindical Educar em Revista Curitiba Brasil n 48 p 39 52 abr jun 2013 Dispon vel em lt http ojs c3sl ufpr br 0s2 index php educar article view 32520 gt Acesso em 13 jun 2014 DAL ROSSO Sadi CRUZ H lvia L R SES Erlando da S Condi es de emerg ncia do sindicalismo docente Pro Posi es Campinas v 22 n 2 ago 2011 p 111 131 Dispon vel em lt
431. opini o p blica Santana Castilho um dos nomes cogitados para a pasta do ME em 2011 analisou esta rela o tensa entre ME e professores concluindo que era preciso conciliar seus interesses atrav s de um pacto ou concerta o social CASTILHO 2009 O autor citou o ex Presidente da Rep blica de Portugal Jorge Sampaio PS 1996 2006 para evidenciar a import ncia da valoriza o da dignidade profissional e o reconhecimento da compet ncia e do esp rito de servi o dos funcion rios p blicos para o sucesso das reformas CASTILHO 2009 p 62 17 As responsabilidades ilimitadas lan adas escola no capitalismo contempor neo levaram as autoras brasileiras Evangelista e Triches 2012 p 185 a constatarem que o professor est sendo convertido pelas reformas educacionais num superprofessor ou seja num profissional multifuncional polivalente flex vel protagonista e tolerante 253 6 2 2 O Estudo sobre a reorganiza o da carreira docente do Minist rio da Educa o Aproximadamente quatro meses ap s a FENPROF desenvolver uma grande luta nomeadamente uma greve coincidente com os exames nacionais por causa da altera o s regras da aposentadoria DIRIGENTE 3 a Ministra da Educa o Lurdes Rodrigues encomendou em 27 de setembro de 2005 um estudo ao soci logo Jo o Freire Instituto Superior de Ci ncias do Trabalho e da Empresa Instituto Universit rio de Lisboa ISCTE I
432. or Regulador BARROSO 2005 AFONSO 2007 cujos mecanismos privilegiam principalmente o desempenho no trabalho Assim mecanismos de avalia o da qualidade e da produtividade oriundos do setor produtivo privado ganham f lego no mbito do Estado como supostos promotores de qualidade efici ncia e efic cia nos servi os p blicos ado o da gest o por resultados na administra o p blica subjaz uma pol tica de remunera o que recompensa cada trabalhador ou equipe de trabalhadores de acordo com seu desempenho ou rol de compet ncias o que pode levar extin o da isonomia salarial comumente assegurada pelo n vel de forma o e experi ncia dos trabalhadores Nesta perspectiva alguns governos afastam se da pol tica de aumento salarial para o conjunto dos trabalhadores aderindo s propostas de remunera o por desempenho individual seguindo a l gica neoliberal de racionaliza o dos gastos p blicos GENTILI et al 2004 Isto tem repercuss es sobre as pr prias organiza es sindicais do setor p blico que se at o per odo que antecede o in cio dos processos de reestrutura o produtiva e neoliberaliza o do Estado HARVEY 2008 haviam conquistado importantes espa os de negocia o para a luta pela amplia o coletiva dos sal rios hoje se deparam com o desafio de enfrentar a dissemina o de mecanismos de avalia o e remunera o com os quais o capital pretende estimular a pr pria flexibiliza
433. or ao dos professores na mesma pontua o Observemos os dados do quadro seguinte 201 Quadro 13 Aumentos em reais e percentuais de um n vel de pontua o a outro Docentes 2008 SP Pontos B nus Aumento R Aumento 1 1 200 00 350 00 2 1 550 00 2 aumentos 29 17 3 1 900 00 22 58 3 1 900 00 300 00 4 2 200 00 4 aumentos 15 79 5 2 500 00 13 64 6 2 800 00 12 00 7 3 100 00 10 71 7 3 100 00 200 00 8 3 300 00 8 aumentos 6 45 9 3 500 00 6 06 10 3 700 00 5 71 11 3 900 00 5 41 12 4 100 00 5 13 13 4 300 00 4 88 14 4 500 00 4 65 15 4 700 00 4 44 15 4 700 00 150 00 16 4 850 00 6 aumentos 3 19 17 5 000 00 3 09 18 5 150 00 3 00 19 5 300 00 2 91 20 5 450 00 2 83 21 5 600 00 2 75 21 5 600 00 100 00 22 5 700 00 9 aumentos 1 79 23 5 800 00 1 75 24 5 900 00 1 72 25 6 000 00 1 69 26 6 100 00 1 67 27 6 200 00 1 64 28 6 300 00 1 61 29 6 400 00 1 59 30 6 500 00 1 56 Fonte S o Paulo 2008b Elabora o pr pria Por meio deste quadro poss vel verificar que medida que o valor do b nus aumentava o percentual do aumento diminu a consideravelmente variando de R 350 00 nas 202 pontua es m nimas para R 100 00 nas m ximas ou seja houve nos aumentos sobre o b nus uma perda de 285 71 R 250 00 Os maiores aumentos R 350 00 e R 300 00 quantitativamente reduzidos ocorridos 2 e 4 vezes respectivamente a
434. ores efetivos podiam concorrer a este pr mio a cada quatro anos se fossem muito bem avaliados Contudo o percentual de professores Muito bons e Excelentes que cada escola podia ter era muito limitado o que dificultava a obten o do pr mio Para diferenciar os desempenhos docentes na avalia o o ME utilizou cinco men es classificativas que representavam a classifica o m dia das pontua es obtidas em cada uma das fichas de avalia o PORTUGAL 2007a p 536 O Quadro 19 apresenta as men es e seus respectivos valores 273 Quadro 19 Men es classificativas da ADD em 2008 Portugal Excelente de9a 10 Muito bom de8a 8 9 Bom de 6 5 a 7 9 Regular de5a 6 4 Insuficiente de 1 a 4 9 Fonte Portugal 2007a Elabora o pr pria O n mero de men es foi criticado pelas organiza es sindicais porque as progress es e a contagem do tempo de servi o estavam congeladas e a ADD portanto independentemente dos resultados n o gerava os efeitos anunciados Embora o Minist rio tenha definido cinco men es qualificativas a atribui o das men es de Muito bom e de Excelente n o foi concedida aos professores de acordo com a qualidade efetiva de seu trabalho O ME fixou percentuais m ximos para a atribui o dessas men es em cada escola DIRIGENTE 1 Vejamos a explica o do Dirigente 1 outra das coisas contra a qual n s estamos a dispers o das men es por cinco
435. orrigir os desastres decorrentes da falta e da m qualidade da educa o Para tanto se imp e uma condi o preliminar um grande pacto nacional entre partidos lideran as Estados Distrito Federal Munic pios e Uni o todos voltados para o objetivo de chegarmos a 2022 o segundo centen rio da Independ ncia sem a vergonha de contar com brasileiros analfabetos BRASIL 2003 p 6 A valoriza o do professor da educa o b sica prioridade As a es empreendidas pelo Minist rio da Educa o dever o conduzir eleva o progressiva da remunera o do trabalho docente por meio da fixa o de um piso salarial garantia de uma forma o inicial e continuada de qualidade constru o de diretrizes nacionais de carreira concess o de benef cios sociais que favore am o acesso do professor a bens culturais necess rios ao exerc cio profissional Por fim a valoriza o maior haver de se expressar na aprendizagem do aluno como forma de garantir a inclus o social e o exerc cio da democracia cidad BRASIL 2003b p 6 7 o que neste encontro nacional se discutir e aprovar s o os saberes e as compet ncias que distinguem o professor que fazem dele um profissional de inigual vel import ncia para a sociedade brasileira BRASIL 2003b p 7 Em junho de 2003 lan amos o programa Toda Crian a Aprendendo com a convic o de que o futuro do Brasil depende de uma revolu o na educa o que
436. os alunos para a participa o ativa e produtiva na 5 No Brasil o intelectual burgu s de refer ncia no tema Bresser Pereira cuja obra pode ser amplamente acessada em http www bresserpereira org br 172 sociedade atual assim como construir uma cultura avaliativa com a defini o de sistemas de avalia o e o monitoramento dos resultados educativos e do gasto p blico SILVA 1999 p 5 Tais mudan as na vis o da ex Secret ria eram capazes de assegurar transpar ncia presta o de contas e o compromisso dos usu rios com a fiscaliza o do servi o educacional SILVA 1999 Por ltimo afirmava ser importante valorizar o magist rio aperfei oando seu Plano de Carreira e entregando sal rios mais conformes import ncia social de sua fun o SILVA 1999 p 5 Um ano depois de apresentar esse trabalho no Chile Neubauer decretou o fim da repet ncia em SP instituindo a aprova o autom tica ATHIAS OLIVEIRA 2000 Para a ex Secret ria n o era justo punir o aluno se a escola n o conseguiu ensinar direito ATHIAS OLIVEIRA 2000 p 1 Contudo n o parece injusto para a autora responsabilizar e punir os professores pelo fracasso escolar condicionando o recebimento de um b nus redu o das taxas de evas o e repet ncia Patto 1988 analisou in meras pesquisas realizadas no Brasil ao longo do s culo XX que tentaram explicar as causas do fracasso esco
437. os outros sindicatos Estabelecemos esses contatos com as 316 outras organiza es sindicais Houve disponibilidade para nos encontrarmos e fazermos alguma an lise conjunta da situa o e das possibilidades de luta conjunta de tomada de posi o conjunta sobre o que estava a acontecer E surgiu portanto de uma maneira inorg nica embora juntando uma s rie de organiza es mas sem uma organiza o formal sem estatuto sem nada uma organiza o que se designou por Plataforma da Educa o ou Plataforma dos Sindicatos de Professores que reuniu numa fase em que esteve mais cheia 14 organiza es sindicais apesar das diverg ncias das diferen as entre n s perante o que estava em cima da mesa conseguimos encontrar fatores de uni o Havia portanto aspectos em que foi relativamente f cil o consenso e levamos a cabo v rias a es conjuntas promovidas pela Plataforma de Sindicatos Propusemos e entregamos posi es conjuntas tamb m sobre outros diplomas legais Portanto ainda teve algum tempo de vida Depois ao longo dos tempos houve algumas mudan as no plano sindical Houve organiza es que desapareceram outras que foram recentemente criadas Na fase final da Plataforma Sindical final de 2009 2010 ela reunia 11 organiza es dentre as quais as duas principais federa es a FENPROF e a Federa o Nacional da Educa o FNE Enquanto foi poss vel essa atua o conjun
438. os precisava ser refor ada A luta da APEOESP 2014 p 10 em defesa da escola p blica dos servi os p blicos do emprego e do sal rio continuou em 2001 procurando assentar na perspectiva estrat gica de constru o da mobiliza o solid ria da categoria dos demais trabalhadores e da sociedade em geral em defesa da Educa o Articulada com as outras organiza es sindicais de professores a APEOESP mobilizou se ao longo de todo o ano para tentar obter do governo um processo de negocia o em dire o a uma pol tica salarial nica para todo o magist rio da ativa e aposentados APEOESP 2014 p 11 Ainda em 2001 visando a manifestar seu desacordo com as pol ticas educacionais neoliberais a entidade realizou sucessivas atividades que inclu ram marchas regionais e uma grande manifesta o estadual na Avenida Paulista no dia 18 de maio APEOESP 2014 p 11 A resposta do governo veio com a institui o de mais uma gratifica o desta vez extensiva aos aposentados como resultado de nossa press o e com o an ncio de mais uma edi o dos b nus m rito e gest o APEOESP 2014 p 11 Em 2001 a APEOESP j se posicionara claramente contra esta pol tica de abonos b nus e gratifica es APEOESP 2014 p 11 A Figura 5 mostra que a perman ncia 228 do b nus ao longo de distintas gest es do PSDB n o alterou o posicionamento da APEOESP em rela o a esta pol tica
439. ositividade dos obst culos Palavras chave Trabalho e Educa o Professores Pol ticas de Avalia o Docente Pol ticas de Bonifica o Organiza es Sindicais Docentes Lutas docentes ABSTRACT The purpose of this research was to analyze teacher evaluation policies AD adopted by governments since the 1990s in basic education We tried to analyze the reasons for Multilateral Agencies OM to support its recommendations for AD as well as to know their vision on the teachers unions which they consider political obstacles to educational reforms because they hamper initiatives and capital interests in the educational field We seek to know the proposals and policies of AD in Brazil and Portugal specifically the Portuguese model of Teacher Performance Assessment ADD implemented in 2008 and the subsidy policies instituted in the State of S o Paulo since 2000 We identified the strategies used by S o Paulo and Portuguese governments to establish policies for AD We also researched the positions and reactions of the Federa o Nacional dos Professores FENPROF and the Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo APEOESP to the AD policies and the repercussions of their struggle over those policies For this purpose we performed bibliographic documentary and field research We analyzed OM documents from Brazilian S o Paulo and Portuguese governments and from FENPROF and APEOESP The research took th
440. ossibilidade de dispensa isto h docentes que de acordo com a legisla o em vigor se ter o dispensado desta prova Todos que j est o na carreira Mas mesmo alguns professores que ainda estejam a contrato e digo logo ser o muitos em fun o do que ficou legislado tamb m ser o dispensados tamb m n o ter o que se submeter a esta prova Agora professores que s t m entrada prevista a partir do ano escolar 2010 2011 ter o todos que se submeter quando ela estiver em aplica o Esta prova s lhe d de diferente o acesso aos concursos DIRIGENTE 1 Portanto com a prova de avalia o de conhecimentos e de compet ncias o ME n o pretendia avaliar os professores que j estavam em atividade ou seja contratados tempor rios e efetivos de carreira mas t o somente queles que visavam ingressar na profiss o docente No Brasil o MEC com o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente cujos normativos v m sendo reformulados desde 2009 afirma pretender atrair e selecionar bem os futuros professores da Educa o B sica SHIROMA SCHNEIDER 2011 p 36 o que n o impedir professores em atividade de prestarem no Outra situa o modificada pelo DL n 15 2007 foi o regime jur dico da forma o cont nua de professores PORTUGAL 2007a p 502 Segundo o ME o objetivo era garantir que a forma o n o prejudicasse as atividades letivas e contribu sse de fato par
441. ovamente uma convoca o pol tica dirigida reforma do Estado e tamb m educa o para que se convertessem em meios de satisfa o das necessidades de 250 expans o da economia capitalista evidenciando assim as op es pol ticas de um governo e de um partido ditos socialistas Nessa perspectiva o governo socialista portugu s tra ou expandir para o setor educacional uma l gica econ mica orientada pela gest o de resultados em que a cultura e a pr tica da avalia o e da presta o de contas PORTUGAL 2005a assumiam a priori um papel de destaque na produ o e melhoria desses mesmos resultados Era esse o sentido da autonomia que pretendia conceder s escolas Maior autonomia significa maior responsabilidade presta o regular de contas e avalia o de desempenho e de resultados PORTUGAL 2005a p 44 Portanto na onda da obsess o avaliativa AFONSO 2007 almejava Enraizar em todas as dimens es do sistema de educa o e forma o a cultura e a pr tica da avalia o e da presta o de contas Avalia o do desempenho dos alunos e do curr culo nacional avalia o dos educadores e professores avalia o segundo crit rios de resultados efici ncia e equidade das escolas e dos servi os t cnicos que as apoiam PORTUGAL 2005a p 43 Al m disso o governo lan ou um programa nacional de avalia o das escolas b sicas e secund rias PORTUGAL 2005a p 44 orientado pa
442. ovas do SARESP quando os professores ajudaram seus alunos a respond las visando a receber maiores b nus O Secret rio que afirma ouvir as organiza es sindicais docentes combinou com as mesmas tamb m em agosto de 2013 que a prova do m rito a partir de 2014 se tornaria optativa para a promo o na carreira Voorwald fala da import ncia de dialogar com as organiza es sindicais docentes No entanto a criminaliza o do movimento sindical docente em SP em 2013 revela que essa import ncia permanece no n vel do discurso Vemos portanto que tanto em SP quanto em Portugal a estrat gia adotada pelos governos para implementar as pol ticas de avalia o docente foi a constru o baseada em dados estat sticos da imagem e a ret rica contra o professor faltoso visando com isso conquistar a opini o p blica A constru o do consentimento n o passou pela tentativa de dialogar com as organiza es sindicais docentes de envolv las no desenho e na avalia o da pol tica como sugeriu a OCDE 2009 para o governo portugu s Pelo contr rio os governos que instauraram as pol ticas de avalia o docente em Portugal e SP provocaram conflitos intensos com as organiza es sindicais O objetivo era enfraquec las isola las e desqualifica las socialmente Os governos com o apoio forte da m dia tentaram jogar a sociedade contra os sindicatos de professores acusando os de corporativistas e de n o estarem preoc
443. p 20 Segundo a APEOESP ela n o conseguiu provar o que disse APEOESP 2014 p 20 Maria Helena Guimar es de Castro foi logo depois substitu da por Paulo Renato Souza que deu continuidade aos ataques engendrados pelo governador Jos Serra aos professores APEOESP 2014 p 20 Em outubro de 2009 quando o governo aprovou o PLC n 29 2009 que estabelecia a prova do m rito para promo o na carreira a APEOESP promoveu uma Caravana denominada A Educa o Pede Passagem APEOESP 2014 p 20 Dois nibus percorreram o Estado denunciando as mazelas da educa o p blica e o referido Projeto posteriormente LC n 1097 2009 e defendendo a necessidade de reajuste salarial para a categoria docente APEOESP 2014 p 20 Tanto o Projeto quanto a Lei definiram que at 20 da categoria seriam promovidos com 25 de aumento por meio da prova do m rito mesmo que o percentual de aprovados fosse maior APASE 2009 Al m disso a promo o ainda dependia da disponibilidade de or amento APASE 2009 Quer dizer por lei no m nimo 80 da categoria foi exclu da da possibilidade de promo o na carreira via prova do m rito Isso revoltou os professores principalmente aqueles que se inscreveram nas provas e foram aprovados De acordo com a SEE SP 2010 10 Como informa a APEOESP 2009 mais de 214 mil professores se inscreveram para fazer a prova 232 foram quase 136 mil inscri es num universo de 2
444. parados mas em movimentos de uma mesma luta cujo horizonte a supera o da sociedade de classes A luta unit ria de acordo com Wood 2003 pressuposto para a supera o do modo de produ o capitalista 80 81 SE O 3 VIS O DOS OM SOBRE AS ORGANIZA ES SINDICAIS DOCENTES E SUAS RECOMENDA ES PARA A AVALIA O DE PROFESSORES Nesta se o analisamos documentos do BM e da OCDE visando a sistematizar as justificativas objetivos e finalidades anunciados o uso dos resultados e as recomenda es quanto forma de implanta o da pol tica Com estes crit rios de an lise buscamos identificar aspectos comuns entre as recomenda es bem como a influ ncia destas na formula o de propostas pol ticas e experi ncias de AD no Brasil e do modelo portugu s de ADD de 2008 Na an lise dos documentos produzidos por estas organiza es pretendemos tamb m conhecer as vis es que eles produzem e disseminam sobre as organiza es sindicais docentes localizando assim a posi o que ambos ocupam no campo de disputa em torno das pol ticas educacionais produzidas e implementadas por cada pa s A preocupa o com a qualidade da educa o b sica torna se uma constante nos discursos de governos e da classe burguesa no capitalismo contempor neo sobretudo ap s o processo de reestrutura o produtiva desenvolvido como resposta crise do capital dos anos 1970 ALVES 2007 O processo de reestrutura o produt
445. pdf gt Acesso em 04 mai 2013 Decreto Lei n 1 98 de 2 de janeiro de 1998 Revisa o Estatuto da Carreira dos Educadores de Inf ncia e dos Professores dos Ensinos B sico e Secund rio 1998a Dispon vel em lt http dre pt pdflsdip 1998 01 001400 00020029 pdf gt Acesso em 16 de mai 2013 Decreto Regulamentar n 11 98 de 15 de maio de 1998 Regulamenta o processo de avalia o do desempenho do pessoal docente da educa o pr escolar e dos ensinos b sico e secund rio bem como dos educadores de inf ncia integrados no quadro nico do Minist rio da Educa o 1998b Dispon vel em lt http Awvww dre pt pdfisdip 1998 05 112B00 22922298 pdf gt Acesso em 20 de mai 2013 390 PORTUGAL Decreto Lei n 312 99 de 10 de agosto de 1999 Aprova a Estrutura da Carreira Docente e Estatuto Remunerat rio 1999 Dispon vel em lt http www dgap gov pt upload Legis 1999 dl 312 10 8 pdf gt Acesso em 16 de mai 2013 Decreto Lei n 104 2008 de 24 de junho de 2008 Estabelece o regime da prova p blica e do concurso de acesso para lugares da categoria de professor titular aberto para o preenchimento de vaga existente em cada agrupamento de escolas ou escola n o agrupada da rede do Minist rio da Educa o 2008c Dispon vel em lt http dre pt pdfI sdip 2008 06 12000 0380003807 pdf gt Acesso em 01 de jun 2014 PRESID NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Programa do XVII Governo Constitucional 2005 2009
