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DOC W Jose Paulo Zeetano Chahad

1. 35 2 7 1 Sal rio m nimo e finan as p blicas senta 35 2 7 2 Sal rio m nimo distribui o de renda e pobreza 36 2 7 3 Sal rio m nimo e transi es no mercado de trabalho 36 2 7 4 Sal rio m nimo e disparidades regionais e 36 2 8 Altera es na estrutura do mercado de trabalho n 37 2 9 Mercado de Trabalho Formal e as Formas At picas de Contrata o de TrA DA go Re TERRE UPA RP e RES a PRE ERED NRO RARE aaa aad AAEE AORA ETa nra EDER Rin 40 2 10 A distribui o de renda no Brasil assseesssseessrnessrnssrsrnesrrnnssnnnnsstnnnnnnnnnennnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn 43 Cap tulo 3 As caracter sticas e as mudan as recentes na regulamenta o do mercado de trabalho br sileio srein atna naan adia nan nadon AAAA naa aA taideta ta anas ta niir aa dadanan tanin 45 3 1 Um Sum rio Hist rico da Evolu o da Legisla o Trabalhista Brasileira 45 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 3 2 Tra os Principais das Rela es Individuais de Trabalho 50 3 3 Tra os Principais das Rela es Coletivas de Trabalho 54 3 4 As Implica es da Legisla o Trabalhista sobre as Rela es Individuais e Coletivas para os Custos do Trabalho rrenan 56 3 5 Regulamenta o no Mercado de Trabalho Flexibilidade e Seguran a de Emprego o
2. Por fim o Gr fico 2 15 revela que a maioria dos sindicatos tem uma postura de neutralidade com rela o utiliza o dessas modalidades at picas de contrata o mais flex vel de trabalho Isto verdade em praticamente todos os setores da atividade econ mica exceto na Constru o Civil onde a neutralidade baixa e a hostilidade alta relativamente aos demais setores da atividade econ mica GR FICO 2 15 nu BRASIL ATITUDE DO SINDICATO EM RELA O S FORMAS FLEX VEIS DE CONTRATA O SEGUNDO O SETOR DE ATIVIDADE ABRIL JUNHO 2001 Total L Agricultura C Civil Setores Servi os Com rcio Ind stria m Hostilidade E Neutralidade O Coopera o Fonte Chahad 20034 A conclus o final deste estudo estabeleceu que Como mensagem final deve ficar claro que em momento algum o texto procurou associar a flexibiliza o com a diminui o do desemprego no Brasil A constata o de que o trabalho flex vel examinada sob a tica de novos tipos de v nculos no mercado formal est disseminado no Brasil indica apenas que existe um percentual pequeno mas j significativo de empresas que fazem uso daquilo que a legisla o lhes permite que as modalidades especiais do contrato de trabalho como a jornada parcial o trabalho tempor rio as cooperativas etc em oposi o ao tradicional contrato p
3. 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 e Desemprego estimado Desemprego estimado com benef cio do SD 0 a Desemprego observado Fonte Chahad e Fernandes 2002 O principal resultado contudo revelado o gr fico 5 3 indica que o impacto negativo do SD esta sendo captado no caso brasileiro pela transi o para a inatividade Em 1997 a taxa de inatividade observada foi de 32 6 um valor maior do que a estimada na aus ncia de seguro desemprego a qual ficou em torno de 25 9 GR FICO 5 3 IMPACTO DO SEGURO DESEMPREGO SOBRE A TAXA DE INATIVIDADE N O CHEFES 504 45 40 35 4 30 4 25 4 20 4 15 r r r r r r r r r r r T 1 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 e inatividade observada s Inatividade estimada a Inatividade estimada com benef cio do SD 0 Fonte Chahad e Fernandes 2002 118 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A desagrega o das informa es assim como das estimativas segundo posi o dos indiv duos nas fam lias permitiu verificar que parte da explica o do impacto negativo do seguro sobre a inatividade decorre das consegii ncias do pagamento do benef cio sobre o comportamento dos n o chefes de fam lia De fato tomando se o ano de 1997 como refer ncia esta desagrega o permitiu verificar que a taxa de inatividade dos chefe
4. Este benef cio veio integrar definitivamente o sistema de prote o social aos trabalhadores brasileiros com a edi o do Decreto Lei 2 284 de 10 03 86 cujo objetivo central foi o de propor um plano de estabiliza o de pre os O desenho proposto contemplou os requisitos contidos nos programas existentes no cen rio internacional tendo por finalidade prover assist ncia tempor ria aos trabalhadores do setor privado involuntariamente desempregados O SD ganhou notoriedade incorporando se definitivamente ao sistema de prote o efetiva aos desempregados involunt rios atrav s da Lei 7 998 90 a qual regulamentou consolidando itens anteriores todas as proposi es Constitucionais exceto aquela referente ao custeio do programa decorrente da contribui o das empresas relativamente ao seu ndice de rotatividade par grafo quarto do artigo 239 da Constitui o Federal de 1988 Dentre seus m ritos esta Lei foi a que constituiu de fato um fundo aut nomo voltado para o financiamento do seguro desemprego o Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT de natureza cont bil e proveniente da arrecada o do PIS e do PASEP A legisla o que se seguiu at os dias atuais tomou regra geral a Lei 7 998 90 como referencial adaptando a e ou modificando seu conte do visando atender determinadas situa es espec ficas Em s ntese a legisla o ordin ria e complementar do SD reflete um grau crescente de liberaliza o quanto ao acesso
5. Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho consolida o do sistema de prote o trabalhista e social brasileira Em linhas gerais observam se os seguintes aspectos a Desde seu come o as rela es de trabalho no Brasil foram marcadas pela forte interven o do Estado com este desempenhando um papel central especialmente na quest o das negocia es coletivas com base no modelo corporativo italiano um tra o que at hoje permanece b Sempre houve um predom nio da prote o aos direitos individuais dos trabalhadores em detrimento dos direitos coletivos fazendo com que as negocia es coletivas no Brasil pouco se desenvolvessem mesmo porque este resultado fazia parte da ideologia do modelo implantado em 1930 c A legisla o trabalhista sempre foi relegada a um plano secund rio pela fraqueza dos chamados movimentos ascendentes Siissekind e outros 2002 onde as lutas sociais pressionam a sociedade e o governo a criarem sistemas de prote o ao mercado de trabalho de cima para baixo de maior durabilidade mais coesas e fortalecendo as institui es de defesa dos trabalhadores de forma mais permanente e d Como consegii ncia a cada momento da hist ria econ mica do Pa s a legisla o trabalhista e o funcionamento do mercado de trabalho tem obedecido aos ditames da pol tica econ mica como por exemplo a pol tica salarial p s movimento militar de 1964 a recupera
6. A rotatividade da m o de obra outro indicador da flexibilidade do mercado de trabalho Sua evolu o no caso brasileiro aparece no gr fico 2 8 desde 1999 Seu n vel considerado alto para os padr es internacionalmente conhecidos Gonzaga 2003 e Ramos e Carneiro 2002 Nota se que ap s ligeira queda at o ano 2002 a taxa de rotatividade total cresceu no mercado de trabalho brasileiro principalmente em setores onde predominam trabalhadores com baixa qualifica o de m o de obra como a Constru o Civil que possui um ciclo produtivo que naturalmente j favorece uma taxa mais alta de rotatividade do trabalho 32 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 2 8 BRASIL TAXA DE ROTATIVIDADE 1999 2006 Porcentagem 2 79 2 85 287 2 93 5 2 02 1 93 1 79 9 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total Ind Transf Const Civil Fonte Caged MTE Dezembro de cada ano 2 5 A Informalidade no Trabalho A informalidade no trabalho tem sido uma caracter stica distintiva do mercado de trabalho brasileiro Em termos hist ricos porque o setor informal foi e em parte continua sendo um recept culo dos exclu dos pela pobreza e marginalidade Hoje congrega tamb m parcela significativa de trabalhadores que nele se aloca voluntariamente para fugir da atual estrutura de encargos trabalhistas bem como de empresas q
7. Segundo Sposito e Carrano 2003 entretanto n o houve execu o financeira prevista nem realiza o das metas f sicas Assim o p blico alvo deste programa acabou por ser inserido no Programa Gera o de Emprego e Renda Proger o qual n o possui nenhum foco espec fico para o jovem b Pol ticas espec ficas para os jovens Programa capacita o Solid ria O Programa Capacita o Solid ria foi implementado pela Presid ncia da Rep blica em 1996 voltado para jovens de 16 a 21 anos de fam lias de baixa renda residentes das regi es metropolitanas Seu objetivo era capacitar profissionalmente os jovens com baixo n vel de escolaridade para combater o 73 http www educacaoeparticipacao org br modules news index php storytopic 7 em 22 10 2007 156 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho desemprego juvenil Buscava tamb m mobilizar as organiza es da sociedade civil j que estas promoviam cursos para capacita o os quais eram selecionados e financiados pelo programa c Pol ticas espec ficas para os jovens Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego para Jovens O Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego para Jovens PNPE foi implementado em outubro de 2003 com a lei 10 748 com objetivo de contribuir com a gera o de oportunidades de trabalho para os jovens de 16 a 24 anos com renda familiar per capita de at meio sal rio m nimo sem e
8. a mudan a na distribui o et ria do pa s altera o perfil das pol ticas sociais tornando necess rio elaborar estrat gias e implementar benef cios servi os programas e projetos relacionados promo o dos direitos humanos dos idosos Em 1994 foi estabelecida no Brasil a Pol tica Nacional do Idoso PND por meio da lei no 8 842 ap s press o da sociedade civil que contou com a participa o de idosos ativos aposentados professores universit rios e v rios especialistas nas reas de geriatria gerontologia e afins A Pol tica Nacional do Idoso tem como principal finalidade a cria o de condi es para promover a longevidade do ser humano com qualidade de vida Segundo Mendon a 1999 a PNI come ou a ocorrer de forma mais efetiva a partir de 1996 A participa o das organiza es governamentais e n o governamentais como Universidades Minist rios Conselhos e F runs do Idoso Pastoral entre outras foram fundamentais na conquista e nos avan os alcan ados pela PNI Mendon a 1999 ainda afirma que a PNI pol tica p blica j al m do Estado pois a sociedade tamb m possui responsabilidade e poder de decis o Em 1997 foi lan ado o Plano de A o Governamental para Integra o da Pol tica Nacional do Idoso com o objetivo de promover a es setoriais integradas de forma a viabilizar sua implementa o Este Plano de A o foi composto por nove rg os o Minist rio da Previd ncia e Assist nc
9. es coletivas ou arbitradas pela Justi a do Trabalho Al m disso os valores do reajuste foram padronizados pelo modelo oficialmente determinado tendo em vista manter o equil brio econ mico pretendido pelo governo No campo do emprego optou se por um mecanismo de m ltiplas facetas por meio da institui o pela Lei 5 107 de 1966 do Fundo de Garantia do Tempo de Servi o FGTS Ao mesmo tempo a estabilidade no trabalho virou uma op o agilizou se o mercado de trabalho com um espetacular aumento da rotatividade da m o de obra o que provocou um novo mecanismo de controle dos custos salariais das empresas criou se uma grande fonte de poupan a nacional canalizada para o setor habitacional em si um absorvedor nato de m o de obra pouco qualificada aquela mais dispon vel no pa s Agora vivendo num regime pol tico de exce o parece ter havido novamente uma prolifera o da legisla o tentando regulamentar as rela es de trabalho e disciplinar o mercado de trabalho por meio de normas Em fase de febre legiferante a chamada institucionaliza o por interm dio de leis decretos leis e decretos nunca se sabia quando se estava no come o no meio ou no fim do processo legislativo Como na poca do governo discricion rio getuliano leis eram feitas hoje para serem alteradas amanh no todo ou em parte ou num simples par grafo com a colabora o ou n o do Congresso Nacional n o raro em recesso decretado pelo Exec
10. es de emprego e do ndice de flexibilidade para demitir Outra quest o relevante saber o grau de prote o que a legisla o trabalhista confere ao trabalhador brasileiro que est empregado ou seja qual o n vel de prote o social que recebe enquanto encontra se com v nculo empregat cio com uma empresa do setor formal Ou seja a legisla o brasileira protege muito ou pouco o trabalhador enquanto ele esta vinculado a uma empresa A resposta muito Botero e outros 2003 examinaram as leis trabalhistas de 85 pa ses e constru ram indicadores para medir o grau de prote o da regulamenta o do trabalho sob tr s ticas 1 legisla o do emprego ii legisla o das rela es coletivas e iii leis da seguridade social O ndice de legisla o da prote o ao emprego se compunha de outros tr s indicadores a saber ndice de contratos alternativos de emprego ndice das condi es de emprego e ndice de seguran a no trabalho 62 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Finalmente destaca se que cada ndice varia entre zero nenhuma ou pouca seguran a e hum alta seguran a recall that all variables are coded so higher values mean more protection regulation Botero e outros 2003 p gina 16 A Tabela 3 6 traz os resultados obtidos segundo esta desagrega o a seguir comentados Com rela o ao ndice de contratos alternativos de emprego
11. o Federal de 1988 que trata da liberdade de associa o profissional ou sindical enquanto que a CLT trata da organiza o sindical dos conflitos coletivos de trabalho e das diversas formas de solu o desses conflitos cuidando ainda da representa o dos trabalhadores nas empresas al m de regulamentar a greve vedar o lockout bem como disciplinar outras formas de solu o dos conflitos coletivos de trabalho entre outros A seguir ser o expostos os pontos principais das rela es coletivas de trabalho no Brasil Estrutura da organiza o sindical O sindicato uma pessoa jur dica de natureza coletiva destinada a representar interesses de um grupo na esfera das rela es trabalhistas No caso brasileiro este grupo denominado categoria profissional Quando se fala em categoria econ mica para referir se a sindicato de empregadores As prerrogativas das organiza es sindicais est o previstas nos artigos 511 a 513 da CLT dentre as quais encontram se as fun es de a representar os interesses gerais da categoria b celebrar conven es coletivas c eleger representantes da respectiva categoria d colaborar com o Estado e e impor contribui es aos associados A CLT prev os deveres do sindicato que versam sobre a colabora o deste com o poder p blico a obrigatoriedade em manter assist ncia jur dica para seus associados a promo o de concilia o nos diss dios bem como em manter um assistente so
12. o ao artigo 618 da CLT fazendo prevalecer o negociado sobre o legislado ressalvado os direitos constitucionais m nimos e as normas de medicina e seguran a do trabalho Embora em sua fase de elabora o e envio ao Congresso Nacional o Projeto de Lei tenha contado com a simpatia e o apoio de algumas Centrais Sindicais alinhadas com o chamado sindicalismo de resultados como a For a Sindical e a Social Democracia Sindical com a chegada ao poder dos trabalhadores pelo Partido dos Trabalhadores os interesses parecem ter se modificado e as posi es das grandes organiza es sindicais convergiram para sua retirada pois passaram a entend lo como nocivo aos direitos trabalhistas j adquiridos Oliveira 2004 p gina 16 assim coloca essa posi o Com rela o s Centrais Sindicais h percep es diferenciadas sobre o tema da flexibiliza o Quando o governo solicitou a retirada do Congresso do Projeto de Lei 5 483 a CUT assim se posicionou N o somos contra as reformas da CLT Somos contra o projeto que esta no Senado e contra a flexibiliza o de direitos hist ricos como o 13 Sal rio licen a maternidade por exemplo A For a Sindical por sua vez apesar de ter apoiado a iniciativa do governo FHC disse n o ser contra o engavetamento do projeto de lei Nas palavras de seu presidente Paulinho se for para reformular estamos de acordo mas o projeto como esta n o prejudica nenhum trabalhador A
13. o mais eficiente do aparelho fiscalizador do Estado e e novas modalidades especiais de contrata o previstas na legisla o trabalhista Deve se notar ainda que o ajuste produtivo ocorrido nos anos de 1990 incidiu fortemente na Ind stria de Transforma o setor secund rio que experimentou substancial perda de empregos assim como boa parte da recupera o que se sucede ap s 1999 tamb m se deve expans o do Alguns estudos tem sido elaborados procurando entender melhor este fen meno relativamente recente no mercado de trabalho brasileiro Entre eles temos Chahad e Macedo 2003b Chahad 2006b Baltar Krein e Moreto 2006 Costanzi e Ribeiro 2007 e Cardoso Jr 2007 27 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho emprego formal neste setor de atividade econ mica J o setor terci rio tem apresentado continuo crescimento do emprego formal ainda que tivesse tamb m sofrido com as restri es impostas pelos novos processos produtivos decorrentes das transforma es tecnol gicas trazidas pela intensa globaliza o no final dos anos 1990 Observando se a desagrega o dos dados importante ressaltar que a recupera o do emprego formal assalariado ocorre tanto para homens quanto para mulheres conforme mostra o gr fico 2 4 abaixo GR FICO 2 4 g EMPREGADOS COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA SEGUNDO GENERO 1992 2005 170 1992 100 0 157 7
14. 105 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Constitui o de 1967 e da Emenda Constitucional n 1 de 1969 o SD passou categoria de modalidade expressa da Previd ncia Social brasileira no Titulo II Da Ordem Econ mica e Social A consolida o do SD como mat ria indispens vel de amparo e assist ncia aos trabalhadores surgiu na Constitui o de 1988 Ele aparece explicitamente no item II do artigo 7 dos Direitos Sociais o qual integra o T tulo H Dos Direitos e Garantias Fundamentais Por excesso de zelo aparece novamente no T tulo VIII Da Ordem Social Cap tulo II Da Seguridade Social Se o IMI Da Previd ncia Social artigo 201 como integrante dos planos de Previd ncia Social A Constitui o de 1988 avan ou bastante na defini o das fontes de financiamento do programa de SD No T tulo IX Das Disposi es Constitucionais Gerais em seu artigo 239 toda a arrecada o do PIS PASEP passou a partir da promulga o da Constitui o e nos termos que a Lei vier a dispor a financiar o abono salarial e a totalidade dos gastos do SD Al m disso o par grafo quarto deste artigo buscou refor ar a fonte de recursos do programa estabelecendo na forma a ser definida por Lei complementar que o fundo de SD deveria receber contribui o adicional proveniente da empresa cujo ndice de rotatividade superar o ndice m dio do setor
15. 18 t lia Pol nia Sui a bd h gt 16 4 ustria Su cia m a qu m Gr cia gt Fran a Alemanha S 12 4 Espanha Brasil Holanda B lgica am E 10 4 Portugal o 8 Nova Zel ndia Jap o 84 Turquia eP 3 Canad i h EUA 8 q 61 Austr lia o Irlanda 4 M xico Cor ia hd 2 4 0 T T r T 1 0 5 10 15 20 25 30 da popula o com idade superior a 60 anos Fonte Pinheiro 2004 p 264 4 7 O acesso do trabalhador ao sistema de Sa de no Brasil No Brasil at recentemente a sa de era um benef cio previdenci rio um servi o comprado na forma de assist ncia m dica ou uma a o de miseric rdia oferecida parcela da popula o que n o tinha acesso previd ncia ou recursos para pagar assist ncia privada Esse quadro come ou a se modificar em 1986 durante a VIII Confer ncia Nacional de Sa de quando se lan ou a semente para um novo sistema p blico de sa de em fun o de um conjunto de trabalhos t cnicos desenvolvidos no mbito da Comiss o Nacional de Reforma Sanit ria realizados por acad micos ligados sa de p blica e por profissionais da sa de e de setores da sociedade Fruto deste esfor o em 1988 a Constitui o Federal brasileira incorporou em seu artigo 196 o Sistema nico de Sa de SUS vigente at os dias atuais com a premissa de que a sa de um direito do cidad o e um dever do Estado Este sistema prev ent o cobertura universal e
16. Aprovado pelo Senado Federal em 29 11 2007 Propunha a altera o do artigo 618 da CLT determinado a prevalencia do negociado sobre o legislado quando as partes interessadas assim quisessem N o podiam ser negociadas a dispositivos constitucionais b leis complementares c direitos previdenci rios d normas tribut rias e FGTS f vale transporte g o programa de alimenta o do trabalhador h normas de sa de e seguran a i normas do directo p blico e do direito penal j conven es internacionais retificadas pelo Brasil k a organiza o sindical e e as senten as da Justi a do Trabalho Emenda n 3 Lei 10 593 2002 No exerc cio das atribui es da autori dade fiscal a desconsidera o da pessoa ato ou neg cio jur dico que implique em reconhecimento da rela o de trabalho com ou sem v nculo empregat cio dever ser sempre precedida da decis o judicial Compete Justi a do Trabalho e n o ao fiscal do trabalho dizer se h ou n o v nculo empregat cio entre uma empresa e uma outra empresa de uma pessoa s Reconhecimento das grandes centrais sindicais na estrutura das organi za es sindicais brasileira Extin o da Constitui o Sindical Compuls ria com forma de financiamento dos dindicatos no Brasil Toda institui o sindical deve prestar contas anuais ao Tribunal de Contas da Uni o TCU Fortemente contr rios ao Projeto de Lei e Revoga o dos di
17. Observando se o gr fico 4 5 fica patente a grande concentra o do valor dos benef cios pagos no RGPS 65 7 dos segurados recebiam ben ficos no valor de at um sal rio m nimo e 78 6 recebiam benef cios cujo valor n o excedia a dois sal rios m nimo Ainda que tenha impacto na redu o da pobreza absoluta a distribui o dos benef cios dentro do RGPS em certo sentido pior do que a distribui o de renda do pa s 28 a 411 a a Aba aan Sob a tica das finan as p blicas esta concentra o dos benef cios em torno do sal rio m nimo causa forte impacto no equil brio das contas publicas por ocasi o dos reajustes salariais do sal rio m nimo 87 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 4 5 DISTRIBUI O DOS BENEF CIOS EMITIDOS SEGUNDO FAIXAS DE SAL RIO M NIMO DEZ 2005 Porcentagem 0 2 000 4 000 6 000 8000 10 0000 12 000 14 000 16 000 Fonte Informe de Previd ncia Social Volume 18 n 01 janeiro de 2006 Origem dos dados Fluxo de Caixa do INSS Elabora o SPS MPS 4 5 Previd ncia Social e Mercado de Trabalho Embora esta uma rela o que envolve alguma complexidade para entend la em toda sua dimens o algumas rela es de causalidades podem ser inferidas dos dados Aqui ser o destacadas duas x A primeira diz respeito queda no n mero de contribuintes potenciais dos ocupados conforme revela a t
18. dura o da jornada de trabalho Isso significa que no caso brasileiro h uma forte predomin ncia da regulamenta o feita pelas leis isto uma regula o legislada em oposi o a uma regula o realizada por meio de clausulas negociadas isto uma regula o negociada No Brasil ainda persiste uma forte predomin ncia do Direito Individual sobre o Direito Coletivo nas rela es de trabalho Enquanto os direitos trabalhistas individuais est o inscritos na Constitui o Federal a natureza do contrato de trabalho as formas de adequa o da jornada de trabalho os aspectos relativos remunera o e aos sal rios os crit rios de dispensa e as indeniza es devidas ao trabalhador as modalidades de contrata o como trabalho parcial o trabalho tempor rio e a terceiriza o al m de outros aspectos que definem as rela es individuais de trabalho s o legislados pela CLT Esta Consolida o define aquilo que se pode denominar de contrato padr o do trabalhador no mercado de trabalho brasileiro uma vez que ele predomina sobre os demais tipos de contrato Em 2006 de acordo com as estat sticas da Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS contidas na tabela 3 1 cerca de 26 milh es de trabalhadores possu am sua carteira de trabalho assinada o que significa portanto que desfrutavam da prote o da CLT uma vez que esta assinatura do empregador na carteira que define quem possui o contrato de trabalho tradiciona
19. o de trabalhadores que s o o FGTS e o seguro desemprego Camargo 2004 p gina 345 A defesa das reformas trabalhista e sindical aparece tamb m em Godoy 2005 para quem a CLT se tornou completamente obsoleta para regular as rela es de emprego no mundo moderno Enquanto a CLT se pauta pelo Estado na o intervencionismo protecionismo remunera o fixa emprego fixo e rigidez o mundo moderno revela outra realidade sendo globalizado liberal competitivo de remunera o vari vel com v rias modalidades de contrata o e flex vel Este confronto de realidades n o produz outra coisa a n o ser crise ou falta de prote o social desemprego aberto rotatividade informalidade e baixa qualidade da for a de trabalho O clamor por uma reforma da legisla o trabalhista n o outra coisa sen o o chamado por uma resposta a essa crise Godoy 2005 p gina 118 Em decorr ncia do seu diagnostico sua recomenda o sobre o conte do das mudan as na regula o das rela es de emprego diz que Vimos que essa reforma dever abranger basicamente a flexibilidade do trabalho ou do mercado de trabalho ou seja o grau de liberdade para as aven as fora dos padr es normais ou regulares de contrata o e a flexibilidade de gest o ou do empregador quer dizer a possibilidade e ou a capacidade da organiza o para dispor de seus recursos inclusive humanos a fim de ajustar se s mudan as tecnol gicas instit
20. o econ mica p s recess o de 1983 o Plano Cruzado em 1986 o combate a hiperinfla o no in cio dos anos 1990 a estabiliza o de pre os com o plano Real em 1994 e a desregulamenta o do mercado de trabalho para enfrentar a globaliza o no final do S culo XX e in cio do S culo XXI De qualquer forma a legisla o trabalhista brasileira parece sempre ter caminhado no sentido de consolidar a interfer ncia do Estado na prote o das garantias do direito individual dos trabalhadores e apenas recentemente tentou voltar se para estimular a primazia das negocia es coletivas A realidade a de um mercado de trabalho aparentemente muito bem protegido onde tudo garantido por lei podendo somente ser negociado o sal rio a participa o nos lucros e resultados e a jornada de trabalho sob certas condi es O principal resultado que O que se tem no Brasil um aparente paradoxo a legisla o r gida e o mercado de trabalho flex vel A rigidez da legisla o refletida pela impossibilidade de se negociar a maioria dos direitos individuais que garantem as prote es aos trabalhadores Essa negocia o esta impedida mesmo que as partes considerem de utilidade trocar um benef cio garantido pela lei por outro benef cio mais vantajoso garantido pela negocia o Pastore 2005a p gina 25 Face ao exposto como podemos aferir a rigidez e o grau de prote o conferida pela regulamenta o do mercado de
21. 160 150 4 140 4 130 4 131 4 120 4 F 125 6 1089 109 5 110 4 oso 1084 i ti 116 9 100 0 ppa El 113 3 100 0 a 110 4 100 4 g a ne 99 5 101 0 999 100 9 097 E 90 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Homem s Mulher Fonte Pnad IBGE Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada Quando se considera a evolu o do pessoal ocupado segundo o n vel de escolaridade verifica se que os trabalhadores menos instru dos t m perdido sistematicamente posi o relativa entre os empregados conforme revela o gr fico 2 5 De fato entre 1992 e 2005 os ocupados sem instru o ou com menos de um ano de estudo viram decrescer seu n vel de emprego em 20 5 e aqueles possuindo entre 1 e 3 anos de estudos tiveram uma queda de 29 0 em seu n vel de ocupa o Em contrapartida para os demais n veis de escolaridade quanto maior o n mero de anos de estudo maior o ndice de crescimento do n vel de emprego 28 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 2 5 PESSOAS OCUPADAS POR GRUPOS DE ANOS DE ESTUDO 1992 2005 1992 100 0 300 256 5 250 4 200 4 F 68 0 150 4 E cab 124 4 117 7 105 3 54 8 106 2 109 1 107 4 110 3 11153 a aji A 820 775 79 2 79 5 ns 72 3 70 3 724 71 0 50 r r r r r r r 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 e
22. 2001 Yannoulas 2002 que em rela o ao p blico feminino as maiores dificuldades no mercado de trabalho encontram se na segrega o de g nero para acesso a postos de trabalho condi es de trabalho dificuldade de ascens o e na concentra o de poder em cargos de mando e de sal rios mais elevados no universo masculino A quest o do g nero segundo Kon s come ou a ganhar esfor os para ado o e implementa o de pol ticas a partir da d cada de 1990 Essas desigualdades de g nero no mercado de trabalho ocorrem devido a fatores hist ricos e culturais j que sempre coube aos homens o papel de provedor da fam lia e as mulheres as tarefas dom sticas e de cuidado familiar Abramo 2004 H uma concord ncia entre diversos autores Abramo 2004 vila 2007 Silva 2007 Kon 2001 que at os dias atuais as mulheres se dividem entre duas jornadas de trabalho trabalham no mercado e tamb m em casa o que prejudica sua entrada do mercado de trabalho pois discriminada por sua restri o hor ria al m de ainda ser muitas vezes considerada apenas como elemento complementar ao or amento familiar Devido a essa imagem estereotipada de que a mulher a cuidadora no pr prio mercado de trabalho existe uma segrega o baseada em g nero na qual as mulheres ocupam os postos de trabalho voltados a cuidados e carinho em setores como a sa de educa o trabalho dom stico etc Yannoulas 2002 Abramo 2004 Segundo
23. 80 75 6 695 ra 54 3 53 3 60 e a88 agg 8 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 s 15 a 17 anos 50 a 59 anos a 60 anos ou mais Fonte IBGE Pnad Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada 2 4 A Evolu o do Desemprego e da Rotatividade do Trabalho O gr fico 2 7 traz a evolu o do desemprego aberto brasileiro desde 1992 para o total do pa s e para as principais regi es metropolitanas Com rela o ao pa s como um todo existem dois diferentes padr es de comportamento especialmente a partir da estabiliza o de pre os trazida pelo plano Real O primeiro revela um forte crescimento da taxa de desemprego at 1999 Isto se deveu s sucessivas crises vividas pelo pa s para se ajustar s novas regras monet rias mas principalmente s frequentes crises advindas do front externo crise russa crise mexicana crise asi tica etc O segundo padr o observado entre 2000 e 2006 com a taxa oscilando de forma est vel entre 9 0 e 9 5 30 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho E GR FICO 2 7 BRASIL EVOLU O DAS TAXAS DE DESEMPREGO 1992 2006 Porcentagem 98 Regi es metropolitanas fe At Brasil g4 2 89 PESA cade Longo prazo no 48 51 49 46 44 0 T T T T r r r r r r r r r 1 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 e Taxa
24. Institui es financieras oficiais BB CEF BNB BASA BNDES CODEFAT Conselho tripartite e parit rio CODEFAT Conselho tripartite e parit rio Comiss es Estaduais e Municipais de Emprego CODEFAT Conselho tripartite e parit rio Comiss es de Emprego 123 contin a CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 6 1 conclus o Nome Ano do rea de atua o Descri o das Agentes executores Esferas de in cio atividades participa o social Programa Primeiro Primeiro emprego para Promo o do ingresso ONGs Conselho Consultivo Emprego 2003 popula o jovem do trabalhador jovem no do Programa Primeiro mundo do trabalho por Emprego meio de qualifica o profissional est mulo financeiro s empresas contratantes parceiros para contrata o de aprendizes e apoio constitui o de empreendimentos coletivos para jovens Economia Solid ria Fomento economia Apoio forma o e ONGs Conselho Consultivo 2003 solid ria divulga o de redes de do Programa Economia empreendimentos Solid ria solid rios pelo fomento direto mapeamento direto mapeamento das experi ncias e constitui o dos incubadores Fontes Chahad 2006a Ipea 2006a e Ipea 2007 Diversas s o as raz es para este surgimento tardio das pol ticas ativas no cen rio do mercado de trabalho brasileiro Parte dessa demora pode ser atribu da ao sentime
25. Lei 8 112 1990 EC n 19 1998 CLT DL 5 452 1943 Lei 9 962 2000 CLT DL 5 452 1943 Lei 8 112 1990 Fonte Elabora o do autor com base na bibliografia jur dica consultada SOJI9 OJM p sousun oq U91090 TV dHO OY egen ap Oped ou spepifiquxo CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 4 A Seguridade Social brasileira Abordam se neste cap tulo os principais aspectos referentes ao sistema de Seguridade Social brasileira revelando suas linhas principais sua organiza o e estrutura b sica algumas das principais estat sticas mostrando sua evolu o alguns elementos que a relacionam ao mercado de trabalho assim como seu impacto sobre a pobreza Examinam se tamb m as mudan as recentes na principal rea da Seguridade Social brasileira a Previd ncia Social e suas poss veis consegii ncias sobre a prote o social da for a de trabalho brasileira 4 1 A Presen a dos Elementos do Modelo Flexicurity na Seguridade Social Brasileira Sem que se adentre para qualquer an lise de m rito abrang ncia ou de compara o entre modelos de bem estar social poss vel identificar que alguns dos elementos do modelo de dinamarqu s est o presentes no desenho da Seguridade Social brasileira As tr s grandes reas que comp em a Seguridade Sa de Previd ncia e Assist ncia Social j representam reas que se complementam na prote o social a
26. NCIA SOCIAL MPS 2003 Por Que Mudar a Previd ncia Social resumo com gr ficos Bras lia Mar o MINIST RIO DA SA DE 2007 Dispon vel em www sa de gov br Acesso em 31 10 2007 MINIST RO DO TRABALHO E ADMINISTRA O MTA 1992 Programa de Seguro Desemprego Sistema Nacional de Valoriza o de Recursos Humanos Secretaria Nacional do Trabalho mimeo setembro Bras lia MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2006a Relat rio de Gest o 2005 Secretaria de Pol ticas P blicas de Emprego Bras lia Mar o MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2006b Relat rio de Atividades 2002 2005 Departamento de Emprego e Sal rio Bras lia Novembro MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2006c Sistema P blico de Emprego Trabalho e Renda ingressando no s culo 21 MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2005a II Congresso Nacional Sistema P blico de Emprego Trabalho e Renda MTE CODEFAT FONSET S o Paulo MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2005b Plano Nacional de Qualifica o PNQ PlanTEQs 2003 e 2004 Indicadores de Desempenho Departamento de Qualifica o Bras lia Junho MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2005c Reforma Sindical Proposta de Emenda Constitui o PEC 369 05 Anteprojeto de Lei F rum Nacional do Trabalho Espa o de Di logo e Negocia o Bras lia MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO 2003 Plano Nacional de Qualifica o PNQ Resolu o n 333 CODEFAT Bras lia J
27. No Brasil a Constitui o Federal de 1988 determina no inciso XXIV do artigo 21 que compete Federa o organizar manter e executar a inspe o do trabalho Essa inspe o assim privativa dos agentes federais a menos que haja conv nios entre o Governo Federal e uma determinada unidade da Federa o para que isso possa ocorrer A responsabilidade da fiscaliza o do Minist rio do Trabalho 21 e Emprego sob a coordena o da Secretaria de Inspe o do Trabalho A organiza o interna dos agentes da fiscaliza o do trabalho compreende 1 auditores fiscais do trabalho nas seguintes reas de especializa o a legisla o do trabalho b seguran a do 21 pas ado E A fiscaliza o do trabalho no Brasil j se encontrava alinhada aos padr es internacionais pois o Decreto Legislativo no 24 56 havia aprovado a ades o Conven o no 81 da OIT sobre inspe o do trabalho 69 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho trabalho c sa de no trabalho e 2 agentes de higiene e seguran a do trabalho em fun es auxiliares de inspe o do trabalho Eles s o respons veis tanto pela verifica o de todas as normas de prote o ao trabalhador ou ent o executam apenas tarefas espec ficas e determinadas O inspetor ou fiscal do trabalho deve identificar se mas tem livre acesso s depend ncias da empresa As entidades si
28. O modelo dinamarqu s de mercado de trabalho Flexicurity tem recebido muita aten o no cen rio internacional notadamente a partir de meados da d cada de 1990 O motivo mais evidente refere se ao comportamento da taxa de desemprego aberto Desde o in cio daquela d cada a taxa caiu de aproximadamente 12 0 para cerca de 4 0 em 2006 seu n vel mais baixo desde 1975 Tem sido observado ainda mudan as positivas no desemprego estrutural e melhorias no desemprego de longo prazo bem como uma eleva o significativa na taxa de emprego Madsen 2003 Al m disso o desemprego dinamarqu s tem se mantido sistematicamente abaixo da m dia para os demais pa ses europeus conforme indica o gr fico 1 1 Este resultado tem sido obtido sem a ocorr ncia de d ficits permanentes na Balan a de Pagamentos e sem grandes amea as estabilidade de pre os e sal rios da Dinamarca A fus o dos termos Flexibility e Security resultou no termo Flexicurity cuja compreens o em l ngua inglesa f cil e imediata Na l ngua portuguesa contudo a tradu o n o seria apenas um termo palavra mas sim uma express o Flexibilidade com Seguran a tamb m de compreens o imediata pelo leitor Ocorre que usar esta express o tornaria o texto muito cansativo ao leitor raz o pela qual usaremos o termo ingl s Flexicurity como indicativo do modelo dinamarqu s do mercado de trabalho quando for o caso 11 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos
29. Obrigat rio nacional p blico subs dios sociais Obrigat rio p blico n veis federd estadual Obrigat rio p blico n vel federal benef cio Optativa administrada por fundos de pens o abertos benef cio definido teto de e municipal benef cio definido ltima oufechados R 2508 72 Admite Fundo definido Admite Fundo remunera o Legisla o B sica de Previd ncia Previd ncia Legisla o B sica Art 202 CFA988 Complementar Legisla o Complementar Art 40 ef 1988 Art 40 CF 1988 B sica Legisla o B sica EC 41 2003 Lei Complementar Art 201 efA988 Art 40 ef 1988 EC 47 2005 109 2001 EC 20 1998 EC 41 2003 Lei 8 112 90 Lei Complementar Lei 8 212 91 EC 47 2005 La 9 717 98 108 2001 Lei8 213 91 Lei 8112 90 EC 20 1998 Decreto 3 048 l1 Lei 9 717 98 EC 20 1998 Fiscalizado pelo MPS fundos fechados e pelo MF fundos abertos Administrado pelos respectivos governos Administrado pdo Administrado pelo INSS govemo federal REPARTI O SIMPLES REPARTI O SIMPLES CAPITALIZA O CAPITALIZA O EM ALGUNS ESTADOS E MUNIC PIOS Fonte Informe de Previd ncia Social Volume 16 n 08 agosto de 2004 4 2 1 O Regime Geral de Previd ncia Social RGPS O RGPS representa o pilar central do sistema de bem estar social brasileiro sendo destinado aos trabalhadores do setor privado funcionando no sistema de reparti o simples Sua administra o p
30. US 253 Benef cios pagos Modalidades em 1 000 hab Previdenci rios 20 375 85 0 Acident rios 736 3 1 Assistenciais 2 850 11 9 23 961 Benef cios pagos Regi es 2005 em 1 000 hab Urbana 14 030 58 6 Rural 7130 29 8 Assistencial 2790 11 7 23 950 Categorias de contribuintes em 1 000 hab Empregados 26 576 79 1 Contribuinte individual 5145 15 3 Trabalhador dom stico 1 396 4 2 Outros 487 1 5 33 604 Fontes Boletim Estat stico da Previd ncia Social Volume 12 n 09 setembro de 2007 Informe de Previd ncia Social Volume 19 n 07 julho de 2007 Informe de Previd ncia Social Volume 18 n 01 janeiro de 2006 O perfil destes contribuintes pode ser observado na tabela 4 2 notando se contudo que o n mero de contribuintes vem caindo com rela o ao total de ocupados no mercado de trabalho Esta tabela mostra tamb m que a contribui o esta fortemente correlacionada posi o na ocupa o pois os trabalhadores com carteira de trabalho assinada pelo empregador devem por lei contribuir necessariamente para a Previd ncia Social Verifica se ainda que existe uma correla o positiva entre a contribui o e o n vel de escolaridade do trabalhador Al m disso observa se que a diferen a se ampliou ao longo do tempo uma vez que o grau de contribui o diminuiu muito mais para os pouco educados 78 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 4 2 BRASIL
31. bem como de sua capacidade de implementar reformas Em particular este autor acredita que dado que o modelo dinamarqu s incorpora a cultura e tradi o do Welfare State do tipo escandinavo estes pa ses teriam maior sucesso em adot lo do que por exemplo os pa ses do sul da Europa ou mesmo os Anglo Sax es Para na es como a Inglaterra onde a prote o ao emprego j baixa a li o a ser utilizada visando aumentar a seguran a no emprego na forma de fortalecimento das pol ticas ativas de emprego e amplia o do sistema de treinamento vocacional 1 5 2 Elementos do triangulo dourado devem complementar se Para que o modelo opere pr ximo de sua plenitude preciso que a flexibilidade no mercado de trabalho a generosidade do Welfare State e a solidez das pol ticas ativas sejam entendidas como a es complementares Al m disso deve haver um relativo equil brio no funcionamento desses tr s elementos sob pena de n o se garantir que a alta flexibilidade se transforme em baixo n vel de desemprego e alta taxa de ocupa o Manter os tr s elementos do modelo de Flexicurity igualmente fortes e em constante situa o de equil brio um importante pr requisito para assegurar a exist ncia de um mercado de trabalho com alta mobilidade baixo n vel de desemprego e alta taxa de participa o Consegiientemente pa ses onde o desenvolvimento desses elementos encontra se em desequil brio ou ent o n o se dese
32. blicas de Trabalho Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Opini o dos Atores Ipea MTE Novembro OECD 2007 Employment Outlook 2007 Paris 210 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho OECD 2004 Employment Outlook 2004 Paris OLIVEIRA A M H C 2002 Acumulando Informa es e Estudando Mudan as ao Longo do Tempo An lises Longitudinais do Mercado de Trabalho Brasileiro UFMG Cedeplar Minas Gerais OLIVEIRA M H B OLIVEIRA L S B RIBEIRO F S N e VASCONCELLOS L C F 1997 An lise comparativa dos dispositivos de sa de do trabalhador nas constitui es estaduais brasileiras Cadernos de Sa de P blica v 13 n 13 Rio de Janeiro jul set OLIVEIRA R V 2004 A Reforma Trabalhista e Sindical e os Desafios Atuais da Concerta o Social Brasil VIII Congresso Luso Afro Brasileiro de Ci ncias Sociais Coimbra Setembro PAIVA L H 2006 O Dilema do Financiamento Or ament rio das Pol ticas P blicas de Emprego Boletim Mercado de Trabalho n 30 Ipea Maio PAIVA L H PASSOS A F e ANSILIERO G 2005 Impactos da Previd ncia Social Sobre a Pobreza Informe de Previd ncia Social volume 17 n mero 03 Mar o Bras lia PASSOS A F ANSILIERO G e PAIVA L H 2005 Mercado de Trabalho Evolu o Recente e Perspectivas Boletim Mercado de Trabalho n 26 Ipea Fevereiro PASSOS A F e COSTANZI R N 2002a Proger Urbano um
33. blico c inclus o sindical dos trabalhadores terceirizados d direito organiza o dos trabalhadores no local de trabalho n o s nas grandes empresas mas sim nas empresas e definida na legisla o e medidas contra praticas anti sindicais durante a greve f ultratividade do contrato nacional de trabalho g estabilidade no emprego de dirigente sindical h substitui o processual onde podem representar legalmente todos os trabalhadores de uma categoria econ mica sejam ou n o filiados ao sindicato mesmo que n o tenham sido chamados para isso e 1 ratifica o da Conven o n 158 da OTT A reforma sindical dos trabalhadores brasileiros inclui ainda a defesa dos direitos trabalhistas inscritos no artigo 7 da Constitui o Federal de 1988 por eles consideradas clausulas p treas e 83 Para alguns juristas do trabalho esta ambigiiidade entre unicidade sindical monop lio e possibilidade de op o ilus ria como um novo modelo de organiza o sindical Outro ponto importante diz respeito sobreviv ncia do monop lio de representa o para os sindicatos existentes at as v speras da nova lei Embora a proposta fale em op o pouco prov vel que as assembl ias escolham a pluralidade Ser mais ou menos como a antiga op o pelo FGTS Viana 2004 p gina 81 170 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho portanto n o negoci veis Ou seja
34. crescimento da infla o e o setor externo brasileiro o que levou posterga o de pol ticas p blicas mais efetivas voltadas para o mercado de trabalho No in cio da d cada de 1990 buscou se implantar como vimos um Sistema P blico de Emprego para que se pudesse implementar no Brasil programas e a es de trabalho e renda baseados em modelos j existentes em pa ses desenvolvidos Por m os programas ent o realizados acabaram por n o se articularem e suas atua es se tornaram pontuais Assim a escassez de pol ticas espec ficas para grupos mais vulner veis e a falta de articula o entre aquelas a es existentes com as demais pol ticas ativas tem contribu do para persist ncia do desemprego aberto Ademais esse desemprego ocorre n o s devido insufici ncia de postos de trabalho mas sim devido incompatibilidade entre o perfil da oferta de trabalho e os requisitos exigidos pela demanda de trabalho 6 8 1 Pol ticas P blicas de Trabalho e Renda para o G nero Feminino a Desigualdades de g nero no mercado de trabalho e necessidade de a es governamentais As desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda uma realidade mundial As diferen as entre homens e mulheres transformadas em desigualdades um tema em pauta na sociedade atual que prega maior equil brio igualdade e justi a na busca do bem estar social e individual Parece ser consenso entre os autores Abramo 2004 Kon
35. de seus objetivos modernizar as institui es de regula o do mercado de trabalho particularmente a Justi a do Trabalho assim como do MTE bem como se voltar para o estimulo permanente do tripartismo e do di logo construtivo entre os atores sociais visando assegurar a justi a social no mbito trabalhista da solu o dos conflitos e nas garantias sindicais Concretamente sua miss o principal seria a de empreender uma reforma trabalhista e uma reforma sindical mas somente esta ltima foi objeto de uma proposta encaminhada para aprecia o do Congresso Nacional Na exposi o de motivos do Anteprojeto de Lei de Rela es Sindicais da PEC 369 65 contendo a proposta de reforma sindical aparece a justificativa para discutir o atual sistema de rela es de trabalho bem como para priorizar a reforma sindical Essas e outras quest es suscitam h d cadas o debate p blico e indicam a necessidade de aprimorar o atual sistema de rela es de trabalho tarefa que exigir opera es complexas e que trar conseq ncias tanto para os atores sociais como para as diferentes esferas do Poder P blico ligadas regula o do trabalho N o se trata por m de mera altera o legislativa mas de um amplo reordenamento jur dico institucional de car ter sist mico que do ponto de vista normativo dever envolver o Direito Sindical a Legisla o do Trabalho o Direito Processual do Trabalho os rg os da Administra o P blica do
36. desenhadas de acordo com os problemas de exclus o dos jovens da sociedade e de maneira a facilitar sua integra o no mundo adulto Segundo o Conselho Nacional de Juventude em rela o a pol ticas p blicas o jovem fica em uma esp cie de limbo onde o Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA n o abrange sua faixa et ria nem as outras pol ticas como as voltadas para a fam lia Essa id ia partilhada por Sposito e Carrano 2003 que afirmam que at meados da d cada de 1990 os jovens eram inclu dos apenas em pol ticas sociais voltadas a todas as faixas et rias sem levar em considera o suas particularidades Estes autores destacam por m que iniciativas em rela o a Pol ticas P blicas voltadas para a juventude come aram a ser desenvolvidas entre 1995 2002 em parcerias entre institui es da sociedade civil e as tr s esferas governamentais Entre eles o Jovem Empreendedor e o Programa de capacita o Solid ria a Pol ticas espec ficas para os jovens Jovem Empreendedor Este programa foi criado entre 1998 e 2002 com o objetivo de capacitar e financiar os jovens entre 18 e 29 anos de n vel t cnico em fase de forma o ou rec m formado interessados em dirigir o pr prio neg cio O programa era de responsabilidade do Minist rio do Trabalho e Emprego e limitou se ao Norte do Esp rito Santo Minas Gerais e Estados do Nordeste reas de atua o do respons vel pelo financiamento o Banco Nordeste
37. dr sticas com a edi o dos Decretos lei nos 2 283 e 2 284 o chamado Plano Cruzado ambos no in cio de 1986 que trouxeram grandes implica es para a regulamenta o e o funcionamento do mercado de trabalho brasileiro Extinguiu se a corre o monet ria e com ela a indexa o da economia brasileira Ap s o congelamento de pre os e sal rios criou se a sistem tica do gatilho salarial com reajustes autom ticos dos sal rios quando a infla o acumulada chegasse a 20 0 Em mat ria trabalhista introduziu uma velha aspira o de prote o social o seguro desemprego um beneficio pago ao desempregado com m ltiplas implica es para o mercado de trabalho e para a economia rep e a renda do trabalhador durante o desemprego permite lhe procurar outro emprego garante a preserva o de seu capital humano adquirido contribui para facilitar a intermedia o da m o de obra e funciona como um estabilizador autom tico da economia na medida em que impede que a renda nacional caia tanto quanto cai a demanda agregada da economia Chahad 1987 O novo marco nas normas regulamentares determinando o funcionamento do mercado de trabalho veio com a Constitui o de 1988 que modificou em v rios aspectos o sistema jur dico das rela es de trabalho No campo do Direito Coletivo redimensionou as rela es entre as organiza es sindicais e o Estado promovendo dois princ pios b sicos autonomia da administra o dos sindicatos
38. fico Desde a implanta o do Plano Real seu valor real cresceu continuamente acumulando um ganho efetivo de 84 4 diante de uma queda do rendimento m dio real do conjunto de trabalhadores de 4 6 GR FICO 2 10 BRASIL EVOLU O DO RENDIMENTO M DIO REAL DOS TRABALHADORES OCUPA O PRINCIPAL E DO SAL RIO M NIMO 1994 2007 ias 1994 100 0 200 180 4 160 J 140 J 120 4 111 41 100 112 0 1082 4034 80 r r r r r r r r r T r r 1 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 e Rendimento m dio real Sal rio m nimo real Fonte PME IBGE Pre os de Janeiro de 2007 IPEA em R de outubro de 2007 Deflacionado pelo INPC 2 7 O papel do sal rio m nimo no mercado de trabalho brasileiro Dentre os temas de discuss o sobre o mercado de trabalho brasileiro o papel do sal rio m nimo encontra se entre os mais pol micos A raz o que os seus impactos s o vislumbrados como positivos por grande parte da sociedade mas os estudos emp ricos acabam revelando muitas vezes resultados amb guos ou at mesmo contr rios ao que seria desej vel para o aumento do bem estar dos trabalhadores O certo que s o v rias as dimens es em que devem ser analisadas as consegii ncias do sal rio m nimo na economia e no mercado de trabalho brasileiro sendo as principais a sobre as finan as p blicas b sobre a distribui o de renda e a pobreza c sobre as trans
39. fortalecimento do mercado de trabalho e a prote o social no Brasil conclus es do Consultor enisi in iiaii da ea dA Data a peida aa da da danca 193 8 1 Brasil e Dinamarca realidades distintas indicam um exemplo a ser seguido mas indica dificuldades na ado o integral do modelo Flexicurity 193 8 2 A necessidade de reformas no caminho da Flexicurity visando a inclus o social 196 8 2 1 As reformas nas reas trabalhista e sindical 196 8 2 2 A Reforma na Previd ncia Social se eeresseeareaaaeareraaas 197 8 2 3 As transforma es necess rias nas pol ticas ativas 198 8 2 4 Outras reformas necess rias is resseeeareaseeareaaa araras araras 201 8 3 Obst culos dificuldades e gargalos bottle necks para as reformas em busca do fortalecimento do mercado de trabalho e amplia o da prote o social 202 8 3 1 Falta de lideran a oficial e pouca vontade pol tica para impor um modelo que l ve a mudan a yasinin raca a alo asas Us Saiu t ada etairerta abaniao 202 8 3 2 Os interesses dos atores sociais pelas mudan as s o muito antag nicos 203 8 3 3 Desenvolvimento incipiente do Di logo Social e o surgimento somente recente de F runs adequados para o exerc cio da negocia o 203 8 3 4 O novo modelo ter que respeitar o atual papel desempenhado pelos elementos do triangulo dourado no caso
40. momento da reforma aposentam se a por idade ou b integralmente na idade de 53 48 com 35 30 anos de contri bui o mais ped gio de 20 do tempo faltante poca da promul ga o da EC n 20 ou c propor cionalmente idade de 53 48 anos com 30 25 anos de contri bui o mais ped gio de 40 do tempo faltante poca da promul ga o da EC n 20 aberto ao setor privado em concorr ncia ao INSS requeren do lei espec fica a amplia o da base de incid n cia da contribui o sobre o rendi mento do trabalho a toda renda do trabalho at mesmo de pes soas sem ocupa o permanente b alternativa para a base de inci d ncia de Cofins Receita bruta da empresa c possibilidade de altera o de al quotas de contri bui o conforme especificidade regional e ou potencial de cria o de empregos de setor de atividade Sim 92 contin a CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 4 1 conclus o Item Constitui o Federal de 1988 EC n 20 Dez 1998 Vincula o de receitas para o RGPS N o prevista Vale o princ pio da Receita das contribui es sobre o rendimento para o RGPS solidariedade na re parti o das receitas do trabalho fica vin culada exclusivamente ao entre as diversas reas de Segu ridade finan ciamento do RGPS Social previd ncia sa de e assist ncia social Co gest o de Previd ncia Social Gest o em conjunto com a soc
41. o a carteira de trabalho assinada Outra observa o que este ritmo de crescimento do emprego formal maior do que o ritmo de crescimento da PEA servindo como uma atenuante para o crescimento do emprego informal cujo sistema de prote o social seria oferecido pelos sistemas assistenciais da Previd ncia Social conforme j mencionado 8 2 2 A Reforma na Previd ncia Social Reformar a Previd ncia Social brasileira t o certo quanto envelhecer Os dois ltimos Presidentes promoveram altera es n o desprez veis mas experimentaram pouco ou nenhum sucesso restando lhes apenas o consolo de ter apontado a dire o das mudan as mas n o lograram xito na redu o do d ficit operacional que segue alto tanto no RGPS quanto no RPPS Contudo qualquer que seja a reforma a ser proposta inclusive para fortalecer o sistema de Bem Estar Social nos moldes do modelo Flexicurity n o pode ignorar o papel que a Previd ncia Social possui no combate pobreza e extrema pobreza nas regi es mais carentes do Brasil Em outras palavras qualquer mudan a dever tomar este aspecto como um objetivo que dever continuar a ser atingido Outra caracter stica de qualquer reforma previdenci ria no Brasil sua natureza param trica descartando se qualquer tentativa de mudan a para uma mudan a de natureza estrutural que busque algum sistema de capitaliza o Embora fosse mais apropriado a um modelo de flexibilidade com seguran a onde a
42. o a demanda por investimento tende a ser retrair e a falta de capital de giro pode comprometer a exist ncia do empreendimento e consequentemente a manuten o dos postos de trabalho Nesse cen rio as iniciativas de financiamento para fog es geladeiras m quinas de lavar r dios e televis es podem ser importantes na manuten o de postos de trabalhos de setores passando por crises conjunturais mas como representam demanda de consumo pouco prov vel que tenham um impacto mais duradouro na gera o de emprego e renda como seria o desej vel Um quarto aspecto que dep e com as pol ticas brasileiras de gera o de emprego e renda atrav s de cr dito aos mais pobres relaciona se aos crit rios de sele o dos benefici rios Como esta pol tica tem sido feita por institui es banc rias oficiais as quais acabam se responsabilizando pelo risco do empreendimento elas fazem exig ncias de garantias como base em par metros praticados no mercado tradicional de cr dito o que tem se mostrado incompat vel com o perfil dos trabalhadores que s o a sua verdadeira clientela Nesse sentido a amplia o desses programas para os bancos privados n o necessariamente ser vantajosa na medida em que pode haver maior rigor ainda na sele o da clientela Em termos globais existem outras limita es nas pol ticas de gera o de emprego e renda no caso brasileiro Algumas s o a seguir mencionadas A principal diz respeito ao grande
43. o com medidas que promovessem o acesso de grupos de trabalhadores exclu dos de outros sistemas Desde o inicio das discuss es sobre a necessidade de profundas mudan as na Previd ncia Social tornou se explicito que o modelo brasileiro de reforma deveria diferir substancialmente da tend ncia de privatiza o observada pelas mudan as que estavam ocorrendo em v rios paises latino americanos Chile Argentina M xico Bol via Uruguai Col mbia Peru A raz o em fortalecer o sistema de reparti o simples al m de representar um pilar de estabilidade social no Brasil prende se principalmente s restri es fiscais existes no enorme custo de transi o impl citos no pagamento dos benef cios em manuten o do sistema de reparti o e ao reconhecimento das contribui es passadas Visto sobre outra tica significava dizer que as autoridades brasileiras e a classe pol tica n o estavam interessados numa reforma de natureza estrutural ou numa mudan a de paradigma revogando o sistema de reparti o simples de natureza p blica trocando o por outro de capitaliza o plena e individual mas sim em uma reforma de natureza param trica com a preserva o do sistema previdenci rio p blico mediante uma s rie de altera es em par metros cruciais do sistema tais como tornar mais rigorosas as condi es de acesso aos benef cios aumentar o valor das contribui es buscar a redu o de custos promover maior efici nc
44. o da mobilidade ocupacional assim como do aumento da rotatividade da m o de obra A implementa o das PAMT por sua vez visa complementar o modelo em dire o a beneficiar o desempregado com oferta de servi os para seu reemprego inclusive sua reciclagem profissional seu treinamento vocacional assim como promover as a es necess rias que conduzam ativa o da busca por trabalho O fluxo de trabalhadores entre os tr s lados do triangulo permanente conforme indicam as setas correspondentes na figura 1 1 Embora a taxa de desemprego seja relativamente baixa em torno de 3 8 em 2006 existe uma alta mobilidade ocupacional com grande cria o e destrui o de postos de trabalho o que significa uma alta taxa de rotatividade da m o de obra a principal fonte de alimenta o desses fluxos Deve se notar que as setas unindo o mercado de trabalho flex vel e o sistema de Welfare State s o de tamanhos diferentes simbolizando que um grande n mero de trabalhadores afetado pelo desemprego a cada ano mas muitos deles retornam rapidamente ao mercado de trabalho ap s um curto per odo de desemprego Al m disso regra geral a individualidade determina o ritmo da procura por emprego e a maioria desses desempregados acaba por obter atrav s de seu pr prio esfor o uma nova ocupa o As pol ticas ativas s o mais endere adas aos desempregados de longo prazo Outro aspecto importante do modelo que ele gera in meros efeitos
45. o do total de ocupados o crescimento da for a de trabalho aparece no gr fico 2 2 GR FICO 22 _ BRASIL EVOLU O DA PEA E DA POPULA O OCUPADA 1992 2006 1992 100 0 150 5 139 39 137 25 140 4 130 4 120 4 113 11 11336 o 109 89 a 110 4 E 107 49 o 104 50 101 42 e 100 00 107 84 100 102 44 E das 99 09 99 99 95 14 Co 97 24 90 T T T T T T T T T T T r T 1 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte Pnad IBGE e PEA Ocupados Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada 26 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho O emprego formal indica as ocupa es de melhor qualidade no mercado de trabalho brasileiro Ele constitu do dos trabalhadores que possuem carteira de trabalho assinada pelo empregador sendo protegidos pela legisla o trabalhista e tendo acesso direto Previd ncia Social Seu comportamento teve dois momentos distintos entre 1992 e 2006 conforme revela o gr fico 2 3 O primeiro momento vai at o final dos anos 1990 onde houve uma grande queda na oferta de postos de trabalho decorrentes de fatos que interligam a abertura comercial e as transforma es tecnol gicas e organizacionais levando a processos poupadores de m o de obra ambas visando ajustar se a novos padr es internacionais de competi o O segundo momento ocorre ap s a desvaloriza o cambial de 1999 quand
46. para o RGPS seguros especiais ou eram benefici rios sem serem contribuintes De cada 100 trabalhadores 62 indiv duos eram socialmente protegidos pela Previd ncia Social em 2006 Dentre os socialmente protegidos os contribuintes do RGPS est o em maior propor o 43 8 sendo o grupo dos n o contribuintes que recebem benef cios o de menor participa o 1 6 FIGURA 4 2 BRASIL A DIMENS O DA PROTE O PREVIDENCI RIA DA POPULA O OCUPADA ENTRE 16 E 59 ANOS 2006 Fonte Atualiza o do autor com base na Pnad e no Informe de Previd ncia Social Vol 18 n mero 03 mar o de 2006 2 Esta se o utiliza os valores absolutos de pessoal ocupado divulgados pela PNAD para 2006 mas os par metros e os percentuais s o aqueles que foram divulgados pela Revista Informe de Previd ncia Social volume 18 n mero 03 Mar o de 2006 A raz o para este procedimento que o c lculo de percentual foi realizado pela SPS MPS contendo tecnicalidades fora do alcance do usu rio comum da mencionada revista De qualquer forma estas percentagens n o devem se alterar drasticamente de um ano para outro e nem o ano de 2004 seria t o desatualizado para revelar a atual dimens o da prote o social brasileira 81 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Os socialmente desprotegidos eram em 2006 cerca de 33 4 milh es de ocupados representando 37 4 da popula o ocupa
47. que o FGTS desempenha na prote o aos desempregados Nesse caso ele vem a se constituir num fundo cont bil de natureza financeira composto pelo conjunto de contas individuais vinculadas abertas pelos empregadores em nome de seus empregados Artigo 15 da Lei n 8 036 90 A 46 3 SIE E i Maiores detalhes sobre a hist ria o funcionamento e outros aspectos do FGTS podem ser encontrados nas seguintes refer ncias bibliogr ficas Ferrante 1978 Chahad e Macedo 1985 e Carvalho e Pinheiro 2000 Esta se o somente apresentar os tra os principais do FGTS enquanto uma indeniza o compuls ria severance payment servindo para proteger o trabalhador desempregado sem justa causa Na realidade em seu inicio o FGTS n o era propriamente uma substitui o mas sim uma op o Com o tempo por m as empresas passaram a contratar os trabalhadores somente no regime de FGTS n o admitindo mais empregados no regime de estabilidade no emprego Com a nova Constitui o Federal de 1988 o regime de estabilidade deixou de existir e o FGTS deixou de ser op o e passou a ser uma indeniza o compuls ria no caso da dispensa sem justa causa 47 112 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho legisla o do fundo prev 16 modalidades diferentes de retirada dos recursos da conta por parte do trabalhador sendo a mais importante a dispensa sem justa causa por parte do empregador nos casos
48. uma indeniza o compuls ria severance payment que deve ser paga ao trabalhador demitido sem justa causa nos moldes propostos pela OTT Ambos s o devidos a trabalhador colocado em situa o de desemprego involunt rio e destinados aos ocupados no mercado de trabalho formal 5 1 O Seguro Desemprego 5 1 1 A evolu o sucinta da legisla o do SD Foi na Constitui o de 1946 que a mat ria apareceu pela primeira vez ainda que de forma simplesmente program tica pois referia se assist ncia aos desempregados A partir da 4 Faz parte deste rol de benef cios que comp em o sistema de prote o social ao trabalhador o abono salarial e que hoje integra o programa de seguro desemprego Trata se de um benef cio pago uma vez ao ano a todo trabalhador brasileiro desempregado ou n o n o estando associado a qualquer a o de emprego do indiv duo Al m disso as evid ncias s o de que o abono salarial acaba sendo destinado para os trabalhadores melhor situados na escala salarial De qualquer forma sua import ncia seja em termos efetivos ou de grandeza num rica pequena no sistema de prote o aos desempregados brasileiros e por esta raz o n o ser aqui abordado O leitor interessado em uma explana o detalhada dos principais aspectos do surgimento desenvolvimento e aspectos hist ricos da implanta o do seguro desemprego no Brasil consultar entre outros Azeredo 1998 e Chahad 1987 2004 41
49. vida comunit ria V a garantia de um sal rio m nimo de beneficio mensal pessoa portadora de defici ncia e idoso que comprovem n o possuir meios de prover a pr pria manuten o ou de t la provida por sua fam lia conforme dispuser a lei Al m disso no capitulo constitucional da Seguridade Social artigo 204 referente Assist ncia Social bem como no artigo 198 referente s a es dos servi os p blicos de Sa de s o contemplados dois princ pios presentes no sucesso do modelo de Flexicurity os quais sejam da descentraliza o das decis es pol tico administrativas bem como da participa o da popula o por meio de organiza es representativas tanto na formula o como no controle das a es de parte da Seguridade Social brasileira 4 2 A Previd ncia Social Pension System A Previd ncia Social o principal ramo da Seguridade Social brasileira tendo por objetivo assegurar a seus benefici rios os meios indispens veis de sua manuten o por motivo de idade avan ada incapacidade ao trabalho tempo de servi o encargos familiares pris o morte dos que dependem economicamente e desemprego involunt rio Seu funcionamento atual esta definida pela Constitui o Federal de 1988 nos artigos 201 e 202 e os dispositivos que consolidam sua organiza o s o determinados pela Lei no 8 212 1991 que estabelece o Plano de Custeio e pela Lei no 8 213 1991 que determina o Plano de Benef cios ambas as Leis
50. 3011 0 1495 8 2990 4 4654 9 1961 8 3014 3 4557 0 9051 4 11695 4 3 1 3 2 3 3 3 1 Proger urbano 178 3 422 1 526 7 298 9 117 7 4565 751 6 2919 761 5 1653 1 2751 2 3439 6 3 2 rea rural 520 2 1223 4 2224 6 1536 0 618 5 976 7 1730 5 617 8 543 4 378 8 749 0 840 5 3 3 Outros programas 80 5 2382 7 1320 7 1176 0 759 5 1557 2 2172 8 1052 1 1709 4 2525 1 5551 1 7415 4 4 Total 1 2 3 1056 0 4743 0 4912 6 3887 3 1939 2 3477 8 5092 1 2067 6 3072 3 4618 5 9126 4 11772 8 5 4 como do PIB 0 06 0 27 0 29 0 25 0 18 0 35 0 60 0 36 0 43 0 56 0 95 1 08 Fontes Boletim Informa es Financeiras do FAT Exerc cio de 2007 MTE Secretaria Executiva Coordena o Geral de Recursos do FAT MTE Conselho Deliberativo do FAT CODEFAT Secretaria Executiva do CODEFAT S rie Hist rica das Contrata es de Cr dito 1995 2005 Dados de 2006 MTE FAT Relat rio de Gest o Exerc cio de 2006 Boletim Informe Proger informes gerenciais dos programas de gera o de emprego e renda Edi o especial dados de 2000 a 2006 n 1 Bras lia MTE Ver tamb m fontes mencionadas no gr fico 5 3 SOJI9 OJM p soyusun oq U91090 TV dHO OY egen ap Oped ou spepifiquxo CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 6 6 Mudan as recentes nas PAMT no Brasil Esta se o ir resumir as principais mudan as que ocorreram no campo das pol ticas ativas no mercado de trabalho brasileiro parte
51. Brasil no Cen rio Internacional raras 61 3 6 Mudan as recentes na regulamenta o do mercado de trabalho brasileiro 65 3 7 T picos especiais sobre regulamenta o do mercado de trabalho no Brasil 69 3 7 1 A fiscaliza o do trabalho riste eereraenaaaaaeanaaaa 69 3 7 2 Regula o do trabalho no setor p blico federal 71 Cap tulo 4 A Seguridade Social brasileira arte ereecaree ear naaraaaneaa 75 4 1 A Presen a dos Elementos do Modelo Flexicurity na Seguridade Social Brasile a eane annan a E AEA a EA dia EE 75 4 2 A Previd ncia Social Pension System aereas 76 4 2 1 O Regime Geral de Previd ncia Social RGPS T7 4 2 2 O Regime Pr prio de Previd ncia Social RPPS 80 4 2 3 O Regime de Previd ncia Complementar 80 4 3 O Papel da Previd ncia na Prote o Social no Brasil 81 4 4 O Impacto da Previd ncia Social na Pobreza reatar 84 4 5 Previd ncia Social e Mercado de Trabalho eternas 88 4 6 Mudan as recentes na Previd ncia Social brasileira c ssa 89 4 6 1 As mudan as na Previd ncia no governo Fernando Henrique Cardoso 19981999 cia pescado rasas aU AAA TEMA AAA ADS A a q a 91 4 6 2 A reforma da Previd ncia Social do governo Lula 2003 2005 95 4 6 3 Avalia o sum ria das reformas rear
52. De qualquer forma a EC n 20 98 trouxe tamb m mudan as para o RPPS estando as principais reunidas no quadro 4 2 93 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 4 2 MUDAN AS NO REGIME DE PREVID NCIA DO FUNCIONALISMO P BLICO NA EC 20 98 RPPS Item Constitui o Federal de 1988 EC n 20 Dez 1998 Sistema pr prio Aposentadoria especial de professor Situa es especiais Base de c lculo dos benef cios Corre o dos benef cios Teto de benef cios Financiamento Militares Prote o do direito adquirido Regra de transi o Car ncias Tempos de contribui o fict cios Acumula o de benef cios Funcion rios de Estados e munic pios Fundos de pens o complementares Sim Ap s 30 25 anos de servi o H M e tempo de contribui o m nimo Atividades insalubres ju zes parlamento ltimo vencimento eventualmente com promo o na hora da aposentadoria Paridade de reajustes entre ativos e inativos Paridade de reajustes entre ativos e inativos N o existia Com recursos or ament rios e alguma parti cipa o de contribui es Sistema Pr prio N o existiam Eram poss veis Permitido Permitem se Regimes Previd ncia Social RPPS N o previstos Pr prios de Sim contributivo Elimina se a aposentadoria especial para professores de n vel superior Mantido 100 da remunera o do pos
53. PREVID NCIA SOCIAL ACUMULADA ENTRE 2005 E 2050 Em n mero de PIBs de 2005 Taxa de desconto 3 0 Taxa de crescimento do PIB 3 5 Benef cios urbanos Benef cios rurais Total Homens 0 48 0 21 0 69 Mulheres 1 00 0 24 1 24 Total 1 48 0 45 1 93 Fonte Giambiagi e outros 2007 p gina 33 Incluindo os custos de transi o para os ativos existentes P RGPS 0 98 RPPS 0 95 Total 1 93 PIBs de 2005 O fato concreto que para se aproximar dos padr es internacionais de aposentadoria e portanto do modelo Flexicurity qual qualquer de suas vertentes a Previd ncia Social brasileira precisa mudar bastante Um contingente expressivo de trabalhadores continua se aposentando muito precocemente tanto no regime p blico como no setor privado Um aposentado do setor p blico tem um mesmo status do trabalhador ativo no setor p blico e ambos t m remunera o muito superior ao seu equivalente no setor privado quando ambos se aposentam Al m disso dois de cada tr s trabalhadores que ganham o piso previdenci rio no setor privado tem recebido ganhos reais expressivos em seus benef cios o que tem pressionado seguidamente as contas da Previd ncia e consegiientemente as finan as p blicas Trata se assim de uma situa o que impede o sistema previdenci rio de se preparar para poder oferecer prote o social aos trabalhadores n o cobertos pela pratica de atividades produtivas informais ou n o previstas na atual legi
54. Programa Empresa Cidad Amplia o de licen a maternidade para 6 meses Recentemente a Comiss o de Direitos Humanos do Senado brasileiro aprovou um projeto para a amplia o de licen a maternidade de 4 para 6 meses O projeto foi sancionado em car ter terminativo o que significa que n o precisar passar pelo plen rio do Senado ser necess rio apenas a aprova o da C mara dos deputados para virar lei Essa prorroga o da licen a maternidade faz parte do Programa Empresa Cidad o qual premia com incentivos fiscais as empresas que prorrogarem a licen a a maternidade para 6 meses A amplia o do benef cio v lida tanto para as m es biol gicas quanto adotivas funcion rias de empresas p blicas e privadas que aderirem ao Programa Segundo a Senadora Patr cia Saboya autora 71 VADA DR A Mai 3 R O Comit Pr Eq idade de G nero composto por especialistas nas reas de conhecimento relacionadas a g nero e mercado de trabalho representantes de institui es governamentais ONGs organismos internacionais e sociedade civil Tem como objetivo assessorar a Coordena o do Programa 154 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho do Projeto a constru o dos la os entre m e e filho no primeiro ano de vida principalmente nos primeiros 6 meses fundamental para a cria o de uma crian a e adolescente saud vel e de um adulto equilibrado O que justific
55. Yannoulas 2002 o aumento da participa o das 151 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho mulheres no mercado de trabalho se deve principalmente a uma expans o de atividades femininas neste mercado mais do que ao acesso das mulheres a atividades masculinas A mulher tamb m encontra dificuldades na entrada do mercado de trabalho e de ascens o profissional devido s restri es impostas pelo fator reprodutivo e a maternidade Abramo 2004 Yannoulas 2002 A interrup o no per odo de licen a a aten o dividida entre trabalho e fam lia a restri o de hor rios impostos pela maternidade podem n o ser muito bem aceitos pelos empregadores Outro fator que prejudica as mulheres em sua situa o para gera o de renda e trabalho a dificuldade do g nero feminino no acesso a terra tecnologia ao cr dito Abramo 2004 No Brasil a Constitui o Federal de 1988 garante uma prote o da mulher trazendo leis que buscam diminuir a discrimina o e a desigualdade ao g nero feminino no mercado de trabalho Yannoulas 2002 Ainda segundo Yannoulas 2002 o pr prio Estado assume ser o principal respons vel pelo financiamento e pela condu o das pol ticas publicas apesar de n o se considerar suficiente para atender sozinho s demandas sociais de forma que a sociedade civil deve se organizar para participar da formula o e avalia o de pol ticas p blicas
56. a efici ncia de suas pol ticas melhorar o desempenho do mercado de trabalho elevar a focaliza o das a es governamentais e sobretudo ampliar a prote o social especialmente dos segmentos vulner veis da for a de trabalho compostos pela popula o que vive na pobreza e na informalidade bem como se ocupa com atividades at picas no mercado de trabalho 8 2 1 As reformas nas reas trabalhista e sindical Vimos que o Brasil possui um mercado de trabalho onde se verifica um grande paradoxo alta flexibilidade mesmo na presen a de uma legisla o trabalhista bastante r gida em todos os sentidos O mercado de trabalho flex vel mas o contrato de trabalho r gido Isto gera altos custos n o salariais o que combinado com baixa produtividade resulta em altos custos da m o de obra portanto uma flexibilidade perniciosa pois para fugir das leis que acabam por proteger bastante o trabalhador que fica empregado mas n o lhe d garantia de perman ncia no emprego bem como funciona como obst culo a contrata o de novos trabalhadores Esse excesso de prote o individual deve mudar garantindo se em lei um conjunto m nimo de direitos fundamentais b sicos em conformidade com a OIT e remetendo para a negocia o coletiva os demais itens de interesse para o bem estar dos trabalhadores Um sentido dessa mudan a contudo claro visando redu o dos custos de contra o especialmente para os estabelecimentos de
57. admitem mudar o modelo sindical como pr condi o para uma reforma trabalhista mas esta deve partir de um conjunto m nimo de direitos sociais e trabalhistas nada podendo ser negociado e outros podem ser acrescentados Por fim emerge como uma bandeira importante a luta dos sindicatos por liberdade autonomia e legitima o sindical significando isto que n o aceitam qualquer interfer ncia do Estado em sua organiza o e funcionamento De qualquer forma O reconhecimento das centrais sindicais no sentido de lhes conferir personalidade sindical por parte do Estado representa na realidade um retrocesso em rela o legitimidade e reconhecimento real que as centrais conquistaram especialmente a Central nica dos Trabalhadores CUT junto aos trabalhadores e mesmo junto ao patronato e aos governos os quais a CUT discutiu e negociou durante toda a sua hist ria Inscreve se portanto na estrat gia de estatiza o das organiza es oper rias Ademais de acordo com a nova estrutura sindical proposta as centrais sindicais ter o o poder de vetar e criar sindicatos mudan a que confere um poder s centrais sobre as organiza es de base os sindicatos como nunca tiveram ferindo dessa forma a autonomia dos mesmos e a liberdade de os trabalhadores criarem suas pr prias organiza es sindicais Druck 2006 p ginas 334 335 7 3 A Posi o dos Empregadores Diante das Reformas Trabalhista e Sindical O seto
58. al m de fiscalizar a a o do Estado b A es gerais de pol ticas p blicas no caso brasileiro Em termos internacionais as primeiras legisla es destinadas a grupos vulner veis de trabalhadores como as mulheres ocorreram em meados do s culo XIX e foram criadas para a prote o do papel social e familiar da mulher e n o para propiciar maior igualdade entre o homem e a mulher Tais leis visavam assegurar a prote o maternidade proibir o trabalho noturno para a mulher e proibir emprego em determinados setores de produ o considerados incompat veis com a imagem da mulher na sociedade da poca J Yannoulas 2002 afirma que a discrimina o foi proibida por normas internacionais e pelas legisla es nacionais De qualquer forma apesar do crescimento da inser o das mulheres no mundo e nas rela es de trabalho a legisla o e as pol ticas p blicas que buscam a igualdade entre g neros na rea do mercado de trabalho s o insuficientes ou prec rias face dimens o dos desafios existentes Kon 2001 cita ainda que a Confer ncia da OIT realizada em Hannover em 2000 Expo 2000 Global Dialogue apontou a falta de aplica o efetiva ou adequada e o ritmo lento das resolu es sobre o trabalho feminino no Brasil Para Yannoulas 2002 que investigou o caso brasileiro a an lise dos resultados quantitativos alcan ados pelo PLANFOR entre 1996 e 1998 revela um avan o em rela o aten o s mulheres no
59. as preocupa es oficiais eram com as pol ticas macroecon micas visando estabiliza o de pre os o equacionamento da divida externa e outros aspectos relativos economia do pa s Na rea do trabalho as pol ticas ativas tamb m levaram muito tempo para surgir como medidas compensat rias no mercado de trabalho brasileiro Somente ap s o in cio da d cada de 1990 Z que algumas medidas t midas destinadas a grupos espec ficos come aram a surgir Nesta 161 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho perspectiva o Sistema P blico de Emprego ensaiado na d cada de 1990 representou um primeiro passo para a consolida o de programas e a es de trabalho e renda no Brasil Apesar dos esfor os por m pouco material sobre pol ticas encontrado at o in cio dos anos 2000 Ainda assim com base no material encontrado sua an lise apresenta se muitas vezes de forma confusa e desatualizada Nota se entretanto que no Brasil as desigualdades de g nero no mercado de trabalho ainda s o grandes Sal rios promo es e at mesmo a inser o no mercado ou o incentivo a gera o de renda das mulheres ainda est o em desvantagem em rela o aos homens observando se por m um esfor o oficial na busca do equil brio dessas quest es Em termos concretos apesar da Constitui o Federal de 1988 procurar garantir a prote o da mulher no mercado de trabalho com princ
60. cen rio pol tico trabalhista social brasileiro como mecanismo de resolu o de conflitos Isto sem d vida representa um forte obst culo ao sucesso das reformas em dire o a um modelo de mercado de trabalho onde a prote o social se fa a na base da flexibilidade com seguran a A utiliza o do Di logo Social na hist ria trabalhista brasileira bastante recente Ele passou a ser invocado a partir dos anos de 1980 na forma do chamado Pacto Social quando o pa s esteve 201 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho beira de profunda crise econ mica e pol tica originado pelo descontrole governamental na condu o do sistema de pre os deixando a economia pr xima da hiperinfla o Apesar da gravidade da situa o o Di logo Social n o prosperou e coube ao engenho e arte dos sucessivos planos econ micos que se seguiram e sabedoria convencional dos pol ticos nacionais criarem condi es para sairmos da hiperinfla o sem o Pacto Social ou outra forma de interlocu o entre os parceiros sociais Se o caminho foi mais doloroso ou se o tempo necess rio para se evitar o rompimento do tecido social foi mais longo do que deveria dif cil saber mas fica a quest o Porque a tentativa de Di logo Social fracassou naquela ocasi o E porque somente em meados da d cada de 1990 come ou a ganhar import ncia a necessidade de Di logo Social na solu o dos conf
