Home

Revista do Tribunal Superior do Trabalho, v. 74, n. 3, jul./set

1. o da Rep blica Alega tamb m que a eg Corte Regional negou validade aos arts 5 8 6 da Lei n 7 347 87 876 da CLT 585 e 587 do CPC e 6 XIV da Lei Complementar n 75 93 Sustenta em s ntese que ao negar validade ao acordo extrajudicial realizado entre o rg o ministerial trabalhista e a Empresa o TRT violou de forma direta e literal a Constitui o Isso porque o ajuste teria natureza de t tulo executivo extrajudicial e sua inobserv ncia pela Corte a quo infringiria o instituto da coisa julgada Vejamos Como evidenciado acima o processamento da revista em fase de execu o somente cab vel se demonstrada hip tese de ofensa direta e literal a norma da Constitui o Federal art 896 2 da CLT Da que de plano Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 309 JURISPRUD NCIA TEM TICA invi vel o exame de viola o dos arts 5 6 da Lei n 7 347 87 876 da CLT 585 e 587 do CPC e 6 XIV da Lei Complementar n 75 93 Quanto den ncia de m cula do art 5 inciso XXXVI da CF 88 cotejando as raz es de decidir do Tribunal Regional v se que ele n o pronunciou tese alguma sobre coisa julgada nem mesmo o recorrente o questionou quanto ao ferimento da coisa julgada por ocasi o da interposi o dos declarat rios Assim a viola o do dispositivo constitucional carece de prequestionamento aplicando se ao caso a S mula n 297 TST As alega es de ofensa
2. Ainda que se admitisse o livre poder de comando do Banco empregador para a fixa o do valor da gratifica o semestral certo que ao efetuar por cerca de 10 anos o pagamento da gratifica o semestral em montante equivalente a um sal rio elevou o padr o remunerat rio dos substitu dos revelando se ilegal a altera o que resultou em redu o do valor da gratifica o semestral habitualmente paga na medida em que transferiu para os empregados m xime aos inativos as consequ ncias da m gest o do neg cio Ora se alega que o empregado aposentado n o faz jus Participa o nos Lucros e Resultados por n o concorrer com seu labor para os resultados financeiros da institui o com muito maior raz o n o pode repartir os preju zos com tais empregados que via de consegii ncia n o concorreram para os resultados verificados fls 993 995 Observa se que n o obstante lac nica em alguns momentos a decis o recorrida e pouco expl cita em outros n o h raz o suficiente para decretar 266 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA sua nulidade porque toda a mat ria objeto do recurso de revista pode ser examinada e decidida Isso porque no que diz respeito uniformidade ou variabilidade do pagamento da gratifica o semestral a decis o recorrida se referiu expressamente ao documento 10 da seguinte maneira Consoante se infere do documento 10 abojado defesa
3. O apelo foi admitido a fl 200 Sem contra raz es Os autos n o foram encaminhados ao d Minist rio P blico do Trabalho RI TST art 82 E o relat rio VOTO PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO ARG IDA DE OF CIO Cuidam os presentes autos de a o civil p blica ajuizada pelo Sindicato dos Professores de S o Paulo SINPRO SP contra a Associa o Atl tica Banco do Brasil S o Paulo na qual o Autor pleiteia que seja a R condenada ao cumprimento de cl usula de conven o coletiva na qual est previsto o pagamento de import ncia equivalente a 18 do sal rio dos professores a t tulo de participa o nos resultados Conforme revela o ac rd o regional o MM Ju zo de primeiro grau julgou procedente em parte a a o civil p blica Em recurso ordin rio a R arg iu preliminarmente a car ncia de a o ao argumento de que o Sindicato n o teria legitimidade para propor a o civil p blica O Tribunal Regional do Trabalho da 2 Regi o acolheu a preliminar e extinguiu o feito sem resolu o de m rito nos termos do art 267 IV do CPC Assim est posto o ac rd o Dessa forma no campo dos interesses difusos em que o grupo atingido ainda que conhecido inidentific vel o Minist rio P blico 216 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA age como leg timo representante eis que em suma a pr pria sociedade se qualifica no
4. Para o ministro a finalidade da negocia o coletiva ampliar direitos e setoriz los adegu los realidade de trabalho de cada grupo de trabalhadores e n o suprimi los Itens que envolvem seguran a e medicina do trabalho por exemplo s o irrenunci veis e em torno disso se fixa a jurisprud ncia do TST em temas como os turnos ininterruptos e os intervalos intrajornada entre outros Superadas essas quest es nem a lei nem os rg os que a aplicam podem atrapalhar a negocia o Mas isso acontece ressaltou Ainda tratamos greve como rebeli o de escravos em que a primeira a ser chamada a pol cia Mas a greve um direito fundamental do indiv duo embora seu exerc cio seja coletivo Ambigiiidades e universalidade Na palestra de encerramento o jurista Francisco Rezek fez uma releitura da Declara o dos Direitos Humanos propondo que o tema n o se resuma ao b sico devido pelo Estado ao cidad o e que mesmo nesse aspecto h falhas imensas Epis dios dram ticos como o massacre do Carandiru se reproduzem a todo momento em menores dimens es afirmou Para ele por m o horizonte dos direitos humanos mais amplo e a express o guarda em si um quase pleonasmo Todas as normas objetivas criam indiretamente direitos humanos H dificuldade portanto em definir as fronteiras do que pode e do que n o pode ser classificado como direitos humanos Para Rezek o que existe uma hierarq
5. I propor a o de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face Constitui o Estadual Il promover a representa o de inconstitucionalidade para efeito de interven o do Estado nos Munic pios II promover privativamente a a o penal p blica na forma da lei IV promover o inqu rito civil e a a o civil p blica na forma da lei a para a prote o preven o e repara o dos danos causados ao meio ambiente ao consumidor aos bens e direitos de valor art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico e a outros interesses difusos coletivos e individuais indispon veis e homog neos sublinhei Desse modo inquestion vel a compet ncia do Minist rio P blico do Trabalho para promover A o Civil P blica necess ria defesa dos interesses difusos coletivos e individuais homog neos Nesse sentido ensina Francisco Ant nio de Oliveira Do poder que lhe fora atribu do pode se afirmar que o Minist rio P blico do Trabalho est legitimado a instaurar inqu rito civil e a promover a a o civil p blica para a defesa de interesses difusos interesses coletivos e interesses individuais homog neos sempre que a discuss o envolver interesses de categoria ligados ou n o aos direitos trabalhistas Essa legitima o j havia sido dada de forma gen rica pelo art 129 da CF cujo inciso II deu poderes ao Minist rio P blico Estadual e Federal
6. JURISPRUD NCIA TEM TICA Com efeito a Conven o n 111 da OIT ratificada pelo Brasil por meio do Decreto n 62 150 68 prev o combate discrimina o nas rela es de trabalho em conson ncia com o art 3 IV da Constitui o Federal que estabelece como um dos objetivos fundamentais da Rep blica Federativa do Brasil a promo o do bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimina o Por outro lado o sistema jur dico vigente admite a ado o de pol ticas afirmativas do Estado que estabele am o tratamento diferenciado a determinados grupos com o intuito de diminuir eventuais desigualdades sociais evidentes em sua situa o espec fica visando o alcance da equidade O art 3 da Constitui o Federal expl cito ao estatuir em seu inciso II como objetivo fundamental da Rep blica erradicar a pobreza e a marginaliza o e reduzir as desigualdades sociais e regionais O art 170 IX do texto constitucional por sua vez traz como exemplo entre os princ pios da ordem econ mica o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constitu das sob as leis brasileiras Assim o legislador constituinte n o apenas expressou a n o toler ncia quanto s desigualdades sociais e regionais existentes mas tamb m estabeleceu a exig ncia de ado o de procedimentos para sua redu o a fim de alcan ar a aplica o devida e justa do prin
7. JURISPRUD NCIA TEM TICA RECURSO DE REVISTA TERCEIRIZA O DE SERVI OS EMPRESA P BLICA MULTA DO ART 47 DA CLT N o h lei prevendo a imposi o de multa por fiscal do trabalho por aus ncia de registro como empregado no caso de terceiriza o de servi os tida por il cita A imposi o de obriga o n o prevista em lei contraria o princ pio da legalidade e implica viola o direta e literal do art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica Recurso de Revista de que se conhece e a que se d provimento Processo n TST RR 1 429 2005 013 03 40 Ac 5 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n TST RR 1 429 2005 013 03 40 1 em que Agravante Caixa Econ mica Federal CEF e Agravada Uni o O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Regi o mediante o ac rd o de fls 131 136 complementado a fls 145 147 negou provimento ao Recurso Ordin rio interposto pela autora Caixa Econ mica Federal em a o anulat ria de d bito fiscal A autora interp s Recurso de Revista cujo seguimento foi denegado mediante o despacho de fls 163 166 No Agravo de Instrumento a autora busca demonstrar a satisfa o dos requisitos para o processamento do Recurso obstado Com contraminuta e contra raz es ao Recurso de Revista O Minist rio P blico do Trabalho opinou pelo conhecimento e n o provimento do Agravo de Instrumento fls 178 179
8. S ntese Decis ria N o aproveita Recorrente a alega o gen rica de que foram violados os dispositivos da Lei n 9 029 95 pois consoante assentado Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 299 JURISPRUD NCIA TEM TICA na S mula n 221 I do TST a admissibilidade do recurso de revista ou de embargos por viola o tem como pressuposto a indica o expressa do dispositivo de lei ou da Constitui o tido como violado o que n o ocorre no caso De outra parte o entendimento adotado no ac rd o recorrido n o viola o art 5 XXXIII da CF pois n o restou demonstrado qual o interesse da Empresa R em obter informa es credit cias sobre seus empregados e os candidatos a emprego no SERASA Na verdade o Regional entendeu que o empenho da R em granjear essas informa es tinha o nico objetivo de discriminar Ademais n o aproveita Recorrente a tese de afronta ao art 5 caput da CF que cont m norma gen rica e somente poderia ser violado de forma reflexa o que n o se coaduna com o disposto no art 896 c da CLT Assim n o conhe o do recurso de revista B RECURSO DE REVISTA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO CONHECIMENTO 1 PRESSUPOSTOS GEN RICOS Tempestivo o apelo cfr fls 395 e 403 regular a representa o subscrito por Procuradora do Trabalho encontrando se dispensado de preparado CPC art 511 par grafo nico 2 PRESSUPOSTOS ESPEC FICOS INDENIZA O POR DANO
9. a desigualmente material justifica a amplia o da prote o dos direitos fundamentais na esfera privada porque se parte da premissa de que a assimetria de poder prejudica o exerc cio da autonomia privada das partes mais d beis Sarmento 2004 p 304 A constata o de que os poderes privados disp em de for a quase incontrast vel sobre a vida e que muitas vezes desfrutam de possibilidade de ser resilido o contrato de trabalho requerendo lhe seja garantido o emprego Sendo razo vel o temor valho me do poder geral de cautela CPC art 798 deferido ao Juiz para determinar seja a R intimada pela mesma dilig ncia acima determinada a abster se de resilir o contrato de emprego existente com a demandante at ulterior revoga o dessa determina o Ap s voltem me conclusos Aos 17 de setembro de 2007 Am rico C sar Brasil Corr a Juiz do Trabalho 1 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 139 DOUTRINA poderes normativos institucionalizados ou tolerados observa Daniel Sarmento n o obsta a aplica o dos princ pios constitucionais Ao contr rio acabam por exigir um refor o prote o dos direitos dos mais vulner veis Desnecess rio frisar que no caso brasileiro diante da nossa gritante desigualdade social esta quest o assume um relevo impar Aqui a enorme vulnerabilidade de amplos setores da popula o justifica com sobras de raz o um refor
10. iieeeererererereraneeearererenaraneraneranos 47 A a o civil p blica como via alternativa ao diss dio coletivo de greve uma an lise comparativa Paulo Am rico Maia Filho eirereerecraearrea ara ceacaneaeraraneaaaaa 61 Quest es atuais sobre a substitui o processual Salvador Franco de Lima Laurino nosses 93 A es coletivas e compet ncia para danos de mbitos regional e nacional Gustavo Filipe Barbosa Garcia e eee eeeeeeeeerereaeeaeeraeeraeereeranetara 105 TEM TICA ATUAL Duas notas sobre novas tutelas laborais no multifacetado desenho do mundo do trabalho contempor neo Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva ieeseeseremaemanos 121 SUM RIO NOTAS E COMENT RIOS Ordem do M rito Judici rio do Trabalho ra 151 Semin rio 60 Anos da Declara o Universal dos Direitos Humanos 153 JURISPRUD NCIA 1 Jurisprud ncia tem tica ii eeereeeererererarere rare eeneererenerana 165 2 Jurisprud ncia atual erre eereereererereaaereeeeaeeeneeraeranetara 319 NDICE TEM TICO 1 ndice da Jurisprud ncia do TST 328 14 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 Tem tica Constitucional A JUSTI A DO TRABALHO QUE TEMOS E A QUE DESEJAMOS Rider Nogueira de Brito ejam as minhas primeiras palavras de aplauso ao Ministro Gilmar pela iniciativa deste evento na esperan a de que daqui possam efetivamente surgir novos rumos para o Judici ri
11. o dos citados dispositivos constitucionais adquirindo a mat ria contornos nitidamente f tico probat rios j que n o se poss vel chegar a conclus o diversa sem revolver fatos e provas situa o sabidamente imposs vel no mbito de cogni o deste Tribunal nos termos da S mula n 126 N o conhe o Isto posto Acordam os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho por maioria vencido o Excelent ssimo Ministro Mauricio Godinho Delgado n o conhecer do recurso de revista Bras lia 02 de abril de 2008 Hor cio Senna Pires relator 310 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA RECURSO ORDIN RIO A O ANULAT RIA RECRUTAMENTO RECURSO ORDIN RIO A O ANULAT RIA RECRUTAMENTO PREFER NCIA M O DE OBRA LOCAL VALIDADE v lida a cl usula que prev prefer ncia na contrata o de m o de obra local como crit rio de desempate sem consubstanciar restri o absoluta a fim de diminuir desigualdades sociais evidentes em uma situa o espec fica revelando se como verdadeira discrimina o positiva garantidora da concretiza o do princ pio constitucional da igualdade jur dica Recurso ordin rio interposto pelo Minist rio P blico do Trabalho n o provido Processo n ROAA 78 2004 000 08 00 Ac SEDC Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordin rio em A o Anulat ria n TST ROAA 78 2004 000 08 00 2 em que re
12. 92 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 QUEST ES ATUAIS SOBRE A SUBSTITUI O PROCESSUAL Salvador Franco de Lima Laurino substitui o processual no processo do trabalho mat ria vasta e complexa que n o comporta abordagem exaustiva nos limites que oram propostos para a exposi o De modo que nossa reflex o ficar restrita s quest es que emergem da recente jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal sobre o significado da norma do inciso III do art 8 da Constitui o que confere legitimidade ao sindicato para a defesa judicial de direitos individuais dos trabalhadores A substitui o processual uma forma de legitima o para agir Em linhas gerais a legitima o para agir o poder de exercer a defesa judicial de um direito Ela se classifica em ordin ria e extraordin ria A legitima o ordin ria para a defesa judicial de direitos individuais do sujeito que se afirma titular da rela o jur dica controvertida Quem se afirma titular do direito tem a oportunidade de participar do contradit rio instaurado perante o juiz e de consequ ncia a coisa julgada se forma pro et contra o que significa que a decis o vincula tanto em caso de acolhimento como em caso de rejei o da pretens o A legitima o extraordin ria o poder de exercer em nome pr prio a defesa judicial de um direito alheio A substitui o processual a hip tese t pica de legitima o extraordin ria Campo
13. IAB 1 Esta leitura adv m de Alain Supiot que relaciona a necessidade de prote o do corpo f sico do trabalhador realidade subjacente e submersa sob a abstra o do conceito for a de trabalho com as raz es pelas quais se constituiu o Direito do Trabalho que neste sentido adquire uma for a de civiliza o de rela es mercantis N o se desconhecem as cr ticas a tal arcabou o conceitual nem se realiza aqui uma ades o de fundo a tal vertente explicativa em especial porque se reconhece que al m das fun es imediatas h fun es mediatas desempenhadas pela regula o laboral em uma economia capitalista que indicam a ambigiidade constitutiva do Direito do Trabalho 2 Sobre as novas configura es da classe trabalhadora no multifacetado desenho contempor neo do mundo do trabalho ver os estudos de Ricardo Antunes 2000 2007 que registra a import ncia de se ampliar o foco para a classe que vive do trabalho Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 121 DOUTRINA correta tomada de posi o sobre um dos pap is da dogm tica jur dica trabalhista como o de real ar a dimens o contraf tica do direito que n o pode perder sua dimens o axiol gica a utopia de submeter a regras o mercado de trabalho de colocar freios ao que acontece no mundo dos fatos Significa mais do que isso recusa a uma vis o do direito como vari vel dependente e que deve simplesmente se adaptar do mercado e dos agentes deten
14. JURISPRUD NCIA TEM TICA isso for mais favor vel para o trabalhador in mellius sendo nula a cl usula de norma coletiva que desatende esse princ pio II N o nula a cl usula de acordo coletivo de trabalho que assegurando a igualdade de oportunidade e o tratamento desigual aos desiguais estabelece dis crimina o positiva em favor a m o de obra local por ocasi o de recrutamento de trabalhadores em rea amaz nica sob a influ ncia de grandes projetos II nula a cl usula de acordo coletivo de trabalho que imp e contribui o obrigat ria para trabalhadores n o sindicaliza dos a dano do princ pio da liberdade sindical negativa fl 55 Pelas raz es a fls 71 74 o Minist rio P blico do Trabalho interp s recurso ordin rio pretendendo a reforma do ac rd o do Regional para exclus o da Cl usula 12 1 que estabelece prefer ncia pela contrata o de m o de obra local Alegou viola o da Conven o n 111 da OIT e dos arts 1 da Lei n 9 029 95 e 3 IV da Constitui o Federal Admitido o recurso mediante a decis o a fls 78 n o foram apresentadas contra raz es conforme certificado a fls 77 E o relat rio VOTO 1 CONHECIMENTO Atendidos os pressupostos legais de admissibilidade do recurso ordin rio dele conhe o 2 M RITO A O ANULAT RIA CL USULA DE CONVEN O COLETIVA DE TRABALHO PREFER NCIA M O DE OBRA LOCAL VALIDADE A Se o Especializada do Tribunal
15. PETROBR S PROGRAMA DE INCENTIVO SA DA VO LUNT RIA PISV CONDI O RECLAMA O TRABALHISTA OBRIGATORIEDADE DE DESIST NCIA TRATAMENTO DISCRI MINAT RIO 1 Caracteriza se como tratamento discriminat rio a exig ncia prevista no Programa de Incentivo Sa da Volunt ria institu ido pela Petrobr s no qual se limita a ades o queles que n o estejam movendo a o judicial trabalhista ou caso contr rio renunciem ao di Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA reito proveniente da a o ajuizada Apesar de o Empregador deter a liberdade para estabelecer os requisitos necess rios ades o dos em pregados a programa de incentivo demiss o ou aposentadoria volunt ria deve se ter como par metro o limite do razo vel e do bom senso comum condi o imposta pela Petrobr s extrapola tais limi tes visto que evidencia tratamento desigual a funcion rios em id ntica situa o no mbito da empresa O que deve definir a igualdade de con di o a situa o funcional de cada um no mbito da empresa como por exemplo tempo de servi o ou at mesmo a natureza da atividade desenvolvida por um ou por outro empregado N o poss vel admitir como requisito a distinguir os funcion rios o ajuizamento ou n o de a o perante o Judici rio trabalhista 2 Recurso de revista conhecido e provido Recorrentes Jos Paulo Martins e Outro e Recorrida Petr leo
16. Revista do Tribunal Superior do Trabalho PODER JUDICI RIO JUSTI A DO TRABALHO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Revista do Tribunal Superior do Trabalho Ministro Rider Nogueira de Brito Presidente Ministro Milton de Moura Fran a Vice Presidente Ministro Jo o Oreste Dalazen Corregedor Geral da Justi a do Trabalho Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ministro Renato de Lacerda Paiva Ministro Lelio Bentes Corr a Comiss o de Documenta o Ano 74 n 3 jul a set 2008 O magister Ecitora Alameda Coelho Neto 20 3 andar Porto Alegre RS 91 340 340 magister editoramagister com www editoramagister com ISSN 0103 7978 Revista do Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho Vol 21 n 1 set dez 1946 Rio de Janeiro Imprensa Nacional 1947 v Trimestral Irregular 1946 1968 suspensa 1996 1998 trimestral out 1999 jun 2002 semestral jul 2002 dez 2004 quadrimestral maio 2005 dez 2006 Continua o de Revista do Conselho Nacional do Trabalho 1925 1940 mai ago Coordenada pelo Servi o de Jurisprud ncia e Revista 1977 1993 pela Comiss o de Documenta o 1994 Editores 1946 1947 Imprensa Nacional 1948 1974 Tribunal Superior do Trabalho 1975 1995 LTr out 1999 mar 2007 S ntese abr 2007 Magister ISSN 0103 7978 1 Direito do Trabalho 2 Processo Trabalhista 3 Justi a do Trabalho
17. dade 3 1 A responsabiliza o dos empregadores em face da ocorr ncia de acidentes de trabalho n o propriamente um tema novo tanto assim que foi um dos primeiros a merecer tutela espec fica no Brasil como se observa do Decreto n 3 724 de janeiro de 1919 que ap s definir os acidentes de trabalho estabelece que sua ocorr ncia obriga o patr o a pagar indeniza o ao oper rio ou sua fam lia As atuais dimens es dos acidentes de trabalho e das doen as profissionais e ocupacionais s o mundialmente reconhecidas como merecedoras de aten o especial tendo a 95 Sess o da Confer ncia Internacional do Trabalho em 2006 adotado Conven o espec fica para estabelecer um novo quadro promocional de seguran a e sa de no trabalho No Brasil o plano da legisla o previdenci ria destaca a amplia o do conceito de acidentes de trabalho com a inclus o no Plano de Benef cios do nexo t cnico epidemiol gico introduzido pela Lei n 11 430 06 e regulamentado pelo Decreto n 3 048 99 com a reda o que lhe foi dada em 2007 pelo Decreto n 6 042 Como o acidente de trabalho se presume caracterizado mediante a identifica o do nexo entre o trabalho e o agravo o acidente e a les o a doen a e o trabalho ou entre a causa mortis e o acidente e por for a de se considerar estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo t cnico epidemiol gico entre a atividade da empresa e a entidade m rbida m
18. lo com o preceito de fonte internacional em estrito cumprimento do imperativo que se cont m no 2 do art 5 da pr pria Lei Maior de nosso Pa s ao estatuir que os direitos e garantias expressos nesta Constitui o n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte Ora bem se o pr prio legislador constituinte se reporta em sua obra notadamente no cap tulo constitucional referente aos direitos fundamentais integra o normativa advinda da ordem jur dica supranacional n o h por que deixar de se proceder a essa integra o sist mica na situa o em apre o 2003 p 154 Conclui o constitucionalista A complementaridade entre os dois sistemas se d n o s quando a ordem internacional institua um direito ou garantia inovadora e n o prevista em nossa Carta Pol tica o que representa o mais como ainda quando a fonte normativa externa amplie o arco de prote o de direitos ou garantias j adotados na ordem interna inclusive suprimindo restri es ou exce es sua plena frui o o que representa o menos conforme se verifica na hip tese focalizada Siqueira Castro 2003 p 155 Parece importante reconhecer que se no mbito das novas tutelas inci dentes sobre as rela es individuais a jurisprud ncia trabalhista parece caminhar para reafirmar o sentido tutelar do direito laboral
19. nus da sucumb ncia Assim ressalvada a a o popular no Brasil o cidad o n o possui legitima o para as a es coletivas Disso resulta que pode haver litispend ncia entre a o popular e a o civil p blica pois a estar se diante de duas a es coletivas 52 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA 5 A QUEST O DA LITISPEND NCIA ENTRE A O COLETIVA PARA TUTELA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS SUBSTITUI O PROCESSUAL E A O INDIVIDUAL Finalmente urge indagar pode haver litispend ncia entre a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos e a o individual Para satisfazer indaga o cumpre lembrar que na a o coletiva para tutela de interesses ou direitos individuais homog neos o autor da demanda atua em nome pr prio na defesa de interesses de outrem legitima o extraordin ria ou substitui o processual enquanto na a o individual o titular da demanda tamb m o titular do direito material nela deduzido legitima o ordin ria Por a j se v que n o h identidade de partes no p lo ativo das duas demandas Ademais o pedido na a o coletiva em defesa de interesses individuais homog neos obrigatoriamente gen rico pois a condena o ser sempre gen ri ca CDC art 95 ao passo que na a o individual permitido o pedido l quido Finalmente a coisa julgada na a o coletiva produzir efeitos erga omnes na a
20. uma vez que a tutela dos direitos sociais conforme acima explicitado decorre de legisla o expressa Nesse sentido j decidiu o Supremo Tribunal Federal Tem se que n o o Minist rio P blico que invade a rea de atua o da reserva da clientela dos advogados sen o a pr pria natureza do bem protegido que o exige e que se al a ao patamar daqueles impugn veis por via de a o direta por certo entes e com muito mais raz o pelo Minist rio P blico neste caso concreto investido na capacidade postulat ria para a a o civil p blica quando o bem que visa a resguardar se insere na rbita dos interesses coletivos em segmentos de extrema delicadeza e de conte do social tal que acima de tudo recomenda o abrigo estatal STF RE 163231 SP Rel Min Maur cio Corr a DJ 29 06 2001 sublinhei Afastam se pois as viola es apontadas 2 TRANSA O EXTRAJUDICIAL PROGRAMA DE INCENTIVO SA DA VOLUNT RIA PISV CONDI O DE ADES O AO PLANO INCONSTITUCIONALIDADE O Eg Tribunal Regional do Trabalho da 21 Regi o em ac rd o de fls 64 69 negou provimento ao Recurso Ordin rio da Petrobr s nestes termos Em s ntese centra se a quest o de m rito acerca da legalidade da exig ncia da empresa recorrente em condicionar a participa o no Programa de Incentivo s Sa das Volunt rias ao encerramento das a es trabalhistas ajuizadas pelos seus empregados Entendo que n o merec
21. 1003 1024 que em uma nica p gina fls 1019 trouxe os argumentos h beis aprecia o da prejudicial de m rito prescri o sendo os demais argumentos formulados com o intuito nico de ver apreciadas novamente quest es j exaustivamente discutidas nos autos para as quais n o h o menor fundamento legal para a apresenta o de embargos declarat rios As partes n o podem se servir do processo alterar a realidade posta para obter fins question veis No presente caso em mais de uma ocasi o a embargante destacou trechos da fundamenta o do ac rd o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 269 JURISPRUD NCIA TEM TICA com o nico objetivo de ter mais uma chance de discutir uma quest o j pacificada em segunda inst ncia caso das preliminares Noutra ocasi o mencionou partes da fundamenta o como se concludente do julgado fosse parte dispositiva insistindo em argumentos j superados pela premissa maior prevista no art 131 do CPC Por estes motivos imp e se a aplica o de multa por litig ncia de m f embargante com fundamento no art 17 incisos IV VI e VII do CPC Fixo a multa em 5 do valor atribu do causa R 100 000 00 fl 20 em favor dos reclamantes fls 1037 e 1038 O Banco em suas raz es de revista alega que n o se verifica o intuito protelat rio dos embargos de declara o opostos contra a decis o regional pois o recurso foi acolhido parcialmente para
22. 127 Em vez de esvaziar as potencialidades de institui o de direitos e cria o de tutelas laborais por meio de a es que visem a reduzir a incid ncia das normas coletivas h que reconhecer tais instrumentos como meios h beis para a introdu o de normas obrigacionais entre os contratantes que incidam n o apenas nas rela es de emprego firmadas pelos sujeitos atingidos pela contrata o como tamb m nas rela es contratuais estabelecidas pelas empresas envolvidas ou representadas pelas entidades representativas das categorias econ micas Como observa a professora Daniele Gabrich Gueiros apesar de o problema estar nos crit rios utilizados para a organiza o sindical e o enquadramento pela atividade do empregador e na pouca utiliza o pela Jurisprud ncia de concep es mais livres e volunt rias existem sa das no modelo vigente tais como a exist ncia de cl usulas nas quais as empresas se comprometem a n o contratar por meio de interposta pessoa servi os que digam respeito sua atividade fim relacionando os ou ainda cl usula obrigacional que determina que na contrata o de empresa prestadora de servi os a empresa convenente se obrigar a incluir certos direitos nos contratos ou a exigir periodicamente a quita o de sal rios contribui es previdenci rias sob pena de multas 3 5 Por fim h que se observar a necess ria a cria o de novas tutelas laborais que visem a assegurar recursos de poder
23. 326 e 327 e a Orienta o Jurisprudencial n 142 da SBDI 1 do TST Colaciona arestos a confronto O recurso foi admitido s fls 1199 1208 Apresentadas contra raz es s fls 1213 1239 A d Procuradoria Geral do Trabalho s fls 1251 1281 opinou pelo n o conhecimento do recurso de revista quanto aos temas preliminar de nulidade da decis o regional Impedimento da ju za relatora preliminar de nulidade do ac rd o regional por negativa de presta o jurisdicional preliminar de nulidade da decis o proferida em sede de embargos de declara o Efeito modificativo Aus ncia de contradit rio preliminar de n o cabimento da A o Civil P blica na esfera trabalhista e de ilegitimidade ativa da associa o limita o da condena o aos associados domiciliados na Comarca de S o Paulo e prescri o total Pretens o dos substitu dos que nunca receberam a parcela Quanto ao tema gratifica o semestral m rito da demanda opinou pelo conhecimento e n o provimento do recurso de revista do reclamado e no que concerne multa por litig ncia de m f pelo conhecimento e provimento do apelo E o relat rio VOTO 1 PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECIS O REGIONAL IMPEDIMENTO DA JU ZA RELATORA ATUA O COMO MEMBRO DO MINIST RIO P BLICO NO PROCESSO CONHECIMENTO Sustenta o recorrente a nulidade da decis o regional em raz o do impedimento da Ju za Relatora por ter atuado
24. 4 Stress estrutural e cultura do ass dio no sentido sublinhado por Vincent de Gaulejac como resultantes de uma press o pelo tempo por resultados por uma luta de posi es e competitividade que rege o sistema de poder na administra o de empresas cujas consegi ncias psicopatol gicas destas situa es s o hoje conhecidas em particular a depress o o esgotamento profissional e a depend ncia do trabalho ainda que dissimulada por um mal estar difuso um sentimento de cansa o Registra se tal leitura pois se compartilha da id ia de que O ass dio n o pode ser tratado como um problema estritamente comportamental mesmo se acarretar efeitos psicol gicos Gaulejac 2006 p 80 e uma pol tica de preven o precisa levar em conta o contexto organizacional existente Neste sentido o ass dio n o deixa de ser produzido por uma cultura de alta performance e sua causa maior se encontra em tr s tend ncias que colocam sob press o o conjunto do sistema prossegue o autor em comento a dist ncia entre os objetivos fixados e os meios designados o enorme descompasso entre as prescri es e a atividade concreta a dist ncia entre as recompensas esperadas e as retribui es efetivas 2006 p 77 Enfim o ass dio decorr ncia sobretudo de uma l gica do mercado que se imp e na gest o dos recursos humanos a concorr ncia entre as pessoas leva a centrar a aten o nas performances de uns e de outros e a n
25. Brasil 4 Jurisprud ncia Trabalhista Brasil I Brasil Tribunal Superior do Trabalho CDU 347 998 72 81 05 Coordena o Comiss o de Documenta o Organiza o e Supervis o Ana Celi Maia de Miranda Revis o Jos Geraldo Pereira Bai o Capa Ivan Salles de Rezende sobre foto de Marta Cris stomo Editora o Eletr nica Editora Magister Os artigos publicados com assinatura n o traduzem a opini o do Tribunal Superior do Trabalho Sna publica o obedece ao prop sito de estimular o debate sobre quest es jur dicas relevantes para a sociedade brasileira e de refletir as v rias tend ncias do pensamento jur dico contempor neo Veja como publicar artigo no link Revista do TST na p gina www tst jus br Tribunal Superior do Trabalho Setor de Administra o Federal Sul Quadra 8 lote 1 bloco B mezanino 70070 600 Bras lia DF Fone 61 3314 3056 E mail revista Dtst jus br Internet wwwtst jus br Editora Magister Alameda Coelho Neto 20 3 andar 91340 340 Porto Alegre RS Fone 51 3027 1100 Assinaturas magister Meditoramagister com www editoramagister com Composi o do Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Pleno Ministro Rider Nogueira de Brito Presidente Ministro Milton de Moura Fran a Vice Presidente Ministro Jo o Oreste Dalazen Corregedor Geral da Justi a do Trabalho Ministro Vantuil Abdala Ministro Carlos Alberto Reis de Paula Mi
26. Brasileiro S A Petrobr s RR 610 728 1999 1 Rel Min Emmanoel Pereira publicado no DJ 08 04 2005 sublinhei Note se assim a inconstitucionalidade da norma empresarial Al m disso a transa o extrajudicial apenas opera efeitos em rela o s parcelas devidamente discriminadas Esse o entendimento da Orienta o Jurisprudencial n 270 da SBDI I PROGRAMA DE INCENTIVO DEMISS O VOLUNT RIA TRANSA O EXTRAJUDICIAL PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO EFEITOS A transa o extrajudicial que importa rescis o do contrato de trabalho ante a ades o do empregado a plano de demiss o volunt ria implica quita o exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo A S mula n 330 TST por sua vez estabelece QUITA O VALIDADE A quita o passada pelo empregado com assist ncia de entidade sindical de sua categoria ao empregador com observ ncia dos requisitos exigidos nos par grafos do art 477 da CLT tem efic cia liberat ria em rela o s parcelas expressamente consignadas no recibo salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado parcela ou parcelas impugnadas Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 197 JURISPRUD NCIA TEM TICA I A quita o n o abrange parcelas n o consignadas no recibo de quita o e consequentemente seus reflexos em outras parcelas ainda que estas constem desse recibo II Quanto a direitos
27. Espanha como TRADE n o s encontra se inserida no marco da nova regula o do trabalho aut nomo como obt m tratamento espec fico e singular com garantias mais concretas e protetoras que o enunciado gen rico de direitos e deveres estabelecidos aos demais aut nomos o que segundo Cabeza Pereiro 2008 p 102 provavelmente gerar conflitos judiciais diante da poss vel migra o entre as duas situa es aut nomo e aut nomo economicamente dependente Al m das regras de direito comum aplicadas em geral aos contratos privados a LETA assegurou novas tutelas aos trabalhadores aut nomos com a defini o de novas fontes normativas Em especial registre se que no sistema de fontes de direito aplic veis regula o do trabalho aut nomo subordina se o plano da autonomia individual lei e autonomia coletiva bem como se estabelece que os usos e costumes do setor e da localidade integram o regime profissional do trabalho aut nomo Deste modo tornam se nulas e sem efeito a cl usulas estabelecidas em contrato individual de presta o de servi os contr rias s disposi es legais bem como as cl usulas de contrato individual de um trabalhador aut nomo economicamente dependente filiado a sindicato ou associa o que contradiga o que estiver disposto em instrumento normativo coletivo de interesse profissional Interrup es da presta o aut noma do trabalho s o admitidas como direitos dos trabalhadores aut nomos por
28. Isto posto Acordam os Ministros da Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade conhecer do recurso de revista por diverg ncia jurisprudencial e no m rito dar lhe provimento para anulando a decis o do Regional que extinguiu o processo sem o julgamento do m rito nos temos do art 267 VI do CPC declarar o interesse do Parquet para ajuizar a o civil p blica determinando a remessa dos autos ao Tribunal de origem para que julgue o m rito do recurso ordin rio como entender de direito Bras lia 05 de mar o de 2008 Emmanoel Pereira relator A O CIVIL P BLICA MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE CONTRATA O DE M O DE OBRA POR MEIO DE COOPERATIVA INTERESSES COLETIVOS A O CIVIL P BLICA MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE A contrata o de trabalhadores rurais via cooperativa de trabalho que na verdade atua como tipica empresa fornecedora de m o de obra sem garantir aos trabalhadores a prote o decorrente de uma rela o de empre go contrasta flagrantemente com os princ pios constitucionais que asseguram expressamente a busca do pleno emprego que proclamam a dignidade da pessoa humana e afirmam peremptoriamente a necessidade de se prestigiar os valores sociais do trabalho art 1 III e IV e art 170 VIII A pretens o do Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 171 JURISPRUD NCIA TEM TICA Minist rio P blico do Tra
29. LETA procede a uma laboriza o ou paralaboriza o d bil fraca diante da redu o substancial dos standards protetivos de direitos do trabalho que lhe s o estendidos RDS 2007 v 39 p 7 tradu o livre A novidade trazida pelo LETA nos lembrou a m sica hom nima de Gilberto Gil em seus versos iniciais quando observava que A novidade veio dar praia na qualidade rara de sereia Metade o busto de uma deusa Maia metade um grande rabo de baleia Pode se falar em laboriza o diante do reconhecimento de direitos de seguridade social e com certa tutela ao direito ao trabalho H o estabelecimento de pol ticas de fomento do trabalho aut nomo como dever dos poderes p blicos destinadas a remover obst culos que impe am o exerc cio de atividades profissionais e econ micas a fomentar a forma o e a readapta o profissional a proporcionar assessoramento t cnico e informa es necess rias bem como a facilitar o acesso a processos de inova o tecnol gica e organizativa que 126 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA melhorem a produtividade do trabalho realizado Decorre ainda da extens o aos trabalhadores aut nomos economicamente dependentes de algumas conforma es tutelares do Direito do Trabalho como por exemplo princ pios sobre tempo de trabalho e extin o do contrato Mas em contrapartida esta aproxima o entre a nova tutela aplic vel aos trabalhadores
30. Na primeira que a produ o os oper rios t m contato com leo mineral na segunda que o acabamento eles est o expostos a ru do excessivo na terceira que o controle de qualidade n o est o expostos a qualquer agente insalubre Alguns oper rios da primeira fase da linha usam luvas imperme veis que neutralizam a a o nociva do leo enquanto que alguns trabalhadores da segunda etapa da linha usam protetores auriculares que neutralizam o excesso de ru do Nesse exemplo o direito ao adicional de periculosidade individual homog neo Independentemente da fun o do trabalhador oper rio da primeira segunda ou terceira fase da linha de montagem todos est o expostos mesma situa o de risco As quest es comuns prevalecem sobre as quest es Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 97 DOUTRINA individuais o que permite a tutela jurisdicional gen rica do C digo de Defesa do Consumidor Ou seja o pedido a defesa a instru o e a senten a ter o conte do gen rico tornando desnecess ria a identifica o dos oper rios at o momento da liquida o da senten a O direito ao adicional de insalubridade individual puro Embora to dos os oper rios trabalhem em uma mesma linha de montagem o reconheci mento do direito depende da investiga o da situa o particular de cada um necess rio saber a fase da linha em que o oper rio trabalha e se ele utiliza ou n o o equipamento d
31. Peduzzi 8 T DJ 30 05 2008 Realmente n o h litispend ncia entre quaisquer esp cies de a es coletivas a o civil p blica a o civil coletiva diss dio coletivo mandado de seguran a coletivo para defesa de interesses difusos ou coletivos e as a es individuais seja pela n o coincid ncia da titularidade ativa seja pela natureza do provimento jurisdicional solicitado bem como do pedido Outro dado importante para a inexist ncia de litispend ncia entre a o coletiva e a o individual reside no fato de que em nosso sistema o indiv duo n o tem legitima o para ajuizar demanda coletiva em defesa de interesses metaindividuais difusos coletivos ou individuais homog neos Logo n o haver possibilidade de coincid ncia entre os legitimados para as a es coletivas e as a es individuais Al m disso a coisa julgada formada nas a es coletivas em defesa dos interesses difusos e coletivos produzem efeitos erga omnes e ultra partes CDC art 103 I e II respectivamente jamais inter partes como ocorre nas a es individuais 5 Excepcionalmente o art 5 LXXII da CF disp e que qualquer cidad o parte leg tima para propor a o popular que vise a anular ato lesivo ao patrim nio p blico ou de entidade de que o Estado participe moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrim nio hist rico e cultural ficando o autor salvo comprovada m f isento de custas judiciais e do
32. a compet ncia dos rg os de primeiro grau Ainda na jurisdi o trabalhista e na perspectiva dos seus rg os de primeira inst ncia verifica se uma tentativa de viabilizar a utiliza o das a es possess rias como forma de tutelar as greves que na maioria das vezes contemplam ocupa es ou piquetes n o se verificando a utiliza o ampla 53 Na MC 14101 DF proposta pela Uni o dos Advogados P blicos Federais do Brasil contra a Uni o Federal tendo sido relatora a Ministra Maria Teresa de Assis Moura a Terceira Se o decidiu acolher quest o de ordem e afetar o julgamento do processo Corte Especial para que se discutisse e decidisse a quest o da compet ncia no mbito interno do pr prio Tribunal Foi declarada a compet ncia da 3 Se o tendo sido extinta a cautelar posteriormente sem resolu o do m rito em raz o da proclama o da ilegitimidade ativa do autor sem o enfrentamento da quest o da compet ncia origin ria do pr prio Superior Tribunal de Justi a ou a da adequa o de eventual diss dio coletivo de greve a ser instaurado fora da jurisdi o da Justi a do Trabalho Foi julgado o Agravo Regimental em 28 05 2008 Dispon vel em lt http www stj jus br gt 54 Disp e o verbete 522 do Comit de Liberdade Sindical da Organiza o Internacional do Trabalho OIT Declara o de ilegalidade de greve A declara o de ilegalidade n o deveria ser da incumb ncia do governo mas de rg
33. a discrimina o realizada pela R que n o depende da demonstra o dos resultados efetivamente alcan ados mas apenas do potencial danoso da conduta adotada Sinale se que os atos praticados pela Empresa espalham temor na coletividade trabalhadora que tem medo de sofrer persegui es e v se impedida de ajuizar reclama es trabalhistas O entendimento adotado pelo Regional viola os arts 13 da Lei n 77 347 85 1 da Lei n 9 029 95 2 da Lei n 9 051 95 59 64 I e 93 do CP 202 da Lei n 7 210 84 7 da Lei n 11 111 05 186 e 927 do CC 20 312 323 I H II IV e V 709 8 2 743 e 748 do CPP 5 X XXXIV b e XLVII al neas d e e LIII LV e LVII 7 caput da CF 1 a e b da Conven o 111 da OIT e diverge de outros julgados fls 404 426 S ntese Decis ria O entendimento adotado pelo Regional n o viola o art 1 da Lei n 9 029 95 segundo o qual fica proibida a ado o de qualquer pr tica discriminat ria e limitativa para efeito de acesso a rela o de emprego ou sua manuten o por motivo de sexo origem ra a cor estado civil situa o familiar ou idade No caso n o restou demonstrado que a Empresa R tenha realizado algum ato nesse sentido Ao contr rio ficou consignado no ac rd o regional que o Autor n o teve xito em provar que a R contratou a Innvestig ou que utilizou eventuais dados que esta tivesse fornecido Al m disso tamb m n o ficou provado que a exig ncia de apre
34. causados aos interesses e direitos individuais e homog neos dos tempor rios que prestaram servi os em seus estabelecimen tos situados no Rio de Janeiro Isso diante do procedimento administrativo investigat rio instaurado pelo Parquet redundando na den ncia de ilegalida de na contrata o de trabalhadores tempor rios pela primeira empresa r mediante empresa interposta a segunda r tendo em vista a presta o de servi os n o eventuais al m do prazo m ximo de tr s meses previsto na Lei n 6 019 74 e sem reconhecimento da real rela o de emprego e consegiiente pagamento dos direitos trabalhistas O Juiz Titular da 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ declarou de of cio sua incompet ncia absoluta declinando da sua compet ncia para Julgar o feito em favor de uma das Varas do Trabalho do Distrito Federal com apoio no art 113 do CPC e na Orienta o Jurisprudencial n 130 dessa c SBDI 2 do TST e sob o fundamento de que a tutela pretendida transcende os limites da jurisdi o da base territorial do TRT da 1 Regi o pois os danos objeto do presente feito cuja perpetua o pretende o rg o Ministerial seja obstada por interm dio da a o civil p blica possuiria mbito nacional vide fis 441 442 Recebidos os autos pela 4 Vara do Trabalho de Bras lia DF foram conclusos os autos ao Juiz Titular que tamb m declarou a sua incompet ncia territorial para aprecia o do feito e suscitou o presente con
35. comprar carro ajudar filhos e outros parentes vai erigir castelos e mais castelos E porque o processo demora tanto ela pode at fazer d vidas por conta e por fim ela vai duvidar da honestidade do juiz e at do seu advogado que bem j pode estar a soldo da parte contr ria pensa ela Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 25 DOUTRINA Se n o podemos mexer na legisla o o que n s do Judici rio podemos fazer O que temos feito procurar meios e modos de julgar mais rapidamente um maior n mero de processos E temos conseguido se n o julgar mais r pido sem d vida julgar maior n mero de processos Mas isso n o impressiona a sociedade Podemos sacrificar nossas horas de descanso podemos sacrificar nossas horas de lazer de conv vio com os amigos e familiares podemos morrer trabalhando que o cidad o comum n o toma conhecimento porque o seu processo ainda n o foi julgado um dentre os milhares e milhares que aguardam Julgamento Ainda que milhares e milhares sejam julgados pelos v rios rg os do Judici rio para ele o seu processo est engavetado em algum gabinete Quando conversamos com colegas magistrados de outros pa ses e revelamos o n mero de processos que temos e que s o julgados a sua fisionomia de incredulidade muitos acham mesmo que estamos brincando que o que estamos revelando n o verdade mas infelizmente Os culpados Todos n s os legisladores os ju zes os empres ri
36. daquilo que houvera por ajustado entre o Parquet e a Empresa Eis os fundamentos expostos Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 307 308 JURISPRUD NCIA TEM TICA O objeto da TAC pois s pode ser uma conduta eleita pelas partes a ser cumprida pelo modo tempo e lugar estabelecido com a finalidade de dar cumprimento conduta prevista em lei mas com ela n o se confundindo Tal constata o deduz vel da pr pria lei da A o Civil P blica que menciona verbis os rg os p blicos legitimados poder o tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exig ncias legais Tal compromisso tem o objetivo regular o modo e as demais condi es em que a conduta ajustada se realizar Destarte o objetivo ou a finalidade do ajuste n o pode ser apenas majorar a San o Jur dica da Norma Cogente e sim atrav s de condutas eleitas pelas partes da ado o de medidas ou do estabelecimento de regras possibilitar ao infrator a sua adequa o conduta prevista na norma jur dica N o se pode conceber que o Minist rio P blico valha se do Termo de Ajuste de Conduta para transacionar a pr pria norma legal modificando apenas a sua san o pois n o foi com esse desiderato que surgiu o novel instituto fls 112 113 Logo admitir a san o prevista em TAC para o caso de descumprimento de norma legal implica dupla puni o pelo mesmo fato gerador verdadeiro bis in idem recha
37. do CPC 1 090 do C digo Civil de 1916 468 da CLT 16 da Lei n 7 347 85 e 20 da Lei n 9 494 97 bem como contrariedade S mula n 97 e s Orienta es Jurisprudenciais ns 340 da SBDI 1 e 130 da SBDI 2 do TST Para melhor compreens o da mat ria transcrevem se o Estatuto do BANESPA de mar o de 1983 e o Regulamento do Pessoal de outubro de 1984 que tratam da vexata quaestio Arts 48 e 49 do Estatuto Art 48 Na apura o do resultado decorrente do balan o semestral ser o deduzidos antes de qualquer participa o os preju zos acumulados e a provis o para o imposto sobre a renda respeitado o dispositivo legal pertinente mat ria 284 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Art 49 Dos lucros que remanescerem deduzir se quota a ser fixada pela Diretoria para gratifica o ao pessoal inclusive os aposentados que data do levantamento do Balan o estejam recebendo do Banco abono mensal complementador da sua aposentadoria Art 56 do Regulamento Art 56 Dentro das condi es estabelecidas pelos Estatutos ser o distribu das semestralmente aos Empregados inclusive aposentados as gratifica es que forem autorizadas pela Diretoria 1 A gratifica o n o ser devida nem mesmo proporcional mente a Empregado que se demitir ou for demitido se n o esteve a servi o do Banco durante todo o semestre a proporcionalidade permi tida nos
38. do processo Em sentido contr rio a tend ncia no contexto do sistema normativo processual civil coletivo ampliar o seu alcance conferindo lhe inclusive a perspectiva de nele consagrar se a senten a de conte do normativo a partir da constata o da incapacidade dos Poderes Executivo e Legislativo de fornecerem respostas efetivas explora o das demandas sociais e da provoca o do Judici rio por grupos que clamam por direitos metaindividuais por regula o de comportamentos e reconhecimento de identidades A tend ncia portanto expansionista de publiciza o que se reflete no fen meno da judicializa o da pol tica e das rela es sociais No contexto do acesso coletivo justi a infere se que o direito processual civil evoluiu na refer ncia do concebido direito processual coletivo trabalhista Dessa m o e contram o a proposta apontar um instrumento processual em substitui o aos diss dios coletivos o qual se apresente como solu o democr tica garant stica e efetiva na solu o dos conflitos de greve diante da constata o fact vel de que a interven o estatal no mbito da atividade Jurisdicional se n o indispens vel ao menos deve se apresentar como alternativa eficaz para a solu o deles 59 BARBOSA MOREIRA Jos Carlos Privatiza o do Processo In Temas de Direito Processual S o Paulo Saraiva 2001 p 8 10 60 VIANNA Luiz Werneck CARVALHO Maria Ali
39. e 50 inciso VII da Lei n 9 784 99 Indicou ofensa ao art 5 incisos LIII LIV e LV da Constitui o da Rep blica Sustentou por fim ser l cita a terceiriza o de servi os que envolve sua atividade meio nos termos da Lei n 8 666 93 e da S mula n 331 desta Corte 220 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Constata se a plausibilidade da indica o de afronta ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica A imposi o de obriga o n o prevista em lei contraria o princ pio da legalidade No caso n o h lei prevendo a aplica o de multa na hip tese de terceiriza o de servi os irregular Ademais especificamente em rela o Caixa Econ mica Federal por se tratar de empresa p blica ainda que se reconhecesse a irregularidade da terceiriza o dos servi os n o se poderia impor a anota o das CTPS diante do comando do art 37 inciso II da Constitui o da Rep blica Sendo incab vel o registro dos prestadores de servi o como empregados da autora nos termos em que previsto no art 41 da CLT torna se invi vel a imposi o da multa fixada no art 47 da CLT Diante do exposto dou provimento ao Agravo de Instrumento a fim de convertendo o em Recurso de Revista determinar a reautua o do Processo e a publica o da certid o de julgamento para ci ncia e intima o das partes e dos interessados de que o julgamento do Recurso de Revista se da
40. ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 p 787 13 Cf DINAMARCO Pedro da Silva Op cit p 51 inclusive nota 163 108 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base C digo de Defesa do Consumidor art 81 par grafo nico inciso IN Nestes direitos seu objeto indivis vel aspecto objetivo e seu titular o agrupamento de pessoas Estas s o determin veis aspecto subjetivo pois ser o todas aquelas que constituem o agrupamento Da a rela o jur dica base que as liga ou seja todas est o inseridas no grupo categoria ou classe Segundo a defini o de direitos individuais homog neos do art 81 par grafo nico inciso III do C digo de Defesa do Consumidor eles s o os decorrentes de origem comum Estes direitos s o em sua ess ncia individuais Por consegii ncia pos suem titulares determinados e objeto divis vel A particularidade que muitas pessoas s o detentoras cada uma delas de direitos individuais substancial mente iguais Substancialmente eis que cada titular pode ter determinadas particularidades n o exatamente equivalentes perante os demais No entanto na ess ncia os direitos s o os mesmos da serem homog neos com o que reunidos para a tutela pela mesma a o coletiva ganham configura o meta individual pois envo
41. inclusive a revis o da Orienta o Jurisprudencial n 5 da mesma Se o 44 DALAZEN Jo o Oreste Op cit p 174 45 COSTA Nelson Nery Teoria e Realidade da Desobedi ncia Civil 2 ed Rio de Janeiro Forense 2000 p 23 aponta as hist ricas greves do ABC como fen meno da desobedi ncia civil leg timo embora ilegal ao tempo em que a greve era praticamente proibida pela Lei n 4 330 64 Esta lei editada logo ap s o golpe militar de 1964 extremamente restritiva somente admitia a greve que estivesse diretamente vinculada tutela de interesses profissionais derivados do contrato de trabalho praticamente inviabilizando a Permitia ainda a interven o nos sindicatos dos trabalhadores em greve o que foi amplamente utilizado 46 FREDIANI Yone Greve nos Servi os Essenciais Luz da Constitui o Federal de 1988 S o Paulo LTr 2002 p 26 aponta aqueles que s o denominados modalidades de protesto coletivo os quais implicam a paralisa o da presta o de servi os e que s o consideradas greves a de advert ncia b simb lica c pol tica d zelo e de bra os ca dos f por turnos g intermitente h selvagem ou espont nea i paralisa o j ocupa o de estabelecimento 1 de estrangulamento ou rotativa m geral n de solidariedade o sabotagem p boicote q n o coopera o ou colabora o r ratting s piquete t trabalho arbitr rio u de rendimento 47 SUSSEKIND Arnaldo Responsab
42. jul set 2008 247 JURISPRUD NCIA TEM TICA ainda que na defesa de direitos individuais dispon veis O cerne da quest o que a a o coletiva em suas tr s modalidades de interesse social t O argumento de que ao MP n o dada a defesa de direitos individuais dispon veis n o pode ser acolhido porque em desacordo com o sistema constitucional e do CDC que d tratamento de interesse social defesa coletiva em ju zo O Parquet n o pode isto sim agir na defesa de direito individual puro por meio de a o individual Caso o interesse seja homog neo sendo defendido coletivamente CDC 81 par grafo nico III essa defesa pode e deve ser feita pelo Minist rio P blico CDC 82 I por autoriza o da CF 129 IX e 127 caput Tamb m nesse sentido leciona Teori Albino Zavascki in O Minist rio P blico e a Defesa de Direitos Individuais Homog neos RF 333 128 N o se trata obviamente da prote o individual pessoal parti cular deste ou daquele consumidor lesado mas da prote o coletiva dos consumidores considerada em sua dimens o comunit ria e impes soal O mesmo se diga em rela o aos poupadores que investem seus recursos no mercado de valores mobili rios ou junto a institui es fi nanceiras Conquanto suas posi es subjetivas individuais e particulares possam n o ter relev ncia social o certo que quando consideradas em sua proje o coletiva passam a ter significado de amplia
43. n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA semestrais do ano de 1996 e 1 semestre de 1997 equivalentes ao valor pago aos empregados da ativa a t tulo de participa o nos lucros nesses mesmos anos deduzindo se o valor de 5 dos sal rios j pago relativamente s gratifica es semestrais do primeiro e segundo semestres de 1996 e 1997 Tal como j dito o fundamento para o reconhecimento desse direito exatamente as disposi es dos arts 49 do Estatuto do Banespa e 56 do Regulamento de Pessoal Com efeito pela interpreta o desses dispositivos conclui se que os aposentados tinham direito a receber a gratifica o semestral e esta tinha vincula o com o lucro do Banco E que nesses anos foi concedido por acordo coletivo aos empregados da ativa valor a t tulo de participa o nos lucros Se assim tinham mesmo os aposentados o direito de receberem a gratifica o semestral no id ntico valor pago a t tulo de participa o nos lucros Das parcelas vincendas Como a a o foi ajuizada em fevereiro de 1998 o direito a gratifica es semestrais a partir desse ano pertine a parcelas vincendas No entanto tal como j dito reconhece se que o direito gratifica o semestral dependia de decis o da diretoria do Banco reclamado e estava vinculada ao lucro Por isso n o poss vel de imediato condenar o Banco reclamado a pagar sempre e incondicionalmente as gratifica es semestrais a
44. n 33 dez 1990 NASCIMENTO Amauri Mascaro Do processo coletivo do trabalho Observa es sobre a defesa do direito coletivo na a o civil p blica In Curso de direito processual do trabalho em homenagem ao ministro Pedro Paulo Teixeira Manus J Hamilton Bueno Coord S o Paulo LTr 2008 p 162 172 SANTORO PASSARELLI Francesco No es de direito do trabalho Tradu o de Mozart Victor Russomano S o Paulo RT 1978 SIQUEIRA NETO Jos Francisco LAURINO Salvador Franco de Lima O Supremo Tribunal Federal e a substitui o processual no processo do trabalho 2008 in dito TALAMINI Eduardo Coisa julgada e sua revis o S o Paulo RT 2005 TUCCI Jos Rog rio Cruz Class action e mandado de seguran a coletivo S o Paulo Saraiva 1990 WATANABE Kazuo et alii C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto Rio de Janeiro Forense 1991 104 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 A ES COLETIVAS E COMPET NCIA PARA DANOS DE MBITOS REGIONAL E NACIONAL Gustavo Filipe Barbosa Garcia 1 INTRODU O a atualidade a tutela jurisdicional coletiva vem ganhando destaque como forma de solucionar os diversos conflitos de natureza metaindividual freq entemente observados na sociedade de massa Certamente em raz o da relev ncia em se solucionar de forma uniforme e concentrada controv rsias envolvendo viola es coletivas de
45. n o deixa margens a d vida Art 56 Dentro das condi es estabelecidas pelos Estatutos ser o distribu das semestralmente aos Empregados inclusive aposentados as gratifica es que foram autorizadas pela Diretoria Ora se o Regulamento de Pessoal n o foi alterado ap s a institui o da Participa o nos Lucros e Resultados n o h sequer fundamento para a argumenta o da reclamada de que os empregados aposentados n o fa am jus ao pagamento da gratifica o semestral Observa se que o procedimento de fixar o pagamento da Participa o nos Lucros e Resultados atrav s de norma coletiva e concomitantemente suprimir o pagamento da gratifica o semestral foi odiosa tentativa de eliminar o direito dos empregados inativos situa o insustent vel na medida em que a norma preexistente aos acordos coletivos assinados j assegurava tal direito A reclamada d id ntico tratamento aos dois institutos na forma que lhe conv m objetivando confundir os empregados inativos eliminando direitos previstos em regulamento sustenta que a gratifica o semestral foi suprimida quando da institui o da Participa o nos Lucros e Resultados para assim retirar direitos dos aposentados sustentando que estes n o contribuem com seu labor para a aferi o de lucros uma vez que se encontram inativos Assim seguindo a linha de racioc nio da pr pria reclamada verifica se que os banc rios aposentados efetivament
46. o Como n o h no sistema normativo do processo civil coletivo brasileiro a o semelhante do diss dio coletivo de greve CF LACP CDC e CPC que atrai a compet ncia origin ria dos Tribunais do Trabalho e como a compet ncia dos Tribunais Federais e Estaduais conferida expressamente pela lei cabe aos rg os de Primeira Inst ncia da Justi a Estadual ou Federal julgar as a es coletivas que tratem da greve na jurisdi o civil Logo pode se concluir preliminarmente que a os diss dios coletivos de greve regulados pelos art 856 e seguintes da CLT inserem se na compet ncia exclusiva dos Tribunais do Trabalho CF art 114 3 e 857 e ss da CLT b os lit gios que envolvam greve de servidores regidos pelo regime estatut rio ou por qualquer outra rela o de natureza jur dico administrativa s o da compet ncia dos rg os de Primeira Inst ncia da Justi a Estadual ou Federal c uma mesma greve envolvendo tanto servidores vinculados ao regime trabalhista quanto aqueles vinculados ao regime administrativo ser 17 BARBOSA MOREIRA Jos Carlos A Legitima o Para a Defesa dos Interesses Difusos no Direito Brasileiro Revista Forense v 271 p 1 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 67 DOUTRINA concorrentemente apreciada pela Justi a Comum quanto a estes e pela Justi a do Trabalho em rela o aqueles e d os demais lit gios que envolvam o exerc cio do direito de greve
47. o prote o dos seus direitos fundamentais no mbito das rela es travadas com outros particulares mais poderosos como os empregadores e os fornecedores de bens e servi os por isso tamb m que em certos dom nios normativos como o Direito do Trabalho e o Direito do Consumidor que t m vincula o dos direitos fundamentais deve mostrar se especialmente en rgica enquanto a argumenta o ligada autonomia da vontade dos contratantes assume um peso inferior Sarmento 2004 p 304 Existem pois instrumentos normativos de relevo que imp em uma racionaliza o dos poderes empresariais e permitem o exerc cio de tutelas inibit rias em casos como os de monitoramento de mensagens eletr nicas de acesso arbitr rio e n o fundado em necessidade imperiosa de defesa da empresa em processos movidos por terceiros n o empregados contra ela ao conte do das mensagens enviadas e recebidas pelos endere os eletr nicos fornecidos pelo empregador para a consecu o de atividades profissionais de bloqueios pelos provedores empresariais de mensagens destinadas aos empregados oriundas das entidades sindicais ou representativas de controle da atividade pessoal e sindical nos locais de trabalho com o impedimento de manifesta o plena da profissionalidade do trabalhador como por exemplo atrav s da coloca o de c maras de vigil ncia dentro de salas de aulas em espa os de conviv ncia nas f bricas etc importante
48. o bastante criticada pela doutrina n o d abrigo pretens o da Reclamada Tal artigo n o prev que a simples inadimpl ncia do comprador permita estornar a comiss o devida ao empregado vendedor mas t o somente a insolv ncia daquele seria capaz de permitir estornos de comiss o Esta a li o de Mauricio Godinho Delgado em Curso de Direito do Trabalho 4 ed LTr 2005 p 745 A Lei n 3 207 atenua por m essa regra geral que o art 7 do diploma estabelece que verificada a insolv ncia do comprador cabe ao empregador o direito de estornar a comiss o que houver pago Esse preceito que reduz vantagem obreira cl ssica deve ser entretanto interpretado restritamente desse modo somente a insolv ncia do adquirente e n o seu mero inadimplemento que autoriza o estorno mencionado pela lei especial Precedentes RECURSO DE EMBARGOS COMISS ES POR VENDA ULTIMADA CANCELAMENTO ESTORNO DAS COMISS ES INVIABILIDADE O inadimplemento contratual pelo comprador fora das hip teses legais assegura empresa vendedora o direito de exigir a correspondente indeniza o por quebra do contrato raz o pela qual 324 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA invi vel legalmente que possa deixar de remunerar seu empregado que trabalhou e que n o contribuiu quer direta quer indiretamente para o descumprimento das obriga es comerciais entre as duas pessoas jur dicas Admit
49. o un nime in DJU 29 09 2006 antes comentado 28 CARNELUTTI Francesco Sistema de Derecho Procesal Civil Buenos Aires UTEHA Uni n Tipogr fica Hispano Americana vol I 1944 p 158 159 70 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Os diss dios de greve que se inserem em categoria pr pria quase sempre acess rios daqueles de natureza econ mica n o t m natureza normativa pois o que neles se discute a legalidade ou ilegalidade do levante O provimento jurisdicional portanto assume fei o declarat ria pelo qual apenas se emite ju zo a respeito do abuso ou n o no exerc cio do direito de greve e em alguns casos natureza condenat ria quando regulando os efeitos da cessa o da presta o de servi o imp e o pagamento dos dias parados ou aplica multa ao sindicato obreiro A conclus o a de que apenas nos diss dios de natureza econ mica h o exerc cio de poder normativo pela Justi a do Trabalho Nos demais inclusi ve nos de greve o provimento jurisdicional meramente declarat rio ou condenat rio ainda que de forma gen rica a exemplo do que ocorre no man dado de seguran a coletivo e nas a es civis p blicas abrangendo a categoria ou o grupo de interesse atingido 4 A LEGITIMIDADE ATIVA PARA AS A ES QUE ENVOLVAM O EXERC CIO DO DIREITO DE GREVE A Lein 7 783 89 al m de regulamentar o direito de greve disp e sobre a compet ncia da categoria p
50. o independente das partes e que conte com a confian a delas A Liberdade Sindical Recopila o de Decis es e Princ pios do Comit de Liberdade Sindical do Conselho de Administra o da OIT Bras lia OIT 1 ed 1997 p 118 55 ADAG 00293 2007 000 08 00 6 Ac SE 1 de 22 05 2007 Rel Des Fed Georgenor de Souza Franco Filho sendo requerente a Federa o das Empresas de Transporte Rodovi rios da Regi o Norte e requerido Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Passageiros de Ananindeua SINTRAM No julgamento onde se proclamou a ilegalidade da greve sequer a adequa o da a o proposta ou a compet ncia funcional origin ria do Tribunal foi discutida Revista LTr jul 2007 n 71 p 860 863 56 CES RIO Jo o Humberto O direito constitucional fundamental de greve e a fun o social da posse um novo olhar sobre os interditos possess rios na Justi a do Trabalho brasileira Revista LTr v 72 n 3 mar 2008 p 289 e ss Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 79 DOUTRINA das a es coletivas para a solu o desses conflitos mas pelo contr rio t m se notado problemas pr ticos no manejo das a es que t m sido utilizadas para esse fim notadamente as possess rias 7 UMA AN LISE COMPARATIVA DAS TEND NCIAS DOS DOIS MODELOS DE TUTELA COLETIVA A NORMATIVA TRABALHISTA E AS A ES DO SISTEMA PROCESSUAL CIVIL COLETIVO A doutrina processual j identificou em
51. o individual inter partes Por interpreta o l gica e sistem tica portanto conclu mos que n o h litispend ncia entre a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos e a o individual Correta pois a observa o de Hugo Nigro Mazzilli para quem Nem mesmo no caso de interesses individuais homog neos te remos vera e pr pria litispend ncia entre a o civil p blica ou coleti va e a o individual uma vez que n o coincidem seus objetos o caso seria antes de conex o ou sob circunst ncias espec ficas at mesmo de contin ncia quando o objeto da a o civil p blica ou coletiva com preendesse porque mais abrangente o objeto da a o individual Ade mais o ajuizamento de a o civil p blica sobre o mesmo objeto n o induz litispend ncia porque n o pode impedir o direito individual sub Jetivo de a o assegurado na Carta Magna Na mesma linha posicionam se Fredie Didier Jr e Hermes Zaneti Jr Nas a es coletivas se pleiteia o direito coletivo lato sensu que tem seus titulares expressamente definidos no CDC um direito subjetivo coletivo J nas a es individuais se busca a tutela do direito individual 6 MAZZILLI Hugo Nigro A defesa dos interesses difusos em juizo 15 ed S o Paulo Saraiva 2002 p 202 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 53 DOUTRINA n o estando a pessoa lesada autorizada a ajuizar a o coletiva excetuando o caso d
52. o relat rio VOTO 1 AGRAVO DE INSTRUMENTO Foram satisfeitos os pressupostos recursais do Agravo de Instrumento O Tribunal Regional negou provimento ao Recurso Ordin rio interposto pela autora Caixa Econ mica Federal em a o anulat ria de d bito fiscal Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 219 JURISPRUD NCIA TEM TICA Concluiu pela validade do auto de infra o lavrado com fulcro no art 41 c c 47 da CLT sob o fundamento de que il cita a terceiriza o de servi os realizada pela Caixa Econ mica Federal em atividade fim Provocado por Embargos de Declara o prestou os seguintes esclarecimentos Esta E Turma manteve a multa aplicada pelo Poder P blico embargante em raz o da infra o administrativa apurada durante audi toria efetuada por fiscais do Minist rio do Trabalho Concluiu se que a autora mantinha em suas depend ncias trabalhadores contratados irre gularmente por meio de empresas prestadoras de servi os A ilegalidade vislumbrada pela E Turma decorria da circunst ncia de todos esses tra balhadores executarem atribui es diretamente relacionadas atividade fim da tomadora e a infra o decorria do descumprimento da obriga o prevista no art 41 da CLT Prevaleceu portanto o entendi mento de que a autora utilizou os servi os prestados por n mero significativo de trabalhadores sem providenciar o registro exigido na lei Salientou se que a proibi o de contratar em
53. opini o de Arnaldo Siissekind ob cit p 414 E que caso se admitisse ser vital o pagamento do pre o para ser devida a comiss o em quest o o empregado passaria a ser part cipe dos riscos da Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 323 JURISPRUD NCIA atividade empresarial que no caso da inadimpl ncia do comprador teria trabalhado e n o recebido Como preleciona Mozart Victor Russomano em Coment rios CLT Forense 12 ed 1988 p 488 N o podemos confundir a ultima o do neg cio que o instante em que se faz o contrato com o cumprimento das obriga es resultantes do contrato Sintetizando Considera se ultimada a transa o no momento em que o empregador tomando conhecimento da proposta feita por interm dio do empregado a aceita e declara fechado o neg cio com o comprador Essa a interpreta o mais razo vel a mais justa e a que mais se aproxima do esp rito do Direito do Trabalho Nesse passo desfeito o neg cio do comprador mesmo assim prevalece o direito do empregado comiss o sendo pois irrelevante o motivo ensejador do n o pagamento pelo cliente uma vez que se trata de risco empres rio cabendo empresa agir contra o cliente ficando margem da quest o o assalariado A solu o dada pela Lei n 3 207 57 garante ao empregador o direito de estornar a comiss o que houver pago quando verificada insolv ncia do comprador Ressalte se que mesmo essa previs
54. pagamentos atrasados como o fez com todas as vantagens decorrentes inclusive o recolhimento do FGTS purgando os efeitos da mora ao emendar a falta cometida pelo que cumprida restou sua obriga o Tanto assim que n o sofreu qualquer autua o da Delegacia Regional do Trabalho Ora o TAC visava o cumprimento da lei a mesma lei que o fiscal tem o dever de averiguar o cumprimento para impor san es Se assim n o fez porque considerou que o pagamento posterior satisfazia a observ ncia da norma N o h como entender que a norma n o restou violada mas restou violada Ou bem uma coisa ou bem outra Se a fiscaliza o n o autuou porque a obriga o legal foi satisfeita a tempo de evitar a san o seja a san o prevista em lei seja a prevista no TAC pois ambas se referem ao mesmo ato jur dico e s mesmas condi es de cumprimento Pelas raz es supra dou provimento ao apelo para acolher a alega o de inexigibilidade do t tulo seja em face da impossibilidade jur dica de seu objeto seja porque purgada a mora do devedor Ante o exposto conhe o do recurso e dou lhe provimento para reformando a decis o recorrida decretar a nulidade da execu o por inexigibilidade do t tulo executivo nos termos da fundamenta o fls 114 116 destaques no original O Minist rio P blico da 8 Regi o em raz es ao recurso de revista denuncia viola o dos arts 5 incisos II XXXIV XXXIX e 127 da Constitui
55. para promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos evidente que em in meros casos os interesses difusos ou coletivos em discuss o afetam diretamente interesses de uma categoria profissional ou econ mica v g direito do consumidor etc Da a presen a inarred vel do Minist rio P blico do Trabalho OLIVEIRA Francisco Ant nio de A o civil p blica enfoques trabalhistas RT 1998 p 223 O art 81 da Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 C digo de Prote o do Consumidor identifica o que sejam direitos individuais homog neos 186 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Art 81 A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das v timas poder ser exercida em ju zo individualmente ou a t tulo coletivo Par grafo nico A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de I interesses ou direitos difusos assim entendidos para efeitos deste C digo os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato Il interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeitos deste C digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma re
56. presidente do Superior Tribunal Militar Ministro Walton Alencar Rodrigues presidente do Tribunal de Contas da Uni o Grande Oficial Deputado federal Fl vio Dino de Castro e Costa PCdoB MA Ministra Maria Elizabeth Guimar es Teixeira Rocha do Superior Tribunal Militar Ju za Doris Luise de Castro Neves presidente do TRT da 1 Regi o RJ Juiz Luiz Carlos de Ara jo presidente do TRT da 15 Regi o Campinas SP Juiz Amaury Rodrigues Pinto J nior presidente do TRT da 24 Regi o MS Professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimar es reitor da Pontif cia Universidade Cat lica de Minas Gerais Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 151 NOTAS E COMENT RIOS Comendador Deputada distrital Eliana Maria Passos Pedrosa Dom Tom s Baldu no bispo e conselheiro da Comiss o Pastoral da Terra Ju za Vania Paranhos do TRT da 2 Regi o SP Ju za Alice Monteiro de Barros do TRT da 3 Regi o MG Juiz Jos Roberto Freire Pimenta do TRT da 3 Regi o MG Ju za Maria Helena Mallman do TRT da 4 Regi o RS Juiz Jos Maria Quadros de Alencar do TRT da 8 Regi o PA Beto Ferreira Martins Vasconcelos subchefe da Subchefia para Assuntos Jur dicos da Casa Civil da Presid ncia da Rep blica Rog rio Favreto secret rio de Reforma do Judici rio Minist rio da Justi a S rgio Abreu da Cruz Machado presidente do Grupo Editorial Record Yolanda Vidal Queiroz presidente do Grupo Edson Que
57. pria o modelo proposto est constru do a partir da constata o da exist ncia de um sistema de formata o integrado entre a CLT atrav s do seu art 836 segundo o qual vedado aos rg os da Justi a do Trabalho conhecer de quest es j decididas excetuados os casos expressamente previstos neste T tulo e a a o rescis ria e o CPC fundado na t cnica da coisa julgada com efeitos erga omnes em preteri o clara aos crit rios estabelecidos no art 103 do CDC Nas a es coletivas trabalhistas sempre houve a vincula o das entidades legitimadas coletivamente s decis es proferidas estejam elas no p lo ativo ou passivo da a o 9 UMA PROPOSTA PARA A TUTELA DO DIREITO DE GREVE PECULIARIDADES DA A O CIVIL P BLICA TRABALHISTA No contexto do sistema jurisdicional coletivo trabalhista ainda n o se percebeu o grande potencial que as a es civis p blicas t m para as solu es dos conflitos de reivindica o de massa 82 FISS Owen BRONSTEEN John Rule 23 is perfectly symmetrical No distinction is made between plaintffs and defendants in class actions The class action rule in Notre Dame Law Review n 78 ago 2003 p 1 422 88 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA A exemplo do que j ocorre no campo da jurisdi o civil com a amplia o do objeto das a es civis p blicas a qual se revela com os fen menos da judicializa o das rela es sociais e p
58. quanto aos lucros do Banco reclamado do disposto no art 49 do Estatuto deduzir se quota a ser fixada pela diretoria para grati fica o ao pessoal inclusive aos aposentados e no art 56 do Regulamento dentro das condi es estabelecidas pelos estatutos ser o distribu das aos funcion rios inclusive aos aposentados as gratifica es que foram autorizadas pela diretoria 8 o reclamado em respeito pois s normas por ele pr prio estabelecidas n o poderia pagar aos empregados da ativa valores a t tulo de participa o nos lucros como fez relativamente aos 1 e 2 semestres de 1996 e 1 semestre de 1997 e no entanto pagar aos aposentados apenas a gratifica o semestral no valor simb lico de 5 dos sal rios 9 o reconhecimento do direito de os associados da Associa o recebe rem a gratifica o semestral no mesmo valor recebido pelos empregados da ativa nos anos de 1996 e 1997 a t tulo de participa o nos lucros 10 a dedu o desse valor dever ser da quantia de 5 do sal rio de cada um j recebida pelos associados da autora a t tulo de gratifica o semestral nesses mesmos anos 11 o disposto no 2 do art 56 do Regulamento de Pessoal n o afasta essa conclus o ao contr rio ratifica a Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 287 JURISPRUD NCIA TEM TICA O sentido dessa norma o de que a gratifica o semestral pode ser substitu da por outra de id ntic
59. regulamenta o do trabalho e de onde saem para todos os Estados Membros essas novidades nascidas nos v rios pa ses enfim a caixa de resson ncia para onde tudo converge e de onde tudo sai Precisamos unir nossas a es mas para tanto precisamos mais do que boas inten es precisamos de vontade pol tica para tornarmos isso realidade Que n o fiquemos apenas neste encontro que n o fiquemos apenas nas boas inten es de que estamos neste momento e neste recinto possu dos mas que tenhamos o desejo sincero e a disciplina f rrea para transformarmos nossas id ias em realidades num futuro pr ximo Precisamos tudo isso e mais que abandonemos nossas vaidades e realmente compartilhemos nossas experi ncias nossos esfor os nossos talentos e muito mais importante nossos recursos or ament rios que efetivamente nos guiemos por um esp rito p blico de bem fazer o melhor para o nosso povo com os recursos que esse povo nos proporciona 32 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 Tema Especial A o Civil P blica A A O COLETIVA INDUZ LITISPEND NCIA PARA A A O INDIVIDUAL NO PROCESSO DO TRABALHO BREVES REFLEX ES PARA O DEBATE Luiz Philippe Vieira de Mello Filho uito se tem discutido no processo do trabalho sobre a possibilidade de exist ncia de litispend ncia entre a o coletiva ajuizada por sindicato representante de categoria profissional na condi o de substituto processual e reclama o in
60. representantes dos Minist rios da Justi a da Previd ncia e do Trabalho que discutem reformas na legisla o processual previdenci ria trabalhista e sindical S o v rios tamb m os projetos de lei nascidos por sugest o do TST em tramita o no Congresso Nacional Dentre eles podemos destacar os que prop em mudan as na CLT visando restringir as possibilidades de recurso de revista para uniformiza o de jurisprud ncia o que pretende exigir para a interposi o de recurso dep sito pr vio no valor total da condena o ou o que institui no mbito do TST o controle concentrado do alcance e do sentido de norma de direito material ou processual do trabalho Nossos objetivos s o claros por um lado simplificar a legisla o substantiva de forma a torn la mais f cil de ser compreendida tanto por empregados quanto por patr es e consequentemente mais f cil tamb m de ser aplicada e por outro desbastar a legisla o processual de forma a reduzir as possibilidades recursais e por que n o inibir a interposi o abusiva de recursos cujo nico resultado pr tico o atraso na solu o dos lit gios Enquanto n o se consegue alterar a legisla o para simplificar tudo isso enveredamos pelo esot rico terreno da inform tica e haja trabalho e haja gasto para se implementar programas que agilizem os julgamentos Programas s o desenvolvidos programas s o adquiridos equipamentos s o comprados Postos em funcionam
61. s representa es coletivas dos trabalhadores de forma a lhes permitir contra arrestar os poderes empresariais renovados na p s modernidade As garantias asseguradas no plano constitucional mormente nos arts 8 a 11 da CRFB aliadas s institu das no plano internacional seja no mbito da OIT Conven es 98 135 e 154 da OTT para considerar apenas aquelas ratificadas pelo Brasil seja no mbito das Na es Unidas em especial com as regras estabelecidas nos Pactos sobre os Direitos Econ micos Sociais e Culturais Decreto n 591 92 e sobre os Direitos Civis e Pol ticos Decreto n 592 91 instituem um sistema de prote o liberdade e autonomia sindical de suma import ncia Estabelecem um sistema em que a liberdade sindical deixa de ser um simples valor desprovido de juridicidade para se impor como um princ pio que visa potencializar a capacidade de a o coletiva com o objetivo de desarmar Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 143 DOUTRINA o autoritarismo presente nas rela es entre capital e trabalho Dito em outras palavras reconhece se que a garantia de liberdade sindical n o se esgota nas quest es atinentes liberdade de a o e organiza o das estruturas sindicais para atingir quest es concretas relativas atividade sindical sendo vedado s autoridades p blicas interferir na formula o dos programas de a o dos sindicatos do que decorre uma necess ria prote o greve
62. semestre de 1994 ao primeiro semestre de 1997 em montante equivalente a um sal rio por semestre abatendo se os valores j pagos em 1996 e no 1 semestre de 1997 5 por semestre nos termos forma e limites requeridos na inicial letras a a f fls 17 18 Os valores dever o ser acrescidos de juros morat rios e corre o monet ria Reformo para deferir aos autores o pedido principal de pagamento de gratifica o semestral fls 992 995 O reclamado em suas raz es de revista sustenta que a gratifica o semestral foi paga por liberalidade com os aposentados os quais n o t m mais rela o de trabalho com o Banco motivo pelo qual tal parcela n o tem natureza salarial Alega ainda que a participa o nos lucros foi concedida aos empregados da ativa por interm dio de norma coletiva n o sendo devida portanto aos aposentados Aduz que a gratifica o semestral era paga de forma vari vel conforme crit rios fixados pelo Banco vinculado exist ncia de lucro Afirma que devem ser observadas as condi es impostas pelo Banco na concess o de complementa o de aposentadoria nos termos da S mula n 97 do TST Requer como pedido sucessivo do recurso a exclus o da gratifica o quando ausente o lucro e a limita o da condena o aos associados residentes na Comarca de S o Paulo Aponta ofensa aos arts 7 incisos IV e XXVI da Constitui o Federal 334 incisos I e III 515 caput 88 1 e 2
63. tese de direitos individuais homog neos det m o Minist rio P blico do Trabalho legitimidade para a propositura de a o civil coletiva para o seu reconhecimento Assim presente a origem comum das les es encerramento das atividades da empregadora sem a quita o dos d bitos trabalhistas e determinados os empregados lesados poca imp e se o reconhecimento da legitimatio ad causam do Minist rio P blico do Trabalho para reclamar as verbas integrantes da efic cia dos contratos de trabalho respectivos bem como a responsabiliza o subsidi ria da tomadora de servi os Ineg vel portanto a legitimidade ad causam ativa do Parquet Rejeito a argii o TST RR 965 2003 011 07 00 Rel Min Rosa Maria Weber Candiota da Rosa DJ 01 12 2006 sublinhei Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA RECURSO DE REVISTA MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS A hip tese de a o civil p blica ajuizada pelo Minist rio P blico na defesa de interesses individuais homog neos assim definidos como os decorrentes de origem comum e marcados pela homogeneidade art 81 inciso III do C digo de Defesa do Consumidor Nos termos dos arts 6 inciso VIII al nea d e 83 inciso II da Lei Complementar n 75 93 129 inciso III da Constitui o Federal e 1 da Lei n 7 347 85 o Minist rio P blico
64. tui o de 1946 que seguiu a orienta o do novo constitucionalismo P s Segunda Guerra fundado no humanismo e no caso espec fico da Confer ncia de Chapul tepec de 21 de fevereiro de 1945 quando foi firmado um compromisso no mbito dos pa ses das Am ricas no sentido de se permitir a greve A Constitui o de 1988 bem clara ao consagrar a greve como um direito art 9 inclusive dos servidores p blicos art 37 VT indicando a Justi a do Trabalho como competente para o julgamento das correspondentes a es art 114 IN Aponta tamb m o diss dio coletivo como via processual adequada tutela desse direito em atividade essencial quando houver possibilidade de les o ao interesse p blico art 114 8 3 No mbito da Justi a do Trabalho os diss dios coletivos em geral inclusive os de greve inserem se na compet ncia origin ria dos seus Tribunais CLT art 857 e seguintes As greves contudo n o s o exclusivamente tuteladas na via dos diss dios coletivos pois como se viu ap s a Emenda Constitucional n 45 04 estes 4 Oseuart 139 proibia a greve e o lockout As Constitui es de 1824 e 1891 n o tratavam do tema 5 ZANGRANDO Carlos Henrique da Silva 4 Greve no Direito Brasileiro Rio de Janeiro Forense 1994 p 65 6 Direito social humano e fundamental de segunda dimens o a ser exercido concretamente atrav s do Estado que se encontra jungido sua efetiva o direta e im
65. veis de natureza divis vel e decorrentes de uma realidade f tica comum S o seus titulares ou destinat rios pessoas que est o vinculadas por la os comuns com o agente causador da sua amea a ou les o e que por isso mesmo atingidos em sua esfera jur dica patrimonial e ou moral podem individual ou coletivamente postular sua repara o em Ju zo Regra geral sua defesa em Ju zo deve ser feita atrav s da a o civil p blica nos termos do que disp e o art 81 III da Lei n 8 078 de 11 9 90 C digo de Prote o e Defesa do Consumidor O Supremo Tribunal Federal em ac rd o da lavra do Min Maur cio Corr a expressamente reconhece que os direitos individuais homog neos constituem uma subesp cie de interesses coletivos STF 2 T RE 163231 3 SP j 01 09 96 Esta Corte em sua composi o plena cancelou o Enunciado n 310 tendo adotado o entendimento de que a substitui o processual prevista no art 8 III Constitui o Federal n o ampla mas abrange os direitos ou interesses individuais homog neos E RR 175 894 95 Rel Min Ronaldo Lopes Leal julgado em 17 11 2003 Por conseguinte est o embargante legitimado para em Ju zo postular na condi o de substituto processual em nome dos subs titu dos nos termos do que disp e o art 8 II da Constitui o Federal direitos individuais homog neos subesp cie de direitos coletivos Inte Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 J
66. 1 volume de documentos em apartado fl 994 O documento referido expressamente na decis o regional pode ser consultado sem que se constitua em reexame de mat ria f tica tese admitida neste Tribunal consoante se extrai dos seguintes precedentes RR 28 453 1991 4 2 T Rel Min Vantuil Abdala DJU 06 08 1992 RR 54 394 1992 2 2 T Rel Min Vantuil Abdala DJU 06 08 1993 Omiss es relativas ao inteiro teor das normas regulamentares tamb m n o justificam a nulidade porque referidas pela decis o recorrida Al m disso se cabe recurso de revista por diverg ncia jurisprudencial quanto interpreta o de norma regulamentar que extrapole a jurisdi o do Tribunal Regional prolator da decis o recorrida art 896 al nea b da CLT aqui a norma tem equival ncia lei motivo por que pode naturalmente ser consultada estando nos autos como de fato est para bem poder decidir a mat ria Diante disso resta afastada a argiii o de ofensa aos arts 93 inciso IX da Constitui o Federal e 832 da CLT N o conhe o 4 PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECIS O PROFERIDA EM SEDE DE EMBARGOS DE DECLARA O EFEITO MODIFICATIVO AUS NCIA DE CONTRADIT RIO CONHECIMENTO Arg i o r u preliminarmente a nulidade da decis o regional proferida em sede de embargos de declara o ao fundamento de que foi dado efeito modificativo ao julgado para acrescer condena o o pagamento das presta es deferidas referent
67. 2007 MARTINS FILHO Ives Gandra Processo coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1994 MAZZILLI Hugo Nigro 4 defesa dos interesses difusos em juizo 7 ed S o Paulo Saraiva 1995 MELO Raimundo Sim o 4 greve no direito brasileiro S o Paulo LTr 2006 NERY Jr Nelson O processo do trabalho e os direitos individuais homog neos um estudo sobre a a o civil p blica trabalhista Revista LTr v 64 n 2 fev 2000 NEVES Celso Revista LTr 53 905 1989 Apud CARRION Valentin Coment rios Consolida o das Leis do Trabalho 31 ed S o Paulo Forense 2006 PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito sindical e coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1998 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 91 DOUTRINA SILVA Edson Braz Aspectos processuais e materiais do diss dio coletivo frente Emenda Constitucional n 45 2004 Revista LTr v 69 set 2005 SUSSEKIND Arnaldo Responsabilidade pelo abuso do direito de greve Revista da Academia Nacional de Direito do Trabalho ano I 1993 Apud CARRION Valentin Coment rios Consolida o das Leis do Trabalho 31 ed S o Paulo Saraiva 2006 VIANNA Luiz Werneck CARVALHO Maria Alice Rezende MELO Manuel Pal cios Cunha BURGOS Marcelo Baumann 4 judicializa o da pol tica e das rela es sociais no Brasil Rio de Janeiro Revan 1999 ZANGRANDO Carlos Henrique da Silva 4 greve no direito brasileiro Rio de Janeiro Forense 1994