446. perfil de compet ncias do atual e futuro professor e a qualidade de seu trabalho e por consequ ncia a aprendizagem dos alunos futura for a de trabalho s necessidades formativas da economia capitalista no sentido de atender seus objetivos expansionistas OM que incorporam e promovem os interesses da classe burguesa no capitalismo contempor neo recomendam aos pa ses entre outras quest es investir mais em pol ticas de avalia o no campo da educa o Desde a d cada de 1990 o alvo crescente de suas recomenda es vem sendo o professor Apresentam no como o recurso pe a ou chave principal para melhorar a qualidade da educa o b sica independentemente da qualidade de suas condi es de trabalho forma o remunera o e carreira Propostas desde os anos 1980 as pol ticas de AD adquirem nos ltimos anos crescente alavancagem entre as medidas impulsionadas por OM para reformar a educa o anunciando o interesse em melhorar a qualidade da educa o b sica Estas pol ticas alastram se globalmente na medida em que gestores pol ticos organiza es da sociedade civil OM policy makers e empres rios difundem a necessidade econ mico social de fazer da educa o uma prioridade pol tica PURYEAR 1997 p 10 No documento intitulado Educa o na Am rica Latina problemas e desafios Puryear 1997 p 9 codiretor do PREAL at 2014 que difunde para governos recomenda es de pol ticas educacion
447. pois est submetido a condi es ruins de trabalho E por receber pouco acaba fazendo uma jornada estafante que leva ao adoecimento BASSETTE 2008 p 1 Embora Spineli 2009 tenha verificado que o b nus n o diminuiu o n mero de faltas dos docentes de uma escola estadual o professor procura muitas vezes n o faltar porque isso condi o para o recebimento de um b nus maior Logo trata se de uma sa da para complementar o baixo sal rio cujos Este valor refere se somente ao per odo de janeiro a julho de 2010 APEOESP 2013 N o h uniformidade nas taxas de absente smo divulgadas pelas fontes Alguns percentuais distam consideravelmente entre si quando verificado o mesmo ano Esta estat stica discordante enfraquece a credibilidade dos dados e a sua constru o 165 reajustes t m sido negados pelo PSDB em SP porque seus intelectuais e pol ticos n o acreditam nos efeitos de aumentos salariais sobre o desempenho docente A diminui o do absente smo verificada no quadro anterior pode ter ocorrido porque o b nus est diretamente vinculado ao n mero de presen as quanto mais ass duo o professor maior o valor do seu b nus Entretanto quando observamos que tal correla o n o se efetiva na pr tica podemos perguntar pelas implica es que isso gera sobre os professores e a pr pria pol tica que passa a ser desacreditada por eles Vejamos o depoimento de quatro professores coletado
448. pot com br 2008 07 estudo quase secreto 1 html gt Acesso em 14 mai 2013 FREITAS Luiz C de Editorial da Folha junk science 08 06 2014 Dispon vel em lt http avaliacaoeducacional com 2014 06 08 editorial da folha junk science gt Acesso em 14 jun 2014 Todos pela Educa o incoer ncia empresarial 21 07 2013 2013a Dispon vel em lt http avaliacaoeducacional com 2013 07 21 todos pela educacao incoerencia empresarial gt Acesso em 12 mai 2014 Paes de Barros e suas estat sticas 12 05 2013 2013b Dispon vel em lt http avaliacaoeducacional com 2013 05 12 paes de barros e suas estatisticas gt Acesso em 12 mai 2014 Sobre a responsabilidade do professor 17 12 2012 2012a Dispon vel em lt http avaliacaoeducacional com 2012 12 17 sobre a responsabilidade do professor gt Acesso em 12 mai 2014 B nus falha em S o Paulo 28 12 2012 2012b Dispon vel em lt http avaliacaoeducacional com 2012 12 28 bonus falha em sao paulo gt Acesso em 12 fev 2014 B nus n o gera motiva o In Carta Capital Entrevista a Ricardo Carvalho 21 de julho de 2011 Dispon vel em lt http www c artacapital com br politica copia fiel gt Acesso em 24 jul 2012 356 GENTILI Pablo A A Neoliberalismo e educa o manual do usu rio In SILVA Tomaz T da GENTILI Pablo Escola S A quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Bras lia CNTE
449. prendizagem valoriza o dos profissionais foram aprovados em assembleia e realizados atos p blicos como bloqueios de estradas visitas a f bricas atividades com a comunidade escolar abaixo assinado etc APEOESP 2014 p 14 Al m disso os professores realizaram vig lia em frente Secretaria de Educa o durante o in cio do processo de negocia o 229 APEOESP 2014 p 15 O governo recusou se a negociar em separado com os professores e com as demais entidades do funcionalismo APEOESP 2014 p 15 Diante disso a APEOESP encampou em maio um ato p blico unificado com o funcionalismo organizado pela CUT APEOESP 2014 p 15 Em 25 de junho os servidores organizaram uma grande manifesta o em frente ao Pal cio dos Bandeirantes que for ou o governo a reabrir as negocia es e receber uma comiss o representativa da categoria APEOESP 2014 p 15 Por sua vez como resultado da mobiliza o dos professores a lei que instituiu o Plano de Carreira em 1997 foi alterada APEOESP 2014 As altera es resultaram num reajuste de 13 38 para os Professores de Educa o B sica I e de 5 aos demais professores diretores de escola e supervisores de ensino APEOESP 2014 p 15 De acordo com a entidade o governo tentou passar opini o p blica que a adequa o salarial a partir da altera o na Lei 836 significava um reajuste salarial A APEOESP promoveu novas a
450. prensi n de la accountability educativa y c mo puede aplicarse en los pa ses de Am rica Latina In CORVAL N Javier MCMEEKIN Robert W Accountability educacional posibilidades y desafios para Am rica Latina a partir de la experiencia internacional Santiago Chile PREAL CIDE 2006 p 19 49 MELLO Guiomar N de Social democracia e educa o teses para discuss o 2 ed S o Paulo Cortez Autores Associados 1990 de Forma o inicial de professores para a educa o b sica uma re vis o radical In S o Paulo em Perspectiva 14 1 2000 Dispon vel em lt http www scielo br pdf spp v14n1 9807 pdf gt Acesso em 06 mai 2013 363 MELLO Guiomar N de Biografia Guiomar Namo de Mello 2013 Dispon vel em lt http namodemello wordpress com about gt Acesso em 07 mai 2013 MENDON A Maria Manuela Milhais Pinto Democracia sindicalismo representatividade e direito negocia o 2000 225f Trabalho de Conclus o de Curso Especializa o Escola Superior de Educa o Porto 2000 M SZ ROS Istv n A educa o para al m do capital S o Paulo Boitempo 2008 Para al m do capital rumo a uma teoria da transi o S o Paulo Boitempo 2002 MICHAELIS Dicion rio de portugu s online Gatilho salarial 2014 Dispon vel em lt http michaelis uol com br moderno portugues index php lingua portugues portugues amp palavra gatilho gt Acesso em 12 jun 2014 MORAES Mari
451. presen a de l deres hist ricos no Sindicato Unitario de Trabajadores en la Educaci n del Per SUTEP e portanto pela aus ncia de renova o na lideran a sindical A preocupa o com a atua o pol tica do SUTEP no Peru assim exposta por Diaz 2004 p 68 Defender os produtores de coca exigir o encurtamento do per odo presidencial e a esgotada argumenta o de que os males do pa s s o culpa do FMI e dos organismos internacionais s o a es que devem causar preocupa o ao professorado pois demonstram que a conflitividade entre o sindicato e o governo tem excedido o campo de no Estado de S o Paulo assim como a atua o da APEOESP discutido por Hidaka 2011 Silva 2008 Not rio 2007 Silva 2013 Hergesel 2005 e Goulart 2004 As pr ticas sindicais e os conflitos docentes no Brasil e em outros pa ses da Am rica Latina s o estudados por Gindin 2006a 2007b 2007 2009 2010 201 1a 2011b 2011c 2013 Cardoso e Gindin 2008 e Gentili et al 2004 As rela es entre sindicalismo e meritocracia s o discutidas por Boito J nior 2004 Por outro lado as rela es entre governo sindicatos de professores e reformas educacionais tamb m foram analisadas por intelectuais burgueses como Palamidessi e Legarralde 2006 Palamidessi 2003 e Tiramonti 2001 Aos ltimos ainda conv m acrescer a Funda o Konrad Adenauer que no per odo de 2008 a 2009 publicou uma s rie de estudos intitulad
452. principais obst culos pol ticos qualidade da educa o p blica portuguesa Que desafios est o colocados hoje para os sindicatos de professores e suas federa es em PT 7 Que fatores explicam a diversidade de sindicatos de professores existente em PT Tal diversidade favorece ou dificulta a mobiliza o da categoria docente para as lutas Como foi em rela o ao modelo de ADD de 2008 8 Voc acredita que o modelo de ADD de 2008 se configurou como um instrumento de controle regula o dos professores e dos pr prios sindicatos e federa es 9 Que efeitos o modelo de ADD de 2008 e a luta contra ele produziram sobre as atividades deste sindicato federa o reduziram ou ampliaram o n mero de 400 sindicalizados Afastaram ou aproximaram os professores do sindicato federa o Mobilizaram nos ou desmobilizaram nos para a participa o nas lutas sindicais Dificultaram ou viabilizaram o di logo e o trabalho sindical com os professores Ampliaram ou reduziram a capacidade de negocia o do sindicato federa o com o ME Elevaram ou diminu ram o respeito a credibilidade a legitimidade do sindicato federa o diante da categoria do governo e da sociedade 10 Que efeitos o modelo de ADD de 2008 com a divis o da categoria em duas uma avalia o burocratizada e in til quotas e a luta contra ele sobretudo as duas grandes marchas produziram sobre os professores atra ram nos ou afastaram nos da carreira Promovera
453. produtividade a competitividade e a lucratividade das empresas na economia capitalista Organiza es sindicais docentes como a FENPROF e a APEOESP p em se como obst culos pol ticos a este movimento procurando na correla o de for as fazer prevalecer a bandeira da Escola P blica Gratuita Laica de Qualidade e Socialmente Referenciada para os filhos dos trabalhadores Essas organiza es sindicais que representam o interesse coletivo dos trabalhadores da educa o tamb m se contrap em s pol ticas de avalia o docente devido ao car ter meritocr tico e individualista que as embasa Em SP as pol ticas de bonifica o focam o m rito do indiv duo ou no m ximo da equipe escolar que representa um conjunto de indiv duos que para fins de reconhecimento do m rito torna se momentaneamente coeso Esta coes o grupal com tempo de vida til de um ano e anualmente renov vel dirige se a satisfazer o objetivo financeiro do grupo de obter uma maior bonifica o Para Ferraz 2009 um dos ide logos da remunera o por desempenho o alcance das metas e dos respectivos b nus pressup e n o apenas coes o mas tamb m coopera o e confian a tanto para elevar o esfor o dos colegas como para conter os ditos professores caronistas ou seja aqueles que pegam carona nos ombros dos professores esfor ados Apelando para grupos de indiv duos divididos por unidade escolar as pol ticas de bonifica o docente produze
454. qualidade da educa o vista cada vez mais como fonte de competitividade econ mica internacional para as na es Em uma economia globalizada os pa ses competem entre si pelos mercados pelo investimento estrangeiro pelo desenvolvimento tecnol gico e pela atra o de multinacionais ver Strange 1992 Uma for a de trabalho com alto n vel de educa o vista como fator de vantagem competitiva nesta concorr ncia econ mica Em segundo lugar a educa o de alta qualidade passou a ser sin nimo de desenvolvimento nacional auto sustentado n o apenas de competitividade internacional Desde a d cada de 70 os especialistas em educa o v m repetindo insistentemente que a melhoria da educa o uma condi o necess ria para se lograr o desenvolvimento econ mico e alcan ar um melhor n vel de vida CORRALES 2000 p 4 Intelectuais do capital e governos elaboram e difundem recomenda es de AD por meio de relat rios estudos semin rios confer ncias projetos de lei resolu es e portarias As propostas embora origin rias de autores distintos aparentemente desvinculados uns dos outros indicam na ess ncia aspectos comuns tanto em sua forma quanto em seu conte do poss vel visualizar aproxima es de conceitos procedimentos e instrumentos de avalia o p blico alvo 91 argumentos justificativas objetivos finalidades fontes de refer ncia uso dos resultados recomenda es quanto forma
455. que nem sei mais como me expressar Minha escola tima gosto muito de trabalhar l por m n o tivemos b nus este ano e mesmo nos anos anteriores nunca passei de R 400 00 A impress o que d que o governo quer nos desestabilizar pois quando ou o que algu m recebeu R 3 000 00 ou sei l quanto fico com mais raiva ainda pois sei que trabalhei tanto e t o bem quanto essas pessoas PROFESSOR 3 Todos os professores que conhe o da sul 1 e sul 3 aqui de S o Paulo receberam migalhas uma situa o de humilha o receber esta esmola com tudo que passamos dentro destas salas de aula Algu m sabe de algum jovem que quer ser professor Sal rio digno j Chega desta farsa de b nus P S Ganhei R 67 00 PROFESSOR 4 Os sentimentos manifestados pelos professores podem ser sintetizados em indigna o vergonha decep o falta de reconhecimento de motiva o e de vontade desestabiliza o raiva humilha o e farsa Estas palavras explicitam como uma pol tica de bonifica o pode ser estressante desgastante e revoltante para os professores cujo trabalho uma atividade que pode promover estresse com repercuss es sobre a sa de f sica e mental levando a impactos no desempenho profissional APEOESP 2013 p 3 Para esta organiza o sindical as pol ticas de b nus e gratifica es as avalia es externas e as provas e avalia es sucessivas que resultam na responsabiliza
456. que os docentes s o os formadores das novas gera es de trabalhadores e consumidores porque a luta sindical tamb m educativa Quanto maior a resist ncia de organiza es sindicais e docentes s reformas educacionais maiores s o as preocupa es e os cuidados de seus propositores com a constru o do consenso para implant las McMeekin 2006 ao propor a ado o da accountability educacional pelos pa ses da Am rica Latina reitera a necessidade de os governos explicarem na e Justificarem na queles que ser o seus objetos ou seja ressalta a import ncia de vender a ideia da pol tica como forma de torn la aceit vel e leg tima O objetivo transformar os docentes em valiosos s cios pois sem eles a accountability e outras reformas n o funcionam MCMEEKIN 2006 Para obter o consenso o autor considera importante envolver os mestres e diretores de escola no desenho e implementa o da pol tica MCMEEKIN 2006 p 42 Alerta que se estas e outras a es n o forem tomadas a accountability ser percebida como um processo Tl coercitivo imposto desde fora e ser resistido e solapado a cada passo MCMEEKIN 2006 p 43 Outra recomenda o que vem ganhando f lego nos documentos de reforma educacional como medida para melhorar o desempenho docente se refere autonomia das escolas para contratar e despedir docentes D AZ ARREGUI VALLEJOS 2001 D AZ 2004 OCDE 2006 PURYEAR 2006 SIL
457. quecer o movimento sindical j que eram permitidas somente aus ncias ocasionadas por comparecimento a atividades sindicais autorizadas por resolu o do Secret rio da Educa o S O PAULO 2005c p 4 2008b p 1 2008c p 1 Esta forma de interven o n o confere com a avalia o positiva feita pelo ex Secret rio sobre sua gest o que segue abaixo conseguimos um aumento salarial de 40 para os ativos e 25 para os inativos e implantamos o b nus salarial de R 1 200 00 at R 10 000 Como resultado em nossa gest o n o houve uma greve sequer Valorizar o professor fundamental porque ele a alma o pilar da educa o com o professor 195 motivado e reconhecido todo o processo fica mais f cil Na Secretaria da Educa o do Estado de S o Paulo conseguimos um avan o financeiro para todos os professores mas demos mais do que dinheiro tinham democracia todos os professores foram ouvidos sempre respeitada a posi o da maioria NOVAES 2006 p 1 2 O b nus institu do em 2004 e regulamentado em 2005 teve uma nova vers o em 2007 e uma significativa modifica o em 2008 como veremos adiante A Bonifica o por Resultados BR implementada em 2008 mirou no coletivo escolar entrando assim em sintonia com uma recomenda o do BM de que mais vantajoso em termos de rendimento escolar recompensar as equipes escolares como um todo do que os seus membros segmentadamente
458. quela que a maior categoria de trabalhadores do setor p blico em muitos pa ses PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 Diante disso em vez de aumentar o sal rio base da categoria os governos optam por incrementar o sal rio de parte dela com gratifica es bolsas e b nus condicionados por desempenho docente te rico exames e ou pr tico pr tica de ensino resultados dos alunos em exames Exatamente por n o constituir aumento salarial e pelo valor estipulado da bolsa representar em 2003 quase metade de um sal rio m nimo quando a m dia salarial de 60 dos professores em 2001 rondava os R 360 00 BRASIL 2003c a concess o da bolsa federal de incentivo forma o continuada BRASIL 2003a p 1 seria certamente restrita a uma pequena parcela da categoria docente ainda mais se considerarmos que o Exame seria destinado sobretudo aos concluintes dos Cursos de Licenciatura que n o necessariamente estariam em exerc cio Se a bolsa fosse concedida a todos perderia seu car ter competitivo e seletivo de incentivo para atrair e reter professores adequados no sistema durante os cinco anos em que ela seria concedida podendo ap s esse per odo ser renovada se o professor prestasse novamente o Exame e fosse aprovado Se a bolsa fosse universal n o amp No mbito do Pacto Nacional pela Alfabetiza o na Idade Certa PNAIC o MEC BRASIL 2013 est tentando cativar os professores alfabetizadores com
459. r o para ensinar bem por parte de alguns professores MELLO 1990 p 59 evidenciavam sintonia com as pr prias justifica es econ micas de racionaliza o no uso dos recursos p blicos levantadas pela autora para fundamentar a necessidade de uma reforma urgente 135 do Estado Este economicismo portanto implicaria a dissemina o e reprodu o no mbito do Estado da educa o e da carreira docente de mecanismos e crit rios diferenciadores baseados em resultados supostamente instigadores de melhorias na qualidade do ensino e da educa o Segundo Mello O regime de promo o e ascens o funcional do magist rio baseia se via de regra em tempo titula o e cursos n o em resultados aferidos pela aprendizagem do alunado por m todos objetivos e entidades externas e imparciais Ora mais que sabido que existem verdadeiras f bricas de cursos de especializa o aperfei oamento e extens o e o poder p blico n o controla o real aproveitamento do professor que frequenta esses cursos MELLO 1990 p 60 Quando uma carreira estruturada apenas em fun o do tempo e t tulos formais sem considerar a produtividade de resultados acaba gerando distor es que criam injusti as e levam o interesse corporativo a predominar sobre o interesse p blico Cria situa es injustas j que todos s o tratados igualmente independentemente do resultado de seu trabalho de seu esfor o ou capacidade Basta de
460. r s e obter dois Muito bons consecutivos eliminava dois dos 18 anos exigidos para o acesso categoria de professor titular PORTUGAL 2007a Obter um Bom na avalia o de desempenho implicava ter o tempo de servi o considerado na avalia o contado para fins de progress o e acesso na carreira PORTUGAL 2007a Obter um Bom na avalia o de desempenho realizada ao fim do per odo probat rio 275 implicava que o professor tivesse sua nomea o provis ria convertida em definitiva PORTUGAL 2007a Por outro lado obter um Regular ou Insuficiente determinava que o tempo de servi o contemplado pela avalia o de desempenho n o fosse contado para fins de progress o e acesso na carreira docente PORTUGAL 2007a Se um professor contratado tempor rio recebesse um Insuficiente na sua avalia o de desempenho seu contrato de trabalho n o era renovado ou ele n o tinha acesso a um novo contrato PORTUGAL 2007a Se na avalia o de desempenho realizada ao fim do per odo probat rio o professor obtivesse um Insuficiente ele n o podia se candidatar doc ncia no mesmo ano letivo ou no seguinte PORTUGAL 2007a Caso um professor provido em lugar do quadro efetivo obtivesse dois Insuficientes consecutivos ou tr s intercalados n o lhe era distribu do servi o letivo no ano seguinte e ele tinha que se sujeitar ao regime de reclassifica o ou de reconvers o profissional nos termos da lei PORTUGAL 2007a p 536
