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TESE FINAL-11-MAIO_3 - Repositório da Universidade de Lisboa

1. Em aquell dia aa tarde depois que dan arom e ouverom vinho e fruita mandou o conde por hiua cota muito lou a e h u bulhom bem guarnido a guisa de basalarte e por h ua faca mui fremosa que lhe trouverom de Ingraterra 365 18 Outras ocorr ncias 372 98 101 Etimologia segundo Houaiss de origem obscura Tipo de unidade 2 Atesta es simult neas 1410 DESC 224 20 CART 15v 113 No VH CPM como FRAD 1 2019 75 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Apesar da abona o de uma obra com data expressa anterior a 1418 engloba se nesta lista pelo seu significado Houaiss apresenta tr s entradas para esta palavra Na primeira datada de 1440 consta na terceira acep o o significado de pe a das guarni es dos arreios das mulas igual que consta no IVPM com data de 1410 Para a segunda datada de 1899 com proveni ncia de CF apresenta o significado de esp cie de punhal Apesar de no IVPM n o constar com esta acep o parece me ser a que faz aqui sentido Antedata o a Houaiss para a acep o 3 CAMAREIRA s f 1 servigal encarregada da manuten o dos aposentos de uma rainha Era de gram casa de donas e donzellas e camareiras e outra gente meuda desi d escudeiros e muitos officiaaes e graada e prestador a todos 355 19 Outras ocorr ncias 371 54 559 21 583 69 Etimologia do lat cam rarius ii fem de camareiro Tipo de
2. G is L cap 36 p 73 AGC XVI tar ado VH CPM XV tercados ZURD 185 21 tracado ZURD 156 1 BLem XV tra ado ZURD tercado ZURP tercados ZURD MD CF XV ter ado ZURPy Houaiss XIV cf FichIVPM Obs Houaiss apresenta o s culo XIV remetendo para o FichIVPM O VH CPM apenas regista as duas abona es de ZURD do XV como entradas separadas e sem qualquer remiss o entre elas Pelas consultas realizadas eventual gralha de Houaiss TIMBRE s m 1 ins gnia colocada sobre o escudo das armas e que trouxesse as armas do comde em quarteyr es e ho tymbre que o comde trazia sobre as armas que hera h a cabe a de cervo com sua pelle 645351 Etimologia do fr timbre Tipo de unidade importa o galicismo Registos JPM XVI eu vi ja cavaleiram dos da guarda antigo como espada de lobo contar por timbre de suas fa anhas que tirara freira de moesteiro per chamine Eufr p 14 AGC XVI timbre BLem XV trymbre ZURP MD CF XV trymbre ZURP Houaiss c1543 JFVascE Obs A abona o de JPM n o se aplica neste contexto uma vez que o seu significado figurativo orgulho honra A data o apresentada por Houaiss para a acp fig orgulho leg timo TRA AR vb 1 que se verifica como tra ado planeado ocorrer acontecer o que leda memte se pos em obra porque allem da homrra sempre se lhe
3. Tipo de unidade importa o Atesta es simult neas CITR Obs O significado de cavalgadura o que se encontra na abona o de CAVA com ocorr ncia tamb m em LOPJI Tendo em conta a passagem nesta ltima obra cada huum bem armado de hum bom caualo e mais huma mulla hou rocim hou faca como mylhor podesse parece ser tamb m este aqui o caso onde se diferencia o pagamento mediante os animais apresentados Outra interpreta o poss vel ser entender faca como uma marca que era aplicada aos melhores cavalos distinguindo os assim dos restantes e recebendo mais por essa qualidade MD CF apresenta tamb m uma abona o do Livro de Falcoaria do Emperador Enrique da Alemanha do s culo XV A antedata o que BLem apresenta com o registo de duas abona es em Vidas de Santos Manuscrito Alcobacense portanto do s culo XIIV IV parece ser um erro mec nico pois as tr s localiza es que encontrei s o nem per ventuyra e este spa o ho miigo cruel me revolva e 99 66 faca husar de meos maaos feitos que ante husava e de sua penit cia com o qual nos Deos 5 127 faca vivere e O filha n chores nem facas planto 126 Para faca apresenta do fr ant haque lt ingl med hakeney actual hackney pelo esp ant haca actual jaca 2 Exemplos extra dos de CIPM VS3 90 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando FACHO s m 1 material
4. VH CPM XV arreyado ZURD 266 24 BLem XV arreyado ZURD arreyados ZURP MD CF XV arreyado ZURP Houaiss XV arreyado 1450 1516 riado cf IVPM Obs Antedata o em obra do mesmo autor ASTUCIOSO adj 1 que revela ast cia astuto ardiloso hom de gramde cora pero a mayor parte de suas obras heram astu iosas 658 699 Etimologia de ast cia oso Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI Morais AGC XVI XV astucjoso ZURD 111 32 IVPM XV astucyoso ZURD 112 32 VH CPM XV astucyoso ZURD 112 32 BLem XV astuciosas ZURP astucyoso ZURD 290 eae y Como partic pio do verbo arreigar 173 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses MD CF XV astu iosas ZURP Houaiss XV astucjoso cf IVPM Obs Antedata o em obra do mesmo autor O substantivo est atestado no s culo XV ATEMORIZADO adj vb 1 assustar amedrontar E como quer que se os mouros ajumtass pellas serras tam atemorizados estav jaa dos dapnos que cada hii dia rrecebi que n ousav de er a fumdo 716 1101 Etimologia part de atemorizar a temor izar Tipo de unidade deriva o parassint tica AGC XVI IVPM XV atymorizado ZURD 106 4 VH CPM XV atymorizados ZURD 106 14 BLem XV atemorizados ZURP atymorizados ZURD MD CF XV atemoriza
5. hiia villa cercada de tijollo com espig es por cima do muro Pereg cap 90 vol II p 76 AGC XVI 187 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses VH CPM XV espigam ZURD 352 13 BLem XV espigam ZURP spig spigam ZURD MD CF XV espigam ZURD Houaiss XV cf FichIVPM Obs AGC com uma primeira data o igual a JPM corrige depois no FichIVPM O substantivo est atestado no s culo XIII ESP RICO adj 1 curva formada pela sec o de um cilindro em espiral E como quer que esta na o abitasse per toda Espanha eu diria segumdo a nobreza dos feitos passados que dos quatro rregnos crist os inclusos nesta espirica rredomdeza 460 421 Etimologia do grego speirik s Tipo de unidade importa o helenismo Registos JPM 1873 BLem XV espirica ZURD MD CF XV espirica ZURD Obs Um dos poucos helenismos directos encontrados apenas registado em Morais sob a forma feminina do adjectivo esp rico registado por JPM ESPORAO s m 1 sali ncia refor ada na proa de um navio usada para danificar o casco da embarca o inimiga E sendo assy aferrados dous navios a h porque o Rraposo hera aymda ao largo como semtyo a pelleja voltou sobr elles e emvestio h a das fustas assy rrijo que meteo os esporoes todos em ella em tall guysa que a mayor parte da gemte foy ao mar 576 10
6. 159 Cano Rafael coord 2004 Historia de la Lengua Espanola Madrid Ariel O cap tulo referido o 34 p ginas 895 916 160 Idem Ibidem p 896 16 Para al m destes considerados principais foram tamb m consultados outros gloss rios e corpora informatizados bem como o programa inform tico Phrasis vers o 2 2 edi o do Projecto Vercial 1999 2009 Ao Corpus Lexicogr fico do Portugu s DICIweb recorreu se sempre que uma palavra n o foi encontrada na expectativa de que tivesse ocorr ncia nos dicion rios do s culo XVI 117 111 4 Novidade de pallavras no portugu s do s culo XV MD CF Mark Davies e Michael Ferreira O Corpus do Portugu s www corpusdoportugues org x asp CIPM Corpus Informatizado do Portugu s Medieval da FCSH UNL mais propriamente o DVPM Dicion rio de Verbos do Portugu s Medieval http cipm fcsh unl pt verbos indiceverbos jsp Houaiss Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa CD ROM vers o 2 0 Por vezes parecer informa o repetida mas o que se pretende poder tirar conclus es que resultam do confronto entre as tr s obras de Cunha AGC IVPM VH CPM confronto entre JPM e RLor informa o nova de MD CF e BLem e por fim perceber se poss vel antedatar a informa o que consta em Houaiss Como nem todos os estes trabalhos registam todas as palavras que pelo que apurei tem a sua primeira atesta o nas duas Cr nicas em an lise s ser o indicad
7. AGC XVI BLem XV quillates ZURP MD CF XV quillates ZURP Houaiss XV Obs D vida de Houaiss com a data em it lico esclarecida com o registo em ZURP RACHADA s f 2 fenda ou racha na terra passagem estreita encovada E quando os vyram vyr m dou Gom allo Vazquez os cavallos e prisyoneiros diamte e pe a de hom s com elles ate passar h a rrachada pequena que estava ao fumdo do porto comtra Bulh es 413 652 649 Etimologia fem substv de rachado part de ranchar Tipo de unidade deriva o impr pria 200 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Registos BLem XV rachada ZURP MD CF XV rachada ZURP Obs Entrada apenas averbada em Houaiss mas com acep o diferente O verbo est atestado em 1344 RAMALHAR vb 1 fazer sussurrar os ramos e qu do semtio os passos dos escuitas e o rrama lhar que fazi pello milho cuydou que her os porcos que vinh comer 681 241 242 Etimologia de ramalho ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV E quando sentiu os panos dos escuitas e o ramalhar que fazia pello milho cuidou que era os porcos que lho vinha comer D M cap 13 nos Ined Hist HI p 5377335 AGC XV VH CPM XV rramalhar ZURD 83 27 BLem XV rramalhar ZURP ZURD MD CF XV rramalhar ZURD Houaiss XV rramalhar cf FichIVPM O
8. Mattheus de Pisano Chronica d elRey D Duarte por Ruy de Pina e Chronica d elRey D Affonso V pelo mesmo autor como se pode ler no Index N o h qualquer refer ncia ao segundo volume publicado em 1792 correspondente aos mesmos reinados mas onde se inclue a Chronica d elRey D Jo o II por Ruy de Pina e a Chronica do Conde D Pedro de Meneses por Gomes Eanes de Zurara bem como a referida forma verbal acuitou se nesta ltima obra Tamb m em Morais poss vel confirmar a ocorr ncia neste segundo volume acuitou se a doen a do Conde Ined 2 624 no Tom 3 f 80 diz erradamente se acoutou a door no Conde tanto perque conheceu em si sinaes de fallecimento 285 O MD CF n o trabalha a Cr nica do Conde D Duarte de Meneses 286 Segundo Morais s v aduar povoa o movel de Arabios errantes B Tenreiro cap 4 consta de 50 a 100 tendas J com registo no Dict Latinolusitanicum 1569 70 de Jer nimo Cardoso s v cateia ae e maga ae 169 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses AGOMER s m 2 arrais E os mouros que nelle jazi cuydaram que hera o lenho d Allcacer e come ou hi delles a dezer agomer agomer que quer dezer em nosso lymgoag arraez arraez 408 529 526 Etimologia Tipo de unidade importa o arabismo Registos BLem XV agomer ZURP MD CF XV agomer ZURP Obs Pelo que consegui apu
9. estar em foto estar a boiar flutuar E porque ho mar ally todo per allto em tall guisa que a galle podia bem dar escalla em terra em estar foto 420 824 821 Etimologia de orig obsc Tipo de unidade Registos BLem XV froto ZURP MD CF XV foto ZURP Houaiss Obs Sem data o em Houaiss apesar da abona o de ZURP em Morais 190 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses FRAGOSIDADE s f 2 aspereza de caminho fragura Os mouros vemdo como desfalle iam cada vez mais e que a estreitura e fragosydade da terra n lhe podia tamto aproveitar como elles cuydar o come ar o de se sahir 367 575 Outras ocorr ncias 377 806 Etimologia fragoso i dade Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1813 VH CPM XV fragosydade ZURD 79 14 188 22 227 10 fragosidade ZURD 237 12 305 15 BLem XV fragosydade ZURP ZURD fragosidade ZURD MD CF XV fragosidade ZURP Houaiss XV fragosidade fragosydade cf FichIVPM Obs O adjectivo esta atestado no s culo XIII em Houaiss mas em 1127 e 969 em JPM corrigido por RLor FRAGURA s f 1 declive da montanha com muitas fragas aspereza fragosidade pello quall os mouros em breve foram na serra tiramdo seu gado o mais que podiam pera o sallvarem na fragura daquella momtanha 332 737 Etimologia de fraga ura Tipo de unidade d
10. E ally quiseram fazer h a azervada em que pemsav de se sallvar 396 224 Etimologia de azerve ada Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV azervada ZURP MD CF XV azervada ZURP Houaiss XV Obs A data o em it lico de sXV apresentada por Houaiss mostra que efectivamente o grande n mero de data es prov m de JPM e dos trabalhos de A G Cunha No caso desta palavra em particular JPM n o a regista verificando se o mesmo com Cunha at porque este n o trabalha ZURP Sendo assim Houaiss n o tem informa o Todavia encontra se averbada em Morais 22 para Morais talves de acervo mas remetendo para azerve indicado como termo agricula com o significado de paravento feiro de ramos para emparar as eiras Blut Vocab 2 Data o em it lico como data prov vel 22 CF no entanto a palavra infra BOMBORDO 175 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses precisamente com esta passagem de ZURP Cerca de madeiras 4 pressa para defensivo Ined 2 380 E ali quizerom fazer huma azervada em que pensavam de se salvar O substantivo est atestado no s culo XV BASTURA s f 1 que espesso basto em que rre ebia a mulltyd o das seetas e pedras que lhe de cima heram llam adas n s do menos ajudado da bastura dos rramos da arvore que ho sosteve 569 874 Etimologia de basto ura
11. Porque ally cayam torres forradas d oliveis pimtados e crastas ladrilhadas de marmores e lladrilhos vydrados em que avia diversos lavores tamtas arvores frutiferas e odorosas 236 527 Etimologia de odor oso Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM 1873 D V BLem XV odorosas ZURP MD CF XV odorosas ZURP Houaiss c1750 1799 cf CSilPoes Obs Antedata o em tr s s culos face a Houaiss O substantivo est atestado no s culo XIII OURICAR vb 1 erigar se e quamdo foy jumto com hii oytero que he cerca de ho caminho que vem de Barbeche pera a cidade acertou se que hia amt elle h gallgo de Lopo Vazquez e parecee que semtyo os mouros e come ou de se em ouricar 373 696 Etimologia de ouri o ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV tem os caminhos de palhetos ouri ados que andam como porcos espinhos S de Miranda 76 31 Lorenzo RLor S de Miranda ouri ado AGC XVI ouri ado BLem XV ouri ar ZURP MD CF XV ouri ar ZURP Houaiss 1521 1558 ouri aro c1560 ouri ar cf MirOp 197 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Obs O substantivo est atestado no s culo XV Ainda sem registo no CIPM PALMITAL s m 1 aglomerado de palmitos gomo terminal comest vel do caule das palmeiras E estamdo assy sua vella vyram v
12. Sobre o plural deste composto Houaiss regista lugares tenentes mas n o era esse o entendimento de Morais na altura os Reis s o lugarestenentes de Deus Pinto Ribeiro 22 Esta palavra tem tamb m uma ocorr ncia em ZURD aqui n o registada por ser posterior Como BLem n o a identifica e como ele trabalha a obra tinha de existir uma raz o A explica o reside no facto de em ZURP a palavra composta aparecer separada ou seja em vez dos dois elementos estarem juntos ou separados por h fen ocorre um espa o em branco O computador assume duas palavras e logo est classificado como adv rbio e teente como presente do conjuntivo do verbo ter O mesmo acontece com pee terra 150 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Rela o 1 47 Lugartenente diz Arraes 5 2 e melhor porque o lugar de Deus que elles tem s um e tal a analogia nos vocabulos compostos v g olhibrancos eripedes manietados pern altos etc alias dizemos os vice e n o os vicesgerentes e hoje de ordinario se diz as Republicas e n o Respublicas com affecta o pascassia MACHAF MEAS s f 1 dobradi a charneira gonzo ca el rrei mandou tirar d aquella torre do aver que estava no castello da cidade htiua coroa douro feita de machafemeas obrada com pedras de grande vallor e grossos gra os d aljofar em muitos logares 166 26 Etimologia de macha f mea Tipo de unidade composi o
13. VH CPM XV part adj apavesadas LOPF 133 12 pavesados LOPF 135 15 BLem XV adj apavesadas LOPE vb pavesados LOPF LOPJT LOPJ MD CF XV apavesadas LOPF pavesados LOPF CIPM apavesadas LOPF Houaiss XV adj apavesado apauesado cf IVPM Obs Segundo Houaiss confirmando a informa o anterior de Corominas o substantivo pav s tem registo tamb m no s c XV f hist paueses pauues com o significado de escudo protec o e s em 1553 pavezes aparece com o significado de bandeira galhardete De acordo com BLem de todas as obras apresentadas em que pav s tem ocorr ncia LOPJI ZURD RP verifica se que o primeiro registo de Lopes na Cr nica de D Jo o I Assim o que se confirma o registo gr fico em LOPF de palavras derivadas apavesadas e pavesados antes da primitiva Parece ent o que o primeiro a utilizar o a em apavasadas LOPF e o em em empavesada LOPJI prot ticos na parass ntese foi Fern o Lopes denotando perfeita consci ncia da constru o de palavras como forma de enriquecimento da l ngua com varia es da palavra primitiva O substantivo est atestado no s culo XV 185 JPM troca a obra pois a abona o que apresenta da Cr nica de D Fernando e n o da de D Jo o 1 185 VH CPM tamb m regista pauesados como substantivo LOPJI 71 35 e 148 2 JPM tamb m j havia dado essa indica o embora de forma confus
14. o italianismo Registos JPM XV e coma lam a nas ma s pella coxia ao longo F L J L cap 139 p 278 RLor XV leixou a galle e com a lam a nas ma s pella coxia ao longo D Jo o I I DIS 2 Cf s v cuelmo 210 Como JPM n o regista esta palavra na primeira edi o nem na terceira RLor apresenta a antecedida de asterisco Parece no entanto haver alguma confus o de significados entre a palavra abonada colmeeiro e a sua lematiza o para colmeiro Como se verifica em Morais ou em Viterbo os significados s o diferentes Para colmeiro o que colma as casas o feixe de colmo para as cobrir e pav a bra ado molho n o s de Colmo ou palha cent a mas tambem de palha triga pain a ou milha respectivamente Para colmeeiro o que cuida das colmeyas e o que trata de Colm as tamb m respectivamente 136 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando AGC XV IVPM XV LOPF 49 18 VH CPM XV coxia LOPF 49 18 BLem XV coxia LOPF LOPJI MD CF XV coxia LOPF Houaiss XV coxia coxya cf IVPM Obs A data apresentada por Houaiss para a etimologia italiana 1492 ela tardia CRAVEIRO s m 2 chaveiro clavicul rio frade que nas Ordens militares tinha a chave do 213 convento e mandou aas villas e logares da hordem d Alcantara que ouvessem por logoteente do meestre d essa h
15. o Calouste Gulbenkian 222 Refer ncias Bibliogr ficas MATEUS M H Mira BRITO Ana Maria DUARTE In s FARIA Isabel Hub 2004 Gram tica da L ngua Portuguesa Lisboa Editorial Caminho MATTOS e SILVA Rosa Virg nia 1989 Estruturas Trecentistas Elementos para uma gram tica do Portugu s Arcaico Lisboa IN CM MATTOS e SILVA Rosa Virg nia 2008 O Portugu s Arcaico Uma Aproxima o I volume L xico e morfologia II volume Sintaxe e fonologia Lisboa IN CM MATTOSO Jos 1992 93 Hist ria de Portugal dir Lisboa C rculo de Leitores MEIER Harri 1943 A evolu o do portugu s dentro do quadro das l nguas ibero rom nicas Separ da Biblos XVIII tomo II MEIER Harri 1948 Ensaios de Filologia Rom nica Lisboa Edi o da Revista Portuguesa MEN NDEZ PIDAL Ram n 1980 Or genes del Espa ol Estado Lingii stico de la Pen nsula Ib rica hasta el Siglo XI Madrid Espasa Calpe MESSNER D 2007 Os dicion rios portugueses devedores da lexicografia espanhola Pen nsula Revista de Estudos Ib ricos n 4 pp 147 151 MONTEIRO Jo o Gouveia 1988 Fern o Lopes Texto e Contexto Coimbra Minerva MORENO Humberto Baqueiro s d Cr nica de D Jo o I de Fern o Lopes I volume Porto Livraria Civiliza o Editora NADAL Gloria Claver a 1991 El latinismo en espa ol Barcelona Universitat Aut noma de Barcelona NASCIMENTO Aires do 1993 As livrarias do
16. sempre apresentado o masculino do singular para os nomes masculinos e adjectivos e o feminino do singular para os nomes femininos como bastecimento cf abastecimento omrroso cf honroso fouteza cf afouteza Nos restantes casos mant m se a forma registada 74 ao x 4 Na coluna da lematiza o apresenta se em mai sculas por norma a forma actual da cabe a de lema H no entanto algumas excep es nader membrar mostran a nembran a 54 11 3 ndice Anal tico de LOPF e ZURP nos textos como em amoesta o es cf admoesta o ou fror oes cf fur o apenas com ocorr ncias no plural Para os verbos foi utilizado o infinitivo como aviir cf advir bastecer cf abastecer mesmo este n o tendo ocorr ncia na obra como asolver assolver cf absolver Foram tamb m feitas remiss es entre as entradas relacionadas como acostumar cf costumar costumar cf acostumar acoutar cf coutar coutar cf acoutar apenhar cf penhorar penhorar cf apenhar ajuntamento cf juntamento juntamento cf ajuntamento aportalecer cf portalecer portalecer cf aportalecer Nos casos em que para a mesma entrada ocorrem classifica es gramaticais e ou significados diferentes e simultaneamente um grande n mero de ocorr ncias pese embora algumas vezes tenham sido tratados nestes casos apresentado o n mero dentro de par nteses rectos indicando que a desambigua o n o foi feita Indi
17. 25 Cf Morais azervada 176 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Houaiss 1789 cf MS Obs Com esta atesta o em ZURP o verbo bordar tem ocorr ncia simult nea ao seu hom nimo bordar ornamentar pano ou estofo com fios antedatando em mais de tr s s culos a data apresentada por Houaiss proveniente de Morais Ainda sem registo no CIPM O substantivo est atestado no s culo XV BRAGA s f 1 grilheta calceta argola de ferro fixada ao tornozelo dos prisioneiros e que se ligava sua cintura por meio de uma corrente de ferro ou ao p de outro prisioneiro Ex vem o crist o em forma de catyvo com sua braga de ferro 417 750 747 Etimologia Segundo Houaiss do lat br ca ae Tipo de unidade importa o galicismo Registos JPM XVI o sentido de grilheta nove crian as de seis at oito anos todos com bragas nas pernas amp algemas nas m os Pereg cap 43 vol II p 48 AGC XVI braga grilheta IVPM XV bragua INFA 47 19 VH CPM XV braga INFA 47 19 BLem XV Braga ZURP MD CF XV braga ZURP Houaiss XV bragua cf IVPM Obs As ocorr ncias registadas dizem apenas respeito acep o grilheta datada por JPM AGC e Houaiss do s culo XVI O IVPM apresenta nove abona es do s culo XV mas todas para a acep o calca s curta s e lar
18. 351 174 406 466 Outras ocorr ncias 406 468 466 378 819 421 829 826 622 1026 32 Eventualmente FLORAO Houais 1624 cf FrElis com o significado figurativo de ferro da acep o gr fica de ferro de dourador usado para estampar ornato que imita flor ou folhagem De qualquer forma antedata o 192 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Etimologia do lat gyro as dre dvi atum Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV e acaeceo se ao diamte como a foruna gira seus aquecimemtos P Men cap 54 nos In d Hist II p 387 AGC XV BLem XV gira girar girou ZURP MD CF XV gira girar girou ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs Sem registo no VH CPM apesar da remiss o de Houaiss para o FichIVPM Ainda sem registo no CIPM AGOMER s m 2 arrais E os mouros que nelle jazi cuydaram que hera o lenho d Allcacer e come ou hi delles a dezer agomer agomer que quer dezer em nosso lymgoag arraez arraez 408 529 526 Etimologia Tipo de unidade importa o arabismo Registos BLem XV agomer ZURP MD CF XV agomer ZURP Obs Pelo que consegui apurar trata se de um h pax JOB s m 3 o alto da proa de uma fusta e escapou h a fusta daquella mesma villa que lhe n quebrou sen a bamda de hii cabo e ho job da proa 393 169 Outra
19. Registos JPM XVI E quanto nisto se aventura o tempo o aprua n o sem magoa amp esc ndalo machafemea de amizades vidrentas amp e mal forjadas Aulrg fl 92 VH CPM XV machafemeas LOPF 49 26 BLem XV machafemeas LOPF MD CF XV machafemeas LOPF Houaiss 1452 cf ZT Obs RLor n o corrige JPM Houaiss regista duas variantes macha f mea sem data o e machaf mea para a qual d uma data diferente do VH CPM de 1452 ZT Tendo em conta que LOPF escrito nos finais da quarta d cada do s culo XV ou no in cio da seguinte em qualquer caso antes de 14437 e que o VH CPM a digitaliza o do FichIVPM a que Houaiss recorre v rias vezes a data por ele apresentada tardia Para Kremer forma macho f mea 1544 O substantivo macho est atestado no s culo XIII e f mea no XIV MALDESDITO adj 1 desafortunado desventurado difamado O almirante por esta rrazom foi muito culpado e maldesdito 263 66 Etimologia de mal desdito Tipo de unidade composi o Registos VH CPM XV maldesdito LOPF 774 66 BLem XV maldesdito LOPF MD CF XV maldesdito LOPF Obs Sem registo nos dicion rios O significado com duas nega es mostra alguma irregularidade de forma o face ao significado do contexto onde se encontra O adv rbio est atestado e 1255 e o adjectivo no XIV MANTEEIRO s m 1 funcion rio respons vel pe
20. Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas VERT Obs BLem indica a sua ocorr ncia em LEAL bem como MD CF de que apresenta tr s abona es e ainda uma do ChUniPort vol 3 1400 O verbo est atestado no s culo XIV GASTO s m 1 despesa disp ndio Dous grandes malles rrecebeo o rreino por esta guerra que el rrei dom Fernando com el rrei dom Henrrique come ou de que os poboos depois teverom grande sentido o primeiro gastamento em grande cantidade d ouro e prata que antiigamente pellos rreis fora entesourado do quall por aazo d ella foi a Aragom levada mui gram soma d ouro como ja teendes ouvido o segundo isso meesmo foi gasto de muita multidom de prata por a mudan a das moedas que el rrei fez por satisfazer aas grandes despesas dos solldos e pagas das cousas necessarias aa guerra 187 9 Etimologia part dito irreg de gastar lat vasto s are Avi atum Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas REIX LOPP VITA Obs MD CF apresenta ainda uma abona o de ChPortDuarte GOVERNAN A s f 4 governa o moormente que pera tall governan a compria d aver pessoas que soubessem as condi o es dos poboos 549 77 Outras ocorr ncias 550 87 551 126 602 26 Etimologia de governar an a Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF OFIC LEAL CAVA CESA REIX VITA TERS VERT Obs Segundo BLem e MD
21. VJI Vida e Feitos de D Jo o II de Garcia de Resende 1533 VSA Vidas de Santos Manuscrito alcobacense s c XII XTV VST Vida de S o Teot nio s c XV Como o programa tem na base de dados todas as palavras destas obras e as trata simultaneamente a disparidade de classifica es gramaticais seria inevit vel apresentando em alguns casos classifica es duplas ou mesmo por vezes triplas Por m se verdade que podem aparecer classifica es gramaticais que fazem sentido numa determinada obra noutra elas est o claramente erradas Veja se o quadro seguinte lema palavra classe conjug verbal alvo alvo nome adj amar amo amo vb nome pres ind baixar baixo baixo vb adj pres ind Beira Beira nomc nomp caminhar Caminha vb nomp pres ind cavar cava yb nomc adj pres ind juntar junta vb nomc adj pres ind Relativamente utiliza o do Lexicon e ao resultado da sua listagem para o texto da Cr nica de D Fernando e pormenorizando o que acabo de referir os resultados permitiram chegar a algumas conclus es elencadas nos seguintes t picos a Casos em que est errado o lema lema palavra classe conjug verbal rea areia area nomc cantar catar catados vb part celada cilada cellada nomc cuitela cutela cuitellas nomc enli o elei o enli om nomc 63 pa pa PR pa E E si gs As palavras e classifica es que n o se encontram em LOPF v o assinaladas a negrito e it lico
22. cap 42 em In d Hist II p 349 Antes na p 194 a var c revo a fusta com hum carevo AGC XX IVPM XV careuo ZURD 168 24 VH CPM XV careuo ZURD 168 24 e 203 26 BLem XV caravo caravos carevo carevos ZURP careuo ZURD MD CF XV caravo caravos carevo carevos ZURP Houaiss XV careuo cf IVPM Obs A data tardia apresentada por AGC esclarecedora da investiga o levada a cabo para efeitos de data o de palavras Consta na primeira edi o do seu dicion rio etimol gico de 1982 sem correc o no Suplemento segunda edi o 1986 Passados dois anos no segundo volume do IVPM 1988 antedata cinco s culos com atesta o em ZURD CARRASQUEIRA s f 1 carrasqueiro carrasco E semdo a gemte fora pare e que os pastores jazi dormyndo sob hia carrasqueira 358 344 Etimologia de carrasco eiro Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM 1555 adj De carrasco como apelido ou alcunha BLem XV carrasqueira ZURP MD CF XV carrasqueira ZURP Houaiss Obs A indica o de JPM n o se aplica neste contexto Houaiss apenas regista a variante masculina carrasqueiro sem data o cuja etimologia remete para o substantivo carrasco datado de 1553 cf Susque III f 60 Verifica se pois o registo gr fico de um derivado antes da primitiva situa o tamb m comprovada pela indica o de
23. fronteira peixe povo gente e embarca o antiga e a s correspondente s abona es No VH CPM tudo foi foi reduzido a uma entrada com omiss o de dois significados e respectivas abona es 125 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ARRANCADA s f 2 partida s bita e violenta arrancamento arrancadela E quando o porco assi naceo o outro ala o Rrabez deu hiua arrancada e o Bravor teve sse quedo e quando Rrabez vio que sse o porco saya e que o nom desatreellavom fez h ua grande arrancada per h u mesto mato levando ap s ssi o page e o outro ala o 353 55 57 Etimologia fem substv de arrancado part de arrancar Sobre este verbo de origem controversa Houaiss refere que voc hsp doc desde as origens do port h v rias hip teses de etim principalmente a partir do germ hring romper as fileiras de soldados da debandar separar desenraizar informa o proveniente de Corominas como menciona na entrada arranc Tipo de unidade deriva o impr pria Registos AGC XV IVPM XV LOPF 99 57 VH CPM XV arrancada LOPF 99 57 BLem XV vb part arrancada LOPF MD CF XV arrancada LOPF Houaiss XV rancada cf IVPM Obs BLem n o faz a distin o e junta esta forma s do partic pio do verbo arrancar Tal jun o elimina tr s s culos entre a data o da base e o nome deverbal
24. o do Fich rio tais refer ncias constar o no Suplemento elaborado pelo pr prio Cunha cf e remeter para esta explica o Seria exaustivo e linguisticamente pouco proveitoso fazer o levantamento de todas as entradas que JPM aproveita de RLor No entanto uma conclus o poss vel retirar h em muitas delas um inconfesso furto Se verdade que em muitas palavras consta no final da entrada a indica o Lorenzo como em trela ouri ar reedificar em muitas outras tal n o se verifica como em leg timo mar ria Esta op o de indicar Lorenzo parece prender se com o facto de tais palavras terem todas ou quase todas ocorr ncia em obras castelhanas ou galegas Parece assim que Machado assume como importante a contribui o de datas provenientes de 5 Outras obras que n o fazem parte do corpus de extrac o do VH CPM al m de MONT s o CART MARR MMM 155 Classifica o atribu da por Telmo Verdelho ao Elucid rio de Viterbo sobre o aproveitamento dos trabalhos de Fr Bernardo da Encarna o Verdelho e Silvestre 2007 26 113 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando obras externas eventualmente de mais dif cil acesso mas n o sente necessidade de indicar as internas eventualmente porque tamb m seria capaz de as encontrar Tudo passaria como facto irrelevante n o fossem obras posteriores de refer ncia como o Dicion rio Houaiss ao atribuir a data o quase
25. pallavras na Cr nica de D Fernando DITADO s m 3 t tulo de propriedade emitido ou recebido pelos reis de Portugal no sx vr e o ditado do duque como sse entom chamava era este Dom Joham pella gra a de Deus rrei de Castella e de Leom e de Tolledo e de Galliza e de Sevilha e de Cordova e de Mollina e de Geem e do Algarve e d Aljazira duque d Allancastro e senhor de Mollina 236 34 Outras ocorr ncias 282 79 593 10 Etimologia do lat dictatus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas OFIC 2 7 VITA 7cl2 BENF 22 21 Obs Com v rias ocorr ncias anteriores como se verifica em MD CF ditado em SACR e BOSC ditados em TPart e CGE ditada em CHP ditadas em TROY dictadas em ORTO No entanto com este significado apenas ocorre em LOPF e SACR O VH CPM apresenta mais a abona o de BENF DIVISA s f 1 emblema simb lico que o conde hordenou por guarda das quint as e casaaes que cada hiiu tevesse senhos pendo es de sua devisa 465 24 Etimologia do fr devise Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas BENF 24 5 VITA 5cl6 VERT 41 30 Obs BLem e MD CF apresentam uma abona o da CGE mas com o significado de ideia senten a E a esto cada h dava sua divisa segundo seu entender EMPACHO s m 5 obst culo embara o impedimento estorvo ca me parece se vo llo per outrem mandara dizer que no
26. resumidas LOPOJP rresumimdolhe LOPOJ P MD CF XV rresumir LOPF Houaiss XV resomiir rresumir cf FichIV PM Obs Ainda sem registo no CIPM RIF O s m 1 ad gio vulgar prov rbio assi que todo seu feito era de Santarem pera Coimbra e depois tornar a Lixboa em guisa que ja as gentes tragiam por rriffam em escarnho dizendo Ex vo llo vai ex vo llo vem de Lixboa pera Santarem 121 63 Etimologia de refr o atrav s da forma dissimilada ref o Tipo de unidade dissimila o regressiva Registos JPM XVI Affonso Lopez capayo Christam nouo que viuia em Tomar fez hum rifam andaua no cancioneyro Portugues Gil Vicente na Copila am fl 259 a AGC XV rriffam LOPF 36 63 VH CPM XV rriffam LOPE 36 63 BLem XV rriffam LOPE MD CF XV rriffam LOPE Houaiss XV rifam rriffam cf FichIVPM Obs RLor n o prop e antedata o O substantivo refr o est atestado no s culo XIV SEITOSO adj 1 trai oeiro e porque ella era muito seitosa e tiinha mortall odio aaquelles que forom em estorvo de tall casamento 282 93 Etimologia de seita oso Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV seitosa LOPF 81 93 BLem XV seitosa LOPF MD CF XV seitosa LOPF Obs Em JPM na entrada seitosamente refere N o consegui encontrar o adj seitoso em que assenta esta palavra Segundo Piel
27. 1 percurso viagem rota 202 11 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses E daquella vez soube o comde como se a frota dell rrey de Grada corregia pera vyrem cercar a cidade ca o sabiam estes pellos messageiros que cada dia passav o a fazer seus 336 rrutos de hii rrey pera outro o que se claramemte mostrou nos feitos que se seguiram adiamte 353 466 Etimologia do castelhano rota Tipo de unidade importa o castelhanismo Registos MD CF XV rrutos ZURP Obs Apenas encontrei esta palavra com registo em Morais precisamente com esta passagem de ZURP com a seguinte observa o ser caminho de route Francez E neste sentido a ouvi no Brasil ou de Ruta Hespanhol derrota viagem jornada Para a entrada rota Houaiss indica tamb m esta origem francesa de route do latim rupta via caminho rasgado desbravado 29 fem substv do adj ruptus part pas do v lat rump re romper A entrada directa do latim n o ser de excluir SACERDOTISA s f 1 mulher que exercia as fun es de sacerdote e assy amdav o de hiia parte a outra como hom s fora de syso queremdo em allg a cousa pare er aaquella sa erdotisa Edonis 225 257 Etimologia de sacerdote isa Para AGC do lat sacerdotissa ae Tipo de unidade deriva o sufixal importa o latinismo Registos JPM XVI uma flaminica
28. 1 que demonstra delicadeza af vel am vel Foi gram criador de fidallgos e muito companheiro com elles e era tam amavioso de todollos que com elle viviam que nom chorava menos por h u seu escudeiro quando morria come sse fosse seu filho 3 10 Etimologia de amavio oso Segundo Houaiss de origem controversa mas certamente da base amar CF apresenta com interroga o a etimologia do lat amibilia pl de amabilis Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF 62 76 103 9 107 33 OFIC 192 75 VITA 6048 VERT 79 33 Obs O substantivo est atestado no s culo XV AMORIO s m 9 sentimento de amizade simpatia Senhor el rrei dom Henrrique de Castella meu senhor me envia a v s com sua messagem como aquell que deseja aver boa paz e amorio convosco e seer vosso verdadeiro amigo sem neh u engano 12 48 Outras ocorr ncias 13 70 179 22 180 42 237 19 242 47 250 31 294 36 546 37 Etimologia de amor io Tipo de unidade deriva o sufixal Atestac es simult neas BENF 113 6 143 78 REIX 11 275 30 VITA 110 24 1447 DESC 451 41 ESOP 63 5 FRAD 1 71 17 Obs O VH CPM n o regista a data de 1447 DESC constante no IVPM e em Houaiss que remete para RL De qualquer forma MD CF apresenta para amorio uma abona o da CGE Antedata o face a Houaiss O substantivo est atestado em 1275 APOSENTADORIA s f 1 hospedagem hospedaria E pera sse esto
29. BLem apresenta uma abonag o da CGE tamb m referida por MD CF que acrescenta ainda VITA e ELOY RLor no entanto antedata o s culo XVI proposto por JPM para 1222 trad ao da manada das ovelhas quatro quarneiros e da manada das vaquas huma vaqua Leges 590 1223 trad da manada das ovelhas da manada da uacas id 596 MAR s f 1 movimento peri dico das guas do mar mas taaes avia hi dos mareantes que eram muito contrairos a esto dizendo que as gallees per esta guisa hiam em muito gram periigo porque quando vehesse a jusante da maree lan a llas hia em poder da frota de Portugall 143 20 Etimologia do fr mar e Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas LEAL Obs Houaiss que apresenta o s culo XV cf FichIVPM n o leva em considera o a data de AGC de maree XIV nem a de JPM que apresenta uma abona o de 1377 se ujerem quatro ou cinquo baixees de h a maree Desc I S p 53 sem fazer qualquer refer ncia a RLor que corrige o s culo XVI apresentado na primeira edi o BLem apresenta ainda a indica o de ocorr ncia em CP O VH CPM n o indica a abona o de LOPF 99 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando MEDIANEIRO s m 1 mediador vos rrogamos e rrequirimos da parte de Deus e do martir Sam Jorge que sse vos praz que n s sejamos boom medianeiro antre o dito rrei dom Pedro e v s qu
30. O VH CPM omite a abona o mais antiga MONT Para Kremer 1485 Hi Parece no entanto n o se aplicar o principio enumerado no ponto 4 2 2 4 referido na nota anterior uma vez que das formas hist ricas registadas aproua am LOPJP aproua o REIX e VITA aproua om 1460 DESC e aprova o LOPF a forma escolhida n o ser a que mais corresponde actual O que se verifica em v rias situa es uma prefer ncia por obras com data expressa face a obras para as quais normalmente se indica apenas o s culo o caso aqui mas tamb m o de aposentadoria arvoredo defens vel Excep o o caso de dep sito cf s v DEP SITO KREMER Dieter 2004 Primeiras data es Trabalho n o publicado Apenas apresenta o ano de registo da palavra sem a fonte De qualquer forma e para esta palavra em concreto a data o tardia 74 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando BOMBARDA sf 1 maquina de guerra que arremessava por meio de cordas e molas grandes pedras e alli mandou fazer engenhos e carros e bombardas e outros percebimentos de guerra 473 58 Etimologia do it bombarda 1311 Tipo de unidade importa o italianismo Atesta es simult neas LEAL 149 27 1439 MARR 1 66 25 CESA 11 15 37 2 BROLADO adj vb 3 bordado ca el rrei dom Fernando a seu rrequerimento lhe enviou estonce em presente seis alla os e seis sabujos todos com collar
31. Outras ocorr ncias 460 415 Etimologia do lat p sill nimis e do comp do lat p sillus a um pequenino nima ae alma Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV E separados os pusil nimes que todavia houve alguns como s o maus de trocar costumes frouxos e liberdades envelhecidas os quais em poucos anos se extinguiram e acabaram deca da e desmaiada que estava a Ordem Arceb III cap 13 vol III p 122 ed de 1946 N o consegui verificar este passo em exemplar de 1 ed da obra onde ele ocorre sei no entanto que a forma corrente no s c XVI era pusil nimo Os pusilanimos sintm isso assi Eufr p 128 AGC XV pusillanime 1573 GLe o 333 18 BLem XV pusylanyma pusylanymo ZURP MD CF XV pusylanyma pusylanymo ZURP Houaiss c1543 pusilanimos 1567 pusilanime cf JFVascE Obs O substantivo pusilanimidade tem registo anterior com a forma pusalamidade em LEAL VH CPM e pusilanimidade em CP BLem e MD CF QUILATE s m 1 unidade de medida de peso e a mayor parte daquellas dobras heram feitas Tunez e herd XXIII quillates e ter o de peso 525 936 935 Etimologia do r girat Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV M dou laurar hos Portugueses douro de dez cruzados de valor cada hii de vintequatro quilates que era a mesma lei dos cruzados G is cap 86 p 211
32. Regra geral foram eliminados os adv rbios Em alguns casos quando hom nimos com outra classe gramatical como claro ou no caso de eram por se verificar data o anterior registada em Houaiss e passamente por ter origem em substantivo mantiveram se Mant m se 15 Neste caso em particular amoesta o es a lematiza o para o masculino do singular seria sempre uma escolha minha elegendo uma forma gr fica n o atestada no texto em detrimento de outras perfeitamente poss veis amoesta o om dm ou 76 Nos casos em que o nome faz parte de uma locu o esta desambigua o foi tamb m feita neste caso a par de com 3 ocorr ncias 509 19 510 34 523 14 55 11 3 ndice Anal tico de LOPF e ZURP no entanto os adv rbios de modo derivados de adjectivo no sentido de perceber se t m atesta o antes do pr prio adjectivo Foram ainda eliminados todos os numerais quer cardinais quer ordinais consciente de alguns deles terem clara utiliza o como adjectivo LOPF 15 7 Mantive no entanto quinto com o significado de imposto ter a ou nona como horas can nicas 3 1 Conclus es Foram portanto eliminados os adv rbios de modo aadur asinha debalde e toste 56 111 1 A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Edi o de Giuliano Macchi HI Novidade de palavras no Portugu s do s culo XV 1 A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Edi o de Giuliano
33. Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV bastura ZURP MD CF XV bastura ZURP Obs apenas Houaiss regista a palavra com indica o de pouco usada remetendo para bastid o tamb m sem data o O adjectivo est atestado no s culo XIV BOMBORDO s m 1 lado esquerdo de uma embarca o ou aeronave olhando se de r para vante Mas n tardou muito que lhe aquelle rrogo foy comprido porque a galliota de Allvaro Affomso vestio de babordo pella popa perlomg do 601 520 Etimologia do fr b bord Tipo de unidade importa o galicismo Registos BLem XV babordo ZURP MD CF XV babordo ZURP Houaiss XV babordo cf DPMen Obs Houaiss apresenta como primeira atesta o desta palavra precisamente ZURP Atendendo ao n mero de primeiras atesta es em ZURP que Houaiss n o leva em considera o s poder ser uma refer ncia espor dica tendo em conta que Cunha n o a incluiu nos seus trabalhos BORDAR vb 1 beirar margear orlar E ouver o tempo e passar o da outra bamda e vieram bordar a Allycamte e dahy trouxeram a costa de lomgo ate Gibralltar 371 665 Etimologia de borda ar JPM prop e tamb m a hip tese do fr border ou broder Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI segundo Morais De borda isto guarnecer a borda a BLem XV bordar ZURP MD CF XV bordar ZURP
34. alterado em brenza e brenseda deriv Como olivedo azeredo jaspedo etc alameda figueredo ou figueiral etc vento com nebrina e yx 55302 escurid o BROA s f 2 canal estreito Ouve o comde sabedoria como se em Tamger armava hiia galleota e porque rrecebesse primeiro o dapno que temtasse de o fazer mamdou armar outra e dous bragamtis os quaes partidos da cidade naquella mesma noite jaz do mea broa do mar em rroda vyram como vinha hi carevo de comtra Gibralltar e seguya pera Tamgere 380 869 Outras ocorr ncias 381 890 Etimologia de origem controversa Tipo de unidade Registos BLem XV broa ZURP MD CF XV broa ZURP Obs Os dicion rios consultados apenas apresentam a acep o mais comum p o de milho Morais al m do significado apresenta a indica o de termo antigo de Roteiros com duas abona es embora posteriores a ZURP Por meya br a 1 por meyo canal Cast 2 62 arribando por meia bor a Chron J III P 4 c 98 indo os gale es a meia bor a e a armada de remo de longo da costa A 301 Viterbo s v brenseda 302 Morais s v brenseda 303 Para Houaiss a forma mais antiga boroa ocorrem em 1174 JPM e a forma broa apenas em 1652 cf Agi logo No MD CF com abona o de Textos notariais sd 1243 1300 in Docs Notariais dos S culos XII a XVI CIPM pode encontrar se j a forma broa sentindo se agravados por
35. culo XIV tal como o substantivo arzo que lhe da origem DESCENTE adj 1 descendente que descende que desce E acontecendo que a iffante dona Beatriz morresse sem filho ou filha que d el rrei ouvesse ou outros legitimos decentes de linha direita que os rregnos de Portugall se tornassem a alg ua outra filha 549 57 Etimologia de descer nte Tipo de unidade deriva o sufixal 218 Cf TRELA 138 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Registos IVPM XV decente LOPF 158 57 VH CPM XV decentes LOPF 158 57 BLem XV decentes LOPF MD CF XV decentes LOPF Houaiss XV descente decemte decente cf IVPM Obs JPM RLor e AGC apenas registam o verbo descender no s c XIII Houaiss que averba descente remetendo para IVPM n o aproveita no entanto o significado l constante de descendente que descende que desce descida O verbo est atestado em 1244 DESEMBARCAR vb 2 sair de uma embarca o Depois partirom e desembarcarom em Vallen a cidade d Aragom e tornarom sse as naaos e gallees pera Portugall e trouverom conssigo dom Martinho castella o que era bispo do Algarve 301 54 Outras ocorr ncias 418 37 Etimologia de des embarcar Tipo de unidade deriva o prefixal Registos RLor XV desembarcar alli desembarcou o Meestre com os que levava D Jo o I I 356 ata aquell logar hu de
36. de descer mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas CESA 111 15821 3 Obs MD CF apresenta uma abona o de BOSC O verbo est atestado em 1244 DESCONTENTAR vb 1 ficar insatisfeito desagradar se desgostar se ca de corpo e geesto natureza lhe dera tam boa parte que n hiiu senhor se descontentaria de a aver por molher 175 49 Etimologia de descontente ar Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LEAL 279 30 VITA 25d26 29040 30 2728 135c7 135c9 138021 VERT 111 77 Obs O VH CPM apresenta mais tr s abona es de VITA que n o constam no IVPM O substantivo est atestado no s culo XV 83 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando DESCULPA O s f 1 desculpa e como em semelhantes feitos muito de rrecear nom se esguarda neh ua desculpa om nem espa o de saber a verdade forom sem mais deteen a todos metidos a tormento 265 18 Etimologia de desculpar o Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LEAL 46 20 Obs JPM faz refer ncia a esta forma numa observa o dentro do verbo desculpar Parece ter existido um v desaculpar como se verifica pela presen a de desaculpa o no s c XV filha por sua desaculpa om dizer que he homem L Cons cap 13 p 46 O verbo est atestado em 1352 DESEMPACHADO adj vb 1 desobstruido aliviado
37. livre Cf DESEMPACHADO e matando o elle morreria sem porque com gram pecado de minha alma e eu era per forca leixar o rreino e me hiria fora d elle e per esta guisa seeria ella desempachada de mim 518 33 Etimologia part de desempachar des acorrer Tipo de unidade deriva o prefixal Atesta es simult neas OFIC CAVA LOPP Obs O verbo est atestado no s culo XV DESENCARREGAMENTO s m 2 al vio de culpa absolvi o mas por m que oolhando ell em esto servi o de Deus e desencarregamento de sua conciencia e proll de seu poboo pois a Deus aprouguera de o poer em paz com seus contrairos 193 18 Outras ocorr ncias 281 70 Etimologia de desencarregar mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atestac es simult neas LEAL371 8 Obs Com registo apenas nestas duas obras pelo que se considera vocabul rio de Avis O verbo est atestado em 1269 DESGARRADO adj vb 1 separado extraviado tresmalhado sem vigor entusiasmo e que quanto mais entrasse pello rreino al ando lhe os mantiimentos que tanto viinriam mais desgarrados e melhores de desbaratar 251 20 Etimologia part de desgarrar des garra ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Atesta es simult neas a1436 DESC 356 3 Obs Este partic pio serve de data o ao verbo mas serve tamb m para mostrar o registo de um derivado anterior sua base pois garra apenas datada
38. ncia de localiza es em VITA pode indicar o primeiro registo da palavra e a influ ncia que teve nas obras de Avis bem como nas de Lopes A ser assim estar amos perante o primeiro registo numa obra traduzida revelando ser este um dos mecanismos de enriquecimento vocabular O verbo est atestado no s culo XV ENCAMINHAMENTO s m 3 ac o de encaminhar pois el espalhava todas suas gentes e se poinha em poder e consselho do conde dom Joham Affonsso Tello e d outros que por covardo encaminhamento lhe faziam entender que sse non triguasse a poer batalha 121 56 Outras ocorr ncias 308 33 34 384 33 Etimologia de encaminhar mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas OFIC LEAL CAVA CESA VITA VERT Obs Cf obs s v ENCAMINHAR O verbo est atestado no s culo XV 87 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ENFIM adv 1 por fim finalmente Sobr esto ouve muitos conselhos e enfim acordarom que a fosse cercar pollas muitas viandas que n aquella comarca avia 63 17 Etimologia prep em fim do lat finis is Tipo de unidade composi o Atesta es simult neas BENF LEAL REIX LOPP CESA TERS Obs BLem e MD CF apresentam abona es da CGE A preposi o est atestada em 1152 e o substantivo no s culo XIII ESCABELADO adj vb 1 despenteado desgrenhado As donas e donzellas que eram na cidade veendo aq
39. o de Doc de Pendorada de 1359 Ficou a Gil Pelo costume do Porto o cavallo do dito Vasco de Sousa seu Padre e huma espada e huma lanca e huma loriga de cavallo e duas ffalhas e huum elmo com sseu camalho e humas luvas d aco e huuns coixotes e caneleiras velhas de coiro e huum escudo e capatos de ferro huuns comendadeira comendadeira Houaiss XV cf IVPM 1396 em JPM s f de comendador o masculino em 1214 com indica o de ocorr ncia em Desc I S p 442 N 588 confusamente confusamente IVPM LOPF 48 6 com atesta o em Corte Enperial segundo MD CF femencar femencando Houaiss XV cf FichIVPM 1344 em MD CF e BLem com atesta o na Cronica Geral de Espanha com a forma femen ava mas tamb m com varias formas da 165 variante afemen ar 164 Houaiss por norma n o regista adv rvios de modo Este um dos casos Cf no entanto nota 102 165 E a Cf as formas afem cada afeme ou afem ouha afemen ada afemen alla afemen ar afemen ou affem cando affemencado affemen ouhas 119 111 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando fornada fornadas Houaiss XV cf FichIVPM s c XIII em JPM e AGC Sobre a palavra primitiva forno Houaiss data a de 897 segundo JM Ora como RLor corrige JPM que na 1 edi o apresenta a data de 977 corrigida agora para 897 com abona o de Dipl 8 este na terceira edi o aproveita a informa o de
40. o do pr prio Cunha no Suplemento ao IVPM como se indicou na p gina 36 sobre a palavra acontiado 7 Os n meros 3 e 2 que acompanham a palavra febre identificam a mesma acep o em dicion rios diferentes 40 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM Jeitoso adj s c XV sXIV cf FichIVPM laranjeira s f s c XV 1258 cf JM marear v s c XV sXIII cf FichIVPM mourisco adj s c XV sXIII cf FichIVPM paul s m s c XV sXII cf AGC porra s f s c XV 1209 cf Leges principio s m nao regista sXIV cf FichIVPM sacador adj s m s c XV sXII cf AGC sala s f s c XV 969 cf JM soluco s m s c XV sXIV cf AGC tiro s m s c XV sxXIII cf AGC trabalhoso adj s c XV sXIV cf AGC trigo s m s c XII 1081 cf JM trom s f s c XIV sXIII cf FichIVPM trombeta s f s c XV sXIV cf AGC vestidura s f s c XV sXIII cf FichIVPM vinteneiro s m s c XV vintaneiro adj e s m 1361 cf Desc vozaria s f s c XV 1192 cf JM Para finalizar esta breve an lise do VH CPM importa referir e destacar a sua utilidade enquanto instrumento de trabalho lexicogr fico com a apresenta o de um n mero significativo de verbetes do portugu s medieval Assim de forma r pida poss vel navegar por v rios s culos e verificar algumas das diferentes grafias de cada palavra bem como identificar o seu registo em determinadas obras Fica no entanto aqu m das expectativas se tivermos em
41. villla por villa 67 Esta seria a nica forma com met tese em LOPF face s restantes 31 contrairo s 6 Esta compara o feita tendo por base a segunda edi o da IN CM organizada por Giuliano Macchi Teresa Amado em 2004 50 11 3 ndice Anal tico de LOPF e ZURP 3 ndice anal tico conjunto da Cr nica de D Fernando e da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Anexo I faltam gloss rios organizados para todas as cr nicas de Fern o Lopes G Macchi 2004 Cr nica de D Pedro I p LXIX A dificuldade de encontrar e perceber determinados significados ajudado pelo mote de Macchi avultou o interesse pela elabora o de um ndice Anal tico n o de todas as obras de Lopes para j mas pelo menos da Cr nica de D Fernando Seria pois mais f cil partindo duma lista de palavras trabalha e n o simplesmente elencada chegar quelas que foram introduzidas pelo cronista Quem opta por trabalhar um determinado texto medieval uma das primeiras dificuldades com que se depara a falta de um bom gloss rio de prefer ncia geral Digo geral porque apesar de em cima da mesa estarem v rios o que se verifica uma dupla sensa o Primeiro porque aquela palavra que tanto se procurava finalmente est registada em determinado gloss rio g udio Segundo porque afinal o significado n o bem este ou n o mesmo nada este melancolia Um bom exemplo para o que acabo de referir o caso
42. 3 Obs O verbo est atestado em 1262 CENSURA s f 1 critica condena o sometendo os ditos rreis e seus rreinos a censsura e senten a ecclesiastica hindo contra esto per alg ua guisa 183 112 Etimologia do lat cens ra ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas REIX 11 56 57 Obs MD CF regista uma ocorr ncia nos Textos Notariais Documentos Notariais dos S culos XII a XVI 1300 1400 outra em CHP 1402 1499 e outra ainda em ChPortDuarte Antedata o face a Houaiss CISM TICO adj 3 dissidente aquele que se separou da comunh o duma igreja por a quall rrazom os escomungou da mayor escomunhom e os privou dos cardeallados e fez outros cardeaaes de novo dando os por cismaticos e membros talhados da Egreja 393 56 Outras ocorr ncias 459 11 532 46 Etimologia do gr skhismatik s e n gt lat ecl schism ticus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas SBER 95 9 114 28 142 6 ROBI 200 12 20045 Obs O VH CPM n o regista nenhuma abona o de ROBI COMUNICADO adj vb 1 transmitir passar conhecimento informa o opini o a algu m n s isto fazer nom podemos porque nas obras dos antiigos que ante de n s fezerom estorias taaes cousas nom achamos nas escripturas a n s per elles comunicadas 47 68 Etimologia do lat comm nico s are avi atum Tipo de unidade importa o latini
43. 33 dizer 43 fazer 46 haver 55 preferi elencar as formas por ordem alfab tica em detrimento de uma ordem modo temporal como se poder verificar por exemplo com as formas fezera e fizera hiis vaamos e vou ou penso e pensso As redu es utilizadas s o as seguintes 71 A distin o levanta interroga es Veja se Ana Maria Brito in Mateus 2004 374 e 727 e Cunha 1 1994 493 Mira Mateus no pormenorizado Gloss rio da Vida e Feitos de J lio C sar vol III elenca dentro da entrada do verbo apenas as formas de partic pio que s o utilizadas nos tempos compostos ter e haver e as de partic pios absolutos cf s v acabar Apresenta depois em entrada parte a classifica o de adjectivo verbal adj v para as restantes cf s v acabado Casos como abra ado e ceso s o considerados apenas adjectivos adj apesar de origem verbal N o este por m o entendimento de Jos Carlos de Azeredo 2004 242 243 que apresenta uma distin o mais simples O partic pio sintaticamente uma forma do verbo apenas quando invari vel e com sentido ativo integra os chamados tempos compostos ao lado do auxiliar ter Fora da o partic pio se torna um adjetivo tanto pela forma j que vari vel em g nero e n mero quanto pelas fun es pois assim como o adjetivo pode ser adjunto adnominal cf o livro novo livro rabiscado ou complemento predicativo quando constitui a chamada voz passiva cf Es
44. 41 330 35 359 116 fizera teer 239 54 58 tivera O que se pode concluir que este princ pio n o foi utilizado com rigor em todos os casos E se uma poss vel Justifica o encontra argumentos no facto de se querer manter a forma original tal entende se para palavras como gaanhara ganhar 309 81 o mesmo n o se pode entender em formas como chamara 31 6 espantara 443 10 passara 37 7 255 130 passara 71 63 283 11 356 46 366 37 39 493 51 502 49 504 45 levara 255 131 levara 108 37 174 37 281 68 577 71 devera 357 78 411 59 Relativamente forma verbal ser m 513 18 3 sg do futuro do indicativo como clara distin o da hom grafa sera o 112 25 128 28 337 60 72 591 6 compreende se a acentua o mas j n o se compreende t o bem embora se aceite a acentua o da forma verbal do futuro sofrer m 484 25 como distin o da forma do pret rito perfeito uma vez que este tempo n o ocorre na obra mais pertinente assim a distin o entre formas como tirarom 112 24 477 1 505 66 3 pl do pret rito perfeito e tirar m 610 20 3 pl do futuro do indicativo Por m esta distin o temporal ficou por fazer relativamente s formas hom grafas das primeiras pessoas do plural do presente e do pret rito perfeito do indicativo E se verdade que em certa medida parte dos argumentos apresentados se esvanecem em palavras como contamos 235 10 279 20 325 14 385 4