68. 2008 DOUTRINA de todos assim como a les o de um s constitui ipso facto les o da inteira coletividade No caso de uma mesma greve tanto pode haver a cis o de compet ncia para a sua aprecia o conforme a natureza dos liames envolvendo os grevistas como cis o nos provimentos jurisdicionais podendo ocorrer m ltiplas decis es emanadas de segmentos diversos do Poder Judici rio e diversidade de provimento dentro de uma mesma decis o Um caso interessante a ser analisado o de uma greve de servidores p blicos sendo alguns empregados vinculados pelo regime da CLT e outros funcion rios regidos pelo estatuto Uma mesma senten a trabalhista ao apreci la poder julg la ilegal para os servidores celetistas que desenvolvam atividades essenciais e causam les o ao interesse p blico e legal para os demais A senten a c vel por seu turno apreciando o mesmo movimento poder julgar a greve totalmente legal em rela o aos servidores estatut rios por considerar a greve direito inerente a tal categoria j na esteira do posicionamento do Supremo Tribunal Federal manifestado nos Mandados de Injun o n 670 708 e 712 Um mesmo movimento paredista portanto envolvendo grevistas que mant m v nculos juridicos de natureza diversa com a administra o n o atrai a compet ncia generalizada da Justi a do Trabalho pois a decis o desta s produz efeitos em rela o aos trabalhadores que se submetem sua jurisdi
69. 3 jul set 2008 255 JURISPRUD NCIA TEM TICA uma pela outra ou seja pode se pagar outra verba de id ntica natureza em compensa o gratifica o semestral In casu a participa o nos lucros tem a mesma natureza que a gratifica o semestral pois ambas est o vinculadas ao lucro Diante disso em respeito pois s normas estabelecidas pelo Banespa este n o poderia pagar aos empregados da ativa valores a t tulo de participa o nos lucros como fez com rela o aos 1 e 2 semestres de 1996 e 1 semestre de 1997 e no entanto pagar aos aposentados apenas a gratifica o semestral no valor simb lico de 5 dos sal rios devida portanto aos associados da Associa o autora constantes do rol por ela apresentado quanto s parcelas vencidas a gratifica o semestral dos anos de 1996 e 1997 no mesmo valor pago a t tulo de participa o nos lucros limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio de cada empregado compensados os valores pagos a t tulo de gratifica o semestral relativos a esses mesmos anos J no que se refere s parcelas vincendas tem se que a gratifica o semestral ser devida no valor equivalente ao que eventualmente tiver sido ou for pago aos empregados da ativa a t tulo de participa o nos lucros limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio por empregado e nos semestres em que n o tiver sido paga a p
70. 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Este Ju zo nesta composi o tem reiteradamente insistido na tese de que os contratos de trabalho firmados pela administra o p blica direta ou indireta s o contratos laborais e natureza mista neles incidindo normas de natureza privada e principalmente normas de natureza p blica n o havendo lugar para o nefasto clich por vezes t o danoso sociedade que em tais casos o Estado se equipara a mero empregador Assim sendo n o poss vel entender que a administra o de uma empresa federal releve os princ pios basilares inerentes administra o p blica quais sejam a impessoalidade a moralidade a legalidade e a publicidade art 37 CF 88 Esse entendimento em nada se choca com o regime privado concedido r pela Carta Federal em seu art 173 8 1 vez que esta norma precisa ser interpretada de forma sistem tica com todo o tronco constitucional at porque se levada ao p da letra chegar amos a absurdos que certamente nem mesmo a r concordaria como v g o reconhecimento de liame empregat cio com os que lhe prestam servi os sob o manto da terceiriza o de suas atividades Com efeito percebe se nos processos que correm perante a juris di o deste Regional relacionados empresa recorrente principalmente nos Mandados de Seguran a que ela a recorrente na maioria de suas argumenta es ampara sua pretens o ju
71. 74 n 3 jul set 2008 177 JURISPRUD NCIA TEM TICA contr rias legisla o em vigor Art 81 par grafo nico III e art 82 I da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor Precedentes Recurso conhecido e provido STJ 4 T REsp 168859 R J Rel Min Ruy Rosado de Aguiar j 06 05 1999 v un pub DJ 23 08 1999 p 00129 A O CIVIL P BLICA A O COLETIVA MINIST RIO P BLICO LEGITIMIDADE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMO G NEOS PLANO DE SA DE REAJUSTE DA MENSALIDADE UNIMED O Minist rio P blico tem legitimidade para promover a o coletiva em defesa de interesses individuais homog neos quando existente interesse social compat vel com a finalidade da institui o Reajuste de presta es de Plano de Sa de UNIMED Art 82 I da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor Precedentes Recurso conhecido e provido STJ 4 T REsp 177965 PR Rel Min Ruy Rosado de Aguiar j 18 05 1999 v un pub DJ 23 08 1999 p 00130 Tamb m a doutrina tem se posicionado no sentido de admitir a legitimidade do Minist rio P blico para a defesa dos interesses individuais homog neos Conforme preleciona Hugo Nigro Mazzili em sua obra 4 Defesa dos interesses difusos em juizo 10 ed p 32 33 178 Em vista de sua destina o o Minist rio P blico est legitimado defesa de qualquer interesse difuso pelo seu grau de dispers o e abrang ncia Quanto defesa de
72. 93 II M RITO IL 1 LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO PARA AJUIZAR A O CIVIL P BLICA PARA DEFENDER DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS A consequ ncia l gica do conhecimento do recurso por viola o dos arts 129 III da Constitui o Federal e 83 II da Lei Complementar n 75 93 nos termos da fundamenta o constante do voto o seu provimento Com estes fundamentos dou provimento ao recurso de revista do Minist rio P blico do Trabalho para declarando sua legitimidade para ajuizar a o civil p blica nos termos da fundamenta o determinar o retorno dos autos ao TRT da 3 Regi o para que aprecie o m rito do recurso ordin rio da reclamada como entender de direito Isto posto Acordam os Ministros da 4 Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade conhecer do recurso de revista do Minist rio P blico do Trabalho por viola o dos arts 129 II da Constitui o Federal e 83 III da Lei Complementar n 75 93 e no m rito dar lhe provimento para declarando sua legitimidade para ajuizar a o civil p blica nos termos da fundamenta o determinar o retorno dos autos ao TRT da 3 Regi o para que aprecie o m rito 180 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA do recurso ordin rio da reclamada como entender de direito com ressalvas do Exmo Min Ives Gandra Martins Filho quanto fundamenta o Bras lia 16 de agosto de
73. Ada Pellegrini Grinover lembra com muita precis o o Projeto de Lei Fl vio Bierrenbach que resultou dos trabalhos de comiss o constitu da por Ada Pellegrini Grinover C ndido Rangel Dinamarco Kazuo Watanabe e Waldemar Mariz de Oliveira J nior havia escolhido via do controle da representatividade 72 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Ainda no tocante legitimidade ativa outro aspecto relevante o da representatividade adequada do autor para o caso concreto No caso do Minist rio P blico e das greves em atividades n o essenciais al m de inadequado o diss dio coletivo n o vejo como este possa vir a propor a es objetivando sufocar o movimento ou de alguma forma restringi lo conquanto legitimado concorrentemente para faz lo perante os rg os jurisdicionais de primeiro grau art 8 da Lei n 7 783 89 e 5 I da Lei n 7 447 85 pois a greve deve cumprir a sua fun o social Mesmo para a propositura dos diss dios coletivos de greve quando esta se instala em atividade essencial muita cautela deve ter o Minist rio P blico pois como observa Edson Braz da Silva A greve traz insito em si o cond o de mexer com a qu mica social fazendo movimentar as rela es de trabalho Portanto mesmo que a greve em atividade essencial venha acarretar significativo desconforto social nem assim o MPT ter respaldo jur dico para sufoc la abortando prematuramente a produ o
74. Agravo de Instrumento a Reclamada renova as raz es do Recurso de Revista Sem raz o O Minist rio P blico do Trabalho institui o permanente e essencial fun o jurisdicional o qual conforme disp e o art 127 da Constitui o Federal incumbido da responsabilidade de defesa dos interesses sociais e individuais indispon veis Al m disso o art 129 inciso III desta referida Carta inclui como fun o institucional do MP promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos No mesmo sentido a Lei Complementar n 75 de 20 de maio de 1993 que disp e sobre a organiza o as atribui es e o estatuto do Minist rio P blico da Uni o Art 1 O Minist rio P blico da Uni o organizado por esta Lei Complementar institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime 184 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA democr tico dos interesses sociais e dos interesses individuais indispon veis Art 2 Incumbem ao Minist rio P blico as medidas necess rias para garantir o respeito dos Poderes P blicos e dos servi os de relev ncia p blica aos direitos assegurados pela Constitui o Federal C Art 5 S o fun es institucionais do Minist rio P blico da Uni o I
75. CONTEMPOR NEO Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva 1 APRESENTA O tutela ao trabalho humano sem sombra de d vida uma das raz es axiais para o surgimento do Direito do Trabalho que visa a dar resposta ormativa s dif ceis quest es colocadas pelo reconhecimento de que o modo de trabalhar constru do na modernidade implica subordina o de um homem vontade do outro e de que a constata o acerca do envolvimento da pr pria corporalidade do trabalhador na rela o de emprego faz surgir uma indaga o concernente aos motivos pelos quais constr i o Direito do Trabalho um ramo jur dico que aspira a ser um direito tutelar e portanto amparar e defender o trabalhador em uma rela o hier rquica e de poder Ao propor o tema das novas tutelas laborais em pauta a Revista do Tribunal Superior do Trabalho recoloca em boa hora a quest o central que deu origem constru o deste ramo jur dico particular a prote o de mulheres e homens que vivem do trabalho despossu dos de capital e da propriedade dos meios de produ o diante do desenho cada vez mais multifacetado dos modos de produzir na contemporaneidade A op o pelas novas tutelas demanda uma Advogada Trabalhista Mestre e Doutora em Ci ncias Jur dicas pela PUC Rio Professora Adjunta de Direito do Trabalho da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros
76. Consumidor e da Lei da A o Civil P blica aplicam se a quaisquer direitos e interesses difusos coletivos e individuais homog neos Ali s a possibilidade de defesa de direitos metaindividuais inclusive aqueles decorrentes de rela es de trabalho por meio de a o coletiva representa a maximiza o da efetividade do processo na atua o do direito material com largas vantagens para a sociedade 6 COMPET NCIA FUNCIONAL E TERRITORIAL NAS A ES COLETIVAS Quanto s a es que tiverem por objetivo a tutela de direitos metaindi viduais cabe analisar primeiramente a compet ncia funcional mais especificamente hier rquica para o julgamento A an lise das normas referentes ao sistema de tutela coletiva indica n o haver norma espec fica a respeito da compet ncia hier rquica aplicando se 18 Cf WATANABE Kazuo Op cit p 792 A mais perfeita intera o entre o C digo e a Lei n 7 347 de 24 07 85 est estabelecida nos arts 90 e 110 usque 117 de sorte que est o incorporados ao sistema de defesa do consumidor as inova es introduzidas pela referida lei especial da mesma forma que todos os avan os do C digo s o tamb m aplic veis ao sistema de tutela de direitos criados pela Lei n 7 347 19 Cf GARCIA Gustavo Filipe Barbosa Direitos fundamentais e rela o de emprego trabalho constitui o e processo S o Paulo M todo 2008 p 89 90 110 Rev TST Bras lia vol 74 n 3
77. DOUTRINA esta uma a o direta dos trabalhadores para pressionar a solu o dos diss dios de interesse origin rio ou derivado de revis o pois mesmo quando n o h reivindica o h interesse contrariado pelo empregador para motivar a paralisa o coletiva do trabalho O tema tormentoso pois se por um lado a Constitui o de 1988 consagrou como direitos dos servidores p blicos a sindicaliza o e a greve art 37 VI e VID este ltimo at hoje sem regulamenta o por outro negou lhes como categoria o da negocia o coletiva art 39 88 2 e 7 XXV Embora o Supremo Tribunal Federal nos Mandados de Injun o n 670 708 e 712 tenha legalizado as greves dos servidores p blicos pela aplica o anal gica da Lei de Greve Lei n 7 783 89 e do Presidente da Rep blica ter enviado ao Congresso Nacional o pedido de ratifica o da ades o do Brasil Conven o n 151 da OIT que autoriza a negocia o coletiva entre os servidores p blicos e a administra o o certo que nas normas de reg ncia o acesso negocia o coletiva continua constitucionalmente vedado Isso levou a que tanto o Supremo Tribunal Federal quanto o Tribunal Superior do Trabalho negassem a tal categoria o acesso ao diss dio coletivo Com o advento da Emenda Constitucional n 45 04 condicionando a utiliza o da jurisdi o normativa pr via concord ncia das partes esse acesso continua vedado
78. Defesa do Consumidor posto que todo o sistema deste ltimo volta se para a prote o dos consumido res e das v timas das rela es de consumo exercida pelos legitimados ativos a o coletiva na forma do seu art 81 caput e portanto de aplica o inade quada s a es coletivas passivas A solu o conforme proposi o de Ada Pellegrini Grinover seria a de que em se tratando de demanda movida contra a classe a prote o especial conferida a esta pela lei deve ser mantida bastando inverter para tanto os termos da quest o Vale dizer que a prote o continua no mesmo foco conferida coletividade agora exercida pelos legitimados passivos a o coletiva passiva resguardando se a inten o legal Se a a o fosse duplamente coletiva tanto no p lo ativo quanto no passivo a proposta de tratamento igualit rio n o havendo justificativas para privilegiar a posi o de uma em rela o outra N o nos parece contudo uma solu o adequada tutela das a es coletivas passivas trabalhistas notadamente na tutela da greve pois como j explicitado a representa o sindical passiva perfeitamente eficaz na tutela Jurisdicional Como bem coloca Eduardo Von Adamovich A extens o do tratamento origin rio dos efeitos das decis es coletivas do trabalho e o da coisa julgada nesta mat ria s novas a es civis assimiladas pelo ramo trabalhista do processo como o caso
79. Diss dios coletivos contra pessoa jur dica de direito p blico Impossibilidade jur dica Aos servidores p blicos n o foi assegurado o direito ao reconhecimento de acordos e conven es coletivas de trabalho pelo que por conseguinte tamb m n o lhes facultada a via do diss dio coletivo falta de previs o legal Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 75 DOUTRINA Apesar disso a greve seja como direito seja como patologia social ou fen meno de desobedi ncia civil carece de prote o ou tutela proces sual adequada notadamente quando envolve servidores p blicos prestadores de servi os coletividade no mais das vezes em atividades essenciais pois esta uma realidade do cotidiano da sociedade brasileira em quase todas as esferas da administra o p blica com m ltiplos e diversificados disfarces e denomina es e com v rios objetivos entre eles o pol tico Essa foi a raz o pela qual o Tribunal Superior do Trabalho atrav s de sua Se o de Diss dio Coletivo resolveu rejeitar a preliminar de impossibilidade Jur dica do diss dio coletivo proposto em face da FEBEM de S o Paulo em rela o s cl usulas sociais acolhendo a em rela o s cl usulas econ micas Foi adotada a tese segundo a qual h possibilidade jur dica de se aferir a viabilidade de pretens es sociais de servidores p blicos celetistas contrastadas frente ao exerc cio do direito de greve propondo se
80. Jurisprudencial Transit ria n 57 da SBDI 1 ap s 26 02 1991 foram efetivamente retiradas do mundo jur dico as normas ensejadoras do direito ao adicional de insalubridade por iluminamento insuficiente no local da presta o de servi o como previsto na Portaria 3 751 90 do Minist rio do Trabalho Assim sendo fato incontroverso que a rela o de emprego teve in cio somente em 10 4 1991 ap s a revoga o da norma o deferimento do adicional de insalubridade por defici ncia de iluminamento no caso viola o art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica E RR 419 466 1998 0 Rel Min Jo o Batista Brito Pereira DJ 13 05 2005 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 223 JURISPRUD NCIA TEM TICA RITO SUMAR SSIMO RESPONSABILIDADE SUBSIDI RIA DONO DA OBRA ART 5 INCISO Il DA CONSTITUI O DA REP BLICA N o h lei prevendo a responsabiliza o solid ria ou subsidi ria do dono da obra pelos d bitos trabalhistas contra dos pelo empreiteiro A imposi o de obriga o n o prevista em lei contraria o princ pio da legalidade e implica viola o direta e literal do art 5 inci so II da Constitui o da Rep blica Recurso de Embargos de que se conhece e a que se d provimento E RR 2244 2004 114 08 00 6 Rel Min Jo o Batista Brito Pereira DJ 17 08 2007 Ressalte se que esta Turma j se manifestou no sentido de ser indevida a multa imposta Caixa Econ mica Federal com fulc
81. Ministro Renato de Lacerda Paiva Ministro Emmanoel Pereira Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira Ministro Pedro Paulo Teixeira Manus Primeira Turma Ministro Lelio Bentes Corr a Presidente Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Ministro Walmir Oliveira da Costa Segunda Turma Ministro Vantuil Abdala Presidente Ministro Jos Simpliciano Fontes de Faria Fernandes Ministro Renato de Lacerda Paiva Terceira Turma Ministro Carlos Alberto Reis de Paula Presidente Ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira Quarta Turma Ministro Antonio Jos de Barros Levenhagen Presidente Ministra Maria de Assis Calsing Ministro Fernando Eizo Ono Quinta Turma Ministro Jo o Batista Brito Pereira Presidente Ministro Emmanoel Pereira Ministra K tia Magalh es Arruda Sexta Turma Ministro Aloysio Silva Corr a da Veiga Presidente Ministro Hor cio Raymundo de Senna Pires Ministro Mauricio Godinho Delgado S tima Tutma Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho Presidente Ministro Pedro Paulo Teixeira Manus Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos Oitava Tutma Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Presidente Ministra Dora Maria da Costa Ministro M rcio Eurico Vitral Amaro Ministros do Tribunal Superior do Trabalho RIDER DE BRITO MILTON DE MOURA FRAN A JO O ORESTE DALAZEN Presidente Vice Presidente Corregedor Geral z
82. No caso a Empresa R exigiu a entrega da certid o de antecedentes criminais com o intuito de conhecer o perfil exato das pessoas recrutadas e coloc las em fun o compat vel Ademais seria bastante razo vel que a R tivesse restri es quanto eventual contrata o de um candidato vaga de caixa que por sua vez apresentasse registro de condena o por furto Tamb m seria leg tima eventual recusa de candidato com registro de condena o por apropria o ind bita principalmente com a pena aumentada em face de o ex condenado ter recebido a coisa pelo of cio emprego ou profiss o exercida Frise se que seria inaceit vel a recusa de um candidato pela simples exist ncia de antecedentes criminais que n o se referissem a algo que desqualificasse profissionalmente o candidato para o exerc cio de uma determinada fun o Caso restasse demonstrado que a Empresa R recusa todos os candidatos com antecedentes criminais a sim restaria demonstrada a discrimina o alegada pelo Minist rio P blico do Trabalho o que n o foi provado nos autos De outra parte os documentos colacionados nos autos n o s o suficien tes para provar que a Empresa R contratou a empresa Innvestig para fornecer informa es sobre a exist ncia de reclamat rias trabalhistas ajuizadas pelos candidatos a empregos Tais documentos foram elaborados de forma unilate ral pela Innvestig e ao que tudo parece referem se a uma proposta de contrato
83. Preliminar de Nulidade da Decis o Proferida em Sede de Embargos de Declara o Efeito Modificativo Aus ncia de Contradit rio Preliminar de N o cabimento da A o Civil P blica na Esfera Trabalhista e de Ilegitimidade Ativa da Associa o Limita o da Condena o aos Associados Domiciliados na Comarca de S o Paulo e Prescri o Total Pretens o dos Substitu dos que Nunca Receberam a Parcela S mula n 326 do TST II Conhecer do recurso de revista com rela o aos t picos 1 Litig ncia de m f Caracteriza o Multa por viola o dos arts 17 inciso VII e 18 do CPC e no m rito dar lhe provimento para absolver o reclamado do pagamento da multa de 5 sobre o valor dado causa imposta pelo Tribunal Regional por suposta litig ncia de m f 2 Gratifica o Semestral Vincula o ao Lucro Previs o em Norma Regulamentar por viola o e por diverg ncia jurisprudencial e no m rito dar lhe provimento parcial para julgar procedente em parte a a o e condenar o Banco reclamado a pagar aos associados da Associa o autora constante do rol por ela apresentado a parcelas vencidas a gratifica o semestral dos 1 e 2 semestres de 1996 e 1 semestre de 1997 em valor equivalente quantia paga aos empregados da ativa a t tulo de participa o nos lucros limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio de cada empregado compe
84. Processo Civil 8 ed Rio de Janeiro Forense 1999 v VIII t I LEITE Carlos Henrique Bezerra A o civil p blica nova jurisdi o trabalhista metaindividual legitima o do Minist rio P blico S o Paulo LTr 2001 MAZZILLI Hugo Nigro A defesa dos interesses difusos em ju zo meio ambiente consumidor patrim nio cultural patrim nio p blico e outros interesses 17 ed S o Paulo Saraiva 2004 NERY Jr Nelson C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 8 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 NERY Rosa Maria de Andrade C digo de Processo Civil comentado e legisla o processual civil extravagante em vigor 5 ed S o Paulo RT 2001 OLIVEIRA Francisco Antonio de A o civil publica enfoques trabalhistas S o Paulo RT 1998 VIGLIAR Jos Marcelo Menezes A Lei n 9 494 de 10 de setembro de 1997 e a nova disciplina da coisa julgada nas a es coletivas inconstitucionalidade Revista dos Tribunais S o Paulo RT ano 86 v 745 nov 1997 p 67 72 Tutela jurisdicional coletiva 3 ed S o Paulo Atlas 2001 WATANABE Kazuo et alii C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 8 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 118 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 Tem tica Atual DUAS NOTAS SOBRE NOVAS TUTELAS LABORAIS NO MULTIFACETADO DESENHO DO MUNDO DO TRABALHO
85. R NCIA DISS DIO PRETORIANO COMPROVADO 1 Esta Turma reiteradamente tem decidido que a teor do art 255 e par grafos do RISTJ para comprova o e aprecia o do diss dio jurisprudencial de vem ser mencionadas e expostas as circunst ncias que identificam ou assemelham os casos confrontados bem como juntadas c pias integrais de tais julgados ou ainda citado reposit rio oficial Diss dio compro vado 2 Pacificou se a jurisprud ncia da Corte no sentido de que n o ocorre litispend ncia da a o individual em face de a o coletiva ajui zada por entidade de classe ou sindicato 3 Recurso conhecido e provido para afastar o bice processual determinando o retorno dos autos ao Tribunal de origem para exame das demais quest es postas REsp 327184 DF 5 T Rel Min Jorge Scartezzini DJ 02 08 2004 A O COLETIVA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS A O INDIVIDUAL LITISPEND NCIA A circunst ncia de existir em curso a o coletiva em que se objetiva a tutela de direitos individuais homog neos n o obsta o ajuizamento da a o individual CADERNETA DE POUPAN A A responsabilidade pelo pagamento a menor do devido aos poupadores do deposit rio com quem contratou e que ter sido o benefici rio da diferen a salvo no caso em que houve o bloqueio do numer rio perdendo ele a respectiva disponibilidade O art 17 da Lei n 7 730 89 n o se aplica s cadernetas de poupan a cujo per odo aquisitivo se
86. Regional do Trabalho da Oitava Regi o mediante o ac rd o a fls 55 67 julgou improcedente o pedido de nulidade da Cl usula 12 1 Recrutamento e Contrata o Foram expendidos os seguintes argumentos Um dos mais graves problemas do desenvolvimento regional e local exatamente a aus ncia de efeitos positivos para os habitantes das regi es onde se instalam grandes projetos e esse precisamente o caso 312 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA do Munic pio de Paraupebas Estado do Par um dos que integram a Prov ncia Mineral de Caraj s uma das maiores do planeta Discriminar positivamente as popula es locais significa tamb m lhes garantir acesso aos empregos que n o s o muitos gerados no Projeto Caraj s e seu entorno Note se que nos termos em que est redigida a cl usula folhas 4 e 15 a prefer ncia pela m o de obra local apenas um crit rio de desempate a ser aplicado depois de atendidos os pr requisitos necess rios para a fun o sic folhas 4 e 15 Isto estando dois trabalhadores concorrendo a uma mesma vaga dando lhes igual oportunidade no tocante ao atendimento desses pr requisitos dar se prefer ncia quele que morar no local A discrimina o nessas circunst ncias ser discrimina o posi tiva tanto quanto o s o as cotas raciais por exemplo ou tantas outras das assim chamadas a es afirmativas em favor de grupos sociais m
87. TEM TICA e 5 XXXV e 129 III da Carta da Rep blica Indica ainda diverg ncia jurisprudencial O ac rd o paradigma transcrito fl 187 oriundo do TRT da 23 Regi o e extra do do reposit rio autorizado Revista G nesis autoriza o conhecimento do recurso medida que diversamente da tese adotada na decis o revisanda traduz entendimento de que conquanto o art 83 II da Lei Complementar n 75 93 n o mencione a defesa de interesses individuais homog neos qualificados como homog neos est o Minist rio P blico do Trabalho legitimado a promover ACP quando a viola o desses direitos acarretar preju zos sociais Conhe o do recurso por diverg ncia jurisprudencial II M RITO O art 127 caput da Constitui o da Rep blica atribui ao Minist rio P blico a defesa dos interesses sociais e individuais indispon veis verbis O Minist rio P blico institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis De outra parte o art 129 da Carta Magna estabelece que fun o institucional do Minist rio P blico zelar pelo efetivo respeito dos poderes p blicos e dos servi os de relev ncia p blica aos direitos assegurados nesta Constitui o promovendo as medidas necess rias a sua garantia inciso II bem como promover o inqu rito civil e a a o civ
88. TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA semos ambas as partes como juridicamente iguais essa rela o estaria marca da por uma desigualdade fundamental de poder que atinge a barganha entre vendedores e compradores de trabalho e prossegue sob a rela o de emprego Silva e Horn 2008 Deste modo a prote o se justifica a todos os trabalha dores e n o somente aos empregados Se para atingirmos esta utopia de universaliza o da prote o social necess rio construir tutelas t picas de se guridade social podemos ao menos iniciar a trilhar este caminho atribuindo m xima efetividade ao que a Constitui o j estabelece um conjunto m nimo de direitos laborais reconhecidos como direitos fundamentais de todos os tra balhadores E vale relembrar que tamb m o art 7 da Constitui o Brasileira o conoce la dicotomia contrato de trabajo subordinado contrato de trabajo aut nomo Como bem observa o jurista italiano Umberto Romagnoli la Constituci n se preocupa s lo de remover situaciones subjetivas de debilidad y de desigualdad sustancial en cualquier lugar y modo en que estas se manifi esten La pasi n por la especie de trabajo m s intensamente protegida durante el siglo XX habia hecho perder de vista el g nero o sea que es el trabajo sin adjetivos el trabajo que se propone a la atenci n de los que deci den las reglas en cuanto tal el trabajo con independencia del esquema contr
89. Trabalho consoante os termos do art 5 da Instru o Normativa n 27 05 Pretender conceder ao sindicato honor rios advocat cios quando atua como substituto processual implicaria ao menos verificar se todos os substitu dos sem exce o s o benefici rios da justi a gratuita sob pena de a parte ex adversa se ver obrigada a suportar esses honor rios por mera sucumb ncia acaso desatendido o referido requisito por qualquer dos substitu dos Todavia no caso dos autos o Tribunal Regional n o consignou esses dados f ticos 4 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provi mento E RR 641 721 2000 1 Rel Min Brito Pereira DJ 11 10 2007 HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITU TO PROCESSUAL IMPOSSIBILIDADE 1 N o pelo fato de o sindicato atuar como substituto processual que a ele se dever o reconhecer honor rios advocat cios 2 Honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos apenas quando se trata de reclamante individual benefici rio da justi a gratuita cuja assist ncia jur dica promovida pelo sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Cuida se aqui dos estritos termos da Lei n 5 584 70 3 Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho consoante os termos do art 5 da Instru o Norm
90. a aferi o da compet ncia Entendo que a 4 Vara do Trabalho de Bras lia DF revela se incompetente para o julgamento desta demanda pois em se tratando de a o civil p blica a compet ncia territorial fixada levando se em conta a extens o do dano causado ou a ser reparado pautando se pela incid ncia anal gica do art 93 do C digo de Defesa do Consumidor Ora o Parquet alega que os danos que objetiva coibir se limitam rea em que ocorreram as investiga es e que os fatos apurados n o extrapolam a regi o do Rio de Janeiro Como no caso o dano n o excede a jurisdi o do TRT da 1 Regi o n o de n vel nacional e sim regional tanto que as filiais e sedes das empresas r s nas quais os empregados atingidos trabalham est o situadas apenas no Estado do Rio de Janeiro Da a compet ncia de uma das Varas do Trabalho da Capital do mesmo Estado no caso a 24 que se encontra preventa para a sua an lise Nesse sentido o item n 130 do rol de orienta es jurisprudenciais desta c Subse o II Especializada em Diss dios Individuais Para a fixa o da compet ncia territorial em sede de a o civil p blica cumpre tomar em conta a extens o do dano causado ou a ser reparado pautando se pela incid ncia anal gica do art 93 do C digo de Defesa do Consumidor Assim se a extens o do dano a ser reparado limitar se ao mbito regional a compet ncia de uma das Varas do Trabalho da Capital do Estado se f
91. a defesa da ordem jur dica do regime democr tico dos interesses sociais e dos interesses individuais indispon veis Art 6 Compete ao Minist rio P blico da Uni o VII promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para d outros interesses individuais indispon veis homog neos sociais difusos e coletivos to XII propor a o civil coletiva para defesa de interesses individuais homog neos Art 83 Compete ao Minist rio P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg os da Justi a do Trabalho I promover as a es que lhe sejam atribu das pela Constitui o Federal e pelas leis trabalhistas II manifestar se em qualquer fase do processo trabalhista acolhendo solicita o do juiz ou por sua iniciativa quando entender existente interesse p blico que justifique a interven o HI promover a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos sublinhei Ademais a Lei n 8 625 de 12 de fevereiro de 1993 que institui a Lei Org nica do Minist rio P blico prev Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 185 JURISPRUD NCIA TEM TICA Art 25 Al m das fun es previstas nas Constitui es Federal e Estadual na Lei Org nica e em outras leis incumbe ainda ao Minist rio P blico
92. a empresa contratante o exerce n o em rela o aos direitos e obriga es contidas no contrato de trabalho mas pelo vi s de um contrato comercial entre empresas contrato que n o comporta cl usula social que tenha por objeto as condi es de emprego e de trabalho dos assalariados Na contabilidade das empresas contratantes o trabalho subordinado desaparece dos recursos humanos para ser computado no setor de compras Th baud Mony e Druck 2007 p 45 Afastadas pequenas especificidades do caso franc s a cita o impor tante para registrar um dado essencial presente nas terceiriza es nem mais a fic o de um contrato que regule ainda que residualmente as condi es de presta o laboral t m os trabalhadores O papel de defini o das condi es reais de contrata o de presta o de remunera o etc acabou sendo preesta belecido em um contrato mercantil entre empresas e se o espa o de autonomia individual j era residual no contrato de trabalho corretamente pela sua subor dina o s normas convencionais e s normas legais de prote o cf art 444 da CLT passa a ser inexistente pela sua subordina o ao marco contratual estabelecido nas rela es mercantis entre empresas e portanto no mundo pri vado e n o mais no mundo da regula o p blica em que se expressam a autonomia coletiva e a legisla o estatal Nestes termos h que se atualizar uma das quest es mais cl ssicas
93. a empresa r afirmou haver litispend ncia na a o trabalhista proposta pela empregada quanto ao pagamento das verbas rescis rias j que o sindicato da categoria como substituto processual havia ajuizado a o anterior abrangendo todos os empregados dispensados Alegou que a empregada foi demitida por Justa causa pois havia sido contratada por outra empresa e que os pedidos eram comuns outra a o movida pelo Minist rio P blico do Trabalho A 1 Vara do Trabalho do Guaruj SP declarou a responsabilidade subsidi ria da empresa tomadora de servi os pelas obriga es trabalhistas e afastou a justa causa pois n o vislumbrou fundamento no argumento da empresa As empresas recorreram da senten a no TRT da 2 Regi o S o Paulo que manteve a Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 59 DOUTRINA senten a deixando assentado que a a o movida pelo MPT n o impede que o empregado proponha a o individual visando ao recebimento de cr ditos trabalhistas O Regional ressaltou que a legitimidade extraordin ria conferida ao Minist rio P blico e s associa es de classe para propositura de a o civil p blica ou a es coletivas tem por objetivo facilitar o acesso Justi a e n o criar obst culo ao trabalhador que opta pelo exerc cio individual do direito de a o constitucionalmente garantido Inconformada a empresa r insistiu na alega o de litispend ncia no TST que manteve a tese do TRT S
94. a inexist ncia de despacho judicial para cita o pensamos que o crit rio cronol gico para se saber qual a o coletiva foi proposta primeiro o do hor rio do protocolo de ajuizamento ou da distribui o importante notar que se as a es coletivas tiverem causas de pedir diversas ou seja se numa o MPT atua em defesa de interesses difusos e noutra o sindicato age em defesa de interesses coletivos ou individuais homog neos n o haver litispend ncia 4 A QUEST O DA LITISPEND NCIA ENTRE A O COLETIVA PARA TUTELA DE INTERESSES DIFUSOS OU COLETIVOS E A O INDIVIDUAL A leitura atenta da primeira parte do art 104 do CDC revela que n o h litispend ncia entre a o individual e a o coletiva ou civil p blica destinada defesa de interesses difusos e coletivos incisos I e II do par grafo nico do art 81 do CDC E a raz o simples n o h na demanda individual e na demanda coletiva identidade entre os titulares ativos nem entre os pedidos No m ximo poder se ia falar em identidade de causas de pedir remotas fatos mas as causas de pedir pr ximas fundamento jur dico do pedido tamb m seriam diferentes O TST vem adotando corretamente a nosso ver a tese de que n o h litispend ncia entre diss dio rectius a o coletivo e diss dio rectius a o individual E o que se depreende do seguinte aresto 4 Ressalte se en passant que o Anteprojeto de Processo Coletivo elab
95. a n o decreta o da nulidade da senten a 262 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Quanto alega o de negativa de presta o jurisdicional em raz o da aus ncia de manifesta o acerca da viola o do art 1 090 do C digo Civil tem se que de acordo com a S mula n 297 item III do TST considera se prequestionada a quest o jur dica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese n o obstante opostos embargos de declara o Assim n o h falar em nulidade da decis o por negativa de presta o jurisdicional pois o sil ncio da Corte a quo n o obstaculiza a an lise da mat ria por esta Corte superior j que houve a interposi o de embargos de declara o quanto mat ria Diante disso resta afastada a argiii o de ofensa aos arts 93 inciso IX da Constitui o Federal 458 do CPC e 832 da CLT N o conhe o 3 PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECIS O REGIONAL POR NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL CONHECIMENTO Preliminarmente o Banco em suas raz es de revista arg i nulidade da decis o regional por negativa de presta o jurisdicional ante a aus ncia de manifesta o expressa acerca dos seguintes temas a incompet ncia material da Justi a do Trabalho b prescri o total do direito de a o pois dentre os associados h aqueles que nunca receberam as gratifica es pleiteadas c inexist ncia de pag
96. a que se d provimento TST RR 754 485 2001 9 Rel Min Gelson de Azevedo 5 T DJ 22 08 03 RECURSO DE REVISTA VENDA DE ASSINATURAS DE LISTAS TELEF NICAS COMISS ES ESTORNO N O PAGA MENTO PELO COMPRADOR IMPOSSIBILIDADE O n o pagamen to ou o desfazimento da compra pelo cliente n o autoriza o empregador a estornar as comiss es do empregado ainda que exista cl usula contra tual nesse sentido No caso os riscos do empreendimento cabem ao empregador art 2 da CLT sendo vedada por outro lado estipula o que contravenha as disposi es de prote o ao trabalho os contratos coletivos que lhes sejam aplic veis e as decis es das autoridades com petentes art 444 da CLT O estorno da comiss o somente admitido por lei art 7 da Lei n 3 207 57 quando se verifica a insolv ncia do comprador e n o a mera inadimpl ncia Precedentes do Tribunal Supe rior do Trabalho Recurso de revista n o provido RR 734881 2001 6 T Rel Min Hor cio Senna Pires DJ 06 10 2006 Diante dos fundamentos acima transcritos conclui se que a Reclamante faz jus devolu o dos descontos indevidamente efetuados sobre as comiss es Por for a dos mesmos fundamentos nego provimento Isto posto Acordam os Ministros da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade conhecer do Recurso de Revista por diverg ncia e no m rito negar lhe provimento Bras lia 18 de junho de 2008 Car
97. agressivos ou de risco sa de dos empregados direito coletivo ou medida com objetivo de vedar contrata o ou dispensa motivada por ra a cor sexo idade regionalismo aus ncia de Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA concurso p blico quando h exig ncia e outros interesses difusos inclusive para obstar substitui o de empregados durante grave declarada legal objeto da motiva o do inqu rito civil que deu origem a presente Descumprimento de obriga o contratual assegurada por lei n o autoriza a a o civil p blica salvo quando det m a natureza de interesse coletivo ou difuso constitucionalmente garantido Nesse sentido o seguinte aresto in verbis A O CIVIL P BLICA CABIMENTO LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO Cab vel a a o apenas em defesa de interesses coletivos sem intuito reparat rio mas da preserva o da ordem jur dica quando desrespeitados direitos de trabalhadores e empregadores constitucionalmente garantidos art 83 item III da Lei Complementar n 75 93 desde que o desrespeito traga que rec ndito o germe da inquieta o p blica art 1 HI e IV 5 I H XMI XVI XVI XVII XIX XX XXI e XXII 6 7 8 9 10 e 11 CF Processo extinto com base no art 267 VI do CPC TST ACP 92867 93 1 Rel Min Manoel Mendes de Freitas Ac SDC 400 94 julgado em 18 04 94 Provejo o recurso para afastar a car ncia de a o apenas
98. ao fim concluir ap s interpreta o sist mica e harm nica de todos os dispositivos examinados pela legitimidade do Minist rio P blico para buscar em ju zo tutela para direitos e interesses individuais homog neos sejam eles indispon veis ou dispon veis uma vez que a tutela de direitos e interesses individuais homog neos dispon veis quando coletivamente demandados em ju zo insere se no mbito da tutela dos interesses sociais referidos no art 127 da Constitui o Federal No mesmo sentido o esc lio de Nelson Nery J nior e Rosa Maria de Andrade Nery na obra C digo de Processo Civil comentado e legisla o processual civil extravagante em vigor S o Paulo RT 2001 Legitimidade do MP Pode mover qualquer a o coletiva para a defesa de direitos difusos coletivos e individuais homog neos A CF 129 III legitima o MP para a ACP na tutela de direitos difusos e coleti vos mas n o menciona os individuais homog neos A CF 129 IX autoriza a lei federal a atribuir outras fun es ao MP desde que compa t veis com seu perfil institucional A CF 127 diz competir ao MP a defesa dos direitos e interesses sociais e individuais indispon veis Como as normas de defesa do consumidor inclu da aqui a a o coletiva tour court s o ex vi legis de interesse social CDC 1 leg tima e constitucio nal a autoriza o que o CDC 82 I d ao MP de promover a a o coletiva Rev TST Bras lia vol 74 n 3
99. aos arts 5 incisos II XXXIX e 127 da Constitui o da Rep blica n o viabilizariam o seguimento do recurso de revista Isso porque a viola o dos referidos dispositivos constitucionais n o se revela em regra de forma direta e literal como exige o art 896 2 da CLT N o cuidam de mat ria de execu o ou da forma ou limites impostos aos ramos do Minist rio P blico convenientes realiza o dos TACs Termos de Ajustes de Condutas Tais dispositivos erigem princ pios gen ricos cuja viola o somente se afere por via reflexa a partir de eventual ofensa a norma de natureza infra constitucional Incid ncia da S mula n 266 do Tribunal Superior do Trabalho E mesmo que super ssemos o bice das S mulas ns 297 e 266 TST ainda assim o recurso n o alcan aria provimento uma vez que o TRT da 8 Regi o edificou sua decis o em duas premissas b sicas 1 a san o prevista em TAC que visa ao cumprimento de norma cogente caracteriza um bis in idem pois prev dupla puni o para um mesmo fato e 2 o TAC n o determi nava o modo o tempo e o lugar de cumprimento das obriga es impostas e o devedor efetuou os pagamentos atrasados bem como as vantagens decorren tes e o recolhimento do FGTS na forma da lei N o se encontra mais em mora uma vez que ao emendar a falta cometida sua obriga o restou por cumprida Diante do quadro f tico delineado pela decis o recorrida incogit vel se revela a viola
100. atua o de todos os Poderes n o se podendo atribuir ao Minist rio P blico enquanto institui o poderes e possibilidades absolutas e irrestritas O procedimento de custus legis h de se ater mat ria que n o invada a autonomia e liberdade de parte outra o que redundaria com todas as v nias em abuso de direito Ressalto que n o se cuida de desist ncia de a o Lei n 7 347 1985 art 5 8 3 e que o Minist rio P blico acaso desejasse poderia intentar por si a a o civil p blica n o se pode compelir o Sindicato no entanto a manter se frente da demanda o que em ltima an lise busca em seu apelo N o se litigando em torno de interesse p blico manifesta ser a impropriedade do Minist rio P blico para interpor recurso de revista Resta prejudicada a an lise das ofensas legais apontadas pelo Parquet Ante o exposto n o conhe o do recurso Isto posto Acordam os Ministros da Egr gia Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade n o conhecer do recurso de revista Bras lia 14 de maio de 2008 Alberto Bresciani relator AGRAVO DE INSTRUMENTO TERCEIRIZA O DE SERVI OS EMPRESA P BLICA AGRAVO DE INSTRUMENTO TERCEIRIZA O DE SERVI OS EMPRESA P BLICA MULTA DO ART 47 DA CLT Ante a poss vel ofensa ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica d se provimento ao agravo de instrumento 218 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008
101. aut nomos economicamente dependentes e os direitos do trabalho t picos a laboriza o frouxa minguada Afinal no que se relaciona ao tempo de trabalho a LETA remete ao contrato individual ou ao acordo de interesse profissional a determina o de um regime de descanso semanal apesar de vedar a realiza o de atividades por tempo superior ao pactuado exceto por vontade do trabalhador sempre subordinada ao tempo m ximo estabelecido no acordo de interesse profissional e embora assegure ainda o direito a uma interrup o anual da atividade por 18 dias teis salvo se norma mais favor vel vier a ser estabelecida em acordos de interesses profissionais No que diz respeito extin o do contrato a LETA cria regras gerais ao estabelecer a necessidade de exist ncia de causa justificada e de aviso pr vio quando a rescis o decorrer da vontade do cliente e assegura ao TRADE uma indeniza o pelos anos e preju zos causados quando a resolu o contratual ocorrer por causa injustificada ver art 15 LETA No Brasil n o encontramos regras semelhantes regulando as formas aut nomas de trabalho embora existam regras isoladas assegurando certos direitos a trabalhadores n o empregados Recentemente encontramos atividade legislativa voltada institui o de tutelas tipicamente laborais a trabalhadores exclu dos das fronteiras do direito do trabalho dos quais s o exemplos Projetos de Lei em tramita o sobre cooperativas de
102. bem como as convencionadas anteriormente Restringiu se mas n o se suprimiu o poder criativo dos Tribunais do Trabalho caracter stica dos diss dios coletivos de natureza econ mica O respeito s disposi es legais m nimas n o significa a impossibilidade de se fixar direito superior ao que est legalmente previsto ainda que sem pr vio ajuste em norma coletiva anterior A jurisdi o normativa exercida pela via desse instrumento processual preservou se no sentido de se admitir a fixa o de normas em abstrato desde que respeitadas as disposi es m nimas legais e as preexistentes o que n o deve fugir muito do que j vinha ocorrendo pois o TST basicamente s estava decidindo sobre a manuten o de cl usulas sociais preexistentes e sobre a fixa o de reajuste salarial A possibilidade de instituir 20 MARTINS FILHO Ives Gandra Processo Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1994 p 59 21 PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito Sindical e Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1998 p 379 22 CASTILHO PEREIRA Jos Luciano A Reforma do Poder Judici rio o diss dio coletivo e o direito de greve In COUTINHO Grijalbo FAVA Marcos Neves Coords Justi a do Trabalho compet ncia ampliada S o Paulo LTr 2005 p 249 23 Ibidem p 251 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 69 DOUTRINA regras ainda que pela via arbitral portanto subsiste como reconhecimento de
103. causa possibilitando s partes a postula o e a resposta ao pedido inicial al m da produ o das provas que permitir o ao juiz decidir o conflito voca o do processo levar ao juiz o conflito que h entre as partes a N o obstante a preocupa o central do ordenamento processual diga respeito aprecia o pelo ju zo do conflito prev hip teses em que o processo n o permite que este fim seja alcan ado apontando os casos de solu o do processo sem exame do m rito A se concentram as hip teses elencadas pelo art 267 do CPC que embora n o realizem o objetivo maior colocam fim ao processo como nica maneira de solucionar o impasse t cnico S o situa es que colocam obst culo intranspon vel ao juiz n o permitindo que o m rito seja sequer analisado n o obstante seja esta a voca o maior do processo Exemplos destas hip teses s o a inexist ncia ou a nulidade de cita o a incompet ncia absoluta a in pcia da peti o inicial al m da litispend ncia e a coisa julgada dentre outras Ministro do Tribunal Superior do Trabalho Professor Titular de Direito do Trabalho da PUC SP Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 43 DOUTRINA O art 301 do CPC em seu 1 assevera que se verifica a litispend ncia ou a coisa julgada quando se reproduz a o anteriormente ajuizada Conceituando identidade o 2 do mesmo dispositivo afirma que uma a o id ntica outr
104. conceito J no campo dos interesses coletivos trabalhistas transparece a legitimidade concorrente do Minist rio P blico do Trabalho e dos sin dicatos para atuarem como representantes do grupo ou categoria atingidos apenas extraindo se que enquanto n o editada norma especi fica para a propositura da a o civil p blica apenas o Minist rio P blico do Trabalho det m a legitimidade ad causam enquanto ao sindicato remanescem as demais vias de defesa jur dica e judici ria dos interesses da respectiva categoria ou grupo sem preju zo contudo na forma do art 6 da Lei n 7 347 92 de poder o sindicato representar ao Minist rio P blico do Trabalho para que instaure o devido inqu rito civil ou mes mo promova a a o civil p blica quando detentor de informa es sobre fatos que constituam objeto poss vel para a demanda especial referida Dessa forma dou provimento ao recurso da reclamada para declarar a ilegitimidade de parte do Sindicato Autor para a defesa de interesses difusos da categoria nos termos do art 8 II da Constitui o Federal impondo se a car ncia da a o nos termos do art 267 IV do CPC restando prejudicado o exame do m rito do pedido fl 156 Recorre de revista o Minist rio P blico do Trabalho da 2 Regi o pelas raz es de fls 161 199 sustentando que as entidades listadas no art 5 V da Lei n 7347 85 entre as quais est inserido o Sindicato autor tamb m possuem legitimidade p
105. da Constitui o de 1988 disp e que O Minist rio P blico institui o permanente essencial fun o Jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis O art 129 incisos II e IX por sua vez estabelece ser fun o institucional do Minist rio P blico promover a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos e exercer outras fun es que forem conferidas desde que compat veis com sua finalidade sendo lhe vedada a representa o judicial e a consultoria jur dica de entidades p blicas sem grifo no original O art 83 incisos II e IV da Lei Complementar n 75 93 LACP por seu turno atribui ao Minist rio P blico do Trabalho a legitimidade para pro por a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garanti dos bem como as a es cab veis para a declara o de nulidade de cl usula de contrato acordo coletivo ou conven o coletiva que viole as liberdades indivi duais ou coletivas ou os direitos individuais indispon veis dos trabalhadores Verifica se do que se extrai do texto constitucional n o haver qualquer restri o para a utiliza o da a o civil p blica pelo Minist rio P blico
106. de direitos individuais homog neos se destina prote o de uma pluralidade de pessoas n o identificadas perfazendo algo como uma senten a condenat ria em branco Mesquita 1990 p 81 o que significa que o acolhimento da pretens o do substituto processual n o produz efeitos concretos na esfera Jur dica do r u antes do julgamento da a o de liquida o por artigos que sempre necess ria para apurar se a situa o do indiv duo que se diz titular do direito se ajusta ou n o hip tese gen rica da senten a oportunidade em que a coisa julgada funciona pro et contra A segunda situa o quando a substitui o processual se destina defesa de direito individual puro ou heterog neo S o aqueles direitos em que os aspectos pessoais prevalecem sobre os aspectos comuns aos integrantes de um grupo o que exclui a dimens o coletiva da tutela jurisdicional Grinover 2002 p 32 Nessa hip tese a coisa julgada funciona pro et contra Em caso de 94 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA vit ria n o h problema porque o substitu do beneficiado pela atua o do substituto processual Mas em caso de derrota o substitu do que n o participou do contradit rio fica vinculado coisa julgada e est impedido de repetir a mesma pretens o pela via da a o individual Assis 2003 p 22 A extens o subjetiva da coisa julgada situa o bastante delicada uma vez que o sistema processua
107. de seus produtos Pouco se fala de pequenas cooperativas agr colas Ali s nem mesmo para ajud los a escoar os seus produtos para os centros maiores de consumo Acabam elas nas m os dos atravessadores 24 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Voltando linha da exposi o que a moderniza o da legisla o Na processual nada mais ca tico nada mais complicado A sensa o que se tem que o processo passou a ser o fim e n o o meio N o exagero afirmar que a maioria dos processos chega ao fim por uma causa processual sem que as partes saibam se tinham ou n o raz o nos seus pleitos E isso no campo da Justi a do Trabalho simplesmente catastr fico Antes do emendad ssimo C digo de Processo Civil atual na Justi a do Trabalho aplicava se um punha do de normas processuais e ningu m se lembrava da exist ncia de normas processuais civis e funcion vamos muito bem Diria mesmo que ramos feli zes e n o sab amos Fui presidente de Junta de Concilia o e Julgamento hoje denominada Vara do Trabalho durante dezessete anos e n o me recordo de haver julgado um s embargo de declara o Fui juiz de TRT por dez anos e quase n o me lembro de haver julgado uma a o rescis ria Tamb m quase n o me lembro de haver conclu do um julgamento extinguindo o processo sem Julgamento do m rito As senten as eram procedentes procedentes em parte a quase totalidade ou improcedentes Os recur
108. de nulidade A omiss o capaz de ensejar o reconhecimento da nulidade do julgado aquela que o Juizo a quo n o analisa a mat ria debatida na hip tese situa o n o observada nos autos Recurso de revista n o conhecido PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECIS O REGIONAL POR NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL A efetiva presta o jurisdicional tem como premissa basilar a fundamenta o das decis es judiciais consoante se extrai dos arts 93 inciso IX da Constitui o Federal e 832 da CLT Havendo nos autos explicita o das raz es de decidir pelo rg o Julgador tem se por atendida essa exig ncia ainda que o resultado do julgamento seja contr rio ao interesse da parte Recurso de revista n o conhecido PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECIS O PROFERIDA EM SEDE DE EMBARGOS DE DECLARA O EFEITO MODIFICATIVO AUS NCIA DE CONTRADIT RIO N o h previs o de lei para que a parte contr ria se manifeste acerca dos embargos de declara o opostos A aus ncia de sua pr via intima o nas hip teses em que se d efeito modificativo ao julgado pode gerar nulidade da decis o por ofensa ao princ pio do contradit rio e da ampla defesa Entretanto neste particular n o houve altera o do julgado mas mera complementa o da decis o mat ria acerca da qual o r u j teve ampla oportunidade de se manifestar Recurso de revista n o conhecido LITIG NCIA DE M F CARACTERIZA O MULTA No caso o Tribunal Regi
109. de presta o de servi os n o havendo neles nenhuma refer ncia ou qualifica o da R Frise se que cabia ao Autor o nus de provar que a Empresa R contratou a Innvestig e utilizou das eventuais informa es que lhe foram fornecidas o que n o ocorreu no caso Assim n o h como se manter a condena o ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo fls 325 330 333 340 e 383 392 Antitese Recursal As pr ticas adotadas pela Empresa R evidenciam a discrimina o levada a efeito e vedada nas esferas criminal e trabalhista Ao Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 301 JURISPRUD NCIA TEM TICA contr rio do entendimento adotado pelo Regional a R n o tem direito de fazer pesquisas sobre a eventual exist ncia de antecedentes criminais dos candidatos a emprego ou sobre o fato de eles terem ajuizado a es trabalhistas A lei preserva o sigilo das informa es criminais acerca dos cidad os garantindo o acesso apenas s autoridades cuja fun o a de reprimir as condutas delituosas Isso porque devem ser restringidos os efeitos da pena de modo a possibilitar a todos condenados ou n o a reeduca o social que seria absolutamente malbaratada se tais informa es fossem franqueadas a todos Ademais a Empresa R comprava informa es sigilosas obtidas ilicitamente pela empresa Innvestig que fornecia dados criminais trabalhistas e credit cios dos candidatos a empregos Resta evidente portanto
110. de trabalho decorrente de atividade econ mica expressiva 22 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Devemos ter portanto mecanismos que nos permitam acompanhar a mobilidade do desenvolvimento econ mico e remanejar os rg os jurisdicionais sempre que isso se mostrar necess rio do ponto de vista da economia H regi es que experimentam surtos tempor rios de atividade econ mica Durante alguns anos milhares de empregos s o gerados em fun o por exemplo da constru o de uma usina hidrel trica de obras de infra estrutura de grande porte ou mesmo da explora o de alguma riqueza natural Ao fim desse per odo ao fim das obras ou do ciclo natural de explora o a atividade entra em decad ncia muitas vezes a ponto de se extinguir importante que a Justi a do Trabalho se fa a presente nos momentos de elevada demanda e possa na fase de esvaziamento se deslocar para outras regi es em que sua presen a ser muito mais til para a sociedade A Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho j vem fazendo recomenda es neste sentido de remanejamento de Varas do Trabalho de localidades de baixa demanda para outras em que a jurisdi o mais solicitada Tencionamos fazer isso de forma mais intensa e efetiva atentos s mudan as da realidade econ mica do Pa s assim como insistir na atividade itinerante da jurisdi o trabalhista como forma de atingir locais nos quais a popula o tem enormes dif
111. descuidar da rela o de emprego que ainda guarda centralidade no mundo do trabalho As transforma es no mundo do trabalho trazem novos desafios ao ide rio de civiliza o dos poderes do empregador pela via do Direito do Trabalho A prote o do trabalhador exige novas tutelas laborais com vistas preserva o de um ser humano que permanece submetido a constrangimentos produtivos de toda ordem Em sua dimens o individual este ser humano que labora tem seu corpo f sico diretamente atingido pela introdu o de novos maquin rios ampliando os riscos ergon micos da a centralidade do tema da responsabilidade do empregador diante dos acidentes de trabalho 3 1 No plano ps quico este indiv duo tem sua subjetividade afetada n o somente pelos cl ssicos mecanis mos de aliena o como tamb m sua personalidade atingida pelas novas 3 Segundo Mauricio Godinho Delgado medida que incorpora a renitente e hoje renovada cultura de desprest gio do trabalho no pa s flexibilizando o foco central de atua o do ramo especializado do Judici rio em detrimento de seu imprescind vel cl ssico papel em vez de essencialmente aprofundar tal fun o social o inciso I do novo art 114 da Constitui o revela sua face negativa como express o da avalanche cultural anti social t pica dos anos 90 no Brasil 2005 p 111 132 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA t cnicas de gest o de recu
112. disposto no art 25 inciso IV al nea a da Lei n 8 625 93 Isso porque n o a natureza dispon vel e divis vel esta ali s insita aos direitos individuais que retira a homogeneidade dos interesses e lhes expurga da tutela a t tulo coletivo Constatada a origem comum dos mesmos exsurge o interesse social na sua prote o que se transforma no divisor de guas entre o direito individual na sua dimens o particular e aquele visto sob tica comunit ria coletiva ou na esfera dos ensinamentos de Teori Zavascki de se notar a relev ncia social dos interesses subjetivos individuais de origem comum porque considerados em sua proje o coletiva passam a ter significado de amplia o transcendental grifos acrescidos Importante ressaltar ainda trecho do voto convergente proferido pelo Ministro Ant nio de P dua Ribeiro no julgamento do j referido Recurso Especial A quest o da legitimidade ministerial assim como registrado no voto do relator foi resolvida tamb m com base nas disposi es do Cap tulo IV do T tulo IV da Carta Magna O aspecto constitucional j foi objeto do apropriado recurso extraordin rio Ainda assim nada impede que se reexamine a mat ria sob o aspecto da legisla o infraconstitucional de reg ncia o que passo a fazer Ser o observados inclusive os preceitos da Constitui o pois com aten o a esta que se devem interpretar as demais leis O art 81 II do C
113. do Trabalho sendo que os arts 81 II e 83 da Lei n 8 078 90 tamb m legitimam o Minist rio P blico a ajuizar a aludida a o Art 81 par grafo nico III a defesa coletiva ser exercida quando se trate de interesse ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum Assim conforme se extrai do ac rd o recorrido o pedido formulado alberga interesse coletivos de origem comum dos trabalhadores que comp em a categoria profissional Ademais o art 83 do C digo de Defesa do Consumidor expressa que Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este C digo s o admiss veis todas as esp cies de a es capazes de propiciar sua adequada tutela Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 169 JURISPRUD NCIA TEM TICA Da exegese dos artigos constitucionais e infraconstitucionais evidencia se sem d vida o interesse do Minist rio P blico para propor a a o civil p blica Cita se entre outros os seguintes precedentes que albergam esse mesmo posicionamento 170 RECURSO DE REVISTA LEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO EM A O CIVIL P BLICA DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS A atua o do Minist rio P blico do Trabalho na defesa da ordem social e dos direitos garantidos constitucionalmente aos trabalhadores de ser reconhecida na justi a do trabalho eis que a legitimidade do Parquet est prevista na Constitu
114. do Consumidor em seu art 81 conceitua o interesse coletivo como sendo aquele transindividual de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base E a Lei Complementar n 75 83 em seu art 83 expressa igualmente ao lhe atribuir a prerrogativa de promover a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para a defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos e entre outros os direitos individuais indispon veis dos trabalhadores O Supremo Tribunal Federal tem firme entendimento de que direitos individuais homog neos constituem esp cie de interesses coletivos e proclama a possibilidade de serem objeto de a o civil p blica Eis os fundamentos RECURSO EXTRAORDIN RIO CONSTITUCIONAL LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO PARA PROMOVER A O CIVIL P BLICA EM DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS COLETIVOS E HOMOG NEOS MENSALIDADES ESCOLARES CAPACIDADE POSTULAT RIA DO PARQUET PARA DISCUTI LAS EM JU ZO 4 Direitos ou interesses homog neos s o os que t m a mesma origem comum art 81 III da Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 constituindo se subesp cie de direitos coletivos 4 1 Quer se afirme interesses coletivos ou particularmente interesses homog neos stricto sensu ambos est o cingidos a uma mesma base jur dica sendo
115. do Douto Francisco Antonio de Oliveira estampada no processo n 02970327141 deste Egr gio Regional nos seguintes termos Tem se pois que o preconceito que pretende arrastar os interesses individuais puros de uma coletividade para o mbito puramente individual permitindo se a discuss o individualizada em in meras a es afronta pr pria ratio legis concebida pela Lei n 7 347 85 e alargada com o advento da Lei n 8 078 90 A mentalidade processual ainda busca alento nas regras individuais s quais nos acostumamos e resiste ao novo ao desconhecido Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA A a o civil p blica concebida pela Lei n 7 347 85 e prestigiada pela Lei n 8 078 90 CDC rompe com velhos conceitos e busca novos caminhos para prestigiar uma realidade totalmente esquecida pelos nossos governantes acostumados aos desmandos e certos da impunidade Mas a a o civil p blica n o se prende somente aos interesses difusos ou transindividuais mas traz o seu prest gio em prol do coletivo individual puro ou individual homog neo Do exposto imp e se a conclus o de que perfeitamente admiss vel a a o civil p blica para discutir direitos como os pleiteados nesta a o independentemente de se os classificar como individuais dispon veis ou n o inexistindo repita se restri o doutrin ria ou jurisprudencial nesse sentido Por tudo isso dou provimento aos rec
116. do Recurso de Revista 1 1 COMISS ES ESTORNOS IMPOSSIBILIDADE RISCO DO NEG CIO DO EMPREGADOR O Tribunal Regional negou provimento ao apelo da Reclamada quanto ao tema em ep grafe fundamentado em s ntese em que fl 373 COMISS ES ESTORNOS IMPOSSIBILIDADE RISCO DO NEG CIO DO EMPREGADOR Porque nos termos do art 2 consolidado quem assume o risco da atividade econ mica o empregador este n o pode transferi lo para o empregado estornando comiss es por cancelamento de vendas ou inadimpl ncia de clientes ainda mais quando n o h prova de dolo ou culpa por parte do obreiro O estorno s autorizado na hip tese de insolv ncia que n o se confunde com inadimpl ncia nos exatos termos do art 7 da Lei n 3 207 57 Senten a que no t pico se confirma A Reclamada sustenta na Revista que a decis o do Regional viola os arts 7 da Lei n 3 207 57 e 466 da CLT fl 407 Isso porque o contrato de trabalho celebrado com a Reclamante prev expressamente segundo afirma a possibilidade de recusar an ncio angariado nos termos das cl usulas 3 7 e 3 9 desse instrumento Mesmo porque afirma que a Lei referida assegura ao empregador o direito de estornar as comiss es que houver pago caso verificada a insolv ncia do comprador fl 407 Ressalta que para que o contrato de compra e venda de bens ou servi os m veis se efetive necess ria a tradi o da coisa e o pagamento do pre o conforme j
117. do TRT levou Walmir Costa a esclarecer que a demiss o tinha de ser precedida do exame que no caso foi realizado no mesmo momento em que constatada a doen a ocupacional e a comunica o da dispensa n o se trata de estabilidade adquirida no prazo do aviso pr vio uma vez que o ato da dispensa dependia do exame m dico demissional RR 642488 200 4 explicou indicando que a nulidade da dispensa n o depende da exist ncia de estabilidade posto que pode ser conseqii ncia do procedimento abusivo ou ilegal do empregador 7 Veros ensinamentos da jurista Maria Celina Bodin de Moraes No que tange identifica o do dano enquanto o dano patrimonial exige a prova concreta do preju zo sofrido pela v tima no dano moral n o necess ria a prova para a configura o da responsabilidade civil bastando a pr pria viola o personalidade da v tima Em consegii ncia depois de restar superada a m xima segundo a qual n o h responsabilidade sem culpa e tendo se encontrado na teoria do risco um novo e diverso fundamento de responsabilidade desmentido se v hoje o axioma de que n o haveria responsabilidade sem a prova do dano substitu da que foi a comprova o antes exigida pela presun o hominis de que a les o a qualquer dos aspectos que comp em a dignidade humana gera dano moral 2007 p 158 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 135 DOUTRINA e reduzir os danos como persiste no esfor o de rep
118. do Trabalho a quem o recorrente atribui a legitimidade exclusiva para propor a o dessa natureza admite em seu parecer de fls 1251 1281 a legitimidade da associa o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 279 JURISPRUD NCIA TEM TICA A Quanto alega o do recorrente de que somente o sindicato teria legitimidade para propor a a o civil p blica tem se que n o se est pleiteando neste caso direito de uma categoria determinada mas dos filiados da Associa o Nada impede que empregados filiados a um determinado sindicato reindiquem judicialmente por meio de sua associa o direitos cuja defesa comp em objeto desta associa o mormente no caso dos autos em que os associados s o aposentados cujos interesses muitas vezes destoam daqueles dos empregados da ativa Ali s essa a hip tese dos autos pois como se observar adiante a participa o nos lucros foi concedida s aos empregados da ativa por acordo coletivo com conseguente redu o dr stica do valor da gratifica o semestral e assim n o seria conceb vel que o pr prio sindicato que celebrou o acordo fosse ajuizar a o com o objeto dessa Assim n o h falar em ofensa aos arts 5 inciso XX 8 caput e incisos HI e V da Constitui o Federal 513 al nea a e 515 da CLT 62 inciso IV e 81 par grafo nico da Lei n 8 078 90 e 6 inciso IV al nea d e 83 inciso II da Lei Complementar n 775 93 Es
119. do r u e reformou a decis o de primeiro grau por considerar o t tulo inexig vel O inconformismo do recorrente portanto h de ser suscitado atrav s das vias recursais pr prias n o servindo este meio para o reexame da mat ria fls 129 130 Em segundos embargos o Minist rio P blico renovou suas raz es quanto s omiss es e contrariedades por ocasi o do julgamento do agravo de peti o e dos primeiros declarat rios afirmando que o Tribunal Regional apenas analisou a quest o de contradi o entre a ementa e o conte do do r ac rd o e que restaram ainda para exame a falta de clareza do ac rd o sobre qual seria a tese vencedora e as omiss es quanto aos fundamentos da decis o 306 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA A Corte regional negou provimento aos declarat rios ao fundamento de n o existir omiss o ou contrariedade a serem desfeitas Nesse passo denuncia o Recorrente afronta ao art 93 IX da Constitui o Federal bem como aos arts 832 da CLT e 458 do CPC fl 174 Sem raz o N o existiu nulidade do ac rd o do TRT por suposta negativa de presta o jurisdicional Inicialmente cumpre destacar que a den ncia de ofensa aos arts 832 da CLT e 458 do CPC n o viabiliza o exame da nulidade por negativa de presta o Jurisdicional em sede de execu o ante a veda o imposta pelo 2 do art 896 da CLT que restringe o processamento da revista
120. dos seus efeitos de modo a impedir que sirva como leg timo instrumento de press o dos trabalhadores Desenvolvida a partir da adequacy of representation de origem nor te americana e das disposi es da Lei n 7 347 85 a Lei da A o Civil P blica a doutrina processual brasileira tem admitido o uso da t cnica do controle da representatividade adequada para cada caso concreto pelo Juiz n o obstante a CF a LACP e o CDC refletirem a op o do legislador pela f rmula da legi tima o ope legis em constru o que se aplica perfeitamente s situa es configuradas para a legitimidade ativa dos diss dios coletivos Invocando o chamado di logo das fontes entre as disposi es da Lei n 7 347 85 e o C digo de Defesa do Consumidor e apontando a base jur dica desse controle Ada Pellegrini Grinover taxativa O art 82 1 do C digo de Defesa do Consumidor permite ao Juiz dispensar a associa o do requisito da pr constitui o h pelo menos um ano quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimens o ou caracter stica do dano ou pela relev ncia do bem jur dico adequada pelo juiz mas a Lei n 7 347 85 a chamada Lei da A o Civil P blica acolheu nesse ponto o substitutivo do Minist rio P blico paulista preferindo a f rmula da legitima o ope legis acima referida A seguir quer a Constitui o de 1988 quer o C digo de Defesa do Consumidor d
121. e aos mecanismos de autotutela Como h muito ensina Ermida Uriarte o sistema de prote o da atividade sindical em seu conjunto n o outra coisa definitivamente sen o a redu o ou concre o da no o abstrata de liberdade sindical ao meio concreto e real em que deve ser exercida o foro sindical as faculdades ou prerrogativas sindicais e a proscri o das pr ticas desleais dos atos de inger ncia e de qualquer ato anti sindical derivam teoricamente da liberdade sindical formam parte dela e nesse sentido s o seus pressupostos de efic cia condicionam na garantem na tornam na poss vel no mundo real concretizam na efetivam na Uriarte 1989 p 21 Sobre o tema ganha relevo no Brasil contempor neo o problema da utiliza o dos interditos proibit rios em mat ria trabalhista que obstaculizam a atua o das entidades sindicais e as impedem de exercer seus direitos de manifesta o de greve de causar preju zo ao empregador de incomodar de dar voz aos que n o tem voz e de atuar como um coletivo que restaura a autonomia perdida no mbito individual As tutelas inibit rias que constrangem e impedem a atividade sindical sob o argumento de delimit las e de assegurar a pseudoliberdade inexistente no mundo das rela es individuais de trabalho individual de ir e vir consubstanciam um refor o dos poderes do empregador em rela es coletivas j fragilizadas A liberdade sindic
122. em face do disposto nas S mulas ns 294 e 326 do TST Aponta viola o do art 7 inciso XXIX da Constitui o Federal al m de indicar contrariedade s S mulas ns 294 e 326 desta Corte Colaciona arestos a confronto 294 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA N o h contrariedade S mula n 294 do TST pois o direito perseguido nesta a o n o decorre de altera o do pactuado A norma estatut ria ou regulamentar que prev o direito continua a mesma A infring ncia ao direito pois n o decorre da altera o do pactuado O direito vindicado baseia se em norma ainda em vigor tal e qual Ent o toda vez que se descumprisse essa norma renovar se ia a ofensa ao direito A prescri o assim contar se ia de cada uma dessas eventuais infring ncias norma Quanto alega o de contrariedade S mula n 326 do TST tamb m n o se verifica porque ela trata da hip tese em que o direito em si parcela n o reconhecido Aqui n o o caso N o se discute o direito que t m os aposentados de receberem a gratifica o semestral Repete se mais uma vez a norma que garante o direito permanece em vigor e sendo o direito indiscut vel a prescri o sempre parcial pois toda vez que n o cumprida a obriga o nasce da o direito de a o Igualmente pelas raz es anteriores n o h viola o do art 7 inciso XXIX da Constitui o Federal por n o se
123. em fun o compat vel com seus antecedentes Quanto alega o de afronta ao art 7 da Lei n 11 111 05 o recurso atrai o bice da S mula n 297 I do TST c c a Instru o Normativa n 23 II a desta Corte na medida em que inexiste tese na decis o recorrida que consubstancie o prequestionamento da controv rsia trazida no recurso Al m disso constou expressamente no ac rd o regional que o Autor n o teve xito em provar os alegados danos morais coletivos causados n o restando demonstrado o constrangimento dos candidatos a empregos ou dos empregados perante terceiros como decorr ncia da pr tica adotada na Empresa R Tampouco foi demonstrada a les o intimidade e vida privada motivo pelo qual foi afastada mingua de prova a condena o da R ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo Assim eventual acolhimento da tese recursal de afronta aos arts 186 e 927 do CC e 5 X da CF dependeria necessariamente da an lise da prova colacionada nos autos cujo reexame vedado em sede de recurso de revista incidindo o bice da S mula n 126 do TST Sinale se ainda que n o aproveita Recorrente a alega o de afronta ao art 5 XLVII al neas d e e LIII LV e LVII e 7 caput da CF que tratam de hip teses diversas daquela discutida no particular nada referindo sobre a pr tica de atos discriminat rios ou sobre o dano moral coletivo Ademais a tese de viola o da Conven o
124. empregado Ou pela circunst ncia de na primeira reclama o o autor ser o sindicato e na segunda o autor ser o empregado e portanto n o se verificar identidade de partes n o se trata de caso de litispend ncia luz do conceito acima referida do art 301 1 a 3 do CPC Trata se de situa o que tem ocorrido na pr tica e que tem ensejado posicionamentos diversos na jurisprud ncia da porque a oportunidade para a reflex o proposta Uma quest o que emerge do problema colocado que do ponto de vista do processo formal nestas duas a es as partes s o distintas sindicato e empregado o que a rigor afastaria a alega o de litispend ncia Por outro lado n o h d vida que a quest o submetida a ju zo que o trabalho em condi es ditas insalubres e eventual condena o no pagamento 44 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA do adicional respectivo no grau fixado pela per cia a se permitir o desenvolvimento regular da segunda reclama o implicar um segundo Julgamento do mesmo pedido calcado na mesma causa de pedir podendo culminar com a condena o da empresa a pagar novamente o mesmo adicional de insalubridade ao empregado na condi o de substitu do processualmente na primeira a o e autor na segunda Disp e o art 6 do CPC que ningu m poder pleitear em nome pr prio direito alheio salvo quando autorizado por lei Fixa o dispositivo legal a regra de que o ti
125. empregados substitu dos na a o primitiva que aju za reclama o individual postulando o mesmo pedido pela mesma causa de pedir mas agora em hip tese de legitima o ordin ria As regras processuais t m em conta as situa es ordin rias isto as hip teses que normalmente ocorrem e que portanto merecem disciplina es pec fica a fim de ordenar as a es de todos os que se envolvem com o processo Mas h situa es que fogem regra geral e que reclamam adapta o daquelas regras gerais a fim de adequar a solu o do problema surgido ao bom senso e razoabilidade Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 45 DOUTRINA Eis a nossa inten o ao refletir sobre esta hip tese que pode ensejar duplicidade de condena o A jurisprud ncia ainda que n o alcance a unanimidade sobre o tema tem se manifestado no sentido da possibilidade de reconhecimento da litispend ncia nestas hip teses ainda que formalmente sejam distintos os reclamantes Vejam se a prop sito os seguintes julgados do TST 1 T RR 58865 1992 4 6 Rel Min Ursulino Santos 7 T RR 757847 2001 9 Rel Min Caputo Bastos 7 T AIRR 59452 2002 Rel Min Pedro Paulo Manus SBDI I E RR 773538 2001 Rel Min Brito Pereira SBDI I E ED RR 792095 2001 Rel Min Maria Cristina Irigoyen Peduzzi SBDI I E ED RR 34161 2002 02 00 SBDI I Min Jos Luciano de Castilho e SBDI I E RR 764370 2001 Rel Min Aloysio Corr a da Vei
126. entre as partes Inaplic vel portanto a regra do Enunciado 294 do C TST Tamb m inaplic vel a regra do Enunciado 325 do C TST haja vista que a verba em quest o n o tem natureza de complementa o de aposentadoria fl 1031 Assim resta evidenciado que o reclamado ao contr rio do afirmado pela decis o a quo n o agiu de m f ao opor os embargos de declara o 270 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA contra o ac rd o regional n o tendo havido pois dolo processual At porque parte das preliminares de nulidade por negativa de presta o jurisdicional embora reconhecendo se a omiss o s n o foi acolhida por aplica o da S mula n 297 item III do TST N o se verificam pois as hip teses previstas nos incisos IV VI e VII do art 17 do CPC n o s porque foram acolhidos os embargos de declara o ainda que em parte mas tamb m porque n o se pode falar em intuito protelat rio ou resist ncia injustificada ao andamento do processo muito menos em provoca o de incidente manifestamente infundado Conhe o pois do recurso de embargos por viola o dos arts 17 inciso VII e 18 do CPC II M RITO Conhecido o recurso por viola o dos arts 17 inciso VII e 18 do CPC dou lhe provimento para absolver o reclamado do pagamento da multa de 5 do valor dado causa imposta pelo Tribunal Regional por suposta litig ncia de m f 6 PRELIMINAR
127. estabelecida pelo art 114 2 da Constitui o Federal restou condicionada pr via concor d ncia de ambas as categorias envolvidas o que equivale a um ju zo arbitral 3 Como instrumento adequado tutela do direito de greve o diss dio coletivo previsto no art 114 3 da Constitui o Federal cuja legitimidade ativa exclusiva do Minist rio P blico do Trabalho s se apresenta vi vel se esta ocorrer em atividade essencial e na perspectiva de les o ao interesse p blico 4 Das tend ncias entre os dois sistemas de tutela processual coletiva o normativo trabalhista e o das a es coletivas do sistema processual civil verifica se que a a o civil p blica face s suas peculiaridades como t cnica de exerc cio da jurisdi o coletiva apresenta se como o modelo ideal para a tutela processual do direito de greve submetida ou n o jurisdi o trabalhista e como via alternativa ao diss dio coletivo 11 BIBLIOGRAFIA ADAMOVICH Eduardo Henrique Von Sistema da a o civil p blica no processo do trabalho S o Paulo LTr 2005 BARBOSA MOREIRA Jos Carlos A legitima o para a defesa dos interesses difusos no direito brasileiro Revista Forense vol 271 Privatiza o do processo Temas de Direito Processual 8 S rie S o Paulo Saraiva 2001 CARNELUTTI Francesco Sistema de derecho procesal civil Buenos Aires Uteha Uni n Tipogr fica Hispano Americana 1944 v 1 CASTILHO PER
128. feita pela via dos acordos coletivos ou das conven es coletivas Mas o pressuposto para isso um sindicalismo competente e atuante e tal n o temos Quem olha de fora pode at pensar o contr rio dado o grande n mero de sindicatos que vemos por a grande e crescente como atestam not cias bem recentes de que a m dia de cria o de novos sindicatos no Pa s de um por dia til Mas s grande n mero mesmo Atua o eficaz quase nenhuma E digo em socorro deles e de seus dirigentes que mesmo que tivessem todo o empenho e toda a boa vontade n o conseguiriam atuar eficazmente Sindicato por categoria profissional imposs vel que possa atuar a contento a n o ser para limitados contingentes de trabalhadores quase sempre os que se ativam nas grandes empresas Em dada categoria profissional imposs vel conhecer toda a sua realidade Conhecem os dirigentes a realidade das grandes empresas Mas n o s o elas que congregam a maioria dos trabalhadores brasileiros s o as pequenas as microempresas Destas pouco ou nada se fala como pouco ou nada se cuida daqueles que nelas trabalham Suas realidades s o pouco consideradas embora elas sejam as grandes geradoras de empregos as grandes produtoras de bens e servi os Vejam por exemplo quando se fala de exporta o S se cuida do agrobusiness Pouco se conhece de a es visando congregar pequenos produtores e encaminh los e assisti los para promoverem a exporta o
129. for a de situa es familiares espec ficas relativas maternidade ou paternidade bem como s o enunciados princ pios de respeito intimidade e dignidade pessoal e profissional de prote o contra o ass dio sexual contra a discrimina o etc O trabalhador economicamente dependente mas n o submetido a uma rela o de emprego por vezes denominado de parassubordinado objeto de uma constru o jur dica singular e seu crit rio central de medi o se estabelece entre os que realizam atividade econ mica ou profissional a t tulo lucrativo e de forma habitual pessoal direta e predominante para uma pessoa f sica ou Jur dica denominada cliente desde que dela dependa economicamente por receber ao menos 75 de seus rendimentos de trabalho A tal crit rio central de medi o Cabeza Pereiro 2008 p 102 se soma um conjunto de requisitos e condi es tais como a n o subcontratar parte ou toda a atividade a terceiros Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 125 DOUTRINA ou utilizar trabalhadores por conta alheia para a realiza o dos servi os b n o executar sua atividade de modo id ntico aos empregados do cliente c dispor de infra estrutura produtiva e materiais pr prios necess rios ao exerc cio da atividade d desenvolver sua atividade com crit rios organizativos pr prios embora possa seguir especifica es t cnicas do cliente e receber a contrapresta o em fun o do resulta
130. formada pelas Secretarias e Coordenadorias dos rg os Judicantes e de procedimento que auxiliam na gera o controle gerenciamento e disponibiliza o das informa es geradas pelo Tribunal S o 28 ferramentas destacando se dentre elas os M dulos de Sala de Sess o que permite o acompanhamento e controle das sess es de julgamento e a gera o automatizada das certid es de julgamento e ata das sess es o Malote Eletr nico que envia eletronicamente informa es sobre os processos remetidos a diversos rg os do Governo o Peticionamento Eletr nico que permite a visualiza o e impress o das peti es enviadas eletronicamente ao TST por meio do e DOC o m dulo que auxilia a Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho a gerenciar o cadastro de institui es financeiras aptas a sofrerem bloqueio on line pelos Ju zes trabalhistas por meio do sistema Bacen JUD o Portal do Advogado pelo qual os advogados centralizam em um s local todas as necessidades de intera o com o Tribunal criando uma ferramenta de parceria entre eles e o TST o Pedido de prefer ncia on line em que os advogados inscrevem pela Internet seus pedidos de prefer ncia para sustenta o oral nos processos em que atuam o Di rio da Justi a do Trabalho Eletr nico que publica todos os atos da Justi a do Trabalho em um nico ambiente centralizado reduzindo assim custos e tornando desnecess ria a publica o na Imprensa Nacional al m de disponibilizar n
131. h mais novidade em afirmar que o mundo do trabalho sofreu uma incr vel reviravolta nas ltimas d cadas que reconfigurou os modos de trabalhar de empregar a for a de trabalho A pr pria classe trabalhadora tem suas fei es alteradas caracterizando se por um movimento pendular em que cada vez menos homens e mulheres trabalham muito em ritmo e intensidade que se assemelham fase pret rita do capitalismo enquanto de outro lado cada vez mais homens e mulheres trabalhadores encontram menos trabalho esparramando se pelo mundo em busca de qualquer labor Antunes 2007 p 13 Em um desenho multifacetado o trabalho na contemporaneidade se estrutura com base em novas morfologias que acentuam seu car ter 122 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA poliss mico com o crescimento de sujeitos que laboram atrav s de m ltiplas inser es e formas A precariza o do trabalho atinge o n cleo de trabalhadores com contratos de trabalho ditos est veis porque se organizam em torno de contratos por prazos de dura o indeterminada e ainda mais atinge os trabalhadores submetidos a contratos a prazo ou exclu dos da prote o do direito laboral A inseguran a social tamb m sentida pelo crescimento de formas at picas de trabalho ao lado do crescimento de velhas pr ticas voltadas para encobrir e escamotear as rela es de emprego tais como a contrata o por meio de cooperativas de pe
132. humanidade 156 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 NOTAS E COMENT RIOS em rela o aos povos ind genas Os genoc dios ainda acontecem em v rias regi es do mundo A discrimina o contra povos ind genas n o privil gio de nenhum pa s afirma lembrando que at em pa ses escandinavos cuja legisla o social bastante avan ada h leis contra o povo sami ou lap es grupo ind gena europeu com cerca de 70 mil pessoas Na Am rica Latina entre 8 e 10 dos habitantes s o ind genas divididos em 671 povos reconhecidos pelos Estados S o os exclu dos dos exclu dos afirma Christian Mesmo se existe pobreza end mica em pa ses em que a popula o ind gena elevada como a Guatemala ela maior entre os ind genas A Bol via por exemplo tem 65 da popula o ind gena Destes 80 est o abaixo da linha da pobreza No Brasil o censo do IBGE aponta para o percentual de 0 4 da popula o No Brasil ainda ocorrem grandes matan as que n o s o not cias porque ocorrem sem que ningu m veja diz o especialista H relatos de assassinatos de tribos inteiras envenenadas para ocupa o de terras Da Gr cia antiga ao mundo de hoje Os Fundamentos Filos ficos da Declara o Universal dos Direitos Humanos Fundamentar como Condi o para Garantir foi o tema da exposi o do ministro Ives Gandra Martins Filho do TST no terceiro dia do evento Ao contr rio de
133. institucional com a administra o afastada est por completo a compet ncia da Justi a do Trabalho Embora reconhe a que este segmento do Judici rio dentre todos os demais sempre foi o mais indicado e vocacionado para dirimir os conflitos paredistas discordamos totalmente data venia da op o pela sua compet ncia em fun o de um invocado car ter homog neo do interesse metaindividual tutelado nas greves segundo a qual Em se tratando de greves de servidores p blicos municipais na maioria dos casos a compet ncia ficar com a Justi a do Trabalho por que normalmente mesmo sendo o regime estatut rio sempre haver outros prestadores de servi os trabalhadores tempor rios e alguns cele tistas o que atrair a compet ncia trabalhista e a decis o neste caso porque se refere tutela de interesse metaindividual ser indivis vel e atingir a todos No exame desses conflitos n o h como se falar em indivisibilidade do interesse metaindividual tutelado nem do respectivo provimento jurisdicional tampouco em incindibilidade das rela es jur dicas de trabalho discutidas pois uma mesma greve pode gerar efeitos completamente diversos conforme se enquadre o grevista nesta ou naquela categoria profissional N o se cuida pois de interesse difuso Como preleciona Jos Carlos Barbosa Moreira a indivisibilidade do provimento jurisdicional se apresenta como uma esp cie de comunh o tipific
134. interesses coletivos e interesses individuais homog neos preciso distinguir A defesa de interesses de meros grupos determinados ou determin veis de pessoas s se pode fazer pelo Minist rio P blico quando isso convenha coletividade como um todo respeitada a destina o institucional do Minist rio P blico Dentro dessa linha disp e a S mula n 7 do Conselho Superior do Minist rio P blico paulista O Minist rio P blico est legitimado defesa de interesses individuais homog neos que tenham express o para a coletividade como a os que digam respeito sa de ou seguran a das pessoas ou ao acesso das crian as e adolescentes educa o b aqueles em que haja extraordin ria dispers o dos lesados c quando convenha coletividade o zelo pelo funcionamento de um sistema 29 econ mico social e jur dico Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA E especificamente no que se refere a o civil p blica ensina o festejado autor Cabe hoje a defesa de qualquer interesse difuso ou coletivo por meio da a o civil p blica ou coletiva O CDC e a LACP complementam se reciprocamente em mat ria de defesa de interesses coletivos ou difusos um de aplica o subsidi ria para o outro Inexiste pois sistema de taxatividade para a defesa de interesses difusos e coletivos Al m das hip teses j expressamente previstas nas diversas leis para tutela jud
135. legislador ordin rio a conferir ao MP e a outros entes p blicos a legitima o para agir nessa modalidade de demanda mesmo em se tratando de interesse ou direitos dispon veis Em conformidade ali s com a pr pria Consti Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA tui o que permite a atribui o de outras fun es ao MP desde que compat veis com sua finalidade art 129 IX e a dimens o comunit ria das demandas coletivas qualquer que seja seu objeto insere as sem d vida na tutela dos interesses sociais referidos no art 127 da Consti tui o Nem se pode argumentar com o fato de a titularidade a o coletiva em defesa de interesses individuais homog neos impor aos benefici rios da senten a condenat ria um direito que talvez n o queiram eles exercer A senten a condenat ria na t cnica brasileira apenas reconhece a exist ncia do dano pessoal seu nexo etiol gico com o dano geral reconhecido pela senten a e quantificar o montante da indeniza o Respeita se assim a autonomia da vontade de cada indiv duo que se n o quiser fruir do direito que lhe foi reconhecido simplesmente n o o exercer Sobressai no valioso excerto doutrin rio transcrito a detida an lise de todos os dispositivos constitucionais e infraconstitucionais que tratam da legitimidade do Minist rio P blico para perseguir a tutela de direitos coletivos em sentido amplo para
