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cidade mais verde - FAU - Universidade de São Paulo

1. Ponto de Cultura mt te fot oo EROT Fi To ETIE Proleta Parcel Crit rios de Escolha e Cultura J 1 Receptividade da proposta 3 3 2 Identifica o com a tem tica 1 3 3 Disponibilidade para a 3 3 realiza o da proposta 4 Infraestrutura 3 3 5 Uso de software livre e 3 1 formatos abertos 6 Ader ncia com os interesses dos participantes do Ponto 3 3 de Cultura 7 Possibilidade de apropria o ai 3 3 continuidade TOTAL 19 19 149 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 Junho de 2013 O Ponto de Cultura Esta o da Cidadania e Cultura encontra se na rea insular de Santos figura 1 em per metro urbano a cerca de 200 metros do Canal 3 um ca nal que realiza o escoamento de guas pluviais para o mar localizado na Avenida Washington Lu s constitu do juridicamente como Organiza o N o Governamental ONG fundada em 2002 o Assi E send 7 3 josPoun 2 for danene ss SF oe bees evo toe sh J tweet A Santos Dumont p Rodrigo Silva VEZES mee g k N A A a A a fr s 4 Al s t bx 4 g nd N t 4 2 y 4 o N 1000 EEN CA Figura 1 Localiza o do Ponto Esta o da Cidadania e Cultura OPEN STREET MAP 2012 7 OpenStreetMap uma iniciativa aberta para criar e fornecer dados e mapas geogr ficos Mais informa es em http blog osmfoundation org faq 150 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 O Ponto de Cultura
2. Ao analisar pacientes em interna o hospitalar ap s cirurgia Ulrich 1984 verificou que aqueles que estavam em quartos com janelas voltadas para reas verdes tinham menor per odo de interna o em rela o queles cujas janelas estavam voltadas para edif cios Al m do menor tempo de interna o esses pacientes utilizavam menor dose de medicamentos e tinham avalia o mais favor vel por parte das enfermeiras Diversas institui es de sa de est o incorporando jardins de cura em suas insta la es Esses jardins que devem incentivar o conv vio e o apoio social e oferecer a possibilidade de atividades f sicas e contato com a natureza podem desempenhar papel complementar aos tratamentos medicamentosos diminuindo o stress a ansie dade a press o sangu nea e a ins nia aumentando assim a qualidade de vida dos pacientes TEXAS A amp M UNIVERSITY 2003 Os benef cios verificados nos jardins dos hospitais tamb m se estendem s reas vegetadas e aos espa os livres da cidade por m desde que estes recebam manu ten o utiliza o e seguran a adequados oferecendo condi es prop cias para o desenvolvimento de atividades sociais do contr rio essas reas podem aumentar a sensa o de inseguran a gerando stress Para Lima 1996 o desenho da vegeta o na cidade tamb m deve considerar as diversas formas de apropria o dos espa os urbanos Dependendo da situa o uma cobertura arb rea densa pode n
3. GUA COM USO DE VEGETA O MIMETIZAM ECOSSISTEMAS MIDOS E N O OUTROS ECOSSISTEMAS De oceanos a desertos dos Alpes su os floresta amaz nica todos os ecossistemas obedecem aos princ pios da termodin mica Sua primeira lei determina que um tipo de energia pode ser transformado em outro As plantas por meio da fotoss ntese fazem isso durante o dia transformando a energia solar em energia qu mica E este pequeno mi lagre que compartilhado via cadeia alimentar possibilita a vida em nosso planeta e con segue amenizar os efeitos da implac vel segunda lei da termodin mica a de que a cada transforma o de energia parte da energia inicial se dispersa em formas irrecuper veis Embora geralmente sejam expressas em termos de energia as leis da entropia tam b m se aplicam mat ria No entanto importante observar que enquanto a energia entra e sai dos ecossistemas o tempo todo chegando como luz e saindo como calor por exemplo a mat ria tende a ser retida dentro do ecossistema conservando se em n veis constantes atrav s dos processos de ciclagem de nutrientes e de decomposi o da mat ria org nica As plantas tamb m s o capazes de realizar um segundo milagre este bem menos reverenciado o de transformar mat ria org nica em inorg nica E vice versa Embora todos os ecossistemas sejam capazes de realizar os processos descritos aci ma ODUM 1988 explica que os ecossistemas de terras ala
4. bioqu micos simb lico recursos gen ticos Suporte Servi os necess rios para a produ o de todos os outros servi os Forma o do solo Ciclos dos nutrientes Produtividade prim ria Biodiversidade Figura 1 Quadro de servi os ecossist micos desempenhados pela natureza Aqui produ o si n nimo de abastecimento e suporte de apoio Fonte Millennium Ecosystem Assessment Avalia o Portuguesa Dispon vel em lt http ecossistemas org ficheiros Folheto Port pdf gt Acessado em 04 de abril de 2013 Embora essa defini o d margem ao argumento de que a cidade extremamente bem sucedida no provimento de servi os culturais ainda que nunca se questione a qualidade deles ela geralmente deficit ria no provimento dos demais servi os principalmente quando se apresenta em sua forma hiperb lica a metr pole O CONSELHO DE AVALIA O ECOSSIST MICA DO MIL NIO esclarece que isso ocorre porque as interven es humanas podem aumentar alguns servi os embora muitas vezes isso ocorra custa de outros servi os 2005 p 110 1 Comumente negligencia se o fato de que nem tudo que cultura s pode fazer o bem al m de fazer bem como explica COELHO 2008 p 11 17 O recente relat rio A Pegada Ecol gica de S o Paulo Estado e Capital 2 da WWF relata o custo desta hiperespecializa o urbana O estudo apresenta dados impres sionantes acerca das reas que S o P
5. ministrado pela mesma e promovido pela associa o de Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa em Ponta Grossa entre 31 de maio e 01 de junho de 2007 97 J os cemit rios do tipo vertical se projetados e executados corretamente encerram apenas o impacto inerente constru o de qualquer edifica o Pelo motivo de n o possu rem t mulos constru dos no n vel do solo n o t m potencial para contamina o do mesmo nem dos aqu feros subterr neos No entanto preciso que os l culos sejam confeccionados de materiais imperme veis de maneira a impedir o vazamento de ne crochorume e gases decorrentes da decomposi o cadav rica onde estes ltimos de vem passar por tratamento antes de sua libera o para a atmosfera CONAMA 2003 N o obstante os riscos apresentados medidas investigativas nas reas de implanta o dos cemit rios s o muitas vezes deixadas de lado Geralmente aos de car ter p bli co s o reservadas reas desvalorizadas da cidade sem qualquer cuidado ou estudo pr vio No Brasil n o h uma fiscaliza o rigorosa a cemit rios e as leis espec ficas atuais s o muito recentes sendo a primeira em n vel nacional a resolu o N 335 de 3 de abril de 2003 do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente requerendo licen a ambiental para o funcionamento dos cemit rios Ou seja existem muitos ce mit rios constru dos pelo pa s em desacordo com a legisla o vigente Depois desta ainda vieram a
6. o de 6 ao ano e prev se que em 2015 abrigar cerca de 25 milh es de pessoas Em Lagos situam se mais de 10 000 em presas industriais e comerciais e uma consider vel concentra o de ve culos A cida de fica na costa do Golfo da Guin numa m dia de cinco metros acima do n vel do mar e se estende bordejando uma lagoa onde se pratica aquicultura extensiva por entre ilhas e manguezais cercada por coqueiros e floresta tropical A regi o metropolitana de Lagos tem uma rea de 14 144 km e se estende por todo o estado de Lagos e grande parte do estado de Ogun e vem lutando como muitas outras grandes cidades contra estradas desastrosas a superlota o e as p ssimas condi es de tr fego Esta situa o foi reconhecida pelo estado e pela popula o que iniciou um processo de discuss o Em 1960 ano da independ ncia da Nig ria e por alguns anos depois Lagos pri meiro como territ rio da capital federal e posteriormente como Lagos Estado foi uma cidade de jardins hip dromos parques campos de flores e fauna Na verdade Lagos ficou famosa por sua participa o na s rie de competi es de flores locais e 4 Desde 1991 Abuja a nova capital da Nig ria 5 www c40cities org cities 01 06 2011 220 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 11 Junho de 2013 nacionais Tudo isso foi perdido com o advento do boom do petr leo na d cada de 1970 que testemunhou um frenesi de constru o dando at
7. o de uma infraestrutura verde mais eficaz no enfrentamento desses fen menos para a metr pole paulistana Por fim apresentam se alguns trabalhos que se ligam ao tema desta Revista de forma mais indireta mas que tratam de aspectos pol micos de sustentabilidade tornando a lei tura do peri dico mais instigante como s o os casos dos artigos 2 4 e 7 conforme segue FRETIN no artigo 2 discute a energia solar incorporada a edif cios por meio de novas tecnologias com a finalidade de gera o de energia el trica trazendo consequ ncias na forma dos mesmos e na forma urbana possibilitando o surgimento de paisagens tecnol gicas inusitadas para o futuro das cidades J o artigo 4 de SANTOS traz a discuss o dos espa os cemiteriais nas reas urbanas e suas possibilidades de uso pela popula o mas tamb m mostrando problemas s rios provocados por seus impactos de contamina o ambiental levando a autora a propor novas tecnologias que tornem aqueles espa os mais sustent veis no meio urbano O artigo 7 destaca se dos demais por sua abordagem em cultura e cidadania aplicada aos pontos de cultura na cidade de Santos e que se prende tem tica da Revista LABVERDE por seu empenho em pesquisa de ecologia humana trazendo resultados interessantes em resili ncia cultural Na se o Entrevistas a Revista LABVERDE traz a discuss o sobre a Nova Pra a Roosevelt aplicando dez quest es aos entrevistados Destacam se
8. MASCAR L Ambi ncia Urbana 3 ed Porto Alegre Masquatro Editora 1996 MORINAGA C M Recupera o de reas Contaminadas Um novo desafio para projetos paisag sticos Disserta o Mestrado Faculdade de Arquitetura e Urbanis mo da Universidade de S o Paulo FAUUSP S o Paulo 2007 NETTO O M D C T cnicas de Minimiza o da Drenagem de guas Pluviais Ge renciamento do Saneamento em Comunidades Organizadas S o Paulo s n 2004 Dispon vel em lt www etg ufmg br tim2 auladrenagem ppt gt Acesso em 15 jul 2007 NOWAK D J Understanding the Structure Journal of Forestry n 92 p 42 46 1994 O ESTADO DE S O PAULO Metade das falhas provocada por queda de rvo res S o Paulo 14 abr 2011 Cidade Metr pole P C3 PENHALBER E D F et al Aspectos Urbanisticos de Espa os P blicos e Areas Verdes In ROMERO M D A JUNIOR A P BRUNA G C Panorama Ambiental da Metr pole de S o Paulo S o Paulo Sigrus 2004 Cap 14 p 305 349 R7 NOT CIAS Portal de not cias da Central Record de Comunica es Dispon vel em lt www r7 com gt Acesso em 20 dez 2011 ROTERMUND R M MOTTA V P ALMEIDA V D S Estudo sobre a perda de mudas arb reas plantadas no sistema vi rio da cidade de S o Paulo Revista da Sociedade Brasileira de Arboriza o Urbana Piracicaba 2012 No prelo 142 S O PAULO CIDADE SECRETARIA DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE Invent rio da Fauna do Munic pi
9. Revista Era Junho 2013 N 6 ISSN 2179 2275 cidade mais verde y LABVERDE FAU USP REVISTA LABVERDE V 1 N 6 LABVERDE Laborat rio VERDE FAUUSP Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Junho 2013 ISSN 2179 2275 Ficha Catalogr fica Servi o de Biblioteca e Informa o da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP REVISTA LABVERDE Universidade de S o Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Projeto LABVERDE Laboratorio Verde v 1 n 6 2013 S o Paulo FAUUSP 2013 Semestral V cm v 1 n 6 jun 2013 ISSN 2179 2275 1 Arquitetura Periddicos 2 Planejamento Ambiental 3 Desenho Ambiental 4 Sustentabilidade Universidade de Sao Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Projeto LABVERDE Il Titulo CDD 712 Revista LABVERDE V I N 6 LABVERDE Laborat rio Verde Rua do Lago 876 Cidade Universit ria Bairro do Butant CEP 05508 900 S o Paulo SP Tel 11 3091 4535 Capa Rizia Sales Carneiro Ilustra o Projeto da nova Pra a Roosevelt da Borelli amp Merigo Arquitetura e Urbanismo e mail labverde usp br Home page www usp br fau depprojeto revistalabverde Revista LABVERDE Junho 2013 ISSN 2179 2275 Universidade de S o Paulo Jo o Grandino Rodas Reitor H lio Nogueira da Cruz Vice Reitor Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Marcelo de Andrad
10. culdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Documento digitalizado em Pdf S o Paulo 2005 44 Energia e efici ncia energ tica das constru es com o objetivo de prover sa de e conforto nas edifica es tem sido o cerne das preocupa es dos profissionais enga jados com a sustentabilidade e tem envolvido principalmente arquitetos herdeiros da linha de pensamento org nica Acelerados avan os tecnol gicos na ind stria ligada constru o e novidades em materiais com as mais diversas caracter sticas e em componentes para a constru o tem aquecido os mercados e proporcionado novas possibilidades para projetos Paralelamente ferramentas computadorizadas sofisticadas permitem simula es c lculos e estimativas r pidas eficazes e confi veis para avaliar previamente o de sempenho de solu es ou solu es poss veis trabalhando com um n mero cada vez maior de vari veis A tecnologia n o constitui portanto um entrave ado o de sistemas de energia solar na arquitetura H uma discuss o mais delicada no mbito da arquitetura em si onde se nota com raz o uma inquietude inerente sobre os destinos e o papel da arquitetura vindoura H uma diferen a importante a ser notada entre as t cnicas desenvolvidas para os equipamentos solares com o objetivo primordial de alcan ar o rendimento ou a efici ncia m xima e a sua aplica o em projetos de arquitetura lembrando que estes l
11. gua e fundos de vale com o objetivo de considerar a rede h drica como elemento estrutura dor da urbaniza o Os Parques Lineares que acompanham os fundos de vale vieram a constituir o principal eixo de a o desse programa no intuito de resgatar a l gica am biental da bacia hidrogr fica Esses Parques Lineares s o portanto uma nova diretriz infra estrutural que passam a definir faixas de utilidade p blica ao longo dos cursos d gua com o objetivo de implanta o de uma infra estrutura verde de recupera o am biental e lazer o in cio de uma estrutura o de infraestrutura verde Temos um exem plo concreto e muito bem sucedido desta a o na descanaliza o de um dos c rregos formadores do ribeir o do Ipiranga dentro do Jardim Bot nico de S o Paulo conforme mostra a figura abaixo Neste caso havia um passeio pavimentado que constitu a o eixo de entrada daquela rea verde Por baixo do enorme piso de mosaico portugu s que co bria o antigo eixo de acesso corria o c rrego tubulado que carregava consigo as guas das nascentes preservadas do ribeir o hist rico hoje descanalizado e com margens revegetadas e contando com um passeio em deck de madeira que atrai os visitantes observa o do curso d gua que ora corre a c u aberto e a flora e fauna locais Vale lembrar que em 2005 a cidade possu a somente 34 parques municipais 15 mil metros quadrados de area protegida em 2008 esse n mero aumentou
12. melhoria nas condi es microclim ticas entre outros Entretanto apenas a exist ncia de um alto n mero de reas verdes na cidade n o garante a qualidade de vida de seus habitantes necess rio que haja tamb m ser vi os de infraestrutura b sicos como saneamento coleta de lixo vari veis essas que correspondem n o s a qualidade de vida dos habitantes da cidade mas tamb m a qualidade ambiental evitando problemas como a contamina o de solos ou mesmo a degrada o e polui o dessas reas Al m disso a acessibilidade aos parques deve ria ser crit rio importante dai analisarmos o raio de influencia destes parques A cidade de S o Paulo caracterizada pela urbaniza o intensa e consolidada restando poucos espa os para a implementa o de novos parques Atualmente tem havido um esfor o por parte do poder p blico para contornar essa situa o atrav s de projetos de novos parques urbanos como o caso do programa 100 parque que vem sendo executa do pela Secret ria do Verde e do Meio Ambiente No mapa 3 percebe um eixo principal de rea de influ ncia dos parques urbanos existen tes no sentido Oeste Leste H ainda um corredor ao norte Na regi o sul no entanto percebe se que n o h qualquer influ ncia dos parques urbanos uma vez que pratica mente n o existem parques em rea suficiente em nenhuma das tipologias Situa o curiosa a rea de influ ncia dos parques no entorno do reservat rio Guarapi
13. nica 1 Aqui entram os preceitos da diversidade e irregularidade A escala humana quando desprovida destes n o suficiente pois n o inclui toda a necessidade da experi ncia humana que fica fenomenologicamente empobrecida enquanto o ambiente urbano fica ecologicamente fragilizado Estes preceitos por possu rem uma l gica inerente aos processos naturais capacitam a integra o da natureza de forma org nica pos sibilitando o usufruto de seus servi os ecossist micos 11 PEVSNER Nikolaus Visual Planning and the Picturesque Los Angeles Getty Publications 2010 68 DIVERSIDADE E IRREGULARIDADE O New Urbanism n o nega o preceito de diversidade mas o reduz ao uso do solo e ao social Mesmo este ltimo defendido na teoria foi objeto de cr tica por David Harvey 2 que apontou seus perigos de segrega o social e gentrifica o Quais os meios para garantir a diversidade sociocultural frente tend ncia contempor nea e ao fechamento em comunidades autocentradas por sentimentos tnicos e nacionalis tas torna se uma quest o importante Aprender com a natureza pode ser talvez uma forma de refletir sobre como a diversidade positiva tamb m em outras inst ncias como uma met fora para a coexist ncia harm nica e pac fica entre as diferen as Mas vamos nos ater no entanto naquilo que diz respeito ao desenho urbano e ques t es ecossist micas A diversidade se contrap e monotonia previsibilidade repe
14. o em rela o a o ao estabelecimento do programa e ao in cio das obras acabou gerando os tradicionais problemas em rela o s obras na cidade 9 LABVERDE A supress o do edif cio destinado ao Telecentro e da sede do Centro de Informa o da Mulher e a coloca o de um question vel edif cio des tinado Guarda Civil Metropolitana parece indicar uma clara vontade da admi nistra o p blica de gentrificar a rea O grupo de teatro Satyros por exemplo chegou a aviusar que iria sair da rea por conta dos aumentos no aluguel Con corda com a nossa avalia o REIS N o concordo a supress o do edif cio do Telecentro se deu por uma vis o equi vocada de setores da administra o e de entidades que consideraram que se est vamos demolindo uma rea o Pent gono n o dever amos mais construir outra edifica o 245 O programa original j contemplava a perman ncia da pol cia militar e da guarda civil por solicita o da comunidade A diferen a que o programa n o priorizava estes equipa mentos como elementos referenciais procurando disposi o mais discreta na pra a A quest o da gentrifica o nunca uma a o expl cita ela pode ocorrer pode ser intencional como sabemos pode mas n o foi o caso infelizmente uma l gica do mercado na sociedade da qual vivemos espa os requalificados acabam sendo va lorizados O poder p blico teria que se antecipar a este fen meno o que i
15. o na remo o de poluentes da at mosfera sua dispers o depende ainda do fluxo dos ventos no n vel da rua para gerar a mistura com as camadas de ar menos polu do Em ruas com vegeta o muito den sa a dispers o pode ficar comprometida pela diminui o dos ventos sendo importan te considerar este efeito em ruas de tr fego intenso GIVONI 1998 Outra importante influ ncia da vegeta o na composi o atmosf rica a capacidade de fixa o e produ o de determinados gases como o sequestro e armazenamento de CO na biomassa vegetal que ocorre durante o crescimento das plantas Apesar de reduzir as quantidades de CO e de part culas suspensas no ar a vegeta o respons vel pela emiss o de compostos org nicos vol teis COV De acordo com Aquino 2006 apud SCHIRMER E QUADROS 2010 a emiss o de COV biog nicos emitidos pela vegeta o aproximadamente sete vezes maior que a emiss o de COV antropog nicos em termos globais Os COV juntamente com os xidos de nitrog nio NOx e a radia o solar s o respons veis pela forma o do oz nio troposf rico i e aquele que ocorre na camada mais baixa da atmosfera importante poluente respons vel por problemas respirat rios e nevoeiros fotoqu micos tamb m chamados de smogs do ingl s smoke fuma a e fog neblina Por esse motivo na cidade de S o Paulo comum que as esta es de monitoramen to do ar localizadas no Parque do Ibirapuera e na Ci
16. ol gicos e arquitet nicos A rea m nima estabelecida para as reas n o descri tas por seus limites nas demais zonas que se encontram na rea Continen tal de Santos Rio Quilombo Rio Zona de Conserva o zc Jurubatuba Monte Cabrao Trindade glebas de 40 000 m Taxa de ocupa o m xima para os usos permitidos de 40 Sendo 20 000 m a rea m nima estabelecida para as glebas Rio Quilombo Ex tremo Setentrional Zona de Uso Agropecu rio ZUA Santos 1999 Os 25 quil metros restantes foram classificados como rea de Expans o Urbana ta bela 3 Atualmente a rea continental agrega nove bairros Barnab Cabu u Caet Caruara Guarap Iriri Monte Cabr o Nossa Senhora das Neves Quilombo e Trin dade Antes da Lei 359 99 a rea encontrava se dividida em tr s bairros Ilha Diana Caruara e Monte Cabr o SANTOS 1999 A por o da rea continental destinada APA encontra se dividida em 4 zonas Zona de Uso Especial ZUE Zona de Preser va o ZP Zona de Conserva o ZC e Zona de Uso Agropecu rio ZUA Possui limita es restritivas acerca do uso dos recursos naturais e da ocupa o territorial e objetiva a preserva o e conserva o das localidades que envolvem os rios Qui lombo e Jurubatuba o extremo setentrional os bairros de Trindade e Monte Cabr o o Parque Estadual da Serra do Mar al m de reas que n o foram contempladas no
17. reas urbanas De acordo com reportagem veiculada no jornal O Estado de S o Paulo segundo da dos da AES Eletropaulo mais da metade dos casos de apag es na cidade de S o Paulo acontece por culpa de queda de rvores ou galhos que se enroscam na fia o O ESTADO DE S O PAULO 2011 CUSTOS INDIRETOS Spangenberg 2009 cita como custos indiretos relacionados presen a de vegeta o nas cidades a poss vel diminui o da dispers o de poluentes ocasionada pela 138 diminui o da intensidade dos ventos a diminui o dos n veis de luz natural provo cada pelo sombreamento da vegeta o o desconforto t rmico no inverno o poss vel aumento da umidade nos edif cios e as quest es ligadas seguran a que como mencionado no item Sa de e Bem Estar Humano podem estar associadas falta de manuten o e uso das reas vegetadas CONSIDERA ES FINAIS Quantitativamente os benef cios associados vegeta o citados nos itens anteriores dependem da densidade das folhas dos tipos de folhas e galhos e g folhas pilosas ou lisas grandes ou pequenas etc do porte da vegeta o e de sua localiza o Es sas caracter sticas com exce o da localiza o variam conforme a idade a esp cie e a poca do ano Spangenberg 2009 cita a rea de cobertura vegetal e a rea foliar como par me tros chave para a avalia o dos benef cios da floresta urbana De acordo com No wak 1994 a maioria dos benef
18. sua foz a ilha fluvial foi abandonada por volta de 1888 Ap s essa tentativa frustrada de destina o da v rzea que j apresentava alguns problemas ambientais prin cipalmente pela polui o das guas e sociais como as enchentes tem se novos esfor os na gest o de Raimundo Duprat quando o prefeito convidou o engenheiro paisagista franc s Joseph Antoine Bouvard a avaliar os planos de melhoramentos urbanos e vi rios elaborados para a cidade Entre as recomenda es do engenheiro estava a cria o de um grande parque na V rzea do Carmo e em relat rio datado de 15 05 1911 descreve Finalmente no que respeita ao augmento da cidade ao desenvolvimento inevit vel certo e r pido j indiquei o systema que considero o melhor direi quase o nico aceit vel no es tado actual de coisas Em todas essas disposi es cumpre n o esquecer a conserva o e cria o de espa os livres de centros de vegeta o de reservat rios de ar Mais a popu la o augmentar maior ser a densidade de agglomera o mais crescer o numero de construc es mais alto subir o os edif cios maior se impor a urg ncia de espa os livres de pra as p blicas de squares de jardins de parques se imp e apud KLIASS 1993 rf i i o a ua a 2 m e oes a rjr ai i Hii fi N AN a a Figura 2 e 3 Da esquerda para a direita Mapa da Capital da Prov ncia de S
19. timos n o se destinam a m quinas mas espa os destinados ao exerc cio das mais diversas atividades que portanto buscam satisfazer outras fun es que a mec nica t rmica de ilumina o ou energ tica e que dizem respeito s necessidades sociais culturais e psicol gicas humanas 3 PARADIGMAS DA ARQUITETURA No mundo contempor neo e isso n o ser privil gio do mundo ocidental observam se os equ vocos provocados pelo uso impensado e sem crit rio de tecnologias da constru o ou a seu servi o Tomemos o exemplo do ar condicionado cujo uso se 3 Cf MONEO Rafael Inquietud te rica y estrat gia proyectual en la obra de ocho arquitectos contempor neos Actar EU 2004 ISBN 84 39551 68 1 45 espalhou a uma velocidade crescente nas ltimas d cadas do s culo XX Inicialmen te louvado por Le Corbusier em seu livro Quand les cath drales taient blanches 1937 ap s sua visita a Nova lorque em 1928 porque este invento prometia liberar arquitetos e projetistas das limita es at ent o impostas pelas condi es clim ticas locais De fato as regi es de climas extremos obrigavam a adotar solu es cons trutivas que por si s mitigassem os efeitos negativos das condi es ambientais extremas Mas os progressos da tecnologia paralela arquitetura permitiram o desa brochar de um molde internacional que pode ser encontrado em profus o em todos os rinc es do planeta e que s o totalmente
20. um dos fatores mais ben ficos da vegeta o GIVONI 1998 Al m do efeito de obstru o mencionado acima a barreira vegetal possui outros tr s efeitos b sicos filtragem deflex o e condu o Figura 3 Efeitos da bar reira vegetal Fonte Ela bora o pr pria baseada waf noso em Mascar 1996 Acima de 1 5m s e sobretudo acima de 5m s a incid ncia de vento diminui as diferen as de temperatura e umidade relativa do ar entre as reas sombreadas e ensolara das sendo mais significativa em rela o umidade do que em rela o temperatura MASCAR 1996 131 rtigo n 06 Junho de 2013 DRENAGEM O problema das inunda es em reas urbanas est diretamente relacionado ex cessiva impermeabiliza o do solo escassez de reas vegetadas e canaliza o maci a de rios e c rregos medidas que em conjunto contribuem para o aumento da quantidade e da velocidade do escoamento superficial Hidrogramo de Area Urbanizeda Hidrogramo de rea n o Urbanizaca Exmo tives Figura 4 Impacto da urba niza o na vaz o e no tem fa d po do escoamento superfi cial Fonte Netto 2004 A vegeta o impacta a drenagem urbana por meio da reten o da gua de chuva em sua copa galhos e tronco da contribui o para infiltra o da gua no solo da prote o do solo ao ravinamento e da diminui o da velocidade do escoamento superficial MAGNOLI
21. As performances t cnicas s o bem mais vis veis no campo das engenharias onde as ferramentas modernas t m se mostrado teis no desenvolvimento de solu es objetivando efi ci ncias m ximas Os exemplos das casas piloto constru das e monitoradas nos centros de pesquisa como do MIT Massachussets Institute of Technology nos EUA ou na UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Brasil atestam esta atitude de busca pelo rigor t cnico No campo da arquitetura que n o pode ser confundido com constru o a abordagem bastante diversa porque a arquitetura n o lida ape nas com os aspectos t cnicos mas utiliza a t cnica para determinados fins e busca harmoniz los com aspectos formais e pl sticos intr nsecos Os avan os nas pesquisas sobre o efeito fotovoltaico t m acenado com possibilida des novas para a produ o de energia e provocado arquitetos e construtores quanto sua incorpora o na arquitetura Um problema t cnico evidentemente mas sobre tudo epistemol gico Durante a segunda metade do s culo XX multiplicaram se as pesquisas trabalhos publicados debates e congressos sobre a quest o em parte devido s press es exercidas pelos problemas energ ticos planet rios em parte movidos pelas inquietu des e ang stias de arquitetos comprometidos com os caminhos futuros da arquitetura CALDANA 2005 2 CALDANA JR Valter Luis Projeto de arquitetura caminhos Tese de doutoramento apresentada na Fa
22. Sons 2011 235 3 ENTREVISTAS Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas ENTREVISTAS SOBRE A NOVA PRA A ROOSEVELT INTERVIEWS ON THE NEW ROOSEVELT SQUARE 3 1 RUBENS REIS A nova nova Pra a Roosevelt Arquiteto e Urbanista formado pelo Mackenzie Atuou por aproxi madamente 20 anos na EMURB atual SP URBANISMO como Ar quiteto Assessor e Gerente de Interven es Urbanas na cria o desenvolvimento acompanhamento e coordena o de projetos p blicos Ele foi o respons vel pela concep o geral do novo projeto da Pra a Roosevelt Rubens Reis tamb m atuou como Assessor de Gabinete da Secretaria de Estado da Cultura de S o Paulo para o acompanhamento do projeto executivo e obras da nova sede do Museu de Arte Contempor nea MAC USP a ser implantado no Parque do Ibirapuera em S o Paulo 1 Entrevista conduzida por Ram n Stock Bonzi 237 1 LABVERDE O sr j declarou que a Pra a Roosevelt um erro urban stico Por favor explique isso para a gente REIS O espa o que resultou a antiga Pra a Roosevelt anos 60 foi originado de um longo e lento processo de desapropria es destinadas abertura de espa o para a amplia o do sistema vi rio da cidade de S o Paulo plano elaborado na poca de Prestes Maia Essas desapropria es se completaram na d cada de 60 conforman do a antiga pra a grande terreno vazio que servia de estacionamento nos dias da semana e nos dom
23. atendimento popula o CAVALHEIRO 1992 KLIASS 1993 Para os parques de vizinhan a foram sugeridos area minima de 5000 m e raio de influ ncia correspon dente a 1000 metros de dist ncia os parques de bairro devem possuir rea m nima de 10 ha e raio de influ ncia de 1000 metros ou 10 minutos a p os parques setoriais devem possuir rea m nima de 100 ha e estar distante 1200 metros da resid ncia ou no m ximo 30 minutos ve culo e os parques regionais devem possuir 200 ha e corpos 179 d gua e estar localizados em qualquer parte da cidade Esses valores devem ser en tendidos como indicativos capacidade de suporte para visita o dos espa os rela cionados o quanto de equipamentos podem conter e a maximiza o de sua manuten o CAVALHEIRO 1992 Com o aux lio de ferramentas de Sistemas de Informa es Geogr ficas por meio do software ArcGIS 9 3 foi poss vel estabelecer as reas de influ ncia dos parques existentes e verificar a necessidade de implanta o de novos espa os livres destinados ao uso de uma parcela da popula o n o atendida a partir de dados demogr ficos dos 96 distritos existentes no munic pio de S o Paulo elabo rado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica no ano de 2000 O uso dessa ferramenta tamb m possibilitou visualizar essas informa es em todos os setores da urbe e planejar os espa os com maior efici ncia RESULTADOS E CONCLUS ES O munic pio de S o Paulo
24. capital do Estado de mesmo nome apresenta uma rea de 1523 km2 Desses aproximadamente 870 km corresponde rea urbanizada onde vivem cerca de 65 da popula o estimada atualmente em cerca de 10 659 386 habitantes IBGE 2010 Muitos dos problemas socioambientais que ocorrem na cidade da atualidade demons tram que a cidade cresceu acima de suas condi es de absorver impactos decor rentes de sua estrutura o urbana FURLAN 2004 E o processo construtivo sem reservas de espa os livres como reserva fundi ria para a cria o de parques urbanos reflexo disto As an lises espaciais elaboradas neste estudo demonstram que o uso da cobertura vegetal como suporte ao planejamento ambiental urbano vem sendo pouco utilizado e seriam de enorme valia na busca de maior efici ncia nas fun es previstas para parques urbanos Estudos realizados no in cio da d cada de 1990 pela Secretaria Municipal de Plane jamento SEMPLA indicaram um total de 31 3 km de reas destinadas ao estabele cimento de reas verdes entretanto cerca de 10 6 km eram efetivamente ocupados por pra as canteiros etc Do restante 5 Km encontram se vazios e 15 7 km foram ocupados por outros usos sendo 10 km por favelas Atlas ambiental do munic pio de S o Paulo 2002 180 Para an lise a rea de influ ncia dos parques urbanos municipais e sua rela o com os remanescentes da cobertura vegetal foram gerados tr s produtos carto gr ficos repre
25. culo XX que se tornaria um problema no final do per odo quando as energias convencionais come aram a ser questionadas quanto sua sustentabilidade De qualquer maneira enquanto as energias foram baratas e abundantes os arquite tos souberam tirar partido destas fontes poderosas A eletricidade foi incorporada com sucesso na produ o e no uso dos espa os edificados transformando os em micro climas absolutamente control veis independentes do clima externo e da hora do dia pois a ilumina o doravante podia ser constante O Estilo Internacional tornava se uma realidade global e podia se construir qualquer coisa em qualquer lugar desde que houvesse energia el trica que pudesse acionar os condicionadores de ar aquecimento e ou refrigera o e restabelecer o conforto 46 Do mesmo modo que a eletricidade causou um impacto percept vel nos projetos e na arquitetura do s culo XX presum vel acreditar que o aproveitamento da energia so lar quando priorit rio nos programas de arquitetura ir afetar n o s o produto final mas principalmente as posturas e portanto os processos de projeto A pr pria incorpora o de t cnicas solares passivas ostenta diferen as formais e sobretudo revela as atitudes dos arquitetos impl citas nas decis es adotadas du rante o projeto Um olhar sobre a arquitetura do s culo XX evidencia a presen a do sol em todos os projetos e particularmente nas obras de Le Corbusier onde a sua rel
26. esa Ciclovia Figura 8 Classifica o dos fluxos de pedestres e ciclistas Configura o per metro 5 3 ETAPA 3 AVALIA O DA INSOLA O DO CONJUNTO 8h 9h Figura 9 Exemplo da an lise de insola o realizada Solst cio de inverno 21 de junho das 8 s 11h 207 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Junho de 2013 Insola o meto per odo a dia inteiro Areas ensolaradas no ver o Areas ensolaradas no invemo fi Areas ensolaradas no inverno verao Figura 10 Classifica o da insola o da rea Configura o per metro Todas as reas livres foram analisadas nos solst cios de inverno e de ver o das 8h s 18h sendo classificadas como ensolaradas no ver o no inverno ou em ambas as pocas do ano quando apresentaram 5 ou mais horas de incid ncia de radia o solar direta nos dias estudados O n mero de horas de insola o foi um fator importante na defini o do porte e densidade da vegeta o a ser implantada nas reas de estar como descrito an teriormente Como diretriz de projeto definiu se que as reas que recebem muitas horas de sol no ver o devem ser sombreadas proporcionando maior conforto aos pedestres Pelo mesmo motivo as reas que apenas recebem sol no inverno n o devem receber sombreamento e as reas que recebem insola o nas duas esta es devem estar protegidas e sombreadas no ver o e permitir a incid ncia de sol no inverno 208 Junho de 2013 Revis
27. o Paulo Annablume 2002 FRANCO Maria de Assun o Ribeiro Planejamento ambiental para a cidade sus tent vel S o Paulo Annablume 2000 HOUGH Michael Naturaleza y ciudad Planificaci n urbana y processos ecol gicos Barcelona Gustavo Gili 1998 PACHECO Alberto Meio Ambiente amp Cemit rios S o Paulo Senac 2012 PREFEITURA MUNICIPAL DE S O PAULO Lei Municipal n 15 452 de 28 de setembro de 2011 PROTHERO Stephen Purified by fire A history of cremation in America Berkeley University of California Press 2001 ROGERS Richard Cidades para um pequeno planeta Barcelona Gustavo Gili 2001 ROMANO Elma Nery MESSIAS Janilce de Negr o Curso de engenharia para cemit rios Ponta Grossa s e 2007 SERVI O FUNER RIO DO MUNIC PIO DE S O PAULO 100 anos de Servi o Fu ner rio Imprensa Oficial S o Paulo 1977 SCHUYLER David The New Urban Landscape London The Johns Hopkins Press L t d 1968 SPIRN Anne O jardim de granito natureza no desenho da cidade Sao Paulo EDUSP 1995 104 Refer ncias em Sites BOYD Clark HUGH JONES Rob Empresa holandesa retira implantes de metal reti rados de corpos cremados BBC Brasil 22 Feb 2012 Dispon vel em lt http www bbc co uk portuguese noticias 2012 02 120221 implantes cremacao mv rs shtml gt Acesso em 02 abril 2013 KAMENEV Marina Aquamation A Greener Alternative to Cremation TIME Sydney 28 Sep 2010 Disponivel em l
28. o ser desej vel como no caso de locais de grande aglomera o de pessoas ou lugares onde o sombreamento indesej vel Ao atenuar a polui o da atmosfera da gua e do solo e contribuir com o conforto t rmico dos espa os abertos a vegeta o tamb m contribui com a sa de humana Os benef cios associados estabilidade dos solos e amortecimento de enchentes pela vegeta o tam b m podem ser considerados como ben ficos ao bem estar dos habitantes da cidade BIODIVERSIDADE De acordo com Spim 1995 a transforma o dos ambientes silvestres em centros urbanos inviabilizou a manuten o de habitats para a fauna local pois os resqu cios 3 De acordo com a Lei Federal n 9 985 2000 biodiversidade ou diversidade biol gica a variabilidade de organismos vivos de todas as origens compreendendo dentre outros os ecossistemas terrestres marinhos e outros ecossistemas aqu ticos e os complexos ecol gicos de que fazem parte compreendendo ainda a diversidade dentro de esp cies entre esp cies e de ecossistemas Art 2 da Lei Federal n 9 985 2000 135 de vegeta o nativa s o poucos e dispersos Assim as esp cies que prosperam no empobrecido ambiente urbano s o esp cies oportunistas que adaptaram o seu com portamento uma paisagem dominada pelos homens Por m o mosaico de ambientes encontrados em S o Paulo ainda oferece locais ade quados ao abrigo alimenta o e reprodu o da fauna s
29. rio O tipo de sepultamento tamb m colabora para maior ou menor polui o Podemos dizer que h dois tipos de sepultamento por inuma o e por entumula o O primeiro consis te no enterro diretamente no solo e o segundo no enterro em constru o tumular Muitas vezes a inuma o em solos inadequados favorece a contamina o No entanto se houver entumula o em jazigos com constru es mal executadas pode ocorrer o ex travasamento do necrochorume Um exemplo tamb m muitas vezes observado em cemi t rios horizontais s o jazigos mal vedados que durante a ocorr ncia de chuvas permitem a entrada de gua e sua lavagem levando o necrochorume para fora dos mesmos interessante frisar que ainda existem outros elementos poluentes emitidos pelos t mulos al m dos decorrentes da putrefa o Vernizes e adornos que comp e as urnas funer rias podem conter metais pesados Entretanto a contamina o dos solos e aqu feros subterr neos n o consistem nos nicos impactos poss veis pelos cemit rios Existem os impactos f sicos secund rios que ocorrem quando h a presen a de maus odores em suas reas internas prove nientes dos gases da decomposi o dos cad veres Estes podem vazar diretamente para a atmosfera de forma intensa devido m confec o e manuten o das sepultu ras e dos jazigos PACHECO 2012 12 Depoimento dado por Elma Nery Roman durante o Curso para engenharia de cemit rios
30. 1993 Infra es relevantes tais como impermeabiliza o excessiva do solo preju zo ilumina o e ventila o natural pr pria e dos vizinhos s o causados por excessos construtivos que poderiam ser individualmente mensurados e internaliza dos aos seus respons veis Mas na aus ncia de simuladores precisos ou em nome da simplifica o aos exces sos construtivos poderia ser aplicado o instrumento da outorga onerosa do direito de construir Esta seria uma nova aplica o para o instrumento urban stico no caso para fins de regulariza o edil cia para efeito de compensa o urban stico ambiental Em car ter ilustrativo segue abaixo uma sugest o que aplica a mesma f rmula j utiliza da pelo Plano Diretor Estrat gico lei municipal 13 430 de 13 de setembro de 2002 complementada pela lei 13 885 de 25 de agosto de 2004 O F ME Vo Ea x Vl re Onde O outorga onerosa para fins de regulariza o edil cia F Fator de dedu o para fins de equidade social conforme estabelecido por distrito na lei municipal 13 885 de 25 de agosto de 2004 seu valor varia de 0 a 1 dedu es totais F 0 seriam admiss veis nas Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS E rea correspondente aos excessos construtivos comput veis de acordo cc com o coeficiente de aproveitamento b sico da zona de uso V valor venal correspondente ao m constru do conforme a Planta Gen rica Ve de Valores E re
31. 54 s tornavam poss vel o seu uso em casos excepcionais como na ind stria aeroes pacial para sat lites por exemplo onde o abastecimento em energia solar a ni ca solu o poss vel O rendimento das primeiras c lulas fotovoltaicas de sil cio era baixo e seus altos custos relativos descartavam qualquer perspectiva de uso para outras finalidades na superf cie terrestre salvo com a justificativa da impossibilidade de abastecimento com outras formas de energia em lugares afastados e sem infra estrutura energ tica J n o mais o caso A evolu o das pesquisas e da ind stria demonstra o contr rio com novos materiais processos de produ o e aperfei oamen to da efici ncia das c lulas As apostas e os investimentos nesta forma de energia na arquitetura realizados na ltima d cada comprovam este fato os pain is fotovoltaicos instalados nas edifica es da cidade de na Alemanha a cobertura do Stade de Suisse em Berna Su a a recente instala o de pain is fotovoltaicos sobre a cobertura do audit rio Paulo VI projetado e constru do pelo arquiteto Pier Luigi Nervi ou ainda o projeto do Masdar Headquarter pelos arquitetos Adam Smidt e Gordon Gill Estes poucos exemplos anunciam novas perspectivas de aproveitamento de energia solar e principalmente a inclus o de novos par metros para projetos futuros O que antes era uma solu o alternativa para locais afastados agora est se generalizando e sen do incorpora
32. A infraestrutura verde necessita de uma lei espec fica que d embasa mento tanto em sua fase de planejamento projeto e execu o quanto em seu monitoramento e gest o continuados que a valorize e que legitime sua prote o conserva o e seu usufruto pelos cidad os infraestrutura verde deve ser criada para a cidade de S o Paulo ten do em vista o balan o h drico e clim tico em escala regional levando em conta o sequestro de carbono a promo o da biodiversidade no mbito urbano a preven o de enchentes e a mitiga o de suas ilhas de calor na tentativa de colaborar globalmente para a redu o do efeito estufa e o aquecimento global 233 9 Acria o ou adapta o de rg o governamental que gerencie e monitore a Infraestrutura Verde da Cidade de S o Paulo 10 A cria o da infraestrutura verde para a Cidade de S o Paulo deve aci ma de tudo revelar que est embasada numa conscientiza o ambiental crescente por parte do governo dos empreendedores dos especialistas e de todos os seus cidad os cujo foco principal a prote o e conserva o da vida dos homens e das esp cies sob uma tica ecol gica 234 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BENEDICT Mark A MCMAHON T Green Infrastructure Linking Landscapes and Communities Washington DC Island Press 2009 DRAMSTAD Wenche E OLSON James D FORMAN Richard T T Landscape Eco logy Principles in Landscape Architectur
33. Cultura foi agendada para o dia 10 de julho de 2012 ter a feira s 19 horas No Vozes da Senzala foi agendado um encontro na regi o central de Santos no dia 11 de julho quarta feira s 17 horas pois a gestora do Ponto informou que estavam sem uma sede fixa No Projeto Parcel a data agen dada foi o dia 12 de julho de 2012 quinta feira s 14 horas Contudo a pesquisa n o foi realizada com o Vozes da Senzala pois o encontro agendado para o dia 11 de julho de 2012 no centro de Santos foi cancelado pela pr pria gestora Posteriormen te tentou se um contato via skype sem retorno Deste modo optou se por invalidar a possibilidade de realizar a pesquisa neste Ponto de Cultura Ao final da avalia o ambos os Pontos apresentaram pontua o 19 tabela 1 Entre tanto a diferen a ocorreu nos itens 2 Identifica o com a tem tica e 5 Uso de sof tware livre e formatos abertos Apesar da receptividade do gestor da Esta o da Cida dania o mesmo afirmou que o desenvolvimento de um laborat rio experimental talvez estivesse um pouco fora do escopo das atividades do Ponto uma vez que a Esta o da Cultura e Cidad nia possui muitas atividades e um p blico definido J no Projeto Parcel a gestora afirmou que n o existiam trabalhos e propostas ligadas a tecnologia e formatos digitais no Ponto de Cultura e que tinha interesse em desenvolver a proposta Tabela 1 Avalia o dos Pontos de Cultura do Munic pio de Santos
34. EVENTOS 266 Lan amento do Livro CIDADES PARA TODOS REJAPRENDENDO A CONVIVER COM A NATUREZA CECILIA POLACOW HERZOG 6 COMUNICADOS 268 Normas da Revista LABVERDE 1 EDITORIAL EDITORIAL CIDADE MAIS VERDE Neste n mero dedicado CIDADE MAIS VERDE foram selecionados 11 artigos que mais se aproximaram do tema tanto do ponto de vista te rico e filos fico quanto nos aspectos pr ticos e aplicativos Sob o ponto de vista te rico destacam se os artigos 3 5 e 8 O primeiro de LOTUFO tratando sobre a discuss o do futuro das cidades tentando superar a dicotomia entre desenvolvimento e preserva o da natureza e tentando integrar esses dois aspectos no urbanismo O segundo de LIMA propondo um invent rio territorial usando como filtro a leitura da paisagem possibilitando a cria o de uma infraestrutura verde que oriente um desenvolvimento urbano sustent vel O terceiro de KEPPKE relata histo ricamente as anistias de uso e ocupa o do solo na cidade de S o Paulo e propondo princ pios de compensa o urbanistico ambiental nas novas anistias na dire o de uma cidade mais verde e sustent vel Dentro do prisma pr tico e aplicativo alinham se a seguir os artigos 1 6 9 10 e 11 que tratam da vegeta o urbana enquanto elemento transformador da paisagem e formador de infraestrutura verde na trama urbana O artigo 1 de BONZI fala da utiliza o da vegeta o no tratamento das guas e es gotos urbanos
35. PIO DE SANTOS SP EVALUATION OF POTENTIAL FUTURE DEVELOPMENT OF EXPERIMENTAL LA BORATORY HOW CELLS CO MANAGEMENT IN POINTS OF CULTURE MUNICI PIO SANTOS SP BEGALLI MAIRA RAMIRES MILENA CLAUZET MARIANA ARTIGO 8 REPENSANDO AS ANISTIAS DE USO E OCUPA O DO SOLO EM S O PAULO RETHINKING AMNESTIES OF USE AND OCCUPATION OF LAND IN S O PAULO KEPPKE ROSANE SEGANTIN ARTIGO 9 PARQUES URBANOS NO MUNIC PIO DE S O PAULO SP BRASIL ESPACIA LIZA O E DEMANDA SOCIAL URBAN PARKS IN THE CITY OF S O PAULO SP BRAZIL SPATIALIZATION AND SOCIAL DEMAND LIMNIOS GIORGIA FURLAN SUELI ANGELO ARTIGO 10 DIRETRIZES DE INFRAESTRUTURA VERDE PARA O DESENHO URBANO UM EXERC CIO DE PLANEJAMENTO PAISAG STICO NA REA DA LUZ SAO PAULO GUIDELINES OF GREEN INFRASTRUCTURE FOR URBAN DESIGN AN EXER CISE OF LANDSCAPE PLANNING AT LUZ DISTRICT SAO PAULO FERREIRA LUCIANA SCHWANDNER SANCHES PATRICIA MARA SHINZATO PAULA GON ALVES JOANA CARLA S ARTIGO 11 INFRAESTRUTURA VERDE PARA AS MUDAN AS CLIMATICAS NO C40 GREEN INFRASTRUCTURE FOR CLIMATE CHANGES IN THE C40 FRANCO MARIA DE ASSUN O RIBEIRO OSSE VERA CRISTINA MINKS VOLKER 3 ENTREVISTAS A NOVA PRAGA ROOSEVELT 3 1 RUBENS REIS 3 2 BORELLI amp MERIGO Arquitetura e Urbanismo 3 3 FABR CIO SBRUZZI 4 DEPOIMENTO 261 PLANO DIRETOR DO PARQUE ESTADUAL TIZO UM TRABALHO MULTIDISCIPLINAR E COLABORATIVO ANA LUCIA P DE FARIA BURJATO E PATR CIA AKINAGA 5
36. Paulo LIMNIOS 2006 Desconsiderando seus importantes suportes naturais a cidade foi se estruturando a partir de tecnologias cada vez mais sofisticadas para verticalizar adensar implantar sistema vi rio complexo aterrando e drenando reas midas mudando cursos dos rios canali zando e retificando meandros drenando e rebaixando len ol fre tico removendo a ve geta o nativa eliminando o solo desmontando o relevo entre outros FURLAN 2004 Diante das grandes mudan as ocorridas no uso da terra poucas reas com caracter sti cas naturais relevantes para a conserva o e uso social Mapa de Flora Puslisans Figura 1 Mapa da Flora Paulistana 1911 Autor Alfred Usteri Georreferenciado e organizado por Giorgia Limnios 2006 175 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 09 Junho de 2013 Os rios e suas v rzeas e alagadi os eram muitos utilizados como vias de deslocamento assim como o lazer da popula o e pr tica de esportes A configura o morfol gica de S o Paulo e seu clima favoreceu a exist ncia desse recurso natural que era muito abun dante conforme fora mapeado nas antigas plantas da cidade Figura 2 Foi nesse cen rio que se implantou a Ilha dos Amores entre a atual rua 25 de mar o e o Rio Tamanduatei em meados na segunda metade do s culo XIX na tentativa de sanear e dar uso de parque urbano a esse setor da cidade Por m mesmo antes das obras de retifica o e canaliza o do rio at
37. Revista LABVERDE n 6 Artigo n 05 eae RAS m tio Museu da Crian a Himeji 1987 Tadao Ando A presen a da arquitetura cria inevitavelmente uma nova paisagem implicando a ne cessidade de descobrir a arquitetura que o pr prio s tio est pedindo num esfor o para criar uma paisagem jogando com as caracter sticas do lugar procurando a l gica essencial este lugar ao lado de suas tradi es culturais com a estrutura da cidade constituindo seu pano de fundo CONSIDERA ES FINAIS A arquitetura contempor nea tem um papel a cumprir Norberg Sculz 1976 diz que nosso mundo da vida cotidiana consiste em fen menos concretos mas tam b m compreendem fen menos menos tang veis como os sentimentos Que as coisas concretas se inter relacionam de modo complexo e talvez contradit rio e que de maneira geral alguns fen menos formam um ambiente para outros e jun tas essas coisas determinam uma qualidade ambiental que a ess ncia do lu gar Portanto um lugar um fen meno qualitativo total que n o pode se reduzir a nenhuma de suas propriedades como as rela es espaciais sem que se perca de vista sua natureza concreta O prop sito existencial do construir arquitetura fazer um s tio tornar se um lu gar isto revelar os significados presentes de modo latente no ambiente dado NORBERG SCHULZ 1976 119 Kongjian Yu 2006 argumenta que a era atual marcada pela globaliza o
38. SOLO Figura 5 Deslizamento de terra em rea urbana Fonte R7 Not cias As interven es urbanas ao promoverem a impermeabiliza o parcial da superf cie modificam o regime h drico do solo soerguendo ou rebaixando o len ol fre tico Tais altera es podem provocar a destrui o das estruturas do solo e causar abatimentos em sua superf cie MANFREDINI FERREIRA e QUEIROZ NETO 2004 Em grandes aglomerados urbanos a estabilidade do solo de fundamental import n cia para a seguran a da popula o e das constru es estando relacionada tamb m ao assoreamento de rios e c rregos como mencionado no item drenagem A vegeta o contribui para a manuten o da umidade do solo atenuando o aqueci mento e evitando a irradia o LLARDENT 1982 Quanto maior a temperatura do solo maior a sua oxida o e maior a sua decomposi o gerando assim maior eros o em len ol e lixivia o PENHALBER et al 2004 Ademais a presen a de vegeta o pode diminuir o carregamento de materiais particulados durante chuvas intensas dependendo da granulometria do solo bem como amortecer a for a do im pacto da chuva evitando a forma o de sulcos ou ravinamento 133 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 06 Junho de 2013 Segundo Falc n 2007 a vegeta o mais indicada para a fixa o do solo s o as gram neas e os arbustos pois suas ra zes s o pouco profundas e bastante densas J a vegeta o arb
39. Uruguai 3 Regi o Hidrogr fica At rtico Nordeste Ocera 6 Regi o Hidrogr fica do S o Frandsxo 8 Regi o Hicrogr fice do Pean 12 Regi o Hicrografica Atl ntico Sul Figura 2 ndice de Qualidade das guas Valor M dio em 2010 Fonte Ag ncia Nacional de guas 2012 23 Segundo o estudo esse quadro de degrada o das guas urbanas pode ser explica do como reflexo de uma combina o entre alta taxa de urbaniza o e baixos n veis de coleta e tratamento de esgotos dom sticos REPENSANDO O CICLO DA GUA NOS ASSENTAMENTOS HUMANOS A dificuldade de prover saneamento b sico para todos talvez se explique em parte pela inviabilidade econ mica de se instalar Esta es de Tratamento de Esgoto con vencionais em pequenas cidades e comunidades rurais Conforme explica ZANELLA esses sistemas mecanizados s o a melhor op o para grandes metr poles onde o espa o livre para a constru o de ETEs cada vez mais raro mas em munic pios menores ou comunidades isoladas a complexidade e a depend n cia geradas por esse tipo de esta o torna se uma barreira se n o para sua implanta o ao menos para a sua opera o que envolve elevados custos de manuten o e exig ncia de opera o especializada nem sempre dispon vel 2008 p 22 Por outro lado a falta do saneamento b sico universal tamb m pode ser explicada como fruto de um embate entre duas vis es de mundo bastante diferentes sobre o mesmo assunto a do
