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Editorial - Revista Brasileira de Psicologia

1. Trabalho do formador de professores para a educa o profissional Apresenta o da pesquisa Este artigo relata um estudo acad mico cient fico do campo da Psicologia do Trabalho o qual teve como finalidade investigar a atividade laboral do formador de professores do campo da educa o profissional t cnica de n vel m dio A an lise da tem tica foi realizada por meio do estudo do trabalho de um grupo de formadores que atuava num curso denominado Educa o e Linguagem que contava com a participa o de professores que atuavam em uma rede de cinquenta e quatro escolas pertencentes a uma institui o de educa o profissional do Estado de S o Paulo Especificamente esta pesquisa teve como objetivo identificar e examinar tr s dimens es do trabalho dos formadores de docentes a os instrumentos de trabalho utilizados pelos formadores b a perspectiva de media o pedag gica subjacente aos textos prescritivos do trabalho destes profissionais c as matrizes te ricas e metodol gicas mobilizadas pelos formadores durante a efetiva realiza o da sua atividade laboral Considerando os objetivos do estudo foram delimitadas tr s categorias anal ticas que favoreceram o exame do trabalho dos formadores a saber trabalho prescrito trabalho real e trabalho interpretado Nesta pesquisa foram empregadas as defini es de Bronckart para trabalho prescrito e trabalho real conforme segue A primeira express o designa o trabalho com
2. Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues a T amp D Neste caso estamos fazendo refer ncia a um m todo geralmente fundamentado na abordagem de sistemas que envolve um diagn stico de necessidades planejamento execu o e avalia o de resultados Figura 1 Tal m todo pretende promover a aquisi o de compet ncias e sua reten o mas tendo como finalidade ltima a transfer ncia para o trabalho Nossos estudos sobre T amp D no PPG PSTO foram principalmente focados nesta transfer ncia embora tenham existido esfor os voltados para aquele diagn stico e poucas investiga es visando compreender esta aquisi o Aprendizagem no Trabalho por Meio de T amp D prendizagem sistematicamente promovida pela organiza o por meio de diagn stico de necessidades planejamento execu o e avalia o de resultados Figura 1 O processo de promo o de aprendizagem no trabalho por meio de T amp D Estruturei os achados de diversas pesquisas que realizamos sobre a mencionada transfer ncia incluindo coleta de dados em v rias unidades da federa o em termos de seus preditores individuais instrucionais e organizacionais Figuras 2 3 e 4 Alguns desses preditores tamb m s o moderadores mas n o farei refer ncia a eles aqui Os preditores nessas tr s figuras est o organizados em v rios modelos de efetividade de T amp D tanto os modelos adotados por n s no PPG PSTO quanto os adotado
3. Promovendo reflex es acerca dos movimentos sociais Machado e Prado 2005 apontam que a dualidade existente entre Movimentos Sociais Tradicionais que reivindicam quest es econ mico estruturais e os Movimentos Sociais Novos que est o preocupados com as quest es simb lico culturais por assumirem um car ter nico e particular na an lise desses fen menos tem se mostrado insuficientes para dar conta dos novos movimentos sociais O movimento LGBTTT serve para constatar a insufici ncia dessa dualidade tendo em vista que este movimento assume hoje no Brasil um car ter de quest es pol tico econ micas na reivindica o de direitos como por exemplo a luta pela legaliza o da parceria civil Esta posi o reverbera na contesta o de elementos simb lico culturais como o caso da insufici ncia do conceito de fam lia na atualidade frente s novas configura es familiares Machado amp Prado 2005 Na pesquisa realizada pelos autores acima sobre os movimentos sociais de dois grupos Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional LGBTTT organizados um de gays e outro de l sbicas na cidade de Belo Horizonte no estado de Minas Gerais constatou se a exist ncia de heterogeneidade da luta pol tica nesse campo dos direitos nas sociedades modernas p 56 o que pode dificultar na conquista do
4. 1999 Multiculturalismo Bauru SP EDUSC Schwarcz L M 2005 Quem tem medo do politicamente incorreto Folha de S o Paulo 15 maio Brasil Caderno 1 p 10 Suhr S amp Johnson S 2003 Re visiting PC introduction to special issue on political correctness Discourse amp Society 14 1 5 16 Traverso Yepez M 1999 Os discursos e a dimens o simb lica uma forma de abordagem a Psicologia Social Estudos de Psicolgia 4 1 39 59 Williams J org 1995 PC wars politics and theory in the academy London Routledge Wilson J K 1995 The myth of political correctness the conservative attack on higher education Durham Duke University Press Xex o A 2005 Ainda sobre a cartilha O Globo 15 maio Segundo Caderno Caderno 2 p 8 Zamboni J C Notas sobre o politicamente correto Recuperado de http www jczamboni com br J C Zamboni Notas sobre o politicamente correto pdf Zizek S org 1996 Um mapa da Ideologia Rio de Janeiro Contraponto Zizek S 2003a Bem Vindo ao deserto do Real cinco ensaios sobre o 11 de setembro e datas relacionadas Sao Paulo Boitempo Zizek S 2003b The puppet and the dwarf the perverse core of Christianity Cambridge Massachusetts London England The MIT press Zizek S 2013 Algu m disse totalitarismo Cinco interven es no mau uso de uma no o S o Paulo Boitempo Como Citar Gruda M P P 2014 O controve
5. 2000 O papel de Psicologia na constru o dos Direitos Humanos An lise das teorias e pr ticas psicol gicas na discrimina o ao homossexualismo Revista Perfil 13 13 49 69 Pereira R M R 2002 Inf ncia televis o e publicidade Uma metodologia de pesquisa em constru o Cadernos de Pesquisa 115 235 264 doi 10 1590 S0100 15742002000200005 Richert R A Robb M B amp Smith E 2011 Media as social partners The social nature of young children s learning from screen media Child Development 82 1 82 95 doi 10 1111 j 1467 8624 2010 01542 x Santana M A amp Muller M L R 2011 Discrimina o racial no cotidiano escolar O que dizem as diretoras XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ci ncias Sociais Diversidades e Des Igualdades Salvador Bahia Staples G B 2000 Television in black and white Report on the Children Now Survey of ethnic representation in television programming Atlanta Constitution DI 2 15 Wachelke J F R amp Camargo B V 2007 Representa es sociais representa es individuais e comportamento Revista Interamericana de Psicologia Interamerican Journal of Psychology 41 3 379 390 Como Citar Lima M E de O Fran a D Gouveia R amp Costa A C da S 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 T
6. Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos regimes comunistas det m uma perspectiva negativa quanto a tal sistema pol tico social e deste modo rotulam nos como sendo os criadores da ideia do politicamente correto compreendendo a como algo igualmente negativo pejorativo Lind 2000 por exemplo segue por esta trilha de ideias ao delinear que o politicamente correto uma consequ ncia direta do chamado Marxismo Cultural o qual para este autor o marxismo traduzido de termos econ micos para termos culturais e que foi difundido e estruturado principalmente pelos autores pensadores vinculados Escola de Frankfurt como Theodor Adorno Herbert Marcuse Walter Benjamin e remonta ao per odo posterior ao da Primeira Guerra Mundial por volta da d cada de 1930 A partir disso Lind afirma categoricamente que o Marxismo Cultural e o Politicamente Correto se aproximam por ambos se tratarem de ideologias totalit rias mas embora assuma que toda ideologia totalit ria por moldar a realidade a partir de seus pressupostos curiosamente ressalta que o conservadorismo se entendido nas pr prias palavras deste pensador de modo correto agora qual seria este modo correto Lind n o explica n o ideol gico o que Zizek 1996 rebateria ao dizer que se afian ar fora da ideologia um j estar comp
7. Shmotkin D amp Ryff C 2002 Optimizing well being the empirical encounter of two traditions Journal of Personality and Social Psychology 82 1007 1022 doi 10 1037 0022 3514 82 6 1007 Lazarus R S amp Folkman S 1994 Stress appraisal and coping New York Springer Leventhal H Weinman J Leventhal E A amp Phillips L A 2008 Health psychology the search for pathways between behavior and health Annual Review of Psychology 59 477 505 doi 10 1146 annurev psych 59 103006 093643 Lyubomirsky S 2007 The how of happiness New York Penguin Press Marks D F Sykes C M amp McKinley J M 2003 Health psychology Overview and professional issues In A M Nezu C M Nezu amp P A Geller Orgs Handbook of Psychology Health Psychology pp 5 27 Hoboken N J John Wiley amp Sons Marmot M 2005 Social determinants of health inequalities The Lancet 365 1099 1104 doi 10 1016 S0140 6736 05 71146 6 McEwen B S 2008 Central effects of stress hormones in health and disease understanding the protective and damaging effects of stress and stress mediators European Journal of Pharmacology 583 174 185 doi 10 1016 j ejphar 2007 11 071 Miller G Chen E amp Cole S W 2009 Health psychology Developing biologically plausible models linking the social world and physical health Annual Review of Psychology 60 501 524 doi 10 1146 annurev psych 60 110707 163551 Monr
8. cognitivos psicomotores Figura 5 A vis o multin vel de transfer ncia em T amp D Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues Recentemente passamos a investigar a aprendizagem no trabalho promovida por meios nao sistematizados Figura 6 Neste caso com mais frequ ncia trabalhamos com referenciais tedricos que nao sao oriundos predominantemente da literatura especializada norte americana Sao provenientes em muitos casos do Reino Unido e de paises escandinavos e da Oceania O fen meno que temos estudado s o as estrat gias de aprendizagem no trabalho EATs O foco neste caso no que os trabalhadores fazem para aprender no local de trabalho e n o no que as organiza es fazem por meio de T amp D para que esses trabalhadores aprendam Aprendizagem no Trabalho por Meio de T amp D EATs Aprendizagem sistematicamente promovi Aprendizagem no trabalho por meios da pela organiza o por meio de n o sistematizados pela organiza o diagn stico de necessidades planejamento execu o e avalia o de resultados Figura 6 A utiliza o de EATs como outra face do processo de aprendizagem no trabalho Atividades manifestas ou encobertas empreendidas pelo trabalhador e direcionadas aquisi o manuten o e recupera o de compet ncias e ao seu uso em diferentes contextos de trabalho s o def
9. es de status e pap is sociais e tamb m ideol gico pois estrutura pol ticas de governo organizando o Estado e a sociedade de uma determinada forma Para an lise do preconceito a abordagem proposta pelos autores deste artigo a de articula o psicossocial que considera as inter rela es entre os n veis de an lise intraps quico interpessoal posicional e ideol gico Doise 1982 A articula o de n veis de an lise fornece uma compreens o ampliada dos fen menos Camino 1996 Wachelke amp Brigido 2007 Os estere tipos e os preconceitos s o um campo de pesquisa que permite integrar conceitos e m todos das abordagens mais cognitivistas e com as mais societais em psicologia social ampliando o poder heur stico das duas abordagens em compara o ao seu uso isolado Consideramos que na an lise desses fen menos conseguimos vislumbrar as limita es e possibilidades dessas abordagens com mais clareza porque a constru o e express o de estere tipos e preconceitos mobilizam os quatro n veis de an lise referidos neste texto n veis que marcam os pontos de contraste e de intersec o entre as teorias ou abordagens em tela e permitem entender melhor a rela o indiv duo sociedade Esta portanto a proposta dos textos que ora s o apresentados aos leitores No primeiro estudo as autoras analisam luz das contribui es da psicologia social do desenvolvimento a forma o das primeiras atitudes tnicas na inf
10. o da forma em que foi apresentada Reflex o extr nseca Busca de entendimento de como sua atividade se relaciona organiza o como um todo bem como as interdepend ncias existentes entre as diversas reas da empresa Reflex o intr nseca e Identifica o pelo indiv duo de ideias centrais do material e cria o de esquemas mentais que agrupam e relacionam elementos que foram aprendidos bem como reflex o sobre implica es e conex es poss veis entre as novas informa es aprendidas e o conhecimento j existente Figura 7 Tipos de EATs cognitivas e suas defini es Al m das caracter sticas individuais tal como no caso da transfer ncia em T amp D o contexto organizacional tem aqui uma atribui o preditora Outra vez a percep o de suporte foi encontrada como tendo fun o importante tanto sua medida em n vel individual quanto a sua medida compartilhada no n vel de unidade organizacional Temos operacionalizado tal vari vel como um constructo proximal trata se de percep o de suporte aprendizagem e n o ao desempenho no trabalho Ela aparece significativamente associada a todas as EATs que temos investigado Al m disto a percep o do clima organizacional nas suas dimens es relativas autonomia inova o e rela es interpessoais prediz a reflex o extr nseca O posto de trabalho integra v rios aspectos que tamb m aparecem associados a EATs neste contexto que ocorrem os pr
11. 2 70 10 10 3 88 Bem estar psicol gico 4 64 0 58 4 44 0 69 Bem estar social 3 69 0 45 3 52 0 45 Fonte Bibao et al 2011 Em s ntese foi poss vel observar que a solid o social era maior e a satisfa o pessoal vital a felicidade o bem estar psicol gico e social menor no grupo que percebia maior viol ncia social De posse dessas an lises plaus vel considerar que viver em um ambiente violento faz com que a pessoa sinta mais solid o e menor satisfa o felicidade e bem estar psicol gico e social De fato observou se que a percep o de viol ncia social e coletiva tem um impacto negativo na qualidade de vida na sa de mental e no bem estar subjetivo sendo este impacto limitado quando existem boas condi es e apoio psicossocial podendo diminuir seu efeito inclusive diminuir ou desaparecer com o passar do tempo N o obstante em contextos de falta de apoio marginaliza o social e pobreza a qualidade de vida das v timas pode piorar com o passar do tempo Considera es finais Pode se considerar que existe uma zona de fronteira nessa an lise tanto no mbito da Psicologia Social da Sa de quanto no mbito das abordagens sobre bem estar que diz respeito s concep es positivas de sa de e identifica o dos fatores de prote o Assim de forma consoante essas perspectivas tanto no patamar te rico conceitual quanto no metodol gico buscam nos seus desenvolvimentos abarcar os fen menos
12. 2014 Resenha Cultural dynamics of women s lives Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014
13. Assimilation and contrast as a function of people s willingness and ability to expend effort in forming an impression Journal of Personality and Social Psychology 59 1 27 37 doi 10 1037 0022 3514 59 1 27 Matlin M W 2009 Cognitive psychology 7th ed Hoboken NJ Wiley McClelland J L McNaughton B L amp O Reilly R C 1995 Why there are complementary learning systems in the hippocampus and neocortex Insights from the successes and failures Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marcos Emanoel Pereira amp Ant nio Virgilio B Bastos of connectionist models of learning and memory Psychological Review 102 3 419 457 doi 10 1037 0033 295X 102 3 419 Moskowitz G B 2005 Social cognition Understanding self and others New York Guilford Press Neisser U amp Winograd E 1988 Remembering reconsidered ecological and traditional approaches to the study of memory Cambridge England Cambridge University Press Nosek B A Hawkins C B amp Frazier R S 2011 Implicit social cognition From measures to mechanisms Trends in Cognitive Sciences 15 4 152 159 doi 10 1016 j tics 2011 01 005 Park S H Glaser J amp Knowles E D 2008 Implicit motivation to control prejudice moderates the effect of cognitive depletion on unintended discrimination Social Cognition 26 4 401 419 doi 10 1521 soco 2008 26 4 401 Pennington D C 2000 Social cogn
14. Barney al o Saci falou Eu nem conhe o quem essa Dona Benta E que eu saiba ela uma velha coroca que mora no s tio S 3 fanos Sitio Os resultados demonstram que os participantes que assitiram ao video com conte do racista produziram mais narrativas em que a crian a negra descrita de modo estereotipado 33 3 cinco produ es em 15 narrativas do que os participantes que assistiram ao v deo pr social 11 1 duas produ es em 18 narrativas Categoria Rejei o do Negro Narrativas em que o personagem negro rejeitado ou ocorre uma separa o das personagens Este tema esteve presente na hist ria contada pelo participante 7 que assistiu ao v deo do Barney e nos participantes 2 e 13 que assistiram ao v deo do S tio do Pica Pau Amarelo Mariana Branca e Karine Negra eram muito amigas todo dia brincava muito Um dia Mariana foi embora e Karine ficou s muito tempo Mariana achou uma amiga pra brincar e brincou muito S 7 8 anos Barney lan Negro e Filipe Branco lan era um menino solit rio n o tinha ningu m para brincar na escola ningu m brincava com ele S 2 7 anos S tio os pais de Eduardo Branco n o gostavam que ele brincasse com Pedro Negro porque ele era de outra cor S 13 10 anos S tio Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marcus Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouv
15. Cogni es Sociais Uma Introdu o Ebstein R P 2011 From DNA to social cognition Hoboken Wiley Blackwell Fazio R 1986 How do attitudes guide behavior In R M Sorrentino amp E T Higgings Orgs Handbook of motivation and cognition foundations of social behavior pp 204 243 New York Guilford Press Fazio R H amp Olson M A 2003 Implicit measures in social cognition research Their meaning and use Annual Review of Psychology 54 1 297 327 doi 10 1146 annurev psych 54 101601 145225 Fiske S T amp Taylor S E 1984 Social cognition Reading Mass Addison Wesley Pub Co Fiske S T amp Neuberg S L 1990 A continuum model of impression formation From category based to individuating processes as a function of information motivation and attention In M P Zanna Org Advances in experimental social psychology Vol 23 pp 1 108 San Diego Academic Press Gawronski B amp Payne B K 2010 Handbook of implicit social cognition Measurement theory and applications New York Guilford Press Gilbert D T 1989 Thinking lightly about others Automatic components of the social inference process Unintended thought pp 189 211 New York Guilford Press Igen D R amp Klein H J 1988 Organizational Behavior Annual Review of Psychology 40 327 51 doi 10 1146 annurev ps 40 020189 Jost J T amp Amodio D M 2012 Political ideology as mot
16. Rio de Janeiro Editora Globo Brand o H N 1995 Introdu o An lise do Discurso Campinas SP Ed da UNICAMP Brum E 2012 Senhor procurador leia o verbete dicion rio o caso Houaiss e a tentativa do apagamento da hist ria Revista poca 05 mar 2012 Recuperado de http revistaepoca globo com Sociedade eliane brum noticia 2012 03 senhor procurador leia o verbete dicionario html Cabrera M R D 2012 A quest o do politicamente correto em tem ticas relativas homossexualidade e seus reflexos na representa o da informa o Disserta o de Mestrado Faculdade de Filosofia e Ci ncias Mar lia Deleuze G 1992 Post scriptum sobre as sociedades de controle In Deleuze G Conversa es 1972 1990 pp 219 226 S o Paulo Ed 34 Dunant S org 1994 The war of the words the Political Correctness debate London Virago Eagleton T 1998 As ilus es do p s modernismo Rio de Janeiro Jorge Zahar Fairclough N 2003 Political correctness the politics of culture and language Discourse amp Society 14 1 17 28 Freire R 2005 Chama o Aur lio Revista poca S o Paulo 09 maio p 138 9 O politicamente correto precisa ser encarado seriamente pela esquerda uma vez que a critica ao politicamen te correto permanece uma estrat gia efetiva e prejudicial em nossa tradu o Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O co
17. a despeito do referencial te rico Portanto a defesa e a aplica o pr tica de m todos mistos exige uma reflex o cr tica mais ampla que talvez n o esteja sendo feita a contento at o momento Crit rios que orientam o uso de m todos mistos Dois principais objetivos orientam o uso combinado de m todos qualitativos e quantitativos O primeiro objetivo centra se na busca de consist ncia de resultados ou seja de confiabilidade O segundo objetivo o da complementaridade com foco no desenvolvimento em que os resultados de um m todo permitem desenvolver outro m todo ou da expans o quer pela amplia o do escopo de abrang ncia de um fen meno quer pela constru o de modelos te ricos mais sofisticados Greene Caracelli amp Graham 1989 Niglas 2004 Rodriguez Sabiote Pozo Llorente amp Guti rrez P rez 2006 O uso de m todos mistos pode estar orientado pelo tipo de corte temporal sendo simult neo ou sequencial e pelostatus de cada um igual ou diferenciado Morse 2003 No caso de simult neo m todos qualitativos e quantitativos s o usados ao mesmo tempo ao passo que no sequencial cada um deles usado em separado podendo ter o mesmo status ou n o Figura 1 Figura 1 Uso de m todos mistos segundo corte temporal e status Nota As caixas altas sinalizam maior status dado ao m todo no desenho da pesquisa A escolha do status de cada m todo e o corte temporal certamente dependem do desenho da inves
18. as pesquisadoras idealizaram a aplica o de desenhos ao final de todos os encontros Por m ao longo do processo e a partir da forma como os Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade participantes foram sendo afetados pelos encontros decidiu se por apenas um desenho no primeiro encontro utilizando ent o as express es verbais e relatos dos participantes para o mapeamento destes afetos As entrevistas iniciais e finais foram anotadas em seu percurso e ap s cada entrevista transcritas pelas pesquisadoras tornando se um importante objeto de an lise As oficinas foram divididas em tr s momentos relaxamento movimento entre corpos e acolhimento Percebemos que essa organiza o contribuiu para o bom andamento da pesquisa sendo que o primeiro permitiu que fossem criadas condi es para uma maior abertura dos corpos aos encontros da oficina atrav s de di logos com as pesquisadoras e exerc cios de relaxamento e respira o J no segundo momento apresentaram se t cnicas e pr ticas de dan as e a viv ncia do corpo em movimento produzindo encontros criativos e ao final os participantes foram acolhidos naquilo que os afetava e que afetavam possibilitando algum tipo de express o desses afetos e atualiza es e ressignifica es de mem rias Iniciamos a primeira oficina na semana seguinte s entrevistas Est
19. cadas H uma quantidade enorme de publica es recentes sobre estes procedimentos Obviamente que estas t cnicas n o se tratam de uma panaceia para a mensura o em Psicologia Social mas se constituem em recursos indispens veis para o bom desenvolvimento te rico das diversas reas da Psicologia urgente o envolvimento de mais pesquisadores brasileiros na tem tica uma vez que uma quantidade muito pequena est trabalhando com esses procedimentos o que acarreta em uma forma o muito restrita de novos pesquisadores Este cen rio precisa mudar de forma a garantir acesso s t cnicas e forma o de novos alunos no uso dos procedimentos descritos no presente artigo De forma geral espero que este texto sirva como uma breve introdu o ao tema e que o leitor venha a se interessar por buscar nas fontes aqui citadas e em outras informa es para poder se especializar neste campo Abordagens Metodol gicas em Trabalho e Sa de Ps quica Este texto uma s ntese da apresenta o no Simp sio PROCAD pretendendo analisar os dilemas sobre as concep es de sa de doen a na Sa de Coletiva e suas implica es para as investiga es sobre trabalho e sa de ps quica particularmente para as abordagens metodol gicas Assim s o discutidas as quest es que envolvem as estrat gias metodol gicas a os instrumentos b a coleta de dados c a an lise de dados 4 Esta se o se refere comunica o de S nia Regina Pereira
20. dia sobre o comportamento e vis o de mundo de crian as e adolescentes Inquieta ainda conhecer como a m dia influencia a forma o de estere tipos de grupos minorit rios Liebert amp Sprafkin 1988 Monteiro 1999 Richert Robb amp Smith 2011 Staples 2000 O presente texto analisa o impacto da m dia nas atitudes intergrupais de crian as de forma mais espec fica foca os estere tipos relativos a personagens negros presentes no discurso espont neo de crian as que tiveram contato com priming racista e outras que foram submetidas a um priming pr social A forma o de estere tipos Estere tipos s o caracter sticas atribu das aos membros de um grupo social Os estere tipos envolvem uma classifica o ou categoriza o de pessoas ou grupos a partir de crit rios pr estabelecidos ou de caracter sticas superficiais Oakes Haslam amp Turner 1994 Aos tr s anos de idade as crian as podem identificar classificar e rotular pessoas por grupos de g nero e raciais Allport 1954 O per odo pr escolar marcado por r pida aprendizagem das categorias sociais de seu meio cultural incluindo jogos atividades ocupa es futuras e pap is sociais Katz 1983 Crian as de 5 anos de idade j identificam e aderem a estere tipos culturalmente difundidos em suas avalia es dos grupos sociais Augoustinos amp Rosewarne 2001 A televis o como agente de socializa o Os meios audiovisuais particularmente
21. dos corpos idosos difundida pelas midias ou mesmo nos discursos focados em uma saude idealizada enfatizando a falta e as limita es em rela o a um modelo que n o se apresentava presente Iniciamos a primeira oficina com o relaxamento e o exerc cio de respira o nos quais os participantes foram convidados a fechar os olhos relaxar e observar o corpo voltando a aten o para a respira o os batimentos card acos os toques e sensa es do corpo como proposta de abertura dos corpos ao que estava sendo vivenciado na oficina Em seguida realizaram movimentos que exploravam cada parte do corpo membros tronco e articula es utilizando a m sica e a dan a oriental rabe e apresentando outros movimentos que compunham com os corpos dan antes Decidimos n o utilizar os desenhos no meio da oficina pela aus ncia de mesas e cadeiras no ambiente que pudessem servir de apoio Ainda assim ao final os participantes foram convidados a se deslocar para outro espa o com mesas e cadeiras onde puderam expor seus afetos em palavras a pedido das pesquisadoras e no papel utilizando l pis de cor grafite e canetinhas coloridas sendo o momento de acolhimento Em seguida falaram sobre os desenhos com uma das pesquisadoras individualmente sendo estas falas e imagens pe as fundamentais para a constru o das pr ximas oficinas Utilizaram imagens de folhas flores e frutas nos desenhos e oralmente e estes elementos foram trazidos para a pr
22. o S promove processos de aquisi o reten o e transfer ncia de compet ncias O que podem implicar mudan as comportamentais R Quando promovidas pelas organiza es aprendizagens geralmente se d o por T amp D Treinamento e Desenvolvimento O autor ressalta que os estudos sobre T amp D realizados no PPG PSTO foram principalmente focados na transfer ncia das aprendizagens em T amp D para situa es de trabalho embora tenham existido pesquisas voltadas para o diagn stico de necessidades de treinamento e algumas outras visando compreender o processo de aquisi o de compet ncias em situa es de treinamento Estruturando os achados de diversas pesquisas em n vel individual e em n vel das unidades organizacionais estudos multin veis em termos de preditores individuais instrucionais e organizacionais Jairo Borges Andrade introduz a quest o dos modelos de efetividade T amp D os quais se associam a tecnologias para promo o de T amp D difundidas em m ltiplos manuais profissionais utilizados pelas organiza es em geral Discute de forma sint tica mas com muita acuidade e riqueza cada um dos preditores de transfer ncia para o trabalho do que adquirido em T amp D oferecendo pistas valiosas n o s para a forma o de pesquisadores como tamb m para a realiza o de novas pesquisas na rea e para o estabelecimento de planos de interven o Tamb m mais recentemente verifica se um deslocamento de interesse do
23. o compreendidos pelas pessoas que participar o e portanto nelas promovem expectativas que servem de guia ou que motivam para aprender N o podemos ainda esquecer que se est o claros e precisos melhor conduzir o o trabalho de quem planeja ou executa ou o trabalho de quem planeja e executa os eventos de T amp D Se esses planejadores ou instrutores s o mais bem conduzidos provavelmente oferecer o tais eventos com mais efic cia em contraposi o queles que n o ter o tais objetivos claros e precisos Fatores Instrucionais que Predizem Transfer ncia em T amp D clareza e precis o dos objetivos formulados para o evento de TD amp E categoria taxon mica do objetivo principal do evento de TD amp E dom nio afetivo vs cognitivo complexidade deste objetivo se dom nio cognitivo similaridade entre situa o instrucional e realidade de trabalho uso de exerc cios pr ticos no evento de TD amp E Figura 3 Os preditores instrucionais de transfer ncia do que adquirido em T amp D para o trabalho Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues Al m dessa caracter stica dos objetivos h outras duas muito importantes 1 a categoria taxon mica de compet ncias a que correspondem as formula es dos objetivos principais e 2 o n vel de complexidade desses objetivos quando s o do dom nio cognitivo No primeiro desses
24. o da guerra ao terror encampada pelo governo estadunidense no cen rio que emergiu ap s os ataques sofridos no m s de setembro de 2001 o fil sofo conclui que a fim de restaurar a inoc ncia do patriotismo americano o establishment conservador americano mobilizou o principal ingrediente da ideologia politicamente correta que ele oficialmente despreza a l gica da vitimiza o Apoiando se na ideia de que a autoridade conferida apenas aos que falam da posi o de v tima ele se baseava no seguinte racioc nio impl cito agora n s somos as v timas e isso que legitima o fato de falarmos e agirmos de uma posi o de autoridade Zizek 2003a p 13 14 it licos do autor Outro exemplo Com o advento e posterior fortalecimento da dissemina o da troca de arquivos correto sugerir que se referencie a mulheres adultas por mulheres n o por garotas meninas mas n o v como po liticamente correto quando conta banc ria passa a ser denominada como produto financeiro em nossa tradu o Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda de audio v deo e texto pela internet as grandes corpora es detentoras dos direitos de produ o cabem aspas uma vez que quem de fato produz sao os artistas os tecnicos de audio escritores roteiristas dentre tantos outros trabalhadores associados a produ o cultural e distribui o des
25. relacionadas aos sujeitos LGBTTT v m ganhando destaque na m dia des construindo cren as valores e representa es Nesse contexto observa se a profus o de discursos acerca da legitimidade dos modos de ser que fogem ao padr o heterossexual coadunando em posicionamentos atitudinais favor veis e desfavor veis ao reconhecimento e conquista de direitos civis para este grupo Dentre as reivindica es da agenda LGBTTT destaca se o casamento entre pessoas do mesmo sexo a criminaliza o da homofobia e a ado o de crian as Estas tem ticas refletem um cen rio conflitante em que poss vel observar processos de afirma o de identidades diferencia o intergrupal express o de preconceitos e apoio a pol ticas discriminat rias Tais processos possuem implica es psicossociais e requerem investiga es que sirvam como vias de compreens o das bases estruturantes destas condutas respaldando interven es em prol da fomenta o de uma cultura de respeito e acolhimento da diversidade Em fun o das discuss es levantadas a esse respeito que por vezes envolvem diretamente o nome da Psicologia enquanto ci ncia e profiss o considera se pertinente fazer um levantamento bibliogr fico do que a Psicologia brasileira tem produzido acerca do tema homossexualidade Por isso relevante esclarecer que o foco dado rea de Psicologia nesse artigo n o desmerece as diferentes reas do conhecimento que se debru am sobre este
26. s o ou n o similares Esse mesmo procedimento pode ser til tamb m para comparar estruturas cognitivas de indiv duos e equipes e dessa forma possibilitar a identifica o de processos de emers o resultantes de processos de composi o A partir das proposi es te ricas feitas por Chan 1998 assim como da compreens o da necessidade de observar o n vel te rico dos construtos com que a Psicologia Organizacional se depara podemos concluir que os estudos deste campo que focam nos n veis micro meso ou macro precisam descrever claramente o n vel a que o construto te rico pertence Tamb m importante que seja analisado e descrito se o construto de interesse nasce e se manifesta no mesmo n vel ou se surge por processos de emers o em cujo caso imprescind vel descrever como se d esse processo De posse dessas informa es o pesquisador poder definir adequadamente as estrat gias a serem adotadas para levantar os dados ou dito de outra forma poder estabelecer o n vel adequado de mensura o Entretanto o n vel de an lise necessariamente deve ser compat vel com o n vel te rico de sorte a evitar que fal cias atomisticas ou ecol gicas contaminem a interpreta o dos resultados obtidos M todos Mistos em Psicologia Organizacional e do Trabalho Nos ltimos anos temos observado o crescimento do discurso a favor do uso de m todos mistos no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho H uma suposi o
27. social produziram mais narrativas com conte dos baseados na amizade ajuda m tua e reciprocidade entre as personagens 10 evoca es em 18 narrativas 55 6 do que os participantes que assistiram aos video com conte do racista 5 evoca es em 15 narrativas 33 3 Categoria Parentesco Inter racial Os participantes referem que as crian as t m o mesmo pai ou m e Estes temas estiveram presentes na hist ria contada pelos participantes 2 8 e 9 que assistiram ao v deo do Barney e nos participantes 5 7 e 9 que assistiram ao v deo do S tio do Pica Pau Amarelo Mike branco e Bruno negro moravam juntos eles eram irm os S 9 9 anos Sitio Mateus Negro correu pra casa do irm o bateu a porta da casa do irm o Gustavo Branco abriu a porta pra ele S 8 8 anos Barney Observamos que dos participantes que assistiram ao v deo com conte do pr social 16 7 3 evoca es em 18 narrativas referiram que as personagens eram irm os enquanto dos que assistiram ao video com conte do racista 20 mencionaram esse conte do 3 evoca es em 15 narrativas Categoria Unidos por um Objetivo Comum Hist rias em que as personagens se unem para resolverem um conflito produzido por um terceiro personagem ou por uma condi o Estes temas estiveram presentes na hist ria contada pelos participantes 5 8 e 12 que assistiram ao v deo do Barney e nos participantes 11 12 e 15 que assist
28. sons descri es ou hist rias s o tratados como vari veis independentes enquanto as medidas de aten o de mem ria de reconhecimento e de organiza o do conte do podem ser tratadas como vari veis dependentes A interpreta o das medidas das vari veis dependentes encontra se subordinada a uma met fora de distor o Knippenberg amp Dijksterhuis 1996 onde as diferen as entre o input e o output s o consideradas indicadores da exist ncia ou da ativa o de um processo mental e a uma met fora da medida do tempo de resposta uma vez que o tempo requerido para a realiza o de uma tarefa um indicador da profundidade e complexidade dos processos cognitivos Atance Bernstein amp Meltzoff 2010 Cohen amp German 2010 Em termos concretos tr s quest es todas tendo como foco central o problema da mem ria orientam a maior parte das pesquisas sobre a cogni o social Wyer amp Srull 1989 A primeira envolve a identifica o do tipo de informa o que armazenada e organizada na memoria A segunda quest o se relaciona com a identifica o da forma pela qual a informa o armazenada e organizada subsequentemente afeta o processamento de informa o a tomada de decis es e a express o aberta do comportamento A terceira quest o se relaciona com a determina o das circunst ncias nas quais a informa o armazenada na mem ria pode ser modificada tanto por novas informa es quanto pela a o dos pr prio
29. 10 1037 0021 9010 83 2 234 Cherryholmes C H 1992 Notes on pragmatism and scientific realism Educational Researcher 21 6 13 17 doi 10 3102 0013189X021006013 Cooke N Salas E Cannon Bowers J amp Stout R 2000 Measuring team knowledge Human Factors 42 151 173 doi 10 1518 001872000779656561 Creswell J W amp Plano Clark V 2007 Designing and conducting mixed methods research California Thousand Oaks Sage Publications Creswell J W 2003 Research design Qualitative quantitative and mixed methods approaches 2nd ed California Thousand Oaks Sage Publications Gonzalez Roma V amp Peir J M 1999 Clima en las organizaciones laborales y en los equipos de trabajo Revista de Psicologia General y Aplicada 52 2 3 269 285 Greene J C amp Caracelli V J 1997 Advances in mixed methods evaluation The challenges and benefits of integrating diverse paradigms San Francisco USA Jossey Bass Greene J C Caracelli V J amp Graham W F 1989 Toward a conceptual framework for mixed method evaluation designs Educational Evaluation and Policy Analysis 11 3 255 274 doi 10 3102 01623737011003255 Grimmer M amp Hanson D 2009 Qualitative and quantitative research published in the International Journal of Human Resource Management 23rd Annual Australian amp New Zealand Academy of Management ANZAM Conference Melbourne Australia Hanson D amp Grimmer
30. 1992 Apontam para reverbera es de um processo que impulsiona e estimula vontades de se colocarem como seres ativos na sociedade e na pr pria vida modificando as concep es criadas pelas vis es midi ticas sobre o corpo idoso que assim deixa de ser improdutivo passa a agir Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti percebendo suas capacidades criativas e as potencialidades de suas produ es Nas palavras de um dos participantes na entrevista final N o por sermos idosos que somos inv lidos existe muita coisa que podemos fazer em benef cio pr prio e da sociedade Apesar da observa o de mudan as construtivas nos corpos tamb m ocorreram vari veis movimentos de desist ncia de alguns participantes Ap s as entrevistas iniciais no decorrer das oficinas participando apenas de uma oficina e abandonando as ou retornando ao final do processo percebemos esses movimentos como parte dos processos que ora se insinuam e ora regridem anunciaram um desejo de fazer parte de conhecer o que se passava ali mas n o conseguiram seguir adiante e se envolver de maneira que se permitissem relacionar com esse novo corpo que surgia Podemos aqui considerar o pr prio processo aberto ao novo como algo que desterritorializa e que pode ser paralisado por medos e inseguran as por cren as de incapacidades e improdutividades j muito incorporadas Esta din
31. 2008 Methodological congruence in complex and collaborative mixed methods studies International Journal of Multiple Research Approaches Computer Assisted Multiple amp Blended Research 2 2 14 doi 10 5172 mra 455 2 1 2 Tonetto A M Amazarray M R Koller S H amp Gomes W B 2008 Psicologia organizacional e do trabalho no Brasil Desenvolvimento cientifico e contemporaneo Psicologia amp Sociedade 20 165 173 doi 10 1590 S0102 71822008000200003 Vergara S C amp Peci A 2003 Escolhas metodol gicas em estudos organizacionais Revista Organiza es amp Sociedade 10 27 13 26 Como Citar Abbad G Puente Pal cios K amp Gondim S M G 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia Marcus Eug nio Oliveira Lima Dalila Xavier de Fran a Raimundo C Gouveia Ana Cl sia da Silva Costa Introdu o Este artigo integra as comunica es de Dalila Fran a e Ana Cl sia Costa sobre o modo como desenhos animados colaboram na difus o e perpetua o do racismo na inf ncia com a comunica o de Raimundo Gouveia que discute as rela es entre cren as e valores na produ o do preconceito contra os homossexuais Existem dois pontos de contato muito significativos entre as an lises que c
32. 2014 Delma Barros Filho pesquisa Ao agrupar e relacionar os cap tulos em eixos tem ticos os editores criaram as condi es para que potenciais leitores organizem suas consultas lendo integralmente cada cap tulo que comp e as diversas partes ou examinando os eixos que lhes pare am mais promissores para o momento da pesquisa Portanto dentre as virtudes do presente livro se destaca sua forma de organiza o Outra caracter stica relevante o fato de que o livro oferece ao leitor a possibilidade de refletir sobre importante quest o que pauta muitas discuss es travadas no mbito da psicologia que aquela das rela es entre natureza e cultura ou da natureza cultural do desenvolvimento A esse respeito na apresenta o os editores escrevem que analisar a vida das mulheres em torno das quest es discutidas constitui uma oportunidade para se observar intera es entre a biologia e a cultura o caso por exemplo quando s o avaliadas as rela es entre gravidez e parto em suas poss veis conex es com a transi o para a maternidade Ao analisar a varia o cultural de eventos que t m uma base biol gica comum como o caso da gravidez e do parto poss vel flagrar leis de organiza o dos fen menos ps quicos que s o constru dos em torno desses importantes momentos de transi o Portanto a aprecia o panor mica desta colet nea tamb m serve como uma boa ilustra o para a ideia de constru o de abstr
33. Ambas as perspectivas t m origem nas teorias de aprendizagem do s culo passado e n o nos quadros de refer ncia da psicologia organizacional e do trabalho PO amp T Estes s o mais frequentemente baseados em teorias de psicologia social tamb m oriundas do s culo XX Nossa perspectiva sup e que a intera o S promover processos que envolvem aquisi o reten o e transfer ncia de compet ncias O que podem ter como consequ ncias as mudan as comportamentais R Utilizamos taxonomias para classificar essas compet ncias relativas aos dom nios cognitivo afetivo e psicomotor Tais taxonomias tampouco foram desenvolvidas no campo de conhecimento da PO amp T Esse desenvolvimento teve in cio na metade do s culo passado em psicologia instrucional uma sub rea de conhecimento mais frequentemente encontrada na educa o com foco bastante aplicado fundamentada na psicologia da aprendizagem e fortemente influenciada pela abordagem de sistemas Essa vis o de compet ncias foi bastante utilizada na rea de educa o a partir da metade do s culo passado No final do mesmo na rea de administra o a chamada gest o por compet ncias passou a utilizar esse quadro de refer ncias Foi por este caminho que ela acabou chegando com for a ao campo profissional da PO amp T A aprendizagem no trabalho quando promovida pela organiza o geralmente associada Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014
34. Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo Homossexualidade e movimentos sociais a tessitura de uma rede complexa de reivindica es No Brasil iniciaram se as discuss es no mbito p blico sobre a homossexualidade no final dos anos 1970 per odo em que v rios grupos de milit ncia social fizeram eclodir debates em torno do direito desta poder ser vivida fora da configura o da clandestinidade Sendo esse per odo contempor neo ao movimento de oposi o ditadura militar onde fervilhavam manifesta es de propostas alternativas aos costumes e ao moralismo ao qual se ancorava a classe m dia emergem lutas de cunho pol tico em defesa do amor livre e o amor entre iguais Belmonte 2009 Ainda de acordo com o mesmo autor os diferentes movimentos sociais que imbricaram a luta pela reivindica o dos direitos de cidadania ap s a d cada de 1970 no Brasil foram muito importantes para a constru o de uma identidade homossexual como tamb m contribu ram para o processo de transforma o da representa o que se tinha da pr pria homossexualidade Os movimentos sociais apesar de suas diferen as eram caracterizados pelo modo coletivo de tomada de decis es priorizando as reivindica es do grupo como um todo n o negando em suas pautas de discuss es temas que atravessavam as minorias culturais tnicas e sexuais como por exemplo sexualidade contracep o aborto inser o da mulhe
35. Espinosa o materialismo dial tico de Karl Marx e de maneira central a Psicologia Hist rico Cultural ou S cio Desenvolvimentista de Vigotski Os pesquisadores da Cl nica da Atividade e do ISD t m se dedicado ao desenvolvimento de procedimentos metodol gicos e anal ticos para o estudo do trabalho com aten o especial para o trabalho docente Em fun o disto julgamos que eram referenciais pertinentes para o estudo da atividade dos formadores do curso Educa o e Linguagem O ISD aborda o trabalho em sintonia com Vigotski considerando o como parte fundamental do desenvolvimento humano Nesta abordagem o centro das pesquisas e suas unidades anal ticas encontram se na atividade linguageira percebida como fen meno social dial gico e semi tico de produ o e circula o de textos orais ou escritos situados em um contexto s cio hist rico determinado Bronckart 2006 No ISD a an lise dos diferentes textos orais e escritos constru dos na rede discursiva que envolve a atividade laboral que pode conduzir o pesquisador a uma compreens o profunda dos elementos que marcam o trabalho de um profissional ou de um grupo de trabalhadores A Cl nica da Atividade por sua vez se dedica elabora o e aperfei oamento de estrat gias e instrumentos de pesquisa que pretendem favorecer a an lise psicol gica do trabalho e a sua transforma o Clot 2006 Esta vertente te rica da Psicologia do Trabalho iniciou seu desenvolviment
36. Fernandes Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodoldgicas em Psicologia Social e da Saude Concep es de sa de doen a Ao analisar as estrat gias metodol gicas adotadas em trabalho e sa de deve se inevitavelmente fazer uma reflex o sobre as quest es que antecedem essas escolhas metodol gicas Assim inicialmente temos de refletir sobre as concep es de sa de e doen a na Sa de Coletiva que trazem profundas repercuss es para as abordagens metodol gicas desses estudos O conceito de sa de al m de complexo tem demonstrado ser de dif cil aproxima o e ocorrem problemas no estabelecimento dos seus indicadores Segundo Almeida Filho 2010 o conceito de sa de ainda um ponto cego paradigm tico no mbito da ci ncia epidemiol gica Nessa dire o ele considera que as ci ncias do campo da sa de ainda n o constru ram conceitualmente o objeto Sa de havendo uma preocupa o muito forte na constru o de modelos biom dicos de patologia Salienta desse modo que as an lises devem ir al m do foco da presen a ou da aus ncia de patologias ou les o devendo considerar a quest o do grau de severidade das doen as e as complica es resultantes bem como a repercuss o sobre a qualidade de vida dos sujeitos A sa de tem sido considerada como o oposto da doen a sendo definida a partir da aus ncia de sinais e sintomas Tradicionalmente as concep es de
37. K S Ara jo R C R amp Andrade J M A 2012 abr Valores e Motiva es para Responder sem Preconceito Frente a Homossexuais Psicologia em Estudo Maring 17 2 215 225 Recuperados em hittp Awww scielo br pdf pe v17n2 v17n2a04 pdf Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional Guimar es A F P 2009 O desafio hist rico de tornar se um homem homossexual um exerc cio de constru o de identidades Temas em Psicologia 17 2 553 567 Recuperados de http pepsic bvsalud org scielo php pid S1413 389X2009000200023 amp script sci_arttext Lacerda M Pereira C amp Camino L 2002 Um estudo sobre as formas de preconceito contra homossexuais na perspectiva das representa es sociais Psicologia Reflex o e Critica 15 1 165 178 http dx doi org 10 1590 S0102 79722002000100018 Maia A C B Navarro C amp Maia A F 2011 Rela es entre g nero e escola no discurso de professoras do ensino fundamental Revista Psicologia da Educa o 32 1 25 46 Recuperados em http pepsic bvsalud org scielo php script sci_arttext amp pid S1414 69752011000100003 Machado F V amp Prado M A M 2005 jun Movimentos homossexuais A constitui o da identidade coletiva entre a economia e a cultura O caso de dois grupos brasileiros Intera es 10 19 35 62 Recuperados de http pepsic bv
38. M 2005 The mix of qualitative and quantitative research in major marketing journals European Journal of Marketing 41 1 2 58 70 doi 10 11082 03090560710718111 Hox J J 1995 Applied multilevel analysis Amsterdam TT Publikaties Hurmerinta Peltomaki L amp Nummela N 2006 Mixed methods in international business research A value added Perspective Management International Review 46 4 439 459 doi 10 1007 s11575 006 0100 z Klein K amp Kozlowski S 2000 Multilevel theory research and methods in organizations San Francisco Jossey Bass Mir R amp Watson A 2000 Strategic management and the philosophy of science the case for a Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho constructivist methodology Strategic Management Journal 21 9 941 953 doi 10 1002 1097 0266 200009 21 9 lt 941 AID SMJ141 gt 3 0 C0 2 D Molina Azorin J amp Camero R 2010 The application of mixed methods in organisational research A literature review The Electronic Journal of Business Research Methods 8 2 95 05 Morse J M 2003 Principles of mixed and multi method method research design In A Tashakkori amp C Teddlie Orgs Handbook of mixed method pp 189 208 Thousand Oaks CA Sage Niglas K 2004 The combined use of qualitative and quantitative methods in educational research Tallinn Pedagogica
39. M E Pereira Orgs Psicologia Social Temas e teorias pp 241 296 Bras lia Techopolitik Gouveia R C amp Camino L 2009 An lise psicossocial das vis es de ativistas LGBTs sobre fam lia e conjugalidade Revista Psicologia Pol tica 9 17 47 65 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marcus Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia amp Ana Cl sia da Silva Costa Gouveia R C Fran a D Costa J B da amp Camino L 1997 O papel das cren as pol ticas no comportamento dos eleitores de Jo o Pessoa em 1992 e 1994 In L Lhulier L Camino amp P J Krischk Orgs Estudos do comportamento pol tico Abordagem multidisciplinar pp 107 125 Florian polis Ed Letras Contempor neas Gouveia R C Ismael E C amp Camino L 2008 Equidade de g nero e diversidade sexual In I M Gentle M N T Zenaide amp V M G Guimar es Orgs G nero diversidade sexual e educa o Conceitua o e pr ticas de direito e pol ticas p blicas pp 79 92 Jo o Pessoa Universit ria da UFPB Gouveia R C Melo l amp Camino L 2007 As cren as sobre a natureza da homossexualidade e as atitudes frentes s reivindica es do movimento GLBT In E C Krutzen amp S B Vieira Orgs Psicologia Social cl nica e sa de mental pp 180 201 1ed Jo o Pessoa Universit ria da UFPB Graves S B 1993 Television the portrayal of African Am
40. Os formadores consideravam que a pr pria fala era um importante instrumento de trabalho na medida em que a utilizavam para organizar o grupo ajudar os participantes do curso a conferir sentido e significado ao que estava sendo ensinado e aprendido O dom nio adequado do conjunto de instrumentos de trabalho era percebido pelos formadores como fundamental para o apropriado desenvolvimento do processo de trabalho Este dom nio das ferramentas pertinentes ao pr prio of cio foi apontado pelos formadores como um dos principais elementos potencializadores da atividade laboral que realizavam e componente fundamental para o incremento da satisfa o autopercebida em rela o ao trabalho Referenciais presentes nas prescri es do trabalho dos formadores A an lise dos documentos prescritivos do curso Educa o e Linguagem e do software Sherlock apontou que a abordagem educacional que norteava o curso era a cognitivista em particular aquela perspectiva sintonizada com as pedagogias centradas no lema aprender a aprender Em s ntese esta abordagem segundo Coll 1994 p 136 sugere que a finalidade ltima da interven o pedag gica contribuir para que o aluno desenvolva a capacidade de realizar aprendizagens significativas por si mesmo Neste caso mais relevante que os conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos o m todo por eles utilizado para acessar as informa es ou conhecimentos Cumpre notar que o trabalho prescrito para
41. QSG j validados para a popula o geral tamb m precisam ser validados para a popula o espec fica de trabalhadores a fim de um melhor refinamento em termos de especificidade e de validade Quanto aos instrumentos de bem estar que foram mais recentemente incorporados aos estudos dessa sub rea a BES Albuquerque amp Tr colli 2004 e b BET Siqueira amp Padovam 2006 al m da quest o te rico conceitual envolvida no construto bem estar devem se considerar Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodoldgicas em Psicologia Social e da Saude os mesmos aspectos ja indicados quanto a validade desses instrumentos Em rela o a categoria trabalho existe um desenvolvimento consider vel de instrumentos para a sua avalia o que s o plenamente reconhecidos entre os quais JDS Hackman amp Oldman 1975 e JCI Sims Szilagyi amp Keller 1976 Sobre a coleta de dados nos estudos organizacionais adota se o crit rio da acessibilidade Os participantes dos estudos ent o s o volunt rios o que pode gerar uma forte distor o aos resultados funcionando como uma real fonte de erro Outro aspecto diz respeito ao fato da coleta de dados dessas investiga es ser feita no pr prio local de trabalho dos participantes o que pode gerar bias de informa o em virtude de o trabalhador tender a avaliar mais positivamente os aspectos da sua sa de ou seja mascarar o adoecimento
42. R B 2000 A constru o do plano da cl nica e o conceito de transdisciplinaridade Psicologia Teoria e Pesquisa 16 1 71 79 Recuperado em 07 de setembro de 2013 de http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0102 377220000001000108 amp lng en amp tlng pt 10 1590 S0102 37722000000100010 Passos E Kastrup V amp Da Esc ssia L 2009 Pistas do m todo da cartografia Pesquisa interven o e produ o de subjetividade Porto Alegre Meridional Peres R S Borsonello E C amp Peres W S 2000 A Esquizoan lise e a produ o da subjetividade considera es pr ticas e te ricas Psicologia em Estudo 5 1 35 43 Recuperado em 13 de agosto de 2013 de http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1413 737220000001000038Ing pt amp tIng pt 10 1590 S1413 73722000000100003 Rolnik S 2006 Lygia Clark da obra ao acontecimento Cat logo publicado por ocasi o da exposi o Lygia Clark da obra ao acontecimento S o Paulo Pinacoteca do Estado de S o Paulo Como Citar Bom Tempo J S amp Vitti F 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produgao cientifica nacional Homosexuality and psychology revisiting a national scientific production Maria Edna Silva de Alexa
43. Superando a violencia colectiva y construyen do cultura de paz Madrid Editorial Fundamentos 6 Esta se o se refere comunica o da autora Elza Techio Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude importante ressaltar que nas duas ltimas d cadas sob a influ ncia dessa perspectiva ocorreram profundas transforma es no entendimento do processo sa de doen a no qual os aspectos positivos da sa de e do bem estar passaram a ter prioridade no debate e n o mais o processo de adoecimento Assim temas como sa de bem estar psicol gico e social preven o e promo o da sa de foram incorporados como eixos essenciais dos debates Nesse sentido o conceito de sa de mental concebido como a aus ncia de sintomatologia ou de s ndromes come a a ser considerado como deficit rio e limitado dando lugar concep o mais ampla de sa de mental como um estado de bem estar f sico e emocional que faz refer ncia ao equil brio dos afetos positivos e negativos com predomin ncia das experi ncias emocionais positivas Nesta concep o a sa de mental tamb m pode ser entendida como qualidade de vida que inclui tanto aspectos objetivos entre os quais emprego e moradia como aspectos subjetivos vinculados ao bem estar Sendo assim incorpora se o controle do meio relacionando a presen a de atributos positivos que possibilitem pessoa exercer o controle sobr
44. a televis o t m cumprido uma fun o educativa juntamente com a fam lia e com a escola Pereira 2002 Pesquisas sobre a influ ncia da televis o no comportamento infantil t m se preocupado com o conte do apresentado e tempo de exposi o Richert Robb amp Smith 2011 e ainda com a transmiss o de estere tipos sociais Huston Wright Marquis amp Green 1999 Observa se em crian as entre 3 e 7 anos a diminui o do interesse por programas educativos e um aumento do interesse pelos desenhos e com dias e este interesse tanto maior quanto mais velha a crian a Huston Wright Marquis amp Green 1999 O h bito de assistir televis o aumenta at os 11 anos e declina um pouco durante a adolesc ncia Aos 18 anos o indiv duo ter passado mais tempo assistindo televis o do que realizando qualquer outra atividade exceto dormir Huston et al 1999 A televis o tem substitu do atividades como ler conversar com amigos ir ao cinema praticar algum exerc cio f sico Monteiro 1999 Observa se que meninos assistem mais televis o do que 5 Esta se o se refere comunica o das autoras Dalila Xavier de Fran a e Ana Cl sia S Dias Costa Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 ES Marcus Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia amp Ana Cl sia da Silva Costa meninas e crian as de minorias pobres s o mais propensas a assistir televis o do que as n
45. ainda que falsa de uma multiplicidade infinita de op es singulares e de singularidades para que cada consumidor seja contemplado e se sinta especial e nico Mais uma quest o a que diz respeito aos termos da l ngua notoriamente caricatos que s o produzidos por certo discurso politicamente correto tais como verticalmente prejudicado para an o prestadora de servi os sexuais para puta dentre outros os quais usualmente se aproximam de defini es t cnicas e s o desprovidos das marcas hist rico sociais que lhes imputaria alguma colora o e ou vivacidade o que de modo algum justifica a manuten o das viol ncias domina es e preconceitos existentes H casos em que a mudan a terminol gica exagerada pois n o admite a altera o ou questionamento dos sentidos que ali est o contidos Curiosamente a cr tica ao politicamente correto se d na generaliza o indistinta e n o direta e exclusivamente a estas manifesta es espec ficas que de fato carregam as n doas de uma homogeneiza o do mundo e normalmente n o est o acompanhadas de reflex es ou retomadas dos porqu s em se problematizar as denomina es consideradas preconceituosas e discriminat rias Nesta perspectiva de altera es fundadas em um pseudotecnicismo neutro como apontam Possenti e Baronas 2006 h certa ingenuidade em se imaginar que as palavras isoladamente carreguem os seus sentidos como se n o detivessem ou estivess
46. am modelos engessados de concep o de g nero e sexualidade podemos citar a pesquisa desenvolvida por Maia et al 2011 com grupos de professores sobre a homossexualidade Neste estudo verificou se no discurso dos professores a cren a em padr es hegem nicos a respeito do masculino e do feminino bem como concep es que n o levam em considera o o importante car ter pol tico e instrumental de transforma es sociais da escola sobretudo a discuss o das quest es que perpassam o g nero e a sexualidade Britzman 2009 tecendo reflex es acerca da Psicologia do amor e a escola por interm dio de uma leitura psicanal tica sugere que a pedagogia reconhe a as diferentes express es de amor seja ela homo ou heterossexual no escopo de suas preocupa es a partir de um vi s que considera tais express es n o como um problema e sim a forma como os sujeitos se posicionam na vida Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional Assim dialogando sobre o processo de escolariza o e sua rela o com a hist ria individual que cada sujeito carrega Britzam 2009 p 56 afirma que A escolariza o o lugar em que estas dimens es de hist rias se encontram e competem causando uma confus o do tempo O que era impens vel para uma gera o a mais nova assume como dado Os professores devem encarar uma gera o de estudantes
47. as subjetivas e nos processos de subjetiva o Esta posi o pol tica apenas n o admite facilmente que as diferen as sociais vigentes conduzam as rela es humanas do modo desproporcional vertical e autorit rio tal como o fizeram at ent o Destarte ainda que reforcemos o aspecto dial tico inerente ao discurso do politicamente correto em outros termos a ideia de que este n o det m uma possibilidade un voca de interpreta o e de implica o nos diversos discursos e pr ticas sociais compreendemos que o ltimo aspecto arrolado normatiza o na esfera p blica que deve ser destacado Al m disso seguindo a perspectiva pol tica adotada em nosso texto importante considerar que o discurso politicamente correto n o pode ignorar o componente classe a fim de suplantar e erodir efetivamente a ordem vigente Lembrando tamb m que a discuss o sobre o car ter autorit rio imputado ao politicamente corretoocorridanos ltimos no Brasil n o novidadeno mundo ocidental postoqueo conservadorismo j utilizou desse expediente inclusive com os mesmos argumentos em pa ses angl fonos desde o final da d cada de 1980 cf Dunant 1994 Suhr amp Johnson 2003 Williams 1995 Frente a isto se faz necess rio o questionamento e desmonte de tais estrat gias de invers o c nica em que os dominantes se colocam na posi o de oprimidos por aqueles que s o verdadeiramente oprimidos Para isso ao decodificar os aspectos q
48. assenta se mais expressivamente do que os estudos de caso antes mencionados em leitura multin vel do processo de aprendizagem organizacional Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea Mant m no entanto o foco em microprocessos de aprendizagem os quais s o indicados pelos respondentes e n o previamente pelo pesquisador como realizado nos estudos de caso Foram pesquisadas 32 organiza es de grande e m dio porte produtoras de uva manga e outras frutas em sistema de irriga o sendo a maioria delas exportadoras para mercados sofisticados caracterizados por expressivas barreiras fitossanit rias Seus 32 gestores principais responderam ao question rio completo o que e como aprendeu socializou codificou o conhecimento e quais os resultados impactos para a organiza o ao passo que seus 950 trabalhadores responderam uma vers o simplificada do question rio dom nio inicial e atual sobre suas tarefas o que aprendeu e como aprendeu Em s ntese os resultados da pesquisa junto aos trabalhadores na fruticultura irrigada do BMSF indicaram Pouca variabilidade no uso de mecanismos de aquisi o de conhecimentos pelos indiv duos Predom nio de mecanismos de aquisi o de conhecimentos internos e informais de dom nio dos agricultores de subsist ncia e difundidos pelas pr ticas extensionistas Que muitos
49. by the left because the critique of PC remains an effective and damaging strategy Refer ncias Agamben G 2004 Estado de exce o Homo Sacer II I S o Paulo Boitempo Albuquerque S M 2012 Minist rio P blico quer censurar dicion rio Observat rio da Imprensa ano 16 n 684 06 mar 2012 Recuperado de http www observatoriodaimprensa com br news view ed684 ministerio publico quer censurar dicionario Angeli 2010 Ele n o de oposi o nem de situa o contra a politicagem e o politicamente correto Revista Trip ano 24 n 191 Avelar 2011 As origens da express o politicamente correto Revista F rum ano X n 96 N o paginado Recuperado de http revistaforum com br idelberavelar 2011 04 04 as origens da expressao politicamente correto Barros D F Aesquerda que n o teme dizer seu nome notas de leitura Revista Margem Esquerda ensaios marxistas n 19 p 153 154 2012 Bento A 2008 A lingua da lt lt correc o politica gt gt In Serra P amp Ferreira orgs Ret rica e mediatiza o da escrita a internet pp 9 51 Covilh LabCom Universidade da Beira Interior Bifo F B 2007 Generacion Post Alfa patologias e imaginarios en el semiocapitalismo Buenos Aires Tinta Limon Borges L C 1996 A busca do inencontr vel uma miss o politicamente in correta Cadernos de Estudo Linguisticos 31 109 125 Bradbury R 2007 Fahrenheit 451
50. caso da LTI a linguagem do Terceiro Reich se valendo de an lises realizadas por Klemperer 2009 acerca desta e dizendo que em ambos os casos cartilhas do politicamente correto e a l ngua nazista h uma dissocia o gradativa entre pensamento e linguagem pois ao se domesticar e constringir esta aquele paulatinamente se despotencializa e se afunila de tal modo a desembocar em uma aus ncia total na capacidade de se pensar refletir Contudo as ferrenhas cr ticas a tais iniciativas poderiam tamb m levar em alta considera o a necessidade de se pensar na reafirma o de preconceitos que ocorre constantemente mas n o somente atrav s da linguagem como inclusive prop s Queiroz 2005 o autor da pol mica cartilha Politicamente Correto amp Direitos Humanos em artigo publicado no s tio Observat rio da Imprensa em meio a toda grita conservadora poca da distribui o do documento editado pelo governo federal brasileiro Antes de prosseguirmos comentemos um pouco mais detidamente acerca do livro de Bradbury 2007 O argumento central utilizado pelo escritor de Fahrenheit 451 de que a culpa pela invers o na fun o do corpo de bombeiros promover a queima ao inv s de combater as chamas e o abandono total dos livros por tal sociedade retratada nesta obra deve ser atribu da s minorias e ao policiamento politicamente correto procedido e promovido por estes os quais paulatinamente foram censurando trechos e
51. casos o que temos encontrado que eventos de T amp D que t m objetivos principais pertencentes ao dom nio cognitivo das taxonomias de compet ncias geralmente s o aqueles com melhores indicadores de transfer ncia quando comparados aos eventos em que tais objetivos possam ser classificados como pertencentes ao dom nio afetivo Naquele segundo caso nossos resultados de pesquisa sugerem que a complexidade do objetivo principal quando ele pertencente ao dom nio cognitivo est associada a n veis diferentes de transfer ncia Se tais objetivos s o mais complexos h mais transfer ncia para o trabalho Por exemplo comparemos a natureza da aquisi o de conceitos que est na base das taxonomias com a natureza da resolu o de problemas que est no topo de complexidade dessas taxonomias Eventos de T amp D cujos objetivos principais s o desta natureza produzir o mais transfer ncia que eventos em que tais objetivos s o daquela natureza Contudo as mencionadas tr s caracter sticas dos objetivos s o somente parte dos fatores instrucionais a parte referente ao planejamento dos eventos de T amp D H ainda que considerar a outra parte desses eventos a sua execu o Neste caso h dois importantes preditores da transfer ncia para o contexto do trabalho do que adquirido nos contextos desses eventos Quanto h similaridade entre ambos os contextos essa transfer ncia maior Por ltimo quando nesse contexto de T amp D s
52. conservador e hegem nico que contr rio ao politicamente correto majoritariamente tem comointuito literalmente conservaro status quo despontencializando quaisquer iniciativas de promo o de igualdade ou ao menos certo arrefecimento nas disparidades sociais ao reduzir a import ncia de se discutir vis es preconceituosas e promotoras de desigualdades que as palavras carregam e reafirmam Para tal discurso in til pretender substituir termos pois como j afirmamos segundo este ponto de vista o que representam continuar existindo independentemente das mudan as propostas ou levadas a cabo Tal cosmovis o de mundo ignora aquilo asseverado peremptoriamente por Agamben 2004 p 15 de que como se sugeriu a terminologia o momento propriamente po tico do pensamento ent o as escolhas nunca podem ser neutras ainda que nessa passagem de seu texto esteja especificamente justificando o porqu utiliza a express o estado de exce o ao inv s de outras como estado de s tio ou decretos de urg ncia Como diz Avelar 2011 at o mero fato de se propor uma nomenclatura alternativa ou confrontar o que os termos correntes carregam explicitando nos j encarado como tentativa desmedida de censura de tolhimento da liberdade de express o e de manipula o ditatorial da linguagem N o por acaso como j pontuamos e tamb m discutido pelos diversos autores presentes na obra organizada por William
53. conte do expresso pelas crian as Algumas narrativas tinham aspectos em comum com mais de uma categoria como as produzidas pelos participantes 8 e 17 que assistiram ao video do Barney e 4 5 e 11 produzidas pelos participantes que assistiram ao v deo do S tio do Pica pau Amarelo e foram incluidas em mais de uma categoria A seguir apresentamos as principais categorias levantadas suas defini es e Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marcus Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia amp Ana Cl sia da Silva Costa participantes que as mencionaram Categoria Intera o Positiva A hist ria gira em torno de temas como amizade ajuda m tua rela o horizontal entre as crian as e apresentam final feliz Estes temas estiveram presentes nas hist rias contadas pelos participantes 1 4 6 10 11 13 14 15 16 e 18 que assistiram ao v deo do Barney e nos participantes 1 6 8 12 e 14 que assistiram ao v deo do S tio do Pica Pau Amarelo Yasmin branca e Priscila negra s o duas amigas que todo dia elas brincavam no parque brincavam na escola estudavam juntas S 1 7 anos Barney Vit ria negra ela tem oito anos e ela brinca com as meninas de boneca e de vestir roupa nas crian as e Amanda branca ela brinca com Vit ria de pega pega esconde esconde de boneca S 8 9 anos S tio Observamos que os participantes que assitiram ao video pr
54. de mudan as no horizonte Afinal compreende a proposi o de outros termos no l xico como t o somente a trivial mudan a dos pr prios n o das ideias que neles est o contidas e propagadas as quais segundo o aqui supracitado ponto de vista conservador e hegem nico jamais mudar o ou poder o sequer ser questionadas e repensadas Inclusive interessante a seletividade e inconsist ncia dessa linha argumentativa pois como questiona Fairclough It is worth considering why critics of PC politicamento correto readily say that it is PC to suggest that adult females should be referred to as women and not girls but does not see it as PC when back account are re labelled as financial products Fairclough 2003 p 21 2 Vale a pena considerar o porqu dos cr ticos ao politicamente correto prontamente apontarem que politicamente Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos Afinal o simples fato de um grupo social passar a se denominar de outro modo como no comumente citado caso do Movimento Negro que adere a termos como afrodescendente o qual est vinculado s origens ancestrais do indiv duo e o pr prio negro para se autoqualificar em detrimento dos diversos outros termos pejorativos que s o utilizados cotidianamente j raz o para que os propagadore
55. de que os m todos mistos oferecem melhor compreens o do fen meno estudado e tamb m articula o entre os n veis micro meso e macro de an lise M todos s o caminhos escolhidos por aquiesc ncia a um conjunto de regras e par metros para estudar um fen meno Os m todos mistos representam o terceiro movimento metodol gico Creswell 2003 Creswell amp Plano Clark 2007 Molina Azorin amp Cameron 2010 Tashakkori amp Teddlie 2003 e s o definidos como a combina o de distintos m todos qualitativos e quantitativos e estrat gias de coleta e an lise de dados sustentadas em diferentes paradigmas ou em um mesmo paradigma Thurston Cove amp Meadows 2008 Certamente n o se pode ignorar que a ado o de m todos mistos requer um posicionamento cr tico acerca de quest es de natureza ontol gica e epistemol gica ainda de dif cil solu o Bazeley 2004 No plano ontol gico se tem de dar resposta s quest es dentre as quais se o mundo existe al m de nossa percep o e se poss vel aprend lo No plano epistemol gico a quest o central est em definir o que significa conhecimento v lido e como se chegar a ele m todo Pressupostos ontol gicos distinguem o realismo e o construcionismo e os epistemol gicos por sua vez separam o objetivismo em suas variantes hard certeza de parte da realidade e soft probabilidade e o subjetivismo que oscila entre um relativismo individual e intersubjetivo a um relativism