61. cerca de 17 1 milh es de pessoas da situa o de indigentes potenciais correspondendo naquele ano a 10 0 da popula o brasileira IPEA 2006c p ginas 34 e 35 GR FICO 4 3 g BRASIL N MERO DE INDIV DUOS POTENCIALMENTE RETIRADOS DA INDIG NCIA PELOS BENEF CIOS MONET RIOS DA PREVID NCIA SOCIAL 17 500 17 000 4 16 500 4 16 000 4 15 500 4 15 000 4 15 173 14 500 4 14 000 T T T r r r r r 1 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Fonte Ipea Texto para discuss o 1248 dezembro de 2006 Neste sentido pode se afirmar que a import ncia do pagamento de benef cios previdenci rios tende assumir um papel crescente onde a regi o mais pobre em termos de tirar os indiv duos de situa o de extrema pobreza A tabela 4 6 mostra que 28 9 dos habitantes em reas rurais brasileiras se encontram em situa o de extrema pobreza indig ncia enquanto no meio urbano este percentual de 9 8 Caso n o houvesse o pagamento de benef cios pela Previd ncia o grau de indig ncia aumentaria para 20 1 nas reas urbanas e para 42 7 nas reas rurais Ou seja diante do alto grau de vulnerabilidade econ mica enfrentado especialmente pela popula o rural brasileira as transfer ncias 85 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho previdenci rias desempenham um papel decisivo para tirar muitas dessas fam lias da condi o de extrema
62. cios da formaliza o sem reduzir os custos Camargo e Reis 2007 p gina 264 a heran a demogr fica dentro dos padr es internacionais de se esperar que exista uma correla o positiva entre a propor o de trabalhadores idosos e os gastos com o sistema previdenci rio Isto n o ocorre no Brasil quando se compara com outros paises no cen rio internacional conforme mostra o gr fico 4 6 Dentre as na es selecionadas o Brasil aparece como um caso especial tem padr o de gastos pr ximo de pa ses com forte Welfare State como Holanda B lgica e Alemanha mas um baixo percentual de popula o idosa quando comparado a aqueles pa ses e mesmo maioria dos demais inclu dos no gr fico 32 33 Sobre o impacto da LOAS no desequil brio das contas da Previd ncia Social ver tamb m Pinheiro 2004 Giambiagi e outros 2004 e N ri 2007 A quest o mais grave quando se sabe que o crescimento da popula o idosa brasileira aumentar nos pr ximos 25 anos a uma m dia de 3 8 ao ano bastante superior a media da popula o o que pressionar ainda mais as contas da Previd ncia Social no futuro Ver Giambiagi e outros 2007 p gina 9 99 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 4 6 E GASTOS P BLICOS COM PREVID NCIA DO PIB X POPULA O IDOSA DA POPULA O COM MAIS DE SESSENTA ANOS EM PA SES DA OCDE E NO BRASIL 1998 20
63. custos da m o de obra um argumento estritamente da oferta de bens e servi os seguindo se outros dois relativos demanda de m o de obra atender a demanda do consumidor e refor ar a aten o no foco da clientela GR FICO 2 13 BRASIL PORCENTAGEM DOS OBJETIVOS PELOS QUAIS AS EMPRESAS UTILIZAM MODALIDADES DE CONTRATO DE TRABALHO FLEX VEL EM TODOS OS SETORES ABRIL JUNHO 2001 Prefer ncia dos empregados Outros Otimizar utiliza o da tecnologia Otimizar equipamentos Objetivos Experi ncia com novos colaboradores Atender a demanda Je Refor ar o foco j 27 Reduzir o custo da m o de obra js T T T T 1 15 20 25 30 35 Fonte Chahad 2003a Dentre as v rias possibilidades que aparecem como alternativa de contrata o at pica o trabalho terceirizado aparece de forma disparada como sendo o mais utilizado como pode ser observado nos dados do Gr fico 2 14 Outra modalidade tamb m freq ente o trabalho tempor rio mas num percentual bastante abaixo do verificado para o trabalho tempor rio GR FICO 2 14 BRASIL PORCENTAGEM DAS EMPRESAS QUE UTILIZAM TRABALHO FLEX VEL SEGUNDO MODALIDADES DE CONTRATO ABRIL JUNHO 2001 Total dos setores Jornada Parcial Prazo Determinado Lei 9601 98 Modalidades de Contrato Trabalho Tempor rio Terceirizados Fonte Chahad 2003a 42 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho
64. da Educa o com parte de um amplo programa educacional para colocar a popula o brasileira em n veis de padr o educacionais observados em na es de est gio mais avan ado Existe por m uma parcela de melhoria na qualifica o do trabalhador que pode ser atribui o do sistema de treinamento vocacional e de forma o de recursos humanos e no caso brasileiro o desafio deste setor maior seja porque os n meros s o dram ticos seja porque as dificuldades de educa o b sica da for a de trabalho nos moldes acima mencionado t m ficado aqu m da expectativa para n o dizer que n o existem seja sob a tica da quantidade ou ent o da qualidade De qualquer forma preciso uma ampla reformula o nos programas de treinamento vocacional como uma importante pol tica ativa no mercado de trabalho brasileiro N o se pode gastar tanto como na poca do PLANFOR esquecendo se o compromisso com a efici ncia dos gastos com a focaliza o do treinamento e sem qualquer compromisso com o setor produtivo e a demanda de m o de obra N o se pode tamb m passar ao outro extremo transformando o treinamento vocacional num exerc cio de filosofia tentando fazer com que o mesmo supere todos os problemas educacionais do trabalhador ensine o a praticar cidadania e eleve sua qualifica o como o recente exemplo do PNQ A reforma no sistema de treinamento profissional deve ser no sentido de elevar bastante os gastos com treinamento vocaci
65. da organiza o sindical a bandeira dos trabalhadores por uma modifica o branda no modelo atual tenta se preservar o velho monop lio sindical decorrente da unicidade sindical para os sindicatos existentes antes da reforma sindical mas permite se a exist ncia de outro sindicato na mesma base territorial desde que um conjunto representativo de trabalhadores daquela categoria econ mica assim o deseje Em ambos os casos os estatutos devem ser democr ticos e o surgimento de um novo sindicato deve ser decidido por assembl ia representativa Outra posi o reformista dos sindicatos onde o avan o fica ainda nos limites do atual modelo corporativo brasileiro com rela o s receitas das entidades sindicais Conforme defenderam no FNT os trabalhadores aceitam a extin o do imposto sindical compuls rio de forma gradual em troca de outra contribui o financeira denominada de contribui o de negocia o coletiva a ser recolhida de todos os trabalhadores beneficiados por um instrumento normativo do sindicato independente do trabalhador ser filiado ou n o ao sindicato Algumas das posi es defendidas pelos trabalhadores s o determinantes para sua participa o na discuss o e eventual aprova o de uma efetiva reforma sindical Entre elas temos a o direito negocia o coletiva aos trabalhadores empregados do setor p blico b direito de negocia o coletiva e regulamenta o do direito de greve no setor p
66. da sociedade civil fortalecimento da gest o tripartite e articula o do SPETR com as outras pol ticas de governo Em rela o ao funcionamento do modelo algumas proposi es concretas de mudan as para viabilizar a articula o das pol ticas s o as seguintes Intermedia o da m o de obra e qualifica o profissional para receberem treinamento vocacional os trabalhadores devem prioritariamente estar inscritos no SINE Outra proposta a estrutura o de servi os para atender diretamente os trabalhadores aut nomos refor ando o apoio que j recebem dos programas de gera o de emprego e renda atrav s da oferta de cr dito Outra fun o que seria exercida pelo sistema seria dar orienta o profissional aos trabalhadores Por fim o SPETR definir as compet ncias sobre as quais ele regular os servi os prestados pelas ag ncias privadas de coloca o Seguro desemprego e recoloca o do trabalhador a op o do SPETR deve ser o da ativa o com a imposi o de r gidas contrapartidas aos benefici rios referentes a sua participa o em pol ticas ativas Foi aprovada uma resolu o que determina a expans o da rotina da recusa 189 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho procedimento em que suspenso o pagamento do benef cio caso o trabalhador desempregado recuse repetidamente o encaminhamento de vagas de trabalho Por outro lado prop e se ampliar a c
67. de 15 7 para 67 9 o ndice de atratividade para a empresa passou de 4 7 para 20 2 e a taxa de admiss o no mercado de trabalho passou de 1 9 par 10 0 naquele per odo GR FICO 6 2 BRASIL INDICADORES DE EFETIVIDADE DO SINE 1996 2006 Jo 80 7 712 10 0 70 67 9 60 50 40 30 20 Re 2 10 19 133 139 159 148 1441 8 1 4 7 5 4 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 s Atratividade para o trabalhador e Atratividade para a empresa Taxa de admiss o no mercado de trabalho Fonte Elabora o do autor Dados originais DES SPPE MTE Dados at agosto Indicadores da capacidade de cobertura Gr fico 6 3 Esses indicadores procuram mostrar a abrang ncia e capilaridade do SINE em rela o ao seu p blico alvo As medidas de capacidade de cobertura indicam o potencial do sistema de intermedia o de m o de obra atender a clientela de acordo com o n mero de postos que oferecem este atendimento levando se em conta os recursos humanos dispon veis e a capacidade instalada de cada agencia al m claro dos recursos financeiros destinados s ag ncias de atendimento No caso brasileiro tem se verificado uma continua expans o da capacidade de atendimento do sistema de intermedia o de m o de obra com a expans o das ag ncias disposi o dos trabalhadores desempregados ou que dela necessitam Em 1996 existiam 599 ag ncias de a
68. de desemprego Pnad Taxa de desemprego PME a Taxa de desemprego de longo prazo Pnad Fonte Pnad IBGE PME IBGE Regi es Metropolitanas Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada Verifica se ainda que houve uma crescente deteriora o nas oportunidades de emprego no mercado de trabalho at o final dos anos 1990 com a eleva o continua do desemprego de longo prazo mais de um ano de procura por trabalho Ap s aquele ano contudo a taxa de desemprego de longo prazo parece ter se estabilizado indicando que se as condi es para novas oportunidades de emprego n o melhoraram tampouco parecem ter se deteriorado mais do que j estavam Por fim verifica se neste gr fico que a situa o de desemprego na d cada de 1990 foi muito mais grave nas principais regi es metropolitanas brasileiras do que nas demais regi es do pa s De fato a taxa de desemprego entre 1995 e 1999 aumentou 5 8 pontos percentuais nas seis principais regi es metropolitanas indicando a dramaticidade do desemprego naquelas reas durante os primeiros anos da estabiliza o de pre os simultaneamente ao processo de abertura comercial Posteriormente contudo a partir de 1999 a taxa de desemprego come ou a cair convergindo para a m dia nacional em 2006 Uma forma de aferir com maior amplitude o comportamento do mercado de trabalho combinando o comportamento da taxa de desemprego com a taxa de participa o na for a de trabalho taxa de at
69. de despedida indireta de culpa rec proca ou de for a maior Martins 2006 p gina 453 Desta forma havendo rescis o do contrato de trabalho por iniciativa do empregador sem que haja justa causa o trabalhador poder sacar o valor integral existente no FGTS acrescidos de uma multa de 40 0 sobre este montante sobre o qual incidem juros e corre o monet ria Artigo 18 da Lei no 8 036 90 No caso da dispensa ocorrer por culpa rec proca ou motivo de for a maior com o reconhecimento da Justi a do Trabalho esta multa ser de 20 0 Outro aspecto relevante em termos do mercado de trabalho refere se forma com que se constitui o montante do FGTS os dep sitos s o feitos pelo empregador mensalmente na conta vinculada em nome do trabalhador com base em uma al quota de 8 sobre o seu sal rio mensal Desta forma ao incidir sobre a folha de pagamentos a contribui o das empresas para o FGTS acaba por ter impacto direto sobre a demanda de trabalho afetando a competitividade das empresas 5 2 2 As principais estat sticas do FGTS Esta se o traz alguns dados indicando a dimens o e as caracter sticas do FGTS no mercado de trabalho e na economia brasileira A tabela 5 4 mostra a evolu o dos saques do FGTS entre 1996 e 2006 decorrentes do pagamento de indeniza o aos trabalhadores demitidos sem justa causa Na m dia deste per odo foram gastos U 10 bilh es a cada ano com o pagamento de FGTS aos trabalhadores d
70. de emprego no mercado de trabalho brasileiro Este excesso de leis faz parte da cultura brasileira e revela uma cren a que somente a lei pode dar prote o ao trabalhador Valoriza se pouco o contrato entre as partes e muito a lei Al m disso Como o sistema estatut rio brasileiro as regras legais e jurisprudenciais se aplicam a todos os setores da economia todas as regi es setores empresas No fundo Brasil trabalha com leis de tamanho nico para serem aplicadas em realidades extremamente heterog neas Elas t m de ser aplicadas tanto a um fabricante de avi es quanto a uma barbearia As despesas geradas por essas leis s o universais e obrigam todas as empresas e trabalhadores cumprirem seus dispositivos sem a menor possibilidade de ajuste pela via da negocia o e sem considerar suas capacidades de administrar e pagar Fecom rcio 2006 p gina 7 171 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho b H um descompasso entre a legisla o trabalhista e as transforma es no mundo do trabalho Regra geral as leis trabalhistas surgiram para proteger o trabalhador industrial num regime de subordina o que ainda predominante mas sofrendo grandes transforma es O mercado de trabalho se diversificou revelando novas situa es mas a legisla o do trabalho brasileira manteve se totalmente est tica contemplando apenas a tradicional rela o t pica de subordina o na qual o
71. de oportunidades no mundo do trabalho O p blico alvo deste programa s o mulheres com idade ativa a partir dos 16 anos Segundo Leporace e Fontoura 2004 as a es deste programa s o voltadas para capacita o de mulheres para o trabalho nos setores produtivos rural e urbano incentivo ao acesso a linhas de micro cr dito e apoio a projetos de incentivo autonomia econ mica das mulheres no mundo do trabalho A capacita o de mulheres para o trabalho nos setores produtivos visa apoiar cursos e eventos de capacita o incluindo mulheres rurais as ind genas e as quilombolas Essa capacita o busca promover a qualifica o gerencial e t cnica assim como o fortalecimento da auto confian a da mulher para atuar no mercado de trabalho Para Yannoulas 2002 a qualifica o profissional um dos fatores chaves nas pol ticas p blicas de trabalho e renda desenvolvidas atualmente no Brasil J o incentivo ao acesso a linhas de micro cr dito tem o objetivo de contribuir para a inser o da mulher no setor produtivo estimulando o investimento em iniciativas aut nomas e ou associativas atrav s de parcerias com institui es financeiras p blicas e privadas O apoio a projetos de incentivo autonomia econ mica das mulheres no mundo do trabalho busca atrav s de incentivos t cnicos e financeiros estimular a participa o das mulheres no desenvolvimento local e no mercado de trabalho e Pol ticas espec ficas para mulheres
72. de trabalho ocorridas a partir dos anos 1990 Nesse sentido a l gica da regula o implementada nos anos 90 constitu ram numa rea o contr ria s transforma es ocorridas nos anos 80 No mbito das rela es coletivas os ataques regulamenta o come am pela defesa da livre negocia o e da preval ncia do negociado sobre o legislado Ou seja a possibilidade de que a negocia o de prefer ncia de forma centralizada possa suplantar a legisla o social ajustando as regras e normas da rela o de emprego realidade de cada empresa e s suas condi es de concorr ncia de mercado Em rela o aos direitos sociais adota se a t tica de postergar a regulamenta o de v rios artigos inscritos na CF 88 e a defesa de uma re regulamenta o que amplie a liberdade do empregador em determinar condi es de uso e remunera o do trabalho na perspectiva de reduzir custos Na concep o adotada o objetivo deixar o mercado encontrar o ponto de equil brio entre o pre o do sal rio e o n vel de emprego Dentre as mudan as houveram aquelas preocupadas com a flexibilidade num rica levando a estimular novas condi es de uso da for a de trabalho novas formas de contrata o temos novas regras para terceiriza o trabalho por tempo determinado trabalho em tempo parcial trabalho tempor rio todas as mudan as voltadas para agilizar o uso da m o de obra Em certo sentido podemos dizer que estas altera es reflet
73. delas j mencionadas parcialmente nas se es anteriores mas com o objetivo de aumentar o alcance dos resultados observados e orientar futuras propostas de mudan as que venham a ser comentadas Entende se por mudan as recentes aquelas ocorridas desde o per odo final do segundo mandado do Presidente Fernando Henrique Cardoso e que venham a trazer altera es consider veis no comportamento do mercado de trabalho e n o representem mera mudan a da legisla o Um resumo das altera es recentes nas PAMT aparece no quadro 6 3 Come ando pela intermedia o da m o de obra a grande mudan a que ocorreu foi no ano de 2000 quando as grandes centrais sindicais brasileiras tiveram autoriza o do CODEFAT para criarem agencias de atendimento ao trabalhador inclusive aos desempregados passando a oferecer um servi o que antes era exclusividade do setor p blico atrav s do SINE Posteriormente em 2004 os munic pios de S o Paulo Rio de Janeiro e Belo Horizonte que concentram grande parte da for a de trabalho metropolitana do pa s e aglutinam um numeroso contingente de trabalhadores em situa o de desemprego aberto e de trabalhadores informais foram autorizados a estruturarem centros de atendimento aos trabalhadores com oferta integrada de servi os Em ambos os casos foram destinados recursos do FAT para viabilizar a implanta o e funcionamento dessas ag ncias QUADRO 6 3 MUDAN AS RECENTES NAS POL TICAS ATIVAS NO MERCADO D
74. dem grafos e profissionais das ci ncias sociais Al m disso existem in meros profissionais e analistas n o necessariamente com forma o acad mica que por sua milit ncia e experi ncia nos temas trabalhista sindical previdenci rio e de pol ticas ativas tamb m contribuem com id ias e opini es relevantes sobre o rumo das transforma es necess rias para melhorar cada uma dessas reas De qualquer forma esta se o ter car ter seletivo sob v rias ticas Em primeiro lugar veremos a opini o de acad micos ou analistas sozinho ou em co autoria sobre a necessidade de uma determinada reforma e n o sobre o conjunto delas Em segundo lugar contemplaremos apenas os autores mais conhecidos e ou cuja opini o tem repercutido mais entre os principais atores sociais Em terceiro lugar usaremos com mais fregii ncia o expediente da cita o das palavras do pr prio autor para refletir melhor o que ele quis dizer e mesmo para n o prolongar demasiadamente a opini o sobre o que o autor disse Em quarto lugar algumas das opini es dos acad micos e analistas j foram formuladas em partes anteriores deste relat rio mas ser o aqui reafirmadas tendo em vista sua import ncia ou ent o para compor o quadro de opini es desta se o Finalmente com o objetivo de facilitar a compreens o do leitor dividiremos a se o em duas partes uma contendo as posi es daqueles favor veis s reformas e outra envolvendo as id ias daqueles qu
75. devido a v rios fatores grande informalidade exist ncia de muitos contratos at picos alta taxa de desemprego aberto elevada taxa de rotatividade do trabalho e um baixo n vel de qualifica o da for a de trabalho Por outro lado a legisla o trabalhista bastante detalhada colocando a maioria dos direitos trabalhistas na Constitui o Federal tornando o contrato de trabalho muito r gido Existe ainda pouca tradi o em negociar diminuindo as possibilidades de elevar a flexibilidade por meio do acordo entre as partes 3 A Previd ncia Social principal ramo da seguridade social brasileira vive em constante desequil brio tendo ainda um importante papel de redu o da pobreza e extrema pobreza por meio de seus pagamentos de benef cios O sistema de Sa de universal mas funciona de forma prec ria burocr tica e com baixa qualidade dos servi os oferecidos O Seguro Desemprego possui as caracter sticas universais mas seu funcionamento conjunto com o Fundo de Garantia por Tempo de Servi o FGTS causa distor es no mercado de trabalho e seu pagamento n o atrelado solidamente s pol ticas ativas o transformam numa indeniza o compuls ria 4 No campo das Pol ticas Ativas os problemas tamb m s o graves a intermedia o da m o de obra SINE sub dimensionada para o tamanho da for a de trabalho brasileira a rede de atendimento tem pouca capilaridade existe uma baixa taxa de cobertura e os gastos s o inefi
76. dire o maior flexibiliza o s o teis para promover o emprego Para uns as empresas brasileiras s o resistentes utiliza o de formas mais flex veis de utiliza o da m o de obra Uma raz o seria que a contrata o esta mais atrelada din mica da economia que ao tipo de v nculo O dinamismo da atividade econ mica se concilia com qualquer tipo de vinculo Outra raz o a terceiriza o sem controle que possibilita grande facilidade de ajuste nos custos das empresas Finalmente h os que argumentam que o mercado de trabalho brasileiro j altamente flex vel seja pelo lado da remunera o ou do 1 OQ leitor interessado em detalhes das reformas adotadas e outros aspectos relativos s pol ticas trabalhistas desse per odo deve consultar entre outros Cardoso Jr 2001 Krein 2003 Gomes s d Noronha 1999 2000 Dedecca 2006 e Krein 2007 Sobre a intensidade de utiliza o de modalidades especiais de contato de trabalho pelas empresas brasileiras ver Chahad 2003 20 66 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho emprego onde j se observa uma rotatividade excessiva alta taxa de desemprego aberto elevado n vel de informalidade grande n mero de est gios de experimenta o muito trabalho em tempo parcial etc que garantem a flexibilidade n o sendo preciso a interven o da lei Para outros por m existe um grande paradoxo o mercad
77. do TST interposta da rela o de emprego Contrato de Experi ncia e Tem a dura o m xima de 90 dias O empregador n o precisa dar aviso pr vio e pagar a indeniza o de 40 sobre o dep sito do FGTS assim como as estabilidades provis rias limitam se ao per odo de vig ncia do contrato de experi ncia Contrato de Safra e A sua dura o est vinculada sazonalidade da Lei 5 889 73 atividade agr cola Do ponto de vista dos direitos Como contrato por prazo determinado n o h necessidade do aviso pr vio e nem garantia das estabilidades provis rias para al m da vig ncia do contrato maternidade e doen a ou acidente Contrato de Aprendizagem Permite a intermedia o da m o de obra aprendiz Lei 10097 2000 Trabalho est gio e Amplia as hip teses de utiliza o do est gio MP 2164 99 desvinculada da forma o acad mica e Lei 6 494 77 profissionalizante Trabalho por tempo determinado A ess ncia est em desvincular o contrato por prazo Lei 9 601 98 determinado da natureza dos servi os prestados e Muda os crit rios de rescis o e reduz as contribui es sociais e Cria o banco de horas Den ncia da Conven o 158 da OIT Ela ratificada e 10 meses depois denunciada pelo Decreto 2100 96 governo brasileiro e Elimina mecanismos de inibi o da demiss o imotivada Reafirma a possibilidade de demiss o sem justa causa contin a 67 CEPAL Colecci n Documentos de proyec
78. do mercado de trabalho nos termos do Flexicurity Para uma vis o mais ampla o leitor deve reportar se entre outras as seguintes leituras Madsen 2004 Gehrmann 2007 Jorgensen 2002 e Wilthagen e Tros 2004 13 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Ainda que a presen a desses elementos seja antiga na sociedade dinamarquesa conforme mencionado na se o anterior durante os anos de 1970 e 1980 ele entrou em colapso em decorr ncia da conjuntura internacional adversa em raz o das duas crises do petr leo e do colapso do sistema de Bretton Woods Nos anos de 1990 com a taxa de desemprego na casa dos 12 0 e com o modelo funcionando de forma totalmente passiva colocando mais nfase em assegurar o direito dos desempregados do que buscar seu reingresso no mercado de trabalho promoveu se uma s rie de reformas com o foco central na cria o de um sistema mais ativo envolvendo inclusive a constru o de um novo modelo que garantisse o treinamento vocacional e sustentasse as reformas educacionais j iniciadas em meados de 1980 Surge ent o o modelo Flexicurity Gehrmann 2007 Os tra os principais do sistema dinamarqu s de Flexicurity contemplando inclusive os desenvolvimentos ocorridos ap s as reformas ocorridas nos anos 1990 podem ser vistos na tabela 1 1 que se segue TABELA 1 1 TRA OS PRINCIPAIS DO MODELO DINAMARQU S DE FLEXICURITY Tra os b sicos do
79. dos desempregados relaxando primeiramente a necessidade de ser contribuinte da Previd ncia Social e posteriormente exigindo um engajamento menor ao mercado de trabalho formal Al m disso num Pa s carente de recursos a riqueza do FAT foi sendo cada vez mais cobi ada para outras destina es quando na verdade poderiam ser canalizados para programas ativos voltados para o aprimoramento do mercado de trabalho 5 1 2 A evolu o a dimens o a cobertura e o perfil do segurado do programa brasileiro de SD A tabela 5 1 mostra a evolu o do SD brasileiro Foram atendidos por ano em m dia no per odo 1996 a 2006 aproximadamente 4 7 milh es de desempregados sendo a maior demanda neste ltimo ano com cerca de 5 8 milh es de desempregados A m dia de gastos por ano entre 1996 e 2006 foi de US 2 8 bilh es sendo que em 2006 os gastos atingiram seu maior valor isto US 4 7 bilh es 42 aaia er a E 7 x Esta proposi o foi inspirada na chamada experience rating que vigora no sistema americano de financiar o seguro desemprego Esta iniciativa americana baseou se em experi ncias fracassadas na Europa quando dos prim rdios da implanta o do seguro desemprego naquele continente mas que os americanos conseguiram adotar com algum aprimoramento Seu grande m rito foi talvez mais do ponto de vista moral ao atribuir aos empregadores parcela de responsabilidade pela ocorr ncia do desemprego involunt rio Ch
80. e Para evitar a substitui o de trabalhadores ativos por jovens benefici rios do Programa inicialmente o empregador deveria manter n mero m dio de empregados igual ou superior ao n mero que mantinha antes da ades o ao Programa Atualmente o MTE respons vel pelo monitoramento deste expediente e Atualmente h a possibilidade de contrato de trabalho tempor rio para os jovens do Programa enquanto em sua implementa o a contrata o dos benefici rios deveria ser de prazo indeterminado Apesar das tentativas de melhoria introduzidas no PNPE ele continuou tendo um desempenho bastante insatisfat rio Segundo o Relat rio de Gest o da Secretaria de Pol ticas P blicas de Emprego em 2005 houve uma baixa ades o de empresas ao Programa devido ao excesso de burocracia para viabilizar o primeiro emprego do trabalhador jovem 6 8 3 Pol ticas P blicas de Trabalho e Renda para Idosos No que se refere a pol ticas voltadas para o p blico da terceira idade no mercado de trabalho o material ainda mais escasso dentre os grupos mais vulner veis da for a de trabalho De qualquer forma conhecer a realidade social desse grupo torna se cada vez mais relevante no contexto brasileiro 7 IPEA Boletim de Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise n 9 Agosto 2004 159 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A 478 abs ea e a ZM pois segundo o Governo Federal do Brasil
81. e mulheres e o pleno exerc cio da cidadania os mentores do PNQ argumentam que seu desenho deve ser elaborado de uma forma tal que permita contribuir para alcan ar os seguintes objetivos i Forma o integral intelectual t cnica cultural e cidad dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros ii Aumento da probabilidade de obten o de emprego e trabalho decente e da participa o em processos de gera o de oportunidades de trabalho e renda reduzindo os n veis de desemprego e subemprego ii Inclus o social redu o da pobreza combate discrimina o e diminui o da vulnerabilidade das popula es iv Aumento da probabilidade de perman ncia no mercado de trabalho reduzindo os riscos de demiss o e as taxas de rotatividade ou aumento da probabilidade de sobreviv ncia do empreendimento individual e coletivo v Eleva o da produtividade melhoria dos servi os prestados aumento da competitividade e das possibilidades de eleva o do sal rio e da renda vi Eleva o da escolaridade dos trabalhadores e trabalhadoras por meio da articula o com as Pol ticas P blicas de Educa o em particular com a educa o de jovens e adultos vii Efetiva contribui o para a articula o e consolida o do Sistema Nacional de Forma o Profissional articulado ao Sistema P blico de Emprego e ao Sistema Nacional de Educa o A profunda mudan a de filosofia que marca o PNQ aparece tamb m na defini o do
82. emprego de seus trabalhadores sendo o Brasil o grande campe o enquanto a m dia mundial do ndice 1 58 o indicador para o pa s foi 2 40 o maior entre todos as na es investigadas Em resumo a legisla o brasileira n o respons vel pela flexibilidade observada no mercado de trabalho brasileira mas confere um elevado n vel de prote o para aqueles que est o empregados ou seja para aqueles trabalhadores que possuem contrato de trabalho com carteira de trabalho assinada no mercado formal de trabalho Os insiders brasileiros est o muito bem protegido pela legisla o trabalhista Para finalizar este cap tulo podemos concluir que a legisla o brasileira com rela o s rela es individuais e coletivas de trabalho n o respons vel pela alta flexibilidade observada no mercado de trabalho brasileiro uma vez que dificulta a contrata o do trabalhador Por outro lado representa altos custos n o salariais para contrata o do trabalhador e portanto promovem um alto custo do trabalho num ambiente de baixa produtividade tamb m provocado pelo excesso de regulamenta o trabalhista Por fim a ela protege bastante o trabalhador mas somente aquele que tem v nculo empregat cio com a empresa do setor formal 63 v9 TABELA 3 6 NDICE DE LPE SEGUNDO PA SES SELECIONADOS Contratos ha alternativos de gena o Indice de LPE emprego 1 2 i 3 l 4 Pa s Indice Pa s Indice Pa s Indice Pa s I
83. especiais de contrata o de trabalho formal existentes Na Consolida o das Leis do Trabalho CLT Representam formas de contrata o flex vel no mercado formal de trabalho brasileiro Dados originais da Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS MTE RAIS MTE Ver Krein 2007 p gina 116 A pesquisa realizada por Chahad 20034 mostrou que 68 0 das empresas brasileiras utilizavam alguma modalidade de contrato de trabalho at pico al m do contrato de trabalho padr o conforme revela o Gr fico 2 12 Essa pr tica encontrava se disseminada em todos os setores da atividade econ mica bem como a desagrega o dos dados daquele estudo indicavam que isto ocorria tamb m em todas as regi es do Brasil GR FICO 2 12 BRASIL PORCENTAGEM DE EMPRESAS QUE UTILIZAM ALGUMA FORMA DE TRABALHO FLEX VEL SEGUNDO SETOR DE ATIVIDADE ECON MICA ABRIL JUNHO 2001 C Civil f Agricultura f a Com rcio f q o S o 0 68 Total f Ind stria f Servi os f T T T T T T T T 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Yo Fonte Chahad 20034 a 41 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho As raz es pelas quais as empresas t m procurado fugir do contrato padr o tradicional ainda que permane am utilizando contratos alternativos garantidos pela legisla o aparecem no Gr fico 2 13 que se segue O principal objetivo a redu o dos
84. estudos revelando que o desempregado torna se menos ativo na busca por emprego tenta protelar seu reemprego e com isso acaba afetando a taxa de desemprego evolu o salarial tanto deste segmento quanto de todo mercado informal de trabalho no caso brasileiro Nesse sentido as proposi es de reformas devem centrar seu foco em seus resultados globais Al m do chamado risco moral existe outro efeito perverso na exist ncia do seguro desemprego denominado de sele o adversa pois aqueles que devem comprar esse seguro s o aqueles mais expostos ao sinistro no caso os 52 120 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Ainda que este seja um efeito universal o problema agrava se no caso brasileiro pois uma das formas de minimiz lo tem sido conforme j mencionado associar a habilita o ao seguro desemprego a outras pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho como por exemplo a intermedia o da m o de obra e oferta de outros servi os que permitam a recoloca o do desempregado Essas a es buscam simultaneamente permitir que o trabalhador preserve seu capital humano ou seja n o se obrigam a aceitar um emprego de qualidade inferior sua experi ncia e habilidade mas motiv lo a uma busca mais ativa por trabalho Ocorre entretanto que o programa brasileiro paga o benef cio sem qualquer outra a o de emprego um expediente que tende a transform
85. fato de que a adequa o e efic cia de uma dada pol tica depende basicamente da natureza do desemprego ou das raz es para o baixo n vel de renda e de produtividade Para combater o desemprego agindo diretamente no mercado de trabalho assim como elevar a produtividade e a renda do trabalhador intervindo diretamente sobre ele sabemos que existem tr s tipos de pol ticas que possuem mais complementaridade do que aspectos de substitui o entre si intermedia o de m o de obra qualifica o profissional e microcr dito para pequenos empreendimentos e trabalhadores aut nomos A avalia o de cada uma deve priorizar a racionalidade relativamente redu o do desemprego ou aumento da empregabilidade bem como a eleva o da renda recebida ap s a interven o A intermedia o da m o de obra visa combater as imperfei es de informa es do mercado de trabalho sendo til para diminuir o desemprego friccional e indiretamente sobre a produtividade sempre que isto ocorrer pela baixa qualidade do casamento entre trabalhadores e postos de trabalho Diretamente por m tem um impacto relativamente pequeno sobre a produtividade e a renda do benefici rio da pol tica As pol ticas de treinamento vocacional e qualifica o por sua vez tem impacto sens vel sobre o desemprego quando este decorre de um descasamento entre a qualidade do trabalhador e a vaga oferecida bem como sobre a produtividade e renda mas n o tem qualque
86. financeiro convencional como as micro e pequenas empresas as cooperativas de trabalhadores e outras formas associativas de produ o al m de iniciativas de produ o pr prias de natureza informal A lista de programas existentes at 2005 encontra se no quadro 6 2 que se segue Ap s aquela lei rapidamente foram sendo criados programas e linhas de cr ditos para o financiamento de projetos em reas urbanas Proger urbano para as regi es agr colas e rurais Proger rural e para fornecer apoio financeiro ao pequeno empreendimento agr cola e familiar Pronaf entre outros programas A expans o dos gastos do FAT n o se restringiu ao apoio ao pequeno produtor e voltou se tamb m para empreendimentos de maior porte com alto potencial de cria o de empregos e melhoria da qualidade de vida do trabalhador Proemprego e uma vertente desse programa mas somente destinada ao Nordeste do Brasil e ao norte do Estado de Minas Gerais regi es pobres e com grande contingente de desempregados e trabalhadores informais Protrabalho A expans o do Proger e dos demais programas do FAT contemplou tamb m a rea do microcr dito liberando recursos para o BNDES emprestar no mbito do chamado Programa de Cr dito Produtivo Popular PCPP Essa linha de cr dito buscava formar uma rede de institui es privadas capazes de financiar pequenos empreendimentos O pr prio MTE institui na linha do 60 E EIRE s E 5 Para uma an lise detalh
87. ginas 167 178 Consegiientemente A propor o dos encargos sociais no Brasil calculada com base na metodologia proposta n o t o elevada contrariando a indica o de v rios estudos Pastore 1997 para os quais essa propor o chegaria a alcan ar mais de 100 do sal rio pago pelo empregador Cabe lembrar que estes estudos adotam metodologia convencional cuja concep o jur dica do sal rio e das contribui es sociais define como encargo social todos os itens legais que incidem sobre a folha de sal rios acrescidos do tempo n o trabalhado entre outros Pochmann 1999 p gina 171 Neste contexto os defensores da regula o argumentam que as propostas de altera o na legisla o trabalhista com a elimina o em parte ou no seu todo do conjunto de encargos sociais teria efeitos nefastos classe trabalhadora tanto direta como indiretamente Diretamente porque como os encargos sociais representam um custo diminuto de m o de obra pouco impacto teria sobre a gera o de bons empregos Tudo que ocorreria para os trabalhadores seria uma redu o em seus ganhos monet rios O impacto indireto que adviria seria ainda mais dram tico pois uma reforma trabalhista eliminando os encargos sociais traria perda de receita dos cofres p blicos e sem uma imediata substitui o por fontes de recursos alternativas prejudicaria substancialmente o financiamento das pol ticas p blicas voltadas para beneficiar os trabalh
88. m o de obra informal Este padr o de comportamento foi observado tanto no curto prazo como no longo prazo 2 7 4 Sal rio m nimo e disparidades regionais No Brasil existe uma aus ncia de pol ticas explicitas de desenvolvimento regional Por outro lado os benef cios da Seguridade Social brasileira que s o transferidos diretamente aos indiv duos residentes em regi es de renda per capita inferior a m dia nacional tem cumprindo papel fundamental na sustenta o dos n veis de renda e de consumo das reas mais pobres do pa s especialmente na zona rural Boletim de Pol ticas Sociais acompanhamento e analise n 12 fevereiro de 2006 Nesse sentido em 2003 em 68 0 dos munic pios brasileiros 3 773 o montante de recursos transferidos monetariamente em nome da Seguridade Social aposentadorias pens es benef cios assist ncias e seguro desemprego foi maior que o montante transferido pelo governo federal em nome do Fundo de Participa o dos Munic pios uma fonte de recursos existente no Or amento da Uni o Isto revela a import ncia e o poder da Seguridade Social na distribui o de renda e o papel que o sal rio m nimo exerce em diminuir as disparidades regionais de renda 36 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 2 8 Altera es na estrutura do mercado de trabalho 1992 2006 Esta se o analisa se o comportamento das principais vari veis investigadas no per od
89. moldes verificados na Dinamarca poder requerer um sistema de prote o social extremamente custoso GR FICO 2 16 EVOLU O TEMPORAL DA DESIGUALDADE DE RENDA FAMILIAR PER CAPITA NO BRASIL Coeficiente de Gini Fonte Ipea 0 65 0 64 4 0 634 0 63 4 0 62 4 0 612 0 61 4 0 602 0 64 0 59 4 0 589 0 588 0 58 4 0 587 0 57 4 0 569 0564 L 0 55 DDT TT TT TT TT TT TT TT TT DT TT TT TT TT TT TA o Oo OSdOoO dN oOioOSORrOaO qNOoO os k OaoO Nm w A oco co 0 0 ooo o cdOdoSDSDo Soo oSoSooSoOoooooOooOo 0 O OOQCOO AOQAOCAOQCAO OAO AO AQAO AQAO OQAOQCAOQCAOO CAOQCAO OAOOQAOQAOQAOQAOOOOOQO rreren rereoerrertrrertrerererertrrer rrer r re NANANA Valor m dio do coeficiente de Gini 0 597 Valor m nimo do coeficiente de Gini 0 569 2006b 44 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 3 As caracter sticas e as mudan as recentes na regulamenta o do mercado de trabalho brasileiro 3 1 Um Sum rio Hist rico da Evolu o da Legisla o Trabalhista Brasileira A regulamenta o das rela es de trabalho em suas formas mais primitivas j aparece na hist ria brasileira desde 1669 com a tentativa de se enquadrar s corpora es de of cio de ourives em Salvador Mascaro Nascimento 2004 p gina 79 Moraes Filho e Flores de Moraes 2003 p ginas 92 93 chamam a aten o para a exi
90. ncia inclusive aspectos relativos sua cobertura e participa o no mercado de trabalho Estudar a alternativa de pol ticas para os que cuidam dos idosos especialmente pelo crescimento do contingente deste segmento populacional Iil Relacionados aos benef cios por incapacidade Construir um di logo social para a avalia o o aperfei oamento e a implementa o de pol ticas de preven o de acidentes e doen as ocupacionais em todos os segmentos p blicos e privados da economia brasileira Manter a diferencia o de crit rios de aposentadoria em casos de atividades exercidas em condi es especiais que prejudiquem a sa de ou a integridade f sica buscando mecanismos para a redu o de situa es de insalubridade penosidade e periculosidade no mercado de trabalho Aprofundar as pol ticas de preven o de incapacidade laboral e reabilita o m dica profissional dos segurados em aux lio doen a e demais benef cios de incapacidade Melhorar o atendimento da previd ncia e o dos segurados do sistema p blico de sa de Melhorar os mecanismos de reinser o dos incapacitados 178 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho IV Relacionados administra o gest o e financiamento da Previd ncia e sua coordena o com a assist ncia Social Desonera o da folha de sal rios sem aumento da carga tribut ria do pa s conjugada com a es voltadas para a ampli
91. no ambiente de trabalho Essa forma o realizada em curso ou programa sob a orienta o e responsabilidade de institui es de aprendizagem legalmente qualificadas nesse tipo de forma o O contrato de trabalho do aprendiz por tempo determinado e com o piso de remunera o de um sal rio m nimo hora Ao t rmino do per odo do contrato ou ao completar a idade limite o aprendiz deve ser desligado do programa ou ser contratado atrav s da CLT como empregado da empresa O contrato de Aprendizagem n o se restringe apenas ao PNPE embora existam esfor os do Governo em estimular as empresas a dar prefer ncias aos jovens inscritos no Programa Tanto que em junho de 2005 o governo Federal estabeleceu uma Medida Provis ria que elevou a idade limite dos aprendizes de 18 para 24 anos de forma que o aprendiz se enquadra numa faixa et ria aproximada dos jovens inscritos no PNPE O Servi o Civil Volunt rio oferece oportunidade de profissionaliza o forma o para a cidadania presta o de servi os comunit rios e eleva o de escolaridade de jovens advindos do sistema penal ou de institui es s cio educativas em situa o de risco social Tem dura o de 600 horas distribu das em 6 meses das quais 200 horas s o destinadas eleva o de escolaridade al m de no m nimo 30 dias de trabalhos comunit rios Os benefici rios s o prioritariamente encaminhados para atividades sociais solid rias participando em pr
92. o IBASE 1999 a consider lo um mero substituto do cr dito agr cola tradicional 141 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho c houve um aumento de 18 1 no estoque de trabalhadores com carteira de trabalho assinada depois da concess o do cr dito d enquanto para o conjunto de micro e pequenas empresas no Pa s houve em 1998 um aumento de 2 64 no emprego formal esta cifra foi cerca de 30 0 entre aquelas que receberam o cr dito pelo Proger e a estimativa dos efeitos indiretos e aqueles decorrentes do efeito renda produzidos pela concess o do cr dito revelou um crescimento ainda maior do emprego formal 39 mil empregos indiretos e 115 mil empregos devido ao efeito renda Em termos globais cada opera o de cr dito concedida a um benefici rio do Proger gerou cerca de nove postos de trabalho no mercado formal e f a cria o de empregos foi sustent vel uma vez que nas empresas com mais de tr s anos de cr dito concedido ainda ocorria a cria o l quida de empregos diretos com carteira de trabalho assinada Barros e Carvalho 2002 reconhecem os bons resultados desse estudo mas chamam a aten o para alguma superestima o na avalia o do emprego gerado Em primeiro lugar porque essas empresas j vinham gerando emprego no per odo anterior concess o de cr dito Em segundo lugar porque mesmo as pequenas empresas que n o se beneficiaram do cr dito experimenta
93. o ao emprego o ndice de seguran a no trabalho Dentre os pa ses com menor n vel de prote o h uma dispers o entre na es pobres Z mbia ou ricas Estados Unidos da Escandin via Dinamarca ou rabes Marrocos ou asi ticas Cingapura n o havendo um padr o bem definido J entre os pa ses que mais protegem a seguran a no emprego predominam dois tipos de na es os latino americanos e os pa ses em transi o do leste europeu O ndice do Brasil 0 69 praticamente o dobro da m dia mundial 0 36 e quase igual ao de Mo ambique 0 71 o maior obtido para um pa s individual O somat rio desses tr s ndices resultou no ndice de legisla o de prote o ao emprego LPE que pode ser aferido na ltima coluna da tabela 3 6 Entre os pa ses com menores ndices de prote o ao emprego aparecem as na es desenvolvidas da Europa e os Estados Unidos com fortes esquemas de Seguridade Social e amplos sistemas de negocia es trabalhistas ambos fundamentais na defini o do sistema de prote o social aos trabalhadores H tamb m neste bloco na es asi ticas cujo baixo ndice de prote o reflete mais um componente s cio cultural do que propriamente um abandono do Estado o que j n o se pode dizer do Zimb bue que integra esta lista onde o motivo mesmo a total falta de prote o social ao individuo No outro extremo temos os pa ses que mais protegem de jure por meio da legisla o o
94. o informal em n vel aproximado do crescimento do PIB No que diz respeito a tamanho relativo da for a de trabalho verifica se no gr fico 2 1 que a taxa de participa o aumentou ligeiramente entre 1992 e 2006 passando de 61 5 para 62 4 Nota se entretanto que tem havido um vigoroso processo de incorpora o da mulher ao mercado de trabalho tendo sua taxa de atividade se elevado de 47 2 para 52 6 enquanto a participa o dos homens permaneceu praticamente a mesma 25 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 2 1 BRASIL TAXA DE PARTICIPA O NA FOR A DE TRABALHO 1992 2006 90 Porcentagem 83 8 85 4 80 4 m e Cd 732 739 736 738 id a a qa od TOTO O A AR nani ra gi PA 704 65 4 654 E 62 0 62 8 62 4 RE dd 591 601 602 ONN a SE O eis et 554 e ag FO ss Ro qe 0 Ban e P 50 3 50 7 i 451472 470 81 ag 472 as 40 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Homens Mulheres a Total Fonte Pnad IBGE Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada 2 3 A Evolu o da Ocupa o e do Emprego Formal A popula o ocupada total brasileira cresceu no per odo de refer ncia 27 1 passando de cerca de 70 milh es de trabalhadores para aproximadamente 89 milh es de ocupados um aumento l quido de 19 milh es de postos de trabalho sejam formais ou informais A compara o entre a evolu
95. o modelo Flexicurity dinamarqu s de funcionamento do mercado e trabalho e prote o social ao trabalhador Buscando atender os termos de refer ncia o relat rio contemplou in meros temas da realidade brasileira ficando assim estruturado O capitulo 2 apresentou o desempenho e os fatos estilizados do mercado de trabalho brasileiro entre 1992 2006 o capitulo 3 contemplou as caracter sticas e as mudan as nas recentes rela es individuais e coletivas de trabalho brasileiras o capitulo analisou a seguridade social brasileira com nfase no papel da Previd ncia Social o capitulo 5 mostrou os principais tra os do sistema brasileiro de prote o social aos desempregados com destaque para o seguro desemprego e o fundo de garantia do tempo de servi o o capitulo 6 resenhou as principais pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho o capitulo 7 trouxe a posi o dos principais atores sociais com rela o necessidade de reformas em v rias reas tendo em vista caminhar para um modelo de prote o social estilo dinamarqu s combinando flexibilidade com seguran a O ltimo cap tulo traz a posi o do consultor sobre as possibilidades e as limita es para a ado o do modelo Flexicurity no caso brasileiro Ao final segue a bibliografia consultada CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 1 Modelo Dinamarqu s Flexicurity no mercado de trabalho 1 1 Introdu o
96. para a trajet ria ocupacional do trabalhador foi investigada por Chahad e Fernandes 2002 Eles estimaram o impacto do seguro desemprego sobre as transi es para os seguintes grupos ocupacionais a trabalhadores no setor formal b trabalhadores no setor informal c desempregados e d inativos Dentre os resultados obtidos sobre o impacto do seguro sobre as transi es no mercado de trabalho destacam se os que a seguir se comentam O primeiro diz respeito ao impacto sobre a taxa de 50 Esta pratica tem sido arduamente combatida pelas autoridades do Minist rio do Trabalho e Emprego tanto atrav s da melhoria do sistema de fiscaliza o como principalmente atrav s do cruzamento das informa es dos cadastros e registros de empregados sob sua responsabilidade 117 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho desemprego Existe uma ampla experi ncia emp rica internacional mostrando que o seguro desemprego tende a elevar a taxa de desemprego ao tornar o custo do lazer menor e diminuir os custos da pesquisa por um novo emprego As evid ncias encontradas para o Brasil contradizem essa experi ncia conforme mostra o gr fico 5 2 No ano de 1997 a taxa observada de foi de 7 7 Caso n o houvesse seguro desemprego ela seria maior isto 8 6 revelando um resultado oposto ao constatado no cen rio internacional GR FICO 5 2 IMPACTO DO SEGURO DESEMPREGO NA TAXA DE DESEMPREGO
97. pobres ou n o possuem outra ocupa o seja no mercado formal ou informal Thomas 1999 tamb m analisou o SD brasileiro sob a tica do job matching no mercado de trabalho O gr fico 5 1 identifica a situa o ocupacional dos benefici rios de acordo com as atividades desempenhadas Este gr fico fala por si mesmo mas importante ressaltar que apenas 14 0 daqueles que recebiam os benef cios estavam procurando efetivamente um novo emprego no ltimo m s isto eram desempregados t picos Cerca de 42 0 na situa o de inativos desencorajados e atividades educacionais n o buscavam trabalho Os demais 44 0 recebiam o benef cio e trabalhavam sendo 28 0 deles no setor informal Algumas das principais estat sticas desta subse o referem se pesquisas amostrais domiciliares realizadas pelo IBGE na segunda metade dos anos 1990 Ainda que possam ter havido melhorias no funcionamento do SD brasileiro a conviv ncia com a realidade do mercado de trabalho o conhecimento do funcionamento das institui es brasileiras e a aus ncia de novos estudos indicam que grande parte das distor es apontadas nesta se o ainda persistem no funcionamento no sistema brasileiro de prote o social aos desempregados 116 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho O mais estranho contudo a exist ncia de 16 0 de desempregados recebendo o benef cio e trabalhando no setor formal da
98. pobreza indig ncia muito embora esteja distante de tir las da linha de pobreza TABELA 4 6 BRASIL IMPACTO DA PREVID NCIA SOCIAL NA POBREZA EM REAS URBANAS E RURAIS 2003 Porcentagem Situa o rea rural rea urbana Brasil econ mica Com renda da Sem renda da Com renda da Sem renda da Com renda da Sem renda da Previd ncia Previd ncia Previd ncia Previd ncia Previd ncia Previd ncia Popula o em situa o de indig ncia 28 9 42 7 9 8 20 1 12 8 23 6 Pobres 28 2 27 3 17 2 18 6 18 9 20 0 N o pobres 42 9 30 0 73 0 61 3 68 3 56 4 Total 100 0 100 0 100 0 100 0 100 0 100 0 Fonte Informe de Previd ncia Social Volume 17 n 03 mar o de 2005 Indig ncia Renda domiciliar per capita menor ou igual a 1 4 do sal rio m nimo Pobre Renda domiciliar per capita menor ou igual a 1 2 do sal rio m nimo Estes resultados ganham mais relev ncia em termos de prote o social garantida pela Previd ncia Social quando se observa o gr fico 4 4 A evolu o das estat sticas revela que esta havendo um crescente distanciamento entre a linha que representa os pobres com previd ncia e a que representa os pobres sem previd ncia o que mostra uma crescente import ncia do pagamento dos benef cios para retirar os indiv duos da linha de pobreza Em outros termos a participa o da contribui o do pagamento dos benef cios da Previd ncia Social no rendimento das fam lias mai
99. podendo atuar como arbitro ou mediador na solu o dos conflitos coletivos de trabalho A esfera de atua o do MPT concentra se em aspectos que regra geral envolve um conjunto de trabalhadores enquanto a fiscaliza o do MTE mais focalizada nas empresas atrav s de interven o direta Os procuradores do MPT t m a liberdade de tomar iniciativas de investiga o para apurar den ncias e de encaminhamento judicial de qualquer quest o em que esteja havendo o descumprimento da legisla o trabalhista afetando um conjunto de trabalhadores A a o do MPT pode ocorrer a partir de noticias nos meios de comunica es ou por solicita o da Justi a do Trabalho Labor Courts ou por iniciativa pr pria ou por processo decorrente de a o individual O MPT tem sido muito atuante e n o raramente tem extravasado para al m de suas fun es De qualquer forma ele tem se voltado para a fiscaliza o e a solu o de problemas de dimens o nacional em especial a erradica o do trabalho infantil o combate ao trabalho escravo e for ado a elimina o das diversas formas de discrimina o a disciplina do trabalho terceirizado a garantia dos direitos fundamentais no trabalho a inser o dos portadores de defici ncia f sica e dos incapacitados em geral e a observ ncia das normas de sa de seguran a e medicina do trabalho Outra caracter stica distintiva da atua o MPT em rela o fiscaliza o tradicional sua maior arti
100. poss vel que os esfor os para implantar o Sistema P blico de Emprego Trabalho e Renda SPETR representem um passo adiante nesta dire o mas at agora tudo se resumiu a uma Resolu o do CODEFAT unificando conv nios muito pouco 150 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 6 8 Pol ticas P blicas para Grupos Espec ficos Esta se o traz um resumo das principais a es recentes do governo federal voltadas para atender a grupos espec ficos da for a de trabalho brasileira Mesmo reconhecendo que muitos desses grupos tenham significativa participa o no mercado de trabalho em particular em atividades informais poucas t m sido as pol ticas e a es de governo voltadas para aumentar o emprego melhorar a empregabilidade promover a inclus o social ou elevar o bem estar social destes grupos populacionais Para alguns autores Kon 2001 Ribeiro e Juliano 2005 Sposito e Carrano 2003 isto ocorreu no per odo entre a d cada de 1980 e o in cio da d cada de 1990 porque as pol ticas p blicas brasileiras buscavam organizar a economia do pa s de uma maneira geral centradas em aspectos macroecon micos e por isso n o foram desenvolvidas pol ticas microecon micas compensat rias focadas em grupos mais vulner veis como mulheres jovens idosos trabalhadores pouco qualificados entre outros Nesse sentido na d cada de 1980 a prioridade eram os aspectos de estabiliza o do
101. profunda influ ncia sobre o custo do desemprego com impactos negativos para a busca por ocupa o sobre a disposi o para receber treinamento e outros aspectos relativos ao est mulo ao trabalho No estudo j mencionado de Ansileiro e outros 2002 entre 1992 e 1999 o valor m dio do benef cio ajudou a preservar cerca de 1 3 da renda m dia dos desempregados assalariados que foram dispensados sem justa causa do setor privado quando se toma como refer ncia a remunera o m dia mensal registrada na carteira de trabalho dos assalariados do mercado formal Dentro da realidade de baixos n veis salariais em termos absolutos que caracteriza o mercado de trabalho brasileiro esta taxa de reposi o salarial pode ser considerada alta devendo ser uma das explica es para algumas distor es observadas no status ocupacional do desempregado que recebe seguro desemprego ver Thomas 1999 Finalmente com rela o ao perfil do benefici rio nota se que ele se assemelha ao perfil j conhecido dos trabalhadores absorvidos pelo setor formal Os segurados est o localizados em maior propor o na regi o Sul Sudeste em sua maioria possuem mais de 8 anos de escolaridade s o pertencentes ao setor terci rio e com idade superior a 39 anos Chama a aten o que os crit rios de elegibilidade do programa brasileiro de seguro desemprego n o contribuem para melhorar as igualdades de oportunidades uma vez que mesmo sendo maior o desemprego entre
102. prote o ao individuo e n o ao emprego a sociedade brasileira n o aceita uma mudan a dessa natureza seja pelos custos pol ticos seja pela ndole mesmo do brasileiro ou mesmo pelos alt ssimos custos de transi o Deve se reconhecer contudo que as reformas estruturais tendem a melhorar a efici ncia alocativa do mercado de trabalho na medida em que reduzem a folha de pagamento sobre as empresas sendo esta incid ncia considerada uma das causadoras da alta informalidade do trabalho no Brasil De qualquer forma sabe se com clareza quais s o os par metros que devem ser modificados para melhorar o desempenho da Previd ncia Social e aproxim la de padr es internacionalmente praticados conforme se explanou na se o 4 6 3 Eles ser o aqui apenas mencionados para dar sustentabilidade ao argumento da reforma uma vez que sua justificativa aparece naquela se o e na bibliografia de refer ncia a imposi o de uma idade m nima para aposentar se no RGPS b reduzir o diferencial at sua elimina o da idade de aposentadoria entre homens e mulheres c fim do regime de aposentadoria especial para professores d indexa o de todas as aposentadorias a um ndice de pre os e fim do regime especial de benef cios rurais f redefini o do piso assistencial 195 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho para 75 do beneficio previdenci rio g novo desenho do sistema
103. regulamentadas pelo Decreto no 3 048 1999 Existe um conjunto legal predefinido de riscos sociais que devem ser cobertos pela Previd ncia quais sejam por doen as invalidez maternidade velhice morte e acidente ou doen as decorrentes do exerc cio do trabalho Os benef cios devem ser pagos aos segurados e aos seus dependentes O sistema previdenci rio brasileiro regido pelo principio Bismarckiariano de vincula o estrita entre a contribui o e o beneficio ou seja somente quem contribui para o sistema tem acesso aos benef cios que ela oferece A figura 4 1 cont m em termos estilizados a organiza o da Previd ncia Social no Brasil em termos dos regimes que a comp em mencionando algumas de suas principais caracter sticas Esta figura revela que existem tr s grandes regimes previdenci rios para atender a popula o brasileira o Regime Geral de Previd ncia Social RGPS o Regime Pr prio de Pr prio de Previd ncia Social RPPS e o Regime Complementar de Previd ncia RCP 76 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho FIGURA 4 1 ESTRUTURA DO SISTEMA PREVIDENCI RIO BRASILEIRO RGPS Regime Geral de Previd ncia Social RPPS Regimes Pr prios de Previd ncia dos Servidores PREVID NCIA COMPLEMENTAR TRABALHADORES DO SETOR PRIVADO E FUNCION RIOS FUNCION RIOS P BLICOS MILITARES P BICOS CELETISTAS ESTATUT RIOS FEDERAIS TODAS AS PESSOAS
104. se refor a na medida em que O crescimento da economia a inclus o previdenci ria e a formaliza o do mercado de trabalho elevar o a receita da seguridade melhorando a sua sensibilidade e a capacidade de gest o de m dio e longo prazo e a ado o de uma gest o democr tica atrav s da institui o de um Conselho Nacional de Seguridade Social garantir um acompanhamento sistem tico das pol ticas e seus resultados sobre as contas da seguridade social MPS 2007 p ginas 5 6 O corol rio da posi o dos trabalhadores em minimizar a transi o demogr fica ou seja n o aceitam a imposi o de uma idade m nima para solicitar a aposentadoria esta na frase final de sua declara o Frente a este quadro a bancada dos trabalhadores mant m sua posi o pelo fim do fator previdenci rio MPS 2007 p gina 6 Relembra se aqui que este fator previdenci rio foi introduzido na reforma da Previd ncia Social realizada em 1998 1999 pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso tendo por objetivo contornar as dificuldades de se impor uma idade m nima para aposentadoria no cen rio previdenci rio brasileiro A posi o intermedi ria do governo na quest o da transi o demogr fica pode ser entendida diretamente da sua declara o de voto no relat rio A transi o demogr fica requer para a sustentabilidade do pacto de gera es da Previd ncia Social um ajuste no tempo de contribui o e ou da idade de
105. sistema de prote o esta atrelada rela o de emprego e n o ao trabalhador Pastore 2005a p gina 105 Nesse sentido novas praticas trabalhistas como a sub contrata o e a terceiriza o o trabalho casual o trabalho em tempo parcial o trabalho intermitente o tele trabalho os cons rcios as cooperativas de trabalho as redes de produ o o trabalho volunt rio entre outros procuram aumentar a efici ncia do sistema produtivo adaptando a for a de trabalho s transforma es na base tecnol gica A legisla o trabalhista brasileira contudo n o facilita a utiliza o dessas novas praticas trabalhistas e nem capaz de garantir a prote o social m nima para quem trabalha dessa forma A estrutura b sica da CLT que se mant m praticamente imut vel em 70 anos da rela o de subordina o na qual se definem apenas dois tipos de atores sociais os empregadores e os empregados sendo que o contrato entre eles sempre por tempo indeterminado c Legisla o n o protege novos tipos de rela es de trabalho As leis brasileiras s o duplamente perversas pois somente protegem aqueles que est o no mercado formal com rela o de emprego bem definida insiders mas n o aqueles n o possuem uma rela o de subordina o tradicional estando fora das rela es formais de trabalho ou mesmo desempregados outsiders Al m disso a pr pria legisla o trabalhista assim como a legisla o fiscal e tribut ria con
106. tal n o faz parte do interesse direto deste texto Ademais as Cartas Magnas acabam sempre consolidando a legisla o trabalhista pr via a elas inclusive porque n o faz parte da cultura brasileira a regulamenta o completa das leis complementares que elas determinam quando promulgadas 46 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 3 1 CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS FATOS HIST RICOS DA LEGISLA O SOBRE A REGULA O DO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL 1930 2005 Diploma Legal Ano Hist rico Decreto 19 433 1930 Decreto 19 740 1931 Decreto 21 396 1932 Decreto 21 175 1932 Lei n 62 1935 Lei n 185 1936 Decreto lei 1 237 1939 Decreto lei 5 452 1943 Lei n 605 1949 Lei n 4 090 1962 Lei n 4 266 1963 Lei n 4 214 1963 Lei n 4 330 1964 Lei n 5 107 1966 Decreto 61 032 1967 Lei Complementar n 7 Lei n 6 062 1974 Lei n 6 708 1979 Lei n 6 886 1980 Decreto lei n 2 284 1986 Lei n 7 783 1988 Lei 7 998 1990 Lei n 8 069 1990 Decreto 1 572 1995 Lei n 9 307 1996 Lei n 9 601 1998 Lei n 20 1998 Lei n 9 799 1999 Lei n 9 841 1999 Lei n 9 957 2000 Lei n 9 958 2000 Decreto 3 361 2000 Lei n 10 097 2000 Lei n 10 098 2000 Lei n 10 101 2000 MP 1 879 17 1999 Enunciado TST 331 2000 Lei n 10 218 2001 MP 2 164 39 2001 Lei n 10 741 2003 Decreto 5 199 2004 PEC 369 05 Cria o do Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio
107. ter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econ micas e profissionais estipulam condi es de trabalho aplic veis no mbito das respectivas representa es s rela es individuais de trabalho conforme preceitua o artigo 611 da CLT sendo que seu efeito alcan ar todas as empresas representadas pelo sindicato dos empregadores Na hip tese de negocia o coletiva por meio da conven o coletiva obrigat ria a participa o do sindicato como interlocutor conforme consta da Constitui o Federal art 8 inciso VI ressaltando se que o sindicato negociar apenas em sua base territorial Na legisla o brasileira o acordo coletivo representa outra forma de negocia o coletiva com previs o no art 611 1 da CLT Cumpre destacar que ser uma composi o entre o sindicato dos trabalhadores e uma ou mais empresas e portanto sua aplica o se delimitar empresa estipulante Nesse caso quem atuar na negocia o n o ser o sindicato patronal mas sim o pr prio empregador 3 Ver Anu rio dos Trabalhadores 2007 DIEESE 8 edi o S o Paulo 2007 55 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Greve A greve um direito coletivo dos trabalhadores brasileiros que poder o se valer dela para pressionar o empregador reivindicando por melhores condi es de trabalho Entretanto possui limites sob pena de ser considerada ab
108. their training content on others activities to improve the skills of participants As a result the overall outcome might be less positive of unemployed persons who are unable to find a job before entering activation Devemos contudo recordar aqui os ensinamentos da moderna Economia do Trabalho mostrando que o treinamento especifico aumenta a flexibilidade salarial das empresas em momentos de queda de demanda o que n o ocorre com o treinamento geral Isto porque no caso do treinamento especifico o trabalhador recebe menos que o valor de sua produtividade marginal ap s o treinamento havendo portanto um espa o de negocia o salarial nos momentos de crise Ver Ehrenberg e Smith 2006 capitulo 5 17 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 1 5 Alcance e Limita es do Modelo Dinamarqu s para Outros Pa ses O sucesso do modelo de Flexicurity dinamarqu s tem atra do a aten o internacional seja pelos resultados que t m sido constados ap s sua implementa o nos moldes que ocorreu ap s as reformas ocorridas em meados de 1990 seja com rela o s suas possibilidades de servir de paradigma para outros paises Em especial a OECD 2004 em seu informe anual e a European Commission 2006 citaram a combina o dinamarquesa de mercado de trabalho flex vel ativa o das pol ticas voltadas para o mercado de trabalho e forte sistema de Welfare State como um modelo exemplar a se
109. ticas p blicas voltadas especificamente para este grupo come aram a ser desenvolvidas somente em meados de 1990 Nesta poca foram implementados o Programa Jovem Empreendedor e o Programa de Capacita o Solid ria atualmente extintos J em 2003 foi elaborado o Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego para Jovens PNPE de acordo com a lei 10 748 e executado pelo Minist rio do Trabalho e Emprego com o apoio de institui es organiza es civis e de todas as esferas governamentais Este Programa tem o objetivo de contribuir com a gera o de oportunidades de trabalho para os jovens de 16 a 24 anos com renda familiar per capita de at meio sal rio m nimo O programa subvenciona empresas p blicas e privadas a contratarem jovens que estiverem cadastrados no PNPE Entre as muitas a es do Programa todas incentivam a educa o e qualifica o destes jovens Seu desenho e sua implementa o contudo se revelaram um grande fracasso em decorr ncia da baixa ades o e da excessiva burocracia Com rela o popula o da terceira idade apesar de haver a Pol tica Nacional do Idoso PNI lei no 8 842 estabelecida em 1994 para que o p blico da terceira idade possa viver com qualidade de vida nenhum documento a descreve profundamente principalmente ap s a elabora o do Estatuto do Idoso Tal Estatuto foi implementado em 2003 sob a responsabilidade Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa CND rg o inte
110. vale para o trabalhador tornando assim o custo do trabalho maior Como consegii ncia h uma indu o ao aumento da informalidade e ou haver redu o na demanda por trabalho freando o emprego e ou conduzindo a menores n veis salariais Por ser uma propriedade sua mas com baixa liquidez e baixa remunera o a rotatividade provocada pelo trabalhador tornasse uma nica forma de acesso para que ele possa assumir o controle de algo que lhe pertence Nada h de errado nisto pois o trabalhador esta fazendo uso da racionalidade econ mica inerente a todo indiv duo pobre ou rico que procura dar um melhor destino aos recursos do FGTS Como o montante acumulado tende a crescer com o tempo de servi o existe um mecanismo perverso inerente ao FGTS que opera no sentido de desestimular v nculos de emprego mais duradouros pois prolonga o tempo que o trabalhador pode ter acesso a um recurso financeiro que lhe pertence Existe assim um est mulo rotatividade provocada pelo pr prio trabalhador para obter mais rapidamente um dinheiro que lhe pertence o qual esta sendo mal aplicado pelo governo A multa tem implica es para os trabalhadores e para as empresas Ao ser paga diretamente ao empregado e n o a um fundo de desemprego ela resolve o problema da burla mas tem um importante impacto no comportamento do trabalhador contribu ainda mais para a promo o da rotatividade uma vez que ele sempre buscar induzir sua demiss o tendo em
111. 0 0 1 0 3 0 7 1 0 0 9 1 1 1 2 1 8 1 7 1 8 1 8 Servidores p blicos RPPS Receita 1 0 0 7 0 7 0 7 0 7 0 6 0 6 0 6 0 5 0 7 0 8 1 1 Despesa 3 8 4 4 4 1 4 4 4 4 4 5 4 8 4 6 4 3 4 3 2 8 3 9 D ficit 2 8 3 7 3 4 3 7 3 7 3 9 4 2 4 0 3 8 3 6 2 0 2 8 Total Receita 6 0 5 9 5 8 5 8 5 7 5 7 5 8 5 9 5 8 6 3 5 6 6 4 Despesa 8 8 9 7 9 5 10 2 10 4 10 5 11 1 11 1 11 4 11 6 9 4 11 0 D ficit 2 8 3 8 3 7 4 4 4 7 4 8 5 3 5 2 5 6 5 3 3 8 4 6 Fonte Elabora o do autor com base em Giambiagi e outros 2004 e no Anu rio Estat stico da Previd ncia Social 2006 No caso do crescimento do d ficit do INSS vimos que uma das causas tem sido a queda do n mero potencial de contribuintes em parte pelas transforma es na estrutura ocupacional do mercado de trabalho Sob a tica das despesas tem sido apontados os seguintes fatores a benevol ncia da legisla o as leis trabalhistas brasileiras permitem que os indiv duos se aposentem precocemente sem idade m nima apenas tendo cumprido tempo de servi o ou tempo de contribui o Entre 1993 e 2003 o estoque de benefici rios das aposentadorias por tempo de servi o que s o as mais caras cresceram uma m dia de 6 ao ano muito superior ao crescimento total de benef cios que foi de 4 ao ano e b efeito sal rio m nimo como a grande propor o dos benef cios correspondem a valor de um sal rio m nimo o aumento real dessa vari vel pressiona bastante
112. 0 287 514 422 498 581 618 742 880 869 670 844 693 887 611 890 830 878 394 5 Admitidos Setor Formal Caged 8155684 8421987 8067389 8 181 425 9668132 10351643 9812379 9809343 11296496 12179001 8790821 6 Desligados Setor Formal Caged 8428385 8457722 8649134 8 377 426 9010536 9760564 9049965 9163910 9773220 10925020 7583751 7 N mero de ag ncias SINE 599 756 947 963 900 812 949 1021 1066 1157 1170 Indicadores de Efic cia TH Q Taxa de aproveitamento de 40 1 46 5 44 1 40 5 45 4 51 8 52 7 54 1 53 1 51 8 49 6 9 9 6 Taxa de sucesso nos 243 27 1 26 8 25 4 221 25 8 25 2 24 6 25 0 23 0 21 8 encaminhamentos 10 GVA Tags Colocac dos 11 7 11 3 93 11 2 12 1 15 8 17 0 15 5 18 2 17 9 17 1 trabalhadores Indicadores de Efetividade L COG Atatividade para o 15 7 22 0 35 9 44 9 53 3 48 0 56 6 59 4 49 9 45 6 67 9 trabalhador 12 2 5 Atratividade para a 4 7 5 4 8 1 12 8 13 3 13 9 16 8 15 9 148 14 1 20 2 empresa CDI OO Taza de adinissaoino 1 9 2 5 3 6 52 6 0 72 8 9 8 6 7 9 7 3 10 0 mercado de trabalho Indicadores da Capacidade de Cobertura a Oy Atendimento ag 14071 11187 9 133 8 699 10012 12020 9536 8975 9 168 9 443 6482 trabalhador 15 5 7 Atendimento s empresas 13615 11140 8519 8 496 10742 12748 10340 9 608 10597 10526 7514 Fonte Elabora o do autor Dados originais DES SPPE MTE Dados at agosto SOJI9 OJd p soyusun oq U91090 TV dHO OY egen ap Ope ou spepifiqu
113. 005a p gina 311 a erradica o da pobreza da marginalidade e redu o das desigualdades sociais por meio do trabalho tendo por base o desenvolvimento sustentado em mbito nacional regional e local b fortalecimento das pol ticas ativas especialmente de gera o de emprego trabalho e renda c fortalecimento e participa o ativa dos atores sociais na gest o do SPETR d articula o do SPETR com a es e programas dos diversos rg os governamentais e n o governamentais que atuam na rea social notadamente aqueles que utilizam recursos da seguridade social e universaliza o das a es do SPTER como um direito assegurado com o exerc cio de a es afirmativas para segmentos sociais espec ficos e mais vulner veis exclus o social f sistema deve estar integrado eleva o da escolaridade visando o pleno desenvolvimento dos trabalhadores para o exerc cio da cidadania e da qualifica o para o trabalho e g descentraliza o das atividades e integra o de todas a fun es dotado de grande capilaridade informatizado com um sistema de informa es acess vel para todos os atores sociais visando efetividade social das pol ticas de emprego trabalho e renda e estrutura o de um sistema nico Al m dos princ pios gerais foram adotadas resolu es referentes forma de integra o das fun es do sistema formas de financiamento n veis de compet ncia formas de participa o
114. 03 2004 2002 Mulheres 131 62 139 31 120 0 139 30 Pretos pardos e ind genas 122 40 119 03 150 0 105 00 Baixa escolaridade 89 70 88 60 100 0 88 40 Jovens 185 00 210 03 150 0 165 70 Fonte Minist rio do Trabalho e Emprego Plano Nacional de Qualifica o PNQ PlanTeQs 2003 e 2004 Exclui educandos sem declara o Resultados preliminares corresponde a 90 da execu o PlanTeQs2004 GR FICO 6 5 BRASIL EFICI NCIA DO PNQ Custo educando hora R 3 00 2 57 2 50 Meta PNQ 2004 PNQ 2004 PNQ 2003 Planfor 2002 Fonte Minist rio do Trabalho e Emprego Plano Nacional de Qualifica o PNQ PlanTeQs 2003 e 2004 Resultados preliminares corresponde a 90 da execu o PlanTeQs2004 Os indicadores do PNQ procuram mostrar dois outros diferenciais com rela o ao PLANFOR conforme se verifica na tabela 6 7 uma focaliza o mais acentuada em grupos populacionais mais vulner veis desempregados mulheres e jovens e a ocorr ncia de uma articula o entre o treinamento vocacional com outras pol ticas ativas empreendidas sob a responsabilidade do MTE Nesse caso os dados indicam que cerca de 75 0 dos trabalhadores recebendo treinamento s o beneficiados por outras pol ticas de inclus o social gera o de renda ou de trabalho 136 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho E TABELA 6 7 i E BRASIL FOCALIZA O E ARTICULA O
115. 07 A Recente Queda da Desigualdade de Renda e o Acelerado Progresso Educacional Brasileiro da ltima D cada Texto para discuss o n 1304 Ipea Rio de Janeiro Setembro BELTR O K I e PINHEIRO S S 2005 Brazilian Population and the Social Security System reform alternatives Texto para discuss o n 1067 Ipea Rio de Janeiro Janeiro BOTERO J DJANKOV S LA PORTA R SILANES F e SHLIEFER 2003 The Regulation of Labour Working Paper 9756 National Bureau of Economic Research Cambridge June BREDGAARD T 2005 Danish Labour Market Policy An Eroding Success Centre for Labour Market Research CARMA Aalborg University Denmark julho BREDGAARD T LARSEN F e MADSEN K 2005 The Flexible Danish Labour Market A review CARMA Research Papers 2005 01 Aalborg University Denmark abril BRONSTEIN A S 1998 Passado y Presente de la Legislaci n Laboral en Am rica Latina Equipo T cnico Multidisciplin rio San Jos Costa Rica Junio CAMARGO J M 2004 O Investimento como Prote o a l gica da reforma trabalhista in Reformas no Brasil Balan o e Agenda F bio Giambiagi Jos Guilherme Reis Andr Urani organizadores Editora Nova Fronteira Rio de Janeiro CAMARGO J M e REIS M C 2007 Lei Org nica da Assist ncia Social Incentivando a Informalidade in Previd ncia no Brasil debates dilemas e escolhas Paulo Tafner e F bio Giambiagi organizadores Ipea Rio de Janeiro CARDOSO
116. 1998 e MP 1709 98 Libera o do Trabalho aos domingos MP 1 878 64 99 Horas Trabalhadas MP 2 164 39 2001 PLR Participa o nos Lucros e Resultados MP 1029 94 Lei n 10 101 a partir de 19 12 2000 que reproduz a MP 1982 77 2000 e Disciplina os limites das despesas com pessoal e estabelece o prazo de dois anos para as demiss es por excesso de pessoal e Regulamenta a demiss o de servidores p blicos est veis por excesso de pessoal e Den ncia da Conven o n 158 da OIT que define normas para desli gamento do trabalhador da empresa Regulamenta o Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego do Trabalhador Flexibiliza o do tempo de trabalho Possibilita que a jornada seja organizada anualmente conforme as flu tua es da produ o ou servi o anualiza o da jornada e Amplia para um ano o prazo de compensa o das jornadas semanais extraordin rias de trabalho atrav s de acordo ou conven o coletiva Autoriza a partir de 9 de novembro de 1997 o trabalho aos domingos no com rcio varejista em geral sem a previs o de passar por negocia o coletiva Disciplina a compensa o anual das horas normalmente trabalhadas Flexibiliza o da remunera o Viabiliza o direito de os trabalhadores participarem dos lucros e resul tados da empresa atrav s da negocia o Determina que o valor da remunera o em PLR n o incide sobre os encargos trabalhistas e n o inco
117. 3648 7 3010 8 2358 5 2990 4 2006 4 1961 7 2827 4 4556 9 9009 7 11695 4 Valor m dio das opera es US mil 8 5 159 7 4 4 6 3 2 3 1 2 4 2 2 2 6 2 1 3 0 4 2 Fonte Boletim de Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise n 13 edi o especial p gina 215 Ipea Dados de 2006 MTE Relat rio de Gest o do FAT Exerc cio de 2006 p gina 43 139 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Dentre os programas consagrados pelo FAT sob a tica da gera o de emprego e renda o mais conhecido e de maior alcance o Proger urbano Este programa passou por dois per odos o primeiro representado por um crescimento constante desde sua cria o at o ano 2000 quando sofreu queda significativa em decorr ncia de uma conjuntura adversa nacional e internacional afetando negativamente as expectativas dos agentes econ micos especialmente o p blico alvo desta pol tica os micro pequenos e m dio empres rios O segundo per odo corresponde retomada dos empr stimos agora de uma forma mais acelerada que aquela at ent o observada A evolu o desse programa aparece no gr fico 6 7 que mostra a trajet ria do valor m dio das opera es contratadas pelo Proger urbano Parece claro a queda sistem tica dessa vari vel desde o surgimento deste programa O valor m ximo observado para 1997 de US 9 61 mil caiu para cerca de 1 4 deste valor em 2006 quando chegou a US 1 52 mil por o
118. 5 Programa de Cr dito Produtivo Popular 6 Programa de Promo o do Emprego e Melhoria da Qualidade de Vida do Trabalha 7 Programa de Gera o de Emprego e Renda na Ind stria da Constru o Civil 8 Programa de Apoio Inova o Tecnol 9 Programa de Gera o de Emprego e Renda na Ind stria da Constru o Civil para Revitaliza o de Im veis em Centros Urbanos Degradados e S tios Hist ricos 10 Programa de Fomento s Micro Peque nas e M dias Empresas FAT Fomentar 11 Programa FAT Exportar 12 Programa Nacional de Microcr dito Produtivo Orientado 13 Programa FAT Infra Estrutura Resolu o n 59 do Codefat em 25 de maio de 1994 Resolu o n 82 do Codefat em 3 de maio de 1995 Resolu o n 22 191 do Conselho Monet rio Nacional de 24 de agosto de 1995 Resolu o n 103 do Codefat de 6 de mar o de 1996 Resolu o n 124 do Codefat de 14 de outubro de 1996 Resolu o n 171 do Codefat de 27 de maio de 1998 Resolu o n 273 do Codefat de 21 de novembro de 2001 Resolu o n 310 do Codefat de 11 de dezembro de 2002 Resolu o n 341 do Codefat de 10 de julho de 2003 Resolu o n 345 do Codefat de 10 de julho de 2003 Resolu o n 344 do Codefat de 10 de julho de 2003 Medida Provis ria n 226 de 29 de novembro de 2004 convertida na Lei n 11 110 de 25 de abril de 2005 Resolu o n 438 do Codefat de 2 de junho de 2005 Banco do Brasil Caixa Banc
119. 51 e n 111 de 1958 sobre igualdade de remunera o e sobre a elimina o da discrimina o no emprego e na profiss o respectivamente Em todos os pa ses membros do MERCOSUL o direito igualdade est consagrado pelas suas Constitui es e regulado pelos C digos Civil Penal e do Trabalho 69 152 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Confer ncia Nacional de Pol ticas para as Mulheres em 2004 que lan ou o Plano Nacional de Pol ticas para Mulheres PNPM O PNPM teve como o objetivo orientar e garantir a execu o de 199 a es voltadas para o benef cio do universo feminino brasileiro Tais a es s o executadas dentro de diferentes Programas dos Minist rios e Secretarias de todas as esferas do Governo Ap s o lan amento este Plano teve in cio em 2005 com a meta de ser executado at o final de 2007 Essas 199 a es giram em torno de quatro reas 1 autonomia igualdade no mundo do trabalho e cidadania 2 educa o inclusiva e n o sexista 3 sa de das mulheres direitos sexuais e direitos reprodutivos 4 enfrentamento da viol ncia contra as mulheres Para colocar em pr tica o PNPM foi necess rio um processo de pactua o entre a Secretaria Especial de Pol ticas para as Mulheres e os Governos Estaduais e as Prefeituras Municipais At maio de 2006 foram efetivados ao todo 168 pactos No mbito autonomia igualdade no mundo do trabalho e cidad