45. 541 5 enviamos 410 49 fallamos 518 23 609 10 ficamos 17 3 nomeamos 88 48 porque s ocorrem no pret rito perfeito ou em palavras como 58 111 1 A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Edi o de Giuliano Macchi curamos 22 48 178 28 229 48 286 108 310 90 327 75 353 75 392 30 401 65440 26 551 128 desejamos 483 20 21 esperamos 572 46 ousamos 410 54 protestamos 410 44 rrogamos 28 46 32 40 porque s ocorrem no presente eles avivam se em casos onde claramente s o hom grafas condi o referida pelo editor como achamos 142 45 343 3 1 pl do presente e achamos 47 67 128 26 138 39 275 18 325 15 418 25 425 3 1 pl do pret rito perfeito leixamos 35 73 159 57 182 105 236 32 340 44 45 1 pl do presente e leixamos 15 5 69 4 399 4 1 pl do pret rito perfeito Tamb m nos casos de pronominaliza o a utiliza o do acento circunflexo n o foi utilizada de forma regular como de pode verificar na forma fornece llos 11 15 16 fornece llas 262 45 face a met llos 266 41 prend llo 380 48 combat lla 129 11 12 entre outros A utiliza o da acentua o para diferenciar hom grafas como refere Macchi fundamental para uma melhor leitura e mais f cil interpreta o do texto Essa aplica o verifica se certeira na grande maioria dos casos como em s 19 7 nico caso registado com acento grave na contrac o face aos 59 de aas para se dis
46. 554 41 611 23 Etimologia do lat legitimus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas BENF LEAL REIX LOPP SOLI FRAD Obs Houaiss n o leva em considera o a proposta de AGC do s culo XIII nem a correc o apresentada por RLor a JPM sem indica o do s culo XVI para o XIII em Foro Real abona o tamb m constante em BLem Segundo MD CF tamb m atestado em Primeira Partida e Terceira Partida de Afonso X e ChUniPort vol 1 1300 LIGA s f 6 alian a pacto liga o e lhe rrequerio que pollo gram divedo de linhagem que antre as casas d Ingraterra e de Castella ouverom em h u desi pollas ligas e amizades que com o dito rrei meu senhor e comigo tiinha feitas o quisesse ajudar a cobrar seu rreino e senhorio 28 34 Outras ocorr ncias 238 45 297 17 298 26 344 38 409 15 Etimologia regr de ligar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas LOPP 156 O VH CPM al m da abona o de LOPF apresenta uma outra como sendo de LEAL o que na verdade corresponde a VERT com o significado de bordar E trabalharssea dauer muy fremosos len oes bem largos e bem obrados de lauramento Cf p 35 al nea E 98 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Em BLem todas as ocorr ncias lematizadas para o verbo ligar com indica o da possibilidade de vb nomc O verbo est atestado no s cu
47. Al m da grafia diferente podemos verificar para esta palavra tamb m classifica es distintas O VH CPM apresenta a classifica o de substantivo e BLem para a forma solevado a de partic pio do verbo sublevar Na verdade esta a ideia geral ou seja a de mover de baixo para cima erguer elevar sobrelevar A d vida est na classifica o uma vez que a constru o el ptica Assim podemos entender esta forma como partic pio se subentendermos que abriam as portas quando o sol estava levantado erguido ou ent o com mais acerto como substantivo at pela ant tese com sol posto ou seja abrian as ao nascer do sol O substantivo est atestado no s culo XIII e o verbo em 1022 1065 SUBDUQUE s f 2 subcomandante militar e o so duque de Latram e Tomas Simom alferez do duque d Alancastro que trazia sua bandeira 453 55 E os capitades eram estes h u filho bastardo d el rrei de Ingraterra que avia nome o canom de Rrabi Sallas o so duc de lla Trava moss Joham Falconeth e outros 519 10 Etimologia de sub duque Tipo de unidade derivada prefixa o Registos VH CPM XV so duc LOPF 149 10 so duque LOPF 128 55 BLem XV soduc soduque LOPF MD CF XV soduc soduque LOPF Obs O substantivo est atestado no s culo XIII TAVARENHO adj 1 2 e o husso tendendo as pontas das mados pollo filhar alcan ou o ar om derradeiro da sella tavarenha
48. BLem indica apenas obra CGE A localiza o completa encontra se em RLor que corrige JPM e guyouhos muy bem o pastor per h a costa ladeira Cr 1344 281aV 54 Of Morais s v tavolado 155 Cf p 35 al nea E 97 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando LAN AMENTO s m 1 entrada Outros afirmam este lan amento do conde dom Fernando dentro na villa muito pello contrairo 112 48 Etimologia de lan ar mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas SEGR SBER Obs MD CF com indica o de atesta o tamb m em VITA O verbo est atestado no s culo XIII LAVRAMENTO s m 1 cunhagem de moeda e per tall lavramento gaanhava el rrei em cada marco de prata quatro livras e quatorze solldos e d aqui pagavom os custos 189 58 Etimologia de lavrar mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas VERT Obs O verbo lavrar est atestado em 1209 MD CF n o regista a abona o de LEAL mas apresenta uma abona o de Gomes Vitorial4 Mosteiro de Santa Maria da Vit ria no s culo XV O verbo est atestado no s culo XIII LEG TIMO adj 5 concebido no matrim nio l dimo verdadeiro que pois el rrei dom Pedro era morto que el ficava erdeiro nos rreinos de Castella e de Leom ca era bisneto legitimo d el rrei dom Sancho de Castella 101 22 Outras ocorr ncias 210 46 549 57
49. C 66 do s culo XV da Academia Real de Hist ria de Madrid para a sigla VERT O livro das tr s vertudes podemos ler Manuscrito 11 515 do s culo XV da Biblioteca Nacional de Madrid N o no entanto a data apresentada nas abona o da palavra tesourar torr o e trigan a TESOURAR s c XIV LEAL 114 25 nem desejo de thesourar na terra onde os ladrooens o furtam ratos o comem ferrugem e tra a o gastam 38 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM G H TORR O s c XIV OFIC 139 34 E mais louuo h iiis poucos de terr es sem temor ca os canpos e as herdades de Lidia cheos de medo TRIGAN A s c XIV VERT 56 41 E esta temperan a se demostra em todos os semtimentos da senhora assi como nos feitos e abitos de fora porque ella dara o oolhar tardinheiro e sem trigan a Abona es em falta ACONTIADO Esta entrada est averbada no IVPM com seis abona es todas do s culo XV uma de REIX duas de LOPF e tr s de DESC obra que se encontra indicada menu Ajuda gt Sigla das obras do VH CPM No entanto este apenas apresenta tr s abona es eliminando todas as de DESC 1405 1436 e 1460 apresentadas no IVPM Uma dessas indica es y A e 5 mesmo a mais antiga reiterada por Houaiss BRACEIRO Para esta entrada Houaiss indica o s culo XIII e remete para o IVPM que apresenta abona es do s culo XIII XIV e XV Por m no V
50. D Jo o de Portugal j acrescenta ao seu t tulo Sefior de Ceuta conquistada precisamente a 21 de agosto de 1415 No entanto esta n o uma edi o trabalhada para efeitos de data o das palavras Para mais esclarecimentos vide a entrada TRELA p 158 100 Segundo Teresa Amado in Tavani 1993 179 65 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando raz o n o teria sido Lopes atendendo proximidade e envolv ncia na corte a introduzir sugerir determinado termo Para esta terceira situa o importante o contributo da poca de Avis na renova o lexical Num ambiente cultural prop cio que primava pela produ o textual escrevia se e mandava se escrever traduzia se e mandava se traduzir dif cil falar em vocabul rio de D Duarte D Pedro ou mesmo de Fern o Lopes Ser antes mais correcto falar de vocabul rio de Avis pois se um dos autores desta poca n o deixou a palavra grafada pela sua pena conhecia a certamente como se a palavra fosse regularmente utilizada oralmente at ao momento oportuno de se tentar perpetuar pela escrita Veja se por exemplo o caso do verbo agasalhar com registo desde o s culo XIII nesta poca de renova o lexical n o s por influ ncias externas ou de tradu es mas tamb m gra as aos recursos internos da l ngua que surgem um sem n mero de derivados A partir deste verbo encontramos dois derivados formados no s culo XV preci
51. EXPEDIC O s f 1 despedida Por certo aymda que eu quisesse eu nom poderia escrever sem lagrimas a espidigam que estas gemtes fezer o h as das outras 210903 Etimologia do lat expeditio Onis Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVI Morais AGC XVI BLem XV espidi am ZURP MD CF XV espidi am ZURP Houaiss 1501 espedi am 1505 expedi am 1513 expidi am 1539 espydicam CDP 12 Obs Em nenhum dos registos apresentados se verifica a acep o de despedida De qualquer forma s o todos do s culo XVI FALCA s f 1 t bua superior do costado de embarca o mi da peda o de madeira E os mouros de sua parte come ar de se poer a pomto metemdo rremos e fallcas pera aver mais allta defems 601 515 Etimologia do ar falg em vez de filg peda o bocado Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV e os Mouros de sua parte come arom de se poer a pomto metemdo rremos e falcas pera averem mais alta defemom P Men cap 16 nos In d Hist II p 536 AGC XV BLem XV fallcas ZURP MD CF XV fallcas ZURP Houaiss XV cf FichT VPM Obs sem registo no VH CPM apesar da remiss o de Houaiss para o FichIVPM 189 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses FEROZ adj 2 bravio selvagem violento Como diz Vegec
52. Estudios sobre el l xico Rom nico Madrid Gredos RUSSEL Peter Edward 1941 As fontes de Fern o Lopes Trad port do original in dito ingl s de A Gongalves Rodrigues Coimbra Coimbra Editora RUSSEL Peter Edward 1985 Traducciones y Traductores en la Pen nsula Ib rica 1400 1550 Barcelona Universidad Aut noma de Barcelona SAID ALL Manuel 1964 Gram tica Hist rica da L ngua Portuguesa S o Paulo Edi es Melhoramentos SANTOS Maria Jos de Moura 1980 Importa o Lexical e Estrutura o Sem ntica Biblos LVI pp 573 598 SANTOS Maria Jos de Moura 1996 97 Cultismos ou Mo arabismos Revista Portuguesa de Filologia Lisboa 21 pp 287 323 224 Refer ncias Bibliogr ficas SARAIVA Ant nio Jos 1996 O crep sculo da Idade M dia em Portugal Lisboa Gradiva SENA Jorge de 1988 Estudos de Literatura Portuguesa Lisboa Edi es 70 SEQUEIRA Francisco J lio M 1938 Gram tica Hist rica da L ngua Portuguesa Lisboa Livraria Popular SERR O Joaquim Ver ssimo 1972 A Historiografia Portuguesa Doutrina e Cr tica Lisboa Editorial Verbo SERR O Joaquim Ver ssimo 1989 Cronistas do S culo XV posteriores a Fern o Lopes Lisboa ICLP SILVA Carlos Eug nio Corr a da 1972 Ensaio sobre os Latinismos nos Lus adas Lisboa IN CM SOARES Torquato de Sousa 1977 A Historiografia Portuguesa no S culo XV Cr nicas e Cronistas Lisboa Academia Portuguesa da Hist r
53. Houaiss XV pillartes cf FichIVPM Obs Em Viterbo al m da palavra averbada no segundo tomo 11 218 com indica o de tamb m se dizer pilastre pilhastre e pillastre podemos encontrar uma pormenorizada descri o no suplemento incluindo a sua origem Lavrou se em memoria dos pagens que traziam as Celadas ou Barbudas dos soldados estrangeiros que o vier o auxiliar na guerra aos quaes em Francez chamavam Pilartes LSup 55 22 Cf com LOPP e valia o torn s grande sete soldos e o pequeno tres soldos e meo e chamavam a estas moedas dobra e mea dobra e torn s e meo torn s 11 55 Segundo o VH CPM s v torn s tamb m a antiga moeda de prata torn s de origem francesa 253 Segundo CF 254 Cf Morais s v petites 155 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando POGEJA s f 1 moeda antiga o mesmo que mealha E d estes dinheiros velhos quem quiria fazer moeda mais pequena cortava h u dinheiro pella meatade com hiiua tesoira ou o britava com os dentes e aa meatade d aquell dinheiro chamavom mealha ou pogeja e compravom com ella h ua mealha de mostarda ou d alfelloa ou de tramo os e semelhantes cousas 188 37 Etimologia Tipo de unidade Registos VH CPM XV pogeja LOPF 55 37 BLem XV pogeja LOPF MD CF XV pogeja LOPF Obs Palavra registada em Viterbo Morais e CF com a forma pojeja mas sem nunca indicar
54. IVPM de agomia apenas com duas abona es de ZURD 189 8 e 268 8 mas com data o em Houaiss de 1325 cf JM3 37 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM D E F ESPA AR eapa ar em vez de espa ar estando el rrei dom Fernando em Lixboa aconteceo de viir a sua corte dona Lionor Tellez por eapa ar alg us dias com dona Maria sua irm a LOPF 57 41 Palavras mal lematizadas EIBADO Fazendo uma pesquisa na op o Portugu s Medieval o VH CPM regista a palavra eibado e remete para a palavra actual elvado Pelo que pude observar esta palavra n o existe O termo correcto ser eivado de eivar com o significado de perder o vigor enfraquecer se Obras trocadas LAN ADOR Apresenta uma abona o como sendo do pr logo de LOPP P 16 mas na verdade do pr logo de LOPF Era cavallgante e torneador grande justador e lan ador e tavollado 3 15 16 CAMANHO Apresenta uma abona o como sendo do pr logo de LOPF 11 234 1 mas na verdade de LOPJ ficou tamto aaquem delle que camanho golpe pemsou que lhe daua tamanho deu comsigo cap CXD Data o errada de obras No menu Ajuda gt Siglas das obras para a sigla LEAL Leal conselheiro podemos ler O texto parte do c dice do s culo XV da Biblioteca Nacional de Paris para a sigla OFIC Livro dos Of cios podemos ler Manuscrito do C dice
55. LOPF 1 15 BLem XV levadi as LOPF MD CF XV levadi as LOPF Houaiss XV levadi as leuadi a cf FichIVPM Obs RLor n o corrige JPM O adjectivo est atestado no s culo XIII LUGAR TENENTE n 2g 1 quem fica no lugar de outrem pessoa que secunda um chefe e o substitui em caso de aus ncia e mandou aas villas e logares da hordem d Alcantara que ouvessem por logoteente do meestre dessa hordem Garcia Perez do Campo craveiro 98 34 Etimologia da loc lat locum tenens tenentis o que ocupa um lugar de locus i lugar e de tenens entis part pres de ten re ter Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM regista logo tenente s Vj lugar tenente Mas depois n o h entrada para lugar tenente Regista tamb m locotenente XVII Por m em quanto senhor do mundo com o governo de todos os animais era locotenente do mesmo deus Serm es V 6 4 320 p 352 VH CPM XV logo teente LOPF 28 34 BLem XV logoteente LOPF MD CF XV logoteente LOPF ChUniPort 1420 1460 logo teente ChUniPort 1420 1460 Houaiss XV logo teente cf FichIVPM Obs S o v rias as formas para este composto Houaiss em entrada separada locotenente cf OrdAf regista as formas hist ricas 1446 locotenente 1446 loguo teenente 1446 logo teente todas posteriores a LOPF No entanto MD CF apresentam poss vel antedata o a LOPF
56. Macchi A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes cuja data de produ o n o ultrapassar o ano de 1443 teve apenas no s culo XIX a sua primeira edi o Digo apenas porque se atendermos a que a Cr nica de D Jo o I teve a sua tamb m primeira edi o dois s culos antes 1644 e a de Cr nica de D Pedro foi estampada em 1735 facilmente se percebe que n o foi a predilecta dos editores N o se pretende aqui fazer um levantamento nem superficial nem exaustivo das suas edi es nem t o pouco o estudo dos 40 c dices conhecidos que constituem a sua tradi o manuscrita Essa tarefa foi j exemplarmente feita por Giuliano Macchi na introdu o da edi o cr tica que levou a cabo em 1975 publicada numa segunda edi o pela IN CM em 2004 com revis o do texto por ele pr prio e Teresa Amado Interessa antes perceber e analisar algumas das op es na fixa o do texto que serve de base a este trabalho de investiga o novidade de palavras na Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes N o querendo meter a foice em seara alheia ficam sem qualquer observa o as op es que dizem respeito transcri o do manuscrito A sega aos bravos segadores merecedores de todos os elogios que depois de ceifadas as volubilidades e as contradi es nos possibilitam uma leitura mais descansada de tantos textos medievais muitos deles de valor incalcul vel e valores bem actuais patrim nio cultural riqu ssimo para o est
57. Nascentes deriva do esp sobresaliente 1575 que sobressai do v sobresalir sobressair exceder JM oscila entre uma form vern sobre saliente e o cast sobresaliente Tipo de unidade importa o castelhanismo Registos JPM 1512 estas gal s h o de ser esquipadas de j os e sobressalentes vinte e cinco at trinta homens Afonso de Albuquerque Cartas p 52 ed dos S da Costa AGC XVI VH CPM XV sobressallemte sobressallemtes sobressallentes ZURD 284 16 BLem XV sobressallemte ZURP sobressallentes ZURP ZURD MD CF XV sobressallemte sobressallentes ZURP Houaiss XV sobressallentes sobresalentes cf FichIV PM Obs Com a data apresentada por Nascentes 1575 a deriva o do espanhol ficaria exclu da com a atesta o em ZURP No entanto no CORDE poss vel verificar 25 atesta es anteriores sendo a mais antiga de cerca de 1348 1379 da Gran Cr nica de Alfonso XT SOVA s f 2 rasto trilho E por acordou de hyr a ima daquella guysa que sohia hyr quamdo se a guarda tinha em cima e que achamdo lhe a sova da passag emtemdia que lhe n podiam escapar 587175 Outras ocorr ncias 588 180 Etimologia regr de sovar Tipo de unidade deriva o regressiva Registos JPM XV achando lhe a sova da passagem entendia que lhe nom podiam escapar P Men Il cap 13 nos Ined Hist II p 525 O senti
58. Normalmente registado como verbo Como substantivo apenas em Morais classificada de s f ant precisamente com esta abona o de ZURP mas com um ponto de interroga o CALA s m 16 pequeno porto ou enseada muito estreita com margens ngremes ou entre rochedos as quaes amte menham deram escalla em terra omde se acaba o muro d Allmina em h a calla que he da parte do llevamte 346 59 Outras ocorr ncias 335 803 344 5 9 356 305 434 1159 1156 435 1183 1180 437 1221 1218 453 246 346 57 370 640 377 814 446 88 473 732 490 72 624 1086 Etimologia Segundo Houaiss de orig contrv do r kall ancoradouro protegido margem do rio ou de orig pr romana Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV levando porem assy o Bragantim arrombado at Mancor em cuja cala demostrar rom de noite a carrega e estancarom sua Fusta P M cap 59 em In d Hist IL p 408 AGC XV 305 Esta uma sigla atribu da ao Livro de Falcoaria de Pero Menino P M cf JPM Abreviaturas e Siglas 1995 18 No entanto a abona o claramente de ZURP Cf obeserva o nota 288 s v ALAR 179 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses BLem XV calla callas ZURP MD CF XV calla calla ZURP Houaiss XV cf InedHist Obs O IVPM e o VH CPM n o aproveitam a informa o constante em AGC p
59. RLor sem a citar e Houaiss que segue esta terceira edi o atribui lhe a localiza o grou grou Houaiss XV cf FichI VPM AGC XIV e JPM XI segundo L V na Rer Lus II p 265 S c XI Quomodo uadit ad nium de grou Leges p 347 Houaiss n o leva em considera o a data apresentada por JPM para grou mas leva a para a forma nium como primeira data o para ninho embora interrogada milan s millaneses Houaiss XV cf FichIVPM 1357 em J PM com proveni ncia omitida de RLor aos mercadores mjlaneses Desc I 106 miradoiro miradoiro Houaiss XV cf FichIVPM 1141 em JPM ad foce de arrugio quod uenit de pousada et inde ad petram de miradoiro em Chanc p 152 rigoroso rrigoroso Houaiss XV cf FichIVPM em Boosco Deleitoso segundo MD CF e se he rigoroso em a justi a dizem que he cruel e ainda e outros dizem que he cruel e rigoroso us vel husavees Houaiss XV cf FichIVPM 1272 em J PM com proveni ncia omitida de RLor da usauil moeda em Portel p 71 veludo velludo Houaiss XV cf FichIVPM 1415 em JPM panos douro e de sseda e de sirgo Escudos de gustar e chapeletas de prumas e veludos e penas pera pera empenar roupas em Desc I S p 463 166 Se verdade que JPM refere muitas vezes que a informa o prov m de RLor como mantel nomea o perna remanescente remane
60. a sua origem POLP O s m 1 parte mais carnuda das coxas e entom foi feita a mais fremosa azcumada de seu bra o que at ali fora vista nem ouvida antre monteiros porque as cuitellas da azcuma entrarom pellos polpo es da coxa e cortarom os ossos e as juntas e sahirom as cuitellas com toda a asta pello conto da azcuma da outra parte da calluga da espalda 353 70 Etimologia de polpa do Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV polpo es LOPF 97 70 BLem XV polpo es LOPF MD CF XV polpo es LOPF Obs Segundo Morais aumentativo de polpa a parte mais carnosa do corpo animal sem ossos com abona o de LOPF Houaiss regista apenas polpa para a qual apresenta a data o de 1563 o que prova o registo gr fico de um derivado antes da primitiva PRESTADOR adj 3 que presta que faz bem prest vel Amava justi a e era prestador e graado muito liberall a todos e grande agasalhador dos estrangeiros 3 18 Outras ocorr ncias 347 20 355 20 Etimologia do lat praest tor Oris Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV segundo Morais AGC XV VH CPM XV prestador LOPF P 18 98 20 100 20 LOPJP 128 23 BLem XV prestador LOPF LOPJI LOPJP MD CF XV prestador LOPE Houaiss XV cf FichIVPM 255 Cf Morais polp o 156 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando O
61. abona o de CONF 35 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM Marrocos MARR El Cancionero de Joan airas de Santiago CJA algumas vezes Descobrimentos Portugueses DESC Di rio da Viagem de Vasco da Gama DIAR ABATO IVPM sXHICJA 1508 ARNESADO IVPM 1439 MARR 1 506 28 ARREMETIDA IVPM sXV MONT 112 20 ATRELAR IVPM sXV atrelar MONT 48 3 atraelar MONT 81 3 atreelar MONT 101 12 CARTEAR IVPM c1499 DI R 75 13 CORROBORA O IVPM 1460 DESC 572 15 DESEMBARCAMENTO IVPM SXV ZURC 187 1 b Por a obra n o fazer parte do corpus de extrac o PR NCIPE Para esta entrada o VH CPM apenas apresenta uma nica abona o de REIX Perdem se assim quatro formas hist ricas com ocorr ncia em ZURP pricipe prim ipe principe prym ipe Encontram se nesta situa o todas as palavras que t m ocorr ncia apenas em ZURP por compara o com as fontes utilizadas pelo IVPM e VH CPM entre as quais abreviador i 49 acuitar alar ama arocado arnesado azambujal azeitoni azervada c Com ocorr ncia em LOPF PRINC PIO O VH CPM n o regista esta entrada cuja ocorr ncia se verifica em LOPF Onde sabee que seu feo nacimento muito d avorrecer ouve principio em este modo 385 14 Ap s consulta em Houaiss verifica se que a data o para o s culo XIV cuja DAA E 50 proveni ncia vem precisamente do FichIV PM Algumas
62. an z o gt Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV anaz ZURP MD CF XV anaz ZURP Obs Voc bulo n o encontrado Pelo contexto o significado parece ter na base an o As refer ncias mais pr ximas que consegui foram o verbo an zar em JPM e Houaiss ambos com abona es de Camilo com remiss o por este para ananicar poss vel ainda em Houaiss encontrar averbado ananzar e andzado com remiss o para ananzado Em todos o significado est relacionado com grego n nos an o pelo lat nanus com os respectivos afixos a prot tico e sufixo derivacional O substantivo est atestado no s culo XIV APORTALECER vb 1 aportar entrar no porto Os descubridores comprir o que lhe foy mamdado mas n achar o o feito assy ligeiro como elles p sar porque aymda elles bem n aportalle i quamdo hos mouros emdere ar a elles 663 810 Etimologia de a portal ecer Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos IVPM XV aportellecyam ZURD 70 14 VH CPM XV aportellecyam ZURD 70 14 BLem XV aportalle i ZURP aportellecy ZURD aportellecyam ZURD MD CF XV aportalle i ZURP CIPM aportalle i ZURP Houaiss Obs Sem data o em Houaiss apesar do registo em IVPM O substantivo est atestado no s culo XI 282 Por similitude com an zar and z ar Sufixo masculino aumentativo com
63. antrop nimo mas n o descarta a utiliza o de adjectivo referindo se s fun es de Garcia Perez do Campo Na segunda a utiliza o como substantivo apesar de mai scula com o significado apresentado por Viterbo parece ser aceit vel 21 RLor corrige a data apresentada por JPM s v correr coxia do it corsia este do lat tardio cursivu pelo que divergente de cursivo s c XVI segundo Morais a passagem rs gt ss gt x ter se ia verificado em port Cf Gon alves Viana Apostilas I p 337 do s c XVI para o XV com uma abona o de LOPJI precisamente a que Machado apresenta na terceira edi o Verifica se pois que algumas palavras antedatas por RLor foram tidas em considera o por Machado para a terceira edi o do seu dicion rio como esta mas outras mativeram a data o errada De qualquer forma a palavra coxia aparece registada em LOPF anterior a LOPJI 212 Cf introdu o a Houaiss ponto 44 6 213 Segundo CF Com indica o de por claveiro do lat clavis 214 Do b lat clavarius 215 Viterbo s v clavario 216 Morais s v clavario 217 Grafado com mai sculas na edi o de 1895 137 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando A data de AGC sem significado inexacta e em Houaiss pese embora as duas entradas uma como substantivo e outra como adjectivo penso nenhuma delas se aplicar s passagens de LOPF DESATRELAR
64. carrascal na forma carascaes em AGC com data do s culo XV CLIMA s m s f 2 conjunto de condi es atmosf ricas que caracterizam uma regi o porque emtramdo o sol no sygno da virgem he naquella crima a for a do Estio omde todallas fruytas t sua prim ipall saz o 225 246 Outras ocorr ncias 687 376 Etimologia do fr climat Tipo de unidade importa o galicismo 311 Em ChPortDuarte como top nimo 312 Para JPM de 1275 Petrus iulianj dictus carrasco Portel doc N 201 p 116 da separata cf tamb m p 117 181 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Registos JPM XVI tem passados na viagem tam asperos perigos Tantos Climas amp Ceos experimentados Lus I 29 A variante Crima no s c XVI AGC 1572 IVPM XV clima ZURD 87 22 VH CPM XV clima ZURD 87 22 BLem XV crima ZURP clima ZURD MD CF XV crima ZURP Houaiss XV cf IVPM Obs Houaiss n o apresenta a forma hist rica crima uma vez que n o trabalha ZURP Por m ela estava j identificada por JPM no s culo XVI embora tardiamente face a ZURP A data o do s culo XV indicada em Houaiss de ZURD proveniente do IVPM com a forma clima Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor CORRESPONDENTE adj 1 adequado Elle avia o corpo de b a gram dura c n bros correspomdemtes a su
65. cf RLor e com tr s acep es 1 cortinado que serve para substituir ou dissimular uma porta 2 pano ou pe a de estofo que a modo de cortina cobre as portas interiores dos pal cios de casas igrejas etc 3 1552 criado do pa o a quem compete cerrar os reposteiros Confrontando o significado da terceira acep o com aquele que apresenta para a entrada reposteiro mor fidalgo que nas grandes solenidades descobria a cadeira dos soberanos e colocava almofadas para que eles se ajoelhassem sem data o parecem ser muito restritos tendo em conta a pr pria justifica o textual de Lopes REPOUSAR vb 1 descansar e chegou el rrei a h a villa do iffante dom Pedro que dizem Arrens e alli esteve dous dias rrepousando 59 52 Etimologia do lat r pauso s Gre Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LEAL OFIC COND TERS VERT Obs Ainda sem registo no CIMP REQUESTA s m 8 querela briga contenda eu nom errei em me armar contra v s salvo contra el rrei dom Pedro cuja he a rrequesta desta batalha 38 38 Outras ocorr ncias 434 277 44 435 1 437 1 438 42 49 52 Etimologia regr de requestar Tipo de unidade deriva o regressiva 107 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Atesta es simult neas COND VERT Obs O verbo est atestado no s culo XV REQUESTAR vb 4 procurar buscar granj
66. cirp es pls bdo2 f p 103 2 10502344926869441174 NO Corpus Hist rico do Portugu s Tycho Brahe CHPTB http www tycho iel unicamp br tycho corpus index html Centro Ram n Pifieiro Corpus de Referencia do Galego Actual CORGA http corpus cirp es corga Davies Mark Corpus del Espa ol CEDavies www corpusdelespanol org x asp Mark Davies e Ferreira Michael Corpus do Portugu s MD CF www corpusdoportugues org x asp Instituto da Lingua Galega Tesouro Informatizado da Lingua Galega TILG http www ti usc es tilg Instituto da Lingua Galega Tesouro Medieval Informatizado da Lingua Galega TMILG http ilg usc es tmilg index php Real Academia Espa ola Corpus de Referencia del Espa ol Actual CREA http corpus rae es creanet html Real Academia Espa ola Corpus Diacr nico del Espa ol CORDE http corpus rae es cordenet html Universidade de Aveiro Corpus Lexicogr fico do Portugu s DICIweb clp dlc ua pt DICIweb Universidade de Coimbra Corpus Electr nico do Portugu s do Per odo Cl ssico CEPPC wwwl ci uc pt celga servicos sec ppc htm 217 Refer ncias Bibliogr ficas Universidade Nova de Lisboa Corpus Informatizado do Portugu s Medieval CIPM http cipm fcsh unl pt Universidade de Vigo Seminario de Lingii stica Inform tica SLI Dicionario de dicionarios do galego medieval DDGM http sliuvigo es DDGM index html Estudos ALMEIDA M Lopes de e BASTO A de Magalh e
67. como se trata de palavra espalhada por quase todas as l nguas rom nicas exceto o romeno a sua form expressiva deve remontar ao lat vulg AGC reitera a cria o expressiva do voc e afirma que o v deve remontar prov ao lat vulg piccare de piccus forma expressiva de picus i pican o ave cuja orig tem a mesma raiz alusiva aos golpes a que esse 182 RLor 1968 315 126 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando p ssaro se dedica da id ia de golpear passou se de ferir Corominas observa que a onom foi criada duas vezes em lat e em romance uma com c pic e outra com cc picc cp esp picar sXID fr piquer sXII demolir com golpes de objeto pontudo e it piccare morder espicagar picar e picchiare 1353 bater repetidamente golpear Tipo de unidade deriva o prefixal Registos IVPM XV LOPF 177 21 VH CPM XV arrepicar LOPF 177 21 BLem XV arrepicar LOPF MD CF XV arrepicar LOPF Obs Para o verbo repicar o VH CPM continua a apresentar tr s abona es todas do s c XV LOPJP 331 31 ZURD 155 19 ZURD 52 23 mesmo com informa es de data o do s c XIV registadas j em RLor AGC e Houaiss O verbo picar est atestado em 1269 ARVORADO adj vb 1 subido espigado referente a mastro mastar u Hindo elles assi d esta guisa seendo ja horas de meo dia virom os mastos das gallee
68. das palavras na l ngua O Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa sem d vida um important ssimo elemento de trabalho Por m quando reparamos nos instrumentos de que disp em os linguistas espanh is que verificamos apesar dos enormes progressos dos ltimos anos o caminho que ainda nos falta percorrer At h poucos anos para um estudo lingu stico desta natureza dispunham eles de um dicion rio de refer ncia obrigat ria Corominas Por m gra as inform tica foram criadas grandes bases de dados e uma delas merece destaque CORDE ou seja Corpus Diacr nico del Espa ol criada pela Real Academia Espa ola Robert Verdonk no cap tulo Cambios en el l xico del espafiol durante la poca de los austrias inserido na Historia de la Lengua Espanola coordenada por Rafael Cano a prop sito do confronto entre dicion rios hist ricos e esta base de dados refere De esta confrontaci n resulta que una parte importante de las voces que hasta ahora se vienen 23 Cf Rafael Cano coord 2004 Historia de la Lengua Espa ola Madrid Ariel p 895 2 Pode consultar se esta base de dados em http corpus rae es cordenet html 25 Rafael Cano coord 2004 Historia de la Lengua Espa ola Madrid Ariel O cap tulo referido o 34 p ginas 895 916 25 1 1 Forma o e importa o de palavras principais conceitos considerando pr stamos o creaciones de los siglos de Oro en realidad ya est n atestigua
69. e perneando dava assopros e rinchos Jorge Ferreira de Vasconcelos Memorial da T vola Redonda cap 35 p 232 ed de 1867 e AGC apenas regista espernear primeiro em 1844 e depois no suplemento 1836 SC Ainda sem registo no CIPM O substantivo est atestado no s culo XIII PETITE adj 1 esp cie de torn s que D Fernando mandou cunhar pequeno secund rio D outras moedas que el rrei dom Fernando fez assi como fortes de prata que valliam dez solldos e outros de viinte e torneses primeiros d oito solldos e torneses petites e dinheiros novos avalliados a oito gra os 191 1 155 Etimologia do franc s petit Tipo de unidade importa o galicismo Registos VH CPM XV petites LOPF 55 118 BLem XV petites LOPF MD CF XV petites LOPF Obs Sem registo na maioria dos dicion rios Morais apresenta adj antiq Torneses torneses pequenos moeda del Rei D Fernando Severim Not f 179 PILARTE s m 4 antiga moeda portuguesa Fez lavrar mais outra moeda que chamavom pillartes que eram de dous dinheiros de lei 190 110 Outras ocorr ncias 191 111 194 28 34 Etimologia segundo Houaiss alus o aos soldados franceses que auxiliaram D Fernando I 1345 1383 na guerra contra Castela Tipo de unidade importa o galicismo Registos VH CPM XV pillartes LOPF 55 110 BLem XV pillartes LOPF LOPJ1 MD CF XV pillartes LOPF
70. ella semelhavell em bem parecer e dulcidom de falla sofrendo nos por m de a prasmar d alg uas cousas em que nom onesto e muy solltamente fallarom 227 9 Outras ocorr ncias 230 79 255 113 443 11 Etimologia segundo CF do cast blasmar do lat blasphemo s Gre Tipo de unidade importa o castelhanismo Atesta es simult neas BENF LEAL CAVA OFIC LOPP VERT Obs Ainda sem registo no CIPM PRASMO s m 2 censura acusa o Senhor bem vos diz minha senhora rrecebe a v s pois aqui estaaes ca vos nom he prasmo n hiiu 358 110 Outras ocorr ncias 363 70 Etimologia regr de prasmar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas BENF CAVA OFIC LEAL REIX LOPP VERT Obs O verbo est atestado em 1344 PRECATAR vb 1 acautelar se prevenir se que por covardo encaminhamento lhe faziam entender que sse non triguasse a poer batalha ca onde sse nom percatasse toda Castella lhe obedeeceria 121 58 Etimologia segundo Houaiss de origem obscura AGC e JM acreditam estar relacionado a precaver j Nascentes relaciona ao espanhol percatar advertir considerar com troca de prefixo per por pre Este verbo espanhol composto de per catar segundo o Diccionario de la Lengua Espanola apresenta no entanto significados mais pr ximos do contexto de LOPF do que os apresentados como advertir considerar cuidar e darse cuenta clara d
71. em nota ao passo abonat rio adiante apresentado o correspondente voc bulo no texto latino original insidiose S c XV que se nom fa a alg a cousa seitosamente nem fingidamente Of cios p 180 Machado n o encontra este adjectivo porque utiliza a segunda edi o do dicion rio de Morais Na quarta edi o esta palavra acrescentada com asterisco antes portando por Theotonio Jos de Oliveira Velho Esta mesma abona o adicionada por RLor a JPM informa o n o referida 257 Segundo CF 258 Cf nota supra 256 158 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Pelo que pude apurar para esta poca um adjectivo apenas utilizado em LOPF mas que tem em OFIC a utiliza o do adv rbio seitosamente o que mostra o registo de uma palavra derivada antes da primitiva O substantivo est atestado no s culo XIII SESSENE s m 2 antiga moeda castelhana Como el rrei dom Henrrique cercou a cidade de Leom e mandou lavrar a moeda dos sessenes 63 2 Outras ocorr ncias 64 31 Etimologia Tipo de unidade importa o castelhanismo Registos VH CPM XV sessenes LOPF 18 2 31 BLem XV sessenes LOPF MD CF XV sessenes LOPF Obs Apenas registada em CF com a indica o de antiga moeda castelhana SOBREVELA s f 1 refor o de sentinelas Comecou el rrei dom Fernando a guerra e p s seus fronteiros pellas comarcas desi
72. es sobre os restantes voc bulos ou seja aqueles que a l ngua absorve posteriormente de outros sistemas lingu sticos com vista ao seu enriquecimento designados por empr stimos Mas n o objectivo desta investiga o fazer o levantamento de todos os sistemas lingu sticos que se encontram representados no l xico portugu s mas sim tentar perceber algumas das raz es que est o na base da sua importa o Porque que se importam palavras Estar o l xico origin rio 12 Correia Gar o s tira II dirigida ao Conde de S Louren o Sobre a cria o de novas palavras a que Gar o alude vide etiam os versos 58 62 e 70 72 da Arte Po tica de Hor cio 2 Correia 2005 11 Matos e Silva 2008 99 2 Bechara 2002 217 218 22 I Inova o Lexical desprovido de tal termo E como que esses novos termos chegam Por exemplo no caso das l nguas cl ssicas ser por conhecimento directo dessas l nguas ou ser atrav s de tradu es de outros sistemas lingu sticos E relativamente ao portugu s se verdade que recebeu muitas palavras alien genas tamb m o que serviu para enriquecer outros sistemas lingu sticos Numa poca como a dos descobrimentos em que Portugal se afirmava ao mundo era natural a absor o de lusitanismos O sistema lingu stico espanhol por exemplo de alguns deles se serviu Ser o estas as quest es a que procurarei responder nas linhas que se seguem e das quais apresentarei
73. ficar aqu m em Zurara A an lise lexical paralela resultante do ndice Anal tico das duas obras permitir tirar conclus es Numa primeira abordagem se ao n vel da utiliza o dos recursos internos da l ngua para forma o de novas palavras parece n o haver diferen as ao n vel da introdu o de novos termos latinismo mas sobretudo ar bicos elas deixam antever uma clara supremacia de Zurara N o ser alheio a este factor a diferen a de erudi o dos cronistas e muito menos a desloca o da ac o do territ rio nacional para o norte de frica Nas cr nicas destes dois cronistas a L ngua Portuguesa abandona os simples relatos hist ricos dos cronic es para se embrenhar com a literatura O recurso por exemplo a compara es met foras entre tantos outros recursos estil sticos catapultam nos j para uma esfera totalmente diferente da tradig o cron stica anterior Com um discurso que procura ser claro onde predomina uma linguagem corrente sobretudo em Lopes s o muitas as marcas de oralidade ao longo dos textos Resultar daqui a designa o de contador de hist rias O relato dos feitos de determinado her i que tem exemplo espor dico na primeira metade do s culo XV com Cr nica do Condestabre d lugar em Lopes a uma narra o de acontecimentos do reino sempre com a preocupa o de escprever verdade sem outra mestura apesar de tais relatos serem feitos passado meio s culo A procura desta
74. flutua o entre 6 do conforme bar 666 887 bar 638 181 e bar o 217 70 172 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ARNESADO s m 1 que possui arn s armadura E a Bertollameu Affomso foy dada a guarda dell rrey a Fernam Barreto ficou a guarda da Allmina com ha quall ficar o os arnesados de Lixboa que passar o de emto afora gemte de pee 202 686 Etimologia part de arnesar arn s ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1439 MARR 1 506 28 IVPM 1439 p adj MARR 1 506 28 BLem XV adj arnesados ZURP MD CF XV arnesados ZURP Houaiss 1439 adj cf IVPM Obs apenas registado como adjectivo mas em ZURP como substantivo O VH CPM n o regista este voc bulo uma vez que n o trabalha MARR O substantivo est atestado em 1379 ARREADO adj vb 1 provido de arreios arneses adornado Dom Duarte vio como her hom s bem corregidos e que trazi os cavallos b arreyados 708 916 Etimologia part de arrear do lat vulg arredare Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVI De modo senhor que que vossa dama he fea amp quereyla arrayar do alheo Auleg II cena 10 fl 77 vs em sentido metaf rico Ter ados agomias guarnecidas de ouro e prata anneis e joias de que se elles arre o D c II 2 3 IVPM XV arreyado ZURD 266 24
75. forma cronol gica Para esta entrada o VH CPM apresenta uma nica abona o de INFA com a forma lastema mas n o h qualquer refer ncia a LOPF obra amplamente trabalhada Consultando apenas o VH CPM fica se com a informa o de que foi Fr Jo o lvares o seu introdutor na l ngua quando na verdade j Lopes a tinha registado com a variante actual Esta messagem foi ouvida com grande door e lastima LOPF 438 47 48 b Com classifica o gramatical errada FEITICEIRO Substantivo em vez de adjectivo s c XIV TEST 222 22 catade me h a molher feiticeira que saiba ressucitar homem morto ATENDER Substantivo em vez de verbo s c XV LOPJ 11 18 38 E ala Porta de Miragaya homde o estauom atemdemdo como disemos sayo el Rey em terra per huuma larga e espacossa pramcha C Palavras mal averbadas a Palavras com gralhas por falta de letras ou letras trocadas TRAZIMENTO regimento em vez de Na cria om e ragimento dos gaados mandava que n hiiu nom trouvesse gaados seus nem alheos LOPF 89 139 5 Pus a hip tese de ter sido identificada como forma verbal mas tamb m na entrada lastimar n o h qualquer refer ncia 52 z Pe e Esta uma situa o que se verifica em mais palavras Repare se no caso de arrais apenas com abona o de LOPJ 11 264 19 mas com data o em Houaiss de 1298 cf IVPM de armador apenas com abona o de ZURG 87 6 mas com data o em Houaiss de 1394 cf
76. la Tipo de unidade importa o latinismo 268 Na Idade M dia jogo p blico e militar entre cavaleiros em se que imitavam as escaramucas da guerra 262 Morais torneyador 270 Forma identificada como partic pio do verbo tossir 771 Cf DESATRELAR 222 Para CF Talvez contr de tarela 162 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Registos JPM XV Hiias trelas outras seguem leuam varedas ezquerp d as Alvaro de Brito no C Ger I p 219 Trenla em 1474 hua corda e hua treenla na Co llfecci n Diplom tica de Galicia Hist rica p 71 Lorenzo RLor 1474 hua corda e hua treenla CDGH 71 22 AGC XV VH CPM XV treelas LOPF 99 43 BLem XV treellas LOPE MD CF XV treellas LOPF Houaiss XV treellas cf FichIVPM Obs O Livro da Montaria foi eliminado do VH CPM bem como todas as localiza es que Cunha tinha apresentado nos primeiros tr s volumes do IVPM como por exemplo ala arvoredo conjectura Ora sendo este um livro didasc lico nas palavras de Manuel Sim es sobre o melhor e mais proveitoso dos jogos a ca a seria de esperar que tal palavra l viesse registada e vem Acontece que o Livro da Montaria nunca foi impresso e apenas se conhece uma c pia de finais do s c XVIII in cios do XIX feita por F A C que se encontra na Biblioteca Nacional de uma outra c pia cr
77. manuscrito incluindo as geminadas as etimol gicas ou n o a altern ncia entre lt i gt e lt y gt para representar a semivogal e as diferentes representa es da nasalidade sobretudo o lt m gt o qu de facto se veio a revelar uma das caracter sticas de Zurara comparado com Lopes como melhor se poder observar no ndice Anal tico das duas obras Uma das quest es sens veis na edi o de textos antigos prende se com a acentua o Tornar um texto quatrocentista leg vel a muitos outros leitores implica como seria de esperar introduzir acentos gr ficos que os ajudassem em desambigua es sobretudo de hom grafas A este respeito apenas duas observa es Sendo a forma verbal do presente do indicativo do verbo ser quase sempre grafada lt he gt n o recebeu acento gr fico por n o se confundir com a conjun o mas acentuou mas h em todo o manuscrito apenas tr s ocorr ncias desta forma grafada lt e gt que se acentuaram Com a inform tica a servi o da lingu stica verifica se que s o quatro as ocorr ncias em 207 812 420 823 820 543 241 e 691 481 Quanto s formas verbais acentua am se as formas da segunda pessoa do plural dos verbos em er com crase como lt dev s gt lt faz s gt lt poder s gt que s o bastante frequentes no manuscrito Este um procedimento que tamb m se estende aos verbos da primeira conjugac o pelo que pude apurar em formas como aball s 256 174 aca
78. melhor fazer mandou que todollos bispos e meestres e comendadores e quaaesquer outras pessoas a que ouvessem de dar pousadas de pousentadaria que tevessem casas nas villas e logares de seu senhorio que as corregessem todas ataa certo tempo 9 171 Etimologia de aposentador ia Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LEAL 294 27 Obs Houaiss apresenta a data de 1451 DESC remetendo para o IVPM onde s o no entanto tamb m apresentadas mais abona es e mais antigas como o caso de LEAL e LOPF Esta op o encontra se explicada no ponto 4 2 2 4 do detalhamento dos verbetes Para este estudo em particular o interesse recai precisamente nas obras anteriores a 1451 Como este um procedimento que ocorre com mais palavras passarei a classific las como palavras com data e forma gr fica anteriores O adjectivo est atestado em 1344 110 he ID 3 ie dal Ponto 4 2 2 4 No caso de haver v rias formas hist ricas datadas do mesmo s culo indicou se a data da grafia correspondente actual para evitar mal entendidos 73 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando APROVA O s f 1 confirma o de ato consentimento e partirom o meestre de Santiago e algius fidaligos de Portugall pera Badalhouce honde el rrei estava pera veerem a aprova am que fazia das cousas que forom hordenadas per seu procurador 565 8 Etimologia do lat
79. ncias no ingl s braces suspens rios neste caso em particular suspens rios de ferro 8 Classificada como nome pr prio 222 RLor corrige a data o de JPM para a acep o de esp cie de cal as do s culo XV para 1083 et unas brakas nobas cum sua inbragatoria Dipl 369 mas que Houiss n o leva em considera o 300 Existem outros casos com ocorr ncia simult nea em INFA e ZURP que n o ser o trabalhados como elche passante 177 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses BRENSEDA s f 1 vento com neblina e escurid o Ora tornamdo ao comto dos primeiros elles assy partidos da cidade como jaa dissemos amdar o quamto poder em aquella noite mas a gramde aspereza da terra e a bremseda da noite n o comsemtyo que chegassem sobre as alldeas sen o parte do dia passado 328 638 Etimologia do ital Brezza Tipo de unidade importa o italianismo Registos BLem XV bremseda ZURP MD CF XV bremseda ZURP Obs Com registo em Viterbo precisamente com esta abona o de ZURP e com os seguintes significados multid o de brenhas silvados matagais brejos pa is And r o quanto poder o mas a grande aspereza da terra e a brenseda da noite i e que naquela noite pass r o yo A mesma abona o tamb m em Morais penso que com significado mais apropriado e com a seguinte d vida talvez do Italiano Brezza
80. nos logares que sua voz tiinham e mandava que todollos logares fossem vellados de certas pessoas em cada vella e outras sobrevellas que as rrequeriam 101 6 Etimologia de sobre vela Tipo de unidade composi o Registos VH CPM XV sobrevellas LOPE 30 6 BLem XV sobrevellas LOPE MD CF XV sobrevellas LOPE Obs A base da palavra vela vigia sentinela de 1314 segundo RLor mas a constru o desta palavra pelo que pude apurar de LOPF A preposi o est atestada no s culo XIII e o substantivo em 1314 SOL LEVADO s m 1 nascer do sol e como era sol posto fechavam as portas de cada logar e abrian as sol levado 101 8 Etimologia de sol levado part de levar Tipo de unidade composi o Registos VH CPM XV s m sol levado LOPF 30 BLem XV part sollevado LOPF MD CF XV sol levado LOPF 252 Cf introdu o a Houaiss campo da data o ponto 4 3 3 3 Quando tivemos em m os data o de um adv rbio de sufixo mente anterior de seu adjetivo formador estendemo la ao adjetivo inserindo no campo da etimologia al m das formas hist ricas o coment rio datado a partir do adv s v s bito 26 Segundo CF e o VH CPM 261 Forma identificada como infinito pessoal futuro do conjuntivo seguida da forma de pronome lematizada para o verbo sobrever 159 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs
81. o de ferradura ferradura velha gasta e em cahindo assi ambos come ou o cavalo bullir rrijamente com as ma os e com os pees e perneando assi rrijamente acertou o canello da ferradura da mado ho tecido d hiiua fivella das solhas de Nun Allvarez 485 66 Etimologia de canela do fr ant canele com a seguinte explica o em Houaiss para a acp parte anterior da perna a orig contrv AGC e JM relacionam a cana prov cana ela e segundo Nasc do lat cannella em vez de cannula ae pequena cana Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI canelo As ferraduras leves e curtas de canellos fazem melhoramento Ant nio Galv o Tratado da Cavalaria de Gineta p 45 AGC XVI canello IVPM XV canello LOPF 138 66 VH CPM XV canello LOPF 138 66 BLem XV canello LOPF MD CF XV canello LOPF Houaiss XV canello cf IVPM Obs RLor n o prop e antedata o para o s c XVI apresentado por JPM MD CF regista ainda canello em Bento Pereira Tesouro da lingua portuguesa 1 1697 com o significado de peda o de ferradura 20 BLem apresenta 38 obras em que ocorre a palavra cabo s 133 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando CARNAGEM s f 1 matan a de animais para alimenta o e chegarom muito mais acima aas leziras d Aalbacotim e d Alcoelha e alli matavom muitos gaados e f
82. o destes dois ltimos Um desses programas inform ticos Lexicon apresentado pelos seus autores Projecto Vercial como sendo um programa que serve para listar todas as palavras de um texto e verificar o n mero de ocorr ncias de cada uma delas sem d vida um programa til para quem pretenda fazer um estudo estat stico lexical ou morfol gico de determinada obra ou conjunto de textos Sendo esta j a vers o 5 2 o programa permite j a identifica o das classes gramaticais e a flex o verbal quer em textos atuais quer em textos antigos No ponto 3 sobre M todo de Trabalho que se encontra no Menu Ajuda gt Ajuda podem ler se ainda as seguintes indica es 3 9 O utilizador pode ainda proceder identifica o das classes gramaticais Esta identifica o poder ser morosa dependendo da quantidade de palavras existentes ou da velocidade do processador do PC O utilizador dever no menu Ferramentas seleccionar a op o Verificar Classes Gramaticais Aparecer uma janela com duas op es Texto em Portugu s Actual e Texto em Portugu s Antigo O utilizador dever seleccionar aquela que melhor conv m ao texto em an lise 3 9 1 A base de dados disp e de 95 700 formas diferentes para o portugu s actual e 123 800 para o portugu s antigo 3 9 2 Certamente haver palavras dos textos a analisar que n o ser o identificadas gramaticalmente A essas o programa marca as com a express
83. ou sacerdotisa teve vora nobil ssima ha qual non somente era flaminica de Evora mas tamb m de toda a Lusitania Andr de Resende Hist ria da Antiguidade da cidade de Evora cap VIP AGC XVI BLem XV sa erdotisa ZURP MD CF XV sacerdotisa ZURP Houaiss 1574 1590 cf NaufSep Obs Ser dif cil atribuir a primazia a uma das op es do tipo de unidade O verbo est atestado no s culo XIII SAQUINHO s m 1 pequeno saco E his e his se partyam caa hos mais delles s o hom s de pouca fazemda sen o hii saquinho de passas e de farinha e assy lhe fica pouco cuydado da fardag 486 1047 1046 Etimologia de saco inho Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV saquinho ZURP MD CF XV saquinho ZURP Houaiss 1720 cf RB 336 No manuscrito G tratos 337 Sem registo em BLem Regista no entanto a variante tratos em ZURP 203 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Obs Derivado sem registo na maioria das obras consultadas Antedata o de quase tr s s culos face a Houaiss O substantivo est atestado no s culo XIII SARAMAGO s m 1 nabi a nabo E porque ho comde avia novas que h a cullca de Gibralltar hera demtro na cidade que hera hii mouro naturall destes rreynos o qual fallava muyto bem assy o nosso lyngoagem como o castelhano e pemsou que podya ser aquelle ynda que her
84. para o IVPM e este por sua vez para RLor Significa isto que a palavra primitiva s encontra registo escrito dois s culos depois da derivada precisamente em LOPF BOIANTE adj 1 que b ia flutuante As gallees de Purtugall que andavom pella costa tomarom algtiuas naaos boyantes e hiiu barco no rrio de Pontevedra 105 14 Etimologia Para Houaiss de boiar nte Para Corominas precisamente de boiante que se forma o ingl buoyant id 1578 to buoy boyar 1596 que se tomar a directamente del castellano o del portug s en l poca de los grandes descubrimientos pues en franc s no existen formas semejantes Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC XV boyante LOPE 31 14 IVPM XV boyante LOPF 31 14 1441 MARR 1 534 24 VH CPM XV boyantes LOPE 31 14 BLem XV boyantes LOPF MD CF XV boyantes LOPF Houaiss 1441 boyante cf IVPM Obs JPM e RLor n o registam esta palavra Houaiss apresenta a data de 1441 remetendo para o IVPM Ora aqui s o apresentadas duas abona es uma de LOPF e outra de MARR datada precisamente de 1441 Isto leva me a concluir que Houaiss considera a Cr nica de D Fernando posterior a esta data Se tivermos em considera o que n o havendo uma data exacta os estudos indicam que ela dever ter sido escrita nos finais da quarta d cada do s culo XV ou 197 Para um maior aprofundamento cf s v boya 198 Cf
85. rio Na linha 2 da p gina 599 est registada a forma Lisboa nica na Cr nica face s restantes 128 com a grafia Lixboa Esta excep o ganha mais relevo quando consultado o ndice onom stico p 621 e se verifica que n o h qualquer registo dessa forma Aparece sempre Lixboa com a indica o de todas as localiza es onde se inclui a 174 2 indica o do cap tulo e da linha modelo do autor igual a 599 2 com a indica o da p gina e da linha Outras situa es semelhantes acontecem com as formas mays 498 23 com apenas este registo face aos 477 da forma mais houve 472 31 com apenas este registo face aos 135 da forma ouve ter merce 23 69 com apenas este registo face aos 108 da forma mercee sooldos 194 51 com apenas este registo face aos 77 da forma solldo s Assim se n o h d vidas porque as n o h que a utilizac o da acentuac o gr fica uma mais valia para a leitura e compreens o da obra os crit rios aplicados neste pequeno n mero de situa es encontradas poderia ter tido uma aplica o mais uniforme 5 Na organizada por Dias Arnaut para a Civiliza o Editora aquel cap LXXXVII p 230 86 Cf o aparato cr tico O sentido claramente de quantidade apesar do registo mas em algumas edi es como na organizada por Dias Arnaut cap CXLII p 393 87 A forma hom nima ouve do verbo ouvir n o aparece registada 60 111 2 A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de
86. s culo XIV da CGE apresentada por BLem e MD CF diz respeito a nome pr prio que era alcaide que avya nome Esquerdo ESTANDARTE s m 1 ins gnia bandeira e mais a gallee rreall que era h ua grande e fremosa gallee em que avia largas e espa osas camaras a quall el rrei mandou mui nobremente guarnecer d estendarte e muitos pendo es e tenda e aparelhos de cordas de seda onde avia de viir a iffante 165 15 Etimologia do fr ant estendard Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas Obs A informa o de ocorr ncia nas Ordena es Afonsinas encontra se em JPM e em a ma o seestra hum estendarte das nossas armas em signal de seu daudilhamento Ord I t tulo 54 4 p 321 ESTOFA s m 1 esp cie de capacete de tecido couro malha ou similar usado por baixo do elmo coifa e os que eram bem armados haviam de teer barvuda com seu camalho e estofa e cota e jaque e coxotes e canelleiras franceses e luvas e estoque e daga e grave 305 60 Etimologia do fr ant toffe Tipo de unidade importac o galicismo Atesta es simult neas CESA 89 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando FACA s f 3 1 esp cie de cavalgadura de porte m dio hacaneia e pagavom de solldo ao de cavallo tari com faca armado aa guisa trinta solldos por dia que eram oito dobras por mes e ao genete viinte que eram por m
87. se de 1626 feita pelo bacharel Manuel Serr o de Paz de um manuscrito que existia na Livraria do Col gio da Companhia de Jesus em Monforte de Lemos na Galiza De facto desde a sua produ o at c pia conhecida que segundo o escriv o moderno s n o copiou os borr es para n o lhos atribuirem a ele estaremos portanto a crer nestas palavras na presen a de uma c pia isenta de interven o a l ngua sofreu in meras altera es aut ctones mais aquelas que a c pia conhecida j possui com clara influ ncia da l ngua castelhana ou introduzidas pelo bacharel ou por outro copista na hip tese 278 6 da c pia da Bibliotec Nacional n o ter provindo directamente da de 1626 Estamos a falar de palavras como tama o por tamanho palzer por prazer naturaleza por natureza entre outras Eventualmente ser este o facto que estar na origem do seu afastamento dos corpora informatizados como fonte para datar determinadas palavras do s c XV Neste caso em concreto a palavra trela atribu da a LOPF deverse mais ao infort nio de muitos pergaminhos para o qual contribuiu a passagem do tempo mas tamb m a inc ria dos homens do que ao seu conhecimento exclusivo do voc bulo ou capacidade de trasladar palavras neste caso do castelhano para o portugu s Este um bom exemplo para demonstrarmos que o uso oral da palavra trela seria vulgar nas primeiras d cadas do s c XIV mas apenas se considera o seu prim