56. de refere se a um campo da Psicologia j bem definido figurando entre as reas de especifica o propostas pela American Psychological Association APA cuja principal caracter stica ser essencialmente baseado em evid ncias O foco desse campo entender como ocorre a intera o entre fatores biol gicos psicol gicos e sociais na determina o do processo sa de doen a Leventhal Weinman Leventhal amp Phillips 2008 Marks Sykes amp McKinley 2003 Sanchez Garrido amp lvaro 2003 Nessa perspectiva os interesses s o direcionados para a elucida o de como um indiv duo torna se ou mant m se saud vel fatores de prote o como tamb m se dirigem as aten es para os fatores que favorecem o adoecimento al m da identifica o dos aspectos que podem influenciar tanto negativa como positivamente na recupera o restabelecimento e ou na promo o da sa de de indiv duos grupos e popula es Tais focos assumem como princ pio a possibilidade de atuar preventivamente antes que ocorra a manifesta o da doen a podendo diminuir as consequ ncias ou at mesmo evitar que se desenvolvam problemas de sa de Simultaneamente uma vez instalada a enfermidade almeja se um melhor desenvolvimento te rico e de pr ticas que possibilitem o processo de recupera o estabiliza o ou controle da doen a bem como o desenvolvimento de estrat gias e aparatos t cnicos que facilitem o alcance do ajustamento psicol gico s
57. de transcri o das apresenta es dos docentes no referido evento As transcri es foram enviadas aos docentes que a partir da constru ram textos curtos que foram reunidos em um artigo para o qual convidamos um docente membro do PROCAD que na ocasi o n o pode estar presente ao evento Deste modo pudemos assegurar maior envolvimento dos docentes do PROCAD Ao professor convidado era solicitado que assumisse a primeira autoria dos artigos com a tarefa de fazer uma articula o entre os textos apresentados A expectativa dos organizadores que este dossi possa servir de material de apoio a programas de p s gradua o na rea de Psicologia Social e do Trabalho e que desperte o interesse cr tico de outros estudiosos e pesquisadores afins fomentando novos di logos e interlocu es Psic loga professora associada na Universidade Federal da Bahia Psic logo professor adjunto na Universidade Federal de Sergipe Psic logo professor titular na Universidade Federal da Bahia Psic logo professor titular na Universidade de Bras lia AON Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Apresenta o No artigo 1 Elisabeth Loiola e colaboradores analisam os fen menos das cogni es e da aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Tr s contribui es s o integradas de modo a oferecer ao leitor um panorama do que vem sendo produzido no Brasil na sub rea de comportamento organizaciona
58. desafios no uso de m todos mistos particularmente em virtude de problemas de incomensurabilidade ontol gica e epistemol gica que sustentam a escolha e os procedimentos metodol gicos o que exige um n vel de reflex o mais aprofundado e cr tico do pesquisador O exemplo da tese de doutorado de Rodrigues 2011 em que se fez uso de m todos mistos em sequ ncia demonstrou a adequa o da escolha metodol gica justificativa te rica e empiricamente e pode contribuir de modo efetivo n o s para a compreens o do fen meno em estudo como para sustentar a proposi o de um modelo explicativo dos v nculos do indiv duo com a organiza o que orientar o estudos futuros Os fen menos estudados no campo da psicologia organizacional e do trabalho apresentam se em diversos n veis individual micro grupal meso e organizacional macro mas as pesquisas at o presente ainda est o fortemente centradas no n vel individual e em medidas perceptuais baseadas em julgamento humano auto e heteroavalia es De igual modo os fen menos que circunscrevem as rela es do homem com o seu trabalho clientes colegas chefes e a pr pria organiza o exigem abordagens multim todos embora os estudos na rea ainda estejam fortemente apoiados em metodologia quantitativa Essas vari veis pertencem a distintos n veis de an lise que precisam ser definidas medidas e analisadas com cuidado A expectativa que o leitor interessado nesta tem tica
59. dio do dispositivo denominado autoconfronta o que foi desenvolvido no mbito da Cl nica da Atividade e tem sido usado por psic logos e pesquisadores para intervir em processos laborais e favorecer a coleta de informa es para pesquisas acad micas Este dispositivo re ne de modo articulado instrumentos ou procedimentos de pesquisa como a entrevista semiestruturada a an lise de documentos e o registro em udio e v deo do trabalho A pesquisa contou com a participa o volunt ria de tr s formadores e do coordenador do curso Educa o e Linguagem que era oferecido como parte de um amplo programa institucional de capacita o docente para a educa o profissional Vale destacar que o interesse pelo trabalho dos formadores de professores para a educa o profissional de n vel m dio justifica se em fun o do reduzido n mero de estudos acad mico cient ficos sobre o tema considerando os dados sobre a produ o de disserta es e teses nas universidades brasileiras tornadas dispon veis pela Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Deivis Perez de Nivel Superior CAPES Em levantamento realizado em outubro de 20137 foram localizadas entre mais de 125 mil trabalhos acad micos apenas quarenta pesquisas dedicadas an lise do trabalho docente nos diferentes n veis educacionais brasileiros mas nenhum sobre o trabalho do formador de professores p
60. do Baixo M dio S o Francisco BMSF quanto com trabalhadores do SERPRO desenvolvedores de projetos e de alta escolaridade verifica se a predomin ncia de mecanismos de aprendizagem informal embora autoestudo e busca em material escrito tenham sido mais importantes para os trabalhadores de alta escolaridade que operam em ambiente fortemente mediado por tecnologias digitais e de comunica o TICS enquanto ajuda de colegas e de superiores prevaleceram no grupo de trabalhadores rurais do BMSF Novo achado de pesquisa que difere relativamente dos encontrados pelo grupo de aprendizagem individual da UNB refere se ao papel dos suportes organizacionais Nas pesquisas sobre aprendizagem organizacional no BMSF e no SERPRO a exist ncia de suportes materiais n o se mostrou estatisticamente significativa enquanto suportes psicossociais mostraram se estrat gicos para potencializar oportunidades de aprendizagem organizacional socializa o A maior import ncia da aprendizagem informal do que a formal em ambientes de trabalho um consenso te rico na rea de estudos organizacionais Dados que evidenciam a import ncia da aprendizagem informal em situa es de trabalho s o encontrados em sites dos Minist rios do Trabalho de pa ses desenvolvidos a exemplo dos USA No entanto tais dados s o relativamente antigos Tamb m foram encontradas algumas estat sticas em literatura estrangeira embora Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvad
61. do CNPq h 12 anos o mais jovem e menos estruturado comparativamente aos dois grupos antes mencionados At recentemente esse grupo contou com o suporte adicional do grupo de pesquisa do prof Ant nio Virg lio Bastos dos Programas de P s Gradua o em Psicologia da UFBA Conforme descrito em sua trajet ria na terceira parte desse artigo ap s um prolongado investimento em estudos de caso e em mapeamento do campo em termos te rico e emp rico esse grupo de pesquisa passou a estruturar suas pesquisas em bases quantitativas realizando survey cross section e longitudinal painel e utilizando t cnicas inferenciais correla es e an lises estruturais para desenvolver e testar escalas e modelos integrados de aprendizagem individual e aprendizagem organizacional Nas pesquisas desse grupo aprendizagem individual definida conforme abordagem sociocognitiva como processo individual mental mas tamb m de intera o entre indiv duos contextualizados desdobrando se nas etapas de aquisi o reten o generaliza o e transfer ncia Aprendizagem organizacional corresponde por sua vez ao processo de transforma o dos conhecimentos individuais em conhecimentos organizacionais por socializa o e por codifica o dois constructos proxies do constructo aprendizagem organizacional Considera se ainda que sem transfer ncia do que foi aprendido pelos indiv duos para o trabalho o que requer a ativa o de suportes psicossociais
62. do fen meno em voga Dentre estes discursos destaca se o da Psicologia que apesar de ainda incipiente nos ltimos anos tem sido demandada a se posicionar frente problem tica da gram tica de g nero e sexualidade como tamb m na constru o de interven es que ora prop em a reorienta o da sexualidade pautado na conserva o do modelo heteronormativo ora prop em um tratamento ao sofrimento advindo da experi ncia homossexual numa l gica mais contextualizada A Psicologia enquanto ci ncia e profiss o a partir da inst ncia maior que regulamenta e normatiza a pr tica profissional do psic logo CFP se posiciona de modo contr rio a toda e qualquer interven o que desconsidere a diversidade na forma como os sujeitos expressam os seus afetos sejam eles hetero ou homossexuais Desse modo cabe a esse profissional estar atento a essas quest es para que assim possa melhor delinear a sua pr tica em conformidade com o objetivo de minimiza o e ou extin o da discrimina o preconceito e viol ncia com rela o aqueles que n o se encaixam no modelo dominante de sexualidade Por fim por m sem ter a pretens o de esgotar a problem tica aqui abordada e discutida Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo reconhece se a importancia de novas pesquisas principalmente empiricas no campo da Psicologia
63. do nivel individual para os n veis mais abrangentes Mais desafios caracterizam os fen menos estudados em POT um dos quais diz respeito a escolha dos m todos de pesquisa quali quanti ou misto Os m todos mistos caracterizam se pela combina o de distintas estrat gias qualitativas e quantitativas de coleta e an lise de dados sustentadas em diferentes paradigmas ou em um mesmo paradigma Muitos autores sugerem a ado o de estudos mistos por serem mais adequados complexidade e natureza dos fen menos de interesse em POT A segunda parte deste artigo apresenta uma ampla an lise dos m todos adotados em pesquisas nacionais e internacionais da rea visando avaliar o uso dos tr s m todos em POT Os resultados dessa an lise mostram um claro predom nio de pesquisas quantitativas e em menores propor es estudos com m todos qualitativos e m todos mistos Os ltimos ainda n o est o muito difundidos mesmo com sugest es de importantes autores da rea preconizando a aplica o desse tipo de m todo de modo a abarcar a complexidade dos fen menos e processos organizacionais Entre as justificativas para a baixa ades o dos pesquisadores a m todos mistos est o quest es de natureza ontol gica e epistemol gica ainda de dif cil solu o a necessidade de forma o de 1 Psic loga doutora em psicologia e professora adjunta na Universidade de Bras lia 2 Psic loga doutora em psicologia e professora associada na Universida
64. docentes em forma o b no redimensionamento do valor e no modo como estruturada a media o dos formadores c na maneira como a linguagem abordada pelos formadores no cotidiano do processo educativo A concep o adotada pelos formadores conforme veremos abaixo aproxima se dos pressupostos de desenvolvimento humano de educa o hist rico cultural de Vigotski No tocante s rela es interativas em aula a caracter stica principal da atividade laboral dos formadores o trabalho colaborativo Isto porque durante a autoconfronta o simples no momento em que assistiam o registro do pr prio trabalho o trio de formadores sinalizou que havia a busca ativa por realizar uma a o educativa distinta daquela prescrita nos documentos do curso e pelo Sherlock na tentativa de ampliar o entendimento acerca de como os seus alunos professores em forma o se organizavam para a constru o da aprendizagem Nos documentos do curso se sugere que os aprendizes atuem em um processo educativo caracterizado pela mera soma de esfor os individuais com vistas elabora o de saberes J os formadores de professores adotaram conforme observado nos registros em v deo e nas entrevistas de pesquisa uma perspectiva colaborativa em que o resultado do processo de ensino e aprendizagem era alcan ado pelo esfor o coletivo em atividades em que havia intensa intera o e ajuda m tua A distin o entre as prescri es do curso Educa o e Lin
65. dos conhecimentos relevantes adquiridos pelos indiv duos envolvidos nos microprocessos de aprendizagem enfocados n o haviam sido incorporados base de conhecimentos acumulados pelas empresas porque os processos de socializa o e de codifica o que s o chave para tanto n o eram geridos no escopo de uma pol tica de aprendizagem pelas organiza es J em rela o pesquisa com os gestores as principais conclus es s o A ocorr ncia de aprendizagens significativas em v rias reas e dom nios do trabalho tanto sobre tecnologias novas como por exemplo sobre t cnicas de melhoria da produ o E uma maior variabilidade das estrat gias de aquisi o de conhecimentos em rela o aquelas relatadas pelos trabalhadores O projeto de 2006 continuou localizado no BMSF No entanto realizaram se estudos longitudinais Os resultados das quatro coletas da pesquisa de corte longitudinal foram submetidos a an lises com base em estat sticas descritivas e inferenciais Al m do banco de dados longitudinais um banco de dados especial foi constitu do com os trabalhadores que participaram de apenas uma das coletas num total de 128 respondentes para desenvolver em car ter preliminar modelo emp rico com base em equa es estruturais Em rela o ao tratamento dos dados a partir de equa o estrutural os resultados preliminares foram considerados promissores Foram desenvolvidos tr s modelos que articulavam as rela es entre
66. dos processos duais foi emergindo em v rios dom nios especializados da psicologia social fazendo alus o a dois modos de processamento um realizado com pouco esfor o e de forma relativamente autom tica e outro mais cuidadoso e refletido Essa diferen a se identifica claramente na diferencia o estabelecida por Sloman 1996 entre o racioc nio associativo e o racioc nio baseado em regras Uma das formas de racioc nio o associativo envolveria a identifica o de pistas encontradas nos est mulos mediante a extra o de informa es previamente aprendidas enquanto o racioc nio baseado em regras dependeria de um uso formal da l gica simb lica para a formula o de regras precisas destinadas a elaborar infer ncias consistentes com as informa es Estas duas formas de racioc nio n o seriam incompat veis entre si o uso do racioc nio baseado em regras dependeria de uma maior capacidade e esfor o da parte do percebedor Nos dom nios da aprendizagem e mem ria merece destaque a proposta de McClelland McNaughton e O Reilly 1995 sobre as diferen as entre os sistemas lento e r pido de aprendizagem e mem ria Estes modelos partem da identifica o das diferen as entre um sistema evolutivamente mais antigo dedicado a regular e processar as regularidades encontradas no ambiente e um sistema mais recente capaz de processar as informa es inesperadas e incomuns no ambiente Eles foram postulados com base na suposi o de
67. dos processos que os geram e os transformam para uma compreens o mais adequada das caracter sticas e din micas das organiza es Na realidade compreender as organiza es requer necessariamente uma teoria sobre o homem e sua a o social mesmo quando se assume o pressuposto de que essas unidades sociais n o se reduzem ao comportamento dos indiv duos singulares que as comp em evidente a import ncia que o pensamento a linguagem o manejo de s mbolos de conceitos e de regras desempenham neste complexo cotidiano de pessoas que t m que articular suas a es em torno de um objetivo organizacional esse fato que torna a cogni o uma classe de fen menos central para a compreens o dos processos organizacionais Uma perspectiva de an lise ampla para compreender qualquer a o escolha decis o ou intera o humana em uma organiza o poderia apoiar se no seguinte conjunto de pressupostos Eleger a a o humana como foco privilegiado n o nico do seu olhar implica necessariamente na an lise das intera es indiv duo e contexto Contexto que na sua dimens o mais significativa composto por outras pessoas logo social cultural e simb lico O significado do comportamento a o s emerge quando temos acesso a tais intera es O comportamento humano processo fluxo e n o pode ser confundido com movimentos motores p blicos e observ veis inclui os atos da fala e portanto podem ser privados Em
68. e da realidade socioecon mica hist rica e pol tica de cada poca Se em tempos mais remotos as rela es ntimas entre pessoas do mesmo sexo n o eram vislumbradas de maneira problem tica a partir do s culo XIX com a ascens o do discurso m dico psiqui trico essas rela es passaram a ser vistas como uma patologia dentro do espectro da anormalidade Desde ent o diversos outros discursos como o m dico cient fico o religioso o psicanal tico tamb m tentaram abordar o tema homossexualidade buscando identificar causas e apresentar explica es que legitimem ou n o essa condi o existencial Atualmente o tema homossexualidade vem sendo discutido pelas ci ncias humanas e biol gicas pelos grupos religiosos e pelo senso comum de um modo geral sobretudo ap s a tentativa de aprova o pela Comiss o Brasileira de Direitos Humanos do projeto do deputado Jo o Campos PSDB GO que prop e a libera o de tratamento psicoterap utico para os homossexuais Com a extin o dos artigos da Resolu o n 001 99 do Conselho Federal de Psicologia que pro bem tal pr tica por parte dos psic logos CFP 2013 Diante da grande repercuss o da proposta entre o p blico LGBTTT L sbicas Gays Bissexuais Travestis Transexuais e Transg neros psic logo a s e a sociedade em geral o ent o parlamentar retirou de pauta o projeto de lei relatado Al m das pol micas impulsionadas pelo projeto de lei mencionado acima outras quest es
69. e dan a verificando assim a efetividade da interven o com o uso da dan a e do movimento para mudan as na produ o de subjetividade do idoso Desse modo buscamos analisar as rela es constru das pelos idosos considerando a capacidade produtiva e criativa dos corpos e questionando os padr es est ticos corporais atuais produzindo novos afetamentos corporeidades e subjetividades outras rela es entre os corpos e o mundo Afetos e encontros corpos e subjetividades em movimento Para Breton 1995 o corpo vivido na sociedade atual como algo individual e isolado tendo valor no que externo a ele O corpo vive desse modo a press o por atingir uma exig ncia para ser aceito socialmente sendo que aqueles que n o se enquadram no padr o est o sujeitos a preconceitos e estere tipos H na sociedade atual uma fascina o pela est tica haja visto o aquecimento do consumo e o estrondoso aumento do oferecimento de produtos cada vez mais especializados nesse mercado de maneira que os indiv duos t m cada vez mais tend ncia a investir em busca por certo corpo a fim de torn lo conforme tais ideais de beleza e juventude As m dias colaboram e fortalecem esta vis o mostrando sempre os belos corpos jovens magros e atl ticos e como alvo de s tiras seus opostos Diante desse cen rio nessa mesma sociedade a velhice est associada a perdas que levam ao isolamento a uma imagem negativa perda de pap is socia
70. e extensivo de corte transversal uso de question rios e an lises estat sticas diversas e sofisticadas O Estudo 2 de natureza qualitativa explicativa e intensiva trata em maior profundidade dos processos din micas e trajet rias individuais que de v nculos com a organiza o Os dois estudos combinados produziram resultados robustos e consistentes que demonstraram a possibilidade de aplica o bem sucedida desse m todo em pesquisas sobre comportamento organizacional Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim Objetivos Estudo 1 Medidas Amostra Analise de dados 1 Revisar e refinar as medidas do entrincheira mento organizacional e do comprometimento de con tinuagao como ponto de partida para a analise das rela es entre sie com o comprometimento afetivo 2 Avaliar se o entrinchei ramento organizacional o comprometimento de continua o e o compro metimento afetivo diferem em termos dos seus ante cedentes e consequentes 3 Caracterizar padr es de v nculos que combinem diferentes n veis de com prometimento afetivo e de entrincheiramento orga nizacional discriminan do os quanto a vari veis pessoais ocupacionais e organizacionais Estudo 1 Quantitativo extensivo de corte transversal Question rios Entrincheiramento Comprometimento afetivo e de conti nu
71. estica o conceito de comprometimento para inserir em seu arcabou o fen menos que s o diferentes As pesquisas v m acusando por exemplo que a base instrumental proposta por J Meyer e N Allen tem antecedentes diferentes impactos diferentes e qualidade da medida diferente do que apresentado pelas bases afetiva e normativa A pesquisa ent o vem acumulando quest es emp ricas e evid ncias de que essas tr s bases n o podem ser tratadas como parte do mesmo fen meno Elas atuam juntas apenas como antecedentes da perman ncia do trabalhador Quando colocamos foco na satisfa o motiva o qualidade de desempenho bem estar tudo isso diferencia o indiv duo com maior comprometimento instrumental daquele com maior comprometimento afetivo As evid ncias j reunidas at aqui permitem dizer que o indiv duo que permanece na organiza o por falta de alternativas pelos custos associados sa da ou pelo desperd cio potencial dos conhecimentos adquiridos n o est comprometido Nossos avan os te ricos indicam que esse um indiv duo entrincheirado aprisionado na organiza o Afirmamos dessa forma que esse outro fen meno outro tipo de v nculo e n o comprometimento Por sua vez o indiv duo que aquiescente que cede que contribui para a organiza o pelo senso de dever de obriga o na verdade um trabalhador obediente mas n o um trabalhador comprometido Da sociologia foi originado o conceito de consentim
72. exemplo a desembaralhar senten as para formar frases que fa am sentido a partir de uma lista de palavras desorganizadas mas que se organizadas formam uma frase com sentido Srull amp Wyer 1979 b memorizar uma lista de adjetivos e dois minutos depois escrever a lista na ordem e forma apresentada na tarefa de memoriza o Maio Pakizeh amp Rees 2009 e c visualizar uma s rie de imagens e elaborar uma lista de palavras que v m mente em raz o das imagens Chao Chen Roisman amp Hong 2007 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodoldgicas em Psicologia Social e da Saude Depois de realizada a tarefa de priming quando se espera que os conceitos ativados pelo conteudo do material a que se exp e o participante tenham surtido efeito o participante inicia a segunda tarefa explicitamente n o relacionada primeira mas na qual na verdade ocorre a mensura o da vari vel dependente Esta segunda parte pode ser a mensura o de uma atitude ou inten o de comportamento ou inclusive a observa o do comportamento do participante em uma situa o espec fica Em geral se a categoria foi efetivamente ativada se a vari vel dependente possuirela o coerente com o priming e se houve garantia de boa validade interna do experimento o processo autom tico avaliado pelo efeito produzido na vari vel dependente Desconhe o qualquer tipo de manual que sintetize todos os po
73. falou Vamos atac la A Luis branco falou N o n o vamos Deixa a cobra a quieta Vamos sair daqui A com raiva Rodrigo pegou uma pedra e jogou na cobra A cobra avan ou e pegou Luis S 17 10 anos Barney Beatriz negra era uma menina muito sapeca e Fernanda branca era mais quietinha Um dia Beatriz pegou as coisas de Fernanda e quebrou Fernanda fica triste S 4 8 anos Sitio Observamos que as narrativas baseadas em conflitos entre as personagens estiveram mais presentes nos participantes que assistiram ao video com conte do pr social foram 16 7 das evoca es 3 evoca es em 18 narrativas Enquanto apenas 6 7 dos que assistiram ao video com conte do racista mencionaram esse conte do uma produ o em 15 narrativas Categoria Caracter sticas Estereotipadas Atribu das ao Negro Nas narrativas dos participantes o personagem negro age ou descrito de modo estereotipado Nessas narrativas surgem palavras como malvado reprovou foi preso e comportamento travesso e desobediente Estes temas estiveram presentes na hist ria contada pelos participantes 8 e 17 que assistiram ao v deo do Barney e nos participantes 3 4 5 10 e 11 que assistiram ao v deo do S tio do Pica Pau Amarelo Gustavo branco e Matheus negro fizeram uma casa um fez de palha um fez de bloco a veio o lobo e assoprou a casa de Matheus a Matheus a correu pra casa do irm o S 8 8 anos
74. grupo de pesquisa que passa a investigar aprendizagem no trabalho por meios n o sistematizados especialmente enfocando as estrat gias de aprendizagem dos trabalhadores no trabalho EATs Visualiza certa equival ncia entre o posto de trabalho ou melhor aprendizagens realizadas nos contextos dos postos de trabalho e os contextos demarcados pelos padr es instrucionais em aprendizagens formais Para dar maior sustenta o e clareza a suas afirma es cita que pesquisas realizadas pelo grupo indicam que A busca de ajuda interpessoal estrat gia de aprendizagem informal mais utilizada em postos de trabalho com pouco uso de tecnologias da informa o e grande uso de intera o interpessoal A busca de ajuda em material escrito estrat gia de aprendizagem informal utilizada em cargos menos complexos A aplica o pr tica estrat gia de aprendizagem informal intensificada ao longo dos 10 primeiros meses de trabalho de dirigentes municipais em primeiro mandato O terceiro texto que comp e este artigo apresenta a trajet ria do grupo de pesquisa Aprendizagem Organizacional do N cleo de P s Gradua o em Administra o da UFBA ao qual pertencem os tr s primeiros autores deste artigo Esta trajet ria dividia em tr s per odos Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea Embora venha contando com o apoio
75. inten o de obter um retrato panor mico e n o mais pontual do processo sa de doen a Portanto a Epidemiologia retrata uma realidade a Psicologia da Sa de descreve o cen rio e a Psicologia Social se encarrega de criar o enredo contar a hist ria de como se configurou tal enquadramento O conceito da Psicologia Social da Sa de a aplica o de conhecimentos e t cnicas da Psicologia Social para compreender o processo sa de doen a Santos 2010 Schnittker amp McLeod 2005 Logo os aportes da Psicologia Social buscam prover as investiga es da Psicologia da Sa de de variadas perspectivas te ricas e emp ricas visando o detalhamento da din mica interacional dos fatores de prote o e exposi o em n vel psicol gico social e psicossocial Importa destacar que a defini o ora utilizada para o processo sa de doen a a que trata este objeto como uma din mica de processos individuais e grupais interdependentes no contexto experiencial voltado para entender como os elementos individuais diferen as permitem explicar o status de sa de da popula o em recortes micro individuais e mesossociais grupais favorecendo a compreens o de din micas macrossociais populacionais no que toca distribui o social da sa de e da doen a Contrandiopoulos 2006 Leventhal et al 2008 Wilkinson amp Marmot 2003 Ao formular modelos te ricos a Psicologia Social da Sa de explicita os modos de compreens o de como os deter
76. mica tamb m foi percebida nos esquecimentos daquilo que foi experienciado sem deixar claro de considerar a influ ncia das debilidades neurol gicas envolvidas Quando as pesquisadoras pediram na entrevista final e nas oficinas que relembrassem o que fora vivido nos encontros e descrevessem os afetos provocados nos corpos alguns participantes disseram n o se lembrar e confundiram com din micas realizadas por outros profissionais da institui o Em um dos momentos as pesquisadoras iniciaram uma das oficinas retomando as viv ncias da anterior na qual foram trabalhadas as rela es com as frutas a partir das mem rias dos participantes A memoria do encontro foi resgatada com a ajuda das pesquisadoras at o momento que as frutas entraram em cena sendo que nenhum dos participantes conseguia se recordar deste momento ainda que as pesquisadoras dessem dicas como foi lhes entregue algo com o qual dan aram sentiram a textura o cheiro Quando enfim se recordaram poucos conseguiram expressar suas afeta es se prendendo em opini es superficiais como foi bom e eu gostei Assim percebeu se tamb m a dificuldade de entrar em contato com um corpo ntimo que prop e rela es com a fruta do outro e com a pr pria fruta em um movimento que provoca e insinua a viv ncia das rela es entre os corpos Deste modo aqueles que retornaram s oficinas depois de aus ncias pareceram ter prec
77. minorias possam revelar estas semelhan as de valores e interesses sociais e a sociedade civil possa sentir se vontade para expressar suas d vidas e preocupa es diante das diferen as Mesmo provocando situa es imediatas de conflito o debate pode gerar oportunidades para as minorias mostrarem que n o s o t o ex ticas quanto imaginam aqueles que se sentem inseguros diante das diferen as sociais Ao mesmo tempo podem mostrar que a atitude de reserva diante dos homossexuais pelo menos na popula o pesquisada est mais relacionada desinforma o do que intransig ncia Portanto ao se promover a difus o de informa es atrav s de debates estar se promovendo o respeito a modos de vida diferentes mas que n o s o necessariamente excludentes Afinal as novas vis es sociais que surgem no processo s cio hist rico t m se acumulando e n o se substituindo e por isto carecem de um espa o democr tico de coexist ncia que superem as diferen as categoriais em nome dos direitos universais dos seres humanos Considera es finais Os dois textos apresentados neste artigo abordaram de perspectivas diversas quest es relativas forma o e express o de preconceitos e estere tipos tema de fundamental import ncia na atualidade haja vista os conflitos sociais decorrentes de intoler ncia com a diversidade em um mundo em crise Os relatos das investiga es emp ricas desenvolvidas pelas autoras do primeiro tex
78. morais e religiosos em suas pr ticas Logo cabe ressaltar que as pr ticas dos profissionais da Psicologia no que se referem ao p blico LGBTTT devem colaborar para a aniquila o de concep es de cunho preconceituoso e discriminat rio das identidades sexuais que n o seguem a hegemonia dominante Guimar es 2009 Madureira amp Branco 2007 Em rela o a cl nica psicol gica com o p blico n o heterossexual Toledo e Pinafi 2012 alertam para a necessidade de se tomar cuidado com a cristaliza o de uma identidade homossexual tendo em vista que esses sujeitos buscam fundamentar uma percep o de si que n o seja vazia e acabam se tornando muitas vezes apenas essa auto imagem impedindo a emerg ncia de outras identidades necess rias para uma vida social mais satisfat ria Para tanto a cl nica nunca em hip tese alguma dever contribuir para o enrijecimento da identidade homo ou heterossexual e sim viabilizar que o sujeito possa ver se sentir se livre para outras condi es existenciais Para Toledo e Pinafi 2012 os terapeutas que atendem o p blico LGBTTT devem colaborar e ajudar os sujeitos n o heterossexuais a refletir de maneira positiva acerca de suas experi ncias e rela es auxiliando o paciente na reelabora o daquilo que para ele negativo na sua condi o sexual Cabe ressaltar que o objetivo da cl nica com o p blico LGBTTT n o o de fazer com que o homossexual seja feliz nem tampouco que se s
79. na literatura tendo sido alvo de meta an lises que envolvem milhares de estudos Nosek Hawkins amp Frazier 2011 O IAT compreendido como uma medida associativa de categorias alvo e g Homem X Mulheres e atributos e g Matem tica X Artes e a atitude impl cita derivada pela diferen a na velocidade do tempo de associa o entre o pareamento na forma A i e Homens com Matem tica e Mulheres com Artes e na forma B i e Mulheres com Matem tica e Homens com Artes Ainda que seja o mais utilizado o IAT tem recebido muitas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes cr ticas referentes justamente ao seu car ter associativo o que nao necessariamente eliciaria processos autom ticos agravado pela possibilidade de recodifica o feita pelos participantes ao longo dos sete blocos do procedimento Meissner amp Rothermund 2013 Outro procedimento bastante utilizado nessa categoria o Priming Avaliativo Fazio Jackson Dunton amp Williams 1995 Herring et al 2013 Na verdade este se refere a uma fam lia de procedimentos que possuem uma caracter sticas em comum que o participante ser exposto a uma s rie de tentativas em que dois est mulos s o subsequentemente ou simultaneamente apresentados mas apenas um dos est mulos cnamado de alvo deve ser processado e avaliado enquanto o outro chamado de priming con
80. ncia O texto apresenta um estudo de metodologia Psic logo doutor em psicologia professor da Universidade Federal de Sergipe Psic loga doutora em psicologia professora da Universidade Federal de Sergipe 1 2 3 Psic logo doutor em psicologia professor da Universidade Federal da Bahia 4 Psic loga pela Universidade Federal de Sergipe Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Ea Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia sofisticada no qual os impactos de desenhos animados pr e antissociais sobre o racismo s o investigados No segundo texto o autor analisa fundamentando se nas ideias de Serge Moscovici a forma como as cren as concebidas como uma dimens o de entendimento que refletem as din micas sociais e que podem ser estrat gicas nas rela es de poder entre os grupos ligam se aos processos identit rios por um lado e ao preconceito contra homossexuais por outro M dia e Estere tipos de Negros Presentes no Discurso de Crian as Os estere tipos est o presentes nas nossas interac es quotidianas sobretudo nos meios de comunica o livros m dia Mesmo nos contextos familiar e escolar nos defrontamos com estere tipos raciais Operario amp Fiske 1998 A onipresen a dos estere tipos somada sua alta capacidade de difus o atrav s de alguns meios de comunica o a exemplo da televis o tem preocupado estudiosos que questionam o impacto da m
81. o Portal de peri dicos da CAPES Para tanto considerou se os seguintes crit rios de refinamento a inclus o de textos publicados em l ngua portuguesa escritos por psic logos e ou pesquisadores na rea e a exclus o de textos coincidentes e ou que n o tiveram seus conte dos dispon veis de maneira completa e ou que n o fizeram refer ncia direta ao tema O material discursivo foi lido refletido na integra de modo a extrair as converg ncias diverg ncias e novas perspectivas acerca do tema abordado A partir da leitura exaustiva dos trabalhos dois tipos de an lises foram realizadas uma quantitativa e outra qualitativa A primeira de natureza quantitativa objetivou tra ar um perfil da produ o bibliogr fica em rela o quantidade de trabalhos publicados ano de publica o regi o predominante dos pesquisadores tipos de produ o te rica x emp rica reas teorias que se fundamentam as publica es m todo de pesquisa utilizado e perfil dos participantes dos estudos A segunda de cunho qualitativo realizada a partir da t cnica de an lise de conte do de Bardin 1977 com a participa o de tr s ju zes objetivou identificar as categorias tem ticas de an lise que representam os assuntos mais recorrentes na produ o acad mica brasileira sobre a homossexualidade Resultados Em termos quantitativos foram encontrados 32 trabalhos incluindo artigos 28 disserta es 2 e teses 2 distribu dos a
82. o formador nos documentos do curso apresentava como caracter stica pr pria do cognitivismo a indica o para que fossem adotadas metodologias ativas e participativas as quais teriam como fun o principal a constru o de saberes de modo aut nomo pelo participante do curso Ainda os documentos do Sherlock trazem como caracter stica do cognitivismo a sugest o de o educador criar um desequil brio capaz de motivar o aluno a buscar o aprendizado individualmente ou em conjunto com seus pares A percep o de que os documentos do curso Educa o e Linguagem e da sua principal ferramenta de media o pedag gica o Sherlock tem um modelo de media o de car ter cognitivista corroborada pelas indica es do manual do software Scatena 2009 que sugere que os formadores devem atuar no sentido de garantir que os aprendizes no caso desta pesquisa s o os professores em forma o resolvam os problemas por si mesmos Isto est em sintonia com a vis o cognitivista de media o que de acordo com Mizukami 2003 p 71 n o consistir na transmiss o de verdades informa es demonstra es modelos etc e sim em que o aluno aprenda por si Tamb m o Projeto Pedag gico do Programa institucional de forma o docente e o plano do curso Educa o e Linguagem trazem o seguinte texto mediante a ado o de metodologias ativas e participativas que privilegiem a constru o dos saberes em um processo que preveja a a
83. o utilizados exerc cios pr ticos ocorre mais transfer ncia para aquele contexto de trabalho Sabemos portanto que certas caracter sticas de planejamento e execu o de eventos de T amp D juntamente com aspectos sociodemogr ficos cognitivos motivacionais afetivos e comportamentais dos indiv duos que participam desses eventos facilitam ou dificultam a transfer ncia do que adquirido para o trabalho Mas h ainda um terceiro conjunto de preditores a considerar relativos ao contexto organizacional Figura 4 Contextos Organizacionais que Predizem Transfer ncia em T amp D suporte organizacional ao desempenho gest o do desempenho e valoriza o do trabalhador suporte aprendizagem na organiza o expectativas de suporte antes de TD amp E sobre o que ocorrer ap s TD amp E suporte psicossocial transfer ncia do aprendido para o trabalho ap s TD amp E suporte material transfer ncia do aprendido para o trabalho ap s TD amp E Figura 4 Os preditores organizacionais de transfer ncia do que adquirido em T amp D para o trabalho H nos nossos estudos no PPG PSTO um achado muito importante pelo fato de emergir em v rias pesquisas realizadas em muitos contextos e porque tem elevada capacidade de predi o da transfer ncia do aprendido em T amp D Estudos realizados nos EUA na mesma poca encontraram um quadro bastante parecido Trata se do papel do suporte organizacional percebido que pode cheg
84. perspectiva aderem a uma premissa b sica o conhecimento acerca do mundo f sico e social essencial para a sobreviv ncia humana Moskowitz 2005 Ao contr rio dos animais que esquadrinham atentamente o mundo em que vivem e procuram se apartar dos est mulos aversivos e se aproximar das coisas que podem proporcionar prazer sendo apenas capazes de perceber e diferenciar os eventos amea adores daqueles que proporcionam algum tipo de vantagem ou satisfa o instrumental o ser humano consegue ir al m da mera percep o do ambiente f sico e social Definido como um agente processador de informa es o ser humano raciocina sobre os elementos processados e procura identificar explicar e compreender os eventos que ocorrem no ambiente que o cerca Esta capacidade de raciocinar sobre as causas e raz es de um determinado evento um dos elementos mais importantes na caracteriza o da natureza humana e uma das premissas b sicas de estudo da cogni o social Bishop amp Trout 2005 O mencionado predicativo pode ser qualificado nos termos de algumas premissas fundamentais Augoustinos Walker amp Donaghue 2006 o ser humano exerce de forma intencional uma s rie de influ ncias sobre o ambiente em que vive toda percep o m tua e como ocorre uma negocia o entre quem percebe e quem percebido a no o de eu deve ser considerada um elemento imprescind vel na cogni o dado que o eu se comporta ao mesmo te
85. pesquisa completa possa ser disseminada A ltima pergunta se refere a que situa es o m todo misto seria indicado Certamente que esta decis o depende do problema e das perguntas de pesquisa e tamb m da amplitude do estudo e do grau de aprofundamento que se pretende dar ao fen meno Conforme mencionado na se o anterior a combina o de m todos qualitativos e quantitativos exige reflex es te ricas an lises conceituais e consci ncia da compatibilidade entre as abordagens epistemol gicas subjacentes escolha do m todo No exemplo que ilustra esta se o o m todo quantitativo precedeu o m todo qualitativo O primeiro permitiu estabelecer rela es gerais entre vari veis e tamb m identificar perfis de agrupamentos que viabilizaram o subsequente estudo qualitativo em profundidade mediante entrevistas narrativas com representantes de cada um dos agregados identificados no estudo quantitativo Neste caso ent o os m todos mistos foram usados de modo sequencial O escopo claramente definido de que recorte do estudo quer produto do m todo quantitativo quer qualitativo permitiu que a tese de doutorado de Rodrigues 2011 fosse apresentada sob a forma de artigos diferenciados mas bastante articulados entre si A Figura 3 apresenta um resumo dos dois estudos realizados pela autora que ilustram a aplica o bem sucedida de m todo sequencial misto de pesquisa O Estudo 1 caracteriza se pela ado o de m todo quantitativo
86. quatro oficinas de movimento corporal e dan a com um grupo de idosos de um Centro de Conviv ncia utilizando produ o de desenhos entrevistas iniciais e finais individuais al m da constru o de di rios de campo pelas pesquisadoras Os dados foram analisados na rela o com os conceitos de subjetividade de Guattari e de corpo e movimento de Gil buscando nas entrevistas e di rios de campo afetos e transforma es nas rela es com os corpos Observou se que os idosos passaram a estabelecer novas rela es abrindo se s pot ncias geradas nos encontros na potencializa o criativa da vida Palavras chaves corpos subjetividade movimento Abstract Considering the aesthetic and capitalist requirements on the body and the devaluation of the elderly body s potency in society we proposed to analyze the relation of the elderly with the body and the world and the effects of dance and body movement in the production of subjectivities From the method of cartography four dance and movements workshop were help with a group of elderly from a Senior Living Center with production of draws individual interviews besides the construction of field journals by researchers The data was analyzed in relation to Guattari s subjectivity and Gil s body and movement seeking affects and transformations in relations with the bodies Thus it was observed the elderly began to establish new relations opening to potencies engendered at the encounters en
87. que acaba influenciando tamb m os estudos organizacionais Um importante te rico representante desta vis o no campo da administra o Karl Weick Este estudioso sugere a exist ncia de processos que criam conservam e dissolvem coletividades sociais que tais processos constituem o trabalho de organizar e que as maneiras pelas quais tais processos s o executados s o a organiza o Assim a partir da dissemina o dessas ideias ele dilui a no o de organiza o como entidade e assume que as organiza es s o processos de organizar e que as pessoas est o envolvidas Logo as organiza es s o fluidas est o em constante mudan a A organiza o pode ser considerada uma entidade quando essa fluidez congelada em um dado momento De uma forma geral essa a perspectiva que orienta o trabalho da maioria dos estudiosos do campo organizacional Em s ntese as organiza es s o processos constru dos pelos atores embora n s tenhamos muito menos capacidade de perceber o quanto enquanto atores n s moldamos a organiza o Na maioria das vezes mais f cil perceber mais facilmente o quanto somos influenciados pela organiza o Isto porque quando n s entramos na organiza o ela j existia previamente n o percebemos que a nossa entrada tem um impacto m tuo No entanto se olharmos com mais aten o como se estiv ssemos com uma lupa de fato observar amos que uma organiza o est sempre mudando Pessoas entram pe
88. que envolvem o processo de sa de de indiv duos grupos e popula es importante considerar alguns aspectos que distanciam essas abordagens particularmente a Psicologia da Sa de que tem como balizadores os pressupostos da Epidemiologia Social que embora focalize a vulnerabilidade centrada nos processos de adoecimento Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude A integra o de investiga es sobre sa de e bem estar focalizando a dimens o positiva desses processos possibilitar uma nova agenda de estudos visando constru o de modelos explicativos dos mecanismos psicol gicos de adapta o e da vulnerabilidade das pessoas submetidas a contextos de riscos Por fim identificar a capacidade de adapta o e os fatores de prote o sa de s o os grandes desafios desse campo de estudo Refer ncias American Psychological Association APA Recuperado de http www health psych org Adler N E amp Rehkopf D H U S 2008 Disparities in health descriptions causes and mechanisms Annual Review of Public Health 29 235 252 doi 0 1146 annurev publhealth 29 020907 090852 Bilbao M A Techio E M Zubieta E C rdenas M P ez D Diaz D Barrientos J amp Blanco A 2011 Bienestar subjetivo y psicol gico social El impacto de la violencia colectiva In D P ez C M Beristain J L Gonz lez Castro N B Basabe a
89. referir aos sodomitas Os sujeitos que mantinham rela es sexuais com pessoas do mesmo sexo sodomia eram considerados desviantes e doentes sendo colocados margem daquilo que vinha a ser a sexualidade humana sofrendo assim com os preconceitos que lhe eram dirigidos Belmonte 2009 Fernandes 2009 Santos 2008 Mediante essas considera es as rela es sexuais entre as pessoas do mesmo sexo biol gico atravessavam a cren a de que se originavam por consequ ncias de incita es demoniacas Gouveia et al 2012 e Santos et al 2007 lembram que o discurso da tradi o judaico crista dentre outros fatores colaborou para as a es depreciativas em rela o aos homossexuais na medida em que os atribuiam uma conota o pecaminosa A sodomia j foi elevada condi o de crime com o intuito de robustecer a repress o homossexualidade sendo perseguida e consequentemente castigada por tr s tribunais a saber Justi a Real Santa Inquisi o e a Vara Episcopal Para essas inst ncias investigativas punitivas as rela es homossexuais representavam um pecado mortal e deviam ser banidas para se cumprir a vontade soberana de Deus Pereira 2009 Silva 2003 ressalta alguns fatos hist ricos que contribu ram decisivamente para a marginalidade que a homossexualidade assume nos dias de hoje por exemplo o discurso m dico psiqui trico no final do s culo XVIII com a patologiza o das pr ticas homossexuais a Re
90. respostas a partir do vi s das quest es psicossociais Na pesquisa realizada por Palma e Levandowski 2008 com seis mulheres homossexuais da cidade de Caxias do Sul Rio Grande do Sul e regi o foi constatado que as participantes da pesquisa se referiram homossexualidade como algo inerente ao sujeito e sua hist ria e n o como Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional uma op o sexual Quanto s consequ ncias positivas da homossexualidade percebeu se que as respostas apontavam para sentimentos de felicidade melhora na qualidade do relacionamento possibilidade de ficar com pessoas dos dois sexos e de fazer novas amizades Enquanto que em rela o s consequ ncias negativas da condi o homossexual foram apontados o preconceito e o isolamento Ainda com rela o mesma pesquisa quando indagadas qual tinha sido a rea o dos familiares frente revela o da homossexualidade as respostas variaram entre apoio nervosismo choque agressividade e culpa Sobre o apoio familiar Santos et al 2007 em relato de experi ncia de grupos de pais com filhos homossexuais acentuaram que a n o aceita o dos genitores em rela o a orienta o sexual dos filhos corrobora com o florescimento do preconceito engendrando assim a es depreciativas que refor am o estigma social enfrentado pelo p blico gay nos espa os
91. sa de t m focalizado a aus ncia de doen a e nessa perspectiva como assinala Almeida Filho 2010 sa de tem sido considerada como atributo dos n o doentes entre os expostos e os n o expostos a fatores de risco em dada popula o definida importante mencionar que a no o de doen a parece ser atravessadora nas an lises da Sa de Coletiva e inevitavelmente contamina os estudos que focalizam Trabalho e Sa de Ps quica pois t m na Sa de Coletiva a sua matriz te rico conceitual Assim mediante os desafios impostos poss vel assinalar a necessidade de avaliar positivamente os n veis de salubridade de dada popula o bem como a constru o e ou descri o de indicadores de sa de Nessa dire o visando atender a essa necessidade urgem uma nova agenda de estudos e a possibilidade de se incorporar a perspectiva te rico conceitual da Psicologia Positiva desenvolvendo estrat gias metodol gicas que atendam s especificidades deste segmento da popula o trabalhadores inseridos ocupacionalmente O conceito de bem estar subjetivo emerge da Psicologia Positiva incorpora a satisfa o com a vida e os afetos como elementos de an lise e considerado como uma das dimens es da Sa de Mental Diener amp Seligman 2002 Dinner Lucas amp Oisihi 2009 Giacomoni 2004 Segundo Galinha e Ribeiro 2005 o bem estar subjetivo embora seja complexo um conceito positivo de sa de e abrange tanto a dimens o cogniti
92. se manifestam logo a defini o do n vel te rico ao qual pertencem os fen menos estudados precisa ser claramente estabelecida e observada nos testes emp ricos evitando desta forma que erros te ricos de interpreta o sejam cometidos ao tecer conclus es relativas a um n vel diferente daquele em que as an lises foram realizadas Analisando as estrat gias anal ticas seguidas para buscar o alinhamento te rico e de an lise de fen menos que foram teorizados e mensurados em diferentes n veis Snijder e Bosker 1999 descrevem duas entre as mais frequentemente adotadas Por um lado pesquisadores agregam dados coletados no n vel individual e a partir dessa estrat gia comp em escores grupais De outro lado escores grupais por exemplo volume de vendas da equipe s o desagregados e colocados como indicadores de desempenho de indiv duos Em ambos os casos as consequ ncias podem ser severas No primeiro caso o procedimento de agrega o c lculo de uma medida de tend ncia central usualmente a m dia aritm tica resulta em perda da vari ncia da vari vel atributo t o importante maioria dos procedimentos de an lise quantitativa e que traz como consequ ncia a redu o da probabilidade de encontrar correla es mesmo quando elas s o verdadeiras No segundo caso as consequ ncias s o opostas mas igualmente graves incremento da probabilidade de identifica o de associa es significativas correla es mesmo qu
93. sim n o sim n o 1 Amor 117 29 103 20 5 645 115 66 102 19 4 863 2 Fidelidade 112 71 106 10 lt 1 115 54 100 11 3 608 3 Compromisso 124 23 95 74 11 696 118 94 97 66 6 400 4 Ter filhos 114 86 105 82 1156 113 89 104 63 1 191 5 Uni o entre sexos diferentes 89 78 131 95 24971 89 56 136 81 30 781 6 Dinheiro 118 21 102 21 3 578 115 66 102 19 2 602 7 Casamento religioso 102 22 119 41 4 156 113 89 104 63 lt 1 8 Casamento civil 115 84 104 76 1 765 113 81 104 73 1 165 p lt 01 p lt 05 Uma vez que est vamos discutindo direitos de cidadania entrevistamos de forma aberta algumas lideran as do movimento pelos direitos de LGBTs para saber qual a sua vis o a respeito do casamento da fam lia da ado o e sua import ncia para os homossexuais Fizemos a an lise lexical das articula es dos discursos por meio do Alceste e constatamos que as ideias dividem se em dois eixos de an lise Gouveia amp Camino 2009 vide Figura 1 Ativistas m Alternativas de Conviv ncia men rm Familia painii Classe 2 21 Classe 3 13 Classe 6 24 S MOVIMENTO TRADICIONAL IDEAL Classe 5 8 Fidelidade dee re m Classe 1 15 Classe 4 19 PADRAO NEGOCIADA Figura 1 Articula es dos discursos resultantes da an lise lexical dos contextos do discurso dos militantes do movimento LGBT da Para ba O primeiro eixo de an lise se refere fam lia tradicional ou concreta e ideal em que Revista
94. te ricas mas magnifica os desafios das organiza es em termos de gest o dos processos de aprendizagem que precisam inovar no sentido de incentivar a aprendizagem informal Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea sem tirar a autonomia do trabalhador e das equipes de trabalho que uma das caracter sticas chave de processos de aprendizagem informal Os resultados relatados contribuem tamb m para dar sustenta o emp rica a um dos maiores consensos te ricos da rea de pesquisa em aprendizagem organizacional a predomin ncia de aprendizagens informais na forma o e desenvolvimento dos trabalhadores Considera es finais Os tr s textos que comp em este artigo t m em comum o fato de trazerem contribui es discuss o da psicologia organizacional e do trabalho a partir de informa es sobre a trajet ria de seus grupos de pesquisa No primeiro texto o destaque foi dado aos aspectos de demarca o conceitual centrais na fase atual do grupo coordenado por Ant nio Virg lio Bastos Apoiados na abordagem sociocognitiva os estudos desse grupo est o predominantemente direcionados para a aclara o de conceitos que possam contribuir para a melhor compreens o do comportamento humano nas organiza es dentre os quais se destacam o de comprometimento afetivo entrincheiramento e consentimento organizacional proc
95. tica nas oficinas sequentes incorporando os sentidos de vida apresentados pelos participantes e apostando nas sensibilidades que esses materiais abririam nos corpos ao provocar novos encontros Na segunda oficina inicialmente os participantes ficaram livres para sentarem se nos bancos deitarem ou se sentarem no ch o para o momento do relaxamento Foram orientados a posicionar se confortavelmente convidados a fechar os olhos e fazer um exerc cio de respira o no qual o ar preencheria cada parte do corpo medida que inspiravam esvaziando o corpo na expira o Assim como na primeira oficina a m sica rabe trouxe uma atmosfera dan ante Foram conduzidos a um caminhar e a movimentos explorat rios do espa o e dos corpos presentes Os encontros com outros corpos criaram conex es que provocaram falas risos toques e abra os espont neos Neste movimento os participantes foram convidados a formar duplas escolhendo um lugar da sala para ficar e se comunicar sem palavras atrav s do olhar sem usar a voz Com as m os unidas come aram a se movimentar ao som da m sica explorando as possibilidades de movimento das articula es descobrindo movimentos adormecidos e mesmo desconhecidos Nesse movimento caminharam com a dupla formando uma dan a at se separarem se unindo novamente em uma roda girando e se movimentando nessa forma o Mantendo o c rculo por m com as m os desunidas os participantes fizeram um movimento um p
96. todas as suas formas o indiv duo ao se comportar busca intervir e modificar ambientes e contextos influenciar outrem dirigir o seu pr prio comportamento A a o humana constitui uma unidade que integra pr ticas significados pessoais e culturais a elas associados e certamente componentes emocionais e afetivos O sentir o pensar e o agir interligam se em complexas redes que geram atos e s o resultantes de uma hist ria singular em um contexto que tamb m singular naquilo em que percebido interpretado e constru do pelo pr prio sujeito A compreens o do comportamento humano em contexto envolve movimentos complementares que devem buscar no pr prio indiv duo como organismo e hist ria e na situa o as for as respons veis por sua emerg ncia e manuten o Os processos de aprendizagem fazem com que o indiv duo traga para cada nova situa o o produto de sua hist ria de vida o percurso singular de suas experi ncias dentro da sociedade e da cultura que estruturaram esse seu percurso In meros modelos que buscam representar as rela es entre contexto de trabalho e comportamento do trabalhador d o destaque aos processos cognitivos mediadores dessa rela o Apoiada no pressuposto de que o pensamento e o conhecimento gerado no cotidiano jogam um importante papel nas a es e intera es humanas abordagens cognitivistas t m sido largamente utilizadas para analisar e explicar fen menos e processos organizaci
97. um estudioso do tema da rea de psicologia organizacional e do trabalho encontre neste artigo algumas ideias provocativas sobre o fazer pesquisa que contribuam para sua reflex o e sua pr tica em busca da melhoria e fortalecimento da produ o do conhecimento neste campo Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 ES Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim cientifico Refer ncias Bazeley P 2004 Issues in mixing qualitative and quantitative approaches to research In R Buber J Gadner amp L Richards Orgs Applying qualitative methods to marketing management research pp141 156 UK Palgrave Macmillan Brandao H P 2009 Aprendizagem contexto compet ncia e desempenho Um estudo multinivel Tese de doutorado nao publicada Instituto de Psicologia Universidade de Brasilia Brasilia Bryman A amp Bell E 2007 Business research methods 2nd ed Oxford Oxford University Press Cameron R amp Molina Azorin J 2010 Julho The use of mixed methods across seven business and management fields Justice and sustainability in the global economy 10th International Federation of Scholarly Associations of Management IFSAM 2010 Paris France Chan D 1998 Functional relations among constructs in the same content domain at different levels of analysis A typology of compositions models Journal of Applied Psychology 83 234 246 doi
98. 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti Detectamos uma necessidade de mais estudos e trabalhos com idosos de maneira a tentar desfigurar e refigurar suas vis es limitantes sobre o corpo libertando os e permitindo se libertar das amarras sociais e possibilitando que vivenciem o corpo potencializando a vida que lhes pertence e tenham o movimento e a dan a como mobilizadores de encontros e afetos Refer ncias Breton D 1995 A s ndrome de Frankenstein em D B Sant ana org Pol ticas do corpo pp 49 68 S o Paulo Esta o Liberdade Correa G C 2000 Oficina novos territ rios em educa o Em M O Pey org Pedagogia libert ria experi ncias hoje S o Paulo Imagin rio Deleuze G 2002 Espinosa filosofia pr tica S o Paulo Escuta 2002 Deleuze G amp Guattari F 1995 Mil plat s capitalismo e esquizofrenia Vol 1 Rio de Janeiro Editora 34 Gil J 2004 Movimento Total S o Paulo Iluminuras Guattari F amp Rolnik S 1996 Micropolitica cartografias do desejo Petr polis Vozes Parpinelli R S amp Souza E W F 2005 Pensando os fen menos psicol gicos um ensaio esquizoanal tico Psicologiaem Estudo 10 3 479 487 Recuperadoem07 desetembrode 2013 de http nww scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1413 73722005000300016 amp Ing pt amp ting pt 10 1590 S1413 73722005000300016 Passos E amp Barros
99. 012 Minist rio P blico Federal de Minas Gerais vai justi a para mudar verbetes do Dicion rio Houaiss Recuperado de http noticias pgr mpf mp br noticias noticias do site copy of indios e minorias mpf mg vai a justica para mudar verbete do dicionario houaiss Oliveira B 2005 A dial tica do singular particular universal In Abrantes A A Silva N R amp Martins T F Orgs M todo hist rico social na psicologia social pp 25 50 Petrop lis RJ Vozes Orlandi E P 1999 An lise de discurso Princ pios amp Procedimentos Campinas SP Pontes 1999 Orwell G 1976 1984 S o Paulo Nacional Polizelli D L amp Ozaki A Orgs 2008 Sociedade da Informa o os desafios da era da colabora o e da gest o do conhecimento S o Paulo Saraiva Possenti S 1995 A linguagem politicamente correta e a an lise do discurso Revista de Estudos da Linguagem 2 3 125 142 Possenti S amp Baronas R L 2006 A linguagem politicamente incorreta no Brasil uma l ngua de madeira Polifonia 12 2 47 72 Queiroz A C 2004 Politicamente correto e direitos humanos Bras lia SEDH Queiroz A C 2005 Como dif cil quebrar preconceitos Observat rio da Imprensa ano 10 n 328 10 de maio Recuperado de http www observatoriodaimprensa com br artigos asp cod 328IPB007 Rajagopalan K 2000 Sobre o porqu de tanto dio contra a linguagem politicamente correta In Silv
100. 13 03 00011 9 Stevens L E amp Fiske S T 1995 Motivation and cognition in social life A social survival perspective Social Cognition 13 3 189 214 doi 10 1521 soco 1995 13 3 189 Uleman J S amp Bargh J A 1989 Unintended thought New York Guilford Press Walsh J P 1995 Managerial and organizational cognition notes from a trip down memory lane Organizational Science 6 3 280 321 doi 10 1287 orsc 6 3 280 Wyer R S amp Srull T K 1989 Memory and cognition in its social context Hillsdale N J L Erlbaum Associates Como Citar Pereira M E amp Bastos A V B 2014 Cogni es sociais uma introdu o Revista Brasileira de Psicologia 01 02 5 17 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea Elisabeth Loiola Ant nio Virgilio B Bastos Jairo E Borges Andrade Jorge N ris Cl udio Leopoldino Janice J de Souza Ana C A Rodrigues Introdu o Este artigo re ne tr s recortes do tema geral da mesa redonda do Semin rio do PROCAD realizado em Aracaju intitulada Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea O primeiro texto Cogni o e Organiza es de Ant nio Virg lio B Bastos Janice Janissek de Souza e Ana Carolina de Aguiar Rodrigues apresenta de forma sint tica e rica o legado de um d
101. 1998 defende que a perspectiva te rica em que se sustenta estabelece que um dado fen meno do n vel grupal s pode existir na medida em que haja uma pequena variabilidade grupal Isto s posso defender que h coes o por exemplo na medida em que o grupo como um todo mostra elevado v nculo A diferen a deste modelo para o aditivo est na falta de similaridade entre as informa es coletadas no n vel individual n o apenas desautorizar a composi o de um escore que represente o grupo mas evidenciar a aus ncia do fen meno em si De acordo com a perspectiva defendida por Chan 1998 os fen menos dessa natureza te rica somente ocorrem ap s certo tempo de exist ncia do grupo quando a partir das rela es de intera o as pessoas passam de fato a construir interpreta es coletivas Quando elas ainda n o est o consolidadas o fen meno n o se manifesta ou n o existe Um exemplo de fen meno cuja emers o obedece l gica dos modelos de dispers o a for a do clima Proposto sob essa denomina o por Schneider Salvaggio e Subrats 2002 compreendido como for a situacional A l gica subjacente a esse construto a de que ao se tornarem percebidos pelos membros da organiza o como relevantes os atributos do clima passam a ter capacidade de influenciar os comportamentos dos indiv duos No caso da organiza o adotar pol ticas que n o s o claramente identificadas ou interpretadas pelos seus membros as p
102. 3 110622 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 69 Pesquisas em Psicologia Social e da Sa de Schulz A J amp Northridge M 2004 Social determinants of health and environmental health promotion Health Education amp Behavior 31 4 455 471 doi 10 1177 1090198104265598 Schwartz S amp Meyer I H 2010 Mental health disparities research the impact of within and between group analyses on tests of social stress hypotheses Social Science amp Medicine 70 1111 1118 doi 10 1016 j socscimed 2009 11 032 Seligman M E P amp Csikszentmihalyi M 2000 Positive psychology An introduction American Psychologist 55 5 14 doi 10 1037 0003 066X 55 1 5 Sexton K amp Hattis D 2007 Assessing cumulative health risks from exposure to environmental mistures Three fundamental questions Environmental Health Perspectives 115 5 825 832 doi 10 1289 ehp 9333 Shmotkin D amp Lomranz J 1998 Subjetive well being among Holocaust survivors An examination of overlooked differentiations Journal of Personality and Social Psychology 75 141 155 doi 10 1037 0022 3514 75 1 141 Wilkinson R 2006 Ourselves and others for better or worse social vulnerability and inequality In M Marmot amp R G Wilkinson Orgs Social determinants of health pp 341 358 New York Oxford Wilkinson R amp Marmot M 2003 Social determinants of health Solid facts Copenhagen WH
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104. 445 Evans J S B T 2008 Dual processing accounts of reasoning judgment and social cognition Annual review of psychology 59 255 78 doi 10 1146 annurev psych 59 103006 093629 Fazio R H Jackson J R Dunton B C amp Williams C J 1995 Variability in automatic activation as an unobtrusive measure of racial attitudes a bona fide pipeline Journal of personality and social psychology 69 6 1013 27 doi 10 1037 0022 3514 69 6 1013 Ferguson M J amp Bargh J A 2004 How social perception can automatically influence behavior Trends in Cognitive Sciences 8 1 33 39 doi 10 1016 j tics 2003 11 004 Fernandes S R P 2007 Tecnologia Inform tica e Sa de Psiquica dimens es psicossociais do trabalho e sintomas psicol gicos Tese de doutorado n o publicada Universidade Federal da Bahia Salvador Fernandes S R P amp Almeida Filho N 1997 Valida o do SRQ 20 em amostra de trabalhadores de inform tica Revista Brasileira de Sa de Ocupacional 24 89 90 105 112 Fiske S T amp Taylor S E 2008 Social cognition From brains to culture 1st ed p 540 New York McGraw Hill Galinha amp Ribeiro J L 2005 Hist ria da evolu o do conceito de bem estar subjetivo Psicologia Sa de e Doen as 6 3 203 214 Giacomoni C H 2004 Bem estar subjetivo base da qualidade de vida Temas de Psicologia 12 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014
105. AD optei por tra ar o caminho da minha carreira o qual se enquadra nessa vis o psicossocial e sociocognitiva Em minha disserta o de mestrado no campo do comportamento pol tico investiguei os fatores cognitivos das participa es em campanhas eleitorais e em movimentos sociais Gouveia 1995 Gouveia Fran a Costa amp Camino 1997 De la para c meu interesse tem se voltado para os chamados movimentos culturais ou movimentos identit rios os quais est o voltados para modos de ser na sociedade contempor nea Nesse cen rio temos investigado o preconceito os fatores sociais relacionados a ele tais como valores cren as representa es que fundamentam atitudes e comportamentos discriminat rios baseados na orienta o sexual Gouveia Ismael amp Camino 2008 Partimos dos estudos cl ssicos sobre a influ ncia social enquanto processo de legitima o 6 Esta se o se refere comunica o do autor Raimundo Gouveia Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia e inova o das normas sociais e da no o do que pode ser considerado como certo e errado socialmente Gouveia 2011 Para isto temos nos fundamentado principalmente nas ideias de Moscovici e seus colaboradores que prop em uma supera o da vis o coercitiva das cren as dos valores da moral como sendo impostas aos indiv duos pela vida social Moscovic
106. An lise de dados Quanto an lise um dos problemas diz respeito passagem do plano do indiv duo para o coletivo Ent o a nossa unidade de an lise no eixo trabalho sa de o coletivo dos trabalhadores entretanto a avalia o da sa de no plano do indiv duo Nesse sentido a avalia o do indiv duo e a an lise realizada considerando o grupo Os modelos de an lise geralmente adotam as an lises descritivas an lises fatoriais explorat rias dimens es trabalho e poucos estudos adotam an lises multivariadas Finalmente o denominado efeito trabalhador sadio discutido na literatura por Monson 1983 e Thiele e Enderlei 1986 a partir de achados que identificaram menores indicadores de ocorr ncia de doen as incid ncia e preval ncia em trabalhadores inseridos ocupacionalmente do que na popula o em geral Em estudo realizado por Fernandes 1997 esse efeito tamb m foi identificado uma vez que as preval ncias de sintomas psicol gicos foram menores do que os observados na popula o em geral Esse fato pode ser atribu do aos in meros processos seletivos a que esse segmento populacional submetido como o processo de sele o para admiss o no emprego e a avalia o de desempenho Al m desses aspectos sabe se que as pessoas que s o mantidas no pleno emprego s o as que s o consideradas sadias psicologicamente Ent o esse processo pode contaminar os resultados obtidos sobre trabalho e sa de uma ve
107. Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 EM Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia se observa uma vis o cr tica da fam lia patriarcal e da assimetria de poder ao mesmo tempo em que se idealiza uma fam lia mais democr tica e informal O segundo eixo mostra alternativas para a constitui o familiar O fen meno de alternativas vida familiar amigos que convivem como fam lia por exemplo constatado em um levantamento bibliogr fico realizado por Peplau e Fingerhut 2007 sobre a uni o entre pessoas do mesmo sexo A participa o no movimento vista tanto como meio de influ ncia nas mudan as sociais quanto como alternativa de conviv ncia juntamente com as rela es com os colegas de trabalho e os amigos Al m disso as uni es afetivas podem ser est veis padr o ou ocasionais negociadas dependendo da import ncia atribu da fidelidade A an lise fatorial de correspond ncia indica que a classe referente s ideias sobre a fam lia tradicional concreta ocupa um espa o pr prio mas mant m aspectos comuns com as classes que se referem s rela es alternativas e que se apresentam de forma mais ou menos sobreposta Isto pode ser interpretado como uma indica o de que os valores familiares dos militantes n o s o muito diferentes dos valores tradicionais A aprecia o desses discursos n o deve perder de vista seu car ter panflet rio Embora os ativistas n o e
108. Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes 1401 1410 Goldberg D P 1972 The detection of psychiatric illness by questionnaire A technique for the identification and assessment of non psychotic psychiatric illness London Oxford University Press Goldberg D P amp Huxley P 1992 Commom mental dosorders a bio social model London Tavistock Greenwald a G McGhee D E amp Schwartz J L 1998 Measuring individual differences in implicit cognition the implicit association test Journal of Personality and Social Psychology 74 6 1464 80 doi 10 1037 0022 3514 74 6 1464 Hackman J R amp Oldman G R 1975 Development of the job diagnostic survey Journal of Applied Psychology 60 2 159 170 doi 10 1037 h0076546 Harmon Jones E amp Beer J S 2009 Introduction to social and personality neuroscience methods In E Harmon jones amp J S Beer Orgs Methods in social neuroscience pp 1 9 New York The Guilford Press Harmon jones E amp Devine P G 2003 Introduction to the special section on social neuroscience Promise and caveats Journal of Personality 85 4 589 593 doi 10 1037 0022 3514 85 4 589 Herring D R White K R Jabeen L N Hinojos M Terrazas G Reyes S M Taylor J H et al 2013 On the automatic activation of attitudes A quarter century of evaluative priming research Psychological Bulletin doi 10 1037 a0031309 Ho
109. Editorial o o o o Temos o prazer de trazer aos leitores o segundo n mero da Revista Brasileira de Psicologia REVPSI Nesta edi o apresentamos al m dos artigos regulares o dossi produzido luz do Programa de Apoio P s gradua o PROAP por professores de tr s importantes programas de p s gradua o em Psicologia os da Universidade de Bras lia UNB da Universidade Federal da Bahia UFBa e da Universidade Federal da Sergipe UFS Os artigos regulares apresentam reflex es te ricas bem como pesquisas emp ricas al m de uma resenha O artigo Trabalho do formador de professores para a educa o profissional discute na perspectiva da Cl nica da Atividade a concep o de media o psicol gica e os recursos utilizados pelos professores na condu o das suas atividades Trata se de uma pesquisa de base qualitativa multim todo fundamentada no relato de um coordenador e tr s professores Um dos elementos mais importantes discutido no texto se refere ao descompasso entre a dimens o prescritiva e a a o efetiva dos profissionais O segundo artigo reflete numa perspectiva vinculada ao estudo da subjetividade como as exig ncias do modo de produ o capitalista imp e a desvaloriza o real e simb lica do idoso e como poss vel gerar novos agenciamentos capazes de oferecer uma nova dimens o para a frui o est tica e funcional do corpo As autoras sugerem a import ncia do m to