120. 7 2 ao qual se acrescentam os coment rios e observa es 82 que se seguem O principal item reivindicado pelos trabalhadores numa reforma sindical acabou de ser regulamentado a legaliza o das Centrais Sindicais que n o integravam o organograma do sindicalismo brasileiro A defesa dessa legaliza o tinha n o s o objetivo da legitima o mas tamb m de institucionalizar uma tend ncia do movimento sindical brasileiro a centraliza o A vantagem que a maior visibilidade das Grandes Centrais Sindicais facilitam o controle da sociedade bem como sua for a pol tica aglutina o movimento trabalhista O risco que foram introduzidas numa estrutura de organiza o sindical onde o Estado exerce forte influ ncia sobre o funcionamento e destinos dos sindicatos A proximidade da dire o das Centrais com o Poder Executivo pode levar legitima o de interesses mais pr ximos do capital do que do trabalho Viana 2004 p gina 81 QUADRO 7 2 BRASIL A POSI O DOS TRABALHADORES DIANTE DA REFORMA SINDICAL TOPICOS SELECIONADOS Tema Posi o defendida 1 Centrais sindicais Reconhecimento das centrais sindicais com liberdade na estrutura vertical Manuten o da atual estrutura nos sindicatos de base condicionado a crit rios de representatividade que dificultam a pluralidade mas essa passa a existir Os estatutos devem ser 2 Estrutura sindical democr ticos Fim do imposto sindical constitui o compuls ria
121. 98 1999 e 2003 onde imperava o principio da retirada da for a de trabalho pelo tempo de servi o e n o pela idade do trabalhador Com isso era poss vel um trabalhador se aposentar com uma idade ainda adulta prime age no auge de seu ciclo de vida produtiva regra geral retornando ao mercado de trabalho na iniciativa privada ou mesmo em outro ramo do setor p blico 4 2 3 O Regime de Previd ncia Complementar A Previd ncia Complementar integra o sistema de Seguridade Social e se constitui em outro importante instrumento de prote o for a de trabalho brasileiro Existe o regime complementar p blico artigo 40 da CF 88 e o regime complementar privado artigo 202 da CF 88 sendo este de filia o facultativa Ambos se destinam a complementar os valores dos benef cios pagos pelo regime pr prio e pelo regime geral de Previd ncia Social A Previd ncia Complementar dentre os tr s regimes previdenci rios brasileiros o nico ramo que tem car ter contributivo e obedece a crit rios de capitaliza o com base na constitui o de reservas acess vel aos empregados das empresas aos servidores p blicos em geral e aos associados 3 Ver Panorama da Previd ncia Social Brasileira Minist rio da Previd ncia Social MPS Bras lia DF Mar o 2004 p gina 24 80 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho ou membros de pessoas jur dicas de car ter profissional classi
122. AL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Nesta dire o a Lei 8 900 94 alterou a Lei 7 998 90 aquela que estruturou o programa de seguro desemprego e criou o FAT no que diz respeito ao inciso II do artigo 2 definindo que o programa de seguro desemprego tem por finalidade auxiliar os trabalhadores na busca de emprego promovendo para tanto a es integradas de orienta o recoloca o e qualifica o profissional Essa busca pela integra o e articula o das pol ticas ativas e passivas voltadas para o mercado de trabalho ganhou novo impulso no governo do Presidente Lula sob a condu o do MTE Assim depois da realiza o de dois Congressos Nacionais do Sistema P blico de Emprego Trabalho e Renda com a participa o de amplos segmentos da sociedade civil particularmente os trabalhadores os empregadores e membros do governo federal uma s rie de resolu es foi elaborada tendo em vista orientar o pr prio MTE e o CODEFAT tendo em vista a efetiva o do chamado Sistema P blico de Emprego Trabalho e Renda SPETR Estas resolu es foram bastante amplas englobando as pol ticas de seguro desemprego intermedia o de m o de obra qualifica o profissional gera o de emprego e renda e inser o da juventude no mundo do trabalho Ademais a constru o deste SPETR fundamenta se em um amplo espectro princ pios gerais que s o os seguintes ver o documento MTE 2
123. Andersen e Svarer 2007 Madsen 2002 que possuem implica es tanto para a dimens o quanto para a velocidade dos fluxos observados na figura 1 1 Isto porque como resultado da ativa o activation das pol ticas ativas combinadas com treinamento vocacional h uma melhoria na habilidade em procurar trabalho dos trabalhadores desempregados promovendo suas chances de obter uma nova ocupa o Os efeitos mais conhecidos s o a efeito motiva o ou efeito amea a quando o desempregado procura trabalho mais ativamente no per odo imediatamente anterior ao seu ingresso compuls rio num programa ativo de emprego A for a desse efeito determinada pela mudan a na probabilidade de deixar a situa o de desempregado no momento imediatamente anterior do individuo ser obrigado a ingressar num programa de ativa o b efeito qualifica o ou efeito treinamento origina se da eleva o do n vel de qualifica o conseguida pelo individuo durante a pol tica de ativa o principalmente porque pode significar uma melhoria nas possibilidades de obter trabalho c efeito trancamento locking in effect ocorre porque o individuo reduz sua atividade de busca por trabalho quando estiver tomando parte num programa de pol tica ativa A chance de o indiv duo encontrar emprego durante o chamado per odo de ativa o portanto menor do que um sistema que n o tem ativa o d efeito p s programa acontece quando o individuo em dec
124. CE DE COBERTURA DA POPULA O IDOSA QUE RECEBE BENEF CIOS PREVIDENCI RIOS E ASSISTENCIAIS E POPULA O EM IDADE ATIVA FILIADA PREVID NCIA SOCIAL 1992 2004 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 Cobertura da pop idosa 68 8 73 7 76 0 76 3 76 1 76 7 77 3 71 5 77 8 78 0 71 3 Pop em idade ativa filiada Previd ncia Social 61 2 60 3 59 2 58 4 57 6 56 3 55 8 54 5 53 8 54 2 54 9 Fonte Ipea Texto para discuss o 1248 dezembro de 2006 De acordo com os c lculos do Minist rio da Previd ncia Social Muito embora redu o da pobreza decorrente da expans o da Previd ncia seja percebida em todas as faixas et rias a renda previdenci ria favorece sobretudo aqueles com idade superior a 55 anos a partir dessa idade nota se uma significativa expans o da diferen a entre o percentual de pobre com e sem as transfer ncias previdenci rias Portanto a pobreza diminui com o aumento da idade chegando ao limite inferior de 10 para a popula o com 79 anos de idade ou mais Caso as transfer ncias previdenci rias deixassem de ser realizadas haveria um ponto a partir do qual a pobreza voltaria a aumentar chegando aos 70 para a popula o com idade acima de 70 anos Informe de Previd ncia Social volume 18 n mero 03 mar o de 2006 p gina 6 Finalmente ainda com rela o associa o entre Previd ncia Social e pobreza cabe destacar que o impacto deve ser entendido em seus valores absolutos
125. Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho mercado e na for a de trabalho Nesse sentido preciso haver tamb m reforma na Previd ncia Social que complemente as demais reformas e nos seguintes termos Em conclus o a resolu o dos problemas de desprote o social depende de uma reforma trabalhista e previdenci ria A trabalhista atrav s de negocia o e redu es de despesas de contrata o especialmente para as micro e pequenas empresas estimulando as a contratar mais empregados com prote es sociais m nimas A previdenci ria voltada principalmente para os trabalhadores por conta pr pria com vistas a estender para eles os benef cios previdenci rios fundamentais Combinadas as duas ajudariam a reduzir o problema da informalidade e o d ficit publico o que por sua vez estimularia os investimentos p blicos e privados e o emprego e o trabalho de boa qualidade Pastore 2005b p gina 22 23 Outra defesa intransigente da reforma trabalhista aparece em Camargo 2004 onde a necessidade de mudan as na legisla o trabalhista fundamental para a prote o social do trabalhador na forma de investimentos em qualifica o e treinamento tanto pelos indiv duos quanto pelas empresas Para o autor a regula o do trabalho brasileira promove excessiva rotatividade da m o de obra inibindo os gastos em treinamento e forma o de m o de obra Esta excessiva rotatividade esta relac
126. DAS A ES DE QUALIFICA O PROFISSIONAL COM RECURSOS DO FAT Focaliza o Integra o com pol ticas de trabalho e Indicadores de dos treinandos de inclus o social desempenho dos treinandos Jovens Mulheres Desemp SPE Eco Inclus GER Total Sol PNQ 2003 48 92 56 18 72 32 57 11 6 74 PNQ 2004 52 40 61 10 76 40 54 12 9 75 Fonte Departamento de Qualifica o Profissional Secretaria de Pol ticas P blicas de Emprego MTE Sistema de Informa es Gerenciais e de Planejamento Sigplan e Consultoria de Or amento e Fiscaliza o Financeira Coff C mara dos Deputados Citado no Boletim de Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise n 10 fevereiro 2005 p gina 120 Ipea 6 4 O Programa de Gera o de Emprego e Renda Proger Vimos anteriormente que com o objetivo de aumentar as possibilidades de utiliza o dos recursos do FAT existentes em excesso ao programa de seguro desemprego e assim incrementarem as pol ticas de emprego no pa s a Lei n 8 352 91 determinou que as disponibilidades financeiras do Fundo poderiam ser aplicadas em dep sitos especiais remunerados sob a responsabilidade das institui es financeiras oficiais federais o que acabou representando um novo espa o para a formula o das PAMT no Brasil A implementa o dos programas de gera o de emprego e renda ocorreu por meio da abertura de cr dito a setores de atividade econ mica com pouco ou nenhum acesso ao sistema
127. Documento de proyecto Flexibilidade no mercado de trabalho prote o aos trabalhadores e treinamento vocacional de for a de trabalho a exp riencia de Am rica Latina e perspectivas An lise do caso brasileiro Jos Paulo Zeetano Chahad NACIONES UNIDAS Comisi n Econ mica para Am rica Latina y el Caribe CEPAL Este documento foi elaborado por Jos Paulo Zeetano Chahad Consultor da Divis o de Desenvolvimento Econ mico da CEPAL no mbito das atividades do projeto CEPAL Dinamarca Labour Markets Workers Protection and Lifelong Learning of the Labour Force in a Global Economy Latin America and Caribbean Experiences and Perspectives BDE 07 001 que contou com financiamento do Governo Dinamarqu s El autor es Professor Titular da FEA USP e Pesquisador S nior da Funda o Instituto de Pesquisas Econ micas O autor agradece Psic loga Carolina Chahad que colaborou na pesquisa bibliogr fica e reda o das se es 4 6 e 6 8 Agradece ao Professor Jos Pastore pelo valioso material cedido sobre in meros aspectos deste relat rio O autor se beneficiou ainda de material recebido dos Professores Jos Dari Krein Paulo Tafner e Jos Celso Cardoso Filho a quem tamb m agradece assim como deseja expressar seus agradecimentos ao Dr Rodopho Torelly Diretor Nacional de Emprego e ao Senhor S rgio Lisboa dos Santos ambos do Minist rio do Trabalho e Emprego do Brasil pelas estat sticas e documentos que foram disponibi
128. E RE O 11 1 2 As Ra zes Hist ricas do Modelo Dinamarqu s 13 1 3 Os Elementos B sicos do Modelo de Flexicurity 15 1 4 O Papel do Aprendizado de Longo Prazo life long learning 17 1 5 Alcance e Limita es do Modelo Dinamarqu s para Outros Pa ses 18 1 5 1 A singularidade do modelo de Flexicurity dinamarqu s 18 1 5 2 Elementos do triangulo dourado devem complementar se 18 1 5 3 A Flexicurity em diferentes sistemas de mercado de trabalho 19 1 5 4 A necessidade do esp rito p blico diante do moral hazard 19 1 5 5 O custeio da Flexicurity dispendioso 20 Cap tulo 2 O mercado de trabalho no Brasil desempenho e fatos estilizados 1992 2006 aora aaa asi tasas a a aaa a aaar ae d a le sas EE aa uva 23 2 1 A Dimens o do Mercado de Trabalho Brasileiro nn 24 2 2 Evolu o do PIB da For a de Trabalho e da Ocupa o 25 2 3 A Evolu o da Ocupa o e do Emprego Formal 26 2 4 A Evolu o do Desemprego e da Rotatividade do Trabalho 30 2 5 Antormalidade no Trabalhos ras omisso parse diagas orou rnnre Range ca a ane Aa sina agro aa AEEA 33 2 6 O Comportamento dos Rendimentos Reais aa 34 2 7 O papel do sal rio m nimo no mercado de trabalho brasileiro
129. E TRABALHO BRASILEIRO 2000 2006 Pol tica A o Mudan a Impacto Consequ ncias Detalhes Intermedia o da m o de obra SINE Autoriza o para os sindicatos criarem ag ncias de atendimento 2000 Aumento da capilaridade do SINE Participa o do setor privado no Autoriza o para os munic pios de SP Sistema BH e RJ criarem ag ncias de Maior oferta de servi os ao atendimento 2004 desempregado Maior articula o entre os programas Promo o da competi o administrada Treinamento vocacional Qualifica o profissional Programas de Gera o de Emprego e Renda Mudan a do Planfor para o PNQ com altera o na filosofia do treinamento vocacional Cria o do Fundo de Aval do Proger Funproger Programa Nacional de Microcr dito Orientado Treinamento para inclus o social Treinamento para suprir outras car ncias sociais Op o por cursos de longa dura o Desenvolvimento da metodologia de qualifica o Novo papel da certifica o profissional nfase no treinamento da cadeia produtiva e nos arranjos produtivos locais Parcerias com o setor privado Sele o do treinamento come a pelo SINE Munic pio tem papel importante na oferta de servi os Diminuir riscos para institui es oficiais dos empr sti mos a pequenos e micro empreendedores Promover o relacionamento direto entre o agente de cr dito e o empreendedor local onde se realiza a atividade econ mica
130. Economia do Trabalho CESIT Maio a Agosto LEPORACE M e FONTOURA N 2004 Igualdade de G nero no Trabalho I Confer ncia Nacional de Pol ticas para Mulheres Boletim Mercado de Trabalho n 25 Ipea Novembro LOPES S S 2002 Balan o das Pol ticas de Emprego e Renda no Per odo 1995 2002 Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Opini o dos Atores Ipea MTE Novembro MADSEN K 2007 The Danish Labour Market Model Flexicurity Centre for Labour Market Research CARMA Aalborg University Denmark mar o MADSEN K 20064 Contribution to the EEO Autumn Review 2006 Flexicurity European Employment Observatory Denmark novembro MADSEN K 2006b Flexicurity A New Perspective on Labour Markets and Welfare States in Europe Centre for Labour Market Research CARMA Aalborg University Research Paper 2006 03 MADSEN K 2004 The Danish Road to Flexicurity Where are we And how did we get there Quality in Labour Market Transitions A European Challenge A TLM conference Amsterdam novembro MADSEN K 2003 Flexicurity Through Labour Market Policies and Institutions in Denmark in Auer P e Cazes S Employment stability in an age of flexibility Evidence from ndustrialized countries Geneva International Labour Organization MADSEN K 2002 The Danish Model of Flexicurity A Paradise with some Snakes in Labour market and social protections reforms in international perspective P
131. FERNANDES R 2002 0 Seguro Desemprego e a Trajet ria Ocupacional na For a de Trabalho Brasileira in Mercado de trabalho no Brasil sal rio emprego e desemprego numa era de grandes mudan as Jos Paulo Zeetano Chahad e Na rcio Aquino de Menezes Filho organizadores S o Paulo Editora LTr CHAHAD J P Z e MACEDO R 2003b A Evolu o do Emprego no Per odo 1992 2001 e a Amplia o do Mercado Formal Brasileiro desde 1999 in Mercado de trabalho no Brasil padr es de comportamento e transforma es institucionais Jos Paulo Zeetano Chahad e Paulo Picchetti organizadores S o Paulo Editora LTr CHAHAD J P Z e MACEDO R 1985 Um Estudo Sobre a Ado o do Seguro Desemprego no Brasil S o Paulo Funda o Instituto de Pesquisas Econ micas Minist rio do Trabalho Outubro CHAHAD J P Z e MENEZES FILHO N A 2002 Mercado de trabalho no Brasil sal rio emprego e desemprego numa era de grandes mudan as S o Paulo Editora LTr CHAHAD J P Z MONTOYA DIAZ M D e PAZELLO E T 2002 A Elasticidade Emprego Produto Setorial no Brasil Novas Evid ncias in Mercado de trabalho no Brasil sal rio emprego e desemprego numa era de grandes mudan as Jos Paulo Zeetano Chahad e Na rcio Aquino de Menezes Filho organizadores S o Paulo Editora LTr CHAHAD J P Z e SANTOS E H 2006c O Trabalho Infantil no Brasil Evolu o Legisla o e Pol ticas Visando sua Erradica o Revista de Direito do Traba
132. Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 1 1 TAXAS DE DESEMPREGO UNI O EUROP IA E DINAMARCA 1970 2006 12 10 Yo En 2 0 O a AD AM db qo h A DT RD RR E A SO PASS Do qdo cd o i nO no ho hr ho ji Dinamarca Uni o Europ ia Fonte OECD Grande parte desse sucesso tem sido atribu da emerg ncia do chamado modelo dinamarqu s de mercado de trabalho o qual combina conforme veremos alta mobilidade entre os postos de trabalho uma ampla rede de seguran a social aos desempregados ambos complementados pela utiliza o de pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho Em termos internacionais este modelo resulta de uma combina o h brida o baixo n vel de prote o ao emprego similar aos regimes liberais observados na tradi o anglo sax o como a Inglaterra e a Irlanda assim como nos EUA enquanto o amplo e forte modelo de seguridade social tem suas ra zes nos sistemas de Welfare State consolidados nos pa ses N rdicos e na Escandin via Sob uma perspectiva mais ampla entretanto a for a desse modelo decorre da introdu o do conceito de Flexicurity no funcionamento das rela es de emprego e no mercado de trabalho dinamarqu s Do ponto de vista pol tico trata se de um conceito que embute uma situa o peculiar pois oferece aos atores sociais uma situa o vitoriosa win win situaton propondo uma nova forma de se abordar o hist rico antagonismo entre o capital e o trab
133. Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 6 3 conclus o Plano P NQ Ano N treinandos Carga hor ria Gasto total Plano Nacional de milh es horas US milh es Qualifica o 2003 0 14 108 18 8 2004 0 14 196 29 5 2005 0 10 200 37 6 2006 0 17 192 38 7 Fonte Minist rio do Trabalho e Emprego Conforme se pode notar na coluna 1 da referida tabela ainda que se destinassem vultosos recursos para treinamento vocacional da for a de trabalho o contingente de indiv duos treinados sempre tem ficado aqu m das pretens es dos formuladores das diretrizes do PLANFOR De fato o m ximo de trabalhadores treinados num determinado ano 2001 foi de 3 6 milh es de indiv duos ainda assim com uma dr stica redu o na carga hor ria dos cursos oferecidos Observa se tamb m uma dr stica redu o no volume de recursos ainda na vig ncia do PLANFOR que entre 2001 e 2002 Apesar de ter representado um grande avan o em mat ria de forma o de recursos humanos treinamento profissional e requalifica o da m o de obra brasileira o PLANFOR padecia de intenso desgaste institucional ao final da d cada de 1990 Dentre as raz es t nhamos problemas com presta es de contas cursos fantasmas descompasso entre a clientela e a demanda das empresas treinamento em ocupa es sem demanda baixa efici ncia dos cursos dificuldade de controle da oferta de cursos e falta de mecanismos adequados para instrumentalizar um P
134. J C J R 2007 As Fontes de Recupera o do Emprego Formal no Brasil e as Condi es para sua Sustentabilidade Temporal in Anais do X Encontro Anual da ABET Salvador Novembro CARDOSO J C J R 2001 Crise e desregula o do trabalho no Brasil Texto para discuss o no 814 Bras lia Ipea Agosto CARVALHO C E e PINHEIRO M M S 2000 FGTS Avalia o das Propostas de Reforma e Extin o Revista Economia e Sociedade n 15 Instituto de Economia UFRJ Rio de Janeiro CECHIN J e CECHIN A D 2007 Desequil brios causas e solu es in Previd ncia no Brasil debates dilemas e escolhas Paulo Tafner e F bio Giambiagi organizadores Ipea Rio de Janeiro CHAHAD J P Z 2007 Regula o do Mercado de Trabalho Prote o e Di logo Social a Experi ncia Brasileira Recente Texto elaborado para o conv nio CEPAL PNUD OTT S o Paulo Janeiro CHAHAD J P Z 2006a Pol ticas Ativas e Passivas no Mercado de Trabalho Aspectos Conceituais a Experi ncia Internacional e Avalia o do Caso Brasileiro Texto elaborado para o conv nio CEPAL PNUD OIT S o Paulo Junho CHAHAD J P Z 2006b O Emprego Formal no Brasil entre 1992 2006 Comportamento Tend ncias Atuais e suas Causas Explicativas in O Mercado de trabalho formal no Brasil J nior Macambira organizador Fortaleza Editora Imprensa Universit ria CHAHAD J P Z 2004 Foreign Models in the Adoption of Unemployment Insurance in Brazil in Kurt Weyla
135. LT cujo papel hist rico n o deve ser negado na constru o de uma sociedade industrial e que cristalizou usos e costumes dif ceis de serem mudados inclusive porque dependem de mudan as Constitucionais Buscando adaptar o mercado aos novos tempos desde meados da d cada de 1990 o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso adotou uma firme estrat gia de desregulamenta o do mercado de trabalho brasileiro fazendo o por meio de instrumentos de menor resist ncia pol tica como Medidas Provis rias Portarias Decretos e Emendas Constitucionais Para isto contou com o apoio de parte da sociedade civil especialmente os empres rios e o chamado e parte dos trabalhadores comprometidos com o chamado sindicalismo de resultados 65 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho O quadro 3 3 sumaria as principais mudan as na regulamenta o do mercado de trabalho brasileiro tomando se com refer ncia o per odo relativo ao primeiro mandado do Presidente Fernando p AGE Henrique Cardoso quando o Plano Real praticamente se inicia Em seu aspecto geral o conjunto de altera es representa um avan o da flexibiliza o dentro de um quadro de reorganiza o econ mica do pa s com a redefini o do papel de Estado no sentido de sua diminui o Em termos de rela es individuais e coletivas de trabalho Krein 2007 p g 63 assim coloca o conjunto de mudan as nas rela es
136. Legisla o de Prote o ao Emprego a soma dos ndices de contrato alternativo de emprego ndice de condi es de emprego e ndice de seguran a no trabalho OY egen ap Oped ou spepifiquxo CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 3 6 Mudan as recentes na regulamenta o do mercado de trabalho brasileiro A d cada de 1990 que marca os anos finais do S culo XX traz consigo todo impacto da globaliza o dos mercados internacionais e o Brasil mesmo sendo uma na o com baixo coeficiente de abertura econ mica tamb m recebeu o impacto desse movimento cuja conseqgii ncia final implicou em uma nova onda de modifica es na legisla o trabalhista e portanto na regulamenta o do mercado de trabalho A diferen a contudo que tendo ingressado numa economia com estabilidade de pre os decorrente do controle da infla o pelo plano Real e tendo redefinido o papel do Estado mais voltado para fiscaliza o do trabalho e menos tutelar com rela o ao mercado de trabalho a legisla o trabalhista mostrou uma tend ncia flexibilizadora em dire o a desregulamentar as rela es de trabalho bem como tentou promover as negocia es coletivas para solucionar os conflitos entre outras medidas na dire o oposta ao esp rito contido na CLT A partir do Plano Real teve in cio uma estrat gia de desregulamenta o do mercado de trabalho nacional com a pr
137. Lei dos 2 3 prote o ao trabalhador nacional Instituiu comiss es mistas de concilia o pr via Criou a carteira profissional Disp s sobre recis o do contrato de trabalho Instituiu o sal rio m nimo Organizou e criou a Justi a do Trabalho Promulga o da Consolida o das Leis do Trabalho CLT Instituiu o repouso semanal remunerado Criou o 13 sal rio Criou o Sal rio Fam lia Normatizou o trabalho rural Regulamentou o direito de greve Criou o Fundo de Garantia do Tempo de Servi o FGTS Corre o monet ria nos d bitos trabalhistas Criou o PIS e o PASEP Criou o Minist rio da Previd ncia Social Incorporou a produtividade e um ndice de corre o do INPC nos reajustes salariais Instituiu a corre o semestral autom tica de sal rios Desindexou a economia e criou o seguro desemprego Regulou o direito de greve Regulamentou o Fundo de Amparo ao Trabalhador Criou o Estatuto da Crian a e do Adolescente Regulamentou a media o na negocia o coletiva de natureza trabalhista Disp s sobre a arbitragem nas negocia es coletivas Disp s sobre o contrato de trabalho por prazo determinado Alterou a idade m nima do adolescente para ingresso no mercado de trabalho Inseriu na CLT regras sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho Instituiu o Estatuto da Microempresa Introduziu o procedimento sumar ssimo no processo trabalhista Modificou a CLT dispondo sobre as Comiss es de Co
138. MUDAN AS NO REGIME GERAL DE PREVID NCIA SOCIAL EC N 20 98 Item Constitui o Federal de 1988 EC n 20 Dez 1998 Aposentadoria por tempo de servi o integral Ap s 35 30 anos de servi o respectivamente H M e tempo m nimo de contribui o reposi o de 100 do sal rio de contribui o E eliminada Aposentadoria por tempo de servi o proporcional Aposentadoria por tempo de contribui o Aposentadoria por idade normal Aposentadoria por idade rural Base de c lculo dos benef cios sal rio de contribui o Aposentadoria especial para professor a Aposentadoria especial por insalubridade Piso previdenci rio Teto de benef cios Tributa o de benef cios Prote o de direitos adquiridos Regra de transi o Seguro contra acidente de trabalho Financiamento da Seguridade Social Isen o patronal para entidades filantr picas Ap s 30 25 anos de servi o H M e tempo m nimo de contribui o reposi o de 70 do sal rio de contribui o 5 por ano adicional N o existia Idade 65 60 anos H M e tempo m nimo de contribui o reposi o de 70 a 100 do sal rio de contribui o Idade 65 60 anos H M ter trabalhado em regime de economia familiar com tempo de servi o rural similar ao tempo m nimo de contribui o urbana Benef cio um sal rio m nimo M dia da ltimas 36 contribui es mensais no prazo de 48 meses corrigidas mo
139. Outro aspecto a ser notado que de acordo com as estat sticas da Previd ncia Social Panorama da Previd ncia Social Brasileira 2004 42 3 da popula o ocupada no setor privado do mercado de trabalho brasileiro segurada pelo RGPS Estes n meros indicam uma grande dimens o da Previd ncia Social brasileira cuja arrecada o representa 5 3 do PIB e os gastos com benef cios atingem 7 1 do PIB tendo originado em 2006 um d ficit equivalente a 1 8 do PIB brasileiro Um dos principais impactos sociais do RGPS sobre a redu o da pobreza brasileira Estudos realizados ao final dos anos 1990 indicavam que 34 0 da popula o do pa s viviam abaixo da linha de 79 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho pobreza Se n o fosse a a o da prote o social fornecida pela Previd ncia esta cifra seria de 45 3 indicando que o RGPS respons vel pela redu o se 11 3 pontos percentuais dos n veis de pobreza no Brasil 4 2 2 O Regime Pr prio de Previd ncia Social RPPS Este regime voltado para atender os funcion rios e servidores p blicos das tr s esferas de governo federal estadual e municipal sendo administrado pelos respectivos governos e pelo governo federal no caso dos militares federais Ele obrigat rio para todo trabalhador do setor p blico A aposentadoria compuls ria aos 70 anos para os homens e mulheres sendo poss vel entretanto aposentar a
140. PERFIL DOS TRABALHADORES QUE CONTRIBUEM PARA A PREVID NCIA SOCIAL ANOS SELECIONADOS Porcentagem empregados sobre emprego total Discrimina o 1992 2004 Total 60 5 51 6 Por posi o na ocupa o Assalariado com carteira assinada 100 0 100 0 Trabalhador sem carteira 8 4 10 2 Empregador 73 4 58 4 Conta pr pria 26 9 14 5 Por n vel de escolaridade anos de estudo 0a3 anos 40 9 26 6 de4a7 anos 56 1 40 5 de 8 a 10 anos 66 4 55 4 com 11 anos ou mais 80 5 72 6 Por idade 18 a 24 anos 52 2 45 7 de 25 a 29 anos 62 4 55 1 de 30 a 39 anos 64 8 55 4 de 40 a 49 anos 64 6 54 8 com 50anos ou mais 55 5 44 7 Por g nero Homens 63 1 51 8 Mulheres 56 3 51 4 Por ramo de atividade econ mica Ind stria 80 2 68 8 Servi os 58 6 54 8 Com rcio 56 8 50 8 Por faixa de rendimento do trabalho SM at 1 SM 17 5 4 3 1 SM 66 8 55 7 de 1 a2 SMs 63 9 60 2 2 SMs 77 9 72 8 entre 2 e 3 SMs 74 9 72 9 3 SMs 84 5 77 0 mais de 3 SMs 83 0 74 8 Fonte Dados originais da Pnad Citado em Camargo e Reis 2007 p gina 269 Pode se notar tamb m que os jovens e os idosos contribuem menos para a Previd ncia Social brasileira mas praticamente n o existe diferen a entre homens e mulheres trabalhadoras com rela o contribui o para a Previd ncia Os trabalhadores do ramo industrial tendem a contribuir mais do que os trabalhadores do terci rio assim como a taxa de contribui o tende a se elevar com o n vel de rendimentos do individuo
141. Pol ticas P blicas de Trabalho e Renda para Idosos 159 6 8 4 Um balan o das pol ticas endere adas a grupos vulner veis 161 Capitulo 7 Reformas e Mudan as nas Rela es de Emprego no Brasil a Posi o dos Principais Atores Sociais ir reearaereeaaarra near nanaananeaa 163 Uma S ntese dos Cap tulos Anteriores eres raaaaarenanas 164 A Posi o dos Trabalhadores Diante das Reformas Trabalhista e Sindical 164 A Posi o dos Empregadores Diante das Reformas Trabalhista e Sindical 172 O governo federal e as reformas trabalhista e sindical 177 Os Atores Sociais e a Reforma na Previd ncia Social 178 7 5 1 Principais pontos de consensos entre os atores sociais 178 7 5 2 Os itens principais onde n o houve consenso entre os atores sociais 180 A Posi o dos Formadores de Opini o Academia Acad micos Analistas e EspecialistaS is sssssstrssto osaas a EET ii qun dos quam 182 7 6 1 As Opini es Favor veis s Reformas 183 7 6 2 A defesa da regula o do mercado de trabalho 185 Os Atores Sociais e os esfor os para se implantar um Servi o P blico de Emprego no BraSilsssasssssas Enio iai E EaD eds Tab ED AdGR SAS R 189 Capitulo 8 O alcance e as limita es do modelo dinamarqu s de Flexicurity tendo em vista o
142. Qualifica o e Treinamento Profissional vocational training Do mesmo modo que as demais pol ticas ativas o treinamento vocacional visando promover a qualifica o profissional do trabalhador brasileiro desempregado ou n o beneficiou se grandemente da regulamenta o do programa de seguro desemprego Foi atrav s da Lei 8 900 94 que os recursos antes destinados somente ao pagamento de benef cios e treinamento dos segurados puderam ser gastos com treinamento vocacional para todos os demais trabalhadores Desde ent o as pol ticas de qualifica o profissional treinamento e reciclagem dos trabalhadores brasileiros passaram por dois momentos diferentes O primeiro momento foi quando implantou se o Plano Nacional de Qualifica o Profissional PLANFOR durante o primeiro governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso um plano ambicioso de treinar 5 0 da for a de trabalho a cada ano Sob o ponto de vista do mercado de trabalho o plano tinha os seguintes objetivos 1 aumentar a probabilidade de obten o de trabalho e de gera o ou eleva o de renda reduzindo os n veis de desemprego e subemprego ii ampliar as chances de perman ncia no mercado de trabalho reduzindo os riscos de demiss o e as taxas de rotatividade e iii elevar a produtividade a competitividade das empresas e a renda dos trabalhadores O segundo momento das pol ticas de treinamento vocacional foi em 2003 no in cio do primeiro mandato do Presidente Lula q
143. Recente do Mercado de Trabalho Brasileiro Tend ncias Fatos Estilizados e Padr es Espaciais Texto para discuss o n 1255 Ipea Rio de Janeiro Janeiro RAMOS L 2006 Desigualdade de Rendimentos do Trabalho no Brasil no Per odo P s Real Boletim Mercado de Trabalho n 30 Ipea Maio RAMOS L BRITTO M 2004 O Funcionamento do Mercado de Trabalho Metropolitano Brasileiro no Per odo 1991 2002 Tend ncias Fatos Estilizados e Mudan as Estruturais Texto para discuss o n 1011 Ipea Rio de Janeiro Mar o RAMOS L CAVALERI R e CORSEUIL C H 2007 Um Breve Panorama dos Principais Agregados do Mercado de Trabalho Brasileiro Segundo as PNADS de 2001 a 2006 Boletim Mercado de Trabalho n 33 Ipea Julho RAMOS C A e CARNEIRO G C 2002 Os Determinantes da Rotatividade do Trabalho no Brasil Institui es X Ciclos Econ micos Nova Economia 12 2 Belo Horizonte 31 56 Julho Dezembro RENZO Rober 2007 Fiscaliza o do Trabalho Doutrina e Pr tica S o Paulo Editora LTr fevereiro RIBEIRO R A e JULIANO A 2005 Desemprego Juvenil e Impactos do Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego Revista Econ mica v 7 n 1 p 47 76 ROBER R 2007 Fiscaliza o do Trabalho Doutrina e Pratica S o Paulo Ltr Editora SAISSE S 2005 A Regula o do Trabalho no Brasil obst culo ao aumento da renda e do emprego Nota T cnica 4 CNI Bras lia Janeiro SCHWARTZMAN S 2004 Educa o
144. Sem instru o e menos de 1 ano de estudo s 1 a 3 anos de estudo 4 a 7 anos de estudo 8 a 10 anos de estudo x 11 anos ou mais de estudo Fonte Pnad IBGE Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada No que diz respeito ao emprego assalariado segundo faixas et rias verifica se no gr fico 2 6 uma queda continua e substancial do trabalho dos jovens entre 15 e 17 anos cuja explica o se encontra em causas j bem comprovadas a amplia o e o maior rigor das pol ticas de combate ao trabalho infantil e juvenil o maior acesso rede escolar as pol ticas de manuten o do jovem na escola e protela o de seu ingresso na for a de trabalho Chahad e Santos 2006c Nota se tamb m o retorno ao mercado de trabalho assalariado formal dos indiv duos mais idosos particularmente ap s 2002 sem que haja uma explica o especifica para isto Como ele est retornando ao setor protegido do mercado de trabalho seu bem estar deve estar melhorando relativamente a uma situa o de ingresso em atividades informais de trabalho o que n o deixa de ser um fato auspicioso 29 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 2 6 EMPREGADOS COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA SEGUNDO FAIXA ET RIA 1992 2005 1992 100 0 180 162 4 160 4 140 120 109 0 Er 1045 1069 1068 1013 103 6 Ed RERE 110 6 109 8 108 5 98 2 98 2 100 94 3 j 4 96 4
145. Social Democracia Sindical que tamb m apoiou o projeto de lei afirmou atrav s de seu gt presidente Enilson de Moura o projeto era melhor do que nada mas era insuficiente V rios argumentos foram levantados pelos sindicatos para se oporem fortemente ao projeto bem como a qualquer tentativa de mudan a na regulamenta o em dire o a regras mais flex veis mas os advers rios do projeto especialmente os trabalhadores sindicalizados sustentaram a filosofia de que o principio da flexibiliza o nele inserida constitu a verdadeira derrota das conquistas trabalhistas obtidas ap s duras batalhas ao longo do tempo Isto representava a fragiliza o do imenso sistema protetivo existente na CLT Al m disso num pa s de sindicalismo fraco onde apenas algumas categorias econ micas melhor organizadas poderiam fazer frente press o econ mica do setor patronal seria uma temeridade abandonar os trabalhadores nas m os de entidades sindicais que n o tem condi es m nimas para defender seus interesses de forma satisfat ria O ent o presidente da Central nica dos Trabalhadores CUT maior Central Sindical brasileira e ber o do Presidente Lula ao ser indagado se o Projeto de Lei 5 483 2001 beneficiava o trabalhador respondeu negativamente dizendo que 81 N o existe atualmente em curso nenhuma proposta concreta de reforma trabalhista No governo Fernando Henrique Cardoso conforme vimos no capitulo 3 foram introdu
146. Trabalho e a Justi a do Trabalho A reforma sindical o primeiro passo A prioridade conferida a ela n o decorre de motiva es estritamente pol ticas mas do entendimento de que a redefini o do sistema de rela es coletivas do trabalho deve ser o centro din mico de qualquer esfor o de qualquer democratiza o das rela es de trabalho precedendo assim a revis o dos demais institutos que regulam o trabalho no Brasil MTE 2005c Embora o documento oficial propondo mudan as na estrutura sindical fale que tal estrat gia n o decorre de motiva es pol ticas deve se notar que os argumentos do governo para protelar uma reforma trabalhista e priorizar um reforma sindical coincidem completamente com aqueles manifestados pelos trabalhadores em especial a necessidade de primeiro fortalecer o papel dos sindicatos para depois adentrar pela reforma nas leis do trabalho De qualquer forma mesmo assim ainda que governo e trabalhadores possuam uma grande identidade posto que s o todos sindicalistas e mesmo tendo a reforma sindical emergido de um longo processo de discuss o envolvendo tamb m os empres rios n o houve ap s seu envio ao Poder Legislativo qualquer empenho para a reforma sindical que viesse a ter continuidade Muitos atribuem esta imobilidade ao fato de que n o interessa a um governo de sindicalistas mudar o status quo seja porque eles nasceram e cresceram nesse modelo e como dizia Keynes mais f cil se ap
147. a o Para os empres rios brasileiros essa rigidez constitui um dos maiores entraves para se criar novas empresas atrair investimentos produtivos aumentar a competitividade e criar mais e bons empregos Se existe muita legisla o o custo alto Se a legisla o r gida o custo r gido e Muita legisla o implica em elevadas despesas de contrata o o resultado do excessivo n mero de leis trabalhistas combinado com sua rigidez de negocia o resulta num custo n o salarial da m o de obra elevado quando comparado a padr es internacionais conforme mencionado na se o 3 7 do cap tulo A tabela 7 1 cont m o detalhamento desses custos elaborado pelo Professor Jos Pastore renomado acad mico e competente cientista brasileiro calculado a partir dos itens contidos na CLT e dos artigos 172 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho trabalhistas consagrados na Constitui o Federal As informa es da tabela s o eloquentes para um sal rio hora de US 10 0 a empresa ter uma despesa de US 23 0 Mas a maior perversidade n o o alto valor do custo de contrata o mas sim sua rigidez quando se observa o cen rio internacional De um modo geral esses paises optaram por gravar menos o trabalho com despesas de contrata o Al m de dar aos trabalhadores um poder de compra mais alto e mais imediato essa estrat gia facilita a realiza o de negocia es saud vei
148. a o da formaliza o e da base de contribuintes mantendo se o equil brio financeiro Fortalecimento da gest o quadripartite da Previd ncia Social Cria o do Conselho Nacional de Seguridade Social para articular as pol ticas sociais nas reas envolvidas Adotar modelo de gest o que contemple a moderniza o e profissionaliza o da administra o previdenci ria Adotar modelo cont bil que mostre a transpar ncia das fontes de financiamento e das despesas da Previd ncia Social Aperfei oar o conceito de Fam lia e composi o da renda familiar tendo em vista focalizar melhor e privilegiar os mais pobres os Benef cios de Presta o Continuada da Assist ncia Social Levar em considera o o crit rio de expectativa de vida para a concess o futura dos Benef cios de Presta o Continuada visando garantir a sustentabilidade da pol tica de Assist ncia Social Manter uma pol tica de reajustes do sal rio m nimo compat vel com a capacidade de financiamento da economia no longo prazo V Relacionados Previd ncia Rural Manter crit rios diferenciados de contribui o e de acesso para os benef cios previdenci rio para os segurados especiais da rea rural Criar mecanismos que promovam e facilitem a ado o de contratos formais de trabalho para os trabalhadores rurais assalariados em especial aqueles de curta dura o Criar formas de contribui o para trabalhadores sazonais mas que lhes de acess
149. a Novembro AFONSO L E ZYLBERSTAJN H e SOUZA A P 2006 Mudan as na Previd ncia Social uma avalia o dos efeitos de reformas param tricas no RGPS Encontro Nacional de Economia ALGAN Y e CAHUC P 2005 Civic Attitudes and the Design of Labor Market Institutions Which Countries can Implement the Danish Flexicurity Model setembro AMARO M N 2003 Previd ncia Social no Brasil o que foi feito o que falta fazer VIII Congresso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administraci n P blica Panam ANDERSEN T M e SVARER M 2007 Flexicurity Labour Market Performance in Denmark School of Economics And Management University of Aarhus Denmark Economics Working Paper 2007 9 ANDERSEN T M e SVARER M 2006 Flexicurity The Danish Labour Market Model University of Aahrus Abril ANDRADE Gladis 2005 O Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego de Jovens Boletim Mercado de Trabalho n 26 Ipea Fevereiro ANSILIERO G e outros 2002 Panorama Recente das Pol ticas P blicas de Emprego e Renda Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Nota T cnica Ipea MTE Novembro ATKINSON J e MEAGER N 1986 Changing Working Patterns How Companies Achieve Flexibility to Meet New Needs Institute of Manpower Studies National Economic Development Office London AUER P e CAZES S 2003 Employment stability in an age of flexibility Evidence from industrialized countr
150. a de SUS que ser sucintamente apresentado em se o especifica quanto a Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador bem como a Previd ncia Social possuem diretrizes para atendimento aos trabalhadores desempregados no que se refere ao acesso sa de do trabalhador O SUS tem a premissa de que a sa de um direito do cidad o e um dever do Estado estabelecendo que a sua cobertura universal e integral beneficiando todos os cidad os e residentes em territ rio brasileiro Dessa forma qualquer cidad o brasileiro seja qual for sua condi o de trabalho ou v nculo empregat cio incluindo os desempregados de qualquer categoria tem direito ao acesso sa de atrav s do SUS Para suas finalidades por sua vez a Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador considera como trabalhador todas as pessoas que exercem atividades para sustento pr prio e ou de seus dependentes qualquer que seja sua forma de inser o no mercado de trabalho no setor formal ou informal da economia considerando tamb m como trabalhadores aqueles que est o tempor ria ou definitivamente afastados do mercado de trabalho por doen a aposentadoria ou desemprego Assim esta pol tica refor a ainda mais o acesso do desemprego ao sistema de Sa de brasileiro J a Previd ncia Social oferece aos segurados incapacitados para o trabalho por motivo de doen a ou acidente os meios de reeduca o ou readapta o profissional para o seu retorno ao mercado de traba
151. a todas absorvendo de forma crescente recursos do FAT representando ao menos sob a tica quantitativa um grande avan o na implementa o das PAMT no Brasil O FAT revelou se ainda um valioso manancial de recursos tamb m para pol ticas voltadas para o treinamento e a forma o de recursos humanos do tipo lifelong learning As a es do sistema S estavam muito aqu m das necessidades crescentes do sistema produtivo nacional seja em termos da quantidade seja em termos da rapidez da resposta s r pidas exig ncias da demanda impostas pela velocidade das transforma es nos processos produtivos e organizacionais Assim em 1995 no primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso surge o Plano Nacional de Qualifica o do Trabalhador PLANFOR um ambicioso programa de oferta de educa o profissional com o objetivo de qualificar a cada ano em torno de 15 milh es de pessoas com idade acima de 16 anos correspondendo a 20 0 da for a de trabalho brasileira daquele ano Mais recentemente em 2003 surgiram dois novos programas fazendo parte das a es de governo que podem ser identificados como pr ximos de pol ticas ativas O primeiro o Programa Primeiro Emprego destinado inser o no mercado de trabalho de jovens de baixa renda com pouca escolaridade entre 16 e 24 anos de idade Existe prioridade para indiv duos nesta situa o que sejam afro descendentes tenham algum tipo de dificuldade ou se encontrem em con
152. a Avalia o da Gera o de Empregos Formais Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise Fevereiro PASSOS A F e COSTANZI R N 2002b Evolu o e Perspectivas dos Programas de Gera o de Emprego e Renda Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Nota T cnica Ipea MTE Novembro PASTORE J 2007 A Emenda 3 Luz do Mercado de Trabalho CNI Bras lia Mar o PASTORE J 2005a A Moderniza o das Institui es do Trabalho Encargos Sociais Reformas Trabalhista e Sindical S o Paulo LTr PASTORE J 2005b Legisla o Trabalhista Emprego e Renda A Reforma Necess ria Semin rio sobre Desenvolvimento com Liberdade Bras lia Abril PASTORE J 2002 CLT O que pode e o que n o pode ser negociado O Estado de S o Paulo S o Paulo Fevereiro PASTORE J 1997 Encargos Sociais Implica es para o Sal rio Emprego e Competitividade S o Paulo LTr PAUL G e PADUAN R 2007 Reforma que bom nada Portal EXAME Mar o PINHEIRO V C 2004 Reforma da Previd ncia uma perspectiva comparada in Reformas no Brasil Balan o e Agenda F bio Giambiagi Jos Guilherme Reis Andr Urani organizadores Editora Nova Fronteira Rio de Janeiro POCHMANN M 2006 Padr o de prote o social e regime de trabalho no Brasil principais mudan as recentes Unicamp Campinas Novembro mimeo POCHMANN M 2005 Desafios Atuais do Sindicalismo Brasileiro in Sindicatos y nuevos movimientos sociales en A
153. a a extens o prevista em seu projeto Atualmente os quatro primeiros meses da licen a s o por lei direitos da empregada que recebe sal rio integral pago pela Previd ncia Social Os dois meses adicionais ser o pagos pelo Estado Munic pio ou pela empresa privada que aderir ao Projeto O empregador que aderir ao Programa ter direito de deduzir no c lculo do Imposto de Renda da pessoa jur dica o valor integral da remunera o da benefici ria no per odo de prorroga o 60 dias Segundo a Senadora Saboya as proje es fiscais indicam uma renuncia de R 500 milh es de reais referente dedu o no imposto de renda devido ao pagamento da extens o da remunera o para a m e licenciada O que para a Senadora n o significa nenhum gasto mas um investimento nas crian as no futuro do pa s Observando se as estat sticas da ONU na maioria dos pa ses o per odo de licen a varia de tr s a quatro meses Dessa maneira essa amplia o do per odo de licen a maternidade colocar o Brasil entre as na es que concedem os maiores per odos do benef cio conforme revela a tabela 6 9 3 TABELA 6 9 i PERIODO DE LICEN A A MATERNIDADE EM DIFERENTES PAISES Pa s Per odo Faixa do Sal rio Quem Paga em meses Alemanha 3 5 100 Seguridade Empregador Argentina 3 100 Seguridade Social Bol via 4 100 ou 70 sal rio m nimo Seguridade Social Brasil 4 100 Seguridade Social China 3 100 Empregador ndia 4 100 Seg
154. a conta com a parceria do Fundo de Desenvolvimento das Na es Unidas para a Mulher UNIFEM e da Organiza o Internacional do Trabalho OIT Em sua 1 edi o o Programa foi dirigido s empresas p blicas federais J em sua segunda edi o nos anos de 2006 2007 foi ampliado para as outras esferas da administra o p blica municipal e federal e para empresas da iniciativa privada de m dio e grande porte inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jur dica A ades o ao Programa volunt ria e as empresas participantes recebem o selo Pr Equidade de G nero que podem utilizar tanto em documentos internos quanto em expedientes externos e campanhas de promo o institucional A participa o no programa permite que a empresa tenha acesso a uma rede de organiza es visando troca de experi ncia de pr ticas voltadas a eq idade de g nero al m de assessoramento t cnico e a es de capacita o da SPM A empresa que aderir ao Programa ter que formular um plano de a o voltado para a promo o da egiiidade de g nero no mundo do trabalho a partir de um diagn stico realizado atrav s da elabora o da ficha perfil durante o qual as empresas podem perceber suas fragilidades nas 70 www planalto gov br spmulheres 153 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho rela es de g nero Este Plano de A o apresentado ao Comit Pr Equidade de G nero para
155. a ele j seja praticado a cultura dos interlocutores ainda n o parece absorver a id ia do desprendimento da concess o o que acaba prolongando muito a negocia o e promovendo o insucesso da mesma Al m disso os novos F runs que tem surgido padecem de seu noviciado n o estando plenamente consolidados ainda que representem um novo alento na quest o do Di logo Social no Brasil 202 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 8 3 4 O novo modelo ter que respeitar o atual papel desempenhado pelos elementos do triangulo dourado no caso brasileiro As reformas trabalhistas sindical previdenci ria e nas pol ticas ativas al m de outras complementares em dire o a um modelo brasileiro de Flexicurity dever ter uma duplo caracter stica atingir o objetivo de flexibilidade com seguran a prote o social e manter ou transferir a fun o que hoje exerce para solucionar problemas do mercado de trabalho ou do sistema de prote o social Conforme vimos a Previd ncia Social desempenha importante papel na redu o da pobreza e extrema pobreza e sua reforma dever levar isto em considera o O mercado de trabalho j flex vel sendo esta caracter stica um expediente que pr pria sociedade criou para garantir alguma ocupa o aos indiv duos Os programas de emprego e renda se transformaram em concess o de empr stimos a fundo perdido e o treinamento vocacional mesmo qua
156. a fonte de inefici ncia t pica do setor p blico Considerando a cadeia que existe na recoloca o do trabalhador capta o da vaga cadastramento do desempregado adequa o da vaga ao trabalhador e encaminhamento do selecionado s empresas a dificuldade central esta na inefici ncia oficial na etapa do encaminhamento do trabalhador Pela sua natureza uma vaga encontrada um bem altamente perec vel Barros e Carvalho 2002 p gina 70 sendo fundamental que ao se detect la o trabalhador selecionado seja encaminhado imediatamente para ocup la Se a vaga for captada depois do cadastramento do desempregado torna se urgente a necessidade de convoca o do mesmo Al m disso imprescind vel que o desempregado retorne periodicamente ag ncia oferecendo intermedia o em decorr ncia da perecibilidade de uma vaga que se ajuste ao seu perfil Ocorre que estes procedimentos est o entre os mais custosos no processo de intermedia o da m o de obra e dentro da limita o de recursos que caracteriza o SINE desde seu inicio Al m disso tendo em vista a precariedade de suas instala es e falta de recursos humanos com qualidade a cadeia de recoloca o nunca foi bem exercida na fase de encaminhamento do trabalhador desempregado Com rela o ao treinamento vocacional e com rela o ao antigo Planfor existem muitas cr ticas mas aquela que foi considerada a mais grave refere se aos crit rios de sele o de cursos e a e
157. a garantir o bom resultado das PAMT Outro aspecto negativo refere se forma como se acumula o patrim nio do FAT Tomando se o ano de 2007 como refer ncia os dep sitos especiais remunerados representavam cerca de 35 6 quando no in cio da exist ncia desses dep sitos em 1994 eles representavam apenas 19 3 Ou seja a destina o dos recursos do FAT para outras finalidades que n o necessariamente se voltam para o mercado de trabalho vem aumentando continuamente Sob a tica das pol ticas de emprego visando o fortalecimento do mercado de trabalho esta forma de crescimento do patrim nio do FAT revela se indesejada uma vez que a esses dep sitos tem se transformado em cr dito f cil para uma gera o de emprego e renda de efici ncia duvidosa de efic cia incerta e canibalizando conforme revelam os dados as demais pol ticas ativas voltadas para exercerem seu compensat rio e ou complementar s demais a es governamentais voltadas para o trabalhador Este parece ser um quadro irrevers vel em curto prazo A raz o que apesar da obrigatoriedade da disponibilidade imediata dos dep sitos especiais remunerados imposs vel que isto venha ocorrer como determina a Lei seja porque a institui o tomadora do empr stimo far oposi o a isto ou ent o porque opera es financeiras de alto valor n o se fazem de um dia para o outro Esse cen rio indica claramente que tem se reduzido o espa o para form
158. a inser o produtiva dos trabalhadores e dos desempregados no mercado de trabalho Para isso desempenhava a es concernentes intermedia o da m o de obra de apoio aos desempregados gera o de informa es sobre o mercado de trabalho e aconselhamento sobre a forma o e qualifica o profissional da for a de trabalho No campo da forma o de recursos humanos mas sem chegar a se constituir numa pol tica p blica stictu sensu o treinamento e a forma o profissional eram oferecidos pelas Confedera es Patronais desde a d cada de 1940 atrav s do chamado Sistema S composto inicialmente pelo Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI ligado atividade industrial pelo Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial Servi o Nacional de Aprendizagem SESC ligado atividade comercial e 124 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho pelo Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR associado atividade agr cola Os recursos vinham de fontes oficiais por meio de tributa o da folha de pagamento das empresas Apesar de grande contribui o ao treinamento da for a de trabalho dada a boa qualidade dos servi os oferecidos o alcance do Sistema S como um suced neo de pol tica ativa era bastante limitado uma vez que os cursos e o treinamento oferecido eram orientados pela oferta dos mesmos n o respondendo demanda das empresas seja e
159. a nova gera o de reformas in Reformas no Brasil Balan o e Agenda F bio Giambiagi Jos Guilherme Reis Andr Urani organizadores Editora Nova Fronteira Rio de Janeiro SILVA Roseane 2007 Uma defesa feminista da redu o da jornada de trabalho Portal Mundo do Trabalho www cut org br 29 de setembro SPOSITO M P e CARRANO P C 2003 Juventude e Pol ticas P blicas no Brasil Revista Brasileira de Educa o no 24 Rio de Janeiro Set Dez SUSSEKIND A MARANH O D VIANNA S e TEIXEIRA FILHO J L 2002 Institui es de Direito do Trabalho S o Paulo Editora LTr TAFNER P 1997 Institui es e Desempenho da Previd ncia no Brasil mimeo TAFNER P e GIAMBIAGI F 2007 Algumas Propostas para o Aprimoramento de Nosso Sistema in Previd ncia no Brasil debates dilemas e escolhas Paulo Tafner e F bio Giambiagi organizadores Ipea Rio de Janeiro THOMAS M 1999 Unemployment Insurance in Brazil Draft The World Bank Bras lia ULYSSEA G6 2005 Informalidade no Mercado de Trabalho Brasileiro uma Resenha da Literatura Texto para discuss o n 1070 Ipea Rio de Janeiro fevereiro VARGAS NETO J G 2006 Reconhecimento das Centrais Revista da For a Sindical Ano 13 Maio VIANA M T 2004 A Reforma Sindical entre o Consenso e o Dissenso Revista da Faculdade de Direito da UFPR v 40 WILTHAGEN T e TROS F 2004 The Concept of Flexicurity A new Approach to Regulating Employm
160. a permitida sua negocia o visando moldar os custos do trabalho a cada situa o especifica e a cada momento do tempo Como esta mudan a de dif cil realiza o pol tica Pastore 2005a p gina 155 sugere que seria suficiente colocar no caput do artigo 77 a seguinte express o Salvo negocia o e com exce o dos direitos fundamentais a serem indicados s o direitos dos trabalhadores Neste caso os direitos a serem indicados seriam aqueles que seriam inegoci veis Havendo assim um patamar m nimo de direitos trabalhistas protegendo os indiv duos os empres rios t m se definido por uma mudan a na rea trabalhista e sindical no estilo da preval ncia do negociado sobre o legislado acreditando que as partes estabelecidas as regras da negocia o sabem melhor sobre os interesses comuns n o havendo necessidade de qualquer interfer ncia do Estado A posi o dos empregadores no que diz respeito Reforma Sindical aparece no quadro 7 4 Dado que a prefer ncia empresarial por um m nimo de legisla o e um m ximo de negocia o eles prop em uma reforma sindical que fortale a o sindicato atrav s da representatividade como forma de tornar a negocia o coletiva mais eficaz Nesta dire o desejam o fim da unicidade sindical extinguindo o monop lio da representa o sindical devendo vir em substitui o um modelo onde haja pluralidade mas sem que isso degenere para uma completa fragmenta o sind
161. abela 4 8 contendo a evolu o do n mero dos contribuintes do mercado formal de trabalho conforme diferentes crit rios de enquadramento previdenci rio De fato os empregados com carteira assinada os maiores contribuintes tiveram sua participa o reduzida como contingente da PEA passando de 43 8 em 1980 para 29 5 em 2004 IPEA 2006c p gina 27 TABELA 4 8 SETOR FORMAL DO MERCADO DE TRABALHO CONFORME DIFERENTES CRIT RIOS PREVIDENCI RIOS Em porcentagem da PEA 1980 1991 2000 2004 1 Empregados com carteira assinada 43 8 42 1 30 9 29 5 2 Aut nomos contribuintes 6 6 6 0 4 3 2 9 3 Funcion rios p blicos contribuintes 3 4 2 9 4 8 6 0 4 Empregadores contribuintes 1 8 2 5 1 8 2 2 Subtotal 1 2 3 4 Setor Formal 1 contribuintes da Previd ncia 55 6 53 5 41 8 40 6 5 Segurados especiais potenciais 9 3 8 9 6 Subtotal subtotal 1 item 5 segurados da Previd ncia 55 6 53 5 511 49 5 Fonte Ipea Texto para discuss o 1248 dezembro de 2006 88 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Al m de representar uma permanente queda no potencial de arrecada o da Previd ncia Social isto representa um crescente perigo para a prote o social futura de parcela significativa da for a de trabalho brasileira onerando ainda mais as finan as p blicas pois deixam de ser segurados passando a depender da face assistencialista do Estado A outra forma rela o mos
162. abor Courts caso as partes n o tenham feito a op o pela arbitragem Nesse caso o impasse decorrente do conflito julgado pelo Juiz do Trabalho que atrav s de uma senten a normativa fixa as regras e condi es oportunas para a solu o do conflito respeitadas na decis o as disposi es existentes na conven o coletiva e a legisla o m nima de prote o ao trabalho Havendo continuidade da greve ap s esta fase ela ser considerada abusiva A exist ncia de senten a normativa confere uma caracter stica especial ao modelo brasileiro pois a Justi a do Trabalho acaba por legislar n o somente sobre os conflitos de direito entre as partes em disputa mas tamb m sobre os conflitos de interesse econ mico Existem outras formas menos utilizadas de solu o dos conflitos coletivos que s o a media o cujas normas e procedimentos s o de compet ncia do MTE estando previstas na CLT artigo no 616 e a arbitragem inserida no artigo 114 2 da Constitui o Federal de 1988 Sua utiliza o contudo tem que estar prevista na conven o ou acordo coletivo estabelecido entre as partes 3 4 As Implica es da Legisla o Trabalhista sobre as Rela es Individuais e Coletivas para os Custos do Trabalho As se es anteriores resenharam os principais itens da legisla o brasileira de prote o ao emprego no que diz respeito s rela es individuais e coletivas de trabalho desde 1930 quando se iniciou a 56 CEPAL
163. ada e minuciosa ver o texto de Rog rio Nagamine Constanzi Proposta de Reestrutura o dos Programas de Gera o de Emprego e Renda com Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT mimeo citado no Boletim de Pol ticas Sociais acompanhamento e an lise n 11 agosto de 2005 p g 106 Ipea Al m desses programas existem tamb m v rias linhas de cr dito especiais que n o se constituem em um programa formalmente mas que no entanto s o relevantes sob a tica da concess o de empr stimos com o objetivo de gera o de renda e emprego nos moldes propostos pelo Proger Ver Boletim de Pol ticas Sociais acompanhamento e an lise n 11 agosto de 2005 p g 104 Ipea 61 137 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho microcr dito em 2004 o Programa Nacional de Microcr dito Produtivo Orientado PNMPO cujo objetivo o de incentivar a gera o de trabalho e renda entre os micro empreendedores populares QUADRO 6 2 PROGRAMAS DE GERA O DE EMPREGO E RENDA COM RECURSOS DE DEP SITOS ESPECIAIS REMUNERADOS DO FAT 1994 2005 Programas Cria o Agente Financeiro 1 Programa de Gera o de Emprego e Renda Modalidade Urbana Proger Urbano 2 Programa de Gera o de Emprego e Renda Modalidade Rural 3 Programa Nacional de Fotalecimento da Agricultura Familiar 4 Programa de Expans o do Emprego e Melhoria da Qualidade de Vida do Trabalha
164. adas padronizadas de m ltiplos contratos de renda vari vel de disponibiliza o de emprego segundo as demandas ampliam a precariza o e criam uma m o de obra descart vel comprometendo a qualifica o futura da for a de trabalho sobretudo porque a verdadeira qualifica o exige forma o b sica e tempo Matoso 1999 p gina 20 H tamb m aqueles que discordam da necessidade de uma reforma previdenci ria com base no argumento da ocorr ncia de um sistema permanentemente deficit rio com reflexos sobre as finan as p blicas do governo federal Delgado 2006a um dos principais defensores dessa linha de argumenta o Do ponto de vista estritamente previdenci rio as propostas de desindexa o do sal rio m nimo dos benef cios eleva o imediata do limite de idade para aposentadoria 65 anos e desvincula o das contribui es sociais da seguridade social n o se aplicam por crit rios de justi a distributiva Nenhum dos seus defensores invocou tal princ pio Ao contr rio o m vel dessas proposi es sempre a tese da insustentabilidade fiscal do sistema de benef cios do RGPS que supostamente caminharia para a insolv ncia mantidas as regras atuais Essa hip tese contudo n o obstante subjacente s propostas fortemente question veis sob enfoque do direito social nunca foi demonstrada tecnicamente Igualmente n o demonstrada a assertiva de que essas propostas resolveriam o decantado d fic
165. adicional destinado para compensar o trabalho nocivo sa de ou ambiente que proporcione riscos ao trabalhador CF artigo 7 inciso XXIII e CLT artigos 189 a 197 O empregado tem direito tamb m a participa o nos lucros ou resultados da empresa b normas sobre negocia o apesar de ser irredut vel pela CF isto poss vel mediante negocia o coletiva Nesse caso isto deve ocorrer com a participa o da entidade sindical para haver validade do acordo de redu o salarial c normas antidiscriminat rias proibindo que haja discrimina o salarial em raz o de g nero idade cor estado civil ou decorrente da incapacidade f sica do trabalhador d normas sobre o valor do sal rio todos os trabalhadores protegidos pela CLT que recebem remunera o vari vel t m assegurado o sal rio m nimo como menor valor de remunera o pelo servi o prestado poss vel entretanto que as categorias de trabalhadores e de empregadores possam por meio de negocia o coletiva estipular um piso salarial para a categoria que passa a ser obrigat rio para todas as empresas da categoria Este piso salarial deve ser proporcional extens o da jornada de trabalho bem como complexidade do trabalho executado A legisla o atual permite aos Estados da Federa o estabelecerem seus pr prios pisos salariais em valor diferente do sal rio m nimo federal nacionalmente unificado e normas de natureza penal a CF em seu artigo 7 inciso X e
166. ador ao seu posto de trabalho t o logo se encerre o curso fregiientado por eles 45 110 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho a N o h uma adequada integra o entre o SD e as pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho O SD n o se articula com as pol ticas de intermedia o de m o de obra nem com as pol ticas de treinamento vocacional ou com a oferta de micro cr dito aos trabalhadores aut nomos e conta pr pria Ademais o benef cio pago somente pelas ag ncias banc rias da CEF Sem a obrigatoriedade da busca por emprego grande parte dos trabalhadores em especial os desempregados jovens aguarda o t rmino das parcelas a receber e somente ap s come a a procurar trabalho e com isso prolonga a taxa de desemprego de longo prazo b Existe um acesso crescente de jovens e de trabalhadores com melhores rendas Uma parte deste resultado pode ser atribu da s facilidades de acesso pois com as sucessivas crises brasileiras os crit rios de acesso foram se tornando cada vez mais frouxos Al m disso o segmento jovem grande no mercado de trabalho informal c A demanda pelo benef cio depende pouco do desemprego em si A eleva o dos custos n o tem sido determinada somente pelo ciclo econ mico mas principalmente pelas das condi es de acesso bem como ao crescente aumento da flexibilidade em se tornar eleg vel ao programa Este aspecto j havia s
167. adores com emprego registrado Esta limita o de recursos seria tamb m indesejada na medida em que estaria contribuindo ainda mais para a amplia o da precariza o das condi es de trabalho e da deteriora o das rela es de emprego Krein 2003 p gina 318 concorda com Pochmann ao afirmar que O processo de flexibiliza o de direitos e desestrutura o do mercado formal de trabalho pode tamb m comprometer as fontes de financiamento das pol ticas sociais pois boa parte delas esta vinculada folha de pagamento as chamadas contribui es sociais Colaboram assim para um enfraquecimento na capacidade de amplia o dos servi os p blicos especialmente os destinados popula o de baixa renda Mais recentemente este mesmo autor Krein 2007 se posicionou de forma contr ria a uma flexibiliza o dos direitos trabalhistas por entender que o mercado j determina esta flexibilidade Nesse sentido A vis o defendida na presente tese a de que a prote o existente na legisla o garante um patamar b sico de civilidade rela o de emprego que j bastante flex vel em rela o Ainda que esta separa o esteja correta sob a tica do trabalhador ela irrelevante para os custos da empresa uma vez que o sal rio monet rio ser pago por ela Assim o custo dos encargos se reduz mas o custo para as empresas n o e portanto independente do m rito da defesa da regula o sob a tica
168. ahad 1987 traz extensa resenha sobre essa tem tica Ver o relat rio elaborado para o ent o Minist rio do Trabalho por Chahad e Macedo 1985 o qual foi utilizado pelo Governo Federal como refer ncia para a ado o do seguro desemprego no Brasil 43 106 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho uma cifra equivalente a 0 44 do PIB Cada desempregado recebeu um benef cio que na m dia do per odo representava 1 5 do sal rio m nimo nacional TABELA 5 1 BRASIL HIST RICO DO SEGURO DESEMPREGO 1996 2006 Total de Taxa de Valor m dio Gasto em SD ANO segurados habilt do benef cio PIB em 1 000 em S M Go 1996 4360 917 99 2 1 6 0 42 1997 4 400 738 99 4 1 6 0 40 1998 4357528 99 1 1 6 0 44 1999 4315593 97 7 1 6 0 40 2000 4 176 004 98 0 1 5 0 37 2001 4 686 756 98 2 1 5 0 40 2002 4 803 535 98 4 1 4 0 44 2003 4971712 98 4 1 4 0 43 2004 4 812 008 98 4 1 4 0 40 2005 5 362 968 98 0 1 4 0 41 2006 5749 511 98 2 1 3 0 44 M dia 1996 2006 4727025 98 4 1 5 0 41 Fonte Minist rio do Trabalho e Emprego Secretaria de Pol ticas P blicas de Emprego Departamento de Emprego e Sal rio Coordena o Geral do Seguro Desemprego e Abono Salarial Apesar de seu surgimento relativamente recente especialmente para os padr es internacionais verificados nos pa ses industrializados a dimens o do programa brasileiro de SD n o deve ser considerada de pouca signific ncia A tab
169. ais Esta discuss o foge ao escopo deste relat rio mas o leitor interessado deve consultar entre outros Madsen 2006 a e b Wilthagen e Tros 2003 Wilthagen e Tros 2004 Bredgaard Larsen e Madsen 2005 e Gehrmann 2007 12 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho possam ser atribu dos ao surgimento do Flexicurity Model outros aspectos da economia daquele pa s s o igualmente importante em explic los It is essential to point out that positive development in the Danish labour market since the early 1990s is not attributable exclusively to the Danish Flexicurity model as described above Without a successful balancing of the macroeconomic policy and the trends in the international business cycle the growth in employment and the falling unemployment would not have been possible The coinciding of low inflation and a halving of unemployment is also a by product of a new agenda for collective bargaining and wage formation which helped the labour market adjust to the shift from high unemployment to full employment while keeping wage increases at the moderate level and not departing from the international trend towards low inflation Breedgard Larsen e Madsen 2005 p gina 6 1 2 As Ra zes Hist ricas do Modelo Dinamarqu s Ainda que costumeiramente o modelo venha desenhado como um triangulo dourado bem definido em suas linhas conceituais ele n o fruto d
170. alhadores colocados em situa o de desemprego involunt rio s o o seguro desemprego e o fundo de garantia do tempo de servi o Eles est o alinhados com as recomenda es dos organismos internacionais quanto filosofia que representam destinando se ao mercado formal de trabalho Padecem entretanto de problemas seja no seu desenho seja na sua implementa o ou mesmo no seu funcionamento conjunto Como consegii ncia se paga seguro desemprego para quem esta ocupado e trabalhador faz acordo com a empresa para ser mandado embora e receber o FGTS Al m disso ambos s o utilizados para prolongar a busca por trabalho e financiar atividades informais Tudo isto ainda facilitado pelo noviciado das pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho brasileiro cujos gastos s o relativamente pequenos em rela o ao tamanho da for a de trabalho brasileira e com o grave defeito de um baix ssimo grau de articula o entre si cap tulos 5 e 6 7 2 A Posi o dos Trabalhadores Diante das Reformas Trabalhista e Sindical A resenha acima realizada indica que reformas na legisla o trabalhista s o mais importantes para a quest o da prote o social do trabalhador brasileiro do que propriamente para a gera o de novos postos de trabalho De fato a flexibilidade num rica e salarial do mercado de trabalho brasileiro tem se revelado historicamente bastante elevada Mesmo assim a posi o dos sindicatos brasileiros especialmente ap s sua
171. alho Normas espec ficas da tutela do trabalho Contrato individual de trabalho Sindicatos Conven o coletiva de trabalho Fiscaliza o do trabalho Organiza o e composi o dos tribunais do trabalho Justi a do Trabalho e Previd ncia Social Diss dios coletivos e individuais e disposi es gerais e transit rias Mesmo representando um avan o na poca de sua promulga o na organiza o das leis mas evidenciando por um lado uma excessiva interven o do Estado e por outro uma estrutura r gida de funcionamento do mercado de trabalho ainda assim a CLT n o deu conta das r pidas transforma es no campo s cio econ mico que passaram a exigir r pidas transforma es no seu arcabou o inicial A evolu o pol tica do pa s influiu tamb m nos rumos da regula o do mercado de trabalho conforme afirmam in meros autores em particular Mascaro Nascimento 2004 p gina 777 Apesar de ter se consagrada como Consolida o existiu na poca de sua promulga o grande controv rsia se deveria ser um C digo Moraes Filho e Flores de Moraes 2003 p gina 101 acham tal discuss o bizantina pois n o nem um nem outro e Mascaro Nascimento 2004 p gina 76 considera a CLT pr xima de um C digo em decorr ncia das inova es que trouxe Al m desses autores consultar tamb m Siissekind e outros 2002 48 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho N o seria
172. alho e acabando com a defesa monopol stica que as empresas fazem da flexibilidade e os trabalhadores fazem da seguran a Al m disso existem outros princ pios importantes por traz da id ia de Flexicurity Uma delas que flexibilidade e seguran a n o s o situa es contradit rias entre si mas podem sim conviver mutuamente com boa dose de harmonia Outra id ia importante que tanto as empresas quanto os trabalhadores dinamarqueses comungam de um pensamento comum onde a seguran a no trabalho mais importante que a seguran a no emprego preciso proteger as pessoas e n o o emprego Assim as empresas e os sindicatos n o criam obst culos flexibilidade das dispensas e procuram manter o foco na cria o de novas vagas de trabalho Por outro lado ambos lutam na mesma trincheira para conseguir os recursos que contrabalan am os riscos do desemprego e fortale am o estado de bem estar social De qualquer forma in meros analistas destacam que os resultados observados para os principais indicadores econ micos e de mercado de trabalho da Dinamarca em per odo recente Existe muita controv rsia sobre o real significado do conceito do termo Flexicurity Para uns seria uma estrat gia pol tica para outros uma ferramenta anal tica para alguns seria um programa existindo ainda aqueles que acreditam tratar se de um caminho de depend ncia em decorr ncia dos compromissos e lutas que se estabelecem entre os atores soci
173. am mostrados ao longo dos cap tulos anteriores Al m disso elas n o promovem a ativa o necess ria no mbito de cada uma facilitando o agravamento do comportamento negativo de certos aspectos do mercado de trabalho No caso da intermedia o da m o de obra a reforma vai desde aumentar substancialmente os gastos visando tanto promover o maior equil brio entre oferta e demanda de trabalho quanto atender aos trabalhadores informais passando por investimento em recursos humanos e inform tica e terminando com grandes investimentos no aumento da capilaridade da rede de atendimento preciso aumentar o grau de competitividade entre o SINE e as ag ncias privadas aumentar o sistema de fiscaliza o sobre estas ltimas assim como promover a avalia o permanente do SINE comparando resultados de metas estabelecidas ex ante com resultados obtidos ex post A efici ncia do sistema depende de seu continuo monitoramento o que hoje n o ocorre O desafio maior no campo das pol ticas ativas esta na rea do treinamento vocacional e profissional O pa s tem uma escolaridade m dia muito baixa para os padr es internacionais cerca de 5 anos de estudo uma taxa de analfabetismo bastante alta 11 0 em 2005 o que associado a outras car ncias educacionais determina uma for a de trabalho de baixo n vel de qualifica o Parte substancial deste problema deve ser resolvida por pol ticas de m dio e longo prazo na esfera do Minist rio
174. amento para sua informalidade e ou posterga o da busca por emprego 111 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 5 2 O FGTS no Sistema de Prote o Social 5 2 1 Breve hist rico do FGTS como sistema indenizat rio ao trabalhador demitido O FGTS foi criado pela Lei 5 107 de 13 de Setembro de 1966 vindo em substitui o na pr tica ao antigo regime de indeniza o ao empregado pela rescis o do seu contrato de trabalho ent o vigente At ent o a CLT em seu artigo 478 estabelecia que o trabalhador dispensado da empresa sem justa causa seria indenizado na base de um sal rio por ano trabalhado Caso ele permanecesse mais de 10 anos na mesma empresa se tornaria est vel s podendo ser demitido caso cometesse falta grave ou por motivo de for a maior artigo 492 Do ponto de vista jur dico o FGTS consagrou se definitivamente como um direito do trabalhador ao ser inclu do no rol dos direitos sociais relacionados no Titulo Il dos Direitos e Garantias Fundamentais Capitulo II Dos Direitos Sociais inciso II da Constitui o Federal do Brasil de 1988 Contudo nem todos os trabalhadores brasileiros s o cobertos pela legisla o do FGTS sendo benefici rios os empregados regidos pela CLT os trabalhadores avulsos os empregados rurais ficando exclu dos os trabalhadores aut nomos os eventuais bem como os empregados do setor p blico e militares que possuem legisla
175. ania foram relatadas em 2005 53 a es dentro de 21 programas voltadas para o desenvolvimento da mulher no mundo do trabalho aos direitos das mulheres documenta o propriedade e infra estrutura rural e urbana e habita o Destes 21 programas englobados pelo PNPM a SPM desenvolve o Programa Igualdade de G nero nas Rela es de Trabalho e o Incentivo Autonomia Econ mica das Mulheres no Mundo do Trabalho De qualquer forma ainda que a exist ncia da SPM seja uma indica o de interesse em atender melhor as demandas do p blico feminino a destina o de recursos est muito aqu m do que seria necess rio para justificar a exist ncia dessa Secretaria Em 2006 a SPM teve um or amento previsto de R 29 milh es dos quais s p de usufruir de R 19 milh es Em 2007 o or amento da Secretaria atingiu R 42 milh es havendo contudo um contingenciamento de R 16 4 bilh es do or amento da Uni o limitando ainda mais os recursos dispon veis para pol ticas destinadas for a de trabalho feminino brasileira representada por 43 milh es de mulheres em 2006 c Pol ticas espec ficas para mulheres Programa Pr Equidade de G nero O Programa Pr Equidade de G nero foi lan ado em 2005 com a finalidade de alcan ar a igualdade de g nero no mundo do trabalho contribuindo assim para a elimina o de todas as formas de discrimina o no acesso remunera o ascens o e perman ncia no emprego Este program
176. aordin rio de tarefas de outras empresas Lei 6 019 74 e Decreto 73 841 74 c terceiriza o subcontrata o possibilidade de contratar um terceiro para a realiza o de atividade que n o constitui o objeto principal a atividade fim da empresa Lei 6 019 74 e S mula TST 331 2000 d cooperativa de trabalhadores exerc cio do trabalho por meio de atividade cooperada n o havendo subordina o entre si e n o existindo v nculo empregat cio entre a cooperativa e seus associados CLT artigo 442 e Lei 8 949 94 e contrato de trabalho por prazo determinado da Lei no 9 601 98 contrato com a dura o m xima de dois anos realizado sob a supervis o dos sindicatos com a redu o dos custos n o salariais tradicionais somente para os trabalhadores do setor privado n o podendo ocorrer para substituir m o de obra na empresa devendo caracterizar emprego adicional Neste caso h uma redu o dos custos n o salariais na contrata o do trabalhador 3 3 Tra os Principais das Rela es Coletivas de Trabalho As fontes do Direito Coletivo do Trabalho e que determinam e regulam as rela es coletivas de trabalho na legisla o trabalhista brasileira s o a Constitui o Federal a CLT os acordos e conven es coletivas de trabalho os princ pios gerais do Direito bem como as conven es internacionais ratificadas pelo Brasil Os princ pios b sicos do Direito Coletivo do Trabalho est o previstos no artigo 8 da Constitui
177. apoiar a estrutura o da assist ncia de m dia e alta complexidade para atender aos acidentes de 3 Conselho Nacional de Sa de Conselho Estadual de Sa de e Conselho Municipal de Sa de 7 Portaria n 1 125 de 6 de julho de 2005 38 Trabalhadores dos setores formal e informal assalariados e n o remunerados dom sticos aut nomos cooperados tempor rios servidores p blicos empregadores aprendizes estagi rios desempregados e aposentados 102 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho trabalho e agravos contidos na Lista de Doen as Relacionadas ao Trabalho e aos agravos de notifica o compuls ria citados na Portaria 777 de 28 de abril de 2004 A equipe de profissionais dos Cerests Regionais integra pelo menos 4 profissionais de n vel m dio sendo 2 auxiliares de enfermagem e 6 profissionais de n vel universit rio sendo 2 m dicos e 1 enfermeiro J aos Cerests Estaduais compete a elabora o e execu o da Pol tica Estadual de Sa de do Trabalhador o acompanhamento dos planos de a o dos Cerests regionais a participa o da pactua o para defini o da Rede Sentinela e a contribui o para as a es de vigil ncia em sa de Sua equipe composta por 5 profissionais de n vel m dio sendo 2 auxiliares de enfermagem e 10 profissionais de n vel superior sendo 2 m dicos e 1 enfermeiro Muito embora o desenho e a legisla o do sistema de sa de no Bra
178. aposentadoria para o futuro MPS 2007 p gina 6 Financiamento da Previd ncia Social Aqui houve um claro alinhamento entre os trabalhadores e o governo federal cuja declara o de voto final foi realizada em conjunto J os empregadores tomaram uma posi o isolada Cientes das dificuldades de uma reforma estrutural na Previd ncia Social com mudan as inclusive na forma de 180 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho financi la os empregadores tomaram uma posi o defensiva sobre com rela o sa de financeira do sistema procurando definir a origem dos recursos no caso da ocorr ncia de gastos superando as receitas Para a representa o empresarial n o havendo sustentabilidade plena da Previd ncia Social o financiamento ser feito com a transfer ncia para o INSS de recursos oriundos das contribui es previstas no artigo 195 I b COFINS e c CSLL da Constitui o Federal ou das contribui es ou impostos que vierem a substitu las Elementos de natureza redistributiva do plano de benef cios previdenci rios como os relacionados ao trabalhador rural e similares s o financiados com as contribui es sociais previstas no art 195 b COFINS e c CSLL da Constitui o Federal ou pelas contribui es ou impostos que as substitu rem MPS 2007 p gina 6 A posi o dos trabalhadores e do governo federal por uma postura totalmente liberal com r