136. medida os direitos individuais homog neos dos trabalhadores encaixam se perfeitamente na letra do art 127 caput da Carta Magna seja porque s o interesses ou direitos sociais seja porque via de regra s o individuais indispon veis atraindo a legitima o do MPT Acres o na esteira do magist rio de Bezerra Leite que os direitos sociais dos trabalhadores individuais ou coletivos Jato sensu s o considerados direitos humanos de segunda dimens o o que evidencia a relev ncia social de todas as a es coletivas que sobre eles versem e que as normas de prote o ao trabalhador s o em regra de ordem p blica o que significa que indispon veis pela vontade das partes assim como irrenunci veis os direitos que asseguram Revista do TST v 71 n 2 maio ago 2005 p 160 3 Feitas tais considera es cumpre delinear os contornos do debate trazido a ju zo no caso Na hip tese entendeu o Colegiado de origem em s ntese que o Minist rio P blico do trabalho tem legitima o ativa para promover a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho apenas em defesa de interesses coletivos difusos e coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos conforme art 83 III da Lei Complementar n 75 93 desaparecendo essa legitimidade no caso desta a o civil p blica porquanto teve como escopo impor ao recorrido obriga o de fazer consistente em efetuar os dep sitos d
137. mesmo fato ou ato jur dico O segundo elemento que decerto o mais importante a homogeneidade que significa a preval ncia das quest es comuns sobre as quest es individuais de cada integrante dessa pluralidade de pessoas Grinover 2002 p 32 justamente a preval ncia das quest es comuns sobre as quest es individuais que viabiliza o trato processual coletivo da pretens o j que esse atributo conduz a uma situa o de uniformidade que torna desnecess ria a identifica o dos substitu dos e permite a formula o de um pedido gen rico o oferecimento de uma defesa gen rica uma instru o gen rica e a emiss o de um provimento gen rico Os direitos individuais puros n o t m qualquer dimens o coletiva Ao contr rio do que ocorre nos direitos individuais homog neos as quest es individuais prevalecem sobre as quest es comuns No julgamento da pretens o o juiz s poder dizer se existe ou n o o direito reivindicado se examinar a situa o individual de cada trabalhador caso a caso o que exige a identifica o dos substitu dos e consequentemente exclui a defesa gen rica do C digo de Defesa do Consumidor Formularei um exemplo para tornar mais clara essa diferen a Imagine uma ind stria instalada em um galp o em cujo subsolo h um dep sito de combust vel altamente inflam vel constru do em desacordo com as normas de seguran a do trabalho Nessa f brica h uma linha de montagem com tr s etapas
138. n o apenas dos seus filiados substituindo as processualmente por disposi o expressa de lei o que significa que ocorrendo uma greve no mbito dessas rela es de trabalho o sindicato 72 Art 513 S o prerrogativas dos sindicatos a representar perante as autoridades administrativas e Judici rias os interesses gerais da respectiva categoria ou profiss o liberal ou interesses individuais dos associados relativos atividade ou profiss o exercida 73 Segunda Turma RE AgR 211866 RS Rel Min Joaquim Barbosa com a seguinte ementa SINDICATO LEGITIMIDADE EXTRAORDIN RIA SUBSTITUI O PROCESSUAL ART 8 HI DA CF 88 PRECEDENTES AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO O Plen rio desta Corte ao apreciar e julgar dentre outros o RE 193 579 red p Ac rd o Min Joaquim Barbosa j 12 06 2006 firmou entendimento no sentido de que os sindicatos possuem legitimidade extraordin ria para atuar como substitutos processuais na defesa em ju zo dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria que representam Agravo regimental a que se nega provimento In Di rio da Justi a da Uni o 29 06 2007 p 00123 74 A Lei n 8 073 90 cuja ementa estabelece a Pol tica Nacional de Sal rios e d outras provid ncias teve todos os seus artigos vetados exce o do mencionado art 3 Apesar das cr ticas da doutrina taxando a de uma lei solta no espa o SUSSEKIND Arnaldo apud CARRION Valentin Coment r
139. ncia do conflito para declarar a compet ncia do Ju zo Suscitado E o relat rio VOTO I PROVID NCIAS PRELIMINARES Reautuem se os autos a fim de que em sua capa passe a constar como Suscitado o Juiz da 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro excluindo se da autua o o TRT da 1 Regi o II CONHECIMENTO Tratando se de conflito de compet ncia envolvendo a 4 Vara do Trabalho de Bras lia DF Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o e a 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o reconhe o a compet ncia desta Corte Subse o II da Se o de Diss dios Individuais para apreci lo tendo em vista o contido no art 3 inciso II al nea b da Lei n 7 701 88 Conhe o do conflito formulado adequadamente HI M RITO O conflito negativo de compet ncia foi suscitado com o escopo de se determinar qual o Ju zo competente para apreciar e julgar a o civil p blica ajuizada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 1 Regi o s fls 2 21 e perante a 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ visando em suma a condena o das empresas r s obriga o de se abster de contratar ou fornecer m o de obra tempor ria com qualquer empresa nesses moldes al m da repa ra o dos danos decorrentes do n o reconhecimento do v nculo empregat cio 226 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA com a empresa contratante
140. norma Ademais a norma que garante o direito permanece em vigor e sendo indiscut vel o direito gratifica o semestral na forma da regulamenta o a prescri o sempre parcial pois quando n o paga nasce o direito de a o Diante disso n o h falar em contrariedade s S mulas ns 294 e 326 do TST Recurso de revista n o conhecido Processo n TST RR 424 1998 036 02 00 Ac 2 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista TST RR 424 1998 036 02 00 6 em que Recorrente Banco Santander S A e Recorrida Associa o dos Funcion rios Aposentados do Banco do Estado de S o Paulo AFABESP O Tribunal Regional do Trabalho da 2 Regi o por meio do ac rd o de fis 313 325 deu provimento ao recurso ordin rio da Associa o e do Minist rio P blico do Trabalho para reformar a senten a de 1 grau pela qual se havia Julgado carecedora da a o a Associa o dos Funcion rios Aposentados do Banco do Estado de S o Paulo AFABESP para propor a presente a o civil p blica fl 239 Consignou ser admitida a a o civil p blica para discutir direitos individuais homog neos caso dos autos ainda que dispon veis com fundamento no art 81 par grafo nico inciso III do C digo de Defesa do Consumidor Ademais registrou que nos termos do art 82 inciso IV do CDC as associa es legalmente constitu das h pelo menos um ano t m legitimidade para propor a o civ
141. o ao trabalho e controlar o poder econ mico sem preju zo de outros tantos a serem criados Silva 2008 p 127 Explica se atrav s de um exemplo A terceiriza o das atividades uma das resultantes t picas de um novo arranjo produtivo decorrente da exterioriza o de setores empresariais pugnado pelo toyotismo Com a terceiriza o restringe se a efic cia subjetiva das conven es coletivas de trabalho e segmentam se os direitos Como bem observaram Annie Th baud Mony e Gra a Druck ao examinar a legisla o sobre subcontrata o na Fran a em compara o com o Brasil a terceiriza o marca uma transforma o muito radical das rela es de trabalho pois marginaliza as prescri es do Direito do Trabalho j que o trabalho decidido n o numa rela o entre o empregador Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 141 DOUTRINA e os trabalhadores mas sim numa rela o mercantil entre o donneur d ordre empresa contratante e as empresas contratadas Prosseguem Segundo Alain Supiot o fundamento do Direito do Trabalho o contrato de trabalho e ele insiste sobre o fato de que esse teve e tem sempre por primeira raz o de ser fazer ressurgir o assalariado como sujeito de direito na empresa isto de civilizar o poder patronal e lhe dotar de um quadro jur dico de a o este o quadro que se encontra marginalizado nas rela es de subcontrata o pois quem det m o poder
142. o beneficiar o os autores das a es individuais se n o for requerida sua suspens o no prazo de 30 trinta dias a contar da ci ncia nos autos do ajuizamento da a o coletiva Ora se a lei prev a possibilidade de suspens o da a o individual para que o seu autor possa aguardar o tr nsito em julgado da senten a a ser proferida na a o coletiva e se beneficiar da coisa julgada coletiva salta aos olhos que tanto a mens legis quanto a mens legislatoris afastam a possibilidade de litispend ncia entre a o coletiva e a o individual Se o prop sito da lei tivesse sido o de adotar a litispend ncia ent o a hip tese seria de extin o da a o individual nos termos do inciso V do art 267 do CPC e n o a sua suspens o 7 Op cit p 167 8 LEITE Carlos Henrique Bezerra Liquida o na a o civil p blica S o Paulo LTr 2004 passim 54 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Plasma se assim pela interpreta o a contrario sensu do art 104 do CDC que assegurado ao titular da a o individual t o logo tenha ci ncia da exist ncia da a o coletiva em que figura independentemente do famigerado rol de substitu dos o direito de requerer a suspens o do curso do seu processo individual e aguardar o tr nsito em julgado da senten a a ser proferida na a o coletiva Correta a li o de Antonio Gidi ao obtemperar que de Acordo com o disposto no art 104 do CDC ao d
143. o se presta defesa de direitos meramente individuais j integrados ao patrim nio do trabalhador Irresignado o Minist rio P blico do Trabalho interp s recurso de revista mediante as raz es apresentadas s fls 1479 1496 com suped neo nas al neas aec do art 896 da CLT Insistiu na sua legitimidade para ajuizar a o civil p blica com pedido de comina o pecuni ria na defesa e interesses coletivos a compreendidos os de grupo os difusos e os individuais homog neos Asseverou tamb m a compet ncia da Justi a do Trabalho para conhecer de pedido de recolhimento de contribui es previdenci rias Reputou violados os arts 6 VII d e 83 III da LC n 75 93 1 IV da Lei n 7 347 85 e 114 da Constitui o Federal 88 al m de articular diverg ncia jurisprudencial A colenda 2 Turma do Tribunal Superior do Trabalho mediante ac rd o prolatado s fls 1515 1519 complementado pela decis o proferida s fls 1530 1532 conheceu do recurso de revista apenas com rela o ao pedido de recolhimentos previdenci rios para no m rito dar lhe provimento ante a viola o do art 114 da Constitui o Federal No tocante legitimidade e ao interesse de agir do Minist rio P blico assim se manifestou 242 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Os temas que o MPT pretende ver deferidos pela via recursal dizem respeito a direitos individuais dispon veis tais com
144. os Novos Marcos da Compet ncia Material da Justi a do Trabalho no Brasil In COUTINHO Grijalbo Fernandes FAVA Marcos Neves Coords Nova Compet ncia da Justi a do Trabalho S o Paulo LTr 2005 p 149 159 13 STF ADI 3 395 em que foi proferida liminar pelo ent o Ministro N lson Jobim para interpretando o inciso I do art 114 da CF afastar da compet ncia da Justi a do Trabalho at decis o final as causas que envolvam rela o estatut ria de servidores p blicos ou de car ter jur dico administrativo 14 A liminar acima referida proferida na ADI 3 395 DF em 05 de abril de 2006 foi confirmada pelo Plen rio do STF por decis o tomada por ampla maioria de votos vencido apenas o Ministro Marco Aur lio Melo e se traduz em ac rd o da lavra do seu novo Relator o Ministro Cezar Peluso do qual se infere em termos quase definitivos a incompet ncia da Justi a do Trabalho in DJU 19 04 2006 15 Contra defendendo com brilhantismo a compet ncia trabalhista a Procuradora Evanna Soares em parecer proferido em processo de diss dio coletivo perante o TRT da 22 Regi o assim se posiciona Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 65 DOUTRINA Pouco importa se a greve envolve servidores de duas categorias distin tas celetistas e estatut rios ou de outra parte se s o servidores federais estaduais ou municipais pois para os estatut rios e para todos aqueles outros que det m v nculo jur dico
145. os quais os conhecidos danos morais Veja a seguinte decis o noticiada tamb m pelo Tribunal Superior do Trabalho em sua home page luz da teoria do risco o dano causado pelo empregado desde que verificado no exerc cio do trabalho de responsabilidade do empregador S mula n 341 do STF e art 933 do C digo Civil 2002 Do transcrito depreende se que o Reclamante provou o nexo de causalidade entre a conduta do preposto da Reclamada e o dano moral sofrido O art 1 521 inciso III do C digo Civil de 1916 responsabilizava o empregador pela repara o civil dos danos ocasionados por seus empregados servi ais e prepostos no exerc cio do trabalho O art 1 523 do C digo Civil anterior por sua vez exigia a prova da culpa do empregador a fim de responsabiliz lo indiretamente pelo dano causado por empregado Dessa forma a interpreta o rigorosa e gramatical do C digo Civil anterior conduzia ao entendimento de que cabia ao sujeito passivo da atividade delituosa ou il cita o nus de provar que o empregador concorreu com culpa para a produ o do evento danoso GON ALVES Responsabilidade Civil 2005 p 128 A jurisprud ncia entretanto atenta s dificuldades que encontravam os prejudicados para provar a culpa dos empregadores em rela o aos atos realizados pelos prepostos passou a postular a presun o de culpa dos respons veis indiretos Tal entendimento restou cristalizado na S mula n 341 do STF cujo teor o
146. pagamento da gratifica o aos ex empregados retomando o no primeiro semestre de 1996 mas no percentual de 5 O procedimento adotado pela r culminou em viola o ao art 7 inciso VI da Constitui o da Rep blica e art 468 da CLT que prev em a irredutibilidade salarial e a veda o de qualquer altera o contratual que resulte em preju zo ao empregado Ainda que se admitisse o livre poder de comando do Banco empregador para a fixa o do valor da gratifica o semestral certo que ao efetuar por cerca de 10 anos o pagamento da gratifica o semestral em montante equivalente a um sal rio elevou o padr o remunerat rio dos substitu dos revelando se ilegal a altera o que resultou em redu o do valor da gratifica o semestral habitualmente paga na medida em que transferiu para os empregados m xime aos inativos as consequ ncias da m gest o do neg cio Ora se alega que o empregado aposentado n o faz jus Participa o nos Lucros e Resultados Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 283 JURISPRUD NCIA TEM TICA por n o concorrer com seu labor para os resultados financeiros da institui o com muito maior raz o n o pode repartir os preju zos com tais empregados que via de consegi ncia n o concorreram para os resultados verificados Assim fazem jus os ex empregados ora representados pela AFABESP ao pagamento da gratifica o semestral do per odo em que foi suprimida 2
147. para as demais a es a serem propostas perante os rg os jurisdicionais de primeira inst ncia da Justi a do Trabalho O Tribunal Superior do Trabalho vem admitindo a instaura o da inst ncia pelos sindicatos em diss dios autuados como de greve embora na verdade se tratem de diss dios de natureza econ mica no mbito do qual a greve foi deflagrada e julgada incidentalmente s Operou se deliberada restri o via processual do diss dio coletivo de greve limitando se o seu objeto s greves em atividade essencial e atribuindo a sua legitimidade ativa exclusivamente ao Minist rio P blico do Trabalho o que n o significa que o acesso justi a foi restringido pois abertas est o outras vias processuais de tutela do direito de greve Tratando se de greve de servidores p blicos n o regidos por liame trabalhista a ser tutelada fora dos rg os da Justi a do Trabalho a legitimidade ser aferida no contexto do modelo do instrumento processual utilizado vedado que est o acesso ao diss dio coletivo Se a op o for a a o civil p blica a mais indicada a legitima o atribu da ope legis s entidades e aos rg os enumerados no art 5 da Lei n 7 347 85 neles inclu dos o Minist rio P blico e todos os entes dotados de personalidade de direito p blico al m das entidades sindicais como se ver mais especificamente no item 7 1 infra 33 Verifica se do texto do ac rd o proferido no Pro
148. pedido de indeniza o dos danos morais sofridos resultado de uma vis o disseminada de que a nica tutela contra o il cito a repara o do dano em um sistema tradicional de tutela de direitos que se estrutura em torno da repara o a posteriori com pouco espa o para as tutelas inibit rias que visem assegur los na pr xis judici ria Novas tutelas que cumulem pedidos de repara o econ mica com tutelas inibit rias do il cito devem ser saudadas como por exemplo os casos embora raros extremamente relevantes de decis es que determinam a garantia do emprego e a cessa o dos atos que exteriorizam o fen meno do ass dio moral 9 O processo de banaliza o do mal aquele gra as ao qual as pessoas de bem mesmo dotadas de senso moral se colocam a servi o da injusti a e do mal contra outrem Dejours 1999 p 143 Banaliza o como processo por conter din micas nas quais se estabelecem as etapas de um processo capaz de atenuar a consci ncia moral em face do sofrimento infligido a outrem e de criar um estado de toler ncia ao mal Dejours 1999 p 139 10 Neste sentido Marinoni Como j se pode perceber a configura o de uma tutela genuinamente preventiva implica a quebra do dogma de origem romana de que a nica e verdadeira tutela contra o il cito a de repara o do dano ou a tutela ressarcit ria ainda que na forma espec fica A confus o entre il cito e dano o reflexo d
149. pedidos e argumentos da defesa em desatendimento ao art 832 da CLT que estabelece que da decis o dever o constar o nome das partes o resumo do pedido e da defesa a aprecia o das provas os fundamentos da decis o e a respectiva conclus o N o obstante a inobserv ncia constatada n o afiguro possibilidade de decreta o da nulidade da senten a ante a aus ncia de preju zo processual Com efeito nos termos do art 794 da CLT nos processos sujeitos aprecia o da Justi a do Trabalho s haver nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto preju zo s partes litigantes n o sendo poss vel portanto em face da literalidade desse dispositivo a decreta o de nulidade nesta Justi a Especializada sem que haja a configura o de preju zo o que n o ocorreu na hip tese destes autos N o conhe o 2 2 LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS O Tribunal Regional concluiu pela ilegitimidade do Minist rio P blico para defender interesses individuais homog neos dos empregados da reclamada aos seguintes fundamentos CAR NCIA DA A O Prospera o inconformismo em parte AR Senten a recorrida contempla impropriedade t cnica sit venia verbo pois n o caso de impossibilidade jur dica do pedido Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 203 204 JURISPRUD NCIA TEM TICA AR Senten a hostilizada reconhece que o Minist rio P blico do T
150. perante os rg os jurisdicionais de primeiro grau art 8 da Lei n 7 783 89 e 5 I da Lei n 7 447 85 e c em ambos os casos n o se exclui do rg o Julgador o controle da representatividade adequada do legitimado ativo ao caso concreto 5 O DISS DIO COLETIVO E AS GREVES DOS SERVIDORES P BLICOS J se viu que a compet ncia para o conhecimento e o julgamento dos diss dios coletivos exclusiva dos Tribunais do Trabalho e que estes n o t m compet ncia para as a es que envolvam o exerc cio do direito de greve dos servidores estatut rios ou com v nculos de natureza jur dico administrativa A quest o do ponto de vista eminentemente processual a de se saber no contexto da compet ncia da Justi a do Trabalho se as greves dos servidores p blicos regidos pela CLT e as dos demais trabalhadores como os prestadores de servi os para a administra o podem ser tuteladas na via do diss dio coletivo previsto no art 114 3 da Constitui o Federal Sempre se concebeu o diss dio de greve como acess rio do diss dio econ mico ou de interesse pois tinha como objetivo a satisfa o de uma necessidade econ mica Teriam esses diss dios portanto natureza meramente instrumental extensiva n o satisfativa Para Jos Augusto Rodrigues Pinto 38 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 5 6 39 PINTO Jos Augusto Rodrigues Op cit p 356 74 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008
151. princ pios do devido processo legal do contradit rio e da ampla defesa Todavia n o absoluta de forma a que se leve conclus o de que toda e qualquer decis o proferida em embargos declarat rios e ao qual foi dado efeito modificativo ao julgado tenha obrigatoriamente de ser precedida de manifesta o da parte contr ria E RR 649 988 2000 6 Rel Min Carlos Alberto Reis de Paula j 23 06 2008 publicado no DJU 01 08 2008 Assim n o tendo os embargos de declara o da autora efeito infringente prescind vel a manifesta o do r u n o havendo falar em nulidade do julgado restando afastada a alega o de ofensa aos arts 5 inciso LV da Constitui o Federal e 900 da CLT bem como de contrariedade Orienta o Jurisprudencial n 142 da SBDI 1 do TST N o conhe o 5 LITIG NCIA DE M F CARACTERIZA O I CONHECIMENTO Assim decidiu o Regional em sede de embargos de declara o Em que pese o fato de haver omiss o no julgado acerca da prescri o arg ida em grau recursal tal circunst ncia n o se convola em permissivo para que a parte apresente argumentos outros com a tentativa inequ voca de protelar o andamento processual Isto porque a omiss o pertinente prescri o n o pode ser utilizada como justificativa para a apresenta o de argumentos outros n o inseridos na regra legal de admissibilidade dos embargos Constata se da extensa pe a apresentada pela embargante fls
152. processo Conhe o por diverg ncia II M RITO A O CIVIL P BLICA INTERESSE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO CL USULA CONVENCIONAL INTERESSES INDIVIDUAIS INDISPON VEIS Inicialmente se faz mister conceituar o que venha a ser interesses difusos coletivos e individuais homog neos e para tanto se faz necess rio apreciar a Lei n 7 347 85 LACP e a da Lei n 8 078 90 CDC A a o civil p blica foi disciplinada originariamente pela Lei n 7 347 85 como esp cie do g nero a es coletivas tendo por finalidade proteger os direitos e interesses metaindividuais difusos coletivos e individuais homog neos nos termos que disciplina o art 1 da aludida lei O art 81 par grafo nico da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor por sua vez conceituou o que seriam tais direitos e interesses metaindividuais Par grafo nico A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de I interesses ou direitos difusos assim entendidos para efeitos deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 167 JURISPRUD NCIA TEM TICA Il interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeitos deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte con
153. processual tratando do diss dio coletivo de greve art 8 o faz no pressuposto de que a Justi a do Trabalho seja a nica competente para o seu julgamento da Constitui o Federal de 1988 Em seu voto o tema tratado pelo Relator Lamentavelmente at hoje passados 17 anos da Carta de 1988 a negocia o coletiva do servidor p blico n o teve uma solu o legal Enquanto isso diariamente temos convivido com greves de servidores p blicos normalmente encerradas com uma negocia o coletiva Nesses casos como imposs vel celebrar se um termo de acordo o que foi acertado transformado em projeto de lei prontamente aprovado Agora mesmo o Governo Federal est celebrando acordo para p r fim greve dos previdenci rios que durou mais de dois meses Percebe se portanto que esta uma solu o surrealista na qual at o conceito de lei enquanto regra geral e abstrata fica subvertido Manifesto portanto o conflito entre a lei e a realidade Mas em nome da Constitui o e da interpreta o que lhe deu o Supremo Tribunal Federal este Tribunal vinha decidindo pela impossibilidade jur dica de diss dios coletivos entre servidores e a Fazenda P blica Mas de algum tempo a esta parte este Tribunal passou a considerar que a limita o imposta pelo julgamento do STF vincula se s cl usulas econ micas especialmente as ligadas a reposi o salarial Quanto s cl usulas sociais bem como abusividade ou n o d
154. quanto ao pleito de imposi o de obriga o de n o fazer da letra b2 da B com consegiiente retorno dos autos ao d Colegiado a quo para exame do m rito da pretens o como entender de direito Entretanto precisamente nesse ltimo aspecto e s nesse que ouso divergir do brilhante voto de sua Excel ncia o Juiz Relator E isso por que n o vejo qualquer outra raz o a par daquelas t o bem colocadas no voto para que se conclua pela legitima o do Minist rio P blico t o somente quanto obriga o de n o pagar honor rios gratifica es ou pr labore aos s cios diretores ou gerentes N o vejo na hip tese raz o alguma para desvincular uma coisa da outra Por isso e pelos mesmos fundamentos contidos no voto prossigo concluindo pela car ncia da a o quanto ao mais fls 167 71 Reitera o Minist rio P blico do Trabalho em seu apelo revisional sua legitimidade ativa para buscar mediante a o civil p blica a imposi o de obriga es de fazer e n o fazer reclamada em face do descumprimento de obriga es trabalhistas devidas a seus empregados Argumenta que sua legitimidade para a defesa de interesses individuais homog neos encontra amplo amparo legal e constitucional consistindo a restri o imposta pelas Inst ncias Ordin rias viola o dos arts 6 VII e 83 III da Lei Complementar n 75 93 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 207 JURISPRUD NCIA
155. que necess ria uma atividade jurisdicional que tenha a possibilidade de preencher as lacunas legislativas frente s peculiaridades das m ltiplas e diversificadas categorias profissionais tarefa manifestamente invi vel de ser exercida pelo Poder Legislativo A posi o do Tribunal Superior do Trabalho seguida pelos Tribunais Regionais vem sendo no sentido de que instaurada a inst ncia e n o havendo oposi o espec fica do suscitado a jurisdi o normativa pode ser exercida nos moldes do que ocorrida antes da Emenda Constitucional n 45 04 Essa aparente contradi o entre o entendimento de que de um lado o comum acordo exigido pelo art 114 2 da CF pressuposto processual e de outro sendo pressuposto n o deve ser declarado de of cio se desfaz pela percep o de que a n o oposi o do suscitado equivale em medidas anu ncia Conquanto haja aproxima o entre a senten a normativa e a constituti va no contexto do modelo de classifica o cl ssica do processo civil pois ambas t m como fundamento uma norma de direito material a constitutiva tem como escopo a cria o a extin o ou a modifica o de rela es jur dicas concretamente postas a julgamento apenas quando presentes os pressupostos autorizadores previstos em lei ao passo que a normativa o faz criando novas condi es de trabalho abstratamente concebidas a serem obedecidas no m bito das respectivas rela es jur d
156. relevante interesse j que se destina a evitar a prola o de decis es conflitantes e contradit rias Irrelevante a circunst ncia de se tratar de anterior a o proposta pelo Substituto Processual n o havendo identidade de partes seja porque o trabalhador possa ter figurado no rol de substitu dos e ainda que assim n o fosse dele seria o direito material em debate Hip tese em que a extin o do processo de rigor art 267 V do CPC TRT 15 R 5 T ac 25259 97 Rel Lu s Carlos C ndido Martins Sotero DJSP 15 09 1997 p 58 Para provar litispend ncia n o basta trazer aos autos a peti o inicial dos processos em que o sindicato se apresenta como substituto processual de todos os empregados do r u preciso provar que foi aceito nessa qualidade ou quando menos como substituto dos empregados relacionados e que entre estes se encontra o autor da a o em que se faz a argii o preciso provar ainda que a a o se encontra em tramita o e que o processo n o foi extinto at o momento da argiii o sem julgamento de m rito TRT 1 R 1 T RO 28514 94 Rel Juiz Luiz Teixeira Bomfim DJRJ 08 07 97 p 102 LITISPEND NCIA SUBSTITUI O PROCESSUAL VIO LA O LEGAL N o viola a lei decis o do egr Regional que reputa configurada a litispend ncia entre a a o individual do empregado e a ajuizada pelo Sindicato da categoria do autor como substituto proces sual porquanto pres
157. rias tendo sido julgados 153 592 ou 92 82 Os valores pagos aos reclamantes no ano de 2007 atingiram o total de R 9 893 591 226 38 Nesse mesmo ano a Justi a do Trabalho arrecadou R 1 260 865 302 41 de contribui es para a previd ncia social mais R 1 140 977 128 50 de Imposto de Renda R 188 229 502 22 de custas e R 8 621 329 38 de emolumentos O total arrecadado portanto foi de R 2 598 693 262 51 apesar de n o sermos rg o arrecadador t pico O que custamos para o contribuinte brasileiro No ano de 2007 o valor total gasto decorrente de inser o no Or amento foi de R 9 111 833 285 S o n meros que impressionam Afirmo com fregi ncia que o nosso maior inimigo o nosso tamanho Somos o maior ramo do Poder Judici rio Federal por isso mesmo somos o de maior capilaridade A jurisdi o trabalhista se estende por cem por cento dos munic pios do Pa s Com essa estrutura tudo na Justi a do Trabalho adquire dimens es imensas Qualquer coisa na Justi a do Trabalho vira mega sem que necessariamente se tenha a compreens o de todos os aspectos dessa magnitude Antes que avance sobre outros temas dentro do tema geral que estamos abordando entendo que deva falar ainda que superficialmente sobre o 18 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA magistrado sobre o juiz Afinal o que um magistrado Dito o que um magistrado estaremos definindo o que o Judici rio E t
158. rio P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg os da Justi a do Trabalho II promover a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos 82 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA prote o ao trabalhador e s rela es de trabalho n o tendo sido alterada pela j citada MP 2 180 35 2001 frente ao status de lei complementar que ostenta Acrescente se o que disp e a Constitui o Federal quando imp e ao sindicato no seu art 8 III a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria inclusive em quest es judiciais e a pr pria Lei n 8 073 90 que apesar das suas impropriedades t cnicas consagra a legitima o extraordin ria ampla das entidades sindicais na persecu o dos interesses dos integrantes de suas respectivas categorias Pode se dizer pois que o sindicato nas palavras de Alexandre Amaral Gavronski citando Celso Fiorillo ontologicamente uma esp cie de associa o civil e que nessa condi o tem plena legitimidade para defender em ju zo os interesses dos seus associados e mesmo daqueles que n o sendo filiados integram a categoria Nessa posi o podem ser citados dentre outros Eduardo Henrique Von Adamovich Hugo Nigro Mazzilli e Clarissa Lessa Cavalcanti de se concluir que a grev
159. s ntese a efetividade da tutela jurisdicional encontra forte aliada nas a es coletivas que devem ser estimuladas e prestigiadas pelo legislador pela jurisprud ncia e por todos os profissionais do direito 4 CLASSIFICA O DOS DIREITOS COLETIVOS LATO SENSU Como j destacado s o objeto de tutela metaindividual os direitos difusos os coletivos em sentido estrito e os individuais homog neos Os direitos difusos s o conceituados pelo C digo de Defesa do Consu midor como os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncia de fato art 81 par grafo nico inciso 1 No direito difuso quanto ao aspecto subjetivo seus titulares s o pessoas indeterminadas quanto ao aspecto objetivo o objeto do direito bem jur dico indivis vel Nesta esp cie de direitos coletivos um mesmo fato d origem ao direito com as referidas caracter sticas A indivisibilidade do bem jur dico facilmente constatada pois basta uma nica ofensa para que todos os titulares do direito sejam atingidos Do mesmo modo a satisfa o do direito beneficia a todos os titulares indetermi nados ao mesmo tempo Os direitos coletivos em sentido estrito por sua vez s o definidos como os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo 12 WATANABE Kazuo C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 8
160. se d quando o titular do direito o indiv duo estiver assistido por seu sindicato de classe e comprovar ou declarar situa o econ mica que justifique a concess o dos benef cios da assist ncia judici ria N o pelo fato de o sindicato figurar na rela o processual como substituto processual que a ele se dever reconhecer o direito a honor rios advocat cios Estes s o concedidos se o titular do direito estiver assistido por seu sindicato e for benefici rio da assist ncia judici ria a teor da S mula n 219 e da Orienta o 305 da SBDI I verbis A S MULA N 219 DO TST HONOR RIOS ADVOCAT CIOS HIP TESE DE CABIMEN TO I Na Justi a do Trabalho a condena o ao pagamento de honor rios advocat cios nunca superiores a 15 quinze por cento n o decorre pura e simplesmente da sucumb ncia devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percep o de sa l rio inferior ao dobro do sal rio m nimo ou encontrar se em situa o econ mica que n o lhe permita demandar sem preju zo do pr prio sus tento ou da respectiva fam lia II incab vel a condena o ao pagamento de honor rios advocat cios em a o rescis ria no processo trabalhista salvo se preenchidos os requisitos da Lei n 5 584 1970 B ORIENTA O JURISPRUDENCIAL N 305 DA SDI I HONOR RIOS ADVOCAT CIOS REQUISITOS JUSTI A DO TRABALHO Na Justi a do Trabalho o deferimento de hono
161. seguinte presumida a culpa do patr o ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto A culpa dos empregadores passou a ser presumida na linha de uma jurisprud ncia preocupada com a equidade e amparada na teoria do risco Com o advento do C digo Civil de 2002 quedou ratificado o entendimento de que independentemente da discuss o sobre a culpa o empregador respons vel pelos danos causados pelo empregado no exerc cio do trabalho que lhe compete art 932 inciso II c c o 933 Dessa forma luz da teoria do risco o dano causado pelo empregado desde que verificado no exerc cio das fun es que lhe foram confiadas de responsabilidade do empregador independentemente de qualquer inquiri o sobre a culpa deste ltimo Trata se de hip tese de responsabiliza o objetiva por ato de terceiro Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ministra Relatora RR 84824 2003 900 11 00 publicado no DJ em 17 de fevereiro de 2006 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 137 DOUTRINA Como j vimos o crescimento das a es de danos morais indicador do processo de banaliza o do mal e da especifica o nas rela es individuais de trabalho dos valores e estrat gias utilizadas nos novos modos de produzir institu dos no bojo da transforma o no modo de acumula o capitalista em um contexto de deslocamento para o judici rio de conflitos at pouco tempo apreendidos como conflitos sociais Outrossim o
162. tamb m frente ao princ pio da reserva legal segundo o qual os vencimentos e as vantagens do funcionalismo p blico em geral sejam celetistas ou estatut rios somente podem ser fixados por lei fruto de projeto de iniciativa do Poder Executivo CF art 61 1 II letra a e 169 par grafo nico I e II At que haja a ratifica o da Conven o n 151 da OIT n o portanto diante do Poder Judici rio atrav s do processo judicial que se far o chamado di logo social e onde ser o feitas as negocia es entre os servidores e a administra o mas perante o Poder Legislativo atrav s do respectivo processo legislativo com discuss o aberta a toda a sociedade 40 S mula n 659 do STF A fixa o de vencimentos dos servidores p blicos n o pode ser objeto de conven o coletiva O F rum Nacional do Trabalho cujas delibera es constam da PEC 369 de 2005 prop e o acr scimo ao inciso VII do art 37 da Constitui o Federal como forma de adapt lo aos postulados de liberdade sindical no mbito da administra o viabilizando a negocia o coletiva no servi o p blico e que teria a seguinte reda o VII a negocia o coletiva e o direito de greve ser o exercidos nos termos e nos limites definidos em lei espec fica 41 Revista LTr v 72 n 2 fev 2008 p 135 42 ADIn 4 921 Rel Min Carlos Velloso 43 Orienta o Jurisprudencial n 5 da Se o de Diss dios Coletivos
163. tenha iniciado at 15 de janeiro do ano em que editada Interpreta o conforme a Constitui o REsp 147473 SC 3 T Rel Min Eduardo Ribeiro DJ 16 03 1998 Em face do exposto sem embargo dos judiciosos fundamentos em sentido contr rio e das peculiaridades que cercam o processo do trabalho n o se olvidando ainda que o titular do direito de a o o empregado para a defesa de seus direitos ou interesses individuais sob amea a de les o ou efetivamente violados art 5 inciso XXXV da CF 88 a solu o indicada n o deve ser no sentido da extin o do processo Melhor seria n o verificada a hip tese de ci ncia do empregado da exist ncia de a o coletiva com a mesma causa de pedir e pedido o prosseguimento da reclama o individual ou a suspens o do processo ex officio pela aplica o do art 265 inciso IV a do C digo de Processo Civil enquanto pendente de julgamento a a o coletiva com mesmo objeto sob pena de fazer letra morta do princ pio constitucional da acessibilidade justi a 42 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 A LITISPEND NCIA E A SUBSTITUI O PROCESSUAL NO PROCESSO DO TRABALHO A O AJUIZADA PELO SINDICATO NA CONDI O DE SUBSTITUTO PROCESSUAL E A O DISTINTA AJUIZADA PELO EMPREGADO SUBSTITU DO COM MESMO PEDIDO Pedro Paulo Teixeira Manus fim de que seja o mesmo arbitrado Isso significa que a finalidade primeira do processo o exame do m rito da
164. tenho um caminho novo O que eu tenho um jeito novo de caminhar no multifaceta do desenho do mundo do trabalho contempor neo n o temos caminho novo a prote o ao trabalhador deve seguir sendo o tra ado e a atua o dos int rpre tes permite atualizar o direito por novas trilhas As novas tutelas s o apenas novas figuras novos modos de se proteger e de se reduzir a disparidade de poder entre os detentores do capital e os detentores da for a de trabalho obje tivo imediato desta constru o institucional que o Direito do Trabalho 4 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ACKERMAN Mario Eduardo Tratado de derecho del trabajo teoria general del derecho del trabajo Santa F Rubinzal Culzoni 2005 ANTUNES Ricardo Adeus ao trabalho Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho 7 ed ver ampl S o Paulo Cortez Campinas Unicamp 2000 146 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Dimens es da precariza o estrutural do trabalho In 4 perda da raz o social do trabalho terceiriza o e precariza o S o Paulo Boitempo 2007 BENTES CORR A Lelio A reforma constitucional e a Justi a do Trabalho perspectivas e desafios na concretiza o do ideal legislativo Revista do Tribunal Superior do Trabalho Bras lia TST Porto Alegre S ntese 71 n 1 jan abr 2005 p 68 83 CASTEL Robert La inseguridad social qu es estar protegido Buenos Aires Mana
165. titulares com a parte contr ria decorre de uma simples quest o f tica enquanto nos direitos coletivos a forma de liga o entre os titulares ou entre estes e a parte contr ria decorre de uma rela o jur dica de base J os direitos individuais homog neos s o aqueles cujos titulares s o perfeitamente identific veis e cujo objeto cind vel tendo por m uma origem comum Assim s o os direitos individuais homog neos aqueles pass veis de serem titularizados nas m os de determinadas pessoas divis veis por sua pr pria natureza at porque cada titular pode individualmente pleitear a sua defesa pelas vias cl ssicas inclusive mediante recurso ao litiscons rcio Vale ressaltar que muito embora possa haver v rios indiv duos no grupo cada um deles tem direito pr prio que pode variar sob os aspectos qualitativo e quantitativo Assim 244 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA em um determinado grupo de um fato origem comum pode surgir para o direito indenizat rio de 100 por dano patrimonial e para B o direito de 200 por dano moral direito portanto quantitativa e qualitativamente diverso do primeiro Analisados os conceitos de cada forma de direitos metaindividuais difusos coletivos e individuais homog neos pode se concluir que dado que envolvem interesses de grupo todos s o em ess ncia direitos coletivos tutel veis mediante a o civil p blica Pode se afi
166. uma an lise comparativa as semelhan as entre os dois modelos de tutela coletiva fundados em um sistema de a es de classe representativas Ambos visam prote o de direitos metaindividuais difusos coletivos ou individuais homog neos utilizam a t cnica da legitimidade extraordin ria e a extens o ficta dos efeitos da coisa Julgada aos que se encontram no contexto da substitui o e na valoriza o da efetividade celeridade e amplitude ao acesso justi a No contexto da t cnica processual de pacifica o dos conflitos de greve uma constata o fundamental para a sua exata compreens o o movimento em si somente poder ser pacificado pela aferi o das reivindica es de interesse sociais ou econ micas e eventualmente pelo atendimento ou rejei o delas O momento processual brasileiro impar frente mitiga o da jurisdi o normativa trabalhista implementada pela Emenda Constitucional n 45 04 hoje na busca de um instrumento processual alternativo que atenda s pretens es de natureza normativa de classe representativa e enfrente as Para aqueles que entendiam que o poder normativo seria um instrumento autorit rio e antidemocr tico do sistema sindical corporativista a supress o pura e simples dele estaria condicionada efetiva reforma do atual modelo sindical sob pena de se estabelecer como se fez um hiato normativo como o que hoje vivenciamos 57 A tutela processual do movimento paredi
167. 02 1998 de sorte que a prescri o parcial atingiria direitos anteriores a 19 02 1993 anteriores portanto data de supress o da verba pleiteada nos presente autos fl 1034 A J no que se refere inexist ncia de pagamento fixo a t tulo de gratifica o variando de acordo com a delibera o e aprova o da Diretoria do Banco limitado o pagamento aos empregados que recebem complementa o de aposentadoria e ao fato de possuir lucro bem como exist ncia de preju zo verifica se que a Corte regional se pronunciou a esse respeito nos seguintes termos 264 Compartilho no entanto da tese que concluiu que estando a gratifica o semestral prevista em Regulamento de Pessoal esta preexistia institui o da Participa o nos Lucros e Resultados de sorte que n o se sustentam os argumentos no sentido de que esteja vinculada ao lucro Ainda que assim o fosse n o se justificaria a supress o pura e simples do pagamento sem comprova o da exist ncia de preju zo no exerc cio respectivo Afirma o Banco reclamado por seu turno que inexiste fundamento legal para o acolhimento do pedido inicial de pagamento da Participa o nos Lucros e Resultados aos empregados da inatividade na medida em que estes n o contribuem com seu trabalho para a exist ncia de lucro no Banco Os argumentos do Banco seriam teratol gicos n o fosse a total inconsist ncia evidenciada na contradi o entre os fatos e as ale
168. 18 de pagamento de parcelas vincendas relativas Gratifica o Semestral suprimida Reconhecido o direito percep o da sobredita verba aos empregados aposentados a partir do segundo semestre de 1994 e verificada a irregularidade do procedimento adotado pela empresa a partir do segundo semestre de 1996 n o h justificativa para a limita o do pagamento respectivo ao segundo semestre de 1997 haja vista a aus ncia de provas da regulariza o da situa o dos aposentados Destarte defiro aos substitu dos o pagamento das presta es deferidas tamb m referentes aos semestres vincendos nos exatos termos do pedido do item 49 fl 18 dos autos Mister salientar que n o h necessidade de intima o da parte contr ria porquanto est sendo sanada omiss o circunst ncia que n o confere efeito modificativo decis o Inaplic vel ao caso a OJ 142 da SDI 1 do TST fl 1031 Depreende se do trecho citado que n o houve altera o do julgado Fez se apenas uma complementa o da decis o que era uma consequ ncia autom tica e natural do acolhimento do pedido mat ria acerca da qual o r u j tinha tido ampla oportunidade de manifestar se Este tamb m o entendimento da colenda SBDI 1 268 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA O objetivo da Corte ao editar o entendimento contido no item 143 da Orienta o Jurisprudencial da SBDI 1 efetivamente resguardar os
169. 2 deu provimento ao recurso ordin rio da reclamada para reconhecendo a ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho para propor a o civil p blica objetivando a repara o de les es a direitos individuais homog neos extinguir o feito sem Julgamento do m rito nos termos do art 267 VI do CPC Inconformado interp e o Minist rio P blico do Trabalho da 3 Regi o recurso de revista a fls 2005 2916 Aponta viola o dos arts 127 129 II da Constitui o Federal 6 VII d 83 III da Lei Complementar n 75 93 1 e 5 da Lei n 7 347 85 Transcreve arestos para confronto jurisprudencial Susten ta sua legitimidade para ajuizar a a o civil p blica sob o argumento de que a reclamada contratando trabalhadores por meio de entidades n o autoriza das para tal negando lhes direitos e garantias constitucionalmente asseguradas estar o Recorrido sem a menor sobra de d vida violando direitos coletivos e difusos desses indiv duos dada a potencialidade da les o presente e futura da queles bens jur dicos tutelados pelo Minist rio P blico do Trabalho fl 2909 172 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Despacho de admissibilidade fl 2929 Contra raz es apresentadas a fls 2931 2942 Os autos n o foram encaminhados douta Procuradoria Geral do Trabalho em raz o de o Minist rio P blico ser o recorrente no feito Relatados VOTO O
170. 2001 p 184 Cf DINAMARCO C ndido Rangel Institui es de direito processual civil S o Paulo Malheiros 2001 v 1 p 115 Acesso justi a n o equivale a mero ingresso em juizo A pr pria garantia constitucional da a o seria algo inoperante e muito pobre se se resumisse a assegurar que as pretens es das pessoas cheguem ao processo sem garantir lhes tamb m um tratamento adequado destaques do original Cf CINTRA Antonio Carlos de Ara jo GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Rangel Op cit p 81 O direito de a o tradicionalmente reconhecido no Brasil como direito de acesso Justi a para a defesa de direitos individuais violados foi ampliado pela Constitui o de 1988 via preventiva para englobar a amea a tendo o novo texto suprimido a refer ncia a direitos individuais inciso XXXV do art 5 Cf DINAMARCO C ndido Rangel Institui es de direito processual civil v 1 Op cit p 199 O princ pio da inafastabilidade do controle jurisdicional manda que as pretens es sejam aceitas em ju zo sejam processadas e julgadas que a tutela seja oferecida por ato do juiz quele que tiver direito a ela e sobretudo que ela seja efetiva como resultado pr tico ao processo Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 115 DOUTRINA ou individuais homog neos for competente sua senten a produzir efeitos erga omnes ou ultra partes conforme o caso v CDC 103 em to
171. 2006 Milton de Moura Fran a relator A O CIVIL P BLICA MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS AGRAVO DE INSTRUMENTO RECURSO DE REVISTA LEGITIMI DADE ATIVA AD CAUSAM DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO PARA PROPOR A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS O Minist rio P blico do Trabalho institui o p blica respons vel pela tutela dos interesses sociais dentre eles os direitos individuais homog neos Desse modo legitima a atua o do MPT por meio de A o Civil P blica Registre se que n o obstante a possibilidade de propositura de a es individuais a origem comum aglutina o e relev ncia social de modo a extrapolar o car ter exclusivamente individual acarretam a tutela formalmente coletiva Precedentes do TST STJ e STF TRANSA O EXTRAJUDICIAL PROGRAMA DE INCENTIVO SA DA VOLUNT RIA PISV CONDI O DE ADES O AO PLANO INCONSTITUCIONALIDADE O exerc cio do poder diretivo do empregador mesmo na formula o de benef cio aos trabalhadores deve observ ncia aos direitos fundamentais constitucionalmente assegurados no particular direito de a o art 5 inciso XXXV da Constitui o da Republica e princ pio da isonomia art 5 caput da Constitui o In casu o regulamento empresarial que instituiu o Programa de Sa da Volunt ria PISV vedou a ades o dos trabalhadores que mantivessem a o traba
172. 36 JURISPRUD NCIA TEM TICA individual benefici rio da justi a gratuita cuja assist ncia jur dica promovida pelo sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Cuida se aqui dos estritos termos da Lei n 5 584 70 3 Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho consoante os termos do art 5 da Instru o Normativa n 27 05 Pretender conceder ao sindicato honor rios advocat cios quando atua como substituto processual implicaria ao menos verificar se todos os substitu dos sem exce o s o benefici rios da justi a gratuita sob pena de a parte ex adversa se ver obrigada a suportar esses honor rios por mera sucumb ncia acaso desatendido o referido requisito por qualquer dos substitu dos Todavia no caso dos autos o Tribunal Regional n o consignou esses dados f ticos 4 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provimento E RR 641 721 2000 1 Rel Min Brito Pereira DJ 11 10 2007 HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITU TO PROCESSUAL IMPOSSIBILIDADE 1 N o pelo fato de o sindicato atuar como substituto processual que a ele se dever o reconhecer honor rios advocat cios 2 Honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos apenas quando se trata de reclamante individual benefici rio da
173. 4 1 Quer se afirme interesses coletivos ou particularmente inte resses homog neos stricto sensu ambos est o cingidos a uma mesma base jur dica sendo coletivos explicitamente dizendo porque s o rela tivos a grupos categorias ou classes de pessoas que conquanto digam respeito s pessoas isoladamente n o se classificam como direitos indi viduais para o fim de ser vedada a sua defesa em a o civil p blica Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA porque sua concep o final stica destina se prote o desses grupos categorias ou classe de pessoas 5 As chamadas mensalidades escolares quando abusivas ou ilegais podem ser impugnadas por via de a o civil p blica a requerimento do rg o do Minist rio P blico pois ainda que sejam interesses homog neos de origem comum s o subesp cies de interesses coletivos tutelados pelo Estado por esse meio processual como disp e o art 129 inciso III da Constitui o Federal 5 1 Cuidando se de tema ligado educa o amparada constitucionalmente como dever do Estado e obriga o de todos CF art 205 est o Minist rio P blico investido da capacidade postulat ria patente a legitimidade ad causam quando o bem que se busca resguardar se insere na rbita dos interesses coletivos em segmento de extrema delicadeza e de conte do social tal que acima de tudo recomenda se o abrigo estatal Recurso extraordin rio conhe
174. AGANO Oct vio Revista LTr 54 43 de 1989 NEVES Celso Revista LTr 53 905 de 1989 apud CARRION Valentin Coment rios Consolida o das Leis do Trabalho 31 ed S o Paulo Forense 2006 p 428 79 Ives Gandra Martins Filho com a sua percuci ncia coloca Mas a a o civil p blica n o constitui instrumento a ser utilizado exclusivamente para a responsabiliza o do setor patronal Tamb m os sindicatos poder o se sujeitar a inqu ritos civis e a a es civis p blicas na medida em que desrespeitem a legisla o laboral Tais s o os casos v g das a es civis p blicas para anular descontos assistenciais ilegais ou para responsabilizar nos termos da Lei n 7 883 89 as lideran as sindicais pela deflagra o de greves abusivas Nesses casos o Minist rio P blico estaria defendendo tanto a sociedade como os pr prios empregados diante das ilegalidades praticadas pelo sindicato Op cit p 164 165 86 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA no da civil pois em rela o a esta o movimento deve estar necessariamente sob a responsabilidade de entidade sindical representativa ou vinculado a ela CF art 37 VI e VID 8 3 O Sistema da Coisa Julgada e as A es Coletivas Passivas Um outro problema das a es coletivas passivas o da coisa julgada secundum eventus litis e in utilibus pela aplica o sistem tica do art 16 da Lei n 7 347 85 e art 103 e par grafos do C digo de
175. Ademais permitir que na fase da execu o se verifique se os substitu dos t m direito assist ncia judici ria em primeiro lugar proferir senten a condi cional em segundo submeter as partes tanto os sindicatos autores quanto a empresa reclamada a uma infinita fase de execu o verificando se caso a caso dentre o rol dos substitu dos a satisfa o dos requisitos para a concess o do benef cio H que se ressaltar que o incentivo para a atua o sindical decorre da contribui o assistencial n o se tendo not cia de que esteja tramitando no Congresso Nacional qualquer projeto tendente revoga o dos arts 589 e 592 da CLT dispositivos que garantem s entidades sindicais parte da contribui o sindi cal e definem a aplica o desses recursos inclusive com assist ncia jur dica Portanto n o h falar em deferimento de honor rios assistenciais nem advocat cios ao sindicato que atua como substituto processual Eis alguns exemplos extra dos da jurisprud ncia desta Corte em rala o a esse tema HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITU TO PROCESSUAL IMPOSSIBILIDADE 1 N o pelo fato de o sindicato atuar como substituto processual que a ele se dever o reconhecer honor rios advocat cios 2 Honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos apenas quando se trata de reclamante Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 235 2
176. Ajuste de Conduta n o determina o modo o tempo e o lugar de cumprimento das obriga es impostas e o devedor efetua os pagamentos atrasados bem como dos acr scimos e vantagens exig veis na forma da lei n o se pode falar em mora pois ao emendar a falta cometida restara por cumprida a obriga o pelo devedor Conclus o em sentido contr rio demandaria o reexame de fatos e provas Recurso de revista que n o se conhece Processo n TST RR 2 061 2004 008 08 00 Ac 6 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST RR 2061 2004 008 08 00 0 em que Recorrente Minist rio P blico do Trabalho da Oitava Regi o e Recorrida S C Cl nica Barros Ltda O e Tribunal Regional do Trabalho da 8 Regi o por meio do v ac rd o s fls 105 116 deu provimento ao agravo de peti o da Recorrida e decretou a nulidade do t tulo executivo proveniente do ajuste de conduta 304 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Foram opostos dois embargos de declara o pelo ora Recorrente aos quais a Corte regional negou provimento por entender n o existir omiss o a ser sanada fls 128 131 e fls 154 158 O Minist rio P blico do Trabalho da 8 Regi o interp e recurso de revista conforme raz es s fls 161 183 com fundamento no art 896 2 da CLT Aduz preliminarmente a nulidade da decis o recorrida por negativa de presta o jurisdicional e a tra
177. Banco impor a ele condena o superior constante da decis o recorrida Em suma quer quanto a parcelas vencidas quer quanto a parcelas vincendas as duas gratifica es semestrais de cada ano reconhecidas como devidas devem ser pagas em valor que somadas o total equivalha ao valor da participa o nos lucros eventualmente pago no ano respectivo limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio de cada empregado compensando se os valores que j tiverem sido pagos a t tulo de gratifica o semestral nesses mesmos anos Naturalmente in casu a condena o limitar se aos associados da Associa o autora constante do rol por ela apresentado eis que a eles pertine a a o sob pena de julgamento extra petita exclu dos os que desistiram da a o Pelo exposto dou provimento parcial ao recurso de revista no tema para julgar procedente em parte a a o e condenar o Banco reclamado a pagar aos associados da Associa o autora constante do rol por ela apresentado 1 parcelas vencidas a gratifica o semestral dos 1 e 2 semestres de 1996 e 1 semestre de 1997 em valor equivalente quantia paga aos empregados da ativa a t tulo de participa o nos lucros limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio de cada empregado compensando se a import ncia j paga a t tulo de gratifica o semestral nesses semestres conforme se quantificar em
178. Compete Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios que tenham origem no cumprimento de conven es coletivas de trabalho ou acordos coletivos de trabalho mesmo quando ocorram entre sindicatos ou entre sindicatos de trabalhadores e empregador Como observa DIDIER Fredie Acaso n o se admita a a o coletiva passiva n o seria poss vel explicar a a o rescis ria de senten a proposta pelo r u da a o coletiva origin ria Op cit p 103 71 Leonardo Greco aponta Apesar da autoridade de ter sido o grande propagador da tutela coletiva o Direito norte americano submete as class actions a in meras condi es que acabam por restringir a sua admissibilidade como o n mero excessivo de partes quest es comuns de fato e de direito etc GRECO Leonardo A Tutela Jurisdicional dos Interesses Coletivos in Estudos de Direito Processual Campos dos Goytacazes Ed da Faculdade de Direito de Campos 2005 p 473 Tamb m na doutrina estrangeira s o apontadas dificuldades pr ticas no manejo dessas a es notadamente na vincula o de terceiros s suas decis es e na reparti o justa e eguitativa dos seus custos financeiros CONSOLO Cl udio RIZZARDO Dora Due modi di mettere l azioni collettive all prova Inghilterra e Germ nia Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile 3 895 896 anno LX sett 2006 84 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Brasil h mais de meio
179. DC combinado com o art 82 I do mesmo diploma confere ao Minist rio P blico a legitimidade para intentar a o em defesa dos interesses ou direitos individuais homog neos O art 117 do CDC acrescentou o art 21 Lei de A o Civil P blica N o se pode argumentar que mediante simples leis ordin rias alargou se o campo de atribui es do Parquet delimitado na Constitui o que o art 129 inciso IX da Lei Maior estabelece que o Minist rio P blico deve exercer outras fun es que lhe forem conferidas desde que compat veis com sua finalidade Dessa maneira resta afastada a taxatividade do rol daquele dispositivo ou do art 127 Sobre o tema citam se os seguintes precedentes Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 249 JURISPRUD NCIA TEM TICA O art 21 da Lei n 7 347 de 1985 inserido pelo art 117 da Lei n 8 078 90 estendeu de forma expressa o alcance da a o civil p blica defesa dos interesses e direitos individuais homog neos legitimidando o MP extraordinariamente e como substituto processual para exercit la art 81 par grafo nico II da Lei n 8 078 00 STJ RT 720 289 Atente se por fim neste mesmo sentido para o seguinte julgado desta Corte superior RECURSO DE REVISTA LEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO INTERESSE SOCIAL RELEVANTE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS O Minist rio P blico do Trabalho tem legitimidade ativa para aju
180. DE N O CABIMENTO DA A O CIVIL P BLICA NA ESFERA TRABALHISTA E DE ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIA O CONHECIMENTO O Tribunal Regional deu provimento aos recursos ordin rios da Associa o e do Minist rio P blico alicer ando se nos seguintes fundamentos Ocorre que o inciso III do par grafo nico do art 81 da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor autoriza o exerc cio da a o civil p blica sem a restri o feita pelo r julgado recorrido permitindo a propositura da a o civil p blica quando se tratar de Interesses ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum Verifica se do texto legal supra a n o exig ncia quanto a serem indispon veis os direitos como condi o para a a o civil p blica de sorte que n o havendo impedimento para tanto caberia sim aquela a o p blica para o fim almejado conquanto se tratasse de direito individual dispon vel Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 271 272 JURISPRUD NCIA TEM TICA Nesse sentido vem se manifestando a melhor doutrina e jurispru d ncia sobre o tema sendo de rigor as transcri es que se seguem para bom entendimento da mat ria Agora com o inciso III do art 81 do CDC complementado pelos arts 91 100 do mesmo diploma o ordenamento p trio abre se para o tratamento coletivo de direitos subjetivos individuais que podem ser defendidos isoladamente segundo a linh
181. EIRA Jos Luciano A reforma do Poder Judici rio o diss dio coletivo e o direito de greve In COUTINHO Grijalbo FAVA Marcos Neves Coords Justi a do Trabalho compet ncia ampliada S o Paulo LTr 2005 CAVALCANTI Clarissa Lessa Ferreira Legitima o para propor a o civil p blica Revista da AMATRA VI 6 Regi o Recife ano IX n 24 fev 2006 CES RIO Jo o Humberto O direito constitucional fundamental de greve e a fun o social da posse um novo olhar sobre os interditos possess rios na Justi a do Trabalho brasileira Revista LTr v 72 n 3 mar 2008 90 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA CONSOLO Cl udio RIZZARDO Dora Due modi di mettere l azioni collettive all prova Inghilterra e Germ nia Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile 3 895 896 anno LX sett 2006 COSTA Nelson Nery Teoria e realidade da desobedi ncia civil 2 ed Rio de Janeiro Forense 2000 CRUZ NETO Eurico Temas relevantes no processo do trabalho Campinas Bookseller 2000 DALAZEN Jo o Oreste A reforma do Judici rio e os novos marcos da compet ncia material da Justi a do Trabalho no Brasil In COUTINHO Grijalbo Fernandes FAVA Marcos Neves Coords Nova compet ncia da Justi a do Trabalho S o Paulo LTr 2005 DIDIER Fredie O controle jurisdicional da legitima o coletiva e as a es coletivas passivas In MAZZEI Rodrigo NOLASCO Rita Coords Processo c
182. ENTO Quanto ao m rito da demanda referente gratifica o semestral a Corte regional deu provimento ao recurso ordin rio da Associa o autora deduzindo os seguintes fundamentos Insurge se a associa o autora contra a senten a que acolheu o pedido alternativo de pagamento de Participa o nos Lucros e Resultados a partir de 1996 alegando que tendo o Banco reclamado confirmado a mesma natureza jur dica das verbas pleiteadas e considerando que a gratifica o semestral no importe de um sal rio base lhe mais vantajosa deve ser reformada a senten a para que a reclamada seja condenada no pedido principal A quest o afeta ao pagamento da gratifica o semestral aos em pregados do banco reclamado h muito vem sendo debatida nesta Especializada sendo importante ressaltar que respeitosa corrente juris prudencial entende que se trata de participa o nos lucros e resultados e portanto atrelada exist ncia de lucro Compartilho no entanto da tese que concluiu que estando a gratifica o semestral prevista em Regulamento de Pessoal esta preexistia institui o da Participa o nos Lucros e Resultados de sorte que n o se sustentam os argumentos no sentido de que esteja vinculada ao lucro Ainda que assim o fosse n o se justificaria a supress o pura e simples do pagamento sem comprova o da exist ncia de preju zo no exerc cio respectivo Afirma o Banco reclamado por seu turno que inexiste fundam
183. EXIST NCIA DE LITISPEND NCIA ENTRE A O COLETIVA PARA TUTELA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS SUBSTITUI O PROCESSUAL E A O INDIVIDUAL Carlos Henrique Bezerra Leite 1 INTRODU O l m dos temas mais pol micos que gravitam em torno das a es coletivas o que diz respeito litispend ncia cuja defini o extraida do art 301 1 2 e 3 do CPC que o diploma que disciplina o sistema de acesso individual ao Judici rio aplic vel subsidiariamente ao processo do trabalho tendo em vista a exist ncia de lacuna normativa e aus ncia de incompatibilidade com o procedimento laboral CLT art 769 De plano podemos afirmar que em se tratando de processo individual a litispend ncia ou a coisa julgada ocorre quando se reproduz a o anterior mente ajuizada Em outros termos existe litispend ncia quando duas a es individuais propostas em separado cont m identidades de partes de causa de pedir e de pedido Todavia nos dom nios do processo coletivo o instituto da litispend ncia est previsto expressamente na primeira parte do art 104 do CDC segundo o qual As a es coletivas previstas nos incisos I e II do par grafo nico do art 81 n o induzem litispend ncia para as a es individuais mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior n o beneficiar o os autores das a es individuais se n o for reque
184. G NEOS INTERESSE SOCIAL RELEVANTE O Minist rio P blico do Trabalho da 22 Regi o com arrimo nos arts 129 II e II da Constitui o Federal 6 VII d e 83 III da Lei Complementar n 75 93 1 IV e 3 da Lei n 7 345 85 ajuizou a o civil p blica contra o Munic pio de Jos de Freitas cumulando pedidos relativos a obriga es de fazer obriga es de n o fazer e condena o pecuni ria a saber c 1 pagar aos seus empregados que percebam menos de um sal rio m nimo legal as diferen as a que os mesmos fazem jus para o fim de complementa o do sal rio m nimo c 2 pagar as gratifica es natalinas dos empregados que n o as receberam considerando se o valor da remunera o ou o sal rio m nimo sendo aquele inferior a este e tendo se em conta o per odo de dura o dos respectivos v nculos de emprego que t m termo inicial na data em que cada um dos mesmos iniciou a presta o de servi os c 3 pagar em dobro e acrescidas do ter o constitucional tendo como base o valor da remunera o de cada um ou o sal rio m nimo se aquele for inferior a este as f rias dos empregados que n o as gozaram nos prazos legais c 4 pagar o sal rio fam lia aos empregados que fazendo jus a esse benef cio o requereram e n o o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 241 JURISPRUD NCIA TEM TICA obtiveram do r u al m de multas para o descumprimento das obriga es de fazer e de n o fa
185. IO Contra o ac rd o do 9 Regional que deu provimento parcial ao recurso ordin rio da Empresa R fls 322 341 359 361 e 374 392 ambas as Partes interp em recurso de revista A R pleiteia a altera o do ac rd o regional na parte em que foi condenada a abster se de utilizar banco de dados tomar ou prestar informa es credit cias relativas a empregados ou a candidatos a emprego fls 401 402 J o Minist rio P blico do Trabalho pleiteia a altera o do ac rd o regional no tocante aos seguintes t picos exclus o da determina o de que a R se abstenha de exigir de empregados e candidatos a empregos certid es ou atestados de antecedentes criminais e indeniza o por danos morais coletivos Admitidos ambos os apelos fls 427 429 receberam raz es de contrariedade fls 43 1 434 sendo dispensada a remessa dos autos ao Minist rio P blico do Trabalho nos termos do art 83 2 II do RITST E o relat rio 298 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA VOTO A RECURSO DE REVISTA DA EMPRESA R CONHECIMENTO 1 PRESSUPOSTOS GEN RICOS O recurso tempestivo cfr fls 393 e 399 e tem representa o regular fl 179 encontrando se devidamente preparado com custas recolhidas fl 218 e dep sito recursal efetuado no limite legal fl 400 2 PRESSUPOSTOS ESPEC FICOS OBRIGA O DE N O FAZER OBTEN O DE INFORMA ES CREDIT CIAS NO SERASA RE
186. IVES GANDRA FILHO A CARLOS ALBERTO ANTONIO JOS REIS DE PAULA DE B LEVENHAGEN BRITO PEREIRA CRISTINA PEDUZZI JOS SIMPLICIANO RENATO PAIVA EMMANOEL PEREIRA FONTES a PA N Fi s4 a N LELIO BENTES ALOYSIO VEIGA HOR CIO SENNA ROSA MARIA VIEIRA DE MELLO PIRES FILHO ALBERTO BRESCIANI MARIA DE ASSIS DORA COSTA PEDRO PAULO FERNANDO EIZO ONO CALSING TEIXEIRA MANUS K TIA MAGALH ES M RCIO EURICO MAURICIO JOS GUILHERME WALMIR OLIVEIRA CAPUTO BASTOS VITRAL AMARO DA COSTA GODINHO DELGADO ARRUDA Sum rio TEM TICA CONSTITUCIONAL A Justi a do Trabalho que temos e a que desejamos Rider Nogueira de Brito eteereereeerrarenarenera nara neraeererarenareneraneranos 17 TEMA ESPECIAL A O CIVIL P BLICA 1 A a o coletiva induz litispend ncia para a a o individual no processo do trabalho Breves reflex es para o debate Luiz Philippe Vieira de Mello Filho eeeeerereerererenereneraneranos 35 A litispend ncia e a substitui o processual no processo do trabalho a o ajuizada pelo sindicato na condi o de substituto processual e a o distinta ajuizada pelo empregado substitu do com mesmo pedido Pedro Paulo Teixeira Manus icrererecraeerre ara ceacaneeraraneaaaaa 43 Inexist ncia de litispend ncia entre a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos substitui o processual e a o individual Carlos Henrique Bezerra Leite
187. Iugosl via a partir de 1991 restrito portanto ao contexto do conflito armado Ao questionamento sobre a import ncia dessa modalidade de crime para o Brasil onde em princ pio n o existem genoc dios ou guerra civil o subprocurador responde que o Brasil n o ratificou a resolu o da ONU que considera os crimes contra humanidade imprescrit veis O Tribunal Internacional s atua quando a jurisdi o dom stica falha alertou E enquanto os crimes contra a humanidade n o forem tipificados no direito brasileiro estamos sujeitos a isso pois n o se trata de algo t o estranho ao nosso panorama social e pol tico concluiu citando como exemplo a pistolagem no sul do Par Direitos fundamentais versus seguran a Na apresenta o O Combate Criminalidade sob a tica dos Direitos Humanos o presidente do Conselho Federal da OAB C zar Brito aproveitou a data emblem tica de 11 de setembro quando se completam oito anos dos ataques terroristas ao World Trade Center em Nova York para discorrer sobre o paradoxo entre a garantia da seguran a e a garantia de direitos fundamentais dos cidad os O mundo j viveu de tudo at experimentar a democracia que fez nascer a Declara o Universal dos Direitos Humanos e a Constitui o Federal de 1988 que ousou dizer que os direitos fundamentais s o superiores ao Estado afirmou Mas a cruzada contra o terror deu for a tese de que esses direito
188. LICO DO TRABALHO A O CIVIL Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 213 214 JURISPRUD NCIA TEM TICA P BLICA ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM O Minist rio P blico do Trabalho parte leg tima para propor A o Civil P blica na qual buscou obter a reintegra o de empregados dispensados em virtu de de terem Reclamado contra a empresa bem como na condena o na obriga o de abster se a efetuar demiss es de qualquer empregado que viesse a se encontrar em situa o similar que este fato se verdadeiro envolve interesses individuais homog neos subesp cies de direitos coleti vos pelo que a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para propor a a o encontra respaldo no art 83 inciso III da Lei Complementar n 75 93 que restringe a A o Civil P blica na Justi a do Trabalho defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucio nalmente garantidos Embargos conhecidos e providos E RR 635002 2000 Rel Min Carlos Alberto Reis de Paula DJ 27 10 2006 MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO A O CIVIL P BLICA LEGITIMIDADE PARA TUTELAR DIREITOS INDIVI DUAIS HOMOG NEOS O Minist rio P blico do Trabalho tem legitimidade para propor a o civil p blica visando tutelar direitos in dividuais homog neos Direitos Individuais homog neos s o todos aqueles que est o ntima e diretamente vinculados esfera jur dica de pessoas facilmente identific
189. Mazzilli A defesa dos interesses difusos em juizo Saraiva p 5 ao conceituar que coletivos s o interesses indivis veis de um grupo determinado ou determin vel reunido por uma rela o jur dica b sica comum Assim entendido tem se que a quaestio iuris discutida nos autos diz respeito ao Programa de Sa das Volunt rias PISV institu do pela recorrente que entre as exig ncias ou requisitos sua ades o pelos empregados ficou estabelecido no item 6 letra d do indigitado Programa n o permitir a participa o de empregado que mantenha a o trabalhista contra a Companhia ou seja a mesma dever ser encerrada antes do pedido de sa da Ora investigando se a pr pria defini o de interesse coletivo em cotejo com o interesse deduzido em ju zo pelo rg o do Parquet n o pairam d vidas sobre a natureza coletiva perseguida pelo autor Assim o interesse em ver reconhecida a ilegalidade da exig ncia ou requisito de n o permitir a ades o de empregado que possua a o trabalhista ou que a mesma tenha que ser encerrada antes de sua sa da compartilhado por todos os integrantes do grupo de maneira indivis vel e n o quantific vel na medida em que a ilegalidade n o ser maior para os empregados que poderiam perceber uma quantia maior em dinheiro Por sua vez n o dif cil concluir que o grupo pessoas atingido plenamente determinado ou determin vel e que est o ligadas pela mesma rela o ju
190. NCIA TEM TICA Isto posto Acordam os Ministros da Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade I dar provimento ao Agravo de Instrumento para determinar o processamento do Recurso de Revista II conhecer do Recurso de Revista por viola o ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica e no m rito dar lhe provimento para julgar procedente a a o anulat ria de d bito fiscal determinando a repeti o do ind bito referente multa imposta no auto de infra o Fica invertido o nus da sucumb ncia Bras lia 6 de agosto de 2008 Jo o Batista Brito Pereira relator CONFLITO DE COMPET NCIA A O CIVIL P BLICA CONFLITO NEGATIVO DE COMPET NCIA A O CIVIL P BLICA DANO DE MBITO REGIONAL COMPET NCIA TERRITORIAL DE UMA DAS VARAS DO TRABALHO DA CAPITAL DO ESTADO A teor da Orienta o Jurisprudencial n 130 da SBDI 2 a 4 Vara do Trabalho de Bras lia DF revela se incompetente para o julgamento da demanda pois em se tratando de a o civil p blica a compet ncia territorial fixada levando se em conta da extens o do dano causado ou a ser reparado pautando se pela aplica o anal gica do art 93 do C digo de Defesa do Consumidor Ora o Parquet alega que os danos que objetiva coibir com a a o civil p blica se limitam rea em que ocorreram as investiga es e que os fatos apurados n o extrapolam a regi o do Rio de Janeiro Como no caso o dano n o excede a juris
191. P 8 CONCLUS O Como s ntese deste artigo apresentamos as principais conclus es lan adas no seu desenvolvimento O instituto da litispend ncia nas a es coletivas deve observar aprioristicamente o regramento espec fico do art 104 do CDC que no entanto cont m erro redacional de remiss o Pode ocorrer litispend ncia e via de consequ ncia coisa julgada entre as demandas coletivas que tiverem causa de pedir e pedidos id nticos ainda que os autores coletivos sejam diversos pois estes agem como representantes ideol gicos da coletividade grupo classe ou categoria de pessoas ou ainda dos indiv duos homogeneamente considerados Os m todos de interpreta o l gica e sistem tica dos arts 81 par grafo nico 103 I II e III e 104 do CDC autorizam a ila o de que n o existe litispend ncia entre a o coletiva para a tutela de quaisquer interesses metaindividuais difusos coletivos ou individuais homog neos e a o individual pois n o h identidade de autores e de pedidos sendo certo que a coisa julgada que se formar na a o coletiva produz efeitos erga omnes senten a de tutela dos interesses difusos e individuais homog neos ou ultra partes senten a de tutela dos interesses coletivos enquanto na a o individual a coisa julgada produz efeitos apenas inter partes Espera se assim que a jurisprud ncia trabalhista brasileira acompanhe a trilha do Superior Tribunal de Justi a des
192. P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg os da Justi a do Trabalho G III promover a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos Assim em face de expressa disposi o legal e constitucional incumbe ao Minist rio P blico do Trabalho a tutela dos interesses metaindividuais Segundo Ives Gandra Martins Filho Processo Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1994 p 158 9 os interesses metaindividuais podem ser diferenciados em tr s esp cies a interesses difusos caracterizados pela impossibilidade de determina o da coletividade atingida pelo ato ou procedimento lesivo ao ordenamento jur dico da qual decorre inexist ncia de v nculo jur dico entre os membros da coletividade atingida ou entre estes e a parte contr ria autora da les o b interesses coletivos caracterizados pela exist ncia de v nculo jur dico entre os membros da coletividade afetada pela les o e a parte contr ria origem do procedimento gen rico continuativo que afeta Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 209 JURISPRUD NCIA TEM TICA potencialmente todos os membros dessa coletividade presentes e futuros pass veis de determina o e c interesses individuais homog neos decorrentes de uma origem comum fixa no tempo correspondente a ato conc
193. QUISITO PARA A MANUTEN O DO EMPREGO E REALIZA O DE NOVAS CONTRATA ES Tese Regional Mant m se a senten a na parte em que condenou a Empresa R a abster se de utilizar banco de dados tomar ou prestar informa es credit cias relativas a empregados ou a candidatos a emprego A SERASA n o se destina ao fim pretendido pela R que somente poderia consult lo com o intuito de verificar a idoneidade de seus clientes futuros devedores e n o de seus empregados que a rigor s o credores dos sal rios Se o candidato a uma vaga de emprego tem d vidas com outras pessoas isso n o pode ser fator impeditivo da contrata o Ao contr rio a obten o de um trabalho possibilitar que ele salde suas d vidas fls 330 333 348 345 e 359 361 Antitese Recursal A Empresa R n o adotou pr ticas discriminat rias no curso dos contratos de trabalho mantidos com seus empregados ou por ocasi o da admiss o de novos empregados Isso porque n o diferenciou os candidatos a emprego por motivo de sexo origem ra a cor estado civil si tua o familiar ou idade A obten o de informa es relativas s condi es de cr dito do candidato a emprego n o representa pr tica discriminat ria at porque restou provado que muitos dos candidatos foram admitidos mesmo tendo restri es de cr dito no SERASA O entendimento adotado pelo Regional viola os dispositivos da Lei n 9 029 95 e o art 5 caput e XXXIII da CF fls 401 402
194. S MORAIS COLETIVOS CONDUTA DISCRIMINAT RIA EXIG NCIA DE QUE EMPREGADOS E CANDIDATOS A EMPREGO APRESENTEM CERTID ES DE ANTECEDENTES CRIMINAIS INFORMA ES SOBRE A EXIST NCIA DE A ES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELOS CANDIDATOS A EMPREGO Tese Regional D se provimento parcial ao recurso ordin rio do Autor para excluir da condena o a determina o de que a R se abstenha de exigir dos seus empregados e candidatos a empregos certid es de antecedentes criminais bem como a determina o de pagamento de indeniza o por danos morais coletivos 300 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA O acesso a informa es sobre antecedentes criminais assegurado a todos e decorre dos direitos de peti o e de obten o de certid es garantidos no art 5 XXXIV da CF Apesar de a Empresa R exigir a apresenta o da certid o de antecedentes criminais de seus empregados e dos candidatos a emprego o certo que ela pr pria poderia conseguir esses documentos diretamente nos rg os competentes Sinale se que assim como n o se pode restringir o acesso desse tipo de informa o aos empregadores que t m n tido interesse em contratar pessoas de sua inteira confian a tamb m a mera exist ncia de antecedentes criminais n o pode ser fator impeditivo da recoloca o do ex condenado no mercado de trabalho se a condena o havida n o guardar alguma rela o com a atividade laboral
195. Sob a coordena o da Assessoria de Tecnologia da Informa o e das Comunica es do Conselho Superior da Justi a do Trabalho criou se um ambiente de desenvolvimento cooperativo em que equipes formadas por t cnicos de v rios Regionais desenvolvem ferramentas um grupo de ju zes as testa e sugere as necess rias adapta es do ponto de vista do usu rio final e a ferramenta finalmente adotada por todos os Regionais Foi assim que chegamos a v rios dos sistemas atualmente utilizados como a carta precat ria eletr nica o peticionamento eletr nico e os sistemas de c lculo r pido e c lculo unificado este ltimo de grande relev ncia porque permite a prola o de senten as l quidas eliminando a fase de liquida o e todos os seus obst culos de uso ainda limitado pelos TRTs Conv m ainda ressaltar os projetos Rompendo Dist ncias destinado ao treinamento de servidores e magistrados o SIGA Sistema Integrado de Gest o Administrativa que re ne as principais necessidades dos Tribunais na rea administrativa o Sistema de Apoio Atividade Correicional que permite o gerenciamento dos dados estat sticos referentes atividade jurisdicional dos magistrados de 1 e 2 graus e a Certifica o Digital que possibilita a assinatura digital para todos os servidores e magistrados da Justi a do Trabalho Finalmente necess rio destacar duas iniciativas de grande porte que abrem o caminho para a efetiva virtualiza o
196. T RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE ATIVA INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS Ostenta o Minist rio P blico do Trabalho legitimidade para ajuizar a o civil p blica visando ao cumprimento pela empregadora de obriga es de fazer e n o fazer decorrentes do inadimplemento de obriga es trabalhistas Os direi tos em rela o aos quais se pretende a tutela nesta a o t m origem comum pass veis de imediata identifica o os membros da coletividade atingidos pela conduta ilegal da empresa amoldando se assim ao conceito de individuais ho mog neos subesp cie dos interesses coletivos lato sensu revestidos dessa natureza por pertencerem a grupo de empregados vinculados empregadora mediante rela o juridica base sendo certo que tal a o em ltima an lise tem como destinat rios n o os trabalhadores individualmente considerados e sim a coleti vidade dos trabalhadores da recorrida Intelig ncia dos arts 65 VII d e 83 HI da Lei complementar n 75 93 e 129 da Constitui o Federal Recurso de revista conhecido no particular e provido Processo n TST RR 684 584 2000 Ac 3 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de recurso de revista n TST RR 684584 2000 7 em que recorrente Minist rio P blico do Trabalho da 2 Regi o e recorrida Ala Szerman Hot is Ltda O Tribunal Regional do Trabalho da 2 Regi o mediante o ac rd o das fis 164 71 rejeitou a arg i o de nulidad
197. TF j ter firmado a posi o de que n o a natureza do direito tutelado se civil ou trabalhista que define a compet ncia da Justi a do Trabalho mas a circunst ncia de o lit gio ter como origem uma rela o de trabalho como se viu v g no AI 630 440 Rel Min Sep lveda Pertence Julgado em 12 03 2007 Revista LTr v 72 n 3 mar 2008 p 296 o STJ vem se posicionando contra Segunda Se o CC 57730 RJ Rel Min Ari Pargendler in DJU de 08 06 2006 p 117 sustentando a compet ncia da Justi a Comum para a o possess ria ainda que tenha por objeto piquetes realizados no mbito de greve promovida por banc rios e CC 46577 ES Rel Min Fernando Gon alves in DJU de 04 05 2005 p 153 decidindo pela compet ncia da Justi a Comum quanto ao pedido de interdito proibit rio de estabelecimento em face de greve e pela da Justi a do Trabalho em face das demais pretens es relacionadas com a greve e deduzidas em a o civil p blica 10 NERY Jr Nelson O Processo do Trabalho e os Direitos Individuais Homog neos Um Estudo sobre a A o Civil P blica Trabalhista Revista LTr v 64 n 2 fev 2000 p 154 11 O Tribunal Superior do Trabalho inicialmente entendeu que O art 16 da Lei n 7 347 85 com a reda o que lhe deu a Lei n 9 497 97 ao dispor que a senten a prolatada em a o civil p blica ter os seus efeitos limitados compet ncia territorial do rg o prolator admite exegese no sentido da
198. TST E ED RR 754 485 2001 9 Recurso de Revista conhecido e n o provido Processo n TST RR 2067 2002 020 05 00 Ac 3 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST RR 2067 2002 020 05 00 6 em que Recorrente Telelistas Ltda Regi o 1 e s o Recorridas Andr a Andrade Sim es e Telemar Norte Leste S A O Tribunal Regional do Trabalho da 5 Regi o pelo ac rd o de fls 373 381 no que interessa negou provimento ao recurso ordin rio da Reclamada quanto ao tema Comiss es Estornos Impossibilidade Risco do Neg cio do Empregador Posteriormente s fls 394 395 negou provimento aos Embargos Declarat rios de ambas as partes Ambas apresentam Recursos de Revista A Reclamante s fls 399 404 e a Reclamada Telelistas s fls 405 411 Esta ltima no tocante condena o mantida ao pagamento das comiss es estornadas Despacho com admissibilidade da Revista da Telelistas e negativa de seguimento Revista da Reclamante s fls 416 417 e 421 Neste ltimo com determina o de republica o por haver constado da reda o origin ria a negativa de seguimento a ambos os recursos Contra raz es da Reclamante s fls 423 426 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 319 JURISPRUD NCIA Sem remessa ao MPT art 82 do RITST E o relat rio VOTO 1 CONHECIMENTO Satisfeitos os pressupostos comuns de admissibilidade examino os espec ficos
199. Trabalho o mesmo ocorrendo com a Justi a Comum quando investida de Jurisdi o laboral Revista dos Tribunais v 701 p 142 52 Tribunal de Justi a do Estado da Para ba Processo n 999 2005 000 445 9 001 Rel Des Manoel Soares Monteiro e n 999 2007 000 380 4 001 Rel Des Abraham Lincoln da Cunha Ramos 78 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA n 14 101 DF2 preparat ria de futuro diss dio coletivo de greve no mbito do qual se pretendia a declara o da legalidade da greve deflagrada no mbito da Advocacia Geral da Uni o o que revela manifesto equ voco na utiliza o do sistema processual Mesmo perante o primeiro grau de jurisdi o s o utilizadas a es declarat rias ou cominat rias na persecu o do retorno ao trabalho e mesmo os mandados de seguran a nas hip teses de autotutela pela administra o consubstanciada na declara o unilateral de ilegalidade do movimento e nos descontos de vencimentos dos servidores pelos dias parados No campo da Justi a do Trabalho da mesma forma esse equ voco tem se verificado Exemplo disso decis o Tribunal Regional do Trabalho da 8 Regi o que julgou originalmente uma a o declarat ria de abusividade de greve proposta por uma Federa o contra um Sindicato de Trabalhadores demanda que seria substitutiva ao diss dio coletivo de greve Julgou como se tivesse compet ncia funcional para faz lo usurpando desta forma
200. UCIONAL LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO PARA PROMOVER A O CIVIL P BLICA EM DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS COLETIVOS E HOMOG NEOS MENSALIDADES ESCOLARES CAPACIDADE POSTULAT RIA DO PARQUET PARA DISCUTI LAS EM JU ZO 1 A Constitui o Federal confere relevo ao Minist rio P blico como institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis CF art 127 2 Por isso mesmo det m o Minist rio P blico capacidade postulat ria n o s para a abertura do inqu rito civil da a o penal p blica e da a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente mas tamb m de outros interesses difusos e coletivos CF art 129 I e III 3 Interesses difusos s o aqueles que abrangem n mero indeterminado de pessoas unidas pelas mesmas circunst ncias de fato e coletivos aqueles pertencentes a grupos categorias ou classes de pessoas determin veis ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base 3 1 Aindeterminidade a caracter stica fundamental dos interesses difusos e a determinidade a daqueles interesses que envolvem os coletivos 4 Direitos ou interesses homog neos s o os que t m a mesma origem comum art 81 III da Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 constituindo se em subesp cie de direitos coletivos
201. URISPRUD NCIA TEM TICA lig ncia que se extrai dos arts 129 II da Constitui o Federal 83 II da Lei Complementar n 75 03 e 81 e 82 da Lei n 8 078 de 11 9 90 Recurso de revista conhecido e provido Processo TST RR 689 716 2000 Rel Min Milton de Moura Fran a DJ 16 04 2004 destaquei No caso dos autos o Ju zo de 1 grau embora tenha rejeitado a argii o de ilegitimidade ativa do Parquet extinguiu o processo sem resolu o do m rito por entender caracterizada a impossibilidade jur dica do pedido medida que os interesses objeto da a o n o se subsumem aos conceitos de interesses difusos e tampouco aos de interesses coletivos stricto sensu fl 129 Ante o arrazoado dou provimento ao recurso de revista para reconhecendo a legitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho para propor a o civil p blica em defesa de direitos individuais homog neos nos termos do art 6 VII d da LC 75 93 determinar o retorno dos autos ao Ju zo de 1 grau a fim de que afastado o bice imposto prossiga no exame da a o Isto posto Acordam os Ministros da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade conhecer do recurso de revista apenas quanto legitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho por diverg ncia jurisprudencial e no m rito dar lhe provimento para reconhecendo sua legitimidade para o ajuizamento de a o civil p blica em defesa de direit
202. a 40 Ou seja a coisa julgada no plano coletivo atua erga omnes tanto em caso de acolhimento como de rejei o da demanda impedindo que novo processo coletivo seja intentado por qualquer legitimado Mas no plano das pretens es individuais a coisa julgada favor vel pode ser imediatamente aproveitada passando se liquida o e execu o da senten a enquanto a coisa julgada desfavor vel n o impede as a es individuais a t tulo pessoal dos membros do grupo Conhecem se cr ticas da doutrina processual tradicional coisa julgada secundum eventum litis e estamos cientes de que a solu o apontada privilegia os membros do grupo que depois de perder uma a o coletiva ainda t m a seu favor a possibilidade de ajuizar a es individuais enquanto o demandado que ganhou a a o coletiva pode novamente ser acionado a t tulo individual Mas se trata de uma escolha consciente entre prejudicar com uma coisa julgada desfavor vel o membro do grupo que n o teve a oportunidade de optar pela exclus o pela t cnica do opt out entre o risco de esvaziamento dos processos coletivos pela t cnica do opt in a grande maioria dos pa ses ibero americanos preferiu privilegiar os membros do grupo invocando um princ pio de igualdade real e n o apenas formal que exige que se tratem diversamente os desiguais E certamente os membros de uma classe desrespeitada em seus valores fundamentais merece o tratamento diferenc