110. Em vista disso em 2009 foi apresentado novo projeto de pesquisa intitulado Rela es entre Aprendizagem Individual e Organizacional Explorando Rela es entre Construtos Neste projeto t m se dois objetos emp ricos de investiga o Um deles s o empresas e trabalhadores da sojicultura irrigada em Barreiras munic pio da regi o Oeste do Estado da Bahia que a exemplo da regi o do BMSF tem experimentado not veis mudan as em suas pr ticas produtivas com a r pida difus o de agricultura empresarial e utiliza o de tecnologias atualizadas de cultivo colheita e beneficiamento Nesse caso o foco permanece sobre empresas e trabalhadores rurais o que se sup e seja oportunidade de retestar modelos emp ricos desenvolvidos para o BMSF a fim de verificar por exemplo o qu o espec ficos ou gen ricos tais modelos s o O outro objeto de investiga o s o gestores de projetos e analistas de desenvolvimento do Servi o Federal de Processamento de Dados SERPRO empresa p blica criada em 1964 com o objetivo de modernizar e dar agilidade a setores estrat gicos da Administra o P blica brasileira Prestando servi os em Tecnologia da Informa o e Comunica es para o setor p blico a empresa p blica SERPRO hoje considerada a maior empresa p blica de inform tica da Am rica Latina www serpro gov br Aqui ser o objeto de an lise os resultados da pesquisa no SERPRO Nessa empresa foram pesquisados os desenvolvedore
111. Linguagem S o Paulo Autor n o publicado Leontiev A N 2004 O desenvolvimento do psiquismo 2 ed R E Frias S o Paulo Centauro Trabalho original publicado em 1954 Machado A R 2004 org O Ensino como trabalho uma abordagem discursiva Londrina PR Eduel Machado A R Coutinho A M M 2007 Orgs O interacionismo sociodiscursivo quest es epistemol gicas e metodol gicas Campinas Mercado de Letras Masetto M T 2003 Compet ncia pedag gica do professor universit rio S o Paulo Summus Mizukami M G 2003 Ensino as abordagens do processo S o Paulo EPU Scatena A 2009 Org Investigando textos com sherlock Manual do usu rio S o Paulo Editora SENAC SP Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Sao Paulo Senac SP 2009a O que o Sherlock Sao Paulo Editora Senac SP Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de S o Paulo Senac SP 2009b Investigando textos com Sherlock Planejamento de uso S o Paulo Editora Senac SP Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de S o Paulo Senac SP 2009c Investigando textos com Sherlock Aprendendo ingl s com Sherlock S o Paulo Editora Senac SP Tardif M Lessard C 2005 O trabalho docente elementos para uma teoria da doc ncia como profiss o de intera es humanas J B Kreuch Petr polis RJ Vozes Vigotski L S 2000 A constru o do pensamento e da linguagem P Bezer
112. Linguagem possu a dura o de 38 horas e de acordo com o Projeto Pedag gico do Programa de forma o de docentes Escola Formadora 2012b tinha como objetivo contribuir para a apropria o por parte dos docentes participantes de estrat gias de ensino acerca do uso da l ngua portuguesa oral e escrita adaptadas s necessidades de aprendizagem dos alunos de cursos t cnicos profissionalizantes 2 Olevantamento considerou teses ou disserta es que abordavam a tem tica trabalho docente e que apresenta vam entre as palavras chave de indexa o rela o com a tem tica em quest o Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Trabalho do formador de professores para a educa o profissional importante registrar que todo o curso era estruturado e realizado por meio do uso pelos formadores e pelos docentes em fase de capacita o de um software educacional denominado Investigando Textos com Sherlock que se prop e a contribuir de modo l dico com o processo de ensino desenvolvido por educadores que trabalham com a aprendizagem e a constru o de sentido de textos em l ngua materna e l nguas estrangeiras Scatena 2009 Considerando o uso deste software no curso Educa o e Linguagem inclu mos na pesquisa o exame dos documentos prescritivos do trabalho dos formadores que acompanhavam o Sherlock os quais ser o apresentados no t pico dedicado recolha de dados Conforme mencionado
113. M 2003 Contribui es para a hist ria da psicologia no Brasil In A M Jac Vilela M L Rocha amp D Mancebo Orgs Psicologia social Relatos na Am rica Latina pp 123 144 S o Paulo Casa do Psic logo Buhrmester M D Blanton H amp Swann W B 2011 Implicit self esteem nature measurement and a new way forward Journal of Personality and Social Psychology 100 2 365 85 doi 10 1037 a0021341 Chao M M Chen J Roisman G I amp Hong Y 2007 Essentializing Race Psychological Science 18 4 341 348 doi 10 1111 j 1467 9280 2007 01901 x Diener E 1984 Subjective well being Psychological Bulletin 95 3 542 575 doi 10 1037 0033 2909 95 3 542 Diener E amp Seligman M E P 2002 Very happy people Psychological Science 13 81 84 doi 10 1111 1467 9280 00415 Diener E Oishi S amp Lucas R E 2009 Subjective well being The science of happiness and life satisfaction In C R Snyder amp S J Lopez Orgs The handbook of positive psychology 2nd ed pp 187 194 New York Oxford University Press Dijksterhuis A 2004 Think different the merits of unconscious thought in preference development and decision making Journal of personality and social psychology 87 5 586 98 doi 10 1037 0022 3514 87 5 586 Dijksterhuis A amp Aarts H 2010 Goals attention and un consciousness Annual review of psychology 61 467 90 doi 10 1146 annurev psych 093008 100
114. O Europe Wittenberg M T amp Reis H T 1996 Loneliness social skills and social perception Personality and Social Psychology Bulletin 12 1 121 130 doi 10 1177 0146167286121012 Como Citar Fernandes S R Techio E amp Faro A 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho Gard nia Abbad Katia Puente Pal cios S nia Maria Guedes Gondim Introdu o Este artigo discute a ado o de abordagens multin vel e m todos mistos de pesquisa em Psicologia Organizacional e do Trabalho POT Na primeira parte o texto aborda quest es relacionadas realiza o de pesquisas em POT que analisam fen menos que se manifestam e s o afetados por vari veis pertencentes a diferentes n veis de an lise macro meso e micro H pesquisas que pretendem compreender e analisar fen menos pertencentes ao ind viduos e aos seus atributos e outras que objetivam estudar atributos inerentes a equipes ou grupos de trabalho ou a processos e resultados organizacionais Para que as pesquisas tenham validade cient fica entretanto preciso antes de mais nada identificar o n vel ao qual o fen meno estudado pertence uma vez que diferentes atributos ou propriedades de comportamentos e resultados podem ser encontrados A caracter stica multin vel do
115. Psychological review 120 1 255 80 doi 10 1037 a0030972 Schwartz S H 1994 Beyond individualism collectivism New dimensions of values In U Kim H C Triandis C Kagit ibasi S C Choi amp G Yoon Orgs Individualism and collectivism Theory application and methods Newbury Park CA Sage Sims C A Szilagyi A amp Keller R 1976 The measurement of job characteristics Academy of manager Journal 19 2 195 212 doi 10 2307 255772 Siqueira M M M Padovam V A R Chiuzi R M Covacs J M L de M A 2006 Interface bem estar subjetivo e bem estar no trabalho Congresso Nacional de Psicologia da Saude Faro Portugal Smeesters D Wheeler S C amp Kay A C 2010 Indirect prime to behavior effects The role of perceptions of the self others and situations in connecting primed constructs to social behavior Advances in Experimental Social Psychology 1st ed Vol 42 pp 259 317 Elsevier Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes Inc doi 10 1016 S0065 2601 10 42005 5 Srull T K amp Wyer R S 1979 The role of category accessibility in the interpretation of information about persons Some determinants and implications Journal of Personality and Social Psychology 37 10 1660 1672 doi 10 1037 0022 3514 37 10 1660 Thiele H amp Enderlein G 1986 Cross sectional studie
116. Services Marketing analisados por Hanson e Grimmer 2005 553 fizeram uso de m todos quantitativos 76 de m todos qualitativos e 105 de Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho m todos mistos Um ano depois Hurmerinta Peltomaki e Nummela 2006 publicaram a an lise de 484 artigos do per odo de 2000 a 2003 International Business Review Journal of International Business Studies Journal of World Business Management International Review em que constatam que dos 394 textos emp ricos 269 fizeram uso de m todos quantitativos 57 de m todos qualitativos e 68 de m todos mistos Em revis o um pouco mais recente Grimmer e Hanson 2009 analisaram 1 195 artigos emp ricos do International Journal of Human Resource Management constatando que somente 11 deles fizeram uso de m todos mistos Duas perspectivas metodol gicas foram encontradas Nos artigos provenientes dos Estados Unidos da Am rica Canad e China predominavam m todos quantitativos 87 em rela o aos m todos qualitativos 5 e mistos 8 Nos artigos provenientes de autores do Reino Unido e da Austr lia havia maior uso de m todos mistos 21 e estudos qualitativos 33 Uma revis o tamb m recente de artigos emp ricos entre 2003 e 2009 de tr s peri dicos internacionais da rea de gest o e de comportamento organizacional realizada por Molina Azorin e Ca
117. a es a partir de casos emp ricos no o fundamental compreens o de ci ncia defendida pelos editores Assim apresentada a estrutura geral do livro e explicitado aquilo que considero ser o seu interesse mais fundamental que focalizar a variabilidade cultural da experi ncia humana recomendo sua leitura n o apenas para estudantes e pesquisadores dos temas tratados mas para interessados em quest es cient ficas de um modo geral Isso porque dado que se trata da reuni o de pequisas realizadas em tr s continentes poss vel refletir a partir da sua leitura a fim de compreender mais abstratamente os fen menos sob estudo tarefa crucial que cumpre ci ncia em geral realizar e psicologia em particular Refer ncias Bastos A C Uriko K amp Valsiner J 2012 Cultural dynamics of women s lives Charlotte NC Information Age Publish 2 Throughout these different places women s lives are an interesting stage for observing the interaction between bi ology and culture e g sex vs gender pregnancy and childbirth vs transition to motherhood The focus on the cultural variability of human experience opens the door for the search of commonalities so needed in psychological theorizing Here this search is directed by how cultural models of womanhood and motherhood constrain personal experiences especially through developmental transitions Bastos Uriko e Valsiner 2012 p xiii Como Citar Barros Filho D
118. a o Percep o de em pregabilidade Pr ticas de gest o de pessoas Inten o de perma n ncia Inten o de de sempenho extra Inten o de defesa da organiza o Quest es sobre vari veis demogr ficas ocupacionais e organizacionais 1664 trabalhadores de diversos setores e regi es do pa s Foram utilizados para as an lises os softwares SPSS 16 0 e AMOS 16 0 An lises fatoriais explorat rias e confirmat rias com mode lagem por equa es estruturais das escalas de entrincheiramento e comprometimento de continua o Modelagem por equa es es truturais para investiga o de relacionamentos entre vari veis e ajuste do modelo An lises de cluster an lise discri minante e ANOVA Ap s as an lises de clusters em um banco preliminar com 1386 casos foram identificados quatro grupos de trabalhadores com diferentes n veis de comprome timento e entrincheiramento Da listagem de casos mais represen tativos foram selecionados aque les que no question rio de coleta do Estudo l indicaram disponi bilidade para participar de uma segunda etapa da pesquisa Objetivos Estudo 2 Medidas Amostra An lise de dados Descrever a partir de Roteiro de entre An lise da literalidade das en estudos de casos repre T vista 8 trevistas com base em suas sentativos dos padr es de E 9 2 transcri es visando encontrar v nculos identificados as 2 5 5 2 os temas emergentes
119. a ou ela um processo um conjunto de intera es humanas flu das abstratas n o pass vel de ser visualizado concretamente Portanto a primeira tens o consiste em se questionar se a organiza o uma entidade concreta ou um processo flu do de intera es humanas A segunda tens o resulta da seguinte pergunta quem que tem o poder da a o na organiza o S o os indiv duos que tomam decis es comportam se e se comunicam e por meio de tais a es constroem a organiza o Ou podemos dizer que a organiza o que age toma decis es define rotinas e normas de comportamento Esta segunda tens o reflete a cl ssica rela o entre indiv duo e sociedade e nos faz refletir sobre o papel e o poder de transforma o que os indiv duos possuem diante das regras rotinas e h bitos sociais amplamente arraigados na estrutura social Essas duas grandes quest es se traduzem portanto em duas matrizes te ricas Uma valorizar mais os processos individuais que s o constru dos pelos seres humanos e a outra enfatizar a organiza o como uma entidade uma estrutura social que exerce ampla influ ncia no comportamento dos indiv duos Essas duas grandes matrizes te ricas ir o configurar os campos de estudo macro e micro organizacionais O campo micro organizacional enfatizando a compreens o do indiv duo dos processos considerados de n vel individual v nculos aprendizagem significado intera es tem seus fundamento
120. a F L amp Moura H M M Orgs O Direito a Fala A Quest o do Preconceito Ling stico pp 93 102 Florian polis Insular Ribeiro J U 2005 Politicamente correto linguagem e del rio autorit rio Observat rio da Imprensa ano 10 n 327 03 maio Recuperado de http www observatoriodaimprensa com Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda br artigos asp cod 327IPB004 Ribeiro R J 2000 Grandeza e mis ria do politicamente correto In Ribeiro R J A sociedade contra o social o alto custo da vida p blica no Brasil ensaios pp 26 44 S o Paulo Companhia das Letras Rodrigues S 2012 Ciganos X Houaiss faltam judeus baianos japoneses Veja Online Blog Curiosidades etimoldgicas 28 fev Recuperado de http veja abril com br blog sobre palavras curiosidades etimologicas ciganos x houaiss depois virao judeus baianos japoneses Rojas E 2007 El hombre light una vida sin valores Madri Temas de Hoy Rolnik S 1997 Toxic manos de identidade Subjetividade em tempos de globaliza o In Lins D org Saberes n mades pp 19 24 Campinas SP Papirus Safatle V 2008 Cinismo e fal ncia da cr tica S o Paulo Boitempo Safatle V 2012 A Esquerda que n o teme dizer seu nome S o Paulo Tr s Estrelas Santos B S 1997 Uma concep o multicultural dos direitos humanos Lua Nova 39 105 124 Semprini A
121. a Podemos come ar Ap s a anu ncia da crian a iniciava se a apresenta o dos filmes Os filmes consistiram de recortes de cenas dos programas Barney e seus amigos priming pr social e S tio do Pica Pau Amarelo priming racista cada recorte possu a aproximadamente seis minutos de dura o Os participantes foram divididos em dois grupos balan eados por cor sexo e idade em conformidade com o filme que assistiam Deste modo 18 crian as assistiram ao filme Barney e seus amigos e ficaram no grupo priming pr social O outro grupo foi constiuido de 15 participantes que assistiram ao epis dio do S tio do Pica pau amarelo e ficaram no grupo priming racista Ap s a apresenta o dos filmes colocavam se duas fotografias de crian as uma branca e outra negra meninos ou meninas conforme o g nero do participante sobre a mesa de frente para a participante e solicitava se lhe que contasse uma hist ria tendo aquelas crian as das fotografias Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia como personagens A escolha dos v deos baseou se no reconhecimento atrav s de literatura da rea do conte do antissocial e racista presente no caso do s tio do Pica Pau Amarelo e evidenciado por Carneiro 1998 e pr social e educativo no caso do Barney e seus amigos Hilty 2004 Mandaji 2010 A seguir descreveremos cada um desses prog
122. a ci ncia que deve construir e acurar estrat gias metodol gicas e interventivas que permitam s pessoas e grupos experimentarem a possibilidade de transforma o da pr pria realidade a amplia o da sua vitalidade e pot ncia de agir e a promo o de metamorfoses emocionais A Psicologia os seus profissionais e pesquisadores conforme a proposta de Vigotski 1927 2004 p 283 devem considerar que a necessidade de sair de uma vez por todas dos limites da experi ncia direta assunto de vida ou morte Em fun o disto Vigotski indicou que os psic logos e te ricos da rea deveriam elaborar e desenvolver m todos indiretos de acesso ao psiquismo humano capazes de favorecer aproxima es sucessivas dos fen menos psicol gicos e que considerem os comportamentos observ veis e os aspectos conscientes do homem analogamente aos m todos diretos mas que tamb m permitam reconstruir e interpretar outras dimens es do psiquismo n o conscientes e subjetivas O dispositivo usado nesta pesquisa nomeado autoconfronta o conforme concebido na Cl nica da Atividade busca atender ao chamado vigotskiano no sentido da produ o de instrumentos metodol gicos acad micos e interventivos que favore am o exame e compreens o das diferentes dimens es do psiquismo humano A autoconfronta o um dispositivo metodol gico de experimenta o dial gica que busca captar o plurilogismo profissional sobre a es e atividades pr pr
123. a de ajuda interpessoal Busca ativa de aux lio de outras pessoas exemplo pares e professores para aumentar o entendimento sobre o material a ser aprendido Busca de ajuda em material escrito e Pesquisa e localiza o de informa es em documentos manuais programas de computador e outras fontes n o sociais Aplica o pr tica Tentativas de colocar em pr tica os pr prios conhecimentos enquanto aprende Figura 8 Tipos de EATs comportamentais e suas defini es Finalmente ao inv s dos antecedentes passemos a considerar as consequ ncias do uso de EATs Numa organiza o nacional cuja miss o voltada para a pesquisa aplicada duas dimens es de compet ncias s o essenciais e t m car ter transversal requeridas em distintos pap is ocupacionais internos i trabalhar em equipe e ii com vis o estrat gica Verificamos que a primeira delas emerge com mais frequ ncia entre aqueles que utilizam buscas de ajuda interpessoal e em material escrito e reflex es intr nsecas e extr nsecas A segunda aparece mais entre os que mais frequentemente buscam ajuda interpessoal e realizam reflex es intr nseca e extr nseca Ambas as compet ncias s o menos frequentes entre pessoas que relatam um maior uso de repeti o mental Num grande banco brasileiro encontramos que as reflex es intr nseca e extr nseca s o fortes preditoras de v rias dimens es de compet ncias gerenciais seguidas da busca de ajuda em mate
124. a de controle O autor n o se furta a tomar posi o a respeito dessas quest es concordemos ou n o com as escolhas Al m destes artigos inclu mos nesta edi o a resenha do livro Cultural dynamics of women s lives organizado pelas professoras Ana Cec lia Bastos e Kristiina Uriko e pelo professor Jaan Valsiner A estes artigos regulares acrescentamos o dossi acima aludido composto por uma apresenta o e por seis artigos O conjunto de artigos aqui apresentados retrata um panorama abrangente da produ o em psicologia brasileira e como tal acreditamos que a REVPSI tem cumprido o papel a que se prop s Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Editorial Cabe assinalar no entanto que ha muito a ser alcan ado para que sejamos capazes de explorar todo o potencial oferecido por um peri dico eletr nico Todos os artigos podem ser lidos em computadores mediante acesso ao conte do em html podem ser impressos a partir da vers o PDF bem como oferecemos as vers es epub para serem lidos em leitores de livro eletr nico assim como a vers o para dispositivos Kindle Al m desses formatos de leitura o website da REVPSI tamb m oferece f runs de discuss o capazes de permitir uma intera o mais sistem tica entre os autores e os nossos leitores Este um potencial ainda a ser explorado e contamos com os nossos leitores para desbravar estas novas avenidas oferecidas pelas novas tecnologia
125. a factibilidade se detecta por meio da gama de patologias e psicopatologias a ele relacionadas Adler amp Rehkopf 2008 Defur et al 2007 Monroe 2008 Sanchez Garrido amp lvaro 2003 Schulz amp Northridge 2004 Sexton amp Hattis 2007 Logo trata se de entender como est mulos objetivos e subjetivos que s o decorrentes da interpreta o e da experi ncia cotidiana transformam se ou n o em elementos capazes de alterar o status de sa de produzindo variabilidade na adapta o e facilitando a ocorr ncia de doen as Santos 2010 nesse panorama de investiga es em torno da adapta o humana que a Psicologia Social pode ter uma significativa contribui o especialmente quando assume a forma da Psicologia Social da Sa de porque pretende estudar como os Mecanismos Psicol gicos de Adapta o e o Contexto Psicossocial agem sobre o funcionamento do indiv duo psicol gico biol gico e social ocasionando mudan as na proporcionalidade do risco de adoecer ou de manter se saud vel Monroe 2008 Schwartz amp Meyer 2010 No campo das pr ticas e estudos do processo sa de doen a apresentado um resumo na Figura 2 sobre os determinantes da sa de Marmot 2005 Wilkinson amp Marmot 2003 Tal esquema retrata os fatores que incidem sobre o corpo alterando o status adaptativo Eles s o na tica da Epidemiologia Social os grandes respons veis pelo adoecimento humano excetuando se as causas gen ticas Eva
126. a foi constru da e idealizada pelas pesquisadoras que criaram um plano pr vio de a o Este plano visava cartografar a rela o com o pr prio corpo nas rela es com o mundo com o cotidiano e entre os corpos iniciando com um exerc cio de relaxamento alguns exerc cios de movimentos corporais seguidos de desenhos Ficariam livres para dan ar entre os planos baixo m dio e alto ent o desenhariam novamente as novas reverbera es vivenciadas encerrando o primeiro encontro Esse era o programa que criamos com a perspectiva de mobilizar os corpos diante do que eles traziam dos processos vividos e de aberturas s interven es que poder amos disparar nos encontros Ao chegarmos ao campo e propormos que se sentassemno ch o presenciamos verbaliza es sobre problemas de sa de limitantes Os participantes apresentaram quest es relacionadas ao corpo doente diziam n o dar conta e acentuavam suas limita es f sicas cnegando a dizer que hav amos escolhido o lugar e as pessoas erradas para fazer esse trabalho Durante esses primeiros momentos a partir das verbaliza es e das posturas corporais com olhares baixos e corpos encurvados percebemos que havia uma acomoda o muito grande por parte dos participantes e um forte sentimento de impot ncia que nos afetou com a mesma intensidade com a qual foi emitida Esse clima criado pelos discursos e pelas express es dos corpos produziu uma sensa o de que aquele trabalho n o s
127. a o Brasil Mito e realidade 72 ed S o Paulo tica Cavalleiro E S 2000 Discursos e pr ticas racistas na educa o infantil A produ o da submiss o e do fracasso escolar In D M Queiroz et al Orgs Educa o Racismo e Anti racismo pp 193 219 Salvador Novos Toques Programa A Cor da Bahia UFBA Costa A C S D amp Fran a D X 2011 Estere tipos relativos a personagens negros e brancos presentes no discurso espont neo das crian as que assistiram a programa pr social e antissocial Educamaz nia 4 1 6 Recuperado de http revistaeducamazonia cw 7 info cont php cont 1160 Dijk T A V 1997 Racismo y an lisis cr tico de los medios Buenos Aires Editorial Paid s Doise W 1982 L explication en psychologie sociale Paris PUF Fran a D X amp Monteiro M B 2011 Identidade racial e atitudes para o pr prio e outro grupo em crian as In S C S Fernandes C E Pimentel V V Gouveia amp J L Alvaro Estramiana Orgs Psicologia social Perspectivas atuais e evid ncias empiricas pp 59 74 Sao Paulo Casa do Psic logo Gouveia R C 2007 Os consensos sociais sobre a natureza da sexualidade e os posicionamentos diante do movimento GLBT Tese de doutorado n o publicada Universidade Federal da Para ba e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Para ba Gouveia R C 2011 Processos de influ ncia social In L Camino A R R Torres M E O Lima amp
128. a oprimida Esse mecanismo dos opressores inverterem as posi es de opressor e oprimido decorre de um processo respaldado em um cinismo contempor neo Safatle 2008 Zizek 1996 em que esta troca de postos iniciada com a fus o e confus o dos papeis e lados que cada sujeito oprimido ou opressor ocupa na configura o social como se n o houvesse determinantes diferen as de classe ou dentro das estruturas hier rquicas somos todos iguais bradam os opressores ainda que tenham a s lida por m impronunci vel publicamente convic o de que uns s o mais iguais que outros as quais realmente inviabilizam bem como pulverizam por completo a possibilidade de exist ncia da horizontalidade nas rela es sociais Assim seguindo a l gica que estamos discutindo um governante tirano pode cinicamente difundir sua fragiliza o e opress o sofrida por conta daqueles que constantemente se encontram subjugados passarem a levantar as suas vozes discordantes ainda que estes sejam massacrados e sufocados inclementemente pela viol ncia do Estado comandado pelo fr gil poderoso o qual se vale justamente das estruturas opressivas para seguir governando Emprestemos o exemplo do 11 de setembro estudado por Zizek 2003a para tornar mais concreto o que estamos descrevendo O fil sofo assevera que o processo de vitimiza o um ponto nevr lgico do discurso politicamente correto e embora esteja tratando de outro contexto
129. a pela Universidade Estadual Paulista UNESP campus Assis e Bolsista de doutorado pela FAPESP Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda Introdugao Nos ultimos tempos sobretudo a partir do final dos anos 90 do s culo XX temos nos deparado com a proliferagao da expressao ideia politicamente correta Avelar 2011 Dunant 1994 Suhr amp Johnson 2003 Ribeiro 2000 Williams 1995 a qual tem servido para caracterizar certo modo de agir de pensar e ou de se expressar O uso cont nuo e indiscriminado desta denomina o fez com que fosse completamente incorporada linguagem cotidiana sem que ao certo se pense acerca de suas significa es o que gera a priori uma legi o de defensores e outra de detratores do politicamente correto situa o em que ambos os grupos formam mesmo que de modo casual e despropositado um movimento extremamente favor vel e outro altamente cr tico a tal fen meno A aus ncia de ci ncia das significa es poss veis do que seria o politicamente correto compreens vel uma vez que h controv rsias quanto origem de tal express o e s ideias que consequentemente se encontram embutidas na mesma e por essa raz o inclusive podemos falar em origens do politicamente correto A depender de quem recuperou a forma o e o surgimento da ideia expressa no termo poss vel encontramos diverg ncias de ordem ideol gica e com rela o em q
130. a procurou se avan ar em termos ontol gicos e epistemol gicos tendo como refer ncia potencialidades da met fora da cogni o e da cultura para compreender a aprendizagem organizacional em especial a rela o entre aprendizagem individual e aprendizagem organizacional Buscou se maior clareza no que diz respeito natureza metaf rica do conceito de aprendizagem organizacional agenda sugerida pelos estudos de mapeamento realizados no primeiro per odo Aliada a essa quest o os estudos que envolvem os dois per odos anteriores refor aram a cren a de que a rela o entre aprendizagem individual e aprendizagem organizacional n o era apenas uma quest o dentre outras no campo de pesquisa mas a quest o central uma vez que sem o entendimento de como se constitui a aprendizagem organizacional n o h sequer como se apresentar uma defini o precisa do conceito No estudo sobre potencialidades e limites das met foras da cogni o e da cultura nos interessava explorar o quanto tais met foras ajudavam a entender os processos de convers o dos conhecimentos individuais em conhecimento organizacional Observou se ent o que a met fora cognitiva ao reduzir a aprendizagem organizacional aprendizagem dos indiv duos na organiza o e a met fora da cultura ao concentrar se no n vel coletivo em detrimento do n vel individual n o oferecem meios de solucionar o problema da convers o da aprendizagem individual em organizacional Com
131. a te rica quanto como uma rea de investiga o voltada para o estudo de conte dos espec ficos Ainda que o impacto da cogni o tenha se manifestado de forma abrangente na psicologia social poss vel identificar as dimens es nas quais estes impactos se fizeram sentir com mais intensidade Macrae amp Hewstone 1999 Uma primeira rea na qual o impacto foi prof cuo se refere ao dom nio da formula o dos problemas de pesquisa da psicologia O esclarecimento das diferen as na cogni o de objetos sociais e de objetos n o sociais Schneider 2004 ocupa um papel decisivo nessas reflex es sendo especialmente marcante a tentativa de identificar as semelhan as e diferen as na percep o e julgamento dos objetos sociais e n o sociais Algumas quest es b sicas de investiga o se subordinam a este problema maior Em que medida os agentes cognitivos ao se defrontarem com as pessoas em um encontro social procuram ir al m da informa o imediatamente oferecida pelos sentidos Como os objetos da cogni o tais como as cren as e os julgamentos podem ser modificados mediante processamento da informa o aceit vel o entendimento de que toda a cogni o social avaliativa nas suas implica es uma vez que sempre existe alguma forma de envolvimento afetivo entre quem percebe e quem percebido Qual o papel da aus ncia da informa o no n vel da consci ncia do agente durante o processamento da informa o Outros pro
132. abling a creative potentialization of life Keywords body subjectivity movement 1 Psic loga e mestre em psicologia pela UFU doutoranda da Faculdade de Educa o da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP e bolsista CAPES PDSE na Universit Paris X Nanterre 2 Psic loga formada pela Faculdade de Jaguari na FAJ Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti Introdugao Considerando as exig ncias corporais culturais e hist ricas e o lugar dos idosos na atual sociedade esta pesquisa se prop s a investigar a rela o com o corpo de um grupo de idosos que frequentavam um Centro de Conviv ncia de uma cidade no interior do estado de S o Paulo Para isso destacamos a import ncia do movimento corporal na produ o de subjetividades e suas implica es ligadas aos modos de se viver e se relacionar com o corpo na produ o de novos agenciamentos na abertura dos corpos aos afetos produzidos nos encontros Nesta investiga o tivemos como objetivo atuar na mobiliza o das concep es comumente pronunciadas a respeito dos idosos e dos corpos envelhecidos como incapazes e prec rios Nosso investimento volta se para outros prismas considerando as produ es de subjetividades que podem acontecer ao propormos pr ticas corporais e de movimento para esse p blico as novas rela es com os corpos e as outras conex es a partir dos encontros entre corpos
133. acionados s rela es com os corpos com a oralidade permitindo que estas fossem vivenciadas na rela o com o outro Percebeu se que participantes e pesquisadoras foram fortemente afetados na rela o com as frutas gerando um estranhamento no envolvimento dos participantes e certos desconfortos nas pesquisadoras A intensidade dos afetos provocou mudan a no que fora planejado para o encerramento da oficina que seria uma produ o de desenhos N o houve di logo sobre as resson ncias da oficina entre as pesquisadoras e os participantes acabaram de comer as frutas e sa ram da sala finalizando a oficina A atmosfera produzida pelas rela es entre corpos e frutas o comer a fruta do outro a vontade de comer disparada pelas sugest es impossibilitou as falas as palavras faltaram para aquele momento Esses afetos levaram a n o realiza o da terceira oficina na semana seguinte como uma decis o das pesquisadoras devido sensa o de que havia a necessidade de um maior espa o de tempo entre as oficinas que permitisse a produ o de sentidos acerca dos afetos provocados pela experi ncia Para a terceira oficina planejamos conversar sobre os afetamentos do encontro anterior e assim aconteceu logo no in cio do trabalho Depois da conversa introduzimos o exerc cio de respira o e relaxamento assim como nas oficinas anteriores Ainda neste processo inicial foram retomadas mem rias corporais dos outros dois encontros as quai
134. ada profundamente na trama social mantendo forte liga o com um conjunto de outros problemas sociais e estruturais A complexidade e dimens o que abrange as quest es em torno da homofobia significa um desafio para os psic logos que em grande medida est o pouco afei oados com o entendimento e operacionaliza o da gram tica de g nero que exige uma compreens o de ordem psicossociol gica Smigay 2002 Acerca dessas quest es Pereira 2009 em uma revis o da literatura sobre as persegui es e condena es dos sujeitos que divergem do padr o heteronormativo constatou que s o mais verific veis atitudes preconceituosas e discriminat rias em contextos religiosos que s o fundamentados em cita es b blicas concebendo cren as a respeito da natureza da homossexualidade Este autor identificou na an lise empreendida que as cren as biol gicas sobre a natureza da homossexualidade se relacionam negativamente com o preconceito flagrante e de forma positiva com o preconceito sutil Por sua vez a cren a de natureza religiosa e tico moral da homossexualidade e a cren a na natureza psicol gica mostraram correla o positiva com o preconceito O nico modelo de cren a que apresenta rela o negativa com o preconceito se ancora na natureza psicossocial da condi o homossexual Tecendo algumas reflex es acerca de como o preconceito e a discrimina o t m se colocado nas sociedades modernas Fleury e Torres 2007 evidenciaram
135. adri Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude pareceu confirmar a tend ncia do impacto negativo da viol ncia na satisfa o vital e afetividade positiva Assim deve se ressaltar que as v timas apresentaram n veis de satisfa o com a vida e afetividade positiva abaixo da m dia e inferiores m dia da popula o geral popula o espanhola geral satisfa o vital m dia 3 76 dp 92 afeto positivo m dia 3 81 dp 86 e v timas diretas satisfa o vital m dia 2 15 dp 81 afeto positivo m dia 1 71 dp 62 Quanto concep o de bem estar subjetivo esta abrange a avalia o que a pessoa faz das reas de sua vida bem como o sentimento de felicidade e um n vel baixo de emo es negativas Um aspecto importante a ser considerado na discuss o sobre bem estar a solid o vivenciada ou percebida por uma pessoa que tem poucos contatos interpessoais e ou apoio social De fato os estudos t m evidenciado que as v timas da viol ncia coletiva manifestam o sentimento de solid o abandono e isolamento Blanco amp D az 2011 Nessa perspectiva a solid o social refere se aus ncia de rela es sociais positivas com conhecidos bem como companheiros de atividades que satisfa am a necessidade de pertencer a grupos e redes sociais De forma espec fica a solid o emocional faz alus o necessidade de apego ou de rela es ntimas isto aus
136. algumas r pidas reflex es sobre o estado da arte dos trabalhos realizados na Psicologia sobre o tema homossexualidade Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional Em primeiro lugar relevante refletir sobre o n mero ainda escasso de trabalhos brasileiros produzidos na rea da Psicologia sobre o tema homossexualidade e tamb m a disparidade na produ o acad mica entre as macrorregi es brasileiras pois enquanto o sudeste e o nordeste figuram com o maior n mero de produ es acerca do tema as demais regi es mostram uma produ o muito incipiente De acordo com Santos 2008 essa pouca visibilidade dada ao tema da diversidade sexual reflexo de uma ci ncia que se tornou herm tica a determinadas quest es em fun o da preserva o de um modelo bin rio de compreens o da realidade humana Por outro lado n o se pode negar que a produ o cient fica sobre o tema homossexualidade tem nos ltimos anos mesmo que de forma t mida come ado a se destacar no cen rio da Psicologia brasileira o que leva a acreditar que este tema est paulatinamente saindo do campo da invisibilidade acad mica m rito este atribu do sobretudo a rea da Psicologia Social Em segundo lugar importante refletir especificamente sobre os poucos estudos emp ricos realizados em rela o ao tema principalmente com a popula o homo
137. analisada a pertin ncia te rica de adotar o procedimento por considerar que o fen meno do n vel superior exatamente igual ao do n vel inferior mostrando diferen a somente no n vel em que se manifesta A segunda proposta do autor a do modelo consenso direto Neste caso a an lise de um fen meno de n vel superior mostra que ele mant m as mesmas propriedades do fen meno de n vel inferior do qual origin rio do qual emerge Entretanto para que seja legitimamente constatado o seu surgimento deve ser evidenciada a presen a de similaridade nas interpreta es individuais isto n o seria pertinente somar ou calcular a m dia aritm tica dos escores individuais sem antes verificar se eles s o similares A presen a dessa similaridade seria o elemento que autoriza ou evidencia a exist ncia de um atributo coletivo A defini o de adequa o desse modelo deve partir da pr pria defini o te rica do fen meno estudado Por exemplo ao estudar o clima organizacional cabe lembrar que ele compreendido de maneira geral como percep es compartilhadas sobre as pr ticas e pol ticas da organiza o Logo a defini o do construto estabelece ser uma propriedade da organiza o resultante de um processo social de constru o de significado Assim n o seria pertinente calcular um escore grupal clima da organiza o sem antes ter verificado a exist ncia de similaridade das respostas individuais daqueles que forn
138. ando elas n o s o verdadeiras Parafraseando autores da rea Snijder e Bosker consideram ambas as op es anal ticas no m nimo perigosas e no m ximo desastrosas para qualquer pesquisa Apesar dessas considera es preciso reconhecer que certos fen menos dificilmente podem ser capturados diretamente do n vel a que teoricamente pertencem por exemplo a pot ncia ou novamente clima ou cultura da organiza o Isto porque embora sejam adequadamente teorizados como propriedades meso ou macro a melhor fonte de informa o s o as pessoas Assim no caso dos fen menos acima mencionados o n vel de mensura o dos dados provavelmente ser individual Puente Pal cios e Borba 2009 destacam todavia a possibilidade do uso da estrat gia de coleta de dados do n vel meso ou macro via reuni o de consenso Nesse caso um grupo representativo do n vel ou o grupo como um todo fornece as informa es requeridas A decis o da resposta que melhor descreve o grupo ser obtida a partir de reuni o do consenso Embora se trate de um mecanismo vi vel as autoras alertam a respeito das poss veis perdas ou riscos associados Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim ao uso dessa estrat gia Isto porque fen menos como exposi o p blica estarem perante outros colegas ou perante um chefe press o por respostas politicamente co
139. anifesta o dos processos cognitivos que se desenrolam durante as intera es sociais Uma segunda dimens o na qual a abordagem da cogni o social exerceu um profundo impacto no desenvolvimento da cogni o se refere metodologia da investiga o Uma vez que o foco principal da investiga o dos processos cognitivos continua sendo o indiv duo a pesquisa conduzida pelos pesquisadores da psicologia social de orienta o cognitivista preferencialmente tende a adotar a metodologia experimental Dada a magnitude das medidas dos processos cujas diferen as muitas vezes est o situadas na casa dos mil simos de segundo o uso de recursos computacionais para a prepara o dos procedimentos de investiga o deve ser entendido como uma tend ncia absolutamente natural no futuro desenvolvimento metodol gico e t cnico desta disciplina Em raz o da sofistica o crescente da metodologia e da presen a cada vez mais acentuada dos recursos computacionais e multim dia para a coleta e o registro dos dados uma parcela consider vel das pesquisas conduzidas nessa rea considera ao mesmo tempo dois ou mais fatores na an lise dos fen menos o que leva a uma utiliza o crescente de desenhos experimentais fatoriais aos quais se aliam estrat gias multivariadas de an lise dos dados Fazio amp Olson 2003 Gavronski amp Payne 2010 Nosek Hawkins amp Frazier 2011 Schnabel Asendorpf amp Greenwald 2010 Inputs como v deos fotos
140. anos de 1970 predominou a influ ncia da psicologia psicol gica Sampson 1988 estadunidense de modo semelhante ao que ocorreu em toda a Am rica Latina Por exemplo e no caso da Psicologia Social uma das obras mais adotadas nos cursos de gradua o durante esse per odo e que expressa essa tend ncia o livro Psicologia Social de autoria de Aroldo Rodrigues e publicado pela primeira vez em 1972 Seu autor foi tamb m o respons vel pelo desenvolvimento de uma prof cua linha de pesquisa em psicologia social psicol gica no pa s a qual foi divulgada em uma s rie de artigos publicados em peri dicos nacionais e estrangeiros ao longo dos anos de 1970 e 1980 Para Bomfim 2003 as abordagens metodol gicas de pesquisa s o marcadas por duas tend ncias em oposi o representadas por Aroldo Rodrigues e Jos Augusto Dela Coleta empiristas com uma abordagem experimental cognitiva interessada em processos individuais relacionados ao contexto social e Silvia Lane marxista e s cio hist rica As discord ncias te ricas e metodol gicas presentes nesse campo evidenciaram n o apenas posi es antag nicas em rela o a temas importantes na Psicologia como tamb m deram visibilidade a alguns autores que representavam essas rivalidades Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodoldgicas em Psicologia Social e da Saude Alguns dos temas considerado t picos em Psicologia inspiraram a pr
141. anteriormente esta pesquisa contou com quatro volunt rios sendo um coordenador e tr s formadores contratados pela Escola Formadora No per odo em que os dados da pesquisa foram coletados entre 2011 2012 o grupo de formadores era composto por quinze profissionais especializados em educa o profissional e forma o de professores todos com mestrado completo e alguns com doutorado em andamento Os formadores n o eram funcion rios contratados pela Escola Formadora Eles realizavam o trabalho para aquela institui o mas eram s cios ou contratados por empresas de terceiriza o de m o de obra ou em alguns casos eram funcion rios de organiza es n o governamentais Ongs especializadas em educa o Os tr s formadores participantes desta pesquisa possu am gradua o e mestrado no campo educacional e eram funcion rios de uma Ong reconhecida por sua atua o na educa o O coordenador possu a gradua o e mestrado em administra o e era funcion rio contratado pela Escola Formadora submetido ao regime jur dico estabelecido pela Consolida o das Leis do Trabalho CLT Abordagem te rica e metodol gica da pesquisa Os referenciais te rico metodol gicos adotados na pesquisa foram a Cl nica da Atividade e especificamente no tocante ao exame dos tipos de trabalho o Interacionismo Sociodiscursivo ISD A Cl nica da Atividade e o ISD t m como suas ra zes epistemol gicas a perspectiva racionalista materialista de Baruch
142. antitativos em alguns subcampos e a pequena expressividade dos m todos mistos A revis o de Vergara e Peci 2003 de 194 artigos publicados em 2000 e 2001 em tr s peri dicos internacionais Organizational Studies Administrative Science Quartely e Academy of Management Journal e tr s peri dicos nacionais Revista de Administra o de Empresas Revista de Administra o da USP e Revista de Administra o P blica concluiu que nos estudos nacionais o m todo quantitativo predomina 51 sendo seguido pelo qualitativo 38 os m todos mistos aparecendo em menor propor o 11 Ao analisar 178 artigos emp ricos do campo Tonetto Amazarray Koller e Gomes 2008 ressaltam o predom nio em comportamento organizacional de m todos quantitativos 47 seguidos da combina o de m todos 16 e por ltimo de m todos qualitativos 7 Mais recentemente Borges Andrade e Pagotto 2010 analisaram artigos emp ricos publicados nos per odo de 1996 a 2009 em peri dicos de administra o n 5 e psicologia n 9 Dos 424 artigos analisados sobre comportamento organizacional os autores conclu ram a favor do equil brio no uso dos m todos quantitativo 42 e qualitativo 42 em separado sendo que somente 16 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 ES Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim dos estudos recorreram aos m todos mistos O descompasso entre o di
143. ao minorit rias e de n vel socioecon mico alto Huston et al 1999 Observa se nas crian as uma rela o entre assistir televis o e a manuten o de vis es tradicionais acerca dos pap is masculinos e femininos Huston et al 1999 Na televis o personagens pertencentes a grupos minorit rios s o geralmente descritos de maneira desfavor vel como c micos pouco aptos e pregui osos ou como vil es ou v timas Liebert amp Sprafkin 1988 Staples 2000 Observa se que as minorias raciais s o apresentadas em menor frequ ncia Os informativos que representam as minorias raciais de forma estereotipada e preconceituosa dificilmente analisam o contexto no qual elas est o inseridas e muito menos associam essas informa es como sendo consequ ncia do racismo Muitas dessas mensagens s o transmitidas de forma impl cita Dijk 1997 A descri o desfavor vel de personagens de grupos minorit rios pode levar ado o de atitudes raciais negativas em dire o a esses grupos por parte das crian as enquanto retratos positivos de minorias parecem reduzir estere tipos tnicos e raciais e aumentar a probabilidade do estabelecimento de amizades inter tnicas entre as crian as Graves 1993 As autoras deste texto fizeram um estudo com 33 crian as de ambos os sexos com idades entre 7 a 10 anos m dia da idade 8 anos e meio e desvio padr o de 1 16 equilibradas com rela o ao g nero e s rie escolar 2 ao 5 ano Co
144. ar a predizer mais de 50 da variabilidade dessa transfer ncia Sua operacionaliza o pode ocorrer por meio de medidas proximais diretamente relacionadas aos suportes material e psicossocial transfer ncia do que foi adquirido em eventos de T amp D ou s expectativas deste suporte antes desses eventos Entretanto pode ainda ser distal menos diretamente relacionada Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea a tal suporte transfer ncia como nas medidas que t m o foco na gest o do desempenho na valoriza o geral do trabalhador e na aprendizagem que pode ocorrer na organiza o e n o em T amp D De maneira bastante sistem tica essas percep es de suporte principalmente as proximais s o melhores preditoras que os fatores individuais ou instrucionais j mencionados neste texto Na maioria dos estudos que realizamos essas rela es foram encontradas com a percep o medida no n vel individual Em alguns casos foram tamb m utilizadas as percep es compartilhadas no n vel das unidades organizacionais Isto foram realizados estudos multin veis Para interpretar esse fen meno utilizamos um referencial te rico de cogni o social que veio contribuir com os referenciais te ricos tradicionalmente utilizados em T amp D descritos anteriormente Logo ap s a virada do s culo com base numa abordagem mu
145. ara a educa o profissional t cnica de n vel m dio O presente estudo foi realizado visando tamb m contribuir para minimizar esta lacuna nos estudos especializados Este artigo est organizado em quatro subse es al m desta apresenta o e das considera es finais em que abordamos sucessivamente a contexto de realiza o do estudo b a abordagem te rico metodol gica adotada c procedimentos de recolha dos dados d analise dos dados Contexto da pesquisa Neste t pico foram delineados o contexto institucional em que estavam inseridos os formadores e o curso utilizado como meio para a recolha de dados as caracter sticas profissionais gerais dos volunt rios da pesquisa Cumpre mencionar antes do relato do estudo que por solicita o dos seus volunt rios e em respeito ao sigilo tico foram omitidas as informa es que pudessem identificar os participantes da pesquisa bem como da institui o promotora do curso Educa o e Linguagem de agora em diante nomeada Escola Formadora sem preju zo para o entendimento do conjunto de dados e reflex es sobre a tem tica examinada Os dados foram coletados em uma institui o educacional de car ter p blico que possui cinquenta e quatro escolas no Estado de S o Paulo No tocante estrutura organizacional a Escola Formadora tem rg os de administra o estadual respons veis pelas diretrizes de a o institucional departamentos de gest o municipais que a partir
146. arantino A pel cula se passa no sul dos Estados Unidos nos idos dos anos de 1858 per odo pr ximo e anterior a Guerra de Secess o e conta a hist ria de um escravo negro Django rec m liberto por um alem o ca ador de recompensas Dr King Schultz que ap s ajud lo em uma empreitada vai busca de encontrar e resgatar sua esposa igualmente escrava e negra Broomhilda Em sua forma usual de se valer do pastiche e do kitsch na constru o de seus roteiros Tarantino promove uma mistura de refer ncias pop com elementos de filmes de faroeste italiano da d cada de 60 os cnamados Westerns Spaghetti Dentre os aspectos constitutivos da obra um que foi sobremaneira incensado foi o abuso do termo nigger o qual considerado racista e pejorativo pelos Movimentos Negro de pa ses angl fonos nos di logos travados ao longo do filme O diretor Spike Lee afirmou poca em sua conta da rede social Twitter American Slavery Was Not A Sergio Leone Spaghetti Western It Was A Holocaust My Ancestors Are Slaves Stolen From Africa Will Honor Them E em uma entrevista dada neste mesmo per odo o cineasta afirmou com veem ncia que n o assistira ao filme de Tarantino e nem tencionava v lo Ainda que o questionamento ao uso indiscriminado de um termo racista seja completamente v lido neste caso poss vel notar o exagero extremado do discurso politicamente correto uma vez que se Spike Lee tivesse visto Django Unchained
147. as Parte do que pode ser observado pelo conte do das discuss es que existe um bom progresso no desenvolvimento de abordagens metodol gicas na Psicologia Social e do Trabalho no Brasil especialmente quando se verifica a qualidade de pesquisa emp rica realizada nos ltimos 30 anos Contudo talvez haja uma necessidade premente de que os pesquisadores brasileiros diversifiquem seus m todos de pesquisa partindo da realidade atual em dire o ao uso de abordagens multimetodol gicas referentes a grandes amostras provenientes das diferentes subculturas descritas por Ribeiro 1997 Essa tend ncia permitiria a interpreta o de similaridades e diferen as entre as subculturas brasileiras Dado o tamanho do pais e sua grande diversidade cultural e regional o Brasil apresenta uma voca o ideal para tais compara es As abordagens metodol gicas da Psicologia Social e do Trabalho se beneficiam de teoriza es oriundas dos grandes sistemas psicol gicos mas tamb m apresentam teoriza es pr prias desenvolvidas a partir das pesquisas realizadas pelos pesquisadores brasileiros Parece existir um problema causado por um interesse crescente em novas reas e um decorrente abandono ou falta de acumula o sistem tica de conhecimento em reas mais tradicionais Van der Vijver e Leung 2000 observaram na d cada passada um maior desenvolvimento em escala mundial da Psicologia aplicada ao estudo transcultural e especialmente nas pesquis
148. as sobre individualismo coletivismo N o parece ser essa a realidade da produ o brasileira O campo ainda apresenta microteorias n o desenvolvendo estudos pretensiosos de compara o global para a explica o do comportamento humano no contexto social Contudo v rios fen menos psicossociais foram identificados e analisados enfatizando os fatores que o influenciam Nas ltimas quatro d cadas a Psicologia Social tem sido predominantemente influenciada pela psicologia social cognitiva que avalia os fen menos sociais sob a perspectiva individual Em uma das chamadas crises da Psicologia Social nos anos 1960 e 1970 os estudos se envolveram mais com fen menos que abarquem a intera o e rela o entre os indiv duos Essa crise consistiu em uma cr tica e autocr tica dos psic logos sociais acerca da validade dos m todos utilizados nas suas pesquisas preponderantemente experimentais da relev ncia social de seus resultados al m da tica envolvida em alguns dos seus experimentos No caso da Psicologia do Trabalho e Sa de Ps quica importante ressaltar que na maioria das vezes a sa de tem sido considerada apenas como aus ncia de doen a o que acaba por ignorar as valiosas contribui es da chamada Psicologia Positiva Al m disso conforme j apresentado aqui por Fernandes h a necessidade de desenvolvimento de an lises mais espec ficas que incluam a passagem do n vel individual para o grupal No Brasil at os
149. as usados para aumentar a compreens o sobre inter rela es e diferen as relativas entre aprendizagem individual em situa es de trabalho e aprendizagem organizacional Nesta parte final ser o postos em destaque apenas os achados de pesquisa do grupo de pesquisa de aprendizagem organizacional da UFBA que permitem estabelecer di logos com aqueles do grupo de aprendizagem individual da UnB Ressalta se primeiro que o conceito de aprendizagem informal foi operacionalizado em itens de pesquisa muito semelhantes aos que comp em os itens do construto estrat gias de aprendizagem comportamentais dos indiv duos do grupo de pesquisa sobre aprendizagem individual da UNB No caso do grupo de pesquisa sobre aprendizagem organizacional ajuda de colegas e de superiores busca em material escrito e autoestudo por exemplo s o itens que operacionalizam a dimens o aprendizagem informal na escala utilizada Ao passo que aprendizagem formal tem sido operacionalizada como participa o em cursos de curta ou de longa dura o em semin rios em grupos de discuss o de problemas dentre outros promovidos pela organiza o Assim o crit rio mais importante para definir aprendizagem individual formal e informal o quanto a oportunidade de aprendizagem direcionada pela organiza o aprendizagem formal ou pelo indiv duo aprendizagem informal Tanto em pesquisas com trabalhadores rurais de baixa escolaridade lotados em empresas da fruticultura irrigada
150. assim sentimentos negativos a respeito da pr pria orienta o sexual e consequentemente generalizando para o self como um todo Essa postura denominada pela literatura pertinente por preconceito internalizado Segundo Toledo e Pinafi 2012 esse tipo de preconceito pode acarretar em isolamento afetivo sexual e social dos homossexuais Segundo Nunan 2010 o preconceito internalizado est na maioria dos casos correlacionado com sentimentos de culpa vergonha dio de si mesmo medo desconfian a inseguran a baixa autoestima dificuldade de estabelecer e manter relacionamentos amorosos isolamento social entre outros A ideia de internaliza o do preconceito surge a partir da d cada de 1970 e ganha for a na d cada de 1980 com a cria o do conceito homofobia internalizada por Malyon A internaliza o do preconceito seria de maneira sucinta a aceita o de caracter sticas inferiores que resultariam em sentimentos de vergonha do sujeito homossexual em se reconhecer de tal modo Nunan 2010 Conforme Madureira e Branco 2007 a homofobia internalizada desestrutura subjetivamente os sujeitos pois h o deslocamento da viol ncia simb lica do campo intersubjetivo para a dimens o subjetiva acarretando s rias consequ ncias em suas vidas Nas palavras desses autores Ahomofobia internalizada emocionalmente enraizada no caso das pessoas que apresentam uma orienta o homoer tica traz um potencial desestruturante e
151. atisfat rio mesmo na condi o de 1 Psic loga doutora em sa de p blica consultura organizacional e professora colaboradora do Programa de P s gradua o em Psicologia da Universidade Federal da Bahia 2 Psic logo professor na Universidade de Sergipe 3 Psic loga doutora em psicologia e professora adjunta na Universidade Federal da Bahia 4 Esta se o se refere comunica o do autor Andr Faro Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Sonia Regina Fernandes Elza Techio amp Andr Faro enfermo Partindo dessa orienta o qual o pressuposto norteador da Psicologia da Sa de poss vel que uma resposta seja o entendimento que determinados n veis de ativa o da capacidade de adapta o do organismo bem como os modos de intera o entre v rios est mulos originados das dimens es social psicol gica e biol gica em um dado contexto de inser o de um indiv duo podem propiciar o aparecimento de doen as Gee amp Payne Sturges 2004 Leventhal et al 2008 Miller Chen amp Cole 2009 Logo o mecanismo central ou seja o elo na tr ade que envolve est mulos externos est mulos internos e repercuss o sobre o organismo pode ser concebido por meio do processo de estresse Defur et al 2007 Evans 1994 O estresse seria resultante da intera o do sujeito com o contexto externo e as repercuss es no meio interno sendo uma via intercomunicacional entre os est mulos in
152. balho dos formadores Ainda foram analisados os documentos prescritivos elaborados pelos pr prios formadores Movimento 2 Observa o e entrevista semiestruturada Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Deivis Perez O segundo movimento da autoconfronta o foi dedicado recolha de dados que permitissem conhecer as matrizes educacionais te rico metodol gicas adotadas pelos formadores de professores no trabalho real desenvolvido no curso Educa o e Linguagem e no uso do Sherlock Neste movimento foi feita a observa o do trabalho dos tr s formadores volunt rios da pesquisa Os aspectos relevantes observados foram registrados em um di rio pelo pesquisador Ap s realizamos uma entrevista semiestruturada com cada um dos formadores para esclarecer d vidas e detalhar informa es acerca das suas atividades laborais dos instrumentos ou ferramentas de trabalho usadas das refer ncias metodol gicas e te ricas adotadas no curso e no uso do Sherlock Movimento 3 Registro Grava o da atividade de trabalho Considerando as informa es obtidas nas observa es e entrevistas o pesquisador realizou o registro de sequencias de trabalho dos formadores gravadas em udio e v deo Tratou se da continuidade do levantamento de dados sobre o trabalho real dos participantes da pesquisa com nfase para o uso da principal ferramenta de media o do curso o software j citado O pesquisador busco
153. baseado nestas representa es categ ricas embora este julgamento possa vir a ser suprimido pelas pessoas com baixo n vel de preconceito pessoal desde que elas se esforcem para sobrepor suas cren as pessoais igualit rias de forma que suplantem as cren as estereotipadas cultivadas durante a socializa o Ainda que diferentes esses processos podem ser qualificados por tr s no es fundamentais 1 a informa o pode ser processada de uma forma r pida e descuidada 2 a informa o tamb m pode ser processada de uma forma mais lenta e cuidadosa e 3 podem se estabelecer rela es de concomit ncia ou de transforma o entre as duas formas de processamento Hunt Borgida amp Lavine 2012 Conforme mencionado no in cio desta introdu o a abordagem da cogni o social centra os seus esfor os na investiga o direta das estruturas e dos processos cognitivos subjacentes aos v rios fen menos sociais sendo concebida tanto como uma abordagem te rica quanto uma rea de investiga o voltada para o estudo de conte dos espec ficos Esta introdu o focou se principalmente no entendimento da cogni o social como abordagem te rica levando o leitor a compreender os seus impactos no estudo dos diversos processos cognitivos que se encontram presentes no processamento da informa o que est em jogo na rela o e no julgamento das outras pessoas No entanto a cogni o social tamb m pode ser entendida como uma rea d
154. blemas de pesquisa al m dos anteriormente mencionados merecem destaque Um deles a quest o da organiza o do conhecimento A nfase nos mediadores cognitivos pressup e uma preocupa o maior com a an lise do processamento da informa o com a descri o da natureza das estruturas cognitivas envolvidas nestes processos assim como com o esclarecimento dos mecanismos mediante os quais as estruturas cognitivas influenciam a percep o dos grupos e dos seus membros As tentativas de identifica o da natureza das estruturas cognitivas foram conduzidas de Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 6 Marcos Emanoel Pereira amp Ant nio Virgilio B Bastos acordo com os desenvolvimentos oriundos da psicologia cognitiva sendo especialmente importantes as contribui es provenientes dos estudos voltados para a an lise das representa es mentais constitu das a partir dos esquemas prot tipos e exemplares Bartlett 1932 Neisser amp Winograd 1988 Stangor amp Schaller 1996 Enfim podemos aludir a outro problema de pesquisa marcante nos estudos sobre a cogni o social o impacto dos processos autom ticos e controlados Sternberg 1985 Tais estudos se originaram de pesquisas desenvolvidas na rea da psicologia cognitiva dos processos atencionais posteriormente retomadas pelos psic logos sociais nos quais se procurou identificar a influ ncia da intencionalidade ou do automonitoramento na m
155. bordagem sociocognitiva essa defini o aderente apresentada por Jairo Borges Andrade Aprendizagem organizacional corresponde por sua vez ao processo de transforma o dos conhecimentos individuais em conhecimentos organizacionais por socializa o e por codifica o dois constructos proxies do constructo aprendizagem organizacional Consideramos ainda que sem transfer ncia do que foi aprendido pelos indiv duos para o trabalho o que requer a ativa o de suportes psicossociais e materiais possibilidades de aprendizagem organizacional n o se efetivam Para deixar mais claro suas particularidades e suas realiza es o percurso desse grupo ser dividido em tr s per odos 1 2000 a 2003 2 2003 a 2008 e 3 2008 aos dias atuais Primeira Fase 2000 a 2003 O primeiro per odo da pesquisa sobre aprendizagem organizacional 2000 2003 corresponde realiza o de trabalhos voltados para mapeamento do campo e especialmente ao projeto de pesquisa intitulado Microprocessos de aprendizagem emorganiza es interorganiza es na Bahia apoiado pelo CNPq em 2000 Esse projeto buscava minimizar algumas lacunas j mapeadas em particular aquelas derivadas da utiliza o de abordagens sobre aprendizagem individual para pesquisar compreender e explicar o fen meno da aprendizagem organizacional com base na seguinte quest o de pesquisa Quais os fatores que influenciam os processos de aprendizagem em organiza es inte
156. bre espa os para perspectivas unidirecionais que no geral enxergam o n vel organizacional como um somat rio dos processos individuais relativa desconsidera o dos fatores culturais setoriais e locais que exercem impactos e singularizam a aprendizagem de cada organiza o pouca aten o conferida ao n vel micro organizacional e s intera es dos indiv duos nos pequenos grupos Tudo isso sugeria que estudiosos do campo estavam dedicando pouca aten o a entender como se d a articula o ou a passagem de processo que essencialmente individual para o n vel coletivo assumindo se em geral a exist ncia do fen meno de aprendizagem organizacional sem consci ncia mais clara da natureza metaf rica deste conceito Essa conclus o embora provis ria estimulou a elabora o de novos projetos de pesquisa apoiados mais uma vez pelo CNPq em 2003 e 2006 cujos resultados s o comentados a seguir Segunda Fase 2003 a 2008 No segundo per odo 2003 2008 prevalecem pesquisas de levantamento cross section e longitudinal voltadas para explora o das rela es entre aprendizagem individual e aprendizagem organizacional Conforme j indicado seu marco inicial a apresenta o ao CNPq em 2003 do projeto de pesquisa survey denominado Microprocessos de aprendizagem em organiza es na Bahia que representa uma inflex o em termos de procedimentos de m todos aplicados na primeira fase O delineamento da pesquisa survey
157. cartas ao jornal e manifesta es pelas redes sociais na internet foi intensa e cr tica no sentido de dizer que o jornal e o cartunista estimulavam a viol ncia contra a mulher entretanto sequer notou se como o pr prio Angeli 2010 ressaltou em entrevista Revista Trip que o rid culo da hist ria era justamente o marido agressor Todavia os fatos da sociedade brasileira ser extremamente machista e a viol ncia contra mulher ser algo singularidade indiv duo e a universalidade o g nero humano a qual se concretiza atrav s das m ltiplas media es determinadas pelas rela es sociais espec ficas do contexto a particularidade em que esse indiv duo est inserido Oliveira 2005 p 50 5 Ainda que n s brasileiros e brasileiras tenhamos elegido uma mulher para a Presid ncia da Rep blica em 2010 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda corrente tornam compreens veis e poss veis essas leituras relacionadas ao estimulo da viol ncia contra a mulher da pol mica tirinha tal qual no exemplo dado por Possenti 1995 e Possenti e Baronas 2006 acerca de poss veis leituras racistas relacionadas express o per odo negro da hist ria uma vez que o racismo ainda algo amplamente existente na sociedade brasileira atual Outro exemplo semelhante se deu na poca do lan amento do filme estadunidense Django Unchained 2012 de Quentin T
158. cimentos anteriores sobre os temas abordados em eventos de T amp D ao retornarem ao trabalho tiveram maior probabilidade de transferir o que adquiriram nesses Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea eventos Outro subconjunto de vari veis individuais est associado ao constructo motiva o e os resultados evidentemente sempre sugerem correla es positivas percep o de autoefic cia no trabalho motiva o para aprender inten o e motiva o para aplicar o aprendido e valor instrumental do aprendido As medidas destas vari veis geralmente s o aplicadas antes dos eventos de T amp D e algum tempo depois desses eventos verificado o n vel de transfer ncia Resultado similar ocorre no caso das cren as que as pessoas desenvolvem a respeito da efetividade dos pr prios sistemas de T amp D das suas organiza es Se essas cren as s o positivas isto existe uma boa imagem a respeito de como s o feitos os diagn sticos de necessidades e o planejamento execu o e avalia o das atividades de T amp D a transfer ncia do adquirido para o trabalho ser maior Quanto s rela es entre o comprometimento afetivo e essa transfer ncia as rela es s o bastante curiosas e certamente refletem dois aspectos contempor neos do mundo do trabalho valoriza o de carreiras individuais aut nomas e de es
159. co cient fica e as informa es que emergiram do campo Nos t picos seguintes s o apresentadas as an lises feitas sobre o trabalho dos formadores considerando os objetivos delimitados para a pesquisa An lise dos dados recolhidos Este t pico tem tr s subdivis es as quais possuem rela o com cada um dos objetivos da pesquisa que eram identificar e examinar a os instrumentos de trabalho utilizados pelos formadores b a perspectiva de media o pedag gica subjacente aos textos prescritivos do trabalho destes profissionais c as matrizes te ricas e metodol gicas mobilizadas pelos formadores durante a efetiva realiza o da sua atividade laboral Instrumentos de trabalho O trabalho docente e portanto dos formadores educadores de outros professores possui Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Trabalho do formador de professores para a educa o profissional ferramentas concretas e imateriais em fun o de se tratar de atividade laboral dirigida e realizada sobre e com seres humanos que evoca atividades como instruir supervisar servir ajudar entreter divertir cuidar controlar etc Essas atividades se desdobram segundo modalidades complexas em que interv m a linguagem a afetividade a personalidade Tardif Lessard 2005 p 33 Nesta pesquisa foram identificados instrumentos concretos e imateriais usados pelos formadores sem eu trabalho conforme segue a Pres
160. colaridade Ensino m dio at p s gradua Experi ncia gerencial o Anos em fun es gerenciais Horas de treinamen to da ag ncia oO N mero de horas dedicadas pelos gerentes a M dia de horas de treinamento atividades de treinamento fonte secund ria por ag ncia Modelo de com posi o O z Percep o coletiva de suporte organiza N cional Vari veis Explicativas Vari veis controle Percep o dos gerentes sobre o tratamento que M dia das respostas s es recebem da organiza o em retribui o aos es calas por ag ncia Modelo de for os que despendem no trabalho Origina se composi o o no n vel individual mas considerada contex Z tual quando tratada no n vel 2 de compartilha mento Tamanho da ag ncia Quantidade de funcion rios da ag ncia fonte N mero total de funcion rios secund ria por ag ncia o Grau de complexida o de da ag ncia el 2 Ag n Categoria a que pertence a ag ncia em termos Escore de classifica o da de complexidade administrativa que varia de 1 ag ncia que varia de 1 a 5 menos complexa a 5 mais complexa Indica dor composto de car ter objetivo extra do de fonte secund ria 2 Participa o nos lu cros e resultados Vari veis controle B nus recebidos pelos gerentes da ag ncia em Percentual de bonifica o de retribui o ao alcance de metas pela unidade participa o nos lucros e resul tado
161. compreen explica es constru das co 2 T picos guia 9 gt der os fatos eventos relevantes pelos trabalhadores para E e Din mica dos vin 5 8 atores sentimentos e emo es sua perman ncia e contri S culos L amp cogni es comportamentos in bui o para a organiza o ces Contribui es o tengdes de sa da e perman ncia explorando a din mica SS Perman ncia q 8 na organiza o dos v nculos estabelecidos a amp ou com a organiza o ao lon so To go do tempo 2 S uu Quadro 2 S ntese dos estudos propostos por Rodrigues 2011 Fonte Adaptado de Rodrigues 2011 p 38 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho As duas pesquisas de Rodrigues 2011 s o um bom exemplo de pesquisa sequencial quanti e depois quali com combina o e s ntese dos resultados de dois m todos na constru o de interpreta es e na cria o de um modelo de pesquisa robusto apoiado em referenciais te ricos consistentes epistemologicamente compat veis entre sie baseados em fortes evid ncias emp ricas O m todo misto nesse caso aumentou a compreens o sobre os padr es de comportamento individual validou e enriqueceu o modelo de investiga o para futuras pesquisas sobre a din mica dos processos de vincula o do indiv duo com a organiza o Considera es finais O tema central deste artigo s o quest es d
162. comprometimento sempre foi um t pico pertencente ao campo micro organizacional um conceito que n o guarda uma unicidade de significados e mesmo dentro da pesquisa cientifica h diferentes formas de conceb lo de defini lo e de mensur lo Por isso grande parte da pesquisa de comprometimento fragmentada por essas diversas perspectivas Dois autores canadenses J Meyer e N Allen buscaram organizar conceitualmente os avan os na agenda de pesquisa at os anos de 1990 A partir disso constru ram o quadro te rico de refer ncia para as pesquisas subsequentes definindo o comprometimento como um elo entre indiv duo e organiza o que reduz Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues a probabilidade de turnover Esse elo segundo Meyer e Allen poderia ter diferentes naturezas ou bases afetiva identifica o e afetos positivos com a organiza o instrumental continuidade na organiza o porque sair mais custoso e normativa introje o de normas e valores pelo funcion rio que se sente obrigado a permanecer Nos ltimos anos diversas pesquisas t m contribu do para a desconstru o desse modelo a partir da constata o de que seu foco explicar o que leva as pessoas a permanecerem na organiza o como se perman ncia fosse necessariamente e o principal consequente do comprometimento um modelo que