461. r tais valores a seus alunos futura for a de trabalho para que eles incorporem entre outras as ideias de que qualquer luta tem como fim o sal rio e de que lutar por um sal rio maior uma tarefa individual e n o mais sindical Ao investir em remunera es flex veis que variam segundo o resultado dos professores em um ou mais instrumentos de avalia o provas te ricas provas pr ticas observa o de aulas desempenho dos alunos em exames taxas de aprova o e abandono escolar frequ ncia avalia o por pares e ou pelo diretor da escola entre outros o governo paulista objetivou tanto extinguir a isonomia salarial dentro da categoria docente quanto enfraquecer a mobiliza o organizada pelos sindicatos para defend la Propositores de pol ticas de avalia o docente como Ioschpe 2011 Souza 2009 e Dellanoy e Sedlacek 2001 afirmam que a isonomia salarial injusta porque implica em remunera o igual para todos os trabalhadores independentemente de seus diferentes esfor os m ritos frequ ncias desempenhos e resultados Por isso insinuam que ao recompensar cada professor distintamente segundo suas diferentes compet ncias e desempenhos essas pol ticas fazem justi a O suposto car ter justiceiro e moralizante dessas pol ticas constru do por seus ide logos com base no ataque e na desqualifica o do caracterizado mau professor isto aquele que falta que se acomoda que n o se
462. r titular para atuar como tutor DELLANOY SEDLACEK 2001 al m de possuir forma o especializada devia ter obtido na sua ltima avalia o de desempenho men o igual ou superior a Bom PORTUGAL 2007a Neste processo de tutoria competia ao professor titular a Apoiar a elabora o e acompanhar a execu o de um plano individual de trabalho para o docente em per odo probat rio que verse as componentes cient fica pedag gica e did ctica b Apoiar o docente em per odo probat rio na prepara o e planeamento das aulas bem como na reflex o sobre a respectiva pr tica pedag gica ajudando o na sua melhoria c Avaliar o trabalho individual desenvolvido d Elaborar relat rio circunstanciado da actividade desenvolvida incluindo os dados da observa o realizada e Participar no processo de avalia o do desempenho do docente em per odo probat rio PORTUGAL 2007a p 530 O professor que fosse avaliado no per odo probat rio com men o igual ou superior a Bom era efetivado no quadro da escola Aquele que fosse avaliado como Regular poderia repetir o per odo probat rio sem interrup o funcional devendo desenvolver o projecto individual de forma o e a ac o pedag gica que lhe fo ssJem indicados PORTUGAL 2007 p 531 Por sua vez o professor que obtivesse avalia o Insuficiente no per odo probat rio era automaticamente exonerado do lugar do quadro em que se encontra va provido
463. ra progress o na carreira acesso aos escal es As condi es para ingresso e progress o na carreira docente no per odo eram outras valoriza o profissional e tempo de servi o PORTUGAL 1979 p 3366 126 A LBSE Lei n 46 de 14 de outubro de 1986 debatida e promulgada com um subsequente conjunto de pol ticas e medidas visando a desenvolv la Segundo Mar al Grilo 1994 ex Ministro da Educa o 1995 1999 a partir da aprova o da LBSE em 1986 foi lan ado um amplo processo de Reforma educativa que se inicia com a cria o no ano seguinte de uma comiss o que lan ou in meras iniciativas e diversos grupos de trabalho encarregados de estudar reflectir e propor pol ticas e linhas de orienta o para as grandes quest es que envolv ia lm o sistema educativo como o sistema de avalia o e a forma o de docentes MAR AL GRILO 1994 p 428 Para o ex ministro tratou se de um grande movimento que envolveu largos sectores da comunidade educativa e cujos resultados vieram a ser aplicados a partir de 1988 atrav s da aprova o de um conjunto vasto de legisla o cuja aplica o no entanto come a a se dar em 1991 com car cter experimental ou atrav s da sua aplica o generalizada a todas as escolas MAR AL GRILO 1994 p 428 Mar al Grilo destaca que algumas das altera es propostas deviam ser cuidadosamente acompanhadas e avaliadas dado o seu car cter i
464. ra avaliarem o desempenho dos mestres Deveriam dar mais treinamento no trabalho estabelecer incentivos para a excel ncia profissional e dar mais prest gio Finalmente deveriam estar prontos a aumentar os sal rios Apenas uma combina o de medidas fundamentalmente voltadas para a reabilita o do magist rio ir permitir sucesso no recrutamento de professores mais talentosos e no aprimoramento da qualidade da instru o PURYEAR 1997 p 10 Percebe se neste discurso que o professor considerado pela burguesia obst culo qualidade da educa o e s reformas educacionais neoliberais Deste modo seu envolvimento e seu engajamento na execu o dos objetivos dessas reformas s o no entendimento dos intelectuais burgueses cruciais para o alcance da qualidade da educa o Esses intelectuais reconhecem generalizada e paradoxalmente que os professores s o os principais ativistas e respons veis pela implementa o das reformas planejadas em mat ria de conte do curricular pedagogia e avalia o OCDE 2010 p 230 Num estudo de 1992 sobre os programas escolares a OCDE j afirmara Mas se os docentes os pais as colectividades locais e os alunos n o participarem eles pr prios activamente no processo de reforma a mudan a ser muito lenta e muito desigual SKILBECK 1992 p 111 Assim envolver os professores no desenvolvimento e na implementa o de politicas apresenta se como estrat gia para
465. ra e Professor Em todo Brasil tenho sempre dito que a valoriza o do professor da educac o b sica a prioridade do Minist rio da Educa o A supera o do quadro dr matico de insufici ncia no desempenho dos alunos do ensino fundamental depende de investimento no professor na sua forma o nas condi es de trabalho e na remunera o O Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores criado em junho de 2003 um componente essencial da pol tica de valoriza o da profiss o Por meio deste sistema faremos com que todo professor da educa o b sica brasileira encontre as condi es de incentivo para a consolida o do saber profissional num espa o pedag gico que garanta acima de tudo o direito de aprender do aluno O programa Toda Crian a Aprendendo sustenta se na cren a de que o futuro do Brasil depende de uma revolu o na educa o que garanta s grandes maiorias o acesso ao conhecimento e cultura de nossa poca Tudo faremos para que a igualdade de oportunidades educacionais transforme se em tema cotidiano de debates e 151 venha a ser uma meta inscrita no cora o de todos os brasileiros Essa mudan a tem como agentes principais as professoras e os professores brasileiros BRASIL 2003c p 5 O Minist rio da Educa o entende que valorizar o professor uma tarefa inadi vel e conta com o apoio e a participa o de todos para que se produ
466. ra mais eficaz de dissipar os sentimentos de medo e de amea a ao status e ethos dos professores desenvolver n veis mais elevados de racionalidade bem como conhecimento sistem tico e remoto Fazer isso requer o fortalecimento da capacidade interlocut ria das organiza es docentes Se o objetivo contribuir para a cultura do di logo e da negocia o ent o ser necess rio promover di logos pesquisas comparadas e estudos de caso com a participa o conjunta dos diferentes atores PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 9 Neste texto os autores tamb m apontam a import ncia de os governos reformadores recriarem localmente o discurso sobre a qualidade da educa o a partir de sua fus o com a concep o de qualidade defendida pelos professores O objetivo dessa fus o que tem na avalia o de desempenho um pilar de sustenta o aproximar os professores da benevol ncia das reformas Para que os professores e suas organiza es saltem sobre o vag o pol tico da melhoria da qualidade necess rio fazer recria es locais do discurso sobre a qualidade e combin lo com vis es pedag gicas sobre a qualidade que s o significativas para os professores pais e outros atores sociais em seu contexto O discurso da qualidade deve incorporar as tradi es e estruturas interpretativas que formam a identidade dos professores e mobilizam sua a o em cada pa s Nesta tarefa os agentes intelectuais da
467. ra os trabalhadores da educa o O caminho jur dico mostra que poss vel obter conquistas parciais individuais quando o foco da luta uma pol tica individual Contudo tal caminho n o se mostra vi vel para obter conquistas de maior monta como a derrubada transforma o ou suspens o da pol tica educacional neoliberal em seu conjunto Buscando compreender os elementos de resist ncia de sindicatos docentes contra uma pol tica de avalia o de professores pesquisamos o caso da pol tica de ADD em Portugal Neste pa s a avalia o da atividade docente consta na Lei de Bases do Sistema Educativo LBSE de 1986 sendo desenvolvida a partir de meados dos anos 1990 com um car ter formativo para os professores Contudo o modelo de avalia o docente implementado em 2008 que gerou uma grande oposi o dos professores e de suas organiza es sindicais 239 SE O 6 POL TICAS DE AVALIA O DOCENTE EM PORTUGAL Embora o modelo de Avalia o de Desempenho Docente ADD anunciado pelo Minist rio da Educa o portugu s ME em 2007 junto com a revis o do Estatuto da Carreira Docente ECD tenha sido pol mico entre os professores e suas organiza es sindicais a Avalia o Docente AD n o constituiu naquele momento uma inova o como queriam fazer crer a ex Ministra da Educa o Maria de Lurdes Rodrigues PS e o ex Primeiro Ministro Jos S crates PS Ambos no in cio de seu governo 2005 2009
468. ra produzir consequ ncias A avalia o ter consegii ncias quer para premiar as boas escolas quer para torn las refer ncias para toda a rede quer para apoiar nos seus planos de melhoria as escolas com mais dificuldades Nestes ltimos casos ser promovida a celebra o de contratos programa com escolas associa es de pais autarquias e organiza es da sociedade civil de modo a estabelecer metas e din micas de transforma o para as escolas com resultados menos positivos Tendo em vista criar uma din mica participada de melhoria da qualidade em fun o das metas e objectivos definidos ser o organizados concursos nacionais de boas pr ticas e inova o no ensino secund rio PORTUGAL 2005a p 44 251 Na nsia de gerir os problemas econ micos pol ticos sociais e educacionais colocados para Portugal a partir de uma perspectiva nacional e internacional a cultura da avalia o AFONSO 2007 sob os ausp cios de um Estado Avaliador AFONSO 2007 foi apropriada pelo governo como uma tend ncia supostamente produtora de estat sticas politicamente corretas S Neste contexto a ADD foi lan ada pelo governo como um mecanismo que poderia contribuir para a melhoria do desempenho discente e escolar nas avalia es j que em sua vis o os educadores e professores s o os agentes fundamentais da educa o escolar PORTUGAL 2005a p 44 E professores s o ainda mais importantes na perspe
469. ram que estas manifesta es assumiriam a propor o que atingiram sobretudo pelas dificuldades de mobiliza o que n o s o exclusivas do campo educacional da categoria docente para a luta e porque os maiores protestos at ent o realizados tinham contado com a presen a de 25 mil professores um n mero considerado estrondoso pelos dirigentes Por isso nunca se imaginou que alguma vez pudesse se p r quatro vezes isso na rua DIRIGENTE 1 As organiza es sindicais somente come aram a perceber que as manifesta es teriam grande ades o dos professores dias antes delas acontecerem em fun o do r pido aumento do n mero de inscri es para ir cidade de Lisboa onde elas sucederam Tal crescimento implicou para as organiza es sindicais arrumar qualquer transporte que fosse poss vel para atender a crescente e r pida demanda A t tulo de ilustra o o Dirigente 1 mencionou que no dia da segunda manifesta o 08 11 2008 219 nibus sa ram da regi o Norte 124 and De acordo com o Dirigente 1 um desses protestos que contou com 25 mil professores aconteceu em 1989 quando estava em negocia o a cria o do primeiro ECD al m de quest es salariais 311 Posteriormente a grandiosidade das manifesta es levou os professores e suas organiza es sindicais a pensarem que era imposs vel n o haver ced ncias por parte do ME DIRIGENTE 1 Esperavam a demiss o da Ministra e do Primeiro M
470. ramini PPGE UFSC Eamisin Dr Marival Coun ESC Suplente Dr Rosalia Maria Cardoso Garcia PPGEUESC Saplente cogntanadina DO paia o oa RI DLS Dedico este trabalho aos professores da educa o b sica que apesar do sal rio aviltante da precariza o do empobrecimento das p ssimas condi es de trabalho do excesso de fun es das frequentes avalia es das cobran as por qualidade da falta de reconhecimento das constantes exposi es da viol ncia do des nimo e das frustra es tentam realizar um bom trabalho Dedico este trabalho aos professores e dirigentes sindicais que lutam para reverter este quadro entendendo que disso depende a conquista da qualidade social na educa o voltada emancipa o humana Por fim dedico este trabalho a todos os trabalhadores que acreditam e lutam pelo comunismo como projeto social AGRADECIMENTOS Agrade o o apoio o carinho e a compreens o de minha fam lia especialmente de meus pais e de meu irm o Ederson que sempre atenderam meus pedidos de socorro financeiro Agrade o as ag ncias de financiamento CAPES e CNPq que me concederam bolsas de estudos para desenvolver meu curso de doutorado e Doutorado Sandu che Sem elas o processo de pesquisa seria invi vel Agrade o aos professores da Banca de Defesa e de Qualifica o Eneida Oto Shiroma Jos Alberto Correia Luiz Carlos de Freitas Juli n Gindin Ricardo Lara C lia Vendramini Olinda Evange
471. ras e levaram aplica o de medidas com incid ncia nos hor rios e nas condi es de trabalho nas escolas que provocaram um grande aumento do desemprego Segundo os dados oficialmente divulgados os docentes desempregados inscritos nos Centros de Emprego entre 2010 e 2011 aumentaram 120 Se alargarmos este per odo ao bi nio 2009 2011 aumentaram 225 Dados recentemente divulgados confirmam esta tend ncia de mar o de 2011 a mar o de 2012 o desemprego em Portugal aumentou 19 8 mas nos professores ensino secund rio e superior o aumento neste per odo foi de 137 1 FENPROF 2011 p 1 Os per odos de congelamento das progress es se estenderam de agosto de 2005 a dezembro de 2007 e de 2011 a 2013 totalizando mais de cinco anos e quatro meses DIRIGENTE 1 Em junho de 2013 o governo afirmou que esperava que o processo de racionaliza o da administra o p blica pudesse permitir come ar a libertar em 2014 e de forma gradual os instrumentos de reconhecimento de m rito e progress o de carreira dos funcion rios p blicos MARTINS 2013 p 1 O reconhecimento do m rito tamb m orientava os objetivos da pol tica de ADD do ME Com ela o governo anunciou que pretendia alcan ar a melhoria dos resultados escolares dos alunos e da qualidade das aprendizagens e proporcionar orienta es para o desenvolvimento pessoal e profissional no quadro de um sistema de reconhecimento do m rito e da excel
472. realizando suas fun es mesmo adoecidos posteriormente estimula parte deles inclusive professores que s o velada ou explicitamente contr rios bonifica o por m rito a se adaptarem l gica competitiva e individualista que rege os prop sitos e fundamentos das pol ticas de premia o instauradas na escola p blica Segundo Souza 2009 p 121 os professores est o sendo obrigados a trabalhar doentes devido competi o socialdarwinista pelo melhor b nus ou pela repress o do governo Serra Almejando acabar com a farra das faltas Serra empreendeu outras medidas como a publica o do Decreto n 1 041 em 14 de abril de 2008 UDEMO 2008 Por meio desse decreto ele limitou as faltas para consultas e tratamentos m dicos dos docentes a seis por ano o que a APEOESP considerou um verdadeiro atentado vida APEOESP 2013 p 11 Al m disso at as faltas m dicas implicavam em redu o do valor do b nus LAZARINI 2009 Contudo esta tentativa for ada de inibir as faltas embora tenha levado os professores a trabalharem doentes FOLHA DE S PAULO 2009 n o alterou o volume de licen as por motivos de sa de na rede estadual de ensino que muito alto mesmo ap s a vig ncia da lei APEOESP 2013 p 11 Portanto enquanto o governo for a por decreto a redu o do absente smo muitos professores n o 7 Outra medida institu da por Serra para combater o alardead
473. rem em faltas outras licen as por motivo de sa de e licen as pr mio tinham um encaminhamento distinto implicando em faltas que reduziam o valor do b nus Quer dizer o adoecimento era um motivo que inviabilizava acr scimo no valor do b nus porque implicava em aus ncia n o tolerada pela pol tica A Lei Complementar n 883 de 17 de outubro de 2000 expunha no entanto que o servidor n o perdia o vencimento do dia nem sofria descontos no mesmo se apresentasse atestado m dico relativo consulta ou tratamento de sua sa de S O PAULO 2000c Tal situa o embasa nossa constata o feita no in cio deste cap tulo de que a pol tica de bonifica o tende a incentivar os trabalhadores da educa o a trabalharem mesmo quando est o adoecidos o que refor a uma cadeia de situa es conhecidas j que prejudica a qualidade de seu trabalho a qualidade da aprendizagem dos alunos o seu pr prio estado de sa de e acima de tudo a possibilidade de realizar um tratamento adequado para sua recupera o Apesar da perman ncia crescente do professor adoecido no local de trabalho houve segundo dados comemorados pela SEE SP CHALITA 2005a e veiculados pelo Di rio de S Paulo em 05 de fevereiro de 2005 a diminui o da taxa de absente smo Segundo a secretaria desde que o b nus foi criado o n mero de faltas dos professores da rede estadual caiu pela metade No ano 2000 a m dia de faltas entre os meses de mar
474. res nacionais para a educa o b sica que focalizam as compet ncias que se quer constituir nos alunos MELLO 2000 p 99 Esta mudan a de paradigma repercute sobre a sua proposta de forma o inicial de professores A mudan a nos cursos de forma o inicial de professores ter de corresponder em extens o e profundidade aos princ pios que orientam a reforma da educa o b sica mantendo com esta sintonia fina se trata de buscar modalidades de organiza o pedag gica e espa os institucionais que favore am a constitui o nos futuros professores das compet ncias docentes que ser o requeridas para ensinar e fazer com que os alunos aprendam MELLO 2000 p 101 Al m de dominar os conte dos de ensino para a educa o b sica cabe ao professor nesta perspectiva ao longo de sua forma o desenvolver as compet ncias necess rias para fazer o aluno aprender Isso seria condi o indispens vel para qualific lo como capaz de lecionar MELLO 2000 p 102 A forma o inicial de professores nesta l gica tem um papel estrat gico para todo o sistema educacional do pa s MELLO 2000 p 100 sendo considerada o componente principal a partir do qual seria poss vel reverter a qualidade da educa o b sica uma vez que teria a tarefa de formar o profissional reflexivo MELLO 2000 p 104 o professor competente MELLO 2000 p 106 A institui o que consegu
475. responsabiliza o e presta o de contas em contextos de autonomia PORTUGAL 2008a p 913 6 2 A POL TICA DE AVALIA O DE DESEMPENHO DOCENTE IMPLEMENTADA EM 2008 EM PORTUGAL Detalhamos aqui a pol tica de ADD implementada em 2008 trazendo antes os fundamentos pol ticos te ricos e legais de sua constitui o No decorrer da exposi o apontamos progressivamente os elementos que estiveram em maior disputa entre o ME e as organiza es sindicais docentes 6 2 1 O Programa do XVII Governo Constitucional 2005 2009 Com a elei o de Jos S crates PS a Primeiro Ministro em 24 02 2005 teve in cio o XVII Governo Constitucional 246 2005 2009 O Programa deste governo elaborado em 2005 revelava grande preocupa o com a situa o interna e externa do pa s anunciando como ambi o transformar o Portugal das fatalidades no Portugal das oportunidades PORTUGAL 2005a p 8 A meta era se aproximar de forma decidida e sustentada do n vel de desenvolvimento dos pa ses mais avan ados da Uni o Europeia PORTUGAL 2005a p 6 o que implicava dar respostas tanto aos problemas conjunturais da recess o econ mica quanto aos problemas estruturais que prejudica vajm a competitividade do Pa s e estavam na base do seu atraso PORTUGAL 2005a p 6 Contudo o governo alertava para o fato de que sua agenda pol tica n o se esgotava nas quest es econ micas embora as tenha tomad