40. a as entrevis tas ao arquiteto RUBENS REIS empresa BORELLI amp MERIGO e ao paisagista FABR CIO SBRUZZI No Depoimento as arquitetas ANA L CIA BURJATO e PATR CIA AKINAGA apresen tam o Projeto para o Parque Estadual Tizo elaborado por diversas equipes de profis sionais de diversas reas do conhecimento alinhadas s quest es de sustentabilidade 9 Em Eventos apresenta se o lan amento do livro Cidade para Todos re aprenden do a conviver com a Natureza de autoria da paisagista urbana CEC LIA POLACOW HERZOG presidente do INVERDE em noite de aut grafos na Livraria da Vila da Ala meda Lorena S o Paulo no dia 10 de junho de 2013 Espera se que este n mero proporcione uma boa leitura a todos Junho de 2013 MARIA DE ASSUN O RIBEIRO FRANCO Editora da Revista LABVERDE EDITORIAL GREENER CITY For this edition dedicated to the theme GREENER CITY it was selected 11 articles that came closer to the subject both from the theoretical and philosophical point of view as well as practical aspects and applications From the theoretical point of view are highlighted the articles 3 5 and 8 The first by LOTUFO focuses the discussion of the future of cities trying to overcome the di chotomy between development and preservation of nature and to integrate these two aspects in urban planning The second by LIMA proposes a territorial inventory using as filter the landscape reading which enables the cre
41. a habita o se insere no cen rio de infraestruturas naturais e aqui queremos definir habita o n o s como projeto de edif cio mas do espa o p blico e semip blico com os quais se articula um ponto para conflu ncia das preocupa es do New Urbanism e Landscape Urbanism Uma cidade ecol gica e sustent vel deve ser uma cidade voltada para a qualidade de vida das pessoas e ao mesmo tempo deve estar atenta s quest es clim ticas ambientais e ecol gicas Por este crit rio natureza e habitat humano se integram de forma harmonizada org nica e funcional o que pode tornar as cidades mais pitorescas humanas ecol gicas e sustent veis 31 Grahame Shane 82 REFER NCIAS CULLEN G Paisagem Urbana S oPaulo Martins Fontes 1983 ELLIS E C Goldewijk K K Siebert S Lightman D amp Ramankutty N 2010 Anthropo genic transformation of the biomes 1700 to 2000 Global Ecology and Biogeography 19 589 606 GEHL Jan Cities for people Washington DC Island Press 2010 HOUGH Michael Cities and Natural Process Londres Routledge 1995 KATZ P org The New Urbanism Toward an architecture of community Nova lor que Mc Graw Jill Inc 1994 LOTUFO Jos Ot vio Natureza e sociedade Novos urbanismos e um velho dilema Revista Labverde n 04 S o Paulo FAU USP 2012 NESBITT Kate org Uma nova agenda para a arquitetura S o Paulo Cosacnaify 2006 MCHARG lan L Proyectar con la naturaleza Ba
42. assentamentos humanos acarretam impactos sobre os ecossistemas em geral e sobre a qualidade da gua em particular E sinalizam que sistemas biomim ticos isto sistemas sint ticos inspirado na natureza podem co laborar significativamente na constitui o de uma infraestrutura verde urbana que tornar as nossas cidades mais verdes e sustent veis O CICLO DA GUA NOS ASSENTAMENTOS HUMANOS As reservas de gua doce Segundo REBOU AS 2006 p 7 embora mais de da superf cie da Terra seja coberta por gua apenas 2 5 do volume total da gua do planeta doce Deste volume cerca de 68 9 da gua doce encontra se congelada 29 9 est sob o solo e 0 9 sob a for ma de umidade do solo Rios e lagos representam apenas 0 3 da gua doce do planeta Esse pequen ssimo percentual torna f cil acatar sem maiores questionamentos o mito de que 40 da popula o mundial sofre com escassez aguda de gua dado mal interpretado de um estudo do Banco Mundial de 1995 ou a profecia de que se as guerras deste s culo se deram em torno do petr leo as do pr ximo s culo ser o lutas pela gua proferida pelo vice presidente do BIRD Banco Interamericano de Desenvolvimento Ismail Serageldin em 1995 4 A Infraestrutura Verde pode ser entendida com uma rede de reas naturais e reas abertas open spaces fundamentais para o funcionamento ecol gico do territ rio contribuindo para a preserva o dos ecossist
43. citar como exemplos bem sucedidos de laborat rios experimentais que desenvolvem a es de co manejo o UbaLab localiza do em Ubatuba S o Paulo e a Nuvem Esta o Rural de Arte e Tecnologia sediada no Vale do Pav o em Visconde de Mau Tratam se de n cleos que agregam em seus projetos transversais de meio ambiente sociedade e tecnologias diferentes ato res sociais que negociam para definir e garantir entre si direitos e responsabilidades para a gest o dos recursos socioambientais das localidades em que se encontram GUITIERREZ et al 2011 O objetivo desse trabalho consiste na identifica o dos Pontos de Cultura sediados no munic pio de Santos SP para avaliar o potencial de desenvolvimento de futuros laborat rios experimentais como c lulas de co manejo em uma cidade que passa 1 Mais informa es em http ubalab org sobre 2 Mais informa es em http nuvem tk espa C3 A7o conceito 147 por processos socioambientais conflitantes como a verticaliza o exacerbada a es pecula o acerca do pr sal a eros o costeira os impactos gerados pelo Porto a supress o de fauna e flora entre outros AFONSO 1999 MATERIAIS E M TODOS A metodologia consistiu no levantamento de dados bibliogr ficos sobre os Pontos de Cultura existentes na cidade de Santos por meio da base de dados do Cat logo da Rede dos Pontos de Cultura do Estado de S o Paulo BRASIL 2012 e poste riormente na visita aos Pontos lis
44. comuns HARDIN 1968 cada puxadinho cada abuso construtivo satisfez uma necessidade individual de mo radia ou um comportamento rent seeking dos players do mercado e o resultado agregado foi a deteriora o urbano ambiental da cidade como um todo onde cada cidad o perde qualidade de vida 166 Longos deslocamentos congestionamentos di rios inunda es sazonais assen tamentos prec rios por vezes somados a riscos geol gicos incorporam se ao estilo de vida do paulistano e aos preju zos para a economia e a sa de p blica sem que estado e sociedade reconhe am seu comportamento delet rio de parcelamento uso e ocupa o do solo Segundo Kotler e Roberto 1992 a mudan a do comportamento coletivo requer in centivos positivos e negativos A possibilidade de regulariza o pode acenar como uma pr tica inevit vel em face da propor o tomada pelas irregularidades mas pode conduzir estado e sociedade para um novo pacto urbano ambiental caso o infrator pague o nus pelos impactos causados De acordo com a teoria da regula o o benef cio do descumprimento de um contrato nao pode ser maior do que o benef cio do cumprimento VISCUSI ET AL 1995 p 727 do contr rio n o haveria motiva o para honr lo A impunidade das infra es foi o an tiexemplo das anistias anteriores e a raz o da banaliza o das irregularidades Assim sendo modelos para uma anistia com responsabilidade socioambiental deve
45. crema o um processo de decomposi o de corpos pelo calor ou pela gua possibilitando que o resomation se enquadrasse nas leis existentes e fossem instalados os primeiros equipamentos no pa s Assim ganhou a alcunha de Bio Cre mation Bio Crema o A hidr lise alcalina consiste em um processo onde o corpo colocado em uma c ma ra onde adicionada solu o formada por 95 de gua e 5 de hidr xido de pot ssio KOH um alcal ide composto inorg nico Esta solu o ent o aquecida e circulada por todo corpo reduzindo os restos mortais aos elementos b sicos de fragmentos sseos que s o secados processados embalados e retornados a familia Neste processo apenas o corpo sofre a rea o qu mica n o havendo destrui o da urna funer ria Assim deve ser utilizada urna espec fica que comporte em seu interior uma cesta de a o inoxid vel que manter o corpo na c mara durante o ciclo O faleci do tamb m deve vestir apenas um macac o de seda biodegrad vel que dissolvido na rea o Os efluentes resultantes s o est reis e ap s o ciclo t m o pH balanceado e s o descartados livremente sem problemas para o ecossistema h ainda a possibi lidade de reciclagem ou reaproveitamento de eventuais pr teses pois as mesmas n o se destroem no processo Entre os benef cios apontados pelos desenvolvedores do m todo destacam se e Nenhuma emiss o nem redu o de merc rio e Emiss es m nimas de carbono
46. curto prazo A cidade foi concebida para ser compacta e n o possui vias para ve culos automotores indivi duais mas apenas para pedestres ou bicicletas Dist ncias maiores ser o alcan a das por sistemas de transporte coletivo Parte da energia necess ria ser fornecida gra as a capta o de energia solar Figura 3 Masdar Headquarters projeto de Adrian Smith Gordon Gill Architecture Um conjunto de edif cios que produzir mais energia do que ir consumir Foto trabalhada pelo autor Veja v deo em http Anww youtube com watch v TA Hkv42B40 Em rela o arquitetura dos edif cios sede da companhia Masdar Masdar Head quarters Figura 3 que esperam produzir mais energia do que ir o consumir gra as a explora o de diversas formas de energia incluindo a solar persiste a indaga o se as propostas formais apresentam transforma es mudan as ou uma ruptura com os conceitos de um urbanismo e de uma arquitetura tradicionais Em realidade n o Muitos conceitos de uma arquitetura e de um desenho urbano vernacular de regi es des rticas podem ser reconhecidos nestes projetos contempor neos Basta uma olhada na cidade de Shibbam Hadramaut no I men datada do s culo XVI Patrim nio Mundial da Humanidade pela UNESCO desde 1982 e que recebeu la alcunha de 51 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 02 Junho de 2013 Manhattan do deserto Figuras 4 e 5 para constatar as semelhan as formais das cidades e de
47. da urbaniza o Para o movimento Landscape Urbanism este conceito limita o potencial transformador da paisagem portanto deve ser superado A proposta do Landscape Urbanism que a paisagem seja uma pr tica h brida e multidisciplinar e que conteste sua separa o da arquitetura e do urbanismo O movi 20 Anthropogenic transformation of the biomes 1700 to 2000 73 mento surge na trilha de te ricos como Patrick Geddes Lewis Munford e lan McHarg que compreenderam a cidade em seu contexto regional em suas rela es com a geografia geologia hidrografia ecologia agricultura e todo o conjunto de atividades humanas Mas o Landscape Urbanism reconhece neles a persist ncia da dicotomia entre natureza e civiliza o para seus te ricos as concep es tradicional e a moder na teriam falhado neste ponto James Corner teoriza a pr tica do Lanscape Urbanism em quatro temas o processo no tempo a prepara o de superf cies o m todo operacional e o imagin rio A subs titui o da forma pelo processo um preceito que transpassa cada um destes temas e como veremos ser tamb m o seu ponto fr gil quando desconectado de sua di mens o emp rica TEMPO E PROCESSO O paradigma industrial dera origem ao conceito de m quina de morar Aplicada ao complexo urbano este conceito gerou a ideia de cidade como m quina 1 O dogma modernista forma segue fun o atendia a um conjunto espec fico de fun es limi t
48. de S o Paulo Editora 34 GROSTEIN M D 1987 A Cidade Clandestina os Ritos e os Mitos o Papel da Irregularidade na Estrutura o do Municipio de S o Paulo 1900 1987 S o Paulo 1987 Tese Doutorado FAUUSP Orientador Candido Malta Campos Filho HARDIN G 1968 The tragedy of the commons Science 162 1243 1248 KEPPKE R S 2007 S o Paulo as Deseigualdades Sociais e o Descontrole de Uso e Ocupa o do Solo S o Paulo 2007 Tese Doutorado FAUUSP Orientador Ricardo Toledo Silva KEPPKE R S SILVA R T 2012 Controle Urban stico ambiental em S o Paulo Riscos e Oportunidades in Arquiteses 3 S o Paulo FAUUSP no prelo 170 KINGDON J W 1995 Agendas Alternatives and Public Policies revised 2nd Edition New York Harper Collins KOTLER P ROBERTO E L 1992 Marketing Social Estrat gias para Alterar o Com portamento P blico Tradu o de Jos Ricardo Azevedo e Elizabethe Maria Braga Rio de Janeiro Campus PEREIRA O M A 2010 PMSP Carreiras de Engenharia e Arquitetura Decad ncia e Reflexos no Desenvolvimento Urbano Trabalho de Conclus o do Curso de P s gradua o em Gest o P blica da Universidade Mogi das Cruzes orientadora Profa MsC Maria das Gra as Ferreira SAMPAIO M R A 2002 A promo o privada de habita o econ mica e a arquitetu ra moderna 1930 1964 S o Carlos SP RiMA S O PAULO Cidade 1913 a 2004 Leis municipais dispon ve
49. de cada espa o livre para o conforto ambiental do pedestre o tipo de vegeta o mais adequada quan to ao porte densidade e perenidade de suas folhas Quantitativamente verificou se um aumento de 1200 das reas verdes em compa ra o configura o da morfologia urbana e desenho atual do bairro A configura o atual apresenta 5 033m de rea livre vegetada considerando se pra as canteiros e p tios internos com vegeta o A configura o proposta apresenta 60 450m de rea livre vegetada e perme vel representando um aumento de 12 vezes Se in cluirmos neste valor reas de estar e passeios tem se 86 360m de rea livre Qua litativamente o incremento deve se a criteriosa distribui o da vegeta o nas areas livres e escolha das esp cies priorizando quest es como conectividade ecol gi ca mobilidade drenagem das guas pluviais conforto ambiental para o pedestre e oferta de espa os de lazer Ressalta se que o aumento da quantidade de reas verdes deu se em um contexto de aumento da densidade populacional e construtiva proposto pelo projeto multidiscipli nar coordenado pelo Labaut demonstrando a possibilidade de aumento de densidade com aumento da rea vegetada Assim a pesquisa estimula a vis o cr tica visando alterar ideias ou conceito precon cebidos de que a alta densidade est vinculada a qualidade urban stica ruim destitu idas de areas verdes Diante da car ncia de reas verdes em muitas ci
50. defini o de projeto A cria o arquitet nica sup e a contempla o das origens compreende a import ncia vital de conceber uma arquitetura que n o desfigure a grandeza da paisagem local e crie uma nova paisagem com o m nimo de dano Ainda segundo Ando 1991 O ponto de partida de um problema arquitet nico seja o lugar a natureza o estilo de vida ou a hist ria se expressa na evolu o para o abstrato Perceber a natureza em uma arquitetura constru da com l gica deriva da reflex o dos elementos naturais gua vento luz sem se opor sua geografia buscando uma associa o ntima entre a constru o e a natureza num contexto de inter rela o do homem com a natureza N o h uma demarca o clara entre interior e exterior mas uma permeabilidade rec proca A arquitetura contempor nea tem um papel a cumprir no sentido de pro porcionar s pessoas lugares arquitet nicos que as fa am sentir a presen a da natureza Quando isso acontece a arquitetura transforma a natureza por meio da abstra o e modifica seu significado Quando a gua o vento a luz a chuva e outros elementos naturais s o abstra dos na arquitetura esta se transforma em um lugar no qual as pessoas e a natureza se defrontam em permanente estado de tens o Creio ser esse sentimento de tens o que pode r despertar as sensibilidades espirituais latentes no homem contempor neo TADAO ANDO 1991 118 Junho de 2013
51. dios nema casas as temperaturas s o bem mais baixas Fonte Atlas Amotental do Munic pio de S Paulo Figura 5 Temperatura aparente da superf cie Fonte Atlas Ambiental do Munic pio de S o Paulo 115 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 05 Junho de 2013 conhecido que a substitui o progressiva de superf cies naturais por impermea biliza es Fig 6 atrav s da urbaniza o constitui a principal causa da forma o de ilha de calor Superf cies naturais s o frequentemente compostas por vegeta o e solos que ret m a umidade Portanto eles utilizam uma propor o relativamente elevada da radia o absorvida no processo evapotranspira o e libera o de vapor de gua que contribui para esfriar o ar na sua vizinhan a Ao contr rio as superf cies constru das s o compostas de uma elevada percentagem de materiais de constru o n o refletores e resistentes gua Como consequ ncia eles tendem a absorver uma parte significativa da radia o incidente que liberada na forma de calor Figura 6 reas desmata das no per odo 1991 2000 Fonte Atlas Ambiental do Munic pio de S o Paulo 116 A Vegeta o intercepta a radia o e produz sombra que tamb m contribui para re duzir a libera o de calor urbano A redu o e fragmenta o de grandes reas de vegeta o n o s reduz os benef cios para a qualidade de vida mas tamb m inibe o resfriamento atmosf rico devido circul
52. em todas as esta es Situa se geograficamente numa depress o junto cordilheira dos Andes como se observa em foto abaixo fig 05 Figura 05 A Cidade de San tiago do Chile tendo ao fundo a cordilheira dos Andes Fonte Apresenta o do C40 large Ci ties Climate Summit S o Paulo Brazil Cambio Clim tico Re gi o Metropolitana Santiago do Chile May 01 06 2011 Figura 06 Regi o Metropolita na de Santiago do Chile Fonte Apresenta o do C40 large Cities Climate Summit S o Paulo Brazil Cambio Clim tico Regi o Metropolitana Santiago do Chile May 01 06 2011 227 Com o objetivo principal de analisar os impactos da mudan a de clima a prefeitura de Santiago entre 2009 2012 firmou um convenio de colabora o e desenvolvimento do projeto Clima Adaptaci n Santiago pois existe a perspectiva de que a regi o so frer uma diminui o nas precipita es totais anuais da ordem de 20 Portanto um manejo adequado das reas com a vegeta o urbana pode vir a minimizar os efeitos trazidos pelas mudan as clim ticas e contribuir para um aumento do grau higrom trico propiciando mais umidade e consequentemente uma melhor qualidade de vida para a popula o O governo criou tamb m uma Pol tica de reas Verdes com um programa denominado Presidencial que incentivou o plantio de uma rvore para cada chileno A meta em 2010 era de 6 milh es de novas rvores prov vel q
53. equil brio de cheios e vazios para a harmonia das interven es de projeto A malha vi ria tida como alicerce do crescimento e espraiamento da cidade am pliando o uso e escoamento de ve culos fragmentando o espa o interrompendo re as vegetadas e muitas vezes representando barreira f sica conex o das reas cons tru das com os espa os livres Os corredores naturais que possibilitam a integra o dos espa os por sua fun o leg tima deixam nas reas urbanas de cumprir este papel em fun o das mudan as de sua drenagem natural Nesta concep o a defini o de unidades espaciais a partir da compreens o das reas que contenham interven es e press es sobre os sistemas naturais ou criados pelo homem pode ser agrupada de acordo com suas caracter sticas FORMAN 1986 110 observou uma por o da paisagem modificada em uma matriz natural sem impacto humano significativo e uma paisagem urbana consolidada e definiu diferentes padr es de desenvolvimento para agrupar reas com mesma caracter stica PAISAGEM NATURAL Matriz altamente conectada baixa densidade de manchas e corredores Pouca influ ncia humana PAISAGEM MANEJADA Matriz permanece ampla embora seja dominada por uma ou poucas esp cies que s o manejadas para produ o A matriz afetada primor dialmente pela colheita de produtos Pequenos conjuntos de casas s o presentes corredores de comunica o e colheitas em abund ncia cor
54. es de vida da popula o mortalidade in fantil e degrada o ambiental das cidades e dos ecossistemas o que evidentemente autoriza considerar a maioria das urbes brasileiras notadamente a regi o metropoli tana de S o Paulo como n o sustent vel 2 A Pegada Ecol gica mede a quantidade de terra biologicamente produtiva e de rea aqu tica necess rias para produzir os recursos que um indiv duo popula o ou atividade consome para absorver os res duos que gera considerando a tecnologia e o gerenciamento de recursos prevalecentes WWF 2012 p 100 3 S o Paulo a maior cidade da Am rica Latina possui uma popula o de 10 8 milh es de habitantes p 11 e sua regi o metropolitana embora ocupe um mil simo do territ rio brasileiro abriga 10 da popula o p 13 WWF 2012 18 A revers o do quadro descrito acima passa necessariamente pela an lise de ques t es relativas ao saneamento b sico e pelo enfrentamento da degrada o das reser vas de gua doce Sendo assim urge a identifica o a compreens o e o fomento de propostas n o con vencionais de se lidar com as quest es relativas ao tratamento de guas das cidades Neste sentido destacam se os sistemas constru dos que usam vegeta o no trata mento de gua Estes al m de terem sua efici ncia t cnica e viabilidade econ mica confirmada na literatura aqui referenciada podem contribuir significativamente para a conscientiza o de que os
55. est gerando press es por uma nova anistia a fim de torn las regulares sem nus adicionais ou san es pelas infra es cometidas a exemplo de anistias passadas 2 DEJA VU S o Paulo adotou a regulariza o como modelo de gest o urbana Desde as primeiras leis urban sticas criadas na virada dos s culos XIX e XX o poder p blico tem recorrido pr tica de legislar por um lado e anistiar por outro GROSTEIN 1987 p 121 161 A primeira lei de arruamentos lei municipal n 1666 de 26 de mar o de 1913 logo foi sucedida por uma sequ ncia de oficializa o regulariza o de vias em massa que ocorreram nos anos de 1914 1916 1934 1953 1955 1962 1963 1972 1973 1974 O C digo Arthur Saboya lei municipal n 3 427 de 19 de novembro de 1929 foi o pri meiro a juntar num nico instituto legal as posturas o arruamento o parcelamento as edifica es e at mesmo o instrumento de regulariza o de infra es passadas bem como aquelas que porventura viessem a ocorrer J em 1931 o urbanista Anhaia Mello lamentava que a cidade clandestina era maior do que a oficial apud op cit p 154 O primeiro plano diretor lei municipal n 7 688 de 30 de dezembro de 1971 e o primei ro zoneamento da cidade como um todo lei municipal n 7 805 de 1 de novembro de 1972 constitu ram o marco estruturante para o futuro e o marco regularizador para o passivo instalado garantindo direito a usos e atividades n
56. la os afetivos entre a popula o e o lugar Como resposta a esta crise surge o movimento New Urbanism A NATUREZA E O NEW URBANISM O New Urbanism ganhou import ncia na discuss o sobre cidades sustent veis atrav s de seu preceito mais fundamental resgatar caracter sticas da cidade tradicional atrav s da cria o de comunidades compactas vibrantes tanto em cidades novas como no inte rior de cidades j existentes Para isto busca estimular a vida nas ruas adotando a esca la humana e valorizando o pedestre com a boa qualidade das cal adas ruas arborizadas e segregadas do tr fego e com a mescla de usos em dist ncias pass veis de serem per corridas a p entre moradia e trabalho servi os com rcio e lazer investe no transporte limpo e na mobilidade eficiente em constru es ecol gicas e na presen a do verde 7 Figura 1 Playa Vista fonte The New Urbanism a Toward an architecture of a community 6 KATZ P org The New Urbanism Toward an architecture of community Nova lorque Mc Graw uill Inc 1994 7 KATZ P org The New Urbanism Toward an architecture of community Nova lorque Mc Graw Jill Inc 1994 65 A princ pio a concep o tradicional de cidade se baseia numa distin o clara com o meio natural O pr prio conceito de civiliza o pressup e esta separa o baseando se em parte na associa o da natureza com a selvageria hostilidade corrup o e imoralidade A re
57. lazer Diversificar trajetos e utilizar estrategi camente a vegeta o visando a segu ran a e o conforto ambiental Melhorar a qualidade do percurso de pedestres e ciclistas Aumentar a rea perme vel e criar es Melhorar as condi es de drenagem truturas de armazenamento tempor rio das guas pluviais Promover a conex o entre as reas Aumentar a diversidade de habitat para verdes existentes e as novas Prever a fauna o enriquecimento arb reo com esp cies nativas 5 M TODO A defini o das estrat gias de infraestrutura verde a serem aplicadas nos espa os li vres resultantes da tipologia de ocupa o perimetral descrita no item anterior baseou se na caracteriza o dessas reas quanto sua localiza o dimens o uso do solo fluxo de pedestres e ciclistas e de sua insola o O cruzamento dessas informa es permitiu definir a voca o das reas livres como reas verdes de passagem ou per man ncia Essa avalia o foi dividida em 4 etapas descritas a seguir Etapa 1 Identifica o mapeamento e avalia o qualitativa das reas verdes existen tes no bairro e da possibilidade de conect las com as novas reas verdes propostas atrav s de corredores verdes 204 Etapa 2 Avalia o qualitativa do fluxo de pedestres a partir da nova proposta de de senho urbano considerando se as possibilidades de percurso e os tipos de usos do solo propostos aliados aos usos existent
58. mais verde Palavras chave Uso e ocupa o do solo regulariza o fundi ria e edil cia passi vos urbanistico ambientais sustentabilidade responsabilidade socioambiental RETHINKING AMNESTIES OF USE AND OCCUPATION OF LAND IN S O PAULO ABSTRACT The urban regularization is one of the main points of the City Statute In S o Paulo this is a centennial practice of management derived from the phenomenon of unplanned urbanization This article exposes the history of amnesties and proposes models that incorporate the principle of urban environmental compensation so that the city is able to regulate its liabilities without omitting sustainability becoming greener Keywords Use and land cover land and edificial regularization liabilities urban envi ronment sustainability socio environmental responsibility 160 1 INRODU O O Estatuto da Cidade e o fomento pol tica de regulariza o O Estatuto da Cidade Lei federal n 10 257 de 10 de julho de 2001 brindou o movimento da reforma urbana e os munic pios brasileiros com instrumentos urban sticos indutores de governan a local Nas regi es metropolitanas as zonas especiais de interesse social tendem a ser os instrumentos que ocupam as maiores extens es nos planos diretores locais seguidos da outorga onerosa do direito de construir geralmente associada s ope ra es urbanas consorciadas As primeiras de car ter inclusivo visam universaliza o da
59. not vel como ainda persiste um condicionamento cultural t o enraizado no pensamento humano que at nas propo si es mais avan adas reconhecemos sua perman ncia O movimento do Pitoresco foi uma importante contribui o conceitual sobre a dicoto mia entre natureza e civiliza o e um importante esfor o de concilia o Etimologica mente ligado pintura portanto contempla o de uma paisagem n o raro que o Pitoresco seja usado para definir uma rela o meramente est tica com a cidade e os jardins Propomos no entanto considera lo de forma mais profunda A refer ncia que faz a impress es subjetivas da experi ncia do Belo e Sublime como definiu Uvedale Price lhe confere um car ter fenomenol gico pelo qual se torna poss vel perceber qualidades inerentes ao lugar Sua import ncia reafirmar a relev ncia da experi n cia emp rica capaz de extrair dados que escapem ao distanciamento te rico A est ti ca naturalista muito al m da simbologia e da mimese decorre de uma sensibiliza o sobre as fun es ecol gicas e culturais do lugar Os estudos de Nikolaus Pevsner foram respons veis por uma mudan a na percep o da paisagem dentro do contexto urbano e uma importante refer ncia para o desen volvimento do conceito de paisagem urbana Townscape apresentado posteriormen te por Gordon Cullen Mas enquanto Cullen enfatizou o espa o urbano constru do Pevsner enfatizou a liga o entre o Pitoresco e a
60. o Paulo 1877 Planta da Capital do Estado de S o Paulo 1890 176 As obras de implanta o do parque tiveram in cio no ano de 1918 e foram con clu das no final de 1920 in cio de 1921 sendo a denomina o oficial do parque como Dom Pedro Il Por m todos os esfor os de aproveitamento desse espa o de dif cil ocupa o humana resultaram na efemeridade da exist ncia do parque substitu da no per odo das pol ticas rodoviaristas por largas avenidas e complexo sistema vi rio na d cada de 1960 conforme estava previsto no Plano de Avenidas de 1938 Atualmente existe no munic pio de S o Paulo somente 1 parque urbano de ad ministra o do Estado que conserva essa tipologia de ambiente v rzea Alguns parques lineares vem sendo implantados com fun o estabilizadora das inunda es e tamb m de lazer Na regi o sul do munic pio recentemente a prefeitura vem inves tindo na cria o de Unidades de Conserva o para preserva o das v rzeas com Mata Paludosa uma fitofisionomia hoje rara no munic pio O parque urbano um produto da cidade da era industrial Nasceu a partir do s culo XIX da necessidade de dotar as cidades de espa os adequados para atender a uma nova demanda social o lazer o tempo do cio e para contrapor se ao am biente urbano edificado MACEDO 2003 O parque urbano brasileiro ao contr rio do seu cong nere europeu n o surge da urg ncia social de atender s necessida des das massas urb
61. o conformes que compro vassem anterioridade quela data Em 1979 foi criada a SERLA Supervis o Especial de Regulariza o de Loteamentos e Arruamentos a fim de liquidar a demanda de regulariza o fundi ria acumulada at ent o em car ter ex officio isto promovida pelo Poder P blico Enquanto eram procurados e julgados criminalmente os loteadores sem o xito esperado o nus dos investimentos urban sticos acabou sendo socializado com todos os contribuintes cf op cit p 494 Sobre o esteio do plano diretor de 1971 a cidade expandiu se at o atual plano di retor lei municipal n 13 430 de 13 de setembro de 2002 perpetuando contudo a recorr ncia sistem tica de anistias edil cias e fundi rias a saber pelas leis munici pais n 10 199 de 3 de dezembro de 1986 lei n 11 522 de 3 de maio de 1994 edili cia lei n 11 775 de 29 de maio de 1995 fundi ria lei n 13 428 de 10 de setembro de 2002 fundi ria lei n 13 558 de 14 de abril de 2003 edil cia as duas ltimas acompanhando o plano diretor vigente A prop sito para as anistias de 1994 e 2003 o Minist rio P blico impetrou a o civil p blica contra as irregularidades de parcelamento do solo e aos casos de n o confor midade s zonas de uso sinalizando que dali em diante as anistias j n o poderiam ser amplas gerais e irrestritas como as ocorridas no passado At ent o a pr tica de regulariza o contemplava a propriedade
62. o da Pra a Roo sevelt sempre era postergado dentro das gest es administrativas Finalmente com a possibilidade de contar com os recursos do Programa de Recupe ra o da rea Central Financiamento do BID a Pra a Roosevelt teve pela primeira vez a oportunidade concreta de reformula o O projeto de recupera o da rea central foi levado adiante na gest o da prefeita Marta Suplicy e encaminhado nas gest es dos prefeitos Serra e Kassab na quais a 241 licita o e o in cio das obras tiveram in cio culminando com a inaugura o do novo espa o em 2012 O programa resultante foi elaborado pelo corpo t cnico e de contatos com setores da comunidade via reuni es assembleias e encontros Os planos de massa da nova pra a s o decorrentes das condi es estruturais do local tr s grandes lajes que servem de apoio ao plano principal da pra a e aos dois n veis de estacionamento acima da via Leste Oeste Sendo assim o plano principal da pra a ficou definido pelas condi es estruturais sendo poss vel apenas intervir na demoli o do antigo pent gono e nos novos acessos criados na Rua da Consola o Nova Esplanada Consola o e Rua Augusta Nova Esplanada Augusta Neste longo per odo estudamos v rias possibilidades de interven o rompimento de lajes para implantar audit rios teatros e reas de reuni o perman ncia da antiga Escola de Educa o Infantil EMEI Patr cia Galv o com v rias possibilidade
63. o entre as infraestruturas naturais e tecnol gicas um tema importante ao Landscape Urbanism A no o da natureza como infraestrutura a define como um conjunto de servi os ecossist micos que integrado ao espa o constru do traz bene f cios econ micos sociais e ambientais 76 Esta integra o consiste em criar continuidades em diversas escalas rompendo fron teiras e formando uma rede que abrange todo o tecido urbano e o conecta natureza al m da cidade Ao incluirmos as coberturas e fachadas verdes toda a superf cie urbana se torna um meio atrav s do qual se integram paisagem e constru o Neste sentido Corner define o tema infraestrutura como a prepara o de superf cies Grande por o dos problemas ambientais urbanos se dera pelo impacto de grandes infraestruturas tecnol gicas Para que estas possam superar o seu protagonismo num cen rio de devasta o torna se necess rio ir al m de seu monofuncionalismo e in cluir todo o potencial social cultural e ecol gico dos espa os que ocupam A dedica o do Landscape Urbanism a infraestrutura vi ria frequentemente inter pretada como apologia ao uso do autom vel At certo ponto esta acusa o tem fun damento uma vez que Charles Waldheim afirmou que se voc tem uma cultura que fundamentalmente baseada no autom vel ent o um modelo urbano que seja antiau tom vel contraprodutivo A cria o de novos valores na cultura fundamental para
64. o ge logo Leziro Marques Silva LEZIRO apud ROMAN MESSIAS 2007 foi observada tamb m a presen a de radiotividade em um raio de 200 metros das sepulturas de cad veres que em vida foram submetidos radioterapia ou tinham marca passos cardiol gicos O solo tem papel fundamental na reten o do necrochorume para que seja eliminada a carga contaminante atrav s da reten o de v rus e bact rias e se evite a contamina o das guas subterr neas PACHECO 2012 H registros hist ricos deste tipo contami na o de guas que ao acabar sendo destinadas ao consumo humano provocaram doen as como ocorreu em Berlin com um surto de febre tifoide ainda no s culo XIX 96 PACHECO 2012 Segundo a engenheira agr noma Elma Roman 2007 a toxidade qu mica desse efluente dilu do na gua fre tica relaciona se aos teores an malos de compostos das cadeias do f sforo e do nitrog nio metais pesados e aminas Os tipos de solo tamb m influenciam nos fen menos da putrefa o e transporte de efluentes decorrentes da mesma Solos muito argilosos imperme veis e saturados em gua provocam a saponifica o um fen meno conservador em que a putrefa o natural retardada e o corpo adquire um aspecto ran oso J os muito arenosos promovem o dessecamento excessivo do cad ver a mumifica o Assim sendo salutar um rigoroso estudo dos solos e da profundidade do aquifero no local em que se pretende a instala o de um cemit
65. o verde frente disposi o dos corpos em t mulos e l culos j que n o 98 h a libera o de efluentes que decorrem da putrefa o e tamb m n o h a necessi dade de constru o de jazigos Contudo por ser um processo que se utiliza de calor necessita de equipamentos industriais para sua execu o os quais incidem no uso de combust veis f sseis e tem consequente emiss o de gases advindos da queima De acordo com pesquisa realizada nos EUA o procedimento pode gerar at 160kg de gases por cadaver em conjunto com o caix o liberando quantidades significativas de xidos de carbono dioxinas e at mesmo merc rio volatizado que encontrado nas obtura es dent rias PACHECO 2012 Outra observa o que em pa ses onde a crema o escolhida pela grande maio ria populacional o excesso da disposi o de cinzas em locais comuns pode causar inc modo como o caso da cidade de Paris onde agora proibido o lan amento de cinzas no rio Sena PACHECO 2012 Sendo assim tais fatores devem ser levados em considera o na escolha pela insta la o deste m todo NOVAS TECNOLOGIAS E FORMAS DE APROVEITAMENTO Alguns processos de destina o de cad veres podem promover sistemas de aprovei tamento energ tico e reciclagem Tais iniciativas contribuem para cidades de metabolismo circular que se caracterizam pela redu o de consumo e maximiza o da reutiliza o de recursos ROGERS 2008 A
66. of new public and semi public green areas which functions and distribution were defined based on the concepts of green infrastructure and applied at the area of Luz District in S o Paulo This research is part of a multidisciplinary project developed by Laboratory of Environ mental Comfort and Energy Efficiency LABAUT of the Faculty of Architecture and Urbanism University of S o Paulo and propose an intervention in the built environment aiming the population and constructive densification under the perspective of environ mental performance The working method consisted primarily in the characterization of the following issues existing green areas within the analyzed area and surroundings flow of pedestrians and cyclists and insolation dynamic of that area The intersection of results allowed conducting the vocation of green areas and setting targets guidelines and strategies The four main objectives were defined to increase the offer of open spa ces provide an environmental quality for pedestrians improve drainage and increase lo cal biodiversity As a result there was an increase of 1 200 in the amount of green open spaces in the focused area rising from 5 033sqm to 60 450sqm The research includes concepts still little used in common practice of landscape projects in urban scale at Bra zilian cities starting from the premise that the green areas take part of a infrastructural system that perform various functions in the city Ke
67. oito toneladas de di xido de carbono CO habitante ano sendo o tr fego de ve culos respons vel por aproximadamente 40 do total de emiss es Al m do CO a polui o atmosf rica formada ainda por xidos de enxofre e de nitrog nio mon xido de carbono compostos org nicos vol teis e part culas em suspens o Por reter temporariamente as part culas suspensas no ar e absorver alguns gases nocivos aos seres humanos a vegeta o capaz de amenizar os efeitos indesej veis da polui o nas cidades NOWAK 1994 LLARDENT 1982 1 Estudo apresentado pela Profa Dra Maria Regina Alves Cardoso no Semin rio Metr poles Pol ticas Pla nejamento e Gest o em Sa de e Ambiente realizado na Faculdade de Sa de P blica da Universidade de S o Paulo em 31 05 2011 126 A taxa de remo o de poluentes depende da quantidade destes na atmosfera do vigor e porte da vegeta o do tipo e densidade de galhos e folhas e de condi es clim ticas SPIRN 1995 NOWAK 1994 FALC N 2007 sendo vari vel entre esp cies e entre indiv duos da mesma esp cie MASCAR 2010 Estudos conduzidos na cidade de Chicago EUA verificaram que rvores de grande porte s o capazes de remover 60 a 70 vezes mais poluentes que as rvores menores NOWAK 1994 importante ressaltar que quando os contaminantes atmosf ricos s o excessivos eles tamb m podem prejudicar a vegeta o Apesar de a vegeta o possuir grande contribui
68. para 48 parques 24 mil metros quadrados e o objetivo atual de al ancar 50 mil metros quadrados at 2012 Sao Paulo and the Climate Change Prefeitura Municipal de S o Paulo encontro Climate Summit C40 junho de 2011 T Programa 100 Parques para S o Paulo lan ado em janeiro de 2008 231 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 11 Junho de 2013 Z SENS ES Da Figura 09 C rrego descanalizado no Jardim Bot nico de S o Paulo Fonte Arquivo de Maria de Assun o Ribeiro Franco Apesar da cidade de S o Paulo apresentar diversas reas verdes desde florestas urba nas a parques pra as jardins e outras a maior parte delas est o desconectadas umas das outras e sem intera o amig vel com a trama urbana Portanto recomend vel a ado o de uma nova estrat gia de Planejamento Ambiental na qual o espa o da cidade deve ser pensado como um ecossistema urbano articulado ao seu pr prio ecossistema natural permitindo a sobreviv ncia da vida selvagem nas escalas urbana e regional com a implementa o do conceito de Infraestrutura Verde que considere o verde urbano n o isoladamente mas em tipologias de espa os vedes interligados entre si e com a malha urbana num sistema em rede Somente assim pode se imaginar a cidade de S o Paulo como uma cidade resiliente s mudan as clim ticas Assim tendo em vista as reflex es sobre as contribui es do encontro C40 e as con clus es dispostas acima podem
69. poder p blico menor e as vulnerabilidades socioambientais s o maio res Atualmente os territ rios de exclus o correspondem a 48 da rea do munic pio e as respectivas subprefeituras det m somente 19 dos t cnicos municipais PEREI RA 2010 Nas entrevistas fechadas aplicadas aos t cnicos municipais 74 concor daram que se faz pouca a o fiscal nos territ rios de exclus o apenas nos casos de den ncia KEPPKE 2007 p 316 Portanto n o por acaso os territ rios relegados pol tica habitacional da autocons tru o e omiss o da Fiscaliza o s o atualmente o objeto central da pol tica de regulariza o fundi ria do Estatuto da Cidade ora mapeados como Zonas Especiais de Interesse Social De outra parte confirmando a l gica da teoria da janela quebrada WILSON KELLING 1982 as irregularidades edil cias de uso e ocupa o do solo acumularam se n o apenas nos territ rios de exclus o mas se banalizaram tamb m nos territ rios de inclus o social encorajando uma estranha alian a que periodicamente pressiona por anistia junto ao Poder Executivo e ao Parlamento CAMPOS F 2003 No mo mento as expectativas crescem ap s quase dez anos da ltima anistia e em face do precedente legal para o licenciamento condicionado de car ter provis rio 4 POR UMA PR TICA DE REGULARIZA O COM RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL A falta de Fiscaliza o permitiu ocorrer a trag dia dos
70. problemas para a popula o Uma rea densamente vegetada pode oferecer problemas de seguran a em gran des aglomerados urbanos Dependendo da esp cie as ra zes de uma rvore po dem danificar constru es e oferecer riscos s pessoas reas que est o sombre adas constantemente pelas edifica es devem receber um tratamento paisag stico diferenciado com esp cies adequadas e pouca cobertura arb rea inclusive para o conforto ambiental do pedestre Assim a escolha das esp cies vegetais e da densidade de plantio buscou contextualizar a paisagem local analisando os fluxos de pedestres e ve culos e os espa os livres procurando maximizar os benef cios socioambientais da vegeta o no meio urbano 3 Melhorar as condi es de drenagem da rea Os problemas em rela o drenagem urbana s o uma constante da cidade de S o Paulo e a rea da Luz n o uma exce o Ocupa o de v rzeas retifica o e canaliza o de rios e c rregos e os altos n veis de supress o de vegeta o e im permeabiliza o do solo s o alguns dos fatores que contribuem para as constan tes enchentes na cidade Apesar de a rea de estudo apresentar poucos pontos cr ticos de drenagem e inunda o entende se que estes problemas nem sempre s o gerados no local onde ocorrem sendo necess rio que todas as interven es urbanas contemplem tais quest es para que n o contribuam com o agravamento do problema a jusante O aumento de re
71. propiciando servi os ambientais e criando paisagens multifuncionais abrigando fun es de lazer educa o ambiental e gera o de renda J FERREIRA no artigo 6 preocupa se com a vegeta o no cotidiano urbano trazendo ora benefi cios ora problemas e custos associados LIMNIOS e FURLAN no artigo 9 fazem um relato hist rico dos parques urbanos em geral a partir do s culo XIX e apresentam uma an lise tipol gica dos parques ur banos municipais e estaduais existentes no Munic pio de S o Paulo classificando os segundo categorias de espa os livres conforme o dimensionamento das unidades e raio de atendimento popula o No artigo 10 de FERREIRA et al estabelecem se diretrizes de infraestrutura verde para o desenho urbano com a cria o de novas reas verdes p blicas e semi p blicas na 8 rea da Luz em S o Paulo analisando o potencial populacional construtivo sob a pers pectiva do desempenho ambiental pesquisa desenvolvida no LABAUT da FAUUSP FRANCO et al no artigo 11 trata de uma reflex o sobre o evento C40 em S o Paulo que reuniu cerca de 40 cidades do mundo todo em meados de 2011 para discutir a es de sustentabilidade e resili ncia urbana diante do fen meno das mudan as clim ticas destacando a sess o que tratou do papel da arboriza o urbana e floresta urbana para o resfriamento das ilhas de calor nas cidades O artigo tamb m apre senta recomenda es de a es ligadas cria
72. que rompe em alguns aspectos com o que existia at ent o pois se constituem por espa os primordialmente arborizados onde os t mulos n o possuem constru es acima do solo s o gramados e identificados por l pides padronizadas criando uma rela o de maior igualdade entre os mortos Imagem 02 Cemit rio da Paz em S o Paulo SP au tointitulado primeiro cemi t rio jardim do Brasil Foto Aline Silva Santos 2011 Pode se dizer que a origem deste tipo se encontra nos lawn green cemetery brit ni cos que se caracterizavam pelo predom nio de grandes campos relvados onde se dispunham as pedras sepulcrais PACHECO 2012 e tamb m principalmente nos cemit rios rurais dos EUA datados do s culo XIX Estes ltimos surgem dentro das primeiras experi ncias de cemit rios fora das cidades influenciados pelos dogmas do Romantismo onde se acreditava que o cen rio natural teria impacto positivo na mente do homem Neles procurava se trabalhar a paisagem de forma a se manter um aspecto de natureza e apresentava alguns t mulos de personagens ilustres na forma de monumentos Como possu am paisagens apraz veis se tornavam locais 88 efervescentes para passeio e descanso Por seus usos e caracter sticas tamb m se pode dizer que precederam os parques p blicos SCHUYLER 1986 O considerado primeiro cemit rio rural o de Mount Auburn em Boston cuja organi za o paisag stica influencia se muito pela trad
73. que se estabele am modelos mais sustent veis de produ o do espa o e portanto um fator de alto impacto ainda que cultural n o pode ser justificativa para a conti nuidade de modelos ultrapassados N o estaria este posicionamento mais uma vez ocultando imperativos ideol gicos Por outro lado se as vias e autoestradas urbanas continuar o desempenhando suas fun es ainda por muito tempo a qualidade ambiental das reas por onde passar o depender de preceitos sociais e ecol gicos avan ados Neste sentido Jacqueline Tatom em seu ensaio Urban Highways and the Reluctant Public Realm trata exclusi vamente da infraestrutura de corredores vi rios A investiga o do desenho de vias requer compreende lo tanto em rela o se o longitudinal quanto transversal Aquela a relaciona com o fluxo de ve culos enquanto esta com a paisagem na qual se inserem respondendo assim a m ltiplas fun es do espa o p blico como a mobilidade atrav s de cal adas e ciclovias gerenciamento das guas provis o de reas verdes e demais instala es p blicas Este preceito transfere prara escalas maiores aquilo que o NewUrbanism prop e no interior de co munidades desenhar ruas como espa o compartilhado com um conjunto de outras fun es al m da locomo o dos ve culos 25 Landscape Urbanism Reader TT Al m de considerarmos o potencial paisag stico das diversas infraestruturas urbanas devemos considerar a pr pria nat
74. rea indicada para diminuir o impacto da for a da chuva no solo RU DO A atenua o do ru do pela vegeta o um benef cio bastante citado por m mesmo em reas densamente arborizadas a redu o pequena especialmente em m dias e baixas frequ ncias devendo se principalmente ao aumento da dist ncia entre a fonte de ru do e as edifica es e diminui o da intensidade do vento GIVONI 1998 Diversos trabalhos citam diferentes n veis de redu o conseguidos com a utiliza o de barreira vegetal por m tais redu es podem ser consequ ncia do aumento da dist ncia da fonte efeitos da topografia da dire o e da intensidade dos ventos etc Para Givoni 1998 apesar da pequena capacidade na redu o dos n veis de ru do a vegeta o tem um importante papel psicol gico ao atuar como barreira visual uma vez que se o ru do n o vis vel ele se torna psicologicamente menos percept vel SA DE E BEM ESTAR HUMANO Figura 6 Trilha da Pedra Grande Parque Estadual da Cantareira Imagem da autora mai 2011 Um dos principais aspectos associados s reas verdes em meio urbano seu uso recreacional e esportivo A promo o de reas de conv vio social e de reas contem plativas est relacionada ao bem estar e sa de da popula o diminuindo o estresse a ansiedade e a depress o e contribuindo no tratamento de pacientes hospitalizados GIVONI 1998 ULRICH 1984 ULRICH et al 1991 134
75. reas naturais e outros espa os abertos que conservam valores e fun es de ecossistemas naturais que mantenham limpos a gua e o ar e que promovam uma grande variedade de benef cios s pessoas e fauna Neste contexto infraestrutura verde a base ecol gica estrutural para a sa de ambiental social e econ mica ou seja um sistema de suporte para a vida natural BENEDDICT MCMAHON 2006 Ng Saas Fi ae Na Figura 4 Espa os livres Fonte Atlas de Uso e Ocupa o do Solo da RMSP Emplasa 2003 Entender a rede de infraestrutura verde ajuda a compreender quais princ pios devem estar por tr s de projetos e da implanta o destes e permite trabalhar em dire o a estrat gias 1 Sistema de espa os livres Conjunto de espa os ao ar livre destinados s pessoas para o descanso o pas seio a pr tica de esportes e em geral ao recreio e entretenimento de suas horas de cio LLARDENT 1982 114 de interven o territorial Entendemos a proposta da infraestrutura verde como condutora de interven es no territ rio proporcionando possibilidades para a recupera o de reas degradadas Fig 4 com projetos que alimentem a rede da infraestrutura verde reas pass veis de prote o a partir do diagn stico ambiental e reas para desenvolvimento Em paralelo a esta abordagem caminha a an lise da Qualidade Ambiental que emer ge na medida da infraestrutura verde estabelecida e de tantos outros projetos de
76. retendo 20 a 30 mais res duos sseos que o processo t rmico e Consumo baixo de energia e Descarte dos efluentes isentos de contaminantes qu micos ou microbianas No Brasil ainda n o h legisla o espec fica para este tipo de m todo e os equipa mentos para este procedimento ainda possuem custos muito elevados frente aos da 15 Todas essas informa es sobre a biocrema o foram fornecidas por Fernando Schilling representante no Brasil e Am rica Latina da empresa Matthews Cremation atual detentora da licen a para produ o em escala industrial da tecnologia Resomation atrav s de entrevista feita pela pesquisadora em abril de 2013 A empresa tamb m mant m o site BIOCREMATION http www biocremationinfo com que disponibiliza in forma es sobre o procedimento e equipamentos necess rios para o mesmo 101 crema o comum o que pode se tornar uma barreira para o interesse nesta t cnica A necessidade de algumas especificidades como vestimentas padronizadas para os mortos e urnas funer rias adaptadas para o processo podem incorrer em estranha mento e barreira cultural j que incidiria em uma mudan a nos ritos funer rios n o haveria a escolha da ltima veste do falecido e nem escolha de tipos diferentes de urnas funer rias nem flores que acompanhariam os corpos entre outros Reciclagem de metais provenientes de corpos cremados No processo de crema o os metais utilizados em pr teses e ornamen
77. s o proibi das o que no entanto n o impede este tipo de a o Foto Aline Silva Santos 2012 94 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 04 Imagem 08 In cio da tarde de um s bado com os pri meiro empinadores de pipa chegando ao jardim grama do do cremat rio Foto Aline Silva Santos 2012 Imagens 09 10 11 e 12 Atividades diversas que ocorrem nos espa os livres do Cremat rio Municipal Dr Jayme Augusto Lopes Foto Aline Silva Santos 2012 Assim a utiliza o da crema o permite a cria o de espa os pass veis de dialogar com a regi o em que se inserem e como os cemit rios jardins t m a possibilidade de incorporar projetos que colaborem para a manuten o de reas perme veis e tre chos de conserva o ambiental em meio ao ambiente urbano Quanto ao custo em longo prazo configura se tamb m como econ mica j que n o h a necessidade de compra e manuten o de t mulos ou posterior aluguel de ossu rios ap s exuma o Essas novas formas de tratamento dos corpos e disposi es espaciais tumulares com caracter sticas f nebres atenuadas ser o criticadas por muitos estudiosos como Phillipe Ari s 1981 que colocam tais comportamentos como uma nega o contem 95 por nea da morte Tamb m se discute em que medida as mudan as rituais em rela o ao luto impactam na l gica social cotidiana Apesar de fundamentais estas discuss es culturais apontadas
78. seguir s o apontados alguns exemplos contempor neos Reaproveitamento energ tico do processo de crema o Uma forma de diminuir o impacto ambiental da crema o o aproveitamento do calor dos gases resultantes do processo de combust o em sistemas de aquecimento Um caso de destaque o da cidade de Redditch em 2011 na Gr Bretanha 13 KAMENEV Marina Aquamation A Greener Alternative to Cremation TIME Sydney 28 Sep 2010 Dis ponivel em lt http nww time com time health article 0 8599 2022206 00 html gt Acesso em 02 Abril 2013 99 No Reino Unido h uma legisla o vigente que restringe as emiss es de merc rio residuais do processo de crema o Assim todos os cremat rios necessitam da instala o de equipamentos para este fim Considerando que o processo em geral exige um resfriamento dos gases de mais de 800 C para menos de 160 C existe a necessidade de significativa rejei o de calor Este por sua vez pode ser usado em diversos processos de aquecimento Tal procedimento j utilizado em v rias ci dades inglesas como Hastings e Calderdale onde h o aproveitamento em proces sos secund rios de aquecimento no pr prio edif cio do cremat rio A inova o em Redditch reside na utiliza o desta energia t rmica no aquecimento da gua para as reas de lazer de um centro esportivo vizinho ao cremat rio Tal iniciativa trouxe expressiva economia financeira e energ tica Esta proposta