163. corpo n o mais sendo t o acentuadas suas limita es f sicas mas sim enfatizado aquilo que conseguiram conquistar e que descobriram que conseguiam fazer as pot ncias dos corpos Referiram me sinto mais disposto foi um incentivo para eu tomar algumas iniciativas percebi que a gente tem potencial s que n o usa aprendi que preciso ser mais firme em minhas coloca es S1 me sinto com mais vontade de participar das atividades S9 n o porque a gente tem idade que vai desprezar outros conhecimentos S7 Foi ainda apresentado nos encontros nos relatos nos desenhos e nas entrevistas atualiza es de mem rias sobretudo da inf ncia que remeteram ao corpo jovem carregado de pot ncia de vida que nos mostra ter sido poss vel o contato com essa pot ncia Relataram me lembrei de quando eu era crian a e a gente brincava no s tio subia nas rvores era muito gostoso S11 quando eu era pequena a gente andava no pau de arara n o tinha encosto igual esse banco S9 estou aqui me lembrando de algumas loucuras que j fiz S1 Observamos assim a abertura dos corpos a uma produ o de subjetividades atrav s dos encontros dos corpos em movimento nas oficinas percebidos nas constru es de novos conceitos acerca das constitui es individuais e coletivas que levam a novas formas de se relacionar com os corpos e com o mundo como nos prop e pensar Guattari
164. cri es do trabalho s o representadas pelos planos elaborados pelos pr prios formadores autoprescri o documentos norteadores do curso Educa o e Linguagem e tamb m do uso do software Sherlock Ao longo do processo de autoconfronta o os formadores sinalizaram para a import ncia das prescri es de trabalho como instrumentos facilitadores e organizadores da atividade laboral As prescri es n o eram percebidas como elementos limitadores do trabalho mas avaliadas pelos formadores como instrumentos necess rios ao seu bom desenvolvimento do trabalho e fundamentais para nortear o processo educativo realizado com os docentes em fase de capacita o Os formadores destacaram que as prescri es eram modificadas em fun o da realidade concreta do trabalho e das demandas cotidianas de aprendizagem daqueles que estavam sendo formados o que denotava a desejada articula o e complementaridade no caso dos formadores entre as modalidades prescritiva e real presentes no mundo do trabalho b T cnicas de ensino e recursos did tico pedag gicos os formadores do curso Educa o e Linguagem utilizavam um conjunto de estrat gias metodol gicas de ensino que apresentavam em acordo com os escritos de Masetto 2003 um car ter instrumental ou seja eram ferramentas ou instrumentos laborais usados pelos formadores para favorecer o processo educativo A observa o do trabalho e os dados obtidos na autoconfronta o indicaram que as p
165. culistas procuram desqualificar pronta e radicalmente uma das ideias poss veis ao politicamente correto normatiza o da esfera p blica Frequentemente o campo central para tal confronto o do l xico por conta das mudan as que o politicamente correto teria por pretens o propor no uso das palavras O discurso conservador e hegem nico usualmente atribui ao politicamente correto um sentido fortemente negativo como se tratasse de um r tulo ofensivo e ou pejorativo Dunant 1994 Ribeiro R 2000 taxando o como dentre outras acep es censura desmedida e desnecess ria fascismo gratuito mera patrulha da linguagem falada Argumentando principalmente que mudar atenuar ou remover palavras do vocabul rio cotidiano n o implica no apagamento do que estas representam na realidade vivenciada pelo corpo social Bento 2008 Lind 2000 Ribeiro J 2005 Zamboni 2012 Partindo desse entendimento o discurso conservador e hegem nico subverte aquilo que o discurso politicamente correto carrega como uma de suas ideias essenciais reforcemos novamente pela import ncia que imputamos a isso normatiza es na esfera p blica tomando a tentativa de constru o de um respeito m tuo e amplificado por mero caso de uma pretensa ditadura das minorias Williams 1995 Destarte o conservadorismo defende a manuten o irrestrita ordem e ao institu do tal como estes se encontram no presente uma vez que n o h quaisquer possibilidades
166. dades oferecidas por todos os elementos pertinentes determina o do curso da a o Nessas condi es qualquer decis o para ser considerada racional deve levar em considera o os valores e as probabilidades relativas oferecidas por cada curso potencial de a o Finalmente pode se dizer que nada disso poss vel sem que se presuma a exist ncia de uma esp cie de automonitoramento As perspectivas que englobam todos estes elementos s o denominadas de strong rationality e se contrap em a uma concep o denominada weakly ou bounded rationality Simon 1991 Uma vez que os crit rios que definem a racionalidade plena s o muito restritivos observa se nos estudos sobre a cogni o certo predom nio dos modelos centrados na concep o de racionalidade mitigada Klaczynski 2000 Neste particular um problema te rico importante se relaciona com a pr pria defini o do agente cognitivo Qual concep o de ser humano oferece os fundamentos ontol gicos para a abordagem da cogni o social A posi o mais tradicional a de que o agente deve ser caracterizado como cognitivamente avaro Fiske amp Taylor 1984 Nesta perspectiva o ser humano considerado um processador de informa o limitado e sujeito a falhas entendida a mente como um computador de limitada capacidade de trabalho e de armazenamento capaz de lidar com uma parcela restrita do amplo espectro de informa es a que se encontra sujeita sendo comum a ado o de
167. dagens multin vel e m todos mistos de pesquisa As autoras prop em que preciso antes de mais nada identificar o n vel ao qual o fen meno estudado pertence uma vez que diferentes atributos ou propriedades de comportamentos e resultados podem ser encontrados considerando que a caracter stica multin vel dos fen menos organizacionais exige a ado o de diferentes estrat gias metodol gicas No artigo 5 s o disuctidas a forma o e a difus o das cogni es sociais Marcus Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia e Ana Cl sia Costa analisam os fen menos da m dia racismo e homofobia De modo espec fico discutido como desenhos animados colaboram na difus o e perpetua o do racismo na inf ncia e como as cren as e valores colaboram na produ o do preconceito contra os homossexuais Al m desses encontros te ricos os dois textos que comp em este artigo apresentam evid ncia emp rica que integra processos mais cognitivos como a forma o de estere tipos com processos mais contextuais como a difus o de cren as Como Citar Gondim S M G Lima M E O Bastos A V B amp Borges Andrade J E 2014 Apresenta o A dossi Cogni es Sociais em Contextos Diversos Revista Brasileira de Psicologia 1 2 3 4 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es Sociais Uma Introdu o Marcos Emanoel Pereira Antonio Virg lio Bittencourt Bastos O impacto das abo
168. das diretrizes estaduais elaboram as estrat gias de atendimento demanda populacional e de forma o t cnica profissionalizante considerando as particularidades de cada localidade Nesta pesquisa optou se pelo estudo do trabalho dos formadores de professores realizado em um curso denominado Educa o e Linguagem que fazia parte do programa institucional de forma o de docentes doravante Programa da Escola Formadora Este Programa que reunia vinte e cinco cursos tem ticos de capacita o em servi o dos docentes era organizado e oferecido pelo setor de gest o de pessoas da Escola Formadora Os cursos tinham dura o de dezesseis a quarenta e oito horas e contemplavam tem ticas como trabalho pedag gico por projetos e por compet ncias planejamento e avalia o do processo pedag gico uso de artefatos tecnol gicos facilitadores da aprendizagem entre outros A defini o do curso em que foi realizada a recolha dos dados ocorreu em acordo entre o pesquisador e os quatro volunt rios da pesquisa coordenador e tr s formadores do curso O crit rio para escolha do curso foi o elevado n mero de professores que eram capacitados nas suas turmas e principalmente o fato de os formadores considerarem que se tratava de processo formativo que oferecia maior complexidade pedag gica de modo que a pr pria participa o dos volunt rios nesta pesquisa poderia contribuir para a reflex o acerca do trabalho realizado O curso Educa o e
169. de Federal da Bahia Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho pesquisadores para esse tipo de estudo bem como a incompatibilidade das normas e regras de publica o cient fica visto que a utiliza o de m todos mistos requer mais espa o nas revistas para os relatos de pesquisas Al m disso os recursos e o tempo gastos para a realiza o de estudos com m todos mistos tamb m s o maiores do que os comumente empregados em pesquisas com m todo nico quanti ou quali A terceira parte apresenta exemplos de duas pesquisas brasileiras que adotaram modelo multin vel e m todo misto de pesquisa A primeira foi realizada por Brand o 2009 e a segunda por Rodrigues 2011 A pesquisa de Rodrigues 2011 denominada Trabalhador entrincheirado ou comprometido Delimita o dos v nculos do indiv duo com a organiza o um exemplo de ado o bem sucedida de um m todo misto de pesquisa A pesquisa envolveu dois estudos complexos O Estudo 1 quantitativo extensivo e de corte transversal investigou a validade discriminante dos construtos de comprometimento e entrincheiramento organizacional O Estudo 2 qualitativo explicativo e intensivo analisou eventos narrativos e hist rias de trabalhadores com diferentes padr es de v nculos com a organiza o por meio de estudo de casos m ltiplos Em face da combina o dos dois m todo
170. de processos impl citos s foram poss veis gra as sofistica o populariza o e acessibilidade dos computadores e cria o de softwares focados na mensura o do tempo de lat ncia Tamb m fundamental neste campo 1 Psic logo doutor em psicologia e professor adjunto na Universidade de Bras lia 2 Psic loga doutora em sa de p blica consultura organizacional e professora colaboradora do Programa de P s gradua o em Psicologia da Universidade Federal da Bahia 3 esta se o se refere comunica o de Ronaldo Pilati O autor agradece os coment rios e sugest es feitos por Maur cio Sarmet em vers es anteriores deste artigo Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Social e da Saude o aprimoramento de instrumentos para medida de potencial relacionado a eventos do sistema nervoso central ERPs assim como para a produ o de imagens do c rebro por meio de resson ncia magn tica funcional fMRI Este conjunto de realiza es possibilitou a produ o de grande quantidade de inova es na compreens o te rica da cogni o social humana Este texto tem como objetivo apresentar uma breve descri o de procedimentos para mensura o e ou elicia o de processos impl citos da cogni o social Seu prop sito fornecer uma vis o geral deste assunto ao leitor apresentar os principais procedimentos corriqueiros da rea e remeter o leito
171. decis o sobre o assunto em pauta e defina seu posicionamento Moscovici 1961 Talvez hoje mais do que nunca haja necessidade de dizer de que lado voc est Essa tomada de decis o precisa ocorrer tanto no n vel individual quanto no n vel grupal As representa es sociais possibilitam certo conforto psicol gico pois possibilita que a gente se posicione a partir do senso comum Isso d uma sensa o de tranquilidade por estar ao lado da maioria naquele contexto Neste sentido o preconceito ganha um sentido pol tico e compreendido al m da pr tica discriminat ria cotidiana j que expressa uma maneira compartilhada de ver o mundo E vai al m da pr tica cotidiana representando uma maneira de compartilhar certa vis o do indiv duo no mundo Al m de sua express o em situa es concretas envolve aspectos subjetivos que s o decisivos para a hegemonia dos grupos na din mica social Segundo Camino e Pereira 2000 p 56 ao Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 ES Marcus Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia amp Ana Cl sia da Silva Costa analisarmos as formas concretas de preconceito como o racismo o antissemitismo o machismo etc observamos que eles fazem parte de ideologias pol ticas mais amplas Temos assim uma vis o mais ampla da din mica do processo psicossocial que resulta no preconceito levando em considera o quest es individuais grupais e or
172. delo de interfaces Figura 1 o estresse encontra se no centro e atua como elo entre os diversos campos de estudo sendo as reas lim trofes entendidas da seguinte forma 1 Entre os campos da Epidemiologia Social e da Psicologia da Sa de h o di logo em torno da exist ncia da vulnerabiliza o quem mais vulner vel onde e quando 2 Entre a Psicologia da Sa de e a Psicologia Social ocorre um interjogo dial gico em torno dos mecanismos psicol gicos de adapta o que recursos s o ativados para o enfrentamento 3 Entre a Epidemiologia Social e a Psicologia Social situam se as vari veis do contexto psicossocial isto como as diferen as na aloca o social e a respectiva estratifica o pap is grupos aumentam ou diminuem a vulnerabilidade quem e como se insere Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude socialmente esse indiv duo Na Figura 1 o processo do estresse torna se o fulcro das interfaces na busca por essa equa o da vulnerabilidade dos indiv duos ao adoecimento uma l gica de estudos Adotando o processo de estresse como foco e considerando o enquanto fen meno que aparece como um elo ocorre a indaga o como o estresse entra e opera no corpo Na tentativa de respond la prop e se o seguinte entendimento o estresse se instala no corpo no organismo durante o processo de adapta o s experi ncias adversas e su
173. demonstram a materializa o dessa perspectiva hegem nica e conservadora frente a ideia express o politicamente correto Al m do que artigos de opini o publicados na m dia seja impressa ou digital s o uma boa forma de se perceber como alguns sentidos est o circulando pelo corpo social ou at mesmo como alguns s o postos em circula o O temor por vezes c nico e at certo ponto persecut rio pela instaura o de um Big Brother e sua Novil ngua tal como descritos por George Orwell 1976 em sua conhecida obra 1984 ou de uma pol cia da linguagem como o corpo de bombeiros de Fahrenheit 451 de Ray Bradbury 2007 que queima todo ou qualquer livro por julg los perigosos e desnecess rios quela sociedade fundada no imag tico e na ultravelocidade qualquer semelhan a com a atualidade mera coincid ncia uma vez que o livro de Bradbury foi publicado em 1953 se fazem presentes consideravelmente no rol de argumentos articulados em tais textos cr ticos a ambas as a es por parte do poder p blico nacional Ainda que de qualquer maneira concordemos que a iniciativa de se editar um documento de como a popula o deva falar ou impedir um dicion rio consolidado e respeitado de circular se que estas a es se trataram exatamente disto de fato se aproxime de algum modo ao que ocorrem em estados totalit rios Exageradamente Bento 2008 compara a imposi o de uma linguagem politicamente correta com o
174. dimento de que a probabilidade de adoecimento oscila a depender da intera o entre as vari veis psicol gicas e as sociais cujo desfecho implica altera es sobre o organismo na forma de adapta o sa de ou inadapta o doen a Defur et al 2007 Hodge amp Pless 1994 National Enviromental Justice Advisory Council NEJAC 2004 Schulz amp Northridge 2004 Em suma a tend ncia dominante na atualidade voltada para os estudos que visam esclarecer como funciona a equa o de fatores de exposi o e de prote o em uma linguagem j utilizada no campo da epidemiologia que a de vulnerabilidade al m de assimilar a din mica psicol gica em maior complexidade NEJAC 2004 Cabe salientar que antes dessa fase contempor nea de estudos o destaque era dado s condi es est ticas de vulnerabilidade a exemplo das psicopatologias e da pobreza cujos elementos de inadapta o eram cristalizados em torno de um nico fator de risco ou seja portadores do transtorno X ou pessoas em condi o Y est o mais vulner veis para o desfecho Z Nessa perspectiva surge o questionamento como podemos identificar fatores psicol gicos sociais e ou psicossociais que assumem a forma de aspectos de prote o ou de exposi o sa de poss vel que essas respostas possam ser encontradas ou desenvolvidas no contexto de um campo de interfaces denominado Psicologia Social da Sa de necess rio mencionar que a Psicologia da Sa d
175. dividual e aprendizagem organizacional ainda n o foram suficientemente exploradas e demonstradas A predomin ncia de aprendizagem informal foi verificada tanto em contextos organizacionais caracterizados por trabalhadores com baixo grau de escolaridade organiza o do trabalho taylorista fordista tarefas fechadas parcelamento das tarefas elevado grau de supervis o e de controle da m o de obra quanto em contexto organizacional marcado por alta escolariza o de sua m o de obra pela predomin ncia de tarefas abertas cuja consecu o requer discricionariedade dos trabalhadores e nas quais o controle e a supervis o n o se realizam de forma t o direta As organiza es pesquisadas tamb m diferem em termos de complexidade organizacional e de matura o de pol ticas de gest o de pessoas Ao passo que as empresas do BMSF singularizam se pela simplifica o de suas estruturas organizacionais e pela quase inexist ncia de pol ticas e pr ticas de gest o de pessoas voltadas ao desenvolvimento e aprimoramento das compet ncias de sua m o de obra a empresa SERPRO apresenta estrutura burocr tica bem desenvolvida e complexa abrigando setor de gest o de pessoas com forte nfase no aprimoramento de sua m o de obra t cnica Os ambientes sist micos das organiza es pesquisadas diferem No caso do BMSF as empresas atuam em mercados externos nos quais prevalece elevado n vel de exig ncias quanto qualidade dos produtos e dos process
176. do cartogr fico indicando como este m todo de pesquisa e a o a partir de suportes como a produ o de desenhos entrevistas e di rios de campo contribui para permitir aos idosos potencializar criativamente a vida e se abrir para um novo mundo de experi ncias O terceiro artigo tal como se pode concluir mediante a leitura do t tulo A homossexualidade e a psicologia revisitando a produ o cient fica nacional se refere a um levantamento sistem tico em peri dicos brasileiros da rea da psicologia de artigos vinculados ao tema da homossexualidade Mediante a t cnica de an lise dos conte dos foram identificadas e discutidas seis categorias anal ticas 1 concep es te ricas e hist ria da homossexualidade 2 homofobia e preconceito internalizado 3 homossexualidade e repert rios discursivos 4 homossexualidade e movimentos sociais 5 homossexualidade e ado o e 6 psicologia e quest es de g nero A parte final do artigo dedicada discuss o das lacunas te ricas e das novas possibilidades de estudo da homossexualidade no dom nio da Psicologia O quarto artigo dedicado discuss o de um tema atual e controverso o do politicamente correto e de que forma esta pr tica discursiva se relaciona com a subjetividade Seria o discurso politicamente correto uma forma de censura ou ele um elemento necess rio para marcar posi o em um mundo hierarquizado Trata se de um discurso libertador ou de uma nova form
177. du o ulterior de estudos sobre a tem tica Palavras chaves psicologia do trabalho educa o profissional trabalho do formador Abstract This article presents research that examined work of a teacher trainer for professional education which aimed to study the work of these professional instruments the design of pedagogical mediation underlying the prescriptive texts of the work and the theoretical methodological arrays deployed in labor activity The theoretical framework was Clinical Activity strand of Work Psychology We adopt a simple self confrontation for data collection combining interviews document analysis and video recording of the work Were the volunteer coordinator and three trainers course in S o Paulo educational institution The results showed that the work of trainers activity is directed to others using concrete and intangible instruments Prescriptive texts suggest the use of cognitive education approach but in the effective action of the trainers was adopted cultural historical perspective of human development At the end there are the limitations of this research and indicates the need for further scientific research on the subject Keywords work psychology professional education trainer s work 1 Professor do Programa de P s Gradua o em Psicologia e do Departamento de Psicologia Evolutiva Social e Escolar da UNESP campus Assis Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014
178. e investiga o e nesta ltima perspectiva que se inserem os estudos da cogni o social em contextos organizacionais e do trabalho do qual ser o feitas breves considera es Cogni o Social em contextos organizacionais e de trabalho Os estudos organizacionais trazem claramente a marca da interdisciplinaridade Ao longo da sua constitui o enquanto dom nio cient fico diferentes abordagens e movimentos trouxeram para a sua compreens o o aporte conceitual e metodol gico de distintas disciplinas Tal pluralidade associa se a uma riqueza de conceitos e n veis de an lises assim como a tens es e rupturas inevit veis entre diferentes perspectivas anal ticas com suas claras implica es metodol gicas para a apreens o desse objeto Embora sejam m ltiplas as defini es diferenciadas as nfases qualquer tentativa de se conceituar organiza o incorpora a ideia de um agrupamento social ou a de indiv duos em intera o Organiza es s o cria es ou ferramentas sociais produtos de a es individuais e coletivas sua din mica e seus processos entrela am se com processos e din micas de indiv duos e de grupos Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es Sociais Uma Introdu o em um espa o e tempo que delimitam e circunscrevem suas intera es Assim entendidas fica clara a import ncia atribu da por pesquisadores e gestores ao papel do conhecimento do pensamento e
179. e aceita o social desenvolvimento pessoal e atualiza o social prop sitos na vida e contribui o social controle ou dom nio do meio Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 E Sonia Regina Fernandes Elza Techio amp Andr Faro e coer ncia social e as rela es positivas com os outros com integra o social necess rio mencionar que os resultados do estudo com jovens universit rios Argentina Brasil Chile Madri e Pa s Vasco confirmam a associa o positiva e significativa entre a percep o de viol ncia social e o bem estar psicol gico e social O grupo de jovens que percebe n veis mais altos de viol ncia social apresenta n veis mais baixos de bem estar psicol gico e social Tabela 1 Resultados similares foram encontrados com v timas diretas dos atentados terroristas de 11 de mar o em Madri ao apresentarem n veis mais baixos de bem estar psicol gico que a popula o geral De fato o bem estar social se correlaciona fortemente com o bem estar psicol gico felicidade alto afeto positivo satisfa o com a vida e baixo afeto negativo menor solid o emocional e social Tabela 1 Avalia o m dias do Bem estar e Percep o de Viol ncia Social Grupo que n o percebe vio Grupo que percebe viol ncia social Escala l ncia social m xima M dia DP M dia DP Satisfa o Pessoal 5 08 0 82 4 80 1 08 Felicidade 5 03 1 00 4 80 1 11 Solid o Social 8 92
180. e enquanto rea mais direcionada s pr ticas identifica o dos fatores de risco e pr pria quantifica o do risco Nesse sentido a Psicologia da Sa de vincula se aos modelos te rico conceituais da Epidemiologia Social entretanto focaliza os aspectos psicol gicos Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude A Psicologia Social se insere nesse campo de estudo da sa de ao fomentar a an lise da conjectura de rela es que discriminam as formas como se produziu mant m se ou se transforma um dado status de sa de ou adoecimento Santos 2010 Schnittker amp McLeod 2005 Schwartz amp Meyer 2010 De modo sint tico seria o seguinte 1 A Epidemiologia se encarrega de fotografar de modo transversal ou longitudinal a sa de da popula o a fim de saber como ocorre a distribui o social ou o adoecimento de determinado grupo al m dos fatores a ela associados 2 A Psicologia da Sa de busca os elementos ligados ao dom nio psicol gico e de intera o psicossocial de indiv duos e grupos para entender como influenciam o processo de adoecimento 3 A Psicologia Social prop e modelos te ricos para elucidar as interinflu ncias seja no desfecho manuten o da sa de seja na ocorr ncia de variadas doen as agudas cr nicas infectocontagiosas end micas epid micas entre outras A interface entre essas tr s reas se estabelece na
181. e independ ncia rela es sociais e meio ambiente Estudo realizado com amostra de jovens universit rios da Argentina Brasil Chile Madri e Pa s Vasco visou avaliar o impacto da viol ncia social percebida Nesse estudo foram analisadas as diferen as entre as pessoas que perceberam que no ltimo ano n o houve problemas em sua sociedade que os impediram de viver tranquilos e sem preocupa o de serem agredidos e as pessoas que haviam percebido a exist ncia desses problemas O impacto percebido da viol ncia foi mensurado tendo como medida as escalas de satisfa o pessoal vital SWLS Diener 1996 felicidade Lyubomirsky 2007 solid o social ESLI Wittenberg amp Reis 1986 bem estar psicol gico Ryff 1989 e social Keyes 1998 Os principais resultados do respectivo estudo conforme podem ser visualizados na Tabela 1 sugerem existir uma rela o entre a percep o de viol ncia e o bem estar subjetivo visto que as pessoas que perceberam maior viol ncia social no ltimo ano apresentaram menor satisfa o pessoal vital e felicidade Os resultados sugerem que as pessoas que vivem em um ambiente social inseguro e violento apresentam menor satisfa o vital e felicidade Essas diferen as s o mais acentuadas em situa o de viol ncia coletiva interessante observar que a investiga o realizada por Blanco e Diaz 2011 com a popula o espanhola e com v timas diretas dos atentados terroristas de 11 de mar o em M
182. e materiais possibilidades de aprendizagem organizacional n o se efetivam Os resultados das pesquisas realizadas pelo grupo indicam a grande import ncia da aprendizagem informal para os trabalhadores pesquisados que se mostra correlacionada aos suportes psicossociais e sua convers o predominantemente por socializa o em aprendizagens organizacionais Finalizando o artigo s o feitas algumas considera es finais sobre os tr s textos procurando articul los destacando os pontos mais significativos trazidos por cada um deles no que tange aos objetivos da mesa redonda Cogni o e Organiza o Implica es nos Estudos Sobre Comprometimento Na ltima d cada o grupo de pesquisa Indiv duo Organiza es e Trabalho avan ou na discuss o sobre cogni o organizacional e paralelamente na delimita o do conceito de comprometimento organizacional Embora sejam duas agendas de pesquisa relacionadas sendo a primeira tamb m uma abordagem te rica para a condu o da segunda essas duas linhas n o t m sido colocadas diretamente em comunica o nas publica es do grupo O objetivo deste artigo oportunizar esse debate em tr s etapas primeiramente abordando as bases conceituais da rela o entre cogni o e organiza o em seguida apresentando como o conceito de comprometimento se insere nesse campo a partir das reflex es sobre seus limites conceituais e emp ricos por fim discutindo as vertentes e persp
183. e natureza metodol gica na produ o de conhecimento na sub rea de psicologia organizacional e do trabalho O primeiro texto focou especificamente no alinhamento entre n veis de an lise e de interpreta o O desalinhamento entre o n vel te rico defini o do constructo e o n vel de an lise produz efeitos que levam a erros de interpreta o e de compreens o dos fen menos conhecidos como fal cia atomistica e ecol gica que se caracterizam como erros cometidos pelo pesquisador ao analisar dados em um n vel e tirar conclus es para outro O exemplo da tese de doutorado de Brand o 2009 em que se fez uso de um modelo multin vel demonstrou a pertin ncia de seu uso que possibilitou a especifica o de construtos em distintos n veis e a an lise de rela es entre esses n veis a partir de medidas perceptuais precisas e v lidas e indicadores objetivos de resultados organizacionais extra dos de fontes secund rias As contribui es te ricas e metodol gicas da pesquisa foram importantes para o avan o do conhecimento sobre rela es entre relevantes vari veis pertencentes a n veis distintos de an lise O segundo texto apresentou um panorama do uso de m todos mistos na sub rea de psicologia organizacional e do trabalho procurando ressaltar que a defesa de sua utiliza o ainda est mais no n vel do discurso do que na pr tica de investiga o cient fica desta sub rea quer no Brasil ou no exterior Alerta tamb m para os
184. e o corpo tem uma infinidade de part culas que comp e as rela es de repouso e de movimento de velocidade e lentid o e entre essas part culas define se um corpo A segunda vista de outro lado a partir de um corpo que afeta outros corpos ou afetado por eles sendo este poder de afetar e de ser afetado o que define o corpo na sua individualidade Deste modo Deleuze 2002 aponta que as coisas se definem pela capacidade de criar agenciamentos de movimentos e afetos n o sendo poss vel prever antecipadamente as capacidades de afeto dos corpos mas sim atrav s da experimenta o e da constru o de um plano de iman ncia plano vinculado s for as que acontecem no presente sem deixar de atuar concomitante no passado e no futuro Assim em busca de potencializar as rela es de vida apostamos em uma pr tica de movimentos que se prop s enquanto cl nica que se ocupou com as diferentes produ es de subjetividade e com os afetos produzidos por cada encontro Caminhos Percorridos Decis es de percursos Baseamos a escolha metodol gica nos conceitos de Guattari e Rolnik 1996 com rela o subjetividade de que esta n o implica em uma posse mas sim na produ o que acontece a partir dos encontros com o outro social entendido como tudo aquilo que produz efeitos nos corpos e nas maneiras de viver Deste modo poss vel aos pesquisadores manterem se no campo em contato direto com as pessoas e seu territ rio existe
185. e o seu meio ter uma adequada percep o da realidade e obter n veis satisfat rios de autorrealiza o autoestima e autonomia Em s ntese a sa de mental n o pode ser entendida somente como a aus ncia de doen a mas precisa incorporar outra l gica e entender a sua dimens o positiva atrav s do bem estar Nessa an lise torna se necess rio elucidar o entendimento sobre o bem estar subjetivo bem como avaliar o impacto entre outros da percep o da viol ncia coletiva na produ o e manuten o do bem estar considerado por meio da balan a de afetos bem estar psicol gico e social satisfa o vital e qualidade de vida Para considerar a sa de mental na sua dimens o positiva torna se necess rio incorporar a satisfa o vital ou bem estar subjetivo vinculados concep o de qualidade de vida da OMS Nesse sentido a presen a ou aus ncia de enfermidade n o t o importante como a viv ncia da enfermidade e seus efeitos no bem estar subjetivo e no funcionamento social Assim o bem estar subjetivo refere se a avalia es cognitivas espec ficas e gerais de satisfa o com a vida em diferentes aspectos Particularmente a no o de bem estar subjetivo BES Diener 1984 2000 2002 envolve duas dimens es cognitiva satisfa o global com a vida satisfa o com diferentes focos trabalho fam lia lazer sa de e afetiva rea es emocionais aos eventos que ocorrem em suas vidas a afetos positivos a
186. eceram dados relativos ao clima Operacionalmente a an lise da similaridade das respostas pode ser realizada mediante o c lculo de diversas m tricas entre as quais podem ser referidos o c lculo do ndice de concord ncia entre avaliadores rag ou ainda o c lculo dos desvios m dios AD cuja operacionaliza o pode ser vista respectivamente em James Demaree e Wolf 1983 1993 e Burke e Dunlap 2002 De posse desses dados o pesquisador pode confirmar a presen a de vis es similares ou percep es compartilhadas que o autorizariam a compor um escore global genuinamente representativo do n vel mais elevado organiza o ainda que os dados tenham sido recolhidos no n vel inferior indiv duo O terceiro modelo proposto por Chan 1998 o denominado mudan a de referente Neste caso o pesquisador entende que o construto do seu interesse surge a partir de processos ocorridos no n vel inferior mas a emers o implica na mudan a do aspecto focado embora permane a com natureza semelhante isto o fen meno mant m a mesma natureza nos n veis micro e macro ou meso mas h mudan a no foco de interesse Um exemplo esclarecedor deste tipo de emers o pode ser visto na constru o do conceito de pot ncia Teoricamente trata se de fen meno similar autoestima assim um construto autorreferente Entretanto enquanto o primeiro tem como foco de interesse ou alvo de avalia o o pr prio sujeito o segundo tem como alvo de ava
187. ectivas de pesquisa nesse dom nio de v nculos do trabalhador com a organiza o Bases conceituais e a rela o entre cogni o e organiza o Quando falamos cotidianamente o termo organiza o normalmente usamos um verbo ou Seja um termo associado ao ato de organizar Utilizamos tal no o para denotar algo que est ou n o est organizado preparado ou planejado Este o significado do senso comum o entendimento que a maioria das pessoas possui sobre o significado dessa palavra No entanto n s tamb m utilizamos a express o organiza o como um substantivo algo que resulta de um 8 Est se o se refere comunica o dos autores Antonio Virg lio B Bastos Janice Janissek de Souza e Ana Ca rolina de Aguiar Rodrigues Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues conjunto de a es empreendidas por um grupo de indiv duos reunidos em um determinado contexto para atingir objetivos comuns neste sentido que iremos aprofundar o entendimento do conceito de organiza o destacando duas grandes tens es que resultam deste tipo de compreens o e que t m impactos importantes na forma como pesquisamos e atuamos neste contexto social espec fico A primeira tens o relaciona se com a natureza ontol gica do fen meno organiza o A organiza o uma entidade que existe concretamente como uma cois
188. eia amp Ana Cl sia da Silva Costa Assim como na categoria caracter sticas estereot picas atribuidas ao negro os participantes que assitiram ao v deo com conte do racista produziram mais narrativas em que a crian a negra rejeitada deixada de lado ou abandonada 13 3 2 evoca es em 15 narrativas do que os participantes que assistiram ao video pr social 5 6 1 evoca es em 18 narrativas Ao se analisar os resultados deste estudo conclui se que na categoria caracter sticas estereot picas atribu das ao negro os participantes submetidos ao priming racista emitiram mais narrativas com conte do estereot pico do que aqueles submetidos ao priming pr social Isso indica que os participantes expressam estere tipos do negro em seu discurso espont neo com mais frequ ncia quando assistem a programas que representam o negro de modo estereotipado Augoustinos amp Roswarne 2001 Outro resultado que emerge nas an lises diz respeito categoria rejei o do negro expressa com maior frequ ncia nos participantes submetidos ao priming racista e em menor frequ ncia nos participantes submetidos ao priming pr social Essas narrativas remontam estudos que observam a rejei o ou exclus o do negro como parceiro em atividades e brincadeiras Cavalleiro 2000 Fran a amp Monteiro 2011 Santana amp Muller 2011 Destarte observa se que as categorias intera o positiva e negativa aparecem com mais frequ ncia nas narra
189. el por promover alguma estabilidade organiza o essa mesma organiza o por ser fluida tamb m respons vel por promover alguma dinamicidade ao comprometimento por isso a analogia com fotografia panor mica um fen meno din mico mas com um espectro de estabilidade que lhe confere a caracter stica de gerar comportamentos consistentes ao longo do tempo Ao colocarmos em an lise os conceitos de comprometimento e de organiza o tomando como ponto de partida a cogni o social vemos que a exist ncia da organiza o depende da a o coletiva que para ser articulada e coerente em objetivos valores etc condicionada ao comprometimento dos indiv duos e dos grupos Entendemos ent o que o comprometimento seja um dos fundamentos para a compreens o da organiza o enquanto um processo guisa de conclus o vertentes de pesquisa nesses campos Diante das discuss es conceituais apresentadas neste texto como as pesquisas respondem e articulam a partir da abordagem sociocognitiva o conceito de comprometimento e sua rela o com os campos micro e macro organizacional Como mencionado anteriormente o principal foco tem sido na delimita o conceitual do comprometimento Conduzimos pesquisas com o objetivo de construir e validar medidas a partir das quais podemos analisar o comprometimento partindo de delineamentos quantitativos Essas medidas buscam operacionalizar vari veis latentes conceitos a partir de comportame
190. ele o uso da busca etimol gica para fim ideol gico ou ret rico mant m a ideia ilus ria de que a linguagem formada por sentidos verdadeiros e puros sendo que o relevante n o pois a etimologia mas o fato de que ela retorna eventualmente em diversos discursos Possenti 1995 p 141 O politicamente correto que torna tudo homogeneizado coment rios e questionamentos acerca dos exageros Por outra perspectiva em um cen rio do p s Segunda Guerra Mundial segundo Deleuze 1992 emergem as chamadas sociedades de controle que se contrap em em alguns pontos ao modelo das sociedades disciplinares caracterizadas por Foucault 2004 Nesse contexto de predom nio dos mecanismos de controle a vida cada vez mais gerenciada em suas diversas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos dimens es o que evidentemente inclui o mbito das palavras que devem ou n o devem ser ditas Em tal cen rio um discurso politicamente correto de homogeneiza o dos discursos mas sobremaneira das condutas e dos modos de subjetiva o alcan a for a e ganha legitimidade A busca por uma socializa o fundada apenas nos consensos e n o mais nos conflitos exige que a acidez e a virul ncia sejam progressivamente apagadas mesmo que isto implique em um processo de esvaziamento e de dessubjetiva o dos e nos suje
191. em uns dias com dor outros sem S3 a sa de est tudo bem agora que tomo rem dios S4 gosto do meu corpo o nico problema que tenho bico de papagaio e artrose S5 Tamb m relataram sentimentos de afastamento do padr o de beleza midi ticos e os desejos de pertencimento sociedade que valoriza a adapta o dos corpos a esse padr o est tico Apontaram gostaria de ser mais magra mas tenho dificuldades de emagrecer S6 s quero melhorar a barriga n o posso usar vestido por causa da barriga S8 Em rela o vis o da m dia sobre o corpo S6 afirmou O que mostra mulheres altas esbeltas Quando questionados sobre o que achava dessa vis o completou Acho que o certo concordo que tem que ser assim H nesses depoimentos a efetiva o do inconsciente maquinico ligado ao consumo de uma imagem ideal que alimenta todo um mercado est tico tal qual conceituado por Guattari e Rolnik 1986 que se constr i sobre a exig ncia dos corpos de produ es de subjetividades que se componham sociedade sobre pilares capital sticos medida que foram se desenvolvendo os trabalhos com as oficinas de movimento ocorreu uma processual desconstru o dos discursos vitimizados em especial daqueles idosos que participaram de todas as oficinas oferecidas sendo que ao final apresentaram nas entrevistas finais e na ltima oficina uma rela o modificada com o
192. em engendradas hist rica ou ideologicamente Borges 1996 Deste modo a mera altera o dos termos realmente apenas pode colocar em evid ncia os preconceitos que os subjazem o que n o resolve o problema das assimetrias sociais antes o dissimula como reflete Borges 1996 p 111 Embora discutindo a quest o de identidade e reconhecimento atribu dos ou forjados para os loucos ou doentes mentais Jos Gon alves Neto e Alu sio Lima igualmente apontam que o problema em si das denomina es est ligado aos contextos pol ticos sociais e ideol gicos Segundo as palavras dos pr prios autores citados Se as formas de vida formas de reconhecimento e jogos de linguagem forem os mesmos os usos que significam os termos ser o os mesmos Em suma para mudar as pol ticas de identidade estigmatizantes preciso mais que mudar os discursos preciso mudar as pr ticas que os sustentam Lima 2012 p 48 49 Neste ponto h conflitos com o politicamente correto atrelado a um policiamento do que seria o correto o qual usualmente extremado e pouco articulado e por tais raz es pass vel de ser questionado Um exemplo para isto se passou com o cartunista Angeli no ano de 2010 em uma de suas tiras no jornal a Folha de S Paulo No desenho havia uma mulher dizendo ao marido que fazia tempo que ele n o a tocava no quadrinho seguinte o marido d uma surra na esposa e redargui que agora a tocara A rea o do p blico via
193. emente diferen as na forma de mensur lo A compreens o das organiza es como processos micro e macro organizacionais explica por sua vez a centralidade e a import ncia de estudos do fen meno comprometimento organizacional Nas palavras dos autores Por ser algo que une as pessoas a metas e a valores esse v nculo comprometimento termina sendo fundamental para consolidar a no o de empreendimento coletivo Situam ainda que o comprometimento dos indiv duos com as organiza es sofre influ ncia de fatores associados intera o do profissional com diferentes pessoas dimens o interpessoal grupos dimens o inter e intragrupal situa es dimens o organizacional e percep es e emo es dimens o individual Por fim revelam novas inflex es nesse campo de pesquisa que refletem achados de pesquisas Economista professora associada na Universidade Federal da Bahia Psic logo professor titular na Universidade Federal da Bahia Psic logo professor titular na Universidade de Bras lia Administrador professor adjunto na Universidade do Oeste da Bahia Gradua o em Computa o e professor na Universidade Federal do Cear Psic loga professora adjunta na Universidade Federal da Bahia Psic loga professora na Universidade de S o Paulo NOOR WDND Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues reali
194. ente utilizados s o a SRQ 20 Self Report Questionnaire Mari amp Willians 1986 b GHQ 12 General Health Questionnaire Goldberg 19972 1992 c QSG Question rio de Sa de Geral vers o original GHQ 60 de Goldber e validado no Brasil por Pasquali 1996 O SRQ 20 um checklist de 20 sintomas com um escala bimodal sim n o e que adota um ponto de corte 7 a partir do qual h suspei o para transtornos ps quicos menores Foi um instrumento bastante utilizado nas d cadas de 1970 e 1980 pela Organiza o Mundial de Sa de para screening de sa de ps quica da popula o em geral Contudo como fica esse instrumento ao ser aplicado para uma popula o especifica trabalhadores inseridos Na tentativa de responder a essa indaga o Fernandes e Almeida Filho 1997 validaram o SRQ 20 para estudos com trabalhadores inseridos no segmento de inform tica Assim realizaram uma valida o tipo pragm tica realizando simultaneamente entrevistas psicol gicas e aplica o do SRQ 20 Neste sentido a op o pelo ponto de corte 7 na escala do SRQ 20 n o apresentou um bom desempenho geral em termos de validade sensibilidade e valor preditivo positivo Entretanto reduzindo o ponto de corte para 5 o instrumento apresentou uma melhoria para identificar os casos positivos Ent o sugeriu se a redu o do ponto de corte para 5 ao se aplicar o SRQ 20 em trabalhadores necess rio salientar que os demais instrumentos GHQ 12 e
195. entes no campo de estudo do bem estar o bem estar subjetivo de Diener e o bem estar psicol gico de Ryff se complementam neste sentido A primeira corrente de vis o hedonista Diener 1984 conceitua o bem estar a partir das dimens es de afeto positivo negativo e de satisfa o com a vida enquanto a segunda Ryff 1989 entende a eudaimonia como condi o suficiente mas n o necess ria para o bem estar hed nico Waterman 1993 Assim importantes contribui es s o dadas para a compreens o do indiv duo de que no seu trabalho expressa e desenvolve seus potenciais e avan a no alcance de suas metas de vida As pesquisas na perspectiva da Psicologia Transcultural j sugeriam Triandis 1994 a tend ncia metodol gica de se superestimar o papel dos fatores disposicionais como caracter sticas evidentes de culturas individualistas e g pa ses do Norte Europeu Estados Unidos Pesquisas desenvolvidas com culturas mais coletivistas e g China ndia encontraram por exemplo que participantes de pesquisas nessas culturas tendem a fazer atribui es mais situacionais Segundo Morris e Peng 1994 essas diferen as se relacionam s teorias impl citas sobre o comportamento social enquanto as culturas individualistas adotam uma teoria sobre o comportamento social centrada na pessoa culturas coletivistas tendem a aderir a uma teoria centrada na situa o Retomando o argumento de que a similaridade que une essas e outras abordagen
196. ento que estamos usando para nomear o consentimento organizacional Essa a grande mudan a que promovemos a proposi o de dois conceitos que partem de outros campos para serem aplicados rela o dos indiv duos com a organiza o Tradicionalmente os estudos sobre v nculos v m dando nfase ao n vel individual partindo dos indiv duos para caracterizar grupos equipes setores Nessa linha de racioc nio ao somar as m dias de comprometimento de cada indiv duo obtidas a partir da aplica o de instrumentos quantitativos tem se um par metro do comprometimento do grupo ou mesmo da empresa Ent o se cada trabalhador comprometido ainda que alguns mais do que outros se faz refer ncia a grupos comprometidos empresas comprometidas Esse sempre foi um t pico de grande import ncia na pesquisa de v nculos de rela es de significados e de atitudes no trabalho Na perspectiva da organiza o como um processo tamb m o comprometimento passa a ser entendido como um processo central para a constitui o de um empreendimento coletivo porque passa a ser entendido como um fen meno din mico que vincula o indiv duo a um conjunto de comportamentos a um padr o de rela o que fundamental para que a organiza o permane a Por ser algo que une as pessoas a metas e a valores esse v nculo termina sendo fundamental para consolidar a no o de empreendimento coletivo N o existe nenhuma a o coletiva se n o houver comprom
197. er J 2010 A practical guide to sequential priming and related tasks In B Gawronski amp B K Payne Orgs Handbook of implicit social cognition Measurement theory and applications pp 95 116 New York The Guilford Press Williams J K amp Themanson J R 2011 Neural correlates of the implicit association test evidence for semantic and emotional processing Social cognitive and affective neuroscience 6 4 468 76 doi 10 1093 scan nsq065 Williams L E amp Bargh J a 2008 Experiencing physical warmth promotes interpersonal warmth Science 322 5901 606 7 doi 10 1126 science 1162548 Como Citar Torres C Rodrigues R P amp Fernandes S R 2014 Abordagens metodol gicas em Psicologia Social e da Sa de Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Pesquisas em Psicologia Social e da Saude S nia Regina Pereira Fernandes Andr Faro Santos Elza Maria Techio Introdugao Inicialmente este artigo apresenta as quest es que envolvem o campo da Psicologia da Sa de e da Psicologia Social da Sa de Nesse sentido s o analisadas as bases conceituais e suas diferentes perspectivas Assim o processo sa de doen a assume um papel central no foco de an lise Destaca se o fato que a Psicologia da Sa de incorpora o campo das pr ticas mas insuficiente para explicar os determinantes do processo sa de doen a e n o possibilita ex
198. erando o fato de se tratar de atributo coletivo Usualmente ao tecer considera es e discutir os achados da pesquisa novamente o n vel macro focado O que aparentemente pode parecer apenas uma estrat gia anal tica legitima traz consequ ncias severas uma vez que o n vel de an lise dos dados precisa respeitar o nivel do construto te rico A incongru ncia entre n vel te rico e n vel de an lise resulta em erros na compreens o do comportamento dos fen menos e em termos operacionais resulta no incremento da magnitude do erro de mensura o ou na presen a de correla o esp ria Desde uma perspectiva te rica Hox 1995 e Snijder e Bosker 1999 apontam a ocorr ncia do erro de interpreta o de associa o de fen menos ocorridos em diferentes n veis conhecido como fal cia ecol gica que se caracteriza como o erro cometido ao analisar dados em um n vel macro ou meso e tecer conclus es no n vel micro O oposto tamb m seria um erro Trata se segundo os mesmos autores do erro te rico conhecido como fal cia atomistica similar ao erro acima exemplificado nas pesquisas de clima an lises no n vel micro informa es coletadas no n vel individual sendo usadas para tecer Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho conclus es do n vel macro ou meso A inadequa o dessas deriva es de um n vel para outro pode
199. eria poss vel naquele local e com aquele p blico Decidimos persistir na ideia e continuar ali Falamos sobre nossos desejos enquanto pesquisadoras de conhecer esses corpos que nos contavam e discutimos no grupo as possibilidades dos corpos aquilo que permitissem a todos participarem atendendo aquilo que at ent o acreditavam que podiam fazer Essa renegocia o ganhou a funcionalidade de interven o reconfirmando a proposta do m todo da cartografia e da pesquisa interven o Desviamos os discursos do que mais costumeiro com rela o aos idosos o foco no adoecimento na limita o colocando esses fatores como um potencializador dos encontros que est vamos construindo Buscamos colocar os focos nas pot ncias dos corpos for ando os um pouco para sa rem daquele discurso e n o em d ficits A sugest o ent o foi que aqueles que pudessem se sentar no ch o o fizessem e quem n o conseguisse faz lo poderia permanecer nos bancos Deste modo foi necess ria uma grande flexibilidade das pesquisadoras para adaptarem se a um cen rio imprevisto construindo novas formas de cartografar a rela o com o corpo O programa sofreu altera es e come amos a compor com os processos que j se apresentavam presentes produzindo desvios e intervindo nos discursos com rela o condi o contempor nea Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti
200. ericans and the development of children s attitudes In G L Berry amp J K Asamen Orgs Children and television Images in a changing sociocultural world pp 179 190 Thousand Oaks C A Sage Publications Hilty E B 2004 De Vila S samo a Barney e seus amigos A televis o como professora In Steinberger S R Kincheloe L J Orgs Cultura infantil a constru o corporativa da inf ncia 2 ed Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira Huston A C Wright J C Marquis J amp Green S B 1999 How young children spend their time Television and other activities Developmental Psychology 35 4 912 925 doi 10 1037 0012 1649 35 4 912 Katz P A 1983 Developmental foundations of gender and racial attitudes In P H Robert L Leahy Org The child s construction of social inequality pp 41 78 New York Academic Press Lacerda M Pereira C amp Camino L 2002 Um estudo das novas formas do preconceito contra os homossexuais na perspectiva das representa es sociais Psicologia Reflex o e Critica 15 1 165 178 doi 10 1590 S0102 79722002000100018 Liebert R M amp Srafkin J 1988 The early window Effects of television on children and youth 3rd ed New York Pergamon Press Major B McCoy S Kaiser C amp Quinton W 2003 Prejudice and self esteem A transactional model European Review of Social Psychology 14 77 104 doi 10 1080 10463280340000027 Mandaji C am
201. ersidade Federal da Bahia Universidade de Bras lia e Universidade Federal de Sergipe Uma das principais atividades desse projeto foi a realiza o do Simp sio PROCAD em Aracaju entre 17 e 19 de maio de 2012 O Simp sio PROCAD foi planejado com o objetivo de promover uma integra o entre docentes e discentes das tr s institui es de ensino superior envolvidas no referido projeto A coordena o docente do evento ficou a cargo de Marcus Eugenio O Lima UFS Sonia Gondim UFBA Jairo Eduardo Borges Andrade UNB Dalila Xavier Fran a UFS e ngela Almeida UnB A comiss o discente contou com os seguintes mestrandos do programa de p s gradua o da UFS Carina Feitosa dos Santos Claudia Mara de Oliveira Bezerra Concei o Bruna Soares do Nascimento Floric lia Santana Teixeira Jackeline Maria de Souza Khalil da Costa Silva Priscila Ferreira Mendon a e Rodrigo de Sena e Silva Vieira O evento contou com a participa o de diversos docentes e discentes das tr s institui es de p s gradua o e as discuss es que tiveram curso na ocasi o serviram de base para a elabora o dos atigos deste dossi A ideia de realiza o deste dossi surgiu a partir da avalia o do Simp sio As discuss es que haviam sido levadas a termo nas atividades de mesa redonda mereciam em nossa avalia o que fossem registradas e levadas a p blico Tendo em vista que o evento havia sido videografado procedemos contrata o de servi os
202. erspectiva de Fazio 1986 ao admitir a impossibilidade de um processamento concomitante nos dois sistemas de informa o difere neste particular das formula es anteriores que acolhem o entendimento de que as duas formas de processamento podem ocorrer simultaneamente Em que pese esta diferen a o modelo de Fazio tamb m postula um processamento menos sistem tico decorrente da repeti o sistem tica de associa es com o objeto atitudinal assim como um processamento mais elaborado decorrente da busca sistem tica e consistente de informa es relevantes ao objeto da atitude O impacto dos modelos duais foi particularmente marcante no dom nio de estudo da forma o de impress es pois permitiu adotar uma perspectiva mais din mica e menos dependente da no o de tra os psicol gicos Dois modelos foram marcantes no in cio dos anos oitenta o do processamento dual Brewer 1986 e o do cont nuo Fiske amp Neuberg 1990 Em ambos os casos o papel da informa o sobre as categorias e em particular sobre os estere tipos ocupa uma posi o central no processo de forma o de impress es A marca mais distinta e comum a estes dois modelos a que se estabelece entre a forma o de impress es mediante a categoriza o em contraposi o a uma forma mais individualizada de formar e gerenciar as impress es Os dois modelos postulam que no n vel default o processamento autom tico e depende sobretudo do uso do pensament
203. erspectiva dial tica guiaremos a an lise aqui proposta pelo desdobramento e confronto de argumenta es e vis es d spares e opostas contudo que n o se anulam posto que sejam dial ticas acerca do politicamente correto buscando n o nos atermos t o somente na mera descri o de tais posi es Em outros termos procurarmos discutir e confrontar os pr prios pontos convergentes e divergentes dentro de cada uma das posturas que s o adotadas diante do discurso do politicamente correto Embates entre o conservadorismo e as normatiza es na esfera p blica Por um lado o politicamente correto pretende promover normatiza es na esfera p blica visando combater as desigualdades e os preconceitos arraigados de modo s cio hist rico bem como ocasionar o respeito ao multiculturalismo Semprini 1999 e s denominadas minorias Cabrera 2012 Concordando com Eagleton 1998 p 61 de que normatiza o n o necessariamente algo delet rio autorit rio e preocupante tal como escreve e exemplifica o autor a normatividade quando quer dizer repress o sexual deve ser condenada mas defendida quando significa digamos o acordo de praxe pelo qual trabalhadores conquistam o direito de faltar ao trabalho em determinadas situa es Todavia os movimentos contr rios ao politicamente correto que s o representados por um discurso conservador e hegem nico majoritariamente propagado pela grande m dia atrav s de seus analistas e arti
204. es O crit rio que optamos para fazer an lise do processo de investiga o se deu ao final da constru o dos dados considerando os imprevistos e as adapta es que a investiga o necessitou fazer durante o percurso Diante disto criamos o crit rio de an lise apenas dos seis participantes que estiveram em pelo menos duas oficinas e na entrevista final Al m disso os dados das entrevistas iniciais tamb m foram analisados Esta escolha de crit rio de an lise se deu considerando que a produ o de subjetividade de Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade corporeidades e de discursividades acerca dos corpos e da condi o de idosos configura se em um processo coletivo de enuncia o o que nos permite pensar mais na produ o que os momentos da pesquisa agenciaram a partir dos encontros do que nos indiv duos enquanto sujeitos isolados Resultados e discuss o Atrav s dos relatos dos participantes nas entrevistas iniciais e nas primeiras oficinas constatamos a efetiva o de uma vis o dos idosos participantes acerca da fragilidade dos corpos dos idosos apresentando os como doentes impotentes e improdutivos ressaltando aquilo que o corpo n o pode mais as faltas e as inefici ncias Descreveram a rela o com o corpo na entrevista inicial sou cardiopata e tenho v rias pontes de safena S1 me sinto b
205. es do BMSF n o poderiam aprender a podar com a ajuda de seus chefes e de seus colegas Essas s o algumas conjecturas e convites aos debates Enfim cada um dos tr s textos que compuseram este artigo a seu modo oferece um panorama do que vem sendo produzido no Brasil na sub rea de comportamento organizacional em tr s grupos de pesquisa distintos dois com sede na UFBA e um sediado na UnB Os grupos no entanto possuem uma trajet ria hist rica de coopera o n o s decorrentes de v nculos de forma o acad mica mas de projetos realizados em conjunto De fato os relatos aqui apresentados n o representam tudo o que produzido no Brasil na contemporaneidade mas revelador do est gio em que se encontra este campo do conhecimento no pa s A busca de maior clareza conceitual para demarcar o fen meno de constru o de medidas para mensurar mais apropriadamente o fen meno e de pesquisas que tragam tona evid ncias que ajudem nos processos de gest o revela estar na base das contribui es trazidas pelos tr s textos Certamente trata se de um recorte de um processo em que novos desafios conceituais e metodol gicos far o repensar e redirecionar caminhos essenciais ao desenvolvimento de um campo cient fico em eterna constru o Como Citar Loiola E Bastos A V Borges Andrade J E N ris J Leopoldino C Souza J J de amp Rodrigues A C A 2014 Cogni es e aprendizagem na Psicologia Organizacional e d
206. esigual Entendemos que n o raro s o as compara es de que a Presidenta foi sufragada por conta de suas compet ncias masculinas tais como a firmeza nas decis es e capacidade de comando 6 Aescravid o americana n o foi um filme de Western Spaghetti do Sergio Leone Aquilo foi um holocausto Meus ancestrais s o escravos Sequestrados da frica Eu os honrarei em nossa tradu o 7 Como diz Ribeiro 2000 p 28 pode haver ingenuidade ou excesso s vezes mas tanto j se exagerou numa dire o que n o haver grande mal em ir uns poucos anos no rumo oposto o que implica em repara es hist ricas uma vez que a hist ria tem que ser pensada como o que foi ou a saber como uma rela o de viol ncia na qual certos grupos sociais prevaleceram sobre outros p 28 grifos do autor Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos o politicamente correto tem primordialmente como norte a constru o de rela es sociais mais igualit rias e democr ticas atrav s da tentativa de explicita o e revis o da desigualdade existente usualmente se valendo dos significados que as palavras carregam No entanto como tamb m afirmamos h a uma pretens o maior por normatiza es na esfera p blica visando o respeito m tuo e a desconstru o de preconceitos e das opress es sofridas
207. essem expressar seus sentimentos e impress es vivenciados na oficina Verbalizaram reflex es acerca de seus comportamentos preocupa es familiares e mem rias emocionadas sendo acolhidos pelas pesquisadoras Na quarta e ltima oficina planejamos um encontro menos direcionado e mais livre utilizando tecidos p talas e frutas objetos com os quais j haviam se relacionado al m de um novo elemento folhas secas Iniciamos novamente com o exerc cio de respira o e relaxamento e ao abrirem os olhos se depararam com esses quatro grupos de objetos dispostos em bandejas no ch o uma em cada extremidade dos tapetes Os participantes foram questionados quanto quilo que estavam Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti observando e as pesquisadoras sugeriram que caminhassem at aqueles objetos convidando os para dan ar Poderiam escolher aqueles que quisessem e fazer o que desejassem com eles Isso foi pensado pelas pesquisadoras de maneira a possibilitar que os participantes se relacionassem com objetos trazidos nos desenhos da primeira oficina j vivenciados nesse trabalho nas oficinas anteriores de maneira a produzir novos encontros e formas de rela o com esses corpos al m de outros desconhecidos que apareceram como provocadores quilo que foi apresentado nos desenhos anteriormente as folhas secas Os participantes escolheram os objetos cami
208. esses dois campos na rea organizacional Na realidade essas mudan as terminam hoje assumindo o movimento que considerado relativamente dominante ou seja um entendimento cada vez maior que as organiza es n o s o entidades e n o est o para al m dos indiv duos mas s o processos Essa posi o revela se cada vez mais consensual e essa mudan a significa recolocar os atores no centro dos processos organizacionais ativos Portanto compreender como os atores criam ordem rotina a no o de estabilidade e perman ncia a um padr o de intera o que n s chamamos de organiza o torna se um aspecto central nos estudos organizacionais No entanto esse um movimento que extrapola Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea o campo de estudos organizacionais e ocorre nas ci ncias sociais em que tamb m dominante a ideia de que os fen menos s o constru dos organiza es s o constru es sociais hist ricas e que os atores est o implicados envolvidos neste processo Ou seja n o poss vel se pensar numa organiza o fora da rede que os atores configuram Por conseguinte toda organiza o vai refletir uma forma um momento uma circunst ncia e a forma como os indiv duos a constroem Tais concep es s o pr prias de uma vis o socioconstrutivista que incorpora elementos da revolu o cognitivista
209. estrat gias heur sticas para simplificar os problemas complexos que emergem durante o julgamento e a tomada de decis o Posteriormente em particular pela preocupa o com a introdu o de vari veis motivacionais e afetivas foram introduzidas modifica es a fim de substituir a met fora do avaro cognitivo por uma concep o menos restrita Fiske amp Taylor 1991 O ponto de partida dessa mudan a reside no entendimento de que a intera o com os outros est sujeita influ ncia das cren as e concep es que se disp em a respeito da pessoa com quem se interage e a respeito do contexto em que se vive O ser humano disp e de uma s rie de dispositivos mentais cren as valores atitudes estere tipos preconceitos metas expectativas etc que dirigem o processamento da informa o e o comportamento A influ ncia destes constructos imp e que se aceite ao menos parcialmente a tese de que a cogni o deve trabalhar em conjunto com os afetos e as motiva es Jost amp Amodio 2012 Park Glaser amp Knowles 2008 Stacey 2005 Stevens amp Fiske 1995 de forma que se em algumas circunst ncias em raz o das necessidades de parcim nia efetivamente os indiv duos agem como avaros cognitivos em outras circunst ncias especialmente quando motivados ou envolvidos afetivamente eles s o capazes de considerar a situa o de uma forma cuidadosa e sistem tica Essa perspectiva introduz uma nova forma de tratar o agente cogni
210. evistas cient ficas e os coordenadores de entidades financiadoras de projetos cient ficos defendem o seu uso e explicitam nas normas de submiss o a receptividade de m todos mistos O terceiro n vel envolve a concreta ades o e aplica o pr tica de m todos mistos e o investimento em publica es sobre procedimentos metodol gicos no uso combinado de m todos que podem auxiliar na forma o de futuros pesquisadores mais aptos a manejar esse tipo de desenho de investiga o Certamente a press o tender a crescer tendo em vista ser a psicologia organizacional e do trabalho pertencente a um campo multidisciplinar sociologia economia psicologia administra o sens vel portanto s crescentes demandas para resolver quest es sociais e oferecer solu es para os problemas e desafios organizacionais Em sendo assim a press o para utiliza o de m todos mistos provocar outro movimento que envolver a produ o de conhecimentos de como fazer melhor uso dos m todos mistos nesse campo cient fico Mesmo com a maior difus o dos m todos mistos a partir de 2003 ano em que s o publicados manuais especializados em m todos mistos ainda h quest es te ricas pouco amadurecidas que n o podem ser ignoradas N o h clareza sobre o que de fato planejar uma pesquisa fazendo uso de m todos mistos Algumas quest es ainda n o foram satisfatoriamente respondidas e exigem maior cuidado dos pesquisadores que aderem ao uso de m
211. fica o e exame das teorias e estrat gias metodol gicas norteadoras do trabalho dos formadores de docentes para a educa o profissional sem as quais estar o ausentes as condi es b sicas para uma an lise profunda e cr tica acerca do papel relev ncia e abrang ncia do papel dos formadores de professores Esperamos que o conjunto de conhecimentos acad micos sistematizados por meio deste estudo estimule a realiza o ulterior de pesquisas sobre o tema Refer ncias Bronckart J P 2006 Atividade de linguagem discurso e desenvolvimento humano A R Machado M L M Matencio Campinas SP Mercado das Letras Clot Y 2006 A fun o psicol gica do trabalho A Sobral Petr polis RJ Vozes Clot Y 2010 Trabalho e poder de agir G Freitas M Vianna Belo Horizonte MG Fabrefactum Coll C 1994 Aprendizagem escolar e constru o de conhecimento Porto Alegre ArtMed Duarte N 2006 Vigotski e o aprender a aprender cr tica s apropria es neoliberais e p s Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Deivis Perez modernas da teoria vigotskiana Campinas Sao Paulo Autores Associados Escola Formadora 2012a Proposta pedag gica institucional Sao Paulo Autor n o publicado Escola Formadora 2012b Projeto pedag gico do programa institucional de forma o de docentes S o Paulo Autor n o publicado Escola Formadora 2012c Plano do curso Educa o e
212. fissionais desta institui o Assim observamos a demanda em atuar de modo a explorar as potencialidades desses corpos dando outras exist ncias s vis es redutivas das m dias e das concep es dominantes muitas vezes adotadas por eles acerca dos ideais de beleza de sa de e efici ncia de corpos tidos como desej veis O primeiro procedimento realizado em campo foi a entrevista inicial com aqueles que demonstraram interesse em participar do processo Posteriormente foram realizadas quatro oficinas e em seguida a entrevista final As oficinas foram realizadas em uma sala ampla da institui o onde acontecem alguns eventos internos Utilizamos tapetes que foram dispostos no ch o pr ximos aos bancos para criar um ambiente mais acolhedor e possibilitar aos idosos a utiliza o dos planos baixos e do ch o durante as oficinas Constru o dos dados Utilizamos como dados da pesquisa observa es desenhos e relatos das entrevistas e os que ocorreram durante o processo al m de di rios de campo das pesquisadoras Ao final de cada oficina esses di rios de campo foram constru dos pelas pesquisadoras contendo o relato de informa es objetivas uma descri o detalhada da atividade assim como as impress es sobre os encontros entre pesquisador e campo buscando captar e descrever aquilo que se d no plano intensivo das for as e dos afetos Barros amp Kastrup 2009 p 70 No planejamento das oficinas inicialmente
213. fstede G 1984 The cultural relativity of the quality of life concept Academy of Management Review 9 389 398 doi 10 2307 258280 Hofstede G 1993 Cultural constraints in management theories Academy of Management Executive 7 81 94 doi 10 5465 AME 1993 9409142061 Houwer J De amp Moors A 2010 Implicit measures Similarities and differences In B Gawronski amp B K Payne Orgs Handbook of implicit social cognition measurement theory and applications pp 176 195 New York Guilford Jostmann N B Lakens D amp Schubert T W 2009 Weight as an embodiment of importance Psychological science 20 9 1169 74 doi 10 1111 1467 9280 2009 02426 x Kahneman D 2011 Thinking fast and slow 1st ed p 512 New York Farrar Strauss and Giroux Leung A K y Qiu L Ong L amp Tam K P 2011 Embodied cultural cognition situating the study of embodied cognition in socio cultural contexts Social and Personality Psychology Compass 5 9 591 608 doi 10 1111 j 1751 9004 2011 00373 x Loersch C amp Payne B K 2011 The Situated Inference Model An integrative account of the effects of primes on perception behavior and motivation Perspectives on Psychological Science 6 3 234 252 doi 10 1177 1745691611406921 Maio G R Pakizeh A amp Rees K J 2009 Changing priming and acting on values Effects via motivational relations in a circular model Journal of Personalit
214. ganizacionais Temos realizado alguns estudos para investigar essa rela o entre valores e cren as sociais e posicionamentos pol ticos Este o caso dos estudos que tiveram como objetivo investigar a influ ncia dos valores e das cren as sociais sobre a sexualidade nos direitos dos homossexuais Gouveia 2007 2007b 2009 Foram utilizadas estrat gias que visam contornar as normas do politicamente correto evitando que elas interfiram na express o clara das opini es e atitudes dos sujeitos pesquisados No caso para investigar poss veis atitudes preconceituosas diante das categorias de pessoas homossexuais decidimos analisar os posicionamentos pol ticos diante de situa es sociais concretas tais como os direitos civis reivindicados pelo movimento LGBT L sbicas Gays Bissexuais e Transexuais Ent o realizamos tr s estudos emp ricos sobre a influ ncia dos valores e cren as sociais sobre a natureza da sexualidade nos posicionamentos diante dos direitos civis das LGBT Em um dos estudos Gouveia 2007a verificamos como as vis es sobre as fam lias a conjugalidade a cria o de filhos e as causas atribu das homossexualidade afetam os posicionamentos diante dos direitos civis dessa categoria social Foram entrevistados estudantes universit rios de cursos que podiam formar profissionais que teriam influ ncia nos direitos civis como direito psicologia e servi o social o curso de ci ncias da computa o entrou co
215. grad veis alegria orgulho e contentamento b afetos negativos tristeza depress o inveja Considerando essa perspectiva te rico conceitual em geral as pessoas dizem estar ligeiramente satisfeitas e muito satisfeitas com a vida mesmo em situa es de extrema viol ncia coletiva como o caso dos paquistaneses que manifestam estar satisfeitos com a sua vida e da Col mbia pa s com s rios problemas econ micos estruturais e de viol ncia cujas pessoas apresentam n veis mais elevados de satisfa o com a vida e felicidade quando comparadas a outros pa ses Bilbao et al 2011 Acompanhando a mesma tend ncia a maioria das pessoas informa um equil brio de emo es positivas ante as negativas Bilbao et al 2011 Deve se ressaltar que a balan a de afetos pende para o lado negativo somente com pessoas em situa es de estresse agudo Nesse sentido o alto n vel de afeto negativo associa se ao estresse a queixas som ticas ansiedade e neuroticismo e o baixo grau de afeto positivo associa se a eventos de perdas depress o e ao perfil caracter stico de personalidade introvertida Ou seja o afeto negativo vincula se presen a de eventos negativos enquanto o baixo grau de afeto positivo relaciona se aus ncia ou perda de refor o positivo Nessa perspectiva a afetividade positiva associa se realiza o e boa conduta social frequ ncia de contatos satisfa o com amigos e rela es s implica es c