476. ress o ensino de alta qualidade aparece tr s vezes nos dois primeiros par grafos do sum rio executivo do relat rio embora seu significado n o seja explicitado OCDE 2006 p 7 Os tempos verbais que a precedem nos tr s casos indicam que o ensino de alta qualidade n o uma realidade mas uma necessidade uma expectativa econ mico social do capitalismo contempor neo portanto algo vindouro que seria atingido se ao professor fosse dada prioridade nas agendas de pol ticas dos governos 96 Fica evidente que para a OCDE melhorar a qualidade da educa o ou alcan ar um ensino de alta qualidade passa por intervir sobre a qualidade da for a de trabalho docente OCDE 2006 p 8 Mas que sugest es a OCDE oferece aos pa ses para melhorar a qualidade da for a de trabalho docente O quadro a seguir apresenta um conjunto de estrat gias dentre as quais destacamos a AD Quadro 2 Estrat gias recomendadas pela OCDE para melhorar a qualidade da for a de trabalho docente Objetivo de Direcionado profiss o Direcionado a tipos Pol ticas docente como um todo espec ficos de professores e escolas Tornar a Melhorar a imagem e o Ampliar a oferta de doc ncia uma status da doc ncia professores potenciais op o de Melhorar a competitividade Tornar os mecanismos de carreira atraente salarial da doc ncia Melhorar as condi es de emprego Tirar partido de superabund ncia de pr
477. reto n 50 549 de 17 de fevereiro de 2006 Regulamenta e define crit rios para concess o do b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d provid ncias correlatas 2006c Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 92453 decreto 50549 06 ref home gt Acesso em 13 jan 2014 Decreto n 50 550 de 17 de fevereiro de 2006 Regulamenta e define crit rios para concess o do B nus Merecimento aos integrantes do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria da Educa o e d provid ncias correlatas 2006d Dispon vel em lt http www legislacao sp gov br legislacao dg280202 nsf Saeda0fl3cd3be5f83256cle00 423b1d 1e27d5f46a5021410325711b00645f6a 0OpenDocument gt Acesso em 13 jan 2014 Lei Complementar n 1 016 de 15 de outubro de 2007 Institui B nus Merecimento aos servidores do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria da Educa o e d outras provid ncias 2007a Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legisla o 91667 lei complementar 1016 07 gt Acesso em 13 jan 2014 Lei Complementar n 1 017 de 15 de outubro de 2007 Institui b nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias 2007b Dispon vel em lt http governo sp Jusbrasil com br legislacao 9 1 666 lei complementar 1017 07 gt Acesso em 11 dez 2013 Decret
478. rganiza es movimentam os interesses burgueses que representam por meio de consensos ativos com os governos alvo de suas a es As reformas de Estado por exemplo estimuladas pelo BM e o Fundo Monet rio Internacional FMI via programa neoliberal sobretudo para os pa ses da Am rica Latina na d cada de 1990 foram negociadas com as burguesias e governos de cada pa s O BM defende explicitamente a reforma do Estado em pa ses perif ricos como condi o para viabilizar o bom funcionamento dos mercados BORGES 2003 Acoplado a isso 4 Joseph Stiglitz 1998 p 7 um dos ex presidentes do BM afirmou que as medidas econ micas neoliberais assinadas sob o Consenso de Washington visavam a promover um Estado m nimo e n o intervencionista sendo para isso orientadas pelo princ pio de que os governos s o piores que os mercados STIGLITZ 1998 p 7 Apesar da autocr tica de Stiglitz sobre o pacote neoliberal suas recomenda es para a constru o de um novo consenso intitulado P s Consenso n o evidenciaram rupturas com o pensamento derramado no anterior ou seja ao mesmo tempo em que avaliou os limites do Consenso de Washington Stiglitz definiu o papel que o Estado por exemplo devia assumir sob o novo Consenso agir como um complemento do mercado pronto a responder aos seus fracassos Em suma o Estado devia se apresentar como um parceiro da classe burguesa colaborand
479. rma do Estado deve ser reivindicada pelos pr prios professores e ela daria sustenta o revolu o educacional que se basearia entre outras coisas na avalia o e certifica o do professor isso significa que o PSDB solicita indiretamente ao pr prio professor participa o e consentimento ativo para ser avaliado e certificado Seria uma forma sustentada de envolver o professor na implementa o daquela que uma das medidas mais pol micas entre a categoria docente e suas organiza es sindicais a avalia o do professor Segundo Mello 1990 p 20 a forma mais confi vel de avaliar se a escola est cumprindo seu papel de transmiss o do conhecimento a avalia o de resultados aferida pela aprendizagem do alunado Por consequ ncia uma pr tica inerente a este processo a avalia o daqueles a quem compete tal transmiss o ou seja os professores Num texto intitulado Escola n o partido do mesmo livro MELLO 1990 a autora refor a a fun o da escola como transmissora do conhecimento que traduz como sendo aquisi o de no es corretas sobre a origem a produ o e a mudan a do mundo f sico e da vida social dom nio da linguagem na sua forma culta como ferramenta para organizar e expressar o pr prio pensamento as pr prias emo es e compreender as express es dos outros dom nio de outras formas de comunica o e express o humanas como a m sica a liter
480. rno psdbista estimula os professores a trabalharem adoecidos e exp e sua concep o de qualidade do ensino como um produto vinculado diretamente presen a premiada do professor em sala Uma not cia veiculada em mar o de 2009 ilustrativa a respeito do peso das faltas inclusive m dicas na determina o do valor do b nus que tamb m leva em considera o para o c lculo o IDESP alcan ado pela escola em cada n vel de ensino Vejamos O pagamento do b nus para os servidores da Educa o que ocorrer no dia 30 de mar o de 2009 ter desconto de qualquer falta ocorrida no ano passado at mesmo aquelas justificadas com um atestado m dico segundo a Secretaria de Estado da Educa o As nicas aus ncias que n o reduzir o o valor do b nus ser o as seguintes licen as maternidade paternidade por ado o e as f rias At mesmo as licen as m dicas que foram aprovadas por um 215 perito do Estado e n o significam desconto no sal rio v o fazer com que o b nus seja menor Para a Educa o s os servidores que efetivamente trabalharam na escola e a ajudaram a melhorar s o os que ter o o benef cio NOGUEIRA FONSECA 2009 p 1 Essa l gica evidencia que o objetivo do governo paulista t o somente a redu o do custo professor EVANGELISTA SHIROMA 2007 objetivo que sobressai quando verificamos tamb m o alto ndice de professores tempor rios existente no Estado de SP Em 2010 esse
481. ro de manifestantes pois nada mudaria os rumos da pol tica literalmente imposta pelo governo aos professores Estava impl cita nesta ideia a oposi o da ministra FENPROF que ela considerava um verdadeiro obst culo pol tico sua gest o e s suas propostas educacionais A FENPROF uma organiza o combativa e que obt m diversas conquistas nas mesas de negocia o com o governo A cr tica da ex Ministra a esta entidade revela que o sindicato desejado para negocia o n o devia ser combativo mas colaborativo e parceiro do Estado A FENPROF apoiada por partidos de esquerda em Portugal e sua luta caracteriza se como classista Os v nculos com o Partido Comunista Portugu s conferem entidade um posicionamento cr tico em rela o s pol ticas educacionais vigentes e aos governos que as promovem A FENPROF manifesta oposi o ao conjunto das pol ticas educacionais empreendidas pelos dois partidos que se alternam historicamente no governo portugu s PS e PSD H uma preocupa o constante em participar das lutas mais amplas promovidas pela Confedera o Geral dos Trabalhadores Portugueses CGTP qual est vinculada e que tamb m bastante combativa e atuante no pa s Em SP por sua vez a APEOESP apresenta uma oposi o expl cita ao PSDB que governa o Estado h praticamente 20 anos Filiada CNTE e Central nica dos Trabalhadores CUT que tamb m apoiam o PT no governo federal h quase 1
482. ro do Magist rio e d outras provid ncias correlatas 2004a Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 161456 lei complementar 963 04 gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 966 de 16 de dezembro de 2004 Institui B nus Merecimento aos servidores do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria da Educa o e d outras provid ncias correlatas 2004b Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 91723 lei complementar 966 04 gt Acesso em 14 jan 2014 Decreto n 48 486 de 9 de fevereiro de 2004 Regulamenta e define crit rios para concess o do B nus aos integrantes do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias 2004c Dispon vel 385 em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 135865 decreto 48486 04 gt Acesso em 13 jan 2014 S O PAULO Lei Complementar n 983 de 29 de dezembro de 2005 Institui B nus Merecimento aos servidores do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE em exerc cio na Secretaria da Educa o e d outras provid ncias correlatas 2005a Dispon vel em lt http www Jegislacao sp gov br legisla o dg280202 nsf 589653da06ad8e0a83256cfb0050146b d1401a54b2198b23032 570f4005afDe6 FILE C 983 doc gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 984 de 29 de dezembro de 2005 Institui b nus aos integrantes do Quadro do M
483. rodu o quatro considera es que seriam reencontradas 186 ipsis litteris no Decreto n 52 719 de 14 de fevereiro de 2008 S O PAULO 2008b que regulamentou e definiu os crit rios para a concess o do b nus institu do pela Lei Complementar n 1 017 de 15 de outubro de 2007 S O PAULO 2007b Essas considera es sustentavam os crit rios adotados para pontua o assim como a pr pria necessidade do b nus como mecanismo supostamente indutor de melhorias na qualidade do ensino Nesse sentido o governo psdbista considerava importantes o envolvimento o compromisso e responsabilidade dos profissionais da educa o em a es conjuntas para o sucesso do processo educativo a participa o do Profissional no Programa de Forma o Continuada da Secretaria da Educa o a perman ncia do profissional da educa o na unidade de classifica o do cargo para maior integra o da equipe escolar e a assiduidade dos profissionais da educa o para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem S O PAULO 2008b p 1 Estes aspectos em sua totalidade sugerem explicitamente que o sucesso do processo educativo e o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem eram metas que para serem cumpridas necessitavam antes de tudo do envolvimento do compromisso da responsabilidade da participa o em forma o continuada fornecida estritamente pela SEE SP da perman ncia na mesm
484. rofessores e organiza es sindicais docentes a reformas educacionais o autor constata que os maiores obst culos ao aprimoramento s o pol ticos antes que t cnicos PURYEAR 1997 p 8 e refor a Um dos problemas com o debate sobre pol tica de educa o na Am rica Latina que ela enfatiza quest es t cnicas e ignora as pol ticas A verdade nua e crua que os problemas pol ticos s o muito mais dif ceis de se resolver O fracasso em se conseguir avan o mais r pido no aprimoramento da educa o se deve principalmente inabilidade ou relut ncia dos governos em enfrentarem os obst culos pol ticos reforma Montenegro 1995 PURYEAR 1997 p 8 Para sanar as lacunas ou defici ncias apontadas em rela o ao professor o autor prop e entre outras iniciativas de pol ticas o fortalecimento da profiss o de professor PURYEAR 1997 p 10 o que seria obtido entre outros aspectos com a 113 realiza o de um trabalho conjunto entre governo e sindicatos de professores no sentido de instaurar mecanismos de avalia o do desempenho docente Bons professores s o essenciais boa educa o e n o podem se desenvolver sem uma forte estrutura profissional A maior ajuda que os governos podem dar assegurarem que esta estrutura esteja implantada Deveriam trabalhar junto com os sindicatos de professores para estabelecer altos padr es profissionais e desenvolverem mecanismos pa
485. rofissionais do Magist rio embora n o se tenha a pretens o de com esse instrumento equacionar todas as quest es da profissionaliza o do Magist rio BRASIL 2003b p 11 Esta pol tica de valoriza o que tomaria a forma de uma gratifica o salarial mensal no valor aproximado de R 106 002 pelo per odo de cinco anos para fins de forma o cont nua estaria subordinada s disponibilidades or ament rias da Uni o BRASIL 20034 p 2 Nesse sentido n o apenas o valor da bolsa federal de incentivo forma o continuada BRASIL 2003a p 1 estaria condicionado pela capacidade or ament ria do Estado como tamb m o pr prio n mero de bolsas que seriam concedidas sobretudo porque o controle da concess o e pagamento ser ia feito por meio de um 2 O valor do sal rio m nimo em 2003 correspondia a 240 00 reais MOREIRA 2013 Uma bolsa de 106 00 reais significaria quase metade de um sal rio m nimo ou seja 44 17 de acr scimo salarial Levantamento realizado em 2001 indica que a m dia nacional dos sal rios pagos aos professores da rede p blica de R 530 00 e que 60 desses profissionais recebem em m dia R 360 00 mensais BRASIL 2003c p 7 145 cadastro nacional de professores a ser administrado pelo Minist rio da Educa o BRASIL 2003a p 1 Ora uma das quest es sempre enunciadas pelos OM e pr prios governos a inviabilidade de ampliar o sal rio da
486. rofissional do magist rio em seu campo de atua o S O PAULO 1997 p 3 7 O primeiro interst cio tem quatro anos de dura o e os seguintes tr s anos Com a Lei Complementar n 1 097 2009 foram criadas cinco faixas salariais S O PAULO 2009 159 que foi mantido qual seja o b nus AG NCIA FAPESP 2009 p 1 J para o ex Secret rio de Educa o Paulo Renato Souza a Lei Complementar n 1 097 2009 constituiu uma revolu o na carreira dos professores da rede estadual paulista que dever ter desdobramentos em todo o Brasil PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO DE S O PAULO 2009 p 1 Notamos ent o que na rede p blica de educa o b sica do Estado de SP a pol tica de avalia o de desempenho ou do m rito docente foi implantada em dois per odos 1978 1985 e 2009 2013 No ltimo ainda localizamos outra pol tica de avalia o a prova dos Admitidos em Car ter Tempor rio ACT Decreto n 53 037 de 28 de maio de 2008 Esta teve como finalidade a distribui o de aulas Entre os dois per odos mencionados o PSDB que governa o Estado de SP ininterruptamente desde 1991 inaugurou uma pol tica de avalia o docente distinta Institu do pelo Governador M rio Covas e a Secret ria de Educa o Rose Neubauer em 2000 o b nus ainda hoje sobrevive como pol tica educacional apesar de 1 n o evidenciar melhorias na qualidade do ensino e da educa o SOCORRO 2013 2 ter trocado de roupagem nes
487. romovessem protestos manifesta es greves em suma que estes se comportassem como almofadas em que o poder pudesse repousar a cabe a N o seremos esses sindicatos E n o seremos porque n o queremos 300 por n o ser esse o nosso papel por n o corresponder natureza da organiza o sindical por n o ser isso que os professores esperam e merecem dos seus Sindicatos e em particular da FENPROF N o ser por acaso que o grupo profissional dos docentes dos que apresenta uma das mais elevadas taxas de sindicaliza o NOGUEIRA 2008 p 9 Segundo a FENPROF o ECD que consagrava o novo modelo de ADD foi imposto margem de qualquer processo negocial o qual durante meses foi simulado para que a opini o p blica pensasse que de facto existia FENPROF 2008c p 11 Foi um processo distinto portanto daquele ocorrido em 1998 quando o ECD foi revisado com o acordo das organiza es sindicais assumindo a ADD naquele momento um car ter essencialmente formativo DIRIGENTE 3 As organiza es sindicais docentes entenderam o processo de negocia o como simula o porque as altera es permitidas circundavam somente aspectos formais deixando intacta a ess ncia do projeto Revelando uma arrog ncia que se vinha desenhando em todo o processo o governo manteve todos os grandes princ pios que afirmou nas primeiras reuni es tendo se limitado na grande maioria dos casos a apenas alterar meros
488. rovid ncias 2001d Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 91775 lei complementar 910 01 gt Acesso em 14 jan 2014 Decreto n 45 656 de 5 de fevereiro de 2001 Institui Men o Honrosa a integrantes do Quadro do Magist rio da Secretaria da Educa o e d provid ncias correlatas 2001e Dispon vel em lt http www Jegislacao sp gov br legislacao dg280202 nsf 5fb5269ed 17b47ab83256cfb00501469 589eb2635aflf3f103256d12006e804320pe nDocument gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 927 de 12 de setembro de 2002 Institui B nus Gest o s classes de suporte pedag gico do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias 20024 Dispon vel em lt http gov erno sp jusbrasil com br legislacao 91762 lei complementar 927 02 gt Acesso em 14 jan 2014 Lei Complementar n 928 de 12 de setembro de 2002 Institui B nus M rito s classes de docentes do Quadro do Magist rio e d outras provid ncias 2002b Dispon vel em lt http governo sp jusbrasil com br legislacao 91761 lei complementar 928 02 ref home gt Acesso em 13 jan 2014 Lei Complementar n 935 de 6 de dezembro de 2002 Institui B nus Merecimento aos servidores do Quadro da Secretaria da Educa o QSE e do Quadro de Apoio Escolar QAE e d provid ncias correlatas 2002c Dispon vel em lt http dobuscadireta imprensaoficial com br default aspx DataPublicacao 200212 078 amp Caderno EXECUTIVOYW 20SECA
489. rque diminuiu a sobrecarga de trabalho e desburocratizou o trabalho docente O fato de a pol tica portuguesa de Avalia o de Desempenho Docente n o ter sido suspensa n o significa que as organiza es sindicais docentes n o atuaram como obst culos pol ticos a elas N o s o os resultados de um processo que o definem N o estamos avaliando as organiza es sindicais docentes pelos seus resultados Embora 120 mil professores nas ruas de Lisboa n o tenham conseguido derrubar a ADD do ME eles alteraram os rumos da pol tica e mais do que isso fizeram hist ria no sindicalismo docente portugu s e mundial Independentemente do car ter da luta naquele momento se corporativa ou classista se ideologicamente org nica ou espont nea o importante foram os efeitos que o processo da luta produziu principalmente para aqueles que a constru ram como a compreens o da import ncia da unidade docente e sindical nos processos de luta Como visto a for a das organiza es sindicais docentes como obst culos pol ticos se ancora na base que a sustenta e promove Os governos diante dos sindicatos obst culos tentam desviar negociar fazer alian as ou coopta los Ao for ar esses governos a desenvolverem novas estrat gias as organiza es sindicais docentes se constituem em obst culos pol ticos n o qualidade da educa o ou ao desenvolvimento do pa s mas aos projetos de educa o delineados pela burguesia
490. rtida a varia o anual 2008 2007 podemos supor que em 2030 data limite estipulada pela SEE SP para as escolas atingirem as metas 7 0 6 0 e 5 0 respectivamente aplicando constantemente aqueles percentuais a cada cinco anos o IDESP se apresentaria hipoteticamente assim Quadro 16 IDESP hipot tico alcan ado por cada n vel em 2030 SP IDESP 2007 2012 2012 2017 2022 2027 Meta 2032 2030 1 5 32 51 4 28 5 67 7 51 9 95 7 0 13 18 6 9 1 57 2 50 2 46 2 42 2 38 6 0 2 34 Ensino 35 46 1 91 2 59 3 51 4 75 5 0 6 43 M dio Fonte Elabora o pr pria Diante dos percentuais constantes aplicados vemos no Quadro 16 que o resultado do primeiro n vel de ensino ultrapassaria a meta 7 0 no ano do bicenten rio 2021 O resultado do segundo n vel de ensino se distanciaria longamente da meta 6 0 estipulada para o final do 9 ano enquanto o resultado do terceiro n vel 3 ano do Ensino M dio alcan aria a meta 5 0 no ano do bicenten rio Os percentuais aplicados no primeiro e terceiro n veis s o valores em si significativos 32 51 e 35 46 que para serem objetivamente sustentados pelas escolas exigiriam um esfor o cont nuo de perman ncia e acr scimo que na pr tica invi vel n o pela incompet ncia daqueles que nessas escolas trabalham mas pela selvageria pr pria da l gica produtivista segregacionista individualista e competitivista