88. segundo estonces husavom e arrancou o ar om com h ua grande aljava da anca do cavallo 351 17 Etimologia Tipo de unidade Registos VH CPM XV tavarenha LOPF 99 17 BLem XV tavarenha LOPF MD CF XV tavarenha LOPF Obs Apenas encontrei este adjectivo averbado em CF com uma abona o de LOPF mas sem indica o de significado TERREAR vb 1 aproximar se da terra navegando Joham Focim quando vio que as gallees rremavom pera terra e que o almirante nom curava d aferrar com ellas desejoso de bem fazer terreou tanto por dar em h ua gallee ante que ensecasse que sse ouvera de perder e nom lhe pode fazer nojo 262 37 Etimologia de terra ear Tipo de unidade deriva o sufixal 262 Houaiss data sol posto do s c XV segundo o FichIVPM mas o VH CPM apresenta tr s abona es do s c XIV uma delas do Horto do Esposo Poucas vezes comem ante do sol posto cf ed de Irene Freire Nunes Colibri 2007 p 203 linhas 13 14 160 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Registos JPM 1813 segundo Morais VH CPM XV terreou LOPF 74 37 BLem XV terreou LOPF MD CF XV terreou LOPF Obs BLem regista esta palavra em LOPF mas indica como forma verbal do ver ter RLor n o corrige JPM s v terra terreal no s c XIV n ousei a dizer meu pecado ante os terreaes cit por J J Nunes na Rer Lu
89. sem correc o de RLor com abona o d Os Lus adas olha o assento De Pegu que j m stros pouoaram M stros filhos do feo ajuntamento Dh a mulher amp e um c o Lus X 122 MORGADO s m 1 bens vinculados em certos sucessores de uma fam lia a quem v o passando sem se poderem vender ou dividir Joham Louren o da Cunha filho de Martim Louren o da Cunha senhor do moorgado de Poombeiro 198 23 Etimologia do lat medv maioric tus der do lat major maior Oris mais velho Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LOPP 137 z so 2 z RLor apresenta antedata o a JPM para medianeiro com uma abona o de GenEst mas n o para mediano com v rias ocorr ncias nesta mesma obra segundo MD CF 100 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs JPM apresenta uma data o anterior para a forma maiorgado em 1317 E assi deuent herdar o dicto feu per maneyra de mayorgado em Desc I p 28 forma hist rica que Houaiss n o tem em considera o BLem apresenta tamb m a indica o de registo em CP Para Kremer 1397 MOSTRAN A s f 3 mostra apar ncia e todos lhe conselharom que todavia posesse a batalha ca sse soomente fezesse mostran a e possese duvida em nom querer pellejar que os mais do rreino se partiriam d elle e se hiriam pera el rrei dom Pedro 23 64 Outras ocorr ncias 400 3
90. totalidade das suas entradas a indica o da fonte de muitas dessas palavras O seu a seu dono e n o isso que se verifica em muitos casos Ou seja Houaiss apresenta como primeira data o para palavras como boroa cunho a origem em JM e casar ao IVPM quando na verdade elas j tinham sido antedatadas por Lorenzo no caso de JPM muitas vezes sem qualquer refer ncia Ao longo deste levantamento foram surgindo palavras cuja data o se verificou anterior poca estabelecida para as atesta es simult neas sobretudo provenientes de pesquisas efectuadas em MD CF Mantiveram se na lista para tratamento de dados relativamente a antedata es a Houaiss 156 No detalhamento dos verbetes campo da data o ponto 4 1 percebe se a import ncia desta minha observa o ao ler se Para a data o do vocabul rio medieval at o s culo XV nossas principais fontes foram o Dicion rio Etimol gico da L ngua Portuguesa do fil logo Jos Pedro Machado JM retrodata es levantadas por estudiosos como o Prof Jos Alves Fernandes JAFernC da Universidade Federal do Cear e abona es documentadas por Ant nio Geraldo da Cunha e colaboradores 157 Ap s RLor ter corrigido JPM com uma abona o da CSM 55 pan mais non de bor a 53 as tr s obras de Cunha AGC IVPM VH CPM nestes dois ltimos com forma bar a passaram a registar esta ocorr ncia apenas at chegar a Houaiss e atribuir a
91. transi o do ciclo de forma o da l ngua para o ciclo da expans o da l ngua nas palavras de Ivo Castro Esperan a Cardeira considera no Z entanto que este marco da batalha de Aljubarrota tardio uma vez que as mudan as 18 inovadoras j ocorriam antes dessa data em franjas de separa o entre o portugu s antigo e 17 Godos e mouros que estiveram longo tempo de posse de Portugal 18 Cardeira 2005 291 21 I Inova o Lexical o portugu s m dio em express o que Magalh es Godinho onde deve estar inclu da a segunda metade do s culo XIV A evolu o de uma l ngua pode verificar se a v rios n veis mas aquele que ter maior import ncia neste estudo prende se fundamentalmente com a evolu o do l xico da l ngua portuguesa que como refere Correia Gar o tamb m ao tempo est o sujeitas as palavras Esta muta o lingu stica verifica se quer ao n vel das unidades que deixam de ser utilizadas os arca smos quer ao n vel das unidades que v o entrando na l ngua os neologismos contribuindo para o seu enriquecimento e respectivo aumento do acervo lexical Os arca smos n o 20 1 que apenas deixam de desaparecendo da l ngua s o um valios ssimo patrim nio lexica estar dispon veis na consci ncia dos falantes mas que a eles recorrem em diversas situa es sobretudo liter rias quando se pretendem representar e identificar pocas passadas Quanto ao
92. trigo talvez por cinco seis ou mais annos sem a mais leve x 116 corrup o como refere Viterbo Neste segundo caso n o seria mais do que um restabelecer as reservas da vila estando o produto pam dispon vel mas extramuros A origem latina de covus a um var arc do lat cavus a um cavado oco tamb m parece fortalecer esta hip tese MD CF o nico a indicar uma ocorr ncia em Estoria de Dom Nuno lvares Pereira o que indica a prov vel fonte de onde Lopes a recebeu O registo que se verifica na CGE como top nimo E fez h a trasnoytada e passou Tupuel e foy pousar a Espinal de Coval O substantivo est atestado em 1128 CUBELO s m 1 torre o em forma de cubo que havia em antigas fortifica es substitu do pelo baluarte Entom moverom os batees com os rreis em dereito do cubello 290 49 Etimologia de cubo elo Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas COND 28c18 Obs Houaiss apresenta para esta palavra data o do s culo XVI segundo Morais O substantivo est atestado em 1297 116 Cf explica o mais pormenorizada em Viterbo s v cova 17 Na edi o de Mendes dos Remedios couades de 1911 208 na de Adelino de Almeida Calado covaaes 1991 200 15 mandava o todo encovar polla terra em b os covaaes 80 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando CUNHO s m 1 pe a para marcar moedas sc
93. uma acep o mar tima datada de 1720 e com o significado de peda o de cabo preso verga no qual se fixa a extremidade do cabo ou corrente ou a talha com que se i a a mesma verga O substantivo est atestado no s culo XIII 331 JPM observa nesta entrada s documento este voc no s c XVI mas deve ser bastante anterior como se deduz da abona o de palmital Houaiss confirmou parte das suspeitas ao apresentar data de 1500 proveniente de ACG Metade da outra parte ficam aqui confirmadas ficando a outra metade a aguardar eventual confirma o 332 Cf a fixa o do texto da edi o que JPM segue com a abona o retirada da de Teresa Brocardo 198 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses PERNADA s f 2 passada larga Mas aymda esta n acabava de fazer sua chegada quamdo outro beesteyro que estava jumto com aquelle emviou outra com que lhe ferio o cavallo em h a ylharga o qual con ha dor da ferida come ou de Ilam ar muy gramdes pernadas 317 380 Outras ocorr ncias 592 287 Etimologia de perna ada Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI segundo Morais VH CPM XV pernadas ZURD 354 28 BLem XV pernadas ZURP ZURD MD CF XV pernadas ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs Antedata o em obra do mesmo autor O substantivo est atestado no s culo XIII PILOTAGEM s m 1 ac o de pilotar
94. uma da Cr nica de D Jo o I que n o consegui localizar nem encontrei nos corpora informatizados 328 ne A Forma lematizada para o adv rbio med s 329 4 Segundo Morais 195 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses MISSIVO adj 2 que se envia ou remete E esto primcipallmemte foy porque aquelles que primeiramemte come ar d ajumtar estes feitos n forom pellas heras n costumav naquelle tempo poer hera nas cartas messyvas 634 94 635 104 Outras ocorr ncias 635 104 Etimologia de lat medv missivus a um Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVI assi com zargunchos frechas espingardas e outras armas messivas e principalmente com artelharia D c II 3 cap 6 p 135 BLem XV messyvas ZURP MD CF XV messyvas ZURP Houaiss 1553 cf JBarD Obs Antedata o a Houaiss MIUDEZA s f 1 pequenez por n o curamos de escrever a miudeza de seus feitos 422 858 855 Etimologia de mi do eza Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI E se me eu detive agora em particularizar as miudezas destes trabalhos foy pelo sucesso que elles tivera Peregr cap 202 vol VI p 131 AGC XVI BLem XV miudeza ZURP MD CF XV miudeza ZURP Houaiss 1544 cf Palm Obs Antedata o a Houaiss O substantivo est atestado em 1
95. vb 1 soltar da trela desprender E quando o porco assi naceo o outro ala o Rrabez deu h ua arrancada e o Bravor teve sse quedo e quando Rrabez vio que sse o porco saya e que o nom desatreellavom fez hiiua grande arrancada per h u mesto mato levando ap s ssi o page e o outro ala o 353 56 Etimologia de des atrelar Tipo de unidade deriva o prefixal Registos AGC 1836 SC IVPM XV desatreellar LOPF 99 56 VH CPM XV desatreellavom LOPF 99 56 BLem XV desatreellavom LOPF MD CF XV desatreellavom LOPF Houaiss XV desatreellar cf IVPM Obs JPM regista apenas trela 1474 depois de correc o de RLor p 363 e atrelar do s c XVI Quero ila atrelando Eufr Il 6 96 A data de AGC tardia O verbo esta atestado no s culo XV tal como o substantivo trela que lhe da origem Ainda sem registo no CIPM DESAZADO adj vb 1 sem aptid o in bil negligente desmazelado os outros disserom que aquell cardeall era desaazado e nom apto pera os trabalhos do papado por muitas rrazo es e nom fallarom mais em elle 388 99 Etimologia part de desazar de des azar Tipo de unidade deriva o prefixal Registos AGC XVI IVPM XV desaazado LOPF 107 99 VH CPM XV desaazado LOPF 107 99 BLem XV vb desaazado LOPF MD CF XV desaazado LOPF Houaiss XV desaazado cf VPM Obs O verbo esta atestado no s
96. verdade parece mesmo ser levada ao extremo quando afirma que logar nos ficaria pera a fremosura e afeitamento das pallavras pois todo nosso cuidado em isto despeso nom abasta pera hordenar a nua verdade Assim a busca da verdade parece ser truncadora na procura da beleza de express o donde resulta a passagem para segundo plano dos valores liter rios No entanto quer ao n vel do l xico quer da sintaxe mesmo num estado de intensa flutua o s o j muitas as E quoamdo taes pesoas sabiam que avia de vir aquelle luguar homde asy viviam fogiam dali para outros luguares atee que se dali partia e delles perbom geito fazia casar com as mamcebas que tinh asy quebem se compria em sua casa e terra o dito que Samto Agostinho dizem que fallava a seus frades Si nom castus tamen caut sublinhado meu Veja se a t tulo meramente exemplificativo esta passagem em LOPP 41 59 71 em que Lopes compara a Justi a a uma teia de aranha Assi que bem podem dizer deste rrei dom Pedro que nom sairom em seu tempo certos os ditos de Salom filosopho e doutros alg us os quaaes disserom que as leis e justi a eram taaes como a tea da aranha na quall os mosquitos pequenos caindo som rreteudos e morrem em ella e as moscas grandes e que som mais rrijas jazendo em ella rrompem na e vaan sse e assi diziam elles que as leis e justi a se nom compria senom em nos pobres mas os outros que tiinham ajuda e acorro caindo em ella rro
97. 1567 2 O significado figurativo O VH CPM n o indica a abona o de DESC O substantivo est atestado em 1567 121 Cf detalhamento dos verbetes ponto 4 3 3 1 122 Cf o mesmo procedimento para agarrar 84 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando DESPACHADAMENTE adv 1 de maneira despachada com despacho e entom desembargou lho e foi entregue de todas estas cousas as quaaes lhe o duque fez aver muito despachadamente 54 41 Etimologia de despachado mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LEAL 93 72 CAVA 107 26 VITA 982 Obs O adjectivo tamb m do s c XV Pelas obras em que ocorre percebe se a import ncia das obras traduzidas no enriquecimento vocabular D Duarte no Leal Conselheiro reproduz no cap tulo 87 uma parte dum cap tulo de Vita Christi tamb m neste c rculo cultural que o cronista se movimenta e disso deixa registo Vocabul rio de Avis O adjectivo est atestado no s culo XV DESPEDIR vb 1 despedir se separar se de Alli sse despedirom d el rrei todollos senhores e fidallgos portugueeses e ell tornou sse p ra Badalhouce e elles ficarom com a rrainha em Ellvas 577 76 Etimologia do port ant espedir sXIID do lat expet re lt pet re com mudan a de pref Tipo de unidade deriva o prefixal Atestac es simult neas REIX 11 56 56 11 243 46 11 243 53 1 150 736 FRAD 1 37
98. 269 MURALHA s f 2 muro extenso alto e espesso de guysa que quamdo os nossos ally chegar jaa ally hera h a gramde pe a delles aparelhados pera defemder a fraqueza de sua muralha 426 972 969 Outras ocorr ncias 486 1064 1063 Etimologia do it muraglia Tipo de unidade importa o italianismo Registos JPM XVII resolveu desalojar os Mouros primeiro que chegassem a avistar as muralhas de Goa cidade dominante Jacinto Freire de Andrade Vida de D Jo o de Castro IV 58 p 263 AGC XVII BLem XV muralha ZURP MD CF XV muralha ZURP Houaiss 1690 cf AVSerm 330 3 02 da Forma lematizada para missiva classificada como nomc 196 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses NUMIDIANO s m 2 relativo Numidia antigo pa s do Norte da Africa porque elles como v daquella amtiga gera o dos numydanos assy todas suas pellejas se passam per escara mu as 542215 Outras ocorr ncias 686 343 Etimologia do lat numidianus a um Tipo de unidade importa o latinismo Registos VH CPM XV numydyanos ZURD 86 29 BLem XV numydanos numidanos ZURP numydyanos ZURD MD CF XV numydanos numidanos ZURP Houaiss XV numydyano cf FichIVPM Obs JPM e AGC apenas registam numida Antedata o em obra do mesmo autor ODOROSO adj 1 que exala um odor odorante
99. 3 443 4 Etimologia de mostrar an a Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas OFIC LEAL CAVA REIX VERT SEGR Obs Sem registo em Houaiss Segundo MD CF tamb m atestado em VITA com a forma mostran a e em ChPortDuarte com plural mostran as JPM apresenta uma abona o de 1426 Desc I S p 107 com mostran as fingidi as e non uerdadeiras sem fazer qualquer refer ncia a RLor que a acrescentou sua primeira edi o O verbo est atestado no s culo XIII MUDA s f 1 o processo de troca parcial ou total da plumagem ca ell mandava chamar todos seus monteiros no tempo pera ello perteencente e nom sse partiam de sua casa ataa que os falco es sahiam da muda 4 40 Etimologia regr de mudar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas CITR Obs Relativamente a CITR a informa o mais generalizada que um texto do s culo XV conservado em um manuscrito do s culo XVI MD CF apresenta tamb m uma abona o de Livro de Falcoaria do Emperador Enrique da Alemanha O verbo est atestado em 1262 MULTIPLICA O s f 1 acto ou efeito de multiplicar e davam lhe por ella viinte e sete livras que eram viinte e sete barvudas nom parando mentes aa fraqueza da moeda mas aa multiplica om das livras 190 98 Etimologia do lat multiplic tio Onis Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas REIX SEGR VE
100. 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando r xaqq timos rejeitados no TLF Tr sor de la Langue Fran aise dic em que se diz que o fr que foi o idioma irradiador do voc para as outras l nguas rom nicas s v jaque Corominas n o registra a acp jaco afirma apenas que na acp aragonesa cada uma das duas bolsas dos alforjes o voc tem uma var jeque id que prov m do r xigg metade de uma coisa parte de um todo der do v r xaqq rachar dividir segundo o autor o subst r xaqq entre pernas der da mesma raiz tem tb o sentido nuclear de divis o em duas partes gt Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas CESA Obs Viterbo refere que na Na Baixa Latinidade se disse Jacke ou Jacque LADEIRA s f 1 inclina o de terreno encosta de montanha e hindo assi cuidando oolhou por deante pello caminho contra h iuas aldeas altas que ssom acerca de Villa Boim e vio nas ladeiras a carriagem e hom es de pee que hiam hordenados como compria 430 35 Etimologia fem substv de ladeiro Tipo de unidade deriva o impr pria Atesta es simult neas LEAL COND Obs O adjectivo est atestado no s culo XIV LAN ADOR lan ador a tavolado s m 1 praticante de exerc cio militar antigo que e da a 134 consistia em lan ar por terra um castelo de madeira com tiros de arremesso Era ca
101. 4 Nas localiza es do IVPM o segundo n mero ar bico o que indica a linha est sempre em it lico IVPM ao passo que no VH CPM est em redondo Assim por exemplo numa indica o como FRAD 13 5 1 91 28 11 152 17 a primeira e ltima localiza o prov m da edi o em papel e a do meio do CD ROM Se os registos forem os mesmos apenas se apresentam os do IVPM todos em it lico Ser poss vel assim retirar conclus es no final deste cap tulo sobre a utiliza o ou n o utiliza o das diferentes abona es apresentadas nas duas obras 69 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ADORADO adj 1 cheio de dores doente veendo el rrei cada dia mais adoorado e temia sse que fallecendo per morte 376 50 Etimologia de a dor dolor Oris ado Tipo de unidade deriva o parassint tica Atesta es simult neas VITA 94 49 15926 Obs Com o significado de venerado do s culo XIII n o ocorre em LOPF O substantivo est atestado no s culo XIII AFERRAR vb 4 investir contra abalroar atacar e Joham Focim capitam que hia em h ua naao quisera que aferrarom com ellas certeficando que as veenceriam 262 26 Outras ocorr ncias 262 37 263 63 444 27 Etimologia de a ferro ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Atesta es simult neas REIS 128 16 129 14 REIX 1 129 253 11 264 7 CESA 11 689 1 Obs As duas abona e
102. 5 3 1 70 22 Obs O VH CPM apresenta mais quatro abona es para esta variante de espedir do que as que constam no IVPM provenientes certamente do Suplemento ao IVPM No entanto como Cunha n o regista a abona o de LOPF ela continua sem figurar no VH CPM O verbo tem no entanto registos anteriores na CGE como o provam MD CF BLem e o CIPM mas tamb m em CSM e CHP 1260 1300 para o CIPM Antedata o face a Houaiss O verbo espedir est atestado no s culo XIII e pedir em 1152 DISTINTA adj 2 extinta sem continuidade de sangue separada interrompida assi que a dereita linha da eran a fosse de todo destinta que estonce o rregno ficasse desembargado aa iffante dona Beatriz e que os naturaaes do rregno fezessem todos menagem que em tall caso ouvessem ella por sua rrainha e senhora E morrendo ella primeiro que seu marido nom ficando em Portugall filho ou neto d el rrei dom Fernando assi que a eran a fosse destinta sem herdeiro d ell ou d esta iffante 548 46 51 Etimologia do lat distinctus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas VITA 78629 FRAD 111 75 Obs MD CF regista tamb m cinco abona es destinta 1 destinto 1 destintos 2 distintos 1 em ChPortDuarte e doze destintas 7 destinto 1 destintos N distinta 1 distinto 2 em Corte Enperial Antedata o face a Houaiss 123 Cf Tavani 1993 685 85 111 3 Eventual novidade de
103. 599 446 Etimologia do r al gazar Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XVI As formas antigas eram algazara e algaziar document veis no s c XVI todos os algazares destes de se fazerem liberais fofo Ul s I 6 E sobre isto der o huma grande grita fazendo suas algazarras dobrando os bra os segundo elles costum o D c I 8 7 AGC XV algazara XVI algazar IVPM XV algazaras ZURD 128 24 VH CPM XV algazaras ZURD 128 24 BLem XV algazaras ZURD allgazaras ZURP MD CF XV allgazaras ZURP Houaiss XV algazara cf IVPM Obs Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor AMACAROCADO adj vb 1 emaranhado embara ado e avia a cara gramde e allva e os cabellos louros e ama arocados 520 818 817 Etimologia part de ama arocar a ma aroca ar 171 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos BLem XV ama arocados ZURP MD CF amacarocados ZURP Houaiss Obs Para este derivado bem como para os verbos ma arocar e ama arocar Houaiss n o apresenta nenhuma data o O substantivo ma aroca est atestado no s culo XV ANAZ O adj 1 de tamanho diminuto an o O seu capit que hera Mulley Bucar amdava hu cavallo anaz 709 928 Etimologia de an o sob a forma do radical
104. 65 Etimologia Segundo Houaiss do prov ant esporon der do g t ou do a al ant esporo JM pressup e a exist ncia de uma f lat spor ne com orig no g t Tipo de unidade importa o proven al Registos AGC c1539 esporam JCasD 122 3 VH CPM XV sporo es ZURD 288 17 BLem XV esporoes ZURD MD CF XV esporoes ZURD Houaiss XV sporo es 1570 spor o cf FichIVPM Obs Em JPM apenas como top nimo em 1267 Claro exemplo de sucessivas antedata es de Cunha desde a primeira edi o em AGC spor o 1570 passando pelo suplemento segunda JCasD 122 3 at ao IVPM com a abona o de ZURD 32 Segundo Morais s v espirica 324 o so Zoe A 2 Segundo o Grande Dicion rio Portugu s ou Tesouro da Lingua Portuguesa pelo Dr Frei Domingos Vieira 188 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ESTRUGIMENTO s m 1 estrondo estardalha o tontura desmaio E quamdo a companha vio seu capitam derribado rrefusou atras Mas Gom allo Vazquez semdo fora daquelle estorgimemto que rre ebera assy da queda como dos golpes das pedras levamtou se com gramde esfor o e foy se a poupa 444 30 Etimologia de estrugir mento Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV estorgimemto ZURP MD CF XV estorgimemto ZURP Houaiss Obs Sem data o em Houaiss O verbo est atestado no s culo XV
105. CF tamb m com registo em CP O verbo est atestado no s culo XIII GRANDIOSO adj 1 extraordin rio que impressiona El rrei dom Fernando era grandioso de voontade e queren oso d aquello que todollos hom es naturalmente desejam 91 3 Etimologia do esp grandioso 1599 Tipo de unidade importa o castelhanismo Atesta es simult neas VERT 94 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs AGC e JPM mant m a data do s culo XVI Houaiss antedata para o XV cf FichIVPM Quanto data apresentada por Houaiss para a etimologia espanhola 1599 ela tardia apesar da observa o No CORDE poss vel identificar este voc bulo numa poesia de Alfonso de Villasandino Cancionero de Baena entre 1379 a 1425 Conde non de los menores mas igual de los mayores por que los estorvadores vean c mo es grandioso el alto Rey dadivoso e virtuoso BLem e MD CF apresentam uma ocorr ncia da CGE Antedata o face a Houaiss GUIA s f 2 pessoa que guia orienta outros e elles alli esteve a guia queda e disse contra o iffante Estas som as casas que v s demandaaes 370 40 Outras ocorr ncias 380 46 Etimologia regr de guiar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas REIX VITA FRAD Obs O verbo est atestado no s culo XIII IGNORANTE adj 1 que n o sabe e nom como alg us autores ignorante
106. CII Cr nica de D Jo o I Parte I de Fern o Lopes s c XV CJ2 Cr nica de D Jo o I Parte II de Fern o Lopes s c XV CDP Cr nica de D Pedro I de Fern o Lopes s c XV CDS Constitui es de D Diogo de Sousa 1497 CGE Cr nica Geral de Espanha 1344 CP Castelo Perigoso s c XIV CRP Cr nica dos Primeiros Sete Reis de Portugal 1419 CT Cronica Troiana meados do s c XVI CTC Cr nica da Tomada de Ceuta de Gomes Eanes de Zurara s c XV DSG A Demanda do Santo Graal s c XIV EER Evangelhos e Ep stolas com suas Exposi es em Romance 1497 EV Estoria do mui nobre Vespesiano emperador de Roma 1496 FCR Foros de Castelo Rodrigo s c XIII FR Foro Real de Afonso X finais do s c XIII LC Leal Conselheiro de D Duarte s c XV LE Livro da Ensinan a de Bem Cavalgar Toda Sela de D Duarte s c XV MP Livro das Confiss es de Mart n P rez 1399 LHB Livro das Hist rias da B blia s c XV LMP Livro de Marco Polo 1502 NT Not cia de Torto 1206 OE Orto do Esposo s c XV PMP Penitencial de Martim P rez s c XV RP Regimento Proveitoso contra a Pestenenca 1495 S Sacramental de Clemente Sanchez de Vercial 1488 SG Sum rio das Gra as 14887 TAI Testamento de D Afonso II 1214 44 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 TC Tratado de Confissom 1489 TM Testamento Medieval 1193 TP Tempo dos Preitos s c XIII VDT Vida de D Telo s c XV
107. Dentro de par ntesis indicada a forma correcta 45 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 b Casos em que est errada a classe gramatical lema palavra classe conjug verbal baio bayo adj nomc c o ca os nom e adj cism tico cismatico nomc adj claro claro adj adv corda corda nomc e adj cumpridoiro compridoiro nomc adj c Casos em que est errada a conjuga o verbal lema palavra classe conjug verbal achar achavom vb imperf conj imperf ind cair caera vb fut imperf pret m q p ver veerom vb fut imperf pret perf viver viva vb adj pres ind imper d Casos em que est o erradas todas as classifica es excepto a pr pria palavra lema palavra classe conjug verbal al ar al ada al adas vb nomc patr alvo alva alva adj nomc apostar aposto aposta vb nomce adj pres ind part apor aposto aposto vb adj part arrancar arrancada arancada vb nomc part buscar busca busca vb nomc pres ind calmo calma calmas adj nomc cunhada cunhar cunhada nomc vb part extremo estremar estrema nomc adj vb pr s ind fundar funda funda vb adj nomc pres ind gancar ganca gaan as vb nomc pres ind ser ser o sera o vb nomc fut imperf ver ver o vera o vb nomc fut imperf 6 Esta uma eventual falha de formata o do programa que em LOPF excep o de apenas 4 formas com indica o de imperfeito do indicativo ab
108. FichIVPM Obs Nesta entrada entesourar o VH CPM apresenta ainda uma abona o de LEAL 114 25 para o verbo tesourar abona o que repete na entrada entesourar agora datando LEAL do s culo XIV O substantivo est atestado em 1214 Ainda sem registo no CIPM ERAMA adv 1 em m hora Bem sabia eu que muito eramaa ca vehemos pero ante lho eu dixe 431 60 Etimologia da loc em hora m Tipo de unidade composi o Registos JPM 1505 eram Nam ou o com a cain ada rapaz dalhe hiia pedrada ou fartos eramaa de pan Gil Vicente Quem tem Farelos na Copila am fl 193 notar agora na mesma obra fl 194 este passo onde coexistem duas formas a anterior e a resultante Que ma ora come ara os que maa sayda lhe sya hi eramaa cantar aa praya a var aram tamb m em Gil Vicente em 1534 Ora tu n ves que he grilo vay te di arama vas que eu nam ey mester ouuido Mofina Mendes na Copila am fl 25 b RLor F da Sylveira conhec uos eera ma Crest Arc 495 G Vicente andar muytieram 6263 guarde te Deos earam 104330 d me essa m o eyeramd Tir te tir te eram l 303a18 19 corremos a yram 407334 etc VH CPM XV eramaa LOPF 120 60 BLem XV vb pronp eramaa LOPF MD CF XV eramaa LOPF Houaiss 1505 cf GVic Obs JPM e RLor apresentam v rias formas que este adv rbio assumiu sobr
109. H CPM apenas s o apresentadas duas abona es do s culo XV uma de LOPF e outra de ZURG Para um dicion rio Hist rico Cronol gico faltam dois s culos de exist ncia gr fica palavra braceiro BISCOITO Para biscoito Houaiss indica o ano de 1317 e remete para o IVPM que apresenta duas abona es do s culo XIV e onze do XV Por m no VH CPM apenas s o apresentadas cinco abona es todas do s culo XV uma de Lopes e quatro de Zurara Palavras mal datadas BARROCA Para a palavra barroca o VH CPM apresenta quatro abona es todas do s culo XV uma de LOPF Mas aqui a falha parece n o ser s do VH CPM pois mesmo n o copiando ipsis verbis o que est no segundo volume do IVPM letras B C de 1988 acrescenta mais uma abona o de ZURD 259 27 mas retira erradamente a de LOPJ i Veja se a mesma situa o para ba a apenas com abona es de ZURD e ZURG no VH CPM mas com 1456 DESC no IVPM Foram eliminadas todas as abona es provenientes de MARR vide supra p 33 e MMM Monumenta Mission ria Africada 39 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM 1 42 14 e corrige com acerto a indica o da fonte LOPP 136 52 no IVPM para LOPF 136 52 No entanto o que de registar que tanto o IVPM como VH CPM apresentam o s culo XV como data o mais antiga Ora na segunda edi o do Dicion rio Etimol gico de Cunha de 1986 mas n o no Suplemento ou seja j co
110. I Em virtude do Rei da p tria mesta Da lealdade ja por vos negada Lus IV 19 AGC 1572 VH CPM XV mesto LOPF 99 57 BLem XV mesto LOPF MD CF XV mesto LOPF Houaiss XV cf FichIVPM Obs Houaiss n o regista o segundo significado mas parece me ser o adequado RLor n o corrige JPM que o regista nesta 1 ed como Mesto adj Do lat maestu abatido profundamente aflito severo sombrio que causa tristeza f nebre sinistro por via culta S c XVI Em virtude do Rei da p tria mesta Da lealdade ja por vos negada Cam es Lus adas IV 19 AGC apresenta tamb m a data o d Os Lus adas e ao contr rio de outros casos neste n o prop e correc o no suplemento para a segunda edi o situa o que normalmente se verifica NOTORIAMENTE adv 1 de forma not ria Outrossi mandava que quaaesquer que achassem andar vaadios chamando sse escudeiros e mo os d el rrei ou da rrainha e dos iffantes e de quaaesquer outros senhores e nom fossem notoriamente conhecidos por seus ou mostrassem certidom como andavom por servi o d aquelles cujos se chamavom que fossem loguo presos e rrecadados pellas justi as dos logares hu andassem 314 99 Etimologia de not rio mente Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV notoriamente LOPF 89 99 BLem XV notoriamente LOPF MD CF XV notoriamente LOPF 152 HI 4 1 No
111. II distingue se como um marco lingu stico pela sua posi o liminar numa fase crucial do enriquecimento vocabular da l ngua portuguesa Esta vontade de enriquecimento da l ngua no entanto nem sempre foi poss vel de manter Um povo invasor naturalmente que traz consigo novas t cnicas instrumentos ou produtos e com eles as suas designa es originais Cardeira 2006 32 Os empr stimos lexicais da l ngua portuguesa s o disso um exemplo e a Cr nica de Zurara parece apresentar bons indicadores que comprovem este princ pio n o por relatar os feitos de um povo invasor do nosso pa s mas precisamente pelo contr rio E se porventura mais empr stimos ela n o incorpora na l ngua ter sido pelo facto de lhe ter sido negada a possibilidade de os relar in loco 38 Termos indicados por Mira Mateus obtidos a partir de Vida e Feitos de J lio C sar 39 Cf Cardeira Revisitando a periodiza o do portugu s o portugu s m dio in Dom nios da Lingu gem Revista Electr nica de Lingu stica ano 3 n 2 2 semestre 2009 www dominiosdelinguagem org br Para satisfa o mal cia e intelectual Houaiss apresenta no entanto o s culo XIV Cf Livro da Vertuosa Benfeyturia Calado 1994 19 23 27 41 Cf Piel 1942 373 1 3 28 1 1 Forma o e importa o de palavras principais conceitos Tamb m os descobrimentos portugueses permitiram a entrada de novas palavras na l ngua pelo facto dos portugueses
112. Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses E por certo que em este livro tyve eu muito comtrayro cuidado do que allg s outros estoriaes suas obras tever o espiciallmemte os gregos os quaes supriam com fermosas pallavras o que na gramdeza dos feitos mimgoava e a my foy necessario fornecer a mimgoa das pallavras com gram deza dos feitos Gomes Eanes de Zurara Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 179 134 139 ABALROAR vb 1 atracar um navio a outro com balroas para combate de abordagem E se porvemtura nos todos allcam are aballrroemos hia com a outra e atemo llas ambas 547 336 Etimologia de a balroar Tipo de unidade deriva o prefixal Registos JPM XV abalroemos huma coma a outra e atemo las ambas P Men II cap 5 p 495 Alex AGC XV IVPM XV M BLem XV aballrroemos ZURP MD CF XV aballrroemos ZURP CIPM XV aballrroemos ZURP Houaiss XV abalroar cf IVPM Obs O VH CPM n o regista este verbo eventualmente porque no IVPM apenas est averbado com indica o de registo em Morais faltando pois abona o para apresentar Os substantivos abalroa e balroa apenas aparecem atestados em 1552 e 1553 respectivamente segundo Houaiss pelo que se verifica a atesta o de um derivado antes da primitiva 281 O IVPM b
113. PJ P Em nenhuma se encontram as cinco refer ncias identificadas Isto n o permite como bvio qu o arriscado seria garantir que cinco o n mero total de ocorr ncias desta palavra no s c XV O substantivo est atestado no s culo XIV BARROCAL s m 1 lugar onde h muitos barrocos monte de terra ou pedra barranco cobrindo sse ell e os seus o melhor que podiam antre as vinhas e barrocaaes que hi avia muitos 482 26 Etimologia de barroca al Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1680 AOCad 1 71 IVPM XV barrocaaes XV LOPF 137 26 VH CPM XV barrocaaes XV LOPF 137 26 BLem XV barrocaaes XV LOPF MD CF XV barrocaaes LOPF Houaiss XV barrocaaes cf IVPM Obs JPM e RLor n o registam esta palavra Houaiss indica o s c XV e remete para o IVPM que confirma tal como o VH CPM a nica ocorr ncia em LOPF AGC n o apresentando a palavra na 1 edi o 1982 apresenta a no Suplemento 2 edi o 1986 p 15 datando a de 1680 Cunha corrige mais tarde em 1988 no IVPM volume 2 B C p 7 esta data com a abona o de LOPF atesta o mais antiga at agora encontrada A terceira edi o do seu Dicion rio Etimol gico elaborado pela Lexikon em 2007 mant m o data erro da segunda 1680 o que prova a ligeireza com que se utilizam os termos edi o e reimpress o N o houve pois correc es 128 HI 4 1 Novida
114. RT FRAD NEBRL adj 1 esp cie de falc o usado em altanaria Quando mandava fora da terra por aves nom lhe tragiam menos de cinquoenta antre a ores e falco es nevris e girofalcos todos primas 4 48 Etimologia prov esp nebl Segundo Houaiss para Corominas prov alt de niblo pal irm do it nibbio milhafre lt lat vulg nib lus lt milv lus dim de milvus id o voc bulo alterou se na Espanha mu ulmana por haver sido popularmente relacionado com o nome da cidade de Niebla 101 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Tipo de unidade importa o castelhanismo Atesta es simult neas CITR OBJECTO s m 2 tudo o que percept vel por qualquer dos sentidos he tam doente em taaes hom es que nom julga o ogeito da cousa que vee tall quall elle he mas tall quall a elle parece ca ell jullga a ffea por fremosa e aquella que traz damno seer a elle proveitosa e portanto todo juizo da rrazom he sovertido acerca de tall ogeito 220 45 48 Etimologia do lat object s s Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas BENF Obs Tamb m atestado em VITA segundo MD CF PASSEAR vb 2 andar a passo mover se devagar E andando sse Joham Fernandez passeando pella camara com aquell veeo na ma o ficou sse em joelhos ante ella 488 32 Outras ocorr ncias 571 23 Etimologia de passo ear Tipo de
115. SEGR 18v BLem XV entesourado LOPF MD CF XV entesourado LOPF 26 Cf JPM s v feiti o vol II p 32 Como adj no s c XV e como sse queria trabalhar d aver chaves feiti as pera abrir as portas de noite F L J I parte cap 157 p 334 na mesma poca como s huu me falla em estrollomia outro me falla em semelhan a de feiti os Ceuta p 58 N o se percebe o porqu da nota 1 a apresentada dependente da classifica o de adjectivo No s c XIV a var feiti o e pera esto ha de ter o dicto samcristam huum cesto grande feeti o em que andem os monges quando cortarem os dictos matos no Boletim da Segunda Classe da Academia das Ci ncias de Lisboa V p 335 Falta contexto frase mas a interpreta o como substantivo tamb m n o me parece descabida 22 Cf os v rios significados com as respectivas abona es de Morais s v ensecar 22 Cf RLor p 149 e JPM 11 1956b s v seco 22 Com indica o de que no port med na acep o de entesourar ocorrem as formas tesourar e thesaurizar ambas no XIV O VH CPM indica estas duas formas com abona es de ORTO 106 6 E a molher casou c outro e lograr os b s que tesourou o auar to e ORTO 2 13 Aprende hu he a prudencia hu som os principes que das gentes que thesaurizam a prata e ho ouro 143 111 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Houaiss XV entesourado cf
116. Segundo Houaiss de orig obsc com a seguinte observa o de JPM na opini o de certos autores o voc seria evolu o do lat desert nu com opera es fon ticas ainda n o suficientemente esclarecidas Tipo de unidade Registos JPM XV esta jemte traz hiias caba as grandes en que leuam do mar pera o serta o agoa salgada Di rio fl 14 Sart o na mesma obra jas h u rio que vem de dentro do sart oo fl 3 e tamb m nas 19 e 35 AGC XV serta o sart o BLem XV sart o sertam sert o ZURP MD CF XV sart o sertam sert o ZURP Houaiss XV sXV cf FichIV PM 204 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Obs Sem registo no VH CPM apesar da ocorr ncia em AGC e remiss o de Houaiss para o FichIVPM SOBRESSELENTE adj 2 que est a mais e pr prio para suprir faltas de reserva Mas o patr o della com hiia agumia e outros ofy iaes que o ajudav o cortav bra os e ma os a todos aquelles que viam travar nas bordas pera pojar a ima ou per outra quallquer parte comtra sua hordenam a de guysa que com pouco mais de cimquoemta sobressallemtes come ou de vogar o mais a pressa que p de 518 765 764 Outras ocorr ncias 603 557 Etimologia segundo Houaiss de orig contrv com a indica o de tr s opini es AGC registra com d vida talvez de um sobressaliente lt sobre saliente
117. Tipo de unidade importa o galicismo Registos BLem XV dobrell ZURP MD CF XV dobrell ZURP Obs Apenas registado em Morais com esta passagem de ZURP e com o significado de pano de mesa ou guardanapo 313 Para Houaiss no s culo XIII remetendo para o FichIVPM No VH CPM apenas s o registadas abona es do XV Atendendo data o de RLor eventual gralha de Houaiss 183 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses EMBRANDECER vb 1 enfraquecer posto que nos queiramos defemder per for a de nosso samgue o temor do gramde poderio e esperam a de comtinua om com a mimgoa da necessydade he ne essaryo que fa a embrade er nossos nembros e emfraquemtar nossas for as 212 957 Etimologia de en brando ecer Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos BLem XV embrade er ZURP MD CF XV embradecer ZURP Houaiss Obs Sem data em Houaiss O VH CPM apresenta a variante brandecer com abona o de Primeira Partida de Afonso X O substantivo esta atestado no s culo XIII Ainda sem registo no CIPM EMPIDOSO adj 1 impedido bloqueado impidoso Desy comtar o lhe toda a maneira da terra agerca dos caminhos e lugares empidosos pera aquelles de cavallo que lla ouvessem de hir 310 198 Etimologia talvez da base latina pes pedis p com o prefixo de nega o im e o sufixo adjectival oso
118. Tipo de unidade importa o latinismo Registos AGC XVII BLem XV medes ZURP MD CF XV medes ZURP Houaiss 21608 cf DNLeD Obs JPM apenas apresenta esta palavra como top nimo em 1059 MILHEIRADA s f 1 aglomerado de milheiros milharada E ymdo assy por acertamemto foram dar em hia milheirada de milho zaburro 681 239 Etimologia de milheiro ada Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV milheirada ZURD MD CF XV milheirada ZURD Houaiss 1899 cf CF Obs JPM AGC e VH CPM registam milharada ZURD 83 25 op o tamb m do manuscrito G apresentada no aparato O substantivo est atestado em 1712 MINHOTEIRA s f 1 ponte que consta de uma ou duas t buas ou de uma trave para 32 passar uma cava ou brejo etc E tamto que foy fora da agua pos se a pee e chamou os outros e despejar o o porto muyto asynha e assy passaram todolos de cavallo caa os de pee passav pellas minhoteiras que hi avia muytas 391 110 Etimologia Tipo de unidade Registos BLem XV minhoteiras ZURP MD CF XV minhoteiras ZURP Obs O registo apresentado por JPM apenas diz respeito a minhoto de Minho Morais apresenta tr s abona es para esta entrada Chro J 1 c 69 Cast L 7 c 20 H Naut 2 f 301 Duas destas abona es s o claramente do s culo XVI Castanheda e Hist ria Tr gico Mar tima mas
119. UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE LINGU STICA GERAL E ROM NICA NOVIDADE DE PALLAVRAS NO PORTUGU S DO S CULO XV M rio Jos Silva Meleiro DOUTORAMENTO EM LINGU STICA Lingu stica Hist rica Tese orientada pelo Prof Doutor Ivo Castro 2011 A ti Ana a ti Tom s pelas horas de aus ncia novamente obrigado Agradecimentos Ao Professor Doutor Ivo Castro por todas as orienta es e s bios ensinamentos mas sobretudo pela disponibilidade apresentada para os partilhar o meu profundo e sincero agradecimento Tamb m pela compreens o e apoio demonstrados nos momentos em que a investiga o n o evoluiu como seria de esperar Aos meus professores e colegas que de alguma forma estiveram presentes sem referir nomes n o v algum inconscientemente ser ignorado o meu obrigado por todo o apoio professora Maria Teresa Brocardo pela disponibiliza o em suporte papel mas sobretudo inform tico da Cr nica de Zurara o meu reconhecido obrigado A FCT Funda o para a Ci ncia e Tecnologia pelo apoio com o subs dio de manuten o mensal Resumo O enriquecimento do l xico quer atrav s da importa o quer de recursos morfol gicos internos um processo intemporal na l ngua E se n o h d vida que Cam es o grande mentor com a introdu o de novas palavras na l ngua sobretudo latinismos tamb m as n o h de que antes dele outros cont
120. URP Houaiss 1562 cf JC Obs O verbo est atestado em 1275 REEDIFICAR vb 1 tornar a edificar construir E pervemtura se vos leixasseys esta cidade e os mouros a tornass a rrehedeficar que elles averiam em breve tempo b a emmenda de todo seu dano 193 450 Etimologia de lat r aedifico s are avi atum Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM 1473 e foi o que raedificou e casi fizo com a sua torre na Colecci n Diplomatica de Galicia Hist rica p 31 Lorenzo RLor 1473 e foi o que raedificou e casi fizo com a sua torre CDCH 31 8 AGC XV BLem XV rrehedeficar ZURP MD CF XV rrehedeficar ZURP Houaiss 1473 cf RLor Obs AGC e o VH CPM registam reedifica am reedificar o no s culo XIV com abona o de TEST Ainda sem registo no CIPM RETRAIMENTO s m 1 acanhamento Os fidallgos emtemderam b que ho mouro vinha assy cautellosamemte por fimgir allg emgano empero foram a elle por semtyr o que queria fazer o quall seu rretraimemto se mostrou mais temeroso do que ho caso rrequeria 238 568 Etimologia de retrair mento Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV rretraimemto ZURP retraymento EER MD CF XV rretraimemto ZURP retraymento EER Pina Duarte Houaiss 1563 retrahimento cf JBarD Obs O verbo est atestado no s culo XIII RUTO s m
121. VH CPM XV alfelloa LOPF 55 38 LOPJI 269 25 BLem XV alfelloa LOPF LOPII MD CF XV alfelloa LOPF Houaiss XV alfelloa cf IVPM Obs Na Orthographia de Feij al m do significado apresentado feita uma advert ncia a eventuais utiliza es erradas por met tese Alfeloa massa de assucar branco que se faz a modo de p osinhos delgados e compridos e na Alfeola Apesar de Viterbo n o registar alf loa regista o seu derivado alfeloeiro com a indica o clara de ocorr ncia no s culo XV embora posterior a LOPF Alfeloeiro O que fazia doce de qualquer qualidade Hoje chamamos Alf loa ao doce de assucar ou mela o posto em ponto Por huma Lei d El Rei D Manoel de 1496 se determina que n o haja Alfeloeiros e que pena haver o Delles trata a Orden nova e antiga L V tit 101 168 Sigo a edi o Fac s mile de 2004 da livraria da Alcal Vest gios da Lingoa Arabica em Portugal de Jo o de Sousa p 40 162 JPM para as obras de Lopes indica o n mero da parte em algarismo romano e os n meros do cap tulo seguido da p gina em ar bicos 170 Na primeira edi o do seu Dicion rio Etimol gico 1982 A G Cunha apresenta apenas a data o para cada palavra No suplemento para a segunda edi o 1986 al m da data o passou a introduzir a obra com a respectiva localiza o Para o registo desta obra apenas se apresentam as formas hist ricas d
122. Zurara Edi o de Teresa Brocardo 2 A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara Edi o de Teresa Brocardo A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Gomes Eanes de Zurara sucessor de Fern o Lopes como Guarda Mor da Torre do Tombo a partir de 1454 um longo texto repartido por dois livros onde o novo cronista do reino relata os factos ocorridos em Ceuta Pra a portuguesa desde 1415 teve no Conde Pedro de Meneses homem que amdava desejoso de se allevamtar naquello que lhe seu nobre e gramde samgue rrequeria ZURP 198 588 590 ao ponto de perante as recusas dos seus antecessores se oferecer como primeiro capit o dando assim in cio aventura africana esta capitania de 22 anos at sua morte em 1437 no norte de frica que Zurara relata quase em exclusivo t o poucas s o as mudan as de cen rio satisfazendo a vontade do Africano D Afonso V Escrita no final da sexta d cada do s culo XV a erca de 1458 e 1460 e passado quase o mesmo per odo temporal da ac o da Cr nica Zurara tem a vantagem face a Lopes dos factos a relatar serem muito mais recentes N o s por esta raz o deixa o cronista claro logo no primeiro cap tulo que tamb m ele deixar na sua obra a ideia do que rreallmemte pertem ee a sustam ia n pode em outra parte ser mais verdadeyramemte escripta que aquy ZURP 186 295 297 O interesse pelo estudo desta cr nica face s demais de Zurara sobretudo Cr nica da Gui
123. a Na entrada do verbo pavesar apresenta uma abona o com um substantivo com a seguinte observa o Pavesado j tamb m ocorria no mesmo s culo e hordenarom sua pavesada pera escaramu ar com os Castella os F L J I cap 113 p 217 187 BLem regista ainda o verbo pavesar com as formas pavesada LOPJI LOPJP ZURP e pavesadas LOPJI e tamb m o verbo empavesar com a forma empavesada LOPJI 188 O Corpus do Portugu s MD CF n o trabalha a Cr nica de D Jo o I de Fern o Lopes pelo que se justifica assim a aus ncia do seu registo 124 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando APREGOAMENTO s m 2 preg o proclama o divulga o E tornou ell outra vez alta voz dizendo Arreall arreall assi como ante dissera E elles a que pouco prazia de tall apregoamento n hiiua cousa rresponderom mais que da primeira 606 35 Outras ocorr ncias 609 4 5 Etimologia de apregoar mento Tipo de unidade deriva o sufixal Registos IVPM XV LOPF 176 35 VH CPM XV apregoamento LOPF 176 35 BLem XV apregoamento LOPF MD CF XV apregoamento LOPF Houaiss XV cf IVPM Obs JPM RLor e AGC registam apenas o verbo apregoar 1269 1265 e s c XII respectivamente Lorenzo apresenta ainda o adv rbio apregoadamente na Cr nica de Castilha O verbo est atestado no s culo XIII ARRAIA s f 1 a camada social mais baixa da socie
124. a ZURP Houaiss 1836 cf SC Obs O verbo enxorar encontra se registado em Morais tamb m com uma abona o de ZURP A base deste verbo enxurro enxurrada que se encontra registado no VH CPM com uma abona o de ZURC e as formas emxullar e xullard preferidas por Brocardo levam me preferir a lematiza o para o verbo enxurrar com a troca entre as l quidas lt ll gt por lt rr gt O substantivo est atestado em 1450 Ainda sem registo no CIPM 318 Forma lematizada para emxabeque 312 Forma lematizada para enxorar 32 S v enxorar Os nossos tomar o hum afusta e enxorarom na toda antre os que matar o e os que fizeram saltar ao mar Confronte se esta mesma passagem com a edi o de Brocardo Os nossos salltar o em h a das fustas e emxullar na toda amtre os que matar o e os que fezer salltar ao maar 321 A etimologia proposta por JPM para o verbo enxorar de x interjei o para espantar aves n o se aplica neste contexto 322 Em Houaiss com data o exacta para a Ceuta 186 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ESCOL s m 2 elite Caa este mesmo lugar foy jaa desbaratado o escoll dell rrey 564 751 750 Outras ocorr ncias 566 807 806 Etimologia regr de escolher Tipo de unidade deriva o regressiva Registos JPM XV estes som tais que com pouca ajuda de seus vizinhos desbaratarom jaa o es
125. a do lat vas v sis Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas FRAD VIROT O s m 2 grande seta E O iffante com as gallees ante Lixboa como os da cidade conhecerom que eram de Castella come arom de lhe tirar aos tr os e virato es e quiseram armar sobr ellas 450 43 Outras ocorr ncias 485 57 Etimologia de vira ote Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas REIX Obs O substantivo est atestado no s culo XIII VISTOSO adj 1 que atrai a vista agrad vel de ver Avia bem composto corpo e de rrazoada altura fremoso em parecer e muito vistoso 3 7 Etimologia vista oso Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF LEAL OFIC Obs O substantivo est atestado no s culo XIII 15 Indica o tamb m referida por JMP s v tremo o Livros de Falcoaria no B F 1 p 224 152 Segundo JPM embora sem o referir ap s correc o de RLor 153 aumentativo de virote seta pequena de vira tipo de seta muito aguda 111 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando VOLTAR vb 4 1 virar e que estonce Fernam Sanchez de Thoar que era hiiu dos cavalleiros que el rrei dom Henrrique consigo levava tirou el rrei dom Pedro de cima e voltou el rrei dom Henrrique sobre elle 83 80 2 regressar retomar e os castella os que tiinham ja vencidos os
126. a esperavom semelhante e muito moor combato 66 44 Etimologia de romper mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas CAVA REIX FRAD Obs O verbo est atestado em 989 R TULO s m 1 rolo de pergaminho em que se escrevia E sse o por medo enlegerom e nom aviam por verdadeiro papa quem os costrangeo a gaanhar d elle gra as e beneficios pera ssi e pera seus servidores e amigos e lhe apresentarem rotullos e soplica o es impetrando d elle gra as na forma que sse costuma demandar 396 49 Etimologia do lat rotilus i Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas SEGR 108 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando SAGEZA s f 1 sabedoria prud ncia Este conde dom Joham Affonsso que dissemos era estonce o moor privado que el rrei dom Fernando avia e de que moores cousas fiava por sua discri om e sajeza e seeria de hidade de saseenta anos 165 5 Etimologia de sage eza Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas SBER VERT Obs O adjectivo est atestado no s culo XIII SACRISTIA s f 1 asa anexa a uma igreja Os seus quando virom que el esto mandava fazer aos frades quiserom rroubar a sancristia 266 45 Etimologia do lat medv sacristia ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas SINA Obs Houaiss apresenta uma entr
127. a 2 de 1986 desactualizada Na p gina da editora Lexikon aparece j refer ncia quarta edi o qual ainda n o tive acesso MD CF regista tamb m uma abona o em ChPortDuarte DEBATE s m 3 discuss o alterca o E sobre estas cousas ouve muitos debates fallando sse todo per aquelles de que fiavom 42 52 Outras ocorr ncias 298 32 334 24 Etimologia do fr d bat Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas BENF 134 3 OFIC 137 79 CAVA 61 31 CESA Prol 2 11 1287 1 VERT 75 31 FRAD IL 188 6 Obs MD CF regista tamb m uma abona o na GenEst DEFENSAVEL adj 5 defend vel defens vel Quando el rrei dom Henrrique chegou a Guimarades achou o logar mais defensavell e melhor percebido que Bragaa 111 4 Outras ocorr ncias 113 58 307 19 310 89 521 79 Etimologia do lat defens bilis e Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas CESA 11 4829 7 11 5831 4 1447 DESC 456 11 pode ler na explica o da sigla PAUL conforme a impress o de Valentim Fernandes feita em Lisboa em 1502 119 http www lexikon com br index php amp lrequest sourcellivro ficha phplcol esquerdalchave amp pagina 1 amp id 5 81 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Palavra com data e forma gr fica anteriores Houaiss prefere a obra com data expressa al447 DESC remetendo par
128. a Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 11 Siglas e Abreviaturas Siglas e abreviaturas SIGLA OBRA AGC Dicion rio Etimol gico do Portugu s Medieval de Ant nio G da Cunha BENF O Livro da Virtuosa Benfeitoria BLem Lematiza o de textos medievais portugueses edi o de J Barbosa Machado BOSC Boosco Deleitoso CAVA Livro da Ensinan a de Bem Cavalgar toda Sela CDPM Cr nica do Conde D Pedro de Meneses CESA Vida e Feitos de J lio C sar CF C ndido Figueiredo CGE Cr nica Geral de Espanha 1344 CHP Cl ticos na Hist ria do Portugu s ChPortDuarte Chancelarias Portuguesas de D Duarte 1 2 ChUniPort Chartularium Universitatis Portugalensis CIPM Corpus Informatizado do Portugu s Medieval CITR Livro de citraria COND Cr nica do Condestabre de Portugal CORDE Corpus Diacr nico del Espanol CP Castelo Perigoso Cron1419 Cronica de 1419 CSM Cantigas de Santa Maria DESC Descobrimentos Portugueses EER Evangelhos e Epistolas com suas Exposi es em Romance ELOY A vida de Santo Eloy FRAD Cronica da Ordem dos Frades Menores GenEst General Estoria GRAL A Demanda do Santo Graal HG P Hist ria do Galego Portugu s IVPM Indice do Vocabul rio do Portugu s Medieval de Ant nio G da Cunha 13 Siglas e Abreviaturas JPM Dicion
129. a Lexicon vers o 5 2 1975 Um forte argumento a favor de que seria esta a edi o de partida o facto de muitos dos erros a presentes se repetirem na Lematiza o de Textos Medievais Portugueses vers o 4 0 como o caso de al us em vez de algtius p 368 Castellla por Castella p 1123 coindado por condado 1757 contrario por contrairo 1634 Fernanado por Fernando p 2986 lecenca por licen a p 3798 Isabell por Isabell p 3863 valllessem por vallessem p 6198 com a indica o de que t m ocorr ncia exclusivamente em LOPF No entanto e porque a lematiza o engloba v rios textos h outros erros coincidentes com a edi o da Biblioteca Nacional mas porque t m registo noutras obras al m de LOPF n o poss vel afirmar com tanto rigor como para aqueles que t m a mesma proveni ncia Refiro me a palavras como irmano em vez de irma o p 3562 fronteira por fronteiro p 3104 Franca por Fran a p 3087 fortaleza por fortalleza p 3080 doe por de 2269 ciquo por cinquo p 1303 castelos por castelos p 1127 cosmo por colmo p 1702 Na Cr nica de D Fernando digitalizada no referido CD ROM encontram se ainda as seguintes gralhas corrigidas na Lematiza o de Barbosa Casteila por castella cheoou por chegou Concallvez po Gon allvez dep s por depos donzelllas por donzellas eel rrei por el rrei eeteencom por eeteen om Femando por Fernando lrma o por Irma o milll por mill
130. a Viterbo Em BLEM n o aparece registo porque a grafia em duas palavras tal como a locu o adverbial a pee terra tamb m com quatro registos em LOPF Esta mesma locu o tamb m identificada uma vez pelo VH CPM com registo de ocorr ncia em REIX e com a indica o do significado de a p MD CF mostra se o mais completo ao apresentar 16 registos de pee terra onde poss vel identificar 14 locu es 3 na Cr nica do Condest vel Nuno Alvarez Pereira 1 na Cronica de Portugal de 1419 5 na Estoria de Dom Nuno Alvares Pereyra e 5 em LOPF e os dois substantivos do nome da moeda precisamente em LOPF Os substantivos est o ambos atestados no s culo XIII PEITORIL s m 1 parapeito e no dereito onde entendeo que aviam de viir derribou casas dentro na cidade e fez encher cubas de terra e pedra e grande bastida de madeira com peitoriis de portas das casas em ella percebendo sse do damno que lhe rrecrecer podia 129 24 Etimologia do lat pectorile Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVI levando j os mouros diante apesar de seu dano t um peitoril que se fazia a maneira de terreiro soberbo sobre a praia D c II III cap 2 p 110 AGC XVI VH CPM peitoriis LOPF 40 24 BLem XV peitoriis LOPF peitorill LOPJT MD CF XV peitoriis LOPE Houaiss XV peitoril peitoriis SXV cf FichIVPM Obs RLor n o corri
131. a gramdeza 520 816 Etimologia de corresponder nte Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM 1813 Morais AGC 1813 BLem XV correspondente ZURP MD CF XV correspondente ZURP Houaiss 1563 HPint D Obs Apesar de antedatar Morais a abona o da Imagem da Vida Christam de Frey Hector Pinto apresentada por Houaiss continua a ser tardia O verbo prefixado corresponder est atestado no s culo XV derivado de responder j em 1152 COVOADA sf 1 s rie de covas depress o no terreno E emt o emcaminho tras elles os quaes allcam ou em ima do porto hiia covoada que ally h omde fez fazer synall a todos que de essem e que dessem evada a seus cavallos 384 967 Etimologia do rad desnasalizado de cov o sob a f covo ada Tipo de unidade deriva o sufixal Registos IVPM XV covada ZURD 183 171 VH CPM XV couoada ZURD 183 11 BLem XV covoada ZURP couoada ZURD MD CF XV covoada ZURP Houaiss Obs Parece haver alguma oscila o no registo desta forma O IVPM apresenta covada e o VH CPM couoada para a mesma abona o ambas registadas por Houaiss datando a primeira do s culo XV com base no IVPM e deixando esta ltima sem data o 182 11 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses DESIGUALEZA adj 3 desigualdade Porem comprimdo vosso mamdado me despu