79. ser feitas as seguintes recomenda es 8 Newman Beatley and Boyer Resilient Cities 2009 232 Cria o de uma Infraestrutura Verde para a Cidade de S o Paulo por meio de um Planejamento Ambiental em escala urbana e regional que possa embasar uma revis o do Plano Diretor Cria o de conectividade entre as reas verdes urbanas existentes e futu ras a Infraestrutura Verde implica em conectividade entre as partes en tre as reas n cleo e s tios por meio de corredores biol gicos ou corredores verdes em sintonia com os contextos culturais de bairro e locais infraestrutura verde precisa ser planejada juntamente com as demais infraestruturas de planejamento urbano servindo de guia para a conserva o e o desenvolvimento Ainfraestrutura verde requer fazer conex es entre as comunidades e seus entornos cal adas travessias passarelas que propiciem a continuidade amig vel entre os espa os urbanos Portanto ela promove o entrela amen to entre sua rede verde e as redes de transporte limpo com preval ncia do pedestre da ciclovia e do transporte p blico n o poluente A infraestrutura verde deve promover a descanaliza o e recupera o de c rregos e rios e suas v rzeas infraestrutura verde requer compromisso de longo prazo e o envolvi mento entre os agentes sociais o governo a iniciativa privada as organi za es n o governamentais e das pessoas em geral
80. sociais no decorrer do tempo 2 Ao mesmo tempo em que abriram caminho para uma l gica inerente aos processos ecossist micos criaram bases de uma planifica o que corresponde a condi es eco n micas e culturais determinadas pela n o localidade descentraliza o mobilidade de capital bens e pessoas Em vez de ser lida em termos espaciais formais a cidade deveria ser lida como um sistema de fluxos espa o temporais Estariam estas condi es econ micas de acordo como uma funcionalidade ecos sist mica como deseja seus defensores Douglas Spencer discorda e prop e uma renova o cr tica do movimento para al m das condi es urban sticas das quais sur giu mais especificamente as norte americanas 2 Segundo ele esta apologia ao processo atende a imperativos econ micos em cir cunst ncias hist ricas espec ficas A supress o do ambiente constru do assim como dos mecanismos regulat rios que sustentaram modos anteriores de produ o seria uma demanda do empreendedorismo neoliberal O objetivo tornar a cidade acess vel especula o financeiro imobili ria inserindo a na economia global principalmente atrav s de empreendimentos de renova o urbana Diferente dos EUA e Europa Oci dental que experimentaram essas renova es no contexto p s industrial os pa ses expostos mais recentemente aos mecanismos do mercado sentiram seus efeitos de forma dram tica Julgar que do ponto de vista ecol gico q
81. todas as re as p blicas em geral dever tamb m da popula o Ela tem um papel importante de responsabilidade e participa o n o transferindo para o poder p blico toda a responsabilidade Acredito na melhor educa o da popula o para mudar ocupar e se apropriar dos espa os p blicos de forma devida assumindo tamb m a parte que lhe cabe dessa responsabilidade 259 4 DEPOIMENTO DEPOIMENTOS TESTIMONY PLANO DIRETOR DO PARQUE ESTADUAL TiZO um trabalho multidisciplinar e colaborativo Tizo STATE PARK MASTERPLAN a multidisciplinary collaborative work AUTORAS DO DEPOIMENTO ANA L cia P DE FARIA BURJATO E PATR CIA AKINAGA A elabora o do plano diretor do Parque Urbano de Conserva o Ambiental e Lazer Estadual Tizo foi resultado de uma proveitosa colabora o entre a Secretaria de Esta do de Meio Ambiente SMA e a iniciativa privada atrav s de uma equipe multidiscipli nar composta por arquitetos arquitetos paisagistas e engenheiros Gra as ao entusiasmo do eng F bio Barros que como um catalisador reuniu profis sionais de diversas forma es para trabalhar de forma volunt ria junto com profissio nais do Departamento de Projetos da Paisagem t cnicos e pesquisadores de outras institui es da SMA e representantes das prefeituras dos munic pios de Osasco Ta bo o da Serra Cotia e S o Paulo num grande exemplo de sinergia o Plano Diretor foi conclu do em seis meses Outro diferencial do Pl
82. urbanidade fazendo a chegar aos confins das periferias e bols es de desigualdades As segundas tentam dividir o nus dos investimentos infraestruturais que convergem com os interesses do mercado imobili rio Assim colocada esta dualidade reflete o dilema multifocal do Planejamento Urbano de agregar urbaniza o de vanguarda por este lado e pelo outro lado resgatar o que ficou para tr s reurbanizar no sentido de tornar urbano aquilo que precariamente o era ao mesmo tempo em que deve ouvir as demandas de todos os segmentos sociais e orientar se pelos princ pios da sustentabilidade O maior desafio das cidades brasileiras hoje construir o futuro a partir dos seus passivos urbano ambientais para al m da pr tica da simples regulariza o Neste sentido o Estatuto da Cidade ainda uma resposta insuficiente cabendo ao Poder Executivo e ao Parlamento de todas as inst ncias de governo prospectar instrumen tos de repara o de danos mitiga o e compensa o de impactos da urbaniza o desordenada que as desqualifica Neste contexto cabe colocar o emblem tico caso da cidade de S o Paulo no que diz respeito ao seu hist rico de anistias s infra es de parcelamento uso e ocupa o do solo O tema ganha proemin ncia com a lei municipal n 15 499 de 7 de dezembro de 2011 que institui o Auto de Licen a de Funcionamento Condicionado de ativida des instaladas em edifica es irregulares de vig ncia provis ria que
83. vice versa influencia na capacidade de sedimen ta o dos sistemas constru dos bem como na aera o da gua que est sendo tratada 30 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 Percebe se que a tend ncia hoje de que os sistemas de tratamento que utilizam vegeta o tenham duas ou mais reas constru das com diferentes tipologias de esco amentos entre si isto diferentes combina es entre meio suporte planta n vel da l mina de gua e sentido de fluxo de efluentes EXPERI NCIAS BRASILEIRAS Embora sejam relativamente comuns na Europa e nos Estados Unidos ainda s o raros no Brasil os sistemas de tratamento de gua com uso de vegeta o fora de ambientes de pesquisa Na Pra a Victor Civita em S o Paulo a gua da chuva e o esgoto do pr dio do Mu seu s o transportados por canaletas para o sistema de alagados passando por uma camada filtrante de cascalho e plantas aqu ticas Figuras 8 9 10 e 11 VT SR fon Pe O Figuras 8 9 10 e 11 Wetland Constru do da Pra a Victor Civita em S o Paulo 8 Os wetlands constru dos costumam ser classificados em sistemas de escoamento superficial ou subsuperfi cial e subdivididos quanto ao fluxo de efluentes que pode ser horizontal ou vertical Neste o fluxo pode ser as cendente ou descendente A vegeta o pode ser submersa flutuante emergente ou fixa de folhas flutuantes 31 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 Junho de 2013 Es
84. 04 Organiza o t pica interna dos jazigos em um cemi t rio vertical Cemit rio Memo rial Bauru Bauru SP Foto Aline Silva Santos 2007 Imagem 05 Cemit rio vertical Memorial Necr pole Ecum nica Santos SP Este tipo de cemit rio acaba impactando na paisagem maneira dos edif cios residenciais Fonte Divulga o Site Memorial Necr pole Ecum nica Dispon vel em lt http Awww memorialsantos com br album_ memorialcemiterio 1207_06 Fachada02 jpg gt Acesso em 02 Abril 2013 91 Nos cemit rios independente de suas disposi es espaciais a forma comum de trata mento dos cad veres o encerramento em urnas funer rias e aloca o das mesmas em t mulos ou jazigos onde ocorrer o processo natural de decomposi o do corpo No entanto atualmente crescente o uso do m todo da crema o que consiste na acelera o deste processo natural por meio da queima dos corpos juntamente com sua urna funer ria ocorrendo uma redu o r pida dos mesmos a cinzas Pr tica que remonta Antiguidade ficou por muito tempo fora dos costumes ociden tais por conta principalmente da rejei o religiosa crist que a associava a costumes pag os PROTHERO 2001 O seu retorno ao meio urbano se d primeiramente na Inglaterra em fins do s culo XIX onde surge a Sociedade de Crema o da Inglaterra formada por literatos artistas e m dicos que investem na difus o deste m todo e bat
85. 1982 A infiltra o de gua no solo depende diretamente do tipo de solo e n o apenas da presen a da vegeta o a distribui o estrutura espacial estrutura de ramifica o e folhagem densidade de arquitetura foliar e da galharia bem como a distribui o em extens o e profundidade do raizame tem influ ncia direta na rapidez de forma o da superf cie do espelho d gua a escoar Ap s o encharcamento a influ n cia se relaciona somente prote o do solo ao ravinamento MAGNOLI 1982 p 91 Segundo a Ag ncia Americana de Prote o Ambiental EPA 2003 a velocidade de escoamento num quarteir o urbanizado pode ser cinco vezes maior do que em reas de mesmo tamanho com vegeta o e solo exposto A alta velocidade do escoamento aumenta a eros o e a quantidade de sedimentos carreados para os rios e c rregos diminuindo a vaz o destes e provocando inunda es HOUGH 1998 132 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 06 Llardent 1982 alerta para o fato de que a grama fornece porosidade ao solo apenas at 10cm de profundidade e com o tempo as ra zes podem se entrecruzar de tal ma neira que deixam o solo compactado Assim uma superf cie gramada pode n o ser t o perme vel quanto se imagina evidenciando que a an lise do tipo de solo e do tipo de vegeta o a ser implantada importante para determinar a contribui o da vege ta o drenagem urbana ESTABILIDADE DO
86. 20 anos A complexidade e a pretens o inicial do projeto fizeram com que este novo espa o assumisse uma dimens o desproporcional com o entorno criando a necessidade da cria o de v rios planos para o atendimento do programa que juntamente com o exa gero formal das massas constru das acabaram criando v rios bloqueios visuais e de acessibilidade dificultando a articula o com as reas adjacentes Sendo assim podemos considerar que o programa e o partido adotado no projeto n o foi o mais correto apesar de ter sido uma experi ncia que tinha como base conceitos que estavam em vigor na nossa cidade na poca O urbanismo moderno onde a planifica o e a racionaliza o exacerbada do uso e ocupa o do solo prevaleciam Experi ncias como as New Towns inglesas e francesas e as megaestruturas ainda eram refer ncias dos nossos profissionais apesar dos questionamentos que j se faziam no exterior principalmente nos Estados Unidos a respeito do urbanismo do arrasa quarteir o e das grandes interven es Os problemas relacionados gest o administra o e manuten o deste espa o s acabaram agravando a situa o 240 4 LABVERDE A requalifica o da pra a teve xito no enfrentamento desses problemas REIS Ainda cedo para fazermos uma avalia o criteriosa da obra que foi implan tada No meu entendimento a reurbaniza o teve xito no enfrentamento dos proble mas relacionados ao rompimen
87. 2011 Data Visualization and eco media content Media Art produced at Digital Narratives workshops Trabalho apresentado no 17th Internatio nal Simposium on Electronic Art ISEA 2011 Istambul 7p Dispon vel em lt http karlabru net site wp content uploads 2011 05 datavisualization ISEA final pdf gt Acesso em 20 de mar o de 2013 FONSECA Felipe 2012 Postura Experimental IN Archivo Vivo Dispon vel em lt http arquivovivo org br archives artwork redelabs postura experimental gt Acesso em 20 de julho de 2012 GUITIERREZ Nicolas L HILBORN Ray DEFEO Omar 2011 Leadership social capital and incentives promote successful fisheries Nature 470 386 389 Dispo n vel em lt doi 10 1038 nature09689 gt Acesso em 10 de novembro de 2012 HAND E 2010 Citizen Science People power Nature 466 7307 685 687 KORMONDY E J BROWN D E 2002 Ecologia Humana S o Paulo Atheneu 503 p OPEN STREET MAP 2012 Dispon vel em lt http openstreetmap org gt Acesso em 10 de agosto de 2012 SANTOS 2012 Website da Prefeitura Municipal de Santos Prefeitura Municipal de Santos Dispon vel em lt http www santos sp gov br gt Acesso em 20 de agosto de 2012 157 SANTOS 1999 Lei Complementar n mero 359 de 25 de novembro de 1999 C ma ra Municipal de Santos Dispon vel em lt http www camarasantos sp gov br gt Aces so em 01 de setembro de 2012 TURINO C lio 2009 Ponto de Cultura O Brasil de Baixo para C
88. A 264 o EVENTOS Revista LABVERDE n 6 Eventos Junho de 2013 EVENTOS LAN AMENTO DE LIVRO CECILIA POLACOW HERZOG Livro CIDADES PARA TODOS re aprendendo a conviver com a Natureza A MauaD Editora O INVERDE Instituto de Pesquisas DADES PARA OD0S acca reJaprendendo a conviver com a Natureza CECILIA PoLacow HERZOG convidam para o lan amento do livro IDADES PARA Tangs frog comever comm Racers Dia 10 de junho de 2013 segunda feira das 18h30min s 21h30min Livraria da Vila Alameda Lorena Alameda Lorena 1731 Jardins S o Paulo Tel 11 3062 1063 4 LIVRARIA DAVILA www mauad com br Tel 21 3479 7422 Livros que valorizam o seu tempo Mauad X verde 266 6 COMUNICADOS COMUNICADOS REVISTA LABVERDE NORMAS PARA APRESENTA O DE TRABALHOS A Revista LABVERDE criada em 2010 um peri dico cient fico eletr nico semestral abril e outubro do Laborat rio LABVERDE multidisciplinar com foco em Paisagem e Sustentabilidade atualmente estruturado em 9 reas Planejamento Ambiental De senho Ambiental Infraestrutura Verde Arquitetura da Paisagem Engenharia Ambien tal Certifica o Verde Ecologia Urbana Floresta Urbana e Projeto Sustent vel Normas para Apresenta o de Trabalhos 1 O Conselho Editorial da Revista LABVERDE decidir quais artigos ensaios entre vistas confer ncias debates resenhas relatos de experi ncias e n
89. A P C D Areas verdes conceitos objetivos e diretrizes para o planejamento In ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZA O URBANA 4 1992 Vit ria ES Anais vol l Vit ria 1992 p 29 38 FURLAN S A Paisagens Sustent veis S o Paulo e sua cobertura vegetal In Geogra fias de S o Paulo a metr pole do s culo XXI S o Paulo CONTEXTO 2004 Whately M Org Parques urbanos municipais de S o Paulo subs dios para a gestao organiza o S o Paulo Instituto Socioambiental 2008 KLIASS R G Parques urbanos de S o Paulo e sua evolu o na cidade S o Paulo PINI 1993 LIMNIOS G Repert rio bot nico de acompanhamento vi rio do bairro City Butant Disserta o de Mestrado DG USP 2006 MACEDO S S SAKATA F G Parques Urbanos no Brasil S o Paulo EDUSP Imprensa Oficial do Estado de S o Paulo 2003 MELLO THERY N A de Conserva o de reas naturais em S o Paulo Revista Estudos Avan ados vol 25 no 71 S o Paulo Jan Apr 2011 SAINT HILAIRE A de Viagem Prov ncia de S o Paulo Belo Horizonte Itatiaia S o Paulo EDUSP 1976 189 ARTIGO N 10 DIRETRIZES DE INFRAESTRUTURA VERDE PARA O DESENHO URBANO UM EXERC CIO DE PLANEJAMENTO PAISAG STICO NA REA DA LUZ S O PAULO GUIDELINES OF GREEN INFRASTRUCTURE FOR URBAN DESIGN AN EXERCISE OF LANDSCAPE PLANNING AT LUZ DISTRICT S O PAULO LUCIANA SCHWANDNER FERREIRA PATRICIA MARA SANCHES PAULA SHINZATO JOANA CARLA S GON ALVES DIR
90. A SOCIAL URBAN PARKS AT S O PAULO BRAZIL SPATIALIZATION AND SOCIAL DEMAND GIORGIA LIMNIOS SUELI NGELO FURLAN PARQUES URBANOS NO MUNIC PIO DE SAO PAULO SP BRASIL ESPACIALIZA O E DEMANDA SOCIAL Msc GIORGIA LIMNIOS Mestre em Ci ncias pelo Programa de P s Gradua o em Geografia F sica da Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Universidade de S o Paulo USP Brasil E mail giorgiageo usp br DRA SUELI NGELO FURLAN Professora do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Uni versidade de S o Paulo USP Brasil E mail sucaangf usp br RESUMO O parque urbano um produto da cidade da era industrial Nasceu a partir do s culo XIX da necessidade de dotar as cidades de espa os adequados para atender a uma nova demanda social o lazer o tempo do cio e para contrapor se ao ambiente urbano edifica do MACEDO 2003 O munic pio de S o Paulo possui parques em todos os setores da cidade e para entender se existe proporcionalidade desses espa os com os outros tipos de uso da terra definiu se o limite municipal como rea de estudo Os parques urbanos municipais e estaduais existentes foram classificados segundo as seguintes categorias de espa os livres parques de vizinhan a parques de bairro parques setoriais e parques regionais conforme o dimensionamento das unidades e raio de atendimento popula o CAVALHEIRO 1992 KLIASS 1993 Palavras ch
91. ADDAD 2000 Atualmente dados relacionados quantidade e distribui o das reas verdes fazem parte da rela o de indicadores e par metros de avalia o da qualidade de vida das cidades Apesar do progressivo reconhecimento dos benef cios dos espa os vegetados pelas autoridades p blicas a manuten o ou cria o de novas reas verdes em cidades com alta densidade constru da na qual a terra um recurso escasso e caro um grande entrave tanto do ponto de vista f sico como econ mico Por m o maior desa fio vislumbrar novas reas verdes sem deixar de pensar no papel multifuncional que elas podem oferecer cidade atentando s suas potencialidades e seus benef cios de maneira hol stica aproveitando as in meras fun es dos espa os vegetados en tendidos dessa forma como sistemas que comp e uma infraestrutura verde 1 O fen meno clim tico conhecido como ilha de calor caracteriza se pela maior temperatura noturna em reas densamente constru das em compara o com seu entorno rural Algumas caracter sticas das es truturas urbanas como a rela o entre a largura das ruas e a altura dos edif cios os tipos de materiais construtivos utilizados e a quantidade e localiza o das reas verdes afetam a intensidade da ilha de calor GIVONI 1998 LOMBARDO 1985 2 JOHNSTON J Nature areas for city people Ecology Handbook n 14 London Ecology Unit 1990 193 Assim n o se trata de um sistema co
92. ARTIGO N 1 PAISAGEM COMO INFRAESTRUTURA DE TRATAMENTO DAS GUAS URBANAS LANDSCAPE AS INFRASTRUCTURE FOR URBAN WATER TREATMENT RAM N STOCK BONZI PAISAGEM COMO INFRAESTRUTURA DE TRATAMENTO DAS GUAS URBANAS RAM N STOCK Bonzi Professor de jardinagem especialista em meio ambiente e sociedade pela Funda o Escola de Sociologia e Pol tica de S o Paulo aluno do curso de p s gradua o Arquitetura da Paisagem Senac e mestrando na FAUUSP na rea de concentra o Paisagem e Ambiente e mail rsbOusp br RESUMO Este trabalho investiga o uso da vegeta o no tratamento de esgotos efluentes e guas residuais Apresenta se a situa o de nossos corpos d gua e revela se como ecossis temas naturais de reas midas colaboram com a manuten o de sua qualidade S o observados os mecanismos principais que possibilitam que os sistemas de tratamento e polimento da gua por meio do uso de vegeta o proporcionem servi os ambientais importantes para os assentamentos humanos E por fim apontado como o uso da vegeta o no tratamento de gua capaz de criar paisagens multifuncionais que de sempenham fun es ligadas ao lazer educa o ambiental e gera o de renda Palavras chave Alagado Constru do Infraestrutura Verde Metabolismo Urbano Tratamento de Efluentes Biomim tica Infraestrutura paisag stica LANDSCAPE AS INFRASTRUCTURE FOR URBAN WATER TREATMENT ABSTRACT This paper invest
93. Ararib NP BD CV PV Machaerium nyctitans peal ee NP BD CV PV PI Machaerium scleroxylon Caviuna NP BD CV PV Ficus guaranitica Figueira branca NP BD PV Gallesia integrifolia Pau d alho NP BD PV Prunus myrtifolia eee NP Bravo 217 BD CV CA PV Inga edulis Ing de metro NP BD CV PV Lafoensia glyptocarpa Mirindiba NP BD CV CA PI PV Tabebuia avellanedae Ip rosa NP BD CV PV Caesalpinia peltophoroides Sibipiruna NP BD PV Cariniana estrellensis Jequitib branco NP BD CV CA PI PV Citrarexylum myrianthum Pau viola p BD PV Cariniana legalis Jequitib rosa NP BD CV PV Mayna brasiliensis Canudo de pito P BD CV PV Calophyllum brasiliensis Guanandi NP BD CV PV Triplaris brasiliensis Pau formiga P BD CV CA PI PV Lafoensia pacari Dedaleiro NP BD CV CA Guazuma ulmifolia Mutambo P BD CV CA PI PV Tabebuia roseo alba Ip branco NP Legenda CA cal adas CV corredores verdes BD bols es de diversidade PV perman ncia ver o PI per man ncia inverno P pioneira NP n o pioneira secund ria ou cl max 218 ARTIGO N 11 INFRAESTRUTURA VERDE PARA AS MUDAN AS CLIM TICAS NO C40 GREEN INFRASTRUCTURE FOR CLIMATE CHANGE IN THE C40 MARIA DE ASSUNGAO RIBEIRO FRANCO VERA CRISTINA OSSE VOLKER MINKS INFRAESTRUTURA VERDE PARA AS MUDAN AS CLIM TICAS NO C40 MARIA DE ASSUN O RIBEIRO FRANCO Professora Titular do Departamento de Projeto da FAUUSP C
94. Architects ASLA 2006 Dispon vel em lt http www urbanheatislands com gt Acesso em 04 05 2013 KOOLHAAS Rem Para al m do del rio 1993 in NESBIT Kate Org Uma nova agenda para a arquitetura uma antologia te rica 1965 1995 S o Paulo CosacNaify 2006 pp361 368 KOOLHAAS Rem Por uma cidade contempor nea 1989 in NESBIT Kate Org Uma nova agenda para a arquitetura uma antologia te rica 1965 1995 S o Paulo CosacNaify 2006 pp357 361 McDonough William Projeto ecologia tica e a produ o das coisas 1993 in NES BIT Kate Org Uma nova agenda para a arquitetura uma antologia te rica 1965 1995 S o Paulo CosacNaify 2006 pp427 438 NORBERG SCHULZ Christian O fen meno do lugar 1976 in NESBIT Kate Org Uma nova agenda para a arquitetura uma antologia te rica 1965 1995 S o Paulo CosacNaify 2006 pp443 461 SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento Ambiental teoria e pr tica S o Paulo Oficina de Textos 2004 121 TRES Deisy Regina Abordagem Sist mica para restaura o da paisagem Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Recursos Gen ticos Vegetais De partamento de Fitotecnia do Centro de Ci ncias Agr rias da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obten o do t tulo de Doutor em Ci ncias Florian polis SC 2010 WHATELY Mar ssia Org Semin rio Billings 2002 Avalia o e identifica o de reas priorit rias para a cons
95. CA CV PV Bauhinia forficata Pata de Vaca P BD CV Parapiptadenia rigida as SENERA P BD Albizia hassleri Farinha Seca P BD CA CV Inga sp Ing P BD Rapanea ssp Capororoca P BD CA CV PV Psidium guajava Goiaba P 216 Jacarand Pau BD CV PV Machaerium villosum eta P BD CA CV PV PI Eugenia dysenterica Cagaita NP BD CA CV PV PI Matayba eleagnoides Camboat P BD CA CV PV PI Qualea multiflora Pau Tucano P BD PV Qualea jundiahy Pau Terra P BD Solanum lycocarpum Lobeiro P BD CA CV PV Solanum paniculatum Jurubeba P BD CA PV Trema micrantha Crindi va P BD CV PV PI Vitex montevidensis Tarum P BD PV PI Ficus glabrata Figueira P BD CA CV PV Rapanea ferruginea Capororoca P BD CA CV PV Eugenia leitonni Goiabao NP BD CV PI PV Schizolobium parahyba Guapuruvu NP BD CV PI PV Cedrela fissilis Cedro NP BD CA CV PI PV Tabebuia ssp Ip roxo NP BD CA CV PI PV Tabebuia ssp Ip amarelo NP BD CA cv PI py Aspidosperma Cyindrocar e peroba Poca NP pon BD PV Aspidosperma polyneuron Peroba Rosa NP BD CV PV PI Aspidosperma ramiflorum Guatamb NP BD CA CV PV Albizia polycephala Angico Branco NP BD CV PV Pterogyne nitens ASAAN p Bravo BD CV PV PI Andira inermis Angelim NP BD CV PV Andira fraxinifolia Angelim doce NP BD CV PV Andira anthelmia asse NP goso BD CV PV PI Centrolobium tomentosum
96. DE REVITALIZA O NA REA DA LUZ O projeto piloto desenvolvido pelo Laborat rio de Conforto Ambiental e Efici ncia Energ tica Labaut da FAUUSP focou no desempenho ambiental da forma urbana com especial aten o para as condi es ambientais criadas nos espa os abertos para o qual a infraestrutura verde teve um papel central Tal projeto partiu do pressu posto de que a forma urbana afeta o futuro das cidades e a sua sustentabilidade e que os centros urbanos ainda podem acomodar milh es de pessoas com qualidade e dignidade Assim o objetivo foi propor por meio de uma abordagem multidisciplinar uma metodologia para projetos urbanos que considerasse ao mesmo tempo o aden 197 samento constru do e populacional e a promo o da qualidade ambiental e demais benef cios s cio econ micos Como objetivos espec ficos buscou se o uso eficiente das infraestruturas urbanas existentes com nfase para a quest o da mobilidade urbana redu o da demanda de energia el trica dos edif cios por meio da cap ta o da energia solar na estrutura dos pr prios edif cios o conforto ambiental nas edifica es e espa os livres a dispers o de poluentes facilitada pela eficiente ventila o urbana a cria o de novas reas verdes desempenhando fun es sociais am bientais e econ micas A rea de interven o abrange 25 quadras totalizando aproximadamente 27 hecta res dentro do per metro defi
97. ETRIZES DE INFRAESTRUTURA VERDE PARA O DESENHO URBANO UM EXERC CIO DE PLANEJAMENTO PAISAG STICO NA REA DA LUZ S O PAULO LUCIANA SCHWANDNER FERREIRA Mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo e mail luciana swf gmail com PATR CIA MARA SANCHES Mestre em Paisagem e Ambiente Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Sao Paulo e mail patriciasmsanches uol com br PAULA SHINZATO Doutoranda pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo e mail paulashinzato yahoo com JOANA CARLA S GONCALVES Prof Dra da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo do Departamento de Tec nologia da Arquitetura e do Urbanismo Laborat rio de Conforto Ambiental e Efici ncia Energ tica LABAUT Professora Orientadora do Programa de Pos Gradua o Environment and Energy da Architectural Asso ciation Graduate School AA School of Architecture Londres e mail jocarch usp br RESUMO A presente pesquisa apresenta diretrizes projetuais para o planejamento e projeto de novas reas verdes p blicas e semi p blicas cujas fun es e distribui o foram de finidas a partir dos conceitos de infraestrutura verde e aplicadas na rea da Luz na cidade de S o Paulo Esta pesquisa est inserida em um projeto interdisciplinar de senvolvido pelo Laborat rio de Conforto Ambiental e Efici ncia Energ tica Labaut da Faculdade de Arquitetura e Urb
98. IOAMBIENTAL Al m do Concreto contribui es para a pro te o da biodiversidade paulistana S o Paulo s n 2008 LABAKI L C et al Vegeta o e conforto t rmico em espa os urbanos abertos F rum Patrim nio Ambiente Constru do e Patrim nio Sustent vel v 4 n 1 2011 Dis pon vel em lt http Awww forumpatrimonio com br index php gt Acesso em 05 jan 2011 LIMA C P C D S A natureza na cidade A natureza da cidade Tese Doutorado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo FAUUSP S o Paulo 1996 LLARDENT L R A Zonas Verdes y Espacios Libres en la Ciudad Madrid Institu to de Estudios de Administraci n Local 1982 141 LOMBARDO M A Ilha de Calor nas Metr poles O exemplo de S o Paulo S o Paulo Hucitec 1985 MAGALH ES L M S CRISPIM A A Vale a pena plantar e manter rvores e flo restas na cidade Ci ncia Hoje n 193 p 64 a 68 maio 2003 MAGNOLI M M Espa os livres e urbaniza o uma introdu o a aspectos da pai sagem metropolitana Tese Livre Docencia Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo FAUUSP S o Paulo 1982 MANFREDINI S FERREIRA R P D QUEIROZ NETO J P D Reflex es sobre o solo urbano In CARLOS A F A OLIVEIRA A U D Geografias de S o Paulo A Metr pole do s culo XXI S o Paulo Contexto 2004 MASCARO J L MASCARO L Vegeta o Urbana Porto Alegre Masquatro 2010
99. Projeto Parcel localiza se na rea continental de Santos figura 2 longe do per metro urbano pr ximo ao canal de Bertioga e constitu do juridicamen te como uma Associa o fundada em 2005 Re copies Wha Unutraque ata Figura 2 Localiza o do Ponto Projeto Parcel Open Street Map 2012 Segundo dados oficiais da Prefeitura Municipal de Santos a extens o territorial da rea continental cerca de seis vezes maior com 231 6 quil metros quadrados em contraponto aos 39 4 quil metros quadrados da rea insular Destes 206 quil metros encontram se sob a rea de Prote o Ambiental APA no Parque Estadual da Serra do Mar SANTOS 2012 A APA tabela 2 foi institu da pela Lei Complementar do munic pio de Santos de n mero 359 em 25 de novembro de 1999 que disp s sobre o uso e a ocupa o da regi o SANTOS 1999 151 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 Junho de 2013 Tabela 2 Caracteriza o da rea de Prote o Ambiental da rea continental de Santos rea de Prote o Ambiental 206 km Usos e Caracter sticas Localidade Bairro Zona de Uso Especial ZUE A ocupa o e o aproveitamento em conformidade com o Plano de Manejo elaborado pelo Governo do Estado Parque Estadual da Serra do Mar Zona de Preserva o ZP Taxa de ocupa o m xima para os usos permitidos de 5 Respeitar e manter reas com valor hist rico cultural como vest gios arque
100. RAMNI ADORA VEL Figura 2 Croqui do projeto executivo que foi a base para o desenvolvimento da nova pra a Roosevelt 2007 Fonte Rubens Reis 6 LABVERDE E a participa o popular REIS Dependeu de cada administra o considerando que esta proposta vem des de a poca da Prefeita Erundina ou at mesmo antes dela pois a primeira grande remodela o do espa o ocorreu na gest o do prefeito M rio Covas Os t cnicos sem pre estiveram dispon veis para o contato com as pessoas envolvidas com a pra a Em termos de administra o tivemos a oportunidade de apresentar todos os estudos desenvolvidos para a comunidade local dependendo da administra o com maior ou menor intensidade O Programa do projeto n o da obra pode ser considerado de consenso entre todos Participamos de v rios encontros assembleias reuni es e discuss es a respeito da pra a seja com a comunidade e com especialistas Entendo que foi o processo poss vel 243 Revista LAE Junho de 2013 7 LABVERDE O senhor se afastou da EMURB em 2009 e depois disso o seu projeto sofreu altera es Voc foi consultado O que achou do resultado REIS N o foi o fato da minha sa da da EMURB que o projeto sofreu altera es Mu dan as de projetos s o naturais nos processos de obras A quest o Como mudar e porque mudar O projeto teve continuidade at chegar licita o e in cio da obra em 2010 Evidente mente uma obr
101. RESUMO Como elemento componente do sistema de espa os livres da cidade os cemit rios justificam se como tema de investiga o Nota se atualmente que apesar de ocupa rem extensas reas do tecido urbano acabam n o dialogando com este constituindo espa os sem apropria o e desconexos A preocupa o ambiental tamb m urgen te pois s o locais pass veis de s rias contamina es Este artigo pretende discutir as principais composi es dos espa os cemiteriais brasileiros poss veis formas de destina o dos corpos e novas tecnologias dispon veis nesta rea mostrando assim que os cemit rios podem ter colabora o significativa na constru o de cidades mais sustent veis e paisagens urbanas positivas Palavras chave cemit rios crema o morte impacto ambiental sustentabilidade CEMETERIAL SPACES AND THEIR CONTRIBUTIONS TO THE LANDSCAPE AND URBAN ENVIRONMENT ABSTRACT As an element of the open space system of cities the cemeteries are justified as a research topic lt is currently noted that although they occupy large areas of the ur ban fabric there is no relationship between them composing spaces disconnected and without appropriation Environmental concern is also urgent because those sites are subject to serious contamination This article intends to analyze the major com positions of Brazilian cemetery spaces possible methods for disposal of bodies and new technologies available showing in this way th
102. TIGO N 5 REFLEX O SOBRE A NATUREZA DO PROJETO REFLECTION ON THE NATURE PROJECT PATR CIA HELEN LIMA REFLEX O SOBRE A NATUREZA DO PROJETO PATR CIA HELEN LIMA Arquiteto Urbanista Mestre em Projeto Sustent vel pela FAUUSP Doutoranda em Arquitetura e Cidade pela FAUUSP Coordenadora da Se o de Informa o da Qualidade Ambiental da PMSBC E mail patricia helen lima usp br RESUMO Conhecer Compreender e Proteger a natureza que nos d a vida entendendo seus limites e inter relacionamentos e admitir que projetos manifestam a inten o humana e interferem na natureza modificando o ambiente o primeiro passo para pensar na constru o de projetos com responsabilidades acima da vis o pontual de uma a o e possibilitar trazer em si identidade com o local partilhando as qualidades e a con di o da natureza influenciando na forma urbana e dando lhe melhores condi es est ticas funcionais e de qualidade ambiental Diante da complexidade das rela es homem natureza propomos a leitura da pai sagem definindo diferentes tipos de Unidades de Paisagem em fun o das rela es estabelecidas nas formas do uso do solo que definem o espa o e a partir do inven t rio do territ rio propor uma infraestrutura verde que oriente o desenvolvimento e a prote o da natureza O uso do solo vem diminuindo reas verdes protetoras e au mentando reas imperme veis e asfaltadas elevando a temperatura e acarretando o processo de ilh
103. a o com este astro expressa em todos os seus projetos sejam eles de edif cios ou urbanos ao longo sua carreira e explicitada quando declara durante o Congresso Internacional de Arquitetura Moderna CIAM em Atenas que os materiais do urbanismo s o o sol as rvores o c u 0 a o o concreto nesta ordem hier rquica e indissoluvelmente LE CORBUSIER 1933 Uma atitude de Le Corbusier no projeto da Unidade de Habita o de Marselha surpre ende a de orientar o eixo principal do edif cio no sentido Norte Sul expondo assim as fachadas maiores para o leste e para o oeste Contradiz ou pelo menos subverte o senso comum os princ pios da casa grega de orientar a maior fachada para o equa dor sul no hemisf rio norte de modo a beneficiar se do calor do sol durante os meses mais frios do ano A configura o dos apartamentos e sua disposi o no edif cio no entanto permitem maior insola o durante o dia todo O calor controlado gra as a aposi o de varandas Tal decis o confirma a hip tese de que posturas conscientes em rela o ao aproveitamento do sol transformam a configura o final de um edif cio e mais importante revisam os conceitos at ent o estabelecidos Do outro lado do Atl ntico os projetos das casas solares de George Fred Keck coin cidem exatamente com per odos de dificuldades energ ticas depress o dos anos 1930 e guerra mundial O maior m rito dos projetos de Keck o de acom
104. a o de ar gerado pela temperatura entre as reas vegetadas e urbanizadas Outros fatores tais como a produ o de calor a partir de ar condicionado assim como a partir de processos industriais e de tr fego de ve culos motorizados e a obstru o do fluxo do ar por raz o das superf cies edificadas t m sido reconhecidos como causas adicionais do efeito de ilhas de calor http www urbanheatislands com A promo o de estrat gias para mitigar o efeito de ilha de calor uma grande preocu pa o Existem estrat gias de redu o de ilhas de calor em primeiro lugar aumentar a refletividade de superf cie a fim de reduzir a absor o de radia o de superf cies urbanas e segundo aumentar a cobertura de vegeta o a fim de maximizar os bene f cios da vegeta o em controlar o aumento da temperatura A cria o de redes que conectam paisagens de extrema import ncia tornan do a cria o da Infraestrutura verde resposta ao novo paradigma de urbaniza o sustent vel cuja base a permeabilidade dos servi os ecol gicos e da paisagem natural em ambientes constru dos de modo que seja poss vel o desenvolvimento urbano e as interven es de projetos em conson ncia com as quest es ambien tais e socioculturais O PROJETO E A INTEN O Nos dias de hoje todo espa o vazio alvo f cil para um frenesi de preencher tapar Mas a meu ver dois motivos concorrem para fazer dos espa os urbanos vazios no m ni
105. a rudimentar uma simplifica o artificiosa e pouco eficiente quando comparada ao fun cionamento dos sistemas e organismos naturais Nosso modelo de produ o e consumo n o est em simbiose com o meio ambiente como est o as esp cies que constituem um ecossistema Em nosso atual est gio tecnol gico agimos mais como parasitas Em nossa arrog ncia nos impomos como a esp cie que reina sobre todo o resto nos supondo ordenadores de um suposto caos Tentamos imitar a natureza edificando nossa t cnica sobre suas leis mas ao fazer isso a usurpamos de forma grosseira N s que sempre estivemos sob o dom nio de suas leis 61 no entanto insistimos em inverter o jogo na tentativa de subjug la Persistimos numa atitude extrativista irrespons vel esgotando os recursos e poluindo N o dever amos nos espantar com o fato de que mais cedo ou mais tarde esta conta ser cobrada Hoje sabemos que ao insistir nesta postura estamos destruindo a base de nossa pr pria exist ncia A situa o de nossas cidades enquanto artefatos reflete este modelo insustent vel de pensamento e atua o Se as cidades n o assimilarem uma l gica de funcionamento mais atrelada quele dos ecossistemas estaremos rumo a um desastre hora de superar conflitos e nos reconhecer como parte insepar vel da natureza nos inserindo em sua rede sist mica de forma harm nica Se isto parece bvio frente ao amplo debate sobre ecologia e sustentabilidade
106. a Franklin Roosevelt Foto Lilian Dazzi Braga 8 LABVERDE N s sabemos da dificuldade da manuten o de reas verde em S o Paulo Como sua proposta de paisagem lidou com isso SBRUZZI Foi tamb m algo que influenciou na escolha das esp cies vegetais Como mencionei em resposta anterior a escolha de esp cies vegetais r sticas adaptadas a defici ncia de gua e o uso do gel de plantio foi fundamental 9 LABVERDE No nosso entender tudo o que diz respeito pra a objeto de trabalho do paisagista Como v essa no o que reduz o paisagismo escolha da vegeta o SBRUZZI O projeto da Pra a Franklin Roosevelt foi concebido discutido e aprovado em conjunto com todos os envolvidos no projeto arquitetos engenheiros EMURB associa o de moradores do bairro entre outros Participei desde o in cio de todo o processo de cria o opinando e discutindo quando necess rio 258 Acredito que todo projeto n o s paisag stico quando envolvem mais profissionais e rea multidisciplinar afins tem seu final mais bem sucedido 10 LABVERDE O Sr entende que h alguma coisa na atual pol tica da prefeitu ra de S o Paulo para Pra as que deve mudar ou que pode ser melhorada SBRUZZI Sim por parte da prefeitura uma melhor preserva o e conserva o des sas reas e das rvores e canteiros das vias p blicas Creio que parte do cuidado e manuten o n o s das pra as mas de
107. a acaba tendo que alterar algumas premissas originais do projeto por quest es t cnicas tempo novas prioridades e demandas e recursos No caso da Roosevelt entendo que a elimina o do Telecentro foi uma grande perda pois seria um interessante espa o aglutinador de pessoas em especial jovens e que junto com o Centro de Informa o da Mulher seria um espa o referencial Outra quest o a n o incorpora o da rea verde no entorno da Igreja da Consola o pra a continuando reservada para as atividades da Igreja e n o da comunidade Outro ponto refere se aos acabamentos os quais foram pensados no projeto original com materiais de maior durabilidade e que infelizmente n o foram considerados A rea de quiosques das flo riculturas continua vazia e ocupada irregularmente por uma base da Guarda Metro politana Em minha opini o o pior das interven es da obra foi a op o da cons tru o de uma nova edifica o para a sede da Pol cia Militar anteriormente no projeto licitado a pol cia fi caria abaixo das escadarias da Nova Esplanada Augus ta sem interfer ncia com a nova pra a Press es de ordem corporativa for aram a mudan a dessa proposta como tamb m ocorreu com as instala es da Guarda Metropolitana que no meu entendimento acabou retomando um problema antigo da rea o seu fracionamento Em fun o de interesses particulares Figura 3 Instala o da Guarda Civil Metropolitan
108. a correspondente aos excessos de proje o edil cia em rela o taxa de ocupa o da zona de uso V_ valor venal correspondente ao m do terreno conforme a Planta Gen rica vc de Valores 168 Finalmente para efetivar a responsabilidade socioambiental os recursos extraor a ment rios captados com a outorga onerosa para fins de regulariza o edil cia deve riam ser atrelados ao Plano Diretor e aos Planos Regionais Estrat gicos priorizando as a es reparadoras mitigat rias e compensa es urbanistico ambientais Especial aten o teriam a drenagem a recupera o do sistema de reas verdes e a recompo si o do estoque fundi rio p blico necess rio pol tica urbana e reorienta o da cidade aos princ pios da sustentabilidade O expediente da compensa o urban stica sanit ria e ambiental j vem sendo aplica do para fins de regulariza o dos assentamentos nas reas de Prote o e Recupera o dos Mananciais da Regi o Metropolitana de S o Paulo S O PAULO ESTADO 2006 2009 SILVA 2002 semeando uma nova cultura legislativa de responsabilida de socioambiental que pode ser aproveitada no previs vel evento de anistia da cidade de S o Paulo Neste sentido a sociedade encontra se pressionada a ser sensibiliza da pelo caos caos do tr nsito caos das inunda es e pode aderir a pactos urbano ambientais mais ousados e verdes de responsabilidade compartilhada entre o ente p blic
109. a em rea de quiosques destinados a floriculturas Foto Lilian Dazzi Braga 244 da Igreja Pol cia e Guarda Metropolitana o projeto foi fracionado e fragilizado onde os interesses particulares acabaram se sobrepondo ao projeto maior que seria a pra a como um espa o nico 8 LABVERDE O caso da Pra a Roosevelt um dos muitos projetos para reas p blicas que foram sumariamente alterados durante a execu o Como v essa quest o REIS Projetos e obras s o infelizmente diferentes se n o fossem as regras da licita o a situa o poderia ser pior A quest o est ligada ao pouco valor que se d ao projeto em detrimento ao valor da obra acabada Os prazos de execu o seguem uma l gica pol tica e dificilmente ser diferente Contratamos obras com projetos que na maioria das vezes s o deficit rios em termos de matura o e informa es sendo assim na obra que o projeto acaba se desenvolven do sempre com os riscos de perda de qualidade e aumento de custos Temos tamb m a quest o relativa ao distanciamento entre o alcance dos ideais de projeto e a realidade de execu o e gest o administra o da prefeitura que infelizmente muito limitada e pou cos profissionais conseguem desenvolver projetos que se adequem s essas limita es A Pra a Roosevelt n o exce o Apesar do grande per odo de matura o truncada e sem comprometimento oficial dentro da prefeitura a indefini o da administra
110. a maioria das cal adas da regi o ser muito estreita optou se por avenidas que apresentassem canteiros centrais de forma que o adensamento da vegeta o n o comprometesse a circula o de pedestres Os corredores das avenidas C sper L bero e Duque de Caxias Rua Mau foram os escolhidos ligando importantes reas verdes como a Pra a Princesa Isabel Largo do Arouche e Pra a da Rep blica ao Parque da Luz como pode ser visto na ima gem esquem tica a seguir 7 MARSH and RAINES 2004 205 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Junho de 2013 Figura 6 Conex es ecol gicas corredores verdes ET Sag Gh gt Rope vm line i i s esa qi O R a ado aq E AG o Figura 7 Canteiro central Av Casper Libero que pode ser enriquecido com esp cies arb reas nativas constituindo um corredor verde Fonte Google 206 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 5 2 ETAPA 2 AVALIA O QUALITATIVA DO FLUXO DE PEDESTRES A PARTIR DA NOVA PROPOSTA DE DESENHO URBANO A avalia o das diversas possibilidades de percursos peatonais gerou sua classifica o em dois tipos o fluxo perimetral e o fluxo intra quadra divididos em tr s n veis de intensidade alto m dio e baixo A imagem a seguir sintetiza a avalia o do fluxo de pedestres realizada Fluxo perimetra cal ada de pedestres F UXO alto Fluxo m dio Fluxo baixo Fluxo intra quadras de pedestres
111. a o uso de ferramentas audiovisuais como edi o de udio v deos e imagens redes sociais blogs plataformas de publica o de conte do assim como aplica es em hardware e softwares livres Figura 5 Instala es da Esta o da Cidada nia Fonte Maira Begalli em 10 07 2012 155 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 Junho de 2013 Projeto Parcel Fonte Maira Begalli em 12 07 2012 CONSIDERA ES FINAIS A apropria o cr tica de tecnologias tem possibilitado o desenvolvimento de narrativas e a es diversificadas para popula es humanas que durante muito tempo perma neceram marginalizadas devido aos riscos e incertezas ecol gicas e econ micas presentes em muitas regi es consideradas como descentralizadas Assim ao inv s de elaborarem produtos bem definidos e com timo acabamento esses indiv duos desenvolvem a es cont nuas de documenta o e reflex o utilizando diferentes for matos canais e m dias como udio v deo fotografia e mapeamento BRUNET amp FREIRE 2011 Uma forma de co manejo dos recursos socioambientais baseado em processos de aprendizagem experimental e colaborativa que busca diminuir a situa o de vulnerabilidade socioambiental presente em muitas dessas localidades Os dois Pontos de Cultura avaliados o Projeto Parcel e a Esta o da Cultura e Cida dania apresentaram potencial para o desenvolvimento de laborat rios experimentais como c lulas de co manejo pa
112. a paisagem Ele disse Ao esbo ar um jardim a primeira coisa a ser considerada o genius do lugar Este conceito na Roma antiga tinha um car ter m tico em cada lugar reinaria um esp rito que lhe conferiria caracter sticas pr prias Hoje como no o para uma abordagem sens vel do lugar esse conceito afirma que nenhum terreno se iguala a outro guardando cada um suas caracter sticas peculiares sejam materiais energ ticas biol gicas culturais psicol gicas ou hist ricas Por sua subjetividade o genius loci n o s observado mas interpretado Thomas Whately escritor e jardineiro usava a express o car ter do lugar afirmando que de veriamos observar pacientemente a natureza antes de tentar imit la considerando a import ncia da gua e da variedade de esp cies de rvores e arbustos como caracte r sticas nicas de cada lugar 18 Willian Gilpin trouxe sua dimens o cultural ao enfatizar as associa es sentimentais com ru nas e constru es antigas Ao despertar asso cia es psicol gicas e sentimentais somos conectados com a hist ria do lugar o que fortalece os la os afetivos Este esp rito do lugar consiste do elemento psicol gico ou conjunto de informa es subjetivas que liga o ser humano hist ria cultural e na tural do lugar A nega o do passado a tabula rasa sobre elementos de valor hist rico 16 PEVSNER Nikolaus Visual Planning and the Picturesque Los Angeles Getty Publicati
113. a perme vel e o aumento da cobertura arb rea por si s j configu ram estrat gias que beneficiam a drenagem urbana pois aumentam a infiltra o de gua no solo e a intercepta o pela copa das rvores Por m pelo fato do solo da re gi o ser argiloso dependendo da intensidade das chuvas a capacidade de absor o deste n o suficiente para evitar enchentes por isso foram previstas estruturas de armazenamento tempor rio das guas pluviais Tais estruturas jardins de chuva ou biovaletas poder o estar localizados nos passeios quando sua largura permitir nas reas de conviv ncia entre os edif cios ou em jardins no interior das quadras 4 Aumentar a diversidade de habitat para a fauna Tendo em vista a proximidade com o Parque da Luz uma das preocupa es do projeto foi a conex o entre as reas verdes propostas e as existentes no bairro estrat gia particularmente importante para a fauna No caso do Parque da Luz o ltimo invent rio publicado em 2010 pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente SVMA mostrou que o Parque conta com 73 esp cies distintas sendo 67 somen te de aves Das 73 esp cies levantadas 14 foram consideradas esp cies mundial mente amea adas segundo a Convention on International Trade in Endangeres Species of Wild Fauna and Flora 2009 Assim a conex o entre as reas verdes e o enriquecimento arb reo do bairro com esp cies nativas que beneficiem a fauna tanto em abrigo como em alimento
114. a responsabilidade dos autores e n o haver altera o de seu conte do sem pr via autoriza o 9 Os trabalhos dever o ser entregues pelos autores com a autoriza o expressa cedendo o direito de publica o REVISTA LABVERDE 10 Os editores se reservam o direito de n o publicar artigos que mesmo selecio nados n o estejam rigorosamente de acordo com estas instru es S o Paulo junho de 2013 PROFA DRA MARIA DE ASSUN O RIBEIRO FRANCO Professora Titular Coordenadora do LABVERDE Editora da Revista LABVERDE 269
115. ades da vegeta o para um desenvolvimento pleno e a diversidade de espa os urbanos e suas diferentes apropria es 140 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AG NCIA BRASIL 2010 1 Fotografia color Dispon vel em lt ecourbana wordpress com gt Acesso em 20 dez 2011 AQUINO C A B Identifica o de compostos org nicos vol teis COVs emiti dos por florestas na regi o amaz nica 2006 106f Disserta o Mestrado em Fisi ca e Meio Ambiente Universidade Federal do Mato Grosso Cuiab 2006 BERKELEY LAB Heat Island Group Dispon vel em lt http heatisland ldl gov gt Acesso em 05 jan 2012 EPA ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY Protecting Water Quality from Ur ban Runoff 2003 Dispon vel em lt http cfpub epa gov npstbx files NPS Urban facts final pdf gt Acesso em 15 set 2011 FALC N A Espacios verdes para una ciudad sostenible planificaci n proyecto mantenimiento y gesti n Barcelona Gustavo Gili 2007 FERREIRA L S Manejo da vegeta o na cidade de S o Paulo supress o e com pensa o O caso do distrito da Vila Andrade Disserta o Mestrado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo FAUUSP S o Paulo 2012 GIVONI B Climate Considerations in Building and Urban Design New York John Wiley amp Sons 1998 HOUGH M Naturaleza y ciudad Planificaci n Urbana y Processos Ecol gicos Bar celona Gustavo Gili 1998 ISA INSTITUTO SOC
116. adia o solar em eletricidade da qual a humanidade n o pres cinde mais mas outras formas de se utilizar esta energia luz e calor e notadamente na arquitetura e nas constru es s o t o antigas quanto a hist ria registrada Mesmo assim a assimila o de tais possibilidades na arte de construir ainda parece caminhar lentamente A pergunta que orienta este artigo busca indagar se a ado o desta for ma de energia trar modifica es na forma dos edif cios e no desenho urbano vindo a transformar a paisagem das cidades Um breve levantamento do estado da arte tenta elucidar estas quest es Palavras chave Energia solar arquitetura cidades efici ncia energ tica edif cios e cidades sustent veis ARCHITECTURE AND SOLAR ENERGY IS THERE ANYTHING NEW ABSTRACT There is no doubt as to the evolution of the solar energy yield and the accelerated progress of techniques able to exploit this type of energy The novelty lies in the trans formation of solar radiation into electricity which mankind cannot disregard anymore but other ways to use such energy light and heat which are as old as the recorded 40 in the architecture history and constructions Even so the assimilation of such possi bilities in the constructing art still looks going on slowly The question that guides this article seeks to ask if the adoption of this form of energy will bring changes in the form of buildings and urban design transforming the landsca
117. ado pelo filtro conceitual mecanicista A totalidade das fun es essenciais dentro do sistema n o era contemplada prejudicando a din mica dos processos naturais e urba nos Com o passar do tempo os modelos mecanicistas se comprovaram inadequados e o paradigma ecol gico demandou um avan o na conceitua o de funcionalidade A partir da cr tica ao urbanismo moderno o Landscape Urbanism desenvolve um olhar sobre a cidade que contesta a tentativa de conter a multiplicidade dos pro cessos urbanos dentro de um formalismo espacial r gido defendendo que o pro cesso no tempo deva ser mais importante que a forma no espa o James Corner O espa o ent o pensado como um sistema adapt vel onde a fun o modificada pelos usu rios atrav s do tempo Este indeterminismo program tico remete aos conceitos te ricos de Rem Koolhaas que apesar de suas fracas credenciais eco l gicas 22 se tornou uma refer ncia marcante para algumas formula es te ricas do Landscape Urbanism 21 The emergence of landscape urbanism Grahame Shane em Landcape Urbanism Reader 22 Richard Weller em Landscape Urbanism Readers 74 Koolhaas propusera a irriga o dos territ rios com potencial Seu projeto para o concurso do Parc de La Vilette em Paris assim como o do vencedor Bernard Tschu mi constituem um marco conceitual para o Landscape Urbanism ao representarem estrat gias de ordenar as mudan as program ticas e