203. a o de multa na hip tese de terceiriza o de servi os irregular Ademais especificamente em rela o Caixa Econ mica Federal por se tratar de empresa p blica ainda que se reconhecesse a irregularidade da terceiriza o dos servi os n o se poderia impor a anota o das CTPS diante do comando do art 37 inciso II da Constitui o da Rep blica Sendo incab vel o registro dos prestadores de servi o como empregados da autora nos termos em que previsto no art 41 da CLT torna se invi vel a imposi o da multa fixada no art 47 da CLT A viola o ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica na esp cie direta e literal Nesse sentido eis os seguintes precedentes desta Corte EMBARGOS RECURSO DE REVISTA CONHECIMENTO OM SS S VIOLA O DO ART 896 DA CLT IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO DE REVISTA POR VIOLA O DO ART 5 INCISO II DA CF 88 Se o julgador imp e parte obriga o n o prevista em lei vulnera de forma literal o princ pio da legalidade contido no art 5 inciso II da Constitui o Federal pelo que n o se h falar nesta hip tese em viola o reflexa porque n o imprescind vel neste caso o exame de normas de car ter infraconstitucional Embargos n o conhecidos E RR 557 805 1999 2 Rel Min Carlos Alberto Reis de Paulo DJ 03 09 2004 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DEFICI NCIA DE ILUMINAMENTO Consoante disposto na Orienta o
204. a prote o ao consumidor e n o ao prestador do servi o A dispers o normativa existente sobre o tema guarda pois simetria com a dispers o e mir ade de situa es que existem na realidade econ mica e produtiva contempor nea que est o a desafiar a centralidade da rela o de emprego no mundo do trabalho Acrescente se que a pr pria diversifica o das formas jur dicas de emprego acentua uma segmenta o do mercado de trabalho intensificada pelas evolu es normativas nas ltimas d cadas que contribuem para a perda da dimens o garantista do Direito do Trabalho Neste contexto ganha destaque a recente aprova o na Espanha da Lei 20 2007 que instituiu o Estatuto do Trabalho Aut nomo LETA introduzindo direitos individuais e coletivos para profissionais tradicionalmente exclu dos das fronteiras do Direito do Trabalho Apresentada como primeira regula o sistem tica e unit ria do trabalho aut nomo na Uni o Europ ia como tal foi festejada pelo poder p blico pelas representa es de aut nomos e pela UGT e em menor grau e com maior cautela tamb m saudada por outros sujeitos sociais tais como a CEOE e CC OO Surge ent o a pergunta diante da necess ria amplia o dos sujeitos protegidos pela tutela laboral seria o LETA um exemplo no mbito do direito comparado de nova tutela Passemos ao seu exame Os nexos que se estabelecem entre tal microssistema normativo dito de trabalho aut nomo e o do
205. a pelos titulares dos direitos violados remanesceriam sem repara o Entender dessa forma implicaria admitir por exemplo que nos casos de a es promovidas contra empregadores que exploram trabalho escravo quest o fundamental para o Parquet trabalhista o Minist rio P blico deteria legitimidade apenas para ajuizar a o civil p blica com o fim de obter a imediata cessa o da conduta atentat ria lei n o o sendo por m para pleitear o pagamento das parcelas devidas pelo empregador ao empregado que prestava servi os em regime de escravid o inclusive a repara o pelos danos ocasionados Tal provid ncia quedaria pendente de incerta e em muitos casos improv vel provoca o de cada trabalhador lesado mediante o ajuizamento de a o individual Dessa forma afigurando se inquestion vel a relev ncia social dos direitos individuais homog neos postulados direitos coletivos em sentido amplo bem como evidenciada import ncia de sua defesa de forma coletiva a fim de assegurar a m xima efetividade presta o jurisdicional e atender os princ pios do acesso justi a e da celeridade e economia processuais evitando m ltiplas demandas individuais e a sobrecarga do Poder Judici rio resulta ineg vel a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para postular tamb m as repara es pecuni rias constantes da exordial Conclui se da que viabilizava o conhecimento do recurso de revista a apontada
206. a vol 74 n 3 jul set 2008 321 JURISPRUD NCIA preju zos decorrentes da venda cancelada risco do neg cio mas deixa de receber as comiss es decorrentes da venda mal sucedida risco da fun o Conhe o da Revista em face da diverg ncia 2 M RITO 2 1 COMISS ES ESTORNOS IMPOSSIBILIDADE RISCO DO NEG CIO DO EMPREGADOR O ac rd o proferido pelo TRT da 5 Regi o merece ser mantido J examinei id ntica controv rsia no mbito da SDI 1 do TST E ED RR 754 485 2001 9 DJ 08 02 2008 Pe o v nia para adotar a mesma fundamenta o Esta Corte tem posicionamento no sentido de que o n o pagamento ou o cancelamento da compra pelo cliente n o autoriza o empregador a estornar as comiss es do empregado Discute se o direito do empregador de estornar as comiss es de vendas pagas ao empregado tendo em vista o cancelamento das compras O entendimento adotado se apresenta o mais adequado ao deslinde da controv rsia Diante do quadro f tico delineado tem se que a Reclamante efetuou a venda de mercadorias a empresa aceitou o pedido e posteriormente o comprador cancelou a compra De acordo com o art 2 da CLT cabe ao empregador o risco da atividade econ mica que explora A hip tese em exame n o de recusa do empregador proposta de venda realizada pela reclamante e tampouco de insolv ncia do comprador da porque a transa o foi conclu da ou melhor ultimada e assim invi vel
207. a a o popular mas que em nosso sentir represente hip tese de substitui o processual dos titulares do direito difuso ao patrim nio p blico ato sensu pelo cidad o eleitor que n o atua direito pr prio mas direito alheio em nome pr prio Ressalte se que na fase de conhecimento da a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos vedado apreciar o pedido individual dos substitu dos tendo em vista que a senten a ser obrigatoriamente gen rica CDC art 95 Vale dizer na a o coletiva examina se apenas a potencialidade danosa aos interesses individuais homog neos A aferi o efetiva dos prejuizos individualmente sofridos somente poder ocorrer na liquida o a t tulo individual que a preferencial CDC arts 97 98 2 I 99 e 100 Em outras palavras somente no processo de liquida o de senten a por artigos a sim poder o r u alegar litispend ncia ou coisa julgada se existir a o individual ajuizada anteriormente pelo liquidante individual na a o coletiva 5 1 O Requerimento de Suspens o da A o Individual Em refor o constata o da inexist ncia entre a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos e a o individual a parte final do art 104 do CDC determina que os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II interesses coletivos e III interesses individuais homog neos do art 103 N
208. a assumir um nus que pr prio do empregador o de suportar os riscos da atividade empresarial Nesse sentido se o empregado foi bem sucedido no acerto com o comprador e conseguiu firmar o contrato de compra e venda est o satisfeitas as condi es necess rias e suficientes para que fa a jus ao recebimento das comiss es devidas pela venda A circunst ncia de o comprador deixar de efetuar o pagamento pr pria do risco a que est sujeita qualquer atividade empresarial n o pode ser suportada pelo empregado Assevera Jos Martins Catharino Tratado p 530 531 in Curso de Direito do Trabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat 3 ed LTr vol II p 74 O direito comiss o come a a surgir no momento em que o empregado estabelece o contato com o fregu s corporifica se pouco a pouco amadurece com a conclus o do neg cio ganhando forma e exatid o salvo cl usula em contr rio que fa a depender da liquida o superveniente seja total ou parcial Entretanto em face dos termos do art 466 da CLT percebe se nitidamente que o direito s comiss es efetivamente nasce com a ultima o da transa o e sua for a passa a poder ser exigido pelo empregado Para alguns s se concretiza a transa o com o pagamento do pre o para outros ultimada no momento em que o comprador e vendedor se p em de acordo com todas as condi es do neg cio realizando em consegii ncia o contrato de compra e venda cf
209. a cl ssica mas tamb m podem ser agrupados em demandas coletivas dada a sua homogeneidade a transposi o para o direito brasileiro das class actions for damages ou do mass tort cases do sistema da commom law Parecer sobre A o Civil P blica ajuizada pelo Minist rio P blico Federal inserto na obra O processo em evolu o Ada Pellegrini Grinover Rio de Janeiro Forense Universit ria 1996 p 461 462 Se a pretens o deduzida em ju zo envolver direitos individuais homog neos voltados para a repara o concreta de todos os representados do sindicato cab vel a propositura de a o civil coletiva junto ao primeiro grau de jurisdi o por intelig ncia do art 91 do C digo de Defesa do Consumidor conjugado com a Lei n 7 347 85 em seu art 21 TRT SP 361 95 A N lson Nazar Ac SDC 35 96 A Frise se por oportuno que o inciso IV do art 82 do C digo de Defesa do Consumidor Lei n 8 078 90 equipara as associa es legal mente constitu das h pelo menos um ano aos sindicatos Doutra parte do ponto de vista da praticidade do processo n o se pode aceitar que a discuss o de um s tema evolvendo 8 062 ex empregados da reclamada se fa a individualmente ou quando muito em in meras a es pl rimas sa bendo se que se assim for estaremos inviabilizando uma solu o nica e r pida com preju zo para a Justi a e especialmente para os jurisdicionados De se lembrar aqui a li o sempre l cida
210. a condi o de substituto processual deve ainda prevalecer Assim ainda que se entenda que o Recurso de Revista foi indevidamente conhecido por contrariedade S mula n 219 do TST persiste o conhecimento por contrariedade S mula n 310 item VIII tamb m do TST contra o qual n o se insurge o embargante Dessa forma n o est demonstrada a ofensa ao art 896 da CLT Quanto ao m rito discute se o pagamento de honor rios advocat cios na hip tese de o sindicato figurar no feito na qualidade de substituto processual Esta Corte tem entendido pela impossibilidade do deferimento Nesse sentido s o os seguintes precedentes HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITU TO PROCESSUAL IMPOSSIBILIDADE 1 N o pelo fato de o sindicato atuar como substituto processual que a ele se dever o reconhecer honor rios advocat cios 2 Honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos apenas quando se trata de reclamante individual benefici rio da justi a gratuita cuja assist ncia jur dica promovida pelo sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Cuida se aqui dos estritos termos da Lei n 5 584 70 3 Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova 232 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA compet ncia da Justi a do
211. a e sua Efic cia Concreta A ministra citou exemplos em que esse princ pio deixou de ser abstrato e assumiu um car ter concreto normativo e explicou a distin o entre argumentos de princ pio e argumentos de valor ressaltando que s os primeiros orientados pelo sistema dos direitos e n o por aspectos particulares subjetivos como os valores s o capazes de manter a liga o entre o caso particular e a ordem jur dica como um todo Cristina Peduzzi citou diversos casos concretos nos quais o Judici rio baseou suas decis es no princ pio da dignidade da pessoa humana O TST por exemplo reconheceu v rias vezes o direito reintegra o de trabalhadores portadores do v rus HIV embora a legisla o ordin ria n o contemple essa possibilidade Nos casos que vem julgando o TST tem entendido que a empresa que demite o empregado ciente da sua condi o comete discrimina o sobretudo por saber que desempregado o trabalhador ter dificuldades em custear os tratamentos de sa de necess rios Outro exemplo o reconhecimento do direito ao recebimento de FGTS por parte de trabalhadores contratados por rg os p blicos sem concurso p blico Embora o contrato seja considerado nulo garante se o pagamento do sal rio e do FGTS A preocupa o com a possibilidade de o uso indiscriminado de princ pios fundamentais de forma valorativa para refor ar convic es de ordem religiosa ou pol tica poss
212. a esfera do risco do empreendimento econ mico o qual dever ser suportado pelo empregador na forma do art 2 da CLT A pr pria Lei n 3 207 determina que a inexecu o volunt ria do neg cio pelo empregador n o prejudicar a percep o das comiss es e percentagens devidas O referido preceito corrobora a assertiva segundo a qual o direito s comiss es nasce com a aceita o do neg cio Contratos e regulamenta es especiais de trabalho 2 ed LTr 2002 p 468 O aresto transcrito ao final da fl 408 e aquele transcrito s fls 409 410 n o s o v lidos para o confronto de teses porque aquele origin rio de Turma do TST e o outro do mesmo TRT prolator do ac rd o recorrido Tamb m origin rio do mesmo TRT o ltimo aresto de fls 410 411 O art 896 a da CLT n o autoriza a diverg ncia nessas circunst ncias Assim tamb m a Orienta o Jurisprudencial n 111 da SDI 1 TST Contudo o nico aresto validamente transcrito autoriza o conhecimento pois adota tese contr ria quela do TRT Diz esse paradigma 2 transcri o de fl 410 ESTORNO DE COMISS ES SOBRE VENDAS CANCELADAS L cito ao empregador estornar as comiss es antecipadas em raz o de venda que posteriormente foi cancelada sem a sua culpa concorrente N o se trata in casu de transferir se o risco do neg cio mas sim de quitar comiss es apenas em raz o de vendas bem sucedidas No caso o empregado n o arca com Rev TST Bras li
213. a natureza ou seja pode se pagar outra verba de mesma natureza em compensa o quela esse mesmo sentido que tem no vern culo o verbo compensar acompanhado da preposi o por Observa se que o que registra o Dicion rio Pr tico de Reg ncia Verbal de Celso Pedro Luft compensar por igualar equilibrar em sentido oposto o efeito de uma coisa com o de outra neutralizar a perda com o ganho o mal com o bem contrabalan ar 8 ed tica 2006 12 as parcelas vencidas referem se a ano anterior a esse em raz o de a a o ter sido ajuizada em fevereiro de 1998 Quanto a parcelas vincendas eventual direito dos associados da autora estaria na depend ncia da exist ncia de lucro ou preju zo do Banco N o obstante pode se imediatamente reconhecer aos associados da auto ra direito a receber gratifica o semestral sempre que o reclamado tiver concedido participa o nos lucros aos empregados da ativa Nessa hip tese o valor da grati fica o semestral ser correspondente ao valor da participa o nos lucros 13 a gratifica o semestral quanto a parcelas vincendas nos anos em que n o tiver sido paga a participa o nos lucros ser eventualmente devida na forma das normas regulamentares Da reforma da decis o regional fundamento jur dico As regras preestabelecidas quanto a vantagens econ micas concedidas espontaneamente pelo empregador h o de ser respeitadas tais e quais A circu
214. a quando tem as mesmas partes a mesma causa de pedir e o mesmo pedido Acrescenta o 3 que h litispend ncia quando se repete a o que est em curso e coisa julgada quando se repete a o j decidida por senten a contra a qual n o caiba recurso A litispend ncia pressup e a repeti o de a o em curso desde que ambas sejam id nticas e a identidade de a es se verifica quando ambas as a es t m as mesmas partes a mesma causa de pedir e o mesmo pedido O fundamento jur dico para a litispend ncia e a coisa julgada consistirem fator impeditivo do exame do m rito da a o posteriormente ajuizada evitar a duplicidade de decis es sobre a mesma causa e eventual condena o dupla em favor do r u o que evid ncia descabido A quest o que se coloca para reflex o diz respeito situa o em que o sindicato profissional na condi o de substituto processual aju za reclama o trabalhista postulando a condena o da empresa no pagamento de adicional de insalubridade em favor dos substitu dos empregados em determinado setor ou setores da empresa Quando ainda em curso esta a o ajuizada um dos trabalhadores substi tu dos pelo sindicato aju za reclama o individual postulando a condena o no mesmo pedido postulado na primitiva a o movida pelo sindicato Nesta hip tese concreta pode se falar em litispend ncia e obstar o de senvolvimento regular e v lido da segunda reclama o movida pelo
215. a retirar sua import ncia assinalou A ministra lembrou ainda que h casos em que posi es contr rias buscam sustenta o no mesmo princ pio Foi o caso da discuss o em torno da utiliza o de c lulas tronco embrion rias pelo STF A constitucionalidade do artigo da Lei de Biosseguran a que trata do tema foi questionada pelo ent o procurador geral da Rep blica com base no princ pio da dignidade da pessoa humana no 154 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 NOTAS E COMENT RIOS caso o embri o Por maioria o STF rejeitou a ADIn e entre os fundamentos dos votos apresentados estava o de que as pesquisas serviam para dignificar a pessoa humana os portadores de les es e doen as que poder o se beneficiar das pesquisas Situa o semelhante tem se verificado na atual discuss o sobre a antecipa o de parto por anencefalia do feto Trabalho escravo avan os e resist ncias No segundo dia do evento o Subprocurador Geral do Trabalho Lu s Ant nio Camargo de Melo abriu sua exposi o com um document rio sobre a realidade de trabalhadores em condi es an logas s de escravo e em seguida buscou delinear o quadro que se costuma chamar de trabalho escravo sob a ptica contempor nea Tecnicamente a express o correta trabalho for ado definido pela Conven o n 29 da OIT como todo trabalho exigido de um indiv duo sob amea a de qualquer penalidade para o qual ele n o t
216. actual del que se deduce para ser utilizado condiciona el destino de las personas y aunque privado Romagnoli 2004 p 17 Os direitos constitucionais se dirigem a todos os trabalhadores e os conte dos enunciados no art 7 e seguintes da Constitui o de 1988 est o normativamente institu dos carecendo de uma atua o que deles lhes extraiam sua m xima efetividade Muitos s o os caminhos para a constru o de novas tutelas laborais mas sem sombra de d vidas este o que podemos n s juristas trilhar desde j 3 SEGUNDA NOTA NOVAS TUTELAS ANTIGAS LABUTAS E DEMANDAS O reconhecimento de que as transforma es no mundo do trabalho conduziram a um processo de deslaboraliza o ou reciviliza o do trabalho humano um indicador de que o final do s culo XX assistiu a uma regress o na tend ncia at ent o vivida de amplia o das fronteiras do Direito do Trabalho de constitui o de um ramo protetor que se apresentava como direito in fieri a cada passo alargando o conceito de subordina o para incluir mais e mais sujeitos debaixo de suas asas Neste momento adverte M rio E Ackerman o jovem Direito do Trabalho pode ingressar em sua maturidade reconhecendo que o tudo ou nada que provoca a exig ncia de identifica o de uma rela o de Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 131 DOUTRINA depend ncia j n o uma resposta razo vel s novas manifesta es das necessidades do
217. ada pelo fato de que a satisfa o de um s implica por for a a satisfa o No caso de diss dio coletivo de greve em atividade essencial est se diante n o de compet ncia demarcada para as a es oriundas da rela o de trabalho das quais se exclu ram liminarmente as que envolvam os estatut rios mas de situa o regida pelo 3 do art 114 qual seja em caso de greve em atividade essencial com possibilidade de les o do interesse p blico o Minist rio P blico do Trabalho poder ajuizar diss dio coletivo competindo Justi a do Trabalho decidir o conflito Trata se de hip teses distintas t o distintas que foram inscritas no novo art 114 em itens separados que versam sobre a compet ncia da Justi a do Trabalho e regidas igualmente distintos Se as a es referidas no inciso I sob comento abrangessem as a es acerca do exerc cio do direito de greve e as paralisa es nas atividades essenciais n o existiriam o inciso Il e o 3 no referido novo art 114 A decis o liminar prolatada naquela ADI DJ 04 02 2005 p 2 3 n o toca no assunto das a es que envolvam o exerc cio do direito de greve limitando se a examinar a extens o da express o rela o de trabalho contida no referido inciso 1 Apud MELO Raimundo Sim o A Greve no Direito Brasileiro S o Paulo LTr 2006 p 124 125 16 MELO Raimundo Sim o Op cit p 123 66 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set
218. adapta o dos mecanismos do fair notice e do right to opt out assegura se ao substitu do a oportunidade de integra o ao contradit rio que se exprime na f rmula ci ncia necess ria rea o poss vel Dinamarco 1986 p 93 e ao mesmo tempo legitima se o regime da coisa julgada pro et contra semelhan a do que ocorre na figura da representa o Mafra Leal 1998 p 61 O projeto de reforma sindical est esquecido no Congresso Nacional travado pela for a do revigorado corporativismo o que faz supor que as chances de solu o do impasse em curto prazo pela via legislativa s o remotas Ent o 100 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA o que fazer A proposta que ofere o ao debate se dirige aos ju zes em per odo de forma o aos quais se destina esse col quio Temos de pensar com os olhos voltados para a Constitui o em especial para os princ pios do acesso Justi a e do devido processo legal que s o os fundamentos pol ticos do sistema processual Grinover Cintra e Dinamarco 2005 p 82 O primeiro passo identificar na causa de pedir se o direito individual a que se pede prote o homog neo ou puro Esse esfor o necess rio para definir o procedimento adequado que ao lado do contradit rio da ess ncia do princ pio do devido processo legal Dinamarco 1987 p 179 180 Se o direito for homog neo aplica se o procedimento do C digo de Defesa do Consum
219. ado em nosso ordenamento legal e sem qualquer vantagem para o infrator n o se venha dizer que houve concord ncia ou liberalidade do devedor Em se tratando de norma de ordem p blica como o caso n o h espa o para transa es nem para mais Tratando se de san o aplica se o princ pio da reserva legal prevista no art 5 inciso XXXIX da Consti tui o Federal que assim disp e N o h crime sem lei anterior que o defina nem pena sem pr via comina o legal S se pode concluir por tanto que o Termo de Ajustamento de Conduta que estabelece outra san o al m daquela prevista em lei para determinada infra o administrativa viola os princ pios constitucionais da legalidade e da reserva legal Deve se dizer ainda que a multa em quest o n o tem natureza de astreinte mas sim de verdadeira penalidade por infra o administrativa ou seja san o por desobedi ncia norma trabalhista N o fossem todos esses argumentos fato que o t tulo tamb m inexig vel em face de o devedor n o mais se encontrar em mora Para que se considere um devedor em mora h necessidade de se saber se descum priu a obriga o no tempo pelo modo e na forma que a conven o estabelecer Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA A conven o estabeleceu que a obriga o seria cumprida na forma da lei ou seja pagamento mensal Todavia o devedor n o s efetuou os
220. afo nico N o poss vel instruir um pedido de pagamento de adicional de insalubridade envolvendo centenas de trabalhadores que prestam servi os em diferentes setores da empresa Dificilmente se saber sobre as condi es de trabalho de cada um ouvindo se apenas tr s testemunhas de cada lado sem dizer que a elevada quantidade de indiv duos em lit gio sempre conspira contra a garantia de dura o razo vel do processo que tamb m integra o princ pio do devido processo legal Dinamarco 2000 p 1259 Finalmente o juiz deve exigir a comprova o de que os substitu dos foram comunicados do ajuizamento da demanda e esclarecidos sobre o risco da vincula o a um julgado negativo Se o processo coletivo comum por regra do C digo de Defesa do Consumidor assegura o direito informa o mesmo Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 101 DOUTRINA quando a coisa julgada negativa n o atinge o substitu do com muito mais raz o exigi la quando a coisa julgada vinculativa bom lembrar que em Jogo est o patrim nio pessoal do trabalhador n o do sindicato que instaurou o processo N o guarda conformidade id ia de democracia na qual est o impl citos os valores da igualdade da liberdade e da participa o que o empregado fique exposto ao risco de perder o seu patrim nio sem o direito de pedir a exclus o do processo como se fosse um ref m do rg o de dire o do sindicato Ainda mais grave quando no
221. al como um dos direitos humanos fundamentais deve merecer de todos os poderes p blicos aten o especial na medida em que a integra o dos direitos decorrentes do sistema internacional de prote o aos direitos humanos no plano interno deve se pautar por quatro crit rios de inter preta o como bem ensina Ermida Uriarte 2004 o princ pio que assegura a aplica o daquela norma dentre v rias que for mais favor vel ao exerc cio concreto dos direitos a garantia de que a interpreta o das normas existentes que tutelem os direitos humanos fundamentais deve se voltar interpreta o mais favor vel s pessoas a exist ncia de uma interdepend ncia entre os trata dos internacionais e a aplica o direta ou presun o de aplicabilidade imediata das normas que reconhe am ou instituam direitos humanos fundamentais Ou seja estabelece se uma complementaridade entre o sistema nacional e interna cional de prote o 144 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA E se as regras nacionais estiverem aqu m das garantias estabelecidas nos instrumentos internacionais Interpretam se restritivamente os direitos assegurados N o esta a resposta constitucionalmente adequada Como bem observa Carlos Roberto Siqueira Castro a utiliza o da rede normativa de tutela dos direitos humanos determina que seja feita uma releitura dos textos normativos nacionais inclusive o da Constitui o de molde a compatibiliz
222. alquer restri o utiliza o da a o civil p blica pelo Minist rio P blico do Trabalho sendo que os arts 81 inciso II e 83 da Lei n 8 078 90 tamb m legitimam o Minist rio P blico a ajuizar a aludida a o Da exegese dos artigos constitucionais e infraconstitucionais acima transcritos conclui se pelo interesse do Minist rio P blico para propor a a o civil p blica Recurso de revista conhecido e provido Processo n TSTERR 157 2006 042 03 00 Ac 5 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos do Recurso de Revista n TST RR 157 2006 042 03 00 4 em que Recorrente Minist rio P blico do Trabalho da 3 Regi o e s o Recorridos Du Pont do Brasil S A e Sindicato dos Traba lhadores nas Ind strias Qu micas e Farmac uticas de Uberaba e Regi o STIQUIFAR O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regi o ao apreciar os recursos ordin rios interpostos pela primeira reclamada e pelo Minist rio P blico do Trabalho mediante o ac rd o de fls 263 275 complementado s fls 286 288 extinguiu o processo sem julgamento do m rito nos termos do art 267 IV do Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 165 JURISPRUD NCIA TEM TICA CPC No que diz respeito ao recurso do Minist rio P blico do Trabalho concluiu que restou prejudicado O Minist rio P blico do Trabalho interp e recurso de revista fls 292 302 Insiste na possibilidade de ser ajuizada a o civil p blica para co
223. amb m a substitui o processual tem um aspecto luminoso e um aspecto obscuro Se n o tivermos coragem de iluminar esse lado escuro se a pretexto de facilitar o acesso Justi a desviarmos o olhar do lado sombrio que h no instituto estaremos contribuindo para a forma o de um processo autorit rio e ineficiente o que al m de contrariar o ideal de processo justo abrigado no princ pio do devido processo legal servir para desacreditar esse importante instrumento de facilita o de acesso justi a BIBLIOGRAFIA ASSIS Araken Substitui o processual Revista Dial tica de Direito Processual S o Paulo n 9 dez 2003 BARBOSA MOREIRA Jos Carlos Apontamentos para um estudo sistem tico da legitima o extraordin ria Direito processual civil ensaios e pareceres Rio de Janeiro Bors i 1971 A es coletivas na Constitui o Federal de 1988 Revista de Processo S o Paulo RT n 61 1991 BATALHA Wilson de Souza Campos Direito processual das coletividades e dos grupos S o Paulo LTr 1991 CAMPOS Jr Ephraim Substitui o processual S o Paulo RT 1985 CASTELO Jorge Pinheiro O direito processual do trabalho na moderna teoria geral do processo S o Paulo LTr 1996 DINAMARCO C ndido Rangel 4 instrumentalidade do processo S o Paulo RT 1987 As tr s figuras da liquida o de senten a In Fundamentos do processo civil moderno S o Paulo Malheiros 2000 Institui es
224. amento fixo a t tulo de gratifica o variando de acordo com a delibera o e aprova o da Diretoria do Banco limitado o pagamento aos empregados que recebem complementa o de aposentadoria e ao fato de haver lucro e d exist ncia de preju zo no segundo semestre de 1994 no ano de 1995 no primeiro semestre de 1998 e segundo semestre de 2000 Aponta violados os arts 93 inciso IX da Constitui o Federal 458 do CPC e 832 da CLT N o se verifica contudo a alegada negativa de presta o jurisdicional Quanto incompet ncia material da Justi a do Trabalho registrou a Corte regional ao analisar os embargos de declara o opostos contra o 1 recurso ordin rio que o Ju zo n o necessita manifestar se de of cio acerca da compet ncia material ou funcional se as t m por caracterizadas como ocorre no caso vertente fl 324 No que concerne incid ncia da prescri o total do direito de a o o Tribunal a quo se pronunciou explicitamente acerca do tema consignando o seguinte Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 263 JURISPRUD NCIA TEM TICA A gratifica o semestral foi criada pelo Estatuto da Empresa que tem for a de lei entre as partes Inaplic vel portanto a regra do Enunciado 294 do C TST Tamb m inaplic vel a regra do Enunciado 326 do C TST haja vista que a verba em quest o n o tem natureza de complementa o de aposentadoria Por fim a a o foi proposta em 19
225. ante ressalvada essa concep o acata se por disciplina Judici ria o entendimento consagrado nos referidos Enunciados ns 219 e 329 e nas Orienta es Jurisprudenciais da SDI I ns 304 e 305 desta Corte Assim excluem se da condena o os honor rios advocat cios Dou provimento fls 326 327 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 231 JURISPRUD NCIA TEM TICA O sindicato embargante aponta ofensa ao art 896 da CLT sob o argumento de que o Recurso de Revista foi conhecido por contrariedade S mula n 219 do TST que n o fora invocada nas raz es recursais Sustenta ainda que o entendimento da Turma de que n o cabem honor rios assistenciais quando o sindicato atua como substituto processual viola o art 14 da Lei 5 584 70 e diverge dos arestos que transcreve Quanto indica o de ofensa ao art 896 da CLT n o procedem os argumentos do embargante porquanto n o ficou claro no ac rd o embargado o fundamento que ensejou o conhecimento do Recurso de Revista Da leitura do ac rd o embargado n o se infere que a Turma tenha conhecido do Recurso por contrariedade S mula n 219 do TST ao menos exclusivamente Foram expendidos fundamentos acerca do item VIII da S mula n 310 do TST no sentido de que embora extinto tal verbete tenha o entendimento constante de seu item VIII que apontava para o n o deferimento dos honor rios advocat cios na hip tese em que o sindicato for o autor da a o n
226. ar los quando ocorrem Assegura n o s indeniza es substanciais adequadas ao princ pio da repara o integral como tamb m utiliza t cnicas processuais que possibilitem v tima a tutela adequada ao restabelecimento do contrato em caso de despedida e que estabele am a responsabilidade objetiva do empregador em face do princ pio da assun o dos riscos do neg cio Ou seja novas tutelas no campo do direito material e processual s o necess rias para se fazer valer a prote o dos empregados em face das doen as profissionais ocupacionais e demais acidentes de trabalho diante da centralidade da import ncia que assume a sa de na preserva o da exist ncia daqueles que laboram e s sobrevivem gra as sua for a de trabalho 3 2 A constru o de novas tutelas tamb m se imp e diante do reconhe cimento de que na contemporaneidade as demandas por dignidade no trabalho se deslocam cada vez mais da arena dos conflitos coletivos de trabalho resol vidos com a exterioriza o de conflitos sociais muitas vezes por meio da manifesta o de autotutela coletiva para a arena judicial O crescimento das a es pleiteando indeniza es por danos morais sofridos nas rela es de emprego e objetivando uma tutela reparadora diante de pr ticas de ass dio moral e sexual n o deixa de ser express o do movimento de judicializa o das rela es sociais e de retorno ao Direito no mbito do Direito do Traba lho Neste sentido
227. ara condenar o reclamado a pagar aos associados da autora a gratifica o semestral desde o segundo semestre de 1994 no valor de 100 do sal rio de cada um parcelas vencidas e vincendas Fixam se desde logo as seguintes premissas que s o adotadas neste Julgamento 286 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA 1 os associados da autora fazem jus gratifica o semestral por norma regulamentar 2 a gratifica o semestral uma vantagem econ mica devida regulamentarmente aos empregados da ativa e aos empregados aposentados que recebem a complementa o de aposentadoria 3 a gratifica o semestral decorre de uma concess o espont nea do reclamado sem contrapartida que assim poderia estipular livremente as regras para tal 4 as normas que vinculam a concess o da gratifica o aos lucros do reclamado e a fixa o de seu valor pela sua Diretoria s o v lidas 5 a inexist ncia de lucro nos anos de 1994 e 1995 al m de fato p blico e not rio ratificado pela interven o do Banco Central anteriormente referida Ali s a mat ria foi enfocada nos embargos de declara o pleiteando se fosse suprida a omiss o com manifesta o acerca dos balan os conforme documento 9 do 2 volume de documentos 6 indevido o pagamento da gratifica o semestral nesse per odo como decidiu se em primeiro grau em raz o de n o ter havido lucro nesses dois anos 7 a observ ncia
228. ara propositura da a o civil p blica Aponta viola o dos arts 5 XXI e 8 II da Constitui o Federal Colaciona arestos ao confronto jurisprudencial Entendo entretanto que no caso concreto o Minist rio P blico n o tem interesse em recorrer Segundo se extrai do que preceituam o art 83 inciso VI da Lei Complementar n 75 93 e do art 127 caput da Constitui o Federal a interven o processual do Minist rio P blico do Trabalho pode ocorrer quando entender necess rio quando oficiar como fiscal da lei ou quando existir interesse p blico que justifique sua iniciativa No caso vertente considerando as fei es das partes litigantes n o restou configurada a hip tese delineada na Lei Complementar n 75 93 Note se que o Parquet n o est a defender interesse indispon vel da categoria profissional representada pelo Sindicato mas sim interesse subjetivo de a o do ente sindical em ajuizar a o civil p blica Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 217 JURISPRUD NCIA TEM TICA Em sendo assim somente o Autor teria interesse em recorrer contra a decis o que concluiu por sua ilegitimidade ativa ad causam e este ao que se tem conformou se com a decis o regional A admitir se a interven o do digno Parquet estar se ia obrigando o Sindicato a permanecer no p lo ativo de a o pela qual se desinteressou deixando de recorrer Vale observar que a Constitui o Federal limita a
229. ararem encontrar se em situa o econ mica que n o lhe permitam demandar sem preju zo do pr prio sustento ou da respectiva fam lia A corrente vencedora est inspirada nos seguintes precedentes desta Se o EMBARGOS SUJEITOS SISTEM TICA DA LEIN 11 496 07 SINDICATO ATUANDO COMO SUBSTITUTO PROCESSUAL HONOR RIOS ASSISTENCIAIS 1 Tendo o ac rd o embargado sido Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 237 238 JURISPRUD NCIA TEM TICA publicado posteriormente ao in cio da vig ncia da Lei n 11 496 07 os presentes Embargos sujeitam se nova reda o do art 894 inciso II da CLT 2 Conforme pacificado no mbito da C SBDI 1 mesmo atuando como substituto processual ao Sindicato s caber o direito aos honor rios quando preenchidos os requisitos legais por se tratar de honor rios assistenciais e n o advocat cios Estes seriam devidos apenas quando em discuss o mat ria estranha rela o de emprego Embargos conhecidos e desprovidos E RR 992 2003 048 03 00 DJ 28 03 2008 Rel Min Maria Cristina Irigoyen Peduzzi EMBARGOS SINDICATO SUBSTITUTO PROCESSUAL HONOR RIOS ADVOCAT CIOS NECESSIDADE DE CUMPRI MENTO DOS REQUISITOS DO ART 14 DA LEI N 5 584 70 AUS NCIA DE PROVA OU DE DECLARA O DE INSUFICI N CIA ECON MICA DOS SUBSTITU DOS A substitui o processual pelo sindicato tem previs o constitucional decorrendo o pagamento de honor rios de advogado em favor do
230. articipa o nos lucros ser devida a gratifica o semestral na forma das normas regulamentares Recurso de revista conhecido e parcialmente provido LIMITA O DA CONDENA O AOS ASSOCIADOS DOMICILIADOS NA COMARCA DE S O PAULO O art 93 do C digo de Defesa do Consumidor disp e que o foro competente ser o da Capital do Estado ou o do Distrito Federal nas a es coletivas ressalvada a compet ncia da Justi a Federal para os danos de mbito nacional ou regional Assim se a pr pria lei atribui a compet ncia ao foro da Capital dos Estados para julgar a o civil p blica proposta por associa o de mbito nacional porque considera que a senten a respectiva tenha efic cia para todos os seus associados relacionados independentemente do lugar em que residam Inaplic veis portanto hip tese os arts 16 da Lei n 7 347 85 e 2 A da Lei n 9 494 97 Recurso de revista n o conhecido 256 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA PRESCRI O TOTAL PRETENS O DOS SUBSTITU DOS QUE NUNCA RECEBERAM A PARCELA S MULA N 326 DO TST O direito vindicado gratifica o semestral baseia se em norma regulamentar ainda em vigor tal e qual A norma estatut ria ou regulamentar que prev o direito continua a mesma Ent o toda vez que se descumpre essa norma renova se a ofensa ao direito A prescri o assim conta se de cada uma dessas eventuais infring ncias
231. as ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica de base v art 81 par grafo nico incisos I e II da Lei n 8 078 90 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 173 JURISPRUD NCIA TEM TICA De sua vez o art 83 III da Lei Complementar n 75 93 estabelece que a compet ncia do MPT para propor a o civil p blica no mbito desta especializada limita se a defesa de interesses coletivos quando respeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos Como se observa a sua atribui o nesta Especializada restringe se defesa de interesses coletivos de natureza indivis vel o que n o se verifica na esp cie em exame onde se discute a possibilidade de a reclamada contratar m o de obra atrav s de cooperativa Equivale dizer aqui os interesses s o individuais ou individuais homog neos j que t m origem comum sem repercuss o contudo na universalidade dos integrantes de uma categoria profissional ou pelo menos em parte significativa dela Registre se ainda que os interesses n o s o indivis veis visto que cada um dos envolvidos poderia individualmente socorrer se de um diss dio individual simples ou pl rimo via do qual questionaria a licitude da presta o de servi os atrav s da cooperativa Nesse contexto carece o MPT de legitimidade para aforar a presente a o Acolho pois a prefacial arg ida e julgo extinto o processo sem Julgamento
232. ativa n 27 05 Pretender conceder ao sindicato honor rios advocat cios quando atua como substituto processual implicaria ao menos verificar se todos os substitu dos sem exce o s o benefici rios da justi a gratuita sob pena de a parte ex adversa se ver obrigada a suportar esses honor rios por mera sucumb ncia acaso desatendido o referido requisito por qualquer dos substitu dos Todavia no caso dos autos o Tribunal Regional n o consignou esses dados f ticos 4 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provimento E ED RR 985 2005 099 03 00 2 Rel Min Brito Pereira DJ 29 06 2007 N o obstante a jurisprud ncia desta Corte no sentido de indeferir honor rios advocat cios em semelhantes circunst ncias hip tese de incid ncia Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 233 JURISPRUD NCIA TEM TICA da S mula n 333 do TST a maioria da Sess o concluiu por conhecer do Recurso pelos paradigmas indicados as fls 343 e 345 Dessa forma ressalvo meu entendimento pessoal e conhe o do Recurso de Embargos por diverg ncia jurisprudencial 2 M RITO 2 1 HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SUBSTITUI O PROCESSUAL Versam os autos sobre a pretens o ao recebimento de honor rios advocat cios em favor de sindicato que figura no feito na qualidade de substituto processual enquanto como se sabe no mbito do processo do trabalho a condena o ao pagamento de honor rios advocat cios somente
233. autora foram rejeitados havendo o Tribunal a quo consignado a seguinte fundamenta o Esta E Turma manteve a multa aplicada pelo Poder P blico embargante em raz o da infra o administrativa apurada durante auditoria efetuada por fiscais do Minist rio do Trabalho Concluiu se que a autora mantinha em suas depend ncias trabalhadores contratados irregularmente por meio de empresas prestadoras de servi os A ilegalidade vislumbrada pela E Turma decorria da circunst ncia de todos esses trabalhadores executarem atribui es diretamente relacionadas atividade fim da tomadora e a infra o decorria do descumprimento da obriga o prevista no art 41 da CLT Prevaleceu portanto o entendimento de que a autora utilizou os servi os prestados por n mero significativo de trabalhadores sem providenciar o registro exigido na lei Salientou se que a proibi o de contratar empregados sem pr via aprova o em concurso p blico imposta autora por norma constitucional n o alterava a conclus o acima Isso porque essa circunst ncia n o autorizava a contrata o terceirizada voltada para a atividade fim Esclareceu se que a proibi o relacionada forma de contrata o dos empregados n o iria convalidar a conduta ilegal da autora Registrou se que a hip tese narrada configurava uma dupla ilegalidade pois restara evidenciada a admiss o de trabalhadores sem observ ncia do preceito contido no art 37 II da Constitui o a
234. balho de ver declarada a ilegalidade desse proce dimento fraudat rio dos direitos constitucionalmente assegurados aos trabalhadores com pedido expresso de comina o de multa e proibi o de contrata o de trabalhadores via cooperativa por parte da reclamada iden tifica se como tipico e inconfund vel interesse coletivo na medida em que abrange grupos de empregados que est o intimamente ligados tomadora dos seus servi os por uma rela o jur dica base E nesse contexto por certo que a lide deve ser examinada em seu m rito pelo egr gio Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regi o porque adequada a a o civil p blica para seu exame Mas ad argumentandum ainda que se pudesse vislumbrar que a hip tese de direitos individuais homog neos como declara o Regional o fato que da mesma forma a a o civil p blica o meio processual adequado Com efeito o Supremo Tribunal Federal em ac rd o da lavra do Min Mau r cio Corr a reconhece que os direitos individuais homog neos constituem uma subesp cie de interesses coletivos STF 2 T RE 163231 3 SP j 01 09 96 Recurso de revista provido Processo n TST RR 775 008 01 Ac 4 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST RR 775 008 01 2 em que recorrente Minist rio P blico do Trabalho da 3 Regi o e Recorrida Sucocitrico Cutrale Ltda O e TRT da 3 Regi o pelo ac rd o de fls 2897 290
235. bunal Federal proferidas nos Mandados de Injun o n 670 708 e 712 que tiveram o grande m rito de suprir o v cuo legislativo decorrente da aus ncia de regulamenta o do direito de greve dos servidores p blicos pela aplica o transit ria e no que couber da Lei de Greve Lei n 7 783 89 H portanto viabilidade processual na utiliza o pelo Minist rio P blico do Trabalho da via do diss dio coletivo de greve de servidores p blicos submetidos legisla o trabalhista na forma preconizada no art 114 3 da Constitui o Federal sempre que esta ocorra em atividade essencial e na perspectiva de les o ao interesse p blico Entretanto o mesmo n o se pode dizer em rela o aos servidores n o submetidos legisla o trabalhista e jurisdi o da Justi a do Trabalho Se os diss dios coletivos de greve s o de compet ncia origin ria e exclusiva dos Tribunais do Trabalho por determina o expressa do legislador constitucional CF art 114 3 n o h como se utilizar desses instrumentos fora dos Tribunais do Trabalho ainda que para tutelar as greves dos servidores p blicos submetidos jurisdi o da Justi a Comum A aplica o anal gica da Lei de Greve Lei n 7 783 89 determinada pelas decis es do Supremo Tribunal Federal antes referidas proferidas nos Mandados de Injun o n 670 708 e 712 apenas reafirmam essa conclus o pois o nico dispositivo dessa lei que versa sobre mat ria
236. c pio da igualdade jur dica previsto no art 5 da Constitui o Federal de 1988 Ressalte se que o princ pio da igualdade jur dica na concep o trazida pelo constitucionalismo contempor neo passou a ter conceito de afirma o necess ria da iguala o dos desigualados na sociedade ou seja deixou de ter um conceito est tico e negativo para um democr tico din mico e positivo Nesse sentido leciona C rmen L cia Antunes Rocha A defini o jur dica objetiva e racional da desigualdade dos desiguais hist rica e culturalmente discriminados concebida como uma forma para se promover a igualdade daqueles que foram e s o marginalizados por preconceitos encravados na cultura dominante na sociedade Por essa desiguala o positiva promove se a iguala o jur dica efetiva por ela afirma se uma f rmula jur dica para se provocar uma efetiva iguala o social pol tica econ mica no e segundo o Direito tal como assegurado formal e materialmente no sistema constitucional democr tico A a o afirmativa ent o uma forma jur dica para se superar o isolamento ou diminui o social a que se acham sujeitas as minorias A o afirmativa o conte do democr tico do princ pio da 314 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA igualdade jur dica S o Paulo Revista Trimestral de Direito P blico n 15 1996 p 86 99 Desse modo s o poss veis no ordenamento jur
237. cart es corporativos o Conselho Superior da Justi a do Trabalho vem realizando um trabalho de f lego no sentido de dotar toda a Justi a do Trabalho de um padr o estrutural m nimo tanto sob o ponto de vista material quanto do de recursos humanos Recentemente foi conclu do um levantamento desta realidade econ mica t cnica e estrutural das Varas e Tribunais Regionais e a partir dele apresentou se proposta de equipar todos os rg os igualmente respeitadas as peculiaridades de cada Regi o e levando se em conta a informa o que nos mais fundamental o volume processual de cada um desses rg os ou seja a rela o entre o n mero de magistrados e servidores por processo A meta ambiciosa mas fact vel criar uma identidade em todas as 1 371 Varas do Trabalho e nos 24 Tribunais Regionais com equipamentos padronizados ou pelo menos compat veis e com estrutura adequada ao volume de trabalho de cada um evitando distor es excessos de um lado car ncias de outro As sugest es apresentadas pelo grupo que trabalhou neste levantamento est o sendo agora submetidas s reas interessadas para que recebam cr ticas e sugest es antes de finalmente se tornarem elas tamb m uma realidade Poder amos ter muito mais poder amos estar muito mais avan ados se de h muito estiv ssemos interagindo conversando trocando id ias trocando informa es compartilhando programas compartilhando equipamentos n s todos do Jud
238. cas O elemento discriminador no caso em exame por ser flagrantemente contr rio a princ pios constitucionais e direitos fundamentais n o pode ser aceito como leg timo Recurso de revista conhecido e provido Vistos relatados e discutidos estes autos do Recurso de Revista n TST RR 541014 99 4 em que Recorrente Antonio Inacio Quesado e Recorrida Petr leo Brasileiro S A RR 541014 99 4 Juiz Convocado Jos Antonio Pancotti publicado no DJ 21 05 2004 sublinhei EMBARGOS GRATIFICA O DE DESLIGAMENTO PRINC PIO DA ISONOMIA 1 O benef cio institu do por liberalidade do empregador sujeita se ao crivo do princ pio da isonomia Com efeito o ordenamento jur dico repudia o tratamento discriminat rio art 5 da Constitui o de 1988 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza 2 Nessa esteira tamb m o poder diretivo do empregador assegurado em norma infraconstitucional art 2 da CLT submete se ao princ pio da igualdade 3 Na hip tese vertente a inst ncia ordin ria registrou que o Reclamante encontrava se em igualdade de condi es em rela o aos demais empregados que receberam a verba gratifica o de desligamento e que preenchia os requisitos erigidos pelo empregador 4 Desse modo n o aceit vel o tratamento discriminat rio praticado pela Reclamada E RR 536 235 1999 2 Rel Min Maria Cristina Irigoyen Peduzzi publicado no DJ 10 11 2006 sublinhei
239. casos de admiss o no decurso do semestre 2 Proceder se a compensa o desta verba gratifica o semestral por outra de id ntica natureza prevista em lei ou em normas coletivas de trabalho ou que venham a ser institu das E acentuam se dados f ticos relevantes 1 n o foram pagas as gratifica es semestrais do segundo semestre de 1994 e do primeiro e do segundo semestres de 1995 2 o Banco esteve sob regime de administra o especial decretada pelo Banco Central em 30 de dezembro de 1994 ato publicado no Di rio Oficial da Uni o de 02 01 1995 3 em janeiro de 1998 foram pagas retroativamente as gratifica es semestrais do primeiro e do segundo semestre de 1996 e do primeiro semestre de 1997 no percentual de 5 do valor do sal rio de cada um 4 nessa mesma oportunidade valores a t tulo de PLR participa o nos lucros conforme previsto em instrumentos normativos foram pagos apenas aos empregados da ativa 5 desde sua institui o as gratifica es foram pagas nos seguintes valores a primeiro semestre de 1984 base de 50 da m dia dos vencimentos do semestre b segundo semestre de 1984 60 da m dia dos vencimentos do semestre c primeiro semestre de 1985 60 da m dia dos vencimentos do semestre Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 285 JURISPRUD NCIA TEM TICA d primeiro semestre de 1986 17 da m dia dos vencimentos do semestre e segundo s
240. catos t m no art 514 da CLT a obriga o de manter servi os de assist ncia judici ria aos seus associados Tal dispositivo n o representa interfer ncia na organiza o ou funcionamento dessas institui es e por isso foi recepcionado pela Constitui o vigente at porque dela que vem o comando para que o sindicato atue na defesa dos direitos e interesses da categoria inclusive nas quest es judiciais bem como imp e contribui o para o custeio do sistema paga pela categoria que representa Nesse sentido em que pese a import ncia social e econ mica da sua atua o em defesa dos direitos dos seus substitu dos alcan ando inclusive resson ncia constitucional e inexistindo previs o legal para a hip tese de o sindicato auferir honor rios advocat cios quando atua como substituto processual a decis o recorrida contraria o entendimento contido na S mula n 219 desta Corte que acerca da interpreta o a Lei n 5 584 70 no sentido de que na Justi a do Trabalho a condena o ao pagamento de honor rios advocat cios nunca superiores a 15 quinze por cento n o decorre pura e simplesmente da sucumb ncia devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percep o de sal rio inferior ao dobro do sal rio m nimo ou encontrar se em situa o econ mica que n o lhe permita demandar sem preju zo do pr prio sustento ou da respectiva fam lia Conhe o Nada obst
241. ce Resende MELO Manuel Pal cios Cunha e BURGOS Marcelo Baumann A judicializa o da pol tica e das rela es sociais no Brasil Rio de Janeiro Revan 1999 p 149 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 81 DOUTRINA 8 A A O CIVIL P BLICA COMO MODELO ADEQUADO TUTELA DO DIREITO DE GREVE 8 1 A Legitima o Coletiva Ativa dos Sindicatos N o se discute a legitimidade do Minist rio P blico da Defensoria P blica e dos entes de direito p blico interno suas autarquias empresas p blicas funda es e sociedades de economia mista Quanto a estes a legitimidade para a propositura da a o civil p blica encontra se bem definida no texto da lei art 5 incisos I a IV da Lei n 7 347 85 O problema a ser tratado pontual reside na legitimidade ativa dos sindicatos Quando a Lei 7 783 89 em seu art 1 disp e sobre o objeto da a o civil p blica como sendo aquele que se destina apura o da responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados ao meio ambiente economia popular ordem econ mica e urban stica e a outros bens e direitos n o menciona em nenhum dos incisos do referido art 1 a prote o ao trabalhador ou s rela es de trabalho como fez v g com o consumidor Poder se ia objetar nesse contexto que as rela es de trabalho estariam fora do alcance da tutela judicial pela via da a o civil p blica e que os sindicatos n o estariam enquadrados
242. cesso n DC 165049 2005 000 00 00 relatado pelo Ministro Carlos Alberto Reis de Paula da Se o de Diss dios Coletivos do TST antes referido a consigna o de que no contexto da greve ficariam mal configuradas as hip teses de instaura o do diss dio que pode decorrer de iniciativa de qualquer das partes ou do Minist rio P blico consoante o ordenamento jur dico Entretanto a Se o n o enfrentou especificamente a quest o relacionada com a possibilidade de a pr pria parte ajuizar o diss dio coletivo de greve uma vez que o diss dio objeto do julgamento naquele processo era de natureza econ mica tendo sido extinto sem resolu o do m rito na forma do art 267 VI do CPC por aus ncia de anu ncia pr via das partes 34 Vale dizer partes envolvidas no conflito devidamente substitu das pelas respectivas entidades sindicais representativas de categorias econ mica ou profissional conforme regra do art 8 III da Constitui o Federal e art 513 a da Consolida o das Leis do Trabalho 35 DC 171361 2006 Rel Min Ives Gandra Martins Filho in DJU de 19 10 2007 no qual a quest o da legitimidade ativa n o foi discutida tendo havido o julgamento das cl usulas de natureza econ mica a pedido do Sindicato Profissional sem oposi o quanto instaura o da inst ncia da empresa suscitada 36 Enfrentando o processo legislativo que resultou na reda o do art 5 da Lei n 7 347 85 a mesma
243. cido e provido para afastada a alegada ilegitimidade do Minist rio P blico com vistas defesa dos interesses de uma coletividade determinar a remessa dos autos ao Tribunal de origem para prosseguir no julgamento da a o RE 163 231 3 SP Tribunal Pleno Rel Min Maur cio Corr a DJ 29 06 2001 Da se concluir que 1 o direito individual homog neo pode ser defendido em Ju zo por meio de a o civil p blica 2 o objeto desta a o constitui se em direito individual homog neo porque decorrente da mesma origem Ap s a publica o da Lei n 7 347 85 a Lei Complementar n 75 93 veio prever a possibilidade da propositura da a o civil p blica na Justi a do Trabalho pelo Minist rio P blico do Trabalho para proteger os direitos sociais constitucionalmente garantidos conforme se extrai do art 83 inciso II Art 83 Compete ao Minist rio P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg os da Justi a do Trabalho I omissis I omissis II promover a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos grifei Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 277 JURISPRUD NCIA TEM TICA O que se discute pois se a legitimidade para propor a o civil p blica na Justi a do Trabalho se limitaria apenas ao Minist rio P blico ou n o E
244. class actions norte americanas Segundo doutrina Ada Pellegrini Grinover nas a es coletivas para a defesa de direitos individuais homog neos permitindo a repara o dos preju 1 Cf GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Rangel CINTRA Antonio Carlos de Ara jo Teoria geral do processo 11 ed S o Paulo Malheiros 1995 p 254 2 Cf BEDAQUE Jos Roberto dos Santos Tutela cautelar e tutela antecipada tutelas sum rias e de urg ncia tentativa de sistematiza o 2 ed S o Paulo Malheiros 2001 p 68 69 DINAMARCO C ndido Rangel Fundamentos do processo civil moderno 3 ed S o Paulo Malheiros 2000 t I p 327 3 Cf DINAMARCO Pedro da Silva A o civil p blica S o Paulo Saraiva 2001 p 16 17 LEITE Carlos Henrique Bezerra A o civil p blica nova jurisdi o trabalhista metaindividual legitima o do Minist rio P blico S o Paulo LTr 2001 p 92 94 4 Cf MAZZILLI Hugo Nigro A defesa dos interesses difusos em juizo meio ambiente consumidor patrim nio cultural patrim nio p blico e outros interesses 17 ed S o Paulo Saraiva 2004 p 110 Sob o ponto de vista estritamente doutrin rio mais correta veio a ser a terminologia empregada pelo CDC que menciona a o coletiva para alcan ar a a o judicial em defesa de quaisquer interesses difusos coletivos ou individuais homog neos destaques do original 5 Cf ALMEIDA Greg rio Assagra de Direito processual coleti
245. coisa julgada erga omnes 8 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA Greg rio Assagra de Direito processual coletivo brasileiro um novo ramo do direito processual S o Paulo Saraiva 2003 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 117 DOUTRINA BARBOSA MOREIRA Jos Carlos A express o compet ncia funcional no art 2 da Lei da A o Civil P blica Revista Forense Rio de Janeiro ano 101 v 380 p 179 187 jul ago 2005 BEDAQUE Jos Roberto dos Santos Tutela cautelar e tutela antecipada tutelas sum rias e de urg ncia tentativa de sistematiza o 2 ed S o Paulo Malheiros 2001 DINAMARCO C ndido Rangel Fundamentos do processo civil moderno 3 ed S o Paulo Malheiros 2000 t I Institui es de direito processual civil S o Paulo Malheiros 2001 v 1 e 2 DINAMARCO Pedro da Silva A o civil p blica S o Paulo Saraiva 2001 GARCIA Gustavo Filipe Barbosa Coisa julgada novos enfoques S o Paulo M todo 2007 Direitos fundamentais e rela o de emprego trabalho constitui o e processo S o Paulo M todo 2008 GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Rangel CINTRA Antonio Carlos de Ara jo Teoria geral do processo 11 ed S o Paulo Malheiros 1995 GRINOVER Ada Pellegrini et alii C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 8 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 LACERDA Galeno Coment rios ao C digo de
246. coletivos explicitamente dizendo porque s o relativos a grupos categorias ou classes de pessoas que conquanto digam respeito s pessoas isoladamente n o se classificam como direitos individuais para o fim de ser vedada a sua defesa em a o civil p blica porque sua concep o final stica destina se prote o desses grupos categorias ou classe de pessoas 5 As chamadas mensalidades escolares quando abusivas ou ile gais podem ser impugnadas por via de a o civil p blica a requerimento Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 175 JURISPRUD NCIA TEM TICA do rg o do Minist rio P blico pois ainda que sejam interesses homo g neos de origem comum s o subesp cies de interesses coletivos tutelados pelo Estado por esse meio processual como disp e o art 129 inciso III da Constitui o Federal Em decis o ainda mais recente proferida nos autos do RE 213 015 0 em que foi relator o Ministro N ri da Silveira aquela Corte reafirmou a legitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho para a a o civil p blica que visa interesse coletivo qual seja a observ ncia da jornada de seis horas para trabalhadores subaqu ticos que laboram em turnos ininterruptos de revezamento inclusive se valendo do ac rd o transcrito anteriormente e que repita se declarou os direitos individuais homog neos como subesp cie dos direitos coletivos Sua ementa est assim redigida Recurso extraord
247. como naqueles em que atuar como fiscal da lei Este ensinamento foi lan ado pelo Ministro Luciano de Castilho nos autos do ROAA 653 357 2000 Ante o exposto por n o vislumbrar viola o legal improsper vel a irresigna o fls 1517 1518 Inconformado o Minist rio P blico do Trabalho interp e os presentes embargos pelas raz es aduzidas s fls 1537 1549 nos moldes da al nea b do art 894 da CLT Arg i viola o dos arts 6 VII d 83 III e 84 caput da Lei Complementar n 75 93 127 caput e 129 III e IX ambos da Constitui o Federal e 896 c da CLT al m de transcrever arestos para caracterizar dissenso jurisprudencial Sustenta o Parquet sua legitimidade ad causam para buscar tutela judicial para interesses e direitos individuais homog neos subesp cie de direitos e interesses coletivos Alega ainda que a pretens o a condena es pecuni rias reflete interesse social relevante al m de consistir em pedidos de pagamento de sal rio f rias e 13 sal rio direitos sociais constitucionalmente assegurados e indispon veis Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 243 JURISPRUD NCIA TEM TICA A a o civil p blica disciplinada originariamente pela Lei n 7 347 85 como esp cie do g nero a es coletivas tem por finalidade a tutela dos direitos e interesses metaindividuais difusos coletivos e individuais homo g neos em face de amea as ou les es conforme se de
248. como membro do Minist rio Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 259 JURISPRUD NCIA TEM TICA P blico no processo Alega que o Minist rio P blico do Trabalho interp s recurso ordin rio n o atuando como custos legis motivo pelo qual houve a quebra do crit rio de imparcialidade Aponta viola o dos arts 134 inciso II 267 8 3 e 301 8 4 do CPC O art 134 do CPC trata das hip teses de impedimento do juiz Disp e em seu inciso II ser defeso ao juiz exercer suas fun es no processo em que funcionou como rg o do Minist rio P blico No entanto para se reconhecer o impedimento do magistrado neste caso necess rio que tenha funcionado no processo em mesmo tema ou mat ria ora como rg o do Minist rio P blico ora como magistrado Aqui a quest o completamente diversa A eminente magistrada relatora n o havia funcionado como rg o do Minist rio P blico na mat ria que foi devolvida ao Tribunal por meio do segundo recurso ordin rio e do qual ela foi relatora Com efeito o primeiro julgamento do primeiro recurso ordin rio do qual ela participou da sess o respectiva sem nenhuma manifesta o se tratava de recurso ordin rio da Associa o em que se discutia apenas o cabimento desta a o civil p blica movida pela autora nesta Justi a e a legitimidade da Associa o autora Essa mat ria porque j julgada pelo Tribunal de origem n o podia mais como de fato n o foi
249. configura se a contin ncia que esp cie de litispend ncia parcial II Invi vel por m a reuni o de processos tendo em vista que j julgado um deles S mula n 235 STJ impondo se por consequ ncia a extin o parcial do presente writ na parte em que apresenta o mesmo pedido Recurso 3 Dizo 1 do art 129 da CF in verbis A legitima o do Minist rio P blico para as a es civis previstas neste artigo n o impede a de terceiros nas mesmas hip teses segundo o disposto nesta Constitui o e na lei J o art 5 8 2 da Lei n 7 347 85 disp e in verbis Fica facultado ao Poder P blico e a outras associa es legitimadas nos termos deste artigo habilitar se como litisconsortes de qualquer das partes 50 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA ordin rio parcialmente provido para determinar o retorno dos autos ao e Tribunal a quo para que julgue o mandamus STJ RMS 24196 ES 2006 0101994 6 Rel Min Felix Fischer 5 T j 13 12 2007 DJ 18 02 2008 p 46 guisa de exemplo se o Minist rio P blico aju za uma a o coletiva e o sindicato tamb m aju za a o coletiva com causa de pedir e pedidos id nticos ambas em face do mesmo empregador imp e se a extin o da ltima a o coletiva proposta nos termos do inciso V do art 267 do CPC por autoriza o expressa dos arts 19 da LACP e 90 do CDC Nos s tios do processo do trabalho tendo em vista
250. corr ncia de macroles es a direitos extrapatrimoniais de indiv duos e coletividades como por exemplo o procedimento de revistas pessoais para cujo combate imperiosa a exist ncia de tutelas inibit rias e mais que isto de um ambiente de verdadeira liberdade sindical o que nos remete ao tema das rela es coletivas de trabalho 3 4 N o poder amos terminar estas notas sobre novas tutelas laborais sem examinar dois aspectos concernentes ao tema das rela es coletivas de trabalho Diante da expans o dos poderes do capital que desorganiza o sistema constru do durante o s culo XX de prote o social pela inser o dos trabalhadores nos coletivos de trabalho gerando a prolifera o da inseguran a social Castel 2004 e a partir do reconhecimento de que a balcaniza o das rela es de emprego em uma multiplicidade de formas t picas e at picas afeta negativamente a cria o das coletividades de trabalho pois a diversidade de situa es jur dicas dificulta o reconhecimento de rela es de identidade e de pertencimento a uma mesma classe essenciais para a constitui o e desenvolvimento de uma a o coletiva conclu mos em nosso trabalho sobre o tema que no presente n o se trata apenas de incentivar a a o de uma coletividade pr existente e de dar um aux lio sua organiza o importa promover a pr pria constitui o das coletividades aumentar os efeitos dos mecanismos cl ssicos e promocionais de prote
251. corrente Minist rio P blico do Trabalho da Oitava Regi o e s o recorridos Millenium Engenharia Ltda e Sindicato dos Trabalhadores na Ind stria da Constru o Leve e Pesada e do Mobili rio de Paraupebas Sinticlepemp O Minist rio P blico do Trabalho por interm dio da Procuradoria Regional do Trabalho da Oitava Regi o ajuizou a o anulat ria perante Millenium Engenharia Ltda e Sindicato dos Trabalhadores na Ind stria da Constru o Leve e Pesada e do Mobili rio de Paraupebas Sinticlepemp pretendendo a declara o de nulidade das Cl usulas 6 Garantia de Emprego 12 Recrutamento e Contrata o e 16 Contribui o Assistencial Mensal constantes da conven o coletiva de trabalho firmada entre as mencionadas entidades A Se o Especializada do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Regi o mediante o ac rd o a fls 55 67 declarou a nulidade total dos itens 6 2 6 2 1 6 2 2 e 6 2 3 da Cl usula 6 Garantia de Emprego e da Cl usula 16 Contribui o Assistencial Mensal e julgou improcedente o pedido de nulidade do item 12 1 da Cl usula 12 Recrutamento e Contrata o Esse entendimento foi consubstanciado na ementa com seguinte teor A O ANULAT RIA NORMA COLETIVA NULIDADE I Para que seja respeitado o princ pio protetor reitor do direito do traba lho o negociado n o pode prevalecer sobre o legislado exceto quando Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 311
252. culo est errado que n o consideraram tal e tal parcela para calcular tais e tais parcelas que aqui n o consideraram a hora extra para o c lculo do adicional de periculosidade e que n o consideraram o adicional de periculosidade para o c lculo da hora extra que por sua vez n o foi considerada 26 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA no c lculo do aviso pr vio do FGTS do descanso remunerado que por sua vez n o foi considerado para os dep sitos do FGTS e assim l vai nascer mais um processo trabalhista que nascer na Vara mas seguramente vai conhecer a capital do Estado e a da Rep blica vai percorrer os gabinetes dos TRTs do TST e do Supremo Depois de anos e anos tramitando transitado em Julgado desce para a Vara para efeito de execu o E quando tudo parecia afinal terminado tem se a not cia do ajuizamento de uma rescis ria e tudo recome a inclusive com uma cautelar para impedir o pagamento do que j foi depositado para garantir a execu o E se o pagamento j ocorreu e a rescis ria obteve xito sobrev m o processo para receber o que foi pago indevidamente afinal a rescis ria obteve xito De nossa parte empenho n o tem faltado Nos ltimos anos temos atuado de forma intensa com os Poderes Executivo e Legislativo com a inten o de ajudar no que for poss vel para que as reformas necess rias sejam realizadas Ministros do TST integram grupos de trabalho conjuntamente com
253. da a o civil p blica seria ent o intuitiva ainda que em homenagem 80 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 8 81 Ibidem p 9 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 87 DOUTRINA persist ncia daquelas preocupa es do legislador acima ressaltadas que de certo modo permitiriam em s ntese invocar se a velha m xima latina ubi eadem ratio ibi eadem ilegis dispositio Encontra se de fato abalizada doutrina defendendo que as peculiaridades do processo coletivo do trabalho n o autorizam a assimila o do tratamento da mat ria no art 103 do CDC argumentando se que a representa o sindical n o teria os mesmos defeitos e riscos que a gen rica do consumidor o que permitiria alcan ar a coisa julgada tanto a esfera coletiva quanto a individual seja em direitos difusos coletivos ou individuais homog neos e mesmo ao Minist rio P blico do Trabalho nas a es propostas pelos sindicatos ressalvados apenas aqueles trabalhadores que cientes da a o coletiva nos termos do art 94 do CDC manifestassem seu desejo de n o serem por ela atingidos right to opt out O que se prop e portanto um tratamento sim trico e ison mico quanto aos efeitos da coisa julgada seguindo o modelo das class actions norte americanas pois estas no regramento do art 23 do sistema processual ali vigente Federal Rules of Civil Procedure n o fazem qualquer distin o entre o autor e o r u Aqui com base legal pr
254. da Lei Complementar n 75 93 Colaciona arestos a confronto Discute se in casu o cabimento da a o civil p blica na esfera trabalhista e a legitimidade das associa es para prop la com a finalidade de defender interesses decorrentes da rela o de trabalho A a o civil p blica um instrumento de defesa dos interesses da sociedade direitos e interesses metaindividuais que encontra fundamento Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 273 JURISPRUD NCIA TEM TICA Jur dico nas Leis n 7 347 85 Lei da A o Civil P blica e 8 078 90 o C digo de Defesa do Consumidor Os interesses ou direitos denominados metaindividuais s o os difusos os coletivos e os individuais homog neos Arruda Alvim ao tratar do tema acentua que A a o civil p blica nasceu para proteger novos bens jur dicos referindo se a uma nova pauta de bens ou valores marcados pelas caracter sticas do que veio a ser denominado de interesses e direitos difusos ou coletivos das quais se pode dizer serem profundamente diferentes ou opostas s da categoria cl ssica dos direitos subjetivos que marcaram o direito privado e o processo civil tradicional ALVIM Arruda A o Civil P blica sua evolu o normativa significou crescimento em prol da prote o s situa es coletivas In MILAR dis Coord A a o civil p blica ap s 20 anos efetividade e desafios S o Paulo RT 2005 p 77 Cumpre ressa
255. da OIT n o d ensejo ao conhecimento do recurso de revista pois n o norma prevista no art 896 c da CLT J os arestos trazidos a cotejo n o servem ao intuito de demonstrar a alegada diverg ncia jurisprudencial pois tratam de hip teses f ticas diversas daquela delineada no particular em que nem sequer restou provado o preju zo em potencial causado pela pr tica adotada pela Empresa R ou a sua atitude discriminat ria Assim incide o bice das S mulas ns 23 e 296 I do TST Logo n o conhe o do recurso de revista Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 303 JURISPRUD NCIA TEM TICA Isto posto Acordam os Ministros da Egr gia 7 Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade I n o conhecer do recurso de revista da Empresa R II n o conhecer do recurso de revista do Autor Bras lia 21 de maio de 2008 Ives Gandra Martins Filho relator RECURSO DE REVISTA EXECU O AJUSTE DE CONDUTA PELO MINIST RIO P BLICO RECURSO DE REVISTA EXECU O AJUSTE DE CONDUTA PELO MINIST RIO P BLICO NATUREZA DE T TULO EXECUTIVO EXTRAJU DICIAL S MULA N 297 TST O e TRT n o enfrentou a quest o sob o enfoque da coisa julgada art 5 XXXVI da CF raz o pela qual carece de prequestionamento a teor da S mula n 297 TST TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA SITUA O F TICA EM QUE N O SE TEM POR CARACTERIZADA A MORA DO DEVEDOR S MULA N 126 TST Quando o Termo de
256. da a alegada ocorr ncia de litispend ncia da a o individual com a o coletiva que visa ao reco nhecimento de direitos individuais homog neos Com efeito pac fico o entendimento nesta Corte segundo o qual a circunst ncia de existir a o coletiva em que se objetiva a tutela de direitos individuais homo g neos n o obsta a propositura da a o individual AGREsp 240 128 PE Rel Min Felix Fischer DJ 02 05 2000 firme a orienta o desta colenda Turma no sentido da inexigibilidade da contribui o previden ci ria sobre os valores percebidos pelos servidores p blicos a t tulo de fun o comissionada Se ao servidor inativo n o assiste o direito per cep o dos valores auferidos a t tulo de fun o comissionada durante o per odo laboral n o faz qualquer sentido o desconto da contribui o sobre tais verbas Precedentes Recurso especial improvido STJ REsp Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA 640071 PE 2004 0010389 1 Rel Min Franciulli Netto 2 T j 19 08 2004 DJ 28 02 2005 p 298 Parece nos que tal entendimento acabou influenciando recente e correta ressaltamos posi o adotada pela 1 Turma do TST cuja ementa est vazada nos seguintes termos AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVIS TA CONEX O A O CIVIL P BLICA In casu n o h se falar em conex o quando em cotejo a o civil p blica e reclamat ria trabalhis ta seja porque inexiste
257. da participa o nos lucros motivo pelo qual afastou as alega es concernentes vincula o daquela parcela ao lucro Ademais registrou que mesmo que se considerasse o v nculo entre o pagamento da referida gratifica o e o lucro n o seria poss vel suprimi la sem a comprova o da exist ncia de preju zo no respectivo exerc cio Asseverou ainda que a fixa o do pagamento da Participa o nos Lucros e Resultados e a consequente supress o da gratifica o semestral por meio de acordo coletivo s o ilegais e injustas pois o direito a essa parcela foi assegurado por norma regulamentar preexistente fls 989 996 Opostos embargos de declara o pelas partes ambos foram acolhidos pelo Tribunal Regional fls 1031 1038 Em rela o ao apelo da Associa o autora a Corte a quo sanou omiss o para acrescer condena o o pagamento das presta es deferidas tamb m referentes aos semestres vincendos fl 1031 Ademais ao analisar os embargos declarat rios do Banco o Tribunal Regional deu provimento para sanar omiss o no que concerne ocorr ncia de prescri o a qual foi afastada ao fundamento de que a a o foi proposta em 19 02 1998 enquanto que a prescri o parcial atingiria os direitos anteriores a 10 02 1993 antes da data de supress o da gratifica o semestral Por fim aplicou multa por litig ncia de m f com fundamento no art 17 incisos IV VI e VII do CPC no percentual de 5 cinco por ce
258. de direito processual civil I S o Paulo Malheiros 2001 O princ pio do contradit rio In Fundamentos do processo civil moderno S o Paulo RT 1986 GRECO Leonardo 4 teoria da a o no processo civil S o Paulo Dial tica 2003 GRINOVER Ada Pellegrini et alii C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto Rio de Janeiro Forense 1991 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 103 DOUTRINA Da class action for damages a o de classe brasileira In A o civil p blica 15 anos S o Paulo RT 2002 CINTRA Antonio Carlos de Ara jo DINAMARCO C ndido Rangel Teoria geral do processo S o Paulo Malheiros 2005 LAURINO Salvador Franco de Lima A aplica o do procedimento do C digo de Defesa do Consumidor na tutela dos direitos individuais homog neos no processo do trabalho Revista LTr S o Paulo n 59 1995 LENZA Pedro Teoria geral da a o coletiva S o Paulo RT 2003 MAFRA LEAL M rcio Fl vio A es coletivas hist ria teoria e pr tica Porto Alegre S rgio Antonio Fabris Editor 1998 MAGANO Oct vio Bueno Direito coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1993 MANCUSO Rodolfo de Camargo Interesses difusos Conceito e legitima o para agir S o Paulo RT 1988 MESQUITA Jos Ign cio Botelho de Na a o do consumidor pode ser in til a defesa do fornecedor Revista do Advogado Associa o dos Advogados de S o Paulo
259. di o do TRT da 1 Regi o n o de n vel nacional e sim regional tanto que as filiais e sedes das empresas r s nas quais os empregados atingidos trabalham est o situadas apenas no Estado do Rio de Janeiro Da a compet ncia de uma das Varas do Trabalho do mesmo Estado Conflito negativo de compet ncia julgado procedente para declarar a compet ncia da 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ perante a qual ajuizada a a o em quest o Processo n TST CC 190 434 2008 000 00 00 Ac SBDI 2 Vistos relatados e discutidos este autos de Conflito de Compet ncia n TST CC 190 434 2008 000 00 00 4 em que Suscitante Juiz da 4 Vara do Trabalho de Bras lia e Suscitado TRT 1 Regi o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 225 JURISPRUD NCIA TEM TICA Trata se de conflito negativo de compet ncia suscitado pelo Juiz Titular da 4 Vara do Trabalho de Bras lia DF fls 476 479 em face da remessa dos autos pelo Juiz Titular da 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ que s fls 441 442 declarando a sua incompet ncia em raz o do lugar para julgar a a o civil p blica ajuizada s fls 2 21 pelo Minist rio P blico do Trabalho da 1 Regi o contra Light Servi os de Eletricidade S A e Solu o Recursos Humanos Ltda sediadas na Capital do Estado do Rio de Janeiro declinou da compet ncia em favor daquele Ju zo A douta Procuradoria Geral do Trabalho s fls 492 493 opina pela proced
260. dico vigente a es afirmativas ou discrimina es positivas voltadas concretiza o do princ pio constitucional da igualdade material e neutraliza o dos efeitos das desigualdades existentes em situa o espec fica Na hip tese debate se a validade de cl usula constante de acordo coletivo firmado pelos ora recorridos em que foi estabelecida a prefer ncia pela m o de obra local do Munic pio de Paraupebas no Estado do Par que integra a Prov ncia Mineral de Caraj s onde foi preterida a contrata o dos trabalhadores da regi o quando da instala o de grandes projetos sem que houvesse preocupa o em manter ou aprimorar o n vel de emprego Assim a Cl usula 12 1 estabelecendo prefer ncia pela m o de obra local apenas como crit rio de desempate ap s atendidos os pr requisitos necess rios para a fun o exigidos pela empresa juntamente com o incentivo a programas de capacita o e treinamento revela se como verdadeira discrimina o positiva visando garantir o acesso aos poucos empregos que s o gerados na regi o Ademais ressalte se que a referida cl usula n o imp e restri o absoluta contrata o constituindo se crit rio justo e razo vel para o recrutamento de m o de obra pelo que n o h inconstitucionalidade tampouco viola o do princ pio da isonomia mas antes em garantia da igualdade material ou seja igualdade de oportunidade e tratamento desigual aos desiguais Nes
261. direitos observa se a exist ncia de um verdadeiro sistema processual pertinente tutela transindividual merecendo destaque a Lei da A o Civil P blica e o C digo de Defesa do Consumidor No presente estudo objetiva se analisar a quest o da compet ncia em a es civis p blicas e a es coletivas para danos de mbito nacional e regional Para melhor situar o tema aspectos mais gerais sobre a tutela jurisdicional coletiva tamb m ser o previamente abordados 2 DENOMINA O DAS A ES COLETIVAS O desenvolvimento da ci ncia jur dica revelou a exist ncia de direitos coletivos g nero do qual fazem parte os direitos difusos os coletivos em sentido estrito e os individuais homog neos conforme previs o da Lei n 8 078 90 art 81 par grafo nico incisos I II e II C digo de Defesa do Consumidor e da Lei n 7 347 85 arts 1 IV e 21 Lei da A o Civil P blica As a es coletivas s o portanto instrumentos processuais para a tutela dos mencionados direitos A dicotomia entre a es individuais e a es coletivas tem por funda mento assim o direito material tutelado se individual ou coletivo Esta Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de S o Paulo Procurador do Trabalho do Minist rio P blico do Trabalho na 2 Regi o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 105 DOUTRINA classifica o feita com finalidade did tica e pr tica eis que seg
262. dividuais como sucede na defesa judicial de direitos individuais puros Mancuso 1988 p 39 Uma tend ncia que se observa em alguns julgados o alargamento do conceito de direitos individuais homog neos Com a finalidade de aproveitar o procedimento do C digo de Defesa do Consumidor despreza se o requisito da homogeneidade e raciocina se apenas com a origem comum do direito A vantagem seria a desnecessidade de imediata identifica o dos substitu dos e a aplica o do regime da coisa julgada secundum eventum litis o que protegeria o trabalhador do risco de retalia o e evitaria que a derrota do sindicato vinculasse quem n o participou do processo 98 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA O inconveniente dessa interpreta o que em caso de vit ria do sindicato chega se a uma senten a t o gen rica que possui pouca ou nenhuma utilidade pr tica No exemplo do adicional de insalubridade ela se limitaria a declarar que os oper rios que trabalharam em contato com agentes insalubres sem prote o adequada t m direito ao pagamento do adicional conforme se apurar em a o de liquida o por artigos Em outras palavras n o disse nada Apenas repetiu a hip tese geral e abstrata da lei Trouxe pouco ou nenhum benef cio pr tico para o substitu do quase uma ilus o de vit ria Movimentou se a burocracia judici ria com todos os custos que essa atividade envolve para se chegar a um resultado q
263. dividual trabalhista pelo empregado quando ambas possuem o mesmo pedido Tend ncia predominante nesta Corte com fundamento no art 267 V do CPC no sentido de extinguir o processo sem julgamento de m rito Tem se reconhecido a litispend ncia no caso do ajuizamento de reclama o trabalhista pelo empregado individualmente e pelo sindicato na qualidade de substituto processual quando ambas possuem o mesmo objeto Em princ pio de fato disp e o art 301 84 1 e 2 do CPC aplic vel subsidiariamente ao processo do trabalho art 769 da CLT que se verificam a litispend ncia e a coisa julgada quando se reproduz a o anteriormente ajuizada sendo que a diferen a entre as duas reside na constata o de que na primeira as a es em cotejo ainda n o foram julgadas na segunda uma das a es j se encontra resolvida por meio de decis o da qual n o cabe mais recurso Duas a es s o id nticas portanto segundo o mencionado dispositivo quando apresentam as mesmas partes pedido e causa de pedir Todavia mister se faz a an lise da quest o sob a tica do atual sistema das a es coletivas institu do pelo C digo de Defesa do Consumidor que regula a esp cie vertente de modo peculiar em vista do que se cont m no art 83 da Lei n 8 078 90 Com efeito a caracteriza o da legitima o privada ou mista e da re presentatividade adequada al m da quest o acerca dos efeitos da decis o Ministro do Tribuna
264. do direito coletivo qual seja a da efic cia objetiva e subjetiva dos instrumentos coletivos de trabalho que originariamente se traduziu em debates em torno da natureza jur dica com vistas a resolver o problema de sua superioridade com os contratos individuais solucionado com a ado o do mecanismo de substitui o autom tica da cl usula contratual individual contr ria regra do contrato coletivo por esta Em sentido semelhante a amplia o da efic cia das conven es erga omnes para toda a categoria em decorr ncia do reconhecimento da autonomia coletiva Mas fato que na conforma o cl ssica pressup e se a uniformidade de v nculos de emprego com empresas de um determinado ramo ou de uma categoria econ mica Como observamos anteriormente em ambientes de subcontrata o este debate tem que ser ampliado para admitir a incid ncia das normas convencionais sobre o contrato 142 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA empresarial de loca o de servi os e n o mais sobre o contrato de emprego se se pretender assegurar a efic cia real da negocia o coletiva Silva 2008 p 127 Se na contemporaneidade h uma opacidade do empregador real e uma fragmenta o da representa o do trabalho por for a dos mecanismos de subcontrata o manter a normatividade das conven es e acordos limitada ao empregador formal esvaziar de fato sua potencialidade reguladora Silva 2008 p
265. do tratando igualmente os trabalhadores de igual categoria Pedreira da Silva 1999 p 176 In ENGEL Ricardo Jos O Jus Variandi no Contrato Individual de Trabalho LTr 2004 A Constitui o Federal assim veda a introdu o de diferencia es n o admiss veis no contexto da rela o empregat cia Tem se aqui uma diferencia o baseada no exerc cio regular de direito constitucional in casu O direito de a o o que n o se configura como elemento admiss vel de discr men Destarte mesmo que n o coagido a participar do PISV o empregado que n o p de participar devido a condi o imposta por ato de mera liberalidade do empregador resta discriminado Nesse sentido j decidiu esta Eg Corte RECURSO DE REVISTA DISCRIMINA O EMPREGADO QUE MOVE A O EM FACE DA EMPRESA AFRONTA A DIREI TOS E PRINC PIOS CONSTITUCIONAIS QUE CONSAGRAM GARANTIAS FUNDAMENTAIS CARACTERIZA O CF 88 ARTS 5 CAPUT INCISO XXXV XLI 7 INCISO XXXII Afronta direito subjetivo p blico do cidad o trabalhador arrolado entre os direi tos e garantias fundamentais T tulo II Cap tulo I art 5 XXXV da CF 88 a al nea d do item 6 da decis o SEREC DIRET 0840 94 da Petrobr s que cria pr mio de incentivo aposentadoria mas institui res salva excluindo o empregado que tiver movido a o trabalhista contra a empresa Esta ressalva fere de morte o princ pio constitucional da igualdade porque exclui o empregad
266. do Estado 2 No caso o Regional manteve a senten a na parte em que condenou a Empresa R a abster se de utilizar banco de dados tomar ou prestar informa es crediticias relativas a empregados ou a candidatos a emprego Salientou que a SERASA n o se destina ao fim pretendido pela R que somente poderia consult lo para verificar a idoneidade de seus clientes futuros devedores e n o de seus empregados ou candidatos a emprego que s o ou passariam a ser credores dos sal rios 3 O ac rd o recorrido n o viola o dispositivo constitucional mencionado pois n o restou demonstrado qual o interesse da Empresa em obter tais informa es sobre seus empregados e os candidatos a emprego Na verdade o Regional entendeu que o empenho da R em granjear essas informa es tinha o nico objetivo de discriminar Ademais n o aproveita Recorrente a tese de afronta ao art 5 caput da CE que cont m norma gen rica e somente poderia ser violado de forma reflexa o que n o se coaduna com o art 896 c da CLT Recurso de revista da Empresa R n o conhecido II RECURSO DE REVISTA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABA LHO INDENIZA O POR DANOS MORAIS COLETIVOS CERTID ES DE ANTECEDENTES CRIMINAIS E DE A ES TRABALHISTAS AJUIZA DAS 1 Segundo a diretriz da S mula n 126 do TST incab vel o recurso de revista para reexame de fatos e provas 2 No caso o Regional deixou claro que o fato de a Empresa R exigir qu
267. do Trabalho parte leg tima para a defesa via a o civil p blica entre outros de interesses individuais homog neos nas hip teses em que houver envolvimento de interesses de categoria ligados ou n o aos direitos trabalhistas Apesar de a hip tese tratar da prote o de direitos individuais a origem comum recomenda a defesa de todos para a respectiva a o Nesse sentido razo vel a provid ncia n o apenas pela relev ncia social que a lei conferiu aos direitos trabalhistas como tamb m pelo n mero de pessoas que envolvem igualando se aos interesses coletivos Deve ser ressaltada tamb m a necessidade de atendimento ao princ pio de economia processual j que n o se justifica o ajuizamento de in meras demandas que tenham o mesmo objetivo o que gera o oneramento da justi a e o retardamento da presta o jurisdicional em preju zo da pr pria imagem do Judici rio Recurso conhecido e provido parcialmente TST RR 790 332 2001 3 3 T Rel Min Carlos Alberto Reis de Paula DJ 14 10 2005 sublinhei PROCESSUAL CIVIL ADMINISTRATIVO CONSTITUCIO NAL A O CIVIL P BLICA LEGITIMATIO AD CAUSAM DO PARQUET ART 127 DA CF 88 ESTATUTO DO IDOSO DIREITO SA DE ART 557 DO CPC DECIS O MONOCR TICA DO RELA TOR RESPALDADA EM JURISPRUD NCIA DO TRIBUNAL A QUE PERTENCE 1 O Minist rio P blico est legitimado a defender os interesses transindividuais quais sejam os difusos os coletivos e os individuais h
268. do da atividade assumindo por sua conta e risco cf art 11 LETA Tal posi o jur dica singular deve estar especificada em contrato escrito e registrado perante a administra o p blica no qual conste a posi o de trabalhador juridicamente dependente de um cliente e que presume de tempo indeterminado Diante de certa viscosidade conceitual do termo trabalhador aut nomo a Revista de Derecho Social RDS observa que a nova lei segue uma op o generalista cujo principal objetivo o de regular esses trabalhadores conhecidos como TRADE ou seja o trabalhador formalmente aut nomo mas com uma acentuada depend ncia econ mica de certas empresas ditas clientes preferenciais 2007 p 6 Por um lado destaca se que o reconhecimento desta qualifica o jur dica como de rela o laboral e n o somente como uma presta o de servi os promove uma releitura da Constitui o reconhecendo o papel central do trabalho na sociedade bem como o direito ao trabalho reconhecido aos cidad os pela Constitui o n o se limita ao trabalho assalariado e inclui en su esfera de tutela y en el significado pol tico de esas situaciones de pura dependencia econ mica en la actualidad laboral puesto que es la situaci n pol tica de desigualdad econ mica y social la base de la tutela legal del trabajo que opera la legislaci n y la orientaci n niveladora que debe guiarla RDS 2007 v 39 p 7 Por outro lado constata se que a