132. a manual em dicion rios gloss rios e obras afins ineg vel Se por outras raz es n o fosse pela rapidez com que se obt m informa o ficava justificada a afirma o anterior Esse m rito al m de outros evidentemente o VH CPM alcan ou Das suas principais caracter sticas e no campo das qualidades destaco sobretudo duas al m da possibilidade de comutar o modo da pesquisa entre o portugu s actual e portugu s medieval recurso sempre til para o confronto entre dois est dios da l ngua portuguesa A primeira diz respeito ao facto de ser poss vel ir digitando as letras e acompanhar as possibilidades gr ficas de v rios verbetes na coluna da nominata Se para o portugu s actual tal situa o n o relevante ela reveste se de extrema import ncia nas pesquisas do portugu s medieval tal a variedade de formas por vezes apresentada para cada entrada Assim de um recurso actualmente comum para pesquisas em dicion rios e corpora informatizados passamos a ter uma enorme ajuda pois poss vel ir vendo os v rios resultados medida que vamos digitando caracteres e escolher encontrar o pretendido Cf Cunha 1986 ndice do Vocabul rio Portugu s Medieval vol 1 A p IX Da raz o do t tulo e dos objectivos da publica o embora os trabalhos tenham apenas come ado em Janeiro de 1979 com um pequeno grupo de colaboradores como se pode ler menu Ajuda gt Apresenta o Cf Idem ibid
133. a na obra Rela am em que se tratam as guerras e as grandes victorias que alcan ou o grande Rey da Persia X Abbas do gr o Turco Mahometano amp seu filho Amete Lisboa 1608 embora refira que esta palavra tem ocorr ncias 6 Idem Ibidem p 896 27 Todas as refer ncias s o feitas pela edi o cr tica de Giuliano Macchi IN CM 22004 Ser o sempre feitas pela indica o da p gina seguida da linha Cf o texto de Afonso X General Estoria Primera parte Publicaci n de Pedro S nchez Prieto Borja Universidad de Alcal de Henares Alcal de Henares 2002 E fueron sueltas por ende las ataduras de los sos bra os e de las sus manos una vez cuando oyestes quel prisieran sos hermanos yl ataron las manos yl echaron en el pozo seco a que llama el latin cisterna otra vez de cuandol fizo prender en Egipto e echarle en la c rcel aquella do a Zulaima muger de Futifar su se or con la quel cas despu s el rey Fara n su se or como es ya contado ante d esto e libr l d estas prisiones Dios que siempre fue l poderoso de Jacob su padre de Josep 2 Carlos Eug nio Corr a da Silva 1972 Ensaio sobre os Latinismos nos Lus adas Lisboa IN CM N o deixa no entanto de questionar Como que se pode escrever um trabalho definitivo s bre os latinismos dos Lus adas isto s bre a contribui o que Cam es trouxe ao enriquecimento da nossa l ngua liter ria se n s n o sabemos com exactid o qual era o grau d
134. a o IVPM onde s o apresentadas abona es de obras mais antigas como COND e LOPF O VH CPM omite a abona o de 1447 DESC DEGOLA O s f 1 decapita o E quando veo aos dezenove dias do mes d agosto na festa da degolla om de Sam Joham Baptista 459 18 Etimologia do lat decoll tio onis Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas FRAD 11 112 27 11 185 18 Obs O IVPM apresenta a abona o FRAD 11 112 2 e o VH CPM de FRAD II 185 18 MD CF confirma as duas DEP SITO s m 1 armazenamento poupan a segundo ouvistes compridamente por aazo de gram despesa da guerra come ada assi per mar como per terra todo sse gastava que nom ficava n htiua cousa pera deposito 191 125 Etimologia do lat d pdsitum i Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LOPP 12 35 1438 DESC S 504 VERT 129 37 Obs Neste caso em particular Houaiss prefere a indica o do s culo XV em detrimento da data exacta de 1438 remetendo para o IVPM Neste caso nem se coloca a quest o abordada no ponto 4 2 2 4 do detalhamento dos verbetes uma vez que a forma hist rica a mesma MD CF regista ainda duas abona es em ChPortDuarte e uma de LOPP BLem regista tamb m uma ocorr ncia no Livro das Confiss es de Mart n P rez 1399 Antedata o face a Houaiss DESACORRIDO adj vb 2 sem aux lio socorro abandonados e el rrespondia aos fidall
135. a pello comtrario porque hera h besteiro que hia buscar saramagos e verga pera cov os 438 1246 1243 Etimologia Segundo Houaiss prov do r sarmaq armol o por sua vez do persa a primeira forma esp xaramago de 1490 sendo o esp jaramago do sXVII o port saramago tamb m do sXVIII tardio pois em rela o ao timo raz o por que o admitem do esp que dialetalmente ocorre como zaramago erva armoles Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XVII segundo Morais Do r sarmaq de origem persa n o parecendo imposs vel que o voc nos tenha chegado por interm dio do ant cast xaramago hoje jaramago AGC XVII Do r sarmaq com prov vel interfer ncia do castelhano antigo caramago hoje jaramago BLem XV saramagos ZURP MD CF XV saramagos ZURP Houaiss 1708 cf MBFlos Obs Com a atesta o em ZURP fica assim exclu da a interfer ncia do castelhado e deixa de ser tardio em rela o ao timo como indica Houaiss SERT O s m 9 regi o agreste distante das povoa es ou das terras cultivadas E logo de come o se foy dereitamemte a cidade com seys ou sete de cavallo e pare eo assy sobre a carreira que se fazia amtre as portas que sayam da cidade pera o sertam 237 552 Outras ocorr ncias 337 861 427 986 983 469 638 484 1017 1016 499 276 275 501 329 328 331 330 522 864 864 Etimologia
136. a pr pria palavra datada por Houaiss apresentar uma primeira data o tardia face a LOPF ou ZURP 163 AGC por exemplo s no suplemento segunda edi o passou a introduzir a localiza o de cada palavra Assim nos casos em que tal se verificar sabemos de antem o que tal informa o se encontra so Suplemento Por sua vez BLem apresenta apenas a obra onde tal palavra ocorre sem a localiza o mesmo quando introduz abona es 118 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Numa primeira an lise foram identificadas algumas palavras com primeira atesta o em LOPF sobretudo provenientes de obras como JPM AGC IVPM VH CPM e Houaiss mas que com o decorrer do confronto entre elas da consulta de corpora informatizados ou lematiza es sobretudo MD CF CIPM e BLem e dicion rios ou gloss rios sobretudo Viterbo Morais se veio a confirmar ocorr ncia em obras anteriores Assim de tais palavras que se vieram a revelar falsas primeiras atesta es em LOPF apenas se apresenta informa o que comprova tal antedata o Encontram se nesta situa o palavras como apenhar apenhar apenhavom Houaiss XV cf IVPM 1364 em RLor proveniente do Vocabulario portugu s do s culo XIV de Machado publicado na Revista de Portugal RP XXVII 235 31 camalho camalho camalhom Houaiss XV cf IVPM 1359 em Viterbo com a seguinte abona
137. ada mais antiga sancristia XV cf FichIVPM remetendo para sacristia com data em it lico de 1651 sem qualquer remissa6 anterior Seria pertinente pois a informa o da f hist do s culo XV sancristia SEGUIMENTO s m 1 consequ ncia resultado continua o E pois elle e el rrei dom Henrrique eram na Espanha dous fiees defenssores da ffe que nom quisessem tam a meude arder em guerra por seguimento de nom justas voontades 284 23 Etimologia seguir mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF LEAL CAVA SEGR Obs O verbo est atestado no s culo XIII SEM RAZ O s f 5 injusti a inj ria afronta ultraje e que pois elle era theudo de manteer seus poboos em dereito e justi a que rrecebendo elles damno e semrrazom e ell hi nom tornasse que daria a Deus d ello grave conta 8 156 Outras ocorr ncias 9 184 326 29 30 465 18 518 29 Etimologia de sem raz o Tipo de unidade composi o Atesta es simult neas REIX Obs Apenas com registo anterior em REIX o que do ponto de vista tamb m lexical refor a a atribui o de autoria desta cr nica a Fern o Lopes A preposi o e o substantivo est o atestados no s culo XIII SERVENTIA s f 1 trabalho de servente servi o e alli faziam audiencia a todollos que andavom servindo que demandados eram por quaaesquer cousas por nom seerem torvados da serventia 309 74 Etimo
138. ada uma com um significado diferente fila fileira lado asa l e que o VH CPM pura e simplesmente agrupa e mistura numa s entrada preferindo uma ordena o alfab tica ala alas alla allas sem qualquer indica o do respectivo significado Tamb m as acep es de venerado e doente cheio de dores que constam no IVPM para as entradas separadas de adorado n o resistiram evolu o tecnol gica Numa an lise mais rigorosa mas n o exaustiva ainda poss vel verificar algumas situa es que necessitam de interven o em vers es futuras agrupadas pelos t picos que se 46 seguem A Palavras n o averbadas a J com registo no VPM Numa primeira situa o o VH CPM simplesmente elimina as palavras que prov m ou do Elucid rio V ou de Morais M ABADENGO IVPM 1311 V ABALROAR IVPM sXV M ABARREGAR IVPM aberregaar 1345 V O VH CPM eliminou tamb m as palavras ou abona es que se encontravam atestadas em obras que faziam parte do corpus de extrac o do IVPM Na an lise ao CD ROM n o encontrei qualquer explica o para este facto Encontram se entre estas obras o Libro de Monteria MONT os Documentos das Chancelarias Reais anteriores a 1531 relativos a 46 As indica es s o feitas tendo por base a pesquisa Portugu s Atual uma vez que sob este lema que s o apresentadas todas as formas 7 Regista no entanto abarregado na forma abarregada em
139. adas as duas formas folosa e felosa sendo que apenas apresenta data o para esta ltima indicando CF a1899 ou seja antes de 1899 mas sem localizar a obra onde ocorre A identifica o de follosa como adjectivo lematizado para foloso por parte de BLem claramente erro inform tico FLECHA s f 1 seta e eram as frechas tantas alli honde o corpo de Deus estava e pellos outros logares d arredor que temor grande os fazia d alli partir 521 75 Z Etimologia do fr fl che Segundo Houaiss a forma frecha mais ant e mais vulg em Portugal mais tarde substitu da pela forma erudita retomada do fr fl che Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas VERT CESA Obs Houaiss data a forma flecha do s culo XV apresentando na f hist a variante frecha No entanto o VH CPM para a palavra frecha apresenta 8 atesta es todas do XV e para a variante flecha apresenta apenas 2 sob a forma frecha sendo uma repetida a de ZURC e a outra do s c XIV de TROI No entanto a passagem onde se encontra registada mays tragi todos frechas et seetas de moytas maneyras n o coincide com a edi o consultada mays trag todos saetas feytas de moytas maneyras Aqui se verifica como a op o dos editores pode alterar a data o de determinados termos FOLGADAMENTE adv 1 de maneira folgada largamente de guisa que muito aginha foi feita htiua grande e espa osa ponte l
140. adas de marmores e lladrilhos ydrados em que avia diversos lavores 236 526 Etimologia part de ladrilhar ladrilho ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1813 BLem XV ladrilhadas ZURP MD CF XV ladrilhadas ZURP Houaiss XV cf InedHist Obs Sem registo no VH CPM O substantivo esta atestado em 1188 Ainda sem registo no CIPM LEVADIA s f 1 agita o das guas do mar e o tempo come ou lhe de vemtar ao ponemte e porque omde ho carevo ficara se metya gramde levadia n tor nar laa 603 560 Etimologia de levado ia Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI arrebatou o mar de levadia com tanto mpeto que so obrou o batel Francisco de Andrade Cr nica de D Jo o III II cap 64 p 413 vj levadio AGC XVI BLem XV levadia ZURD MD CF XV levadia ZURD Houaiss 1557 cf AAlbCom Obs AGC apenas regista levadio do s culo XVI adjectivo para o qual tamb m JPM remete O partic pio levado est atestado no s culo XIII derivado de levar j de 1022 1065 194 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses MEDA s f 1 amontoado de feixes de trigo E tamto que teverdes allgtia cousa feita o fogo seja logo posto pella terra de todallas partes espi iallmemte aos paes que estever pellas medes 411 606 603 Etimologia do lat meta ae
141. ade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 4 2 1 Coment rios 212 Conclus o Conclus o A an lise lexical da Cr nica de D Fernando e da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses permitiu verificar a exist ncia de um n mero significativo de primeiras atesta es comprovando ser esta uma poca de clara antecipa o do Renascimento Uma corte favorecedora cultura nas palavras de Rosa Virg nia n o pode ficar subvalorizada na subida de mais um degrau para a transi o entre o portugu s antigo e o portugu s moderno contribuindo n o s para um cada vez maior enriquecimento do l xico mas tamb m para uma maior sistematiza o da pr pria l ngua Ao longo dos pontos 3 4 e 5 do cap tulo III foram sendo recolhidos dados como a origem da importa o das palavras ou a sua forma o com recursos pr prios da l ngua que precisam de um tratamento exaustivo A demora no tratamento desses dados conjugada com o cumprimento de datas impede me por agora de realizar tal tarefa Na defesa deste trabalho em que muy muytas cousas achey em elle que pareciam bem dignas de emenda e muitas mais que a meu entender en elle deviam seer 347 acrecentadas dela procurarei dar conta 345 Matos e Silva 2008 41 346 Cardeira 2005 35 41 Cf Livro da Vertuosa Benfeyturia Calado 1994 3 18 20 213 Refer ncias Bibliogr ficas Refer ncias bibliogr ficas Textos LOPES Fer
142. adjectivo foloso p 3061 ferragem e fforragem ambas lematizadas para ferragem p 2989 2990 escaramu amdo lematizado para escapar p 2619 bulhom lematizado para bulhar como sendo forma verbal no presente do indicativo ou mesmo a classifica o do adjectivo husavees como imperfeito do indicativo do verbo usar p 6171 Como uma lematiza o deste tipo tem sempre por base um programa inform tico presumo que o Lexicon que lista as palavras segundo uma base de dados previamente carregada a partir de um determinado n mero de obras verificam se sempre algumas incoer ncias Tais discrep ncias podem dizer respeito a classifica es pontuais ou mesmo a todos ou quase todos os campos apresentados incluindo a pr pria palavra como se verifica no seguinte quadro da Lematiza o de Barbosa lema palavra classe conjug verbal ansejo ensejo am ejo nomc doer de doe de vb prep pres conj ligenca lecenca lecen a nome cuidar condado coindado condado vb nomc part Relativamente a esta situa o ela s parece ser poss vel presumo devido a uma digitaliza o deficit ria da Cr nica de D Fernando em princ pio a de uma vers o em CD ROM levada a cabo pela Biblioteca Nacional Biblioteca Virtual de Autores Portugueses 1999 que teve por base a edi o impressa pela IN CM e organizada por Giuliano Macchi em 66 Cf infra entrada FELOSA p 41 49 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o program
143. adrid Gredos LAUSBERG Heinrich 1974 Lingu stica Rom nica Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian L ZARO Ant nio Manuel 1990 Gomes Eanes de Zurara Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Continuada Tomada de Ceuta Edi o diplom tica e cr tica Lisboa Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa disserta o de mestrado LEITE Yonne de Freitas 1980 81 Reordenamento ou analogias Algumas evid ncias da Hist ria do Portugu s Boletim de Filologia Lisboa XXVI pp 51 68 221 Refer ncias Bibliogr ficas LIDA DE MALKIEL Maria Rosa 1975 La Tradici n Cl sica en Espa a Barcelona Editorial Ariel LIDA DE MALKIEL Maria Rosa 1978 Estudios sobre la literatura espa ola del Siglo XV Madrid Jos Porrua Turanzas LLEAL Coloma 1990 La formaci n de las lenguas romances peninsulares Barcelona Barcanova LLOYD Paul M 2003 Del Latin al Espa ol Trad esp de Adelino Alvarez Rodr guez Madrid Gredos LORENZO Ram n 1977 La Traducci n Gallega de la Cr nica General y de la Cr nica de Castilla II volumes Ed cr tica anotada con introducion ndice onom stico y glos rio Orense Instituto de Estudios Orensanos Padre Feijo 1975 1977 LOZOYA Marqu s de 1931 El cronista Don Pedro L pes de Ayala y la historiografia portuguesa Madrid LUDTKE Helmut 1974 Historia del l xico rom nico Madrid Editorial Gredos MACCHI Giuliano 2007 Cr ni
144. amente 114 Cf p 60 ponto 3 115 Para a discrep ncia destas datas veja se o ponto 4 3 do detalhamento dos verbetes 76 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando CARIDOSA adj 1 que tem ou que demonstra caridade Era ainda de muita esmolla e muito caridosa a todos mas quanto fazia todo danava 230 76 Etimologia de caridade oso Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas OFIC 129 74 VITA 2039 VERT 47 5 Obs MD CF apresenta tamb m uma abona o de ELOY O substantivo est atestado no s culo XIII CARRIAGEM s f 3 quantidade de carros carraria e porque entenderom que ainda podiam hir sem empacho dos emmiigos ataa Elvas hordenarom que todollos hom es de pee e carriagem fossem pello caminho dereito ante a avanguarda 430 27 Outras ocorr ncias 430 35 430 41 Etimologia segundo Houaiss de orig contrv AGC deriva do it carriagio a1363 bagagem equipamento que um ex rcito levava em viagem h quem suponha vir do prov carriatge ou do fr ant charriage objetos carregados bagagem com infl de carro Tipo de unidade importa o Atesta es simult neas REIS 119 31 REIX 1 115 74 CESA 11 583 3 11 884 6 Obs A abonag o de REIS n o consta no IVPM CAUTELA s f 1 precau o cuidado prud ncia e d hi em diante poserom em ssi grande guarda e rregimento vellando a cidade de n
145. anavear com indica o de que JM registra no sXV um v canavear com uma var acanavear no sXVI precisamente esta Houaiss utiliza com ocorr ncia em 1567 DG is IV 21 Ainda sem registo no CIPM O substantivo est atestado em 1338 C RAVO s m 57 embarca o moura de vela latina usada no Mediterr neo Estamdo jaa pera partir vyram llargo ao maar pera comtra omde elles estav hia vella latyna a quall rreconhe emdo que hera caravo vogaram a elle 344 18 Caravo caravos carevo carevos Outras ocorr ncias 320 436 346 54 380 865 306 Forma classificada como vb nomc e lematizada para o verbo calar 307 Y ematizada para calha 308 Cf abreviador XVI expedi o XVI quilate XVI recosto XVI alar XVID meda XVID muralha XVII entuna XVID correspondente 1813 ladrilhado 1813 recrescimento 1813 302 Cf sobretudo a partir da letra E para o VH CPM palavras como escol espadim falca fragura 310 Das 57 ocorr ncias em ZURP al m de caravo apenas apresento o registo das tr s formas diferentes caravos carevo carevos 180 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Etimologia do lat tar car bus i Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV s v C rabo for o sobre o Porto de Tamger e n o ach rom nenhuma cousa sen o num Caravo que fezera encalhar sobre huns penedos P Men
146. approbatio onis Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas REIX 332 724 VITA 81c14 Obs Houaiss apresenta a data de 1460 DESC remetendo para o IVPM Das cinco obras aqui apresentadas todas s o de data o anterior a 1460 pelo que esta tamb m uma palavra com data e forma gr fica anteriores MD CF tamb m regista aproua am no ChUniPort vol 1 1300 e aproua om em ChPortDuarte Antedata o face a Houaiss ARAUTO s m 3 o que conduzia mensagens portador correio El rrei dom Pedro e o principe com sas gentes partirom do Gronho e veheron pera Navarrete e d alli enviou o principe a el rrei dom Henrrique h u seu arauto com h ua carta 27 11 Outras ocorr ncias 31 4 12 Etimologia do fr h raut Para CF do baixo lat haraldus Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas BENF 290 25 CART 104 REIX 11 189 28 1439 MARR 156 21 Obs O VH CPM omite as abona es de CART e 1439 MARR apresentadas no IVMP Esta ltima obra foi retirada do corpus de extrac o do dicion rio ARVOREDO s m 1 aglomera o de rvores Os ala os com as treellas cortas forom filhar o porco em hiiu espesso arvoredo 353 64 Etimologia do lat arb retum i Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas MONT 191 43 Obs Para Houaiss1452 LOPO Como ocorre em MONT e LOPF mais uma palavra com data em obra anterior
147. apresenta a seguinte explica o orig contrv deve provir do lat eructo s vi tum dre ter arrotos arrotar vomitar ou mais prov do v lat ruct re arrotar dar golfadas fonte de eructare e de ructus arroto com a prot tico segundo AGC proviria do v lat eruptare formado a partir de eruptus part pas de erumpere sair impetuosamente fazer uma sa da arrebatada precipitar se romper fazer rebentar em lugar de e ructdre arrotar 182 Corominas remete tamb m para o verbo erumpere precipitarse afuera Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV remete para o verbo arrotar onde depois regista a forma alrotar dando a seguinte informa o ant deve ser var deste v arrotar s c XV Mandamos que assy home s 177 Sigo a 4 edi o de 1831 As localiza es s o dadas pelo n romano para o volume e ar bico para as p ginas 1 83 178 Gon alves Rebelo 1940 Vocabul rio Ortogr fico da Lingua Portuguesa Lisboa Imprensa Nacional de Lisboa p 43 Em nenhum outro local encontrei esta varia o 1 BENARROCH Myriam 2000 Des premiers dictionnaires Jer nimo Cardoso aux textes Vapport lexical des arabismes dans la langue portugaise du XVIe siecle Universite Paris III Sorbonne Bouvelle tomo 2 p 510 180 KREMER Dieter 2004 Primeiras data es Trabalho n o publicado 181 Cf tamb m Morais e CF 182 Para uma infor
148. arando logo certas condi o es quando hiiu d elles morresse primeiro com clausullas que por abreviamento dizer nom curamos 548 34 35 Etimologia abreviar mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF 138 2 VITA 113013 SEGR 15v YSAC 80 9 Obs O verbo est atestado no s culo XIV 102 Por norma os adv rbios deadjectivais mente n o s o averbados nos dicion rios pese embora algumas excep es em Houaiss por exemplo absolutamente certamente ch mente efetivamente felizmente entre outros Assim o interesse do registo aqui destes adv rbios mais do que uma poss vel primeira data o procurar encontrar eventuais situa es em que se verifique uma data o do adv rbio anterior ao adjectivo mostrando o uso oral corrente deste ltimo na l ngua apesar do registo gr fico posterior 103 Todas as localiza es indicadas s o as que constam no IVPM letras A a D e no VH CPM E a Z O objectivo desta rubrica n o passa por fazer o levantamento de todas as obras onde a palavra possa ter ocorr ncia mas simplesmente provar que ela tem registo em alguma das que cumpre o requisito apresentado na introdu o deste ponto ou seja datadas da primeira parte do s culo XV preferencialmente entre 1418 1443 Naturalmente que se surgirem ouras localiza es provenientes quer de corpora informatizados quer de lematizac es elas ser o indicadas no campo das observa es 0
149. as 317 3 1 2 Em Houaiss tuna em vez de tuna 185 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ENXABEQUE s m 2 tipo de embarca o mu ulmana E Allvaro Fernamdez ficava na fusta com XV e vier a ella h a fusta e seys emxabeques 633 69 Outras ocorr ncias 642 290 Etimologia alt de xaveco do r vulg xabbak Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV s v enxabeque veja se x vega Em 1873 D V mas deve ser mais ant H a variante enx vega Em entrada separada para xaveco que se pose encontrar a data o do s culo XV com esta mesma abona o de ZURP BLem XV emxabeque emxabeques ZURP MD CF XV emxabeque emxabeques ZURP Houaiss Obs Sem data em Houaiss que remete para xaveco 1836 cf SC ENXURRAR vb 5 atacar de enxurrada limpar a rea embarca o de forma r pida Por aquelles b s capit es c allgiis que se estremaram amtre os outros crist os salltar o em hiia fusta dos mouros e xullar na toda que n ficou nenhti hom vivo sobre cuberta E em esto os outros crist os que estav na proa emxorar as outras ate cerca da metade 577 1092 1094 Outras ocorr ncias 577 1080 578 1102 627 1158 Etimologia de enxurro ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV emxorar emxorar o emxorada ZURP MD CF XV emxorar emxorar o emxorad
150. astavom conselhavom coutavom escaramu avom considera todas as outras termina es avom como sendo do imperfeito do conjuntivo 46 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 Perante a apresenta o de resultados t o divergentes fruto de trabalho mec nico o passo seguinte ser eliminar as v rias hip teses identificando com rigor a sua classifica o em determinados contextos e contribuindo para uma apresenta o o mais rigorosa poss vel das v rias listagens de cada texto Por palavras mais pr ticas distinguir que forom juntos 291 50 deve ser identificado como o pret rito perfeito do verbo ir e o adjectivo junto em companhia de e a mesma express o forom juntos 428 33 e 559 7 como o pret rito perfeito do verbo ser e rar e 65 Rats A e o partic pio do verbo juntar E procurar distinguir as tr s acep es com que guarda ocorre vigilante vigil ncia protec o e cumprimento respeito conserva o preserva o Apresento no esquema abaixo uma amostra mais significativa de palavras onde se verifica necessidade de interven o ap s o resultado do processamento do programa lema palavra classe conjug verbal al m aallem nomc advl acha achas vb nome pres ind acontecer acontecera vb pret m q p fut imperf acontiado aconthiado desconhecida nomc acontiado aconthiados adj nomc acontiado acontiados adj p adj e n
151. astella de tantos hom es que as faziam mais de pejadas que de ligeiras e come arom de rremar contra as naaos e gallees dos portugueses 262 53 Etimologia part de pejar de peia Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas CAVA Obs Com o significado primitivo de peia no sentido de tal situa o provocar embara o impedimento empecilho O substantivo est atestado em 1111 POIMENTO s m 1 ac o de p r ou depositar efoi sse pera elle de que foi bem rrecebido e dos senhores da corte e p s lhe el rrei grande poymento de dinheiros e deu lhe terras e fortellezas 384 36 Etimologia de po r mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LOPP SEGR Obs Primeira atesta o em LOPP segundo RLor Com registo em CF O verbo est atestado no s culo XIII POL CIA s m 1 cultura civiliza o E feito h u dia juntamente de todos pera ouviir porque eram chamados prop s h u por sua parte dizendo que antre todallas obras da pollicia e rregimento do mundo nom fora achada n hiua arte melhor nem mais proveitosa pera mantiimento e vida dos hom es que era a agricultura 311 17 Etimologia do lat p litia ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas BENF VERT Obs Termo utilizado na verdadeira acep o do grego politeia as POT NCIA s f 1 faculdade virtude porque a virtude extimati
152. astrada de terra e d area tall per que folgadamente podiam hir a trav s seis hom es a cavallo 115 24 Etimologia de folgado mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LEAL CAVA FRAD Obs MD CF apresenta ainda duas abona es de BOSC e uma da Cron1419 e BLem apenas desta ltima O adjectivo est atestado no s culo XIII FORRAGEM s f 1 erva para alimenta o do gado Nos lugares honde pousavom ao termo d elles hiam aa forragem fazendo gram dano em pa es e vinhos e gaados 467 72 Etimologia do fr fourrage Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas REIS REIX CESA FOUTO adj cf AFOUTO FRONTARIA s f 16 fortifica o situada na fronteira e seguindo seu caminho passou pello rreino de Navarra e chegou a vista de Callaforra na frontaria de Castella 59 64 Outras ocorr ncias 106 27 117 67 119 7 121 66 142 46 169 11 251 9 427 8 22 431 74 433 5 467 61 525 9 17 256 44 92 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Etimologia de fronte aria Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas REIS REIX Obs O substantivo est atestado no s culo XIII FRONTEIRO s m 28 Capit o duma pra a de guerra situada na fronteira e el rrei veendo esto leixou seus fronteiros n aquella comarca e encaminhou pera Tolledo que ja tiinha sua voz d el
153. at sorgir Tipo de unidade importa o catal o Registos JPM Fins do XV e ao sol posto obra de bj legoas de terra surgimos amcoras em XIX bra os Cam Fl 1 vs AGC XV surgir BLem XV surgido surgir surgir ZURP MD CF XV surgido surgir ZURP surgir ZURP Houaiss XV cf AGC Obs Ainda sem registo no CIPM Uma vez que AGC n o indica a fonte presume se que pelas ocorr ncias registadas seja tamb m ZURP Ainda sem registo no CIPM SURTO adj vb 1 ancorado fundeado E leyxamdo ho carevo surto sobre ferro vogar o a barca 601 508 Etimologia part de surgir lat surg is g re surr xi rectum 339 A justifica o deste significado bem como da etimologia encontra se em Houaiss no port inicialmente o voc era exclusivamente us no campo da n utica e significava estar fundeada aportar falando de embarca o lan ar Ancora nessas acp o voc vem do cat sorgir sXIID e este do lat surg re segundo Corominas a evolu o sem ntica do lat surg re levantar se erguer se teria seu come o em frases como esta em lat navis surgit in portu a nave est erguida no porto donde a nave est quieta da a nave est fundeada deste sentido com aspecto durativo passaria para outro de aspecto pontual a nave surgiu a ncora a nave lan ou a ncora outra evolu o sem ntica para este verbo foi fazer se a nave ao mar partir tal acp pa
154. aziam carnagem tragiam pera a frota 476 47 Etimologia de carnar agem Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI carnagem de todas fazer aguoada lenha amp carnag de lobos marinhos G is I cap 35 p 68 IVPM XV LOPF 135 47 VH CPM XV carnagem LOPF 135 47 BLem XV carnagem LOPF MD CF XV carnagem LOPE Houaiss XV cf IVPM Obs RLor n o prop e antedata o AGC n o regista No corpus MD CF s o apresentadas cinco abona es para carnagem uma de LOPF duas da Estoria de Dom Nuno Alvares Pereyra e duas do Di rio de bordo de Fern o de Magalh es E se esta ltima obra porque posterior a LOPF n o merece an lise o mesmo j n o de pode dizer da Coronica do Condestabre o que neste caso provocaria antedata o Ap s confirma o na edi o verifiquei que a forma carnagem nas passagens em causa e a carnagem demostrava que era muyta gente posta em batalha e andando de h a parte a outra fazendo passar toda carnagem que era maa de passar pella ponte correspondia forma carriagem quer na edi o de 1911 de Mendes dos Remedios quer na de 1991 de Adelino de Almeida Calado O significado apresentado no vocabul rio da edi o de 1911 de o mesmo que multid o ou serie de carros e no gloss rio da de 1991 de grande n mero de carros para transporte bem diferente portanto desta passag
155. azom que seeria a el mui grande avantagem pera comprir sua voontade 137 16 Outras ocorr ncias 143 6 258 52 Etimologia do prov ant empachar do fr ant empeechier Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas OFIC CAVA CESA REIX VERT EMPARAMENTADA adj vb 1 decorar com paramentos colocar adornos ou enfeites A cama era bem emparamentada e a cubricama d hiiu tapete preto com duas grandes figuras de rrei e de rrainha na meatade 460 31 32 Etimologia part de emparamentar em paramento ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Atesta es simult neas BENF VERT Obs Houaiss regista apenas paramentar com data o de 1516 cf DBLiv BLem e MD CF registam emparametasse com abona o da CGE Verbo derivado com antedata o anterior face base registado por Houaiss O substantivo est atestado no s culo XIII ENCAMINHAR v 24 dirigir se e passando acerca da villa do Gronho que tiinha da parte d el rrei dom Pedro nom a p de cobrar e encaminhou pera a cidade 61 6 Outras ocorr ncias 85 19 86 34 115 7 154 58 151 50 165 7 169 16 246 47 250 29 254 86 259 58 59 284 34 357 61 62 362 36 370 35 383 6 7 384 37 440 49 50 451 8 478 32 505 69 526 31 Etimologia de en caminhar Tipo de unidade deriva o prefixal Atesta es simult neas BENF OFIC LEAL CAVA CESA REIS REIX LOPP VITA VERT SBER Obs A abund
156. b fut imperf pret m q p haver advir avehesse vb imperf conj haver advir aveho vb pronp vb pres ind pret perf avir advir avenha vb pres conj haver haveres averes vb nomc infp aventureiro Avetureiras Avetureiras adj nomp avindo advir aviindo adj vb ger avindo avir aviindo adj vb part Como conclus o posso dizer que o programa Lexicon uma ferramenta essencial para uma primeira listagem das palavras de um qualquer texto A sua interface de f cil percep o e permite uma escolha de entre v rias hip teses donde se destaca possibilidade de no menu das Ferramentas verificar o n mero de ocorr ncias mas sobretudo todas as Classes Gramaticais Esta elenca o que por vezes desvirtua completamente a pesquisa exige um trabalho redobrado e minucioso na sua correc o Apresenta ainda erros de classifica o uma vez que todos os pret ritos imperfeitos do indicativo terminados em avom excep o de quatro s o classificados como pret ritos imperfeitos do conjuntivo Apesar destas particularidades este foi o programa escolhido para a listagem de todas as palavras o que implicou seguir risca as recomenda es do ponto 3 9 3 dos seus autores Recomenda se que no final o utilizador verifique os casos de palavras hom nimas e que perten am a v rias classes gramaticais O programa Lexicon sem d vida um excelente instrumento de trabalho mas tamb m um instrumento de trabalho para manusear
157. bass s 678 158 achar s 292 1081 654 604 ebarat s 359 378 guard s 499 278 279 m dar s 531 1090 1089 pems s 204 728 e tomass s 562 699 698 Em Morais em duas vogas em duas remadas com abona o de Couto 5 4 I 26 Cf Morais s v gransolla 27 Cf Brocardo 1997 158 98 e P n Z Verifica se em alguns cap tulos uma deficiente numera o das linhas no formato em papel pelo que o n mero entre par ntesis rectos diz respeito edi o informatizada utilizada com muito maior frequ ncia e rapidez 63 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Nesta lista de palavras apenas se apresenta uma abona o de LOPF para cada entrada pois o objectivo assinalar a sua ocorr ncia na obra No entanto v o indicadas todas as localiza es onde podem ser encontradas Outra indica o base desta lista s o as atesta es simult neas de obras que surgiram ou poder o ter surgido na mesma poca E se em alguns casos pela data o das obras podemos apresentar alguma certeza nas afirma es noutros a d vida de quem foi o introdutor faz algum sentido Assim perante a ocorr ncia de uma palavra em v rias obras podemos identificar tr s situa es 1 Pela sua data o anterior a Lopes por exemplo LOPF face a AVES GRAL ou ORTO Nestes casos com data o anterior segura a palavra automat
158. bismos do portugu s Biblos XVII tomo Il Coimbra pp 601 612 225 Refer ncias Bibliogr ficas WILLIAMS Edwin 1986 Do Latim ao Portugu s fonologia e morfologia hist ricas da l ngua portuguesa Trad port de Ant nio Houaiss Rio de Janeiro Tempo Brasileiro YEBRA Valent n Garc a 2004 Traducci n y enriquecimiento de la Lengua del traductor Madrid Gredos 226 ndice anal tico da Cr nica de D Fernando e da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ANEXO ndice anal tico da Cr nica de D Fernando e da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 221
159. boa Ag ncia Geral das Col nias ERNOUT Alfred 1974 Morphologie historique du latin Paris Klincksieck ESTRADA Francisco L pez 1987 Introducci n a la literatura medieval espa ola Madrid Gredos FERREIRA Jos de Azevedo 1995 Subs dios para o estudo da forma o da prosa em Portugal Actas do XIX Col quio Internacional de Lingu stica Funcional Coimbra Faculdade de Letras pp 51 57 FREIRE Ant nio 1983 Li es de Filologia e L ngua Portuguesa Braga Faculdade de Filosofia FREIRE Ant nio 1984 Helenismos Portugueses Braga Publica es da Faculdade de Filosofia G NDAVO P ro de Magalh es 1981 Regras que ensinam a maneira de escrever e a ortografia da l ngua portuguesa Lisboa Biblioteca Nacional GEADA Maria Em lia Duarte 1964 Fern o Lopes e a influ ncia de Pero L pes de Ayala na Cr nica de D Fernando Outras fontes Coimbra disserta o de Licenciatura 220 Refer ncias Bibliogr ficas GODINHO Vitorino Magalh es 2004 Portugal a Emerg ncia de uma Na o Das Ra zes a 1480 Lisboa Edi es Colibri HERNANDEZ H ed 1994 Aspectos de Lexicograf a Contempor nea Barcelona Bibliograf Universidad de Murcia HIGHET Gilbert 1954 La tradicion clasica influencias griegas y romanas en la literatura occidental Trad esp de Antonio Alatorre M xico Fondo de Cultura Econ mica Hist ria da Expans o Portuguesa Vol 1 1993 Direc o de Francisco Beth
160. bs Antedata o em obra do mesmo autor O substantivo ramalho est atestado em 1616 derivado de ramo j no s culo XIII Ainda sem registo no CIPM RECOSTO s m 1 terra elevada em encosta escarpa E quys Deus que hymda ganhar o ho porto e hii rrecosto que se hy fazia 597412 Etimologia regr de recostar Tipo de unidade deriva o impr pria Registos JPM XVI segundo Morais AGC XVI BLem XV rrecosto ZURD MD CF XV rrecosto ZURD Houaiss 1597 cf MonLus Obs Houaiss remete para a forma feminina recosta datada do s culo XIII segundo o FichIVPM registo tamb m comprovado pelo VH CPM Ambas as formas s o derivadas do verbo recostar cuja data o de 1572 O que se verifica no caso da forma feminina um registo de tr s s culos antes da forma derivada antes da primitiva 333 Forma classificada como vb part e lematizada para o verbo rachar 334 Para Houaiss s culo XV 335 Passagem repetica em ZURP Cf abona o 681 241 242 201 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses RECRESCIMENTO s m 1 aumento Por porque o comde semtio que elle nom poderia tambem sahyr pello rrecrecimemto dos mouros 283 863 Etimologia de recrescer com alt da vogal tem tica e gt i mento Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1813 BLem XV rrecrecimemto ZURP MD CF XV rrecre imemto Z
161. bs Primeira abona o dada por Morais Se h palavras que com o passar do tempo e com o estudo e conhecimento de mais obras v o sendo antedatadas outras h que s o identificadas logo como primeiras atesta es como o caso desta que conta com quase dois s culos PROPOEDOR s m 1 aquele que prop e proponente os quaaes fallando em esto forom tanto per seu feito em deante que sse firmarom todos em consselho de lho dizer enlegendo logo por seu capitam e propoedor por elles hiiu alfayate que chamavom Fernam Vaasquez homem bem rrazoado e geitoso pera o dizer 210 27 Etimologia de propor propoer dor Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV propoedor LOPF 60 27 BLem XV propoedor LOPF MD CF XV propoedor LOPF Obs Bom exemplo para refor ar a ideia de dom nio das regras de forma o de palavras com base em processos internos da morfologia O verbo est atestado no s culo XIII RECOSSO s m 2 de recuo ca honde aa primeira eram tantas por tantas e mais cinquo de rrecosso que as de Portugall tiinham ficarom estonce todas iguaaes e cinquo de melhoria aos castellados 443 8 tragia as gallees todas em escalla iguaaes em batalha e el na meatade e como chegarom h uas aas outras aferrou cada h iua com sua e duas de cada parte afastarom sse de rrecosso e honde compria mostravom sua ajuda 444 28 Etimologia 7 Tipo de unidade Reg
162. ca de D Pedro de Fern o Lopes Edi o cr tica introdu o e ndices com revis o do texto por Teresa Amado Lisboa IN CM MACHADO Jos Pedro 1967 Origens do Portugu s Ensaio Lisboa Sociedade de L ngua Portuguesa MAIA Clarinda de Azevedo 1986 Hist ria do galego portugu s Estado lingu stico da Galiza e do noroeste de Portugal desde o s culo XIII ao s culo XVI Coimbra INIC MAIA Clarinda de Azevedo 1994 O tratado de Tordesilhas algumas observa es sobre o estado da l ngua portuguesa em finais do s culo XV Biblos LXX 33 91 MAIA Clarinda de Azevedo 1997 Hist ria do galego portugu s Estado lingu stico da Galiza e do noroeste de Portugal desde o s culo XIII ao s culo XVI Lisboa Gulbenkian MARQUES A H de Oliveira 21985 Hist ria de Portugal vol I Das Origens ao Renascimento Lisboa Palas Editores MARQUES A H de Oliveira 1971 A sociedade medieval portuguesa Aspectos da vida quotidiana Lisboa S da Costa MARTINS Ana Maria 2001 Documentos Portugueses do Noroeste e da Regi o de Lisboa Lisboa INCM MARTINS Jos V de Pina 1970 Sobre o Conceito de Humanismo Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian MARTINS Jos V de Pina 1974 Cultura Portuguesa Lisboa Editorial Verbo MATEUS M Helena Mira 2010 Vida e Feitos de J lio C sar II volumes Edi o cr tica da tradu o portuguesa quatrocentista de Li fet des Romains Lisboa Funda
163. ca o registo gr fico do derivado antes da primitiva Ainda sem registo no CIPM ENFEITI AR vb 2 submeter a ac o de feiti o seduzir embruxar nem el nom avia por que lhe teer esto a mall ca nom quiriam perder h u tam boom rrei como elle por h ua maa molher que o tiinha enfeiti ado 210 50 Outras ocorr ncias 232 35 Etimologia de en feiti o ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos AGC 1614 SGong 1 354 175 VH CPM XV enfeiti ado LOPF 60 50 BLem XV enfeiti ado LOPF MD CF XV enfeiticado LOPE Houaiss XV cf FichIVPM Obs um dos casos em que se utiliza primeiro o partic pio e s depois as formas finitas do verbo Segundo o VH CPM feiti o como substantivo encontra se atestado no s culo XIV TROY 17 39 e PART IV 938 embora Houaiss n o indique data o o mesmo para feiticeira REIX 11 158 98 no VH CPM uma vez que o s culo XV apresentado para a classifica o de 22 Forma lematizada para o verbo encal ar 2 Veja se a opini o de Robert Verdonk face ao CORDE p 23 225 A f hist do verbo enfeiticar comprova esta situa o Cf introdu o de Houaiss ponto 4 3 3 1 142 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando adjectivo JPM havia j indicado o mesmo s culo A data de AGC continua tardia corrigida de 1813 na 1 edi o para 1614 no suplemento da 2 O substantivo est atestado no s
164. cam se no entanto as localiza es das respectivas classifica es e significa es Em alguns casos o trabalho seria demorado e eventualmente pouco prof cuo pois em vez de um n mero 75 para duas classifica es de poder nome e verbo ter amos dois por hip tese 50 nomes e 25 verbos Casos como da da se se que podem ser prep e vb n o foram trabalhados Nos casos de desambigua o entre as preposi es e os nomes por exemplo par por par e os adv rbios e adjectivos por exemplo preto perto preto o n mero de ocorr ncias dos segundos efectivo ou sejam foram exclu dos da contagem as preposi es e os adv rbios Assim das 6 ocorr ncias de par apenas se indica 1 para o nome LOPF 508 30 e das 13 de preto apenas se indicam as 3 que t m efectivamente a fung o de adjectivo LOPF 166 22 460 32 592 40 No campo da localizag o apresentada a primeira ocorr ncia salvo se o significado n o for claramente expl cito na classifica o gramatical ou significa o Nestes casos procurei apresentar uma localiza o inequ voca Por exemplo no caso de cuidado classificado gramaticalmente como nome com o significado de preocupa o entre a primeira ocorr ncia eviinham os falcoeiros e outros que de fazer aves tiinham cuidado 4 41 42 e a segunda El rrei de Navarra posto em gram cuidado por a promessa que feita avia a el rrei dom Henrrique 19 3 4 preferi esta ltima
165. cipres de dona 166 30 2 revestimento da parte superior da armadura de um cavaleiro As armas mandou el rrei mudar a esta guisa do cambais mandou que fezessem jaque e da loriga cota e da capelina barvuda com camalhom e os que eram bem armados haviam de teer barvuda com seu camalho e estofa e cota e jaque e coxotes e canelleiras franceses e luvas e estoque e daga e grave 305 58 61 3 tipo de gib o muito usado pelos homens nobres esp cie de casaco curto semelhante ao colete Em aquell dia aa tarde depois que dan arom e ouverom vinho e fruita mandou o conde por h ua cota muito lou a e h u bulhom bem guarnido a guisa de basalarte e por h ua faca mui fremosa que lhe trouverom de Ingraterra e deu todo ao iffante 365 17 Etimologia do fr cotte Tipo de unidade importac o galicismo Atesta es simult neas CART 180 LEAL 224 23 acep o 2 CESA 111 15834 2 acep o 1 VERT 112 33 acep o 1 Obs Para a acep o 1 e 3 parte superior da indument ria feminina e masculina respectivamente Para a acep o 2 de car cter mais militar O IVPM apenas indica a terceira acep o onde engloba todas as obras Houaiss para todas as acep es cf cota apresenta o s c XVI remetendo para AGC No IVPM o pr prio Cunha apresenta 11 abona es todas do s culo XV O VH CPM omite a abona o de CART LOPO e MMM Antedata o face a Houaiss 79 111 3 Eventual novidade de pallavra
166. co Nova Fronteira da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro Editora Nova Fronteira CUNHA Ant nio Geraldo da 1986 1994 ndice do Vocabul rio do Portugu s Rio de Janeiro Funda o Casa de Rui Barbosa tr s volumes publicados letra A 1986 letras B C 1988 e letra D 1994 Diccionario de la Lengua Espa ola 1992 Madrid Real Academia Espa ola Diccionario da Lingoa Portuguesa 1793 Lisboa Academia Real das Ci ncias de Lisboa FERREIRA A Buarque de Holanda 1999 Novo Aur lio S culo XXI O Dicion rio da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira FIGUEIREDO C ndido de 1996 Grande Dicion rio da Lingua Portuguesa Venda Nova Bertrand GAFFIOT F lix 2000 Dictionnaire Latin Fran ais Paris Librairie Hachette Nova edi o revista e aumentada sob a direc o de Pierre Flobert GONZ LEZ SEOANE Ernesto dir 2006 Dicionario de Dicionarios do Galego Medieval anexo 57 da revista Verba Universidade de Santiago de Compostela Dicion rio Eletr nico Houaiss da L ngua Portuguesa vers o 2 0 2007 HOUAISS Ant nio 2003 Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa Lisboa Temas amp Debates MACHADO Jos Pedro 1991 Grande Dicion rio da L ngua Portuguesa Lisboa Publica es Alfa MACHADO Jos Pedro 1994 Estrangeirismos na l ngua portuguesa Lisboa Editorial Not cias MACHADO Jos Pedro 1995 Dicion rio Etimol gico da L ngua Portuguesa Lisboa Livros Horizonte 5
167. coll D El Rrey de Castella P Men I cap 9 nos In d Hist I p 509 AGC XV BLem XV escoll ZURP MD CF XV escoll ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs Sem registo no VH CPM apesar da ocorr ncia em AGC e remiss o de Houaiss para o FichIVPM O verbo est atestado no s culo XIII ESPADIM s m 1 antiga moeda portuguesa e se comtar mais adiamte omde fa llarmos na mudac que fez este rrey dom Affomso que este llyvro mamdou escrever destes rreays br cos amp outra moeda mais bayxa a que chamar o espadis 525 943 942 Etimologia de espada im Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV fez este Rey Dom Affomso que este Livro mamdou escrepver destes rreaes brancos em outra moeda mais baixa a que chamarom Espadins P Men cap 81 nos In d Hist IL p 447 AGC XV BLem XV espadis ZURP MD CF XV espadis ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs Em AGC forma lematizada para espada mas apenas com significado de arma branca e sem registo no VH CPM apesar da remiss o de Houaiss para o FichIVPM O substantivo est atestado em 954 ESPIG O s m 1 parte mais elevada topo Gomeallo Velho como vio que hera socorrido tornou llogo a coyra a omde achou jaa hii mouro sobre ho espigam do muro 472 722 Etimologia de espiga o Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI
168. com algum cuidado Relativamente Lematiza o de Textos Medievais Portugueses vers o 4 0 edi o de Jos Barbosa Machado UTAD 2002 2007 ela apresenta se sobretudo como um material 48 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 extenso pela quantidade de obras que fazem parte do corpus de extrac o e automaticamente da listagem de todas as palavras nelas contidas neste tipo de lematiza es que se v o resultado puro e duro do que os referidos programas s o capazes de fazer em segundos talvez minutos devido s suas extens es neste caso s o 6451 p ginas antecipando os resultados em um intervalo de tempo incomensur vel quando feito m o numa leitura e an lise t o rigorosas e cansativas quase como desesperantes A exist ncia destes trabalhos contribuem para o enriquecimento do estudo do portugu s m dio e s o uma mais valia para os investigadores na medida em que passam a dispor de mais ferramentas de trabalho O nico sen o dir respeito confian a progressiva que vamos depositando nas m quinas esquecendo as recomenda es do ponto 3 9 3 dos autores do programa Lexicon A este prop sito veja se por exemplo na Lematiza o de Barbosa BLem a classifica o do adv rbio eram atestado em LOPF sob a forma eramaa como imperfeito do indicativo de ser com a indica o de vb pronp p 5612 a classifica o do substantivo follosa como feminino do
169. confus o na classifica o gramatical desta palavra Das tr s ocorr ncias registadas em LOPF e apresentadas acima em nenhuma situa o se verifica a utiliza o como verbo como sugere BLem AGC e o VH CPM identificam correctamente a classe de adjectivo nas duas primeiras ocorr ncias e de substantivo na ltima verdade que esta classifica o parece for ada mas se tivermos em conta o significado de m f infidelidade parece aceit vel Falta pois a JPM e sobretudo a Houaiss a introdu o desta classifica o O substantivo est atestado em 1111 e o verbo no s culo XIIL FLECHEIRO s m 5 soldado que fazia uso de arco e flecha seteiro assi que eram per todos dez mill hom es d armas e outros tantos frecheiros 25 19 Outras ocorr ncias 26 41 43 79 421 14 453 61 Etimologia de flecha eiro Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC c1539 frecheiro JCasD 90 8 VH CPM XV frecheiros LOPF 6 19 BLem XV frecheiros LOPF LOPJP LOPJP MD CF XV frecheiros LOPF Houaiss XV frecheiro cf FichIVPM Obs Em JPM apenas o registo e a indica o na entrada flecheiro s De flecha O substantivo flecha est atestado no s culo XV embora a sua variante frecha da qual depende este derivado seja do XIV FORREJAR vb 2 o mesmo que forragear ceifar forragem e per esta guisa os capitades que com el rrei dom Henrrique viinham estendiam sse pel
170. conta a sua finalidade de ser um Vocabul rio Hist rico Cronol gico pois apresenta informac o desactualizada uma vez que foi publicado depois de obras de refer ncia como o Dicion rio Houaiss os Dicion rio Etimol gicos de Jos Pedro Machado e Ant nio Geraldo da Cunha onde j consta informa o correta e bem mais antiga em algumas situa es como o caso por exemplo da palavra sala com cinco s culos de diferen a Em resumo a ideia que mais prevalece a de o VH CPM parecer uma simples digitaliza o aqui e ali deficit ria das fichas do vasto acervo de Ant nio Geraldo da Cunha sem qualquer interven o cr tica por parte da equipa que o produziu A n o inclus o de algumas obras no corpus de extrac o como o caso da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara permite tamb m algumas antedata es quer ao VH CPM porque o IVPM n o a utilizou quer ao pr prio Houaiss que seguiu o mesmo princ pio 41 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 O avan o da tecnologia e o crescente interesse pela lexicografia produziram nas ltimas d cadas um sem n mero de materiais de trabalho desde dicion rios on line corpora informatizados ndices directos de formas de variadas obras ou lematiza es de textos antigos bem como programas inform ticos espec ficos para a realiza
171. criado por Lopes Ainda sobre a data o do verbo arrancar Houaiss indica as datas de 1188 1230 remetendo para JPM e apresenta na f hist rancauerit como sendo a mais antiga atesta o al m de duas outras uma do s c XIII arr car e outra do s c XIV arincar S o evidentes as diferen as de registo entre estas formas com a primeira a evidenciar ainda marcas claras do sistema verbal latino A serem estas marcas de cariz evidentemente latino consideradas para data es de palavras da l ngua portuguesa deveria Houaiss ter levado em conta a informa o apresentada por RLor p 29 que JPM aproveita sem citar ao antedatar este mesmo verbo para o ano de 1114 com abona o do mesmo documento qui autem arrancauerit armas in uilla perdat eas Leges 360 10 O verbo est atestado em 1188 1230 ARREPICAR vb 1 repicar tocar E assi foi de feito ca logo como souberom na villa que elle era preso meterom mado a arrepicar os signos 610 21 Etimologia JPM RLor AGC e Houaiss apenas apresentam o verbo repicar de re picar com registo desde o s c XIV e n o a variante precedida do a prot tico fen meno com representa o ao longo dos v rios per odos da l ngua aqui registada pela primeira vez em LOPF Sobre a etimologia do verbo picar encontra se em Houaiss uma completa explica o voc de cria o expressiva formado a partir de uma base onom pic ou picc golpe ar
172. cronologicamente ferramenta que me parece poss vel e de introdu o f cil nos tempos actuais verdade que o VH CPM apresenta uma hip tese de pesquisa por data o cronol gica Por m ela refere se apenas primeira data o de cada verbete n o permitindo ordenar os v rios registos de data o que dentro dele se encontram 34 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM Por exemplo ao procurar informa es sobre o verbo adorar tendo seleccionada a op o Portugu s Actual o que nos apresentado uma lista de 42 abona es com data o alternada entre o XV e o XIV para chegar 43 e 44 precisamente pen ltima e ltima e perceber que afinal o verbo adorar tamb m tem registo no s culo XIII nas CSM O modelo seguido no CD ROM n o teve pois em conta o esquema a que Cunha tinha dado prefer ncia no IVPM claramente cronol gico e n o alfab tico como se pode verificar na informa o obtida do mesmo verbo adorar onde apresenta os registos cronologicamente iniciando precisamente pelo s culo XIII Foram mais as op es que divergiram do trabalho de Cunha Por exemplo no que diz respeito a informa es sem nticas de entradas hom nimas que constam no IVPM elas foram simplesmente ignoradas agrupando agora o VH CPM tudo na mesma entrada Repare se por exemplo na informa o pertinente que foi eliminada no caso da palavra ala em que no IVPM s o apresentadas tr s entradas c
173. culo XV 9227 ENSECAR vb 1 p r ou ficar embarca o em seco encalhar Joham Focim quando vio que as gallees rremavom pera terra e que o almirante nom curava d aferrar com ellas desejoso de bem fazer terreou tanto por dar em h ua gallee ante que ensecasse que sse ouvera de perder e nom lhe pode fazer nojo 262 38 Etimologia de en seco ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos RLor XV terreou tanto por dar em huuma gallee ante que emsecasse D Fernando 1 192 VH CPM XV ensecasse LOPF 74 38 BLem XV ensecasse LOPF MD CF XV ensecasse LOPF Houaiss XV emsecar cf FichIVPM Obs RLor apresenta a obra de LOPF como primeira atesta o para o verbo ensecar com a indica o de que JPM n o apresenta documenta o para a palavra averbada 1956b sem doc y Em JPM n o se encontra averbada a entrada ensecar O adjectivo est atestado no s culo XIII Ainda sem registo no CIPM ENTESOURAR vb 2 guardar como tesouro acumular o primeiro gastamento em grande cantidade d ouro e prata que antiigamente pellos rreis fora entesourado do quall por aazo d ella foi a Aragom levada mui gram soma d ouro como ja teendes ouvido 187 7 Outras ocorr ncias 191 126 Etimologia de en tesouro ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos AGC XVP VH CPM XV entesourado LOPF 55 7 enthesoura
174. da palavra agu a LOPF 44 101 73 7 que no gloss rio da Vida e Feitos de J lio C sar elaborado por Maria Helena Mira Mateus com nova publica o pela Funda o Calouste Gulbenkian Mateus 2010 II volume tem o significado de pau agu ado e na Cr nica de D Fernando o de cuidado interesse dilig ncia o caso da palavra ad bio LOPF 321 68 que o IVPM remete para adubo apresentando este duas acep es com o significado de adorno ornamento e condimento tempero bem diferentes daquele que ocorre na cr nica de Lopes arranjo repara o Assim o que se verifica que cada gloss rio regista apenas a acep o que mais se adequa ao contexto da obra Acontece tamb m outra situa o com algumas palavras como o caso de grave Est registada nos gloss rios como adjectivo duro penoso mas o que para mim pertinente encontra la registada como substantivo E depois quando se encontra com essa classifica o 51 11 3 ndice Anal tico de LOPF e ZURP verificamos que ainda n o bem essa que faz sentido no texto em an lise aqui que a investiga o produtiva e permite acrescentar algo de novo ao gloss rio que se vai construindo Assim depois de redobradas duplas sensa es e encorajado pela observa o de Macchi sobre a falta de gloss rios organizados para todas as cr nicas de Fern o Lopes LOPP IN CM 2004 p LXIX autor incontorn vel para o e
175. dade plebe ral arraia mi da Prendestes me como nom deviees disse elle mas pois assi he leixaae viir a arraya meuda das vinhas ca elles me tirar m d aqui 609 19 Etimologia do r ar raHya rebanho p ext ovelhas da igreja s bditos plebe Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV arraia No s c XIV por cit de F L J L cap 43 p 86 Desta guisa se levamtarom os poboos em outros lugares seemdo gramde cisma e divisom amtre os gramdes e os pequenos O qual ajumtamento dos pequenos poboos que se estom e assi jumtava chamavom naquell tempo arraya meuda Deste passo parece deduzir se que no tempo de F L a locu o teria menos uso hoje por m corrente pelo menos em Lisboa IVPM XV arraya meuda LOPF 177 19 LOPJI 75 22 VH CPM XV arraia LOPF 177 19 LOPJI 75 22 BLem XV arraya LOPF LOPJT LOPJP arraia LOPJ P MD CF XV arraya LOPF Houaiss XV arraya meuda cf IVPM Obs Com este significado a primeira utiliza o deste voc bulo parece ser na express o arraya meuda nas duas obras de Lopes JPM destaca a antiguidade do uso oral face ao registo escrito com a dedu o acima apresentada Esta uma boa palavra para demonstrar como o VH CPM n o aproveitou informa o contida no IVPM Neste Cunha apresentou a palavra arraia com quatro entradas diferentes dando o respectivo significado para cada uma