118. adro de fun es citando o sistema metab lico da cidade que est relacionado aos fluxos intra urbanos de energia e mat ria A agricul tura urbana neste caso mencionada como um exemplo deste sistema metab lico se utilizando das reas verdes para um prop sito produtivo de atendimento das ne cessidades b sicas de sa de do ser humano Complementarmente a infraestrutura verde tamb m tem um papel fundamental para a cria o de condi es de conforto t rmico nos espa os abertos O efeito da sombra criada pela vegeta o por exemplo proporciona maior conforto aos espa os de lazer e recrea o e maior qualidade no percurso de pedestres e ciclistas Os elementos que comp e a infraestrutura verde s o os espa os abertos e vege tados como parques pra as corredores ecol gicos remanescentes florestais 194 alagados naturais e constru dos jardins tetos verdes etc aliados em alguns casos a tecnologias ambientais como tratamento com fitorremedia o materiais e pavimentos filtrantes sistemas de irriga o mais eficiente placas fotovoltaicas promovendo melhoria na qualidade ambiental e ganhos sociais e econ micos Al m da aus ncia de uma vis o multifuncional das reas verdes urbanas outra difi culdade para sua implementa o pelas atuais administra es municipais brasileiras a falta de metodologias crit rios e diretrizes para compor programas e pol ticas p blicas A este cen rio soma se a inexist
119. aestrutura verde existente ou sonhada de cidades e assentamentos de todos os tamanhos Apesar dos muitos estudos e sistemas constru dos em todo o mundo parece haver uma dimens o inexplorada que a desses espa os serem desenhados como uni dades produtivas j que poss vel utilizar esp cies vegetais que produzem materiais com valor econ mico tais como flores de corte copo de leite Zantedeschia aethio pica e helic nias Heliconia spp por exemplo fibras para confec o de cestos e arte sanato taboa Typha spp e junco Juncus spp papel papiro Cyperus papyrus e at mesmo material de constru o bambu Guadua augustifolia Guadua chaco ensis e Dendrocalamus giganteus entre outros Mediante certo cuidado a biomassa produzida nesses sistemas pode provavelmente ser utilizada como ra o para ani mais e tamb m como material para compostagem Sistemas de tratamento de gua dotados de tratamento paisag stico s o espa os multifuncionais h bridos entre paisagem e infraestrutura Essas infraestruturas pai sag sticas tamb m s o espa os inerentemente educativos j que ao explicitarem os benef cios proporcionados por mangues alagados brejos e demais reas midas naturais colaboram com a conscientiza o acerca da import ncia da conserva o desses ecossistemas 36 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AG NCIA NACIONAL DAS GUAS Panorama da Qualidade das guas Super ficiais do Bras
120. aisagem Atrav s da fotografia sequencial ele antecipa o uso do v deo e da anima o digital A insufici ncia dos m todos tradicionais de representa o j havia sido apontada por ele nos meados do s culo XX Consideradas as limita es tecnol gicas da poca Pevsner introduziu a fotografia em s rie que associada com um texto descreve um percurso uma di mens o al m do espa o est tico Posteriormente suas ideias ser o incorporadas por Gordon Cullen no movimento Townscape atrav s da representa o de sequ ncias de perspectivas nos remetendo ao recurso do storyboard cinematogr fico Cristophe Girot prop e a integra o de diferentes leituras num m todo que reconhe a as qualidades do passado clarifique as opacidades do presente e compreen da os potenciais futuros O lugar e o ponto de vista s o dois conceitos que surgem como elementos a serem compreendidos O lugar dentro de uma moldura auto re ferenciada que qualifique e fortale a o potencial natural de uma cidade no tempo e o ponto de vista como um par metro subjetivo que deve se tornar parte integral do processo de desenho Como na mec nica qu ntica o fen meno observado depende da posi o do observador Para unir sensibilidade e tecnologia poder amos recuperar o conceito situacionista de deriva frente aos novos paradigmas tecnol gico e ecol gico Aquilo que foi defi nido como psicogeografia seria estendido percep o e mapeamento
121. al inseguro e com servi os pouco atrativos As demais pra as do centro vivenciaram problemas semelhantes aos da Roosevelt Feliz mente este processo come a a ser revertido Havia um problema espec fico na Roosevelt que potencializou estes problemas acessibi lidade Toda a pra a ocupava cotas de n vel que n o permitiam uma conex o direta com o entorno Com exce o de quatro pontos nas ruas Jo o Guimar es Rosa e Martinho Pra do o piso da pra a n o se nivelava cal ada lindeira No caso da rua Augusta a situa o era ainda mais complexa pois o desn vel ultrapassava os seis metros e havia o fosso de ventila o da liga o Leste Oeste O resultado era que a pra a n o interagia com a rua Augusta e nem com a vizinhan a O RUA AUGUSTA RUA DA CONS a o 100 500 1000 CORTE LONGITUDINAL Figura 1 Corte longitudinal com a avenida Augusta esquerda e a Rua da Consola o direita Fonte Borelli amp Merigo 2 LABVERDE Como voc s definem o programa da nova pra a Roosevelt BORELLI amp MERIGO Em termos program ticos n o houve grandes altera es em rela o ao projeto original A pra a abriga floriculturas e espa os comerciais um batalh o da guarda civil metropolitana e outro da pol cia militar 249 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas Junho de 2013 Al m disto existem reas para um parque infantil e para passeio de cachorros No come o do ano foi prova
122. alham para que seja instalado o primeiro forno cremat rio no pa s O discurso dos mesmos se apoiava n o s no avan o sanit rio como m todo de preven o pro paga o de doen as mas tamb m em argumentos como redu o de despesas com funerais seguran a contra vandalismo pela possibilidade de manuten o das cinzas em urnas e at mesmo a utiliza o das cinzas como adubo Apesar de ter sofrido certa resist ncia no in cio hoje o m todo preferencial de destina o dos mortos na Inglaterra tendo um ndice de escolha de 70 entre a popula o No Brasil os primeiros passos para a legisla o acontecem em fins da d cada de 1960 sendo o primeiro cremat rio aberto somente em 1974 na cidade de S o Paulo o Cremat rio Municipal Dr Jayme Augusto Lopes que se manteve como nico no pa s por aproximadamente 20 anos De acordo com o Servi o Funer rio Municipal de S o Paulo j em 1920 Manequinho Lopes conhecido bot nico liderou um mo vimento para a instala o de cremat rio na cidade e posteriormente em 1950 J nio Quadros chega a cogitar comprar um forno cremat rio para ser instalado no cemit rio do Br s enxergando como uma poss vel solu o a falta de verbas para a aquisi o de novos terrenos para cemit rios que seriam necess rios futuramente devido ao crescimento populacional Contudo esses tipos de propostas geraram repulsa em expressiva parte da popula o cujo catolicismo predominant
123. amb m a import ncia do apoio de legisla o espec fica sobre o uso da energia solar como resultado de uma vontade pol tico econ mica clara neste aspecto 5 MASDAR CITY E RAS AL KHAIMAH Latitude 24 43 30 N pa Longitude 54 65 11 E he en aS Figura 2 Masdar City projeto de Foster amp Partners Uma cida de compacta lembrando assen tamentos urbanos mais antigos de regi es des rticas Desenho do autor Fonte http www fosterandpartners com projects masdar development Os projetos audaciosos de Masdar City Figura 2 e do conjunto de edif cios sede da companhia Masdar Masdar Headquarter figura 3 no emirado de Abu Dabi neste in cio de mil nio s o por outro lado um resultado de apostas para um futuro que se quer sustent vel ao menos em termos de uso e conserva o da energia Masdar City quer ser um centro de pesquisas tecnol gicas em energias alternativas Assim os projetos da cidade e do edif cio sede Masdar Headquarters constituem exemplos formid veis e extraordin rios por terem sido encomendados em regi es 50 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 02 produtoras de petr leo por m que revelam com esta atitude a conscientiza o de um pr ximo esgotamento de seus recursos energ ticos e econ micos preocupa es com um porvir dur vel e est vel a m dio e longo prazo assim como tomadas de decis es assertivas sobre a es a serem empreendidas em
124. anas da metr pole do s culo XIX Nesse s culo o Brasil n o tinha uma rede urbana expressiva e nenhuma cidade inclusive a capital o Rio de Janeiro tinha o porte de qualquer grande cidade europeia da poca sobretudo no que diz respeito a popula o e rea O parque urbano ent o criado como uma figura complementar ao cen rio das elites emergentes que controlavam a nova na o urbana em forma o e que procuravam construir uma figura o urbana compat vel com a de seus interlocutores internacionais especialmente ingleses e franceses Os jardins bot nicos concebidos inicialmente como centros de pesqui sa da flora tropical foram instalados nas principais aglomera es urbanas a partir do final do s culo XIX margem do n cleo central Sua cria o foi o resultado de um aviso r gio de 17 de novembro de 1798 que juntamente com a Carta Regia de 1796 estabeleceu uma pol tica de cria o de uma s rie de estabelecimentos bot nicos na col nia a fim de proporcionar as bases de um interc mbio de plantas teis economia portuguesa Uma parte deles desapareceu no decorrer do s culo XIX e medida que diminuiu o interesse pela pesquisa outros assumiram uma fun o mista de parque urbano e de pesquisa enquanto outros se transformaram totalmente em parques MACEDO 2003 177 O Jardim Bot nico de S o Paulo por exemplo transforma se n o muitos anos ap s sua inaugura o em parque p blico 1825 e no decorrer
125. anismo Universidade de S o Paulo que prop e uma interven o no ambiente constru do visando o adensamento populacional e constru tivo sob a perspectiva do desempenho ambiental O m todo de trabalho consistiu primeiramente na caracteriza o das seguintes quest es reas verdes existentes dentro da rea de estudo e do entorno fluxo de pedestres e ciclistas e din mica de insola o da rea O cruzamento dos resultados permitiu direcionar a voca o das reas verdes e definir objetivos diretrizes e estrat gias Os quatro principais objetivos definidos foram ampliar a oferta de espa os livres proporcionar qualidade ambiental para o pedestre melhorar drenagem e aumentar a biodiversidade local Como resul tado verificou se um aumento de 1 200 na quantidade de espa os livres vegetados 191 da rea de estudo passando de 5 033m para 60 450m A pesquisa insere conceitos ainda pouco utilizados na pr tica comum de projetos paisag stico na escala urbana em cidades brasileiras partindo se da premissa que as reas verdes fazem parte de um sistema infra estrutural e que desempenham diversas fun es na cidade Palavras chave Infraestrutura Verde Vegeta o Urbana Floresta Urbana Planeja mento Ambiental Revitaliza o Urbana GUIDELINES OF GREEN INFRASTRUCTURE FOR URBAN DESIGN AN EXER CISE OF LANDSCAPE PLANNING AT LUZ DISTRICT S O PAULO ABSTRACT This research presents projective guidelines for the planning and design
126. ano Diretor o processo participativo pois a comunidade do entorno esteve sempre presente e ativa na defesa do parque nas reuni es desde a defini o do programa at a aprova o do produto final pelo Conselho de Orienta o do Parque Tizo que conta com representantes do estado prefeituras e da sociedade civil organizada O Parque Urbano Estadual Tizo tem cerca de 1 3 milh es de m localiza se na zona oeste da Regi o Metropolitana de S o Paulo e abrange as reas dos Munic pios de S o Paulo Cotia e Osasco nas proximidades das divisas de Embu e Tabo o da Serra O Parque que faz parte da Reserva da Biosfera do Cintur o Verde de S o Paulo servir como laborat rio para a produ o de conhecimento t cnico e cient fico so 261 bre manejo de fragmentos florestais em zonas urbanas e de expans o objetivando sua sustentabilidade ecol gica O objetivo do Parque assegurar a prote o dos remanescentes de mata atl ntica e dos mananciais existentes e proporcionar o uso p blico para lazer recrea o e principalmente educa o ambiental Desta forma este fragmento de mata atl ntica ser preservado por m permitindo o uso pois preciso conhecer para admirar Os espa os projetados s o Pra a do Encontro Caminhos das Orqu deas e das Bro m lias decks de observa o Centro de Educa o Ambiental com anfiteatro ao ar livre parque infantil uma lanchonete com rea para piquenique jardim das borboletas e Vive
127. ante papel no estabelecimento da imagem da cidade e na pro vis o de rea para atividades sociais Por m sua influ ncia nos aspectos clim ticos n o vai muito al m dos limites da rea vegetada GIVONI 1998 Outra distin o necess ria aquela entre os efeitos das plantas no clima global da rea urbana e os efeitos das reas verdes nas condi es microclim ticas do entorno dos edif cios e no desempenho t rmico das constru es GIVONI 1998 A seguir ser o apresentados alguns dos mais citados aspectos influenciados pela vegeta o em reas urbanas e os custos diretos e indiretos associados sua pre sen a nas cidades 125 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 06 Junho de 2013 POLUI O ATMOSF RICA Figura 1 Polui o atmosf rica na cidade de S o Paulo Fonte Ag ncia Brasil 2010 A polui o atmosf rica nas cidades compromete a sa de humana e j considera da uma das principais causas de mortalidade por enfarto agudo do mioc rdio e do en as respirat rias Cardoso 2011 realizou um estudo na Zona Norte da cidade de S o Paulo correlacionando os bitos registrados pelas duas doen as citadas com a localiza o das vias de tr fego intenso concluindo que h rela o entre a concentra o de poluentes e a mortalidade por enfarto e doen as respirat rias informa o verbal De acordo com Falc n 2007 em pa ses desenvolvidos uma cidade de dimens es m dias produz entre tr s e
128. as das estruturas urbanas como a rela o entre a largura das ruas e a altura dos edificios os tipos de materiais construtivos utilizados e a quantidade e localiza o das areas verdes afetam a intensidade da ilha de calor GIVONI 1998 LOMBARDO 1985 De acordo com Lombardo 1985 as maiores temperaturas dos centros urbanos podem provocar uma altera o na distribui o de chuvas fazendo com que ocor ram de maneira mais intensa sobre as reas mais densamente constru das Essa din mica aliada ao alto grau de impermeabiliza o de algumas cidades provoca o aumento das inunda es Em seu estudo sobre a regi o metropolitana de S o Paulo Lombardo 1985 verificou diferen as de at 10 C entre o centro e as reas rurais sendo que as temperatu ras mais altas foram medidas nas reas mais densamente constru das e com pouca quantidade de vegeta o e as temperaturas mais amenas nas regi es com maior concentra o de espa os livres vegetados e junto aos reservat rios de gua No ambiente urbano a vegeta o barra a radia o solar evitando que ela incida so bre o solo e as constru es diminuindo assim o ac mulo e a irradia o de calor por essas superf cies A radia o absorvida pela vegeta o utilizada para a fotoss ntese 129 e para a evapotranspira o apenas uma porcentagem muito pequena convertida em calor sens vel SANTAMOURIS 2001 Givoni 1998 ressalta que durante o processo de evapo
129. as de calor As infraestruturas devem funcionar sem causar danos e em comunh o com a na tureza para garantir a qualidade da vida Temos o desafio de enfrentar transforma es pela resili ncia s mudan as clim ticas induzidas pelo uso do solo e demonstrar como a arquitetura desempenha papel de lideran a para lidar com grandes quest es ambientais e de sobreviv ncia Palavras chave Paisagem Forma urbana Infraestrutura verde Ilhas de calor Resi li ncia s mudan as clim ticas 107 REFLECTION ON THE NATURE PROJECT ABSTRACT Knowing Understanding and Protecting nature that gives us life understanding its limits and interrelationships as well as recognizing that projects manifest the human intention interfering consequently with nature by modifying the environment is the first step to think about the construction projects with responsibility above the punc tual vision of an action and will allow itself to bring identity with the place sharing the qualities and condition of nature influencing urban form and giving better conditions aesthetic functional and environmental quality Having in mind the complexity of human nature relationships we propose a reading of the landscape defining different types of Landscape Units vis a vis the relations established with the ways of land usage defining the environment and starting from the territorial inventory propose a green infrastructure that guides the development and enviro
130. as e venenosas provocando o fen meno chamado Los Angeles smog bastante comum em Moscou Figura 02 Pessoas ca minhando na Pra a Ver melha em meio ao Los Angeles smog fen meno comum na cidade de Mos cou provocado pela emis s o de poluentes t xicos do tr fego pesado em tempo quente e seco Fonte Apresenta o do C40 Large Cities Clima te Summit S o Paulo The Case of Moscou May June 1 2011 224 As atividades no plantio compensat rio de vegeta o em Moscou para o ano de 2011 foram adotadas com o prop sito de preserva o e desenvolvimento de reas verdes e incluem n o s o trabalho na planta o de florestas urbanas mas tamb m todo o conjunto de melhorias e obras de manuten o O papel dos espa os verdes pode ser considerado significativo tendo em vista a compensa o para as emiss es mas a cidade est se esfor ando para estabelecer mais novas reas verdes e o desenvolvi mento das j existentes O Programa de Prote o Ambiental de Moscou 2012 2016 mostrou que est trabalhando nesse sentido especialmente no plantio de florestas urbanas como meta priorit ria de governo Lagos Lagos a maior cidade da Nig ria e foi sua capital at 1991 Com 9 7 milh es de habitantes a mais populosa da frica e o centro financeiro banc rio econ mico e cultural do pa s al m de ser o p lo mais importante de transportes Apresenta uma taxa de crescimento not vel da popula
131. at cemeteries may have significant collaboration in building more sustainable cities and positive urban landscapes Keywords cemeteries cremation death environmental impact sustainability 85 INTRODU O Os cemit rios s o equipamentos p blicos da infraestrutura urbana indispens veis para qualquer cidade Espa os livres que ocupam extens es significativas impactam na pai sagem tanto em seus aspectos ambientais como formais e est ticos Se configurarem se de forma excessivamente constru da atuam como verdadeiras lajes e podem contri buir negativamente n o s na drenagem como tamb m para o microclima criando um ambiente desconfort vel para os visitantes e funcion rios do local Se n o dialogarem com o entorno podem se tornar locais sem apropria o Entornos murados por exem plo criam situa es de espa os p blicos de baixa qualidade para o pedestre com uma sensa o de exclus o da paisagem repetindo se a configura o de muralhas dos condom nios fechados Al m destes fatores s o reas de potencial poluidor ou seja se n o instalados de maneira correta podem incidir em impactos ambientais s rios Entretanto se pensados dentro de um conceito de Planejamento Ambiental os cemi t rios podem impactar a paisagem de maneira agregadora De acordo com Michael Hough 1998 os cemit rios est o entre os espa os livres mais va liosos das cidades Sendo locais de sil ncio e tranquilidade podem se pre
132. ation of a green infrastructure that guides a sustainable urban development The third by KEPPKE reports histori cally the amnesties of land use and occupation in the city of S o Paulo It also pro poses principles of urban environmental compensation for the new amnesties aiming to achieve a greener and more sustainable city Within the practical and applicative point of view it is aligned subsequently the articles 1 6 9 10 and 11 All of them focus urban greenery as landscape transforming element and green infrastructure former in urban fabric 10 Article 1 by BONZI focuses the use of vegetation for treatment of waste water and urban sewage providing environmental services and creating multifunctional land scapes sheltering leisure functions environmental education and income generation FERREIRA in article 6 focuses the vegetation in urban daily life bringing sometimes benefits sometimes problems and associated costs LIMNIOS and FURLAN in article 9 write a report of the urban parks history in gen eral starting in the 19th century and present a typological analysis of municipal and state urban parks existing in the city of S o Paulo classifying them as catego ries of open spaces according to the dimensions of the units and radius of service to the population In article 10 FERREIRA et al set up guidelines for green infrastructure for urban de sign with the creation of new green public and semi public areas in th
133. aulo cidade e estado precisaria ter para pro duzir todos os bens e servi os oriundos de recursos naturais renov veis bem como as reas necess rias para absorver suas respectivas emiss es de CO2 S o eles O estado de S o Paulo necessitaria de uma rea de 1 658 571 Km quase sete vezes a rea oficial do estado A cidade de S o Paulo precisaria neste caso de uma rea de 595 939 Km para ser autossuficiente considerando que seu consumo atual mais de 390 vezes a rea total do munic pio Idem p 64 Segundo o estudo A Pegada Ecol gica m dia do estado de S o Paulo de 3 52 hectares globais per capita e de sua capital a cidade de S o Paulo 4 38 gha cap Isso significa que se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos paulistas seriam necess rios quase dois planetas para sustentar esse estilo de vida Se vivessem como os paulistanos quase dois planetas e meio 2012 p 18 Para se ter uma ideia da press o que a cidade de S o Paulo exerce sobre os ecos sistemas necess rio contextualizar que a m dia mundial da Pegada Ecol gica de 2 7 hectares globais por pessoa enquanto que a biocapacidade dispon vel para cada ser humano de apenas 1 8 hectare global Idem p 50 A velocidade desse gigantesco metabolismo urbano reflete se na produ o de resi duos incluindo se a o tratamento de esgoto O resultado um quadro preocupante caracterizado por precariza o das condi
134. ave parque urbano demanda social rea de influ ncia ordenamento terri torial planejamento ambiental URBAN PARKS IN THE CITY OF S O PAULO SP BRAZIL SPATIALIZATION AND SOCIAL DEMAND ABSTRACT The urban park has its origin in the cities during the industrial era It started in the 19th century due to the need to provide cities with adequate spaces to satisfy a new social demand leisure idle time and to counteract the urban built environment Macedo 2003 There are parks in all regions of the city in S o Paulo and to understand if there is propor 173 tionality of these spaces with other types of land use it was defined the municipal bounda ry as the area to be analyzed The existing urban municipal and state parks were classified according to the following categories of open spaces neighborhood parks district parks sector parks and regional parks according to the size of the units and the serving radius to the population CAVALHEIRO 1992 Kliass 1993 Keywords urban park social demand area of influence territorial planning environmen tal planning O potencial paisag stico da cidade de S o Paulo caracterizado por sua estrutura f sica correspondente s colinas e v rzeas densa rede hidrogr fica e cobertura vegetal florestal e campestre foram elementos pouqu ssimos considerados no desenvolvimento urbano quando a quest o se refere cria o de parques O r pido crescimento da rea urbana de S o Pa
135. balho identifica e a avalia os Pontos de Cultura existentes na cidade de Santos SP com o objetivo de detectar possibilidades para futuros desenvolvimen tos de laborat rios experimentais como n cleos de co manejo A pesquisa que usou como base o Cat logo da Rede dos Pontos de Cultura do Estado de S o Paulo para a identifica o dos Pontos BRASIL 2012 foi realizada entre os meses de junho e julho de 2012 Foram identificados dois Pontos de Cultura o Projeto Parcel localizado na rea continental de Santos e a Esta o da Cidadania e Cultura na rea insular de Santos Ambos possuem potencial para o desenvolvimento de atividades experimen tais relacionadas tem tica e poderiam subsidiar atividades de co manejo Palavras chave ecologia humana tecnologias experimentais co manejo Santos Pontos de Cultura 145 EVALUATION OF POTENTIAL FUTURE DEVELOPMENT OF EXPERIMENTAL LA BORATORY HOW CELLS CO MANAGEMENT IN POINTS OF CULTURE MUNICIPIO SANTOS SP ABSTRACT This paper identifies and evaluates the Points of Culture in the city of Santos Sao Paulo State aiming to detect possibilities for future developments of experimental la boratories as nuclei for co management The survey which used as source the Ne twork Catalog of Culture Points of Sao Paulo State to identify points BRAZIL 2012 was carried out between June and July 2012 It was identified two Points of Culture the Project Parcel located in the continental a
136. banism e pelo Landscape Urbanism Apesar de n o se encerrarem nelas ambas servir o para n s como refe r ncias Ainda que formulados originalmente em um contexto norte americano estes modelos j evolu ram para al m daquelas fronteiras atrav s de aplica es te ricas pr ticas contribui es m tuas e um debate produtivo Este trabalho prop e integr los como dois bra os que cooperam numa a o conjun ta partindo da hip tese de que qualquer op o unilateral entre tradi o e inova o deixar de fora algo importante Um destes na retaguarda busca na cidade tradicio nal o resgate de caracter sticas apagadas pelas grandes transforma es urbanas do ltimo s culo O outro na vanguarda busca integrar o espa o natural e o constru do em cen rios futuros in ditos Enquanto resgate da cidade tradicional o New Urbanism parece contradizer se em um ponto ele muito cartesiano Isto ter implica es tanto ecol gicas como fenomenol gicas Camillo Sitte ainda no s culo XIX se op s ao formalismo cartesiano enquanto 1 Revista Labverde n o 4 Natureza e Sociedade Novos Urbanismos e um Velho Dilema J O Lotufo 60 defendia caracter sticas pitorescas da cidade tradicional Ainda antes esta defesa j ocorrera no s culo XVIII no movimento em defesa do Pitoresco no desenho dos jardins Apresentaremos os conceitos do Pitoresco atrav s dos estudos de Nikolaus Pevsner contestando a defini o comum que o asso
137. c lia e do Br s tal indice de Om hab A redu o das reas verdes em S o Paulo causada n o apenas pelas ocupa es ilegais e assentamentos irregulares mas tamb m pelo crescente processo de imper meabiliza o do solo por meio da constru o de edif cios e novas vias p blicas A alta densidade constru da na rea da Luz contrasta com a baixa densidade demo gr fica Apesar da elevada taxa de ocupa o do solo aproximadamente 80 e do aglomerado de edif cios que podem ser considerados altos no contexto local alguns com mais de vinte pavimentos atualmente a densidade m dia do Distrito da S ao qual pertence a rea de estudo de 11 262 hab km valor baixo se comparado com cidades como Paris com 20 980 hab km ou Barcelona com 17 451hab km que conseguem aliar alta densidade com elevada qualidade de vida O potencial de adensamento habitacional da regi o pela farta infraestrutura de trans porte e edif cios existentes serviu de base para as primeiras iniciativas do poder 4 Dispon vel em lt http atlasambiental prefeitura sp gov br conteudo socioambiental socioamb 05 tab htm gt Acesso em agosto de 2011 196 p blico de revitaliza o dessas reas iniciadas na d cada de 1990 Vale destacar que a rea de estudo vem vivenciando nas ltimas tr s d cadas diversos problemas sociais relacionados seguran a como o aumento da criminalidade vandalismo e tr fico de drogas resultando na r
138. cair numa curva descendente que se mant m h sucessivas 164 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 08 gest es Tal apatia uma evid ncia de que a Fiscaliza o n o pauta priorit ria na agenda p blica KINGDON 1994 pelo contr rio sua impopularidade e vulnerabi lidade a distor es e corrup o tornaram na objeto de ordens de servi o pontuais ou tem ticas vinculadas s demandas do Minist rio P blico da Ouvidoria Geral do Sistema de Atendimento ao Cidad o e da alta dire o esta ltima pressionada pela m dia e pela sociedade organizada KEPPKE 2007 legenda Ranking fras Iso Jo aim E is ase Eram E E Bo as limite das Subprefeituras limite Municipio de S o Pau See AN Mapa 1 Indicador Geral de Controle de Uso e Ocupa o do Solo Fonte KEPPKE 2007 p 194 165 O Mapa 1 resultou de an lise multivariada que regionalizou as informa es da oferta da demanda e das condi es de contorno no controle de parcelamento uso e ocupa o do solo Formulou se a partir do Perfil Socioambiental do munic pio S o Paulo Cidade 2002 agregando dados do Sistema de Atendimento ao Cidad o SAC Ou vidoria Geral Sistema Municipal de Processos SIMPROC e Secretaria de Coorde na o das Subprefeituras entre outras fontes principais KEPPKE 2007 p 181 O Mapa 1 aponta que o controle mais fr gil na franja perif rica justamente onde a presen a do
139. cia a aspectos superficiais e meramente est ticos da paisagem e demonstrando sua import ncia ecol gica e sens vel O Landscape Urbanism por sua vez ser apresentado como um paradigma novo com seus pr s e contras O ponto de inflex o ser a quest o levantada frente forma e o fluxo Sua principal oposi o ao New Urbanism se d em rela o a um formalismo excessivo que estaria engessando processos sociais e ecol gicos O Landscape Urba nism prop e que o fluxo ou processo substitua a forma na concep o do desenho Este preceito j presente no Pitoresco assumiu com o Landscape Urbanism dimens es me nos emp ricas e sua desmaterializa o ser alvo de importante cr tica A maior contri bui o do Landscape Urbanism foi trazer informa es que escapam do tradicionalismo fazendo refer ncia a um mundo que difere daquele do passado um mundo de mudan as clim ticas escassez de recursos novas tecnologias incertezas e complexidades O PITORESCO ONTEM E HOJE Existe uma ordena o complexa na natureza que extrapola o entendimento mais con sensual sobre ordem No contexto de uma crise ambiental sem precedentes deveri amos refletir o quanto a falta de uma considera o mais cuidadosa desta complexida de poderia estar na raiz da crise N o obstante ao fato de nos parecer ca tica esta ordena o rege o universo que nos cerca Na pr tica nossa vis o mecanicista do universo ainda se traduz numa t cnic
140. cios da vegeta o urbana cresce com o aumento da rea foliar A rea foliar varia conforme a esp cie a arquitetura da copa o microclima as con di es de crescimento da rvore e com as esta es do ano sendo considerada um par metro din mico Consequentemente cada avalia o da rea foliar descreve um momento espec fico SPANGENBERG 2009 De acordo com Givoni 1998 o efeito da vegeta o no clima das reas urbanas de pende da rela o entre rea vegetada p blica ou privada e rea constru da sendo mais intenso na rea vegetada e em seu entorno imediato Dessa forma mais sig nificativo para o clima das reas urbanas um maior n mero de reas com dimens es reduzidas do que poucas reas verdes de grandes dimens es Os custos diretos associados presen a de vegeta o s o aparentemente mais f ceis de serem quantificados e como s o mais percept veis no cotidiano da popula o urbana acabam muitas vezes deturpando a imagem da rvore na cidade que fica conhecida apenas pelos transtornos que causa Custos e benef cios calculados sem uma avalia o do sistema como um todo e dos processos que o impelem subestimam invariavelmente o valor da natureza na cidade SPIRN 1995 p 255 139 Como mencionado por Lima 1996 faz se necess ria uma vis o mais abrangente da quest o da vegeta o urbana que contemple aspectos ecol gicos paisag sticos culturais e sociais aliando as necessid
141. conservadorismo tecnicista da engenharia civil que calcada no sanitarismo do s culo XX v com desconfian a tudo o que relacionado gua e a do romantismo ecol gico daqueles que prop e sistemas de tratamento de gua baseados no uso de vegeta o geralmente orientados por uma rom ntica vis o de natureza como a morada de todas as virtudes em declarada oposi o ao que tocado pela m o do homem notadamente a ci ncia a economia e a cidade Quem perde com tal embate evidentemente s o as pessoas e os ecossistemas que permanecem sem tratamento de esgoto por uma suposta inexist ncia de alternativas vi veis E de vontade pol tica pode se acrescentar T Franco 1997 p 78 explica que o movimento higienista desde suas origens fins do s c XVIII valeu se da teoria dos meios Esta insistia em que os males eram advindos da estagna o de todo o tipo gua lixo e homens Dessa forma a circula o transformou se na palavra de ordem da engenharia sanit ria Isso per mite entender porque aparentemente todo o sistema de drenagem de S o Paulo parece ter sido pensado de modo a fazer a gua sumir o mais rapidamente poss vel de nossa vista 24 neste contexto delicado e complexo que se prop e aqui a identifica o a compre ens o e a an lise de sistemas de tratamentos de guas que mimetizam ecossistemas naturais alag veis AS LI ES DO P NTANO OU PORQUE OS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE
142. da infraestrutura verde existente nas mesmas A sess o foi moderada pelo Sr Almaz Mekonnen Diretor de Rela es P blicas e Inter nacionais de Adis Abeba Vinte e um dos 40 membros do Large Cities Climate Summit implementaram iniciativas de arboriza o e programas de Florestas Urbanas como ini ciativas de adapta o clim tica das cidades e investem particularmente em parques espa os verdes vias urbanas e florestas Treze cidades t m planos para expandir seus programas atuais de plantio de rvores Programas urbanos florestais t m importantes benef cios como o de reduzir a vulne rabilidade ao estresse clim tico Isso significa influenciar o microclima no interior das cidades provocando a redu o do efeito estufa a melhoria da condi o de moradia das nossas comunidades e do habitat para a vida selvagem urbana assim como da qualida de do ar Programas de arboriza o urbana tomam muitas formas e dependem de todos os tipos de parceiros para a sua implementa o e manuten o cont nua 222 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 11 Tree planting Provide expand green space Air quality initiatives Reduce water leakage Green roofs Low flow taps Adapting buildings for heat stress Disease prevention Promote urban agriculture Improve grid reliability diversity e Number of Cities 25 Figura 01 Medidas de infraestrutura verde adotadas pelas cidades participante
143. dade Universit ria locais densa mente vegetados registrem altos n veis de concentra o de oz nio 2 De acordo com Schirmer e Quadros 2010 compostos org nicos compreendem todos os compostos que exce o do metano possuam carbono e hidrog nio sendo os COV aqueles facilmente vaporizados s condi es de temperatura e press o ambientes 127 A emiss o de COV pela vegeta o varia de acordo com a esp cie e o metabolismo da planta a temperatura do ar a temperatura das folhas a umidade a densidade foliar a radia o solar a concentra o de CO e de poluentes no ar SCHIRMER e QUADROS 2010 Apesar de a vegeta o ser a principal respons vel em termos globais pelas emiss es de compostos org nicos vol teis para que a transforma o em oz nio ocorra s o necess rios os xidos de nitrog nio emitidos principalmente pelos autom veis POLUI O DA GUA E DO SOLO De acordo com Morinaga 2007 em reas urbanas o solo o meio mais afetado pela contamina o superando o n vel de contaminantes das guas dos rios e c rregos Sua polui o apresenta baixa mobilidade de contaminantes ainda que estes possam passar para as guas subterr neas e est relacionada principalmente s regi es in dustrializadas e aos locais de disposi o de res duos Por meio da absor o dos contaminantes pelas ra zes e ou concentra o em sua bio massa a vegeta o pode atuar na remo o ou imobiliza o dess
144. dades brasileiras ao apresentar dire trizes de projeto fact veis aos grandes centros urbanos esta pesquisa pretende servir como ponto de refer ncia para a implanta o de novas reas vegetadas p blicas e privadas de forma criteriosa atentando se para especificidades clim ticas e socioe con micas locais 213 8 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS COURMIER N Green Infrastructure high performance landscapes for healthy cities In Discuss o sobre inser o do verde e drenagem urbana sustent vel SABESP S o Paulo 2008 GON ALVES Joana C S MULFARTH Roberta K MONTEIRO Leonardo M MOU RA Norberto C PRATA Alessandra R MIANNA Anna C CAVALCANTE Rodrigo Adensamento Urbano e Desempenho Ambiental no Centro da Cidade de Sao Paulo XI ENCAC VII ELACAC Buzios Rio de Janeiro ANTAC 2011 JOHNSTON J Nature areas for city people Ecology Handbook n 14 London Ecology Unit 1990 LORENZI H rvores brasileiras manual de identifica o e cultivo de plantas arb re as nativas do Brasil vol 1 Nova Odessa Plantarum 2002 LORENZI H rvores brasileiras manual de identifica o e cultivo de plantas arb re as nativas do Brasil vol 2 Nova Odessa Plantarum 2002 LORENZI H SOUZA H Plantas Ornamentais no Brasil Arbustivas herb ceas e trepadeiras 3 ed Nova Odessa S o Paulo Instituto Plantarum 2001 MARSH A RAINES C Ecotect v 5 20 Square One Joondalup Austr lia 2004 MIANA Anna Chr
145. de empoderamento para muitos indiv duos HAND 2010 Buscando atrelar a apropria o cr tica de tecnologias aos saberes de popula es humanas foi institu da a proposta dos Pontos de Cultura pelo autoproclamado minis tro hacker Gilberto Gil 2003 2008 por meio das portarias no 156 de 06 de julho de 2004 Brasil 2004 e n 82 de 18 de maio de 2005 BRASIL 2005 do Minist rio da Cultura MinC que validou o Programa Nacional de Cultura Educa o e Cidadania Cultura Viva O Cultura Viva formalizou se ao promover editais pr mios e bolsas para o repasse de recursos p blicos a pessoas f sicas e jur dicas TURINO 2009 No caso dos Pontos de Cultura a sele o ocorre por meio de editais das Redes de Pontos de Culturas estaduais e municipais que selecionam projetos enviados por entidades privadas sem fins lucrativos Organiza oN o Governamental ONG Associa o Cooperativa ou Organiza o da Sociedade Civil de Interesse P blico OSCIP No nicio da d cada de 2000 de forma descentralizada e aut noma surgiram alguns laborat rios experimentais que passaram a trabalhar com elementos eletr rganicos ou seja org nicos biodiversidade local e eletr nicos apropria o cr tica de tecnolo gias hardware e softwares livres e lixo eletr nico como solu es criativas colaborati vas e do faga voc mesmo do it yourself DIY aplic veis no manejo colaborativo de suas regi es FONSECA 2012 poss vel
146. demoli o do pent gono foi relativamente simples As maiores complica es estavam relacionadas a uma s rie de incompatibilidades entre o projeto original da pra a e a obra que foi executada no in cio dos anos 70 Foram v rias as surpresas pois a cada dia descobriamos uma novidade que nos ajudava a compreender melhor o edif cio Neste ponto contamos com a colabora o da construtora Paulitec uma parceira ciosa da responsabilidade deste trabalho Talvez a dificuldade mais importante te nha sido constatar que as imensas cortinas de conten o eram ligeiramente inclinadas Isto nos obrigou a revisar dezenas de projetos de modo a adapt los a esta situa o imprevista 5 LABVERDE Voc s ficaram surpresos com a apropria o do espa o por parte dos skatistas Ali s o skate foi recentemente limitado a um pequeno setor Como veem essa quest o BORELLI amp MERIGO N o ficamos surpresos com os skatistas na Roosevelt Afinal eles ocupam este espa o faz bastante tempo Durante os anos de maior abandono foram eles os principais usu rios da pra a Em nosso entendimento n o seria justo agora com o espa o reformado expuls los Por m o projeto da EMURB n o contemplava reas para skate Na verdade esta foi mais uma modifica o que tentamos fazer por m a prefeitura atendendo solicita o da vizinhan a n o aceitou Em nossa proposta inicial havia tamb m um teatro ao ar livre outra atividade muito ligada historicament
147. dispositivo legal 359 99 SANTOS 1999 152 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 Tabela 3 Caracteriza o da rea de Expans o Urbana da rea continental de Santos rea de Expans o Urbana 25km Usos e Caracter sticas Localidade Bairro Zona Urbana Desenvolvimento urbano ocupa o ordenada e regulariza o das reas Guarap Monte Cabr o Trindade Cabu u Iriri en j consolidadas Caruara Zona de Suporte reas degradadas onde ocorrem ativida oe Bairros nao Urbano des extrativistas minerais que possibili esvecicado ZSU tam a disposi o final de res duos s lidos P Areas degradadas onde ocorrem ativida Zona de Suporte na nae i des extrativistas minerais e que possibili Guarap Jurubatuba Urbano Il se ZSU II tam atividades de interesse para o desen Trindade volvimento tur stico Zona Portu ria reas potenciais para instala es rodovi Quilombo S tio das Neves Ilha Barnab oeste e leste e Retroportu ria ZPR rias ferrovi rias portu rias retroportu rias e ligadas s atividades n uticas Santos 1999 A rea de Expans o Urbana caracteriza se por espa os territoriais em que o ecossis tema original sofreu grandes modifica es devido forte influ ncia antr pica ocorrida por meio de ocupa es desordenadas extrativismo disposi o de res duos s lidos turismo e atividad
148. do ambiente natural urbano seja na sua presen a ou aus ncia e representados lan ando m o 80 de recursos tecnol gicos avan ados Estariamos promovendo a sensibiliza o am biental da cidade redefinindo a arte da observa o e a cria o de novas formas de representa o atrav s da integra o de t cnicas tradicionais e avan adas Superar a prancheta como sugere Corner significa avan ar nos m todos de repre senta o e operacional do projeto Novas formas como v deo e computa o gr fica superposi o de camadas colagem e outras visam introduzir outros dados sens veis e temporais Mas devemos ir al m necess rio reafirmar o equil brio entre o te rico e o emp rico na investiga o da paisagem urbana A tend ncia atual virtualiza o das rela es sociais ou espaciais uma tend ncia real Mais uma vez o Pitoresco vem em nosso aux lio necess ria uma dose grande de sensibiliza o para despertar o corpo e os sentidos para a vida que pulsa l fora al m do dil vio de informa o eletr nica que flui atrav s das redes sociais e culturais Isto urgente para equilibrar o sistema como um todo Atualmente e mais uma vez a experi ncia sens ria se reafirma como necessidade humana essencial CONCLUS O O New Urbanism e o Landscape Urbanism t m contribu do bastante no debate sobre o futuro das cidades e para o restabelecimento da harmonia entre o meio constru do e a natureza N
149. do na arquitetura Outro argumento desfavor vel aponta a inconst ncia e a irregularidade da radia o solar sobre a superf cie da terra pois c clica devido rota o da terra dia e noi te e est sujeita s varia es das condi es do tempo Uma sucess o de dias nu blados por exemplo compromete a efici ncia dos sistemas Por m parte da energia n o utilizada de imediato pode ser estocada sob forma de calor gua ou materiais de alta capacidade t rmica ou eletricidade em baterias H ainda a possibilidade de acoplar os sistemas solares em sistemas h bridos ou interlig los rede de energia el trica local Os defensores da energia solar argumentam que ela infinita e inesgot vel Na ver dade apenas uma pequena parcela da energia emitida pelo sol atinge o planeta e desta uma quantidade menor chega superf cie da terra dependendo ainda das condi es meteorol gicas locais Quanto ser inesgot vel verdade para a escala de tempo da humanidade 2 Cf FRETIN Dominique De Helii Architecturis Tese de doutorado Universidade Mackenzie 2009 Capitulo I 10 Idem 55 tamb m apontada como uma energia limpa verde o que sensato em termos de energia Por m a produ o de materiais e componentes para equipamentos solares depende de processos de extra o e transforma o de mat rias primas assim como de processos industriais que estes causam impactos negativos no meio ambi
150. do pelo Conselho Gestor da Pra a Roosevelt composto por represen tantes dos moradores comerciantes skatistas e poder p blico nosso projeto para uma rea dedicada pr tica do skate 3 LABVERDE Voc s pegaram o projeto concebido pelo arquiteto Rubens Reis Pro puseram muitas altera es Como mexer na proposta de outro profissional BORELLI amp MERIGO Primeiro preciso esclarecer esta quest o da autoria deste pro jeto De fato havia um projeto inicial concebido dentro da antiga EMURB que inclusive chegou a ser detalhado pela Figueiredo Ferraz Ocorre que por ocasi o da obra a prefeitura quis modificar este projeto As modifica es foram elimina o do edif cio do Telecentro aumento dos edif cios da guarda civil metropolitana e da pol cia militar rea para o chamado cachorr dromo e rotas de fuga para os dois subsolos Al m disto havia ajustes e corre es necess rias em uma refor ma deste porte Este novo projeto foi concebido pela Borelli amp Merigo em acordo com as exig ncias da prefeitura o 100 500 1000 IMPLANTA O fonte Google Farth 2010 foto aerea de fundo Figura 2 Projeto de Implanta o Fonte Borelli amp Merigo 250 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas 4 LABVERDE Al m de terem feito o projeto executivo voc s fizeram o acompa nhamento da obra Imagino a dificuldade de demolir o pent gono BORELLI amp MERIGO Na verdade a
151. do s culo totalmente adaptado a essa fun o tornando se ponto de encontro dos bar es de caf e seus associados Posteriormente denominado Jardim da Luz constituiu um parque urbano de alta qualidade projetual estruturado em grandes eixos cl ssicos e com vegeta o composta por esp cies temperadas europ ias MACEDO 2003 Podemos classificar o surgimento dos parques urbanos em tr s movimentos O pri meiro deles concentrado entre o final do s culo XIX e in cio do s culo XX foi marcado pelo incremento da economia cafeeira e pela transforma o do antigo burgo na gran de cidade que S o Paulo Naquele momento os parques de inspira o largamente francesa eram criados como locais de cultura pontos de encontro para a sociedade paulistana Neste movimento surgiram parques como Jardim da Luz Pra a Buenos Aires e Tenente Siqueira Campos antigo Trianon sendo o Ibirapuera o ltimo grande parque criado dentro desta perspectiva ISA 2008 Um segundo movimento detectado quando a cidade j alterara significativamente sua fisionomia e transformara se de fato numa metr pole coloca a cria o de parques a partir de remanescentes de grandes fazendas ch caras e propriedades da elite pau listana caso de parques como Carmo e Piqueri ISA 2008 Por fim o movimento atual traz a real necessidade de proporcionar a cria o de novas reas em especial nas periferias da cidade onde ela continua a crescer a altas taxas de
152. dras 7 CONSIDERA ES FINAIS Como mencionado anteriormente a pesquisa insere conceitos objetivos e diretrizes ainda pouco abordados nos projetos paisag sticos em escala urbana sendo sua apli ca o pr tica verificada atrav s do estudo de caso da rea da Luz no Bairro de Santa Efigenia Tal regi o caracteriza se por ser adensada construtivamente por m pouco densa demograficamente com baixo aproveitamento da rica infraestrutura em face do n mero reduzido de unidades habitacionais existentes Assim identificada a possibili dade de adensamento populacional na regi o tornam se fundamentais o aumento da quantidade de espa os p blicos e reas verdes qualificadas O primeiro passo para a viabiliza o deste objetivo foi considerar a quadra e n o o lote como unidade m nima de planejamento e projeto urbano oferecendo assim uma gama maior de possibilidades de desenho e intera o das reas livres com os ambientes constru dos Os quatro principais objetivos do projeto oferta de espa os livres qualidade ambiental para o pedestre drenagem e biodiversidade bem como suas diretrizes apresentam uma aplicabilidade que extrapola os limites da rea da Luz e podem ser teis como 212 primeiro direcionamento de projeto para outras situa es urban sticas similares sem pre considerando obviamente as particularidades e o contexto da paisagem local O mapa da distribui o das reas verdes resultante revela a voca o
153. e Roosevelt Esta tamb m n o foi aprovada Ap s a elei o a nova administra o resolveu atender aos anseios dos skatistas No inicio do ano travamos fruti feras conversas com a Confe dera o Brasileira de Skate e a subprefeitura da S e consegui mos aprovar junto ao conselho gestor nosso projeto para uma pra a de skate na Roosevelt A implementa o deste projeto em conjunto com a pedestriali za o da rua Jo o Guimar es Rosa resolver definitivamente a quest o do skate e da acessi bilidade na Roosevelt Figura 3 A pra a Roosevelt apropria es e a delicada rela o com a vizinhan a Foto Lilian Dazzi Braga 251 6 LABVERDE Depois de tanta confus o a Subprefeitura da S resolveu dedi car 1500m da pra a para a cria o do Skate Plaza da Roosevelt Podem nos adiantar alguma coisa BORELLI amp MERIGO A pra a de skate foi aprovada pelo conselho gestor da pra a e est em fase de implementa o pela prefeitura 7 LABVERDE Existe um senso comum de que os espa os p blicos est o sendo cada vez menos usados pela popula o Voc s acham que isso procede ou uma falsa percep o BORELLI amp MERIGO Ao menos em S o Paulo isto n o uma realidade A pr pria ocupa o da pra a desde a sua inaugura o prova disto H uma s rie de eventos como a Virada Cultural a Parada Gay a reocupa o do bairro da Consola o nos ar redores da rua Augusta as ciclo
154. e mas naturais da vida selvagem para a qualidade do ar e da gua e para a qualidade de vida dos cidad os FERREIRA MACHADO 2010 p 69 5 Tal problema na verdade acometeria 4 da popula o mundial Para mais detalhes ver Lomborg 2002 p 25 186 187 19 No entanto tal como acontece com a iminente e jamais concretizada falta mundial de alimentos anunciada h 200 anos por Thomas Malthus confunde se distribui o com escassez A distribui o de gua doce de fato parece ter aumentado Rebou as avalia que no ano 2000 cada habitante da Terra teria dispon vel de seis a setes vezes a quantidade m nima estimada como razo vel pela ONU Idem p 14 Ainda assim preciso cuidado Para a ONU se n o melhorarmos o manuseio das guas a propor o de pessoas em pa ses com tens o h drica aumentar de 3 7 em 2000 para 8 6 em 2025 e 17 8 em 2050 A boa not cia que ao contr rio de muitos problemas ambientais que parecem inso l veis a revers o da tend ncia acima pode ser bastante simples com medidas de combate ao desperd cio Os sistemas de irriga o da agricultura de longe a maior consumidora de gua doce do planeta apresentam de 60 a 80 de perda Enquanto no Brasil esse n mero de 70 pa ses t o d spares como ndia Israel EUA ou Espanha t m reduzido essas perdas a baix ssimos n veis Tamb m podemos racionalizar o consumo se nos atentarmos ao fato de que algo como 90 das at
155. e rvores de grande porte Isto foi um tanto frustrante Tamb m a escolha de esp cies vegetais r sticas adaptadas a defici ncia de gua foi fundamental na escolha de muitas esp cies Nas especifica es t cnicas de preparo do solo e preenchimento dos canteiros espe cifiquei o uso de gel para plantio pol mero super absorvente com alta capacidade de reten o de gua minimizando a perda de gua dos canteiros sobre laje Figura 2 O uso de esp cies r sticas como a ru lia azul ruellia coerulea foi crit rio importante na escolha da vegeta o Foto Lilian Dazzi Braga 256 5 LABVERDE A nova pra a Roosevelt foi criticada por ter pouca vegeta o Seria seca demais Muito constru da Como encara a critica SBRUZZI Talvez neste primeiro instante para alguns ela pare a seca Foram plantados 232 exemplares de rvores e palmeiras sendo destes apenas 19 exem plares ex ticos Alguns esp cimes arb reos de grande porte como o pau mulato Calycophyllum spruceanum Benth o jequetib Cariniana legalis Mart Kuntze considerada por muitos como a rvore s mbolo de S o Paulo a peroba rosa Aspidosperma cylindrocarpon M Arg e a Sapucaia Lecythis pisonis Camb entre outros s o ali encontrados nas poucas reas de solo perme vel Acredito que em dois anos quando esses esp cimes estiverem mais desenvolvidos a pra a seja vista de forma diferente Lembrando que a maior pa
156. e Romero Diretor Maria Cristina da Silva Leme Vice Diretora Editor Respons vel Maria de Assun o Ribeiro Franco Comiss o Editorial Cec lia Polacow Herzog Maria de Assun o Ribeiro Franco Paulo Renato Mesquita Pellegrino Conselho Editorial Catharina Pinheiro C S Lima FAUUSP Cec lia Polacow Herzog FAUUFRJ Denise Duarte FAUUSP Dem stenes Ferreira da Silva Filho ESALQ Eduardo de Jesus Rodrigues FAUUUSP Eugenio Fernandes Queiroga FAUUSP Euler Sandeville J nior FAUUSP F bio Mariz Gon alves FAUUSP Giovanna Teixeira Damis Vital UFU Helena Aparecida Ayoub Silva FAUUSP Jos Carlos Ferreira UNL Portugal Jos Guilherme Schutzer FFLCH USP Jo o Reis Machado UNL Portugal Jo o Sette Whitaker FAUUSP Larissa Leite Tosetti ESALQ Lourdes Zunino Rosa FAUUFRJ Marcelo de Andrade Romero FAUUSP M rcia Peinado Alucci FAUUSP Maria ngela Faggin Pereira Leite FAUUSP Maria Cec lia Fran a Louren o FAUUSP Maria Cec lia Loschiavo dos Santos FAUUSP Maria de Assun o Ribeiro Franco FAUUSP Maria de Lourdes Pereira Fonseca UFABC Marly Namur FAUUSP Miranda M E Martinelli Magnoli FAUUSP Paulo Renato Mesquita Pellegrino FAUUSP P rola Felipette Brocaneli UPM Saide Kahtouni FAUUFRJ Silvio Soares Macedo FAUUSP Vladimir Bartalini FAUUSP Apoio T cnico Jos Tadeu de Azevedo Maia Lina Rosa Marcia Choueri Francisca Batista de Souza Eliane Alves Katibian Li