216. guagem e do software ambas de car ter cognitivista e o modo como os formadores atuam no que diz respeito s rela es interativas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Deivis Perez na aula na perspectiva hist rico cultural de educa o ficou evidenciada no registro em video do trabalho dos formadores durante a realiza o da principal atividade de complementa o de trechos de textos dispon veis no Sherlock A prescri o do software sugere que cada aprendiz realize a leitura dos textos e preencha as lacunas conferindo um sentido pessoal ao que foi lido Ap s o participante consulta seus colegas para verificar se h diferen as no modo de compreens o do texto Os formadores volunt rios desta pesquisa optaram por uma abordagem colaborativa em que todos os aprendizes deviam interagir para construir conjuntamente a compreens o do tema ou do texto dispon vel no Sherlock Os formadores organizaram os docentes participantes do curso Educa o e Linguagem de modo que todos tivessem que interagir e principalmente entrar em acordo com os pares para preencher as lacunas e conferir sentido aos textos analisados com uso do Sherlock Neste modo de atua o dos formadores os aprendizes trabalham em conjunto com seus parceiros de aula e somente desta forma torna se poss vel preencher integralmente as lacunas do texto e em ltima an lise construir saberes O importante aqui notar que os alunos pr
217. homossexualidade vimos que os cursos de computa o e servi o social s o os que mais aderem s explica es do tipo moral falta de vergonha falta de amor a Deus O curso de psicologia o que mais adere a causas indefinidas denominada originalmente nos estudos anteriores como causas psicossociais e que se referem homossexualidade como uma express o natural uma das formas de manifesta o da sexualidade Podemos observar na Tabela 1 que a maioria dos participantes que atribuem causas morais homossexualidade masculina est o matriculados nos cursos de computa o e servi o social 19 e 15 respectivamente enquanto a maioria dos que atribu ram causas indefinidas pertencem ao curso de psicologia 74 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia Tabela 1 Correla o Entre os Tipos de Causas Atribu das Homossexualidade Masculina e o Curso dos Participantes Tipos de causa da homossexualidade masculina Curso moral fisiol gica psicol gica indefinida Psicologia 8 2 17 8 74 0 Direito 6 0 13 4 22 4 58 2 Servi o Social 14 8 13 0 13 0 59 3 Computa o 18 9 17 0 28 3 35 8 Total 8 9 12 6 20 2 58 3 x 28 28 p lt 001 Com rela o homossexualidade feminina observou se que uma das poucas diferen as em rela o homossexualidade masculina a atribui o do fen meno a causas externas
218. i o humana i e Sistemas 1 e 2 funcionando de forma interconectada e indissoci vel resultando em uma modela o te rica integradora de v rios dos mecanismos processuais da cogni o Evans 2008 A Figura 1 apresenta um modelo esquem tico do modelo dual de processamento e alguns dos tipos de processamento caracter sticos de cada polo G s 2 S O So s se Se F lt Es Es Es K PE FSX 3 Cs e OS 4 lt Ss PS Wo PES S Oe 2 q E o S x gt Cs ES Figura 1 Modelo esquem tico do processamento dual adaptado de Fiske e Taylor 2008 No final das contas esse modelo dual serve muito mais como uma met fora para a compreens o did tica do funcionamento da cogni o do que como um modelo te rico espec fico que logre explicar como se d a intera o entre os dois sistemas O que se observa na literatura a produ o de modelos focados em processos espec ficos que logram explicar o processo de intera o entre os sistemas como o caso do Elaboration Likelihood Model circunscrito ao processo Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes de persuas o Tormala Brinol amp Petty 2006 Estes modelos fazem uso da no o de conex o entre processos autom ticos e controlados i e provenientes dos dois diferentes sistemas como determinantes dos processos cognitivos e de suas consequ ncias comporta
219. i provocou uma atualiza o de paradigmas importantes perante os cen rios pol tico e social contempor neos Ele destaca a possibilidade de negocia o de valores e cren as devido a sua posi o estrat gica na intera o social As cren as sociais n o s o entendidas apenas como organiza es objetivas de informa es armazenadas pelos indiv duos j que sofrem constantes reavalia es diante da din mica social podendo ser consideradas de modo estrategicamente diferente em conson ncia com as situa es implicadas na situa o de intera o Moscovici 2000 Em outras palavras as cren as n o s o percebidas apenas como organiza es objetivas de conhecimento mas como uma nova dimens o de entendimento j que sofrem constantes reavalia es diante da din mica social podendo ser usadas de maneira estrat gica dependendo da situa o Moscovici 2011 Essas estrat gias est o ligadas aos processos de identit rios em que est o em jogo categorias sociais identidades sociais e pessoais Na defesa da identidade coletiva e das cren as que a fundamentam pode ocorrer o que Moscovici denomina de dispers o de informa o ou seja a defasagem entre as informa es dispon veis no momento e as que s o necess rias para dominar todos os elementos de uma sequ ncia de racioc nio sobre assuntos de interesse social N s temos como exemplo cl ssico as representa es sociais do v rus HIV AIDS da epidemia da AIDS q
220. ia Guedes Gondim irrelevantes Quando o interesse pela compreens o de atributos dos indiv duos compet ncias estilos de aprendizagem ou personalidade o n vel ou l cus de interesse constitui as pessoas que comp em a organiza o Neste caso diferen as entre organiza es est o fora do foco de interesse Por fim quando o pesquisador busca compreender o comportamento de grupamentos equipes ou similares o n vel referido como meso e neste caso os comportamentos coletivos ou propriedades globais destas c lulas constituem o alvo da investiga o por exemplo pot ncia ou coes o Da categoriza o de n veis ora referida pode se concluir que os fen menos que ocorrem nos cen rios organizacionais e do trabalho s o oriundos de um desses tr s n veis A import ncia dessa compreens o decorre da necessidade de respeitar as especificidades de cada fen meno dependendo do n vel ao qual pertence Entretanto isso nem sempre discutido ou sequer esclarecido o que ocasiona ru do ou desencontro entre os estudiosos da rea que por vezes investigam o mesmo fen meno mas nem sempre destacam o n vel em que o construto foi teorizado ou ainda as raz es pelas quais o seu pertencimento a um ou outro n vel considerado adequado A import ncia desse esclarecimento impacta n o somente na defini o te rica dos atributos do fen meno estudado como tamb m traz implica es metodol gicas para o estudo Isto porque a depe
221. ias de um of cio determinado sendo utilizada para investigar o agir do trabalhador a fim de ampliar seu raio de a o seu poder de agir sobre o pr prio meio e sobre eles mesmos Clot 2010 p 208 A autoconfronta o se caracteriza por ser uma atividade dirigida inicialmente por um especialista pesquisador e depois pelos pr prios trabalhadores em um processo de di logo H duas modalidades de autoconfronta o simples e cruzada A autoconfronta o simples aquela em que os dados recolhidos s o examinados pelo pesquisador conjuntamente com cada volunt rio da pesquisa com o objetivo de favorecer a an lise do pr prio trabalho por parte dos profissionais A autoconfronta o cruzada implica no exame dos dados pelo pesquisador em parceria com todos os participantes da pesquisa e em seguida a submiss o dos resultados ao coletivo ampliado de trabalho que inclui todos os trabalhadores que realizam uma modalidade de trabalho e ou ocupam uma mesma posi o funcional em uma institui o Neste caso a finalidade envolver todo o coletivo laboral em um debate acerca das possibilidades de transforma o do trabalho Nesta pesquisa optou se pela autoconfronta o simples que pareceu adequada para apoiar o alcance dos objetivos propostos que envolviam a identifica o das ferramentas laborais o estudo das prescri es do trabalho e das matrizes te ricas e metodol gicas mobilizadas no trabalho real pelos formadores de profe
222. icro do qual se origina Portanto n o haveria diferen as te ricas para compreender por exemplo desempenho no n vel individual ou no n vel grupal Seguindo com o exemplo referido a partir de um modelo aditivo o pesquisador reconhece que assim como pessoas demonstram um melhor ou pior desempenho grupos ou equipes tamb m ter o desempenhos melhores ou piores sem que ocorram mudan as no fen meno em si Logo o desempenho grupal de acordo com essa perspectiva seria o resultado de contribui es similares dadas pelos membros do grupo as quais coletivamente comp em esse desempenho meso ou macro No caso de fen menos que surgem por emers o mas mant m similaridade te rica esse mesmo autor prop e como estrat gia de mensura o a obten o de um escore global calculado a partir dos escores individuais Isto no exemplo citado a obten o do desempenho grupal seria o resultado da adi o dos desempenhos individuais sem prestar aten o a poss veis diferen as Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho individuais Tanto um escore composto por somat rio como o c lculo da m dia aritm tica seriam formas adequadas de operacionaliza o desse escore O leitor pode se perguntar em que medida esta proposta difere das pr ticas anteriormente criticadas nesta se o agrega o de escores A resposta est no fato de ter sido
223. idade queer Estudos de Psicologia Natal 9 3 471 478 Recuperados de http www scielo br pdf epsic v9n3 a09v09n3 pdf Coelho C C F 2008 Atitudes de Guardas Prisionais Relativamente a Contactos Sexuais entre Reclusos e a sua Preven o Disserta o de Mestrado Recuperados em http repositorium sdum uminho pt handle 1822 8713 Dunker C L amp Neto F K 2010 Curar a Homossexualidade A psicopatologia pr tica do DSM no Brasil Rev Mal Estar e Subjetividade 10 2 425 446 Recuperados em hitp pepsic bvsalud org scielo php pid S 1518 61482010000200004 amp script sci_arttext Ferrari A amp Marques L P 2010 jun Homossexualidade e defici ncia mental jogos discursivos e de poder na constru o dessas identidades no contexto escolar Revista Mal estar e Subjetividade Fortaleza 10 2 635 672 Recuperados de http www unifor br images pdfs subjetividade artigo12_2010 2 pdf Fleury A R D amp Torres A R R 2007 out An lise psicossocial do preconceito contra homossexuais Estudos de Psicologia 24 4 475 486 Recuperados de http www scielo br pdf estpsi v24n4 v24n4a07 pdf Futino R S amp Martins S 2006 dez Ado o por homossexuais uma nova configura o familiar sob os olhares da psicologia e do direito Aletheia 24 149 159 Recuperados de http pepsic bvsalud org scielo php pid S1413 03942006000300014 amp script sci arttext Gouveia V V Athayde R A A Soares A
224. idariedade e os sensos de coletividade e de alteridade Concordamos em parte com a afirma o de Zizek pois para que o todo desmorone n o desprez vel o questionamento e desconstru o dos fragmentos que o comp e E ainda que o autor utilize aspas na palavra excesso relativizando a ou ironizando a reafirmamos que atacar s consequ ncias do capitalismo igualmente importante e constitutivo para os processos de transforma o do modo pelo qual as rela es sociais se efetivam e se estruturam dentro de tal ordem desigual o que permite inclusive imaginar outra forma poss vel de exist ncia Enquanto os excessos sem aspas de um tipo de pensamento e de discurso politicamente correto s o deveras problem ticos e question veis estando conectados aquilo que ainda discutiremos logo a seguir O modo politicamente correto enfocado neste mero e cego enaltecer por enaltecer as diferen a e a pluralidade contudo e de fato deve ser interpelado j que tal vis o parceira de um melhor funcionamento do pr prio capitalismo ao incluir e produzir novos modos de existir nas prateleiras do mercado de identidade e dos processos de subjetiva o os quais s o denominados por Rolnik 1997 de identidades globalizadas flex veis que pretensamente nicas e contraditoriamente serializadas det m como caracter stica preponderante o fato de estarem disposi o aos consumidores vidos pelo novo e pelo exclusivo Isto implicaria
225. ido enquanto uma constru o biol gico cultural para a qual concorrem regras pr prias de funcionamento dos diferentes contextos nos quais mulheres e homens se desenvolvem 2 Parte Weavers of meanings through women s cultural realities Nos textos desta parte s o apresentadas discuss es a respeito do papel biol gico da mulher e sua rela o com seus papeis sociais em diversos contextos culturais Para realizar tais discuss es os autores se servem de exemplos sobre o processo de socializa o da mulher as estrat gias de enfrentamento da viol ncia sexual as quest es relacionadas com o racismo e com a constru o do self feminino 3 Parte Living through life transitions contexts of motherhood O foco da discuss o dos seis cap tulos desta parte a transi o para a maternidade e as adapta es necess rias neste processo Os ajustes dizem respeito mulher e a outras pessoas envolvidas A maternidade considerada em suas dimens es biol gica psicol gica e cultural Mudan as que t m ocorrido na maneira de realiza o do parto que se tem tornado crescentemente tecnol gico e medicalizado tamb m s o discutidas Por fim s o levantadas quest es a respeito do poss vel impacto que estas mudan as trar o compreens o futura de maternidade 4 Parte Becoming the mother dialogs within selves Nos cinco cap tulos apresentados s o realizadas discuss es em torno da formula o geral Quando uma crian a nasce a
226. iente do percebedor Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 E Cogni es Sociais Uma Introdu o No campo de estudo das atitudes e persuas o Chaiken 1980 chama aten o para as diferen as entre o processamento heur stico e o sistem tico das atitudes No primeiro caso a atitude processada predominantemente em raz o da preval ncia de pistas dispon veis e evidentes por si mesmas levando em conta a avalia o positiva ou negativa da mensagem assim como a atratividade da fonte enquanto no processamento sistem tico os principais elementos envolvem a busca exaustiva de informa es relevantes e a preocupa o com a consist ncia l gica dos argumentos A decis o quanto ao processamento a predominar depende sobretudo da disponibilidade de recursos cognitivos para realizar um processamento mais sistem tico bem com do grau de import ncia que o percebedor atribui ao assunto ao qual dedica a sua aten o O modelo da probabilidade de elabora o likehood elaboration model estabelece a diferencia o entre as duas rotas determinantes para a persuas o e a mudan a das atitudes uma perif rica que se aproximaria do processamento heur stico e uma rota central mais sistem tica Petty amp Cacioppo 1986 A decis o quanto ao predom nio de uma das rotas para a persuas o dependeria tanto da habilidade cognitiva quanto da motiva o do percebedor em conduzir julgamentos mais cuidadosos Ap
227. ima E D de amp Galv o L K de S 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos The controversy discourse of political correctness some considerations and consequences Mateus Pranzetti Paul Gruda O V 2 O aun li diferen as 5 ser E ES E minorias da exemplo PH osha bell perspectiva Ogo Fs O rr O t O au E 3 SOCIAIS e centro Ne mundo termes A ideia q palavr politicamente Resumo O politicamente correto uma forma discursiva que come ou a ganhar for a sobretudo a partir de meados da segunda metade do s culo XX e vem se consolidando como um tipo de discurso relevante na contemporaneidade ao ser causador e ou alvo de diversas pol micas e controv rsias Neste texto discutimos dialeticamente algumas implica es e impactos que o discurso do politicamente correto det m nos processos de subjetiva o atuais Para tal levantamos perspectivas positivas e negativas acerca de tal tipo discursivo elencando criticamente tanto as que o encaram como uma forma de coer o policiamento censura e sufoca o da liberdade da linguagem como aquelas que o compreendem como algo nece
228. inidas como EATs S o classificadas em tr s tipos 1 cognitivas j operacionalizadas em escalas nacionais e internacionais Figura 7 2 comportamentais igualmente operacionalizadas nessas escalas Figura 8 e 3 autorregulat rias para as quais infelizmente ainda n o foram desenvolvidas escalas de medida e que supostamente incluiriam os controles emocional e motivacional e o monitoramento da compreens o que o indiv duo deveria lan ar m o para poder aprender no trabalho Os preditores desses dois primeiros tipos de EATs est o relacionados a a caracter sticas individuais b contextos organizacionais e c aspectos do posto de trabalho J sabemos al m disto que a utiliza o desses dois tipos est associada express o no trabalho de diversas compet ncias importantes para o desempenho produtivo EATs podem ter muito valor no processo de aprendizagem no trabalho e podem ser estimuladas Em termos pr ticos ent o as organiza es poderiam planejar processos de aquisi o reten o e transfer ncia de compet ncias por meios distintos daqueles usualmente utilizados T amp D Para isto no entanto precisar amos produzir muito mais conhecimento cient fico sobre EATs de modo que essas organiza es pudessem contar com uma fundamenta o emp rica que ao menos se aproximasse daquilo que j foi produzido sobre T amp D Isto s o necess rios modelos de efetividade e tecnologias para promo o de EATs An
229. intam normais mas principalmente que reconhe am e assumam sua diferen a Agram tica de g nero e sexualidade requer uma discuss o ampla que considere os diferentes fatores intervenientes culturais sociais macrossociais e microssociais subjetivos e entre outros para que se possa chegar a uma compreens o condizente com as dimens es das nuances que a involucram Cabe Psicologia superar o olhar individualista que tradicionalmente lhe atravessa e propor pesquisas sobre g nero e sexualidade de forma interdisciplinar fortalecendo o di logo com os demais campos do saber evitando concep es reducionistas e politicamente ing nuas sobre essa tem tica Este tipo de postura deve ser gerenciada o quanto antes afinal a Psicologia produz conhecimentos que podem e devem ser capazes de contribuir com a transforma o social alicer ada nos ideais de uma cultura democr tica que valoriza e respeita a diversidade Madureira amp Branco 2007 A psicologia esteve por muito tempo presa a conceitos e preconceitos que a impediram de avan ar em algumas quest es inclusive nos aspectos referentes diversidade sexual Necessitamos superar o discurso da heteronormatividade para avan armos no processo de compreens o das m ltiplas e complexas nuances sob as quais se engendram os sujeitos homossexuais as identidades sexuais e de g nero de um modo geral Santos 2008 Discuss o Com base na revis o sistem tica realizada ser o pontuadas
230. iram ao v deo do S tio do Pica Pau Amarelo a achou a casa da bruxa a em vez de colocar elas duas no fogo empurraram a bruxa dentro do fogo a foram embora S 5 7 anos Barney Tereza Negra e Maria Branca Foram para o bosque catar morango s que n o tinha morango elas ficaram muito triste elas tiveram uma ideia de plantar uns morangos e depois de alguns dias elas elas tiveram os morangos e fizeram tortas bolos e etc S 12 10 anos Sitio Observamos em conformidade com a categoria parentesco interracial que dos participantes que assistiram ao v deo com conte do pr social 16 7 3 evoca es em 18 narrativas evocaram narrativas nas quais as personagens se unem para resolver um problema comum enquanto dos que assistiram ao v deo com conte do racista 20 mencionaram esse conte do 3 evoca es em 15 narrativas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia Categoria Intera o Negativa A hist ria gira em torno de temas como brigas conflitos entre as crian as ou de acontecimentos inesperados que perturbam a harmonia e algumas vezes apresentam fim tr gico Estes temas estiveram presentes na hist ria contadas pelos participantes 2 3 e 17 que assistiram ao v deo do Barney e no participante 4 que assistiu ao v deo do S tio do Pica Pau Amarelo a Rodrigo negro
231. ironments The Moderating Role Of Conformity In Activating Situational Norms Social Cognition 21 6 447 464 doi 10 1521 soco 21 6 447 28687 Alburquerque A S amp Tr colli B T 2004 Desenvolvimento de uma escala de bem estar subjetivo Psicologia Teoria e Pesquisa 20 153 164 doi 10 1590 S0102 37722004000200008 Almeida Filho N 1989 Epidemiologia sem n meros uma introdu o critica ci ncia epidemiol gica Rio de Janeiro Campus Almeida Filho N 2000 O conceito de sa de ponto cego da epidemiologia Revista Brasileira de Epidemiologia 3 1 4 20 doi 10 1590 S1415 790X2000000100002 Bar Anan Y amp Nosek B A 2012 A Comparative investigation of seven implicit measures of social cognition SSRN Electronic Journal 1 60 doi 10 2139 ssrn 2074556 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodoldgicas em Psicologia Social e da Saude Bargh J A amp Chartrand T L 2000 Studying the mind in the midlle A practical guide to priming and automaticity research In H T Reis amp C M Judd Orgs Handbook of research methods in social psychology pp 253 285 New York Cambridge University Press Bargh J A Chen M amp Burrows L 1996 Automaticity of social behavior direct effects of trait construct and stereotype activation on action Journal of Personality and Social Psychology 71 2 230 44 doi 10 1037 0022 3514 71 2 230 Bomfim E
232. is e precariedade das condi es de vida em imagens que s o associadas a esse momento da vida Podemos citar que os corpos envelhecidos dos idosos sofrem o desgaste da sa de e da idade e que diante disto n o se enquadram nos padr es impostos pela m dia reduzindo pela fortifica o dessas imagens e cren as as possibilidades de potencializa o criativa da vida ali presente O olhar social se foca no corpo idoso em suas limita es naquilo que ele n o possui nas faltas que se instalam em fun o do avan o da idade Guattari 1992 pensa a subjetividade como algo sempre em produ o ao se voltar para o corpo trata se de uma produ o que envolve inst ncias individuais coletivas e institucionais n o se limitando apenas a uma disciplina ou inst ncia dominante A subjetividade para o autor um conjunto de condi es e rela es o que torna poss vel o surgimento de uma nova forma de pensar as constitui es individuais e coletivas Segundo os autores Guattari e Rolnik 1986 existe a produ o de uma subjetividade Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade capital stica em composi o com a vida visando atender as exist ncias globais do sistema do capital constru das por equipamentos coletivos midi ticos tecnol gicos produzindo um inconsciente maqu nico do capitalismo que est a t
233. isado de uma pausa de um tempo para digerir e acreditar nas pot ncias do corpo se abrindo aos afetos e s transforma es atrav s do trabalho corporal Duas delas que participaram da primeira e da ultima oficina justificaram suas faltas eu n o vim porque eu estava jogando depois eu voltei porque me deu vontade S9 e nos outros dias eu n o vim por causa da dor na perna mas hoje ltima oficina eu vim porque eu sei que bom S7 Segundo Gil 2004 p 197 entrar no movimento dan ado deixar se impregnar pelo movimento da atmosfera que transporta os corpos Para ele h dois devires da dan a sendo que o primeiro coloca o bailarino no estado de dan a e a partir dai um segundo devir que convoca os poderes de metamorfose do corpo Gil 2004 p 197 Gil 2004 p 197 afirma que j n o se trata de entrar na dan a mas de se construir o seu pr prio plano de iman ncia Assim os participantes se permitiram a um estado de dan a ao aceitar a participa o no processo se envolveram na rela o com esse corpo ainda desconhecido que de alguma forma amedrontava os que se dispuseram a essa busca Durante as oficinas perguntavam ja est acabando vai demorar e justificavam se das mais diferentes maneiras como preciso irao banco ou tenho que fazer fisioterapia Muitas vezes o pr prio grupo tentava convencer as tentativas de desist ncia a permanece
234. isso sinaliza se a necessidade de apelar se para concep es metaf ricas que possam assumir em seu n cleo b sico os processos de intera o entre o indiv duo e a organiza o Ou seja que n o focalizem exclusivamente nem o individual cogni o nem o coletivo cultura Isso implicaria em nossa perspectiva uma reestrutura o dos conceitos presentes no campo de pesquisa e o estabelecimento de pontes mais seguras com a sociologia em especial com abordagens que procurem superar a dicotomia Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues entre sujeito e objeto a exemplo do estruturacionismo Algumas considera es finais sobre o percurso do grupo de pesquisa Como visto nas pesquisas comentadas nesta terceira se o a aprendizagem informal foi situada como mecanismo de aquisi o de conhecimentos aplicados pelos indiv duos no trabalho Ainda que essa seja uma afirma o v lida para todos os estudos aqui relatados n o se pode negligenciar as diferen as entre as organiza es do BMSF e SERPRO quanto aos mecanismos de aprendizagem informal No BMSF prevaleceram os mecanismos ajuda de colegas e superiores n o aparecendo com grau de signific ncia a aprendizagem por autoestudo No SERPRO al m dos dois mecanismos de aprendizagem individual informal o autoestudo apareceu de forma expressiva Rela es entre aprendizagem in
235. isso das pessoas em realizar determinados projetos mesmo que seja por objetivos diferentes ou por press o obriga o De certa forma o comprometimento vai se reportar exatamente a um tipo de engajamento das pessoas ou a a es que elas n o s o obrigadas a realizar envolve a livre escolha O processo de comprometimento vai estabilizar padr es de comportamento e de intera es Como afirma Weick o comprometimento um cimento que une as pessoas nas organiza es s o compromissos com normas valores equipe grupo pessoas isso tudo cria conjuntos que acabam vinculando as pessoas Portanto essa a mudan a ou seja comprometimento deixa de ser um t pico e passa a ser um processo fundamental para se entender Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea a din mica da coletividade que chamamos de organiza o ou de um grupo ou de um setor Ent o passa a ser visto como um processo que d uma estabilidade que configura a organiza o Nesse ponto para aprofundar a quest o entidade versus processo importante considerar tamb m as dimens es estabilidade e din mica Dissemos anteriormente que ao conceber a organiza o como entidade estamos congelando um processo em determinado momento Do mesmo modo ao falarmos de um v nculo est vel tamb m nos colocamos diante de uma fotografia panor mica de um fen me
236. ista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues carreira a rela o com a transfer ncia de T amp D inversa ao passo que se o comprometimento com a organiza o a rela o direta O autor sugere que a rela o inversa antes mencionada reflete um aspecto contempor neo do mundo do trabalho valoriza o de carreiras individuais aut nomas O terceiro texto apresenta sua relevante contribui o ao estudo da aprendizagem organizacional a partir da sua rica trajet ria dividida em tr s fases O primeiro per odo foi marcado pelo mapeamento do campo aprendizagem organizacional e o uso de metodologias qualitativas delineados em torno de quest es que o fundamentam fatores pessoais e do contexto que condicionam os processos de aprendizagem dos indiv duos nas organiza es enquanto no segundo e no terceiro per odos foi marcado por pesquisas de levantamento cross section e longitudinal para compreender as rela es entre aprendizagem individual e aprendizagem organizacional Os esfor os da segunda e da terceira fases traduziram se em delineamento de um conceito de aprendizagem organizacional centrado em processos espec ficos e relacionado s aprendizagens dos indiv duos nas organiza es em valida o de escalas em testes de modelos e em combina o de diferentes procedimentos de pesquisa Escalas modelos e procedimentos de pesquis
237. ith H L 1999 Subjective well being Three decades of progress Psychological Bulletin 125 2 276 302 doi 10 1037 0033 2909 125 2 276 Diener E 2000 Subjective well being The science of happiness and a proposal for a national index American Psychologist 55 34 43 doi 10 1037 0003 066X 55 1 34 Evans R G 1994 Introduction In R G Evans M L Barer amp T R Marmot Orgs Why are some people health and others not The determinants of health of populations pp 1 17 New York Aldine de Gruyter Evans R G Hodge M amp Pless I B 1994 If not genetics then what Biological pathways and population health In R G Evans M L Barer amp T R Marmot Orgs Why are some people health and others not The determinants of health of populations pp 161 188 New York Aldine de Gruyter Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 E Sonia Regina Fernandes Elza Techio amp Andr Faro Gee G C amp Payne Sturges D C 2004 Environmental health disparities a framework integrating psychosocial and environmental concepts Environmental Health Perspectives 112 17 1645 1653 doi 10 1289 ehp 7074 Jones F J amp Bright J 2007 Stress health and illness In A Monat R S Lazarus amp G Reevy Orgs The Praeger handbook on stress and coping pp 267 281 London Praeger Keyes C L M 1998 Social well being Social Psychology Quarterly 61 121 140 Keyes C
238. ition London Routledge Petty R E amp Cacioppo T J 1986 The elaboration likelinood model of persuasion Advances in experimental social psychology Vol 19 pp 123 205 Orlando Academic Press Schnabel K Asendorpf J B amp Greenwald A G 2008 Assessment of individual differences in implicit cognition European Journal of Psychological Assessment 24 4 210 217 doi 10 1027 1015 5759 24 4 210 Simon H A 1991 Bounded rationality and organizational learning Organization Science 2 1 125 134 doi 0 1287 orsc 2 1 125 Sloman S A 1996 The empirical case for two systems of reasoning Psychological Bulletin 119 1 3 22 doi 10 1037 0033 2909 119 1 3 Smith E R amp DeCoster J 2000 Dual process models in social and cognitive psychology Conceptual integration and links to underlying memory systems Personality and Social Psychology Review 4 2 108 131 doi 10 1207 S15327957PSPR0402_01 Sorrentino R M amp Higgins E T 1986 Handbook of motivation and cognition Foundations of social behavior New York Guilford Press Srull T K amp Wyer R S 1988 Advances in social cognition Hillsdale N J L Erlbaum Stacey R 2005 Affects and cognition in a social theory of unconscious processes Group Analysis 38 1 159 176 doi 10 1177 0533316405050000 Sternberg R J 1985 Controlled versus automatic processing Behavioral and Brain Sciences 8 01 32 doi 10 1016 S0364 02
239. itos e discursos Zizek 2003a 2003b Lipovetsky 2005 o que inclusive se coaduna com a ideia e o ideal de um mundo light Rojas 2007 e de uma desertifica o do real Zizek 2003a Em termos pr ticos e cotidianos poder amos dizer que aquelas subst ncias qu mico f sicas que por exemplos proporcionam o sabor proeminente dos alimentos ou o descontrole da consci ncia dentre outras inadequa es aos comportamentos corretos e ao mesmo tempo engordam causam torpor colocam em risco certo bem estar particular etc devem ser retiradas de circula o Na perspectiva light do capitalismo liberal democrata h de se convergir o prazer pleno s proibi es e para tal diz Zizek 2003b p 96 surgem dentre outras coisas coffee without caffeine cream without fat beer without alcohol And the list goes on what about virtual sex as sex without sex the Colin Powell doctrine of warfare with no causalities on our side of course as warfare without warfare Em outro texto prosseguindo a extensa lista de exemplos igualmente ocorre neste contexto o surgimento da redefini o contempor nea da pol tica como a arte da administra o competente ou seja a pol tica sem pol tica ou mesmo o multiculturalismo tolerante de nossos dias a experi ncia do Outro sem sua Alteridade Zizek 2003a p 25 Seguindo a vis o de mundo proporcionada por tal acep o de discurso politicamente correto o
240. ivated social cognition Behavioral and neuroscientific evidence Motivation and Emotion 36 1 55 64 doi 10 1007 s11031 011 9260 7 Klaczynski P A 2000 Is rationality really bounded by information processing constraints Behavioral and Brain Sciences 23 5 683 684 doi 10 1017 S0140525X00413439 Knippenberg A V amp Dijksterhuis A 1996 A posteriori stereotype activation The preservation of stereotypes through memory distortion Social Cognition 14 1 21 53 doi 10 1521 soco 1996 14 1 21 Kunda Z 1999 Social cognition making sense of people Cambridge Mass MIT Press Lachman R Lachman J L amp Butterfield E 1979 Cognitive psychology and information processing An introduction Hillsdale N J Lawrence Erlbaum Associates Liew S amp Asiz Zadeh L 2011 The human mirror neuron system and social cognition In S L Liew amp L Aziz Zadeh Orgs From DNA to social cognition pp 63 80 Hoboken Wiley Blackwell doi 10 1002 9781118101803 ch4 Lord R amp Maher K J 1991 Leardership and information processing Linking perception and performance Boston Unwin Everyman Lord R G amp Maher K J 1989 Cognitive processes in Industrial and organizational psychology In C L Cooper amp I T Robertson Orgs International Review of Industrial and Organizational Psychology Vol 4 pp 49 91 Manchester UK Wiley Martin L L Seta J J amp Crelia R A 1990
241. ivos conduzidos pelo grupo nos ltimos anos contribu ram para uma maior delimita o do conceito de comprometimento ao reunirem evid ncias de sobreposi o entre a base instrumental proposta por Meyer e Allen e o v nculo de entrincheiramento Exemplos dessas evid ncias foram as altas correla es encontradas entre essas vari veis e a constata o de que ambos base instrumental e entrincheiramento apresentam rela es muito semelhantes com antecedentes e consequentes diferente do que observado com rela o base afetiva do comprometimento Somado a isso n s tamb m temos um conjunto de estudos qualitativos que exploram esses conceitos entre os atores organizacionais Em pesquisas com gestores em que foram exploradas suas teorias impl citas sobre o trabalhador comprometido verificamos congru ncia com o movimento de delimita o conceitual que estamos conduzindo para os gestores o trabalhador comprometido aquele que tem um v nculo de identifica o com normas e valores mas n o aquele que permanece porque n o tem alternativa porque custoso Ao investigar narrativas de trabalhadores com diferentes padr es de v nculos passamos a entender como as expectativas individuais e os contratos psicol gicos manejados diante de diversas situa es que ocorrem continuamente na organiza o geram um ciclo cont nuo de reavalia o e reconstru o dos v nculos Notamos tamb m como os v nculos orientam os comportamentos d
242. l University Dissertations on Social Sciences Recuperado de http www tlulib ee files arts 95 nigla324 1 7030233e06e8e5d47 1ec0aaa32e9 pdf Puente Palacios K E amp Portmann A C 2009 Equipes de trabalho Fundamentos tedricos e metodol gicos da mensura o de seus atributos Revista Avalia o Psicol gica IBAP 8 3 369 379 Rodrigues A C A 2011 Trabalhador entrincheirado ou comprometido Delimita o dos v nculos do indiv duo com a organiza o Tese de doutorado n o publicada Universidade Federal da Bahia Salvador Rodriguez Sabiote C Pozo Llorente T amp Guti rrez P rez J 2006 La triangulaci n anal tica como recurso para la validaci n de estudios de encuesta recurrentes e investigaciones de r plica en Educaci n Superior RELIEVE Revista Electr nica de Investigaci n y Evaluaci n Educativa 12 2 289 305 Recuperado de http www uv es relieve v12n2 RELIEVEv12n2_6 htm Schneider B Salvaggio A N amp Subrats M 2002 Climate strength a new direction for climate research Journal of Applied Psychology 87 2 220 229 doi 10 1037 0021 9010 87 2 220 Snijders T amp Bosker R 1999 Multilevel analysis An introduction to basic and advanced multilevel modeling London Sage Publications Tashakkori A amp Teddlie C Orgs 2003 Handbook of mixed methods in social amp behavioral research Thousand Oaks CA Sage Thurston W E Cove L amp Meadows L M
243. l em tr s grupos de pesquisa distintos dois com sede na UFBA e um sediado na UnB No artigo 2 Cl udio Torres Ronaldo Pilati e S nia Regina Fernandes discutem as abordagens metodol gicas em Psicologia Social e da Sa de referindo os procedimentos de mensura o dos processos impl citos em Psicologia Social ao tempo em que fornecem uma categoriza o dos m todos mais utilizados para a avalia o dos processos autom ticos Os autores exploram ainda o entendimento de sa de e doen a como mola propulsora da escolha entre estrat gias metodol gicas adotadas em Psicologia do Trabalho e sa de ps quica oferecendo uma discuss o sobre as repercuss es de tais abordagens para os estudos da rea No artigo 3 s o analisadas pesquisas em Psicologia Social e da Sa de S nia Regina Fernandes Andr Faro Santos e Elza Maria analisam as bases conceituais dessas reas e suas diferentes perspectivas S o analisadas as concep es de sa de mental e a mudan a de eixo at recentemente dominada pela no o de sa de como a aus ncia de doen a aus ncia de sinais e sintomas inspirada no paradigma tradicional do modelo m dico Finalmente s o apresentados estudos emp ricos sobre as repercuss es da exposi o a situa es de viol ncia no bem estar No artigo 4 Gard nia Abbad Katia Puente Pal cios e S nia Maria Guedes Gondim focam as abordagens metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho com nfase na ado o de abor
244. lecido pelo social designa o significado do signo ling stico e a interpreta o de um signo realizada pelo sujeito hist rico em seu contexto denomina se sentido Por fim no di logo estabelecido com os formadores durante a exibi o do v deo com o registro do trabalho real foi poss vel notar que estes profissionais organizam seu planejamento autoprescri o do trabalho e processo de media o das aulas em sintonia com Vigotski tendo como foco favorecer a an lise e compreens o pelos docentes em forma o do sentido que as palavras assumem na atividade linguageira ou seja no contexto social cultural e hist rico espec fico do indiv duo que produz um texto seja ele escrito ou falado Considera es finais Ao final como se p de perceber no desenvolvimento deste artigo poss vel indicar que a atividade laboral do formador respons vel pelo ensino e ou capacita o de outros docentes para a pr tica educativa envolve uma profunda compreens o do papel dos textos prescritivos nos processos de trabalho e tamb m a mestria para mobilizar saberes te ricos e metodol gicos pr prios dos campos da educa o e do desenvolvimento humano que permitam modificar o que foi prescrito no curso efetivo do seu of cio O trabalho dos formadores se caracteriza por ser uma atividade dirigida para outras pessoas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Trabalho do formador de professores para a educa o
245. letamente imerso na pr pria De um modo geral Lind apresenta que o politicamente correto tal qual o marxismo cultural impinge ditatorialmente e perigosamente como as rela es sociais devem pautar se Parker comunica o pessoal 15 de julho de 2013 se indagando de onde provinha o fen meno do politicamente correto afirmou se recordar de que de fato isto se relacionava ao discurso da Esquerda sobretudo quele propagado pelos movimentos feministas nos anos 70 e 80 do s culo XX os quais proferiam constru es lingu sticas politicamente corretas que segundo Parker pretendiam justamente ironizar o modo politicamente correto pelo qual utilizavam para se referirem uns aos outros Inclusive as pessoas confeccionavam bottons e camisetas com dizeres eu sou politicamente correto Entretanto os movimentos de Direita respaldados pelos discursos e ideologias dominantes se apropriaram do fen meno ressignificando o ao dot lo de extremo exagero e atribuindo Esquerda toda a carga de policiamento delet rio subjacente a uma ideia de politicamente correto o que igualmente conseguiu com que as posi es de Esquerda adotadas amplamente pelos movimentos progressistas se cristalizassem pouco a pouco no imagin rio social como m humorada e coercitiva Deste modo a Direita obscureceu as ra zes hist ricas do termo politicamente correto o qual se referia a escrachar o status quo al m de nas palavras de Parker patologizar aqueles q
246. lia o o grupo como um todo Assim a pot ncia n o resulta da agrega o de informa es individuais sobre a autoestima dos membros do grupo A sua operacionaliza o demanda que essas pessoas sejam indagadas sobre as suas avalia es relativas ao grupo como um todo o que significa dizer que necess rio que haja mudan as no tipo de pergunta feita aos membros No caso da autoestima seria perguntado em que medida o sujeito se considera confiante na sua capacidade de ter xito na realiza o do seu trabalho J no caso da pot ncia a pessoa seria indagada sobre a sua percep o a respeito da capacidade de xito da sua equipe Assim houve uma mudan a do aspecto referido na avalia o Em termos de constru o de escore os procedimentos anal ticos s o similares aos adotados no modelo de consenso direto verifica se a presen a de similaridade das respostas individuais em rela o ao atributo coletivo e no caso delas serem de magnitude suficiente crit rio estabelecido de acordo com a an lise realizada 0 70 para Rae 0 083 para escalas tipo Likert de 5 pontos Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim segundo crit rio AD procede se ao c lculo do valor que representa o grupo seja ele uma m dia de tend ncia central ou o somat rio dos escores individuais O quarto modelo o de dispers o A seu respeito Chan
247. ltin vel sistematizada num livro totalmente voltada para a PO amp T passamos a trabalhar com a proposta de que a transfer ncia em T amp D deveria tamb m ser vista como um fen meno multin vel Figura 5 Assim aquelas compet ncias adquiridas pelos indiv duos nos dom nios afetivo cognitivo e psicomotor poderiam eventualmente emergir para um segundo n vel o das equipes Estamos neste caso supondo que seriam compartilhadas e portanto passariam a ser caracter sticas desse segundo n vel Essas compet ncias de equipes por sua vez poderiam emergir para um terceiro n vel o organizacional Nesse caso estar amos supondo que em raz o de um compartilhamento de compet ncias entre equipes recursos poderiam ser obtidos processos internos poderiam ser melhorados e metas poderiam ser alcan adas A proposta dessa maneira envolve pensar em processos bottom up de T amp D dos indiv duos para as equipes e destas para a organiza o como um todo Entretanto ao mesmo tempo estariam em opera o os processos top down vari veis organizacionais poderiam afetar a transfer ncia do adquirido em T amp D nos n veis de equipe e individual e vari veis de equipe teriam o mesmo efeito no n vel individual Vis o Multin vel de Transfer ncia em T amp D Organiza o recursos processos internos metas de produtos metas de sistema Grupo Equipe afetivos cognitivos desempenho qualifica o Indiv duos e afetivos
248. m e tamb m nasce Neste caso a nfase recai sobre a experi ncia subjetiva de ser m e de um rec m nascido ao inv s de se destacar a diade m e crian a Tamb m s o discutidas quest es relativas s experi ncias n o normativas nas quais tens es e ambival ncias que cercam o complexo de rela es eu outro que constituem a maternidade em suas varia es culturais s o amplificadas A despeito desta amplifica o as autoras prop em que resultados de pesquisa que ilustram esses modelos provavelmente tamb m caracterizam a chamada experi ncia normativa de maternidade Ou seja a diferen a de grau n o de natureza 5 Parte The deep humanity of knowledge realities of research encounters Na ltima parte do livro quatro cap tulos focalizam a constru o do conhecimento cient fico S o levantados aspectos sobre a perspectiva assumida pelos pesquisadores em rela o 1 aos pesquisados 2 ao conhecimento produzido 3 aos limites de constru o do conhecimento e 4 pol tica que preside a empresa cient fica atual A necessidade do estabelecimento de uma parceria pesquisador pesquisado enfatizada no sentido de que o pesquisador n o deve impor sua cosmovis o mas se interessar pelas explica es constru das pelos participantes quando respondem quest es de 1 Psic loga mestre e doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia UFBA Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia
249. m rela o cor da pele 16 crian as eram brancas 10 eram pardas e 7 eram negras As crian as eram provenientes de escolas particulares dos munic pios de Aracaju e de Salgado ambos no estado de Sergipe Para fins de an lise de dados as crian as foram divididas em dois grupos programa pr social e programa antissocial A coleta dos dados foi realizada na pr pria escola das crian as As pesquisadoras pediram a colabora o da dire o da escola para a realiza o do estudo Ap s o aceite da dire o solicitava se a colabora o dos professores e em seguida da crian a Ap s a concord ncia das professoras e da crian a cada crian a participante foi convidada pelas entrevistadoras duas por vez Cada entrevistadora se encarregava de entrevistar uma crian a em ambientes separados de modo que as crian as n o tinham acessos hist ria uma da outra Na sala de entrevista apenas a entrevistadora e a crian a estavam presentes A coleta se iniciava com a seguite instru o que era dita para a participante Eu estou querendo fazer um filme sobre as crian as e seus amigos Para isto eu resolvi ouvir algumas crian as desta escola para ter ideias de como escrever uma hist ria interessante para montar o filme Primeiro voc vai assistir a um filme depois vai falar sobre ele e responder algumas perguntas que eu vou lhe fazer Voc pode responder do jeito que voc achar certo para mim o que importante o que voc pens
250. m termos subjetivos ou seja consiste em um foco de sofrimento ps quico culpa ansiedade depress o Em outras palavras a viol ncia simb lica subjacente homofobia social plano intersubjetivo reaparece como viol ncia contra si mesmo a plano subjetivo Al m disso pode implicar em uma dissocia o entre os desejos as fantasias e as rela es afetivo sexuais homoer ticas vivenciadas e outras dimens es importantes de si mesmo a Madureira amp Branco 2007 p 87 Coelho 2008 aponta que o processo de internaliza o da homofobia pode resultar na oculta o e ou rejei o da pr pria identidade homossexual envolvendo assim as rela es Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo romanticas e sexuais vivenciadas por estes sujeitos em um clima de segredo perpassado pelo sentimento de vergonha Assim sendo assumir se como contrario a norma que condiciona o g nero e a sexualidade nos moldes heterossexuais em grande medida se expor as retalia es e o ostracismo de uma sociedade pouco tolerante frente alteridade Toledo amp Pinafi 2012 Homossexualidade e repert rios discursivos cura apoio familiar e identidade Por volta de quatro d cadas atr s os cientistas das reas de sa de e de humanas ainda discutiam as quest es relacionadas orienta o sexual sob a gide da dicotomiza
251. ma cl nica po tica Os procedimentos e a proposi o das oficinas enquanto cl nica po tica foram desenvolvidos a partir dos estudos de pesquisas como as apresentadas nos trabalhos que t m sido desenvolvidos em centros de pesquisa tais como os da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP SP da Universidade do Estado de S o Paulo Assis SP da Universidade Estadual de Maring SP e da Universidade Federal Fluminense Niter i RJ experimentando e criando estrat gias cl nicas pautadas nos refer ncias filos ficos de Deleuze e Guattari al m da realiza o e publica o de trabalhos cl nicos envolvendo pr ticas art sticas e corporais Passos amp Barros 2000 Peres Borsonello amp Peres 2000 Parpinelli amp Souza 2005 Sendo assim foram realizadas quatro oficinas de movimento corporal como estrat gia partindo de um planejamento e realizando um encontro semanal com um grupo de idosos de um Centro de Conviv ncia Estas foram pensadas previamente pelas pesquisadoras em tr s momentos entrevistas iniciais oficinas e entrevistas finais A partir da delimita o dos momentos produzimos os roteiros das entrevistas e as oficinas foram pr planejadas levando se em conta os temas e t cnicas que pretend amos abordar em cada encontro Propusemos a realiza o de entrevistas iniciais e finais visando cartografar as rela es dos idosos com os corpos antes e depois de participarem das oficinas de movimento As e
252. macrossociais O estudo evidenciou ainda que h maior facilidade das m es em detrimento dos pais de abordarem a tem tica da alteridade do comportamento sexual dos filhos que se distanciam da heteronormatividade Toneli et al 2003 tamb m ressaltam a import ncia da fam lia no enfrentamento dos conflitos vivenciados pelo sujeito homossexual sobretudo na adolesc ncia Dada complexidade da experi ncia e o entendimento que a descoberta da condi o homossexual dos filhos ainda se configura como um tabu para muitos pais os referidos autores real am a import ncia de grupos de acolhimento que objetivem discutir refletir a tem tica visando redesenhar a percep o dos pais frente situa o Trazendo uma discuss o acerca da lesbianidade na telenovela Senhora do Destino Rede Globo 2004 2005 Borges e Spink 2009 posicionaram a m dia como grande construtora de novas din micas e produtoras de novos sentidos tendo em vista que a m dia por eles entendida como o reflexo da sociedade e portanto denota as pr ticas discursivas um car ter multifacetado Na an lise de recortes das falas de alguns personagens da novela mencionada os autores constataram que os termos utilizados desgosto doen a imoral desaprova o sapatona v cio etc para referenciar a opini o dos familiares com rela o orienta o sexual da filha homossexual serviam para denotar um car ter patog nico e de m co
253. mentais importante que o leitor tenha clareza que na ocorr ncia de processos e comportamento a dicotomia dimensional se desfaz para a pr pria ocorr ncia dos mesmos Processos autom ticos e seus efeitos no comportamento Nas ltimas d cadas a pesquisa em cogni o social tem produzido grande quantidade de evid ncias sobre o efeito que processos autom ticos aqueles relativos ao Sistema 1 t m sobre o comportamento social Tais evid ncias indicam que conte dos ativados de forma autom tica exercem efeito posterior direto sobre julgamento percep o social e comportamento e g Aarts Dijksterhuis amp Custers 2003 Bargh Chen amp Burrows 1996 Dijksterhuis amp Aarts 2010 Dijksterhuis 2004 Ferguson amp Bargh 2004 Mais recentemente desenvolvimentos te ricos t m indicado que os processos autom ticos exercem um efeito mais complexo do que a rela o direta com percep o julgamento e comportamento Mais especificamente o racioc nio te rico no campo caminhou para considerar a exist ncia de diversas vari veis que exercem um efeito de modera o entre a ativa o dos processos autom ticos e seus impactos no julgamento atitudes percep es e comportamentos caminhando de um racioc nio de descri o causal para um de explica o causal No geral tais vari veis moderadoras dizem respeito a aspectos situacionais disposicionais ou a uma combina o de ambas as categorias de vari veis produzindo compreens es
254. mente apontado o baixo n vel de consenso sobre o que aprendizagem organizacional e como ela ocorre Tendo em mente esse questionamento do conceito chave e d vidas sobre seus processos constituintes n o nos surpreende tamb m a falta de consenso sobre a exist ncia de uma teoria de aprendizagem organizacional Assim observamos que o campo de pesquisa da aprendizagem marcado por imprecis es conceituais e de m todo e muita contesta o nesse campo onde imperam tais ambiguidades e contesta es que a trajet ria de nosso grupo de pesquisa se insere O grupo de pesquisa Aprendizagem Organizacional do N cleo de P s Gradua o em Administra o da UFBA ao qual pertencem os tr s primeiros autores deste artigo embora venha contando com o apoio do CNPq h 12 anos o mais jovem e menos estruturado comparativamente aos dois grupos antes mencionados o grupo coordenado por Ant nio Virg lio Bastos Instituto de Psicologia UFBA e o grupo coordenado por Jairo Borges Andrade UnB At recentemente esse grupo contou com o suporte adicional do grupo de pesquisa de Ant nio Virg lio Bastos do Programa de P s Gradua o em Psicologia da UFBA Em nossas pesquisas aprendizagem individual definida conforme abordagem sociocognitiva como processo individual mental mas tamb m de intera o entre indiv duos contextualizados desdobrando se nas etapas de aquisi o reten o generaliza o e transfer ncia Embora a denomine de a
255. mentos percebidos do alvo Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marcos Emanoel Pereira amp Ant nio Virgilio B Bastos do julgamento Ainda na perspectiva do julgamento social o modelo formulado por Martin Seta e Crelia 1990 adota uma perspectiva semelhante ao de Gilbert acentuando a passagem de um processamento mais sistem tico dominado pelas influ ncias autom ticas inerentes ao contexto para uma etapa em que o impacto destas influ ncias corrigido pela interven o de uma forma de pensamento mais controlada Neste caso a suposi o de que se o percebedor se encontrar motivado e tiver recursos cognitivos dispon veis poder avaliar cuidadosamente as informa es comumente associadas ao contexto e corrigir as informa es potencialmente enganadoras conduzindo a um julgamento mais consistente com a realidade e menos subordinado vis o predominante da sociedade No dom nio espec fico do estudo dos estere tipos sociais o modelo dissociacionista de Devine 1989 postula uma diferen a entre duas formas de ativa o e aplica o dos estere tipos Um estere tipo considerado um h bito aprendido durante a socializa o mediante o estabelecimento de associa es entre um conjunto de informa es tra os imagens representa es concep es etc e uma determinada categoria social Estereotipar seria aplicar automaticamente estas associa es o que levaria a um julgamento
256. meron 2010 concluiu uma vez mais a favor do predom nio de m todos quantitativos Dos 445 estudos analisados no Strategic Management Journal 365 fizerem uso de m todos quantitativos 64 de m todos mistos e 16 de m todos qualitativos No caso de m todos mistos 53 tinham prop sitos de desenvolvimento 61 usaram o corte temporal sequencial e 53 deram maior status ao m todo quantitativo Dos 373 estudos emp ricos analisados no Journal of Organizational Behavior 235 eram quantitativos 20 fizeram uso de m todos mistos e 17 de m todos qualitativos No que tange aos estudos de m todos mistos nove tiveram como prop sito o desenvolvimento 15 usaram o corte temporal sequencial e 12 deram maior status ao m todo quantitativo Por ltimo dos oito documentos analisados revis o de livros e artigos emp ricos no Organizational Research Methods somente dois fizeram uso de m todos mistos tendo prop sito de complementa o dando maior status ao m todo qualitativo No que diz respeito ao subcampo da gest o Cameron e Molina Azorin 2010 constataram que os m todos mistos representam 10 do total de estudos Os peri dicos que tratam da gest o estrat gica e neg cios internacionais 17 e marketing 14 fazem mais uso de m todos mistos que peri dicos voltados para o empreendedorismo 8 e o comportamento organizacional 7 Ao deslocar a an lise para o cen rio brasileiro revis es recentes reafirmam a import ncia dos m todos qu
257. minantes da sa de e das doen as considerados como fatores sociais ambientais modos de interpreta o dos eventos e a capacidade de adaptar se s adversidades em intera es sist micas podem provocar altera es na probabilidade de adoecimento O processo de estresse nesse interim tem sido posto como uma das principais vertentes que perpassam as subareas da Psicologia da Sa de e da Psicologia Social da Sa de porque ele visto como um fen meno que envolve o interc mbio entre experi ncias externas e internas com efeito o seu estudo se volta para a rela o entre modalidades de interpreta o da realidade e a perpetua o de rea es neurofisiol gicas estas que s o o motor do desgaste fisiol gico que leva ao desencadeamento de doen as derivadas do estresse Evans Hodge amp Pless 1994 Jones amp Bright 2007 McEwen 2008 Na tem tica do estresse outra contribui o da Psicologia Social da Sa de est vinculada ao estudo da capacidade adaptativa que seria nesse sentido o equalizador dessas experi ncias Teoricamente o modelo de Santos 2010 sup e que esse equalizador seja composto por duas dimens es o Contexto Psicossocial e os Mecanismos Psicol gicos de Adapta o Figura 1 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 ES Sonia Regina Fernandes Elza Techio amp Andr Faro pidemiologia Social C Vunerbiliz o gt Figura 1 Estrutura te rica das prioridades de es
258. mo compara o Assim a amostra foi composta por 256 estudantes de universidade p blica da cidade de Jo o Pessoa sendo 55 mulheres 70 per odos iniciais 76 cat licos 12 evang licos 2 4 esp ritas 5 religi es afro brasileiras e 9 s religiao Foi utilizado um question rio com perguntas abertas e fechadas Na rela o entre curso e concord ncia com o direito uni o civil vemos uma porcentagem de 59 de concord ncia total com a concess o desse direito s pessoas homossexuais trata se de uma cifra que se repete em v rios outros estudos no pa s A maioria dos estudantes que concordam com esse direito pertence ao curso de psicologia e direito 77 e 70 respectivamente Os que menos concordaram ao contr rio do que esper vamos n o s o do curso de computa o 46 de concord ncia mas do de servi o social 35 No que se refere ao direito de os casais homossexuais adotarem filhos observa se uma concord ncia m dia de 41 sendo majorit ria entre os estudantes de psicologia 63 e minorit ria entre os de computa o 25 T nhamos umalista deexplica es de causas decren as sobre aorigem da homossexualidade a partir de estudos de Lacerda Pereira e Camino 2002 Pedimos aos participantes que escolhessem uma dessas explica es em rela o a homossexualidade masculina e feminina acreditando que as vis es fossem diferentes em rela o aos g neros Ao relacionar os cursos com essas explica es sobre a
259. mp J de Rivera J Orgs Superando la violencia colectiva y construyendo cultura de paz pp 207 246 Madrid Editorial Fundamentos Basabe N 2004 Salud factores psicosociales y cultura In D Paez et al Orgs Psicologia social cultura y educaci n pp 891 913 Madrid Pearson Prentice Hall Blanco A amp Diaz D 2011 Trauma and the complete model of health Manuscrito n o publicado Blanco A amp Diaz D 2005 El bienestar social Su concepto y medici n Psicothema 17 582 589 Bartolomucci A 2005 Resource loss and stress related disease is there a link Medical Science Monitor 11 5 147 154 Recuperado de http nww medscimonit com download index idArt 16172 Contradiopoulos A P 2006 Elements pour une topographie du concept de sant et ses determinants Ruptures 11 86 99 Defur P L Evans G W Hubal E A C Kyle A D Morello Frosch R A amp Williams D R 2007 Vulnerability as a function of individual and group resources in cumulative risk assessment Environmental Health Perspectives 115 5 817 824 doi 10 1289 ehp 9332 Diener E 1984 Subjective well being Psychological Bulletin 95 542 575 Diener E 1996 Subjective well being in cross cultural perspective In H Grad A Blanco amp J Georgas Orgs Key issues in cross cultural psychology pp 319 330 Lisse Netherlands Swets amp Zeitlinger Diener E Suh E M Lucas R E amp Sm
260. mpo como sujeito e objeto dos processos cognoscitivos os objetos da cogni o n o s o est ticos e podem sofrer algum tipo de mudan a a partir do momento em que o agente cognitivo percebe que as suas a es est o sob avalia o alheia o que torna o julgamento sobre a veracidade ou a precis o das cogni es a respeito das outras pessoas uma tarefa bem mais complexa do que a avalia o dos objetos n o sociais toda e qualquer cogni o social envolve alguma forma de explica o sobre o evento ou as circunst ncias em que a pessoa est envolvida o que exige a introdu o de vari veis individuais posicionais e contextuais 1 Psic logo e professor associado na Universidade Federal da Bahia 2 Psic logo e professor titular na Universidade Federal da Bahia Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es Sociais Uma Introdu o a cogni o social compartilhada pois as cogni es se manifestam em um dom nio no qual a dimens o da linguagem e a comunica o entre os agentes s o elementos que n o podem ser desconsiderados Esses fatores em conjunto permitem identificar uma no o central na abordagem da cogni o social o conceito de mediadores cognitivos sendo particularmente importante identificar a maneira pela qual alguns dispositivos mentais se inserem numa posi o intermedi ria entre o mundo dos est mulos sociais e as manifesta es comportamentais investigadas pelos pe
261. n vel a que se referiam respeitando as recomenda es t cnicas anteriormente mencionadas Vari veis Defini es Medidas Horas de treinamen N mero de horas que o gestor dedicou a ati Horas por gestor to do funcion rio vidades de TD amp E em um ano fonte secund ria Percep o de supor Posi o relativa da pessoa dentro do grupo Diferen a ou desvio entre o es te organizacional ag ncia quanto s suas percep es sobre su core atribu do pelo indiv duo s 7 porte escalas de suporte e a m dia To Ea a do grupo ag ncia calculado Y z como o escore individual me 2 E nos a m dia do grupo pe Estrat gias de Praticas que as pessoas utilizam para aprender Frequ ncia de uso de cada D Aprendizagem e desenvolver novos conhecimentos e habilida estrat gia de aprendizagem e des em contextos de trabalho no trabalho em uma escala de g lt 1 nunca fa o a 10 sempre fa o Elabora o do plano Indicador de motiva o para a aprendizagem Vari vel dicot mica 1 elabo de desenvolvimento relativo elabora o de plano pessoal de de rou o plano e O n o elaborou profissional senvolvimento facultativo o plano Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim o Dados socioprofis sionais Nivel 1 Individu G nero Masculino feminino Cargo Alta e m dia ger ncia Nivel de es
262. ncia de rela es intensas e relativamente duradouras com outra pessoa amor rom ntico paternal ou filial ou seja pessoa pr xima que sirva de apoio afetivo Pode se assinalar que nos resultados do estudo com jovens de v rios pa ses a percep o de viol ncia social repercutiu mais intensamente na percep o de solid o social do que o grupo que n o apresentou a percep o de viol ncia social Tabela 1 Entretanto a solid o emocional n o se diferenciou entre o grupo que percebia viol ncia social e o que n o percebia sugerindo que o afeto se associa a situa o de v nculos ntimos mais que nas rela es sociais em geral Os estudos do bem estar psicol gico centram sua aten o no desenvolvimento da capacidade e crescimento pessoal concebidos como indicadores do funcionamento positivo Focalizam o seu interesse no desenvolvimento pessoal no estilo e na maneira de enfrentar a vida pelo esfor o de atingir as suas metas Ryff e Keyes 1995 sugerem um modelo de bem estar psicol gico composto por seis dimens es autoaceita o as pessoas tentam sentir se bem consigo mesmas sendo conscientes de suas limita es rela es positivas com as outras pessoas manter rela es sociais est veis e ter amigos em quem confiar autonomia a pessoa necessita assentar se em suas pr prias convic es manter sua independ ncia e autoridade pessoal dom nio do meio habilidade pessoal para escolher ou criar ambiente favor vel para sa
263. ncial afetando e sendo afetados nos encontros com os participantes em uma rela o na qual produzam subjetividades A partir desses efeitos do pesquisar sobre o pesquisador e o campo que s o tra adas as metas cartografando processos durante o percurso ao inverso do m todo tradicional que caminha em dire o a metas pr fixadas Passos amp Barros 2009 Utilizamos como m todo nesta pesquisa a cartografia Esta portanto entendida como um m todo segundo o qual toda pesquisa tem uma dire o cl nico pol tica e toda a pr tica cl nica por sua vez interven o geradora de conhecimento Passos amp Barros 2009 p 26 Em fun o dessa perspectiva te rico metodol gica trata se aqui de cartografar os encontros sendo os pesquisadores participantes ativos desse processo N o h sob esse prisma sentido em buscar uma neutralidade nem nas atua es desenvolvidas e nem mesmo nas escritas que se seguem Os processos de escritas s o ainda a pr pria produ o da pesquisa Partindo dessas concep es essa investiga o s foi iniciada ap s aprova o de projeto pelo Comit de tica em Pesquisas com Seres Humanos da Faculdade de Jaguari na sob parecer n 009 2013 Al m disso foi apresentado esclarecido e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Pesquisas com Seres Humanos com cada um dos idosos que se disseram interessados em participar da investiga o Ap s a concord ncia e assina
264. nder do n vel ao qual o fen meno pertence diferentes propriedades ou comportamentos devem ser esperados logo diferentes estrat gias metodol gicas para a pesquisa emp rica precisam ser adotadas Por essa raz o o objetivo desta se o apontar a import ncia de estabelecer o n vel dos construtos psicol gicos assim como destacar as implica es resultantes para a investiga o emp rica Ao definir um determinado atributo para ser estudado o primeiro passo estabelecer o n vel ao qual ele pertence Assim uma vez definido que se trata por exemplo de propriedade da organiza o a descri o das suas caracter sticas antecedentes e consequentes dever respeitar esse n vel previamente definido Da mesma forma ao planejar a investiga o emp rica essa especificidade precisa ser considerada Lamentavelmente em diversas ocasi es observa se uma falta de alinhamento entre o n vel te rico do construto e o n vel de an lise Gonz lez Rom e Peir 1999 apontaram por exemplo o longo hist rico de pesquisas relativas a clima organizacional atributo macro acompanhado da escassez de estudos emp ricos que o investigassem nesse n vel Isto porque segundo esses autores a maior parte de estudos de campo sobre essa tem tica apresenta e discute o clima enquanto propriedade da organiza o mas levanta dados no n vel micro pessoas respondendo perguntas sobre o clima da organiza o e analisa os dados nesse n vel desconsid
265. ndre Edgley Duarte de Lima Lilian Kelly de Sousa Galvao g O homofobia gis pessoas P 263 Og Caco pesquisa rin amp sujeito T sexualidade sujeitos e qmossexualoE So questoes l ado o S OCials gg nero Ve SU homossexuais Quo v 2 2 sexo homoss Xualidade preconceito sexual estudos Resumo O presente artigo teve por objetivo fazer um levantamento bibliogr fico acerca das quest es discutidas no mbito da Psicologia sobre o tema homossexualidade Para tanto foi realizada uma revis o sistem tica da literatura nas principais bases de dados que indexam peri dicos Os dados foram organizados a partir da t cnica de an lise de conte do de L Bardin Dessa forma constatou se que a produ o cient fica brasileira sobre o tema homossexualidade paulatinamente est saindo do campo da invisibilidade acad mica e a Psicologia tem contribu do com o debate dando nfase as seguintes categorias tem ticas 1 Concep es te ricas e hist ria da homossexualidade 2 Homofobia e preconceito internalizado 3 Homossexualidade e repert rios discursivos 4 Homossexualidade e movimentos sociais 5 Homossexualidade e ado o 6 Psicologia e quest es de g nero O estudo se prop e a ampliar as alterca es que perpassam o tema homossexualidade bem como identificar lacunas a serem pesquisadas e respaldadas teoricamente Palavras chave homossexualidade homofobia psicologia Abstract This article aimed
266. nduta da mesma Por fim os dados revelaram que tem existido de fato uma incorpora o familiariza o da tem tica lesbianidade na m dia como um todo e consequentemente na sociedade No entanto a forma como essa legitima o incorpora o tem se colocado ainda insuficiente para a desestabiliza o das normas e modelos sexuais ditos normais e hegem nicos No estudo realizado por Chidiac e Oltramari 2004 acerca da identidade queer das drag queens ficou claro que a identidade desses sujeitos n o fixa mas est em constante processo de metamorfose contrariando a ideia de uma ess ncia identit ria Assim os sujeitos drag queens seriam e estariam ao mesmo tempo assumindo caracter sticas f sicas e psicol gicas tanto masculinas quanto femininas tendo em vista que estes buscam assumir no ato perform tico o outro que n o lhe acess vel no caso o sexo feminino No tocante a identidade do sujeito que interpreta a drag os autores supracitados perceberam nas entrevistas realizadas com tr s drag queens que estes conseguem manter certa autonomia das duas identidades constru das por m reconhecem que muitas vezes pode haver certa confus o entre as mesmas Assim pode se dizer que as drags possuem tra os psicol gicos posturas e atitudes que s o constru dos nica e exclusivamente para a montagem do personagem que escolhem interpretar Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria
267. negocia o sem recorrer aos conhecimentos de percep o social ou s teorias de atribui o por exemplo Parece nos natural portanto que t picos cl ssicos do comportamento humano nas organiza es demandem conceitos cognitivos para a sua adequada compreens o Para resumir tr s grandes perspectivas de abordar a cogni o t m contribu do sobremaneira para o desenvolvimento dos estudos organizacionais a cogni o social que foca nos processos mediante os quais os indiv duos percebem estruturam e usam no seu cotidiano o conhecimento sobre si sobre os outros e sobre o mundo as teorias sobre o processo decis rio outro campo mais especificamente voltado para a an lise de como as pessoas nos seus ambientes naturais tomam decis es e as teorias instrucionais que historicamente se voltaram para investigar os processos de aprendizagem em contextos formais e informais de ensino Refer ncias Atance C M Bernstein D M amp Meltzoff A N 2010 Thinking About False Belief It s Not Just What Children Say But How Long It Takes Them To Say It Cognition 116 2 297 301 doi 10 1016 j cognition 2010 05 008 Augoustinos M Walker I amp Donaghue W 2006 Social cognition An integrated introduction London SAGE Publications Bandura A Adams N E amp Beyer J 1977 Cognitive Processes Mediating Behavioral Change Journal of Personality and Social Psychology 35 3 125 139 doi 10 1037 0022 3514 35
268. nharam com eles comeram as frutas e sentaram se nos bancos espontaneamente um de cada vez Sentados alguns fecharam os olhos outros olhavam e manuseavam os objetos Permaneceram ali por alguns minutos e as pesquisadoras os orientaram a perceber as sensa es no corpo ficando livres para satisfazer aquilo que seu corpo pedia Perguntou o que se quer fazer Os participantes apresentaram voluntariamente ao grupo seus desejos mem rias hist rias de vida e sentimentos relacionando os escolha dos objetos Em rela o s folhas secas estas foram associadas velhice e a si mesmos e proximidade da finitude da vida Verbalizaram sobre a experi ncia das oficinas ressaltando suas vantagens e os afetos mobilizadores provocados As pesquisadoras abriram espa o para quem quisesse falar sobre aquilo que estava sentindo e pensando e tamb m apresentou suas impress es diante do grupo incentivando os busca pelas potencialidades dos corpos Finalizamos a oficina devolvendo os objetos em seus lugares As pesquisadoras permitiram que quem quisesse levasse consigo as p talas e folhas secas Sugeriu que nesse movimento de levar e deixar os participantes pensassem naquilo que foi vivido como potente levando o para a sua vida e ao contr rio deixassem ali aquilo que vivenciaram de maneira despotencializante Ao falar com os participantes sobre o corpo este foi associado por eles ao corpo f sico s limita es e doen as infl
269. no que din mico ainda que essa dinamicidade n o seja vol vel inconstante Historicamente a amplia o da pesquisa sobre comprometimento ocorreu tamb m como resposta expectativa de estudar um fen meno que apresentasse maior estabilidade do que por exemplo a motiva o que resultante de vari veis espec ficas intr nsecas ou situacionais Ainda assim o fato de ter maior estabilidade n o nega que o comprometimento seja um processo em movimento e que medida que mudam os antecedentes tamb m o v nculo passe por transforma es paulatinas Um desdobramento dos estudos recentes para a delimita o do conceito de comprometimento consistiu em analisar qualitativamente as hist rias de trabalhadores com diferentes tipos de v nculo Essa an lise possibilitou a compreens o de como variados fatores associados intera o do profissional com diferentes pessoas dimens o interpessoal grupos dimens o inter e intragrupal situa es dimens o organizacional percep es e emo es dimens o individual impactam na constru o e no desenvolvimento dos v nculos Ou seja embora conceitualmente estejamos falando de comprometimento com a organiza o a colocada como uma entidade sua constru o e seu desenvolvimento adv m da fluidez imbu da nos processos de intera o da articula o de fatores em n veis micro e macro das organiza es Em ltima an lise significa dizer que se o comprometimento respons v