179. ar fora do aparelho do Estado em termos de sua autonomia funcionamento e outros aspectos de gest o Tem sido muito discutido no contexto brasileiro qual reforma deveria vir primeiro a trabalhista ou a sindical Este consultor partilha da opini o que elas devem ocorrer simultaneamente Do ponto de vista da reforma trabalhista conforme in meros analistas t m apontado preciso ampliar os direitos que podem ser negociados e sob a tica da reforma sindical parece ilus rio que somente ap s definidos seus par metros que os sindicatos se fortalecer o Os sindicatos se fortalecem na negocia o e quanto mais itens a negociar mais press o da base sindical ir o sofrer e mais rapidamente se fortalecer o Um poss vel impacto de uma reforma trabalhista poderia ser avaliado em termos de algumas estat sticas observadas no cap tulo 2 deste relat rio A suposi o b sica aqui que uma reforma ampla nas institui es trabalhistas bem desenhada amplamente negociada e aceita por todos os segmentos 194 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho sociais que reduzisse os custos de contrata o e promovesse uma eleva o do emprego formal seria ben fica sob qualquer tica prote o aos trabalhadores redu o do custo das empresas aumento de competitividade do pa s Isto poderia ser avaliado pelo ritmo de crescimento do emprego formal Tomando se como refer ncia a tabela 2 1 a
180. ar o seguro desemprego num direito adquirido de se receber todas as parcelas que s o devidas ao desempregado uma indeniza o compuls ria Sob a tica das empresas o impacto do seguro deveria ser apreciado com rela o forma como elas contribuem para seu financiamento Acontece que no caso brasileiro o benef cio n o representa um custo para as empresas pois n o coletado diretamente sobre a folha de pagamentos Como o Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT custeado pelo PIS PASEP recolhido de outras fontes de recursos das empresas a contribui o destas n o se vincula sua pol tica de demiss es e nem taxa de desemprego da economia Finalmente outra grave distor o existente no programa brasileiro decorre da facilidade de ocorr ncia de rela es informais de trabalho Nesse caso como a interrup o do pagamento do seguro desemprego acontece quando ele obt m um emprego com carteira assinada tem sido uma regra estabelecer se um conluio entre trabalhadores e empregadores para que n o ocorra o registro em carteira ou se registre o trabalhador com uma nova carteira de trabalho para que o mesmo continue recebendo o benef cio A empresa sai tamb m beneficiada na medida em que recebe um subs dio impl cito ao pagar um sal rio menor ao trabalhador durante o per odo que ele estiver recebendo o seguro desemprego 5 5 O acesso dos desempregados Sa de e a Previd ncia Social Tanto o Sistema nico de S
181. ara compreender que o pa s tem um mercado de trabalho com grande mobilidade e desfrutando de flexibilidade seja num rica ocupacional ou salarial Mas seria isto em decorr ncia da legisla o trabalhista existente no pa s A resposta n o de acordo com as institui es e organismos internacionais que investigaram o tema O estudo de Djankov e outros 2004 analisando um total de 133 pa ses sob diversas ticas trabalhistas facilidade de contratar condi es de emprego facilidade de demitir e custo da demiss o permite igualmente uma razo vel vis o da posi o brasileira em rela o ao resto do mundo em termos da legisla o de prote o ao emprego Os principais resultados encontram se sumariados na tabela 3 5 Com rela o ao ndice de flexibilidade para contratar verifica se que entre os pa ses com regula o mais flex vel temos as na es desenvolvidas Austr lia Canad e Dinamarca onde provavelmente outros mecanismos garantem prote o na es onde a flexibilidade dada pela precariedade das leis Uganda Nig ria Nam bia e mesmo economias em transi o onde regra geral esta flexibilidade seria baixa J entre aqueles pa ses com regula o menos flex vel para contratar h um predom nio dos pa ses da Am rica Latina O mesmo padr o se repete para o ndice de condi es de emprego e o ndice de flexibilidade de demitir entre aqueles com regula o mais flex vel h na es pobres ricas
182. arallel or converging tracks edited by Hedva Sarfati amp Giuliano Bonoli Ashgate MANUS P P T 2002 Direito do Trabalho S o Paulo Atlas Editora 7 Edi o MARTINS S P 2006 Direito do Trabalho S o Paulo Editora Atlas 23 Edi o MARTINS FILHO I G S 2006 Valoriza o da Negocia o Coletiva e Flexibiliza o das Normas Legais Trabalhistas XIII Ciclo de Estudos de Direito do Trabalho Febraban Pernambuco Abril MATTOSO J 1999 O Brasil Desempregado S o Paulo Editora Funda o Perseu Abramo MASCARO NASCIMENTO A 2004 Curso de Direito do Trabalho Hist ria e Teoria Geral do Direito do Trabalho Rela es Individuais e Coletivas do Trabalhador Editora Saraiva 19a edi o pa 209 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho MAZZA J 1999 Unemployment Insurance Case Studies and Lessons for Latin America and the Caribbean Working Paper Series 411 Inter American Development Bank Research Department October MENDON A J B 1999 Pol ticas do Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social Assembl ia Nacional de Idosos Bertioga MINIST RIO DA PREVID NCIA SOCIAL MPS 2007 F rum Nacional de Previd ncia Social S ntese das Atividades Desenvolvidas Bras lia DF Outubro MINIST RIO DA PREVID NCIA SOCIAL MPS 2004 Panorama da Previd ncia Social Brasileira Bras lia DF mar o MINIST RIO DA PREVID
183. arelho fiscalizador do Estado fundamental para impedir a precariza o do trabalho nos contratos de presta o de servi os com caracter sticas de v nculo empregat cio Al m disso ainda no entender dos sindicatos que criticam a Emenda 3 sem esta a o do fiscal a o prestador de servi o fica desprotegido das normas regulamentares sobre sa de e seguran a no trabalho b fica inviabilizado o combate ao trabalho escravo conforme prescrito pela OIT pois n o haveria como coagir os empregadores a reconhecer os direitos dos trabalhadores escravizados e que estes que deveriam pleitear seus direitos junto Justi a do Trabalho invertendo a l gica at aqui existente c na pr tica ficam revogadas in meras conven es ratificadas pelo Brasil pois mais vantajoso contratar prestadores de servi os do que trabalhadores com carteira de trabalho assinada e d h um grande favorecimento aos empres rios na medida em que o contrato de presta o de servi os gera menos custos do que a contrata o de um trabalhador nos moldes da CLT Ainda nesta quest o da posi o dos trabalhadores sobre as possibilidades de mudan as no modelo trabalhista importante destacar a discuss o recente ocorrida por ocasi o do reconhecimento oficial das grandes Centrais Sindicais na Estrutura Organizacional do Sindicalismo Brasileiro O reconhecimento j era um fato esperado e n o havia voz discordante na sociedade brasileira dada a le
184. as despesas previdenci rias c efeito PIB pois se trata de um per odo de baixo crescimento econ mico fazendo crescer pouco as receitas e no caso das despesas representa um incremento do denominador inferior ao do numerador elevando conseq entemente a rela o despesas PIB De qualquer forma j em meados da d cada de 1990 a ocorr ncia de seguidos d ficits em ambos os regimes da Previd ncia que em si indicava necessidade de mudan as tinha outros dois fatos a pressionar por reformas Um era o controle dos gastos p blicos como um todo que se impunha nas finan as do Pa s e o outro advinha do pr prio controle do processo inflacion rio resultado do sucesso do Plano Real que fulminou uma dos expedientes de financiamento do d ficit da Previd ncia a infla o 2 Com rela o ao papel da infla o no ajuste das contas da Previd ncia eles vinham pelo lado dos benef cios de duas formas A primeira ocorria no calculo dos benef cios os ltimos sal rios de contribui o n o eram corrigidos o que reduzia o valor do beneficio inicial a ser recebido O outro mecanismo de ajuste era a subindexa o da corre o dos benef cios em manuten o ou seja os benef cios eram corrigidos abaixo da infla o Ap s a implementa o do Plano Real e a consegiiente queda da infla o n o foi mais poss vel utilizar essas formas de ajuste para camuflar a necessidade de financiamento do sistema Boletim e Pol t
185. as e do Di logo Social no pa s caracterizado pelo princ pio de que ele fundamental para o aperfei oamento das Pol ticas P blicas Estas passaram a ganhar maior espa o no conjunto de instrumento de pol ticas disposi o do Governo Federal ap s a Constitui o Federal de 1988 especialmente pela ado o de um or amento da Seguridade Social Em decorr ncia disto passou se a exigir a crescente participa o da sociedade nas origens na defini o e na rotina das Pol ticas P blicas especialmente na sua implementa o e avalia o de resultados A consegii ncia natural foi o surgimento dos mais diversos F runs principalmente na rea da Seguridade Social dotados de estrutura e forma de funcionamento de modo a permitir o Di logo Social construtivo Neles contempla se regra geral a participa o dos principais agentes sociais envolvidos na rea tem tica desfrutando de ampla representatividade discutindo uma agenda de interesse comum cabendo ao governo a ativa o das a es programas projetos e pol ticas acordadas H sempre um sistema de acompanhamento das a es embora o sistema de monitoramento de avalia o e de controle ainda esteja aqu m do desejado para consolidar os resultados das negocia es coletivas bem sucedidas no pa s De qualquer forma a pratica do Di logo Social ainda d os seus primeiros passos no Brasil quando observada sua pr pria experi ncia e a experi ncia de outros pa ses Embor
186. as que optarem 75 Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAT Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR Servi o Nacional de Aprendizagem do Transporte SENAT Servi o Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESCOP escolas t cnicas de educa o e entidades sem fins lucrativos 78 MP 251 a Lei n 10 097 158 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho em realizar parcerias para a forma o profissional do jovem atuando dentro da linha da Aprendizagem Al m disso o Programa paga R 150 00 de aux lio financeiro aos jovens inscritos Existem por m alguns crit rios estabelecidos para a participa o dos empregadores no programa os quais s o fiscalizados e se n o cumpridos acarretam no desligamento da empresa ao PNPE tais como apresenta o de comprovante de matr cula e fregii ncia escolar do aprendiz atestados do estabelecimento de ensino ou c pia do certificado de conclus o do ensino m dio a empresa deve manter o n mero de empregados formais com carteira de trabalho assinada igual ou superior ao existente antes da contrata o do aprendiz evitar a substitui o de trabalhadores ativos pelos jovens beneficiados Al m disso os empregadores devem apresentar ao MTE as certid es negativas do INSS FGTS e da Receita Federal um protocolo de inten es comprometendo se com as metas do programa um
187. ascens o ao governo federal em 2002 tem sido de oposi o a mudan as na legisla o trabalhista que procurem ampliar os direitos coletivos relativamente aos direitos individuais mesmo que isto seja feito por meio da negocia o coletiva Ademais estabeleceram como prioridade que deve haver uma reforma sindical antes da reforma 164 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho trabalhista e acreditam que grande parte dos problemas existentes no mercado de trabalho brasileiro se resolve com o fortalecimento do aparelho fiscalizador do Estado No campo da Reforma Trabalhista embora n o seja poss vel explorar profundamente todos os aspectos dessas afirma es poss vel qualificar melhor algumas delas de acordo com as informa es contidas no quadro 7 1 Este quadro contempla algumas tentativas oficiais recentes de mudan as na legisla o trabalhista que mesmo n o representando uma reforma trabalhista completa tem forte impacto sobre o comportamento dos agentes no mercado de trabalho em especial os trabalhadores A defesa da manuten o dos direitos trabalhistas por parte dos trabalhadores pode ser mais bem entendida quando observa a evolu o e o desfecho do Projeto de Lei n 5 483 2001 iniciado no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso e arquivado em 2003 pelo Presidente Lula Este projeto propunha uma flexibiliza o mais ampla da legisla o trabalhista dando nova reda
188. asi ticas africanas europ ias em decorr ncia das raz es expostas acima Entre aquelas na es com regula o menos flex vel sempre h o predom nio do bloco latino americano e dos pa ses em transi o do leste europeu Para os tr s indicadores em separado ou mesmo para o agregado desses ndices denominado ndice de legisla o sobre o emprego o Brasil ndice 78 sempre aparece estando no conjunto de 61 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho pa ses com regula o menos flex vel o que o coloca para o Banco Mundial apenas atr s do Panam 79 e Portugal 79 dentre aqueles com legisla o mais r gida com rela o ao emprego Em s ntese a flexibilidade que existe no mercado de trabalho brasileiro n o decorre da legisla o trabalhista ou da exist ncia de um amplo sistema de negocia es coletivas O sistema jur dico trabalhista brasileiro torna r gida as condi es de contratar um trabalhador deixa bastante inflex vel as condi es de dispensa mas que podem ocorrer a um custo alto e tamb m deixa muito inflex vel as condi es de emprego dentro das empresas quando se observa o cen rio internacional TABELA 3 5 INDICADORES DE REGULA O NO EMPREGO 2004 Indice varia entre O e 100 com maiores valores indicando regula o mais r gida Flexibilidade de Condi es de emprego Flexibilidade de Legisla o sobre contratar demi
189. asileira Houve alguns avan os certo notadamente no lado do c lculo dos benef cios com a introdu o do fator previdenci rio e do lado das receitas ocorreu o aperfei oamento de mecanismos de arrecada o bem como melhoria nos sistemas de gest o mas insuficientes para impedir os avan os dos desequil brios dos regimes RGPS e RPPS e portanto do persistente e crescente d ficit da Previd ncia brasileira como propor o do PIB conforme mostrou a tabela 3 10 No caso do regime geral o principal obst culo foi a n o aprova o da idade m nima para aposentadoria por tempo de servi o e no regime pr prio dos servidores p blicos n o foi poss vel terminar com a aposentadoria integral estabelecer tetos para a aposentadoria e taxar a inatividade todos fatores determinantes da continuidade dos desequil brios do sistema previdenci rio 4 6 2 A reforma da Previd ncia Social do governo Lula 2003 2005 Com a mudan a de governo e a chegada ao poder do Partido dos Trabalhadores uma nova rodada de reformas na Previd ncia ocorreu buscando reverter a situa o deficit ria nos dois regimes existentes Nesta perspectiva a dire o da reforma do governo Lula buscou complementar as mudan as realizadas pelo governo FHC ou seja enquanto este afetou em grande medida as regras de funcionamento do INSS as a es do governo Lula se concentraram basicamente no regime previdenci rio dos funcion rios p blicos As mudan as
190. atuais que tornam o mercado de trabalho flex vel podendo baixar o custo do trabalho quando lhe conv m pela terceiriza o uso de cooperativas etc e As propostas de novas modalidades de contratos de trabalho flex veis t m sido cada vez mais complexas de serem postas em pr tica originando demandas de auditoria e fiscaliza o trabalhista crescentes sobre as empresas desestimulado assim a sua utiliza o Matoso 1999 p gina 20 levanta outros argumentos desfavor veis flexibiliza o das rela es de emprego O primeiro diz respeito ao fato de que a regula o garante empregos formais e com isso consolida o exerc cio da cidadania Nesta tradi o o emprego um direito do cidad o e na sua aus ncia cabe ao Estado assegur lo O mercado formal o que permite o melhor exerc cio de cidadania por parte da popula o sendo uma conquista social a ser preservada Outra linha de argumenta o desse autor contra a reforma trabalhista diz que esta seria uma op o do Estado neoliberal para n o enfrentar o problema do emprego por meio do crescimento do econ mico e aumento da demanda por m o de obra preferindo resolver a quest o atrav s da redu o do custo da m o de obra reformando a legisla o trabalhista Para ele Com isso se acentua a degrada o da qualidade do emprego pois a qualidade dos poucos empregos criados torna se inferior dos eliminados As pol ticas voltadas supress o de jorn
191. balho rela es de trabalho no panorama mundial e assim no Brasil In meros acad micos especialistas segmentos sociais e Institui es ainda defendem a id ia de que uma legisla o trabalhista mais r gida e protetiva necess ria para defender os trabalhadores o elo mais vulner vel na rela o de emprego especialmente ap s o advento da globaliza o A linha de argumenta o que define claramente posi o dos defensores da regulamenta o pode ser compreendida a partir do trecho abaixo extra da de texto de Bronstein 1998 p gina 23 um dos t cnicos da OIT que mais publicaram sobre o tema e que encontra in meros defensores do Brasil Por su parte los institucionalistas argumentaron que las normas laborales constituyen elementos para promover la eficiencia productiva y la justicia social Si ellas no podr an desplegarse plenamente ni la innovaci n industrial ni el dinamismo econ mico ni tampoco lograrse una distribuci n equitativa de los beneficios econ micos de la restructuraci n Su resultado depende indubitablemente de la manera en que sean aplicados por los responsables de la pol tica econ mica Pero existe un gran peligro de que la ausencia de normas encierre a las empresas en el circulo vicioso de los bajos salarios y la escasa productividad donde la ausencia de derechos sociales no lhega a compensarse ni a mediano ni a largo plazo con los esperados resultados econ micos Adem s como lo sostuv
192. blica pois o Estatuto lei O trabalhador no setor p blico sob o regime estatut rio tem assegurado pela Constitui o Federal al m dos direitos pr prios dos servidores p blicos outros direitos previstos para os trabalhadores do setor privado Entre estes temos direito livre associa o sindical direito de greve definido por lei especifica contrata o por prazo determinado para atender necessidade tempor ria de excepcional interesse p blico e irredutibilidade do sal rio salvo negocia o coletiva No segundo caso regime celetista encontra se o chamado empregado p blico funcion rio p blico que ocupa um emprego p blico cujo acesso realizado por meio de concurso p blico mas est o sujeitos s regras trabalhistas determinadas pela CLT conforme determina a Lei 9 962 2000 Os empregados p blicos al m do concurso p blico submetem se a todos os demais preceitos constitucionais referentes investidura no cargo ou fun o acumula o de cargos remunera o bem como as garantias e obriga es previstas na Constitui o Federal Entretanto s o contratados pelo regime tradicional da legisla o trabalhista em especial a CLT com as altera es l gicas decorrentes do Direito Administrativo Nesse sentido o empregado p blico celetista subordina se a dois sistemas integrados e dependentes a Administra o P blica e o sistema funcional trabalhista da CLT Existe ainda a categoria do servidor p blico
193. blica sendo o rg o gestor o Instituto Nacional de Seguro Social INSS Pelas regras atuais um trabalhador brasileiro do setor formal pode se aposentar aos 65 anos e as mulheres aos 60 anos nas zonas urbanas e aos 60 anos os homens e 55 anos as mulheres nas regi es agr colas Existe a alternativa de se aposentar pelo tempo de servi o quando o homem contribuiu para a previd ncia por 35 anos e a mulher por 30 anos O RGPS protege a maior parte dos trabalhadores do pa s cobrindo os assalariados urbanos e rurais os trabalhadores aut nomos os empregados dom sticos e empregados do setor p blico contratados sobre o regime da CLT A tabela 4 1 mostra o RGPS em grandes n meros para o ano de 2006 Este regime da Previd ncia Social paga anualmente cerca de 24 milh es de benef cios em sua maioria nas zonas urbanas do pa s 58 6 e de natureza previdenci ria 85 0 sendo que dentro destas a principal modalidade s o as aposentadorias 64 7 O n mero de contribuintes de cerca de 33 milh es sendo em sua grande maioria empregados do setor formal 79 1 17 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 4 1 BRASIL GRANDES N MEROS DO REGIME GERAL DA PREVID NCIA SOCIAL RGPS 2006 N Arrecada o l quida US milh es 57 991 do PIB 5 3 Gastos em benef cios US milh es 77 740 do PIB 7 1 D ficit do PIB 1 8 Valor m dio mensal do benef cio
194. brasileiro sssssssssnsssssnnnnenseestnnnnnnseeee nnne 205 8 3 5 O esp rito p blico public spiritedness como obst culo 205 Bibliografia 22 3 4 10 5 20esios doses u eau TES DOSE A DANI GR i a AA Dao SENDA on 207 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Resumen 1 Este texto procurou responder uma quest o de fundo formulada pela TR do projeto ECLA Brazil Denmark quais seriam as possibilidades de ado o do modelo dinamarqu s de Flexicurity flexibilidade com seguran a tendo em vista a realidade e as peculiaridades do mercado de trabalho as caracter sticas da seguridade social com o objetivo de aumentar a prote o social dos trabalhadores brasileiros Para tanto tomou se como referencial anal tico a estrutura do modelo dinamarqu s composta de tr s elementos principais denominado triangulo dourado um mercado de trabalho altamente flex vel atrav s da legisla o e das negocia es coletivas uma seguridade social forte com um programa de seguro desemprego bastante generoso e vultosos gastos compensat rios em pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho especialmente os recursos destinados ao vocational training 2 O diagn stico desses elementos para o Brasil indica as condi es que se seguem O mercado de trabalho revela uma situa o paradoxal por um lado observa se um funcionamento bastante flex vel
195. cado de trabalho brasileiro 5 1 4 Um sum rio distor es e as limita es no SD brasileiro A prote o ao desempregado no Brasil por meio do seguro desemprego expandiu se rapidamente assim como os problemas v cios e distor es em seu funcionamento conforme apontam in meros estudos realizados De acordo com Mazza 1999 Cunningham 2000 Thomas 1999 e Chahad 1999 as principais limita es e dificuldades do SD brasileiro entre outras s o as seguintes 44 k i E EE FP Estas categorias n o representam ainda uma grande parcela de benefici rios potenciais Um caso especial por m como tratar a elegibilidade dos trabalhadores dom sticos rec m admitidos ao programa H um perigo futuro de forte press o sobre os recursos do programa na medida em que se abriu a possibilidade de recebimento do benef cio para um p blico alvo de cerca de 5 milh es de pessoas cuja situa o ocupacional dificulta sua caracteriza o como desempregado quando do rompimento do v nculo empregat cio N o se nega o direito ao benef cio mas se alerta para a forma de gest o da elegibilidade Outra a o em dire o maior integra o entre o seguro desemprego e outras pol ticas foi criado em 1998 a chamada bolsa qualifica o onde os trabalhadores com contrato de trabalho suspenso mas n o demitido recebem as parcelas do SD a que tem direito engajam se num curso de treinamento retornando com a concord ncia do empreg
196. cci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 8 1 EVOLU O DO PATRIM NIO FAT SEGUNDO SEUS PRINCIPAIS COMPONENTES Em US milh es Em US milh es S v 70000 q os D 192 D N o 2 2 E Z z 60000 2 g 5 a T 8 o g o 50000 BS 2 5 19 10 OQ N D 2 19 40000 g 5 o qa g 30000 2 N 20000 100004 L g SA odd J I E a n mo 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 o BB extramercado O BNDES Programas de Desenvolv Econ mico B Dep sitos Especiais 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 BB extramercado 11 420 54 10 094 03 7 843 12 6111 11 6 655 96 3841 44 4 645 63 5211 72 2653 29 4787 45 2588 85 5924 07 3815 92 5744 88 BNDES Programas de Desenvolv Econ mico 41 893 84 32 153 60 33 862 46 34 898 21 37 371 02 26 188 97 25 583 07 23 244 57 15 298 99 18 341 91 22 543 97 28 169 25 34 046 08 35 070 89 Dep sitos Especiais 12 754 73 10 353 09 14 112 99 15 717 03 17 195 90 11 667 34 10 986 55 8911 68 6 086 27 7 644 28 10 305 05 15 663 80 22 680 53 22 632 90 Outros 0 00 3 19 66 31 320 34 68 44 53 17 105 12 189 14 62 61 49 81 61 64 73 88 99 74 88 79 Fonte Elabora o do autor com base em Boletim de Pol ticas Sociais Ipea v rios n meros Saldos em final de exerc cio Posi o 31 Maio 2007 8 2 4 Outras reformas necess rias Menciona se aqui out
197. ced ncia m nima de 1 um ano por meio de est mulo a novos projetos sociais conforme seus interesses e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania Il est mulo s empresas privadas para admiss o de idosos ao trabalho J o Cap tulo 7 do Estatuto integrado por outros os artigos que dizem respeito a a es e pol ticas destinadas a melhoria do bem estar do idoso Art 29 Os benef cios de aposentadoria e pens o do Regime Geral da Previd ncia Social observar o na sua concess o crit rios de c lculo que preservem o valor real dos sal rios sobre os quais incidiram contribui o nos termos da legisla o vigente Par grafo nico Os valores dos benef cios em manuten o ser o reajustados na mesma data de reajuste do sal rio m nimo pro rata de acordo com suas respectivas datas de in cio ou do seu ltimo reajustamento com base em percentual definido em regulamento observados os crit rios estabelecidos pela Lei n 8 213 de 24 de julho de 1991 Art 30 A perda da condi o de segurado n o ser considerada para a concess o da aposentadoria por idade desde que a pessoa conte com no m nimo o tempo de contribui o correspondente ao exigido para efeito de car ncia na data de requerimento do benef cio Par grafo nico O c lculo do valor do benef cio previsto no caput observar o disposto no caput e 2 do art 3 da Lei n 9 876 de 26 de novembro de 1999 ou n o havendo sal rio
198. cial Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate a Fome Minist rio do Turismo Minist rio das Cidades Minist rio da Ci ncia e Tecnologia No que se refere participa o do idoso no mercado de trabalho os seguintes artigos no cap tulo 6 do Estatuto do Idoso sobre a profissionaliza o e o trabalho do idoso relacionam os indiv duos da terceira idade ao mercado de trabalho Art 26 O idoso tem direito ao exerc cio de atividade profissional respeitadas suas condi es f sicas intelectuais e ps quicas Artigo 27 Na admiss o do idoso em qualquer trabalho ou emprego vedada a discrimina o e a fixa o de limite m ximo de idade inclusive para concursos ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir 78 79 www presidencia gov br estrutura presidencia sedh Id idoso Fonte www comciencia br reportagens envelhecimento texto env02 htm 80 http www presidencia gov br estrutura presidencia sedh conselho idoso 160 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Par grafo nico O primeiro crit rio de desempate em concurso p blico ser a idade dando se prefer ncia ao de idade mais elevada Art 28 0 Poder P blico criar e estimular programas de I profissionaliza o especializada para os idosos aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas Il prepara o dos trabalhadores para a aposentadoria com ante
199. cial pr prio ou conveniado Em prol de sua sobreviv ncia os sindicatos sejam estes de categoria econ mica ou profissional contam com contribui es compuls rias e volunt rias por parte dos trabalhadores ou dos empregadores A hierarquia dos sindicatos obedece a uma estrutura piramidal com a exist ncia de Federa es de sindicatos de categorias profissionais e acima destas as Confedera es Pela legisla o estas Confedera es s o consideradas entidades de orau superior Acima delas mas ainda em fase de consolida o legal embora desfrutando de toda 12 Sobre este tema consultar entre outros Chahad 2003 Krein 2007 e Moretto 2001 54 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho legitimidade temos as grandes Centrais Sindicais dos trabalhadores regra geral alinhadas com partidos pol ticos Liberdade Sindical A CF 88 estabelece no artigo 8 inciso II que vedada a cria o de mais de um sindicato de qualquer grau representativo de categoria profissional ou econ mica na mesma base territorial que deve ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados n o podendo ser inferior rea de um munic pio Dessa forma no Brasil prevalece o modelo de unicidade sindical ou o monop lio da representa o sindical determinado pela Constitui o Federal limitando o principio da liberdade sindical N o poss vel haver a exist ncia de v
200. cientes e com baixa focaliza o O Treinamento Vocacional n o encontra sua identidade havendo muita descontinuidade nos gastos e pouca associa o destes gastos com os interesses do setor produtivo A Oferta de Microcr dito CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho padece de uma excessiva pulveriza o em linhas e programas decorrentes de demandas pol ticas e s o menos voltadas para os interesses de trabalhadores carentes e dos desempregados 5 Neste contexto a ado o do modelo Flexicurity seria ut pica no caso brasileiro Em primeiro lugar porque este modelo encontrou seu sucesso em pa ses com tradi es sociais culturais pol ticas secularmente consolidadas e com larga tradi o em negociar Em segundo lugar os elementos do triangulo dourado no caso brasileiro exigem reformas modernizantes para colocar o pa s num modelo caracterizado pela flexibilidade com seguran a Por esta raz o a Flexicurity dinamarquesa deve ser vista apenas como um paradigma a ser seguido mobilizando as institui es em sua dire o mas nunca como um modelo definitivo 6 Estas reformas v m sendo a muito tempo debatidas na sociedade brasileira sendo as principais as que se seguem Reforma trabalhista visando aumentar a flexibilidade da legisla o e reduzir os custos n o salariais da m o de obra Reforma sindical com a finalidade de acabar com o monop lio sindical promover a competitividade e
201. cionado No que diz respeito Constitui o Federal ela define em seu artigo 7 um conjunto de trinta e quatro direitos sociais a que tem direito os trabalhadores brasileiros urbanos e rurais listados no quadro 3 2 10 Embora juntamente com a amplia o do direito de greve isto tenha significado um avan o na promo o da negocia o coletiva para solu o de conflitos entre as partes no que diz respeito a condi es de trabalho redu o de sal rios redu o de jornada etc pode se afirmar que foi um rompimento t nue com o modelo vigente na medida em que permaneceu o antigo imposto sindical como forma de se financiar a atividade sindical 50 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 3 2 E BRASIL DIREITOS INDIVIDUAIS NA CONSTITUI O FEDERAL DE 1988 Artigo 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem a melhoria de sua condi o social I Rela o de emprego protegida contra despedida arbitr ria ou sem justa causa nos termos da lei complementar o que prever indeniza o compensat ria dentre outros direitos I Seguro desemprego em caso de desemprego involunt rio HI Fundo de Garantia do Tempo de Servi o IV Sal rio m nimo fixado em lei nacionalmente unificado capaz de atender suas necessidades vitais b sicas e as de sua fam lia com moradia alimenta o educa o sa de lazer vestu rio hi
202. constitu do de trabalhadores at picos e outro marcado pela seguran a com regras inflex veis com trabalhadores atuando em tempo integral Outro exemplo seriam os Estados Unidos onde tradicionalmente a flexibilidade num rica e a flexibilidade salarial desfrutam de grande prioridade sobre a seguran a no emprego a ponto de n o serem elementos complementares 1 5 4 A necessidade do esp rito p blico diante do moral hazard Uma das raz es da persist ncia do sucesso do modelo dinamarqu s de mercado de trabalho encontra se na disciplina e civismo do cidad o na presen a das adversidades impostas pelas flutua es da atividade econ mica Do ponto de vista de formula o de pol tica que deve ser usada quando o desemprego se eleva a principal mensagem n o pode ser vamos aumentar a prote o ao emprego Tal procedimento acaba criando obst culo reestrutura o produtiva das empresas freando ainda mais o crescimento e a queda no desemprego Os agentes sociais na Dinamarca ap s d cadas de 19 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho intensas negocia es aprenderam que o melhor n o proteger o emprego garantir os postos de trabalho mas sim proteger as pessoas com programas de suporte de renda programa de seguro desemprego e pol ticas ativas no mercado de trabalho Aqui surge uma caracter stica no modelo dinamarqu s apontada pelos analistas que pod
203. crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia XXXII Proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos XXXIII Proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos salvo na condi o de aprendiz a partir de quatorze anos XXXIV Igualdade de direitos entre o trabalhador com v nculo empregat cio permanente e o trabalhador avulso Fonte Constitui o Federal de 1988 51 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Relativamente s Constitui es Federais anteriores houve uma sens vel amplia o na prote o social definida juridicamente A reda o do artigo 7 protege n o s as garantias por ela asseguradas mas outras que tanto oriundas do contrato quanto da lei venham a melhorar as condi es de vida trabalho Al m disso o novo texto constitucional foi explicito em ampliar os direitos trabalhistas aos trabalhadores rurais o que n o ocorria na Constitui o Federal anterior a qual falava genericamente de trabalhadores Manus 2002 A inclus o desse rol de direitos trabalhistas na Constitui o implica que eles n o s o objetos de negocia o entre as partes por ocasi o dos acordos coletivos de trabalho exceto quando de trata do inciso VI referente redu o do sal rio e do inciso XIII que se refere
204. ctos Flexibilidade no mercado de trabalho 7 1 Uma S ntese dos Cap tulos Anteriores O mercado de trabalho brasileiro pode ser considerado bastante flex vel sob a tica quantitativa flexibilidade num rica assim como com rela o flexibilidade salarial Grande parte disto garantida pela exist ncia de um amplo contingente de trabalhadores informais muito embora em per odo recente venha ocorrendo um aumento do emprego formal de maneira bastante vigorosa Esta flexibilidade ocorre tamb m pela alta taxa de desemprego aberto mas principalmente pelas elevadas taxas de rotatividade da m o de obra que s o praticadas pelas empresas brasileiras fruto de uma legisla o trabalhista que permite isto em especial o FGTS Al m disso a rotatividade estimulada pelo baixo n vel educacional e pouco treinamento vocacional da for a de trabalho brasileira Trata se contudo de uma flexibilidade do mercado de trabalho que se revela til para contratar trabalhador na informalidade sendo por m relativamente perversa pois n o garante nenhuma prote o social aos indiv duos nessa situa o capitulo 2 A legisla o trabalhista brasileira extremamente detalhista ampla e r gida como mostra a CLT com 922 artigos regulando as rela es de trabalho no Brasil Mesmo na presen a de um elevado n mero de leis regulamentos e restri es legais impostas ao funcionamento do mercado de trabalho essas restri es n o monet r
205. cula o com outros segmentos da sociedade como as inst ncias judici rias locais as ONGs as comunidades locais e as organiza es sindicais Em s ntese a fiscaliza o do trabalho no Brasil atividade t pica por excel ncia do MTE por principio constitucional Mas a pr pria Constitui o criou um rg o paralelo de natureza consultiva e car ter administrativo o MPT com o mesmo objetivo de inspe o do trabalho criando um modelo bastante peculiar de fiscaliza o do trabalho quando se observam os padr es internacionais O quadro 3 4 tra a um paralelo entre a compet ncia do MTE e o MPT com rela o s atividades relativas inspe o do trabalho na esfera de cada um deles 70 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 3 4 BRASIL FISCALIZA O DO TRABALHO COMPET NCIAS DO MTE E DO MPT Atividades Minist rio do Trabalho Minist rio P blico do Trabalho MTE MPT mbito da atua o Rela o de emprego Rela o de trabalho Poderes Livre acesso Livre acesso Investiga o Investiga o Notifica o Notifica o Negocia o Formas de atua o Fiscaliza o direta Geralmente atrav s de den ncia Fiscaliza o indireta propositura de a es Inqu rito Den ncias Civil P blico e A es Anulat rias Compet ncia Fiscalizar Fiscalizar orientar propor TAC Orientar Termo de Ajuste de Conduta interpor Autuar a o judicial nos casos de dir
206. da Eles representam os indiv duos que n o contribuem para a Previd ncia Social n o recebem benef cios previdenci rios e n o se enquadram na categoria de benefici rios especiais trabalhadores rurais com normas e regras diferenciadas de contribui o e com elegibilidade para o recebimento de benef cios Uma vez que pela Constitui o Federal brasileira nenhum beneficio previdenci rio pode ser inferior a um sal rio m nimo cerca de 14 4 milh es dos socialmente desprotegidos s o considerados sem qualquer capacidade produtiva e tendem a ser potenciais benefici rios das pol ticas de Assist ncia Social Os demais 18 6 milh es de ocupados entretanto possuem capacidade contributiva com renda igual ou maior a um sal rio m nimo podendo vir a ser incorporado ao RGPS A tabela 4 4 mostra que a prote o aos idosos acima de 60 anos atinge 81 2 dos residentes brasileiros Nota se contudo que a popula o feminina n o desfruta dos mesmos n veis de prote o 77 2 do que a popula o masculina 86 2 Esta diferen a ocorre basicamente nas categorias de aposentados e contribuintes n o benefici rios bem como pelo fato de a popula o residente feminina ser maior que masculina nesse faixa de idade Observando se ainda a o papel que a Previd ncia Social exerce sobre a prote o social no Brasil atrav s das estat sticas do gr fico 4 1 a prote o social no Brasil declinou entre 1992 e 2002 quando ent o e
207. da no Brasil uma An lise da Queda Recente Ricardo Paes de Barros Miguel Nathan Foguel Gabriel Ulyssea organizadores Rio de Janeiro IPEA 2006c Desafios e Perspectivas da Pol tica Social Texto para Discuss o Anna Maria Peliano org n 1248 Bras lia dezembro IPEA 2004 Boletim de Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise n 9 Agosto JORGENSEN H 2002 Consensus Cooperation and Conflict The Policy Making Process in Denmark Cheltenham Edward Elgar KON Anita 2001 Trabalho e G nero no Brasil As pol ticas P blicas Propostas Anais do VII Encontro Nacional da ABET 2001 KREIN J D 2007 Tend ncias Recentes nas Rela es de Emprego no Brasil 1990 2005 Tese de Doutorado Instituto de Economia Universidade de Campinas KREIN J D 2003 Balan o da Reforma Trabalhista do Governo FHC in Trabalho Mercado e Sociedade Marcelo W Proni e Wiln s Henrique organizadores S o Paulo Editora Unesp KREIN J D 2001 As Mudan as Institucionais e as Rela es de Trabalho no Brasil ap s o Plano Real Campinas Junho KREIN J D e OLIVEIRA M A 1999 Mudan as Institucionais e Rela es de Trabalho as iniciativas do governo FHC no per odo 1995 1998 VI Encontro Nacional de Estudos do Trabalho ABET LEONE E T e BALTAR P 2007 Economia e Mercado de Trabalho no Brasil Carta Social e do Trabalho Pol tica Econ mica e Mercado de Trabalho 2000 2006 n 6 Centro de Estudos Sindicais e de
208. dades produtivas e no mercado de trabalho era t mida e espor dica sofrendo de fortes press es culturais e com altas taxas de natalidade Com a tend ncia a feminiza o do mercado de trabalho e a redu o das taxas de fecundidade n o h mais sentido manter se regras diferenciadas para a aposentadoria das mulheres a aposentadoria especial para professores esta regra tamb m induz aposentadoria precoce dos trabalhadores sendo ainda uma distor o ainda mais grave no caso das professoras pois se aposentam cedo por serem mulheres e por serem professoras Al m disso a explica o para a aposentadoria especial adv m do fato que o exerc cio da profiss o pode trazer dano sa de e ou de que promove uma redu o na expectativa de vida do professor S o justificativas ultrapassadas e que n o justificam este tipo de beneficio especial o v nculo entre o sal rio m nimo e o piso previdenci rio de acordo com a Constitui o Federal de 1988 nenhum beneficio da Previd ncia Social pode ser menor do que um sal rio m nimo Aumentos reais do sal rio m nimo elevam o piso previdenci rio Por esta raz o aumentos do sal rio m nimo pressionam bastante as contas do INSS principalmente porque a concentra o dos benef cios se d em torno de um sal rio m nimo Ocorre por m que ao se tentar manter o valor real das aposentadorias com base no sal rio m nimo cria se um problema eleva o do d ficit da Previd ncia sem res
209. dan as deveriam ocorrer sobre as velhas estruturas indicando um processo de moderniza o conservadora da legisla o trabalhista Nogueira 2002 p gina 21 pois ser muito dif cil construir um consenso diante do atual quadro do mundo do trabalho no Brasil onde os sindicatos det m o poder foram criados pelo atual modelo de organiza o sindical e onde h um amplo espectro divergente de interesses sociais pol ticos e econ micos Outra discuss o que reflete bem a posi o dos trabalhadores no palco das reformas trabalhistas diz respeito ao papel que atribuem fiscaliza o do trabalho como instrumento de defesa do interesse dos trabalhadores ocupados no mercado formal bem como da pr pria import ncia da coer o do Estado nos interesses do atual modelo trabalhista brasileiro Em 2005 no interesse de melhorar a efici ncia da m quina de arrecada o o governo federal prop s atrav s da lei 6 272 05 e modifica o de legisla o pertinente a unifica o dos sistemas de fiscaliza o da Receita Federal da Previd ncia Social e do Trabalho e Emprego Super Receita Acompanhando esta unifica o a nova legisla o deu autoriza o para que os auditores fiscais pudessem autuar e multar as empresas que estabeleceram v nculo jur dico com outra empresa de uma pessoa s se o auditor entendesse que isto na verdade estava mascarando uma real rela o trabalhista visando reduzir custos O Senado Federal b
210. das 58 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A efici ncia produtiva por sua vez muito afetada no caso brasileiro e latino americano pelas institui es atuando no mercado de trabalho Pastore 2005a e IPEA 2006a Alguns estudos sugerem que a efici ncia produtiva muito relevante para explicar as diferen as entre produtividades dos trabalhadores e as rendas per capita dos pa ses N o que a disponibilidade de capital e a educa o n o sejam importantes mas a efici ncia tem sido um fator cada vez mais estudado e alguns pesquisadores chegam a argumentar que ela pode ser mais relevante do que os demais para explicar o atraso dos paises latino americanos IPEA 2006a p gina 277 Entre as causas que afetam negativamente a produtividade no caso brasileiro podem ser apontadas al m da baixa qualidade da for a de trabalho acima referida o excesso da regulamenta o de toda a esp cie sobre o funcionamento dos estabelecimentos empresariais a excessiva informalidade nas rela es de trabalho a Justi a do Trabalho as causas determinantes da excessiva rotatividade da m o de obra no mercado de trabalho brasileiro entre as quais o FGTS e a rigidez imposta pela legisla o trabalhista buscando dar prote o social ao trabalhador Em s ntese retornando express o 1 verifica se que dentre os fatores que afetam o custo da m o de obra o Brasil n o muito bene
211. dat ria que at ent o existia pela multiplicidade de conv nios Por fim significativo que se tente criar uma identidade nica para os postos de atendimento embora n o seja uma tarefa f cil como atesta a experi ncia internacional O posto de atendimento unificado no caso brasileiro tem sua raz o de ser pelas car ncias da for a de trabalho pois ao procur lo certo que o trabalhador desempregado ou n o necessita de mais de uma a o de emprego Diferentemente do que se verifica nas reas da Reforma Trabalhista Reforma Sindical e Reforma da Previd ncia Social no campo das Pol ticas Ativas o consenso entre os atores sociais encontra se mais avan ado embora a tarefa de consolida o de um verdadeiro Servi o P blico de Emprego ainda esteja numa fase bastante embrion ria 190 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 8 O alcance e as limita es do modelo dinamarqu s de Flexicurity tendo em vista o fortalecimento do mercado de trabalho e a prote o social no Brasil conclus es do Consultor Este cap tulo encerra este relat rio avaliando as possibilidades de ado o do modelo dinamarqu s de flexibilidade com seguran a Flexicurity tendo em vista a melhoria de aspectos de efici ncia e efic cia no comportamento do mercado de trabalho brasileiro simultaneamente ao aumento da prote o social procurando aumentar a seguran a do trabalhador num mu
212. de domina o ou eleva o das classes trabalhadoras o certo que nesse per odo foi reestrutura a ordem jur dica trabalhista em nosso pa s adquirindo fisionomia que em parte at hoje se mant m Mascaro Nascimento 2004 p ginas 71 72 O quadro 3 1 cont m um resumo seletivo da evolu o temporal dos principais diplomas e documentos legais desde 1930 at 2005 o qual complementado com os coment rios a seguir realizados O marco hist rico a cria o em 1930 do Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio com o objetivo central de coordenar a quest o social at ent o totalmente desconsiderada no cen rio nacional O primeiro Ministro empossado foi Lindolpho Collor que buscou implantar um vasto programa de benef cios aos trabalhadores adotando uma regulamenta o destinada a colocar a legisla o trabalhista em conson ncia com o est gio de desenvolvimento s cio econ mico dos pa ses onde a classe prolet ria desfrutava dos melhores benef cios De acordo com Segadas Viana citado em Siissekind e outros 2002 p ginas 51 52 o que consagra o tipo de legisla o trabalhista de um pa s o tipo de movimentos de opini o p blica ou movimentos de massa ou mesmo campanhas pol ticas Regra geral estes s o movimentos ascendentes com fortes press es populares inclusive lutas violentas nas ruas que redundam em legisla o trabalhista de baixo para cima ou ent o movimentos descendentes on
213. de 2006 Estudos e Pesquisas ano 3 n 23 Agosto DIEESE 2006 As Rela es de Trabalho no Setor P blico Ratifica o da Conven o 151 e Resolu o 159 da OTT Nota T cnica n 22 Maio DIEESE 2003 Seguro Desemprego e Abono Salarial Anual Algumas Considera es sobre os Programas de Garantia de Renda no Brasil Setembro mimeo DIEESE 1997 O Pol mico Peso dos Encargos Sociais no Brasil Boletim DIEESE Julho DJANKOV S e outros 2004 Doing Business in 2004 Understanding Regulation The World Bank Group World Bank Washington USA DRUCK G 2006 Os Sindicatos os Movimentos Sociais e o Governo Lula OSAL Ano VII n 19 Janeiro Abril EHRENBERG R G e SMITH R S 2006 Modern Labor Economics Theory and Public Policy Pearson Education Inc Addison Wesley 9th Edition Boston EUROPEAN COMMISSION 2006 Employment in Europe 2006 Luxembourg FECOMERCIO 2006 Reforma Trabalhista O que pode ser feito Cadernos Fecomercio de Economia n 19 Dezembro FERRANTE V L 1978 FGTS Ideologia e Repress o Editora tica S o Paulo FREITAS C E 2001a O Perigo da Plena Desregulamenta o das Leis Trabalhistas mimeo Novembro FREITAS C E 2001b Cr ticas Iniciais ao Projeto de Lei n 5 483 de 2001 do Poder Executivo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar Outubro GARCEZ M N 2001 O Desrespeito do Governo FHC s Normas Internacionais do Trabalho Condena o da OIT ao Projet
214. de assist ncia social e h calibrar os gastos com benef cios em fun o do perfil demogr fico da popula o Al m do desafio de continuar servindo aos pobres e ter que reduzir seu d ficit operacional uma nova Previd ncia Social ter que promover pol ticas de aumento de sua cobertura criando novos mecanismos de inclus o social com a institui o de regras contributivas compat veis com as novas modalidades de inser o do trabalhador no mercado de trabalho e as novas pr ticas de contrata o das empresas Isto porque seria preciso aumentar a prote o social para al m do mercado de trabalho formal e estruturado contemplando tamb m aqueles segmentos absorvidos em atividades produtivas informais desenvolvidas pelas pequenas e m dias empresas Estes agora deveriam ser cobertos pela Previd ncia mas para isso contariam com programas especiais de contribui o que levaria em considera o as especificidades de sua atividade laboral A tabela 8 2 traz uma estimativa da divida atuarial da Previd ncia Social incluindo se os dois regimes existentes RGPS e RPPS e considerando se as possibilidades de transi o dos atuais aposentados Verifica se que o valor presente da divida o equivalente a 1 93 PIBs brasileiro de 2005 uma cifra que revela a enorme dificuldade de se realizarem mudan as amplas na Previd ncia Social sem um concord ncia geral de todos os segmentos sociais envolvidos TABELA 8 2 BRASIL D VIDA ATUARIAL DA
215. de ocorre a inexist ncia de luta que identifique a causa social latente onde n o h associa es profissionais de expressiva representatividade e os grupos sociais s o pouco org nicos e a atividade econ mica incipiente para gerar massas prolet rias densas Neste caso acaba se por impor uma legisla o trabalhista paternalista de cima para baixo como ocorreu no Brasil naquela poca e cujos tra os principais ainda permanecem at hoje De qualquer forma do ponto de vista das rela es de trabalho e das negocia es coletivas o populismo getulista tinha por objetivo aumentar o papel do Estado na regula o da economia e agir diretamente sobre o mercado de trabalho de tr s formas i despolitizar as rela es de trabalho buscando evitar que as organiza es de trabalhadores se legitimassem como instrumento de reivindica o trabalhista e social 11 obter o apoio mesmo que passivo dos trabalhadores para a implanta o do novo regime pol tico e iii evitar que as organiza es e os movimentos da classe trabalhadora servissem de esteio para grupos pol ticos organizados e de oposi o que pretendiam mudan as mais profundas na organiza o s cio econ mica do pa s No que se segue contemplaremos a legisla o ordin ria e complementar fazendo refer ncia s Constitui es somente quando necess rio Embora fosse de interesse geral um quadro mais detalhado da regula o do mercado de trabalho brasileiro
216. dimens o de for a de trabalho FIGURA 2 1 DETERMINANTES DO DESEMPENHO DO MERCADO DE TRABALHO Fonte Elabora o do autor com base em Ipea 2006 p gina 233 23 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cada uma dessas for as determinantes do comportamento do mercado de trabalho tem por traz de si os elementos que fazem parte do triangulo dourado da Flexicurity No caso das institui es e regulamenta es temos aspectos ligados aos direitos individuais e coletivos no plano macroecon mico que caracteriza a demanda de bens e servi os temos as pol ticas ativas e passivas voltadas para o mercado de trabalho e no enfoque dimensional da forca de trabalho temos as pol ticas de qualifica o de m o de obra bem como aquelas relativas forma o de recursos humanos voltadas para o desenvolvimento econ mico 2 1 A Dimens o do Mercado de Trabalho Brasileiro A figura 2 2 sintetiza os principais agregados do mercado de trabalho brasileiro em 2006 de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios PNAD O Brasil tinha 187 2 milh es de habitantes sendo 156 2 milh es em idade ativa e cerca de 97 5 milh es estavam exercendo atividade econ mica isto representavam a for a de trabalho resultando numa taxa de atividade de 62 5 Do total de indiv duos na for a de trabalho 89 3 milh es de pessoas estavam ocupadas e 8 2 milh es eram desocupadas re
217. dispendiosos Para fazer frente a isto o governo ter que arrecadar mais com impactos adversos sobre a oferta e demanda de m o de obra Do ponto de vista dos indiv duos a eleva o do valor do beneficio do seguro desemprego provocar impactos na oferta de trabalho e na procura por emprego e portanto na dura o e na taxa de desemprego em raz o dos efeitos decorrentes do moral hazard Desta forma a ado o do modelo dinamarqu s deve ser cautelosa em pa ses onde o desemprego alto onde o esp rito p blico para enfrentar quest es trazidas pelo moral hazard fraco e as finan as p blicas passam por per odo de dificuldades or ament rias Para resumir a utilidade do modelo dinamarqu s como experi ncia para outros pa ses Andersen e Svarer 2006 p gina 15 concluem o seguinte 20 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho The Danish experience points towards a number of important factors which must be considered carefully by countries trying to copy the model First of all it exist a strong complementarity between this labour market model and the welfare policy as a whole The model is therefore not directly applicable in other countries with different welfare policies Secondly the Danish experience shows that the model does not function solely by virtue of flexible dismissal rules and generous unemployment benefit system There is a risk that these two measures alo
218. dos recursos humanos e a estrutura f sica da rede de a sa de Sem isto a quest o da seguran a fica atendida de forma inadequada num modelo ampliado de prote o social 8 3 Obst culos dificuldades e gargalos bottle necks para as reformas em busca do fortalecimento do mercado de trabalho e amplia o da prote o social Al m das dificuldades intr nsecas no desenho e na implementa o das pr prias reformas existem outras limita es que dificultam a busca de um modelo de mercado de trabalho e prote o social nos moldes do Flexicurity dinamarqu s ainda que com caracter sticas brasileiras Todos s o de dif cil supera o pois implicam em mudan as de h bitos costumes heran as culturais ou mesmo requerem um longo per odo para se modificar no caso de um modelo que demande um pleno equil brio de todos os seus elementos para funcionar adequadamente 8 3 1 Falta de lideran a oficial e pouca vontade pol tica para impor um modelo que leve mudan a O Brasil convive com um modelo de funcionamento de mercado de trabalho e prote o social antigo ultrapassado e os governos v o se sucedendo sem que nenhuma nova proposta surja como elemento de mudan a As transforma es v o ocorrendo na margem e os problemas v o se acumulando Cada novo governo modifica as partes que julga de seu interesse equilibrando uma rea mas desequilibrando outra ficando o sistema constantemente em desequil brio Colocado em outros
219. e auto organiza o sindical O primeiro significou transferir das leis para os Estatutos dos sindicatos a sua forma de atuar assegurando lhes sua liberdade de atua o segundo seus pr prios interesses O segundo representou a livre cria o de sindicatos por todo pa s sem necessidade de pr via outorga do Estado Com rela o aos Direitos Individuais a Constitui o de 1988 primou por contemplar in meros princ pios que se indiscut veis do ponto de vista de conquista do trabalhador sua inser o numa Carta Magna tornaram o contrato de trabalho muito r gido Estes direitos tornaram dif cil a adapta o s r pidas mudan as econ micas bem como ficaram em franca oposi o com o est mulo que se pretendeu dar ao papel do sindicato na defesa dos trabalhadores e s negocia es coletivas como mecanismo de resolu o dos conflitos trabalhistas uma vez que se quebrou a id ia prevalecente na CLT de rela es harm nicas entre o capital e o trabalho 3 2 Tra os Principais das Rela es Individuais de Trabalho As fontes do Direito do Trabalho que determinam e regulam as rela es individuais no mercado de trabalho brasileiro s o a Constitui o Federal de 1988 a Lei maior e a Consolida o das Leis do Trabalho CLT um amplo conjunto de documentos legais em constante muta o em seus detalhes mas n o em sua estrutura b sica que cont m 922 cap tulos disciplinando as rela es de trabalho no Brasil conforme j men
220. e controle das condi es de produ o extra o armazenamento transporte distribui o e manuseio de subst ncias de produtos de m quinas e de equipamentos que apresentam riscos sa de do trabalhador IV a avalia o do impacto que as tecnologias provocam sa de V informa o ao trabalhador e sua respectiva entidade sindical e s empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho doen a profissional e do trabalho bem como os resultados de fiscaliza es avalia es ambientais e exames de sa de de admiss o peri dicos e de demiss o respeitados os preceitos da tica profissional VI a participa o na normatiza o fiscaliza o e controle dos servi os de sa de do trabalhador nas institui es e empresas p blicas e privadas VII a revis o peri dica da listagem oficial de doen as originadas no processo de trabalho tendo na sua elabora o a colabora o das entidades sindicais e VII a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao rg o competente a interdi o de m quina de setor de servi o ou de todo ambiente de trabalho quando houver exposi o a risco iminente para a vida ou sa de dos trabalhadores As tr s esferas governamentais Uni o Estados e Munic pios s o respons veis pelo financiamento e gest o do SUS O sistema financiado pelo or amento da seguridade social da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios al m de outras fontes Sua es
221. e das taxas confederativa e assistencial e 3 Financiamento do institui o de uma nica taxa negocial Deve haver um per do de transi o para adapta o dos sindicato sindicatos ao novo sistema 4 Organiza o sindical por Para evitar a fragmenta o excessiva do movimento sindical ele deve ser estruturado por setor de ramo e setor de atividade atividade econ mica e dentro deste por ramo econ mico Isto permite unir os sindicatos aos econ mica movimentos sociais 5 Negocia o coletiva Deve haver contrato nacional coletivo por ramo de atividade econ mica Direito de negocia o coletiva e direito de greve do setor privado deve ser estendido para o setor 6 Direito de greve p blico nas tr s esferas do governo 7 Pr tica anti sindical Contra pr ticas anti sindicais que devem ser reprimidas inclusive com tipifica o penal Inser o dos trabalhadores terceirizados no sindicato constitu do pelo ramo de atividade 8 Terceiriza o empresarial preponderante do tomador de servi o sem preju zo da restri o ao trabalho terceirizado contin a 82 Conforme vimos o FNT criado no governo Lula gerou uma proposta de reforma sindical at hoje tramitando pelo Congresso Nacional do Brasil Ele contou com a participa o de trabalhadores empres rios e governo e de outros segmentos da sociedade civil Nesse sentido a posi o dos atores sociais discutidas neste texto com rela o reforma sindical procura inco
222. e do trabalho e nos custos n o salariais Produtividade do Trabalho Embora se saiba que a produtividade do trabalho tenha crescido bastante no Brasil especialmente no setor industrial onde mais f cil de mensurar e notadamente ap s a abertura comercial ocorrida no in cio da d cada de 1990 ela ainda baixa com rela o aos padr es observados no cen rio internacional conforme indicadores resumidos na tabela 3 2 que se segue TABELA 3 2 PRODUTIVIDADE DO TRABALHO EM PAISES SELECIONADOS 1992 1996 Estados Unidos 100 Pa s Setor Varejo Automotivo Constru o Varejo Tele Cias A o alimentos civil bancos comunica es A reas Brasil 14 30 35 40 41 47 68 Alemanha nd 93 70 85 51 66 100 Cor ia do Sul 27 108 69 76 83 100 48 Jap o 54 145 45 nd 82 nd 48 Estados 100 100 100 100 100 100 100 Unidos Fonte Elabora o do autor com base em IPEA 2006a p g 277 nd n o dispon vel Parece claro que os n veis de produtividade do trabalho no Brasil est o bastante abaixo dos verificados em outros pa ses particularmente naqueles mais desenvolvidos e que completaram seu ciclo de industrializa o Ainda assim observa se que a produtividade do trabalhador brasileiro mais baixa nos mais diversos ramos de atividade econ mica selecionada evidenciando uma quest o estrutural e n o exatamente um problema localizado Os fatores que afetam a produtividade podem ser decomposto
223. e observa se uma troca de posi es com a expans o do emprego formal no setor terci rio com rcio e servi os e redu o do emprego formal na ind stria de transforma o e agropecu ria 38 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 2 4 BRASIL DISTRIBUI O DO TRABALHO FORMAL SEGUNDO RAMOS DE ATIVIDADE 1992 E 2006 Porcentagem Distribui o do trabalho formal Ramos de atividade 1992 2006 Total absoluto 21 806 210 28 096 519 Total relativo 100 0 100 0 Agropecu ria 6 4 5 0 Ind stria de transforma o 26 0 22 9 Com rcio de mercadorias 19 0 22 6 Servi os 36 6 39 9 Administra o p blica 3 0 2 6 Outras atividades 9 2 7 0 Fonte Caged MTE O crescimento mais forte do n vel de emprego conforme se eleva o n vel de educa o observado anteriormente no gr fico 2 5 al m de ser um bom indicador de acesso s oportunidades de emprego de melhor qualidade tem originado mudan as significativas na composi o do emprego segundo n vel de escolaridade De acordo com o gr fico 2 11 a participa o dos trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo o que no Brasil equivale ao segundo ciclo de escolaridade completa praticamente dobrou entre 1995 e 2005 Em contrapartida observa se uma acentuada queda da participa o dos trabalhadores sem escolaridade ou com escolaridade b sica Ou seja no mercado de trabalho brasileiro tem crescido muito rapida
224. e se op em a determinadas reformas 181 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 7 6 1 As Opini es Favor veis s Reformas Com rela o necessidade de amplas mudan as em dire o redu o na rigidez da regulamenta o da legisla o trabalhista e a um modelo sindical com preval ncia do negociado sobre o legislado uma das principais vozes na academia brasileira tem sido a do Professor Jos Pastore o qual tem servido tamb m de consultor das grandes Confedera es Patronais Ainda que defenda a flexibiliza o n o considera por si s este um caminho a ser seguir pois o emprego n o commodity N o pode ficar inteiramente sujeito s leis de mercado Necessita de regula o Pastore 2005a p gina 25 Com rela o ao caso brasileiro contudo cr tica o excesso de regulamenta o trabalhista e conclui O que se tem no Brasil um aparente paradoxo a legisla o r gida e o mercado de trabalho flex vel A rigidez da legisla o refletida pela impossibilidade de se negociar a maioria dos direitos individuais que garantem as prote es aos trabalhadores Essa negocia o esta impedida mesmo que as partes considerem de utilidade trocar um benef cio garantido pela lei por outro benef cio mais vantajoso garantido pela negocia o O mercado de trabalho brasileiro mostra se flex vel quando se leva em conta a facilidade de se contratar na informal
225. e ser um importante diferencial em rela o aos pa ses que pretendem adotar a Flexicurity Ao optar por um forte sistema de Welfare com um generoso programa de seguro desemprego onde se destaca uma taxa de reposi o salarial replacement rate em torno de 90 0 surge o problema impl cito nesse tipo de beneficio trazido pela quest o do moral hazard Este impacto n o deve estar ausente da cesta de prefer ncias do trabalhador dinamarqu s mas dois aspectos contribuem para sua minimiza o O primeiro diz respeito ao chamado esp rito p blico que se desenvolveu nos trabalhadores daquele pa s ao longo do processo hist rico que culminou na ado o do modelo do triangulo dourado O segundo mais objetivo e diz respeito obrigatoriedade do engajamento do trabalhador desempregado nos programas de ativa o de pol ticas ativas que representa uma supera o compuls ria da falta de esp rito p blico Algan e Cahuc 2005 investigaram que pa ses teriam condi es de implementar o modelo de Flexicurity Utilizando uma amostra de 25 pa ses em sua maioria europeus e por meio de an lise econom trica chegaram conclus o de que a ndole p blica das pessoas fundamental na ado o desse modelo This paper argues that the efficiency of the Danish Flexicurity Model relies on strong public spiritedness which is absent in many other countries whose labor market institutions are different from those met in Denmark From
226. e trabalho prec rio ou mesmo porque os modelos de crescimento redundam em uma heran a de mercado de trabalho com muita ocupa o prec ria e muita informalidade Al m disso a flexibilidade em alguns paises j existe pela pratica de altas taxas de rotatividade da m o de obra Neste contexto nada haveria que se flexibilizar No caso brasileiro tamb m existem vozes que discordam da necessidade de modificar a CLT de modo a desregulamentar o mercado de trabalho em busca da flexibiliza o como elemento de promo o do emprego Argumentos cr ticos contra as mudan as no regime de trabalho aparecem claramente em Pochmann 2006 Segundo ele a ado o a partir de 1990 de um novo modelo econ mico com a implementa o de um novo modelo econ mico de inser o internacional passiva e subordinada economia mundial imp s modifica es ao regime de trabalho De certa forma n o foram identificados os mesmos movimentos favor veis ao avan o da moderniza o da produ o do emprego e do sindicalismo as repercuss es disso para o regime de trabalho foram em geral negativas O pa s passou a deter o maior desemprego de sua hist ria industrial contando com a generaliza o de vagas margem da legisla o social e trabalhista e cada vez mais distante da a o dos sindicatos n o apenas de trabalhadores Pochmann 2006 p ginas 11 12 185 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabal
227. e uma concep o meramente t cnica mas sim do resultado de uma longa hist ria de negocia es pr ticas trabalhistas e compromissos sociais ocorridos na hist ria da Dinamarca em diferentes reas das pol ticas p blicas A experi ncia hist rica dinamarquesa consolidou um caminho irrevers vel de depend ncia m tua path dependency entre pol ticas e atores sociais nas tr s pontas do triangulo dourado A tradicional exist ncia de muita mobilidade no mercado de trabalho com grande flexibilidade para contratar e demitir trabalhadores resultado do tradicional predom nio de pequenas e m dias empresas como geradoras do PIB do pa s Madsen 2004 Esta caracter stica da estrutura produtiva permite colocar menos responsabilidade sobre a prote o do emprego sobre as empresas e mais obriga o de proteger o individuo pelo Estado Consegiientemente a raiz da baixa prote o ao emprego esta na tradi o do pa s em possuir um forte Welfare State assentado do ponto de vista pol tico e social numa estreita coopera o entre os diversos movimentos sindicais tanto no campo como nas cidades Nesse sentido esta combina o de falta de prote o ao emprego e um bem desenvolvido programa de seguro desemprego para proteger o trabalhador demitido conta com o amplo suporte das organiza es de trabalhadores e das empresas Esta alian a se manifesta mais intensamente nas ocasi es em que o Estado tenta restringir o acesso ao se
228. economia Como pode isso ocorrer se para receber o seguro desemprego o trabalhador n o pode estar registrado no setor formal Uma explica o seria de natureza estat stica esses trabalhadores encontram emprego no ltimo m s ao mesmo tempo em que receberam sua ltima parcela do seguro Mas esta explica o identifica parte do resultado Ocorre que no Brasil existe a possibilidade do trabalhador burlar a fiscaliza o obtendo uma nova carteira de trabalho com a carteira antiga ele recebe o seguro desemprego e com a carteira nova ele obt m uma nova ocupa o GR FICO 5 1 ATIVIDADE DECLARADA DOS BENEFICI RIOS DO SEGURO DESEMPREGO 9 14 m Educa o m Emprego formal O Empregos sem carteira O Aut nomos E Desempregados m Desencorajados E Inativos Fonte Thomas 1999 These observations and in particular the proportions of workers not actively seeking work and engaged in informal employment call into question the appropriateness of the governing UI in at least two ways First the regressive incidence of UI payments seems less sensible if the payments are in fact not insuring many recipients against what they are supposed to Second the role of UI in improving worker job matches is not being fulfilled if payments are going to workers who are working on the side or in other ways no avaible for work Thomas 1999 pag 14 c Os efeitos do SD nas transi es no mercado de trabalho A import ncia do SD
229. egar a novas id ias de que largar velhos h bitos ou porque acreditam mesmo que este modelo til para o trabalhador brasileiro Existe ainda aqueles que atribuem esta falta de vontade em mudar ao fato de que junto com um novo modelo certamente deve vir o fim das receitas cativas provenientes do imposto sindical que hoje sustentam o movimento sindical brasileiro 85 A posi o governamental com rela o reforma da Previd ncia Social foi tratada na se o 4 6 do cap tulo 4 86 Ver site do F rum Nacional do Trabalho www fnt mte gov br Aparentemente o site leva tempo para ser atualizado e sua din mica de apresenta o n o muito amig vel Os documentos mais atualizados datam do ano de 2005 176 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Neste contexto parece que o governo federal tem interesse restrito em promover um reforma sindical completa e no caso de mudan as nas rela es de emprego est longe de promover uma ampla reforma trabalhista Sua op o por uma estrat gia que contempla medidas t picas tomadas na base das chamadas Medidas Provis rias um expediente bastante condenado pelos pr prios sindicalistas antes de Saa Ns pa chegarem ao poder Al m disso assim como os pr prios trabalhadores o governo federal parece ter uma postura passiva com rela o s transforma es no mundo do trabalho indo pelo caminho da nega o de x N 88 uma
230. egisla o trabalhista tende a produzir efeitos adversos e impactos negativos na produtividade assim como eleva bastante os custos n o salariais os chamados encargos e ambos pressionam os custos do trabalho 18 Embora a discuss o se refira ao conceito de custo de contratar um trabalhador ele representa tamb m o custo de dispensar o trabalhador indicando que contratar e dispensar trabalhadores no mercado formal de trabalho brasileiro relativamente caro 60 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 3 4 DESPESAS DE CONTRATA O EM DIVERSOS PA SES 2005 2006 Pa s sobre sal rio de contrata o Brasil FECOM RCIO MG FGV 106 60 Pastore 103 46 Fundep Gov de S o Paulo 83 82 Fran a 79 10 Argentina 70 27 Alemanha 60 00 It lia 51 30 B lgica 45 40 Paraguai 41 00 Jap o 11 80 Dinamarca 11 60 Tigres da sia m dia 11 50 Estados Unidos 9 03 Fonte Elabora o do autor com base na tabela 3 3 e em Pastore 2005a 3 5 Regulamenta o no Mercado de Trabalho Flexibilidade e Seguran a de Emprego o Brasil no Cen rio Internacional A experi ncia brasileira revela um mercado de trabalho com altas taxas de rotatividade da m o de obra grande informalidade no trabalho muita possibilidade de contratos at picos de trabalho desemprego aberto relativamente alto e flexibilidade salarial acentuada N o preciso mais informa es p
231. eiros e de brasileiras Com ele os direitos trabalhistas inclusive aqueles previstos na Constitui o poder o ser sumariamente sacrificados Aprova o desse PL permitir a revoga o expressa seja parcial ou total da CLT e das demais leis trabalhistas esparsas Garcez 2001 ent o assessor jur dico do Partido dos Trabalhadores tamb m condenou o projeto de flexibiliza o com base na preval ncia do negociado sobre o legislado com o argumento de que se transformado em lei estar em desacordo com diversas Conven es internacionais da OIT ratificadas pelo Brasil uma vez que acordos e conven es coletivas de trabalho teriam for a superior quelas Conven es Segundo ele se o projeto viesse a ser transformado em lei haveria uma redu o no n vel de prote o social como prev em as Conven es ratificadas pelo pa s Em s ntese a posi o dos trabalhadores com rela o necessidade de mudan as na legisla o trabalhista em dire o a um novo modelo que inclua mais segmentos populacionais oscila entre aqueles que parecem ser totalmente refrat rios a reforma entendendo a como supress o de direitos individuais precariza o do trabalho e fim da prote o social e outros que mesmo na presen a de in meras diferen as e diverg ncias percebem que existe uma percep o comum da urg ncia de amplas modifica es na legisla o trabalhista para modernizar as institui es nessa rea Ainda assim essas mu
232. eitos difusos coletivos e individuais homog neos Princ pios norteadores Princ pios da Administra o Princ pios da Administra o P blica em geral P blica em geral Fonte Renzo 2007 p gina 312 3 7 2 Regula o do trabalho no setor p blico federal Os principais regimes de emprego que caracterizam as rela es de trabalho no setor p blico federal brasileiro encontram se sumariados no quadro 3 5 que se segue Sob uma tica jur dica superior as rela es de trabalho no setor p blico est o definidas na Constitui o Federal de 1988 Cap tulo VII artigos 37 a 43 que trata da Administra o P blica e no artigo 173 par grafo 1 inciso II que versa o estatuto das empresas p blicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econ mica de produ o ou comercializa o de bens ou de presta o de servi os Dentro da divis o tradicional da Administra o P blica temos duas ramifica es a rg os da administra o indireta representada pelas empresas do setor p blico as sociedades de economia mista e suas subsidi rias respons veis pela explora o de bens e servi os da atividade econ mica e b rg os da administra o direta integrado pelas organiza es do Estado que exercem fun es administrativas inerentes aos seus fins abrangendo os Poderes Executivo Legislativo e Judici rio bem como pelas Autarquias e Funda es No Direito do Trabalho brasileiro os trabalhadores que
233. ela o quest o do financiamento da Previd ncia Social seja com rela o suas fontes seja com rela o ocorr ncia de d ficits ou ainda no caso da expans o do plano de benef cios com objetivo de ampliar o alcance da seguridade social conforme mostra a declara o realizada em conjunto A Previd ncia Social deve seguir como parte integrante do conceito de Seguridade Social financiando se com recursos de contribui es dos trabalhadores e empregadores e das demais fontes do Or amento da Seguridade Social conforme a Constitui o Federal Elementos redistributivos do plano de benef cios devem ser financiados com recursos do Or amento da Seguridade Social 7 6 A Posi o dos Formadores de Opini o Academia Acad micos Analistas e Especialistas Esta se o re ne as opini es dos atores sociais n o diretamente envolvido na arena das negocia es mas sim aqueles que por suas an lises criticas favor vel ou desfavor vel s reformas contribuem para a forma o da opini o seja dos atores principais trabalhadores sindicatos empres rios e governo ou ent o influenciam as demais institui es da sociedade civil sobre o rumo das mudan as Eles s o representados pela academia em geral em seus v rios ramos de conhecimentos afins por acad micos diretamente envolvidos diretamente com quest es de mercado de trabalho e rela es de emprego e g economistas soci logos advogados cientistas pol ticos
234. ela 5 2 permite observar que os gastos do SD com rela o ao PIB no Brasil s o maiores que em pa ses desenvolvidos com mercados de trabalho j consolidados com baixa prote o ao emprego como Inglaterra e Estados Unidos semelhante ao de pa ses desenvolvidos com maior prote o ao emprego como o Jap o ou de caracter sticas econ micas parecidas como a Austr lia e bem menores que pa ses com forte Welfare State como por exemplo a Dinamarca TABELA 5 2 BRASIL VS RESTO DO MUNDO GASTOS EM POL TICAS DESTINADAS AO MERCADO DE TRABALHO EM RELA O AO PIB Pa ses regi es PAMT PPMT Total 1 2 3 1 2 Austr lia 2005 2006 0 45 0 61 1 06 Dinamarca 2005 1 74 2 51 4 25 EUA 2005 2006 0 13 0 24 0 37 Hungria 2005 0 29 0 39 0 68 Jap o 2005 2006 0 25 0 43 0 68 OECD 2002 0 69 1 10 1 79 Pol nia 2005 0 43 0 86 1 29 Reino Unido 2004 2005 0 49 0 19 0 68 Rep blica Tcheca 2005 0 25 0 24 0 49 Brasil 0 44 2005 0 44 2006 0 88 Brasil 0 44 2005 1 72 2006 2 16 Fonte OECD Employment Outlook 2007 Chahad 2006a PAMT Pol ticas Ativas para o Mercado de Trabalho PPMT Pol ticas Passivas no Mercado de Trabalho Quando se mede os gastos com indeniza es trabalhistas do FGTS 107 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho O SD brasileiro pode ser avaliado tendo se como refer ncia algumas vari veis do mercado de trabal
235. em cada uma das inst ncias de governo da Federa o Elevar o teto do RGPS R 1 869 00 para R 2 400 00 Indexar o valor das aposentadorias e pens es de modo a preservar o valor real Criar incentivos para que o servidor p blico permane a executando atividade econ mica Servidor pode se aposentar quando a soma entre a idade e o tempo de servi o for igual a 95 anos para homens e 85 anos para a mulher At que seja institu do o regime de previd ncia complementar o servidor poder se aposentar tendo como teto o ltimo sal rio Valor da pens o igual ao valor da remunera o do servidor falecido at o teto do RGPS acrescido da parcela excedente a este limite Portador de defici ncia faixa de isen o para tributa o o dobro do vigente no RGPS assegurado o reajuste dos benef cios para preservar lhes em car ter permanente o valor real conforme crit rios estabelecidos em lei RGPS contribui o do empregador passa a ter base de c lculo e al quota diferenciada em raz o de atividade econ mica porte da empresa intens idade no uso da m o de obra e condi o estrutural do mercado de trabalho RGPS inclus o dos tr abalhadores de baixa renda sem renda pr pria trabalho dom stico familiar com benef cio no valor de um sal rio m nimo Fonte Panorama da Previd ncia Social MPS Bras lia 2004 Informe da Previd ncia Social MPS vol 18 n 04 Abril 2006 E
236. emitidos ou seja o equivalente a 1 39 do PIB brasileiro na m dia do per odo TABELA 5 4 BRASIL FGTS EVOLU O DAS RETIRADAS PELOS TRABALHADORES 1996 2006 em US 1 000 Ano FGTS Saques Saques do FGTS Taxa de de trabalhadores como do PIB Desemprego US 1996 10921 495 1 32 6 95 1997 12 425 777 1 45 7 82 1998 14 569 102 1 76 9 00 1999 9783313 1 65 9 63 2000 9 087952 1 46 2001 8 039 548 1 44 9 35 2002 6 084 889 1 33 9 16 2003 6 828 670 1 20 9 13 contin a Visando evitar fraudes a Lei no 8 036 90 determina que a multa seja depositada na conta vinculada do trabalhador e n o mais paga diretamente a ele como era a pratica Contudo parece que os advogados n o acreditam que isto resolver este problema O objetivo da determina o legal foi evitar os acordos simulados entre empregado e empregador para o saque do FGTS quando principalmente o empregado continuava trabalhando e o contrato de trabalho continuava em vigor ou ent o quando o empregado pedia demiss o por m era feito um acordo como se ocorresse a dispensa e o obreiro era obrigado a devolver a multa de 40 ou 20 ao empregador N o creio que essa determina o legal ir eliminar essas hip teses Poder dificultar as referidas pr ticas simuladas por m o empregado pode ser obrigado a devolver o valor da indeniza o ao empregador da mesma forma mediante pagamento em dinheiro ou cheque ou ainda ser descontada a referida indeniza
237. ent and Labour Markets European Review of Labour and Research WILTHAGEN T e TROS F 2003 Dealing with the Flexibility Security Nexus Institutions Strategies Opportunities and Barriers Amsterdams Institute for Advanced Labour Studies Universiteit van Amsterdam maio YANNOULAS Silvia Cristina 2002 Dossi Pol ticas p blicas e rela es de g nero no mercado de trabalho Bras lia CFEMEA FIG CIDA ZYLBERSTAJN H 2003 Bases conceituais para um sistema justo e eficiente de trabalho superando o dilema entre o legislado e o negociado in Mercado de trabalho no Brasil padr es de comportamento e transforma es institucionais Jos Paulo Zeetano Chahad e Paulo Picchetti organizadores S o Paulo Editora LTr ZIMMERMANN NETO C F 2004 Direito do Trabalho Segunda Edi o Editora Dam sio de Jesus S o Paulo 212