269. do m rito na forma do art 267 VI do CPC fls 2900 2901 Inconformado interp e o Minist rio P blico do Trabalho da 3 Regi o recurso de revista a fls 2005 2916 Aponta viola o dos arts 127 129 II da Constitui o Federal 6 VII d 83 III da Lei Complementar n 75 93 1 e 5 da Lei n 7 347 85 Transcreve arestos para confronto jurisprudencial Sustenta sua legitimidade para ajuizar a a o civil p blica sob o argumento de que a reclamada contratando trabalhadores por meio de entidades n o autorizadas para tal negando lhes direitos e garantias constitucionalmente asseguradas estar o Recorrido sem a menor sobra de d vida violando direitos coletivos e difusos desses indiv duos dada a potencialidade da les o presente e futura daqueles bens jur dicos tutelados pelo Minist rio P blico do Trabalho fl 2909 Com raz o o recorrente O art 127 da Constitui o Federal atribui ao Minist rio P blico institui o permanente e essencial fun o jurisdicional a prerrogativa de defender a ordem jur dica o regime democr tico e os interesses sociais e individuais indispon veis 174 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Igualmente se insere nas suas fun es o direito de promover a a o civil p blica para prote o de interesses difusos e coletivos art 129 III da Constitui o Federal J a Lei n 8 078 90 C digo de Defesa
270. do o territ rio nacional e tamb m no exterior independentemente da il gica e inconstitucional reda o dada LACP 16 pela L 9494 97 da ess ncia da a o coletiva a efic cia prevista no CDC 103 Cabe acrescentar que a defesa de direitos metaindividuais por meio da a o civil p blica possui previs o constitucional art 129 inciso III da CF 88 Da ser inconstitucional a lei que acabe por impedir ou mesmo dificultar a devida presta o jurisdicional que aquela eficaz e adequada ao direito material a ser tutelado no caso por meio do processo coletivo Sobre o tema cabe transcrever a seguinte ementa de julgado AGRAVO DE INSTRUMENTO LIMINAR EM A O CIVIL P BLICA EFIC CIA ABRANG NCIA NACIONAL LEIS NS 7 347 85 E 9 494 97 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE VEDA O DE RETEN O INSTRU O NORMATIVA INSS N 78 2001 A regra do art 16 da Lei n 7 347 85 deve ser interpretada em sintonia com os preceitos contidos na Lei n 8 078 90 entendendo se que os limites da compet ncia territorial do rg o prolator de que fala o referido dispositivo n o s o aqueles fixados na regra de organiza o Judici ria mas sim aqueles previstos no art 93 do C digo de Defesa do Consumidor ou seja a quando o dano for de mbito local isto restrito aos limites de uma comarca ou circunscri o judici ria a senten a n o produzir efeitos al m dos pr prios limites territoriais da co
271. do processo A primeira a Rede Corporativa de Longa Dist ncia que j integra quase todos os rg os trabalhistas e permite a comunica o e a troca de dados e mensagens de voz Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 29 DOUTRINA Nela trafegar o servi os como os de videoconfer ncia e os sistemas judici rios como o e Doc e a carta precat ria eletr nica A segunda o desenvolvimento do Sistema Unificado de Administra o de Processos da Justi a do Trabalho SUAP conduzida no mbito do Conselho Superior da Justi a do Trabalho que integrado por ministros do TST e presidentes de Tribunais Regionais O SUAP est sendo concebido com a finalidade maior de padronizar e uniformizar os procedimentos judiciais em todas as unidades da rea fim sem restringir eventuais diverg ncias de entendimento legal ou pr tica processual Atualmente os TRTs t m seus programas pr prios de inform tica mas est o caminhando para a padroniza o com a ades o ao SUAP que vir substituir sem preju zos os atuais sistemas mantidos pelos rg os da Justi a do Trabalho Com a implanta o do SUAP partes ju zes e advogados poder o acessar a qualquer momento e de qualquer computador conectado Internet informa es sobre a tramita o de processos e realizar atos processuais como por exemplo juntar peti es aos autos e obter certid es O projeto cont m ainda solu es tecnol gicas para conduzir imp
272. e o Especializada em Diss dios Coletivos Ministro Rider Nogueira de Brito Presidente Ministro Milton de Moura Fran a Vice Presidente Ministro Jo o Oreste Dalazen Corregedor Geral da Justi a do Trabalho Ministra Dora Maria da Costa Ministro Fernando Eizo Ono Ministro M rcio Eurico Vitral Amaro Ministro Walmir Oliveira da Costa Ministro Mauricio Godinho Delgado Ministra K tia Magalh es Arruda Subse o I da Se o Especializada em Diss dios Individuais Ministro Rider Nogueira de Brito Presidente Ministro Milton de Moura Fran a Vice Presidente Ministro Jo o Oreste Dalazen Corregedor Geral da Justi a do Trabalho Ministro Vantuil Abdala Ministro Carlos Alberto Reis de Paula Ministro Jo o Batista Brito Pereira Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ministro Lelio Bentes Corr a Ministro Aloysio Silva Corr a da Veiga Ministro Hor cio Raymundo de Senna Pires Ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Ministra Maria de Assis Calsing Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos Subse o II da Se o Especializada em Diss dios Individuais Ministro Rider Nogueira de Brito Presidente Ministro Milton de Moura Fran a Vice Presidente Ministro Jo o Oreste Dalazen Corregedor Geral da Justi a do Trabalho Ministro Antonio Jos de Barros Levenhagen Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho Ministro Jos Simpliciano Fontes de Faria Fernandes
273. e 1990 seguiram o mesmo caminho In A es coletivas ibero americanas novas quest es sobre a legitima o e a coisa julgada Revista Forense Rio de Janeiro Forense 2002 v 36 p 5 37 SILVA Edson Braz Aspectos Processuais e Materiais do Diss dio Coletivo Frente Emenda Constitucional 45 2004 Revista LTr v 69 set 2005 p 1046 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 73 DOUTRINA a ser protegido A an lise atribu da ao juiz no caso concreto para o reconhecimento da legitima o est muito pr xima do exame da representatividade adequada podendo se afirmar que a contrario sensu O juiz pode negar a referida legitima o quando entender n o presentes os requisitos da adequa o Por outro lado a jurisprud ncia brasileira ap s alguma tergiversa o tem se firmado na posi o do reconhecimento da legitima o do Minist rio P blico para as a es em defesa de direitos individuais homog neos somente na hip tese de o juiz reconhecer a relev ncia social dos referidos interesses As conclus es s o que a a legitimidade ativa para os diss dios coletivos de greve restritos s greves em atividades essenciais atribu da ope legis ao Minist rio P blico do Trabalho CF art 114 3 b s partes e outras entidades e rg os concorrentemente com o Minist rio P blico atribui se legitimidade ativa para outras a es relacionadas tutela processual do direito de greve
274. e trabalho e de emprego e principalmente que princ pios jur dicos incidem sobre tais rela es Acentuar uma clivagem entre assalariados e n o assalariados atribuindo a estes uma prote o inferior pode vir a representar a nega o de um dos objetivos hist ricos que levaram cria o do Direito do Trabalho o de que o trabalho humano n o pode ser encarado como uma mercadoria Neste sentido parece nos correta a avalia o de que diante da amplia o da compet ncia importante fazer uma reflex o que ampare a necess ria op o pol tico institucional para esclarecer os par metros de atua o da Justi a do Trabalho no mbito das rela es mais amplas de trabalho como bem sublinhado por Lelio Bentes Corr a 2005 p 81 A identidade do Judici rio trabalhista poderia ser posta em risco em tese se houver uma incorpora o indiscriminada de elementos do direito civil e das regras consumeristas tendentes a proteger o tomador de servi os ou de um direito civil cl ssico fundado na autonomia do contrato Assim ganha relevo a constru o de novas tutelas laborais pela via da interpreta o jur dica Como Lelio Bentes bem observa necess rio estabelecer par metros de aplica o das regras que protejam os trabalhadores Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 129 DOUTRINA em condi es de autonomia meramente nominal como chapas de caminh o prestadores de servi o eventuais a domic lio e
275. e ao certame e no modelo em vigor logram aprova o S o jovens com pouco mais de 20 anos sem nenhuma viv ncia de mundo sem nenhuma experi ncia de vida que no mesmo dia da posse passar o a decidir sobre os neg cios os problemas a vida de todos n s sem que sequer tenham estado em uma sala de audi ncia sem que tenham sido preparados minimamente para as espinhosas delicadas important ssimas atribui es de um juiz N o sabem e nem podem saber como se conduzir numa audi ncia como tratar as partes os advogados o Minist rio P blico At a v spera poss vel que estivessem recebendo mesada Ora se para o ingresso na carreira diplom tica se para o ingresso na carreira de oficial de nossas for as armadas o candidato faz o concurso para ingressar na escola respectiva por que n o para ingresso na magistratura cargo sem sombra de d vida muito mais importante para a sociedade para o cidad o seja o cidad o pai de fam lia seja o cidad o comerciante seja o cidad o industrial seja o cidad o empregador seja o cidad o empregado enfim para todos os cidad os para todos n s Afinal aquele jovem juiz que poder decidir tudo das nossas vidas inclusive de n s mesmos magistrados j no final das nossas carreiras Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 19 DOUTRINA das nossas miss es Afirmo com frequ ncia que a sociedade brasileira pratica um ato de irresponsabilidade com os seus ju zes coloca
276. e contexto social a grande maioria dos lit gios envolve muitos sujeitos de forma igual e simult nea Por isso esta modalidade de a o possibilita maior efetividade celeridade e seguran a na presta o jurisdicional Por meio de apenas uma a o v rias pessoas passam a ter a mesma pretens o defendida em ju zo Isso sem d vida representa economia processual de relevo possibilitando se maior celeridade na entrega da tutela pelo Poder Judici rio decorrente da redu o do n mero de demandas propostas Al m disso quest es iguais passam a ter a mesma solu o decis o fortalecendo a seguran a jur dica e a confiabilidade na presta o jurisdicional 6 GRINOVER Ada Pellegrini C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 8 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 p 863 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 867 DINAMARCO Pedro da Silva Op cit p 26 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 854 855 10 Cf DINAMARCO C ndido Rangel Institui es de direito processual civil S o Paulo Malheiros 2001 v 1 p 155 O direito moderno por imposi o da aglutina o de interesses supra individuais na sociedade de massa tende a ser um direito da coletividade e n o mais apenas direito dos indiv duos como nos moldes tradicionais das ltimas d cadas do s culo XX a intensa legisla o de apoio aos valores do meio ambiente da cultura e da hist ria de
277. e n o aderirem ao PISV Apontou viola o aos arts 5 inciso II da Constitui o Federal 8 par grafo nico da CLT e 1 025 do C digo Civil No Agravo de Instrumento a Reclamada renova os argumentos da Revista A Cl usula 6 letra d do Programa de Incentivo Sa da Volunt ria da Petrobr s PISV estabelece como condi o participa o no Programa que o empregado n o mantenha nenhuma a o trabalhista que tenha no p lo passivo a pr pria empresa Este o inteiro teor A seguir fornecemos as diretrizes b sicas para implementa o do Programa de Incentivo s Sa das Volunt rias d n o permitir a participa o no presente Programa de empregados s que mantenha m a o des trabalhista s contra a Com panhia ou seja a s mesma s dever o ser encerrada s antes do pedido de sa da fls 18 O Minist rio P blico do Trabalho por meio de A o Civil P blica busca a declara o de nulidade desta cl usula sob a alega o de manifesta viola o aos princ pios da igualdade e do direito de a o A Constitui o Federal no art 5 inciso XXXV disp e que a lei n o excluir da aprecia o do Poder Judici rio les o ou amea a a direito Al m disso em seu art 7 inciso XXIX assegura como direito dos trabalhadores urbanos e rurais a o quanto aos cr ditos resultantes das rela es de trabalho Tem se portanto uma prote o jur dica
278. e n o concorrem Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA para a aferi o de lucro pelo Banco da justificar se a resist ncia no pagamento da Participa o nos Lucros e Resultados Por outro lado tratando se a gratifica o semestral de instituto diverso da PLR e estando prevista em Regulamento de Pessoal a supress o de seu pagamento aos aposentados ilegal e injusta Entendeu o d Ju zo a quo que a associa o reclamante n o comprovou que a gratifica o semestral era habitualmente paga no importe de 100 dos sal rios e ao contr rio a reclamada demonstrou a altern ncia nos valores o que se justifica em raz o da din mica dos neg cios da r Data venia do entendimento do d Ju zo a quo divirjo do mesmo Consoante se infere do documento 10 abojado defesa 1 volume de documentos em apartado a gratifica o semestral foi paga desde o primeiro semestre de 1985 em percentuais m dios de 100 sendo pouqu ssimas as ocasi es em que o percentual atingiu montante inferior 50 do ltimo sal rio do semestre Tal fato prova robusta de que a varia o no valor da gratifica o semestral era insignificante permitindo concluir inclusive que estivesse divorciada dos lucros auferidos pela empresa ou no m nimo que esta auferiu lucro m ximo no per odo Pois bem Sob a alega o de que a partir do segundo semestre de 1994 n o obteve lucros a reclamada suprimiu o
279. e o Texto Constitucional estabelece o de que as entidades associativas estejam expressamente autorizadas o que significa dizer que ela dever comportar dentro do rol dos seus fins sociais o da defesa de direitos de seus membros Mas bem de ver a dita autoriza o s pode versar sobre a mat ria pertinente aos fins sociais da pr pria entidade Seria uma interpreta o inadequada ao Texto imaginar se que estaria ela a conferir a possibilidade de constituirem se procuradores universais Apud Diz Nelson Nascimento Apontamentos sobre a legitima o das entidades associativas para a propositura de a es coletivas em defesa de direitos individuais homog neos de consumidores In Aspectos pol micos da a o civil p blica S o Paulo Saraiva 2003 p 306 Assim ante a identidade entre os direitos protegidos pelo Minist rio P blico do Trabalho na propositura da a o civil p blica e os pleiteados pela Associa o nesta a o resulta clara a legitimidade dessa para propor a o civil p blica no mbito trabalhista Ali s importante enfatizar mais uma vez que a discuss o acerca da disponibilidade ou n o do direito envolvido importante apenas quando se questiona a legitimidade do Parquet para propor a o civil p blica posto que restrita s situa es em que os interesses s o indispon veis tendo em vista a fun o constitucional do Minist rio P blico Vale ressaltar que o pr prio Minist rio P blico
280. e o exposto considerando v lida a Cl usula 12 1 constante do acordo coletivo de trabalho firmado entre os recorridos para o per odo de 01 08 2003 a 31 07 2004 fls 11 19 nego provimento ao recurso ordin rio Isto posto Acordam os Ministros da Se o Especializada em Diss dios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade negar provimento ao recurso ordin rio Bras lia 10 de abril de 2008 K tia Magalh es Arruda relatora 316 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 Jurisprud ncia Atual JURISPRUD NCIA COMISS O ESTORNO IMPOSSIBILIDADE COMISS ES ESTORNOS IMPOSSIBILIDADE RISCO DO NEG CIO DO EMPREGADOR A jurisprud ncia do TST tem adotado a tese de que a transa o ultimada quando ocorre o acerto entre o comprador e o vendedor j que caso se admitisse como vital o pagamento do pre o para fins de percep o da comiss o de vendas o empregado passaria a assumir um nus que pr prio do empregador o de suportar os riscos da atividade empresarial Nesse sentido se o Empregado foi bem sucedido no acerto com o comprador e conseguiu firmar o contrato de compra e venda est o satisfeitas as condi es necess rias e suficientes para que fa a jus ao recebimento das comiss es devidas pela venda A circunst ncia de o comprador deixar de efetuar o pagamento pr pria do risco a que est sujeita qualquer atividade empresarial n o pode ser suportada pelo empregado
281. e os candidatos a empregos apresentassem certid es de antecedentes criminais por si s n o suficiente para ensejar o pagamento da indeniza o por danos morais nem caracteriza ato discriminat rio a ser vedado Salientou que o intuito da R era conhecer o perfil exato das pessoas recrutadas e Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 297 JURISPRUD NCIA TEM TICA coloc las em fun o compat vel impossibilitando por exemplo que uma pessoa com antecedentes de furto ocupasse a fun o de caixa Al m disso frisou que cabia ao Autor o nus de provar a conduta discriminat ria principalmente a alegada compra de informa es acerca do ajuizamento de a es por parte dos candidatos a empregos a les o intimidade vida privada honra e imagem das pessoas nus do qual n o se desincumbiu a contento 3 Sendo assim n o h como divisar viola o dos arts 1 da Lei n 9 029 95 186 e 927 do CC e 5 X da CF dados os pressupostos f ticos nos quais se lastreou o Regional n o mais discut veis nesta Inst ncia de natureza extraordin ria Recurso de revista do Minist rio P blico do Trabalho n o conhecido Processo TST RR 98 921 2004 014 09 00 Ac 7 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista TST RR 98 921 2004 014 09 00 0 em que s o Recorrentes Manpower Staffing Ltda e Minist rio P blico do Trabalho da 9 Regi o e Recorridos os mes mos RELAT R
282. e pode ser julgada tanto a pedido dos empre gadores quanto dos trabalhadores devidamente substitu dos pelos seus sindicatos 8 2 A Legitima o Coletiva Passiva O cabimento da a o civil p blica passiva ou a o coletiva passiva j tem respaldo dominante na doutrina e na jurisprud ncia em entendimento 63 GAVRONSKI Alexandre Amaral Das origens ao futuro da Lei da A o Civil P blica o desafio de garantir acesso Justi a com efetividade In A o Civil P blica ap s 20 anos efetividade e desafios MILAR dis Coord S o Paulo RT 2005 p 30 31 64 ADAMOVICH Eduardo Henrique Von Sistema da A o Civil P blica no processo do trabalho S o Paulo LTr 2005 p 267 272 65 MAZZILLI Hugo Nigro 4 Defesa dos interesses difusos em juizo 7 ed S o Paulo Saraiva 1995 p 19 66 CAVALCANTI Clarissa Lessa Ferreira Legitima o para propor a o civil p blica Revista da AMATRA VI 6 Regi o Recife ano IX n 24 fev 2006 p 50 53 67 Marcos Neves Fava al m da sua posi o favor vel acrescenta Admitem a possibilidade com maior ou menor amplitude Hugo Nigro Mazzilli Rodolfo de Camargo Mancuso Pedro Lenza Kazuo Watanabe Ives Gandra Martins Filho e Ada Pellegrini Grinover mas repelem na Ant nio Mello de Camargo Ferraz dis Milar e Nelson Nery Junior A o Civil P blica Trabalhista S o Paulo LTr 2005 p 170 Tamb m a admite DIDIER Fredie O controle jurisd
283. e por aus ncia de requisitos formais da decis o e no m rito negou provimento ao recurso do Minist rio P blico afastando a impossibilidade jur dica do pedido declarada pelo ju zo de 1 grau mas concluindo pela sua ilegitimidade para defender interesses individuais homog neos Amparado em dissenso de teses e ofensa a preceitos legais e constitu cionais o Minist rio P blico interp s o recurso de revista das fls 182 94 Despacho de admissibilidade fl 195 Consoante a certid o da fl 197 raz es de contrariedade n o foram apresentadas Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 201 JURISPRUD NCIA TEM TICA Autos n o remetidos ao Minist rio P blico do Trabalho por j se encontrar seu posicionamento exteriorizado nas raz es do recurso de revista Autos redistribu dos fl 204 E o relat rio VOTO I CONHECIMENTO 1 PRESSUPOSTOS EXTR NSECOS Presentes os pressupostos extr nsecos de admissibilidade recursal considerada a tempestividade fls 178 e 182 a representa o processual OJ 52 da SBDI 1 TST e a dispensa do recolhimento das custas art 790 A da CLT e do dep sito recursal DL 779 69 2 PRESSUPOSTOS INTR NSECOS 2 1 NULIDADE DA SENTEN A POR AUS NCIA DOS REQUISITOS DOS ARTS 832 DA CLT E 458 DO CPC A Corte de origem rejeitou a argii o de nulidade por aus ncia de requisitos formais da senten a verbis N o como acolher a argii o de nulidade a pretex
284. e pretende a tutela t m origem comum qual seja o descumprimento pela empregadora de obriga o contratual asse gurada por lei fl 170 sendo poss vel por outro lado a determina o imediata dos membros da coletividade atingidos pela conduta ilegal da reclamada N o obstante a possibilidade na esp cie de acesso dos trabalhadores a esta Justi a Especializada de forma individual entendo ser inafast vel a legitimidade do Minist rio P blico para atuar mediante o ajuizamento de a o civil p blica em defesa dos direitos dos empregados da recorrida na medida em que se amoldam ao conceito de individuais homog neos subesp cie dos interesses coletivos lato sensu revestidos dessa natureza por pertencerem a um grupo de empregados que se encontram vinculados empregadora mediante uma rela o jur dica base sendo certo que tal a o em ltima an lise tem como destinat rios n o os trabalhadores individualmente considerados mas sim a coletividade dos trabalhadores da empresa recorrida Configurada pois a hip tese de direitos individuais homog neos haja vista que o demandante visa por meio da a o civil p blica proposta ao cum primento pela empregadora de obriga es de fazer e n o fazer decorrentes do inadimplemento de deveres trabalhistas impostos legal e constitucional mente reclamada resulta inafast vel o reconhecimento da legitimatio ad causam do Minist rio P blico do Trabalho com base n
285. e prote o As quest es individuais prevalecem sobre as quest es comuns de modo que a efetividade do provimento depende da identifica o dos trabalhadores e do exame da situa o individual de cada um deles caso a caso o que exclui a aplica o do procedimento do C di go de Defesa do Consumidor que foi concebido para a tutela jurisdicional em situa es nas quais as quest es comuns prevalecem sobre as indivi duais Quando se trata da defesa judicial de direito individual puro a substitui o processual n o tem dimens o coletiva Ela se aproxima da representa o ou do litiscons rcio que s o figuras inerentes tutela individual e n o cole tiva Dinamarco 2000 p 1255 A substitui o processual tem dimens o coletiva apenas na defesa de direitos individuais homog neos em que a fina lidade do processo a prote o do interesse comum de uma pluralidade de pessoas indeterminadas N o porque est o em disputa os direitos de uma pluralidade de pessoas que a tutela jurisdicional ser coletiva De acordo com a cl ssica li o de Santoro Passarelli coletivo o direito de uma pluralidade de pessoas indeterminadas a um bem jur dico capaz de satisfazer uma necessi dade comum a todas elas 1973 p 11 O coletivo s ntese como nos direitos supra individuais e nos individuais homog neos estes classificados como aci dentalmente coletivos Barbosa Moreira 1991 p 188 e n o a somat ria de interesses in
286. e quem se afirma titular da rela o jur dica controvertida e quem participa do contradit rio na substitui o processual essa coincid ncia n o existe dado que o sujeito que apontado como titular da rela o jur dica controvertida n o participa do contradit rio instaurado perante o juiz Campos Jr 1985 p 13 Essa peculiaridade tem reflexo no regime da coisa julgada Aqui fundamental distinguir duas situa es A primeira quando a substitui o processual tem por objetivo a defesa de direito individual homog neo Nessa hip tese a coisa julgada funciona secundum eventum litis na forma do crit rio adotado pelo processo coletivo comum A atua o do substituto processual destina se apenas a beneficiar o titular da rela o jur dica controvertida Em caso de derrota o substitu do que n o participou do processo n o fica vinculado ao julgado negativo Grinover 1991 p 591 bom lembrar que esse regime de coisa julgada n o contraria a garantia de tutela jurisdicional do r u que est contida no princ pio do acesso justi a Mesquita 1990 p 80 82 Na pondera o dos valores em confronto o preju zo do r u mais te rico do que pr tico quando comparado com o preju zo que a extens o subjetiva da coisa julgada causaria ao titular da rela o jur dica controvertida que n o foi adequadamente representado no processo Grinover 1991 p 579 Isso porque o provimento no processo cujo objeto a defesa
287. e reforma a senten a de primeiro grau que julgou procedente a a o civil p blica declarando nula a cl usula 6 d do Programa de Incentivo institu do pela recorrente Ora numa simples an lise da mat ria v se claramente que a pr tica administrativa praticada pela recorrente afigura se discrimina Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 191 192 JURISPRUD NCIA TEM TICA t ria com aqueles empregados que buscam na Justi a Trabalhista o re conhecimento de direitos que entendem devidos A id ia lan ada pela empresa recorrente de que essa condi o nada mais do que a possibi lidade prevista em lei que t m as partes de pactuarem livremente a solu o de seus lit gios judiciais n o se amolda no caso concreto que se discu te de alicerce jur dico razo vel Como bem colocado na senten a prim ria n o se trata aqui de transa o de direitos dispon veis A tran sa o de direitos reconhecidos judicialmente pressup e contrapartida em rela o ao direito reconhecido naquela a o A generalidade da nor ma atacada somente refor a a tese de constrangimento ilegal exercido pela demandada E certo que as partes podem no processo do trabalho a todo tempo transigirem n o se constituindo o ato em si da transa o a princ pio em ilegalidade Por m condicionar a ades o a qualquer plano ou programa de incentivo efetiva o de transa o n o pode ter o mesmo significado de conc
288. e reforma sindical do governo federal disciplinou a substitui o processual aproveitando alguns elementos do regime da class action Siqueira Neto e Laurino 2008 p 12 que foi o paradigma para a elabora o do procedimento para a defesa judicial de direitos individuais homog neos do C digo de Defesa do Consumidor Watanabe 1991 p 511 Apesar do regime da class action se destinar prote o judicial do que denominamos como direitos individuais homog neos a coisa julgada funciona pro et contra Grinover 1991 p 539 541 S que ao contr rio do que sucede na chamada a o de classe brasileira o direito norte americano exige a demonstra o da legitimidade pol tica do autor ideol gico como pressuposto Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 99 DOUTRINA para a representa o judicial dos integrantes do grupo Em virtude da fragilidade da organiza o de nossa sociedade civil a a o de classe brasileira trocou a exig ncia de adequada representatividade pelo requisito da pr constitui o Grinover 1991 p 576 Desse crit rio formal de legitima o deriva o regime da coisa julgada secundum eventum litis j que n o seria conforme ao princ pio do devido processo legal vincular autoridade do julgado negativo o indiv duo que n o foi representado de maneira adequada no processo Grinover 1991 p 577 Al m do requisito da adequada representatividade o regime da class action exige ainda que os i
289. e um rduo processo de evolu o hist rico que culminou por fazer pensar atrav s da suposi o de que o bem juridicamente protegido a mercadoria isto a res dotada de valor de troca que a tutela privada do bem o ressarcimento do equivalente ao valor econ mico da les o A identifica o do il cito e dano n o deixa luz para a doutrina enxergar outras formas de tutela contra o il cito n o por outra raz o ali s que o grande exemplo de tutela inibit ria no direito brasileiro est no interdito proibit rio a refletir valores cl ssicos e privat sticos 2006 p 37 11 A longa transcri o se justifica pela relev ncia do pedido e pela coragem do deferimento e qualidade da decis o Vistos etc Mais que um direito CLT art 2 dever do empregador dar trabalho pena de caracterizar se grave ofensa a dignidade da pessoa do trabalhador pois vexat ria para ele pr prio e ante a comunidade onde trabalhe a situa o de receber sal rios sem que isto aconte a em raz o de haver cumprido labor CLT art 483 g in cio Essa uma das formas mais c usticas insidiosas de destruir psicologicamente a pr pria pessoa do trabalhador porque o empregador sinaliza aos demais que aquele trabalhador n o merece n o tem aptid o n o det m sua confian a para receber trabalho expondo o ao grupo desse modo de menoscabar a cidadania e de uma forma aparentemente l cita Isso porque a consensualidade do contrat
290. e uma greve de servidores e a solu o dela claramente n o se est diante de qualquer impossibilidade jur dica posi o agora refor ada pelo inciso II do 8 2 do art 114 Constitui o Federal 49 Art 8 da Lei n 7 783 89 A Justi a do Trabalho por iniciativa de qualquer das partes ou do Minist rio P blico do Trabalho decidir sobre a proced ncia total ou parcial ou improced ncia das reivindica es cumprindo ao Tribunal publicar de imediato o competente ac rd o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 77 DOUTRINA 6 A UTILIZA O DE INSTRUMENTOS PROCESSUAIS INADEQUADOS PARA A TUTELA DA GREVE Como se observou salvo as hip teses de greve lesiva ao interesse p blico e em atividade essencial a ser tutelada pela via do diss dio coletivo CF art 114 3 todas as demais ser o tuteladas pelos rg os jurisdicionais de primeira inst ncia sejam da Justi a do Trabalho sejam da Justi a Comum Diante disso duas constata es podem ser feitas a primeira uma falsa id ia fundada na compet ncia dos Tribunais do Trabalho para o diss dio coletivo de greve de que esta deva ser sempre tratada em a es da compet ncia origin ria dos Tribunais a segunda fact vel traduz se na constata o da inexist ncia de um modelo processual espec fico para a tutela das greves pelos rg os de primeira inst ncia tanto no sistema normativo do processo coletivo trabalhista como no do c
291. ea e a e RR ERRAR E DRDS PRO EO EEE a aa PRI De 304 Recurso ordin rio A o anulat ria Recrutamento 311 JURISPRUD NCIA ATUAL Comiss o Estorno Impossibilidade serenas 319 328 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008
292. ediata propiciando o seu amplo exerc cio Esse enquadramento resulta de seu redimensionamento no contexto do Direito Coletivo do Trabalho feito pela Constitui o de 1988 que ao esquadrinhar um modelo de Estado Social tendo como finalidade a promo o e concretiza o de uma melhor condi o de vida ao hipossuficiente notadamente ao trabalhador com vistas efetiva o da chamada igualdade social art 1 IV acentuou a valoriza o da liberdade sindical e da negocia o coletiva fundamentos do direito de greve que sendo fundamental e coletivo se sobrep e ao direito individual do trabalhador que quer trabalhar Nesse sentido SANTOS Enoque Ribeiro dos Internacionaliza o dos direitos humanos trabalhistas o advento da dimens o objetiva e subjetiva dos direitos fundamentais Revista LTr v 72 n 3 p 277 284 e CES RIO Jo o Humberto O direito constitucional fundamental de greve e a fun o social da posse um novo olhar sobre os interditos possess rios na Justi a do Trabalho brasileira Revista LTr v 72 n 3 p 289 303 7 Reda o da Emenda Constitucional n 45 31 de dezembro de 2004 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 63 DOUTRINA constituem via processual excepcional utiliz vel apenas quando deflagrada no mbito de atividade essencial e ainda assim quando houver possibilidade de les o ao interesse p blico Como bem observou Raimundo Sim o de Melo a tend ncia que a so
293. elar direitos e interesses individuais homog neos sejam eles indispon veis ou dispon veis Os direitos e interesses individuais homog neos dispon veis quando coletivamente demandados em juizo enquadram se nos interesses sociais referidos no art 127 da Constitui o Federal 3 O Minist rio P blico det m legitimidade para tutelar judicialmente interesses individuais homog neos ainda que dispon veis ante o not rio interesse geral da sociedade na prote o do direito e na solu o do lit gio deduzido em juizo Verifica se ademais que o interesse social a requerer tutela coletiva decorre tamb m dos seguintes imperativos facilitar o acesso Justi a evitar multiplas demandas individuais prevenindo assim eventuais decis es contradit rias e evitar a sobrecarga desnecess ria dos rg os do Poder Judici rio 4 Solu o que homenageia os princ pios da celeridade e da economia processuais concorrendo para a consecu o do imperativo constitucional relativo entrega da presta o jurisdicional em tempo razo vel 5 Recurso de embargos conhecido e provido Processo n TST E RR 411 489 1997 Ac SBDI 1 Vistos relatados e discutidos estes autos dos Embargos em Recurso de Revista n TST E RR 411 489 1997 1 em que embargante Minist rio P blico do Trabalho da 22 Regi o e embargado Munic pio de Jos Freitas Inconformado com o v ac rd o do colendo Tribunal Regional do Trabalho da 22 Regi o prola
294. elo atraso proce der ao registro de todos os empregados que se encontrem trabalhando no local sob sua supervis o e proceder ao correto e pontual pagamento dos sal rios de seus empregados bem assim imposi o de obriga o de n o fazer n o impor a seus empregados presta o de horas extras acima do limite legal observando se o disposto no art 59 caput da CLT e n o pagar honor rios gratifica o ou pr labore a seus diretores s cios ou gerentes tudo de acordo com o disposto no art 50 do Decreto n 99 684 90 E indiscut vel que os direitos em agito com exce o da suspens o de dividendos e equivalentes versam sobre interesses individuais Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 205 206 JURISPRUD NCIA TEM TICA homog neos de determinados empregados decorrentes de norma coletiva ou de lei conforme conceito estabelecido no art 81 III da Lei n 8 078 9 C digo de Defesa do Consumidor in verbis HI interesses ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum O caso sub judice n o versa sobre direito difuso vez que n o trata de interesses transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncia de fato Os direitos em discuss o exsurgem de norma coletiva eis que o interesse tutelado n o abstrato de uma determinada coletividade ou grupo como ocorre no diss dio coletivo No diss dio c
295. em seu art 20 sobre a compet ncia territorial que E absolutamente competente para a causa o foro I do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano quando de mbito local II de qualquer das comarcas ou subse es judici rias quando o dano de mbito regional compreender at 3 tr s delas aplicando se no caso as regras de preven o HI da Capital do Estado para os danos de mbito regional compreendendo 4 quatro ou mais comarcas ou subse es judici rias IV de uma das Capitais do Estado quando os danos de mbito interestadual compreenderem at 3 tr s Estados aplicando se no caso as regras de preven o IV do Distrito Federal para os danos de mbito interestadual que compreendam mais de 3 tr s Estados ou de mbito nacional 1 A amplitude do dano ser aferida conforme indicada na peti o inicial da demanda 8 2 Ajuizada a demanda perante juiz territorialmente incompe tente este remeter incontinenti os autos ao ju zo do foro competente 24 MAZZILLI Hugo Nigro Op cit p 233 245 249 112 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA sendo vedada ao primeiro juiz a aprecia o de pedido de antecipa o de tutela Resta analisar a quest o dos limites territoriais da coisa julgada nas a es coletivas O art 16 da Lei da A o Civil P blica com reda o determinada pela Lei n 9 494 de 10 de setembro de 1997 deco
296. emandante a t tulo individual se abrir o duas op es ao tomar conhecimento nos autos de haver processo coletivo j iniciado Para que ele possa vir a ser beneficiado com a eventual extens o in utilibus da imutabilidade do comando do julgado dever requerer a suspens o sine die do processo individual no prazo de trinta dias a contar da ci ncia nos autos do ajuizamento de a o coletiva com objeto correspondente sua Caso o particular n o tenha interesse em requerer a suspens o e prefira prosseguir em sua a o individual poder deixar correr o prazo in albis Ficar assim exclu do da extens o in utilibus da imutabilidade dos efeitos rectius do comando da senten a coletiva n o podendo ser beneficiado em caso de sua proced ncia Em contrapartida poder prosseguir imediatamente em seu processo individual at final importante notar que o art 104 do CDC alude ci ncia nos autos do titular da a o individual a respeito da exist ncia da a o coletiva exatamente por isso que o art 94 do CDC determina Proposta a a o ser publicado edital no rg o oficial a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes sem preju zo de ampla divulga o pelos meios de comunica o social por parte dos rg os de defesa do consumidor Ora como n o praxe no processo do trabalho a publica o do referido edital dando conta da exist ncia da a o c
297. emestre de 1986 100 da m dia dos vencimentos do semestre f primeiro semestre de 1987 100 da m dia dos vencimentos do semestre g segundo semestre de 1987 100 da m dia dos vencimentos do semestre h primeiro semestre de 1988 150 da m dia dos vencimentos do semestre 1 segundo semestre de 1988 100 do sal rio de junho de 1989 j primeiro semestre de 1989 10 do sal rio de junho de 1989 k segundo semestre de 1989 150 do sal rio de dezembro de 1989 1 primeiro semestre de 1990 100 do sal rio de junho de 1989 m segundo semestre de 1990 50 do sal rio de dezembro de 1990 n primeiro semestre de 1991 100 do sal rio de junho de 1991 o segundo semestre de 1991 100 do sal rio de dezembro de 1991 p primeiro semestre de 1992 100 do sal rio de junho de 1992 q segundo semestre de 1992 100 do sal rio de dezembro de 1992 r primeiro semestre de 1993 100 do sal rio de junho de 1993 s segundo semestre de 1993 100 do sal rio de dezembro de 1993 t segundo semestre de 1994 0 00 u primeiro semestre de 1995 0 00 Tal como j relatado a decis o de primeiro grau n o reconheceu nenhum direito com rela o aos anos de 1994 e 1995 em virtude da situa o financeira do Banco e condenou a pagar aos associados da autora os valores relativos participa o nos lucros a partir de 1996 A decis o de 2 grau negou provimento ao recurso do Banco e deu provimento ao recurso da autora p
298. encionada indivisibilidade Al m disso a coisa julgada apenas apresenta dois limites o subjetivo e o objetivo Pela pr pria natureza do instituto a compet ncia territorial do rg o Julgador n o elemento a ser considerado na delimita o da res judicata Carecedor de qualquer efic cia jur dica este comando normativo deve ser portanto desconsiderado pelo aplicador do direito Segundo destaca a Professora Ada Pellegrini Grinover O mbito de abrang ncia da coisa julgada determinado pelo pedido e n o pela compet ncia Esta nada mais do que a rela o de adequa o entre o processo e o juiz nenhuma influ ncia tendo sobre o objeto do processo Se o pedido amplo de mbito nacional n o ser por interm dio de tentativas de restri es da compet ncia que o mesmo poder ficar limitado 26 Cf GARCIA Gustavo Filipe Barbosa Coisa julgada novos enfoques S o Paulo M todo 2007 p 81 95 114 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA em consegii ncia a nova reda o do dispositivo totalmente ineficaz Quanto constitucionalidade a Lei n 9 494 de 10 de setembro de 1997 viola preceitos constitucionais al m de impedir o acesso justi a e a obten o da efetiva tutela jurisdicional no mbito da defesa de direitos coletivos em desrespeito garantia prevista no art 5 inciso XXXV da Constitui o Federal Como asseveram Nelson Ne
299. enha se oferecido espontaneamente ou no qual tenha sido v tima de fraude ou promessas enganosas De acordo com o art 149 do C digo Civil reduzir algu m a condi o an loga de escravo submet lo a trabalho for ado a jornada exaustiva a condi o degradante ou restringir sua locomo o em raz o de d vida contra da com o empregador Todas elas identificam o il cito penal em conjunto ou separadas observa o subprocurador geral No trabalho for ado o trabalhador levado mediante falsas promessas para lugares distantes de sua resid ncia A come a o calv rio porque come a tamb m a d vida que vai se tornar impag vel Contra da a d vida o trabalhador mantido no local por coa o moral ou psicol gica ou por meio de viol ncia f sica No trabalho em condi o degradante o trabalhador abandonado pr pria sorte S o situa es de grande afronta dignidade da pessoa humana no meio do mato sem alojamento a n o ser quatro peda os de pau cobertos com uma lona preta sem gua pot vel muitas vezes dividida com o gado sem equipamentos de prote o Para o subprocurador a jornada exaustiva tamb m pode se enquadrar na condi o degradante Nem sempre ela medida em quantidade de horas trabalhadas mas pela atividade que leva o trabalhador exaust o explica citando como exemplo o grande n mero de mortes entre os cortadores de cana do Estado de S o Paulo que ve
300. ensamento cada vez mais firme no senti do da admissibilidade da A o Civil P blica e a consegiente legitimidade do Minist rio P blico para postular tutela para os interesses individuais homog neos Sobre a legitimidade do Minist rio P blico em circunst ncias que tais leciona a ilustre doutrinadora Ada Pellegrini Grinover in C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 5 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 1998 246 Em primeiro lugar cumpre notar que a Constitui o de 1988 anterior ao CDC evidentemente n o poderia aludir no art 129 II categoria dos interesses individuais homog neos que s viria a ser criada pelo C digo Mas na dic o constitucional a ser tomada em sentido amplo segundo as regras da interpreta o extensiva quando o legislador diz menos de quanto quis enquadra se comodamente a categoria dos interesses individuais quando coletivamente tratados Em segundo lugar a doutrina internacional e nacional j deixou claro que a tutela de direitos transindividuais n o significa propriamente defesa de interesse p blico nem de interesses privados pois os interesses privados s o vistos e tratados em sua dimens o social e coletiva sendo de grande import ncia pol tica a solu o jurisdicional de conflitos de massa Assim foi exatamente a relev ncia social da tutela coletiva dos interesses ou direitos individuais homog neos que levou o
301. entes a identidade substancial de partes e de pedido Intelig ncia do art 301 V 8 1 do CPC Recurso n o conhecido TST 1 T ac 2372 97 Rel Min Jo o Oreste Dalazen DJ 13 06 97 p 27011 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA RECURSO DE EMBARGOS LITISPEND NCIA CONFIGU RA O RECURSO DE REVISTA CONHECIDO E DESPROVIDO SUBSTITUI O PROCESSUAL E A O INDIVIDUAL ROL DE SUBSTITU DOS A decis o da c Turma foi no sentido de confirmar o entendimento de que ocorre litispend ncia em se tratando de a o pro posta pelo Sindicato ainda que n o exista o rol dos substitu dos Invi vel a reforma da v decis o em face das raz es recursais apenas virem pela contrariedade da S mula n 310 do c TST j cancelada Embargos n o conhecidos TST E RR 541021 1999 8 j 26 05 2008 Rel Min Aloy sio Corr a da Veiga ac SBDI 1 DJ 30 05 2008 Cumpre assinalar que num solit rio julgado o TST adotou a nossa tese como se infere do seguinte aresto Litispend ncia Inexiste litispend ncia entre a a o ajuizada pelo sindicato profissional e a ajuizada pelo trabalhador individualmente objetivando o recebimento de diferen as salariais decorrentes de planos econ micos porquanto n o se verifica a identidade de partes n o sendo tamb m id ntico o objeto Recurso do reclamante provido TST 2 T ac 6512 97 Rel Min Moacyr Roberto Tesch DJ 12 09 1997 p 44042 Felizme
302. ento elogiados porque s o eficazes haja recurso or ament rio para mant los porque quase sempre o custo maior est na manuten o e n o na aquisi o do software ou do hardware E falando disso o que temos n s na Justi a do Trabalho nesse campo Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 27 DOUTRINA No TST temos excelentes produtos direcionados s necessidades dos gabinetes dos magistrados com a finalidade de automatizar tarefas auxiliar na elabora o de despachos e votos e fornecer informa es que auxiliem os ministros no julgamento dos processos Hoje est o totalmente automatizadas rotinas como a movimenta o interna de processos a triagem de processos por temas e por partes a gera o de votos e despachos baseada em modelos pr definidos pelo gabinete e a libera o dos ac rd os para as Coordenadorias dos rg os judicantes e para a Coordenadoria de Jurisprud ncia do Tribunal Nas salas de sess o a inform tica auxilia os magistrados na prepara o e acompanhamento das sess es visando a uma maior agilidade e qualidade nos Julgamentos E temos tamb m o e Recurso ferramenta pela qual os processos s o enviados pelos Regionais e chegam aos gabinetes em meio eletr nico classificados por temas com emiss o autom tica de uma minuta de voto ou despacho de acordo com a jurisprud ncia de cada ministro Temos ainda v rios produtos destinados rea judici ria do Tribunal Superior do Trabalho
303. ento legal para o acolhimento do pedido inicial de pagamento da participa o nos lucros e resultados aos empregados da inatividade na medida em que estes n o contribuem com seu trabalho para a exist ncia de lucro no Banco Os argumentos do Banco seriam teratol gicos n o fosse a total inconsist ncia evidenciada na contradi o entre os fatos e as alega es defensivas Isto porque constata se da vasta documenta o carreada aos autos que os ex empregados integrantes da associa o reclamante t m Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 281 282 JURISPRUD NCIA TEM TICA assegurado o direito percep o da gratifica o prevista no Regulamento de Pessoal que em seu art 56 estendia o benef cio tamb m aos aposentados Verifica se portanto que a reclamada tergiversa utilizando se de argumentos d plices para um mesmo pedido ora alega que a gratifica o semestral possui natureza de participa o nos lucros e resultados e portanto n o h fundamento para o pagamento de parcela fixa haja vista sua institui o no Estatuto do Banco que admite a varia o de seu valor ora defende que os ex empregados n o s o contemplados por esse benef cio ainda que denominado participa o nos lucros e resultados mas com natureza jur dica id ntica da gratifica o semestral j que n o contribuem mais com seu labor pessoal para a aferi o de lucro A letra do art 56 do Regulamento de Pessoal
304. ento para a argumenta o da reclamada de que os empregados aposentados n o fa am jus ao pagamento da gratifica o semestral Observa se que o procedimento de fixar o pagamento da Participa o nos Lucros e Resultados atrav s de norma coletiva e concomitantemente suprimir o pagamento da gratifica o semestral foi odiosa tentativa de eliminar o direito dos empregados inativos situa o insustent vel na medida em que a norma preexistente aos acordos coletivos assinados j assegurava tal direito A reclamada d id ntico tratamento aos dois institutos na forma que lhe conv m objetivando confundir os empregados inativos eliminando direitos previstos em regulamento sustenta que a gratifica o semestral foi suprimida quando da institui o da Participa o nos Lucros e Resultados para assim retirar direitos dos aposentados sustentando que estes n o contribuem com seu labor para a aferi o de lucros uma vez que se encontram inativos Assim seguindo a linha de racioc nio da pr pria reclamada verifica se que os banc rios aposentados efetivamente n o concorrem para a aferi o de lucro pelo Banco da justificar se a resist ncia no pagamento da Participa o nos Lucros e Resultados Por outro lado tratando se a gratifica o semestral de instituto diverso da PLR e estando prevista em Regulamento de Pessoal a supress o de seu pagamento aos aposentados ilegal e injusta Entendeu o d Ju zo a quo que a as
305. envolvendo o seu importante papel pol tico jur dico e social na uniformiza o da interpreta o do Direito Federal p trio e rumo efetiva o do princ pio constitucional do acesso individual e coletivo justi a 10 Dispon vel em lt http www tst gov br noticias gt 60 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 A A O CIVIL P BLICA COMO VIA ALTERNATIVA AO DISS DIO COLETIVO DE GREVE UMA AN LISE COMPARATIVA Paulo Am rico Maia Filho 1 INTRODU O p s a promulga o da Constitui o de 1988 instalou se um continuo processo de debate sobre o sistema processual e sobre o modelo de um udici rio mais adequado s necessidades da sociedade brasileira Isso aconteceu tanto por iniciativa governamental a partir de um projeto neolibe ral que via o Direito do Trabalho como Direito do Capital e a Reforma do Estado n o mais como prote o social mas como desregulamenta o in clusive cedendo a press es de pa ses desenvolvidos preocupados com os seus investimentos locais quanto pelo interesse despertado na sociedade civil afe tada pelos impactos da inefici ncia da presta o jurisdicional A reforma judicial e processual deixou de ser objeto de discuss o restrita aos operadores do direito entrou na agenda pol tica tornando se prioridade dos tr s Poderes que celebraram o Pacto por um Judici rio mais R pido e Republicano desaguando na Emenda Cons
306. erece ser conhecido no tema por diverg ncia Jurisprudencial com os arestos de fls 1093 e 1094 oriundos da 15 Regi o pois defendem tese contr ria do Regional ao afirmar GRATIFICA ES SEMESTRAIS BANCO SEM RESULTA DO FINANCEIRO POSITIVO A exist ncia de lucros requisito essencial para que a gratifica o semestral seja distribu da aos empre Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 289 JURISPRUD NCIA TEM TICA gados da empresa conforme estatutos desta com percentual a ser defi nido pela sua Diretoria descabendo o argumento de que deva ser paga em qualquer situa o em fun o de seu pagamento habitual em anos anteriores relevando se que a documenta o dos autos comprova pre Ju zos financeiros RO 1 629 1996 049 15 00 2 TRT 15 R 1 T Rel Juiz Antonio Miguel Pereira DOE 04 12 1998 O reclamante desde 1997 pretende receber do reclamado a mesma parcela de participa o nos lucros e resultado que vem sendo paga aos empregados da ativa Argumenta que o Regulamento de pes soal arts 56 e 88 e Estatutos do Banco arts 48 e 49 assim prev em Por primeiro cumpre dizer que a gratifica o semestral paga pelo recla mado aos empregados da ativa e a aposentados por for a de previs o constantes em seus estatutos arts 48 e 49 n o se confunde com parti cipa o nos lucros ou resultados previsto no inciso XI do art 7 da CF e normas coletivas da categoria como sustenta o reco
307. eriormente litisconsorciar se ao titular da demanda proposta em primeiro lugar De tal arte se duas ou mais a es coletivas id nticas forem ajuizadas em separado seja perante o mesmo ju zo ou ju zos diversos a primeira a o coletiva induzir litispend ncia para as demais a es coletivas que tenham a mesma causa de pedir e o mesmo pedido sendo certo que a consegi ncia processual ser a extin o do s processo s ajuizado s posteriormente Nesse sentido colhe se um julgado do STJ em que se reconheceu a identidade de partes em duas a es coletivas e a possibilidade de litispend ncia RECURSO ORDIN RIO EM MANDADO DE SEGURAN A A O COLETIVA DIREITOS COLETIVOS IMPETRA O DE DOIS MANDADOS DE SEGURAN A POR DUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA MESMA CATEGORIA PROFISSIONAL MESMA CAUSA DE PEDIR IDENTIDADE PARCIAL DE PEDIDOS CONTIN NCIA CONFIGURA O I O aspecto subjetivo da litispend ncia nas a es coletivas deve ser visto sob a tica dos benefici rios atingidos pelos efeitos da decis o e n o pelo simples exame das partes que figuram no p lo ativo da demanda Assim impetrados dois mandados de seguran a por associa o e por sindicato ambos representantes da mesma categoria profissional os substitu dos que suportar o os efeitos da decis o restando assim caracterizada a identidade de partes II Em face da identidade parcial de pedidos em raz o de um ser um mais abrangente que o outro
308. es ainda que em se tratando de greve em atividade essencial ser de Tribunal se a abrang ncia de les o for regional ou nacional Quarta Turma RR 316 001 96 Rel Min Ives Gandra Martins Filho Revista LTr 64 03 361 365 Havia inclusive no seu Regimento Interno art 6 I a norma indicando sua compet ncia origin ria para as a es civis p blicas que excedessem a jurisdi o dos Tribunais Regionais do Trabalho posteriormente revogada em boa hora pela Resolu o Administrativa n 743 2000 conforme an lise percuciente de Raimundo Sim o de Melo Revista LTr 65 04 418 O entendimento hoje consagrado encontra se consubstanciado na OJ 130 da sua SDI 2 que tem o seguinte enunciado A o civil p blica Compet ncia territorial Extens o do dano causado ou a ser reparado Aplica o anal gica do art 93 do C digo de Defesa do Consumidor Para a fixa o da compet ncia territorial em sede de a o civil p blica cumpre tomar em conta a extens o do dano causado ou a ser reparado pautando se pela incid ncia anal gica do art 93 do C digo de Defesa do Consumidor Assim se a extens o do dano a ser reparado limitar se ao mbito regional a compet ncia de uma das Varas do Trabalho da Capital do Estado se for de mbito supra regional ou nacional o foro o do Distrito Federal 12 Analisando o processo legislativo que culminou na reda o do dispositivo DALAZEN Jo o Oreste A Reforma do Judici rio e
309. es aos semestres vincendos sem que lhe fosse concedido prazo para apresentar impugna o o que fere o princ pio do contradit rio Aponta ofensa aos arts 5 inciso LV da Constitui o Federal e 900 da CLT bem como contrariedade Orienta o Jurisprudencial n 142 da SBDI 1 do TST Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 267 JURISPRUD NCIA TEM TICA N o h previs o legal para que a parte contr ria se manifeste acerca dos embargos de declara o opostos Entretanto a aus ncia de sua pr via intima o nas hip teses em que se d efeito modificativo ao julgado pode gerar nulidade da decis o por ofensa ao princ pio do contradit rio e da ampla defesa Caracteriza se o efeito infringente pela altera o do resultado do julga mento Por exemplo o pedido foi julgado procedente e ao sanar determinada omiss o alterou se o provimento para improced ncia do pleito Os embargos de declara o da Associa o autora foram acolhidos para sanar omiss o nos seguintes termos Embargos de declara o opostos s fls 997 1002 pela associa o reclamante alegando omiss o no julgado relativamente ao n o deferimento da gratifica o semestral devida no per odo posterior ao 1 semestre de 1997 Diz que h pedido expresso nos autos de pagamento de parcelas vincendas consoante se infere de fls 18 item 49 Assiste lhe raz o haja vista que h de fato pedido expresso na preambular item 49 fl
310. es de interesses que compete ao Minist rio P blico defender CF art 129 III Reportando se ao RE 163 231 3 SP o E Ministro N ri da Silveira recordou que naquele julgado a Corte havia fixado o entendimento de que s o direitos coletivos aqueles pertencentes a grupos categorias ou classes de pessoas determin veis ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base e que os Direitos ou interesses homog neos s o os que t m a mesma origem comum art 81 II da Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 constituindo se uma subesp cie de direitos coletivos fls 543 O ac rd o recorrido est em confronto Dou provimento ao RE Publique se Bras lia 17 de dezembro de 20083 Ministro Nelson Jobim Relator Recorrente Minist rio P blico do Trabalho Recorrida Empresa Brasileira de Reparos Navias S A RENAVE No mesmo sentido tem se posicionado o Superior Tribunal de Justi a A O CIVIL P BLICA A O COLETIVA MINIST RIO P BLICO LEGITIMIDADE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMO G NEOS CL USULAS ABUSIVAS O Minist rio P blico tem legitimidade para promover a o coletiva em defesa de interesses individuais homog neos quando existente interesse social compat vel com a finalidade da institui o Nulidade de cl usulas constantes de contratos de ades o sobre corre o monet ria de presta es para a aquisi o de im veis que seriam Rev TST Bras lia vol
311. ess es m tuas Note se ainda que a pr tica discriminat ria desencadeada pela recorrente atenta como consegii ncia a princ pios fundamentais da Lei Maior da dignidade da pessoa humana art 1 III e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa idem IV Por outro lado fere frontalmente o art 5 XXXV da CF a lei n o excluir da aprecia o do Poder Judici rio les o ou amea a a direito Quanto a este ltimo aspecto relevante notar que a condi o imposta pela recorrente inibe inclusive aqueles empregados que pretendam futuramente ajuizar a es trabalhistas na medida em que poder o sofrer discrimina es em rela o a qualquer outro plano ou programa que venha a ser institu do no mbito da empresa Por outro lado n o se pode perder de vista tamb m que a empresa recorrente sociedade de economia mista que figurante entre os entes p blicos da administra o indireta federal est jungida aos princ pios inerentes administra o p blica em geral Assim a legalidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia h o de estar presentes em todos os atos administrativos que praticar Sobre este aspecto imperioso transcrever pelo brilhantismo de seu conte do o entendimento lan ado pelo Juiz do Trabalho Dr Luciano Athayde Chaves em senten a exarada em outra A o Civil P blica n 001 97 3 Vara do Trabalho ajuizada contra a recorrente Rev TST Bras lia vol
312. eutralizar as cr ticas sobre as performances do sistema de organiza o Este ltimo se v destitu do de toda responsabilidade como tamb m aqueles que asseguram sua dire o Gaulejac 2006 p 73 5 O diagn stico do fracionamento da autonomia coletiva pela amplia o do plano da negocia o coletiva em um contexto de redu o dos recursos de poder assegurados aos sindicatos em geral para dar conta das novas responsabilidades atribu das aos representantes dos trabalhadores no processo de contrata o coletiva ocorrido no Brasil contempor neo foi objeto de nossas pesquisas de doutoramento publicadas em 2008 pela editora LTr sob o t tulo Rela es Coletivas de Trabalho configura es institucionais no Brasil contempor neo Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 133 DOUTRINA representa o sindical com a consegiiente diminui o da capacidade dos sujeitos coletivos de criar novas tutelas laborais a conten o do impulso constituinte pela autonomia coletiva provocada pela intensifica o da pr tica de atos anti sindicais pelos empregadores 3 5 Assim as antigas demandas em prol de uma redu o da disparidade de poder existente na rela o de emprego na contemporaneidade clamam por novas tutelas que incidam sobre as rela es de emprego motivo pelo qual se imp em algumas notas sobre os cinco problemas axiais acima indica dos presentes no desenho das institui es trabalhistas da contemporanei
313. ev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 187 188 JURISPRUD NCIA TEM TICA VOTO I CONHECIMENTO 1 PRELIMINARES ARG IDAS EM CONTRA RAZ ES ILEGITIMIDADE ATIVA 4D CAUSAM E DESCUMPRIMENTO DA INSTRU O NORMATIVA N 23 DO TST A recorrida Petrobr s em contra raz es suscita a ilegitimidade ativa do Parquet para a presente a o civil coletiva mesmo em se tra tando de interesses individuais homog neos ao argumento de que no processo do trabalho a a o civil p blica visa unicamente tutela de interesses coletivos e difusos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos o que n o se configura na esp cie Sem raz o Assim incumbe ao Minist rio P blico do Trabalho zelar pelo respeito aos direitos constitucionalmente assegurados cabendo lhe igualmente a tutela dos interesses metaindividuais Preleciona a respeito Ives Gandra Martins Filho Processo Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1994 p 158 9 que os interesses metaindividuais podem ser diferenciados em tr s esp cies c interesses individuais homog neos decorrentes de uma origem comum fixa no tempo correspondente a ato concreto lesivo ao ordenamento jur dico que permite a determina o imediata de quais membros da coletividade foram atingidos Assim n o obstante a possibilidade de acesso dos trabalhadores a esta Justi a Especializada de maneira individual entendo que configurada a hip
314. exerc cio da liberdade negativa consagrada no inciso V do art 8 da Constitui o ele nem mesmo filiado entidade o que o exclui da participa o da escolha dos dirigentes que deliberam sobre a propositura da demanda Siqueira Neto e Laurino 2008 p 15 A forma como ser efetuada a comunica o exige prud ncia e deve ser definida em face das peculiaridades do caso concreto Lenza 2003 p 217 223 Deve se levar em conta que os substitu dos t m de ser previamente identificados com a demanda de modo que a comunica o n o pode ser t o gen rica como no procedimento do C digo de Defesa do Consumidor cuja finalidade transmitir a informa o a uma pluralidade de pessoas n o identificadas Grinover 1991 p 541 A press o do empregador com o objetivo de for ar o trabalhador ativo a pedir a exclus o um risco presente desde o momento em que se d conhecimento do processo com a cita o Embora seja imposs vel excluir por completo essa forma de chantagem at porque n o possu mos mecanismos eficientes de prote o ao emprego bem poss vel reprimir a conduta patronal por meio de indeniza o por dano moral decorrente do comportamento contr rio liberdade de atua o sindical o que sempre produz efeito preventivo em rela o ao futuro Siqueira Neto e Laurino 2008 p 16 Ao contr rio da figura da representa o em que a propositura da demanda exige autoriza o do titular da rela o jur dica co
315. flito negativo de compet ncia com base nos arts 2 da Lei n 7 347 85 e 93 da Lei n 8 078 90 aplica o anal gica e na Orienta o Jurisprudencial n 130 dessa c SBDI 2 do TST ao entendimento de que verbis a extens o do dano se limita ao mbito regional pois as instala es comerciais e t cnico industriais da primeira requerida loca lizam se t o somente no Estado do Rio de Janeiro seu campo de atua o tendo com a Uni o firmado contrato de concess o para explora o de servi o p blico de energia el trica no territ rio do referido Estado Con quanto conste do item 10 do rol dos pedidos da exordial pretens o de alcance de todos os ditos tempor rios que prestarem servi os em quaisquer estabelecimentos filias ou sede etc localizadas em quais quer parte do territ rio brasileiro que foram lesados em seus direitos trabalhistas indispon veis irrenunci veis e inderrog veis o certo que os estabelecimentos as filiais e a sede da empresa requerida localizam se no Estado do Rio de Janeiro de maneira que n o h possibilidade de extens o do provimento jurisdicional para todo o territ rio nacional n o excedendo assim os limites de jurisdi o do e TRT da 1 Regi o fl 478 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 227 JURISPRUD NCIA TEM TICA Para fins de defini o da compet ncia territorial a rela o jur dica afirmada em Ju zo j o bastante para
316. ga Todas as decis es t m como fundamento a id ia de que mesmo sendo a primitiva a o ajuizada pelo sindicato e a segunda pelo empregado ambas t m o mesmo titular do direito material que o empregado buscando id ntica condena o Eis porque se equipara a situa o processual hip tese de litispend ncia j que a identidade de demandas que caracteriza a litispend ncia a identidade jur dica quando id nticos os pedidos visam ambos o mesmo efeito jur dico como bem afirmou a 1 Se o do STJ MS 1 163 DF AgRe Rel Min Jos de Jesus Filho Com efeito for oso reconhecer a hip tese de litispend ncia ou coisa Julgada no caso em exame como fator impeditivo de condena o descabida pois se trata de situa o extraordin ria que a substitui o processual que h de ser adequada regra ordin ria impedindo se conclus o indevida que seria chancelar condena o indevida em valor j reconhecido ao empregado N o obstante formalmente tenhamos partes distintas em ambas as reclama es a titularidade do direito material nas duas a es considerado o benefici rio da condena o ser o mesmo e sob este aspecto h identidade de parte de pedido e de causa de pedir aplicando se a regra do art 301 2 do CPC e em aten o ao bom senso e razoabilidade h de se extinguir a segunda reclama o sem aprecia o do m rito 46 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 IN
317. ga es defensivas Isto porque constata se da vasta documenta o carreada aos autos que os ex empregados integrantes da associa o reclamante t m assegurado o direito percep o da gratifica o prevista no Regulamento de Pessoal que em seu art 56 estendia o benef cio tamb m aos aposentados Verifica se portanto que a reclamada tergiversa utilizando se de argumentos d plices para um mesmo pedido ora alega que a gratifica o semestral possui natureza de Participa o nos Lucros e Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Resultados e portanto n o h fundamento para o pagamento de parcela fixa haja vista sua institui o no Estatuto do Banco que admite a varia o de seu valor ora defende que os ex empregados n o s o contemplados por esse benef cio ainda que denominado Participa o nos Lucros e Resultados mas com natureza jur dica id ntica da gratifica o semestral j que n o contribuem mais com seu labor pessoal para a aferi o de lucro A letra do art 56 do Regulamento de Pessoal n o deixa margens a d vida Art 56 Dentro das condi es estabelecidas pelos Estatutos ser o distribu das semestralmente aos Empregados inclusive aposentados as gratifica es que foram autorizadas pela Diretoria Ora se o Regulamento de Pessoal n o foi alterado ap s a institui o da Participa o nos Lucros e Resultados n o h sequer fundam
318. gerais sobre a mat ria e mais especificamente a quest o da compet ncia para danos de mbito nacional e regional Em se tratando de dano local a compet ncia para a a o coletiva do foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano No dano regional a compet ncia do foro da Capital do Estado ou do Distrito Federal se o dano ocorre na sua regi o Quanto ao dano nacional observam se entendimentos divergentes na doutrina e na jurisprud ncia A primeira corrente no sentido de que a compet ncia do Distrito Federal conforme reda o do art 93 inciso II do C digo do Consumidor O entendimento divergente assevera que no dano nacional tem se compet ncia concorrente do foro da Capital dos Estados ou do Distrito Federal ficando prevento aquele para quem for primeiramente distribu da a a o coletiva A abrang ncia da coisa julgada determinada pelo pedido e n o pela compet ncia Assim p de se verificar que a disposi o inserida pela Lei n 9 494 97 ao art 16 da Lei da A o Civil P blica restringindo os efeitos da coisa julgada erga omnes da senten a civil aos limites da compet ncia territorial do rg o prolator revela se ineficaz e inconstitucional Por fim cabe destacar que o Anteprojeto de C digo Brasileiro de Processos Coletivos em seu art 12 4 passa a estabelecer expressamente que A compet ncia territorial do rg o julgador n o representar limita o para a
319. gibilidade da multa decorrente do n o cumprimento da obriga o resultante da celebra o de termo de ajuste de conduta alegando que a cobran a da multa implicaria dupla puni o pelo mesmo fato e que a Empresa j teria cumprido o aven ado n o havendo pois o que mais se exigir Contra essa decis o o MPT op s embargos de declara o asseverando que a tese prevalecente na reda o do ac rd o recorrido pela inexigibilidade do t tulo foi a tese que restara vencida e que a ementa do ac rd o n o reflete o que decidido pela Turma do Eg Tribunal naquele julgamento s suas raz es o Tribunal Regional negou provimento ao fundamento de que De omiss o n o se trata pois n o existe nenhuma lacuna a ser preenchida e os fundamentos adotados pela Exma Desembargadora Relatora bastam para justificar a conclus o do julgado A contradi o entre a ementa e o ac rd o de onde foi extra do o voto condutor tamb m n o motivo ensejador de provimento dos declarat rios Nestes casos deve prevalecer o conte do e conclus o do ac rd o eis que a ementa tem valor meramente informativo Ora se a contradi o se verifica entre votos isso n o rende tributo aos declarat rios porquanto n o houve diverg ncia na conclus o e este que faz coisa julgada t Assim a irresigna o do Minist rio P blico n o pode ser acolhida considerando que isso n o ir mudar a conclus o do ac rd o que deu provimento ao recurso
320. gisla o laboral por for a do mero descumprimento das leis ou por for a de exclus o normativa b incerteza no mbito pessoal de incid ncia da legisla o que por sua vez se desdobra em situa es de encobrimento da rela o de emprego e outras realmente amb guas e c a de trabalhos independentes em condi es de depend ncia 2005 p 27 30 Com a polimorfia das rela es de trabalho al m da multiplicidade inerente pr pria rela o de emprego fala se em trabalho parassubordinado em trabalho aut nomo economicamente dependente e em crescimento do trabalho aut nomo pessoal como consegii ncia da import ncia adquirida pelo segmento de servi os e setor terci rio na economia Entretanto observe se a mir ade de situa es diferenciadas encobertas pela terminologia trabalho Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 123 DOUTRINA aut nomo cuja recondu o a uma categoria nica encontra certas dificuldades t cnicas e te ricas RDS 2007 v 39 N o por outro motivo que nas experi ncias jur dicas estrangeiras as refer ncias aos trabalhadores aut nomos e a outros tipos de trabalho fronteiri os aos da rela o de emprego est o dispersas em regras previdenci rias leis especiais civis ou regras que versam sobre seguran a e sa de Em alguns casos como o brasileiro certas rela es de servi o acabaram sendo abarcadas pelo mundo do direito pelas vias da legisla o consumerista destinad
321. gitima o ativa Aqui a escolha feita entre duas op es i atribuir legitima o exclusivamente pessoa f sica e ou associa es privilegiando a legiti ma o privada ou ii ampliar os esquemas da legitima o distribu da entre pessoa f sica e ou associa es em conjunto com rg os p blicos Minist rio P blico Ombudsman ou Defensor do Povo ou rg os es pecializados neste caso temos a legitima o mista independente e aut noma 5 Todos os outros pa ses elegem a legitima o mista quer no direito vigente quer nos projetos de lei Em alguns desses pa ses como Brasil Israel e Portugal al m do C digo Modelo de Processos Coletivos para Ibero Am rica s o atribu dos poderes a rg os p blicos para fiscalizarem o processo quando n o forem parte e s vezes para assumirem a titularidade da a o em hip teses de desist ncia infundada abandono da demanda ou at mesmo para promoverem a execu o de senten a sobretudo quando se trata do Minist rio P blico ou do Ombudsman ou Defensor do Povo A legitima o privada que se prende ao modelo das class actions norte americanas tem como fundamento o receio de que a abertura da legitima o possa levar a abusos A legitima o mista corresponde ao anseio do mais amplo acesso justi a e ao princ pio da universalidade da jurisdi o um n mero cada vez maior de pessoas e uma tipologia cada vez mais ampla de causa
322. goria profissional nos termos do art 8 II da Constitui o Federal ostenta legitimidade para buscar a tutela dos mencionados direitos por ser ele o leg timo defensor dos direitos dos trabalhadores pertencentes categoria profissional que representa e II independentemente da exist ncia ou n o de identidade de causas de pedir e pedidos dos diss dios em cotejo n o se h de cogitar a exist ncia do bice elencado porquanto o CDC em seu art 104 expressamente afasta a efic cia erga omnes de tal decis o nos casos em que n o for requerida a suspens o do diss dio individual Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 39 DOUTRINA Entendimento diverso levaria conclus o de que o consumidor encontra se mais protegido pelo ordenamento jur dico do que o trabalhador j que o primeiro disporia de duas vias uma sem preju zo da outra para a defesa de seus interesses enquanto o segundo de apenas uma individual ou coletiva sendo que a escolhida pelo sindicato da categoria profissional ou seja sem a participa o do obreiro prejudicaria a utiliza o da outra Ali s a controv rsia foi resolvida pelo C digo de Defesa do Consumidor como j explicitado pelo que se cont m no seu art 104 em face da ado o pelo sistema das a es coletivas brasileiro da teoria da coisa julgada secundum eventum litis que traduzida na clara li o da Prof Ada Pellegrini ob cit p 158 59 assim se externaliz
323. hip tese de viola o direta e literal de norma da Constitui o Federal No que diz respeito den ncia de nulidade por negativa de presta o Jurisdicional com base na viola o do art 93 IX da Carta esta n o prospera pelas raz es que passo a expor Da leitura do ac rd o proferido ap s a interposi o de embargos de declara o constata se que o egr gio Tribunal Regional deliberou no sentido de que prevaleceu o conte do e a conclus o do ac rd o uma vez que a ementa tem valor meramente informativo Portanto quanto a esse aspecto n o se h falar em nulidade visto que n o verificado preju zo ao recorrente Urge reconhecer portanto que o egr gio Tribunal Regional prestou efetivamente a tutela jurisdicional sendo entregue ao Recorrente a adequada jurisdi o embora contr ria a seus interesses n o se havendo falar em nulidade Os dispositivos que o MPT prequestiona fl 124 dos autos quais sejam art 5 8 6 da Lei n 7 347 85 876 da CLT 6 XIV da LC 75 93 e 127 da CF encontram se em condi es de serem examinados n o se aplicando a eles os bices das S mulas ns 297 e 126 do TST Inexistente o preju zo Indene portanto o art 93 inciso IX da Constitui o Federal N o conhe o 2 3 EXECU O T TULO EXTRAJUDICIAL INEXIGIBILIDADE DO T TULO O Tribunal a quo firmou entendimento pela inexigibilidade da multa decorrente do n o cumprimento da obriga o no prazo
324. i o Federal possibilitando a defesa de interesses difusos e coletivos sendo os interesses individuais homog neos uma subesp cie de interesse coletivo lato sensu que permite a defesa coletiva de interesses individuais cuja les o de origem comum Tratando se de a o civil p blica buscando a defesa de interesse social relevante o trabalho direito constitucional indispon vel a justi a do trabalho h de prestigiar a atua o do Minist rio P blico Decis o em contr rio tornaria in cua a preocupa o preponderante e que corol rio da exist ncia das a es coletivas aplicar a justi a da forma mais instrumental c lere e econ mica poss vel primando pelo equacionamento da lide num contexto maior que a inibi o das macroles es por meio da tutela coletiva e em defesa da ordem social RR 1208 2000 001 22 40 5 DJ 01 04 2005 1 T Rel Juiz Convocado Guilherme Bastos MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE ATIVA A O CIVIL P BLICA DIREITOS COLETIVOS E DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS INDISPON VEIS Tem legitimidade o Minist rio P blico do Trabalho para propor a o civil p blica visando a tutelar direitos coletivos Tal a hip tese sob exame em que o Parquet trabalhista persegue a imposi o de obriga o de n o fazer com efeitos projetados para o futuro mediante provimento jurisdicional de car ter cominat rio consistente em n o repassar para os sal rios eventuais preju zos dec
325. ia ou parte dela de trabalhadores que estejam ligados entre si ou com o empregador ou grupo de empregadores categoria econ mica por meio de uma rela o jur dica base Essa rela o jur dica base tem por destinat rio n o os trabalha dores individualmente considerados mas sim os trabalhadores socialmente organizados uma vez que a no o de grupo ou classe de pessoas CDC Art 81 no mbito das rela es de trabalho possui deno mina o pr pria categoria profissional ou econ mica ou diferenciada CF art 8 II CLT art 511 E 210 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Assim na medida em que a pretens o deduzida em ju zo tem por destinat rio material a categoria ou parte dela constitui exemplo de interesses coletivos o relativo elimina o ou redu o de insalubridade ou periculosidade no mbito da empresa etc Os interesses individuais homog neos a seu turno ainda nas palavras de Bezerra Leite s o os materialmente individuais e processualmente coleti vos Assim a les o a tais direitos atinge os trabalhadores de forma individual o que possibilita a propositura de reclama es trabalhistas individuais ou pl rimas assumindo contudo em raz o da origem comum aglutina o e relev ncia social de modo a extrapolar o car ter exclusivamente individual o que enseja a tutela formalmente coletiva Minist rio P blico do Trabalho p 164 Nessa
326. iado pr prio das pessoas organizacionalmente mais vulner veis Na pr tica ali s a solu o supra apontada n o perversa como poderia parecer primeira vista perdida a demanda coletiva ainda s o poss veis as a es individuais certo Mas a decis o contr ria proferida no processo coletivo ter sua carga de poderoso precedente e poder ser utilizada pelo demandado n o para impedir o ajuizamento Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA da demanda individual como ocorreria se houvesse coisa julgada mas para influir sobre o convencimento do novo juiz Ali s na demanda coletiva julgada improcedente o demandado j ter exercido na maior plenitude poss vel todas as suas faculdades processuais inclusive as probat rias a s demandaf s individuais versar o sobre a mesma causa petendi j enfrentada vitoriosamente pelo demandado grifo nosso E Seja como for a escolha pela coisa julgada secundum eventum litis somente para favorecer e n o para prejudicar as pretens es pessoais importante na Am rica Latina adotam esse crit rio o C digo Modelo de Processos Coletivos para Ibero Am rica Brasil no direito vigente e no projetado e Peru enquanto os relatores de diversos pa ses preconizam a ado o do mesmo modelo com exce o da Col mbia cujo relator prefere o sistema ali vigente No mesmo sentido outrossim apenas a t tulo ilustrativo dos fundamentos doutrin rio
327. icas individuais Nesse sentido a doutrina processual trabalhista brasileira seguindo a italiana liderada por Carnelutti enquadra as senten as normativas como esp cie nova diferenciada identifi cada como de natureza dispositiva 24 Arbitral pois o diss dio coletivo a ser proposto pressup e necessariamente a anu ncia de ambos os litigantes conforme texto do art 114 2 com a reda o conferida pela Emenda Constitucional n 45 04 O Tribunal Superior do Trabalho atrav s de sua Se o de Diss dios Coletivos no Processo n DC 165049 2005 000 00 00 relatado pelo Ministro Carlos Alberto Reis de Paula decidiu DISS DIO COLETIVO 2 DO ART 114 DA CONSTITUI O DA REP BLICA EXIGIBILIDADE DA ANU NCIA PR VIA N o demonstrado o comum acordo exigido para o ajuizamento do Diss dio Coletivo consoante a diretriz constitucional evidencia se a inviabilidade do exame do m rito da quest o controvertida por aus ncia de condi o da a o devendo se extinguir o processo sem resolu o do m rito luz do art 267 inciso VI do CPC Preliminar que se acolhe Ac rd o un nime in DJU 29 09 2006 25 CRUZ NETO Eurico In Temas Relevantes no Processo do Trabalho Campinas Bookseller 2000 p 80 26 DC 181580 2007 Rel Min Ives Gandra Martins Filho in DJU de 19 10 2007 27 Conforme decidido pelo TST atrav s de sua Se o de Diss dios Coletivos no Processo n DC 165049 2005 000 00 00 em ac rd
328. ici rio Porque n o conversamos porque n o interagimos ficamos Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 31 DOUTRINA no dizer popular inventando a roda com grande perda de tempo de trabalho e de dinheiro O Judici rio deveria ser um s corpo org nico e funcional N o se tanto como tenho afirmado me referido Justi a do Trabalho um arquip lago at ent o sem pontes interligando as ilhas e sem embarca es propiciando sua intercomunica o Para eliminar isso surgiu a id ia dos Conselhos primeiro o da Justi a Federal em sequ ncia o Conselho Nacional de Justi a e o nosso Conselho Superior da Justi a do Trabalho na esperan a inicial de que pontes sejam lan adas entre os v rios rg os e os v rios ramos E estamos caminhando estamos trabalhando nesse sentido As iniciativas s o v rias e nos d o a esperan a de que nos transformemos num continente E n o otimismo exagerado sonhar que o Judici rio pela a o dos nossos conselhos setorizados e especialmente pela eficaz a o do Conselho Nacional de Justi a se transforme em um grande continente Penso no Conselho Nacional de Justi a como um grande centro um grande F rum para onde tudo convirja e de onde tudo saia em termos de novas id ias novas ferramentas novas orienta es para todo o Judici rio num papel semelhante ao da Reparti o Internacional do Trabalho rg o da OIT para onde convergem todas as novidades relativas
329. icial desses interesses defesa do meio ambiente do consumidor do patrim nio cultural das crian as e adolescentes das pessoas portadoras de defici ncia dos investidores lesados no mercado de valores mobili rios de interesses ligados defesa da ordem econ mica ou livre concorr ncia qualquer outro interesse difuso coletivo ou individual homog neo pode em tese ser defendido em juizo seja pelo Minist rio P blico seja pelos demais legitimados do art 5 da LACP e do art 82 do CDC Fixadas essas breves premissas passa se ao exame da lide O e Regional sob o fundamento de que o pedido de declara o de nulidade da contrata o de m o de obra por parte da empresa Sucoc trico Cutrale Ltda por meio de cooperativa de trabalho conclui que a hip tese de direitos individuais homog neos e por isso mesmo julgou extinto o processo sem aprecia o do m rito por entender que a pretens o estranha ao campo de abrang ncia da a o civil p blica Data venia equivocada a conclus o A contrata o de trabalhadores rurais via cooperativa de trabalho que na verdade atua como t pica empresa fornecedora de m o de obra sem ga rantir aos trabalhadores a prote o decorrente de uma rela o de emprego contrasta flagrantemente com os princ pios constitucionais que asseguram expressamente a busca do pleno emprego que proclamam a dignidade da pessoa humana e afirmam peremptoriamente a necessidade de se
330. icional da legitima o coletiva e as a es coletivas passivas In Processo Civil Coletivo MAZZEI Rodrigo NOLASCO Rita Coords S o Paulo Quartier Latin 2005 p 101 68 Fredie Didier discorrendo sobre a tutela processual da greve no mbito da jurisdi o civil indica a o proposta pela Uni o Federal contra a Federa o Nacional dos Policiais Federais FENAPE e contra o Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal SINDIPOL DF processo n 2004 34 00 010685 2 da 7 Vara Federal do Distrito Federal in op cit p 104 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 83 DOUTRINA constru do a partir da interpreta o sistem tica que se faz do art 83 do CDC e do art 5 2 da Lei n 7 347 85 a Lei da A o Civil P blica Esta a posi o que se adota notadamente no campo da tutela processual coletiva trabalhista e tem previs o espec fica n o s no campo dos diss dios coletivos mas em outras a es como as previstas no art 1 da Lei n 8 984 957 O problema que todo o sistema da Lei n 7 783 89 embora fundado na t cnica da legitimidade extraordin ria atrav s da substitui o processual consagra a preocupa o em n o vincular de forma negativa os substitu dos os titulares dos direitos individualmente concebidos a partir do pressuposto de que a coletividade encontra se no p lo ativo da a o O trato com a a o civil p blica leva de imediato pre
331. iculdades de acesso prote o do Estado Temos observado uma nsia de cria o de rg os jurisdicionais traba lhistas de 1 e 2 graus da mesma forma como t m sido freq entes os pleitos de cria es de cargos Por for a das circunst ncias e na condi o de rg o de c pula temos encampado muitos desses pedidos h v rios projetos de lei propondo a amplia o de quadros de pessoal em Tribunais Regionais Mas sabemos que cria o de cargo um expediente simplista para a solu o dos grandes e graves problemas da Justi a do Trabalho O nosso problema o grande n mero de a es ajuizadas sem que tenhamos estrutura material e de pessoal para solucion las em tempo razo vel E de onde vem essa enorme demanda pela jurisdi o trabalhista Paradoxalmente a meu ver a grande gera dora de conflito a legisla o substantiva e processual que temos Legisla o na sua quase totalidade nascida nas d cadas de 30 e 40 do s culo passado para um Pa s completamente diferente do de hoje para uma economia profundamente di ferente para um contingente de trabalhadores bem menos esclarecidos Ora todos sabem que o Direito do Trabalho tem estreita liga o com a Economia Se a economia outra outras deveriam ser as normas trabalhistas As hoje existentes em grande parte s o geradoras de conflitos e n o solucionadoras Nossas normas s o complexas s o dif ceis de entender e mais ainda de aplicar Costumo afirma
332. idade 1 CONHECIMENTO 1 1 HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SUBSTITUI O PROCESSUAL A Turma quanto ao tema em destaque deu provimento ao Recurso de Revista sob os seguintes fundamentos O reclamado aponta contrariedade s S mulas ns 329 e 310 VIII desta Corte uma vez que a hip tese dos autos n o a de assist ncia da Lei n 5 584 70 mas de substitui o processual autorizada sendo indevidos os honor rios advocat cios A Corte Regional entendeu que como substituto ou assistente o sindicato faz jus a honor rios pois em ambos os casos trabalho para a categoria fl 183 E acrescentou Fazer distin o entre substitui o e assist ncia para efeito de honor rios dar interpreta o restritiva ao art 14 da Lei 5584 70 deixando de reconhecer sua finalidade ltima e maior fl 183 230 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Em rela o ao item III da S mula n 310 a quest o referente a legitimidade do sindicato como substituto processual j se encontra superada pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal adotado por esta Corte e que inclusive conduziu ao julgamento deste recurso Embora extinto tal verbete tenha o entendimento constante de seu item VIII que apontava para o n o deferimento dos honor rios advocat cios na hip tese em que o sindicato for o autor da a o na condi o de substituto processual deve ainda prevalecer E que os sindi
333. identidade de partes uma vez que naquela figu ra o Minist rio P blico do Trabalho que possui legitimidade extraordin ria art 82 do C digo de Defesa do Consumidor enquanto nesta o trabalhador individualmente optou pelo direito de a o seja porque a a o civil p blica n o induz litispend ncia para as a es individuais conforme preconiza o art 104 da Lei n 8 078 90 RES PONSABILIDADE SUBSIDI RIA DECIS O REGIONAL EM CON FORMIDADE COM A S MULA N 331 INCISO IV DO TST N o merece ser processado o recurso de revista quando a decis o regional apresenta se em conson ncia com S mula do TST Aplica o do dis posto no art 896 4 da CLT Agravo de instrumento desprovido TST AIRR 1037 2001 301 02 41 1 j 06 12 2006 Rel Min Luiz Phi lippe Vieira de Mello Filho 1 T DJ 02 02 2007 grifos nossos Em tal ac rd o ressaltou corretamente o relator ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho que as a es coletivas n o induzem a litispend ncia entre as a es individuais Tratava se de a o movida por empregada contratada como arrecadadora para uma empresa prestadora de servi os alegando que foi dispensada imotivadamente sem receber as verbas rescis rias al m do pagamento de f rias horas extras adicional noturno e seus reflexos multa do FGTS Ela pediu ainda que a empresa prestadora de servi os fosse responsabilizada subsidiariamente pelos d bitos trabalhistas Em contesta o
334. idor dispensa se a identifica o dos substitu dos exige se do sindicato a divulga o gen rica do ajuizamento da demanda e intima se o Minist rio P blico do Trabalho para que intervenha no processo N o se exclui que a defini o sobre a esp cie de direito individual que se encontra em lit gio venha a se modificar com base nos elementos de fato e de direito veiculados pela defesa o que explica a possibilidade do procedimento se mostrar inadequado ap s a resposta do r u Quando a causa de pedir revelar que o direito em discuss o individual puro a situa o ser semelhante representa o ou ao litiscons rcio Como n o h dimens o coletiva o par metro de interpreta o individualista Dinamarco 2000 p 1258 Se a peti o inicial n o estiver acompanhada da rela o de substitu dos o juiz deve ordenar a identifica o dos trabalhadores e a indica o dos elementos pessoais necess rios ao julgamento j que essa provid ncia indispens vel efetividade do provimento CPC art 282 IV c c art 284 Descumprida a ordem o processo ter de ser extinto sem resolu o do m rito por indetermina o do pedido CPC art 284 par grafo nico Cumprida a ordem o passo seguinte verificar a quantidade de substitu dos O processo comum veda o litiscons rcio de multid es com o fim de assegurar tanto a efetividade do direito de defesa como a correta aplica o do direito pelo juiz CPC art 46 par gr
335. igiosa ou tnica listou o ministro Tais considera es por m n o retratam acredita o vice presidente do TST pessimismo Pelo contr rio Aqui e agora como em todo o planeta est o em curso iniciativas que demonstram sincera preocupa o com o pleno desenvolvimento do homem afirmou poss vel caminhar de m os dadas na busca da felicidade na mais ampla realiza o dos direitos humanos Basta uma retrospectiva no tempo e no espa o para se constatar a evolu o do homem no combate s desigualdades e sua preocupa o em ver no pr ximo um ser que compartilha dos seus mesmos ideais de uma vida digna Trabalho e liberdade O ministro Lelio Bentes Corr a abordou o tema das normas internacio nais do trabalho por um vi s menos t cnico e mais humano Lelio Bentes lembrou que a inclus o do direito ao trabalho no art 23 da Declara o Univer sal o reconhecimento do trabalho como um dos instrumentos de acesso dos indiv duos aos instrumentos que lhes permitam a busca da felicidade A mi s ria em qualquer lugar do mundo problema mundial e a OIT prega um dever de solidariedade das na es mais desenvolvidas para com as menos de senvolvidas explicou o ministro membro da comiss o de peritos da OIT encarregados de verificar o cumprimento pelos pa ses membros das conven es dos quais s o signat rios Os 182 pa ses que integram a OIT t m a obriga o de observar quatro fundamentos principai
336. il p blica motivo pelo qual afastou a car ncia de a o decretada pelo Ju zo origin rio e determinou o retorno dos autos Vara de origem para analisar os pedidos da autora O Banespa op s embargos de declara o os quais foram acolhidos para prestar esclarecimentos de que a compet ncia funcional da Vara do Trabalho em raz o do disposto na Lei n 7 347 85 e no art 651 da CLT fls 324 e 325 Interposto recurso de revista pelo Banco que teve seu seguimento negado com fulcro na S mula n 214 do TST despacho de fl 350 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 257 JURISPRUD NCIA TEM TICA Devolvidos os autos Vara de origem foi proferida senten a em que se afastou a preliminar de in pcia da peti o inicial e no m rito foi julgado parcialmente procedente o pleito da autora para condenar o r u a pagar a parcela Participa o nos Lucros ou Resultados a partir de 1996 e julgar improcedente o pedido de gratifica o semestral de 1994 e 1995 em raz o da exist ncia de preju zo fls 792 802 A Corte regional ao analisar os recursos ordin rios interpostos por ambas as partes rejeitou a preliminar de nulidade da senten a No m rito deu provimento ao apelo da autora para deferir aos substitu dos o pagamento da gratifica o semestral no valor de um sal rio por semestre Consignou que o Regulamento de Pessoal do Banco previa o pagamento da gratifica o semestral antes da institui o