270. notaria que o final apote tico da pel cula retrata justamente o escravo liberto e personagem central da trama explodindo a Casa Grande Em outros termos a hist ria ficcionada no filme apontaria para uma resist ncia implac vel por parte de Django frente aos seus algozes o que demonstrado na elimina o f sica dos mesmos como retratado nas tantas sequ ncias de tiroteios com sangue jorrado a esmo ao estilo pr prio de Tarantino mas principalmente pelo simbolismo de se explodir a maior ins gnia da opress o escravocrata a pr pria Casa Grande Conquanto como no apontamento anterior de Possenti 1995 e Possenti e Baronas 2006 uma leitura apressada poderia caracterizar Django Unchained como um filme racista por usar de forma abundante um termo racista para se referir aos negros j que a sociedade estadunidense apesar de ter elegido um presidente negro em 2008 pela primeira vez na hist ria daquele pa s e o reconduzido ao cargo no ano de 2012 permeada profundamente pelo racismo Considera es finais De qualquer maneira o que apreendemos e refletimos acerca de tudo que expusemos nas p ginas anteriores que podem ocorrer e certamente ocorrem exageros em prol ou em nome de uma corrente do discurso politicamente correto entretanto normalmente as cr ticas mais ferrenhas e caricaturais prov m de um discurso conservador e hegem nico o qual tem por fundamento sobretudo a manuten o de uma ordem notoriamente d
271. ns 1994 Hodge amp Pless 1994 Marmot 2005 Wilkinson amp Marmot 2003 Determinantes da Sa de e das Doen as Psicologia Social da Sa de Posi o Social Trabalho Condi es Fam lia macroecon micas Educa o Transporte Status Fatores socioecon mico ambientais Figura 2 Determinantes da sa de e das doen as na perspectiva da psicologia social da sa de adaptado Adotando se o eixo da Psicologia Social da Sa de acredita se que o impacto dos Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Sonia Regina Fernandes Elza Techio amp Andr Faro determinantes sobre o corpo nao ocorre de modo direto pois carece de explica o a forma pela qual cada um dos elementos status socioecon mico educa o condi es macroecon micas posi o social habita o trabalho fam lia transporte e fatores ambientais age sobre o indiv duo e como os recursos individuais modulam as repercuss es que incidem no corpo Assim a partir do rol de estudos envolvidos com o tema Marmot 2005 Wilkinson amp Marmot 2003 pode se dizer que sabido que cada elemento citado denota efetivo impacto Todavia ainda n o est claro como esses elementos isoladamente ou em seu conjunto s o percebidos como adversos ou n o ou como s o convertidos em elementos nocivos neutros ou favor veis ao ajustamento Nesse espa o se insere a no o de que s o necess rias mais pesquisas que abordem como a interp
272. nte correto nos Estados Unidos e na Inglaterra sobretudo no final da d cada de 1980 poss vel localizar essas ideias de defesa e prote o dos subjugados e ao mesmo tempo da transforma o do termo em r tulo ofensivo Bento 2008 tamb m nos diz que a express o ideia de politicamente correto apareceu nos Estados Unidos na d cada de 1960 um dos momentos hist ricos em que houve grande articula o por parte dos movimentos sociais naquele pa s sendo sistematizado consolidado e institucionalizado em meados da d cada 1990 principalmente durante o governo do presidente Bill Clinton Como um exemplo desta conjuntura o autor menciona um c digo de linguagem que fora instaurado na Universidade de Michigan no ano de 1989 que proibia quaisquer comportamentos verbais ou f sicos os quais visassem estigmatizar um indiv duo por conta de sua etnia g nero ou condi o socioecon mica Em uma posi o diametralmente oposta h aqueles que asseveram ser o fen meno do politicamente correto um legado dos regimes comunistas da China Maoista e da antiga Uni o Sovi tica principalmente enquanto essa era comandada por Josef St lin Dunant 1994 Segundo tal entendimento os partidos comunistas e seus principais dirigentes pretendiam de algum modo limpar a linguagem com a finalidade de que n o mais ofendesse ou humilhasse os diversos grupos sociais Todavia aqueles que apontam o politicamente correto como uma ideia tribut ria aos
273. nto do campo chamado de neuroci ncias sociocognitivas Harmon Jones amp Beer 2009 Harmon jones amp Devine 2003 Esta aproxima o de campos tem possibilitado a aplica o de procedimentos de mensura o em geral oriundos do campo das neuroci ncias que potencializam em muito o que tem sido feito no campo de mensura o de processos impl citos Estas medidas s o muito robustas para aferi o de processos autom ticos configurando se em excelentes indicadores de validade e fidedignidade pois sofrem pouca ou nenhuma influ ncia dos indiv duos consistindo em estrat gia de aferi o indireta bastante robusta Conforme descrevem Harmon Jones e Beer 2009 s o in meras essas t cnicas como avalia o de horm nios salivares eletromiografia sobressalto de piscada ocular mensura o do sistema nervoso aut nomo e g atividade eletrod rmica atividade cardiovascular e press o sangu nea eletroencefalografia potenciais relativos a eventos baseados em medidas eletroencefalogr ficas ERPs estimula o transcraniana e resson ncia magn tica funcional fMRI De forma geral os m todos listados permitem o desenvolvimento de projetos para a produ o de conhecimento sobre in meras quest es mas por sua natureza estes m todos se constituem em estrat gias eficientes de avalia o de processos afetivos e consequentemente autom ticos O uso de diferentes tipos de estrat gias como as descritas neste texto de forma simul
274. ntos observ veis no caso o que descrito pelo respondente com base em sua pr pria percep o A partir dos estudos quantitativos que s o maioria na agenda de pesquisa sobre comprometimento poss vel a utiliza o de an lises estat sticas sofisticadas para o teste de rela es entre vari veis com foco nos antecedentes e consequentes Dentre esses v m sendo estudados predominantemente vari veis de n vel micro organizacional satisfa o no trabalho valores individuais ocus de controle Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues conflito familia trabalho lideran a desempenho entre outros Mesmo com essa predomin ncia est o contempladas tamb m nas pesquisas vari veis de n vel macro como suporte organizacional pol ticas de gest o clima cultura e valores organizacionais Como limita o dos delineamentos quantitativos que repercutem na pesquisa obre v nculos temos frequentemente apontado os poss veis efeitos da desejabilidade social ou a avalia o feita pelo indiv duo do que esperado como resposta Assim do mesmo modo que a medida do v nculo depende da percep o dos indiv duos a respeito de seus comportamentos e de sua avalia o a respeito da organiza o esses processos s o acompanhados por vieses em geral traduzidos nas margens de erro dos resultados encontrados Os estudos quantitat
275. ntrevistas iniciais foram realizadas individualmente uma semana antes de dar in cio primeira oficina em uma sala privada na pr pria institui o As pesquisadoras iniciaram uma entrevista aberta partindo de um roteiro que continha quest es sobre a rela o atual do idoso com o corpo a rela o atual que o mundo a m dia as pessoas o consumo tem com o corpo e as expectativas quanto s oficinas que propunham rela es com o corpo atrav s de dan a e movimento corporal Estas mesmas quest es foram retomadas nas entrevistas finais na semana seguinte ltima oficina nas quais procuramos compreender as rela es do idoso com o corpo e com o mundo ap s terem participado de oficinas de movimento assim como seus sentimentos pensamentos e percep es de mudan as a partir desta experi ncia As oficinas foram planejadas com base nos seguintes temas pr definidos primeiramente seria levantado no grupo a quest o sobre o que corpo buscando provocar um pensar sobre suas rela es com o corpo e desse com o mundo em seguida problematizar amos a quest o do Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti corpo do idoso na sociedade atual a partir disso proporiamos a viv ncia de cada parte do corpo explorando suas possibilidades e proporcionando a intera o entre os participantes atrav s do movimento corporal e da improvisa o de movimento
276. ntroverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos Foucault M 2004 Vigiar e punir nascimento da pris o Petr polis RJ Vozes Fukuyama F 1992 O fim da hist ria e o ltimo homem Rio de Janeiro Rocco Gullar F 2005 A coisa est branca Folha de S Paulo 15 maio Ilustrada Caderno 5 p 12 Jord o C 2008 A invas o do politicamente correto ISTO 08 set Recuperado de http www istoe com br reportagens 8822 A INVASAO DO POLITICAMENTE CORRETO Klemperer V 2009 LTI a linguagem do Terceiro Reich Rio de Janeiro Contraponto Lefort C 1994 Claude Lefort ataca a cr tica conformista Folha de S Paulo 20 de mar Recuperado de http almanaque folha uol com br entrevista filosofia claude lefort1 htm Lessa 2012 Nossa lingual nossa alma BBC Brasil Colunistas 29 de fevereiro Recuperado de http www bbc co uk portuguese noticias 2012 02 120229 ivan lessa rw shtmil Lima A F org 2012 Psicologia social cr tica paralaxes do contempor neo Porto Alegre Sulina Lind W 2000 The Origins of Political Correctness Recuperado de http www academia org the origins of political correctness Lipovetsky G 2005 A era do vazio Barueri SP Manole Mendes A 2005 O politicamente correto denovo Blog do Noblat 06 de maio Recuperado de http oglobo globo com pais noblat posts 2005 05 06 0 politicamente correto de novo 22362 asp MPF MG 2
277. o Trabalho contempor nea Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Social e da Sa de Claudio Vaz Torres Ronaldo Pilati S nia Regina Fernandes Introdu o Este artigo apresenta diferentes abordagens metodol gicas de investiga o em Psicologia Social Psicologia do Trabalho e Sa de Ps quica Representam um painel e servem de fonte de refer ncia com rela o s abordagens metodol gicas e mensura o nas respectivas reas Em um primeiro momento s o discutidos os procedimentos de mensura o dos processos impl citos em Psicologia Social fornecendo uma categoriza o dos m todos mais utilizados para a avalia o dos processos autom ticos Em seguida explora se o entendimento de sa de e doen a na rea Sa de Coletiva como mola propulsora da escolha entre estrat gias metodol gicas adotadas em Psicologia do Trabalho e sa de ps quica oferecendo uma discuss o sobre as repercuss es de tais abordagens para os estudos da rea Finalmente procura se promover um debate entre os temas discutidos pelos autores Estrat gias de Mensura o de Processos Autom ticos Nossas explica es dos mecanismos naturais nunca s o finais apenas tornam se mais eficazes medida que descrevemos dados cada vez mais precisos S o narrativas que constru mos a partir da nossa fant stica capacidade de inventar ins
278. o ao p blico gay e constataram posi es conservadoras a este respeito O referido estudo evidenciou que o preconceito contra os homossexuais coaduna com o desejo dos heterossexuais de manter tradi es referentes ao g nero tais como a conserva o do modelo heteronormativo O mesmo revelou tamb m correla o negativa para proceder sem preconceito entre a motiva o interna e os valores normativos como a religiosidade sinalizando que as pessoas atravessadas por cren as dessa ordem agem sem preconceito sobretudo em fun o das press es sociais do que mesmo de suas convic es internas Os dados encontrados por Toneli et al 2003 corroboram esses achados O sentimento de exclus o dos homossexuais t o significativo que mesmo os que nunca sofreram algum tipo de preconceito em rela o a sua orienta o sexual temem serem v timas de atitudes dessa ordem Em pesquisa com esse p blico Madureira e Branco 2007 identificaram em suas narrativas o medo das retalia es tanto por parte dos amigos quanto da fam lia sendo muitas vezes necess rio mentir e ou omitir a pr pria orienta o sexual em prol da coexist ncia das rela es Em pesquisa realizada por Fernandes e Santos 2009 com o objetivo de conhecer as estrat gias utilizadas pelos sujeitos homossexuais para enfrentar o preconceito foi constatado que o foco no problema an lise direta dos fatores estressores e a busca por suporte social busca de apoio de pessoas pr
279. o categ rico em especial das representa es estereotipadas a respeito da categoria social qual o alvo do julgamento pertence Este processo acarretaria julgamentos imprecisos e r pidos facilitando a forma o da impress o a partir de informa es consistentes com os estere tipos Se as circunst ncias forem outras se a pessoa estiver motivada por exemplo se estiver fazendo parte de uma equipe de trabalho com a pessoa objeto do julgamento passar a levar mais em considera o as pe as de informa o incompat veis com a representa o estereotipada da categoria qual o alvo pertence conduzindo um processamento mais individualizado e menos centrado em representa es estereot picas O modelo de Gilbert 1989 se refere a dois est gios na forma o de impress es Em um primeiro momento a impress o formada a partir de infer ncias a respeito dos tra os atribu veis pessoa objeto do julgamento mediante o racioc nio inferencial em que se identificam as caracter sticas da pessoa e fun o da repeti o sistem tica de comportamentos compat veis com os tra os psicol gicos previamente postulados Em uma etapa ulterior da forma o de impress es o percebedor tender a abandonar as infer ncias a respeito dos tra os psicol gicos e passar a levar em considera o as pistas presentes na situa o formulando atribui es tanto a respeito das atribui es internas quanto das atribui es externas para os comporta
280. o com os estudos acad micos do psic logo franc s Clot 2006 2010 A Cl nica da Atividade de acordo com Clot 2006 considera que o trabalho uma atividade dirigida em 3 Nesse trabalho optou se por adotar Vigotski conforme as tradu es de Paulo Bezerra das obras do pensador russo para o portugu s Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Deivis Perez situa o concreta real que composta pelo comportamento e pela subjetividade do trabalhador pelas prescri es da tarefa e sua efetiva realiza o pelos instrumentos concretos e semi ticos usados pelos profissionais e pelo coletivo de trabalho que s o os colegas coordenadores ou chefes assistentes entre outros A perspectiva desenvolvimentista vigotskiana orienta a Cl nica da Atividade de acordo com Clot 2010 2006 na compreens o do trabalho humano que definido como experi ncia que permite a modifica o do meio o desenvolvimento e a transforma o do homem por interm dio do est mulo que o trabalho oferece articula o entre a a o individual e a atividade coletiva o que faz emergir e consolidar as capacidades de indiv duos e grupos Trata se de perspectiva ampliada da no o de trabalho que reconhece a sua relev ncia para a realiza o das potencialidades humanas sob a influ ncia de Vigotski que a Cl nica da Atividade defende que o trabalho um fen meno social e psicol gico e que a Psicologia um
281. o ele predefinido em diversos documentos produzidos pelas empresas ou pelas institui es que d o instru es modelos modos de emprego programas etc Portanto o trabalho prescrito constitui se como uma representa o do que deve ser o trabalho que anterior sua realiza o efetiva J a express o trabalho real designa as caracter sticas efetivas das diversas tarefas que s o realizadas por um trabalhador em uma situa o concreta Bronckart 2006 p 208 O trabalho interpretado de acordo com Machado 2007 composto pelo conjunto de reflex es e an lises que o trabalhador elabora sobre a sua pr pria atividade laboral ap s ela ter sido realizada O trabalho interpretado se expressa no discurso e nas representa es constru das pelo trabalhador acerca do conjunto de suas atividades cotidianas Inclui os conceitos e teorias adotadas pelo indiv duo em seu trabalho suas motiva es o modo como ele percebe as a es realizadas bem como as responsabilidades assumidas no espa o em que executa o seu of cio Neste estudo foi adotado como referencial te rico metodol gico a Cl nica da Atividade que se insere nas Ci ncias do Trabalho particularmente no campo da Psicologia do Trabalho De modo complementar foram utilizados os aportes do Interacionismo Sociodiscursivo ISD sobre os diferentes tipos de trabalho conforme defini es anteriormente apresentadas A recolha de dados foi realizada por interm
282. o longo de dez anos 2002 2012 2009 8 2007 6 2010 4 2008 3 2002 2 2003 2 2011 2 2012 2 2004 1 2005 1 2006 1 Quando foi avaliado o v nculo institucional do primeiro autor se constatou que os trabalhos s o produzidos sobretudo por estudiosos do sudeste 10 seguido do nordeste 8 sul 7 centro oeste 3 e norte 1 relevante registrar tamb m que dos trinta e dois trabalhos listados dezoito s o estudos emp ricos e os outros quatorze s o trabalhos te ricos Sobre as reas da psicologia que se fundamentam os textos encontrados constatou se o predom nio de trabalhos na rea da psicologia social 22 seguidos de trabalhos mistos 8 que n o seguem uma rea te rica nem uma teoria espec fica e por fim de trabalhos fundamentados na teoria psicanal tica 2 Em rela o especificamente ao m todo utilizado nos estudos emp ricos se sobressairam as pesquisas qualitativas 27 compostas por estudos de caso e ensaios te ricos seguida das que mesclam metodologias quantitativas e qualitativas 4 e por ltimo as quantitativas 1 com o uso de escalas e question rios No que se refere aos participantes dos estudos constatou se que quatro foram realizados com homossexuais do sexo masculino dois com homossexuais do sexo feminino tr s com homossexuais tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino e os demais com a popula o em geral familiares 1 estudantes universit rios 4 professo
283. o organizacional Al m da transfer ncia de aprendizagem o grupo de pesquisa passou a estudar o uso de estrat gias de aprendizagem no trabalho EATs procurando trazer luz o que os trabalhadores fazem para aprender no local de trabalho e n o no que as organiza es fazem por meio de T amp D para que esses trabalhadores aprendam Os preditores de aprendizagem no trabalho est o relacionados s caracter sticas individuais contextos organizacionais e aspectos do posto de trabalho As contribui es trazidas por esse grupo auxiliam sobremaneira ao fortalecimento da gest o de pessoas e principalmente a tornar mais efetiva as a es de treinamento e desenvolvimento al m de permitir a compreens o do uso de estrat gias de aprendizagem pelo trabalhador brasileiro Dois preditores do conjunto de preditores da transfer ncia de T amp D para o trabalho apontados por Jairo Borges Andrade merecem destaque o suporte organizacional e comprometimento afetivo O primeiro porque segundo Jairo Borges Andrade pode chegar a predizer mais de 50 da variabilidade dessa transfer ncia e tamb m por causa de suas interfaces com o terceiro relato de pesquisas sobre aprendizagem organizacional Ao passo que o segundo preditor de transfer ncia de T amp D aqui destacado comprometimento afetivo mostra resultados instigantes com a transfer ncia de compet ncias adquiridas por meio de T amp D para o trabalho se o comprometimento com a Rev
284. o sa de versus doen a ou seja como sendo uma patologia pass vel de cura Santos amp Fernandes 2009 Atualmente muitos discursos giram em torno das quest es relacionadas homossexualidade inclusive sobre a possibilidade de tratamento Conforme Dunker e Neto 2010 estas premissas se constituem como ponto nevr lgico quando se refere homossexualidade egodist nica em que a orienta o sexual do sujeito n o est em harmonia com seu desejo podendo este conforme a Organiza o Mundial de Sa de OMS procurar tratamento Neste caso a homossexualidade concebida como um transtorno pass vel de cura sendo considerada raz o de sofrimento pelo pr prio indiv duo Belmonte 2009 Para tais autores no Brasil esta ideia de cura da homossexualidade est ligada ao discurso religioso conservador que se intensificou entre as d cadas de 1980 a 2000 provocando rela es conflituosas Outra quest o bastante pol mica concerne aos estudos que tecem considera es sobre a possibilidade da homossexualidade estar ligada a uma condi o gen tica Contudo Menezes e Brito 2007 afirmam que os estudos realizados n o se baseiam em evid ncias emp ricas consistentes Conforme essas autoras a dificuldade em localizar os supostos determinantes biol gicos que explicariam o comportamento homossexual pode estar atrelada a proposi o de que o padr o homossexual mant m rela es com a variabilidade o alargamento do prazer sexual e com que
285. o socio hist rico e cultural Certamente posicionamentos em rela o a esses pressupostos repercutem na cren a a favor ou contra a comensurabilidade dos paradigmas Afinal eles podem dialogar entre si fato que os m todos est o apoiados em abordagens te rico conceituais Tudo isso torna desafiador a ado o de m todos mistos para al m do modismo no discurso Alguns autores e g Bryman amp Bell 2007 Cherryholmes 1992 Mir amp Watson 2000 optam por uma solu o pragm tica e defendem a independ ncia do m todo Afirmam que a escolha do m todo deve estar apoiada no crit rio de funcionalidade para abordar o fen meno evitando 4 Esta se o se refere comunica o da autora S nia Maria Guedes Gondim Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Maria Guedes Gondim esclarecer de modo expl cito como manejar as contradi es ontol gicas e epistemol gicas ai implicadas Outros avan am um pouco mais e g Greene amp Caracelli 1997 afirmando o car ter dial tico do m todo em que m ltiplas e contradit rias vis es da realidade levam a uma s ntese integradora Ou seja a ado o mista de m todos qualitativos e quantitativos levaria a uma s ntese mais compreensiva do fen meno investigado o que relativizaria as contradi es epistemol gicas e ontol gicas No entanto n o h consenso sobre a independ ncia do m todo
286. ocessos de aquisi o e reten o o que tem certa equival ncia com o papel j descrito para os fatores instrucionais no contexto de T amp D A busca de ajuda interpessoal mais utilizada em postos de trabalho em que pouco se usam tecnologias da informa o e intensamente se utiliza a intera o interpessoal A busca de ajuda em material escrito utilizada em cargos menos complexos A aplica o pr tica intensificada ao longo dos 10 primeiros meses de trabalho de dirigentes municipais em primeiro mandato Quando h altera o no escopo do trabalho de funcion rios p blicos h um aumento de v rias EATs mas as de repeti o mental diminuem Por outro lado estas aumentam quando h ruptura do modelo de trabalho realizado por eles enquanto outras EATs diminuem em frequ ncia Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues No contexto de empresas junior encontramos que seus membros quando acompanham analises de cen rios dessas empresas utilizam mais reflex es intr nsecas e extrinsecas Estas duas EATs al m disto s o mais frequentes entre gestores dessas empresas do que entre membros n o gestores Entre esses gestores encontramos que os inexperientes t m mais dificuldade para descrever EATs cognitivas quando comparados aos experientes embora utilizem com mais frequ ncia as EATs em geral EATs Comportamentais Busc
287. odo tempo capturando as rela es os discursos os corpos fazendo os produzirem a favor de um mercado de consumo e retirando a pot ncia de vida e de singulariza o dos corpos envolvidos Tal inconsciente maqu nico capital stico refere se a conex es inconscientes de for as que produzem certa subjetividade Deste modo entende se que uma subjetividade se d na constitui o n o de um sujeito nico mas de sujeitos mundo As rela es com os padr es corporais agenciam toda uma ind stria de produ o desde produtos de beleza at terapias e medicamentos para patologias ligadas a tais padr es dos corpos e dos modos de vida produzindo subjetividades submissas a essa l gica das rela es Para Guattari 1999 as produ es de subjetividades capital sticas est o ligadas constru o de individualidades percep o do pr prio corpo em rela o a um modelo ideal com base em padr es socialmente definidos ou seja a subjetividade essencialmente fabricada e modelada no registro do social e os cuidados com o corpo e com a sa de est o no centro deste processo maqu nico Mesmo com toda essa modula o social que vivemos nas rela es com os corpos e com a pr pria sa de sempre haver escapes e processos de singulariza o que fazem fugir todo direcionamento da vida ao consumo Existem nesses fluxos vontades de produ o de novos encontros de afec es que componham outros tipos de subjetividades que descolem as pr
288. odos de rela o H sempre um processo descontinuo com regress es desist ncias e tamb m enfrentamentos e cria es de novos modos de rela o buscando as linhas de pot ncia nesse processo e abandonando as de destrui o O que est em jogo nesse processo s o OS corpos e as rela es constru das a todo tempo a partir dos encontros Gil 2004 apresenta uma vis o do corpo que ao entrar em movimento produz novos sentidos de suas pr prias produ es e afirma que o corpo que dan a se modifica e se configura em corpo inst vel n o como um sistema mec nico Comp e mais que um corpo f sico tamb m composto pelas marcas da subjetividade sendo esta entendida como espa o de conex es coletivas que se relaciona com o mundo e afetada por esses encontros Segundo Deleuze 1999 p 47 o movimento o pr prio ato da pot ncia Fazer o movimento passar ao ato estabelecer a rela o humana Os encontros dos corpos tornam Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Juliana Soares Bom Tempo amp Fernanda Vitti poss veis vari veis campos de experimenta o que excedem a organiza o do que planejado permitindo a viv ncia e proporcionando uma transforma o destes corpos Esta transforma o poss vel atrav s da movimenta o dos corpos que s o essencialmente dan antes e potencializadores da vida Deleuze 2002 define o corpo em duas maneiras a primeira de qu
289. odu es subjetivas do capital que retirem os corpos das rela es de submiss o aos padr es e aos discursos de beleza e sa de Trata se das produ es de outras sa des uma sa de que pouco tem haver com as adapta es requeridas por essas rela es com um meio cultural que prima pela falta e pelo d ficit Antes trata se de uma sa de que produz certa po tica ao criar novas rela es com os corpos e com a vida Uma esp cie de sa de po tica que nada tem haver com uma sa de ps quica est vel e bem adaptada Esta ltima se avalia efetivamente segundo o crit rio de fidelidade a um c digo resultante de um processo equilibrado de identifica es do ego com imagens dos personagens que comp em o mapa oficial do meio em que se vive Rolnik 2006 p 7 Diante dessas concep es nas oficinas de movimento que propomos junto a idosos houve uma implica o com a pot ncia cl nica desses processos po ticos de produ o de uma dan a e de rela es outras com os corpos Uma mistura entre arte e cl nica que se alia cria o de um terreno h brido na abertura dos corpos para a produ o de uma cl nica po tica Construimos um trabalho em oficinas de movimento que se prop s a intervir nos regimes de rela es dos afetos entre corpos contando com nossos encontros iniciais com movimentos est veis e enrijecidos Frente a isso procuramos tatear tais campos e criar abalos que abrissem os corpos inven o de outros m
290. oe S M 2008 Modern approaches to conceptualizing and measuring human life stress Annual Review of Clinical Psychology 4 33 52 doi 10 1146 annurev clinpsy 4 022007 141207 National Environmental Justice Advisory Council NEJAC 2004 Ensuring risk reduction in communities with multiple stressors environmental justice and cumulative risks impacts Washington DC United States Environmental Protection Agency Organiza o Mundial da Sa de 2001 Clasificaci n internacional del funcionamiento de la discapacidad y de la salud Ginebra Ryff C 1998 Happiness is everything or is it Explorations on the meaning of psychological well being Journal of Personality and Social Psychology 57 1069 1081 doi 10 1037 nh0054778 Ryff C amp Keyes C 1995 The structure of psychological well being revisited Journal of Personality and Social Psychology 69 719 727 doi 10 1037 0022 3514 69 4 719 Sanchez E Garrido A amp Alvaro J L 2003 Un modelo psico sociol gico para el estudio de la salud mental Revista de Psicologia Social 18 1 17 33 doi 10 1174 02134740360521750 Santos A F 2010 Determinantes psicossociais da capacidade adaptativa um modelo teorico para o estresse Tese de Doutorado nao Publicada Universidade Federal da Bahia Salvador Schnittker J amp McLeod J D 2005 The social psychology of health disparities Annual Review of Sociology 31 75 103 doi 10 1146 annurev soc 30 01270
291. ofessores em forma o discutiam analisavam e compartilhavam mutuamente e com o formador a constru o de sentido e significado textual e por consequ ncia a pr pria linguagem escrita O papel do formador era mediar a busca de refer ncias que permitissem articular o conte do e o sentido do texto proposto pelo software com a hist ria de vida de cada participante do processo educativo e com o contexto sociocultural pol tico hist rico e econ mico no qual est inserido a atividade coletiva e colaborativa associada constante busca de refer ncias significativas entre o contexto mais amplo e os alunos professores em forma o que aproxima o trabalho dos formadores da vis o hist rico cultural de educa o e desenvolvimento humano Os dados de campo da pesquisa apontaram tamb m que a linguagem tem tica central do curso estudado foi trabalhada no processo formativo a partir do debate e an lise dos significados e sentidos das palavras e dos textos dispon veis no software Sherlock que eram estudados pelo conjunto de docentes em capacita o Este modo de tratar a linguagem tamb m apresenta rela o com a vis o hist rico cultural de Vigotski Para o autor o significado apenas uma das zonas do sentido a mais est vel e precisa Uma palavra adquire o seu sentido no contexto em que surge em contextos diferentes altera seu sentido Vigotski 1934 2000 p 181 De acordo com Leontiev 1954 2004 p 102 o que estabe
292. ogo P rez Nebra A R 2010 Consumo de beleza um estudo da rela o entre automatismo e comportamento Tese de doutorado n o publicada Instituto de Psicologia Universidade de Bras lia Bras lia Perugini M Conner M amp Gorman R O 2011 Automatic activation of individual differences A test of the gatekeeper model in the domain of spontaneous helping European Journal of Personality 25 6 465 476 doi 10 1002 per Perugini M amp Prestwich A 2007 The Gatekeeper Individual differences are key in the chain from perception to behavior European Journal of Personality 21 3 303 317 doi 10 1002 per Rabelo A L A Hees M A G amp Pilati R 2012 A modera o da prosocialidade entre o priming e a inten o de gentileza PSICO 43 2 163 173 Ribeiro D 1997 O povo brasileiro A forma o e o sentido do Brasil S o Paulo Companhia das Letras Ryff C D 1989 Happiness is everything or is it Explorations on the meaning of psychological well being Journal of Personality and Social Psychology 57 6 1069 1081 doi 10 1037 0022 3514 57 6 1069 Sampson E E 1988 The debate on individualism Indigenous psychologies of the individual and their role in personal and societal functioning American Psychologist 43 15 22 doi 10 1037 0003 066X 43 1 15 Schroder T amp Thagard P 2013 The affective meanings of automatic social behaviors Three mechanisms that explain priming
293. olifera o de estudos realizados no pa s que mesmo perseguindo fen menos diferentes e g Influ ncia Social Preconceito e Discrimina o s o marcados por uma similaridade a influ ncia de uma cultura individualista A partir das propostas hist ricas de Freud e William James de inconsciente e habilidade respectivamente nasceram duas tradi es de pesquisa Wegner amp Bargh 1998 A primeira relacionada fundamentalmente ao estudo inconsciente ou seja ao estudo por meio de priming enquanto a segunda se refere resolu o de problemas comparando as diferentes habilidades de faz lo Todavia parece n o haver uma refer ncia na literatura que tenha feito uma ponte hist rica das influ ncias das diferentes tradi es de pesquisa no estudo do fen meno de acessibilidade P rez Nebra 2010 Talvez possa se considerar que um esfor o de constru o de liga es entre diferentes tradi es de pesquisa est sendo feito pelo crescente movimento da Psicologia Positiva e g Warr 2007 que se debru a sobre os aspectos positivos da experi ncia humana Todavia vale ressaltar que ainda n o h um consenso sobre a defini o de uma das principais vari veis de interesse desse movimento o bem estar do indiv duo Embora pare a claro que o trabalho seja componente fundamental para a constru o do bem estar poucos s o os modelos te ricos e pesquisas emp ricas sobre este construto e seus antecedentes As duas principais corr
294. om organiza es sociais e ao Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Sonia Regina Fernandes Elza Techio amp Andr Faro conhecimento de novas rela es Basabe 2004 Deve se assinalar que em situa es extremas tais como as de viol ncia coletiva as v timas quando comparadas com grupos normativos n o v timas tendem a manifestar menores n veis de qualidade de vida e sa de mental Frequentemente a viol ncia coletiva provoca nas pessoas algum grau de incapacidade ou seja algum n vel de defici ncia de natureza f sica psicol gica ou outras Assim quando se compara o grau de satisfa o com a vida percebe se que 68 das v timas com incapacidade afirmam estar satisfeitas ou muito satisfeitas com a vida se comparadas com 90 dos n o incapacitados Ainda que as v timas de viol ncia apresentem n veis menores de satisfa o com a vida a maioria diz estar satisfeita Diener Suh Lucas amp Smith 1999 Estudos de acompanhamento sobre os efeitos do holocausto n o encontraram diferen as relevantes no grau de satisfa o com a vida SWL entre as v timas diretas 4 66 e as n o v timas 4 5 Essa tend ncia tamb m foi observada com a balan a de afetos as v timas apresentavam valores de afetos positivos similares 0 49 aos valores das n o v timas 0 40 Entretanto outros estudos Shmotkin amp Lomranz 1998 t m demonstrado que os sobreviventes de cat s
295. omp em este artigo De um lado a busca do entendimento da g nese de uma atitude que tem ao longo de muitos anos se constitu do como um dos maiores problemas das rela es intergrupais e como uma das principais causas de conflito social Augoustinos amp Reynolds 2001 e de mal estar psicol gico Major McCoy Kaiser amp Quinton 2003 Por outro lado as duas comunica es pontificam outro aspecto fundamental em suas an lises o de que o preconceito resulta de cren as que s o socialmente constru das e compartilhadas e que passam por processos de difus o e aprendizado na sociedade muitas vezes utilizando como ve culo os meios de comunica o de massa e impactando as pessoas muito antes de elas possu rem um ju zo cr tico sobre o que veem e ouvem Al m desses encontros te ricos os dois textos que comp em este artigo apresentam abordagem metodol gica rigorosa com evid ncia emp rica que integra processos mais cognitivos como a forma o de estere tipos com processos mais societais como a difus o de cren as A articula o de n veis de an lises uma atitude fundamental no entendimento de um fen meno multicausal como o preconceito Efetivamente o preconceito um problema intrapsicol gico uma vez que s o os indiv duos que o expressam mas tamb m e ao mesmo tempo uma quest o interpessoal uma vez que aprendido e expresso nas rela es entre as pessoas simultaneamente intragrupal pois decorre de percep
296. onais de forma congruente com a tend ncia que domina a investiga o em outros campos da psicologia A import ncia assumida pelas vari veis cognitivas nos estudos organizacionais deve se ao reconhecimento de que a natureza do ambiente ao qual o indiv duo responde ao menos parcialmente constru da pelo pr prio indiv duo nos seus processos de intera o social Ou seja a crescente vis o do fen meno organizacional como socialmente constru do atrav s da intera o entre atores relevantes Certamente n o existe hoje um t pico de investiga o dos mais tradicionais aos mais recentes que n o seja tocado por enfoques simb licos Os autores que revisam o campo de estudos sobre cogni o e organiza o mant m a distin o entre os dominios micro e macro organizacionais Ilgen amp Klein 1988 Lord amp Maher 1989 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marcos Emanoel Pereira amp Ant nio Virg lio B Bastos 1991 Walsh 1995 H um amplo reconhecimento de que os processos micro organizacionais tradicionalmente foram estudados sob uma perspectiva cognitivista pelo peso dos estudos sobre cogni o social no campo da Psicologia Social rea dos estudos psicol gicos mais diretamente associada aos estudos organizacionais Como entender as rela es entre membros de uma equipe os processos de avalia o de desempenho o comportamento da lideran a os conflitos e processos de
297. onsidera que a ativa o de estruturas cognitivas ocorre por meio de pacotes organizados em uma estrutura cognitiva dispersa baseada em redes neurais que funcionam de forma interconectada Estas ativa es ocorrem de maneira autom tica por meio de t cnicas que t m sido genericamente chamadas de priming Em geral estes procedimentos exigem alto controle experimental e sua ideia geral avaliar o efeito de interfer ncia assimila o ou contraste que um conte do ativado automaticamente exerce sobre uma ou mais vari veis dependentes n o explicitamente conectadas categoria ativada ao menos para o participante da pesquisa A terceira categoria diz respeito a t cnicas que permitem avaliar rea es do sistema nervoso aos procedimentos experimentais que eliciam processos autom ticos sejam relativas a potenciais relacionados a eventos ou a imagem cerebral Esta categoria engloba m ltiplas estrat gias largamente difundidas nas neuroci ncias mas que t m sido amplamente empregadas em uma rubrica do conhecimento recente chamada de neuroci ncia sociocognitiva que tem contribu do com avan os significativos para a compreens o dos processos autom ticos e seus efeitos no comportamento social A seguir s o apresentados alguns exemplos de mensura o de cada uma das tr s categorias de medida bem como a cita o de refer ncias pertinentes pesquisa emp rica com o uso da t cnica e ou cap tulos de revis o que podem aprofundar a discus
298. or Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea defasadas Assim resultados das pesquisas do grupo de aprendizagem organizacional promovem mais evid ncia desse fen meno As diferen as de import ncia de itens de aprendizagem informal s o explicadas em raz o das caracter sticas de organiza o do trabalho Nas empresas do BMSF prevalecem o trabalho em grupo com cabo de turma e forte controle o que viabilizado pelas tarefas fechadas em parcelas e prescritas e a baixa autonomia dos trabalhadores Ao passo que no SERPRO o desenvolvedor atua com relativa autonomia em compara o com o trabalhador do BMSF Nesse caso podemos dizer que suas tarefas s o abertas o que comporta algum grau de discricionariedade em suas realiza es A import ncia dos suportes psicossociais e a falta de import ncia dos suportes materiais explicam se em raz o de caracter sticas intr nsecas a aprendizagens informais as quais segundo a literatura s o mais f ceis de transferir para o trabalho e para as quais os suportes materiais parecem funcionar como condi o necess ria aprendizagem Por exemplo sem a exist ncia de encomenda e de infraestrutura informatizada os desenvolvedores de projetos do SERPRO n o poderiam dar cabo de suas tarefas e consequentemente n o poderiam ao longo de seu trabalho aprender sobre softwares livres De igual modo sem as ferramentas de poda os trabalhador
299. or vez que foi reproduzido pela pessoa que estava direita na roda acrescentando um movimento pr prio e assim por diante at que todas as pessoas criassem um movimento Passamos ent o todos juntos a repetir os movimentos ao ritmo da m sica na ordem aprendida e depois cada um sua maneira livremente Ao final entregamos frutas aos presentes ma a banana carambola e mexerica com as quais dan aram e se relacionaram explorando os sentidos e mem rias com um comando de n o poderem comer a pr pria fruta podendo somente experimentar aquelas que pertenciam aos demais As pesquisadoras procuraram provocar o apetite dando sugest es ligadas s sensa es gustativas Posteriormente experimentaram todas as frutas inclusive as suas As frutas foram incorporadas ao processo a partir de suas apari es nos desenhos 3 A utiliza o desses objetos no trabalho ser descrita a seguir no relato das oficinas As escolhas de incluir esses objetos nas oficinas se deram inspirados nos trabalhos art sticos de Lygia Clark chamado Estrutura o do self pesqui sados nas perspectivas cl nicas por Suely Rolnik 2006 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade da primeira oficina com a inten o de corporific las observando a forma como os idosos se relacionavam com estas e com a emerg ncia de aspectos rel
300. orreto amp Direitos Humanos Queiroz 2004 lan ada em maio de 2005 pelo Governo Federal brasileiro ou em outro acontecimento mais recente transcorrido no m s de fevereiro de 2012 envolvendo uma a o do Minist rio P blico Federal de Uberl ndia MG contra o dicion rio Houaiss e sua editora por julgar que o dicion rio em quest o cont m express es preconceituosas e racistas relacionadas aos ciganos MPF MG 2012 Para o primeiro caso referenciamos os seguintes textos publicados pela chamada grande m dia Freire 2005 Gullar 2005 Jord o 2008 Mendes 2005 Ribeiro J 2005 Schwarcz 2005 e Zamboni 2012 Enquanto para a pol mica envolvendo o dicion rio apontamos os escritos igualmente publicados atrav s dos grandes ve culos de comunica o Albuquerque 2012 Brum 2012 Lessa 2012 e Rodrigues 2012 Em ambos os casos aqueles articulistas alguns completamente outros somente nestes epis dios citados vinculados a um discurso inclinado ao conservadorismo e defesa c nica Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos da liberdade de express o irrestrita repudiaram tais a es apontando de prontid o o car ter politicamente correto e portal entendimento delet rio destas Salientamos tamb m que tais textos ainda que n o sejam acad micos em formato de artigo cient fico
301. os verificando se forte competi o No caso do SERPRO empresa p blica da rea de inform tica o ambiente sist mico est vel tendo em vista que essa empresa goza de relativa reserva de mercado ainda que se verifiquem elevados n veis de exig ncia quanto ao atendimento de especifica es dos produtos servi os fornecidos As lacunas no conhecimento produzido s o indica es do quanto ainda necess rio pesquisar e refinar abordagens t cnicas e instrumentos de pesquisas em aprendizagem organizacional Apesar dessas lacunas algumas contribui es merecem destaque As pesquisas aqui comentadas apresentam como contribui o a possibilidade de se intervir nos processos de aprendizagem organizacional pelo aumento da variabilidade e intensidade dos mecanismos da aprendizagem individual apontam a maior import ncia relativa dos processos de aprendizagem informal aprendizagem essa que segundo a literatura mais f cil e diretamente transferida para o trabalho e simultaneamente menos dispendiosa embora n o viabilize a realiza o de inova es radicais e sugerem a exist ncia de rela es diretas e indiretas entre os processos de aprendizagem informal e os de aprendizagem organizacional influenciadas pelo suporte psicossocial percebido Tais resultados apontam empiricamente que os processos de aprendizagem individual informal s o estrat gicos para o desenvolvimento do conhecimento organizacional corroborando postula es
302. os com base em marcos de refer ncia social interpreta es coletivas Nesses casos o processo de emers o est presente e embora o atributo em an lise seja coletivo como no caso do clima o n vel individual pode ser adotado para a sua mensura o Entretanto isso n o significa dizer que a an lise deva ser realizada nesse n vel A partir dos dados coletados no n vel individual estrat gias anal ticas diversas devem ser adotadas para construir o fen meno enquanto atributo grupal Discorrendo sobre os processos de emers o assim como sobre a necessidade de alinhamento entre n vel te rico e n vel de an lise Chan 1998 lan a uma proposta compreensiva desse processo O autor oferece alternativas diversas para a compreens o de fen menos coletivos que surgem a partir de processos de composi o de atributos que se originam no n vel micro Segundo o autor o ponto de partida deve ser a compreens o da natureza te rica do fen meno em an lise e a partir dela o pesquisador pode adotar determinados caminhos que lhe permitam capturar o processo de emers o a partir do qual esse fen meno se constr i Os modelos propostos pelo autor s o cinco definidos como a aditivo b consensual direto c mudan a de referente d dispers o e e processo de composi o O modelo aditivo sob o ponto de vista te rico pressup e que o fen meno que se manifesta no n vel superior meso ou macro guarda similaridade com aquele do n vel m
303. os construtos da pesquisa objetivando se test los e valid los os quais foram denominados de modelo inicial modelo reespecificado e modelo com estimativas de cargas padronizadas Buscou se um modelo progressivamente mais adequado s medidas de ajustamento e valida o estat stica e aos pressupostos te ricos Ser o relatados nesta se o apenas os resultados do modelo com estimativas de cargas padronizadas tendo em vista que os escores padronizados eliminam unidades de medida substituindo as por uma unidade padronizada o que facilita a interpreta o dos resultados No modelo com estimativas de carga padronizadas os maiores coeficientes est o na rela o entre i aprendizagem em treinamento e aprendizagem em grupo de trabalho ii aprendizagem em treinamento e externaliza o escrita iii e aprendizagem com colegas e superiores e suporte psicossocial Todas essas rela es mostraram se estaticamente significativas ao n vel de p lt 001 Tamb m com expressivo coeficiente padronizado encontram se relacionadas vari veis end genas ao modelo aprendizagem por iniciativa pr pria e aprendizagem em treinamento e aprendizagem em grupo de trabalho e aprendizagem individual Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues Os resultados sugerem ainda que nos ambientes de trabalho onde prevalecem mecanismos de aprendizagem menos estrut
304. os grupos de pesquisa mais longevo e maduro da UFBA e que atualmente est sob o abrigo do Programa de P s Gradua o em Psicologia do Instituto de Psicologia da UFBA Inicia se com a discuss o das bases conceituais do termo organiza o tra ando a evolu o deste conceito para defender que h hoje um entendimento dominante de que as organiza es n o s o entidades e n o est o para al m dos indiv duos mas s o processos essa mudan a significa recolocar os atores no centro dos processos organizacionais ativos Essa vis o sociocognitiva das organiza es como ressaltado no texto p e ainda no centro dos estudos sobre esse fen meno quest es de estabilidade e de din mica Aponta tamb m o reconhecimento de que o fen meno organiza o abarca o n vel macro ou seja n o se limita ao n vel micro Acrescenta que todas essas mudan as de enquadramento e de defini o do conceito organiza o influenciam os estudos sobre comprometimento Discutindo a trajet ria dos estudos sobre comprometimento desde o trabalho pioneiro de Mayer e Allen que operacionalizou o conceito de comprometimento em bases afetiva instrumental e normativa luz das mudan as na compreens o do fen meno organizacional Ant nio Virg lio B Bastos Janice Janissek de Souza e Ana Carolina de Aguiar Rodrigues evidenciam a maturidade desse campo de pesquisa embora reconhe am que essa maturidade n o eliminou a polissemia conceitual e consequent
305. os trabalhadores e como esses comportamentos por sua vez repercutem no desenvolvimento dos v nculos Para alcan ar um conceito mais enxuto e preciso e para ampliar a compreens o do seu significado e das suas fronteiras temos cercado esse problema utilizando abordagens quantitativas e qualitativas Cada vez mais temos buscado articular essas abordagens para permitir simultaneamente o teste de rela es entre vari veis e a explora o da dinamicidade do fen meno Estudos compreensivos e longitudinais t m recebido maior aten o do grupo sem preju zo para os delineamentos que tradicionalmente v m contribuindo para os avan os na agenda de pesquisa Essa a agenda de trabalho do nosso grupo nos ltimos anos explorando outros consequentes e antecedentes para diferenciar o comprometimento organizacional desses dois v nculos entrincheiramento e consentimento que n s estamos agora propondo Aprendizagem no contexto de trabalho Apresentarei uma s ntese dos estudos que realizamos com o foco em aprendizagem no contexto de trabalho no Programa de P s Gradua o em Psicologia Social do Trabalho e das Organiza es PPG PSTO do Instituto de Psicologia da Universidade de Bras lia UnB Meu foco ser nos resultados das pesquisas das quais participei como pesquisador ou orientador ou em ambos os casos Esse trabalho come ou em 1989 fora da UnB No meu caso tudo iniciou na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Emb
306. p Silva F 2010 Julho A rela o entre formatos e consumo nos programas televisivos infantis Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunica o XII Congresso de Ci ncias da Comunica o na Regi o Nordeste Campina Grande Para ba Monteiro M B 1999 Meios de comunica o social e constru o da realidade social crescer com a viol ncia televisiva em Portugal Psicologia XII 2 321 339 Moscovici S 1961 La psychonalyse son image et son publique Paris PUF Moscovici S 2011 A Inven o da sociedade Sociologia e psicologia S o Paulo Vozes Moscovici S 2000 Representa es sociais Investiga es em psicologia social S o Paulo Vozes Oakes P J Haslam S A amp Turner J C 1994 Stereotyping and social reality Massachusetts Blackwell Oper rio D amp Fiske S T 1998 Racism equal power plus prejudice A social psychological equation for racial oppression In J L Eberhardt amp S T Fiske Orgs Confronting racism The Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia problem and the response pp 33 54 Thousand Oaks CA Sage Publications Peplau A L amp Fingerhut A W 2007 The close relationships of lesbian and gay men Annual Review of Psychology 58 405 24 doi 10 1146 annurev psych 58 110405 085701 Pereira C amp Camino L
307. plicar a capacidade de adapta o e vulnerabilidade ao adoecimento De forma mais ampla a Psicologia Social da Sa de tem a sua formula o a partir de aspectos te ricos conceituais e metodol gicos advindos dos dois campos Psicologia da Sa de Psicologia Social e suas respectivas interfaces Nessa dire o tenta compreender como se produziu se mant m ou transforma o processo de sa de ou de adoecimento Em seguida s o analisadas as concep es de sa de mental e a mudan a de eixo at recentemente dominada pela no o de sa de como a aus ncia de doen a aus ncia de sinais e sintomas inspirada no paradigma tradicional do modelo m dico poss vel adotar uma perspectiva mais ampla e contempor nea de sa de mental como um estado de bem estar f sico e emocional que incorpora tanto os afetos positivos como os negativos Esta nova perspectiva fortemente influenciada pela concep o da Organiza o Mundial de Sa de OMS sobre sa de e qualidade de vida E de forma particular incorpora os desenvolvimentos te ricos da Psicologia Positiva e suas contribui es para a no o de bem estar psicossocial Tamb m s o apresentados estudos emp ricos sobre as repercuss es da exposi o a situa es de viol ncia no bem estar E finalmente s o indicadas as fronteiras e limita es das abordagens analisadas Psicologia Social e Psicologia da Sa de Integra es Poss veis importante mencionar que a Psicologia da Sa
308. pode se apontar a partir dos dados coletados que as atividades de media o trabalho real e interpretado se caracterizam por uma aproxima o com a vis o hist rico cultural vigostkiana de educa o e desenvolvimento humano considerando entre outras coisas a busca constante por conferir ao processo educativo um car ter hist rico social e culturalmente situado guisa de conclus o cumpre notar conforme indicado anteriormente que h uma lacuna nos estudos especializados sobre o trabalho do formador de docentes particularmente para o campo da educa o profissional t cnica de n vel m dio Este estudo apresentou caracter sticas explorat rias desta tem tica e em fun o disso h limita es que n o se pode negar e ainda parece necess rio e adequado sinalizar que h necessidade de outras produ es acad micas capazes de a confirmar os achados da pesquisa por meio do exame da atividade de trabalho de um n mero maior de formadores b identificar e examinar os aspectos potencializadores e dificultadores do trabalho desta categoria profissional c investigar os condicionantes sociopoliticos e culturais espec ficos do processo formativo de docentes para a educa o profissional e portanto dos formadores de professores da rea entre outras A despeito disso preciso considerar que os resultados desta pesquisa sinalizam para a indispensabilidade e relev ncia de produzirmos saberes cient ficos que favore am a identi
309. por determinados grupos sociais que perpassa pela linguagem mas n o se encerram nesta At porque as palavras por si n o produzem os efeitos de sentido opressivos e discriminat rios o que possibilita a elas tais caracteres a exist ncia de suporte para a AD se houver condi es de produ o sociol gico e hist rico na forma o social para que haja uma ideologia por exemplo racista que se materialize num discurso que contenha marcas caracter sticas dessa ideologia Possenti 1995 p 131 A desconstru o intenta mormente propor uma perspectiva pol tica e social distinta daquela arraigada historicamente Evidentemente que isto se trata de certa idealiza o ou de utopia a ideia de uma sociedade na qual tais conflitos espec ficos estejam mitigados por completo e possa haver um igualitarismo baseado na indiferen a s diferen as como proposto por Safatle 2012 p 21 Todavia ao se rejeitar por completo esta outra possibilidade aventada por esse discurso politicamente correto por assim dizer propositivo tal qual descrevemos enfaticamente ca mos em um reafirmar continuo e acr tico de um mundo cerrado e im vel em que as domina es e as ciz nias sociais devem permanecer eternamente sem poderem sequer serem questionadas Ressaltemos por m que a proposi o de um igualitarismo amplamente disseminado e real entre os seres humanos n o anula ou pretende dissipar a exist ncia das diferen
310. por dilemas situacionais que fa am refer ncia a algumas situa es Desse modo coletamos opini es de profissionais das cidades de Recife e Salvador sobre quest es pr ticas tais como o que voc faria se um menino quisesse participar de uma turma de bal formada apenas por meninas ou uma menina desejasse jogar em um time de futebol composto apenas por meninos Acreditamos que ao apresentar situa es desse tipo podemos contornar a regula o das respostas pela moral do que considerado como politicamente correto e ter acesso aos posicionamentos dos participantes juntamente com os valores e cren as que lhes servem de justificativa A partir das primeiras an lises dos resultados podemos inferir que os agentes de ensino se posicionam contra a discrimina o baseada em g nero e orienta o sexual pelo menos quando ela parte de alunos e pais No entanto seus posicionamentos diante das situa es apresentadas levam nos a entender que est o mais preocupados com os comportamentos considerados como ind cios de homossexualidade do que com comportamentos explicitamente homof bicos Uma an lise geral dos estudos emp ricos apresentados aqui nos permite concluir que sobrevive uma vis o da homossexualidade enquanto fen meno antinatural que resulta de dist rbios biopsicol gicos No entanto h evid ncias de uma preocupa o com a press o social no sentido Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Marc
311. profissional os seus educandos e realizada com para e sobre aqueles que s o seu foco da a o profissional Tardif Lessard 2005 Para dar conta do trabalho de capacita o de outros professores os formadores utilizam um conjunto de instrumentos concretos e imateriais tais como software educacional a pr pria fala t cnicas de ensino din micas dramatiza es exposi o dialogada entre outros Parece relevante salientar que o dom nio dos instrumentos pr prios do seu trabalho notado pelos formadores como aspecto potencializador da sua atividade laboral e principalmente um componente que incrementa o n vel de satisfa o autopercebida em rela o ao trabalho Considerando os documentos norteadores trabalho prescrito do curso Educa o e Linguagem e tamb m aqueles que acompanham o software examinado foi poss vel afirmar que tanto os prescritores do curso quanto os idealizadores do Sherlock sugerem que os formadores adotem uma abordagem cognitivista de atua o especificamente aquela relacionada s pr ticas pr prias das pedagogias centradas no lema aprender a aprender Nesta concep o te rico pr tica o aprendiz estimulado constantemente a elaborar conhecimentos de forma aut noma e a media o do formador tem como foco incentivar os aprendizes a desenvolver estrat gias de pesquisa e busca ativa de informa es No tocante ao trabalho realizado pelos formadores de professores que participaram da pesquisa
312. propriedades mas em diferentes n veis o interesse central seria a sua captura ou mensura o ap s ter emergido para o n vel mais elevado No caso desse ltimo modelo a l gica subjacente que o interesse do pesquisador n o estaria na captura dos atributos est ticos mas nos aspectos din micos do construto Isto o interesse do pesquisador n o estaria no conte do do fen meno mas na compreens o da forma como ele se estrutura ao migrar do n vel individual para o n vel coletivo Assim o foco de interesse est na compreens o da forma como os elementos constitutivos organizam se e associam se em diferentes n veis Destaca todavia que para a investiga o emp rica desse modelo ainda n o se conta com uma proposta concreta de algoritmo que possa ser utilizado Contudo alguns trabalhos do campo das cogni es compartilhadas nos quais o interesse recai na investiga o da estrutura Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho das cogni es assim como na similaridade dessas estruturas adotam como estrat gia anal tica o Pathfinder Cooke Salas Cannon Bowers amp Stout 2000 Esse m todo permite identificar tanto os par metros que estruturam as cogni es como as rela es estabelecidas entre eles A partir dessas defini es poss vel comparar as estruturas cognitivas de diferentes indiv duos e verificar se elas
313. ps repositorio iscte pt handle 10071 2784 Pinto D P 2011 out Discrimina o Preconceito e Atitudes Relativamente a L sbicas Estudo numa Amostra de Estudantes de Enfermagem Disserta o de Mestrado Recuperados em http repositorium sdum uminho pt handle 1822 17832 Psicologia Conselho Federal 2013 jun Direitos Humanos Aprova o do PDC 234 2011 um retrocesso Not cias Conselho Federal de Psicologia Recuperados em http site cfp org br nota do cfp aprovacao do pdc 2342011 e um retrocesso para os direitos numanos Santos A F amp Fernandes S C S 2009 Enfrentamento locus de controle e preconceito um estudo com pessoas de orienta o sexual homoafetiva Psicologia em Revista 15 3 101 119 DOI 10 5752 P 1678 9563 2009V15N3P101 Santos E N 2008 Adolesc ncia homossexualidade g nero a psicologia s cio hist rica como um novo caminho Revista de Psicologia da Unesp 7 1 1 11 Recuperados de http www2 assis unesp br revpsico index php revista article viewArticle 92 121 Santos M A J nior J U B amp Moscheta M S 2007 Grupo de pais de jovens homossexuais Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo Revista Eletr nica Sa de Mental lcool e Drogas 3 2 1 16 Recuperado de DOI http dx doi org 10 1590 S1806 69762007000200002 Silva V G A 2007 ma
314. ptado de Brand o 2009 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho Fazendo uso de m todos mistos No que diz respeito ado o de m todos mistos de pesquisa em POT no Brasil suas potencialidades e desafios pode se formular as seguintes quest es 1 Ser poss vel aplicar com sucesso um m todo misto de pesquisa em estudo nacional 2 Os benef cios s o maiores do que as dificuldades 3 Quais s o esses benef cios 4 poss vel publicar a experi ncia completa em revista cient fica nacional ou internacional 5 Em que situa es o m todo misto aplic vel Aresposta s primeiras duas quest es sim pois h experi ncias bem sucedidas de aplica o de m todo misto em pesquisa nacional H v rios benef cios associados ao uso de m todo misto entre os quais a descri o mais detalhada do fen meno estudado e a formula o de explica es mais robustas v lidas e confi veis uma vez que se originam da triangula o de m todos e fontes de pesquisa As vantagens do uso desse tipo de abordagem metodol gica s o bem maiores do que as dificuldades Entretanto a publica o da experi ncia completa de estudos sequenciais mistos em apenas um artigo invi vel pela quantidade de p ginas destinadas a publica es de artigos em revistas cient ficas Os autores nesses casos publicam diversos artigos para que a
315. que algumas mudan as no mbito social legal e a pr pria promulga o da Declara o Universal dos Direitos Humanos na segunda metade do s culo XX contribu ram para o decl nio do preconceito e da discrimina o Por m defendem a ideia de que estes n o deixaram de existir mas apresentam se hoje de maneira mais sutil e velada isto de modo diferente daquelas expressadas em outros tempos Os autores supracitados constataram em pesquisa realizada com 135 estudantes de p s gradua o na rea de recursos humanos acerca de como estes avaliavam indiv duos homossexuais e heterossexuais com o objetivo de verificar a presen a de infra numaniza o no preconceito contra homossexuais que aos heterossexuais foram atribu das mais caracter sticas positivas em detrimento dos homossexuais Perceberam tamb m que as justificativas para a percep o negativa dos brasileiros com rela o ao a homossexual homossexualidade estavam ancoradas em causas abstratas na qual as pessoas se eximem de qualquer responsabilidade atribuindo a n o a si mesmas mas na o por exemplo Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo Toledo e Pinafi 2012 realizaram uma pesquisa com o intuito de identificar os correlatos valorativos das motiva es interna e externa eleitas pelas pessoas para se posicionarem sem preconceito em rela
316. que busquem identificar todo o processo pelo qual o sujeito homossexual se v perfilhando diante da viv ncia de sua sexualidade Aponta se tamb m a necessidade de revis es bibliogr ficas que possam compilar um maior acervo de estudos sobre a tem tica abrangendo uma maior variedade de descritores de idiomas e de reas do conhecimento al m da Psicologia Refer ncias Ara jo L F Oliveira J S C Sousa V C amp Castanha A R 2007 maio Ado o de crian as por casais homoafetivos Um estudo comparativo entre universit rios de direito e de psicologia Psicologia e Sociedade 19 2 95 102 Recuperados em http dx doi org 10 1590 S0102 71822007000200013 Bardin Laurence 1977 An lise de conte do Lisboa Edi es 70 Belmonte P R 2009 jun Hist ria da Homossexualidade Ci ncia e Contra Ci ncia no Rio De Janeiro Tese de doutorado Casa de Oswaldo Cruz FIOCRUZ Recuperados em http www fiocruz br ppghcs media tesepilarbelmonte pdf Britzman D P 2009 Professor s e Eros Educar UFRP 35 53 62 http dx doi org 10 1590 S0104 40602009000300005 Borges L S amp Spink M J P 2009 dez Repert rios sobre lesbianidade na m dia televisiva Desestabiliza o de modelos hegem nicos Psicologia e Sociedade 21 3 442 452 http dx doi org 10 1590 S0102 71822009000300018 Chidiac M T V amp Oltramari L C 2004 Ser e estar drag queen um estudo sobre a configuragao da ident
317. que n o conhecem a sexualidade sem um mundo de AIDS fam lias gays e l sbicas orgulho gay fertiliza o in vitro controle de natalidade direitos dos transexuais websites de informa o que excedem o conhecimento baseado na escola e rompem todo monop lio acerca da vis o de mundo Ferrari e Marques 2010 por sua vez avaliam o processo de exclus o que estabelecido na escola como sendo resultado de processos classificat rios e discriminat rios que acabam por legitimar a compreens o da realidade dos sujeitos envolvidos nesse contexto Muitas vezes no cotidiano escolar constata se que os alunos que n o se enquadram nos padr es considerados normais ficam s margens ou s o eliminados da conviv ncia social rotulados como produtos que n o se adaptam e ou n o atendem as expectativas Apesar de a escola ser por defini o um local privilegiado para o questionamento da realidade e para a transforma o social percebe se o silenciamento e o imobilismo dessa institui o frente as quest es das a es depreciativas como por exemplo a homofobia Cabe a escola trabalhar no sentido de promover projetos que possibilitem a emancipa o dos alunos reconhecendo e problematizando o que est posto como natural no cotidiano escolar Ferrari amp Marques 2010 No que tange ainternaliza o do preconceito quando muito forte e perniciosos os estere tipos as v timas tendem a aceit lo e a incorpor lo a sua autoimagem nutrindo
318. que o ser humano deve contar com dois sistemas que ofere am respostas para duas demandas de aprendizagem incompat veis Deve por um lado registrar de forma lenta cont nua e irrevers vel as informa es no ambiente de maneira que a representa o dos conte dos na mem ria retratem as experi ncias enfrentadas pelo percebedor ao longo da vida Este sistema se encarrega da elabora o da nossa vis o de mundo ou seja constitui um repert rio de conhecimento est vel e permanente que se forma de maneira lenta e n o est sujeito a ser modificado ou desestabilizado por novas informa es Ao mesmo tempo necess rio postular um sistema mais r pido capaz de identificar as mudan as mais sutis epis dicas e que muitas vezes dependem de informa es que se oferecem de forma repetida Dada a incompatibilidade desses dois sistemas de aprendizagem Smith e DeCoster 1996 sugerem que animais e humanos desenvolveram dois sistemas de mem ria um associativo e outro baseado em regras O processamento no primeiro sistema depende fundamentalmente de associa es entre as representa es especialmente pela via da similaridade da contiguidade ocorrendo de forma autom tica e fora da consci ncia enquanto no segundo sistema se fundamenta em regras que depende do racioc nio l gico n o depende de uma repeti o incessante de experi ncias dependendo de forma acentuada da capacidade da aten o e da motiva o ou seja da atividade consc
319. r Visibilidade do suposto passivo uma atitude revolucionaria do homossexual masculino Revista Mal estar e Subjetividade 7 1 71 88 Recuperados em http pepsic bvsalud org scielo php script sci_arttext amp pid S1518 61482007000100006 Silva S G 2003 Preconceito no Brasil Contempor neo as Pequenas Diferen as na Constitui o das Subjetividades Psicologia Ci ncia amp Profiss o 23 2 2 5 Recuperados de http www scielo br pdf pcp v23n2 v23n2a02 pdf Smigay K E V 2002 jun Sexismo homofobia e outras express es correlatas de viol ncia desafios para a psicologia pol tica Psicologia em Revista 8 11 32 46 Recuperados de http periodicos pucminas br index php psicologiaemrevista article view 136 Toledo L G amp Pinafi T 2012 A cl nica psicol gica e o p blico LBGT Psicologia Cl nica PUCRJ 24 1 137 163 Recuperados de http dx doi org 10 1590 S0103 56652012000100010 Toneli M J F Mendes D Vavassori M B Guedes T amp Finkler 2003 Jul Concep es e praticas de adolescentes do sexo masculino sobre sexualidade Psico USF 8 2 203 211 http dx doi org 10 1590 S1413 82712003000200012 Vieira L L F 2009 jun As Multiplas Faces da Homossexualidade na obra freudiana Revista Mal estar e Subjetividade 9 2 487 525 Recuperados de http pepsic bvsalud org scielo php pid S151861482009000200006 amp script sci arttext amp ting es Como Citar Alexandre M E S de L
320. r interessado a literatura do campo de mensura o impl cita Modelo da cogni o social Processamento dual O modelo vigente da cogni o social fruto dos desenvolvimentos advindos da capacidade de mensura o de processos impl citos al m de outros achados de pesquisa Atualmente se considera que a cogni o humana se organiza em um cont nuo dimensional de dois sistemas com caracter sticas idiossincr ticas distintas Evans 2008 Fiske amp Taylor 2008 O primeiro sistema tem sido nomeado de Sistema 1 e possui como caracter sticas de processamento ser impl cito autom tico de baixo esfor o r pido alta capacidade evolutivamente antigo paralelo pragm tico e associativo J o segundo nomeado de Sistema 2 e tem como caracter sticas ser consciente expl cito controlado alto esfor o baixa capacidade anal tico reflexivo evolutivamente recente abstrato e sequencial Esta nomenclatura relativamente consolidada tem sido utilizada mais recentemente na literatura da rea e seu mote agregar sob uma mesma denomina o processos investigados h mais de 40 anos em cogni o social psicologia cognitiva e nos estudos de julgamento e tomada de decis es Kahneman 2011 interessante notar que ainda que de forma independente por n o serem observadas cita es cruzadas v rios autores desenvolveram nos ltimos 30 anos mais de uma dezena de modelos te ricos que partilham da mesma met fora compreensiva da cogn
321. r no mercado de trabalho o racismo e movimentos afirmativos da homossexualidade Seguindo ainda o racioc nio de Belmonte 2009 no final da d cada de 1070 os movimentos de milit ncia homossexual ganharam for a e visibilidade engendrando na complexa tessitura da rede de reivindica es jornais ligados aos militantes reuni es de discuss o e ativismo construindo e fortalecendo assim uma identidade enquanto grupo social Contudo v lido ressaltar que apesar das transforma es propiciadas pelos movimentos homossexuais dessa poca as cr ticas e tens es n o deixaram de lhes permear no sentido de alertar para a nfase no g nero masculino que vinha sendo difundida reproduzindo por vezes a din mica das rela es de g nero estabelecidas pelos heterossexuais Um importante aspecto a ser destacado que o surto de AIDS na d cada de 1980 provocou mudan as na organiza o da milit ncia homossexual estabelecendo uma nova fase do movimento na qual as discuss es em rela o proposta da libera o homossexual foram colocadas em suspens o visto que nesse momento a preocupa o central consistia nas poss veis interven es e assist ncia s v timas Em raz o da notoriedade que a doen a alcan ou em todo o pa s pode ser evidenciado para a sociedade que o sujeito homossexual existe e que n o podia ser considerado como o outro na perspectiva de um continente a parte alheio realidade nacional Belmonte 2009
322. ra S o Paulo Martins Fontes Trabalho original publicado em 1934 Vigotski L S 2004 Teoria e m todo em Psicologia 3 ed C Berliner S o Paulo Martins Fontes Trabalho original publicado em 1927 Vigotski L S 2007 A forma o social da mente 7 ed J C Netto L S M Barreto S o Paulo Martins Fontes Trabalho original publicado em 1929 Como Citar Perez D 2014 Trabalho do formador de professores para a educa o profissional Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade Dance movement in the elderly implications in the body and production subjectivity Juliana Soares Bom Tempo Fernanda Vitti VY VA omovimentow A Kas v Paw o w ae ra O R 3 _ sa de amp Zc mimes E gaat processo G eoo E gt 3 Y gy qencontros rela es w OfiCIiNnds SS See jd OSOS pesquisa O 5 subjetividade f escalada A 2 sendo to gt co Ww U v l S subjetividades O Resumo Tendo em vista as exig ncias est ticas e capitalistas sobre o corpo e a desvaloriza o da pot ncia do corpo idoso na sociedade atual propusemos analisar a rela o dos idosos com o corpo e com o mundo e os efeitos da dan a e do movimento corporal na produ o de subjetividades A partir do m todo da cartografia de pesquisa interven o foram realizadas