491. rtidos e Democracia em Portugal 1974 2005 da Revolu o ao Bipartidarismo Lisboa ICS Imprensa de Ci ncias Sociais 2007 JORNAL DA TARDE 232 mil servidores da Educa o ter o b nus no dia 10 S o Paulo 05 de fevereiro de 2005 Dispon vel em lt http w ww sao paulo sp gov br spnoticias lenoticia php id 60464 amp c 5 amp q 232 mil servidores da Educa E7 E30 terWE30 b F4nus no dia 10 gt Acesso em 14 jan 2014 JORNAL VOZ OPER RIA A situa o do sindicalismo no Brasil Entrevista com Armando Boito J nior 19 de novembro de 2012 Dispon vel em lt http Aw ww ihu unisinos br noticias 515628 a situacao do sind icalismo no brasil entrevista com armando boito junior gt Acesso em 12 fev 2014 360 KAORU Th mara LAZARINI Luciana Justi a amplia b nus de professor aposentado 14 01 2014 Agora Dispon vel em lt http www agora uol com br trabalho 2014 01 1397339 justica amplia bonus de professor aposentado shtml gt Acesso em 13 fev 2014 KAPOR Tatiana S Da cria o a primeira greve do magist rio APEOESP na sua primeira fase 1945 1963 IX Semin rio Nacional de Estudos e Pesquisas HIST RIA SOCIEDADE E EDUCA O NO BRASIL Universidade Federal da Para ba Jo o Pessoa 31 07 a 03 08 2012 p 1 14 Dispon vel em lt http www histedbr ae unicamp br acer histedbr seminario seminario9 PDF s 2 26 pdf gt Acesso em 12 jun 2014 LAZARINI Luciana Tire 25 d vidas sobre o b nus da Educ
492. rtugal em 2008 a OCDE declara A equipe de revis o encontrou um alto grau de generalizado consenso entre a profiss o docente de que uma significativa avalia o docente indispens vel Esta a maior conquista e fornece a base e o alcance para mudar em dire o a uma implementa o bem sucedida OCDE 2009 p 3 Entretanto as evid ncias contradizem a afirma o da OCDE de alto grau de generalizado consenso As duas grandes marchas de professores portugueses que ocorreram em 2008 tendo frente as organiza es sindicais reivindicavam intensamente entre outros aspectos a suspens o do modelo de ADD do ME Por isso devemos questionar por que tanto interesse da OCDE numa significativa avalia o docente Por que organiza es preocupadas sobretudo com a globaliza o da economia capitalista como a OCDE e o BM estimulam os No in cio dos documentos da OCDE comum encontrar o seguinte esclarecimento ou semelhante A OCDE um f rum nico no qual governos de 33 pa ses democr ticos trabalham juntos para enfrentar os desafios econ micos sociais e ambientais da globaliza o A OCDE est na vanguarda dos esfor os empreendidos para ajudar os governos a entender e responder s mudan as e preocupa es do mundo atual como a governan a a economia da informa o e os desafios gerados pelo envelhecimento da popula o A Organiza o oferece aos governos um marco a partir do qual este
493. rvidor trabalhar numa escola de grande porte com baix ssima porcentagem de abandono escolar e alunos com desempenho superior a 90 nos exames do SARESP N o dif cil perceber que pontuar bem e concomitantemente nestes aspectos era uma expectativa inalcan vel Nesse sentido o B nus Gest o cumpriu de fato uma fun o de incentivo seletivo tal como recomendado pelo BM DELLANOY SEDLACEK 2001 As tabelas a e b do Anexo II do decreto d o uma ideia dos valores poss veis do B nus Gest o Quadro 7 Pontua es e respectivos b nus dos servidores 2001 SP ANEXO Il TABELAS DE PONTUA O DO BONUS GESTAO a que se refere o Decreto n 46 168 de 9 de outubro de 2001 a Relativa aos servidores de que tratam os artigos 9 e 12 DIRETOR DE ESCOLA VICE DIRETOR DE ESCOLA ASSISTENTE DE DIRETOR DE ESCOLA PROFESSOR COORDENADOR PEDAGOGICO COORDENADOR PEDAGOGICO Pontua o Valor R Pontua o Valor R 310 1 000 00 310 850 00 11 15 1 500 00 11 15 1 275 00 16 18 2 000 00 16 18 1 700 00 19 21 3 000 00 19 21 2 550 00 22 24 3 500 00 22 24 2 975 00 25e 4 000 00 Be 3 400 00 DIRIC NAL DE ENSIN JPERVIDOR DE Pontua o Valor R Pontua o Valor R 0 10 1 000 00 at 10 1 000 00 11 12 2000 00 11 13 2 000 00 13 17 3 000 00 14 17 3 000 00 18 20 3 500 00 18 20 3 500 00 21e 4 000 00 Z1e 4 000 00 Fonte S o Paulo 2001a p 5 Os valores constantes da tabela a referiam se aos servidore
494. s n o se transformam em defensores de reformas simplesmente porque se lhes escuta ou se lhes dirigem campanhas de informa o PREAL 2000 p 3 Quando a Organiza o para a Coopera o e Desenvolvimento Econ micos OCDE avaliou a pol tica portuguesa de ADD em 2009 sugeriu que a resist ncia gerada por ela entre os professores n o passou de uma natural resist ncia mudan a tamb m provocada pela introdu o de uma nova cultura de avalia o nas escolas OCDE 2009 p 3 Para o BM e o PREAL os professores dificultam a reforma das escolas porque s o avessos s mudan as seus sindicatos em geral oposicionistas articulam se com partidos de esquerda para proteger os seus privil gios BARRETO LEHER 2003 p 40 Ainda segundo o BM e o PREAL os profissionais da educa o estiveram na linha de frente nas lutas contra as reformas neoliberais BARRETO LEHER 2003 p 40 Diante disso visando a remover estes obst culos os OM prop em e os governos utilizam a t tica de enfraquecer material e simbolicamente os professores quer dizer em vez de reajustar seus sal rios for am os professores a aceitar gratifica es de desempenho que pretensamente premiam os mais capazes e produtivos BARRETO LEHER 2003 p 40 41 Ent o dispondo de estrat gias de avalia o docente procuram intensificar o controle da disciplina do trabalho complexificando por sua
495. s desempenhos dos alunos seria estimulada com a cobran a e a responsabiliza o dos professores tal como defende Mello 1990 Ambos os autores situam a necessidade do governo vincular a progress o dos professores na carreira ao m rito o qual se expressaria nos resultados do trabalho docente Estes por sua vez encontrariam sua express o acabada nos resultados dos alunos nas avalia es nacionais e internacionais Nesse sentido para al m de dividir a carreira docente em duas categorias o ME apostou no estabelecimento de um regime de avalia o de desempenho mais exigente e com efeitos no desenvolvimento da carreira que permit isse identificar promover e premiar o m rito e valorizar a actividade lectiva PORTUGAL 2007a p 502 Objetivava assim assegurar uma avalia o efectivamente diferenciadora PORTUGAL 2007a p 502 distinta portanto do simples procedimento burocr tico PORTUGAL 2007a p 501 que supostamente existia anteriormente Segundo o ME um regime de avalia o docente baseado no m rito seria condi o essencial para a dignifica o da profiss o docente e para a promo o da auto estima e motiva o dos professores satisfazendo desse modo um dos objectivos expressos no Programa do XVII Governo Constitucional PORTUGAL 2007a p 502 Portanto a ADD continuou a ser um dos principais crit rios adotados pelo governo para viabilizar a progress o na carreira docente s
496. s o controle econ mico dos professores mas tamb m um controle pol tico ideol gico BARRETO LEHER 2003 A APEOESP sindicato que representa 180 mil associados se mobiliza h d cadas pela valoriza o do Magist rio defendendo Plano de Carreira digno e reajustes salariais para todos os trabalhadores Portanto contrap e se ao b nus e avalia o do m rito que implicam diferencia es salariais com as quais o PSDB pretende pisotear a isonomia salarial e qualquer sentimento de coletividade e solidariedade estabelecido entre e para al m dos 180 mil trabalhadores sindicalizados na APEOESP A prova do m rito que foi colocada pela SEE SP recentemente como optativa para os professores a partir de 2014 era avaliada pela APEOESP do seguinte modo esse sistema exclui pelo menos 80 da categoria e possibilita que professores com o mesmo cargo com a mesma forma o com o 222 mesmo tempo de servi o de uma mesma escola lecionando a mesma disciplina possam ter sal rios diferentes o que contra toda luta hist rica travada pela APEOESP por condi es salariais dignas e tamb m contraria o princ pio da isonomia salarial assegurado constitucionalmente Por essa raz o a APEOESP com as demais entidades do Magist rio discute a quest o no STF Supremo Tribunal Federal por meio de A o Direta de Inconstitucionalidade Al m disso outras medidas jur dicas est o sendo tomadas para igualar a situa o de todo
497. s da pol tica nacional de forma o certifica o e valoriza o do magist rio p blico BRASIL 2003d p 1 Por meio deste PL a autora propunha que os docentes do magist rio p blico inscritos em institui es ou programas de forma o docente credenciados pelo MEC pudessem candidatar se a programa federal de bolsas de estudo ou de cr dito educativo BRASIL 2003d p 2 Embora a ementa e o corpo do PL se refiram certifica o do magist rio a autora n o explica se esta bolsa viria no sentido de satisfazer a demanda levantada pela Portaria n 1 403 2003 de dar uma bolsa de incentivo forma o aos professores aprovados no Exame Nacional de Certifica o Ela tamb m n o esclarece os crit rios que seriam utilizados para selecionar os beneficiados O que define apenas a contrapartida que o professor deveria dar pelo recebimento da bolsa que seria exercer atividades de tutoria em escolas p blicas de ensino fundamental BRASIL 2003d Para a autora BRASIL 2003d p 3 a qualifica o dos professores e a sua motiva o seriam fatores decisivos para o sucesso do processo de ensino e logo tamb m para o sucesso da aprendizagem do aluno Diante disso mostrava preocupa o 153 com a m qualidade do ensino a crescente demanda de professores e a baixa atratividade da carreira docente no pa s Resultados de estudos desenvolvidos pela Universidade de Bras lia e pela Confedera o Nacio
498. s eficazes em colocar obst culos reforma Neste ambiente institucional cada organiza o sindical mais fraca e s pode negociar depois de coordenar suas a es Os problemas de a o coletiva associados fragmenta o sindical reduzem a capacidade dessas organiza es de bloquear as reformas CORRALES 2000 p 47 O peso que Corrales 2000 d s organiza es sindicais docentes como obst culos pol ticos que impedem ou dificultam a aprova o e implementa o de reformas educacionais supostamente orientadas melhoria da qualidade da educa o nos levou a analisar se esta caracteriza o se manifesta na concretude Apoiado em especialistas Corrales afirma que quando os custos de uma pol tica particular recaem direta e intensamente em grupos de interesses espec ficos e seus benef cios est o demasiado dispersos dif cil adot la PREAL 2000 p 1 Pol ticas particulares como as de avalia o e bonifica o docente produzem efeitos negativos que atingem diretamente professores e sindicatos mas seus propositores anunciam somente os supostos benef cios que compensar o toda a sociedade como mais qualidade na educa o Segundo Corrales PREAL 2000 p 1 as reformas educacionais orientadas a melhorar a qualidade da educa o beneficiam toda a sociedade mas seus custos levam os grupos atingidos a fazerem sentir sua presen a O primeiro grupo que Corrales 2000 cita como a
499. s em outros professores titulares de prefer ncia naqueles que pertencessem ao mesmo grupo de recrutamento dos docentes a avaliar PORTUGAL 2008b p 228 exig ncia que posteriormente foi realizada pelos pr prios avaliados uma vez que no in cio do processo de avalia o tal pertencimento n o era relevado 289 fazendo com que os avaliados pusessem em quest o a legitimidade tanto dos avaliadores quanto do processo de avalia o Por fim se algum dos avaliadores se ausentasse ou fosse impedido de cumprir o papel de avaliador a avalia o era garantida pela comiss o de coordena o da avalia o do desempenho PORTUGAL 2008b Entretanto se o sistema de ADD n o fosse aplicado por raz es imput veis aos avaliadores os mesmos tinham as suas respectivas fun es interrompidas podendo sofrer ainda eventual procedimento disciplinar PORTUGAL 2008b p 233 Al m de avaliar o pr prio coordenador de departamento curricular tinha o seu desempenho avaliado Um de seus avaliadores era o presidente do conselho executivo ou o diretor da escola ou ainda um membro da dire o executiva designado por ele PORTUGAL 2008b O coordenador de departamento curricular tamb m era avaliado por um inspector com forma o cient fica na sua rea designado pelo inspector geral da Educa o PORTUGAL 2008b p 232 O diretor da escola ou o presidente do conselho executivo avaliava os seguintes indic
500. s obtidos CASTILHO 2009 p 48 O autor defende que antes de dar mais forma o ineficaz aos professores preciso fazer mais com o mesmo ou seja priorit rio tirar partido das capacidades j instaladas que est o longe do esgotamento CASTILHO 2009 p 52 Segue o autor o que temos que fazer para que as horas de ensino existentes sejam produtivas O que temos que fazer para que estes professores com a forma o que t m gerem melhores resultados Muitos professores ter o car ncias de forma o mas se forem responsabilizados eficazmente supervisionados eficazmente e trabalharem com programas e m todos adequados n o precisam de mais forma o para produzir muito mais A fiscaliza o desapareceu A monitoriza o das aulas n o existe CASTILHO 2009 p 46 Desse modo para este autor melhorar os resultados dos alunos em Matem tica por exemplo n o passa por investir mais em forma o docente sen o pela responsabiliza o dos professores que est o no sistema pela monitoriza o 120 Santana Castilho foi consultor da UNESCO Uni o Europ ia e Banco Mundial em v rios projectos de mbito educacional Em regime liberal foi consultor de empresas e formador de quadros na rea da Gest o e da Avalia o de Desempenho CASTILHO 2009 p 320 267 permanente do desempenho das escolas e pela coragem de exigir CASTILHO 2009 p 31 Portanto a qualidade no
501. s os professores de modo que todos com as mesmas condi es subjetivas recebam seus sal rios acrescidos dos 25 em quest o APEOESP 2010b p 1 Para a Uni o Municipal dos Estudantes Secundaristas de S o Paulo UMES SP 2010 o governo Serra apostou numa pol tica salarial baseada no m rito porque n o reconhecia o direito do professor a aumento salarial Dessa forma insistia em congelar os sal rios dos professores em todas as faixas salariais criar um arremedo de plano de carreira indevidamente denominado de avalia o por m rito e submeter a mudan a de faixa ao resultado de uma prova UMES SP 2010 p 1 5 2 POSICIONAMENTOS E REA ES DOS SINDICATOS DE PROFESSORES DO ESTADO DE SP AS POL TICAS DE AVALIA O E BONIFICA O As pol ticas de bonifica o institu das pelos governos psdbistas a partir de 2000 enfrentaram desde logo a oposi o das organiza es sindicais docentes Para elas aqueles governos optam pelo b nus para n o atender as reivindica es de reajuste salarial da categoria docente Al m disso no entendimento dos sindicatos de professores o b nus fere o princ pio da isonomia salarial tanto entre ativos como entre ativos e inativos inviabilizando o seu recebimento por parte de aposentados e pensionistas Como principal sindicato dos trabalhadores do ensino p blico do Estado de SP atualmente com 180 mil s cios a APEOESP foi criada em 1945 mas a primeira greve
502. s podem comparar suas experi ncias pol ticas buscar respostas a problemas comuns 100 Estados a adotarem em suas agendas de pol ticas medidas como a AD Que media es explicam sua rela o com o projeto de sustenta o da hegemonia capitalista 3 2 OM COMO INTELECTUAIS ORG NICOS COLETIVOS DO CAPITAL A burguesia como uma das classes sociais fundamentais da sociedade capitalista antag nica ao proletariado conta com intelectuais org nicos que atuam no sentido de dinamizar seus interesses particulares em n vel global Em vista disso estes intelectuais se relacionam com o mundo da produ o atuando em dois planos organizativos e insepar veis ou seja naquilo que Gramsci chama de sociedade civil e sociedade pol tica ou Estado GRAMSCI 1982 p 10 11 Enquanto a ltima tem a fun o de dom nio direto ou de comando GRAMSCI 1982 p 11 a primeira oferece espa os institucionais classe dominante para disseminar a sua ideologia e com isso tentar obter o consenso das classes subalternas para assegurar a produ o e reprodu o de seu dom nio Os espa os institucionais referem se aos chamados aparelhos privados de hegemonia GRAMSCI 1982 que incluem entre outros partidos pol ticos sindicatos igrejas meios de comunica o de massa ACANDA 2006 sistemas escolares organiza es profissionais e institui es de car ter cient fico e art stico COUTINHO 2008
503. s que atuavam nas escolas e variavam segundo as pontua es obtidas pelos mesmos no conjunto dos quatro indicadores da avalia o de desempenho Os valores de bonifica o dos servidores listados ao lado direito da tabela correspondem sempre na mesma faixa de pontua o a 85 do valor do b nus do diretor de escola ou contrariamente o b nus do diretor em cada faixa sempre 11 76 maior que o dos demais servidores da escola evidenciando a centralidade que Rose Neubauer conferia ao gestor como elemento propulsor da 181 6609 mudan a educacional A tabela a evidencia ainda que cada valor de b nus em rela o ao imediatamente anterior aumentava progressivamente 50 33 33 50 16 67 e 14 29 Os ltimos dois aumentos evidentemente menos expressivos do que os anteriores mostram al m da dificuldade de alcan a los o reduzido est mulo dado aos trabalhadores da educa o para buscar as maiores pontua es Se o objetivo do governo era racionalizar os gastos certamente ele n o esbanjaria recursos pagando altos b nus Quanto tabela b seus valores referiam se aos servidores que atuavam nas Diretorias Regionais de Ensino e tamb m variavam de acordo com a pontua o obtida na avalia o de desempenho Entretanto neste segundo caso o indicador frequ ncia do servidor n o entrava no c lculo do b nus e sobre os outros tr s indicadores configura o e desempenho da escola e frequ ncia
504. se opondo pr pria melhoria da qualidade da educa o Nesse sentido o autor os define como obst culos pol ticos qualidade da educa o Contudo conv m problematizar o car ter de classe das reformas educacionais propostas pelo Estado capitalista e a concep o de qualidade da educa o que as justifica e que orienta os reformadores para assim compreender quem s o de fato os verdadeiros obst culos qualidade da educa o Como explicou o Dirigente 3 organiza es sindicais docentes como a FENPROF n o se op em a qualquer reforma educacional mas quelas que assumem uma perspectiva burguesa isto oposta aos interesses dos trabalhadores As organiza es sindicais docentes portuguesas se opuseram pol tica de ADD do ME porque ela prejudicou a vida e o trabalho dos professores das escolas a aprendizagem dos alunos em suma a qualidade da educa o Portanto na perspectiva dos professores e sindicatos os verdadeiros obst culos qualidade da educa o n o foram as organiza es sindicais docentes sua fragmenta o e diversidade pol tico ideol gica Estas inclusive foram secundarizadas em nome da luta quando houve a necessidade de constituir uma Plataforma Sindical de Professores em dois momentos distintos da hist ria educacional portuguesa Para os professores e suas organiza es sindicais os verdadeiros obst culos qualidade da educa o foram o governo portugu s e seu conjunto de pol t
505. ses de suporte pedag gico 2005 B nus Quadro do Regulamentado pelo Decreto n Geraldo 1 200 00 a L C n 984 de Magist rio 50 549 de 17 02 2006 Alckmin 10 000 00 29 12 2005 Classes de Avalia resultados das a es PSDB Docentes e de desenvolvidas na escola frequ ncia Gabriel 406 Suporte exig ncia de no m nimo 200 dias de Chalita Pedag gico exerc cio para professores e de no PSDB m nimo 200 dias dos quais 180 consecutivos para classes de suporte pedag gico participa o no Programa de Forma o Continuada da Secretaria de Educa o 2006 B nus Quadro do Regulamentado pelo Decreto n Cl udio 1 200 00 a 326 9 L C n 1 006 Magist rio 51 564 de 12 02 2007 Lembo 6 500 00 milh es de 21 12 2006 Avalia resultados das a es PFL desenvolvidas na escola frequ ncia Gabriel exig ncia de no m nimo 200 dias de Chalita exerc cio para professores e de no PSDB m nimo 200 dias dos quais 180 consecutivos para classes de suporte pedag gico participa o nos Programas de Forma o Continuada da Secretaria de Educa o 2007 B nus Quadro do Regulamentado pelo Decreto n Jos Serra 1 200 00a L C n 1 017 Magist rio 52 719 de 14 02 2008 PSDB 7 500 00 de 15 10 2007 Avalia resultados das a es Maria desenvolvidas na escola frequ ncia Helena G exig ncia de no m nimo 200 dias de de Castro exerc cio para professores e de