337. il p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos inciso II Na mesma linha a Lei Complementar n 75 93 que trata da organiza o das atribui es e do estatuto do Minist rio P blico da Uni o prev Art 1 O Minist rio P blico da Uni o organizado por esta lei Complementar institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico dos interesses sociais e dos interesses individuais indispon veis Art 2 Incumbem ao Minist rio P blico as medidas necess rias para garantir o respeito dos Poderes P blicos e dos servi os de relev ncia p blica aos direitos assegurados pela Constitui o Federal Es 208 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Art 5 S o fun es institucionais do Minist rio P blico da Uni o I a defesa da ordem jur dica do regime democr tico dos interesses sociais e dos interesses individuais indispon veis Art 6 Compete ao Minist rio P blico da Uni o VII promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para d outros interesses individuais indispon veis homog neos sociais difusos e coletivos XII propor a o civil coletiva para defesa de interesses individuais homog neos E Art 83 Compete ao Minist rio
338. ilidade pelo abuso do Direito de Greve Revista da Academia Nacional de Direito do Trabalho ano I 1993 n 1 p 38 sustenta que as greves pol ticas ainda que comandadas por entidade sindical de trabalhadores n o encontram guarida na Constitui o brasileira de 1988 porquanto objetivam algo que n o pode ser atendido pelos respectivos empregadores No mesmo sentido o TST no RO DC 454136 98 7 Ac rd o SDC Rel Min Valdir Righeto apud FREDIANI op cit p 63 Tamb m nesse sentido a Ementa 372 do Comit de Liberdade Sindical da OIT As greves de car ter puramente pol tico e as greves decididas sistematicamente muito antes que as negocia es sejam levadas a cabo n o caem no mbito dos princ pios da liberdade sindical Liberdade Sindical Recopila o de Decis es e Princ pios do Comit de Liberdade Sindical do Conselho de Administra o da OIT Bras lia 1997 p 108 48 RXOF e RODC 20231 2004 000 02 00 Rel Min Jos Luciano de Castilho Pereira in DJU de 30 09 2005 com a seguinte ementa DISS DIO DE GREVE FUNDA O P BLICA Em se tratando de servidores regidos pela Consolida o das Leis do Trabalho competente a Justi a do Trabalho para decidir o diss dio de greve e suas conseqii ncias como decorre da interpreta o do inciso II do art 114 76 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Reafirmando essa posi o vieram posteriormente as j citadas decis es do Supremo Tri
339. imento 20 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA do meio onde atuam ou deveriam atuar quase nenhum E assim de remo o em remo o passam pelas suas comarcas pelas suas Varas sem que conhe am a sociedade em que atuam ou deveriam atuar sem que a sociedade conhe a o seu juiz sem que conhe a o seu pensamento a sua orienta o E o problema se tornou ainda mais agudo a partir de quando levas e levas de concurseiros percorrem todo o territ rio brasileiro Sendo do sul ou de centros mais desenvolvidos aprovados e empossados logo logo querem ser removidos para os seus lugares de origem e assim as regi es menos charmosas amargam quase sempre a falta de magistrados Toda for a de um magistrado deve decorrer da sua credibilidade que uma consegii ncia da sua postura da sua conduta na sociedade do respeito para com os seus jurisdicionados e n o h maior demonstra o de respeito do que estar no seu local de trabalho na sua comarca cumprindo o seu expediente o seu hor rio os seus deveres de magistrado e de cidad o vendo e sendo visto ouvindo e sendo ouvido Um outro problema enfrenta h d cadas a magistratura a falta de um estatuto Em evento anterior realizado pelo colendo Supremo Tribunal Federal comemorativo dos seus 100 anos quando era eu presidente do TRT da 8 Regi o afirmava que a magistratura pela aus ncia de um estatuto estava deriva Quais os nossos direitos quais os n
340. imento das obriga es decorrentes desse contrato Logo o descumprimento pelo comprador das obriga es decorrentes do neg cio celebrado n o confere ao empregador o direito de proceder ao estorno das comiss es auferidas pelo empregado que realizou a venda Recurso de revista parcialmente conhecido e n o provido TST RR 719 563 2000 3 Rel Ju za Convocada Maria Doralice Novaes 4 T DJ 17 06 2005 RECURSO DE REVISTA COMISS ES CONTRATOS CANCELADOS O pagamento das comiss es somente exig vel depois de ultimada a transa o art 466 da CLT A transa o ser considerada ultimada aceita se n o for recusada pelo empregador nos prazos legais art 3 da Lei n 3 207 57 O descumprimento pelo comprador das obriga es decorrentes do neg cio celebrado n o confere ao empregador Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 325 JURISPRUD NCIA o direito de proceder ao estorno das comiss es auferidas pelo empregado que realizou a venda Recurso de revista a que se nega provimento TST RR 579 083 1999 5 Rel Min Gelson de Azevedo 5 T DJ 28 11 2003 RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA RECLAMAN TE ESTORNO DE COMISS ES POR VENDA ULTIMADA INADIMPL NCIA DO COMPRADOR O descumprimento pelo com prador das obriga es decorrentes do neg cio celebrado n o confere ao empregador o direito de proceder ao estorno das comiss es auferidas pelo empregado que realizou a venda Recurso de revista
341. in rio Trabalhista A o civil p blica 2 Ac rd o que rejeitou embargos infringentes assentando que a o civil p blica trabalhista n o o meio adequado para a defesa de interesses que n o possuem natureza coletiva 3 Alega o de ofensa ao disposto no art 129 III da Carta Magna Postula o de comando sentencial que vedasse a exig ncia de jornada de trabalho superior a 6 horas di rias 4 A Lei Complementar n 75 93 conferiu ao Minist rio P blico do Trabalho legitimidade ativa no campo da defesa dos interesses difusos e coletivos no mbito trabalhista 5 Independentemente de a pr pria lei fixar o conceito de interesse coletivo conceito de Direito Constitucional na medida em que a Carta Pol tica dele faz uso para especificar as esp cies de interesses que compete ao Minist rio P blico defender CF art 129 HI 6 Recurso conhecido e provido para afastar a ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho E muito mais recentemente em 17 12 2003 no Recurso Extraordin rio n 393 229 do Rio de Janeiro relator o Ministro Nelson Jobim aquela Corte decidiu que 176 DECIS O O ac rd o recorrido tem esta ementa A O CIVIL P BLICA INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO ILEGITIMIDADE Conquanto irrefut vel o cabimento de a o civil p blica na Justi a do Trabalho trata se de instituto concebido eminentemente para a tutela de interesses coleti
342. indo as pegadas de Carlos Maximiliano o art 104 do CDC deve ser lido e interpretado de modo a permitir a coer ncia sist mica e l gica com outras normas que o comp em Eis a forma como deve ser interpretada a prescri o normativa em comento Art 104 As a es coletivas previstas nos incisos 1 Il e III do par grafo nico do art 81 n o induzem litispend ncia para as a es individuais mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos Z Z e III do artigo anterior n o beneficiar o os autores das a es individuais se n o for requerida sua suspens o no prazo de 30 trinta dias a contar da ci ncia nos autos do ajuizamento da a o coletiva grifos nossos Assim reconhecendo o erro de remiss o contido no art 104 do CDC passemos a examinar a quest o da litispend ncia entre a es coletivas 3 POSSIBILIDADE DE LITISPEND NCIA ENTRE A ES COLETIVAS O microssistema do processo coletivo CF LACP CDC n o trata expressamente da litispend ncia entre a es coletivas uma vez que o art 104 do CDC somente refere que as a es coletivas n o induzem litispend ncia para as a es individuais Assim diante da lacuna normativa do novel sistema de acesso coletivo ao Judici rio brasileiro socorre nos o art 19 da LACP Lei n 7 347 85 segundo o qual o CPC pode ser fonte subsidi ria desde que a norma a ser migrada do processo individual seja compat vel com a principi
343. inist rio P blico do Trabalho determinar o retorno dos autos Vara do Trabalho de origem a fim de que prossiga no julgamento da A o Civil P blica como entender de direito Bras lia 7 de novembro de 2006 Lelio Bentes Corr a redator designado PRELIMINAR DE N O CABIMENTO DA A O CIVIL P BLICA NA ESFERA TRABALHISTA E DE ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIA O PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECIS O REGIONAL IMPEDI MENTO DA JU ZA RELATORA ATUA O COMO MEMBRO DO MINIST RIO P BLICO NO PROCESSO N o se verifica impedimento de magistrado para participar de julgamento de segundo recurso ordin rio pelo fato de ter participado ent o como membro do Minist rio P blico de julgamento do primeiro recurso ordin rio quando neste se tratava apenas do cabimento desta a o civil p blica na Justi a do Trabalho e da legitimidade de parte da Associa o autora enquanto que no segundo recurso se tratava de outros temas Tamb m afasta o acolhimento da nulidade respectiva a circunst ncia de n o ter sido argiiida oportuna e adequadamente Recurso de revista n o conhecido Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 253 JURISPRUD NCIA TEM TICA PRELIMINAR DE NULIDADE DO AC RD O REGIONAL POR OMISS O QUANTO ALEGA O DE OMISS ES NA DECIS O DE PRIMEIRO GRAU Os arts 93 inciso IX da Constitui o Federal 458 inciso II do CPC e 832 da CLT disp em que as decis es judiciais ser o fundamentadas sob pena
344. ino rit rios ou tradicionalmente discriminados pessoas portadoras de necessidades especiais idosos crian as jovens ind genas mulheres etc Em rigor a cl usula veicula um crit rio de desempate de conte do discriminat rio positivo o que inteiramente aceit vel pelas circunst n cias e peculiaridades regionais atuais fl 60 Pelas raz es a fls 71 74 o Minist rio P blico do Trabalho interp e recurso ordin rio pretendendo a reforma do ac rd o regional para exclus o da Cl usula 12 1 que estabelece prefer ncia pela contrata o de m o de obra local Alega em s ntese a viola o da Conven o n 111 da OIT e dos arts 1 da Lei n 9 029 95 e 3 IV da Constitui o Federal sustentando que falta estudo anterior no qual se possa verificar a necessidade de tal a o afirmativa fl 73 Sem raz o o recorrente A cl usula em debate foi firmada pelos recorridos mediante acordo coletivo de 01 08 2003 a 31 07 2004 fls 11 19 com seguinte teor CL USULA 12 RECRUTAMENTO E CONTRATA O No recrutamento e na contrata o ser o obedecidas as seguintes normas no tocante a 2 1 As empresas se comprometem a dar prefer ncia a contrata o de m o de obra local desde que atenda aos pr requisitos necess rios para a fun o exigidos pela empresa no que concerne a capacita o e processo seletivo das empresas fl 15 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 313
345. ios Consolida o das Leis do Trabalho 31 ed S o Paulo Saraiva 2006 p 428 a jurisprud ncia a tem aplicado amplamente podendo ser citado dentre tantos precedente da Subse o II de Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho o ROAR 2084 2002 000 01 00 0 em que foi Recorrente Faculdades Cat licas Sociedade Civil Mantenedora da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro e Recorrido Sindicato dos Professores do Munic pio do Rio de Janeiro in DJ 09 03 2000 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 85 DOUTRINA da respectiva categoria profissional envolvida se encontrar legalmente legitimado a figurar no p lo passivo da respectiva a o coletiva Essa uma das exce es apontadas pela doutrina falta de previs o espec fica de um r u coletivamente legitimado no sistema processual coletivo brasileiro Por outro lado embora o art 4 8 2 da Lei n 7 783 89 confira legitimidade s comiss es de trabalhadores na aus ncia de sindicato organizado na categoria profissional para as negocia es coletivas entende se que essa legitimidade de representa o n o extravasa os limites expressamente estabelecidos na sua concess o limitados objetivamente s negocia es N o se trata portanto de legitimidade processual ou de substitui o processual pois da tradi o processual brasileira que esta somente pode ser determinada por disposi o expressa de lei
346. ir se o contr rio seria em ltima an lise transferir ao empregado o risco do exerc cio da atividade econ mica pois o descumprimento pelo comprador das obriga es decorrentes do contrato de compra e venda ou at mesmo o seu cancelamento implicaria em supress o do direito ao sal rio daquele que procedeu a venda Recurso de embargos n o provido TST E RR 319 248 96 Rel Min Milton de Moura Fran a SBDI 1 DJ 06 04 2001 SAL RIO COMISS ES CANCELAMENTO DE VENDAS DEVOLU O 1 Exceto no caso excepcional de insolv ncia do comprador ou quando houver recusa por escrito da proposta de venda pelo empregador Lei n 3 207 57 art 6 o descumprimento pelo comprador das obriga es resultantes do neg cio ou o cancelamento da compra n o d ao empregador o direito de proceder ao estorno das comiss es ou percentagens auferidas pelo empregado O risco da atividade econ mica do empregador Exegese do art 466 da CLT e incid ncia do art 7 da Lei n 3 207 57 2 Recurso de revista a que se d provimento TST RR 635 866 2000 Rel Min Jo o Oreste Dalazen 1 T DJ 28 10 2005 sublinhou se RECURSO DE REVISTA ESTORNO DE COMISS ES O art 466 da CLT disp e o pagamento de comiss es e percentagens s exig vel depois de ultimada a transa o a que se referem A express o ultimada a transa o deve ser entendida como sendo o momento em que o neg cio contrato efetivado e n o como o cumpr
347. iroz Alexandre Bernardino Costa doutor em Direito professor adjunto e decano de extens o da Universidade de Bras lia Paulo S rgio Jo o doutor em Direito das Rela es Sociais Jos Bernardo Ortiz doutor em Engenharia Civil Ant nio Carlos Paladri Chagas cardiologista doutor em Medicina Robinson Neves Filho advogado militante Oficial Ju za Morgana de Almeida Richa titular da 15 Vara do Trabalho de Curitiba PR Juiz Ant nio Umberto de Souza J nior titular da 6 Vara do Trabalho de Bras lia DF Ju za Cilene Ferreira Amaro Santos titular da 14 Vara do Trabalho de Bras lia DF Juiz Manoel Carlos Toledo Filho titular da 10 Vara do Trabalho de Campinas SP Reinaldo Moreira Dantas economista e professor universit rio Luc lia Santos atriz e militante dos direitos humanos Paulo C sar Baptista de Faria Paulinho da Viola cantor compositor e violonista 152 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 NOTAS E COMENT RIOS SEMIN RIO 60 ANOS DA DECLARA O UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS TST realizou entre os dias 09 e 12 de setembro o Semin rio 60 Anos da Declara o Universal dos Direitos Humanos No evento especialistas se revezaram na apresenta o de palestras e pain is que tratavam da necessidade de se buscar a efetiva aplica o dos princ pios da Declara o Na solenidade de abertura o presidente do TST ministro Rider Nogueira de Brito lembrou que a Declara o ho
348. is primeiros tipos referem se ao prisma 18 Assim dispunha o art 123 Compete Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre empregados e empregadores e as demais controv rsias oriundas das rela es do trabalho regidas por legisla o especial 1 Os diss dios relativos a acidentes do trabalho s o da compet ncia da Justi a Ordin ria 2 A lei especificar os casos em que as decis es nos diss dios coletivos poder o estabelecer normas e condi es de trabalho 19 TST Regimento Interno art 216 Os diss dios coletivos podem ser I de natureza econ mica para a institui o de normas e condi es de trabalho II de natureza jur dica para a interpreta o de cl usulas de senten as normativas de instrumentos de negocia o coletiva de acordos e conven es coletivas de disposi es legais particulares de categoria profissional ou econ mica e de atos normativos HI origin rios quando inexistentes ou em vigor normas ou condi es especiais de trabalho decretadas em senten as normativas IV de revis o quando destinados a reavaliar normas e condi es de trabalho preexistentes que hajam se tornado injustas ou ineficazes pela modifica o das circunst ncias que a ditaram V de declara o sobre a paralisa o decorrente de greve dos trabalhadores 68 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA material e os tr s ltimos a
349. itas Para essa linha de racioc nio o trabalho infantil seria uma solu o e n o um problema Mas essa solu o s se aplica a crian as e adolescentes carentes pobres provocou a procuradora Nossos filhos s o preservados n o cogitamos coloc los para trabalhar aos 12 ou 14 anos porque queremos dar lhes educa o para que adentrem na vida adulta com boas oportunidades Coordenadora nacional de Combate Explora o do Trabalho da Crian a e do Adolescente do Minist rio P blico do Trabalho a procuradora recha a veementemente as tentativas de justifica o do trabalho precoce N o o estar toa que leva o jovem ilicitude a falta de perspectivas de vida n o vislumbrar que oportunidades se abram sua frente n o ter escolhas defende Para que possamos caminhar para uma sociedade justa e solid ria e que efetivamente se garanta a dignidade da pessoa humana preciso garantir os direitos das crian as e adolescentes N o seremos cidad os somente porque exercemos e sabemos dos nossos direitos Seremos cidad os se buscarmos a realiza o e garantia dos direitos dos nossos parceiros na sociedade concluiu Indigenas maioria no mundo vive abaixo da linha da pobreza O terceiro palestrante do segundo dia do semin rio Christian Ramos Veloz da OIT tratou n o apenas do trabalho ind gena mas do quadro geral de discrimina o e genoc dio que marcaram e marcam a hist ria da
350. ituto processual na defesa de todo e qualquer direito decorrente da rela o de trabalho O problema que o processo coletivo comum prev um procedimento regular e adequado apenas para a defesa de direitos individuais homog neos que o procedimento do C digo de Defesa do Consumidor N o h no processo do trabalho e tampouco no processo coletivo comum um procedimento regular e adequado para a defesa de direitos individuais puros ou heterog neos por meio de legitima o extraordin ria o que gera d vidas razo veis sobre quest es da maior relev ncia como s o dentre outras 1 a extens o subjetiva da coisa julgada e ii a necessidade de identifica o dos substitu dos como condi o para a efetividade do provimento N o excessivo lembrar que o que distingue os direitos individuais homog neos dos direitos individuais puros a dimens o coletiva Os direitos individuais homog neos s o direitos individuais com dimens o coletiva ao 96 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA passo que os direitos individuais puros ou heterog neos s o direitos individuais sem dimens o coletiva Grinover 2002 p 31 A dimens o coletiva dos direitos individuais homog neos decorre de dois elementos O primeiro a origem comum do direito Na forma do inciso HI do art 81 do C digo de Defesa do Consumidor s o individuais homog neos os direitos que surgem para uma pluralidade de pessoas em decorr ncia de um
351. iva um mecanismo de prote o dos direitos sociais constitucionalmente garantidos e uma vez verificada a les o ou amea a de les o a direito difuso coletivo ou individual homog neo decorrente da rela o de trabalho ser cab vel a a o civil p blica na esfera trabalhista Quanto legitimidade para a propositura da a o civil p blica no mbito trabalhista tem se que as associa es assim como no mbito civil tamb m est o legitimadas desde que possuam dentre seus fins sociais a defesa dos direitos de seus associados registrando se a incompatibilidade in casu entre os interesses do sindicato e os dos substitu dos Recurso de revista n o conhecido GRATIFICA O SEMESTRAL VINCULA O AO LUCRO PREVI S O EM NORMA REGULAMENTAR As regras preestabelecidas quanto a vantagens econ micas concedidas espontaneamente pelo empregador h o de ser respeitadas tais e quais Os arts 49 do Estatuto do Banespa e 56 do Regulamento de Pessoal prev em que a gratifica o semestral devida aos empregados da ativa e aos aposentados que recebam complementa o de aposentadoria est vinculada ao lucro e ser paga mediante autoriza o da diretoria do Banco O 2 do art 56 do Regulamento de Pessoal disp e que no caso de institui o de verba de id ntica natureza da gratifica o semestral prevista em lei ou em normas coletivas de trabalho proceder se a compensa o de Rev TST Bras lia vol 74 n
352. ivil Esse hiato estabelecido entre o pluralismo na distribui o de compet n cias e a inexist ncia de um instrumento processual espec fico leva a uma perplexidade jur dica que ora se verifica tanto perante a Justi a do Trabalho quanto perante a Justi a Comum Constatou se que v m sendo protocolados pedidos de declara o de ilegalidade de greve de servidores p blicos perante Tribunais Estaduais semelhan a dos diss dios coletivos de greve de compet ncia dos Tribunais do Trabalho aplicando se a eles inclusive analogicamente princ pios e normas do processo do trabalho ou ainda a es declarat rias de ilegalidade de greve como se fossem da compet ncia origin ria do segundo grau bem como cautelares nessa mesma perspectiva Exemplo emblem tico dessa situa o o debate travado no mbito do Superior Tribunal de Justi a na medida cautelar 50 No Tribunal de Justi a do Estado da Para ba foram constatados v rios pedidos de declara o de ilegalidade de greve autuados como peti es todos com decis es monocr ticas do Presidente declarando as ilegais Processos ns 999 2005 000443 001 e 999 2005 000 424 4 001 No processo n 2003 005 103 9 a decis o foi do Plen rio 51 Do Tribunal de Justi a do Estado da Para ba decis o com a seguinte ementa Greve Declara o por ilegalidade Pedido formulado pelo empregador sem assist ncia de advogado Admissibilidade Informalidade da Justi a do
353. ivil coletivo S o Paulo Quartier Latin 2005 FAVA Marcos Neves A o civil p blica trabalhista S o Paulo LTr 2005 O esmorecimento do poder normativo an lise de um aspecto restritivo na amplia o da compet ncia da Justi a do Trabalho In COUTINHO Grijalbo Fernandes FAVA Marcos Neves Coords Nova Compet ncia da Justi a do Trabalho S o Paulo LTr 2005 FISS Owen BRONSTEEN John The class action rule Notre Dame Law Review n 78 ago 2003 FREDIANI Yone Greve nos servi os essenciais luz da Constitui o Federal de 1988 S o Paulo LTr 2002 GRECO Leonardo A tutela jurisdicional dos interesses coletivos Estudos de Direito Processual Campos dos Goytacazes Editora da Faculdade de Direito de Campos 2005 GRINOVER Ada Pellegrini A es coletivas ibero americanas novas quest es sobre a legitima o e a coisa julgada Revista Forense Rio de Janeiro Forense 2002 v 36 LYRA FILHO Roberto Direito do capital e direito do trabalho Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 1982 Apud GARCIA Ivan Sim es Revista LTr ano 71 maio 2007 v 5 p 572 MAGANO Oct vio Revista LTr 54 43 1989 MAIA Diogo Campos Medina A a o coletiva passiva o retrospecto hist rico de uma necessidade presente In GRINOVER Ada Pellegrini MENDES Alu sio Gon alves de Castro WATANABE Kazuo Orgs Direito processual coletivo e o anteprojeto do C digo Brasileiro de Processos Coletivos S o Paulo RT
354. izar a o civil p blica em defesa de interesses individuais homog neos A situa o da sociedade cooperativa em que se configura fraude no prop sito de intermedia o de m o de obra com a n o forma o do v nculo empregat cio configura direito individual homog neo revestido de interesse social relevante Revista conhecida e provida RR 612 525 99 2 1 T TST Rel Min Wagner Pimenta DJU de 21 06 2002 Resulta claro de todo o exposto que tanto a doutrina quanto a Jurisprud ncia reconhecem legitimidade ao Minist rio P blico para promover a tutela judicial de interesses individuais homog neos ainda que dispon veis ante o not rio interesse geral da sociedade na preserva o da ordem jur dica e na solu o do lit gio deduzido em ju zo Verifica se ademais que o interesse social na obten o da tutela coletiva decorre tamb m dos seguintes imperativos facilitar o acesso Justi a evitar m ltiplas demandas individuais prevenindo assim eventuais decis es contradit rias e evitar a sobrecarga desnecess ria dos rg os do Poder Judici rio Busca se dessa forma dar consegii ncia aos princ pios da celeridade e da economia processuais concorrendo para a consecu o do imperativo constitucional relativo entrega da presta o jurisdicional em tempo razo vel Admitida pois a legitimidade do Minist rio P blico para ajuizar a o civil p blica com o escopo de tutelar direitos individuais homog ne
355. je sexagen ria ainda carece de efetividade em boa parte do mundo pontualmente ou em sua totalidade A democracia sabemos todos o caldo de cultura necess rio para que flores a a dignidade humana afirmou o ministro Mas o que aflora com preocupante regularidade s o as situa es de desrespeito diariamente a humanidade testemunha de que em algum canto do mundo muitas vezes mais perto do que podemos supor pessoas s o tratadas com menos respeito do que animais Liberdade e igualdade o grande desafio Na primeira palestra da programa o a procuradora do Estado de S o Paulo Fl via Piovesan abordou as contradi es e os desafios que o mundo de hoje enfrenta em rela o aos direitos humanos e lembrou que o Brasil um exemplo t pico das tens es que cercam a efetividade desses direitos pois o pa s convive com uma agenda pr republicana trabalho escravo analfabetismo pessoas sem registro civil e portanto sem acesso aos direitos da cidadania e com a agenda da p s modernidade as discuss es sobre a biotecnologia por exemplo A palestrante ressaltou que na Declara o Universal dos Direitos Humanos os direitos civis e pol ticos t m paridade com os direitos econ micos e sociais T o importante quanto a liberdade de express o o acesso sa de educa o e ao trabalho T o grave quanto morrer sob tortura morrer de fome exemplificou Segundo a procuradora n o h
356. jul set 2008 DOUTRINA assim a regra geral de que a compet ncia origin ria para process las e julg las do ju zo de primeira inst ncia ou seja das Varas A compet ncia territorial nas a es coletivas regulada pelos arts 2 da Lei da A o Civil P blica e 93 do C digo de Defesa do Consumidor Como o art 2 da LACP menciona que a referida compet ncia funcional deve se entender que especificamente quanto s a es coletivas a compet ncia terri torial absoluta certamente em raz o da relev ncia social dos direitos tutelados tratando se de norma espec fica diversa da regra do art 111 segun da parte do C digo de Processo Civil De acordo com o inciso I do art 93 do CDC a regra no sentido de que as a es coletivas ser o propostas no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano quando local Quando o dano for de mbito regional extrapolando os limites do territ rio de uma Vara e alcan ando uma regi o por m nos limites do mesmo ente da Federa o a compet ncia ser da Vara ou de uma das Varas da capital do Estado ou do Distrito Federal se o dano ocorre na sua regi o nos termos do art 93 II do C digo de Defesa do Consumidor Entretanto n o sendo o dano de mbito propriamente regional mas estendendo se por duas comarcas tem se entendido que a compet ncia concorrente de qualquer uma delas Vejamos o dano de mbito nacional extrapolando
357. justi a gratuita cuja assist ncia jur dica promovida pelo sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Cuida se aqui dos estritos termos da Lei n 5 584 70 3 Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho consoante os termos do art 5 da Instru o Normativa n 27 05 Pretender conceder ao sindicato honor rios advocat cios quando atua como substituto processual implicaria ao menos verificar se todos os substitu dos sem exce o s o benefici rios da justi a gratuita sob pena de a parte ex adversa se ver obrigada a suportar esses honor rios por mera sucumb ncia acaso desatendido o referido requisito por qualquer dos substitu dos Todavia no caso dos autos o Tribunal Regional n o consignou esses dados f ticos Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA 4 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provimento E ED RR 985 2005 099 03 00 2 Rel Min Brito Pereira DJ 29 06 2007 HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITU TO PROCESSUAL IMPOSSIBILIDADE 1 N o pelo fato de o sindicato atuar como substituto processual que a ele se dever o reconhecer honor rios advocat cios 2 Honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos apenas quando se trata de reclamante i
358. l um espelho do Estado Democr tico de Direito Assim como a participa o da sociedade em elei es livres que confere legitimidade pol tica ao exerc cio do poder dos governantes a oportunidade de participa o dos interessados por meio do contradit rio que legitima o provimento de poder do juiz no processo Dinamarco 1986 p 93 Da que a t cnica da extens o subjetiva da coisa julgada sempre provoca d vida em rela o conformidade com o princ pio do devido processo legal que assegura que ningu m ser privado da liberdade ou de seus bens sem a oportunidade de influir no convencimento de um juiz imparcial e independente Talamini 2005 p 113 114 De todo modo a extens o subjetiva da coisa julgada situa o excepcional que n o se justifica por capricho do legislador mas para evitar que em certos casos o resultado do processo seja absolutamente in til Assis 2003 p 22 No processo do trabalho a legitimidade para o sindicato atuar por meio de substitui o processual extra da do inciso III do art 8 da Constitui o de 1988 Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria inclusive em quest es judiciais ou administrativas Essa regra foi motivo de grande pol mica quando se tratou de definir a extens o do poder que a Constitui o conferiu ao sindicato para a defesa judicial de direitos individuais dos trabalhadores Duas correntes disputaram sua in
359. l m de estar comprovada a afronta ao art 41 da CLT pois a autora mantivera trabalhadores a seu servi o sem registro respectivo fls 146 No Recurso de Revista fls 151 161 a autora sustenta ser incab vel a lavratura de auto de infra o pelo descumprimento do disposto no art 41 da CLT registro dos empregados Afirma que na hip tese a aus ncia de registro decorre do fato de que n o h v nculo de emprego mas terceiriza o de servi os sendo certo que por ser empresa p blica a contrata o de seus empregados depende de pr via aprova o em concurso p blico Nesse sentido aponta ofensa aos arts 5 inciso II da Constitui o da Rep blica e 41 da CLT Afirma ademais que houve irregularidade no processo administrativo que ensejou a lavratura do auto de infra o uma vez que n o foi observado o disposto nos arts 2 inciso X 3 inciso III e 50 inciso VII da Lei n 9 784 99 Indica ofensa ao art 5 incisos LIII LIV e LV da Constitui o da Rep blica Sustenta 222 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA por fim ser l cita a terceiriza o de servi os em sua atividade meio nos termos da Lei n 8 666 93 e da S mula n 331 desta Corte Quanto ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica assiste raz o recorrente imposi o de obriga o n o prevista em lei contraria o princ pio da legalidade No caso n o h lei prevendo a aplic
360. l ncia da justi a social no tadamente no que concerne s condi es m nimas de trabalho Reputam se nulos portanto os atos que contrariem ou impe am a apli ca o das normas cogentes de prote o do empregado Na hip tese espec fica o reconhecimento de efic cia plena e gen rica transa o com a extens o de seus efeitos a ponto de alcan arem parcelas e valo res de natureza trabalhista n o discriminados no instrumento de rescis o vai de encontro s normas do Direito do Trabalho alusivas ao tema negando valia aos princ pios protetores que informam e distin guem esse ramo especializado do Direito Acres a se que a mat ria Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 199 JURISPRUD NCIA TEM TICA concernente ao plano de incentivo demiss o volunt ria institu do pelo Banco do Estado de Santa Catarina BESC foi objeto de Incidente de Uniformiza o de Jurisprud ncia julgado em 9 11 2006 mediante o qual o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho decidiu pela aplica o hip tese da Orienta o Jurisprudencial n 270 da SBDI I Viola o do art 896 consolidado que se configura Recurso de embargos conhecido e provido E RR 2296 2002 009 12 00 Rel Min Dora Maria da Costa publicado no DJ 31 08 2007 sublinhei Com efeito resta pacificado nesta Corte o entendimento quanto impossibilidade de compensa o entre o valor pago a t tulo de incentivo ao desligamento do empregado por meio de P
361. l Superior do Trabalho Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 35 DOUTRINA proferida na a o coletiva envolve o exame do ordenamento jur dico de cada Pa s em face da diversidade de posi es jur dicas definidas pelos legislado res p trios O pr requisito da representatividade adequada impede seja equiparado o ente a que a Carta Magna conferiu legitimidade para a defesa de determinada categoria profissional no que diz respeito seriedade credibi lidade capacidade t cnica e econ mica na hip tese em condi es de paridade com o poder econ mico do empregador com o empregado individualmente considerado que mesmo em ju zo n o ostenta a for a atribu da constitucio nalmente entidade sindical uma vez que carece dos recursos materiais dispon veis pela mencionada pessoa jur dica contribui es confederativas associativas e imposto sindical para o completo aparelhamento da reclama o trabalhista trazida a ju zo Sabe se outrossim que na maioria das vezes ao empregado carente de recursos materiais n o conferida a prerrogativa de sequer escolher o advogado de sua prefer ncia para a defesa de seus inte resses em ju zo Al m disso nas a es coletivas para a defesa dos interesses difusos coletivos e individuais homog neos segundo nosso ordenamento h uma n tida mitiga o do conceito tradicional de parte qual seja o de titular do direito cuja satisfa o ou defesa se postu
362. la o jur dica base HI interesses ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum sublinhei Os direitos individuais homog neos s o aqueles que possuem uma origem comum fixa no tempo e que se configura a partir de um ato lesivo ao ordenamento jur dico de uma coletividade determinada Observe se podemos conceituar o direito individual homog neo como sendo esp cie do g nero direito subjetivo qualificando o como um direito subjetivo individual complexo dotado de relev ncia social obtida a partir de uma origem comum relativo divis vel e imbu do de reflexo patrimonial na maioria dos casos PINHO Humberto Dalla Bernardina de Direito individual homog neo uma leitura e releitura do tema p 41 In casu tem se uma A o Civil P blica intentada pelo MPT defendendo a inconstitucionalidade da Cl usula 6 al nea d do Programa de Incentivo Sa da Volunt ria PISV da Petrobr s sob o argumento de que a referida cl usula obriga a transa o de direito indispon vel dos empregados qual seja o direito de a o Assim a atua o do Minist rio P blico do Trabalho leg tima ao defender direitos individuais quando coletivamente tratados ou seja dotados de relev ncia social a partir de uma aglutina o derivada de uma origem comum Nesse sentido precedentes do Supremo Tribunal Federal Tribunal Superior do Trabalho e Superior Tribunal de Justi a R
363. la perante o Poder Judici rio Na rbita doutrin ria essa mitiga o se d em face da impossibilidade ou da aus ncia de conveni ncia de que tais direitos sejam defendidos indivi dualmente em ju zo Impossibilidade naqueles casos em que o direito n o pertence a determinados indiv duos como se d nos casos dos direitos difusos e coletivos A aus ncia de conveni ncia por sua vez ocorre naquelas situa es em que apesar da exist ncia de titularidade individual do direito caso a sua defesa restasse possibilitada apenas pelos meios tradicionalmente disponi bilizados pelo processo civil cl ssico ela n o ocorreria dada a disparidade econ mica entre as partes envolvidas em lit gio situa o em que a preval ncia do poder econ mico da parte mais forte na esfera trabalhista tal papel cabe ao empregador se imporia parte mais fraca o empregado envolvida na rela o jur dica que as liga Ultrapassado esse ponto o cerne da quest o ent o segundo nosso ordenamento jur dico reside na exist ncia ou n o da identidade de partes da identidade de pedidos e causa de pedir entre os diss dios que se pretende comparar Idealizadora da lei de a es coletivas no Brasil a Prof Ada Pellegrini Grinover assim se manifesta quanto legitima o coletiva Repro 157 RT ano 33 mar o 2008 p 153 verbis 36 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Chegamos s novas tend ncias em tema de le
364. lanta o do que se convencionou chamar de processo digital Destaco que as a es relacionadas inform tica dirigidas ao Judici rio Trabalhista como um todo t m sido compartilhadas com os Tribunais Regionais seja por meio da Comiss o de Avalia o de Projetos de Informatiza o da Justi a do Trabalho CAPI JT criada para esse fim e composta por ju zes de 1 e 2 graus seja nas reuni es do Col gio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais s quais tenho comparecido mensalmente n o apenas para me fazer ouvir mas especialmente para ouvir os presidentes e corregedores regionais Uma outra frente na qual temos trabalhado em busca da qualidade e da celeridade da presta o jurisdicional a de forma o e qualifica o dos magistrados A implanta o da Escola Nacional de Forma o e Aperfei oamento de Magistrados do Trabalho a Enamat abriu boas perspectivas neste sentido ao promover regularmente cursos de forma o inicial que d o ao magistrado antes mesmo que ele comece a prestar a jurisdi o instrumentos que v o al m daqueles meramente cognitivos exigidos nos concursos para ingresso na magistratura Todos sabemos que as mudan as tecnol gicas no mundo do trabalho e o frenesi de novidades legislativas e jurisprudenciais imp em ao magistrado contempor neo a condi o de ser permanentemente um estudante em especial os ju zes de primeiro grau em raz o das mat rias e situa e
365. lhista contra a empresa independentemente de ocorr ncia de identidade entre os pedidos formulados e eventual direito a ser satisfeito quando da quita o operada Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 181 JURISPRUD NCIA TEM TICA A veda o imposta implica dupla ofensa a direitos individuais i por um lado gera injustificada diferencia o entre os trabalhadores da empresa que passam a ser considerados a partir do exerc cio ou n o de regular direito ii por outro importa em desrespeito ao direito de a o na medida em que condiciona a frui o de direito regulamentar ben fico absten o de eventual reclama o trabalhista Agravo de Instrumento a que se nega provimento Processo n TSTAIRR 806 642 2001 Ac 3 Turma Vistos relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n TST AIRR 806 642 2001 5 em que Agravante PETR LEO BRASILEIRO S A PETROBR S e Agravado MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO DA 21 REGI O Trata se de Agravo de Instrumento interposto s fls 2 10 ao despacho de fls 13 que negou seguimento ao Recurso de Revista Contraminuta s fls 111 118 e contra raz es s fls 102 110 A interven o do d Minist rio P blico do Trabalho dispensa a emiss o de parecer art 83 VI da Lei Complementar n 75 93 E o relat rio VOTO I CONHECIMENTO Conhe o do Agravo de Instrumento porque tempestivo fls 2 e 14
366. limita o da senten a ao mbito jurisdicional da Junta o que condiz melhor com a natureza indivis vel do provimento jurisdicional nessa modalidade de a o a conclus o de que a compet ncia origin ria h de 64 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Ser pois a Justi a do Trabalho a naturalmente indicada para a tutela Jurisdicional do direito de greve seja atrav s dos diss dios coletivos atraindo a compet ncia origin ria dos seus Tribunais seja atrav s de outras a es propostas perante os seus rg os de primeira inst ncia A exce o que se faz a da greve do servidor p blico vinculado administra o por for a de estatuto ou por qualquer outra rela o jur dica de natureza administrativa de ndole institucional Inicialmente parte significativa da doutrina se posicionou no sentido de que toda e qualquer greve no servi o p blico se inseria no mbito da compet ncia da Justi a do Trabalho em uma interpreta o sistem tica que se fazia dos incisos I e II do art 114 da Constitui o n o se vislumbrando inclusive qualquer inconstitucionalidade formal no texto do inciso T 2 Afastada contudo liminarmente a compet ncia trabalhista para apreciar os lit gios que envolvam todas as rela es de natureza jur dico administrativa afastada est naturalmente da sua compet ncia toda e qualquer a o que envolva o exerc cio do direito de greve no contexto dessas rela
367. linhas que consideram que os direitos humanos j est o positivados integrados aos ordenamentos jur dicos nacionais e internacionais cabendo agora apenas torn los efetivos o ministro acredita que ainda importante e necess ria a sua fundamenta o pois s se respeita espontaneamente sem necessidade de uso da for a aquilo em que se confia e acredita quando a raz o de ser da norma compreendida e quando se entende a vantagem pessoal e social de seu cumprimento Ives Gandra Filho tra ou um panorama hist rico da evolu o dos direitos humanos que remonta a Arist teles que na tica a Nic maco j definia a natureza racional do homem e a relacionava com a virtude o dom nio da raz o com os instintos a excel ncia moral e finalmente a felicidade A partir da surgiram as principais correntes relativas aos direitos da pessoa humana A primeira a chamada jusnaturalista que se baseia na vontade divina conforme Santo Agostinho ou na natureza humana como afirma Tom s de Aquino A ela se seguiu o Jurispositivismo iniciado por Immanuel Kant e que tinha por base a exist ncia formal da lei O contratualismo toma por base o contrato social conforme Jean Jacques Rousseau e Thomas Hobbes e se atualiza na filosofia contempor nea pela teoria consensual da verdade de J rgen Habermas o que vale o que contratado ou consensual Finalmente o historicismo sociol gico baseia se nos costumes e na cult
368. los Alberto Reis de Paula relator Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 Indice Tem tico NDICE TEM TICO JURISPRUD NCIA TEM TICA A o civil p blica Minist rio P blico do Trabalho Cl usula CONNERCIONAI auf tds pois ade ia da Ud a Ria 165 A o civil p blica Minist rio P blico do Trabalho Legitimidade 171 A o civil p blica Minist rio P blico do Trabalho Legitimidade Direitos individuais homog neos c is ieeeereeeereeeeeeeeererenerara 181 A o civil p blica Minist rio P blico do Trabalho Legitimidade ativa Interesses individuais homog neos c ss ereeeeereeeeereeeeerererars 200 A o civil p blica Sindicato Ilegitimidade c eee 215 Agravo de instrumento Terceiriza o de servi os Empresa p blica 218 Conflito de compet ncia A o civil p blica 225 Honor rios advocat cios Sindicato Substituto processual 229 Minist rio P blico do Trabalho Legitimidade A o civil p blica Direitos individuais homog neos Interesse social relevante 239 Preliminar de n o cabimento da a o civil p blica na esfera trabalhista e de ilegitimidade ativa da associa o i 253 Recurso de revista A o civil p blica Obriga o de n o fazer 296 Recurso de revista Execu o Ajuste de conduta pelo Minist rio P DHCO ioa
369. ltar por oportuno que a tutela de tais direitos n o significa defesa de interesses p blicos ou privados como bem destacou Nelson Diz a doutrina internacional e nacional j deixou claro que a tutela de direitos transindividuais n o significa propriamente defesa de interesses p blicos nem de interesses privados pois os interesses privados s o vistos e tratados em sua dimens o social e coletiva sendo de grande import ncia pol tica a solu o jurisdicional de conflitos de massa DIZ Nelson Apontamentos sobre a legitima o das entidades associativas para a propositura de a es coletivas em defesa de direitos individuais homog neos de consumidores In WALD Arnoldo Coord Aspectos pol micos da a o civil p blica S o Paulo Saraiva 2003 p 316 Os interesses difusos coletivos e individuais homog neos est o previstos no CDC no seu T tulo II e mais especificamente no par grafo nico do art 81 dispondo que sua defesa coletiva ser exercida quando se tratar daqueles interesses ou direitos O art 21 da Lei n 7 374 85 que disciplina a A o Civil P blica prev a aplica o dos dispositivos do T tulo II do CDC concernente defesa do consumidor em ju zo referida a o consignando o seguinte Art 21 Aplicam se defesa dos direitos e interesses difusos coletivos e individuais no que for cab vel os dispositivos do T tulo HI da Lei que instituiu o C digo de Defesa do Consu
370. lu o dos conflitos de greve na Justi a do Trabalho seja atribu da aos ju zes de primeira inst ncia at porque pelo texto do art 114 II da Constitui o a compet ncia trabalhista para a solu o desses conflitos n o est restrita aos lit gios entre empregados e empregadores mas se estende aos movimentos dos trabalhadores sem v nculo empregat cio os possess rios propostos por terceiros prejudicados al m dos que tratam da repress o conduta anti sindical dentre outros Ademais como leciona Nelson Nery J nior A compet ncia dos tribunais trabalhistas dada expressamente pela lei conforme determina a CF 111 83 para o TST e CF 113 para os TRTs e Varas do Trabalho As leis federais que tratam da compet ncia do TST e dos TRTs nada falam sobre a o coletiva ou civil p blica de modo que competente para tanto o rg o de primeiro grau da Justi a do Trabalho isto Vara do Trabalho CF 116 1 Se a via escolhida for a a o civil p blica como se ver no presente estudo a compet ncia ser sempre dos rg os de primeira inst ncia da Justi a do Trabalho pela aplica o da norma do art 93 do C digo de Defesa do Con sumidor consoante entendimento j consagrado na Orienta o Jurisprudencial n 130 da Subse o 2 de Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Traba lho MELO Raimundo Sim o 4 Greve no Direito Brasileiro S o Paulo LTr 2006 p 120 Apesar de o S
371. lvem grupos de pessoas numa mesma situa o Esta homogeneidade de direitos decorre da origem comum Como se sabe a origem dos direitos subjetivos s o os fatos Assim direitos homog neos s o aqueles direitos subjetivos que decorrem dos mesmos fatos H situa es em que de um mesmo fato lesivo v rias pessoas s o atingidas de maneira uniforme homog nea igual em subst ncia Por isso essas pessoas passam a ser titulares simultaneamente de direitos subjetivos substancialmente iguais homog neos Diante dessa particularidade a norma processual confere instrumentos h beis a defend los de maneira mais c lere e eficiente no caso o instrumental de t pica a o coletiva 14 Cf DINAMARCO Pedro da Silva Op cit p 54 15 Segundo destaca Kazuo Watanabe Essa rela o jur dica base a preexistente les o ou amea a de les o do interesse ou direito do grupo categoria ou classe de pessoas N o a rela o jur dica nascida da pr pria les o ou da amea a de les o op cit p 803 16 Cf LACERDA Galeno Coment rios ao C digo de Processo Civil 8 ed Rio de Janeiro Forense 1999 v VIII t I p 16 No direito material a causa donde brota o direito subjetivo e portanto a rela o jur dica o fato ou o ato jur dico material o contrato o ato il cito o nascimento a morte o testamento etc 17 Cf DINAMARCO Pedro da Silva Op cit p 60 Eles s o verdadeiros interes
372. m nimo gratifica o natalina a f rias n o gozadas e ao sal rio fam lia que por ostentarem origem comum uma vez que decorrem de irregularidades praticadas pelo empregador que deixou de observar o mandamento insculpido no art 7 IV da Constitui o da Rep blica exsurgem claramente como direitos individuais homog neos A quest o da disponibilidade ou n o dos direitos para os quais se busca tutela no entanto controvertida Se por um lado s o considerados indispo n veis e constitucionalmente assegurados n o podendo seu titular a eles renunciar por outro h quem entenda que uma vez adquiridos encontrando se portanto na sua esfera patrimonial individual podem os seus titulares a eles renunciar de forma l cita No entanto indubit vel a relev ncia dos direitos de natureza social constitucionalmente previstos objeto da presente a o direito a diferen as salariais decorrentes do pagamento de sal rio inferior ao sal rio m nimo legal direito indeniza o de f rias n o usufru das e direito ao pagamento de gratifica o natalina Tais parcelas ostentam car ter alimentar e forfet rio porquanto atendem regra geral a um universo de necessidades pessoais f sicas e psicol gicas essenciais para o indiv duo e sua fam lia caracterizando se como obriga o absoluta do empregador independentemente da sorte do empreendimento patronal Assim o direito ao sal rio m nimo legal bem como o di
373. m rela o litispend ncia considerada em face das a es individuais a solu o alvitrada pelo legislador simples a segunda a o deve ser extinta sem resolu o do m rito art 267 V c c o art 301 8 3 do CPC Mas no referente s a es coletivas a disciplina outra a litispend ncia n o se opera como regra sendo livre a propositura na pend ncia de a o coletiva de a o individual ou vice versa sem que uma venha a influenciar a outra De fato como se prev no dispositivo examinado a sorte da a o coletiva n o influencia o resultado da a o individual ainda que ambas versem sobre o mesmo tema fundados na mesma causa de pedir e contendo o mesmo pedido a n o ser quando ciente da propositura da a o coletiva o autor da a o individual expressamente requeira a suspens o de seu pleito nuclear para aguardar o resultado daquela Processo de conhecimento 6 ed M todo 2007 p 753 754 Com efeito o art 81 III do C digo de Defesa do Consumidor CDC refere se a direitos individuais homog neos assim entendidos aqueles que apesar de suas titularidades individuais ostentam origem comum motivo pelo qual o CDC possibilitou sua defesa art 82 IV s associa es que incluam entre as suas finalidades institucionais a prote o de tais direitos Com base no mencionado conceito e nas li es de Luiz Guilherme Marinoni e S rgio Cruz Arenhart verifica se que I o sindicato da cate
374. m sendo investigado pelo Minist rio P blico do Trabalho e pelo Governo do Estado Apesar de essas situa es estarem identificadas no C digo Penal e fazerem parte de diversos instrumentos internacionais dos quais o Brasil signat rio o subprocurador considera que h uma resist ncia muito grande no Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 155 NOTAS E COMENT RIOS reconhecimento sobretudo das condi es degradantes nos casos de trabalho for ado a aplica o da lei mais comum N o sei por que mas h uma falta de sensibilidade em rela o s condi es degradantes como se isso estivesse ali por acaso questiona como se observ ssemos a situa o apenas pelo vi s da liberdade de ir e vir para fazer a analogia com a escravid o importante estarmos atentos tamb m para a liberdade de contratar de o trabalhador desistir do contrato de trabalho de se desligar quando quiser de uma situa o degradante concluiu Os paradoxos do trabalho infantil O trabalho de crian as e adolescentes por sua vez cercado de ambigiidades e tamb m de fal cias de acordo com a procuradora Eliane Araque segunda palestrante do segundo dia do evento A primeira fal cia considera que razo vel que se comece muito cedo a trabalhar sob o argumento de que crian as e adolescentes desocupados ficam sujeitos marginalidade a serem arregimentados pelo tr fico ou a se voltarem para atividades il c
375. m uma interpreta o sistem tica de toda a normatividade pertinente se conclui que s quando se trata da defesa de interesse p blico que esta legitimidade se restringe ao Minist rio P blico do Trabalho A limita o do cabimento da a o civil p blica para a defesa de direitos indispon veis diz respeito ao Minist rio P blico em virtude da sua pr pria raz o de exist ncia e de sua finalidade tal como definida na Constitui o Federal e na lei espec fica E a legitimidade da associa o para propor essa a o civil p blica na Justi a do Trabalho A legitimidade das associa es para representar seus filiados tem status constitucional pois prevista no art 5 inciso XXI da Carta Magna in verbis Art 5 omissis a XXI as entidades associativas quanto expressamente autorizadas t m legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente A Lei n 7 347 85 que disciplina a a o civil p blica em seu art 5 prev a legitimidade das associa es para prop la nos seguintes termos Art 5 A a o principal e a cautelar poder o ser propostas pelo Minist rio P blico pela Uni o pelos Estados e Munic pios Poder o tamb m ser propostas por autarquia empresa p blica funda o sociedade de economia mista ou por associa o que I esteja constitu da h pelo menos um ano nos termos da lei civil II inclua entre suas finalidades instituci
376. mandantes na forma exigida no art 14 8 1 da Lei n 5 584 70 e na S mula n 219 do TST Recurso de Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Embargos n o conhecido TST E ED RR 1 255 2003 462 02 00 SBDI 1 Rel Min Carlos Alberto Reis de Paula DJ 03 08 2007 Os honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos na Justi a do Trabalho quando se constata nos autos a ocorr ncia concomitante de dois requisitos o benef cio da justi a gratuita e a assist ncia por sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho Entretanto excepcionalmente pode se deferir honor rios assistenciais em favor do sindicato quando este figurar na rela o processual na qualidade de substituto processual desde que haja prova de que todos os respectivos substitu dos titulares do direito material s o benefici rios da Justi a gratuita isto comprovarem a percep o de sal rio inferior ao dobro do sal rio m nimo legal ou declararem encontrar se em situa o econ mica que n o lhes permitam demandar sem preju zo do pr prio sustento ou da respectiva fam lia Nessas circunst ncias ressalvo meu entendimento pessoal para como a maioria negar provimento aos embargos
377. marca ou circunscri o b quando o dano for de mbito regional assim considerado o que se estende por mais de um munic pio dentro do mesmo Estado ou n o ou for de mbito nacional estendendo se por expressiva parcela do territ rio brasileiro a compet ncia ser do foro de qualquer das capitais ou do Distrito Federal e a senten a produzir os seus efeitos sobre toda a rea prejudicada O art 386 da Instru o Normativa n 57 de 10 10 2001 disp e que o INSS em cumprimento tutela antecipada decorrente de ACP movida pelo Minist rio P blico dever deixar de proceder ao desconto do IRRF no caso de pagamentos acumulados ou atrasados por responsabilidade da Previd ncia Social oriundos de 32 NERY Jr Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Op cit p 1558 33 Cf OLIVEIRA Francisco Antonio de A o civil p blica enfoques trabalhistas S o Paulo RT 1998 p 212 215 116 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA concess o reativa o ou revis o de benef cios previdenci rios e assistenciais cujas rendas mensais origin rias sejam inferiores ao limite de isen o do tributo A IN INSS DC 078 de 16 07 2002 mant m a veda o Agravo de Instrumento n 2002 04 01 008635 0 RS TRF da 4 R 5 T Rel Des Fed Paulo Afonso Brum Vaz 7 CONCLUS O O presente estudo teve por objeto a an lise da tutela de direitos metaindividuais analisando primeiramente aspectos
378. mento de presta o a que se obriga pelo contrato 3 Viola o art 477 2 da CLT decis o regional que parte da premissa de que a ades o a PDV d quita o plena ao contrato de trabalho e n o examina pedido para que empregador regularize a situa o do empregado junto entidade de previd ncia privada objetivando integraliza o de contribui es previdenci rias necess rias ao custeio de benef cio de complementa o de aposentadoria 4 Recurso de revista provido RR 925 2003 005 08 00 Rel Min Jo o Oreste Dalazen publicado no DJ 04 08 2006 RECURSO DE EMBARGOS VIOLA O DO ART 896 DA CONSOLIDA O DAS LEIS DO TRABALHO BANCO DO ESTA DO DE SANTA CATARINA BESC ADES O DO EMPREGADO A PLANO DE DEMISS O VOLUNT RIA TRANSA O EXTRAJU DICIAL ALCANCE E EFEITOS Programa de Incentivo Demiss o Volunt ria Transa o extrajudicial Parcelas oriundas do extinto con trato de trabalho Efeitos A transa o extrajudicial que importa rescis o do contrato de trabalho ante a ades o do empregado a plano de demis s o volunt ria implica quita o exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo Orienta o Jurisprudencial n 270 da SBDI I Na esfera do Direito do Trabalho incogit vel a transa o de car ter gen rico em face do disposto nos arts 9 e 444 da Consolida o das Leis do Trabalho H que se ter em conta os preceitos imperativos que visam prote o do trabalhador e preva
379. midor 274 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Ou seja a a o civil p blica o instrumento h bil para a defesa dos direitos difusos coletivos e individuais homog neos Cabe aqui registrar os conceitos de direitos ou interesses difusos coletivos ou individuais homog neos De acordo com o CDC considera se interesse ou direito difuso aquele transindividual de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato art 81 par grafo nico inciso 1 J o interesse ou direito coletivo conceituado no inciso II do par grafo nico do art 81 do CDC tamb m transindividual de natureza indivis vel entretanto tem como titular um grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base O interesse ou direito individual homog neo por sua vez aquele decorrente de origem comum CDC art 81 par grafo nico inciso II Aqui o titular identific vel e seu objeto divis vel e cind vel O que une os titulares a origem do interesse ou do direito Esse o direito perseguido nesta demanda Aqui discute se o direito individual homog neo dos aposentados do Banespa gratifica o semestral prevista em norma estatut ria e regulamentar Vale transcrever os ensinamentos de Ada Pellegrini Grinover quanto aos interesses individuais homog neos J
380. mo ditam as normas em abstrato abre se a possibilidade fact vel de que os preceitos normativos possam ser objeto das decis es nelas proferidas como ademais j vem ocorrendo Ent o no contexto de uma a o civil p blica pode se decidir por inteiro um conflito de greve pela implementa o de um contraste entre a legitimidade e a proced ncia das reivindica es econ micas e sociais dos trabalhadores frente ao pr prio direito de greve regulamentado pela Lei n 7 383 89 a chamada Lei de Greve 10 CONCLUS ES A luz dessa breve exposi o podemos concluir 83 A senten a proferida em a o civil p blica que pro be o fumo em aeronaves ou a que estabelece cotas em vagas para universidades aplicando se o princ pio geral da isonomia frente ao da diferencia o positiva Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 89 DOUTRINA 1 O redesenho de compet ncias introduzido pela Emenda Constitucional n 45 04 n o modificou o modelo bipartido antes estabelecido para a tutela das greves da Justi a Comum para as que envolvam os servidores vinculados por liame de natureza jur dico administrativa e da Justi a do Trabalho para os demais Estabeleceu no particular a contradi o de modificar o art 114 da Constitui o Federal para permanecer como estava 2 A jurisdi o normativa exercida pela Justi a do Trabalho atrav s dos diss dios coletivos de natureza econ mica ou de interesse na forma
381. mpelir os r us a se absterem de inserir cl usula convencional obstativa da defesa dos direitos dos trabalhadores Aponta viola o dos arts 5 XXXV e 8 HI 127 caput e 129 III e IX da Constitui o de 1988 6 VII a e d 83 III e 84 II da Lei Complementar n 75 93 1 3 e 5 da Lei n 7 347 85 e 162 da CLT Transcreve arestos para o cotejo de teses A admiss o do recurso se efetivou por meio do despacho de fls 303 304 Contra raz es n o foram apresentadas conforme certificado no verso da fl 305 N o houve remessa dos autos Procuradoria Geral do Trabalho em face da orienta o emanada no art 82 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho E o relat rio VOTO I CONHECIMENTO A O CIVIL P BLICA INTERESSE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO CL USULA CONVENCIONAL INTERESSES INDIVIDUAIS INDISPON VEIS O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regi o ao apreciar os recursos ordin rios interpostos pela primeira reclamada e pelo Minist rio P blico do Trabalho mediante o ac rd o de fls 263 275 complementado s fls 286 288 extinguiu o processo sem julgamento do m rito nos termos do art 267 IV do CPC No que diz respeito ao recurso ordin rio interposto pelo Minist rio P blico do Trabalho concluiu que restou prejudicado O Minist rio P blico do trabalho interp e recurso de revista insistindo na tese de que possui interesse na a o civil p blica ajuizada com
382. n 7 437 85 propor a a o coletiva para a tutela desses direitos mas tamb m pode cada um dos consumidores propor sua a o individual para ter trocada a pe a defeituosa de seu ve culo Haveria a litispend ncia Em primeiro considerando o processo civil individual a respos ta seria afirmativa Por m a lei exclui expressamente essa possibilidade dando ao tema disciplina pr pria e particular o que se l do art 104 do CDC ao prever que as a es coletivas previstas nos incisos I e II do par grafo nico do art 81 n o induzem litispend ncia para as a es individuais mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior n o beneficiar o os Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA autores da a es individuais se n o requerida a suspens o no prazo de 30 trinta dias a contar da ci ncia nos autos do ajuizamento da a o coletiva Observou se no item anterior Cap tulo 8 que a remiss o con tida no dispositivo deve ser interpretada como abrangendo os tr s incisos L H e III tanto do art 81 par grafo nico como do art 103 do CDC tratando se portanto de a es para a tutela de direitos coletivos difu sos e individuais homog neos Sabe se por outro lado que a litispend ncia instituto concebido e consequentemente regido arbi trariamente pelo legislador que pode dar lhe a disciplina que bem lhe aprouver E
383. nal ocupacional deve se entender que tal empresa exerce uma atividade de risco Deste modo certos setores ou categorias econ micas que em princ pio poderiam ser considerados fora do conceito de atividade de risco previsto no art 927 do C digo Civil ingressam neste universo da responsabilidade objetiva Afinal a atividade de risco de que fala o C digo Civil tamb m deve ser conceituada em rela o potencialidade e ao risco de causar doen as Em tal contexto est o dispostos os dados normativos que permitem um giro paradigm tico saindo de uma vis o de monetariza o do risco pelo pagamento de adicionais irris rios pelo trabalho em situa o perigosa insalubre ou penosa para uma imperiosa tutela ao meio ambiente do trabalho A nova tutela da prote o ao meio ambiente do trabalho n o somente pugna por eliminar 6 Exemplo de nova tutela laboral encontramos em algumas decis es do Judici rio trabalhista sobre o tema dentre as quais registramos a seguinte divulgada pelo pr prio Tribunal Superior do Trabalho em 07 04 2005 Ver Not cia do TST intitulada Aus ncia de exame m dico pr vio leva a cancelamento de demiss o a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho em julgamento un nime manteve decis o regional que confirmou a nulidade da dispensa de uma empregada escritur ria do Banco do Estado de S o Paulo S A Banespa sem a realiza o pr via do exame m dico demissional A ado o da mesma tese
384. ncia do dispositivo aos efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e II do artigo anterior deve ser corrigida como sendo coisa julgada a que aludem os incisos I Il e II do artigo anterior e isto porque a coer ncia interna do dispositivo exige a rela o entre a primeira e a segunda remiss o pelo que n o se pode excluir da segunda a men o ao inciso I do art 103 que ademais se sujeita ao mesmo regime previsto no inciso II Quando muito poder se ia entender a segunda remiss o como feita aos incisos I e II do art 103 levando se em conta a pr pria ordem de indica o dos efeitos da coisa julgada erga omnes e ultra partes No mesmo sentido Fredie Didier Jr e Hermes Zaneti Jr lembram que Logo ap s mencionar os dispositivos do art 103 o art 104 refere se aos incisos II e III O terceiro inciso do art 103 trata justamente dos direitos individuais homog neos Tal leitura permite a interpreta o de que houve falha na reda o da lei 1 GRINOVER Ada Pellegrini et alii C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 5 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 1997 p 733 2 DIDIER Jr Fredie ZANETI Jr Hermes Curso de direito processual civil processo coletivo Salvador Jus Podivm 2007 p 168 48 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Id ntica a posi o de Antonio Gidi para quem segu
385. ndividual benefici rio da justi a gratuita cuja assist ncia jur dica promovida pelo sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Cuida se aqui dos estritos termos da Lei n 5 584 70 3 Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho consoante os termos do art 5 da Instru o Normativa n 27 05 Pretender conceder ao sindicato honor rios advocat cios quando atua como substituto processual implicaria ao menos verificar se todos os substitu dos sem exce o s o benefici rios da justi a gratuita sob pena de a parte ex adversa se ver obrigada a suportar esses honor rios por mera sucumb ncia acaso desatendido o referido requisito por qualquer dos substitu dos Todavia no caso dos autos o Tribunal Regional n o consignou esses dados f ticos 4 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se d provimento TST E RR 529 253 1999 SBDI 1 Rel Min Brito Pereira DJ 26 10 2007 Entretanto a maioria da SBDI 1 concluiu ser poss vel deferir se honor rios advocat cios em favor do sindicato quando este figurar na rela o processual na qualidade de substituto processual desde que haja prova de que todos os substitu dos titulares do direito s o benefici rios da justi a gratuita isto comprovem a percep o de sal rio inferior ao dobro do sal rio m nimo ou decl
386. ndo os em posi o t o importante e profundamente despreparados para exerc las pois tudo o que deles se exigiu foi a demonstra o de que conhecem minimamente normas jur dicas que frequentaram um curso de direito em seq ncia um cursinho de prepara o para o concurso em que lhes foi ensinado a responder as perguntas da prova perguntas que o cursinho j tem condi es de indicar com elevado percentual de certeza quais ser o pois sendo o seu neg cio preparar para os concursos j tem na mem ria do computador todas as provas aplicadas nos ltimos anos quais os examinadores e portanto com tima condi o de prever o que vai ser perguntado porque j analisou provas passadas e j concluiu sobre o que est sendo perguntado prefer ncia dos examinadores por determinados temas S o pequenos quesitos que objetivam pesquisar o maior n mero poss vel de temas jur dicos Provas assim elaboradas tamb m s o mais f ceis de corrigir quase sempre pelo computador N o precisa o candidato demonstrar ao menos razo vel cultura jur dica Assim aquele jovem aquela jovem ap s aprovado nomeado e empossado no mesmo dia passa a decidir sobre tudo e sobre todos sem ter a mais t nue no o do que ser juiz do seu papel na sociedade em que atua do seu dever de indicar para os demais cidad os como devem se comportar como devem entender as normas expressas nas leis sejam leis sobre direito de fam lia sobre contratos sobre suces
387. nistro Antonio Jos de Barros Levenhagen Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho Ministro Jo o Batista Brito Pereira Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ministro Jos Simpliciano Fontes de Faria Fernandes Ministro Renato de Lacerda Paiva Ministro Emmanoel Pereira Ministro Lelio Bentes Corr a Ministro Aloysio Silva Corr a da Veiga Ministro Hor cio Raymundo de Senna Pires Ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira Ministra Maria de Assis Calsing Ministra Dora Maria da Costa Ministro Pedro Paulo Teixeira Manus Ministro Fernando Eizo Ono Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos Ministro M rcio Eurico Vitral Amaro Ministro Walmir Oliveira da Costa Ministro Mauricio Godinho Delgado Ministra K tia Magalh es Arruda rg o Especial Ministro Rider Nogueira de Brito Presidente Ministro Milton de Moura Fran a Vice Presidente Ministro Jo o Oreste Dalazen Corregedor Geral da Justi a do Trabalho Ministro Vantuil Abdala Ministro Carlos Alberto Reis de Paula Ministro Antonio Jos de Barros Levenhagen Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho Ministro Jo o Batista Brito Pereira Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ministro Jos Simpliciano Fontes de Faria Fernandes Ministro Renato de Lacerda Paiva Ministro Emmanoel Pereira Ministro Lelio Bentes Corr a Ministro Aloysio Silva Corr a da Veiga S
388. no mbito das rela es cole tivas de trabalho segue outra dire o indicador desta falta de tutela adequada concretiza o da liberdade sindical a perman ncia no Tribunal Superior do Trabalho de entendimentos restritivos ao estabelecimento de garantias ao emprego dos militantes sindicais tais como na Orienta o Jurisprudencial de n 365 da Subse o I Especializada em Diss dios Individuais e na S mula n 359 do Tribunal Superior do Trabalho Tais orienta es salvo melhor ju zo desconhecem o conte do amplo de prote o contra atos anti sindicais presen tes nas Conven es 98 111 e 135 da OIT que estabelecem uma esfera de imunidades aos sindicalistas em sentido amplo independentemente da nomen clatura do cargo fun o que assumem no mundo sindical com o objetivo de proteg los contra atos praticados pelo empregador sendo certo que a despedida arbitr ria de todos os que estejam vinculados a cargos sindicais se presume discri minat ria e em disson ncia com o princ pio constitucional de liberdade sindical Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 145 DOUTRINA Por ocasi o do anivers rio de 20 anos da Constitui o de 1988 preferimos a interpreta o do art 8 inciso VIII em seu primeiro momento tal como anunciada com precis o pelo Ministro Marco Aur lio Mendes de Farias Mello poca ministro do TST em artigo sobre a estabilidade no emprego de dirigentes e representantes sindicai
389. no conceito de associa o legitimada ativamente para a sua propositura Isto diante da regra do art 5 inciso V do referido diploma que exige como requisito na al nea b que esta tenha entre as suas finalidades institucionais a prote o a determinados bens e direitos ali discriminados entre os quais tamb m n o se verifica a prote o ao trabalhador ou s rela es de trabalho Em abono a tal ponto de vista pode se acrescentar que a MP 2 180 35 de 24 8 2001 extirpou do objeto da a o civil p blica a prote o a qualquer outro interesse difuso ou coletivo Entretanto a Lei Org nica do Minist rio P blico Lei Complementar n 75 93 j havia inclu do de forma bem espec fica no objeto da a o civil p blica a 61 O Grupo de Pesquisa em Processo Coletivo do Trabalho da Faculdade de Direito da UERJ liderado pelo Professor Eduardo Henrique Von Adamovich e do qual fazem parte o autor do presente trabalho e o Mestre p s graduado pela Institui o Diogo de Medina Maia elaborou um anteprojeto de lei que prop e inserir no inciso III do art 1 da Lei n 7 783 89 atualmente vago eis que revogado pela MP 2 180 35 de 24 8 2001 a prote o ao trabalhador e s rela es de trabalho Esse anteprojeto hoje convertido no Projeto de Lei n 2 422 2007 de autoria do Deputado Efraim Morais Filho encontra se em an lise na Comiss o do Trabalho da C mara dos Deputados 62 Art 83 Compete ao Minist
390. nos autos Por outro lado aqui a distribui o do recurso para se servir como relatora a eminente magistrada em quest o fl 947 v deu se em 09 05 2005 Ap s isso o reclamado apresentou peti o requerendo a juntada de substabelecimento fl 948 sem nada ter argiiido quanto ao impedimento da relatora s fls 951 965 foi juntado aos autos memorial do reclamado n o havendo a nenhuma refer ncia a impedimento algum O Banco ora recorrente participou da audi ncia de julgamento proferiu sustenta o oral e tamb m aqui nada mencionou sobre a quest o pois nada relatou o voto fl 987 Mas pior ainda op s embargos de declara o fls 1003 1024 e mais uma vez se omitiu quanto a qualquer impedimento S depois de ser vencida no julgamento do recurso ordin rio que a reclamada resolveu levantar mais esta quest o n o condizente com o princ pio da dura o razo vel do processo pois agora se fosse acolhida essa nulidade o andamento do processo teria sido protelado por mais de tr s anos Aplica o dos arts 5 inciso LXXVIII da Constitui o Federal e 795 caput da CLT Ademais se a exce o de impedimento de membro de Tribunal deve ser julgada pelo pr prio Tribunal que julgara a a o aquela a exce o de impedimento deve naturalmente ser apresentada perante o Tribunal a que perten a o juiz impedido Assim sob qualquer aspecto n o se justifica o acolhimento desta preliminar de n
391. nos interesses ou direitos individuais homog neos tratados coletivamente por sua origem comum os membros do grupo s o titulares de direitos subjetivos cl ssicos divis veis por natureza tanto assim que cada membro pode ingressar em ju zo com sua demanda individual E a solu o n o necessariamente una para todas as pessoas que podem ter sua pretens o individual acolhida ou recha ada por circunst ncias pessoais Trata se aqui de um feixe de interesses que pode ser tratado coletivamente sem preju zo da tutela cl ssica individualizada para cada qual GRINOVER Ada Pellegrini O processo coletivo do consumidor In Livro de Estudos Jur dicos n 9 Instituto de Estudos Jur dicos p 145 146 Houve bastante discuss o acerca do car ter coletivo do direito individual homog neo Entretanto o Supremo Tribunal Federal em decis o publicada em 29 06 2001 analisou recurso extraordin rio que tinha como objeto a legitimidade do Minist rio P blico para propor a o civil p blica em que se Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 275 JURISPRUD NCIA TEM TICA discute o reajuste de mensalidades escolares com fulcro no C digo de Defesa do Consumidor Nessa ocasi o ao reconhecer a legitimidade do Parquet in casu o excelso STF adotou posicionamento de que os interesses individuais homog neos s o subesp cies de direitos coletivos Eis a ementa do referido Julgado 276 RECURSO EXTRAORDIN RIO CONSTIT
392. nrique Gaeshlin Rego e Outro Intdo Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Atividades Subaqu ticas e Afins Sintasa Advdo Cid Barro Ferreira EMENTA Recurso extraordin rio Trabalhista A o civil pu blica 2 Ac rd o que rejeitou embargos infringentes assentando que a o civil p blica trabalhista n o o meio adequado para a defesa de interesses que n o possuem natureza coletiva 3 Alega o de ofensa ao disposto no art 129 III da Carta Magna Postula o de comando sen tencial que vedasse a exig ncia de jornada de trabalho superior a 6 horas di rias 4 4 Lei Complementar n 75 93 conferiu ao Minist rio P blico do Trabalho legitimidade ativa no campo da defesa dos interesses difu sos e coletivos no mbito trabalhista 5 Independentemente de a pr pria lei fixar o conceito de interesse coletivo conceito de Direito Constitu Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA cional na medida em que a Carta Pol tica dele faz uso para especificar as esp cies de interesses que compete ao Minist rio P blico defender CF art 129 IT 6 Recurso conhecido e provido para afastar a ilegi timidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho STF RE 213015 DF Rel Min N ri Da Silveira DJ 24 05 2002 sublinhei Registre se ademais que a atua o do Minist rio P blico por meio de A o Civil P blica n o invade as atividades destinadas clientela advocat cia
393. nsando se a import ncia j paga a t tulo de gratifica o semestral nesses semestres conforme se quantificar em regular execu o b parcelas vincendas a gratifica o semestral do 2 semestre de 1997 e dos anos seguintes no valor equivalente ao que eventualmente tiver sido pago ou ao que for pago aos empregados da ativa a t tulo de participa o nos lucros limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio de cada empregado conforme se quantificar em regular execu o e nos semestres em que n o tiver sido paga a participa o nos lucros ser devida a gratifica o semestral na forma das normas regulamentares condicionada sempre exist ncia de lucro Bras lia 25 de junho de 2008 Vantuil Abdala relator RECURSO DE REVISTA A O CIVIL P BLICA OBRIGA O DE N O FAZER I RECURSO DE REVISTA DA EMPRESA RE A O CIVIL P BLI CA OBRIGA O DE N O FAZER OBTEN O DE INFORMA ES 296 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA CREDIT CIAS NO SERASA REQUISITO PARA A REALIZA O DE CON TRATA ES 1 Conforme disp e o art 5 XXXIII da CF todos t m direito a receber dos rg os p blicos informa es de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral que ser o prestadas no prazo da lei sob pena de responsabilidade ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescind vel seguran a da sociedade e
394. nscend ncia do tema em discuss o Sustenta ainda que o Tribunal a quo teria violado dispositivos de lei e da Constitui o Federal ao decidir que embora a Empresa n o tenha cumprido o Termo de Ajuste de Conduta n o caberia a imposi o da multa outrora pactuada O recurso foi admitido s fls 187 189 Apresentada contra raz es s fis 193 211 Ausente o parecer do d Minist rio P blico do Trabalho por ser parte no feito E o relat rio VOTO 1 CONHECIMENTO Satisfeitos os pressupostos gerais referentes representa o fl 20 preparo isen o conforme o art 790 A II da CLT tempestividade fls 160 e 161 passo an lise dos espec ficos do apelo 2 M RITO 2 1 PRELIMINAR DE TRANSCEND NCIA DA MAT RIA O rg o Ministerial aduz a relev ncia da mat ria por estar em discuss o o alcance e a validade dos Termos de Compromissos firmados pelo MPT postulando a admissibilidade de seu recurso de revista com base no crit rio da transcend ncia instituto previsto no art 896 A da CLT No entanto n o h como admitir a viabilidade de processamento do recurso de revista por tal crit rio haja vista que n o regulamentado por esta Corte N o conhe o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 305 JURISPRUD NCIA TEM TICA 2 2 PRELIMINAR DE NULIDADE NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL O TRT da 8 Regi o deu provimento ao recurso da executada ao fundamento de inexi
395. nst ncia de o reclamado ter pagado a gratifica o semestral durante alguns anos em valor equivalente a um sal rio n o criava direito para os associados da autora de receb la sempre no mesmo valor At porque o pr prio documento referido pelo Regional ltimo par grafo de fl 994 evidencia que a gratifica o semestral foi paga no primeiro semestre de 1984 base de 50 segundo semestre de 1984 60 primeiro semestre de 1985 60 primeiro semestre de 1986 17 primeiro semestre de 1989 10 segundo semestre de 1990 50 segundo semestre de 1994 0 00 primeiro semestre de 1995 0 00 segundo semestre de 1995 0 00 primeiro semestre de 1996 5 segundo semestre de 1996 5 e primeiro semestre de 97 5 do sal rio E ali s em pelo menos duas oportunidades 1 semestre de 1988 e 2 semestre de 1989 a gratifica o foi paga em valor at superior a um sal rio base de 150 desse 288 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA A varia o do valor pago a t tulo de gratifica o semestral pois evidente O fato de essa gratifica o em duas oportunidades ter sido paga em valor superior a um sal rio s vem confirmar sua variabilidade e a correla o dessa com o resultado financeiro do reclamado Al m disso n o apropriado interpretar da mesma forma a hip tese de gratifica o n o regulamentar outra que regulamentar Para a gratifica o n o
396. nte tamb m foi objeto de regula o pela LETA que atribuiu tal mat ria jurisdi o social unificando em um nico ju zo a atribui o de julgar as lides que envolvem empregados e trabalhadores aut nomos economicamente dependentes Mesmo na Espanha onde a amplia o da compet ncia veio acompanhada de uma legisla o de direito material que buscou conceituar e estabelecer rela es de inclus o e exclus o entre aut nomos aut nomos economicamente dependentes e empregados e no qual o Estado interveio na regula o de rela es anteriormente ditas civis se tem dito que tal processo no hace sino establecer un r gimen jur dico de baja calidad y muy poco garantista para el colectivo de aut nomos con el riesgo adicional de que resulta previsible una orientaci n judicial menos proclive hacia declarar laborales las relaciones dudosas a causa de cuestiones competenciales Pereiro 2008 p 100 No mesmo sentido a reflex o feita no mbito da conceituada Revista de Derecho Social que observou que apesar da receptividade da nova regra por sujeitos representativos do mundo do trabalho a laboralizaci n fraca trazida 128 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA pelo Estatuto do Trabalho Aut nomo corre el riesgo de ser recorrido en sentido inverso merced a la mediaci n interpretativa que de la realidad productiva y de la autonom a personal del trabajador pueda realizar en adelante la jurispr
397. nte no mesmo sentido N o se acolhe a litispend ncia em diss dio individual por motivo de a o proposta por sindicato na condi o de substituto processual facultando se entretanto reclamada provar na fase execut ria o pagamento do cr dito ao empregado TRT 3 R 3 T RO 01938 94 Rel Juiz Antonio lvares da Silva DIMG 22 08 1995 p 51 Em outra oportunidade o TST at admitiu a aplica o do art 104 do CDC mas infelizmente o fez de forma data venia equivocada isto sem atentar para o erro redacional de remiss o nele contido e sobretudo para a interpreta o sistem tica dos arts 103 e 81 par grafo nico do CDC o que consta do seguinte aresto RECURSO DE REVISTA PRELIMINAR DE LITISPEND N CIA ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ART 104 C C 81 DA LEI N 8 078 90 A a o coletiva n o induz litispend ncia quando versar sobre direitos difusos e coletivos conforme expressamente previsto no dispositivo acima citado No entanto ao n o se referir aos direitos indi viduais homog neos previstos no inciso II do art 81 da lei supracitada quis o legislador a contrario sensu exclu los No caso presente verifi ca se que a presente a o e a a o individual coletiva ajuizada pelo Sindicato de classe enquadram se no inciso III direitos individuais Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 57 DOUTRINA porque os benefici rios da verba em discuss o ser o os pr prio
398. ntegrantes do grupo sejam comunicados do ajuiza mento da demanda pelo autor ideol gico de maneira adequada s circunst ncias do caso bem como que sejam esclarecidos sobre o risco da vincula o a um Julgado negativo O objetivo lhes oferecer a oportunidade de manifestar se desejam continuar ou sair do processo S o os requisitos da fair notice comu nica o adequada e do right to opt out direito de exclus o Tucci 1990 p 23 28 O projeto de reforma sindical prop e que na defesa judicial de direitos individuais puros o que abrange a a o de liquida o da senten a gen rica proferida na defesa de direitos individuais homog neos o sindicato seja obrigado a i identificar os trabalhadores e ii comprovar que eles foram comunicados do ajuizamento da demanda para que tenham a oportunidade de escolher entre permanecer ou pedir a exclus o do processo Se escolher pela perman ncia o trabalhador ser beneficiado pela vit ria e prejudicado pela derrota se optar pela exclus o n o extrair qualquer vantagem da vit ria e nem ser prejudicado pela derrota A exig ncia de comunica o se justifica porque a extens o subjetiva da coisa julgada na defesa de direitos individuais puros prescinde da legitimidade pol tica do sindicato uma vez que a representatividade dos trabalhadores em nossa organiza o sindical se ap ia em crit rios predominantemente formais Siqueira Neto e Laurino 2008 p 14 Com essa
399. ntial 2004 DELGADO Mauricio Godinho As duas faces da nova compet ncia da Justi a do Trabalho Revista do Tribunal Superior do Trabalho Bras lia TST Porto Alegre S ntese 71 n 1 jan abr 2005 p 106 117 DEJOURS Christophe 4 banaliza o da injusti a social Tradu o de Luiz Alberto Monjardim Rio de Janeiro Funda o Getulio Vargas 1999 ESPANHA Estatuto do Trabalho Aut nomo Lei 20 de 2007 Dispon vel em lt http www boe es boe dias 2007 07 12 pdfs A2996429978 pdf gt Acesso em 31 ago 2008 GAULEJAC Vicent de Do ass dio moral ao ass dio social In BRESCIANI Stella Seixas Jacy Orgs Ass dio moral desafios pol ticos considera es sociais incertezas jur dicas Uberl ndia EDUFU 2006 p 71 82 JEAMMAUD A FRAGALE FILHO R S ALVIM J L R Trabalho cidadania e magistratura Rio de Janeiro Edi es Trabalhistas 2000 MARINONL Luiz Guilherme Tutela inibit ria individual e coletiva 4 ed S o Paulo RT 2006 MELLO Marco Aur lio Mendes de Farias Estabilidade no emprego de dirigentes e representantes sindicais In TEIXEIRA FILHO J L Org Rela es coletivas de trabalho estudos em homenagem ao ministro Arnaldo Siissekind S o Paulo LTr 1989 MORAES Maria Celina Danos pessoa humana uma leitura civil constitucional dos danos morais 3 ed Rio de Janeiro Renovar 2007 PEREIRO Jaime Cabeza El estatuto del trabajador aut nomo espa ol Revista Inte
400. nto sobre o valor atribu do causa Irresignado o Banco interp e o recurso de revista de fls 1040 1107 Arg i preliminarmente a nulidade da decis o regional ante o impedimento da Ju za relatora a nulidade do ac rd o regional exarado em sede de embargos de declara o por negativa de presta o jurisdicional e em raz o do efeito modificativo atribu do aos embargos declarat rios sem o devido contradit rio bem como a ilegitimidade ativa da Associa o e o n o cabimento da a o civil p blica para defesa de interesses individuais dispon veis No m rito sustenta que a gratifica o semestral paga aos aposentados n o tem natureza salarial 258 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA podendo ser suprimida a qualquer tempo Ademais alega que a pretens o dos substitu dos que se aposentaram entre 1994 e 1996 e nunca receberam a gratifica o semestral se encontra fulminada pela prescri o total Aponta ofensa aos arts 5 incisos XX e LV 7 incisos IV XXVI e XXIX 8 incisos II e V e 93 inciso IX da Constitui o Federal 6 inciso IV e 83 inciso III da Lei Complementar n 75 93 17 incisos IV VI e VII 18 134 inciso II 267 8 3 301 3 4 e 458 do CPC 468 511 8 2 512 513 al nea a 515 832 e 900 da CLT 1 090 do C digo Civil de 1916 e 81 par grafo nico inciso II e 82 inciso IV da Lei n 8 078 90 Indica contrariadas as S mulas ns 97
401. ntrovertida na substitui o processual o sindicato n o precisa de permiss o do trabalhador para o ajuizamento da demanda Campos Jr 1985 p 37 Por isso sempre que o juiz reputar eficaz a comunica o o sil ncio deve ser entendido como a concord ncia do substitu do com a perman ncia no processo e com as consequ ncias em rela o coisa julgada O prazo para que o trabalhador possa pedir a exclus o tem que ser razo vel evitando prejudicar o direito que o r u tem tutela jurisdicional ap s o esgotamento do momento que a lei processual reserva para a desist ncia de maneira unilateral De tudo o que precede arriscaria dizer que em conformidade com conhecida classifica o sobre a legitima o extraordin ria Barbosa Moreira 1971 p 58 a substitui o processual para defesa de direitos individuais puros 102 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA decorrentes da rela o de trabalho tem as seguintes caracter sticas Ela 1 aut noma o sindicato atua com independ ncia em rela o ao trabalhador ii concorrente a legitima o do sindicato n o exclui a do trabalhador e iii subsidi ria a legitima o do sindicato depende da omiss o do trabalhador o que se deve aferir por meio da rea o comunica o sobre o ajuizamento da demanda pela entidade sindical Gostaria de concluir lembrando que assim como o lado luminoso de todos n s acompanhado por um lado sombrio t
402. o rg o prolator exceto se o pedido for julgado improcedente por insufici ncia de provas hip tese em que qualquer legitimado poder intentar outra a o com id ntico fundamento valendo se de nova prova Art 2 A da Lei n 9 494 97 A senten a civil prolatada em a o de car ter coletivo proposta por entidade associativa na defesa dos interesses e direitos dos seus associados abranger apenas os substitu dos que tenham na data da propositura da a o domic lio no mbito da compet ncia territorial do rg o prolator Isso porque o art 93 inciso II do C digo de Defesa do Consumidor aplic vel subsidiariamente s a es civis p blicas disp e Art 93 Ressalvada a compet ncia da Justi a Federal competente para a causa a justi a local I no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano quando de mbito local II no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal para os danos de mbito nacional ou regional aplicando se as regras do C digo de Processo Civil aos casos de compet ncia concorrente Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 293 JURISPRUD NCIA TEM TICA Assim se a pr pria lei atribui a compet ncia ao foro da Capital dos Estados para julgar a o civil p blica proposta por associa o de mbito nacional porque est a se considerar que a senten a respectiva tenha efic cia para todos seus associados relacionados independentemen
403. o estorno das comiss es Admitir se o contr rio seria em ltima an lise transferir ao empregado o risco do exerc cio da atividade econ mica pois o descumprimento pelo comprador das obriga es decorrentes do contrato de compra e venda ou at mesmo o seu cancelamento implicaria em supress o do direito ao sal rio daquele que procedeu a venda Registre se que o inadimplemento contratual pelo comprador fora das hip teses contempladas nas normas legais supramencionadas assegura 322 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA empresa vendedora o direito de exigir a correspondente indeniza o por quebra do contrato raz o pela qual invi vel legalmente que possa deixar de remunerar seu empregado que trabalhou e que n o contribuiu quer direta quer indiretamente para o descumprimento das obriga es comerciais entre as duas pessoas jur dicas Por derradeiro consigne se que inocorreu negativa de presta o jurisdicional a pretexto de n o enfrentamento do art 5 da Lei n 3 207 57 visto que efetivamente a hip tese em exame de estorno de vendas concretizadas enquanto que referida norma cuida de vendas com pagamento parcelado A jurisprud ncia do TST tem adotado a tese de que a transa o ultimada quando ocorre o acerto entre o comprador e o vendedor j que caso se admitisse como vital o pagamento do pre o para fins de percep o da comiss o de vendas o empregado passaria