238. entivo solu o direta Tenta derrubar a Lei 8 534 92 que previa a validade dos acordos e conven es coletivas at que eles n o fossem renegociados entre sindicatos de trabalhadores e empres rios A MP est sob judicie Diminui o prazo para o trabalhador rural poder entrar na Justi a do Trabalho com a finalidade de reclamar os seus direitos e Limita o n mero de dirigentes sindicais no setor p blico Estabelece puni es para servidores grevistas Comiss es de concilia o pr via CCP Lei n 8 959 2000 Rito Sumar ssimo Lei 9 957 2000 Fiscaliza o do MTb Portaria 865 95 e Possibilita a cria o de comiss es de concilia o nas categorias pro fissionais e ou nas empresas com mais de 50 empregados Funciona como a primeira inst ncia dos diss dios individuais Funciona de forma parit ria mas sem estabilidade para seus membros e Os diss dios individuais cujo valor n o exceda a quarenta vezes o sal rio m nimo vigente na data do ajuizamento da reclama o ficam submetidos ao procedimento sumar ssimo e Impede a autua o quando h conflito entre a legisla o e o acordo conven o coletiva Permite que os acordos e conven es reduzam direitos acertados anteriormente Fonte Elabora o do autor com base na literatura jur dica consultada 3 7 T picos especiais sobre regulamenta o do mercado de trabalho no Brasil 3 7 1 A fiscaliza o do trabalho x
239. erem esta fun o Al m disso expandiu se a rede de atendimento para o setor privado possibilitando s organiza es sindicais criarem ag ncias de intermedia o de m o de obra com fun es semelhantes ao SINE podendo atender ao requerente do seguro desemprego e outros trabalhadores procurando os servi os de emprego GR FICO 6 3 BRASIL INDICADORES DA CAPACIDADE DE COBERTURA DO SINE 1996 2006 15000 14071 14000 12748 13000 Ji 12000 11000 10000 9000 8000 7000 4 6000 T r r r r r r 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 e Atendimento ao trabalhador Atendimento s empresas Fonte Elabora o do autor Dados originais DES SPPE MTE Dados at agosto Destaca se contudo que os servi os do SINE strictu sensu mesmo padecendo de in meros males ainda s o melhores que as suas alternativas No que diz respeito aos impactos sobre o desemprego e sobre os rendimentos Barros e Carvalho 2002 p gina 67 68 reuniram as avalia es dispon veis e cientificamente realizadas chegando conclus o de que aqueles trabalhadores que procuraram a intermedia o de m o de obra tiveram um desempenho melhor do que os que n o procuraram Este melhor desempenho mostrou que ao buscar a ag ncia do SINE os trabalhadores tiveram maior acesso ao setor formal da economia o que em termos de emprego serve de mais garantia para uma ocupa o de melhor qualidade d
240. ermanente Mesmo que estas modalidades estejam crescendo n o poss vel estabelecer uma causa direta e imediata com o desemprego cuja explica o esta menos no funcionamento do mercado de trabalho e mais nos argumentos de natureza macroecon mica experimentados pelo Pa s especialmente num per odo em que tem aumentado sua inser o na economia mundial sem as necess rias reformas que venham a preservar os n veis de emprego Chahad 2003a p gina 75 2 10 A distribui o de renda no Brasil De qualquer forma deve se destacar como fato que vem a contribuir positivamente para reformas que possam melhorar o comportamento das institui es em dire o a alguns aspectos existentes no modelo dinamarqu s a constata o de que a desigualdade de renda familiar per capita tem ca do no Brasil desde que se iniciou a estabiliza o de pre os mas especialmente entre os anos de 2001 e 2004 conforme mostra o gr fico 2 16 43 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho De acordo com o IPEA 2006 b que realizou amplo estudo para examinar a queda recente da distribui o de renda no Brasil dentre os determinantes mais importantes se destacam a b c d caracter sticas demogr ficas das fam lias houve uma sens vel diminui o do trabalho infantil e uma eleva o da propor o de adultos trabalhando dentro das fam lias transfer ncias de renda os benef cios de
241. ervi o pelo tempo de contribui o ii fim da aposentadoria por tempo de servi o proporcional iii restri es concess o das aposentadorias especiais iv elimina o da regra de c lculo das aposentadorias do texto constitucional e v mudan a na regra de c lculo do beneficio com a introdu o do fator previdenci rio De todas essas modifica es o avan o significativo que se pretendeu dar RGPS seria mudar a aposentadoria do tempo de servi o para o tempo de contribui o com o estabelecimento de uma idade m nima para o requisito da obten o do beneficio Ocorre que devido s fortes press es exercidas pelos lobbies sociais o Congresso n o aprovou ao principio da idade m nima Esta veio a ser introduzida indiretamente atrav s do chamado fator previdenci rio que consiste numa f rmula de c lculo ver quadro 1 1 para calcular os valores iniciais das aposentadorias que leva em considera o o tempo de contribui o a idade e a expectativa de vida do benefici rio Na esfera do setor p blico a reforma da Previd ncia iniciada em 1995 pretendia unificar o RPPS ao RGPS o que n o teve sustenta o pol tica Tentou se taxar os inativos mas o Supremo Tribunal Federal julgou tal procedimento inconstitucional e o estabelecimento de uma idade m nima somente foi aceito para aqueles que ingressassem no servi o p blico ap s a aprova o da Emenda Constitucional que estava em tramita o no Congresso Nacional
242. es de atendimento que adotem um padr o nacional denominando se Centros P blicos Integrados de Emprego Trabalho e Renda semelhante ao One Stop Service j existente em muitos pa ses Visando dar inicio a implanta o do SPETR houve a aprova o na esfera do CODEFAT da Resolu o n 466 de 21 12 2005 estabelecendo a figura do Plano Plurianual Nacional e Estadual do SPETR onde se definiu que num mesmo espa o territorial haver apenas um ente conveniado com o Minist rio do Trabalho e Emprego O conv nio nico reunir os tr s servi os que anteriormente eram fracionados seguro desemprego intermedia o da m o de obra e qualifica o profissional Com o objetivo de evitar que a descontinuidade de recursos prejudique a oferta de servi os os conv nios passaram a ter dura o quadrienal Embora existam in meros outros detalhes operacionais esta Resolu o procurando operacionalizar as id ias de um Servi o de Emprego nos moldes propostos pelo SPETR parece ter aspectos positivos embora isoladamente n o garanta a consolida o desse sistema no longo prazo Na medida em que integra conv nios antes fracionados garante se que a libera o do fluxo de recursos para os diferentes servi os seja coordenado e que a execu o dos servi os n o seja interrompida a cada ano enquanto se aguarda a renova o do conv nio Facilita tamb m a exist ncia de um nico conv nio numa base territorial evitando a competi o pre
243. es do que ocorre em outros pa ses e sem sofrer perdas significativas Giambiagi e outros 2004 p gina 15 97 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Al m disso esta precocidade torna poss vel o acumulo de renda do beneficio com outras rendas do trabalho e a aposentadoria passa a ser vista como um pr mio e n o como uma reposi o de renda decorrente do fim da capacidade produtiva laboral no ciclo de vida do trabalhador TABELA 4 11 M DIA DE IDADE NA CONCESS O DE BENEF CIO PREVIDENCI RIO BRASIL E PA SES SELECIONADOS DA OECD Em anos G nero Idade Brasil Mulheres 52 2 Homens 56 9 M dia n o ponderada 54 6 Outros pa ses B lgica 58 1 It lia 60 4 Espanha 61 4 Dinamarca 63 6 Portugal 64 5 b Fontes Delgado e outros 2006 Ipea 2006c p gina 476 a aposentadoria precoce das mulheres elas tem o direito a aposentadoria precoce 5 anos antes dos homens seja na aposentadoria por idade 60 vs 65 anos seja por tempo de contribui o 30 vs 35 anos de servi o Isto permite s mulheres se aposentarem cedo Nesse caso a distor o ainda mais grave pois al m de se aposentarem antes elas recebem o benef cio por mais tempo pois sua expectativa de vida supera a masculina em at quatro anos para a idade at 55 anos As regras mais generosas para a popula o feminina foram introduzidas numa poca em que a inser o da mulher nas ativi
244. est o dessas a es A Renast com o objetivo de integrar a rede de servi os do SUS para o desenvolvimento de a es de Sa de do Trabalhador composta por 150 Centros Estaduais e Regionais de Refer ncia em Sa de do Trabalhador Cerest e por uma rede de 500 servi os m dicos e ambulatoriais Sentinela de m dia e alta complexidade para o atendimento de indiv duos com problemas de sa de relacionados ao trabalho Fazem assim parte do sistema de sa de brasileiro os Centros de Refer ncia de Sa de do Trabalhador Cerests que realizam a es de preven o promo o diagn stico tratamento reabilita o e vigil ncia em sa de dos trabalhadores urbanos e rurais independentemente do v nculo empregat cio e do tipo de inser o no mercado de trabalho S o financiados com repasses mensais do Fundo Nacional da Sa de Al m de prestarem esses servi os de assist ncia preven o e promo o aos trabalhadores que adoecem ou se acidentam os Cerests tamb m tem a fun o de investigar as condi es de seguran a dos ambientes de trabalho As atividades dos Cerests se articulam com os demais servi os da rede do SUS e outros setores de governo que possuam interfaces com a Sa de do Trabalhador Os Cerests Regionais devem capacitar a rede de servi os de sa de apoiar as investiga es de maior complexidade assessorar a realiza o de conv nios de coopera o t cnica subsidiar a formula o de pol ticas p blicas
245. etc no Programa Essas Organiza es participam do Programa formando uma rede que propicia troca de experi ncias e consolida o de projetos para a qualifica o e inser o do jovem para o mercado de trabalho Em 2003 eram apenas 6 conv nios com Cons rcios Sociais da Juventude J em 2004 e 2005 foram assinados respectivamente 15 e 25 conv nios para a implementa o dos mesmos Segundo a Secretaria de Pol ticas P blicas de Emprego o custo por coloca o dos Cons rcios Sociais da Juventude o mais alto em rela o a todas as outras linhas de a o por m esta linha a que apresentou at 2005 a maior efetividade na coloca o dos jovens Em 2005 atrav s desses Cons rcios foi executado o valor de R 47 780 850 98 resultando na qualifica o de 20 370 jovens dos quais foram inseridos no mercado 7 081 jovens No Projeto Empreendedorismo os jovens passam por processos de capacita o para serem empreendedores Esse Projeto tem uma linha de financiamento de R 100 milh es do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT As garantias de empr stimo s o cedidas pelo Fundo de Aval s Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte Fampe e pelo Funproger do CODEFAT S o tr s linhas de cr dito oferecidas aos jovens empreendedores 1 auto emprego financiamento de at R 10 mil com prazo de 60 meses para o pagamento e 12 meses de car ncia 74 O Conselho consultivo formado por representantes do Minist rio do Trabalho e E
246. faz a Previd ncia Social Paiva Passos e Ansiliero 2005 p gina 1 Esta afirma o assim como o conte do desta se o deve ser entendida na dimens o em que se apresenta ou seja avaliar as altera es da pobreza apenas em fun o do pagamento de benef cios previdenci rios uma vez que a causa determinante da pobreza vai muita al m deste tratamento parcial 27 84 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 4 5 BRASIL QUANTIDADE DE PESSOAS COM RENDA DOMICILIAR PER CAPITA RDPC INFERIOR A 1 2 SAL RIO M NIMO R 130 00 CONFORME SE INCLUI OU EXCLUI RENDIMENTOS DE BENEF CIOS DE RGPS 2003 E 2004 Descri o Quantidade de pessoas 2003 2004 Popula o de refer ncia 170 193 712 174 212 969 RDPC lt R 120 Incluindo a renda previdenci ria a 53 972 159 31 7 54458 197 31 3 Excluindo a renda previdenci ria b 74 265 445 43 6 72 630 732 41 7 Impacto dos benef cios do RGPS sobre a Quantidade de Pobres b a 20 293 286 11 9 20172535 11 6 Fonte IBGE Pnad Quando se investiga o impacto dos benef cios previdenci rios e assistenciais sobre a situa o de extrema pobreza os resultados revelam que de fato a Previd ncia Social importante para aliviar a pobreza no Brasil O gr fico 4 3 indica que o pagamento de benef cios vem retirando progressivamente popula es indigentes da situa o de extrema pobreza Em 2003 retirou
247. federal o Minist rio da Sa de Conselho Nacional de Sa de e Comiss es Intergestores Tripartite CIT no estadual 35 Art 198 da Constitui o Federal par grafo nico 101 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Secretarias Estaduais da Sa de Conselhos Estaduais da Sa de e Comiss es Intergestores Bipartite CIB na esfera municipal Secretarias e Conselhos Municipais da Sa de O governo federal respons vel por formular coordenar e controlar a pol tica nacional de sa de e implementar junto aos estados o desenvolvimento das a es de promo o prote o e recupera o da sa de e corrigir as distor es existentes J o governo estadual respons vel por coordenar planejar e avaliar as a es de sa de em n vel estadual executar apenas as a es que os munic pios n o forem capazes de desenvolver e ou que n o lhes couberem promover junto aos munic pios o desenvolvimento das a es de promo o prote o e recupera o da sa de e corrigir as distor es existentes O governo municipal tem a responsabilidade de coordenar planejar e avaliar as a es de sa de em n vel municipal e executar as a es de aten o b sica Essa esfera governamental possui tamb m a co responsabilidade de assist ncia de aten o sa de de m dia e alta complexidade responsabilidade pelos Sistemas de Informa es e devem promover o desenvolvimento das a e
248. ficiado em termos de sua redu o que poderia advir da produtividade do trabalho quando comparado com o resto do mundo os n veis de qualifica o da for a de trabalho est o aqu m daquela observada na grande parte da for a de trabalho ocupada em seus competidores assim como as institui es e a regulamenta o normatizando o funcionamento do mercado de trabalho tende a ser um obst culo maior efici ncia produtiva do pa s Custos N o Salariais O outro componente importante da determina o do custo do trabalho na express o 1 s o os custos n o salariais Existe na literatura brasileira uma grande controv rsia cuja discuss o foge ao escopo deste texto sobre o que deve ser considerado nesta categoria de custo e como diferenci lo do sal rio devido ao trabalhador Esta pol mica ganhou for a com a publica o dos textos de Pastore 1997 e DIEESE 1997 com posi es bastante diferentes quanto aos conceitos utilizados A tabela 3 3 fornece bem uma mostra da multiplicidade de valores de custos de contrata o de um trabalhador derivados da extensa complexa e protecionista legisla o trabalhista brasileira Desprezando se os valores extremos que se devem a particularidades de c lculos ou metodologias diferenciadas existe por m uma realidade nas cifras desta tabela os custos de contratar um trabalhador s o altos no Brasil Isto vale sob as mais variadas ticas ramo de atividade base territorial calculado po
249. flito com a lei O outro programa Economia Solid ria busca atender um segmento especifico da for a de trabalho constitu do pelos trabalhadores que administram seu pr prio empreendimento incubadoras e redes de solidariedade 6 2 O SINE e a Intermedia o da M o de Obra Dentre as principais pol ticas ativas a intermedia o da m o de obra uma das mais antigas e dentre aquelas que recebem menor volume de recursos A tabela 6 1 traz as principais estat sticas mostrando a dimens o do SINE Revela se um quadro incompat vel com a dimens o do mercado de trabalho brasileiro em 2005 pouco mais do que 5 milh es de trabalhadores entre desempregados desligados do setor formal da economia e trabalhadores informais procuraram os servi os de intermedia o de m o de obra sendo apenas 17 9 deles recolocados no mercado Naquele ano os disp ndios com a 54 TE 4 x f Sgh Z O programa do primeiro emprego ser abordado na se o destinada s a es destinadas a grupos espec ficos e o programa denominado Economia Solid ria n o ser aqui tratado pela precariedade dos dados existentes 126 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho recoloca o do trabalhador foi de 1 0 do total de gastos com PAMT realizados pelo MTE enquanto em 1995 havia sido de 21 7 conforme veremos TABELA 6 1 BRASIL A DIMENS O DO SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO SINE 2005 Discrimi
250. formar a Previd ncia n o uma quest o ideol gica ou que visa beneficiar este ou aquele segmento social mas sim uma imposi o estrutural relacionada com as mudan as no perfil demogr fico da popula o e com as transforma es que tem ocorrido no mercado de trabalho Assim Reformar a Previd ncia t o inevit vel quanto o pr prio envelhecimento Algumas das medidas propostas como a unifica o do limite de idade para homens e mulheres e o seu incremento s o duras e impopulares e devem ser bem explicadas e implementadas de maneira bastante gradual Seria importante que quando o Brasil atingisse o percentual de 25 da popula o com mais de sessenta anos o que deve acontecer em cerca de cingiienta anos estas regras j estivessem valendo Para tanto as iniciativas de reforma devem ter continuidade depois de aprovada a reforma da Previd ncia dos servidores p blicos A experi ncia dos ltimos anos no Brasil mostra que existe um custo do atraso da implementa o de reformas previdenci rias quanto mais se posterga a decis o mais duras elas se tornam no futuro Pinheiro 2004 p gina 286 287 7 6 2 A defesa da regula o do mercado de trabalho Ainda que a tese da flexibilidade tenha muitos adeptos como um novo paradigma para o mercado de trabalho ainda esta longe de se impor como uma posi o monol tica com respeito ao futuro das 184 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de tra
251. g learning Para enfrentar um mercado com alta mobilidade onde a generosidade do seguro desemprego entendida como uma forma de resolver a baixa prote o na legisla o de prote o ao emprego o modelo dinamarqu s apostou na educa o como elemento fundamental para garantir a Flexicurity Isto somente foi poss vel em fun o do grande envolvimento institucional de todos os atores sociais tanto no planejamento quanto na implementa o das pol ticas programas e projetos voltados para a forma o profissional reciclagem da m o de obra e treinamento vocacional continuo CVT O CVT de responsabilidade formal do Minist rio do Trabalho tendo sua origem em 1960 quando surgiu o primeiro programa para os trabalhadores n o qualificados tendo sido posteriormente em 1965 estendido para os trabalhadores qualificados Madsen 2006b Este tipo de treinamento oferecido tanto para os empregados quanto para os desempregados e geralmente s o administrados pelos parceiros sociais Nesse sentido seu impacto maior no triangulo dourado ocorre no campo das pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho causando forte impacto nos fluxos entre o mercado de trabalho flex vel e as pol ticas ativas Embora o planejamento e a administra o do CVT estejam majoritariamente na m o das empresas e dos sindicatos seu financiamento tem sido realizado pelo Estado da mesma forma como tem ocorrido com o programa de seguro desempre
252. gidos Fonte Atualiza o do autor com base na Pnad e no Boletim Informe de Previd ncia Social Vol 18 n mero 03 mar o de 2006 Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada O gr fico 4 2 cont m a evolu o da prote o social para os idosos com mais de 60 anos segundo g nero Verifica se que a as cifras apontam uma melhoria crescente na prote o social dos idosos de qualquer g nero ainda que os homens sempre fossem mais protegidos b a prote o social cresceu mais para as mulheres do que para os homens O diferencial que em 1992 era de 17 1 pontos percentuais em 2004 reduziu se para 9 0 pontos percentuais c houve uma queda na cobertura entre 2003 e 2004 tanto para a popula o masculina quanto para a feminina 5 O Boletim Informe da Previd ncia Social volume 18 n mero 03 Mar o de 2006 p gina 4 rodap 6 assim justifica esta observa o A queda na cobertura entre 2003 e 2004 pode ser consegii ncia de ao menos dois fatores n o necessariamente excludentes i efeito estat stico ocasionado por varia es amostrais da PNAD ii aumento efetivo da desprote o entre os idosos possivelmente provocado pela entrada na popula o idosa de pessoas com grau de prote o mais baixo O padr o diferenciado de varia o anual observado entre 2003 e 2004 comparativamente ao restante da s rie hist rica parece sustentar mais fortemente a primeira hip tese De qualquer modo parece salutar es
253. giene transporte e previd ncia social com reajustes peri dicos que lhe preservem o poder aquisitivo sendo vedada sua vincula o para qualquer fim V Piso salarial proporcional exclus o e jornada de trabalho VI Irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acordo coletivo VIH Garantia de sal rio nunca inferior ao m nimo para os que recebem remunera o vari vel VIII D cimo terceiro sal rio com base na remunera o integral ou no valor da aposentadoria IX Remunera o do trabalho noturno superior a do diurno X Prote o do sal rio na forma da lei constituindo crime sua reten o dolosa XI Participa o nos lucros ou resultados desvinculada da remunera o e excepcionalmente participa o na gest o da empresa conforme definido em lei XII Sal rio fam lia pago em raza o do dependente trabalhador de baixa renda nos termos da lei XIII Dura o do trabalho normal n o superior a oito horas di rias e quarenta e quatro semanais facultada a compensa o de hor rios e a redu o da jornada mediante acordo ou conven o coletiva de trabalho XIV Jornada de seis horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento salvo negocia o coletiva XV Repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos XVI Remunera o do servi o extraordin rio superior no m nimo cinquenta porcento do normal XVII Gozo de f rias anuais remuneradas com pelo menos u
254. gitimidade que estas Institui es desfrutam no cen rio trabalhista e sindical brasileiro que junto a este reconhecimento surgiram outros dois t picos importantes na esfera trabalhista cuja posi o do movimento sindical importante aqui destacar inclusive porque se relaciona com a quest o da Reforma Sindical i o financiamento das organiza es sindicais e ii o controle dos gastos dessas institui es pelo poder p blico no que diz respeito aos recursos p blicos por elas recebidos No caso do financiamento dos sindicatos deve se lembrar que as Centrais Sindicais passar o agora a receber uma parcela de recursos de um contribui o compuls ria que algumas delas em especial a CUT sempre se posicionou contra Com a chegada ao poder de um governo sindicalista a oposi o ao imposto sindical continuou mas de uma forma mais branda De qualquer forma os trabalhadores aceitam condicionalmente a extin o dessa forma de financiamento das atividades sindicais por consider la como uma forma indireta de inger ncia do Estado Em troca do fim da contribui o sindical obrigat ria para todo trabalhador prop e a chamada contribui o negocial a ser estabelecida pelo sindicato em assembl ia da categoria Essa mudan a contudo deve ser introduzida gradualmente de forma a permitir aos sindicatos a adapta o e conviv ncia com a nova realidade Por outro lado a mesma legisla o que deu legitimidade s Centrais Sind
255. go ap s a ado o do modelo Flexicurity Desse fato decorrem duas importantes consegi ncias A primeira que o financiamento p blico do CVT reduz o custo das empresas e tem servido de subsidio competitividade da ind stria dinamarquesa A segunda que a atividade de treinamento CVT tem contemplado mais o treinamento geral que facilmente transfer vel no mercado externo do que o treinamento espec fico mais voltado para as necessidades da firma Nesse sentido esta preval ncia do treinamento espec fico tem contribu do para melhorar a flexibilidade funcional do mercado interno de trabalho das empresas Por outro lado ao permitir aos trabalhadores desempregados melhorar suas habilidades gerais nos per odos de crise econ mica as empresas acabam por ficar em melhores condi es para competir quando h uma retomada da atividade econ mica Em s ntese o aprendizado de longo prazo life long learnig desempenha um papel crucial no modelo de Flexicurity pois o CVT contribui para elevar a flexibilidade num rica e funcional no mercado de trabalho Nesta perspectiva juntamente com o seguro desemprego com os demais benef cios da seguridade social e a oferta de servi os do Servi o de Emprego tem sido percebidos n o como barreira ou obst culo mas sim como um valioso investimento num mercado de trabalho caracterizado pela grande mobilidade e alta flexibilidade quality of the programme themselves would be lowered in terms of
256. grante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica O Estatuto tem como objetivo elaborar as diretrizes para a formula o implementa o acompanhamento e avalia o da Pol tica Nacional do Idoso trazendo inclusive os direitos de gera o de renda e trabalho da terceira idade 162 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 7 Reformas e Mudan as nas Rela es de Emprego no Brasil a Posi o dos Principais Atores Sociais Este cap tulo contempla um sum rio da opini o dos principais atores sociais com rela o necessidade de reformas e s possibilidades de mudan as nos principais elementos que fazem parte do triangulo dourado que comp e o modelo brasileiro tendo em vista primeiramente aumentar a efici ncia das institui es e melhorar o bem estar dos trabalhadores e tamb m colocar estas institui es na dire o de uma futura ado o do modelo de Flexicurity Analisaremos quando poss vel as posi es de cada ator sobre a reforma trabalhista a reforma sindical e a reforma na Previd ncia Social bem como no caso das pol ticas ativas discutiremos os recentes esfor os na tentativa de se consolidar um Sistema P blico de Emprego que pode ser entendido como uma reforma nas pol ticas p blicas nacionais Os atores cuja opini o resumiremos ser o os trabalhadores especialmente as grandes Centrais Sindicais brasilei
257. guro desemprego Nessa situa o as organiza es de empresas e os sindicatos se juntam com a amea a de lutar por uma legisla o que promova uma prote o maior ao emprego caso o sistema de pagamento de benef cios se deteriore Com rela o s pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho sua presen a no modelo de Flexicurity resulta tamb m de um longo processo de interven es governamentais no mercado de trabalho dinamarqu s sendo tomado como marco hist rico as negocia es salariais ocorridas na greve geral de 1899 Naquela ocasi o quando os sindicatos e as organiza es de empresas utilizaram o Estado como o mediador dos conflitos consolidou se a pr tica de que compete ao empregador administrar o local de trabalho incluindo as regras de admiss o e demiss o enquanto houve o reconhecimento expl cito pelos empregadores das organiza es sindicais como legitimas representantes dos trabalhadores nas negocia es coletivas Posteriormente em 1907 surgiu a primeira lei de seguro desemprego e em 1913 implantou se o Servi o P blico de Emprego Em 1942 o Minist rio do Trabalho come ou a atuar separadamente de outras reas governamentais permitindo assim que as pol ticas voltadas ao mercado de trabalho passassem a se desenvolver de forma distinta dos demais minist rios 3 Esta se o alinhar apenas alguns dos principais fatos relacionados a historia do surgimento do modelos dinamarqu s de funcionamento
258. hamada economia solid ria segmento constitu do por atividades cuja administra o compete aos pr prios trabalhadores Ele tem sido inclu do no rol das pol ticas de emprego porque se prop e a atuar com um segmento de trabalhadores que fica fora do mercado formal de trabalho e n o est diretamente ligado aos programas voltados gera o de emprego e renda 6 7 Um balan o das PAMT no Brasil A hist ria das PAMT relativamente recente no Brasil Mesmo se tomarmos a pol tica mais antiga representada pelo SINE temos pouco mais de 30 anos de exist ncia dessas pol ticas Assim n o surpreende a pequena quantidade de avalia es especialmente aquelas de maior custo e de mais dif cil realiza o que imp e maior rigor cient fico De qualquer forma juntamente com o surgimento e a diversifica o das PAMT t m ocorrido avalia es n o sistem ticas algumas mencionadas anteriormente que apontam para o reconhecimento dessas pol ticas como instrumento de informa o para a aloca o de recursos voltados para melhorar o funcionamento do mercado de trabalho e elevar o n vel de bem estar do trabalhador brasileiro De acordo com o que se constata no cen rio internacional tamb m no caso brasileiro a avalia o dessas pol ticas tem enfatizado que sua ado o tem por objetivo verificar os resultados em termos de combate ao desemprego melhoria da produtividade e aumento na remunera o do trabalhador Outro aspecto se refere ao
259. ho Colocado em outros termos as id ias desse autor que consolida a linha de argumenta o de in meros outros analistas do mercado de trabalho brasileiro para os quais modificar a legisla o trabalhista na dire o de leis mais flex veis totalmente desnecess rio Isto porque a pol tica econ mica incluindo se pol ticas governamentais no mbito industrial comercial e social s o muito mais definidoras do que ocorre no mercado de trabalho sendo os ganhos oriundos de uma reforma trabalhista desprez vel do ponto de vista do emprego e certamente dram ticos ao suprimir os direitos trabalhistas dos indiv duos Outro argumento em defesa da manuten o da estrutura b sica da legisla o de prote o trabalhista brasileira atual encontra se em Pochmann 1999 e diz respeito quest o dos encargos sociais despesas de contrata o discutidos na se o 3 4 Para o mencionado autor e a linha de pensamento que ele representa parte dos encargos sociais n o deve ser entendido necessariamente como nus para as empresas mas sim parte do sal rio do empregado e sua incid ncia n o recai sobre a folha de pagamento n o representando portanto encargo social srictu sensu Assim uma s rie de pagamentos a que a empresa obrigada a realizar para contratar um trabalhador deve ser considera como sal rio direto que vai para o bolso do trabalhador e o custo dos encargos sociais se reduziria para 25 10 Pochman 1999 p
260. ho e da pr pria atividade econ mica A tabela 5 3 cont m estat sticas referentes abrang ncia do SD assim como outras indicativas dos seus efeitos sobre algumas vari veis selecionadas Um perfil resumido do benefici rio tamb m apresentado nesta tabela Sob a tica dos efeitos sobre o mercado de trabalho e do funcionamento da economia as evid ncias provenientes das fontes citadas indicam que os gastos com o SD n o afetam o sal rio de equil brio da economia mas Chahad e Fernandes 2002 encontraram impactos significativos sobre a taxa de desemprego e sobre a inatividade dos trabalhadores Por outro lado n o t m sido detectados impactos significativos sobre os n veis de consumo em geral mas sob a perspectiva do comportamento dos benefici rios parece existir uma indu o ao trabalho aut nomo ou por conta pr pria preferindo o trabalhador permanecer n o benefici rio Uma das explica es que a combina o do SD com o FGTS tem servido para financiar a informalidade do trabalho no Brasil Outra explica o fornecida por Cunningham 2000 que atribui este comportamento ao racionamento de cr dito para as fam lias Neste caso o benef cio prov um capital inicial cuja maior lucratividade adviria dos retornos em aplica es em empreendimentos independentes Assim desempregados com acesso ao SD possuem vantagens sobre os n o habilitados em termos de come arem seu pr prio empreendimento Al m disso isto ocorre
261. i es no mercado de trabalho e e com rela o s disparidades regionais de crescimento 2 7 1 Sal rio m nimo e finan as p blicas Este parece ser o problema mais grave dos aumentos do sal rio m nimo no Brasil De acordo com a Constitui o Federal de 1988 nenhum beneficio de presta o continuada da Previd ncia Social pode ter valor inferior a 1 hum sal rio m nimo Em decorr ncia da forte concentra o de renda combinada com um baixo n vel salarial bem como em decorr ncia dos grandes bols es de pobreza que devem ser assistidas pelo Estado cerca de 66 0 dos segurados da Previd ncia Social em 2005 recebiam benef cios no valor de at um sal rio m nimo Assim os aumentos reais do sal rio m nimo possuem forte impacto no d ficit de Previd ncia Social e consequentemente sobre as finan as do governo federal 35 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Sem desconhecer esta realidade os defensores da pol tica da valoriza o real do sal rio m nimo apontam para a poss vel exist ncia de impactos tribut rios significativos al m do impacto fiscal acima mencionado Ou seja aumentos do sal rio transformam se em massa salarial tribut vel expandindo a demanda interna devido ao aumento de consumo e contribuindo para o aumento da arrecada o do governo 2 7 2 Sal rio m nimo distribui o de renda e pobreza Existe uma converg ncia de opini es de que
262. i Eloi Chaves que estruturou o sistema de aposentadoria e pens es dos ferrovi rios e deu os contornos iniciais dos princ pios da estabilidade no emprego que perdurou por mais de 40 anos como uma clausula p trea da legisla o trabalhista brasileira Pelo princ pio da estabilidade o trabalhador n o podia ser dispensado da empresa ap s 10 anos de servi o salvo falta grave ou for a maior devendo haver inqu rito para apurar a raz o da falta Temos tamb m a regulamenta o das 45 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho f rias dos trabalhadores em 1925 pela Lei n 4 982 e a regulamenta o do trabalho do menor atrav s do Decreto n 177 934 A de 1927 que criou o C digo de Menores Foi contudo no in cio da d cada de 1930 com a revolu o do Presidente Get lio Vargas que a regulamenta o do mercado de trabalho sofreu forte avan o A partir de 1930 houve a expans o do direito do trabalho em nosso pa s como resultado de v rios fatores dentre os quais o prosseguimento das conquistas que j foram assinaladas por m com um novo impulso quer no campo pol tico quer no legislativo Passaram a ter com a pol tica trabalhista de Get lio Vargas maior aceita o as id ias da interven o das rela es de trabalho com o Estado desempenhando papel central grandemente influenciado pelo modelo corporativista italiano Sem discutir aqui se os fins visados por Vargas eram
263. ia e aumentar a cobertura atrav s de regimes complementares de capitaliza o O quadro 4 1 traz resumidamente os principais itens das mudan as propostas pela referida Emenda Constitucional no que diz respeito ao RGPS 30 Quando come ou a tramitar em 1995 na forma de Proposta de Emenda Constitucional PEC no 33 a proposta de reforma do governo contemplava medidas voltadas para modificar os tr s componentes b sicos do sistema brasileiro de Previd ncia Social o RGPS o RPPS e o regime complementar administrado por entidade fechadas fundos de pens o ou abertas bancos ou seguradoras Quando se transformou na EC no 20 98 ainda que contivesse medidas para os tr s regimes elas foram mais fortes e abrangentes na rea do RGPS do que nos demais regimes raz o pela qual regra geral se identifica a reforma previdenci ria do governo FHC com a reforma do sistema do RGPS As estimativas do custo de transi o oscilam entre 188 0 do PIB a 250 0 do PIB conforme as hip teses e par metros utilizados para o c lculo Al m disso a Previd ncia Social brasileira desempenha importante papel em tirar parte da popula o da linha da pobreza bem como se trata de um sistema de benef cios que chega a mais de 40 0 da popula o brasileira j que para cada beneficio pago 2 5 pessoas s o indiretamente atingidas 31 91 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 4 1
264. ia Social coordenador do Plano e mais oito Minist rios Educa o Justi a Cultura Trabalho Sa de Esporte e Turismo Transportes Planejamento Or amento e Gest o os quais contribuem com a articula o com Estados e Munic pios Mendon a 1999 Dessa forma o Governo Federal constr i as diretrizes mas n o operacionaliza os servi os programas e projetos locais Posteriormente em 2003 houve a implementa o do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa CNDI rg o colegiado de car ter deliberativo integrante da estrutura b sica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica constitu do com a finalidade de elaborar as diretrizes para a formula o implementa o acompanhamento e avalia o da execu o da Pol tica Nacional do Idoso Tais diretrizes s o baseadas no Estatuto do Idoso lei n 10 741 de outubro de 2003 A cria o do Conselho visou redirecionar as prioridades das linhas de pol ticas p blicas para os idosos O CNDI composto por membros da sociedade civil organizada e rg os governamentais que t m interface com a Pol tica Nacional dos Idosos Secretaria Especial dos Direitos Humanos Minist rio da Justi a Minist rio das Rela es Exteriores Minist rio do Trabalho e Emprego Minist rio da Educa o Minist rio da Sa de Minist rio da Cultura Minist rio do Esporte Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o Minist rio da Previd ncia e So
265. ia a formula o das pol ticas ativas desde que elas se tornaram fundamentais como mecanismo de compensa o dos desequil brios provocados pelas pol ticas macroecon micas do governo federal A exist ncia de um vultoso excedente financeiro no come o do programa de SD passou a atrair a aten o de outras reas do governo cuja disponibilidade de recursos or ament rios era escassa bem como as diversas demandas provenientes da sociedade Assim o excedente do FAT em seu in cio amea ou colocar em risco seu sucesso face s press es que para ele se canalizaram Ademais essas demandas se fortaleceram na medida em que mesmo ap s a regulamenta o da Lei 7 998 90 os recursos do FAT ficaram restrito ao financiamento do BNDES aos gastos com seguro desemprego e 3 ma ida Es aah n 2 53 A hist ria da cria o do FAT e dos antecedentes quanto ao financiamento do seguro desemprego vasta e as modifica es na legisla o parcialmente mencionadas muito ampla raz o pela qual o leitor interessado em conhecer detalhes consultar entre outros Azeredo 1998 e Chahad 1999 125 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho ao pagamento do abono salarial sendo limitada ou mesmo nula sua destina o para gastos com as chamadas PAMT Face press o existente o Governo Federal fez passar no Congresso Nacional a Lei 8 352 91 criando a figura dos chamados dep sitos especiai
266. ias s o incapazes de impedir a demiss o do trabalhador a qualquer momento mas tornam o custo desta decis o bastante elevado quando comparado aos padr es internacionais A legisla o trabalhista brasileira n o a respons vel pela alta flexibilidade observada no mercado de trabalho brasileiro mas faz do trabalhador brasileiro um dos mais protegidos do mundo capitulo 3 O desenho da seguridade social brasileira tem os principais tra os daqueles observados em pa ses onde ela j esta operando h muito mais tempo Dentre suas reas a Previd ncia Social a mais importante funcionando no sistema de reparti o simples seja para atender o setor privado ou para pagar as aposentadorias dos servidores do setor p blico Historicamente sua miss o tem sido de prote o social contribuindo para a redu o da pobreza principalmente da extrema pobreza assim como do amparo aos mais idosos Em decorr ncia disto bem como de graves problemas de gest o e de sua vincula o pol tica de sal rio m nimo a Previd ncia Social tem experimentado sucessivos e crescentes d ficits No caso do sistema de Sa de muito embora o desenho e a legisla o do modelo brasileiro possa ser comparado a padr es internacionais a implementa o de programas ainda pouco desenvolvida dificultando bastante o acesso n o s da popula o brasileira mas tamb m do trabalhador capitulo 4 Os dois principais instrumentos de prote o social aos trab
267. icais definiu que enquanto a contribui o sindical perdurar parte de sua arrecada o 10 0 ser canalizado para o funcionamento das mesmas Em contrapartida elas dever o prestar contas ao Tribunal de Contas da Uni o TCU rg o do poder p blico encarregado de fiscalizar a aplica o dos recursos p blicos recebidos pelas Institui es Embora tenham que acatar esta decis o as Centrais Sindicais protestaram contra esta decis o do Congresso Nacional argumentando que j s o fiscalizadas por outros rg os de controle voltados para o setor privado 168 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Enquanto a postura dos trabalhadores tem sido passiva com rela o necessidade de uma reforma trabalhista limitando se a uma forte atitude de defesa a qualquer tentativa de flexibiliza o ou desregulamenta o das rela es de trabalho a qual identificam como supress o dos direitos trabalhistas ela se modifica para uma atitude muito mais ativa quando se trata da discuss o sobre a necessidade de uma Reforma Sindical Al m disso consideram imprescind vel concluir primeiro uma reforma sindical que fortale a os sindicatos para posteriormente ser empreendida um reforma na legisla o trabalhista mas que amplie e n o reduza direitos conquistados A posi o defendida pelos sindicatos segundo os principais itens a serem contemplados numa reforma sindical est contida no quadro
268. ical 174 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 7 3 A POSI O DOS EMPREGADORES COM RELA O REFORMA TRABALHISTA T PICOS SELECIONADOS Tema T pico Posi o defendida 1 Princ pio geral 2 Competitividade Liberdade e seguran a jur dica para acordos coletivos que forem negociados entre as partes Condi es plenas para o exerc cio de uma gest o empresarial flex vel preciso viabilizar a retirada de itens da Constitui o transferindo os para a espera da legisla o que permita 3 Direitos trabalhistas na Constitui o Federal sua negocia o criando alternativas menos onerosas de 4 Estrutura de custos 5 Limite da legisla o trabalhista 6 Novas pr ticas trabalhistas 7 Agenda para reforma contrata o de forma legal Redu o dos custos n o salariais de contrata o do empregado identificado como uma das causas da informalidade precariedade no trabalho e desemprego No geral deve haver preval ncia do negociado sobre o legislado garantindo um patamar m nimo de direitos trabalhistas definidos em lei Modificar o conceito de empregado CLT artigo 3 e conceituar o que rela o de trabalho sem v nculo de emprego tradicional Permitir que a contrata o por prazo determinado trabalho tempor rio terceiriza o e outras sejam realizadas de acordo com os novos padr es estabelecidos pelo mercado de traba
269. icas Sociais Acompanhamento e An lise Ipea n 13 edi o especial 2007 90 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 4 6 1 As mudan as na Previd ncia no governo Fernando Henrique Cardoso 1998 1999 Diante desta situa o em 1995 no primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso FHC foi iniciada uma primeira rodada de reformas no sistema previdenci rio que ap s longa tramita o deu origem a Emenda Constitucional No 20 de Dezembro de 1998 EC n 20 98 Esta etapa se completou com a Lei n 9 876 de 26 de Novembro de 1999 que instituiu o fator previdenci rio notional defined accounts no c lculo das aposentadorias procurando dot las de uma l gica atuarial A concep o da reforma iniciada no governo FHC teve uma estrat gia orientada por tr s passos fundamentais Pinheiro 2004 a o primeiro foi o fortalecer o RGPS para que continuasse atuando na forma de reparti o simples adotando medidas que aumentassem a vincula o entre as contribui es e os benef cios e outras procurando expandir a cobertura e o n mero de contribuintes b o segundo seria ajustar o RPPS e aplicar aos futuros servidores p blicos regras semelhantes aos vigentes no RGPS com a institui o de um teto para a aposentadoria e desenvolvimento de esquemas de previd ncia complementar e c desenvolver o sistema privado de previd ncia complementar em regime de capitaliza
270. idade Trata se por m de uma flexibilidade que n o garante nenhuma prote o social a flexibilidade selvagem O que se defende neste livro uma moderniza o da legisla o trabalhista para reduzir este tipo de flexibilidade O que se busca o caminho seguido pela maioria dos pa ses avan ados nos quais a maior parte dos direitos negociada e fixada em contratos e a menor parte os direitos fundamentais s o estabelecidos em lei Pastore 2005a p gina 25 26 Com rela o defesa intransigente que grande parte do movimento sindical faz dos direitos trabalhistas em qualquer reforma trabalhista e sindical ele argumenta que eles devem de fato ser mantidos mas desde que possam por um acordo global ser oferecidos queles que n o tem acesso a esses direitos Um reforma trabalhista mais definitiva entretanto exige uma reforma do artigo 7 da Constitui o N o se trata por m de revogar direitos existentes mas sim de estend los aos trabalhadores que n o os possuem Uma reforma desse tipo tem de ser realizada de forma democr tica gradual e volunt ria A id ia abrir se a possibilidade de negocia o para os que acreditam na negocia o e desejam negociar h que se considerar uma s rie de direitos como inegoci veis por fazerem parte dos direitos fundamentais dos seres humanos como por exemplo a aposentadoria o seguro desemprego a prote o do trabalho do menor a licen a gestante entre ou
271. ido apontado por Chahad 1999 Al m disso existem evid ncias de que parte da demanda pode estar conectada a processos fraudulentos de recebimento do benef cio mesmo com todo o esfor o do MTE em combater as tentativas de burlar o programa d Existem efeitos perversos no pagamento do benef cio devidos exist ncia de um amplo setor informal Parece haver uma inteira o negativa entre o SD e a informalidade no sentido de que o n mero de parcelas 3 a 5 meses tende a funcionar como um suplemento de renda permitindo ao trabalhador mover se com facilidade do mercado formal para o mercado informal Esta tend ncia refor ada pela facilidade em se evadir das leis trabalhistas pelos elevados custos de contrata o e de dispensa de trabalhadores assim como outras facilidades de ingressar no mercado de trabalho informal entre outros e Acumulo de pagamentos de benef cios pelo t rmino da rela o de emprego Por ocasi o do seu desligamento da empresa o trabalhador se beneficia da coexist ncia do FGTS e sua multa com o SD Mesmo com pouco tempo de servi o o montante acumulado no FGTS tende a ser maior que o valor do SD mesmo considerando se todas as parcelas Como o recebimento do benef cio n o se associa a qualquer esfor o de recoloca o n o fica clara a diferencia o entre estas formas indenizat rias Al m disso o trabalhador recebe um aviso pr vio e a soma de todos esses benef cios tende a servir de financi
272. iedade Gest o quadripartite por meio de conselho com empregados trabalhadores e participa o da sociedade empregadores pps det bros atoa osacsoso nana aaa POseNtad S i nor cacto asno Eee tfaba lh doresaposentados govem om Fator previdenci rio N o previsto Sb Mxf onde Lei 9 876 de 26 11 1999 Sb sal rio de benef cio valor da aposentadoria M m dia dos 80 maiores sal rios de contribui o valor da remunera o at o teto do RGPS sobre o qual incide a al quota de contribui o do segurado apurados entre julho de 1994 e o momento da aposentadoria corrigidos monetariamente f fator previdenci rio determi nado pela seguinte f rmula F Texa X 1 ld Tcxa ES 100 Tc tempo de contribui o de cada segurado a al quota de contribui o do segurado 0 31 20 da empre sa mais 11 do segurado Es expectativa de sobrevida do segurado na data da aposenta doria fornecido pelo IBGE consi iderando se a m dia nacional para ambos os sexos Id idade do segurado na data da aposentadoria Fontes Ipea Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise n 13 Edi o Especial 2007 p gina 56 Amaro 2003 p gina 17 Sob a tica das finan as da Previd ncia Social foram adotadas medidas visando elevar as receitas mas em maior escala e com maior repercuss o aquelas destinadas a controlar as despesas especialmente as do RGPS As principais foram i a substitui o do tempo de s
273. iero e outros 2002 p gina 42 diversas avalia es realizadas no per odo 2000 2001 junto aos benefici rios do plano mas sem o rigor cient fico da utiliza o de um grupo de controle apontam para melhorias associadas realiza o dos cursos de treinamento abrangendo diferentes aspectos de sua vida pessoal profissional e familiar Algumas dessas melhorias e ou manifesta o de comportamento ap s o curso s o listadas na tabela 6 4 Dentre elas destacam se a eleva o da auto estima melhor desempenho no trabalho estimulo busca por mais qualifica o profissional manuten o do trabalho e melhoria das rela es pessoais com a fam lia Se n o se pode dizer que os gastos com qualifica o tem sido eficientes tamb m n o se pode descart los diante da experi ncia internacional conhecida Ansileiro e outros 2002 p gina 43 No caso das avalia es utilizando a metodologia de grupo de tratamento vs grupo de controle Barros e Carvalho 2002 investigando in meros estudos de acompanhamento de egressos do sistema de treinamento encontraram que o impacto desses programas sobre a redu o do desemprego apresentou alguma signific ncia mas sobre a eleva o do n vel de renda dos ocupados revelaram se estatisticamente sem signific ncia Chamam a aten o entretanto para o fato de que a falta de impacto sobre a renda dos ocupados n o significa que o programa n o tenha tido qualquer impacto sobre ela U
274. ieron los defensores del garantismo las garant as sociales no deber an ser consideradas como variables del ajuste pues ellos equivaldr a a menoscabar su condici n de par metros ticos y culturales a los que cualquier estrategia econ mica deber a ajustarse lo social no deber a subordinarse a lo econ mico sino al contrario los programas de ajuste deb an respetar los valores sociales y ticos que constituyen los pilares de una sociedad Sob outra tica os defensores da tese da necessidade de leis r gidas argumentam que elas vieram exatamente porque a flexibilidade em sua total plenitude isto com o mercado de trabalho atuando livremente nunca foi capaz de garantir pisos decentes de prote o social aos trabalhadores criando um grande descompasso entre o progresso econ mico e o progresso social No mbito latino americano o Brasil se insere esta a tese da desregulamenta o tem sido recha ada sob o argumento de que surgiu no contexto de pa ses onde o custo do trabalho oriundo do Estado de Bem Estar Social Welfare State era de fato alto enquanto apesar da legisla o de prote o ser ampla na Am rica Latina os custos trabalhistas n o s o t o altos seja por diferen as na legisla o em si entre Europa e Am rica Latina seja porque a realidade do mercado de trabalho latino americano sempre foi de operar com grande flexibilidade ou pela pratica de n o se cumprirem as leis ou porque as leis geram informalidade
275. ies Geneva International Labour Organization VILA M 2007 A Evolu o do Mercado de Trabalho Metropolitano Segundo a Leitura da Nova Metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego no Per odo de Mar o de 2002 a Dezembro de 2006 Boletim Mercado de Trabalho n 32 Ipea Mar o AZEREDO B 1998 Pol ticas P blicas de Emprego A Experi ncia Brasileira S o Paulo Associa o Brasileira de Estudos do Trabalho ABET AZEVEDO F 2006 Modelos de Capitalismo A Singularidade N rdica An lise Econ mica e Pol tica 2006 Informa o Internacional BALTAR P KREIN J D e MORETTO A 2006 O Emprego Formal nos Anos Recentes Carta Social e do Trabalho Tend ncias Recentes do Emprego n 3 Janeiro a Abril Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho CESTT 205 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho BARROS R P e CARVALHO M 2002 Pol ticas Ativas de Emprego e Renda Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Nota T cnica Ipea MTE Novembro BARROS R P CORSEUIL C H e BAHIA M 1999 Labor market regulations and duration of employment in Brazil Texto para discuss o n 676 Rio de Janeiro Ipea Outubro BARROS R P CORSEUIL C H e FOGUEL M N 2001 Os Incentivos Adversos e a Focaliza o dos Programas de Prote o ao Trabalhador no Brasil Texto para discuss o n 784 Ipea Rio de Janeiro Abril BARROS R P FRANCO S e MENDON A R 20
276. ima de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres para pleitear a aposentadoria mantida a redu o de cinco anos para professores de primeiro e segundo graus prevista na Constitui o Federal de 1988 ii car ncia aos novos ingressantes para solicitar a aposentadoria 10 anos de servi o p blico e 5 anos no ltimo cargo p blico iii fim das aposentadorias proporcionais para os novos ingressantes iv para os servidores p blicos na ativa passou a haver uma idade m nima de aposentadoria de 53 anos para homens e 48 anos para mulheres complementada com tempo de servi o adicional em decorr ncia de regras de transi o ped gios e v fim da acumula o de benef cios As mudan as na Previd ncia Complementar tamb m estavam presentes na EC n 20 98 e na legisla o previdenci ria que se seguiu em especial nas leis complementares no 108 e no 109 94 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho promulgadas em 2001 O novo marco regulat rio prev a maior flexibilidade do regime complementar o fortalecimento das regras de capitaliza o a diminui o dos custos operacionais e o aumento da cobertura do sistema Dentre as inova es introduzidas destacam se i o direito a portabilidade transferindo o direito acumulado em um plano para outro plano facilitando a migra o de trabalhadores entre fundos quando do rompimento de seu contrato de trabalho ii plano de benef c
277. indical na Previd ncia Social e at mesmo nas Pol tica P blicas no mercado de trabalho visto que ele um acad mico com s lida forma o em Economia do Trabalho e Rela es de Trabalho Nesse sentido essa tabela desfruta de ampla aceita o no setor empresarial brasileiro e assim deve ser entendida sua utiliza o nesta se o H contudo uma grande controv rsia sobre esta tabela ou mesmo sobre quais itens da legisla o brasileira representam encargos sociais conforme vimos no capitulo 3 O leitor interessado deve ler a bibliografia ali mencionada bem como as refer ncias citadas em Chahad 173 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 7 1 conclus o Tipos de Despesas sobre o sal rio Grupo D Incid ncias cumulativas Incid ncia cumulativa Grupo A Grupo B 13 88 Incid ncia do FGTS s 13 sal rio 0 93 Subtotal D 14 81 TOTAL GERAL 103 46 Fonte Constitui o Federal e CLT Pastore 2005a Diante destes argumentos o setor empresarial brasileiro tem demandado com vigor reformas trabalhistas e sindicais assim como no sistema previdenci rio Diferentemente dos trabalhadores s o contr rios separa o da discuss o das mudan as nas leis trabalhistas e na estrutura da organiza o sindical Dizem que h uma grande perda de efici ncia e perda de energia ao discuti las separadamente e dar preced ncia para a reforma sindical ilus rio ou me
278. integral ou seja todos os problemas de sa de do trabalhador s o cobertos pelo SUS A Constitui o estabelece ainda que Ao Sistema Unico de Sa de compete al m de outras atribui es nos termos da lei II executar as a es de vigil ncia sanit ria e epidemiol gica bem como as de sa de do trabalhador Art 200 Em 1990 a Lei Org nica da Sa de regulamentou os dispositivos constitucionais sobre a sa de do trabalhador como um conjunto de atividades que se destina atrav s das a es de vigil ncia epidemiol gica e vigil ncia sanit ria promo o e prote o da sa de dos trabalhadores assim como Lei Federal 8080 90 artigo 6 par grafo 3 100 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho visa recupera o e reabilita o da sa de dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condi es de trabalho Tais atividades em rela o sa de do trabalhador devem compreender IL a assist ncia ao trabalhador v tima de acidentes de trabalho ou portador de doen a profissional e do trabalho II a participa o no mbito de compet ncia do Sistema nico de Sa de SUS em estudos pesquisas avalia o e controle dos riscos e agravos potenciais sa de existentes no processo de trabalho II a participa o no mbito de compet ncia do Sistema nico de Sa de SUS da normatiza o fiscaliza o
279. ionada a diferentes fatores entre as quais os mais importantes s o papel desempenhado pela Justi a do Trabalho no processo de negocia o entre sindicatos e empresas e entre trabalhadores e empresas a aus ncia de liberdade de organiza o e negocia o sindical o que reduz o poder de negocia o dos trabalhadores e os mecanismos de prote o do trabalhador contra demiss es imotivadas hoje vigentes nossa avalia o que a forma mais efetiva de proteger o trabalhador incentivando as empresas a neles investir Camargo 2004 p gina 340 Assim o diagn stico de Camargo semelhante ao de Pastore ou seja a excessiva legisla o trabalhista promove um contrato de trabalho bastante r gido mas para fugir desta rigidez a informalidade e a rotatividade praticada pelos agentes econ micos tornam o mercado de trabalho bastante flex vel tendo como resultado final desta flexibilidade um reduzido volume de investimentos em capital humano por parte dos trabalhadores e das empresas Nesse sentido a reforma trabalhista e a reforma sindical teriam dois objetivos Portanto o primeiro conjunto de propostas esta associado valoriza o da negocia o coletiva e cria o de condi es para o aparecimento de sindicatos fortes e organizados capazes de ter negocia es cooperativas com as empresas Por outro lado o segundo objetivo seria reduzir a rotatividade da m o de obra o que exige uma reforma nos mecanismos de contrata
280. ios na modalidade de contribui o definida iii beneficio proporcional definido vesting permitindo a um participante desligado de um plano manter suas reservas acumuladas iv os fundos multipatrocinados v os multiplanos vi novas regras visando a governan a dos fundos de pens o como a profissionaliza o da gest o a inser o dos participantes na estrutura de decis o e administra o e vii maior transpar ncia nos sistemas de informa es Uma importante modifica o no sistema de previd ncia complementar foi a permiss o para que entidades sindicais profissionais ou associativas pudessem atuar como instituidoras de planos de contribui o definida para os seus associados Com esta medida a institui o de um fundo de pens o deixa de ser restrita apenas a ocorr ncia de um vinculo empregat cio passando a abranger tamb m a ocorr ncia de um vinculo associativo facilitando a promo o do aumento da cobertura do regime complementar Qual a s ntese conclusiva das reformas da Previd ncia Social empreendidas no governo FHC Observando se as novas regras a resposta que foram alteradas bastante as regras de concess o e os c lculos dos benef cios com alguma modifica o na participa o nas aposentadorias por tempo de contribui o exatamente aquelas que se pretendia mudar mas n o houve uma mudan a percept vel na configura o e nas caracter sticas da Previd ncia Social como estabelecidas na Constitui o br
281. iram uma preocupa o com a flexibilidade num rica da for a de trabalho Houve tamb m altera es em dire o ao aumento da flexibilidade do tempo de trabalho com a cria o do Banco de Horas que permitiu a organiza o da jornada de trabalho em termos anuais de forma a minimizar seus efeitos c clicos ou ent o amplia o da jornada de trabalho no com rcio com o trabalho aos domingos No campo da flexibiliza o da remunera o as mudan as foram muito amplas com o fim da pol tica de indexa o salarial promovida pelo Estado e estimulo a negocia o salarial entre as partes Al m disso novas formas de remunera o do trabalhador com base nos lucros das empresas foram introduzidas tornando a renda mais sens vel ao ciclo econ mico permitindo com isto amortizar as flutua es da demanda sobre o n vel de emprego No campo das negocia es coletivas as mudan as tamb m ocorreram em larga escala e na dire o de estimular novas formas de solu o dos conflitos atrav s da negocia o direta Do ponto de vista dos conflitos coletivos houve medidas legais de estimulo media o e arbitragem privada Do ponto de vista dos direitos individuais foi introduzida a Comiss o de Concilia o Pr via CCP que atribui s partes em conflito trabalhadores e empregadores a possibilidade de resolverem suas pend ncias individuais sem passar pela Justi a do Trabalho Existe muita controv rsia se este conjunto de medidas legais em
282. is correto a se dizer que ambas atuaram sobre os par metros corretos no sentido de conduzir os respectivos regimes previdenci rios em dire o ao seu equil brio atuarial mas ainda h muito que se fazer Isto porque ambas as reformas apesar de amplamente negociada em termos pol ticos se revelaram muito aqu m sob a tica das finan as p blicas face aos enormes desequil brios entre receitas e despesas tanto do RGPS e do RPPS Consegiientemente quando se observa a tabela 4 10 verifica se a persist ncia de desequil brios e valores altos como propor o do PIB de d ficit em ambos os regimes previdenci rios ap s um significativo esfor o governamental bem como da sociedade para tentar reverter esta situa o Esta rigidez deve se em grande parte aos problemas que permaneceram n o resolvidos nas mudan as da Previd ncia Social ocorrida nas reformas de FHC e Lula Os mais importantes a serem atacados tendo em vista evitar a continuidade do desequil brio das contas previdenci rias s o a aus ncia de idade m nima para se aposentar no RGPS este caracter stica talvez a mais grave distor o do sistema previdenci rio brasileiro e faz com que o trabalhador brasileiro se aposente muito precocemente para padr es internacionais conforme mostra a tabela 4 11 abaixo Parte desta distor o tem sido corrigida com a introdu o do fator previdenci rio mas isto n o evita que os indiv duos continuem se aposentando ant
283. it explosivo do RGPS Infelizmente neste campo sobram declara es frases de efeito e fetiches ideol gicos e escasseiam estudos fundamentados Delgado 2006a p gina 21 187 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A reforma que ele prop e para melhorar a estrat gia de inclus o dos trabalhadores desprotegidos no mercado de trabalho pois a agenda de reformas que t m sido discutidas nos diversos F runs que tratam do tema possui car ter destrutivo do sistema de direitos trabalhistas e sociais b sicos implantado ap s a Constitui o Federal de 1988 Al m disso os defensores desse tipo de reforma conferem menos aten o ao grave problema da gest o financeira e administrativa inadequada do modelo brasileiro de Previd ncia Social 7 7 Os Atores Sociais e os esfor os para se implantar um Servi o P blico de Emprego no Brasil Esta se o tenta suprir uma car ncia no posicionamento dos atores sociais brasileiros com respeito a pouca tradi o com rela o s demandas por pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho As iniciativas relatadas nos cap tulos anteriores sempre couberam ao governo federal com uma participa o diminuta e quando existente bastante passiva dos trabalhadores e empres rios As ocasi es onde os atores sociais mais interagiram nesta rea ainda que n o tenha ficado registrado na documenta o dispon vel foram nas tentativas de se a
284. iva da contribui o sindical compuls ria Auto gest o tripartite do sistema sindical Aceitam a representa o sindical no local de trabalho desde que ocorra por meio da negocia o coletiva Extin o do poder normativo da Justi a do Trabalho Aceita sua inclus o na reforma desde que regulada por lei Empregadores se preocupam com a possibilidade de terem que honrar compromissos e cl usulas negociadas em n vel nacional e que n o se aplicam a uma realidade regional local ou setorial espec fica Fonte Elabora o do autor com base em Godoy 2005 Pastore 2005a e MTE 2005c 175 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 7 4 O governo federal e as reformas trabalhista e sindical Durante sua campanha eleitoral o Presidente Lula um sindicalista hist rico prometeu realizar uma reforma trabalhista Como Presidente eleito deu mostras de que esta tarefa seria levada adiante com a instala o do F rum Nacional do Trabalho conforme j mencionado anteriormente Ele teria por objetivo Promover a descentraliza o das rela es de trabalho por meio da ado o de um modelo de organiza o sindical baseado em liberdade e autonomia Atualizar a legisla o do trabalho e torn la mais compat vel com as novas exig ncias do desenvolvimento nacional i Ei a H 86 de maneira a criar um ambiente propicio gera o de emprego e renda Faz parte ainda
285. ividade Para isso sup e se que cada uma dessas vari veis num determinado per odo de tempo possui um valor natural aceit vel ou desej vel Ramos 2007 que originalmente desenvolveu esta id ia identifica estes valores para o caso brasileiro como sendo 8 5 para a taxa de desemprego e 58 0 para a taxa de participa o Tomando se o per odo 1991 2006 como refer ncia a combina o dos pares das taxas de desemprego e taxa de participa o resulta na figura 2 3 onde se definem os seguintes quadrantes a No quadrante I se observa uma situa o de desconforto no mercado de trabalho n o h press o de oferta uma vez que a taxa de participa o esta abaixo da taxa natural mas a gera o de emprego esta muita aqu m da desejada mostrando um fraco desempenho do mercado de trabalho b No quadrante IV revela se uma situa o confort vel para o mercado de trabalho pois a taxa de desemprego esta abaixo daquela considerada natural mesmo com a press o da oferta de trabalho uma vez que a taxa de participa o esta acima daquela que seria a 31 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho desej vel Ainda assim o mercado de trabalho refletido na taxa de desemprego mostra um bom desempenho criando empregos em n mero suficiente para suportar a press o da oferta c Nos quadrantes II e III o diagn stico do que esta ocorrendo n o muito preciso com o mercado tendo uma perf
286. izonte 68 0 em Porto Alegre 74 0 em Salvador e 65 0 em Recife declararam ter recebido seu FGTS tendo sido despedido sem justa causa Ademais no que diz respeito ao perfil daqueles que recebem o FGTS as evid ncias emp ricas obtidas pelos estudos listados nas refer ncias bibliogr ficas indicam que a vasta maioria dos benefici rios n o vive em fam lias consideradas pobres Ainda com rela o aos incentivos adversos s distor es s falhas e ao comportamento n o desejado desses programas outros aspectos podem ser mencionados No caso do FGTS de amplo dom nio o fato de que se trata de uma indeniza o indutora da rotatividade da m o de obra seja pela tica das empresas ou do pr prio trabalhador Os efeitos negativos disto s o not rios indo desde o rebaixamento do custo salarial at a grande falta de incentivo que provoca nos trabalhadores e nas empresas com rela o aos investimentos na forma o de capital humano Finalmente sabe se que a multa decorrente do FGTS mesmo depois da eleva o determinada pela Constitui o Federal de 1988 pode ter contribu do para tornar a empresa mais cautelosa nas dispensas mas tamb m tornou a mais parcimoniosa em sua pol tica de admiss es Assim ao tornar mais estreita a porta de sa da para o trabalhador houve uma diminui o no espa o da porta de entrada para ele ingressar na empresa 5 4 Os principais argumentos sobre os incentivos adversos e as dist
287. j na pr pria Constitui o de 1937 havia a institui o no artigo 139 da Justi a do Trabalho para dirimir os conflitos oriundos das rela es entre empregadores e empregados reguladas na legisla o social Embora fosse assim redigida a verdade que o prop sito claro era fortalecer a id ia de integra o entre os grupos sociais antag nicos Na segii ncia o Decreto lei 1 237 de 1 5 1939 constitui a Justi a do Trabalho a qual foi instalada oficialmente em 1 4 1941 Com o crescimento acelerado e desordenado das leis trabalhistas fruto da pr pria inser o crescente do pa s na economia internacional especialmente em termos do processo de industrializa o que j se vislumbrava como inevit vel o Governo revolveu ent o reunir todos os textos num nico diploma legal evitando que cada profiss o tivesse uma norma especifica ou que outras ficassem fora da prote o legal ou que a determinado diploma se cumprisse em sua plenitude em decorr ncia da excessiva fragmenta o da legisla o vigente Surgiu da a Consolida o das Leis do Trabalho CLT at hoje o marco regulat rio do funcionamento do mercado de trabalho brasileiro Apesar de sua ineg vel import ncia hist rica a dimens o da CLT fornece por si s uma refer ncia fundamental do qu o regulamentado o mercado de trabalho e as rela es de emprego no Brasil s o 922 artigos divididos em onze t tulos Introdu o Normas gerais da tutela do trab
288. l TABELA 3 1 BRASIL EVOLU O DO EMPREGO FORMAL SEGUNDO O TIPO DE CONTRATO DE TRABALHO 2000 2005 Anos Tipo de contrato 2000 2001 2002 2003 2004 2005 CLT 20 436 801 20 861 899 21 953 360 22 596 269 24 269 801 25 655 005 Estatut rio setor p blico 5 437 175 5918 286 6 362 499 6 564 016 6712002 7 068 966 Trabalhador avulso 121 583 113 398 114 092 115731 87391 112 348 Trabalhador tempor rio 199 071 157 899 183 737 186713 217 482 209 468 Outros aprendiz tempo indeterminado 33 999 138 132 70225 82 198 120 900 192 830 Total 26 228 629 27 189 614 28 683 913 29 544 927 31407576 33 238 617 Fonte Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS MTE As principais caracter sticas do contrato de trabalho padr o previsto na CLT que regula as rela es entre empregado e empregador s o as seguintes Natureza do contrato de trabalho o in cio do contrato de trabalho define a situa o onde o trabalhador admitido pela empresas Este contrato bilateral podendo ser verbal ou escrito artigo 443 da CLT oneroso devendo o trabalhador receber um sal rio pelo servi o prestado existindo ainda um v nculo de depend ncia entre o trabalhador e o empregador com o poder de dire o conferido a este A dura o do contrato pode ser por prazo determinado ou indeterminado mas na pr tica trabalhista 52 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho brasi
289. l e novas habilidades ao trabalhador e destinadas a amplos segmentos da for a de trabalho relativamente recente no Brasil surgindo com mais fregii ncia no in cio dos anos 1990 O quadro 6 1 sumaria os principais programas federais de gera o de emprego trabalho e renda que se constituem nas pol ticas ativas institucionalmente vigentes no pa s QUADRO 6 1 BRASIL PRINCIPAIS PROGRAMAS FEDERAIS DE EMPREGO TRABALHO E RENDA POL TICAS ATIVAS 2007 Nome Ano do in cio rea de atua o Descri o das atividades Agentes executores Esferas de participa o social Sistema Nacional de Emprego SINE 1975 Plano Nacional de Qualifica o Profissional 1995 e Plano Nacional de Qualifica o PNQ 2003 Programas de Gera o de Emprego e Renda PROGER 1995 Intermedia o da m o de obra Forma o e Qualifica o Profissional Gera o de Emprego e Renda e Trabalho Capacita o de vagas nas empresas e encaminhamento de trabalhadores em busca de emprego Oferta de cursos de qualifica o Professional para trabalhadores desempregados ou em risco de desemprego e para micro e pequenos empreendedores Concess o de cr dito produtivo e apoio t cnico s micro e pequenas empresas cooperativas e trabalhadores aut nomos por meio da rede de bancos oficiais Estados Munic pios Centrais Sindicais Estados Munic pios Centrais Sindicais Sistema S ONGs
290. la 2 3 Uma delas a forte redu o na ocupa o agr cola ainda muito alta para padr es de uma sociedade de grande industrializa o como a brasileira Outro resultado de destaque a queda na ocupa o dos prestadores de servi os o que foi compensado com o crescimento do com rcio Temos ainda a registrar a relativa estabilidade da ocupa o na administra o p blica indicando que o Estado tem se expandido moderadamente em seus gastos com pessoal e mais com outros tipos de despesas e transfer ncias diversas ao setor privado 37 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 2 3 BRASIL DISTRIBUI O DA POPULA O OCUPADA SEGUNDO RAMOS DE ATIVIDADE 1992 E 2006 Porcentagem Ramos de atividade Distribui o da popula o ocupada 1992 2006 Total absoluto 65 152 614 89 318 095 Total relativo 100 0 100 0 Agr cola 28 3 19 3 Ind stria de transforma o 12 8 14 0 Ind stria de constru o 6 2 6 5 Outras atividades industriais 1 4 0 8 Com rcio de mercadorias 12 1 17 6 Presta o de servi os 17 7 11 8 Servi os auxiliares de atividades econ micas 2 9 3 8 Transporte e comunica o 3 5 4 5 Social 8 4 9 0 Administra o p blica 4 6 5 0 Outras atividades 2 2 7 5 Fonte Pnad IBGE Ainda com rela o ocupa o a tabela 2 4 revela as mudan as na estrutura do emprego formal segundo os ramos da atividade econ mica Clarament
291. lacional e socioecon mica completamente diferentes e que certamente tem impactos diferenciados no 191 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho funcionamento do mercado de trabalho O Brasil um pa s muito populoso mas com baixa densidade demogr fica ao contr rio da Dinamarca um pa s pequeno mas densamente povoado e com uma expectativa de vida ao nascer maior que a brasileira J no Brasil a natalidade que impulsiona o crescimento demogr fico As implica es dessas press es demogr ficas diferentes refletem se no papel que os sistemas de Previd ncia Social Welfare State devem desempenhar no bem estar da popula o e assim no modelo Flexicurity A qualidade de vida outro diferencial muito significativo Grande parte da for a de trabalho brasileira ainda pouco educada ou mesmo n o sabe nem ler e nem escrever analfabeta trazendo grande responsabilidade ao sistema de treinamento profissional lifelong learning system A esperan a de vida esta aumentando mas ainda baixa em rela o Dinamarca e as condi es de acesso aos servi os de higiene e sa de no Brasil ainda est o muito longe dos alcan ados na Dinamarca Nota se que estamos falando em termos de valores m dios havendo situa es onde o desequil brio regional t o grande que mal podemos falar em mercado de trabalho mesmo informal e o sistema de Previd ncia Social acaba sendo o sustent cul
292. lano bastante ousado em seus objetivos e no tamanho Outra altera o imposta pelo novo plano foi o aumento da carga hor ria dos cursos ministrados conforme mostra o gr fico 6 4 visando a profissionaliza o e a qualifica o dos desempregados sob o argumento de que somente a oferta de treinamento t cnico n o basta e que seria preciso aumentar o conte do de conhecimento dos treinandos face s car ncias existentes GR FICO 6 4 BRASIL TRABALHADORES TREINADOS E CARGA HOR RIA M DIA DE TREINAMENTO PLANFOR E PNQ MTE 1996 2006 40 7 7 250 3 6 3 5 200 3 0 2 5 150 2 0 1 54 100 1 0 50 0 5 0 0 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 s Treinandos milh es e Carga hor ria horas Fonte Elabora o do autor com base em Paiva 2006 p gina 33 133 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 6 3 1 Avalia o do treinamento vocacional PLANFOR Muitas avalia es t m sido produzidas desde que as pol ticas voltadas para o treinamento e reciclagem da for a de trabalho ganharam for a a partir de 1995 O crescente interesse pelas avalia es do PLANFOR at 2002 deve se tanto ao significativo volume de recursos a ele destinado bem como devido s cr ticas que foram se avolumando sobre in meros aspectos referentes sua implementa o e execu o financeira De acordo com Ansil
293. leira prevalece o prazo indeterminado e o trabalhador demiss vel ad nutum de acordo com a vontade do empregador A prova de que existe um contrato de trabalho entre as partes feita pelas anota es constantes da carteira de trabalho e previd ncia social artigo 456 da CLT Jornada de trabalho a dura o do tempo trabalhado n o poder exceder oito horas di rias e no m ximo quarenta e quatro horas na semana artigo 7 CF 88 Se a jornada for ininterrupta a dura o de no m ximo seis horas O artigo 59 da CLT permite que as partes fa am um pacto para a prorroga o da dura o normal da jornada de trabalho no forma de horas extras ou horas suplementares O acerto sobre as horas extras deve ser escrito ou ent o fazer parte de acordo ou conven o coletiva do sindicato do trabalhador O limite das horas extras de duas horas totalizando um m ximo de dez horas de trabalho para uma jornada total de trabalho por dia Nesse caso o adicional de ganho da hora extra de 50 0 com rela o hora normal Remunera o e sal rios os direitos trabalhistas individuais com rela o aos sal rios regulamentados pela legisla o brasileira podem sumariamente ser agrupados em quatro categorias a complementos salariais determinando que toda presta o de servi os deva ser remunerada com sal rio havendo compensa es contudo decorrente de maior esfor o produtivo trabalho mais esgotante gratifica o por m rito
294. lemento representado por um amplo conjunto de pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho PAMT com destaque para os programas de treinamento vocacional FIGURA 1 1 MODELO DINAMARQU S DE MERCADO DE TRABALHO FLEXICURITY Eixo principal do Modelo Flexicurity Eae esa 5 es Efeitos das pol ticas ba qualifica o treinamento e trancamento ji p s programa Mercado de Trabalho Flex vel Aprendizado de Longo Prazo S lido Sistema de Welfare State Pol ticas Ativas no Mercado de Trabalho Programa Generoso de Seguro Desemprego E dl Efeito Motiva o da Ativa o Fonte Elabora o do autor com base em Madsen 2006 a e b e Andersen e Svarer 2006 15 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cada parte deste modelo tem sua fun o bem definida na busca da efici ncia e efic cia do mercado de trabalho bem como na promo o do bem estar do trabalhador e na competitividade das empresas A flexibilidade nas regras de dispensa do trabalhador assegura s empresas dinamarquesas ajustar rapidamente sua for a de trabalho de acordo com as flutua es da atividade econ mica sem movimentos dram ticos nos custos de produ o A generosidade do sistema de Welfare visa dar trangiilidade ao trabalhador decorrente do aumento do risco do desemprego e da inseguran a de renda que decorre da eleva
295. lho Para garantir o sucesso da reforma trabalhista preciso que a mesma n o seja separada da reforma sindical e que ambas fa am parte da agenda de reformas do Estado brasileiro preciso uma estra t gia de informa o bem como n o deixar a condu o da reforma somente na m o dos inclu dos Fonte Elabora o do autor com base em Pastore 2005a Saisse 2005 Godoy 2005 Fecom rcio 2006 e CNI 2004 Com rela o ao financiamento as organiza es sindicais s o pela extin o gradual da contribui o sindical compuls ria e no que diz respeito solu o dos conflitos n o admitem que a Justi a do Trabalho continue a exercer seu poder normativo gerando senten as em suas decis es que resolva conflitos de interesse entre as parte litigantes QUADRO 7 4 A POSI O DOS EMPREGADORES COM RELA O REFORMA SINDICAL T PICOS SELECIONADOS T pico Tema Posi o defendida 1 Organiza o sindical 2 Estrutura sindical 3 Financiamento do sindicato 4 Gest o da estrutura sindical 5 Representa o sindical 6 Solu o dos conflitos 7 Substitui o processual 8 Contrato coletivo nacional Modelo deve contemplar maior representatividade dos sindicatos para possibilitar um sistema de negocia es coletivas mais eficaz Deve acabar o Sistema de Unicidade Sindical monop lio sindical dando lugar a um modelo onde ocorra plurali dade sindical controlada Elimina o progress
296. lho al m de benef cios como o aux lio doen a concedido ao segurado impedido de trabalhar por doen a ou acidente por mais de 15 dias consecutivos desde que contribua para a Previd ncia Social por no m nimo 12 meses desempregados exatamente aqueles com maior dificuldade de compensar de alguma forma sua perda de renda decorrente do desemprego Para maiores detalhes ver entre outros Chahad 1987 e Chahad e Fernandes 2002 121 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho O desempregado pode receber benef cios da previd ncia como o aux lio doen a contanto que tenha contribu do no m nimo esses 12 meses para Previd ncia Social e apresente determinados documentos como o n mero de identifica o do trabalhador NIT PIS PASEP atestado M dico exames de laborat rio atestado de interna o hospitalar atestados de tratamento ambulatorial dentre outros que comprovem o tratamento m dico o documento de identifica o carteira de identidade e ou carteira de trabalho e previd ncia social e cadastro de pessoa f sica 122 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 6 As pol ticas ativas no mercado de trabalho brasileiro A hist ria das pol ticas ativas no mercado de trabalho PAMT que em seu sentido tradicional de voltar se para o atendimento dos trabalhadores desempregados e prover treinamento vocaciona
297. lho n 124 Outubro Dezembro S o Paulo CONFEDERA O NACIONAL DA IND STRIA CNI 2004 Uma agenda pr crescimento para 2004 Bras lia 13 de Abril CONSELHO NACIONAL DE SECRET RIOS DA SA DE CONASS 2006 SUS avan os e desafios Bras lia CORDEIRO W M 2002 A Regulamenta o das Rela es de Trabalho Individuais e Coletivas no mbito do Mercosul Editora LTR S o Paulo CORSEUIL C H e RAMOS L 2007 Brazilian Labor Market Performance 1995 2005 Anais do X Encontro Nacional da Associa o Brasileira de Estudos do Trabalho ABET Salvador Bahia Novembro 2007 CORSEUIL C H e SERVO L M S 2002 Sal rio m nimo e bem estar social no Brasil uma resenha da literatura Texto para discuss o n 880 Ipea Rio de Janeiro Maio COSTANZI R N 2005 Proposta de Reestrutura o dos Programas de Gera o de Emprego e Renda com Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT Texto para Discuss o Bras lia COSTANZI R N e RIBEIRO H V M 2007 Evolu o do emprego formal na ind stria de transforma o no Brasil 1985 2004 impacto das importa es na ocupa o na d cada de 90 in Anais do X Encontro Anual da ABET Salvador Novembro CUNNINGHAM W 2000 Unemployment Insurence in Brazil Duration Wages and Sectoral Choice Paper prepared for the Regional Study on Economic Insecurity Office of the Chief Economist LACR Washington DC The World Bank CUT 2005 Projetos e Temas da CUT para o Di l
298. lidades de implementa o de pol ticas buscando flexibilidade e seguran a simultaneamente quanto para identificar rela es estilizadas entre flexibilidade e seguran a em diferentes tipos de mercado de trabalho entre pa ses Assim cada pa s tem suas pr prias formas e seus interesses em combinar flexibilidade e seguran a B lgica e Alemanha colocam mais nfase na flexibilidade do tempo de trabalho e na flexibilidade funcional no mercado interno de trabalho enquanto a Dinamarca e a Holanda t m forte prefer ncia pela flexibilidade num rica no mercado externo de trabalho TABELA 1 2 COMBINA ES ENTRE FLEXIBILIDADE E SEGURAN A Tipos de Tipos de Seguran a Flexibilidade Seguran a no Seguran a no Seguran a de Seguran a Trabalho Emprego Renda Combinada Flexibilidade 1 5 9 13 Num rica Flexibilidade do 2 6 10 14 Tempo de Trabalho Flexibilidade 3 7 11 15 Funcional Flexibilidade Salarial 4 8 12 16 Fonte Elabora o do autor com base em Bredgarard Larsen e Madsen 2005 Wilthagen e Tros 2004 Gehrmann 2007 e Atkinson e Meager 1986 A quest o crucial contudo que em alguns pa ses imposs vel encontrar uma localiza o clara dentro da matriz descrita na referida tabela pois n o existe uma sincronia desejada entre seguran a no emprego e flexibilidade no mercado de trabalho Um exemplo parece ser a Espanha onde o mercado de trabalho fragmentado em duas partes um inseguro flex vel e
299. limitado tamb m pela falta de capilaridade na rede de institui es que oferecem cr dito ao micro e ao pequeno empres rio A exist ncia de barreiras entrada aos bancos do setor privado na rede de distribui o de cr dito tem limitado bastante a capilaridade do sistema e consegiientemente o acesso dos agentes que dele precisam Neste sentido o Programa Nacional de Microcr dito Orientado e o programa de Economia Solid ria desde que n o degenerem para puro assistencialismo sem qualquer cobran a dos sobre os recursos emprestados podem servir de op es v lidas a essas dificuldades O segundo aspecto negativo se refere ao fato de que n o se pode exercer uma pol tica de microcr dito praticando se a taxa de juros de mercado pois os tomadores potenciais n o possuem empreendimentos capazes de ter uma rentabilidade suficiente alta para arcar com os custos de juros excessivamente altos Somente juros subsidiados permitem um acesso maior do micro e do pequeno empres rio ao cr dito dispon vel Um terceiro aspecto diz respeito ao tipo de linha de cr dito que deve ser privilegiada ou seja at que ponto a abertura de linhas de cr dito para capital de giro e consumo pode ou n o contribuir para que se atinjam os objetivos de cria o de emprego e renda e promovam mais inclus o social O financiamento do investimento tradicional tende a ter um impacto maior e mais duradouro sobre o emprego mas numa conjuntura econ mica em retra
300. litos no Brasil A liberdade de associa o ainda que existisse na d cada de 1980 ainda n o podia ser desfrutada em sua plenitude uma vez que o Pa s estava rec m sa do de um ciclo de ditadura e repress o militar O ambiente democr tico ainda estava se restabelecendo havendo demandas que dificultavam a transpar ncia e a legitimidade das a es dos agentes eventualmente envolvidos nas a es Era dif cil o engajamento desprendido de todas as partes do Di logo Social especialmente porque o resgate da chamada Divida Social era visto como necess rio inevit vel e imediato Ceder era dif cil inclusive porque o esp rito da retalia o ainda imperava A agenda de negocia es n o tinha pontos comuns e existiam poucos itens de converg ncias Por fim pouco se vislumbrava sobre como sustentar e colocar em pr tica os resultados que fossem obtidos Assim ainda que houvesse um anseio geral pela realiza o de um Pacto Social ao final dos anos 1980 visando por fim ao processo hiperinflacion rio os determinantes do fracasso eram mais fortes que as condi es necess rias para o Di logo Social construtivo Al m disso contribu am para agravar este quadro a aus ncia de interlocutores confi veis entre as partes e principalmente a aus ncia de F runs adequados onde estas negocia es pudessem canalizar e processar os interesses conflitantes Na d cada de 1990 parece ter se iniciado uma tradi o no campo das negocia es coletiv
301. liza o dos planos de sa de mais freqiiente nos estratos populacionais de maior renda Por m as condi es favor veis criadas pelo Plano Real permitiu a cria o de planos individuais de segunda e terceira linhas para a popula o de renda mais baixa como estrat gias de competi o Al m disso os planos de sa de contratados por empresas como benef cios para seus funcion rios colocam o trabalhador das classes inferiores como usu rio tamb m desse sistema de sa de suplementar Portaria GM MS n 2 437 de 7 de dezembro de 2005 103 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 5 O sistema de prote o social aos desempregados brasileiros o seguro desemprego e o fundo de garantia do tempo de servi o O Brasil disp e de dois instrumentos principais de assist ncia ao desemprego involunt rio o seguro desemprego SD e o fundo de garantia do tempo de servi o FGTS O pagamento de benef cios do SD aos desempregados pode ser considerado a nica pol tica passiva nos moldes internacionalmente conhecidos em vigor no mercado de trabalho brasileiro Embora j se esbocem programas de aposentadoria compuls ria bem como a es educacionais voltadas para a posterga o da entrada dos jovens na for a de trabalho tanto sua abrang ncia quanto a inexist ncia de estat sticas dessas a es impedem a inclus o das mesmas no rol das pol ticas passivas O FGTS
302. lizados Por fim agradece estagi ria Roberta Possamai pelo paciente trabalho de tabula o de dados elabora o de quadros gr ficos e tabelas e Felisbela Rossetti pelo competente trabalho de secret ria e formata o do texto final Todos est o evidentemente isentos de problemas e erros existentes no relat rio As opini es expressadas neste documento que n o foi sujeito a revis o editorial s o da exclusiva responsabilidade do autor e podem n o coincidir con as da Organiza o Publica o das Na es Unidas LC N 246 Copyright O Na es Unidas marzo do 2009 Todos os direitos reservados Impresso nas Na es Unidas Santiago Chile A autoriza o para reproduzir total ou parcialmente esta obra debe ser solicitada ao Secret rio da Junta de Publica es Sede das Na es Unidas Nova lorque N Y 10017 Estados Unidos Os Estados membros e as suas institui es governamentais podem reproduzir esta obra sem autoriza o pr via S se solicita que mencionem a fonte e informem as Na es Unidas de tal reprodu o CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Indice mi ctoU NAAI aE ETE RO DOR POUPOU NEED DEE ER VER DUE E O DORES RENDA DE EN 7 IntrOdU O ss tgussesosiata te sinssoso ineo R EE R E R E iauuiadobindo sata 9 Cap tulo 1 O Modelo Dinamarqu s Flexicurity no mercado de trabalho 11 Ti MOATO DURROSNNS NERD tE SOR OR RR RR SRA DE RD EAGT R
303. lo governo federal que se revelou til sobre a perspectiva de amplia o da rede mas inconveniente sob a tica de um benef cio que requer outras a es de emprego um servi o que n o existe em ag ncias banc rias No caso da diversifica o do p blico alvo foram incorporados segmentos de trabalhadores em setores onde o desemprego involunt rio n o encontra maior amparo conceitual como por exemplo pescadores artesanais trabalhador resgatado do trabalho escravo e desempregado de atividades sazonais N o se questionando a necessidade de atender as dificuldades dessas categorias seria correto que isto fosse atendido com outros recursos que n o os do programa de SD visto que n o s o categorias tradicionalmente contempladas quando se observa a experi ncia internacional recente pois n o representam situa es t picas de desemprego involunt rio strictu sensu Finalmente com respeito quela meta mais importante referente a necessidade de integra o do pagamento do beneficio com as PAMT deve se observar que apesar dos esfor os oficiais n o se alcan ou bons resultados Concretamente esta busca se resumiu expans o do atendimento atrav s do SINE que oferece a es de emprego na forma de qualifica o profissional intermedia o da m o de obra e oferta de micro cr dito Entretanto a precariedade do funcionamento desse sistema deixou pouca margem para uma real articula o entre pol ticas ativas e passivas no mer
304. los embora numa dire o ainda mais intervencionista A quest o sindical foi bastante contemplada em duas Constitui es promulgadas em 1934 e em 1937 Esta ltima tinha cunho corporativista tendo se inspirado em seu componente pol tico na Constitui o polonesa e na esfera econ mico social orientou se na Carta del lavoro da It lia de 1927 de cunho eminentemente fascista Moraes Filho e Flores de Moraes 2003 p gina 100 Pelos princ pios estabelecidos Constitucionalmente os sindicatos deveriam permanecer sobre o controle do Estado pois exerciam fun es originariamente de compet ncia deste ou seja os sindicatos deviam ser entendidos como parcela do pr prio Estado e n o entidades privadas representativas dos trabalhadores com autonomia pr pria para organiza o e promo o de suas a es Para perpetu los e sustent los criou se o regime de sindicato nico sustentado por um imposto sindical Visando facilitar o controle do Estado os sindicatos eram bilaterais empregados e empregadores integrados verticalmente na forma de corpora es que eram nada mais do que c lulas controladas pelo Estado A id ia difundida era para se harmonizar ou mesmo eliminar a luta de classes com o Estado exercendo o controle do movimento trabalhista mas consolidou se como um modelo na famosa express o do corporativismo italiano Tudo dentro do Estado nada fora do Estado nada contra o Estado Visando consolidar este modelo
305. m rica Latina Enrique de la Garza Toledo organizador Colecci n Grupos de Trabajo de CLACSO Buenos Aires POCHMANN M 1999 O Trabalho sob Fogo Cruzado S o Paulo Editora Contexto PRESID NCIA DA REP BLICA DO BRASIL 2006 Programa Pr Equidade de G nero Oportunidades iguais Respeito s diferen as 2 edi o Secretaria Especial de Pol ticas para Mulheres Bras lia PRESID NCIA DA REP BLICA DO BRASIL 2006 Programa Pr Equidade de G nero Oportunidades iguais Respeito s diferen as Relat rio Sint tico da 1 Edi o 2005 2006 Secretaria Especial de Pol ticas para Mulheres Bras lia Dezembro PRESID NCIA DA REP BLICA DO BRASIL 2006 Plano Nacional de Pol ticas para as Mulheres Relat rio de Implementa o 2005 Secretaria Especial de Pol ticas para as Mulheres Bras lia PRESID NCIA DA REP BLICA DO BRASIL 2003 Estatuto do Idoso Secretaria Especial dos Direitos Humanos Bras lia QUEIROZ A A 2007 Projeto de Lei do Governo Reconhece Centrais Sindicais Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar Setembro RAMOS D A 2006 Pol ticas P blicas Ativas de Emprego estudo de caso do Plano Nacional de Qualifica o Profissional PLANFOR Departamento de Ci ncias Pol ticas Faculdade de Filosofia e Ci ncias Humanas da UFMG Belo Horizonte 211 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho RAMOS L 2007 O Desempenho
306. m ter o a mais do que o sal rio normal XVIII Licen a gestante sem preju zo do emprego e do sal rio com dura o de cento e vinte dias XIX Licen a paternidade nos termos fixados em lei XX Prote o do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos espec ficos nos termos da lei XXI Aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o sendo no m nimo de trinta dias nos termos da lei XXII Redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a XXIII Adicional de remunera o para atividades penosas insalubres e perigosas na forma da lei XXIV Aposentadoria XXV Assist ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o vencimento at seis anos em creches e pr escolas XXVI Reconhecimento das conven es e acordos coletivos de trabalho XXVII Prote o em face da automa o na forma da lei XXVII Seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa XXIX A o quanto aos cr ditos resultantes das rela es de trabalho com prazo prescricional de cinco anos para trabalhadores urbanos e rurais at o limite de doias naos ap s a extin o do contrato de trabalho XXX Proibi o da diferen a de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rios de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil XXXI Proibi o de qualquer discrimina o no tocante a sal rio e
307. m termos das necessidades do momento seja numa perspectiva de futuro Al m disso n o houve apesar dos esfor os oficiais e mesmo das Confedera es Patronais uma estreita colabora o com o SINE de forma a integrar concretamente essas duas a es program ticas como se fossem pol ticas ativas em a o De qualquer forma mesmo com inefici ncia o SINE teve algum sucesso em parte por ter sido criado onde ainda n o havia um programa de SD bem como pelo fato de n o ter se integrado complemente ao sistema de forma o profissional at ent o existente O ponto de inflex o favor vel ao financiamento e implementa o das pol ticas ativas no Brasil ocorreu no in cio da d cada de 1990 quando o Congresso Nacional dedicou se a regulamentar os preceitos da Constitui o de 1988 relativos ao SD que seriam definitivamente incorporados ao ordenamento jur dico econ mico e social do Pa s Quando o SD foi implantado em 1986 juntamente com o Plano Cruzado embora houvesse propostas para financi lo desde a reativa o do antigo Fundo de Amparo ao Desemprego FAD Lei 4 923 65 at utiliza o dos recursos do FGTS para pagamento dos benef cios n o se previu nenhuma estrutura espec fica para custear as despesas do SD ficando sob a responsabilidade do or amento do governo federal a cobertura dessas despesas at a posterior defini o da fonte de custeio A solu o veio somente com a promulga o da Constitui o Fede
308. ma vez que o aumento na propor o dos ocupados implica que trabalhadores originalmente sem qualquer renda do trabalho passem a ter alguma renda existe um impacto do programa sobre ela Barros e Carvalho 2002 p gina 67 TABELA 6 4 BRASIL PLANFOR 2000 2001 ACOMPANHAMENTO DOS EGRESSOS Porcentagem de respostas m ltiplas m dia 2000 2001 Secretarias do Parcerias Indicadores 2000 2001 2000 2001 Eleva o da auto estima 54 45 Eleva o de renda ocupados 20 23 Est mulo a buscar mais qualifica o 40 53 Est mulo maior participa o integra o na comunidade 33 35 Mais informa o sobre o mercado de trabalho 32 37 Manuten o do trabalho melhoria de condi es ocupados 49 55 Melhor desempenho no trabalho 43 66 Melhoria nas rela es pessoais familiares 34 56 Obten o de trabalho renda desocupados 22 19 Fonte MTE SPPE Avalia o do Planfor 2000 e 2001 Elabora o do autor com base em Ansiliero e outros 2002 Percentual m dio de egressos que mencionam cada benef cio sobre amostras pesquisadas 57 No caso dos rendimentos afirmam que o treinamento elevou a renda do trabalhador que o recebeu em cerca de R 10 adicionais relativamente ao grupo de controle Como o custo m dio de treinamento foi R 170 indicando que para o curso ter um beneficio liquido positivo sua dura o deveria ser de pelo menos 17 meses Contudo a informa o da dura o do curso n o estava dispon
309. mas no acesso infra estrutura baixa qualidade no atendimento precariedade dos recursos humanos inefici ncia nos servi os incompet ncia administrativa e excessiva burocracia De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra domiciliar PNAD 2003 foram verificadas as seguintes dificuldades encontradas pelos usu rios do SUS n o conseguiram vaga ou senha n o havia m dico atendendo n o havia servi o ou profissional especializado o servi o ou equipamento n o estava funcionando n o podiam pagar esperaram muito e desistiram Outra constata o no caso brasileiro que ocorre uma mobilidade unilateral da demanda em rela o aos sistemas de sa de pois os benefici rios do sistema de sa de suplementar utilizam com fregii ncia os servi os de maior densidade tecnol gica do SUS mas os que n o est o cobertos pelos planos de sa de n o podem utilizar seus servi os privados As raz es pelas quais os usu rios de planos privados buscam estes procedimentos no SUS est o nos altos custos destes servi os o que leva falta de oferta pelos planos privados e na percep o de que esses servi os do SUS t m maior qualidade Dessa maneira o resultado desse sistema de sa de segmentado que 28 6 dos brasileiros s o usu rios exclusivos do SUS 61 5 s o usu rios n o exclusivos utilizam o tamb m o sistema de sa de suplementar e apenas 8 7 s o n o usu rios utilizam apenas o sistema de sa de particular CONASS 2006 A uti
310. mente a valoriza o da educa o do trabalhador inclusive seu treinamento vocacional GR FICO 2 11 BRASIL DISTRIBUI O DO EMPREGO SEGUNDO N VEL DE ESCOLARIDADE 1995 2005 a Porcentagem 35 4 30 4 Ss 25 J et A 20 4 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 m 0 a 3 anos EI 11 anos ou mais Linear 0 a 3 anos Linear 11 anos ou mais Fonte Corseuil e Ramos 2007 39 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 2 9 Mercado de Trabalho Formal e as Formas At picas de Contrata o de Trabalho Algumas caracter sticas reveladas pelas estat sticas vistas at aqui do mercado de trabalho brasileiro indicam que n o obstante a excessiva regulamenta o trabalhista existente conforme veremos no pr ximo cap tulo ele revela tra os de bastante flexibilidade como a alta taxa de trabalho informal o elevado volume de desemprego aberto e uma elevada taxa de rotatividade da m o de obra Neste contexto a eleva o do emprego formal que tem ocorrido de forma acentuada desde 1999 poderia ser interpretada como um retorno a formas de contrata o mais r gidas o que tem algum fundo de verdade Ocorre contudo que mesmo dentro do mercado formal a eleva o do emprego tem sido realizada pela utiliza o de formas de contrata o mais flex veis denominadas modalidades especiais de co
311. mercado de trabalho j que estima se que o investimento do FAT na qualifica o da PEA feminina em 1996 ultrapassou R 100 milh es e em 1997 chegou a R 180 milh es al m de somarem 20 a es voltadas para o g nero feminino nestes mesmos anos Em 2003 foi criada a Secretaria Especial de Pol ticas para as Mulheres SPM vinculada a Presid ncia da Rep blica com o objetivo de desenvolver a es conjuntas com todos os Minist rios e Secretarias Especiais focando principalmente as condi es necess rias para a sua plena cidadania e as especificidades das mulheres nas pol ticas p blicas Uma das prioridades da SPM a promo o da autonomia das mulheres por meio da gera o de trabalho emprego e renda O assunto foi tratado na I Como a lei no 9 029 95 que pro be a exig ncia de atestados de gravidez e esteriliza o e outras pr ticas discriminat rias para efeito admissionais ou de perman ncia da rela o jur dica de trabalho ou a lei no 9 799 99 insere na Consolida o das Leis do Trabalho regras sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho entre outras 687 Ato da F brica Factory Act da Inglaterra em 1833 e Ato Franc s French Act em 22 de Mar o de 1841 8 Como a Conven o da ONU de 1979 sobre a Elimina o de Todas as Formas de Discrimina o contra a Mulher ratificada por todos os pa ses membros do MERCOSUL entre 1984 e 1989 ou tamb m as Conven es da OIT n 100 de 19
312. microecon mica esta explica o metodol gica n o parece ser a solu o para justificar a defesa da continuidade da regula o trabalhista brasileira 186 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos aos seus aspectos centrais tais como aloca o do trabalho nas formas de contrata o e rompimento do vinculo empregat cio na defini o das fun es na jornada e na remunera o do trabalho a flexibilidade no mercado de trabalho pode ser observada na alta rotatividade da m o de obra na utiliza o da hora extra na informalidade e na heterogeneidade estrutural do mercado de trabalho o n vel de emprego adv m da din mica econ mica e n o da legisla o do trabalho A quest o da reforma encontra se em aberto na Flexibilidade no mercado de trabalho sociedade brasileira Krein 2007 p gina 103 Outra linha cr tica contra a desregulamenta o refere se s limita es que as empresas brasileiras acabam tendo para contratar trabalhadores mesmo quando lhe s o oferecidas modalidades de contrata o mais flex veis Gomes s d Este autor elenca tr s raz es para estas dificuldades i ii iii O sistema de rela es de trabalho brasileiro j apresenta grande flexibilidade especialmente pelas facilidades que os patr es possuem em praticar diversos v nculos de contrata o como contratos de experi ncia est gios etc As empresas j disp em de um vasto arsenal de modalidades contr
313. mo em outras reas da Assist ncia Social estes problemas certamente se agravar o especialmente porque a tradi o brasileira de fiscaliza o e puni o bastante d bil As quest es morais decorrentes de programas generosos de Seguridade Social n o s o exclusividade dos trabalhadores brasileiros ou latinos Elas fazem parte do comportamento da for a de trabalho de qualquer pa s Ocorre por m que na cultura popular brasileira muito disseminado principio de que o Estado deve ajudar em tudo o chamado Pa s dos Pobres especialmente porque grande parte da for a de trabalho pouco qualificada e grande parte da popula o vive com n veis baixos de renda Assim um seguro desemprego generoso ou um beneficio assistencial pago durante muito tempo visto como um fim em si mesmo al m de muitas vezes repor grande parte da renda familiar Para quem conhece a cultura brasileira e o comportamento dos trabalhadores diante de programas onde h pouca articula o pouca ativa o fiscaliza o deficiente e puni o p fia quando ocorre este um obst culo de dif cil transposi o A pobreza e a baixa qualifica o representa um campo f rtil para a falta de esp rito p blico 203 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Bibliografia ABRAMO L 2004 Perspectiva de G nero e Ra a nas Pol ticas P blicas Boletim Mercado de Trabalho no Brasil n 25 Ipe
314. mpr stimos de micro cr dito que representam ver Passos e Costanzi 2002a 2002b Ansiliero e outros 2002 ampliando o conhecimento sobre o impacto desses programas no Brasil Mais recentemente Costanzi 2005 elaborou um amplo estudo sobre o conjunto desses programas na esfera do FAT culminando por realizar um conjunto de proposi es para a reformula o dos mesmos O estudo realizado por Passos e Contanzi 2002a serve como refer ncia geral para aferir as conclus es da avalia o dos programas de microcr dito tendo eles chegado aos seguintes resultados a no per odo analisado foram efetuadas cerca de 29 mil opera es de cr dito ao custo m dio de R 26 mil gerando cerca de 24 mil novos postos de trabalho formal com carteira assinada b as microempresas e os pequenos estabelecimento apresentaram em m dia uma eleva o de cerca de 35 0 na gera o de vagas no setor formal nos seis meses depois do cr dito obtido relativamente aos seis meses anteriores ao cr dito Aquela institui o avaliou tamb m o Proger rural Os resultados obtidos foram aceit veis quando considerado sob a tica da atividade produtiva dos pequenos agricultores para 87 0 dos benefici rios a produ o cresceu ou permaneceu est vel e para 84 0 deles o lucro aumentou ou permaneceu est vel Por outro lado verificou se a mesma defici ncia observada no Proger urbano com um baixo n vel de capacita o e acompanhamento do programa levando
315. mprego Minist rio da Educa o Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate Fome Minist rio da Cultura Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o Minist rio dos Esportes Minist rio do Desenvolvimento Ind stria e Com rcio Exterior Secretaria Geral da Presid ncia da Rep blica Secretaria Especial de Pol tica de Promo o da Igualdade Racial Secretaria Especial de Pol ticas para Mulheres representantes dos trabalhadores e dos empregadores al m de quatro cidad os civis brasileiros 157 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 2 micro e pequenas empresas limite de cr dito de at R 50 mil com 84 meses para pagamento e 18 meses de car ncia 3 cooperativas ou associa es empr stimo m ximo de R 5 mil por benefici rio ou R 100 mil por cooperativa com prazo de 84 meses para o pagamento e car ncia de 18 meses No ano de 2005 3 175 benefici rios haviam sido capacitados pelo SEBRAE dos quais 531 elaboraram planos de neg cio e 92 j haviam recebido aprova o de Comit s Estaduais de Aprova o de Cr dito A Aprendizagem uma linha que re ne a qualifica o e a inser o dos jovens em uma nica a o Os jovens a partir dos 16 anos que s o contratados sobre o regime de Aprendizagem recebem forma o t cnico profissional desenvolvida por meio de atividades te ricas e pr ticas organizadas em tarefas de complexidade progressiva e desenvolvidas
316. mulheres e n o brancos estes grupos encontram se entre os que menos se beneficiam do seguro desemprego 109 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 5 1 3 Os rumos da evolu o hist rica do SD brasileiro EN Relativamente sua evolu o hist rica desde sua implanta o at os dias atuais o SD brasileiro seguiu tr s linhas de a o a expans o do atendimento no pagamento do benef cio b diversifica o do p blico alvo em decorr ncia do excesso de recursos dispon veis no FAT e principalmente das peculiaridades do mercado de trabalho brasileiro e c articula o ainda que muito longe do desejado do pagamento do benef cio com as pol ticas ativas intermedia o da m o de obra micro cr dito e treinamento vocacional A expans o do atendimento ocorreu por duas vias A primeira atrav s do gradual relaxamento das condi es de elegibilidade do desempregado Atualmente a nica exig ncia a comprova o de emprego com carteira de trabalho assinada nos ltimos seis meses anteriores dispensa sem justa causa A segunda forma do aumento do atendimento se deu por meio da amplia o da rede f sica de atendimento que no in cio do programa estava restrita s ag ncias do SINE bem como das Delegacias Regionais do Trabalho Para promover uma r pida expans o o SD passou a ser pago pelas ag ncias da Caixa Econ mica Federal CEF um banco oficial administrado pe
317. n mero de programas planos e linhas de cr dito financiadas com os recursos dos dep sitos especiais remunerados do FAT Esta excessiva prolifera o de programas de emprego e renda nada mais reflete de que uma tend ncia liberalizante que existe desde a implanta o do FAT seja na flexibiliza o das condi es de acesso ao programa de seguro desemprego ou ent o sua extens o para pagar benef cios a desempregados sazonais ou de 149 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho setores com produ o sazonal seja para criar linhas especiais de cr dito duvidosas ou de baixa efici ncia para gera o de emprego e renda A exist ncia do FAT com um patrim nio avaliado em aproximadamente R 133 8 bilh es US 63 6 bilh es em 2007 tem sido muito mais fonte de demandas pol ticas do que fruto de a es e diretrizes visando o atendimento do mercado de trabalho atrav s da promo o da efici ncia e efic cia A consegii ncia final dessa flexibiliza o do FAT reflete se na ocorr ncia de um quadro ca tico principalmente sobre a tica da defini o de prioridades na aloca o dos recursos e numa realidade onde alguns programas se sobrep em outros sendo question veis em termos da demanda que explicita Ademais essa multiplicidade de programas projetos e linhas de cr dito dificultam sobremaneira seu acompanhamento monitoramento e controle atividades indispens veis par
318. n o existe um padr o atrelado ao grau de desenvolvimento do pa s Entre aqueles com menor indicador de seguran a temos tanto na es ricas ustria Austr lia e Su cia como pobres Peru Paquist o e mesmo em transi o Rep blica Tcheca J entre os pa ses com maior ndice de prote o parece ser dominante a presen a de na es pobres ou em desenvolvimento Ainda neste tipo de indicador aparecem os pa ses latinos como os mais protetivos sejam na Europa Portugal e Espanha ou na Am rica Venezuela Brasil e Panam O valor do indicador para o Brasil 0 85 esteve bem pr ximo do m ximo 0 87 encontrado para o Panam ambos muito acima da m dia mundial de prote o exist ncia de contratos alternativos que foi de 0 59 No que diz respeito ao ndice de condi es de emprego os pa ses da frica e da sia parecem ser os que menos protegem os trabalhadores mas os Estados Unidos e os pa ses mais desenvolvidos da Europa tamb m se encontram entre aqueles que possuem os menores ndices de prote o neste indicador No outro extremo aparecem predominantemente pa ses em transi o do leste europeu com os maiores sistemas de prote o ao emprego sendo a Hungria 0 90 a que apresenta o maior ndice O Brasil 0 86 possui uma legisla o que o coloca no rol dos pa ses com maiores ndices de prote o sobre as condi es de emprego O terceiro sub indicador que comp e o ndice de legisla o de prote
319. na o Valor Trabalhadores inscritos em 1 000 hab 5 007 8 colocados sobre inscritos 17 9 do desemprego aberto Pnad 56 0 dos desligados setor formal Caged 45 8 Emprego formal Caged 19 5 Ocupados na PEA Pnad 5 8 Gastos com SINE com rela o ao total de gastos com PAMT 1 0 Fonte Elabora o do autor Uma parte deste resultado pode ser explicada pela diminui o continua dos recursos para a intermedia o da m o de obra desde 1995 sendo a outra explicada pelo forte aumento dos gastos com programas de gera o de emprego e renda Considerando se as dimens es da popula o brasileira onde a for a de trabalho brasileira em 2006 era da ordem de 98 milh es de pessoas pode se aferir a grande limita o que a intermedia o da m o de obra representa como uma pol tica ativa no cen rio do mercado de trabalho brasileiro De qualquer forma mesmo reconhecendo se o decl nio nos recursos destinados ao atendimento ao trabalhador ao trabalhador no que diz respeito a promover mais rapidamente o equil brio entre a oferta e a demanda de trabalho importante verificar o que tem ocorrido com os indicadores de efic cia sucesso da intermedia o e efetividade atra o exercida sobre os agentes do SINE A tabela 6 2 re ne alguns desses principais indicadores bem como traz informa es sobre a capacidade de cobertura do SINE 5 Essa atividade prioritariamente executada pelo SINE cuja concep o quand
320. nais e Redu o na dura o dos bene f cios especialmente os de nature za passiva 14 contin a CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 1 1 conclus o Tra os b sicos do sistema Mudan as na d cada de 1990 Descentraliza o E e Altos gastos com Pol ticas Ativas no Individualidade 7 Pol ticas Ativas no Mercado de Mercado de Trabalho PAMT e Direitos e obriga es em decor Trabalho Ajustamentos nas pol ticas desde r ncia da ativa o 1979 e Teste de disponibilidade e Forte nfase no treinamento e Educa o b sica Vocacional 8 Educa o Treinamento vocacional Finaciamento p blico Engajamento dos parceiros sociais Foco no treinamento geral Fonte Elabora o do autor com base em Madsen 2006 a e b e Ministry of Employment 2005 1 3 Os Elementos B sicos do Modelo de Flexicurity Esse modelo cujo desenho aparece mostrado na figura 1 1 consiste essencialmente em tr s elementos principais O primeiro representado por um mercado de trabalho com alta mobilidade com grande facilidade nas regras de dispensa dos trabalhadores por parte das empresas representando a parte flex vel O segundo composto por um generoso Welfare State com um programa de seguro desemprego SD bastante liberal onde a taxa de reposi o salarial alta e a dura o do beneficio longa representado a parte da seguran a O terceiro e
321. nal foi de 98 2 em 2006 Dado que o beneficio somente acess vel aos trabalhadores do setor formal outra taxa de cobertura importante a rela o entre os benefici rios e os desligados do setor formal taxa de cobertura efetiva que foi 49 6 em 2006 N o existe contudo um referencial b sico para esta taxa especialmente pelo fato de que seria inconceb vel o acesso ao SD de todos os desligados pelas empresas num dado per odo A relativa estabilidade desta taxa contudo parece ser um bom indicador da efetividade do programa de SD A taxa de cobertura temporal comparando a dura o m dia das parcelas do SD com o tempo m dio de procura por trabalho foi investigada por Ansileiro e outros 2002 Eles encontram um bom ajuste entre estas vari veis n o obstante o conhecimento de que o tempo m dio de desemprego elevou se substancialmente no per odo analisado 1991 2001 Exceto para os anos de 1999 e 2001 a dura o m dia das parcelas do beneficio sempre foi superior ao tempo m dio de desemprego um resultado expressivo Al m disso de acordo com o DIEESE 2003 a s rie hist rica do tempo m dio entre a solicita o do beneficio e a emiss o da primeira parcela vem se reduzindo gradativamente e estava em pr ximo de 26 dias no ano de 2003 corroborando os resultados anteriores No caso dos indicadores de cobertura a taxa de reposi o salarial a mais crucial para o bom funcionamento desse programa de SD Isto porque tem
322. ncid ncia do SD segundo a classe de renda do benefici rio Desde que surgiu na humanidade na Inglaterra em 1911 como um instrumento indispens vel de prote o ao trabalhador desempregado o seguro desemprego nunca foi desenhado para solucionar o problema da pobreza cujas ra zes transcendem o mercado de trabalho Sempre foi recomend vel entretanto que al m de seus objetivos tradicionais ele possa servir para aliviar a pobreza e beneficiar mais aqueles desempregados nos extratos inferiores de renda Isto contudo n o parece ser o caso do seguro desemprego brasileiro cuja focaliza o n o parece centrar se nos mais pobres Barros Corseuil e Foguel 2001 estudando os incentivos e a focaliza o dos programas de prote o ao trabalhador mostrou que somente 32 0 dos benefici rios poderiam ser considerados pobres e recebendo somente 23 0 dos gastos com o seguro desemprego O valor m dio do benef cio recebido pelos pobres representava 63 0 do valor do benef cio recebido pelos n o pobres O impacto do seguro sobre a renda pessoal e familiar dos desempregados parece acentuar estas disparidades A propor o da renda pessoal dos pobres representada pelo seguro desemprego 70 0 enquanto entre os n o pobres representa apenas 34 0 Quando tomamos a renda familiar como referencial estas propor es s o 33 0 e 14 0 respectivamente Esses resultados revelam um quadro de m focaliza o do seguro desemprego o que pode ser a
323. ncilia o Pr via e permitindo a execu o de t tulo executivo extra judicial na Justi a do Trabalho Facultou o acesso do empregado dom stico ao FGTS e ao programa de seguro desemprego Alterou o trabalho do menor na CLT Regulamentou o trabalho do deficiente f sico Disciplinou a participa o do trabalhador nos lucros ou resultados da empresa Regulamentou o trabalho em regime de tempo parcial Disciplinou a contrata o de terceiros por empresa disciplina a ter ceiriza o Modificou a CLT com rela o ao aviso pr vio e horas extras Disciplinou a compensa o anual das horas normais trabalhadas Disp s sobre o Estatuto do Idoso Regulamentou o Programa Nacional de Est mulo ao Primeiro Emprego Proposta de Reforma Sindical Fonte Elabora o do autor com base na bibliografia jur dica consultada 47 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Assim no Brasil tanto as bases do Direito do Trabalho Individual quanto do Direito do Trabalho Coletivo foram se ampliando rapidamente desde a cria o do Minist rio do Trabalho Ind stria e do Com rcio Com rela o ao direito individual regulamentou se a jornada de trabalho o trabalho de menores e das mulheres o trabalho dos nacionais as f rias a carteira profissional a rescis o do contrato de trabalho os acidentes do trabalho entre outros Com rela o ao direito coletivo os avan os foram tamb m amp
324. nd ed Learning From Foreign Models in Latin American Policy Reform Woodrow Wilson Center Press and The Johns Hopkins University Press Washington and Baltimore CHAHAD J P Z 2003 As Modalidades Especiais de Contrato de Trabalho na CLT e a Flexibilidade do Mercado de Trabalho Brasileiro in Mercado de trabalho no Brasil novas pr ticas trabalhistas negocia es coletivas e direitos fundamentais no trabalho Jos Paulo Zeetano Chahad e Maria Cristina Cacciamali organizadores S o Paulo Editora Ltr 206 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho CHAHAD J P Z 2002 Pol ticas P blicas de Emprego e Renda no Governo Fernando Henrique Cardoso grandes avan os e muito a se fazer Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Opini o dos Atores Ipea MTE Novembro CHAHAD J P Z 2000 A Necessidade de Revis o do FGTS e do Seguro Desemprego para Melhorar o Sistema de Prote o Social aos Desempregados Brasileiros in Revista de Direito do Trabalho Nelson Mannrich coordena o ano 26 Abril Junho CHAHAD J P Z 1999 Bases para a Reformula o do Programa Brasileiro de Seguro Desemprego e sua Integra o com o Sistema P blico de Emprego Relat rio de Pesquisa FIPE MTE abril S o Paulo CHAHAD J P Z 1987 Seguro Desemprego Li es da Hist ria Aspectos Te ricos e Perspectivas para o Brasil Serie Ensaios Econ micos n 64 S o Paulo IPE USP CHAHAD J Z e
325. ndicador estiver acima de 65 0 revelar alta efetividade social o que ocorreu nos dois anos iniciais de vig ncia do PNQ TABELA 6 5 BRASIL EFETIVIDADE SOCIAL DO PNQ INTEGRA O DE POL TICAS P BLICAS DE QUALIFICA O E DE TRABALHO INCLUS O SOCIAL E DESENVOLVIMENTO PNQ Popula o priorit ria do PNQ 2003 2004 Meta Trabalhadores as do Sistema P blico de Emprego SPE e Economia Solid ria 80 064 58 75293 55 Trabalhadores as Inclus o Social 15 515 11 14 076 10 Trabalhadores as Desenvolvimento e Gera o de Empregos e Renda 7950 6 13 305 10 Total popula o priorit ria 103 353 74 106 855 75 65 Total PNQ 139 207 137215 Fonte Minist rio do Trabalho e Emprego Plano Nacional de Qualifica o PNQ PlanTeQs 2003 e 2004 Resultados preliminares corresponde a 90 da execu o PlanTeQs2004 Outra preocupa o da nova pol tica de treinamento vocacional refere se cobertura atendimento aos grupos considerados mais vulner veis da for a de trabalho A tabela 6 6 cont m um indicador sobre o grau dessa cobertura De acordo com os t cnicos do Minist rio para uma an lise mais precisa da efetividade ao inv s de analisarmos os percentuais do PNQ e da PEA isoladamente subtra mos o do PNQ pelo da PEA e encontramos o percentual relativo Al m disso foram estabelecidas metas a serem atingidas para esse indicador n o esclarecidas no texto Os resultados 58 Este doc
326. ndicais n o podem acompanhar a atividade de fiscaliza o mas o representante dos trabalhadores pode acompanhar a fiscaliza o das normas sobre seguran a e medicina do trabalho Existe muita controv rsia no Brasil se a fiscaliza o do trabalho realizada pelos agentes do Minist rio do Trabalho e Emprego pode ser extensiva s conven es e acordos coletivos Para uns que s o contr rios a este tipo de interven o acordos e conven es s o neg cios privados realizado entre as partes n o cabendo portanto qualquer interfer ncia do Estado Para outros que demandam a necessidade de fiscaliza o argumentam que os acordos e conven es t m disposi es sobre condi es de trabalho seguran a e prote o aos trabalhadores podendo portanto por for a de lei ser objeto de fiscaliza o pelo Minist rio do Trabalho e Emprego Al m da fiscaliza o tradicional o Brasil conta tamb m com uma outra inst ncia que o Minist rio P blico do Trabalho MPT Trata se de um ramo especializado do Minist rio P blico Public Prosecution estruturado pelo artigo 127 da Constitui o Federal de 1988 e institu do para a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis Este rg o atua de forma permanente aut noma e independente n o se subordinando a qualquer outro poder ou Institui o do Estado Ademais tem fun es at mesmo nas negocia es entre as partes
327. ndice Dez pa ses com menor ndice de prote o Austria 0 22 Zimbabue 0 11 Zambia 0 00 Hong Kong 0 76 Austr lia 0 22 Hong Kong 0 19 Hong Kong 0 01 Austria 0 80 Gana 0 22 Singapura 0 19 Uruguai 0 03 Singapura 0 86 Peru 0 23 Mal sia 0 22 Nova Zel ndia 0 04 Mal sia 0 87 Paquist o 0 32 Reino Unido 0 26 Estados Unidos 0 08 Zimbabue 0 87 Rep Tcheca 0 33 Dinamarca 0 27 Mal sia 0 09 Austr lia 0 91 L bano 0 35 Estados Unidos 0 29 Singapura 0 11 Estados Unidos 0 93 Cor ia 0 35 Su cia 0 30 Marrocos 0 11 Dinamarca 0 95 Su cia 0 37 frica do Sul 0 33 Dinamarca 0 12 Reino Unido 1 02 Jord nia 0 39 Alemanha 0 35 Irlanda 0 12 Irlanda 1 04 Dez pa ses com maior ndice de prote o Tun sia 0 81 Litu nia 0 85 Colombia 0 62 Senegal 2 02 Indon sia 0 83 Espanha 0 85 Venezuela 0 64 Cazaquist o 2 06 Gr cia 0 83 Senegal 0 86 Equador 0 67 Cro cia 2 13 Cro cia 0 83 Bol via 0 87 Panam 0 67 Espanha 2 18 Espanha 0 83 Eslov nia 0 87 Federa o R ssia 0 68 Federa o R ssia 2 21 Portugal 0 83 Kyrgyz Republic 0 87 Ucr nia 0 68 Mo ambique 2 22 Venezuela 0 85 Bulg ria 0 88 Peru 0 70 Ucr nia 2 24 Brasil 0 85 Cro cia 0 88 Portugal 0 70 Venezuela 2 33 Taiwan 0 87 Pol nia 0 89 M xico 0 71 Portugal 2 37 Panam 0 87 Hungria 0 90 Mo ambique 0 71 Panam 2 38 M dia Geral 0 59 0 63 0 36 1 58 Brasil 0 85 0 86 0 69 2 40 SOJI9 OJM p soyusun oq U91090 TV dHO Fonte Botero e outros 2003 Total de 85 pa ses Para cada pa s o ndice de
328. ndo do trabalho marcado pela maior flexibilidade num rica funcional e salarial 8 1 Brasil e Dinamarca realidades distintas indicam um exemplo a ser seguido mas indica dificuldades na ado o integral do modelo Flexicurity De in cio o desenvolvimento dos cap tulos anteriores inclusive o relato sucinto do modelo de Flexicurity adotado pela Dinamarca realizado no cap tulo 1 permite concluir que seria bastante ut pico uma proposi o de reformas nas institui es trabalhistas e sociais brasileiras que buscassem criar um modelo semelhante ao tri ngulo dourado existente naquele pa s t o grande s o as diferen as culturais sociais econ micas e distributivas existentes entre Brasil e Dinamarca O pressuposto b sico desta se o assim ilustrativo no sentido de que uma vez que o modelo de flexibilidade com seguran a ganhou maior notoriedade naquele pais entende se que as condi es culturais sociais institucionais econ micas devem ter sido fundamentais para o sucesso do mesmo servindo assim como um paradigma que poderia ser seguido S o como condi es necess rias mas n o suficientes para que o modelo de Flexicurity possa ter algum sucesso Algumas das principais estat sticas dos dois pa ses foram reunidas na tabela 8 1 a fim de permitir uma compara o da dist ncia de desenvolvimento social existente entre os dois pa ses De in cio uma observa o geral desta tabela indica dois pa ses com realidade popu
329. ndo era em grande volume nada mais representava do que alguma esperan a de emprego ao trabalhador que o recebia Qual a mensagem aqui que n o bastar um bom desenho para um novo modelo de mercado de trabalho e prote o social Ser preciso uma ampla campanha de convencimento aos agentes sociais a mudarem de comportamento o que n o tarefa f cil pois implica em alterar h bitos e costumes arraigados implica em disciplinar quest es morais o que leva ao temor e incerteza da mudan a este sim o grande obst culo das grandes transforma es que mexem com os interesses e direitos dos indiv duos 8 3 5 O esp rito p blico public spiritedness como obst culo A se o 1 5 4 argumentou que uma das raz es do sucesso do modelo dinamarqu s parece repousar no elevado esp rito p blico diante das quest es morais existentes na generosidade do Welfare State ou mais precisamente do programa de seguro desemprego que completa do triangulo dourado da Flexicurity No caso brasileiro j existem evid ncias suficientes de v cios burlas e fraudes ao sistema de prote o social aos desempregados mesmo n o sendo ele generoso Benefici rios do seguro desemprego recebem suas parcelas enquanto trabalham trabalhadores que se demitem voluntariamente fazem acordo com a empresa e recebem o FGTS o que proibido pela lei entre outros v cios conhecidos Havendo um aumento na generosidade do programa de seguro desemprego ou mes
330. ne will generate a situationin which the process from unemployment to employment becomes too weak and undermine the financial framework of the model It is therefore essential that incentives to work rather than being unemployed are present and an effective testing must take place Having all three elements of Flexicurity model to be equally strong is an important prerequisite in relation to ensuring a flexible labour market with low unemployment and high employment 21 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Cap tulo 2 O mercado de trabalho no Brasil desempenho e fatos estilizados 1992 2006 Este cap tulo aborda o comportamento dos principais indicadores do mercado de trabalho brasileiro desde 1992 at 2006 um per odo onde houveram grandes transforma es na economia com impactos significativos no emprego e nas rela es de trabalho A import ncia de conhecer o comportamento recente e o est gio atual do mercado de trabalho refere se necessidade de evidenciar suas principais caracter sticas tendo em vista enquadr lo nos elementos do modelo dinamarqu s que servir de referencial para a discuss o de reformas no modelo brasileiro De fato a figura 2 1 mostra que s o tr s os determinantes do desempenho do mercado de trabalho as institui es no mercado regulamenta es e interven es de natureza estrutural a demanda de bens e servi os de natureza de curto prazo e a
331. nearaaaanananeaa 97 4 7 O acesso do trabalhador ao sistema de Sa de no Brasil 100 Cap tulo 5 O sistema de prote o social aos desempregados brasileiros o seguro desemprego e o fundo de garantia do tempo de servi o 105 5 1 O Seguro Desemprego sei aaaraa arara anaranaaaaaaaaaaaaaaaananaa 105 5 1 1 A evolu o sucinta da legisla o do SD 105 5 1 2 A evolu o a dimens o a cobertura e o perfil do segurado do programa brasileiro de SD ja cut sa eti Er RED ea da DA DE DD E a CU det da O A ia 106 5 1 3 Os rumos da evolu o hist rica do SD brasileiro 110 5 1 4 Um sum rio distor es e as limita es no SD brasileiro 110 5 2 O FGTS no Sistema de Prote o Social sarna 112 5 2 1 Breve hist rico do FGTS como sistema indenizat rio ao trabalhador demitido Tusite ae annaa aaa saga daZa Near ass PES aaa a aE 112 5 2 2 As principais estat sticas do FGTS arrearaneaa 113 5 3 Os efeitos adversos do sistema de prote o social aos desempregados no funcionamento do mercado de trabalho brasileiro arena 115 5 4 Os principais argumentos sobre os incentivos adversos e as distor es no mercado de trabalho originadas pelo SD e FGTS 119 5 4 1 Os problemas com o FGTS incluindo sua multa 120 5 4 2 Os problemas com 0 SD ear rereaeaaere rasante 120 5 5 O ace
332. nefici rios em domic lios com benefici rios 14311712 9874277 2438 24 188 427 59 2 E Benefici rios 5 586 367 12 824 627 18 410 994 30 3 Total 85 643 902 54 032 431 17705 139 694 038 61 3 Fonte IBGE Pnad Ver Boletim Informe de Previd ncia Social Volume 17 n 03 mar o de 2005 4 6 Mudan as recentes na Previd ncia Social brasileira O Brasil apresenta elevado n vel de pobreza altas taxas de informalidade e grande concentra o de renda Por isso para proteger os indiv duos a Previd ncia Social tem representado um dos pilares da estabilidade social no pa s Isto contudo tem ocorrido a um custo cada vez maior quando observamos a tabela 4 10 que indica um elevado d ficit previdenci rio em torno de 4 6 do PIB para o ano de 2006 Esta tabela revela que as press es sobre esse d ficit resultado de desequil brio tanto no RGPS quanto no RPPS o que vem ocorrendo desde 1995 aqui tomado como um ano de refer ncia Enquanto o d ficit do RGPS vem crescendo desde aquele ano o d ficit do RPPS apresenta se em patamar elevado 89 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 7 TABELA 4 10 BRASIL DEFICIT PREVIDENCI RIO 1995 2006 Porcentagem do PIB Anos 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Regime INSS RGPS Receita 5 0 52 5 1 5 1 5 0 5 1 52 5 3 5 3 5 6 4 8 5 3 Despesa 5 0 5 3 5 4 5 8 6 0 6 0 6 3 6 5 7 1 73 6 6 7 1 D ficit 0
333. netariamente Ap s 30 25 anos H M e tempo de contribui o m nimo reposi o de 100 do sal rio de contribui o Ap s 15 20 ou 25 anos de servi o de acordo com o setor de atividade Um sal rio m nimo oficial Teto nominal previsto na legisla o infraconstitucionalmente para preservar o valor real Benef cios previdenci rios de pessoas com idade de 65 anos ou mais n o tributados tarefa do INSS Financiamneto por meio de a contribui o de empre gados empregadores e aut nomos sobre o rendimento do trabalho b Cofins sobre o faturamento bruto c CSLL sobre o faturamento l quido d outras fontes de menor import ncia percentual e recursos do Te souro Sim E eliminada Ap s 35 30 anos de contribui o H M sem limite de idade Texto da Constitui o de 1988 foi mantido Texto da Constitui o de 1988 foi mantido Regra foi eliminada do texto constitucional Elimina se a aposentadoria espe cial para professores do n vel superior de ensino Mantido mas limitado aos traba lhadores que tenham sido efetiva mente expostos a situa o insalubre Texto da Constitui o Federal foi mantido Teto de R 1 200 corrigido anual mente para preservar o valor real Permite tributa o de benef cios previdenci rios Reconhecimento pleno dos bene f cios j concedidos e dos direitos j constitu dos poca da promul ga o da EC n 20 Pessoas ativas no mercado de trabalho no
334. no entanto a CLT o instrumento de cristaliza o dos direitos trabalhistas que se esperava A mutabilidade e a din mica da ordem trabalhista exigiam constantes modifica es legais como fica certo pelo n mero de decretos decretos leis e leis que depois foram elaborados alterando a Al m desses fatores operou se uma substancial altera o na filosofia que presidiu as normas constitucionais com a Constitui o Federal de 1946 de cunho social democr tico com medidas de natureza neoliberalista por m respeitando a liberdade em dimens o maior confrontada com o pensamento corporativista que pesou na edifica o dos principais pontos da CLT Ficou patente o contraste entre as duas ordens que deveriam ser harm nicas a constitucional e a ordin ria aquela mais sens vel aos princ pios da autonomia privada coletiva esta ainda adstrita s id ias que a presidiram na fase de constru o do inacabado arcabou o corporativo A pr xima onda de grandes altera es na legisla o trabalhista veio com o regime pol tico militar ocorrido em 1964 e a consegiiente reformula o na pol tica econ mica As leis trabalhistas passaram a obedecer aos ditames dos interesses econ micos subordinando se s metas governamentais priorit rias No combate infla o surgiram diversas leis denominadas de pol tica salarial do governo tornando se condicional os aumentos ou reajustes salariais At ent o esses reajustes eram fruto de negocia
335. nte aceito pela sociedade com grande apoio da popula o o que n o o presente caso brasileiro cujo crescimento tem ocorrido de forma descontinua e ao sabor da conjuntura internacional De qualquer forma o modelo dinamarqu s de Flexicurity abstraindo se as peculiaridades da economia daquele pa s das caracter sticas espec ficas de seu povo revela se um til referencial b sico para se apontar as reformas nas institui es que seriam minimamente necess rias para que o Brasil a despeito de seu diferencial de crescimento s cio econ mico com rela o Dinamarca em que pesem seus desequil brios internos pudesse aumentar efici ncia de seu mercado de trabalho desfrutasse de uma flexibilidade no sentido da mobilidade social n o no sentido da fuga das leis e pudesse ainda experimentar crescentes n veis de prote o social n o ao emprego mas sim prote o aos indiv duos Assim observando se os elementos do tri ngulo dourado no modelo Flexicurity discutiremos os tra os principais das reformas nas institui es brasileiras seguridade social e mercado de trabalho na dire o acima apontada 193 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 8 2 A necessidade de reformas no caminho da Flexicurity visando a inclus o social O Brasil precisa promover amplas reformas em suas institui es trabalhistas sindicais previdenci rias e de pol ticas ativas se quiser aumentar
336. nternacional Os dados desta tabela revelam que apesar das cr ticas que se fazem s pol ticas ativas no Brasil verifica se um crescimento dos gastos relativamente ao PIB brasileiro De fato em 1995 esses gastos eram 0 06 do PIB passando a 1 08 em 2006 Nesse per odo parece ter havido tr s intervalos que flutuou essa propor o um crescimento vertiginoso at 1997 oscila o entre 1998 e 2003 e novamente um crescimento forte at 2006 Somente as pol ticas ativas no mbito do FAT ser o consideradas para efeitos da avalia o quantitativa que se segue Deve se reconhecer a import ncia dos gastos do Sistema S no caso da qualifica o profissional mas sua incorpora o a esta an lise requer mais tempo e maior facilidade de acesso s informa es existentes do que o tempo dispon vel para a realiza o deste relat rio Ademais os gastos com treinamento vocacional do sistema S ainda que importantes para a forma o de recursos humanos e qualifica o da m o de obra no mercado de trabalho brasileiro n o representam pol ticas ativas como estas s o tradicionalmente entendidas 142 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Tal eleva o ilus ria entretanto sob a tica seja do equil brio dos gastos seja principalmente da articula o das pol ticas Os gastos com a intermedia o t m se reduzido at mesmo em valor absoluto desde 1995 enquan
337. nto que predominou at meados da d cada de 1980 de que o pa s tinha uma natureza inata ao crescimento econ mico permanente onde prevaleceria apenas o desemprego friccional relegando ao plano secund rio toda quest o trabalhista e muitos considerando a quest o social e os problemas do mercado de trabalho como um caso de pol cia Outra parte pode ser atribu da composi o hist rica das for as pol ticas que ao longo do tempo vieram a constituir os governos brasileiros onde a busca da harmoniza o nas rela es trabalhistas e sociais se subordinaram demasiadamente aos interesses empresariais conferindo um tratamento discriminat rio aos trabalhadores Por fim temos tamb m o desinteresse das autoridades governamentais na continuidade das equipes t cnicas dos rg os p blicos voltados para tarefa deixando com que a mem ria dessas institui es sofresse de fregiiente descontinuidade 6 1 Um Sum rio Hist rico da Evolu o Recente das PAMT Brasileiras At o inicio da d cada de 1990 a nica real experi ncia com PAMT brasileira era representada pelo Sistema Nacional de Emprego SINE institu do pelo Decreto n 70 403 de 08 de outubro de 1975 coordenado e supervisionado pelo atual Minist rio do Trabalho e Emprego sendo sua cria o inspirada na Conven o n 88 da OIT As a es do SINE eram executadas de forma descentralizada pelas Unidades da Federa o Elas visavam atividades buscando fundamentalmente
338. ntrato de trabalho de natureza at pica permitidas pela legisla o trabalhista brasileira em substitui o ao contrato padr o tradicional por tempo indeterminado como tradicionalmente ocorre Chahad 2003a Krein 2007 Essas novas formas de contrata o flex vel no Brasil todas amparadas pela legisla o trabalhista s o assim descritas por Krein 2007 p gina 107 As formas de contrata o foram multiplicadas e diversificadas nos anos recentes no Brasil ampliando a flexibilidade hist rica e tornando se ainda mais inseguras Ganham express o entre outras as seguintes formas de flexibiliza o terceiriza o sub contrata o pessoa jur dica PJ cooperativa s cio parceria cons rcio de empregadores aut nomo contrata o por prazo determinado est gio contrato parcial contrato de experi ncia contrato por obra certa contrato de safra empreitada contrato tempor rio moto boy caminhoneiro aut nomo integrado trabalhador avulso trabalho em domic lio tele trabalho consultoria fa onismo free lance Em geral esses termos significam uma alternativa s implica es da rela o de emprego padr o com os seus consegiientes direitos trabalhistas e previdenci rios na perspectiva de reduzir os custos e ou aumentar a liberdade do empregador na arregimenta o e despedida dos as trabalhadores as Por contrata o flex vel compreendem se as alternativas criadas em rela o ao contrato padr o de emp
339. ntre os argumentos da EC n 41 2003 um dos mais contundentes centrou se no objetivo de reduzir as diferen as entre o valor das aposentadorias de servidores p blicos e aquelas recebidas pelos trabalhadores se aposentando pelo regime do RGPS Uma compara o com a EC n 20 98 encontra se no quadro 4 4 Pelas compara es daqueles quadros verifica se que as novas regras da previd ncia do setor p blico brasileiro eliminaram a paridade com os sal rios dos servidores em atividade para os novos contratados a partir da data da promulga o das reformas mantendo a entretanto para os antigos funcion rios segurados As novas altera es for aram tamb m os antigos servidores a permanecer em atividade at os 60 anos de idade para evitar o valor na redu o de sua aposentadoria 96 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 4 4 BRASIL TEMPO DE CONTRIBUI O E VALOR DAS APOSENTADORIAS DE SERVIDORES P BLICOS CIVIS RPPS 1998 2003 Par metros pra a idade e o EC 20 98 EC 41 2005 valor dos benef cios Tempo de contribui o no 10 anos no cargo e 5 anos na fun o 20 anos no servi o p blico e 10 anos na servi o p blico para fun o Ter um total de 35 anos de aposentadoria integral contribui o Idade m nima para 53 anos antigos servidores 60 anos N o modifica sendo mantida as aposentadoria integral para novos concursados diferen as para as mulheres com 5 ano
340. ntre sindicatos acabar com suas receitas compuls rias modificar o papel da Justi a do Trabalho e promover as Negocia es Coletivas Reformas param tricas na Previd ncia Social com o objetivo de eliminar o d ficit permanente melhorar o sistema de Sa de aumentando o acesso a qualidade dos servi os e o fim da burocracia Ampliar os gastos com as Pol ticas Ativas e promover sua articula o com o Seguro Desemprego democratizar o microcr dito e aumentar a efici ncia dos mesmos em termos de gera o de emprego e renda investir maci amente em treinamento vocacional e mesmo promover uma ampla reforma do sistema educacional brasileiro 7 Existem por m fortes obst culos e gargalos a estas reformas no caminho para fortalecer o mercado de trabalho e ampliar a prote o social como prepara o para a busca da Flexicurity brasileira Elas s o fortes porque implicam em mudan as de h bitos costumes heran as culturais interesses estabelecidos e requerem longo prazo de matura o Entre estes obst culos destacam se 1 falta de lideran a oficial e pouca vontade pol tica para impor um modelo dessa natureza que leve a tamanha mudan a A Flexicurity teria que se transformar em uma Raz o de Estado governamental para poder ter alguma chance de sucesso ii os interesses dos atores sociais especialmente dos trabalhadores e dos empres rios s o bastante antag nicos resultando num di logo est ril sem qualquer ind cio de conve
341. nvolveu entre os segmentos sociais uma vis o de que s o elementos que se complementam e n o s o substitutos ter o maiores dificuldades em adotar tal modelo e quando o fizerem ter o dificuldades em promover reformas visando os ajustes necess rios para faz lo funcionar adequadamente 18 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 1 5 3 A Flexicurity em diferentes sistemas de mercado de trabalho Tanto a flexibilidade do mercado de trabalho quanto seguran a no emprego s o conceitos multidimensionais os quais podem ser observados de diversas ticas Seguindo Atkinson e Meager 1986 poss vel distinguir quatro tipos i flexibilidade num rica n mero de trabalhadores ii flexibilidade do tempo de trabalho jornada de trabalho iii flexibilidade funcional mobilidade dentro da empresa e iv flexibilidade salarial Estes tipos de flexibilidade podem ser combinados com outras quatro formas de seguran a a seguran a no trabalho permanecer na mesma firma e na mesma ocupa o b seguran a no emprego certeza de ter um trabalho a desempenhar c seguran a de renda quando ocorre interrup o do trabalho e d seguran a combinada combina o de trabalho com os benef cios da vida privada Como mostra a tabela 1 2 existem potencialmente dezesseis combina es entre flexibilidade e seguran a Esta matriz pode servir tanto para identificar diferentes possibi
342. o Pessoa www sindusconjp com br 151 60 Governo de S o paulo Cadastro de Terceirizados www cadterc sp gov br 71 36 Governo de S o Paulo Fundep www fundep br 82 87 Governo de S o Paulo APM www apm edunet sp gov br 122 00 Prefeitura de S o Paulo Secre taria de Obras 120 58 Jos Pastore 103 46 J lio C sar Zauleira www guiatrabalhista com br 126 68 Reynaldo Fernandese 60 00 DIEESE SP www dieese org br 30 89 Fonte Elabora o do autor Empresas n o optantes do SIMPLES Para trabalhadores horistas M dia n o ponderada dos setores de Asseio e Conserva o Limpeza Seguran a e Vigil ncia e Trabalho Tempor rio d A Moderniza o das Institui es do Trabalho Editora LR S o Paulo 2005 p ginas 46 47 Encargos Sociais e Demanda por Trabalho no Setor Formal da Economia Revista de Economia Aplicada Vol 2 n 3 Julho Setembro 1998 S o Paulo f O Pol mico Peso dos Encargos Sociais no Brasil Boletim DIEESE Julho de 1997 Selecionamos alguns valores fornecidos pela referida tabela e comparamos na tabela 3 4 com as despesas de contrata o em pa ses selecionados Claramente os custos n o salariais para se contratar um trabalhador no Brasil s o superiores aos praticados em outras regi es e pa ses do mundo Consegiientemente o custo da m o de obra conforme indica a express o 1 ceteris paribus tende a ser alto no Brasil quando se observa o cen rio internacional pois o excesso de l
343. o analisado provocou mudan as sens veis em aspectos estruturais do mercado de trabalho A tabela 2 2 mostra que a situa o ocupacional dos principais agregados da for a de trabalho permaneceu praticamente a mesma Se houve alguma mudan a foi para melhor com a amplia o dos trabalhadores com carteira de trabalho assinada em substitui o aos trabalhadores sem remunera o Em parte isto reflete o movimento recente do crescimento do emprego formal e sob outra tica indica a redu o da informalidade que tem ocorrido nas regi es n o metropolitanas do pa s BRASIL SITUA O GCUERGON AE DO PESSOAL OCUPADO 1992 E 2006 1992 2006 absoluto relativo absoluto relativo Empregados e trabalhadores dom sticos Com carteira de trabalho assinada 20 120 536 30 8 30 185 000 33 8 Militares e estatut rios 3 972 072 6 1 5 901 000 6 6 Outros sem carteira assinada 14 484 598 22 1 20 749 000 23 2 Conta pr pria 14 195 583 21 7 18924000 21 2 Empregadores 2 406 741 3 7 3 977 000 4 5 Trabalhadores na produ o para o pr prio consumo 3211416 4 9 4 041 000 4 5 Trabalhadores na constru o para o pr prio consumo 155 218 0 2 136 000 0 2 N o remunerados 6 848 893 10 5 5 402 000 6 0 Total 65 395 057 100 0 89315 000 100 0 Fonte Pnad IBGE Quando se observa contudo a ocupa o sob a tica setorial os resultados revelam algumas mudan as dr sticas no mercado de trabalho brasileiro entre 1992 e 2006 conforme mostra a tabe
344. o anos depois pelo Instituto Brasileiro de An lises Sociais e Econ micas ver IBASE 1999 Entre os resultados obtidos destacam se a arenda do benefici rio elevou se cerca de 18 0 em m dia ap s a contrata o do empr stimo b foram criados e ou mantidos em m dia cerca de 5 6 empregos a cada opera o de empr stimo do Proger urbano Esses empregos eram de boa qualidade pois os trabalhadores tinham a carteira de trabalho assinada c o custo m dio de gera o de cada emprego seja formal ou informal apurado na pesquisa foi de cerca de R 7 mil enquanto o custo de manuten o de uma ocupa o foi cerca de 1 3 desse valor d detectou se uma democratiza o do cr dito aos trabalhadores de baixa renda uma vez que para 78 0 deles foi sua primeira experi ncia com a obten o de cr dito e e um ponto fr gil foi a baixa associa o entre a tomada de cr dito a capacita o do trabalhador e o acompanhamento do programa pois apenas 23 0 dos benefici rios receberam alguma capacita o gerencial Passos e Costanzi 2002a p gina 49 afirmam que esta dissocia o permanece at os dias atuais tendo possivelmente se agravado na medida em que as Secretarias do Trabalho interromperam o acompanhamento do programa em 1999 Mais recentemente mas ainda na fase anterior mudan a de governo em 2002 foram produzidos alguns novos textos sobre avalia es referentes aos programas de gera o de emprego e renda e os e
345. o anual aos benef cios previdenci rios Aprofundar pol ticas p blicas voltadas para reduzir as desigualdades urbano rurais Avaliar a possibilidade de converg ncia de idade para aposentadoria entre o trabalhador rural e urbano 7 5 2 Os itens principais onde n o houve consenso entre os atores sociais Ao final das discuss es que ocorrem entre os atores sociais nas diversas reuni es do F rum Nacional de Previd ncia Social ao lado de temas onde se chegou a um acordo para uma poss vel mudan a no sistema previdenci rio apareceram t picos onde o consenso n o se realizou Eles foram os seguintes l Dis Reavalia o das regras dos benef cios de pens o por morte Coordena o de regras dos benef cios por incapacidade com as dos demais benef cios e com o sal rio do trabalhador ativo Sobre as regras de idade m nima e de tempo de contribui o paro o acesso aos benef cios e Formas de financiar o Regime Geral de Previd ncia Social RGPS 179 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Como os resultados foram divulgados de forma sint tica fica prejudicada uma avalia o mais precisa das raz es da falta de consenso bem como quais as diverg ncias concretas entre os atores sociais Contudo algumas infer ncias podem ser realizadas pela declara o de posi o de dissenso existente ao final do relat rio contendo a s ntese dos resultados Esta declara
346. o da Amaz nia e Banco do Nordeste Banrisul em segunda linha Banco do Brasil e Banco do Nordeste Banco do Brasil Banco do Nordeste e BNDES BNDES BNDES e Oscip e SCM em segunda linha Banco do Nordeste Caixa e Banco do Brasil FINEP Caixa BNDES BNDES Banco do Brasil Caixa BNDES e Banco do Nordeste BNDES e Banco do Brasil Elabora o Disoc Ipea a partir de resolu es do Codefat leis e medidas provis rias citadas 62 O Minist rio entende por microcr dito orientado aquele baseado em metodologia na qual existe o relacionamento direto do chamado agente de credito com os empreendedores no local onde executada a atividade econ mica Conforme Boletim de Pol ticas Sociais acompanhamento e an lise n 13 edi o especial 2007 Como este tipo de empr stimo visa empreendedores de baixa renda o objetivo aliviar o tomador dos problemas banc rios tradicionais bem como conceder lhes taxas de juros subsidiadas 138 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A expans o desses programas pode ser visualizada no gr fico 6 6 onde se verifica que em 2006 os gastos com opera es de cr ditos foram da ordem de US 11 7 bilh es totalizando cerca de 2 8 milh es de opera es de cr dito o que representou um valor m dio de cada empr stimo pr ximo de US 4 2 mil O volume crescente de opera es de cr dito ao longo do per odo considerado
347. o da renda familiar de muitas cidades pequenas TABELA 8 1 INDICADORES POPULACIONAIS E SOCIOECON MICOS BRASIL VS DINAMARCA Brasil Dinamarca Popula o milh es 188 7 2006 5 4 2006 Renda per capita US corrente 4 730 2006 51 700 2006 ndice de Gini 56 7 2005 23 2 2002 ndice de Desenvolvimento Humano 0 80 2007 0 95 2007 Taxa de natalidade por mil 20 6 2005 12 2005 Taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos 27 4 2005 4 8 2005 Densidade demogr fica hab Km 22 2005 126 2005 Taxa m dia anual de crescimento da popula o 1 41 2005 0 3 2005 Taxa de alfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais 88 2005 99 2005 Esperan a de vida ao nascer anos 70 3 2005 77 1 2005 Domic lios com gua pot vel 89 2002 100 2002 Fonte World Bank Organiza o das Na es Unidas ONU Instituro Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE Tudo isto pode ser percebido no diferencial existente em tr s indicadores b sicos de compara o i a renda per capita da Dinamarca uma das maiores do mundo cerca de 10 vezes maior do que a do Brasil ii al m disso o ndice de Gini brasileiro 56 7 bem maior do que o dinamarqu s 23 2 mostrando um elevado grau de concentra o de renda no Brasil e iii o ndice de Desenvolvimento Humano brasileiro esta muito abaixo do IDH da Dinamarca resumindo com fidelidade a dist ncia que separa os doi
348. o de Flexibiliza o da CLT GEHRMANN T 2007 The Development of Danish Flexicurity and Possible Lessons for America Norwegian School of Economics and Business Administration Bergen GIAMBIAGI F e outros 2007 Impacto de Reformas Param tricas na Previd ncia Social Brasileira simula es alternativas GIAMBIAGI F e outros 2004 Diagn stico da Previd ncia Social no Brasil o que foi feito e o que falta reformar outubro GIAMBIAGI F REIS J G e URANI A 2004 Reformas no Brasil Balan o e Agenda Editora Nova Fronteira Rio de Janeiro GODOY D L 2005 Reforma Trabalhista no Brasil Princ pios Meios e Fins S o Paulo LTr GOMES D C s d La desregulamentaci n del mercado de trabajo brasile o en los a os 90 y sus efectos sobre el empleo Instituto de Economia Unicamp Campinas mimeo GONZAGA G 2003 Labor Turnover and Labor Legislation in Brazil Economia Fall 2003 volume 4 number 1 LACEA IBASE 1999 Gera o de Emprego e Renda Proger Proger Rural e Pronaf Democracia Viva Edi o Especial Novembro Editora Segmento Rio de Janeiro 208 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho IPEA 2007 Boletim de Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise Edi o Especial n 13 IPEA 20063 Brasil o Estado de uma Na o Mercado de Trabalho Emprego e Informalidade Paulo Tafner editor Rio de Janeiro IPEA 2006b Desigualdade de Ren
349. o de seu cr dito ou se estabelecer que o oper rio tirou um vale naquele valor O certo que a determina o da lei ir dar mais trabalho s partes e ir criar obst culos s pr ticas simuladas perpetradas entre empregado e empregador para o saque ilegal do FGTS Martins 2006 p gina 456 113 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 5 4 conclus o Ano FGTS Saques Saques do FGTS Taxa de de trabalhadores como do PIB Desemprego US 2004 7917 900 1 14 8 90 2005 10 869 320 1 21 9 31 2006 13 763 806 1 28 8 40 M dia 1996 2006 10 026 525 1 39 8 83 Fonte Coordena o Geral de Fiscaliza o do Trabalho Sistema Federal de Inspe o do Trabalho SFIT MTECaixa Econ mica Federal Banco Central do Brasil Pnad Elabora o do autor com base nas fontes mencionadas Pela sua formula o seria de se esperar que o fundo fosse sens vel ao ciclo econ mico bem como s mudan as estruturais na economia No caso do mercado de trabalho parece haver alguma sensibilidade evolu o do desemprego De fato comparando se a taxa de crescimento dos saques realizados pelos trabalhadores com a taxa de desemprego a cada ano poss vel observar que ambos caminham na mesma dire o especialmente quanto se tomam per odos longos A tabela 5 5 mostra a distribui o das retiradas saques do FGTS segundo as modalidades em que estas podem ocorrer para anos selecionad
350. o de sua cria o em 1975 era compat vel com o verificado internacionalmente naquela poca Sua implementa o por m foi instrumentalizado na forma de Conv nios inicialmente com os Estados da Federa o e posteriormente com os Munic pios o que se revelou totalmente inadequado para consolidar esta Institui o como uma unidade executora eficiente no processo de intermedia o da m o de obra A partir de 1999 a intermedia o de m o de obra passou a contar com a participa o das organiza es sindicais unions em decorr ncia do apoio oficial que estas receberam com os recursos do FAT a eles destinados para a finalidade de recolocar os desempregados no mercado de trabalho Embora possa ser considerado um refor o ao processo de reinser o do trabalhador nas atividades produtivas ainda n o poss vel saber se os resultados justificam essa nova forma de destina o dos recursos 127 STI TABELA 6 2 BRASIL SINE INDICADORES DE DESEMPENHO NA INTERMEDIA O DE M O DE OBRA 1996 2006 Discrimina o 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 N meros Absolutos 1 Inscritos 1320766 1859336 3103976 3 763 187 4805 433 4687001 5119523 5444219 4872 769 4976664 5148720 2 Vagas 386 045 452 166 651703 1 043 771 1281220 1435173 1648716 1560767 1670751 1718869 1772282 3 Encaminhados 637 313 774151 1073282 1 665 778 2559597 2884805 3445673 3428921 3 553 823 3869450 4031713 4 Colocados 154 958 210 06
351. o de trabalho ou prioriza sua demiss o em casos de cortes e recess es Um importante aspecto segundo Ribeiro e Juliano 2005 o fato de o jovem ter uma tend ncia a n o permanecer um per odo longo de tempo em um mesmo emprego j que suas responsabilidades em geral e principalmente em rela o ao sustento familiar nem sempre s o grandes Al m disso uma rescis o contratual de um trabalhador adulto com maior tempo de casa e mais tempo de experi ncia normalmente mais custosa de maneira que o empregador prioriza o trabalhador adulto Ainda segundo estes autores em tempos de recupera o do mercado o empregador d prefer ncia a utilizar trabalhadores mais experientes resultando na depend ncia de um longo per odo de crescimento ou estabilidade econ mica para a inser o do jovem neste mercado Os autores seguem relacionando as dificuldades de inser o laboral juvenil altos n veis de sal rio e baixa qualifica o Segundo a OIT 1998 apud Ribeiro e Juliano pg 9 essas dificuldades de oportunidades de trabalho para a entrada do jovem no mercado de trabalho est o relacionadas ao desempenho econ mico da sociedade onde este est inserido No Brasil ainda existem poucos estudos e registros que retratem como no s culo XX foram concebidas e implementadas as a es voltadas para o p blico jovem Sposito e Carrano 2003 Para Abad 2002 Apud Sposito e Carrano 2003 pg 4 as Pol ticas P blicas na Am rica Latina s o
352. o de trabalho pode ser flex vel mas a legisla o trabalhista excessivamente r gida uma vez que n o se pode negociar a maioria dos direitos individuais Como consequ ncia a flexibilidade do mercado de trabalho quando realizada na contrata o informal n o garante nenhuma prote o social ao trabalhador Al m disso parece forte o argumento de que as despesas de contrata o n o dependem da lei porque o desemprego e a informalidade tornam o mercado de trabalho bastante flex vel Por mais abundante que seja a m o de obra e por mais que se pratique a rotatividade do trabalho as empresas modernas n o podem sobreviver da substitui o permanente de sua for a de trabalho De qualquer forma a ado o de normas legais visando aumentar a flexibiliza o do mercado de trabalho pode ter contribu do para melhorar o ambiente institucional no que diz respeito s rela es de trabalho e desempenhado um papel positivo na absor o de m o de obra Isto t o mais relevante quando se sabe que o crescimento econ mico do pa s tem ficado aqu m de seu potencial produtivo o que tem contribu do pouco para a gera o de mais e bons empregos QUADRO 3 3 PRINCIPAIS INICIATIVAS INSTITUCIONAIS NO MBITO DAS RELA ES DE TRABALHO INDIVIDUAIS E COLETIVAS APOS O PLANO REAL 1994 2004 Tema Iniciativas Flexibiliza o da aloca o do trabalho Terceiriza o Disciplinou a contrata o de terceiros por empresa Enunciado 331 2000
353. o foi realizada levando em considera o dois dos principais itens da falta de consenso 1 transi o demogr fica e 11 financiamento da Previd ncia Social Transi o demogr fica Houve uma franca oposi o entre empregadores e trabalhadores e o governo procurou ficar numa situa o intermedi ria Os empregadores entendendo que a quest o demogr fica conforme vimos no cap tulo 4 introduz um grave problema estrutural na solu o da crise da previd ncia A transi o demogr fica torna necess rio que os segurados atuais e futuros contribuam por mais tempo para a Previd ncia Social torna necess rio instituir idade m nima para aposentadoria Para os novos ingressantes a nova idade deve ser de 67 anos para homens e 62 anos para mulheres E recomenda se a cria o de um pilar capitalizado dentro da Previd ncia P blica compreendida dentro do teto do RGPS para as faixas de renda mais elevadas MPS 2007 p gina 5 Sob a tica dos trabalhadores a idade n o o principal problema da crise previdenci ria e a transi o demogr fica tem sido um desafio permanente da Previd ncia Social mas deve ser tratada em conjunto com os demais fatores que influem no equil brio e sustenta o da seguridade social Acreditam que a transpar ncia cont bil uma fiscaliza o adequada e rigorosa e uma pol tica vigorosa de gest o permitir o alterar significativamente os resultados da Previd ncia Social Al m disso isto
354. o impacto do sal rio sobre a distribui o de renda e a pobreza existe mas de pequena magnitude Courseuil e Servo 2002 resenharam v rios estudos analisando a rela o entre estas vari veis e algumas das principais conclus es obtidas foram as seguintes a propor o de pobres diminui com aumentos do sal rio m nimo b diminui o da pobreza ocorre pelo efeito do sal rio m nimo sobre a renda dos trabalhadores informais conta pr pria e trabalhadores sem carteira assinada c pobreza n o se reduz quando se incorpora os efeitos do sal rio m nimo sobre o emprego e d a redu o da pobreza ocorre indiretamente atrav s do impacto do sal rio m nimo sobre o valor dos benef cios da aposentadoria 2 7 3 Sal rio m nimo e transi es no mercado de trabalho O impacto do sal rio m nimo sobre o emprego formal a informalidade a inatividade e o desemprego tampouco parece claro a luz das investiga es hoje conhecidas sobre o papel do sal rio m nimo Dos in meros textos examinados no estudo de Courseuil e Servo 2002 n o poss vel extrair nenhum resultado mais conclusivo mas sim algumas evid ncias que merecem men o Os aumentos do sal rio m nimo n o parecem afetar o emprego e as horas trabalhadas mas possui impacto sobre a inatividade e o desemprego Outro resultado observado foi que eleva es do sal rio m nimo t m efeito sobre a informalidade no sentido de que as empresas trocam trabalho formal por
355. o no Brasil nos moldes da Conven o n 88 da OIT s o antigas no Brasil e sempre contaram com a simpatia de empregadores e trabalhadores Na verdade se at aqui isto n o ocorreu foi pela apatia do Governo Federal mas n o por conflitos de interesses entre os segmentos sociais intervenientes O segundo aspecto refere se a outro aspecto positivo nesta rea e diz respeito ao fato de que a fonte para o financiamento para tais pol ticas bem definida com recursos permanentes em quantidade suficiente para atender as necessidades da for a de trabalho brasileira Trata se conforme vimos no capitulo 6 do Fundo de Amparo ao Trabalho FAT cujo patrim nio esta avaliado em U 64 bilh es em 2006 ver gr fico 8 1 e que custeia o programa de seguro desemprego mas cujos recursos excedentes s o suficientes para garantir a realiza o das principais pol ticas ativas treinamento vocacional intermedia o da m o de obra e programas de micro cr dito certo que as possibilidades de destina o dos recursos do FAT para as pol ticas ativas venham se estreitando pela excessiva demanda de cunho pol tico que tem ocorrido Ocorre por m que esta uma situa o que pode ser revertida uma vez que o Fundo n o s pertence aos trabalhadores como administrado de forma tripartite representando at aqui a mais bem sucedida experi ncia desse tipo de gest o na hist ria recente da administra o p blica brasileira 198 CEPAL Cole