157. e a pro paga o do materialismo e que isso traz grandes desafios e oportunidades para a arquitetura e faz uma s rie de questionamentos Podemos sobreviver a r pida dete riora o do ambiente e da ecologia O que isso pode significar para a profiss o de arquitetura como posicionar se para enfrentar estes desafios sem precedentes como a arquitetura pode assumir o papel de proteger e reconstruir conex es espirituais atrav s do projeto do nosso ambiente f sico Esta talvez seja a mais desafiadora de todas as perguntas A Arquitetura possivelmente a mais leg tima profiss o entre aquelas que lidam com nosso ambiente f sico possibilitando recuperar a nossa identidade cultural e recons truir a liga o espiritual entre pessoas e suas terras A for a da arquitetura reside na sua intr nseca associa o com os sistemas naturais atrav s da evolu o Novas estrat gias devem liderar o caminho do desenvolvimento urbano identificando e planejando antes de executar A infraestrutura da paisagem fundamental na pro te o dos processos ecol gicos e nas heran as culturais que d o a nossa identidade cultural e alimentam nossas necessidades espirituais O crescimento urbano convencional frequentemente visto como um processo hori zontal enquanto que a an lise de aptid o ecol gica visto como um processo ver tical O desenvolvimento da ecologia que se concentra em padr es de paisagem nos processos horizontais e na mudan a n
158. e and Land Use Planning Harvard University Graduate School of Design Island Press and ASLA MA U S A 1996 FRANCO Maria de Assun o Ribeiro Planejamento Ambiental para a Cidade Sus tent vel S o Paulo Annablume EDIFURB 2 Ed 2001 Desenho Ambiental Introdu o Arquitetura da Paisagem com o Pa radigma Ecol gico 2 Edi o S o Paulo Annablume Fapesp 2008 CC Infraestrutura Verde em S o Paulo o Caso do Corredor Verde Ibi rapuera Villa Lobos S o Paulo FAU USP in Revista LABVERDE n 01 p 134 154 outubro de 2010 LITTLE Charles E Greenways for America Baltimore EUA John Hopkins Univer sity Press 1995 NEWMAN Peter BEATLEY Timothy BOYER Heather Resilient Cities Respon ding to Peak Oil and Climate Change Washington DC Island Press 2009 S O PAULO Munic pio Secretaria Municipal de Planejamento Urbano Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente Atlas Ambiental do Munic pio de S o Paulo S o Paulo 2002 S O PAULO Munic pio Secretaria do Vede e de Meio Ambiente Departamento de Parques e reas Verdes Guia dos Parques Municipais de S o Paulo S o Paulo 2012 THE WORLD BANK Climate Change Disaster Risk and the Urban Poor Wa shington DC The International Bank for Reconstruction and Development The World Bank 2012 WATSON Donald ADAMS Michele Design for Flooding Architecture Landscape and Urban Design for Resilience to Climate Change New Jersey Wiley amp
159. e district area of Luz in S o Paulo analyzing the population constructive potential under the perspec tive of environmental performance research developed in LABAUT of FAUUSP FRANCO et al in article 11 make an analysis on the event C40 in S o Paulo which brought together about 40 cities around the world in mid 2011 to discuss actions on urban sustainability and resilience before the phenomenon of climate change high lighting the session that focused the role of urban afforestation and urban forest for the cooling of the urban heat islands The article also presents recommendations for actions related to the creation of a green infrastructure more effective to face these phenomena for the metropolis of S o Paulo It is presented some works which are linked to the theme of this magazine in an indi rect way but dealing with controversial aspects of sustainability making the reading of this magazine more exciting as the cases of articles 2 4 and 7 FRETIN in article 2 discusses solar energy incorporated into buildings through new technologies with the purpose of generating electricity bringing consequences in the buildings and urban forms and causing the appearance of unusual technologic land scapes for the future of cities In article 4 SANTOS brings the discussion of cemeterial spaces in urban areas and possibilities of their use by the population but showing also serious problems caused by the impacts of environmen
160. e maneira vertical Cemit rios verticais consis tem em edif cios que abrigam os jazigos na forma de gavetas l culos de maneira padronizada e verticalizada imagem 04 Contudo o potencial destes espa os no tocante integra o com a paisagem urbana em que se inserem praticamente o mesmo que de pr dios comerciais ou de apartamentos Sua vantagem principal est na efici ncia espacial para o fim que se presta frente ao encarecimento e escassez de terras urbanas servindo tamb m como alternativa vi vel em regi es com caracte r sticas geol gicas que impossibilitem a pr tica do enterro O Memorial Necr pole Ecum nica na cidade litor nea de Santos imagem 05 por exemplo segue esta tipologia De car ter particular considerado o maior cemit rio vertical do mundo Hoje comporta tamb m um cremat rio onde existe a op o da aquisi o de nichos para disposi o das urnas ciner rias Possui ainda espa o dedi cado a eventos gratuitos popula o como apresenta es musicais Diante destes fatores comporta se tamb m como ponto de visita tur stica na cidade 8 A op o de visita a este local encontra se indicada em roteiros sugeridos pela Secretaria Municipal de Turismo de Santos Fonte Turismo Santos Dispon vel em lt http www turismosantos com br categoria categorias do guia roteiros gt Acesso em 02 Abril 2013 90 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 04 Imagem
161. e se opunha queima T Na verdade esta uma express o figurada pois o material resultante dos processos atuais de crema o o p formado pelos ossos processados em micropeda os 8 No original The Cremation Society of England Esta sociedade existe at hoje agora sob o nome de The Cremation Society of Great Britain 92 dos corpos Para se ter ideia a igreja Cat lica Apost lica Romana passou a permitir o procedimento aos seus fi is apenas em 1963 Com o passar do tempo com a flexibiliza o por parte das religi es e ainda a laiciza o crescente uma pr tica que vem ganhando adeptos Atualmente existem mais de 34 cremat rios registrados no pais e em Porto Alegre o indice de escolha pelo servi o de mais de 8 na cidade de S o Paulo a procura dobrou no cremat rio municipal entre 1998 e 2008 e j existe promulgada uma lei que institui programa per manente de esclarecimentos e incentivos lei no 15 452 setembro de 2011 que con siste na produ o de campanhas e distribui o de cartilhas explicativas De acordo com o vereador autor do projeto de lei a pr tica seria uma alternativa econ mica aos t mulos pois estes possuem manuten o dispendiosa e podem sofrer vandalismo A crema o possibilita a disposi o dos corpos em espa os cemiteriais tanto na forma de edif cios como parques ou at mesmo os dispensa pois h a possibilidade da manu ten o da urna ciner ria na p
162. ecimento de gua do pa s o estudo do IBGE apresenta dados bem mais modestos relativos ao esgotamento sanit rio aproximadamente 80 dos moradores em reas urbanas e 25 daqueles em reas rurais eram providos de rede geral de esgotamento sanit rio ou de fos sa s ptica Enquanto o percentual de domic lios urbanos atendidos por rede coletora tem aumentado continuamente o percentual dos atendidos por fossa s ptica tem se mantido est vel com tend ncia de queda a partir de 2008 Nas reas urbanas as Unidades da Federa o com os maiores percentuais de atendimento por rede coletora nos domic lios em 2009 eram S o Paulo 21 91 1 Distrito Federal 89 4 e Minas Gerais 89 1 Os menores percentu ais foram verificados no Amap 1 1 no Par 2 7 e em Rond nia 5 2 Nas reas rurais os maiores percentuais ocorreram em S o Paulo 44 3 no Distrito Federal 22 6 e no Rio de Janeiro 17 9 e os menores no Rio Gran de do Sul no Tocantins e na Para ba 0 5 cada Idem p 114 115 Pode se observar portanto que o nosso pa s possui um grande degrau entre os ser vi os de abastecimento e de tratamento de esgoto O tratamento de esgoto Ainda que o abastecimento de gua e o esgotamento sanit rio sejam fundamentais para a qualidade de vida e consequentemente para a medi o do desenvolvimento susten t vel o ponto fulcral do ciclo da gua nos assentamentos humanos principalmente no que diz res
163. egetation in the cities this article aims to contribute to the urban green areas planning and the enhancement of green in the cities Keywords Urban Vegetation Urban Forest Urban Microclimate Environmental Comfort Environmental Impacts 124 INTRODU O A import ncia geral da vegeta o na ecologia urbana parece inquestion vel por m seus benef cios e os pap is que a vegeta o desempenha nas cidades ainda care cem de maiores detalhamentos SPANGENBERG 2009 A vegeta o interage sobre o conjunto de elementos clim ticos contribuindo com di versos aspectos tais como controle da radia o solar temperatura umidade polui o atmosf rica entre outros Tipo porte e idade da vegeta o bem como o per odo do ano s o par metros importantes para determinar o grau de influ ncia da vegeta o no clima MASCAR 1996 Aparecem ainda como fatores determinantes dessa influ ncia a rela o rea vegetada rea constru da e a forma e arranjo do plantio GIVONI 1998 Comumente classificados em ambientais ou sociais os benef cios da vegeta o urbana n o receber o tal distin o no presente artigo por entendermos que em muitos aspectos os benef cios ambientais e sociais est o relacionados sendo por vezes indissoci veis Distin o necess ria aquela a ser feita entre os efeitos ambientais de reas verdes em geral e plantas em particular Grandes reas verdes como parques geralmente desempenham import
164. egi o conhecida como Cracol ndia intensifican do a degrada o f sica e desvaloriza o econ mica da rea central Nesse contexto de iniciativas de transforma o urbana em 2005 foram anunciados os planos para o projeto intitulado Nova Luz considerado um projeto de requalifica o urbana empreendido pela Prefeitura de S o Paulo abrangendo aproximadamente uma rea de 225 hectares Este projeto lan ado no dom nio p blico na forma de uma concorr ncia de t cnica e pre o em 2010 prev a valoriza o dos pr dios hist ricos reforma das reas livres p blicas cria o de espa os verdes e de lazer e a melhoria do ambiente urbano da regi o dentre outras a es socioecon micas Para viabilizar a realiza o do projeto Nova Luz foram aprovadas legisla es especi ficas estabelecendo incentivos fiscais para a instala o de empresas de tecnologia e outros servi os na regi o e declarando de utilidade p blica algumas reas pass veis de desapropria o Como forma de participar dessa discuss o e estimular a reflex o e pensamento critico e investigativo a rea da Luz foi escolhida como estudo de caso dessa pesquisa que discute a requalifica o dos espa os livres e reas verdes por meio de uma aborda gem ambiental de inser o desses espa os na estrutura produtiva da cidade incor porando ao seu conhecido papel recreacional novos pap is como o microclim tico e o da biodiversidade 3 O PROJETO
165. egundo seus Princ pios Art sticos que difere fundamentalmente do New Urbanism A espontaneidade a irregularidade das ruas a assimetria das pra as e de suas rela es com edif cios uma cr tica direta ao plano de Haussmann para a reforma de Paris que apagara grande por o da cidade medieval O New Urbanism adapta escala humana os preceitos da tradi o francesa da qual Haussmann um grande expoente Esta tradi o encontrou continuidade nos EUA atrav s do movimento City Beaultiful e ressurge no New Urbanism atrav s do tra ado retil neo das ruas da regularidade das constru es e da padroniza o paisag stica e arquite t nica Atrav s deste racioc nio o desenho da paisagem submete o verde ao espa o 8 KATZ P org The New Urbanism Toward an architecture of community Nova lorque Mc Graw uill Inc 1994 9 Citado em The Landscape Urbanism Sprawl in a Pretty Green Dress por Michael Mehaffy 66 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 03 constru do e ao tra ado vi rio de forma contida repetitiva e uniforme fig 1 A forma como o New Urbanism considera a natureza na cidade expressa um duplo enqua dramento emoldura espa os verdes dentro da cidade e emoldura a cidade dentro da regi o natural O New Urbanism insere a natureza na cidade condicionando a a um desenho preestabelecido n o por crit rios naturais mas t cnicos n o por uma est tica org nica mas racionalista Para o ide r
166. elos est ticos condicionados culturalmente por valores que n o condizem com nossas necessidades ecol gicas Estas situa es podem acontecer de diversas formas A mais direta a realiza o de um n mero crescente de projetos de refer ncia para espa os p blicos Um projeto de qualidade informa educa e transforma o modo como percebemos e concebemos o espa o tanto trazendo informa es novas como resgatando mem rias antigas criando la os afetivos entre popula o e lugar As institui es educacionais e as iniciativas culturais t m um papel fundamental neste processo e podem enriquecer esta experi ncia atrav s de diversas atividades como palestras exposi es excurs es cria o de hortas e pomares comunit rios aulas ao ar livre e passeio culturais e eventos educativos al m podem trazer tamb m informa es e refer ncias de projetos de sucesso de outras cidades e pa ses Vale citar algu mas iniciativas criativas que j t m colaborado bastante neste sentido Seus efeitos est o se evidenciando em mobiliza es e participa es coletivas a favor de melhorias ambientais na cidade de S o Paulo Um bom exemplo a iniciativa Rios e Ruas 2 que promove expedi es a p e de bicicleta conscientizando a popula o dos rios urbanos canalizados sob o asfalto e o concreto A conscientiza o o primeiro passo de um processo de longo prazo e aos poucos a cria o de parques lineares e rena turaliza o de trechos de r
167. em atrav s de pol ticas economia e decis es sociais Assim na composi o das diretri zes s o relacionados junto s Unidades de Paisagem as formas do relevo geomorfo logia e as bacias hidrogr ficas o que definir o as a es do homem determinadas nas Unidades da Paisagem e a condi o natural para que seja poss vel a transforma o da paisagem com crit rios e argumentos que lhe d o suporte 111 Neste entendimento agrupamos as unidades da paisagem em diferentes escalas Fig 1 Praticamente qualquer por o de terra homog nea numa escala mais abrangente e heterog nea quando vista numa escala mais detalhada Definir diferentes escalas per mite que possa ser avaliada sua estrutura em n veis de detalhamento de acordo com a escala e desta forma ter a compreens o do lugar em que se queira intervir com an lises que transitam nas diferentes escalas buscando o entendimento desejado do contexto Figura 1 Unidades de Paisagem em diferentes escalas Fonte Atlas de Uso e Ocupa o do Solo da RMSP 2003 Modificado por Patricia Helen Lima 2013 As unidades de paisagem s o divididas em subunidades que possibilitam a compre ens o em diferentes dimens es Foram definidas tr s escalas de Unidade de Paisa gem Compartimento da Paisagem que cont m a Macro Unidade Escala de Unidades da Paisagem que diferenciam as rela es de ocupa o no territ rio como Espa o Livre e Espa o constru do Espa o de integra
168. em determinados hor rios do dia ajudam a refinar as estimativas do potencial solar no lugar espec fico estudado Nestes casos a es dependem das decis es no mbito do projeto de arquitetura Os conhecimentos dos contextos regionais e locais s o essenciais no in cio de qualquer projeto de arquitetura pois ir o auxiliar o estabe lecimento das diretrizes gerais e fornecer algumas respostas preliminares sobre o aproveitamento da energia solar e de que maneira passiva ou ativa A decis o afir mativa permite estabelecer estrat gias quanto implanta o de uma edifica o no terreno a orienta o das fachadas e o dimensionamento das aberturas a necessi dade de prote es ou sombreamentos a produ o de energia el trica a partir do sol 43 e finalmente o impacto no caso o sombreamento que a edifica o ir projetar no entorno Ao longo da hist ria da arquitetura confirma se a solidez do conhecimento da geometria solar e de sua import ncia para o planejamento das constru es 2 ASPECTOS TECNOL GICOS SISTEMAS ATIVOS E PASSIVOS Embora n o tenha se desenvolvido de maneira linear e constante ao longo do tem po mas ressurgido em intervalos de tempo irregulares dependendo geralmente dos momentos de pen ria energ tica as t cnicas de constru o visando o aproveita mento da radia o solar t m demonstrado saltos qualitativos significantes quanto ao desempenho das solu es notadamente durante o ltimo s culo
169. en o insuficiente para a vegeta o O desenvolvimento urbano em Lagos est intimamente ligado hist ria e o Progra ma Lagos Verde pretende causar uma reviravolta Lagos investiu em tecnologia propiciando o plantio de rvores de maior porte que vieram contribuir de forma mais eficaz na mudan a dos efeitos clim ticos adotando novas estrat gias de sustentabili dade com a implementa o de reas verdes como vias arborizadas jardins parques e florestas que contribuir o no futuro para amenizar o microclima Figura 03 O antes e depois de uma a o de arboriza o urbana em uma avenida na cidade de La gos Nig ria Fonte Apresenta o do C40 Large Cities Climate Summit S o Paulo The Case of Lagos 01 06 2011 Figura 04 Ado o de m quinas e de novas tecnologias adotadas pelo governo para o programa de plantio de milhares de rvores na cidade de Lagos Nig ria Fonte Apresenta o do C40 Large Cities Climate Summit S o Paulo The Case of Lagos 01 06 2011 226 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 11 Santiago do Chile Santiago do Chile estende sua regi o Metropolitana numa rea de 15 403 2 km equi valente a 2 da superf cie do pa s A popula o regional de 6 milh es ou 40 da popula o total com uma densidade de 393hab km Essa regi o vem sofrendo uma serie de altera es clim ticas principalmente quanto aridez e o aumento de tempe ratura 1 a 2 graus
170. endo significativo o n me ro de esp cies cadastradas na cidade S O PAULO CIDADE SVMA 2004 A adapta o da flora e da fauna ao hostil ambiente urbano bem como a preserva o de reas vegetadas s o fatores que colaboram para a exist ncia de um n mero signi ficativo de esp cies vegetais e animais em algumas cidades De acordo com o ltimo Invent rio da Fauna do Munic pio de S o Paulo S O PAULO CIDADE SVMA 2010 a cidade possui 700 esp cies catalogadas das classes Malacostraca caranguejo e lagostim Arachnida aranhas Insecta borboletas e grilo Osteichthyes peixes Am phibia r s sapos e pererecas Reptilia c gados crocodilos lagartos e cobras Aves e Mammalia Em rela o flora segundo dados do Herb rio Municipal de S o Paulo a cidade possui 4 037 esp cies vegetais de 231 diferentes fam lias A urbaniza o n o afeta somente a diversidade biol gica pela diminui o das reas vegetadas e altera o dos habitat naturais mas tamb m pela cria o de novos habi tats que proporcionam o aparecimento de esp cies indesej veis ao conv vio humano como insetos e ratos S O PAULO CIDADE 2008 Se a manuten o de reas vegetadas em meio urbano colabora positivamente para a manuten o da biodiversidade a falta de conex es entre essas reas e as dificulda des de gest o das reas que n o possuem prote o efetiva tornam se um impasse a ser vencido para a prote o de animais e p
171. ente Extensas superf cies de coletores solares podem ocasionar o aquecimento local cau sando efeito ilha de calor Basta imaginar uma cidade inteira captando energia solar por meio de coletores de aquecimento e pain is fotovoltaicos No entanto o maior atrativo da energia solar sua gratuidade um est mulo para os pesquisadores um revigoramento para os consumidores e um pesadelo para as concession rias de energia A energia que vem do sol gratuita mas os equipa mentos para capta o transforma o e armazenamento assim como sua manu ten o n o o s o Isto sem mencionar os investimentos financeiros aplicados em pesquisas e produ o 56 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AYRES NETTO Gabriel C digo de obras Arthur Saboya Edi es Lep S o Paulo 1947 S ISBN CALDANA JR Valter Luis Projeto de arquitetura caminhos Tese de doutoramento apresentada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Pau lo Documento digitalizado em Pdf S o Paulo 2005 FRETIN Dominique De Helii Architecturis Cap tulo Ill Le Corbusier e o sol Tese de doutorado Universidade Presbiteriana Mackenzie Arquitetura e Urbanismo S o Paulo 2009 HAGAN Susanah Taking Shape a new contract between architecture and nature Architectural Press Oxford 2001 HATJE Gerd org Dictionaire de l architecture moderne Fernad Hazan Dijon 1964 LE CORBUSIER La charte d Ath n
172. ento cujas origens podem ser tra adas ao jardim ingl s Recebera tamb m a influ ncia de Camillo Sitte que alertara para o apagamento das caracter sticas posi tivas da cidade tradicional pela moderniza o das cidades industriais Diferente das cidades jardins inglesas o sub rbio jardim norte americano parece n o ter assimilado estas caracter sticas Estruturado pela constru o de autoestradas o autom vel foi um fator determinante deste ideal Se no in cio do s culo XX o autom vel promovera a dispers o e o desenvolvimento dos sub rbios como resposta aos problemas da aglomera o nos centros urbanos se tornaria mais tarde um dos princi pais fatores da decad ncia tanto dos sub rbios quanto dos centros urbanos 64 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 03 Nas d cadas que se seguiram ao p s guerra regidas pela especula o imobili ria a demanda por habita o estimulara o crescimento desordenado dos sub rbios exis tentes e a cria o de outros novos A expans o sobre reas naturais e agr colas cria ram conurba es de alto impacto social e ambiental Na medida em que ru am as qualidades do sonho americano este modelo de ocupa o do territ rio se mostrava insustent vel O meio ambiente sofria forte degrada o enquanto um sentimento cres cente de isolamento e aliena o refletia se na desestrutura o familiar na segrega o tnica e social no aumento da criminalidade e na perda dos
173. eram aqu m do crescimento industrial e urbano acelerado e portanto de uma demanda insaci vel O fornecimento de energia el trica da cidade depende dos reservat rios das cercanias e portanto das chuvas situa o pericli tante nas pocas de secas prolongadas 48 fun o da largura da rua ou por uma raz o ac stica para evitar o ru do da avenida Paulista carros e bondes ou ainda por uma l gica associada geometria solar o pr dio virado para a rua Frei Caneca teria uma orienta o mais adequada para prote es mais eficientes e mais econ micas evitando o sobreaquecimento dos ambien tes e das estruturas A escolha do alum nio para os quebrass is pode ser questionada muito caro para a poca e o alum nio consome muita energia para sua produ o Foram usados por motivos de durabilidade e facilidade de manuten o mesmo porque na poca estas quest es n o eram priorit rias e n o havia escassez de energia 4 O EXEMPLO DE FREIBURG Efici ncia energ tica conforto e atransforma o da energia solar incidente em eletricidade para abasteci mento das unidades habitacionais e comerciais s o evidenciados neste projeto a distancia entre os edifi cios e a sua implanta o a inclina o dos telhados constitu dos de pain is fotovoltaicos a orienta o dsa fachadas a dimens o das aberturas e a escolha dos materiais em cada face obedecem rigorosamente a crit rios geom tricos baseados nas tra
174. ere uma com preens o menos t cnica e mais sens vel da cidade O que est em jogo n o tanto a fun o utilit ria que por si parece fria e torna o homem mec nico O Pitoresco n o sugere m quinas mas organismos n o a repeti o industrial seriada mas a diver sidade e irregularidade inerentes aos organismos vivos e ecossistemas As pessoas 11 PEVSNER Nikolaus Visual Planning and the Picturesque Los Angeles Getty Publications 2010 70 reconhecem e se identificam com a diversidade dos lugares distinguindo os criando refer ncias la os afetivos O uso de materiais diversificados na constru o acentua esta experi ncia sens ria principalmente quando s o naturais e r sticos ou quando se associam a coberturas vegetais O New Urbanism parece querer impor um censo comum a criar regras excessivas e restri es formais cidade e constru es Neste ponto deveria existir um maior equi l brio entre o planejamento global e a liberdade criativa do arquiteto Ao impor refer n cias culturais e regionais o faz de modo artificioso nada que se assemelhe as vilas e cidades tradicionais Falta lhe certa espontaneidade que possa trazer vida aquele car ter que torna cada lugar nico e irreproduz vel Aqui que entra outro conceito im portante ao Pitoresco o que os romanos identificavam como genius loci O ESP RITO DO LUGAR O poeta ingl s Alexander Pope recuperou o conceito de genius loci como um princ pio para
175. ersidade de Santa Cruz do Sul IBGE Indicadores de Desenvolvimento Sustent vel Brasil 2012 Rio de Janeiro IBGE 2012 IZEMBART H LE BOUDEC B Waterscapes Using planting systems to treat wastewater Barcelona Gustavo Gili 2003 37 JOHN TODD ECOLOGICAL DESIGN Client amp Case Study List City of Fuzhou Fujian Province China Urban Municipal Canal Restorer Fuzhou China Dispo n vel em lt http toddecological com PDFs 100623 casestudy baima pdf gt Acessado em 18 de mar o de 2013 LOMBORG B O Ambientalista C tico Revelando a Real Situa o do Mundo Rio de Janeiro Elsevier 2002 ODUM Eugene P Ecologia Rio de Janeiro Editora Guanabara 1988 REBOU AS Aldo da C Agua doce no mundo e no Brasil In REBOU AS A C Braga B Tundisi J G Orgs guas doces no Brasil capital ecol gico uso e conser va o S o Paulo Escrituras 2006 RICKLEFS R E A economia da natureza Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2011 SVMA Res duos S lidos Cadernos de Educa o Ambiental Governo do Estado de S o Paulo 2010 VAN KAICK T S Esta o de tratamento de esgoto por meio de zona de ra zes uma proposta de tecnologia apropriada para saneamento b sico no litoral do Paran 2002 Disserta o Mestrado em Tecnologia Centro Federal de Educa o Tecnol gica do Paran ZANELLA L Plantas ornamentais no p s tratamento de efluentes sanit rios wetlands constru dos utilizando bri
176. erva o recupera o e uso sustent vel da Bacia Hidrogr fica da Billings S o Paulo Instituto Socioambiental 2003 122 ARTIGO N 6 VEGETA O EM REAS URBANAS BENEF CIOS E CUSTOS ASSOCIADOS VEGETATION IN URBAN AREAS BENEFITS AND ASSOCIATED COSTS LUCIANA SCHWANDNER FERREIRA VEGETA O EM REAS URBANAS BENEF CIOS E CUSTOS ASSOCIADOS LUCIANA SCHWANDNER FERREIRA Arquiteta Urbanista e Mestra na rea de Tecnologia da Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urba nismo da Universidade de S o Paulo Email luciana swf gmail com RESUMO A necessidade de cidades mais verdes parece consensual por m faz se necess rio compreender com maior profundidade os pap is da vegeta o nas cidades e o impac to de sua presen a no cotidiano de seus habitantes Ao levantar os principais benef cios e custos associados presen a da vegeta o nas cidades este artigo objetiva contribuir com o planejamento das reas verdes urbanas e com a valoriza o do verde nas cidades Palavras chave Vegeta o Urbana Floresta Urbana Microclima Urbano Conforto Ambiental Impactos Ambientais VEGETATION IN URBAN AREAS BENEFITS AND ASSOCIATED COSTS ABSTRACT The need ofgreener cities seems to be consensual but it is necessary a deeper unders tanding of the role vegetation in the cities and the impact of its presence in everyday life of the inhabitants By raising the main benefits and associated costs with the presence of v
177. ervador a um estado metacognitivo uma democracia da experi ncia N o destr i o genius loci nem for a sua perman ncia e sim reconhece que ele evolui participando na reconstitui o do lugar CIDADES PARA PESSOAS UMA VERS O EUROP IA PARA O NEW URBANISM Livre das padroniza es estil sticas do New Urbanism norte americano o discurso de Jan Gehl 1 parece adotar uma perspectiva menos focada no desenho em seu sentido tradicional e mais focada na vida humana Segundo ele dois fatores a partir dos anos 60 tiveram grande impacto sobre a quali dade de vida nas cidades a necessidade de se construir rapidamente para atender demanda do crescimento e a invas o do autom vel 17 From Theory to Resistence Landscape Urbanism in Europe em Landscape Urbanism Reader 18 Alexander Tzonis e Liane Lefaivre em Porque regionalismo Critico em Uma Nova Agenda Para a Arquitetura 19 GEHL Jan Cities for people 72 Gehl compartilha com o Landscape Urbanism a ideia de que a representa o atrav s de plantas eleva es e fotografias insuficiente para reunir todas as informa es importantes que o desenho urbano requer Segundo ele este modo tradicional de representa o tem criado uma obsess o pela forma tanto por parte dos arquitetos e seus clientes como no ensino de arquitetura Quando a forma passa a ser a principal preocupa o a vida esquecida diz Mas enquanto o Landscape Urbanism se pre ocupa com ambientes nat
178. es Paris Points 1957 s ISBN ONEO Rafael Inquietud te rica y estrat gia proyectual en la obra de ocho arquitec tos contempor neos Actar EU 2004 ISBN 84 39551 68 1 RODRIGUES amp MATAJS Um banho de sol para o Brasil o que os aquecedores solares podem fazer pelo meio ambiente e sociedade S o Louren o da Serra Vitae Civilis 2004 VITRUVIUS Marcus P The ten Books on Architecture Translated by Morris H Morgan Dover Publications re edi o original de 1914 New York ISBN 486 20645 9 57 ARTIGO N 3 FORMA E FLUXO A NATUREZA NA CIDADE EM DUAS TEND NCIAS SHAPE AND FLOW NATURE IN THE CITY ON TWO TRENDS JOSE OT VIO LOTUFO FORMA E FLUXO A NATUREZA NA CIDADE EM DUAS TEND NCIAS Jos OTAvio LoTUFO Arquiteto e urbanista pela Faculdade de Belas Artes de Sao Paulo 1996 Mestre na area de Projeto Arquitet nico pela FAU USP 2011 Doutorando na rea de Projeto Arquitet nico pela FAU USP e mail jol Dusp br RESUMO Na discuss o sobre o futuro das cidades duas tend ncias contempor neas se pro p em como caminhos de desenvolvimento Uma lan a o olhar ao passado e a outra ao futuro O modo como relacionam constru o e natureza tem grande import ncia na integra o entre cidades e ecossistemas O presente trabalho prop e assimilar as qualidades e superar as contradi es da cada uma introduzindo uma dimens o sen s vel capaz de integr las Palavras chave ecologia urbana ecos
179. es identificando assim as poss veis rotas para os pontos de concentra o de pessoas eixo de transporte e esta es de trem e metr ruas comerciais parques museus feiras etc Etapa 3 Avalia o da insola o do conjunto inclusive nos espa os livres por meio de simula es computacionais com o uso do software Ecotect nos solst cios de inverno e de ver o das 8h s 18h As reas que apresentaram 5 ou mais horas de insola o no ver o ou no inverno ou em ambas as pocas do ano foram classifica das como reas ensolaradas O resultado do estudo da insola o foi um importante crit rio para defini o de diretrizes de especifica o e caracteriza o da vegeta o inclusive quanto seu porte e densidade Os resultados s o obtidos a partir do cruzamento dos dados de uso do solo e fluxo de pedestres com os resultados de insola o a fim de propor novos espa os livres de acordo com sua voca o como locais de passagem ou de perman ncia e quanto voca o para potencializar o aumento da biodiversidade local 5 1 ETAPA 1 IDENTIFICA O MAPEAMENTO E AVALIA O QUALITATIVA DAS REAS VERDES EXISTENTES NO BAIRRO E DA POSSIBILIDADE DE CONECT LAS COM AS NOVAS REAS VERDES PROPOSTAS ATRAV S DE CORREDORES VERDES Para a implanta o dos corredores verdes foram escolhidas avenidas e ruas que comportassem um adensamento de plantio arb reo significativo capaz de confi gurar o corredor Assim pelo fato de
180. es contaminantes As plantas s o capazes de remover metais pesados pesticidas e outros contaminan tes do ambiente Trata se da fitorremedia o t cnica caracterizada pela utiliza o de processos naturais das plantas para a remo o de poluentes do solo de lodos de se dimentos e das guas De baixo custo e f cil implementa o esta t cnica indicada para grandes reas com pequeno n vel de contamina o e que n o apresentem riso iminente sa de MORINAGA 2007 Morinaga 2007 alerta que o transporte de contaminantes para a superf cie absorvi dos pelas ra zes e conduzidos s partes a reas das plantas pode ocasionar a intro du o desses contaminantes na cadeia alimentar da fauna local TEMPERATURA E UMIDADE As temperaturas mais altas verificadas em reas densamente constru das quan do comparadas a seu entorno rural vegetado configuram o fen meno conhecido como ilha de calor 128 Esse fen meno predominantemente noturno sendo as maiores diferen as de tem peratura entre reas urbanas e n o urbanas verificadas em noites de c u claro e pouco vento GIVONI 1998 Sketch of an Urban Heat Island Profile o o nm Co a Late Afternoon Temperature s ee eee ee uu Rural Commercial Urban Suburban Residential Residental Suburban Downtown Park Rural Residential Farmland Figura 2 Ilha de calor urbana Fonte Bearkeley Lab Algumas caracter stic
181. es e abertos ao p blico sendo 80 de administra o municipal e 06 de administra o estadual assim distribu dos 54 parques de vizinhan a 27 parques de bairro 3 parques setoriais e 2 parques regionais totalizando Parque de bairro s Parque de vizinhan a Parque regional m Parque setorial Gr fico 1 Percentual da tipologias de parques urbanos no mu 86 unidades nic pio de S o Paulo Fonte SVMA Org Giorgia Limnios 2013 181 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 09 Junho de 2013 Mapa 1 reas de influ ncia dos parques urbanos e densidade demogr fica por distritos do Munic pio de S o Paulo Distrito Municipal 4 Densidade demogr fica habkm2 E 41 5800 Parque urbano municipal Parque urbano estadual O Parque de bairro E Parque de bairro Parque de vizinhan a E Parque regional Parque de setorial Parque de regional Fonte Base cartogr fica digital PMSP IBGE e F setores censs rios 2010 IBGE Cartografia Ge g Msc Giorgia Limnios 340000 Mapa 1 Areas de influ ncia dos parques urbanos e densidade demogr fica por distritos no muni cipio de Sao Paulo 182 Atualmente tem havido diversos esfor os por parte do poder p blico municipal para implementa o de um sistema significativo de parques e jardins No ano de 2005 a cidade possu a 34 parques municipais totalizando 15 milh es de m de reas protegidas municipais Em 2009 esses n meros subiram para um total de 60 parq
182. es n uticas assim como instala es portu rias e retroportu rias ferrovi rias e rodovi rias Encontra se dividida em 4 zonas Zona Urbana ZU Zona de Suporte Urbano ZSUI e Il ZSUII Zona Portu ria e Retroportu ria ZPR en tretanto s o parcelas de menores extens es quando comparadas s zonas da APA SANTOS 2012 Asede do Ponto de Cultura Esta o da Cidadania e Cultura pertence ao Grupo P o de A car que concedeu comodato por per odo indeterminado ONG Trata se de um ponto hist rico relevante pois no local funcionava a Esta o Ferrovi ria Sorocabana que fazia o trajeto Santos Mairinque figura 3 Possui f cil acesso aos transportes p blicos os fundos do Ponto de Cultura levam ao estacionamento do supermercado Extra localizado na Avenida Ana Costa 153 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 Junho de 2013 Em p p O E E Figura 3 Faixada da Es ta o da Cidadania e Cul tura Fonte Maira Begalli em 10 07 2012 A constru o da sede do Projeto Parcel foi patrocinada pela Petrobras figura 4 em 2008 quando a rea foi concedida pelo prefeito em exerc cio Jo o Paulo Tavares Papa 2005 2008 quando considerou positiva a proposta da ONG realizar projetos socioambientais para a rea continental Atualmente aguarda o resultando do pedido de posse definitiva da rea Encontra se fora do per metro urbano mas possui f cil acesso a transporte p blico ponto de nibus intermunic
183. es propor es e o surgimento das ilhas de calor Nos ltimos anos a Prefeitura do 230 Munic pio de S o Paulo atrav s da Secretaria do Verde e Meio Ambiente vem fazendo in meros esfor os no sentido de amplia o do verde na Cidade haja vista a cria o de novas reas verdes e a implementa o de parques lineares em fundos de vale em conson ncia com o Plano Diretor Estrat gico de 2002 que previu uma estrutura o urbana atrav s de rios e c rregos Por m diante da dimens o de sua rea urbana que se pode chamar aqui de infraestrutura cinza as a es verdes tornam se insuficientes Para minimizar as quase 16 milh es de toneladas de CO que foram lan adas na at mosfera de S o Paulo em 2003 o poder p blico por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente trouxe para S o Paulo o conceito de cidade compacta enfatizando a ocupa o dos vazios urbanos centrais minimizando a expans o dos assentamentos em reas perif ricas A Prefeitura criou em 2005 o Programa de Reflorestamento e entre 2006 e 2009 foram plantadas mais de 600 000 novas rvores na cidade Paralelamente a esse programa de reflorestamento o Plano Diretor Estrat gico introduziu duas fren tes de A o o Programa 100 Parques para S o Paulo lan ado em janeiro de 2008 o qual levantou e reservou reas para serem transformadas em parques em diversas regi es da cidade associado ao Programa de Recupera o Ambiental de cursos d
184. faixas que demonstram claramente que o paulistano desfruta cada vez mais dos espa os de sua cidade 8 LABVERDE A nova pra a Roosevelt foi criticada por ter pouca vegeta o Seria seca demais Como encaram a critica BORELLI amp MERIGO O que n s chamamos de pra a segundo o autor do projeto o arquiteto paisagista Roberto Coelho Cardozo um edif cio pra a Na verdade a pra a a laje de cobertura de um edif cio composto pelo t nel vi rio da liga o leste oeste e dois subsolos de estacionamento Ela se insere dentro do conjunto de obras vi rias constru das ao longo da segunda metade do s culo XX e que transformaram S o Paulo em uma cidade dependente do autom vel Ficaram reduzidas as possibilidades paisagisticas por conta das limita es impostas pela estrutura existente imposs vel o plantio de rvores de grande porte na maior parte da pra a Ainda assim foram projetados cerca de quatro mil metros quadrados de jardins sobre laje com diversas rvores de m dio e pequeno porte al m de arbustos e forra es Para o adequado plantio das rvores foram abertos os caix es perdidos da estrutura de modo a garantir um volume de terra que permitisse a forma o de ra zes Deve se aguardar ainda a maturidade das mudas o que ampliar significativamente o porte de suas copas Por fim gostar amos de defen der os amplos espa os de piso de concreto que permitem uma variada gama de ocupa es tais com
185. finidade perceptiva emocional e est tica que sentimos no contato com a natureza O Pitoresco a express o desta afinidade como necessidade vivida num mundo que tem sofrido h tempos as consequ ncias deste afastamento Inerente a esta est tica h uma l gica org nica capaz de integrar os processos ecossist micos diminuindo ou eliminando os conflitos que a l gica tecnicista tem gerado O DECL NIO DO SUB RBIO JARDIM O movimento New Urbanism se inicia no fim dos anos 70 e in cio dos 80 nos EUA com a fal ncia dos sub rbios jardins como ideal espelhado no sonho americano e na esteira de importantes abordagens cr ticas do debate p s moderno como o livro de Janes Jacobs The Death and Life of Great American Cities e nas propostas urba n sticas de Leon Krier At meados do s culo XX o modelo de sub rbios jardins se estabelecera nos EUA como um ideal associado ao american way of life Morar pr ximo natureza com ele vada qualidade de vida em casa unifamiliar com privacidade seguran a ruas arbori zadas e tranquilas eram as qualidades inerentes a este modelo Embora desenvolvido como continuidade s ideias da cidade jardim o sub rbio jardim norte americano nunca assumiu a fun o social do modelo proposto por Ebenezer Howard em seu livro Cidades Jardins de Amanh nem teve as qualidades das cida des jardins inglesas Na Inglaterra o movimento das cidades jardins surgira como continuidade a uma linha de pensam
186. gadas s o mais eficien tes no que diz respeito capacidade de ciclar nutrientes e mat ria org nica porque o fluxo de gua age como subs dio energ tico p 169 RICKLEFS descreve os alagados como reas de terra consistindo em solo saturado com gua e que sustentam uma vegeta o especificamente adaptada a estas condi es Os alagados incluem p ntanos brejos e lama al quando derivam de gua doce e brejos salgados e manguezais quando associados a ambientes marinhos 2011 p 95 25 ODUM explica que os alagados podem estar saturados de gua continuamente ou apenas durante parte do ano e que tamb m s o caracterizados por serem sistemas muito abertos O autor explica que a produtividade dos alagados determinada pela flutua o do n vel da gua e ilustra essa capacidade com um dado impressionante embora os alagados ocupem apenas cerca de 2 da rea do mundo estima se que cont m de 10 a 14 do carbono Alguns solos de reas alagadas podem conter at 20 de carbono por peso 1988 p 370 Fica f cil perceber portanto como problem tica a supress o de tais ecossistemas pelas atividades humanas Al m de comprometer um importante servi o ambiental j que os sedimentos dos alagados imobilizam subst ncias poluentes potencialmente t xicas dissolvidas na gua RICKLEFS 2011 p 95 adicionalmente a convers o de um mangue em um resort tur stico por exemplo ou a drenagem de um bre
187. grama complexo e uma arquitetura de excessos formais que estavam mais pr xi mos de um Grande Edif cio do que o de uma Pra a Constru da dentro de um momento marcado pelo chamado Milagre Brasileiro e pelo reflexo do processo de metropoliza o a Pra a Roosevelt foi constru da como exem plo de Modernidade e Efici ncia como afirmava um de seus autores na poca A Pra a Roosevelt n o tem compara es no mundo mais que uma pra a um siste ma vi rio edif cio e viaduto 238 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas A PRA A PROPOSTA ARQUITETOS e Roberto Coelho Cardoso Antonio Augusto A Netto e Marcos de Souza Dias mM le y Seat PPA a 2 PRAGA pnanmiin ROOSEVELT 1968 Figura 1 Proposta original de Cardoso e equipe 1968 Fonte Rubens Reis 2 LABVERDE Voc foi a favor de sua completa demoli o REIS Muitos estudos e projetos foram propostos pela municipalidade e por espe cialistas sem alcan arem sucesso principalmente pela quest o de falta de recursos Em 1995 a Empresa Municipal de Urbaniza o EMURB atrav s de estudo desenvolvido por mim e sob coordena o do arquiteto Jos Eduardo de Assis Lef bvre lan ou oficial mente a proposta de demoli o do excesso da massa constru da e o desenvolvimento de uma nova interven o neste espa o Esta proposta surge ap s uma s rie de interven es que acabaram n o surtindo efeito Nes
188. gua suja que tra tada no sistema 9 A proposta inicial era tratar a gua do polu do reibeir o Jacar vizinho ao parque No entanto a morosidade do licenciamento ambiental e press es para a inaugura o do parque em ano eleitoral for aram a mudan a do projeto 33 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 Junho de 2013 Figura 16 e 17 Tratamento paisag stico do Parque Fonte da figura 17 Eng Andr Bailone da Ituba nai empresa respons vel pelo projeto Figuras 18 e 19 Alguns equipamentos de lazer e paisagens que n o se espera encontrar em uma esta o de tratamento Figura 20 A inusitada possibilidade de contem Figura 21 Painel junto passarela na rea bre plar um sistema de tratamento de guas sujas josa serve de apoio para a educa o ambiental Fonte Eng Andr Bailone da Itubanai empresa respons vel pelo projeto 34 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 e ad Figuras 22 23 e 24 Wetlands constru dos s o ambientes de ref gio da biodiversidade como ocorre no Parque da Juventude Luis Latorre Conversas informais com usu rios do parque revelaram que nenhum deles sabia da fun o de tratamento de gua desempenhada pelo parque Nenhum dos entrevista dos relatou j ter sentido odores desagrad veis no local Questionados sobre a beleza do lugar a avalia o foi positiva Cerca de metade era frequentadora ass dua utilizan do o parque
189. i o do jardim ingl s dentro da ideia do Romantismo Existente at hoje atualmente comporta tamb m um cremat rio e se constitui como um reduto de variadas esp cies de vida silvestre no meio urbano SPIRN 1995 Seus jardins s o t o apreciados que possui alguns locais que s o uti lizados at mesmo para a realiza o de cerim nias de casamento Retornando o foco para os cemit rios jardins pode se dizer tamb m que estes ame nizam as caracter sticas marcantes de polui o visual dos cemit rios tradicionais que possuem t mulos cujos tamanhos competem entre si e onde h um emaranhado de ornamentos de simbolismos f nebres Se projetados com um ideal paisag stico criterioso poss vel uma abordagem delica da dos elementos f nebres de maneira a manter o respeito que o local demanda em conson ncia com um cen rio verde Assim tornam se potenciais redutos de tranquili dade e frui o em meio ao ca tico urbano com aspectos microclim ticos agrad veis proporcionados pela vegeta o Ainda podem se prestar conserva o de biomas da regi o em que se encontram criando ambientes prop cios para o desenvolvimento de esp cies variadas da fauna Deste modo salutar que haja o interesse de um Planejamento Ambiental para a instala o de cemit rios parque no sentido de um planejamento que leve em consi dera o as rela es ecossist micas FRANCO 2000 Em 1966 ap s um estudo encomendado pelo Servi o Funer
190. ia quadra Com a elimina o do lote as reas entre os edif cios puderam ser melhor aproveitadas e as reas no interior das quadras puderam ser acessadas com maior facilidade transformando se em importantes espa os livres de uso p blico 201 202 2 Melhorar a qualidade do percurso de pedestres e ciclistas considerando a seguran a a acessibilidade e o conforto ambiental O aporte significativo do n mero de unidades habitacionais proposto pelo projeto de interven o coordenado pelo Labaut e as caracter sticas de uso e ocupa o do bairro propiciam um intenso fluxo de pedestres e ve culos Somado a isso tem se a introdu o de uma modalidade de transporte n o existente na rea hoje a bicicleta Assim o projeto das novas reas livres buscou elevar a qualidade ambiental do percurso de pedestres e ciclistas por meio do aumento da diversidade de trajetos e reas de lazer e melhorar o microclima local com o uso estrat gico da vegeta o A vegeta o pode contribuir com diversos aspectos ambientais nas cidades inter ferindo na temperatura e na umidade na drenagem na estabiliza o do solo na fixa o de part culas suspensas na atmosfera etc Por m vale ressaltar que n o qualquer tipo vegeta o plantada em qualquer local que contribui com os itens citados Al m disso os aspectos ambientais devem ser pensados conjuntamente com os sociais para que os benef cios clim ticos da vegeta o n o se convertam em
191. idades e desejos do homem e da sua adapta o nesta paisagem gerando uma complexa depend ncia entre o homem e o meio f sico O invent rio da paisagem relacionado s a es de uso do solo possibilita criar dire trizes para interven es no ambiente e projetos que definam com equil brio o uso e a natureza partindo do princ pio de que a natureza foi e est sendo modificada e muito dificilmente poder ser restaurada sua condi o original em fun o das exig ncias do modelo econ mico de ocupa o do espa o sendo necess rio refletir como cons truir com capacidade de perceber a paisagem acima das vis es particulares necess rio lembrar a influ ncia do uso do solo nas mudan as clim ticas que acarretam importantes modifica es nas vari veis meteorol gicas como a temperatura que se eleva resultando em um fen meno chamado Ilhas de calor refletindo em m qualidade para a vida UNIDADE DE PAISAGEM A Unidade da Paisagem definida como um recorte territorial que apresenta homo geneidade de configura o caracterizada pela disposi o e dimens o similares dos elementos definidores da paisagem o suporte f sico a estrutura e a fun o conside rando o padr o de drenagem a cobertura vegetal e a forma de ocupa o A estrutura entendida como a rela o espacial entre elementos da paisagem fragmen tos corredores e matriz que comp em os componentes bioecol gicos e os geoecol gi cos composto pela hidr
192. igates the vegetation use for treatment of sewage effluents and wa stewater It shows the status of our water bodies and reveals how the natural ecosys tems of wetlands collaborate with maintaining its quality It is observed the main me chanisms that enable systems of treatment and polishing of water through the use of vegetation provide important ecosystem services for human settlements Finally it is pointed out how the use of vegetation in water treatment is capable to create multifunc tional landscapes that perform functions related to recreation environmental educa tion and income generation Keywords Built Wetland Green Infrastructure Urban Metabolism Wastewater Treatment Biomimicry Infrastructure landscape 15 INTRODU O Consumo e servi os ambientais na cidade Segundo dados do Governo do Estado de S o Paulo no Brasil 80 da popula o j vive em reas urbanas SVMA 2010 p 14 No entanto apesar da consolida o do h bitat urbano o adensamento populacional n o foi acompanhado da necess ria expans o das redes de infraestrutura e servi os Isso amplifica os efeitos negativos que decorrem do fato de que as nossas cidades sob o ponto de vista ecol gico s o ecossistemas incompletos conforme explica FRANCO A cidade bem como seu sentido ampliado para a rea metropolitana pode ser classificado na vis o ecol gica com um sistema incompleto ou heterotr fico dependen te de grandes reas exte
193. il 2012 Bras lia ANA 2012 Dispon vel em lt http www ana gov br bibliotecavirtual arquivos 20120625164216 Panorama Portugues Final pdf gt Aces sado em 30 de dezembro de 2012 CHARMAN Karen A Sewer becomes a Water Park 2003 Dispon vel em lt http www yesmagazine org issues whose water karen charman a sewer becomes a wa ter park gt Acessado em 18 de mar o de 2013 COELHO Teixeira A Cultura e o seu contr rio S o Paulo Iluminuras Ita Cultural 2008 CONSELHO DE AVALIA O ECOSSIST MICA DO MIL NIO Ecossistemas e bem estar humano Estrutura para uma avalia o S o Paulo Editora Senac 2005 FERREIRA Jos Carlos MACHADO Jo o Reis Infra estruturas verdes para um futuro urbano sustent vel o contributo da estrutura ecol gica e dos corredores verdes Revista LABVERDE n 1 out 2010 68 90 p FRANCE Robert L Wetland Design Principles and Practices for Landscape Architects and Land Use Planners New York W N Norton 2003 FRANCO Maria de Assun o Ribeiro Desenho Ambiental uma introdu o a Ar quitetura da paisagem com o paradigma ecol gico S o Paulo Annablume FA PESP 1997 Planejamento Ambiental para a Cidade Sus tent vel S o Paulo Annablume FAPESP 2001 HORN Tamara Bianca Integra o de Sistemas Wetlands constru dos Fotooni za o Catal tica no Tratamento de Efluentes de Campus Universit rio 2011 Dis serta o Mestrado em Tecnologia Ambiental Univ
194. ima S o Paulo Editora Anita Garibaldi 256p VIETLER Renate B 2002 M todos Antropol gicos como Ferramenta para Estudos em Etnobiologia e Etnoecologia IN AMOROZO Maria C de M MING Lin C da SILVA Sandra M P M todos de Coleta e An lise de Dados em Etnobiologia Etnoecologia e Disciplinas Correlatas Anais Rio Claro UNESP CNPgq p 12 18 WOHLSEN M 2011 Biopunk DIY Scientists Hack the Software of Life Inglaterra Penguin Group 240 p 158 ARTIGO N 8 REPENSANDO AS ANISTIAS DE USO E OCUPA O DO SOLO EM S O PAULO RETHINKING AMNESTIES OF USE AND OCCUPATION OF LAND IN S O PAULO ROSANE SEGANTIN KEPPKE REPENSANDO AS ANISTIAS DE USO E OCUPA O DO SOLO EM S O PAULO ROSANE SEGANTIN KEPPKE Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo mestre em Administra o P blica pela Funda o Get lio Vargas e especialista em desen volvimento urbano da Prefeitura do Munic pio de S o Paulo Contato rkeppke prefeitura sp gov br RESUMO A regulariza o urban stica um dos fundamentos do Estatuto da Cidade Em S o Paulo esta uma pr tica de gest o centen ria tribut ria do fen meno da urbaniza o desordenada Este artigo exp e seu hist rico de anistias e prop e modelos que incor porem o princ pio da compensa o urbanistico ambiental a fim de que a cidade possa regularizar seus passivos sem preterir a sustentabilidade tornando se
195. implantados Unidade de Conserva o Estadual Hidrografia DD Parques naturais 2 gt Represa per TJ Umite municipal e influ ncia 1000m Reges Area de influ ncia EE 1200m Parque urbano municipal Parque urbano estadual Parque de bairro E Parque de barro i Parque de vizinhan a E Parque regional Parque de setorial BH Parque setorial Parque de regional Forte Basa cadogr fica digital PMSP 2012 Cartogeifia Gedg Msc Giorgia Limnins 2013 Parques em abms bu planmados Mapa 3 Parques urbanos reas de influ ncia e situa o pretendida para o munic pio de S o Paulo 187 Assim a an lise espacial reflete uma pol tica territorial ca tica onde a funcionalidade das tipologias de parque vem sendo pouco considerada na cria o de parques ur banos Vemos tamb m que as reas onde ainda o potencial ecol gico importante como na zona leste norte e sul as pol ticas n o tem priorizado a cria o de parques urbanos tirando partido dos remanescentes da cobertura vegetal original que ainda poss vel observar nestas regi es Diante destas an lises sugerimos como propostas Considerar a tripla fun o ecol gica lazer e est tica na cria o de novos parques urbanos Priorizar parques regionais e setoriais nas regi es com maiores fragmentos de Mata Atl ntica Adequar a pol tica de fluxos e transportes p blicos considerando a exist ncia de parques como equipame
196. independentes dos contextos ambientais locais Torres de vidro aut nticos coletores solares absorvem e armazenam quanti dades as vezes absurdas de calor e demandam o aporte de grandes quantidades de energia el trica para retirar este calor excessivo Em regi es de clima tropical estas solu es se mostram incoerentes e em muitos casos absurdas certo que a tecnologia dos equipamentos de ar condicionado conheceu uma evolu o mpar nestas ltimas d cadas e demonstram a capacidade em desenvolver equipamentos eficientes e econ micos em termos de consumo de energia O mesmo verdade para ind stria ligada ilumina o artificial assim com quela dos materiais e componentes da constru o civil As recentes certifica es e selos verdes aceleram a busca de so lu es t cnicas que busquem a efici ncia energ tica das edifica es principalmente as comerciais consumidoras vorazes de energia Timidamente no final do s culo XIX experimentos com energia solar acabaram sobre pujados pela exist ncia e explora o de energias altamente eficientes e rent veis provenientes de fontes de alto rendimento baratas e abundantes que se acreditavam mais do que suficientes para as necessidades da poca Este pensar alimentado por um esp rito de otimismo herdado do positivismo fez acreditar no dom nio total da natu reza e no controle absoluto do homem sobre o seu meio originando uma situa o para a arquitetura do s
197. ingos na maior feira livre da cidade na poca como tamb m na poca das elei es no grande palco para os tradicionais com cios dos pol ticos A antiga Pra a Roosevelt pode ser considerada uma rea residual resultado do longo processo de desapropria es Pra a sem nunca ter sido uma pra a esta rea cortada no final dos anos 60 para dar passagem ao sistema vi rio Leste Oeste Esta proposta de liga o vi ria foi muito discutida dentro dos rg os respons veis da municipalidade Uma das propostas anterior ao projeto implantado no final dos anos 60 previa a passagem por sistemas elevados com v rias al as de acesso Na verdade tratava se de um mini ce bol o que envolvia toda a Igreja da Consola o criando uma grande quantidade de reas repletas de baixos de viadutos Felizmente este projeto foi descartado e optou se pela abertura de uma grande trincheira passando bem abaixo da cota m dia da antiga pra a Foi s posteriormente a esta decis o vi ria que a administra o municipal resol veu contratar um projeto que fizesse um fechamento desta trincheira procurando rearticular o antigo espa o da pra a e seu entorno O projeto foi contratado junto ao paisagista Roberto Coelho Cardozo e aos arquitetos Ant nio Augusto Antunes Neto e Marcos de Souza Dias todos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Mesmo tendo sido implantado parcialmente o projeto e a obra final apresentavam um pro
198. inter ven es territoriais e sociais e que atrav s de indicadores ambientais podem apontar diretrizes ou respostas s quest es avaliadas e modificadas ILHAS DE CALOR Especial aten o deve ser dada ilhas de calor Fig 5 A urbaniza o impacta nega tivamente o ambiente principalmente pela produ o da polui o pela modifica o das propriedades f sicas e qu micas da atmosfera e pela impermeabiliza o do solo Con siderando o efeito cumulativo de todos estes impactos o que se denomina de ilhas de calor definido como o aumento da temperatura de reas urbanizadas em rela o temperatura mais baixa da paisagem natural Embora o aumento do calor pode se dar em rea rural ou urbana e em toda a escala espacial as cidades s o mais prop cias em fun o de suas superf cies liberarem quantidades grandes de calor De toda forma as ilhas de calor impactam negativamente n o somente os residentes do am biente relacionado mas tamb m a outros ambientes e seus ecossistemas associados http www urbanheatislands com DENSIDADE DEMOGRAFICA E ILHAS DE CALOR Munic pio de S o Paulo com varia o de temperatura de 24 Ca 32 C em 3 9 1999 A regi o central de Sau Paulo dtamente urbanizada apresenta temperaturas mais elevadas Distribui o da vegeta o em SP Temperatura aparente da superf cie Menor Maior Rural Urbano No sul da cidade onde h mata e quase n o existem pr
199. io Pitoresco trazer a natureza para o desenho requer que antes olhemos para a pr pria natureza como um jardim Horace Walpole comentou sobre Bridgman and Kent Ele saltou a cerca e viu que toda a natureza era um jardim Stephen Swit zer Por sua vez afirmou O jardineiro natural far seu desenho se submeter nature za e n o a natureza ao seu desenho Comparemos o esquema de arboriza o para South Brentwood com esta fotografia de Oxford College Park fig 4 e 5 veremos dois modos bem distintos de assimila o do verde na cidade Figura 4 Esquema de plantio regular de arvo Figura 5 Vegeta o em Oxford College Park res para South Brentwood Calthorpe Associates fonte Google Earth fonte The New Urbanism Toward an architec ture of community Se observarmos a forma como a natureza se reapropria dos espa os nos edif cios em ru na telhados e terrenos baldios teremos uma demonstra o de sua for a e resili ncia Ser resilinte uma quest o chave para garantir os servi os ecossist mi 10 PEVSNER Nikolaus Visual Planning and the Picturesque Los Angeles Getty Publications 2010 67 cos sistemas fr geis n o s o confi veis em termo do oferecimento constante des tes servi os sistemas resilientes sim Michael Hough apontou em seu livro Cities and Natural Process como nestes espa os a natureza retoma seu lugar sem a ajuda do homem A esta natureza subversiva dever amos dedicar maior aten
200. ios j come a a ser pauta em reuni es de comunidades de bairro e nas discuss es sobre planos diretores A iniciativa rvores Vivas outra que surgiu e cresceu em associa o com o mo vimento Rios e Ruas devido afinidade de seus criadores e estreita rela o entre 2 http rioseruas wordpress com 29 http www arvoresvivas com br 79 rvores e cursos d gua Promovendo visitas a parques e pra as informa e sensibiliza as pessoas sobre a natureza na cidade e suas rvores Poder amos citar diversas ou tras iniciativas que por exemplo promovem a cria o de hortas urbanas zelam pela conserva o de pra as ou promovem o plantio de mudas atrav s de passeios ciclis ticos Impulsionado pelas novas tecnologias de informa o e organiza o em redes o ac mulo destas experi ncias pode tornar uma cidade grande como S o Paulo uma refer ncia em movimentos ambientais urbanos Por contraste duas imagens v o se informando mutuamente a da cidade que temos e a da cidade que desejamos realimentando nossa ideia de cidade boa Esse desejo pode funcionar como a mola propulsora de um movimento participativo cultural e eco l gico por uma cidade mais verde e acolhedora para todos Ainda que Cristophe Girot aponte o Pitoresco como antecipa o de uma compreen s o est tica da paisagem o estudo de Pevsner parece sugerir justamente o contr rio Sua vis o antecipa o uso do movimento na representa o da p
201. ipal na frente da sede Seu entorno agrega bairros de comunidades tradicionais como Quilombo e Ilha Diana Figura 4 Sede do Pro jeto Parcel Fonte Maira Begalli em 12 07 2012 154 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 O Ponto de Cultura Esta o da Cidadania e Cultura possui boa infraestrutura com sanit rios gua energia el trica internet e duas salas de aulas amplas al m de um audit rio externo hoje subutilizado figura 5 Na poca da pesquisa possu a conv nio de tr s anos 2009 2012 estabelecido por meio do Edital de Pontos de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado de S o Paulo SEC atrav s do qual recebia o valor de R 60 mil anuais O Projeto Parcel agrega boa infraestrutura com internet sanit rios gua e luz Como a Esta o da Cidadania e Cultura na poca da pesquisa contava com um conv nio semelhante ao da SEC recebendo o valor de R 60 mil aunais entre os anos de 2009 e 2012 Tamb m recebe aux lio mensal da Prefeitura Municipal de Santos com subs dios para gua energia el trica e internet Foi contemplado no edital Sala Verde figura 6 na gest o da Ministra do Meio Ambiente Marina Sil va 2003 2008 recebendo amplo acervo bibliogr fico sobre tem ticas ambientais Atualmente trabalha com projetos de artesanato educa o ambiental e gastronomia regional N o possui oficinas ou a es direcionadas apropria o cr tica de tecno logias seja par
202. iro para visita o e produ o de mudas a partir de sementes coletadas na rea Nas instala es do parque as t cnicas para baixo impacto ambiental incluem ven tla o cruzada brises na face mais ensolarada estrutura em madeira laminada pr moldada para redu o das obras no local racionaliza o do uso da gua com equipamentos de baixo consumo e automa o reuso de gua de lavat rios para as descargas sanit rias tratamento de esgoto sanit rio com fossa filtros e alagados constru dos e o equacionamento da coleta pluvial ora com garantia de permeabilidade do solo ora com reten o para uso nos vasos sanit rios A ilumina o em locais distantes da rede el trica ser atrav s de placas solares ou com gera o de energia e lica O aquecimento da gua dos vesti rios ser por placas solares complementada por energia a g s se necess rio Para acessar o Plano Diretor http Awww ambiente sp gov br wp parquetizo plano diretor 262 1 EQUIPE T CNICA Coordena o geral da equipe t cnica PATR CIA AKINAGA arquiteta paisagista e urbanista Gest o do Parque Tizo Secretaria de Estado do Meio Ambiente SMA DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM DPP HELENA CARRASCOSA VON GLEHN engenheira agr noma Diretora ANA L CIA P DE FARIA BURJATO arquiteta paisagista e urbanista ARNALDO RENTES arquiteto paisagista e urbanista CETESB PAULO TAKANORI KATAYAMA engenheiro civil Plano e Projeto paisag
203. is em www prefeitura sp gov br acesso em 17 09 2012 S O PAULO Estado 2006 Lei estadual n 12 233 de 16 de janeiro de 2006 Define a rea de Prote o e Recupera o dos Mananciais da Bacia Hidrogr fica do Guarapi ranga e d outras provid ncias correlatas Dispon vel em http www sigam ambiente sp gov br sigam2 Repositorio 259 Documentos 12233 pdf acesso em 17 09 2012 S O PAULO Estado 2009 Lei estadual 13579 de 13 de julho de 2009 Define a rea de Prote o e Recupera o dos Mananciais da Bacia Hidrogr fica do Reserva t rio Billings APRM B e d outras provid ncias correlatas Dispon vel em http www ambiente sp gov br legislacao estadual leis 2009 lei 13579 pdf acesso em 17 09 2012 SILVA R T 2002 S o Paulo Instrumentos de Planejamento Metropolitano e Ges t o Integrada de Recursos H dricos dispon vel em http www fau usp br docentes deptecnologia r toledo 3textos SP gestao integrada R2F pdf acesso em 17 09 2012 VISCUSI W VERNON J HARRINGTON JR E 1995 Economics of regulation and antitrust Second edition Massachusets Institute of Technology WILSON J KELLING G 1982 Broken Windows the police and the neighborhood safety The Atlantic Monthly mar 1982 Dispon vel em lt http www theatlantic com magazine archive 1982 03 broken windows 4465 gt Acesso em 31 10 2012 171 ARTIGO N 9 PARQUES URBANOS NO MUNIC PIO DE S O PAULO SP BRASIL ESPACIALIZA O E DEMAND
204. istina Adensamento e forma urbana inser o de par metros am bientais no processo de projeto Tese Doutorado Faculdade de Arquitetura e Urba nismo da Universidade de S o Paulo FAUUSP S o Paulo 2010 PELLEGRINO P R M GUEDES P P PIRILO F C FERNANDES S A Paisagem da borda uma estrat gia para a condu o das guas da biodiversidade e das pesso as In Costa Lucia M S A Org Rios e paisagem urbana em cidades brasileiras 1ed Rio de Janeiro Viana amp Mosley Editora Editora PROURB 2006 v 1 p 57 76 SANCHES P M De reas degradadas a espa os vegetados potencialidades de re as vazias abandonadas e subutilizadas como parte da infra estutura verde urbana Disserta o de mestrado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo S o Paulo 2011 S O PAULO Cidade SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE 214 Invent rio da Fauna do Munic pio de S o Paulo 2010 Dispon vel em http www prefeitura sp gov br cidade secretarias meio ambiente publicacoes svma index php p 4162 Acesso em 15 10 2010 S O PAULO Cidade SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIEN TE Manual t cnico de arboriza o urbana S o Paulo SVMA 2005 Dispon vel em http Awnww prefeitura sp gov br cidade secretarias meio ambiente publicacoes svma index php p 3351 Acesso em 15 10 2010 SHINZATO P O impacto da vegeta o nos microclimas urbanos Disserta o de mestrad
205. ividades que utilizam gua pot vel poderia ser feita com gua de reuso ou com gua da chuva Portanto pode se obter consider vel economia de gua com medidas simples e tecnologia j desenvolvida O abastecimento de gua O Brasil um pa s privilegiado no que diz respeito quantidade de gua pot vel que pos sui sua disposi o Ainda que ocupe 5 7 das terras do planeta tem em seu territ rio nada menos do que 12 de toda a gua pot vel do mundo VAN KAICK 2002 p 35 E 53 da produ o de gua doce do continente sul americano REBOU AS 2006 p 27 Tentou se confrontar esses dados com o conceito de pegada h drica desenvolvido pela WWF mas o documen to aqui referenciado n o apresenta dados concretos sobre a pegada h drica de S o Paulo No entanto o estudo confirma a dificuldade de se trabalhar com a quest o da disponibilidade de gua doce A Pegada H drica acom panha somente a demanda humana por gua doce e n o a demanda de ecossistemas como um todo Depende de dados locais frequentemente indispon veis ou de dif cil coleta Sofre de poss veis erros de truncamento N o existem estudos sobre incertezas de dados embora as incertezas sejam significantes WWF 2012 p 43 44 20 No entanto se h motivos para alegria h tamb m motivos para lamenta o no Brasil perde se algo entre 37 e 42 da gua pot vel no processo de distribui o segundo dado divulgado em setembro de 2011 pelo Si
206. jet rias aparentes do sol e a condicionantes t rmicas Croqui do autor Fonte http greenlineblog com solarsiedlung by rolf disch Na Alemanha desde as ltimas d cadas do s culo XX os projetos do arquiteto Rolf Dish eminentemente solares revelam transforma es que ultrapassam os limites da arquitetura Incentivados e apoiados por legisla es que contemplam a energia solar na matriz energ tica nacional apresentam solu es explicitamente concebidas para o 49 aproveitamento total desta energia por meio de solu es passivas e ativas completa mente integradas e n o disfar adas no desenho dos edif cios Nos pr dios do Solasie dlung Bairro solar por exemplo os pain is fotovoltaicos s o a cobertura das unidades habitacionais e n o sobrepostos sobre um telhado convencional Figura 1 O desenho dos edif cios acompanha os princ pios fundamentais de uma arquitetura bioclim tica com solu es solares passivas criando edif cios sui generis Mas al m do desenho de cada unidade h um desenho urbano que rege a disposi o dos edif cios derivado da decis o de aproveitamento m ximo da energia solar obediente geometria das traje t rias do sol para a latitude local A exposi o ao sol garantida a todas as unidades tanto para o correto funcionamento das solu es arquitet nicas passivas como para a produ o de eletricidade pelos pain is fotovoltaicos A realiza o deste projeto evi dencia t
207. jo para a o desenvolvimento de atividades agr colas liberam grandes quantidades de CO2 na atmosfera contribuindo com a amplifica o das mudan as clim ticas O relat rio Ecossistemas e bem estar humano estrutura para uma avalia o das Na es Unidas ressalta os benef cios obtidos com a regula o dos processos dos ecossistemas entre eles a purifica o da gua e o tratamento de refugos Os ecossistemas podem ser uma fonte de impurezas na gua doce mas tamb m podem ajudar a filtrar e decompor re fugos org nicos introduzidos em guas interiores e ecossistemas litor neos e marinhos CONSELHO DE AVALIA O ECOSSIST MICA DO MIL NIO 2005 p 107 A recente proposta do novo C digo Florestal de se retirar a prote o aos mangues e aos apicuns deixa claro que as li es quanto import ncia de se preservar os ecos sistemas alagados ainda n o foram plenamente compreendidas Paradoxalmente o entendimento acerca do funcionamento desses ecossistemas tem evolu do a passos largos consolidando se na arquitetura paisag stica nas engenharias civil e ambiental e na permacultura por meio de tipologias construtivas que mimetizam zonas midas e que s o vers teis o suficiente para serem aplicadas tanto na escala do lote residencial quanto na escala do planejamento urbano A VEGETA O COMO TECNOLOGIA PARA A PURIFICA O DA GUA e 6 Tratamento de gua por zona de ra zes wetlands constru d
208. l trica assim como abrem portas para que ar quitetos urbanistas e projetistas reformulem seus projetos de maneira a captar a maior quantidade de radia o poss vel Sim porque a priori toda constru o na superf cie da Terra solar Esta declara o bomb stica n o exagero mas uma simples constata o pois de fato as edifica es recebem radia o direta indireta refletida ou difusa em sua envolt ria durante o per odo diurno com intensidade vari vel de acordo com a latitude e com as condi es meteorol gicas locais A quantidade de radia o recebida pela edifica o depende principalmente das orienta es e inclina es dos planos que formam a envolt ria da edifica o Portanto uma pergunta fundamental emerge desta considera o a saber se a ado o desta forma de energia trar modifica es na forma dos edif cios e no desenho urbano vindo a transformar a paisagem das cidades Para responder a estas quest es que envolvem a ado o da energia solar como fonte de energia e o aproveitamento da energia solar na arquitetura ou pela arquitetura o assunto deve ser abordado num contexto mais amplo tentando identificar e englobar um grande n mero de aspectos que a envolvem Ao lado das quest es t cnicas e construtivas que remetem a exequibilidade de uma edifica o arquitetos e urbanistas devem lidar com outras realidades outras circunst ncias que estabelecem um rol de aspectos vari veis e par met
209. lantas Nesse sentido o Instituto Socioam biental INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL 2008 recomenda as seguintes a es para a amplia o da prote o biodiversidade amplia o e manuten o das reas efeti vamente protegidas fiscaliza o das reas preservadas manejo da biodiversidade e apoio pesquisa para diminui o de lacunas de conhecimento Penhalber et al 2004 mencionam a depend ncia entre a fauna e a flora Segundo os autores a fauna silvestre de suma import ncia para a sobreviv ncia das esp 4 Dispon vel em http biodiversidade prefeitura sp gov br FormsPublic p04Flora aspx 136 cies vegetais e vice versa sendo que a qualidade do verde depende da manuten o da fauna Abordar o papel da vegeta o na cidade a partir dos benef cios fornecidos aos seres humanos pode ser considerado uma vis o antropoc ntrica caso uma perspectiva mais abrangente na gest o dos recursos n o seja analisada De acordo com Lima 1996 a nossa rela o com a natureza necessita mudan as N o apenas o bem estar humano importante mas igualmente a utiliza o dos recursos em ritmos e escalas nas quais se propiciem condi es temporais e espaciais para uma regenera o da pr pria na tureza LIMA 1996 CUSTOS DESVANTAGENS OU INCONVENIENTES ASSOCIADOS VEGETA O URBANA A presen a da vegeta o em meio urbano proporciona diversos benef cios socioam bientais aos habitantes da cidade como mencionado nos i
210. lian Aparecida Ducci Rizia Sales Carneiro Colaboradores Antonio Franco Lilian Dazzi Braga Oscar Utescher Ram n Stock Bonzi Diagrama o Rizia Sales Carneiro Desenvolvimento de Web Edson Moura Web FAU Rizia Sales Carneiro SUM RIO 008 014 039 058 084 106 123 1 EDITORIAL MARIA DE ASSUN O RIBEIRO FRANCO 2 ARTIGOS ARTIGO 1 PAISAGEM COMO INFRAESTRUTURA DE TRATAMENTO DAS GUAS URBANAS LANDSCAPE AS INFRASTRUCTURE FOR URBAN WATER TREATMENT BONZI RAM N STOCK ARTIGO 2 ARQUITETURA E ENERGIA SOLAR H ALGO DE NOVO ARCHITECTURE AND SOLAR ENERGY IS THERE SOMETHING NEW FRETIN DOMINIQUE ARTIGO 3 FORMA E FLUXO A NATUREZA NA CIDADE EM DUAS TEND NCIAS SHAPE AND FLOW NATURE IN THE CITY ON TWO TRENDS LOTUFO Jos OT vIO ARTIGO 4 ESPACOS CEMITERIAIS E SUAS CONTRIBUI ES PARA A PAISAGEM E MEIO AMBIENTE URBANOS CEMETERIAL SPACES AND THEIR CONTRIBUTIONS TO THE LANDSCAPE AND URBAN ENVIRONMENT SANTOS ALINE SILVA ARTIGO 5 REFLEX O SOBRE A NATUREZA DO PROJETO REFLECTION ON THE PROJECT NATURE LIMA PATR CIA HELEN ARTIGO 6 VEGETA O EM REAS URBANAS BENEF CIOS E CUSTOS ASSOCIADOS VEGETATION IN URBAN AREAS BENEFITS AND ASSOCIATED COSTS FERREIRA LUCIANA SCHWANDNER 144 159 172 190 219 237 248 254 ARTIGO 7 AVALIA O DO POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO DE FUTUROS LABORA T RIOS EXPERIMENTAIS COMO C LULAS DE CO MANEJO NOS PONTOS DE CULTURA DO MUNC
211. lo 2008 ocorrida em dezembro do mesmo ano na cidade de S o Paulo com o apoio da Prefeitura e de uma serie de institui es de pesquisa Este grande projeto interdisciplinar consistiu em uma proposta de interven o no am biente constru do visando o adensamento populacional e construtivo sob a perspec tiva do desempenho ambiental Por meio da requalifica o do espa o urbano do 3 Urban Age http Isecities net ua conferences 2008 sao paulo 195 uso eficiente da infraestrutura da reabilita o tecnol gica de edif cios existentes e da inser o de novos edif cios prop e se atingir a meta de 2 500 pessoas hectare GONCALVES et al 2011 2 ESTUDO DE CASO A REA DA LUZ S O PAULO De acordo com os dados do Atlas Ambiental de S o Paulo SMVA 2000 48 do territ rio do munic pio de S o Paulo s o carentes em arboriza o e reas verdes As reas mais deficit rias segundo SVMAY situam se nas Administra es Regionais de Aricanduva Vila Formosa Itaim Paulista e Vila Prudente Zona Leste Cidade Ademar e Jabaquara Zona Sul Casa Verde Vila Maria Vila Guilherme Zona Norte e S e Mooca Zona Central importante destacar que os distritos que comp em a Zona Central de S o Paulo apresentam as menores quantidades de cobertura vegetal por habitante na S distrito onde se localiza a rea da Luz tem se 0 21 m hab na Rep blica 0 24 m hab na Bela Vista 0 11 m hab sendo que no distrito de Santa Ce
212. m lt http Anww docidadesp imprensaoficial com br NavegaEdicao aspx Clipld B5JIHJQ3KRD1Ne8002059LBOLGO gt Acesso em 12 Abril 2013 17 BOYD Clark HUGH JONES Rob Empresa holandesa retira implantes de metal retirados de corpos cre mados BBC 22 Feb 2012 Dispon vel em lt http www bbc co uk portuguese noticias 2012 02 120221 im plantes cremacao mv rs shtml gt Acesso em 02 Abril 2013 102 Existem casos em que os lucros gerados por este tipo de iniciativa ainda retornam em prol de institui es sociais A empresa holandesa OrthoMetals por exemplo retorna parte do lucro que obt m para o cremat rio com a finalidade que o mesmo invista em projetos beneficentes CONSIDERA ES FINAIS Os espa os cemiteriais carregam em si potenciais de contribui o negativa e positiva na paisagem urbana Tudo depende da forma como ser o abordados e planejados Se n o houver preocupa o nos estudos de viabilidade ambiental para implanta o e projetos que sejam integradores com a cidade acabam por se tornar equipamentos desconexos no meio urbano potenciais focos de polui o e criadores de paisagens com baixa qualidade Este o caso de in meros cemit rios existentes no Brasil prin cipalmente de car ter p blico muitos foram constru dos em terrenos preteridos pelo poder p blico de car ter inadequado para o sepultamento sem preocupa o paisa g stica e ainda sofrem com baixa manuten o No entanto se houver u
213. ma preocupa o de planejamento ambiental e estes espa os forem pensados como verdadeiros integrantes de um sistema ecol gico urbano den tro de uma l gica de preserva o e conserva o podem se tornar elementos signifi cativos nas cidades Al m disso por serem equipamentos produtores de expressiva quantidade de res duos o interesse na busca e aplica o de novas tecnologias s o bem vindas no sentido de colaborar para que possa haver redu o residual e reciclagem dos elementos poss veis Enfim para muitos a morte pode soar como algo inc modo um tabu mas no entanto as atitudes perante a mesma e seus respectivos lugares impactam diretamente na paisagem e meio ambiente urbanos sendo portanto um tema que deve ser colocado em pauta quando da discuss o para a constru o de cidades mais sustent veis 18 ORTHOMETALS Dispon vel em lt http www orthometals com gt Acesso em 17 Abril 2013 103 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARIES Phillippe Hist ria da Morte no ocidente Rio de Janeiro Francisco Alves 1977 O Homem diante da Morte Rio de Janeiro Francisco Alves 1981 Vol 02 CETESB Norma T cnica L1 040 1999 CONAMA Resolu o n 335 de 3 de abril de 2003 Resolu o n 368 de 28 de mar o de 2006 Resolu o n 402 de 18 de novembro de 2008 COSTA Lucio Relat rio do Plano Piloto de Bras lia GDF Bras lia ArPDF CODE PLAN DePHA 1991 item 19 CYMBALISTA Renato Cidade dos Vivos S
214. mbina o de estudos anal ticos apoiados por simula es computacionais que avaliaram diferentes par metros de ventila o urbana conforto t rmico ac stico e luminoso al m de quest es de acessibilidade e seguran a A avalia o de desempenho ambiental como parte do processo de desenho urbano mostrou se uma importante ferramenta na discuss o sobre o tema das cidades mais compactas e com melhor qualidade de vida observada no in cio da d cada de 1990 199 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Junho de 2013 em diferentes contextos urbanos do cen rio internacional fornecendo par metros fundamentais para a tomada de decis o sobre a tipologia e arranjo espacial das novas edifica es projetadas sobre a cidade existente MIANA 2010 Nas duas op es de adensamento a repeti o do padr o urban stico permitiu a cria o de diversas reas verdes na escala da quadra mais favor veis ao microclima urbano e ao conforto do pedestre do que uma nica rea verde de dimens es que v o al m daquelas da quadra urbana A esse respeito importante considerar que o efeito da vegeta o local e n o influencia significativamente reas muito al m dos limites das reas verdes SHINZATO 2009 Por decis o metodol gica estrat gica a elabora o de objetivos e diretrizes para os espa os livres e reas verdes abordada nesta parte do trabalho foi realizada para a tipologia que prop e a ocupa o no per metro da q
215. mblem tico provavelmente o Baima Canal na cidade chinesa de Fuzhou Em 2002 o canal de 600 metros de extens o recebia 2840m3 de esgoto bruto por dia Em apenas um ano com a instala o das ilhas flutuantes o canal ficou irreconhec vel de um local extremamente degradado converteu se em uma paisa gem desfrutada pela popula o abrigando 10 mil carpas e 100 mil plantas Figura 5 E o esgotamento de 12 mil pessoas continua sendo feito no local com tratamento realizado a um custo estimado U 10 d lares pessoa ano ao inv s dos 80 d lares do tratamento convencional Figura 6 Baima Canal Antes e depois Fonte John Todd Ecological Design A vegeta o a ser usada no tratamento de gua por vegeta o devem ter algumas caracter sticas e tolerar reas permanentemente saturadas ou submersas e ter aer nquimas bem desenvolvidas possuir ra zes em forma de cabeleira serem preferencialmente nativas da regi o O uso de ex ticas deve ser criterioso j que muitas delas podem se tornar uma praga 29 oA Avtinn n m4 linha da 9112 Eno Artigo n 07 Junho de 2013 OUTRAS TECNOLOGIAS DA NATUREZA PARA O TRATAMENTO DE GUA Al m do uso de plantas outros elementos naturais geralmente associados a elas ajudam na purifica o da gua O solo d suporte para a vegeta o e funciona como uma camada filtrante que possibilita a es de sor o e a atividade microbiol gica que mineraliza a mat ria o
216. mo uma linha importante de combate se n o a nica para as pessoas que se preocupam com a cidade REM KOOLHAAS 1989 Hoje para projetar preciso descobrir elementos com os quais se possam criar no vas formas para a condi o urbana preocupando se com a an lise da situa o do local para determinar a condi o ambiental do territ rio em receber uma interven o Controlar o sistema de espa os vazios entendendo a paisagem surgir uma nova 117 concep o de cidade definida por seus espa os vazios ou espa os verdes trazendo ao projeto a ess ncia do contexto ambiental Se compreendermos que o projeto manifesta a inten o humana e se o que fazemos com nossas m os deve ser sagrado e honrar a terra que nos d vida ent o as coisas que fazemos n o devem apenas erguer se do ch o mas retornar a ele o solo voltar ao solo a gua voltar gua de modo que todas as coisas recebidas da terra possam ser livremente restitu das sem 3 causar dano a qualquer sistema vivo Isso ecologia Isso um bom projeto WILLIAM MCDONOUGH 1993 Tadao Ando 1991 reconhece que a arquitetura cria uma nova paisagem e por isso tem a responsabilidade de ressaltar as caracteristicas particulares de um determinado lugar e afirma que a finalidade da arquitetura basicamente a constru o do lugar Essa leitura entre a paisagem e a constru o leva a uma reflex o sobre a possibilida de de trabalhar diferentes escalas enquanto
217. mogr ficas neste ponto que detectamos o surgimento de parques muitas vezes pequenos em extens o no entanto profundamente necess rios para proporcionar melhor qualidade de vida aos paulistanos Esta realidade vem desde a d cada de 1970 e se estende aos dias de hoje quando h um grande esfor o das pol ticas p blicas em ampliar o n mero de parques na cidade Momento em que o poder p blico municipal investe na cria o inclusive dos chamados Parques Lineares buscando ao mesmo tempo ampliar a rea verde municipal melhorar a qualidade de vida da po pula o e evitar problemas com o escoamento da gua em poca de chuvas e conter o risco socioambiental da ocupa o das margens de c rregos urbanos ISA 2008 Recuperar fundos de vales dos rios e c rregos da cidade por meio da implanta o de reas de lazer saneamento e limpeza dos rios Este o objetivo primeiro dos chamados Parques Lineares Sua implanta o determinada pelo Plano Diretor da Cidade 2004 propiciar a conserva o das reas de Prote o Permanente APPs 178 institu das pelo Novo C digo Florestal Lei Federal n 12 651 2012 que margeiam os cursos d gua e minimizar os efeitos negativos das enchentes que assolam S o Paulo ISA 2008 BANDEIRA DA QUALIDADE DE VIDA O PROGRAMA 100 PARQUES N o novidade a afirma o de que a expans o da periferia urbana um indicador do afluxo de pessoas de mais baixa renda em loteamentos irregulare
218. n o s o desenvolvi das no presente trabalho que procura mostrar principalmente como estes espa os podem se comportar de forma a criar paisagens agrad veis ao ser humano e ao mes mo tempo colaborar para a sustentabilidade urbana no sentido de que a din mica da morte colabore com espa os que estejam articulados de forma positiva ao sistema ecol gico urbano IMPACTOS AMBIENTAIS E REGULAMENTA ES Os cemit rios em sua disposi o horizontal s o espa os pass veis de contamina o Se n o forem planejados e executados de forma eficiente podem incorrer em preju zos de diversas ordens para a regi o em que se inserem Ap s a cess o das atividades vitais os corpos passam por um processo de putrefa o onde h a decomposi o da mat ria org nica e possui uma s rie de etapas das quais se destaca a coliquativa onde incorrem maiores perigos ao meio ambiente pela libera o do necrochorume que pode chegar a contaminar os aqu feros fre ti cos PACHECO 2012 O necrochorume consiste em uma solu o aquosa rica em sais minerais e subst ncias org nicas degrad veis de cor castanho acinzentada mais viscosa que a gua polimeriz vel de odor forte e pronunciado com grau va riado de toxicidade e patogenicidade CETESB 1999 Dentre suas subst ncias componentes est o a putrescina e a cadaverina que s o altamente t xicas e podem transmitir doen as como hepatite e poliomielite ROMANO MESSIAS 2007 Se gundo
219. n o teve recep o un nime sofreu resist ncia por parte de um sindi cato da cidade que alegava ser doentia e insultante esta atitude de se utilizar de um processo relacionado morte para uma atividade de lazer No entanto a iniciativa teve o apoio da maioria da popula o e seguiu se o projeto Desta forma ressalta se que tais iniciativas demandam certa sensibilidade e esfor o no esclarecimento de informa es para a comunidade em que ser o instaladas Resomation Bio crema o Diferentemente da forma tradicional de crema o que utiliza a queima para a acele ra o do processo de decomposi o natural dos corpos o Resomation um sistema que consiste na utiliza o da hidr lise alcalina para este fim Tal processo j se encontra vi vel por meio de equipamentos produzidos em escala industrial e j utilizado nos Estados Unidos No entanto um procedimento novo de destina o dos corpos que precisa ser inclu do nas legisla es da localidade onde ser colocado em pr tica Nos Estados Unidos por exemplo foram necess rios dois anos de aprova es para que houvesse altera o da legisla o que agora passou a 14 EDITORIAL DEPARTMENT BBC NEWS Reddict crematorium pool heating wins green award BBC News Hereford amp Worcester Inglaterra 07 Feb 2011 Disponivel em lt http www bbc co uk news uk england he reford worcester 13372702 gt Acesso em 02 Abril 2013 100 considerar a
220. ncia ou as fracas articula es e parcerias entre os diferentes rg os p blicos respons veis pela gest o da cidade assim como entre o poder p blico e as institui es de pesquisa ONG s sociedade civil e iniciativa privadas desperdi ando oportunidades valiosas de se colocarem em pr tica novas teorias urban sticas e paisagisticas de trocar experi ncias e obter maior participa o e envolvimento da comunidade nas decis es pol ticas e rumos das cidades Neste contexto a presente pesquisa prop e diretrizes de projeto para a implanta o de novas reas verdes na rea da Luz no bairro de Santa Efigenia centro da cida de de S o Paulo A partir do estabelecimento de quatro objetivos principais a serem alcan ados com a interven o foram definidas diretrizes de projeto que seguem as premissas da infraestrutura verde As fun es das novas reas verdes e sua distribui o espacial foram definidas a partir dos conceitos de infraestrutura verde e aplicadas aos novos espa os livres resultantes de uma proposta de adensamento urbano com qualidade ambiental com foco na rea da Luz no bairro de Santa Efigenia em S o Paulo da qual esta pesquisa fez parte Esta proposta insere se em um projeto de pesquisa piloto desenvolvido pelo Laborat rio de Conforto Ambiental e Efici ncia Energ tica Labaut da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo e apresentado na confer ncia internacional Urban Age S o Pau
221. nd strias terminais de ni bus hospitais e bairros planejados atuando tamb m na rea de pai sagismo deles o projeto executivo e acompanhamento t cnico da nova Pra a Roosevelt Nova Pra a Roosevelt Equipe T cnica Projeto B sico EMURB SP Urbanismo Projeto Executivo de arquitetura e acompanhamento t cnico da obra Borelli amp Merigo arquitetura amp urbanismo Projeto Executivo de Paisagismo Arg Fabricio Sbruzzi Projeto Executivo de Estruturas pice Engenharia de Projetos Projeto Executivo de Luminot cnica Franco Associados Lighting Design Projeto Executivo de Impermeabiliza o Proassp 1 Entrevista conduzida por Ram n Stock Bonzi 248 Projeto Executivo de Instala es El tricas Eng Jos Alves Projeto Executivo de Instala es Hidr ulicas HCM Servi os de Estudos e Planejamento Projeto de Climatiza o Teknika Fiscaliza o de Projetos SP Urbanismo SP Obras Fiscaliza o da Obra SP Obras Constru o Cons rcio Paulitec Cil 1 LABVERDE A antiga Pra a Roosevelt era considerada um s mbolo da degrada o do centro de S o Paulo Na avalia o de voc s por que ela estava abandonada falta de gest o erro de projeto BORELLI amp MERIGO importante entender a degrada o da Pra a Roosevelt dentro do contexto da deteriora o do centro de S o Paulo Seus espa os p blicos foram gra dativamente abandonados pela popula o que via o centro como loc
222. necessidade de restabelecermos nossa liga o com a natureza 2 Ver tese de Luciana Schenk Arquitetura da paisagem entre o pinturesco Olmsted e o Moderno 3 CULLEN G Paisagem Urbana S oPaulo Martins Fontes 1983 62 Pevsner produziu uma s rie de textos nos anos 40 e 50 no contexto da cr tica produ o urban stica da primeira metade do s culo XX Mais tarde estes textos seriam reu nidos e publicados por Mathew Aitchison no livro Visual Planning and the Picturesque Situado na g nese do pensamento organicista da arquitetura e urbanismo que fez importante contraponto ao pensamento racionalista foi tamb m fundamental pela re lev ncia que d ao modo como o espa o percebido por quem nele habita e circula Muito al m dos aspectos pr ticos e funcionais da escala humana estes abordados pelo New Urbanism traz uma dimens o fenomenol gica que lhe escapa No s culo XVIII a dial tica entre natureza e civiliza o se expressou na defesa do Pitoresco na paisagem dos jardins N o mais a simetria a regularidade os desenhos geom tricos a previsibilidade e a poda artificiosa mas uma ordem complexa e assi m trica do acaso do inesperado e da surpresa enfim dos fen menos da natureza passou a ser a refer ncia est tica Esta vis o mais sens vel natureza se opunha de car ter mais racional Cada um destes partidos est ticos se alinhava ao vi s intelectual de dois importantes pa ses pro tagonista
223. nfelizmente n o ocorreu ou n o ocorre 10 LABVERDE Voc ficou surpreso com a apropria o do espa o por parte dos skatistas Ali s o skate foi recentemente limitado a um pequen ssimo setor REIS N o fiquei surpreso com os skatistas e nem com o sucesso do espa o dentro de outras comunidades que procuram utiliz lo neste curto tempo de exist ncia natural que um novo espa o dentro de uma rea carente de reas abertas seja um novo ponto de atra o principalmente na nossa poca de comunidades ligadas internet O projeto original n o contemplava espa os espec ficos para skatistas ou outros grupos o projeto tinha como princ pio simplesmente a abertura de um novo espa o de conv vio com a menor manuten o poss vel para a administra o Poder amos ter desenvolvido um projeto com apelos est ticos tecnol gicos e at mesmo com as louv veis justificativas de sustentabilidade nos moldes de exemplos estrangeiros mas conhecendo a fundo as limita es da administra o optamos pela simplicidade que infelizmente para alguns sig nifica falta de criatividade Com rela o ao skate ele n o foi proibido mas foi estabelecida uma forma de gest o do espa o que procure garantir a perman ncia de outras pessoas como crian as velhos entre outros sem que entrem em conflito com a pr tica do skate e dos skatistas que acabaram se arvorando como os donos do espa o Temos que lem brar que o espa o n o foi pen
224. nferiores 50 7 e 51 8 respectivamente As Regi es Nordeste Centro Oeste e Sul apresentam os maiores percentuais 90 1 79 6 e 77 8 respectivamente No ano de 2008 as Regi es Centro Oeste 88 9 Nordeste 86 4 e Sul 78 8 apresentam os maiores percentu ais de tratamento do esgoto coletado Idem p 126 22 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 O estudo Panorama da Qualidade das Aguas Superficiais 2012 da ANA Ag ncia Nacional de guas apresenta dados em que fica claro como o quadro descrito se materializa em um acentuado grau de degrada o da qualidade das guas urbanas do pa s quando comparado com o panorama geral das guas superficiais do Brasil Figura 2 O estudo informa que enquanto apenas 7 dos 1 988 pontos monitorados apresentaram ndice de qualidade das guas p ssimo ou ruim o n mero salta para 47 quando considerados somente os corpos d gua em reas urbanas Z ZEN GUIANA SURINAME FRANCESE gt COLOMBIA BOLIVIA ndice de Qualidade das Aguas e tima Boa P Regular a asf Ruim P ssima OCEANO ATLANTICO ARGENTINA 1 Regi o Nicrogratica Amaz nica 4Megao Nidrograrca do Pamana 7 Regiao Hivrogranca Atiantce Lesie 10 Regi o icrogranica co Paragua 2 Regi o Hidrogr fica de Tocan int Araguaa 5 Reg Go Hidrogr fica Al ntiso Nordeste Oriental B Regi o Hidrogr fica atl ntcc Sudeste 41 Regi o hidrogr fica do
225. nho da cidade de Dubai cal cado em modelos americana com eixos de circula o monumentais para carros ladeados de edif cios isolados tamb m monumentais esculturais por m com suas fachadas envidra adas totalmente expostas ao sol portanto inabit veis sem o uso de ar condicionado o que implica no consumo enorme de energia para seu funcionamento Segundo Adam Smidt um dos arquitetos respons veis pelo projeto vencedor de con curso para a sede da companhia Masdar Masdar Headquarters n o a forma que 53 muda mas os processos O aspecto formal do conjunto de edif cios remete ao aspec to das cidades isl micas com os volumes bem marcados em prismas retos e os es pa os intermedi rios estreitos sombreados e pr prios para a circula o e ou conv vio de pedestre A vasta cobertura do conjunto com pain is fotovoltaicos assemelha se a um grande pergolado que lembra as ruas cobertas dos souks rabes criando um micro clima prop cio ao desenvolvimento de atividades em todo conforto Os projetos da cidade de Masdar assim como do Masdar Headquarter abrem uma nova vis o sobre o papel e o significado da forma na arquitetura Principalmente sobre como o ambiente constru do reage e interage com o clima neste caso em pleno deserto com o sol O aspecto pl stico formal dos edif cios e da cidade mesmo se abordados sob um ponto de vista funcionalista energ tico ostenta uma apar ncia agrad vel Seus espa o
226. nho urbano n o necessariamente aquelas abstra es te ricas ideologicamente engajadas Atrav s da experi ncia direta do espa o o processo se d tanto nele como naquele que o experimenta trata de nossa conex o com o solo com a vida cotidiana com associa es de pertencimento com o que ocorre na escala humana ao alcance dos sentidos e ao n vel do ch o Para Pevsner a forma org ni ca responde a outros imperativos n o necessariamente econ micos ideol gicos ou tecnicistas A coexist ncia e coopera o entre forma e fluxo est o presentes no rele vo hidrografia e biota e na cidade atrav s das rela es entre diversos tipos de infra estruturas naturais e tecnol gicas Est o tamb m no modo como nos apropriamos do espa o nas diversas atividades cotidianas nas rela es humanas f sicas e afetivas Douglas Spencer tamb m parece propor uma integra o entre forma e fluxo quando deseja ir al m dos interesses neoliberais Sua vertente do Landscape Urbanism se dirige s especificidades concretas de cada territ rio Sem renunciar forma ele a toma como ve culo atrav s do qual contempla cen rios urbanos poss veis evitando tanto as armadilhas do determinismo inflex vel quanto as de uma soltura radical Atra v s da cria o de topografias artificiais o solo se torna um instrumento estruturador de rela es entre fatores ambientais sociais econ micos e culturais A PAISAGEM COMO INFRAESTRUTURA A integra
227. nido pelas Avenidas Ipiranga Rio Branco Duque de Ca xias Rua Mau e Avenida C sper L bero na rea da Luz regi o central de S o Paulo Figura 1 Conjunto edi ficado atualmente exis tente na rea de estudo Bairro da Luz S o Paulo 198 A primeira etapa do projeto constituiu em uma proposta de demoli o de um conjunto de edif cios desocupados degradados fisicamente e com menos de cinco andares para que fosse poss vel o aumento da densidade constru da O resultado apresenta se nas imagens abaixo a figura 1 mostra a situa o atual de ocupa o dos edif cios enquanto a figura 2 apresenta a rea ap s a supress o de alguns edif cios de acordo com os crit rios mencionados acima rd FA N h Zz Figura 2 Mapa com a pro amp posta de supress o da edifi O 4 PY ca o existente ee X em novos espa os livres a serem ocupados por novos edif cios e reas verdes Baseadas numa densidade pr determinada de 25 000 hab Km foram elaboradas duas propostas de desenho urbano a primeira prop e o espa o aberto entre as edi fica es como continuidade da cal ada criando edif cios em forma de l minas ou torres recuadas no interior das quadras a segunda prop e quadras urbanas fecha das por edif cios novos justapostos aos existentes configurando uma ocupa o no per metro das quadras A avalia o do desempenho ambiental das duas tipologias foi realizada atrav s da co
228. nmental protection The land usage is reducing the protective green areas and increasing impermeable areas and paved grounds raising the temperature and causing formation of urban heat islands The infrastructure must work without causing damage and in communion with nature to ensure quality of life We have the challenge of facing the transformations by the re silience to the climate change induced by the land usage as well as demonstrate how architecture plays a leadership role to deal with great environmental issues and survival Keywords Landscape Urban Shape Green Infrastructure heat islands resilience to climate change 108 INTRODU O A natureza envolve v rios sistemas inter relacionados que implica na ado o de um processo sist mico para que se possa compreender e tratar das rela es entre Ho mem e o meio f sico e das intera es existentes entre eles entendendo que Homem e natureza t m uma conex o em suas rela es n o sendo poss vel reduzir um ao outro ao mesmo tempo em que se distinguem se ligam TRES 2010 Nesta perspectiva integradora busca se a qualidade ambiental conciliando a es fera ambiental social e econ mica na organiza o do espa o e a concep o de paisagem ajuda no entendimento de suas conectividades percebendo que a pai sagem reflete as caracter sticas do todo que a comp e Isto leva a implica es sobre as interven es que modificam a paisagem moldada de acordo com as ne cess
229. ntadas iniciativas de incremen to de reas verdes adotadas por cidades de quatro pa ses diferentes R ssia Chile Nig ria e Eti pia os quais se fizeram presentes respectivamente por meio de repre sentantes das cidades de Moscou Santiago Lagos e Adis Abeba todos reunidos com um mesmo objetivo principal a adapta o das cidades s mudan as clim ticas No encontro ficou patente que o plantio de rvores est entre as principais a es de adap ta o das cidades com a finalidade de melhorar a infraestrutura verde e enfrentar o problema das ilhas de calor e do aquecimento global O plantio d se principalmente 220 nos parques pra as nos espa os verdes das vias e na cria o e recupera o de flo restas Al m dessas outras treze cidades t m planos semelhantes referentes cria o ou expans o de cintur es e reas verdes Tendo como exemplo as medidas adotadas por essas quatro cidades do C40 e ap s uma discuss o e reflex o p s encontro esta equipe faz no final deste relato uma conclus o e algumas recomenda es visando a consolida o de uma infraestrutura verde para a cidade de S o Paulo para promover sua resili ncia urbana s mudan as clim ticas Palavras chave infraestrutura verde mudan as clim ticas arboriza o urbana flo resta urbana resili ncia urbana GREEN INFRASTRUCTURE FOR CLIMATE CHANGE IN THE C40 ABSTRACT Currently worldwide cities are preparing themsel
230. ntes aqu ticos possibilitando os processos de decomposi o aer bicos mesmo em efluentes com grande carga de mat ria org nica A introdu o de oxig nio no solo necess ria para que ocorram os proces sos de oxida o de metais pesados e gases a base de enxofre O oxig nio causa a morte de germes e bact rias causadoras de doen as As ra zes t m a capacidade de filtrar os gases gerados pelos processos ae r bicos e anaer bicos de decomposi o de mat ria org nica evitando a exa la o de odores As ra zes ret m material particulado Aevapotranspira o das plantas providencia o retorno da gua atmosfera em forma de vapor exalado pelas folhas o que pode levar concentra o do efluente Ra zes de plantas com os juncos da fam lia Phragmites produzem subst n cias que atuam na elimina o de coliformes fecais e outras bact rias patog nicas podendo se atingir ndices de 99 99 de efici ncia Entre as tipologias constru das que imitam processos naturais presentes em ecossiste mas de reas midas as chamadas Ilhas Flutuantes v m ganhando enorme destaque Segundo Charman 2003 a reuni o de tr s sistemas aqu ticos diferentes p ntano rio e lago est possibilitando que peixes bact rias e o sistema radicular de vegeta o aqu tica trabalhem em conjunto para limpar guas extremamente polu das 28 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 O caso mais e
231. ntos necess rios a qualidade de vida urbana Criar em cada distrito pelo menos um parque de bairro com um paisagismo baseado na vegeta o nativa de S o Paulo mesmo que seja necess rio desafetar quarteir es ocupados com edifica es j existentes Criar um mosaico de parques que representem os principais compartimen tos de vegeta o original do munic pio a saber colinas e v rzeas Criar parques com infraestrutura adequada para a pr tica de variadas mo dalidades esportivas al m de atividades de educa o ambiental e progra ma es culturais Concluindo necess rio que haja mais estudos sobre a distribui o das reas verdes na cidade para que esses possam servir de subs dios s pol ticas publicas podendo assim sugerir reas priorit rias para a conserva o e restaura o visando conex o dessas reas e a diminui o da fragmenta o da paisagem para assim garantir a efetividade e aumentar os benef cios que a vegeta o pode trazer em rela o qua lidade de vida dos habitantes dos grandes centros urbanos O Ideal planejar um desenvolvimento urbano que concilie a implanta o e interli ga o de reas verdes com o sistema de infraestrutura urbana buscando assim a melhoria da qualidade de vida nos grandes centros urbanos 188 BIBLIOGRAFIA AB SABER A S o Paulo ensaios entreveros S o Paulo EDUSP Imprensa Oficial do Estado de S o Paulo 2004 CAVALHEIRO F DEL PICCHI
232. nvencional de espa os livres e reas verdes A concep o dos espa os vegetados como parte da infraestrutura verde urbana uma estrat gia de estrutura o dos espa os naturais e ambientalmente recuperados no processo de planejamento e desenho da cidade e j vem sendo aplicada em muitas cidades principalmente na Europa e nos Estados Unidos A terminologia infraestrutura atrelada palavra verde deve se sua contribui o nas fun es de base estrutural da cidade como por exemplo o sistema vi rio de energia ou de abastecimento de gua PELLEGRINO 2006 que contribuem para o bom fun cionamento da cidade e atendem aos padr es m nimos de habitabilidade qualidade de vida saneamento b sico e sa de p blica Dessa mesma forma a infraestrutura verde pode atuar conjuntamente com outros sistemas no atendimento da mobilidade e acessibilidade ao direcionar e estruturar eixos de circula o e ao propiciar rotas espec ficas ou alternativas para pedestres e ciclistas da drenagem das guas pluviais regulando o ciclo h drico atenuando os picos de cheia e conduzindo as guas com seguran a do lazer da recrea o e do conv vio social al m de serem espa os de contempla o e percep o est tica da manuten o dos processos ecol gicos da biodiversidade e da susten tabilidade dos ecossistemas colaborando com o aumento da conectivida de dos fragmentos naturais Cormier 2008 complementa este qu
233. o 7 Hough Michael The Cities and the Natural Process 69 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 03 Junho de 2013 familiar com esta artificialidade associada ao consumismo que s o contraste com a experi ncia de possibilidades mais sens veis poderia lhe despertar para aquelas qua lidades essenciais que o Pitoresco prop e Castle Combe uma cidade pitoresca inglesa parece brotar do s tio enquanto Seasi de um cone do New Urbanism parece ter sido montada com pe as produzidas em alguma ind stria distante Algo essencial as diferencia tanto pelas constru es como no modo como a natureza se integra fig 2 FNN yt ae Pama P Figura 2 Esquerda Castle Combe Inglaterra fonte http www vacationhomes net jan 2013 Direita Seaside fonte The New Urbanism Toward an architecture of community No s culo XVII Sir Willian Temple em Gardens of Epicurus afirmara a superioridade da beleza na irregularidade devido a uma extraordin ria disposi o da natureza Ele foi um dos primeiros a trazer o conceito chin s de Sharawaggi a desordem gracio sa No s culo XVIII este conceito ser retomado por Joseph Addison em The Spec tator Para ele o incomum e novo despertam prazer na imagina o ao preencher a alma com agrad veis surpresas 15 Para uma compreens o do espa o a partir de quem nele vive e circula o Pitoresco sugere que se foque a pequena escala ao inv s de grandes planos Sug
234. o Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo S o Paulo 2009 9 AGRADECIMENTOS Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de S o Paulo FAPESP Coordena o de Aperfei oamento de pessoal de N vel Superior CAPES pelo apoio durante a realiza o da pesquisa 215 ANEXO 1 Tabela 2 Esp cies indicadas de acordo com local de plantio Local de utiliza o Nome cient fico Nome popular Rake CA CV BD PV Caesalpinia ferrea Pau Ferro NP CA CV BD PV PI Senna multijuga Pau cigarra BD CA CV PV Schinus terebenthifolius Aroeira Mansa P BD CV CA PV Tapirira quianensis ae pene P BD PV Lithraea molleoides Aroeira brava P BD CV PV PI Myracrodruon urundeuva Aroeira preta P BD CA PV PI Annona cacans Araticum P BD CV PV PI Gochnatia polymorpha Cambara P BD CV PV PI Chorisia speciosa Paineira P BD PV Cecropia glazioui dd mere P BD CV PV PI Terminalia argentea Capitao P BD CV PV PI Terminalia brasiliensis Amarelinho P BD CV PV PI Terminalia trifolia Capitazinho P BD CA CV PV PI Erythrina sp Eritrina P BD CV PV Alchorneae glanulosa Boleira Tapia P BD CA CV PV Eugenia brasiliensis Grumixama P BD CA CV PV Trema micrantha Pau Polvora P BD CV PV PI Croton urucurana Capixingui P BD CV PV PI Peltophorum dubium Canafistula P BD CV PV PI Senna multijuga Pau Cigarra P BD
235. o de grandes reas florestadas na queima de combust veis e na expans o sem limites das reas urbanizadas Os impactos previstos s o amplos portanto tem se que unir esfor os na cria o de pol ticas inovadoras de mitiga o e enfrentamento desses de safios onde as cidades t m um papel de destaque Notou se que as apresenta es do C40 apresentaram pol ticas e a es semelhantes centradas em par metros fundamentalmente quantitativos no tocante ao aumento de reas verdes e plantio massivo de rvores nas cidades por m em todos os casos faltou o conceito de planejamento ambiental urbano e regional atrelado a conceitos ecossist micos e de infraestrutura verde o que poderia ter trazido ao encontro a n fase em par metros qualitativos que pudessem gerar mais discuss o no sentido de gera o de id ias para melhor condu o tanto das pol ticas quanto das a es de implementa o do verde nas reas urbanas Observe se o caso do munic pio S o Paulo que concentra 10 milh es de habitantes com densidade de 5 500 habitantes por km o equivalente a 56 da popula o da Regi o Metropolitana que teve seu suporte f sico exposto a dilapida es irrevers veis como a ocupa o inadequada de reas de potencial paisag stico relevante e reas de fundo de vale a sistem tica impermeabiliza o do solo pela urbaniza o cont nua e defici ncia de reas verdes O conjunto desses impactos propiciou enchentes de enor m
236. o pois ela nos oferece li es valiosas Se para nosso olhar doutrinado esta express o natural erva daninha e mato not vel como supera as dificuldades e sua capacidade de adapta o E mais importante sua biodiversidade bem maior e o seu grau de entropia bem menor que nos jardins cultivados Os jardins naturalistas s o mais sustent veis e abrem caminho para uma revolu o est tica mais alinhada s neces sidades ecol gicas A ESCALA HUMANA No New Urbanism a escala humana se foca na efici ncia da mobilidade urbana base ada no acesso do pedestre s diversas atividades cotidianas como moradia escola com rcio servi os emprego e lazer Visa substituir a escala baseada no deslocamen to por autom vel propondo uma cidade mais humana com ruas amig veis e dimen s es do espa o p blico que transmitam seguran a e aconchego O Pitoresco oferece um contraponto sens vel que parece escapar ao New Urbanism o modo como a partir da escala humana o espa o percebido por quem nele vive e circula Ao inv s de grandes planos e esquemas te ricos prop e que a escala hu mana seja percebida a partir da perspectiva do pedestre numa abordagem menos racionalista e mais emp rica emocional e afetiva Elementos como pra a constru es ao redor caminhos por becos e passagens ruas sinuosas com larguras vari veis aus ncia de unidade na apar ncia surpresas a cada esquina ou portal definem uma experi ncia urbana
237. o shows manifesta es e eventos dos mais variados tipos fatos que j se tornaram comuns na Roosevelt reformada e que contribuem para a sua qualifica o 252 9 LABVERDE Como veem a ocupa o dos quiosques destinados s floricul turas pela guarda civil metropolitana BORELLI amp MERIGO Apenas um dos quiosques ocupado pela GCM os demais continuam destinados a reas comerciais 10 LABVERDE O senhores entendem que h alguma coisa na atual pol tica da prefeitura de S o Paulo para pra as que deve mudar ou que pode ser melhorada BORELLI amp MERIGO Esperamos que seja implementado com a m xima urg ncia e abrang ncia um plano de arboriza o das ruas e espa os p blicos em S o Paulo A cidade muito carente em rela o qualidade paisag stica destes espa os 253 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas Junho de 2013 3 3 FABRICIO SBRUZZI A nova Pra a Roosevelt Fabricio Chiaradia Sbruzzi engenheiro agr nomo UDESC Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina FIC Faculdade Canta reira S o Paulo SP e desenvolve projetos comer ciais residenciais e de espa os p blicos em escrit rio de paisagismo que leva o seu nome 1 Entrevista conduzida por Ram n Stock Bonzi 254 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas 1 LABVERDE Como se deu a sua entrada no projeto da nova pra a Roosevelt SBRUZZI Atrav s do escrit rio de ar
238. o as cair Para resolver os problemas de plantio em Moscou n o s o cuidado de especialistas em reas verdes ou o trabalho sobre a sua expans o e restaura o s o suficientes mas tamb m o da sele o de esp cies adequadas quela situa o incluindo rvores arbustos e flores Quase 70 milh es de toneladas de CO s o lan ados anualmente na atmosfera de Mos cou As esta es de energia el trica contribuem com quase a metade desse montante e os meios de transporte at um ter o desse n mero que se acumula permanentemen te Tendo em conta que as reas verdes da cidade t m o territ rio de mais de 300 Km deve se esperar que a quantidade de di xido de carbono absorvido pela vegeta o n o exceda 10 000 toneladas Durante a temporada de ver o em Moscou as mudan as clim ticas s o bastante n tidas A intensidade de ondas de calor o aumento de peri odos de seca a probabilidade de aparecimento de polui o causados pelos inc ndios florestais na regi o bastante elevado tamb m Por exemplo os cidad os de Moscou no ver o de 2010 sofreram com temperaturas muito altas de mais de 30 C durante 33 dias sendo que a temperatura m dia do ver o de cerca de 23 C Nessas condi es clim ticas a import ncia de reas verdes dif cil de n o ser superestimada pois v o servir como abrigos para os cidad os Al m disso o tr fego pesado com o tempo seco e quente lan a na atmosfera subst ncias t xic
239. o de S o Paulo In Di rio Oficial da Cidade de S o Paulo Suplemento S o Paulo Imprensa Oficial 21 mai 2010 A es Locais para a Biodiversidade da Cidade de S o Paulo S o Paulo 2008 Atlas Ambiental do Munic pio de S o Paulo O Verde o Territ rio o Ser Humano Diagn stico e Bases para a Defini o de Pol ticas para as reas Verdes no Munic pio de S o Paulo Coordena o de Patr cia Marra Sepe e Harmi Takiya S o Paulo SVMA 2004 S O PAULO CIDADE SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIEN TE INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOL GICAS GEO Cidade de S o Paulo pa norama do meio ambiente urbano Bras lia PNUMA 2004 SCHIRMER W N QUADROS M E Compostos org nicos vol teis biog nicos emitidos a partir de vegeta o e seu papel nooz nio troposf rico urbano RE VSBAU v 5 n 1 Piracicaba p 25 42 Mar 2010 Dispon vel em lt http www revsbau esalq usp br artigos cientificos artigo102 publicacao pdf gt Acesso em 7 ago 2011 SPANGENBERG J Nature in Megacities Tese Doutorado Bauhaus Universitat Weimar 2009 SPIRN A W O jardim de granito a natureza no desenho da cidade S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 1995 TEXAS A amp M UNIVERSITY Gardens Have The Potential To Improve Health Rese arch Shows ScienceDaily 24 novembro 2003 Dispon vel em lt http www science daily com releases 2003 11 031124071045 htm gt Acesso em 11 set 2011 ULRICH R S Vie
240. o e Espa o de ruptura Escala de In terven o local que define Usos da Terra agrupados em cada Unidade da Paisagem ESPA O LIVRE Todas as areas n o ocupadas ou n o constru das perme veis com ou sem vegeta o Desempenham basicamente papel ecol gico possibilitando integrar diferentes espa os ESPA O CONSTRU DO Todas as reas predominantemente constru das verticali zadas ou n o onde a impermeabiliza o do solo ocorre de forma extensiva ESPA O DE INTEGRA O Compreendidos por logradouros cuja fun o integrar os espa os constru dos ESPA O DE FRAGMENTA O Compreende basicamente Rodovias e demais lo gradouros que interrompem a conex o das reas vegetadas A an lise formulada neste contexto objetiva definir diretrizes ambientais que permi tam a es concretas sobre o territ rio e desta forma interferir na paisagem por meio 112 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 05 de elementos identificados como matriz corredor e fragmento buscando conex es ambientais que acolham o projeto Os corredores que recortam a paisagem foram entendidos na dire o que Forman 1995 formula em sua concep o onde a estrada vista como um elemento de ruptura Fig 2 e as vias como corredores de conex o buscando diretrizes que favore am a ecologia da paisagem 0 25km Grau de import ncia E extrema E muito alta ES alta eixo indutor p l
241. o e o ente privado 169 REFER NCIAS BENJAMIN A H V O princ pio poluidor pagador e a repara o do dano ambiental In ____ Dano ambiental preven o repara o e repress o S o Paulo Revista dos Tribunais 1993 p 226 236 Dispon vel em lt http bdjur stj gov br dspace hand le 2011 8692 gt Acesso em 23 09 2012 BONDUKI N G 1998 Origens da habita o social no Brasil arquitetura moderna lei do inquilinato e difus o da casa pr pria S o Paulo Esta o Liberdade BRASIL Presid ncia da Rep blica 1979 Lei n 6 766 de 19 de dezembro de 1979 Disp e sobre o Parcelamento do Solo Urbano e d outras Provid ncias Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 leis 6766 htm acesso em 23 09 2012 BRASIL Presid ncia da Rep blica 2000 Lei n 101 de 4 de maio de 2000 Estabe lece normas de finan as p blicas voltadas para a responsabilidade na gest o fiscal e d outras provid ncias Dispon vel em http Awww planalto gov br ccivil_03 leis Icp Icp101 htm acesso em 23 09 2012 BRASIL Presid ncia da Rep blica 2001 Lei n 10 257 de 10 de julho de 2001 Re gulamenta os arts 182 e 183 da Constitui o Federal estabelece diretrizes gerais da pol tica urbana e d outras provid ncias Dispon vel em http www planalto gov br ccivil 03 leis leis 2001 110257 htm acesso em 23 09 2012CAMPOS F C M 2003 Reinvente seu Bairro Caminhos para Voc Participar do Planejamento de sua Cida
242. o entanto necess rio reconhecer que persistem condicionamentos conceituais que os amarram ainda a paradigmas ultrapassados necess rio que cada tend ncia abra espa o para novos feixes de informa o capazes de responder s necessidades apontadas pela vis o ecol gica e permitir as mudan as necess rias em nosso modo de produzir artefatos e consumir recursos Se atendermos ao preceito do Pitoresco de que a primeira coisa a se conhecer antes de iniciar um projeto o car ter do lugar n o somente outras disciplinas dever o ser incorporadas no processo do projeto como ser importante sensibilizar tanto os t cni cos como a popula o sobre aspectos variados do lugar de forma t cnica e emp rica Os dados das condi es preexistentes ser o fornecidos por algumas destas discipli nas como geografia biologia antropologia sociologia hist ria ecologia engenharia a0 Cristopher Girot em Landscape Urbanism Reader 81 arquitetura design e tamb m por um trabalho cultural e educativo que informe e esti mule a popula o a expressar seus sonhos e necessidades O Landscape Urbanism como apontou Grahame Shane ainda se concentra no apagamento de padr es insustent veis de ocupa o urbana n o refletindo de for ma suficiente sobre a escala humana e sobre formas urbanas mais densas O New Urbanism por sua vez ao focar a escala humana deixa lacunas nas escalas e reas tratadas pelo Landscape Urbanism A forma como
243. o indutor Figura 2 Elementos de ruptura eixos indutores Fonte ISA 2003 Ainda na composi o das diretrizes s o relacionados junto s Unidades de Paisa gem as formas do relevo geomorfologia e as bacias hidrogr ficas o que definir o as a es do homem determinadas nas Unidades da Paisagem e a condi o natural para que seja poss vel a transforma o da paisagem com crit rios e argumentos que lhe d o suporte Procurou se com estes corelacionamentos qualificar Unidades Geoam bientais com atributos geoecol gicos da paisagem e da ocupa o do territ rio As diretrizes ambientais refletirao onde os par metros f sicos Fig 3 sem altera o significativa das caracter sticas originais e as restri es legais indicar o reas de pro te o para preserva o priorit rias para controle por fiscaliza o licenciamento e avalia o ambiental reas de prote o para conserva o onde pode ser exercido uso em harmonia com a natureza e reas que necessitam de recupera o reas priorit rias para interven o por projetos ambientais 113 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 05 Junho de 2013 Figura 3 Restri es legais Fonte Atlas de Uso e Greene do Solo da RMSP E npl sa 2003 A finalidade de classificar usos da terra e corelacionar com elementos Geoambientais identificar um sistema de espa os livres Fig 4 capaz de criar uma infraestrutura verde como uma rede interconectada de
244. o tempo nos fornece fundamentos para o desenvolvimento da infraestrutura verde integrando os processos horizontais de desenvolvimento urbano com a prote o ecol gica Este um novo modelo de plane jamento ecol gico em que na grande escala define o padr o de crescimento urbano e a forma da cidade na escala intermedi ria define o sistema de espa o verde urbano que integra v rias fun es atrav s dos espa os livres e dos meios de deslocamentos e na pequena escala define a estrutura para possibilitar o desenvolvimento da terra urbana orientando o desenho espec fico de cada local Esta infraestrutura verde torna se um sistema integrado de v rios processos trazen do a natureza o homem e o esp rito juntos com padr o de prote o eficiente para promover a integridade ecol gica e ambiental cultural e das pessoas 120 BIBLIOGRAFIA ANDO Tadao Por novos horizontes na arquitetura 1991 in NESBIT Kate Org Uma nova agenda para a arquitetura uma antologia te rica 1965 1995 S o Paulo CosacNaify 2006 pp493 497 BENEDICT Mark A MCMAHON Edward T Green infrastrustructure linking landscapes and communits Washington DC ISLAND PRESS 2006 FORMAN Richard T T and GODRON Michel Landscape ecology NY John Wiley and Sons 1986 FORMAN Richard T T Land Mosaics The ecology of landscapes and regions Cambridge Cambridge University Press 1995 Kongjian Yu The Art of Survival American Society of Landscape
245. odar princi pios solares antigos as t cnicas construtivas de seu tempo e adapt las linguagem da arquitetura moderna Profundo conhecedor dos princ pios construtivos gregos e 4 LE CORBUSIER La Carte d Ath nes Paris Points 1957 s ISBN P 82 5 Cf FRETIN Dominique De Helii Architecturis Capitulo Ill Le Corbusier e o sol 47 romanos que ele mesmo cita e dos movimentos aparentes do sol Keck consegue demonstrar a compatibilidade entre o uso de t cnicas passivas para aproveitamento da energia solar e a apar ncia moderna de suas casas Poderia se dizer que suas es tufas caracter sticas s o para a arquitetura moderna das regi es frias o que o quebra sol representa para a arquitetura moderna tropical A arquitetura de Frank Lloyd Wright tem um car ter distinto no sentido que o sol com sua luz e calor por assim dizer s o elementos integrantes da sua arquitetura obede cendo defini o mesmo da arquitetura org nica na qual as formas devem ter o rigor necess rio de um organismo natural e apresentar a mesma unidade HATJE 1964 Dois exemplos marcantes analisados no cap tulo Ill s o a casa da Cascata 1936 e a segunda casa Jacob 1944 e cujas plantas em ltima an lise s o uma transposi o fiel de um gr fico das trajet rias aparentes do sol para suas latitudes Configura es formas e implanta es obedecem rigorosamente geometria solar enquanto materiais e elementos construtivo
246. ologia geomorfologia pedologia A fun o a intera o entre os elementos espaciais respons vel por moldar a estrutura da paisagem FORMAN 1995 109 A estrutura observada a partir dos tr s elementos b sicos definida por e Matriz Elemento que tem o dominio ou que controla a din mica da paisagem e Fragmento Manchas n o lineares que interrompem a matriz e Corredor Elementos lineares e distingu veis na matriz Mosaico Presen a de dois ou mais elementos Forman 1986 analisa man cha corredor e matriz conjuntamente para formar mosaicos o qual evidente em todas as escalas Grande parte das cidades passou pelo processo de grande adensamento urbano que acarretou consequ ncias como a perda de ventila o natural aumento da tempera tura concentra o de polui o menos sombreamento menos habitat para a fauna e poucos vazios que representam oportunidades de preserva o e lazer As reas constru das s o extensas e os projetos cada vez menos compat veis com a natureza dos s tios em que se instalam acarretando perda de qualidade de vida Os espa os livres tanto urbanos quanto rurais na grande maioria est o isolados dificultando a cria o de redes que permita maior biodiversidade nas cidades que componham um sistema interligado e que permeie a matriz urbana desempenhando papel ecol gico integrando diferentes espa os O enfoque est tico perde a propor o na medida da destrui o do
247. onhecido por ter se perpetuado nas constru es vernaculares e evolu do acompanhando o progresso da tecnologia Tornou se poss vel hoje construir aproveitando a energia solar com requintes de qualidade salubridade 1 VITRUVIUS Marcus P The ten Books on Architecture Translated by Morris H Morgan Dover Publica tions re edi o original de 1914 New York ISBN 486 20645 9 A orienta o em rela o ao sol mencionada com nfase em dois livros ou cap tulos da obra de Vitruvius No Livro cap IV p 17 aparecem as diretrizes gerais para a escolha do s tio de uma cidade e como as trajet rias do sol devem ser levadas em conta No Livro IV cap V p 116 discorre sobre a orienta o dos templos No livro VI cap I p 170 define as diretrizes para o projeto de edifica es com mais detalhes trazendo conselhos para os mais diversos tipos de c modos H inclusive a descri o detalhada da casa grega O livro IX cap VII p 270 272 trata de astronomia em geral e geometria solar demonstrando alto grau de conhecimento t cnico 41 conforto ambiental efici ncia energ tica e ainda produzir a energia necess ria para o desempenho das atividades cotidianas contempor neas Os recentes estudos sobre o efeito fotovoltaico e os assombrosos avan os na produ o de c lulas m dulos e pai n is fotovoltaicos cada vez mais eficientes permitem repensar o uso da energia solar como fonte para a produ o de energia e
248. ons 2010 11 ou naturais como relevo hidrografia e vegeta o destr i la os afetivos distanciando f sica e espiritualmente popula o e lugar No Landscape Urbanism este distanciamento tamb m vai existir em algumas aborda gens n o com a natureza preexistente qual d import ncia maior mas frequente mente como os aspectos culturais No entanto alguns autores se sensibilizaram a esta necessidade Para Kelly Shannon a origem do interesse do Landscape Urbanism na rela o entre cultura local e civiliza o universal est no regionalismo cr tico de Framp ton Tzonis e Lefaivre Para tanto valoriza a topografia o clima a regi o a ecologia as habilidades artesanais e mat rias locais A paisagem considerada como instrumento de resist ncia s tend ncias globalizantes e homogeneizantes do ambiente constru do Segundo Tzoni e Lefaivre esta defini o de lugar deve ir al m de quest es tnicas e se opor ao germe da insularidade nacionalista Para isto o regionalismo obtido atra v s do recurso da desfamiliariza o quando os elementos definidores do lugar s o incorporados por estranhamento atrav s da recomposi o num contexto contempora neo dos elementos regionais ligados historicamente forma o do genius loci O efeito deve ser o contr rio da narcotiza o causada pela rotina pelo familiar pelo que obvio e repetitivo Este estranhamento deve levar o obs
249. oordena o Laborat rio LABVERDE e editora da REVISTA LABVERDE na mesma institui o Atualmente presta consultoria em Planejamento e Desenho Ambiental e Infraestrutura Verde mariafranco usp br VERA CRISTINA OssE E Professora Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas pela FAUUSP e leciona atualmente na FAU Mackenzie Trabalha como aut noma em projetos e consultoria na rea de Arquitetura e Desenho Ambiental vosse100 gmail com VOLKER MINKs E engenheiro agr nomo e urbanista pela Universidade de Humboldt de Berlim Tem trabalhado em diver sos projetos de design verde com aplica o de novas tecnologias em paredes e tetos verdes na Alema nha Cuba Estados Unidos e Brasil volker minks gmx de RESUMO Atualmente em todo o mundo as cidades se preparam para as mudan as clim ticas O presente artigo trata da experi ncia do encontro C40 realizado em S o Paulo em mea dos de 2011 e promovido pela Prefeitura que reuniu dezenas de cidades do mundo in teiro para discutir estrat gias para o enfrentamento do problema com v rias abordagens como o uso de energias renov veis gest o do lixo mobilidade urbana e arboriza o urbana entre outras Os autores deste artigo foram convidados a participar do evento como consultores e relatores da Sess o 3 Arboriza o e Floresta Urbana trabalho que resultou num texto sobre o assunto o qual gerou o presente artigo Na sess o Arboriza o e Floresta Urbana foram aprese
250. os c rculo de bananei ras bacia de evapotranspira o ilhas flutuantes filtros plantados jardins filtran tes e leitos de macrofitas s o os nomes de alguns desses m todos de tratamento e polimento da gua por meio do uso de vegeta o 26 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 material suporte 1p f AS Figura 4 Esquema de Zona de Ra zes Fonte Van Kaick 2002 Figura 5 Corte de Ilha Flutuante A bacia de sedimenta o esquerda opcional Fonte www sahajowater com 27 Cada uma dessas tipologias construtivas possuem particularidades ver Figuras 3 4 e 5 Em comum valem se de propriedades ciclos e mecanismos naturais para efetuar a lim peza da gua que est o resumidamente elencados a seguir Van Kaick 2002 Izembart Le Boudec 2003 France 2003 Zanella 2008 e Horn 2011 e explicam que As ra zes de muitas plantas abrigam col nias de microrganismos que decom p em a mat ria org nica biofilme Dessa decomposi o surgem nutrientes que s o utilizados pelas plantas Os vegetais possuem estruturas chamadas aer nquimas pequenos canais capazes de transportar oxig nio e nitrog nio das folhas para as ra zes Esse fluxo importante porque as bact rias precisam desses elementos qu micos para realizar a decomposi o de mat ria org nica O fluxo de oxig nio da folha para a raiz tem a capacidade de oxigenar am bie
251. ossas do poder p blico Certamente os ganhos fundi rios propiciados pela legisla o minimalista foram captu rados nas transa es imobili rias Abrindo par ntesis segundo a Economia Cl ssica o comportamento especulativo do homo economicus inerente lei da oferta e da demanda e independe de estrato social inclusive pode ser observado nas transa es informais realizadas em favelas e loteamentos clandestinos KEPPKE 2007 p 46 Fiscaliza o ou a falta dela foi a quest o central da prolifera o das irregularidades Se gundo Keppke op cit Keppke e Silva 2012 a omiss o fiscal foi um fen meno cres cente no tempo gr fico 1 e no espa o disseminada em todo territ rio paulistano por m tanto maior nos distritos e subprefeituras caracterizadas pela exclus o social mapa 1 MULTAS CADASTRADAS 400000 4580000 TTJ J J 7 00000 o RN 20000 RS so po sococo RR ooo EA 3 wi or Ma r m ub M oo or D D D to O O D D OG hh oh hhh he ooo eB eo eb oe eb 6464 O p _ EES ES ES S ye ce EY ee CO GD ED CI ca Gr fico 1 Multas cadastradas Fonte PRODAM CUBOS SIMPROCY FISC 2011 O Gr fico 1 resultante do cadastro de multas por infra es de parcelamento uso e ocupa o do solo ao longo dos anos a partir da informatiza o dos processos fis calizat rios em 1983 Nota se que a produ o fiscal teve picos em determinados momentos para depois
252. otas t cnicas ser o publicadas levando em conta a consist ncia te rica e a pertin ncia do tema em conformidade com a linha editorial 2 O Apresenta o dos Trabalhos Em m dia eletr nica CD DVD utilizando o proces sador de texto WORD 6 0 ou superior sem formata o entrelinhas 1 5 margens 2 5 N mero de p ginas entre 10 e 25 incluindo imagens tabelas gr ficos refe r ncias etc Dever conter entre 21 000 a 45 000 caracteres incluindo o resumo o abstract e a introdu o Dever o ser entregues com o CD DVD tr s c pias impres sas do arquivo O resumo e o abstract n o dever o ultrapassar 2 000 caracteres 3 Os t tulos e os subt tulos dever o aparecer em mai sculas pois importante que no original fique clara a sua natureza Tamb m dever o ser concisos e expl citos Quanto ao conte do tratado Dever o ser apresentadas no m nimo 5 palavras chave 4 As contribui es dever o ser acompanhadas da vers o em l ngua inglesa do t tulo subt tulo resumo e palavras chave 5 Logo ap s o t tulo devem constar o nome do autor sua qualifica o proced ncia e endere o eletr nico 6 As notas e refer ncias bibliogr ficas dever o ser agrupadas no final do texto e devidamente referenciadas 268 7 N o ser o aceitas reprodu es de imagens publicadas em livros revistas ou peri dicos sem a expressa autoriza o do s autor es das mesmas 8 Os textos assinados ser o de inteir
253. oucos mapas dessa distribui o Figura 1 A cobertura vegetal que circundava a mancha urbana era formada por um mosaico caracteri zado pelo encontro de floras da Floresta Tropical Pluvial Atl ntica Cerrados e Campos Nos relatos da viagem feita pelos naturalistas Spix amp Von Martius essa cidade eles assinala ram que S o lindas as cercanias de S o Paulo embora de aspecto mais terrestre do que as do Rio de Janeiro A aus ncia do espet culo grandioso do mar e das montanhas maci as 174 fica compensada pelo panorama do extenso territ rio que oferece toda a variedade possi vel de campinas verdejantes e frondosas matas colinas alternantes com bonitos vales Outro importante naturalista que muito escreveu sobre S o Paulo foi o bot nico Auguste de Saint Hilaire Em viagem pela prov ncia de S o Paulo no in cio do s culo XIX por volta de 1816 vindo do Rio de Janeiro ele descreve as forma es fitogeog ficas dessa regi o As sim como outros pesquisadores do assunto Saint Hilaire observou que a cobertura vegetal se caracterizava como um mosaico de duas cores verdes bem recortadas onde o tom mais suave se espalhava pela plan cie coberta por campos e o tom mais forte das matas estava distribu do em pontos pr ximos uns dos outros localizados nas colinas Havia tantos fragmentos de matas quanto reas cobertas por campos e para esse pesquisador era dif cil determinar qual forma o predominava nos arredores de S o
254. para atividades de caminhada e cooper CONSIDERA ES FINAIS S o bastante conhecidos os efeitos delet rios que o despejo de efluentes sanit rios no meio ambiente pode causar mas pouco conhecidas s o as alternativas existentes s esta es de tratamento convencionais A literatura consultada aponta para viabilidade t cnica dos sistemas de tratamento e polimento de gua baseados no uso da vegeta o De baixo custo e simples opera o esses sistemas inspirados pela natureza podem colaborar para que os cerca de 45 de munic pios brasileiros que n o s o atendidos por redes coletoras de esgoto possam tratar os seus efluentes inclusive de maneira descentralizada e na escala do lote Ainda que seja crescente a produ o acad mica sobre sistemas de tratamento de gua com uso de vegeta o pouqu ssimos s o os estudos acerca de sua dimens o paisag stica Raras tamb m s o as pesquisas acerca de como tais espa os consen tem outros usos Nossos estudos de caso no entanto evidenciam que tais sistemas s o capazes de oferecer outros usos e servi os relacionados ao lazer ao fomento da biodiver sidade e educa o ambiental No que tange ao planejamento urbano e regional esses espa os podem ser vistos como zonas de amortecimento entre unidades de 35 conserva o tais como parques nacionais reservas biol gicas e esta es ecol gicas e reas urbanas ou agr colas Em outras palavras s o pe as chave da in fr
255. pe of the cities A brief survey of the state of the art attempts to clarify these issues Keywords Solar energy architecture cities energy efficiency sustainable buildings and cities Em pocas de crise car ncia de energia ou preocupa es com o abastecimento futuro natural que os esp ritos se voltem para a busca de fontes alternativas vi veis e urgen tes A energia solar a principio inesgot vel pelo menos na escala de tempo humana fonte prim ria e base de quase todas as fontes usadas hoje com exce o da nuclear e da geot rmica retorna sempre pauta O processo n o novo e desde os antigos hel nicos t cnicas do seu aproveitamento v m evoluindo aos sobressaltos sempre de monstrando um pice de desenvolvimento em per odos de escassez ou insufici ncia em energia por fontes n o renov veis ou em extin o In meros s o os exemplos ao longo da hist ria Xenofonte em seu Memorabilia Livro III cap VIII 431 355 a C atribui S crates a receita de uma casa solar capaz de explorar a luz e o calor do sol aque cendo no inverno e protegendo no ver o Vitruvius Ca 100 aC ressalta a import ncia do conhecimento das trajet rias do sol para a concep o e orienta o dos edif cios assim como para a implanta o de novas cidades O aproveitamento desta forma de energia na constru o gra as ao conhecimento de sistemas que hoje s o classificados como passivos portanto bastante c
256. peito preserva o da qualidade das guas doces e da n o contamina o dos ecossistemas o tratamento do esgoto coletado antes de sua disposi o nos cor pos d guas e sumidouros A aus ncia de tratamento compromete todas as atividades que dependem dos corpos d gua desde a pesca at a recrea o passando pela irriga o de reas cultivadas para a produ o de alimentos e o fornecimento de gua para animais na pecu ria Em determi nados n veis a presen a de esgoto nos corpos d gua contribui ainda para a prolifera o de doen as Neste sentido os dados apresentados pelo levantamento do IBGE embora retratem uma evolu o na presta o desse servi o s o bastante preocupantes No ano de 1995 no conjunto dos munic pios com mais de 100000 habitantes apenas 8 7 do total do esgoto coletado foi tratado No ano de 2005 esta raz o passou a ser de 61 6 Nos anos de 2006 a 2008 a partir da mudan a na metodologia da coleta dos dados os percentuais foram respectivamente 60 7 62 9 e 66 2 Em rela o s Grandes Regi es no ano de 1995 a Regi o Sudeste apresentava somente 1 5 do esgoto coletado tratado abaixo do percentual no Brasil 8 7 Por outro lado as Regi es Nordeste e Centro Oeste possu am os maiores per centuais tratados 44 8 e 33 4 respectivamente superiores m dia do Pa s como um todo J em 2005 o percentual no Brasil de 61 6 e as Regi es Norte e Sudeste apresentam percentuais i
257. pio representam a dimens o ecol gica dos parques urbanos conservando em seu per metro fragmentos remanescentes da Mata Atl ntica Mapa 2 reas de influ ncia dos parques urbanos e cobertura vegetal do munic pio de S o Paulo wA honour sf fes Legenda Ar Hidrografia Cobertura vegetal D gt Represa Classe lt s rea de Prote o I campo el Mananciais E Capoeira a de influ ncia 1000m mm Cerrado Areadeintu nca BE Ma 1200m i Unidade de Conseva o 53 x Estadual Es et CJ Distrito Municipal EY e Parque urbano municipal Parque urbano estadual O Parque de bairro E Parque de bairro Parque de vizinhan a W Parque regional Parque de setorial E Parque setorial Parque de regional Datum SAD 68 Fuso 23S Fonte Base canogr fica Gptal PMSP IBGE Invent ro Florsta 2008 IF Cotografia Geg Msc Gross Limas Mapa 2 reas de influ ncia dos parques urbanos e cobertura vegetal do munic pio de S o Paulo 185 H muito que caminhar na vis o dos planejadores quanto a definir as dimens es ecol gi cas tamb m aos parques urbanos compatibilizando o uso social com fun es ecol gicas dos parques particularmente nos parques regionais de bairro e setoriais As reas verdes urbanas se mostram de grande import ncia para a melhoria da qualidade de vida nas cidades na medida em que propiciam diversos benef cios como a melhoria da qualidade do ar um aumento da permeabilidade do solo absor o de part cula de poeira
258. poca 2 No Brasil n o h grandes separa es tipol gicas entre os tipos de cemit rios sendo tamb m utilizada a nomenclatura cemit rio parque como sin nimo de cemit rio jardim 3 Lucio Costa n o se utiliza da nomenclatura cemit rio jardim ou cemit rio parque contudo pode se dizer que se refere a este tipo devido descri o Os cemit rios localizados nos extremos do eixo rodivi rio residen cial evitam aos cortejos a travessia do centro urbano Ter o ch o e grama e ser o convenientemente arboriza dos com sepulturas rasas e l pides singelas maneira inglesa tudo desprovido de qualquer ostenta o In COSTA L cio Relat rio do Plano Piloto de Bras lia GDF Bras lia ArPDF CODEPLAN DePHA 1991 item 19 87 iT T m mhn JA NAAN Junho de 2013 Na d cada de 1960 trazido um novo modelo de disposi o cemiterial para o pa s o cemit rio jardim ou cemit rio parque como tamb m chamado 2 O Cemit rio da Paz imagem 02 de car ter particular e aberto em 1965 se autointitula como sendo o pioneiro deste tipo no Brasil Entretanto dif cil precisar tal informa o sendo en contrado por exemplo indicativo deste modelo de cemit rio no memorial descritivo de Lucio Costa para o Plano Piloto da Cidade de Bras lia da d cada de 1960 A despeito destas informa es interessante mostrar que este novo tipo cemiterial traz um conceito
259. por t mulos edificados para o enterro onde atrav s das constru es e s mbolos empregados poderia se afirmar riqueza e poder CYMBALISTA 2002 Acabaram ent o por se constituir como verdadeiros reflexos das cidades tanto em sua organiza o espacial vias principais eram reservadas aos mais abastados quanto nas suas edifica es Um exemplo o cemit rio da Consola o o primeiro fundado na cidade de S o Paulo aberto em 1858 possui um vasto acervo escult rico de artistas reno mados resultado do investimento da elite paulistana na constru o de seus t mulos Estes tipos de cemit rios tradi cionais com constru es tumula res acima do n vel do solo s o os mais comumente encontrados no Brasil principalmente entre os de car ter p blico Contudo depen dendo da forma como se disp e acabam por gerar espa os de bai xa qualidade Sem um projeto de arboriza o e com predomin ncia de t mulos podem criar espa os ridos para os visitantes e funcio Imagem 01 Cemit rios com t mulos constru dos e vias n rios imagem 01 sendo que excessivamente pavimentadas podem gerar ambientes ridos e consequentemente com baixa qualidade Cemi t rio do Br s Quarta Parada S o Paulo SP Foto Aline Silva Santos 2011 o excesso de pavimenta o das vias diminui as reas perme veis de uma extens o significativa de solo urbano igreja cat lica devido hegemonia da religi o
260. possibilitam o aumento da diversidade e n mero de indiv duos de tais esp cies O enriquecimento arb reo proposto considera o plantio nos passeios quando estes apresentarem largura adequada e nos demais espa os livres da quadra urbana Em determinadas reas prop e se a cria o de maci os de vegeta o mais densos chamados neste estudo de bols es de diversidade que desempenham o papel de trampolins ecoldgicos al m do adensamento da vegeta o existente nos canteiros centrais das avenidas formando corredores verdes Segundo Conselho Nacional Reserva da Biosfera da Mata Atl ntica trampolins ecologicos s o reas estrat gicas que funcionam como ilhas e podem tanto facilitar o fluxo g nico de esp cies que transitam por uma matriz n o florestal quanto ajudar no planejamento e implementa o de corredores biol gicos Em alguns casos ajudam a aumentar a representatividade de algumas unidades de paisagem Disponivel em http Ayww rbma org br anuario mata 06 fap capitulo 5 pag3 asp Acesso em junho 2012 203 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Junho de 2013 O quadro abaixo sintetiza os objetivos do projeto e as diretrizes adotadas pelo projeto paisag stico Tabela 1 S ntese dos objetivos e das diretrizes de projeto Objetivos Diretrizes de projeto Aproveitamento das esquinas das reas entre os edif cios e no interior das quadras Diversificar e ampliar a oferta de reas de
261. pted by these four cities at C40 and after discussion and reflection after meeting this team makes at the end of this report 221 a conclusion and some recommendations aiming consolidating a green infrastructure for the city of S o Paulo to promote its urban resilience to climate change Keywords green infrastructure climate changes urban afforestation urban forest urban resilience ARBORIZA O E FLORESTA URBANA NO C40 Hoje se reconhece que as mudan as clim ticas representam o maior desafio para a humanidade do s culo XXI tanto no mbito econ mico quanto no ecol gico e social Na Sess o 3 do encontro C 40 Arboriza o e Floresta Urbana tornou se evidente a prioridade da arboriza o e recria o de mais reas verdes no processo de urbaniza o nas megacidades Representantes do Chile da R ssia da Nig ria e da Eti pia apresentaram iniciativas re levantes de seus pa ses onde v m adotando medidas produtivas como oportunidades de financiamento planejamento e parceria bem como a import ncia da administra o na manuten o e preserva o das reas verdes Os representantes apresentaram e discu tiram os benef cios do plantio de rvores e dos programas de arboriza o urbana assim como as dificuldades para a elabora o e implementa o do projeto com os associados O plantio de rvores est entre as principais a es de adapta o das grandes cidades com a finalidade de melhorar o desempenho
262. que esses espa os foram conceituados como reas de vegeta o densa com bosque e sub bosque por quest es de seguran a sua implanta o seria mais adequada em reas de acesso restrito configurando por exemplo espa os de lazer condominiais Os bols es de diversidade consistem na restaura o ecol gica a partir da combina o de esp cies arb reas pioneiras secund rias iniciais secund rias tardias e clim xicas aliado ao enriquecimento futuro de esp cies arbustivas e herb ceas para a forma o de um sub bos que As esp cies arb reas mais sens veis ou de desenvolvimento lento clim xicas dever o estar sempre envoltas das esp cies pioneiras de crescimento r pido e secund rias iniciais de forma a proporcionar sombreamento Estima se a utiliza o de 30 esp cies distintas al gumas delas listadas na tabela 2 apresentada no anexo 1 Figura 14 Proposta para a vegeta o Confi gura o per metro Vegeta o E herb cea arbustiva I herb cea arbustiva arb rea W herb cea arbustiva arb rea caducif lia BB Bolsdes de diversidade restaura o ecol gica Corredor verde arboriza o vi ria densa 8 De acordo com o previsto na Resolu o SMA n 47 que trata sobre o reflorestamento heterogeneo para reas de at 1 hectare 211 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Junho de 2013 Figura 15 Ilustra o s ntese dos espa os verdes propostos nas reas internas das qua
263. quitetura Borelli e Merigo Arquitetura e Urbanismo 2 LABVERDE Quais foram os crit rios para a escolha das novas esp cies arb reas SBRUZZI A maior rea da pra a est sobre uma grande laje com canteiros com pouca profundidade Escolher exemplares arb reos que podem desenvolver adequadamente nestas condi es com sistema radicular n o agressivo a impermeabiliza o e sem com prometer a estrutura da laje foi um deles Outro crit rio importante foi a escolha de rvores nativas algumas delas pouco empregadas no paisagismo como o cambuci Campomanesia phaea Berg Landr a cabeludinha Pli nia glomerata o bacupari Rheedia gardneriana a grumixama Eugenia brasiliensis Lam Algumas dessas rvores resgatam a identidade da cidade de S o Paulo Figura 1 Projeto de paisagismo implanta o Cr dito Eng Fabricio Sbruzzi 255 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas Junho de 2013 3 LABVERDE Em que medida a vegeta o preexistente influenciou na escolha das novas SBRUZZI N o houve influ ncia na escolha Havia pouca vegeta o na pra a as mais expressivas na maioria rvores ex ticas de grande porte locadas nas laterais da Igreja onde est a nica parte da pra a em solo perme vel Assim restaram poucas reas para locar esp cimes arb reos de grande porte 4 LABVERDE Boa parte da pra a acontece sobre laje Como foi lidar com isso SBRUZZI Limitou bastante o emprego d
264. r pria resid ncia da fam lia ou o esparzimento das cinzas onde geralmente s o escolhidos locais em que o falecido mantinha afei o quando em vida como mares rios jardins entre outros Existem tamb m situa es espaciais mistas com locais que comportam a op o de enterro entumula o e crema o No Brasil o mais comum encontrar fornos cremat rios junto a cemit rios parque dentro da ideia de simplicidade de representa es simb licas da morte Entretanto existem espa os inteiramente dedicados crema o como ocorre com o Cremat rio Municipal de S o Paulo Este consiste em um extenso parque ajardinado com a presen a de estacionamento e apenas um edif cio onde ocorrem as cerim nias de despedida dos mortos e se encontram a administra o manuten o e equipamentos de crema o L h a possibilidade de esparzimento das cinzas nos pr prios jardins e muitos que realizam esta a o acabam por tom los como ponto de retorno em 9 A disciplina da Igreja Cat lica Apost lica Romana quanto crema o foi modificada pela Congrega o do Santo Of cio Instru o Piam et constantem de 5 de julho de 1963 AAS 56 1964 p 822 823 1 No site da Associa o Cemit rios e Cremat rios do Brasil ACEMBRA e Sindicato dos Cemit rios Particu lares do Brasil SINCEP encontra se lista com 34 cremat rios cadastrados no Brasil SINCEP ACEMBRA Dispon vel em lt http www sincep com br Crematorios gt Aces
265. ra o subs dio da rela o do ser humano com a ecologia a cultura de suas localidades e as diferentes trocas ecol gicas econ micas de onde est o inseridos Santos ilha e Santos continente Entretanto para que tal fato ocorra torna se necess rio a incorpora o do co manejo n o apenas como objetivo final mas no processo do desenvolvimento de um ambiente que estimule a reflex o sobre o con texto s cio cultural e incorpore a vis o da cultura como ecossistema contemplando infraestrutura material recursos humanos simb licos e imateriais como metodologias e processos de trabalho documenta o redes de confian a alian as e cumplicidades 156 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AFONSO C M 1999 Uso e Ocupa o do Solo na Zona Costeira do Estado de S o Paulo Uma An lise Ambiental S o Paulo Annablume FAPESP 1 ed 186 p BEGOSSI A 1993 Ecologia humana um enfoque as rela es homem ambiente Interci ncia 18 3 121 132 BRASIL 2005 Portaria n mero 82 de 18 de maio de 2005 Minist rio da Cultura Dispon vel em lt http www in gov br imprensa visualiza index jspdata 23 05 20058 amp jor nal 1 amp pagina 14 amp totalArquivos 64 gt Acesso em 01 de janeiro de 2013 BRASIL 2012 Minist rio da Cultura Pontos de Cultura de Santos IN Cat logo da Rede de Pontos de Cultura do Estado de S o Paulo 2010 a 2012 S o Paulo Minist rio da Cultura Secretaria de Estado da Cultura p 96 97 BRUNET K FREIRE J
266. ranga Os dados sugerem que estes parques poderiam cumprir uma fun o ecol gica importante nesta regi o de mananciais Existem parques que est o em obras e outros planejados pelo governo municipal os quais necessitam de a es para a implanta o Caso sejam concretizados teremos uma situa o melhor para a cidade de S o Paulo por m com algumas reas sem influ ncia de alguma tipologia de parque Assim sugerimos criar parques em todas as regi es da cidade para equilibrar a demanda social por reas verdes O que pudemos observar atrav s desse estudo uma distribui o irregular das tipologias de parques e suas reas de influencia no munic pio de S o Paulo tendo uma concentra o de unidades nas zonas oeste centro e centro sul do munic pio respectivamente em detrimento das demais reas da cidade O distrito de Parelheiros com um alto ndice de 186 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 09 cobertura vegetal remanescente da Mata Atl ntica distribu dos em diversos fragmentos por m conectados entre si e conectados tamb m ao cont nuo florestal existente em Mar silac diminuindo assim consideravelmente o grau de fragmenta o nessa regi o Mapa 3 Parques urbanos reas de influ ncia e situa o pretendida para o municipio de S o Paulo Legenda Sugest o de parques ___ Area de Prote o dos Mananciais Parques municipais urbanos e aserem
267. rb rea Figura 12 Ilustra o de um lo cal de perman ncia ensolarado no ver o com vegeta o arbustiva herb cea e arb rea Nas reas ensolaradas tanto no inverno quanto no ver o foi proposta a mesma com bina o por m com esp cies arb reas caducif lias permitindo sombreamento no ver o e insola o direta no inverno Figura 13 Ilustra o de um local de perman ncia ensolarado tanto no ver o quanto no inverno com esp cies arb reas caducif lias como por exemplo o ip roxo O anexo 1 sugere algumas esp cies adequadas a cada situa o Por fim o estudo aqui apresentado evidencia a possibilidade de alian a entre o aumento de densidade populacional e o incremento quantitativo e qualitativo das reas verdes na rea da Luz 210 6 2 PROPOSI ES PARA BIOVERSIDADE BOLS ES DE VEGETA O COMO TRAMPOLINS ECOL GICOS Al m dos corredores verdes sugeridos em locais estrat gicos em virtude das reas verdes existentes a partir na nova morfologia e desenho urbano de reas constru das e livres fo ram propostos os bols es de diversidade entendidos sob a tica da Ecologia da Paisagem como trampolins ecol gicos auxiliando no fluxo de esp cies e genes entre as manchas de vegeta o existentes Eles foram determinados a partir das novas reas verdes propostas na qual a intensidade dos fluxos foi uma vari vel mais significativa do que a insola o Con siderando se
268. rcelona GG 2000 MOSTAFAVI Mohsen Ecological Urbanism Baden Lars Muller 2010 PELLEGRINO Paulo R M CORMIER Nathaniel S Infra estrutura Verde uma estra t gia paisagistica para a agua urbana Em Paisagem e Ambiente n 25 Sao Paulo 2008 PEVSNER Nikolaus Visual Planning and the Picturesque Los Angeles Getty Publi cations 2010 SCHENK Luciana B M Arquitetura da paisagem entre o pinturesco Olmsted e o Moderno Tese de doutorado Escola de Eng de Sao Carlos USP 2008 TZONIS Alexander LEFAIVRE Liane Por que regionalismo Critico em Uma Nova Agenda Para a Arquitetura Sao Paulo Cosac Naify 2006 WALDHEIN Charles organiza o The landscape Urbanism Reader New York Prin ceton Architectural Press 2006 Internet http landscapeurbanism aaschool ac uk http aa landscape urbanism blogspot com br http wsm wsu edu stories 2008 Spring 1harvey pdf 83 ARTIGO N 4 ESPA OS CEMITERIAIS E SUAS CONTRIBUI ES PARA A PAISAGEM E MEIO AMBIENTE URBANOS CEMETERIAL SPACES AND THEIR CONTRIBUTIONS TO THE LANDSCAPE AND URBAN ENVIRONMENT ALINE SILVA SANTOS ESPA OS CEMITERIAIS E SUAS CONTRIBUI ES PARA A PAISAGEM E MEIO AMBIENTE URBANOS ALINE SILVA SANTOS Arquiteta paisagista graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual Pau lista J lio de Mesquita Filho UNESP Bauru e mestranda em Paisagem e Ambiente na p s gradua o da FAUUSP E mail aline123 uol com br
269. rea and the Station of Citizenship and Culture in the insular area of Santos Both have potential to develop experimental activities related to the theme and could subsidize activities of co management Keywords human ecology experimental technologies co management Santos Culture Points INTRODU O O uso e a apropria o de tecnologias proporcionaram mudan as significativas para as popula es humanas H cerca de 500 mil anos o uso do fogo para a prepara o de alimentos tornou poss vel a utiliza o de alguns vegetais que de outra forma n o seriam comest veis KORMONDY amp BROWN 2002 As antigas t cnicas de irriga o em ambientes ridos possibilitaram a edifica o de sociedades hidr ulicas como a Mesopot mia BEGOSSI 1993 O desenvolvimento de projetos que agregam a apropria o cr tica de tecnologias s ci ncias ambientais est proporcionando uma abordagem mais ampla em rela o aos usos e impactos de manipula es biol gicas nos ecossistemas Os chamados fabricantes de biologias pessoais executam propostas de biotecnologia em pequena escala como um processo artesanal que pode ser produzido e compreen dido por meio de documenta o e trocas compartilhadas em rede WOHLSEN 2011 146 Ao contr rio do deslumbramento tecnol gico e da cultura do consumo baseada na ob solesc ncia das r pidas inova es do mercado tais pr ticas est o fomentando proces sos experimentais e formas
270. regi o que apre senta mais bairros atingindo a m xima densidade demogr fica superior a 15 000 hab km A nica rea da zona leste que apresenta os menores dados de densidade demogr fica de at 4 500 hab km corresponde rea de Reserva Ecol gica da Fazenda do Carmo a maior rea de prote o da regi o J nas regi es norte e sul al m de um n mero elevado de reas verdes apresentam um total em rea superior s demais regi es do munic pio devido presen a dos grandes cont nuos florestais da Serra da Cantareira na Zona Norte e da Serra do Mar na Zona Sul A Zona Sul possui seis reservas ecol gicas e duas reas de prote o ambiental as maio res do munic pio Capivivari Monos com 25 100 ha e Boror Col nia com 9 000 ha tamb m a regi o que apresenta as menores taxas de densidade demogr fica tendo pou cos distritos que apresentam densidade demogr fica superior a 15 000 hab km enquan to os demais distritos apresentam uma m dia de 8 000 hab km Nesta regi o a tipologia e rea de influ ncia dos parques urbanos menor AZona Norte n o apresenta um n mero alto em rela o quantidade de unidades por m em rela o rea uma das maiores do munic pio Quanto densidade demogr fica a regi o n o apresenta nenhum distrito com popula o superior a 15 mil hab km ficando na media entre 8 000 e 11 000 hab km Em rela o zona oeste se comparada as demais zonas da cidade esta apre
271. renos e a autoconstru o da casa pr pria estabelecendo uma legisla o pautada em par metros urbanisti cos m nimos lotes m nimos recuos m nimos dimens es m nimas de compartimentos Ao longo do tempo na tentativa de promover o acesso propriedade urbana estes m nimos foram se tornando cada vez menores A t tulo de exemplo 300 m2 era a rea do lote m nimo institu do pela lei municipal n 2 611 de 20 de junho de 1923 Com o advento da lei federal de parcelamento do solo lei n 6 766 de 19 de dezembro de 1979 S o Paulo adotou como regra o meio lote de 125 m2 lei municipal n 9 413 de 30 de dezembro de 1981 Lotes ainda menores tornaram se poss veis tais como as resid ncias geminadas com terreno de 68 m2 lei municipal n 8 266 de 20 de junho de 1975 e as vilas residenciais onde se admite a fra o de 62 5 m2 lei municipal n 11 605 de 12 de julho de 1994 portanto equivalente a um quarto do lote m nimo federal KEPPKE E SILVA 2012 M nimas tamb m eram as contrapartidas de infraestrutura exigidas pelos loteadores a fim de que n o onerassem custos para os adquirentes lei federal n 6 766 de 19 de 163 A In nN linha da 90132 A on 06 Junho de 2015 dezembro de 1979 Contudo o pre o do solo urbano n o se tornou acess vel nem mesmo na periferia Aos exclu dos restou ocupar ilegalmente as reas p blicas do sis tema de reas verdes e reas institucionais dos loteamentos sob as vistas gr
272. representa o e modos de opera o muito al m das formas tradicionais de desenho Como afirmou James Corner A imagina o coletiva informada e estimulada pela ex peri ncia do mundo material deve continuar a ser a motiva o primeira de qualquer esfor o criativo n o h uma car ncia de utopias cr ticas mas poucas delas supe raram a prancheta A imagem da cidade que desejamos est at certo ponto condicionado por nossa experi ncia pr via Se pretendemos avan ar na idealiza o de uma cidade mais sau d vel torna se necess rio quebrar condicionamentos percept veis e conceituais Para 26 Mark A Benedict e Edward T McMahon Green Infrastructure Linking Landscapes and Communities 27 Infra estrutura Verde uma estrat gia paisag stica para a gua urbana 78 isso a experi ncia direta da cidade tanto de seus aspectos positivos como negativos pode ser de grande ajuda e isto deve ser experimentado coletivamente A participa o da popula o no planejamento urbano n o quest o meramente po l tica A constru o da cidade antes de tudo uma constru o cultural e se n o for devidamente imaginada em sua excel ncia n o poder se realizar como fato A imagi na o coletiva da cidade deve surgir de uma alimenta o m tua entre uma multidisci plinaridade t cnica e toda comunidade envolvida Um modo de estimular a imagina o coletiva a cria o de situa es que a libertem dos mod
273. resolu o No 368 de 28 de mar o de 2006 e a resolu o No 402 de 18 de novembro de 2008 No estado de S o Paulo exigido seguir se tamb m a norma t cnica L 1040 98 da CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Existem leis municipais espec ficas em cada cidade que devem ser seguidas mas na maioria das vezes consistem em um resumo das disposi es do CONAMA e legisla es ambientais estaduais Contudo na cidade de S o Paulo por exemplo em 2010 ainda nenhum cemit rio possu a documento de adequa o ambiental equivalente ao licenciamento para os cemit rios j constru dos antes das legisla es H alguns produtos que neutralizam ou ret m o necrochorume podendo ser m todos au xiliares na minimiza o de impactos ambientais causados por antigos cemit rios instala dos incorretamente existem pastilhas que cont m bact rias consumidoras dos materiais org nicos presentes no l quido da putrefa o e mantas absorventes que colocadas no caix o embaixo do cad ver seguram o material liberado e se transformam em embala gens para o acondicionamento dos ossos quando na exuma o Entretanto esses s o artigos pouco difundidos e de alto custo para que sejam adotados de maneira expressiva Crema o uma op o verde com ressalvas Por acelerar o processo de decomposi o humana pela queima e resultar em restos mortais neutros e livres de micro organismos a crema o acaba sendo tida como uma solu