176. das a outra tamb m na p 18 linha 20 206 Cf p 17 linha 24 e p 156 linha 24 134 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Etimologia de c c ar com justifica o de talvez pelo esp cecear 1272 1284 der do nome da letra com a acp pronunciar o s como c Corominas Tipo de unidade importa o castelhanismo Registos JPM XV cecear homem de boom corpo bramco e ruivo e ce eava huum pouco na falla F L F cap 24 p 69 AGC XV cecear IVPM XV LOPF 24 11 VH CPM XV ceceava LOPF 24 11 BLem XV ceceava LOPF MD CF XV ceceava LOPF Houaiss XV cf IVPM Obs Um dos problemas de pesquisa dos corpora informatizados como o MD CF ou o CORDE que s reconhecem a palavra exacta pelo que se torna dif cil procurar formas informa o retirada de flexionadas dos verbos O mesmo se pode dizer relativamente a palavras mais antigas que apresentam v rias grafias S o seu conhecimento exacto permite a sua pesquisa Neste ponto m rito para o VH CPM que tanto na pesquisa para o portugu s actual como para o portugu s medieval poss vel ver o surgimento das v rias formas medida que v o sendo digitadas as letras Ainda sem registo no CIPM CIPRE s m 1 perfume de Chypre e rreligairos e anees d ouro e camafeus e outras joyas de gram pre o afora sayas e cotas e cipres
177. das en el siglo XV o incluso antes Como mero exemplo desta desactualiza o dos dicion rios nomeadamente de Corominas fui procurar a palavra cisterna que tamb m se encontra atestada na Cr nica de D Fernando 11 14 O Dicion rio regista o seguinte tomado del lat cist rna d derivado de cista cesta 1 doc cistierna h 1350 Poema de Alfonso XI 1963 cisterna 1570 C de las Casas en Apal 78d figura solamente como voz latina Ora o CORDE regista tr s ocorr ncias anteriores da referida palavra em 1200 Almerich na obra La fazienda de Ultra Mar em 1250 An nimo na obra Vidal Mayor e em 1275 Alfonso X na obra General Estoria Primera parte Assim apesar de ser no Renascimento que se verifica a grande entrada de latinismos na L ngua Portuguesa nomeadamente com Cam es n o menos verdade que muitos outros faziam j parte do l xico do s culo XV Partindo dos latinismos apresentados por Corr a da Silva e num levantamento r pido verifiquei que em Fern o Lopes j se encontram atestados avondoso contrairo fruta inimigos mover pacificamenente pot ncia e em Zurara por exemplo feroz fuzilar humano ou vulgar Depois tendo por base o Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa parece que algumas palavras a registadas com data o do s culo XVI j est o nos autores do XV Estou a falar de palavras por exemplo como begue que Houaiss regista como entrada de Frei Ant nio de Gouvei
178. data o a JM 114 111 4 Novidade de pallavras no portugu s do s culo XV 4 Novidade de pallavras no portugu s do s culo XV Metodologia ficha de palavra O resultado do ndice Anal tico elaborado foi uma listagem de palavras que foram sendo eliminadas ou porque a sua data o tendo por base o Dicion rio Houaiss era anterior Cr nica de D Fernando ou Cr nica do Conde D Pedro de Meneses consoante os casos ou porque eram de registo simult neo e por isso englobaram se na lista anterior Para as restantes pelo que pude apurar encontram a sua primeira atesta o em uma destas cr nicas de Lopes e Zurara Assim foi elaborada uma ficha de palavra constitu da pelos seguintes pontos ENTRADA classifica o gramatical n de ocorr ncias significado Etimologia Tipo de unidade Registos Obs Entrada Para a entrada de cada palavra s o apresentadas quatro informa es respeitando a seguinte linearidade lema da forma normalmente no portugu s actual em mai sculas ALF LOA classifica o gramatical s f o n mero de ocorr ncias entre par ntesis curvo 1 e por ltimo o significado massa de a car A seguir a cada entrada apresenta se a respectiva abona o Para as restantes ocorr ncias apenas se indica a localiza o Etimologia Sobre o campo da etimologia s o quatro os dicion rios de refer ncia para a pesquisa Houaiss Machad
179. de D Fernando TRASFEGO s m 1 a o ou efeito de trasfegar trasfega trasfegadura Dona Maria avia ja ante d esto rrecebidas novas d alg us de casa d el rrei assi parentes como criados hiius d ouvida e outros de presum om do trasfego que sse come ava d ordenar antr ella e o iffante percebendo a que sse avisasse e seendo torvada por taaes rrazo es estonce o foi muito mais quando vio o rrecado do filho 366 44 Etimologia regr de trasfegar mas de origem obscura segundo Houaiss Corominas com d vida prop e como hip tese dois timos para o esp trasegar 1493 antes trasfagar o mesmo que o port trasfegar o lat vulg transfricare ro ar prolongadamente manusear com dissimila o do segundo r ou o lat vulg transfaecare revolver as fezes de faex faecis fezes Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas 1436 Desc Port c349 31 Obs Houaiss d a indica o de s m SX VI cf DNLeFern m q trasfega s f 1858 cf MS ac o ou efeito de trasfegar trasfegadura trasfego pelo que se trata de uma antedatac o Para Kremer em 1366 O verbo est atestado no s culo XIV VASILHA s f 1 vaso para guardar l quidos pipa tonel barril e aas portas paredes travessas e pontes levadi as e cadafaises e fornece llos d armas e cubas e d outras vasilhas segundo os logares honde cada h us eram 11 16 Etimologia do b lat vasili
180. de conduzir seguramente uma embarca o no mar Ora disse o comde se vos quiserdes filhar carrego desta pillotag e emtrar com hiia nossa barca de mer cadoria de dia no porto 423 889 886 Etimologia de pilotar agem Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC XVI BLem XV pillotag ZURP MD CF XV pillotag ZURP Houaiss 1552 cf JBarD Obs JPM apenas regista piloto O verbo esta atestado em 1881 PORTALECER vb 1 aparecer no alto de uma portela passagem estreita entre montanhas E em esto chegar o outros mouros e rremessaram lhe o cavallo e matar ho e em caymdo foram os mouros sobre ho escudeyro e premder no Mas Deus pare ee que se quis lembrar delle e quis que ho comde portalle esse naquella hora omde ho tinh pello qual em breve foy leixado dos ymigos 614 822 Etimologia de portela ecer Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV portalle esse ZURP MD CF XV portallecesse ZURP CIPM portallecesse ZURP Obs Import ncia do estudo lexical de obras ainda n o trabalhadas e dos corpora informatizados nas antedata es O substantivo est atestado em 919 199 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses PUSIL NIME adj 2 fraqueza moral covarde medroso O companha pusylanyma de cora es molharigos e afiminados dezei me por que chorades 218 78
181. de de pallavras na Cr nica de D Fernando A palavra primitiva barroca monte de barro datada do s c XIII por JPM AGC e Houaiss mas incompreensivelmente do XV para IVPM e por defeito para o VH CPM Repare se que o voc bulo introduzido no suplemento segunda em 1986 mas n o actualizado no segundo volume do IVPM letra B C em 1988 O substantivo est atestado no s culo XIII BASALARTE s m 1 espada pequena adaga Em aquell dia aa tarde depois que dan arom e ouverom vinho e fruita mandou o conde por hiua cota muito lou a e h u bulhom bem guarnido a guisa de basalarte e por h ua faca mui fremosa que lhe trouverom de Ingraterra e deu todo ao iffante 365 18 Etimologia Para Corominas voz de existencia dudosa 1 doc hasta 1300 Tipo de unidade importa o castelhanismo Registos IVPM XV LOPF 102 18 VH CPM XV basalarte LOPF 102 18 BLem XV basalarte LOPF MD CF XV basalarte LOPF Obs JPM RLor AGC e Houaiss n o registam esta palavra O IVPM apresenta o significado de veste mas neste caso penso aplicar se mais a acep o de arma de guerra como se verifica no Glosario de voces de Armer a em que se apresenta o significado de arma punzante com duas abona es do Cancionero de Baena e como refere tamb m Salvador L pez Quero 2 Es poco relevante la variedad de armas en el Cancionero Se han podido docum
182. de dona 166 31 Etimologia Tipo de unidade Registos IVPM XV LOPF 49 31 VH CPM XV cipres LOPF 49 31 BLem XV cipres LOPF MD CF XV cipres LOPF Obs Apenas registado em CF com d vidas no significado e na atribui o de g nero m ou f y e cita a abona o de LOPF COBRICAMA s f 1 coberta da cama A cama era bem emparamentada e a cubricama d h u tapete preto com duas grandes figuras de rrei e de rrainha na meatade todas d aljofar graado e mea o 460 32 Etimologia segundo Houaiss agl do snt cobre cama determinada pela perda de tonicidade do el cobre o que levou a ser grafado com i em lugar de e Tipo de unidade composi o IVPM XV LOPF 130 32 1452 LOPO 19 7 VH CPM XV cubricama LOPF 130 32 27 Cf sv ce linhas 14 a 23 onde Corominas apresenta a data 1272 84 Gral Est I 302b1 208 T ematizado para cobrecama 135 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando BLem XV cubricama LOPF MD CF XV cubricama LOPF Houaiss Obs No IVPM e no VH CPM que omite a abona o de LOPO est o precisamente lematizadas para cobrecama sem perda da tonicidade do primeiro elemento como refere Houaiss na etimologia Este n o apresenta no entanto data o para esta palavra O verbo e o substantivo est o atestados no s culo XIII COLMEIRO s m 1 molho de colmo ou de pal
183. desde dicion rios etimol gicos cronol gicos vocabul rios lematiza es corpora informatizados ou programas inform ticos de concord ncia Assim 0 que se pretende neste campo apresentar as ocorr ncias de cada palavra cuja primeira atesta o ocorra em LOPF ou em ZURP Ser o tamb m adicionalmente indicadas as ocorr ncias nas outras obras de Lopes LOPP LOPJT e LOPJ e Zurara ZURC ZURG e ZURD deixando de fora todas as indicac es referentes a obras posteriores Para tal sirvo me particularmente de nove obras trabalhos para confirmar a efectividade do primeiro registo em LOPF e ZURP S o eles JPM Dicion rio Etimol gico de Jos Pedro Machado 3 edi o RLor Sobre cronologia do vocabul rio Galego Portugu s Anota o ao Dicion rio etimol gico de Jos Pedro Machado de Ramon Lorenzo 1968 AGC Dicion rio Etimol gico da L ngua Portuguesa de Ant nio Geraldo da Cunha 3 edig o 2 impress o 2007 IVPM ndice do Vocabul rio do Portugu s Medieval de Ant nio Geraldo da Cunha os tr s volumes publicados letra A 1986 letras B C 1988 e letra D 1994 VH CPM Vocabul rio Hist rico Cronol gico do Portugu s Medieval edi o em CD ROM vers o 1 0 publicado pela Casa Funda o Rui Barbosa tendo por base o projecto do IVPM de Ant nio Geraldo da Cunha 2007 BLem Lematiza o de textos medievais portugueses vers o 4 0 edi o de Jos Barbosa Machado UTAD 2002 2007
184. destas palavras n o t m ocorr ncia nas obras em an lise A sua indica o que n o resulta sequer de uma pesquisa apenas tem como objectivo mostrar o n o aproveitamento de informa o j recolhida pelo IVPM Apenas se indicam as iniciadas pela letra A Para as outras letras veja se a lista de Neologismos em ZURP cap tulo II 5 sempre que nos registos n o se encontrar a indica o VH CPM O Al m deste exemplo podemos ainda encontrar outras palavras que t m ocorr ncia em LOPF e que n o se encontram averbadas no VH CPM como frontar frontando em LOPF fulame fullame gaja gajas prior sanhudamente sanhudo sanhudos serventia vereador vestido ou vergonhosa 36 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM TERREI O VH CPM n o regista esta forma verbal do verbo ter mas apresenta a forma terrey registada em COND N o deixa de ser curioso que a frase onde ocorrem claramente uma das marcas do aproveitamento que Lopes fez de COND e qu do esto for eu terrey mays raz e aazo de vos fazer mercees COND 9c32 e quando esto for terrei eu mais rrazom e aazo de vos fazer mercees LOPF 438 47 48 B Palavras Averbadas a Sem abona o de LOPF L STIMA Um Vocabul rio Hist rico Cronol gico n o tendo como obrigatoriedade a indica o do registo da palavra em todas as obras deve pelo menos fazendo jus ao nome procurar indicar as formas hist ricas preferencialmente de
185. do Tamb m com registo feminino em VocRG p 65 e VocGV p 77 ss LOPES Fern o 1895 Chronica de El Rei D Fernando Lisboa Escriptorio vol I p 131 123 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Etimologia part de apavesar de a pav s ar Para Houaiss a origem est no it pavese 1340 proveniente da locu o scudo pavese escudo de Pavia cidade da It lia para o verbo pavesar apresenta a etimologia do it pavesare pavezare 1376 ornar com paveses o que torna o verbo denominal Em Corominas a explica o sendo semelhante mais completa palabra comum a todos los romances y lenguas europeas tomada del it pavee d de origen incierto al parecer id ntico a Pavese perteneciente a Pav a donde se supone que se fabricaron primero los paveses 1 doc 2 cuarto S XV Por la misma poca aparece el port pav s Como em It lia es m s antiguo que en los dem s pa ses y all es sumamente frecuente desde el S XIV el origen italiano puede darse por seguro Corominas apresenta ainda alguns derivados como pavesada pavesina empavesar empavesado Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos JPM XV apavesar e as mayores naaos estavom deante todas com as alcacevas contra o mar armadas e apavesadas F L J vol II cap 133 p nie AGC XV LOPF 133 12 IVPM XV part adj LOPF 133 12
186. do de pancada evidentemente posterior AGC XV BLem XV sova ZURP MD CF XV sova ZURP Houaiss XV cf InedHist Obs O verbo est atestado em 1552 338 Sobre esta data o JPM s v sova observa que pela data desta palavra deduz se que o uso do v deve ser mais ant do que a data para ele antes indicada XVI D c 205 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses SOBCOIXA s f 1 2 Partio todavia Joham Martiz c seu barinell essa noyte e foy a amaynar aal a sobcoixa do momte 353 233 Etimologia Tipo de unidade Registos BLem XV sobcoixa ZURP MD CF XV sobcoixa ZURP Obs Apenas encontrei esta palavra com registo em Morais com esta abona o de ZURP mas sem a atribui o de qualquer significado SURGIR vb 3 ancorar fundear E sendo amtre Larache e a Mamora quiseram aver terra por tomar sallto e a folla do mar hera tamta que o n poder fazer E afastamdo se por da terra surgir e n o passou gramde espa o quamdo vyram sahyr de Larache h a vella E Allvaro Fernamdez vogou a ella e filhou ha e hera h carevo em que tomar tres mouros e muita louca de Mallaga e pano e outra mercadoria E em tornamdo se pera domde partyr queremdo surgir outra vez vir como a fumdo de Larache amdava h a barca 601 502 507 Outras ocorr ncias 603 559 Etimologia do c
187. do lingu stico da forma morfologicamente diferente como os exemplos referidos por Teresa Brocardo chorades choraes 3 descreudos descridos estes procurarei adicionar outros Ainda sobre as op es do editor ao procurar uma fixa o do texto se bem que n o a nica s o por vezes tomadas decis es no sentido de preservar ao m ximo o manuscrito Nada a op r Todavia em trabalhos lexicais deste tipo ajuda nos o computador a isolar palavras aqui entendidas como uma sequ ncia gr fica delimitada por dois espa os em branco Daqui resultaram duas situa es de dif cil percep o A primeira ea voga para a qual n o encontrei solu o r pida ocorre nesta passagem Emquamto a galle girou pera hyr de ea voga sobre a barca as fustas pequenas for logo dereitamemte a ella e come ar de a combater 421 829 826 N o tendo d vidas que o elemento voga remada cria o ali s de Zurara era a base deste suposto e n o havendo informa o no aparato a solu o passou pelo confronto com a edi o publicada nos In ditos da Hist ria Portuguesa onde as palavras se encontram separadas Emquamto a galle girou pera hyr deca voga sobre a barca vol II p 399 Melhorou mas a ajuda foi pouca pois a leitura continuava sem sentido Duas hip teses a partir Cf Brocardo 1997 155 2 Cf Brocardo 1997 154 3 Cf Brocardo 1997 170 deca voga tamb m o registo q
188. do o conto d outros tantos que novamente tragiam a ella 138 53 Etimologia de fugir mento Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV fugimento LOPF 42 53 BLem XV fugimento LOPF 24 JPM s v orragear 25 Morais s v forrejar 236 Viterbo s v forrejar 257 Viterbo forte II 238 Morais s V forte s m 23 Em LOPF com 14 ocorr ncias como adjectivo Cf ndice Anal tico 147 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando MD CF XV fugimento LOPF Obs Substantivo apenas averbado em CF O verbo est atestado em 1224 HENRICADO adj 2 relativo a pessoa chamada Henrique E quando el rrei dom Fernando chegou a terra antre os seus disse com geesto ledo contra elles Quanto eu hanrricado venho E esto dezia elle porque a todollos que tiinham com el rrei dom Henrrique chamavom hanrricados 291 62 64 Etimologia do antr de Henrique ado Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV hanrricados LOPF 83 64 BLem XV hanrricado hanrricados LOPF MD CF XV hanrricado hanrricados LOPF Obs Houaiss regista apenas as variantes henriquenho 21899 cf CF e henriquino 1899 cf CF O antrop nimo Henrique 1334 1379 rei de Castela ORFANDADE s f 1 aus ncia de amparo desamparo priva o e sse novamente chegavom alg us posto adeparte todo fingimento fazia seu planto com elles
189. donzela Donzella duque Duque fa anha Fa anha faria Faria ferro Ferro furtado Furtado ilha Ilha leis Leis mercadores rrua dos Mercadores moor Moor novo Novo nova rua Nova novas Torres Novas outeiro Outeiro paredes Paredes pedra Pedra ponte Ponte de Lima porto Porto santa Santa Maria vaca Vaca velho Velho vitoria Vitoria Foram eliminados todos os Top nimos Apenas se apresenta a primeira localiza o para cada palavra com significado inequ voco H casos em que o sentido diferente mas tamb m aqui o objectivo indicar a ocorr ncia dessa diferen a pelo que se apresenta apenas uma localiza o conto grave corda coroa correr comprida s comprido s cunhada defeso descendo divido A Cr nica de D Fernando apenas possui um ndice Onom stico Cf Lematiza o de Textos Medievais Portugueses vers o 4 0 edi o de Jos Barbosa Machado UTAD 2002 2007 32 11 3 ndice Anal tico de LOPF e ZURP Por vezes nem sempre se afigurou de forma clara a classifica o gramatical sobretudo na distin o entre o partic pio passado e o adjectivo verbal Assim optei por considerar apenas partic pio vb P as formas que integravam quer tempos compostos como e emmendar os danos e malles que os destes rregnos ham rrecebidos ataa o tempo d ora LOPF 594 38 39 depois que ouve armadas vi
190. dos ZURP Houaiss XV atymorizado cf IVPM Obs Antedata o em obra do mesmo autor Ainda sem registo no CIPM O substantivo esta atestado no s culo XIII AZAGAIAR vb 1 alvejar com golpes de azagaia E os mouros vierom ally e azagayar tres bois 608 660 Etimologia de azagaia ada Tipo de unidade deriva o sufixal Registos IVPM XV azagayar ZURD 26 30 VH CPM XV azagayar ZURD 260 30 BLem XV azagayar ZURP azagayarem azagayar ZURD MD CF XV azagayar ZURP CIPM azagayar ZURP Houaiss XV azagayada cf IVPM Obs JPM apenas regista azagaia remetendo para zagaia Antedata o em obra do mesmo autor O substantivo est atestado no s culo XIV AZAMBUJAL s m 1 extenso aglomerado de azambujos zambujeiros E os nossos come ar de hos seguyr per hi azambujall basto 703 776 Etimologia de azambujo al Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV azambujall ZURP 2 Cf s v atemorizar Verbo datado a partir do partic pio 174 11 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses MD CF XV azambujall ZURP Houaiss 1540 acambujaes F lv 18 Obs Houaiss indica na etimologia como base deste derivado o masculino azambujo que no entanto apresenta datac o tardia c1508 ocorrendo o mesmo com azambujal 1540 Estar amos perante o registo gr fico de
191. doze ultramontanos e os outros itallicos aos quaaes perteencia o dereito de enleger e juntarom sse estes cardeaaes em alg us logares fallando apartadamente e aas vezes juntos quall d elles socederia em seu logo e nom concordavam em eleger pessoa ultramontana scilicet de Fran a ou de Ingraterra ou das Espanhas E faziam os ultramontanos de ssi duas partes 386 31 35 36 37 Etimologia de ultra montano Tipo de unidade deriva o prefixal Registos JPM XVII segundo Morais VH CPM XV ultramontana LOPF 107 35 ultramontanos LOPF 107 31 BLem XV ultramontana ultramontanos LOPF MD CF XV ultramontana ultramontanos LOPF LOPF Houaiss XV cf FichIVPM Obs RLor n o prop e antedata o Houaiss regista ultramontano como adj e s m no sXV mas alerta para o facto de a data o ser para o adjectivo embora na ltima ocorr ncia desta abona o se possa entender a sua utiliza o como substantivo pese embora o nome cardeais estar subentendido O adjectivo montano sem prefixo est atestado segundo Houaiss apenas em 1561 cf GBarCor o que prova que o registo escrito est muito aqu m do uso oral de determinadas palavras Tamb m JPM e AGC registam montano com data o do XVI 280 Para Houaiss do lat mont nus a um e para JPM do it ultramontano 164 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando 4 1 1 Coment rios 165 111 4 2
192. e palanque do mesmo radical palanc forma preferida do portugu s face ao espanhol embora tamb m assuma significado diferente estrado com degraus para espectadores de festas ao ar livre tablado Houaiss no entanto para palanque regista tamb m a acep o m q palanca fortifica o portanto mais aceit vel na forma o deste verbo O substantivo palanca est atestado em 1716 e palanque no s culo XV Ainda sem registo no CIPM P TERRA s m 2 pequena moeda de ouro do tempo de D Fernando O ouro que el rrei l mandou nom foi em pasta mas todo em moedas d as que elle mandara fazer quando novamente come ou de rreinar scilicet dobras das primeiras que chamavom pee terra 162 39 Outras ocorr ncias 189 77 Etimologia de p terra Tipo de unidade composi o Registos VH CPM XV pee terra LOPF 57 7 MD CF XV pee terra LOPF 21 Cf tamb m peitoril s v peito peirnear s v perna teso s v tender Este um processo que mistura as entradas quer por ordem alfab tica quer por bases ou ra zes Ser por esta raz o que RLor diz que a coloca o das palavras absurda no seu Dicion rio e feita duma forma peregrina o que faz perder muito tempo ao investigador p ID 248 Com registo em REIX INFA LOPJL ZURD 153 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Apenas encontrei registo em CF e Morais embora este remetesse par
193. e algo tomar conciencia de ello Tipo de unidade importa o castelhanismo Atesta es simult neas ESOP 140 Segundo Morais reprehender de algum v cio ou ac o malfeita e Viterbo vituperar arguir estranhar criticar repreheder abominar 141 E x 4 Segundo Morais censura repreens o nota e Viterbo nota mancha culpa defeito censura vituperio 104 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs A prop sito do Livro do Esopo Ivo Castro refere que Leite de Vasconcelos observa que o manuscrito sendo paleograficamente dat vel do s culo XV apresenta alguns arca smos de linguagem que levam a supor seja c pia de uma tradu o mais antiga s culo XIV Ainda sem registo no CIPM PRINCESA s f 1 mulher de pr ncipe El rrei dom Pedro mui ledo da rreposta foi entanto veer a princesa sua molher em h ua villa que dizem Guchesma 17 12 Etimologia do fr princesse Tipo de unidade importa o galicismo Atesta es simult neas BENF VERT Obs Pelas obras em que est atestado e mesmo pela etimologia tentador considerar se este termo mais pr ximo do franc s do que do latim Atribuir lhe no entanto a certeza de ser atrav s da tradu o para portugu s do Le Livre de Trois Vertus de Christine de Pizan que entra na l ngua algo mais dif cil de sustentar A poss vel proximidade da vers o para portug
194. e constam no IVPM e no VH CPM Os casos divergentes ser o indicados Apenas se indicam as localiza es das obras das primeiras quatro letras correspondentes aos tr s volumes 101 Apesar de algumas palavras como ala avanguarda cubelo defens vel desabafado escaramu a escaramu ar esquerdo forragem frontaria fronteiro ladeira ma ar reguarda requesta requestar salvo conduto tranca virot o vistoso terem ocorr ncias em COND esta obra aqui considerada apesar de se verificar um aproveitamento sistem tico por Fern o Lopes que a elegeu como importante modelo de discurso narrativo cf T Amado Tavani 1993 186 188 Da eventual evolu o gr fica das formas coincidentes se retirar o conclus es 66 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando publicados do IVPM no sentido de poder fazer uma compara o com o VH CPM Da letra E Z apenas se indica a obra onde a palavra tem ocorr ncia No campo da etimologia para as palavras formadas por deriva o apresenta se em letra redonda a base e em it lico os afixos Para a composi o ambos os elementos em it lico A lista do corpus das atesta es simult neas a que se segue BENF Livro da Virtuosa Benfeitoria D Pedro entre 1418 1425 CART Livro dos Conselhos de El Rei D Duarte Livro da Cartuxa D Duarte 1428 1438 CAVA Livro da Ensinan a de Bem Cavalgar Toda Sela D Duarte lt 1438 LEAL Lea
195. e cr nicas antigas Fern o Lopes e a Cr nica de 1419 Coimbra Universidade de Coimbra Acta Universitatis Conimbrigensis BATAILLON Marcel 1950 Erasmo y Espana estudios sobre la historia espiritual del siglo XVI Trad castellana de Antonio Alatorre M xico Fondo de cultura econ mica 218 Refer ncias Bibliogr ficas BATAILLON Marcel 1974 Etudes sur le Portugal au temps de l humanisme Paris Funda o Calouste Gulbenkian Centro Cultural Portugu s BEAU Albin Eduard 1959 Estudos vol 1 Coimbra Universidade de Coimbra Acta Universitatis Conimbrigensis BECHARA Evanildo 1991 As fases da l ngua portuguesa escrita Actes du XVIII Congr s International de Linguistique et de Philologie Romanes Vol III T bingen Max Niemeyer Verlag pp 68 76 BECHARA Evanildo As palavras tamb m escondem a idade In ELIA S lvio et al org 1998 Na ponta da l ngua 1 Rio de Janeiro Liceu Liter rio Portugu s Lucerna BERNARDES Jos Augusto Cardoso 1999 Hist ria Cr tica da Literatura Portuguesa dir de Carlos Reis Vol Il Humanismo e Renascimento Lisboa Verbo BRAGA Te filo 1909 Hist ria da Literatura Portuguesa Vol I Idade M dia Porto Livraria Chardron BRAGAN A Jos de 1973 Cr nica de Guin de Gomes Eanes de Zurara Introdu o novas anota es e gloss rio com correc es edi o de 1937 Porto Livraria Civiliza o BROCARDO Maria Teresa 1999 Sobre o port
196. e enriquecimento dessa l ngua na fase imediatamente anterior publica o do poema 1772 63 Passadas quatro d cadas os estudos lingu sticos j provaram que era maior do que aquele que o pr prio Corr a da Silva imaginava se atendermos ao n mero de latinismos por ele identificados em Cam es com registo anterior N o estar o no entanto todos identificados como aparentam as primeiras pesquisas deste trabalho 26 1 1 Forma o e importa o de palavras principais conceitos 4 30 anteriores porem com outras formas No entanto a forma begue encontra se j atestada em Fern o Lopes na Cr nica de D Fernando Em determinados momentos de produ o escrita poder o autor sentir necessidade de criar uma nova palavra para representar determinada ideia Os passos a seguir s o os anteriormente enumerados e a elei o de um deles ou de mais do que um ser garantidamente de car cter pessoal Por exemplo Fernando Pessoa ex mio conhecedor da l ngua e literatura latinas recorria por h bito a per frases verbais e a perfeitos decalques do Latim neste caso do partic pio futuro como morituros Filinto El sio por exemplo recorre constantemente constru o de novas palavras com recurso a processos morfol gicos que a l ngua lhe permite mas que n o aceitou e por isso ca ram em desuso Sobre a forma o de palavras de Filinto recordo a opini o de Rodrigues Lapa julgou dar relevo ao seu estilo fo
197. e no llo fa aaes saber 29 48 Etimologia de mediano eiro Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF LEAL REIX FRAD VERT Obs Houaiss data esta palavra como adj s m do s culo XV cf FichIVPM com indica o de que a data o para o adjectivo No entanto JPM apresenta j o s culo XIV indicando a proposta de RLor ou rraz medianeyra ontre os om s vers o galega da General Hist ria 260 33 Para o substantivo RLor apresenta ainda uma abona o de VITA Para o adjectivo mediano est registado o s culo XVII em JPM que RLor n o corrige o XV em AGC e Houaiss e segundo MD CF o XIV com v rias abona es da GenEst O adjectivo est atestado no s culo XV MINGUADAMENTE adv 1 de modo minguado escassamente e depois a leixou e viveo mingoadamente morrendo mui afastada do que a sua honrra perteecia 186 42 Etimologia de minguado mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas SEGR Obs O adjectivo est atestado no s culo XIII MONSTRO s m 1 qualquer ser ou coisa contr ria natureza anomalia e d esta guisa por nossos peccados foi estonce o corpo mistico da Egreja feito com duas cabe as assi como corpo monstruu que era fea cousa de veer 411 71 Etimologia do lat monstrum i Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas CESA Obs Para JPM do s culo XVI
198. ear Como Nun Allvarez mandou rrequestar Joham d Azores filho do meestre de Santiago e a rrazom por que sse demoveo 433 1 Outras ocorr ncias 433 16 22 437 22 Etimologia do lat vulg requaesitare Segundo Houaiss v freq do lat vulg requaerere ou do lat cl r quiro is re quisivi quisitum buscar procurar por muito tempo Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas OFIC COND Obs Ainda sem registo no CIMP RIA s m 1 canal ou bra o do mar e rremarom pera a outra parte d aalem contra Rribatejo e meterom sse em certas rrias que hi h onde nom podiam rreceber nojo ainda que as gallees dos emmiigos as seguir quiseram 263 60 Etimologia do esp ria 1495 Tipo de unidade importa o castelhanismo Obs O VH CPM apenas apresenta uma abona o de LOPF mas Houaiss apresenta a data de 1416 cf Desc provavelmente de RLor que corrige o s c XVII apresentado por JPM segundo Morais Quanto data apresentada por Houaiss para a etimologia espanhola 1495 ela tardia No CORDE poss vel identificar este voc bulo na Cr nica de veinte Reyes no ano de 1325 e el rio dende que es fuerte e peligroso e si se non adobasen esta puede que seria grant dap o de toda esa ria e grant peligro de aquellos que por ende pasasen ROMPIMENTO s m 1 abertura e fezerom a pressa correger mui bem aquell rrompimento do muro porque em outro di
199. ei dom Henrrique 142 44 45 face a Nos nom achamos que Gon allo Vaasquez d Azevedo 343 3 das hom grafa porque e porqu mas porque vio o logar fraco e nom deffenssavell 113 58 e e nom moiramos assi sem porque 135 56 bem como na distin o da locu o pressa assi que alli era toda a pressa da batalha 35 54 55 face a B3 Neste caso entom mandou tomar duas barcas e met llos frades todos em ellas sem barqueiros pronominaliza o com o pr prio complemento directo expresso Na edi o da Bibliotheca de Classicos Portuguezes 1895 metter os frades 84 A forma ald ocorre apenas uma vez 343 21 59 111 1 A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Edi o de Giuliano Macchi como souberom que era perdida partirom a pressa caminho de Sarago a 50 42 43 A forma mice com apenas uma ocorr ncia destoa das catorze mic Relativamente acentua o de quell 305 55 sendo o nico caso de registo com acento grave na contrac o face as 11 ocorr ncias da forma aaquell aceita se a coloca o se bem que a interpreta o da frase n o gera d vidas pelo facto de se perceber que pratica a ac o e o fidallgo tornasse o quelhe dera aquell com que vivia bem diferente de e ao fidallgo tornasse o que lhe dera aquell com que vivia Por fim na Cr nica de D Fernando verificam se ainda alguns casos quanto ao n mero de ocorr ncias das palavras que merecem um coment
200. eiro registo em LOPF 27 Eventual gralha treellJlas 214 Normalmente Houaiss apresenta todas as formas hist ricas registadas Neste caso falta a forma trella que ocorre em ZURP obra n o trabalhada por AGC 2 Cf Tavani 1993 412 276 Cf Livro da Montaria edi o de Francisco Maria Esteves Pereira Coimbra Imprensa da Universidade 1918 p LXIV onde refere este facto e p 88 1 treela semelhan a de muitas outras que t m a ver com esta tem tica como esp cies de c es al o e sabujo e mesmo armas como ascuma ou ascumada 217 Cf idem p 428 218 Francisco M E Pereira na introdu o alerta para o facto de esta c pia ter sido feita numa altura em que Portugal estava sob o dom nio de Espanha e aponta como hip tese para estas altera es Manuel Serr o da Paz at pelo nome ser origin rio de Portugal a viver em Monforte de Lemos ou ent o ter existido outra c pia feita ou por um portugu s com dom nio da l ngua castelhana ou um castelhano que deixou transparecer para a escrita de um documento em portugu s as particularidades da sua l ngua 2 Cf idem pp 11 12 163 111 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ULTRAMONTANO adj 3 que ou o que est al m dos montes transmontano E no mes de mar o aos viinte e sete dias da era seguinte de mill e quatrocentos e dezeseis morreo este papa Gregorio em Rroma Elle morto ficarom em Rroma dezeseis cardeaaes scilicet
201. em p IX Cf menu Ajuda gt Manual do usu rio gt separador Conte do gt Menu Ajuda 33 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM A segunda porventura a mais importante diz respeito op o Pesquisas que se encontra na barra de ferramentas Ao clicar neste menu abre se uma nova janela onde temos disposi o tr s possibilidades A inicial pesquisas por Nominata permite fazer pesquisas de palavras iniciadas e ou terminadas por qualquer letra ou letras com preenchimento dos campos em simult neo 1 op o possibilidade ou apenas com o preenchimento de um dos campos desde que sejam introduzidas pelo menos duas letras 2 e 3 op es possibilidades Esta possibilidade reveste se de extrema import ncia para quem pretende fazer pesquisas por radicais ou mesmo por afixos se bem que n o seja poss vel a pesquisa de radicais internos do tipo terr em palavras como aterragem aterrar enterrar ou caval em palavras como encavalgar encavalgadura ou descavalgar A seguinte pesquisas por Classe permite fazer uma pesquisas por voc bulo iniciado por e ou terminado por com a respectiva classifica o gramatical seleccionada De entre as possibilidades apresentadas para a categoria gramatical s o catorze as seleccion veis adjetivo adv rbio artigo conjun o contrac o express o interjei o locu o numeral partic pio adjectivo preposi o pronome substantivo verbo A te
202. em como o VH CPM n o trabalham esta Cr nica de Zurara pelo que o registo de quaisquer palavras nela constantes ser sempre indica o com refer ncia a outras fontes e n o de forma directa Por acr scimo tamb m Houaiss se inclui nestas circunst ncias embora esta seja uma obra que conste na lista da Bibliografia de data o e etimologia indicada no dicion rio DPMen Houaiss apresenta mesmo como primeira data o para bombordo esta cr nica de Zurara Atendendo ao grande n mero de primeiras antesta es que nela se verificam ser este um caso espor dico de consulta 167 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ABREVIADOR adj 1 resumidor o come o a metade e mais que a metade da cousa e n menos o rreza Vallerio Maximo abreviador de Tito Livio 543 243 Etimologia do lat abbr viator Oris Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM 1517 como o fizera todo outro abreviador ou letrado no Corpo Dipl Port I p 493 C AGC XVI BLem XV abreviador ZURP MD CF XV abreviador ZURP Houaiss 1517 abreuiador CDP 1493 Obs Antedata o face a Houaiss ACALMO s m 2 provis o abastecimento e que elle all n fa a sen mamdar desses catyvos que t por elles lhe daram a allmo com que se possa mamter 530 1076 1077 Outras ocorr ncias 715 1090 Etimologia de origem co
203. em de LOPF Para Kremer 1507 O verbo carnar n o apresenta data o em Houaiss mas o substantivo carne est atestado no s culo XIII CECEAR vb 1 pronunciar as consoantes sibilantes apoiando nos dentes a ponta da l ngua E foi sua morte viinte e tres dias de mar o de mill e quatrocentos e sete avendo entom de sua hidade trinta e cinquo anos e sete meses homem de boom corpo branco e rruivo e ceceava hiiu pouco na falla 85 11 22 Carnar carne ar Proceder matan a de animais para fazer reserva aliment cia de carne Este significado justifica a forma o da palavra por via latina de caro carnis carne como sugere Corominas JPM apresenta no entanto proveni ncia do franc s Do fr carnage tirado do picardo ou do normando o ant fr Tinha charnage der de char Quanto ao lat carnaticu vj Henry F Muller L Epoque M rovingienne p 260 23 No MD CF podem ainda encontrar se mais duas ocorr ncias para carnagem na Estoria de Dom Nuno Alvares Pereyra 24 No MD CF n o s o apresentadas quaisquer indica es sobre cap tulo ou p gina Aqui se pode verificar a import ncia da inform tica em estudos lingu sticos desta natureza Alguns segundos e as localiza es est o feitas 205 Cf p 18 linha 31 e p 163 linha 31 No final da edi o apresentado um vocabul rio onde se pode encontrar a palavra carriagem p 217 com indica o de tr s ocorr ncias Duas delas s o as assinala
204. emos socorrer aos do muro com uma escada Afonso de Albuquerque Cartas p 177 na selec o dos Cl ssicos S da Costa AGC XVI tro o BLem XV troco ZURP MD CF XV tro o ZURP Houaiss 1513 AAlbCar Obs Antedata o face a Houaiss TUNISINO adj 1 relativo a Tunis capital da Tunisia E soube como ell rrey Buamar partyra de casa dell rrey de Tunez com DCC de cavallo e h a carrega de dobras tunigiz 605602 Etimologia do top T nis ino Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM 1572 Houve tamb m a forma tuneci e assi mesmo sabera dourar h as estribeiras tuneciis de cobre de oiro moido em Livro dos Regimentos dos Oficiais Mec nicos p 27 ed de 1926 AGC XVI tuneciis BLem XV tuniciz ZURP MD CF XV tuniciz ZURP Houaiss XVI tuneciis cf AGC 34 BLem inclui mecanicamente no lema verbal tra arduas formas nominais tra ado tercado espada curta e larga ZURD e tra om peda o fragmento LOPE 209 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Obs A data o de AGC e Houaiss para a variante tunesino VALEDIA s f 1 moeda mourisca semdo naquelle tempo o vallor da coroa vellha do cunho de Fr a em rreays e novemta e as valledias que hera moeda mourisca LXXX novemta 524 929 928 Etimologia do rad de valido com recupera o da vo
205. encourt e Chaudhuri Kirti Lisboa C rculo de Leitores HUBER Joseph 1986 Gram tica do Portugu s Antigo Lisboa Gulbenkian IRIARTE SANROMAN lvaro 2000 A Unidade Lexicogr fica Palavras Coloca es Frasemas Pragmatemas Disserta o de Doutoramento em Ci ncias da Linguagem Lingu stica Aplicada apresentada Universidade do Minho Braga Centro de Estudos Human sticos Universidade do Minho IRIARTE SANROMAN lvaro 2001 A palavra como unidade lexicogr fica In Actas do XVI Encontro Nacional da Associa o Portuguesa de Lingu stica Lisboa APL pp 459 468 KING Larry 1978 Gomes Eanes de Zurara Cr nica do Conde D Duarte de Meneses Edi o diplom tica Lisboa Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa LANCIANI Giulia e TAVANI Giuseppe org 1993 Dicion rio da Literatura Medieval Galega e Portuguesa Lisboa Editorial Caminho LAPA Rodrigues 1984 Estil stica da Lingua Portuguesa Coimbra Coimbra Editora LAPA Manuel Rodrigues 1981 Li es de Literatura Portuguesa poca Medieval Coimbra Coimbra Editora LAPA Manuel Rodrigues 1930 Froissart e Fern o Lopes Lisboa Impr Beleza LAPA Manuel Rodrigues 1965 Miscel nea de L ngua e Literatura Portuguesa Medieval Rio de Janeiro Instituto Nacional do Livro LAPA Manuel Rodrigues 1972 Historiadores quinhentistas Lisboa Seara Nova LAPESA Rafael 2001 Historia de la Lengua Espa ola M
206. enim massa delicada de assucar mui alvo 178 e vocabul rios Rebelo Gon alves apresenta a com a indica o da varia o arf loa Myriam Benarroch na sua tese de doutoramento sobre o contributo dos arabismos no portugu s do s culo XVI regista esta palavra com a indica o de que se encontra atestada pela primeira vez na Cr nica de D Fernando N o pertinente pois a data o do ano de 1500 que Kremer apresenta provavelmente a Carta de P ro Vaz de Caminha a El Rei D Manuel ALMARCOVA s f 1 esp cie de arma tipo cutelo lhe deu com h ua almarcova na mado do cavallo o quall cahiu logo com elle 126 25 Etimologia Provavelmente de origem rabe Tipo de unidade importa o arabismo Registos IVPM XV LOPF 38 25 VH CPM XV almarcova LOPF 38 25 BLem XV almarcova LOPF MD CF XV almarcova LOPF Houaiss XV cf IVPM Obs Sem registo em tr s das obras base JPM RLor e AGC Em todas as outras o que se verifica sempre a apresenta o de uma nica abona o precisamente a de LOPF ALROTAR vb 1 fazer barulho pedir esmola aos gritos por m mandou el rrei que quaaesquer hom es ou molheres que andassem alrrotando e pedindo e nom husassem de mester que taaes como estes fossem vistos e catados pellas justi as de cada h u logar 314 87 Etimologia Houaiss apenas indica que segundo JM var de arrotar J para este verbo
207. entam atesta o em obras da poca de Avis tendo em conta a sua produ o ou tradu o n o foi poss vel tal solidifica o Para estas foi criada uma primeira lista onde se apresentam os poss veis neologismos de Fern o Lopes 11 3 Por fim num quarto cap tulo e resultante da an lise as duas Cr nicas procurarei fazer um estudo comparativo conclusivo entre os dois primeiros cronistas r gios e analisar as afirma es proferidas por Fern o Lopes no Pr logo da primeira parte da Cr nica de D Jo o I que d o o t tulo tese no sentido de perceber se s o falsa mod stia ou se na verdade s o uma prova de consci ncia lingu stica no sentido em que o cronista do povo demonstra conhecimentos superiores grande maioria mas muito aqu m daqueles que seriam necess rios para fazer germinar e acompanhar os embri es do renascimento nomeadamente atrav s da leitura e tradu o dos cl ssicos que os pr prios pr ncipes fariam em secret ria paralela dele Do ponto de vista liter rio comummente aceite que Fern o Lopes o primeiro grande prosador portugu s Nas palavras de Zurara Fern o Lopes era uma not vel pessoa homem mir ds A 4 oe pissy vn Sk nw de comunal ci ncia e grande autoridade apesar da eventual cr tica impl cita sua instru o que estas palavras possam acarretar Que era conhecedor das obras dos cl ssicos porventura lidas na biblioteca de D Duarte mostram no as refer ncia
208. entar las seguientes azcona basalarte ca as destral gorguz quadrillo y venablo En cuanto a las armas restantes basalarte espad n o espada corta se documenta por vez primera en el Cancionero O corpus electr nico CORDE apresenta uma ocorr ncia para basalarte tamb m nas poesias do Cancionero de Baena datadas entre 1406 e 1435 A entrada na l ngua portuguesa parece pois ser por via castelhana BEGUE s m 2 t tulo ou cargo honor fico correspondente a dom ou senhor e de Fran a eram hi estes cavalleiros monss Beltram de Claquim e o mariscall de Fran a e o begue de Vilhenes 21 22 o conde da Ilha e dom Bernall conde de Ossona e o bastardo de Bearmem e monss Berni de Villamur e el begue de Vilhenes 57 19 Etimologia Houaiss deriva o do persa tur beg com indica o de que Crooke deriva o do ant persa baga relacionando o com o s nsc bhaga senhor Tipo de unidade importa o persa Registos JPM 1513 begue Despemdeo em ir arrecadar os seis centos pardaos de Cojibequy que devia a El Rey Afonso de Albuquerque Cartas V p 48 91 Glosario de voces de Armer a apuntes reunidos por D Enrique de Leguina Madrid Libreria de Filipe Rodr guez 1912 p 375 122 L xico militar en el Cancionero de Baena in Juan Alfonso de Baena y su Cancionero Actas del I Congreso Internacional sobre el Cancionero de Baena Baena del 16 al 20 de febrero de 1999 Ed
209. entradas para lastrar A primeira d1441 cf FLJoa embora mais relacionada com termos n uticos aceit vel neste contexto com a ideia de espalhar lastro camada na base de algo A segunda datada de apenas 1958 de lastro balastro de 1836 com o significado de cascalho ou saibro que se coloca nas estradas talvez at aquele que melhor se verifica aqui O substantivo para a primeira acep o est atestado em 1440 e para a segunda de 1836 Ainda sem registo no CIPM 240 e Forma classificada como vb nomc lematizada para o verbo lastimar 241 ae a Forma identificada como partic pio mas lematizada para o verbo lan ar 149 111 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando LEVADICO adj 1 que se pode baixar ou levantar com facilidade E isso meesmo fez veer os castellos de que guisa estavom e mandou hos rrepairar de muros e torres e cavas d arredor e po os e cisternas onde compriam e aas portas paredes travessas e pontes levadi as e cadafaises e fornece llos d armas e cubas e d outras vasilhas segundo os logares honde cada h us eram 11 15 Etimologia de levado i o Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI porque sobem s casas per h as levadi as de canas que como s o em cimaas po ao longo das paredes amp fic o muyto seguros Cast VI cap 67 p 142 AGC XV LOPF 1 15 VH CPM XV levadi as
210. eral ndice geral 11 Siglas e abreviaturas cenena ted a d a d a aeh 13 INTrOQU O s it it ed a da eh kashaka ha beda kata hgb Rea te 15 I inova o Lesical e ces ss A AU det A A EA AN AMA A A A AA AA A A UA Al A LO RO 21 1 Forma o e importa o de palavras principais conceitos L 25 IH Data o das palavras fO LLL LL 31 1 Os Dicion rios Hist ricos Cronol gicos o VH CPM CD ROM f 31 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 0000 43 3 ndice anal tico conjunto da Cr nica de D Fernando e da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Anexo Ds 51 LEA Bro E E ii at a ii a a hn oe ao he at aie he is 56 HI Novidade de palavras no s culo XV _ y O Y y C Oa 37 1 A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Edi o de Giuliano Macchi 00 59 2 A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara Edi o de Teresa Brocardo 61 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando 65 O A 113 4 Novidade de pallavras no portugu s do s culo XV j 115 Metodologia ficha de palavra CCOO 115 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de Dom Fernando 119 4 1 1 Comentarios ae a d dd 165 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 167 42d Coment rios nn 212 CONCISO er cu er teo ie Re a RR UT MT eM ATO TO TO O irae 213 Refer ncias Bibliogr ficas y eCCOC C C C C 215 ANEXO ndice Anal tico da Cr nica de D Fernando e d
211. eriva o sufixal Registos JPM XV em breve fora na Serra tiramdo seu gado e o mais que podiam pera o salvarem na fragura daquella momtanha P Men cap 38 nos In d Hist IL p 332 AGC XV BLem XV fragura ZURP MD CF XV fragura ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs Sem registo no VH CPM apesar da remiss o de Houaiss para o FichIVPM O substantivo est atestado em 1228 FUMADA s f 3 fumo utilizado como meio de sinaliza o fuma a Por muitos her fora do lugar que amdav fazemdo suas fumadas c que avisav seus vezinhos do trabalho que estav 675 94 Outras ocorr ncias 512 626 625 513 635 634 Etimologia Segundo Houaiss do fem substv de fumado Para JPM de fumo ada Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV Porem muitos eram fora do lugar que amdavam fazemdo suas fumadas com que avisavam seus vizinhos do trabalho P Men II cap 82 nos In d Hist II p 593 AGC XV VH CPM XV fumadas ZURD 178 15 BLem XV fumadas ZURP ZURD 191 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses MD CF XV fumadas ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs O substantivo est atestado no s culo XIII FURAO s m 1 instrumento pontiagudo de ferro usado nas embarca es para abalroar fazer buracos nos inimigos Outrossy tomo Allvaro Affom
212. es brollados e foziis de prata dourados e as treellas d elles d ouro fiado 142 37 Outras ocorr ncias 166 23 460 36 Etimologia part de bordar Segundo Houaiss do germ bruzd n gt lat brosdare com alt do grupo raro sd para sl donde port medv broslar depois com troca de s por rl brorlar e por dissimila o broslar da com assimila o do s ao l var do sXV brollar e sXVI bordar sempre no sentido de ornar pano estofo tela com fios de algod o l ouro etc as var broslar e bordar coexistem at o sXVIII quando broslar e der caem em desuso na tradi o lexicogr fica port este v bordar e o v hom nimo der de borda ar seguir junto borda de orlar margear delimitar as margens re nem se sob um mesmo verbete o elo sem ntico entre os dois voc n o justifica por m que se deixe de levar em conta suas orig distintas Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas CESA 11 18 90 7 BULADO adj vb 1 determinado ou manifestado por bula gaanhando d elle que podessem enleger confessor que os compridamente asolvesse avendo d esto leteras bulladas de que husarom em foro de conciencia 397 55 Etimologia part de bular de bula ar Tipo de unidade derivag o sufixal Atestac es simult neas FRAD 120 19 13 1 31 74 11 84 73 Obs O substantivo est atestado no s culo XV BULH O s m 3 esp cie de punhal
213. es cinquo dobras e ao de cavallo sem faca quinze solldos 119 17 20 Etimologia segundo Houaiss orig contrv ger tido como red do port medv facanea actual hacan ia segundo JM pode provir directamente do esp ant haca hoje jaca de mesmo sentido cavalgadura 2 instrumento cortante constitu do de l mina e cabo Em aquell dia aa tarde depois que dan arom e ouverom vinho e fruita mandou o conde por h ua cota muito lou a e h u bulhom bem guarnido a guisa de basalarte e por h ua faca mui fremosa que lhe trouverom de Ingraterra e deu todo ao iffante 365 18 Etimologia segundo Houaiss orig contrv os timos propostos abrangem entre outros o lat falcula ae dim de falx falcis foice ro adeira garra ou cutelo de podar Adolpho Coelho um r hsp farha filhote rebento novo a que se atribui p ext o signf faquinha n o doc o fr hache archote facho para o qual se sup e evolu o divg de signf para faca justificado pela semelhan a da correspond ncia fon tica entre o fr roche e o port roca o fr vache e o port vaca para Mansur Gu rios um afr sudan s faka faga baka etc ou banto i vaka ni vaka etc todos com signf objeto cortante as v rias hip teses parecem dif ceis de justificar quanto a aspectos fon ticos ou insuficientes quanto a aspectos sem nticos Para Aur lio de faca com alter sem ntica por met fora giriesca poss
214. esenta a data de 1136 para a forma alcazeua A n o ser uma gralha at porque na entrada do verbete apresenta a data o do s c XV n o a consegui localizar ALIADO adj vb 1 partid rio c mplice foi grande alvoro o em na cidade por esta sospeita dizendo o poboo contra alg us moradores d ella que eram da parte d el rrei de Castella por aazo de Diego Lopez cujos servidores e alliados eram 265 11 Etimologia part de aliar do lat adligo s re avi atum Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas CESA 11 386 4 BENF 215 76 237 3 OFIC 156 13 Obs A segunda abona o de BENF n o consta no IVPM MD CF apresenta para alyado duas abona es da Cr nica de Afonso X Manuscrito P in CGE Antedata o face a Houaiss AMAINAR vb 1 diminuir a for a de vento mar afrouxar arriar Senhor boas novas ca aqui teendes a frota de Castella que viimos buscar Elle amainou logo e todallas outras gallees callarom as vellas 441 64 Etimologia segundo Houaiss de origem obscura provavelmente do catal o amainar CF apresenta como etimologia o latim hyp ad maniare Tipo de unidade importa o catal o 109 Para este significado o IVPM e tamb m o VH CPM apresenta duas abona es FRAD 11 159 7 e ESOP 23 17 72 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Atesta es simult neas CESA 111 1483 3 AMAVIOSO adj
215. etudo em Gil Vicente JPM apresenta a data mais antiga como 1505 sendo que RLor faz refer ncia ao poeta palaciano Francisco da Sylveira como primeira atesta o Houaiss na entrada eram que data de 1505 com a indica o de primeira ocorr ncia em Gil Vicente apresenta ainda as seguintes varia es aram d1441 cf FLJoa earam a1534 erem sXVI ieram 1502 c1536 cf GVic De qualquer forma todas posteriores a LOPF uma vez que a indica o de ocorr ncia da forma aram em LOPJI se tivermos em conta a sua cronologia a ltima a ser escrita pelo cronista A edi o da organizada por Dias Arnaut para a Civiliza o Editora regista era maa e a da Bibliotheca de Classicos Portuguezes de 1896 3 vol hora m O substantivo e o adjectivo est o atestados no s culo XIII ESTIMATIVO adj 1 relativo a estima sentimento de apre o a primeira porque aquello que em alg us he causa intrinseca das outras maneiras de sandice he em estes causa de taaes amores a segunda porque a virtude extimativa que he emperatriz das outras potencias da alma acerca das cousas senssivees he tam doente em taaes hom es que nom julga o ogeito da cousa que vee tall quall elle he mas tall quall a elle parece 220 43 Etimologia de estimado sob a f rad estimat ivo 20 Cf supra p 35 21 Cf supra p 51 144 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Tipo de unidade deriva
216. for a de todo desfalle ia jazemdo no ch o e aynda com tenem a de comtemder pera os comtrairos 367 567 Etimologia do lat tenentia ae Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVII segundo Morais AGC XVII ten ncia BLem XV tenemca ZURP MD CF XV tenemca ZURP Houaiss 1624 cf MSFarD Obs a data o e o significado apresentados por AGC s o para cargo e ou habita o de tenente s datas apresentadas por Houaiss corresponde para a primeira os significados de antiga reparti o do tenente general de artilharia e posto de tenente e para a segunda local onde habita o tenente Apresenta no entanto sob a indica o de B infrm na acep o 7 o significado de vigor firmeza for a que penso ser o correcto nesta passagem de ZURP 34 No manuscrito G tamargall 207 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses TERCADO s m 1 espada curta e larga O mouro hera mam eebo e de gramde for a e jumtamdo o desejo da vimgam a com ho temor da morte que via muy acerca de sy llevamtou seu tercado queremdo errar o mais que podesse a seu ymigo 569 887 Etimologia de ter o ado Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI Por armas tem adagas amp tarcados Lus 147 Ter ado pela mesma poca traziam huas touquas amp ter ados mouriscos cingidos
217. g tem tica e io Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV valledias ZURP MD CF XV valledias ZURP Obs JPM XV e Houaiss 1446 OrdAf registam apenas o adjectivo valedio VELEIRO adj 1 que se desloca com rapidez veloz O iffamte mamdou llogo avisar todos da maneira que aviam de ter sua sahida e desy que nenhii n o tomasse avemtag da sua naao por velleyra que fosse 510 565 564 Etimologia de vela eiro Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV e des y que nenhum non tomasse ventagem da sua N o por velleyra que fosse P Men L cap 78 nos In d Hist II p 465 AGC XV velleira BLem XV velleyra ZURP MD CF XV velleyra ZURP Houaiss XV cf AGC Obs A data o de AGC e Houaiss do s culo XV para navio que anda vela Para a acep o de que se desloca com rapidez ou facilidade ligeiro veloz a que se verifica nesta passagem de ZURP Houaiss apresenta a data de 1721 antedata o portanto VILANAMENTE adv 1 indignamente sem honra grosseiramente dezemdo que amte se queriam lleyxar morrer que se deyxar t villanamemte cativar 610 611 736 737 Etimologia do lat vulg vill nus Tipo de unidade importa o latinismo Registos BLem XV villanamemte ZURP MD CF XV villanamemte ZURP Obs Adv rbio formado directamente do termo latino H
218. ga s O VH CPM que n o indica qualquer significado tem a vantagem de apresentar a abona o ao inv s da simples localiza o do IVPM Assim poss vel ler na que corresponde a INFA Naquele dia forom a todos lan ados feros em anbalas pernas a maneira de braga e o Ifante foy o postumeiro que ferarom Verifica se portanto que esta abona o n o se engloba dentro no conjunto apresentado por Cunha no IVPM e inconscientemente antedata em um s culo as propostas conhecidas Assim com esta ocorr ncia no Trautado da vida e feitos do muito vertuoso sor ifante D Fernando escrito por de Frei Jo o lvares entre 1451 1460 mais do que a primeira atesta o em ZURP ser adequado coloc la em simultaneidade com este Trautado Morais apresenta uma abona o da Historia da India governanda a D Luiz de Ataide de Ant nio Pinto Pereira donde penso provirem todas as data es 26 No corpus MD CF no s culo XIV ChUniPort 1300 encontra se mal digitalizada a forma bordem Johanes doctor legum Dom Joham pella gra a de deus filho do moy nobre Rey dom Pedro meestre da caualaria da bordem daujs S o mais os casos da troca do h pelo b E como lhe comtasse por bordem todo o que avia passado FRAD ilhos de dom frey Nuno de goyos prior da bordem do espital Carta ChPortDuarte 227 JPM sugere tamb m a forma mais antiga brax br cis mais usada no plural braces com eventuais reminisc