356. o que garantia de um emprego em si Por outro lado n o se detectou nenhum impacto significante sobre a produtividade e a renda do usu rio dos servi os de intermedia o oferecidos pelo SINE Em s ntese apesar de longe do desejado os resultados do SINE tem tido importante papel para o aumento do bem estar dos trabalhadores bem como tem representado uma contribui o positiva para a melhoria do funcionamento do mercado de trabalho Isto porque ao propiciar mais e melhor informa o assim como diversos tipos de orienta o ao trabalhador bem como atuar mais estritamente no mbito das empresas tem aumentado a possibilidade n o s da recoloca o do trabalhador desempregado como tamb m tem ampliado a possibilidade de uma escolha ocupacional 5 qu Seguindo a tradi o internacional os autores somente apreciaram avalia es que compararam o grupo que se beneficiou da pol tica com o chamado grupo de controle A resenha por eles realizada contempla a intermedia o da m o de obra a qualifica o profissional e os programas de microcr dito 131 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho melhor do que a anterior Al m disso este melhor desempenho tem ocorrido no contexto de uma conscientiza o crescente ainda longe da desejada de tratamento integrado entre a intermedia o o SD o micro cr dito e o treinamento vocacional 6 3 Pol ticas de
357. o que negociar Sindicatos querem sua representa o no local de trabalho definida em lei os empres rios querem definida na negocia o Empres rios temem o Contrato Nacional Coletivo desejado pelos trabalhadores pois ele n o prev situa es locais Na reforma da Previd ncia Social as disputas s o semelhantes E assim por diante O antagonismo forte o que seria natural O que n o normal que h muita diverg ncia pouco desprendimento um di logo est ril e um aparente desejo de tudo permanecer como esta para ver se um ente maior resolve o conflito No atual contexto o governo federal se alinha com os trabalhadores ambos dominados pelo movimento sindical forjado pelo corporativismo No governo anterior havia um alinhamento do governo federal com os empres rios e parte do sindicalismo de resultados Como ocorre sempre as for as se anulam o di logo social n o progride e os partidos pol ticos se acomodam diante de um quadro de conflitos onde n o h converg ncia para um interesse comum Resultado mudan as pontuais perman ncia de um modelo ultrapassado e acumulo de problemas para ser solucionado por um novo modelo 8 3 3 Desenvolvimento incipiente do Di logo Social e o surgimento somente recente de F runs adequados para o exerc cio da negocia o N o obstante venha ganhando for a ao longo do tempo o Di logo Social nos padr es praticados em na es mais desenvolvidas desfruta de pouca tradi o no
358. o se verifica uma forte recupera o do emprego formal em todos os setores da atividade econ mica GR FICO 2 3 BRASIL EVOLU O DO EMPREGO FORMAL SEGUNDO SETOR DE ATIVIDADE ECON MICA 1992 2006 160 7 1992 100 0 150 4 4 9 147 8 140 4 130 4 123 7 120 4 114 2 110 4 100 90 4 19 a o a o fo D a o co o 80 r r r r 7 r gt 7 r r r r 1 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Ind stria de Transforma o a Setor terci rio com rcio servi os Fonte Caged MTE As verdadeiras causas da recupera o do emprego formal ainda s o objeto de especula o e demandam investiga o e pesquisas adicionais Mas alguns argumentos j est o consolidados para a explica o da persist ncia da expans o do emprego formal por tantos anos seguidos Dentre estas temos a Com o Plano Real e a ado o do cambio flutuante o Brasil tornou se uma economia est vel minimizando riscos do planejamento do investimento permitindo com isto que as empresas se arrisquem mais na contrata o formal de trabalhadores Al m disso as pr prias empresas acreditam na sua pr pria estabilidade como institui o econ mica b novas regras tribut rias e fiscais beneficiando as m dias e pequenas empresas programa SIMPLES c extens o de direitos trabalhistas a trabalhadores dom sticos facilitando sua formaliza o d a
359. o trabalhista pr pria Numa perspectiva hist rica e observando se o contexto do desenvolvimento econ mico brasileiro o surgimento do FGTS deu se num amplo conjunto de reformas estruturais no in cio do ciclo dos governos militares acontecido em 1964 e procurou atender aos seguintes objetivos Carvalho e Pinheiro 2000 p gina 52 a funcionar com seguro social o intuito principal do fundo foi criar um pec lio para o trabalhador que lhe servisse de amparo no per odo de inatividade permanente e para formar uma reserva financeira que funcionasse como indeniza o por dispensa sem justa causa do emprego ou seja uma retribui o financeira pelo seu desemprego Nessa tica o FGTS foi criado para ser um patrim nio do trabalhador b melhorar a efici ncia alocativa do mercado de trabalho como a estabilidade tornava r gida a mobilidade no mercado de trabalho o fundo procurava facilitar a dispensa de trabalhadores pelas empresas instituindo para tanto um provisionamento compuls rio do sistema de indeniza es e acabando com a estabilidade no emprego Com isso criou se condi es para a elimina o progressiva do passivo trabalhista das empresas e c financiar projetos de infraestrutura os recursos do fundo seriam destinados ao financiamento do sistema de constru o de habita es com crit rios definidos pelo governo federal Sob a tica do objeto de estudo deste relat rio o interesse imediato com rela o ao papel
360. obertura do programa de seguro desemprego para cobrir processos de reestrutura o econ mica e grupos vulner veis e espec ficos de trabalho sazonal Programas de gera o de emprego e renda para haver integra o das fun es a nica indica o concreta foi de que esses programas devem desenvolver a es e medidas especificas focalizando os desempregados de longo prazo bem como adotando procedimentos que venham a fomentar a constitui o e sustentabilidade de formas coletivas de organiza o do trabalho combinadas com pol ticas de microcr dito orientado Formas de participa o social o principio adotado pelo SPETR o de fortalecer a gest o tripartite governo trabalhadores e empregadores No sentido da descentraliza o deve se capacitar as Comiss es Municipais e Estaduais de Emprego que devem ter estrutura organizacional e or amento pr prio e manter di logo com o CODEFAT As Comiss es devem ser inst ncias deliberativas sua composi o deve envolver membros da sociedade civil devem ter participa o na elabora o de planos de desenvolvimento sustent vel e em pol ticas de emprego trabalho e renda bem como economia solid ria Instrumentos de gest o o instrumento que viabilizar a articula o das pol ticas ser na forma de conv nio nico padronizado para todas elas estabelecido para cada Estado da Federa o Quanto ao funcionamento a proposta para que a oferta de servi os seja feita em unidad
361. ogo com os Poderes Executivo Legislativo e Judici rio A Agenda dos Trabalhadores Bras lia Outubro Novembro 207 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho DEDECCA C S 2006 Flexibilidade e regula o de um mercado de trabalho prec rio a experi ncia brasileira Col quio Internacional Novas formas do trabalho e do desemprego Brasil Jap o e Fran a numa perspectiva comparada 11 e 12 de Setembro S o Paulo DELGADO G C 2007 Cen rios do Mercado de Trabalho para Pol ticas de Previd ncia Social a Longo Prazo Nota T cnica Ipea Bras lia Maio DELGADO G C 2007 Diagn stico do Mercado de Trabalho para a Previd ncia Social 1980 2006 Nota T cnica Ipea Bras lia Mar o DELGADO G C 2006a Previd ncia Social e Reformas Texto para Discuss o n 1248 Bras lia Dezembro DELGADO G C 2006b Previd ncia Social e Mercado de Trabalho no Brasil Ci nc Cult v 58 n 4 p 44 45 S o Paulo Outubro Dezembro DELGADO G QUERINO A C RANGEL L STIVALI M 2006 Avalia o de Resultados da Lei do Fator Previdenci rio 1999 2004 Ipea Texto para Discuss o n 1161 DIEESE 2007 Anu rio dos Trabalhadores Edi o 8 S o Paulo DIEESE 2007 Transforma es no Mercado de Trabalho e Desafios para a Previd ncia Social no Brasil Nota T cnica n 46 Julho DIEESE 2006 Balan o das Negocia es de Reajustes Salariais no Primeiro Semestre
362. ogramas e a es nas reas de educa o sa de combate pobreza assist ncia social e cultural Essa linha de a o desenvolvida por conv nios firmados com governos estaduais e municipais O Soldado Cidad o est ligado ao Programa de Desmobiliza o de Militar Tempor rio incluindo aqueles que est o prestando o Servi o Militar Inicial com objetivo de oferecer aos militares a oportunidade de frequentar um curso profissionalizante criando melhores condi es de competir no mercado de trabalho S o beneficiados cerca de 30 mil soldados por ano que t m acesso a cursos de capacita o e forma o profissional em diversas reas como Telecomunica es Automobil stica Aliment cia Constru o Civil e Artes Gr ficas Os cursos levam em considera o as demandas regionais e a voca o manifestada pelo jovem Durante a participa o no programa os jovens soldados recebem um sal rio m nimo mensal O Projeto Soldado Cidad o tem a participa o dos Minist rios da Defesa e do Trabalho e Emprego do Ex rcito da Funda o Cultural Ex rcito Brasileiro Funceb da Confedera o Nacional do Com rcio CNC e da Confedera o Nacional da Ind stria CND O empregador que adere ao PNPE recebe subven o de R 1 500 00 por aprendiz contratado dividida em seis parcelas de R 250 00 O Programa tamb m incentiva a a o de Responsabilidade Social e concede o selo Empresa Parceira do Programa Primeiro Emprego s empres
363. oi at hoje regulamentada a multa do FGTS funciona como aquela indeniza o Ressalta se ainda que o Brasil que havia ratificado a Conven o 158 da OIT em 17 09 1992 resolveu denunci la em 20 11 1996 e conforme Decreto 2 100 de 20 12 1996 ela deixou de vigorar em territ rio brasileiro sob o argumento de que conflitava com a Constitui o Federal de 1988 53 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Modalidades especiais de contrato de trabalho a legisla o trabalhista brasileira especialmente a CLT contempla in meras outras modalidades de contrato de trabalho ou formas de utiliza o do trabalhador al m do contrato padr o por prazo indeterminado que conferem maior flexibilidade s rela es de trabalho sob o ponto de vista jur dico ainda que n o necessariamente venham ser utilizadas em grande escala no mercado de trabalho brasileiro S o algumas dessas modalidades a contrato por prazo determinado contrato de trabalho cuja vig ncia dependa de termo prefixado ou da execu o de servi os especificados ou ainda da realiza o de certo acontecimento suscet vel de previs o aproximada CLT artigo 443 b contrato de trabalho tempor rio ocorre quando o indiv duo contratado por empresa de trabalho tempor rio para presta o de servi o destinado a atender necessidade transit ria de substitui o de pessoal regular e permanente ou acr scimo extr
364. olver 98 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho qualquer outro problema impl cito na pol tica do sal rio m nimo redu o da desigualdade diminui o da pobreza e aumento da capacidade de crescimento econ mico O caminho correto ent o seria preservar o valor das aposentadorias garantindo a indexa o das mesmas a algum indicador de infla o passada por m desvinculando o piso previdenci rio do sal rio m nimo novo desenho do sistema de assist ncia social o pilar assistencial b sico cont m um grave problema pois a Lei Org nica da Assist ncia Social LOAS Lei n 8 742 93 garante o direito a um beneficio no valor de um sal rio m nimo ao deficiente ou idoso com idade igual ou superior a 65 anos com renda familiar per capita inferior a 1 4 do sal rio m nimo mesmo que n o tenha realizado contribui es ao INSS Esta legisla o n o obstante seus m ritos humanit rios afeta negativamente o equil brio or ament rio do RGPS tanto do lado das receitas quanto do lado das receitas A proximidade da idade requerida da aposentadoria por idade 65 anos para homem e 60 para mulher em si mesmo j representa um fator de desestimulo a contribui o Al m disso a Lei leva a um aumento nos gastos com benef cios e a perda de arrecada o ocorre pelos incentivos adversos criados com o estimulo informalidade no mercado de trabalho na medida em que se reduzem os benef
365. omulga o de altera es na legisla o trabalhista modificando itens pontuais de forma gradual que j estavam consagrados na CLT e na Constitui o de 1988 cuja perspectiva como reforma trabalhista foi pouco percept vel mas real stica em quatro dire es Cardoso Jr 2001 Krein 2003 2007 a flexibiliza o das condi es no uso da for a de trabalho e das formas de contrata o b modifica es na regula o do tempo de trabalho c flexibiliza o das condi es de remunera o da for a de trabalho d modifica es na forma de solu o dos conflitos trabalhistas com est mulo s negocia es diretas entre as partes Numa vis o de mudan as mais amplas Chahad e Menezes Filho 2002 p gina 11 alertando para as v rias transi es pela qual a economia brasileira passou e ainda continua passando desde o in cio dos anos 1990 e destacando seus impactos sobre o mercado de trabalho coloca da seguinte forma a mudan a do papel do Estado na busca da uma nova regula o das rela es de trabalho A quarta transi o encontra se ainda em estado embrion rio mas se refere diretamente ao mercado de trabalho a busca continua do fim da tutela do Estado sobre as rela es de emprego e portanto sobre o mercado de trabalho em troca do predom nio e da preval ncia das negocia es coletivas envolvendo empresas e trabalhadores A lentid o desta transi o explicada pelo meio s culo de vig ncia da C
366. onal devendo ser este destinado a elevar o potencial de emprego tanto de um desempregado prioritariamente quando de trabalhadores que estejam empregadas necessitam de reciclagem ou buscam evitar a obsolesc ncia Em qualquer destes casos imprescind vel que o setor produtivo tenha interesse no treinamento vocacional pois ele quem garante o emprego ap s a a o de treinar Aqui bom relembrar que parte do sucesso do treinamento vocacional esta condicionado sua articula o com outras pol ticas ativas ou passivas Em especial a integra o entre o treinamento e a intermedia o da m o de obra certamente melhora as chances de sucesso da recoloca o do desempregado e a articula o entre o treinamento e o programa de seguro desemprego tende a ter o mesmo impacto ambos com impactos positivos sobre a redu o da taxa de desemprego aberto A outra pol tica ativa que deve sofrer reformula o o programa de gera o de emprego e renda Diferentemente das outras pol ticas ativas sua revis o indicaria uma concess o mais criteriosa 197 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho de recursos para esta pol tica com rela o ao que hoje vem ocorrendo Conforme vimos na tabela 6 8 praticamente a totalidade dos recursos destinados para os gastos com pol ticas ativas 99 3 s o canalizados para os programas de gera o de emprego e renda Ocorre que ao longo do tempo este
367. onsiderada abusiva Ressalve se que o direito de paralisa o do empregado e quando isso ocorre por parte do empregador chamada de locaute Esta pratica expressamente proibida pelo art 17 da Lei n 7 783 89 com o intuito de frustrar a negocia o trabalhista ou dificultar o atendimento de reivindica es dos respectivos empregados Solu o dos conflitos coletivos o procedimento tradicional de composi o dos conflitos coletivos nas rela es de trabalho no Brasil obedece s seguintes etapas a os sindicatos trabalhistas comunicam os sindicatos patronais ou diretamente s empresas suas reivindica es iniciando se um procedimento de negocia es diretas sem interfer ncia do Estado A lei brasileira obriga os empregadores a agirem de boa f e manterem o di logo artigo 616 da CLT b havendo recusa da negocia o por uma das partes a Delegacia Regional do Trabalho DRT rg o do MTE pode convocar uma mesa de negocia o iniciando se assim a media o pelo Delegado da DRT que como em toda media o n o ter poderes decis rios apenas apresentar propostas que as partes aceitar o ou n o c havendo emin ncia de greve o Delegado tamb m convocar uma mesa de negocia o d n o havendo conven o coletiva de trabalho com ou sem media o a lei autoriza a greve segundo os procedimentos e as hip teses previstas e o conflito transfere se ent o para os tribunais do trabalho Justi a do Trabalho L
368. ontribui o confederativa prevista no art 8 inciso IV da Constitui o d desconto assistencial uma taxa prevista pela negocia o ou acordo coletivo entre sindicatos donde se fixa um percentual sobre o sal rio reajustado no ano Al m dessas fontes de custeio o sindicato pode beneficiar se de receitas eventuais como doa es multas aliena o patrimonial e do desconto assistencial inser o de uma taxa nas conven es ou acordos A exist ncia de uma contribui o anual compuls ria tamb m configura flagrante viola o da Conven o n 87 da OIT seja porque implica em forma indireta de participa o compuls ria na vida do sindicato seja porque incompat vel com o regime de pluralidade sindical Siissekind e outros 2002 p gina 1 140 Al m disso a exist ncia de uma fonte cativa e permanente de receitas torna os sindicatos inflex veis s mudan as em sua forma de atua o especialmente naquelas que afetem sua principal fonte de recursos A forma de financiamento dos sindicatos no Brasil tamb m fator que impede o pa s de ratificar a Conven o n 87 da OTT Negocia o Coletiva Conven es Coletivas e Acordos Coletivos Os procedimentos para que se inicie uma negocia o coletiva est o previstos nos artigos 612 a 616 da CLT Com rela o s conven es coletivas estas reconhecidas pela Constitui o Federal em seu art 7 inciso XXVI sendo que dever o ser entendidas como um acordo de car
369. or es no mercado de trabalho originadas pelo SDe FGTS Esta se o explora algumas das causas pelas quais o FGTS e o SD t m originado problemas no funcionamento do mercado de trabalho brasileiro mesmo que concebidos com a finalidade de proteger os trabalhadores colocados em situa o de desemprego involunt rio 51 x ani Deve se notar que todo sistema de prote o social esta direcionado ao chamado setor formal do mercado de trabalho Mas ainda assim as distor es que nele surgem possuem implica es sobre a taxa de desemprego e a 119 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 5 4 1 Os problemas com o FGTS incluindo sua multa O FGTS possui a caracter stica de uma poupan a compuls ria do trabalhador em seu nome feita com os recursos do empregador Apesar de ser sua propriedade seu acesso restrito e essa limita o torna o um ativo de baixa liquidez Al m disso apesar de ser um recurso financeiro que lhe pertence ele n o pode aplicar aonde desejar Desta forma a baixa liquidez associa se baixa remunera o reduzindo a valoriza o que cada trabalhador atribui ao fundo Sob a tica econ mica isto significa introduzir inefici ncia no mercado de trabalho Em primeiro lugar porque o valor de cada unidade monet ria depositada pela empresa avaliado por um valor inferior pelo trabalhador Visto sobre outra tica o FGTS custa mais para a empresa do que
370. or pode consultar entre outros Ulissea 2005 33 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 2 9 BRASIL GRAU DE INFORMALIDADE 1992 2006 a Porcentagem 604 59 0 588 as sea 89 58 8 j ad ed a RR 57 2 57 0 58 5 Teras 555 s 55 3 55 4 ndo 54 3 P 54 4 seien 539 e as 526 526 526 526 53 0 50 Sur 51 2 50 8 49 9 gd 44 3 44 5 60 o dai diaria 42 0 p 41 3 40 4 gp qa 8 41 0 E 38 5 35 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 e Brasil N o metropolitano Metropolitano Fonte Pnad IBGE Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada At o final de 1990 houve um forte crescimento da informalidade nas regi es metropolitanas brasileiras enquanto houve um pequeno decl nio no trabalho informal das regi es n o metropolitanas Posteriormente a partir de 1999 houve um decl nio da informalidade nas regi es n o metropolitanas que passou de 58 8 naquele ano para 55 3 em 2005 e uma estagna o da informalidade nas reas metropolitanas em torno de 44 0 Como conseqii ncia houve uma queda da informalidade no Brasil entre 1999 e 2005 de 54 4 para 50 8 o que se confirmou em 2006 quando apresentou um resultado de 49 9 Embora esta queda seja desej vel n o significa por si s melhoria substancial no mercado de trabalho brasileiro Em primeiro lugar porque ainda representa um
371. ormance inferior desej vel no primeiro caso mas sob uma press o de oferta anormal ou um desempenho muito bom acima do esperado mas em condi es muito favor veis de oferta no segundo caso FIGURA 2 3 BRASIL ESTADOS DO MERCADO DE TRABALHO TAXA DE DESEMPREGO VS TAXA DE PARTICIPA O 1992 2005 11 0 03 99 04 amp o Desconforto 1 Incerteza 1 S 85 o 97 o o o ul x o E 96 gate 93 95 Incerteza m Conforto M 6 0 1 56 58 60 Taxa de participa o Fonte IBGE Pnad No que diz respeito mercado de trabalho brasileiro a figura 2 3 mostra que na primeira metade da d cada de 1990 revela fase uma que o mercado de trabalho estava numa situa o relativamente confort vel mesmo quando havia alguma press o de oferta de trabalho como em 1992 e 1996 Ap s este ano temos uma deteriora o flagrante do mercado de trabalho brasileiro pois ocorre uma redu o nas taxas de participa o diminuindo portanto as press es da oferta mas se verifica a ocorr ncia de altas taxas de desemprego entre 1997 e 2001 Ap s este per odo ocorre uma estabilidade da taxa de desemprego conforme j vimos mas de acordo com a referida figura isto vem ocorrendo com uma crescente press o de oferta de trabalho decorrente da eleva o da taxa de participa o o que tira o mercado de trabalho da situa o de desconforto colocando o em outra situa o incerta sen o indesejada
372. orr ncia das novas habilidades e compet ncias adquiridas no programa torna se mais seletivo na busca por trabalho o que pode ter um efeito negativo na probabilidade de obter um novo emprego No campo das evid ncias emp ricas as estat sticas mostram que o efeito motiva o significante verificando se uma eleva o da probabilidade do desempregado obter um novo emprego gt i PA 4 a e no per odo que precede ao seu ingresso obrigat rio numa pol tica ativa Com rela o ao efeito Madsen 2002 p gina 9 aponta um dilema decorrente deste resultado melhor entendido em suas pr prias palavras if is wished to increase the motivation effect there may be a temptation to change the content of activation programmes to make then less atractive to participants But this would also probably imply that the 16 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho qualifica o os dados revelam que a redu o no desemprego ocorre em maior propor o entre aqueles que recebem treinamento proveniente do setor privado provavelmente porque s o mais orientados pelos interesses da demanda de trabalho Para desempregados recebendo treinamento espec fico o efeito qualifica o tem se revelado muito pequeno J o efeito trancamento tem sido identificado em alguns grupos de desempregados especialmente aqueles com educa o superior 1 4 O Papel do Aprendizado de Longo Prazo life lon
373. os Nota se claramente que a destina o dos recursos do fundo majoritariamente para a indeniza o dos trabalhadores demitidos sem justa causa pelas empresas Em 2006 68 1 dos saques efetuados foram em decorr ncia desta raz o As demais modalidades de retirada de recursos pelos trabalhadores aparecem totalmente pulverizadas n o merecendo maior aten o como destino dos recursos do FGTS TABELA 5 5 BRASIL RETIRADAS DO FGTS SEGUNDO MODALIDADES Ano Modalidades 2001 2006 N N Demiss o sem justa causa 12 423 094 67 6 16 303 900 68 1 Constru o de moradia 357 392 1 9 534 204 PRA Aposentadoria 427 970 2 3 628 004 2 6 Inatividade da conta 1970 772 10 7 1252818 5 2 Doen as 46 153 0 3 80 026 0 3 Demais modalidades 3 138711 17 1 5 158 865 21 5 Total 18 364 092 100 0 23957817 100 0 Fonte Caixa Econ mica Federal Relat rio de Gest o do FGTS Tomando se o per odo 1996 2006 como refer ncia verifica se que os recursos que se destinam prote o dos trabalhadores desempregados na forma de FGTS s o maiores do que aqueles que s o pagos na forma de seguro desemprego de acordo com a tabela 5 6 De fato enquanto a rela o FGTS PIB foi de 1 39 a rela o SD PIB foi bem menor 0 41 No seu conjunto o Brasil gastou anualmente na m dia desse per odo aproximadamente 1 80 do seu PIB com pagamento de indeniza es e benef cios tendo em vista garantir prote o aos seus trabalhadores do mercado fo
374. os bastante rica como o FAT Nos prim rdios da fase da expans o das pol ticas ativas o programa de seguro desemprego servia de ancora para um futuro Servi o de Emprego Nesta perspectiva a Lei 8 019 90 com a finalidade de ampliar o programa de seguro desemprego de forma articulada com outras a es de emprego estabeleceu em seu artigo 13 que a operacionaliza o do programa de seguro desemprego no que diz respeito s atividades de pr triagem e habilita o dos requerentes aux lio aos requerentes e segurados na busca de um novo emprego bem assim s a es voltadas para qualifica o profissional ser executada prioritariamente em articula o com os estados e munic pios por interm dio do Sistema Nacional de Emprego nos termos da lei l As sugest es para a implanta o de um Servi o de Emprego no Brasil por vezes identificado como um Sistema P blico de Emprego tornaram se freq entes ao longo dos anos 1990 e eram bastante claras sobre a necessidade dessa integra o tendo em vista um melhor desempenho do mercado de trabalho brasileiro Ver especialmente os textos de Azeredo 1998 e Chahad 1999 Destaca se ainda que na gest o do antigo Minist rio do Trabalho e Administra o em 1992 uma proposta embrion ria chegou a ser formulada com a participa o do autor mas n o prosperou em virtude da grave crise pol tica que se abateu sobre o governo federal Ver documento MTA 1992 188 CEP
375. os trabalhadores No caso da Previd ncia Social pension system o artigo 201 da CF 88 estabelece que ela deve atender nos termos da lei a I cobertura dos eventos de doen a invalidez morte inclu dos os de acidentes de trabalho velhice e reclus o II ajuda manuten o dos dependentes dos segurados de baixa renda IH prote o da maternidade especialmente gestante IV prote o ao trabalhador em situa o de desemprego involunt rio V pens o por morte de segurado homem ou mulher ao c njuge ou companheiro e dependentes 2 Este cap tulo tratar basicamente da Previd ncia Social a rea mais importante da Seguridade Social brasileira bem como do acesso da popula o e de trabalhador brasileiro ao sistema de Sa de Os aspectos b sicos relativos prote o social decorrente do desemprego involunt rio ser o abordados no cap tulo 5 75 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A Assist ncia Social deve ser prestada a quem dele precisa independente de contribui o e o artigo 202 da Constitui o Federal estabelece que seu objetivo I a prote o fam lia maternidade inf ncia adolesc ncia e velhice II o amparo s crian as e adolescentes carentes HI a promo o da integra o ao mercado de trabalho IV a habilita o e reabilita o das pessoas portadora de defici ncia e a promo o de sua reintegra o
376. p Em 2006 o Proger urbano respondeu por mais de 80 0 das opera es de cr dito dos programas de gera o de emprego e renda com recursos provenientes do FAT Ver Informe Proger Edi o especial dados de 2000 a 2006 n 1 MTE Bras lia 2007 140 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Outro aspecto negativo que a prolifera o excessiva de programas na aus ncia de avalia es introduz um elemento de rigidez no sistema e cada novo programa se soma aos demais ampliando o leque linhas de cr dito e programas ao longo do tempo Isto imp e uma din mica de expans o continua seja pela resist ncia posterior em se extinguir programas j existentes seja pela tenta o de abrirem se novos programas uma vez que a excessiva flexibilidade do existe abre espa o para demandas pol ticas question veis do ponto de vista de gera o de emprego e renda Em tempos recentes temos exemplo de linhas de cr dito financiando im veis usados bens de capital j depreciado com dez anos de uso e empr stimos para financiar bens de consumo certamente menos importantes no rol de financiamentos voltados para uma gera o de emprego e renda mais duradoura ou melhor focalizados em segmentos mais vulner veis do mercado de trabalho 6 4 1 Avalia o metodol gica dos programas de gera o de emprego e renda e microcr dito Ap s seu in cio em 1994 o Proger sofreu sua primeira avalia o cinc
377. p s ter contribu do para o RPPS por 35 anos homens ou 30 anos mulheres Neste regime o trabalhador do servi o p blico recebe sua aposentadoria diretamente do Estado com recursos provenientes das receitas do governo Assim sendo o aposentado continua sendo um servidor strictu sensu alterando apenas sua condi o de ativo para inativo Ao se aposentar o servidor recebe um beneficio igual ao ltimo sal rio que lhe era pago no servi o p blico A tabela 4 3 revela a distribui o dos segurados entre esferas de governo e modalidades de segurado Em 2004 os regimes pr prios ofereciam prote o previdenci ria para cerca de 7 8 milh es de funcion rios p blicos sendo a maioria de trabalhadores ativos 63 1 e concentrados na esfera estadual 53 6 TABELA 4 3 BRASIL SERVIDORES E SEGURADOS DO RPPS 2004 Esfera de Governo Ativos Inativos Pensionistas Total Uni o 905 845 545 551 419562 1870958 24 2 Estados 2 626 076 973 683 550558 4150317 53 6 Munic pios 1355 490 269 118 98 275 1 722 883 22 2 Total 4887411 1788 352 1068395 7744158 100 0 63 1 23 1 13 8 100 0 Fonte Informe de Previd ncia Social Volume 16 n 08 agosto de 2004 Nota se contudo que o percentual de trabalhadores inativos custeados com recursos p blicos relativamente alto 23 1 sendo maior ainda no setor p blico federal 29 2 Isto ocorre devido s facilidades de se aposentar no setor p blico brasileiro at as reformas ocorridas em 19
378. para evitar problemas banc rios Fonte Elabora o do autor com base na bibliografia consultada 145 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Uma consegii ncia imediata disto foi o aumento da capilaridade da rede de atendimento no servi o de recoloca o do trabalhador no mercado de trabalho muito embora haja d vida quanto qualidade da oferta dos servi os Ademais no caso da participa o dos sindicatos isto representou uma expans o do sistema para o setor privado e com isso introduziu um elemento de competi o externa ainda necessitando de avalia o com as ag ncias de coloca o do pr prio setor privado e do setor p blico SINE No que diz respeito ao treinamento vocacional houve uma mudan a dr stica tanto em termos de filosofia do programa quanto na destina o dos recursos quando se passou do Planfor para o PNQ A concep o desse novo plano parece querer ir muito al m da qualifica o do trabalhador visando sua reinser o no mercado de trabalho ou procurar fazer o papel principal do treinamento vocacional que tentar ajustar o perfil da oferta aos requisitos de demanda de m o de obra por parte das empresas Numa realidade cheia de car ncias preciso preencher boa parte delas Neste cen rio sob os pressupostos de que a qualifica o profissional representa uma forma de inclus o social bem como um direito para garantia de trabalho para homens
379. pequeno porte estimulando o setor produtivo como um todo a contratar trabalhadores com prote o social m nima O outro sentido o de fortalecer a negocia o coletiva como forma de garantia dos direitos elegendo se o di logo social como forma de resolu o dos conflitos Os direitos fundamentais b sicos n o seriam garantidos somente aos trabalhadores formais mas tamb m aos demais trabalhadores informais caracterizando um sistema de prote o social universal Para tanto seria importante uma reforma no sistema de acesso Previd ncia Social aos trabalhadores por conta pr pria e aut nomos estendendo a eles os benef cios previdenci rios b sicos J os trabalhadores do setor formal teriam sua prote o social nos moldes tradicionais de seguro desemprego e da indeniza o pela despedida sem justa causa FGTS mas no caso brasileiro deveriam ser redesenhados para impedir as distor es apontadas no capitulo 5 Z Outra reforma imediata a na estrutura e no funcionamento das organiza es sindicais brasileiras O modelo corporativo com base no monop lio sindical e no financiamento p blico implantado em 1930 j est amplamente superado em franca oposi o com os caminhos do sindicalismo moderno necess rio em mundo globalizado competitivo e em r pida transforma o A dire o da reforma o aumento da competitividade entre os sindicatos cabendo a eles lutarem por sua capacidade de financiamento se quiserem fic
380. pera o de cr dito A explica o para este resultado decorre da mudan a estrutural importante que ocorreu representada pelo avan o dos empr stimos para as pessoas f sicas do mercado de trabalho informal trabalhadores aut nomos artes os prestadores de servi os pessoais pequenos empreendimentos familiares al m de uma queda das opera es de cr dito contratadas pelas microempresas e pelos pequenos estabelecimentos GR FICO 6 7 BRASIL VALOR M DIO DAS OPERA ES DE CR DITO DO PROGER URBANO 1997 2006 Em US mil 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte Elabora o do autor Sob a tica da gera o de emprego e renda o advento do Proger pode ter sido um novo passo como pol tica ativa no mercado de trabalho mas a forma de cria o sua velocidade e a falta de crit rios de acompanhamento monitoramento e avalia o t m tido elementos de cr tica Embora tais programas representem uma inje o expressiva de cr dito na economia constituem se em um conjunto confuso de linhas de financiamento sobretudo em raz o da sobreposi o existente entre alguns deles Esse aspecto torna obscura a aloca o de recursos do FAT dado o leque amplo de reas de atua o e de setores a serem atendidos dificultando uma avalia o geral de desempenho sobre as referidas aloca es Boletim de Pol ticas Sociais acompanhamento e an lise n 13 p ginas 215 216 edi o especial 2007 am
381. perar pela pr xima PNAD relativa ano de 2005 que pode confirmar ou refutar a impress o atual de revers o na tend ncia de incremento na prote o aos idosos Apesar da PNAD 2005 j ter sido divulgada este autor n o pode confirmar esta hip tese pois requer especificidades t cnicas que v o al m do prazo permitido por este texto 83 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho GR FICO 4 2 i BRASIL IDOSOS DE 60 ANOS OU MAIS QUE RECEBEM APOSENTADORIA E OU PENS O OU QUE CONTRIBUEM PARA ALGUM REGIME PREVIDENCI RIO 1992 2004 Porcentagem 90 87 ja 85 8 86 2 co E nin 85 4 86 3 Pd Sae 85 4 85 4 gi pe ash c o 80 J aj sq qe 813 81 5 82 81 2 ade 801 30 80 1 80 3 80 9 65 T r T r T r 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Brasil Homens Mulheres Fonte Pnad Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada Obs a Pnad n o cobre a rea rural da Regi o Norte exceto Tocantins 4 4 O Impacto da Previd ncia Social na Pobreza Vimos no cap tulo 2 que o Brasil um pa s com uma extrema desigualdade de renda com grandes bols es de pobreza entre regi es geogr ficas e dentro destas nas zonas perif ricas das reas urbanos Mesmo nas reas rurais os n veis de pobreza mis ria e marginalidade s o facilmente observ veis n o necessitando de estudos para provar sua exist ncia Neste contexto um dos principai
382. percentual muito alto de trabalhadores em situa o de trabalho prec rio Em segundo lugar este trabalho prec rio em grande parte considerado ilegal ainda que represente uma estrat gia v lida de sobreviv ncia do trabalhador sem outra op o no mercado de trabalho Por fim trata se de um contingente expressivo de trabalhadores que n o geram recursos para o sistema de Seguridade Social mas dela se beneficiam contribuindo para agravar o d ficit da Previd ncia Social pension system brasileira 2 6 O Comportamento dos Rendimentos Reais A evolu o dos rendimentos reais m dios no mercado de trabalho metropolitano brasileiro revela que o mesmo sujeito a grandes flutua es c clicas indicando um mercado de trabalho bastante flex vel sob esta tica funcionando como uma vari vel de ajuste quando da ocorr ncia de choques econ micos De acordo com o gr fico 2 10 nota se que o rendimento m dio real dos trabalhadores subiu quase 17 0 nos dois primeiros anos do Plano Real que foi implantado em 1994 Ele continuou a crescer at praticamente o final da d cada de 1990 quando experimentou forte decl nio at o ano de 2004 Desde ent o vem se recuperando por m muito lentamente estando bastante defasado com rela o ao seu valor real de 1994 34 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Isto n o acontece contudo o valor real do sal rio m nimo conforme mostra o mesmo gr
383. pios que visam diminui o da discrimina o e da desigualdade do g nero apenas em meados da d cada de 1990 encontram se a es que favorecem as mulheres dentro de pol ticas p blicas mais amplas como por exemplo o PLANFOR e somente nos anos 2000 houve a implementa o de pol ticas especificas para o p blico feminino A cria o da Secretaria Especial de Pol ticas para Mulheres em 2003 facilitou muito a integra o de a es e pol ticas voltadas para esse p blico Esta Secretaria como rg o da Presid ncia da Rep blica possui a gest o de duas pol ticas focadas no p blico feminino no mundo do trabalho o Programa Pr Eq idade de G nero e o Incentivo Autonomia Econ mica das Mulheres no Mundo do Trabalho al m de desenvolver a es de gera o de renda e trabalho voltadas para as mulheres conjuntas com todos os Minist rios e Secretarias Especiais Al m destas pol ticas recentemente a Comiss o de Direitos Humanos do Senado brasileiro aprovou um projeto para a amplia o de licen a maternidade de 4 para 6 meses chamada de Programa Empresa Cidad Pela lei a licen a continua sendo de quatro meses por m as empresas que aderirem voluntariamente o Projeto receber o incentivos fiscais al m de um selo de reconhecimento Outro grupo vulner vel no que se refere gera o de oportunidade de emprego e renda s o os jovens que encontram dificuldades de inser o no mercado de trabalho As pol
384. plano de trabalho e um termo de ades o 2 A sele o dos jovens efetuada atrav s dos Sines Delegacias do Trabalho Cons rcios Sociais nos quais o jovem se cadastra ou diretamente pelos empregadores Desde a implementa o do Programa at o ano de 2005 233 250 jovens inscreveram se no Programa atrav s do Sistema P blico de Emprego Andrade 2005 A principal fonte de financiamento do PNPE s o os recursos fiscais ordin rios do MTE Em 2004 o Programa utilizou recursos do fundo de combate pobreza 84 do total e recursos or ament rios 16 Em 2005 100 dos seus recursos foram bancados por recursos or ament rios Em 2004 foi realizada uma avalia o do Programa pelo Departamento de Pol ticas de Trabalho e Emprego para a Juventude o que acabou por gerar diversas mudan as As principais altera es ocorridas no Programa em 2004 devido a implementa o da Medida Provis ria n 186 foram as seguintes e Fm sua implementa o o p blico alvo do Programa abarcava apenas jovens que ainda n o haviam completado o Ensino M dio Ap s a implementa o da Medida Provis ria podem ser contratados jovens que j conclu ram o Ensino M dio Dos empregos criados no mbito do Programa 70 por m devem ser destinados aos jovens que ainda cursam tal n vel de ensino e Em rela o subven o de empregadores que aderem ao Programa o valor da parcela que no in cio era de R 100 a R 200 foi elevado para R 250
385. presentada no cap tulo 2 verifica se que o emprego formal cresceu entre 1992 2006 1 8 ao ano uma cifra baixa em parte pela grande queda deste tipo de emprego nos anos noventa Tomando se agora as informa es da tabela 2 5 como refer ncia verifica se que o contrato por prazo indeterminado CLT ou seja o emprego formal tradicional cresceu entre 1995 e 2005 cerca 3 8 na m dia anual daquele per odo Relembrando agora do capitulo 3 se o 3 6 sabemos que neste ltimo per odo entre 1995 2002 foram realizadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso mudan as pontuais em dire o flexibiliza o do mercado de trabalho brasileiro o que deve ter ser uma das explica es para o forte aumento do emprego formal que tem ocorrido desde ent o Nesse sentido parece claro comparando aqueles dois per odos que mudan as nas leis trabalhistas produzem efeitos no Brasil e os benef cios de uma reforma trabalhista ceteris paribus seria um crescimento anual do emprego formal n o inferior a 3 8 podendo ser maior para as modalidades de contrato de trabalho at picas respeitadas as limita es das fontes secundarias de dados aqui utilizadas Qual a representatividade desta constata o para a prote o social Os trabalhadores do mercado formal est o automaticamente protegidos pela legisla o trabalhista e previdenci ria seja no contrato padr o por tempo indeterminado seja nos contratos at picos mas que por serem formais ter
386. presta o continuada da Previd ncia Social os benef cios do programa Bolsa Fam lia e outros benef cios semelhantes foram respons veis por cerca de 1 3 da redu o da concentra o da renda acesso ao trabalho desemprego e participa o no mercado de trabalho aumentou o acesso aos postos de trabalho de melhor qualidade a taxa de participa o cresceu recentemente e a taxa de desemprego de longo prazo se estabilizou distribui o da remunera o do trabalho tem havido um forte queda na desigualdade de rendimento do trabalho em decorr ncia do impacto da escolaridade sobre a remunera o da redu o do diferencial salarial por g nero por ra a entre o setor urbano e o rural entre o trabalho formal e o informal entre outras segmenta es Embora a redu o da desigualdade de renda per capita venha caindo no Brasil o n vel de desigualdade ainda extremamente elevado quando comparado a padr es internacionais Al m disso a essa queda ainda se faz num contexto de n veis extremos de mis ria e pobreza tanto em reas rurais quanto em reas urbanas assim como no contexto de rela es de trabalho pouco desenvolvidas em determinadas regi es do pa s Diante disto as limita es do mercado de trabalho em contribuir para simultaneamente gerar mais empregos e aliviar a pobreza ficam maiores ainda Nesse sentido torn lo mais flex vel do que ele j se encontra por meio de uma legisla o r gida e mais negocial nos
387. propostas no governo Lula tomaram a forma de emendas constitucionais a EC no 41 2003 e EC no 47 2005 cujos principais itens est o resumidos no quadro 4 3 95 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 4 3 BRASIL REFORMAS NA PREVID NCIA SOCIAL NO GOVERNO LULA Principais itens Emenda Constitucional N 41 2003 Alterou o RPPS e o Regime de Previd ncia Complementar Emenda Constitucional N 47 2005 Alterou o RGPS RPPS e o Regime Previd nce Complementar Fixou um teto de aposentadoria igual ao valor pago pelo INSS para os trabalhadores que ingressaram no setor p blico ap s a reforma e que trabalharam em institui es que tiverem institu do previd ncia complementar Elevou a ida de de refer ncia de aposentadoria de 53 anos para 60 anos para homens e de 48 anos para 55 anos para mulheres Aplicou um redutor de 5 por ano para os que quiserem se aposentar com o limite de idade anterior 53 anos homens e 48 anos mulheres Imp s um redutor no valor das novas pens es em rela o ao valor original do benef cio Este redutor ser de 30 sobre o valor que exceder o teto do valor fixado pelo INSS Modificar a forma de c lculo do benef cio tomando como base a m dia dos sal rios d e contribui o e n o o ltimo sal rio recebido Definir um teto para o valor das aposentadorias limitando ao m ximo sal rio de cada Poder
388. que este possa realizar posteriormente a es de monitoramento e avalia o O Plano de A o deve englobar 2 reas de trabalho e deve envolver a es nessas reas a fim de abolir a discrimina o de g nero A rea de gest o de pessoas envolve atividades em rela o a recrutamento e sele o processos de capacita o e treinamento interno ascens o funcional e planos de carreira cargos sal rios e remunera o programas de sa de e seguran a no trabalho e pol tica de benef cios J a rea de Cultura Organizacional envolve mecanismos de combate s pr ticas de discrimina o sexo ra a estado gestacional e orienta o sexual e ocorr ncia de ass dio moral e sexual pr ticas de sensibiliza o voltadas para a equidade de g nero na cadeia de relacionamentos da organiza o e propaganda institucional interna e externa Durante o per odo de um ano contado a partir da apresenta o do plano de a o a empresa monitorada e conta com o assessoramento t cnico do Comit A avalia o ent o realizada buscando verificar o cumprimento dos compromissos assumidos pela empresa em rela o eq idade de g nero d Pol ticas espec ficas para mulheres Incentivo autonomia econ mica das mulheres no mundo do trabalho O programa de Incentivo autonomia econ mica das mulheres no mundo do trabalho busca apoiar iniciativas de empoderamento e capacita o das mulheres com a finalidade de promover a igualdade
389. r institui o privada ou p blica por acad micos ou mesmo profissionais trabalhistas 16 e E Pastore 2005a p gina 45 reformulou seus c lculos e reviu alguns de seus conceitos passando a denominar os encargos sociais de despesas de contrata o sob o argumento de que independentemente da quest o sem ntica verdade que alguns pagamentos s o imediatamente apropriados pelos trabalhadores e outros s o deferidos para o tempo oportuno Mas as contribui es sociais transformam se em b nus futuros para os empregados e nus imediato para as empresas Sob a tica da teoria dos custos na microecon mica tradicional a afirma o esta estritamente correta Parte das informa es desta tabela foi obtida por meio de consulta Internet conforme mostram os endere os eletr nicos das institui es consultadas A escolha foi totalmente aleat ria dependendo unicamente da disponibilidade da informa o no momento da consulta 59 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 3 3 BRASIL ENCARGOS SOCIAIS E CUSTOS DE CONTRATA O SEGUNDO INSTITUI ES E AUTORES Porcentagem Institui es Endere o eletr nico Valora SEBRAE MG 166 03 ABEMI www abemi org br 138 59 FECOM RCIO MG FGV www fcemg org br 106 60 SICEPOT MG www engwhere com br 138 48 SINDICON SP MTE www sindicon sp com br 83 82 SINDUSCON SP www sindusconsp com br 183 74 SINDUSCON Jo
390. r impacto 147 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho significativo sobre o desemprego friccional Finalmente o microcr dito auxilia no combate ao desemprego decorrente de algum desequil brio estrutural sendo um bom instrumento para a melhoria da produtividade na medida em que seu benefici rio tem acesso s novas tecnologias devido expans o de seu capital f sico Nesse sentido tem um impacto positivo mas limitado sobre a produtividade Realizadas estas considera es vejamos sucintamente o desempenho e o impacto desses tr s tipos de pol ticas ativas no caso brasileiro luz das evid ncias apresentadas Apesar do conjunto restrito de avalia es dispon veis no caso brasileiro parece evidente que n o obstante os resultados positivos ainda existem grandes dificuldades operacionais decorrente da formula o de desenhos inadequados ou implementa o incorreta que impedem as pol ticas ativas brasileiras de atingirem o seu potencial Algumas dessas dificuldades s o de natureza espec fica da cada pol tica sendo outras de car ter mais abrangente dizendo respeito pr pria fonte de financiamento o FAT Em termos espec ficos a pol tica de intermedia o de m o de obra atrav s do SINE ainda padece de uma excessiva interven o do Estado em todas as etapas da oferta de servi os Por um lado se isto garante alguma igualdade no acesso mas por outro parece ser um
391. r patronal brasileiro tem uma atitude muito mais ativa em rela o necessidade de uma reforma em toda legisla o trabalhista e sindical que identificam como respons vel pelo alto custo do trabalho e fonte de atraso social econ mico e mesmo cultural No mapa estrat gico do setor produtivo atribuem papel fundamental adequa o da legisla o trabalhista e sindical s exig ncias da competitividade internacional num mundo globalizado que exige r pidas respostas sendo este aspecto tamb m decisivo para fornecer as bases de um desenvolvimento sustent vel Neste contexto a prote o ao trabalhador deve vir de um conjunto m nimo de direitos assegurados em lei e da responsabilidade social dos atores no momento da negocia o Godoy 2005 Qual a raz o da forte press o que os empregadores brasileiros exercem para uma ampla Reforma Trabalhista e Sindical Entre os principais argumentos levantados temos os seguintes a Excesso de detalhismo legal o quadro legal no campo do trabalho extremamente amplo crescendo a cada dia sendo formado atualmente por 46 dispositivos constitucionais 922 artigos da CLT mais de 100 leis ordin rias e complementares 153 normas do Minist rio do Trabalho e Emprego 68 Conven es da OIT ratificadas pelo Brasil e no campo do Poder Judici rio o Tribunal Superior do Trabalho brasileiro j formulou 363 enunciados 375 orienta es jurisprudenciais e 119 precedentes normativos sobre as rela es
392. r seguido por outros pa ses europeus Esta se o encerra este capitulo apresentando os principais argumentos sobre o alcance e as limita es que a transfer ncia deste modelo pode representar para os pa ses que pretenderem adot lo na busca da solu o para os seus problemas observados no funcionamento do mercado de trabalho 1 5 1 A singularidade do modelo de Flexicurity dinamarqu s Qualquer tentativa de copiar este modelo deve levar em considera o que embora a combina o de flexibilidade e seguran a tem uma nova face a partir dos anos 1990 esta forma de funcionamento do mercado de trabalho na Dinamarca tem profundas ra zes hist ricas A Flexicurity resultado de mais de um s culo de negocia es e compromissos entre os segmentos sociais de uma crescente conscientiza o da necessidade de um Welfare State forte bem como de pol ticas de mercado de trabalho que sejam realmente ativas Trata se portanto de um modelo que contempla a negocia o levada exaust o e o balan o entre flexibilidade e seguran a decorre do desprendimento m tuo entre os atores sociais Nesse contexto a solidez das Institui es fundamental tanto para o desenho das pol ticas p blicas para sua implementa o e principalmente para a avalia o de seus resultados Nesta perspectiva Madsen 2006b sugere que as condi es em que esse modelo pode ser aplicado em outros pa ses depende do legado pol tico e institucional de cada um
393. ral de 1988 e da regulamenta o da Lei 7 998 90 com a cria o do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT Esta Lei disciplinou o artigo 239 da Constitui o O artigo 10 da referida Lei criou o SD sob a administra o do atual Minist rio do Trabalho e Emprego e definiu uma inovadora forma de gest o para os padr es brasileiros envolvendo de forma tripartite e parit ria o Estado os empregadores e os trabalhadores constituindo o chamado Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador CODEFAT Assim o SD que havia surgido no Plano Cruzado como um raio de luz num c u azul Azeredo 1998 repentinamente e sem recursos para custe lo ganhou um vigoroso impulso pois com a regulamenta o dos dispositivos constitucionais criou se um fundo para pagamento dos benef cios num montante muito acima do necess rio para atender o desemprego aberto brasileiro Ainda que 40 0 destinavam se como ainda continua a ser destinado para o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social BNDES o SD passou a contar com uma s lida fonte de recursos deixando se tornar um benef cio de pagamento duvidoso passando a integrar definitivamente o sistema de prote o social aos desempregados brasileiros Ademais o FAT acabou por se constituir numa fonte mais segura e permanente de recursos financeiros para as pol ticas de emprego no Brasil vindo a resolver o problema de descontinuidade de fluxos de recursos que ating
394. ram crescimento no emprego formal embora em n vel inferior s empresas beneficiadas A conclus o final desses autores sobre os programas de gera o de emprego e renda no Brasil serve para encerrar esta se o Em suma a evid ncia de que inequivocamente o Proger tem um impacto positivo sobre a gera o de emprego na medida em que as empresas beneficiadas foram capazes de gerar muito mais empregos no per odo recente do que vinham gerando no passado al m de terem gerado tamb m mais empregos do que geraram s micro e pequenas empresas as quais n o se beneficiaram do programa Barros e Carvalho 2002 p gina 66 6 5 Quadro Consolidado da Evolu o dos Gastos com PAMT no Brasil A compila o das informa es sobre os gastos com PAMT provenientes das fontes de dados do MTE na forma de Boletins Relat rios de Gest o Relat rios de Informa es Financeiras e documentos semelhantes todos no mbito do FAT possibilitou construir a tabela 6 8 Visando facilitar o entendimento as pol ticas foram classificadas nas tr s categorias intermedia o da m o de obra qualifica o profissional treinamento vocacional e programas de gera o de emprego e renda enfocadas anteriormente Com isso facilita se a apresenta o das estat sticas tanto quanto se evita a excessiva pulveriza o de informa es contidas naquelas fontes al m de se aproximar daquilo que tem sido divulgado como evidencias de PAMT no panorama i
395. ras reas que se conectam direta e indiretamente com o modelo de Flexicurity e que est o a merecer um ampla reforma n o s em busca desse modelo mas para trilhar o caminho de uma sociedade mais madura e desenvolvida Uma a reforma do sistema educacional brasileiro N o aprofundaremos esta discuss o pois n o faz parte do escopo deste relat rio Mas de conhecimento de todos o profundo atraso educacional da for a de trabalho brasileira o mal que se encontra na raiz de parte dos desequil brios do mercado de trabalho O analfabetismo alto e maior que a taxa medida pois se computa como alfabetizado quem sabe assinar o nome Existe uma baixa forma o de pessoal de ensino superior e as taxas de evas o do ensino fundamental s o alarmantes A forma o t cnica e profissional incipiente e o treinamento vocacional sofre de uma descontinuidade alarmante Todos os governos reconhecem o problema todos possuem bons diagn sticos mas n o se consegue solucionar esse dram tico dilema educacional brasileiro impedindo o pa s de dar o salto de qualidade para colocar sua for a de trabalho em n vel competitivo em padr es internacionais e em padr es culturais mais elevados 199 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Outra reforma para dar suporte a um modelo de flexibilidade com seguran a no sistema de sa de brasileiro Todo cidad o e portanto todo trabalhador tem acesso gra
396. ras os empres rios representados pelas principais Confedera es Patronais e o Governo Federal Mencionaremos ainda a posi o de alguns acad micos brasileiros que frequentemente tem opinado sobre o tema esclarecendo que em todos esses casos toda a an lise se pautar pela utiliza o de dados secund rios e de acesso imediato ao pesquisador Deve se esclarecer ainda o seguinte sobre a opini o dos atores sociais Regra geral elas n o est o precisamente estabelecidas em documentos voltados exatamente para esta finalidade e foram extra das de textos ou do notici rio da m dia realizado pelo autor Neste particular podem estar incompletas ou terem sido extra das parcialmente corretas Al m disso os atores sociais n o representam segmentos homog neos havendo diversas correntes que divergem n o s nas propostas mas na forma de a o Mesmo dentro do governo as opini es s o fregiientemente divergentes Por fim h o aspecto din mico muito presente em sociedades em que est o ocorrendo r pidas transforma es como a brasileira onde a opini o dos atores tende a se modificar com a velocidade das mudan as globais Antes de vermos as opini es dos atores cabe contudo realizarmos uma s ntese de resultados das an lises empreendidas nos cap tulos anteriores referentes ao caso brasileiro para que sirva de orienta o no confronto com a opini o dos atores aqui apresentadas 163 CEPAL Colecci n Documentos de proye
397. rasileiro n o aceitou esta nova atribui o dada aos auditores fiscais por entend la acima de sua capacidade de julgamento e pelo fato de que uma rela o trabalhista somente pode ser definida pela Justi a do Trabalho Court Laws Assim introduziu na legisla o da Super Receita a chamada Emenda 3 cuja reda o aparece no quadro 7 1 determinando que compete de acordo com a Constitui o Federal brasileira Justi a do Trabalho dizer se existe ou n o vinculo empregat cio entre duas empresas no que ficou conhecido com o principio de que fiscal n o Juiz Segundo o Congresso nacional somente as Cortes Trabalhistas possuem o poder de autuar empresas nos casos de contrata o irregular de pessoas jur dicas para exercerem fun es de empregados tradicionais 166 L9I QUADRO 7 1 BRASIL OS TRABALHADORES E AS PROPOSTAS DE REFORMAS RECENTES NA LEGISLA O TRABALHISTA 2001 2007 TEMAS SELECIONADOS Documento Legal rea trabalhista afetada Sum rio das modifica es conte do Posi o dos trabalhadores Negocia o coletiva e flexibiliza o dos direitos trabalhistas Projeto de Lei n 5 483 2001 PLC 134 01 Senado Federal Retirado pelo governo Federal em 2003 Fiscaliza o da Receita Federal da Previd ncia Social e do Trabalho Lei 6 272 05 Super Receita Lei 10 593 2002 Emenda n 3 vetada pelo Presidente da Rep blica em 16 03 2007 PLC 88 07 Negocia es coletivas de trabalho
398. rcado de trabalho assalariado vis vel e funcionando em moldes capitalista a heterogeneidade dos mercados de trabalho grande no caso brasileiro e certamente uma limita o a mais na busca de um modelo monol tico de flexibilidade com seguran a Nesse sentido torn lo mais flex vel do que ele j se encontra por meio de uma legisla o menos r gida e mais negocial nos moldes verificados na Dinamarca embora desejado sob a tica de contemplar a absor o crescente de formas at picas de trabalhadores a tica de aumentar a competitividade das empresas a necessidade de aumentar o espa o das pequenas e m dias empresas etc dever requerer um sistema de prote o social extremamente custoso Observando se a experi ncia internacional dos pa ses da OECD onde o modelo de Flexicurity tem sido utilizado como por exemplo Holanda Finl ndia Irlanda Su cia Alemanha B lgica entre outros nota se que se trata de na es j plenamente desenvolvidas sob o ponto de vista econ mico com renda bem distribu da e com desequil brios sociais muito pequenos No contexto do modelo Flexicurity especialmente o que discutimos na se o 1 5 3 este equil brio lhes permite escolher qual a melhor combina o entre o tipo de flexibilidade e o tipo de seguran a que desejam para sua for a de trabalho adaptando sistema de Welfare State e seguro desemprego bem como suas pol ticas ativas compensat rias escolha realizada No caso brasilei
399. realidade e n o do enfrentamento da mesma como revela o veto Presidencial Emenda 3 Assim as quest es trabalhistas e sindicais que exigem solu es urgentes e negociadas ser o agora encaminhadas para aprecia o de maneira segmentada e por MP sendo os temas inicialmente selecionados i trabalho aos domingos ii trabalho dos terceirizados iii regulariza o do sindicato de aposentados e iv financiamento dos sindicatos Esta a posi o atual do governo federal brasileiro com rela o s reformas trabalhista e sindical 7 5 Os Atores Sociais e a Reforma na Previd ncia Social A discuss o mais recente envolvendo os atores sociais sobre t picos relativos a uma poss vel mudan a nos principais par metros da Previd ncia Social ocorreu com a cria o pelo Governo Federal atrav s do Decreto no 6 019 de 22 de Janeiro de 2007 do F rum Nacional de Previd ncia Social Este F rum conclui suas atividades em 31 10 2007 Suas finalidades foram a Promover o debate entre os representantes dos trabalhadores dos aposentados e pensionistas dos empregadores e do Governo Federal com vistas ao aperfei oamento e sustentabilidade dos regimes de Previd ncia Social e sua coordena o com as pol ticas de Assist ncia Social b Subsidiar a elabora o de proposi es legislativas e normas infralegais pertinentes e c Submeter ao Minist rio de Estado da Previd ncia Social os resultados e conclus es sobre o
400. rego standard employment relationship e ao tipicamente aut nomo A Tabela 2 5 elaborada a partir do mencionado estudo de Krein 2007 mostra claramente a prefer ncia dos empregadores brasileiros pela diversifica o na forma de contrata o da m o de obra em dire o a modalidades at picas em rela o ao contrato padr o por prazo indeterminado Mesmo no setor p blico brasileiro onde as regras de contrata o e dispensa de trabalhadores s o mais r gidas foram introduzidos novos procedimentos permitindo contratos mais flex veis tais como trabalho terceirizado e trabalho tempor rio que fizerem o emprego p blico demiss vel crescer mais rapidamente que o contrato de trabalho padr o 40 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 2 5 BRASIL CRESCIMENTO DAS FORMAS AT PICAS DE CONTRATA O DO TRABALHO 1995 2005 Porcentagem Varia o no Modalidades de contrata o per odo Contrato por prazo indeterminado CLT 38 8 Servidor p blico demiss vel 69 1 Total de contratos at picos CLT 158 6 Modalidades at picas selecionadas Trabalho tempor rio 93 2 Contrato por obra certa tarefa 39 5 Contrato por prazo determinado Lei 9681 98 1999 2005 64 2 Cooperativas de trabalho 73 2 Trabalho de est gio 72 1 Terceiriza o 1994 2004 44 2 Fonte Elabora o do autor com base no cap tulo 2 de Krein 2007 Refere se s modalidades
401. reitos trabalhistas inscritos na CLT Estrutura sindical n o preparada h muito sindicato fraco e Proposta inconstitucional Totalmente contr rios Emenda 3 Empresa de uma pessoa s existe para eliminar direitos trabalhistas dos trabalha dores Aumenta o trabalho prec rio Empregador paga menos encargos trabalhistas reduz custos n o salarial Aceitam a extin o gradual do imposto sindical e sua troca por outra forma de financiamento Imp em por m prazo de transi o Rejeitam controle de suas contas sobre recursos p blicos recebidos Fonte Elabora o do autor com base em pesquisa na Internet Acesso em dezembro de 2007 SOJI9 OJM p soyusun oq U91090 TV dHO Oege ap Ope ou spepifiquxo CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho O certo que o movimento sindical se uniu com grande alarde contra a Emenda 3 a ponto de levar o Presidente da Rep blica a vetar a referida emenda bem como entrar em negocia es com o Senado Federal para uma proposta alternativa o que at os dias atuais n o ocorreu Os argumentos dos sindicatos recaem sempre na defesa de que preciso impedir qualquer tipo de vinculo onde o Ao trabalhador ou o propriet rio de uma empresa de uma pessoa s tenha seus direitos trabalhistas escamoteados mesmo que seja por sua op o O movimento sindical acredita que a a o do auditor fiscal ou seja do ap
402. rg ncia de interesses ii existem poucos F runs de negocia o em a o e o Dialogo Social com forma de resolu o dos conflitos relativamente novo no Brasil iv os elementos do triangulo dourado brasileiro vivem em permanente desequil brio e v as dificuldades cidad o brasileiro com o esp rito p blico um elemento negativo para ado o de modelos dessa natureza Al m disso o Brasil leniente com a transgress o de leis e regras possu um sistema prec rio de fiscaliza o e parece cultuar a impunidade 8 O pa s contudo n o deve abrir m o de continuar buscando seu pr prio modelo de flexibilidade com seguran a e nesse sentido o modelo dinamarqu s representa um bom paradigma CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Introdu o Este texto se enquadra nos Termos de Refer ncia do projeto ECLAC Brazil Denmark Flexible Labour Markets Workers Protection and Lifelong Learning of the Labour Force in a Global Economy Latin American and Caribbean Experiences and Perspectives O objetivo do projeto foi o de examinar no Brasil os fatos atuais e as mudan as recentes em mercado de trabalho e reas correlatas como a seguridade social o sistema de sa de as pol ticas de treinamento vocacional o sistema de prote o aos desempregados e as pol ticas ativas de mercado de trabalho entre outras tendo como pano de fundo os principais elementos que comp em
403. ria face s peculiaridades do mercado informal brasileiro onde os trabalhadores n o consideram trabalhar numa situa o de inferioridade indicando que a informalidade sempre parte de uma op o individual e deliberada do indiv duo 108 TABELA 5 3 BRASIL CARACTER STICAS E EVID NCIAS DO PROGRAMA DE SEGURO DESEMPREGO 1 Estat sticas Principais Valor Taxa de desemprego 9 2006 PNAD 8 40 Taxa de desemprego 2006 PME 10 05 Gastos com SD PIB 2006 0 44 Valor m dio do benef cio sal rio m nimo 1 30 Valor total dos gastos U bilh es 2006 4 80 N mero de benefici rios milh es 2006 5 80 2 Cobertura Valor de cobertura da PEA 2006 PNAD 5 90 das pessoas ocupadas 2006 PNAD 6 50 do setor formal urbano legalmente coberto 2006 CAGED 20 80 dos benefici rios sobre desligados do setor formal 2006 CAGED taxa de cobertura efetiva 49 60 desempregados 2006 Pnad 64 20 de requerentes habilitados 2006 taxa de cobertura nominal 98 20 3 Custos por Benef cios Contribui o sobre o lucro das empresas mensal 0 65 Impacto sobre o sal rio de equil brio Nenhum Tributa o sobre os contribuintes para cobrir d ficit Nenhum 4 Efeitos sobre o Mercado de Trabalho e o Consumidor Efeitos sobre a dura o do desemprego Pequeno Efeitos sobre a taxa de desemprego Significante Efeitos sobre a inatividade trabalhadores secund rios Significante Efeitos sobre os
404. rincipais agregados no mercado de trabalho entre 1992 e 2006 contidos na tabela 2 1 verifica se que cresceram sempre em menor propor o que o PIB apesar da economia brasileira vir apresentando um longo per odo de baixo crescimento econ mico TABELA 2 1 BRASIL CRESCIMENTO DO PIB DA POPULA O DA FOR A DE TRABALHO E DO EMPREGO 1992 2006 Vari vel Varia o Taxa de Jo crecimento ao ano Go PIB 51 8 3 0 PIB per capita 23 2 1 5 Popula o total 28 2 1 8 PIA 37 4 23 PEA Labor Force 39 4 2 4 Ocupa o total 27 1 1 7 Ocupa o agr cola 6 7 0 5 Ocupa o formal 28 8 1 8 Ocupa o informal 46 1 2 1 Fonte Banco Central Pnad Pesquisa Nacional Por Amostra de Domic lios IBGE Caged Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Minist rio do Trabalho e Emprego Assim o PIB cresceu mais que a popula o total mas o PIB per capita cresceu em menor propor o do que a for a de trabalho PEA indicando que o mercado de trabalho brasileiro ainda esta sujeito a fortes press es demogr ficas advindos das altas taxas de fertilidade existentes no passado Com isso observa se uma baixa elasticidade emprego produto que tamb m sofre influ ncia negativa da eleva o dos n veis de produtividade do trabalho decorrentes do avan o tecnol gico e dos novos padr es de contrata o e organiza o da m o de obra pelas empresas Um resultado disso observado no alto crescimento da ocupa
405. rios sindicatos para uma mesma categoria profissional numa mesma base territorial Em decorr ncia desta imposi o legal o Brasil n o pode ratificar a Conven o no 87 da OIT sobre Liberdade Sindical e n o poder faz lo enquanto viger o artigo 8 da Constitui o Federal de 1988 Siissekind e outros 2002 p gina 1 109 Mesmo n o havendo pluralidade sindical prevalecendo a unicidade sindical o que implica no monop lio de representa o sindical o n mero de institui es sindicais de trabalhadores e empregadores em 2001 no cen rio trabalhista brasileiro era de aproximadamente 16 000 Financiamento da atividade sindical Qualquer que seja a natureza do sindicato de categoria econ mica ou profissional ele conta com quatro fontes normais de receita sendo certo que todas est o amplamente regulamentadas diferenciando se somente quanto ao modo de arrecada o uma vez que elas podem ser contribui es compuls rias ou volunt rias por parte dos trabalhadores ou dos empregadores Os tipos de receitas s o a a contribui o anual compuls ria conhecida como imposto sindical devida em conformidade com o disposto no Titulo V Cap tulo III Se o I da CLT por todos aqueles que integram a respectiva categoria ou profiss o ainda que n o sejam filiados ao sindicato b contribui o estatut ria geralmente mensal fixada de acordo com o art 548 b da CLT e devida somente pelos associados da entidade credora c c
406. rmal de trabalho e que foram colocados em situa o de desemprego involunt rio 114 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 5 6 E BRASIL GASTOS COM FGTS E SD COM RELA O AO PIB 1996 2006 Porcentagem Ano Saque do FGTS Gasto com SD 3 1 2 PIB PIB 1 2 1996 1 32 0 42 1 75 1997 1 45 0 40 1 85 1998 1 76 0 44 2 21 1999 1 65 0 40 2 05 2000 1 46 0 37 1 83 2001 1 44 0 40 1 84 2002 1 33 0 44 1 77 2003 1 20 0 43 1 63 2004 1 14 0 40 1 53 2005 1 21 0 41 1 62 2006 1 28 0 44 1 72 M dia 1986 2006 1 39 0 41 1 80 Fonte Elabora o do autor 5 3 Os efeitos adversos do sistema de prote o social aos desempregados no funcionamento do mercado de trabalho brasileiro A hist ria do seguro desemprego recente como instrumento de prote o ao trabalhador brasileiro dificultando avalia es mais precisas sobre seus impactos no mercado de trabalho Al m disso ele insere se num amplo complexo e distorcido sistema de prote o social aos desempregados sendo muito dif cil isolar os efeitos originados tipicamente pelo pagamento do benef cio Vimos que seguro desemprego convive com o FGTS que devido ao trabalhador quando se sua dispensa sem justa causa acrescida de uma multa de 40 0 do valor acumulado desse fundo paga diretamente da empresa ao trabalhador Em adi o a isto e ligando se diretamente ao est mulo em buscar trabalho existe o avi
407. ro temos a realidade de um pa s que tem crescido lentamente a taxas relativamente baixas e com grandes desequil brios em v rios de seus setores as regi es crescem desproporcionalmente temos concentra o pessoal e funcional da renda existem fortes desequil brios setoriais etc Nesse sentido no entender do autor e observando se a experi ncia europ ia vis vis a realidade latino americana al m das diferen as sociais institucionais e culturais o pr prio grau de desenvolvimento econ mico incluindo se aqui a quest o da distribui o de renda deve ser considerado um fator limitante a dificultar a busca do modelo Flexicurity no caso brasileiro Poderia ser argumentado contudo que o modelo de flexibilidade com seguran a pode tamb m ser fonte em si mesmo de fatores estimuladores do crescimento Afinal o treinamento vocacional a prote o social bem desenhada e pol ticas ativas compensat rias destinadas a promover o emprego e evitar o desemprego podem representar elementos potenciais de uma for a de trabalho mais produtiva e cooperativa o que tem seu fundo de verdade Mas isto somente seria um elemento positivo em um pa s com baixo crescimento e com grandes desequil brios no contexto de um governo com um projeto de desenvolvimento de longo prazo claramente definido envolvendo inclusive reformas em outros campos como o fiscal tribut rio investimentos infra estrutura b sica transportes comunica es etc e amplame
408. rporado ao sal rio Introduz a possibilidade de media o e arbitragem p blica ou privada e Define uma periodicidade m nima de 06 meses na distribui o de bene f cios de PLR Focaliza a negocia o na empresa Abre a possibilidade da remunera o vari vel Retira o foco da mobiliza o por real produtividade Introduz os temas da agenda da empresa na negocia o e uma alternativa ao fim da pol tica salarial ao possibilitar algum ganho de remunera o sem reajuste nos sal rios sal rio 68 contin a CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 3 3 conclus o Tema Iniciativas Pol tica Salarial Plano Real MP 1053 94 Elimina a pol tica de reajuste salarial atrav s do Estado e Pro be as cl usulas de reajuste autom tico de sal rios e Procura induzir a livre negocia o mas com controle para n o haver reajuste real nem nas negocia es e nem no Judici rio Sal rio M nimo MP 1906 97 Ultratividade dos acordos e conven es MP 1 620 98 Prescri o trabalhista EC 28 95 Limita o da a o sindical no setor P blico Dec 2066 96 Acaba com o ndice de reajuste oficial de corre o do sal rio m nimo O seu valor ser definido pelo Poder Executivo sob a aprecia o do Congresso Nacional e Est mulo aos pisos salariais regionais 1999 Formas de solu o dos conflitos inc
409. rporar a exist ncia desta reforma dentro da disponibilidade da informa o existente 169 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 7 2 conclus o Tema Posi o defendida 9 Ultratividade dos Um contrato coletivo instrumento normativo s pode ser modificado por outro negociado entre as contratos partes Uma negocia o coletiva n o deve come ar do zero absoluto Sindicatos demandam o Direito de Organiza o no Local de Trabalho OLT N o se disp e a discutir e aprovar uma reforma sindical que n o inclua este item A OLT deve estar definida na 10 Representa o sindical legisla o sindical Os sindicatos podem legalmente defender em quest es judiciais e administrativas n o s os 11 Substitui o processual associados mas tamb m os demais trabalhadores da categoria econ mica que representam 12 Direitos trabalhistas Os direitos trabalhistas de CF 88 artigo 7 s o cl usulas p treas n o negoci veis 13 Dirigente sindical Deve ter estabilidade provis ria para garantir a for a do sindicato 14 Rela o de emprego Ratifica o pelo Brasil da Conven o n 158 da OIT 15 Liberdade autonomia e N o interven o das Institui es e do Estado na organiza o e funcionamento das organiza es legitima o sindical sindicais Fonte Elabora o do autor com base em Viana 2004 MTE 2005c CUT 2005 e Oliveira 2004 Ainda na quest o
410. rticular as pol ticas ativas existentes num dado momento entre si e com o seguro desemprego em busca de um Servi o P blico de Emprego As pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho brasileiro sempre tiveram no governo federal o principal ator social a estimul las As pol ticas de emprego no Brasil se desenvolveram de forma dispersa tendo como marco de refer ncia inicial a edi o da Lei 4 923 65 quando se prop s a cria o de um Fundo de Assist ncia aos Desempregados FAD e se fez men o da necessidade de intermedia o da m o de obra bem como se aventou a futura cria o do seguro desemprego Com a implanta o do SINE estas pol ticas ganharam seu espa o no cen rio do mercado de trabalho brasileiro mas o leque de op es se abriu definitivamente com a regulamenta o do programa de seguro desemprego e a constitui o do FAT como sua fonte de recursos em 1990 conforme vimos nos cap tulos 5 e 6 As pol ticas ativas brasileiras foram surgindo de forma fragmentada e a id ia de integr las fazendo as funcionar articuladamente visando dar lhes maior efic cia e melhor focaliza o sempre sucumbia a interesses maiores bem como pelas resist ncias s mudan as ocultas nos opositores dessa integra o Mesmo assim a necessidade de caminhar para a instala o de um Servi o P blico de Emprego veio ganhando for a juntamente com o aumento nas possibilidades de mais pol ticas oriundas de uma fonte de recurs
411. s Como se sabe na mesa de negocia o os trabalhadores demandam aumentos de remunera o e os empres rios demandam aumentos de produtividade Quanto mais direta esta troca maior a probabilidade da negocia o terminar na base do win win Quando h muitas despesas intermediarias e inegoci veis a troca dif cil e como consegii ncia os empres rios tendem a puxar a remunera o para baixo para ficar com um custo final do trabalho compat vel com as condi es que precisa competir Fecom rcio 2006 p gina 10 TABELA 7 1 P DESPESAS DE CONTRATA O NO BRASIL HORISTAS Tipos de Despesas sobre o sal rio Grupo A Obriga es Sociais Previd ncia Social 20 00 FGTS 8 50 Sal rio Educa o 2 50 Acidente do trabalho m dia 2 00 SESI SESC SEST 1 50 SENAI SENAC SENAT 1 00 SEBRAE 0 60 INCRA 0 20 Subtotal A 36 30 Grupo B Tempo n o trabalhando I Repouso semanal 18 91 F rias 9 45 Abono de f rias 3 64 Feriados 4 36 Aviso pr vio 1 32 Aux lio enfermidade 0 55 Subtotal B 38 23 Grupo C Tempo n o trabalhando II 13 sal rio 10 91 Despesa de rescis o contratual 3 21 Subtotal C 14 12 contin a 84 Os c lculos do Professor Jos Pastore com rela o s despesas de contrata o bem como suas argumenta es tem servido de base para as grandes Confedera es de Empregadores do Brasil para mostrar a necessidade de reformas urgentes na legisla o trabalhista na estrutura da organiza o s
412. s a menos de contribui o e idade Valor das aposentadorias M dia de todas as contribui es desde integrais ltimo sal rio n o mudou julho de 1994 Plano Real Valor das aposentadorias aos Redu o de 3 5 a a e 5 a partir de 53 anos de idade Equivalente ao ltimo sal rio 2005 Valor das pens es no servi o 70 para valores das aposenta dorias ou p blico Id ntico ao ltimo sal rio sal rios acima do teto do INSS Contribui o dos inativos N o existia 11 para valores acima do teto do INSS Previd ncia complementar de Prevista com aposentadorias integrais Novos contratos e ganhos acima do teto servidores p blicos do INSS Planos de contri bui o definida e gest o p blica Fonte Ipea 2006c p 462 Uma caracter stica diferente entre as reformas que a de Lula abre a possibilidade de cria o de um regime especial de inclus o previdenci ria para os trabalhadores do setor informal urbano e trabalhadores dom sticos n o remunerados desde que estes perten am a fam lias de baixa renda De acordo com o texto da EC n 47 2005 que altera o artigo 201 da CF de 1988 esse seria um sistema previdenci rio especial e ter quando regulamentado al quotas e car ncias inferiores s vigentes para os demais filiados do RGPS 4 6 3 Avalia o sum ria das reformas Qual seria a avalia o dos resultados das reformas param tricas empreendidas pelos governos FHC e Lula A resposta n o simples mas o ma
413. s segmentos em que est o enquadradas suas diretrizes Em primeiro lugar o plano deve se nortear por um desenvolvimento pol tico conceitual que pressup e o amadurecimento social e pol tico nos termos de um novo contrato social dos segmentos mais diretamente relacionados com o trabalho e a qualifica o profissional Em segundo lugar deve haver uma ampla articula o institucional que pressup e a compreens o social da Pol tica P blica de Qualifica o como parte de um arranjo institucional que envolva sua amplia o consolida o e integra o em rela o s demais Pol ticas de Trabalho e Renda visando constru o de um Sistema P blico de Trabalho Emprego e Renda Em terceiro lugar para que o plano seja merit rio preciso que haja efetividade social que pressup e que al m dos crit rios da efici ncia basicamente reportado ao grau de cumprimento das metas e da efic cia relacionado ao grau de cumprimento das metas financeiras deve se dar relev ncia aos benef cios econ micos sociais e culturais efetivamente trazidos pelas Pol ticas P blicas e Qualifica o Profissional para os educandos Finalmente para que resgate os valores sociais preciso haver qualidade pedag gica pressupondo uma educa o mais integral do trabalhador para superar as pr ticas de qualifica o profissional estritamente como treinamento operacional imediatista segmentado e pragm tico 146 CEPAL Colecci n Documentos de proyec
414. s um obst culo ao desenvolvimento de outras reas Insiste se contudo que isto n o significa uma impossibilidade de caminhar para um modelo brasileiro de flexibilidade com seguran a mas isto somente ser uma realidade caso se cumpra uma condi o necess ria que o desejo do governo federal que isto venha a ocorrer e no entender do consultor isto nas atuais condi es brasileiras uma possibilidade muito remota 8 3 2 Os interesses dos atores sociais pelas mudan as s o muito antag nicos Vimos no cap tulo 7 que a posi o de trabalhadores e empregadores os dois principais segmentos a sofrerem as a es das reformas necess rias para um novo modelo s o bastante antag nicas Isto ocorre com rela o s reformas trabalhista sindical e da Previd ncia Social havendo apenas uma converg ncia mas n o um consenso nas mudan as necess rias na rea das pol ticas ativas voltadas para o mercado de trabalho H tamb m forte diverg ncia nas modifica es exigidas no sistema de prote o social ao desempregado Os trabalhadores n o aceitam em hip tese alguma discutir mudan as nos direitos inseridos na Constitui o enquanto os empres rios desejam manter um conjunto m nimo deles nesta condi o remetendo os demais para a negocia o Os trabalhadores querem a reforma sindical antes para fortalecer os sindicatos e os empres rios querem que ambas as reformas ocorram simultaneamente pois alegam n o haver