404. o Brasileiro E novos rumos almejo sejam um Judici rio mais eficaz mais c lere mais efetivo minimamente burocr tico na certeza de que as partes quando ingressam em ju zo desejam saber se t m ou n o direito ao que est o postulando Extin o de processo sem Julgamento de m rito pode at ser processualmente correto mas incontestavelmente um desrespeito ao jurisdicionado Quem somos A Justi a do Trabalho formada por um Tribunal Superior do Trabalho 24 Tribunais Regionais e 1 378 Varas do Trabalho estando 1 371 instaladas Os TRTs da 8 da 10 da 11 e da 14 s o os que t m jurisdi o sobre mais de uma unidade da federa o O da 8 tem jurisdi o sobre os Estados do Par e Amap o da 10 sobre o Distrito Federal e Tocantins o da 11 sobre o Amazonas e Roraima e o da 14 sobre Rond nia e Acre E apenas o Estado de S o Paulo conta com dois TRTs o da 2 jurisdicionando a cidade de S o Paulo e os munic pios da Baixada Santista e o da 15 com sede em Campinas jurisdicionando os demais munic pios paulistas O TST composto por 27 ministros conforme estabelecido pela Emenda Constitucional n 45 2004 tem no seu quadro de pessoal 2 131 servidores sendo 26 ocupantes exclusivamente de cargos em comiss o portanto demiss veis ad nutum 735 analistas judici rios 1 348 t cnicos judici rios e 22 auxiliares judici rios os tr s ltimos cargos de provimento efetivo o que quer dizer q
405. o FGTS proceder ao pagamento das verbas relativas s f rias tais como abonos ter o constitucional e adiantamento de sal rio antes do per odo de gozo inclusive na dobra no caso de ultrapassar o per odo concessivo proceder pagamento de aux lio creche aos funcion rios detentores de tal direito nos termos da conven o coletiva da categoria proceder ao correto e pontual fornecimento do vale transporte proceder ao correto e pontual Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 211 JURISPRUD NCIA TEM TICA pagamento das verbas rescis rias e multas devidas pelo atraso proceder ao registro de todos os empregados que se encontrem trabalhando no local sob sua supervis o e proceder ao correto e pontual pagamento dos sal rios de seus empregados bem assim imposi o de obriga o de n o fazer n o impor a seus empregados presta o de horas extras acima do limite legal observando se o disposto no art 59 caput da CLT e n o pagar honor rios gratifica o ou pr labore a seus diretores s cios ou gerentes tudo de acordo com o disposto no art 50 do Decreto n 99 684 90 Concluiu o Tribunal a quo assim pela ilegitimidade do Parquet porquanto os direitos objeto dessa a o s o individuais homog neos de determinados empregados decorrentes de norma coletiva ou de lei pelo que insuscet veis da prote o do Minist rio P blico A decis o merece ser reformada Os direitos em rela o aos quais s
406. o de emprego se perfaz no sentido b sico de o sal rio ser contraprestativo do labor e quando no grupo h algu m que aufira paga sem entregar labor o consenso dos demais se forma contra ela por vezes esse o objetivo do empregador A demandante noticia estar disposi o do empregador sem que este lhe defira atribui es consent neas a sua forma o experi ncia e hist ria na casa banc ria demandada Para permitir o contradit rio determino seja a R intimada via de mandado a ser cumprido maximamente em 48h para que informe o Ju zo sobre mat ria indicando atribui es cometidas demandante o local onde se realizam os meios disponibilizados para cumprimento das mesmas o valor da paga o hor rio de trabalho a exist ncia de subordinados em outras 48h pena de caracteriza o de desobedi ncia Releva se ainda a Requerente temerosa quanto 138 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA 3 3 A valoriza o dos direitos fundamentais dos trabalhadores que n o se reduzem aos assegurados no art 7 da CRFB e que se espraiam por todo o texto da Constitui o em especial os inseridos no T tulo dos Direitos Fundamentais arts 5 ao 11 da CRFB no mbito de um constitucionalismo renovado aliada ao crescimento da compreens o de que os direitos fundamentais incidem diretamente sobre as rela es privadas consubstancia um arcabou o te rico importante para a constru o de novas tutelas que redu
407. o de um desequil brio estrutural entre os contratantes Diante dos novos desenhos adquiridos no polivalente mercado de trabalho evidencia se para vertentes significativas dos int rpretes do mundo do trabalho que para compreender a nova forma de ser do trabalho preciso partir para uma concep o ampliada do trabalho Antunes 2007 p 21 ou seja compreender a totalidade dos assalariados homens e mulheres que vivem da venda de sua for a de trabalho a classe que vive do trabalho e que s o despossu dos dos meios de produ o 2007 p 18 Imp e se que se evidencie tamb m para os juristas que se voltam compreens o desta disciplina que preciso partir para uma vis o ampliada da prote o social que reconhe a que a necessidade de proteger o trabalhador decorre n o somente de uma subordina o jur dica na rela o de emprego mas sobretudo diante do reconhecimento da subordina o estrutural da for a de trabalho no mercado de trabalho capitalista A desigualdade que justifica a prote o n o nasce apenas na subordi na o jur dica legalizada no contrato de trabalho Com Carlos Henrique Horn escrevemos que a assimetria de poder est presente no mercado de trabalho independentemente de suas configura es jur dicas formais o que vale dizer que mesmo que n o consider ssemos a rela o de emprego como sendo o dom nio leg timo do exerc cio do poder discricion rio do empregador e trat s 130 Rev
408. o diferen as salariais gratifica o natalina sal rio fam lia e f rias n o gozadas seja porque refogem ao espectro difuso e coletivo seja por integrarem patrim nio jur dico espec fico contra a inobserv ncia do empregador h a o pr pria para postul los em ju zo Indubitavelmente o interesse em jogo o interesse individual na categoria dos dispon veis Com efeito n o se verifica direito algum do Minist rio P blico propor a o civil p blica objetivando a condena o do Munic pio a pagar as parcelas consignadas na exordial e referidas acima na medida em que n o se est diante de direito n o individualiz vel ou n o divis vel muito menos indispon vel Consoante consignou Sua Excel ncia o Ministro Vantuil Abdala nos autos do RR 596 135 99 no conceito de direitos individuais homog neos n o se deve deixar impressionar se pelo n mero dos interessados mas sim pela natureza metaindividual do direito Ali s a legitimidade e o interesse de agir do Minist rio P blico encontram se consubstanciados de forma inquestion vel nos arts 127 da Constitui o Federal 83 da Lei Complementar n 75 93 e 7 8 5 da Lei n 7701 88 Tais dispositivos legais disp em sobre a compet ncia do Minist rio P blico na medida em que se fizer necess rio objetivando a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis tanto nos processos em que for parte
409. o do Trabalho para tutelar direitos e interesses individuais homog neos sejam eles indispon veis ou dispon veis Os direitos e interesses individuais homog neos dispon veis quando coletivamente demandados em ju zo enquadram se nos interesses sociais referidos no art 127 da Constitui o Federal 3 O Minist rio P blico det m legitimidade para tutelar judicialmente interesses individuais homog neos ainda que dispon veis ante o not rio interesse geral da sociedade na prote o do direito e na solu o do lit gio deduzido em Ju zo Verifica se ademais que o interesse social a requerer tutela coletiva decorre tamb m dos seguintes imperativos facilitar o acesso Justi a evitar m ltiplas demandas individuais prevenindo assim eventuais decis es contradit rias e evitar a sobrecarga desnecess ria dos rg os do Poder Judici rio 4 Solu o que homenageia os princ pios da celeridade e da economia processuais concorrendo para a consecu o do imperativo constitucional relativo entrega da presta o jurisdicional em tempo razo vel 5 Recurso de embargos conhecido e provido TST E RR 411489 1997 Rel Min Lelio Bentes Corr a DJ 07 12 07 destaquei EMBARGOS RECURSO DE REVISTA N O CONHECI MENTO 1 NULIDADE DO AC RD O DA TURMA ARGUI O DE NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL Deixa se de ana lisar a preliminar nos termos do art 249 2 do C digo de Processo Civil 2 MINIST RIO P B
410. o lado a tem tica das novas tutelas n o pode ser concebida apenas no patamar dos direitos materiais Precisa agregar a dimens o procedimental e os problemas relativos ao acesso justi a Como bem observa Luiz Guilherme Marinoni apesar de avan os na tutela coletiva e no procedimento ordin rio com vistas a uma maior efetividade no acesso justi a h um aspecto ainda negligenciado pela doutrina embora seja de extrema import ncia trata se da tutela preventiva a nica capaz de impedir que os direitos n o patrimoniais sejam transformados em pec nia atrav s de uma inconceb vel expropria o de direitos fundamentais para a vida humana Para o processualista a relev ncia das novas tutelas no campo processual em especial da tutela inibit ria se amplia em um contexto de sociedades cada vez mais complexas nas quais h a necessidade de se conferir tutela jurisdicional adequada s novas situa es jur dicas frequentemente de conte do n o patrimonial ou prevalentemente n o patrimonial em que se concretizam os direitos fundamentais do cidad o Marinoni 2006 p 24 8 Como exemplos de novas tutelas adequadas s novas conforma es normativas temos os casos em que a Justi a do Trabalho vem reconhecendo a ocorr ncia de danos morais coletivos em mat ria de viola o a direitos fundamentais bem como quando aplica teoria do risco para avaliar pleitos de indeniza es patrimoniais ou extrapatrimoniais dentre
411. o objetivo compelir os r us a se absterem de inserir cl usula convencional obstativa da defesa dos direitos dos trabalhadores Argumenta que a aludida a o tem por 166 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA escopo anular e evitar que se incluam cl usulas nas conven es coletivas de trabalho que venham a afrontar a Constitui o Federal nos termos dos arts 5 XX e 8 V Lembra que o art 83 Ill e IV da Lei Complementar n 75 93 regulamenta as atribui es do Minist rio P blico do Trabalho legitimando o Parquet tanto para intentar a o civil p blica na defesa dos interesses coletivos como para propor a o de declara o de nulidade de cl usula convencional que viole direitos individuais indispon veis dos trabalhadores Assevera que devido relev ncia dos direitos defendidos tais direitos atingem o status de interesses coletivos podendo ser objeto de a o civil p blica Aponta viola o dos arts 5 XXXV e 8 HI 127 caput e 129 III e IX da Constitui o de 1988 6 VII a e d 83 III e 84 II da Lei Complementar n 75 93 1 3 e 5 da Lei n 7 347 85 e 162 da CLT Transcreve arestos para o cotejo de teses O aresto de fl 300 301 revela se espec fico na medida em nele se sustenta a tese da possibilidade de o interesse de agir do Minist rio P blico ser presumido quando a lei lhe confere legitimidade para propor a o civil p blica ou intervir no
412. o prisma formal podendo haver superposi o de enquadramentos num mesmo diss dio v se da pr pria conceitua o regimental que o diss dio de natureza econ mica ou de interesse g nero do qual o prim rio ou origin rio e o de revis o s o esp cies No prim rio cria se norma in dita ou substitutiva de senten a normativa ou conven o coletiva anterior cujo prazo de vig ncia haja esgotado No de revis o procede se a uma reavalia o das normas e condi es preexistentes ditadas em instrumentos vigentes em contraste com uma altera o das circunst ncias que as ditaram e que eventualmente as tenham tornado injustas ou in cuas Tamb m no de revis o exerce se fun o normativa e criativa porque ao se prestar revis o de uma norma est indiretamente tornando se ve culo de cria o de outra que a substitui na senten a normativa revisada Como base do exerc cio do poder normativo nsito aos diss dios coletivos de natureza econ mica ou de interesse a express o constitucional estabelecer normas definidora desse modelo de provimento jurisdicional repetida desde 1946 pelas sucessivas Constitui es foi extirpada da Carta Magna de 1988 pela Emenda n 45 04 No atual texto do art 114 8 2 consta que o exerc cio do poder normativo ser feito por solicita o conjunta das partes para decidir o conflito respeitadas as disposi es m nimas legais de prote o ao trabalho
413. o que exerceu o direito de a o al m de constituir amea a queles que vierem a exerc lo revelando se discrimina o atentat ria aos direitos e s liberdades fundamentais CF 88 art 5 XLI O ato patronal cria portanto discrimina o en tre seus funcion rios n o tolerada porque afronta literalmente princ pios constitucionais como o da igualdade da liberdade do direito de a o e defesa e da seguran a jur dica CF 88 caput do art 5 e art 7 XX XII O princ pio da igualdade que est sempre associada ao ideal de Justi a repele a id ia de discrimina o e consagra o ideal de que todos os cidad os t m direito de tratamento igual perante a lei em conson n Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 195 196 JURISPRUD NCIA TEM TICA cia com os crit rios albergados pelo ordenamento jur dico Alexandre de Morais Constitui o do Brasil Interpretada 2 ed 2003 p 180 O espectro do ordenamento constitucional veda as diferencia es desarra zoadas arbitr rias inaceit veis e injustific veis porque redunda em discrimina es quando se d um tratamento desigual para casos iguais revelando a nega o do ideal de justi a N o se cogita in casu como seria salutar de tratamento desigual dos casos desiguais medida que se igualam como do exig ncia do pr prio conceito de Justi a pois o nico crit rio adotado pela empresa dar tratamento desigual a situa es id nti
414. o transcen dental de resultado maior que a simples soma das posi es individuais de interesse social a defesa destes direitos individuais n o pelo signi ficado particular de cada um mas pelo que a les o deles globalmente considerada representa em rela o ao adequado funcionamento do sis tema financeiro que como se sabe deve sempre estar voltado s suas finalidades constitucionais de promover o desenvolvimento equilibra do do pa s e de servir os interesses da coletividade esse tamb m o entendimento que o Superior Tribunal de Justi a vem adotando como se v das decis es proferidas nos seguintes processos REsp 286 732 REsp 334 829 REsp 404 759 REsp 292 636 REsp 308 486 REsp 187 668 e REsp 168 881 Vale a pena ainda transcrever trecho do ac rd o prolatado quando do julgamento do processo REsp 279 273 SP da culta lavra da ilustre Relatora Ministra F tima Nancy Andrighi Sendo a prote o do consumidor um dos pilares da ordem econ mica e incumbindo ao Minist rio P blico a defesa da ordem Jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais 248 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA indispon veis por extens o do art 81 par grafo nico do CDC e seu art 82 I tem o rg o ministerial legitimidade para atuar em defesa de interesses individuais homog neos de consumidores decorrentes de origem comum norma que se coaduna com o
415. ol ticas abre se uma nova perspectiva na seara trabalhista a judicializa o das rela es de trabalho Se como j visto os Tribunais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho em sede de diss dio coletivo somente vinham basicamente concedendo reajustes salariais e a manuten o de cl usulas coletivas pret ritas o conte do das correspondentes senten as normativas pode perfeitamente enquadrar se ao das senten as proferidas nas a es civis p blicas O exerc cio do poder normativo em sede de diss dio coletivo tem como fundamento normas legais do direito material trabalhista manifestando se em uma atividade integrativa do direito objetivo preenchendo lhe as lacunas e dando solu o concreta a um conflito entre categorias profissional e econ mica Trata se de uma atividade interpretativa ampla do direito aplicando se uma fonte normativa geral particularizando lhe o comando abstrato para o caso concreto com a utiliza o da analogia dos princ pios gerais do direito e da eq idade portanto t pica atividade jurisdicional Ap s o advento da Emenda Constitucional n 45 04 essa jurisdi o normativa ter como limite objetivo o respeito s disposi es m nimas de condi es de trabalho bem como quelas anteriormente estabelecidas CF art 114 2 Assim ao estabelecer o art 3 da Lei n 7 347 85 que as a es civis p blicas podem ter como objeto obriga es de fazer ou n o fazer exatamente co
416. oletiva parece nos que o juiz do trabalho ao inv s de extinguir o processo individual acolhendo a preliminar de litispend ncia deveria determinar a intima o do titular geralmente o trabalhador da a o individual independentemente de existir ou n o o ilegal e inconstitucional rol de substitu dos para que no prazo de trinta dias manifeste o seu interesse ou n o na suspens o da sua demanda individual valendo o sil ncio como negativa 9 Op cit p 193 199 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 55 DOUTRINA 6 A POSI O DA JURISPRUD NCIA TRABALHISTA Lamentavelmente a jurisprud ncia trabalhista majorit ria na contram o do novo microssistema de acesso coletivo Justi a do Trabalho por n s apelidado de jurisdi o trabalhista metaindividual advoga a tese da litispend ncia entre a o individual e a o coletiva em que o sindicato atua como substituto processual na defesa de interesses individuais homog neos dos integrantes da correspondente categoria profissional 56 Colecionamos a prop sito os seguintes arestos LITISPEND NCIA A O ANTERIOR PROPOSTA PELA ENTIDADE SINDICAL SUBSTITUI O PROCESSUAL E POSTERIOR PELO TRABALHADOR INDIVIDUALMENTE ACOLHIMENTO Provada a anterioridade da a o ajuizada e a identidade da mat ria relativamente a o posterior imp e se o acolhimento da preliminar suscitada intelig ncia do 3 do art 267 do CPC a par do seu
417. oletivo o interesse tutelado da categoria sendo encarado de forma abstrata e geral ou transindividual portanto de forma indivis vel para todos Os interesses difusos e coletivos t m natureza metaindividual qualificados pela indivisibilidade Os interesses difusos e coletivos se diferenciam na medida em que os primeiros est o vinculados a circunst ncias de fato enquanto os segundos repousam necessariamente em uma rela o jur dica base circunscrita a determinado grupo categoria ou classe de pessoas Os direitos difusos e coletivos t m como ponto comum a indivi sibilidade do interesse tutelado onde a satisfa o do interesse implica necessariamente a satisfa o de todos e de igual forma a les o de um resulta em les o de toda a coletividade de forma abstrata O art 81 da Lei n 8 079 90 fixa o conceito de interesses difusos e coletivos in verbis IT interesses ou direitos difusos assim entendidos para efeito deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligas por circunst ncias de fato Il interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeito deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base O Minist rio P blico teria legitimidade ativa se postulasse a elimina o de agentes
418. ologia do microssistema do processo coletivo Ora se duas a es coletivas cont m o mesmo pedido e a mesma causa de pedir e s o propostas perante ju zos diversos salta aos olhos a possibilidade de decis es conflitantes e contr rias ao interesse p blico Por tais raz es ainda que n o haja identidade entre os legitimados ati vos isto entre os autores MP Estado associa es civis sindicais etc das demandas coletivas sustentamos que pode existir litispend ncia e via de con seq ncia coisa julgada entre as demandas coletivas que tiverem causa de pedir e pedidos id nticos o que implicar a extin o daquela que foi proposta posteriormente porque em ambas os autores sociais atuam como represen tantes ideol gicos da coletividade grupo classe categoria ou indiv duos homogencamente considerados titulares dos direitos ou interesses deduzidos na demanda coletiva dizer os entes coletivos agem como legitimados Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 49 DOUTRINA aut nomos para a condu o do processo na defesa de interesses difusos ou coletivos ou substitutos processuais na defesa de interesses individuais homog neos Al m disso se a legitima o ad causam dos entes coletivos para as a es coletivas concorrente e disjuntiva CF art 129 8 1 LACP art 5 8 2 ent o a extin o da a o repetida n o impede que o seu titular MPT ou sindicato possa post
419. omog neos 5 Legitimatio ad causam do Minist rio P blico luz da dic o final do disposto no art 127 da CF que o habilita a demandar em prol de interesses indispon veis STJ REsp 695665 RS 2004 0093350 5 Rel Min Luiz Fux DJ 20 11 2006 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 189 190 JURISPRUD NCIA TEM TICA RECURSO ESPECIAL A O CIVIL P BLICA LEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO DANOS CAUSADOS AOS TRABALHADORES NAS MINAS DE MORRO VELHO INTERESSE SOCIAL RELEVANTE DIREITOS INDIVI DUAIS HOMOG NEOS 1 O Minist rio P blico tem legitimidade ativa para ajuizar a o civil p blica em defesa de direitos individuais homog neos desde que esteja configurado interesse social relevante 2 A situa o dos trabalhadores submetidos a condi es insalubres acarretando danos sa de configura direito individual homog neo revestido de interesse social relevante a justificar o ajuizamento da A o Civil P blica pelo Minist rio Publico 3 Recurso Especial conhecido e provido REsp 58682 MG 1995 0000546 8 Rel Min Carlos Alberto Menezes Direito DJ 16 12 1996 Recte Minist rio P blico do Trabalho Recdo Petr leo Brasileiro S A Petrobr s Advdo Cl udio A F Penna Fernandez Recdo Aquaservice Navega o Ltda e Outros Advdos Pedro Cl udio Noel Ribeiro e Outros Recdos Oce nica Servi os T cnicos Submarinos Ltda e Outros Advdos Jo o He
420. onais a prote o ao meio ambiente ao consumidor ordem econ mica livre concorr ncia ou ao patrim nio art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico Com o advento da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor as associa es passaram a constar do rol de legitimados para ajuizar a o civil p blica consoante se verifica do seu art 82 inciso IV Art 82 omissis 278 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA IV as associa es legalmente constitu das h pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este c digo dispensada a autoriza o assemblear E mais especificamente quanto ao objeto desta a o verifica se que consta do art 2 inciso II dos seus estatutos que a AFABESP tem por objetivos representar os interesses dos aposentados junto ao Banco do Estado de S o Paulo S A empresas e entidades a ele vinculadas existentes ou que venham a ser criadas bem como a entidades previdenci rias e aos Poderes P blicos Ou seja foi criada com o intuito de proteger os interesses e os direitos dos aposentados do Banespa decorrentes da rela o de emprego direitos sociais constitucionalmente garantidos tais quais os defendidos pelo Minist rio P blico do Trabalho Vale aqui destacar o que ensina Celso Ribeiro Bastos acerca da mat ria O requisito qu
421. onal declarou o Banco litigante de m f pela oposi o de embargos declarat rios Todavia n o h como se entender que ele ao buscar judicialmente a satisfa o dos seus direitos tenha cometido dolo processual ou inten o de protelar o feito mormente porque os referidos declarat rios buscavam prequestionar aspectos f ticos e jur dicos importantes para a solu o da lide bem como sanar omiss o quanto an lise da prescri o a qual foi suprida pelo Regional 254 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Diante disso deve ser exclu da a condena o ao pagamento da multa prevista no art 18 do CPC Recurso de revista conhecido e provido PRELIMINAR DE N O CABIMENTO DA A O CIVIL P BLICA NA ESFERA TRABALHISTA E DE ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIA O A a o civil p blica um instrumento de defesa dos interesses da sociedade direitos e interesses metaindividuais que encontra fundamento legal na Lei n 7 347 85 Lei da A o Civil P blica e na Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor Esse em seu art 81 inciso III prev o cabimento de a es coletivas para salvaguardar direitos ou interesses individuais homog neos que s o segundo o Supremo Tribunal Federal subesp cies de direitos coletivos RE 163 231 3 SP Tribunal Pleno Rel Min Maur cio Corr a DJ 29 06 2001 e decorrem de uma origem comum No Direito do Trabalho a referida a o colet
422. oncluir que essa norma vazia de juridicidade Se a norma espec fica limita a atribui o a interesses coletivos por for a de mandamento constitucional n o h como interpret la de forma ampla e irrestrita a fim de alcan ar outros interesses indispon veis homog neos sociais difusos e coletivos referidos na letra d do art 6 Seria um desconchavo jur dico concluir que o Membro do Minist rio P blico tem a faculdade dever de ajuizar a o civil p blica em defesa de interesses homog neos de todos os trabalhadores quando tem ci ncia dessa les o em sua manifesta o para parecer sob pena de prevarica o E consabido que as fun es institucionais do Minist rio P blico implicam em dever ou obriga o funcional e n o em mera faculdade exercit vel de acordo com a conveni ncia e interesses circunstanciais No caso em tela o Autor pretende impor ao recorrido obriga o de fazer consistente em efetuar os dep sitos do FGTS proceder ao pa gamento das verbas relativas s f rias tais como abonos ter o constitucional e adiantamento de sal rio antes do per odo de gozo in clusive na dobra no caso de ultrapassar o per odo concessivo proceder a pagamento de aux lio creche aos funcion rios detentores de tal direi to nos termos da conven o coletiva da categoria proceder ao correto e pontual fornecimento do vale transporte proceder ao correto e pontual pagamento das verbas rescis rias e multas devidas p
423. or de mbito supra regional ou nacional o foro o do Distrito Federal Em espec fico este Colegiado j se pronunciou em hip tese semelhante debatida nestes autos conforme se extrai do seguinte precedente A O CIVIL P BLICA ALEGA O DE DANO OCORRI DO EM MBITO REGIONAL COMPET NCIA VARA DO TRABALHO DA CAPITAL DO ESTADO Esta Corte Superior j con solidou Jurisprud ncia a respeito da compet ncia territorial em sede de a o civil p blica levando em conta a extens o do dano causado ou a ser reparado pautando se pela incid ncia anal gica do art 93 do C di go de Defesa do Consumidor Assim se a extens o do dano a ser reparado limitar se ao mbito do Estado a compet ncia de uma das Varas do Trabalho de sua Capital se for de mbito supra regional ou nacional o foro o do Distrito Federal nos termos da Orienta o Jurisprudencial n 130 da SBDI 2 Ora se na hip tese debatida dos autos a extens o do dano limitou se ao Estado de S o Paulo como declarado pelos Ju zes suscitantes for oso reconhecer a compet ncia de uma das Varas do 228 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Trabalho da capital Paulista para o julgamento do feito Conflito de com pet ncia julgado procedente TST CC 155365 2005 000 00 00 2 Rel Min Emmanoel Pereira DJ 28 04 2006 Ante o exposto julgo procedente o presente conflito negativo de compet ncia para declarar
424. orado por Antonio Gidi j destaca em seu art 19 que a primeira a o coletiva proposta induz litispend ncia para as demais a es coletivas relacionadas mesma controv rsia coletiva As a es coletivas posteriores ser o extintas mas os seus autores poder o intervir na primeira a o coletiva Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 51 DOUTRINA COISA JULGADA DISS DIO COLETIVO E DISS DIO INDIVIDUAL ADICIONAL DE PERICULOSIDADE PAGAMENTO PROPORCIONAL SENTEN A NORMATIVA VIG NCIA N o h entre diss dio coletivo e individual a tr plice identidade exigida pela lei adjetiva parte pedido e causa de pedir para a configura o da coisa julgada material Al m disso a senten a normativa emanada do diss dio coletivo possui natureza constitutiva e transit ria uma vez que suas disposi es vigoram por determinado lapso temporal art 614 3 da CLT e S mula n 277 do TST Assim ainda que a senten a normativa consigne direito ao adicional de periculosidade de forma restrita ou seja proporcional ao tempo de servi o o que admitido pela jurisprud ncia do TST S mula n 364 IN imperioso que se observe o prazo de vig ncia do instrumento normativo e a impossibilidade de as condi es ali alcan adas serem integradas definitivamente ao contrato de trabalho Recurso de Revista conhecido e provido TST RR 39728 2002 900 02 00 4 j 21 05 2008 Rel Min Maria Cristina Irigoyen
425. orrentes da atividade empresarial inclusive decorrente de opera o com bomba de combust vel na venda de produto ao p blico e de cheques de clientes sem provis o de fundos observada no entanto a exce o contida no 1 do art 462 da CLT Intelig ncia dos arts 83 III da Lei Complementar n 75 93 e 129 da Constitui o Federal Tal legitimidade alcan a ainda os direitos individuais homog neos que na dic o da jurisprud ncia corrente do exc Supremo Tribunal Federal nada mais s o sen o direitos coletivos Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA em sentido lato uma vez que todas as formas de direitos metaindividuais difusos coletivos e individuais homog neos pass veis de tutela mediante a o civil p blica s o coletivos Imperioso observar apenas em raz o do disposto no art 127 da Constitui o Federal que o direito individual homog neo a ser tutelado deve revestir se do car ter de indisponibilidade Recurso de Embargos conhecido e provido ERR 637 470 2000 9 1 12 2003 Redator Designado Min Lelio Bentes Corr a Dou provimento ao recurso para anulando a decis o do Regional que extinguiu o processo sem o julgamento do m rito nos temos do art 267 VI do CPC declarar o interesse do Parquet para ajuizar a o civil p blica determinando a remessa dos autos ao Tribunal de origem para que julgue o m rito do recurso ordin rio como entender de direito
426. os ainda que dispon veis porquanto presente o interesse social na preserva o da ordem Jur dica necess rio se faz o exame do caso concreto no tocante ao pedido de condena o pecuni ria consistente em c 1 pagar aos seus empregados que percebam menos de um sal rio m nimo legal as diferen as a que os mesmos fazem jus para o fim de complementa o do sal rio m nimo c 2 pagar as gratifica es natalinas dos empregados que n o as receberam considerando se o valor da remunera o ou o sal rio m nimo sendo aquele inferior a este e 250 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA tendo se em conta o per odo de dura o dos respectivos v nculos de emprego que t m termo inicial na data em que cada um dos mesmos iniciou a presta o de servi os c 3 pagar em dobro e acrescidas do ter o constitucional tendo como base o valor da remunera o de cada um ou o sal rio m nimo se aquele for inferior a este as f rias dos empregados que n o as gozaram nos prazos legais c 4 pagar o sal rio fam lia aos empregados que fazendo jus a esse benef cio o requereram e n o o obtiveram do r u al m de multas por descumprimento das obriga es de fazer e de n o fazer postuladas N o h d vida quanto natureza dos direitos para os quais se requer tutela jurisdicional trata se de direitos individuais direito a diferen as salariais decorrentes do n o pagamento do sal rio
427. os individuais homog neos determinar o retorno dos autos ao Ju zo de 1 grau a fim de que prossiga no julgamento da a o como entender de direito Bras lia 09 de abril de 2008 Rosa Maria Weber Candiota da Rosa relatora A O CIVIL P BLICA SINDICATO ILEGITIMIDADE RECURSO DE REVISTA MINIST RIO P BLICO A O CIVIL P BLICA ILEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO RECONHECIDA AUS NCIA DE INTERESSE RECURSAL O Minist rio P blico n o tem interesse de recorrer na defesa de direito subjetivo de a o de entidade sindical cuja legitimidade se tenha negado sem insurrei o sua Recurso de revista n o conhecido Processo n TST RR 810 874 2001 Ac 3 Turma Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 215 JURISPRUD NCIA TEM TICA Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST RR 810874 2001 6 em que Recorrente Minist rio P blico do Trabalho da 2 Regi o e Recorridos Sindicato dos Professores de S o Paulo SINPRO SP e Associa o Atl tica Banco do Brasil S o Paulo O Eg Tribunal Regional do Trabalho da 2 Regi o mediante o ac rd o de fls 149 157 deu provimento recurso ordin rio interposto pela Reclamada para declarar a ilegitimidade ativa do Sindicato Autor extinguindo o feito sem resolu o de m rito O Minist rio P blico do Trabalho da 2 Regi o recorre de revista pelas raz es de fls 161 199 com fulcro nas al neas a e c do art 896 da CLT
428. os os trabalhadores os servidores enfim o povo brasileiro N o se desenvolveu entre n s cidad os brasileiros o costume de resolvermos n s mesmos os nossos problemas as nossas diferen as as nossas pendengas Sejam as mais simples as mais prosaicas s o sempre levadas a um juiz Seria o caso de pensarmos seriamente em meios extrajudiciais de solu o de conflitos as comiss es de concilia o pr via j previstas em lei mas ainda de pouca efetividade em termos pr ticos e mais especialmente as comiss es de f brica rg os desta natureza por terem uma vis o mais particularizada da realidade espec fica de cada caso poderiam ser de grande valia porque al m de estimular solu es mais r pidas e melhores para os conflitos contribuiriam para o desafogamento do Judici rio Quem sabe poder amos chegar at ao ponto de poder diminuir a estrutura da Justi a do Trabalho Mas n o temos nada daquilo que tecnicamente se chama solu o aut noma ou solu o extrajudicial dos conflitos no nosso caso dos conflitos de trabalho Tudo deve ir a um juiz E olhem que o cidad o comum pode estar com a raz o Pagar e receber fora do ju zo um grande risco Homologar a rescis o ou o recibo de quita o no Minist rio do Trabalho ou no sindicato 100 de certeza de problema logo frente Ou o pr prio sindicato que homologou a rescis o ou o advogado conhecido amigo ou parente que logo vai dizer que o c l
429. os arts 6 VII d e 83 II da Lei Complementar n 75 93 e 129 da Constitui o Federal Nesse sentido os seguintes precedentes desta Corte RECURSO DE REVISTA A O CIVIL P BLICA LEGITI MIDADE DO MINIST RIO P BLICO DIREITOS INDIVIDUAIS 212 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA HOMOG NEOS A teor do art 83 III da Lei Complementar n 75 93 o Minist rio P blico do Trabalho det m legitimidade para a defesa ju dicial de direitos individuais homog neos considerados como tais os decorrentes de origem comum na forma do art 81 III da Lei n 8 078 90 Precedentes do STF e do TST Recurso de Revista conhecido e pro vido TST RR 763 332 2001 3 Rel Min Maria Cristina Irigoyen Peduzzi 3 T DJ 06 09 2007 destaquei MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE ATIVA A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS INTERESSE SOCIAL RELEVANTE 1 Na dic o da jurisprud ncia corrente do Supremo Tribunal Federal os direitos individuais homog neos nada mais s o do que direitos coletivos em sentido lato uma vez que todas as formas de direitos metaindividuais difusos coletivos e individuais homog neos pass veis de tutela mediante a o civil p blica s o coletivas 2 Considerando se interpreta o sist mica e harm nica dos arts 6 VII letras ce d 83 e 84 Lei Complementar 75 93 n o h como negar a legitimidade do Minist rio P blic
430. os individuais homog neos eis a li o de Luiz Guilherme Marinoni e S rgio Cruz Arenhart 38 Merece exame em separado o tema da litispend ncia no concer nente s a es que visam tutela dos direitos individuais homog neos sabido que essas a es ao contr rio do que ocorre com as a es para a tutela de direitos difusos ou coletivos buscam a prote o de direitos nitidamente individuais que por terem a mesma origem por serem id n ticos autorizam e mesmo recomendam o seu exame em bloco As a es para a tutela de direitos individuais homog neos portanto tratam de direitos para cuja prote o o individuo tem legitima o concorrente Poderiam por isso mesmo essas a es em tese operar a litispend ncia n o apenas em rela o a outra a o coletiva proposta para a defesa des ses interesses mas ainda para as a es individuais propostas pelos lesados isoladamente para a satisfa o de suas espec ficas pretens es Imagine se a situa o de uma demanda proposta para condenar certa montadora de ve culos a trocar gratuitamente pe a defeituosa encontra da em determinado lote de ve culos produzidos em benef cio de seus adquirentes Trata se de direito nitidamente individual homog neo per tencente a todos os compradores dos ve culos individualmente que por ser igual para todos eles permite a tutela na forma coletiva Pode portanto um dos legitimados coletivos art 82 do CDC ou art 5 da Lei
431. os limites territoriais de um Estado Federado ou do Distrito Federal A primeira corrente de entendimento defende que quando se tratar de dano nacional a compet ncia de uma das Varas do Distrito Federal conforme a pr pria reda o do art 93 inciso II do C digo do Consumidor 20 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 879 o art 2 LACP aplic vel ao CDC por for a do art 90 deste em seu segundo sentido confere compet ncia territorial natureza absoluta ao disciplinar o g nero da compet ncia funcional uma das modalidades da compet ncia absoluta O STJ tem falado em compet ncia funcional Afirmamos por isso que a compet ncia territorial no caso absoluta inderrog vel e improrrog vel pela vontade das partes Cf ainda BARBOSA MOREIRA Jos Carlos A express o compet ncia funcional no art 2 da Lei da A o Civil P blica Revista Forense Rio de Janeiro ano 101 v 380 p 186 jul ago 2005 MAZZILLI Hugo Nigro Op cit p 239 NERY Jr Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Op cit p 1525 21 Cf GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 878 o dispositivo tem que ser entendido no sentido de que sendo de mbito regional o dano competente ser o foro da capital do Estado ou do Distrito Federal 22 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 878 23 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 878 Sendo o dano de mbito nacional entendemos que a compet ncia deveria ser semp
432. ossos deveres a que efetivamente temos direito Tudo deve estar em um estatuto E porque ele n o existe n o raro se pretende a aplica o anal gica das normas constantes do Estatuto do Funcionalismo P blico Civil da Uni o Lei n 8 112 90 In meras vezes em que tive de propor a instaura o de processo administrativo disciplinar contra magistrado deparei me com a dificuldade na aplica o da Loman Os procedimentos no particular s o complicad ssimos como certamente j constataram todos os que tiveram o problema De minha parte sempre digo que a Loman foi feita para n o punir magistrados faltosos tal a complexidade que apresenta Ora os que j tiveram que enfrentar tais problemas sabem que em se tendo not cia de algum comportamento faltoso de magistrado o aconselh vel n o desde logo abrir o processo administrativo disciplinar at porque n o se tem com nitidez a realidade a extens o do problema Se assim e infelizmente quase sempre assim o bom senso indica que deve haver um procedimento anterior para verificar realmente a exist ncia do fato e seu poss vel autor Ora isso deve ser feito em um procedimento investigat rio denominado sindic ncia Antes que se acuse antes que precipitadamente se indicie aconselh vel que se investigue se procure tomar p da situa o E isso tudo pode e deve estar em um estatuto inclusive para falar de flores e n o s de espinhos ali pode estar como direito da magistra
433. otivadora da incapacidade No plano da legisla o trabalhista a regra do art 168 da CLT que estabelece a obrigatoriedade de realiza o de exames m dicos demissionais cuja exist ncia aut noma inciso II n o pode levar sua equival ncia com os exames m dicos peri dicos inciso III embora regulamento ministerial dispense a realiza o do exame demissional quando um exame peri dico houver sido realizado em certo lapso temporal Uma vis o de conjunto do ordenamento jur dico n o permite confundir dois exames conceitualmente distintos 134 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA atribuindo validade regra hierarquicamente inferior lei desconhecendo ainda que no v rtice do ordenamento juslaboral reside a norma mais favor vel E por fim o novo C digo Civil segue a tend ncia contempor nea de deslocar o tema da responsabilidade civil da esfera da culpa causada para a tutela dos danos sofridos Moraes 2007 principalmente quando reconhece em seu art 927 par grafo nico a responsabilidade objetiva nas atividades de risco Importa observar que o alargamento do conceito de acidente na legisla o previdenci ria atinge tamb m o sistema de distribui o do nus probat rio nos processos trabalhistas pois sempre que a atividade da empresa se relacionar com a doen a o que pode ser observado no confronto entre o CID ea CNAE e se presumir a caracteriza o de uma doen a profissio
434. ovos servi os como consultas personalizadas aos jurisdicionados o Sistema de Publica o de Informativos e Destaques de Jurisprud ncia que permite a publica o na Intranet e na Internet dos informativos elaborados a partir de notas tomadas nas sess es de julgamento e dos destaques semanais das decis es e not cias de interesse da Justi a do 28 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA Trabalho selecionadas pela Coordenadoria de Jurisprud ncia e o Processo Jur dico Virtual que possibilitar a elimina o do processo de papel e existir e tramitar on line agilizando sua movimenta o nos diversos rg os da Justi a do Trabalho Nas reas administrativa financeira e de gest o de pessoas temos igualmente excelentes ferramentas S o ao todo 39 merecendo realce o Processo Administrativo Eletr nico e o Sistema de Desenvolvimento e Capacita o de Pessoal O primeiro j eliminou no mbito administrativo o processo de papel O segundo cont m informa es referentes progress o e adapta o funcional movimenta o de servidor e banco de talentos Finalmente visando auxiliar a gest o judici ria e administrativa do Tribunal e facilitar a tomada de decis es existe o Sistema de Apoio Decis o que confecciona relat rios gerenciais com acompanhamento de indicadores defini o de metas e identifica o de tend ncias No mbito dos TRTs solu es semelhantes v m sendo adotadas
435. partir de 1998 se n o s o sabidos os resultados financeiros da empresa r nos anos seguintes nem foram examinados e decididos nesta a o N o s por isso mas tamb m como j se afirmou e se repete a fixa o do valor da gratifica o uma atribui o da diretoria do reclamado na forma regulamentar No entanto nada impede que se reconhe a desde logo que sempre que o Banco reclamado pagar aos empregados da ativa participa o nos lucros os aposentados associados da autora t m direito a receber gratifica o semestral no valor equivalente respectivo Nos termos do par grafo nico do art 460 do CPC a senten a deve ser certa ainda quando decida rela o jur dica condicional Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 291 JURISPRUD NCIA TEM TICA Est assim compondo se o lit gio decidindo se a rela o de direito material qual seja o reconhecimento do direito a receber a gratifica o semestral no mesmo valor da participa o nos lucros pendente de condi o isto o pagamento dessa participa o aos empregados da ativa Fica explicitado que de qualquer maneira o valor de cada gratifica o semestral a ser pago a cada empregado limitar se a um sal rio respectivo sob pena de reformatio in pejus Isso porque a decis o recorrida condenou o reclamado a pagar a gratifica o semestral no valor equivalente a um sal rio E assim n o se poderia aqui julgando o recurso do
436. posto que dos autos n o consta a prova de que os substitu dos s o benefici rios da justi a gratuita Isto posto Acordam os Ministros da Subse o I Especializada em Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade conhecer do Recurso de Embargos por diverg ncia jurisprudencial e no m rito por maioria negar lhe provimento vencidos os Exmos Ministros Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Lelio Bentes Corr a e Rosa Maria Weber Candiota da Rosa Bras lia 12 de agosto de 2008 Jo o Batista Brito Pereira relator MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS INTERESSE SOCIAL RELEVANTE MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE ATIVA A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS INTERESSE SOCIAL RELEVANTE Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 239 JURISPRUD NCIA TEM TICA 1 Na dic o da jurisprud ncia corrente do Supremo Tribunal Federal os direitos individuais homog neos nada mais s o do que direitos coletivos em sentido lato uma vez que todas as formas de direitos metaindividuais difusos coletivos e individuais homog neos pass veis de tutela mediante a o civil p blica s o coletivas 2 Considerando se interpreta o sist mica e harm nica dos arts 6 VII letras ce d 83 e 84 Lei Complementar n 75 93 n o h como negar a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para tut
437. preende do art 1 daquele diploma legal De acordo com o art 81 par grafo nico da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor os direitos e interesses metaindividuais s o assim definidos Par grafo nico A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de I interesses ou direitos difusos assim entendidos para efeitos deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato II interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeitos deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base HI interesses ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum grifei Pode se dizer assim que os interesses e direitos difusos diferem dos interesses e direitos coletivos porquanto os titulares dos direitos difusos s o indetermin veis de forma absoluta ou seja n o atingiram um grau de agrega o e organiza o necess rio sua afeta o institucional estando dispersos pela sociedade civil como um todo enquanto os titulares dos direitos coletivos s o indeterminados mas determin veis podendo tratar se de um grupo de uma categoria ou de segmento caracterizado de indiv duos Ademais nos direitos difusos a forma de liga o de seus
438. pregados sem pr via aprova o em concurso p blico imposta autora por norma constitu cional n o alterava a conclus o acima Isso porque essa circunst ncia n o autorizava a contrata o terceirizada voltada para a atividade fim Esclareceu se que a proibi o relacionada forma de contrata o dos empregados n o iria convalidar a conduta ilegal da autora Registrou se que a hip tese narrada configurava uma dupla ilegalidade pois restara evidenciada a admiss o de trabalhadores sem observ ncia do preceito contido no art 37 II da Constitui o al m de estar comprovada a afronta ao art 41 da CLT pois a autora mantivera trabalhadores a seu servi o sem registro respectivo fls 146 No Recurso de Revista fls 151 161 a autora sustentou ser incab vel a lavratura de auto de infra o pelo descumprimento do disposto no art 41 da CLT registro dos empregados Afirmou que na hip tese a aus ncia de regis tro decorreu do fato de que n o havia v nculo de emprego mas terceiriza o de servi os sendo certo que por ser empresa p blica a contrata o de seus empregados depende de pr via aprova o em concurso p blico Nesse sentido apontou ofensa aos arts 5 inciso II da Constitui o da Rep blica e 41 da CLT Afirmou ademais que houve irregularidade no processo administrativo que ensejou a lavratura do auto de infra o uma vez que n o foi observado o disposto nos arts 2 inciso X 3 inciso III
439. prestigiar os valores sociais do trabalho art 1 III e IV e art 170 VIII A pretens o portanto do Minist rio P blico do Trabalho de ver declarada a ilegalidade desse procedimento fraudat rio dos direitos constitucionalmente assegurados aos trabalhadores com pedido expresso de comina o de multa e proibi o de contrata o de trabalhadores via cooperativa por parte da reclamada identifica se como t pico e inconfund vel interesse coletivo na Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 179 JURISPRUD NCIA TEM TICA medida em que abrange grupos de empregados que est o intimamente ligados tomadora dos seus servi os por uma rela o jur dica base E nesse contexto por certo que a lide deve ser examinada em seu m rito pelo egr gio Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regi o porque adequada a a o civil p blica para seu exame Mas ad argumentandum ainda que se pudesse vislumbrar que a hip tese de direitos individuais homog neos como declara o Regional o fato que a a o civil p blica tamb m o meio processual adequado para pleite los em Ju zo conforme j explicitado Nesse mesmo sentido j decidiu est 4 Turma em ac rd o da lavra deste relator TST RR 689 716 00 5 DJ 16 05 2004 Com estes fundamentos CONHE O do recurso de revista do Minist rio P blico do Trabalho por viola o dos arts 129 II da Constitui o Federal e 83 III da Lei Complementar n 75
440. prote o aos consumidores como grupo em que se concentram interesses homog neos etc tudo se reconduzindo ao conceito amplo de direito e interesses transindividuais destaques do original 11 Cf DINAMARCO Pedro da Silva Op cit p 9 a tutela coletiva um dos mecanismos mais eficientes nessa necess ria tentativa de melhora na presta o de justi a pois propicia a prote o dos direitos de uma grande gama de pessoas sem congestionar a m quina judici ria com um sem n mero de processos individuais Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 107 DOUTRINA Sobre o tema mostra se correta a observa o de Kazuo Watanabe Na solu o dos conflitos que nascem das rela es geradas pela economia de massa quando essencialmente de natureza coletiva o processo deve operar tamb m como instrumento de media o dos conflitos sociais neles envolvidos e n o apenas como instrumento de solu o de lides A estrat gia tradicional de tratamento das disputas tem sido de fragmentar os conflitos de configura o essencialmente coletiva em demandas tomo J a solu o dos conflitos na dimens o molecular como demandas coletivas al m de permitir o acesso mais f cil justi a pelo seu barateamento e quebra de barreiras socioculturais evitar a sua banaliza o que decorre de sua fragmenta o e conferir peso pol tico mais adequado s a es destinadas solu o desses conflitos coletivos 2 Em
441. que a compet ncia para apreciar e julgar a a o civil p blica ajuizada nestes autos da 24 Vara do Trabalho de Rio de Janeiro RJ para onde dever o ser remetidos os autos Isto posto Acordam os Ministros da Subse o II Especializada em Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade julgar procedente o conflito negativo de compet ncia para declarar que a compet ncia para apreciar e julgar a a o civil p blica ajuizada nestes autos da 24 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro RJ para onde dever o ser remetidos os autos Bras lia 13 de maio de 2008 Renato de Lacerda Paiva relator HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITUTO PROCESSUAL HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITUTO PROCESSUAL HIP TESE DE INCID NCIA Os honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos na Justi a do Trabalho quando se constata nos autos a ocorr ncia concomitante de dois requisitos o benef cio da justi a gratuita e a assist ncia por sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho Entretanto excepcionalmente pode se deferir honor rios assistenciais em favor do sindicato quando este figurar na rela o processual na qualidade de substituto processual desde que haja p
442. que constitui direito geral e irrestrito a todos os cidad os brasileiros Direito indispon vel intransacion vel e irrenunci vel o direito de a o conservando sua natureza publicista integra se nos direitos fundamentais assegurando se ao indiv duo a tutela jurisdicional qualificada mediante o rem dio constitucional da Verfassungsbeschwerde E realmente toda a doutrina publicista moderna frisa a impossibilidade de se conceder uma situa o de vantagem do indiv duo com rela o ao Poder P blico sem deferir lhe um meio jur dico de tutela para a efetiva concretiza o do direito GRINOVER Ada Pellegrini As garantias constitucionais do Direito de A o RT 1973 p 57 Com efeito mesmo o benef cio institu do por liberalidade do emprega dor sujeita se ao crivo do princ pio da isonomia O ordenamento jur dico repudia 194 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA o tratamento discriminat rio art 5 da Constitui o de 1988 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza Ademais a Constitui o da Rep blica no art 7 inciso XXXII estabelece a proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos Nessa esteira o Poder Diretivo do empregador art 2 da CLT est igualmente submetido ao Princ pio da N o Discrimina o devendo ele usar seus poderes de modo adequa
443. que deveriam ter sido satisfeitos durante a vig ncia do contrato de trabalho a quita o v lida em rela o ao per odo expressamente consignado no recibo de quita o Desse modo uma vez invi vel a quita o gen rica de toda uma rela o jur dica o termo de rescis o do contrato de trabalho possui abrang ncia limitada s parcelas nele consignadas N o abrange portanto as demais presta es decorrentes do contrato findo ou diversas outras que possam ser objeto de reivindica o pelo empregado perante a Justi a do Trabalho Sendo assim a Cl usula 6 letra d do PISV da Petrobr s ao impedir a manuten o de qualquer a o trabalhista sem discriminar tema ou parcela pro be o ajuizamento de a es cujos objetos podem n o estar consignados no termo de quita o Destarte a teor da S mula n 330 c c a Orienta o Jurisprudencial n 270 SBDI 1 ambas do TST nula a cl usula gen rica que pro be a o trabalhista pleiteando direitos alheios aos que ser o inclu dos no Programa de Demiss o Nesse sentido j decidiu esta Eg Corte RECURSO DE REVISTA TRANSA O ADES O AO PLANO DE INCENTIVO AO DESLIGAMENTO EFEITOS A transa o extrajudicial que importa a resili o do contrato de trabalho resultante da ades o do empregado a plano de incentivo ao desligamento apenas opera efeito de quita o em rela o s verbas discriminadas no recibo respectivo elementar que a quita o n o pode ul
444. r na primeira sess o ordin ria subsequente data da referida publica o nos termos dos arts 228 caput e 2 e 229 do Regimento Interno do TST 2 RECURSO DE REVISTA Preenchidos os pressupostos comuns de admissibilidade do Recurso de Revista passo a examinar os espec ficos 2 1 CONHECIMENTO 2 1 1 TERCEIRIZA O DE SERVI OS EMPRESA P BLICA MULTA DO ART 47 DA CLT O Tribunal Regional negou provimento ao Recurso Ordin rio interposto pela autora Caixa Econ mica Federal em a o anulat ria de d bito fiscal Concluiu pela validade do auto de infra o lavrado com fulcro no art 41 c c 47 da CLT sob o fundamento de que il cita a terceiriza o de servi os realizada pela Caixa Econ mica Federal em atividade fim Sintetizou seus fundamentos na seguinte ementa INSPE O DO TRABALHO TERCEIRIZA O IRREGU LAR A contrata o por interposta pessoa com o objetivo de delegar a execu o de tarefas canalizadas para o processo produtivo da empresa tomadora ilegal e imp e o reconhecimento do v nculo empregat cio Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 221 JURISPRUD NCIA TEM TICA diretamente com esta ltima A empresa que mant m a seu servi o tra balhador terceirizado diretamente vinculado sua atividade fim pratica a infra o administrativa prevista no art 47 da CLT sujeitando se ao pagamento da multa respectiva fls 131 Os Embargos de Declara o opostos pela
445. r dica b sica comum uma vez que o contingente de empregados Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 183 JURISPRUD NCIA TEM TICA lesados ou mesmo coagidos mant m rela o contratual de emprego com o mesmo empregador Classificado pois como coletivo o interesse perseguido na a o civil p blica sobressai a capacidade postulat ria do rg o ministerial para o seu ajuizamento alicer ada nos arts 127 e 129 I e III da Constitui o Federal legitimidade esta absorvida pelo legislador infraconstitucional no art 83 III da Lei Complementar n 75 93 e que recepcionou o art 1 IV da Lei n 7 347 85 inciso este acrescentado pela Lei n 8 078 90 CDC Rejeita se pois a preliminar fls 65 66 No Recurso de Revista s fls 71 79 a Reclamada arg iu preliminar mente ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho Afirmou que a mat ria dos autos cl usula restritiva habilita o no Programa de Incentivo s Sa das Volunt rias n o trata de defesa de interesses coletivos mas sim de direitos individuais dispon veis o que restringe a compet ncia do MPT para promover a o civil p blica contra a Reclamada Sustentou ainda que ao propor esta a o o Minist rio P blico do Trabalho invadiu compet ncia t pica da classe dos advogados Apontou viola o aos arts 5 inciso II e 133 da Constitui o Federal Mencionou o art 83 inciso II da Lei Complementar n 75 93 No
446. r rios advocat cios sujeita se constata o da ocorr ncia concomitante de dois requisitos o benef cio da justi a gratuita e a assist ncia por sindicato 234 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Honor rios advocat cios n o se confundem com honor rios assistenciais Estes s o devidos apenas quando se trata de reclamante individual benefici rio da justi a gratuita cuja assist ncia jur dica promovida pelo sindicato Orienta o Jurisprudencial n 305 desta Corte Cuida se aqui dos estritos termos da Lei n 5 584 70 Os honor rios advocat cios por sua vez somente s o devidos quando se tratar de rela o jur dica trabalhista advinda da nova compet ncia da Justi a do Trabalho consoante os termos do art 5 da Instru o Normativa n 27 05 Pretender conceder ao sindicato honor rios advocat cios quando figura no feito na qualidade de substituto processual implicaria ao menos verificar se todos os substitu dos sem exce o s o benefici rios da justi a gratuita sob pena de a parte ex adverso se ver obrigada a suportar esses honor rios por mera sucumb ncia acaso desatendido o referido requisito por qualquer dos substitu dos Essa verifica o dever ser na fase de conhecimento o que implica exigir o rol dos substitu dos sem o que a parte contr ria n o poder combater a decis o concessiva do benef cio Lei n 1 060 arts 7 8 9 e 10
447. r que para termos uma no o dessa complexidade basta que se pergunte numa roda de especialistas em normas trabalhistas como se deve calcular determinado direito e constatarmos que Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 23 DOUTRINA dificilmente dois dir o a mesma coisa Ora se assim entre os especialistas o que n o acontece no mundo das rela es de trabalho E se assim ent o a toda evid ncia preciso mudar preciso simplificar H normas trabalhistas que s o tipicamente geradoras de conflitos como por exemplo as que tratam dos adicionais compuls rios adicional de horas extras adicional noturno adicional de insalubridade adicional de periculosidade adicional de transfer ncia Ou a que trata dos comissionados na atividade banc ria Isto apenas para exemplificar porque s o muitas com essas caracter sticas Cada uma dessas normas d origem a milhares de a es trabalhistas anualmente e o que deveria ser meramente uma conta uma opera o matem tica se transforma num processo que pode levar dez anos para ser solucionado um direito que pode levar dez anos para ser efetivado o que em muitos casos exige at mesmo o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal O problema como alter las Mais ainda quem deve alter las O Congresso dir o todos E direi eu mas a est o problema N o se tem conseguido tramitar qualquer projeto de lei com esse desiderato A mudan a poderia ser
448. rabalho det m legitimidade ativa para ajuizar a o civil p blica para a defesa de interesses difusos e coletivos bem assim de outros interesses individuais indispon veis homog neos sociais difusos e coletivos diante do disposto na letra d do art 6 referido no art 84 da Lei Complementar n 75 93 N o obstante a R Senten a recorrida ter afastado a preliminar de ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho para ajuizar a o civil p blica de uma forma geral conclui pela car ncia da a o por impossibilidade jur dica da demanda quanto aos direitos em discuss o na presente a o AR Senten a recorrida padece de rigor processual pois entendo com arrimo em cedi a doutrina que a impossibilidade jur dica do pedido decorre da impossibilidade da tutela jurisdicional indiscut vel restri o imposta pelo legislador quanto discuss o da lide em ju zo A impossibilidade jur dica do pedido decorre da proibi o do objeto da demanda em tese verdadeira restri o ao direito de a o v g nulidade da simula o entre contraentes de que cogita o art 104 CCB etc A pretens o deduzida na presente a o civil p blica n o encontra restri o em tese no ordenamento legal pelo que n o se pode falar em impossibilidade jur dica do pedido A parte que aju za a o sem a qualidade de titular ileg tima pois n o h pertin ncia subjetiva ou titularidade da a o Entretanto como o fundamen
449. rato do problema do recrutamento para os quadros da magistratura trabalhista e afinal para a brasileira O ingresso na carreira cujo cargo inicial o de juiz substituto d se mediante concurso p blico de provas e t tulos Isso o que disp e o item I do art 93 da Constitui o Federal No caso espec fico da magistratura trabalhista prev a mesma Constitui o que haver uma Escola Nacional de Forma o e Aperfei oamento de Magistrados do Trabalho a que cabe dentre outras fun es regulamentar os cursos oficiais para ingresso e promo o na carreira Eis a d vida eis o problema eis o desejo N o seria sustent vel a interpreta o no sentido de que o ingresso na carreira da magistratura trabalhista dar se ia para uma Escola de Forma o de Magistrados para um curso de prepara o para magistratura Penso eu que sim E digo mais isso deve ou deveria ser para toda a magistratura brasileira em todos os seus ramos Caso o ingresso n o se d por meio dessa Escola que ao menos o concurso seja unificado para todo o pa s o que possibilitaria uma uniformidade nos crit rios de sele o O que vemos hoje a realiza o de concursos p blicos de provas e t tulos a que se submetem na quase totalidade jovens bachar is em direito acabando de sair da faculdade com pouca idade frequentando em seguida os cursinhos preparat rios aos concursos Saem como costumo dizer com uma cultura de apostila submetem s
450. re do Distrito Federal isso para facilitar o acesso Justi a e o pr prio exerc cio do direito de defesa por parte do r u n o tendo sentido que seja ele obrigado a litigar na capital de um Estado long nquo talvez de sua sede pela mera op o do autor coletivo As regras de compet ncia devem ser interpretadas de modo a n o vulnerar a plenitude da defesa e o devido processo legal Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 111 DOUTRINA Nessa linha estabelece a Orienta o Jurisprudencial 130 da SBDI II do Tribunal Superior do Trabalho Para a fixa o da compet ncia territorial em sede de a o civil p blica cumpre tomar em conta a extens o do dano causado ou a ser reparado pautando se pela incid ncia anal gica do art 93 do C digo de Defesa do Consumidor Assim se a extens o do dano a ser reparado limitar se ao mbito regional a compet ncia de uma das Varas da Capital do Estado se for de mbito supra regional ou nacional o foro o do Distrito Federal O entendimento divergente e que vem prevalecendo na jurisprud ncia c vel no sentido de que em caso de dano nacional trata se de compet ncia concorrente das Varas situadas nas capitais dos Estados ou do Distrito Federal abrangidos ficando prevento o ju zo para quem primeiramente for distribu da a a o coletiva Cabe destacar que o Anteprojeto de C digo Brasileiro de Processos Coletivos dispondo sobre o tema passa a estabelecer
451. recurso de revista tempestivo fls 2904 verso 2905 e est subscrito por procurador do Trabalho I CONHECIMENTO 1 1 LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO PARA AJUIZAR A O CIVIL P BLICA PARA DEFENDER DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS O e TRT da 3 Regi o pelo ac rd o de fls 2897 2902 deu provimento ao recurso ordin rio da reclamada para reconhecendo a ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho para propor a o civil p blica objetivando a repara o de les es a direitos individuais homog neos extinguir o feito sem Julgamento do m rito nos termos do art 267 VI do CPC Seu fundamento o de que O recorrente sustenta que o Minist rio P blico do Trabalho n o tem legitimidade para ajuizar a presente a o civil p blica uma vez ausentes interesses difusos ou coletivos a defender Assiste lhe inteira raz o Disp e o art 129 inciso III da CF S o fun es institucionais do Minist rio P blico II promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos Entende se como interesses difusos os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato e como coletivos os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pesso
452. regadores pelos rg os de fiscaliza o das rela es de trabalho a execu o de of cio das contribui es sociais previstas no art 195 I a e II e seus acr scimos legais decorrentes das senten as que proferir e ainda outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho na forma da lei Nossa compet ncia material como estou a lembrar enorme E nossa abrang ncia territorial continental H uma cren a generalizada de que devem existir rg os trabalhistas em todo o territ rio nacional Penso ligeiramente diferente A Justi a do Trabalho deve estar onde houver atividade econ mica expressiva capaz de gerar conflito de trabalho Quero dizer com isso que deve haver jurisdi o trabalhista em todos os munic pios mas n o rg os jurisdicionais trabalhistas em todos eles Instalar tais rg os em comunidades sem desenvolvimento econ mico ser um desperd cio de recursos humanos materiais e or ament rios porque esses rg os nessas condi es al m do nfimo movimento de processos n o ir o solucionar conflitos entre o capital e o trabalho decorrentes de rela es de trabalho mas quiz lias futricas quest es que quase sempre transformar o dois pobres em dois miser veis porque quase sempre ser despir um santo para vestir outro No meu modo de ver n o se trata de proporcionar a presen a do Estado em todos os rinc es Deve existir rg o jurisdicional trabalhista onde e quando houver conflito
453. regulamentar que se adotam crit rios da habitualidade da uniformidade da periodicidade para se decidir pela sua natureza salarial e pelo valor devido No que pertine no entanto gratifica o regulamentar legem habemus com v nia para o brocardo Diga se havendo norma regulamentar quanto vantagem econ mica concedida espontaneamente e sem contrapartida h de ser respeitada aquela Duas s o pois as raz es enfatiza se mais uma vez havia norma regulamentar in casu e al m disso houve varia o no valor da gratifica o Com esses fundamentos que se afasta o entendimento da decis o a quo de que os associados da autora teriam direito gratifica o semestral sempre no valor de um sal rio Nessas condi es reconhece se viola o do art 1 090 do C digo Civil porque indevidamente foi dada interpreta o n o restritiva mas ampliativa ao benef cio institu do por liberalidade ofensa ao art 7 inciso VI da Constitui o Federal por m aplica o primeiro por n o se tratar in casu de direito a sal rio que contrapresta o de servi o prestado mas sim um benef cio concedido aos aposentados e segundo porque como j se viu n o houve redu o indevida pela variabilidade regulamentar desse benef cio garantido sob condi o Violado ainda o art 468 da CLT por n o ter havido altera o contratual in casu mas sim simples inadimplemento de obriga o Tamb m o recurso m
454. regular execu o 2 parcelas vincendas a gratifica o semestral do 2 semestre de 1997 e dos anos seguintes no valor equivalente ao que eventualmente tiver sido pago ou ao que for pago aos empregados da ativa a t tulo de participa o nos lucros limitada cada uma das gratifica es semestrais devidas ao valor de um sal rio de cada empregado conforme se quantificar em regular execu o e nos semestres em que n o tiver sido paga a participa o nos lucros ser devida a gratifica o semestral na forma das normas regulamentares condicionada sempre exist ncia de lucro 292 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA 8 LIMITA O DA CONDENA O AOS ASSOCIADOS DOMICILIADOS NA COMARCA DE S O PAULO CONHECIMENTO O reclamado em suas raz es de revista alega que se houver condena o essa deve ser limitada aos associados da autora que possuam domic lio na cidade de S o Paulo tendo em vista o disposto nos arts 16 da Lei n 7 347 85 e 2 A da Lei n 9 494 97 Mantendo se a proced ncia da a o mesmo que em parte cabe examinar ainda a obje o do reclamado quanto limita o da condena o Decidindo essa obje o afirma se que n o houve viola o dos arts 16 da Lei n 7 347 85 e 2 A da Lei n 9 494 97 os quais disp em Art 16 da Lei n 7 347 85 A senten a civil far coisa julgada erga omnes nos limites da compet ncia territorial d
455. regularmente formado e subscrito por advogado habilitado fls 11 12 II M RITO 1 LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO PARA PROPOR A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS O Eg Tribunal Regional do Trabalho da 21 Regi o em ac rd o de fls 64 69 negou provimento ao Recurso Ordin rio da Reclamada nestes termos 182 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Ilegitimidade ativa do Minist rio P blico do Trabalho aus ncia de interesse processual Suscita a empresa recorrente em sede de preliminar a ilegitimi dade ativa do Minist rio P blico do Trabalho para propor a A o Civil P blica calcada no fato de que o seu objeto n o se insere no mbito dos interesses coletivos capitulados no art 83 inciso III da Lei Comple mentar n 75 de 20 05 93 un ssona a doutrina quanto defini o dos interesses coletivos como esp cie dos chamados interesses metaindividuais Para Ives Gandra Martins Filho A o civil p blica trabalhista Nossa Livraria 1997 p 18 19 interesses coletivos s o aqueles caracterizados pela exist ncia de v nculo jur dico entre os membros da coletividade afetada pela parte contr ria origem do procedimento gen rico continuativo que afeta potencialmente todos os membros dessa coletividade presentes e futuros pass veis de determina o N o discrepa dessa defini o Hugo Nigri
456. reito Observados esses aspectos verifica se que o art 16 da LACP na sua atual reda o determinada pela Lei n 9 494 97 disp e que a coisa julgada erga omnes incide nos limites da compet ncia territorial do rg o prolator 25 Cf GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 920 o art 16 da LACP s diz respeito ao regime da coisa julgada com rela o aos interesses difusos e quando muito coletivos pois a regra permissiva do non liquet por insufici ncia de provas limitada aos incisos I e II do art 103 relativos exatamente aos interesses transindividuais supra apontados Na verdade a regra do art 16 da LACP s se coaduna perfeitamente com o inciso I do art 103 que utiliza a express o erga omnes enquanto o inciso II se refere coisa julgada ultra partes Assim sendo a nova disposi o adapta se exclusivamente em tudo e por tudo hip tese de interesses difusos art 103 T j indicando a necessidade de opera o anal gica para que tamb m o art 103 II interesses coletivos se entenda modificado Mas aqui a analogia pode ser aplicada uma vez que n o h diferen as entre o regime da coisa julgada nos interesses difusos e coletivos Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 113 DOUTRINA Assim essa restri o quanto amplitude da coisa julgada aplica se unicamente s a es em defesa de direitos difusos e quando muito quelas em defesa de direitos coletivos em sentido estri
457. reito gratifica o natalina que ostenta natureza salarial revestem se de car ter alimentar b sico j que previstos para atender s necessidades b sicas de sustento pr prio e familiar do trabalhador J o direito a f rias repercute no segmento da sa de e seguran a laboral j que o descanso anual remunerado visa manuten o da higidez f sica e mental do trabalhador bem como assegurar a sua integra o no contexto familiar comunit rio e social Vale ressaltar por fim que a presente a o civil p blica foi ajuizada com dupla finalidade primeiro impor ao munic pio a obriga o de fazer relativa Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 251 JURISPRUD NCIA TEM TICA observ ncia do m nimo legal no pagamento de seus empregados e segundo impor ao reclamado a obriga o de pagar da derivada Assim entender que o Minist rio P blico n o parte leg tima para ajuizar a o civil p blica com o fim de pleitear condena o pecuni ria obriga o de pagar decorrente da pretens o principal obriga o de fazer reduziria sobremaneira o impacto da determina o principal sob a ptica do restabelecimento da ordem jur dica malferida Com efeito a recha ar se tal legitimidade restaria instaurada a paradoxal situa o de se ter por retificada em tese e para o futuro a conduta violadora da lei enquanto os efeitos nefastos dessa mesma conduta j experimentados de forma sistem tica e reiterad
458. relembrar que o projeto constitucional de dignidade se afirma pela possibilidade de pleno desenvolvimento de suas potencialidades humanas e ps quicas de modo cada vez mais livre de constrangimentos de toda esp cie o que incompat vel com a dissemina o de modos de controle que introjetam nos homens e mulheres mecanismos de controle desproporcional e censura empresarial naquele espa o de trabalho que como reconhecido desde Marx como o local por excel ncia de cria o de hegemonias e de subjetividades Tamb m sob este aspecto imp e se a advert ncia de Marinoni de que o sistema tradicional de tutela dos direitos estruturado sobre o procedimento ordin rio e as senten as da classifica o trinten ria absolutamente incapaz 140 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA de permitir que os novos direitos sejam adequadamente tutelados Esse modo de conceber a prote o dos direitos n o levou em considera o a necessidade de tutela preventiva nem obviamente os direitos que atualmente est o a exigir tal modalidade de tutela 2006 p 24 Neste sentido as tutelas inibit rias positivas e negativas consubstanciando obriga es de fazer e de n o fazer s o os mecanismos processuais que devem ser privilegiados para superar os obst culos e dificuldades de concretiza o principalmente na seara judicial enfrentados para a tutela dos direitos fundamentais n o patrimoniais Vide as hip teses de o
459. reto lesivo ao ordenamento jur dico que permite a determina o imediata de quais membros da coletividade foram atingidos Ressalta esse ilustre doutrinador e Ministro desta Corte na obra citada p 159 60 a distin o entre os interesses coletivos e os individuais homog neos nas rela es trabalhistas sendo que o ataque a ambos enseja a tutela do MPT A diferen a b sica residiria no fato de que no caso dos direitos coleti vos a pr tica lesiva se estenderia no tempo constituindo procedimento gen rico e continuativo da empresa no tocante aos direitos individuais homog neos o ato lesivo seria fixo no tempo atingindo alguns ou todos os empregados que compunham a categoria em dado momento Exemplifica nos seguintes ter mos Assim como exemplo de interesse coletivo lesado ter amos o do descuido continuado no meio ambiente de trabalho que afeta poten cialmente a todos os empregados da empresa quanto a interesses individuais homog neos teriamos o exemplo da demiss o coletiva num dado momento atingindo um grupo concreto e identific vel de empre gados Carlos Henrique Bezerra Leite na obra Minist rio P blico do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2002 p 162 posiciona se no seguinte sentido Ap s refletir bastante sobre a problem tica em quest o amadurecemos nosso entendimento para admitir que na seara trabalhista os interesses coletivos s o aqueles que dizem respeito a classe grupo ou categor
460. rida sua suspens o no prazo de 30 trinta Desembargador Federal do Trabalho TRT ES Mestre e Doutor em Direito PUC SP Professor Adjunto de Direito Processual do Trabalho e Direitos Humanos UFES Membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 47 DOUTRINA dias a contar da ci ncia nos autos do ajuizamento da a o coletiva grifos nossos O presente artigo tem por escopo enfrentar o seguinte problema existe litispend ncia entre a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos em que o autor atua como substituto processual e a a o individual Para responder indaga o abordaremos inicialmente a quest o do erro de remiss o contido no art 104 do CDC Depois nos debru aremos sobre a possibilidade de litispend ncia entre a es coletivas e em seguida discorreremos sobre a quest o da litispend ncia entre a es coletivas e a es individuais 2 O ERRO DE REMISS O DO ART 104 DO CDC Antes de analisarmos o problema e suas vari veis preciso alertar que o legislador cometeu erronia t cnica ao redigir o art 104 do CDC Ali s a doutrina un nime em reconhecer tal erro do legislador Como bem destaca Ada Pellegrini Grinover com a autoridade de ter sido co autora do anteprojeto que redundou na Lei n 8 078 90 CDC Observe se e retifique se antes de mais nada um erro de remiss o contido no art 104 a refer
461. rmar assim que tanto os direitos difusos quanto os direitos individuais homog neos nada mais s o do que direitos coletivos em sentido amplo Nesse sentido a li o de Jos dos Santos Carvalho Filho in A o Civil P blica Lumen Juris p 30 Embora se relacionem a uma categoria espec fica de direitos ineg vel que os direitos difusos e os individuais homog neos em ltima an lise n o deixam de ser coletivos em sentido lato H portanto confus o quanto pr pria nomenclatura dessas categorias sendo for oso reconhecer que se pode fazer refer ncia a direitos coletivos em sentido lato e em direitos coletivos em sentido estrito estes definidos no art 81 par grafo nico II do C digo de Defesa do Consumidor ao lado dos direitos difusos e dos individuais homog neos todos afinal figurando como esp cies daquela categoria gen rica Nesse sentido tamb m o entendimento do Plen rio do Supremo Tribunal Federal em voto condutor da lavra do eminente Ministro Maur cio Corr a 4 Direitos ou interesses homog neos s o os que t m a mesma origem comum constituindo se em subesp cies de direitos coletivos 4 1 Quer se afirme na esp cie interesses coletivos ou particular mente interesses homog neos stricto sensu ambos est o cingidos a uma mesma base jur dica sendo coletivos explicitamente dizendo porque s o relativos a grupos categorias ou classes de pessoas que conquanto digam respeito s pes
462. rnacional del Trabajo Ginebra Oficina Internacional del Trabajo 2008 v 127 p 100 RDS Editorial Revista de derecho social Albacete n 39 2007 ROMAGNOLI U Modernizaci n e involuci n del Derecho del Trabajo Revista de derecho social Albacete n 28 2004 p 13 SARMENTO Daniel Direitos Fundamentais e Rela es Privadas Rio de Janeiro Lumen Juris 2004 SILVA Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da O equacionamento dos conflitos trabalhistas em tempos de reforma constitucional In MEDEIROS B R Org 4 emenda constitucional n 45 2004 uma vis o cr tica pelos advogados trabalhistas S o Paulo LTr 2006 p 205 235 Rela es Coletivas de Trabalho configura es institucionais no Brasil contempor neo S o Paulo LTr 2008 HORN Carlos Henrique O princ pio da prote o e a regula o n o mercantil do mercado e das rela es de trabalho Revista de Direito do Trabalho S o Paulo RT no prelo out dez 2008 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 147 DOUTRINA SIQUEIRA CASTRO C R 4 Constitui o aberta e os direitos fundamentais ensaios sobre o constitucionalismo p s moderno e comunit rio Rio de Janeiro Forense 2003 SUPIOT A Cr tica del derecho del trabajo Madrid Minist rio de Trabajo y Asuntos Sociales Subdirecci n General de Publicaciones 1996 TH BAUD MONY Annie DRUCK Gra a Terceiriza o a eros o dos direitos dos trabalhadores na Fran a e no Bra
463. ro no art 47 da CLT em situa o semelhante ora examinada consoante se extrai do seguinte precedente AGRAVO DE INSTRUMENTO NOVA COMPET NCIA FISCALIZA O MULTA POR INFRA O ADMINISTRATIVA TERCEIRIZA O IL CITA CONTRATOS REGULARIZADOS IMPOSSIBILIDADE S MULA N 331 II DO TST MULTA DO ART 47 DA CLT Na decis o recorrida ao afastar se a condena o ao pagamento da multa do art 47 da CLT porque a empresa p blica n o poderia formalizar v nculo de emprego com trabalhadores terceirizados ainda que em atividade considerada fim pelo auditor fiscal n o viola os princ pios constitucionais e as normas legais indicadas Arestos inserv veis n o se prestam para demonstrar o dissenso de teses Agravo de instrumento a que se nega provimento AIRR 868 2005 110 03 40 Rel Min Emmanoel Pereira DJ 09 05 2008 Dessa forma conhe o do Recurso de Revista por viola o ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica 2 2 M RITO 2 2 1 TERCEIRIZA O DE SERVI OS EMPRESA P BLICA MULTA DO ART 47 DA CLT Tendo o Recurso de Revista merecido conhecimento por viola o ao art 5 inciso II da Constitui o da Rep blica dou lhe provimento para julgar procedente a a o anulat ria de d bito fiscal determinando a repeti o do ind bito referente multa imposta no auto de infra o Fica invertido o nus da sucumb ncia 224 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD
464. rofissional para a delibera o sobre a oportunidade de exerc lo e sobre quais interesses podem ser defendidos por meio dele art 1 outorgando legitimidade ativa concorrente s partes envolvidas no conflito e ao Minist rio P blico do Trabalho art 8 para a proposi o das respectivas a es Com o advento da Emenda Constitucional n 45 04 ficou estabelecido que em caso de greve em atividade essencial com possibilidade de les o do interesse p blico o Minist rio P blico do Trabalho poder ajuizar diss dio coletivo competindo Justi a do Trabalho decidir o conflito art 114 39 N o penso que o texto constitucional regula inteiramente a mat ria conferindo legitimidade ativa exclusiva ao Minist rio P blico do Trabalho sempre que a a o envolver o direito de greve apesar de judiciosas posi es em sentido contr rio 29 PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito Sindical e Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1998 p 358 30 MARTINS FILHO Ives Gandra Op cit p 60 31 Ibidem p 56 32 Jos Luciano Castilho Pereira Op cit p 253 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 71 DOUTRINA A legitimidade ativa regulada no texto do art 114 3 da CF apenas para o ajuizamento de diss dio coletivo esta sim exclusiva do Minist rio P blico do Trabalho sem contudo excluir a legitimidade concorrente das partes prevista no art 8 da Lei n 7 783 89
465. rogramas de Demiss o e os d bitos trabalhistas Ressalte se ainda que a extin o desta cl usula n o obsta conseq ente apresenta o em ju zo do termo de rescis o do contrato de trabalho seja como meio de prova ou fundamenta o por qualquer uma das partes Por fim cumpre esclarecer que o princ pio da pacta sunt servanda n o permite a manuten o de contratos cujas cl usulas s o estabelecidas ao arrepio da lei ou que impe am a aplica o legal in casu os arts 5 caput e inciso XXXV 7 inciso XXIX da Constitui o Federal e 9 da CLT Desse modo n o aceit vel o tratamento discriminat rio praticado pela Reclamada Afastam se as viola es apontadas Ante o exposto nego provimento ao Agravo de Instrumento Isto posto Acordam os Ministros da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade negar provimento ao Agravo de Instrumento Bras lia 31 de outubro de 2007 Maria Cristina Irigoyen Peduzzi relatora A O CIVIL P BLICA MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE ATIVA INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOG NEOS RECURSO DE REVISTA NULIDADE DA SENTEN A POR AUS NCIA DOS REQUISITOS DOS ARTS 832 DA CLT E 458 DO CPC 200 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA A pedra de toque das nulidades no processo do trabalho o manifesto prejuizo s partes CLT art 794 Revista n o conhecida no t pico A O CIVIL P BLICA MINIS
466. rova de que todos os respectivos substitu dos titulares do direito material s o benefici rios da justi a gratuita isto comprovarem a percep o de sal rio inferior ao dobro do sal rio m nimo legal ou declararem encontrar se em situa o econ mica que n o lhes permita demandar sem prejuizo do pr prio sustento ou da respectiva fam lia Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provimento Processo n TST E ED RR 261 400 1996 Ac SBDI 1 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 229 JURISPRUD NCIA TEM TICA Vistos relatados e discutidos estes autos de Embargos em Embargos de Declara o em Recurso de Revista n TST E ED RR 261 400 1996 7 em que Embargante Sindicato dos Trabalhadores nas Ind strias Metal rgicas Mec nicas e de Material El trico de Belo Horizonte e Contagem e Embargado Ferroeste Industrial Ltda A Segunda Turma fls 319 327 e 334 336 deu provimento ao Recurso de Revista interposto pela reclamada quanto ao tema honor rios para excluir da condena o o pagamento dos honor rios advocat cios Irresignado o sindicato reclamante interp e Recurso de Embargos fls 339 346 Aponta ofensa a dispositivos de lei e transcreve arestos para confronto de teses N o foi oferecida impugna o fls 348 O Recurso n o foi submetido a parecer do Minist rio P blico do Trabalho E o relat rio VOTO Satisfeitos os pressupostos gen ricos de admissibil
467. rrente Com efei to o art 56 do Regulamento de Pessoal expresso ao dispor que Den tro das condi es estabelecidas pelos Estatutos ser o distribu das semestralmente aos empregados inclusive aposentados as gratifica es que forem autorizadas pela Diretoria Logo trata se de t tulos dis tintos que devem ser interpretados luz das normas que o institu ram n o sendo admiss vel interpreta o extensiva RO 1 901 2000 020 15 00 0 TRT 15 R Re Ju za Zaneise Ferrari Rovato DOE 01 08 2002 GRATIFICA O BANESPA ALTERA O BANESPA POSSIBILIDADE Dispondo o Regulamento do Pessoal da institui o banc ria que as quotas de gratifica o semestral a serem distribu das aos empregados seriam definidas pela Diretoria do Banco sem qualquer par metro que as vincule ao sal rio daqueles resta indene de d vidas que o valor desse benef cio poder ser diferente a cada ano inexistindo pr fixa o RQ 635 2002 045 15 00 6 TRT 15 R 6 T Rel Ju za Olga Joaquim Gomieri DOE 11 02 2005 Conhe o pois do recurso por viola o e por diverg ncia jurisprudencial II M RITO Do provimento parcial do recurso fundamento jur dico Pelos fundamentos j exarados no conhecimento do recurso parte se agora da proposi o de provimento ao recurso visando a reformar a decis o recorrida para reconhecer aos associados o direito de receber gratifica es 290 Rev TST Bras lia vol 74
468. rrente da convers o da Medida Provis ria n 1 570 97 estabelece que A senten a civil far coisa julgada erga omnes nos limites da compet ncia territorial do rg o prolator exceto se o pedido for julgado improcedente por insufici ncia de provas hip tese em que qualquer legitimado poder intentar outra a o com id ntico fundamento valendo se de nova prova Na realidade esse dispositivo em especifico trata da coisa julgada na a o civil p blica mas aplic vel somente para demandas em defesa de direitos difusos eis que deve ser interpretado em conjunto com o CDC nos termos do art 21 da mesma LACP A coisa julgada erga omnes t pica das a es coletivas relativas a direitos difusos e de direitos individuais homog neos conforme interpreta o sistem tica com o art 103 incisos I e II do CDC No entanto a exce o apresentada no mesmo art 16 referente ao pedido ser julgado improcedente por insufici ncia de provas hip tese em que qualquer legitimado poder intentar outra a o com id ntico fundamento valendo se de nova prova restrita aos direitos difusos nos termos do art 103 inciso I do CDC Al m disso a coisa julgada nos direitos individuais homog neos regulamentada de forma espec fica pelo pr prio CDC e n o pela LACP embora os dispositivos processuais daquele apliquem se a esta ratificando a exclus o de aplica o do seu art 16 quanto a esta modalidade de di
469. rsos humanos baseadas em uma cultura do ass dio que engendra um estresse estrutural no local de trabalho do qual emerge o grave problema das tutelas existentes em torno do problema do ass dio mo ral 3 2 Enfim o indiv duo que labora passa a ser monitorado em suas correspond ncias em seu local de trabalho em seus trajetos pelo mundo res tringindo e privando o daquele espa o de constru o de sua personalidade do que exsurge o relevante tema dos limites ao poder de dire o e disciplinar do empregador 3 3 Em sua dimens o coletiva a pluralidade de homens e mulheres que constituem um coletivo de trabalho e seus movimentos coletivos e entidades representativas sofrem com a descentraliza o da produ o e o consequente esfacelamento das coletividades do trabalho Jeammaud 2000 A expans o dos poderes do capital nas rela es coletivas de trabalho se consubstancia com a perda do sentimento de pertencimento a uma coletividade e a eros o do valor de solidariedade que est na base da l gica da a o coletiva 3 4 E se torna ainda mais grave com a amplia o dos efeitos jur dicos das regras advindas da negocia o coletiva que derroga direitos acompanhada de uma redu o das faculdades de auto organiza o e autotutela que fracionam a autonomia coletiva principalmente quando tal eros o da capacidade de agir coletivamente corroborada pela atua o dos tribunais Contribui tamb m para tal crise da
470. ry Junior e Rosa Maria de Andrade Nery A norma na reda o dada pela L 9494 97 inconstitucional e ineficaz Inconstitucional por ferir os princ pios do direito de a o CF 5 XXXV da razoabilidade e da proporcionalidade e porque o Presidente da Rep blica a editou por meio de medida provis ria sem que houvesse autoriza o constitucional para tanto pois n o havia urg ncia o texto anterior vigorava h doze anos sem oposi o ou impugna o nem relev ncia requisitos exigidos pela CF 62 caput Ineficaz porque a altera o ficou capenga j que incide o CDC 103 nas a es coletivas ajuizadas com fundamento na LACP por for a do LACP 21 e CDC 90 Para que tivesse efic cia deveria ter havido altera o da LACP 16 e do CDC 103 De consequ ncia n o h limita o territorial para a efic cia erga omnes da decis o proferida em a o coletiva quer esteja fundada na LACP quer no CDC Portanto se o juiz proferiu a senten a na a o coletiva tout court quer verse sobre direitos difusos quer coletivos 27 28 29 30 31 GRINOVER Ada Pellegrini Op cit p 922 923 Cf VIGLIAR Jos Marcelo Menezes A Lei n 9 494 de 10 de setembro de 1997 e a nova disciplina da coisa julgada nas a es coletivas inconstitucionalidade Revista dos Tribunais S o Paulo RT ano 86 v 745 p 72 nov 1997 cf ainda VIGLIAR Jos Marcelo Menezes Tutela jurisdicional coletiva 3 ed S o Paulo Atlas