506. seus membros deixem de ser um reflexo de seu m rito individual e passem a ser resultado de seu pertencimento a alguma categoria que possa ser facilmente agreg vel e discern vel como ter x anos de experi ncia ou ter feito uma p s gradua o por exemplo pois s assim poss vel estabelecer negocia es salariais coletivas IOSCHPE 2011 p 2 Com esta e outras afirma es incisivas o economista brasileiro se revela um convicto defensor da ideia de que somente medidas diferenciadoras como a avalia o e a remunera o por produtividade produzem qualidade na educa o Para Ioschpe 2011 p 3 aumentos salariais coletivos s o uma ferramenta ineficaz na melhoria da qualidade da educa o e garante Quem defende aumento de remunera o sem esperar nenhuma contrapartida em termos da 50 Banco Interamericano de Desenvolvimento 118 qualidade do servi o est subvertendo uma das leis basilares da economia a que estabelece que remunera es s o proporcionais produtividade do trabalhador Americanos e europeus n o ganham quatro ou cinco vezes mais do que n s porque seus patr es s o bonzinhos mas porque isso que produzem Basta ver os dados da Organiza o Internacional do Trabalho o trabalhador brasileiro produz por hora trabalhada um quinto do que produz o americano Se usarmos o crit rio de produtividade e renda nominal para balizar a remunera o dos nossos profissiona
507. sindicais representativas dos trabalhadores desse setor como a Associa o de Professores Aposentados do Magist rio P blico do Estado de S o Paulo APAMPESP o Sindicato dos Funcion rios da Rede Estadual de Educa o AFUSE o Sindicato dos Supervisores do Magist rio do Estado de S o Paulo APASE o Centro do Professorado Paulista CPP e o Sindicato dos Diretores e Especialistas do Magist rio Oficial UDEMO GEROLOMO 2009 169 reivindicava no m nimo cinco m nimos APEOESP 2014 p 9 TUCKMANTEL 2002 p 70 Tal valor correspondia poca considerando o novo sal rio m nimo de ent o R 151 00 a R 755 00 No in cio do m s de junho de 2000 a APEOESP e demais organiza es sindicais iniciaram uma greve de 43 dias para entre outros motivos denunciar as pol ticas educacionais do governo Covas A citada promessa de campanha do governo Covas e o resultado da luta promovida pelas organiza es sindicais n o se materializaram na forma de reajuste salarial mas sob uma recompensa financeira m nima de R 750 00 aos professores cumpridores das condi es legais para o recebimento do B nus M rito Em entrevista concedida Folha de S Paulo no dia 26 de maio de 2000 Rose Neubauer afirmou que n o dava para o governo Covas destinar 75 do or amento estatal para folha de pagamento pois isso arriscava o mandato dele ATHIAS OLIVEIRA 2000 Segundo a ex Secret ria na poca Covas gastava 63 com pess
508. so em 10 mai 2013 PRESID NCIA DA REP BLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JUR DICOS Lei n 11 273 de 6 de fevereiro de 2006 Autoriza a concess o de bolsas de estudo e de pesquisa a participantes de programas de forma o inicial e continuada de professores para a educa o b sica Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Ato2004 2006 2006 Lei L11273 htm gt Acesso em 13 abr 2013 C MARA DOS DEPUTADOS COMISS O DE EDUCA O E CULTURA Gast o Vieira Projeto de Lei n 1 088 de 2007 Altera a Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 para instituir o exame nacional de certifica o como pr requisito para o exerc cio do magist rio na educa o b sica e d outras provid ncias 2007a Dispon vel em lt http www2 camara gov br gt Acesso em 29 abr 2013 380 BRASIL SENADO FEDERAL Wilson Matos Projeto de Lei do Senado n 403 de 10 de julho de 2007 Institui o Exame Nacional de Avalia o do Magist rio da Educa o B sica ENAMEB 2007b Dispon vel em lt http legis senado gov br mate pdf 10659 pdf gt Acesso em 28 mar 2013 SENADO FEDERAL Cristovam Buarque Projeto de Lei do Senado n 319 de 20 de agosto de 2008 Cria o d cimo quarto sal rio dos profissionais da educa o da rede p blica e d outras provid ncias 2008 Dispon vel em http www senado gov br atividade materia getTexto asp t 13898 amp c RTF amp tp 1 gt Acesso em 6 fev 2013 MINIS
509. ssembleias e atos p blicos denunciando a farsa do governo que n o apresentou proposta de reajuste e manteve a mobiliza o pelo atendimento das reivindica es reajuste salarial j incorpora o das gratifica es do pr mio e do b nus ao piso com extens o aos aposentados com perspectiva do piso do DIEESE defini o e cumprimento da data base anistia das faltas da greve de 2000 m ximo de 35 alunos por sala de aula APEOESP 2014 p 15 Em setembro de 2005 a press o dos professores levou o governo a anunciar um reajuste de 15 sobre o sal rio de ativos e aposentados APEOESP 2014 Entretanto excluiu os aposentados quando criou a Gratifica o por Atividade do Magist rio que foi destinada somente aos professores da ativa APEOESP 2014 p 16 Essa gratifica o representou um acr scimo percentual de 15 sobre a retribui o mensal dos ativos APEOESP 2014 Em 2007 diante da in rcia do governo que n o apresentou qualquer proposta os professores junto com a APEOESP deram continuidade campanha salarial APEOESP 230 2014 p 18 A APEOESP obteve uma importante vit ria no que se refere extens o do b nus para os aposentados ganhou no Tribunal de Justi a do Estado mandado de seguran a coletivo para que os professores aposentados at 1 de dezembro de 2002 recebessem o b nus m rito e o b nus gest o APEOESP 2014 p 18 Em 24 de agosto de 2007 foi realizad
510. sso ideol gico forte com o Regime Jur dico nico RJU que rege todo o setor p blico brasileiro e limita muito a possibilidade de premiar o bom desempenho verificado por um sistema de avalia o profissional O fato de o ensino ser p blico e 219 gratuito n o significa que n s n o podemos ter uma legisla o que incentive os professores e as escolas que apresentem melhor desempenho CASTRO 2007 p 8 9 A cr tica rigidez da legisla o como empecilho flexibiliza o salarial dos professores e demais trabalhadores da educa o refor ada pela autora em outra passagem de forma clara preciso reestruturar os incentivos para as escolas os diretores de escola os professores e a supervis o O tamanho do sistema muito grande A legisla o dificulta melhorar a gest o do sistema a gest o da escola e a gest o da sala de aula O efeito cascata muito grande porque pega a todos com a atual estrutura das carreiras Se o sal rio do diretor aumenta numa rede p blica como a de S o Paulo abrange 5 400 diretores com cascata para todos os diretores inativos Um aumento para os diretores gera demanda inexor vel para aumentar os sal rios de todos os 250 mil professores de S o Paulo com obriga o de aumentar tamb m as aposentadorias de todos os inativos que podem ser mais de outro 150 mil tamb m inclu dos na folha de pagamento da Secretaria de Educa o CASTRO 2007 p 8 Ent o a
511. sso vai beneficiar seus alunos Quando os professores se sentem afogados em burocracia em pap is que t m m ltiplas solicita es sabem que h uma coisa que poder ficar para tr s quando aquela que deveria ir para frente que o trabalho com os seus alunos a qualifica o desse trabalho a prepara o de materiais de atividades etc Por vezes para n o falhar nas partes burocr ticas para n o deixar de entregar o papel n 1 o papel n 2 etc falha se naquilo que n o se poderia falhar Isso come ou a mexer tanto com os professores que levou ao que levou no dia 08 03 08 e ainda em maior n mero no dia 08 11 08 DIRIGENTE 1 Assim as grandes marchas que foram realizadas em 2008 bem como outras a es sindicais no per odo foram movidas por v rias reivindica es n o apenas pela revoga o do ECD e pela suspens o da ADD Quest es mais amplas como emprego sal rio carreira e condi es de trabalho completaram as reivindica es dos professores indicando que em parte n o se tratava de uma luta corporativa embora se circunscrevesse aos limites da luta econ mica por n o visar supera o do trabalho assalariado Al m dessas quest es explica a FENPROF 2008 p 6 a luta dos professores se orientava para a qualidade do ensino os 307 alunos e toda a comunidade educativa A defesa de melhores condi es de trabalho e remunera o esclarece o Dirigente 1 n o choca co
512. ssores para obter o seu consenso Por m contrariando o discurso de democracia e participa o os ltimos governos de S o Paulo e Portugal encabe ados respectivamente por Geraldo Alckmin PSDB 2011 2015 e Jos S crates PS 2006 2010 t m evitado negociar com as organiza es representativas dos trabalhadores da educa o Quando h negocia o ela assume um car ter meramente formal pois os governos simplesmente ignoram as propostas e demandas reivindicativas das organiza es sindicais docentes sob as justificativas de que elas s o corporativas n o visam melhorar a qualidade da educa o e demandam recursos financeiros gigantescos para serem atendidas Por sua vez nos contextos onde n o h negocia o portanto onde o conflito entre sindicatos de professores e governos se acirra como aconteceu em SP em outubro de 2013 os ltimos intimidam e reprimem com tropa de choque g s 329 lacrimog nio e balas de borracha os docentes e dirigentes sindicais que manifestam publicamente via greves atos p blicos e passeatas seu descontentamento e desacordo com a falta de di logo do governo em torno de sua pauta de reivindica es Nesse sentido tais governos se interp em como obst culos pol ticos qualidade do ensino uma vez que n o negociam a pauta de reivindica es dos professores que eles mesmos consideram os protagonistas da revolu o educacional e reprimem o seu direito de manife
513. st of Low Educational Performance 2010 Dispon vel em lt http www oecd org dataoecd 11 28 44417824 pdf gt Acesso em 22 mai 2013 PALAMIDESSI Mariano Sindicatos docentes y gobiernos conflictos y di logos en torno a la reforma educativa en Am rica Latina 2003 Dispon vel em lt http www ub edu obipd PDF 20docs A spectes 20laborals Publicacions SindicatosY 20docentes 20y 20 gobiernos Palamidessi M pdf gt Acesso em 13 jun 2014 366 PALAMIDESSI Mariano LEGARRALDE Martin Sindicalismo docente gobiernos y reformas educativas en Am rica Latina y el Caribe condiciones para el di logo 2006 BID Di logo Regional de Pol tica Red de Educaci n Dispon vel em lt http publications iadb org handle 11319 5889 locale attribute es gt Acesso em 12 jun 2014 PALAMIDESSI Mariano LEGARRALDE Mart n Teachers Unions Governments and Educational Reforms in Latin America and the Caribbean Conditions for Dialogue 2006 Dispon vel em lt http ww w iadb org en publications publication detail 7101 html id 9231 gt Acesso em 01 mai 2013 PSDB PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Programa Partid rio vers o aprovada no III Congresso Nacional sujeita a ajustes finais 23 de novembro de 2007 Dispon vel em lt http www psdb org br wp content uploads 2010 04 Programa PSDB _2007 pdf Acesso em 05 mai 2013 PATTO Maria H S O fracasso escolar como objeto de estudo anota es sobre as carac
514. starem se por meio de greves manifesta es e atos p blicos Desse modo o convite dos governos para que os sindicatos de professores participem de comit s de governan a das pol ticas antes de significar qualquer sinal de democracia real configura no capitalismo contempor neo uma tentativa de cooptar uma parcela de organiza es sindicais que representa um n mero mundialmente expressivo de trabalhadores e que se coloca potencialmente como obst culo pol tico s reformas educacionais demandadas por representantes das burguesias nacional e internacional A inten o e a tentativa de governos de cooptar as lideran as sindicais por outro lado buscam promover o colaboracionismo de classes ou a coes o social no campo educativo para garantir a produ o da sociabilidade necess ria para a reprodu o do modo de produ o capitalista Com isso a burguesia por meio do Estado pretende frear a organiza o coletiva dos trabalhadores da educa o para mant los nos limites da luta econ mica A organiza o coletiva dos trabalhadores por meio de suas entidades de classe se torna mais amea adora para a burguesia em tempos de crise pois esta produz a acentua o dos problemas sociais pol ticos econ micos educacionais bem como a crescente inviabilidade de solu es para esses mesmos problemas que s o inerentes l gica contradit ria do capital As crescentes manifesta es de insatisfa o e revolta de segmen
515. ste decreto e o crit rio dos 120 dias Essa m dia era calculada a partir do total de pontos de frequ ncia obtido pelos professores e o n mero de professores avaliados na escola S O PAULO 2001a J para aferir a frequ ncia do servidor a 179 consecutivos de exerc cio permitem a formula o das mais diversas probabilidades de pontua o V se por exemplo que as escolas maiores de partida j contavam com mais pontos que as menores Mas escolas maiores possuem mais professores e mais alunos portanto maiores probabilidades de aus ncias e de abandono escolar respectivamente O abandono escolar um indicador que se soma aos resultados do SARESP no c lculo do ndice de Desenvolvimento da Educa o do Estado de SP IDESP e do ndice de Cumprimento de Metas IC que serve a partir de 2008 para a bonifica o das equipes escolares Por isso escolas cujos alunos t m melhores resultados nos exames podem ter um IDESP inferior caso o abandono escolar seja um fen meno crescente ou expressivo em seu meio Desse modo observa se que mesmo que a frequ ncia do servidor e a de todos os professores fossem os crit rios centrais para a bonifica o do primeiro a absoluta assiduidade ou o absoluto cumprimento da jornada de trabalho por parte de todos n o garantia um B nus Gest o de valor superior Basta ver por exemplo que se o servidor n o apresentasse nenhuma aus ncia ele obtinha 5 cinco pontos no i
516. sto que esta sustenta a propriedade capitalista Do mesmo modo as lutas pol ticas em torno do poder de governar e dominar ou seja as lutas em torno das institui es do Estado devem se estender aos poderes pol ticos privatizados pela esfera econ mica WOOD 2003 A autora argumenta que os poderes de apropria o do capital podem ser subvertidos pela crescente necessidade que ele tem da presen a do Estado para dar conta de fun es sociais que ele abandonou para compensar os efeitos anti sociais gerados por esse abandono e para remediar as crescentes crises do sistema capitalista WOOD 2003 p 49 Em sua compreens o se os v nculos entre o Estado e os objetivos anti sociais do capital ficarem evidentes o Estado pode se tornar um alvo de luta para a classe trabalhadora Por efeito o particularismo e o economicismo da luta de classes tamb m podem ser superados WOOD 2003 A li o estrat gica que aprendemos da privatiza o do poder pol tico ou seja da apropria o de fun es pol ticas do Estado pela classe burguesa segundo Wood 2003 que a luta de classes em fun o disso n o pode se concentrar na esfera econ mica Porque o Estado divide fun es pol ticas com a classe apropriadora n o significa que ele deixa de ser o centro do poder e o alvo da luta O poder n o foi difundido para a sociedade civil na acep o marxista Esta divis o de fun es significa antes que
517. t culos qualidade da educa o portuguesa Para justificar a necessidade de uma altera o profunda no regime de progress o na carreira alegou que com o decorrer do tempo e pela forma como foi apropriado e aplicado este ECD acabou por se tornar um obst culo ao cumprimento da miss o social e ao desenvolvimento da qualidade e efici ncia do sistema educativo transformando se objectivamente num factor de degrada o da fun o e da imagem social dos docentes Para tanto contribuiu em particular a forma como se concretizou o regime de progress o na carreira que deveria depender do desenvolvimento das compet ncias e da avalia o de desempenho dos professores e educadores a avalia o de desempenho com raras excep es apenas converteu se num simples procedimento 2007a p 528 Ao professor titular tamb m cabia cumprir as fun es da categoria de professor PORTUGAL 2007a 260 burocr tico sem qualquer conte do Nestas condi es a progress o na carreira passou a depender fundamentalmente do decurso do tempo indiferencia o de fun es determinada pelas pr prias normas da carreira veio associar se um regime que tratou de igual modo os melhores profissionais e aqueles que cumprem minimamente ou at imperfeitamente os seus deveres Nestes termos n o foi poss vel exigir dos professores com mais experi ncia e maior forma o usufruindo de significativas redu es das suas o
518. ta o e as repercuss es da luta sindical sobre essas pol ticas Para atingir este objetivo estabelecemos os seguintes objetivos espec ficos a analisar as recomenda es de avalia o docente em documentos de OM b conhecer as vis es dos OM sobre as organiza es sindicais docentes c conhecer pol ticas e propostas de avalia o docente no Brasil e em Portugal especificamente o modelo portugu s implementado em 2008 e as pol ticas de bonifica o institu das desde 2000 em SP d identificar as estrat gias utilizadas pelos governos para implementar suas pol ticas de AD nos dois contextos e e identificar os posicionamentos e as rea es das organiza es sindicais s pol ticas de AD bem como as repercuss es da luta sindical sobre elas 1 3 HIP TESE O estudo das pol ticas de AD desenvolvido desde o in cio do curso de mestrado em 2007 e o foco nas rela es dessas pol ticas com o movimento sindical possibilitou levantar a hip tese central do trabalho As organiza es sindicais docentes se op em a pol ticas de avalia o docente constituindo se por isso em obst culos pol ticos Por outro lado tem sua participa o convocada pelo Estado para o aperfei oamento e desenvolvimento concreto dessas pol ticas O direcionamento das a es sindicais de apoio ou resist ncia influencia o desenvolvimento da pol tica que pode tomar rumos distintos isto pode ser mantida 41 aperfei o
519. ta enquanto p de funcionar a FENPROF tudo fez para que ela funcionasse Entendeu que ali de fato era vantajoso para a classe criar o m ximo de uni o entre as organiza es tamb m Depois com o passar do tempo e designadamente com entrada em fun es deste novo governo PSD em 2011 j n o foi f cil a sua unidade apesar das medidas serem graves N o foi mesmo exequ vel constituir uma Plataforma na medida em que a FNE nunca aceitou integrar a es conjuntas com a FENPROF em fun o de uma maior proximidade com o atual governo com os partidos do atual governo PSD E CDS PP Partido do Centro Democr tico Social Partido Popular Mas durante algum tempo foi significativa essa 317 interven o e de fato partiu da inten o de criar essa uni o ao n vel das organiza es uma uni o que j se verificava entre os professores nas escolas DIRIGENTE 1 Apesar da exist ncia de uma multiplicidade de organiza es sindicais de professores em Portugal Ap ndice A umas mais representativas outras nem tanto naquela conjuntura esclarece o Dirigente 1 elas deixaram de lado suas diverg ncias pol tico ideol gicas para se articularem e constru rem uma luta comum haja visto que o alvo era explicitamente comum a revoga o do ECD e a suspens o da ADD Nota se que esta unidade tamb m foi poss vel porque quem governava e alastrava a indigna o na categoria docente era o PS De acordo com o
520. ta Catarina S o Paulo Rio de Janeiro Esp rito Santo Minas Gerais Goi s Bahia Sergipe Para ba Cear e Distrito Federal Pa s onde realizamos um Est gio Sandu che em 2012 pelo per odo de um ano para estudar o processo de resist ncia das organiza es sindicais pol tica de avalia o de desempenho docente institu da em 2008 7 Pesquisas e publica es sobre a realidade educacional peruana e as tens es em torno da carreira docente que englobam a avalia o docente podem ser encontradas no Blog do professor Sigfredo Chiroque Chunga http www schiroque blogspot pt 8 Como reconhece um dos maiores ide logos da avalia o docente na Am rica Latina o Programa de Promo o da Reforma Educativa da Am rica Latina e Caribe PREAL no Equador as avalia es a docentes n o s o aceitas por todos alguns atores incluindo a 32 aspectos como os instrumentos e crit rios de avalia o utilizados a escolha dos avaliadores o uso dos resultados o car ter excludente responsabilizador e discriminador das pol ticas entre outros A pesquisa de campo por mim realizada em Salvador Bahia Brasil durante o curso de mestrado SCHNEIDER 2009 tendo como foco a pol tica de certifica o docente evidenciou que a realiza o de um exame para professores da educa o b sica como crit rio para promo o na carreira gerou entre os mesmos ang stia inseguran a desconfian a revolta sentimento de
521. te muito mais empenhado para conseguir obter resultados E mesmo assim esse professor pode ter se empenhado e daqueles vinte e cinco alunos daquela turma sete acabarem o ano com n vel negativo Mas sete com n vel negativo E como eles ali chegaram Como eram estes alunos e de que forma o professor os transformou Pode haver outro professor que chega ao fim do ano com muitos alunos com n vel negativo e poucos com n vel quatro ou cinco 287 Mas como eles l chegaram At pode ter alunos que terminam com n vel quatro e que antes eram melhores N o quer dizer que o professor os tenha prejudicado Vamos admitir tamb m que possa ter havido baixa de rendimento dos alunos por a o ou por falta de determinadas a es do professor e no entanto os resultados s o suficientes Mas os alunos pioraram e com outro professor quando os resultados globalmente n o s o diferentes os alunos melhoraram e muito A escola diferente Dentro de cada escola h turmas diferentes Dentro de cada turma h alunos diferentes DIRIGENTE 1 Os objetivos individuais estabelecidos entre professor e avaliadores eram fixados a partir de um acordo entre eles O professor inicialmente apresentava uma proposta redigida de forma clara e rigorosa PORTUGAL 2008b p 227 visando a aferir o seu contributo para a concretiza o dos objetivos e metas fixados no projeto educativo e no plano anual de atividades da escola Caso n o houvesse
522. te percurso cinco vezes como mostram as in meras Leis Complementares e suas respectivas regulamenta es 3 ter se deparado em 2011 com o fracasso da experi ncia nova iorquina de responsabiliza o que lhe o governador do Estado de Santa Catarina Jos Raimundo Colombo PSDB tamb m pretende instituir a meritocracia para os professores do Estado O Sindicato dos Trabalhadores da Educa o de Santa Catarina SINTE SC se posicionou contr rio meritocracia SINTE SC 2013 sendo esta contraposi o uma das bandeiras levantadas pelo sindicato na conjuntura de luta que se desenvolve desde 2013 Em 2001 a cidade de Nova Iorque elegeu como prefeito Michael Bloomberg um dos homens de neg cios mais ricos do mundo RAVITCH 2010 Em sua campanha pol tica Bloomberg sustentou que o sistema educacional nova iorquino se encontrava em estado de emerg ncia Em sua vis o era preciso transformar as escolas p blicas em escolas de sucesso Para isso combateu os sindicatos de professores realizou reformas de gest o e estabeleceu incentivos pagamento por m rito merit pay testes padronizados e medidas de responsabiliza o RAVITCH 2010 Segundo Ravitch 2010 as reformas foram aplaudidas em n vel nacional e internacional Em 2003 George Bush presidente dos Estados Unidos EUA instituiu a 160 serviu de inspira o 4 contar com a antipatia do atual Secret rio de Educa o Herman Voorwald REVISTA EDUCA
523. ter sticas de um discurso Cad Pesq S o Paulo 65 72 77 maio 1988 Dispon vel em lt http www fec org br pesquisa publicacoes cp arquivos 708 pdf gt Acesso em 13 jan 2014 PELLEGRINI Denise GROSSI Gabriel P A forma o docente prioridade para o Minist rio Entrevista com Fernando Haddad Revista Nova Escola Edi o 216 Out 2008 Dispon vel em lt http revistaescola abril com br formacao formacao inicial formacao docente prioridade ministerio 423221 shtml gt Acesso em 23 jul 2011 PEREIRA Irina B Avalia o do desempenho docente e conflitos profissionais ensaio de um enquadramento e explora o de evid ncias sobre o caso portugu s Lisboa CIES ISCTE 2009 Dispon vel em lt https repositorio iscte iul pt handle 10071 1256 gt Acesso em 13 jun 2014 PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO DE S O PAULO Serra cria o Programa de Valoriza o pelo M rito 27 10 09 Dispon vel em lt http www saopaulo sp gov br spnoticias lenoticia php id 205640 gt Acesso em 27 abr 2013 367 PREAL FUNDACI N ECUADOR GRUPO FARO Cambio educativo o educaci n por el cambio Informe de progreso educativo Ecuador Dezembro de 2010 Dispon vel em lt http www preal org Archivos Preal 20Publicaciones 5CInformes 20de 20Progreso 20 Educativo 5CInformes 20Nacionales IPE_ecuador2010 pdf gt Acesso em 13 jan 2014 PREAL Obst culos Pol ticos en la Implementaci n de las Reformas Educativas Mar o de 2000
524. the preconceived idea that views teachers as a barrier to change and unions as the center of the resistance against reform PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 8 121 Existe uma tend ncia natural de resistir a ser objeto de avalia o dos outros especialmente quando a natureza da avalia o n o clara e a sabedoria e objetividade dos outros pode ser question vel necess rio empregar um tipo de marketing social e vender a ideia da accountability queles que ser o objeto da mesma H duas raz es para isso 1 reduz a oposi o ao estabelecimento da accountability ao deixar claro que seu fim construtivo e 2 ajuda a informar e persuadir os professores a respeito de seu papel na melhoria da educa o Os professores s o centrais no processo educativo e necessitam de aceitar o desafio de melhorar seu pr prio desempenho De outro modo a accountability ser percebida como um processo coercitivo imposto desde fora e ser resistido e minado a cada passo Idealmente os professores ou seus representantes devem ter um papel genu no no desenho e na implementa o de um sistema de accountability Isto implicaria gastar tempo e recursos para estabelecer o sistema no lugar da simples emiss o de um decreto mas ajudaria a perceber o sistema como aceit vel e leg timo aos olhos dos mais afetados por ele Existe a tend ncia entre os respons veis das pol ticas na Am rica Latina de pensar que uma vez promu
525. tingido pelos custos dessas reformas o sindicato de professores que em sua vis o perderia privil gios e teria que assumir a responsabilidade pelos resultados Para o autor PREAL 2000 p 1 existe uma alta probabilidade de os perdedores ou atingidos pelas reformas se organizarem para bloque las No caso de Portugal e de SP os 38 professores e seus sindicatos t m se oposto veementemente s pol ticas de ADD e de bonifica o docente As rea es e posicionamentos observados em nossa empiria e destacados em documentos de intelectuais burgueses fizeram nos adotar o termo obst culos pol ticos para designar aquelas organiza es O termo foi atribu do por um intelectual burgu s CORRALES 2000 que procurou identificar o que impedia politicamente o sucesso das reformas educacionais neoliberais e tra ou estrat gias para os governos utilizarem no sentido de dissolver esses obst culos Baseando se na experi ncia de v rios pa ses que t m sido capazes de superar os obst culos pol ticos PREAL 2000 p 2 o autor elenca algumas estrat gias que permitem aumentar as probabilidades de xito na implementa o das reformas Mencionamos aqui apenas aquelas que se referem diretamente aos sindicatos de professores Al m da fragmenta o externa das organiza es sindicais docentes outra estrat gia que os governos ou reformadores poderiam adotar para construir consenso na vis o de Corrales
526. tivas pontua es dos servidores 2008 SP Crit rios de avalia o dos Pontos Crit rios de avalia o Pontos integrantes das classes de dos docentes suporte pedag gico N mero de alunos da escola 1 10 Taxas de aprova o 1 5 Taxas de aprova o 1 5 reprova o e abandono no reprova o e abandono ano de 2007 no ano de 2007 Participa o no curso de 0 2 Participa o no Programa 0 2 Capacita o de Gestores de Educa o Continuada Escolares Pr gest o da da SEE SP SEE SP Frequ ncia de no 0 8 Frequ ncia de no 0 14 m nimo 200 dias com m nimo 200 dias entre no m nimo 180 1 02 e 30 11 consecutivos entre 1 02 e 30 11 Assiduidade 0 5 Assiduidade 0 9 Total de pontos poss veis 2 30 1 30 Fonte S o Paulo 2008b Elabora o pr pria Analisando a Tabela 2 poss vel verificar quatro quest es importantes quais sejam 1 que no caso do primeiro grupo situado esquerda mais vantajoso para os efeitos financeiros desta pol tica trabalhar em escolas de grande porte do que nas menores Tal orienta o poderia estimular o fechamento das escolas menores pela sa da de professores e a tentativa destes de migrarem para as escolas maiores 2 que a participa o docente em forma o continuada a despeito de intelectuais burgueses defenderem na como mais eficiente do que a forma o inicial para fins de promo o do desempenho dos alunos n
527. to de metas por parte dos trabalhadores Al m de todos esses b nus a t tulo de reconhecimento simb lico foi institu da em 2001 e 2002 atrelado ao recebimento do B nus M rito e do B nus Gest o uma Men o Honrosa No Ap ndice C apresentamos uma s ntese das pol ticas de bonifica o institu das entre 2000 e 2008 no Estado de SP Procuramos destacar entre outros aspectos os crit rios para bonifica o e os valores m nimos e m ximos de cada b nus Loureiro e Mendon a 2012 analisam as rela es entre o b nus m rito paulista e o conjunto das pol ticas educacionais que em sua vis o comp em nesse Estado o programa de reforma neoliberal promovido desde 1991 sob o governo de 203 Fleury Filho PMDB Para os autores o BM um dos maiores propulsores do receitu rio neoliberal nos pa ses perif ricos pretendeu gerenciar desde a Confer ncia de Jomtien em 1990 uma reforma educacional global e atuou no sentido de reorganizar a forma geral pela qual os Estados deveriam aplicar e gerir seus recursos na rea educacional LOUREIRO MENDON A 2012 p 2 De acordo com Loureiro 2011 p 41 a reforma educacional paulista que inclui a pol tica de b nus desde 2000 tem suas prioridades conectadas s prioridades educacionais do BM LOUREIRO 2011 Por isso segundo o autor a an lise pol tica do Decreto n 52 719 2008 S O PAULO 2008b que regulamenta e define os crit rios para a
528. to dos Professores do Norte SPN DIRIGENTE 1 e DIRIGENTE 2 um do Sindicato dos Professores da Regi o Centro SPRC tamb m Coordenador Geral da FENPROF DIRIGENTE 3 e dois do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa SPGL DIRIGENTE 4 e DIRIGENTE 5 Por meio da coleta de documentos e das entrevistas realizadas em Portugal procuramos identificar a os posicionamentos e as rea es das organiza es sindicais implementa o da ADD do ME b as repercuss es da luta sindical sobre esta pol tica e c as estrat gias do governo portugu s para implantar a referida pol tica Tamb m analisamos o aparato legal que sustenta a pol tica de ADD implementada em 42 Portugal em 2008 e os elementos pol ticos e te ricos que a consubstanciaram como o Programa do XVII Governo Constitucional PORTUGAL 2005a e o Estudo sobre a revis o da carreira docente de Jo o Freire FREIRE 2005 Enfocamos a an lise no DL n 15 2007 de 19 de janeiro de 2007 PORTUGAL 2007a que estabelece a revis o do Estatuto da Carreira Docente ECD e cria o novo e amplamente contestado modelo de ADD Utilizou se a pesquisa documental para investigar as pol ticas de bonifica o implementadas no Estado de SP e aquelas propostas pelo governo brasileiro As rea es e posicionamentos da APEOESP bem como as repercuss es de sua luta sobre as pol ticas de bonifica o foram analisadas a partir dos materiais publicados por esta organiza o
529. tos foi muito limitada uma vez que nem todos eles atualizam suas p ginas alimentando as por exemplo com informa es relativas aos seus posicionamentos e a es sindicais Contudo tal iniciativa foi importante para identificar pelo menos 30 Figura 1 Posi o dos sindicatos estaduais brasileiros sobre a AD em 2011 E N o h informa es nos sites dos sindicatos e o Plano de Carreira n o estabelece AD ou n o foi encontrado j N o h informa es no site dos sindicatos mas o Plano de Carreira prev AD j O sindicato favor vel certifica o de diretores mas tece cr ticas AD solicitando sua revis o O sindicato favor vel AD O sindicato contr rio AD Fonte Sindicatos estaduais de professores Elabora o pr pria Uma pesquisa mais recente sobre o assunto foi publicada por Santos et al 2012 Eles identificaram que 16 entre 27 Secretarias de Educa o possuem processos de avalia o de desempenho sendo que destas a maioria objetiva em ltima inst ncia oferecer bonifica o aos professores SANTOS et al 2012 p 14 Eles tamb m verificaram que embora alguns estados n o possuam sistemas de avalia o de desempenho parcialmente a posi o dos sindicatos brasileiros de professores sobre propostas e pol ticas de AD a Ver sobre o mesmo assunto Nogueira Jesus e Cruz 2013 31 docente eles usam os resultados das avalia es
530. tos profissionais e sociais vinculados classe trabalhadora evidenciam burguesia que a hist ria n o chegou ao seu fim Os posicionamentos e as rea es da FENPROF e da APEOESP diante de pol ticas de avalia o e bonifica o docente mostram que o foco de sua oposi o e resist ncia n o a avalia o em si embora os proponentes dessas pol ticas tentem fazer a sociedade crer que os professores t m medo de serem 330 avaliados Os dirigentes sindicais portugueses e paulistas s o seguros quando afirmam que a avalia o docente com car ter formativo um instrumento importante para melhorar a qualidade do ensino Entretanto as pol ticas institu das a partir dos anos 2000 foram recha adas pela FENPROF e APEOESP porque n o apresentaram esse car ter Por se oporem a estas pol ticas essas organiza es t m se tornado alvo de um processo crescente de desqualifica o social cuja dinamiza o promovida por intelectuais burgueses IOSCHPE 2011 SOUZA 2009 que t m voz garantida na m dia Um dos alvos principais das cr ticas e da resist ncia de professores e organiza es sindicais s pol ticas de avalia o docente em curso est nas formas concretas que elas assumem na sociedade capitalista Essas formas concretas englobam as concep es os princ pios e a l gica que norteiam as pol ticas de avalia o docente o discurso que as sustenta e as justifica o sentido dessas pol ticas as implica es pr
531. tto 2006 corrobora a import ncia da luta econ mica para a classe trabalhadora explicitando por outro lado o campo contradit rio em que ela se situa bem como seus limites estruturais Sustenta sua vis o baseando se na evid ncia hist rica de que n o da natureza do sistema capitalista por 70 exemplo criar condi es de pleno emprego FRIGOTTO 2006 Refletindo sobre a fase atual desse sistema demonstra que a sua tend ncia incorporar cada vez menos trabalhadores e com um n vel de explora o e aliena o mais acentuados FRIGOTTO 2006 p 282 Tal tend ncia no entanto n o pode impedir a classe trabalhadora de defender o emprego formal e os direitos por ela conquistados assim como a amplia o de ambos j que tal defesa apresenta se como um ponto crucial na luta socialista mesmo que n o seja seu objetivo central e final FRIGOTTO 2006 p 282 A luta econ mica pode se constituir em uma media o para a supera o desse sistema quando para al m da quest o econ mica imediata apresenta essencialmente uma dimens o pol tica revolucion ria Vieira Pinto 1962 assegura que manifesta es de trabalhadores como as greves n o s o acontecimentos meramente dependentes de causas imediatas Se para o patr o ou o Estado a greve significa apenas uma exig ncia imediata para os trabalhadores ela significa a conquista do objetivo imediato declarado que aparece como nico motivo e qu
532. tui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena 2002 Dispon vel em lt http www ourinhos unesp br dta docs 1 egislacao resolucao cne 1 htm gt Acesso em 04 mai 2013 379 BRASIL MINIST RIO DA EDUCA O Gabinete do Ministro Portaria n 1 403 de 9 de junho de 2003 Institui o Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores Di rio Oficial da Uni o Bras lia 10 jun 2003 p 50 2003a Dispon vel em lt http www prolei inep gov br gt Acesso em 29 abr 2013 MINIST RIO DA EDUCA O SECRETARIA DE EDUCA O INFANTIL E FUNDAMENTAL Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores Matrizes de Refer ncia documento para discuss o Toda Crian a Aprendendo Bras lia DF MEC SEIF 2003b MINIST RIO DA EDUCA O SECRETARIA DE EDUCA O INFANTIL E FUNDAMENTAL Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores Matrizes de Refer ncia anos iniciais do Ensino Fundamental Toda Crian a Aprendendo Bras lia DF MEC SEIF dez 2003c C MARA DOS DEPUTADOS COMISS O DE EDUCA O E CULTURA Raquel F A Teixeira Projeto de Lei n 1 172 de 2003 Disp e sobre as diretrizes da pol tica nacional de forma o certifica o e valoriza o do magist rio p blico 2003d Dispon vel em lt http www2 camara gov br gt Aces
533. ua atua o na educa o brasileira e na dos pa ses que integram a Iniciativa Via R pida na Am rica Latina In HADDAD S rgio org Banco Mundial OMC e FMI o impacto nas pol ticas educacionais S o Paulo Cortez 2008 p 15 86 SILVA Juan C da A pol tica educacional do governo Jos Serra 2007 2010 uma an lise da atua o da Apeoesp IV Semin rio da Rede Aste Niter i Universidade Federal Fluminense 2013 Dispon vel em lt http nupet iesp uerj br arquivos daSilva2013 pdf18 20 de abril de 2013 gt Acesso em 12 fev 2014 SILVA Reni G da Educa o campo de luta Um estudo sobre os Congressos do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo APEOESP 1997 2006 SP 2008 238 f Disserta o Mestrado Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP Programa de P s Gradua o em Educa o S o Paulo 2008 Dispon vel em lt http Awww livrosgratis com br arquivos livros cp055869 pdf gt Acesso em 13 fev 2014 SILVA Roserley N da Culpar a v tima escapismo 24 11 2013 Dispon vel em lt http Awww1 folha uol com br opiniao 2013 11 1 375550 rose neubauer culpar a vitima e escapismo shtml gt Acesso em 13 jan 2014 La gesti n en busca del sujeto Seminario Internacional Reformas de la gesti n de los sistemas educativos en la d cada de los noventa Santiago Chile 13 14 noviembre 1997 UNESCO SANTIAGO Santiago Chile 1999 Dispon vel
534. uando convertido em termos salariais resultava em apenas 9 74 sal rios m nimos No que se refere aferi o da frequ ncia tal como sucedeu em 2007 a SEE SP n o considerava as aus ncias provenientes de a afastamentos em virtude de f rias casamento falecimento de parentes pr ximos servi os obrigat rios por lei licen a gestante e licen a pr mio S O PAULO 1968 b comparecimento a eventos de Entidades de Classe autorizados por resolu o do Secret rio da Educa o c participa o em treinamento orienta o t cnica ou cursos promovidos pela SEE SP d licen a paternidade e licen a por ado o e f dispensa de ponto em virtude de participa o em elei es S O PAULO 2005c p 4 Se o servidor ao longo de todo o ano n o faltasse uma nica vez mesmo a lei dizendo que para fins de bonifica o ele podia se ausentar pelos motivos acima o mesmo era contemplado a t tulo de valoriza o da assiduidade S O PAULO 2005c p 3 com mais cinco pontos e portanto com um b nus maior Em 2007 essa condi o implicava para o professor um acr scimo de 9 pontos S O PAULO 2005c 192 preciso fazer duas observa es importantes sobre o que foi apresentado no par grafo anterior pois est diretamente relacionado ao nosso objeto de pesquisa Primeiro apesar de algumas licen as licen a gestante licen a paternidade e licen a por ado o n o resulta
535. uca o brasileira no in cio do s culo XXI MELLO 2000 p 98 A democratiza o do acesso e a melhoria da qualidade da educa o b sica v m acontecendo num contexto marcado pela moderniza o econ mica pelo fortalecimento dos direitos da cidadania e pela dissemina o das tecnologias da informa o que impactam as expectativas educacionais ao ampliar o reconhecimento da import ncia da educa o na sociedade do conhecimento MELLO 2000 p 98 Apoiando se entre outros naquilo que seria prescrito pela Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDBEN n 9 394 de 1996 a autora reformula a tese segundo a qual escola cabe ensinar para dizer que o sentido da profiss o de docente n o ensinar mas fazer o aluno aprender MELLO 2000 p 105 Com a promulga o da Lei n o 9 394 96 inicia se outra etapa de reforma a nova LDB consolidou e tornou norma uma profunda ressignifica o do processo de ensinar e aprender prescreveu um paradigma curricular no qual os conte dos de ensino deixam de ter import ncia em si mesmos e s o entendidos como meios para produzir aprendizagem e constituir compet ncias nos alunos MELLO 2000 p 98 99 Na sucess o da LDB os rg os educacionais nacionais est o desenvolvendo um esfor o de regulamenta o e implementa o do novo 137 paradigma curricular No Conselho Nacional de Educa o foram estabelecidas as diretrizes curricula