415. s carentes tem sido importante para redu o dos bols es de pobreza No per odo em quest o o diferencial nunca esteve abaixo de 7 4 1992 e acima de 11 5 2003 mas indica um potencial crescente dos benef cios da Previd ncia Social na redu o da pobreza absoluta GR FICO 4 4 PESSOAS COM MENOS DE 1 2 SAL RIO M NIMO DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA 55 J 50 9 50 9 50 4 45 4 45 4 43 5 43 0 q 43 9 q a o a 435 E 42 1 40 Ra 41 9 415 42 2 41 7 35 1 a a 33 5 33 2 33 6 32 8 33 5 33 3 33 0 30 30 1 25 r r r r r r r r r r r 1 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 e Pobres com previd ncia Pobres sem previd ncia Fonte Pnad Ver Boletim Informe de Previd ncia Social Vol 18 n mero 03 mar o 2004 86 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Em 1994 e 2000 a Pnad n o foi realizada Deve se destacar que o impacto das transfer ncias previdenci rias se concentra sobre a redu o da pobreza dos mais idosos tendo em vista que um dos principais focos da Previd ncia Social a garantia de renda para o trabalhador em idade avan ada que se retirou do mercado de trabalho A tabela 4 7 mostra o ndice de cobertura da popula o em idade ativa filiada Previd ncia Social bem como o ndice de cobertura da popula o idosa onde se nota um valor maior para esta ltima TABELA 4 7 NDI
416. s de contribui o recolhidos a partir da compet ncia de julho de 1994 o disposto no art 35 da Lei n 8 213 de 1991 Art 31 O pagamento de parcelas relativas a benef cios efetuado com atraso por responsabilidade da Previd ncia Social ser atualizado pelo mesmo ndice utilizado para os reajustamentos dos benef cios do Regime Geral de Previd ncia Social verificado no per odo compreendido entre o m s que deveria ter sido pago e o m s do efetivo pagamento Art 32 O Dia Mundial do Trabalho 1 de Maio a data base dos aposentados e pensionistas Al m dessas a es na rea federal outros projetos mais espec ficos s o encontrados no mbito municipal como por exemplo o Programa Prepara o do Servidor para a Aposentadoria desenvolvido pela Secretaria Extraordin ria da Qualidade de Vida antiga Secretaria Especial da Terceira Idade da Prefeitura da Cidade Rio de Janeiro Nele o trabalhador orientado a planejar o seu dinheiro a conhecer os seus direitos a mostrar seu talento a abrir um neg cio 6 8 4 Um balan o das pol ticas endere adas a grupos vulner veis Parece haver um consenso entre os analistas Kon 2001 Ribeiro e Juliano 2005 Sp sito e Carrano 2003 que apenas a partir de meados da d cada de 1990 as pol ticas p blicas de trabalho e renda mais focadas voltadas para os grupos mais vulner veis da popula o como mulheres jovens e idosos come aram a ser implementadas Antes disto
417. s de fam lia passou de 12 1 para 13 6 com a introdu o do seguro desemprego mas o impacto muito maior na inatividade dos n o chefes de fam lia pois a taxa passa de inatividade elevou se de 30 3 para 40 1 com a introdu o do SD Em grande parte os impactos negativos e os efeitos adversos dos programas de prote o social ao desempregado no Brasil ocorrem porque os desempregados n o s o obrigados a passarem por a es de emprego intermedia o e treinamento ou ent o pela conjun o perversa dos diversos mecanismos de indeniza o pela despedida sem justa causa seguro desemprego FGTS e aviso pr vio ou mesmo porque s o completamente mal focalizados com rela o ao verdadeiro p blico alvo Neste contexto o impacto positivo do SD sobre a taxa de desemprego n o ocorre porque os trabalhadores conseguem um emprego mais r pido mas sim porque se tornam inativos mais facilmente d A burla ao FGTS produz efeitos negativos no mercado de trabalho Do ponto de vista social algumas estat sticas do FGTS n o deixam de ser chocantes Utilizando dados do PME IBGE Barros Corseuil e Foguel 2001 mostrou que dos trabalhadores desempregados nas regi es metropolitanas brasileiras que retiraram seu fundo de garantia uma significativa porcentagem havia pedido demiss o em absoluta contradi o com a lei De fato dos desempregados nas metr poles brasileiras 64 0 em S o Paulo 66 0 no Rio de Janeiro 70 0 em Belo Hor
418. s de promo o prote o e recupera o da sa de Os Conselhos de Sa de t m car ter permanente deliberativo e s o compostos por representantes do governo profissionais de sa de prestadores de servi os e usu rios Esses Conselhos s o respons veis pela formula o de estrat gias e no controle da execu o de pol ticas de sa de inclusive nos aspectos financeiro e econ mico Outra forma de organiza o da sa de no pa s a constitui o de normas operacionais NOB as quais promovem a integra o entre as tr s esferas do governo e propiciam a descentraliza o transferindo para estados e munic pios responsabilidades at ent o do governo federal e promovem maior equidade na aloca o de recursos e no acesso da popula o s a es de sa de em todos os n veis de aten o Al m do SUS as condi es de acesso do trabalhador ao sistema de sa de s o tamb m reguladas pela Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador que foi institu da pelo Minist rio da Sa de em 2004 visando a redu o dos acidentes e doen as relacionadas ao trabalho por meio de a es de promo o reabilita o e vigil ncia na rea de sa de Suas diretrizes compreendem a aten o integral sa de a articula o intra e intersetorial a estrutura o da Rede Nacional de Aten o Integral Sa de do Trabalhador Renast o apoio a estudos e pesquisas a capacita o de recursos humanos e a participa o da comunidade na g
419. s em tr s determinantes a a disponibilidade e o acesso aos bens de capital incluindo o conhecimento e o estado das artes s tecnologias dispon veis b da disponibilidade de capital humano incluindo se o n vel educacional e as possibilidades de treinamento da for a de trabalho assim como fatores intr nsecos ao seu uso como esfor o produtivo disciplina coopera o atividade empreendedora entre outros aspectos e c efici ncia produtiva a qual afetada pela regula o sobre as empresas inclusive a legisla o trabalhista e a Justi a do Trabalho bem como de outras institui es regulamentando o mercado de trabalho No que diz respeito mais diretamente ao objeto de estudo deste texto os itens b e c s o do maior interesse A disponibilidade de capital humano tem sido um entrave ao melhor desempenho do trabalhador brasileiro no que diz respeito sua capacidade produtiva uma vez que seu n vel de escolaridade m dia relativamente baixo assim como a qualidade da educa o parece estar em desacordo com o perfil exigido pela demanda de m o de obra Com rela o literatura sobre o tema existe ainda uma confus o entre os termos encargos sociais e encargos trabalhistas mas que n o ser aqui discutido Sobre a evolu o da produtividade industrial brasileira na d cada de 1990 ver entre outros Chahad Montoya Diaz e Pazzelo 2002 assim como as refer ncias bibliogr ficas sobre o tema ali menciona
420. s objetivos do sistema de prote o social a redu o dos n veis de pobreza sendo um dos seus instrumentos o pagamento dos benef cios previdenci rios Adotando como conceito de pobreza a renda domiciliar per capita abaixo de meio sal rio m nimo a qual identificada como a linha de pobreza a tabela 4 5 revela que os benef cios pagos pela Previd ncia Social t m impacto significativo sobre o patamar de pobreza da popula o brasileira Em 2004 o pagamento de benef cios previdenci rios aos indiv duos na linha da pobreza reduziu em 11 6 pontos percentuais o contingente de pessoas na condi o de pobreza Em termos absolutos o pagamento de benef cios previdenci rios retirou da pobreza absoluta cerca de 20 2 milh es de pessoas em 2004 26 as dj sgt P a Parte das informa es desta se o utiliza as estat sticas bem como as analises realizadas nas publica es do Minist rio da Previd ncia Social Os t cnicos da Institui o assim como este autor admitem que o conceito de pobreza bastante complexo relacionando se car ncias relativas de diversos aspectos N o existe um crit rio timo nem uma defini o totalmente consagrada mas sim boas proxies da pobreza algumas combinadas com outros indicadores de cunho social Al m disso pode ser interpretada em fun o do custo de vida ou ent o definida em rela o a um indicador de renda como por exemplo o sal rio m nimo com
421. s pa ses em termos de progresso humano incluindo se a o funcionamento das institui es como por exemplo o mercado de trabalho a Previd ncia Social e as pol ticas ativas Embora a redu o da desigualdade de renda per capita venha caindo no Brasil IPEA 2006b o n vel de desigualdade de renda no pa s ainda extremamente elevado quando comparado a padr es internacionais Al m disso essa queda ainda se faz num contexto de n veis extremos de mis ria e pobreza tanto em reas rurais quanto em reas urbanas assim como no contexto de rela es de trabalho pouco desenvolvidas em determinadas regi es do pa s Diante disto as limita es do mercado de trabalho em contribuir para simultaneamente gerar mais empregos e aliviar a pobreza ficam maiores ainda Outra diferen a que deriva dos dados representado um obst culo a ser superado na busca do modelo de Flexicurity decorrente da exist ncia de m ltiplos mercados de trabalho no Brasil Eles existem devido ocorr ncia de m ltiplas formas de inser o do trabalhador no mercado de trabalho 192 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho seja em decorr ncia da excessiva legisla o trabalhista seja devido a especificidades de funcionamento dos ramos de atividade econ mica ou ent o em fun o das diferen as regionais e locais de renda uma vez que o Brasil um pa s de dimens o continental Ainda que j exista um me
422. s recursos que v m sendo emprestados na forma de micro cr dito representam fruto de demandas pol ticas e sem qualquer compromisso com a gera o de emprego e renda n o havendo qualquer preocupa o com a avalia o dos resultados desses empr stimos preciso reverter este quadro impondo uma pol tica de concess o de empr stimos que beneficie os trabalhadores mais necessitados envolvidos em atividades informais ou formas at picas de produ o mas que os resultados de seu empreendimento dentro de padr es espec ficos de aferi o para este tipo de empr stimos possam ser avaliados quanto efici ncia no uso do recurso Carece de maior sentido estimativas de quanto custaria adequar as pol ticas ativas s necessidades do mercado de trabalho brasileiro tendo em vista exercerem seu papel compensat rio num modelo flexibilidade com seguran a Isto requer par metros mais precisos n o calculados ou dispon veis para o relat rio O que se pode mencionar como forma de contribui o discuss o solicitada nos Termos de Refer ncia s o dois aspectos O primeiro diz respeito ao fato de que se trata de um elemento do triangulo da Flexicurity onde h um grande consenso no Brasil entre os atores sociais sobre a necessidade e a dire o das mudan as tendo em vista ampliar e melhorar o funcionamento dessas pol ticas Conforme vimos no cap tulo 7 se o 7 7 as tentativas de se implantar um verdadeiro Servi o P blico de Empreg
423. s remunerados que deveriam estar imediatamente dispon veis para serem movimentados pelas institui es financeiras oficiais Para evitar a descapitaliza o do FAT e garantir a n o interrup o do pagamento de benef cios aos desempregados esta Lei criou tamb m a chamada reserva m nima de liquidez Estes empr stimos especiais passaram ent o a financiar outras reas al m da rea trabalho strictu sensu como por exemplo a safra agr cola a rea da sa de a seca no Nordeste a expans o do cr dito popular entre outras Embora tenha ocorrido desvios indesejados no destino inicialmente dado aos recursos do FAT na forma acima descrita houve entretanto aspectos positivos no arranjo institucional A partir de 1994 este fundo passou a ser o financiador das principais PAMT brasileiras seja as que j existiam ou ent o aquelas que foram sendo criadas Dentre aquelas j existentes temos o SINE cuja fun o principal a intermedia o da m o de obra e dentre as que foram criadas destaca se o Programa de Gera o de Emprego e Renda PROGER implantado atrav s da Resolu o n 59 de 25 3 94 do CODEFAT com o objetivo de oferecer cr dito aos desempregados aos trabalhadores que pretendem constituir pequenos empreendimentos assim como os programas de treinamento vocacional e qualifica o profissional da for a de trabalho Ap s sua cria o houve uma vigorosa expans o das pol ticas ativas de gera o de emprego e rend
424. s temas discutidos no Colegiado Embora n o tivesse car ter deliberativo o F rum tinha a possibilidade de elaborar uma proposta completa de reforma na Previd ncia Social mas n o o fez limitando se a fazer recomenda es gen ricas a maioria delas de amplo conhecimento p blico e fazendo parte do referencial bibliogr fico sobre o tema h muito tempo De qualquer forma alguns dos resultados finais obtidos pelo F rum s o de interesse do presente relat rio e ser o aqui apresentados nos mesmos moldes apresentados pelo governo federal na s ntese final divulgada 7 5 1 Principais pontos de consensos entre os atores sociais Ao final do F rum foram os seguintes temas onde houve consenso entre os segmentos sociais envolvidos na discuss o destacando se os principais aspectos dentro de cada um como se segue 87 MP 88 N o se discute aqui se o veto do Presidente esta correto ou n o a quem beneficia ou a quem prejudica A quest o que diante de um problema t o grave a postura adotada pareceu mais condizente com as necessidades de arrecada o do setor p blico do que para solucionar uma situa o delicada vivida pelas empresas e pelos trabalhadores Houve o veto mas nenhuma solu o concreta apareceu em troca 8 Ver Jornal Valor Econ mico se o de Pol tica 05 06 2007 177 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho l Relacionados ao mercado de trabalho Com o cre
425. sal rios ap s o reemprego Insignificante Efeitos sobre o setor de reemprego Aut nomos Consumo relativamente aos n o participantes Desconhecido contin a CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho TABELA 5 3 conclus o 5 Perfil do benefici rio de benefici rios no setor terci rio com rcio servi os 2006 59 80 de benefici rios com at 8 anos de escolaridade 2006 48 60 de benefici rios at 39 anos 2006 79 60 de benefici rios recebendo at 2 sal rios m nimos 2006 65 70 de benefici rios nas regi es sul sudeste 2006 70 90 de benefici rios brancos 1997 58 00 de benefici rios homens 2006 66 00 Fonte Elabora o do autor com base na bibliografia consultada M dia das seis principais regi es metropolitanas do Brasil SAEG MTE Sistema de Acompanhamento Estat stico Gerencial do Seguro Desemprego Pnad IBGE 1997 A cobertura do SD brasileiro pode ser observada sobre tr s ticas relativamente PEA e ao mercado de trabalho relativamente ao tempo de procura por trabalho taxa de cobertura temporal e a taxa de reposi o salarial embutida no valor do benef cio pago A mencionada tabela 5 3 cont m in meras taxas de cobertura do SD com rela o ao mercado de trabalho De in cio verifica se que o programa brasileiro aceita praticamente todos os requerentes j que a taxa de habilita o taxa de cobertura nomi
426. scente aumento da cobertura preciso ampliar as possibilidades de receitas da previd ncia atrav s do mercado de trabalho buscando o fortalecimento das pol ticas de formaliza o e inclus o previdenci ria de modo a garantir o acesso aos benef cios de todos os cidad os Para tanto recomenda se Promover a formaliza o do trabalho e universaliza o da cobertura previdenci ria a partir do di logo quadripartite As pol ticas p blicas de concess o de empr stimos devem estimular a gera o de empregos formais A lei do estagio de estudantes deve mudar para evitar fraude e sonega o Deve se fortalecer a fiscaliza o contra a informalidade Deve se modificar a legisla o do seguro desemprego e da Previd ncia Social de forma a viabilizar formas de contribui o sem a perda da condi o de segurado Devem se criar novos mecanismos de inclus o social com regras contributivas compat veis com as novas formas de inser o do trabalhador no mercado de trabalho II Relacionados s quest es demogr ficas Visando melhorar o equil brio financeiro da Previd ncia Social devem ser criados mecanismos de incentivos monet rios posterga o volunt ria da aposentadoria do trabalhador Inclus o do direito de pens o por morte dos homossexuais no RGPS Aprofundar as pol ticas de g nero e buscar crit rios de converg ncia para o acesso aposentadoria entre homens e mulheres Cuidar da inclus o da mulher na Previd
427. scolha da clientela a ser atendida Pela concep o daquele plano a sele o dos cursos obedecia s demandas locais captadas pelas Comiss es de Emprego Posteriormente os cursos escolhidos eram entregues a um conjunto de entidades executoras Estas estruturavam a oferta mas a busca de treinandos fracassava em decorr ncia da falta de uma divulga o adequada Para justificar a oferta dos cursos as entidades executoras preenchiam as vagas dispon veis com sua pr pria demanda visando a escolha do p blico alvo Como consegii ncia desta falha apareciam duas distor es graves Pelo lado da demanda a escolha dos treinandos n o garantia a igualdade de oportunidades no acesso ao programa Em decorr ncia da divulga o limitada da oferta de cursos muito poss vel que trabalhadores com mesmas necessidades tivessem acesso diferenciado ao treinamento A outra distor o vem do lado da oferta advinda da omiss o em tomar as prefer ncias dos trabalhadores com rela o ao seu treinamento profissional o que era agravado pela dificuldade do mercado em prever estas prefer ncias Com rela o ao novo programa o PNQ ele parece ter sido estabelecido em bases excessivamente amplas revelando se mais ambicioso que seu antecessor pois vai muito al m da oferta de treinamento profissional para adaptar o perfil da for a de trabalho s necessidades da demanda do setor produtivo seja em fun o dos desajustes decorrentes do desemprego estrutural o
428. se vinculam aos rg os da administra o indireta possuem uma rela o de natureza privada aplicando se a mesma legisla o do trabalhador do setor privado e formalizado pela exist ncia de um contrato individual de trabalho regido pela Consolida o das Leis do Trabalho CLT Por se tratar contudo de emprego no setor p blico a admiss o do trabalhador nos servi os da empresa depende de concurso p blico CF 88 artigo 37 inciso II Isto introduz uma diferen a importante com a contrata o do trabalhador no setor privado pois torna mais dif cil a dispensa do empregado no setor p blico Com rela o aos trabalhadores da administra o direta temos duas possibilidades de contrata o do trabalhador i regime estatut rio ii regime celetista No primeiro caso temos o servidor p blico estatut rio que necessita de concurso p blico para ocupar um cargo p blico numa das esferas de poder A Lei 8 112 1990 imp e um Estatuto do Servidor que regula as rela es de trabalho desses empregados Assim os servidores p blicos estatut rios submetem se a um Estatuto estabelecido pela lei o qual varia para cada unidade da Federa o quando o servidor n o federal Um novo servidor ao ser investido no cargo ingressa numa situa o 71 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho jur dica plenamente delineada n o podendo modific la mesmo com a anu ncia da Administra o P
429. significa um crescimento do n mero de programas atendidos pelo Proger A rapidez de crescimento observada ap s 2003 se deve em parte cria o do Fundo de Aval do Programa de Gera o de Emprego e Renda Funproger criado para dar mais garantia contra os riscos e a inadimpl ncia aos agentes federais oficiais executores dos empr stimos Adiciona se tamb m que a chegada do governo Lula houve uma redefini o de prioridades na cria o de programas agora dominadas muito mais por demandas pol ticas do que por raz es t cnicas voltadas para a gera o de emprego e renda nos moldes inicialmente previstos pelo FAT GR FICO 6 6 BRASIL EVOLU O DO GASTO COM OPERA ES DE CR DITO E DO N MERO DE OPERA ES DE CR DITO COM RECURSOS DO FAT PROGRAMAS DE GERA O DE EMPREGO E RENDA 1995 2006 3500 r 14000 3000 A 12000 o E 2500 10000 E k E g 5 g o 2000 8000 e E ea 3 s 5 E 8 1500 6000 2 g o 3 5 E Zz 8 1000 4000 5 S 500 De 2000 0 f 4 4 k k k k k k k k 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Quantidade de opera es e US milh es 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Quantidade de opera es 92 253 493 651 731 967 829 897 1 108 2 216 2 977 2 177 Valor dos empr stimos US milh es 779 0 4028 3
430. sil possa ser comparado a padr es internacionais a implementa o de programas e as condi es de acesso ainda s o bastante prec rias dificultando bastante o acesso n o s da popula o brasileira mas tamb m do trabalhador Outra iniciativa do Minist rio da Sa de na rea de sa de do trabalhador o Observat rio de Sa de do Trabalhador constru do em conjunto com o Programa de Coopera o T cnica da Representa o da OPAS OMS no Brasil visando possibilitar maior acessibilidade da popula o s informa es e an lises sobre a sa de do trabalhador Assim o Observat rio facilitar o controle social de gestores t cnicos trabalhadores e demais setores envolvidos com a sa de dos trabalhadores possibilitando uma melhor atua o destes na formula o acompanhamento e implementa o das a es em sa de do trabalhador no SUS em todos os seus n veis de aten o bem como a produ o de estudos e pesquisas A Pesquisa de Or amento Familiar POF 2003 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE aponta uma despesa m dia mensal familiar foi de R 1 941 88 e um gasto m dio mensal com sa de de 104 72 5 4 de sua renda familiar Esses dados refletem a inefici ncia do SUS pois tais despesas com sa de n o deveriam ocorrer se o SUS cumprisse adequadamente suas fun es de universalidade e integralidade Z E senso comum que a popula o que depende do atendimento do SUS sofre com proble
431. sistema Mudan as na d cada de 1990 1 Ambiente Pol tico e Forte estrutura corporativista e Exist ncia de contratos impl citos viabilizando o equil brio entre flexibilidade e seguran a Amplo suporte pol tico para reformas no mercado de trabalho e Aceita o de corte salarial pelos parceiros sociais 2 Ambiente Macroecon mico e Mudan as nas condi es econ micas internacionais e Pol tica fiscal ativa mas limitada pelas condi es externas e Forte demanda interna e Condi es externas favor veis e Baixo n vel de infla o externa 3 Situa o do Emprego Alta taxa de emprego 75 Mudan a nos n veis de desemprego aberto e Mudan a na composi o das pessoas recebendo transfe r ncias de renda e Significante redu o no desem prego aberto Forte redu o no desemprego estrutural Elevada taxa de participa o 4 Prote o ao Emprego e Fraca e Fraca e Prote o ao indiv duo 5 Mobilidade do Trabalhador Flexibilidade num rica Alta para padr es internacionais Alta para padr es internacionais 800 000 mudan as de emprego por ano 300 000 vagas criadas por ano e 300 000 vagas destru das por ano 6 Seguro Desemprego e Eleva o da replacement rate com a Reforma de 1960 Benef cios para os n o segurados e Replacement rate para baixa renda 90 Taxa de reposi o alta para padr es internacio
432. sla o trabalhista A experi ncia recente com as mudan as no sistema de Previd ncia e na Seguridade Social brasileira mostra que existe um dram tico custo do atraso das reformas na previd ncia n o somente medido pelo crescimento do d ficit previdenci rio mas porque quanto mais as reformas s o postergadas mais dif cil s o os acordos e mais duras s o as mudan as futuras 8 2 3 As transforma es necess rias nas pol ticas ativas A busca pelo modelo de Flexicurity nos leva ao elemento do triangulo dourado relativo ao sistema de pol ticas ativas compensat rias na presen a de um mercado de trabalho flex vel Vimos no capitulo 6 que 196 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho o Brasil j as pratica mas elas padecem de alguns males O volume de recursos ainda relativamente diminuto para o tamanho da for a de trabalho brasileira o rol de pol ticas bastante diminuto resumindo se a praticamente tr s intermedia o da m o de obra treinamento vocacional e programas de gera o de emprego e renda e o pior de todos os males estas pol ticas s o pouco integradas entre si e somente agora come am ser articuladas com as pol ticas passivas como o seguro desemprego A principal consegii ncia deste quadro que as pol ticas ativas brasileiras desfrutam de pouca efici ncia possuem baixa efic cia e n o promovem a equidade como deveriam todos os aspectos que for
433. smo uma estrat gia de quem n o quer mudar pois n o h praticamente nada a negociar exceto o sal rio e a participa o em lucros e resultados conforme j mencionado Al m disso n o se fortalece os sindicatos s com reformas mas sim fazendo os negociar mesmo em condi es de mudan a Neste contexto a posi o e as atitudes dos empregadores com rela o s reformas n o se restringe somente a indicar os t picos que devem ser modificados mas se preocupam com princ pios gerais a serem seguidos ou ent o com a possibilidade de fracasso das mesmas seja por uma aus ncia de estrat gia de marketing seja pelo seu eventual isolamento em rela o a outras mudan as necess rias que as complementem O quadro 7 3 sumaria a posi o dos empregadores sobre a Reforma Trabalhista em alguns t picos selecionados A maior preocupa o que as mudan as venham no sentido de garantir seguran a jur dica para os acordos coletivos que vierem se estabelecer entre patr es e empregados As mudan as devem ser no sentido de redu o dos custos n o salariais do trabalho que permita uma gest o flex vel da for a de trabalho das empresas evitando que a legisla o trabalhista torne se um fator inibidor da competitividade das empresas Outra demanda do setor empresarial pela retirada de determinados direitos trabalhistas inseridos no capitulo 77 da Constitui o Federal de 1988 remetendo os a uma legisla o de grau menor onde sej
434. so pr vio one month notice notificado ao trabalhador um m s antes da sua dispensa definitiva A combina o desses tr s regulamentos aplica se praticamente ao mesmo conjunto de trabalhadores ou seja aqueles que se encontram no setor formal da economia e s o despedidos da empresa sem uma justa causa Assim os efeitos do seguro desemprego no mercado de trabalho n o podem rigorosamente serem tomados de forma isolada desse conjunto de regulamentos quanto ocorre demiss o do trabalhador Por outro lado o pagamento do seguro desemprego uma pol tica passiva por natureza n o se articula com as demais pol ticas voltadas para o mercado de trabalho embora os recursos para ambas pol ticas passivas e ativas sejam oriundos do mesmo fundo o Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT Isto representa outro isolamento indesejado sob qualquer tica e que condiciona qualquer avalia o do impacto do seguro desemprego no mercado de trabalho A conjun o perversa da regulamenta o sobre a demiss o do trabalhador associada falta de integra o entre as pol ticas ativas e passivas tem prejudicado um desempenho mais eficiente do mercado de trabalho brasileiro Contudo algumas evid ncias desses efeitos j podem ser detectadas embora com a cautela que se requer face s explica es acima Entre esses impactos temos os seguintes 115 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho a A i
435. sso dos desempregados Sa de e Previd ncia Social 121 Capitulo 6 As pol ticas ativas no mercado de trabalho brasileiro 123 6 1 Um Sum rio Hist rico da Evolu o Recente das PAMT Brasileiras 124 6 2 O SINE e a Intermedia o da M o de Obra 126 6 3 Pol ticas de Qualifica o e Treinamento Profissional vocational training 132 6 3 1 Avalia o do treinamento vocacional PLANFOR 134 6 3 2 Avalia o do treinamento vocacional o PNQ 135 6 4 O Programa de Gera o de Emprego e Renda Proger 137 6 4 1 Avalia o metodol gica dos programas de gera o de emprego e renda micr Cr diio saarra acenceriiadaresascarcesiigandi ARAR ATAA algemas EATER ITANE A A suada 141 6 5 Quadro Consolidado da Evolu o dos Gastos com PAMT no Brasil 142 6 6 Mudan as recentes nas PAMT no Brasil eseeeesssrreserrssrrrssrirrssrirnnsrinnssrennssrns 145 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 6 7 6 8 7 6 7 7 Um balan o das PAMT no Brasil e earerrenearerna arenas 147 Pol ticas P blicas para Grupos Espec ficos seara 151 6 8 1 Pol ticas P blicas de Trabalho e Renda para o G nero Feminino 151 6 8 2 Pol ticas P blicas de Trabalho e Renda para Jovens 155 6 8 3
436. st ncia do termo cunhado por Cesarino Junior denominando de per odo da Pr hist ria do Direito Brasileiro um conjunto amplo de regulamenta o surgida no per odo anterior aboli o da escravatura Eles destacam a Constitui o Liberal de 1824 que contemplou muitos direitos individuais da Revolu o Francesa proclamando a liberdade do trabalho da ind stria e do com rcio assegurando o privil gio das inven es e extinguindo as corpora es de of cio Ainda no s culo XIX o Brasil teve a Constitui o Republicana de 1891 mas que n o estava voltada para quest es sociais e trabalhistas pois n o conseguia sensibilizar os governantes de sua crescente import ncia Ainda assim esta Constitui o j se revelava favor vel liberdade de associa o liberdade do exerc cio profissional conforme previa o artigo 72 par grafos 8 e 24 A regulamenta o do mercado de trabalho come a a ganhar for a com o advento do C digo Civil aprovado pela Lei no 3 071 de 15 de Janeiro de 1919 que segundo Mascaro Nascimento 2004 p gina 166 iniciou a fase civilista do per odo liberal com os dispositivos legais sobre loca o de servi os antecedente hist rico do contrato de trabalho da legisla o posterior e especializada Ap s a ado o do C digo Civil surgiram algumas normas jur dicas marcantes como elementos reguladores do mercado de trabalho Entre as principais se encontra a Lei 4 682 1923 a chamada Le
437. sta ou setorial O controle e fiscaliza o desse regime compete ao Minist rio da Previd ncia Social no caso dos fundos de pens o fechados e ao Minist rio da Fazenda no caso dos fundos de pens o abertos De acordo com as estat sticas oficiais em 2004 os fundos de pens o como s o conhecidas as entidades integrantes do Regime de Previd ncia Complementar fechada protegiam entre segurados e seus dependentes cerca de 6 5 milh es de brasileiros Isto representava o pagamento de benef cios a aproximadamente 600 mil pessoas com um valor m dio de aposentadoria de US 1 367 47 Comparando esse resultado com o valor do beneficio m dio mensal pago pelo RGPS de aproximadamente U 253 mostrado na tabela 4 1 pode se observar pela diferen a de valores que o regime complementar tem grande potencial para contribuir no caso brasileiro para manter ou melhorar o padr o de vida do trabalhador quando este passa para a inatividade 4 3 O Papel da Previd ncia na Prote o Social no Brasi De acordo com a metodologia do Minist rio da Previd ncia Social considera se para avaliar a prote o social no Brasil o total da popula o ocupada entre 16 e 59 anos de idade captada em painel domiciliar 124 De acordo com as informa es da PNAD descritas na figura 4 2 em 2006 esse contingente era de 89 3 milh es de pessoas Desse total 62 6 s o considerados socialmente protegidos pois contribu am para o RPPS militar e estatut rio
438. stabelece que constitui crime a reten o dolosa do sal rio ou remunera o do trabalhador com carteira de trabalho assinada Dispensa e indeniza es de acordo com a legisla o brasileira assegurado a todo empregado n o existindo prazo estipulado para a termina o do respectivo contrato e quando n o haja ele dado motivo para cessa o das rela es de trabalho o direito de haver do empregador uma indeniza o paga na base da maior remunera o que tenha recebido na mesma empresa CLT artigo 471 Al m disso vimos que a Constitui o Federal estabelece o direito a uma rela o de emprego protegida contra a despedida sem justa causa e no caso dessa ocorr ncia dever haver uma indeniza o Desta forma no Brasil existe uma grande facilidade do empregador despedir o seu empregado de forma arbitr ria ou sem justa causa bastando para isto pagar a indeniza o Nada impede a dispensa sem justa causa Ao ser despedido o trabalhador brasileiro protegido e coberto pela CLT tem assegurado como direitos de indeniza o a o montante do Fundo de Garantia por Tempo de Servi o FGTS depositado em sua conta individual severance payment b 40 0 de multa sobre o valor do FGTS c aviso pr vio d remunera o de f rias proporcionais e 13 sal rio proporcional ao tempo trabalhado De qualquer forma como a lei complementar regulamentando a indeniza o prevista no inciso I artigo 1 da Constitui o n o f
439. sua clientela MTE 2006b p gina 48 GR FICO 6 1 BRASIL INDICADORES DE EFIC CIA DO SINE 1996 2006 60 54 12 52 75 53 13 51 83 51 76 30 27 13 26 79 i 25 36 25 75 25 24 2463 24 98 22 72 23 02 a E ii 3 79 20 16 99 15 85 11 73 411 30 11 23 12 10 18 22 17 90 is 17 06 9 26 10 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 e Taxa de aproveitamento de vagas s Taxa de sucesso nos encaminhamentos a Taxa de coloca o dos trabalhadores Fonte Elabora o do autor Dados originais DES SPPE MTE Dados at agosto Indicadores de efetividade Gr fico 6 2 Os indicadores de efetividade procuram avaliar a atra o pela busca dos servi os do SINE tanto sobre os trabalhadores desligados das empresas do setor formal quanto dos trabalhadores ainda ocupados mas buscando mobilidade vertical assim como a atra o que o sistema oferece sobre as pr prias empresas em termos de possibilidades de obten o de m o de obra com o perfil que lhes seja adequado oferecido pelo mercado externo de trabalho Os indicadores da tabela 6 2 mostram que apesar da baixa efic cia com pequeno sucesso na coloca o dos inscritos e encaminhados ainda assim a atratividade do SINE tem crescido ao longo do 129 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho tempo entre 1996 e 2006 De fato o ndice de atratividade para o trabalhador passou
440. sultando numa taxa de desemprego aberto de 9 2 FIGURA 2 2 MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL 2006 Popula o Trabalhadores Popula o total menos de 10 dom sticos 187 227 792 anos 6 782000 30944 181 Popula o 10 Rae anos oumais Fora da PEA Conta pr pria PLA 58 755 289 18 924 000 156 283 611 PEA Empregadores 97 528 322 3 977 000 Desocupados 8 210 322 J trabalharam antes 5884 370 Ocupados 89 318 000 Nunca trabalharam 2325 952 Fonte Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios PNAD IBGE 24 Trab produ o pr pio consumo 4041 000 Trab constru o pr pio uso 136 000 Com carteira assinada 28 344 000 Militares e N o a funcion rios remunerados A blicos 5 402 000 p Empregados 50 056 000 5901 000 Outros sem carteira assinada 15 810 000 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Dentre os ocupados o maior contingente de trabalhadores era o de empregados com a carteira de trabalho assinada mas deve se destacar o grande n mero de trabalhadores por conta pr pria bem como aqueles sem carteira de trabalho assinada e outras categorias de ocupados que acabam por se constituir em indiv duos que se ocupam de atividades informais uma caracter stica marcante do mercado de trabalho brasileiro 2 2 Evolu o do PIB da For a de Trabalho e da Ocupa o Observando se o comportamento dos p
441. tempor rio que s o contratados sem a necessidade de concurso p blico para exercerem fun es tempor rias em decorr ncia de alguma necessidade imperiosa do governo federal Esta contrata o tem car ter transit rio e tempor rio por prazo determinado sendo vedada a posterior admiss o do trabalhador para o exerc cio de cargo efetivo no setor p blico 72 QUADRO 3 5 BRASIL RELA ES DE TRABALHO E REGIME DE EMPREGO NO SETOR P BLICO FEDERAL Esfera da Administra o P blica Tipo de vincula o Descri ao do cargo Legisla o aplic vel Empresas P blicas Sociedades de Economia Privado contrato individual de trabalho Mista Administra o Direta Autarquias e Servidor P blico Estatut rio Funda es Administra o Direta Autarquias e Empregado p blico Funda es Administra o Direta Autarquias e Servidor tempor rio Funda es Empregado p blico regido por regras do setor privado Ocupante de cargo p blico provido por concurso p blico CF 88 artigo 37 II Ocupante de emprego p blico provido por concurso p blico funcion rio p blico CF 88 artigo 37 ID Exerce fun o p blica sem vincula o com cargo p blico ou emprego p blico contratado por tempo determinado para atender necessidade de excepcional interesse p blico n o necesario concurso p blico CF 88 artigo 37 IX Consolida o das Leis do Trabalho CLT DL 5 452 1943 Estatuto do Servidor P blico
442. tendimento passando para 1 170 em 2006 um crescimento de 95 3 um aumento significativo uma vez que a popula o total ocupada brasileira formal e informal cresceu 30 7 De qualquer forma ainda alto o n mero m dio de trabalhadores que deve ser atendido por uma ag ncia do SINE principalmente porque os indicadores da tabela 6 2 levam em considera o apenas os desligados do setor formal da economia quando se sabe que significativa parcela de trabalhadores do setor informal faz tamb m uso do SINE para tentar melhorar sua posi o ocupacional no mercado de trabalho Ademais a expans o das ag ncias tem sido realizada como pouca destina o de recursos para a forma o de recursos humanos para o atendimento adequado do usu rio do sistema e o que mais grave num contexto onde a articula o com as demais pol ticas ativas e passivas voltadas para o mercado de trabalho tem sido realizada de modo lento desconexo e descontinuo Ainda com rela o quest o da cobertura deve se ressaltar que parte da melhoria que se observou na assist ncia ao trabalhador aconteceu no in cio dos anos 2000 quando o SINE passou a ser 130 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho o principal centro de atendimento ao trabalhador desempregado em substitui o ao que vinha sendo feito pela Caixa Econ mica Federal e pelas Delegacias Regionais do Trabalho que eram entidades despreparadas para exerc
443. termos a implanta o de um modelo de Flexicurity com as caracter sticas brasileiras deveria contar com ades o oficial do governo que o transformasse numa raz o de Estado sendo colocado como uma prioridade nacional fundamental e assim deveria ser tratada A experi ncia mostra contudo que isto seria muito dif cil de ocorrer na realidade brasileira Olhando a hist ria brasileira sabemos que somente em per odo recente que as quest es de mercado de trabalho os aspectos sociais da for a de trabalho o tema da prote o social tem se tornado uma preocupa o priorit ria dos governos Mas no caso brasileiro ainda prevalecem as diretrizes macroecon micas como priorit rias na agenda do governo Seria muito dif cil que algum grupo dentro do governo conseguisse conceber o desenho de um modelo de Flexicurity sem que sofresse forte 200 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho oposi o dos setores que conduzem a pol tica econ mica do pa s Uma a o conjunta de ambas as equipes ent o seria algo inimagin vel N o h tamb m no Congresso Nacional uma for a pol tica nem um conjunto de interesses convergentes capaz de levar um grupo a batalhas por um modelo semelhante ao Flexicurity Deve se esclarecer que isto n o prerrogativa do atual governo federal mas sim dos governos brasileiros em geral onde o predom nio da quest o econ mica continua sendo algumas veze
444. this perspective the weak public spiritedness observed in many European countries may hinder the implementation of the Danish recipe More generally this analysis suggests that public spiritedness is a key ingredient in the possibility for a society to implement efficient public unemployment insurance To that regard a country may be unlikely to succeed in its labor market reforms without a comprehensive policy affecting civic behavior of its citizens Algar e Chauc 2006 p gina 26 1 5 5 O custeio da Flexicurity dispendioso A carga fiscal na Dinamarca alta pois o sistema de Welfare State amplo e o programa de seguro desemprego bastante generoso Al m disso preciso financiar as pol ticas ativas que complementam o modelo de flexibilidade com seguran a Assim adotar este modelo indica que o pa s que o fizer possivelmente trilhar tamb m este caminho vindo a experimentar em curto espa o de tempo uma eleva o da sua carga fiscal Se o pa s busca adotar o modelo de Flexicurity porque deve estar experimentando uma alta taxa de desemprego Nessa busca mesmo que j disponha de um mercado de trabalho flex vel os gastos p blicos dever o aumentar em fun o de duas exig ncias do modelo aumento dos gastos com seguro desemprego devido ao aumento do valor do beneficio para aumentar a seguran a dos indiv duos e eleva o dos gastos com pol ticas ativas com novos padr es de ativa o possivelmente mais
445. tir emprego Pa ses com regula o mais flex vel Hong Kong China 17 Hong Kong China 22 China 1 Cingapura 20 Rep Tcheca 17 Zimbabue 22 Cingapura 1 Estados Unidos 22 Nam bia 17 Dinamarca 22 Uruguai 3 Mal sia 25 Papua Nova Nig ria 17 Mal sia 22 Guin 4 Dinamarca 25 Papua Nova Papua Nova Guin 17 Cingapura 26 Estados Unidos 5 Guin 26 Hong Kong Austr lia 33 Estados Unidos 29 Jap o 9 China 27 Canad 33 frica do Sul 36 Reino Unido 9 Zimbabue 27 Dinamarca 33 Su cia 39 Austr lia 13 Reino Unido 28 Pol nia 33 Noruega 39 ustria 14 ustria 30 Uganda 33 Kuwait 40 Mal sia 15 Nova Zel ndia 32 Pa ses com regula o menos flex vel Brasil 78 Brasil 89 Brasil 68 Paraguai 73 Tchad 78 Nicar gua 90 Panam 68 Per 13 Gr cia 78 Mong lia 90 Per 69 Mo ambique 74 Guin 78 Paraguai 90 Ucr nia 69 Venezuela 15 Tail ndia 78 Turquia 91 M xico 70 Belarus 17 Venezuela 78 Pol nia 92 Belarus 71 M xico 711 El Salvador 81 Hungria 92 Federa o Russa 71 Angola 78 M xico 81 Ucr nia 93 Paraguai 71 Brasil 78 Panam 81 Tchad 93 Portugal 73 Portugal 79 Twain China 81 Ruanda 94 Angola 74 Panam 79 Bol via 95 Fonte Djankov e outros 2004 Total de 133 pa ses Pastore 2005a O ndice de legisla o sobre o emprego obtido para cada pa s a partir da m dia simples do ndice de flexibilidade para contratar do ndice de condi
446. to os gastos com o treinamento vocacional qualifica o profissional tiveram seu crescimento comprometido pelo seu uso ineficiente e uma dr stica redu o que n o indica qualquer mostra de recupera o nem qualitativa nem quantitativamente na dimens o necess ria para as necessidades produtivas do pa s Toda a expans o das PAMT no Brasil ocorre na concess o de empr stimos das mais diversas modalidades dentro do Proger tendo em vista a gera o de emprego renda e trabalho no conceito que emergiu ap s a mudan a do Governo Federal em 2003 Em 2002 as pol ticas de intermedia o e treinamento vocacional ainda representam 10 0 da PAMT mas em 2006 praticamente desapareceram n o representando mais do que 1 1 dos gastos Atualmente as a es de pol ticas ativas no Brasil no que diz respeito aos disp ndios de recursos resumem se aos empr stimos especiais em elevado volume na forma de cr dito e microcr dito visando a gera o de emprego e renda 143 ad TABELA 6 BRASIL GASTOS COM POL TICAS ATIVAS NO MERCADO DE TRAKITO CUSTEADAS COM RECURSOS DO FAT 1996 2006 US milh es 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1 SINE Intermedia o da m o de obra 229 5 67 0 73 4 107 9 60 7 76 7 77 0 39 7 39 2 32 1 37 4 38 6 2 Treinamento vocacional Planfor PNQ 47 5 647 8 767 2 768 4 382 8 410 7 360 2 66 2 18 8 29 5 37 6 38 7 3 Programas de gera o de emprego e renda 778 9 4028 2 4072 0
447. to que foi ocupado por pelo menos cinco anos antes da aposentadoria Mantido Teto equivalente ao sal rio do Ministro do STF requerendo regulamenta o por lei O sistema considerado contributivo e deve estabelecer equil brio financeiro e atuarial Mantido at que a nova lei que n o possui prazo para ser criada altere a situa o Reconhecimento pleno dos benef cios j concedidos e dos direitos j constitu dos poca da promulga o da EC n 20 Servidores titulares de cargo efetivo no servi o p blico no momento da reforma aposentam se a por idade ou b integral mente na idade 53 48 H M com cinco anos no cargo 35 30 anos de contribui o mais ped gio de 20 do tempo faltante poca da promulga o da EC n 20 ou c proporcionalmente idade 53 48 com cinco anos no cargo 30 25 anos de contribui o mais ped gio de 40 do tempo faltante poca da promulga o da EC n 20 Tempo m nimo de servi o p blico de dez anos e tempo m nimo de cargo de cinco anos Proibidos Proibido dentro do mesmo regime Mantido Lei Complementar pode autorizar a institui o de teto de benef cio igual ao RGPS desde que haja simultaneamente a cria o de Fundo Complementar Fonte Ipea Pol ticas Sociais Acompanhamento e An lise n 13 Edi o Especial p 62 2007 Resumidamente elas foram as seguintes i os novos entrantes no sistema de RPPS passariam a estar sujeitos a uma idade m n
448. tos Flexibilidade no mercado de trabalho QUADRO 3 3 continua o Tema Iniciativas Cooperativas profissionais ou de presta o de servi os Lei 8 949 94 Possibilita que trabalhadores se organizem em cooperativas de presta o de servi os e executem o trabalho dentro de uma empresa sem caracteriza o de v nculo empregat cio e portanto sem os direitos tra balhistas assegurados na legisla o e na Conven o Coletiva Trabalho em tempo parcial MP 1709 98 Suspens o do Contrato de trabalho MP 1726 98 Trabalho tempor rio Portaria 2 29 06 96 e Jornada de at 25 horas semanais e O sal rio e os demais direitos trabalhistas ser o em conformidade com a dura o da jornada trabalhada e N o prev a participa o do sindicato na negocia o Suspens o do contrato de trabalho por um per odo de 2 a 5 meses vinculada a um processo de qualifica o profissional desde que nego ciada entre as partes O trabalhador caso seja demitido ap s o t rmino da suspens o tem o direito de receber as verbas rescis rias e uma multa de um sal rio e Amplia a possibilidade de utiliza o da lei 6 019 74 de contrato tem por rio generalizando a possibilidade de utiliza o do contrato de tra balho prec rio Setor p blico demiss o Lei n 9 801 99 e lei complementar n 96 99 Dispensa sem justa causa Trabalho jovem Decreto 5 199 2004 Banco de Horas Lei 9 061
449. tos Flexibilidade no mercado de trabalho As mudan as nas pol ticas de gera o de emprego e renda foram no sentido de uma crescente pulveriza o de programas e linhas de cr dito criando um quadro difuso e confuso sobre o que de fato estava pretendo se estimular Afora isto dentre as a es bem sucedidas temos a cria o do Fundo de Aval do Proger Funproger criado pela Resolu o n 231 do CODEFAT de 23 12 1999 Trata se de um fundo de aval que garante at 80 0 do valor do cr dito nas opera es do Proger urbano no caso de investimentos para micro e pequenas empresas formais microempreendores do setor informal cooperativas e profissionais liberais Com isso foram dadas garantias reais s institui es financeiras oficiais at ent o o maior obst culo para a expans o desse tipo de cr dito Outra medida visando beneficiar os pequenos empreendedores locais foi a introdu o do chamado microcr dito produtivo orientado voltado para atender esta clientela em condi es favor veis com rela es burocracia banc ria Al m de contar com a assist ncia do agente de cr dito somente se este for necess rio os juros s o de apenas 2 0 ao m s Al m disso existe um fundo financeiro que avaliza as opera es desse tipo de credito constitu do do limite de 2 0 dos dep sitos vista das institui es financeiras participantes Por fim outra novidade recente 2003 a cria o de um programa voltado para a c
450. tra o impacto da Previd ncia Social na inser o dos indiv duos no mercado de trabalho atrav s do efeito direto do pagamento do beneficio na reposi o de renda dos segurados e das consegii ncias indiretas sobre a sua taxa de participa o na for a de trabalho de acordo com sua condi o de benefici rio e n o benefici rio A tabela 4 9 cont m a taxa de participa o como probabilidade de pessoas com 10 anos ou mais estarem ativas no mercado de trabalho Paiva Passos e Ansileiro 2005 p gina 4 Para qualquer tipo de condi o de atividade no domic lio a probabilidade de atividade no meio rural maior do que no meio urbano Isto implica que as possibilidades de uma pessoa estar ativa no mercado de trabalho crescem conforme ela n o reside no meio urbano e ou n o seja direta ou indiretamente beneficiaria da Previd ncia Social TABELA 4 9 PROBABILIDADE DE ATIVIDADE POR TIPO DE DOMIC LIO CLIENTELA E CONDI O DE BENEFICI RIO OU NAO PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS 2003 Tipo de domic lio e condi o Ativos Inativos Ignorados Total Probabilidade de atividade Go N o benefici rios em domic lios sem benefici rios 9 940 504 3816392 2034 13 758 930 722 E N o benefici rios em domic lios com benefici rios 2 855 006 1261074 2454 4118534 69 3 Benefici rios 1901 935 1415855 3 317 790 57 3 o N o benefici rios em domic lios sem benefici rios 51 048 378 24 840 206 10779 75 899 363 67 3 E N o be
451. trabalho brasileiro quando se observa o panorama internacional equivalente Para responder esta indaga o relembra se aqui uma defini o b sica da teoria microecon mica tradicional onde custo marginal sal rio 1 custo n o salarial produtividade marginal 1 Resumidamente esta equa o significa dizer que a contrata o de um trabalhador pela empresa com rela o teoria dos custos depende do sal rio de contrata o dos encargos ou custos n o salariais do trabalho e da retribui o do trabalhador produ o da empresa ou seja sua produtividade Ademais esta express o mostra que aumentos do sal rio e dos custos n o salariais 14 x a Especificamente nesta se o quando aparecer o termo encargos ou encargos sociais ele representa todos os custos n o salariais a que uma empresa deve por for a de lei pagar para poder contratar utilizar e demitir um trabalhador 57 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho elevam o custo do trabalho e aumentos de produtividade reduzem e vice versa Nesse sentido a compara o correta sobre os custos do trabalho deve levar em conta n o somente os sal rios mas tamb m os custos n o salariais e a produtividade do trabalhador o que nem sempre acontece Tendo em vista responder a quest o formulada com base na defini o 1 acima vamos concentrar a an lise somente nas compara es da produtividad
452. tribu do s distor es anteriormente mencionadas Todas as evid ncias revelam que em grande medida o seguro desemprego encontra se mal focalizado simplesmente porque os desempregados n o vivem em sua maioria em fam lias pobres Barros Corseuil e Foguel 2001 p gina 2001 b A situa o ocupacional e a busca por trabalho Chahad e Fernandes 2002 verificaram que apenas 26 0 dos segurados eram desempregados no sentido tradicional isto estavam recebendo o benef cio e procurando efetivamente emprego Outros 23 3 estavam completamente inativos Os demais 50 7 estavam recebendo o seguro desemprego e exercendo alguma ocupa o Ademais pela dura o da jornada de trabalho e n vel de rendimentos recebidos as evid ncias eram de que 1 3 dessas ocupa es n o eram eventuais isto eram ocupa es no mercado formal de trabalho A situa o ocupacional dos benefici rios do SD foi tamb m investigada por Barros Corseuil e Foguel 2001 Eles encontraram que 41 0 dos que recebiam benef cios estavam de fato desempregados e eram pobres enquanto os benefici rios n o pobres e desempregados eram cerca de 12 0 Entre os que recebiam o seguro desemprego e estavam ocupados 28 0 eram pobres e 53 0 eram n o pobres Entre os benefici rios inativos 31 0 eram pobres e 35 0 eram n o pobres Estes resultados corroboram os descritos anteriormente ou seja mais de 50 0 dos trabalhadores que recebem seguro desemprego sejam
453. tribuem para manter grandes contingentes de trabalhadores na informalidade num mundo em que este conceito ganha nova conota o para englobar ainda as praticas trabalhistas decorrentes das novas rela es de emprego Como o trabalho n o uma commoditie seu mercado precisa ser regulamentado para garantir prote o social que englobe n o s a rela o de subordina o tradicional mas tamb m as novas formas de trabalhar Esse novo sistema de prote o precisa estar atrelado aos trabalhadores e n o s posi es que eles temporariamente ocupam no mercado de trabalho A prote o deve ser port vel e deve proteger antes o cidad o do que o trabalhador d Existe muita legisla o e pouca possibilidade de negocia o A Constitui o Federal Brasileira e a CLT admite a negocia o em apenas dois direitos trabalhistas sal rio participa o em lucros e resultados A jornada de trabalho s pode ser negociada mediante uma s rie de restri es estabelecidas em lei Todos os demais dispositivos trabalhistas contidos num contrato s o fixados nas leis e desta forma inegoci veis N o poss vel fazer ajustes ou acertos de acordo com o setor da economia com o tamanho da empresa com as especificidades regionais ou com as necessidades de grupos de trabalhadores ou segmentos populacionais mais vulner veis Aquilo que estabelecido em lei n o pode ser negociado a menos que seja para uma situa o superior quela contida na legisl
454. tros Nada deve ser imposto de cima para baixo e nem pressionado de baixo para cima Pastore 2005a p gina 107 Outra linha de argumenta o por ele defendida quanto estrat gia para aumentar a possibilidade de sucesso das reformas trabalhista e sindical Numa realidade em que a legisla o trabalhista limitada pela Constitui o Federal que praticamente n o permite negociar nenhum direito de nada adiante a preced ncia de uma reforma sobre a outra Assim uma reforma sindical para fortalecer o sindicato ilus o pois nada h para se negociar Os cap tulos anteriores mostraram que a legisla o do trabalho no Brasil extremamente r gida pois permite negociar apenas dois direitos a saber o sal rio e a participa o nos lucros e resultados A pr pria jornada de trabalho cercada de uma s rie de restri es para ser negociada entre as partes A reforma sindical visa dar mais legitimidade sobretudo mais for a material e legal para as entidades sindicais negociarem com os empregadores Mas negociarem o qu A reforma sindical por esta raz o teria de ser realizada simultaneamente com a reforma trabalhista Esta deveria merecer no m nimo a mesma prioridade daquela Pastore 2005a p gina 136 Por fim reconhece que a finalidade ltima das reformas deve ter como prioridade elevar a prote o social tanto dos trabalhadores formais como dos demais segmentos de trabalhadores no 182 CEPAL
455. trutura consiste em uma rede articulada regionalizada e hierarquizada exercida pelo Minist rio da Sa de MS pelas Secretarias Estaduais de Sa de SES e pelas Secretarias Municipais de Sa de SMS A dimens o do sistema de sa de brasileiro representado pelo SUS relativamente ampla Segundo a CONASS 2006 a rede do SUS conta com 6 mil hospitais 440 mil leitos contratados 63 unidades ambulatoriais 26 mil equipes de sa de da fam lia 215 mil agentes comunit rios de sa de 13 mil equipes de sa de bucal atendendo em 5 mil munic pios brasileiros Anualmente s o realizados 12 milh es de interna es hospitalares 1 bilh o de procedimentos de aten o prim ria a sa de 150 milh es de consultas m dicas 2 milh es de partos 300 milh es de exames laboratoriais 1 milh o tomografias computadorizadas 9 milh es ultra sonografia 140 milh es vacinas 15 transplantes Apesar do SUS garantir o direito da universalidade segundo a CONASS 2006 a constru o social do sistema p blico de sa de acaba por m distanciando o SUS constitucional universal do SUS real cujo funcionamento atual encontra se muito segmentado Atualmente a aten o a sa de da popula o brasileira se realiza atrav s do sistema p blico SUS mas tamb m por um Sistema de Sa de Suplementar sistema privado por meio de desembolso direto e planos de sa de Com rela o gest o do SUS os principais rg os regulamentadores s o no mbito
456. tuito aos benef cios desse sistema inclusive aos de maior conte do tecnol gico O acesso n o significa entretanto atendimento imediato e muito menos significa um atendimento de qualidade Ao contr rio o atendimento prec rio sujeito a longas filas o retorno ocorre ap s longos per odos os postos de atendimento encontram se em situa o de deteriora o bastante grave os recursos humanos s o de baixa qualidade e assim por diante A alternativa de seguro sa de oferecida pelo setor privado proporciona melhores condi es de atendimento em todos os n veis desde a oferta de recursos humanos at as instala es f sicas mas muito cara para o n vel de renda da popula o Assim a utiliza o dos planos de sa de mais fregiiente nos estratos populacionais de maior renda Por m as condi es favor veis criadas pelo Plano Real permitiu a cria o de planos individuais de segunda e terceira linhas para a popula o de renda mais baixa como estrat gias de competi o Al m disso os planos de sa de contratados por empresas como benef cios para seus funcion rios colocam o trabalhador das classes inferiores como usu rio tamb m desse sistema de sa de suplementar Essa alternativa contudo ainda que til e v lida insuficiente para as dimens es da for a de trabalho brasileira cujo acesso a sa de deve ocorrer num contexto de uma reformula o completa do sistema onde se melhore o atendimento a qualidade
457. u mesmo em decorr ncia das necessidades de m o de obra qualificada determinada pelo crescimento econ mico Mais precisamente vale se de uma concep o que parece avan ar em outras reas sociais culturais e principalmente educacionais exigindo dos formuladores dessas pol ticas um grande 148 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho entendimento e muito esfor o para n o haver sobreposi o de tarefas acumulo de fun es dualidade de comando e outras inefici ncias que o seu antecessor o Planfor apesar de limitado e com reconhecidas falhas n o cometia A principal limita o especifica da pol tica de microcr dito bem conhecida Ela diz respeito s dificuldades em se identificar e dar acesso oferta de cr dito com taxas de juros razo veis aos mais pobres numa economia em desenvolvimento onde ocorre escassez de cr dito e se praticam altas taxas de juros Como a concess o do cr dito a estes indiv duos fundamental para o exerc cio de sua atividade a quest o crucial identificar claramente aqueles que t m condi es efetivamente de sair da pobreza com a utiliza o deste instrumento Em decorr ncia disto o arcabou o e a implementa o dos programas de emprego e renda s o muito limitados pela quest o dos altos juros pois da decorre alguns problemas O primeiro que a popula o tenha de fato acesso s institui es de cr dito o que tem sido
458. uando o PLANFOR foi substitu do pelo Plano Nacional de Qualifica o PNQ Ele foi institu do pela Resolu o 333 2003 do CODEFAT com o aumento do monitoramento e controle de suas a es estabelecimento de carga hor ria m nima prioridade em cursos de longa dura o maior import ncia da certifica o ocupacional e desenvolvimento de metodologias de qualifica o de m o de obra e principalmente um esfor o maior de integra o com outras pol ticas ativas e passivas Na sua origem a concep o do PNQ avan ou por caminhos diversos do seu antecessor buscando preencher lacunas como inclus o social car ncias educacionais direito cidadania participa o comunit ria e outras que v o al m do treinamento vocacional Essa nova orienta o de treinamento vocacional prop s uma forte inflex o conceitual e mudaram se as prioridades mas seu desenvolvimento na fase inicial fez cair drasticamente os gastos com o treinamento vocacional conforme se observa na tabela 6 3 g TABELA 6 3 BRASIL POLITICAS OFICIAIS FEDERAIS COM TREINAMENTO PROFISSIONAL 1996 2006 Plano PLANFOR Ano N treinandos Carga hor ria Gasto total Plano Nacional de milh es horas US milh es Qualifica o Profissional 1 2 3 1996 1 20 103 647 8 1997 2 00 100 767 2 1998 2 50 88 768 4 1999 3 00 94 418 4 2000 3 40 65 410 7 2001 3 60 57 360 2 2002 1 80 61 66 2 contin a 132 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos
459. ucionais do 183 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho mercado no ambiente do seu negocio Em resumo a tarefa que certamente encontrar enormes resist ncias demandar atualizar o titulo IV da CLT bem como buscar meios para aumentar a efic cia do art 7 da Constitui o Federal de forma que os direitos sociais ali consagrados venham a efetivamente realizar se universalmente no Pais Godoy 2005 p ginas 176 177 Outra proposta de reformula o no atual modelo trabalhista e sindical brasileiro aparece em Zylberstajn 2003 Esse autor acredita que o centro da solu o do problema da regula o de mercado de trabalho brasileiro est em criar incentivos para a negocia o entre trabalhadores e empregadores uma vez que as partes mais do que ningu m sabem o que melhor para elas A reforma trabalhista deve ent o trilhar o caminho da redu o do custo da negocia o e diminui o do custo da organiza o dos trabalhadores bem como significa permitir s empresas chegar a solu es diferentes do status quo garantido pelo conjunto CLT Justi a do Trabalho A reforma trabalhista criaria assim pacotes alternativos de regula o e as empresas escolheriam aquele s de sua prefer ncia Em suas palavras Ao oferecer s empresas op es de regulamenta o o governo transformaria a regulamenta o do mercado de trabalho que prevaleceu no Brasil at hoje Em ve
460. ue procuram evitar al m desses encargos os pesados nus fiscais e tribut rios fazendo para isso acordos impl citos com seus empregados visando o desempenho de atividades trabalhistas tradicionais mas sob o manto da informalidade Assim no Brasil a informalidade tem sido um elemento da flexibilidade Outro aspecto importante da informalidade diz respeito a sua dimens o bastante alta no caso brasileiro Isto indica uma grande propor o de empregos de menor qualidade no mercado de trabalho brasileiro uma vez que o trabalho informal identificado como aquele que n o desfruta de prote o social garantida pela legisla o trabalhista e da assist ncia e Previd ncia Social O gr fico 2 9 traz a evolu o da taxa de informalidade brasileira desde 1992 tomada como sendo a raz o entre o total de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada mais os trabalhadores conta pr pria sobre o total dos ocupados Esse gr fico revela que de fato a taxa de informalidade relativamente alta no mercado de trabalho brasileiro em torno de 50 0 Esta informalidade maior nas reas n o metropolitanas do que nas metropolitanas embora as tend ncias de evolu o tenham apresentado movimentos opostos 7 A discuss o sobre o conceito a mensura o e as caracter sticas da informalidade tem merecido grande espa o na literatura internacional e nacional sobre o tema e aqui n o ser objeto de aprecia o Sobre o caso brasileiro o leit
461. ula o ou mudan as de rumo nas pol ticas p blicas na rea trabalho sob a condu o do MTE assim como uma perda de autonomia do CODEFAT uma vez que parcela dos recursos do FAT passou a ser administrada pelas institui es financeiras pertencentes rede p blica federal Al m dessa perda de autonomia esta forma institucional de financiar as PAMT introduz outras distor es como por exemplo o controle seletivo da oferta de cr dito com n tida discrimina o de determinados grupos sociais exatamente aqueles que mais necessitam dessas pol ticas bem como as dificuldades de acesso desses grupos ficam ainda mais restritas na medida em que a competi o pelos recursos fica bastante diminu da Estas dificuldades se agravam na medida em que o controle social j fraco e que o comando de parcela de recursos do FAT tamb m bastante difuso O principal problema contudo n o diz respeito aos recursos em si e nem as limita es em sua utiliza o mas sim num desenho de pol ticas bastante inadequado e com um problema j conhecido de todos desde a implanta o do SINE em 1975 e da ado o do seguro desemprego em 1986 as PAMT n o s o articuladas entre si e nem com as PPMT Ou seja apesar do Pa s referendar a Conven o n 88 da OIT sobre os Servi os de Emprego na realidade nunca o transformou numa raz o de Estado para que as autoridades federais brasileiras atuassem na dire o de implant lo verdadeiramente
462. ulho MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE 2003 Plano Nacional de Qualifica o PNQ 2003 2007 Secretaria de Pol ticas P blicas de Emprego Bras lia Julho MINISTRY OF EMPLOYMENT 2005 Social Cohesion and Flexicurity The Example of Denmark November MORAES FILHO E e MORAES A C F 2003 Introdu o ao Direito do Trabalho S o Paulo Editora LTr MORETTO A 2001 Mercado de Trabalho e Pol ticas de Emprego no Brasil Disserta o de Mestrado em Economia Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas Campinas MOURA F S e MARINHO D N 2002 As Pol ticas de Trabalho no Brasil uma perspectiva do trabalhador Mercado de Trabalho Conjuntura e An lise Opini o dos Atores Ipea MTE Novembro NERI M 2007 Informalidade in Previd ncia no Brasil debates dilemas e escolhas Paulo Tafner e F bio Giambiagi organizadores Ipea Rio de Janeiro NOGUEIRA A M 2002 Mudan as na CLT Problemas Hist ricos e Dilemas Atuais do Novo Sindicalismo Working Paper n 02 018 Faculdade de Economia Administra o e Contabilidade Universidade de S o Paulo NORONHA E G 1999 O modelo legislado de rela es de trabalho no Brasil Anais do VI Encontro Nacional da ABET Belo Horizonte NORONHA E G 2000 O Modelo Legislado de Rela es de Trabalho no Brasil Dados vol 43 n 2 Rio de Janeiro OBSERVAT RIO DO MERCADO DE TRABALHO 2002 Aperfei oamentos Recentes na Gest o das Pol ticas P
463. umento dispon vel no site do Minist rio do Trabalho e Emprego www mte gov br apresenta estes indicadores de resultado de forma bastante resumida sem maiores explica es metodol gicas limitando se a fornecer informa es b sicas para compreens o do significado dos indicadores Mesmo a forma de apresenta o dos indicadores ainda bastante rudimentar pois algumas tabelas possuem t tulos id nticos dificultando ao leitor sua real compreens o Nesse contexto que devem ser entendidos os indicadores aqui mencionados O referido documento n o apresenta qualquer justificativa para o percentual que define a efetividade social como sendo alta ou baixa 59 135 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho indicam um bom desempenho do PNQ para g nero e ra a e abaixo da meta para trabalhadores n o qualificados e jovens O gr fico 6 5 cont m um indicador de efici ncia sempre de acordo com os conceitos estabelecidos pelos formuladores do PNQ e contidos no documento MTE 2005b Com rela o a este indicador de efici ncia os resultados parecem convergir para a meta indicando que o programa encontra se dentro das diretrizes obtidas mas a um custo hora por educando superior ao antigo PLANFOR TABELA 6 6 BRASIL EFETIVIDADE SOCIAL DO PNQ COBERTURA RELATIVA POR GRUPO ESPEC FICO DA POPULA O VULNERABLE Grupo vulner vel espec fico PNQ Meta Planfor 20
464. uridade Empregador It lia 5 80 Seguridade Social Jap o 3 5 60 Plano de Sa de Seguridade Rep blica Checa 7 69 Seguridade Social Reino Unido 6 5 90 6 semanas e taxa fixa Seguridade Empregador Su cia at 16 80 e taxa fixa Seguridade Social Fonte Organiza o das Na es Unidas http g1 globo com Noticias Economia Negocios 0 PIO152496 9356 00 html 6 8 2 Pol ticas P blicas de Trabalho e Renda para Jovens Os jovens de ambos os g neros tamb m formam um grupo vulner vel no que se refere sua atua o no mercado de trabalho e gera o de renda Regra geral eles possuem dificuldades de inser o no mercado de trabalho e s o os alvos mais atingidos no momento da demiss o devido as suas caracter sticas particulares baixa qualifica o pouca experi ncia poucas responsabilidades pessoais e financeiras etc Em raz o desta vulnerabilidade se fazem necess rias pol ticas que promovam a eleva o da escolaridade entre os jovens visando aumentar suas oportunidades de emprego bem como outras pol ticas que contemplem a gera o de emprego e inclus o social para esse grupo Artigo 7 inciso XVIII da Constitui o Federal de 1988 155 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Diversos fatores s o observados quando se analisa o desemprego juvenil O empregador considera alguns aspectos relevantes em rela o ao trabalhador jovem que dificulta sua entrada no mercad
465. usiva sendo regulamentada pelo art 9 da Constitui o Federal e especificamente pela Lei n 7 783 89 Seu conceito se d pela suspens o coletiva tempor ria e pac fica total ou parcial do trabalho A Constitui o Federal prev que ela um direito que se estende inclusive aos trabalhadores do setor p blico em todas as esferas de governo vedando se no entanto esse direito para os militares Um requisito essencial e preliminar para o exerc cio do direito de greve o de em sua fase preparat ria haver uma tentativa de negocia o frustrada somente ap s a categoria de trabalhadores por meio de uma assembl ia representativa deliberar pela paralisa o O sindicato dever comunicar ao empregador que ir deflagrar uma greve com a anteced ncia m nima de 48 horas chamada de aviso pr vio de greve Nas atividades essenciais mencionadas no art 10 da Lei n 7 783 89 o aviso pr vio dever ser de 72 horas e dever ser dada n o somente ao empregador mas tamb m a toda a comunidade interessada Quando a greve n o tiver seus limites observados configura se abuso de direito e cabe ao Minist rio P blico requisitar abertura de inqu rito para apura o do il cito e processar criminalmente ou civilmente os infratores Para melhor conceituar greve abusiva o Tribunal Superior do Trabalho TST instrui que qualquer greve que n o tenha sido precedida de uma tentativa direta e pacifica de negociar sobre o objeto do conflito c
466. utivo que passava a legislar em seu lugar Moraes Filho e Flores de Moraes 2003 p gina 105 Entre a Constitui o de 1967 e o processo de abertura democr tica que culminou em 1985 a evolu o da regulamenta o do mercado de trabalho prosseguiu desta maneira com a continuidade da prolifera o de normas legais tornando as rela es de trabalho cada vez mais complexas apesar da tentativa em 1975 de revis o da CLT que redundou em fracasso Com a abertura democr tica houve uma tr gua com rela o interven o nas organiza es sindicais no campo do Direito Coletivo e uma forte amplia o da regulamenta o profissional fragmentando o mercado de trabalho num amplo conjunto de ocupa es no campo do Direito Individual Ainda no campo do Direito Coletivo houve uma interven o importante com a autoriza o da forma o das centrais sindicais horizontais rompendo assim com a tradicional estrutura vertical existente desde 1939 Com a retomada econ mica ap s a recess o de 1983 e com o processo de abertura pol tica grande parte da regulamenta o trabalhista no campo salarial onde prevalecia forte esquema de indexa o de pre os e sal rios foi respons vel pelo recrudescimento inflacion rio Isso colocou o pa s beira de uma hiperinfla o de conseqii ncias imprevis veis for ando o Governo a tomar medidas 49 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho
467. vel nos estudos analisados 134 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho 6 3 2 Avalia o do treinamento vocacional o PNQ Seria muito temerosa qualquer avalia o mais r gida do PNQ em decorr ncia de seu noviciado ainda mais por se tratar de um plano a ser implementado na esfera p blica onde existe uma natural lentid o entre a concep o e a implementa o de programas O documento MTE 2005b contudo publicou indicadores de desempenho do PNQ para os seus dois primeiros anos de exist ncia alguns a seguir apresentados A tabela 6 5 traz o que se denomina na nova nomenclatura uma medida de efetividade social que permite mesurar a participa o relativa dos trabalhadores as benefici rios as do PNQ participantes de cursos focalizados especificamente para os seguintes p blicos priorit rios benefici rios de pol ticas de trabalho SPE benefici rios de pol ticas de inclus o social e benefici rios de pol ticas de desenvolvimento e gera o de emprego e renda MTE 2005b p gina 2 Essa efetividade social medida pelo indicador de Integra o de Pol ticas de Qualifica o de Trabalho e de Inclus o Social sendo calculado a partir da soma dos percentuais de participa o de cada um dos p blicos priorit rios referentes integra o de pol ticas p blicas Em 2003 esse indicador foi de 74 0 e em 2004 75 0 De acordo com o referido documento se este i
468. vista coletar a multa Isto particularmente verdade em per odos de crescimento da economia quando aumentam as oportunidades de mais e melhores empregos para os trabalhadores Nesta situa o eles desejam a demiss o enquanto as empresas querem evit la Com rela o s empresas existem efeitos que se contrap em Por um lado ela deve induzir a retra o nas demiss es pois estas ficam mais caras Mas por outro lado o custo de recrutamento e da admiss o tamb m fica encarecido pois necess rio buscar trabalhadores de melhor n vel de qualidade assim como com maior probabilidade de permanecerem no emprego por mais tempo A priori fica dif cil dizer que efeito deve prevalecer mas quando associados a outros custos do trabalho existentes na legisla o h evid ncias de que a multa acaba por reduzir a demanda por m o de obra atuando assim de forma n o desejada sobre o mercado de trabalho 5 4 2 Os problemas com o SD Tem sido amplamente comprovado inclusive na literatura internacional que a introdu o do seguro desemprego como mecanismo de garantia de renda durante o desemprego altera bastante o comportamento do trabalhador pela exist ncia do chamado risco moral moral hazard Ou seja como ocorre em qualquer mercado onde se introduz um seguro o comportamento do seu benefici rio torna o menos cauteloso com a ocorr ncia do sinistro ou do evento No caso do seguro desemprego existe um substancial conjunto de
469. xo CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho Indicadores de efic cia gr fico 6 1 A taxa de aproveitamento de vagas tamb m conhecida como taxa de ader ncia indica a satisfa o do empregador pode ser considerada baixa mas tem crescido lentamente deste o ano de 1995 Uma das raz es do baixo valor desta taxa parece ser a estrat gia inadequada de capta o das vagas juntos s empresas que tem se revelado posteriormente incompat vel com o perfil do trabalhador desempregado Outra raz o tem sido as dificuldades em patr es e empregados negociarem as condi es iniciais de um novo contrato de trabalho frente s informa es fornecidas pelo SINE A taxa de sucesso nos encaminhamentos revela o percentual de trabalhadores enviados s empresas para preencherem uma vaga e que foram colocados Esta taxa revela um valor baixo e tem ca do ao longo do tempo Em 2006 somente 21 8 dos encaminhados foram colocados no mercado de trabalho Por esta raz o a taxa de coloca o dos trabalhadores bastante baixa n o passando de 20 0 no per odo entre 1996 2006 indicando que o sistema tem um baixo poder de reinser o do trabalhador no mercado formal de trabalho Isto reflete entre outras causas a defici ncia ou inexist ncia da estrat gia de marketing visando assegurar a satisfa o dos trabalhadores para com os servi os oferecidos o que certamente afeta a credibilidade de SINE junto
470. xperi ncia profissional anterior que estejam cursando ou tenha completado o ensino fundamental ou m dio Para atingir este objetivo o programa subvenciona empresas p blicas e privadas a contratarem jovens com as caracter sticas anteriormente citadas coordenado executado e supervisionado pelo Minist rio do Trabalho e Emprego e apoiado pela Organiza o Internacional do Trabalho OTT pelo Banco Mundial pelos Governos Estaduais e Municipais e Organiza es da sociedade civil O Programa conta com um Conselho Consultivo cujas compet ncias s o determinar diretrizes e crit rios para implementa o do programa al m de realizar seu acompanhamento e avalia o O PNPE tem duas linhas de atua o a qualifica o social e profissional e a inser o imediata do jovem no mercado de trabalho Para tanto o programa possui a es de prepara o do jovem para o mercado de trabalho de capta o de vagas de apoio a eleva o da escolaridade e de assist ncia s ocupa es alternativas Al m disso o programa adotou as seguintes linhas de a o Cons rcios Sociais da Juventude Empreendedorismo Juvenil Aprendizagem Servi o Civil Volunt rio e Soldado Cidad o Os Cons rcios Sociais da Juventude s o parcerias que o MTE estabelece com organiza es ou movimentos da sociedade civil com a finalidade de incluir os jovens principalmente os mais vulner veis como m es solteiras ex detentos moradores de centros distantes
471. xperimentou uma leve recupera o Em 1992 cerca 66 2 dos trabalhadores ocupados eram socialmente protegidos cifra que declinou para 62 3 em 2006 Isto fez elevar o percentual dos socialmente desprotegidos para aproximadamente 37 7 correspondendo por cerca de 33 milh es de trabalhadores em 2006 TABELA 4 4 PROTE O SOCIAL ENTRE OS IDOSOS COM 60 ANOS OU MAIS DE IDADE SEGUNDO SEXO 2004 Homens Mulheres Total Aposentados 5 916 938 4 275 826 10 192 764 Pensionistas 69 029 2 122 521 2 191 550 Aposentados e pensionistas 110 935 1 011 392 1 122 327 Contribuintes n o benefici rios 509 662 166 199 675 861 Total protegidos a 6 606 564 7 575 938 14 182 502 Residentes b 7 660 557 9 812 291 17 472 848 Cobertura Em a b 86 2 77 2 8 2 Fonte Informe de Previd ncia Social Volume 18 n 03 Mar o de 2006 82 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A GR FICO 4 1 BRASIL A EVOLU O DO N VEL DE PROTE O SOCIAL DA POPULA O OCUPADA ENTRE 16 E 59 ANOS 1992 2006 70 Porcentagem 65 an OEA 66 4 ee 65 2 as ao do CO AP ras tac E as spate es p 63 8 63 8 63 4 60 4 Be e23 67 625 66 626 623 55 4 50 4 45 4 40 37 7 83 375 374 374 36 2 36 2 36 6 Sis Sur 3i as CCO CE aereos ae a a 2S e pasa es pe ma 30 r r i 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 e Socialmente protegidos Socialmente desprote
472. z de privilegiar os direitos individuais e relegar a representa o coletiva a cria o das op es inverteria essa nfase dando mais aten o representa o coletiva dos interesses dos trabalhadores Outra altera o importante que essa estrat gia introduziria seria a de privilegiar a negocia o e n o mais a legisla o A vantagem desta mudan a seria a de atender s especificidades de situa es concretas em vez de obrigar empresas e trabalhadores a obedecer a uma legisla o uniforme como a CLT que deve se aplicar em todas as situa es concretas Finalmente a nova estrat gia oferece a possibilidades de solucionar os conflitos trabalhistas sem a interven o da Justi a do Trabalho tornando as rela es de trabalho mais aut nomas e for ando as partes a assumirem atitudes mais respons veis e consegiientes desincentivando o oportunismo nas disputas trabalhistas Com essas qualidades potenciais a estrat gia das op es poderia resolver o dilema da escolha entre legislar e negociar e adicionalmente proporcionaria aos trabalhadores e s empresas regras mais eficientes e democr ticas para governar suas rela es Zylberstajn 2003 p gina 359 Com rela o defesa da necessidade de reforma na Previd ncia Social temos a posi o defendida por Pinheiro 2004 o qual foi o articulador da introdu o do fator previdenci rio da reforma promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1998 1999 Para ele re
473. zidas in meras medidas legais buscando flexibilizar a regulamenta o do mercado de trabalho Com a chegada do governo Lula foi criado o F rum Nacional do Trabalho FNT pela Portaria MTE 1 029 de 12 08 2003 para atualizar a legisla o sindical e trabalhista Este F rum n o produziu nenhuma proposta de reforma trabalhista mas somente um ante projeto de reforma sindical que se transformou na Emenda Constitucional PEC 369 05 at hoje tramitando no Poder Legislativo brasileiro mas sem o empenho de nenhum segmento social partido pol tico ou rg o do governo para que venha de fato a ser discutida 165 CEPAL Colecci n Documentos de proyectos Flexibilidade no mercado de trabalho A proposta do governo de mudan a na CLT foi concebida sem nenhuma negocia o com as partes interessadas E estranhamente sob o argumento de que seria um instrumento de incentivo negocia o n o existe qualquer beneficio no Projeto de Lei devido fragilidade da grande maioria dos sindicatos ao instrumento de demiss o sem justificativa das empresas baixa taxa de sindicaliza o em torno de 23 ao alto ndice de rotatividade ao alto ndice de informalidade ao baixo custo da for a de trabalho Nogueira 2002 p gina 20 Ainda nessa linha de argumenta o Freitas 2001a um assessor dos sindicatos procurou mostrar que o Projeto de Lei 5 483 01 do Poder Executivo afetar diretamente a vida de milh es de brasil

DOC W Jose Paulo Zeetano Chahad

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