219. ge JPM s v peito peitoril do lat pectorile vj Gon alves Viana Apostilas Il p 255 s c XVI levando j os mouros diante apesar de seu dano t um peitoril que se fazia a madeira de terreiro soberbo sobre a praia Jo o de Barros D cadas II II cap 2 p 110 AGC apresenta data o tardia sem correc o no suplemento PERNEAR vb 1 agitar convulsivamente as pernas espernear e em cahindo assi ambos come ou o cavalo bullir rrijamente com as ma os e com os pees e perneando assi rrijamente acertou o canello da ferradura da mado ho tecido d hiiua fivella das solhas de Nun Allvarez 485 66 Etimologia de perna ear Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI sogigandolhe ho pesco o de modo que ele n o era poderoso pera se levantar e perneando dava assopros e rinchos Memorial cap 35 p 232 VH CPM XV perneando LOPF 138 66 BLem XV perneando LOPF MD CF XV perneando LOPF Houaiss XV cf FichIVPM 29 Cf supra nota 242 250 Cf LOPF 22 33 25 4 33 15 e 304 22 251 Houaiss justifica esta etimologia segundo AGC JM e Nascentes 154 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs RLor que corrige a data o de perna n o corrige JPM em pernear que se encontra na entrada perna pernear no s c XVI sogigandolhe ho pesco o de modo que elle n o era poderoso pera se levantar
220. gos que lhe em isto fallavom que os seus aviam casas e terras em que abastadamente podessem viver e os que viinham desacorridos aviiam mester bem apousentados e fazer lhes muitas mercees 93 16 Outras ocorr ncias 94 21 Etimologia part de desacorrer des acorrer Tipo de unidade deriva o prefixal Atesta es simult neas SBER 133 4 Obs BLem e MD CF apresentam abona es da CGE Antedata o face a Houaiss O verbo est atestado no s culo XIII DESCARGA s f 1 retirar a carga da embarca o descarregamento e estando h ua naao e h ua barcha ante a villa aa descarga veherom outros navios dos emmiigos e tomarom a naao 105 7 20 Tamb m aqui a escolha pela forma hist rica que mais se aproxima da actualidade parece n o fazer sentido defenssauees a1447 DESC face a defensavell ou defens vel LOPF por exemplo Verifica se sim a prefer ncia por obras com data expressa 82 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Etimologia segundo Houaiss f snc divg do port medv descarrega pronunciado desc rrega regr de descarregar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas Obs Encontra se em Houaiss a informa o de ocorr ncia nas Ordena es Afonsinas mas j indicada em JPM descarga est por descarrega der regressivo de descarregar S c XVI Morais Desc rrega no s c XV navio que for achado aas o
221. h u azinhall mui grande que hi est 21 8 Etimologia de azinha al 1 CAVA ed de Piel p 21 linha 17 127 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV azinhal e ele disse que na Lemtisqua no azinhall d Arronches F L J IL cap 157 p 342 AGC XV azinhall IVPM XV azinhall LOPF 5 8 LOPJI 174 8 VH CPM XV azinhal LOPF 5 8 LOPJI 174 8 BLem XV azinhall LOPF LOPJI LOPJP MD CF XV azinhall LOPF 1498 azinhall Cortes Portuguesas 1498 azinhal Cortes Portuguesas Houaiss XV azinhall cf VPM Obs Houaiss indica por gralha o s culo XIV remetendo para o IVPM No entanto o que o IVPM apresenta bem como o VH CPM o s culo XV com duas abona es de Lopes No s c XIV encontra se atestado azinha e no XIII azinheira o que indicativo do registo escrito de uma palavra derivada antes da primitiva Esta uma palavra onde se nota a import ncia da dimens o e variedade do corpus de extrac o e de obras consultadas para a elabora o de um Dicion rio Cronol gico Assim se pretend ssemos averiguar as ocorr ncias da palavra azinhal no s c XV ter amos JPM s com refer ncia a LOPJ o IVPM e o VH CPM s com refer ncia a LOPF e LOPJ P MD CF s com refer ncia LOPF e Cortes Portuguesas e BLem s com refer ncia s tr s obras de Lopes LOPF LOPJI LO
222. hIVPM mas BLem e MD CF apresentam abona es da CGE pelo que se trata de uma antedata o face a Houaiss O substantivo est atestado no s culo XIV 88 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ESCUSAMENTE adv 11 escondidamente ocultamente e nom quis tornar com este rrecado a Carmona mas mandou a pressa o mais escusamente que sse fazer p de tirar a molher e os filhos do logar ante que fosse cercado 152 89 Outras ocorr ncias 203 3 213 2 214 30 357 56 70 463 15 467 76 78 533 21 591 8 Etimologia de escusa mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF REIS REIX LOPP Obs O adjectivo do s culo XIII Pelas obras em que ocorre faz parte do vocabul rio de Avis O substantivo est atestado no s culo XIII ESQUERDO adj 3 do lado esquerdo Aa ma o ezquerda da batalha honde estavom os que hiam de pee p s el rrei em hiia alla que fossem a cavallo o conde dom Tello seu irma o 22 33 Outras ocorr ncias 34 39 413 21 Etimologia segundo Houaiss orig duv prov de uma l ngua pr romana hispano pirenaica da mesma orig do basco ezker r poss vel que o voc se tenha estendido de uma zona de l ngua basca na poca visig tica cp esp izquierdo cat esquerre Tipo de unidade importa o Atesta es simult neas BENF LEAL CAVA REIS REIX CESA FRAD SEGR Obs A abona o do
223. ha e ventando estonce h u vento soa o tomou h u d aquelles que estavom fora hiiu collmeiro aceso posto em h ua lan a e deitou ho dentro em cima das cho as e come arom d arder 274 41 Etimologia de colmo eiro Corominas apresenta alguma relut ncia em rela o a esta origem quiz del lat c lmus tallo o ca a del trigo pero m s bien parece tratarse de un C lmos af n perteneciente a outra lengua indoeuropea probablemente el c ltico Tipo de unidade driva o sufixal Registos RLor 1206 colmeiro colmeeiro de mea liura de cera Leges 535 IVPM XV collmeiro LOPF 79 41 VH CPM XV collmeiro LOPF 79 41 BLem XV collmeiro LOPF MD CF XV collmeiro LOPE Obs JPM AGC e Houaiss n o registam esta palavra 2105 O substantivo est atestado em 1277 COXIA s f 1 nas antigas gal s corredor por entre os remadores onde ficavam os comitres a vigi los e mandou poer por nobreza muitos e grandes dentes de porcos monteses encastoados ao longo da coxia d amballas partes da galee e todollos rremos pintados e outros logares por fremosura 166 18 Etimologia Para Houaiss do it corsia 1492 com a seguinte explica o corrente de gua corredor us como passagem ao longo de espa os laterais ocupados der do lat tar cursivus que percorre do lat cursus us corrida caminho percurso Tipo de unidade importa
224. hiam emcarapu ados por causa da chuiva 440 1286 1283 Etimologia part de encarapu ar en carapu a ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos BLem XV emcarapu ados ZURP MD CF XV emcarapu ados ZURP Houaiss Obs Sem data em Houaiss O substantivo est atestado 1452 ENLEAMENTO s m 1 enleio embara o O comde vemdo o emlheamemto de sua guia fez estar quedos os de cavallo e assy os de pee 384 974 Etimologia de enlear mento Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV emlheamento ZURP MD CF XV emlheamento ZURP Houaiss Obs Sem data em Houaiss O verbo est atestado no s culo XV ENTUNA s m 1 entranha E bem assy como os velhos li es leva os filhos aas tunas das anymalias por lhe fazer perder o temor assy pare ia o comde dom Pedro que amdava c allgiis daquelles nobres hom s mostramdo lhe como se danav o os ymigos 554 515 Etimologia de en tuna Tipo de unidade deriva o prefixal Registos AGC XVII BLem XV tunas ZURP MD CF XV tunas ZURP Houaiss XVIII cf AGC Obs O significado apresentado por Houaiss proveniente de AGC caminhada pelos montes ca ando ou vagueando figurativamente tamb m parece fazer sentido nesta compara o do conde D Pedro com os le es O substantivo est atestado em 1721 316 No manuscrito G entranh
225. i es do Bispado do Porto de 1497 O verbo est atestado no s culo XIII e o substantivo em 1269 GALEOTA s f 3 pequena gal de at 20 remos h u d aquelles cavalleiros que sse veherom de Castella pera el rrei dom Fernando o quall se partio primeiro com seis gallees e duas galliotas aos quinze dias de junho 137 12 Outras ocorr ncias 439 7 441 68 Etimologia do it galeotta Segundo Houaiss para Nasc orig vern dim de gal Tipo de unidade importa o italianismo Atesta es simult neas REIX 12 Ponto 3 3 1 3 do detalhamento dos verbetes Quando o verbete apresentava classe dupla por exemplo adj s m e a data o correspondia a uma dessas classes apenas fez se o registro da data no seu campo pr prio mas informou se dentro do campo da etimologia a qual das classes a data correspondia s v divisor ou timor 93 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Houaiss apresenta o s culo XIV remetendo para o FichIVPM Todavia o que o VH CPM regista s o apenas obras do s culo XV GASTAMENTO s m 1 gasto despesa disp ndio Dous grandes malles rrecebeo o rreino por esta guerra que el rrei dom Fernando com el rei dom Henrrique come ou de que os poboos depois teverom grande sentido o primeiro gastamento em grande cantidade d ouro e prata que antiigamente pellos rreis fora entesourado 187 6 Etimologia de gastar mento
226. ia SOUSA Fr Jo o de e MOURA Fr Joze de Santo Antonio 2004 Vestigios da Lingoa Arabica em Portugal Lisboa Livraria Alcal TARRIO Ana MAria 2001 Tradu o e nobilita o liter ria uma estrat gia n o re latinizadora no portugu s quinhentista Evphrosyne 29 Lisboa Centro de Estudos Cl ssicos pp 157 170 TEYSSIER Paul 1980 Hist ria da L ngua Portuguesa Trad port de Celso Cunha 2001 Lisboa S da Costa VASCONCELOS Jos Leite de 71966 Li es de Filologia Portuguesa Rio de Janeiro Livros de Portugal VERDELHO Telmo 1992 Aspectos de diacronia lexical do Portugu s A inova o entre o Dicion rio de Morais Silva e o Vocabul rio de Portugu s Fundamental Actas do XIX Congreso Internacional de Ling stica e Filolox a Rom nicas vol II Lexicolox a e Metalexicografia Corunha Fundaci n Pedro Barri de la Maza pp 133 147 VERDELHO Telmo e J P Silvestre org 2007 Dicionar stica Portuguesa Inventaria o e Estudos do Patrim nio Lexicogr fico Aveiro Universidade de Aveiro VIDOS B E 1963 Manual de Lingu stica Romana Trad esp de Francisco de B Moll Madrid Aguilar VILELA M rio ed 1979 Problemas de Lexicologia e Lexicografia Porto Livraria Civiliza o VILLAVA Alina 2000 Estruturas Morfol gicas Unidades e hierarquias nas palavras do Portugu s Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian WAGNER M L 1941 Aditamentos s N tulas sobre alguns ara
227. ialectos franceses retorromances y sardos no se trata de un derivado del verbo PICAR sino del celta beccus d de donde cat oc fr bec it becco que en muchas partes sufri progresivamente el influjo fon tico de aquel verbo Tipo de unidade deriva o impr pria Registos IVPM XV LOPF 99 46 VH CPM XV bicada LOPF 99 46 BLem XV bicada LOPF MD CF XV bicada LOPF Houaiss XV cf IVPM Obs Houaiss data o verbo bicar do s culo XV a sXV cf IVPM mas com a indica o de ser datado a partir do feminino substantivo do partic pio onde se pode verificar que o partic pio ou outras formas verbais servem como data es para os verbos Verifica se tamb m a situa o em que os femininos substantivados de adjectivos participiais podem ser datados de qualquer das formas flexionadas do verbo acrescentando se no final da etimologia a indica o datado a partir do partic pio ou verbo de acordo com o caso Ora aqui a situa o algo especial pois a forma feminina substantivada datada a partir do seu partic pio masculino Assim o verbo datado a partir do seu partic pio mas que n o partic pio porque foi substantivado na forma do feminino bicada As formas verbais de bicar nominais e flexionais s passados quatro s culos segundo os corpora utilizados que encontram registo na l ngua como se pode verificar na f hist apresentada por H
228. icamente exclu da deste trabalho de investiga o 2 Pela data o das obras em que a palavra ocorre percebe se que o introdutor dever ter sido Lopes Por exemplo um registo em LOPF face a CONF PAUL ou ZURP que s o posteriores a palavra faz parte da lista posterior novidade em LOPF 3 Pela data o das obras quer apresente uma informa o mais geral como apenas o s culo XV ou mais exacta quando se conhecem limites temporais ou mesmo o ano n o podemos afirmar que tenha sido Lopes o primeiro a regist la na l ngua Assim para o conjunto das obras autores que se encaixam num per odo de mais ou menos 20 anos entre 1418 nomeado guarda mor e finais da quarta d cada 1438 40 o m ximo 1443 data limite para a publica o da cr nica de D Fernando estaria reservada esta al nea como salvaguarda possibilidade de tamb m poderem ter sido os introdutores de determinada palavra na l ngua no fundo estamos a falar dum per odo da renova o do l xico em redor da poca dos pr ncipes de Avis Por exemplo se uma palavra aparece registada em obras com uma data o mais exacta como CAVA LEAL OFIC e LOPF e sabendo da liga o de Lopes corte como se pode afirmar que o introdutor Lopes e n o D Duarte ou D Pedro Ou mesmo o contr rio por que 2 Mais correctamente seria a data de 1415 incluindo tamb m o Livro de Montaria uma vez que se aponta como data inicial da sua feitura 1415 1433 pois
229. iferentes da actual 11 O IVPM para as obras de Lopes indica o n mero da parte em algarismos romanos e os n meros do p gina em redondo e da linha em it lico em ar bicos 172 O VH CPM para as obras de Lopes indica o n mero da parte em algarismos romanos e os n meros do p gina e da linha em ar bicos 173 BLem na sua lematiza o apenas indica as obras em que cada voc bulo tem ocorr ncia S em alguns casos apresenta abona es mas tamb m s com a indica o da obra sem a localiza o Apresenta separadamente cf lista p 40 uma lista de todas as obras utilizadas e a respectiva data o 1 4 Por norma Houaiss indica a s forma s hist rica s de cada palavra com grafia s diferente s da actual cf justifica o apresentada Tomo I p XXX ed em 6 vol C rculo de Leitores para a vers o em papel e em Ajuda gt Conhecendo o Dicion rio gt Detalhamento do verbete gt Campo da data o 4 2 e segs para a vers o em CD ROM 175 Feij Jo o de Morais Madureira 1824 Orthographia ou Arte de Pronunciar com Acerto a Lingua Portugueza Lisboa Na Impress o R gia p 171 172 176 Sigo a edi o de 1798 1799 As localiza es s o dadas pelo n romano para o volume e ar bico para as p ginas 1 84 121 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando De resto esta palavra tem ainda registo em v rios dicion rios Morais assinala alf loa e remete a 177 para alf
230. ilicet floriis taaes como el rrei tiinha husan a de mandar fazer e reaaes de prata dos sinaaes e cunho d el rrei dom Pedro de Castella de quatro maravidiis cada hiu rreall 170 25 Etimologia do lat ciin us i Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas 1422 SALA 135 7 L Obs Esta palavra um bom exemplo da confus o de data es Houaiss apresenta a data de 1422 remetendo para o IVPM O IVPM regista tr s abona es uma de LOPF cunho outra de 1500 CAMI crunho e a data de 1422 SALA cu o data esta apresentada em RLor como observa o ao dicion rio de Machado Mais uma vez Lorenzo remetido para segundo plano por Houaiss quando na verdade ele o autor desta antedata o Por fim como o VH CPM apenas apresenta a abona o de LOPF se se consultar apenas esta obra fica se com a no o de que Lopes o introdutor O verbo cunhar por sinal datado por Houaiss no s c XIV remetendo para o IVPM Ora o IVPM e tamb m o VH CPM apresentam o s c XV ambos com uma abona o de PAUL datada segundo os pr prios autores na explica o da respectiva sigla de 1502 s culo XVI portanto Quanto a AGC que apresenta para este verbo o ano de 1813 na 3 edi o 2 impress o de 2007 bem como no Suplemento que a acompanha portanto posterior a Houaiss ao IVPM e ao VH CPM n o vem qualquer correc o Esta3 edi o na verdade mais n o do que uma simples reimpress o d
231. inflam vel que se acende archote Nom seguio el rrei dom Fernando depois que teve esta paz firmada por sempre o dito do profeta Isayas n aquell logar honde disse que fariam das espadas fachos e das lan as podadeiras 303 6 Etimologia do lat vulg fasc lo der do lat fax f cis Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas SEGR Obs MD CF apresenta uma abona o de Contemplacao de Sam Bernardo na passagem A uirgem maria segundo se diz comeo por ceea tres gr os de facho FALTA s f 1 falha erro engano que assi a ell como aos outros senhores e gentes d armas que alli eram fossem pagadas suas gajas e estados e solldo a cada h u sem n htiua fauta que em ello ouvessem 41 7 Etimologia do lat fallita fem de fallitus faltado por falsus part pas de fall re Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas VERT Obs MD CF apresenta oito abona es em TROY todas na locu o sem sen falta al m de v rias outras que data do s culo XV como no Livro de Falcoaria do Emperador Enrique da Alemanha ou no Miragre de Santiago Antedata o face a Houaiss FAVORIZAR s f 1 favorecer Segundo ouvistes em seu logar el rrei dom Fernando tiinha declarado por aquell que sse chamava Clemente septimo cuja parte favorizava el rrei de Fran a e el rrei de Castella e alg us outros senhores 459 5 Etimologia de favor iza
232. inte gallees pera mandar em ajuda d el rrei de Fran a LOPF 405 5 6 E temdo jaa acertada sua rremdic e de XV crist os ZURP 623 1050 1051 ou E tinham acordado de lhe tomaar a terra e as outras barquetas que ficassem largas ZURP 448 121 122 quer verdadeiros partic pios absolutos como A molher que o posera dentro acabadas estas rrazo es disse estonce ao iffante LOPF 358 107 109 Estas rraz es assy acabadas ell rrey m dou llogo lamcar preg o ZURP 208 851 852 Para todos os outros casos adoptei a classifica o de adjectivo verbal adj vb como em e veendo como todos estavom alvora ados LOPF 214 27 28 ou E assy for abastados ate que lhe levar o mamtymemto destes rregnos ZURP 575 1021 1022 Quando se trabalha com um n mero significativo de palavras obrigatoriamente tem de se recorrer a programas inform ticos que fa am uma primeira classifica o O programa atr s descrito Lexicon vers o 5 2 foi o utilizado nesta tarefa Como normalmente para as termina es ado a s atribu da a classifica o de partic pio procurei fazer todas as desambigua es Certamente ter me o passado algumas No caso dos verbos foi acrescentada a classifica o gramatical do modo e tempo onde optei pela classifica o j utilizada pelo CIPM De referir que dentro de cada entrada verbal e para uma mais r pida localiza o sobretudo em verbos com um elevado n mero de formas dar
233. interdito tamb m o que muitos outros tiveram largo uso durante v rios s culos alguns deles mesmo at aos nossos dias como satisfa o mal cia circunst ncia abstin ncia infinito fugitivo evidente intelectual abranger apropriar ou reduzir A estes latinismos introduzidos na l ngua um s culo antes de Cam es procurarei acrescentar outros a partir das duas cr nicas em an lise O que se verifica uma clara consci ncia com l ngua que necessita de ser valorizada e dignificada quer do ponto de vista sint ctico quer lexical E este princ pio pode ocorrer por simples necessidade de denomina o de realidades ou objectos novos ideia j bem antida vincada pelo infante D Pedro consiirando os antigos que o nome de cada h a cousa he o primeiro conhecimento que sse della pode aver e per elle devem seer as propeiedades do seu significado mostradas trabalharom sse de poer nomes aas cousas per que ellas en alg a guisa 40 fossem declaradas Ou por necessidades pontuais resultantes das in meras tradu es que come aram a florescer na primeira metade de quatrocentos conhecida a afirma o de D Duarte no Leal Conselheiro que nom ponha pallavras latinadas nem doutra lynguagem mas todo seja em nosso lynguagem scripto mais achegadamente ao geral boo custume do nosso 41 falar que se poder fazer Sobre o Livro da Vertuosa Benfeytoria escreve logo no in cio da introdu o Adelino Calado 1994 V
234. io que os cavalos que comtinu as guerras se faz mais ferozes 325 569 Outras ocorr ncias 521 848 847 Etimologia do lat f rox cis Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV Outro estrago amp victoria clara amp bella Na gente assim feroz como infinita Que entre o Tarteso amp Goadiana habita Lus VII 29 o latinismo feroce na mesma obra Posto que a rica Arabia amp que os feroces Eniocos amp Colcos cuja fama O Veo dourado estende HI 72 AGC 1572 VH CPM XV ferozes ZURP 350 15 BLem XV ferozes ZURP ZURD MD CF XV ferozes ZURP ZURD Houaiss XV cf FichIVPM Obs O grande contributo de Cam es para a renova o do l xico iniciara se j um s culo antes neste caso em concreto pela pena de Zurara FOLAR s m 1 foga a e assy se partyram com aquelles follares cada hii pera sua parte 323 515 Etimologia Segudo Houaiss ligado a foga a prov de uma base lat fovic la qual se prendem as f snc focula rum braseiro e foculus 1 dim de focus T fogo Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVI na Origem da L ngua Portuguesa de Duarte Nunes de Le o cap 16 p 294 ed de 1945 BLem XV follares ZURP MD CF XV follares ZURP Houaiss 1606 cf DNLeP Obs Antedata o face a Houaiss com data o igual em JPM FOTO s m 1
235. iogr ficas CASTRO Ivo 1991 Curso de Hist ria da L ngua Portuguesa Lisboa Universidade Aberta CASTRO Ivo 1993 Elabora o da l ngua portuguesa no tempo do Infante D Pedro Biblos LXIX 97 106 CASTRO Ivo 2006 Introdu o Hist ria do Portugu s Lisboa Colibri CASTRO Ivo e DUARTE In s 2003 Raz es e Emo es Miscel nia de estudos em homenagem A Maria Helena Mira Mateus Lisboa IN CM CASTRO Maria Helena Lopes de 1998 Leal Conselheiro Edi o cr tica e anotada Lisboa Bertrand CHAVES Maria A G Arola 1970 Formas de pensamento em Portugal no s c XV Lisboa Livros Horizonte COSTA Avelino de Jesus 1979 Os mais antigos documentos escritos em portugu s Estudos de Cronologia Diplom tica Paleografia e Hist rico Lingu sticos Porto CRISPIM Maria de Lurdes 2002 O Livro das Tres Vertudes a Insinan a da Damas ed cr tica Lisboa Caminho CUNHA Celso e CINTRA Lu s F Lindley 1984 Nova Gram tica do Portugu s Contempor neo Lisboa Ed S da Costa CURTIUS Ernst Robert 1989 Literatura europea y Edad Media latina Trad esp de Margit Frenk Alatorre y Antonio Alatorre M xico Fondo de Cultura Econ mica DIAS Aida Fernanda 1998 Hist ria Cr tica da Literatura Portuguesa dir de Carlos Reis Vol I A Idade M dia Lisboa Verbo DINIS Ant nio J Dias 1949 Vida e obras de Gomes Eanes de Zurara Introdu o Cr nica dos Feitos da Guin I Lis
236. ir hit mouro mam eebo que seria de XXII ate XXIII annos e trazia h a soma de vacas amte sy o quall desviamdo seu gaado comtra his pallmitaes Diogo Vazquez de Porto Carreiro que ally hera emcaminhou a elle e o filhou 382 913 Etimologia de palmito al Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV 0 qual desviamdo o seu gado contra huns palmitaes P Men cap 50 nos Ined Hist IL p 370 AGC XV VH CPM XV palmitaaes ZURD 274 26 BLem XV palmitaaes ZURD 274 26 MD CF XV pallmitaes ZURP Houaiss XV palmitaaes cf FichIVPM Obs Sem registo em BLem eventual gralha de digitaliza o O substantivo palmito est atestado em 1500 PALOMEIRA s f 1 cabo fio E com este acordo foram viag do porto e a fusta e hii carevo estav largos e outro jazia em terra E Diego Vazquez vogou a elle e emvesty o desy salltaram demtro e cortaram lhe as pallomeiras 407 503 500 Etimologia de paloma eira Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV forom viagem do porto e a Fusta e hum Caravo estavam largos e outro jazia em terra e Diogo Vazquez vogou a elle e envestio des y faltaram dentro e cortara lhe as palomeiras P Men cap 55 nos Ined Hist II p 388 389 2 AGC XV BLem XV pallomeiras ZURP MD CF XV pallomeiras ZURP Obs Houaiss apenas regista paloma entre outras com
237. iro VII 32 5 Eventualmente o excerto curto para deduzir o significado preciso ficando a hip tese de ter considerado esta uma variante do verbo re c tificar Tal hip tese n o se vem a confirmar uma vez que o data do s culo XV remetendo para o FichIVPM O substantivo ratifica o tem ocorr ncia anterior em REIX RECLAMAR vb 1 opor se por meio de palavras queixar se presente a rrainha dona Johana e outros muitos que dizer nom curamos rreclamou os esposoiros e casamento que avia feito com o conde 336 34 35 Etimologia do lat reclamo s are avi atum Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas FRAD Obs A data o para este verbo posterior ao seu derivado nominal reclama o com data o proposta por RLor para 1409 REGUARDA s m 2 retaguarda sem mais deteen a se foi rrijamente rreguarda onde viinha Gon allo Vaasquez d Azevedo e deu lhe aquellas meesmas novas 431 56 Outras ocorr ncias 532 26 Etimologia do it retroguardia Tipo de unidade importa o italianismo Atesta es simult neas REIX COND Obs Em Houaiss poss vel verificar na entrada retaguarda a indica o registram se as f reguarda e retroguarda no sXV No Elucid rio podemos encontrar a seguinte explica o era o que hoje dizemos Retaguarsa que he o ultimo esquadr o na batalha Nella costumav o p r os 146 Veja se a este prop sito a ob
238. iss XV adj s m torneador cf FichIVPM Obs Houaiss indica que a data o para o adjectivo mas BLem prefere a classifica o como substantivo semelhan a de Morais s m O que sabe torneyar Chron Del rey D Fern era grande torneyador O verbo est atestado no s culo XIV enquanto o substantivo torneio que lhe d origem ocorre no s culo XIII TOSSIDO s m 1 Acto de tossir voluntariamente para dar qualquer sinal ou exprimir algum sentimento O conde dom Alvoro Perez de Castro quando esto ouvio deu hiiu tossido e disse Arreall arreall cujo for o rregno leva llo 603 58 Etimologia part de tossir do lat tussio is Ire Ivi itum Tipo de unidade deriva o impr pria Registos VH CPM XV subs tossido LOPF 175 58 BLem XV part tossido LOPF MD CF XV tossido LOPF Houaiss XIII adj tossido cf FichIVPM XV s m tossido XII tossindo XV tossido Obs o verbo e o adjectivo s o do s culo XIII pelo que parece ser Lopes a introduzir o substantivo no XV com recurso deriva o impr pria TRELA s f 5 correia de couro cordel ou guia ca el rrei dom Fernando a seu rrequerimento lhe enviou estonce em presente seis alla os e seis sabujos todos com collares brollados e foziis de prata dourados e as treellas d elles d ouro fiado 142 38 Outras ocorr ncias 352 43 353 5 353 62 3 Etimologia do lat tragella dim de trag
239. ista copista nica forma hoje poss vel de estudar quer a sua evolu o em particular quer a da l ngua em geral No entanto com a inten o de dissipar dificuldades de leitura o editor tem por vezes necessidade de fazer interven es nesse sentido aqui que surgem diverg ncias nas edi es Assim ao n vel da introdu o de acentos se o crit rio era distinguir o mais que perfeito face ao futuro em casos de pronominaliza o como o caso de gradecer vo llo que n o se confunde com o pret rito n o faz sentido conforme acontece em duas situa es na edi o como livrar 499 53 livrara 66 46 e mostrar 239 56 mostrara 227 16 255 116 287 134 413 9 ele deveria ter sido aplicado a todas as outras Mas na verdade apenas s o distinguidos esses dois casos referidos Em primeiro porque as seguintes palavras perdoar 498 41 herdar 414 40 encaminhar 526 31 e seguir 246 49 ocorrem uma s vez pelo que n o seria necess ria a sua acentua o Em segundo porque se os verbos s o irregulares n o faz sentido o acento uma vez que o futuro difere do mais que perfeito dar 78 31 415 86 511 68 518 44 594 40 der saber 596 89 souber poder 220 49 pudera prazer 232 45 prouvera ser 259 58 275 16 21 475 17 502 44 256 31 572 34 for dir 492 26 dissera hir 330 35 fora tamb m ocorre a 2 sg hir s 508 28 far 58 38 151 53 242 36 246
240. istos BLem XV rrecosso LOPF MD CF XV rrecosso LOPF Obs Em CF com a indica o de Provavelmente o m q recoice Cf Fern o Lopes Cr n D Fernando Em Morais aparece registado Recosso s m V Recoso Ined IV f 400 e 401 Para recoso regista antiq Duas barcas que and o a recoso Ined II f 345 Talvez recovo carga ganhando fretes escrito com s por f affim de v Estas duas localiza es indicadas por Morais s o precisamente as ocorr ncias nas obras em an lise uma em LOPF e outra em ZURP O VH CPM n o regista esta palavra RESUMIR vb 1 condensar em poucas palavras sintetizar h us contam que foi em Vallada seendo el rrei doente outros dizem que foi em Portallegre em muito grande segredo escrevendo isto per largos fallamentos que rresumir nom curamos 377 68 Etimologia do lat r siimod is re resumpsi resumptum Tipo de unidade importa o latinismo Registos 256 oe gt de a a i are No in cio da quarta edi o do dicion rio de Morais podemos encontrar a seguinte explica o Os asteriscos design o os Artigos que n o pertencem a Morais cf LXIV 157 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando JPM XV Senhor vos mandaaes fazer esta carta rresumindolhe quegenda era F L J 1 parte cap 3 p 8 AGC XV rresumir VH CPM XV rresumir LOPF 104 68 BLem XV rresumir LOPF
241. ivo apresentar toda a informa o encontrada sobre o registo das palavras que s o novidade em LOPF e ZURP Num trabalho desta natureza o ideal era ter um Tesouro da L ngua Portuguesa instrumento de trabalho h muito ambicionado Um dicion rio desta natureza teria de ter como sabe quem trabalha com data es v rias actualiza es pois novas datas v o sendo apresentadas constantemente Mateus 1974 8 num dos primeiros invent rios das palavras de uma obra a prop sito das palavras atestadas nos dicion rios hist ricos como tendo aparecido nos textos liter rios em poca posterior ao s culo XV apresenta sobre a palavra art ria a seguinte indica o est assinalada no Dicion rio Etimol gico de Jos Pedro Machado como tendo entrado na l ngua no s culo XVI O seu emprego na obra que estou a analisar Vida e Feitos de J lio C sar prova que podemos antecipar de um s culo a sua utiliza o em textos liter rios Ora desde 1974 muitas outras obras liter rios e n o s foram analisadas o que permitam constantemente novas antedata es Nas palavras finais de Mateus 1974 8 Quando o invent rio das palavras come adas por uma nica letra do alfabeto nos prop e formas como as indicadas acima que v m enriquecer os materiais organizados que possu mos para o estudo da l ngua portuguesa arcaica muito mais podemos esperar de um levantamento exaustivo do l xico n o apenas deste texto mas de toda a pr
242. l gicos o VH CPM CD ROM Descri o do CD ROM O Vocabul rio Hist rico Cronol gico do Portugu s Medieval VH CPM publicado em CD ROM em Abril de 2007 conta j com alguns antecedentes ao longo dos tempos Podemos encontrar o seu embri o em 13 de Agosto de 1977 embri o este que sofreu naturalmente evolu es mas tamb m metamorfoses Do agigantado e minucioso projecto de 1979 com vista a uma grande publica o em papel de um Vocabul rio Hist rico Cronol gico do Portugu s Medieval VPM nasceu esta vers o informatizada Pelo meio pudemos assistir apresenta o de um projecto alternativo bem menos ambicioso do ndice do Vocabul rio do Portugu s Medieval IVPM tamb m em papel cuja finaliza o se apontava para 1990 mas que apenas viu publicados tr s volumes Letra A em 1986 letra B C em 1988 e letra D em 1994 e pudemos assistir tamb m primeira vers o em CD ROM do Vocabul rio do Portugu s Medieval em 2002 No menu Ajuda gt Cr ditos localizado na barra de menus podemos encontrar precisamente o percurso deste projecto apresentado em quatro fases 1979 1989 1999 2000 2001 2002 e 2003 2006 com a respectiva indica o do coordenador e da restante equipa Neste mesmo menu podemos ainda encontrar informa es que podem auxiliar tanto na utiliza o do programa quanto no esclarecimento do conte do do vocabul rio A vantagem de uma pesquisa electr nica face consult
243. l Conselheiro D Duarte 1428 1438 LOPP Cr nica de D Pedro Fern o Lopes 1430 1440 MONT Livro de Montaria D Jo o I 1415 1433 OFIC Livro do Of cios de C cero D Pedro trad 1433 1438 VITA Vita Christi trad lt 1428 1438 CESA Vida e Feitos de J lio C sar trad lt 1466 SALA Documentos Gallegos de los siglos XIII al XVI Andr s Mart nez Salazar DESC Descobrimentos Portugueses 1057 1460 MARR Documentos das Chancelarias Reais anteriores a 1531 relativos a Marrocos 1415 1540 CITR Livro de citraria e experiencias de alg s ca adores s c XV CONF Tratado de Confissom Chaves 8 8 1489 CONT Contempla om que fez o santo sam Bernardo segundo as seis oras canonicas do dia s c XV ESOP Livro de Esopo trad s c XIV XV FRAD Cr nica da Ordem dos Frades Menores s c XV MMA Monumenta Missionaria Africana REIS Cr nica dos cinco Reis Cr nica de Portugal de 1419 C dice do Porto REIX Cr nica dos sete Reis Cr nica de Portugal de 1419 C dice de Muge ROBI Di logo de Robin e do Te logo s c XV SBER Vida de S Bernardo trad s c XV 67 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando SINA Livros de Sinais s c XV SIGNAIS que pertencem aa egreja Edi o de M rio Martins Boletim de Filologia Lisboa Centro de Estudos Filol gicos t 17 p 311 326 1958 Reprodu o de parte do c dice alcobacense 218 do s cul
244. la guarda dos mant is da casa real e elles hindo pello caminho acharom h u Fernam Gallego seu manteheiro que lhes disse como o iffante era partido e de que guisa 383 8 243 4 Cf Morais s v lugartenente 244 4 Cf Morais s v machafemea Dobradi as ou visagras de duas pegas n uma das quaes h um macho eixo que se embebe na f mea ou cano da outra 245 Cf T Amado in Tavani p 179 246 o A er Para a entrada isolada macha pe a de dobradi a encaix vel na outra a f mea Houaiss n o apresenta data o 151 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Etimologia de mantel eiro com s ncope do 1 Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV manteheiro LOPF 106 8 mantieiro LOPJP 220 14 BLem XV manteheiro LOPF mantyeiro LOPJP MD CF XV manteheiro LOPE Houaiss manteeiro Obs Houaiss n o apresenta datag o para esta palavra Para Kremer 1402 O substantivo est atestado em 1365 MESTO adj 1 l gubre espesso basto E quando o porco assi naceo o outro ala o Rrabez deu h ua arrancada e o Bravor teve sse quedo e quando Rrabez vio que sse o porco saya e que o nom desatreellavom fez h ua grande arrancada per h u mesto mato levando ap s ssi o page e o outro ala o 353 57 Etimologia do lat maestus ou moestus a um Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV
245. le 86 34 Outras ocorr ncias 108 30 119 1 10 123 13 124 29 125 1 3 126 32 127 4 16 253 62 326 45 421 21 423 22 425 3 6 427 1 428 33 429 1 3 8 463 4 475 5 7 19 477 1 19 Etimologia de fronte eiro Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas REIX Obs Houaiss apresenta as duas classifica es gramaticais mas a data que apresenta para o adjectivo n o dando qualquer indica o para o substantivo o que normalmente costuma 129 fazer sua ocorr ncia parece ser no entanto posterior pois apenas aparece registada com dez abona es da CGE MD CF donde nove como substantivo e uma como adjectivo al m das v rias ocorr ncias em obras j do XV Faltar assim a indica o da primeira data o para o substantivo em Houaiss semelhan a do que acontece por exemplo com alvo andar O substantivo est atestado no s culo XIII GANHA DINHEIRO s m 1 trabalhador a quem se paga jornal sal rio por um dia de trabalho jornaleiro Nos logares hu sse costuma d aver gaanhadinheiros que sse escusar nom podem mandava leixar per numero certo os que ss escusar nom podessem 315 130 Etimologia de ganhar dinheiro Tipo de unidade composi o Atesta es simult neas CONT Obs Houaiss n o apresenta data nem etimologia para esta palavra O VH CPM apresenta uma abona o de CONT do s c XV MD CF apresenta ainda duas abona es de Constitu
246. lhes deitarem muita gua no vinho e lhes diminuirem a ra o de broa 304 Em Houais s v roteiro publica o com descri o minuciosa de pontos e acidentes geogr ficos de regi es costeiras ou ilhas com indica o de correntes ventos mar s far is cidades litor neas sugest o de rotas para cada poca do ano etc cujo conhecimento necess rio para se fazer uma viagem mar tima 178 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses CABIL s m 3 almirante E por comtarmos nossa estoria nossa dereyta ordenam a diremos aquy como hii mouro que se chamava Ca ome Bomcane que fora arraez cabill daquella cidade fugio de noite per h cano e arraiz cabill amtre os mouros he assy como allmyramte amtre os crist os 476 798 797 799 798 Outras ocorr ncias 474 767 Etimologia Tipo de unidade Registos BLem XV cabill ZURP MD CF XV cabill ZURP Obs Pelo que consegui apurar da pesquisa em v rios dicion rios ser ocorr ncia nica que forma com arraez o composto arrais cabil pois a classifica o de adjectivo parece me for ada Cacoar s f 1 E elle trazia dous crist os que filhara a traves das Areas Gordas em hi barco e porque hii delles lhe dissera que lhe daria h a cagoar levava o comsygo 622 1034 Etimologia Tipo de unidade Registos BLem XV ca oar ZURP MD CF XV ca oar ZURP Obs
247. lo XIII MA AR vb 1 golpear dar pancada com ma a ou ma o ca o corpo era bem armado de h uas assaz cortes solhas de guisa que os golpes ma avom o corpo e n hiiu damno faziam na carne 485 60 Etimologia de ma a ar Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF COND Obs JPM apresenta uma abona o de REIS e outros tomau o della amp tostauanna e ma auanna amp bebia della Reis p 99 BLem e MD CF com indica o de atesta o em CGE ma ou O substantivo est atestado no s culo XIV MANADA s f 1 rebanho de gado especialmente bovino cavalar ou muar e como forom em seu poder trautavom nas de tall guisa que h u levava depois viinte e trinta ante ssi como manada de mansso gaado 457 62 Etimologia Para Houaiss de orig contrv do esp manada segundo Corominas der de mano m o lt lat manus s suf ada orign o que cabe na m o punhado depois ajuntamento grupo conjunto de pessoas ou animais reunidos e com restri o de sentido ajuntamento de animais esp gado na tradi o de Leite de Vasconcelos prop e se tb o lat medv manuata fem substv de manudtus a um part pas de manuari rapinar roubar der do lat mantis us m o Tipo de unidade importa o castelhanismo Atestac es simult neas FRAD SBER VERT CONT Obs Houaiss data esta palavra do s culo XV cf FichIVPM
248. logia de servente ia 109 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas Desc Obs Houaiss apresenta o s culo XV remetendo para o FichIVPM O IV PMV n o regista por m esta palavra apesar de ter registo em AGC e Houaiss e este remeter para o FichIVPM AGC semelhan a de Houaiss apenas apresenta o s culo S RLor apresenta a data e a abona o com identifica o da obra informa o aproveitada por JPM 1422 eram seruemtias em Desc I S p 101 em 1427 os lavradores desse termo ham tantas perssegui ooes com cepta e ssysas e seruintijas pera as torres idem p 479 MD CF Ke a 149 apresenta ainda ocorr ncias em ChPortDuarte Foraes SOLENIZAR vb 1 comemorar ou celebrar publicamente tornar solene Mas que ora em cima de seus dias posto atras seu desprezamento do mundo que ante mostrava aceptara a enli om que lhe fora feita seendo coroado e sollemnizado por papa como nom devia querendo seguir a v agloria do mundo sem curando da saude de sua alma nem do poboo crista o 392 45 Etimologia de solene izar Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas FRAD Obs Para RLor 1448 em CDGH Ainda sem registo no CIMP O substantivo est atestado no s culo XIV TARL adj 1 tipo de freio que faria parte do arreio a ginete e pagavom de s
249. los termos da cidade a forrejar sem torva que de n hiiu ouvessem 270 28 Outras ocorr ncias 467 61 Etimologia do fr fourrager segundo Morais Tipo de unidade importa o galicismo Registos BLem XV forrejar LOPF MD CF XV forrejar LOPF Obs O VH CPM n o apresenta qualquer forma ou variante deste verbo Houaiss AGC e JPM apenas registam o verbo forragear datando o todos do s c XVII mas JPM refere que forrejar no s c XVI era considerado antiquado vj Duarte Nunes de Le o Origem da Lingua 146 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Portuguesa cap 17 p 301 ed De 1945 Esta mesma observa o com a explica o do significado do verbo forrejar encontra se em Morais do franc s fourrager Talar roubar fazer damno como quasi sempre se faz pelos que v o forragear na terra inimiga Le o Orig c 99235 17 pag 105 col 1 V Forragear e tamb m em Viterbo Furtar roubar andar 4 pilhagem Hoje se diz Forragear por buscar e conduzir o pasto para as bestas do exercito e a este pasto cham o Forragem E como este provimento de fenos palhas cevadas amp c com muita frequ ncia se fazia nas terras dos inimigos cujos campos se procuravam talar roubar e destruir foi muito f cil a transla o da palavra Ainda sem registo no CIPM FORTES s m 2 moeda antiga D outras moedas que el rrei dom Fernando fez assi como f
250. m fora minha voontade desabafada ca asaz d empacho ouverees v s d aver mandardes me demandar como se eu fosse htiua dona de mui maa fama 358 95 Outras ocorr ncias 376 49 414 44 430 25 26 526 34 Etimologia regr de empachar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas BENF OFIC LEAL CESA REIS REIX LOPP VITA FRAD VERT CONT Obs Pela quantidade de obras e ocorr ncias palavra usual na poca de Avis registada em todas as principais obras De notar o ant nimo desempacho em MONT 100 39 e LEAL 271 16 O verbo est atestado no s culo XV EMPACHAR vb 3 obstruido entravado sobrecarregado Cf DESEMPACHADO E a enteen om d el rrei era que esta frota jouvesse aa entrada do rrio de Sevilha pera embargar que n h u navio podesse hir nem viir com mercadarias nem outros mantiimentos 12 Segundo Houaiss 125 A partir da letra E as atesta es simult neas prov m do VH CPM pelo que n o ser o indicadas as localiza es No entanto sempre que se justifique ser o indicadas outras localiza es no campo das observa es Obs O levantamento tal como se disse na introdu o deste cap tulo n o pretende ser exaustivo mas sim indicador de ocorr ncias simult neas 86 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando pera a dita cidade e empachado longamente aquell porto per esta guisa que Castella rreceberia tam gram perda e dano por esta rr
251. m registo na primeira edi o de 1982 na entrada barro est indicada a palavra barroca com o significado de monte de barro com data o de s culo XIII s culo que tamb m Houaiss confirma com indica o de ocorr ncia em Ing Inquisitiones In PMH O cruzamento de obras do mesmo autor parece pois ser deficit rio Ainda no que concerne a data es vale a pena observar as diverg ncias entre o VH CPM e o IVPM relativamente primeira atesta o na lista abaixo apresentada VH CPM HOUAISS acalmar v s c XV 1370 cf IVPM adua s f s c XV 1375 cf IVPM al o s m s c XV 1209 cf JM amarrado adj s c XV 1344 cf VPM arrais s m s c XV 1298 cf IVPM cast o s m s c XV sXI cf VPM coroar v s c XIV sXIII cf VPM debalde adv s c XV sXIV cf IVPM deixar v s c XV 1209 cf JM divis o s f 1272 1270 cf IVPM esquipa es s f s c XV sXIII cf FichIVPM fanega s f s c XV sXIV cf FichIVPM fateixa s f s c XV sXIV cf FichIVPM febre adj 2g febre 3 s c XV febre 1372 cf Eluc florim s m s c XV sXIV cf IVPM fornecer v s c XV sXIV cf FichIVPM fretamentos s m s c XV sXIV cf FichIVPM fuzil s m s c XV sXIV cf IVPM gasc o adj s c XV sXII cf FichIVPM A palavra barroca tem 12 ocorr ncias em LOPJ 7 delas como nome pr prio referindo se a frei Jo o da Barroca e as restantes 5 como nome comum Tal altera o dever se mais a uma correc
252. m verbo que diverge de bufar Para este Houaiss apresenta a data o do s c XV com a f hist bofar e com o significado de expelir ar sopro vapor ou outra emana o com for a Para bofar Corominas apenas indica que se forma depois sem especificar quando esse depois mas a que Houaiss atribui data recente a1913 cf CF com o significado de expelir pela boca golfar sair s golfadas precisamente o que me parece que ocorre em LOPF A utiliza o do o u parece pois ser distintiva na mat ria expelida O substantivo est atestado no s culo XV Ainda sem registo no CIPM CABO s m 1 ponta ou por o de continente que avan a mar adentro e levava cem mill livras pera pagar solldo aa frota de Portugall e a trav s do cabo de Santa Maria de Faarom chegarom a ella as gallees de Castella e matarom o meestre com outros e d elles cativarom e queimarom a naao e tomarom os dinheiros 145 62 Etimologia do lat caput itis cabe a parte superior bico ponta cabo extremidade com o seguinte complemento atrav s do lat vulg capus i do qual se orig os voc roman correlatos romn cap it capo engad ko friul kaf fr chef prov cat cap esp port cabo todas com ampla diversifica o sem ntica Tipo de unidade importa o latinismo Registos Houaiss XV cabo acep o 6 200 Cf Teresa Amado in G Tavani e G Lanciani 1993 Dicion rio da Lite
253. ma o mais pormenorizada consultar em Houaiss s v arrot onde se verifica que AGC seguiu o Dicion rio da Academia 1976 122 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando como molheres que andarem alrotando e pedindo nom usando d outro mester sej o vistos e catados pelas Justi as de cada huum lugar Ord livro IV t tulo 81 9 p 288 hoje ainda se emprega mas raramente cf Morais IVPM XV alrrotar LOPF 89 87 VH CPM XV alrrotando LOPF 89 87 BLem XV alrrotando LOPF MD CF XV alrrotando LOPF Houaiss XV alrrotar cf IVPM Obs RLor n o antedata JPM que indica o s c XV com interroga o De qualquer forma com abona o posterior a LOPF Para Kremer 1435 ANGUADO s m 1 esp cie de alamar cord o ca el rrei dom Fernando a seu rrequerimento lhe enviou estonce em presente seis alla os e seis sabujos todos com collares brollados e foziis de prata dourados e as treellas d elles d ouro fiado e trinta azcumas todas com contos e anguados de pratas dourados que levavom quareenta e seis marcos de prata em guarnimento 142 39 Etimologia Tipo de unidade Registos IVPM XV s m LOPF 43 39 VH CPM XV subst anguados LOPF 43 39 BLem XV adj anguados LOPF MD CF XV anguados LOPF Obs Sem registo em JPM RLor AGC e Houaiss Parece n o haver consenso nem de classe gramatical
254. mado por deriva o Assim agora poss vel perceber que o mecanismo de enriquecimento vocabular atrav s da importa o de palavras nomeadamente latinismo demonstra a capacidade de renova o do l xico pr renascimento bem como forma novos derivados quer da mesma poca como mediano e medianeiro XV mas tamb m com v rios s culos de distanciamento como pedir 1152 e pedinte XV romper 989 e rompimento XV Algumas palavras como conclave poder o ter entrado na l ngua atrav s da tradu o pois ocorrem pela primeira vez em obras desta natureza O VH CPM demonstra um procedimento contradit rio os seja em muitas situa es omite abona es que constam nos tr s volumes publicados por Cunha como em ala MONT amorio 1447 DESC arauto CART 1439 MARR cism tico ROBI cota CART LOPO e MMM defens vel 1447 DESC desgarrado 41436 DESC mar LOPF No caso de arvoredo e conjectura apenas com ocorr ncia em LOPF e MONT a n o utiliza o desta ltima obra no corpus de extrac o atribuem assim a LOPF a primeira atesta o Para tal facto n o encontrei explica o Para muitas outras insere localiza es que n o constam nos tr s volumes publicados por Cunha como em aferrar REIS aliado BENF carriagem REIS cautela VITA e FRAD cism tico SBER comunicar VITA descontentar VITA ditado BENF espedir REIX VESP e FRAD Partindo do facto de este dicion rio ser apenas a digitaliza
255. morte e o mariscall rrespondeo dizendo Senhor v s sooes filho de rrei e nom vos rrespondo como poderia em este caso mais eu nom ssom treedor nem ffementido E o principe disse que quiria estar a juizo de cavalleiros e que lho provaria e ell disse que ssi e forom juizes doze cavalleiros de desvairadas na o es E disse o principe contra elle que na batalha de Piteus que ell vencera hu fora preso el rrei de Fran a fora elle seu prisoneiro e posto a rrendi om e lhe fezera preito e menagem so pena de trai om e ffementido 37 10 13 19 Etimologia de f mentido part de mentir Tipo de unidade composi o 22 TPM apresenta etimologia interm dia do fr exsuder este do lat exsud re cf p 519 23 O significado apresentado por Morais mais literal Que mente e falta f dada fidelidade s v fementido 145 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Registos JPM XV adj e o Principe quamdo o vio chamoulhe treedor e fementido que merecia morte e o mariscal rrespondeo dizemdo Senhor mais eu nom som treedor nem fementido F L F cap 10 vol I p 35 AGC XV adj e s m VH CPM XV adj e s m fementido LOPE 10 10 ffementido LOPF 10 13 19 BLem XV vb fementido ffementido LOPF MD CF XV fementido ffementido LOPF Houaiss XV adj fementido ffementido cf FichIV PM Obs Parece haver alguma
256. mostrando lhe a horphaindade do marido que perdera com sallu os e grandes lagrimas 594 27 28 Etimologia de rf o sob a f rad orfan dade Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV XVI orfandade soo com saudade amp sua gram orfyndade C Ger V pp 360 361 RLor XV XVI orfandade G de Resende e sua gram orfyndade Cr Arc 502 AGC XV horphaindade LOPF 173 27 orfimdade LOPJP 197 33 VH CPM XV horphaindade LOPF 173 27 orfimdade LOPII 197 33 BLem XV horphaindade LOPE orfydade LOPJP MD CF XV horphaindade LOPE Houaiss XV horphaindade orfimdade cf FichIVPM Obs O substantivo est atestado no s culo XIII JUSANTE s f 1 vazante baixa descente mas taaes avia hi dos mareantes que eram muito contrairos a esto dizendo que as gallees per esta guisa hiam em muito gram periigo porque quando vehesse a jusante da maree lan a llas hia em poder da frota de Portugall 143 19 Etimologia do fr jusante Tipo de unidade importa o galicismo Registos JPM 1513 porque no Mar Roxo n o h a correntes de gua sen o montante e jusante que entra para dentro e sai para fora Afonso de Albuquerque Cartas p 210 ed dos Cl ssicos S da Costa 148 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando AGC XVI VH CPM XV jusante LOPF 44 19 BLem XV jusa
257. mpiam na e escapavam El rei Dom Pedro era muito per o contrairo ca n nhtiu per rrogo nem poderio avia d escapar da pena merecida de guisa que todos rreceavam de passar seu mandado 10 Entre tantos outros exemplos veja se esta passagem da LOPJP cap XLI p 102 quue os portuugueses nna pare ia mais amte eles que ho lume de hu a pobre estrela amte claridade de lua em seus perfeitos dias ou ainda a met fora da pomba em ZURP 251 252 68 89 1L A classifica o de Teresa Amado transformada em t tulo de livro fundamenta se em frases de come o de alguns cap tulos por exemplo LOPJI cap XLII p 195 em que prefere utilizar o verbo ouvir em detrimento de ler Vos ouvistes no primeiro capitollo desta est ria 2 LOPJI Pr logo p 2 13 LOPJI Pr logo p 3 18 Introdu o preocupa es em tornar a L ngua Portuguesa um instrumento de comunica o mais s lido mais rigoroso mais criativo no fundo mais liter rio Com Zurara privilegia se de novo o her i individual em detrimento do colectivo Como historiador do reino tamb m ele garante a veracidade dos relatos pois do que rreallmemte pertem ee a sustam ia n pode em outra parte ser mais verdadeyramemte escripta que aquy leixamdo as particullaridades em que nunca se pode achar verdadeira certyd o no que de 14 semelhan a de Lopes tamb m ele afirma E por ne essydade per muitos h de ser sabido certo que em este livro t
258. n foi sendo colocado em segundo plano Se atendermos ao estudo lexical feito para o portugu s do s culo XV e mais particularmente ao processo de data o de palavras da l ngua portuguesa perceber se ao longo deste trabalho que muitas dessas data es s o tardias precisamente porque estudos desta natureza desde a d cada de oitenta principalmente A G Cunha e mais recentes como o Dicion rio Houaiss n o a tiveram em considera o Mais do que qualquer cr tica textual edi o de Teresa Brocardo at porque n o sendo esse o prop sito esta uma rea de interesse recente e ainda a sistematizar conceitos o intuito passa por parcos contributos no sentido de melhoramento do texto resultantes de quem tem como objectivo fazer um ndice directo de todas as palavras da cr nica para assim poder obter material de trabalho gra as inform tica que tal tarefa se torna simples quanto olhada a umas d cadas atr s 88 Citam se as p ginas seguidas das linhas 2 Cf cap tulo quinto O Condestabre porque al m da idade tinha tem om de se apartar pera servi o de Deus Gom allo Vaz Coutinho tamb m por idade e por outras cousas que ho ympidi e Marty Affomso de Mello por press es dos que o acompanhavam Cf Brocardo 1997 10 61 111 2 A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara Edi o de Teresa Brocardo Quando se edita uma obra em portugu s de uma fase pret rita da l ngua podem ser v ri
259. n o 2004 Cr nica de D Fernando Edi o cr tica introdu o e ndices de Giuliano Macchi Lisboa IN CM ZURARA Gomes Eanes de 1997 Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Edi o e Estudo de Maria Teresa Brocardo Lisboa FCG JNICT Dicion rios AULETE Caldas 1987 Dicion rio Contempor neo da Lingua Portuguesa Rio de Janeiro Editora Delta 5 vols BAILLY A 2000 Dictionnaire Grec Fran ais Paris Hachette Nova edi o revista por L S chan e P Chantraine BARBOSA Agostinho 2007 Diccionarium Lusitanico Latinum Braga Universidade do Minho Org e Introd de Brian F Head com fac s mile da edi o de 1611 BIVAR Artur 1948 1958 Dicion rio Geral e Anal gico da L ngua Portuguesa Porto Edi es Ouro Publicado postumamente por M dos Santos Ferreira e M V dos Santos Ferreira BLUTEAU Raphael 712 1727 Vocabul rio Portuguez e Latino CD ROM com a edi o fac similada de 1712 1727 publicado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2000 CASTELEIRO J Malaca dir 2001 Dicion rio da Lingua Portuguesa Contempor nea Lisboa Editorial Verbo Academia das Ci ncias de Lisboa CASTELEIRO J Malaca dir 2008 Novo Diciondrio da Lingua Portuguesa Lisboa Texto Editora COROMINAS Joan 1997 Diccionario Cr tico Etimol gico Castellano e Hisp nico Madrid Editorial Gredos 215 Refer ncias Bibliogr ficas CUNHA Ant nio Geraldo da 1989 Dicion rio Etimol gi
260. ncias 476 35 534 30 70 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Etimologia de fouto eza Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas OFIC 40 3 REIX 11 233 12 Obs O adjectivo afouto est atestado no s culo XIV AFOUTO FOUTO adj 2 corajoso ousado destemido e como era muita gente de pee sahindo afouto por o acostumado huso que tiinham hordenouo prioll de lhe lan ar hiia cellada 478 34 portanto fallou assi fouto contra os do seu consselho 420 87 Etimologia do lat fautum supn do v fav re Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas GRAAL 92426 VERT 108 9 CESA 11 2814 4 Obs Houaiss regista afouto com data do s culo XIV e com indica o de menos usado que afoito com data o em it lico do sXVI A data o de afouto tem por base o IVPM onde Cunha apresenta uma abona o de GRAAL classificada como texto do s culo XIV O VH CPM elimina esta abona o indicando apenas as obras do s culo XV A quest o parece n o ser pac fica sobre o tratamento de obras que garantidamente s o anteriores s c pias conhecidas Al m de GRAAL o mesmo acontece por exemplo com O Livro da Montaria do s culo XV mas conservado em manuscrito do XVD Livro do Esopo Livro de Citraria ou Castelo Perigoso AGASALHADOR s m 2 hospitaleiro acolhedor Amava justi a e era prestador e graado muito liberall a t
261. nem de g nero Nos dicion rios consultados apenas encontrei registado o substantivo feminino anguada o que explica a interroga o do IVPM e contraria a certeza do VH CPM Quanto proposta de BLem o adjectivo ser apenas resultado de classifica o mec nica eventualmente resultante da termina o dos No entanto e apesar de na maioria das edi es da Cr nica de Dom Fernando aparecer o substantivo masculino na frase trinta azcumas todas com contos e anguados de pratas dourados o feminino encontra se registado na edi o da Biblioteca de Cl ssicos Portugueses de 1895 trinta azarmas todas com contas e anguadas de prata douradas o que pode mostrar dupla interpreta o do manuscrito Na edi o de Macchi o aparato cr tico n o faz qualquer refer ncia a esta altern ncia APAVESADO adj vb 3 protegido com paveses arma o protectora constitu da de escudos ou t buas que se colocava na borda das embarca es empavesado e as mayores naaos estavom deante todas com as alcacevas contra o mar armadas e apavesadas percebidas de tr os e outros arteficios pera sse defender 469 12 A frota como pousou ante a cidade lan arom todos os batees fora armados e pavesados 475 15 Outras ocorr ncias 475 18 183 CF regista a forma feminina anguada com indica o de forma antiga e com o significado de esp cie de alamar com indica o de ocorr ncia em Fern o Lopes Cr nica de D Fernan
262. no final as conclus es 23 1 1 Forma o e importa o de palavras principais conceitos 1 Forma o de palavras principais conceitos Segundo Robert Verdonk a entrada de palavras novas numa l ngua pode acontecer a dois n veis ou seja a n vel formal e a n vel sem ntico sendo que o primeiro pode ocorrer por dois processos empr stimos de outras l nguas vivas ou mortas e forma o de novas palavras por composi o ou deriva o Em palavras similares Correia 2005 23 refere que para incorporar palavras novas os l xicos das l nguas disp e basicamente de tr s mecanismos distintos a constru o de palavras recorrendo a regras da pr pria l ngua a reutiliza o de palavras existentes atribuindo lhes novos significados e a importa o de palavras de outras l nguas Menciona ainda que al m destes mecanismos considerados os mais produtivos pode ainda considerar se uma outra forma de criar novas palavras a chamada ex nihilo sem d vida o procedimento menos usual em qualquer est dio da l ngua De qualquer forma o que para este trabalho se torna pertinente n o nenhum em particular embora possam surgir justifica es pontuais mas sim todos como um conjunto na medida em que contribuem para o enriquecimento da l ngua A percentagem que caber a cada um ser o resultado da an lise dos dados recolhidos Ora para um trabalho desta natureza torna se imprescind vel um dicion rio que registe a entrada