471. s Inegavelmente o tratamento constitucional que a mat ria alcan ou privilegia a Conven o n 98 da Organiza o Internacional do Trabalho no que preconiza a ado o de medidas inibidoras de atos patronais que coloquem em risco o emprego daqueles empregados que acreditando na liberdade sindical atuam em prol da respectiva categoria profissional 1989 p 145 Prossegue Da conclu mos que a garantia constitucional alusiva ao empre go alcan a os que estejam vinculados a cargos sindicais de associa es e de organiza es que se mostrem col nia de pescadores representan tes dos empregados na empresa bem como aqueles que pretendem alcan los observada obviamente a exig ncia pertinente ao registro da candidatura Versando o texto constitucional sobre direitos b sicos imposs vel partir para interpreta o restritiva e ainda que assim n o seja a revela o dele decorrente n o exclui disposi es contidas na le gisla o ordin ria que n o se lhe mostrem contr rias Tenha se conta que informa o princ pio da prote o a id ia da aplica o da norma mais favor vel ao trabalhador Mello 1989 p 147 148 Novas tutelas laborais visam tamb m a responder antigas mas persis tentes quest es De toda sorte t o importante quanto pensar em novas tutelas implementar as antigas tutelas j existentes concretizando e efetivando os direitos Parafraseando o conhecido verso de Thiago de Melo n o
472. s a n o discrimina o por g nero idade etnia ou filia o sindical o combate ao trabalho escravo a erra dica o do trabalho infantil e a liberdade de associa o e de negocia o coletiva Os limites da liberdade A palestra seguinte do ministro Luciano de Castilho aposentado do TST h pouco mais de um ano deu segii ncia aos questionamentos levantados por Lelio Bentes Luciano tratou dos limites da negocia o coletiva de acordo com a Constitui o Federal escrita por uma Assembl ia Nacional Constituinte embalada pela euforia da democracia depois de 22 anos de arb trio O ministro lembrou que quem abalou os alicerces do regime autorit rio foram justamente 160 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 NOTAS E COMENT RIOS os trabalhadores com as greves do ABC e foram eles tamb m que contribu ram para que a nova Constitui o tivesse entre seus pilares dois princ pios interligados o do valor social do trabalho e o da dignidade da pessoa humana Ao dar validade livre negocia o a nova Constitui o lan ou por m uma d vida afinal tudo pode ser negociado Quase tudo responde Luciano de Castilho A negocia o coletiva n o pode ser instrumento de ren ncia de direitos fundamentais por parte dos sindicatos Diante do art 23 da Declara o Universal dos Direitos Humanos a validade conferida pela Constitui o s negocia es n o pode ser interpretada literalmente
473. s conforme se verifica a seguir Quanto legitimidade exclusiva do Minist rio P blico para propor a a o civil p blica no mbito trabalhista tem se que n o est configurada a negativa de presta o jurisdicional pois a mat ria foi devidamente tratada no ac rd o de fls 314 317 em que o Tribunal Regional deu provimento ao recurso ordin rio da AFABESP e do Minist rio P blico para afastar a car ncia de a o e concluir admiss vel a a o civil p blica proposta pela Associa o Com rela o extens o da condena o a todos os associados da autora e abrang ncia territorial da decis o em face do art 16 da Lei n 7 347 80 n o h falar em nulidade da decis o regional Consignou a Corte a quo fl 1033 que o tema foi expressamente decidido no ac rd o de fls 324 e 325 Al m disso cumpre registrar que a mat ria tamb m foi analisada em sede de embargos de declara o opostos contra a 2 senten a consoante se verifica s fls 842 e 843 em que o Ju zo origin rio afirmou que a decis o atingia os associados da autora e n o havia mais falar em abrang ncia territorial pois sendo a Associa o de mbito nacional a decis o deveria atingir todos os representados pela autora no pa s Considera se ainda o disposto no art 515 do CPC no sentido de que toda mat ria objeto do recurso da autora na lide devolvida a exame da segunda inst ncia ainda que n o decidida por inteiro a justificar tamb m
474. s culo s o reconhecidas processadas e julgadas a es coletivas passivas contra a classe de trabalhadores ou empregadores que ficam vinculados aos efeitos da coisa julgada nelas produzidos Nesse campo processual trabalhista o sistema brasileiro bastante eficiente pois a pr pria Constitui o Federal expressa em seu art 8 III que ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria inclusive em quest es judiciais ou administrativas o mesmo dispondo o art 513 a da Consolida o das Leis do Trabalho A hip tese prevista na Constitui o n o de representa o judicial mas de evidente substitui o processual como vem reiteradamente proclamando o Supremo Tribunal Federal Como se n o bastasse a Lei n 8 073 90 ao estabelecer em seu art 3 que as entidades sindicais poder o atuar como substitutos processuais dos integrantes das categorias contempla a substitui o processual tamb m no p lo passivo das a es coletivas pois conforme a mais elementar regra de hermen utica onde a lei n o distingue n o cabe ao int rprete faz lo mostrando se ultrapassada no campo processual trabalhista a tese segundo a qual a substitui o processual como modelo de legitimidade extraordin ria deveria ser interpretada restritivamente Vale dizer que os sindicatos s o as entidades representativas de suas respectivas categorias profissional ou econ mica e
475. s o sobre rela es de trabalho sobre tributos enfim sobre tudo E o resultado todos n s conhecemos No correr dos anos muitos afinal aprendem a ser ju zes e tantos outros fazem uma carreira sem jamais entender o seu papel na sociedade S o Ju zes que n o querem viver nas suas comarcas nas sedes das suas Varas n o querem receber os advogados das partes n o querem sentenciar n o querem fazer audi ncia J ou o falar de juiz que fica no seu gabinete no momento da audi ncia e de l pelo computador vai dando os comandos para o secret rio da audi ncia Juiz que escolhe toda a sua equipe desde que o membro da equipe se comprometa a praticar os atos dele juiz Juiz que titular de Vara a mais de mil quil metros da capital e que professor na capital onde ministra aulas na faculdade em quatro dias da semana Exagero a realidade A Constitui o imp e que o juiz titular resida na respectiva comarca art 93 VID a Lei Org nica da Magistratura estabelece como dever do magistrado residir na sede da comarca art 35 V a Consolida o das Leis do Trabalho tamb m cuida do assunto dispondo como dever prec puo do titular de Vara residir dentro dos limites de sua jurisdi o n o podendo ausentar se sem autoriza o do presidente do Tribunal Regional art 658 c mas cada vez maior o n mero dos que n o residem na comarca e nem mesmo no Estado Audi ncia se fazem apenas em algum ou alguns dias da semana Conhec
476. s o da compet ncia dos rg os de Primeira Inst ncia da Justi a do Trabalho CF art 114 ID 3 A NATUREZA DA JURISDI O EXERCIDA NOS DISS DIOS COLETIVOS DE GREVE Considerada como uma das exce es ao modelo tripartido de organiza o estatal o poder normativo foi atribu do Justi a do Trabalho quando esta passou a integrar o Poder Judici rio na Constitui o de 1946 Desde ent o este poder foi mantido em todas as Constitui es que se seguiram tendo sido regulamentado no plano infraconstitucional mais especificamente pelos art 857 e seguintes da Consolida o das Leis do Trabalho O Tribunal Superior do Trabalho atrav s do art 216 do seu Regimento Interno traz a seguinte classifica o quanto natureza do diss dio a econ mica quando a institui o de normas e condi es do trabalho for pressuposto para o julgamento do conflito b jur dica para a interpreta o de cl usulas dos instrumentos normativos aut nomos inclusive de senten a normativa c origin ria nas hip teses de n o preexistirem ou em vig ncia normas e condi es de trabalho objeto de diss dio de natureza econ mica d de revis o para a reavalia o de normas e condi es coletivas de trabalho preexistentes e e de greve para a emiss o de declara o acerca da legalidade ou n o do movimento paredista Conquanto a classifica o n o seja homog nea como destaca Ives Gandra Martins Filho pois os do
477. s Jr 1985 p 17 Com o prop sito de facilitar o acesso justi a a lei reconhece que o sujeito que titular da rela o de direito material pode n o estar em condi es de exercer a defesa Texto de exposi o apresentada em Curitiba em 20 de junho de 2008 por convite do eminente desembargador Arion Mazurkevik no col quio sobre a es coletivas no processo do trabalho atividade integrante do curso de forma o inicial de ju zes promovido pela Escola de Administra o Judici ria do Tribunal Regional do Trabalho da 9 Regi o da qual participaram os ilustres professores S rgio Cruz Arenhart e Raimundo Sim o de Melo Juiz do Trabalho na 2 Regi o Especialista e Mestre em Direito Processual pela Faculdade de Direito da Universidade de S o Paulo Professor de Direito Processual do Trabalho da Escola Superior da Advocacia da OAB SP Integrou a equipe t cnica do Minist rio do Trabalho que elaborou o anteprojeto de lei de reforma sindical 2005 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 93 DOUTRINA Judicial do direito em virtude de uma situa o de vulnerabilidade em face de seu advers rio Em consequ ncia disso o legislador confere a um outro sujeito que o substituto processual a legitima o para a defesa judicial do direito do indiv duo que se sup e em posi o de fragilidade Greco 2003 p 41 Ao contr rio do que ocorre na legitima o ordin ria em que h uma coincid ncia entr
478. s aqui expostos os seguintes precedentes do Superior Tribunal de Justi a RECURSO ESPECIAL N O OCORR NCIA DE LITISPEN D NCIA NA ESP CIE CONTRIBUI O PREVIDENCI RIA SERVIDOR P BLICO FUN O COMISSIONADA N O INCI D NCIA PRECEDENTES Deve ser afastada a alegada ocorr ncia de litispend ncia da a o individual com a o coletiva que visa ao reco nhecimento de direitos individuais homog neos Com efeito pac fico o entendimento nesta Corte segundo o qual a circunst ncia de existir a o coletiva em que se objetiva a tutela de direitos individuais homo g neos n o obsta a propositura da a o individual AGREsp 240 128 PE Rel Min Felix Fischer DJ 02 05 2000 firme a orienta o desta colenda Turma no sentido da inexigibilidade da contribui o previdenci ria sobre os valores percebidos pelos servidores p blicos a t tulo de fun o comissionada Se ao servidor inativo n o assiste o direito percep o dos valores auferidos a t tulo de fun o comissionada durante o per odo laboral n o faz qualquer sentido o desconto da contribui o sobre tais verbas Precedentes Recurso especial improvido REsp 640071 PE 2 T Rel Min Franciulli Neto DJ 28 02 2005 PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO RECURSO ESPECIAL REAJUSTE PLANO COLLOR A O AJUIZADA POR Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 41 DOUTRINA SINDICATO E A O INDIVIDUAL LITISPEND NCIA INOCOR
479. s e princ pios j n o s o t o fundamentais assim O advogado destacou o papel do Judici rio na defesa dos direitos dos cidad os e enfatizou o papel da Justi a do Trabalho que ousou transformar em realidade direitos fundamentais ao assumir a prote o do mais fraco a fim de garantir a igualdade Louvou tamb m o surgimento da Defensoria P blica que reafirma o princ pio de que todos t m de ter acesso Justi a e obriga o do estado garanti lo Reflex o e esperan a O ministro Milton de Moura Fran a vice presidente do TST abriu o ltimo dia do semin rio com uma mensagem de esperan a e ao mesmo tempo com um chamado reflex o diante de not veis avan os cient ficos e materiais milh es de seres humanos n o usufruem dos direitos m nimos inerentes sua condi o humana Pessoas que n o t m como atender a suas necessidades b sicas comer beber vestir cal ar ter moradia gua luz educa o e direito Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 159 NOTAS E COMENT RIOS sa de crian as que deveriam estar assim como est o nossos filhos em escolas e no entanto s o induzidas quando n o coagidas ao trabalho que mendigam nas ruas e com fregi ncia atuam como soldados em guerras fratricidas e no tr fico al m de exploradas sexualmente povos e na es colocados em condi o servil em nome da defesa da economia da seguran a da supremacia pol tica ideol gica rel
480. s empre gados Sendo assim presente a tr plice identidade inclusive de partes pois funciona o Sindicato Reclamante como substituto processual pre sente a litispend ncia nos termos do art 301 8 3 do CPC Recurso de revista conhecido por diverg ncia jurisprudencial e provido omissis TST RR 48926 2002 900 09 00 0 j 30 04 2008 Rel Min Carlos Al berto Reis de Paula 3 T DJ 23 05 2008 7 A POSI O DO STJ Conv m lembrar que o Superior Tribunal de Justi a vem reiteradamente decidindo nos seguintes termos 56 LITISPEND NCIA A O COLETIVA AJUIZADA POR SIN DICATO E A O INDIVIDUAL AJUIZADA PELOS TRABALHA DORES 1 J decidiu esta Turma que a circunst ncia de existir em curso a o coletiva em que se objetiva a tutela de direitos individuais homog neos n o obsta o ajuizamento da a o individual 2 Recurso especial n o conhecido STJ REsp 153750 PE 1997 0078297 2 Rel Min Carlos Alberto Menezes Direito 3 T j 03 02 2000 DJ 27 03 2000 p 93 A circunst ncia de existir a o coletiva em que se objetiva a tutela de direitos individuais homog neos n o obsta a propositura de a o individual STJ REsp 240 128 PE 5 T Rel Min Felix Fischer DJU de 02 05 00 p 169 RECURSO ESPECIAL N O OCORR NCIA DE LITISPEN D NCIA NA ESP CIE CONTRIBUI O PREVIDENCI RIA SERVIDOR P BLICO FUN O COMISSIONADA N O INCI D NCIA PRECEDENTES Deve ser afasta
481. s novas que costumam surgir Ao mesmo tempo n o podemos ignorar as restri es 30 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA impostas pelas dimens es da Justi a do Trabalho e pela geografia do Pa s Para superar tudo isso temos buscado abrir caminhos no aperfei oamento da forma o continuada dos magistrados com cursos que abordam temas pertinentes e espec ficos como execu o e fal ncia por exemplo e tamb m incrementar o uso de ferramentas pedag gicas de ensino e debates dist ncia O aprimoramento dos mecanismos de vitaliciamento e de promo o dos magistrados com a ado o de crit rios objetivos e adequados s exig ncias do papel social da Justi a tamb m t m sido perseguidos e nesse aspecto destaco o papel da Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho que nas correi es est sempre atenta para o tema Tamb m sob o ponto de vista da integra o de todos os rg os do Judici rio Trabalhista cabe ressaltar a efetiva o da atua o do Conselho Superior da Justi a do Trabalho Numa megaestrutura como a nossa o papel de coordena o exercido pelo CSJT tem se mostrado fundamental para que consigamos atuar de forma integrada e efetiva Ao lado da coordena o dos processos de informatiza o e da normatiza o de procedimentos como o pagamento de honor rios judiciais em processos que se beneficiam da justi a gratuita e do disciplinamento de medidas como a utiliza o dos
482. s que acedem justi a E para evitar os poss veis abusos existem instrumentos adequados como o controle de rg os p blicos existente em v rios pa ses e os pesados encargos para a litig ncia de m f como no C digo Modelo de Processos Coletivos para Ibero Am rica e no ordenamento brasileiro A tend ncia sem d vida no sentido da abertura dos esquemas da legitima o a amplos segmentos da sociedade e a seus representantes a pessoa f sica as forma es sociais os entes p blicos vocacionados para a defesa dos direitos transindividuais outros entes p blicos a quem compete a tutela dos mais diversos bens refer veis qualidade da vida incluindo as pessoas jur dicas de direito p blico Paradigm ticos nesse campo o C digo Modelo de Processos Coletivos para Ibero Am rica e o projeto de C digo brasileiro Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 37 DOUTRINA Mais uma vez reportamo nos li o de Mauro Cappelletti que considerou insuficiente para a efetiva tutela dos direitos transindividuais a escolha de um nico legitimado pessoa f sica associa es Minist rio P blico ag ncias p blicas e que j indicava com base nas experi ncias ent o existentes a via mais eficaz como sendo a de soluzioni composte articolate flessibili sempre sob o controle de rg os p blicos No tocante ao tema da litispend ncia relativamente s a es cujo escopo refere se tutela dos direit
483. s que retardou a aplica o ao processo do trabalho do procedimento para a defesa judicial de direitos individuais homog neos Castelo 1996 p 341 342 Em 2003 o Enunciado foi cancelado e a defini o dos limites da atua o do sindicato como legitimado extraordin rio voltou a ser objeto de hesita o na jurisprud ncia dos tribunais do trabalho Em junho de 2006 depois de muita expectativa nos meios jur dicos o Supremo Tribunal Federal se pronunciou pela primeira vez sobre o significado do inciso III do art 8 da Constitui o Em vota o apertada seis a cinco o tribunal entendeu que a norma do inciso III do art 8 assegura ao sindicato a substitui o processual de maneira ampla N o apenas naquelas hip teses previstas na legisla o infraconstitucional mas abrangendo tamb m a a o de liquida o por artigos e a execu o da senten a gen rica proferida na defesa de direitos individuais homog neos STF RE n 210 029 3 RS j 12 VI 2006 Rel Min Joaquim Barbosa A esperan a de que o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal pudesse eliminar as incertezas sobre a mat ria n o se confirmou Em vez disso a posi o adotada pelo tribunal originou novas perplexidades em face da Constitui o que ao alargar as hip teses de legitima o extraordin ria e ignorar a distin o entre direitos individuais homog neos e direitos individuais puros o tribunal admitiu o poder de o sindicato agir como subst
484. s semanais o direito a f rias remuneradas ap s doze meses de est gio a fixa o de tempo m ximo de est gio na mesma Empresa que ser de dois anos o estabelecimento de remunera o obrigat ria e de cess o do vale transporte Se vierem a ser aprovadas certamente constituir o novas tutelas para rela es de trabalho que adquirem uma crescente import ncia neste mundo multifacetado do trabalho contempor neo A regula o dessas modalidades de trabalho formalmente aut nomo mas economicamente dependente fora dos marcos do Direito do Trabalho assim como eventual regula o de certas rela es atualmente situadas em uma zona grise entre o preto e o branco que habitam uma rea que tanto possibilita seu enquadramento neste ramo jur dico trabalhista especializado quanto sua exclus o indicam como a novidade pode ser o m ximo do paradoxo estendido na areia alguns a desejar seus beijos de deusa alguns a desejar seu rabo pra ceia Sob um ngulo novas tutelas por outro consolida o normativa da exclus o dos mecanismos de prote o social Entretanto o tema das novas tutelas n o se limita s introdu es legislativas Cinge se sobretudo s muta es jurisprudenciais que surgem para tutelar as novas rela es de trabalho o que nos remete ao tema da jurisdi o A compet ncia para apreciar as pretens es derivadas do contrato celebrado entre um trabalhador aut nomo economicamente dependente e seu clie
485. s trabalhadores 2005 p 27 Essas duas premissas mostram a necessidade de se repensar as margens deste ramo jur dico e da prote o social de modo a exportar sua tutela para a totalidade das rela es de trabalho Isso n o significa entretanto que a tem tica acerca das novas tutelas n o se fa a tamb m presente nas antigas rela es de emprego Esta segunda nota portanto se volta ao exame das possibilidades de novas tutelas para antigos modos de labutar e suas demandas Levamos em conta as ressalvas feitas por Maur cio Godinho Delgado Afirma ele que a amplia o da compet ncia da Justi a do Trabalho provida pela Emenda 45 pode ser diagnosticada como um retrato de um tempo de apostas no fim do emprego e no envelhecimento do Direito do Trabalho Neste sentido pode incorporar uma pol tica de desprest gio do trabalho no pa s e de preconceito contra milh es de trabalhadores que trabalham sob rela es de emprego que persistem sendo a rela o laboral t pica uma vez que o universo de empregados ainda maior do que o de trabalhadores n o empregados Para n o corroborar com tal desprest gio atentamos tamb m para a necessidade de evitar que a amplia o subjetiva do foco da prote o signifique um deslocamento do olhar do jurista que acabe por dar as costas para o que se passa no mundo do emprego que permanece presente no cotidiano de milh es de pessoas no mundo e no Brasil contempor neo N o se pode pois
486. sanar omiss o Sustenta ainda que a multa fixada no importe de 5 cinco por cento do valor da causa afronta o art 18 do CPC o qual disp e que a multa n o ultrapassar um por cento do valor da causa Aponta viola o dos arts 17 incisos IV VI e VII e 18 do CPC Prev o art 18 do CPC que o Juiz ou Tribunal condenar o litigante de m f a pagar multa n o excedente de 1 um por cento do valor da causa O art 17 tamb m do CPC tipifica as condutas reputadas como caracterizadoras da litig ncia de m f considerando como tal aquele que interpuser recurso com intuito manifestamente protelat rio inciso VII Como dito o Regional declarou o Banco litigante de m f pela oposi o de embargos declarat rios meramente procrastinat rios Todavia n o h como se entender que ele que buscava judicialmente a satisfa o dos seus direitos tenha tido inten o de protelar o feito mormente porque os referidos declarat rios buscavam o prequestionamento de aspectos f ticos importantes para a solu o da lide bem como o saneamento de omiss o quanto an lise da prescri o a qual foi suprida pelo Regional consignando 4 Prescri o total ou parcial Neste t pico houve omiss o acerca da mat ria que ventilada em recurso ordin rio n o foi apreciada no ac rd o No m rito todavia n o assiste raz o embargante A gratifica o semestral foi criada pelo Estatuto da Empresa que tem for a de lei
487. se a cria o de uma virtude c vica e de uma consci ncia de direitos por parte dos cidad os que diante de viola es passam a demandar em ju zo repara es adequadas pode representar interessantes dimens es do complexo fen meno da judicializa o n o se pode deixar de observar que se o Judici rio n o der conta de resolver a contento tais novos conflitos que lhes batem s portas em milhares de reclama es trabalhistas que ingressam nas Varas do Trabalho brasileiras o grau de frustra o e desilus o que atinge as institui es contaminar o tamb m o Judici rio Trabalhista que a par de todos os percal os segue sendo uma das institui es que gozam de maior prestigio popular Se as demandas s o relativamente recentes h que se evitar a tend ncia a recusar e negar tudo o que novo ou utilizar instrumentais pouco atuais para com elas lidar Perquirir sobre dolo ou inten o do empregador exigir que a pr tica discriminat ria seja consciente desprezando que na seara trabalhista al m da discrimina o direta as indiretas constituem il citos impor sempre ao empregado o nus da prova e estabelecer condena es em valores nfimos desproporcionais capacidade econ mica da empresa e ao bem jur dico violado 136 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA s o pr ticas que devem ser evitadas quando se est diante de demandas que visem a reparar os danos causados Por outr
488. se sentido menciona se por oportuno precedente desta Se o Especializada em Diss dios Coletivos sobre o tema no qual foi apreciada a validade de cl usula id ntica convencionada pelo sindicato profissional ora recorrido e outra empresa do ramo de constru o civil A O ANULAT RIA ACORDO COLETIVO DE TRABA LHO RECRUTAMENTO E CONTRATA O PREFER NCIA PELA M O DE OBRA LOCAL VALIDADE 1 A Constitui o Federal bem como a Lei n 9 029 95 pro bem discrimina es que utilizem os fatores origem sexo idade cor ou ra a por si N o constitui discrimina o portanto a limita o calcada em princ pio de equidade 2 Segue se que se o ordenamento jur dico valida as disposi es que restringem total mente o acesso de determinado cidad o por algum dos crit rios estabelecidos em lei e na Constitui o Federal desde que plaus vel a Justificativa com seguran a ainda maior admite se cl usula que preveja Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 315 JURISPRUD NCIA TEM TICA t o somente um crit rio comedido de prefer ncia 3 Cl usula que pre v prefer ncia na contrata o de trabalhadores locais sem consubstanciar restri o absoluta n o ofende o princ pio da isonomia e constitui crit rio justo e razo vel de recrutamento de m o de obra 4 Recurso Ordin rio em A o Anulat ria a que se nega provimento ROAA 76 2004 000 08 00 3 Rel Min Jo o Oreste Dalazen DJ 11 11 2005 Ant
489. senta o da certid o de antecedentes criminais pelos candidatos a empregos tivesse o fim de discrimin los mas sim o de conhecer o perfil exato das pessoas recrutadas e coloc las em fun o compat vel Quanto alega o de afronta aos arts 20 312 323 I II HI IV e V 709 8 2 743 e 748 do CPP e 202 da Lei n 7 210 84 como bem sinalado nos embargos de declara o as normas contidas nesses dispositivos n o amparam a pretens o do Autor O simples fato de o C digo de Processo Penal estabelecer o uso dos registros de antecedentes criminais pelas autoridades judiciais e policiais n o significa que tal uso se limita a elas Trata se de entendimento 302 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA razo vel das normas legais o que atrai a incid ncia do bice da S mula n 221 II do TST Por esse mesmo motivo n o aproveita Recorrente a tese de viola o dos arts 59 64 I e 93 do CP De outra parte o entendimento adotado pelo Regional n o viola os arts 2 da Lei n 9 051 95 e 5 XXXIV b da CF pois no caso n o era a R que se dirigia aos rg os p blicos para retirar as certid es de antecedentes criminais Ademais a exig ncia para que os candidatos a novos empregos fornecessem tais certid es foi devidamente justificada nos autos pois como acima j mencionado o Regional frisou que a Empresa R tinha por fim conhecer o perfil dos seus empregados e coloc los
490. ser examinada e decidida quando do julgamento do segundo recurso ordin rio E com efeito esse segundo recurso ordin rio tratava apenas da parte merit ria da a o qual seja ser devida ou n o a gratifica o semestral aos associados da autora e em que condi es Celso Agr cola Barbi referindo se ao inciso II do art 134 do CPC esclarece que A exclus o n o abrange qualquer tipo de participa o anterior no processo mas apenas as relacionadas No seu exame verifica se que os casos de atua o como mandat rio da parte e como rg o do Minist rio P blico encontram assento no fato de que aquelas atividades s o encaminhadas no sentido de propugnar pela vit ria de uma das partes Assim quem como mandat rio ou como rg o do Minist rio P blico lutou por determinada solu o do lit gio n o deve ser admitido a vir decidi lo BARBI Celso Agr cola Coment rios ao C digo de Processo Civil S o Paulo Forense v I t II p 550 260 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA V se pois que antes a eminente magistrada relatora do processo n o havia em nenhum momento quanto ao m rito propugnado pela vit ria de uma das partes nem lutado por determinada solu o do lit gio tamb m quanto ao m rito Por outro lado nos termos do art 795 da CLT e no art 138 1 do CPC as nulidades t m de ser arg idas na primeira oportunidade em que tiverem que falar
491. ses individuais mas circunstancialmente tratados de forma coletiva Ou seja n o s o coletivos em sua ess ncia nem no modo como s o exercidos destaques do original Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 109 DOUTRINA 5 SISTEMA PROCESSUAL DE TUTELA COLETIVA C DIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E LEI DA A O CIVIL P BLICA O art 21 da Lei da A o Civil P blica Lei n 7 347 de 24 de julho de 1985 acrescentado pela Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor determina expressamente que para a defesa dos direitos e interesses difusos coletivos e individuais aplic vel o T tulo III da Lei que instituiu o C digo de Defesa do Consumidor O mencionado C digo em seu T tulo III trata da Defesa do Consumidor em Ju zo primeira vista este diploma legal teria aplica o restrita s quest es pertinentes ao direito do consumidor Entretanto a remiss o feita pelo art 21 da LACP desfaz essa conclus o apressada pois de modo expresso foi ampliado consideravelmente o espectro de incid ncia de tais normas para abranger a defesa de quaisquer direitos e interesses difusos coletivos e individuais homog neos Por sua vez o art 90 do C digo de Defesa do Consumidor faz remiss o Lei da A o Civil P blica dispondo que s a es previstas no mesmo T tulo HI aplica se a Lei n 7 347 de 24 de julho de 1985 Em conclus o as disposi es do T tulo II do C digo do
492. sil In 4 perda da raz o social do trabalho terceiriza o e precariza o S o Paulo Boitempo 2007 URIARTE Oscar Ermida 4 prote o contra os atos anti sindicais Tradu o de Irany Ferrari S o Paulo LTr 1989 Liberdade sindical normas internacionais regula o estatal e autonomia In TEIXEIRA FILHO J L Org Rela es coletivas de trabalho estudos em homenagem ao ministro Arnaldo Siussekind S o Paulo LTr 1989 In F rum Internacional sobre Direitos Humanos e Direitos Sociais Organiza o e realiza o Tribunal Superior do Trabalho S o Paulo LTr 2004 148 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 Notas e Coment rios NOTAS E COMENT RIOS ORDEM DO M RITO JUDICI RIO DO TRABALHO O Tribunal Superior do Trabalho realizou no dia 11 de agosto a tradicional solenidade anual de entrega das comendas da Ordem do M rito Judici rio do Trabalho A comenda foi criada h 38 anos com o prop sito de homenagear pessoas ou institui es que se destacaram em suas atividades e profiss es ou prestaram relevantes servi os ao Pa s Seguem abaixo os agraciados deste ano Gr o Colar Senador Garibaldi Alves Filho presidente do Congresso Nacional Ministro Gilmar Ferreira Mendes presidente do Supremo Tribunal Federal Gr Cruz Ministro Francisco C sar Asfor Rocha presidente do Superior Tribunal de Justi a Tenente Brigadeiro do Ar Fl vio de Oliveira Lencastre ministro
493. sim somente quando a greve gerar perspectiva de les o a interesse p blico O presente estudo portanto parte do pressuposto de que imperiosa a necessidade de se resolverem coletivamente os conflitos de greve assegurando o respeito s regras de compet ncia a natureza das rela es jur dicas que 3 Estimativa de junho de 2007 de que estavam parados cerca de 100 mil servidores p blicos federais e que apenas nos primeiros quatro anos do primeiro mandato do atual governo federal ocorreram mais de 500 greves no setor p blico da Uni o afetando servi os essenciais como a sa de o transporte como a dos controladores de v o e a seguran a das pessoas al m de causar vultosos preju zos econ micos sem considerar as greves dos servidores estaduais e municipais A imprensa aponta como causa a inexist ncia de instrumentos legais para a tutela de tais greves Editorial do Jornal O Estado de S o Paulo edi o de 17 06 2007 p A 3 62 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA envolvem as categorias em conflito e a viabiliza o do uso das a es civis p blicas para esse fim sempre que o conflito n o puder se enquadrar no modelo processual previsto para o diss dio coletivo 2 A COMPET NCIA PARA A TUTELA JURISDICIONAL DO DIREITO DE GREVE Tida como recurso anti social e contr ria aos interesses do Estado a greve era proibida pela Constitui o de 1937 s passando a ser permitida pela Consti
494. sindicato da expressa men o do art 16 da Lei 5 584 70 Entretanto n o havendo pronunciamento por parte da Eg Corte a quo a respeito da exist ncia dos dois requisitos necess rios para o deferimento dos honor rios de advogado na forma do art 14 da Lei n 5 584 70 da S mula n 219 e da Orienta o Juris prudencial n 305 da SBDI 1 ou seja se os substitu dos est o em situa o econ mica que n o lhe permitam demandar sem preju zo do pr prio sustento ou da respectiva fam lia n o h que se falar em condena o em honor rios em favor do sindicato Nesse mesmo sentido Precedente da C SDI 1 E ED RR 437263 1998 DJ 27 04 2007 Rel Min Van tuil Abdala Embargos conhecidos e desprovidos E ED RR 1446 2005 075 03 00 0 Rel Min Aloysio Corr a da Veiga DJ 08 06 2007 HONOR RIOS ADVOCAT CIOS SINDICATO SUBSTITU TO PROCESSUAL CABIMENTO OBSERV NCIA REQUISITOS LEI N 5 584 70 Esta Corte ante o cancelamento da S mula n 310 VIII e na linha das diretrizes expostas pelas S mulas ns 219 e 329 TST pacificou entendimento no sentido de que o Sindicato na condi o de substituto processual da categoria profissional faz jus percep o dos honor rios de advogado desde que preenchidos os requisitos elencados no art 14 da Lei n 5 584 70 Na hip tese entretanto n o h como se deferir as verbas advocat cias requeridas ante a aus ncia de comprova o do estado de insufici ncia econ mica dos de
495. sistema normativo laboral j se iniciam com a simetria presente no primeiro artigo da Lei Cabeza Pereiro 2008 p 101 pois tanto o Estatuto dos Trabalhadores ET quanto o novo Estatuto o LETA constituem normas que tratam de indiv duos que executam pessoalmente um trabalho O mbito subjetivo de aplica o dos respectivos Estatutos tangencia as rela es de inclus o e de exclus o O Estatuto do Trabalho Aut nomo se aplica a pessoas f sicas que realizam de modo direto pessoal e habitual atividade profissional ou econ mica com finalidade lucrativa desde que por conta pr pria e fora do mbito de dire o e organiza o de outra pessoa independentemente de contratarem ou n o trabalhadores por conta alheia A defini o por si s exclui de seu mbito o conjunto de pessoas que exercem atividades organizadas por outros embora por conta pr pria que se submeteria pois s regula es laborais 124 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA t picas Apesar de tal delimita o conceitual o mbito de aplica o subjetiva do Estatuto do Trabalho Aut nomo tamb m definido pelas regras de exclus o previstas no art 2 que estabelecem estarem fora de sua zona de incid ncia as rela es de trabalho por conta alheia e as rela es laborais de car ter especial definidas pelo Estatuto dos Trabalhadores ET Entretanto a figura do trabalhador aut nomo economicamente dependente conhecido usualmente na
496. soas isoladamente n o se classificam como direi tos individuais para o fim de ser vedada a sua defesa em a o civil p blica porque sua concep o final stica destina se prote o desses grupos categoria ou classe de pessoas RE 163 231 3 SP in DJU 29 06 2001 os grifos n o s o do original Nesse mesmo sentido esta colenda Corte superior decidiu no julgamento do processo TST RR 738 714 2001 0 DJU de 24 10 2003 mediante ac rd o da lavra do eminente Ministro Barros Levenhagen Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 245 JURISPRUD NCIA TEM TICA os interesses coletivos podem ser tanto os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base como os interesses individuais homog neos subesp cie daquele decorrentes de origem comum no tocante aos fatos geradores de tais direitos origem id ntica essa que recomenda a defesa de todos a um s tempo Assim a indetermina o a caracter stica fundamental dos interesses difusos e a determina o a daqueles interesses que envolvem os coletivos meu o grifo Resta evidenciado assim que tanto a doutrina quanto a jurisprud ncia consideram os direitos individuais homog neos subesp cie do g nero direi tos coletivos Na esteira desse entendimento tanto a doutrina quanto a jurisprud ncia v m construindo um p
497. socia o reclamante n o comprovou que a gratifica o semestral era habitualmente paga no Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 265 JURISPRUD NCIA TEM TICA importe de 100 dos sal rios e ao contr rio a reclamada demonstrou a altern ncia nos valores o que se justifica em raz o da din mica dos neg cios da r Data venia do entendimento do d Ju zo a quo divirjo do mesmo Consoante se infere do documento 10 abojado defesa 1 volume de documentos em apartado a gratifica o semestral foi paga desde o primeiro semestre de 1985 em percentuais m dios de 100 sendo pouqu ssimas as ocasi es em que o percentual atingiu montante inferior 50 do ltimo sal rio do semestre Tal fato prova robusta de que a varia o no valor da gratifica o semestral era insignificante permitindo concluir inclusive que estivesse divorciada dos lucros auferidos pela empresa ou no m nimo que esta auferiu lucro m ximo no per odo Pois bem Sob a alega o de que a partir do segundo semestre de 1994 n o obteve lucros a reclamada suprimiu o pagamento da gratifi ca o aos ex empregados retomando o no primeiro semestre de 1996 mas no percentual de 5 O procedimento adotado pela r culminou em viola o ao art 7 inciso VI da Constitui o da Rep blica e art 468 da CLT que prev em a irredutibilidade salarial e a veda o de qualquer altera o contratual que resulte em preju zo ao empregado
498. sos eram providos providos em parte ou negado provimento Hoje tudo diferente at mesmo a terminologia t o cara a n s ju zes do trabalho De reclamantes e reclamados j pouco se fala Imaginem a t tulo de exemplo uma reclama o do trabalhador pedindo o pagamento de horas extras ou de adicional noturno etc Pedido t o comezinho leva anos para ser solucionado ingressa em uma Vara do Trabalho vai a um TRT a uma Turma do TST a uma se o do TST vai a uma Turma do Supremo e at ao Pleno do Supremo muitas vezes n o para o essencial para a parte saber se ela tem ou n o direito ao adicional mas para saber como deve ser calculado o tal adicional qual a base do c lculo e afinal ser informado que n o h base nenhuma e agiiente se a perplexidade Talvez esteja carregando nas cores talvez O certo que precisamos ter coragem de simplificar o nosso processo precisamos ter coragem e afinal proclamar que essas questi nculas n o devem passar do primeiro grau s o pequenas demais para acionar toda a m quina judici ria brasileira Para a parte e n o para o seu patrono pouco interessa se a solu o do processo foi dada por um juiz substituto ou por um ministro do TST ou do Supremo Ela s quer saber se tem ou n o direito o mais r pido que puder Do contr rio como vemos com freqii ncia ela vai pautar grande parte da sua vida em raz o daquele processo Com a esperan a do seu resultado ela vai comprar casa
499. ssoas jur dicas de sociedades e associa es de corretoras etc No entanto h tamb m o reconhecimento de que as muta es na forma de produ o capitalista trazem novas modalidades de trabalho formalmente aut nomas com a prolifera o de rela es de trabalho mais amplas que as cl ssicas rela es de emprego e que portanto existe uma pluralidade de situa es que n o podem ser enquadradas simplesmente como fraude ou simula o trabalhista Assim sendo coloca novos desafios teoria do Direito do Trabalho dentre os quais o de redefinir os conceitos de trabalho por conta alheia e de trabalho dependente em face de sua diferencia o e o problema de promover sua reconfigura o a uma situa o em que as rela es de emprego de trabalho e de servi os j n o se configuram de modo t o homog neo h anos admitindo graus e matizes Cabeza Pereiro 2008 p 99 Desta forma o grave problema hoje existente no Direito do Trabalho diz respeito exatamente necessidade de conferir tutelas a quem est exclu do de suas fronteiras diante da chamada crise de abarcamento da desfocaliza o da fuga dos sujeitos do direito laboral frente redu o do c rculo de sujeitos por ele protegidos Como M rio Ackerman observa com base na tipologia proposta em relat rio t cnico da OIT nos novos modos de trabalhar observamos tr s grandes grupos de situa o a n o aplica o da le
500. sta sob a tica do direito possess rio induz est ril discuss o acerca da fun o social da posse tempor ria pelos empregados de estabelecimentos de empregadores efeito da greve levando digress o do relevante e indispens vel debate relacionado com as causas da greve 58 SILVA Edson Braz Op cit p 1040 80 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA V se portanto que no campo do sistema processual coletivo traba Ihista difunde se a id ia de que a jurisdi o normativa por tantos anos exercida n o leg tima e adequada sendo fruto de um modelo autorit rio de interven o estatal nas negocia es coletivas raz o da fragilidade da representa o sindical brasileira e que esta seria a raz o pela qual se condicionou o seu exerc cio ao pr vio consentimento de ambas as categorias envolvidas em con fiito CF art 114 8 2 Parte se do pressuposto de que o lit gio entre categorias profissionais e econ micas seria algo que unicamente a eles interessasse e pior que s a eles coubesse a solu o vedada qualquer interven o estatal a n o ser por iniciativa dos pr prios envolvidos Seria a manifesta o de um fen meno bem atual expresso na perspectiva de se diminuir a interven o estatal na solu o dos conflitos potencializando os m todos privados e alter nativos de autocomposi o ou de arbitragem o qual muitas vezes impropriamente denominado de privatiza o
501. stamente na qualidade de ente da administra o indireta fundamentando sempre as suas atua es nos princ pios que s o inerentes administra o p blica A par destas considera es a aplica o do art 9 da CLT no caso em apre o medida que se imp e Senten a pois que se mant m fls 66 68 No Recurso de Revista s fls 71 79 a Reclamada registrou que o Programa de Incentivo Sa da Volunt ria PISV tratando se de um Programa desse n vel com a finalidade e o objetivo a que se disp s em ser mais um instrumento na estrutura o da adequa o da sua for a de trabalho n o poderia deixar a Petrobr s de estabelecer os par metros para a sua consecu o e que essa cl usula indispens vel ades o ao PISV cl usula 6 letra d nada mais do que a possibilidade prevista em lei que t m as partes de pactuarem livremente a solu o de seus lit gios judiciais fls 74 sic Alegou que a Petrobr s instituiu tal Programa com a finalidade de possibilitar o livre pacto entre as partes e solucionar lit gios Aduziu que os empregados que preencherem os requisitos estabelecidos pelo Programa receber o em contrapartida um valor vari vel a t tulo de indeniza o Afirmou que nenhum empregado est Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 193 JURISPRUD NCIA TEM TICA obrigado a fazer parte do Programa o que assegura o exerc cio do direito de a o aos empregados qu
502. sun o de uma demanda em que figura no p lo ativo uma coletividade substitu da processualmente e no passivo um demandado individual Isso se revela em uma perspectiva de prote o ao demandante notadamente quanto aos efeitos da coisa julgada Esse modelo de legitimidade adotado de onde se verifica a aus ncia de uma previs o espec fica para o r u coletivamente considerado apontado como o fator determinante para o n o desenvolvimento da a o civil p blica passiva ou simplesmente a o coletiva passiva e por consegii ncia em um primeiro momento a principal dificuldade da sua viabiliza o como instrumento adequado tutela da greve Verifica se entretanto sem a necessidade de se recorrer ao estudo das sempre citadas class actions notoriamente desenvolvidas no sistema processual coletivo norte americano e em especial das defendant class actions que no 69 Parte se do conte do do art 83 do CDC segundo o qual para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este C digo s o admiss veis todas as esp cies de a es capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela passando pelo que disp e o art 5 8 2 da Lei n 7 347 85 LACP no sentido de que fica facultado ao Poder P blico e s outras associa es legitimadas nos termos deste artigo habilitar se como litisconsorte de qualquer das partes para se concluir pelo cabimento da a o civil p blica coletiva passiva 70 Art 1
503. tado a fls 1469 1474 interp e o Minist rio P blico do Trabalho recurso de revista a fls 1479 1496 com base nas al neas a ec do art 896 da CLT Argumenta o rg o ministerial que promoveu a a o civil p blica para condenar o Munic pio recorrido em diversas obriga es de fazer e n o fazer sob pena de multa conforme descrito a fls 1482 1485 Colaciona arestos diverg ncia e aponta viola o dos arts 6 VII d e 83 III da LC n 75 93 1 Iv da Lei n 7 347 85 e 114 da CF 88 Pleiteia que seja julgada procedente a revista interposta para julgar totalmente procedente a a o ajuizada deferindo se os itens V 6 2 e V 8 descritos na exordial 240 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA O recurso foi admitido pelo r despacho de fl 1504 1505 n o tendo merecido contra raz es conforme certid o de fl 1508 Sem remessa dos autos douta Procuradoria Geral do Trabalho haja vista que o interesse p blico encontra se demonstrado nas raz es recursais ora sob an lise E o relat rio na forma regimental VOTO I CONHECIMENTO 1 REQUISITOS EXTR NSECOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL Preenchidos os pressupostos comuns de admissibilidade passa se ao exame daqueles espec ficos do recurso de embargos 2 REQUISITOS INTR NSECOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE ATIVA A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMO
504. tc para alcan ar os grupos mais carentes de prote o sem abrir m o de sua identidade institucional e com isso resgatar a jurisdi o sobre parcela significativa do seu p blico alvo original que se havia esva do pelas fendas do r gido crit rio da configura o da rela o de emprego formal 2005 p 82 A perspectiva que se coloca pois a da universaliza o dos direitos fundamentais do trabalho que constituem garantia de todos os cidad os mas ainda s o percebidos como benesses exclusivas daqueles que t m a cada vez mais rara felicidade de estarem vinculados a uma rela o empregat cia Bentes Corr a 2005 p 82 Permanece a quest o de saber quais os crit rios interpretativos e par metros legislativos ser o aplicados na aprecia o dos conflitos laborais n o empregat cios Parece nos claro que um contrato de presta o de servi os re gulado pelo art 593 e seguintes do C digo Civil e que realmente cont m uma presta o pessoal de servi os que n o pode ser encaixada como rela o de trabalho n o poder ser substitu do no caso concreto pela tutela prevista na CLT Por m n o claro que aqueles trabalhadores sejam exclu dos da prote o constitucional dirigida a todos que trabalham nem que tais rela es que envolvem uma depend ncia econ mica n o devam ser julgadas e apreciadas considerando se tamb m os princ pios do Direito do Trabalho em especial o do reconheciment
505. te do lugar em que residam Diante disso n o h mesmo a viola o dos artigos referidos anteriormente pois sua intelig ncia no sentido de que a decis o respectiva abrange genericamente os associados da autora limitada naturalmente aos relacionados na inicial Em suma se Vara da Capital compete julgar a a o civil p blica proposta por associa o de mbito nacional sua compet ncia territorial abrange todos os associados da autora Vale enfatizar por fim que n o h discuss o nos autos acerca da incompet ncia funcional da Vara N o conhe o 9 PRESCRI O TOTAL PRETENS O DOS SUBSTITU DOS QUE NUNCA RECEBERAM A PARCELA S MULA N 326 DO TST INAPLIC VEL CONHECIMENTO O Tribunal Regional ao analisar os embargos de declara o opostos pelo Banco sanou omiss o quanto an lise da prescri o alicer ando se nos seguintes fundamentos A gratifica o semestral foi criada pelo Estatuto da Empresa que tem for a de lei entre as partes Inaplic vel portanto a regra do Enunciado 294 do C TST Tamb m inaplic vel a regra do Enunciado 326 do C TST haja vista que a verba em quest o n o tem natureza de complementa o de aposentadoria fl 1034 Em suas raz es de revista alega o Banco que por motivo da varia o das datas de aposentadoria e da extin o do contrato de trabalho os substitu dos que se aposentaram entre o ano de 1994 e 19 02 1996 t m suas pretens es prescritas
506. te recurso tamb m n o merece conhecimento por diverg ncia Jurisprudencial pois os arestos colacionados n o se prestam para tal fim O paradigma de fls 1075 e 1076 se refere inexist ncia de norma legal a legitimar as associa es para a propositura de a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho tese que n o se contrap e decis o regional que em momento algum afirmou haver lei que prev a legitimidade da associa o para ajuizar a referida a o na esfera trabalhista uma vez que se fundamentou na aplica o subsidi ria do art 82 inciso IV do C digo de Defesa do Con sumidor para decidir pela legitimidade da Associa o para propor esta a o civil p blica J o aresto colacionado s fls 1076 e 1077 traz tese de que o sindicato n o tem legitimidade para propor a a o civil p blica e o aresto transcrito s fls 1083 e 1084 refere se a o proposta pelo Minist rio P blico situa es diversas do caso dos autos em que se questiona a legi timidade ativa da Associa o As ementas colacionadas s fls 1080 1082 por sua vez s o inserv veis ao confronto pois emanadas de Turma do TST em desacordo portanto com o disposto no art 896 al nea a da CLT Ante todo o exposto n o conhe o do recurso de revista 280 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA 7 GRATIFICA O SEMESTRAL PREVIS O EM NORMA REGULAMENTAR VINCULA O AO LUCRO I CONHECIM
507. terpreta o A primeira de fei o ampliativa defendia que a norma teria generalizado a legitima o extraordin ria dos sindicatos sem restri es O argumento amparava se no esp rito de facilita o de acesso justi a que est impl cito no Estado Democr tico de Direito Batalha 1991 p 98 100 A segunda corrente com abordagem restritiva sustentava que a natureza excepcional da substitui o processual n o se compatibilizava com a generalidade da norma constitucional A lei haveria de estipular hip tese por hip tese as situa es em que o sindicato poderia atuar como substituto processual Magano 1993 p 142 Assim a legitima o extraordin ria seria cab vel apenas naqueles casos expressamente previstos em lei a o de cumprimento de norma coletiva CLT 872 par grafo nico a o de cobran a de adicional de insalubridade ou de periculosidade CLT 195 8 2 a o de cobran a de dep sitos do FGTS Lei n 8 036 90 art 25 e defesa de direitos individuais homog neos por aplica o subsidi ria do processo coletivo comum Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 95 DOUTRINA cuja base formada pela Lei de A o Civil P blica e pelo C digo de Defesa do Consumidor Laurino 1995 p 315 Em 1993 o Tribunal Superior do Trabalho pacificou a mat ria em torno do antigo Enunciado n 310 da S mula da Jurisprud ncia Predominante que acolheu a posi o restritiva em termos t o estreito
508. titucional n 45 promulgada em 31 de dezembro de 2004 Como era de se esperar no entanto a simples altera o no texto constitucional n o representou a solu o imediata dos problemas Redesenhadas as compet ncias verificou se uma amplia o em termos daquela reservada pelo art 114 da Constitui o Federal Justi a do Trabalho mas com restri es Juiz da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 13 Regi o Professor da Faculdade de Direito da UFPB Mestrando da Faculdade de Direito da UERJ 1 LYRA FILHO Roberto Direito do Capital e Direito do Trabalho p 13 Porto Alegre Fabris 1982 apud GARCIA Ivan Sim es Revista LTr 2007 v 5 p 572 2 O Consenso de Washington de 1989 dita modelo econ mico e estrutural para os pa ses da Am rica Latina e o Caribe Posteriormente o Relat rio 319 do Banco Mundial faz severas cr ticas ao Judici rio daqueles pa ses apontando solu es para que atinjam padr es internacionais Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 61 DOUTRINA ao seu poder normativo mitigando se as situa es de cabimento dos diss dios coletivos e portanto diminuindo lhe a capacidade de solucionar os conflitos de dimens o coletiva entre categorias Ao mesmo tempo surgiram problemas te ricos e pr ticos relacionados com a nova compet ncia da Justi a do Trabalho Um deles talvez o maior est o relacionado s causas que tutelam as rela es de natureza administra
509. tiva entre os servidores e os entes p blicos nelas inclu das as relativas greve Se de um lado as greves dos servidores p blicos estatut rios ou sub metidos a qualquer outra rela o jur dico administrativa n o est o submetidas compet ncia da Justi a do Trabalho de outro o modelo processual previsto para a tutela desse direito na ess ncia trabalhista o diss dio coletivo aspecto de sua jurisdi o normativa automaticamente inclusiva onde impera a t cnica da legitima o extraordin ria passiva de pouca compreens o na ju risdi o comum o que tem levado a um rompimento pol tico ideol gico nas a es que t m sido utilizadas para esse fim Com o dissenso o pluralismo excessivo e as iniciativas individuais tudo a dificultar o exerc cio das faculda des processuais e a tutela do direito material A recente percep o desses problemas causada pelo impacto que as greves dos servidores p blicos estatut rios v m causando na sociedade civil tem levado busca de instrumentos processuais alternativos para a tutela desses conflitos compatibilizados com as especificidades da jurisdi o coletiva n o trabalhista Al m disso mesmo nas greves submetidas compet ncia da Justi a do Trabalho problemas processuais t m surgido pela op o de o legislador constitucional atribuir exclusivamente ao Minist rio P blico do Trabalho a iniciativa de instaurar o diss dio coletivo de greve e mesmo as
510. to nos termos j expostos O direito difuso e o direito coletivo stricto sensu no entanto s o indivis veis art 81 par grafo nico incisos I e II do CDC Se os direitos difusos e coletivos tiverem abrang ncia em todo o territ rio nacional o juiz competente para a a o coletiva arts 2 da LACP e 93 inciso II do CDC certamente ter de proferir decis o referente a esses interesses indivis veis assim ocorrendo o provimento jurisdicional produzir efeitos em todo o territ rio nacional Por serem direitos indivis veis n o h como a decis o Judicial ser de conte do diverso restrito a certa rea territorial isso n o poss vel justamente em raz o da indivisibilidade do direito pois a decis o em determinado sentido afeta o direito como um todo Ou seja no que se refere restri o feita pela Lei n 9 494 97 a norma Jur dica n o tem qualquer efic cia sendo verdadeiramente imposs vel no plano l gico f tico e concreto atender ao seu comando A mera previs o normativa n o tem o poder de alterar a natureza intr nseca de determinadas realidades interesses e direitos aspectos que escapam incid ncia da norma jur dica Nem tudo poss vel portanto ao legislador A previs o legal comentada tenta tratar de aspectos que na realidade n o se sujeitam incid ncia normativa Decis es d spares em mat ria de direitos difusos acarretam a impossibilidade pr tica de sua execu o diante da m
511. to de que a R Senten a recorrida agride o disposto no art 832 da Consolida o e art 458 do C digo de Processo Civil Ab initio de ser ressaltado que o art 832 da Consolida o regulamenta de forma exaustiva os requisitos formais da decis o n o comportando a incid ncia supletiva do art 458 do C digo de Processo Civil diante da dic o do art 769 da Consolida o Ar Senten a guerreada n o padece do v cio processual sustentado porquanto atende o preceito regente E insustent vel o formalismo exacerbado propugnado pelo recorrente A refer ncia s folhas em que foram expostos os fundamentos da causa de pedir pedidos e argumentos da defesa apesar de denunciar 202 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA desapego a rigor processual ou qui excesso de feitos n o implica em preju zo processual Sem preju zo processual n o se pronuncia nulidade diante do princ pio da transcend ncia que radica do art 794 da Consolida o Rejeito a argi i o de nulidade fls 166 7 Afirma o Minist rio P blico em suas raz es recursais ter o Tribunal de origem ao validar a deficit ria senten a de primeira inst ncia incorrido em ofensa ao art 832 da CLT Sem raz o o recorrente Constato a partir da leitura da decis o revisanda que o Ju zo de 1 grau se limitou a fazer refer ncia s folhas em que foram expostos os fundamentos da causa de pedir
512. to processual n o resulta em nulidade mas sim no conserto da decis o resta analisar a car ncia da a o por ilegitimidade ativa do recorrente indiscut vel que o Texto Magno considera como sendo inerente s fun es institucionais do Minist rio P blico a promo o de inqu rito civil e a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e outros interesses difusos e coletivos como se extrai do inciso II do art 129 da CFR O Texto Magno credita ao Minist rio P blico do Trabalho legitimidade ativa para interpor a o civil p blica em defesa de interesses difusos e coletivos como atribui o inerente s fun es institucionais sem qualquer alus o a direitos individuais homog neos N o obstante digress o doutrin ria e jurisprudencial adoto a tese de que o Minist rio P blico do trabalho tem legitima o ativa para Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA promover a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho apenas em defesa de interesses coletivos difusos e coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos conforme art 83 III da Lei Complementar n 75 93 A refer ncia s fun es institucionais previstas nos Cap tulos I IH II e IV do T tulo I com a ressalva especial art 84 n o tem o cond o de ampliar as atribui es espec ficas do inciso II do art 83 sob pena de c
513. tores de poder no mercado O convite reflex o sobre as tutelas laborais n o pode pois ser recusado Sem maiores pretens es na dimens o poss vel de tempo espa o oferecemos nossa contribui o com duas pequenas notas sobre o tema Na primeira se o uma nota sobre novas tutelas legislativas que pretendem dar conta de rela es de trabalho nem t o novas assim que originalmente encontravam se nas adjac ncias do Direito do Trabalho O objetivo noticiar a recente aprova o pelo Parlamento espanhol da primeira tentativa que se conhece neste in cio de s culo de regular de modo sistem tico o trabalho aut nomo ampliando 2 a tutela ao trabalho al m da rela o de emprego e perquirir acerca de atividades legislativas em nosso pa s que visam o mesmo universo de sujeitos Real am se as possibilidades de constru o de novas tutelas pela atividade do int rprete voltadas concretiza o da Constitui o brasileira mormente pela aplica o do art 7 totalidade de seus destinat rios Na segunda se o Novas tutelas antigas labutas e demandas nos voltamos ao nosso mais singular objeto de pesquisa a rela o de emprego investigando a renova o dos modos de prote o aos indiv duos e coletividades do trabalho em cinco aspectos hoje relevantes no desenho das institui es e rela es trabalhistas na contemporaneidade 2 TUTELA LEGISLATIVA AO TRABALHO QUE N O EMPREGO UMA NOTA J n o
514. tr ria por uma rela o jur dica base HI interesses ou direitos individuais homog neos assim entendidos os decorrentes de origem comum Verifica se da exegese do artigo ora transcrito que o que diferencia os interesses e direitos difusos dos coletivos saber quem s o seus titulares Isso porque o interesse difuso indetermin vel porque est disperso pela sociedade como um todo pois decorre de uma rela o f tica O interesse coletivo por seu turno indeterminado mas determin vel podendo estar inserido em um determinado grupo categoria ou de segmento caracterizado de indiv duos rela o jur dica de base J no direito individual homog neo seu titular perfeitamente identific vel tendo uma origem comum Tais interesses por sua pr pria natureza s o divis veis porque seus titulares s o pessoas determinadas pois cada titular pode ajuizar a sua defesa individualmente pelas vias cl ssicas ou por interven o de terceiros interessados litiscons rcio Na prele o do doutrinador e professor Raimundo Sim o de Melo A A o Civil P blica na Justi a do Trabalho ao discorrer sobre qual seria a pretens o das a es civis p blicas que visam a proteger interesses individuais homog neos perfilhou que consistia em obriga o de pagar porque o que se busca em ju zo uma indeniza o concreta em favor dos titulares individuais dos direitos ofendidos enquanto nas a es civis p blicas q
515. trabalho PL 7009 06 e sobre est gio de estudantes O primeiro em tramita o no Congresso origin rio do Poder Executivo visa a estabelecer uma regula o intermedi ria quelas cooperativas de trabalho voltadas produ o quando seus associados det m os meios de produ o e contribuem com trabalho para a produ o em comum de bens ou voltadas realiza o de servi os quando constitu da por trabalhadores aut nomos para viabilizar a presta o de servi o acabado a terceiros desvinculado dos objetivos e atividades final sticas do contratante e desde que n o utilizadas para intermedia o de m o de obra subordinada Constam de tal projeto regras que reconhecem a inexist ncia de rela o de emprego em casos de verdadeiras cooperativas solid rias e democr ticas de trabalho mas que estendem certas tutelas aos trabalhadores cooperativados dentre os quais a necessidade de garantir aos filiados retiradas proporcionais s horas trabalhadas n o inferiores ao piso da categoria profissional e imp e o dever de zelar pelas normas de sa de e seguran a do trabalho previstas na Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 127 DOUTRINA Consolida o das Leis do Trabalho O segundo busca assegurar um conjunto de direitos aos verdadeiros estagi rios trabalhadores tamb m exclu dos da rela o de emprego dentre os quais o estabelecimento de uma carga hor ria limitada a seis horas di rias ou trinta hora
516. trapassar os limites da transa o levada a termo para abranger outras presta es decorrentes do contrato findo Intelig ncia dos arts 1 030 do C digo Civil de 1916 e 5 XXXVI da Carta Magna 4 indeniza o oferecida pela reclamada objetivou precisamente incentivar o desligamento do empregado n o afastando a obriga o patronal relativa aos demais direitos decorrentes do contrato de trabalho Entendimento pac fico desta Corte superior consagrado na Orienta o Jurisprudencial n 270 da SBDI 1 Recurso de revista conhecido e provido RR 1427 2002 040 12 00 Rel Min Lelio Bentes Corr a publicado no DJ 27 10 2006 sublinhei TRANSA O EXTRAJUDICIAL PLANO DE INCENTIVO AO DESLIGAMENTO VOLUNT RIO EFEITOS 1 Na pend ncia de processo judicial as partes s o inteiramente livres na autocomposi o 198 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA da lide trabalhista em princ pio Todavia em se tratando de transa o extrajudicial para prevenir lit gio imp e se encarar com naturais reservas a validade da aven a no plano do Direito do Trabalho m xime se firmada na vig ncia do contrato de emprego 2 A transa o extrajudicial que importa rescis o do contrato de trabalho ante a ades o do empregado ao plano de demiss o volunt ria implica quita o exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo N o tem pois o cond o de eximir o empregador do cumpri
517. tratar de direito que nasceu com a rescis o do contrato de trabalho Por fim vale ressaltar que o recurso tamb m n o merece prosperar por diverg ncia jurisprudencial O primeiro aresto de fl 1106 traz tese de que a prescri o parcial est condicionada propositura de a o dentro do bi nio subsegiiente ao t rmino do contrato de trabalho ou a partir do mo mento em que existe a o para reconhecimento de determinado direito hip tese n o enfrentada nestes autos em que o Regional adotou entendi mento de que a parcela n o tem natureza de complementa o de aposentadoria Quanto ao segundo paradigma de fl 1106 tem se que trata da aplica o da prescri o total nos termos da S mula n 326 do TST tese que n o se aplica a este caso pois sendo o direito indiscut vel a prescri o sempre parcial N o conhe o Isto posto Acordam os Ministros da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade I n o conhecer do recurso de revista quanto aos temas Preliminar de Nulidade da Decis o do Regional Impedimento da Ju za Relatora Atua o como Membro do Minist rio P blico no Processo Preliminar de Nulidade do Ac rd o Regional por Omiss o Quanto Alega o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 295 JURISPRUD NCIA TEM TICA de Omiss es na Decis o de Primeiro Grau Preliminar de Nulidade da Decis o Regional por Negativa de Presta o Jurisdicional
518. tular do direito material que tem legitimidade para propor a o Judicial na busca ou preserva o deste mesmo direito N o obstante o legislador excepciona certas situa es em que a lei pode autorizar expressamente que seja titular do direito processual aquele que n o o titular do direito material A regra ent o no plano do direito individual da legitima o ordin ria isto tem legitimidade processual o titular do direito material e a exce o a legitima o extraordin ria quando h autoriza o legal para que um terceiro tenha legitimidade processual embora n o seja o titular do direito material postulando em nome pr prio direito alheio No processo do trabalho a legitima o extraordin ria foi assegurada ao sindicato pelo art 8 III da Constitui o Federal ampliando as hip teses consagradas pela CLT de legitima o extraordin ria do art 195 2 no caso do adicional de insalubridade ou periculosidade e na denominada a o de cumprimento de norma coletiva reconhecida pelo art 872 par grafo nico Para nossa reflex o interessa constatar que a situa o concreta que nos apresentada apresenta uma primeira reclama o trabalhista que cont m hip tese de legitima o extraordin ria pois o sindicato aju za em nome pr prio uma reclama o em que busca direito alheio de que s o titulares os empregados da categoria por ele substitu dos J na segunda reclama o temos um dos
519. tura Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 21 DOUTRINA o adicional de tempo de servi o como magistrado para remunerar o maior tiroc nio a maior experi ncia a maior viv ncia a maior cultura atributos que s s o conseguidos com o tempo com a viv ncia com a labuta Quando iniciaram os esfor os para a fixa o de patamares de vencimentos melhores e afinal foram estabelecidos os subs dios que temos afirmei que os jovens magistrados de ent o batalhadores e vitoriosos na campanha iriam em breve provar do pr prio veneno E o que est acontecendo e agora concluem que foi um erro a extin o do ATS A Justi a do Trabalho tem por miss o constitucional processar e julgar as a es oriundas da rela o de trabalho abrangidos os entes de direito p blico externo e da administra o p blica direta e indireta da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos munic pios as a es que envolvam exerc cio do direito de greve as a es sobre representa o sindical entre sindicatos entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores os mandados de seguran a habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver mat ria sujeita sua jurisdi o os conflitos de compet ncia entre rg os com jurisdi o trabalhista as a es de indeniza o por dano moral ou patrimonial decorrentes da rela o de trabalho as a es relativas s penalidades administrativas impostas aos emp
520. udencia social Es decir que la regulaci n en la LETA del TRADE puede propiciar la utilizaci n de este estatus nuevo para desregular las situaciones de grupos de trabajadores sometidos al menos desde los par metros judiciales actuales al derecho del trabajo RDS 2007 v 39 p 7 A advert ncia s ria respeit vel e tem raz o de ser feita Afinal ainda relembrando os dilemas que a novidade nos traz neste mundo t o desigual a can o de Gilberto Gil prossegue em minha mem ria E a novidade que seria um sonho o milagre risonho da sereia virava um pesadelo t o medonho ali naquela praia ali na areia A novidade era a guerra entre o feliz poeta e o esfomeado Estra alhando uma sereia bonita despeda ando o sonho pra cada lado As altera es nas regras de compet ncia visando unifica o das m ltiplas rela es no mesmo ju zo competente para apreciar as causas tipicamente laborais nos remetem Reforma do Judici rio e amplia o da compet ncia da Justi a do Trabalho brasileira promovida pela Emenda 45 Registre se que O n g rdio do tema n o definir simplesmente que situa es jur dicas ser o apreciadas pela Justi a do Trabalho e quais os limites t cnicos para estabelecer o que s o rela es de trabalho e n o rela es de consumo Silva 2006 Para n s o fundamental analisar como a Justi a do Trabalho vem reagindo e julgando quando chamada a explicitar o que rela o d
521. ue nem mesmo solucionou a crise de certeza a que se destina todo provimento judicial o que priva a condena o de utilidade pr tica Grinover 2002 p 34 No fundo apenas se adia o problema da identifica o dos substitu dos e da prova das condi es de trabalho de cada um para depois do tr nsito em Julgado da senten a Como efetividade da senten a gen rica necess rio provar fato novo que o ajuste da situa o de cada suposto beneficiado hip tese gen rica do provimento o reconhecimento do direito do indiv duo depender da prova produzida na a o de liquida o por artigos Dinamarco 2000 p 1253 Nesse momento a efetiva apura o do nexo de causalidade e a fixa o do valor da condena o pressup em o exame da situa o particular de cada pretenso beneficiado O objeto da liquida o da senten a gen rica configura hip tese de direito individual puro Dinamarco 2000 p 1255 o que exige a identifica o do afirmado titular da rela o jur dica controvertida e leva extens o subjetiva da coisa julgada em caso de insucesso da prova produzida pelo sindicato Creio que a solu o mais adequada para superar esse cen rio de incerteza e de inseguran a jur dica a cria o por lei n o pela jurisprud ncia e nem pela doutrina de um procedimento destinado a regular a atua o do sindicato como substituto processual na defesa de direitos individuais puros Com esse prop sito o recente projeto d
522. ue s o providos mediante concurso p blico Conta ainda com 2 146 fun es comissionadas que devem ser preenchidas necessariamente por Palestra proferida no Encontro Nacional do Judici rio realizado em 25 de agosto de 2008 em Bras lia DF Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justi a do Trabalho Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 17 DOUTRINA funcion rios detentores de cargos efetivos do pr prio Tribunal ou requisitados ou removidos de outros rg os p blicos Nas 24 regi es trabalhistas compostas pois pelos 24 TRTs e por 1 371 Varas h 463 ju zes de Tribunais Regionais 1 378 ju zes titulares de Varas e 1 455 ju zes substitutos que atuam nas Varas No primeiro e segundo graus h 33 089 servidores sendo 211 ocupantes exclusivamente de cargos em comiss o 11 036 analistas judici rios 21 108 t cnicos judici rios e 734 auxiliares judici rios O que fizemos No exerc cio de 2007 foram ajuizadas nas Varas a es que compuseram 1 824 661 processos Desse total foram julgadas 1 813 355 ou 99 38 o que demonstra que estamos no limiar de inverter a tend ncia isto de passarmos a julgar mais processos do que recebemos iniciando se assim a redu o dos nossos res duos Nos TRTs ingressaram 646 671 recursos e a es origin rias tendo sido Julgados 613 449 ou 94 86 No TST no ano de 2007 ingressaram 165 466 recursos e a es origin
523. ue tutelam direitos difusos e coletivos a pretens o uma obriga o de fazer ou n o fazer cumulada conforme o caso com uma indeniza o de car ter gen rico que n o pode ser efetivada individualmente pelos trabalhadores lesados com efeito geral para todos os supostos prejudicados Nesse mesmo entendimento j julgou a Excelsa Corte por meio Julgamento RE 213 015 0 DF da lavra do Exmo Ministro N ri da Silveira DJ 24 05 2002 verbis Ora para se perceber como na a o civil p blica em apre o se defendiam interesses coletivos basta verificar que n o se postulou repara o do dano com rela o ao passado mas imposi o de obriga o de fazer em rela o ao futuro dando se demanda car ter cominat rio e n o indenizat rio individual No caso a a o civil p blica foi ajuizada pelo Minist rio P blico do Trabalho da 3 Regi o pretendendo compelir os r us a se absterem de inserir 168 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA cl usula convencional obstativa da defesa dos direitos dos trabalhadores a qual nos acordos anteriores imp s ao sindicato o compromisso de n o pleitear em a es coletivas as horas in itinere O Parquet requereu imposi o de obriga o de n o fazer no intuito de a empresa se abster de inserir tal cl usula O fundamento constitucional para o ajuizamento dessa a o se encontra tamb m na Carta Maior vejamos O art 127
524. uia no teor de humanidade de cada direito N o ser torturado mais b sico do que n o ter sua propriedade confiscada e mais ainda do que n o ser tributado injustamente Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 161 Jurisprud ncia Tem tica JURISPRUD NCIA TEM TICA A O CIVIL P BLICA MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO CL USULA CONVENCIONAL A O CIVIL P BLICA INTERESSE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO CL USULA CONVENCIONAL INTERESSES INDIVIDUAIS INDISPON VEIS No caso o Minist rio P blico do Trabalho figura no p lo ativo como Autor na a o civil p blica defendendo interesses coletivos individuais e indispon veis dos trabalhadores Pretende resguardar o direito dos trabalhadores requerendo a imposi o de obriga o de n o fazer no sentido de que n o seja reinserida nos acordos coletivos cl usula convencional em que o sindicato se compromete a n o pleitear horas in itinere por meio de a es coletivas Verifica se outrossim que os arts 127 e 129 incisos III e IX da Constitui o Federal legitimando o Minist rio P blico defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis a promover a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos e exercer outras fun es que forem conferidas desde que compat veis com sua finalidade n o fazem qu
525. ulidade de decis o preferida unanimidade h anos atr s porque al m de inexistente deveria ter sido apresentada perante o Tribunal de origem oportunamente o que n o se verifica in casu Resta afastada assim a alega o de ofensa aos arts 134 inciso II 267 3 e 301 4 do CPC N o conhe o Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 261 JURISPRUD NCIA TEM TICA 2 PRELIMINAR DE NULIDADE DO AC RD O REGIONAL POR OMISS O QUANTO ALEGA O DE OMISS ES NA DECIS O DE PRIMEIRO GRAU CONHECIMENTO Arg i o Banco preliminarmente nulidade da decis o regional por omis s o quanto alega o de omiss es na decis o de primeiro grau referentes aos seguintes aspectos a legitimidade exclusiva do Minist rio P blico para pro por a a o civil p blica no mbito trabalhista b extens o da condena o a todos os associados da autora e abrang ncia territorial da decis o em face do art 16 da Lei n 7 347 80 e c an lise do art 1 090 do C digo Civil de 1916 Aponta viola o dos arts 93 inciso IX da Constitui o Federal 458 do CPC e 832 da CLT Os arts 93 inciso IX da Constitui o Federal 458 inciso II do CPC e 832 da CLT disp em que as decis es judiciais ser o fundamentadas sob pena de nulidade A omiss o capaz de ensejar o reconhecimento da nulidade do julgado aquela que o Ju zo a quo n o analisa a mat ria debatida na hip tese situa o n o observada nos auto
526. undial O conceito de crime contra a humanidade ponto central do direito internacional penal surgiu a partir da para definir atos de persegui o agress o ou assassinato contra um grupo de indiv duos ou expurgos como o genoc dio pass veis de Julgamento por tribunais internacionais O exemplo mais bvio o Holocausto o exterm nio de cerca de seis milh es de judeus Diante de um crime dessa magnitude os pr prios Estados Unidos que na Primeira Guerra Mundial tinham resistido id ia de julgar pessoas por crimes de guerra mudaram de posi o e o ent o presidente Franklin Roosevelt foi um dos principais articuladores para a realiza o do Tribunal de Nuremberg A discuss o principal em torno dos crimes contra a humanidade a sua circunscri o ao contexto de um conflito armado ou a possibilidade de julga mento pelo Tribunal Penal Internacional de crimes cometidos sem a ocorr ncia de uma guerra Atualmente admitem se nessa categoria os ataques extensos e sistem ticos a popula es em que h o pressuposto de uma motiva o pol ti ca seja por parte de um Estado ou de uma organiza o o caso do Tribunal Penal Internacional criado para o julgamento do genoc dio em Ruanda na d cada de 90 J o Tribunal Penal para a ex Iugosl via julga indiv duos res 158 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 NOTAS E COMENT RIOS ponsabilizados por crimes de guerra cometidos no territ rio da antiga
527. undo a mo derna ci ncia processual o direito de a o abstrato aut nomo do direito material que visa a tutelar instrumental e p blico de forma que a a o em si n o tem nome que a qualifique ou a tipifique Se a demanda ajuizada com o objetivo de tutelar direito coletivo em sentido amplo este o aspecto essencial sendo irrelevante o nome atribu do a o seja pela doutrina pela jurisprud ncia ou mesmo pela lei N o h altera o de relevo se determinada norma jur dica estabelece que referida a o denomina se a o civil p blica ou outra norma a chama de a o coletiva O nome n o afeta a natureza coletiva da a o Neste estudo utiliza se a denomina o de a o coletiva eis que mais gen rica e de f cil rela o com o direito material objeto de tutela Ali s conforme a Exposi o de Motivos do Anteprojeto de C digo Brasileiro de Processos Coletivos de autoria da Professora Ada Pellegrini Grinover o Cap tulo II do Anteprojeto trata da a o coletiva Preferiu se essa denomina o tradicional de a o civil p blica n o s por raz es doutrin rias mas sobretudo para obstar a decis es que n o t m reconhecido a legitima o de entidades privadas a uma a o que denominada de p blica 3 ORIGEM E IMPORT NCIA DA TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA O sistema jur dico brasileiro ao prever as a es coletivas inspirou se de certa forma nas
528. ura Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 157 NOTAS E COMENT RIOS Na linha do tempo a primeira declara o dos direitos humanos teria sido o Dec logo ou os dez mandamentos Na Revolu o Francesa cujos princ pios iluministas tinham como base a liberdade e a igualdade perante a lei a defesa da propriedade privada e o direito de resist ncia opress o Finalmente a Declara o Universal dos Direitos Humanos da ONU de 1948 que constituiu uma rea o barb rie da Segunda Guerra Mundial A evolu o mostra a ocorr ncia de tr s gera es de direitos humanos a primeira engloba o direito vida liberdade e propriedade o enfoque reca a na pr pria liberdade Na segunda encontram se o direito sa de educa o e ao trabalho com foco na igualdade A terceira gera o mais atual concentra se no direito paz seguran a e ao meio ambiente O enfoque aqui na fraternidade H uma hierarquia entre esses direitos defendeu o ministro Ives Se n o defendermos a vida o resto perfumaria O direito nascido da guerra Na palestra Crimes contra a Humanidade Sistema Internacional de Repress o o subprocurador geral da Rep blica Eug nio Jos Guilherme de Arag o apresentou um painel do Direito Internacional ramo recente iniciado timidamente ap s a Primeira Guerra Mundial mas que s tomaria corpo realmente depois de 1945 no rastro da Segunda Guerra M
529. urisprud ncia fl 408 Pretende ser pac fico na jurisprud ncia serem indevidas as comiss es caso seja cancelado o pedido e n o apenas em casos de insolv ncia do comprador fl 409 Transcreve arestos 320 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA O TRT concluiu fl 379 que apenas a insolv ncia do devedor autoriza o estorno em exame e que n o se pode confundir as figuras jur dicas da inadimpl ncia ou cancelamento do neg cio com a insolv ncia do devedor N o havendo prova de que foi a insolv ncia do devedor que embasou o estorno das comiss es pagas Reclamante h de ser mantida a senten a fl 379 Transcreve trecho doutrin rio de Alice Monteiro de Barros in verbis fl 379 Verifica se portanto que o direito comiss o surge ou com a aceita o expressa do neg cio ou de forma t cita com a expira o do prazo previsto para o empregador recusar a proposta Logo aceita a proposta de uma ou de outra forma nasce o direito do empregado s comiss es independentemente de o cliente cancel la 10 devolvendo a mercadoria que lhe foi entregue com defeito ou outro motivo qualquer e deixando de efetivar o pagamento Da mesma forma se por motivo alheio vontade do empregado o empregador deixa de entregar a mercadoria ainda assim far jus s comiss es pois j houve disp ndio de energia do trabalhador insuscet vel de restitui o situando se o desfazimento do neg cio n
530. ursos da reclamante Associa o dos Funcion rios Aposentados do Banco do Estado de S o Paulo AFABESP e do d Minist rio P blico do Trabalho na forma da fundamenta o supra determinando se o retorno dos autos d Vara de primeiro grau para que afastada a car ncia de a o decida quanto ao m rito do pedido como entender de Direito fls 315 317 Sustenta o reclamado que as associa es n o podem ser equiparadas aos sindicatos raz o pela qual n o lhes permitido defender os interesses de trabalhadores na Justi a do Trabalho Alega que a Associa o representa apenas os interesses dos seus associados enquanto o sindicato age em nome de toda a categoria profissional Aduz ainda que a Associa o autora n o representa nenhuma categoria profissional n o sendo poss vel a sua equipara o a um sindicato Afirma tamb m que apenas o sindicato poderia defender os interesses pleiteados nesta demanda Quanto ao cabimento da a o civil p blica assevera que somente o Minist rio P blico parte leg tima para propor a o civil p blica na Justi a do Trabalho e que n o poss vel pleitear por meio da referida a o coletiva direitos marcadamente individuais ou dispon veis Aponta ofensa aos arts 5 inciso XX e 8 caput e incisos III e V da Constitui o Federal 513 al nea a e 515 da CLT 62 inciso IV e 81 par grafo nico da Lei n 8 078 90 e 6 inciso IV al nea d e 83 inciso III
531. v g art 1 da Lei n 4 717 65 art 5 da Lei n 7 347 85 e art 82 da Lei n 8 078 90 De acordo com o disposto no art 857 e seguintes da CLT a aus ncia de sindicato representativo de classe leva sucessivamente legitima o processual das federa es e confedera es para os diss dios coletivos e portanto para as a es coletivas em geral Acrescente se que parte da doutrina considera que os direitos da cate goria como os que s o tutelados atrav s da greve pertencem a ela e n o aos seus integrantes individualmente considerados de sorte que s a ela cabe a tutela processual e a defesa judicial respectiva N o h finalmente como se falar em legitimidade passiva das chamadas centrais sindicais pois esses entes horizontais n o se inserem no contexto da organiza o sindical brasileira que essencialmente vertical Toda essa constru o aplica se sem exce o s a es civis p blicas que tutelam o direito de greve seja no campo da jurisdi o trabalhista seja 75 MAIA Diogo Campos Medina A A o Coletiva Passiva o retrospecto hist rico de uma necessidade presente In GRINOVER Ada Pellegrini MENDES Alu sio Gon alves de Castro WATANABE Kazuo Orgs Direito Processual Coletivo e o anteprojeto do C digo Brasileiro de Processos Coletivos S o Paulo RT 2007 p 333 76 Contra MELO Raimundo Sim o Op cit p 114 77 MAIA Diogo Campos Medina Op cit p 333 78 M
532. verdadeira liberdade sem igualdade ao passo que n o h verdadeira igualdade sem liberdade A paridade e a interdepend ncia entre igualdade e liberdade s o o eixo sobre o qual se apresentam os sete maiores desafios das perspectivas atuais dos direitos humanos na vis o da procuradora a tens o entre o universalismo e o relativismo cultural ou multiculturalismo entre a laicidade do Estado e os fundamentalismos religiosos entre o direito ao desenvolvimento e as assimetrias Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 153 NOTAS E COMENT RIOS globais entre o respeito diversidade e a intoler ncia entre o combate ao terrorismo e a preserva o das liberdades p blicas e entre o unilateralismo e o multilateralismo Acredito na implementa o dos direitos humanos como a nossa racionalidade e resist ncia como a nica plataforma emancipat ria do nosso tempo defendeu Fl via Piovesan As viola es exclus es injusti as discrimina es intoler ncias s o um constru do hist rico a ser urgentemente desconstru do que possamos assumir o risco de romper com essa cultura de naturaliza o banaliza o e trivializa o das desigualdades e exclus es que n o comp em de forma inexor vel o destino da nossa humanidade concluiu Dignidade da pessoa humana princ pio e efic cia A palestra seguinte coube ministra Cristina Peduzzi do TST que abordou o tema Princ pio da Dignidade da Pessoa Human
533. viola o dos arts 127 caput e 129 III e IX da Constitui o Federal 6 VII d 83 II e 84 da Lei Complementar n 75 93 Decis o em sentido contr rio prolatada pela egr gia Turma viola o art 896 da CLT Conhe o dos embargos II M RITO Conhecidos os embargos por viola o do art 896 da CLT e com fundamento no art 143 do RITST e no Precedente n 119 da Orienta o 252 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA Jurisprudencial da SBDI I exsurge como consegii ncia l gica o seu provimento para nos termos dos arts 127 e 129 III e IX da Constitui o Federal e 6 VII d 83 III e 84 da Lei Complementar n 75 93 reconhecer se a legitimidade ad causam do Minist rio P blico do Trabalho para postular as repara es pecuni rias constantes da exordial Determina se portanto o retorno dos autos douta Vara do Trabalho de origem a fim de que prossiga no julgamento da mat ria como entender de direito afastada a ilegitimidade do Parquet Isto posto Acordam os Ministros da Subse o I Especializada em Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho por maioria conhecer dos embargos por viola o do art 896 da CLT vencidos os Exmos Ministros Aloysio Corr a da Veiga relator Vantuil Abdala Milton de Moura Fran a Carlos Alberto Reis de Paula e Maria Cristina Irigoyen Peduzzi e por unanimidade dar lhes provimento para afastada a ilegitimidade do M
534. vo brasileiro um novo ramo do direito processual S o Paulo Saraiva 2003 p 119 Os Estados Unidos podem ser considerados o pa s que tem mais tradi o na tutela dos interesses de massa tanto que a nossa a o civil p blica foi inspirada nas suas class actions a es de classe destaques do original 106 Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 DOUTRINA zos sofridos pelos titulares dos direitos de origem comum conforme regula menta o no C digo de Defesa do Consumidor veio a consagra o definitiva no sistema brasileiro da categoria das class actions for damage ou seja das a es civis de responsabilidade pelos danos sofridos por uma coletivida de de indiv duos A class action foi objeto de regulamenta o no sistema norte america no pela Federal Equity Rule 38 de 1912 passando a assumir maior import ncia com a Regra 23 das Federal Rules of Civil Procedure apresentando as seguintes regras fundamentais admissibilidade da class action quando imposs vel reunir todos os integrantes da class controle do juiz sobre a adequada representativida de com a aferi o de comunh o de interesses entre os membros da class Nos tempos hodiernos a utiliza o das demandas coletivas cada vez mais se amplia com expans o das hip teses de sua aplica o Nada mais coerente diante da complexidade das rela es sociais e da assim chamada sociedade de massa Ness
535. vos e difusos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos Ao rg o do Minist rio P blico do Trabalho n o dado manej la em defesa de interesses individuais Rev TST Bras lia vol 74 n 3 jul set 2008 JURISPRUD NCIA TEM TICA homog neos cuja meta individualidade exsurge apenas na forma empregada para a defesa em ju zo Embora de origem comum trata se de direitos materialmente divis veis raz o pela qual a repara o decorrente da les o sofrida pelo titular do direito subjetivo sempre apur vel individualmente Exegese que se extrai da an lise conjunta dos arts 129 inciso III da Constitui o da Rep blica de 1988 c c 83 da Lei Complementar n 75 93 Embargos de que n o se conhece fls 459 O Minist rio P blico do Trabalho interp s RE fls 471 494 para que fosse reconhecida sua legitimidade processual para defesa de interesses individuais homog neos com fundamento em precedentes do STF O RE foi admitido fls 533 534 A PGR opinou favoravelmente pretens o do Recorrente fls 541 545 Destaco do parecer O E Supremo Tribunal Federal por ocasi o do julgamento do Recurso Extraordin rio n 213 015 0 Rel Min N ri da Silveira DJ 24 05 2002 fixou o entendimento de que independentemente da pr pria lei fixar o conceito interesse coletivo ele conceito de direito constitucional a medida em que a Carta Pol tica dele faz uso para especificar as esp ci
536. zam o espa o de poder do empregador na rela o de emprego Em uma conjuntura na qual a jurisdi o constitucional tem sido en rgica na preserva o da intimidade e engendra uma campanha contra a institucionaliza o do grampo do controle sobre as comunica es interpessoais seja por meio de telefones ou de outros meios de comunicar h que se indagar com mais seriedade o que a jurisdi o laboral pode fazer para impedir que os poderes privados fa am o que j n o se admite que os poderes p blicos fa am sem controle Diante de novos m todos de controle empresarial sobre os corpos e mentes dos trabalhadores potencializados pela introdu o de novas tecnologias que permitem bisbilhotar em tempo real a aplica o dos direitos fundamentais nas rela es privadas pode ser o caminho para a constru o de novas tutelas que controlem e limitem o exerc cio dos poderes de comando de dire o e disciplinar do empregador O reconhecimento da exist ncia de subordina o e a consegiente legitima o pelo Direito da rela o hier rquica no mundo do trabalho que se traduz pelo reconhecimento de uma tr ade de poderes que se legitimam reciprocamente Ackerman 2005 p 21 de organizar a atividade produtiva de dirigir a atividade pessoal dos subordinados no marcos da empresa e de sancionar os descumprimentos na execu o laboral n o afastam a aplica o dos direitos fundamentais nas rela es de emprego Muito ao contr rio
537. zer deduzidas Inconformado com a senten a proferida fls 1387 1392 mediante a qual fora julgada parcialmente procedente a a o civil p blica limitando se a condena o s obriga es de fazer e de n o fazer com a comina o de multa e rejeitando se o pedido de condena es pecuni rias por ilegitimidade ad causam o Minist rio P blico do Trabalho recorreu ordinariamente O Tribunal Regional do Trabalho da 22 Regi o mediante ac rd o prolatado s fls 1469 1474 conheceu da remessa oficial para no m rito por maioria reformar parcialmente a decis o proferida pelo Ju zo de primeiro grau a fim de excluir da condena o o recolhimento das contribui es previdenci rias Houve por bem ainda a Corte de origem unanimemente conhecer e dar provimento parcial ao recurso ordin rio interposto pelo Minist rio P blico apenas para afastar o car ter protelat rio dos embargos de declara o interpostos senten a No tocante ao pedido de condena es pecuni rias deduzido pelo Minist rio P blico valeu se o Tribunal Regional do Trabalho da 22 Regi o dos fundamentos sintetizados na ementa de fl 1469 de seguinte teor A O CIVIL P BLICA Minist rio P blico do Trabalho Legitimidade Interesses Tutelados Limites O Minist rio P blico do Trabalho tem legitimidade ad causam para em a o civil p blica promover a defesa de interesses ou direitos difusos e coletivos A a o civil p blica por m n

Revista do Tribunal Superior do Trabalho, v. 74, n. 3, jul./set

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents