Home

Untitled - Pré Vestibular Social

1. Consequ ncia Correu tanto que desmaiou A porta estava fechada de maneira que ele teve que entrar pela janela As conjun es que exprimem consequ ncia s o chamadas de conjun es consecutivas 100 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Condi o Se eu ganhar na loteria darei a volta ao mundo sem mala Caso eu ganhe na loteria darei a volta ao mundo sem mala Voc pode sair hoje desde que trabalhe amanh Voc pode sair hoje contanto que trabalhe amanh As conjun es que exprimem condi o s o chamadas de conjun es condi Concess o Embora tenha estudado ele n o passou Ainda que a sitva o seja preocupante ela n o desesperadora Mesmo que as promessas sejam cumpridas a temperatura do planeta seguir aumentando As conjun es que exprimem concess o s o chamadas de conjun es con cessivas Por que conjun o concessiva De onde vem o nome conjun o concessiva que significa dizer que o embora o ainda que e o mesmo que exprimem concess o Imagine que duas pessoas est o debatendo sobre a legaliza o do abor to Ent o uma delas aquela que defende a legaliza o afirma Embora o aborto possa ser visto como uma esp cie de assassinato ele a melhor op o em muitas situa es Por meio da ora o entre colchetes o falante parece conceder a raz o 00 seu ouvinte Por isso a conjun o que introduz esse tipo de ora o ganha o
2. 0 Transcreva da frase acima o termo que o pronome possessivo seus retoma b Reescreva integralmente apenas a quarta ora o colocando a na ordem direta e substituindo o pronome obl quo por um pronome possessivo Fa a somente as altera es necess rias GABARITO Grupo 1 DD 2 B 3 Na constru o do sentido do texto o uso dos pronomes de segunda teus tu te teu e de terceira pessoa ela seus d conta dos momentos em que o eu l rico fala com a amada 1 3 estrofe e sobre a amada ltima estrofe 4 No primeiro exemplo te impuseram o te pronome de 2 pessoa funciona como objeto do verbo impor sobrepor No segundo exemplo se im puseram o se pronome de 3 pessoa integra o verbo pronominal impor se na acep o de fazer se aceitar Essa diferen a expressa concep es distintas acerca da cultura popular no texto 4 a submiss o cultura dominante no texto 5 a afirma o da autonomia da cultura popular 5 Viremos agora esquerda l ao longe onde se veem aquelas rvores sim aquelas que est o juntas como se fossem um ramalhete que a gua desta fonte n o poder matar te a sede naquele deserto 6 A forma voc assume valor gen rico Pode fazer refer ncia pluralidade de interlocutores o pr prio eu po tico o leitor todo ou qualquer homem que se identifique com a experi ncia representada no poema 7 A recorr ncia do u
3. 7 Ueri 2005 LPLB O GERENTE Aos criados Vamos Vamos Aviem se Tomem as malas e encaminhem estes senhores Mexam se Mexam se Vozerio Os h spedes pe dem quarto banhos etc Os criados respondem Tomam as malas saem todos uns pela escadaria outros pela direita AZEVEDO Arthur A Capital federal Rio de Janeiro Servi o Nacional de Teatro 1972 Identifique o modo verbal e a fun o da linguagem predominantes na fala do gerente dirigida aos criados GRUPO 2 Identificar ou justificar a exist ncia de uma fun o da linguagem previamente mencionada 1 Ueri 2012 Exame de Qualifica o Pode se definir metalinguagem como a linguagem que comenta a pr pria linguagem fen meno presente na literatura e nas artes em geral O quadro perspic cia do belga Ren Magritte um exemplo de metalinguagem porque A destaca a qualidade do tra o art stico B mostra o pintor no momento da cria o C implica a valoriza o da arte tradicional D indica a necessidade de inspira o concreta Texto para a quest o 2 Esa de Jac J ent o os dois g meos cursavam um a Faculdade de Direito em S Paulo outro a Escola de Medicina no Rio N o tardaria muito que sa ssem formados e prontos um para defender o direito e o torto da gente outro para ajud la a viver e a morrer Todos os contrastes est o no homem N o era tanta a pol tica que os fizesse esquecer Flora nem tanta Flo
4. S n o tinha a palavra E o desejo de ser mulher Sete dias ela levou para aprender sete passos E na manh do oitavo dia quando acordou e viu a porta aberta juntou sete passos e mais sete atravessou Car tuLo 7 u 83 o corredor desceu a escada cruzou o p tio e correu para a floresta procura da sua Rainha O sol ainda brilhava quando a cor a saiu da floresta s cor a n o mais mulher E se p s a pastar sob as janelas do pal cio COLASANTI Marina Uma ideia toda azul S o Paulo Global 1999 5 Ueri 2007 Exame de Qualifica o Uma caracter stica do mundo narrado a de ser indiferente ao tempo cronol gico Assim mesmo os tempos pret ritos podem ser usados para indicar o momento presente da narrativa O verbo em destaque que representa esse momento presente A Se chegasse perto ser que ela fugia B E cada vez se apaixonava mais C que queria casar com ela D que pediria Rainha das Cor as Texto para a quest o 6 At que tudo se transformou em n o Tudo se transformou em n o quando eles quiseram essa mesma alegria deles Ent o a grande dan a dos erros O ce rimonial das palavras desacertadas Ele procurava e n o via ela n o via que ele n o vira ela que estava ali no entanto No entanto ele que estava ali Tudo errou e havia a grande poeira das ruas e quanto mais erravam mais com aspereza queriam sem um sorriso LISPECTOR Clarice Para n o
5. tenacidade homens honrados e capazes s rios sensatos adultos e respons veis tamb m o elogio presente no adjetivo ad mir vel profundamente ir nico 1 Ueri 2000 1 A estrela o ndio Na contram o do vento que move as comemora es dos 500 anos uma programa o alternativa est deixando de lado a caravela para se embrenhar no Brasil de antes de Cabral E est dando ao ndio lugar de destaque na festa As atividades incluem encontros com integrantes de tribos variados debates e uma exposi o com trabalhos do fot grafo Sebasti o Salgado e textos do poeta Thiago de Mello Desde o in cio da semana no foyer do Centro Cultural Banco do Brasil crian as de diferentes idades v m aprendendo hist ria e deixando preconceitos de lado com a ajuda de Thini um ndio de 29 anos da tribo fulni de Penam buco que abandonou a aldeia ainda menino ap s uma invas o de terra em que perdeu v rios parentes Do massacre nasceu o desejo de fala aos pequenos homens brancos os filhos da elite como dizia e impedir conflitos futuros H tr s anos Thini per corre escolas do Rio Fala das tribos e da mem ria de seus ancestrais apre senta dan as e ritos mostra arcos flechas e seduz o p blico com a fala mansa e um timo humor Agora como centro dos 500 Anos de Resist ncia das Popula es Ind genas no Brasil organizado pela Cineduc Cinema e Educa o ele
6. 1 Uerj 2008 1 Exame de Qualifica o Diferentes rela es l gicas s o esto belecidas entre as ora es que comp em as estrofes do texto Na segunda estrofe essas rela es expressam as ideias de A adi o contraposi o e compara o B nega o anterioridade e adversidade C finalidade contrariedade e consecu o D proporcionalidade intensidade e conclus o 2 Ueri 2005 1 Exame de Qualifica o Na velhice perde se a nitidez da vis o e se agu a a do esp rito As duas ideias presentes nesse fragmento estabelecem rela o sem ntica de A altern ncia B implica o C explica o D oposi o E ao SS Texto para a quest o 3 0 mundo grande 0 mundo grande e cabe Nesta janela sobre o mar 0 mar grande e cabe Na cama e no colch o de amar 0 amor grande e cabe No breve espa o de beijar ANDRADE Carlos Drummond de Poesia e prosa Rio de Janeiro Nova Aguilar 1983 3 Enem 2001 Neste poema o poeta realizou uma op o estil stica a reitera o de determinadas constru es e express es lingu sticas como o uso da mesma conjun o para estabelecer a rela o entre as frases Essa conjun o estabelece entre as ideias relacionadas um sentido de A oposi o B compara o C conclus o D altern ncia E finalidade Texto para a quest o 4 Existe sempre um conceito por tr s do que fa o s que nem sempre a mon tagem s
7. A Que me sustenta e mata e que vai secretando o pensamento v 7 B E no alto as nuvens improvisando sem cessar v 13 C E cheios de esperan a e medo v 18 D Mistura confunde e dispersa no ar v 24 Texto para a quest o 2 De manh O h bito de estar aqui agora aos poucos substitui a compuls o de ser 0 tempo todo algu m ou algo Um belo dia por algum motivo sempre dia claro nesses casos voc abre a janela ou abre um pote de p ssegos em calda ou mesmo um livro que nunca h de ser lido at o fim e ent o a ideia irrompe clara e n tida E necess rio N o Ser poss vel De modo algum Ao menos d prazer Ser prazer essa exig ncia cega a latejar na mente o tempo todo Ent o por qu E neste exato instante voc por fim entende e refestela se a valer nessa poltrona a mais c moda da casa e pensa sem rancor Perdi o dia mas ganhei o mundo Mesmo que seja por trinta segundos BRITO Paulo Henriques As tr s epifanias III In BRITO P H Macau S o Paulo Companhia das Letras 2003 p 72 73 2 UFRJ 2006 A conjun o adversativa mos utilizada no pen ltimo verso do texto 18 al m de implicar contraste desempenha papel argumentativo espec fico Explique esse papel Texto para a quest o 3 Valsinha Chico Buarque de Holanda e Vinicius de Moraes Um dia ele chegou t o diferente do seu jeito de sempre chegar Olhou a de um
8. Dois e dois s o tr s disse o louco N o s o n o berrou o tolo Talvez sejam resmungou o s bio P ES Jos Paulo Socr ticas S o Paulo Companhia das Letras 2001 4 Ueri 2003 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o O texto sugere um m todo de investiga o cient fica sintetizado por exemplo em Todo pen samento come a com um problema No texto Il os voc bulos escolhidos para a frase do s bio parecem demonstrar a ado o desse m todo Descreva o m todo de investiga o cient fica proposto pelo texto e explique como os dois termos escolhidos pelo s bio poderiam indicar a ado o do referido m todo Texto para a quest o 5 M ltiplo sorriso Pendurou a ltima bola na rvore de Natal e deu alguns passos atr s Estava bonita Era um pinheiro artificial mas parecia de verdade S bolas vermelhas Nunca deixava de armar sua rvore embora as amigas dissessem que era boba gem fazer isso quando se mora sozinha Olhou com mais vagar Na luz do fim da tarde notou que sua imagem se espelhava nas bolas Em todas elas l estava seu rosto um pouco distorcido verdade mas sorrindo Est o vendo diria s amigas se estivessem por perto Eu n o estou s SEIXAS Helo sa Contos mais que m nimos Rio de Janeiro Tinta Negra 2010 5 Uerj 2011 Exame de Qualifica o Est o vendo diria s amigas se estivessem por perto O trecho acim
9. Pr Vestibular Social PA i i _ DR o L NGUA PORTUGUESA AGOSTINHO DIAS CARNEIRO DioGo PINHEIRO As Funda o p GOVERNO DO S Rio de Janeiro tecer Cons rcio cederj SECRETARIA DE CIENCIA E TECNOLOGIA FUNDA O CECIERS PR VESTIBULAR SOCIAL L NGUA PORTUGUESA AGOSTINHO DIAS CARNEIRO DIOGO PINHEIRO 3 EDI O REVISADA E AMPLIADA M DULO 1 2012 j Funda o As S E GOVERNO DO Rio de Janeiro Qtt Cons rcio cederj Ea SECRETARIA DE CI NCIA E TECNOLOGIA Material Did tico Elabora o de Conte do Agostinho Dias Carneiro Diogo Pinheiro Revis o Patr cia Sotello Soares Capa Projeto Gr fico Manipula o de Imagens e Editora o Eletr nica Renata Vidal da Cunha Foto de Capa Peter Skadberg Governo do Estado do Rio de Janeiro Governador S rgio Cabral Secret rio de Estado de Ci ncia e Tecnologia Alexandre Cardoso Funda o Cecierj Presidente Carlos Eduardo Bielschowsky Vice Presidente de Educa o Superior a Dist ncia Masako Oya Masuda Vice Presidente Cient fica M nica Damouche Pr Vestibular Social Rua da Ajuda 5 16 andar Centro Rio de Janeiro RJ 20040 000 Site www pvs cederj edu br Diretora Maria D F Bastos Coordenadores de L ngua Portuguesa Agostinho Dias Carneiro Diogo Pinheiro Copyright O 2012 Funda o Cecierj Nenhuma parte deste material poder ser reproduzida transmitida e gravada
10. da ra ridade da vida aos desafios tecnol gicos de viagens interestelares tudo depende do n vel de intelig ncia dos membros dessa civiliza o Se s o eles que v m at aqui n o h d vida de que s o muito mais de senvolvidos do que n s N o necessariamente mais inteligentes mas com mais tempo para desenvolver suas tecnologias Afinal estamos ainda na inf ncia da era tecnol gica a primeira locomotiva a vapor foi inventada h menos de 200 anos em 1814 Tal qual a rea o dos nativos das Am ricas quando viram as armas de fogo dos europeus o que s o capazes de fazer nos pareceria m gica Claro ao abrimos a possibilidade de que vida extraterrestre inteligente exis ta a probabilidade de que sejam mais inteligentes do que n s alta De qualquer forma mais inteligentes ou mais avan ados tecnologicamente nossa rea o ao travar contato com tais seres seria um misto de adora o e terror Se fossem muito mais avan ados do que n s a ponto de haverem desenvolvido tecnologias que os 28 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 liberassem de seus corpos esses seres teriam uma exist ncia apenas espiritual essa altura seria dif cil distingui los de deuses Por mais de 40 anos cientistas vasculham os c us com seus radiotelesc pios tentando ouvir sinais de civiliza es inteligentes Infelizmente at agora nada foi encontrado Muitos cientistas acham essa busca uma imensa perda de tempo e de dinheiro A
11. por meio de pronome de tratamento senhor e de pronome possessivo de se gunda pessoa sua pr pria visita pessoal sua veemente reclama o verbal O mais interessante por m observar o contraste entre o mundo real e o mundo imaginado Como voc j viu o mundo real o mundo da disciplina do rigor da ordem da Lei da seriedade e da frieza nas rela es J o mundo imaginado est associado ao lirismo imagina o falta de disciplina poesia e ao calor humano Mas como essa oposi o fica marcada textualmente O car ter de ordem e disciplina do mundo real simbolizado pelos n meros Intuitivamente tendemos a associar os n meros e a matem tica de um modo geral a frieza e objetividade isso aparece em express es como ele apenas um n mero Por isso no primeiro par grafo os algarismos s o usados para pintar o mundo real como o lugar da ordem da disciplina das regras e do distanciamento afetivo Isso produzido por meio de dois recursos lingu sticos a meton mia e a repeti o De imediato observe o t tulo da cr nica nele o vizinho do enunciador referido como senhor 903 Trata se aqui de uma metonimia o nome do mo rador substitu do pelo n mero do seu apartamento para relembrar a metoni mia volta ao cap tulo 3 Esse procedimento inclusive mencionado de forma expl cita no 1 par grafo Ou melhor imposs vel ao 903 dormir quan
12. silepse apresenta tr s tipos distintos e 0 silepse de n mero pessoal ainda que tardiamente chegaram bem e b silepse de g nero crian a apresentou se muito bem vestido e 0 silepse de pessoa Os vestibulandos somos muito preocupados G An fora Figura que consiste na repeti o inicial numa frase ou verso do mesmo voc bulo Deus for a Deus luz Deus poder 2 Figuras de pensamento A Antitese Figura caracterizada pelo emprego de palavras de sentido oposto Subiu aos c us desceu aos infernos B Eufemismo Figura caracterizada pela atenua o de um pensamento desagrad vel Judas pensou em p r termo vida arrependido do que fizera 0 aluno n o era muito inteligente Este ltimo tipo de eufemismo denominado litotes figura que consiste em afirmar alguma coisa negando o contr rio Car tuLo 3 i 39 C Grada o Figura que corresponde a uma sequ ncia de palavras de for a crescente ou decrescente Vai corre voa e nos vingue Era somente um sopro uma sombra um nada D Hip rbole Figura caracterizada por um exagero favor vel ou desfavor vel que destaca uma ideia muito comum na linguagem publicit ria e na linguagem corrente onde al gumas hip rboles s o bastante frequentes morrer de rir molhado at os ossos etc Os rios eram formados do sangue dos her is mortos na batalha E Prosopopeia ou personif
13. 86 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 confrontos religiosos Talvez nos ajudassem a resolver desafios cient ficos Nesse caso qu o diferentes seriam dos deuses que tantos acreditam existir N o toa que in meras seitas modernas dirigem suas preces s estrelas e n o aos altares GLEISER Marcelo Folha de S o Paulo 01 03 2009 13 Ueri 2010 Exame de Qualifica o N o estar amos mais s s O uso do tempo verbal em que se encontra o voc bulo grifado se justifica porque se trata de A processo habitual B conclus o pontual C situa o hipot tica D acontecimento passado Texto para a quest o 14 adaptado Rec nditos do mundo feminino Baseado na cren a de uma natureza feminina que dotaria a mulher biolo gicamente para desempenhar as fun es da esfera da vida privada o discurso bastante conhecido o lugar da mulher o lar e sua fun o consiste em casar gerar filhos para a p tria e plasmar o car ter dos cidad os de amanh Dentro dessa tica n o existiria realiza o poss vel para as mulheres fora do lar nem para os homens dentro de casa j que a eles pertenceria a rva e o mundo do trabalho MALUF M e MOTT M L cia Rec nditos do mundo feminino In SEVCENKO N org Hist ria da vida privada no Brasil S o Paulo Companhia das Letras 1998 14 Ueri 2002 LPLB O texto apresenta em seu in cio um tipo de discurso bastante conhecido do qual as autoras procuram
14. Ao tomar se a norma escrita f cil esquecer que quase tudo que hoje ali est foi inicialmente estrangeiro Por outro lado f cil ver nos empr stimos novos com escrita ainda n o padronizada algo que ainda n o nosso Com um pouco menos de preconceito s esperar para que esses elementos se sedimen tem na l ngua caso permane am e que sejam padronizados na escrita como a panqueca Afinal nem tudo termina em pizza Na vis o alarmista de que os estrangeirismos representam um ataque l ngua est pressuposta a no o de que existiria uma l ngua pura nossa isenta de contamina o estrangeira N o h Pressuposta tamb m est a cren a de que os empr stimos poderiam manter intacto o seu car ter estrangeiro de modo que somente quem conhecesse a l ngua original poderia compreend los Conforme esse racioc nio o estrangeirismo amea a a unidade nacional porque emperra a compreens o de quem n o conhece a l ngua estrangeira O racioc nio o de que o cidad o que usa estrangeirismos ao convidar para uma happy hour por exemplo estaria excluindo quem n o entende ingl s sendo que aqueles que n o tiveram a oportunidade de aprender ingl s como a vast ssima maioria da popula o brasileira estariam assim exclu dos do convite Expandindo o processo por analogia para outras tantas situa es de maior con sequ ncia o uso de estrangeirismos seria um meio lingu stico de exclus o social A in
15. E bebo o pranto que banhar te a tez Vem reclinar te como a flor pendida Sobre este peito cuja voz calei Pede me um beijo e tu ter s querida Toda a paix o que para ti guardei Do morto peito vem turbar a calma Virgem ter s o que ningu m te d Em del rios d amor dou te a minha alma Na terra a vida a etemidade l Casimiro de Abreu Obras de Casimiro de Abreu 68 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 8 UFF 2006 Nos textos e II os autores se dirigem a um leitor virtual Aponte em cada texto pelo menos uma comprova o de que isto efetivamente ocorre Justifique sua resposta em pelo menos duas frases completas Texto par a quest o 9 Menino de engenho A estrada de ferro passava no outro lado do rio Do engenho n s ouv amos o trem apitar e fazia se de sua passagem uma esp cie de rel gio de todas as ativi dades antes do trem das dez depois do trem das duas Costum vamos ir para a beira da linha ver de perto os trens de passageiros E fic vamos de cima dos cortes olhando como se fossem uma coisa nunca vista os hor rios que vinham de Recife e voltavam da Para ba Mas nos proibiam esse espet culo com medo das nossas traquinagens pelo leito da estrada E tinha raz o de ser tanta cautela um dos lances mais agoniados da minha inf ncia eu passei numa dessas esperas de trem O meu primo Silvino combinara em fazer virar a m quina na rampa do Caboclo J outra vez com um pano vermelho que um moleque preg
16. Uma hora para o franc s o Franco Condado era terra dos seus av s outra n o era num dado momento a Als cia n o era depois era e afinal n o vinha a ser N s mesmos n o tivemos a Cisplatina e n o a perdemos e porventura sen timos que haja l manes dos nossos av s e por isso sofremos qualquer m goa Certamente era uma no o sem consist ncia racional e precisava ser revista BARRETO Lima Triste fim de Policarpo Quaresma S o Paulo Brasiliense 1986 1 Uerj 2001 Exame de Qualifica o O personagem Policarpo Quaresma no trecho acima se encontra preso prestes a ser executado pelo ex rcito de Floriano Peixoto por ter escrito uma carta ao presidente protestando contra o assassinato de prisioneiros Antes de ser executado ele reflete sobre a no o de p tria Nos dois primeiros par grafos ele parte de suas pr prias experi ncias o que configura o seguinte m todo de racioc nio A indutivo pensando do particular para o geral B dedutivo pensando do abstrato para o concreto O dial tico pensando a partir das suas contradi es D sofism tico pensando do geral para o particular Texto para a quest o 2 O problema n o a escassez de recursos Assessor da ONU para o Desenvolvimento Sustent vel Jos Carlos Lib nio diz que o levantamento sobre as condi es de vida no Rio demonstra que a rela o da institui o com o Brasil se dar cada vez mais no campo da informa o e menos no de re
17. Vejamos agora um outro exemplo Trata se de um post nome dado aos textos principais de um blog os posts nesse sentido se op em aos coment rios que t m ao menos em tese papel secund rio O post abaixo de autoria do jornalista Ricardo Calil e foi publicado em seu blog Olha s especializado no universo audiovisual Produzido durante a Copa do Mundo da frica do Sul em 2010 esse post trata da campanha Cala a boca Galv o por meio da qual internautas criticavam o narrador Galv o Bueno da Rede Globo Texto 2 Em defesa de Galv o Bueno Quase todo t cnico brasileiro crucificado em poca de Copa Em geral dura algumas semanas depois ele esquecido E tem sempre algum gato pingado que levanta a m o para defend lo J Galv o Bueno massacrado desde que come ou a transmitir jogos da Copa pela Globo em 1982 E uma unanimidade negativa n o lembro de algu m vir a p blico para lembrar de suas qualidades Ent o acho que vai sobrar pra mim Pra come ar preciso elogiar o fato de que ele ao contr rio de um Dunga por exemplo n o se ressente das cr ticas nem posa de v tima Pelo contr rio assumiu mesmo que de forma mercadol gica o Cala a Boca Galv o e outros ataques pessoais que muita gente n o perdoaria Depois ele tecnicamente um bom narrador Boa voz bom ritmo Sem falar em excesso nem se ausentar muito do jogo Ele erra Bastante Mas pouca gente n o erra ao
18. o do tempo do verbo A retratar o movimento rotativo do pi o B fazer uma reflex o de validade permanente C produzir um contraste ir nico entre o circo e a vida D registrar um fato ocorrido no momento da narra o Texto para a quest o 2 O circo o menino a vida A mo a do arame equilibrando a sombrinha era de uma beleza instant nea e fulgurante A mo a do arame ia deslizando e despindo se Lentamente S para judiar E eu com os olhos cada vez mais arregalados at parecerem dois pires Meu tio dizia Bobo N o sabes que elas sempre trazem uma roupa de malha por baixo Naqueles voluptuosos tempos n o havia mai s nem biguinis Sim Mas toda a deliciante ang stia dos meus olhos virgens segredava me sempre Quem sabe Eu tinha oito anos e sabia esperar Agora n o sei esperar mais nada Desta nem da outra vida No entanto o menino que n o sei como insiste em n o morrer em mim ainda e sempre apesar de tudo apesar de todas as desesperan as o menino s vezes segreda me baixinho Titio quem sabe Ah meu Deus essas crian as QUINTANA M rio Nova antologia po tica 6 ed S o Paulo Globo 1997 p 86 87 82 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 2 UFRJ 1999 Mas toda a deliciante ang stia dos meus olhos virgens segredava me sempre Quem sabe versos 14 a 17 o menino s vezes segreda me baixinho Titio quem sa
19. sociedade harm nica com o qual ele queria constar dos livros de hist ria chinesa Nas ruas de Urumqi o conceito perdeu toda a credibilidade Paz harmonia entre as nacionalidades s ser poss vel quando a China admitir sua mentira vital os vigures e outras minorias tnicas como os tibetanos t m motivos para se queixar Sua autonomia sobre que tanto se insiste s existe no papel Na realidade os uigures s o certamente uma minoria marginalizada em seu pr prio pa s j que o idioma dominante o chin s Quase n o se encontram vigures nos setores econ micos importantes como as finan as comunica o pe tr leo e g s O poderoso presidente do partido sempre um chin s assim como o chefe de pol cia Dispon vel em http www dw world de dw article 0 4465663 00 html Publicado em 08 07 2009 Acesso em 19 09 2010 Texto 5 Refrigeradores el tricos Consul Manual de instru es Instala o inicial Verificar se a voltagem do refrigerador coincide com a da tomada rede el trica na qual o refrigerador ser ligado deve ser de fio 14 conforme determina a norma NB 3 da ABNT Instale o fio terra no refrigerador fixando o no parafuso indicado pela seta Para in cio de opera o deixe o refrigerador trabalhar durante pelo menos 2 horas sem abrir a porta com o bot o de controle posicionado na gradua o m xima Regule o depois para a posi o correta segundo a tabela de contro
20. A resposta n o Para perceber isso note primeiramente que duas das explica es apresentadas s o contradit rias entre si No quarto par gra fo faz se refer ncia personagem de uma obra que reapareceu disfar ada em outro texto Com isso ilumina se um aspecto importante do processo de cria o liter ria a relativa autonomia dos personagens em rela o vontade do criador Afinal se uma personagem aparece numa hist ria por conta pr pria e ainda se d o luxo de usar uma m scara para enganar o autor porque em alguma medida ela tem vida pr pria Note que a compara o com os seres humanos refor a essa ideia de autonomia assim como faz qualquer ser humano para mudar de identidade No entanto logo no par grafo seguinte o personagem comparado a um inseto que n o tem possibilidade de decidir sobre seu pr prio destino pelo contr rio ele se submete passivamente ideia que estrutura e move a narrativa e que representada pela aranha Ora qualquer um que tivesse chegado a uma explica o clara e racional para o fen meno da cria o liter ria teria elaborado uma teoria consistente e livre de contradi es presen a de explica es contradit rias mostra que a enunciadora est ainda tateando o caminho tentando compreender o fen meno mas ainda n o obteve uma explica o s lida completa e satisfat ria Isso fica claro quando no 6 par grafo ela contestada por um leitor desco
21. Bicho urbano poema sobre a sua rela o com as pequenas e grandes cidades Bicho urbano Se disser que eu prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do pa s estou mentindo ainda que l se possa de manh lavar o rosto no orvalho e o p o preserve aquele branco r de alvorada urez usta U sabor de alvorada A natureza me assusta Com seus matos sombrios suas guas suas aves que s o como apari es me assusta quase tanto quanto esse abismo de gases e de estrelas aberto sob minha cabe a Car tuLo 3 i 43 Embora n o opte por viver numa pequena cidade o poeta reconhece elemen tos de valor no cotidiano das pequenas comunidades Para expressar a rela o do homem com alguns desses elementos ele recorre sinestesia constru o de linguagem em que se mesclam impress es sensoriais diversas Assinale a op o em que se observa esse recurso A e o p o preserve aquele branco sabor de alvorada B ainda que l se possa de manh lavar o rosto no orvalho C A natureza me assusta Com seus matos sombrios suas guas D suas aves que s o como apari es me assusta quase tanto quanto E me assusta quase tanto quanto esse abismo de gases e de estrelas EEE a ia Texto para a quest o 4 Testes Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet O nome do teste era tentador O que Freud diria de voc Uau Respondi a todas as pergunt
22. UERJ 2000 1 Narrativa N lson Rodrigues Certo milion rio brasileiro foi tra do pela esposa Quis gritar mas a infiel disse lhe sem medo Eu n o amo voc nem voc a mim N o temos nenhum amor a trair 0 marido baixou a cabe a Doeu lhe por m o esc ndalo Resolveu viajar para Car tuLo 1 n 15 a China certo de que a dist ncia o esquecimento Primeiro andou em Hong Kong Um dia apanhou o autom vel e correu como um louco Foi parar quase na fronteira com a China Desce e percorre a p uma aldeia miser vel Viu por toda a parte as faces escavadas da fome At que entra na primeira porta Tinha sede e queria beber Olhou aquela mis ria abjeta E s bito v surgir como num milagre uma menina linda Aquela beleza absurda no meio de sordidez tamanho parecia um del rio O amor come ou ali Um amor que n o tinha fim nem princ pio que come ara muito antes e continuaria muito depois N o houve uma palavra entre os dois nunca Um n o conhecia a l ngua do outro Mas pouco a pouco o brasileiro foi percebendo esta verdade s o as palavras que separam Durou um ano o amor sem palavras Os dois formavam um maravilhoso ser nico At que de repente o brasileiro teve que voltar para o Brasil Foi tamb m um adeus sem palavras Quando embarcou ela a viu num junco que queria seguir o navio t o s Passou de um sil ncio a outro sil ncio mais profundo O narrador de um conto assume determinados p
23. dades do quartel para a escola ignorando o fato de que os objetivos e fun es dessas duas institui es s o consideravelmente distintos Logo o que funciona para uma n o necessariamente servir para a outra B Argumento ad hominem Trata se da estrat gia de se desviar da discuss o em pauta para criticar de alguma maneira o pr prio advers rio em vez de criticar refutar ou combater suas ideias O exemplo abaixo traz uma situa o fict cia mas bastante plaus vel em um debate pol tico Car tuLo Z i 21 Debatedor 1 H fort ssimas evid ncias de que o senhor est envolvido em um megaesc ndalo de corrup o Debatedor 2 Quem o senhor para me criticar No ano passado o seu chefe de gabinete foi envolvido no esc ndalo do caixa 2 para financiamento de campanha QUEST ES COMENTADAS As quest es abaixo foram retiradas do Exame de Qualifica o do Vestibular Uerj 2004 Preconceito e exclus o Os preconceitos lingu sticos no discurso de quem v nos estrangeirismos uma amea a t m aspectos comuns a todo tipo de posi o purista mas t m tamb m matizes pr prios Tomando a escrita como ess ncia da linguagem e tendo diante de si o portugu s l ngua de cultura que disp e hoje de uma norma escrita desen volvida ao longo de v rios s culos o purista quer acreditar que os empr stimos de hoje s o mais volumosos ou mais poderosos do que em outros tempos em que a l ngua teria sido mais pura
24. das maiores economias mundiais O Produto Interno Bruto PIB da China atingiu 4 911 trilh es de d lares em 2009 com crescimento de 8 7 fazendo deste pa s a terceira maior economia do mundo Estas cifras apontam que a economia chinesa representa atualmente cerca de 15 da eco nomia mundial Dispon vel em http pt wikipedia org wiki China Acesso em 19 09 2010 Texto 4 Harmonia tnica da sociedade chinesa um mito fragmento Matthias von Hein O presidente Hu Jintao sempre insistiu na harmonia tamb m tnica da sociedade chinesa Por m os atuais confrontos entre vigures e han que o afasta ram da c pula do 68 em quila provam o contr rio A situa o em Xinjiang s ria isso bvio Mais de 150 mortos viol ncia e contrarrea es violentas entre a minoria turcomana dos vigures e os chineses han Mesmo assim a partida do presidente Hu Jintao da It lia surpreendeu Afinal de contas seu primeiro ministro Wen Jiabao encontra se em Pequim E as for as de seguran a parecem ter a situa o sob controle Entre os mitos cultivados pela propaganda da Rep blica Popular da China est o da fam lia de povos convivendo em perfeita harmonia ao todo h 56 nacionalidades no pa s Por isso apresenta se o conflito como algo orquestrado de fora confronta o entre vigures e chineses han armados de cassetetes e barras de ferro n o combina com essa imagem Hu Jintao foi quem cunhou o termo
25. ltima estrofe do poema ESTUDO DE CASO 3 RECADO AD SENHOR 903 CEDERJ 20 10 2 SEMESTRE PARTE 1 O TEXTO Recado ao senhor 903 Vizinho Quem fala aqui o homem do 1003 Recebi outro dia consternado a visita do zelador que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho 118 L NGUA PORTUGUESA M DpuLD 1 em meu apartamento Recebi depois a sua pr pria visita pessoal devia ser meia noite e a sua veemente reclama o verbal Devo dizer que estou desola do com tudo isso e lhe dou inteira raz o O regulamento do pr dio expl cito e se n o o fosse o senhor teria ainda ao seu lado a Lei e a Pol cia Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e imposs vel repousar no 903 quando h vozes passos e m sicas no 1003 Ou melhor imposs vel ao 903 dormir quando o 1003 se agita pois como n o sei o seu nome nem o senhor sabe o meu ficamos reduzidos a ser dois n meros dois n meros empilhados entre dezenas de outros Eu 1003 me limito a Leste pelo 1005 a Oeste pelo 1001 ao Sul pelo Oceano Atl ntico ao Norte pelo 1004 ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 que o senhor Todos esses n meros s o comportados e silenciosos apenas eu e o Oceano Atl ntico fazemos algum ru do e funcionamos fora dos hor rios civis n s dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da mar dos ventos e da lua Prometo sinceramente adotar depois das 22 horas de hoje em diante
26. principalmente sem a bicicleta Ser que o Rio merece isso Antes das bicicletas queremos ter mais seguran a Liane Gouvea por e mail 20 05 Rio 3 UFF 2009 Justifique o emprego do pronome demonstrativo na frase Ser que o Rio merece isso levando se em conta a coes o textual 4 Uerj 2008 LPLB Observe as formas sublinhadas em Morava ent o 1893 em uma casa de pens o no Catete J por esse tempo este g nero de resid ncia florescia no Rio de Janeiro Aquela era pequena e tranquila Machado de Assis Rel quias de casa velha Rio de Janeiro Livraria Garnier 1990 Esse este e aquela s o formas empregadas como recursos de coes o textual Indique a classe gramatical a que pertencem essas palavras e justifique a escolha de cada uma no trecho de acordo com a respectiva fun o textual Texto para a quest o 5 A corrida do ouro Duzentos anos de buscas foram necess rios para que os portugueses che gassem 00 ouro de sua Am rica Aos espanh is n o se apresentou o problema da procura e pesquisa dos metais preciosos Assim que desembarcaram no M xico na Col mbia ou no Peru seus olhos mercantis foram ofuscados pelo ouro e prata que os homens da terra ostentavam nas suas armas adomos e utens lios Junto s suas civiliza es o gentio havia desenvolvido a explora o e o trabalho dos metais para eles mais preciosos pelas suas serventias que pelo poder e valor que agregavam ao homem da Europa cr
27. um trecho do Eclesiastes um dos livros do Antigo Testamento O texto uma esp cie de relato de uma situa o anterior na qual a enuncia dora que se apresenta como escritora conversou com uma plateia formada por leitores Ao longo dessa conversa ela vai sendo provocada pelo p blico a explicar o funcionamento do seu processo criativo e procura responder a essas provoca es O tema central de Mysterium portanto o processo criativo do escritor Nesse sentido trata se de um texto metalingu stico para lembrar o que metalinguagem volte para o cap tulo 4 Fun es da Linguagem Embora o tema n o seja informado de maneira direta poss vel identific lo no decorrer da leitura primeira pista aparece logo no 1 par grafo quando a enunciadora faz uma compara o entre sua vida e sua obra Na sequ ncia no 2 par grafo ela afirma que os leitores pedem explica es At este momento ainda n o sabemos exatamente sobre o qu Sobre a vida da escritora Sobre sua obra Sobre a rela o entre as duas coisas A d vida se desfaz por completo no 3 par grafo com o seguinte fragmen to tamanha a minha perplexidade diante do processo criador Est explicado a curiosidade dos leitores e as explica es que eles pedem dizem respeito ao processo criador da enunciadora Isso fica evidente no in cio do 4 par grafo quando ela reproduz algumas das perguntas feitas pelos tais leitores curi
28. Ao processo de remiss o representado acima em que um elemento do texto aponta ou remete para outro chamamos de coes o referencial A coes o referencial pode se dar em dois sentidos Quando a forma remissi va aponta para tr s temos uma an fora ou coes o anaf rica o que acontece no exemplo acima o pronome ele remete para um elemento que havia sido mencionado antes Quando a forma remissiva aponta para frente temos uma cat fora ou coes o cataf rica o que ocorre no exemplo abaixo Naquele momento ele entendeu tudo as cabe as baixas os olhares apreen Car tuLo 5 i 55 Eles se beijaram uma nica vez e nunca mais se viram Muitos anos depois feencontraram se por acaso Ordenadores espaciais Bem em frente h um supermercado Um pouco mais para a direita uma grande banca de jomal E entre os dois quem olhar bem ver um pequeno banco abandonado C Sinais que funcionam com marcadores conversacionais indicando introdu o ou mudan a de t pico Ainda bem que o fim de semana est chegando Por falar nisso Falando nisso prop sito Ali s vamos ou n o ao jogo afinal sivos os sorrisos amarelos Nesse exemplo note que o pronome tudo atuando como forma remissiva aponta para frente ou seja faz refer ncia a um elemento que ser mencionado mais adiante o referente textual as cabe as baixas os olhares apreensivos os sorrisos amarelos AN FORA COES
29. Divino delicioso instrumento que se casa t o bem com o amor e tudo o que nos instantes mais belos da natureza induz ao maravilhoso abandono E n o toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d amore como a prenunciar o doce fen meno de tantos cora es diariamente feridos pelo melodioso acento de suas cordas At na maneira de ser tocado contra o peito lembra a mulher que se aninha nos bra os do seu amado e sem dizer lhe nada parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda fa a a vibrar no mais fundo de si mesma e a ame acima de tudo pois do contr rio ela n o poder ser nunca totalmente sua Ponha se num c u alto uma Lua tranquila Pede ela um contrabaixo Nun ca Um violoncelo Talvez mas s se por tr s dele houvesse um Casals Um bandolim Nem por sombra Um bandolim com seus tremolos lhe perturbaria o luminoso xtase o que pede ent o direis uma Lua tranquila num c u alto E eu vos responderei um viol o Pois dentre os instrumentos musicais criados pela m o do homem s o viol o capaz de ouvir e de entender a Lua MORAES Vinicius de Para viver um grande amor Rio de Janeiro Jos Olympio 1984 Vocabul rio 1 mot d esprit dito espirituoso 2 jact ncia arrog ncia orgulho vaidade 3 viola d amore viola de amor antigo instrumento musical 4 Casals Pablo Casals famoso violoncelista do s culo passado 5 tremo
30. Galv o sequer pode ser condenado pelos seus pr prios defeitos seu estilo de narrar t o criticado fruto de imposi o dos patr es ou dos interesses comerciais da emissora e quanto a isso ele nada pode fazer x Por fim Galv o Bueno oferece o conforto da familiaridade o que considerado pelo enunciador do texto 2 como um aspecto positivo Por essa an lise v se que o texto 2 predominantemente argumentativo j que se prop e a defender uma tese anunciada no pr prio t tulo por meio de argumentos os itens i a x acima Mas isso n o impede que haja sequ ncias associadas a outros tipos textuais Observe alguns exemplos i Sequ ncia descritiva Depois ele tecnicamente um bom narra dor Boa voz bom ritmo Sem falar em excesso nem se ausentar muito do jogo Observa o note que o adv rbio Depois neste caso n o est indicando passagem temporal trata se na verdade de um conector equivalente a Al m disso respons vel por promover a coes o sequencial bem como a progress o tem tica do texto ver cap tulo 5 deste m dulo ii Sequ ncia narrativa Outro dia assistindo a Espanha x Su a narrado por Milton Leite provavelmente o melhor narrador brasileiro h alguns anos ele me veio com um coment rio do tipo A defesa su a mas n o como um queijo furado Observa o naturalmente o trecho entre par nteses descritivo iii Sequ ncia inju
31. M TODOS ARGUMENTATIVOS A M todo indutivo A indu o um tipo de racioc nio que parte de caso particular e tira da uma regra geral Algu m que observe pela manh uma rua molhada e conclui que choveu durante a noite procede por indu o sempre que chove as ruas ficam molhadas No caso do m todo cient fico a indu o corresponde segunda etapa do processo 1 observa o dos fatos 2 formula o de uma hip tese por indu o por meio de uma generaliza o que necessita de verifica o 39 verifica o experimental da hip tese para confirmar ou negar a hip tese 4 enuncia o ou n o de uma lei ou teoria na medida que o experimento confirmou a hip tese B M todo dedutivo ho contr rio da indu o a dedu o o racioc nio que parte de uma afirma o geral tida como verdadeira aplicando a a um caso particular como o caso dos silogismos O tipo cl ssico de silogismo se ap ia em tr s frases a premissa maior de ca r ter universal seguida da premissa menor de car ter particular e da conclus o Todos os homens s o mortais S crates homem S crates mortal C A analogia A analogia faz com que pela utiliza o de elementos de um dom nio conhe cido possamos chegar a compreender elementos de um dom nio desconhecido servindo assim para ilustrar ou provar alguma coisa Um col gio como um quartel em que o diretor o comandante os pro fessores desem
32. Mesa cadeiras x cara e pires prato bule talheres guardanapos Quadros Pasta carro Cigarro f sforo Mesa e poltrona cadeira cinzeiro pap is externo pap is prova de an ncio caneta e papel rel gio papel pasta cigarro f sforo papel e caneta telefone caneta e papel telefone pap is folheto x cara jornal cigarro f sforo papel e caneta Carro Ma o de cigarros caixa de f sforos Palet gravata Poltrona copo revista Quadros Mesa cadeiras pratos talheres copos guardanapos X caras cigarro e f sforo Poltrona livro Cigarro e f sforo Televisor poltrona Cigarro e f sforo Abotoaduras camisa sapatos meias cal a cueca pijama espuma gua Chinelos Coberta cama travesseiro Dispon vel em http www pucrs br gpt substantivos php Acesso em 15 09 2011 Exemplo 3 Primeiro cal o os chinelos em seguida dirigiu se ao vaso Ao terminar deu descarga Foi at a pia lavou o rosto e escovou os dentes Al m disso fez a barba e tomou banho Logo depois escolheu a roupa vestiv a e foi para o trabalho No primeiro caso temos apenas uma fileira de palavras que juntas n o significam nada Se n o conseguimos enxergar essa sequ ncia como um todo coerente em que as palavras estabelecem algum tipo de v nculo ent o n o podemos dizer que se trata de um texto verdadeiro O exemplo 1 portanto apenas uma sequ ncia aleat ria de voc bulos por n o ter um sentido global apreen
33. Sim mas a esta apagada ostra n o resta nem o consolo de ter produzido em sua solid o alguma p rola rara a n o ser Mas n o devo antecipar nem julgar Homem de necessidades modestas o que ganho dando li es de piano a domic lio basta para o meu sustento e ainda me permite comprar discos de gramofone e ir de vez em quando a concertos Quase todas as noites depois de vaguear sozinho pelas ruas recolho me ao quarto ponho a eletrola a funcionar e estendido na cama cerro os olhos e fico a escutar os ltimos quartetos de Beethoven tentando descobrir o que teria querido dizer o Velho com esta ou aquela frase Tenho no quarto um piano no qual costumo tocar as minhas pr prias composi es que nunca tive a coragem nem a necessidade de mostrar a ningu m Disse um poeta que Entre a ideia e a realidade Entre o movimento Eo ato Cai a Sombra Pois entre essa Sombra e a mal entrevista claridade duma esperan a vivia eu aparentemente sem outra ambi o que a de manter a paz e a solicitude No Inverno na Primavera e no Ver o sinto me como que exilado s encon trando o meu cima nativo o meu reino e o meu nicho no Outono a esta o que envolve as pessoas e as coisas numa surdina lil s como se Deus armasse e iluminasse o palco do mundo especialmente para seus mist rios prediletos de modo que a qualquer minuto um milagre pode acontecer VER SSIMO rico Contos Porto Alegre Globo 1980 Quest o comentada
34. Uerj 2002 Exame de Qualifica o O in cio do conto Sonata estabelece as refer ncias para categorias importantes da narrativa As categorias de tempo espa o e o car ter do personagem narrador s o delimitados respectivamente pelos seguintes elementos do texto A outono ruas piano B tempo rio sem nascentes barco C Segunda Guerra Paris Beethoven D gramofone c modos bicho de concha Gabarito D Coment rio Dos tr s elementos o mais f cil de perceber o ltimo refe rente ao narrador No texto ele se coloca como uma pessoa de h bitos modestos e t mida que mant m o m nimo de rela es sociais Dos quatro termos listados nas alternativas o nico que se ajusta a essa descri o servindo portanto para caracterizar adequadamente o narrador o ltimo bicho de concha Com rela o ao tempo somente a letra B evidentemente falsa j que apenas a palavra tempo n o capaz de identificar em que poca se passa a narrativa De resto fato que a hist ria acontece no outono s isso justifica toda a explica o a respeito da prefer ncia pelo outono dada no ltimo par grafo al m disso o primeiro par grafo informa que os acontecimentos come am em abril portanto no outono Da mesma maneira verdade que a narrativa se desenrola no per odo da Segunda Guerra Tamb m a palavra gramofone consegue sugerir embora sem a mesma exatid o a poca em que a h
35. b Dois dentre os trechos que os homens da terra ostentavam nas suas armas adornos e utens lios mais preciosos pelas suas serventias Os sucessos castelhanos aticaram os colonos portugueses a iniciarem suas buscas 6 a Este ano passe a m o no telefone e use o DDD como extens o do seu afeto do seu abra o do seu calor humano do seu beijo Telefone existe pra isso mesmo b Frases como estas sempre melhor ouvir do que ler Telefone existe pra isso mesmo 7 D Grupo 3 1 0 pronome lhe indica que o personagem principal o possuidor da lou a ou indica posse Um dentre os fragmentos de repente sem avisar apertou se lhe o cora o a Cipriano Algor o c o subia he aos bra os e lambia lhe a cara 2 Desta vez compro a sua fazenda Desta vez compro a fazenda dele 3 a alma ardente b apagou o fanal do sentimento no teu cora o CLASSES DE PALAVRAS 2 O VERBO 74 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 MODOS E TEMPOS VERBAIS 1 1 Os modos verbais S o tr s os modos em que um verbo pode aparecer indicativo subjuntivo e imperativo Observe na tabela a seguir os valores sem nticos associados a cada modo Modo Valor sem ntico Exemplos Indicativo Fato certo real Eu vou reuni o Subjuntivo Fato incerto irreal Quero que voc v reuni o duvidoso hipot tico Se voc for ficarei feliz Imperativo Ordem pedido conselho V
36. explica o quer a luz da raz o diante do processo criador Deus Os conto E um romance indevass veis signos e s mbolos E tamanha a minha perplexidade Mais perguntas como nasce um Temos portanto uma escritora que v o processo criativo como algo mis terioso inexplic vel e leitores que anseiam por esclarecimentos e explica es racionais Diante desses leitores impertinentes a escritora poderia simplesmente responder que n o sabe explicar ou mesmo que n o existe explica o e ponto final Mas n o isso que ela faz Na tentativa de satisfazer seu p blico ela faz um esfor o para entender racionalmente seu pr prio processo criativo a fim de traduzi lo e explic lo para o leitor E disso fundamentalmente que trata o texto Mysterium No fundo o que ele nos mostra a tentativa de uma escritora de compreender e explicar racional mente o fen meno da cria o liter ria Desde o in cio a enunciadora admite que n o tem essa compreens o Mas se prop e a tentar alcan la Car tuLo 10 113 Tendo em mente a organiza o fundamental do texto podemos dividilo em tr s partes primeiro a autora reconhece a impossibilidade de explicar racional mente a cria o liter ria par grafos 1 a 3 em seguida por press o de seus interlocutores ela passa a buscar essa explica o par grafos 4 a 6 finalmente ela desiste de modo que sua busca fracassa par grafo
37. m 4 Cederj 2010 1 Transcreva do texto acima uma frase que caracteriza a interlocu o entre o locutor e o leitor GRUPO 2 Sem ntica dos modos verbais Texto para a quest o comentada Balada do Rei das Sereias O rei atirou Seu anel ao mar E disse s sereias Ide o l buscar Que se o n o trouxerdes Virareis espuma Das ondas do mar Foram as sereias N o tardou voltaram Com o perdido anel Maldito o capricho De rei t o cruel O rei atirou Gr os de arroz ao mar E disse s sereias Ide os l buscar Que se os n o trouxerdes Virareis espuma Das ondas do mar Foram as sereias N o tardou voltaram N o faltava um gr o Maldito o capricho Do mau cora o O rei atirou Sua filha ao mar E disse s sereias Ide a l buscar Que se a n o trouxerdes Virareis espuma Das ondas do mar Foram as sereias Quem as viu voltar N o voltaram nunca Viraram espuma Das ondas do mar BANDEIRA Manuel Poesia completa e prosa Rio de Janeiro Jos Aguilar 1974 Car tuLo 7 i 77 uest o comentada Uerj _ Ex valifica se Quest o comentada Uerj 2006 Exame de Qualifica o Notam se no texto escolhas lingu sticas que visam caracteriza o do autoritarismo do rei u o lingu stica que n o vi iza A constru o lingu stica que n o visa a essa caracteriza o e o fragmento no qual utilizada est o apresentados na seguinte
38. n o se sabe de onde e pousam no livro que l s Quando fechas o livro eles al am voo como de um al ap o Eles n o t m pouso nem porto alimentam se um instante em cada par de m os e partem E olhas ent o essas tuas m os vazias no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles j estava em ti QUINTANA M rio Poesia completa Rio de Janeiro Nova Aguilar 2005 2 Uerj 2011 Exame de Qualifica o O texto todo constru do por meio do emprego de uma figura de estilo Essa figura denominada de A elipse B met fora C meton mia D personifica o Texto para a quest o 3 Science Fiction O marciano encontrou me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana Como pode existir pensou consigo um ser Car tuLo 3 41 que no existir p e tamanha anula o de exist ncia Afastou se o marciano e perseguio Precisava dele como de um testemunho Mas recusando o col quio desintegrou se no ar constelado de problemas E fiquei s em mim de mim ausente ANDRADE Carlos Drummond de Nova reuni o S o Paulo Jos Olympio 1983 3 Ueri 2010 Exame de Qualifica o Mas recusando o col quio desintegrou se no ar constelado de problemas v 7 8 O estranhamento provocado no verso sublinhado constitui um caso de A pleonasmo B meton mia C hip rbole D met fora Texto para a quest o 4 Onde est s meia noite e rugindo Passa triste a ventania
39. o batia apressado porque pois dado que parecia que eu era Grupo 3 o nico culpado daquela desgra a que n o acontecera DD 2a 15 Dentre outras possibilidades Eu me perco mas n o repare porque muita coisa na cabe a Grupo 4 Eu me perco no entanto n o repare porque muita coisa na cabe a DA tanta coisa na cabe a que eu me perco 2 A conjun o mas desempenha o papel de real ar o conte do da segunda ora o que constitui o elemento central na argumenta o 3 B PR TICAS DE LEITURA DA ORGANIZA O FUNDAMENTAL A SUPERF CIE DO TEXTO 112 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 INTRODU O Neste cap tulo voc ir praticar a compet ncia de leitura Para isso s o desenvolvidos estudos de tr s textos retirados dos vestibulares Uerj e Cederj Em cada caso a estrutura a mesma na parte 1 apresentado o texto a ser interpretado na parte 2 desenvolvemos a leitura e an lise do texto finalmente na parte 3 s o apresentadas quest es de vestibular referentes ao texto Al m disso em cada caso a segunda parte voltada para a an lise inclui as seguintes se es sempre nesta ordem Entrando no texto primeiras impress es Organiza o fundamental e macroestrutura e Recursos lingu sticos Vamos enten der qual o prop sito de cada uma delas Se o 1 Entrando no texto primeiras impress es Nesta se o promovida uma primeira aproxima o entre o leitor e o texto Trata se do momento
40. o comentada FUVEST 2000 bito do autor Algum tempo hesitei se devia abrir estas mem rias pelo princ pio ou pelo fim isto se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte Suposto o uso vulgar seja come ar pelo nascimento duas considera es me levaram a adotar diferente m todo a primeira que eu n o sou propriamente um auior defunto mas um defunto autor para quem a campa foi outro ber o a segunda que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo ASSIS Machado de Mem rias p stumas de Br s Cubas Cap tulo primeiro A met fora presente em a campa foi outro ber o baseia se A na rela o abstrato concreto que h em campa ber o B no sentido conotativo que assume a palavra campa C na rela o de similaridade estabelecida entre campa e ber o D no sentido denotativo que tem a palavra ber o E na rela o todo parte que existe em campa berco Gabarito C Coment rio Toda met fora envolve uma rela o de similaridade Na met fora dois elementos distintos s o relacionados com base em alguma propriedade comum Assim se eu digo que o jogador foi um le o em campo estou com parando elementos em princ pio dessemelhantes jogador e le o a partir da verifica o de uma semelhan a entre eles a bravura Ao afirmar que a campa foi outro ber o cria se uma rela o entre a campa sepultura e o ber o Com base no texto poss vel inferir em que se
41. o despertaram emo o marcada por verbos no passado O oferecimento de novos versos para o leitor realizado no presente etapa em que o leitor se envolver na pr pria constru o do texto marcada por verbos no futuro 9 B 10 Tanto a conjun o adversativa mas quanto o futuro do presente do indicativo Ser enfatizam a d vida e o questionamento quanto quilo que as imagens rebanho nas nuvens e arado no espa o expressam OU A conjun o adversativa mas indica a oposi o do eu l rico ideia expressa pela imagem formulada anteriormente no verso 19 E o futuro do presente do indicativo Ser empregado para marcar a d vida quanto quilo que a imagem apresentada no verso 22 representa 11 Os tempos verbais empregados s o o presente e o futuro do pret rito O primeiro expressa a experi ncia concretizada pelo eu po tico e o segundo expressa a experi ncia projetada a hip tese o desejo 12 No ltimo per odo a forma verbal seria indica hip tese 13 14 O uso da express o Dentro dessa tica O emprego do futuro do pret rito em existiria ou pertenceria 15 O recurso formal que expressa a hip tese o futuro do pret rito gos taria 16 17 Fossem no primeiro caso e teria haveria ou houvera no segundo 18 A 19 a A forma verbal imaginava no pret rito imperfeito do indicativo associa se expectativa negativa
42. os quatro primeiros cap tulos de literatura brasileira cap tulos 1 a 4 do m dulo 2 ganharam uma nova se o intitulada Do texto para a imagem Essa se o focaliza a manifesta o nas artes pl sticas pintura escultura arquitetura dos ideais est ticos vigentes em cada momento hist rico Por sua vez o cap tulo 5 do m dulo 2 ganhou uma se o intitulada As vanguardas art sticas europeias na qual as artes pl sticas s o estudadas paralelamente ao texto liter rio Finalmente foram acrescentadas quest es recentes dos seguintes exames de acesso universida de Enem Cederj UFF e Uerj A completa revis o do livro de 2011 n o teria sido poss vel sem a colabora o de um grupo de tutores do PVS para os quais fica registrado este agradecimento Em especial mencionamos a tutora Laryssa Naumann cujo trabalho diligente foi decisivo para livrar esta edi o do livro de L ngua Portuguesa dos erros que permaneciam na vers o anterior Os autores APRESENTA O TIPOS TEXTUAIS 8 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 BREVE APRESENTA O Neste cap tulo voc vai conhecer o conceito de tipos textuais tamb m chamados de modos de organiza o do discurso S o cinco os tipos textuais que n s estudaremos narra o descri o exposi o disserta o expositiva argumenta o disserta o argumentativa e injun o Tipo textual Objetivo Exemplo Descri o Caracterizar iden
43. stica mais pr pria da natureza humana do que o modo cient fico de pensar B Ou ent o no modo de um crenacarore do Amazonas tratar a terra para o cultivo C Com certeza eu n o concordo com muito do que a humanidade vem cons truindo no entanto a pr pria ci ncia a arma para enfrentar estas quest es D porque a Monsanto patenteou uma soja que tolera um nico pestici da al m do fato de o pesticida ser da pr pria Monsanto sp Texto para a quest o 8 O mundo para todos Durante debate recente nos Estados Unidos fui questionado sobre o que pensava da intemacionaliza o da Amaz nia O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e n o de um brasileiro Foi a primeira vez que um debatedor determinou a tica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha De fato como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionaliza o da Amaz nia Por mais que nossos governos n o tenham o devido cuidado com esse patrim nio ele nosso Respondi que como humanista sentindo o risco da Car tuLo 2 i 33 degrada o ambiental que sofre a Amaz nia podia imaginar a sua internaciona liza o como tamb m de tudo o mais que tem import ncia para a Humanidade Se a Amaz nia sob uma tica humanista deve ser intemacionalizada interna cionalizemos tamb m as reservas de petr leo do mundo inteiro O petr leo t o importante p
44. stico que estava na areia perto de onde as ondas quebravam e foi botar numa cesta de lixo l em cima do cal ad o do lado da barraca de gua de coco Eu achei demais e comentei Dora tamb m falou Mas tamb m n o precisava ir l em cima Podia cavar um buraco e enterrar aqui na areia praia ficava limpa do mesmo jeito N o ficava n o respondeu ele S parecia que ficava Mas saco pl stico uma das coisas mais perigosas para ficar na gua assim boiando Principalmente para golfinhos e baleias que comem de uma bocada s A eles engolem aquele pl stico que pode asfixiar os coitados de uma hora para outra Eu sempre recolho e imagino que posso estar salvando um animal Depois que voltou da It lia ent o Bruno ficou ainda mais atento a todas essas coisas muito mais informado E come ou a dizer que queria se especializar em engenharia ambiental que ia primeiro fazer um curso de engenharia comum porque era o que havia em nossa cidade mas depois ia querer seguir alguma coisa nessa rea principalmente para a recupera o das guas Por isso a ideia que eu tive da reciclagem no col gio surgiu naturalmente de nossas conversas quando ele foi contando que em Roma havia separa o de lixo que os lixeiros j recolhiam tudo selecionado vidros metais papel pl stico e lixo org nico tudo separado pr pria popula o j adiantava o servi o para reaproveitor industrialmente tudo aquilo Eu fi