263. nta a obra sem indicar a localiza o Torna se assim imprescind vel ter as obras informatizadas de outra forma imposs vel localizar os passos e detectar diferentes significados 141 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ENCALHAR vb 2 apoiar directamente a quilha da embarca o no fundo do meio em que flutua ou em algum obst culo E seis gallees d el rrei de Graada estavom encalhadas em seco com medo d as de Bellamarim e ouverom conhecimento das naaos que eram de Portugall per algiiuas pina as que hiam deante e juntarom sse todos e forom sobre as gallees de Bellamarim e fezeram nas tanto encalhar em terra que as defendiam os mouros de cima do muro 300 46 50 Etimologia de en calhar Tipo de unidade deriva o prefixal Registos JPM XVI encalhar cf Morais RLor XV encalhar aa frota de Portugall que jazia emcalhada acerca dos muros D Jo o I 1 275 AGC XVI VH CPM XV encalhadas LOPF 86 46 encalhar LOPF 86 50 BLem XV encalhadas encalhar LOPF emcalhada LOPJ1 MD CF XV encalhadas encalhar LOPE Houaiss XV cf FichIVPM Obs A antedata o de RLor a JPM com uma abona o de LOPJT mas n o a de LOPF vem justificar a pertin ncia dos corpora informatizados Para Kremer 1510 O verbo calhar est atestado em 1611 enquanto o substantivo calha que lhe da origem ocorre em c1580 pelo que se verifi
264. nte LOPF MD CF XV jusante LOPF Houaiss XV cf FichIVPM Obs RLor n o corrige JPM LASTIMA s f 1 compaix o d Esta messagem foi ouvida com grande door e lastima 383 16 Etimologia regr de lastimar Tipo de unidade deriva o regressiva Registos AGC 1549 SNor 96 21 VH CPM XV lastema INFA 91 15 BLem XV lastima LOPF MD CF XV lastima LOPF Houaiss XV lastema cf FichIVPM Obs JPM apenas regista o verbo lastimar ap s observa o de RLor com indica o de tal proveni ncia com abona o da Cr nica Troiana VH CPM n o indica esta ocorr ncia em LOPF O verbo est atestado no s culo XIV LASTRAR vb 1 espalhar lastro balastro cascalho ou saibro que se coloca no leito das estradas ou acrescentar peso a algo para torn lo mais firme de guisa que muito aginha foi feita h ua grande e espa osa ponte lastrada de terra e d area tall per que folgadamente podiam hir a trav s seis hom es a cavallo 115 23 Etimologia de lastro ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV e porque a naao nom era lastrada e a gemte emtrou mais da que devera nom podia rreger com compria F L J I cap 133 p 261 AGC XV VH CPM XV lastrada LOPF 35 23 BLem XV lastrada LOPF LOPJIS MD CF XV lastrada LOPF Houaiss 1958 cf CABr Obs Houaiss apresenta duas
265. ntroversa Para JPM de um rabe hisp nico a alam Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM regista a almo mas apenas apresenta data o para o verbo 1370 IVPM XV a almo ZURD 106 5 VH CPM XV a almo ZURD 106 5 BLem XV acallmo ZURP MD CF XV agallmo ZURP Houaiss XV cf IVPM Obs Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor ACUITAR vb 1 agravar agudizar E estamdo sobre o cerco acuito se a ymfirmidade do comde 716 1111 Etimologia Para Houaiss de origem obscura para o CIPM talvez do lat acuitare para CF de coitar de coita desgarga lt cast cuita Tipo de unidade importa o latinismo 2 Registos BLem XV acuitose ZURP MD CF XV acuito se ZURP CIPM acuito ZURP Houaiss XV cf InedHist 282 Segundo Morais s v abreviador que resume mat ria mais larga a menos raz es 28 Tematizada para o verbo acoitar 281 Em Houaiss o volume da Collec o de Livros In ditos de Hist ria Portuguesa referido na bibliografia de data o e etimologia parece ser o primeiro pela indica o da publica o em 1970 correspondente aos reinados de D Jo o I D Duarte D Afonso V e D Jo o II e onde se incluem tr s obras Livro da Guerra de Ceuta por Mestre 168 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ADIBE s m 1 lobo chacal e htias anymallias
266. o Cunha e Corominas n o descurando eventuais informa es de outras obras No entanto a etimologia apresentada a que costa em Houaiss uma vez que regra geral re ne informa es apresentadas pelos outros autores Um exemplo ilustrativo deste procedimento verifica se na entrada peitoril ETIM lat pectorile segundo AGC JM e Nascentes ou de forma mais pormenorizada em sobressalente cuja primeira atesta o se verifica em ZURP ETIM orig contrv AGC registra com d vida talvez de um sobressaliente lt sobre 115 111 4 Novidade de pallavras no portugu s do s culo XV saliente Nascentes deriva do esp sobresaliente 1575 que sobressai do v sobresalir sobressair exceder JM oscila entre uma form vern sobre saliente e o cast sobresaliente Tipo de unidade Neste campo ser registado o tipo de unidade que a palavra apresenta O objectivo poder tirar conclus es de dois tipos em primeiro perceber a quantidade e a respectiva origem de palavras importadas para assim perceber eventuais influ ncias em segundo detectar mecanismos internos da l ngua na forma o de novas palavras nomeadamente a deriva o e a composi o O que se pretende mostrar a evolu o do l xico derivado ou seja verificar o espa amento temporal entre o registo da palavra primitiva e o seu derivado mas tamb m o inverso como me parece acontecer Registos Neste ponto o object
267. o a elabora o de um ndice Anal tico II 3 farei uma an lise aos materiais utilizados para chegar ao referido ndice II 1 2 Numa altura em que proliferam os ndices directos das palavras de variadas obras tarefa facilitada pelas digitaliza es e um n mero significativo de programas inform ticos para o efeito ganha for a o qualificativo anal tico Assim mais do que uma lista pretendo construir um gloss rio das palavras pertencentes a classes principais e que admitem forma o morfol gica de neologia Fern o Lopes Cr nica de D Jo o I Pr logo p 3 para esta obra sigo a edi o organizada por Salvador Dias Arnaut para a Civiliza o Editora indicando o cap tulo e a p gina 16 Introdu o 93 1 e adjectivos nomes verbos e adv rbios em mente muito ajudado pela m quina certo mas em que a ltima palavra do homem Posteriormente e j com os resultados obtidos no cap tulo anterior neste terceiro cap tulo que pretendo apresentar a novidade de pallavras registadas pela primeira vez na Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes 111 4 e a Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara III 5 ap s uma breve an lise s edi es de Giuliano Macchi e Teresa Brocardo 111 1 2 que serviram de base a este estudo lexical Se para algumas a certeza se petrificou ap s a consulta de dicion rios e obras de diversa tipologia para outras sobretudo as que apres
268. o o qual fez Dom Eduarte Rey de portugal e do algarve e senhor de Cepta Edi o cr tica e anotada Lisboa Bertrand PIEL Joseph Maria 1948 Livro dos Oficios de Marco T lio C cero o qual tornou em linguagem o Infante D Pedro Duque de Coimbra Edi o cr tica segundo o ms de Madrid prefaciada anotada e acompanhada de gloss rio Coimbra Universidade de Coimbra Acta Universitatis Conimbrigensis PIEL Joseph Maria 1986 Livro da Ensinan a de Bem Cavalgar toda Sela que fez El rey Dom Eduarte Rey de Portugal e do Algarve e senhor de Ceuta Edi o cr tica introdu o e notas Lisboa IN CM PIMPAO Alvaro J da Costa 71959 Hist ria da Literatura Portuguesa Idade M dia Coimbra Atl ntida PIMP O lvaro J lio da Costa 1939 A historiografia oficial e o sigilo sobre os descobrimentos Coimbra Biblioteca Universidade PORTO DA PENA 2002 Manual de T cnica Lexicogr fica Madrid Arcos Libros RAPOSO Eduardo Paiva 1984 Algumas observa es sobre a no o de l ngua portuguesa Boletim de Filologia Lisboa 29 pp 585 592 REBELO Lu s de Sousa 1982 A Tradi o Cl ssica na Literatura Portuguesa Lisboa Livros Horizonte RIBEIRO Orlando 1987 A Forma o de Portugal Lisboa ICALP RIBEIRO Orlando 1986 Portugal o Mediterr neo e o Atl ntico Lisboa S da Costa RICO Francisco 1993 El sue o del humanismo de Petrarca a Erasmo Madrid Alianza ROHLFS Gerhard 1979
269. o XV SOLI Livro do Solil quio de Sancto Agostinho trad antes de 1415 com certeza antes de 1437 TERS Traslada o dos corpos de s o Bento e sua irm santa Escol stica s c XV VERT Livro das Tr s Vertudes trad s c XV YSAC Livro de Ysaac s c XV 68 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ABASTADAMENTE adv 3 de forma abastada e estes faziam viir e enviavom do rreino grandes e grossas mercadarias em guisa que fora as outras cousas de que em essa cidade abastadamente carregar podiam 6 98 Outras ocorr ncias 29 51 93 15 Etimologia abastado mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas VITA 24513 61040 CESA III 14 28 2 FRAD 27 31 Obs Segundo MD CF com registo em ChUniPort vol 3 1420 1460 O adjectivo esta atestado no s culo XIV ABRA O s m 1 ato de abra ar de apertar entre os bra os amplexo Proposto d aver despenssa om pera casarem ambos eram os jogos e fallas antr elles tam a meude mesturados com beijos e abra os e outros desenfadamentos de semelhante pre o 198 36 Etimologia regr de abra ar Tipo de unidade deriva o regressiva Atesta es simult neas BENF 47 7 LEAL 195 2 VITA 23 47 FRAD 11 23 23 Obs MD CF e BLem registam tamb m a sua ocorr ncia em CP O verbo est atestado em 1255 ABREVIAMENTO s m 1 ato ou efeito de abreviar abreviatura decl
270. o desconhecida 3 9 3 Recomenda se que no final o utilizador verifique os casos de palavras hom nimas e que perten am a v rias classes gramaticais 58 Para os coment rios a este programa foi apenas utilizada a Cr nica de D Fernando 5 Cf bibliografia O Centro de Estudos de Lingu stica Geral e Aplicada CELGA disp e neste momento de v rias obras para consulta em http www uc pt uid celga recursosonline cecppc 6 Uma das lematizac es utilizadas neste trabalho a Lematiza o de Textos Medievais Portugueses vers o 4 0 edi o de Jos Barbosa Machado UTAD 2002 2007 Cf infra p 45 Cf http alfarrabio di uminho pt vercial lexicon index html 43 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 A base de dados do programa Lexicon constitu da pelas 123 800 formas diferentes para o portugu s antigo formada a partir de v rias obras listadas abaixo Abreviatura Descri o AP Auto de Partilhas 1192 CBAN Cr nica Breve do Arquivo Nacional CDG Cr nica do Descobrimento e Conquista de Guin de G E de Zurara s c XV CDM Cr nica do Conde D Duarte de Meneses de Gomes Eanes de Zurara s c XV CPM Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Gomes Eanes de Zurara s c XV CDAH Cr nica de El Rei D Afonso Henriques de Duarte Galv o in cio do s XVI CDD Cr nica de D Dinis in cio do s c XVI CDF Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes s c XV
271. o dos volumes Cf as entradas ABALROAR simplesmente P Men ID ALA DE P Men nos Ined Hist 1 ALBATO A P Men nos Ined Hist ID CALA P M nos Ined Hist ID ESCOL P Men I nos Ined Hist I VELEIRO P Men I nos Ined Hist ID 170 11 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses BLem XV allar ZURP MD CF XV allar ZURP CIPM allar ZURP Houaiss 1529 ATenr 85 Obs Antedata o a Houaiss j segundo JPM ALBATOCA s f 1 embarca o de vela e remo E fazemdo se logo prestes de pelleja conhe erom que hera albeto a a quall n poderam ecall ar sen o tam perto da terra 305 57 Etimologia prov do r al bat sa ou r batax Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV j se documenta no s c XV e seendo jaa sobre o quarto da alva sentiram voga de navio e fazendo se logo prestes de peleja conhecerom que era albeto a P Men cap 32 nos Ined Hist II p 311 IVPM XV albeto a ZURD 156 24 VH CPM XV albeto a ZURD 156 24 BLem XV albeto a ZURP ZURD MD CF XV albeto a ZURP Houaiss XV m q albato a cf IVPM Obs Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor j segundo JPM ALGAZARRA s f 1 gritaria E n fezerom hii cousa nenhtia somemte amdar fazemdo suas allgazaras e dapnar o allg p ao que ally estava
272. o sufixal Registos JPM XVI estimativo cf Morais AGC XVI VH CPM XV extimativa LOPF 63 43 BLem XV extimativa LOPF MD CF XV extimativa LOPF Houaiss XV extimativo 1532 jstimativo cf FichIV PM Obs RLor n o prop e antedata o para a data apresentada por JPM corrigindo corrigindo apenas a data o para o verbo estimar de 1349 para 1264 O adjectivo est atestado no s culo XIII EXSUDAR vb 1 suar transpirar Em este comeos sobreveo o gram porco seguro e desacompanhado de sabujos e d ala os exudrado por a gram calma que fazia e veo nacer per a bicada de h u monte junto com a armada hu jazia o iffante e seu page dormindo 352 45 Etimologia do lat exs do s dvi Gre atum Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM 1864 O potro exsudava a torrentes e tremia convulsivamente Camilo Vinte Horas de Leitura cap 9 p 93 AGC 1881 VH CPM XV exudrado LOPF 99 45 BLem XV exudrado LOPF MD CF XV exudrado LOPF Houaiss XV exudrado 1706 exsudar cf FichIVPM Obs Verbo datado a partir do partic pio As data es apresentadas por AGC e JPM s o tardias RLor n o prop e antedata o para a data apresentada por JPM Ainda sem registo no CIPM 9233 FEMENTIDO adj s m 3 que desleal que n o cumpre a palavra falso e o principe quando o vio chamou lhe treedor e fementido que merecia
273. odos e grande agasalhador dos estrangeiros 3 19 Outras ocorr ncias 347 19 Etimologia rad do part agasalhado or Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas VERT 132 38 Obs Apesar do radical ser do XIII s passado dois s culos se assiste forma o deste derivado em dor O mesmo se pode dizer para agasalhamento que n o tendo registo em LOPF ocorre em LEAL Tendo em conta a nica ocorr ncia em VERT e se atendermos ao facto de como refere M de Lurdes Crispim o incipit do manuscrito de VERT da Biblioteca de Madrid se referir que foi traduzido por mandado da rainha D Isabel mulher de D Afonso V 1447 1455 seria mais adequado atribuir a primeira atesta o a LOPF O adjectivo est atestado no s culo XIII 105 Cf p XIX da introdu o do primeiro volume letra A 106 Com esta altera o parece que o VH CPM foi mais do que uma digita o das fichas constantes no fich rio da casa Rui de Barbosa como se pode ler na apresenta o Tivemos assim oportunidade de no espa o de quase dois anos rever todo o trabalho com o concurso de especialistas procurando sempre que poss vel expurg lo de imperfei es decorrentes do fato de n o termos podido contar at o final com a orienta o firme e experiente de seu autor 107 Pisan 2002 31 e Tavani 1993 244 s v Espelho de Cristina 1084 gasalhador figura nesta lista pela hip tese tamb m levantada
274. odu o liter ria portuguesa E assim foi Como o desenvolvimento de meios mec nicos nomeadamente inform ticos foi poss vel a digitaliza o de in meras obras e a consequente elabora o de listas de palavras O passo seguinte foi uma catapulta de antedata es A este prop sito refere Robert Verdonk no cap tulo Cambios en el l xico del espafiol durante la poca de los austrias inserido na Historia de la 158 Agora com segunda edi o Mateus 2010 116 111 4 Novidade de pallavras no portugu s do s culo XV Lengua Espariola coordenada por Rafael Cano a prop sito do confronto entre dicion rios hist ricos Corominas e a base de dados CORDE Corpus Diacr nico del Espa ol criada pela Real Academia Espa ola De esta confrontaci n resulta que una parte importante de las voces que hasta ahora se vienen considerando pr stamos o creaciones de los siglos de Oro en realidad ya est n atestiguadas en el siglo XV o incluso antes Outra hip tese ainda era ter todas as obras medievais dispon veis informatizadas para uma consulta r pida e objectiva Para l caminharemos O respons vel pela Biblioteca de Amsterd o numa entrevista concedida ap s a decis o de digitalizar todas as obras a come ar pelas mais antigas respondeu peremptoriamente dentro de alguns anos se n o estiver na internet n o existe Como nenhuma das duas poss vel torna se imperativo recorrer a obras da rea
275. ois n o apresentam entrada para esta palavra Embora em alguns casos se justifique esta aus ncia pois s o apresentadas data es do s culo XVI e mesmo posteriores noutras a indica o dada do s culo XV como neste caso CANAVEAR vb 1 ferir torturar enfiando lascas de cana sob as unhas comtanto que n o sejam daquelles que se lam ar per suas vomtades porque taes n tomaria sen o pera hos canavear 417 741 738 Etimologia origem duvidosa Segundo Houaiss h quem proponha a form a cdnave ar Nascentes deriva de c nave lt lat cann bis is e cann bus i linho c nhamo por sua vez do gr k nnabis e k nnabos os h ainda os que associam a c nave desusado cana que segundo DV s v can ve seria proveniente de canna infl na forma por canave do lat cannabis c nhamo alguns relacionam ao ant canavea do qual tb procederia canavial antes canaveal Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV que l seja pr so com tanto que n o sejam daqueles que se lam arom per suas vontades porque taes nom tomaria sen o pera os cannavear P Men cap 56 em In d Hist II p 396 A var acanavear do s c XVI 8 dous dias que ho martyrizar atado hua cruz feita aspa em que ho acanauear Gois IV cap 8 p 19 BLem XV canavear ZURP MD CF XV canavear ZURP Obs Houaiss apenas apresenta a variante ac
276. oite e de dia teendo cautella e avisamento grande em todos seus feitos e defenssom 266 34 Etimologia do lat cautela ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas BENF 30 23 LEAL 193 70 360 6 REIX 11 159 2 11 314 27 VITA 134 16 142d12 181d37 FRAD 13 5 191 28 1 152 177 SEGR 7v 19 VERT 66 24 Obs As tr s abona es de VITA bem como a segunda de FRAD n o constam no IVPM MD CF apresenta uma abona o de BOSC e outra tal como BLem da CGE Antedata o face a Houaiss CAVALEIROSO adj 2 pr prio de cavaleiro valoroso Nun Allvarez veendo que os seus nom davom volta e que os castella os chegavom acerca d onde ell estava aderen ou contra elles com gram virtude cavalleirosa a algiius impossivell de creer 484 49 Outras ocorr ncias 524 40 Etimologia de cavaleiro oso Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF 109 8 190 27 OFIC 27 17 39 11 LEAL 250 18 CESA 11 1888 3 T11 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Pelas obras em que se encontra claramente pertencente ao vocabul rio de Avis O substantivo est atestado em 1277 CAVALGANTE adj 1 que anda a cavalo cavaleiro cavalgador Era cavallgante e torneador grande justador e lan ador a tavollado 3 15 Etimologia de cavalgar nte Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas FRAD II 137
277. olldo ao de cavallo tari com faca armado aa guisa trinta solldos por dia 119 17 Etimologia Tipo de unidade Atesta es simult neas CAVA Obs Apenas registado em CF com esta abona o de LOPF mas sem significado TREMOCO s m 1 gr o de tremoceiro planta leguminosa e compravom com ella h ua mealha de mostarda ou d alfelloa ou de tramo os e semelhantes cousas 188 38 Etimologia do gr therm s quente falando se de banho bebida alimento etc pelo r turm s f vulg de turmus Corominas do hispano rane turm s r t rmus e este do grego therm s apresenta como primeira documentag o a forma altarmuz em 1328 35 Conde Luc Indica ainda tremo o como forma portuguesa e entremo o ou atramoz como castelhana uma vez que o norte conservou o romance llob de l pinus Tipo de unidade importa o arabismo Atesta es simult neas CITR 148 Se pesquisarmos a palavra audi ncia reparamos que a abona o engloba a palavra serventia no final alli faziam audiencia a todollos que andavom servindo que demandados eram por quaaesquer cousas por nom seerem torvados da serventia sublinhado meu N o se compreende pois a sua n o inclus o 142 Obra apresentada sem qualquer outra indica o 150 Colecci n Diplom tica de Galicia Hist rica Santiago de Compostela Vol I 1901 91 7 9 110 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica
278. om Fernando era grandioso de voontade e queren oso d aquello que todollos hom es naturallmente desejam que he acrecentamento de sua boa fama e honrroso estado 91 3 4 142 Cf Tavani 1993 408 s v Livro do Esopo 43 Podem ainda ser encontradas mais duas ocorr ncias em Hist ria dos Reis de Portugal in Cr nica Geral de Espanha de 1344 segundo MF CF 144 Cf Tavani 1993 683 145 Em MF CF as datas apresentadas s o de 1430 1443 105 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Outras ocorr ncias 348 54 351 3 Etimologia de queren a oso Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF Obs Houaiss tal como RLor apresenta a Cr nica de D Pedro I de Lopes como primeira data o cf FLCron O VH CPM apresenta uma abona o de BENF que ainda n o consegui localizar O substantivo est atestado no s culo XIII RATIFICAR vb 2 confirmar validar e el rrei dom Pedro mandou outra vez Joham de Cayom seu alcaide moor que chegasse a el rrei dom Fernando e lhe rrequerisse que rratificasse outra vez a amizade que feita aviam 47 52 53 Outras ocorr ncias 401 68 Etimologia do lat medv ratificare Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas FRAD Obs Houaiss n o leva em considera o a antedata o de 1409 indicada em JPM proposta por RLor com a variante retificar delle Retificar o dicto testemoyo Ferre
279. omc acordar acordo vb nome pres ind a or a ores nomc nomp acorrer acorrerdes vb infp fut conj acorrer acorro vb nome pres ind acrescentar acrecentardes vb infp fut conj adiantar adeantado vb nomc part adiantar adeante vb advl pres conj afogar afogara vb pret m q p fut imperf agucar aguca vb nome pres ind ajudar ajuda vb nome pres ind ajudar ajudas vb nome pres ind al ar Al ada Al ada vb nomp part al ar al ada al adas vb nome part al m allem nomc advl alvo alva alva adj nomc alvo alvo nome adj amar ameia amea vb pronp nomc imper amea ar amea a amea a vb nome pres ind Ocorrem mais tr s situa es deste tipo mas com introdu o de adv rbios ou complementos no seu interior forom alli juntos 365 14 forom depois juntos 373 121 e forom em Santarem juntos 589 8 9 47 11 2 A elabora o de um ndice Anal tico o programa Lexicon vers o 5 2 amar alva amo vb nomc pres ind apostar aposta vb nomc pres ind part apor aposto aposto vb adj part rea areia area nomc armar arma arma vb nomc pres ind armar armada vb nomc os dois part armar armadas vb tamb m nomc part arrancar arrancada arrancada vb nomc part sossegar sossego asessego vb nome pres ind sossegar sossego assessego vb nome pres ind at hasta asta prep nomc av haver avee inter vb imper haver advir aveher vb inf haver advir avehera v
280. ordem Garcia Perez do Campo craveiro 98 35 e outro dia aa quarta feira mandarom toda sua presa de gaado e prisoneiros pera Badalhouce e os meestres com sua companha partirom pera as Bro as por teer o caminho ao prior do Crato e ao Craveiro que lhes era dito que as tiinham cercadas 424 38 Etimologia segundo CF por claveiro do lat cl vis Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV clav rio ouuimos depois a Luis de Sousa claueiro d ordem de Christo Ceuta cap 41 p 127 No s c XIV como antr F L J I cap 93 p 175 cap 95 p 182 AGC 1813 IVPM XV craueiro LOPJ 150 19 craueyro LOPJT 268 8 VH CPM XV craueiro LOPJ P 150 19 craueyro LOPIY 268 8 BLem XV craveiro LOPF LOPJI LOPJP MD CF XV craveiro LOPF Houaiss XV craueiro craueyro cf IVPM Obs O IVPM apresenta para esta palavra a primeira atesta o em LOPJI como substantivo masculino Para JPM clav rio claveiro craveiro forma es cultas sobre o lat clavis remetendo para Viterbo que apresenta o seguinte significado Era propriamente hum Mordomo Despenseiro ou Porteiro M r a quem estav o cometidas as chaves das principaes Officinas da Communidade Em Morais Officio no Covento do Carmo do Padre que cuida das contas da Communidade Claveiro ou alias Craveiro Elucidar Na primeira ocorr ncia fica em aberto a utiliza o de
281. ortes de prata que valliam dez solidos e outros de viinte 191 116 Outras ocorr ncias 194 35 Etimologia do lat fortis is Tipo de unidade importa o latinismo Registos BLem XV adj forte LOPF MD CF XV fortes LOPF Obs Como substantivo com a acep o de moeda antiga encontra se em Viterbo e Morais com a seguinte explica o Moeda de prata d El Rei D Dinis com o valor de 40 r is e meio Forte com o de 20 r is De huma parte tinha a Commenda de Christo com o nome de Rei na orla e da outra o Escudo Real com a Letra Adjutorium nostrum in nomine Domini El Rei D Fernando fez bater meios Fortes com o valor de 29 r is cada hum e dois ceitis Depois ele 22 55037 mesmo a rebaixou a 16 r is 99238 e Moeda delRei D Fernando que valia 29 reis e 2 seitis ou ceitis respectivamente Quanto s obras trabalhos que servem de suporte a esta pesquisa nenhuma a regista como substantivo com a acep o de moeda antiga BLem engloba todas as formas na classifica o de adjectivo e MD CF como corpus de portugu s apenas apresenta as passagens da obra O VH CPM averba forte como adjectivo e adv rbio mas sem nenhuma abona o de LOPF FUGIMENTO s m 1 fuga sa da retirada em guisa que per frio e fame e comer desacostumadas viandas veherom muitos a morte e fraqueza e continuadas doores e sse alg us per morte ou fugimento falleciam da frota logo era compri
282. os os objectivos que a norteiam No caso da Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara eles s o explicados por Teresa Brocardo na respectiva introdu o onde n o pretende editar um texto no sentido de se destinar exclusivamente ao leitor estudioso da hist ria da l ngua mas tamb m a muitos outros leitores dada a import ncia do seu conte do E termina afirmando que se trata portanto tamb m de dar a ler o texto da Cr nica agora de forma propositadamente mais abstracta a um p blico menos restrito Este segundo objectivo 1 1 S o estas determinaria ao contr rio do primeiro a introdu o de altera es na transcri o altera es gr ficas da exclusiva responsabilidade do editor que nos mostram portanto varia es da mesma palavra em diferentes edi es que diferente de varia o e instabilidade da forma gr fica poca ou mesmo a registo de de outra palavra por op o do copista A este respeito e sobretudo para os estudos lingu sticos ganha pertin ncia o qualificativo cr tica quando passamos a ter edi es que no aparato apresentam as respectivas variantes Foi o que aconteceu com esta edi o de Teresa Brocardo apesar de ela pr pria afirmar que esta n o uma edi o cr tica onde se podem acompanhar as variantes do manuscrito G Manuscrito 146 B 7 da Biblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa que n o sendo apenas gr ficas revestem se da maior import ncia para um estu
283. os aqueles onde tal voc bulo se encontra averbado evitando assim informa o repetida do tipo nao registado Por fim uma ltima informa o relativa apresenta o das palavras Antes de cada forma hist rica indicada apresentado o s culo seguido da fonte e localiza o se tal se confirmar na obra trabalho de origem Dado verificarem se algumas discrep ncias nas siglas das obras adoptadas por parte dos v rios autores uniformizei todas as que dizem respeito s obras em estudo de Fern o Lopes LOPF e Zurara ZURP Os casos em que tal n o se verifica porque se encontram dentro de cita es Para todos os outros casos se mant m as siglas adoptadas por cada autor devendo consultar se a respectiva tabela de siglas onde se apresenta a devida discrimina o Esta simples apresenta o permitir ter uma vis o mais exacta e cr tica sobre os trabalhos apresentados ou seja aqueles mais minuciosos nas informa es localiza es apresentadas face aqueles mais gerais mais informatizados Observa es Obs Este um campo reservado a considera es que se julguem pertinentes sobre cada entrada Nele ser o registadas todas as informa es que possam contribuir para qualquer esclarecimento de determinada palavra 162 Para o IVPM e Houaiss apenas se indicam as formas hist ricas do s culo XV e desde que diferentes na que se verifica na respectiva entrada Apresentam se no entanto as formas posteriores se
284. ouaiss sXV bicada 1858 bicado 1881 bicar 19 Cf Houaiss s v bic do lat imp beccus i bico sobretudo o do galo 195 Cf Ortographia Le o onde regista bico becco como voc bulo que tomamos dos Italianos p 52 1 Cf detalhamento dos verbetes ponto 4 3 3 1 130 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando B IA s f 1 objecto flutuante sobre a gua E hindo ellas assi aas vellas com minguado vento que todas aviam por fortuna encaminhar o que ellas hordenado tiinha deu estonce tam gram vista a alg us pescadores que a duas e tres legoas virom boyas de rredes que no mar jaziam 440 52 Etimologia do fr ant ou dial bou e sinal flutuante prov do franc baukan sinal b ia Para Corominas donde esta informa o prov m no est bien estudada la hist ria del vocablo en franc s Tipo de unidade importac o galicismo Registos JPM XV b ia Sospiros por fengidores Aguyar lhe fez cantigua sabendo que nos amores sam boyas dos desfavores C Ger L p 76 AGC XV boya IVPM XV boya LOPF 124 52 VH CPM XV boyas LOPF 124 52 BLem XV boyas LOPP MD CF XV boyas LOPE Houaiss XV boya cf IVPM Obs Segundo JPM o verbo boiar prov m de b ia ambos datados do s c XV Houaiss que tamb m apresenta este procedimento verbo denominal portanto data o do s c XIII remetendo
285. ouaiss e VH CPM apenas registam a forma mais vulgar vildmente 210 HI 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses VOGA s f 3 acto ou efeito de remar remada E sendo jaa sobre o quarto da allva semtyr voga de navio que seguia per a erca delles 305 55 Outras ocorr ncias 509 535 534 509 539 538 Etimologia regr de vogar Tipo de unidade derivaga regressiva Registos JPM XVI arremetera de voga arrancada hts aos outros Pereg cap 32 vol I p 123 Pela mesma poca corria a var boga mandou remar auante a boga arrancada Cast I cap 70 p 233 AGC XVI voga BLem XV voga vogas ZURP MD CF XV voga vogas ZURP Houaiss 1552 cf FCastH Obs Antedata o face a Houaiss ZABURRO adj 1 milho de gr o avermelhado E ymdo assy por acertamemto foram dar em hia milheirada de milho zaburro 681 239 Etimologia do persa gaures atrav s do r xaures Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM Nos princ pios do s c XVI em Valentim Fernandes segundo L V Etnografia Portuguesa II p 82 AGC XVI zaburro VH CPM XV zaburro ZURD 83 25 BLem XV zaburro ZURD ZURP MD CF XV zaburro ZURP Houaiss XV cf FichIVPM Obs Em Houaiss apenas como substantivo mas com a indica o de empregado tamb m apositivamente 211 111 4 2 Novid
286. por Crispim cf Pisan 2002 33 da tradu o ter sido efetuada fora de Portugal entre 1430 e 1455 71 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ALA s f 8 fila fileira lado p s el rrei em hia alla que fossem a cavallo o conde dom Tello seu irma o e dom Gomez Pirez de Porras prior de Sam Joham e outros fidallgos ataa mill de cavallo em que hiam muitos cavallos armados Na outra alla da mado dereita d os que hiam tambem de pee 22 35 38 Outras ocorr ncias 25 11 34 42 46 35 51 71 61 532 27 Etimologia do lat ala ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas MONT 19 72 REIX 1 114 66 CESA 11 18864 2 Obs Apesar da sua utiliza o com o valor sem ntico apresentado por Cunha no IVPM de asa e tamb m o adv rbio de lugar l para tais situa es n o encontrei registo em LOPF O VH CPM omite a abona o de MONT obra retirada do corpus de extrac o do dicion rio ALC OVA s f 2 castelo fortaleza ca el como Lixboa foi cercada mandou logo rrepayrar a alcaceva de Santarem de boa e fremosa cerca com que foi mui deffensavell 310 88 Outras ocorr ncias 469 12 Etimologia do r al gasba Tipo de unidade importa o arabismo Atesta es simult neas REIX 1 134 29 CESA 11 5812 7 Obs Houaiss na forma hist rica f hist al m de datar do s c XV as formas alcacova alcaceua alcaceva alcacoua apr
287. primeiros voltarom sobr elle e foi vencido e preso 272 32 Outras ocorr ncias 351 20 430 46 Etimologia do lat voltare Segundo Houaiss do lat vulg volvitare freqiientativo de volv re rolar revirar rodar enrolar fazer decorrer o tempo passar falar continuamente pensar meditar etc Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas CAVA Obs Ainda sem registo no CIMP ZOMBEIRO adj 1 que ou aquele que ri de algu m ou de algo zombador e fallou em isto tantas vezes e assi de pra a que o ouve el rrei de saber e disse aos que hi estavom que nom curassem de seus ditos ca era h u villa o zombeiro filho de htiu azemell de seu padre 255 120 Etimologia de zombar eiro Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas OFIC VERT Obs Al m do adjectivo zombeiro encontra se ainda atestado no s c XV o verbo zombar em VERT e o substantivo zombaria em LEAL OFIC e VERT Sem regista em Houaiss O verbo est atestado no s culo XV 112 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando 3 1 Coment rios Ao longo da lista de poss veis neologismos 1 atesta es foram sendo indicadas dois tipos informa o que agora se revela mais pertinente o tipo de unidade apresentado pela palavra e no campo das observa es a data da primeira atesta o sempre que se estava perante um termo for
288. que h naquella terra que se cham adibes come ar de ouvar 686 360 Etimologia do r adh dhib ad dib Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XVI em port s o consigo documentar nos princ pios do s c XVI honde nom he ousado ninguem de ho tocar e aly ho comem aues e hos adibes Barbosa 323 cit de Dalg AGC XV XVI adiue IVPM XV adibe ZURD 87 11 VH CPM XV adibes ZURD 87 11 BLem XV adibes ZURP ZURD MD CF XV adibes ZURP Houaiss XV cf IVPM Obs Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor Ea E 286 ADUAR s m 7 povoa o provis ria e m vel dos mouros acampamento Loguo neste mesmo mes o comde mamdou Diogo Vazquez de Porto Carreiro em h seu bragamtim a avisar hi aduar que hera terra de Benycaide 344 4 Outras ocorr ncias 344 15 378 839 401 365 364 402 385 384 420 815 812 673 47 Etimologia do r ad d ar JPM ad dawwar AGC dawwar Corominas Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV lhe trouxerom as escuitas recado como em outro aduar que se chamava Beluazem que era naquela mesma serra D M cap 11 AGC XV IVPM XV aduar ZURD 72 29 VH CPM XV aduar ZURD 72 29 BLem XV aduar ZURP ZURD MD CF XV aduar ZURP Houaiss XV cf IVPM Obs Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor j segundo JPM
289. que n o pode por o p que n o pode andar Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos BLem XV empidosos ZURP MD CF XV empidosos ZURP Obs Apenas registado em Morais EMPREITA s f 1 tira de esparto com que se fazem esteiras A primeira porque pare ee segumdo diz sam Geronimo que se eu fezera empreita d esparto ou esteiras de jumco que o ganho fora pouco 178 112 Etimologia Segundo Houaiss de origem controversa segundo Nasc de em preita este do gr plekt corda entrelagada pelo lat vulg plecta para A G Cunha e JM do lat implicta por implicitus a um entrancado enla ado enroscado e para JM talvez pelo esp empleita sXVID do mesmo lat vulg plecta Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XV se eu fezera empreita d esparto ou esteiras de jumco P Men cap 2 nos In d Hist IL p 117 BLem XV empreita ZURP MD CF XV empreita ZURP Foraes Houaiss XV cf FichIVPM Obs Sem registo no VH CPM apesar da remiss o de Houaiss para o FichIVPM 314 Forma lematizada para embranhar 315 4 Segundo Morais s v empidoso 184 11 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses ENCARAPUCADO adj vb 1 que tem carapu a acarapu ado Emderen ar o tras elles ate que os emcall ar o caa os mouros nunca os vyr n semtyram assy
290. r Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LEAL VITA Obs Pelas obras em que ocorre ser mais um dos termos a contribuir pata o enriquecimento lexical com o vocabul rio de Avis O substantivo est atestado no s culo XIV FELOSA s m 1 pequeno p ssaro em guisa que n hiiua ave grande nem pequena se levantar podia posto que fosse grou e abetarda ataa o pardall e pequena follosa que ante que suas ligeiras penas a podessem poer em salvo primeiro era presa do seu contrairo 5 55 Etimologia de origem obscura Tipo de unidade 2 Atesta es simult neas CESA 128 Esta seria uma das m ximas b blicas conhecidas por Fern o Lopes a ponto de a citar No entanto ou houve um lapso no termo facho ou ele de facto tem tamb m na poca o significado de arado pois a passagem de Isa as refere Ele julgar as na es e dar as suas leis a muitos povos os quais das suas espadas forjar o relhas de arados e as suas lan as foices Uma na o n o levantar a espada contra outra na o e n o se adestrar o mais a guerra Isa as 2 4 Passagem ali s contrariada na pr pria b blia em Joel Proclamai isto entre as na es Declarai a guerra Forjai espadas das relhas dos vossos arados e lan as das vossas foices Mesmo o enfermo diga Eu sou guerreiro JI 4 9 10 91 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Houaiss tem averb
291. r sido meras necessidades 30 Cf Houaiss s m 1608 cf P rsia ND t tulo honor fico entre os maometanos posposto ao nome pr prio correspondente a dom ou senhor ETIM persa tur beg Crooke deriva o do ant persa baga relacionando o com o s nsc bhaga senhor h diversas grafias desta pal muito anteriores cojibequy 1513 bygym 1520 indobeque 1552 cogebequi 1563 bec 1571 h ainda assadbegue e begue 1608 beg 1718 bei 1789 beque 1884 etc SIN VAR beque 3I Cf 21 22 e de Fran a eram hi estes cavalleiros monss Beltram de Claquim e o mariscall de Fran a e o begue de Vilhenes 3 Lapa 111984 97 98 33 Idem Ibidem p 101 Carta ao Senhor F J M D Brito Filinto I pp 27 95 35 Filinto I p 94 6 Filinto I p 79 80 37 Filinto I p 15 27 1 1 Forma o e importa o de palavras principais conceitos comunicativas pontuais e individuais alguns deles mesmo considerados h pax tanto quanto pude observar em estudo anterior Voltando ao s culo XV comummente aceite que o embri o do Renascimento est j a germinar E se verdade que muitos cultismos aparecidos nesta altura n o vingaram como conhecente em vez de conhecido emburilharem vez de embrulhar descerdo em vez de sem cerco antreconhecer se em vez de conhecer se reciprocamente du or em vez de do ura acuitilar em vez de ferir com cuitelo antredito em vez de
292. rar ser arabismo utilizado como h pax nesta nica abona o AGRURA s f 1 aspereza porque vio que sua gemte n podia seguyr avamte pella agrura do monte 569 894 Etimologia de agro ura Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI Podem passar a p enxuto ao longo desta agrura de penedia D c I 3 cap 8 AGC XV IVPM XV agrura ZURD 225 28 VH CPM XV agrura ZURD 225 28 BLem XV agrura ZURP ZURD CP MD CF XV agrura ZURP Houaiss XV cf IVPM Obs Antedata o a Houaiss em obra do mesmo autor O adjectivo est atestado em 1344 ALAR vb 1 rebocar puxar e porque ho comde soube que aquella barca hera de Castella e que costramgidamemte fora ally trazida o que se mostrou bem ao tempo que os mouros salltaram em terra que a quiseram allar fora por hia corda 403 414 413 Etimologia do fr haler Tipo de unidade importa o galicismo Registos JPM XV a quizerom allar f ra por uma corda o Arraes lha cortou P Men em Ined Hist P p 386 Alex AGC XV allar 87 Tamb m com indica o de ocorr ncia em Castelo Perigoso CP que n o consegui localizar datado do s culo XIV XV para o CIPM 288 A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses aparece no segundo volume dos In ditos da Hist ria Portuguesa No entanto h algumas discrep ncias quer na omiss o quer na indica
293. ras da guarda da Cidade filh do carrega ou descarregaa Ord I tit 62 18 p 357 Informa o proveniente de RLor 1445 1447 descarregua qualquer naujo filhando carrega ou descarregua ou metendo homeens Desc Port 156 5 Este apresenta ainda uma abona o para a forma descarga 1489 sobre rarason da barcajeen e pasajee e carga e descarga Ferro 197 4 O verbo est atestado em 1228 DESCASAR vb 1 separar se divorciar E per aazo de taaes consselhos jamais o iffante nom perdeo cuidado de casar com sua sobrinha e descasar se de dona Maria per morte 363 73 Outras ocorr ncias 200 83 379 10 Etimologia de des casar Tipo de unidade deriva o prefixal Atesta es simult neas REIX 198 79 Obs Houaiss n o leva em considera o a data o de RLor de 1105 pro suis filiabus casare uel descasar Ferreiro 111 62 18 ao apresentar o s c XV remetendo para o IVPM Tamb m para o verbo casar prefere a data de 1192 proposta por JPM et si ista mulier militis casauerit cum pedone faciat forum de pedite Leges p 483 de RLor 929 suos muros petrineos et suo casare uel suo exito Dipl 22 O verbo est atestado em 1192 DESCIMENTO s m 1 descida queda dizendo que seu talante era que os mercadores de sua terra fossem rricos e abastados e nom lhe fazer cousa que fosse em seu perjuizo e decimento de sua honrra 7 124 Etimologia
294. ratura Medieval Galega e Portuguesa Lisboa Caminho p 179 132 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Esta palavra tem registo em todos os trabalhos que fundamentam esta pesquisa com data es a partir do s c XIII e com v rias acep es apresentadas mas sem lhes fazer as respectivas abonac es A excep o feita ao IVPM que apresenta uma distin o bastante detalhada Assim regista cabo como acidente geogr fico e apresenta duas abona es de Zurara ZURD 250 21 e ZURG 5 16 No entanto com este mesmo significado aparece antes em ZURP obra n o inclu da no seu corpus de extrac o e aparece ainda antes em LOPF como se atesta no exemplo acima Por defeito o VH CPM tamb m n o atesta esta acep o em LOPF CALUGA s f 1 cacha o e esp dua do porco e entom foi feita a mais fremosa azcumada de seu bra o que at ali fora vista nem ouvida antre monteiros porque as cuitellas da azcuma entrarom pellos polpo es da coxa e cortarom os ossos e as juntas e sahirom as cuitellas com toda a asta pello conto da azcuma da outra parte da calluga da espalda 353 72 Etimologia Tipo de unidade Registos IVPM XV calluga LOPF 99 72 VH CPM XV calluga LOPF 99 72 BLem XV calluga LOPF MD CF XV calluga LOPF Obs JPM RLor ACG e Houaiss n o registam esta palavra O significado retirado de CF CANELO s m 1 peda
295. rceira e ltima pesquisas por Texto permite fazer pesquisas de forma a encontrar a palavra desejada por exemplo cronica coronica cronyca nas abona es de toda a base de dados do VH CPM Este um recurso de ineg vel utilidade Necessita no entanto de uma maior focaliza o por parte do utilizador na pesquisa pretendida pois permite testar a utiliza o de uma determinada palavra grafia em diferentes obras ou verificar as suas poss veis acep es sem nticas Estes resultados n o s o no entanto directos uma vez que s s o vis veis numa nova janela e depois de clicar num dos verbetes listados esquerda Esta pesquisa implica nesta situa o clicar em todos os verbetes resultantes da pesquisa Tendo em conta a sua denomina o Vocabul rio Hist rico Cronol gico do Portugu s Medieval e mesmo as palavras da Apresenta o onde se afirma que visa contribuir de maneira efectiva para o melhor conhecimento da evolu o hist rica do l xico portugu s estabelecendo um dos elos e dos mais importantes da cadeia evolutiva que a partir do latim vulgar chegou at o portugu s de nossos dias parece haver no entanto algumas arestas a limar Um dicion rio que inclui no t tulo a designa o de Hist rico Cronol gico n o pode esquecer tal indica o e listar as ocorr ncias de uma palavra pesquisada por ordem alfab tica Tal situa o seria minimizada se houvesse uma op o que permitisse elencar os termos
296. rece vir do fr ant sourdre lt lat surg re e diferentemente das primeiras bem pr xima do significado do v lat 206 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM 1513 Estivemos ali surtos at pela manh Afonso de Albuquerque Cartas p 168 selec o dos cl ssicos S da Costa AGC XVI surto BLem XV surto ZURP Sacramental MD CF XV surto ZURP Houaiss 1553 adj cf JBarD 1616 s m Obs Antedata o face a Houaiss TAMARGAL s m 1 extenso aglomerado de tamargas tamargueiras arbusto E os outros escapar o em hii tamagall tall guisa que os de cavallo lhe n poder pecer 598 433 Etimologia de tamarga al Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC XV tamargual BLem XV tamagall ZURP MD CF XV tamagall ZURP Houaiss XV cf InedHist Obs JPM apenas regista esta palavra como top nimo no s culo XV Segundo AGC tamb m citado por Houaiss tamarga s f tamargueira esta documentado no s culo XX pelo que se verifica a ocorr ncia da derivada cinco s culos antes da primitiva TENENCIA s f 1 for a vigor tenacidade afinco Pero o mouro fez ally sua fim n o por certo come hom vill o n que avia o cora am fraco n femenill porque todas suas feridas foram por diamte e jaa lhe a
297. regista e data de 1552 mais de um s culo depois O VH CPM al m de adjectivo e de substantivo apresenta ainda a classifica o de adv rbio com o significado de impetuosamente rijamente MD CF registam ainda a ocorr ncia em ChPortDuarte Para Kremer 1464 26 Forma identificada como pret rito perfeito lematizada para o verbo ter 26 Cf BLem 2007 5932 265 RI or antedata esta palavra que JPM apresentava do s c XIV XV s v tender teso do lat tensu pelo que divergente de tenso no s c XIV XV h u dia caeu h u grande penedo de cima d tiu monte so que estava o sseu mosteiro e vijndo muy teso pera destroyr todo o moesteiro Di logos de S Greg rio p 7 ed de 1950 6 A forma tesa identificada como adjectivo em CGE todavia top nimo 267 1 OPJ 100 24 E mouendo teso contra huma parede deu com as ma os nas faces 161 1 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando TORNEADOR adj 2 aquele que anda em torneio ou justa Era cavallgante e torneador grande justador e lan ador a tavollado era muito braceiro que nom achava homem que o mais fosse cortava muito com h ua espada e rremessava bem a cavallo 3 15 Outras ocorr ncias 348 46 Etimologia do rad de torneado or Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV adj torneador LOPF P 15 BLem XV nomc torneador LOPF MD CF XV torneador LOPF Houa
298. registam tamb m a sua ocorr ncia em CP e em LEAL O adjectivo est atestado no s culo XIV INTR NSECO adj 1 inerente peculiar a primeira porque aquello que em alg us he causa intrinseca das outras maneiras de sandice he em estes causa de taaes amores 220 41 Etimologia do lat tar intrins cus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas REIX SEGR SBER IT LICO adj 9 relativo ou pertencente It lia antiga Elle morto ficarom em Rroma dezeseis cardeaaes scilicet doze ultramontanos e os outros itallicos aos quaaes perteencia o dereito de enleger 386 31 Outras ocorr ncias 386 44 387 51 52 53 388 81 392 36 395 20 396 35 Etimologia do lat it licus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas SBER SEGR Obs BLem e MD CF com indica o da forma Ytalica em CGE como nomp JAQUE s m 2 esp cie de saio militar As armas mandou el rrei mudar a esta guisa do cambais mandou que fezessem jaque e da loriga cota e da capelina barvuda com camalhom e os que eram bem armados haviam de teer barvuda com seu camalho e estofa e cota e jaque e coxotes e canelleiras franceses e luvas e estoque e daga e grave 305 58 61 Etimologia do fr ant jaque Segundo Houaiss a tradi o lexicogr fica costuma apontar como orig do fr o esp antigo jaque mod jaco cota de malha de manga curta lt 96 111
299. ribu ram para o seu engrandecimento A prova de que este um processo intemporal temo la com v rios autores anteriores e posteriores ao Renascimento Por m existe a convic o de que a partir do s culo XV que tal processo se come a a evidenciar para atingir o seu auge no s culo XVI consequ ncia natural do Renascimento e da import ncia que as leituras dos cl ssicos ent o alcan aram No entanto um s culo antes quer a prosa did ctica levada a cabo pela produ o r gia quer a hist rica pelos cronistas haviam j aberto o caminho O corpus de partida para este estudo ent o a Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes e a Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara das quais apresento um ndice Anal tico a partir do qual ser poss vel identificar os neologismos que elas cont m Utilizando as palavras do pr prio Fern o Lopes o objectivo procurar novidade de pallavras da o t tulo da tese Num primeiro cap tulo abordo ainda os principais conceitos de forma o de palavras e o papel da tradu o na sua importa o Pretendo tamb m tentar mostrar a falsa mod stia assumida pelo pr prio Fern o Lopes relativamente qualidade lexical morfol gica e sint ctica da sua obra Abstract The enrichment of the lexicon either from imports or from internal morphological characteristics is a timeless process in the Portuguese language If there is no doubt that Camoes is the great introducer of new
300. rio Etimol gico do Portugu s Medieval de Jos Pedro Machado LEAL Leal Conselheiro LOPF Cr nica de D Fernando LOPJT Cr nica de D Jo o I 1 parte LOPJ Cr nica de D Jo o I 2 parte LOPP Cr nica de D Pedro MD CF Corpus do Portugu s de Mark Davis e Michael Ferreira OFIC Livro dos Oficios ORTO Orto do Esposo PPart SPart Primeira Partida Segunda Partida Terceira Partida TPart REIS Cr nicas dos Cinco Primeiros Reis de Portugal REIX Cr nicas dos Sete Primeiros Reis de Portugal RLor Sobre Cronologia do Vocabul rio Galego Portugu s de Ramon Lorenzo SACR Sacramental TROY Cr nica Troiana VERT O Livro das Tres Vertudes VH CPM Vocabul rio Hist rico Cronol gico do Portugu s Medieval VITA O Livro de Vita Christi em Lingoagem Portugu s VLA Vestigios da Lingoa Arabica em Portugal de Jo o de Sousa VocGV Vocabul rio Ortogr fico e Remissivo da L ngua Portuguesa de G Viana VocRG Vocabul rio Ortogr fico da L ngua Portuguesa de Rebelo Gon alves ZURC Cr nica da Tomada de Ceuta ZURD Cr nica do Conde D Duarte de Meneses ZURG Cr nica dos Feitos da Guin ZURP Cr nica do Conde D Pedro de Meneses 14 Introdu o Introdu o A ltima regra que na lembran a deve ser a primeira seja que trabalhemos sempre por investigar a origem dos voc bulos Porque pela etimologia deles se sabe a ortografia e pela boa ortografia a etimologia Duarte Nunes de Le o 1576 Origem e O
301. rjando compostos custa do grego e do latim Como era homem de mau gosto sa ram lhe coisas arrevesadas como estas que a l ngua justamente repudiou septi cole Roma flamivono alento regos frig feros ebri festante sumo ali potente cisne etc Ainda sobre a altera o sem ntica introduzida pelo prefixo refere o mesmo estudioso Filinto El sio para acentuar ainda mais a ideia de nega o escrevia in consolado separando por h fen o prefixo da palavra a fim de lhe dar maior relevo Mas a grande explica o sobre poesia guardou a quase para o fim da vida Numa longa carta a Brito considerada uma verdadeira Arte Po tica mas repleta de versos mui secos mui gram tico prolixos n o se co be de deixar o seguinte apelo De termos j sabidos formai novos For a que eu vo lo diga e que rediga Juntando os com primor em la o estreito E sereis de bons Mestres aprovados Francisco Solano Const ncio revisor das Obras e seu amigo havia j salientado que Filinto foi procurar l ngua Latina os voc bulos de que carece a nossa ora mudando lhe as desin ncias conforme o requer a analogia das duas l nguas ora formando palavras compostas Muitos dos neologismos de Filinto mesmo que tenham passado por um per odo probat rio foram apenas unidades de discurso n o chegando a entrar para o sistema da l ngua nem tendo portanto registo nos dicion rios Parecem te
302. rthographia da Lingoa Portugueza p 189 regra XX Em trabalho realizado anteriormente cimentou se o interesse pelo estudo do l xico No meio do regozijo foram no entanto as d vidas levantadas em determinadas situa es que me levaram agora a optar pelo mesmo tipo de tema mas a um n vel diferente de complexidade Diferente porque tive algumas vezes a sensa o de ter come ado o estudo in medias res Por diversos momentos fiquei na incerteza se determinado latinismo utilizado por Ricardo Reis seria de facto cria o dele ou se pelo contr rio j teria sido utilizado por outro autor do Renascimento ou mesmo da poca que imediatamente o precedeu e preparou sobretudo pela grande transforma o que provocou na hist ria da l ngua portuguesa Na altura a inexist ncia de um dicion rio que registasse a data da entrada da palavra na l ngua dificultou o trabalho e obrigou me a ser cauteloso com algumas afirma es proferidas Uma consulta a muitos gloss rios tornou se uma tarefa herc lea em alguns casos mesmo infrut fera Se hoje o problema n o est totalmente resolvido est pelo menos bastante minimizado com o Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa refer ncia base de data o das palavras para esta investiga o Perante um estudo lexical mais exaustivo imediatamente algumas quest es se me colocaram Que poca Que autores Que textos A solu o foi ir recuando e assim cheguei ao s culo antes de Cam es Ante
303. s na Cr nica de D Fernando COURA A s f 2 zona de defesa protec o resguardo em tanto que com a muita beestaria foi o combato tam grande per h ua parte que Abenfallos capitam mouro que hi viinha cobrou a coira a que dizem de Callaforra e tomarom o alca ar velho e fezerom em elle seis portaaes 66 26 Outras ocorr ncias 370 31 Etimologia do lat coriac a fem do adj c riac us a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas REIS 145 9 147 31 REIX 1 158 7 Obs Em LOPF n o se regista o sentido de armadura de metal que serve para proteger as costas e o peito dos golpes COVAL s m 1 divis o da terra em diversas covas para sementeira O pam de todollos covaaes era carretado pera a villa e gaados afastados dos estremos pera dentro do rreino 101 12 Etimologia de cova al Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas Obs Parece ser poss vel aceitar dois significados para esta palavra Em poca de guerra tornava se necess rio recolher o maior n mero de mantimentos neste caso pam para as vilas Donde vinha esse trigo Das covas a superf cie ou seja das terras divididas em partes covas que estavam plantadas e era necess rio ceif las debulhar o trigo e transport lo para local seguro ou das covas subterr neas isto do Celleiro subterraneo a que antigamente chamav o Silo onde se conserva o
304. s XXVII p 74 s v O substantivo est atestado no s culo XIII Ainda sem registo no CIPM TESO s m 1 monte ngreme cimo de monte Veendo Nun Allvarez que por entom lhe nom podia fazer mais damno rrecolheo ante ssi os que hiam com elle e foi sse poer em hiiu teso ante a porta do moesteiro de Santos logar onde os bem viiam os da frota 314 95 Etimologia segundo Houiss da mesma origem que teso tensus a um estendido esticado tenso do qual diverge porque reduzido da locu o monte teso monte muito ngreme dif cil de subir e porque substv com o signf da loc Tipo de unidade deriva o impr pria Registos JPM 1107 adj et in anplo habet IIS cubitos tesos em D M P III p 223 RLor 1107 et in anplo habet INS cubitos tesos DMP 223 9 2 AGC XV adj teso VH CPM XV subs teso LOPF 138 6 tesso LOPJP 148 13 XIV adj teso GREG 1 2 14 tesos VERT 65 40 XV adv teso LOPJP 10 24 BLem XV adj teso LOPF LOPJI LOPJD tesa LOPJI MD CF XV teso LOPF ChPortDuarte tesas Tratado de cozinha portuguesa Houaiss XIV adj lteso XV tesso cf FichIVPM s m teso 1552 cf JBarD Obs JPM RLor AGC e BLem apenas registam esta palavra como adjectivo datado para RLor JPM n o cita de 1107 e para Houaiss do s c XIV A utiliza o em LOPF no entanto como substantivo que Houaiss tamb m
305. s Jes s Luis Serrano Reyes and Juan Fern ndez Jim nez Baena Ayuntamiento de Baena Diputaci n de C rdoba pp 259 278 123 Exposi o mais pormenorizada encontra se em JPM vol I p 409 410 129 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando AGC 1513 cojibequy IVPM XV LOPF 5 22 16 19 VH CPM XV begue LOPF 5 22 el begue LOPF 16 19 BLem XV begue LOPF MD CF XV begue LOPF el begue LOPF Houaiss XV 1608 cf P rsia Obs Houaiss apresenta diversas grafias desta palavra muito anteriores data apresentada embora com grafias diferentes cojibequy 1513 bygym 1520 indobeque 1552 cogebequi 1563 bec 1571 h ainda assadbegue e begue 1608 beg 1718 bei 1789 beque 1884 No entanto tendo em conta s a grafia begue poss vel antedatar a indica o de Houaiss em cerca de um s culo e meio na obra de Lopes BICADA s f 1 borda ponta extremidade de uma serra monte Em este comeos sobreveo o gram porco seguro e desacompanhado de sabujos e d ala os exudrado por a gram calma que fazia e veo nacer per a bicada de h u monte junto com a armada hu jazia o iffante e seu page dormindo 352 46 Etimologia Para Houaiss do fem substv do part bicado de bicar bico ar Corominas na entrada bico refere parte saliente de la cabe a de las aves seg n muestran el port y ast bico e las formas an logas de muchos d