323. rabalho do formador de professores para a educa o profissional Work Trainers of Teachers for professional education Deivis Perez Manamo r pa es Educa o rm w Ve v g atividade5 3 rm E DA Son g E ocas gt erlock D Ertan Deduca o snag E 5 UA Vigotski E Curso a a E aU amp instrumentos r 8 software Y q g m a Resumo Este artigo apresenta pesquisa sobre o trabalho do formador de professores para educa o profissional que objetivou examinar os instrumentos laborais destes profissionais a concep o de media o pedag gica subjacente aos textos prescritivos do trabalho e as matrizes te rico metodol gicas mobilizadas na atividade laboral O aporte te rico foi a Cl nica da Atividade vertente da Psicologia do Trabalho Adotou se a autoconfronta o simples para recolha dos dados que articula entrevista observa o an lise documental e registro em v deo do trabalho Foram volunt rios o coordenador e tr s formadores de curso de institui o educacional paulista Os resultados apontaram que o trabalho dos formadores atividade dirigida para outras pessoas com uso de instrumentos concretos e imateriais Os textos prescritivos sugerem a utiliza o da abordagem cognitivista de educa o mas na a o efetiva dos formadores adotou se perspectiva hist rico cultural de desenvolvimento humano Ao final h as limita es desta pesquisa e sinaliza se a necessidade de pro
324. ral religioso m dico cient fico e psicol gico Os autores sugerem a partir de tais dados a elucida o da tem tica atrav s de uma an lise psicossocial tendo em vista que ela assume um car ter complexo e din mico Psicologia e quest es de g nero Des construindo sentidos Mesmo reconhecendo os avan os da Psicologia para com as quest es de orienta o sexual a exemplo do enfraquecimento do paradigma da cura da homossexualidade ou de reorienta o das pr ticas desviantes percebe se que o vi s heterossexista ainda prevalece nas pesquisas e nas pr ticas psicol gicas Lacerda amp Camino 2002 N o de se negar que muitas vezes a Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo ci ncia psicol gica contribuiu decisivamente com as suas verdades para legitimar os pensamentos aversivos e negativos acerca da homossexualidade Guimar es 2009 Aponta se ainda que o preconceito assumido por alguns psic logos do tipo velado pois tratam a homossexualidade como um dist rbio que deve ser assumido e ou superado A pr pria resolu o 001 do Conselho Federal de Psicologia CFP que referencia a atua o do psic logo com rela o orienta o sexual estabelece que a homossexualidade n o se configura como uma doen a por m muitos psic logos ainda assumem a ideia de cura apoiando se em preceitos
325. ramas Priming pr social Barney e seus amigos Barney e Seus Amigos uma s rie de TV de anima o direcionada ao p blico infantil que foi criado em 1987 por Sheryl Leach A s rie apresenta Barney um dinossauro p rpura e verde de quase dois metros de altura seus amigos Baby Bop BJ e Riff e um grupo de crian as Juntos eles est o sempre preocupados em passar mensagens educacionais positivas para expectadores Costa amp Fran a 2011 A vinheta apresentada no estudo piloto um fragmento do epis dio Um mundo de amigos Nesse fragmento aparece Barney e um grupo de cinco crian as tr s meninos e duas meninas que aparentam ter entre oito e 12 anos Das cinco crian as duas s o negras duas s o brancas e uma oriental Elas est o se preparando para participar de uma feira sobre diferentes pa ses e convidam Barney para ir com elas Eles visitam o Qu nia conhecem os instrumentos musicais e animais desse pa s e Barney leva as crian as para fazer um Saf ri como se elas estivessem na frica No final da vinheta Barney e as crian as concluem que todas as crian as do mundo s o iguais mesmo que tenha culturas e costumes diferentes Costa amp Fran a 2011 Priming Racista S tio do Pica Pau Amarelo O S tio do Pica pau Amarelo uma cria o do escritor brasileiro Monteiro Lobato Os personagens principais moram ou passam boa parte do tempo no sitio de Dona Benta av de Narizinho e Pedrinho A hist ria con
326. rapa 9 Esta se o se refere comunica o do autor Jairo Eduardo Borges Andrade Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea onde trabalhei como pesquisador em recursos humanos e gest o estrat gica de 1979 a 1993 Nos ltimos desses anos eu j tinha algumas atividades de ensino e orienta o no Programa de P s Gradua o em Psicologia da UnB embora permanecesse como pesquisador na Embrapa Fui contratado como professor titular nessa Universidade em 1993 quando comecei projetos para estudar treinamento e desenvolvimento de pessoal T amp D e comportamento organizacional baseado em m todo e referencial te rico que levei daquela empresa Em 1998 nosso grupo de pesquisa da UnB concorreu e obteve recursos generosos de um edital do Programa de N cleos de Excel ncia Nosso projeto tinha como parceiros as Universidades Federais da Bahia Psicologia de Minas Gerais Administra o e de Uberl ndia Psicologia Esses recursos foram utilizados at 2006 e n s investigamos principalmente a transfer ncia de aprendizagem de contextos de T amp D para contextos de trabalho Com a finaliza o desse projeto a Prof Gard nia Abbad outra professora do PPG PSTO e eu tomamos a decis o de que ela voltaria seu interesse para T amp D a dist ncia e que eu passaria a investigar processos de aprendizagem em contextos de
327. rdagens te ricas de fundamenta o cognitiva na psicologia ainda n o pode ser definitivamente estimado A substitui o do modelo associacionista pelo conceito de processamento de informa o e sobretudo a populariza o das chamadas ci ncias cognitivas parece ser uma marca registrada do desenvolvimento de v rios campos especializados da psicologia nas ltimas d cadas Kunda 1999 Lachman Lachman amp Butterfield 1979 Liew amp Aziz Zadeh 2011 Pennington 2000 Embora avan os te ricos em t picos de investiga o como OS processos perceptuais e atencionais em reas como a da representa o do conhecimento ou no esclarecimento de quest es como as relacionadas com o registro armazenagem e evoca o dos conte dos da mem ria possam ser facilmente identificados na literatura Matlin 2009 tais avan os representaram em contrapartida uma intensifica o ainda mais acentuada da ado o de uma perspectiva ontol gica individualista e consequentemente a coloca o entre par nteses das vari veis ambientais situacionais hist ricas e culturais Fiske 1984 Fiske amp Taylor 1991 A abordagem da cogni o social surge com o objetivo de reparar essas dificuldades e mediante a justaposi o do predicativo social ao substantivo cogni o representa uma tentativa de redimensionar o lugar e a import ncia deste substantivo no contexto qualificado por aquele predicativo Os estudos que se perfilam ao lado desta
328. rdem econ mica propriedade privada etc E o mesmo n o vale tamb m os chamados excessos do politicamente correto Eles tamb m n o simbolizam um recuo da perturba o das causas econ micas etc reais do racismo e do sexismo Zizek 2013 p 99 grifos nossos O que o fil sofo esloveno escreve a respeito nesse breve excerto acerca do politicamente correto nevr lgico e important ssimo A cr tica de que tal discurso do politicamente correto ao 3 Caf sem cafe na creme sem gordura cerveja sem lcool E a lista continua sexo virtual como sexo sem sexo a doutrina de guerra de Collin Powell em que n o h baixas no nosso lado claro ou seja uma guerra sem guerra em nossa tradu o Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda defender as minorias o multiculturalismo a pluralidade enfim as diferen as de um modo geral relega atacar o problema central que segundo Zizek estrutura e proporciona a desigualdade das nas rela es sociais o modo de produ o capitalista as citadas quest es econ micas Assim sendo acompanhando esse encadeamento de ideias o politicamente correto ataca t o somente as consequ ncias tr gicas racismo viol ncia de g nero preconceitos ligados quest o de diferen as entre n veis socioecon micos de uma l gica que intrinsecamente n o tem a capacidade e ou intento de proporcionar o igualitarismo a sol
329. rem ali desconstruindo suas justificativas Diziam por exemplo mas voc pode ir ao banco depois ou mas voc pode fazer fisioterapia outro dia a fisioterapeuta vem todos os dias e essas oficinas s o s uma vez por semana Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade Diante dos relatos e das rela es constru das entre os participantes houve durante o processo de investiga o a produ o de modifica es das rela es que estes estabeleciam com os corpos e entre os corpos novos modos de atuar coletiva e institucionalmente produzindo interven es entre eles como as citadas acima de que poderiam ficar na oficina e deixar outros afazeres para depois Al m disso o trabalho abriu os corpos a rela es com o pr prio corpo e com os outros corpos que antes n o estavam dadas de terem atividades n o s ligadas s doen as e s preven es destas como apresentadas na primeira oficina em discursos e dificuldades mas tamb m criando aberturas vinculadas produ o da vida e de uma sa de como podem ser verificadas nas falas que apresentaram atualiza es de mem rias de como eram os corpos no passado e a capacidade de se movimentarem e dan arem como ocorreu no decorrer das oficinas capacidade esta desacreditada em um primeiro momento Frente a estas constata es as oficinas e os encontros ganharam f
330. rendizagem e percep o individual de suporte organizacional e como vari veis controle o cargo e o grau de escolaridade do indiv duo O modelo 2 testou as rela es entre vari veis do n vel 2 ag ncia horas de treinamento da ag ncia e percep es compartilhadas de suporte a vari vel mediadora express o de compet ncias gerenciais e a vari vel crit rio desempenho da ag ncia O artigo finalizado com algumas considera es finais sobre a import ncia do uso adequado de m todos mistos e de an lises multin vel visando contribuir para o avan o da produ o de conhecimentos em POT Abordagem Multin vel em Psicologia Organizacional e do Trabalho Os fen menos que constituem objeto de interesse de psic logos organizacionais pertencem a diversos n veis da organiza o os quais podem ser referidos como macro meso ou micro Arespeito desses n veis Klein e Kozlowski 2000 destacam que eles est o naturalmente presentes nesses cen rios e se diferenciam pelo l cus de interesse focado num determinado diagn stico Assim quando o objetivo do pesquisador compreender ou diagnosticar propriedades da organiza o por exemplo clima ou cultura o n vel macro em cujo caso diferen as entre indiv duos s o 3 Esta se o se refere comunica o da autora Katia Puente Pal cios Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Gard nia da Silva Abbad Katia Puente Palacios amp S nia Mar
331. res 1 e demais cidad os 2 Em termos qualitativos ap s analisar o conte do dos trabalhos que atendiam aos crit rios de inclus o foram elencadas seis categorias tem ticas Bardin 1977 que representam os assuntos mais recorrentes na produ o acad mica brasileira sobre a homossexualidade A seguir ser o apresentadas as principais elucubra es te ricas e emp ricas a respeito de cada uma dessas categorias Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo Concep es te ricas e hist ria da homossexualidade alguns apontamentos O termo homossexualidade circunscreve o relacionamento sexual e afetivo entre pessoas do mesmo sexo Pereira 2009 e at 1892 n o consistia em uma categoria discursiva como hoje se apresenta Nessa poca apesar das rela es entre pessoas do mesmo sexo j existirem e causarem estranheza e reprova o n o representava ainda um marcador ou determinante da identidade No final do s culo XIX em fun o do discurso m dico cient fico a nomenclatura homossexual estava arraigada ao cerne das patologias A sexologia enquanto ci ncia emergente do s culo XIX alicer ada no ideal positivista de classifica o acabou por elevar a homossexualidade ao status patol gico Belmonte 2009 Vieira 2009 Logo a partir de ent o a sexualidade tomou propor es para al m de
332. reta o das experi ncias possui a capacidade de diferenciar condi es de vulnerabilidade ao adoecimento uma vez que nem todos os indiv duos s o expostos da mesma forma e nem todos quando expostos reagem do mesmo modo Dado o exposto acreditamos que seriam tr s as din micas de media o em quest o 1 A atribui o de sentidos e significados isto a forma de interpretar os eventos considerada uma das respons veis pela atribui o da val ncia afetiva aos estressores modificando o desfecho do processo sa de doen a 2 Modalidades de inser o social ou seja o montante de impacto depende do locus individual no status social 3 As diferen as individuais sejam constitucionais ou desenvolvimentais alteram os moldes de suscetibilidade aos efeitos dos determinantes A partir da Figura 2 parece nos que o foco primordial dos estudos em Psicologia Social da Sa de entender o que ajuda um indiv duo a suportar satisfatoriamente o impacto de um dado estressor como tamb m o que o torna mais vulner vel sobrecarga de estressores extraindo se da a estrutura o de como interagem fatores expositores e protetores no processo sa de doen a Contingencialmente busca se compreender os fatores que auxiliam na recupera o especialmente modificando a velocidade em que esta ocorre e quando ocorre Desse modo apreende se que o que nos interessa enquanto pesquisadores saber como o estressor interpretado e como es
333. riabilidade dos mecanismos de aprendizagem efetivamente empregados prevalecendo apenas itens de aprendizagem informal Autoestudo em sites relacionados ao tema Por meio da utiliza o do software e Intera o direta com colegas de trabalho 4 Suportes transfer ncia tanto na dimens o psicossocial quanto material foram estatisticamente significativos 5 Aprendizagem organizacional representada pelos processos de socializa o e codifica o apresentou apenas um fator estatisticamente significativo com variabilidade reduzida de itens 6 A an lise dos modelos de equa es produzidos mostrou que 6 1 Aaprendizagem individual em si o quanto foi aprendido pelos respondentes apresentou baixo impacto na aprendizagem organizacional al m do que os diferentes tipos de aprendizagem individual formal ou informal apresentaram diferentes impactos nos processos da aprendizagem organizacional 6 2 O suporte material transfer ncia n o se mostrou preditor dos processos de socializa o e codifica o ou seja da aprendizagem organizacional 6 3 O suporte psicossocial transfer ncia apresentou influ ncia positiva sobre a aprendizagem organizacional atuando como elo entre mecanismos de aprendizagem formal e socializa o Como foi visto mais uma vez a rela o entre Al e AO n o assumiu a evid ncia esperada Em meio a muitas conjecturas e ainda nesse terceiro per odo de produ o do grupo de pesquis
334. rial escrito Entre dirigentes de munic pios do Sul e Sudeste brasileiros averiguamos a aquisi o de conhecimentos e habilidades para a gest o tecnopol tica de munic pios dez meses depois que assumiram seus mandatos pela primeira vez Essa aquisi o foi maior entre aqueles que tinham no in cio desses mandatos elevados escores de buscas de ajuda interpessoal e em material escrito e de reflex es intr nseca e extr nseca Concluindo quando comparamos o conhecimento que produzimos no caso de TD amp E e de EATs fica bastante evidente que avan amos muito mais no primeiro caso Isto se deu porque o esfor o e o investimento foram muito maiores e porque nos beneficiamos de uma grande e robusta base te rica e metodol gica dispon vel na literatura internacional As investiga es sobre EATs ainda podem ser consideradas explorat rias no Brasil e no exterior Faltam escalas de medida Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea est veis e que consigam cobrir todos os tr s tipos Ainda estamos bastante distantes da constru o de modelos de efetividade empiricamente fundamentados Aprendizagem Organizacional a Trajet ria de um Grupo de Pesquisa M ltiplos artigos escritos em per odos diferentes de tempo separados entre si por varias d cadas desde 1980 passando por 1990 e chegando de 2000 t m recorrente
335. rincipais estrat gias e recursos did ticos usados eram 1 din micas de grupo utilizadas para sensibilizar ou apoiar o aprofundamento da an lise de temas e saberes estudados 2 dramatiza es empregadas para promover a viv ncia simulada de situa es conflituosas que os professores em capacita o poderiam encontrar na realiza o do seu trabalho com alunos especialmente aquelas que envolviam valores e aspectos da dimens o comportamental e do relacionamento interpessoal em sala de aula 3 recursos audiovisuais empregados para ilustrar as exposi es dos formadores e incentivar a reflexividade e o debate por parte do coletivo de participantes do curso Estes recursos inclu am filmes fotos v deos de curta dura o cartazes etc 4 debates com todo o grupo de docentes em capacita o adotadas pelos formadores sempre desejavam incentivar os participantes do curso Educa o e Linguagem a se expressarem sobre uma determinada tem tica estudada 5 exposi o dialogada comumente usada pelos formadores para apresentar tarefas a serem realizadas durante a aula e explicar conceitos 6 uso de artefato tecnol gico o software Sherlock como elemento mediador central da aprendizagem sobre os sentidos e significados das palavras e express es De acordo com os formadores o software era o principal instrumento de trabalho no curso Educa o e Linguagem porque tinha como eixo central o incremento da aprendizagem sobre aspectos relativos ling
336. robabilidade delas impactarem nos comportamentos reduzida Portanto o fen meno s existe s h for a do clima na medida em que h ocorr ncia de percep es compartilhadas Para operacionalizar a verifica o deste processo de emers o o autor sugere a realiza o de avalia es da magnitude da similaridade utilizando estrat gias similares s apresentadas anteriormente para os modelos de consenso direto e mudan a de referente O aspecto diferencial em rela o a esses modelos que o escore de similaridade obtido mediante o c lculo do r ou AD a n o constitui um indicador da pertin ncia de construir um escore que sumarize as respostas dos membros do grupo mas constitui a vari vel em si Portanto sempre que o valor encontrado por diferentes mecanismos estiver fora do padr o estabelecido pelo teste escolhido conclui se que o fen meno de interesse n o existe o que implica em afirmar que n o ocorreu o processo de emers o uma vez que n o teriam sido encontradas evid ncias de que atributos individuais tenham se conjugado e dessa forma tenham dado lugar ao aparecimento de uma propriedade grupal O ltimo modelo proposto por Chan 1998 para explicar as poss veis vias pelas quais ocorre o processo de emers o o processo de composi o Segundo o autor os modelos antes descritos tomaram como foco de interesse um atributo est tico Ou seja partindo do princ pio de que o fen meno pode se manifestar com as mesmas
337. rorganiza es que vivenciaram mudan as tecnol gicas e gerenciais em fun o de altera es ambientais no per odo 1995 a 2000 na Bahia No mbito desse projeto foram realizados v rios estudos de caso com base em entrevistas em profundidade com todos os indiv duos que participaram das experi ncias de aprendizagem 10 Esta se o se refere comunica o dos autores Elisabeth Loiola Jorge N ris Cl udio Leopoldino Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Loiola Bastos Borges Andrade N ris Leopoldino Souza amp Rodrigues nas organiza es selecionadas por acessibilidade e que implicaram mudan as nas pr ticas organizacionais A sele o pr via de experi ncias concretas de aprendizagem denominadas microprocessos de aprendizagem justificou se como recurso metodol gico para dar maior foco aos entrevistados em suas evoca es para responder sobre os fatores em n vel pessoal grupal e da organiza o que facilitaram ou dificultaram seus processos de aprendizagem assim como acerca dos efeitos sobre seu trabalho e para a organiza o Aexperi ncia acumulada com a realiza o desses estudos de caso foi muito rica Identificaram se diferen as entre os fatores pessoais grupais e organizacionais que condicionaram as referidas experi ncias de aprendizagem que se associavam a caracter sticas individuais cognitivas comportamentais e demogr ficas e contextuais da aprendizagem do gr
338. rretas ou por concord ncia podem mascarar as opini es que os membros est o dispostos a expressar perante seus pares Ainda assim trata se de uma op o vi vel desde que tomados os cuidados necess rios para favorecer a obten o de respostas fidedignas do grupo assim como da natureza do fen meno investigado Quando a reuni o por consenso n o uma op o considerada adequada coletar dados no n vel individual pode se mostrar a melhor alternativa embora o assunto de interesse perten a teoricamente ao n vel meso ou macro Nesses casos o pesquisador est perante um fen meno caracterizado pela emers o Klein e Kozlowski 2000 o descrevem como o processo mediante o qual um atributo do n vel macro ou meso surge emerge da a palavra emers o a partir de diferentes processos de composi o ou estrutura o de atributos que originalmente eram relativos ao n vel individual Quando as pessoas s o colocadas a trabalhar sob o mesmo conjunto de regras ou normas ou em geral sob a influ ncia dos mesmos eventos existe elevada probabilidade de com o passar do tempo n o terem mais interpreta es diferentes e individualizadas sobre alguns dos fen menos do seu entorno organizacional e passarem a construir percep es compartilhadas Nesse caso necess rio reconhecer que embora a interpreta o seja um processo cognitivo individual ela socialmente constru da de sorte que as pessoas interpretam o mbito em que est o inserid
339. rso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos Revista Brasileira de Psicologia 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 RESENHA Cultural dynamics of women s lives Review Cultural dynamics of women s lives Delma Barros Filho O livro Cultural dynamics of women s lives coletanea editada por Ana Cecilia Bastos Kristiina Uriko e Jaan Valsiner reune capitulos que sao o resultado de estudos conduzidos em dez pa ses Brasil Chile Col mbia Estados Unidos Estonia Finlandia ndia Irlanda Portugal e Reino Unido Trata se de um conjunto diversificado no qual o leitor pode encontrar pesquisas que abordam quest es relativas s vidas das mulheres tais como a gravidez e o parto a partir da perspectiva delas pr prias A obra est organizada com uma introdu o geral seguida por vinte e sete cap tulos distribu dos em cinco partes tem ticas No in cio de cada uma das cinco partes os editores apresentam de forma panor mica o conjunto de textos relacionando os com a tem tica geral do livro No final consta em ap ndice um belo ensaio fotogr fico com imagens de mulheres 12 Parte Cultural construction of gender symbolic ambivalences Em seis cap tulos s o abordadas quest es em torno da categoria g nero Os editores enfatizam que muito dif cil conceber qualquer discuss o sobre a vida das mulheres sem considerar a quest o de g nero conceb
340. rticipantes que valorizam mais o amor e o compromisso atribuem mais causas indeterminadas e menos causas morais homossexualidade seja masculina ou feminina Quanto aos posicionamentos diante do direito dos homossexuais uni o civil observa se que a valoriza o dos elementos amor compromisso e dinheiro est o relacionados com a concord ncia enquanto diferen a de sexo entre o casal vis o segundo a qual um casal s pode ser composto por um homem e uma mulher e casamento religioso est o ligados discord ncia Na rela o com o direito a ado o para casais homossexuais masculinos ou femininos repete se o mesmo padr o de respostas Finalmente perguntamos se crian as criadas por casais homossexuais poderiam sofrer influ ncia negativa nos aspectos da sexualidade e da autoestima Tabela 2 Mais uma vez repete se o padr o amor compromisso e de certa forma dinheiro mostram se relacionados nega o da m influ ncia ao passo que diferen a de sexo e de casamento religioso se encontra relacionada cren a nessa m influ ncia Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 ES Marcus Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia amp Ana Cl sia da Silva Costa Tabela 2 Ranking dos Elementos Fundamentais da Fam lia em Rela o Cren a na M Influ ncia de Pais Homossexuais na Sexualidade e na Autoestima dos Filhos 5 Fundamentos da fam lia sexualidade x atrosstia x O
341. rvado no trabalho prescrito em que se nota uma rela o indireta entre a educa o hist rico cultural de Vigotski e o processo de media o dos formadores se modifica quando s o analisados os dados relativos aos trabalhos real e interpretado dos formadores conforme segue Matrizes te rico metodol gicas utilizadas pelos formadores Os dados relativos ao trabalho real dos formadores apontam para um processo de media o em especial quando h o uso do Sherlock referenciado em perspectivas educacionais bastante distintas da cognitivista sugerida nos documentos prescritivos Muito provavelmente isto foi poss vel porque o Sherlock que era o principal instrumento de trabalho dos formadores na media o do curso foi concebido n o como um ve culo de conte dos fechados mas como uma ferramenta de conhecimentos aberta que pode ser alterada pelo seu usu rio Assim poss vel que sejam adotadas abordagens te rico metodol gicas educacionais alternativas aquela prescrita nos documentos que acompanham o software e no caso desta pesquisa tamb m nos documentos prescritivos do curso Educa o e Linguagem O centro da distin o entre as prescri es do curso e do Sherlock e o modo como efetivamente realizado o trabalho dos formadores de professores no caso analisado se encontra em tr s dimens es b sicas a no modo como os formadores estruturam e estimulam as rela es interativas em aula visando elabora o de saberes pelos
342. s 1995 as refer ncias ao dicion rio novilingu stico imposto pelo Big Brother no livro 1984 de George Orwell 1976 bem como o ato de caricaturizar a tentativa de se adotar novas formas para se referir aos grupos sociais s o constantes na argumenta o dos detratores do politicamente correto Assim sendo a proposi o de mudan as ou desimportante e infrut fera ou trata se de um patrulhamento excessivo linguagem Todavia vale a ressalva de que vivemos mergulhados em uma sociedade da informa o contempor nea como denominam Polizellie Ozaki 2008 o que implica nas rela es sociais e na linguagem estarem cada vez mais ancoradas e influenciadas pelas m dias a qual como pontua Rajagopalan 2000 p 97 tem seu poder fundado na linguagem e aqueles que a m dia comp em compreendem amplamente que ao se alterar palavras da linguagem consegue se interferir no mundo Em outras palavras nesta compreens o a troca de termos implica na troca das coisas pois as coisas n o s o nada se n o produtos produzidos a partir dos objetos que s s o apresentados a n s por interm dio da linguagem Rajagopalan 2000 p 98 Embora concordemos com os pontos de vista de Possenti 1995 e Renato Ribeiro 2000 Para este em uma perspectiva de Esquerda h o reconhecimento do car ter espec fico das demandas raciais de g nero dentre outras mas as situa de um modo mais amplo no mbito do social Para aqu
343. s In M Karvanen amp M I Mikheev Orgs Epidemiology of occupational health pp 135 148 Copenhagen World Health Organization WHO Tormala Z Brinol P amp Petty R 2006 When credibility attacks The reverse impact of source credibility on persuasion Journal of Experimental Social Psychology 42 5 684 691 doi 10 1016 j jesp 2005 10 005 Triandis H C 1994 Cross cultural industrial and organizational psychology In H C Triandis M D Dunnette amp L M Hough Eds Handbook of industrial and organizational psychology 2nd Ed Vol 4 pp 103 172 Palo Alto CA Consulting Psychologists Press Triandis H C 1995 Individualism and collectivism Boulder CO Westview Press Van der Vijver F J R amp Leung K 2000 Methodological issues in psychology research on culture Journal of Cross Cultural Psychology 31 33 51 doi 10 1177 0022022100031001004 Warr P B 2007 Work happiness and unhappiness New Jersey Lawrence Erlbaum Associates Waterman A S 1993 Two conceptions of happiness contrasts of personal expressiveness eudaimonia and hedonic enjoyment Journal of Personality and Social Psychology 64 4 678 691 doi 10 1037 0022 3514 64 4 678 Wegner D M amp Bargh J A 1998 Control and Automaticity in Social Life In D T Gilbert S T Fiske amp G Lindzey Orgs The handbook of social psychology 4th ed pp 446 496 Boston McGraw Hill Wentura D amp Degn
344. s a conjugalidade a cria o de filhos e as causas atribu das homossexualidade afetam os posicionamentos diante dos direitos civis da categoria social de L sbicas Gays Bissexuais e Transexuais A partir de uma simples pergunta aos profissionais do ensino sobre o que fariam se um menino quisesse participar de uma turma de bal formada apenas por meninas ou uma menina desejasse jogar em um time de futebol composto apenas por meninos os resultados sugerem que os agentes de ensino se posicionam contra a discrimina o baseada em g nero e orienta o sexual mas suas respostas a essa quest o aberta levam em conta mais os ind cios de homossexualidade do que a homofobia Apesar de a homossexualidade ser vista como um fen meno antinatural h ind cios de uma preocupa o em evitar a manifesta o aberta da homofobia representada pelas explica es moralizantes Refer ncias Allport G W 1954 The nature of prejudice Massachussets Addison Wesley Augoustinos M amp Rosewarne D 2001 Stereotype knowledge and prejudice in children British Journal of Developmental Psychology 19 143 156 doi 10 1348 026151001165912 Augoustinos M amp Reynolds K J Eds 2001 Understanding prejudice racism and social conflict pp 1 23 Londres SAGE Camino L 1996 Uma abordagem psicossociol gica no estudo do comportamento politico Psicologia e Sociedade 8 1 17 42 Carneiro M L T 1998 O racismo na hist ri
345. s e por fim pretend amos refletir e discutir sobre as transforma es que foram poss veis ou n o sobre a rela o com o corpo e com o mundo ap s este processo abrindo espa o para as impress es dos participantes e finalizando as oficinas em grupo Diante do que foi vivenciado e percebido pelos participantes e pesquisadores na primeira oficina foram pensados os procedimentos das seguintes e a cada oficina as pr ximas eram pensadas partindo do que foi vivenciado na anterior Precisamos nos moldar ao campo o campo foi se moldando a n s s necessidades e capacidades dos corpos imagin rias e objetivas exploradas nas pr ticas Apesar das oficinas serem pensadas e planejadas previamente estas foram conduzidas pela din mica das for as presentes abertas ao que os corpos se dispunham a experimentar diante do que brotou a partir dos encontros e dos campos de afetos Espa os de Encontro Em um primeiro momento as oficinas seriam realizadas com idosos que frequentam uma Faculdade da Terceira Idade por m devido a uma incompatibilidade de hor rios entre institui o pesquisadoras e sujeitos optamos pela aplica o da pesquisa em um Centro de Conviv ncia de Idosos Percebemos a import ncia de trabalhar a rela o desse grupo de idosos com o corpo a partir de observa es pr vias pesquisa destes em atividades habituais dos problemas de relacionamento entre eles e atrav s de conversas informais com os idosos e pro
346. s escalas e entrevista observa o estruturada t m uma predomin ncia quantitativa nas suas an lises e op es metodol gicas as quais com uma orienta o emp rica objetivam o teste de diferen as entre amostras de na es e ou grupos tnicos Tipicamente procura se nesta abordagem o estabelecimento da vari ncia explicada por valores culturais Essas pesquisas se diferenciam daquelas da Psicologia Intercultural no sentido de que os representantes do segundo grupo est o mais preocupados com a rela o interpessoal entre membros de diferentes grupos culturais J as pesquisas voltadas para a Psicologia Cultural t m uma preocupa o maior com os processos por meio dos quais a cultura transmitida entre os membros do grupo Juntas o que essas pesquisas e abordagens demonstram que h a urgente necessidade de se exercitar a habilidade da tradu o ao buscar os conhecimentos da Psicologia Mas n o a tradu o da l ngua inglesa que afinal de contas pode ser considerada como a l ngua franca da rea ou o Latim dos nossos tempos O que necess rio uma tradu o Cultural Nem tudo o que se l e estuda pode ser diretamente aplicado a nossa realidade Nem tudo que produzido no aproximadamente um quinto do mundo que individualista diretamente aplic vel aos quatro quintos restantes do mundo que coletivista Refer ncias Aarts H Dijksterhuis A amp Custers R 2003 Automatic Normative Behavior In Env
347. s metodol gicas tem sua origem em pa ses individualistas vale discutir a proposta da Psicologia Transcultural O simples desenvolvimento dessas pesquisas em contexto individualista traz um vi s tamb m individualista que parte do pr prio pesquisador refletindo se nos sujeitos recrutados para as pesquisas na escolha de m todo utilizado e at mesmo no pr prio fen meno estudado Se a cultura pode ser entendida como uma lente que distorce a realidade e nossa compreens o do mundo torna se relevante questionar at que ponto essas pesquisas e seus resultados t m aplica o direta a outros grupos de natureza distinta como no caso do Brasil pa s citado na literatura como exemplo de cultura coletivista e g Triandis 1995 Estudos como os de Hofstede e g 1993 e Schwartz e g 1994 reportam que as culturas podem ser entendidas em termos de significados e que por isso apropriado estud las por meio da avalia o dos valores de amostras representativas de membros de cada cultura Vale refor ar por m que o fato de duas na es se diferenciarem em termos de uma dada dimens o n o justifica a conclus o de que quaisquer dois membros dessas culturas ir o se diferenciar da mesma maneira O n vel de an lise cultural n o pode assim ser transposto para o n vel de Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes an lise individ
348. s o para leitores interessados bvio que esta apresenta o est longe de ser exaustiva pois a literatura sobre medidas impl citas muito ampla e tem crescido de forma vertiginosa nos ltimos 10 15 anos M todos baseados no tempo de rea o Desde o in cio dos anos 1990 uma grande quantidade de estrat gias de mensura o foi desenvolvida baseada no mesmo princ pio o tempo que o participante leva para classificar um est mulo ou associar categorias Estas medidas t m sido compreendidas de maneira ampla na literatura de psicologia social como medidas de atitudes impl citas Ainda que esta compreens o seja restritiva pois os procedimentos v o muito al m da mensura o de atitudes ela traz uma indica o clara da aplica o mais frequente no campo que a mensura o indireta das atitudes em rela o a objetos diversos grupos sociais programas governamentais comportamentos compulsivos entre v rios outros Certamente o procedimento mais difundido dessa categoria o Implicit Association Test IAT temos traduzido como Teste de Associa o Impl cita TAI Desde sua apresenta o em 1998 Greenwald McGhee amp Schwartz 1998 este procedimento j foi citado milhares de vezes e centenas de vers es para diferentes objetos de avalia o foram comunicadas em diversos campos do conhecimento Publica es recentes d o conta de que o IAT o procedimento de avalia o impl cita mais citado e utilizado
349. s uma vez que inerente a essa fun o est a implementa o de processos internos de inova o ou de incorpora o de inova es realizadas externamente ao SERPRO Tais trabalhadores t m n veis de escolaridade superiores al m de desenvolverem fun es mais complexas e atuarem com maior grau de liberdade em rela o s tarefas comparativamente a grande maioria dos trabalhadores j pesquisados no BMSF Entende se que essa op o traz para o contexto da pesquisa maior heterogeneidade entre contextos de aprendizagem e aprendizes do SERPRO e das empresas do BMSF favorecendo a realiza o de compara es reteste dos modelos emp ricos j desenvolvidos e a elabora o de novos modelos emp ricos Nesse novo projeto foi encontrada evid ncia de valida o junto aos trabalhadores do SERPRO da Escala Integrada de Aprendizagem Individual e Aprendizagem Organizacional EIAIAO o que preenche uma lacuna do grupo de pesquisa em um campo no qual escalas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea validadas s o escassas Sobre as aprendizagens os resultados mostram que 1 Houve aprendizagem individual sobre ferramentas livres no per odo 2 Aprendizagem individual informal foi mais expressiva que aprendizagem individual formal 3 Poucas modalidades de aprendizagem individual foram significativas verificando se baixa va
350. s cada um dos participantes expressou com uma postura corporal que foi tencionada e relaxada permitindo emitir sons nesse relaxamento Foram entregues peda os de tecido aos participantes que em duplas tocaram uns aos outros atrav s dos tecidos e depois a si mesmos conduzidos por uma m sica rabe Trocaram os tecidos dan aram e se relacionaram com eles sentindo a textura tocando cada parte do corpo com eles enquanto caminhavam pela sala Apostamos no trabalho com os tecidos a fim de possibilitar uma abertura dos corpos ao encontro com os objetos entendendo que estes tamb m s o corpos que afetam e que possuem for as buscando outras formas de se relacionar atrav s do tato de gestos e texturas da leveza e maleabilidade que permitiam aos corpos que se abrissem para essas sensa es Fizemos uma pausa nos corpos e na m sica com os olhos fechados atentos ao pr prio corpo e s sensa es Foram entregues p talas de rosas nas m os de cada participante e jogadas sobre eles Eles podiam dan ar com elas e fazer o que quisessem utilizando os movimentos sons tecidos e p talas livremente As p talas foram trazidas para a oficina em fun o do conte do apresentado nos desenhos e nas falas da primeira oficina por isso as pesquisadoras utilizaram se desta estrat gia possibilitando a viv ncia real deste corpo floral suscitando mem rias e afetos neste encontro Ao final abrimos espa o para que os participantes pud
351. s da informa o a servi o do saber e do conhecimento Marcos Emanoel Pereira Editor Como Citar Pereira M E 2014 Editorial Revista Brasileira de Psicologia 1 2 1 2 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dossi Cogni es Sociais em Contextos Diversos Apresenta o Sonia Gondim Marcus Eug nio O Lima Ant nio V B Bastos Jairo E Borges Andrade A centralidade das no es de redes parcerias e coopera o nas pol ticas e estrat gias na rea de Ci ncia e Tecnologia algo cada vez mais vis vel como bem demonstram os documentos b sicos que diagnosticam a realidade e projetam o futuro esperado para a produ o cient fica e a forma o de pesquisadores no Brasil Pode se afirmar que as Ag ncias governamentais atuam a partir de um pressuposto largamente aceito a produ o da ci ncia e a forma o de pesquisadores se d o necessariamente no mbito de coletividades sociais que requerem para serem efetivas redes de parceria amparadas no compartilhamento de significados e de a es entre os seus atores O dossi que est sendo apresentado um dos produtos do Programa Nacional de Coopera o Acad mica PROCAD financiado pela Comiss o de Aperfei oamento de Pessoal do Ensino Superior CAPES rg o vinculado ao Minist rio da Educa o e que envolveu os programas de p s gradua o stricto sensu de tr s institui es p blicas de ensino superior Univ
352. s direitos apesar de reconhecermos os grandes avan os e conquistas nos ltimos anos desses movimentos Ainda nessa mesma pesquisa os autores conclu ram que com rela o identidade coletiva ficou evidente a diversidade de pr ticas das quais os grupos se utilizam para compor suas identidades mesmo que tempor rias corroborando assim na multiplicidade dos movimentos homo na referida cidade Aredemocratiza o do Brasil culminou na maior abertura do estado para a participa o social na proposi o de pol ticas p blicas inclusive dos movimentos relacionados homossexualidade Os temas centrais postos em pauta pelo movimento homossexual s o referentes ao direito de ado o por casais homoafetivos heran a em caso de morte de um dos c njuges pens o legaliza o do casamento entre iguais legisla o que puna a homofobia entre outros Belmonte 2009 Hoje se percebe que boa parte destas reivindica es foram atendidas e avan aram ao menos de forma parcial no sentido da legaliza o do casamento gay da ado o e o entendimento da homofobia como um crime representando atualmente o que h de mais atual e recorrente no debate referente s quest es que apetecem a homossexualidade Homossexualidade e ado o novas possibilidades Pode se perceber que nas ltimas d cadas o conceito de fam lia tem passado por algumas muta es e que na atualidade n o podemos mais dizer que esta seja constitu da apenas por casais he
353. s do discurso conservador e hegem nico se manifestem de forma veemente se sentindo tolhidos em sua liberdade individual e inviol vel de se expressar livremente Com rela o a isto Avelar 2011 relembra que nos EUA no in cio dos anos 1990 houve um forte movimento por parte da Direita nas universidades daquele pa s a qual promovia col quios e simp sios para se discutir a suposta press o dos movimentos sociais e de minorias para que a sociedade passasse a adotar palavras e frases politicamente corretas lembrando que nesta perspectiva o termo politicamente correto det m uma carga negativa assim politicamente correto aquilo que por incomodar o conservadorismo passa a ser identificado como algo despropositado e desprez vel Embora como demonstra Richard Ohmann citado por Williams 1995 a maioria esmagadora dos burocratas e comandantes das universidades daquela poca era o aut ntico prot tipo do opressor brancos homens politicamente identificados com vis es de Direita ou seja quem ditava os rumos da universidade n o era nenhuma ditadura das minorias mas como na cl ssica frase do filme estadunidense Casablanca de 1942 pelos usual suspects os suspeitos de sempre Al m disso sobre essa suposta press o dos movimentos sociais e de minorias Avelar 2011 pontua como de dif cil demonstra o e criada pelo discurso conservador de Direita para simplesmente silenciar o outro enquanto se faz de v tim
354. s em outras partes especialmente fora do Brasil Esses modelos de efetividade s o bastante comuns na literatura especializada internacional principalmente a produzida nos Estados Unidos Geraram tecnologias para a promo o de T amp D dispon veis em manuais profissionais e utilizados pelas organiza es em geral a fim de apoiar o desempenho produtivo dos indiv duos no trabalho e permitir a melhoria do desempenho organizacional Caracter sticas Individuais que Predizem Transfer ncia em T amp D idade n vel de escolaridade tempo transcorrido desde o t rmino deste n vel conhecimento anterior sobre temas abordados em TD amp E motiva es para aprender e aplicar o aprendido inten o em aplicar o aprendido percep o de autoefic cia no trabalho valor instrumental do aprendido comprometimentos com a carreira e a organiza o cren as sobre o sistema de TD amp E uso de estrat gias para aplicar o aprendido no trabalho Figura 2 Os preditores individuais de transfer ncia do que adquirido em T amp D para o trabalho Comecemos pelos preditores individuais de transfer ncia para o trabalho do que adquirido em T amp D Figura 1 Geralmente vari veis sociodemogr ficas como idade ltimo n vel de escolaridade e tempo transcorrido desde o t rmino deste ltimo n vel est o negativamente associadas a essa transfer ncia embora as correla es sejam pequenas Outra correla o positiva pessoas que tinham conhe
355. s fen menos organizacionais exige a ado o de diferentes estrat gias metodol gicas Por esse motivo a primeira parte deste artigo apresenta uma an lise da import ncia da defini o te rica das vari veis estudadas de acordo com o n vel a que pertencem os construtos psicol gicos O desalinhamento entre o n vel te rico defini o do constructo e o n vel de an lise produz efeitos desastrosos dentre os quais erros de interpreta o e compreens o dos fen menos conhecidos como fal cia atomistica e ecol gica que se caracterizam como erros cometidos pelo pesquisador ao analisar dados em um n vel e tirar conclus es para outro Para evitar esses problemas o pesquisador deveria seguir os seguintes passos 1 estabelecer o n vel ao qual pertence o fen meno estudado 2 definir os constructos de acordo com o n vel 3 criar ou escolher medidas compat veis com os fen menos e aos n veis a que pertencem 4 classificar os fen menos de emers o quando os fen menos de interesse s o pertencentes ao n vel meso ou macro e s o constru dos a partir de atributos e processos do n vel micro individual 5 escolher a melhor forma de descrever e mensurar os atributos coletivos de interesse a partir de modelos propostos por Chan 1998 denominados a aditivo b consensual direto c mudan a de referente d dispers o e e processo de composi o que possibilitam a classifica o dos fen menos de acordo com o tipo de emers o
356. s foi poss vel elaborar modelo explicativo robusto apoiado em teoria defini es precisas dos constructos de interesse e por evid ncias emp ricas oriundas de diversas fontes e estrat gias distintas de coleta e an lise de dados Esse caso analisado de modo a demonstrar a pertin ncia a complexidade e os desafios que cercam a aplica o de m todos mistos em estudos sobre fen menos individuais em contextos de trabalho e organiza o A segunda pesquisa realizada por Brand o 2009 denominada Aprendizagem contexto compet ncia e desempenho um estudo multin vel ilustra o uso da abordagem multin vel caracterizada como cross level especifica rela es entre construtos de diferentes n veis de an lise e de determinantes mistos preditores de dois n veis distintos e uma vari vel crit rio pertencente a apenas um n vel A pesquisa extensiva predominantemente quantitativa do tipo survey realizada em tr s etapas teve como objetivo principal desenvolver e testar dois modelos de investiga o No primeiro modelo de predi o da vari vel crit rio de n vel 1 individual express o de compet ncias gerenciais foram inclu das as vari veis explicativas do n vel 2 ag ncia horas de treinamento ag ncia percep o compartilhada de suporte material e a vari vel controle n vel 2 grau de complexidade da ag ncia Al m dessas o modelo incluiu como vari veis explicativas de n vel 1 indiv duo estrat gias de ap
357. s processos cognitivos Ainda que seja poss vel afirmar a hegemonia dos procedimentos experimentais no estudo e pesquisa dos processos cognitivos atualmente se considera ben fica a ado o de uma postura metodol gica pluralista em raz o do acolhimento quase generalizado do pressuposto de que o comportamento social deve ser estudado em m ltiplas perspectivas de an lise Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es Sociais Uma Introdu o Finalmente o ltimo dom nio no qual o impacto da abordagem da cogni o marcante se refere dimens o te rica Uma quest o importante enfrentada pelos estudiosos da cogni o social se refere ao esclarecimento das capacidades e dos limites de processamento do agente cognitivo Esta concep o representa claramente uma rejei o das teses de que os seres humanos podem ser caracterizados como agentes cujas a es poderiam ser explicadas mediante a ado o de estrat gias inteiramente racionais A contextualiza o da racionalidade da a o humana foi discutida por Turner 1991 que apresentou os crit rios requeridos para que uma a o possa ser qualificada como racional Em primeiro lugar o agente deve estar autoconsciente das metas almejadas Al m disso ele deve n o s ser capaz de identificar as suas pr prias opini es como tamb m deve estar em condi es de avaliar tanto os prov veis custos e benef cios quanto as facilidades e dificul
358. s que varia de 0 a 100 o Express o de com 5 pet ncias gerenciais Vari vel Crit rio N vel 1 Indiv Grau de express o de compet ncias geren M dias das respostas dos in ciais descritas em termos de comportamentos div duos s escalas de expres observ veis no trabalho avaliados de acordo s o de compet ncias com escala de 1 n o expresso a 10 expres so plenamente As metas definidas para cada perspectiva s o ponderadas de modo distinto de acordo com os acordos de trabalho Desempenho da ag ncia em seis perspectivas de re econ mico clientes Vari vel crit rio gt internos e sociedade fonte secund ria a comportamento orga nizacional processos de 1 a 6 sendo que os tr s primeiros intervalos Classifica o da ag ncia de acordo com o per Conceitos m dios com pesos centual de alcance de metas estabelecidas para distintos para cada perspectiva cada perspectiva em acordo de trabalho Esses de desempenho da ag ncia 2 sultado estrat gias e percentuais s o obtidos multiplicando se por L opera es resultado 100 a divis o entre resultados alcan ados e es perados O percentual convertido em concei tos que classificam as unidades em uma escala indicam que o alcance de metas foi inferior a 100 e os demais crescem at a supera o de metas em 121 ou mais Quadro 1 Modelo da express o de compet ncias gerenciais em ag ncias banc rias Fonte Ada
359. s se filiam a tradi es te ricas ligeiramente diferentes associados a perguntas de pesquisa tamb m distintas al m de serem dependentes de diversas condi es e equipamentos para pesquisa Todavia como tentativa de classifica o a proposta aqui de condensar essa mir ade de estrat gias em tr s grandes categorias Isto n o quer dizer que n o existam exemplos de pesquisa que mesclem procedimentos que aqui est o sendo categorizados em lugares diferentes pois como todo processo de cria o de agrupamentos ele possui um bom n vel de arbitrariedade que deixa de fora elementos que se combinam de forma m tua como o que ocorre na pr tica laboratorial di ria das investiga es sobre processos autom ticos em cogni o social Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Social e da Saude A primeira categoria organiza os procedimentos de mensura o baseados em tempo de rea o Estes procedimentos t m como elemento comum a avalia o de processos impl citos a partir da execu o de tarefas que t m como principal vari vel dependente o tempo mensurado em milissegundos que os participantes levam para reagir a um est mulo ou associar est mulos Em geral s o executados via computador e exigem um grau de moderado a alto de controle experimental A segunda categoria congrega os procedimentos que buscam ativar conceitos a partir de uma perspectiva te rica que c
360. s seus Manuais c Texto prescritivo do trabalho do profissional que utiliza o Sherlock que acompanha o CD ROM de instala o do software Trabalho real O pesquisador realizou a observa o acompanhada de registros escritos e a grava o em udio e v deo de sequencias de atividades de trabalho dos formadores participantes do estudo Ap s as anota es das observa es ou as grava es foram analisadas pelo pesquisador em di logo com os volunt rios da pesquisa Trabalho interpretado Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os formadores antes e ap s as atividades de trabalho para a coleta de dados acerca do trabalho interpretado pelos pr prios actantes De modo complementar foi entrevistado o coordenador do curso para a recolha de dados sobre as dimens es institucional e organizativa do trabalho dos formadores A recolha de dados com uso da autoconfronta o simples Nesta pesquisa a autoconfronta o simples foi realizada em cinco etapas ou movimentos de recolha dos dados abaixo descritos Movimento 1 Documentos prescritivos do trabalho dos formadores relacionados ao curso Educa o e Linguagem incluindo aqueles do software Sherlock Este movimento teve como foco o exame dos textos de prescri o do trabalho dos formadores e os documentos que acompanham o CD ROM do Sherlock A finalidade era identificar em sintonia com os objetivos da pesquisa a abordagem de media o pedag gica prescrita para o tra
361. s te ricos oriundos da psicologia social J os estudos de natureza macro organizacional se dedicam a compreender a organiza o como uma unidade social com sua cultura sua estrutura suas rotinas e normas com bases te ricas ancoradas na sociologia Assim tradicionalmente ficam esses dois campos bem delimitados cada qual estudando os seus fen menos espec ficos O fato que ao longo dos ltimos 30 anos essa separa o entre micro e macro foi gerando um conjunto de insatisfa o de ambas as partes De um lado os pesquisadores do campo micro organizacional v o percebendo que dif cil entender o comportamento dos indiv duos em rela es fora do contexto social e sentem necessidade de entender esse contexto organizacional como fator importante que influencia os processos individuais Por outro lado os pesquisadores da vertente mais macro come am a conceber que essa entidade permanente que ultrapassa os indiv duos trata se na verdade de uma abstra o ou seja a organiza o n o t o formal t o est vel mas flu da e din mica Assim os te ricos dos fen menos macro tamb m foram se aproximando e reconhecendo que as organiza es t m um estado ontol gico prec rio e paulatinamente reconhecem a import ncia dos processos de organizar e percebem que as organiza es s o fluidas e din micas Portanto podemos dizer que houve um movimento de ambas as partes a fim de romper o isolamento dessas duas grandes matrizes n
362. salud org scielo php pid S1413 29072005000100003 amp script sci arttext Madureira A F A amp Branco A M C U A 2007 jan Identidades Sexuais N o hegem nicas Processos Identit rios e Estrat gias para Lidar com o Preconceito Psicologia Teoria e pesquisa 23 1 81 90 http dx doi org 10 1590 S0102 37722007000100010 Menezes A B C amp Brito R C S 2007 jan Reflex o sobre a Homossexualidade como Subproduto da Evolu o do Prazer Psicologia em Estudo 12 1 133 139 Recuperados em http www scielo br pdf pe v12n1 v12n1a15 pdf Nunan A Jablonski B F res Carneiro Terezinha 2010 O Preconceito Sexual Internalizado por Homossexuais Masculinos Intera o em Psicologia 14 2 255 262 Recuperados de http ojs c3sl ufpr br ojs 2 2 4 index php psicologia article view 12212 Nunan A 2010 jul Preconceito internalizado e comportamento sexual de risco em homossexuais masculinos Psicologia Argumento 28 62 247 259 Recuperados em http www2 pucpr br reol index php pa dd1 3726 amp dd99 view Palma Y A amp Levandowski D C 2008 out Viv ncias pessoais e familiares de homossexuais femininas Psicologia em Estudo 13 4 771 779 http dx doi org 10 1590 S1413 73722008000400015 Pereira A S L S 2009 nov Normas Sociais Cren as sobre a Natureza da Homossexualidade e Preconceito contra os Homossexuais Tese de doutorado Funda o para a ci ncia e tecnologia Recuperados em htt
363. scurso a favor de m todos mistos e o seu uso efetivo Ainda que se reconhe a haver outros estudos de an lise metodol gica em diversos subcampos de intersec o com a psicologia organizacional e do trabalho e n o citados neste texto o que foi apresentado ilustra de modo claro o que ocorre no cen rio mais amplo Caberia perguntar se haveria converg ncia de uso de m todos mistos na produ o nacional e internacional Embora haja sinais de que os m todos mistos s o mais usados em alguns subcampos e talvez estejam um pouco mais presentes na literatura internacional f cil constatar que os m todos mistos n o parecem ter crescido em grandes propor es nos ltimos anos No Brasil por exemplo eles se situam na casa dos 10 Quais as poss veis explica es para este descompasso entre o crescimento de manuais de m todos mistos e do discurso a favor de seu uso e os resultados de revis es afirmando a relativa estabilidade do emprego de m todos mistos ao longo dos anos Um dos aspectos apontados por Creswell e Plano Clark 2007 diz respeito aos tr s n veis de aceita o O primeiro n vel o da aceita o por aquiesc ncia que est relacionada toler ncia que se tem para com a suposi o de que os m todos mistos podem ajudar na compreens o mais ampla do fen meno sem que o pesquisador use de fato esta alternativa O segundo n vel de aceita o o da forma o de atitude em que por exemplo o pesquisador os editores de r
364. se processo da percep o cria diferen as na capacidade de adapta o ao estresse Finalmente pode se indagar sobre qual seria a problem tica que traduziria o desdobramento dos estudos na Psicologia Social da Sa de Na tentativa de responder importante assinalar a quest o explicitada por Evans 1994 Por que algumas pessoas adoecem mais facilmente enquanto outras pessoas n o Essa quest o nos parece ser um bom exemplo da pergunta que orienta os estudos em Psicologia da Sa de e na Psicologia Social As Repercuss es da Viol ncia Coletiva no Bem estar Como destacado no segmento anterior a Psicologia Social pode contribuir para o entendimento dos mecanismos psicossociais de adapta o do ind viduo ao contexto e de como o contexto pode influenciar na sa de e no adoecimento Os estudos sobre o bem estar vinculados psicologia contempor nea especialmente ao eixo da denominada Psicologia Positiva ou Psicologia das Potencialidades Humanas Seligman amp Csikszentmihalyi 2000 busca compreender as virtudes e fortalezas humanas considerando a constru o das qualidades e das experi ncias positivas 5 Artigo original Bilbao M A Techio E M Zubieta E C rdenas M P ez D Diaz D Barrientos J amp Blanco A 2011 Bienestar subjetivo y psicol gico social el impacto de la violencia colectiva pp 207 246 In D Paez C M Beristain J L Gonz lez Castro N B Basabe amp J de Rivera J 2011
365. segundo a autora em uma adic o pelas refer ncias identit rias Frente a este v cio Rolnik 1997 prop e a ocorr ncia de dois processos conflituosos e opostos envolvendo o quais sejam 1 o fortalecimento das identidades locais 2 o desparecimento implicando na impossibilidade de existir de toda ou qualquer identidade Embora razoavelmente longa vale a cita o literal em que a autora explicita os problemas envolvendo este falso dilema o qual est interligado a certa acep o de politicamente correto Num p lo as ondas de reivindica o identit ria das cnamadas minorias sexuais tnicas religiosas nacionais raciais etc Ser viciado em identidade nestas condi es considerado politicamente correto pois se trataria de uma rebeli o contra a globaliza o da identidade Movimentos coletivos deste tipo s o sem d vida necess rios para combater injusti as de que s o v timas tais grupos mas no plano da subjetividade trata se aqui de um falso problema O que se coloca para as subjetividades hoje n o a defesa de identidades locais contra identidades globais nem tampouco da identidade em geral contra a pulveriza o a pr pria refer ncia identit ria que deve ser combatida n o em nome da pulveriza o o fasc nio niilista pelo caos mas para dar lugar aos processos de singulariza o Rolnik 1997 p 21 grifos nossos Tal perspectiva pode ser aproximada a ideia de indiferen a s diferen as propos
366. ser mais claramente visualizada a partir de um exemplo concreto Ao estudar a associa o entre n vel de educa o e sal rio das pessoas docentes e funcion rios de uma universidade p blica brasileira facilmente encontrariamos uma associa o positiva de sorte que nesse tipo de institui o quanto maior o n vel de educa o maior o sal rio dos indiv duos Em um segundo estudo podemos ter o mesmo foco de interesse associa o entre sal rio e n vel de educa o por m com o l cus do estudo no n vel macro Assim respeitando o n vel de interesse coletar amos dados m dios m dia aritm tica de sal rios e do n vel de educa o Para ser representativa a amostra iria incluir diversos tipos de organiza es ind strias empresas p blicas e tamb m universidades Neste caso n o seria uma surpresa descobrir que mesmo sendo as universidades as organiza es com n veis m dios mais elevados de educa o dada a elevada concentra o de profissionais com doutorado n o seriam as que apresentam sal rios mais elevados Nas an lises realizadas no n vel macro portanto no exemplo apontado poder amos verificar que a associa o entre sal rio e n vel de educa o n o da mesma intensidade que ao fazer a an lise no n vel individual e podem ser at encontradas rela es invertidas Esse exemplo concreto permite visualizar que as associa es entre atributos n o ocorrem da mesma forma nos diversos n veis em que
367. siderado como tarefa irrelevante Wentura amp Degner 2010 De forma geral esta fam lia de procedimentos opera por um processo de efeito de interfer ncia que um priming pr vio de conte do espec fico e definido pelo experimentador p ex imagens de idosos X imagens de jovens exerce sobre uma resposta posterior ex n vel de afeto positivo sobre uma palavra A meta an lise de Herring et al 2013 demonstra que esta tarefa logra resultados satisfat rios para acessar processos impl citos relativos avalia o atitudinal As cr ticas principais a esse procedimento t m se centrado em sua baixa confiabilidade demonstrada em uma s rie de estudos emp ricos veja por exemplo em Bar Anan amp Nosek 2012 Ainda que os dois procedimentos exemplificados no par grafo anterior sejam os mais utilizados e citados a quantidade de procedimentos de avalia o impl cita na rea j passa de vinte considerando varia es do IAT e da pr pria tarefa de Priming Avaliativo S o exemplos desses procedimentos o Affective Misatribution Procedure AMP o Single Target IAT o Brief IAT BIAT o Go NoGo Association Test tarefas de Sroop adaptadas entre v rios outros para revis o e compara o de medidas Houwer amp Moors 2010 Nosek et al 2011 Ainda existem procedimentos que n o s o baseados em tempo de rea o mas que buscam uma avalia o indireta de objetos atitudinais como o caso do efeito letra do nome aplicado para a men
368. so Deste modo oficinas que propuseram o movimento de corpos em dan a foram produtoras de devires que impulsionam olhares sobre a vida e as potencialidades pertencentes ao corpo idoso que foi recriado nos encontros produzindo novos modos de viver os corpos os movimentos e de ver o mundo Junto a estes aspectos positivos da pesquisa houve tamb m limita es dessa investiga o em fun o de v rias atividades que existiam na institui o e que concorreram com os momentos das oficinas al m das desist ncias de alguns participantes e entrada de outros de forma que o processo n o ocorreu com um grupo que acompanhou inteiramente o procedimento proposto Deste modo sugerimos encontrar e desenvolver parcerias institucionais vinculando as atividades propostas por futuros estudos ao quadro de atividades da institui o o que minimizaria as aus ncias por concorr ncias Outra sugest o seria de recrutar um n mero maior de participantes j considerando as desist ncias que ocasionalmente poder o ocorrer durante os procedimentos propostos Com esta pesquisa percebemos a import ncia do olhar para o corpo idoso que mesmo envelhecido continua em movimento de constru o e reconstru o de si e do mundo descobrindo pot ncias visando uma maior maleabilidade dos corpos s produ es que se fazem presentes e uma reconfigura o de novas rela es com os corpos que apontou uma pot ncia cl nica Revista Brasileira de Psicologia
369. squisadores da psicologia Bandura Adams amp Beyer 1977 Uma das consequ ncias da ades o tese de que tais mediadores podem ser circunscritos numa posi o intermedi ria entre o agente e o mundo real envolve a aceita o da ideia de que os julgamentos as lembran as e as distintas formas de avalia es das pessoas e julgamentos sociais s o moldados e guiados pelo conhecimento pr vio e pelas representa es formadas a respeito do mundo em que vivemos Algumas estruturas mentais tais como os esquemas as categorias as expectativas ou os estere tipos s o essenciais na organiza o do conhecimento e se encarregam de fornecer os componentes b sicos para a avalia o dos objetos encontrados no mundo f sico e social assim como permitem a cria o de modelos capazes de evitar o trabalho desnecess rio de pensar sobre cada uma das situa es particulares e espec ficas com as quais a pessoa se defronta Em suma a sugest o apresentada h duas d cadas por Hamilton Devine e Ostrom 1994 de que a abordagem da cogni o social centra os seus esfor os na investiga o direta das estruturas e dos processos cognitivos subjacentes aos v rios fen menos sociais permanece v lida Como estes fen menos ocorrem no mundo social s o interpretados nos termos de uma estrutura conceitual centrada no modelo do processamento da informa o pode se afirmar que a cogni o social deve ser interpretada tanto como uma abordagem ou perspectiv
370. ss rio sociedade quando visa uma normatiza o na esfera p blica em termos de repensar efetivamente acerca das desigualdades hist ricas existentes e propagadas continuamente dentre outros mecanismos pela linguagem corrente Defendendo intransigentemente a igualdade nos filiamos segunda perspectiva Palavras chaves discurso politicamente correto contemporaneidade Abstract Political correctness is a discursive form that has began consolidate especially from the second part of 20th century and it is becoming a relevant discourse form in contemporary since it is responsible or target of several polemics and controversies In this text we will discuss in a dialectical way about some of its implications and impacts on the current subjective process For that we listed both aspects named as positives and negatives of the politically correct discourse critically discussing the perspectives that consider the political correctness as a discursive form of coercion policing censorship and suffocation of the freedom of the language and also other perspectives that understand the political correctness as something necessary when it aims the normalisation in the public sphere on terms of an horizontalization of social relations and to rethink about historic inequalities which are continuously propagated by several mechanisms included the current language Keywords discourse political correctness contemporary 1 Doutorando em Psicologi
371. ss veis tipos de priming relatados na literatura da rea mas h um cap tulo de livro relativamente antigo que faz uma classifica o dos tipos de priming e apresenta protocolos de uso na aplica o de algumas t cnicas Bargh amp Chartrand 2000 Mais recentemente estudos em cogni o social tamb m t m buscado evid ncias de efeitos autom ticos que a ativa o de conceitos corp reos tem sobre processos cognitivos complexos Embodied Cognition A ideia b sica desses procedimentos a de que existe um processo associativo metaf rico entre processos sensoriais e conceitos abstratos Meier Schnall Schwarz amp Bargh 2012 Alguns autores argumentam que a estrutura o dessas met foras corporificadas tem influ ncia cultural Leung Qiu Ong amp Tam 2011 Dentre os efeitos que ficaram mais not rios da ativa o autom tica de met foras corporificadas est o a avalia o de severidade de situa es por meio do peso percebido e o n vel de afei o de uma pessoa em raz o da sensa o t rmica t til Jostmann Lakens amp Schubert 2009 Williams amp Bargh 2008 M todos baseados em eventos do sistema nervoso central O uso de t cnicas para avalia o de respostas fisiol gicas n o recente em Psicologia A encefalografia por exemplo um procedimento j em uso h v rias d cadas Nos ltimos anos tem crescido o interesse na interface entre neuroci ncias e cogni o social resultando no desenvolvime
372. ssam ilustrar quest es metodol gicas apontadas nas duas se es anteriores Aplicando a abordagem multin vel em pesquisa Esta se o ilustra o uso de abordagem multin vel como m todo capaz de evitar erros de julgamento e compreens o sobre fen menos organizacionais que se manifestam em diferentes n veis de an lise A pesquisa de Brand o 2009 ilustra muito bem a aplica o bem sucedida do m todo para estabelecer o n vel ao qual pertence o construto estudado definir os constructos de acordo com o n vel criar ou escolher medidas compat veis com os fen menos e aos n veis a que pertencem classificar os fen menos de emers o quando o construto de interesse pertence a um n vel mais abrangente meso ou macro mas foi definido constru do e coletado a partir de atributos e processos do n vel micro individual A abordagem ainda possibilita ao pesquisador escolher a melhor forma de descrever mensurar e analisar os atributos coletivos de interesse O estudo de Brand o 2009 objetivou testar dois modelos multivariados de predi o de importantes vari veis crit rio da rea de comportamento organizacional express o de compet ncias gerenciais n vel 1 n vel do indiv duo e desempenho de unidades organizacionais n vel 2 ag ncias banc rias Entre as vari veis explicativas e de controle testadas estavam vari veis pertencentes ao n vel 1 e ao n vel 2 Todos os construtos foram definidos e medidos de acordo com o
373. ssexual Este dado aponta lacunas que indicam a necessidade de mais pesquisas que tornem conhecidas as viv ncias dos homossexuais em seu contexto s cio familiar e cultural tal como a diversidade de discursos que s o compartilhados por esses atores que por vezes contribuem para o modo como estes se posicionam social e subjetivamente No que se refere aos temas problematizados prevalece o tema homofobia talvez em virtude do grande n mero de casos de viol ncia contra homossexuais veiculados pelos meios de comunica o e amplamente discutidos pelo senso comum e de casos de preconceito e discrimina o contra homossexuais que extrapolam os limites das rela es pessoais e demandam interven es judiciais Tamb m interessante notar que para al m de temas cl ssicos que permeiam as discuss es acerca da homossexualidade novas alterca es emergem no cen rio das reivindica es dos movimentos sociais como por exemplo quest es referentes ado o por casais homossexuais e a oficializa o dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo No entanto estas problematiza es s o pouco exploradas pela literatura o que compreens vel em fun o do car ter recente do percurso hist rico desses movimentos Considera es Finais Os resultados discutidos a priori mostram a complexidade e o car ter poliss mico do tema homossexualidade sendo este pass vel de interpreta es a partir de diversos discursos que tentam dar conta
374. ssoas saem esse um processo constante que congelamos em certos momentos e que nos oferece a sensa o de que as coisas na organiza o s o mais est veis do que elas efetivamente s o Ent o essa a base conceitual maior que articula organiza o e cogni o Essa perspectiva que chamamos de sociocognitiva tem extrapolado aquele campo micro organizacional voltado mais para entender atitudes a a o do indiv duo com o trabalho Portanto essa perspectiva rompe esses limites organizacionais e passa a ser uma perspectiva para entender a pr pria organiza o nas suas intera es com o meio com o contexto Podemos dizer assim que essa representa a grande transforma o ocorrida na rea uma mudan a na forma de entender como o micro est imbricado no macro e vice versa Os acontecimentos decisivos s o sempre os processos e o comportamento social fundamental na ontog nese da organiza o Intera es que s o recorrentes que geram rotinas padr es expectativas v o moldando o comportamento das pessoas depois socializando as pessoas na maneira de chegar de reagir de se comportar Comprometimento como um fen meno micro e macro organizacional A mudan a que se observa na forma de compreender a din mica da organiza o n o mais exclusivamente como uma entidade mas como um processo fluido influencia os estudos sobre comprometimento organizacional Definido como uma atitude ligada a outros fen menos correlatos o
375. ssores considerando as impress es dos pr prios volunt rios do estudo Em seguida ser o apresentados os instrumentos para a recolha de dados relativos ao trabalho prescrito real e interpretado dos formadores de professores e tamb m a sequ ncia de Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Trabalho do formador de professores para a educa o profissional passos seguidos para a realiza o Procedimentos de recolha de dados Trabalho prescrito Os dados acerca do trabalho prescrito dos formadores de professores foram coletados por meio do exame dos seguintes documentos 1 Proposta Pedag gica da Escola Formadora Escola Formadora 2012a que era o documento global da organiza o e que norteava todos os cursos do Programa de forma o institucional de docentes inclusive o curso Educa o e Linguagem 2 Projeto Pedag gico do Programa institucional de forma o Escola Formadora 2012b 3 Plano institucional do curso Educa o e Linguagem Escola Formadora 2012c que orientava o trabalho dos formadores e tamb m os planos feitos pelos pr prios trabalhadores De acordo com o que foi mencionado previamente de modo complementar mas n o menos relevante foram examinados os documentos prescritivos do software educacional Sherlock que era usado durante todo o curso para o ensino da tem tica linguagem a Manuais do Sherlock b Textos sobre o uso e utilidade do software dispon veis no