536. ue Em todas as outras profiss es mais qualificadas e designadamente nas que constituem corpos 261 especiais da Administra o P blica a norma a diferencia o expressa em categorias funcionais s quais est o geralmente associadas dota es espec ficas nos respectivos quadros de pessoal PORTUGAL 2007a p 502 categoria superior PORTUGAL 2007a p 502 de professor titular o ME reservou um conte do funcional espec fico PORTUGAL 2007b p 1 isto o desempenho das fun es de maior responsabilidade no mbito da coordena o supervis o pedag gica e avalia o do desempenho dos restantes professores PORTUGAL 2007b p 1 sem grifos no original Al m dessas fun es os professores titulares deviam elaborar e corrigir as provas nacionais de avalia o de conhecimentos e compet ncias para admiss o na carreira docente e participar do j ri da prova p blica para admiss o ao concurso de acesso categoria de professor titular PORTUGAL 2007 p 532 Se ao professor titular cabiam fun es de maior responsabilidade depreende se que ao professor cabiam fun es de menor responsabilidade e o ensino era uma delas Isto sugere que para o governo portugu s o professor era um profissional menos qualificado como refor a a passagem a seguir Com a reconfigura o do modelo da carreira docente e a previs o da categoria de professor titular o prop sito do Gov
537. ue s o pol ticas focalizadas elas tendem a estimular a focaliza o das lutas Tendo como meta complementar mesmo que temporariamente os sal rios dos avaliados como melhores professores os governos buscam com essas pol ticas e seus efeitos intensificar a perspectiva econ mico corporativa da luta sindical e desse modo garantir a reprodu o do modo de produ o capitalista Na dimens o individual pretendem ludibriar e envolver cada professor para perpetuar o baixo sal rio da categoria docente As pol ticas de AD indicam aos professores que sua produtividade salarial um compromisso individual e n o coletivo Todavia a luta econ mica dos sindicatos desenvolvida por meio das greves lembra os trabalhadores de que eles n o est o sozinhos Engels 2010 apontou os limites dos sindicatos e das greves mas ao mesmo tempo reconheceu sua import ncia como media o para a extin o da concorr ncia entre os trabalhadores por emprego e melhores sal rios A avalia o docente estimula essa concorr ncia entre os professores quando acena com altos valores de b nus mas ao restringir as recompensas a uma parte da categoria e ao revelar a esta que essas recompensas muitas vezes se distanciam largamente dos valores anunciados ela tamb m pode evidenciar ao conjunto dos professores os seus limites enquanto pol tica de valoriza o do Magist rio No capitalismo contempor neo a luta sindical por melhores sal rios se
538. uer amea ando com a greve L NIN 1979a p 46 A greve no entanto n o representa apenas uma luta em torno do sal rio Ela tamb m significa o come o da luta da Segundo Aguena 2008 trata se de um escrito que sintetiza tudo o que o marxismo acumulou at 1899 sobre o tema Este texto baseia se entre outros na obra de Engels 2010 L nin havia observado na R ssia em fins do s culo XIX que as greves oper rias estavam acontecendo com extraordin ria frequ ncia acompanhando o desenvolvimento da grande produ o fabril fen meno pr prio do capitalismo 52 classe oper ria contra esta estrutura da sociedade contra o dom nio da burguesia L NIN 1979a p 46 Ao mesmo tempo em que dirigida para melhorar a situa o salarial de uma parcela de trabalhadores seja de uma f brica ou de uma categoria ou mesmo de sua totalidade a greve pensada e conduzida visando a ampliar a solidariedade de classe e a uni o entre os trabalhadores As greves lembram os trabalhadores de que eles n o est o sozinhos Se isoladamente o trabalhador arrasta em sil ncio sua carga n o reclama ao patr o n o reflete sobre sua situa o L NIN 1979a p 47 coletivamente na greve ele proclama em voz alta suas reivindica es lembra aos patr es todos os atropelos de que tem sido v tima proclama seus direitos n o pensa apenas em si ou no seu sal rio mas pensa tamb m em todos os seus compan
539. uma bolsa de estudos ajuda de custo no valor de 200 00 para participarem da forma o continuada com a dura o de dois anos que ele pretende oferecer em 2013 quando enfatizar com 120 horas de dura o a rea de linguagem e 2014 quando enfatizar com 120 horas de dura o a rea de Matem tica Conforme o MEC BRASIL 2013 p 1 o curso estruturado para permitir a melhoria da pr tica docente Segundo professores de uma escola da Rede P blica de Ensino do Munic pio de Florian polis o MEC est pressionando os professores alfabetizadores por meio do envio di rio de e mails para assinarem o termo por meio do qual se comprometeriam a alfabetizar as crian as at os 9 anos de idade Para tentar superar a resist ncia de escolas e professores pol tica o MEC elevou o valor da bolsa para 250 00 reais A medida que nacional 146 precisaria ser fornecida sob a forma de um caro e seletivo sistema de certifica o de professores Ent o embora a forma o cont nua de qualidade se apresente como necessidade permanente da categoria docente poucos teriam acesso a ela pelo Exame de Certifica o proposto em 2003 e sua consequente bolsa federal de incentivo forma o continuada que seria supostamente uma forma de atrair o professor que j est em sala de aula De incentiv lo explica Maria Jos Feres BRASIL 20034 p 1 A bolsa anunciada n o teria a perspectiva da universalidade m
540. upados com a qualidade da educa o Portanto esses governos tentaram excluir as organiza es sindicais docentes portuguesas e paulistas do 337 processo pol tico em torno da avalia o docente caracterizando como verdadeiros obst culos pol ticos CORRALES 2000 qualidade da educa o Esta caracteriza o originou se no fato dos sindicatos de professores se mostrarem contr rios a reformas educacionais a reformas curriculares valoriza o docente via b nus e m rito enfim a tudo aquilo que na vis o do PSDB do PS e do PSD revolucionaria a educa o Como exp s o Dirigente 3 a FENPROF e seus sindicatos n o s o contra as mudan as em educa o mas s o contra as mudan as educacionais que assumem uma perspectiva burguesa Embora a Plataforma Sindical de Professores tenha promovido grandes manifesta es de professores em 2008 a descontinuidade dessa mobiliza o e do clima de solidariedade ent o criado sugere que essa luta foi bastante conjuntural Como esclareceu o Dirigente 3 os professores foram maci amente s ruas em 2008 porque tinham seguran a quer dizer n o estava em jogo o seu emprego Atualmente ele observa que o emprego est em jogo e os professores t m medo de se manifestar por medo de perd lo Apesar disso a avalia o docente continua sendo em Portugal uma pol tica que mobiliza e une a categoria docente para a luta In meros normativos legais s o expedidos ano a ano
541. utas sindicais docentes diante das reformas educacionais em particular das pol ticas de AD Na Se o 3 apresentamos a an lise de documentos de OM nos quais procuramos identificar as recomenda es de AD bem como as ideias forjadas por estes organismos para justificar a ado o dessas pol ticas pelos governos Tamb m analisamos as vis es desses OM em seus documentos sobre as organiza es sindicais docentes 45 Na Se o 4 analisamos propostas de AD lan adas no Brasil desde o ano de 1990 quando Guiomar Namo de Mello PSDB levantou a necessidade de o pa s adotar pol ticas de AD para melhorar a qualidade na educa o O MEC e o Congresso Nacional elaboraram in meras propostas de AD a partir de 2003 Na Se o 5 apresentamos uma s rie de pol ticas de avalia o e bonifica o docente que foram implementadas na rede p blica de educa o b sica do Estado de SP Analisamos as rea es e os posicionamentos das organiza es sindicais docentes a estas pol ticas sobretudo da APEOESP bem como as repercuss es de sua luta sobre as pr prias pol ticas e as estrat gias de convencimento adotadas pelos governos psdbistas de SP para implementa las Na Se o 6 trazemos sobretudo a partir do aparato legal a pol tica portuguesa de ADD implementada em 2008 bem como os elementos pol ticos e te ricos que a consubstanciaram Enfocamos a an lise do Decreto n 15 2007 que estabeleceu a revis o do Estatuto da Carreira Doc
542. utralidade pol tica podia comprometer fatalmente o futuro dos sindicatos que j estavam se esvaziando devido crise econ mica guerra e ao papel traidor dos dirigentes sindicais AGUENA 2008 p 19 Entretanto esta tend ncia para o esvaziamento inverteu se ap s a vit ria da Revolu o Russa em 1917 e o fim da Guerra em 1919 Milh es de trabalhadores voltaram a procurar os sindicatos visando ao sucesso de suas lutas econ micas AGUENA 2008 Assim estas organiza es encontravam novamente condi es para se tornar um instrumento de luta da classe oper ria contra o capitalismo embora a burocracia sindical tentasse travar este processo bloqueando greves refor ando negocia es e voltando a defender a bandeira da independ ncia pol tica AGUENA 2008 p 19 Ainda sobre a aristocracia oper ria Macciocchi 1980 p 140 destaca que Gramsci em 4 Quest o Meridional obra escrita em 1926 antes de sua pris o alertava que a apari o 66 deste segmento no seio do proletariado constitu a um grave obst culo s suas possibilidades de desenvolvimento como for a viva da revolu o Tratava se de um segmento visado pela burguesia que pretendia corromp lo e coopt lo politicamente para impedir que a classe oper ria se organizasse como classe dirigente MACCIOCCHI 1980 Diante disso a autora 1980 lembra que para Gramsci a tarefa priorit ria do proletariado visando a tornar s
543. v os professores como uma barreira mudan a e os sindicatos como o centro da resist ncia contra a reforma PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 8 Para subtrair ou vencer poss veis resist ncias docentes e sindicais a pol ticas e reformas educacionais intelectuais org nicos do capital recomendam estrat gias mercantis tais como vender a ideia das proposi es tornando as aceit veis leg timas e consensuais entre professores e suas organiza es sindicais MCMEEKIN 2006 Vejamos o caso da accountability 2 In order for teachers and their organizations to hop onto the quality improvement policy wagon it is necessary to make local recreations of the discourse on quality and combine it with pedagogical views on quality that are meaningful for teachers parents and other social actors in their context The quality discourse must incorporate the traditions and interpretative frameworks that shape teachers identity and mobilize their action in each country In this task intellectual agents from the state sphere the academic field or the union organizations have a crucial role to play Again performance evaluation appears as a central element of the discourse to be recreated as a building block in ensuring quality it may take on greater importance and cause greater impact in each case if it sets roots in a universe of meanings shared by different actors PALAMIDESSI LEGARRALDE 2006 p 9 3 to revise
544. v o dos ACT APEOESP 2014 p 20 No m s de janeiro em pleno per odo de f rias a press o da APEOESP que mobilizou a categoria em um grande ato na Pra a da Rep blica levou o governo a alterar tamb m o car ter do prov o dos ACT que passou de eliminat rio para classificat rio APEOESP 2014 p 22 A greve dos 35 dias foi deflagrada em 05 de mar o de 2010 por 10 mil professores depois que o governo Serra negou qualquer possibilidade de negocia o APEOESP 2014 Foi um movimento em defesa da dignidade da profiss o APEOESP 2014 p 22 Apesar de a APEOESP n o ter obtido as conquistas econ micas que pleiteava considerou que a greve n o foi em v o APEOESP 2014 p 22 Segundo a entidade a educa o foi colocada no centro das aten es e os professores mostraram ao governo e opini o p blica que n o aceitam e n o aceitar o pol ticas que signifiquem ataques ao magist rio e educa o p blica APEOESP 2014 p 22 Como resposta o governo apresentou simplesmente uma proposta de incorpora o da Gratifica o por Atividade de Magist rio em tr s parcelas APEOESP 2014 p 22 A entidade observou que durante a greve foram realizadas assembleias com mais de 40 mil professores APEOESP 2014 Entretanto a grande imprensa fez uma cobertura parcial do movimento reverberando o discurso oficial do Pal cio dos Bandeirantes 1 de
545. valia o h Aprecia o realizada pelos pais e encarregados de educa o dos alunos desde que obtida a concord ncia do docente e nos termos a definir no regulamento interno da escola PORTUGAL 2007a p 535 Para avaliar estes par metros e indicadores de classifica o os avaliadores deviam se pautar em v rias fontes de dados recolhendo todas as informa es relevantes para a avalia o dos professores PORTUGAL 2007a Deste modo eles se utilizavam de diversos instrumentos a Relat rios certificativos de aproveitamento em ac es de forma o b Auto avalia o c Observa o de aulas d An lise de instrumentos de gest o curricular e Materiais pedag gicos desenvolvidos e utilizados f Instrumentos de avalia o pedag gica g Planifica o das aulas e instrumentos de 278 avalia o utilizados com os alunos PORTUGAL 2007a p 535 A observa o de aulas segundo o DL n 15 2007 era calendarizada pelo rg o de dire o executiva da escola e devia contemplar pelo menos tr s aulas leccionadas pelo docente por ano escolar PORTUGAL 2007a p 535 Este foi outro aspecto bastante criticado pelos professores e suas organiza es sindicais haja visto a perturba o que produziu no contexto escolar a partir da intensifica o do trabalho docente que foi promovida com um n mero exorbitante de aulas a serem observadas Por outro lado as a es de forma o para serem consi
546. vas sobre o cumprimento e os resultados da avalia o de desempenho PORTUGAL 2008b p 233 O conjunto dos relat rios e as reflex es dos intervenientes neles contidas sobre o modo efectivo do desenvolvimento desse processo PORTUGAL 2008b p 233 consubstanciava a elabora o por parte do CCAP do relat rio s ntese da aplica o do sistema de avalia o de desempenho do pessoal docente PORTUGAL 2008b p 233 No Quadro 21 indicamos os documentos que regulamentaram a ADD em Portugal Tratam se dos dispositivos produzidos ap s o intenso per odo de lutas promovido pelos professores e as organiza es sindicais em 2008 294 Quadro 21 Documentos que regulamentam a ADD em Portugal DECRETO DATA ASSUNTO DL n 30 de Altera o ECD no que se refere aos requisitos 270 2009 setembro de para progress o na carreira e acesso 2009 categoria de professor titular Mant m a exig ncia de presta o de uma prova de avalia o de compet ncias e conhecimentos para o ingresso na profiss o docente DL n 23 de junho Altera o ECD e a ADD 75 2010 de 2010 Extingue a divis o da carreira em duas categorias DR n 23 de junho Regulamenta a ADD 2 2010 de 2010 DL n 21 de Altera o ECD conforme as orienta es de 41 2012 fevereiro de pol tica educativa constantes no Programa 2012 do XIX Governo Constitucional Governo Social Democrata Define as orienta es gerais de um novo regime de ADD
547. ve riajm par metros de forma o e m rito profissionais BRASIL 20034 p 1 Segundo Maria Jos Vieira F res ent o secret ria de Educa o Infantil e Fundamental do MEC o exame seria um acr scimo ao diploma um ponto a mais na valoriza o no recrutamento de professores BRASIL 2003a p 1 Nesse sentido ele n o viria para substituir o diploma e nem como pr requisito para o exerc cio da doc ncia BRASIL 2003b podendo no entanto ser utilizado pelos gestores das unidades e redes de ensino como crit rio em processos seletivos para o monitoramento e avalia o de pol ticas de forma o docente para a promo o na carreira e a concess o de benef cios ao professor em exerc cio BRASIL 2003b p 16 O Exame que seria composto por dois testes Teste Geral do Professor do Ensino Fundamental e Teste Espec fico para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental BRASIL 2003c p 17 avaliaria tanto os saberes conhecimentos as compet ncias e habilidades que todo professor deve ria possuir para o exerc cio da atividade docente BRASIL 2003c p 17 6l Cristovam Buarque foi filiado ao PT entre 1990 a 2004 Depois deste per odo filiou se ao PDT 141 quanto os saberes conhecimentos compet ncias e habilidades espec ficas dos professores dos ciclos e s ries iniciais do ensino fundamental BRASIL 2003c p 17 Al m disso representaria o instrumento por meio do qual
548. z te rico 1 Proyecto Regional de Educaci n para Am rica Latina y el Caribe PREALC patrocinado pela UNESCO e tem previs o de encerramento para 2017 Segue as Confer ncias de Educa o para Todos realizadas em Jontiem 1990 e Dakar 2000 2 Plan de Cooperaci n PC foi patrocinado pela Organizaci n de los Estados Iberoamericanos para la Educaci n la Ciencia y la Cultura OEI e apoiado pela OCDE Resultou do Cumbre Iberoamericana de Educaci n e da Conferencia Iberoamericana de Educaci n e teve previs o de encerramento para 2010 e 3 Proyectos Hemisf ricos en Educaci n PHE iniciado em 1994 foi patrocinado pela Organiza o dos Estados Americanos OEA e apoiado entre outros pela UNESCO Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia UNICEF BM e OEI TORRES 2004 Vinculou se ao Cumbre de las Am ricas e teve previs o de encerramento para 2010 EVANGELISTA SHIROMA 2007 115 metodologicamente incompetente respons vel pelas falhas na aprendizagem dos alunos logo em ltima inst ncia por seu desemprego EVANGELISTA SHIROMA 2007 p 536 As autoras explicam que a constru o do professor como obst culo tem base objetiva que ele constitui em muitos pa ses a maior categoria de trabalhadores do Estado e suas organiza es sindicais tendem a articular se com partidos trabalhistas EVANGELISTA SHIROMA 2007 Essa aproxima o eleva o potencial para a produ o de conflitos
549. zam os resultados esperados no prazo mais curto poss vel BRASIL 2003c p 17 A valoriza o do professor seria repetidamente evocada ao longo do texto assim como os chamamentos participa o dos professores do ensino fundamental primeiros candidatos ao Exame de certifica o nos encontros estaduais e nacional para a discuss o e a aprova o das Matrizes de Refer ncia querendo o governo sintetiz las assim posteriormente como resultado de um grande di logo nacional BRASIL 2003c p 9 constantemente recolocada no professor a aposta como o agente principal da revolu o educacional desejada pelo MEC para melhorar os indicadores da educa o b sica Por outro lado esta import ncia induz a pensar que se a educa o est t o mal e o professor tem tanto poder de influ ncia para modific la o pr prio professor que a deixou afundar neste suposto lama al Mas antes mesmo do professor ainda haveria outro respons vel A forma o continuada tem uma contribui o importante a dar para a valoriza o do magist rio a partir da consolida o do saber profissional e da reflex o sobre a pr tica para aprimor la desde que no entanto n o continue a ser encarada apenas como um remendo para as falhas trazidas da forma o inicial ou como uma promissora ind stria de especializa o e aperfei oamento BRASIL 2003c p 8 Portanto o fraco desempenho dos alunos se originaria da fr
550. zcapotzalco M xico n 168 jul ago 2011c p 109 114 Dispon vel em lt http www redalyc org articulo oa id 3 2519319010 gt Acesso em 16 jun 2014 Sindicalismo dos trabalhadores e Educa o tend ncias pol ticas e organizacionais 1978 2011 Educar em Revista Curitiba Brasil n 48 p 75 92 abr jun 2013 Dispon vel em lt http educa fcc org br scielo php script sci_arttext amp pid S0104 40602013000200006 amp lng en amp nrm iso gt Acesso em 10 jun 2014 GOULART D bora C Entre a den ncia e a ren ncia a APEOESP Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S o Paulo frente s reformas na educa o p blica na gest o M rio Covas 1995 1998 2004 224 f Disserta o Mestrado Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ci ncias Humanas Campinas 2004 Dispon vel em lt http www bibliotecadigital unicamp br document code vtls000333697 gt Acesso em 19 jun 2014 GOUVEIA Andr a B FERRAZ Marcos A dos S Sindicalismo docente e pol tica educacional tens es e composi es de interesses 358 corporativos e qualidade da educa o Educar em Revista Curitiba Brasil n 48 p 111 129 abr jun 2013 Dispon vel em lt http educa fec org br scielo php script sci arttext amp pid S0104 40602013000200008 amp Ing en amp nrm iso gt Acesso em 14 jun 2014 GR CIO Rui O Congresso do ensino liceal e os grupos de estudo do pessoal docente do ensino se

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