45. strofe hip rbole grada o Amplifica o do sentimento de solid o e de vazio que se estende ao mundo todo SA Grupo 2 1 C a utiliza o de caravela em lugar de a face portuguesa do desco brimento a parte pelo todo Obs A linguagem figurada N O caracter stica apenas de textos liter rios j que ela est presente em todos os textos como uma necessidade decorrente das pr prias marcas da linguagem humana 2 B 3 A 4E 5 B Trata se da ant tese configurada nas express es ant nimas indepen d ncia e cativeiro e repetida em l fora e aqui dentro 6 B 7 A 8 uso da ap strofe est presente nos seguintes versos Se entrares meu anjo alguma vez Adeus minh alma adeus Eu vou chorando Adeus meu anjo adeus Grupo 3 1 a Envelhe amos como as rvores fortes envelhecem b rvores mo as mais amigas envelhecem 2 A compara o entre o samba popular e o samba j assumido pela classe m dia sal o Essa compara o pode ser vista pelos versos 10 e 11 3 a bufando e irrompeu a utiliza o da animiza o personifica o ou prosopopeia faz com que se intensifique a emo o do texto j que transforma algo inanimado em algo vivo b ant tese oposi o entre voc bulos de sentido contr rio 4 E 5 Os recursos s o repeti o de sons fonemas de versos medida dos versos metrifica o Ve
46. um comportamento de manso lago azul Prometo Quem vier minha casa perd o ao meu n mero ser convidado a se retirar s 21 45 e explicarei o 903 precisa repousar das 22 s 7 pois s 8 15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levar at o 527 de outra rua onde ele trabalha na sala 305 Nossa vida vizinho est toda numerada e reconhe o que ela s pode ser toler vel quando um n mero n o incomoda outro n mero mas o respeita ficando dentro dos limites de seus algarismos Pe o lhe desculpas e prometo sil ncio Was que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo em que um homem batesse porta do outro e dissesse Vizinho s o tr s horas da manh e ouvi m sica em tua casa Aqui estou E o outro respondesse Entra vizinho e come do meu p o e bebe do meu vinho Aqui estamos todos a bailar e a cantar pois descobrimos que a vida curta e a lua bela E o homem trouxesse sua mulher e os dois ficassem entre os amigos e ami gas do vizinho entoando can es para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murm rio da brisa nas rvores e o dom da vida e a amizade entre os humanos e 0 amor e q paz BRAGA Rubem Para gostar de ler S o Paulo tica 1991 PARTE 2 PR TICA DE LEITURA 1 Entrando no texto primeiras impress es Este texto uma cr nica g nero textual em prosa que se caracteriza por tomar como ponto de partida um fato cotidiano banal para a partir dele dese
47. Como um verbo de desgra a Como um grito de agonia E eu digo ao vento que passa Por meus cabelos fugaz Vento frio do deserto Onde ela est Longe ou perto Mas como um h lito incerto Responde me o eco ao longe Oh minh omante onde est s Vem tarde Por que tardas S o horas de brando sono Vem reclinar te em meu peito Com teu l nguido abandono St vazio nosso leito St vazio o mundo inteiro E tu n o queres qu eu fique Solit rio nesta vida Mas por que tardas querida J tenho esperado assaz Vem depressa que eu deliro Oh minh amante onde est s Estrela na tempestade Rosa nos ermos da vida ris do n ufrago errante Ilus o d alma descrida 42 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Tu foste mulher formosa Tu foste filha do c u E hoje que o meu passado Para sempre morto jaz Vendo finda a minha sorte Pergunto aos ventos do Norte Oh minh amante onde est s ALVES Castro Espumas flutuantes e outros poemas S o Paulo tica 1998 Vocabul rio 1 ris paz bonan a 2 descrida que n o cr 4 Uerj 2010 LPLB St vazio nosso leito St vazio o mundo inteiro Nos versos acima est o presentes figuras de linguagem como recursos estilis ticos Nomeie duas delas explicando o efeito expressivo obtido com seu emprego 5 Enem 2011 Texto Onde est a honestidade Voc tem
48. EXERC CIOS Grupo 1 Coes o referencial 1 Uerj 2011 Exame de Qualifica o Uma noite daquelas em que eu estava mais possu do do livro lia com express o uma das p ginas mais comoventes da nossa biblioteca As senhoras de cabe a baixa levavam o len o ao rosto e poucos momentos depois n o puderam conter os solu os que rompiam lhes o seio O voc bulo sublinhado faz refer ncia a uma palavra j enunciada no texto Essa palavra a que se refere o voc bulo lhes A solu os B p ginas C senhoras D momentos Texto para a quest o 2 Competi o e individualismo excessivos amea am sa de dos trabalhadores Ideologia do individualismo O novo cen rio mundial do trabalho apresenta facetas como a da compe ti o globalizada e a da ideologia do individualismo afirma o foi feita pelo professor da Universidade de Bras lia UnB M rio C sar Ferreira ao participar do semin rio Trabalho em Debate Crise e Oportunidades Segundo ele pela primeira vez h uma liga o direta entre trabalho e ndi ces de suic dio sobretudo na Fran a em fun o das mudan as focadas na ideia de excel ncia Fim da especializa o A configura o do mundo do trabalho cada vez mais vol til disse o professor Ele destacou ainda a crescente expans o do terceiro setor do trabalho em domic lio e do trabalho feminino bem como a exclus o de perfis como o de trabalhadores jovens e dos fo
49. Esperava tr s condu es Em com pensa o comia menos Ficou mais esbelto Sua pele tornou se menos rosada O contentamento aumentou Prosseguiu a luta Por m nos quatro anos seguintes nada de extraordin rio aconteceu A vida foi passando com novos pr mios Aos sessenta anos o ordenado equivalia a dois por cento do inicial O or ganismo acomodara se fome Uma vez ou outra saboreava alguma raiz das estradas Dormia apenas quinze minutos N o tinha mais problemas de moradia ou vestimenta Vivia nos campos entre rvores refrescantes cobria se com os farrapos de um len ol adquirido h muito tempo O corpo era um monte de rugas sorridentes Todos os dias um caminh o an nimo transportava o ao trabalho Quando completou quarenta anos de servi o foi convocado pela chefia Seu jo o O senhor acaba de ter seu sal rio eliminado N o haver mais f rias E sua fun o a partir de amanh ser a de limpador de nossos sanit rios O cr nio seco comprimiv se Do olho amarelado escorreu um liquido t nue A boca tremeu mas nada disse Sentia se cansado Enfim atingira todos os obje tivos Tentou sorrir Agrade o tudo que fizeram em meu benef cio Mas desejo requerer minha aposentadoria O chefe n o compreendeu Mas seu jo o logo agora que o senhor est desassalariado Por qu Dentro de alguns meses ter de pagar a taxa inicial para permanecer em nosso quadro Desprezar tudo isto Quare
50. Identifique tal verso destaque o conectivo e explique o referido efeito de sentido Resposta O verso que cont m o conectivo de que trata o enunciado da quest o o seguinte para a larga expans o do desejado surto Nesse verso o conectivo para extrapola o sentido de finalidade movimento e alcan a efeito de rela o ou compara o ou proporcionalidade o infinito curto em rela o em compara o em propor o larga expans o do desejado surto Coment rio Veja a diferen a Ele falou mais alto para ser ouvido FINALIDADE Ele viajou para a Fran a MOVIMENTO O Maracan ficou pequeno para o tamanho da torcida rubro negra COMPA RA O RELA O O Maracan ficou pequeno em rela o ao em compara o com o tamanho da torcida rubro negra Texto para a quest o Qualquer can o Chico Buarque Qualquer can o de amor uma can o de amor N o faz brotar amor E amantes Por m se essa can o Nos toca o cora o 0 amor brota melhor E antes Qualquer can o de dor N o basta a um sofredor Nem cerze um cora o Rasgado Por m inda melhor 102 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Sofrer em d menor Do que voc sofrer Calado Qualquer can o de bem Algum mist rio tem o gr o 0 germe o gen Da chama E essa can o tamb m Corr i como conv m O cora o de quem N o ama In CHEDIAK Almir Chico Buarque song book 3 Rio de Janeiro Lumiar
51. O REFERENCIAL CAT FORA 3 COES O SEQUENCIAL Existem diversos tipos de coes o sequencial No nosso curso vamos estudar especificamente o processo conhecido como encadeamento no qual operadores lingu sticos s o utilizados para relacionar diferentes sequ ncias textuais e pro mover a progress o tem tica O encadeamento pode ser realizado com conecti vos que estabelecem rela es l gico sem nticas ou com sinais de articula o que ajudam a organizar e estruturar o conte do do texto O primeiro caso ser estudado no cap tulo 9 intitulado Sem ntica dos conectivos Por isso neste momento vamos nos restringir aos sinais de articula o A Sinais que delimitam partes do pr prio texto uso meta comunicativo Em virtude do exposto acima podemos afirmar que Para conduir conv m lembra que Inicialmente mostramos neste texto os efeitos nocivos do aquecimento glo bal Em seguida apresentamos algumas propostas que podem ajudar a minimi zar o problema B Sinais que demarcam e encadeiam epis dios narrativos ordenadores temporais ou elementos de uma descri o orde nadores espaciais Ordenadores temporais Primeiro ele vai discursar para o povo Em seguida far um breve juramento Por ltimo receber a homenagem E pode ser uma boa ideia sim Mas mudando de assunto voc j pensou na minha proposta Ok essa parte est resolvida Quanto viagem ainda preciso pensar melhor
52. Pasto a reo Celeste curral Um rebanho nas nuvens Mas como Boi alado Alaz o sideral Que esquisita lavoura Mas como Um arado no espa o Ser Chover que laranja Que pomo Gomo Sumo Granizo Man HOLLANDA Chico Buarque de In SALGADO Sebasti o Terra S o Paulo Companhia das Letras 1997 p 111 10 UFRJ 1998 No texto o eu l rico constr i progressivamente sua vis o da realidade nos estrofes 1 2 3 tenta decifrar o significado da imagem levantados do ch o nas estrofes 4 5 6 vai refor ando sua opini o cr tica sobre a realidade Releia Um rebanho nas nuvens Mas como verso 19 Um arado no espa o Ser verso 22 Nos versos acima a conjun o adversativa mas e o futuro do presente do indicativo s o utilizados para enfatizar esse posicionamento cr tico Explique por qu Texto para a quest o 11 Na contram o dos carros ela vem pela cal ada solar e musical para diante de um pequeno jardim uma folhagem na entrada de um pr dio colhe uma flor inesperada inspira e ri a pr pria felicidade passando a cem por hora pela janela Ainda tento v la no espelho mas tarde o eterno relance Sua imagem quase embriaga chego no trabalho e hesito por que n o posso conhecer aquilo q plenitude o perfume inusitado no meio do asfalto oculto e bvio Sempre minha cena favorita Ela chegaria trazendo esquecimentos a flor no cabelo Eu estaria espera no j
53. RBIO LOCU O ADVERBIAL LA verbo adjetivo adv rbio Exemplos 1 Z estudou demais 2 T fez um plano de estudos rduo demais 3 Z estudou arduamente demais 3 2 0 adv rbio de frase A tradi o gramatical brasileira considera ainda a exist ncia de um tipo espe cial de adv rbio que n o modifica nem o verbo nem o adjetivo nem outro adv r bio em vez disso ele modifica uma frase completa Conhecido tradicionalmente como adv rbio de frase ele s vezes chamado de modalizador O mais interessante em rela o a esse tipo de adv rbio o aspecto seminti co ele serve para exprimir um ponto de vista pessoal do enunciador Exemplos 1 Maria morreu naturalmente 2 Maria morreu naturalmente No primeiro caso naturalmente um simples adv rbio de modo que modifica a forma verbal morreu e exprime a maneira como se deu a morte No segundo caso trata se de um adv rbio de frase cuja fun o sinalizar o ponto de vista do enunciador da senten a O significado da senten a ser algo como obviamente evidentemente ela morreu o que mostra que para o falante a morte de Maria j era esperada quer dizer n o foi surpreendente 3 Obviamente o Flamengo venceu 4 Certamente o Flamengo vencer 5 O Flamengo surpreendentemente n o levou gols 6 0 Flamengo bvio acabou levando muitos gols Nos quatro exemplos acima as p
54. Tchambuli por sua vez pescadores lacustres e amantes das artes havia uma invers o das atitudes sexuais a mulher seria o parceiro dirigente dominador e impessoal e o homem menos respons vel e emocionalmente dependente Para Mead o fato de que tra os de temperamento tradicionalmente con siderados femininos fossem em uma tribo erigidos como padr o masculino e em outra prescritos para a maioria das mulheres e dos homens demonstra n o haver base para considerar tais aspectos comportamentais vinculados ao sexo Essa conclus o seria refor ada pela invers o da posi o de domin ncia entre os sexos no terceiro povo estudado PISCITELLI Adriana Uma quest o de g nero Mente c rebro S o Paulo Duetto Editorial 2008 p 24 1 UFRJ 2010 Identifique a tese central proposta no texto acima Texto para a quest o 2 Cartas de leitores J conhecemos nossos governantes e pol ticos suas ndoles seus defeitos suas capacidades limitadas para solu es e amplas para contus es S n o conhe c amos ainda nossos manifestantes se que assim se pode dizer Nada justifica a agress o f sica seja qual for a manifesta o seja quem for o agredido ou o agressor Nada justificar jamais a agress o sofrida pelo governador M rio Covas por mais digna que fosse a manifesta o O que causa espanto que se tratava de uma manifesta o de professores esse o papel de um educador VILA Marcelo Maciel O Globo
55. a flecha no arco retesou a corda atirou bem na pata direita E quando a cor a mulher dobrou os joelhos tentando arrancar a flecha ele correu e a segurou chamando homens e c es Levaram a cor a para o castelo Veio o m dico trataram do ferimento Puse ram a cor a num quarto de porta trancada Todos os dias o pr ncipe ia visit la S ele tinha a chave E cada vez se apaixonava mais Mas cor a mulher s falava a l ngua da floresta e o pr ncipe s sabia ouvir a l ngua do pal cio Ent o ficavam horas se olhando calados com tanta coisa para dizer Ele queria dizer que a amava tanto que queria casar com ela e t la para sem pre no castelo que a cobriria de roupas e j ias que chamaria o melhor feiticeiro do reino para faz la virar toda mulher Ela queria dizer que o amava tanto que queria casar com ele e lev lo para a floresta que lhe ensinaria a gostar dos p ssaros e das flores e que pediria Rainha das Cor as para dar lhe quatro patas geis e um belo p lo castanho Mas o pr ncipe tinha a chave da porta E ela n o tinha o segredo da palavra E no dia em que a primeira l grima rolou dos olhos dela o pr ncipe pensou ter entendido e mandou chamar o feiticeiro Quando a cor a acordou j n o era mais cor a Duas pernas s e compridas um corpo branco Tentou levantar n o consegui O pr ncipe lhe deu a m o Vieram as costureiras e a cobriram de roupas Vieram os joalheiros e a cobriram de j ias
56. a rea o dos nativos das Am ricas quando viram as armas de fogo dos europeus o que s o capazes de fazer nos pareceria m gica Claro ao abrirmos a possibilidade de que vida extraterrestre inteligente exis ta a probabilidade de que sejam mais inteligentes do que n s alta De qualquer forma mais inteligentes ou mais avan ados tecnologicamente nossa rea o ao travar contato com tais seres seria um misto de adora o e terror Se fossem muito mais avan ados do que n s a ponto de haverem desen volvido tecnologias que os liberassem de seus corpos esses seres teriam uma exist ncia apenas espiritual A essa altura seria dif cil distinguilos de deuses Por mais de 40 anos cientistas vasculham os c us com seus radiotelesc pios tentando ouvir sinais de civiliza es inteligentes Infelizmente at agora nada foi encontrado Muitos cientistas acham essa busca uma imensa perda de tempo e de dinheiro As chances de que algo significativo venha a ser encontrado s o extremamente remotas Em quais frequ ncias os ETs estariam enviando os seus sinais E como deci fr los Por outro lado os que defendem a busca afirmam que um resultado po sitivo mudaria profundamente a nossa civiliza o confirma o da exist ncia de outra forma de vida inteligente no universo provocaria uma revolu o Alguns at afirmam que seria a maior not cia j anunciada de todos os tempos Eu concordo N o estar amos mais s s Se os Els foss
57. a resposta tamb m interroga o A verdade da obra de arte a express o que ela nos transmite Nada mais do que isso FOLHA DE S O PAULO 09 05 1998 CAMARGO Iber In NESTROVSKI Arthur Org Figuras do Brasil 80 autores em 80 anos de Folha S o Paulo Publifolha 2001 inaferr vel Pode ser entendido como inalcan vel 4 Uerj 2005 Exame de Qualifica o Conheci em Paris um escultor brasi leiro bolsista que n o frequentava museus para n o perder a personalidade esquecendo que s se perde o que se tem No quarto par grafo o fragmento acima constitui uma estrat gia utilizada pelo autor para desconstruir um determinado ponto de vista contr rio ao seu Essa estrat gia e a justificativa para seu uso est o definidas na seguinte alternativa A exemplo demonstra o ir nica do v nculo entre arte e hist ria B paralelismo destaque ret rico da experi ncia individual e coletiva C reitera o valoriza o excessiva do elo entre cultura e humanidade D compara o fundamenta o l gica da rela o entre o artista e sua cria o Texto para a quest o 5 Competi o e individualismo excessivos amea am sa de dos trabalhadores Ideologia do individualismo O novo cen rio mundial do trabalho apresenta facetas como a da competi o globalizada e a da ideologia do individualismo afirma o foi feita pelo professor da Universidade de Bras lia UnB M rio C sar Ferreira
58. ao participar do semin rio Trabalho em Debate Crise e Oportunidades Segundo ele pela primeira vez h uma liga o direta entre trabalho e ndices de suic dio sobretudo na Fran a em fun o das mudan as focadas na ideia de excel ncia Fim da especializa o A configura o do mundo do trabalho cada vez mais vol til disse o professor Ele destacou ainda a crescente expans o do terceiro setor do trabalho em domic lio e do trabalho feminino bem como a exclus o de perfis como o de trabalhadores jovens e dos fortemente especializados As organiza es preferem perfis polivalentes e multifuncionais Desta forma a escolariza o cl ssica do tra 32 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 balhador amplia se para a qualifica o cont nua enquanto a ultraespecializa o evolui para a multiespecializa o Metamorfoses do trabalho Ele ressaltou que as metamorfoses no cen rio do trabalho n o s o in dolores para os que trabalham e provocam erros frequentes retrabalho da nifica o de m quinas e queda de produtividade Outra grande consequ ncia de acordo com o professor diz respeito sa de dos trabalhadores que leva alta rotatividade nos postos de trabalho e aos casos de suic dio Trata se de um cen rio em que todos perdem a sociedade os governantes e em particular os trabalhadores avaliou Articula o entre econ mico e social Para a coordenadora da Diretoria
59. aspira es Quando os meus olhos se abriram para as agruras e tamb m para os prazeres da vida a cidade toda estreita e toda do mau piso eri ava o pedregulho contra o animal de lenda que acabava de ser inventado em Fran a S pelas ruas esguias dois pequenos e lament veis corredores tinham tido a ousadia d aparecer fe Vivemos inteiramente presos ao Autom vel O Autom vel ritmiza a vida verti ginosa a nsia das velocidades o desvario de chegar ao fim os nossos sentimen tos de moral de est tica de prazer de economia de amor 60 L NGUA PORTUGUESA M puLD 1 O autom vel um instrumento de precis o fenomenal o grande refor mador das formas lentas Sim em tudo A reforma come a antes de andar na linguagem e na orto grafia a simplifica o estupenda Um simples mortal de h vinte anos passados seria incapaz de compreender apesar de ter todas as letras e as palavras por inteiro este per odo O Autom vel Club Brasil sem neg cios com a Sociedade de Autom veis de Reims na garagem Excelsior Hoje n s ouvimos di logos bizarros Foste ao C B l ss Marca da f brica ELAT 60 H P Tenho que escrever ao A CO TU K O que em palestra diz se ligando as letras em palavras de aspecto volapu queano mas que traduzido para o vulgar significa que o cavalheiro tem uma m quina da F brica Italiana de Autom veis de Turim da for a de 60 cavalos e que v o escrev
60. autor expressa seu sentimento em rela o ecologia B f tica porque o texto testa o funcionamento do canal de comunica o C po tica porque o texto chama a aten o para os recursos de linguagem D conativa porque o texto procura orientar comportamentos do leitor E referencial porque o texto trata de no es e informa es conceituais Texto para a quest o 4 Can o do vento e da minha vida O vento varia as folhas O vento varia os frutos O vento varria as flores E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos de flores de folhas La O vento varria os sonhos E varri as amizades O vento varia as mulheres E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres O vento varia os meses E varia os teus sorrisos O vento varia tudo E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo BANDEIRA M Poesia completa e prosa Rio de Janeiro Jos Aguilar 1967 4 Enem 2009 Predomina no texto a fun o da linguagem A f tica porque o autor procura testar o canal de comunica o B metalingu stica porque h explica o do significado das express es C conativa uma vez que o leitor provocado a participar de uma a o D referencial j que s o apresentados informa es sobre acontecimentos e fatos reais E po tica pois chama se a aten o para a elabora o especial e art stica da estrutura do texto Texto para a quest o 5 Cidade de Deus Os abi
61. chama vam de M quina mais cantadeira que a M e d gua em bulhas de sarapantar Ent o resolveu ir brincar com a M quina pra ser tamb m imperador dos fi lhos da mandioca Mas as tr s cunh s deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga que n o tinha deus n o e que com a m quina ningu m n o brinca porque ela mata m quina n o era deus n o nem possu a os distintivos femininos de que o her i gostava tanto Era feita pelos homens Se mexia com eletricidade com fogo com gua com vento com fumo os homens aproveitando as for as da natureza Por m jacar acreditou nem o her i Macuna ma passou ent o uma semana sem comer nem brincar s maqui nando nas brigas sem vit ria dos filhos da mandioca com a M quina A M quina era que matava os homens por m os homens que mandavam na M quina Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram donos sem mist rio e sem for a da m quina sem mist rio sem querer sem fastio incapaz de explicar as infelicidades por si Estava nost lgico assim At que uma noite suspenso no terra o dum arranhac u com os manos Macuna ma concluiu Os filhos da mandioca n o ganham da m quina nem ela ganha deles nesta luta H empate 22 ANDRADE M rio de Macuna ma o her i sem nenhum car ter Belo Horizonte Itatiaia 1986 5 Uerj 2009 Exame de Qualifica o Alguns voc bulos possuem a proprie dade de retomar integralmente uma id
62. com criaturas e plantas Desde ent o ideias sobre a pluralidade dos mundos t m ocupado uma fra o significativa do debate entre ci ncia e religi o Em um exemplo dram tico o monge Giordano Bruno foi queimado vivo pela Inquisi o Romana em 1600 por pregar dentre outras coisas que cada estrela um Sol e que cada Sol tem seus planetas Religi es mais conservadoras negam a possibilidade de vida extraterrestre especialmente se for inteligente No caso do cristianismo Deus o criador e a cria o descrita na B blia e n o vemos qualquer men o de outros mundos e gentes Pelo contr rio os homens s o as criaturas escolhidas e portanto pri vilegiadas Todos os animais e plantas terrestres est o aqui para nos servir Ser inteligente uma d diva que nos p e no topo da pir mide da vida O que ocorreria se trav ssemos contato com outra civiliza o inteligente Deixando de lado as in meras dificuldades de um contato dessa natureza da ra ridade da vida aos desafios tecnol gicos de viagens interestelares tudo depende do n vel de intelig ncia dos membros dessa civiliza o Se s o eles que v m at aqui n o h d vida de que s o muito mais de senvolvidos do que n s N o necessariamente mais inteligentes mas com mais tempo para desenvolver suas tecnologias Afinal estamos ainda na inf ncia da era tecnol gica a primeira locomotiva a vapor foi inventada h menos de 200 anos em 1814 Tal qual
63. conseguir sozinho pe a ajuda aos seus pais Experimente voc tamb m Grupo 2 1 a O eu l rico passa da recusa rejei o proposta recomenda o Em prego de formas imperativos negativas e afirmativas b Uma dentre as alternativas avesso emo o l rica contr rio ao arrebatamento l rico incompat vel com a veem ncia l rica 2 Nos verbos empregados no imperativo em ambos os poemas depreende se uma exorta o incita o est mulo a n o nos afastarmos e a irmos de m os dadas texto e a crermos fragmento de Castro Alves em mudan as poss veis 3 A forma verbal vem encontra se na 2 pessoa do singular do imperativo 4 O texto prop e um m todo que parta de uma d vida acerca do j estabe lecido da realidade aceita para formular novas hip teses A frase do s bio se constr i por meio de um adv rbio de d vida e de um verbo flexionado no modo subjuntivo o que caracteriza como hipot tico o enunciado 5 B 6 Procurava pudesse Varia o de modo Grupo 3 DB 2 A partir do emprego dos tempos verbais verifica se que na concep o do poema a inf ncia um estado permanente no eu l rico 3 C 4 Repeti o de fatos habituais A hist ria de Robinson Cruso n o termina nunca 5 B 6 A 7 tempos imemoriais hoje eu era grego hoje sou mo o moderno tempos modernos her is da Paramount pret rito presente 8 A etapa em que os versos feitos pelo poeta n
64. cont m defini es de palavras por outras palavras c o mundial durante 500 anos diz Milton Matta ge logo da UFPA Em termos 7 Modo imperativo e fun o conativa apelativa comparativos Alter do Ch o tem quase o dobro do volume de gua do Aqu fero Guarani com 45 000 quil metros c bicos At ent o Guarani era a maior reser Grupo 2 va subterr nea do mundo distribu da por Brasil Argentina Paraguai e Uruguai 1 8 poca N 623 26 abr 2010 2 B Essa not cia publicada em uma revista de grande circula o apresenta resul 3 tados de uma pesquisa cient fica realizada por uma universidade brasileira Nessa a situa o espec fica de comunica o a fun o referencial da linguagem predomina 5 B porque o autor do texto prioriza A as suas opini es baseadas em fatos B os aspectos objetivos e precisos C os elementos de persuas o do leitor D os elementos est ticos na constru o do texto E os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa COES O TEXTUAL 54 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 O QUE COES O TEXTUAL O objetivo desta se o explicar o que coes o textual Para chegar ao conceito de coes o vamos partir dos tr s exemplos abaixo No primeiro temos uma s rie de palavras soltas qual n o conseguimos atribuir nenhum significado No segundo temos uma s rie de palavras soltas assim como no primeiro qual conseguimos atribuir um significado global diferente do primeir
65. de A reafirmar a certeza j apresentada de que as quest es da linguagem devem ser tratadas com a devida objetividade B exemplificar o coment rio contido nas frases anteriores ao mesmo tem po em que ironiza a preocupa o dos puristas C registrar estrangeirismos cuja grafia comprova que h necessidade de adapta o de novos termos s conven es do portugu s D demonstrar o argumento central de que n o podemos abrir m o dos estrangeirismos e frases feitas na comunica o corrente Ta Resposta B Coment rio Segundo a alternativa B o trecho destacado tem duas fun es exemplificar o coment rio feito anteriormente e ironizar a preocupa o dos puristas De um lado as palavras panqueca e pizza exemplificam o coment rio anterior a respeito das adapta es gr ficas que os estrangeirismos podem sofrer como panqueca ou n o como pizza quando ingressam no portugu s De outro lado o autor brinca com a express o terminar em pizza Sendo normalmente usada para indicar impunidade ela aqui faz refer ncia ao fato de a palavra pizza n o ter sofrido adapta o ortogr fica uma maneira de ironizar a preocupa o dos puristas com a amea a que os estrangeirismos representariam integridade do idioma EXERC CIOS GRUPO 1 Identificar a tese Texto para a quest o 1 Sexo e temperamento em tr s sociedades primitivas Nos anos 30 Margareth Mead comparou tr s
66. de fazer o anel cair o mais longe pos s vel Certamente quem atira lan a ou arremessa um anel para longe parece bem mais autorit rio do que algu m que apenas pousasse o anel sobre a gua do mar Na letra C mostra se que a ordem do rei caracterizada como maldita Maldito o capricho palavra escolhida diz tudo Maldito um adjetivo de valor profundamente negativo Neste caso serve para mostrar que a ordem do rei n o tem raz o de ser apenas a express o de sua maldade de sua crueldade Observe que o substantivo capricho embora n o mencionado diretamente na quest o tamb m contribui para provocar esse efeito Afinal n o se trata de uma ordem ou de uma decis o mas de um mero capricho uma esp cie de brin cadeira de mau gosto O termo capricho refor a assim a ideia de que a ordem do rei foi despropositada e injustific vel j que servia apenas para alimentar q crueldade do rei por meio do exerc cio arbitr rio do poder Finalmente a letra D focaliza o assunto deste cap tulo os verbos Ide forma de imperativo do verbo ir Como voc j aprendeu um dos valores sem nticos expressos pelo modo imperativo est ligado ideia de ordem Assim ao marcar a fala do rei como uma ordem o modo imperativo ajuda a marcar seu autoritarismo Texto para a quest o Procura da poesia N o fa as versos sobre acontecimentos N o h cria o nem morte perante a poe
67. de um substantivo esses cientistas esse termo Essas express es retomam elementos referidos anteriormente no pr prio texto No primeiro caso esses cientistas refere se tanto a Abraham Trembley quanto s gera es de cientistas que ele influenciou No segundo caso esse termo refere se express o c lula tronco Neste caso temos uma an fora ou seja a retomada de termos mencionados anteriormente por meio de um elemento de coes o Pode acontecer no entanto de o elemento de coes o apontar n o para tr s mas para frente antecipando algum segmento que ainda ir aparecer no texto Nesse caso falaremos em cat fora Veja O problema era este ele estava no lugar errado Na senten a acima o pronome demonstrativo este refere se ora o que vem logo depois Revis o refer ncia extra e intratextual Vamos sistematizar tr s conceitos ligados aos usos dos pronomes an fora cat fora e d ixis Nos exemplos abaixo compare os dois usos do pronome esse Deixa esse casaco em cima da minha cama por favor As crian as s o v timas mais atraentes para os piolhos porque t m um contato f sico muito maior entre si principalmente em creches e escolas Como entre os adultos esse contato entre v rias pessoas menor os insetos n o se propagam com tanta facilidade Revista Superinteressante No primeiro caso preciso que imaginemos uma situa
68. do convento mas complica es pol ticas nos levaram guilhotina Hoje sou mo o moderno remo pulo dan o boxo tenho dinheiro no banco Voc uma loura not vel boxa dan a pula rema Seu pai que n o faz gosto Mas depois de mil perip cias eu her i da Paramount te abra o beijo e casamos DRUMMOND DE ANDRADE Carlos Obra completa Rio de Janeiro Jos Aguilar 1972 PARTE 2 PR TICA DE LEITURA 1 Entrando no texto primeiras impress es Escrito por Carlos Drummond de Andrade escritor modernista brasileiro este um poema g nero textual de car ter narrativo tipo textual Sabemos que um poema porque se divide em estrofes e versos E sabemos que narrativo porque conta uma hist ria de dois personagens que se envolvem em um enredo com acontecimentos diversos e em diferentes tempos e espa os Observe ainda que o eu po tico um narrador em 1 pessoa ou seja um narrador que tamb m personagem da hist ria narrada Ao mesmo tempo a narrativa constru da sob a forma de di logo como se o narrador conversasse diretamente com sua amada Quanto estrutura formal de imediato observamos que o poema se comp e de cinco estrofes de tamanhos bastante pr ximos as duas menores t m sete versos e as duas maiores dez O tema central est indicado no t tulo o poema trata de uma rela o amo rosa atrav s das idades Lendo o texto vemos que a palavra idades n o se refere aqu
69. e a bissetriz e fizeram os planos equa es e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade integral e diferencial E se casaram e tiveram uma secante e tr s cones muito engracadinhos e foram felizes at aquele dia em que tudo afinal vira monotonia Foi ent o que surgiu o m ximo divisor comum frequentador de c rculos conc ntricos viciosos ofereceu lhe a ela uma grandeza absoluta e reduziv a a um denominador comum Ele quociente percebeu que com ela n o formava mais um todo uma unidade Era o tri ngulo tanto chamado amoroso desse problema ele era a fra o mais ordin ria Mas foi ent o que Einstein descobriu a relatividade e tudo que era esp rio passou a ser moralidade como ali s em qualquer Sociedade 96 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 7 Cederj 2006 2 semestre Adjetivo a palavra que restringe a significa o do substantivo Identifique nos pares abaixo o caso em que isso N O ocorre A figura mpar B olhos romboides C boca trapezoide D corpo ortogonal E tr s cones 8 Cederj 2010 1 semestre A finalidade da descri o estamos nos refe rindo descri o liter ria transmitir a impress o que a coisa vista desperta em nossa mente atrav s dos sentidos Othon M Garcia Comunica o em prosa moderna p 246 Assinale a correspond ncia entre os adjetivos ou locu es adjetivas grifados e as duas experi ncias sensoriais que eles despertam vis
70. ele tem esse poder NEEDLEMAN O dinheiro foi inventado para facilitar trocas entre as pessoas O detalhe que muitas coisas que n o podiam ser medidas em termos monet rios hoje t m pre o o caso do cuidado com os filhos As pessoas saem pra trabalhar e deixam os filhos com profissionais Outros n o t m tempo nem para a amizade e quando querem falar dos problemas t m de pagar um terapeuta O dinheiro virou instrumento para aferir at nosso amor pr prio Aqui nos Estados Unidos dizemos Quanto vale essa pessoa H algum tempo isso seria loucura O dinheiro por si mesmo n o proporciona felicidade Ele d prazer alguma sensa o de seguran a Mas com o passar do tempo percebe se que ele n o alimenta nossa alma Temos de trat lo como um meio n o como um fim Mas para isso temos de ter um fim um objetivo S somos felizes quando a vida tem um significado Transformar o dinheiro em nosso nico objetivo como comer comida com gosto de pl stico Revista Superinteressante S o Paulo Editora Abril julho de 2001 PUCRIO 2007 Al m das conjun es condicionais existem na l ngua outros recursos para expressar o valor sem ntico de condi o Trans creva na resposta do texto acima o per odo em que essa no o seja estabelecida por um desses outros recursos Resposta S somos felizes quando a vida tem um significado Coment rio Em primeiro lugar veja que o quando pode ser substi tu
71. entretanto se distanciar Aponte dois recursos diferentes de linguagem empregados pelas autoras para sugerir distanciamento em rela o a esse discurso sobre a mulher Texto para a quest o 15 Bem no fundo no fundo no fundo bem l no fundo a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto a partir desta data aquela m goa sem rem dio considerada nula e sobre ela sil ncio perp tuo extinto por lei todo o remorso maldito seja quem olhar pra tr s l pra tr s n o h nada e nada mais mas problemas n o se resolvem problemas t m fam lia grande e aos domingos saem todos a passear o problema sua senhora e outros pequenos probleminhas LEMINSKI Paulo Distra dos venceremos 3a ed S o Paulo Brasiliense 1990 15 UFRJ 2007 O poema de Paulo Leminski estrutura se em tr s momentos de significa o que podem ser assim caracterizados hip tese 1 estrofe decreto 2 e 3 estrofes conclus o reflexiva 4 estrofe Nomeie o recurso formal que expressa a hip tese no primeiro momento do texto Texto para a quest o 16 Ler e crescer Com a inacredit vel capacidade humana de ter ideias sonhar imaginar ob servar descobrir constatar enfim refletir sobre o mundo e com isso ir crescendo a produ o textual vem se ampliando ao longo da hist ria As conquistas tecno l gicas e a democratiza o da educa o trazem a esse acervo uma multiplica o exponen
72. es eleitas largos profundos imortais abra os OBS Apresentar apenas uma express o 6 1 grupo escuros intermin veis infinitos e profundos 2 grupo calmo d cil ing nuo e claro Grupo 2 DC 2 Lentos d destaque ao movimento dos cabelos Porque normalmente empregado para qualificar a dura o de algo que n o o caso dos cabelos Infecundos enfatiza a ideia de que as piedades foram in teis n o tiveram efeito Porque n o costuma ser empregado para caracterizar um sentimento mas a terra os animais os homens 3 4 A 5 C 6 A 7 E 8 E CLASSES DE PALAVRAS 4 SEM NTICA DOS CONECTIVOS 98 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 INTRODU O As provas de vestibular costumam pedir que o candidato reconhe a o valor se m ntico de determinadas palavras ou express es Se voc j sabe que a sem ntica a rea que estuda o significado f cil entender o que isso quer dizer indicar o valor sem ntico o mesmo que apontar o significado Aqui vamos nos concentrar em um t pico muito cobrado nos vestibulares o valor sem ntico dos conectivos ou conectores O grupo dos conectivos abrange duas classes gramaticais a preposi o e a conjun o Em comum elas t m fato de serem usadas para relacionar ou como o nome indica para conectar palavras e ora es Veja Mesa de madeira Gosto de sorvete Eu terminei o trabalho mas Jo o est atrasado Ele s vir se voc permit
73. esquecer S o Paulo Siciliano 1992 6 Uerj 2007 Exame de Qualifica o No fragmento acima as formas verbais sublinhadas estabelecem com o verbo que lhes imediatamente anterior respec tivamente rela es de A simultaneidade e anterioridade B anterioridade e posterioridade C anterioridade e simultaneidade D simultaneidade e posterioridade Texto para a quest o 7 Balada do amor atrav s das idades Eu te gosto voc me gosta desde tempos imemoriais Eu era grego voc troiana troiana mas n o Helena Sa do cavalo de pau para matar seu irm o Matei brigamos morremos l Hoje sou mo o modemo remo pulo dan o boxo tenho dinheiro no banco Voc uma loura not vel boxa dan a pula rema 84 L NGUA PORTUGUESA M DULO 1 EEE SEE E EFFECT Seu pai que n o faz gosto Mas depois de mil perip cias eu her i da Paramount te abra o beijo e casamos DRUMOND Carlos Alguma poesia 1930 7 UFRJ 2003 Identifique e explicite no poema 2 dois usos lingu sticos que caracterizem a evolu o cronol gica ocorrida da primeira para a ltima estrofe do poema Texto para a quest o 8 Versos escritos n gua Os poucos versos que a v o Em lugar de outros que os ponho Tu que me l s deixo ao teu sonho Imaginar como ser o Neles por s tua tristeza Ou bem teu j bilo e talvez Lhes achar s tu que me l s Alguma sombra de beleza Quem os ouviu
74. exagerado partilhado por todos v s N s somos irm os n s nos sentimos parecidos e iguais nas cida des nas aldeias nos povoados n o porque soframos com a dor e os desprazeres a lei e a pol cia mas porque nos une nivela e agremia o amor da rua este mes mo o sentimento imperturb vel e indissol vel o nico que como a pr pria vida resiste s idades e s pocas Tudo se transforma tudo varia o amor o dio o ego smo Hoje mais amargo o riso mais dolorosa a ironia Os s culos passam deslizam levando as coisas f teis e os acontecimentos not veis S persiste e fica legado das gera es cada vez maior o amor da rua Jo o do Rio A alma encantadora das ruas Em nas cidades nas aldeias nos povoados hoje mais amargo o riso mais dolorosa a ironia e levando as coisas f teis e os acontecimentos not veis ocorrem respectivamente os seguintes recursos expressivos A eufemismo ant tese meton mia hip rbole grada o eufemismo met fora hip rbole invers o grada o invers o ant tese meton mia hip rbole met fora o so Gabarito D Coment rio No primeiro fragmento h um caso de grada o decrescente ou anticlimax Neste caso a frase come a pelo espa o maior cidades e vai grada tivamente passando para espa os menores primeiro aldeias depois povoados essa passagem gradual do maior para o m dio e ent o para o m
75. fala para mais crian as e adultos As comemora es dos 500 anos de certa forma at ex p em a cultura ind gena mas demaneira muito rom ntica Essa atividade pretende desmistificar isso e deixar uma semente para que o contato com a cultura ind gena continue e se tome corriqueiro diz Ricardo Paes coordenador do projeto A linguagem figurada conhecida caracter stica de textos liter rios encontra se tamb m em outros tipos de textos Verifica se um exemplo de meton mia no seguinte fragmento da reportagem A apresenta dan as e ritos mostra arcos flechas B exp em a cultura ind gena mas de maneira muito rom ntica C uma programa o alternativa est deixando de lado a caravela D e deixar uma semente para que o contato com a cultura ind gena continue 2 UFRRJ 2002 O recurso po tico da sinestesia cruzamento de sensa es t teis visuais olfativas etc pode ser verificado em A entraremos na densa mata e resumo de todas as vidas B invis veis c nticos e respiraremos a frescura dos verdes reinos encantados C E t o rom nticos seremos e magoado romantismo D Nas pedras sombra sentados e em busca de flores de prata E e choraremos sua hist ria e E t o rom nticos seremos 3 Enem 2000 Ferreira Gullar um dos grandes poetas brasileiros da atualida de autor de
76. formas as v rias cozinhas a mineira a nordestina a japonesa a chinesa a mexicana e outras Ningu m pode dizer que s uma a verdadeira e gostosa e as outras n o Todas s o gostosas do seu jeito e todas mostram a extraordin ria versatilidade da arte culin ria Por que com a verdade deveria ser diferente BOFF Leonardo http alainet org 1 Alphavilles condom nios de luxo ant 2 everything goes literalmente todas as coisas v o equivale express o vale tudo 3 Uerj 2009 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o O pen ltimo par grafo que faz uma cr tica ao Ocidente cumpre uma fun o espec fica na argumenta o do autor Explicite de que maneira esse par grafo contribui para o desenvolvimento dessa argumenta o Texto para a quest o 4 Gaveta dos guardados A mem ria a gaveta dos guardados N s somos o que somos n o o que virtualmente ser amos capazes de ser Minha bagagem s o os meus sonhos Fui o poeta das rvas das vielas silen ciosas do Rio antes que se tornasse uma cidade assolada pela viol ncia Sempre fui ligado terra ao meu p tio No Rio Grande do Sul estou no colo da m e Creio que minha fase atual neste momento em 1993 reflete a eterna solid o do homem A obra s se completa e vive quando expressa Nos meus quadros o ontem se faz presente no agora Lan o me na pintura e na vida por inteiro como um mergulhador na gua arte tamb m h
77. fundamenta essa rela o assim como o ber o esta ligado ao nascimento a morte para o narrador foi uma esp cie de renascimento rein cio o que justifica a op o por adotar diferente m todo come ando suas mem rias pelo fim De todas as alternativos a menos razo vel a letra E de fato nem a campa pode ser considerada parte do ber o nem vice versa As letras B e D s o falsas porque invertem a an lise correta Na verdade a palavra campa no texto tem sentido denotativo campa significa mesmo sepultura sepulcro ou seja est em seu sentido literal e a palavra ber o tem valor conotativo j que n o faz refer ncia ao objeto f sico ber o deve antes ser entendida como nascimento in cio Finalmente a alternativa n o procede porque tanto campa quanto ber o t m em seu sentido b sico valor concreto 1 UFRRJ 2006 Leia o poema abaixo Olha estas velhas rvores mais belas Do que as rvores mo as mais amigas Tanto mais belas quanto mais antigas Vencedoras da idade e das procelas O homem a fera e o inseto sombra delas Vivem livres de fomes e fadigas E em seus galhos abrigam se as cantigas E alegria das aves tagarelas N o choremos jamais a mocidade Envelhe amos rindo Envelhe amos Como as rvores fortes envelhecem Na gl ria da alegria e da bondade Agasalhando os p ssaros nos ramos Dando sombra e consolo aos que padecem Olavo Bilac a Identifi
78. idade alisa os cabelos das t mporas volta a se deitar Adormece e a agita o recome a N o n o debate se ele com a garganta seca O lider se assusta enquanto dorme O povo amea a o l der N o pois se l der aquele que guia o povo exatamente porque aderiu ao povo O povo amea a o l der N o pois se o povo escolheu o l der O povo amea a o lider N o pois o l der cuida do povo O povo amea a o l der Sim o povo amea a o l der do povo O l der revolve se na cama De noite ele tem medo Mas o pesadelo um pesadelo sem hist ria De noite de olhos fechados v caras quietas uma cara atr s da outra E nenhuma express o nas caras s este o pesadelo apenas isso Mas cada noite mal adormece mais caras quietas v o se reunindo s outras como na fotografia de uma multid o em sil ncio Por quem este sil ncio Pelo l der uma sucess o de caras iguais como na repeti o mon tona de um rosto s Nas caras n o h sen o a inexpress o inexpress o ampliada como em fotografia ampliada Um painel e cada vez com maior n mero de caras iguais s isso Mas o l der se cobre de suor diante da vis o in cua de milhares de olhos vazios que n o pestanejam Durante o dia o dis Car tuLo 9 107 curso do l der cada vez mais longo ele adia cada vez mais o instante da chave de ouro Ultimamente ataca denuncia denuncia denuncia esbraveja e quando em apoteose termina vai para o
79. inicial da atividade de leitura quando s o observados as pectos como tipo textual g nero textual e tema central dentre outros Se o 2 Organiza o fundamental e macroestrutura Nesta se o identificamos os conceitos b sicos que fundamentam o texto organiza o fundamental e observamos de que maneira eles se distribuem pela superf cie textual Em outras palavras verificamos de que forma esses con ceitos b sicos se manifestam na divis o do texto em par grafos para textos em prosa ou em estrofes para poemas Se o 3 Recursos lingu sticos Nesta se o saindo do plano mais geral para o n vel do detalhe observa mos os elementos gramaticais estil sticos e textuais respons veis por produzir os sentidos do texto ESTUDO DE CASO 1 MYSTERIUM UERJ 2005 2 EXAME DE QUALIFICA O PARTE 1 O TEXTO Mysterium Eu vi ainda debaixo do sol que a comida n o para os mais ligeiros nem a batalha para os mais fortes nem o p o para os mais s bios nem as riquezas para os mais inteligentes mas tudo depende do tempo e do acaso Eclesiastes Ao tempo e ao acaso eu acrescento o gr o de imprevisto E o gr o da lou cura a razo vel loucura que infinita na nossa finitude Vejo minha vida e obra seguindo assim por trilhos paralelos e t o pr ximos trilhos que podem se juntar ou n o l adiante mas tudo sem explica o n o tem explica o Os leitores pedem explica es s o curios
80. jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar E n o maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou a s num canto pra seu grande espanto convidou a pra rodar E ent o ela se fez bonita como h muito tempo n o queria ousar Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram se os bra os como h muito tempo n o se usava dar E cheios de ternura e gra a foram para a pra a e come aram a se abra ar E ali dan aram tanta dan a que a vizinhan a toda despertou E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos tantos gritos roucos como n o se ouvia mais Que o mundo compreendeu E o dia amanheceu Em paz 3 UFF 2009 1 etapa Identifique o coment rio adequado sobre aspectos sint ticos sem nticos e discursivos do texto Valsinha A Dentre as marcas verbais presentes na progress o do texto h a predomi n ncia do pret rito perfeito para indicar fatos passados habituais B A progress o do texto se opera por modelo narrativo em que o desenvol vimento dos acontecimentos se d por meio da repeti o do conectivo e e das express es de tempo verbais e adverbiais C A presen a frequente da ndise no desenvolvimento do sentido de um encontro amoroso implica um registro informal da l ngua pr prio de uma can o D A grada o dos substantivos pra a vizinhan a cidade mundo cons tr i um sentido de cr tica
81. mais que violentemos nosso pensamento nossa raz o ainda estar subordinada ao desejo E assim n o h certo ou errado ci ncia nos d ou melhor vende armas contra a natureza que usamos contra n s mesmos apenas isso N o existe nada mais irracional que o trabalho cient fico dos dias atuais Mensagem 2 Caro M o que voc entende exatamente por ci ncia Um or culo todo poderoso e prepotente que diz aos pobres e tolos homens o que est certo e o que errado Como pode dizer que ela nos d armas contra a natureza N o me vem cabe a neste momento caracter stica mais pr pria da natureza humana do que o modo cient fico de pensar Voc n o consegue encontrar nada de cient fico no m todo de ca a de um aborigene australiano Ou ent o no modo de um crenacarore do Amazonas tratar a terra para o cultivo Voc est claramente confundindo aplica o da tecnologia com ci ncia Muitos fil sofos t m tido proble mas para separar uma coisa da outra e muitos cientistas tamb m Se voc acha que construir uma bomba at mica por exemplo um trabalho cient fico est enganado pura e simplesmente um trabalho tecnol gico claro que ele depende do conhecimento cient fico mas imposs vel construir conhecimento cient fico vi sando sua aplica o imediata Aqueles que como voc confundem Igreja Cat lica da Idade M dia com ci ncia esquecem se ou n o sabem que esta ltima tem embutida em si
82. medida que as circunst ncias mudaram e n s mudamos com elas D Ter amos sido e ser amos assim em nossa ess ncia se as circunst ncias mudassem e n s mud ssemos com elas E Temos sido e somos assim em nossa ess ncia conforme as circunst ncias t m mudado e n s temos mudado com elas Resposta D Coment rio uma quest o bastante simples O se a conjun o con dicional t pica como se v em frases como S viajaremos se fizer sol ou seja fazer sol uma condi o para que a nossa viagem aconte a Como o enunciado da quest o pede para substituir o conectivo sublinhado por outro de valor condicional a resposta s pode ser a letra D Comprove Ter amos sido e ser amos assim em nossa ess ncia se as circunst ncias mu dassem e n s mud ssemos com elas A mudan a nas circunst ncias teria sido condi o para que n s f ssemos assim em nossa ess ncia 1 Uerj 2009 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Eles n o podem ser pensados independentemente uns dos outros porque todos s o portadores da mesma humanidade Identifique a rela o de sentido que a ora o sublinhada estabelece com a parte do per odo que a antecede Reescreva todo o per odo substituindo o conec tivo e mantendo essa mesma rela o de sentido 2 UFF 2003 Reescreva a frase N s os escritores nacionais se quisermos ser entendidos de nosso povo havemos de falarlhe em sua lingu
83. nome de conjun o concessiva como se algu m dissesse voc est certo ao afirmar que o aborto pode ser considerado uma esp cie de assassinato No entanto essa concess o n o forte o suficiente para mudar a opini o do falante que logo depois afirma ele o aborto a melhor op o em muitas situa es Isso ajuda a entender tamb m a diferen a entre as conjun es concessi vas e as adversativas Compare Quero correr mas meus p s est o doendo Quero correr embora meus p s estejam doendo No primeiro caso entendemos que a pessoa n o pretende correr Ou seja a dor nos p s predomina sobre a vontade de correr No segundo enten demos que ela correr de qualquer maneira Ou seja a vontade mais forte que a dor nos p s Por isso podemos dizer que as conjun es adversativas introduzem o enunciado mais forte ao passo que as conjun es concessivas introduzem o enunciado mais fraco Finalidade Falei alto para que todos me ouvissem O site Consultor Jur dico informou que o desembargador Roberto Wider pediu licen a de 30 dias ao rg o Especial do Tribunal de Justi a do Rio de Janeiro a fim de que as investiga es sobre as recentes den ncias feitas pelo jornal O GLOBO possam ocorrer livres de qualquer ordem de dificuldade www oglobo com br As conjun es que exprimem finalidade s o chamadas de conjun es finais Compara o Eu escrevo melhor do que desenho Voc est falan
84. nossa liberdade Se n o f ssemos livres n o nos poder amos sentir culpados nem orgulhosos claro de nada e evitar amos os remorsos Por isso quando sabemos que fizemos algo vergonhoso procuramos afirmar que n o tivemos outro rem dio sen o agir assim n u que n o pudemos escolher cumpri ordens de meus superiores vi que todo o u r ue E Mi mundo fazia a mesma coisa perdi a cabe a mais forte do que eu n o percebi o que estava fazendo etc Do mesmo modo quando o pote de geleia que Car tuLo 6 65 estava em cima do arm rio cai e quebra a crian a pequena grita chorosa N o fui eu Grita exatamente porque sabe que foi ela se n o fosse assim nem se daria ao trabalho de dizer nada ou talvez at risse e pronto Em compensa o ao fazer um desenho muito bonito essa mesma crian a ir proclamar Fiz sozinho ningu m me ajudou Do mesmo modo ao crescermos queremos sempre ser livres para nos atribuir o m rito do que realizamos mas preferimos confessar nos escravos das circunst ncias quando nossos atos n o s o exatamente gloriosos SAVATER Fernando tica para meu filho Trad Monica Stahel S o Paulo Martins Fontes 1997 Tradu o de tica para Amador 1 Uerj 2001 1 Exame de Qualifica o O leitor do texto acima constru do por meio de um jogo com os pronomes Esse jogo reconhecido pelo emprego de A eu em difer
85. o Paulo Funda o Perseu Abramo p 35 17 UFRJ 2002 Destaque do texto duas formas verbais que indicam fatos passados e est o grafadas de forma diversa atual apontando a ortografia agora vigente Quais as formas verbais que poderiam substituir sem preju zo do sentido foram e tivera na ltima linha do texto acima Texto para a quest o 18 Miss o cumprida Voc talvez n o tenha se dado conta irm o Em Edimburgo onde fundiram a c lula mam ria de uma ovelha com o vulo de outra e criaram uma terceira ou repetiram a primeira o homem come ou a ficar obsoleto Voc eu n o sei mas Car tuLo 7 iu 87 eu j estou me sentindo como um disco de vinil n o ser pelos cientistas que impensadamente decretaram seu pr prio fim fazendo a experi ncia nenhum macho participou do processo de reprodu o da nova ovelha Teoricamente o espermatozoide perdeu sua fun o no mundo Os produtores de espermatoz ides somos n s Temos o monop lio Ao contr rio dos fabricantes de lampi es a g s que rapidamente ajustaram se eletricidade n o podemos adaptar nossa produ o mudando um detalhe N o temos nem o recurso da fraude de fazer espermatozoide passar por vulo para n o perder o mercado N o cola Em pouco tempo seremos o g nero sup rfluo N o dou at 2075 76 por a para desaparecermos da face da Terra Como o vulo imprescin divel para o novo m todo de procria o bvio que produzir o m
86. o corpo observado explicado classi ficado e tratado Uma necessidade porque ao desnaturaliz lo revela sobretudo que o corpo hist rico Isto mais do que um dado natural cuja materialidade nos presentifica no mundo o corpo uma constru o sobre a qual s o conferidas diferentes marcas em diferentes tempos espa os conjunturas econ micas grupos sociais tnicos etc N o portanto algo dado a priori nem mesmo universal o corpo provis rio mut vel e mutante suscet vel a in meras interven es conso ante o desenvolvimento cient fico e tecnol gico de cada cultura bem como suas leis seus c digos morais as representa es que cria sobre os corpos os discursos que sobre ele produz e reproduz Um corpo n o apenas um corpo tamb m o seu entorno Mais do que um conjunto de m sculos ossos v sceras reflexos e sensa es o compo tamb m a roupa e os acess rios que o adoram as interven es que nele se operam a imagem que dele se produz as m quinas que nele se acoplam os sentidos que nele se incorporam os sil ncios que por ele falam os vest gios que nele se exibem a educa o de seus gestos enfim um sem limite de possibilidades sempre reinventadas e a serem descobertas N o s o portanto as semelhan as biol gicas que o definem mas fundamentalmente os significa dos culturais e sociais que a ele se atribuem GOELLNER Silvana Vilodre A produ o cultural do corpo In LO
87. o e tato respectiva mente A Apesar da fresquid o as mocinhas trazem nos p s sand lias douradas enquanto agasalham a cabe a em echarpes de muitas voltas B Em alguma ruazinha simp tica com rvores e sossego ainda h crian as deslumbradas a comerem aquele algod o de a car que de repente coloca na paisagem carioca uma pincelada oriental C E h os av s de olhos filos ficos a conduzirem pela m o a netinha que ensaia os primeiros passeios como uma bailarina principiante a eguilibrar se nas pontas dos sapatinhos brancos D Depois aparecem muitas pessoas bem vestidas cavalheiros com sapatos reluzentes senhoras com roupas de renda e chap us imensos que a brisa da tarde procura docemente arrebatar E Ela a misteriosa dona dessa tardezinha de s bado que parecia sim ples apenas um pouco cinzenta um pouco fria GABARITO Grupo 1 1 Os seguintes sintagmas nominais caracterizam o povo primitivo vida organizada povo feliz povo de cabe a muito s lida e m os refor adas cabe a muito s lida m os refor ados coisas aladas coisas cheias de sabedoria vida longa os cabecentes para baixo Os sintagmas em a recebem no texto II conota o positiva vinculada a felicidade sabedoria organiza o longevidade o que contrasta com a carac teriza o normalmente atribu da a povo primitivo 2 Os dois campos sem nticos presentes na constru o do poema contras tam aspect
88. palacete reluzente Tem joias e criados vontade Sem ter nenhuma heran a ou parente S anda de autom vel na cidade E o povo j pergunta com maldade Onde est a honestidade Onde est a honestidade O seu dinheiro nasce de repente E embora n o se saiba se verdade Voc acha nas ruas diariamente An is dinheiro e felicidade Vassoura dos sal es da sociedade Que varre o que encontrar em sua frente Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente ROSA N Dispon vel em http www mpbnet com br Acesso em abr 2010 Um texto pertencente ao patrim nio liter rio cultural brasileiro atualiz vel na medida em que ele se refere a valores e situa es de um povo atualidade da can o Onde est a honestidade de Noel Rosa evidencia se por meio A da ironia ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns B da cr tica aos ricos que possuem joias mas n o t m heran a C da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade D do privil gio de alguns em damar pela honestidade E da insist ncia em promover eventos beneficentes x AR Sa S Ta GRUPO 2 Identificar trecho correspondente figura apresentada Quest o comentada UFR 2000 1 Silogismo Um sal rio m nimo maior do que o que v o dar desarrumaria as contas p blicas comprometeria o programa de estabiliza o do governo quebraria a Previ d ncia inviabilizaria o pa s e provavelmente desman
89. para indicar tanto uma rotina Todos os dias eu acordo s 6 da manh quanto um fato futuro Qualquer dia eu apare o na sua casa Nas tabelas a seguir mostramos os principais valores sem nticos dos nove tempos verbais 6 do modo indicativo e 3 do modo subjuntivo A Modo Indicativo Tempo Valores Sem nticos Exemplos Presente A o rotineira habitual Todo dia ela faz tudo sempre igual Fato futuro Amanh apare o na sua casa Fato passado Em 58 a C C sar invade a G lia Verdade absoluta A Terra gira em torno do sol Fato que ocorre durante o Adriano chuta a bola gol momento da fala Pret rito Fato pontual no passado Ontem eu joguei futebol perfeito Pret rito Fato que se repete ou se Todos os dias eu jogava futebol imperfeito prolonga no passado Se eu pudesse comprava um Em registro informal presente melhor usado no lugar do futuro do pret rito Pret rito Fato passado anterior O pai chegou ao local onde o acidente mais que a outro fato tamb m acontecera perfeito passado Quem me dera Quisera eu poder Desejo viajar com voc s Futuro do Fato futuro em rela o ao Eu vencerei presente momento da fala Ser ele a pessoa certa D vida questionamento N o cobicar s a mulher do pr ximo No lugar do imperativo Futuro do Fato futuro em rela o a Ela acreditou que chegaria a temp
90. patenteou uma soja que tolera um nico pesticida cinco vezes mais forte que os tradicionais al m do fato de o pesticida ser da pr pria Monsanto Mas voc estar tamb m sendo contra a salva o de milhares de vidas na frica onde o nico modo de obter se vacinas cultivando bananas transg nicas que cont m ant genos Para mim isto que ser irracional F rum tico Brasileiro janeiro de 2002 http www nitnet com br indiv duo pertencente tribo ind gena de mesmo nome 2 Uerj 2003 Exame de Qualifica o adaptada O segundo autor na sua resposta emprega um sofisma desvia se da quest o em debate e sugere uma desqualifica o do oponente Esse sofisma est contido na seguinte alternativa A Caro M o que voc entende exatamente por ci ncia B Voc est claramente confundindo aplica o da tecnologia com ci ncia O Se voc acha que construir uma bomba at mica por exemplo um trabalho cient fico est enganado D Voc pode fazer como muitos hist ricos e criticar a ci ncia Car tuLo 2 i 29 Texto para a quest o 3 Cr nica da aboli o Eu perten o a uma fam lia de profetas apr s coup post factum de pois do gato morto ou como melhor nome tenha em holand s Por isso digo juro se necess rio for que toda a hist ria desta lei de 13 de maio estava por mim pre vista tanto que na segunda feira antes mesmo do
91. por qualquer meio eletr nico mec nico por fotoc pia e outros sem a pr via autoriza o por escrito da Funda o 289p Carneiro Agostinho Dias Pr vestibular social l ngua portuguesa v 1 Agostinho Dias Carneiro Diogo Pinheiro 3 ed rev e amp Rio de Janeiro Funda o CECIERJ 2012 120 p 20 5 x 27 5 cm ISBN 978 85 7648 821 7 1 L ngua portuguesa 2 Figuras de linguagem 3 Classes de palavras 4 Pronome 5 Verbo 6 Fun es da linguagem l Pinheiro Diogo Il T tulo CDD 469 APRESENTA O CAP TULO 1 Tipos textuais CAP TULO 2 O texto argumentativo CAP TULO 3 Figuras de linguagem CAP TULO 4 Fun es da linguagem CAP TULO 5 Coes o textual CAP TULO 6 Classes de palavras 1 o pronome CAP TULO 7 Classes de palavras 2 o verbo CAP TULO 8 Classes de palavras 3 os modificadores adjetivos e adv rbios CAP TULO 9 Classe de palavras 4 sem ntica dos conectivos CAP TULO 10 Pr ticas de leitura da organiza o fundamental superf cie do texto 17 3 47 53 6 13 09 9 na SUM RIO Este livro sofreu algumas modifica es importantes em rela o ao material de 2011 Em primeiro lugar foram acrescentados tr s novos cap tulos Coes o textual Classes de palavras 3 os modificadores adjetivos e adv rbios e Pr ticas de leitura da superf cie textual organiza o fundamental Al m disso
92. pret rito imperfeito era Na ltima estrofe diferentemente todas as formas verbais est o no presente sou remo pulo faz etc Da mesma forma na primeira estrofe aparece a locu o adverbial desde tempos imemoriais ajudando a contextualizar a narrativa no passado Por outro lado a quinta estrofe come a com o adv rbio hoje marcando a passagem do passado para o presente Na se o 1 dissemos que o poema constru do como se fosse um di logo j que o eu po tico se dirige diretamente a sua amada que atua portanto como interlocutora Isso fica marcado pela presen a reiterada de pronome de tratamen to voc e de pronome obl quo de segunda pessoa te PARTE 2 QUEST ES DE VESTIBULAR 1 Cederj 2010 2 semestre Assinale a alternativa que explicita o procedi mento narrativa para a progress o do texto A O poema apresenta no final de cada estrofe uma s ntese da impossi bilidade do amor B O eu l rico constr i rela es de concess o que enfatizam a situa o antag nica da rela o amorosa C O poema se organiza pelo predom nio do presente hist rico na progres s o textual D O eu l rico se utiliza de fatos hist ricos como cen rio para retratar a rela o amorosa c 2 UFRJ 2003 Identifique e explicite no texto 2 dois usos lingu sticos que caracterizem a evolu o cronol gica ocorrida da primeira para a
93. primeiro dos cariocas Ouvi cabisbaixo fiz outro discurso agradecendo e entreguei a carta ao molecote Todos os len os comovidos apanharam as l grimas de admira o Ca na cadeira e n o vi mais nada De noite recebi muitos cart es Creio que est o pintando o meu retrato e suponho que a leo No dia seguinte chamei o Pancr cio e disse lhe com rara franqueza lu s livre podes ir para onde quiseres Aqui lens casa amiga j conhecida e tens mais um ordenado um ordenado que Oh meu senh fico Um ordenado pequeno mas que h de crescer Tudo cresce neste mundo tu cresceste imensamente Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho hoje est s mais alto que eu Deixa ver olha s mais alto quatro dedos Artura n o qu diz nada n o senh Pequeno ordenado repito uns seis mil r is mas de gr o em gr o que a galinha enche o seu papo Tu vales muito mais que uma galinha Eu vaio um galo sim senh Justamente Pois seis milr is No fim de um ano se andares bem conta com oito Oito ou sete Pancr cio aceitou tudo aceitou at um peteleco que lhe dei no dia seguinte por me n o escovar bem as botas efeitos da liberdade Mas eu expliqueilhe que o peteleco sendo um impulso natural n o podia anular o direito civil adquirido por um t tulo que lhe dei Ele continvava livre eu de mau humor eram dois estados naturais quase divinos Tudo compreendeu o meu bom
94. pronome pessoal por outra palavra de valor sint tico e sem ntico equivalente Resposta Afrouxa seu arco com que j n o atira embota suas setas com que j n o fere Coment rio Lembre se de que pronomes obl quos como lhe podem ter dois usos Uso 1 Equivalente a para ele a Exemplo Eu lhe dei um presente dei para ela Uso 2 Equivalente a seu sua Exemplo Eu lhe quebro a cara quebro a sua cara Sabendo disso basta perceber que nesta quest o o emprego do pronome lhe corresponde ao uso 2 em outras palavras o lhe tem valor possessivo isso que justifica a reposta da quest o com os pronomes seu e suas no lugar do lhe Car tuLo 6 71 Texto para a quest o 1 A caverna Enfim a cidade ficou para tr s os bairros da periferia j l v o daqui a pouco aparecer o as barracas em tr s semanas ter o chegado estrada n o ainda lhes faltam uns trinta metros e logo est a Cintura Industrial quase tudo parado s umas poucas f bricas que parecem fazer da labora o cont nua a sua religi o e agora a triste Cintura Verde as estufas pardas cinzentas l vidas por isso que os morangos devem ter perdido a cor n o falta muito para que sejam brancos por fora como j o v o sendo por dentro e tenham o sabor de qualquer coisa que n o saiba a nada Viremos agora esquerda l ao longe onde se veem aquelas rvores sim aquelas que est o juntas como se fossem um rama
95. que nem a preta velha caf gostoso caf bom Minha m e ficava sentada cosendo olhando para mim Psiu N o acorde o menino Para o ber o onde pousou um mosquito E dava um suspiro que fundo L longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda E eu n o sabia que minha hist ria era mais bonita que a de Robinson Cruso Carlos Drummond de Andrade 4 Ueri 2009 LPLB No poema Drummond emprega o pret rito imperfeito para lembrar fatos de sua inf ncia Aponte a caracter stica sem ntica desse tempo verbal que o toma adequado para recordar fatos Em seguida explique o valor sem ntico do presente do indi cativo no sexto verso Texto para a quest o 5 Entre as folhas do verde O O pr ncipe acordou contente Era dia de ca ada Os cachorros latiam no p tio do castelo L embaixo parecia uma festa Brilhavam os dentes abertos em risadas as armas as trompas que deram o sinal de partida Na floresta tamb m ouviram a trompa e o alarido E cada um se escon deu como p de S a mo a n o se escondeu Acordou com o som da tropa e estava debruca da no regato quando os ca adores chegaram Foi assim que o pr ncipe a viu Metade mulher metade cor a bebendo no regato A mulher t o linda cor a t o gil A mulher ele queria amar a cor a ele queria matar Se chegasse perto ser que ela fugia Mexeu num galho ela levan tou a cabe a ouvindo Ent o o pr ncipe botou
96. que os estranhos vos gabem versos 910 D isso os paisanos fariam com conhecidas vantagens versos 11 12 E O certo p tria minha que fostes terra de alarves versos 17 18 cb 5 GRUPO 3 Usos do pronome obl quo lhe Texto para a quest o comentada Fragmento de texto Serm o do Mandato Ant nio Vieira Tudo cura o tempo tudo faz esquecer tudo gasta tudo digere tudo acaba S o as fei es como as vidas que n o h mais certo sinal de haverem de durar pouco que terem durado muito S o como as linhas que partem do centro para a circunfer ncia que quanto mais continuadas tanto menos unidas Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino porque n o h amor t o robusto que chegue a ser velho De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo Afrouxa he o arco com que j n o atira embota he as setas com que j n o fere abre lhe os olhos com que v o que n o via e faz lhe crescer as asas com que voa e foge raz o natural de toda esta diferen a porque o tempo tira novidade s coisas descobre lhe os defeitos enfastia lhe o gosto e bastam que sejam usadas para n o serem as mesmas Gasta se o ferro com o uso quanto mais o amor O mesmo amar causa de n o amar e o ter amado muito de amar menos Quest o comentada UFF 2009 Reescreva o trecho Afrouxa he o arco com que j n o atira embotolhe as setas com que j n o fere substituindo 0
97. rea organismos institui es rg os da imprensa pesquisas etc for a desses argumentos se apoia na credibilidade da autoridade evocada Al m disso um testemunho um tipo de argumento de autoridade apoiado na experi ncia pessoal de algu m que participou diretamente de fatos ou que recebeu uma informa o de outro que tenha participado No texto abaixo o enunciador evoca a autoridade de cientistas renomados para sustentar sua tese de que o aquecimento global um mito Se verdade que a temperatura da Terra est subindo ningu m pode dizer com certeza que esse aumento hoje maior do que em outras pocas Assim o tal aquecimento global no m ximo uma especula o baseada em evid ncias contest veis E n o sou eu que digo isso s o dezenas de cientistas renomados que cada vez mais t m se levantado contra essa histeria in til que se formou em tomo do aquecimento global C Contra argumenta o A estrat gia da contra argumenta o consiste em combater e desconstruir o ponto de vista do advers rio Ou seja em vez de argumentar diretamente FAVOR da sua tese argumenta se CONTRA o posicionamento do rival O exemplo abaixo um par grafo do texto Impunidade no qual se prop e a redu o da maioridade penal no Brasil para 16 anos Esta portanto a tese defendida no texto Note que no trecho transcrito abaixo o argumentador n o apresenta um argumento a favor da redu o da maioridade p
98. resgatou o pecado original do seu nascimento humilde diz apenas que resgataria esse pecado no futuro depois que conclu sse os estu dos indicando que se trata de um desejo de um projeto pessoal e n o de um fato concreto j realizado Texto para a quest o Fun o Me deixaram sozinho no meio do circo Ou era apenas um p tio uma janela uma rva uma esquina Pequenino mundo sem rumo At que descobri que todos os meus gestos Pendiam cada um das estrelas por longos fios invis veis E havia s bitas e lindas apari es como aquela das longas tran as E todas imitavam t o bem a vida Que por um momento se chegava a esquecer a sua cruel inoc ncia de bonecas E eu dizia depois coisas t o lindas E tristes Que n o sabia como tinham ido parar na minha boca E o mais triste n o era que aquilo fosse apenas um jogo cambiante de reflexos Porque afinal um belo pi o dan ante Ou zunindo im vel Vive uma vida mais intensa do que a m o ignorada que o arremessou E eu dan o tu dan as n s dan amos Sempre dentro de um c rculo implac vel de luz Sem saber quem nos olha atenta ou distraidamente do escuro QUINTANA M rio Antologia po tica Rio de Janeiro Editora do Autor 1966 Car tuLo 7 81 1 Uerj 2004 Exame Final Do in cio ao verso 12 o poema apresenta exclusi vamente formas verbais no tempo passado No verso 15 por m o poeta introduz 0 tempo presente O valor estil stico desta modifica
99. rias em quadrinhos GABARITO GRUPO 1 1 A tese central do texto a seguinte toda cultura determina de algum modo os pap is dos homens e das mulheres a cren a em um temperamento inato ligado ao sexo n o era universal 2 3 A exist ncia de hip critas dentre os que defendiam a aboli o da escra vatura contrata o de Pancr cio como assalariado na verdade o mant m sob o dom nio e a explora o do seu antigo dono agora patr o 4 a O primeiro par grafo constata que os professores n o foram ouvidos na defini o de mudan as na rea educacional nos ltimos 30 anos Na conclus o a autora apresenta uma proposta vinculada a essa constata o a incorpora o da opini o dos professores em futuras propostas b Duas dentre as possibilidades isso n o vai dar certo fala atribu da aos professores indus o fala atribu da a defensores de uma determinada pol tica o Brasil do s culo XXI n o sabe ler ou n o entende o que mal l fala atribu da a todos ou v rias pessoas indiscriminadamente 5 D 6 D 7 E 8 D 9C TOJA GRUPO 2 DD 2B 3 A 4 B 5 D 6 O primeiro subt tulo Ped gio na internet se refere domina o da rede por interesses financeiros O segundo subt tulo Eu sei quem voc e o que faz refere se vigil ncia sobre os usu rios GRUPO 3 DD 20 3 O personagem faz uma compara o indevida associando o crescimento do sal rio ao crescime
100. s n o resistir B Com sa de e educa o o planejamento familiar vir por op o C Popula o controlada pa s rico D Basta mais gente que o pa s vai para frente E Popula o menor educa o melhor EM Texto para a quest o 5 Astroteologia Aparentemente foi o fil sofo grego Epicuro que sugeriu j em torno de 270 a C que existem in meros mundos espalhados pelo cosmo alguns como o nosso e outros completamente diferentes muitos deles com criaturas e plantas Desde ent o ideias sobre a pluralidade dos mundos t m ocupado uma fro o significativa do debate entre ci ncia e religi o Em um exemplo dram tico o monge Giordano Bruno foi queimado vivo pela Inquisi o Romana em 1600 por pregar dentre outras coisas que cada estrela um Sol e que cada Sol tem seus planetas Religi es mais conservadoras negam a possibilidade de vida extraterrestre especialmente se for inteligente No caso do cristianismo Deus o criador e a cria o descrita na B blia e n o vemos qualquer men o de outros mundos e gentes Pelo contr rio os homens s o as criaturas escolhidas e portanto pri vilegiadas Todos os animais e plantas terrestres est o aqui para nos servir Ser inteligente uma d diva que nos p e no topo da pir mide da vida O que ocorreria se trav ssemos contato com outra civiliza o inteligente Deixando de lado as in meras dificuldades de um contato dessa natureza
101. sem ntico um refor o e uma retomada de frases anteriormente citados Texto para a quest o 7 Senhora Dona Bahia nobre e opulenta cidade madrasta dos naturais e dos estrangeiros madre Dizei me por vida vossa em que fundais o ditame de exaltar os que aqui v m e abater os que aqui nascem Se o fazeis pelo interesse de que os estranhos vos gabem isso os paisanos fariam com conhecidas vantagens E suposto que os louvores em boca pr pria n o valem se tem for a esta senten a mor for a ter a verdade O certo p tria minha que fostes terra de alarves e inda os ress bios vos duram desse tempo e dessa idade Haver duzentos anos nem tantos podem contar se que reis uma aldeia pobre e hoje sois rica cidade Ent o vos pisavam ndios e vos habitavam cafres hoje chispais fidalguias arrojando personagens Greg rio de Matos Vocabul rio 1 alarves que ou quem r stico abrutado grosseiro ignorante que ou o que tolo parvo est pido 2 ress bios sabor gosto que se tem depois 3 cafres indiv duo de ra a negra 7 UFF 2011 1 etapa Identifique a alternativa em que o pronome subli nhado retoma e sintetiza na progress o textual um enunciado anteriormente expresso A Dizei me por vida vossa em que fundais o ditame versos 5 6 B de exaltar os que aqui v m e abater os que aqui nascem versos 7 8 C Se o fazeis pelo interesse de
102. sereno e a flor As pedras do cal amento as vidra as os globos leitosos dos combustores os autom veis que rodam nas rvas tudo lampeja Clarissa segue num encantamento Sua sombra se espicha na cal ada Como a vida boa E como seria mil vezes melhor se n o houvesse esta necessidade necessidade n o obriga o de ir para o col gio de ficar horas e horas curvada sobre a classe rabiscando n meros escrevendo frases e pala vras aprendendo onde fica o Cabo da Boa Esperan a quem foi Tom de Sousa em quantas partes se divide o corpo humano como que se acha a rea de um tri ngulo 16 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Os olhos de Clarissa dan am de c para l examinando tudo A rua est animada Nas portas das lojas de fazendas as pontas soltas das pe as de seda voam como r tilas bandeiras Passam homens e mulheres e crian as e cachorros Na porta dum armaz m um guri sardento trinca com dentes mi dos e agu ados uma rapadura de Santo Ant nio da Patrulha o queixo todo melado os olhos lambuzados de prazer VER SSIMO Erico Clarissa S o Paulo Globo 1994 52 ed p 20 21 Gabi Toda a vida Bruno e eu sempre conversamos muito sobre ecologia meio ambiente essas coisas Desde o come o sempre foi um assunto em que a gente estava de acordo Lembro que naquele primeiro dia na praia com Dora meu Deus como isso parece longe ele de repente levantou no meio da conversa pegou um saco de pl
103. sociedades primitivas da Nova Guin visando observar como as atitudes sociais se relacionavam com as diferen as sexuais A partir dos resultados obtidos na pesquisa concluiu que a cren a ent o compartilhada na sociedade americana em um temperamento inato ligado Car tuLo 2 i 23 ao sexo n o era universal Segundo ela toda cultura determina de algum modo os pap is dos homens e das mulheres mas n o o faz necessariamente em termos de contraste entre as personalidades prescritas para os dois sexos nem em termos de domina o ou submiss o Entre os povos estudados por Mead os montanheses Arapesh agricultores e criadores de porcos eram homens e mulheres matemais cooperativos soci veis pouco individualistas e orientados para as necessidades da gera o seguinte Em s ntese um povo com caracter sticas Femininas J os ferozes ca adores de cabe a Mundugumor agricultores e pescadores eram o extremo oposto De acordo com a autora desprezando o sexo como base para o estabelecimento de diferen as de personalidade padronizaram o comportamento de homens e mulheres como ativamente masculino viril e sem quaisquer das caracter sticas edulcoradas que estamos acostumados a considerar indiscutivelmente femininas Esse povo era formado por indiv duos implac veis que se aproximavam de um tipo de personalidade que na cultura americana s se encontraria em homens indisciplinados e extremamente violentos Nos
104. torna a narrativa subjetiva e emocio nal deixando sem voz os outros personagens IV Em Gabi a narra o em 1 pessoa p e a pr pria personagem no co mando da narrativa A As afirmativas II e IIl s o parcialmente corretos B As afirmativas e III s o erradas em rela o ao tipo de narrador C As afirmativas e IV analisam corretamente o papel do narrador D As afirmativas Il e IV s o as mais adequadas descri o do papel do narrador GABARITO GRUPO 1 DB 2 A 3 D GRUPO 2 DA 2 C 0BS O substantivo personagem tem dois g neros e por isso poderia continuar a ser empregado nas alternativas como masculino ou como feminino independentemente do g nero do substantivo que acompanha 3 O primeiro texto projeta um narrador observador em 3 pessoa O segun do texto narrado em 1 pessoa pela personagem Gabi que assume o comando da narrativa O TEXTO ARGUMENTATIVO 18 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 PRIMEIRAS PALAVRAS Como voc j sabe o texto argumentativo aquele cujo objetivo conven cer o interlocutor de um determinado ponto de vista Para relembrar veja os dois minitextos argumentativos abaixo Texto 1 filho voc deveria cursar Engenharia e n o Letras Professores al m de ganharem mal n o gozam de prest gio na sociedade Texto 2 As Olimp adas de 2016 ser o um desastre para o Rio a corrup o atingir n veis estratosf ricos e o legado pa
105. tudo depende do tempo e do acaso ep grafe Eclesiastes afirmar a exist ncia de um momento certo para escrever B Devagar j pressa disse Guimar es Rosa revelar o sentido da obra ao leitor pouco a pouco C Recorro a uma certa aula distante Antonio Candido esclarecer o modo de constru o do texto liter rio D E cita Jean Paul Sartre que pregava a liberdade tamb m para as per sonagens criticar o poder das personagens no processo de cria o liter ria Do 3 As figuras de linguagem s o recursos que afastam as constru es lingu sticas de seu valor literal com o objetivo de tornar essas constru es mais expressivas O emprego de uma figura de linguagem e sua correta nomea o est o pre sentes em A E o gr o da loucura a razo vel loucura que infinita na nossa finitude alus o B Ainda assim avan o em meio da n voa met fora C quero ser clara em meio desse claro que de repente ficou escuro ironia ton mia e O questionador acha a imagem meio dram tica mas divertida me 116 L NGUA PORTUGUESA M DpuuLD 1 4 tive uma personagem que recorreu m scara para n o ser descoberta quis voltar num outro texto e usou disfarce assim como faz qualquer ser humano para mudar de identidade Esse fragmento revela um ponto de vista da autora acerca da autonomia das personagens de
106. um estado de perplexidade ignor ncia e alcan ar uma compreens o racional Para falar sobre essa tentativa a enunciadora usa uma met fora Nela tan to a ignor ncia quanto a compreens o racional s o representados como lugares Assim na met fora abandonar a situa o de desconhecimento e compreender como se d a cria o liter ria equivale a sair de um lugar para entrar em outro Nesse sentido o processo de descoberta que como vimos acaba fracassando representado metaforicamente como uma travessia No 3 par grafo algumas palavras e express es concretizam essa met fora Note em primeiro lugar os verbos atravessar e avan o que sugerem preci samente uma travessia Para al m deles duas outras palavras desenvolvem a met fora e sugerem que se trata de uma travessia especialmente dif cil cipoal e n voa Ora quando o caminho est aberto e a visibilidade boa as travessias s o bem menos complicadas Mas n o o caso aqui para concluir a trajet ria metaf rica preciso superar um amontoado de cip s e os problemas de visibilidade causados pela n voa Met fora geral Passar da ignor ncia para a compreens o sobre o processo cria tivo EQUILAVE A sair de um lugar e entrar em outro Palavras que concretizam a met fora Verbos Substantivos atravessar cipoa avan o n voa Interessantemente s o criadas ainda outras analogias para express
107. uma vela alegre vela iluminando uma vela alegre Condi o vela se ilumina uma vela alegre vela caso ilumine uma vela alegre vela desde que ilumine uma vela alegre Propor o vela medida que ilumina uma vela alegre vela propor o que ilumina uma vela alegre 10 Tipo de rela o conclus o Duas dentre as conjun es logo ent o portanto 11 a Se a empresa passava por um per odo excelente em consequ ncia deveria aumentar e n o reduzir o sal rio do funcion rio Se o funcion rio sofreu um corte salarial n o deveria ter ficado satisfeito ou agradecido b Um dentre os conectivos que mantenham o paradoxo logo assim por tanto Um dentre os conectivos que eliminem o paradoxo mas por m todavia contudo entretanto 12 Uma dentre as justificativas e representa uma marca de oralidade e estabelece rela o de concess o ou contrajun o entre os dois enun ciados por ela ligados indica que apesar de o tamanho dos elefantes ser muito grande isso n o impede que eles envelhe am bem Uma dentre as substitui es Embora seja uma tarefa enorme Apesar de ser uma tarefa enorme e Ainda que seja uma tarefa enorme 13 Duas dentre as conjun es abaixo ou outras de sentido equivalente mas por m e contudo Rela o de oposi o 110 L NGUA PoORTuGuUESA M DpuLD3 1 14 Meu cora
108. valor e de verdade Mas s o um valor e uma verdade relativos vale dizer relacionados uns aos outros autoimplicados sendo que nenhum deles tomado em si absoluto Ent o n o h verdade absoluta Vale o everything goes 2 de alguns p s modemos Quer dizer o vale tudo N o o vale tudo Tudo vale na medida em que mant m rela o com os outros respeitando os em sua diferen a Cada um portador de verdade mas ningu m pode ter o monop lio dela Todos de alguma forma participam da verdade Mas podem crescer para uma verdade mais plena na medida em que mais e mais se abrem uns aos outros Bem dizia o poeta espanhol Ant nio Machado N o a tua verdade A verda de Vem comigo busc la A tua guarde a Se a buscarmos juntos no di logo e na cordialidade ent o mais e mais desaparece a minha verdade para dar lugar Verdade comungada por todos A ilus o do Ocidente de imaginar que a nica janela que d acesso verdade religi o verdadeira aut ntica cultura e ao saber cr tico o seu modo de ver e de viver As demais janelas apenas mostram paisagens distorcidas Ele se condena a um fundamentalismo visceral que o fez outrora organizar massacres ao impor a sua religi o e hoje guerras para for ar a democracia no Iraque e no Afeganist o Devemos fazer o bom uso do relativismo inspirados na culin ria H uma s culin ria a que prepara os alimentos humanos Mas ela se concretiza em muitas
109. vento ventando Car tuLo 4 51 E no alto as nuvens improvisando sem cessar Mas nada disso tudo diz existo Porque apenas existem Enquanto isto O tempo engendra a morte e a morte gera os deuses E cheios de esperan a e medo Oficiamos rituais inventamos Palavras m gicas Fazemos Poemas pobres poemas Que o vento Mistura confunde e dispersa no ar Nem na estrela do c u nem na estrela do mar Foi este o fim da Cria o Mas ent o Quem urde eternamente a trama de t o velhos sonhos Quem faz em mim esta interroga o QUINTANA M rio Apontamentos de hist ria sobrenatural Porto Alegre Globo 1984 3 Uerj 2007 Exame de Qualifica o metalinguagem pode ser percebida quando em uma mensagem a linguagem passa a ser o pr prio objeto do discurso metalinguagem n o est presente na seguinte alternativa A A que mundo Perten o B Fazemos Poemas pobres poemas C Foi este o fim da Cria o D Quem faz em mim esta interroga o 4 Enem 2011 Pequeno concerto que virou can o N o n o h por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que capaz meu cora o N o nem h por que seguir cantando s para explicar N o vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim At me consumir ou consumir toda essa dor At sentir de novo o cora o capaz de amor VANDR G Dis
110. verbos e pronomes j que eles est o ligados s pessoas do discurso como voc j estudou Com rela o a essas duas classes gramaticais os seguintes mecanismos sugerem que o texto consiste em um di logo com eu l rico se dirigindo diretamente a algu m e Verbo no modo imperativo Escuta Esse imperativo exprime um pe dido e todo pedido claro deve ser endere ado a algu m a um interlocutor e Verbo na segunda pessoa Escuta d s Como a segunda pessoa do discurso corresponde ao interlocutor a exist ncia de verbos na 2 pessoa sugere a presen a de um ouvinte ou leitor e Pronomes de segunda pessoa te pronome obl quo tono e tua pronome possessivo justificativa id ntica do item anterior 76 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 EXERC CIOS GRUPO 1 O verbo e as pessoas do discurso 1 Ueij 2007 L ngua Portuguesa e Literatura Brasileira Se o romance Luciola fosse narrado de uma perspectiva externa tanto L cia quanto Paulo seriam identi ficados por pronomes de terceira pessoa Considere o seguinte trecho De bem longe avistei L cia que me esperava e me fez um aceno de impa ci ncia apressei o passo para alcan ar o port o do jardim Ela estendeu me as m os ambas risonha e atraindome reclinou se sobre o meu peito com um gracioso abandono Sentamo nos nos degraus da pequena escada de pedra Reescreva o do ponto de vista externo com especial aten o para as ad
111. vivo falando de jogadores de nomes complexos de 32 na es O principal problema de Galv o narrar um jogo melhor do que o espectador est vendo especialmente em jogos do Brasil Isso claro reflete interesses comer ciais da emissora uma maneira de n o perder a audi ncia num sacrif cio da credibilidade do narrador pelo patr o mas tamb m pelo p blico Mas a verdade que poucos narradores n o fazem isso Galv o bem menos ufanista por exemplo do que luciano do Valle Isso pode ser visto como uma heran a do r dio em que os jogadores parecem sempre na imin ncia do gol N o deixa de ser um talento de ficcionista O problema n o Galv o o problema a imagem que teima em contrari lo Ou seja o problema da sele o que insiste em jogar um futebol mais feito do que Galv o gostaria de ver Ele narra o jogo de Dunga sonhando com o de Tel Acho que a implic ncia com Galv o vem em grande parte do fato de ele estar numa emissora poderosa N o ser amos t o chatos se ele estivesse na ESPN 8 Car tuLo 1 x 11 Outro dia assistindo a Espanha x Su a narrado por Milton Leite provavel mente o melhor narrador brasileiro h alguns anos ele me veio com um comen t rio do tipo A defesa su a mas n o como um queijo furado Imagine o que n o diriam se a frase tivesse sa do da boca de Galv o Por fim existe a quest o da familiaridade Uma Copa sem Galv o que ou o desde 1982 p
112. 03 06 2000 O pa s est chocado com as agress es que os representantes do povo est o sofrendo As autoridades e a imprensa nacional t m se manifestado severamente contra esses atos Primeiro foi uma paulada no governador de S o Paulo depois um ovo no ministro da Sa de e em 1 de junho outro ataque ao governador M rio Covas O vice presidente da Rep blica disse que o governador merece respeito Concordo 24 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Mas os demais cidad os brasileiros n o merecem O ministro da Justi a cobrou puni o judicial para os agressores afirmando que a ltima manifesta o transpu sera os limites do toler vel E a situa o de extrema viol ncia que n s cariocas estamos vivendo Quando o ministro vai achar que foram transpostos os limites do toler vel SILVA Arthur Costa da O Globo 03 06 2000 2 Uerj 2001 Exame de Qualifica o O fragmento que exp e a tese de cada uma das cartas respectivamente pode ser identificado em A J conhecemos nossos governantes Quando o ministro vai achar que foram transpostos os limites do toler vel B S n o conhec amos ainda nossos manifestantes a ltima moni festa o transpusera os limites do toler vel C Nada justifica a agress o f sica Mas os demais cidad os brasileiros n o merecem D esse o papel de um educador Primeiro foi uma paulada no governador de S o Paulo
113. 7 Vamos agora observar um pouco mais detidamente cada uma dessas partes Nos par grafos 1 a 3 vemos o reconhecimento da impossibilidade de explicar a cria o liter ria Nesse momento a enunciadora apresenta sua vis o sobre o processo de cria o para ela trata se de um mist rio ou seja de algo sem explica o Essas ideias d o a t nica dos tr s primeiros par grafos No primeiro mas tudo sem explica o n o tem explica o No segundo come o a misturar realidade com imagin rio fa o fic o em cima de fic o mas agora ele est pedindo lucidez E no terceiro E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador Deus Os indevass veis signos e s mbolos Nos par grafos 4 a 6 a dire o do texto muda e passamos a observar tentativa de elucidar os mist rios da cria o liter ria quando a enunciadora come a a tentar ainda que de forma hesitante saciar a curiosidade dos leitores Para isso ele recorre a uma aula distante 4 par grafo cita uma de suas obras j publicadas ainda no 4 par grafo tive uma personagem que recorreu m scara para n o ser descoberta quis voltar num outro texto e usou disfarce e compara a cria o liter ria a uma aranha que come insetos 5 par grafo O que nos leva seguinte quest o ser que depois disso tudo a enunciadora consegue alcan ar seu objetivo e compreender racionalmente o fen meno da cria o liter ria
114. Gon alves Revista do Instituto Hist rico e Geogr fico Brasileiro 4 trim 1867 p 274 9 UFF 2000 No fragmento cometera a viol ncia de arrancar de suas terras sem que a sua vontade fosse consuliada o conectivo sublinhado estabelece a rela o de A causalidade B conclus o O condi o D consequ ncia concess o Car tuLo 9 103 Texto para a quest o 10 adaptado A terceira margem do rio Nosso pai era homem cumpridor ordeiro positivo e sido assim desde mo cinho e menino pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas quando indoguei a informa o Mas se deu que certo dia nosso pai mandou fazer para si uma canoa Sem alegria nem cuidado nosso pai encalcou o chap u e decidiu um adeus para a gente Nem falou outras palavras n o pegou matula e trouxa n o fez a alguma recomenda o Nosso pai entrou na canoa e desamarrou pelo remar E a canoa saiu se indo a sombra dela por igual feito um jacar comprida longa Nosso pai n o voltou Ele n o tinha ido a nenhuma parte S executava a in ven o de se permanecer naqueles espa os do rio de meio a meio sempre dentro da canoa para dela n o saltar nunca mais estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente Aquilo que n o havia acontecia E nunca falou mais palavra com pessoa alguma N s tamb m n o fal va mos mais nele S se pensava Sou hom
115. N o tenho trabalho Nesta mesma estrada neste mesmo lugar como no dia em que vinha do Centro com a not cia de que n o lhe comprariam mais lou a O motor da furgoneta cantou a can o do regresso ao lar o condutor j via as frondes mais altas da amoreira e de repente como um rel mpago negro o Achado veio l de cima a ladrar a correr pela ladeira abaixo como se estivesse enlouquecido Abriu a porta da furgoneta de um salto o c o subia he aos bra os sempre era certo que seria ele o primeiro e lambia lhe a cara e n o o deixava ver o caminho SARAMAGO J caverna S o Paulo Cia das Letras 2003 Vocabul rio 1 directamente grafia portuguesa para diretamente 2 amanhada arranjada adornada 3 desbanda ao lado 4 furgoneta ve culo de passageiros e pequena carga 5 frondes copas das rvores 5 Ueri 2007 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Al m de possuir conhecimento total da narrativa das a es dos sentimentos e dos pensamentos dos personagens o narrador do texto influencia os leitores na medida em que os convida a participar dessa onisci ncia tratando os como reais interlocutores Transcreva os dois trechos da narrativa em que se verifica essa interlocu o Texto para a quest o 6 De manh O h bito de estar aqui agora aos poucos substitui a compuls o de ser 0 tempo todo algu m ou algo Um belo dia por algum motivo sempr
116. Pancr cio da para c tenho lhe despedido alguns pontap s um ou outro pux o de orelhas e chamo lhe besta quando lhe n o chamo filho do diabo cousas todas que ele recebe humildemente e Deus me perdoe creio que at alegre ASSIS Machado de http portal mec gov br Vocabul rio 1 apr s coup depois do golpe 2 post factum depois do fato 3 coupe do milieu o autor utiliza uma express o inexistente em franc s para mostrar a igno r ncia do personagem 3 Ueri 2009 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Poucos dias ap s a Aboli o da Escravatura o escritor Machado de Assis publicou nos jornais essa cr nica na verdade um pequeno conto ir nico ironia uma forma de relativizar uma posi o mostrando a sob outra perspectiva Identifique o alvo da ironia de Machado de Assis e demonstre por que a contrata o de Pancr cio como assalariado faz parte dessa ironia Texto para a quest o 4 S n o previu quem planejou Ningu m fala em outra coisa o Brasil do s culo XXI n o sabe ler ou n o entende o que mal l Todos est o pasmos Menos os professores posso afirmar Eles que nos ltimos 30 anos de mudan as na rea educacional lastimavelmente n o foram chamados a dar o seu testemunho nem lhes ouviram as d vidas e as certezas Quem est na frente de batalha teria dito isso n o vai dar certo o A moda do momento a inclus o de alunos com necessi
117. SIMURRO S A B Ser gentil ser saud vel Dispon vel em http www abqv org br Acesso em 22 jun 2006 adaptado 10 Enem 2010 No texto menciona se que a gentileza extrapola as regras de boa educa o argumenta o constru da A apresenta fatos que estabelecem entre si rela es de causa e de con sequ ncia B descreve condi es para a ocorr ncia de atitudes educadas C indica a finalidade pela qual a gentileza pode ser praticada D enumera fatos sucessivos em uma rela o temporal E mostra oposi o e acrescenta ideias GRUPO 5 Identificar e compreender os m todos de racioc nio Texto para a quest o A p tria Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades Que lhe importavam os rios Eram grandes Pois que fossem Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos her is do Brasil Em nada O importante que ele tivesse sido feliz Foi N o Lembrou se das suas cousas de tupi do folklore das suas tentativas agr colas Restava disso tudo em sua alma uma satisfa o Nenhuma Nenhuma O tupi encontrou a incredulidade geral o riso a mofa o esc rnio e levou o loucura Uma decep o E a agricultura Nada As terras n o eram ferazes e ela n o era f cil como diziam os livros Outra decep o E quando o seu patriotismo se fizera combatente o que achara Decep es Onde estava a do ura de no
118. TENET OPERA ROTAS Essa frase latina polivalente foi criada pelo escravo romano Loreius 200 anos antes de Cristo e tem dois significados O lavrador mant m cuidadosamente a charrua nos sulcos e ou o lavrador sust m cuidadosamente o mundo em sua rbita Osman Lins construiu o romance Avalovara 1973 em torno desse pal ndromo Muita gente sabe o que um caligrama aqueles textos que existiam desde a Gr cia em que as letras e frases iam desenhando o objeto a que se referiam um vaso um ovo ou ent o como num autor moderno tipo Apollinaire as frases do poema se inscrevendo em forma de cavalo ou na perpendicular imitando o feitio da chuva Mas pouca gente sabe o que um lipograma Lipo significa tirar aspirar esconder Portanto um lipograma um texto que sofreu a lipoaspira o de uma letra O autor resolve esconder essa letra por raz es l dicas J o grego P ndaro havia escrito uma ode sem a letra s Os autores barrocos no s culo XVII tamb m usavam este tipo de oculta o porque estavam envolvidos com o ocultismo com a cabala e com a numerologia Por que estou dizendo essas coisas ROMANO Affonso de Sant Anna O Globo 15 09 1999 6 Uerj 2002 LPLB Voc sabe o que um palindromo Por que estou dizendo essas coisas Observando os par grafos compreendidos entre as perguntas acima iden tifique a fun o da linguagem predominante nesses par grafos e justifique sua reposta
119. Texto para as quest es 3 e 4 Em material para an lise de determinado marketing pol tico l se a seguinte conclus o A explos o demogr fica que ocorreu a partir dos anos 50 especialmente no Terceiro Mundo suscitou teorias ou pol ticas demogr ficas divergentes Uma primeira teoria dos neomalthusianos defende que o crescimento demogr fico dificulta o desenvolvimento econ mico j que provoca uma diminui o na renda nacional per capita e desvia os investimentos do Estado para setores menos pro dutivos Diante disso o pa s deveria desenvolver uma r gida pol tica de controle de natalidade Uma segunda a teoria reformista argumenta que o problema n o est na renda per capita e sim na distribui o irregular da renda que n o permite 0 acesso educa o e sa de Diante disso o pa s deve promover a igualdade econ mica e a justi a social Car tuLo 2 i 27 3 Enem 1999 Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano A Controle populacional nosso passaporte para o desenvolvimento B Sem reformas sociais o pa s se reproduz e n o produz C Popula o abundante pa s forte D O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos E Justi a social sin nimo de desenvolvimento 4 Enem 1999 Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas A Controle populacional j ou o pa
120. URO Guacira Lopes org Corpo g nero e sexualidade um debate contempor neo na educa o Petr polis Vozes 2003 p 28 29 Texto Il A n o aceita o Desde que come ou a envelhecer realmente come ou a querer ficar em casa Parece me que achava feio passear quando n o se era mais jovem o ar t o limpo o corpo sujo de gordura e rugas Sobretudo a claridade do mar como desnuda N o era para os outros que era feio ela passear todos admitem que os outros sejam velhos Mas para si mesma Que nsia que cuidado com o corpo perdido o esp rito aflito nos olhos ah mas as pupilas essas l mpidas Outra coisa antigamente no seu rosto n o se via o que ela pensava era s aquela face destacada em oferta Agora quando se v sem querer ao espelho quase grita horrorizada mas eu n o estava pensando nisso Embora fosse impos s vel e in til dizer em que rosto parecia pensar e tamb m imposs vel e in til dizer no que ela mesma pensava Ao redor as coisas frescas uma hist ria para a frente e o vento o vento Enquanto seu ventre crescia e as pernas engrossavam e os cabelos se haviam acomodado num penteado natural e modesto que se formara sozinho LISPECTOR Clarice descoberta do mundo Rio de Janeiro Nova Fronteira 1984 p 291 3 UFRJ 2005 0 Do primeiro par grafo do texto retire os quatro adjetivos que melhor caracterizam a no o de corpo nele apresentada b Estabele a a rela o entre esses adjetivo
121. a Ponha se num c u alto uma Lua tranquila Pede ela um contrabaixo Nunca Um violoncelo Talvez mas s se por tr s dele houvesse um Casalst Um ban dolim Nem por sombra Um bandolim com seus tremoloss lhe perturbaria o luminoso xtase E o que pede ent o direis uma Lua tranquila num c u alto E eu vos responderei um viol o Pois dentre os instrumentos musicais criados pela m o do homem s o viol o capaz de ouvir e de entender a Lua MORAES Vinicius de Para viver um grande amor Rio de Janeiro Jos Olympio 1984 Vocabul rio 1 mot d esprit dito espirituoso 2 jact ncia arrog ncia orgulho vaidade 3 viola d amore viola de amor antigo instrumento musical 4 Casals Pablo Casals famoso violoncelista do s culo passado 5 iremolos repeti es r pidas de uma ou duas notas musicais 6 Ueri 2008 Exame de Qualifica o Algumas estrat gias argumentativas s o empregadas para persuadir o leitor de que a opini o do enunciador na verdade um fato A estrat gia de persuas o presente nesse texto n o inclui o uso de A imagem po tica B pergunta ret rica C interlocu o direta D argumento de autoridade Texto para a quest o 7 F rum de discuss o Mensagem 1 A ci ncia para muitos tem um lado maligno Para alguns estamos passando por uma nova Idade M dia onde a t cnica alienante faz as vezes da religi o ca t lica At agora minha conclus o pessimista por
122. a o de partes antecedentes do texto Exemplo Imagina se que no futuro haver aumento das tens es urbanas Essa hip tese tem preocupado os cientistas sociais Transcreva do texto acima apenas a express o que na coes o referencial exerce papel semelhante do trecho sublinhado no exemplo acima Texto para a quest o 8 Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo Quaresma era antes de tudo brasileiro N o tinha predile o por esta ou aquela parte de seu pa s tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paix o n o eram s os pampas do Sul com seu gado n o era o caf de S o Paulo n o eram o ouro e os diamantes de Minas n o era a beleza da Guanabara n o era a altura da Paulo Afonso n o era o estro de Gon alves Dias ou o mpeto de Andrade Neves era tudo isso junto fundido reunido sob a bandeira estrelada do Cruzeiro Logo aos dezoito anos quis fazer se militar mas a junta de sa de jul gou o incapaz Desgostou se sofreu mas n o maldisse a P tria O minist rio era liberal ele se fez conservador e continuou mais do que nunca a amar a terra que o viu nascer Impossibilitado de evoluir se sob os dourados do Ex rcito procurou a administra o e dos seus ramos escolheu o militar Durante os lazeres burocr ticos estudou mas estudou a P tria nas suas riquezas naturais na sua hist ria na sua geografia na sua literatura e na sua pol tica Quaresma sabia as esp cies de minerais
123. a linguagem N s os escritores nacionais porquanto queremos ser entendidos de nosso povo havemos de falar lhe em sua linguagem E outras possibilidades que a l ngua oferece para a express o de causalidade 3 Embora todas as afirma es sejam verdadeiras elas n o seguem um caminho l gico para o silogismo 4 Uma dentre as possibilidades por mais modesto que seja ainda que seja muito modesto mesmo que seja muito modesto 5 Uma das possibilidades contraste e concess o oposi o Uma das possibilidades E embora fosse ainda de manh alguns vinham tr pegos E apesar de ser ainda de manh alguns vinham tr pegos 6 Duas das maneiras Embora n o fira a liberdade de express o Mesmo n o ferindo a liberdade de express o e Ainda que n o fira a liberdade de express o Car tuLo 9 109 7 t o caro mos turva tudo J ningu m dorme tranquilo pois porque a noite um mundo de sustos 8 Como uma vez que j que visto que mulher desquitada era malvista convinha evit a Mulher desquitada era malvista por isso logo portanto ent o por conse guinte convinha evit la 9 Dois dentre os exemplos de reescritura Causa vela porque ilumina uma vela alegre vela visto que ilumina uma vela alegre vela por iluminar uma vela alegre Tempo vela enquanto ilumina uma vela alegre vela ao iluminar
124. a lista a cumprir O turista um apressado Depois claro jamais ter tempo de rever o que filmou Continvar com pressa De bom grado ele substituiu a pr pria mem ria pela fita magn tica mas esta tamb m logo se perder numa estante empoeirada guardando imagens sem nexo S o as imagens do espet culo que n o foi vivido pois quem poderia viv lo se ocupou em grav lo ou em posar para a grava o Ali jaz a vida que poderia ter sido Ali jaz o desejo que n o se satisfez pois entre ele e o turista havia um muro transparente um vidro uma c mara essa enge nhoca que reina soberana no espa o ex guo que separa o homem de si mesmo BUCCI Eug nio Veja 03 12 1996 2 handycam filmadora de m o 1 camcorder filmadora Car tuLo 5 59 10 Uerj 2000 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Nas f rias o estranho fen meno se generaliza Demonstre de que modo a express o sublinhada funciona como um meca nismo de coes o ou liga o entre as partes do texto Texto para a quest o 11 I love my husband Ele diz que sou exigente fico em casa lavando a lou a fazendo compras e por cima reclamo da vida Enquanto ele constr i o seu mundo com pequenos tijolos e ainda que alguns destes muros venham ao ch o os amigos o cumpri mentam pelo esfor o de criar olarias de barro todas s lidas e vis veis A mim tamb m me sa dam por alimentar um homem que sonha com casas grandes senz
125. a para avan os extraordin rios do conhecimento 0 O voc bulo sublinhado refere se a que substantivo antecedente b Reescreva a express o cujas ideias substituindo o pronome cujas pelo substantivo antecedente Texto para a quest o 10 O imp rio das lentes Nas cerim nias de casamento as retinas das testemunhas foram substitu das pela camcorder do sujeito de terno gasto que grava o enlace andando de um lado para o outro o distinto padre pode dar licen a por favor C nscia de sua relev ncia m stica a madrinha chora no exato instante em que os refletores lhe incandescem a maquiagem Nas festas de escolas prim rias os alunos aprende ram a se apresentar para filmadoras e n o mais para pais e m es Sob o foco autom tico a crian a j n o enxerga o sorriso de orgulho ou de apreens o na face do pai v apenas a handycam 2 que mascara o seu rosto Se a televis o a arena da hist ria contempor nea as c maras de v deo dom sticas se tornaram o olhar autorizado da intimidade familiar e de outras intimidades nem t o familiares assim Nas f rias o estranho fen meno se generaliza escancarando em p blico o vazio em que existimos O viajante j n o aquele que contempla o desconhe cido que se reserva a chance do inesperado que vive enfim Protegido por sua m scara eletr nica que o poupa de estar exposto ao destino ele apenas grava imagens e normalmente muito r pido como quem ainda tem uma long
126. a revela o choque entre o mundo imagin rio da personagem e a realidade de sua solid o Esse choque entre imagina o e realidade enfatizado pela utiliza o do seguinte recurso de linguagem A o uso das aspas duplas 80 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 B o emprego dos modos verbais C a presen a da forma interrogativa D a refer ncia proximidade espacial Texto para quest o 6 O sil ncio expectante e a voz inesperada Na penumbra da sala do laborat rio uniforme e absolutamente fechada Isolada do som e da luz isolada do tempo e do espa o Procedia se investiga o memor vel Procurava se descobrir o espa o completo e geral Onde se pudesse definir a pulsa o origin ria Pulsa o que seria a subst ncia de todas as vibra es Desde as que iluminam as estrelas Cefeides At as que comovem o cora o humano As que marcam domesticamente o tempo civil nos rel gios E as que passam ondulando nas cordas dos violoncelos Pulsa o que fosse o sangue de futuros nascimentos e de novas cosmogonias Dela viria a ang stia da mat ria dispersa em meio s nebulosas E que ainda n o p de se converter em estrelas Viria a ang stia das almas inascidas que com o frio e o medo de n o nascer Se abrigam no ventre das mulheres Naquele ambiente inerte e indeterminado Reinava um sil ncio liso e sinistro Um sil ncio que fora a consequ ncia de rumores especiais e preciosos Um sil ncio fronteira de
127. ada Sonata trecho A hist ria que vou contar n o tem a rigor um princ pio um meio e um fim O Tempo um rio sem nascentes a correr incessantemente para a Eternidade mas bem se pode dar que em inesperados trechos de seu curso o nosso barco se afaste da correnteza derivando para algum bra o morto feito de antigas guas ficadas e s Deus sabe o que ent o nos poder acontecer No entanto para facilitar a narrativa vamos supor que tudo tenha come ado naquela tarde de abril Era o primeiro ano da Guerra e eu evitava ler os jornais ou dar ouvidos s pessoas que falavam em combates bombardeios e movimentos de tropas Os alem es romper o facilmente a linha Maginot assegurou me um dia o desconhecido que se sentara a meu lado num banco de pra a Em poucas semanas estar o senhores de Paris Sacudi a cabe a e repliquei Imposs vel Paris n o uma cidade do espa o mas do tempo um estado de alma e como tal inacess vel s Panzerdivisionen O homem lan ou me um olhar enviesado misto de estranheza e alarma Ora estou habituado a ser olhado desse modo Um lun tico o que murmuram de mim os inquilinos da casa de c modos onde tenho um quarto alugado com direito mesa parca e ao banheiro coletivo E natural que pensem assim Sou um sujeito um tanto esquisito um t mido um solit rio que s vezes passa horas inteiras a conversar consigo mesmo em voz alta Bicho de concha j disseram de mim
128. agem subs tituindo o conectivo sublinhado por outro com valor de causalidade fazendo os ajustes necess rios 3 Puc 2006 Reescreva o per odo Todas as afirma es s o verdadeiras mas n o seguem um caminho l gico para o silogismo usando um conectivo de subor dina o que indique concess o 4 Uerj 2002 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Entretanto mulher incumbe sempre fazer do lar modest ssimo que seja ele um templo em que se cultue a Felicidade Reescreva a ora o sublinhada empregando uma conjun o sem que se altere seu significado no contexto do per odo 5 Ueri 2010 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o adaptada Mascates no terreiro em volta da igreja vendiam mivdezas O movimento das ruas aumentava Passantes dirigiam se aos jogos ao campo para divertir se ou murmurar contra o governo criando suas pr prias leis e arb frios E mesmo sendo ainda de manh alguns vinham tr pegos MIRANDA Ana Boca do inferno S o Paulo Companhia das Letras 1990 Identifique a rela o estabelecida no contexto pela ora o sublinhada Rees creva tamb m toda a frase substituindo o voc bulo mesmo por um conectivo de modo a manter o sentido essencial fazendo apenas as altera es necess rias 6 Ueri 2008 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Sem ferir a liberdade de express o essa medida pode ser um dur ssimo golpe na div
129. ais e possessivos que ora estabelecem rela es indispens veis compreen s o do sentido ora se tornam redundantes nesta fun o textual 0 Observe atentamente o trecho destacado e indique os termos antecedentes de eles e do sujeito oculto de agregavam b Transcreva dois trechos em que o possessivo possa ser suprimido sem qualquer preju zo para a compreens o do texto Texto para a quest o 6 Nenhum cart o de Natal mais bonito que o som da sua voz Eu te amo te adoro morro de saudade Este ano a gente n o vai poder it mas no ano que vem certeza coisa que eu mais queria era estar perto de voc Seria t o bom que voc estivesse aqui Frases como estas sempre melhor ouvir do que ler Nenhum cart o de Natal por mais bonito que seja vai conseguir comunicar o carinho o amor a saudade que a voz da gente transmite Este ano passe a m o no telefone e use o DDD como extens o do seu afeto do seu abra o do seu calor humano do seu beijo Telefone existe pra isso mesmo TELAMAZON Clube de cria o de S o Paulo Adapta o 6 UFF 2006 0 No texto identifique a passagem em que a progress o textual se d pela repeti o e pela retomada de significados que resumem enfaticamente a mensagem expressa pela patrocinadora TELAMAZON b Do texto transcreva a frase completa que exemplifica o uso de um prono me que apresenta sob o aspecto sint tico
130. ais mulheres que homens E cedo ou tarde elas far o a pergunta para o que mesmo que serve o homem As profiss es tradicionalmente masculinas estivador gigol chefe de cozinha drag queen zagueiro central etc estar o dominadas pela automa o ou pelas pr prias mulheres Com nossa crescente desmoraliza o perderemos at o va lor como objetos sexuais pois quem vai querer um acuado na cama Isso se ainda existir 0 sexo como o conhecemos Prevejo que os homens que restarem tentar o escapar do aniquilamento reunindo se em bandos renegados nas florestas que sobrarem Fugir o das mulheres e com ironia hist rica s far o sexo com ovelhas Cedo ou tarde elas decidir o nos cancelar em definitivo Est vamos no mundo para fazer espermatozoides A Capela Sistina a Nona Sinfonia a Itaipu Binacional foi tudo produ o secund ria tudo bico Nossa miss o era fornecer espermato zoide Nossa miss o acabou VERISSIMO L F In Jornal do Brasil 26 de fevereiro de 1997 18 Cederi 2009 2 semestre O uso dos tempos verbais nas formas es t vamos era e acabou no ltimo par grafo ajuda a construir o seguinte significado A As previs es de futuro tornaram se fatos conclu dos B Os fatos do passado s o tomados como processo em andamento O Os fatos do passado ocorrem ao momento em que se fala D As previs es ocorreram posteriormente ao tempo em que se fala E A vis o do futuro to
131. al Seu s sua s Observe o funcionamento dos possessivos no exemplo abaixo Meu livro n o est comigo por acaso tu trouxeste o teu Note que o possessivo meu faz refer ncia pessoa que est falando portanto primeira pessoa do discurso J o pronome teu refere se ao ouvinte portanto segunda pessoa do discurso EXERC CIOS GRUPO 1 Os pronomes e as pessoas do discurso Texto para quest o comentada Science Fiction O marciano encontrou me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana Como pode existir pensou consigo um ser que no existir p e tamanha anula o de exist ncia Afastou se o marciano e persegui o Precisava dele como de um testemunho Mas recusando o col quio desintegrou se no ar constelado de problemas E fiquei s em mim de mim ausente ANDRADE Carlos Drummond de Nova reuni o S o Paulo Jos Olympio 1983 Quest o comentada Uerj 2010 Exame de Qualifica o Na primeira es trofe poss vel observar a ocorr ncia de um recurso discursivo indicado pelos voc bulos me e consigo Esse recurso pode ser definido como A emprego de duas figuras de estilo B presen a de mais de um enunciador C reitera o da tica do sujeito po tico D alus o diversidade de personagens Resposta B Coment rio O poema nos apresenta uma breve narrativa com dois per sonagens o eu l rico e um marciano Os dois personagens aparecem como enu
132. alando na maioria dos filmes de cowboy eles dizem ma verme nu mu ha gua boa cavalo veloz em vez de a ma vermelha essa gua boa aquele cavalo veloz Essa forma mais sint tica telegr fica aproxima os nomes da pr pria exist ncia como se a fala n o estivesse se referindo aquelas coisas e sim apresentando as ao mesmo tempo em que se apresenta No seu estado de l ngua no dicion rio as palavras intermedeiam nossa rela o com as coisas impedindo nosso contato direto com elas linguagem po tica inverte essa rela o pois vindo a se tornar ela em si coisa oferece uma via de acesso sens vel mais direto entre n s e o mundo J perdemos a inoc ncia de uma linguagem plena assim As palavras se desapegaram das coisas assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos ou como a cria o se desapegou da vida Mas temos esses pequenos o sis os poemas contaminando o deserto da referencialidade Arnaldo Antunes Dispon vel em www arnaldoantunes com br 3 Uerj 2012 Exame de Qualifica o Na coes o textual ocorre o que se chama cat fora quando um termo se refere a algo que ainda vai ser enunciado na frase Um exemplo em que o termo destacado constr i uma cat fora A Como se ela restitu sse B Pode ser que essas suposi es tenham algo de ut pico O n o numa part cula verbal externa a elas D No seu estado de l ngua
133. alar com ele condi o Car tuLo 9 99 3 VALORES SEM NTICOS DAS CONJUN ES Apresentamos aqui alguns dos valores sem nticos das conjun es e locu es conjuntivos sequ ncias de duas ou mais palavras com valor de conjun o Ao estudar as preposi es n s partimos de cada palavra e verificamos seus di ferentes valores sem nticos Agora recorreremos estrat gia contr ria vamos partir do valor sem ntico para ent o verificar algumas conjun es que poder o exprimHo Altern ncia Ora ele est euf rico ora est cabisbaixo Voc pode viajar ou investir o dinheiro de altern ncia Altern ncia e condi o Em alguns casos o sentido de condi o pode se somar ideia b sica Ou voc me ajuda com esse plano ou eu conto tudo o que sei Contraste oposi o Eu terminei o trabalho mas o Jo o est atrasado Eu terminei o trabalho o Jo o por m est atrasado Os obst culos s o muitos contudo nenhum deles me deter As conjun es que exprimem contraste s o chamadas de conjun es adver sativos A palavra agora de adv rbio a conjun o A palavra agora classificada normalmente como adv rbio de tempo Por exemplo Vou sair agora No entanto repare que em alguns casos ela j vem sendo usada com caracter sticas de conjun o adversativa Voc at pode me ajudar Agora se come ar a falar muito vou dispens lo imediatamente O
134. alas e mocambos e assim faz o pa s progredir E por isto que sou a sombra do homem que todos dizem eu amar Deixo que o sol entre pela casa para dourar os objetos comprados com esfor o comum Embora ele n o me cumprimente pelos objetos fluorescentes Ao contr rio atrav s da certeza do meu amor proclama que n o fa o outra coisa sen o consumir o dinheiro que ele arrecada no ver o Eu pe o ent o que compreenda minha nostalgia por uma terra antigamente trabalhada pela mulher ele franze o rosto como se eu lhe estivesse propondo uma teoria que envergonha a fam lia e a escritura definitiva do nosso apartamento Eu amo meu marido PI ON N lida love my husband In MORICONI talo sel Os cem melhores contos brasileiros do s culo Rio de Janeiro Objetiva 2000 11 Ueri 2002 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Na constru o de um texto empregam se diferentes elos coesivos Al m das conjun es e das formas pronominais utilizam se outros elementos para marcar a associa o progressiva e coerente das ideias que comp em um texto Transcreva do 2 par grafo do texto acima os dois primeiros exemplos desses outros elos coesivos Texto para a quest o 12 A era do autom vel E subitamente a era do Autom vel O monstro transformador irompeu bufando por entre os descombros da cidade velha e como nas m gicas e na natureza asp rrima educadora tudo transformou com apar ncias novas e novas
135. alavras sublinhadas s o modalizadores o que significa que seu papel sinalizar uma opini o pessoal do falante EXERC CIOS GRUPO 1 Destacar substantivos adjetivos ou adv rbios e ex plicar seu papel na constru o dos sentidos do texto Texto para a quest o comentada Descobrimento Abancado escrivaninha em S o Paulo Na minha casa da rva lopes Chaves De sopet o senti um fri me por dentro Fiquei tr mulo muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim N o v que me lembrei l no norte meu Deus muito longe de mim Na escurid o ativa da noite que caiu Um homem p lido magro de cabelo escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia Faz pouco se deitou est dormindo Esse homem brasileiro que nem eu ANDRADE M rio de Poesias completas Belo Horizonte Villa Rica 1993 p 203 Quest o comentada PUCRIO 2005 No poema Descobrimento certos substantivos encontram se qualificados por adjetivos inusitados Retire do texto UMA dessas combina es incomuns explicando por que tem um efeito especial Resposta Uma combina o inusitada seria livro palermo O efeito es pecial aqui decorre do fato de que o adjetivo palerma n o comumente utilizado para qualificar objetos inanimados Coment rio Normalmente poder amos falar em um menino palerma chefe palerma irm o palerma etc No entanto como esse adjetivo sin ni mo de abobalhado n o fa
136. alternativa V irar qu va a viol nci o rei atirou v A verbo atirar que acentua a viol ncia da a o O rei atirou v 1 u que ex i Seu v B pronome seu que expressa sentido de posse Seu anel ao mar v 2 jetiv ito que rev U _ C adjetivo maldito que revela a crueldade do comando Maldito o capricho v 23 i ivo ide que indi i ldea l D imperativo ide que indica a prescri o de ordem Ide a l buscar v 28 Resposta B Coment rio Em primeiro lugar vamos analisar a alternativa correta a letra B Observe o seguinte o fato de o anel pertencer ao pr prio rei fato indicado pelo pronome possessivo seu n o ajuda a ressaltar seu autoritarismo Pelo contr rio se o rei arremessasse ao mar os objetos de outras pessoas a sim o car ter autorit rio das suas a es ficaria ainda mais evidente Em resumo n o h d vidas de que se pretende construir no poema a imagem de um rei autorit rio mas o emprego do pronome possessivo seu indicando que o anel arremessado de propriedade do rei n o um dos elementos que contribui para evidenciar esse autoritarismo Por outro lado observe as demais alternativas letra chama a aten o para o verbo empregado pelo eu l rico atirar rei atirou O verbo atirar denota uma a o realizada com for a a fim
137. am para o sistema vigente tendem a se tomar meio bobos como o Tocha Humana ou o Capit o Am rica Hulk e Homem Aranha s o seres que criticam a inconsegu ncia da ci ncia com sua energia at mica e suas experi ncias gen ticas Os X Men nos advertem para a educa o inclusiva Super Homem aquele que mais se aproxima de Jesus Cristo e por isso talvez seja o mais popular de todos em seu sacrif cio solit rio em defesa dos seres humanos mas tamb m tem algo de Aquiles com seu calcanhar que a kriptonita Humano e super her i como Gandhi N o houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas hist rias em quadrinhos Eu raramente as leio hoje em dia mas quando assisto a bons filmes de super her is eu lembro que todos temos um lado ing nuo e bom que pode ser capaz de suportar a dor da solid o por um princ pio CHU Fernando Adaptado de http fernandochui blogspot com 3 Uerj 2009 Exame de Qualifica o O m todo dedutivo organiza se a partir de premissas gerais que s o confirmadas por premissas particulares para se chegar a uma conclus o A frase do texto que evidencia uma premissa geral A Quando eu era crian a passava todo o tempo desenhando super her is B Todo super her i deve atravessar alguma via crucis C S o todos s mbolos da solid o da sobreviv ncia e da abnega o humana D N o houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas hist
138. amos Guimar es Rosa como a hipotenusa fechando o tri ngulo A imagem geom trica pode ser for ada mas foi a que me veio na hora e acho que fui entendido CONY Carlos Heitor Folha Ilustrada 5 Caderno S o Paulo 21 04 2000 p 12 2 UFF 2007 Assinale a op o em que o pronome sublinhado estabelece uma refer ncia a elemento anteriormente expresso no texto A mas foi a que me veio na hora e acho que fui entendido B De um lado o produto daquilo que Gilberto Freyre chamou de casa grande e senzala Car tuLo 6 69 C De outro o Macuna ma her i sem nenhuma defini o ou sem nenhum car ter D Um rapaz da plateia me perguntou onde ficaria o homem de Guimar es OU U ju ini ileiro Rosa outra coordenada que nos ajuda a definir o brasileiro o qu iz imei E Acompanho com assombro o que andam dizendo sobre os primeiros 500 anos do brasileiro Texto para a quest o 3 Bicicletas de Paris Engra ada a foto do governador do Rio andando de bra os abertos numa bicicleta Se fosse aqui no Rio provavelmente achar amos que ele estava sendo assaltado Os cariocas n o andam mais de bra os abertos mas de bra os para o alto pedindo a Deus que nos proteja Ser que o ilustre governante e sua comitiva aceitariam fazer um passeio ciclistico por algumas ruas de S o Crist v o Tijuca e Centro Acredito que ele chegaria ao fim do percurso sem o terno o rel gio e
139. aneiro do texto a cidade ainda sair ganhando Argumento 1 Os Jogos atrair o turistas para a tese para a cidade os Jogos atrair o para a cidade uma legi o de contr ria turistas do texto Argumento 2 Os Jogos atrair o os Jogos atrair o para para a tese investimentos privados para a cidade incont veis contr ria a cidade investimentos privados do texto Argumento 3 Os Jogos produzir o pois sair dos Jogos para a tese melhorias na cidade repaginada contr ria do texto 4 ESTRAT GIAS ARGUMENTATIVAS A Exemplifica o Trata se de apresentar exemplos concretos que ajudem a sustentar uma determinada posi o No fragmento abaixo o argumentador se posiciona contra a pena de morte Para sustentar sua posi o ou seja sua tese ele recorre exemplifica o citando os casos da Ge rgia e do Canad preciso recusar a pena de morte por uma raz o muito simples ela n o reduz os ndices de criminalidade Basta observar a experi ncia dos pa ses que a adotam O estado americano da Georgia maior aplicador da pena capital tem 20 mais homic dios que a m dia nacional No Canad por outro lado a crimi nalidade caiu em 27 depois que a pena de morte foi abolida B Argumento de autoridade o argumento baseado na opini o de um especialista Os citados podem ser especialistas profissionais de determinada
140. antiveram uma vig ncia praticamen te apenas regional como c rner ainda muito usada no Rio de Janeiro mas substitu da no resto do pa s por escanteio tiro de canto ou somente canto Rosa se acompanhasse o futebol se deliciaria com a variedade de met fo ras produzidas para dar conta do que acontece dentro das quatro linhas H por exemplo o recurso a uma infinidade de objetos cujo formato ou movimento lembra o de certas jogadas carrinho chap u bicicleta janelinha ex press o ga cha para bola entre as pernas ponte Mas o ramo mais bonito do ponto de vista de um escritor deve ser o das met foras extra das da natureza meia lva frango peixinho folha seca Ao criar uma jogada dessas como Didi que inventou a folha seca ou execut la com perfei o um craque faz poesia pura rivalizando com Deus e nomeando as coisas como se estivesse no primeiro dia da Cria o Guimar es Rosa infelizmente n o produziu seu sonhado dicion rio Nunca saberemos portanto se o homem que criou a saga fant stica de Riobaldo e Diadorim sabia o significado dentro do campo de futebol de uma chaleira um len ol um chaveirinho ou um corta luz COUTO Jos Geraldo Folha de S o Paulo 17 07 02 6 Cederi 2007 Quest es objetivas Um dos recursos de coes o textual o uso de voc bulos sin nimos ou quase sin nimos a fim de evitar a repeti o literal de um termo No texto ao utili
141. apta es que dever o ser feitas nas formas pronominais e verbais Texto para a quest o 2 A era do autom vel E subitamente a era do Autom vel O monstro transformador irrompeu bufando por entre os descombros da cidade velha e como nas m gicas e na natureza asp rrima educadora tudo transformou com apar ncias novas e novas aspira es Quando os meus olhos se abriram para as agruras e tamb m para os prazeres da vida a cidade toda estreita e toda do mau piso eri ava o pedregulho contra o animal de lenda que acabava de ser inventado em Fran a S pelas ruas esquias dois pequenos e lament veis corredores tinham tido a ousadia d aparecer Vivemos inteiramente presos ao Autom vel O Autom vel ritmiza a vida verti ginosa a nsia das velocidades o desvario de chegar ao fim os nossos sentimen tos de moral de est tica de prazer de economia de amor O autom vel um instrumento de precis o fenomenal o grande refor mador das formas lentas Sim em tudo reforma come a antes de andar na linguagem e na ortografia a simplifica o estupenda Um simples mortal de h vinte anos passados seria incapaz de compreender apesar de ter todas as letras e as palavras por inteiro este per odo O Autom vel Club Brasil sem neg cios com a Sociedade de Autom veis de Reims na garagem Excelsior Hoje n s ouvimos di logos bizarros Foste ao A C B l ss Marca da f br
142. ar o es tado de confus o e ignor ncia em rela o din mica da cria o liter ria No in cio do 3 par grafo a enunciadora se compara a um caramelo embru lhado em papel transparente imagem traduz a ideia de que ela est confusa ou enredada em meio a tantos conceitos e explica es te ricas Uma imagem muito semelhante ali s aparece no ltimo par grafo come o a me sentir prisioneira dos pr prios fios que fui inventar H por m uma pequena diferen a entre os dois casos No primeiro como usado o conectivo feito tem se a figura de linguagem conhecida como compara o No segundo como n o aparece nenhum conectivo tem se propriamente uma met fora N voa cipoal caramelo embrulhado prisioneira dos pr prios fios Todas essas analogias tr s met foras e uma compara o mostram o estado de con fus o mental da enunciadora ou seja sua dificuldade de compreender racio nalmente o fen meno da cria o liter ria Mas a analogia n o o nico meio para isso Pelo menos quatro outros recursos contribuem para refor ar o efeito de perplexidade e ignor ncia diante do mysterium da cria o a repeti o a ap strofe a pontua o e a ant tese Observe o final do 1 par grafo mas tudo sem explica o n o tem expli ca o Como as duas frases justapostas s o sin nimos apenas uma delas seria necess ria para passar a mensagem Se a inten o meramente dar o recado dupli
143. ara mim soaria absurda Ele como um tio um pouco chato que vem nos visitar de quatro em quatro anos gente tem pregui a de reencontr o mas sabe que seria pior se ele n o viesse Por isso eu digo Galv o n o precisa calar a boca n o Ricardo Calil Dispon vel em http colunistas ig com br ficardocalil page 3 Publicado em 18 06 2010 17 07 Acesso em 25 09 2010 Trata se de um texto argumentativo na medida em que o enunciador se prop e a defender um ponto de vista De fato o texto acima cont m os dois elementos centrais da argumenta o tese e argumentos tese est expressa claramente no t tulo Em defesa de Galv o Bueno ideia defender o ponto de vista de que o narrador Galv o Bueno um profissional competente Essa tese se op e quela defendida pelos participantes da campanha Cala a boca Galv o para a qual Galv o um mau narrador Al m de trazer uma tese o post tamb m cont m argumentos Abaixo enu meramos alguns deles sem compromisso com a ordem em que s o apresentados no texto Nem todos os argumentos abaixo est o claramente explicitados alguns s o infer ncias autorizadas pelo texto i Galv o Bueno tecnicamente competente tem boa voz bom ritmo n o fala em excesso nem se ausenta demais do jogo ii Galv o Bueno tem uma postura admir vel diante das cr ticas ainda que se trate de uma admira o com ressalvas iii As exig ncias do seu trabalho e
144. ara num pau um ma quinista parara o hor rio da dez Agora o que meu primo queria era um desastre E botou uma pedra bem na curva da rampa N s ficamos de espreita esperando a hora Quando vi o trem se aproximar como um bicho comprido que viesse para uma armadilha deu me uma agonia dentro de mim que eu n o soube explicar Parecia que eu ia ver ali perto de mim peda os de gente morta cabe as rolando pelo ch o sangue correndo no meio de ferros desmantelados E num mpeto com 0 trem que vinha roncando pertinho corri para a pedra e com toda a minha for a empurreia pra fora Um instante mais ouvi o ru do da m quina que passava Fiquei sozinho ali no ermo da estrada de ferro Os meus primos e os moleques tinham corrido Meu cora o batia apressado Parecia que eu era o nico culpado daquela desgra a que n o acontecera Comecei a chorar com medo do sil ncio Muito de longe o trem apitava E banhado pelas l grimas andei para casa Nunca mais em minha vida o hero smo me tentaria por essa forma REGO Jos Lins do Menino de engenho Rio de Janeiro J Olympio 2009 p 4 9 Cederi 2011 2 No trecho deu me uma agonia dentro de mim que eu n o soube explicar os pronomes assinalados concentram a for a da a o no personagem narrador Que sentimentos do menino a repeti o dos pronomes de 1 pessoa refor a GRUPO 2 Os pronomes como elementos de coes o Quest o Comentada Unicamp 2003 O Partido X dedica se a es
145. ara o bem estar da humanidade quanto a Amaz nia para o nosso futuro Apesar disso os donos das reservas sentem se no direito de aumentar ou diminuir a extra o de petr leo e subir ou n o o seu pre o Os ricos do mundo no direito de queimar esse imenso patrim nio da Humanidade Da mesma forma o capital financeiro dos pa ses ricos deveria ser internacio nalizado Se a Amaz nia uma reserva para todos os seres humanos ela n o pode ser queimada pela vontade de um dono ou de um pa s Queimar a Ama z nia t o grave quanto o desemprego provocado pelas decis es arbitr rias dos especuladores globais N o podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar pa ses inteiros na vol pia da especula o Antes mesmo da Amaz nia eu gostaria de ver a internacionaliza o de todos os grandes museus do mundo O Louvre n o deve pertencer apenas Fran a Cada museu do mundo guardi o das mais belas pe as produzidas pelo g nio humano N o se pode deixar que esse patrim nio cultural como o patrim nio natural amaz nico seja manipulado e destru do pelo gosto de um propriet rio ou de um pa s N o faz muito um milion rio japon s decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre Antes disso aquele quadro deveria ter sido internacionalizado Durante o encontro em que recebi a pergunta as Na es Unidas reuniam o F rum do Mil nio mas alguns presidentes de pa ses tiveram dificuldades em comparecer por cons
146. ardim E haveria tempo CASTRO Jorge Viveiros de De todas as nicas maneiras amp outras Rio de Janeiro 7Letras 2002 p 113 Car tuLo 7 u 85 11 UFRJ 2006 Ao longo do texto utilizam se dois tempos verbais Identifique os e justifique o emprego de cada um considerando a experi ncia narrada no texto Texto para a quest o 12 Ao estudar a lingua dos Hopi no que hoje o Arizona Whorf observou que ela era privada de estruturas temporais Os verbos por exemplo n o tinham formas para designar eventos no passado Mesmo as met foras lingu sticas que criassem uma conex o entre espa o e tempo como a certo ponto ou um longo per odo de tempo inexistiam Essa caracter stica exercia efeitos decisivos sobre o pensamento dos ndios seria respons vel por uma vis o de mundo atemporal Essa tese da atemporalidade por m foi refutada O linguista Ekkehart Malotki descreveu em Hopi time as nuan as com que a l ngua consegue des crever 0 tempo H mais de 200 express es hopi para o tempo como ontem hoje cedo ou tarde passando por per odos do dia meses e esta es do ano at um diferenciado sistema de suplementos verbais que permitem a des cri o precisa de um curso de eventos Por m com sua vis o err nea da l ngua Hopi Whorf ironicamente proveu a melhor prova para a hip tese da relatividade lingu stica Provavelmente ele n o descobriu as diversas defini es de temp
147. as entre sigilo e espionagem acontece a Inconfid ncia LIBERDADE AINDA QUE TARDE ouve se em redor da mesa E a bandeira j est viva e sobe na noite imensa E os seus tristes inventores j s o r us pois se atreveram a falar em Liberdade que ningu m sabe o que seja Atrav s de grossas portas sentem se luzes acesas e h indaga es minuciosas dentro das casas fronteiras Que est o fazendo t o tarde Que escrevem conversam pensam Mostram livros proibidos Leem not cias nas Gazetas Ter o recebido cartas de pot ncias estrangeiras z vit rias festas flores das lutas da Independ ncia Liberdade essa palavra que o sonho humano alimenta que n o h ningu m que explique e ningu m que n o entenda f MEIRELES Cec lia Romanceiro da Inconfid ncia Rio de Janeiro Nova Fronteira 1989 1 Uerj 2006 Exame de Qualifica o Existem no poema diferentes meca nismos de coes o que retomam termos anteriormente citados No fragmento Liberdade essa palavra v 25 a express o sublinhada corresponde a um desses mecanismos que caracterizado como A elipse B repeti o C substitui o D pronominaliza o Texto para a quest o 2 Acompanho com assombro o que andam dizendo sobre os primeiros 500 anos do brasileiro Concordo com todas as opini es emitidas e com as minhas em primeir ssimo lugar Tenho para mim que h do
148. as e o resultado foi o seguinte Os acontecimentos da sua inf ncia a mar caram at os doze anos depois disso voc buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento Perfeito Foi exatamente o que aconteceu comigo Fiquei radiante eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psican lise e ele acertou na mosca Estava com tempo sobrando e curiosidade algo que n o me falta ent o resolvi voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes Marquei umas alternativas esdr xulas que nada tinham a ver com minha personalidade E fui conferir o resultado que dizia o seguinte Os acontecimentos da sua inf ncia a marcaram at os 12 anos depois disso voc buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento MEDEIROS M Doidas e santas Porto Alegre 2008 adaptado 4 Enem 2010 Quanto s influ ncias que a internet pode exercer sobre os usu rios a autora expressa uma rea o ir nica no trecho A Marquei umas alternativas esdr xulas que nada tinham a ver B Os acontecimentos da sua inf ncia a marcaram at os doze anos C Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet D Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte E Fiquei radiante eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psican lise 5 FUVEST 2004 Na frase data de nossa independ ncia pol tica e do meu primeiro cati
149. banheiro fecha a porta e uma vez sozinho encosta se porta fechada enxuga a testa molhada com o len o Mas tem sido in til De noite sempre maior o n mero silencioso Cada noite as caras aproximam se um pouco mais Cada noite ainda um pouco mais At que ele j lhes sente o calor do h lito As caras inexpressivas respiram o l der acorda num grito Tenta explicar mulher sonhei que sonhei que Mas n o tem o que contar Sonhou que era um l der de pessoas vivas LISPECTOR Clarice Para n o esquecer S o Paulo Siciliano 1992 1 Uerj 2006 1 Exame de Qualifica o uma sucess o de caras iguais como na repeti o mon tona de um rosto s Nas caras n o h sen o a inexpress o Embora n o marcada linguisticamente h uma rela o sem ntica clara entre os dois per odos apontados acima Essa rela o pode ser explicitada pelo emprego do conectivo indicado em A mas B quando C embora D porque 2 Ueri 2009 Exame de Qualifica o Deve se reconhecer que a propor o entre essas duas categorias muda com o tempo tem pocas em que a propor o de jovens ativos se amplia e em outras pocas diminui A rela o de sentido entre o fragmento grifado e o anterior neste exemplo poderia ser indicada pelo emprego do seguinte conectivo A porque B conforme C no entanto D D n o obstante GRUPO 4 Compreender a fun o do conectivo em um texto espec fico Text
150. be versos 27 a 30 Observando o emprego dos tempos verbais nos voc bulos sublinhados acima explique o que a inf ncia na concep o do poema Texto para a quest o 3 O adeus No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra n s Que importa a uma grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares de edif cios que importa que l dentro n o haja ningu m ou que um homem e uma mulher ali estejam p lidos se movendo na penumbra como dentro de um sonho Entretanto a cidade que durante uns dois ou tr s dias parecia nos haver es quecido voltava subitamente a atacar O telefone tocava batia dez quinze vezes calava se alguns minutos voltava a chamar e assim tr s quatro vezes sucessivas Algu m vinha e apertava a campainha esperava apertava outra vez ex perimentava a ma aneta da porta batia com os n s dos dedos cada vez mais forte como se tivesse certeza de que havia algu m l dentro Fic vamos quietos abra ados at que o desconhecido se afastasse voltasse para a rua para a sua vida nos deixasse em nossa felicidade que flu a num encantamento constante Eu sentia dentro de mim doce essa esp cie de satura o boa como um veneno que tonteia como se meus cabelos j tivessem o cheiro de seus cabelos se 0 cheiro de sua pele tivesse entrado na minha Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era al m do amor eles tendiam a se parecer no mesmo repetido jogo l nguido e u
151. bou pela primeira vez S ficavam como de monstra es desagrad veis dele as camisolinhas Foi dentro delas cami solas de fazendinha barata a gloriosa de veludo era s para as grandes ocasi es foi dentro ainda das camisolinhas que parti com os meus pra Santos aproveitar as f rias do Tot sempre fraquinho um junho ANDRADE M rio de Contos novos S o Paulo Martins Belo Horizonte Itatiaia 1980 2 Ueri 2010 L ngua Portuguesa Literatura Brasileira M rio de Andrade um escritor conhecido pela adjetiva o expressiva e original que utiliza em seus textos como nos exemplos sublinhados abaixo Toda a gente apreciava os meus cabelos cacheados t o lentos palavras aflitas me mandando com raiva entre piedades infecundas Descreva o valor expressivo dos dois adjetivos e explique por que o emprego de cada um deles peculiar Texto para a quest o 3 J se sentiu v tima de algum tipo de marginaliza o e ou discrimina o dentro de sua universidade Infelizmente devo dizer que sim N o se trata de discrimina o ou margi naliza o pelo fato de ser brasileiro por m Trata se de uma dificuldade talvez natural que tem um novo imigrante em penetrar na elite da sociedade local que controla as posi es de poder Essa elite constitu da por pessoas que estu daram juntos na escola que fizeram o servi o militar juntas que pertencem ao mesmo partido pol tico etc e que se apoiam mutuame
152. car a informa o inteiramente desnecess rio Por que ent o a autora optou por essa redund ncia Reposta porque neste caso repetir uma mesma ideia com outras palavras ajuda a passar a sensa o de que a enunciadora est confusa perdida desorien tada s vezes quando estamos confusos ficamos repetindo uma mesma coisa diversas vezes sem conseguir articular um pensamento claro No 1 par grafo de Mysterium exatamente isso que acontece Ao repetir uma mesma ideia em duas frases consecutivas a enunciadora revela que n o consegue formular uma explica o clara e coerente o que denuncia seu estado de confus o mental em outras palavras mostra que ela ainda n o conseguiu fazer a travessia metaf rica da ignor ncia para a compreens o racional Essa desorienta o tamb m transparece no 3 par grafo Sentindo se per dida e confusa em sua tentativa de elucidar o mist rio da cria o a enunciadora lan a um grito desesperado e evoca Deus Como voc j aprendeu essa evoca o corresponde figura de linguagem conhecida como ap strofe para lembrar volte ao cap tulo 3 Junto com o chamado por Deus o uso reiterado do ponto de exclama o s o tr s vezes ao longo do par grafo sem contar a cita o do escritor Guimar es Rosa acentua a intensidade do desespero Um desespero que resulta de uma sensa o de perplexidade e ignor ncia ou seja da dificuldade de compreender seu pr prio processo criativ
153. charia o penteado do Malan Quem prega um sal rio m nimo maior o faz por demagogia oportunismo pol tico ou desinforma o S rios sensatos adultos e respons veis s o os que defendem o reajuste poss vel nas circunst ncias mesmo reconhecendo que pouco Como boa parte da popula o brasileira vive de um m nimo que n o d para viver e as circunst ncias que o impedem de ser maior n o v o mudar t o cedo eisnos num silogismo b rbaro se o pa s s sobrevive com mais da metade de sua popula o condenada a uma subvida perp tua estamos todos condenados a uma l gica do absurdo Aqui o s rio temer rio o sensato insensato o adulto irreal e o respons vel criminoso nossa estabilidade e o nosso prest gio com a comunidade financeira internacional se devem tenacidade com que homens hon rados e capazes resistindo a apelos emocionais mant m uma pol tica econ mica solidamente fundeada na mis ria alheia e uma admir vel coer ncia baseada na fome dos outros O pa s s vi vel se metade da popula o n o for Ver ssimo Luiz Fernando Ministro da Fazenda da poca O texto apresenta um ponto de vista cr tico constru do dentre outros pelo recurso da ironia qualidade que constitui uma ironia no texto A pol tico linha 4 B perp tua linha 10 C emocionais linha 14 D admir vel linha 15 Gabarito D Coment rio O texto uma grande cr t
154. ci ncia o poder ler e escrever sempre deter alguma forma de poder Mesmo que nem sem pre ele se exer a sob a forma do poder de mandar nos outros ou de fazer melhor e ganhar mais dinheiro por ter mais informa o e conhecer mais ou sob a forma de guardar como um tesouro a semente do futuro ou a palavra sagrada como nos mosteiros medievais ou em confrarias religiosas seitas secretas confrarias de todo tipo De qualquer forma uma caixinha dentro da outra o poder de compreender o texto suficientemente para perceber que nele h v rias outras possibilidades de compreens o sempre significou poder o tremendo poder de crescer e expandir os limites individuais do humano Constatar que dominar a leitura se apropriar de alguma forma de poder est na base de duas atitudes antag nicas dos tempos modernos Uma autorit ria tenta impedir que a leitura se espalhe por todos para que n o se tenha de compar tilhar o poder Outra democr tica defende a expans o da leitura para que todos tenham acesso a essa parcela de poder Do jeito que a alfabetiza o est conseguindo aumentar o n mero de leito res paralelamente expans o da produ o editorial que est oferecendo material escrito em quantidades jamais imaginados antes e ainda com o advento de meios tecnol gicos que eliminam as barreiras entre produ o e consumo do material es crito tudo levaria a crer que essa quest o est sendo resolvida Ser Na verdade crei
155. cial que come a a afligir homens e mulheres de v rias formas Com a ang stia do excesso inquieta o com os limites da leitura A sensa o de hoje ser imposs vel abarcar a totalidade do conhecimento e da experi ncia ing nuo sonho de outras pocas preocupa o com a abund ncia da produ o e a im possibilidade de seu consumo total por meio de um indiv duo O medo da perda A afli o de se querer hierarquizar ou organizar esse material Enfim constatamos que a leitura cresceu e cresceu demais Ao mesmo tempo ainda falta muito para quanto queremos e necessitamos que ela cres a Precisa crescer muito mais Assim multiplicamos campanhas de leitura e projetos de fomento do livro Mas sabemos que com todo o crescimento jamais a leitura conseguir acompanhar a expans o incontrol vel e necessariamen te ca tica da produ o dos textos que se multiplicam ainda mais numa infinidade de meios novos Muda se ent o o foco dos estudiosos abandona se o exame dos textos e da literatura criam se os especialistas em leitura multiplicam se as reflex es sobre livros e leitura numa tentativa de ao menos entendermos o que se passa j que um mecanismo que recusa qualquer forma de dom nio e nos fugiu ao controle completamente Falar em dom nio e controle a prop sito da inquieta o que assalta quem pensa nessas quest es equivale a lembrar um aspecto indissoci vel da cultura escrita e nem sempre trazido com clareza cons
156. cias descritivas que est o sublinhadas quanto sequ ncias narrativas que n o est o sublinhadas Como seu objetivo relatar um acontecimento espec fico a consulta de um homem a uma cartomante poss vel afirmar que se trata de um trecho predo minantemente narrativo Isso comprovado pela sucess o cronol gica de fatos i cartomante aparece na porta ii Camilo anuncia seus objetivos iii cartomante convida Camilo para entrar iv cartomante e Camilo sobem ao s tio v cartomante indica para o Camilo o lugar onde ele deve se sentar vi A cartomante se senta em seu lugar vii cartomante abre uma gaveta viii cartomante tira da gaveta um baralho de cartas ix A cartomante embaralha as cartas e olha para Camilo por baixo dos olhos x A cartomante coloca tr s cartas sobre a mesa xi cartomante come a a falar Por outro lado embora se trate de um trecho predominantemente narrativo n tida a presen a de sequ ncias descritivas que como j dissemos est o sublinhadas Lembre se de que existem tr s opera es que definem a descri o identifica o localiza o e qualifica o primeira delas aparece logo na segun da ora o do fragmento era a cartomante O trecho descritivo seguinte por sua vez traz tanto localiza o Em cima havia uma salinha quanto qualifica o de mal alumiada por uma janela em diante
157. cion rio Texto II Convive com teus poemas antes de escrev llos Toda noite tem auroras Tem paci ncia se obscuros Calma se te provocam Raios toda a escurid o Espera que cada um se realize e consume Mo os creiamos n o tarda com seu poder de palavra A aurora da reden o e seu poder de sil ncio astro Alves Obra Completa Rio de Janeiro Nova Aguilar 1976 p 212 2 UFF 2001 O fragmento de Castro Alves e o poema de Carlos Drummond de Andrade apresentam verbos no modo imperativo Chega mais perto e contempla as palavras Mo os creiamos n o tarda v 3 Cada uma N o nos afastemos muito vamos de m os dadas v 7 tem mil faces secretas sob a face neutra Justifique o emprego do imperativo correlacionando as semelhan as tem ti e te pergunta sem interesse pela resposta cas entre os versos destacados pobre ou terr vel que lhe deres Trouxeste a chave ANDRADE Carlos Drummond de Nova reuni o 19 livros de poesia Rio de Janeiro Jos Olympio 1987 Texto para a quest o 3 Onde est s 1 Uerj 2006 adaptada O poema de Carlos Drummond de Andrade apresenta meia noite e rugindo um conjunto de instru es para o fazer po tico que podem ser distribu das em duas Passa triste a ventania partes conforme a mudan a de atitude enunciativa do eu l rico Como um verbo de desgra a a Explique em que consiste essa mudan a e indique o recurso gramatical Como um grito de agonia que a explici
158. com rara franqueza Tu s livre podes ir para onde quiseres Aqui tens casa amiga j conhecida e tens mais um ordenado um ordenado que Oh meu senh Fico Um ordenado pequeno mas que h de crescer Tudo cresce neste mundo tu cresceste imensamente Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho hoje est s mais alto que eu Deixa ver olha s mais alto quatro dedos Artura n o qu diz nada n o senh Pequeno ordenado repito uns seis mil r is mas de gr o em gr o que a galinha enche o seu papo Tu vales muito mais que uma galinha Eu vaio um galo sim senh Justamente Pois seis mil r is No fim de um ano se andares bem conta com oito Oito ou sete Pancr cio aceitou tudo aceitou at um peteleco que lhe dei no dia seguinte por me n o escovar bem as botas efeitos da liberdade Mas eu expliqueilhe que o peteleco sendo um impulso natural n o podia anular o direito civil adquirido por um t tulo que lhe dei Ele continvava livre eu de mau humor eram dois estados naturais quase divinos Tudo compreendeu o meu bom Pancr cio da para c tenho lhe despedido alguns pontap s um ou outro pux o de orelhas e chamo lhe besta quando lhe n o chamo filho do diabo cousas todas que ele recebe humildemente e Deus me perdoe creio que at alegre ASSIS Machado de http portal mec gov br 30 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Vocabul rio 1 apr s co
159. condem no subconsciente Ziguezagues que atordoam Quando o xadrez funciona o conceito formado por encaixes eliminando a import ncia exagerada que poderia ser dada a certas fotos mais formais N o s o acasos felizes pois desde o come o de um projeto uma ideia j existe apenas ela flex vel esse deixa impregnar pela exist ncia das pessoas fotografadas O interessante fazer a mat ria externa vibrar em toda sua for a de maneira que seja espelho de minhas inten es sem deixar de ser espelho da vida CORA O ESPELHO DA CARNE Edward Weston diz nos Notebooks que a c mera deve ser usada para documentar a vida Documentar no sentido ntegro n o o bater chapa autom tico de algum acontecimento mais importante hist rico ou socialmente por m o documento de vida Diria que revelar essa vida essa for a o essencial pois de qualquer forma documento sempre ser a foto tomada Ele continua rendendo a verdadeira subst ncia da coisa em si seja ela a o polido ou carne palpitante BRANCO Miguel Rio fot grafo Notes on the tides Rio de Janeiro Sol Gr fica 2006 7 Ueri 2010 Exame de Qualifica o O texto apresenta algumas figuras de estilo como por exemplo a met fora O par de voc bulos com emprego metaf rico est indicado em A ziguezagues xadrez B subconsciente espelho O mat ria carne D subst ncia a o Texto para a quest o 8 Despedidas Se entrar
160. cursos financeiros 0 GLOBO Por que o Rio foi escolhido para ter o primeiro Relat rio de Desenvolvimento Humano de uma cidade JOS CARLOS LIB NIO Primeiro pela oferta de recursos intelectuais que permitiu n o s a cria o de novos indicadores como tamb m desagreg los O Car tuLo 2 i 35 Brasil foi o primeiro pa s a ter um ndice para todas as cidades Com a experi ncia resolvemos enfrentar o desafio de fazer o mesmo em n vel local O Rio foi esco lhido porque se destaca no imagin rio nacional e mundial Era preciso identificar suas peculiaridades e talentos para planejar o seu futuro Em que situa o de desenvolvimento humano o Rio se encontra LIB NIO Olhamos para a vida carioca por diversos prismas e aparece uma cidade inusitada Est entre as quatro capitais com melhores condi es de vida Mas se comparada a outras capitais sofre uma intensa despropor o de renda Em termos de desigualdades est em 11 Fica claro que a dificuldade da cidade a reparti o dos recursos Zona Sul por exemplo tem renda per capita cinco vezes maior do que a Zona Norte Os problemas do Rio atingem a todos da mesma maneira LIB NIO A vantagem do relat rio justamente olhar a informa o desa gregada fechando o zoom do microsc pio para identificar onde a cidade est bem e onde n o est M dias normalmente mais escondem do que revelam N o podemos supor por exemplo que todas as reas pobres da ci
161. da o adaptada Defendo a leitura da literatura da poesia de textos que t m dimens o art s tica n o por erudi o Embora o trecho sublinhado n o se inicie por conectivo seria poss vel acres centarlhe conjun o preservando a rela o de sentido com o conjunto da frase Aponte duas conjun es diferentes que no mesmo contexto poderiam intro duzir o trecho em destaque Indique tamb m o tipo de rela o de sentido que estas conjun es estabelecem na frase 14 Cederi 2011 2 Com o aux lio de um conectivo una os dois per odos des tacados Meu cora o batia apressado Parecia que eu era o nico culpado daquela desgra a que n o acontecera Texto para a quest o 15 Mem rias nunca p stumas de um vampiro fragmento Fernando Ceyli o Eu me perco n o repare muita coisa na cabe a S o 200 anos de mem rias princ pio a vida eterna parece tima mas depois entendemos como sofrido n o descansar jamais Pergunta pra Hebe A nica coisa realmente clara no meu pensamento a lista de mulheres que tiveram a vida destru da por mim Catherine foi a primeira Catherine Earnshaw Inglesa danada Depois fui pra Fran a dar um tempo Bovary Louca Um grande amigo vivia me dizendo voc tem que experi mentar as russas Ele tinha raz o Anna Karenina pra sempre minha Aninha t no topo de uma enorme lista Magazine O Globo 20 04 2010 15 UFF 2011 LPLB Eu me perco n o re
162. da frequentemente em nossos di logos cotidianos Imagine este di logo entre m e e filho 20 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 M e Por que eu deveria deixar voc ir festa Filho Porque todos os meus amigos v o M e Ent o quer dizer que se todos os seus amigos se jogarem embaixo de um trem voc tamb m vai se jogar certo O argumento usado pelo filho para convencer a m e a autorizar sua ida festa o fato de que todos os seus amigos ir o ao evento partir da a m e se p e a demonstrar que esse argumento inconsistente e portanto inv lido Como Explorando suas consequ ncias at o limite do absurdo do inaceit vel O racioc nio mais ou menos assim se acha que deve ir festa apenas porque todo mundo vai ent o voc aceita que o fato de seus amigos fazerem alguma coisa motivo para que voc tamb m fa a sendo assim conclui se que o fato de seus amigos atentarem contra a vida deles pr prios motivo para que voc atente contra a sua Evidentemente o filho n o poder aceitar essa conclu s o o que o obrigaria tamb m a abrir m o do seu argumento inicial D Nega o Toda argumenta o tende naturalmente a criar um certo dima de guerra Ao iniciar a leitura de um texto argumentativo todo leitor se coloca na defen siva caso perceba que ser defendida uma tese da qual ele discorda Com essa postura o leitor fica negativamente predisposto em rela o tiquele texto Mas h um mei
163. da vida e a amizade entre os huma nos e o amor e a paz Ao mesmo tempo o mundo imaginado caracterizado como um lugar cheio de poesia lirismo e imagina o Do ponto de vista da macroestrutura textual a cr nica apresenta duas par tes estruturais bem delimitados Nela a oposi o b sica entre MUNDO REAL e MUNDO IMAGINADO se manifesta da seguinte forma o primeiro par grafo corresponde ao mundo real primeira parte ao passo que o segundo e o terceiro par grafos se associam ao mundo imaginado segunda parte 3 Recursos lingu sticos De imediato podemos observar a estrat gias lingu sticas que marcam a passagem da primeira para a segunda parte do texto ou seja do mundo real para o mundo imaginado a pontua o e o emprego de conectivo Observe em primeiro lugar que o segundo par grafo come a com uso de retic ncias Neste texto elas criam um efeito de distanciamento entre as duas partes estruturais da cr nica como se elas funcionassem com uma barreira ou limite separando os dois mundos Esse contraste fica ainda mais marcado por causa do emprego de Mas conjun o que como voc j estudou tem valor sem ntico de oposi o caso n o se lembre volte ao cap tulo 9 Voc j viu tamb m que essa cr nica reproduz o formato e a linguagem de uma carta endere ada a um interlocutor espec fico simulando portanto um efei to de conversa com esse interlocutor Esse efeito se manifesta gramaticalmente
164. dade que pode provocar duas atitudes ou de interesse para melhor conhecer que implica abertura e di logo ou de distanciamento que pressup e fechar o esp rito e excluir De todas as formas surge uma percep o incontorn vel nosso modo de ser n o o nico H gente que sem deixar de ser gente diferente Quer dizer nosso modo de ser de habitar o mundo de pensar de valorar e de comer n o absoluto H mil outras formas diferentes de sermos humanos desde a forma dos esquim s siberianos passando pelos yanomamis do Brasil at chegarmos aos sofisticados moradores de Alphavilles onde se resquardam as elites opulentas e amedrontadas O mes mo vale para as diferen as de cultura de l ngua de religi o de tica e de lazer Deste fato surge de imediato o relativismo em dois sentidos primeiro im porta relativizar todos os modos de ser nenhum deles absoluto a ponto de invalidar os demais imp e se tamb m a atitude de respeito e de acolhida da diferen a porque pelo simples fato de estara goza de direito de existir e de coexistir segundo o relativo quer expressar o fato de que todos est o de alguma forma relacionados Eles n o podem ser pensados independentemente uns dos outros porque todos s o portadores da mesma humanidade Devemos alargar a compreens o do humano para al m de nossa concretiza o Somos uma geo sociedade una m ltipla e diferente Todas estas manifesta es humanas s o portadoras de
165. dade se populariza por viver para si mesma 0 her i assim se tornava por viver servindo sua comunidade Todo super her i deve Car tuLo 1 x 13 atravessar alguma via crucis Gandhi l der pacifista indiano disse que quanto maior nosso sacrif cio maior ser nossa conquista Como H rcules como Batman Toda hist ria em quadrinhos traz em si alguma coisa de industrial e margi nal ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto Os filmes de super her i ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada ind stria realizam uma outra fa anha que provavelmente sem eles n o ocorreria a forma o de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais heroicos da Antiguidade para o homem moderno O cineasta italiano Fellini afirmou uma vez que Stan Lee o criador da editora Marvel e de diversos her is populares era o Homero dos quadrinhos Toda boa hist ria de super her i uma hist ria de exclus o social Homem Aranha um nerd Hulk um monstro amaldi oado Demolidor um deficiente os X Men s o indiv duos excepcionais Batman um rf o Super Homem um alien gena expatriado S o todos s mbolos da solid o da sobreviv ncia e da ab nega o humana N o se ama um her i pelos seus poderes mas pela sua dor Nossos olhos podem at se voltar a eles por suas habilidades fant sticas mas na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular Os super her is que n o sofrem ou simplesmente trabalham para o si
166. dade t m as mesmas condi es de saneamento e acesso gua Como a ONU espera que o relat rio seja aproveitado LIB NIO O Brasil est se graduando junto ONU e ao Banco Mundial Isso significa que vir o menos recursos a fundo perdido destes dois organismos Vai ser preciso que haja mobiliza o da sociedade porque vemos que o problema n o a escassez de recursos tend ncia de que a ONU mande mais recursos para frica e sia Para o Brasil os recursos ser o mandados em ordem decrescente O pa s poder continuar contando com a ONU mas a colabora o para o desenvol vimento se dar cada vez mais no campo da informa o e menos da mobiliza o dos recursos financeiros LIB NIO Jos Carlos O Globo 24 03 2001 2 Ueri Vent Sade 2003 Exame de Qualifica o M dias normalmente mais escondem do que revelam N o podemos supor por exemplo que todas as reas pobres da cidade t m as mesmas condi es de saneamento e acesso gua O trecho transcrito acima critica um uso espec fico do seguinte m todo de racioc nio A dedutivo C indutivo B dial tico D silog stico Texto para a quest o 3 Her i na contemporaneidade Quando eu era crian a passava todo o tempo desenhando super her is Recorro ao historiador de mitologia Joseph Campbell que diferenciava as duas figuras p blicas o her i figura p blica antiga e a celebridade a figura p blica moderna Enquanto a celebridad
167. dades especiais timo Politicamente corret ssimo Mas a verdadeira inclus o tem que come ar pela melhora da qualidade do ensino de toda a popula o Temos que deter o processo atval no qual o aluno termina o ensino fun damental quando termina quase tal qual estava quando entrou Essa a verdadeira exclus o de posse do seu diploma mas com prec ria aprendizagem o jovem especialmente o de classe social menos favorecida que tanto precisa de trabalho ejetado do mercado de trabalho sem d nem piedade Afinal at concurso para gari exige que se saiba ler e escrever direito Ou amos quem executa Eles nos dir o como evitar as tempestades do de sencanto TAGURY Tania O Globo 29 07 2003 4 Ueri 2004 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o O texto utiliza em sua estrat gia argumentativa recursos diferenciados de composi o para tratar de um problema e sugerir poss veis solu es a Explique de que maneira combinam se na coer ncia interna do texto os par grafos de abertura e de conclus o b polifonia um recurso de constru o pelo qual diferentes vozes ou pontos de vista podem ser depreendidos da leitura de um texto No texto acima h momentos em que aparecem claramente outras vozes ou posicionamentos percebidos pelo leitor por meio de sinais de pontua o Retire do texto dois momentos em que ocorrem essas falas e aponte a quem elas podem ser atribu das Text
168. de um determinado tema chamado de disserta o expositiva ou simplesmente exposi o Al m de aparecer nas enciclop dias tamb m o texto t pico dos livros did ticos ou dos semin rios escolares Agora compare o texto 3 ao texto 4 Ambos abordam o mesmo assunto geral a China Ainda assim voc pode notar que eles s o muito diferentes no que diz respeito aos seus objetivos No texto 3 h t o somente a inten o de transmitir informa es variadas sobre a China relevo economia etc no texto 10 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 4 o enunciador procura defender um ponto de vista ou seja ele apresenta uma opini o a respeito de um tema pol mico e procura demonstrar que sua opini o est correta Qual o tema que est em jogo no texto 4 Resposta a quest o da convi v ncia entre as diversas etnias que residem no territ rio chin s Qual a opini o do governo chin s sobre esse tema ou pelo menos a opini o declarada do governo chin s Resposta o governo sustenta que na China o conv vio entre as diferentes etnias harmonioso E qual a opini o ou seja o ponto de vista ou tese que o enunciador do texto defende Essa tese est clara j no t tulo para ele a Harmonia tnica da sociedade chinesa um mito Textos que visam a defender uma tese ou seja um ponto de vista s o classificados como argumentativos Um exemplo cl ssico de texto argumentativo a reda o de vestibula
169. de Coopera o e Desenvolvimento do Ins tituto de Pesquisa Econ mica Aplicada Ipea Christiane Girard a problem tica das rela es de trabalho envolve tamb m uma quest o qual o tipo de desenvol vimento que n s como cidad os queremos ter Segundo Christiane preciso articular o econ mico e o social como acontece na economia solid ria Ela uma das alternativas que aparecem e precisa ser discutida A resposta do traba lhador se manifesta por meio do estresse de doen as diversas e do suic dio gente n o se pergunta o suficiente sobre o peso da gest o do trabalho disse a representante do Ipea Adaptado de www diariodasaude com br 5 Uerj 2011 Exame de Qualifica o No texto as falas do professor uni versit rio e da coordenadora do instituto de pesquisa refor am o sentido geral antecipado pelo t tulo da mat ria jornal stica A cita o de falas como as referidas acima um recurso conhecido da argu menta o Esse recurso est corretamente descrito em A exemplifica o de fatos enunciados no texto B registro da diverg ncia entre diferentes autores O apoio nas palavras de especialistas em uma rea D apresenta o de dados quantificados por pesquisas Texto para a quest o 6 Uma mulher chamada Guitarra Um dia casualmente eu disse a um amigo que a guitarra ou viol o era a m sica em forma de mulher frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela cons
170. de que os estrangeirismos representam um ataque l ngua Quest o 2 Na constru o do texto os autores utilizam alguns recursos de linguagem para se distanciar da posi o que eles combatem Um desses recursos est assinalado e caracterizado em A os empr stimos de hoje s o mais volumosos ou mais poderosos do que em outros tempos compara o B Na vis o alarmista de que os estrangeirismos representam um ataque l ngua adjetiva o C ao convidar para uma happy hour por exemplo estaria excluindo quem n o entende ingl s cita o de exemplo D n o tiveram a oportunidade de aprender ingl s como a vast ssima maioria da popula o brasileira emprego de superlativo Resposta B Coment rio alternativa B corresponde a um dos momentos em que o argumentador faz refer ncia tese advers ria Nesse momento ele precisa deixar claro que n o adere a essa tese Em outras palavras o argumentador precisa marcar o distanciamento em rela o ao rival Na letra B o recurso utilizado para marcar esse distanciamento a adjetiva c o para deixar claro que n o concorda com a tese mencionada o argumentador a qualifica como alarmista Ora se eu considero uma determinada vis o alarmis ta porque n o concordo com ela Quest o 3 O equ voco desse racioc nio linguisticamente preconceituoso n o est em dizer que esse pode ser um processo de exclus o O f
171. de semelhan a algo ruim Em oposi o gr o o bom No contexto em que aparecem farelo indica a parte objet vel critic vel ou errada do discurso do emissor gr o por outro lado seria o que ele disse de verdadeiro e correto Dado que o personagem est qualificando seu pr prio discurso uma interpre ta o relacionada consiste em associar o farelo com a ideia de parte e da com pensamentos e falas desconexos soltos fragmentados e confusos Por oposi o o gr o corresponderia s falas completas racionais e ao pensamento inteiro consistente sem interrup es Esse estado de confus o mental do personagem farelo no qual ainda persiste algum grau de sanidade gr o comprovado na frase seguinte Mesmo confundindo nunca me perco Assim duas op es de tradu o seriam Se muito do que eu digo conden vel h ainda partes verdadeiras OU Se muito do que eu digo desconexo e confuso ainda h pensamentos claros e coerentes 2 TIPOS DE FIGURAS 1 Figuras de constru o A Elipse A elipse uma figura caracterizada pela omiss o de um termo que facil mente subentendido quando a omiss o ocorre ap s esse mesmo termo j ter sido enunciado dizemos que h zeugma que uma esp cie de elipse Como processo gramatical a elipse provoca que um referente passe a ser designado por um s dos termos de sua designa o o que p
172. dem ser expressas por elementos lingu sticos coesivos conectivos ou n o Observe estas frases do texto Todo pensamento come a com um problema Quem n o capaz de perceber e formular problemas com clareza n o pode fazer ci ncia Considerando o contexto no qual est o inseridas e a ordem em que se apre sentam identifique o tipo de rela o estabelecida pelas frases entre si e cite duas conjun es que poderiam ser usadas para marcar essa rela o 106 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Texto para a quest o 11 O arquivo No fim de um ano de trabalho jo o obteve uma redu o de quinze por cento em seus vencimentos jo o era mo o Aquele era seu primeiro emprego N o se mostrou orgulhoso embora tenha sido um dos poucos contemplados Afinal esfor ara se N o tivera uma s falta ou atraso Limitou se a sorrir a agradecer ao chefe No dia seguinte mudou se para um quarto mais distante do centro da cidade Com o sal rio reduzido podia pagar um aluguel menor Passou a tomar duas condu es para chegar ao trabalho No entanto estava satisfeito Acordava mais cedo e isto parecia aumentar lhe a disposi o Dois anos mais tarde veio outra recompensa O chefe chamov o e lhe comunicou o segundo corte salarial Desta vez a empresa atravessava um per odo excelente redu o foi um pouco maior dezessete por cento Novos sorrisos novos agradecimentos nova mudan a Agora jo o acordava s cinco da manh
173. do como seu pai falaria As conjun es que exprimem compara o s o chamadas de conjun es com parativas Conformidade Conforme havia sido anunciado haver demiss es este m s Fez tudo como o chefe mandou As conjun es que exprimem conformidade s o chamadas de conjun es conformativas Propor o medida que cresce a terceiriza o dos processos de neg cios TPN cresce tamb m a preocupa o com a m trica e com a medi o www wharton universia nef Quanto mais cresce a terceiriza o dos processos de neg cios TPN mais cresce a preocupa o com a m trica e com a medi o As conjun es que exprimem propor o s o chamadas de conjun es pro porcionais Tempo Quando cheguei todos pararam de falar Assim que cheguei todos pararam de falar Mal cheguei todos pararam de falar Enquanto ela arrumava a casa eu adiantava o almo o conjun o enquanto A depender do contexto a conjun o enquanto pode assumir ideia de contraste que se soma ao seu sentido temporal b sico Veja Enquanto voc s ficam a parados sem fazer nada eu fico aqui me ma tando sozinho As conjun es que exprimem tempo s o chamadas de conjun es temporais Tempo ou condi o Cuidado embora a conjun o quando tenha tipicamente valor tem poral ela pode aparecer em alguns casos com sem ntica condicional Veja esta quest o da PUC 2007 SUPER Por que
174. do o 1003 se agita pois como n o sei o seu nome nem o senhor sabe o meu ficamos reduzidos a ser dois n meros Note que nesse trecho a meton mia d origem a duas personifica es 903 dormir e 1003 se agita Ao tratar o vizinho metonimicamente por um n mero e n o pelo seu nome ou melhor ainda algum apelido o enunciador deixa marcada a falta de proximidade entre os dois A partir da o enunciador passa a mencionar a uma s rie de n meros 1003 1005 1001 1004 903 Logo adiante a insist ncia nos algarismos se torna t o gritante que produz um efeito c mico 22 45 903 22 7 8 15 783 109 527 305 absolutamente tudo vira n mero Evidentemente isso n o apenas uma coincid ncia H uma raz o para enfileirar tantos n meros E a raz o a seguinte a repeti o de n meros ajuda a enfatizar ou refor ar a ideia de uma vida excessi vamente regrada disciplinada ordenada mon tona e afetivamente fria que s o exatamente os atributos que o enunciador que associar ao mundo real H ainda um outro recurso utilizado para caracterizar o mundo real como o lugar da disciplina e da monotonia trata se da met fora O enunciador usa duas met foras para se referir a si mesmo Ao caracterizar seu comportamento antes da reclama o do vizinho quando ainda tinha vivia segundo a l gica do mundo imaginado ele se compara ao oceano Isso fica claro nas senten as em que ele e 0 oceano s o colocados em p d
175. do por se a t pica conjun o condicional S somos felizes sea vida tem um significado Al m disso nada garante que necessaria mente nossa vida ter um significado Por isso essa informa o deve ser interpretada como uma hip tese refor ando assim a ideia de que se trata de um enunciado condicional EXERC CIOS GRUPO 1 Identificar o valor sem ntico de um conectivo indicado previamente Texto para a quest o comentada Ser mulher Ser mulher vir luz trazendo a alma talhada para os gozos da vida a liberdade e o amor tentar da gl ria a et rea e alt vola escalada na eterna aspira o de um sonho superior Car tuLo 9 i 101 Ser mulher desejar outra alma pura e alada para poder com ela o infinito transpor sentir a vida triste ins pida isolada buscar um companheiro e encontrar um senhor Ser mulher calcular todo o infinito curto para a larga expans o do desejado surto no ascenso espiritual aos perfeitos ideais Ser mulher e oh atroz tant lica tristeza ficar na vida qual uma guia inerte presa nos pesados grilh es dos preceitos sociais MACHADO Gilka Poesias completas Rio de Janeiro L o Christiano Editorial FUNARJ 1991 p 106 Quest o comentada UFRJ 2010 Em tr s versos do texto acima encon tra se um conectivo normalmente descrito com o sentido de finalidade mo vimento Em um desses versos o efeito de sentido extrapola essa descri o
176. e completa Os conceitos se escondem no subconsciente Ziguezagues que atordoam Quando o xadrez funciona o conceito formado por encaixes eliminando a import ncia exagerada que poderia ser dada a certas fotos mais formais N o s o acasos felizes pois desde o come o de um projeto uma ideia j existe apenas ela flex vel e se deixa impregnar pela exist ncia das pessoas fotografadas O interessante fazer a mat ria externa vibrar em toda sua for a de maneira que seja espelho de minhas inten es sem deixar de ser espelho da vida CORA O ESPELHO DA CARNE Edward Weston diz nos Notebooks que a c mera deve ser usada para documentar a vida Documentar no sentido ntegro n o o bater chapa autom tico de algum acontecimento mais importante hist rico ou socialmente por m o documento de vida Diria que revelar essa vida essa for a o essencial pois de qualquer forma documento sempre ser a foto tomada Ele continua rendendo a verdadeira subst ncia da coisa em si seja ela a o polido ou carne palpitante MIGUEL RIO BRANCO fot grafo Notes on the tides Rio de Janeiro Sol Gr fica 2006 4 Ueri 2010 Exame de Qualifica o rendendo a verdadeira subst ncia da coisa em si seja ela a o polido ou came palpitante O emprego do conectivo grifado no contexto explica se porque A revela ideias excludentes entre si B expressa fatos em sequ ncia cronol gica C representa aconteci
177. e concretiza interessante notar ainda a influ ncia do universo cinematogr fico pr pria narrativa do poema reproduz o enredo t pico das com dias rom nticas norte americanas um homem e uma mulher inicialmente n o podem ou n o querem ficar juntos enfrentam uma s rie de reviravoltas a que o eu po tico se refere como mil perip cias e finalmente s o agraciados com o final feliz Al m disso a representa o dos personagens na modernidade replica os clich s dos gal s e musas do cinema um mo o moderno rico e cheio de habilidades e uma loura not vel n o menos talentosa Finalmente a inspira o no univer so cinematogr fico se torna expl cita quando o eu po tico se intitula her i da Paramount Parte estrutural Estrofe s Sintese Parte 1 la4 N o concretiza o do amor no passado perip cias Parte 2 5 Concretiza o do amor no presente final feliz Car tuLo 10 117 3 Recursos lingu sticos Em primeiro lugar observe como a separa o entre as duas partes estrutu rais presente e passado marcada gramaticalmente Isso ocorre por meio de dois elementos tempos verbais e adv rbios ou locu es adverbiais de tempo Assim da primeira quarta estrofe o tempo verbal predominante o pre t rito na maioria das vezes o pret rito perfeito sai virei encontrei te fui toquei fui etc mas em um caso tamb m o
178. e dia claro nesses casos voc abre a janela ou abre um pote de p ssegos em calda ou mesmo um livro que nunca h de ser lido at o fim e ent o a ideia irrompe clara e n tida E necess rio N o Ser poss vel De modo algum Ao menos d prazer Ser prazer essa exig ncia cega a latejar na mente o tempo todo Ent o por qu E neste exato instante voc por fim entende e refestela se a valer nessa poltrona a mais c moda da casa e pensa sem rancor Perdi o dia mas ganhei o mundo Mesmo que seja por trinta segundos BRITO Paulo Henriques As tr s epifanias IIl In BRITO P H Macau S o Paulo Companhia das Letras 2003 p 72 73 6 UFRJ 2006 Um pronome para assumir valor indeterminado n o deve estar associado apenas a um interlocutor espec fico mas tamb m a outros interlocuto res depreens veis do contexto Considerando a afirmativa acima explique o valor indeterminado da forma voc no texto acima e justifique seu emprego para a constru o do sentido do texto Texto para a quest o 7 Passou pela sala sem parar avisou ao marido vamos sair e bateu a porta do apartamento Ant nio mal teve tempo de levantar os olhos do livro e com surpresa es piava a sala j vazia Catarina Chamou mas j se ouvia o rv do do elevador Car tuLo 6 67 descendo Aonde foram perguniou se inquieto tossindo e assoando o nariz Porque s bado era seu mas ele queria que sua mulher e seu f
179. e igualdade apenas eu e o Oceano Atl ntico fazemos algum ru do e funcionamos fora dos hor rios civis n s dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da mar dos ventos e da lua Por outro lado depois de prometer se adaptar s regras do mundo real ele compara seu comportamento futuro a um manso lago azul S o portanto duas imagens metaf ricas oceano e manso lago azul que marcam bem o contraste entre o mundo imaginado l rico rebelde e imprevis vel de um lado e o mundo real disciplinado ordeiro e mon tono de outro Vale a chamar a aten o ainda para outro elemento que marca a oposi o entre as duas partes estruturais do texto o modo verbal Note que no primeiro par grafo h uma grande predomin ncia do modo indicativo sobretudo o tem po presente Isso coerente com a inten o de exprimir fatos reais concretos Car tuLo 10 119 afinal trata se aqui do mundo real Por outro lado o segundo e o terceiro par grafos lan am m o do modo subjuntivo com formas verbais no pret rito imperfeito batesse respondesse trouxesse ficasse Isso n o deve causar surpresa j que a inten o neste momento exprimir fatos hipot ticos ou imagin rios afinal de contas trata se precisamente do mundo imaginado Por fim importante atentar para o l xico ou vocabul rio associado a cada mundo Observe que o vocabul rio vinculado ao mundo real evoca as
180. e infantil Deixassem que eu sentisse por mim me incutissem aos poucos a necessidade de cortar os cabelos nada uma decis o antiga brutal impiedosa castigo sem culpa primeiro convite s revoltas ntimas preciso cortar os cabelos desse menino Tudo o mais s o mem rias confusas ritmadas por gritos horr veis cabe a sacudida com viol ncia m os en rgicas me agarrando palavras aflitas me mandando com raiva entre piedades infecundas dificuldades irritadas do cabeleireiro que se esfor ava em ter paci ncia e me dava terror o pranto afinal E no ltimo e prolongado fim o chorinho dolorid ssimo convulsivo cheio de visagens pr ximas atrozes um desespero desprendido de tudo uma fixa o emperrada em n o querer aceitar o consumado Me davam presentes Era raz o pra mais choro Ca oavam de mim choro Beijos de mam e choro Recusava os espelhos em que me diziam bonito Os cad veres de meus cabelos guardados naquela caixa de sapatos choro Choro e recusa Um n o conformismo navalhante que de um mo mento pra outro me virava homem feito cheio de desilus es de revoltas f cil para todas as rvindades De noite fiz quest o de n o rezar e minha m e depois de v rias tentativas olhou o lindo quadro de Nossa Senhora do Carmo com mais de s culo na fam lia dela gente empobrecida mas diz que nobre o olhou com olhos de implora o Mas eu estava com raiva da minha madrinha do Carmo E o meu passado se aca
181. e se populariza por viver para si mesma 0 her i assim se tomava por viver servindo sua comunidade Todo super her i deve atravessar alguma via crudis Gandhi l der pacifista indiano disse que quanto maior nosso sacrif cio maior ser nossa conquista Como H rcules como Batman Toda hist ria em quadrinhos traz em si alguma coisa de industrial e margi nal ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto Os filmes de super her i ainda 36 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 que transpondo essa cultura para a grande e famigerada ind stria realizam uma outra fa anha que provavelmente sem eles n o ocorreria a forma o de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais heroicos da Antiguidade para o homem modemo O cineasta italiano Fellini afirmou uma vez que Stan Lee o criador da editora Marvel e de diversos her is populares era o Homero dos quadrinhos Toda boa hist ria de super her i uma hist ria de exclus o social Homem Aranha um nerd Hulk um monstro amaldi oado Demolidor um deficiente os XMen s o indiv duos excepcionais Batman um rf o Super Homem um alien gena expatriado S o todos s mbolos da solid o da sobreviv ncia e da ab nega o humana N o se ama um her i pelos seus poderes mas pela sua dor Nossos olhos podem at se voltar a eles por suas habilidades fant sticas mas na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular Os superher is que n o sofrem ou simplesmente trabalh
182. ecer O vocabul rio empregado neste par grafo reflete o choque cultural motivado pelo ingresso do autom vel no quotidiano dos cariocas a Transcreva os dois verbos que representam uma animiza o e indique o valor expressivo desse recurso b Identifique e explique a figura de linguagem correspondente rela o de sentido entre as palavras agruras e prazeres 4 Enem 2011 Se no inverno dif cil acordar imagine dormir Com a chegada do inverno muitas pessoas perdem o sono S o milh es de necessitados que lutam contra a fome e o frio Para vencer esta batalha eles precisam de voc Deposite qualquer quantia Voc ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e dorme com a consci ncia tranquila Veja 05 set 1999 adaptado O produtor de an ncios publicit rios utiliza se de estrat gias persuasivas para influenciar o comportamento de seu leitor Entre os recursos argumentativos mo bilizados pelo autor para obter a ades o do p blico campanha destaca se nesse texto A a oposi o entre individual e coletivo trazendo um ide rio populista para 0 an ncio B a utiliza o de tratamento informal com o leitor o que suaviza a serie dade do problema C o emprego de linguagem figurada o que desvia a aten o da popula o do apelo financeiro 46 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 U umerais mi ilh es V upervalo D o uso dos numerais milhares e milh es respons vel pe
183. ectos comportamento modo de se vestir apar ncia f sica idade O tipo textual que est em jogo neste caso a descri o Descrever caracterizar Note que um texto descritivo nem sempre caracte riza personagens tamb m poss vel caracterizar locais objetos sensa es ou Car tuLo 1 xu 9 mesmo cenas Neste ponto devemos admitir que o verbo caracterizar um pouco vago caracteriza o pode envolver na verdade tr s opera es distintas identificar por exemplo Jo o engenheiro localizar por exemplo A igreja fica em cima do morro e qualificar por exemplo Jo o excessivamente temperamental Nesses tr s casos quando identificamos localizamos ou qualificamos estamos procedendo a uma caracteriza o Observe que o caso do texto 2 muito diferente Aqui o objetivo central n o descrever ou seja apresentar as caracter sticas de uma pessoa objeto local etc No caso do texto O le o apaixonado o objetivo do enunciador relatar uma hist ria ou seja contar uma s rie de acontecimentos que se sucederam no tempo Neste caso dizemos que o enunciador est fazendo uma narra o Narrar contar uma hist ria que ir envolver um ou mais personagens ir se passar em um ou mais locais e ir se desenrolar ao longo do tempo Quando voc relata para os seus amigos tudo o fez durante o fim de semana voc est contando uma hist ria ou seja est nar
184. edos e l ngua Tais artes postas ao servi o de tais gra as eram realmente de acender os g meos e foi o que sucedeu pouco a pouco ASSIS Machado de Esa e Jac Rio de Janeiro Jos Aguilar 1962 2 Ueri 2012 Exame de Qualifica o No romance Esa e Jac o narrador p e em evid ncia seus pensamentos e suas percep es conduzindo a rea o dos leitores durante toda a narrativa O fragmento que melhor exemplifica esse direcionamento da rea o dos leitores A J ent o os dois g meos cursavam um a Faculdade de Direito em S Paulo outro a Escola de Medicina no Rio B Note se e este ponto deve ser tirado luz note se que os dois g meos continuavam a ser parecidos e eram cada vez mais esbeltos C Flora mudava os nomes tamb m e os tr s acabavam rindo D Ou ent o fazia ambas as coisas e tocava falando soltava a r dea aos dedos e l ngua Texto para a quest o 3 Olho as minhas m os Olho as minhas m os elas s n o s o estranhas Porque s o minhas Mas t o esquisito distend las Assim lentamente como essas an monas do fundo do mar Fech as de repente Os dedos como p talas carn voras S apanho por m com elas esse alimento impalp vel do tempo Que me sustenta e mata e que vai secretando o pensamento Como tecem as teias as aranhas A que mundo Perten o No mundo h pedras baob s panteras guas cantarolantes o
185. eia j apresentada antes Essa propriedade observada no voc bulo grifado em A Acordou com os berros da bicharia l em baixo B Tomou o um respeito cheio de inveja C Ent o resolveu ir brincar com a M quina D Estava nost lgico assim Texto para a quest o 6 As palavras e as coisas Guimar es Rosa possivelmente o maior escritor brasileiro depois de Macha do de Assis dizia que seu sonho era escrever um dicion rio Ignoro se Rosa gostava de futebol at onde eu sei nunca escreveu nada a respeito mas certamente ele se encantaria com a riqueza vocabular associada ao esporte mais popular do mundo 58 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Poliglota cultor dos neologismos formados a partir de diversos idiomas o autor de Sagarana devia se deliciar com as palavras de origem inglesa aclima tadas ao portugu s do Brasil por obra e gra a do jogo da bola certo que alguns desses termos ingleses ca ram em desuso o caso de offside substitu do por impedimento hands toque ou m o cen terforward centroavante etc Outros entretanto foram devidamente abrasileirados e incorporados de tal maneira ao nosso idioma que raramente lembramos de sua origem chute vers o de shoot beque de back p nalti de penalty etc sem falar no pr prio futebol football H ainda as palavras inglesas que m
186. ela gram tica como o pronome reto de 1 pessoa do plural temos usado cada vez mais a forma a gente N s va mos festa X gente vai festa De um modo geral o n s corresponde a um uso mais formal ao passo que o a gente percebido como mais informal No entanto com o pronome seguido de um quantificador n o h op o s podemos usar o n s Por exemplo N s tr s precisamos trabalhar juntos e Na pr tica voc sabe bem quase n o usamos os pronomes tu e v s No lugar deles usamos respectivamente voc e voc s Estes con tudo s o classificados tradicionalmente como pronomes de tratamento e n o como pronomes retos Falamos dos pronomes de tratamento logo abaixo Pronome obl quo com valor possessivo Observe a diferen a de uso dos pronomes obliquos tonos nos exemplos abaixo A namorada lhe deu um presente X Vou quebrarlhe a cara para ele q cara dele sua cara Minha namorada me deu um presente X Ele me quebrou a cara para mim minha cara Nos exemplos esquerda os pronomes obl quos tonos lhe e me est o empregados em seu uso mais comum com sentido respectivamente de para ele e para mim J nos exemplos direita h um caso especial em que o obl quo tono assume valor possessivo 3 2 Pronomes pessoais de tratamento Os pronomes pessoais de tratamento sempre fazem refer ncia segunda pe
187. em contraste com o contato com a amada expresso pela forma ensina no presente do indicativo b Os pronomes pessoais invertem as fun es sint ticas eu sujeito de imaginar e me objeto de ensinar CLASSES DE PALAVRAS 3 OS MODIFICADORES ADJETIVOS E ADV REBIOS 90 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 A CATEGORIA DOS MODIFICADORES Usamos o r tulo modificadores para fazer refer ncia a palavras pertencen tes a duas classes gramaticais diferentes a dos adjetivos e a dos adv rbios Em comum adjetivos e adv rbios t m o papel de modificar palavras de outra classe Como voc ver adjetivos modificam substantivos e adv rbios na maioria das vezes modificam verbos 2 O ADJETIVO O adjetivo est sempre vinculado a um substantivo ou palavra substantiva da atribuindo a ele uma caracter stica A rela o sint tica entre o adjetivo e o substantivo pode ser esquematizada assim SUBSTANTIVO ADJETIVO LOCU O ADJETIVA Exemplo A menina rica comprou um belo vestido e dois computadores modernos Aqui temos tr s substantivos menina vestido e computadores Para cada um deles h um adjetivo que o caracteriza respectivamente rica belo e modernos 3 O ADV RBIO Na maior parte dos casos o adv rbio modifica um verbo atribuindo a ele uma circunst ncia de tempo lugar modo companhia etc A rela o sint tica entre o adjetivo e o substantivo pode ser esque
188. em de tristes palavras De que era que eu tinha tanta tanta culpa Se o meu pai sempre fazendo aus ncia e o rio rio io o rio pondo perp tuo E ele Por qu Devia de padecer demais ROSA Jo o Guimar es Primeiras est rias Rio de Janeiro Nova Fronteira 1985 10 Ueri 2007 2 Exame de Qualifica o De que era que eu tinha tanta tanta culpa Se o meu pai sempre fazendo aus ncia e o rio iorio o rio pondo perp tuo Se o meu pai sempre fazendo aus ncia apresenta o seguinte valor argumen tativo em rela o ao fragmento anterior A causa B compara o C consequ ncia D exemplifica o 11 Enem 2012 Cultivar um estilo de vida saud vel extremamente importante para diminuir o risco de infarto mas tamb m de problemas como morte s bita e derrame Significa que manter uma alimenta o saud vel e praticar atividade f sica regularmente j reduz por si s as chances de desenvolver v rios problemas Al m disso importante para o controle da press o arterial dos n veis de colesterol e de glicose no sangue Tamb m ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade f sica fatores que somados reduzem as chances de infarto Exercitar se nesses casos com acompanhamento m dico e modera o altamente recomend vel ATALIA M Nossa vida Epoca 23 mar 2009 As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo rela es que atuam na constru o do sentido esse res
189. em mais avan ados e pac ficos pode riam nos ajudar a lidar com nossos problemas sociais como a fome o racismo e os confrontos religiosos Talvez nos ajudassem a resolver desafios cient ficos Nesse caso qu o diferentes seriam dos deuses que tantos acreditam existir N o toa que in meras seitas modernos dirigem suas preces s estrelas e n o aos altares GLEISER Marcelo Folha de S o Paulo 01 03 2009 4 Ueri 2010 Exame de qualifica o Se s o eles que v m at aqui n o h d vida de que s o muito mais desenvolvidos do que n s O voc bulo que melhor representa o sentido da express o sublinhada A certamente B provavelmente C prioritariamente D fundamentalmente Ueri 2010 Exame de Qualifica o Claro ao abrirmos a possibilidade que vida extraterrestre inteligente exista No fragmento acima o voc bulo claro projeta uma opini o do autor do texto sobre o que vai ser dito em seguida Outro exemplo em que a palavra ou express o sublinhada cumpre fun o semelhante A Desde ent o ideias sobre a pluralidade dos mundos t m ocupado B Por mais de 40 anos cientistas vasculham os c us C Infelizmente at agora nada foi encontrado D Nesse caso qu o diferentes seriam dos deuses Car tuLo 8 95 Uerj 2012 Exame de Qualifica o As palavras classificadas como adv rbios agregam no es diversas aos ter mos a que se ligam na frase demarcando posi e
190. ema as Sidi etapas do processo de composi o do texto s o marcadas pelos tempos verbais passado presente e futuro e expressar com o refor o do predicativo a mesma uma experi ncia Identifique essas etapas relacionando as aos tempos verbais empregados Texto para a quest o 9 Sala de espera Ah os rostos sentados numa sala de espera Um Di rio Oficial sobre a mesa Uma jarra com flores A x cara de caf que o cont nuo vem am vel servir aos que esperam a audi ncia marcada Os retratos em cor na parede dos homens ilustres que exerceram j em remotas pocas pessoal do poeta D antecipar coerentemente com o verso 11 a alus o ao substantivo es peran a no final do poema Texto para a quest o 10 O texto a seguir est publicado em obra dedicada aos milhares de fam lias de brasileiros sem terra Levantados do ch o Como ent o Desgarrados da terra Como assim Levantados do ch o Como embaixo dos p s uma terra Como gua escorrendo da m o Como em sonho correr numa estrada Deslizando no mesmo lugar Como em sonho perder a passada E no oco da Terra tombar Como ent o Desgarrados da terra Como assim Levantados do ch o Ou na planta dos p s uma terra Como gua na palma da m o Habitar uma lama sem fundo Como em cama de p se deitar Num balan o de rede sem rede Ver o mundo de pernas pro ar Como assim Levitante colono
191. empos Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cicero Arte do Envelhecimento Cicero nota primeiramente que todas as idades t m seus encantos e suas dificuldades E depois aponta para um paradoxo da humanidade Todos sonhamos ter uma vida longa o que significa viver muitos anos Quando realizamos a meta em vez de celebrar o feito nos atiramos a um estado de melancolia e amargura ler as palavras de Cicero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo NOGUEIRA P Sa de amp Bem Estar Antienvelhecimento poca 28 abr 2008 26 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo A esclarecer que a velhice inevit vel B contar fatos sobre a arte de envelhecer C defender a ideia de que a velhice desagrad vel D influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento E mostrar s pessoas que poss vel aceitar sem ang stia o envelheci mento 8 Enem 2011 No Brasi a condi o cidad embora dependa da leitura e da escrita n o se basta pela enuncia o do direito nem pelo dom nio desses instrumentos o que sem d vida viabiliza melhor participa o social A condi o cidad depende seguramente da ruptura com o ciclo da pobreza que penaliza um largo contingente populacional Forma o de leitores e constru o da c
192. enal Em vez disso Car tuLo 2 i 19 ele se ocupa de combater e desconstruir por meio de um questionamento um dos argumentos daqueles que s o contr rios a essa redu o Alguns doutrinadores defendem que reduzir a maioridade penal seria incons titucional j que o artigo 60 par grafo 4 da Constitui o Federal pro be emen das que venham a abolir direitos e garantias individuais Ora temos dois fatores a explanar quanto a este assunto O primeiro o que inconstitucional Hoje implementada uma s rie de emendas constitucionais Dispon vel em http amaivos uol com br amaivos09 noticia noticia asp cod _ noticia 82168cod canal 48 Acesso em 17 10 2010 Um procedimento semelhante ocorre no texto abaixo Nele a entrevistada se prop e a refutar a tese oposta sua Para isso eles procura desacreditar os argumentos que a sustentam essa tese destacando os seus erros Nesse caso a obje o se faz pela ruptura da liga o entre dois fatos ou ideias Muitos hoje me acusam de ter provocado o meu pr prio sequestro indo a uma regi o dominada pelos terroristas das Farc Ora n o h uma rela o de cousa efeito entre esses fatos pois muitas outras pessoas vivem nessas mesmas regi es e nunca foram sequestradas Entrevista com Ingrid Betancourt ex senadora colombiana que foi raptada pelas Farc For as Armadas Revolucion rias da Col mbia e ficou em poder do grupo durante 4 anos CI Concess o Um ti
193. enor que caracteriza a grada o No segundo fragmento nota se que a frase est invertida Sua ordem direta que a ordem can nica t pica ou seja a ordem mais comum na l ngua portu guesa seria o riso mais amargo a ironia mais dolorosa a altera o dessa ordem mais usual que caracteriza a figura conhecida como invers o No terceiro fragmento h uma oposi o entre f teis coisas f teis s o besteiras coisas irrelevantes desimportantes e not veis que se refere a coisas extraordin rias nessa oposi o que reside a ant tese 1 Enem 2004 Que beleza Montes Claros Como cresceu Montes Claros Quanta ind stria em Montes Claros Montes Claros cresceu tanto ficou urbe t o not ria prima rica do Rio de Janeiro que j tem cinco favelas por enquanto e mais promete Carlos D de Andrade Entre os recursos expressivos empregados no texto destaca se a A metalinguagem que consiste em fazer a linguagem referir se pr pria linguagem B intertextualidade na qual o texto retoma e reelabora outros textos C ironia que consiste em se dizer o contr rio do que se pensa com inten o cr tica D denota o caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido pr prio e objetivo E prosopopeia que consiste em personificar coisas inanimados atribuindo hes vida mm Texto para a quest o 2 Os poemas Os poemas s o p ssaros que chegam
194. entes sem hierarquiz los ou revelar sua verda deira significa o Texto para a quest o 3 A lagartixa A lagartixa ao sol ardente vive E fazendo ver o o corpo espicha O clar o de teus olhos me d vida Tu s o sol e eu sou a lagartixa 66 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Amo te como o vinho e como o sono Tu s meu copo e amoroso leito Mas teu n ctar de amor jamais se esgota Travesseiro n o h como teu peito Posso agora viver para coroas N o preciso no prado colher flores Engrinaldo melhor a minha fronte Nas rosas mais gentis de teus amores Vale todo um har m a minha bela Em fazer me ditoso ela capricha Vivo ao sol de seus olhos namorados Como ao sol de ver o a lagartixa AZEVEDO lvares de Poesias completas ed cr tica de P ricles Eug nio da Silva Ramos org lumna Maria Simon Campinas SP UNICAMP S o Paulo Imprensa Oficial do Estado 2002 3 UFRJ 2007 Verifica se no poema a altern ncia entre a 2 e a 3 pessoas do discurso Explique essa altern ncia na constru o do poema Textos para a quest o 4 Texto Agoniza mas n o morre Samba Agoniza mas n o morre Algu m sempre te socorre Antes do suspiro derradeiro Samba Negro forte destemido Foi duramente perseguido Na esquina no botequim no terreiro Samba Inocente p no ch o A fidalguia do sal o Te abra ou te envolveu Mudaram toda tva estrutura Te impuseram outra cultura E voc ne
195. entes momentos do texto que identifica ora o leitor ora J q o autor ora a ambos B n s que inclui o autor e outras pessoas combinado a um eu que torna o leitor respons vel pelo enunciado C eu e voc alternadamente como numa conversa combinado pre sen a de ele que o pr prio leitor D voc a quem o autor se dirige em especial e de n s que inclui o autor o leitor e outros seres humanos 2 Ueri 2002 Por exemplo a frase Em casual encontro com J lia Pedro fez coment rios sobre seus exames tem um enunciado equ voco os coment rios de Pedro podem ter sido feitos sobre os exames de J lia ou sobre os exames dele Pedro ou ainda sobre os exames de ambos CUNHA Celso amp CINTRA Lindley Nova gram tica do portugu s contempor neo Rio de Janeiro Nova Fronteira 1985 O fragmento acima aponta o problema da ambiguidade resultante do empre go do termo seus ocorr ncia da ambiguidade no caso pode ser explicada por uma caracter stica relativa significa o geral da palavra em quest o Essa caracter stica do voc bulo seus a de A indicar a pessoa gramatical sem flexionar se ou remeter a termos ante cedentes B referir se pessoa gramatical sem nome la ou indicarlhe caracter stica pr pria C substituir o nome pr prio sem individualiz lo ou permitir a devida con cord ncia D qualificar os nomes pres
196. er para o A reo Club do Reino Unido ou n o prodigioso a l ngua do futuro a l ngua das iniciais Um artigo de duzentas linhas escreve se em vinte quase estenografiado As sim como encurta tempo e dist ncias no espa o o Autom vel encurta tempo e pa pel na escrita Encurta mesmo as palavras in teis e a tagarelice O monossilabo na carreira a opini o do homem novo literatura cio o discurso o imposs vel Jo o do Rio In GOMES R C Jo o do Rio 1881 1921 Rio de Janeiro Agir 2005 12 Uerj 2006 LPLB A progress o tem tica de era do autom vel se d em duas etapas cada qual caracterizada por um t pico textual predominante Identifique a o t pico predominante em cada uma das etapas b dois substantivos que explicitam lexicalmente a coes o entre essas duas etapas GABARITO Grupo DC 25 3D 4A 5 D 6 B 7 esses problemas 8 E 9 a Darwin OU nico b ideias de do Darwin OU ideias do nico 10 Trata se de uma express o gen rica que resume o conjunto de situa es descritas anteriormente unificando as 11 Tamb m e assim 12 a Primeira etapa autom vel Segunda etapa transforma o da lin guagem b Reformador e reforma CLASSES DE PALAVRAS 1 O PRONOME 62 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 AS CLASSES DE PALAVRAS Neste e n s pr ximos 3 cap tulos estudaremos as classes de palavras ou classes g
197. ersidade cultural e pol tica da interet A ora o sublinhada estabelece uma dada rela o de sentido com o restante do per odo Reescreva essa ora o de duas maneiras diferentes substituindo sem por outro conectivo e mantendo a rela o de sentido original Fa a apenas as altera es necess rias 7 Ueri 2005 LPLB Quando lemos um texto devemos estar atentos entre outras coisas sele o dos substantivos verbos adjetivos e conectivos diversos utilizados na interliga o das informa es t o claro e turva tudo e j ningu m dorme tranquilo que a noite um mundo de sustos Nos exemplos acima as respectivas conjun es podem ser substitu das por outras sem que se altere o sentido original do enunciado Reescreva estes exemplos substituindo convenientemente cada conjun o Car tuLo 9 105 8 Ueri 2002 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Mulher desquitada era malvista convinha evit la H entre as ora es que comp em o per odo acima uma rela o de sentido que poderia ser expressa por meio de conectivos Reescreva o per odo acima de duas formas diferentes utilizando conectivos A rela o de sentido entre as ora es e a ordem em que elas aparecem devem ser mantidas Em uma forma o conectivo dever introduzir o per odo na outra o conectivo dever ocorrer entre as ora es Texto para a quest o 9 Quarto de badulaques XIV Terminando a min
198. es meu anjo alguma vez Na solid o onde eu sonhava em ti Ah vota uma saudade aos belos dias Que a teus joelhos p lido vivi Adeus minh alma adeus eu vou chorando Sinto o peito doer na despedida Sem ti o mundo um deserto escuro Etu s minha vida S por teus olhos eu viver podia E por teu cora o amar e crer Em teus bra os minh alma unir tua E em teu seio morrer Mas se o fado me afasta da ventura Levo no cora o a tua imagem De noite mandarei te os meus suspiros No murm rio da aragem Quando a noite vier saudosa e pura Contempla a estrela do pastor nos c us Quando a ela eu volver o olhar em prantos Verei os olhos teus Mas antes de partir antes que a vida Se afogue numa l grima de dor Consente que em teus l bios num s beijo Eu suspire de amor Sonhei muito sonhei noites ardentes Tua boca beijar eu o primeiro ventura negou me at mesmo O beijo derradeiro S contigo eu podia ser ditoso Em teus olhos sentir os l bios meus Eu morro de ci me e de saudade Adeus meu anjo adeus AZEVEDO lvares de Lira dos vinte anos In Grandes poetas rom nticos do Brasil S o Paulo LEP Tomo 1 MCMLIX p 273 8 PUC Rio 2010 Percebe se no texto acima a utiliza o de in meras figuras de linguagem como recurso expressivo Destaque do poema de lvares de Azevedo um exemplo de ap strofe GRUPO 3 Explicar o emprego no texto da figura de linguagem identificada Quest
199. escolinhas de futebol s o importantes mas n o resolvem o problema A nica maneira de reduzir a atra o exercida pelo tr fico a repress o que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso eles s o elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso n o desprez vel preciso que o Executivo federal e os estaduais Car tuLo 2 i 25 desmontem as organiza es paralelas erguidas pelas quadrilhas para que a certe za de puni o elimine o fasc nio dos sal rios do crime Editorial Folha de S o Paulo 15 jan 2003 5 Enem 2010 Com base nos argumentos do autor o texto aponta para A uma den ncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotr fico B a constata o que o narcotr fico restringe se aos centros urbanos C a informa o de que as pol ticas sociais compensat rias eliminar o a atividade criminosa a longo prazo D o convencimento do leitor de que para haver a supera o do problema do narcotr fico preciso aumentar a a o policial E uma exposi o num rica realizada com o fim de mostrar que o neg cio do narcotr fico vantajoso e sem riscos a mm 6 Enem 2011 A discuss o sobre o fim do livro de papel com a chegada da m dia eletr nica me lembra a discuss o id ntica sobre a obsolesc ncia do folheto de cordel Os folhetos talvez n o existam mais daqui a 100 ou 200 anos mas mesmo que iss
200. etos engenheiros ge logos Bem ou mal esse SUS organizaria brigadas nos locais Nos casos da dengue por exemplo poderia verificar as condi es de acontecer epidemias Seriam boas a es preventivas Carta do Leitor Carta Capital 28 abr 2010 adaptado Os textos apresentados expressam opini es de leitores acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira Os autores dos dois textos apontam para a A necessidade de trabalho volunt rio cont nuo para a resolu o das ma zelas sociais B import ncia de a es preventivas para evitar cat strofes indevidamente atribu das aos pol ticos C incapacidade pol tica para agir de forma diligente na resolu o das ma zelas sociais D urg ncia de se criarem novos rg os p blicos com as mesmas caracte r sticas do SUS E impossibilidade de o homem agir de forma eficaz ou preventiva diante das a es da natureza nY m 10 Enem 2011 PILES Dispon vel em http www wordinfo info Acesso em 27 abr 2010 O argumento presente na charge consiste em uma met fora relativa teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnol gico Considerando o contexto apre sentado verifica se que o impacto tecnol gico pode ocasionar A o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnol gico B a mudan a do homem em raz o dos novos inventos que destroem sua realidade C a problem tica social de grande exclus o digital a partir da inte
201. fone e Quando estiver com apenas uma amiga n o fique horas falando no celular e N o fique oferecendo o seu telefone s para ser simp tica Lembre se da conta que vai chegar Capricho 21 nov 1999 A referencial B po tica C f tica D metalingu stica E conativa Resposta E Coment rio A fun o conativa ou apelativa aquela em que se pretende induzir o leitor ou ouvinte a realizar alguma a o Por isso mesmo costuma se dizer que a fun o t pica dos textos publicit rios j que esses textos procuram induzir o cliente eitor ou ouvinte a adquirir um produto ou servi o O texto em quest o embora n o seja publicit rio tamb m procura induzir o leitor a praticar determinados a es ou a n o pratic las na maioria dos casos Para citar apenas dois exemplos desligar o celular durante a aula e n o oferecer o celular emprestado A principal manifesta o gramatical da fun o conativa nesse texto s o os verbos conjugados no modo imperativo ande Desligue telefone etc Como voc sabe o imperativo o modo verbal usado para dar ordens ou recomen da es o que o torna apropriado para a fun o apelativa Afinal quem d ordens ou recomenda es tem o objetivo de levar seu interlocutor a executar essas ordens ou seguir as recomenda es 1 FUVEST 2004 Observe acima esta gravura de Escher Na linguagem verbal exemplos de aproveitamento de recursos equ
202. fosse eu e ent o j havia tamb m o carteiro querendo o recibo de uma carta registrada e quando o telefone bateu foi preciso atender e nosso mundo foi invadido atravessado desfeito perdido para sempre senti que ela me disse isso num instante num olhar entretanto lento achei seus olhos muito claros h muito tempo n o os via assim em plena luz um olhar de apelo e de tristeza onde entretanto ainda havia uma in til resignada esperan a Rubem Braga www releituras com br 3 Ueri 2008 Exame de Qualifica o Os tempos pret ritos utilizados no texto desempenham diferentes fun es na constru o do discurso narrativo A fun o do tempo pret rito sublinhado nos fragmentos abaixo encontra se corretamente definida em A Algu m vinha e apertava a campainha expressar indetermina o do agente B que horas seriam mostrar simultaneidade de fatos C O homem fez um grande embrulho de jornal indicar a o finalizada D algu m viera e batera porta caracterizar aus ncia de d vida Texto para a quest o 4 Inf ncia Meu pai montava a cavalo ia para o campo Minha m e ficava sentada cosendo Meu irm o pequeno dormia Eu sozinho menino entre mangueiras lia a hist ria de Robinson Cruso comprida hist ria que n o acaba mais No meio dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu chamava para o caf Caf preto
203. go negro o Achado veio l de cima a ladrar a correr pela ladeira abaixo como se estivesse enlouquecido Abriu a porta da furgoneta de um salto o c o subiclhe aos bra os sempre era certo que seria ele o primeiro e lambio lhe a cara e n o o deixava ver o caminho SARAMAGO J caverna S o Paulo Cia das Letras 2003 Vocabul rio 1 directamente grafia portuguesa para diretamente 2 amanhada arranjado adornada 3 desbanda ao lado 4 furgoneta ve culo de passageiros e pequena carga 5 frondes copas das rvores 1 Uerj 2007 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o de que n o lhe comprariam mais a lou a No fragmento acima o pronome sublinhado refere se ao personagem prin cipal da narrativa Al m disso estabelece em rela o ao substantivo lou a uma determinada rela o de sentido Indique essa rela o de sentido e retire do texto outro fragmento em que se utilize esse mesmo tipo de estrutura 72 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 2 Ueri 2010 LPLB adaptada Desta vez compro lhe a fazenda Reescreva a ora o substituindo o por outra palavra de igual valor mantendo o sentido original 3 Uerj 1998 LPLB adaptado Quando tva alma ardente abria seus voos para pairar sobre a vida cheia de amor que vento de morte murchou te na fronte a coroa das ilus es apagou te no cora o o fanal do sentimento e despiu te das asas da poesia
204. ha cr nica do ltimo domingo eu me referi a Ravel que ao final da vida dizia como um lamento Mas h tantas m sicas esperando ser escritas E acrescentei um coment rio meu Com certeza o tempo n o se det m para esperar que a beleza aconte a vida como a vela para iluminar preciso queimar vela que ilumina uma vela alegre luz alegre Mas a vela que ilumina uma vela que morre preciso morrer para iluminar H uma tristeza na luz da vela Raz o por que ela a vela ao iluminar chora Chora l grimas quentes que escorrem da sua chama H velas felizes cuja chama s se apaga quando toda a cera foi derretida Mas h velas cuja chama subitamente apagada por um golpe de vento Rubem Alves www rubemalves com br 9 Ueri 2007 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o A vela que ilumina uma vela alegre O conectivo que al m de introduzir uma caracteriza o para o substantivo vela estabelece rela es l gicas entre as duas ora es presentes no per odo aci ma Reescreva esse per odo de duas maneiras diferentes sempre substituindo o conectivo que de modo a explicitar dois tipos de rela es l gicas entre as ora es seguir identifique o tipo de rela o estabelecida em cada um dos pe rodos reescritos 10 Uerj 2003 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o As frases que formam um texto mant m entre si rela es sem nticas que po
205. i passagem da vida do ser humano e sim progress o do tempo hist rico Assim cada uma das idades que os personagens atravessam corres ponde a um momento hist rico distinto 2 Organiza o fundamental e macroestrutura Voc j sabe que o poema narra uma rela o amorosa atrav s das idades E exatamente nesse percurso hist rico que poderemos encontrar a oposi o fundamental que o estrutura Basicamente o poema op e dois tempos o PAS SADO e o PRESENTE O passado engloba diferentes pocas referidas em ordem cronol gica bem como diferentes espa os Gr cia Antiga eu era grego voc troiano Imp rio Romano Virei soldado romano Perseguidor de crist os invas o rabe na Pen nsula Ib rica que ocorre no s culo 8 Depois fui pirata mouro e monar quia absolutista na Fran a estendendo se at o momento em que estoura a Revolu o Francesa Depois tempos mais amenos Fui cortes o de Versail les O presente por sua vez corresponde ltima encarna o do eu po tico e ao momento de enuncia o do texto Podemos com facilidade situ lo no s culo 20 como mostra a refer ncia Paramount est dio norte americano de cinema essa oposi o entre passado e presente corresponde uma outra que pode ser formulada assim POSSIBILIDADE X IMPOSSIBILIDADE DE CONCRETIZA O DO AMOR No passado o amor jamais se concretiza No primeiro caso Gr cia Antiga ele
206. ica FLAT 60 H P Tenho que escrever ao A C 0 T U K O que em palestra diz se ligando as letras em palavras de aspecto volapuque ano mas que traduzido para o vulgar significa que o cavalheiro tem uma m quina da F brica Italiana de Autom veis de Turim da for a de 60 cavalos e que v o escrever para o A reo Club do Reino Unido ou n o prodigioso a l ngua do futuro a l ngua das iniciais Um artigo de duzentas linhas escreve se em vinte quase estenografiado As sim como encurta tempo e dist ncias no espa o o Autom vel encurta tempo e pa pel na escrita Encurta mesmo as palavras in teis e a tagarelice O monossilabo na carreira a opini o do homem novo literatura cio o discurso o imposs vel Jo o do Rio In GOMES R C Jo o do Rio 1881 1921 Rio de Janeiro Agir 2005 2 Uerj 2006 L ngua Portuguesa e Literatura Brasileira Predominam no tex to dois modos de organiza o do discurso um caracteriza o primeiro par grafo e outro o restante do texto Como consequ ncia particularidades sem nticas e gramaticais distinguem esses dois segmentos a Nomeie esses modos de organiza o do discurso b Identifique as caracter sticas sem nticas e gramaticais das formas verbais presentes em cada um desses segmentos 3 Cederi 2011 1 Identifique a op o em que a express o do sujeito grama tical evidencia que o eu l rico evoca a participa o dos interlocutore
207. ica o Na Ret rica cl ssica eram consideradas duas figuras distintas mas hoje se caracterizam pela atribui o de uma propriedade de um ser vivo ser humano ou animal a um ser abstrato ou concreto inanimado O sentimento da universidade de frustra o chuva lamentava a morte do artista F Paradoxo ou ox moro Esta figura consiste na uni o de dois voc bulos ou express es cujo sentido se torna incompat vel Esta claridade obscura que cai sobre a paisagem voz do sil ncio G Perifrase Figura que consiste em expressar por um grupo de palavras o que poderia ser dito em uma s a s tima arte o cinema o quinto poder a imprensa H Ap strofe Figura que consiste num vocativo ret rico dirigido a seres ausentes ou ina nimados P tria det m a corrup o Colombo arranca esse pend o dos ares l Ironia Esta figura consiste em empregar determinada palavra ou express o em sen tido oposto ao seu sentido habitual Esse menino que acaba de arranhar meu carro muito bem educado 0 lutador de sum geralmente bem magrinho 3 Figuras de palavras A Compara o Essa figura consiste em considerar um conjunto de objetos para procurar suas semelhan as e diferen as Uma compara o completa compreende quatro elementos 40 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 e o termo real e o termo figurado e o conector e o ponto de compara o Assi
208. ica pol tica econ mica praticada no governo Fernando Henrique Cardoso conhecida como neoliberalismo cr tica do autor se baseia na interpreta o de que os objetivos do governo conten o de gastos saneamento das contas p blicas ajuste fiscal s podem ser obtidos mediante um corte profundo nos investimentos sociais o que impediria a redu o da pobreza por meio de mecanismos como o aumento do sal rio m nimo Nesse contexto poss vel notar que boa parte dos enunciados tem inten o ir nica Por exemplo se o texto est criticando duramente o governo como poss vel falar na tenacidade dos governantes ou afirmar que eles s o homens honrados e capazes Como poss vel qualificar os defensores da pol tica eco n mica do governo de s rios sensatos adultos e respons veis Obviamente no contexto do texto Silogismo s existe uma maneira de interpretar todos esses enunciados o autor est sendo ir nico ou seja est dizendo o contr rio do que ele acredita releia na parte te rica deste cap tulo a defini o da figura de linguagem ironia E essa mesma ironia que se revela no uso do adjetivo admir vel Se fato que a pol tica econ mica do governo pode ser vista como coerente o texto deixa claro que na opini o do autor essa coer ncia n o tem absolutamente nada de admir vel Assim como todos os outros supostos elogios ao governo FHC e a seus representantes
209. idadania mem ria e presen a do PROLER Rio de Janeiro FBN 2008 Ao argumentar que a aquisi o das habilidades de leitura e escrita n o s o suficientes para garantir o exerc cio da cidadania o autor A critica os processos de aquisi o da leitura e da escrita B fala sobre o dom nio da leitura e da escrita no Brasil C incentiva a participa o efetiva na vida da comunidade D faz uma avalia o cr tica a respeito da condi o cidad do brasileiro E define instrumentos eficazes para elevar a condi o social da popula o do Brasil 9 Enem 2011 Texto O Brasil sempre deu respostas r pidas atrav s da solidariedade do seu povo Mas a mesma for a que nos motiva a ajudar o pr ximo deveria tamb m nos motivar a ter atitudes cidad s N o podemos mais transferir a culpa para quem v tima ou at mesmo para a pr pria natureza como se essa seguisse a l gica humana Sobram desculpas esfarrapadas e falta compet ncia da classe pol tica Cartas Isto 28 abr 2010 Texto II N o podemos negar ao povo sofrido todas as hip teses de previs o dos desastres Demagogos culpam os moradores o governo e a prefeitura apelam para as pessoas sa rem das reas de risco e agora dizem que ser compuls ria a realoca o Ent o temos a realocar o Brasil inteiro Criemos um servi o si milar ao SUS com aloca o obrigat ria de recursos or ament rios com rede de atendimento preventivo onde participariam arquit
210. ideias de ordem disciplina frieza e monotonia reclama o regulamento Lei Pol cia ho r rios civis manso repousar toler vel Por outro lado o vocabul rio vinculado ao mundo imaginado evoca as ideias de rebeldia poesia afeto e alegria Oceano Atl ntico mar ventos lua m sica bailar cantar estrelas brisa vida amizade amor paz Em suma vimos aqui uma s rie de recursos lingu sticos que ajudam a marcar a forte oposi o entre mundo real e mundo imaginado na cr nica pontua o uso das retic ncias sinalizando uma separa o entre os dois mundos emprego de conectivo com valor sem ntico de contraste Mas uso de met fora con trastantes manso lago azul X oceano oposi o entre modos verbais indicativo X subjuntivo e l xico fortemente contrastante Parte 3 Quest es de vestibular Texto para a quest o Santiago Tinta fresca 120 i L NGUA PORTUGUESA M DULO 1 1 Cederj 2010 2 semestre Transcreva uma passagem de Recado ao se nhor 903 em que o narrador prop e uma solu o diferente da dos personagens da charge 2 O texto Recado ao senhor 903 pode ser dividido em pelo menos duas sequ ncias tem ticas identificadas por solu es diferenciadas propostas pelo senhor do 1003 Transcreva o conector que marca a transi o de uma sequ ncia para outra 3 0 senhor do 1003 o emissor na fala da seguinte interlocu o com o vizinho do 903 Que
211. igo A intemet como n s conhecemos corre risco de morte Em um futuro n o mui to distante poss vel que nossos filhos chamem de intemet algo bem diferente daquilo que hoje conhecemos por esse nome Ped gio na intenet Agora quando a internet se toma o novo paradigma das comunica es e outras m dias j come am a incorporar a sua linguagem as donas das redes operadoras de telefonia fixa e de TV a cabo perceberam que elas podem auferir enormes vantagens com o controle da infraestrutura da interet Os donos da infraestrutura poder o estabelecer diferen as no tratamento dado aos conte dos que circulam na rede Assim se uma empresa pagou mais seus conte dos ter o um tratamento diferenciado circulando em vias expressas de maior velocidade Aqueles que n o puderem pagar ter o que se contentar em ter websites que demoram uma enormidade para abrir ou em emitir e mails que demorar o mais do que outros para chegar aos seus destinat rios Sem ferir a liberdade de express o essa medida pode ser um dur ssimo golpe na diversidade cultural e pol tica da internet Eu sei quem voc e o que faz Muito de nossas vidas est espalhado pela internet Os sites que visitamos as compras que fazemos nossas buscas nossas comunidades e amigos os e mails que enviamos e recebemos os arquivos que baixamos etc Agora imagine que isso tudo possa ser reunido e analisado N o apenas por governos totalit rios mas tamb m
212. ilho estivessem em casa enquanto ele tomava o seu s bado Catarina chamou aborrecido embora soubesse que ela n o poderia mais ouvi lo Levantou se foi janela e um segundo depois enxergou sua mulher e seu filho na cal ada LISPECTOR Clarice La os de Fam lia In La os de Fam lia 1960 7 UFRJ 2003 Do texto acima descreva dois mecanismos lingu sticos que sir vam para caracterizar o comportamento do marido Textos para as quest es 8 Texto Nenhum cart o de Natal mais bonito que o som da sua voz Fu te amo te adoro morro de saudade Este ano a gente n o vai poder ir mas no ano que vem certeza A coisa que eu mais queria era estar perto de voc Seria t o bom que voc estivesse aqui Frases como estas sempre melhor ouvir do que ler Nenhum cart o de Natal por mais bonito que seja vai conseguir comunicar o carinho o amor a saudade que a voz da gente transmite Este ano passe a m o no telefone e use o DDD como extens o do seu afeto do seu abra o do seu calor humano do seu beijo Telefone existe pra isso mesmo TELAMAZON Clube de Cria o de S o Paulo Adapta o Texto II Pra ti formosa o meu sonhar de louco E o dom fatal que desde o ber o meu Mas se os cantos da lira achares pouco Pede me a vida porque tudo teu Se queres culto como um crente adoro Se preito queres eu te caio aos p s Se rires rio se chorares choro
213. im Pedro que o assunto da conversa ser a terceira pessoa claro que a terceira pessoa do discurso n o precisa ser necessariamente um ser humano Se eu estiver falando sobre o livro que acabei de comprar a terceira pessoa ser esse livro portanto um objeto se eu estiver falando sobre o ltimo jogo do Flamengo a terceira pessoa ser esse jogo portanto um evento um acontecimento Em resumo S o tr s as pessoas do discurso 1 pessoa aquele a que fala escreve falante ou autor 2 pessoa aquele a que ouve l ouvinte ou leitor 3 pessoa aquele a ou aquilo de que se fala escreve assunto Os pronomes pessoais se dividem em tr s tipos pronomes pessoais retos pronomes pessoais obl quos e pronomes pessoais de tratamento Por sua vez os pronomes obliquos se dividem em pronomes obl quos tonos e pronomes obl quos t nicos Vamos come ar pela distin o entre retos e obl quos tonos e t nicos em seguida passaremos aos pronomes de tratamento 3 1 Pronomes pessoais retos e obliquos Observe na tabela abaixo os pronomes retos e obl quos Pessoa Pronome Pronome obl quo Pronome obliquo t nico do reto tono Com preposi o discurso Sem preposi o s 1 eu me mim comigo gt 2 tu te ti contigo E a ele se 0 0 lhe si consigo ele ela 1 n s nos n s conosco Ela P p 2 7 v s vos v s convosco J eles se 05 05 lhes si con
214. incompat vel com as atitudes dos personagens envolvidos na hist ria narrada E As diferentes marcas da rela o de causa consequ ncia tanto que e ocorrem ao longo do texto para explicitar a constru o lingu stica do desencontro amoroso rm GABARITO Grupo 1 DA 2D 3 A 4 D 5 D 6 Na primeira frase a preposi o em indica lugar na segunda indica tempo 7 8 a Subordinadas adverbiais temporais Simultaneidade b Trecho 1 H contraste entre a impaci ncia do autom vel e a lentid o dos cavalos 9 TOA TIA 12 E 13 D 14 C 15 D Grupo 2 1 Uma das rela es e uma das respectivas reescrituras Causa Eles n o podem ser pensados independentemente uns dos outros visto que todos s o portadores da mesma humanidade Eles n o podem ser pensados independentemente um dos outros j que todos s o portadores da mesma humanidade Como todos s o portadores da mesma humanidade eles n o podem ser pen sados independentemente uns dos outros e Explica o Eles n o podem ser pensados independentemente um dos outros pois todos s o portadores da mesma humanidade 2 N s os escritores nacionais porque queremos ser entendidos de nosso povo havemos de falar lhe em sua linguagem N s os escritores nacionais visto que queremos ser entendidos de nosso povo havemos de falar lhe em sua linguagem N s os escritores nacionais j que queremos ser entendidos de nosso povo havemos de falar lhe em su
215. ir No primeiro par a preposi o de est relacionando duas palavras respecti vamente mesa com madeira e gosto com sorvete No segundo par as conjun es mas e se est o relacionando duas ora es respectivamente Eu terminei o trabalho com Jo o est atrasado e Ele s vir com voc permitir A distin o entre preposi o e conjun o complexa e n o relevante abord a aqui O fundamental compreendermos os valores sem nticos desses conectivos 2 VALORES SEM NTICOS DAS PREPOSI ES Dissemos acima quer toda preposi o um conectivo ou seja uma palavra que serve para ligar palavras ou ora es Isso verdade mas aqui preciso fazer uma distin o Existem aquelas pre posi es que s o apenas conectivos na medida em que s o vazias de significado mas h tamb m aquelas que al m de funcionarem como conectivos tamb m contribuem com alguma nuance sem ntica Ao primeiro grupo chamamos preposi es relacionais ao segundo chamamos preposi es nocionais da palavra no o sin nimo de ideia significado sentido Em resumo Preposi es relacionais esvaziadas de significado servem apenas para ligar dois termos Preposi es nocionais veiculam significado exprimem uma rela o sem ntica Vejamos a seguir algumas preposi es e seus poss veis empregos relacionais e nocionais Lembramos q
216. is referenciais liter rios para nos definir De um lado o produto daquilo que Gilberto Freyre chamou de Casagrande e senzala o homem miscigenado potente e tendendo a ser feliz De outro o Macuna ma her i sem nenhuma defini o ou sem nenhum car ter como queria o pr prio M rio de Andrade Fomos e seremos assim em nossa ess ncia embora as circunst ncias mu dem e n s mudemos com elas Retomando a imagem liter ria citemos a Capitu menina e teremos como sempre a interven o soberana de Machado de Assis Um rapaz da plateia me perguntou onde ficaria o homem de Guimar es Rosa outra coordenada que nos ajuda a definir o brasileiro Evidente que o universo de Rosa sobretudo verbal mas o homem causa e efeito do verbo Por isso mesmo o personagem rosiano tem a ver com o homem de Gilberto Freyre e de M rio de Andrade um refugo consciente da casa grande e da senzala o opositor de uma e de outra criando a sua pr pria vereda mas sem esquecer o ressentimento social do qual se afastou e contra o qual procura lutar tamb m macuna mico pois sem defini o catalogada na escala de valores culturais oriundos de sua forma o racial Nem por acaso um dos personagens mais importantes do mundo de Rosa uma mulher que se faz passar por jagun o Ou seja um her i ou hero na sem nenhum car ter Tomando Gilberto Freyre como a linha vertical e M rio de Andrade como a linha horizontal de um ngulo reto ter
217. ist de alma lapidada pela cultura ocidental O primeiro trabalho que tiveram os castelhanos foi o de imediatamente afirmarem a inferioridade daquele homem que se recusava a total subservi ncia majestade de Deus e d el Rei atrav s de concep es bastante convenientes a seus prop sitos 70 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 O brilho do metal como o canto da sereia tomou os surdos a qualquer apelo con tr rio que n o fosse o da ambi o pelo ouro e pela prata tornando os insens veis a qualquer considera o humana no trabalho de submetimento do ind gena at o seu exterm nio ou redu o dos que sobreviveram condi o de servos ou escravos nas fainas da minera o Os sucessos castelhanos aticaram os colonos portugueses a iniciarem suas buscas seja pelo encanto daquelas descobertas seja pelas fantasias que se cria ram a partir delas de tesouros fabulosos perdidos nas entranhas generosas das Am ricas de relatos imprecisos de ind genas vindos do interior de no es equivo cadas da geografia do continente como a da proximidade do Peru ou mesmo de alguns poss veis ind cios concretos surgiram lendas como as de Sabarabu y e as de Paraupava que avivavam os colonos na procura de pedras e metais preciosos MENDES Jr A RONCARI L e MARANH O R Brasil hist ria texto e consulta S o Paulo Brasiliense 1979 5 Uerj 2005 LPLB Na constru o do texto acima empregam se pronomes pesso
218. ist ria E expressa a nossa humanidade Aarte intemporal embora guarde a fisionomia de cada poca Conheci em Paris um escultor brasileiro bolsista que n o frequentava museus para n o perder a personalidade esquecendo que s se perde o que se tem A mem ria a gaveta dos guardados repito para sublinhar O clima dos meus quadros vem da solid o da campanha do campo onde fui guri e adolescen te Na velhice perde se a nitidez da vis o e se agu a a do esp rito Car tuLo 2 i 31 A mem ria pertence ao passado um registro Sempre que a evocamos se faz presente mas permanece intoc vel como um sonho percep o do real tem a concreteza a realidade f sica tang vel Mas como os instantes se sucedem feito os tique taques do rel gio eles v o se transformando em passado em mem ria e isso t o inaferr vel como um instante nos confins do tempo Escrever pode ser ou a necessidade de tocar a realidade que a nica seguran a de nosso estar no mundo o existir dif cil se n o imposs vel precisar quando as coisas come am dentro de n s A vida d i Para mim o tempo de fazer perguntas passou Penso numa grande tela que se abre que se me oferece intocada virgem mat ria tamb m sonha Procuro a alma das coisas Nos meus quadros o ontem se faz presente no agora cria o um desdobramento cont nuo em un ssono com a vida O autorretrato do pintor pergunta que ele faz a si mesmo e
219. ist ria se passa j que esse aparelho deixou de ser fabricado em fins dos anos 1940 No que diz respeito ao espa o a letra B n o faz sentido rio sem nascentes sequer se refere no texto a um espa o f sico trata se de uma met fora para fazer refer ncia ao tempo Pela leitura do texto fica claro que o termo Paris tamb m n o se refere a um espa o onde a narrativa se desenrola refer ncia a essa cidade aparece na conversa sobre a Segunda Guerra n o tem rela o portanto com o espa o onde se passa a hist ria do conto De fato s o mencionados dois es pa os a rua por onde o narrador vagueia sozinho quase todas as noites e a casa de c modos esp cie de pens o ou corti o onde ele mora recebe seus alunos de piano e passa boa parte do tempo compondo ou ouvindo m sica Em resumo a alternativa descartada por conta de piano a B est inteiramente incorreta a C falsa por conta de Paris e Bethoven e a letra E a nica a apontar apenas elementos v lidos de acordo com o texto para explicitar ou caracterizar as categorias tempo espa o e narrador Texto para a quest o Miguilim De repente l vinha um homem a cavalo Eram dois Um senhor de fora o claro de roupa Miguilim saudou pedindo a b n o O homem trouxe o cavalo c bem junto Ele era de culos corado alto com um chap u diferente mesmo Deus te aben oe pequenino Como teu nome Mig
220. itivo como n o evolu do n o se confirma no texto acima Justifique essa afirmativa utilizando os sintagmas que foram escolhidos no item a Texto para a quest o 2 A Maria dos povos sua futura esposa Discreta e formos ssima Maria Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora Em teus olhos e boca o Sol e o dia Enquanto com gentil descortesia O ar que fresco Ad nis te namora Te espalha a rica tran a voadora Quando vem passear te pela fria Goza goza da flor da mocidade Que o tempo trata a toda ligeireza E imprime em toda flor sua pisada Oh n o aguardes que a madura idade Te converta essa flor essa beleza Em terra em cinza em p em sombra em nada MATOS Greg rio de Poemas escolhidos sele o de Jos Miguel Wisnik 2 ed S o Paulo Cultrix s d 92 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 2 UFRJ 2006 O poema se constr i por meio da oposi o entre dois campos sem nticos especialmente no contraste entre a primeira e a ltima estrofes Explicite essa oposi o e retire dessas estrofes dois voc bulos com valor subs tantivo um de cada campo sem ntico identificando a que campo cada voc bulo pertence Textos para a quest o 3 Texto A produ o cultural do corpo Pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura simultaneamente um desafio e uma necessidade Um desafio porque rompe de certa forma com o olhar naturalista sobre o qual muitas vezes
221. iva de alimentos por m diferentemente da bulimia nervosa essas pessoas n o tentam evitar ganho de peso com os m todos compensat rios Os epis dios v m acompanhados de uma sensa o de falta de controle sobre o ato de comer sentimentos de culpa e de vergonha Muitas pessoas com essa s ndrome s o obesas apresentando uma hist ria de varia o de peso pois a comida usada para lidar com problemas psicol gicos 14 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 O transtorno do comer compulsivo encontrado em cerca de 2 da popula o em geral mais frequentemente acometendo mulheres entre 20 e 30 anos de idade Pesquisas demonstram que 30 das pessoas que procuram tratamento para obesidade ou para perda de peso s o portadoras de transtomo do comer compulsivo Dispon vel em http www abcdasaude com br Acesso em 1 maio 2009 adaptado 3 Enem 2010 Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor conclui se que o texto tem a finalidade de A descrever e fornecer orienta es sobre a s ndrome da compuls o ali ment cia B narrar a vida das pessoas que t m o transtorno do comer compulsivo aconselhar as pessoas obesas a perder peso com m todos simples expor de forma geral o transtorno compulsivo por alimenta o encaminhar as pessoas para a mudan a de h bitos aliment cios PTY GRUPO 2 Em uma narrativa analisar as categorias tempo espa o e narrador Texto para a quest o coment
222. ivalentes aos da gravura de Escher encontram se com frequ ncia A nos jornais quando o rep rter registra uma ocorr ncia que lhe parece extremamente intrigante B nos textos publicit rios quando se comparam dois produtos que t m a mesma utilidade C na prosa cient fica quando o autor descreve com isen o e distanciamen to a experi ncia de que trata D na literatura quando o escritor se vale das palavras para expor procedi mentos construtivos do discurso E nos manuais de instru o quando se organiza com clareza uma determi nada sequ ncia de opera es 2 UFPB 2001 N o digo que j lhe coubesse a primazia da beleza entre as mocinhas do tempo porque isto n o romance em que o autor sobredovra a realidade e fecha os olhos s sardas e espinhas O trecho sublinhado um exemplo de fun o A f tica B referencial O metalingu stica D conativa E emotiva Texto para a quest o 3 A biosfera que re ne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vi vos se divide em unidades menores chamadas ecossistemas que podem ser uma floresta um deserto e at um lago Um ecossistema tem m ltiplos mecanismos que regulam o n mero de organismos dentro dele controlando sua reprodu o crescimento e migra es DUARTE M O guia dos curiosos S o Paulo Companhia das Letras 1995 Car tuLo 4 49 3 Enem 2010 Predomina no texto a fun o da linguagem A emotiva porque o
223. ivas Explica o Entre j em casa porque est chovendo Entre j em casa que est chovendo Entre j em casa pois est chovendo As conjun es que exprimem explica o s o chamadas de conjun es expli cativos Causa O projeto foi um sucesso porque todos cooperaram Como todos cooperaram o projeto foi um sucesso Visto que todos cooperaram o projeto foi um sucesso As conjun es que exprimem causa s o chamadas de conjun es causais Causa ou explica o A causa um fato que gera ou produz outro j a explica o uma justificativa dada por algu m a fim de legitimar um coment rio anterior Nem sempre poss vel distinguir esses dois valores mas algumas situa es s o bem claras Por exemplo quando o verbo da primeira ora o est no imperativo temos sempre uma explica o Isso acontece porque nesses casos o impera tivo ser seguido de uma justificativa que procura legitimar a ordem pedido ou conselho expressos anteriormente Por exemplo Venha agora que preciso lhe contar algo urgente Al m disso interessante comparar exemplos como estes dois Ele chorou porque apanhou do irm o Ele chorou porque seus olhos est o vermelhos No primeiro apanhar do irm o a causa do choro no segundo o enun ciado porque seus olhos est o vermelhos a explica o ou justificativa apresentada pelo enunciador para legitimar a afirma o feita anteriormente Ele chorou
224. la mais firme pela vida em fora N o titubearia n o hesitaria livremente poderia falar dizer bem alto os pensamentos que se estorciam no meu c rebro O flanco que a minha pessoa na batalha da vida oferecia logo aos ataques dos bons e dos maus ficaria mascarado disfar ado Ah Doutor Doutor Era m gico o t tulo tinha poderes e alcances m l tiplos v rios polif rmicos Era um pallium era alguma cousa como cl mide sagrada tecida com um fio t nue e quase imponder vel mas a cujo encontro os elementos os maus olhares os exorcismos se quebravam De posse dela as gotas da chuva afastar se iam transidas do meu corpo n o se animariam a focar me nas roupas no cal ado sequer O invis vel distribuidor de raios solares escolheria os mais meigos para me aquecer e gastaria os fortes os inexor veis com o comum dos homens que n o doutor Oh Ser formado de anel no dedo sobrecasaca e cartola inflado e grosso como um sapo entanha antes de ferir a martelada beira do brejo andar assim pelas ruas pelas pra as pelas estradas pelas salas recebendo cumprimentos Doutor como passou Como est doutor Era sobre humano BARRETO Lima In VASCONCELOS Eliane org Prosa seleta Rio de Janeiro Nova Aguilar 2001 1 de todos os modos irrestrito 2 agitavam 3 manto capa 4 manto 5 assustados 6 inflex veis 7 vaidoso Quest o comentada Uerj 2004 Exame de Qua
225. la supervalo riza o das condi es dos necessitados V it o QU iviz E o jogo de palavras entre acordar e dormir o que relativiza o proble ma do leitor em rela o ao dos necessitados Texto para a quest o 5 Caf com p o Caf com p o Caf com p o Virgem Maria que foi isto maquinista Agora sim Caf com p o Agora sim Caf com p o Voa fuma a Corre cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita for a Muita for a Muita for a BANDEIRA Manuel Estrela da vida inteira Rio de Janeiro Jos Olympio 1988 p 132 5 Ceder 2011 2 semestre Alguns recursos do poema imitam o som e o ritmo do trem em movimento Identifique ao menos dois desses recursos 6 Cederj 2010 2 semestre Todo os dias quando acordo vou correndo tirar a poeira da palavra amor LISPECTOR pps Umbrella ART Acesso 21 04 2010 Quanto constru o de sentido do fragmento de Clarice Lispector texto acima pode se afirmar A o trecho quando acordo expressa no fragmento uma circunst ncia de sentido conotativo B a express o tirar a poeira se desloca da denota o para a conota o C em vou correndo a locu o verbal apresenta no contexto um valor de fato habitual no passado D em amor o emprego das aspas evidencia uma conceitua o de amor 14 GABARITO Grupo 1 Dc 2 5 3D 4 Duas das figuras an fora repeti o an
226. le de temperaturas Dispon vel em hitp saresp fde sp gov br 2003 e m 20 index htm Acesso em 19 09 2010 Vamos classificar os textos 1 a 5 de acordo com o tipo textual predominante Texto Tipo textual predominante Um dever amat ssimo Descritivo Um le o apaixonado Narrativo China Expositivo dissertativo expositivo Harmonia tnica da sociedade chinesa Argumentativo dissertativo um mito argumentativo Refrigeradores El tricos Consul Injuntivo Examinando cada um desses textos poss vel ter uma ideia geral a respeito dos tipos textuais que estamos estudando O primeiro texto apresenta ao leitor um personagem levando o a conhecer muitas de suas caracter sticas Quais caracter sticas de Jos Dias passamos a conhecer a partir da leitura desse pequeno fragmento Veja a listagem abaixo i Quanto ao temperamento e comportamento gosta de falar bonito talvez goste de impressionar os outros pela maneira como se expressa Era um modo de dar uma fei o monumental s ideias n o as havendo servia a prolongar as frases ii Quanto ao estilo modo de se vestir formal e conservador iii Quanto apar ncia f sica magro chupado com um principio de calva iv Quanto idade tem aproximadamente 55 anos Em resumo pode se notar que o objetivo central desse texto apresentar para o leitor o personagem Jos Dias descrevendo o no que diz respeito a dife rentes asp
227. lhete h uma importante esta o arqueol gica ainda por explorar seio de fonte limpa n o todos os dias que se tem a sorte de receber directamente uma informa o destas da boca do pr prio fabricante Cipriano Algor j perguntou a si mesmo como foi poss vel que se tivesse deixado encerrar durante tr s semanas sem ver o sol e as estrelas a n o ser torcendo o pesco o de um trig simo quarto andar com janelas que n o se podiam abrir quando tinha aqui este rio certo que malcheiroso e minguado esta ponte certo que velha e mal amanhade e estas ru nas que foram casas de gente e a al deia onde tinha nascido crescido e trabalhado com a sua estrada ao meio e a pra a desbanda A pra a ficou para tr s de repente sem avisar apertou selhe o cora o a Cipriano Algor ele sabe da vida ambos o sabem que nenhuma do ura de hoje ser capaz de minorar o amargor de amanh que a gua desta fonte n o poder matarte a sede naquele deserto N o tenho trabalho n o tenho trabalho murmurou e essa era a resposta que deveria ter dado sem mais adomos nem sub terf gios quando Marta lhe perguntou de que iria viver N o tenho trabalho Nesta mesma estrada neste mesmo lugar como no dia em que vinha do Centro com a not cia de que n o lhe comprariam mais lou a O motor da furgoneta cantou a can o do regresso ao lar o condutor j via as frondes mais altas da amoreira e de repente como um rel mpa
228. lifica o A mat ria narra da neste texto n o representada como um fato mas como um projeto O recurso lingu stico que caracteriza essa representa o o emprego de A voc bulos cultos e raros B retic ncias na maioria dos par grafos C formas verbais no futuro do pret rito D met foras relativas ao objeto de desejo Resposta Coment rio Voc j sabe que o futuro do pret rito o tempo verbal ca racterizado pela termina o ria como por exemplo em faria cantar amos poderiam caso n o se lembre reveja o quadro de termina es do Modo In dicativo No texto a que se refere a quest o esse tempo verbal usado com frequ ncia obteria seria resgataria etc Veja tamb m que todo o texto corresponde ao pensamento do narrador que se p e a fazer planos sobre seu futuro No primeiro par grafo fica claro que seu projeto obter um emprego frequentar aulas fazer os exames finais e se tornar doutor Deste ponto em diante ele come a a sonhar acordado pensando como seria sua vida a partir do momento em que se formasse Ele imagina que teria respeito e prest gio tornando se alvo da admira o de toda a gente Nada disso por m acontece em seu momento presente Tudo isso n o passa de planos de projetos de um desejo do narrador em suma E pre cisamente o emprego do futuro do pret rito que indica isso Ele n o afirma por exemplo que
229. los repeti es r pidas de uma ou duas notas musicais Quest o Comentada Uerj 2008 Exame de Qualifica o No texto fragmentos narrativos associam se a sequ ncias descritivas origin rios de um processo subjetivo de observa o A alternativa que apresenta uma dessas sequ ncias descritivas A atenta e obediente ao seu amado mas sem perda de car ter e dig nidade B E n o toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d amore C Ponha se num c u alto uma Lua tranquila Pede ela um contrabaixo o viol o capaz de ouvi ua D s o viol o capaz de ouvir e de entender a Lua Resposta Coment rio O texto acima exemplifica bem algo que voc j sabe ti pos textuais n o aparecem isolados reveja a se o 3 deste cap tulo Ou seja voc dificilmente encontrar um texto apenas descritivo ou apenas narrativo por exemplo O que vemos na pr tica a predomin ncia de um ou outro tipo textual Quanto ao texto Uma mulher chamada Guitarra o enunciado j entrega existem nele tanto sequ ncias narrativas quanto sequ ncias descritivas Tendo informado isso pergunta se qual das alternativas corresponde a uma sequ ncia A letra B corresponde a uma sequ ncia expositiva em que se transmite uma informa o objetiva a respeito de um determinado t pico o viol o especifica mente informa se o nome de um dos ascendentes desse instrumento Na le
230. m na frase Heitor forte como um touro Heitor o termo real touro o termo figurado como o conector e forte o ponto de compara o B Met fora uma esp cie de compara o abreviada em que o conector n o aparece ex presso Heitor um touro com os mesmos elementos da compara o met fora aproxima duas realidades distintas Trata se da substitui o de um termo normal por um outro pertencente a um campo sem ntico diferente mas com semelhan as poss veis A met fora pode apresentar elementos impl citos e algumas vezes pode assumir a forma de uma per frase A p rola das Antilhas Haiti C Meton mia uma constru o na qual se expressa um conceito por meio de um termo que designa um outro conceito que est unido a ele por uma rela o necess ria a causa pelo efeito o continente pelo conte do o signo pela coisa significada o autor pela obra o local pelo produto etc meton mia consiste na substitui o de um nome de um objeto pelo nome de um outro com o qual est em rela o tais rela es podem ser e o todo pela parte O Brasil participar da Copa do Mundo e q parte pelo todo Todos procuram um teto onde morar e o efeito pela causa Respeite ao menos meus cabelos brancos e q causa pelo efeito Tem uma boa m o para doces e o autor pela obra Roubaram um Portinari do museu e o lugar pelo produto Bebeu duas garrafas de parati e o continente pelo conte do Comeu d
231. m fala aqui o homem do 1003 Recebi outro dia consternado a visita do zelador que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento Recebi depois a sua pr pria visita pessoal devia ser meia noite e a sua veemente reclama o verbal Transcreva desse trecho dois pronomes possessivo que identificam respec tivamente o homem do 1003 e o vizinho do 903 4 Leia a seguinte passagem Prometo Quem vier minha casa perd o ao meu n mero ser convidado a se retirar s 21 45 Reescreva o trecho acima modificando a pontua o depois de Prometo sem alterar essencialmente o seu significado 5 Explique a seguinte alternativa O texto Recado ao senhor 903 uma cr nica e o texto de Santiago uma charge No entanto ambos em sua progress o caracterizam uma narrativa GABARITO Estudo de caso 1 DA 2 C 3B 4D Estudo de caso 2 DD 2 tempos imemoriais hoje eu era grego hoje sou mo o moderno tempos modernos her is da Paramount pret rito presente Estudo de caso 3 1 Qualquer frase e ou per odo marcados por pontua o pertencente ao segundo ou ao terceiro par grafo 2 Mas 3 Meu apartamento o homem do 1003 a sua pr pria visita a sua veemente reclama o verbal vizinho do 903 4 Prometo que quem vier minha casa Prometo quem vier minha casa Prometo quem vier minha casa 5 Trata se de uma narrativa pois apresenta o
232. m percebeu Nelson Sargento Sonho de um sambista Eldorado 1979 Texto II Minha impress o que a cultura popular j ganhou a parada H 30 ou 40 anos quando a gente discutia sobre m sica popular brasileira sobre os novos baianos velhos sobre a quest o da t cnica a bossa nova dizia se que a cultura de massa ia invadir e tomar conta de tudo Agora n o apenas os baianos mas outros inclusive os rapistas se impuseram independentemente da cultura de massas e est o tendo a revanche num momento de baixo para cima SANTOS Milton Territ rio e sociedade entrevista 2 Ed S o Paulo Funda o Perseu Abramo 2000 4 UFRJ 2004 Examine as seguintes passagens te impuseram outra cultura Texto n o apenas os baianos mas outros inclusive os rapistas se impuseram Texto ll Explique como as diferentes formas pronominais pessoais refletem as concep es distintas acerca das transforma es ocorridas na m sica popular brasileira Texto para a quest o 5 A caverna Enfim a cidade ficou para tr s os bairros da periferia j l v o daqui a pouco aparecer o as barracas em tr s semanas ter o chegado estrada n o ainda lhes faltam uns trinta metros e logo est a Cintura Industrial quase tudo parado s umas poucas f bricas que parecem fazer da labora o cont nua a sua religi o e agora a triste Cintura Verde as estufas pardas cinzentas l vidas por isso
233. m uma Copa do Mundo narrar ao vivo e falando de jogadores de nomes complexos de 32 na es s o consider veis e levando se em conta esse contexto o desempenho de Galv o Bueno plenamente aceit vel iv O ufanismo de Galv o um de seus defeitos segundo seus detratores menor que o do narrador Luciano do Valle que n o foi alvo de nenhuma campanha negativa v Se Galv o Bueno s vezes se sai com tiradas aparentemente toscas o narrador Milton Leite o melhor em atividade nos dias de hoje segundo o enunciador tamb m o faz e n o criticado por isso vi As cr ticas a Galv o Bueno s o potencializadas e acabam sendo exa geradas pelo fato de ele estar muito exposto j que trabalha na emissora de TV que det m de longe a maior fatia da audi ncia brasileira vii As cr ticas a Galv o Bueno n o constituem no fundo ressalvas sua compet ncia t cnica antes elas revelam uma certa revolta contra o status quo aqui representado pela Rede Globo a que se atribui normalmente o poder de influenciar as opini es das massas interferir na vida pol tica do pa s enfim mandar e desmandar no Brasil viii Mesmo seus defeitos s o na verdade fruto de uma virtude maior no que pode ser considerado uma demonstra o de humildade Galv o Bueno consente em prejudicar sua credibilidade com o objetivo de agradar ao p blico 12 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 ix De mais a mais
234. ma vez que sentado de frente para a janela por onde se filirava um eco p lido de luz eu a contemplava t o pura e nua ela disse Meu Deus seus olhos est o esverdeando Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz nossos gestos eram parecidos e integrados como se o amor fosse um longo ensaio para que um movimento chamasse outro inconscientemente comp nhamos esse jogo de um ritmo impercept vel como um lento bailado Mas naquela manh ela se sentiu tonta e senti tamb m minha fraqueza resolvi sair era preciso dar uma escapada para obter v veres vestime lentamente calcei os sapatos como quem faz algo de estranho que horas seriam Quando cheguei rva e olhei com um vago temor um sol extraordinaria mente claro me bateu nos olhos na cara desceu pela minha roupa senti vaga mente que aquecia meus sapatos Fiquei um instante parado encostado parede olhando aquele movimento sem sentido aquelas pessoas e ve culos irreais que se cruzava tive uma tonteira e uma sensa o dolorosa no est mago Havia um grande caminh o vendendo uvas pequenas uvas escuras comprei cinco quilos O homem fez um grande embrulho de jornal voltei carregando aque le embrulho de encontro ao peito como se fosse a minha salva o E levei dois tr s minutos na sala de janelas absurdamente abertas diante de um desconhecido para compreender que o milagre acabara algu m viera e batera porta e ela abrira pensando que
235. mada como hip tese irrealiz vel E ra O A Texto para a quest o 19 Poemas da negra 1929 Voc t o suave Vossos l bios suaves Vagam no meu rosto Fecham meu olhar Sokposto E a escureza suave Que vem de voc Que se dissolve em mim Que sono Ev imaginava 88 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Duros vossos l bios Mas voc me ensina A volta ao bem ANDRADE M rio de Poesias completas S o Paulo Livraria Martins 1980 19 Uerj 2004 LPLB A estrofe que vai de Eu imaginava at A volta ao bem no Poema da Negra de M rio de Andrade estabelece um contraste entre as expectativas do poeta sobre a amada e a viv ncia concreta do contato com ela Explique como esse contraste se evidencia a no emprego dos tempos verbais b nas fun es sint ticas dos pronomes pessoais GABARITO Grupo 1 1 De bem longe Paulo avistou L cia que o esperava e lhe fez um aceno de impaci ncia ele apressou o passo para alcan ar o port o do jardim Ela estendeu he as m os ambas risonha e atraindo o reclinou se sobre o seu peito com um gracioso abandono Sentaram se nos degraus da pequena escada de pedra 2 a Modo narrativo no primeiro par grafo e modo argumentativo ou dis sertativo no restante do texto b 1 segmento verbos de a o tempo passado 2 segmento verbos de estado tempo presente 3 D 4 Por isso resolvi escrever o texto que voc l abaixo Ah se voc n o
236. matizada assim VERBO ADV RBIO LOCU O ADVERBIAL Exemplo Durante a noite ele trabalhou animadamente pela manh dormiu profun damente Aqui temos dois verbos trabalhou e dormiu O primeiro recebe uma circunst ncia de tempo trabalhou quando e uma circunst ncia de modo tra balhou como A circunst ncia de tempo indicada por uma locu o adverbial trabalhou durante a noite circunst ncia de modo indicada por um adv rbio trabalhou animadamente Com o verbo dormir ocorre algo muito semelhan te uma locu o adverbial pela manh exprime circunst ncia de tempo ao passo que um adv rbio profundamente exprime as circunst ncias de modo e intensidade Diferen a entre locu o adjetiva e locu o adverbial A locu o adjetiva e a locu o adverbial t m a mesma estrutura m ni ma preposi o substantivo Por isso a nica maneira de diferenci las verificar a que palavras elas se ligam Veja Ela fez cara de medo de medo locu o adjetiva pois est ligada ao substantivo cara Ela morreu de medo de medo locu o adverbial pois est ligada forma verbal morreu 3 1 O adv rbio de intensidade Quase todos os adv rbios modificam apenas o verbo exce o o adv rbio de intensidade que tamb m pode modificar adjetivos ou outros adv rbios Essa rela o sint tica pode ser esquematizada assim ADV
237. mavas Em outras palavras podemos dizer que o pret rito imperfeito do indicativo tem uma marca que o identifica o segmento va Da mesma forma a maior parte dos tempos verbais tem sua pr pria marca Conhecendo essas marcas voc se torna capaz de olhar para um verbo e dizer em que tempo modo ele est Futuro do presente R ou RE Obs t nicos Eu cantarei Tu cantar s Ele cantar N s cantaremos V s cantareis Eles contar o Futuro do pret rito RIA ou RIE Eu cantaria Tu cantarias Ele cantaria N s cantar amos V s cantar eis Eles cantariam Car tuLo 7 iu 75 B Modo Subjuntivo Tempo Marca Conjuga o Presente 1 conjuga o E Que Eu cante Eu beba 2 e 3 conjuga es A Que Tu cantes Tu bebas Que Ele cante Ele beba Que N s cantemos N s bebamos Que V s canteis V s bebais Que Eles cantem Eles bebam Se Eu cantasse Se Tu cantasses Se Ele contasse Se N s cant ssemos Se V s cant sseis Se Eles contassem Quando Se Eu cantar Quando Se Tu cantares Quando Se Ele cantar Quando Se N s cantarmos Quando Se V s cantardes Quando Se Eles cantarem Pret rito SSE Imperfeito Futuro R Agora que voc j sabe como reconhecer cada tempo modo verbal poder verificar que cada tempo apresenta mais de um valor sem ntico Por exemplo o presente do indicativo pode ser usado
238. mb m tem algo de Aquiles com seu calcanhar que a kriptonita Humano e super her i como Gandhi N o houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas hist rias em quadrinhos Eu raramente as leio hoje em dia mas quando assisto a bons filmes de super her is eu lembro que todos temos um lado ing nuo e bom que pode ser capaz de suportar a dor da solid o por um princ pio CHU Fernando Adaptado de http fernandochui blogspot com 1 Uerj 2009 Exame de Qualifica o A argumenta o se estrutura por meio de diferentes mecanismos discursivos No quarto par grafo o mecanismo empre gado consiste na apresenta o de A opini o apoiada em exemplos B alega o partilhada por muitos C constru o caracterizada como dial tica D defini o baseada em elementos v lidos 2 Ueri 2009 Exame de Qualifica o A utiliza o de testemunhos autoriza dos como o de Fellini uma conhecida estrat gia ret rica O uso dessa estrat gia produz no texto o efeito de A oposi o entre estilos diversificados B exemplifica o de opini es variadas C delimita o de um contraponto temporal D confirma o dos posicionamentos do autor Texto para a quest o 3 Do bom uso do relativismo Hoje pela multim dia imagens e gentes do mundo inteiro nos entram pelos telhados portas e janelas e convivem conosco o efeito das redes globalizadas de comunica o primeira rea o de perplexi
239. mentos em simultaneidade D enfatiza a exist ncia de mais de uma alternativa 5 Ueri 2009 Exame de Qualifica o Al m de ligar palavras ou partes da frase os conectivos podem apresentar sentido espec fico O conectivo grifado que cont m tra o de sentido negativo est exemplifi cado em A De manhiizinha ensinaram que todos aqueles piados B e que com a m quina ningu m n o brinca porque ela mata C eram donos sem mist rio e sem for a da m quina D Os filhos da mandioca n o ganham da m quina nem ela ganha deles 6 PucRio 2008 Vestibular de Inverno Explique a seguinte afirma o nas frases abaixo uma mesma preposi o encabe a adjuntos adverbiais que indicam circunst ncias distintas Em casa respirou Foi a arte que lhe deram em menino 7 Ueri 2004 LPLB Algumas preposi es podem expressar sentidos variados e introduzir termos com fun es sint ticas diversas No exemplo Pequeno deu a quantia determinada pela esposa de Z Gor do a preposi o por tem caracter sticas sem nticas e sint ticas id nticas s da seguinte alternativa A caibros cobertos em geral por telhas de zinco B num desespero absoluto e que por ser absoluto calado C que se estendia por caminhos muitas vezes sem sentido algum D becos que por terem s uma entrada se tornam becos sem sa das jA 8 Uerj 2005 LPLB adaptada Nos trechos
240. mo ap s o hor rio de sil ncio aqui que encontramos a oposi o fundamental do texto Vamos formul a assim MUNDO REAL X MUNDO IMAGINADO No mundo real os vizinhos n o t m qualquer intimidade a dist ncia tanta que um n o sabe sequer o nome do ou tro pois como n o sei o seu nome nem o senhor sabe o meu ficamos reduzidos a ser dois n meros Tamb m no mundo real as leis e regulamentos obrigam os moradores a manter o sil ncio ap s um determinado hor rio O regulamento do pr dio expl cito e se n o o fosse o senhor teria ainda ao seu lado a Lei e a Pol cia e quando isso n o acontece ocorrem queixas conflitos reclama es Recebi depois a sua pr pria visita pessoal devia ser meia noite e a sua veemente reclama o verbal Ao mesmo tempo o mundo real caracterizado como um lugar chato mon tono com muito controle e muita disciplina e nenhuma poesia ou imagina o No mundo imaginado tudo ao contr rio os vizinhos seriam ntimos e solid rios Entra vizinho e come de meu p o e bebe de meu vinho seria permitido festejar madrugada adentro Aqui estamos todos a bailar e a cantar pois descobrimos que a vida curta e a lua bela e em vez de brigas e con flitos haveria comunh o amizade e paz e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando can es para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murm rio da brisa nas rvores e o dom
241. n ciadores j que poss vel ouvir a voz de ambos ao longo do texto Na maior parte do poema quem fala o eu l rico Tr s pronomes fazem se refer ncia a ele o obl quo tono me no primeiro verso o possessivo minha no segundo e o obl quo t nico mim duas ocorr ncias no ltimo verso Isso sem falar no pronome reto eu que permanece oculto eu perseguio Eu Precisava dele E eu fiquei s em mim Por sua vez o segundo enunciador o marciano cuja voz aparece nos versos 3 e 4 referido pelos seguintes pronomes o obl quo t nico consigo verso 3 o obl quo t nico ele contra do como dele verso 6 referido tamb m pelo pronome reto oculto como em ele pensou consigo De todos esses casos observe que apenas o consigo aparece na sequ ncia em que se ouve a voz do marciano caracterizando o de fato como um enunciador Texto para a quest o tica para meu filho Veja algu m pode lamentar ter procedido mal mesmo estando razoavel mente certo de que n o sofrer repres lias por parte de nada nem de ningu m que ao agirmos mal e nos darmos conta disso compreendemos que j estamos sendo castigados que lesamos a n s mesmos pouco ou muito voluntariamen te N o h pior castigo do que perceber que por nossos atos estamos boicotando o que na verdade queremos ser De onde v m os remorsos Para mim est muito claro de
242. n volver reflex es Neste caso o fato cotidiano a reclama o que o senhor 903 apresenta inicialmente por carta ao homem do 1003 me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento partir da a cr nica se estrutura tamb m sob a forma de carta ou segundo o t tulo um Recado em resposta ao vizinho que havia se queixado 2 Organiza o fundamental e macroestrutura Voc j sabe que a cr nica Recado ao senhor 903 reproduz o formato de uma carta que teria sido enviada como uma resposta reclama o do vizinho de baixo Logo de in cio ainda no 1 par grafo o enunciador declara que d toda raz o ao vizinho Devo dizer que estou desolado com tudo isso e lhe dou inteira raz o partir da segue afirmando que ir mudar seu comportamento que compreende a reclama o e que entende a necessidade de respeitar o regulamen to O regulamento do pr dio expl cito Prometo sinceramente adotar depois das 22 horas de hoje em diante um comportamento de manso lago azul No entanto depois de dar raz o ao vizinho e de prometer mudan as ele deixa claro que n o gostaria de ter que fazer isso Na verdade ele preferiria que tudo fosse diferente que os vizinhos tivessem mais proximidade e intimidade de modo que n o precisassem se comunicar por carta enviada pelo zelador e que pudessem celebrar beber comer e dan ar juntos madrugada adentro mes
243. n o os amou Meus pobres versos comovidos Por isso fiquem esquecidos Onde o mau vento os atirou BANDEIRA Manuel Poesia completa e prosa Rio de Janeiro Nova Aguilar 1993 o manso of cio de fazer esperar com esperan a E uma resposta que ser sempre a mesma s amanh E os quase eternos amanhiis daqueles rostos sempre adiados e sentados numa sala de espera Mas eu prefiro a rua A rua em seu sentido usual de l fora Em seu oceano que ter bocas e p s para exigir e para caminhar A rua onde todos se re nem num s ningu m coletivo Rua do homem como deve ser transeunte republicano universal Onde cada um de n s um pouco mais dos outros do que de si mesmo Rua da prociss o do com cio do desastre do enterro Rua da reivindica o social onde mora 0 Acontecimento A rual uma aula de esperan a ao ar livre RICARDO Cassiano Antologia Po tica Rio de Janeiro Editora do Autor 1964 9 Uerj 2004 Exame de Qualifica o E uma resposta que ser sempre a mesma s amanh v 12 O emprego do futuro do presente ser assume nesse verso um valor expressivo que se encontra devidamente explicado na seguinte alternativa A garantir com a ajuda do adv rbio amanh a ocorr ncia futura da resposta B enfatizar articulado com o adv rbio sempre uma convic o do enun 8 Uerj 2004 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o No po
244. nfiado que aponta um problema na sua explica o Essa contesta o conduz ao desfecho no 7 par grafo quando a enunciado ra sente para falar em portugu s claro que se entolou Nas suas pr prias palavras Come o a me sentir prisioneira dos pr prios fios que fui inventar E 114 L NGUA PORTUGUESA M DpuLD 1 resolve ent o jogar a toalha ou seja admite seu fracasso e desiste de encon trar uma explica o racional definitiva para a cria o liter ria melhor voltar s divaga es iniciais Em suma podemos dividir o texto esquematicamente em tr s partes estru turais Essa divis o est sintetizada no quadro a seguir Parte Par grafo s S ntese Explica o estrutural Parte 1 Tag Cria o liter ria A enunciadora como mist rio enxerga a cria o liter ria como algo misterioso e reconhece n o saber explic a ou teorizar sobre ela Tentativa de Apesar disso compreens o pressionada pelos racional e leitores procura explica o teorizar sobre seu pr prio processo criativo a fim de compreend lo racionalmente Por fim admite seu fracasso e desiste da teoriza o Parte 2 406 Parte 3 7 Desist ncia 3 Recursos lingu sticos Como vimos o texto Mysterium nos mostra uma escritora que n o compre ende seu processo criativo tentando racionaliz lo e compreend lo Trata se por tanto da tentativa de sair de
245. no dicion rio as palavras intermedeiam Texto para a quest o 4 Juventude e participa o Inicialmente gostaria de destacar que toda avalia o feita a partir de uma compara o Neste caso essa compara o poderia ser feita em duas dire es Uma delas em rela o a outras faixas et rias e a outra em rela o juventude de pocas passadas Em rela o primeira dimens o me parece que o comporta mento pol tico da juventude n o seja diferente do de outras faixas et rias Os que avaliam como baixa a participa o pol tica da juventude atual n o podem afirmar que seja diferente da participa o pol tica das outras faixas Existem parcelas da popula o passivas e entre elas h jovens e tamb m adultos assim como existem parcelas da popula o com alta taxa de participa o pol tica e entre elas podemos igualmente identificar jovens e adultos Logo uma compara o entre faixas et rias n o nos leva a concluir que seja baixa a participa o pol tica da juventude Agora em rela o outra dimens o a compara o entre juventudes de pocas diferentes podemos constatar diferen as que aparentemente levem algumas pessoas a afirma es do tipo a juventu de atual n o est com nada antigamente os jovens tinham maior consci ncia e atua o pol tica E aqui novamente devemos analisar a quest o por partes Jovens alienados e passivos sempre existiram ao lado de jovens conscientizados e ati
246. nta anos de conv vio O senhor ainda est forte Que acha A emo o impediu qualquer resposta jo o afastou se O l bio murcho se estendeu pele enrijeceu ficou lisa estatura regrediv A cabe a se fundiu ao corpo As formas desumanizaram se planas compactas Nos lados havia duas arestas Tomou se cinzento jo o transformou se num arquivo de metal GIUDICE V In MORICONI 1 Org 0s cem melhores contos brasileiros do s culo Rio de Janeiro Objetiva 2001 11 Uerj 2006 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o O chefe chamou o e lhe comunicou o segundo corte salarial Desta vez a empresa atravessava um per odo excelente redu o foi um pouco maior dezessete por cento Novos sorrisos novos agradecimentos nova mudan a 0 Explique as ideias paradoxais presentes no fragmento citado b Sem modificar a estrutura das ora es sublinhadas indique um conectivo que mantenha a ideia paradoxal presente entre elas e um outro que elimine esse valor paradoxal 12 Ueri 2005 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o adaptada Os elefantes por exemplo envelhecem bem olha que uma tarefa enorme Justifique o emprego da express o sublinhada no fragmento citado Substitua a por um nico conectivo que mantenha a mesma rela o de sentido existente entre as duas frases e realize as altera es necess rias 13 Ueri 2004 L ngua Portuguesa Instrumental com Re
247. nte Tive a oportunidade de sentir esse tipo de hostilidade quando fui eleito diretor da Faculdade de Ci ncias Humanas Cheguei mesmo a ouvir express es como a m fia latino americana em nossa faculdade quando somos nada mais que dois professores titulares de proced ncia latino americana Mas verdade seja dita trata se de uma hostilidade proveniente dos que estavam habituados ao poder e n o se conformavam em perd lo A maioria n o s me elegeu mas tamb m me apoiou e continua apoian do as reformas que institu em minha gest o DASCAL Marcelo Entrevista publicada no caderno Mais Folha de S Paulo 18 05 2003 3 Uerj 2004 1 Exame de Qualifica o Infelizmente devo dizer que sim O adv rbio infelizmente na resposta do entrevistado exprime um ponto de vista ou julgamento a respeito dos fatos relatados A alternativa cujo elemento sublinhado desempenha essa mesma fun o A J se sentiu v tima de algum tipo de marginaliza o B que pertencem ao mesmo partido pol tico etc e que se apoiam mu tuamente C Mas verdade seja dita trata se de uma hostilidade D e continua apoiando as reformas que institu em minha gest o Texto para a quest o 4 Astroteologia Aparentemente foi o fil sofo grego Epicuro que sugeriu j em tomo de 270 a C que existem in meros mundos espalhados pelo cosmo alguns como o nosso e outros completamente diferentes muitos deles
248. nte dos pronomes demonstrativos a de apontar para outros elementos no interior do pr prio texto Veja C lulas tronco v o criar vidas por Stevens Rehen A busca pela imortalidade ou em outras palavras a possibilidade de reparo infinito de rg os e tecidos parte antiga do imagin rio coletivo Foi no s culo 18 que o su o Abraham Trembley percebeu que a pequena hidra com seus tent culos ao redor da boca era capaz de se regenerar completamente mesmo que picada em v rios peda os Trembley influenciou gera es de cientistas que buscavam compreender como alguns organismos mais do que outros conseguem recons tituir partes do corpo O que todos esses cientistas descobriram que a capacidade de regenera o do corpo humano limitada Transplantar seria uma solu o mas que n o resol ve a enorme demanda por rg os de reposi o e o desgaste do organismo causado pelo envelhecimento Ent o surgiram as c lulas tronco e com elas a esperan a de chegar mais perto da eternidade Aqui um par nteses c lula tronco a tradu o do ingl s stem cell o nome dado s c lulas de plantas que t m a capacidade de se regenerar Hoje esse termo usado para identificar qualquer c lula que ao se dividir capaz de se autorrenovar ou formar novos tecidos e rg os Revista Superinteressante agosto de 2009 Observe as duas express es sublinhadas ambas formadas por um pronome demonstrativo seguido
249. ntiva Galv o n o precisa calar a boca n o Resumindo na pr tica quase n o encontramos textos exclusivamente narra tivos descritivos expositivos argumentativos ou injuntivos O que encontramos s o textos nos quais coexistem dois ou mais tipos textuais ainda que haja um tipo textual predominante EXERC CIOS GRUPO 1 Relacionar um texto ou sequ ncia a um ou mais tipos textuais Texto para a quest o comentada Uma mulher chamada Gvitarra Um dia casualmente eu disse a um amigo que a guitarra ou viol o era a m sica em forma de mulher A frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela constitu sse o que os franceses chamam um mot d esprit Pesa me ponderar que ela n o quer ser nada disso melhor a pura verdade dos fatos O viol o n o s a m sica com todas as suas possibilidades orquestrais latentes em forma de mulher como de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina viola violino bandolim violoncelo contrabaixo o nico que representa a mulher ideal nem grande nem pequena de pesco o alongado ombros redondos e suaves cintura fina e ancas plenas cultivada mas sem jact ncia relutante em exibir se a n o ser pela m o daquele a quem ama atenta e obediente ao seu amado mas sem perda de car ter e dignidade e na intimidade terna s bia e apaixonada H mulheres violino mulheres violoncelo e at mulheres contrabaixo
250. nto biol gico de um ser humano GRUPO 4 DA 2D 3 O par grafo refor a a ideia central da argumenta o do autor por meio da exemplifica o com elementos hist ricos AA 5 C 6 D TIC BD 9E TO GRUPO 5 DA 2 C 3B FIGURAS DE LINGUAGEM 38 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 INTRODU O Observemos o voc bulo destacado nas frases abaixo 0 touro pastava distante do resto da manada Aquele lutador um touro Se procurarmos o significado desses voc bulos no dicion rio vamos encontrar que touro um boi n o castrado usado como reprodutor ou um signo zodia cal O primeiro desses significados dicionarizados adequado primeira frase mas n o encontramos um significado adequado segunda frase porque se trata de um sentido n o dicionarizado criado pelo contexto em que a palavra se insere correspondente a muito forte sentido tamb m atrelado ao valor cultural do animal touro No primeiro caso o voc bulo designa uma realidade cuja designa o est historicamente estabelecida e dizemos que empregado em denota o no segundo caso do sentido moment neo de um referente empregado em conota o ou seja em linguagem figurada Quest o comentada Fuvest 2002 Considere este trecho de um di logo entre pai e filho do romance Lavoura arcaica de Raduan Nassar Quero te entender meu filho mas j n o entendo nada Misturo coisas quando falo n o desconhe o s o as palav
251. o Isso tamb m fica evidente no ltimo per odo do 3 par grafo Aqui a anti tese se manifesta pela aproxima o das palavras claro e escuro Ao exprimir a mudan a brusca da claridade para a escurid o a ant tese refor a a ideia de que a enunciadora est mentalmente confusa perdida desorientada ou seja ainda n o conseguiu passar da perplexidade ignor ncia para uma situa o de compreens o racional O quadro abaixo sintetiza alguns dos recursos lingu sticos empregados para sinalizar a situa o de confus o ignor ncia ou perplexidade da enunciadora Recurso Sequ ncia textual lingu stico Ap strofe E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador Deus Pontua o ponto me d um tempo Preciso agora atravessar o cipoal de exclama o dos detalhes e s o tantos E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador Deus N o gosto de teorizar porque na teoria acabo por me embrulhar feito um caramelo em papel transparente Compara o Met fora atravessar o cipoal avan o em meio n voa Come o a me sentir prisioneira dos pr prios fios que fui inventar Repeti o mas tudo sem explica o n o tem explica o Ant tese quero ser clara em meio desse claro que de repente ficou escuro estou perdida Como voc j sabe o 4 par grafo inaugura a segunda par
252. o No terceiro temos palavras explicitamente encadeadas conectados diferente do segundo e conseguimos atribuir um significado global ao texto assim como no segundo Exemplo 1 Copo Desesperados Flor Sobrancelha Santidade Exemplo 2 Circuito fechado Ricardo Ramos Chinelos vaso descarga Pia sabonete gua Escova creme dental gua espuma creme de barbear pincel espuma gilete gua cortina sabonete gua fria gua quente toalha Creme para cabelo pente Cueca camisa abotoaduras cal a meias sapatos telefone agenda copo com l pis caneta blocos de notas esp tula pastas caixa de entrada de sa da vaso com plantas quadros pap is cigarro f sforo Bandeja x cara pequena Cigarro e f sforo Pap is telefone re lat rios cartas notas vales cheques memorandos bilhetes telefone pap is Rel gio Mesa cavalete cinzeiros cadeiras esbo os de an ncios fotos cigarro f sforo bloco de papel caneta projetos de filmes x cara cartaz l pis cigarro f sforo quadro negro giz papel Mict rio pia gua T xi Mesa toalha cadei ras copos pratos talheres garrafa guardanapo x cara Ma o de cigarros caixa de f sforos Escova de dentes pasta gua Mesa e poltrona pap is telefone revista copo de papel cigarro f sforo telefone interno gravata palet Carteira n queis documentos caneta chaves len o rel gio ma o de cigarros caixa de f sforos Jornal
253. o pret rito um fato passado Se eu ganhasse na loteria viajaria Fato dependente de uma sem mala condi o Segundo alguns o aquecimento Incerteza aus ncia de global resultaria de causas naturais comprometimento com Seria ele a pessoa certa a informa o ou opini o Voc me emprestaria sua caneta expressas D vida questionamento Polidez B Modo Subjuntivo Tempo Valores Sem nticos Exemplos Presente Fato incerto Espero que voc volte logo Pret rito Condi o improv vel Se eu ganhasse na loteria daria imperfeito a volta ao mundo sem mala Futuro Condi o com maior grau Se eu ganhar na loteria darei a de probabilidade volta ao mundo sem mala Fique atento Muitos textos d o a impress o de que o enunciador est se dirigindo di retamente a algu m seja ao pr prio leitor seja a algum outro destinat rio do texto Esse efeito de di logo provocado pela presen a no texto de determi nados elementos gramaticais Vejamos quais s o esses elementos a partir de uma breve an lise do poema abaixo que apareceu na prova de 1999 da UFRJ O imposs vel carinho Manvel Bandeira Escuta eu n o quero contar te o meu desejo Quero apenas contar te a minha ternura Ah se em troca de tanta felicidade que me d s Eu te pudesse repor Eu soubesse repor No cora o despeda ado As mais puras alegrias da tua inf ncia Para verificar o efeito de di logo devemos nos concentrar nos
254. o porque procedeu sua an lise a partir da vis o de mundo e com as expectativas de um falante evropeu J GER Ludwig A palavra cria o mundo In Viver Mente e C rebro Agosto 2005 ano XIII n 151 p 51 12 PUCRIO 2006 adaptada Na l ngua portuguesa as formas verbais ex pressam entre outras coisas o curso de eventos no tempo No primeiro par gra fo do texto acima o futuro do pret rito tem outro emprego Transcreva essa forma verbal indicando seu emprego Texto para a quest o 13 adaptado Astroteologia z Por mais de 40 anos cientistas vasculham os c us com seus radiotelesc pios tentando ouvir sinais de civiliza es inteligentes Infelizmente at agora nada foi encontrado Muitos cientistas acham essa busca uma imensa perda de tempo e de dinheiro As chances de que algo significativo venha a ser encontrado s o extremamente remotas Em quais frequ ncias os ETs estariam enviando os seus sinais E como deci fr los Por outro lado os que defendem a busca afirmam que um resultado po sitivo mudaria profundamente a nossa civiliza o confirma o da exist ncia de outra forma de vida inteligente no universo provocaria uma revolu o Alguns at afirmam que seria a maior not cia j anunciada de todos os tempos Eu concordo N o estar amos mais s s Se os ETs fossem mais avan ados e pac ficos pode riam nos ajudar a lidar com nossos problemas sociais como a fome o racismo e os
255. o a vi va parecia vencerse a si mesma Consolava a outra queria arranc la dali A contus o era geral No meio dela Capitu olhou alguns instantes para o cad ver t o fixa t o apaixonadamente fixa que n o admira lhe saliassem algumas l grimas poucas e caladas As minhas cessaram logo Fiquei a ver as dela Capitu enxugou as de Car tuLo 8 i 93 pressa olhando a furto para a gente que estava na sala Redobrou de car cias para a amiga e quis lev la mas o cad ver parece que a retinha tamb m Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto quais os da vi va sem o pranto nem palavras desta mas grandes e abertos como a vaga do mar l fora como se quisesse tragar tamb m o nadador da manh ASSIS Machado de Dom Casmurro Cap tulo 123 S o Paulo Martin Claret 2004 Quest o comentada Uerj 2005 Exame de Qualifica o No texto a descri o dos fatos n o objetiva pois temos acesso aos tra os e s a es dos demais personagens apenas por meio do olhar comprometido do personagem narrador alternativa que indica uma estrat gia utilizada pelo personagem narrador para expressar um ponto de vista individual dos fatos e a passagem que a exemplifica A enumera o de a es Consolava a outra queria arranc la dali B sele o de adjetivos e adv rbios t o fixa t o apaixonadamente fixa C narra o em 1 pessoa As minhas cessaram logo D imp
256. o aconte a os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuar o sendo publicados e lidos em CD ROM em livro eletr nico em chips qu nticos sei l o qu O texto uma esp cie de alma imortal capaz de reencamar em corpos variados p gina impressa livro em Brail le folheto coffee table book c pia manuscrita arquivo PDF Qualquer texto pode se reencarnar nesses e em outros formatos n o importa se Moby Dick ou Viagem a S o Sarv se Macheth ou O livro de piadas de Casseta amp Planeta TAVARES B Dispon vel em http jornaldaparaiba globo com ho refletir sobre a poss vel extin o do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletr nica o cronista manifesta seu ponto de vista de fendendo que A o cordel um dos g neros textuais por exemplo que ser extinto com o avan o da tecnologia B o livro impresso permanecer como objeto cultural veiculador de impres s es e de valores culturais C o surgimento da m dia eletr nica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos D os textos continuar o vivos e pass veis de reprodu o em novas tecno logias mesmo que os livros desapare am E os livros impressos desaparecer o e com eles a possibilidade de se ler obras liter rias dos mais diversos g neros Do o mm 7 Enem 2011 O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes fil so fos ao longo dos t
257. o de tentar driblar essa predisposi o desarmando o leitor trata se da nega o Esse recurso consiste na estrat gia n o muito honesta verdade de negar que se v defender a posi o a favor da qual de fato se pretende argumentar Imagine por exemplo que o representante de uma igreja v proferir uma palestra na qual ele tenha a inten o de condenar um projeto de legaliza o do aborto Suponha que esse religioso tenha sido informado de que na plateia h muitos defensores do tal projeto Sabendo que estar diante de um p blico potencialmente hostil poss vel que ele comece assim Hoje eu n o quero falar contra o aborto ou contra a sua legaliza o Quero falar de algo muito mais importante muito mais fundamental a vida Tenho certeza que todos aqui concordam comigo n o h nada t o importante quanto a vida Ao mesmo tempo n o nada t o fr gil Por isso mesmo ela deve ser preservada em qualquer circunst ncia o que inclui tamb m a vida do feto Note que inicialmente o enunciador nega que v se manifestar contra a le galiza o do aborto Com isso talvez ele tenha conquistado a simpatia de alguns membros da plateia que do contr rio j ficariam predispostos contra a palestra Diante desse in cio promissor os ouvintes baixam a guarda E a que o religioso come a a discursar sobre a vida para pouco depois fazer exatamente o que ele havia negado que faria condenar o aborto 5
258. o para a quest o 1 Olho as minhas m os Olho as minhas m os elas s n o s o estranhas Porque s o minhas Mas t o esquisito distend las Assim lentamente como essas an monas do fundo do mar Fech las de repente Os dedos como p talas carn voras S apanho por m com elas esse alimento impalp vel do tempo Que me sustenta e mata e que vai secretando o pensamento Como tecem as teias as aranhas A que mundo Perten o No mundo h pedras baob s panteras 108 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 guas cantarolantes o vento ventando E no alto as nuvens improvisando sem cessar Mas nada disso tudo diz existo Porque apenas existem Enquanto isto O tempo engendra a morte e a morte gera os deuses E cheios de esperan a e medo Oficiamos rituais inventamos Palavras m gicas Fazemos Poemas pobres poemas Que o vento Mistura confunde e dispersa no ar Nem na estrela do c u nem na estrela do mar Foi este o fim da Cria o Mas ent o Quem urde eternamente a trama de t o velhos sonhos Quem faz em mim esta interroga o QUINTANA M rio Apontamentos de hist ria sobrenatural Porto Alegre Globo 1984 1 Ueri 2007 Exame de Qualifica o Al m de funcionar como elemento de liga o entre termos de mesmo valor o conectivo foi utilizado no texto algumas vezes para exprimir o efeito de acelera o cont nua Esse conectivo foi empregado para produzir tal efeito em
259. o para a quest o 5 A carreira do crime Estudo feito por pesquisadores da Funda o Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tr fico de drogas nas favelas cariocas exp e as bases sociais des sas quadrilhas contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado O tr fico oferece aos jovens de escolaridade prec ria nenhum dos entrevis tados havia completado o ensino fundamental um plano de carreira bem estru furado com sal rios que variam de RS 400 00 a RS 12 000 00 mensais Para uma base de compara o conv m notar que segundo dados do IBGE de 2001 59 da popula o brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no m ximo o piso salarial oferecido pelo crime Dos trafican tes ouvidos pela pesquisa 25 recebiam mais de RS 2 000 00 mensais j na popula o brasileira essa taxa n o ultrapassa 6 Tais rendimentos mostram que as pol ticas sociais compensat rias como o Bolsa Escola que paga RS 15 00 mensais por aluno matriculado s o por si s incapazes de impedir que o narcotr fico continue aliciando crian as provenientes de estratos de baixa renda tais pol ticas aliviam um pouco o or amento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando o que de modo algum impossibilita a op o pela deliqu ncia No mesmo sentido os programas voltados aos jovens vulner veis ao crime organizado circo escolas oficinas de cultura
260. o que ela se abre sobre outras quest es Que tipo de alfabetiza o esse a que tipo de leitura tem levado com que tipo de utilidade social MACHADO Ana Maria www dubitoergosum xpg com br 16 Uerj 2011 Exame de Qualifica o tudo levaria a crer que essa quest o est sendo resolvida Ser O emprego da forma verbal levaria e a forma interrogativa que se segue Ser sugerem um procedimento argumentativo empregado no texto Esse procedimento est explicitado em A a exposi o de um problema que ser detalhado B a incerteza diante de fatos que ser o comprovados C a diverg ncia em rela o a uma ideia que ser contestada D o questionamento sobre um tema que se mostrar limitado Texto para a quest o 17 Os moradores desta costa do Brasil todos t m terra de sesmarias dadas e repartidas pelos capit es da terra e a primeira coisa que pretendem alcan ar s o escravos para lhe fazerem e granjearem suas ro as e fazendas porque sem eles n o se podem sustentar na terra e uma das coisas porque o Brasil n o floresce muito mais pelos escravos que se alevantar o e fugir o para suas terras e fogem cada dia e se esses ndios n o foram t o fugitivos e mut veis n o tivera compara o a riqueza do Brasil GANDAVO Pero de Magalh es 1576 Tratado das terras do Brasil Lisboa In AGUIAR F org 1999 Com palmos medida Terra trabalho e conflito na literatura brasileira S
261. o real na qual uma pessoa est por exemplo segurando um casaco e a outra pede que o casaco seja deixado sobre a cama Aqui o pronome esse faz refer ncia ao casaco um objeto que est fisicamente presente na situa o comunicativa diferente o caso do segundo exemplo Nele o pronome esse na express o esse contato n o aponta para qualquer elemento concretamen te presente no espa o ao redor Em vez disso retoma um termo expresso anteriormente no interior do pr prio texto contato f sico Moral da hist ria o pronome demonstrativo pode fazer refer ncia tanto a um elemento externo ao texto primeiro exemplo quanto a um elemento interno ao texto segundo exemplo No primeiro caso falaremos em refer n cia exof rica ou d ixis No segundo caso falaremos em refer ncia endof rica Al m disso como voc j aprendeu no cap tulo 5 a refer ncia endof rica divide se em dois tipos an fora e cat fora 5 PRONOMES POSSESSIVOS Assim como os pronomes pessoais e os demonstrativos tamb m os pronomes possessivos fazem refer ncia s pessoas do discurso Do ponto de vista sem ntico eles acrescentam ideia de posse Pessoa N mero Pronome Possessivo 1 pessoa do singular Meu s minha s 2 pessoa do singular Teu s tua s 3 pessoa do singular Seu s sua s 1 pessoa do plural Nosso s nossa s 2 pessoa do plural Vosso s vossa s 3 pessoa do plur
262. objetivo desta observa o n o lev lo a memorizar o agora como uma conjun o adversativa O que n s queremos que voc perceba o se guinte como a l ngua est sempre mudando novas conjun es podem surgir a qualquer momento Por essa raz o comum que as listas de conjun es das gram ticas estejam desatualizadas o agora por exemplo ainda n o figura nos manuais escolares como conjun o Por isso mesmo voc n o deve se preocupar em meramente decorar lis tas de conjun es Deve em vez disso aprender a observar o comportamento das palavras e seu valor sem ntico em cada texto Desenvolvendo esse tipo de habilidade voc n o ter dificuldades para reconhecer uma conjun o ou perceber seu significado mesmo que seja como o agora uma conjun o nova que voc n o tenha aprendido na escola Conclus o Ele um ser humano logo est sujeito a falhas Voc estudou muito por isso n o tem raz o para ficar nervoso Voc n o fez nada de errado n o deve portanto ficar receoso As conjun es que exprimem conclus o s o chamadas de conjun es con clusivas Adi o Ele lavou e passou a roupa N o lavou nem passou a roupa Ele n o s lavou a roupa como tamb m passou As conjun es que exprimem adi o s o chamadas de conjun es aditivas sobre voc As conjun es que exprimem altern ncia s o chamadas de conjun es alter nat
263. ode levar a casos de deriva o impr pria como bem aponta o telefone celular o dente canino a igreja catedral o micro computador o documento abaixo assinado a carta circular o membro representante a caneta esferogr fica um filme docu ment rio etc Al m disso em alguns casos a elipse de um termo pode provocar o aparecimento de um novo g nero para o termo sobrevivente de uma express o como o caso de a r dio elipse de emissora de o Am rica elipse de time a Rio Niter i elipse de ponte o fila elipse de c o o funcion rio da caixa etc B Pleonasmo Figura caracterizada pela repeti o de um termo na mesma fun o sint tica As bonecas eu as dei para as meninas Onde o termo as pleon stico pois repete na mesma fun o objeto direto o termo anterior bonecas Tamb m denominado pleonasmo no caso da repeti o do mesmo signi ficado por dois significantes diferentes no mesmo sintagma descer para baixo prever antecipadamente entrar para dentro nesse caso a figura denominada pleonasmo vicioso Algumas dessas repeti es por m podem ter valor estil stico e n o corres pondem a problemas de constru o assim ao dizermos Eu vi com estes olhos o autor do enunciado pode estar tentando dar nfase ao fato de ter visto algo que pode testemunhar com certeza Anacoluto Figura caracterizada pela interrup o de uma frase de tal modo que um termo fica sem f
264. ois pratos de feijoada e q mat ria pelo objeto Ele gosta de aquarelas e o s mbolo pelo simbolizado Ign cio sempre foi atra do pela Cruz D Antonom sia Figura que consiste em empregar se um nome comum por um nome pr prio ou um nome pr prio por um nome comum a antonom sia assim uma trans fer ncia de nome Fumou um havana Notou a presen a do Maligno as ordens vieram do Pent gono E Sinestesia Essa figura consiste na utiliza o simult nea de palavras que representam sensa es diferentes um som da pesada um perfume doce etc 4 Figuras de harmonia ou sonoras A Alitera o Figura que consiste na utiliza o de palavras que possuem o mesmo fonema consonantal J em torno a tarde se entorna a atordoar o ar que arde B Asson ncia Figura que consiste na utiliza o de palavras com o mesmo fonema voc lico formas brancas alvas formas claras C Paronom sia Ocorre quando se aproximam palavras de sons parecidos Quem v um fruto n o v um furto D Onomatopeia A onomatopeia consiste no emprego de palavra ou express o que sugerem um som natural de algo Passava com o chape chape das sand lias EXERC CIOS GRUPO 1 Reconhecer e nomear a figura de linguagem Quest o comentada FUVEST 2009 Fu amo a rua Esse sentimento de na tureza toda ntima n o vos seria revelado por mim se n o julgasse e raz es n o tivesse para julgar que este amor assim absoluto e assim
265. ome vem da terra O que duro ver que aqueles que possuem muita terra e n o dependem dela para sobreviver pouco se preocupam em produzir nela integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST de Corumb MS 1 Enem 1998 A partir da leitura do depoimento 1 os argumentos utilizados para defender a posi o do propriet rio de terras s o 1 Constitui o do pa s garante o direito propriedade privada portanto invadir terras crime II O MST um movimento pol tico controlado por partidos pol ticos III As terras s o o fruto do rduo trabalho das fam lias que as possuem IV Este um problema pol tico e depende unicamente da decis o da justi a Est o corretas as proposi es A apenas B le IV apenas O Ile IV apenas D le III apenas E I IIl e IV apenas 2 Enem 1998 A partir da leitura do depoimento 2 quais os argumentos utilizados para defender a posi o de um trabalhador rural sem terra 1 A distribui o mais justa da terra no pa s est sendo resolvida apesar de que muitos ainda n o t m acesso a ela II terra para quem trabalha nela e n o para quem a acumula como bem material HI necess rio que se suprima o valor social da terra IV A mecaniza o do campo acarreta a dispensa de m o de obra rural Est o corretas as proposi es A apenas O Ile IV apenas E III IV apenas B Il apenas D Ile III apenas
266. ontos de vista para conduzir o seu leitor a observar o mundo sob perspectivas diversificadas No conto de N lson Rodrigues a narrativa busca emocionar por meio do seguinte recurso A expressa diretamente o ponto de vista do personagem milion rio B expressa de maneira indireta o ponto de vista da personagem chinesa C alterna o ponto de vista do personagem milion rio com o do narrador D alterna o ponto de vista do personagem milion rio com o da personagem chinesa Textos para a quest o 3 Clarrissa Clarissa vai andando Por que ser que a vida parece melhor e mais bonita de manh quando h sol vento fresco c u azul E esta gente que acordou ind agorinha que se debru a janela que canta sorri e cumprimenta os que passam Sente mpetos de dan ar correr cantar pegar no rabo dos cachorros jogar pedras nos vidros das vitrinas botar a l ngua para a mulher gorducha que est escarrapachada numa cadeira ali na frente do mercadinho de frutas Juizinho minha filha Olhe que est s ficando uma mo a A recomenda o da tia n o lhe sai nunca da mem ria preciso ter compostura andar a passo normal n o rir alto n o saltar Caminhar como o seu Amaro descansadamente bra os ca dos cara s ria sem olhar para os lados nem para cima Andar como um boneco de mola Ora bolas Ora bolas Ora bolas O sol brilha as casas est o encharcadas de luz o vento bole nas rvores midas a manh cheira a
267. ontra a natureza N o me vem cabe a neste momento caracter stica mais pr pria da natureza humana do que o modo cient fico de pensar Voc n o consegue encontrar nada de cient fico no m todo de ca a de um abor gene australia no Ou ent o no modo de um crenacarore do Amazonas tratar a terra para o cultivo Voc est claramente confundindo aplica o da tecnologia com ci n cia Muitos fil sofos t m tido problemas para separar uma coisa da outra e muitos cientistas tamb m Se voc acha que construir uma bomba at mica por exemplo um trabalho cient fico est enganado pura e simplesmente um trabalho tecnol gico claro que ele depende do conhecimento cient fico mas imposs vel construir conhecimento cient fico visando sua aplica o ime diata Aqueles que como voc confundem Igreja Cat lica da Idade M dia com ci ncia esquecem se ou n o sabem que esta ltima tem embutida em si um mecanismo de corre o de erros que o motor que a move Nenhuma quest o tratada pela ci ncia como fechada nenhum conhecimento est imune de questionamento e d vida Com certeza eu n o concordo com muito do que a humanidade vem construindo atrav s da aplica o do conhecimento cient fico no entanto a pr pria ci ncia a arma mais poderosa que temos para enfrentar estas quest es e por isso critic la um tiro pela culatra Voc pode fazer como muitos hist ricos e criticar a ci ncia porque a Monsanto
268. os e fazem perguntas Respondo Mas se me estendo nas respostas acabo por pular de um trilho para outro e co me o a misturar a realidade com o imagin rio fa o fic o em cima de fic o ah Tanta vontade disfar ada de seduzir o leitor esse leitor que gosta do devaneio Do sonho Queria estimular sua fantasia mas agora ele est pedindo lucidez quer a luz da raz o N o gosto de teorizar porque na teoria acabo por me embrulhar feito um caramelo em papel transparente me d um tempo Eu pe o Quero ficar fria espera Espera que estou me aventurando na busca das descobertas Devagar j pressa disse Guimar es Rosa Preciso agora atravessar o cipoal dos detalhes e s o tantos E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador Deus Os indevass veis signos e s mbolos Ainda assim avan o em meio da n voa quero ser clara em meio desse claro que de repente ficou escuro estou perdida Mais perguntas como nasce um conto E um romance Recorro a uma certa aula distante Antonio Candido onde aprendi que num texto liter rio h sempre tr s elementos a ideia o enredo e a personagem personagem que pode ser aparente ou inaparente n o importa Que pode ser nica ou se repetir tive uma personagem que recorreu m scara para n o ser descoberta quis voltar num outro texto e usou disfarce assim como faz qualquer ser humano para mudar de identidade Na tentativa de reter o questionador acabo por inventar
269. os positivos e negativos juventude versus maturidade beleza versus decrepitude nascimento versus morte luminosidade versus sombra Os voc bu los representativos desses campos sem nticos s o aurora sol dia flor beleza versus terra cinza p sombra nada Obs O candidato dever apontar apenas uma oposi o 3 a Os quatro adjetivos que melhor caracterizam a no o de corpo apre sentada no primeiro par grafo do texto s o os seguintes hist rico provis rio mut vel e mutante b O texto Il aborda a transforma o do corpo que muda e envelhece com o passar do tempo assim como revelam os adjetivos do texto o corpo hist rico provis rio mut vel e mutante 4 a compr o pagala dirija se mossa escriptorio duvida b compram pag la dirigir se mo a escrit rio d vida 5 a Os dois voc bulos que explicitam os espa os para marcar a oposi o corpo e alma apresentada no texto s o c e longe b As express es formadas por adjetivo s e substantivo que caracterizam esses espa os s o as seguintes Espa o do corpo c v mat ria humana e tr gica mis ria surdos abismos assassinos atros destinos flor apodrecida e delet ria baixo mundo movimentos lassos 0BS Apresentar apenas uma express o Espa o da alma longe claros astros peregrinos dons divinos grande paz grande paz sid rea almas irm s almas perfeitas regi
270. os que explicitam esses dois espa os b Transcreva duas express es formadas por adjetivo s e substantivo que caracterizem esses espa os identificando a que espa o cada uma se refere Texto para a quest o 6 Romance II ou do ouro incans vel Mil bateias v o rodando sobre c rregos escuros a terra vai sendo aberta por intermin veis sulcos infinitas galerias penetram morros profundos De seu calmo esconderijo o ouro vem d cil e ing nuo toma se p folha barra prest gio poder engenho t o daro e turva tudo honra amor e pensamento El MEIRELES Cec lia Poesias completas Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1974 6 Ueri 2005 LPLB Quando lemos um texto devemos estar atentos entre outras coisas sele o dos substantivos verbos adjetivos e conectivos diversos utilizados na interliga o das informa es Nas duas primeiras estrofes do texto acima a poetisa representa a extra o do ouro mediante oito adjetivos que formam dois grupos semanticamente con trastantes Aponte os adjetivos componentes de cada um desses grupos GRUPO 2 Reconhecer o papel de adjetivos ou adv rbios na constru o do sentido dos textos Texto para a quest o comentada Olhos de ressaca Enfim chegou a hora da encomenda o e da partida Sancha quis despedir se do marido e o desespero daquele lance constemou a todos Muitos homens choravam tamb m as mulheres todas S Capitu amparand
271. osos Mais perguntas como nasce um conto E um romance 2 Organiza o fundamental e macroestrutura Uma vez identificado o tema de Mysterium podemos chegar sua organiza o fundamental O texto se estrutura a partir de uma oposi o b sica Por um lado a enunciadora considera que a cria o liter ria um mist rio ou mysterium como diz o t tulo ou seja algo que n o podemos entender ou explicar Por outro lado seus leitores querem compreender com clareza como se d o processo criativo Com isso configura se a seguinte tens o mist rio da cria o liter ria X possibilidade de compreender racionalmente a cria o liter ria Esta a oposi o fundamental do texto Mysterium A enunciadora portanto se v no meio de um dilema ela pr pria n o acre dita na possibilidade de explicar seu processo criativo ou pelo menos n o sabe faz lo mas os leitores a pressionam pedem an lises explica es e teoriza es racionais Na tabela abaixo sintetizamos os dois polos que constituem a organiza o fundamental do texto relacionando passagens que se referem a cada um deles Processo criativo Desejo de compreens o como mist rio racional do processo criativo enunciadora interlocutores da enunciadora leitores Mysterium Os leitores pedem explica es s o curiosos e fazem perguntas mas tudo sem explica o n o tem mas agora ele est pedindo lucidez
272. para o como um processo ligado aos modificadores adjeti vos e adv rbios Um exemplo de compara o constru da por meio de adjetivo est em A O desenvolvimento da ci ncia e da t cnica pode percorrer caminhos diversos B O controle n o t cnico nem cient fico o controle tico C Por isso que a tica pr tica adquire cada dia mais uma import ncia maior D dentro de uma escala hipot tica de valores vitais para a humanidade To 94 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Texto para a quest o 2 Tempo da camisolinha Toda a gente apreciava os meus cabelos cacheados t o lentos e eu me envaidecia deles mais que isso os adorava por causa dos elogios Foi por uma tarde me lembro bem que meu pai suavemente murmurou uma daquelas suas decis es irrevog veis preciso cortar os cabelos desse me nino Olhei de um lado de outro procurando um apoio um jeito de fugir daquela ordem muito aflito Preferi o instinto e fixei os olhos j lacrimosos em mam e Ela quis me olhar compassiva mas me lembro como si fosse hoje n o aguentou meus ltimos olhos de inoc ncia perfeita baixou os dela oscilando entre a piedade por mim e a raz o poss vel que estivesse no mando do chefe Hoje imagino um ego smo grande da parte dela n o reagindo As camisolinhas ela as conservaria ainda por mais de ano at que se acabassem feitas trapos Mas ningu m percebeu a delicadeza da minha vaidad
273. pare muita coisa na cabe a Reescreva os dois per odos em um s empregando dois conectivos e fazendo apenas os ajustes necess rios para manter a semelhan a de sentido GRUPO 3 Apontar o conectivo apropriado para ligar duas ora es Quest o comentada UFF 2003 PLB A pontua o pode ser substitu da muitas vezes por conectivos para estabelecer variados tipos de rela es sint tico sem nticas Na frase A noite clara e quente podia ser escura e fria e o efeito seria o mesmo o conectivo que pode ser usado em substitui o ao ponto ev rgula tem valor A explicativo B conclusivo C proporcional D final E adversativo Resposta E Coment rio Para acertar esta quest o basta saber que os conectivos ad versativos apresentam valor sem ntico de contraste oposi o S o conjun es como mas por m no entanto entretanto contudo todavia etc simples verificar que existe um contraste entre os segmentos antes e depois do ponto e v rgula afinal clara e quente se op em a escura e fria Por isso cabe aqui um conectivo de valor adversativo Fa a o teste substitua o ponto ev rgula pelas conjun es acima e voc ver que elas se encaixam perfeitamente Texto para a quest o 0 sono do l der agitado A mulher sacode o at acord o do pesadelo Estremunhado ele se levanta bebe um gole de gua Diante do espelho refaz uma express o de homem de meia
274. peito identifica se no fragmento que A a express o Al m disso marca uma sequencia o de ideias B o conectivo mas tamb m inicia ora o que exprime ideia de contraste C o termo como em como morte s bita e derrame introduz uma generaliza o D o termo Tamb m exprime uma justificativa E o termo fatores retoma coesivamente n veis de colesterol e de glicose no sangue 104 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 12 Enem 2010 Os filhos de Ana eram bons uma coisa verdadeira e sumarenta Cresciam tomavam banho exigiam para si malcriados instantes cada vez mais completos cozinha era enfim espa osa o fog o engui ado dava estouros O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembravo lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa olhando o calmo horizonte Como um lavrador Ela plantara as sementes que tinha na m o nas outras mas essas apenas LISPECTOR C La os de fam lia Rio de Janeiro Rocco 1998 A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado Observando aspectos da organiza o estrutura o e funcionalidade dos elementos que articulam o texto o conectivo mas A expressa o mesmo conte do nas duas situa es em que aparece no texto B quebra a fluidez do texto e prejudica a compreens o se usado no in cio da frase C ocupa posi o fixa sendo inade
275. penham o papel de oficiais e os alunos s o soldados e por isso mesmo devem obedecer e ser disciplinados D A dial tica O racioc nio dial tico se processa a partir do momento em que a tese oposta cont m uma parte da verdade e por isso a estrat gia dial tica admite o princ pio da contradi o ou seja da confronta o de duas teses opostas a tese e a anti tese retirando da uma verdade nova a s ntese Assim as etapas de um racioc nio dial tico s o 1 a formula o da pr pria tese apoiada em argumentos 2 a formula o da tese contr ria e os argumentos que a justificam 3 a formula o da s ntese com a concilia o entre os pontos v lidos da tese adversa 6 FALHAS NA ARGUMENTA O A Falhas no racioc nio l gico e Primeira falha o racioc nio parte de uma premissa que n o tem comprova o Frequentemente essas premissas correspondem a estere tipos culturais do tipo todo baiano pregui oso Todos os pol ticos s o corruptos Lula pol tico Lula corrupto e Segunda falha o racioc nio conduz a uma conclus o que n o decorre das premissas apresentadas Quando o Flamengo joga com ra a ganha os jogos O Flamengo ganhou o ltimo jogo Logo o time jogou com ra a Observe que a conclus o Logo o time jogou com ra a n o decorre obrigatoriamente das informa es anteriores poss vel que o Flamengo tenha vencido o ltimo jogo por um erro do juiz ou por
276. po particularmente eficiente de contra argumenta o a concess o Essa estrat gia executada em duas etapas Em um primeiro momento o ar gumentador d a impress o de concordar com o seu rival ou seja ele parece conceder a raz o ao seu advers rio da o nome concess o Logo em seguida contudo a tese advers ria combatida e devidamente refutada No exemplo abaixo procura se defender a tese de que o aborto deve ser legalizado no Brasil Em um primeiro momento o argumentador parece concordar com seus rivais ou seja parece se inclinar contra a legaliza o do aborto Essa impress o transmitida pelo emprego da express o verdade Mas isso dura pouco Logo em seguida ele levanta um questionamento Mas por que ent o o mesmo racioc nio Esse questionamento claro tem o objetivo de contestar o racioc nio do advers rio e em ltima inst ncia invalidar a tese rival Muitos dizem que o aborto uma forma de assassinato e que a vida deve sempre ser preservada verdade Mas por que ent o o mesmo racioc nio n o deve valer para preservar a vida das milhares de gestantes que acorrem todos os anos a d nicas clandestinas cujos procedimentos cir rgicos n o raro resultam em morte C2 Redu o ao absurdo A redu o ao absurdo consiste em explorar at o limite todas as consequ n cia de um argumento rival com o objetivo de demonstrar sua inconsist ncia Esta estrat gia usa
277. pon vel em http anwn letras terra com br Acesso em 29 jun 2011 Na can o de Geraldo Vandr tem se a manifesta o da fun o po tica da linguagem que percebida na elabora o art stica e criativa da mensagem por meio de combina es sonoras e r tmicas Pela an lise do texto entretanto percebe se tamb m a presen a marcante da fun o emotiva ou expressiva por meio da qual o emissor A imprime can o as marcas de sua atitude pessoal seus sentimentos B transmite informa es objetivas sobre o tema de que trata a can o 52 i L NGUA PORTUGUESA M DULO 1 EEE ESSE SETTE TT C busca persuadir o receptor da can o a adotar um certo comportamento GABARITO D procura explicar a pr pria linguagem que utiliza para construir a can o E objetiva verificar ou fortalecer a efici ncia da mensagem veiculada Grupo 1 DD 5 Enem 2011 2 gua que n o acaba mais 3 E Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do 4 E Par UFPA apontaram o Aqu fero Alter do Ch o como o maior dep sito de gua 5 D pot vel do planeta Com volume estimado em 86 000 quil metros c bicos de 6 Fun o metalingu stica Uma dentre as justificativas gua doce a reserva subterr nea est localizada sob os estados do Amazonas Os par grafos explicam os significados de palavras Par e Amap Essa quantidade de gua seria suficiente para abastecer a popula Os par grafos
278. por empresas vidas por conhecer o padr o de consumo de cada indiv duo a fim de lhe suprir com uma produ o por demanda Tudo isso poss vel em primeiro lugar pela inexist ncia de regras intema cionais Por exemplo a empresa Google se recusa a prestar contas ao Minist rio P blico Federal sobre p ginas de pedofilia no site de relacionamentos Orkut ale gando que os servidores est o nos Estados Unidos e somente l o assunto poderia ser levado Justi a Mas a mesma empresa instalou servidores na China a fim de permitir que o governo daquele pa s tenha acesso s informa es dos usu rios dos diversos servi os prestados pela Google No Brasil o Senado est preparando uma lei que considera como identifica o do usu rio n o apenas sua senha mas tamb m nome completo data de nascimento endere o completo e todos os demais dados que sejam requeridos Ou seja cybercaf s telecentros comunit rios e universidades por exemplo ter o que manter por cinco anos endere o data de nascimento nome completo n mero de CPF e sites visitados por cada usu rio Adaptado de Gustavo Gindre wwrw consciencia 6 Uerj 2008 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o O texto desen volve o alerta feito no t tulo expondo duas amea as rede mundial de computa dores Essas amea as s o apresentadas especificamente pelos dois subt tulos Identifique a que amea a se refere cada um dos subt tulos do te
279. preso n o desprez vel preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organiza es paralelas erguidas pelas quadrilhas para que a certe za de puni o elimine o fasc nio dos sal rios do crime Editorial Folha de S o Paulo 15 jan 2003 9 Enem 2010 No Editorial o autor defende a tese de que as pol ticas sociais que procuram evitar a entrada dos jovens no tr fico n o ter o chances de sucesso enquanto a remunera o oferecida pelos traficantes for t o mais compensat ria que aquela oferecida pelos programas do governo Para comprovar sua tese o autor apresenta A institui es que divulgam o crescimento de jovens no crime organizado B sugest es que ajudam a reduzir a atra o exercida pelo crime orga nizado nizado D pesquisadores que se preocupam com os jovens envolvidos no crime organizado E n meros que comparam os valores pagos entre os programas de gover no e o crime organizado e p pol ticas sociais que impedem o aliciamento de crian as no crime orga mm Texto para a quest o 10 A gentileza algo dif cil de ser ensinado e vai muito al m da palavra edu ca o Ela dif cil de ser encontrada mas f cil de ser identificada e acompanha pessoas generosas e desprendidas que se interessam em contribuir para o bem do outro e da sociedade uma atitude desobrigada que se manifesta nas situa es cotidianas e das maneiras mais prosaicos
280. quado seu uso na abertura da frase D cont m uma ideia de sequ ncia temporal que direciona a conclus o do leitor E assume fun es discursivas distintas nos dois contextos de uso o 13 Enem 2010 O Flamengo come ou a partida no ataque enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marca o no meio campo e tentar lan amentos para Victor Sim es isolado entre os zagueiros rubro negros Mesmo com mais posse de bola o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar rea alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua rea No entanto na primeira chance rubro negra saiu o gol Ap s cruzamento da direita de Ibson a zaga alvinegra rebateu a bola de cabe a para o meio da rea Kl berson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha Flamengo 1 a 0 O texto que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol realizado em 2009 cont m v rios conectivos sendo que A ap s conectivo de causa j que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabe a B enquanto tem um significado alternativa porque conecta duas op es poss veis para serem aplicadas no jogo C no entanto tem significado de tempo porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronol gica de ocorr ncia D mesmo traz ideia de concess o j que com mai
281. que grego morre em uma luta contra o irm o dela que de fam lia troiana No segundo caso Imp rio Romano ele procura salv la mas ambos s o mortos por um le o pode se ver aqui uma retomada pelo avesso do epis dio b blico em que o profeta Daniel salvo da cova dos le es No terceiro caso invas o rabe ele mu ulmano tenta captur la mas ela que crist suicida se antes Finalmente no ltimo momento representativo do passado ab solutismo franc s o amor n o se concretiza porque ela decide ser freira e depois ambos s o mortos na guilhotina em consequ ncia da tomada do poder pelos revolucion rios Em contraste no presente o amor se concretiza verdade que h um impedimento o pai da mo a contr rio uni o Seu pai que n o faz gosto Isso por m n o impede o final feliz Mas depois de mil perip cias Eu her i da Paramount Te abra o beijo e casamos Unindo as duas oposi es mencionadas podemos formular da seguinte ma neira a oposi o b sica do poema N O CONCRETIZA O DO AMOR NO PASSADO versus CONCRETIZA O DO AMOR NO PRESENTE A distribui o desses elementos conceituais ao longo do poema tamb m bastante clara Podemos observar que ele se divide em duas partes estruturais nas estrofes 1 a 4 estamos no passado e o relacionamento amoroso nunca chega a acontece na quinta e ltima estrofe estamos no presente e a rela o amorosa finalmente s
282. que os morangos devem ter perdido a cor n o falta muito para que sejam brancos por fora como j o v o sendo por dentro e tenham o sabor de qualquer coisa que n o saiba a nada Viremos agora esquerda l ao longe onde se veem aquelas rvores sim aquelas que est o junias como se fossem um ramalhete h uma importante esta o arqueol gica ainda por explorar seio de fonte limpa n o todos os dias que se tem a sorte de receber directamente uma informa o destas da boca do pr prio fabricante Cipriano Algor j perguntou a si mesmo como foi poss vel que se tivesse deixado encerrar durante tr s semanas sem ver o sol e as estrelas a n o ser torcendo o pesco o de um trig simo quarto andar com janelas que n o se podiam abrir quando tinha aqui este rio certo que malcheiroso e minguado esta ponte certo que velha e mal amanhado e estas ru nas que foram casas de gente e a aldeia onde tinha nascido crescido e trabalhado com a sua estrada ao meio e a pra a desbanda A pra a ficou para tr s de repente sem avisar apertou se lhe o cora o a Cipriano Algor ele sabe da vida ambos o sabem que nenhuma do ura de hoje ser capaz de minorar o amargor de amanh que a gua desta fonte n o poder matar te a sede naquele deserto N o tenho trabalho n o tenho trabalho murmurou e essa era a resposta que deveria ter dado sem mais adornos nem subterf gios quando Marta lhe perguntou de que iria viver
283. que a compara o feita pelo autor b Destaque as passagens onde o autor empresta s rvores caracter sticas humanas Car tuLo 3 i 45 2 UFRJ 2004 Leia o poema a seguir de Nelson Sargento Agoniza mas n o morre Samba Agoniza mas n o morre Algu m sempre te socorre Antes do sus piro derradeiro Samba Negro forte destemido Foi duramente perseguido Na esquina no botequim no terreiro Samba Inocente p no ch o fidalguia do sal o Te abra ou te envolveu Mudaram toda tua estrutura Te impuseram outra cultura E voc nem percebeu O samba personificado em todo este texto As caracter sticas a ele atribu das indicam uma transforma o ao longo do tempo Com base no trecho que vai do verso 5 ao verso 12 compare duas caracter sticas que revelem essa transforma o Justifique sua resposta 3 Uerj 2006 LPLB Leia este par grafo de Jo o do Rio E subitamente a era do Autom vel O monstro transformador irompeu bufando por entre os escombros da cidade velha e como nas m gicas e na no tureza asp rtima educadora tudo transformou com apar ncias novas e novas aspira es Quando os meus olhos se abriram para as agruras e tamb m para os prazeres da vida a cidade toda estreita e toda do mau piso eri ava o pedregulho contra o animal de lenda que acabava de ser inventado em Fran a S pelas ruas esquias dois pequenos e lament veis corredores tinham tido a ousadia d apar
284. que o time advers rio colocou em campo a equipe juvenil Em outras palavras o fato de o Flamengo sempre vencer quando joga com ra a n o significa necessariamente que todas as vit rias resultam da ra a e do empenho dos jogadores Veja este outro exemplo Os jovens que passam muito tempo em frente TV se tomam adultos mais violentos Logo o conte do transmitido pela TV incita viol ncia Observe que a conclus o acima apenas uma das interpreta es poss veis Por exemplo poss vel que os jovens muito dependentes da TV sejam aqueles que n o recebem afeto dos pais e que seja esta a causa do seu comportamento violento e n o o conte do transmitido pela TV Em outras palavras a partir de um fato jovens que veem muita TV tornam se mais violentos n o poss vel gerar automaticamente a conclus o B a TV induz viol ncia j que existem outras explica es logicamente plaus veis e Terceira falha o racioc nio se baseia em uma falsa analogia Analogias s o estrat gias teis de argumenta o mas se transformam em fal cias quando se trata de analogias sem fundamento que ignorem as diferen as entre os dois dom nios comparados Se no quartel a rotina s d certo porque os soldados obedecem aos supe riores sem reclamar ent o na escola os alunos tamb m devem cumprir as ordens dos professores sem qualquer tipo de contesta o No exemplo acima o argumentador transfere imediatamente as proprie
285. quei achando que n o podia mudar de uma hora para outra sozinha o jeito do recolhimento de lixo aqui tudo misturado naqueles caminh es que trituram Experimentei separar o l de casa mas n o adiantava nada Os pr prios lixeiros jogavam tudo junto no caminh o Quem tinha que mudar era a prefei tura E ia precisar de uma boa campanha para convencer o prefeito e ensinar a popula o Mas um dia eu falei nisso na aula e todo mundo concordou comigo Eu vi que n o estava sozinha Comecei a pensar falei com os colegas depois e em poucos dias a minha turma tinha come ado um movimento pela separa o do lixo l no col gio MACHADO Ana Maria Isso ningu m me tira S o Paulo tica 2000 p 95 96 3 Cederj 2011 2 semestre Existe uma diferen a no modo de narrar os dois textos Observe os per odos iniciais Texto Clarissa vai andando Texto Il Toda a vida Bruno e eu sempre conversamos muito sobre ecolo gia meio ambiente essas coisas Leia as afirma es a respeito do papel do narrador nos dois textos e em seguida assinale a alternativa correta em rela o a elas Em Clarissa a narra o em 3 pessoa instala um narrador que observa as a es pensamentos e emo es do personagem Il Em Clarissa o narrador em 3 pessoa n o demonstra simpatia pelo per sonagem adotando uma vis o cr tica do comportamento e emo es da jovem III Em Gabi o narrador em 1 pessoa
286. quentemente um texto mostra v rias dela simultaneamente Assim por exemplo no slogan eleitoral Lula de novo Podemos encontrar uma fun o referencial o elemento Lula do mundo real uma fun o emotiva o que expressado pela exclama o ao final da frase e uma fun o conativa j que seu interesse convencer o eleitor a repetir o voto em Lula Al m dessas fun es poder amos falar de outras tais com a fun o l di ca que se relaciona s brincadeiras com palavras tomadas como significantes repeti es refr os etc ou como signos trocadilhos ambiguidades propositais etc mas pela presen a marcante da classifica o de Jakobson nela que nos apoiaremos nos exerc cios a seguir EXERC CIOS GRUPO 1 Identificar a fun o da linguagem predominante Quest o comentada UFAC 2003 Leia com aten o o texto abaixo e as sinale a seguir a alternativa que identifica corretamente a fun o da linguagem que nele predomina Vexames Muita gente n o sabe usar um celular Veja o que voc n o deve fazer com ele e N o ande com o celular pendurado na cal a Fica feio Guarde o na mochila D para escut lo do mesmo jeito e Desligue o celular durante as aulas ou em lugares p blicos como o cinema Depois voc acessa a caixa postal e pega a mensagem e Nunca telefone durante a aula N o adianta se abaixar nem cobrir o celular com o cabelo As pessoas v o perceber que voc est no tele
287. r fico oferece aos jovens de escolaridade prec ria nenhum dos entrevis tados havia completado o ensino fundamental um plano de carreira bem estru turado com sal rios que variam de RS 400 00 a RS 12 000 00 mensais Para uma base de compara o conv m notar que segundo dados do IBGE de 2001 59 da popula o brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no m ximo o piso salarial oferecido pelo crime Dos trafican tes ouvidos pela pesquisa 25 recebiam mais de RS 2 000 00 mensais j na popula o brasileira essa taxa n o ultrapassa 6 Tais rendimentos mostram que as pol ticas sociais compensat rias como o Bolsa Escola que paga RS 15 00 mensais por aluno matriculado s o por si s incapazes de impedir que o narcotr fico continue aliciando crian as provenientes de estratos de baixa renda tais pol ticas aliviam um pouco o or amento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando o que de modo algum impossibilita a op o pela deliqu ncia No mesmo sentido os programas voltados aos jovens vulner veis ao crime organizado circo escolas oficinas de cultura escolinhas de futebol s o importantes mas n o resolvem o problema A nica maneira de reduzir a atra o exercida pelo tr fico a repress o que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso eles s o elevados precisamente porque a possibilidade de ser
288. r o Enem pede sempre reda es argumentativas assim como a grande maioria dos vestibulares do Rio Lembre se das aulas de Reda o Nelas voc aprende quais s o os dois elementos fundamentais do texto argumentativo tese e argumentos exatamente por isso que o texto se chama argumentativo porque o enunciador precisa argumentar ou seja desenvolver argumentos a fim de comprovar a validade da sua tese E quais s o os argumentos empregados pelo autor do texto 4 para compro var sua tese de que a tal harmonia tnica na China n o passa de um mito Ao longo do texto poss vel identificar pelo menos tr s i Os confrontos violentos entre vigures e han ii O idioma dos vigures minorit rio iii Os uigures em geral n o ocupam cargos de import ncia seja nos neg cios seja no governo seja na pol cia Por fim falta o ltimo tipo textual a injun o Textos injuntivos t m na maioria das vezes o papel de transmitir ordens orienta es instru es ou con selhos Na pr tica isso significa que esse tipo de texto se organiza sob a forma de um conversa com o interlocutor em outras palavras o enunciador parece se dirigir diretamente ao seu leitor ou ouvinte Um exemplo t pico o manual de instru es que se prop e a orientar o usu rio quanto ao funcionamento ou instala o de algum aparelho O texto 5 por exemplo ensina o cliente a executar a instala o inicial do refrigerador Consul fo
289. ra a cidade ser um conjunto de elefantes brancos Al m disso a experi ncia prova que os Jogos n o aumentam significati vamente o afluxo de turistas s cidades sede 2 ELEMENTOS DA ARGUMENTA O Toda argumenta o fruto de uma pol mica Ao ver o seu professor entrar na sala n o faz sentido argumentar que ele tem dois olhos simplesmente porque isso n o uma quest o controversa e portanto n o exige uma tomada de posi o Por outro lado voc pode querer defender que ele tem olhos boni tos Neste caso entramos nos terreno da argumenta o j que outras pessoas talvez discordem de voc o que o obrigar a justificar sua opini o Em um texto argumentativo o ponto de vista defendido pelo argumentador chamado de TESE e os elementos apresentados no intuito de justificar e fundamentar a tese s o chamados de ARGUMENTOS Em resumo os elementos fundamentais da argumenta o s o dois a TESE amp OS ARGUMENTOS TESE a opini o defendida pelo argumentador ARGUMENTO a fundamenta o da tese ou seja as raz es ou justificati vas evocadas com o objetivo de demonstrar a validade da tese 3 VOZES DA ARGUMENTA O Produzir um texto argumentativo equivale a inseri se em um debate em uma disputa de opini es conflitantes Ao argumentarmos A FAVOR de uma de terminada opini o estamos tamb m ao mesmo tempo argumentando CONTRA todas as poss veis opini es contr rias Em um tex
290. ra que os fizesse esquecer a pol tica Tamb m n o eram tais as duas que prejudicassem estudos e recreios Estavam na idade em que tudo se combina sem quebra de ess ncia de cada coisa L que viessem a amar a pequena com igual for a o que se podia admitir desde j sem ser preciso que ela os atra sse de vontade Ao contr rio Flora ria com ambos sem rejeitar nem aceitar especialmente nenhum pode ser at que nem percebesse nada Paulo vivia mais tempo ausente Quando tornava pelas f rias como que a achava mais cheia de gra a Era ent o que Pedro multiplicava as suas finezas para se n o deixar vencer do irm o que vinha pr digo delas E Flora recebia as todas com o mesmo rosto amigo Note se e este ponto deve ser tirado luz note se que os dois g meos continvavam a ser parecidos e eram cada vez mais esbeltos Talvez perdessem estando juntos porque a semelhan a diminu a em cada um deles a fei o pessoal Demais Flora simulava s vezes confundios para rir com ambos E dizia a Pedro Dr Paulo E dizia a Paulo Dr Pedro Em v o eles mudavam da esquerda para a direita e da direita para a esquer da Flora mudava os nomes tamb m e os tr s acabavam rindo familiaridade desculpava a a o e crescia com ela Paulo gostava mais de conversa que de piano Flora conversava Pedro ia mais com o piano que com a conversa Flora tocava Ou ent o fazia ambas as coisas e tocava falando soliava a r dea aos d
291. ragmento acima inicia no ltimo par grafo uma estrat gia que busca demonstrar uma falha no racioc nio criticado pelos autores Essa falha pode ser definida como A observa o incompleta dos fatos B apresenta o de falso testemunho C constru o inadequada de silogismo D aus ncia de exemplifica o suficiente Resposta Coment rio No fragmento transcrito na quest o 3 observamos a estrat gia da contra argumenta o Nela o argumentador refuta os argumentos do seu advers rio Por isso cabe a seguinte pergunta qual o defeito que o enunciador observa na argumenta o dos seus rivais Como voc j viu uma das vozes que se manifesta no texto a dos pu ristas Esse grupo defende a tese de que os estrangeirismos constituem uma amea a para a l ngua portuguesa Logo antes do trecho transcrito na quest o o argumentador evoca o seguinte argumento usado pelos seus advers rios O racioc nio o de que o cidad o que usa estrangeirismos ao convidar para uma happy hour por exemplo estaria excluindo quem n o entende ingl s sendo que aqueles que n o tiveram a oportunidade de aprender ingl s como a vast ssima maioria da popula o brasileira estariam assim exclu dos do convite Em suma o argumento seria o seguinte os estrangeirismos provocam exclu s o Seria de se esperar que o enunciador refutasse de imediato esse argumento simplesmente negando o e garantindo que estrangeiri
292. ramaticais No portugu s as palavras podem ser enquadrados nas se guintes classes 1 Substantivo 2 Adjetivo 3 Verbo 4 Adv rbio 5 Pronome 6 Artigo 7 Numeral 8 Conjun o 9 Preposi o 10 Interjei o Neste cap tulo estudaremos o pronome partir da a ordem ser a seguinte no cap tulo 7 o verbo no cap tulo 8 os adjetivos e adv rbios que podem ser reunidos sob o r tulo de modificadores finalmente no cap tulo 9 a preposi o e a conjun o que podem ser reunidas sob o r tulo de conectivos 2 OS TIPOS DE PRONOMES Existem seis grandes grupos de pronomes e Pronomes pessoais e Pronomes demonstrativos e Pronomes possessivos e Pronomes relativos e Pronomes indefinidos e Pronomes interrogativos Aqui estudaremos os tr s primeiros tipos S o eles os mais cobrados no ves tibular por estarem ligados s pessoas do discurso Voc entender isso melhor no decorrer do cap tulo 3 PRONOMES PESSOAIS Os pronomes pessoais s o aqueles que se referem diretamente s pessoas do discurso Pense numa situa o de conversa Digamos que Jo o est relatando para Joana algo sobre a vida de Pedro Nesse di logo portanto h tr s pessoas direta ou indiretamente envolvidas s o elas as tais pessoas do discurso Jo o aquele que est falando a primeira pessoa Joana aquela que est ouvindo a interlocutora de Jo o a segunda pessoa Por f
293. rando ou ainda est produzindo um texto narrativo Uma maneira de fixar o conceito de narra o pensar nas narra es de fute bol ou de outras modalidades esportivas O que faz um narrador sen o relatar na ordem em que acontecem a sucess o de eventos que se desenrolam no campo ou na quadra na pista No texto 2 podemos acompanhar a seguinte sequ ncia b sica de eventos i Le o pede a filha do lenhador em casamento ii Lenhador enxerga uma oportunidade de resolver um problema iii Lenhador d a resposta ao le o impondo condi es iv Le o concorda com as condi es v Unhas e dentes do le o s o arrancados vi Le o faz novo pedido de casamento vii Lenhador expulsa o le o de sua casa exatamente por constituir o relato de uma sucess o de acontecimentos ao longo do tempo que o texto 2 se caracteriza como um texto narrativo Agora analise o caso do texto 3 Seu objetivo central n o nem descrever seja um personagem um local um objeto etc nem narrar uma hist ria Antes trata se de transmitir informa es a respeito de um assunto no caso a China Simplificadamente veja quais informa es s o transmitidas i Territ rios abrangidos pelo termo China ii Relevo e hidrografia da China iii Principal atividade econ mica da China iv Indicadores econ micos da China Esse tipo de texto na qual s o apresentadas informa es a respeito
294. ras que me empurram mas estou l cido pai sei onde me contradigo piso quem sabe em falso pode at parecer que exorbito e se h farelo nisso tudo posso assegurar pai que tem muito gr o inteiro Mesmo confundindo nunca me perco distingo para o meu uso os fios do que estou dizendo No trecho ao qualificar o seu pr prio discurso o filho se vale tanto de lingua gem denotativa quanto de linguagem conotativa a A frase estou l cido pai sei onde me contradigo um exemplo de lingua gem de sentido denotativo ou conotativo Justifique sua resposta Resposta comentada frase estou l cido pai sei onde me contradi go um exemplo de linguagem denotativa pois as palavras foram empregadas em seu sentido primeiro b sico e corrente Estar l cido significa discernir ou racioci nar com clareza e me contradigo denota que o emissor conhece as incoer ncias do seu discurso N o h aqui linguagem figurada na medida em que as palavras n o extrapolam seu sentidos convencionais b Traduza em linguagem de sentido denotativo o que est dito de forma figurada na frase se h farelo nisso tudo posso assegurar pai que tem muito gr o inteiro Resposta comentada O sentido conotativo ou figurado da frase est no contraste entre farelo e gr o ambas as palavras empregadas fora de seu significado usual convencional Farelo aqui n o significa gr o fragmentado res duo mas por rela o
295. recis o cronol gica Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto Resposta B Coment rio comum que diferentes observadores fa am descri es dis tintas de uma mesma cena Quanto isso acontece porque foi feita uma descri o subjetiva na qual o ponto de vista particular de um determinado observador influencia na descri o Em outras palavras trata se de uma descri o que n o necessariamente fiel situa o retratada antes ela retrata a maneira como um indiv duo especificou enxergou e interpretou a situa o isso o que ocorre no texto em quest o cena descrita por um personagem narrador tomado pelo ci me Em fun o desse sentimento ele interpretar a cena de sua maneira peculiar Nesse caso especificamente uma breve olhada de Capitu para o cad ver interpretada do ponto de vista desse observador enciumado O trecho destacado na alternativa B mostra que a descri o subjetiva pessoal individual Afinal dif cil imaginar um tipo de olhar que seja objetivamente apaixonado na verdade foi o observador quem considerou que aquele era um olhar apaixonadamente fixo Nesse sentido essa sele o de adv rbio apaixonadamente e adjetivo fixo revela o ponto de vista pessoal do observador ou seja a maneira individu al particular como ele interpretou a cena descrita 1 Uerj 2003 1 Exame de Qualifica o Os estudos gramaticais costumam apresentar a com
296. repaginada Outro engano julgar pela experi ncia dos Jogos Panamericanos as Olimp adas nos legar o t o somente uma constela o de instala es fara nicas e in teis e quase nenhuma mudan a estrutural efetiva capaz de beneficiar os cariocas os nicos que continvar o na cidade depois que a festa acabar e os poucos turistas se forem Formula o Fragmento s Tese As Olimp adas de 2016 ser o Tanto otimismo por m n o prejudiciais para o Rio se justifica Argumento 1 O Estado gastar muito O mais prov vel para a tese dinheiro com os Jogos que o Estado saia no defendida no preju zo arcando com um texto investimento que a iniciativa privada ver como de alto risco Argumento 2 Os Jogos ir o propiciar a para a tese corrup o Com tanto dinheiro p blico circulando podemos esperar que a corrup o alcance texto n veis estratosf ricos defendida no Argumento 3 Os Jogos n o produzir o A julgar pela experi ncia para a tese melhorias reais na cidade dos Jogos Panamericanos defendida no as Olimp adas nos legar o texto t o somente uma constela o de instala es fara nicas e in teis e quase nenhuma mudan a estrutural efetiva capaz de beneficiar os cariocas Contratese As Olimp adas de 2016 ser o as Olimp adas de 2016 tese ben ficas para o Rio ser o uma oportunidade contr ria nica para o Rio de J
297. rer da hist ria A manifesta o do que chamamos de poesia hoje nos sugere m nimos flash backs de uma poss vel inf ncia da linguagem antes que a representa o rompes se seu cord o umbilical gerando essas duas metades significante e significado Houve esse tempo Quando n o havia poesia porque a poesia estava em tudo o que se dizia Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela assim como sua cor seu tamanho seu peso Quando os la os entre os sentidos ainda n o se ha viam desfeito ent o m sica poesia pensamento dan a imagem cheiro sabor consist ncia se conjugavam em experi ncias integrais associadas a utilidades pr ticas m gicas curativas religiosas sexuais guerreiras Pode ser que essas suposi es tenham algo de ut pico projetado sobre um passado pr bab lico tribal primitivo Ao mesmo tempo cada novo poema do futuro que o presente alcan a cria com sua ocorr ncia um pouco desse passado Lembro me de ter lido certa vez um coment rio de D cio Pignatari em que ele chamava a aten o para o fato de tanto em chin s como em tupi n o existir o verbo ser enquanto verbo de liga o Assim o ser das coisas ditas se manifestaria nelas pr prias substantivos n o numa part cula verbal externa a elas o que faria delas l nguas po ticas por natureza mais propensas compo si o anal gica Mais perto do senso comum podemos atentar para como colocam os ndios americanos f
298. reuni o s plica etc 1 2 Os tempos verbais Dos tr s modos verbais dois deles o indicativo e o subjuntivo abrangem diferentes tempos verbais Observe A Modo Indicativo Tempo Marca Conjuga o Presente N o h Eu canto Tu cantas Ele canta N s cantamos V s cantais Eles contam Pret rito perfeito N o h Eu cantei Tu cantaste Ele cantou N s cantamos V s cantastes Eles cantaram Pret rito imperfeito TE conjuga o VA ou VE 2 e 3 conjuga es lA ou IE Eu cantava Eu bebia Tu cantavas Tu bebias Ele cantava Ele bebia N s cant vamos N s beb amos V s cant veis V s beb eis Eles cantavam Eles bebiam Pret rito mais que perfeito RA ou RE Obs tonos Eu cantara Tu cantaras Ele cantara N s cant ramos V s cant reis Eles cantaram Perfeito Pret rito Imperfeito Modo Mais Que Perfeito Indicativo Presente Futuro Do da Do Pret rito Pret rito Imperfeito Modo Subjuntivo Presente Futuro De um modo geral poss vel reconhecer o tempo e o modo em que um verbo se encontra apenas olhando para ele quer dizer verificando a sua forma Por exemplo quando vemos uma forma verbal como cantava sabemos que est no pret rito imperfeito tempo do indicativo modo gra as presen a do segmento va O mesmo se pode dizer de olh vamos procuravam a
299. rfer ncia da m quina D a inven o de equipamentos que dificultam o trabalho do homem em sua esfera social E o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da cria o de fer ramentas como lan a m quina e computador mm GRUPO 2 Identificar e explicar os argumentos Texto para as quest es 1 e 2 Em uma disputa por terras em Mato Grosso do Sul dois depoimentos s o colhidos o do propriet rio de uma fazenda e o de um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras Depoimento 1 A minha propriedade foi conseguida com muito sacrif cio pelos meus an tepassados N o admito invas o Essa gente n o sabe de nada Est o sendo manipulados pelos comunistas Minha resposta ser bala Esse povo tem que saber que a Constitui o do Brasil garante a propriedade privada Al m disso se esse governo quiser as minhas terras para a Reforma Agr ria ter que pagar em dinheiro o valor que eu quero propriet rio de uma fazenda no Mato Grosso do Sul Depoimento 2 Sempre lutei muito Minha fam lia veio para a cidade porque fui despedido quando as m quinas chegaram l na Usina Seu mo o acontece que eu sou um homem da terra Olho pro c u sei quando tempo de plantar e de colher Na cidade n o fico mais Eu quero um peda o de terra custe o que custar Hoje eu sei que n o estou sozinho Aprendi que a terra tem um valor social Ela feita para produzir alimento O que o homem c
300. rnecen do direta ou indiretamente um conjunto de instru es verificar a voltagem verificar a rede el trica instalar o fio terra etc Por se dirigir diretamente ao interlocutor como numa conversa em geral oferecendo instru es e conselhos ou dando ordens o texto injuntivo tem como uma de suas caracter sticas mais marcantes a presen a de verbos flexionados no modo imperativo Evidentemente esse modo verbal n o obrigat rio para caracterizar a injun o mas sem d vida bastante frequente No texto 5 o modo imperativo aparece tr s vezes instale deixe e regule o No in cio do texto o infinitivo usado com fun o an loga Verificar Em resumo n s estudamos aqui cinco tipos textuais descri o narra o exposi o ou disserta o expositiva argumenta o ou disserta o argumen tativa e injun o Uma maneira simples de distingui los por meio dos objetivos relacionados a cada tipo textual tabela abaixo faz essa distin o Descri o Caracterizar identificar localizar qualificar Narra o Relatar uma hist ria Exposi o Dar informa es transmitir conhecimentos Argumenta o Convencer defender um ponto de vista Injun o Dar instru es ensinamentos ordens conselhos estabelecer contato direto com o interlocutor 3 TIPOS TEXTUAIS N O APARECEM ISOLADOS Quando dizemos que determinado texto narra
301. rsos curtos e repetidos Caf com p o mostram o mo vimento regular do trem que come a a se movimentar imitando seu barulho Um verso mais longo com a repeti o do fonema i imita o som do apito do trem Em seguida uma sequ ncia de versos curtos mostra o trem em movimento acele rado repeti o do verso Muita for a mostra um trecho de maior dificuldade em que o trem vai mais lentamente Coment rio A explica o acima revela a presen a de tr s figuras de lingua gem alitera o asson ncia e an fora 6 B FUN ES DA LINGUAGEM 48 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 1 ESQUEMA DA COMUNICA O E FUN ES DA LINGUAGEM palavra linguagem aqui empregada como o conjunto de caracter sticas comuns s diversas l nguas Tomaremos aqui para estudar suas fun es a an lise tradicional e estabelecida de Jakobson que se fundamenta no esquema da comu nica o explicitado no esquema a seguir Contexto ou referente Emissor Mensagem Receptor Canal ou contato C digo A cada um desses elementos presente no esquema da comunica o se relo ciona uma fun o espec fica da linguagem a A FUN O EMOTIVA OU EXPRESSIVA centralizada no emissor numa ex press o pessoal sobre o que enunciado Suas marcas t picas no discurso s o a presen a da primeira pessoa pronomes pessoais verbos e pronomes possessi vos exclama es interjei e
302. rtemente especializados As organiza es preferem perfis polivalentes e multifuncionais Desta forma a escolariza o cl ssica do 56 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 trabalhador amplia se para a qualifica o cont nua enquanto a ultraespecializa o evolui para a multiespecializa o Metamorfoses do trabalho Ele ressaltou que as metamorfoses no cen rio do trabalho n o s o indo lores para os que trabalham e provocam erros frequentes retrabalho danifica o de m quinas e queda de produtividade Outra grande consequ ncia de acordo com o professor diz respeito sa de dos trabalhadores que leva alta rotatividade nos postos de trabalho e aos casos de suic dio Trata se de um cen rio em que todos perdem a sociedade os governantes e em particular os trabalhadores avaliou Articula o entre econ mico e social Para a coordenadora da Diretoria de Coopera o e Desenvolvimento do Ins tituto de Pesquisa Econ mica Aplicada Ipea Christiane Girard a problem tica das rela es de trabalho envolve tamb m uma quest o qual o tipo de desenvol vimento que n s como cidad os queremos ter Segundo Christiane preciso articular o econ mico e o social como acon tece na economia solid ria Ela uma das alternativas que aparecem e precisa ser discutida resposta do trabalhador se manifesta por meio do estresse de doen as diversas e do suic dio A gente n o se perg
303. ru dos apagados em macios de paina e de veludo Temia se por m a invers o do tempo ou o p nico da luz Temia se sim temia se alcan ar a ess ncia do milagre Foi ent o que uma onda ligeira perdida e vagabunda Uma onda que rondava que rondava na sombra do jardim Entrou sorrateira inesperadamente Por uma fresta impercept vel no r dio Era uma voz de mulher cantando nas Antilhas CARDOZO Joaquim Poesias completas Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1971 6 Uerj 2011 LPLB O verbo em portugu s varia em tempo modo n mero e pessoa Observe o trecho abaixo Procurava se descobrir o espa o completo e geral Onde se pudesse definir a pulsa o origin ria Nele duas formas verbais expressam a diferen a entre fato e hip tese Identifique esse par de formas e a varia o gramatical respons vel por essa diferen a GRUPO 3 Sem ntica dos tempos verbais Texto para a quest o comentada Recorda es do escriv o Isa as Caminha A minha situa o no Rio estava garantida Obteria um emprego Um dia pelos outros iria s aulas e todo o fim de ano durante seis faria os exames ao fim dos quais seria doutor Ah Seria doutor Resgataria o pecado original do meu nascimento humilde amaciaria o supl cio premente cruciante e on modo de minha cor Nas dobras do pergaminho da carta traria presa a considera o de toda a gente Seguro do respeito minha majestade de homem andaria com e
304. s A Voa t o leve Mas tem a vida breve Precisa que haja vento sem parar B Brilha tranquila Depois de leve oscila E cai como uma l grima de amor C Tudo de bom ela tem E por ela ser assim t o delicada Que eu trato dela sempre muito bem D Falem baixo por favor Pra que ela acorde alegre com o dia Ofere cendo beijos de amor Texto para a quest o 4 Quem ainda liga para eles Guilherme Gomes 12 anos aluno do Col gio Mar lia Mattoso Nesta poca de videogames e computador ser que algu m ainda liga para brinquedos antigos Gostaria de ler no Dia da Crian a uma not cia sobre isso Por isso resolvi escrever o texto que voc l abaixo Hoje em dia todo mundo conhece o Playstation o Game Boy o Nitendo DS Mas ser que algu m ainda usa um daqueles brinquedos velhos ou n o t o velhos Quais Ah a pipa a boneca o ioi Em alguns col gios para quem n o sabe est voltando a moda do ioi Eu at vi um an ncio na minha escola sobre um campeonato Eu mesmo comecei a praticar Tente tamb m usar um desses brinquedos antigos eles s o legais e n o deveriam ser deixados de lado Os jogos eletr nicos s o muito divertidos mas eles n o s o as nicas coisas que s o assim n o Ah se voc n o conseguir sozinho pe a ajuda aos seus pais Com certeza eles v o saber muitas coisas sobre esses tipos de brinquedos como dicas e onde conseguir hoje em dia Experimente voc tamb
305. s e o ndio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo O Sr Matter N o n o Um homem n o Fa a isso com a cabe a de um macaco E o ndio Por que um macaco Ele n o me fez nenhum mal O assunto de uma cr nica pode ser uma experi ncia pessoal do cronista uma informa o obtida por ele ou um caso imagin rio O modo de apresentar o assunto tamb m varia pode ser uma descri o objetiva uma exposi o argumentativa ou uma narrativa sugestiva Quanto finalidade pretendida pode se promover uma reflex o definir um sentimento ou t o somente provocar o riso Na cr nica O jivaro escrita a partir da reportagem de um jornal Rubem Braga se vale dos seguintes elementos Assunto Modo de apresentar Finalidade A caso imagin rio descri o objetiva provocar o riso B informa o colhida narrativa sugestiva promover reflex o C informa o colhida descri o objetiva definir um sentimento D experi ncia pessoal narrativa sugestiva provocar 0 riso E experi ncia pessoal exposi o argumentativa promover reflex o Texto para a quest o 2 Her i na contemporaneidade Quando eu era crian a passava todo o tempo desenhando super her is Recorro ao historiador de mitologia Joseph Campbell que diferenciava as duas figuras p blicas o her i figura p blica antiga e a celebridade a figura p blica moderna Enquanto a celebri
306. s relativizando ou refor ando sentidos por exemplo O adv rbio destacado empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em A utiliz las em hist ria presumivelmente verdadeira B Certamente me ir o fazer falta C Afirmarei que sejam absolutamente exatas D desenterrarmos pacientemente as condi es que a determinaram Texto para a quest o 7 Poema matem tico Millor Fernandes s folhas tantas do livro de matem tica um quociente apaixonou se um dia doidamente por uma inc gnita Olhou a com seu olhar inumer vel e viv a do pice base Uma figura mpar olhos romboides boca trapezoide corpo ortogonal seios esteroides Fez da sua uma vida paralela dela at que se encontraram no infinito Quem s tu indagou ele com nsia radical Eu sou a soma dos quadrados dos catetos mas pode me chamar de hipotenusa E de falarem descobriram que eram o que em aritm tica corresponde a almas irm s primos entre si E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potencia o tra ando ao sabor do momento e da paix o retas curvas c rculos e linhas senoidais Nos jardins da quarta dimens o escandalizaram os ortodoxos das f rmulas euclidianas e os exegetas do universo finito Romperam conven es Newtonianas e Pitag ricas e enfim resolveram se casar constituir um lar mais que um lar uma perpendicular Convidaram os padrinhos o poliedro
307. s vel n o chega a ser um texto O exemplo 2 semelhante em um aspecto tamb m ele composto por voc bulos superficialmente soltos ou seja sem encadeamento expl cito Mas h uma diferen a crucial nesse caso poss vel identificar um sentido global Na pr tica n s conseguimos perceber as rela es entre as palavras ainda que elas n o estejam marcadas explicitamente Por isso podemos dizer que ao contr rio do que ocorre no exemplo 1 neste caso temos verdadeiramente um texto O exemplo 3 uma adapta o da parte inicial do miniconto Circuito fecha do Nessa vers o os voc bulos originalmente soltos foram costurados ou conectados por meio de palavras e express es como em seguido e Al m disso e todos os demais termos sublinhados costura ou conex o entre os um voc bulos pode ser constatada tamb m no uso do pronome a em vestiu a Afinal para entender o significado desse a precisamos remeter para um termo anterior a roupa Nesse sentido como se constru ssemos uma linha invis vel ligando o pronome a ao substantivo roupa Aqui portanto temos palavras explicitamente encadeadas diferente dos exemplos 1 e 2 e conseguimos atribuir um significado global assim como no exemplo 2 e diferentemente do exemplo 1 Agora que voc j entendeu a an lise dos tr s exemplos podemos come car a usar os nomes t cnicos Quando conseg
308. s chances de que algo significativo venha a ser encontrado s o extremamente remotas Em quais frequ ncias os ETs estariam enviando os seus sinais E como deci fr los Por outro lado os que defendem a busca afirmam que um resultado po sitivo mudaria profundamente a nossa civiliza o confirma o da exist ncia de outra forma de vida inteligente no universo provocaria uma revolu o Alguns at afirmam que seria a maior not cia j anunciada de todos os tempos Eu concordo N o estar amos mais s s Se os ETs fossem mais avan ados e pac ficos poderiam nos ajudar a lidar com nossos problemas sociais como a fome o racismo e os confrontos religiosos Talvez nos ajudassem a resolver desafios cient ficos Nesse caso qu o diferentes seriam dos deuses que tantos acreditam existir N o toa que in meras seitas modernas dirigem suas preces s estrelas e n o aos altares Marcelo Gleiser Folha de S o Paulo 01 03 2009 5 Uerj 2010 Exame de Qualifica o Todo texto argumentativo constru do com base na apresenta o e defesa de pontos de vista A premissa do autor a favor de pesquisas interplanet rias apoia se sobretu do na possibilidade de A incentivar o interesse por outras civiliza es B livrar os seres humanos dos confrontos religiosos C encorajar os cientistas na busca de novos desafios D conduzir a humanidade a profundas transforma es Texto para a quest o 6 A liberdade da rede corre per
309. s debates tratei de alforriar um molecote que tinha pessoa de seus dezoito anos mais ou menos Alfori lo era nada entendi que perdido por mil perdido por mil e quinhentos e dei um jantar Neste jantar a que meus amigos deram o nome de banquete em falta de outro melhor reuni umas cinco pessoas conquanto as not cias dissessem trinta e tr s anos de Cristo no intuito de lhe dar um aspecto simb lico No golpe do meio coupe do milieu mas eu prefiro falar a minha l ngua levantei me eu com a ta a de champanha e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo h dezoito s culos restitu a a liberdade ao meu escravo Pan cr cio que entendia que a na o inteira devia acompanhar as mesmas ideias e imitar o meu exemplo finalmente que a liberdade era um dom de Deus que os homens n o podiam roubar sem pecado Pancr cio que estava espreita entrou na sala como um furac o e veio abra a me os p s Um dos meus amigos creio que ainda meu sobrinho pegou de outra ta a e pediu ilustre assembleia que correspondesse ao ato que acabava de publicar brindando ao primeiro dos cariocas Ouvi cabisbaixo fiz outro discurso agradecendo e entreguei a carta ao molecote Todos os len os comovidos apanharam as l grimas de admira o Ca na cadeira e n o vi mais nada De noite recebi muitos cart es Creio que est o pintando o meu retrato e suponho que a leo No dia seguinte chamei o Pancr cio e disse lhe
310. s e a tem tica central do texto ll Texto para a quest o 4 Almeida e Costa compr o para remeterem para fora da Prov ncia huma escrava que seja perfeita costureira engomadeira e que entenda igualmente de cozinha sendo mossa de b a figura e afian ada conduta para o que n o ter o duvida pagala mais vantajosamente quem a tiver e queira dispor pode dirija se ao escriptorio dos mesmos na rua da fonte dos Padres N 91 Gazeta Commercial da Bahia 19 de setembro de 1832 4 UFRJ 2003 Do texto acima 0 selecione 2 dois verbos e 2 dois substantivos que apresentem forma ou emprego diferentes da atual b reescreva os na forma vigente Texto para a quest o 5 Longe de tudo livres livres desta v mat ria longe nos claros astros peregrinos que havemos de encontrar os dons divinos e a grande paz a grande paz sid rea C nesta humana e tr gica mis ria nestes surdos abismos assassinos teremos de colher de atros destinos a flor apodrecida e delet ria O baixo mundo que troveja e brama s nos mostra a caveira e s a lama ah s a lama e movimentos lassos Mas as almas irm s almas perfeitas h o de trocar nas Regi es eleitas largos profundos imortais abra os SOUSA Cruz e Poesias completas Florian polis Funda o Catarinense de Cultura 1981 p 158 5 UFRJ 2005 O texto acima confronta dois espa os para marcar a oposi o corpo e alma a Retire do texto os dois adv rbi
311. s e modaliza es b A FUN O CONATIVA OU APELATIVA centralizada no receptor com a fino lidade de obter da pessoa a quem se dirige o texto um comportamento adequado ao que lhe dito Suas marcas lingu sticas s o a presen a da segunda pessoa pronomes pessoais possessivos e verbos o imperativo e o vocativo c A FUN O REFERENCIAL centralizada no contexto ou referente que per mite falar se dos objetos do mundo dos objetos percept veis ou imagin rios Suas marcas s o a terceira pessoa e os dados relacionados ao mundo real d A FUN O PO TICA centralizada na mensagem referindo se a um mundo novo criado pela linguagem a fun o predominante nas obras liter rias ainda que n o seja exclusivo delas e A FUN O F TICA centralizada no canal ou no contato entre o emissor e o receptor cuja finalidade verificar a efici ncia do canal de comunica o Suas mar cas s o os sinais de interrup o do contato como N o Entendeu Al Tamb m s o exemplos de fun o f tica as falas da exig ncia social em que de fato nada se comunica al m de estabelecer se uma rela o social transit ria entre falantes f A FUN O METALINGU STICA centralizada no c digo que permite escla recer significados do c digo utilizado e al m disso tamb m caracteriza os textos que falam de si mesmos o que nos permite falar de metatexto metateatro etc Dificilmente por m um texto se utiliza de uma s fun o e fre
312. s posse de bola ter dificuldade n o algo naturalmente esperado E por causa de indica consequ ncia porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio c 14 Cederj 2011 1 Os versos E por ela ser assim t o delicada Que eu trato dela sempre muito bem apresentam uma rela o de A consequ ncia e propor o B causa e finalidade C causa e consequ ncia D consequ ncia e tempo 15 Cederj 2010 1 semestre Apesar da fresquid o as mocinhas trazem nos p s sand lias douradas enguanto agasalham a cabe a em echarpes de muitas voltas A rela o sint tico sem ntica que se estabelece entre as duas ora es acima grifados de A causa B concess o O finalidade D tempo E compara o GRUPO 2 Reescrever o fragmento dado substituindo ou inse rindo um conectivo Quest o comentada UFF 2001 Fomos e seremos assim em nossa ess n cia embora as circunst ncias mudem e n s mudemos com elas Assinale a op o em que ao reescrever se o fragmento acima substituiu se o conectivo sublinhado por outro de valor condicional fazendo se altera es aceit veis A Fomos e seremos assim em nossa ess ncia porque as circunst ncias mudaram e n s mudamos com elas B Fomos e seremos assim em nossa ess ncia enquanto as circunst ncias mudarem e n s mudarmos com elas C ramos e somos assim em nossa ess ncia
313. s seguintes elementos b sicos personagens e a es que se desenvolvem em um tempo e cen rio delimitados 9117885761488217 Pr Vestibular Social Rua da Ajuda n 5 16 andar Centro CEP 20040 000 Rio de Janeiro RJ Site www pvs cederj edu br
314. sa ativi dade mais do que nunca Ocorre que ainda est longe do desejado seja por falta de vontade de voca o ou de incapacidade do partido Entre outras raz es por esse motivo que o d lar sobe RODRIGUES Fernando Folha de S Paulo 25 09 2002 Na primeira ora o ocorre uma palavra um pronome que permite concluir que o trecho acima n o o in cio do texto de Fernando Rodrigues Qual a palavra e por que sua ocorr ncia permite tal conclus o Resposta palavra o pronome essa pois tem emprego anaf rico ou seja refere se a algo expresso anteriormente Coment rio Voc j aprendeu que os pronomes demonstrativos t m fre quentemente valor anaf rico ou seja fazem refer ncia a termos mencionados anteriormente no texto Por exemplo Defendo a proibi o da venda de armas de fogo pois acredito que essa medida levaria diminui o do n mero de homic dios A express o essa medida introduzida pelo pronome demonstrativo essa tem papel anaf rico ou seja retoma um referente anteriormente mencionado no texto Neste caso o referente a proibi o da venda de armas de fogo Da mesma maneira no texto da quest o a express o essa atividade deve necessariamente referir se a alguma atividade mencionada previamente Isso se deve claro ao valor anaf rico do pronome demonstrativo essa Texto para a quest o 1 Atr s de portas fechadas luz de velas aces
315. se Jo o dissesse quando qualquer pessoa se v diante de uma situa o de perigo essa pessoa indeterminada tem Assim como o voc tamb m pronomes retos como eu ou a gente podem apresentar refer ncia indeterminada Veja MARIA O que voc acha da rea o do Pedro JO O Olha eu acho que quando a gente se v diante de uma situa o de perigo a gente tem dvas op es enfrentar ou fugir 4 PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos tamb m fazem refer ncia s pessoas do dis curso Sua fun o basicamente a de apontar e localizar entidades seja a no espa o b no tempo ou c no interior do pr prio texto Observe Aquela caneta l minha NO ESPA O Aquela poca era muito boa NO TEMPO Os EUA t m estreitado as rela es com o Brasil e o Chile mas aquele pa s ainda sofre fortemente os impactos da ltima crise econ mica NO TEXTO Na primeira senten a o enunciador se considera espacialmente distante da caneta por essa raz o ele usa o pronome aquela Na segunda senten a o enunciador se considera temporalmente distante da poca a que se refere por isso usa o mesmo pronome aquela Na terceira senten a esse pronome usado para retomar anaforicamente ver cap tulo 5 um elemento textualmente distante os EUA 64 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 4 1 Localiza o no texto Para o vestibular a fun o mais releva
316. sia E 78 i L NGUA PORTUGUESA M DpuLD 1 EEE TT TT FT N o fa as poesia com o corpo b Uma dessas instru es refere se ao corpo t o infenso efus o l rica v 4 esse excelente completo e confort vel corpo t o infenso efus o l rica Reescreva este verso substituindo por sin nimos as palavras sublinhadas e procedendo s altera es necess rias N o cantes tva cidade deixa a em paz Textos para a quest o 2 Texto M os Dadas N o serei o poeta de um mundo caduco N o dramatizes n o invoques Tamb m n o cantarei o mundo futuro n o indagues N o percas tempo em mentir Estou preso vida e olho meus companheiros Est o tacitumos mas nutrem grandes esperan as 2 Entre eles considero a enorme realidade O presente t o grande n o nos afastemos N o recomponhas N o nos afastemos muito vamos de m os dadas tua sepultada e merenc ria inf ncia N o serei o cantor de uma mulher de uma hist ria n o direi os suspiros ao anoitecer a paisagem vista da janela n o distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida Penetra surdamente no reino das palavras n o fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins L est o os poemas que esperam ser escritos O tempo a minha mat ria o tempo presente os homens presentes a vida presente ANDRADE Carlos Drummond de Poesia e Prosa Rio de Janeiro Nova Aguilar 1988 p 68 Eilos s s e mudos em estado de di
317. sica sem sequer pensar que autom veis t m motores O que n o problem tico n o pensado Voc nem sabe que tem f gado at o momento em que ele funciona mal Voc nem sabe que tem cora o at que ele d umas batidas diferentes Voc nem Car tuLo 7 u 79 toma consci ncia do sapato at que uma pedtinha entre l dentro Quando est escrevendo voc se esquece da ponta do l pis at que ela quebra Voc n o sabe que tem olhos o que significa que eles v o muito bem Voc toma consci ncia dos olhos quando eles come am a funcionar mal Da mesma forma que voc n o toma consci ncia do ar que respira at que ele come a a feder Fernando Pessoa diz que pensamento doen a dos olhos verdade mas nem toda O mais certo seria pensamento doen a do corpo Todo pensamento come a com um problema Quem n o capaz de per ceber e formular problemas com clareza n o pode fazer ci ncia N o curioso que nossos processos de ensino de ci ncia se concentrem mais na capacidade do aluno para responder Voc j viu alguma prova ou exame em que o professor pedisse que o aluno formulasse o problema Frequentemente fracassamos no ensino da ci ncia porque apresentamos solu es perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno ALVES Rubem Filosofia da ci ncia introdu o ao jogo e suas regras S o Paulo Brasiliense 1995 Texto Il Skepsis
318. sigo eles elas Observe no exemplo abaixo de que maneira os pronomes pessoais retos e obl quos tonos e t nicos fazem refer ncia s pessoas do discurso Tu n o confias no Bruno por isso n o lhe empresta o carro Mas sei que poderias emprest lo para mim Est o presentes nessa situa o comunicativa os tr s elementos que vimos acima algu m que fala essa frase 1 pessoa algu m que ouve 2 pessoa e assuntos sobre os quais se fala o Bruno o carro O pronome reto tu refere se ao ouvinte ao interlocutor por isso dizemos que um pronome de 2 pessoa O pronome obl quo tono lhe faz refer ncia 00 Bruno que n o est presente da cena apenas o assunto da conversa Por isso dizemos que se trata de um pronome de 3 pessoa O mesmo ocorre com o pronome obl quo tono lo que se refere ao carro Por fim o pronome obl quo t nico mim faz refer ncia pr pria pessoa que est proferindo o enunciado Por isso dizemos que um pronome de 1 pessoa e As tr s pessoas do discurso aparecem tanto no singular quanto no plural Assim por exemplo as formas eu e n s correspondem ambas pri meira pessoa do discurso ou seja pessoa que fala diferen a que 00 usar eu estou falando apenas em meu nome ao usar n s estou falando em nome de pelo menos mais uma pessoa ou n s dois estamos falando em coro e Ao lado do n s apontado p
319. smos N O geram exclus o Mas contrariando as expectativas ele opta por outra estrat gia Em um primeiro momento afirma que os estrangeirismos de fato t m o poder de excluir Mas em seguida mostra que a linguagem como em todo e n o apenas as palavras estrangeiras produz exclus o Podemos entender isso se pensarmos em g rias adolescentes ou em jarg es profissionais de m dicos economistas traficantes etc Imagine que um economista d a seguinte declara o A indexa o na economia institui legalmente a espiral inflacion ria S os economistas ou entendidos do assunto podem compreender essa frase Dessa maneira ela exclui todos aqueles que n o t m familiaridade com o tema e com o jarg o pr prio da rea isso sem a presen a de qualquer estrangeirismo Observe que o procedimento argumentativo utilizado corresponde exata mente ao que est descrito na alternativa o argumentador n o afirma que o racioc nio do seu advers rio est incorreto mas mostra que ele resulta de uma observa o incompleta dos fatos j que o rival o aplica unicamente aos estran geirismos quando na verdade ele vale para os usos lingu sticos de maneira geral Quest o 4 s esperar para que esses elementos se sedimentem na l ngua caso per mane am e que sejam padronizados na escrita como a panqueca Afinal nem tudo termina em pizza No contexto do segundo par grafo o trecho acima desempenha a fun o
320. smos t m v rias faces e encantam atraem para o seu seio como as hist rias em quadrinhos que chegavam ao morro compradas nas feiras da Maia Lacerda e do Rio Comprido baratas como a tripa de porco que sobrava na casa do compadre maneiro que nem sempre era compadre de batismo Era apenas o adjetivo usado como substantivo sin nimo de uma boa amizade de um relacio namento que era tecido por favores empr stimos impag veis e considera o at na hora da morte LINS Paulo Cidade de Deus S o Paulo Companhia das Letras 1997 50 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 5 Ueri 2004 Exame Final No texto Cidade de Deus h um coment rio sobre os sentidos e as poss veis classifica es gramaticais da palavra compadre Nesse trecho o narrador recorreu fun o da linguagem denominada A po tica B conativa C referencial D metalingu stica Texto para a quest o 6 Brincar com palavras nos jogos verbais exerc cios de literatura Voc sabe o que um palindromo uma palavra ou mesmo uma frase que pode ser lida de frente pra tr s e de tr s pra frente mantendo o mesmo sentido Por exemplo em portugu s amor e Roma em espanhol Anita lava la tina Ou ent o a frase latina Sator arepo tenet opera rotas que n o s pode ser lida de tr s pra frente mas pode ser lida na vertical na horizontal de baixo pra cima de cima pra baixo girando os olhos em redor deste quadrado SATOR AREPO
321. so de possessivos o S bado era seu seu S bado sua mulher seu filho evoca o da mulher sob a forma do vocativo Catarina Catarina 8 No texto em cita es de falas poss veis tamb m h o uso do pronome de tratamento voc que embora leve o verbo para a terceira pessoa tamb m se refere pessoa com quem se fala Neste quadro o som da sua voz refere se ao leitor virtual assim como o pronome seu seu afeto do seu abra o do seu beijo No texto II o uso da segunda pessoa do singular e de pronomes de segunda pessoa ti teu te apontam explicitamente para a pessoa com quem se fala a qual tamb m qualificada nos vocativos formosa e querida 9 O uso de pronomes de 1 pessoa refor a a agonia do menino a afli o que sentia pelo que a acontecer diante da proximidade do trem O uso dos pro nomes aumenta a emo o da narrativa mostrando o que acontecia no interior do personagem Grupo 2 Dc Za 3 O pronome isso aponta e resume a cr tica que o locutor faz atitude do governador em sugerir o uso de bicicletas no Rio ignorando a situa o de intranquilidade provocada pela viol ncia 4 Pronomes demonstrativos Esse refere se ao ano de 1893 mencionado no in cio do trecho Este refere se a uma casa de pens o mencionada em seguida Aquela retoma uma informa o uma casa de pens o no Catete 5 a Eles gentio agregavam os metais
322. sp Texto para a quest o 3 Cr nica da aboli o Eu perten o a uma fam lia de profetas apr s coup post factum depois do gato morto ou como melhor nome tenha em holand s Por isso digo juro se necess rio for que toda a hist ria desta lei de 13 de maio estava por mim previs ta tanto que na segunda feira antes mesmo dos debates tratei de alforriar um molecote que tinha pessoa de seus dezoito anos mais ou menos Alforri lo era nada entendi que perdido por mil perdido por mil e quinhentos e dei um jantar Neste jantar a que meus amigos deram o nome de banquete em falta de outro melhor reuni umas cinco pessoas conquanto as not cias dissessem trinta e tr s anos de Cristo no intuito de lhe dar um aspecto simb lico No golpe do meio coupe do milieu mas eu prefiro falar a minha l ngua levantei me eu com a ta a de champanha e dedarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo h dezoito s culos restitu a a liberdade ao meu escravo Pan cr cio que entendia que a na o inteira devia acompanhar as mesmas ideias e imitar o meu exemplo finalmente que a liberdade era um dom de Deus que os homens n o podiam roubar sem pecado Pancr cio que estava espreita entrou na sala como um furac o e veio abra a me os p s Um dos meus amigos creio que ainda meu sobrinho pegou de outra ta a e pediu ilustre assembleia que correspondesse ao ato que acabava de publicar brindando ao
323. spectivamente S o portanto tr s tentativas de completar a travessia metaf rica de modo a compreender como se d o fen meno da cria o liter ria O quadro abaixo sintetiza os recursos empregados em cada tentativa Car tuLo 10 115 Recurso Sequ ncia textual lingu stico Intertextualidade Recorro a uma certa aula distante Antonio Candido Argumento de Recorro a uma certa aula distante Antonio autoridade Candido Exemplifica o tive uma personagem que recorreu m scara para n o ser descoberta quis voltar num outro texto e usou disfarce Met fora acabo por inventar uma figura o Oco PARTE 3 QUEST ES DE VESTIBULAR 1 O t tulo do texto de Lygia Fagundes Telles relaciona se com o processo de constru o da narrativa liter ria Nesse sentido a alternativa que melhor justifica o t tulo Mysterium A surpresa da narradora diante do ato de cria o B explora o de ideias contr rias ao longo da narra o C combina o do texto ficcional com refer ncias b blicas D predomin ncia de elementos da fic o sobre os da realidade 2 Todo texto pressup e rela es com outros textos por isso nele est o presen tes v rias vozes que podem ser reconhecidas com maior ou menor facilidade isso chamamos intertextualidade Um exemplo de intertextualidade cujo sentido est corretamente definido verifica se em A mas
324. ssa gente Pois ele n o a viu combater como feras Pois n o a via matar prisioneiros in meros Outra decep o sua vida era uma decep o uma s rie melhor um encadeamento de decep es A p tria que quisera ter era um mito era um fantasma criado por ele no sil ncio do seu gabinete Nem a f sica nem a moral nem a intelectual nem a pol tica que julgava existir havia que existia de fato era a do Tenente Antonino a do doutor Campos a do homem do Itamarati E bem pensando mesmo na sua pureza o que vinha a ser a P tria N o teria levado toda a sua vida norteado por uma ilus o por uma ideia a menos sem base sem apoio por um Deus ou uma Deusa cujo imp rio se esva a N o sabia que essa ideia nascera da amplifica o da crendice dos povos greco romanos de que os ancestrais mortos continuariam a viver como sombras e era preciso aliment las para que eles n o perseguissem os descendentes Lembrou se do seu Fustel de Coulanges Lembrou se de que essa no o nada para os Menenan para tantas pessoas Pareceu lhe que essa ideia como que fora explorada pelos conquistadores por instantes sabedores das nossas subservi ncias psicol gicas no intuito de servir s suas pr prias ambi es Reviu a hist ria viu as mutila es os acr scimos em todos os pa ses hist ri cos e perguntou de si para si como um homem que vivesse quatro s culos sendo franc s ingl s italiano alem o podia sentir a P tria
325. ssoa do discurso ou seja ao interlocutor aquele que ouve Mas afinal por que necess rio ter v rios pronomes diferentes para nos dirigirmos a um interlocutor Simples porque s vezes precisamos mudar o nosso tratamento em rela o a algu m a depender do cargo que essa pessoa ocupa do respeito que devemos a ela ou mais genericamente da nossa posi o social em rela o a ela Veja alguns dos pronomes de tratamento e seus usos Car tuLo 6 i 63 Pronome Emprego Vossa Alteza Pr ncipes princesas duques Vossa Emin ncia Cardeais Vossa Majestade Reis imperadores Vossa Merit ssima Ju zes de direito Pronomes pessoais com refer ncia indeterminada interessante notar que pronomes como voc eu ou a gente nem sempre s o usados para fazer refer ncia a uma ou mais pessoas especi ficas Veja o exemplo abaixo MARIA O que voc acha da rea o do Pedro JO O Olha eu acho que quando voc se v diante de uma situa o de perigo voc tem duas op es enfrentar ou fugir A refer ncia do pronome de tratamento voc diferente na fala de Maria e na fala de Jo o No primeiro caso o voc se refere a Jo o ou seja a um indiv duo espec fico que o interlocutor de Maria Mas na fala de Jo o esse mesmo pronome assume uma refer ncia gen rica indeterminada Em vez de referir se a algum indiv duo particular pode aplica se a qualquer pessoa como
326. ste deveria arrancar suas unhas e dentes caso contr rio sua filha sentiria muito medo Feliz da vida o Le o concordou Feito isso ele tornou a fazer seu pedido mas o lenhador que j n o mais o temia pegou um cajado e expulsou o de sua casa mandando o de volta para a floresta Moral da Hist ria todos os problemas quando examinados de perto aca bam por revelar sua solu o ESOPO F bulas de Esopo S o Paulo Loyola 2005 Texto 3 China fragmento com adapta es A palavra China costuma referir se a regi es que em termos mais espec ficos n o fazem parte dela como o caso da Manch ria da Mong lia Interior do Tibete e de Xinjiang Nos meios de comunica o ocidentais China refere se normalmente Rep blica Popular da China enquanto Taiwan se refere Rep blica da China ii Um ter o da China plana ou desertificada sua parte ocidental formada por plan cies f rteis e deltas H ilhas sendo que a menor delas Hainan na costa setentrional Os rios principais s o Vermelho Amery e Wuca A ind stria a base da economia Os chineses plantam feij o mandioca cevada pain o algod o ch e tabaco H tamb m grandes reservas de prata ferro cobre ouro e outros minerais 2 A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo A m dia de crescimento econ mico deste pa s nos ltimos anos de quase 10 Uma taxa superior
327. stema vigente tendem a se tornar meio bobos como o Tocha Humana ou o Capit o Am rica Hulk e Homem Aranha s o seres que criticam a inconsegu ncia da ci ncia com sua energia at mica e suas experi ncias gen ticas Os X Men nos advertem para a educa o inclusiva Super Homem aquele que mais se aproxima de Jesus Cristo e por isso talvez seja o mais popular de todos em seu sacrif cio solit rio em defesa dos seres humanos mas tamb m tem algo de Aquiles com seu calcanhar que a kriptonita Humano e super her i como Gandhi N o houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas hist rias em quadrinhos Eu raramente as leio hoje em dia mas quando assisto a bons filmes de super her is eu lembro que todos temos um lado ing nuo e bom que pode ser capaz de suportar a dor da solid o por um princ pio Fernando Chu Adaptado de http fernandochui blogspot com 2 Uerj 2009 Exame de Qualifica o O texto combina subjetividade e argu menta o Essa combina o confirmada pela presen a de A relato pessoal e defesa de ponto de vista B refer ncia cl ssica e cita o do passado C nfase na atualidade e reflex o sobre o tema D afirma o generalizante e compara o de ideias Texto para a quest o 3 Transtorno do comer compulsivo O transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido nos ltimos anos como uma sindrome caracterizada por epis dios de ingest o exagerada e com puls
328. stitui o financeira banco que oferece home banking estaria excluindo quem n o sabe ingl s e a loja que oferece seus produtos numa sale com 25 off estaria fazendo o mesmo O equ voco desse racioc nio linguisticamente preconceituoso n o est em dizer que esse pode ser um processo de exclus o O equ voco est em n o ver que usamos a linguagem com ou sem estrangeirismos o tempo todo para de marcarmos quem de dentro ou de fora do nosso c rculo de interlocu o de dentro ou de fora dos grupos sociais aos quais queremos nos associar ou dos quais queremos nos diferenciar GARCEZ Pedro M e ZILLES Ana Maria S In FARACO Carlos Alberto org Estrangeirismos guerras em torno da l ngua S o Paulo Par bola 2001 22 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 Quest o 1 Pode se afirmar que o objetivo do texto defender uma opini o a partir do estabelecimento de uma pol mica com os que defendem outro ponto de vista Esta pol mica constr i se nesse texto pelo seguinte modo de organiza o interna A as duas posi es s o apresentadas por um nico enunciador B os argumentos enunciados contrap em os usos oral e escrito da l ngua C as opini es de cada lado s o referendados por testemunhos autorizados D os defensores de cada posi o alternam se na defesa de seu ponto de vista Resposta Coment rio O primeiro par grafo do enunciado informa que Preconcei to e exclus o um texto argumentati
329. suas obras A passagem do texto que n o confirma esse ponto de vista A e come o a misturar a realidade com o imagin rio fa o fic o em cima de fic o B E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador Deus Os indevass veis signos e s mbolos C A personagem que pode ser aparente ou inaparente n o importa Que pode ser nica ou se repetir D nessa representa o elas est o como que sujeitas a uma destina o A uma condena o Ty ESTUDO DE CASO 2 BALADA DD AMOR ATRAV S DAS IDADES CEDERJ 20 10 2 SEMESTRE E UFRdJ 20083 PARTE 1 O TEXTO Balada do amor atrav s das idades Eu te gosto voc me gosta desde tempos imemoriais Eu era grego voc froiana troiana mas n o Helena Sa do cavalo de pau para matar seu irm o Matei brigamos morremos Virei soldado romano perseguidor de crist os Na porta da catacumba encontrei te novamente Mas quando vi voc nua ca da na areia do circo e 0 le o que vinha vindo dei um pulo desesperado e 0 le o comeu n s dois Depois fui pirata mouro flagelo da Tripolit nia Toquei fogo na fragata onde voc se escondia da f ria de meu bergantim Mas quando ia te pegar e te fazer minha escrava voc fez o sinal da cruz e rasgou o pito a punhal Me suicidei tamb m Depois tempos mais amenos fui cortes o de Versailles espirituoso e devasso Voc cismou de ser freira Pulei o muro
330. ta E eu digo ao vento que passa Por meus cabelos fugaz Vento frio do deserto Onde ela est Longe ou perto Mas como um h lito incerto Responde me o eco ao longe Oh minh amante onde est s Vem tarde Por que tardas S o horas de brando sono Vem reclinar te em meu peito Com teu l nguido abandono SH vazio nosso leito St vazio o mundo inteiro E tu n o queres qu eu fique Solit rio nesta vida Mas por que tardas querida J tenho esperado assaz Vem depressa que eu deliro Oh minh amante onde est s Estrela na tempestade Rosa nos ermos da vida ris do n ufrago errante Ilus o d alma descrida Tu foste mulher formosa Tu foste filha do c u E hoje que o meu passado Para sempre morto jaz Vendo finda a minha sorte Pergunto aos ventos do Norte Oh minh amante onde est s ALVES Castro Espumas flutuantes e outros poemas S o Paulo tica 1998 Vocabul rio 1 ris paz bonan a 2 descrida que n o cr 3 Ueri 2010 LPLB No texto h uma forma verbal que expressa uma s plica feita pelo eu l rico mulher amada Identifique essa forma verbal e as respectivas flex es de pessoa e modo Textos para a quest o 4 Texto O defeito Note algo muito curioso o defeito que faz a gente pensar Se o carro n o tivesse parado voc teria continuado sua viagem calmamente ouvindo m
331. tarei para que a Amaz nia seja nossa S nossa BUARQUE Cristovam O Globo 23 10 2000 34 i L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 8 Uerj 2003 Exame de Qualifica o Cristovam Buarque ao revelar os inte resses ocultos na defesa da internacionaliza o da Amaz nia utiliza um recurso argumentativo conhecido como redu o ao absurdo Esse recurso consiste na aceita o inicial de uma proposi o para dela extrair decorr ncias absurdas ou inaceit veis O trecho que melhor exemplifica o uso deste recurso em rela o proposta de internacionaliza o A N o podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar pa ses inteiros na vol pia da especula o B Cada museu do mundo guardi o das mais belos pe as produzidas pelo g nio humano C N o se pode deixar que esse patrim nio cultural como o patrim nio natural amaz nico seja manipulado e destru do pelo gosto de um propriet rio ou de um pa s D Se os EUA querem internacionalizar a Amaz nia pelo risco de deix la nas m os de brasileiros internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA Texto para a quest o 9 A carreira do crime Estudo feito por pesquisadores da Funda o Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tr fico de drogas nas favelas cariocas exp e as bases sociais dessas quadrilhas contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado O t
332. te estrutural do texto quando a enunciadora passa a tentar elucidar os mist rios da cria o procurando compreender racionalmente seu processo criativo Aqui ela recorre a tr s recursos a fim de iluminar ou esclarecer o funcionamento desse processo Em primeiro lugar ela tenta explicar a cria o liter ria a partir dos ensina mentos de uma aula distante Logo de sa da observe o seguinte ao evocar em seu texto um texto anterior no caso um texto oral proferido em uma aula a enunciadora lan a m o do recurso conhecido como intertextualidade De acordo com a teoria que a enunciadora recorda um texto liter rio apresenta sempre tr s elementos ideia enredo e personagem Note que para dar mais credibilidade sua explica o ela cita Antonio Candido renomado estudioso da literatura brasileira Ao fazer isso recorre a um argumento de autoridade Logo depois ainda no 4 par grafo ela busca esclarecer sua din mica criativa recorrendo exemplifica o trata se da refer ncia personagem que reaparece disfar ada em outra obra j comentada na se o anterior Finalmente a autora tamb m empresa uma met fora para tentar esclarecer o funcionamento do seu processo criativo Estamos falando da met fora da teia de aranha que aparece no 5 par grafo Nessa met fora h tr s elementos teia aranha e inseto correspondentes aos tr s elementos da aula distante de Antonio Candido enredo ideia e personagem re
333. tificar Pedro alto e usa roupas localizar qualificar caras Narra o Relatar uma hist ria Pedro acordou tarde leu um pouco e voltou para a cama Exposi o Dar informa es Furac es resultam do transmitir conhecimentos aquecimento do oceano Argumenta o Convencer defender 0 aborto n o deve ser um ponto de vista legalizado pois um tipo de assassinato Injun o Dar instru es Ligue me de volta assim que ensinamentos ordens puder conselhos 2 AN LISE DE EXEMPLOS Texto 1 Um dever amar ssimo fragmento Jos Dias amava os superlativos Era um modo de dar uma fei o monumen tal s ideias n o as havendo servir a prolongar as frases Foi dos ltimos que usaram presilhas no Rio de Janeiro e talvez neste mundo Trazia as cal as curtas para que lhe ficassem bem esticadas A gravata de cetim preto com um arco de a o por dentro imobilizava lhe o pesco o era ent o moda O rodaque de chita veste caseira e leve parecia nele uma casaca de cerim nia Era magro chupado com um principio de calva teria os seus cinquenta e cinco anos ASSIS Machado de Dom Casmurro S o Paulo Martins Fontes 2003 Texto 2 O Le o Apaixonado Um Le o pediu a filha de um lenhador em casamento O pai contrariado por n o poder negar j que o temia viu na ocasi o um excelente modo de se livrar de vez do problema Ele disse que concordaria em ter o le o como genro mas com uma condi o e
334. titu sse o que os franceses chamam um mot d espritl Pesa me ponderar que ela n o quer ser nada disso melhor a pura verdade dos fatos O viol o n o s a m sica com todas as suas possibilidades orquestrais latentes em forma de mulher como de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina viola violino bandolim violoncelo contrabaixo o nico que representa a mulher ideal nem grande nem pequena de pesco o alongado ombros redondos e suaves cintura fina e ancas plenas cultivada mas sem jact ncia relutante em exibir se a n o ser pela m o daquele a quem ama atenta e obediente ao seu amado mas sem perda de car ter e dignidade e na intimidade tema s bia e apaixonada H mulheres violino mulheres violoncelo e at mulheres contrabaixo Divino delicioso instrumento que se casa t o bem com o amor e tudo o que nos instantes mais belos da natureza induz ao maravilhoso abandono E n o toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d amore3 como a prenunciar o doce fen meno de tantos cora es diariamente feridos pelo melodioso acento de suas cordas At na maneira de ser tocado contra o peito lembra a mulher que se aninha nos bra os do seu amado e sem dizer lhe nada parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda fa a a vibrar no mais fundo de si mesma e a ame acima de tudo pois do contr rio ela n o poder ser nunca totalmente su
335. tivo ou descritivo por exem plo o que estamos afirmando que estes s o os modos de organiza o predomi nantes Ou seja textos predominantemente narrativos podem conter passagens descritivas textos predominantemente argumentativos podem incluir sequ ncias narrativas e assim por diante Mas de modo geral os textos n o apresentam um nico tipo textual Veja o exemplo a seguir Texto 1 Veio uma mulher era a cartomante Camilo disse que ia consult la ela f lo entrar Dali subiram ao s t o por uma escada ainda pior que a primeira e mais escura Em cima havia uma salinha mal alumiada por uma janela que dava para o telhado dos fundos Velhos trastes paredes sombrias um ar de pobreza que antes aumentava do que destru a o prest gio A cartomante f lo sentar diante da mesa e sentou se do lado oposto com as costas para a janela de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no rosto de Camilo Abriu uma gaveta e tirou um baralho de cartas compridas e en xovalhadas Enquanto as baralhava rapidamente olhava para ele n o de rosto mas por baixo dos olhos Era uma mulher de quarenta anos italiana morena e magra com grandes olhos sonsos e agudos Voltou tr s cartas sobre a mesa e disse lhe Machado de Assis Cartomante Dispon vel em hitp www dominiopublico gov br download texto ua000181 pdf Acesso em 25 de setembro de 2009 Observe que o fragmento acima cont m tanto sequ n
336. to argumentativo portanto o enunciador n o apenas DEFENDE o seu pr prio ponto de vista como tamb m ATACA os pontos de vista contr rios por isso que nesse tipo de texto est o presentes pelo menos duas vo zes ou pontos de vista distintos a voz do argumentador que defende a tese apresentada no texto e a voz do indiv duo ou grupo que defende a tese con tr ria Assim quando lemos um texto argumentativo n o ouvimos apenas a voz do argumentador ou do grupo que ele representa ouvimos tamb m ainda que muitas vezes indiretamente a manifesta o daqueles que defendem a posi o contr ria Isso ficar mais claro no exemplo abaixo Os trechos que n o est o sublinha dos correspondem voz do argumentador os trechos sublinhados correspondem voz dos grupos que defendem a tese contr ria do argumentador Para a maior parte dos cariocas as Olimp adas de 2016 ser o uma oportu nidade nica para o Rio de Janeiro Na vis o dessas pessoas os Jogos atrair o para a cidade uma legi o de turistas e incont veis investimentos privados Tanto otimismo por m n o se justifica O mais prov vel que o Estado saia no preju zo arcando com um investimento que a iniciativa privada ver como de alto risco Com tanto dinheiro p blico circulando podemos esperar que a corrup o alcance n veis estratosf ricos Mesmo com tudo isso podem pensar alguns a cidade ainda sair ganhando pois sair dos Jogos
337. tra C o verbo no imperativo Ponha se e a senten a interrogativa Pede ela um contrabaixo marcam a injun o Afinal o imperativo sugere uma orienta o ou um pedido transmitido ao leitor ao passo que a pergunta mos tra que a voz que fala no texto est se dirigindo diretamente ao seu interlocutor o leitor E essas duas caracter sticas s o t picas do modo injuntivo Na letra D defende se uma tese a de que o viol o o nico instrumento capaz de ouvir e de entender a Lua H aqui refer ncia a um soneto muito famoso do poeta Olavo Bilac que termina assim Pois s quem ama pode ter ouvidos Capaz de ouvir e entender estrelas esse processo por meio do qual um texto faz refer ncia a outro texto que lhe anterior chama se intertextualida de A defesa de uma tese caracteriza o tipo textual argumentativo Por fim o fragmento da letra usado para caracterizar a mulher idea e assim caracterizar indiretamente o viol o que o tema do texto S o apontados resumidamente tr s caracter sticas atenta obediente digna Isso mostra que se trata de fato de uma sequ ncia descritiva 1 Enem 2004 O jivaro Rubem Braga Um Sr Matter que fez uma viagem de explora o Am rica do Sul conta a um jornal sua conversa com um ndio jivaro desses que sabem reduzir a cabe a de um morto at ela ficar bem pequenina Queria assistir a uma dessas opera e
338. trangimentos na fronteira dos EUA Por isso eu disse que Nova York como sede das Na es Unidas deveria ser intemocionalizada Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade Assim como Paris Veneza Roma Londres Rio de Janeiro Bras lia Recife cada cidade com sua beleza espec fica sua hist ria do mundo deveria pertencer ao mundo inteiro Se os EUA querem internacionalizar a Amaz nia pelo risco de deix la nas m os de brasileiros internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA At porque eles j demonstraram que s o capazes de usar essas armas provocando uma destrui o milhares de vezes maior do que as lament veis queimadas feitas nas florestas do Brasil Nos seus debates os atvais candidatos presid ncia dos EUA t m defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da d vida Comecemos usando essa divida para garantir que cada crian a do mundo tenha possibilidade de ir escola Intemacionalizemos as crian as tratando as todas elas n o importando o pa s onde nasceram como patrim nio que merece cuidados do mundo inteiro Ainda mais do que merece a Amaz nia Quando os dirigentes tratarem as crian as pobres do mundo como um patri m nio da Humanidade eles n o deixar o que elas trabalhem quando deveriam estudar que morram quando deveriam viver Como humanista aceito defender a intemacionaliza o do mundo Mas enquanto o mundo me tratar como brasileiro lu
339. transcritos a seguir a conjun o enquanto expressa o mesmo valor sem ntico fundamental mas em um deles em virtude do contexto ela expressa tamb m um valor de contraste 1 n o se poderia atravessar uma rua sem desviar se de uma carro a que os cavalos vagarosos puxavam enquanto um autom vel impaciente buzinava atr s lan ando fuma a 2 Dos sobrados desciam mulheres despenteadas com panelas os peixes eram pesados quase na m o enquanto vendedores em manga de camisa gritavam os pre os a Indique o valor sem ntico fundamental expresso por essa conjun o nos dois trechos b Identifique o trecho em que a conjun o expressa tamb m o valor de contraste e justifique sua resposta Texto para a quest o 9 O primeiro navio destacado da conserva para levar a Portugal a not cia do descobrimento do Brasil e com inst ncias ao rei de Portugal para que por amor da religi o se apoderasse d esta descoberta cometera a viol ncia de arrancar de suas terras sem que a sua vontade fosse consultada a dois ndios ato contra o qual se tinham pronunciado os capit es da frota de Pedro lvares Fizera se o ndice primeiro do que era a hist ria da col nia era a cobi a disfar ada com pretextos da religi o era o ataque aos senhores da terra liberdade dos ndios eram colonos degradados condenados morte ou esp ritos baixos e viciados que procuravam as florestas para darem largas s deprava es do instinto bruto DIAS
340. ue o foco aqui s o os usos nocionais j que estamos interessados no valor sem ntico das preposi es Preposi o DE Usos nocionais Mesa de madeira mat ria Escreveu de l pis instrumento Gravata do chefe posse Vim de S o Paulo origem afastamento Morreu de susto causa Falou de futebol assunto Uso relacional Gosto de sorvete Preposi o COM Usos nocionais Um copo com gua conte do Sairei com a minha irm companhia Abriu a porta com a chave instrumento Com a infla o o poder de compra do trabalhador despenca causa Uso relacional Conto com a sua compreens o Preposic o POR Usos nocionais Interesso me por novidades medalha foi conquistada por todos agente O nibus n o passa por Botafogo lugar Recebeu a not cia por telefone meio Morreu por n o querer lutar causa Uso relacional Preposi o Usos nocionais N o fui a Pequim aproxima o destino Emprestarei o livro a voc benefici rio Uso relacional Obedeci a meu pai Preposic o PARA Usos nocionais N o fui para Pequim aproxima o destino Emprestarei o livro para voc benefici rio Estudou para passar no concurso finalidade Basta chover para ficar tudo alagado consequ ncia Preposic o SEM Usos nocionais Um copo sem gua aus ncia N o vou casa do Jo o sem antes f
341. uilim Eu sou irm o do Dito Fo seu irm o Dito o dono daqui N o meu senhor O Ditinho est em gl ria O homem esbarrava o avan o do cavalo que era zelado mante do formoso como nenhum outro Redizia Ah n o sabia n o Deus o tenha em sua guarda Mas que que h Miguilim Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele por isso que o encarava Por que voc aperta os olhos assim Voc n o limpo de vista Vamos at l Quem que est em tva casa M e e os meninos Estava M e estava tio Terez estavam todos O senhor alto e claro se apeou O outro que vinha com ele era um camarada O senhor perguntava M e muitas coisas do Miguilim Depois perguntava a ele mesmo Miguilim espia da quantos dedos da minha m o voc est enxergando E agora ROSA Jo o Guimar es Manvelz o e Miguilim 9 ed Rio de Janeiro Nova Fronteira 1984 1 Enem 2002 Esta hist ria com narrador observador em terceira pessoa apre senta os acontecimentos da perspectiva de Miguilim O fato de o ponto de vista do narrador ter Miguilim como refer ncia inclusive espacial fica explicitado em A O homem trouxe o cavalo c bem junto B Ele era de culos corado alto O 0 homem esbarrava o avan o do cavalo D Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele E Estava Mie estava tio Terez estavam todos a EE E v SN 2
342. uimos atribuir um sentido a uma s rie de palavras transformando a de fato num texto em vez de uma sucess o aleat ria de voc bulos dizemos que essa sequ ncia lingu stica coerente ou apresenta coer ncia Al m disso se as palavras s o explicitamente conectadas encadeadas como no exemplo 3 dizemos que a sequ ncia apresenta coes o Conclus o o exemplo 1 n o tem nem coer ncia nem coes o o exemplo 2 tem coer ncia mas n o coes o o exemplo 3 tem coer ncia e coes o tabela abaixo resume essa conclus o Tem coer ncia Tem coes o Exemplo 1 N O N O Exemplo 2 SIM N O Exemplo 3 SIM SIM Finalmente podemos formular o conceito de coes o textual Resumidamen te diremos que a coes o textual diz respeito aos processos que evidenciam na superf cie textual a liga o ou conex o entre duas partes de um texto Agora voc vai estudar os dois grandes tipos de coes o a referencial e a sequencial 2 COES O REFERENCIAL Algumas palavras ou express es podem remeter a outras palavras e ex press es citadas no texto Quando isso acontece dizemos que ocorre coes o referencial o disse que dormiu bem mas ele parece cansado 0Jo il No exemplo acima o pronome ele retoma O Jo o Diremos ent o que ele uma forma remissiva porque remete para outro ponto do texto e que O Jo o um referente textual porque a ele que o pronome se refere
343. um mecanismo de corre o de erros que o motor que a move Nenhuma quest o tratada pela ci ncia como fechada nenhum conhecimento est imune de questionamento e d vida Com certeza eu n o concordo com muito do que a humanidade vem construindo atrav s da aplica o do conhecimento cient fico no entanto a pr pria ci ncia a arma mais poderosa que temos para enfrentar estas quest es e por isso critic la um tiro pela culatra Voc pode fazer como muitos hist ricos e criticar a ci ncia porque a Monsanto patenteou uma soja que tolera um nico pesticida cinco vezes mais forte que os tradicionais al m do fato de o pesticida ser da pr pria Monsanto Mas voc estar tamb m sendo contra a salva o de milhares de vidas na frica onde o nico modo de obterse vacinas cultivando bananas transg nicas que cont m ant genos Para mim isto que ser irracional F rum tico Brasileiro janeiro de 2002 http www nitnet com br Crenacarore indiv duo pertencente tribo ind gena de mesmo nome 7 Ueri 2003 Exame de Qualifica o O autor da segunda mensagem em prega elementos de coes o ou liga o entre frases ou ideias para compor sua estrat gia argumentativa aceitar em um primeiro momento os argumentos do outro para depois combat los O trecho que exemplifica o uso de elementos de coes o para construir esse tipo de estrat gia A N o me vem cabe a neste momento caracter
344. uma figura o na qual a ideia representada por uma aranha teia dessa aranha seria o enredo A trama a personagem o inseto que chega naquele voo livre e acaba por cair na teia da qual n o consegue fugir enleado pelos fios grudentos Ent o desce ou sobe a aranha e nhac Prende e suga o inseto at abandon lo vazio Oco O questionador acha a imagem meio dram tica mas divertida consegui faz lo sorrir Acho que sim Contudo h aquele leitor desconfiado que n o se deixou seduzir porque quer ver as personagens em plena liberdade e nessa repre senta o elas est o como que sujeitas a uma destina o uma condena o E cita Jean Paul Sartre que pregava a liberdade tamb m para as personagens ah Odiosa essa fatalidade dos seres humanos inventados ou n o caminhando para o bem e para o mal Sem mistura Come o a me sentir prisioneira dos pr prios fios que fui inventar melhor voltar s divaga es iniciais onde vejo como eu mesma o meu pr ximo tam b m embrulhado Ou embu ado Desembrulhando esse pr ximo tamb m vou me revelando e na revela o me deslumbro para me obumbrar novamente nesta viragem voragem do of cio TELLES Lygia Fagundes Durante aquele estranho ch perdidos e achados Rio de Janeiro Rocco 2002 PARTE 2 PR TICA DE LEITURA 1 Entrando no texto primeiras impress es Mysterium um texto dissertativo em prosa dividido em 7 par grafos e antecedido por uma pequena ep grafe
345. un o sint tica s meninas imposs vel entregar lhes os pr mios Nesse caso o termo sublinhado n o se encaixa sintaticamente na frase seguinte da ser considerado um anacoluto Se o termo sublinhado estivesse grafado com o acento grave s meninas ter amos um pleonasmo no elemento lhes D Hip rbato Figura caracterizada pela invers o de termos na ordem direta Os bons que nos trazem boas novas ventos Hoje todos os tipos de invers o de termos na frase recebem a designa o de hip rbato mas anteriormente cada tipo de invers o recebia uma designa o distinta s nquise an strofe tmese prolepse etc E Ass ndeto e polissindeto Quando temos uma enumera o ela pode ser feita de tr s modos distintos Ela comprou bananas peras e abacates Ela comprou bananas peras abacates Ela comnprou bananas e peras e abacates A primeira frase nada tem de diferente segundo a constru o da frase portu guesa mas a segunda omite a conjun o E no ltimo elemento provocando com isso uma valoriza o global do que foi comprado assindeto enquanto na tercei ra h a repeti o da conjun o E poliss ndeto causando a valoriza o individual de cada produto adquirido F Silepse Esta figura corresponde concord ncia ideol gica ou seja a concord n cia que realizada com o sentido da palavra ou com a ideia que expressam em lugar de ser feita com a sua forma gramatical
346. unta o suficiente sobre o peso da gest o do trabalho disse a representante do Ipea Adaptado de www diariodasaude com br 2 Uerj 2011 Exame de Qualifica o Na coes o textual os pronomes po dem ser empregados para fazer a liga o entre o que est sendo dito e o que foi enunciado anteriormente O pronome sublinhado que estabelece liga o com uma parte anterior do texto est na seguinte passagem A A configura o do mundo do trabalho cada vez mais vol til B Outra grande consequ ncia de acordo com o professor diz respeito sa de dos trabalhadores C Trata se de um cen rio em que todos perdem D qual o tipo de desenvolvimento que n s como cidad os queremos ter Texto para a quest o 3 Sobre a origem da poesia A origem da poesia se confunde com a origem da pr pria linguagem Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia Ou qual a origem do discurso n o po tico j que restituindo la os mais ntimos entre os signos e as coisas por eles designadas a poesia aponta para um uso muito prim rio da linguagem que parece anterior ao perfil de sua ocorr ncia nas conversas nos jornais nas aulas confer ncias discuss es discur sos ensaios ou telefonemas Como se ela restitu sse atrav s de um uso espec fico da l ngua a integrida de entre nome e coisa que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram de separar no decor
347. up depois do golpe 2 post factum depois do fato 3 coupe do milieu o autor utiliza uma express o inexistente em franc s para mostrar a igno r ncia do personagem 3 Ueri 2009 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Um ordenado pequeno mas que h de crescer Tudo cresce neste mundo tu cresceste imensamente Quando nasceste eras um pitralho deste tamanho hoje est s mais alto que eu A fala do senhor de Pancr cio deseja convencer e persuadir seu interlocutor O argumento apresentado entretanto intencionalmente falho isto configura uma fal cia Explique em que consiste esta fal cia GRUPO 4 Identificar e explicar as estrat gias argumentativas Texto para as quest es 1 e 2 Her i na contemporaneidade Quando eu era crian a passava todo o tempo desenhando super her is Recorro ao historiador de mitologia Joseph Campbell que diferenciava as duas figuras p blicas o her i figura p blica antiga e a celebridade a figura p blica moderna Enquanto a celebridade se populariza por viver para si mesma o her i assim se tornava por viver servindo sua comunidade Todo super her i deve atravessar alguma via crucis Gandhi l der pacifista indiano disse que quanto maior nosso sacrif cio maior ser nossa conquista Como H rcules como Batman Toda hist ria em quadrinhos traz em si alguma coisa de industrial e margi nal ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto Os filmes de s
348. uper her i ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada ind stria realizam uma outra fa anha que provavelmente sem eles n o ocorreria a forma o de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais heroicos da Antiguidade para o homem modemo O cineasta italiano Fellini afirmou uma vez que Stan Lee o criador da editora Marvel e de diversos her is populares era o Homero dos quadrinhos Toda boa hist ria de super her i uma hist ria de exclus o social Homem Aranha um nerd Hulk um monstro amaldi oado Demolidor um deficiente os XMen s o indiv duos excepcionais Batman um rf o Super Homem um alien gena expatriado S o todos s mbolos da solid o da sobreviv ncia e da ab nega o humana N o se ama um her i pelos seus poderes mas pela sua dor Nossos olhos podem at se voltar a eles por suas habilidades fant sticas mas na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular Os super her is que n o sofrem ou simplesmente trabalham para o sistema vigente tendem a se tornar meio bobos como o Tocha Humana ou o Capit o Am rica Hulk e Homem Aranha s o seres que criticam a inconsequ ncia da ci ncia com sua energia at mica e suas experi ncias gen ticas Os X Men nos advertem para a educa o inclusiva Super Homem aquele que mais se aproxima de Jesus Cristo e por isso talvez seja o mais popular de todos em seu sacrif cio solit rio em defesa dos seres humanos mas ta
349. vegetais e animais que o Brasil continha sabia o valor do ouro dos diamantes exportados por Minas as guerras holandesas as batalhas do Paraguai as nascentes e o curso de todos os rios Defendia com azedume e paix o a proemin ncia do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo Para isso ia at ao crime de amputar alguns quil metros ao Nilo e era com este rival do seu rio que ele mais implicava Ai de quem o citasse na sua frente Em geral calmo e delicado o major ficava agitado e malcriado quando se discutia a extens o do Amazonas em face da do Nilo BARRETO Lima Triste fim de Policarpo Quaresma In Tr s Romances Rio de Janeiro Garnier 1990 p 17 18 8 UFF 1998 H pronomes que possuem fun o anaf rica isto retomam elementos anteriormente expressos construindo a coes o textual Outros no entanto apenas apontam para os substantivos sem retom los Assinale a alternativa em que o pronome sublinhado n o possui fun o anaf rica na frase A procurou a administra o e dos seus ramos escolheu o militar B quando se discutia a extens o do Amazonas em face da do Nilo O mos a junta de sa de julgou o incapaz D Quaresma sabia as esp cies de minerais vegetais e animais que o Brasil continha E ia ao crime de amputar alguns quil metros ao Nilo 9 Cederj 2009 2 semestre No per odo Darwin o nico cujas ideias ainda servem de base s lid
350. veiro pessoal ocorre o mesmo recurso expressivo de natureza sem ntica que em A Meu cora o N o sei por qu Bate feliz Quando te v H tanta gente l fora Aqui dentro sempre Como uma onda no mar C Brasil meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Voiu cantar te nos meus versos D Se lembra da fogueira Se lembra dos bal es Se lembra dos luares Dos sert es E Meu bem querer segredo sagrado Est sacramentado Em meu cora o o ue rm 44 L NGUA PORTUGUESA M puLo 1 6 Cederj 2010 1 semestre Assinale a op o que apresenta um exemplo de compara o A Depois aparecem muitas pessoas bem vestidas cavalheiros com sapatos reluzentes senhoras com roupas de renda e chap us imensos que a brisa da tarde procura docemente arrebatar B E dentro dele vem a noiva que n o se pode ver pois est coberta de cascatas de v us como se viajasse dentro da Via l ctea O Ela a misteriosa dona dessa tardezinha de s bado que parecia sim ples apenas um pouco cinzenta um pouco fria D Mas os convidados a esperam felizes e ela n o ter que pensar nisso E E quando a cerim nia chegar ao apogeu talvez nem se lembre de quem separada dos acontecimentos da terra subitamente incorporada ao giro do Universo Texto para a quest o 7 Existe sempre um conceito por tr s do que fa o s que nem sempre a mon tagem se completa Os conceitos se es
351. vo Esse par grafo sintetiza o que voc acaba de aprender sobre argumenta o i o objetivo do texto defender uma opini o ou seja uma tese ii o texto estabelece uma pol mica com aqueles defendem uma tese contr ria Como voc j sabe toda argumenta o cont m em si pelo menos duas vozes q voz dos que defendem a tese e a voz dos que se op em a ela Em Preconceito e exclus o n o diferente Lendo o texto podemos ouvir as vozes de dois grupos um grupo defende a tese de que os estrangeirismos s o inofensivos ou seja n o prejudicam a l ngua portuguesa o outro grupo defende a tese contr ria segundo a qual os estrangeirismos constituem uma amea a integridade do idioma nacional Resumindo e esquematizando as vozes que se manifestam no texto s o as seguintes Grupo Tese Voz 1 Grupo dos puristas Os estrangeirismos s o uma amea a l ngua portuguesa Os estrangeirismos n o s o uma amea a l ngua portuguesa Voz 2 Grupo que combate os puristas O enunciador se filia ao grupo que combate os puristas No entanto esse mesmo enunciador que nos apresenta ambas as posi es contra e a favor dos estrangeirismos Ora ele se refere sua pr pria tese ora ele pr prio faz re fer ncia tese contr ria Veja abaixo dois momentos em que ele evoca a tese advers ria no discurso de quem v nos estrangeirismos uma amea a Na vis o alarmista
352. voc bulos que substituem palavras express es ou ideias anteriormente expostas Um exemplo em que o voc bulo grifado retoma algo enunciado em par grafo anterior A a propor o entre essas duas categorias B porque esse mesmo fen meno C ou para manifestar sua postura pol tica D e tenho plena consci ncia de que ela Car tuLo 5 i 57 Texto para a quest o 5 A intelig ncia do her i estava muito perturbada Acordou com os berros da bicharia l em baixo nas ruas disparando entre as malocas tem veis E aquele dia cho de sagui a u n o era saguim n o chamava elevador e era uma m quina De manh zinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros n o eram nada disso n o eram mas cl xons campainhas apitos buzinas e tudo era m quina As on as pardas n o eram on as pardas se chamavam fordes hupmobiles chevrol s dodges m rmons e eram m quinas Os tamandu s os boi tat s as inaj s de curvat s de fumo em vez eram caminh es bondes autobondes an ncios luminosos rel gios far is r dios motocicletas telefones gorjetas postes chamin s Eram m quinas e tudo na cidade era s m quina O her i aprendendo calado De vez em quando estremecia Voltava a ficar im vel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada Tomou o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras for uda Tup famanado que os filhos da mandioca
353. vos politicamente Deve se reconhecer que a propor o entre essas duas categorias muda com 0 tempo tem pocas em que a propor o de jovens ativos se amplia e em outras pocas diminui Mas esse aumento ou diminui o uma express o da sociedade como um todo e n o de uma determinada faixa et ria Se numa poca a parcela de jovens cresce e se torna mais intensa porque esse mesmo fen meno se manifesta na sociedade como um todo O comportamento juvenil expressa as tend ncias gerais da sociedade como um todo A grande diferen a est nos meios de que disp em os jovens para desen volver sua consci ncia cr tica ou para manifestar sua postura pol tica A sim registramos mudan as radicais em rela o a outras pocas Atualmente os jovens t m acesso aos meios de comunica o que permitem ampliar a velocidade e a abrang ncia da transmiss o de ideias o que oferece facilidades nunca antes dispon veis para a express o pol tica da juventude A minha resposta pode parecer otimista e tenho plena consci ncia de que ela Os jovens da atualidade n o s o diferentes dos jovens de outras pocas aceitam ou recha am valores assumem ou n o atitudes pol ticas com a mesma postura dos jovens do passado a diferen a n o est no grau e sim na forma N o muda o caminho muda a forma de caminhar Lu s de la Mora Adaptado de www cipo org br 4 Ueri 2009 Exame de Qualifica o Nos processos de coes o textual h
354. xto GRUPO 3 Identificar e explicar as falhas de argumenta o 1 Uerj 2002 Exame de Qualifica o A televis o n o transmite regularmente cenas de viol ncia nos telejornais nos filmes e at nos desenhos animados Pois ent o a nossa sociedade muito violenta Como fica demonstrado a causa da viol ncia a televis o logo deve se simplesmente censurar as cenas de viol ncia de todos os pro gramas de televis o O argumento apresentado no trecho acima um sofisma Podemos caracte rizar este sofisma como A c rculo vicioso B desvio de assunto C silogismo n o v lido D confus o entre causas e efeitos Texto para a quest o 2 F rum de discuss o Mensagem 1 A ci ncia para muitos tem um lado maligno Para alguns estamos pas sando por uma nova Idade M dia onde a t cnica alienante faz as vezes da religi o cat lica At agora minha conclus o pessimista por mais que vio lentemos nosso pensamento nossa raz o ainda estar subordinada ao desejo E assim n o h certo ou errado A ci ncia nos d ou melhor vende armas contra a natureza que usamos contra n s mesmos apenas isso N o existe nada mais irracional que o trabalho cient fico dos dias atvais Mensagem 2 Caro M o que voc entende exatamente por ci ncia Um or culo todo poderoso e prepotente que diz aos pobres e tolos homens o que est certo e o que errado Como pode dizer que ela nos d armas c
355. z sentido utiliz lo para modificar substantivos que designem seres inanimados No poema por m o adjetivo palerma usado para modificar o n cleo substantivo livro Essa incoer ncia produz um efeito de estranhamento Car tuLo 8 91 Texto para a quest o 1 Os diferentes Descobriv se na Oceania mais precisamente na ilha de Ossevaolep um povo primitivo que anda de cabe a para baixo e tem vida organizada aparentemente um povo feliz de cabe a muito s lida e m os refor adas Vendo tudo ao contr rio n o perde tempo entretanto em refutar a vis o normal do mundo E o que eles dizem com os p s d a impress o de serem coisas aladas cheias de sabedoria Uma comiss o de cientistas europeus e americanos estuda a linguagem desses homens e mulheres n o tendo chegado ainda a conclus es public veis Alguns professores tentaram imitar esses nativos e foram recolhidos ao hospital da ilha Os cabecences para baixo como foram denominados falta de melhor classifica o t m vida longa e desconhecem a gripe e a depress o ANDRADE Carlos Drummond de Prosa Seleta Rio de Janeiro Nova Aguilar 2003 p 150 1 UFRJ 2009 No texto h diversos sintagmas nominais constru es com n cleo substantivo acompanhado ou n o de termos com fun o adjetiva que caracterizam o povo primitivo a Retire do texto dois desses sintagmas b caracteriza o normalmente atribu da a um povo prim
356. zar essa estrat gia o autor substituiu q palavra futebol por A esporte B jogo da bola C quatro linhas D campo de futebol E jogada Texto para a quest o 7 Qual ser o futuro das cidades As megacidades v o mudar de endere o no pr ximo mil nio Na periferia da globaliza o as metr poles subdesenvolvidas concentrar o n o apenas popula o mas tamb m mis ria Crescendo num ritmo veloz difi cilmente conseguir o dar a tantas pessoas habita o transportes e saneamento b sico adequados Mas n o ser o as nicas a enfrentar esses problemas Mesmo metr poles do topo da hierarquia global como Nova York j sofrem com conges tionamentos polui o e viol ncia Independentemente de tamanho ou localiza o as cidades v o enfrentar ao menos um desafio comum o aumento da tens o urbana provocado pela crescente desigualdade entre seus moradores N o h m gica tecnol gica vista capaz de resolver as dificuldades Os urbanistas apontam o planejamento como ant doto para o caos Os governos precisam apostar em parcerias com a iniciativa privada e a sociedade civil Ser necess rio coordenar a es locais e iniciativas conjuntas entre cidades de uma mesma regi o Caderno Especial Folha de S o Paulo p 1 02 5 1999 7 UFF 2000 2 Etapa coes o referencial pode ser realizada por meio de formas cujo lexema radical forne a instru o de sentido que represente uma interpret

Untitled - Pré Vestibular Social

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Untitled - Pr&eacute; Vestibular Social

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Untitled - Pré Vestibular Social