376. st es evolutivas Pereira 2009 ao se debru ar na investiga o das cren as a respeito da natureza da homossexualidade constatou que se trata de uma estrutura multidimensional em que h concep es que contemplam cren as essencialistas de cunho biol gico cren as de que se trata de uma doen a psicol gica bem como cren as que concebem a dimens o religiosa e tico moral sobre a natureza da homossexualidade Em pesquisa realizada por Lacerda etal 2002 foram entrevistados 220 universit rios dentre estes alunos do curso de Psicologia Engenharia Civil e Medicina com o intuito de obter explica es acerca da homossexualidade Tendo em vista que foi utilizada uma escala de respostas para a homossexualidade que apresentava explica es biol gicas tico morias religiosas psicol gicas e psicossociais os autores verificaram que as respostas que mais predominaram foram as de ordem tico morais com 14 seguidas por justificativas religiosas 13 psicossociais 12 psicol gicas 11 e por fim por explica es biol gicas com 9 das respostas Na an lise das ancoragens sociais os autores constataram que as explica es que apresentavam um car ter mais preconceituoso estavam ligadas aos estudantes de engenharia que deram respostas balizadas no car ter tico moral e religioso J o grupo de n o preconceituosos e dos preconceituosos sutis foi constitu do por mulheres e estudantes de Psicologia que justificaram suas
377. sura o de autoestima e que tem evid ncias de validade relativamente satisfat rias Buhrmester Blanton amp Swann 2011 M todos baseados na ativa o autom tica de categorias As t cnicas de Priming s o extremamente frequentes na literatura acad mica de Psicologia Social Ao se ler os artigos publicados em um n mero recente do principal peri dico da rea de Psicologia Social o Journal of Personality and Social Psychology imposs vel n o se deparar com v rios dos artigos que utilizam alguma estrat gia de priming para manipula o de vari veis Um busca no Google Scholar com as palavras chave Priming and Social Psychology resulta em aproximadamente 17 500 entradas apenas desde o ano de 2009 Este um claro indicador da frequ ncia de uso da t cnica e da import ncia que o campo d a esta como estrat gia metodol gica de pesquisa sobre processos autom ticos e controlados De forma geral o paradigma de priming executado em duas etapas Invariavelmente h uma situa o de engano para recrutar o participante informando a ele que se trata de dois experimentos ou de duas tarefas que n o possuem rela o entre si Quando chega ao laborat rio o participante convidado a executar uma primeira tarefa que ele julga que j seja a tarefa principal mas que na verdade refere se ativa o do priming Inumer veis estrat gias de priming s o relatadas na literatura mas algumas usuais exp em o participante a por
378. t m iniciado um uso intensivo destas estrat gias como a Psicologia da Personalidade para avalia o de diferen as individuais baseadas principalmente em medidas de tempo de rea o N o tenho notado um esfor o sistem tico para o uso desses procedimentos para a avalia o de fen menos no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho Gra as s possibilidades de avalia o de processos afetivos o uso de t cnicas de mensura o impl cita seria muito til para avaliar v rios constructos cl ssicos e emergentes em Psicologia Organizacional principalmente aqueles de base afetiva como as atitudes no trabalho Ainda que n o comentado at este momento as estrat gias de avalia o de processos impl citos trazem outra vantagem metodol gica muito relevante s o mais resistentes desejabilidade social Instrumentos de medida expl cita como os tradicionais instrumentos psicom tricos de avalia o de atitudes e personalidade s o consideravelmente sujeitos ao problema do participante responder aquilo que ele julga que o pesquisador quer ouvir e n o aquilo que ele tem a dizer Por sua natureza indireta as estrat gias de avalia o impl cita eliminam de forma consider vel este problema permitindo acessar informa es imposs veis de serem acessadas por instrumentos expl citos De forma geral o campo da discuss o te rica e metodol gica sobre a avalia o de processos impl citos tem avan ado rapidamente nas ltimas d
379. t nea na mesma a o de investiga o tem sido algo cada vez mais corriqueiro e relevante para o desenvolvimento do campo da cogni o social impl cita Por exemplo h estudos que procuram avaliar o funcionamento cerebral por meio de ERPs ao mesmo tempo em que submetem o participante a um Teste de Associa o Impl cita relevando o padr o de funcionamento cerebral relacionado atitude impl cita J K Williams amp Themanson 2011 Outros estudos t m buscado Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes testar o efeito que a ativa o de categorias via priming exerce sobre a mensura o do sistema nervoso aut nomo Chao et al 2007 Tem se notado um esfor o no campo da cogni o social no mesclar do uso de t cnicas dos dois primeiros tipos i e tempos de rea o e priming com medidas de neuroci ncias sociocognitivas Isto tamb m tem se tornado verdadeiro com o uso de t cnicas mais populares de mapeamento cerebral como o caso da resson ncia magn tica funcional fMRI Essa interse o traz in meras possibilidades de acesso aos processos autom ticos produzindo inova es relevantes para a compreens o te rica e metodol gica da cogni o social humana Considera es Finais As estrat gias de mensura o de processos impl citos t m sido amplamente empregadas na Psicologia Social Outras reas da Psicologia
380. ta ainda com a Boneca falante Em lia com a cozinheira Tia Nast cia com o homem da ro a Tio Barnab com o saci personagem do folclore brasileiro Menino negro que falta uma perna e fuma cachimbo com a cuca entre outros As hist rias de Monteiro Lobato foram adaptadas para a televis o A vers o mais conhecida foi a da Rede Globo que ficou no ar de mar o de 1977 a 31 de janeiro de 1986 Para o presente estudo foi utilizado um fragmento do epis dio O Saci Nesse epis dio Tia Nast cia conta para Pedrinho e Narizinho sobre a exist ncia do Saci Pedrinho fica curioso e vai conversar com tio Barnab para saber se Saci existe mesmo pois sua av lhe disse que apenas folclore Tio Barnab conta para o menino que o Saci existe que ele apronta e diz que um dia no qual conseguiu fazer uma armadilha para que o Saci n o aprontasse mais com ele Nesse fragmento s o apresentados tr s personagens negros a cozinheira Tia Nast cia o tio Barnab e o Saci tr s personagens brancos a dona do s tio Dona Benta e seus dois netos Pedrinho e Narizinho e a boneca de pano Emilia que pertence a Narizinho Ap s a apresenta o dos v deos os participantes foram levados a contar uma hist ria sobre as duas crian as apresentadas nas fotografias Os dados foram analisados por An lise de Conte do Bardin 1979 As hist rias foram transcritas totalizando 33 hist rias Procedeu se leitura flutuante e constru o de categorias baseadas no
381. ta por Safatle 2012 na qual as particularidades s o eclipsadas por um grande senso comunit rio e em que possa transcorrer uma relativa o do superdimensionamento das dimens es individuais e individualizantes Todavia o movimento dial tico entre o singular universal particular Oliveira 2005 uma constante a ser assinalada para que a indiferen a as diferen as nao se torne uma indiferen a ao diferente nem que esse processo desemboque em uma homogeneidade completa a qual por princ pio est em desacordo com os embates constantes entre as dimens es do singular universal particular 4 Resumidamente a dial tica singular universal particular pensada a partir da obra de Marx a rela o entre a Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 O controverso discurso do politicamente correto algumas considera es e desdobramentos Por outro lado tamb m n o poder amos deixar de salientar o perigo desta perspectiva entusiasmada frente aos processos de singulariza o O cuidado diz respeito a estes serem cooptados pela l gica do capital o que os tornaria mais um instrumento dentre os tantos outros de valida o das pseudoparticularidades pretensamente nicas da mercadoria seja ela material ou psicol gica como no caso das identidades e processos de subjetiva o Afinal nada mais interessante ao capitalismo sobretudo nesta sua fase globalizada e hegem nica do que a oferta
382. tabilidade nas organiza es em distintos grupos de pessoas O maior comprometimento com a carreira est associado a uma posterior menor transfer ncia do adquirido em T amp D enquanto o comprometimento com a organiza o prediz n veis mais elevados dessa transfer ncia Portanto no caso de comprometimento afetivo precisamos saber qual o seu foco carreira ou organiza o antes de poder predizer os efeitos p s T amp D O ltimo preditor individual que devo mencionar aqui o uso de estrat gias para aplicar o aprendido no trabalho Isto o que as pessoas fazem para superar obst culos sejam eles materiais ou psicossociais quando retornam ao trabalho e tentam nele aplicar o que adquiriram em T amp D Pudemos identificar certos padr es ou estrat gias que os egressos de eventos de T amp D utilizam nesses casos Mais que isto encontramos que os egressos que as utilizam relatam n veis de transfer ncia mais elevados H tamb m aqueles preditores que est o relacionados ao que feito durante os eventos de T amp D para promover a aquisi o e que podem predizer o que as pessoas transferem para o trabalho os fatores instrucionais Figura 3 Um deles a clareza e precis o dos objetivos formulados Programas de T amp D que t m objetivos formulados com essas duas caracter sticas t m melhores indicadores de posterior transfer ncia para o trabalho do que foi adquirido neles Isto provavelmente acontece porque tais objetivos s
383. te ricas mais complexas e provavelmente mais aproximadas da maneira pela qual processos autom ticos interagem com controlados tra os disposicionais e indicadores situacionais que exercem impacto no julgamento percep o e comportamento Loersch amp Payne 2011 Schroder amp Thagard 2013 Smeesters Wheeler amp Kay 2010 Essa modela o te rica demanda o desenvolvimento continuado de estrat gias de mensura o que sejam adequadas para a mensura o de processos autom ticos em delineamentos de pesquisa cada vez mais complexos pois estes demandam a necessidade de elicia o de processos autom ticos ou a mensura o dos mesmos num contexto de pesquisa que manipula e mensura simultaneamente diversas vari veis e consequentemente as intera es entre elas V rios s o os relatos de pesquisa na rea que t m buscado testar as rela es desta forma utilizando m ltiplas estrat gias de manipula o e mensura o de processos autom ticos investigando rela es multideterminadas entre as vari veis Perugini Conner amp Gorman 2011 Perugini amp Prestwich 2007 Rabelo Hees amp Pilati 2012 M todos de mensura o de processos autom ticos A tarefa de categorizar os m todos de avalia o dos processos autom ticos n o simples mas o principal prop sito deste texto Em raz o das caracter sticas que a pesquisa neste campo desenvolveu nas ltimas d cadas a quantidade de procedimentos enorme e ele
384. tema Reconhece se aqui que o conhecimento produzido pelas diferentes reas do saber tamb m possui sua relev ncia O fato que a Psicologia tem sido constantemente citada e colocada em cheque e nesse sentido preciso tomar uma posi o acad mica e cient fica a respeito dos caminhos pol ticos tra ados no Brasil O presente trabalho portanto arraiga se no mbito de uma revis o sistem tica e cr tica da literatura brasileira psicol gica e se prop e a contribuir para a amplia o das alterca es que perpassam a homossexualidade com o intuito de identificar lacunas a serem pesquisadas e respaldadas teoricamente M todo O procedimento metodol gico utilizado para o desenvolvimento do presente estudo foi de Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional cunho bibliogr fico Mais precisamente foi realizada uma revis o sistem tica da literatura sem delimitar um per odo de tempo espec fico com os descritores nomossexualidade e psicologia nas principais bases de dados que indexam peri dicos a saber Peri dicos Eletr nicos de Psicologia PePSIC que inclui indexadores como Scientific Electronic Library Online SciELO BVS Psicologia Brasil que contempla os seguintes indexadores Literatura Latino americana e do Caribe em Ci ncias da Sa de Lilacs e o Index Psi Peri dicos T cnico Cient ficos e
385. termos dos livros at se chegar ao ponto de que toda e qualquer obra liter ria se tornou completamente proibida Atrav s deste enredo podemos pontuar a invers o ideol gica da vitimiza o pois a tese de que o simples questionar constante das minorias desaguaria no desmoronamento do mundo em que os humanos s o inteligentes articulados e livres Assim n o haveria sa da para os grupos subjugados uma vez que somente a manuten o da opress o garantia de se evitar o totalitarismo e automatismo Certamente poderia se contra argumentar que estamos sendo categ ricos nesta forma de analisar no entanto percebam que o autor igualmente categ rico ao imputar a destrui o do conhecimento propagado pelos livros as minorias Claro que Fahrenheit 451 n o tece somente tal afirma o h outras cr ticas como no caso do processo de imbeciliza o promovido pelos meios de comunica o de massa e pela propaganda vinculada atrav s destes Por m como est vamos afirmando nesse livro de Bradbury 2007 podemos especular o quanto a ideologia dominante atuante uma vez que n o apenas Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda inverte as posi es oprimido opressor como igualmente transfere aos oprimidos a responsabilidade pela formata o e despontencializa o de todos os sujeitos integrantes da sociedade futurista de Fahrenheit 451 Sumarizando o discurso
386. ternos e externos e inevitavelmente as rea es neurofisiol gicas decorrentes do processo de ajustamento aos desafios adaptativos Bartolomucci 2005 Santos 2010 necess rio destacar que na Psicologia da Sa de coexistem diversas abordagens e modelos para explicar o processo sa de doen a Nesse sentido entre as v rias abordagens uma delas tem assumido destaque no cen rio atual que prioriza as an lises das diferen as individuais e o cognitivismo Essa perspectiva busca entender como as pessoas se diferenciam na capacidade de adapta o e vulnerabilidade ao adoecimento Seu foco n o exclusivo ao n vel grupal e ao n vel populacional de explica o mas tenciona principalmente entender o que protege e exp e cada indiv duo a determinados tipos de doen a Bartolomucci 2005 Lazarus amp Folkman 1984 Miller et al 2009 Entende se assim que com a extrapola o dos achados no n vel individual alcan ar se o modos de compreens o da din mica adaptativa em escala grupal e ou comportamental A perspectiva das diferen as individuais se sustenta na an lise psicossocial do adoecimento isto o adoecimento decorrendo de intera es complexas entre as interfaces biol gica e psicol gica em um determinado locus social de produ o de sa de Hoje tem se como elemento fundamental dessa perspectiva o conceito de vulnerabilidade Defur et al 2007 Evans 1994 Gee amp Payne Sturges 2004 Wilkinson 2006 no enten
387. terossexuais visando atender a um modelo de fam lia nuclear Todavia a uni o conjugal entre pessoas do mesmo sexo e a ado o de filhos por parte destes ainda n o s o legitimadas juridicamente Esta dificuldade tem sido apontada devido ao preconceito e exclus o social de grupos minorit rios a exemplo dos homossexuais Ara jo Oliveira Sousa amp Castanha 2007 No Brasil um homossexual legalmente pode adotar uma crian a por m ainda h resist ncias que por vezes se pautam em impedimentos morais evidenciando que apesar da sociedade brasileira vir modificando seus conceitos ainda se trata de um processo lento Nossas leis n o contemplam a possibilidade de ado o por casais homoafetivos motivo pelo qual muitos homossexuais se candidatam ado o na condi o de fam lia monoparental evitando com isso o julgamento de sua orienta o sexual Futino amp Martins 2006 Na pesquisa realizada por Ara jo et al 2007 com estudantes concluintes dos cursos de Direito e Psicologia acerca das representa es sociais que estes apresentavam em rela o a ado o por casais homoafetivos constatou se que 51 da amostra total demonstrou ser contr rios ado o J com rela o porcentagem de alunos que se mostraram favor vel a ado o registrou se 29 dos estudantes de Direito e 40 dos estudantes de Psicologia Para justificar tais posicionamentos ficou expl cito na pesquisa que os alunos se ancoraram nos discursos mo
388. tes conte dos ao inv s de repensarem suas estrat gias de mercado marketing ou pre os praticados justificaram as quedas nos n meros de vendas de seus filmes e discos musicais t o somente livre e gratuita circula o de tais produtos culturais na rede mundial de computadores Indo al m as associa es se valeram das leis de copyright para interpelar judicialmente usu rios de programas de troca de arquivos como no caso do pioneiro e finado Napster surgido e desaparecido ainda no in cio da d cada de 2000 A l gica subjacente semelhante aquela anteriormente descrita uma vez que gigantes do mercado do entretenimento asseveravam uma pseudofragilidade diante de um n mero infimo de pessoas ao pensarmos no tamanho dos mercados fonogr fico ou cinematogr fico mundiais que por trocarem arquivos muitas vezes sem visar lucro algum sobre isto estariam promovendo o colapso do mercado do entretenimento Portanto ao serem v timas dos usu rios as corpora es teriam a autoridade e o salvo conduto para esmag los mesmo que o argumento seja facilmente desmont vel j que bastaria observar o n mero baixo de pessoas com amplo acesso a internet naquele momento comparando o com os n meros referentes queda da comercializa o de produtos da ind stria cultural e do entretenimento e com o tamanho dos mercados atingidos por estas A tese da vitimiza o evocada frequentemente em debates envolvendo o politicamente correto portan
389. tes contudo preciso desenvolver m todos para mensur las e realizar investiga es para testar modelos de predi o delas assim como as associa es que elas possam efetivamente ter com compet ncias expressas no trabalho Os resultados das nossas pesquisas que passaremos a abordar no pr ximo par grafo s o restritos as cognitivas e s comportamentais J sabemos algumas coisas mas estamos bem distantes do estado da arte da pesquisa em T amp D Dentre as vari veis individuais encontramos que motiva o para aprender prediz Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Cogni es e Aprendizagem na Psicologia Organizacional e do Trabalho Contempor nea positivamente todas as estrat gias exceto a de repeti o mental da informa o Esta por sua vez est mais presente entre aqueles que t m menor escolaridade Aumentos nesta escolaridade por outro lado est o associados busca de ajuda em material escrito e aplica o pr tica combinada com a reflex o intr nseca Estas duas EATs tamb m s o mais frequentes nas pessoas que t m mais idade assim como a reflex o extr nseca As mulheres relatam mais o uso de busca de ajuda interpessoal para aprender no trabalho quando comparadas aos homens Este ltimo resultado tem sido sistematicamente obtido em v rios contextos e amostras de empregados e profissionais aut nomos EATs Cognitivas Repeti o e Repeti o mental da informa
390. tiga o e das suposi es do pesquisador sobre a possibilidade de contribui o de cada m todo para os objetivos pretendidos No uso sequencial o m todo quantitativo pode oferecer um panorama geral da import ncia das vari veis a serem aprofundadas pelos m todos qualitativos Outra possibilidade o m todo qualitativo ser usado inicialmente para explorar um fen meno sendo seguido pelo m todo quantitativo visando obter generaliza o emp rica De todo modo a decis o depende dos prop sitos de pesquisa Analisando o cen rio dos m todos mistos em Psicologia Organizacional e do Trabalho H muita diversidade de m todos e t cnicas em pesquisas em Psicologia Organizacional e do Trabalho decorrente das variadas ades es a teorias epistemol gicas e a princ pios ontol gicos A ades o do pesquisador abordagem idiogr fica foco no aprofundamento do particular ou ao contr rio abordagem nomot tica foco na generaliza o emp rica e controle estat stico e de vari veis muitas vezes divide os pesquisadores que fazem uso de m todos qualitativos e quantitativos repercutindo na decis o de ades o a m todos mistos e no tipo de corte temporal e status atribu do a cada um dos m todos utilizados O predom nio de m todos quantitativos vem sendo assinalado pelas revis es de literatura ao longo dos anos Dos 734 artigos emp ricos entre 1993 2002 publicados no Journal of Marketing European Journal of Management e Journal of
391. tisfazer seus desejos e necessidades prop sito na vida empenho para desenvolver suas potencialidades para seguir crescendo como pessoa e elevar suas capacidades crescimento pessoal definir metas ou objetivos que permitam dotar a vida de sentido prop sito na vida J a concep o de bem estar social tem como antecedentes os estudos sobre aliena o e crit rios individuais do bem estar psicol gico Blanco amp D az 2005 e se refere avalia o que fazemos das circunst ncias e do funcionamento da sociedade Assim a escala de bem estar social Keyes et al 2002 foi agrupada em cinco dimens es que fazem men o a integra o social avalia a qualidade das rela es com a sociedade e com a comunidade sentir se parte da comunidade reconhecido e apoiado por ela aceita o social grau de satisfa o que se experimenta a partir do saber e sentir se parte de um grupo ou comunidade contribui o social sentimento de ser um membro importante na sociedade e ter algo til para oferecer ao mundo atualiza o social grau de confian a que os membros de um grupo t m no potencial de crescimento e desenvolvimento da sociedade de perten a coer ncia social capacidade de entender a din mica social percep o de qualidade organiza o e funcionamento do mundo social Ao comparar as dimens es das escalas de bem estar psicol gico e social poss vel perceber a ntima rela o entre as dimens es de autoaceita o
392. tivas dos participantes submetidos ao priming pr social enquanto as categoria caracter sticas estereot picas atribu das ao negro rejei o do negro parentesco inter racial e unidos por um objetivo comum aparecem nos participantes submetidos ao priming racista digno de nota que na categoria intera o negativa os participantes fizeram uma vincula o de a es geradoras de conflito crian a negra A esse respeito vale ressaltar estudos Liebert et al 1988 e Staples 2000 que referem a apresenta o de personagens de grupos minorit rios como vil es E o de Graves 1993 que afirma que a apresenta o desfavor vel dos grupos minorit rios leva ado o de atitudes negativas em dire o a esses grupos Apesar de termos obtido algumas evid ncias no presente estudo na dire o da influ ncia de programas racistas na facilita o de estere tipos do negro os resultados n o s o conclusivos Estes resultados carecem de mais an lises considerando o efeito da idade e etnia dos participantes e das normas sociais presentes nos contxtos de resposta Pesquisas posteriores apoiadas em delineamento longitudinal analisando o efeito da exposi o cont nua das crian as a programas pr sociais e racistas poder o aprofundar as evid ncias encontradas neste estudo Em seguida apresentamos o texto de Raimundo Gouveia sobre homofobia Homofobia Um Fen meno Psicossocial Ao escolher o tema para tratar neste simp sio do PROC
393. tividade do sujeito e sua intera o com os outros Escola Formadora 2012c p 02 No processo de realiza o da autoconfronta o dois formadores sinalizaram que compreendiam que os documentos prescritivos do curso e do software apresentariam como refer ncias te ricas e metodol gicas a abordagem educacional hist rico cultural de Vigotski Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Trabalho do formador de professores para a educa o profissional Eu percebo que n o h indica o direta para se trabalhar com as propostas de Vigotski mas a minha leitura que o est mulo a uma media o que coloca as pessoas em contato umas com as outras para aprender tem tudo a ver com a vis o de educa o e de desenvolvimento humano que ele Vigotski propunha Depoimento de formador em entrevista semiestruturada 2012 De fato poss vel admitir a presen a das concep es de Vigotski em um curso e software identificados com o cognitivismo e as pedagogias centradas no lema aprender a aprender na medida em que de acordo com Duarte 2006 estas perspectivas educacionais s o em verdade apropria es neoliberais da teoria vigotskiana Entretanto n o se pode desconsiderar que as aproxima es entre as teorias de Vigotski e ideias neoliberais e p s modernas conforme sinaliza Duarte 2006 s o esfor os no sentido da descaracteriza o da vis o do autor russo No contexto desta pesquisa o quadro obse
394. tivo que passa a ser considerado um ente taticamente motivado Com essa mudan a o agente cognitivo passa a ser visto como um pensador fortemente engajado que escolhe a partir das suas metas motivos e necessidades qual a estrat gia de processamento de informa es dever adotar concebendo se portanto que o agente pode processar a informa o de maneira mais cuidadosa dependendo da Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 E Marcos Emanoel Pereira amp Ant nio Virgilio B Bastos meta em rela o ao processamento de informa o que adotou enquanto em outras circunst ncias em especial quando o objetivo do agente o de preservar os recursos cognitivos ele tende a utilizar o pensamento categ rico Essa discuss o sobre em que medida o ser humano age de forma apressada e irrefletida e as circunst ncias em que ele avalia cuidadosamente as pe as de informa es dispon veis para raciocinar e fazer julgamentos sociais cuidadosos pode ser considerada um elemento central no desenvolvimento atual dos estudos acerca da cogni o social Processos duais Desde o in cio dos anos de 1980 a discuss o sobre a exist ncia de dois processos mentais um evolutivamente mais antigo e um segundo mais recente tem sido predominante na psicologia social acarretando impacto em muitas reas conexas de estudo Uma s rie de modelos com terminologias muito diversificadas mas genericamente subordinados ao modelo
395. to permitiram compreender as poss veis rela es estabelecidas entre programas televisivos dirigidos ao p blico infantil e a express o de atitudes negativas e de estere tipos principalmente em rela o categoria social de negros A principal conclus o que programas que incentivam ou exibem a es pr sociais sugerem ter impactos distintos dos que cont m mensagens e formas de express o racista Apesar da advert ncia das autoras de que os resultados n o podem ser generalizados em virtude de n o terem sido explorados os efeitos da idade e etnia dos participantes e das normas sociais certamente as conclus es do estudo s o inquietantes e nos convidam a ser mais cuidadosos na elei o e constru o de programas dirigidos ao p blico infantil As quest es sobre a homofobia trazidas pelo autor do segundo texto convidam o leitor a refletir em outra dire o na das rela es entre o preconceito e os valores cren as e representa es que fundamentam atitudes e comportamentos discriminat rios baseados na orienta o sexual O preconceito a entendido em um sentido pol tico e ideol gico e ultrapassa a pr tica discriminat ria Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Forma o e Difus o das Cogni es Sociais TV Racismo e Homofobia cotidiana expressando uma maneira compartilhada de vis o de mundo Em um dos estudos relatados encontrou se evid ncia de que as vis es sobre as fam lia
396. to review the literature about the discussed issues in psychology s context of the homosexuality s theme For this a systematic literature review was conducted in the major databases that index journals Data were organized using the technique of L Bardin s Content Analysis Thus it was found that the Brazilian scientific production of the homosexuality theme gradually is leaving the academic invisibility field and the psychology has contributed to the debate by emphasizing the following themes 1 Theoretical conceptions and history of homosexuality 2 Homophobia and internalized prejudice 3 Homosexuality and discursive repertoires 4 Homosexuality and social movements 5 Homosexuality and adoption 6 Psychology and gender issues The study proposes to extend the altercation that pervade the homosexuality subject as well as identify the gaps to be researched and theoretically supported Keywords homosexuality homophobia psychology 1 Psicologa pela Universidade Federal de Campina Grande 2 Professora Doutora do curso de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Maria Edna Silva de Alexandre Edgley Duarte de Lima amp Lilian Kelly de Sousa Galvdo Historicamente ahomossexualidade como categoria social assumiudiversasrepresenta es e por conseguinte foi constru da identificada e significada de modos distintos dependendo das exig ncias
397. to se faz necess rio que dediquemos um pouco mais de nossa aten o a ela Compreendemos que na acep o que estamos seguindo por ora perspectiva do politicamente correto enquanto tentativa de promover o igualitarismo a vitimiza o uma fal cia e um modo de desqualificar qualquer altera o do paradigma social vigente fundando na desigualdade e opress o Ao contr rio de estimular os oprimidos a se sentirem ou se portarem como v timas este discurso politicamente correto ataca a ideologia dos algozes a qual por dissimular os conflitos existentes contribui justamente para o encaixe dos oprimidos na condi o de falsas v timas O ponto central contribuir no fortalecimento das no es de classe identidades e modos de subjetiva o historicamente subjugados promovendo o chamado empoderamento e conscientiza o destes grupos de indiv duos acerca dessa condi o que lhes foi imputada Consequentemente a luta travada em duas frentes de batalha no campo da mudan a de rota das distor es sociais via pol ticas afirmativas e na seara ideol gica pela produ o de discursos outros e contra hegem nicos relativos ao institu do colocando em perspectiva at que ponto tais constru es hegem nicas s o factuais Retornando a quest o dos embates envolvendo o l xico cotidiano basta tamb m observarmos o fervor cr tico das opini es publicadas e os argumentos utilizados em epis dios como o da cartilha Politicamente C
398. todol gicas Desenho instrumentos e coleta de dados Os estudos em trabalho e sa de ps quica tendem a adotar os desenhos e estrat gias metodol gicas oriundos da medicina com delineamentos que v o de menor controle e maior profundidade como hist ria de vida e estudos de caso a desenhos com um escopo intermedi rio em rela o ao controle e profundidade a exemplo dos estudos de corte transversal A tend ncia observada na sub rea trabalho e sa de ps quica tem sido a ado o de estudos de corte transversal tamb m denominados de corte seccional descri o instant nea do fen meno Assim essa descri o do fen meno n o tem a pretens o de identificar a sua etiologia Quanto aos instrumentos de avalia o geralmente s o autoaplicados e de autorrelatos Utilizam se informantes chave em popula es espec ficas de trabalhadores ou estudo censit rio em dada organiza o de trabalho onde todos os trabalhadores s o eleg veis Os instrumentos geralmente s o escalas e invent rios usados para screening de doen a sintomas Neste sentido pode se observar a incorpora o de estrat gias metodol gicas do modelo m dico na avalia o e a partir do resultado obtido realiza se uma grosseira aproxima o do status conceito de sa de Nessa perspectiva s o adotados os indicadores de ocorr ncia de doen a morbidade mediante medida de preval ncia Na avalia o de sa de ps quica os instrumentos comum
399. todos mistos Como superar as inconsist ncias entre os paradigmas N o h uma solu o f cil pois torna dif cil conceber a independ ncia do m todo desvinculado da teoria que lhe d suporte Uma segunda quest o a ser posta at que ponto a escolha dos m todos mistos n o passa de uma sa da tangencial para evitar um posicionamento cr tico mais claro sobre a melhor forma de abordar um fen meno Isso certamente repercute na discuss o sobre a forma o de pesquisadores aptos a procederem a escolhas maduras em termos metodol gicos Do nosso ponto de vista n o basta desenvolver projetos interdisciplinares necess rio formar uma cultura de compartilhamento e de transfer ncia de conhecimentos e habilidades o que capacitaria melhor o pesquisador para utilizar m todos diversificados Ou seja o uso de m todos mistos exige maior preparo do pesquisador Para al m da forma o de pesquisadores a difus o de m todos mistos repercutir nas normas e regras que orientam as publica es visto que sua utiliza o n o apenas demanda mais Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodol gicas em Psicologia Organizacional e do Trabalho tempo e recursos financeiros como requer mais espa o de texto para apresenta o e discuss o dos resultados Exemplos de aplica o de abordagens multin vel e m todo misto O objetivo desta ltima se o do artigo apresentar dois exemplos que po
400. trabalho isto n o induzidos por T amp D Tanto ela quanto eu contudo ainda eventualmente investigamos aquela transfer ncia A minha apresenta o aqui divide se em duas partes 1 os preditores de transfer ncia que encontramos e 2 os processos de aprendizagem no contexto de trabalho Entendemos a aprendizagem como um processo psicol gico que faz refer ncia s mudan as que ocorrem no comportamento do individuo Isso nos coloca portanto numa subdivis o que o Prof Ant nio Virg lio Bastos anteriormente comentou sobre como o trabalhador domina o campo do comportamento Existe outra subdivis o que floresceu nos ltimos 15 anos chamada aprendizagem organizacional N s n o estamos vinculados a este movimento embora nossa produ o de resultados de pesquisa possa conversar com ele Insistimos para nos diferenciar do que feito nessa outra subdivis o que nossos estudos fazem refer ncia a processos psicol gicos subjacentes a mudan as no n vel do indiv duo Mudan as essas que n o seriam resultantes do processo de matura o biol gica desse indiv duo mas especialmente decorrentes da intera o desse indiv duo com o contexto Essa intera o com o ambiente supostamente promoveria processos de aquisi o de reten o e de transfer ncia de compet ncias que ent o poderiam gerar mudan as de comportamento N s adotamos a perspectiva S O R Estimulo organismo resposta e n o S R est mulo resposta
401. trofes apresentam menor n vel de bem estar subjetivo ao longo do tempo e que as v timas consideradas mais bem adaptadas s o aquelas que a compartilharam experi ncias de trauma coletivo b t m companheiro afetivo c manifestam maior enfrentamento instrumental e menor enfrentamento emocional d participam de associa es de v timas e da vida p blica importante ressaltar que o conceito de qualidade de vida tem vincula o direta com o de bem estar Nesse sentido h que se considerar que a Organiza o Mundial da Sa de realizou um alargamento da concep o de qualidade de vida considerando que o sentimento de bem estar derivado da avalia o objetiva e subjetiva do grau de satisfa o da pessoa com a sua sa de em distintas dimens es de sua vida no dom nio psicol gico balan a de afetos autoestima no dom nio das rela es sociais rela es interpessoais ou de intimidade apoio social atividades que promovem suporte no n vel de independ ncia mobilidade atividades cotidianas capacidade de comunicar se e trabalhar na satisfa o com o meio ambiente ambiente familiar de trabalho financeiro sa de f sico e transporte nas cren as religiosas e pessoais e no dom nio f sico dor energia e fadiga sexualidade sono e descanso fun es sensoriais OMS 2001 Assim a qualidade de vida concebida de forma abrangente e multifatorial incorporando as dimens es sa de f sica sa de psicol gica n vel d
402. trumentos e de interpretar o que medimos com eles Marcelo Gleiser A a o de mensura o central em ci ncia O desenvolvimento de novas estrat gias permite o aperfei oamento das teorias vigentes ou a sobreposi o das mesmas por novos modelos te ricos Medir ocupa boa parte da atividade laboratorial di ria e o desenvolvimento de novas estrat gias de mensura o permite a formula o de novas perguntas proporcionando a inser o em campos do conhecimento outrora n o explorados dando a possibilidade de al ar perspectivas antes n o observadas e consequentemente dando nos a possibilidade de mudar paradigmas te ricos vigentes por novas concep es que englobem processos que antes n o eram acess veis No campo da Psicologia Social os desafios da mensura o se misturam com os prim rdios da rea O desenvolvimento de formas de mensura o ocupa parte consider vel do of cio do cientista Psic logo Social Nas ltimas duas d cadas a Psicologia Social apresentou o desenvolvimento de uma s rie de procedimentos para a mensura o de processos impl citos ou autom ticos o que permitiu uma revolu o na compreens o da cogni o humana e nos seus efeitos sobre o comportamento social Como corriqueiro nas diversas reas do conhecimento o desenvolvimento de novas estrat gias de mensura o est atrelado s rubricas de conhecimento com outras reas de interface No caso espec fico da Psicologia Social as medidas
403. tudo da capacidade de adapta o psicossocial Modelo de Interfaces do Estresse Fonte Adaptado de Santos 2010 O contexto psicossocial pode ser entendido como um conjunto de caracter sticas que descrevem os m ltiplos pap is e aloca es sociais que atribuem uma posi o ao sujeito na organiza o da sociedade o que aponta para situa es singulares de experi ncia social para grupos e indiv duos A exemplo de vari veis dessa categoria tamb m estariam sendo incorporadas a ra a o sexo a idade o status socioecon mico o trabalho a religiosidade entre outras Santos 2010 Quanto aos mecanismos psicol gicos de adapta o apreendem se como construtos que compreendem processos constitucionais e ou cognitivos desenvolvidos mediante a rela o social ou aspectos interativos entre o aparato gen tico e as experi ncias vitais que modificam a percep o avalia o e interpreta o dos eventos externos e ou internos Nesse grupo s o inseridos alguns construtos entre os quais a percep o de controle a val ncia afetiva a resili ncia as estrat gias de enfrentamento a autoestima o suporte social Santos 2010 Tanto o contexto psicossocial quanto os mecanismos psicol gicos de adapta o s o vari veis que contribuem para a explica o dos modos pelos quais se modificam as intensidades probabilidades e desfechos sobre a sa de quando da exposi o aos determinantes da sa de e das doen as Na an lise do mo
404. tura do termo em duas vias as pesquisadoras iniciaram os procedimentos da pesquisa Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Dan a movimento em idosos implica es no corpo e na produ o de subjetividade Oficinas espa os de encontros e movimentos Oficinas s o locais de encontro efuncionam como estrat gias que possibilitamtransforma es Neste contexto oferecem se como um territ rio coletivo e inventivo como pr ticas de subjetiva o reveladoras de pot ncias criativas acionando processos de produ o de subjetividades Tornam se importantes agenciadores de um campo de experimenta o de trocas intensivas entre for as coletivas interessadas em participar das a es de modo a compor e transformar os corpos a partir dos afetos que se d o nos encontros Esta estrat gia j fora referenciada por Correa 2000 apontando que o fazer compartilhado de oficinas realizadas em institui es educacionais e sociais com crian as e adolescentes e sobre diferentes tem ticas foi capaz de trazer tona viv ncias dos participantes e suas diferentes vis es do mundo possibilitando trocas e a produ o de novos sentidos e saberes Essa pesquisa se deu a partir de oficinas de dan a e movimento corporal que foram capazes de produzir afetos e subjetividades modificando a rela o com os corpos e produzindo mudan as no mundo tendo portanto uma dimens o cl nica e po tica na efetiva o de u
405. u captar momentos representativos do trabalho dos formadores com especial aten o para o uso do Sherlock indicado pelos trabalhadores como elemento central do processo de media o Movimento 4 Sele o de trechos das atividades de trabalho registradas Ap s a grava o das sequencias de trabalho dos formadores o pesquisador analisou os registros e selecionou trechos significativos ou representativos da atividade de cada formador Estes trechos foram utilizados no movimento seguinte Movimento 5 Autoconfronta o simples Nesta fase a inten o era realizar aproxima es sucessivas em rela o ao trabalho interpretado pelos pr prios trabalhadores Cada formador assistiu os trechos da grava o udio e v deo da sua atividade laboral que foram previamente selecionados pelo pesquisador Os dados obtidos neste movimento foram os coment rios e interpreta es acerca do pr prio trabalho feitos no exato momento em que assistia o seu registro Os coment rios de cada formador tamb m foram gravados em udio e v deo Ainda o pesquisador elaborou previamente um roteiro de quest es que organizou o di logo sobre o trabalho dos volunt rios da pesquisa Cumpre lembrar que nesta fase cada volunt rio assistiu ao seu v deo com o pesquisador isto o trio n o viu os registros conjuntamente Ao final do processo de autoconfronta o simples o pesquisador realizou o exame e aproxima es pertinentes entre a literatura acad mi
406. uagem e l ngua Outros instrumentos que os professores utilizavam estavam associados promo o das rela es interativas do formador com os participantes e mutuamente entre um part cipe e outro Atentos relev ncia de garantir a intera o entre os integrantes do processo educativo e tamb m objetivando assegurar a adequada gest o do grupo de pessoas os formadores adotavam constantemente tr s instrumentos imateriais de trabalho que denominavam intervir encaminhar e devolver Em s ntese estes instrumentos diziam respeito ao modo como os formadores realizavam a media o pedag gica por meio da fala da observa o e da escuta dos participantes do curso Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Deivis Perez A interven o era definida pelos formadores como toda e qualquer modifica o no ambiente instrucional proposi o de atividades orienta es aos participantes sobre o que e como fazer trabalhos no espa o educativo organiza o do espa o f sico concreto usado nas aulas O encaminhamento se referia s instru es dos formadores aos participantes que visavam conduzir o grupo no sentido do alcance dos objetivos indicados nos documentos prescritivos do curso Educa o e Linguagem A devolu o dizia respeito ao conjunto de produ es dos participantes apresentadas a todo o grupo e aos formadores e tamb m os retornos ou feedbacks verbais dos formadores aos docentes em capacita o
407. uais sociedades tal pr tica se iniciou e posteriormente foi difundida ao redor do mundo Sem intentar recuperar toda a bibliografia dispon vel acerca das ra zes hist rica envolvendo o tema mas apenas para ilustrar a citada pluralidade das origens indicamos que de um modo geral a maioria dos autores consultados por n s localiza o surgimento da express o ideia de politicamente correto nos Estados Unidos atribuindo a atores sociais diversos a sua consolida o e difus o Uns afirmam que este tipo de perspectiva politicamente correta foi criada por movimentos sociais organizados pela chamada New Left Nova Esquerda e por parcela da intelectualidade estadunidense em uma tentativa de proteger s chamadas minorias Cabrera 2012 e o multiculturalismo Semprini 1999 com intento geral de promover os direitos humanos Outros apontam se tratar de um termo urdido pelos conservadores para desclassificar estes comportamentos de preocupa o com as diferen as Como descreve Renato Ribeiro o termo politicamente correto foi cunhado pelos detratores e n o pelos defensores da posi o que assim retratada Ningu m afirma ser politicamente correto O termo sempre se expressa na terceira pessoa ou pelo menos jamais na primeira como acusa o ou zombaria 2000 p 27 grifo do autor Em obras como as organizadas por Williams 1995 e Dunant 1994 nas quais h reflex es profundas e diversas sobre o fen meno do politicame
408. ual Al m disso as pesquisas de Hofstede e Schwartz demonstraram a exist ncia de significados consistentes entre culturas As polaridades que emergiram do estudo de Schwartz conservadorismo versus autonomia dom nio e hierarquia versus igualitarismo podem ser entendidas como fortes reminiscentes das dimens es de Hofstede de individualismo coletivismo e dist ncia do poder respectivamente Vale lembrar por m que tais manifesta es culturais s o puramente relacionais O Brasil por exemplo pode ser considerado como coletivista em rela o aos Estados Unidos mas seguramente individualista quando comparado a nossa vizinha Col mbia Hofstede 1984 J na teoria de Schwartz quando comparado Europa Ocidental o Brasil tem altos escores em Hierarquia e baixos em Autonomia Intelectual Quando comparado aos Estados Unidos o Brasil tamb m apresenta maiores escores em Autonomia Intelectual com os EUA apresentando maiores escores em Autonomia Afetiva A dimens o de Dominio parece ser maior para os EUA enquanto o Brasil apresenta um maior escore para Harmonia Todavia quando comparado a pa ses da sia frica e Oriente M dio o Brasil apresenta uma posi o praticamente inversa Esse tipo de compara o o mote da Psicologia Transcultural e representa uma abordagem que vem ganhando reconhecimento na comunidade acad mica brasileira Os psic logos transculturais tradicionalmente trabalham com ferramentas tais como question rio
409. uando surgiu na d cada de 1980 Na poca o fen meno era representado como um c ncer gay uma doen a terr vel que atingia um determinado grupo cujo estere tipo marcado pelo comportamento sexual considerado prom scuo H ent o um processo de focaliza o que se constitui em um esfor o do sujeito para dar prefer ncia a determinadas perspectivas da quest o que se harmonizem melhor com suas convic es mais profundas Moscovici 1961 Dessa perspectiva aquela vis o do senso comum do preconceito como resultado de certa ignor ncia passa a ser question vel j que h processos psicossociais que levam rejei o de certas informa es que contradizem as cogni es do indiv duo As representa es sociais s o parte de uma din mica que traduz interesses sociais e podem ser definidas como conjuntos de proposi es a es e avalia es que focam um coro coletivo que pode ser mais ou menos harmonioso Moscovici 2000 Ali s importante destacar a quest o do consenso como parte desse processo uma vez que a sociedade vai se apropriando desse conhecimento sobre determinado objeto o qual colocado numa escala de prefer ncia que varia de acordo com as suas rela es sociais Desse modo a sociedade converte o objeto social em um instrumento do qual ela pode dispor a partir de uma escala de prefer ncia nas rela es sociais Moscovici 1961 Nas intera es sociais h uma exig ncia para que o sujeito tome uma
410. ue comp em a cr tica a uma das perspectivas discutidas acerca do discurso do politicamente correto poss vel vislumbrar os componentes ideol gicos do 8 Ideia que gerou controv rsias sendo as principais cr ticas o fato de que ser indiferente em alguma inst ncia trata se de n o nutrir qualquer tipo de preocupa o com o outro e que esta perspectiva de n o se afirmar diferen as est segundo Barros 2012 p 154 ligada liberdade negativa defendida pelos liberais cl ssicos segundo a qual aus ncia de impedimentos f sicos jur dicos ou morais identit rios o que torna livre e aut nomo portanto relati vamente distante a uma posi o ideol gica e ou pol tica que se entenda de Esquerda No entanto concordamos com o Safatle 2012 no ponto em que o pensamento de uma indiferen a s diferen as reflete tanto um respeito aprior stico entre as pessoas independentemente de quem o que sejam bem como se coaduna com a ideia de uma retomada dos direitos universais da humanidade por um discurso de cunho progressista como exp e e prop e Santos 1997 Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda cinismo contempor neo que serve para justificar a manuten o completa do status quo Finalmente e por conta de tudo que expusemos concordamos com Farclough 2003 p 27 quando afirma que o politicamente correto needs to be addressed seriously
411. ue est o preocupados em como a linguagem usada Afim de entendermos do que se trata o politicamente correto ao longo do artigo procedemos a uma tentativa de sistematizar suas principais caracter sticas analisando concomitantemente algumas das consequ ncias e impactos que produz nos processos de subjetiva o e nas diversas pr ticas discursivas e sociais da atualidade Contudo antes de iniciarmos nossas an lises e reflex es delimitemos e explicitemos que compreendemos a linguagem para al m de mera transmissora de informa o ou suporte para o pensamento Brand o 1995 Ao contr rio disso na perspectiva que nos vinculamos a linguagem se estrutura em forma de discurso se constitui e constitu da de modo s cio hist rico produzindo realidades sociais e subjetividades Orlandi 1999 Traverso Yepez 1999 Destarte o discurso politicamente correto propaga sentidos ao funcionar seguindo as particularidades que discutiremos a seguir as quais n o est o desconectadas dos contextos s cio hist ricos e das ideologias com as quais se vinculam e materializam Al m disso por conta do politicamente correto ser dialeticamente produto e produtor das realidades sociais e subjetivas refor amos a impossibilidade de ser aprisionado como detentor de um nico sentido poss vel Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Mateus Pranzetti Paul Gruda Algumas considera es e desdobramentos Seguindo uma p
412. uenciadas por vis es m dicas pautadas em uma terap utica centrada nas doen as e n o nas potencialidades conforme j havia observado Breton 1995 Inicialmente os idosos buscavam nas oficinas um espa o de atividade f sica para movimentar o corpo e melhorar a sa de f sica por m encontraram muito mais um trabalho de sensibiliza o e produ o de novas rela es com o pr prio corpo e os corpos dos outros Com rela o aos que se envolveram na pesquisa come amos as entrevistas com dez participantes sendo que dois deles n o participaram de nenhuma oficina Ao total passaram pelas oficinas 14 idosos sendo que cinco participaram de apenas uma oficina e n o fizeram a entrevista inicial e dos demais cinco participaram de apenas uma oficina seis de duas oficinas um compareceu a tr s oficinas e dois participaram de todo o processo As entrevistas finais foram realizadas com seis idosos Tamb m houve aqueles que interromperam sua participa o durante as viv ncias ou que passaram por l apenas para observar Ap s as entrevistas iniciais no decorrer das oficinas participando apenas de uma oficina e abandonando as ou retornando ao final do processo percebemos esses movimentos como indicadores da exist ncia de pot ncias criativas nesses corpos pois de alguma forma entraram em contato com elas ao desejarem fazer parte do processo mas n o seguiram e se envolveram de maneira que nos permitisse analisar todos os participant
413. uma preocupa o moral pois tornou se foco de produ es discursivas que pretensiosamente se dizem verdadeiras sobre o sujeito Guimar es 2009 Madureira amp Branco 2007 De acordo com Vieira 2009 Freud se apropriou das discuss es em torno dessa problem tica e teceu esfor os para aniquilar o car ter de patogenicidade atribu do homossexualidade difundido nos manuais de psiquiatria da poca Nos Tr s ensaios sobre a teoria da sexualidade refuta as concep es do discurso m dico a respeito da homossexualidade retirando a da condi o de anormalidade Para al m das diverg ncias te ricas que possam suscitar as premissas lan adas por Freud s o ineg veis suas contribui es para a constitui o de um pensamento cr tico acerca das quest es que apetecem a homossexualidade Este na medida em que lan a o convite para a problematiza o da pr pria heterossexualidade prop e certa liberta o do imperativo biol gico como um processo natural de sua produ o demonstrando que a escolha do objeto sexual n o predeterminada e fixa mas contingencial Em linhas gerais ele prop e o afastamento do olhar da biologia em prol da tica da cultura Vieira 2009 Autores como Toledo e Pinafi 2012 afirmam que alguns dos estigmas que hoje perduram em rela o aos sujeitos que fogem ao padr o heteronormativo s o frutos do julgamento arbitr rio realizado s culos atr s pelo clivo da cultura judaico crista ao se
414. uncionalidades cl nicas produziram po ticas nos corpos com novos movimentos e novas express es produzindo corporeidades e subjetividades colocando em movimento os ideais midi ticos de corpos eficientes e afirmando as pot ncias corporais em jogo Uma cl nica po tica que conseguiu criar entre as pessoas e os objetos presentes nos encontros uma atmosfera que aumentou a capacidade dos corpos de afetar e serem afetados Considera es Finais Conclu mos que as oficinas de dan a e movimento corporal tiveram grande influ ncia na produ o de subjetividades do grupo de idosos trabalhado trazendo reflex es e mem rias sobre a rela o com o corpo e o mundo provocando transforma o nas formas de se relacionar com o corpo Isso levou ao menos durante o processo de vivencia da dan a e do movimento a um caminhar reverso s exig ncias capitalistas atuais que reduzem os idosos s suas limita es f sicas e mentais uma vis o enraizada que se torna uma cren a coletiva e paralisa a vida A experimenta o do corpo este visto sempre na rela o com sistemas de efici ncia ou inefici ncia pela atual sociedade quando apresentado em sua pot ncia dan ante produziu uma cl nica de desconstru o dos sujeitos mundo vinculados aos ideais capital sticos de corporeidades provocando aberturas por onde circularam for as e devires de transforma o que permitiram a cria o de novas rela es entre corpos e subjetividades nesse proces
415. upo e da organiza o corroborando resultados j cl ssicos de pesquisa em aprendizagem no trabalho Os resultados apontaram ainda que os v rios estilos de aprendizagem se distribuiam ao longo de um continuum no qual um dos extremos era a aprendizagem por associa o e o outro a aprendizagem por reconstru o Encontramos ainda pistas que sugeriam que todas as organiza es aprendem tanto aquelas consideradas inovadoras e que se adaptam com facilidade s mudan as como aquelas que t m foco na efici ncia perseguida por meio da divis o do trabalho de uma r gida cadeia de comando e da racionalidade t cnica embora em graus ritmos e dire es diferentes Em conson ncia com estudos internacionais foi poss vel observar que no campo de pesquisa da aprendizagem organizacional encontram se linguagens e conceitos variados que careciam de maior integra o te rica e representavam obst culos acumula o do conhecimento utiliza o do conceito de aprendizagem organizacional de forma anal gica ou metaf rica aprendizagem individual sem a compreens o das implica es geradas quando se usa para a produ o de conhecimentos cient ficos conceitos de um campo mais desenvolvido aprendizagem individual e os aplica em outro campo menos desenvolvido aprendizagem organizacional car ncia de abordagens que integrassem os tr s n veis em que o processo de aprendizagem se realiza individual grupal e organizacional o que a
416. urados e formais aprendizagem em grupo e aprendizagem com ajuda de colegas e superiores por exemplo a difusao de conhecimentos se opera com relativa autonomia em rela o aos suportes materiais transfer ncia de conhecimento para situa o de trabalho ao passo que os suportes psicossociais s o de alta import ncia Em rela o aos estudos de casos longitudinais foram escolhidas tr s empresas j pesquisadas com base em crit rios de intencionalidade e de acessibilidade Nessas tr s empresas foram feitas quatro coletas de dados A cada coleta o n mero de entrevistados foi aumentando para garantir um m nimo de 40 casos comuns nas quatro coletas meta essa que foi ultrapassada obtendo se 51 casos comuns Tal procedimento foi adotado em raz o da alta rotatividade de m o de obra que foi potencializada pela crise que a fruticultura irrigada do BMSF em geral e das empresas da amostra em particular vivenciaram em 2007 2008 Os resultados da pesquisa longitudinal corroboram resultados da pesquisa survey de preval ncia de aprendizagem individual informal seja em grupos seja ainda com a ajuda de superiores Terceira Fase 2008 at o presente momento O r pido apanhado dos resultados encontrados nas duas primeiras etapas cumpre a fun o de deixar evidente a pertin ncia das escolhas metodol gicas as quais evolu ram com a experi ncia do grupo refor ando a decis o de continuar apostando em escolhas metodol gicas similares
417. urando estabelecer rela es entre os n veis micro e macro organizacional e fazendo uso de diversas abordagens metodol gicas A constru o de medidas que permitam mensurar estes novos conceitos tem sido umas das preocupa es permitindo fazer surgir evid ncias que fortale am a esta nova composi o conceitual no campo do comportamento organizacional A trajet ria trazida por este grupo oferece importantes contribui es te ricas e instrumentais a pesquisadores e estudiosos do comportamento organizacional sendo considerado um grupo de refer ncia nacional No segundo caso a longa trajet ria do grupo de pesquisa de Jairo Borges Andrade cujo foco principal est na transfer ncia de aprendizagem para o trabalho a partir de interven es de Treinamento e Desenvolvimento revelada pelos resultados de estudos que permitiram apresentar uma extensa lista dos principais preditores de transfer ncia de aprendizagem no trabalho Os achados de diversas pesquisas realizadas por esse grupo foram organizados em termos de seus preditores individuais instrucionais e organizacionais oferecendo informa es importantes para o planejamento de programas de treinamento e desenvolvimento que visam a potencializar a aprendizagem individual e sua transfer ncia para o contexto de trabalho Cabe destaque ao comprometimento afetivo com a organiza o como um dos principais preditores individuais o que revela a import ncia deste construto para o comportament
418. us Eug nio de Oliveira Lima Dalila Fran a Raimundo Gouveia amp Ana Cl sia da Silva Costa de evitar a manifesta o aberta da homofobia representada pelas explica es moralizantes as quais s o determinadas basicamente pelas doutrinas religiosas mais fundamentalistas Assim os participantes defendem a toler ncia diante dos homossexuais mas tamb m os estigmatizam como pessoas essencialmente diferentes as quais precisariam ser consideradas socialmente com cautela e reserva Gouveia 2007a Por m poss vel observar uma tend ncia de mudan a desses valores e normas ligados fam lia patriarcal Muitos universit rios admitem a possibilidade de pessoas homossexuais serem consideradas capazes de ter caracter sticas que as habilitem a exercer pap is de agentes de socializa o pelo menos como pais e m es A admiss o dessa possibilidade provoca um aumento nos n veis de concord ncia diante do direito ado o de crian as Gouveia 2007a Juntando se a isto as novas vis es da fam lia as quais valorizam mais sua fun o afetiva e solid ria do que sua fun o reprodutiva somos levados a acreditar que se abre algum espa o para a inclus o social das fam lias homoparentais j que essas vis es da fam lia foram constatadas tamb m entre os militantes Entre semelhan as e diferen as nos pontos de vista de estudantes e militantes parece haver uma dificuldade para encontrar um espa o de comunica o no qual as
419. utras multiplicidades e desvios nos processos de subjetiva o padr es sendo estes forjados previamente e oferecidos pelo modo de produ o vigente como um falso leque infinito de op es s o malditos ou at mesmo completamente indesej veis Por exemplos n o se associar ao pensamento neoliberal criticar o capitalismo atual enquanto um sistema de produ o econ mico simb lico e semi tico delet rio humanidade Bifo 2007 ou se pensar em outras formas poss veis para a exist ncia humana s o a es que podem ser encaradas como ideais e posturas opostas ao pensamento nico promovido por esta leitura de mundo politicamente correta a qual comporta as afirma es pretensamente irrefut veis de que vivenciamos em um mundo p s ideol gico onde segundo Fukuyama 1992 a hist ria se encerrou com a consolida o e hegemonia do capitalismo globalizado liberal democr tico Ao n o haver outro mundo poss vel como apregoa o slogan do F rum Social Mundial com qual visa se afirmar alguma esperan a de mudan as profundas no excludente e perverso modelo econ mico global vigente quaisquer radicalismos extremismos pol ticos passam a ser enquadrados como indicativos de seu oposto de uma limita o de uma recusa na verdade de ir at o fim O que foi o recurso dos jacobinos ao terror radical se n o um tipo de atua o hist rica que atesta sua incapacidade de perturbar os pr prios fundamentos da o
420. va como a dimens o afetiva e os respectivos afetos positivos e negativos necess rio tamb m assinalar que a ado o dessa nova agenda incorpora outra ordem de dificuldades uma vez que lida com um constructo que emerge de elementos subjetivos e de dif cil avalia o Essa dimens o subjetiva contempla representa es de aspectos entre os quais bem estar felicidade amor prazer realiza o pessoal Na atualidade ocorre a constru o de indicadores de salubridade tanto na perspectiva de sa de em geral como na sa de ps quica que o nosso foco Esses s o os desafios principalmente para n s psic logos pois nos deparamos com um modelo insuficiente para explicar as quest es que permeiam o eixo trabalho sa de Tentando buscar novas respostas para desconfort veis quest es estamos incorporando o desenvolvimento te rico conceitual advindo da Psicologia Positiva e focalizando os elementos vinculados ao bem estar na tentativa de responder quest o o que acontece ou o que tem Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes sido associado aos trabalhadores que permanecem saudaveis nos contextos ocupacionais organizacionais E importante mencionar que a problematica na esfera tedrico conceitual em trabalho sa de ps quica tamb m tem reflexos nas suas abordagens metodol gicas nessa subarea Dilemas nas abordagens me
421. vista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Homossexualidade e a Psicologia revisitando a produ o cient fica nacional dicotomiza o dos pap is sexuais de pessoas do mesmo sexo entre ativo e passivo a epidemia da AIDS na d cada de 1980 e a atribui o de suas causas aos homossexuais masculinos Esses eventos contribu ram de forma significativa para o reflorescimento da homofobia que estava latente na sociedade culminando em pr ticas discriminat rias pautadas em velhos preconceitos e estigmas sociais como veremos mais detalhadamente na sess o a seguir Homofobia e preconceito internalizado algumas considera es Conforme Pinto 2011 a popula o brasileira LGBTTT representa em m dia 5 a 10 da popula o total sendo alvo de discrimina o preconceito e atitudes negativas em virtude da sua orienta o sexual O Brasil assim como a maioria dos pa ses ocidentais considerado um pa s de cultura machista fundamentado no patriarcalismo e estes fatores podem servir de explica es para os elevados ndices de homofobia A este respeito Silva 2007 alerta para o fato de que mesmo com a n o aceita o da condi o do homoerotismo como transtorno mental pela Associa o Americana de Psiquiatria APA e pela Organiza o Mundial de Sa de OMS ainda se percebe a es depreciativas homof bicas em pleno s culo XXI Hoje a homofobia considerada uma viol ncia de g nero e est enraiz
422. vontade dos sujeitos como por exemplo decep o com os homens resultados de traumas e de viol ncia sexual Na rela o das causas com o direito uni o civil viu se que a maioria das pessoas que concordam atribui homossexualidade causas fisiol gicas e indefinidas S o causas que est o acima da vontade do indiv duo e do processo de culpabiliza o do sujeito no que diz respeito ado o ocorre a mesma rela o Em uma pergunta aberta pedimos aos estudantes que descrevessem os elementos que comp em uma fam lia A maioria destacou os elementos uni o conviv ncia modo de cumplicidade 40 enquanto o restante dos estudantes dividiu se entre os elementos consanguinidade n cleo social prim rio e base de assist ncia e forma o m dia de 20 para cada categoria A partir de estudos anteriores Lacerda Pereira amp Camino 2002 Pereira amp Camino 2000 apresentamos os elementos que caracterizam uma fam lia e pedimos para eles ordenarem em grau de import ncia O amor e a fidelidade apareceram como os elementos mais importantes e os casamentos civil e religioso como os menos importantes Relacionando esses elementos aos cursos observa se que amor compromisso e dinheiro s o mais valorizados na psicologia e diferen a de sexo entre os casais e casamento religioso em computa o e servi o social Na rela o entre os elementos que comp em a fam lia e as causas da homossexualidade se observa que os pa
423. xcluam as opini es particulares buscam uma perspectiva coletiva enquanto porta vozes das aspira es da categoria homossexual bem como das subcategorias que representam Ainda podemos observar que as quest es referentes legitima o da uni o civil e ado o por casais homossexuais n o parecem indispens veis por si mesmas S o destacadas como mais importantes para a isonomia de direitos entre heterossexuais e homossexuais A partir dessa trajet ria observamos a import ncia do processo de socializa o na compreens o do preconceito Ent o passamos a investigar os agentes de ensino sobre o tema da sexualidade na escola As perguntas que nortearam este outro estudo que ser brevemente descrito aqui foram At que ponto para lidar com situa es do cotidiano escolar toma se como refer ncia de an lise o conhecimento cientifico formal ou o conhecimento do senso comum considerando os valores morais e cren as sociais que deles subjazem Quais dos tipos de conhecimento prevalecem nas tomadas de decis es diante de situa es de discrimina o entre estudantes ou de comportamentos que n o condizem com os padr es estabelecidos para a diferencia o entre os g neros Nosso objetivo analisar as formas de abordagem de quest es ligadas sexualidade diferen as de g nero e de orienta o sexual em operadores do sistema educacional Para isto estamos utilizando como estrat gia metodol gica a an lise dos discursos provocados
424. ximas se caracterizaram como as estrat gias mais recorridas A busca por estas estrat gias de enfrentamento do preconceito visam promover a toler ncia a minimiza o assimila o ou ignor ncia do agente estressor configurando se como um mecanismo de adapta o para o manejo dos problemas Os resultados desta pesquisa indicaram tamb m que as pessoas que recorrem an lise direta do foco do problema e ao suporte social como maneiras de enfrentar a discrimina o tendem a explicar os eventos de suas vidas baseados em suas pr prias habilidades e a es Ao passo que as pessoas que se ancoram em recursos emocionais e religiosos para enfrentar a discrimina o atribuem s causalidades externas como sorte destino Deus e outras pessoas os acontecimentos de sua vida Conforme Nunan 2010 os sujeitos estigmatizados est o com a autoestima em constantes amea as diretas e indiretas dado a gama de estere tipos produzidos pelas institui es sociais tais como a fam lia a escola bem como por interm dio das informa es difundidas nos meios de comunica o de massa Para este autor as institui es citadas contribuem para a manuten o de imagens estereotipadas que denotam aos homossexuais um car ter de inferioridade e desvio moral em rela o aos heterossexuais fazendo com que os mesmos internalizem esse tipo de associa o A t tulo de exemplifica o de como as institui es pelas quais o sujeito perpassado refor
425. y and Social Psychology 97 4 699 715 doi 10 1037 a0016420 Mari J J amp Willians P 1986 A validaty study of a psychiatric screening questionnaire SRQ 20 in primary care in the city S o Paulo Br J Psyquiatriy 148 23 26 doi 10 1192 bjp 148 1 23 Meier B P Schnall S Schwarz N amp Bargh J a 2012 Embodiment in social psychology Topics in cognitive science 4 4 705 16 doi 10 1111 j 1756 8765 2012 01212 x Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Abordagens Metodoldgicas em Psicologia Social e da Saude Meissner F amp Rothermund K 2013 Estimating the contributions of associations and recoding in the Implicit Association Test the ReAL model for the IAT Journal of Personality and Social Psychology 104 1 45 69 doi 10 1037 a0030734 Monson R R 1983 Occupational epidemiology Florida USA Press Inc Boca Raton Morris M W amp Peng K 1994 Culture and cause American and Chinese attributions for social and physical events Journal of Personality and Social Psychology 67 949 971 doi 10 1037 0022 3514 67 6 949 Nosek B a Hawkins C B amp Frazier R S 2011 Implicit social cognition from measures to mechanisms Trends in cognitive sciences 15 4 152 9 doi 10 1016 j tics 2011 01 005 Pasquali L Gouveia V V Adriola W B Miranda F J amp Ramos A L 1996 Question rio de Saude Geral de Goldberg Sao Paulo Casa do Psic l
426. z que poss vel que as pessoas inseridas nos contextos de trabalho estejam com melhores n veis de sa de do que a popula o geral Conclus es Os principais dilemas e contradi es que permeiam as concep es de sa de doen a s o refletidos nas abordagens metodol gicas sobre trabalho sa de Assim sa de tem sido considerada na maioria dos estudos como aus ncia de doen a sintomas Uma nova agenda torna se necess ria especialmente a partir dos desenvolvimentos te ricos da Psicologia Positiva A constru o de instrumentos para avalia o da sa de e a sua valida o para trabalhadores se imp em como uma necessidade para a sub rea fundamental que sejam revistos os crit rios de elegibilidade dos participantes dos estudos e o local da coleta de dados Finalmente an lises mais espec ficas que considerem com melhor propriedade a passagem do plano do indiv duo para o coletivo s o norteadoras para avan os metodol gicos nessa tem tica Considera es finais O objetivo do presente artigo foi o de apresentar um panorama sobre a diversidade de abordagens metodol gicas que caracterizam a pesquisa em Cogni o Social Psicologia do Trabalho Revista Brasileira de Psicologia 01 02 Salvador Bahia 2014 Claudio Torres Ronaldo Pilati Rodrigues amp S nia Regina Fernandes e Saude Ps quica desenvolvidos a partir de diferentes posi es te ricas sem desconsiderar os temas cl ssicos das respectivas re
427. zadas pelo grupo nos ltimos anos as quais t m contribu do para maior delimita o do conceito de comprometimento ao reunirem evid ncias de sobreposi o entre a base instrumental proposta por Meyer e Allen e o v nculo de entrincheiramento O segundo texto de composi o da mesa redonda Aprendizagem no Contexto de Trabalho de Jairo Borges Andrade tamb m reflete uma ampla e madura base de pesquisas desenvolvida no Programa de P s Gradua o em Psicologia Social do Trabalho e das Organiza es PPG PSTO do Instituto de Psicologia da Universidade de Bras lia UnB sobre objeto bastante estudado tanto em n vel nacional quanto internacional O autor come a demarcando seu campo de an lise os resultados apresentados s o de pesquisas das quais participou seja como pesquisador expertise que desenvolve desde 1989 quando ainda era funcion rio da Embrapa seja como orientador Sobre o tema de Organiza es de Aprendizagem Jairo Borges Andrade afirma que baseados na perspectiva S O R nossos estudos fazem refer ncia a processos psicol gicos subjacentes a mudan as no n vel do indiv duo que n o s o resultantes do processo de matura o biol gica desse indiv duo mas decorrentes da intera o desse indiv duo como contexto que promoveria processos de aquisi o de reten o e de transfer ncia de compet ncias que ent o poderiam gerar mudan as de comportamento ou seja a intera

Editorial - Revista Brasileira de Psicologia

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