306. s neologismos o processo parece ser id ntico na medida em que todos ficam registados no l xico da l ngua mas onde nem todos ultrapassam o per odo probat rio para ter registo nos dicion rios A necessidade de denominar novos conceitos e novas realidades Correia 2005 9 juntamente com a vontade de enriquecer a l ngua vem de h muito tempo atr s Jo o de Barros por exemplo no seu Di logo em Louvor da nossa Linguagem preconiza o enriquecimento da l ngua atrav s da cria o de neologismos e revitaliza o de arca smos Assim ao vocabul rio designado como heredit rio foram se juntando novos termos resultado do contacto com outras l nguas Foram v rios os factores que colocaram o portugu s em contacto com outras l nguas dando in cio a um enriquecimento que chega at aos nossos dias Como refere Rosa Virg nia desde os in cios da forma o de Portugal havia contactos com a rea franco provencal lembre se que o conde dom Henrique pai de Afonso Henriques era borgonh s Sabe se que o l xico portugu s apresenta voc bulos provenientes de sistemas lingu sticos muito variados N o tendo aqui como objectivo aquela parte do l xico original ou seja os voc bulos designados por heredit rios aqueles que segundo Bechara viviam no l xico da l ngua quando deixou de ser latim para ser identificada como portugu s numa passagem ininterrupta no tempo e no espaco procurarei tecer algumas considera
307. s s d Cr nica de D Jo o I de Fern o Lopes II volume Porto Livraria Civiliza o Editora ALVES Ieda M 2007 Neologismo Cria o lexical S rie Princ pios S o Paulo tica AMADO Teresa 1991 Bibliografia de Fern o Lopes Lisboa Edi es Cosmos AMADO Teresa 1997 Fern o Lopes Contador de Hist ria Lisboa Editorial Estampa ARA JO Ant nio Martins de 2001 O vocabul rio hist rico cronol gico do portugu s medieval Revista Portuguesa de Humanidades 5 ARNAUT Salvador Dias 1985 A crise nacional dos fins do s culo XIV contribui o para o seu estudo Lisboa Academia Portuguesa da Hist ria ARNAUT Salvador Dias s d Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Porto Livraria Civiliza o Editora ASENSIO Eug nio 1974 Estudios Portugueses Paris Funda o Calouste Gulbenkian Centro Cultural Portugu s ATKINSON Dorothy M 1962 O estilo narrativo de Fern o Lopes Separata de O Ocidente LXII AZEREDO Jos Carlos de 2004 Fundamentos para a Gram tica do Portugu s Rio de Janeiro Jorge Zahar Editores BALDINGER Kurt 1972 La Formaci n de los Dom nios Linguisticos en Ia Peninsula Ib rica Madrid Gredos BARRETO Lu s Filipe 1983 Descobrimentos e Renascimento Formas de Ser e Pensarem Portugal nos S cs XV e XVI Lisboa IN CM BAS LIO Margarida 1980 Estruturas Lexicais do Portugu s Petr polis Vozes BASTO Artur de Magalh es 1960 Estudos cronista
308. s a alguns autores como Tito L vio 24 2 5 6 4 A 7 q x Ov dio C cero Santo Agostinho e at Arist teles A utiliza o do Latim por Fern o Lopes ainda que em frases feitas demonstra alguma forma o Todavia quer pela eventual cr tica 3 Cf Villalva in Mateus 2004 949 Cf Cr nica da Tomada de Ceuta cap HI 3 Cf LOPP 6 80 para a Cr nica de D Pedro sigo a segunda edi o de Giuliano Macchi Teresa Amado Lisboa IN CM 22007 com a sigla LOPP e indica o da p gina e linha 6 Cf LOPJI cap CLXXV p 373 LOPJ cap CXCIX p 452 7 Cf LOPP cap XXIX p 136 Cf LOPJ Cap XLI p 103 cf tamb m Evang S Jo o 1 14 Ho Ar ebispo de Braguua ouutro sy semdo b armado avia amte sy a cruz de Braguua alevamtada com que costumava visitar as Igrejas e nna quedava de prover amdamdo huiis e os ouutros esfor amdo e absolvemdo todos comfirmamdo lhe as perdoam as que o Papa Urbano seisto outorguava comtra os cismaticos increos revees a Samta Igreja dizemdo a todos quue tamto que comecas ferirnos imiguos quue fos membrados de dizer ameude et verbum caro factii est sublinhado meu e algu s simplez inoramtes quue esto na emt dia pergumtava que queria dizer aquilo e ouutros por sabor respomdia que queria dizer muy carofeito hee este ou ainda LOPJI Cap CXCIX p 452 17 Introdu o anterior quer tamb m pelas refer ncias cl ssicas parece
309. s aa dita obra pedimdo aaquelle Deus que em sy mesmo com eternall ordenam a persoall ternario sem desygualleza 181 181 Outras ocorr ncias 444 39 635 121 Etimologia de des igualeza Tipo de unidade deriva o prefixal Registos VH CPM XV desygualleza ZURD 52 33 desigualleza ZURD 171 33 BLem XV desygualleza ZURP desigualeza desigualleza ZURD MD CF XV desygualleza ZURP Obs Houaiss AGC e JPM apenas registam igualeza este ltimo com abona o de VITA oriunda de RLor sem o referir O substantivo igualeza est atestado no s culo XV derivado de igual j desde o XIII DESPEJADAMENTE adv 1 livremente sem impedimento E os de cavallo ouveram llugar de sahir h s e h s e assy como hiam saymdo assy hiam de rrosto aos comtrarios e comecav de pellejar com elles de guysa que os segundos e terceiros e assy os outros sayam jaa mais despejadamemte 692 506 507 Etimologia de absoluto mente Tipo de unidade derivag o sufixal Registos IVPM XV despeiadamente ZURD 90 27 VH CPM XV despeiadamente ZURD 90 27 BLem XV despejadamente ZURP despeiadamente ZURD MD CF XV despejadamente ZURP Obs O adjectivo est atestado no s culo XV DOBREL s m 1 bornal 7 O comde mamdou que dess aaquelle mouro muy bem de comer e em fim lhe fez emcher hi dobrell que trazia de b p o allvo 419 794 791 Etimologia do fr doublier
310. s da verdade poserom em seus livros 331 55 Etimologia do lat igndrans ntis part pres do v lat ignor s are avi atum Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas BENF REIX VERT SEGR Obs Segundo BLem tamb m com registo em CP JPM mant m o s culo XVII com indica o proveniente de RLor de que anteriormente se encontram as formas anarante Gil Vicente e inhorante S de Miranda O verbo ignorar segundo Houaiss apenas est datado em 1563 HPint I 41 verificando se assim uma entrada na l ngua do adjectivo participial anterior ao verbo IMPETRAR vb 1 pedir implorar rogar suplicar e lhe apresentarem rrotullos e soplica o es impetrando d elle gra as na forma que sse costuma demandar 396 50 Etimologia do lat impetro s Gre dv i atum Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas BENF REIX VITA SBER Obs Com ocorr ncias em outras obras como CP segundo MD CF e BLem Virgeu de consola on e ChPortDuarte em MD CF e 1454 Desc Port em RLor 150 Cf introdu o a Houaiss campo da data o ponto 4 3 5 Em casos isolados haver discrep ncia entre a data apurada para um voc bulo portugu s e aquela dicionarizada para o seu timo numa l ngua estrangeira Quando tal coisa sucedeu o campo da data o foi preenchido e por vezes fez se a enumera o das formas hist ricas documentadas admitindo que o fato talve
311. s de Castella que jaziam longe arvorados em h u lugar que chamam Saltes 441 61 Etimologia part de arvorar Sobre a etimologia deste verbo arvorar de rvore ar pode ler se em Houaiss a seguinte indica o AGC considera de orig contrv a acp ar levantar nesta acp arvorar seria var de alvorar e esta por sua vez proviria do it alberare guarnecer de rvores plantar p r mastro numa nave assim alvorar n o s teria etim ligada ao voc it mas tb remiss o a arvorar como f divg Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XV arvorar No s c XV o adj arvorado virom os mastos das gallees de Castella que jaziam lomge arvorados F L F II cap 124 p 92 IVPM XV LOPF 124 61 VH CPM XV arvorado LOPF 124 61 BLem XV vb arvorados LOPF MD CF XV arvorados LOPF Houaiss XV cf IVPM Obs A forma verbal alvorando tem registo em CAVA com o significado de levantar se empinar se Pera tras me pode sc o cavalo derribar alvorando pulando saltando logo no 190 A E A epee Be ssh e come o come ando a correr Assim o significado que aqui se verifica diferente precisamente o da forma divergente como refere Houaiss na etimologia O substantivo est atestado em 984 AZINHAL s m 1 aglomerado de azinheiras ajuntou suas companhas e foi sse apousentar acerca de Sam Domingos da Cal ada em
312. s de Cam es porque se n o h d vida que ele o grande introdutor de latinismos na l ngua tamb m as n o h de que antes dele outros contribu ram para o seu enriquecimento Entre esses humanistas eruditos encontra se Dami o de G is Jer nimo Os rio Aquiles Esta o Andr de Resende e at mesmo Gil Vicente Mas este n o foi s um procedimento do portugu s m dio Ao longo das pocas formas eruditas ou semieruditas entram na l ngua A prova de que esse um processo intemporal temo la com v rios autores Disserta o de Mestrado Latiniza o do l xico e da sintaxe nas odes de Ricardo Reis 15 Introdu o posteriores ao Renascimento como os Neocl ssicos Filinto Gar o Quita Bocage ou mais recentemente Antero de Quental Eug nio de Castro e Fernando Pessoa Existe no entanto a convic o de que a partir do s culo XV que tal processo se come a a evidenciar para atingir o seu auge no s culo XVI consequ ncia natural do Renascimento e da import ncia que as leituras dos cl ssicos ent o alcan aram Mas um s culo antes quer a prosa did ctica levada a cabo pela produ o r gia com clara preocupa o pedag gica tica e social quer a hist rica pelos cronistas haviam j aberto o caminho Assim chegado ao s culo XV e refeito do impacto de tamanho corpus existente foi com algum aprazimento que conclu que tamb m aqui tinham de existir trunca es e chegar a uma elei o Entre a pro
313. s de REIS n o constam no IVPM O substantivo est atestado em 1136 FOUTAMENTE adv 3 afoitamente corajosamente Gill Fernandez a que natureza proveera de boom esfor o e ardimento foutamente come ou de dizer Amigos esfor aae e nom ajaaes temor 124 25 Outras ocorr ncias 134 43 181 76 Etimologia de fouto mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas INFA 99 10 LOPJ 173 11 VITA 181c35 Obs O adjectivo afouto est atestado no s culo XIV FOUTAR vb 1 afoitar tornar se ousado atrever se aalem d esto que as gentes simprezes eram muito enganadas com ellas tomando hi uas moedas por outras e muitos se foutavam de as falssarem fora de sua terra e as tragiam depois ao rreino e andavom todas de mestura 193 10 Etimologia de fouto ar Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LOPJ 36 37 VITA 137d34 Obs As atesta es simult neas s o para a forma afoutar O adjectivo afouto est atestado no s culo XIV FOUTEZA s f 4 afoiteza coragem atrevimento e per fouteza desordenada com cobii a de gaanhar honrra dar a avantagem que tiinha por ssi em ajuda de seus emmiigos E ja nom he de negar que pellejando tantas por tantas cada h us averiam que fazer por sua honrra moormente aazar que cobrassem os outros tall melhoria sobr elles isto certamente nom foi fouteza mas foi sandia prosun om 443 12 18 Outras ocorr
314. s ocorr ncias 628 1170 2x Etimologia Segundo Morais do castelhano joba Tipo de unidade importa o castelhanismo Registos BLem XV job ZURP MD CF XV job ZURP Obs Apenas registado em Morais e Viterbo este com a indica o de locu o de job a job de 3 326 popa proa LADEAR vb 2 acompanhar perseguindo E perque atras elles vinham allg s outros mouros que os vinh ladiamdo fez dom Samcho volta sobr elles de guisa que hos fez afastar lomge de sy 478 691 Etimologia de lado ear Tipo de unidade deriva o sufixal 326 A Cf Viterbo s v job suplemento II volume 327 Re No manuscrito G nas duas ocorr ncias ladrando 193 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Registos JPM XV E porque atras elles vinham alguns outros Mouros que os vinham ladeamdo fez Dom Samcho volta sobr elles P Men I cap 35 nos In d Hist II p 604 AGC XV BLem XV ladiando ladiamdo ZURP MD CF XV ladiando ladiamdo ZURP Houaiss XV cf AGC Obs Sem registo no VH CPM apesar da ocorr ncia em AGC e da remiss o de Houaiss O substantivo est atestado em 1280 Ainda sem registo no CIPM LADRILHADO adj vb 1 revestido com ladrilhos Oo Quem n averia piadade de ver a destroi o de tamta nobreza Porque ally cayam torres forradas d oliveis pimtados e crastas ladrilh
315. s pr ncipes de Avis Biblos LXIX pp 265 287 NEM SIO Vitorino 1930 31 Alguns aspectos da prosa medieval O Instituto 80 NETO Serafim da Silva 1956 Ensaios de Filologia Portuguesa S o Paulo Companhia Editora Nacional NETO Serafim da Silva 1992 Hist ria da Lingua Portuguesa Rio de Janeiro Presen a NUNES Irene Freire 2007 Horto do Esposo Edi o cr tica Lisboa Edi es Colibri NUNES Jos Joaquim 1989 Comp ndio de Gram tica Hist rica Portuguesa Fon tica e Morfologia Lisboa Livraria Cl ssica Editora PAIVA Dulce de Faria 1988 Hist ria da L ngua Portuguesa Vol II S culo XV e meados do s culo XVI S o Paulo Editora tica PARKINSON Stephen 1976 79 Os Tabeli es o seu t tulo e os seus documentos Boletim de Filologia Lisboa XXV pp 195 211 PAUL Herman 71983 Princ pios Fundamentais da Hist ria da Lingua Trad port de Maria Lu sa Schemann Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian PEREIRA Francisco Maria Esteves 1915 Cr nica da Tomada de Ceuta por el Rei D Jo o I composta por Gomes Eanes de Zurara Lisboa Academia das Sci ncias de Lisboa 223 Refer ncias Bibliogr ficas PIEL Joseph M 1980 Um dif cil verbo medieval portugu s amo o rar Revista Portuguesa de Filologia Lisboa LXIII pp 41 47 PIEL Joseph Maria 1989 Estudos de Lingu stica Hist rica Galego Portuguesa Lisboa IN CM PIEL Joseph Maria 1942 Leal Conselheir
316. s v boya 19 Forma identificada como adjectivo mas lematizada para boante talvez bo iJante 131 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando no in cio da seguinte em qualquer caso antes de 1443 ficamos com uma margem de dois anos para a elabora o de LOPF O VH CPM omite a abona o de 1441 MARR apresentada no IVMP o que vem confirmar a discrep ncia entre estes dois elementos de trabalho Ali s O VH CPM omite todas as abona es referentes a esta obra cf arauto e bombarda o mesmo dizer que omite a pr pria obra O verbo est atestado no s culo XIII BOFAR vb 1 expelir pela boca golfar e ella levantou outra voz e disse Jesu filho da Virgem acurre me e esta foi sua postumeira pallavra dando o sprito e bofando muito sangue d ella 372 104 Etimologia Para Houaiss de bofe ar com a seguinte explica o segundo Corominas orign var gr f de bufar firma se depois como f divg de mesma orig onom Tipo de unidade deriva o sufixal Registos BLem XV bofando LOPF MD CF XV bofando LOPE Obs excep o de BLem que lematiza o ger ndio para bofar AGC VH CPM e IVPM indicam o verbo bufar para a forma bofando O IVPM menciona mesmo bofar remetendo para bufar JPM regista apenas bufar sem indica o em LOPF e RLor n o apresenta nenhum registo Se atendermos explica o de Corominas acima apresentada percebemos que u
317. sa did ctica e a hist rica a escolha recaiu nesta ltima O corpus de partida para este estudo estava assim encontrado a Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes e a Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara A possibilidade de edi es informatizadas n o foi alheia escolha Ap s as primeiras pesquisas tendo apenas como refer ncia o vocabul rio cl ssico rapidamente conclu que quer as obras quer a poca eram pr prias entrada de palavras provenientes de outras culturas nomeadamente a ar bica Da pesquisa de latinismos e helenismos foi um pequeno passo para a procura de primeiras atesta es Al m das obras estava tamb m identificado o objectivo central da tese levantamento de neologismos na L ngua Portuguesa do s culo XV com base em duas cr nicas dos dois primeiros cronistas portugueses Utilizando as palavras do pr prio Fern o Lopes o objectivo procurar novidade de pallavras da o t tulo da tese Num primeiro cap tulo de abordagem aos principais conceitos sobre forma o de palavras com base em processos morfol gicos regulares 1 1 tamb m inten o destacar o papel da tradu o na importa o de palavras 1 2 ambos como forma de enriquecimento vocabular Num segundo n o sendo um cap tulo secund rio pretende se claramente preparar o terreno para aquele que procurar trazer mais novidade investiga o o terceiro Assim antes do ponto fundamental deste segundo cap tul
318. samente com registo em obras do c rculo de Avis agasalhamento e agasalhador Por raz es dif ceis de explicar D Duarte regista o primeiro no Leal Conselheiro e Fern o Lopes o segundo da Cr nica de D Fernando Ser injusto e at imprudente dizer que o monarca conhecia apenas um e o cronista apenas o outro Numa situa o oposta o que se verifica o registo nas duas obras da mesma palavra como primeira atesta o desencarregamento este deambular de um conjunto de palavras nesta poca espec fica vocabul rio de Avis que torna desnecess ria uma atribui o a um autor mas a um conjunto deles Se por raz es lexicogr ficas de primeira atesta o tem de haver a identifica o de uma obra trata se ent o mais de um factor cronol gico do que l xico cultural No final desta lista se tirar o as respectivas conclus es A listagem das obras dos dois grupos que interessam a este trabalho acima referidos a que se encontra a seguir Para a primeira aquela que cont m as obras pertencentes a um c rculo mais restrito e de mais prov vel conhecimento as siglas que as identificam ser o apresentadas A gt 101 na entrada atesta es simult neas a negrito Para a segunda que contem obras com data o mais gen rica as siglas ser o apresentadas em it lico A excep o de LOPF cujas localiza es s o indicadas por mim p gina e linha 2 edi o de Macchi todas as outras regra geral s o as qu
319. scer remate remir remiss o repicar sobreventa sobrevir solenizar vela tornearl trancar trela sobretudo se s o de obras castelhanas outras h em que essa informag o n o indicada como em arrancar fugir us vel mal crente mant u milan s palanco pontifical postar pousentador RLor prestar propor res duo rude sacadaria sacador seitosamente teso torneamento Houaiss n o apresenta datag o para esta palavra 120 11 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando ALFELOA s f 1 massa de a car e compravom com ella h ua mealha de mostarda ou d alfelloa ou de tramo os e semelhantes cousas 188 38 Etimologia do r al halaua ou al halu Corominas apresenta primeiramente matalahuva batalhal a do hispano rabe al h bba al hul wa el grano doce com a informa o de que em portugu s antigo ocorre o registo batafaluga 1318 cf Micha lis RL XII 268 9 e depois outro descendente da raiz rabe hulw com indica o de registo em portugu s de alf loa masa de az car o melaza Nos Vestigios da Lingoa Arabica em Portugal apresentada a indica o que deriva de heluon doce Tipo de unidade importa o arabismo Registos JPM XV alf loa e taaes hi avia que sse mantinha em alfelloa F L J Y parte cap 148 p 3067 AGC XV alfelloa IVPM XV alfelloa LOPF 55 38 LOPJT 269 25
320. seguya proveito qu do lhe os feitos tra av como elles queri 431 1091 1088 341 Segundo Bluteau referido por Houaiss assim chamada por ser uma espada curta e larga que faltava a ter a parte de uma espada de marca isto de uma espada de dimens es normais 42 Como forma verbal de tra ar 3 Com 40 abona es de Foraes obra sem qualquer outra indica o sempre como adjectivo e com o significado de misturado do s culo XIV 39 em pam ter ado e 1 em casal ter ado 208 111 4 2 Novidade de pallavras na Cr nica do Conde D Pedro de Meneses Etimologia do lat tractiare de tractus a um Tipo de unidade importa o latinismo Registos JPM XVI segundo D V AGC XVI tra ar BLem XV tra av ZURP MD CF XV tra av ZURP Houaiss 1540 JBarJ Obs Antedata o a face a Houaiss Ainda sem registo no CIPM TRO O s m 1 peda o de madeira ou ferro e meteo a llamca toda em elle de guysa que ao cayr do mouro n ha p de tyrar e demtro lhe ficou o ferro c hi tro o da aste 703773 Etimologia de orig controversa Houais s v troc indica no entanto que por m bastante seguro que se relacione com o fr ant e dialetal trous tronco de planta fragmento de lan a parte do fuste Tipo de unidade importa o galicismo Registos JPM 1553 e com tro os de escadas quebradas atadas umas nas outras pud
321. sembarcara id AGC XV IVPM XV desembarcarom LOPF 86 54 VH CPM XV LOPF 86 54 BLem XV desembarcarom LOPF desembarcou LOPF LOPJT desembarcara LOPJI desembarquara LOPJ P MD CF XV desembarcarom LOPF Houaiss XV desembarcar desenbarcar cf IVPM Obs O verbo est atestado no s culo XIV enquanto o substantivo barca que lhe d origem ocorre j em 911 Ainda sem registo no CIPM DESNATURAMENTO s m 1 desnaturalizag o perda da nacionalidade e dos direitos adquiridos por naturaliza o Estas vinte e cinco cidades e Touro e Madride e Exarez e Caceres e outras muitas villas que seeria longo de dizer fezerom entom per seus procuradores preitos e menag es e desnaturamentos por guarda das fian as antre os rreis postas as quaaes em cima ja teendes ouvidas 584 98 Etimologia de desnaturar mento Tipo de unidade deriva o prefixal Registos AGC XVI IVPM XV LOPF 169 98 VH CPM XV desnaturamentos LOPF 16998 BLem XV desnaturamentos LOPE MD CF XV desnaturamentos LOPE 139 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Houaiss XV cf IVPM Obs Esta uma das muitas formas que t m por base o radical natur registado desde o s c XIII por exemplo em natural Segundo Morais o desnaturamento verificava se quando os vassalos ficav o por garantes e asseguradores dos Contratos dos seus Reis de
322. serva o de Mateus 2010 98 III vol nota 2 47 No VH CPM apenas ocorre uma abona o de REIX 106 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando soldados de quem se fazia menos confidencia Entre os grandes Privilegios que ElRei D Diniz concedeo aos Cavalleiros da Villa de Aljazur no Alemtejo foi que nunca na Oste tivessem o lugar da Reguarda por ser o menos perigoso REPARTIR vb 6 dividir se em partes separar e por o gram pesar que el rrei d esto ouve se partio assi e se foi pera a villa de Touro e d alli rrepartio suas gentes aa frontaria de Graada 117 66 Outras ocorr ncias 143 14 195 71 320 36 327 64 430 23 Etimologia de re partir Tipo de unidade deriva o prefixal Atesta es simult neas OFIC LEAL REIX COND LOPP FRAD VERT Obs O verbo est atestado no s culo XIII REPOSTEIRO MOR s m 1 fidalgo que serve um rei rainha ou pessoa nobre em seus aposentos E sse alguem disser quem husava ante das cousas que a estes cavalleirosos oficios perteence dizee lhe que fazia todo o alferez moor e o officio que agora he do camareiro moor suhia de seer do rreposteiro moor 524 42 Etimologia do lat repositarius Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LOPP Obs O VH CPM apresenta em entrada separada reposteiro com abona es de REIX e 1365 CAMP O mesmo se verifica em Houaiss com data o de 1320
323. smo Atesta es simult neas REIX 1 108 26 VITA 7b17 21d24 133d15 SEGR 68 v SBER 83 2 91 27 Obs As duas primeiras abona es de VITA n o constam no IVPM CONCLAVE s m 7 reuni o cardeais E este segredo que os cardeaaes antre ssi tragiam de enleger nom foi por m tanto guardado que o cardeall de Grifollio ante per dias que entrassem ao conclavi nom disse 78 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando h u dia a este dom Bertollameu que cedo poeria sobre seus hombros h u mui grande carrego 387 62 Outras ocorr ncias 387 68 387 70 388 107 389 124 392 34 396 34 Etimologia do lat conclave is Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas VITA 444 Obs Prov vel introdu o na l ngua pela tradu o a partir de VITA CONJECTURA s f 1 hip tese presun o suposi o O iffante preso per magina om e posto mui firme so jugo do amor per congeitura das cousas que viia tiinha em gram pre o e desejava muito as que nom pareciam 359 123 Etimologia do lat conjectiira ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas MONT 193 1 Obs O VH CPM omite a abona o de MONT COTA s f 4 1 esp cie de corpete e h u grande roby golpado em castom d ouro com grandes gra os d aljofar arredor e rreligairos e anees d ouro e camafeus e outras joyas de gram pre o afora sayas e cotas e
324. snaturav o se para poderem ir contra o seu Rei que faltasse ao contrato sem incorrerem ou ca rem no caso de trai o e deslealdade a seus Reis e Senhores O verbo est atestado no s culo XIV enquanto o substantivo natura que lhe d origem ocorre j no XIII DESTRANCAR vb 1 soltar ou retirar a tranca de abrir Hora assi aveo como suas tristes fadas mandarom que o iffante com os seus aa porta e h ua molher que aviia de lavar rroupa destrancou as portas e abrio as de todo 370 44 Etimologia de des trancar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1813 IVPM XV LOPF 103 44 VH CPM XV destrancou LOPF 103 44 BLem XV destrancou LOPF MD CF XV destrancou LOPF Houaiss XV cf IVPM Obs Da base da palavra tranca encontram se em Lopes duas derivadas o verbo destrancar aqui registado e o adjectivo trancado cf o que demonstra facilidade de constru o de palavras com recurso a processos internos da l ngua A data de AGC tardia O verbo est atestado no s culo XV tal como o substantivo tranca que lhe d origem Ainda sem registo no CIPM EIVADO adj vb 1 enfraquecido infectado contaminado H us dizem que vendo sse el rrei dom Fernando eibado de doores que ja tempo avia 533 13 Etimologia do part de eivar de eiva ar Tipo de unidade derivag o sufixal Registos JPM XVI eibado ante que o fig
325. so outro carevo em que ouve XII mouros e duas negras o quall se perdeo porque do emvestir que a fusta fez elle no quartell da popa com hos fror oes alagou se 641 264 Etimologia do rad do v furar sob af fur o Tipo de unidade deriva o sufixal Registos AGC 1614 for es pl SGong 1 407 23 BLem XV froro es ZURP MD CF XV fror oes ZURP Houaiss Obs A acep o apresentada em 1166 por JPM corrigido por RLor n o se aplica neste contexto Sem data em Houaiss ou melhor com data de c1967 mas com a ressalva de que para outra acep o FUZILAR vb 1 emitir luz E semdo tamto avamte como Bulh es h daquelles navios a que chamav o Rraposso hia largo ao mar e as outras seguyam atras e pouco amte sy vir fuzillar 578 1049 Etimologia de fusil ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos JPM XVI Mas para o Ceo Vulcano fuzilando A frota co as bombardas o festeja Lus II 106 AGC 1572 BLem XV fuzillar ZURP MD CF XV fuzillar ZURP Houaiss 1572 cf IAVL Obs Primazia pela data o de Cam es j tardia em Houaiss Sem registo no VH CPM O substantivo est atestado no s culo XIV Ainda sem registo no CIPM GIRAR vb 5 descrever um c rculo rodar para voltar e sobre todo porque Diogo Vazquez vio muitos mouros na praya e conhe eo que se foss demtro que o bragamtym nom poderia girar
326. sos em que a elimina o desse pronome deixaria a forma verbal numa termina o n o caracter stica resultado precisamente dessa pronominaliza o Est o nesta situa o palavras como por exemplo abrian as armaren se assentaron o cas lla mantee llo combat lla fornece llas hirde vos vaamo nos Manteve se tamb m o pronome em todos os casos de mes clise em formas como aqueentar nos emos dizer vos hiam gradecer vo llo lan a llas hia chegar me hei decer m ei O ndice est organizado por ordem alfab tico da cabe a do lema mantendo assim agrupadas na coluna da palavra direita todas as suas variantes Nesta coluna a forma redonda serve para indicar proveni ncia de LOPF e a forma it lica para indicar a de ZURP Uma organiza o alfab tica de toda esta segunda coluna seria mais pertinente para uma r pida localiza o das formas medievais mas afastaria as diferentes grafias da mesma entrada um dos objectivos deste ndice Assim houve necessidade de fazer remiss es de todas as palavras que se encontravam em entradas alfab ticas diferentes como daga cf adaga fouto cf afouto bem como algumas dentro da pr pria letra como avondar cf abundar fame cf fome Para outras pela f cil percep o como christa o deciplina emderem ar ezquerda imigos majestade philosofo n o foi feita qualquer remiss o No caso destas entradas remissivas desde que se verifique a sua ocorr ncia efectiva
327. studo do portugu s m dio aprofundou se a vontade de elaborar um ndice Anal tico da Cr nica de D Fernando Normalmente os gloss rios que acompanham os textos raramente constituem uma base suficientemente ampla de trabalho E se o que acompanha a segunda edi o da Cr nica de D Pedro 1 elaborado por Macchi um recurso importante para o leitor da actualidade menos familiarizado com o portugu s m dio ele fica muito aqu m daqueles que por variad ssimas raz es necessitam de um trabalho mais exaustivo A simples listagem de programas inform ticos fica igualmente distante das verdadeiras acep es de cada palavra Exemplificando a forma aviindo ocorre duas vezes na Cr nica de Fernando lematizadas por Barbosa Machado para advir e classificadas como adjectivos Ora uma delas pertence de facto ao verbo advir suceder acontecer e est no ger ndio a outra pertence ao verbo avir reconciliar e est no partic pio Como esta muitas outras formas s o iguais mas remetendo para classifica es e acep es diversas pelo que pertinente a sua desambigua o tarefa a aplicar ao longo do ndice Anal tico Algumas observa es sobre este ndice Anal tico Foram eliminados todos os Antrop nimos Assim por exemplo para a forma do adjectivo clara apenas foram contabilizadas duas ocorr ncias retirando a terceira Clara O mesmo para outras sirua es covas Covas cruz Cruz curral Curral
328. tal manqueira ou door que nom sejam pera servir Ord I t tulo LXXI cap 6 p 489 AGC c1608 enmanquecer NOReb 150 22 VH CPM XV emmaquecessem LOPF 87 71 BLem XV emmaquecessem LOPF MD CF XV emmaquecessem LOPF Houaiss 1576 emmanquescer DNLeO f 45 Obs As data es de AGC e Houaiss s o tardias pelo que o verbo manquecer est a atestado em c1555 enquanto o substantivo manco que lhe d origem ocorre j no XIII Ainda sem registo no CIPM EMPICOTAR SE vb 1 colocar se no pico aconteceo h u dia que o iffante se encontrou com h u mui grande husso e juntou sse tanto a elle pollo ferir amantenente que o husso firmou bem seus pees e levantou os bra os por o arrevatar da sella e o iffante quando esto vio empicotou sse tanto sobre a sella que foi de todo sobre o ar om deanteiro 351 14 Etimologia de em picota ou picoto ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Registos VH CPM XV empicotou sse LOPF 99 14 BLem XV empicotousse LOPF MD CF XV empicotou sse LOPF Houaiss 1899 cf CF Obs A data o de Houaiss tardia Os substantivos picota e picoto est o atestados em 1145 e 1107 respectivamente Ainda sem registo no CIPM 22 Em BLem eventualmente para uma lematiza o mais uniforme foram eliminados todos os h fenes o que em alguns casos causa ambiguidade dif cil de desfazer uma vez que apenas aprese
329. tas aves s o raras Estas aves s o encontradas apenas no pantanal 12 Mesmo com esta distin o n o deixaram de existir casos de dif cil interpreta o como na frase Pera coelhos rraposas e lebres e outras semelhantes salvaj es monteses 5 59 60 optei por considerar os tr s adjectivos subentendendo animais No VH CPM monteses classificado como substantivo 13 Cf BLem adeantado vb part s v adeantar em vez de substantivo al adas vb part s v al ar em vez de substantivo arrancada vb part s v arrancar em vez de substantivo CIMP arrenegados PP m p s v arrenegar em vez de substantivo O mesmo para as termina es oso a s normalmente classificadas como adjectivo Veja se infra a entrada FELOSA p 87 53 11 3 ndice Anal tico de LOPF e ZURP vb IP presente do indicativo vb CF futuro do conjuntivo vb IPI imperfeito do indicativo vb C condicional vb IPP pret rito perfeito do indicativo vb I imperativo vb IP pret rito m q p do indicativo vb INF infinitivo vb IF futuro imperfeito do indicativo vb INFL infinitivo pessoal vb CP presente do conjuntivo vb P partic pio vb CPI imperfeito do conjuntivo vb G gerundio Na listagem das formas verbais foram eliminados os pronomes encliticos pelo que formas do tipo de fazendo a achou ho mandou nos acolherom sse dar lhe apenas s o grafadas fazendo achou mandou acolherom dar Registam se por m os ca
330. tinguir do artigo definido feminino as O mesmo se pode dizer de outras hom grafas nomeadamente de all 33 ocorr ncias alla 6 ocorr ncias com distin o do adv rbio de lugar do substantivo ala lado No entanto n o fazem sentido as quatro formas de j com acento face s 160 que aparecerem de ja sem acento uma vez que n o h qualquer pertin ncia na distin o N o tamb m coerente a utiliza o relativamente distin o da forma verbal h do artigo definido feminino ha Para h verificam se 20 ocorr ncias e para ha 7 Todavia considerando as frases assi por proveito dos poboos quecada h u de v s ha de rreger comopor espiciall amor e boa voontade que vos tem 237 19 21 e e consiirando eu como o meestre de Santiago de Castella vos h feitos algtius deservi os em esta guerra 437 17 18 verifica se uma aus ncia clara de acentua o o que dever aumentar o n mero de 20 para 22 das ocorr ncias verbais e diminuir para 5 o do determinante N o tamb m coerente a utiliza o do acento agudo por tr s vezes na forma all e enquanto aquell escudeiro all esteve 562 39 e contou a el rrei e aa rrainha todo o que lhe all avehera 562 44 e nom podia all hir 573 64 deixando uma por acentuar e el rrei dom Fernando por fraqueza de sua door nom podia allo hir 559 7 sendo o sentido o mesmo Igualmente na utiliza o do pronome pessoal da primeira pessoa n s Nem n s nom achamos que el rr
331. trazerem novos produtos com o respectivo nome de origem Mas o ciclo destas novas palavras n o termina em Portugal pois ao export los para diversos pa ses europeus exporta tamb m o seu nome As tradu es de obras sobretudo latinas contribu ram igualmente para a introdu o de um grande n mero de palavras cultas na l ngua Para este enriquecimento a gera o dos Pr ncipes de Avis teve um contributo inquestion vel O interesse dos pr ncipes Avis pela cultura pelo gosto da leitura e pela tradu o impulsionou o incremento da historiografia levando D Duarte a criar o cargo de cronista mor e entreg lo a Fern o Lopes Ora s escrevendo que a l ngua ganha maturidade Essa foi a heran a deixada pela nclita gera o esta maturidade que possibilita e abre caminho reflex o lingu stica para sensivelmente um s culo depois se chegar a uma normaliza o que muito pouco difere da de hoje passados que est o quase seis s culos Mas se verdade que a tradu o um dos processos de enriquecimento da l ngua tamb m o que tal facto nem sempre se verifica Para Tarr o o add 3 42 poeta tradutor demonstra um enorme empenho em provar a sufici ncia da l ngua materna 2 Tarrio 2001 157 170 29 11 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM II Data o de palavras 1 Os Dicion rios Hist rico Cronol gicos o VH CPM CD ROM 31 11 1 Os Dicion rios Hist rico Crono
332. u s e mesmo da rela o entre estas dificulta a tarefa Se para a Vertuosa Benfeytoria Adelino Calado 1994 XX XXXVIII XL situa a sua feitura entre 1418 1425 como mais prov vel 1429 M de Lourdes Crispim que elabora esta edi o cr tica das Tres Vertudes apresenta algumas hip teses mais conjecturais p 35 sobre esta tradu o de qualquer forma posteriores Em uma delas figura a possibilidade de n o ter ocorrido em Portugal mas sim na corte de Borgonha entre 1430 1455 e enviada posteriormente corte portuguesa p 33 N o querendo fazer depender exclusivamente informa es lexicais como um caminho a ter em conta na poss vel data o de textos medievais neste caso at for ado o facto que tais elementos podem revelar se um contributo importante Uma coisa certa existe um n mero razo vel de palavras que apenas ocorre por exemplo em CESA e VERT que n o dever o deixar de ser levados em conta no enriquecimento directo do l xico do portugu s PROSSEGUIMENTO s m 2 acto de prosseguir Desi trabalhou logo d encaminhar com os fidallgos que maneira aviam de teer no proseguimento da guerra e por que pre o cada hiiu 169 17 Outras ocorr ncias 177 13 Etimologia de prosseguir mento Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF LEAL OFIC Obs O verbo est atestado no s culo XIV QUERENCOSO adj 3 que sente afecto amor afectuoso amoroso El rrei d
333. uado e bucho seja eivado logo o falc o ser guarido mas se o falc o tiver o figuado e o bucho eivado est en duvida se guarnecer P M p 55 noutra vers o da mesma obra e sabe sse esto ffor ffecto ante que o bucho e o f gado sejam eibados mesma p AGC XVI VH CPM XV elbado LOPE 154 3 2 BLem XV eibado LOPF MD CF XV eibado LOPF Houaiss XV eibado cf FichIVPM 219 Cf Morais s v desnaturamento 22 Cf TRANCADO 2 Of p 35 palavras mal lematizadas 140 HI 4 1 Novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Houaiss n o apresenta data o para eivado como adjectivo mas identifica esta forma como partic pio de eivar Para este verbo o primeiro registo apresentado precisamente a forma do partic pio eibado A data o de AGC tardia quer para esta forma quer para o verbo eivar que data de 1881 Tamb m em JPM a data tardia RLor n o prop e antedata o O substantivo est atestado no s culo XV EMANQUECER vb tr 1 tornar se coxeante manco Das cavaligadas e do seu quinto mandava el rrei que tomassem o dizimo e mais h u dia de solldo de todollos que em alg u mester fossem pera pagua dos cavallos dos aconthiados que emmaquecessem ou morressem 305 71 Etimologia de en manquecer Tipo de unidade deriva o prefixal Registos JPM XV emanquecer E se lhe morrerem seus cavallos ou lhe emmanquecerem de
334. udo da forma o e solidifica o da l ngua e do pa s S a an lise das fontes e um profundo conhecimento do usus scribendi do cronista permitir com autoridade optar por uma variante em detrimento de outra Assim as minhas observa es mais do que com as escolhas da selec o de variantes prender se o com as op es para o crit rio gr fico da edi o elencadas na introdu o sobretudo as que dizem respeito alinha g introdu o de ap strofos e alguns acentos sobretudo para distinguir 9982 futuros e hom grafo entraves a quem pretende fazer um estudo do seu vocabul rio resultantes dessas mesmas op es Ja Segundo Teresa Amado Tavani 1993 179 s v Cr nica de D Fernando 1 Chronica do Senhor Rei D Fernando Nono rei de Portugal in Collec o de Livros Ineditos de Historia Portugueza dos reinados de D Dinis D Afonso IV D Pedro I e D Fernando publicados de ordem da Academia Real da Sciencias de Lisboa pela comiss o de Historia da mesma Academia tomo IV Lisboa 1816 0 Cf Introdu o sobretudo pp XI XXX em Lopes Fern o 22004 Cr nica de D Fernando Edi o de Giuliano Macchi Lisboa IN CM 8 Idem ibidem pp XXXL 8 Idem ibidem pp LXVII 57 111 1 A Cr nica de D Fernando de Fern o Lopes Edi o de Giuliano Macchi Z Do ponto de vista lexicogr fico at pertinente registar todas as grafias que determinadas palavras conheceram da pena do cron
335. ue espero prof cuos ser o no final apresentados 14 ZURP 186 295 299 S ZURP 179 134 139 16 LOPJI Pr logo p 3 19 I Inova o Lexical I Inova o Lexical Se temos de pedir a alguma bolsa Termos que nos fale am seja bolsa De nossa M e Latina que j muito Nos acudiu em pressas mais urgentes Quando em bronca escassez j labor mos a 17 Ao sairmos das m os de bruta gente Filinto El sio 1998 Obras Completas vol I p 31 A linguagem humana caracteriza se pela mudan a Como que por reac o todas as l nguas ter o ent o de acompanhar esta mudan a e evoluir para n o entrar no rol das chamadas l nguas mortas Al m de factores estritamente lingu sticos outros como os hist ricos sociais ou pol ticos podem condicionar esta mudan a sem esquecer claro est que a l ngua um sistema em perp tua adapta o s necessidades expressivas dos seus utentes mostrando que existem fases de perman ncia que alteram com fases de grande altera o Cardeira 2005 33 e 65 O s culo XV ou melhor a passagem do portugu s antigo para o portugu s m dio mais precisamente a passagem da dinastia de Borgonha para a de Avis sobretudo no meio s culo de reinado de D Jo o I e D Duarte 1385 1433 e 1433 1438 respectivamente parece ser uns desses momentos de altera o se n o o grande momento de altera o de toda a hist ria da l ngua portuguesa Estamos pois a falar da
336. ue se encontra na edi o Fac similada da ed do Abade Correia da Serra 1792 Academia das Ci ncias de Lisboa Porto 1988 62 111 2 A Cr nica do Conde D Pedro de Meneses de Zurara Edi o de Teresa Brocardo da entrada voga registada em Morais ambas locu es dar voga remar para diante mais dif cil e de uma voga de uma remada mais aceit vel O outro caso prendeu se com a palavra gramsolla Neste caso a d vida dissipou se mais facilmente tamb m com a ajuda de Morais L se esta palavra como uma s nos Ined II 402 Mandarom o bergantim a filhar a guarda e quando forom dentro acharom gran olla pelo qual nom ousarom de sair fora deve ler se gran folla grande marulhada turva o do mar V Folla Neste tipo de trabalhos por norma as classes gramaticais fechadas n o s o alvo de desambigua o tal o seu elevado n mero de ocorr ncias Depois medida que a leitura vai sendo apurada para determinadas palavras v o surgindo casos que mereciam um tratamento diferenciado como entre o artigo e a interjei o nesta passagem O companha pusylanyma de cora es molharigos e afiminados dezei me por que chorades He porvemtura com themor daquelles mouros que ally estam fora amedoremtados e espamtados 218 77 80 Para satisfazer os dois objectivos a que se prop s e procurando conciliar conserva o e legibilidade Teresa Brocardo introduz a respectiva pontua o e conserva as grafias do
337. uesto sahiam aas rruas e pracas chorando escabelladas 66 32 Etimologia part de escabelar de es cabelo ar Tipo de unidade deriva o parassint tica Atesta es simult neas CESA Obs MD CF apresenta tamb m para escabelada uma abona o da Demanda do Santo Graal texto proveniente do CIPM A esta forma corresponde estavelada tanto em BLem como na edi o de Piel Irene Nunes O substantivo est atestado no s culo XIII ESCARAMUCA s f 6 1 combate luta conflito e nom teverom jeito de cercar a cidade salvo como quem pousa de caminho como quer que foi feita h ua escaramu a na ponte em que forom presos alg us portugueses 252 42 Outras ocorr ncias 267 2 269 2 13 481 7 11 Etimologia do it scaramuccia Tipo de unidade importac o italianismo Atestac es simult neas REIX CESA Obs BLem e MD CF apresentam abona es da CGE Houaiss data este substantivo do s culo XIV remetendo para o FichIVPM No entanto o VH CPM digitaliza o desse fich rio regista apenas abona es do XV ESCARAMUCAR vb 5 combater ou lutar em escaramuga e os de dentro sahiam fora assi de cavallo come de pee e escaramu avom com elles 111 12 13 Outras ocorr ncias 267 14 18 269 3 6 Etimologia de escaramuga ar Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas REIS REIX CESA VITA Obs Houaiss data este verbo do s culo XV com remiss o para o Fic
338. ugu s m dio Estudos de hist ria da l ngua portuguesa Frankfurt 7 pp 107 125 CALADO Adelino de Almeida 1991 Estoria de Dom Nuno Alvares Pereyra Edi o cr tica da Coronica do Condestabre com introdu o notas e gloss rio Coimbra Universidade de Coimbra Acta Universitatis Conimbrigensis CALADO Adelino de Almeida 1994 Livro da Vertuosa Benfeytoria Ed cr tica introdu o e notas Coimbra Universidade de Coimbra Acta Universitatis Conimbrigensis CAMARA Jr Joaquim Matoso 1979 Hist ria e Estrutura da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro Padr o CANO Rafael coord 2004 Historia de la Lengua Espanola Madrid Ariel CANTARELLA Eva 1996 El peso de Roma en la cultura europea Trad esp de Miguel Angel Ramos S nchez Madrid Ediciones Akal CARDEIRA Esperan a 2005 Entre o Portugu s Antigo e o Portugu s Cl ssico Lisboa IN CM CARDEIRA Esperan a 2006 O Essencial sobre a Hist ria do Portugu s Lisboa Caminho CARVALHO J Herculano de 1984 Estudos Lingu sticos Coimbra Coimbra Editora CARVALHO Joaquim de 1949 Estudos sobre a cultura portuguesa do s culo XV Coimbra Universidade de Coimbra Acta Universitatis Conimbrigensis CASARES J 1992 Introducci n a la Lexicograf a Moderna Madrid C S LC CASTELEIRO J Malaca 1981 Estudo lingu stico do 1 Dicion rio da Academia Mem rias da Academia das Ci ncias de Lisboa XXII pp 47 67 219 Refer ncias Bibl
339. um derivado que precede a base que lhe d origem Por conseguinte atendendo a que a data o apresentada para a variante feminina azambuja se encontra atestada em 1222 em JPM e utilizada por Houaiss ser prefer vel indicar esta forma como base Regista ainda as variantes sem a prot tico zambujo e zambujal de 1611 e 1765 respectivamente JPM regista zambujo com a seguinte informa o s v zambujo Tal como azambujo var de azambuja q v O voc berber donde todas estas formas derivam zabbij vj cast acebuche No s c XVII no Dicion rio de Barbosa A hist ria da base desta palavra n o deixa de ser ainda mais curiosa se tivermos em considera o que a forma azambujeiros est atestada em 1086 em Houaiss segundo JPM s v azambuja quomodo diuimus cum sanson gudiniz per illum uallezinum de illis azambujeiros usque plicat in Dipl doc N 668 p 399 AZEITONI adj 1 da cor da azeitona ligeiramente esverdeado oliv ceo O seu capit que hera Mulley Bucar amdava hu cavallo anaz com hia barreta guarne ida de ouro na cabe a e hii pellote de velludo azeytony 709 929 Etimologia Tipo de unidade Registos BLem XV azeytony ZURP MD CF XV azeytony ZURP Obs Forma averbada em Morais Comic Azeitona Cancioneiro Como adj veludo azeitoni cor de azeitona Ined 2 618 AZERVADA s m 1 cerca de troncos e galhos usada como defesa
340. unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas LOPP CAVA Obs O substantivo est atestado em 1008 PASTA s m 1 por o de mat ria s lida aglutinada e que levou dezooito quintaaes d ouro em pasta pera dar a el rrei d Aragom por este casamento 157 20 Outras ocorr ncias 162 36 Etimologia do lat pasta ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LEAL Obs BLem para a forma pastas apresenta ainda uma ocorr ncia em CAVA o que se veio a verificar uma troca do a pelo o O primeiro temor das penas do inferno e das leix presentes postas per os senhores ou per aquelles que sobre nos teem poder e regimento Piel 1986 93 PEDINTE s m 2 aquele que pede e segundo ainda dito dos santos mais justa cousa he castigar o pedinte sem necessidade que lhe dar esmolla 314 84 109 Outras ocorr ncias 314 109 Etimologia de pedir nte Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas BENF SEGR Obs O verbo est atestado em 1152 158 Houaiss indica indevidamente a data a partir de JPM uma vez que este n o faz qualquer refer ncia correc o que RLor lhe faz pois a data o da primeira edi o era de 1084 RLor 1968 272 102 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando PEJADO adj vb 1 que tem a capacidade completa repleto pesado Em esto encherom sse as gallees de C
341. unidade importa o latinismo Atesta es simult neas FRAD 1 273 29 VERT 61 26 Obs MD CF e BLem registam tamb m a sua ocorr ncia em CP O masculino camareiro 36 80 406 27 524 42 579 11 est atestado no s culo do XIV CANONICAMENTE adv 1 de acordo com os c nones e escrevendo suas cartas ao emperador e rreis e principes christa os como este dom Bertolameu aviam enlegido e criado canonicamente em papa por verdadeiro pastor da Egreja 396 45 Etimologia do gr kanonik s n gt lat c n nicus a um Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas SBER 125 9 Obs MD CF regista duas ocorr ncias para este adv rbio uma nos Textos Notariais Documentos Notariais dos S culos XII a XVI 1300 1400 e outra em CHP 1402 1499 BLem regista tamb m uma ocorr ncia no Livro das Confiss es de Mart n P rez que data de Alcoba a 1399 Assim tal como o adjectivo tamb m o adv rbio tem ocorr ncia no s culo XIV antedatando o IVPM e o VH CPM CARDEALADO s m 1 dignidade de cardeal e n hiiu nom foi perant elle por a quall rrazom os escomungou da mayor escomunhom e os privou dos cardeallados e fez outros cardeaaes de novo 393 55 Etimologia do lat medieval cardinal tus Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas FRAD 11 77 28 11 259 16 Obs As duas ocorr ncias de FRAD s o variantes cardealadego e cardenaladego respectiv
342. va que he emperatriz das outras potencias da alma acerca das cousas senssivees he tam doente em taaes hom es que nom julga o ogeito da cousa que vee tall quall elle he mas tall quall a elle parece 220 43 Etimologia do lat p tentia ae Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LEAL FRAD TERS SEGR Obs Em MD CF tamb m com indica o de VITA 139 ipa eae Segundo Morais cultura perfei oamento de na o culta e politica ou polida nas obras de mecanica no saber artes liberais racionais no governo e administra o interna da Republica principalmente no que respeita s comodidades i limpeza aceyo fartura de viveres e vestiaria e seguran a dos Cidad os Veja se ainda o seguinte verso d Os Lus adas Na pol cia da vossa Europa rica VII 12 8 103 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando PRASMADO adj vb 5 censurado admirado a estes assiinadamente mostrava el rrei grandes gasalhados e partia com elles muito graadamente entanto que era prasmado d os de sua terra 93 12 Outras ocorr ncias 120 50 254 107 534 41 596 88 89 Etimologia part de prasmar do cast blasmar Tipo de unidade importa o castelhanismo Atesta es simult neas OFIC LEAL CAVA COND REIX Obs Cf nota sobre o significado de PRASMAR PRASMAR vb 4 censurar acusar tall que n htiua por estonce era a
343. vallgante e torneador grande justador e lan ador a tavollado 3 16 Etimologia rad do part lan ado or Tipo de unidade deriva o sfixa o Atesta es simult neas CAVA Obs JPM n o regista este voc bulo e AGC prop e no suplemento segunda edi o para a forma lan ador a data de 1634 MNor 52 16 Por sua vez Houaiss antedata AGC 1597 cf DioD mas ainda em data muito posterior a LOPF RLor a prop sito da entrada tavolado na correc o a JPM apresenta a seguinte abona o da Cronica Troiana bufurdando et lan ando a trauado II 242 13 o que vem provar tal pr tica muito antes de LOPF Assim ser de crer que a designa o do executante de tal exerc cio o lan ador n o seja apenas cria o na poca de Avis mas sim de registo mais antigo BLem e MD CF apresentam por exemplo a forma allan ador com atesta o na CGE Por outras palavras se o verbo lan ar est atestado no s culo XIII e na l ngua dessa altura j se verificava embora em menor quantidade a forma o de palavras derivadas por sufixa o nada garante que este derivado n o fosse de utiliza o oral corrente muito anterior em redor desta tem tica O VH CPM apresenta esta palavra com uma abona o trocada de LOPP em vez de LOPF O verbo est atestado no s culo XIII 151 Em CF encontramos de Jacoh n p segundo K rting 152 Cf Viterbo s v jaqueta 153 Houaiss e AGC apenas apresentam o s culo
344. vidade de pallavras na Cr nica de D Fernando Obs Geralmente RLor regista os adv rbios de modo que JPM n o apresenta como notavelmente Of cios novamente Cr Gal Neste caso isso n o se verifica embora JPM registe not rio dentro da entrada nota O adjectivo est atestado no s culo XV PALANCAR vb 2 defender um lugar com palancas Outros diziam que era bem que pallancassem todallas rruas que sahiom ao rressio da cidade e que per alli a defendessem que nom entrassem os castella os em ella 258 38 Outras ocorr ncias 258 49 Etimologia de palanca ar Tipo de unidade deriva o sufixal Registos VH CPM XV pallancar LOPF 73 49 LOPJ P 62 30 pallancassem LOPF 73 38 BLem XV pallancar pallancassem LOPF palamquar LOPJD pallamcado LOPJT MD CF XV pallancar pallancassem LOPF Houaiss XV pallancassem cf FichIVPM Obs Parece n o existirem d vidas sobre a forma o deste verbo do nome palanca mais o sufixo ar Estamos portanto perante um verbo denominal cuja primeira atesta o parece ser em LOPF A quest o que se coloca que o nome de origem espanhola palanca que est na base da sua forma o s encontra registo segundo Houaiss quase tr s s culos mais tarde no vocabul rio de Bluteau 1716 cf RB Assim ou estamos perante um registo gr fico bastante tardio de palanca em dicion rio e n o em obra ou ent o a sua forma o poder ser d
345. vols MARTINEZ DE SOUSA J 1995 Diccionario de Lexicograf a Pr ctica Barcelona Bibliograf MESSNER D 1994 2006 Dicion rio dos Dicion rios Portugueses Salzburg Universidade de Salzburg Home page http www sbg ac at rom people prof messner dddport htm NASCENTES Antenor 1932 Dicion rio Etimol gico da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro NEBRIJA Elio Antonio de 1989 Vocabulario Espa ol Latino facs mil da 1 ed Salamanca 14957 Real Academia Espa ola Novo Dicion rio Eletr nico Aur lio vers o5 0 2004 QUICHERAT L 1984 Dicionnaire Fran ais Latin Paris Hachette Revisto corrigido e aumentado por mile Chatelain 216 Refer ncias Bibliogr ficas SILVA Ant nio de Morais 1831 Diccionario da Lingua Portugueza Composto pelo Padre D Rafael Bluteau reformado e accreccentado por Ant nio de Moraes Silva Lisboa SILVA Ant nio de Morais 1949 1959 Grande Dicion rio da L ngua Portuguesa Lisboa Conflu ncia Actualiza o de Cardoso Moreno e Jos Pedro Machado SILVA Ant nio de Morais 1980 Novo Dicion rio Compacto da L ngua Portuguesa Lisboa Editorial Conflu ncia Vocabul rio Hist rico Cronol gico do Portugu s Medieval vers o 1 0 2002 Funda o Casa de Rui Barbosa TEIXEIRA G dir 2004 Grande Dicion rio L ngua Portuguesa Porto Porto Editora Corpora informatizados Base de Datos da L rica Profana Galego Portuguesa BDLPG P http www
346. words in the portuguese language especially Latinisms there is also no doubt that before him others contributed to its enrichment But this is a timeless procedure Throughout the ages many classical forms have entered the language Evidence that this is a timeless process is given by several authors before and after the Renaissance However there is the conviction that it is from the fifteenth century that this process starts reaching its peak in the sixteenth century the natural consequence of the Renaissance and the importance of the readings of the classics then reached However a century before either didactic prose undertaken by royal production or history by the chroniclers had already opened the path The corpus of departure for this study is then the Chronicle of D Fernando by Fernao Lopes and the Chronicle of the Earl D Pedro de Meneses by Zurara of which I present an analytical index enabling the identification of the earliest records they contain Using the words of the chronicler the objective is to seek novidade de pallavras hence the title of the thesis The first chapter also contains an approach to the main concepts of word formation and the role of translation in its import process Palavras chave Lingu stica Hist rica Portugu s M dio Primeiras Data es Fern o Lopes Zurara Key Words Historical Linguistics Middle Portuguese Earliest Records Fern o Lopes Zurara ndice Geral ndice G
347. yve eu muito comtrayro cuidado do que allg s outros estoriaes suas obras tever o espi iallmemte os gregos os quaes supriam com fermosas pallavras o que na gramdeza dos feitos mimgoava e a my foy ne essario forne er a mimgoa das pallavras com gram deza dos feitos Claro que a pertin ncia destas reflex es se revela mais ao n vel da literatura E a n vel lingu stico ou para ser mais preciso ao n vel lexical e da pr pria morfologia da hist ria da l ngua portuguesa No j referido pr logo da Cr nica de D Jo o I Fern o Lopes afirma que n o vale a pena buscar fremosura e novidade de pallavras Numa primeira an lise estas palavras parecem n o fazer muito sentido uma vez que na sua obra e na Cr nica de D Fernando em particular parece encontrar se um n mero significativo de primeiras atesta es Procurarei verificar se tal registo inicial n o ser mais pela sua actividade de cronista e sobretudo pela posi o privilegiada da conjectura cultural em redor da corte de Avis E quanto a Zurara O estudo e a edi o da sua obra mostra nos que tem sido constantemente remetido para segundo plano Se nas suas palavras anteriores existe alguma esp cie de cr tica ao seu antecessor ser de esperar uma supremacia da sua obra quer seja vis vel atrav s de conhecimentos e refer ncias aos cl ssicos quer do ponto de vista da estrutura e sistematiza o da l ngua quer do enriquecimento lexical Os resultados q
348. z se devesse a diferen as entre as fontes do portugu s e as fontes da l ngua estrangeira usadas para a determina o da etimologia e campo da etimologia ponto 44 6 Na etimologia de voc bulos provenientes de outras l nguas que n o o latim e o grego registra se o timo pr ximo em it lico com inser o entre par nteses em redondo da data de sua primeira ocorr ncia na l ngua estrangeira se a data se encontra consignada nas fontes consultadas 95 111 3 Eventual novidade de pallavras na Cr nica de D Fernando IMPOSS VEL adj 3 que n o tem possibilidade irrealiz vel posto que gram desejo d esto ouvessem h ua tall contradi om que n hiiu penssava seer cousa pera acabar posto que come ada fosse e quasi impossivell de seer 308 29 Outras ocorr ncias 484 40 49 Etimologia do lat impossibilis e Tipo de unidade importa o latinismo Atesta es simult neas LEAL REIX VERT SBER FRAD Obs RLor apresenta ainda 1436 Desc Port INDIGNAMENTE adv 1 de forma n o digna rrequerido no come o d esta guerra per el rrei dom Henrrique que lhe desse tregoa per n hiiua guisa lha quis outorgar teendo que ell endinamente ocupava os rreinos de Castella que per heran a dereita conviinham aas filhas d el rrei dom Pedro seu irma o 141 17 Etimologia de indigno mente Tipo de unidade deriva o sufixal Atesta es simult neas VERT Obs MD CF e BLem

TESE FINAL-11-MAIO_3 - Repositório da Universidade de Lisboa

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