274. rg nica ainda contida no efluente disponibilizando os mi nerais e nutrientes para a vegeta o ZANELLA 2008 p 24 A varia o no n vel da gua contribui com a ciclagem de nutrientes Por isso as tipo logias valem se em maior ou em menor grau de diferentes arranjos quanto ao n vel da gua em rela o ao leito o grau de submers o das plantas e a exist ncia de zonas de transi o entre as duas situa es anteriores conforme ilustrado na figura 7 Figura 7 Representa o esquem tica de um wetland Fluxo subsuperficial Fluxo superficial AS NS natural Fonte Zanella 2008 Uma determinada combina o entre os componentes solo planta e agua pode ser mais eficiente no que diz respeito decomposi o de mat ria org nica enquanto outra pode priorizar a erradica o de pat genos Para esta finalidade exige se menor quantidade de vegeta o a fim de possibilitar maior exposi o radia o solar que tem a capacidade de controlar a popula o de organismos patog nicos A profundidade da gua e o seu fluxo tamb m determinam outros servi os dos siste mas naturais de tratamento de gua Em l minas de gua de at 0 50m de profundi dade h a tend ncia a predominar os processos aer bicos de decomposi o de ma t ria org nica Para profundidades maiores predominar o os processos anaer bicos e an xicos de decomposi o de mat ria org nica O sentido do fluxo de baixo para cima ou
275. riam N o anistiar as multas por irregularidades Il Identificar responsabilizar internalizar e onerar o impacto das infra es de parcelamento uso e ocupa o do solo contra o ambiente urbano ambiental A onera o deveria ter car ter progressivo consi derando as desigualdades sociais Ill Atrelar o investimento dos recursos financeiros oriundos da anistia em obras e servi os p blicos de repara o de danos mitiga o ou compensa o de impactos urbano ambientais Um primeiro ato administrativo de responsabilidade fiscal em conformidade lei com plementar n 101 de 4 de maio de 2000 seria n o anistiar nem abrandar as multas devidas pelas irregularidades Para evitar a inadimpl ncia os valores poderiam sofrer descontos parcelamentos ou agrega o ao IPTU mas jamais anistiados Desafortu l Imposto predial e territorial urbano 167 nadamente por m a lei vigente diminuiu drasticamente o valor das san es pecuni rias em rela o legisla o anterior Al m disso ainda h casos omissos de regula menta o fiscalizat ria por exemplo para os usos residenciais e as incomodidades urbanas odor vibra o carga e descarga emiss o de radia o Um segundo ato de responsabilidade fiscal e social seria cobrar pelo impacto urba no ambiental gerado Em sendo poss vel associar os impactos aos seus agentes causadores seria cab vel tomar emprestado o princ pio do poluidor pagador BEN JAMIN
276. rio do Munic pio de S o Paulo foram apontadas diretrizes que culminaram na recomenda o de que a partir de ent o as necr poles p blicas implantadas seguissem a configura o de cemit rio jar dim Entretanto nos cemit rios fundados posteriormente a esta indica o n o se nota um projeto paisag stico consistente mantendo apenas a caracter stica de n o possuir 4 Cemetery Mount Auburn Wedding Ceremonies Dispon vel em lt http Awww mountauburn org privat e events wedding ceremonies gt Acesso em 02 abril 2013 5 SERVI O FUNER RIO MUNICIPAL DE SAO PAULO 100 anos de Servi o Funer rio Imprensa Oficial S o Paulo 1977 89 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 04 Junho de 2013 t mulos constru dos acima do n vel do solo como o exemplo do Cemit rio S o Pedro localizado na zona leste de S o Paulo Ainda assim neste caso ele se mostra mais agrad vel ao estar do que cemit rios densamente edificados imagem 03 Quando h manuten o insuficiente as reas tumulares gramadas se tornam extens es de terra batida oferecendo um ambiente de baixa qualidade paisag stica Imagem 03 Apesar de n o se notar um projeto paisag stico con sistente a organiza o livre do excesso de constru es tumula res o gramado que se estende e a vegeta o mostram se como elementos agrad veis Cemit rio S o Pedro S o Paulo SP Foto Aline Silva Santos 2011 Outro tipo de disposi o cemiterial d
277. rnas a ele para a obten o de energia alimentos fibras gua e outros materiais No entanto a mesma difere de um ecossistema heterotrofi co natural tal como um recife de ostras por apresentar um metabolismo muito mais intenso por unidade de rea 2001 p 64 Em outras palavras a cidade um ecossistema incompleto porque n o consegue prover servi os em quantidade e qualidade suficiente para os seres vivos incluin do os humanos que nela vivem Alguns desses servi os podem ser obtidos da pr pria natureza S o os servi os ambientais ou servi os ecossist micos ou seja os benef cios que as pessoas obt m dos ecossistemas Segundo o CONSELHO DE AVALIA O ECOSSIST MICA DO MIL NIO Figura 1 os servi os ecossist micos incluem servi os de abastecimento como alimentos e gua servi os de regula o como inunda es e controle de enfermidades servi os culturais como benef cios es pirituais recreativos e culturais e servi os de apoio como ciclo de nutrientes que mant m a vida na Terra 2005 p 95 16 Produ o Regula o Culturais Bens produzidos ou Benef cios obtidos da Benef cios n o materiais aprovisionados pelos regula o dos processos obtidos dos ecossistemas ecossistemas de ecossistema espiritual alimento regula o do clima recreativo gua doce regula o de doen as est tico lenha regula o de cheias inspira o fibra destoxifica o educativo
278. ros em contextos diferentes por m inter relacionados 1 ASPECTOS GEOGR FICOS E POTENCIAL SOLAR O primeiro aspecto talvez o mais imediato aquele que exp e o potencial energ tico solar dispon vel num determinado local e diz respeito posi o geogr fica e s caracter sticas f sicas do entorno A latitude do local define o ngulo de inclina o da ecl ptica solar em rela o ao plano horizontal e os ngulos dos raios solares em rela o vertical do lugar em cada momento do dia e do ano Junto com as con di es macro e micro clim ticas locais como a nebulosidade o n mero de horas de insola o direta o estado e composi o da atmosfera determina se o potencial de energia solar dispon vel Nota se que as condi es clim ticas s o afetadas pela 42 altitude pela proximidade de vastas extens es de gua florestas ou de reas urba nas densamente constru das uma constata o e tamb m uma verifica o por meio de medi es que as regi es mais ensolaradas do planeta desertos pr ximos linha do equador apresentam o maior potencial para capta o da energia solar Obviamente toda esta energia n o pode ser utilizada diretamente seria preciso cobrir toda a superf cie do pa s com pain is fotovoltaicos e mesmo assim a efici n cia destes captadores est longe dos 100 A observa o no entanto pertinente e d margem reflex o As formas de energia utilizadas hoje apresentam toda
279. rte da pra a est sobre uma laje sendo um fator limitante do espa o verde 6 LABVERDE Existe um senso comum de que os espa os p blicos est o sendo cada vez menos usados pela popula o Voc acha que isso procede ou uma falsa percep o SBRUZZI N o vejo isso acontecer na Pra a Franklin Roosevelt J em algumas outras reas p blicas isso procede principalmente pela falta de segu ran a e m conserva o 7 LABVERDE Uma das reas que mais faz sucesso o cachorr dromo Muitos paisagistas acham que c es e jardim s o inconsorci veis Como foi trabalhar esse espa o SBRUZZI Realmente o conv vio desses animais com o jardim na maioria das vezes dif cil Na Pra a Roosevelt como os canteiros no entorno do cachorr dromo s o mais eleva dos em rela o ao piso limita o avan o dos c es sobre eles favorecendo as plantas A escolha do melhor piso para o lugar foi muito discutida pois tamb m est em cima de laje e receberia uma quantidade grande de excrementos desses animais 257 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas Junho de 2013 Optamos no final pela grama batatais Paspalum notatum grama nativa do Brasil muito r stica e resistente em cima de uma camada de solo com sistema de drenagem capta o e direcionamento de todo o l quido ali despejado direto para o sistema de esgoto e n o de guas pluviais vs i Zi A Cal Figura 3 Cachorr dro mo da Pra
280. s altos ndices de efici ncia excelente rendimento e sobretudo s o centralizadas permitindo controle quase absoluto da produ o e da distribui o E conferem altos lucros A energia solar n o pode sozinha e por ora substituir as fontes de energia que cobrem as necessidades da humanidade garante os n veis de produtividade e precisam alimentar um sistema baseado no crescimento ad aeternum hoje Mas combust veis f sseis n o s o renov veis s o esgot veis e poluem o ambiente A energia hidrel trica tamb m traz impactos negativos no entorno com a instala o de grandes usinas e reservat rios Usinas nucleares tamb m demonstram alto ren dimento e efici ncia para produ o de energia no entanto A implanta o de no vas usinas nucleares ap s os recentes acidentes Three Miles Island Chernobyl e Fukushima ficou comprometida a curto e m dio prazo at que a tecnologia visando a seguran a de uso seja totalmente dominada Em escala nacional as a es para a inclus o da energia solar na matriz energ tica que derivam da avalia o do potencial de energia solar local baseado em considera es geogr ficas t m implica es nas esferas pol ticas econ micas e culturais Numa escala menor ou seja de refer ncia ao local das edifica es o micro clima influenciado pela topografia e pela exist ncia de obst culos naturais ou constru dos pela proximidade de vegeta o de grande porte que possam sombrear
281. s buscam gra as a suas caracter sticas t rmicas judiciosamen te escolhidas o melhor aproveitamento da energia solar S o exemplos primorosos do que hoje classificado como arquitetura bioclim tica A prioridade dada ao sol eviden te nos dois casos e influencia e justifica toda a composi o formal No Brasil o exemplo de Rino Levi revela uma postura afirmada do arquiteto no que diz respeito aos seus projetos e sua obra em rela o ao sol A quest o energ tica emerge nem tanto como fruto de preocupa es em economia de energia mas em decorr ncia de um racionalismo extremo na sua forma de projetar com eleg ncia e uso correto dos materiais Rino Levi se serve das solu es da arquitetura para provi denciar conforto interno da maneira mais natural poss vel Esta atitude se nota na im planta o do edif cio do Banco Sul Americano na Avenida Paulista que n o obedece a uma l gica esperada de mercado o fato de virar o pr dio para a Rua Frei Caneca rua secund ria pode ser explicada por uma quest o de ngulos uma reminisc n cias do antigo c digo Sab ia que determinava a altura m xima de um edif cio em 6 HATJE Gerd org Dictionaire de l architecture moderne Fernand Hazan Dijon 1964 Pp 220 221 T A cidade de S o Paulo onde se encontra a maioria da produ o de Rino Levi enfrentou e ainda enfrenta crises c clicas de energia em parte porque os investimentos em energia el trica sempre estiv
282. s de lay outs e atendimento de algumas atividades tradicionais da pra a como as floriculturas O Programa final do projeto e n o da obra discutido e aprovado por setores da comu nidade e da administra o municipal contemplou as seguintes atividades Manuten o de espa o para as floriculturas existentes Cria o de postos da Pol cia Militar e Guarda Civil Metropolitana Cria o de uma edifica o para o uso de um Telecentro e do Centro de Infor ma es da Mulher que j se encontrava na pra a por quase 20 anos Espa os isolados para cachorros Espa os para recrea o infantil Espa os para descanso contempla o e circula o A malha estrutural da Pra a acabou induzindo a cria o de um eixo de liga o entre as duas novas esplanadas de acesso Consola o e Augusta Estas duas novas Esplana das foram criadas com a demoli o do conjunto pr ximo Rua da Consola o e o fecha mento do vazio junto Rua Augusta criando um eixo arborizado para a circula o e o descanso Esta mesma malha estrutural com os chamados caix es perdidos da estrutu ra da laje do piso do plano principal acabou servindo como grandes floreiras para o plantio de um eixo de rvores entre as novas Esplanadas Augusta e Consola o tornando se importante partido de projeto visto a predomin ncia das lajes de concreto neste espa o 242 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Entrevistas PRA A F
283. s do encontro Fonte C40 Cities Baseline Report Tree Planting and Urban Forestry CIDADES MAIS VERDES Moscou Moscou a capital da Federa o Russa que tem cerca de 10 3 milh es de habitan tes na cidade trata se da maior aglomera o europ ia e uma das sete maiores do mundo o centro pol tico econ mico e cultural do pa s Moscou ocupa 1081 km dos quais 323 3 km s o reas verdes ou cerca de 30 da rea total da cidade a qual conta com 120 parques com 2 4 mil ha 272 vias arborizadas com cerca de 1 3 mil ha 392 pra as ocupando 700 ha e 236 reservas naturais reas protegidas de 17 000 ha 1 Rishi Desai Assessor da Presid ncia do C40 Relat rio Base de Cidades C40 Arboriza o Urbana e Floresta Urbana Junho de 2011 2 www c40cities org cities 01 06 2011 3 Apresenta o do C40 Large Cities Climate Summit Apresenta o da Sess o 3 Arboriza o Urbana e Floresta Urbana pelo Sr Anton Kulbachevskiy diretor do Departamento de Recursos Naturais e Prote o Ambiental de Moscou Sao Paulo Junho 2011 223 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 11 Junho de 2013 Moscou mais setentrional de todas as cidades metropolitanas Esta posi o geogr fica imp e condi es especiais de clima como esta o curta de crescimento das plan tas numerosos ciclos de congelamento e derretimento do solo uso de agentes de de gelo no final da primavera e neve e granizo que pesam nas rvores fazend
284. s do pensamento urban stico Na Inglaterra terra de Francis Bacon a est tica emp rica ligada ao corpo natureza e s id ias liberais Na Fran a terra de Des cartes a est tica racional ligada mente t cnica e ao controle sobre a natureza e sociedade Estas duas vertentes deram forma inicialmente ao jardim ingl s e franc s mais tarde estariam no mago do organicismo e do racionalismo na arquitetura e urba nismo modernos Como nunca foram estanques estas correntes se alimentaram reci procamente por m uma predomin ncia tecnicista veio a gerar um afastamento gradual do Pitoresco mesmo nas propostas que deram continuidade corrente org nica O caminho do Pitoresco Inglaterra passa pela visita de seus te ricos aos jardins re nascentistas da It lia que j envelhecidos pela a o do tempo apresentavam trans forma es algumas ruinosas onde heras e musgos cobriam parcialmente as constru es Esta permiss o espontaneidade da vegeta o e da a o do tempo sobre as constru es suscitaria quest es que inspiraram a idealiza o do Pitoresco 5 4 PEVSNER Nikolaus Visual Planning and the Picturesque Los Angeles Getty Publications 2010 5 SCHENK Luciana B M Arquitetura da paisagem entre o pinturesco Olmsted e o Moderno Tese de dou torado Escola de Eng de Sao Carlos USP 2008 63 A defesa do Pitoresco a daquela ordem natural t o pr xima de n s que se expres sa numa a
285. s internos convidam ao usufruto Ao identificar o potencial formal de projetos am bientalmente sustent veis HAGAN 2001 argumenta que o prazer est tico se tornou t o necess rio quanto tico na forma o de uma sociedade que busca o bem estar do maior n mero de pessoas Tal afirma o em reiterar a id ia de que o aproveitamento da energia solar na arquitetura n o significa apenas a justaposi o de equipamentos que prov m energia ou a substituem mas que integrados ao processo de projeto tra zem um significado novo aos espa os e finalmente arquitetura 6 CONCLUS O MITOS E VERDADES SOBRE A ENERGIA SOLAR O aproveitamento da energia solar na arquitetura tem sido alvo de pol micas frente das controv rsias h a quest o do custo considerado elevado De fato mes mos os sistemas apoiados em t cnicas passivas para aproveitar o calor a luz ou para proteger de uma insola o intensa numa edifica o sempre representam um investimento inicial adicional Resta verificar a m dio e longo prazo qual o retorno financeiro em fun o dos benef cios alcan ados que deveriam ser considerados em estimativas de custo beneficio Quanto aos sistemas fotovoltaicos seus altos custos eram justificados at pouco tem po atr s pois os processos de produ o do sil cio utilizado nas c lulas fotovoltaicas 8 HAGAN Susanah Taking Shape a new contract between architecture and nature Architectural Press Oxford 2001
286. s sem infraestru turas refor ando o ciclo vicioso da pobreza Essas ocupa es est o em locais onde se localizavam originalmente ch caras e s tios especialmente nos contrafortes face sul da Cantareira e na regi o das represas ao sul da cidade de S o Paulo na regi o conhecida como Parelheiros e atingem reas de mananciais MELLO TH RY 2011 O programa 100 parques uma pol tica que priorizou essencialmente o potencial pai sag stico e isto foi uma inova o na vis o das fun es ecol gicas de lazer e est tica das reas verdes no munic pio de S o Paulo No entanto quais s o as atribui es e os atributos de um parque urbano Os principais elementos para um parque urbano s o a sua geografia f sica a sua fun o urbana e o relacionamento com seu entorno segundo Kliass 1993 Atualmente essa vis o de contexto deve ter como referencia estudos urban sticos paisag sticos e da ecologia de paisagens Um trip novo no pla nejamento da cria o de parques e unidades de conserva o urbanas METODOLOGIA DO ESTUDO Para entender se existe proporcionalidade desses espa os com os outros tipos de uso da terra definiu se o munic pio de S o Paulo como rea de estudo e os parques urbanos municipais e estaduais existentes foram classificados segundo as seguin tes categorias de espa os livres parques de vizinhan a parques de bairro parques setoriais e parques regionais conforme o dimensionamento das unidades e raio de
287. sado para um nico ou determinado grupo 11 LABVERDE O sr entende que h alguma coisa na atual pol tica da prefei tura de S o Paulo para Pra as que deve mudar ou que pode ser melhorada REIS A fragmenta o das a es da prefeitura e dos outros n veis da administra o p blica estado e uni o dentro da nossa cidade s o problemas concretos a enfrentar 246 principalmente porque a cidade de S o Paulo faz parte da maior rea metropolitana do pa s As limita es das Subprefeituras recursos or ament rios recursos humanos e conhecimento t cnico s o os principais elementos da falta de qualidade do espa o urbano que junto com a falta de sintonia das a es acabam gerando essa sensa o negativa em rela o aos espa os da nossa cidade Acredito que com maiores recursos junto s subprefeituras e a es mais integradas poderemos melhorar este quadro Por fim um aspecto muito importante seria a mudan a de foco das subprefeituras As subprefeituras precisam mudar a vis o de zeladores para gestores das unidades de sua administra o e n o ficarem a reboque de outras institui es 247 3 2 BORELLI amp MERIGO Os projetos e a nova Pra a Roosevelt Borelli amp Merigo um escrit rio de arquitetura e urbanismo fundado em 1978 que tem trabalhos em todo o Brasil e tamb m no Paraguai Peru El Salvador e Angola Seu portf lio re ne aeroportos escolas edif cios de escrit rios e governamentais i
288. senta uma bai xa concentra o tanto em rela o a quantidade de unidades quanto em rea total mas apre senta tamb m menores dados de densidade demogr fica ficando na m dia de 8 000 hab km J a rea central da cidade por apresentar a urbaniza o mais consolidada tem uma car ncia grande de reas verdes apresentando apenas tr s parques de reas relativa mente pequenas Em rela o a sua densidade demogr fica apresenta reas mais densa mente povoadas com popula o superior a 15 000 hab km mas tamb m reas menos densamente ocupadas ficando na m dia de 11 000 hab km A partir desses dados poss vel observar que a maior concentra o de parques APAs e Reservas Ecol gicas est o concentradas na zona sul do munic pio apresentando assim consequentemente a maior cobertura vegetal enquanto em regi es como o centro e a zona leste apresentam as menores porcentagens de reas protegidas e parques urbanos No mapa 2 procurou se esbo ar a distribui o da tipologia de parques urbanos numa base com os remanescentes da cobertura vegetal As fitosonomias campestres do muni c pio s o minimamente representadas nos Parques Urbanos H uma mentalidade institu cional que parques e jardins devem conter fitofisomias arb reas e ou ainda uma paisagis 184 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 09 mo baseado em plantas ex ticas Podemos dizer que alguns parques de bairro na zona oeste leste e norte do munic
289. sentando 1 rea de influ ncia dos parques urbanos e densidade demogr fica por distritos no Munic pio de S o Paulo Mapa 1 2 rea de influ ncia dos parques urbanos e cobertura vegetal do munici pio de S o Paulo Mapa 2 3 Mapa de propostas para o planejamento de parques urbanos conside rando sua rea de influ ncia Mapa 3 Considerando a setoriza o da cidade e o Mapa 1 observamos que a rea central da cidade mais densamente povoada a que possui a maioria das tipologias de par ques em n mero mas n o em rea Nesta n o foram implantados grandes parques regionais com 200ha de extens o De modo geral a maioria dos parques urba nos em qualquer tipologia analisada est o concentrados nas regi es central oeste e leste apesar de alguns distritos muito populosos da Zona Leste como Itaquera Arthur Alvim S o Miguel Paulista n o possu rem nenhuma modalidade dos parques analisados Na regi o central com melhor infraestrutura de acessos por transporte p blico predominam parques de vizinhan a Chama a aten o a Zona Sul com total aus ncia de parques para qualquer tipologia com apenas um parque de vizinhan a uma rea com grandes fragmentos da vegeta o original e que apesar de extensa tem uma ocupa o urbana fragmentada e carente de v rios servi os p blicos dentre estes particularmente espa os livres para lazer O gr fico 1 apresenta o per centual das tipologias do par ques urbanos existent
290. ses sistemas n o convencionais de tratamento de gua tamb m apresentam a van tagem de n o terem rejei o por parte da popula o ao contr rio do que se verifica com as esta es de tratamento de esgoto convencionais De fato pode se verificar que quando essas tipologias construtivas recebem trata mento paisag stico adequado a fun o de tratamento de efluentes muitas vezes pas sa despercebida pela popula o do entorno e pelos usu rios desses espa os Esse fen meno foi observado em visita t cnica ao Parque da Juventude Luis Latorre loca lizado em Itatiba munic pio que faz parte da regi o metropolitana de Campinas PAISAGISMO ESC 1 500 Figura 12 Planta de Paisagismo da gleba Aguas do Mundo no Parque da Juventude Pq Municipal Luis Latorre em Itatiba SP Fonte Eng Andr Bailone da Itubanai empresa respons vel pelo projeto 32 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 01 Uma de suas reas a gleba guas do Mundo Figura 12 faz o tratamento da gua polu da que chega de uma encosta vizinha como pode ser visto nas figuras 13 14 e 15 O sistema de wetlands recebeu um tratamento paisag stico figuras 16 e 17 que compatibilizou o tratamento de guas com o lazer dos usu rios do parque figuras 18 19 e 20 oferecendo ainda um estimulante ambiente para a educa o ambiental figura 21 e ref gio para biodiversidade figuras 22 23 e 24 Figura 15 A encosta fonte da
291. seus edif cios densamente agrupados uns sombreando os outros Latitude 15 52 13 N Longitude 48 39 12 E Figura 4 Cidade de Shibam Hadhramaut lemen Desenho do autor Fonte http www geolocation ws v P 61589247 shibam hadramaut yemen en E a at ah ae p yr Pes es ARS SD a a T AE Hia Figura 5 Cidade de Shibam Hadhramaut lemen Alta densidade e edif cios agrupados para som breamento durante o dia Material de base pesado para amortecer a amplitude t rmica Desenho do autor Fonte http www boston com bigpicture 2008 10 stormbattered_yemen html 52 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 02 O pr prio desenho de Masdar City Figura 2 proposto pelo escrit rio Foster amp Partners como da cidade ecol gica de Ras Al Khaimah Figura 6 projetada por Rem Koolhaas ambas nos Emirados rabes Unidos EAU de planta quadrada com edif cios aglutina dos formando de longe uma massa compacta para se proteger do sol e das tempesta des de areia se assemelha s cidades mais antigas implantadas em desertos Latitude 25 61 36 N Longitude 55 93 88 E LA Ar S a Ea a Figura 6 Maquete da cidade de Ras Al Khaimah Rem Koolhaas 2008 Cidade compacta para prote o do calor e das tempestades de areia Desenho do autor Fonte http Awww greatbuildings com architects Rem_Koolhaas html Acessado em 30 03 2009 Nota se uma diferen a brutal por exemplo com o dese
292. sistemas arquitetura urbanismo Infraestru turas verdes SHAPE AND FLOW NATURE IN THE CITY ON TWO TRENDS ABSTRACT Discussions about the future of cities propose two contemporary trends as develop ment paths One focuses the past and the other the future The way how construction and nature are related has great importance in the integration of cities and ecosyste ms This paper proposes to assimilate the qualities and overcome the contradictions of each introducing a sensible dimension able to integrate them Keywords urban ecology ecosystems architecture urbanism green Infrastructures 59 Torna se fundamental uma transi o gradativa das formas vegetais para as arquitet nicas assim como em alguns tipos de m sica os diversos acordes destoantes se combinam em transi es de extrema harmonia CAMILLO SITTE O verde na metr pole INTRODU O Este estudo toma como refer ncia duas tend ncias contempor neas do pensamento urban stico Ambas se prop em como caminhos para o desenvolvimento de projetos mais sustent veis frente s incertezas de um mundo em crise Recentemente um ca loroso debate se travou entre elas sugerindo num primeiro momento uma oposi o que se estende desde quest es t cnicas at ideol gicas Uma an lise imparcial no entanto pode confrontar seus pontos positivos e negativos j apontados por te ricos de ambos os lados Estas tend ncias est o bem representadas pelo New Ur
293. so em 01 Abril 2013 11 PORTAL DA C MARA MUNICIPAL DE SAO PAULO Projeto quer incentivar a crema o no municipio Dis pon vel em lt http www prefeitura sp gov br cidade secretarias servicos servico funerario noticias index php p 3913 gt Acesso em 25 julho 2012 93 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 04 Junho de 2013 memoria do morto em semelhan a aos tradicionais t mulos Observa se at mesmo a identifica o de pontos de cinzas com placas esculturas de jardins e pequenos arbustos imagens 06 e 7 Estas formas de disposi o evocam ambientes com carac ter sticas menos f nebres no local e acabam por suscitar usos diversos dos espa os livres Durante os finais de semana e f rias escolares a rea gramada fica repleta de jovens empinando pipas imagem 08 Tamb m se encontram pessoas fazendo cooper andando de bicicleta adestrando c es enfim uma profus o de atividades imagens 09 10 11 e 12 Estes usos podem ser uma clara evid ncia de falta de espa os livres p blicos ade quados s variadas atividades de lazer da popula o No entanto um exemplo que mostra como estes locais t m potencialidade de ser mais amig veis com o seu en torno com a cidade e com as pessoas sem suscitar medos ou ang stias Imagens 06 e 07 Cremat rio Municipal Dr Jayme Augusto Lopes cinzas esparzidas no jardim e marcos de identifica o O esparzimento das cinzas permitido no local e as demarca es
294. star a atividades como caminhadas medita o e estudo da natureza T m tamb m potencial de desem penhar um papel significativo na conserva o da fauna pois se encontram apartados da intensa atividade urbana oferecendo meio ambientes que favorecem animais e p ssaros Anne Spirn 1995 cita a cidade de Boston onde na d cada de 1970 os cemit rios representavam 35 dos espa os livres da cidade e constituiam se como redutos de vida selvagem no meio urbano Destes se destaca o cemit rio de Mount Auburn local muito procurado por observadores de p ssaros Assim este artigo pretende discutir alguns espa os cemiteriais e suas formas de des tina o dos corpos num recorte mais especificamente brasileiro apontando algumas iniciativas que possam ensejar uma integra o positiva com o meio urbano e criar situa es sustent veis colaborando para cidades mais verdes OS ESPA OS CEMITERIAIS E COMO SE APRESENTAM NO MEIO URBANO Pode se dizer que as formas como os mortos s o tratados e seus locais e formas de disposi o final s o reflexos de concep es culturais De maneira geral no Brasil de acordo com o que acontecia na Europa desde a Idade M dia os cemit rios inicial 86 mente se encontravam dentro das igrejas O rompimento acontece no s culo XVIII com o advento das reformas e medicina urbana e movimento de laiciza o do Estado ARIES 1977 Assim surgem os primeiros cemit rios laicos Estes se caracteriza vam
295. stema Nacional de Informa es sobre o Saneamento SNIS do Minist rio das Cidades O Jap o refer ncia mundial no assunto atingiu a marca de p fios 3 Segundo o levantamento Indicadores do Desenvolvimento Sustent vel Brasil 2012 do IBGE Em todo o Pa s tem crescido continuamente ao longo do per odo analisado o percentual da popula o com abastecimento de gua considerado adequado tendo alcan ado 93 1 na zona urbana em 2009 Os percentuais s o menores na zona rural 32 8 que mais atendida por outras formas de abastecimen to de gua como po o ou nascente e outros tipos Os percentuais de popula o abastecida por rede geral de gua nas reas urbanas s o mais elevados na Regi o Sudeste 97 1 e na Regi o Sul 95 3 do que nas Regi es Nor deste 92 0 Centro Oeste 91 6 e Norte 93 1 p 108 109 O estudo aponta que o estado de S o Paulo destaca se com 99 3 da popula o atendida por rede de abastecimento de gua o que se reverte em melhoria das con di es de sa de e higiene e portanto melhor qualidade de vida um dos principais indicadores para se aferir o desenvolvimento sustent vel O esgotamento sanit rio O esgotamento sanit rio um servi o de import ncia crucial para a qualidade de vida das pessoas j que controla e reduz doen as ajudando a minimizar o impacto dos as sentamentos humanos sobre os ecossistemas Em n tido contraste com os elevados n veis de abast
296. stico Patricia Akinaga Arquitetura Paisagistica e Desenho Urbano S s Ltda PATR CIA AKINAGA arquiteta paisagista e urbanista Co autoria no Plano paisag stico NK amp F ARQUITETOS ASSOCIADOS LTDA FRANCINE SAKATA arquiteta paisagista e urbanista TOLEDO PIZA ARQUITETURA PAISAG STICA E EDUCA O AMBIENTAL LTDA PLINIO TOLEDO PIZA arquiteto paisagista e urbanista Projeto arquitet nico e de ilumina o ANDREA JUNQUEIRA CAMPOS arquiteta Consultoria em conforto t rmico e ilumina o Ambiental S C Ltda ELIZABETH KYOTOKU MATSUMOTO arquiteta JULIETTE HAASE DE AZEVEDO arquiteta Consultoria projeto de estrutura Cia de projetos Ltda HELOISA MARINGONI engenheira Supervis o e apoio t cnico EMBU S A Engenharia e Com rcio Guapuruvu Participa es e Gest o de Neg cios Ltda Instituto Embu de Sustentabilidade F BIO BARROS engenheiro civil 263 AMARILDO LIMA engenheiro civil RICARDO AUGUSTO engenheiro civil Consultoria ambiental MGA Minera o e Geologia Aplicada Ltda LU S ANTONIO TORRES DA SILVA engenheiro agr nomo H RCIO AKIMOTO ge logo Levantamento planialtim trico terraplenagem AGNALDO S RGIO BERTOLO t cnico em constru o civil Consultoria em Hidrologia geotecnia energia e drenagem BUREAU DE PROJETOS E CONSULTORIA LTDA LCIO AUGUSTO C SAR engenheiro civil B RBARA CHIODETO DE PAULA SILVA engenheira civil Consultoria jur dica MANESCO RAMIRES PERES AZEVEDO MARQUES ADVOCACI
297. t http www time com time health article 0 8599 20222 06 00 html gt Acesso em 02 abril 2013 PORTAL DA CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO Projeto quer incentivar a cre magao no municipio Disponivel em lt http www prefeitura sp gov br cidade secreta rias servicos servico_funerario noticias index php p 3913 gt Acesso em 25 julho 2012 Reddict crematorium pool heating plan wins green award BBC Hereford amp Worces ter Inglaterra 07 Feb 2011 Dispon vel em lt http www bbc co uk news uk england hereford worcester 133727 02 gt Acesso em 02 abril 2013 S O PAULO Processo n 2009 0 275 948 1 Concorr ncia internacional n 01 SFMSP 09 Di rio Oficial da Cidade de S o Paulo S o Paulo 30 Nov 2010 Dispon vel em lt http www docidadesp imprensaoficial com br NavegaEdicao aspx Clipld B5JIH JQ3SKRD1Ne8Q020Q59LBOLGO gt Acesso em 12 abril 2013 Biocremation Dispon vel em lt http www biocremationinfo com gt Acesso em 02 abril 2013 Mount Auburn Cemetery Dispon vel em lt http www mountauburn org private event s wedding ceremonies gt Acesso em 02 abril 2013 Orthometals Dispon vel em lt http nww orthometals com gt Acesso em 17 abril 2013 Sincep Acembra Dispon vel em lt http nww sincep com br Crematorios gt Acesso em 01 abril 2013 Turismo Santos Dispon vel em lt http www turismosantos com br categoria catego rias do guia roteiros gt Acesso em 02 abril 2013 105 AR
298. ta LABVERDE n 6 Artigo n 10 6 RESULTADOS 6 1 AVALIA O DA VOCA O DE USO DOS ESPA OS LIVRES COMO LOCAIS DE PERMAN NCIA OU PASSAGEM Foram consideradas como locais de passagem as reas demarcadas pelas linhas pontilhadas na figura 8 Os demais espa os livres foram considerados como locais potenciais de maior perman ncia e conv vio Locais de passagem sempre que poss vel deveriam apresentar vegeta o arb rea tanto nas cal adas como nas reas internas s quadras Poderiam tamb m apresentar uma combina o entre vegeta o arb rea arbustiva e herb cea Houve um cuidado e aten o maior na especifica o e localiza o da vegeta o arbustiva levando se em conta a quest o da seguran a do pedestre e visibilidade do ciclista e a vegeta o herb cea quanto possibilidade de pisoteio Locais de perman ncia nas reas de perman ncia ensolaradas no inverno foi pro posta vegeta o herb cea e arbustiva Como n o h abund ncia desse tipo de rea no bairro tomou se o cuidado de garantir a insola o nessas reas evitando se vege ta o de porte arb reo 4 PES UTP ap il T be sa A Figura 11 Ilustra o de um local de perman ncia ensolarado no inverno com predomin ncia de vegeta o arbustiva e herb cea 209 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Junho de 2013 Nas reas ensolaradas no ver o foi proposta uma combina o entre vegeta o her b cea arbustiva e a
299. ta e bambu como suporte 2008 Tese Dou torado em Engenharia Civil Saneamento e Ambiente Universidade Estadual de Campinas WWF A Pegada Ecol gica de S o Paulo Estado e Capital e a fam lia de pegadas WWF 2012 38 ARTIGO N 2 ARQUITETURA E ENERGIA SOLAR H ALGO DE NOVO ARCHITECTURE AND SOLAR ENERGY IS THERE ANYTHING NEW DOMINIQUE FRETIN ARQUITETURA E ENERGIA SOLAR H ALGO DE NOVO DOMINIQUE FRETIN Possui gradua o em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de S o Paulo 1974 mestrado 2002 e doutorado 2009 em Arquitetura e Urbanismo ambos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie Atu almente pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor assistente na faculdade de Arquitetura e Urbanismo desta mesma Universidade Tem experi ncia na rea de Arquitetura e Urbanismo com nfase em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo atuando e lecionando principalmente nos seguin tes temas arquitetura energia solar sustentabilidade projeto de arquitetura qualidade de vida efici ncia energ tica e conforto ambiental T rmica ac stica insola o ventila o ilumina o natural Endere o para acessar CV Lattes http lattes cnpq br 6612511393884906 e mail dominixme gmail com RESUMO N o h d vidas quanto evolu o do aproveitamento da energia solar e ao progresso acelerado das t cnicas capazes de explorar esta forma de energia A novidade est na transforma o da r
300. ta urbana incluiu um repo voamento vegetal n o s com rvores mas tamb m com arbustos e herb ceas no intuito de melhorar a qualidade ambiental A diversidade das rvores selecionadas em Addis Abeba chega a quinhentas esp cies superando as trezentas esp cies nativas existentes no pr prio pa s A esp cie dominante era o eucalipto que est sendo subs titu do pela madeira vermelha africana Haginea abyssinica Figura 08 Viveiros de mudas para a arboriza o urbana em Addis Abeba Fonte Apresenta o do C40 large Cities Climate Summit S o Paulo Brazil The Case of Addis Abeba 229 Estas metas em Addis Abeba foram de suma import ncia tanto para a absor o de carbono e redu o de polui o como para criar uma oportunidade de emprego na cria o de bosques para consumo da madeira como recurso energ tico Mais de 500 fam lias dependem desse recurso para sua exist ncia A Eti pia foi reconhecida pela UNEP Programa de Meio Ambiente da Na es meta Unidas no seu esfor o pelo plantio de rvores 700 milh es em 2008 Atualmente a vegeta o que cobre a cidade equivale a 16 desse n mero sendo que a meta do Plano Diretor 41 CONCLUS ES E RECOMENDA ES O encontro C40 ocorrido em S o Paulo no inicio do m s de junho chamou nos a aten o para o fato de que as mudan as clim ticas est o sendo notadas em v rios lo cais do mundo causadas principalmente por atividades humanas como a destrui
301. tados por meio de observa o direta registros fotogr ficos e entrevistas com quest es abertas entre os dias 10 e 12 de julho de 2012 VIETLER 2002 As visitas aos Pontos de Cultura foram agendadas por meio de contato telef nico com os seus respectivos gestores entre os dias 18 e 19 de junho de 2012 Para avalia o dos Pontos foi elaborado um question rio contendo crit rios objetivos com escala de pontua o de 1 a 3 sendo 1 a pontua o m nima e 3 a m xima Ressalvas sobre outros fatores percebidos mas n o relatados para pontua o tamb m foram agregados coleta de dados RESULTADOS E DISCUSS O O Cat logo da Rede dos Pontos de Cultura do Estado de S o Paulo indicou 4 Pontos de Cultura na cidade de Santos por m um deles foi desconsiderado o Azimuth Ponto de Cultura e Sustentabilidade classificado como integrante da cidade de San tos por m encontrava se geograficamente localizado no munic pio de Ilhabela Deste modo restaram o Projeto Parcel localizado na rea continental de Santos o Vozes da Senzala e a Esta o da Cidadania e Cultura ambos localizados na rea insular de Santos BRASIL 2012 3 http www azimuth org br 4 http www parcel org br 5 http vozesdesenzalapontod wix com vozesdesenzalapontodecultura ecoam as vozes http pontoestacaodacidadania wordpress com 148 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 07 A visita inicial Esta o da Cidadania e
302. tal contamination leading the author to propose new technologies to make those areas more sustainable in the urban environment 11 Article 7 stands out from the rest due to its approach to culture and citizenship ap plied to the culture points in the city of Santos This subject is linked to the theme of LABVERDE Magazine due to its commitment to research human ecology bringing interesting results in cultural resilience In the section Interviews LABVERDE Magazine brings the discussion on the New Roosevelt Square applying ten questions to the interviewed people Stand out there the interviews with the architect RUBENS REIS with representatives of company BORELLI amp MERIGO and with the landscape architect FABRICIO SBRUZZI In the section Testimony the architects ANA LUCIA BURJATO and PATRICIA AKINAGA present the Project to the State Park Tizo developed by various teams of professionals from different fields of knowledge which are aligned with sustainability issues The section Events presents the launch of the book City for All re learning to live with Nature wrote by the urban landscape architect CECILIA POLACOW HERZOG president of INVERDE during the night of book signing in Livraria da Vila at Alameda Lorena Sao Paulo on June 10 2013 It is wished this edition provide a pleasant reading June 2013 MARIA DE ASSUNGAO RIBEIRO FRANCO Publisher LABVERDE Magazine 2 ARTIGOS
303. tando abundantemente a conectividade da matriz Esp cies de animais desaparecem PAISAGEM CULTIVADA Sistema social que diretamente controla a terra e a pr tica de uso Extensivas plan cies s o cultivadas e tipicamente dividido o solo para a troca do tipo de plantio de acordo com a esta o A popula o moderadamente densa PAISAGEM URBANA Geralmente variada porque cidades assumem varias fun es A relativa homog nea desorganiza o transforma a paisagem numa estrutura organizada Sugere que a ordem f sica das comunidades urbanas comparada fun damentalmente a ordem org nica dos organismos A paisagem urbana composta de dois tipos de elementos da paisagem ruas e quadras com uma dispers o de parques e outras paisagens incomuns Normalmente o resultado das caracter sticas culturais e do sistema pol tico Poucos animais e esp cie de plantas reproduzem na cidade O ac mulo do lixo e esgoto uma das consequ ncias da urbaniza o que afeta direta mente a paisagem Todas as reas abertas s o de excepcional import ncia para a bio diversidade De toda forma a cidade tamb m um sistema ecol gico espacialmente sobreposto e com pouca conex o A grama da cidade as rvores e outras plantas oferecem suporte a uma estrutura ambiental bastante simplificada Outra influ ncia humana sobre a paisagem que deve ser considerada a desertifica o desmatamento e eros o para entender como as pessoas afetam a paisag
304. te momento entendemos que n o t nhamos mais espa o para solu es paliativas de gest o e ou melhorias a proposta era encarar de fren te o real problema da Pra a ou seja ela mesma De uma certa forma esta proposta de demoli o dos excessos j contava com o senso comum dos t cnicos da administra o e dos especialistas da sociedade civil e de grande parte da popula o 239 3 LABVERDE Os problemas surgiram com o passar do tempo e por isso imprevis veis ou o projeto original j apresentava falhas conceituais desde o in cio REIS Inaugurada em 25 de Janeiro de 1970 a Pra a Roosevelt j apresentava s rios sinais de decl nio em meados dos anos 80 crise que se prolongaria at o in cio das obras de recupera o em 2009 Os problemas foram se acumulando durante todo esse per odo como atestam as re portagens da imprensa local chegando ao ponto de a Municipalidade propor a pintura de verde da pra a no intuito de tentar amenizar a aridez do espa o A anterior fragmenta o do tecido urbano promovida pela interven o vi ria n o foi recuperada com a implanta o da Nova Pra a ao contr rio o novo projeto e obra conclu da com os seus v rios n veis lajes e patamares excessos formais excessos de massas constru das bloqueios visuais e de acessibilidade junto com os proble mas posteriores de gest o administra o da prefeitura acabaram decretando a fal n cia deste espa o em um espa o de
305. tens anteriores Contudo existem custos diretos e indiretos que devem ser considerados no seu planejamento e implanta o Como aponta Spirn 1995 a vegeta o urbana tem que conviver com enormes pres s es biol gicas f sicas e qu micas que dificultam sua sobreviv ncia no ambiente ur bano fazendo com que as rvores na cidade vivam menos Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos pela American Forest Association conclu ram que a sobrevida m dia de uma rvore urbana plantada em regi es centrais de apenas 13 anos tempo insuficiente para que atinja um porte capaz de desempenhar de forma plena os benef cios citados nos itens anteriores ROTERMUND MOTTA e ALMEIDA 2012 Essa diminui o da sobrevida das rvores em meio urbano deve se sua conflituosa conviv ncia com a massa edificada da cidade e seus habitantes As rvores das ruas levam uma vida marginal suas ra zes presas entre as funda es das edifica es e das ruas enroscadas entre as linhas de telefones eletricidade g s e gua e envoltas por um solo t o compacto e inf rtil como o concreto Seus troncos s o entalhados pelos p ra choques dos autom veis correntes de bicicletas e at pelas grades instaladas para proteg las Seus galhos s o podados pelos nibus Folhas e cascas s o 137 tostadas no calor refletido pelo cal amento e pelos muros ou condenadas a uma sombra perp tua pelos edif cios adjacentes As ra zes s o encharca das o
306. ti o e simetria estimula os sentidos com diferentes contrastes de cores formas texturas sons e aromas inspira o esp rito humano por sua beleza e surpresas uma riqueza que se expressa no corpo emo o e imagina o extrapolando o sentido meramente est tico lan MacHarg j de finira a diversidade como ecologicamente necess ria e Michael Hough a estendera ao social e energ tico Quanto maior a diversidade menor a entropia maior a resist ncia a tens es e menor a vulnerabilidade e assim mais alta sua resili ncia O New Urbanism por sua vez determina uma uniformidade excessiva na arquite tura tra ado vi rio arboriza o e desenho da paisagem Mais do que a defini o de recuos e densidade construtiva determina atrav s de manuais detalhados o es tilo arquitet nico elementos de fachada mobili rio urbano largura e materiais das cal adas e at quais esp cies de rvores devem ser plantadas em espa amentos regulares nas cal adas At certo ponto a regulariza o pode ser positiva por m em excesso torna artificiosos os lugares da cidade O estilo tradicional temperado com a est tica industrial como prop e o New Urbanism recai com frequ ncia no artificioso nos remetendo ao par que tem tico e a cenografia Mas o habitante da cidade contempor nea se tornou t o 12 HARVEY David The New Urbanism and the Communitarian Trap 13 Expuls o de popula o de menor renda pela valoriza o do solo urban
307. to dos obst culos visuais e de acessibilidade procu rando uma maior articula o com o entorno Foi positiva tamb m ao resolver de uma vez por todas os problemas relacionados s constantes e necess rias manuten es de um espa o que se encontrava impossibilitado de uso e de grande dificuldade de gest o e administra o por parte da prefeitura Os estudos desenvolvidos por mim desde 1989 at 2009 e o projeto executivo avan aram dentro do prazo e das condi es poss veis dentro da administra o sempre truncado e sem continuidade A obra foi executada dentro de outras condi es de limita es que acabaram no meu entender comprometendo o resultado final mas de qualquer forma acredito que estamos ainda em um processo que poder se com pletar se ocorrer um acompanhamento da obra face s novas demandas e aos novos problemas surgidos ou que possam surgir 5 LABVERDE Como se chegou defini o do programa e dos planos de massa da nova pra a REIS Infelizmente a administra o municipal nunca teve uma clareza em termos de programa para o referido lugar ao contr rio a pra a sempre foi um problema que fi cava passando de m os em m os de v rios rg os da administra o gerando desta forma uma grande dificuldade na formula o de um programa Sempre com dificuldades ligados falta de recursos e indefini o em rela o aos locat rios que se encontravam na pra a o projeto da de Reurbaniza
308. tomada da cidade tradicional como prop e o New Urbanism pressu p e a supera o desta vis o que frente ao paradigma ecol gico sabemos ultrapas sada Assim o verde aparece atrav s de uma intensiva arboriza o canteiros jardins pra as e parques No entanto notamos que aquela distin o persiste no modo como se comp e a rela o entre constru o e espa os livres Vincent Scully um importante expoente do New Urbanism fizera a seguinte afirma o Toda cultura humana deseja proteger os seres humanos da natureza e mitigar os efeitos de suas leis imut veis sobre eles A arquitetura umas das melhores estrat gias neste esfor o 8 Essa afirma o tradicionalista transmite mais uma no o de conflito do que coopera o e estabelece limites bem definidos entre o que e o que n o cidade Esta no o tomada como ponto de partida para o projeto o condiciona por um vi s ecologicamente ineficaz Ao reafirmar a cis o entre natureza e civiliza o reproduz um distanciamento te rico e sens vel Ainda que a inten o seja a preserva o das terras agr colas e naturais atrav s da conten o da expans o urbana a efici ncia desta t cnica tem sido contestada Alex Krieger em sua cr tica ao New Urbanism afirma que a mera reposi o de edif cios tradicionais na paisagem insuficiente para impedir a expans o H algo de essencial no que Camillo Sitte prop s em seu cl ssico A Constru o das Cidades S
309. tos de urnas funer rias s o dispostos parte e descartados Uma solu o eficiente a reciclagem destes elementos Desde o final da d cada de 1990 j existem empresas que realizam este servi o sendo a primeira surgida na Holanda pa s cujo ndice de crema o de 57 entre a popula o H a possibilidade de reciclagem de todo o tipo de implantes cir rgicos como pinos de a o e quadris de tit nio O sistema consiste em separa o dos metais das cinzas por meio um aparelho que faz este trabalho automaticamente Estes metais ent o passam por uma identifica o e s o destinados de acordo com seu tipo podendo ser empregados por exemplo na fabrica o de autom veis pe as de motores de aeronaves e at mesmo turbinas e licas Entretanto n o h a reutiliza o direta de qualquer tipo de implante interessante frisar que antes de haver este processo deve existir o consentimento dos parentes da pessoa falecida que assinam um termo autorizando o procedimento 16 Para se ter um grau comparativo o custo de dois novos fornos para o cremat rio municipal de S o Paulo comprado por meio de licita o em 2010 foi de US 720 000 00 J o custo de apenas um equipamento de Bio Crema o por volta de 600 000 00 Fontes Fernando Schilling a S O PAULO Processo n 2009 0 275 948 1 Concorr ncia internacional n 01 SFMSP 09 Di rio Oficial da Cidade de S o Paulo S o Paulo 30 Nov 2010 Dispon vel e
310. transpira o e n o durante a fotoss ntese que ocorre a maior parte do consumo de energia das plantas Durante esse processo as folhas s o resfriadas assim como o ar ao redor delas ao mesmo tempo em que ocorre o aumento de umidade do ar A import ncia e o desejo de que esse processo ocorra dependem das condi es de temperatura e umidade locais De acordo com Magalh es e Crispim 2003 o processo de evapotranspira o res pons vel pelo consumo de 60 a 75 da energia solar incidente na vegeta o sen do que uma rvore isolada saud vel e com bom suprimento de gua pode transpirar 400 litros de gua dia Spangenberg 2009 alerta para o fato de que a defini o das fra es de absor o transmiss o e reflex o dos doss is vegetais mais complexa do que a dos materiais de constru o devido arquitetura da copa das rvores distribui o heterog nea de folhas diferen a entre as esp cies etc Labaki et al 2011 observam que a informa o existente sobre o comportamento da transmiss o da radia o solar atrav s de rvores isoladas ou agrupadas bastante reduzida principalmente no que se refere s esp cies da flora brasileira O impacto da vegeta o no consumo de energia para aquecimento e resfriamento dos edif cios pode ser bastante significativo Em rela o ao resfriamento a sombra produzida pela vegeta o localizada pr xima s paredes e janelas reduz o ganho de calor solar sem obs
311. truir completamente a circula o de ar Ademais reas gramadas ao redor dos edif cios reduzem a radia o solar refletida pelo solo e pavimentos dimi nuindo tamb m os ganhos de calor da edifica o Em rela o diminui o do consu mo de energia para aquecimento dependendo do arranjo de plantio e da localiza o da vegeta o ela capaz de diminuir a velocidade do vento ao redor das constru es minimizando assim as taxas de infiltra o de ar GIVONI 1998 Spangenberg 2009 ressalta que os benef cios proporcionados pelo sombrea mento durante o ver o podem se converter em desvantagens durante o inver no em determinados locais Nessas situa es o plantio de esp cies caducif lias pode maximizar os benef cios 130 VENTILA O De acordo com Llardent 1982 as massas arb reas conseguem redu es impor tantes na velocidade do vento entre 20 e 50 Tais redu es ocorrem de maneira gradual e ao contr rio das barreiras s lidas n o provocam zonas de turbul ncias sendo portanto mais eficientes Segundo Givoni 1998 o impacto da vegeta o no fluxo de ar ocorre com maior intensidade pr ximo ao solo e depende do arranjo de plantio e das esp cies utilizadas O deslocamento do ar regula a sensa o t rmica pois estimula a evapora o e as perdas de calor por convec o MASCAR 1996 Em climas quentes e midos a redu o da velocidade do vento pode gerar desconforto por m em climas frios
312. u ressecadas pelo excesso ou pela falta de gua em qualquer caso sua capacidade de fornecer nutrientes essenciais rvore drasticamente reduzida O fato de a rvore de ruas e cal adas sobreviver de alguma forma mais surpreendente do que o de ser t o curta sua m dia de vida SPIRN 1995 p 193 e 194 Parte dos custos associados presen a de vegeta o nas cidades adv m justamente dos conflitos mencionados por Spirn 1995 CUSTOS DIRETOS A implanta o e a perpetua o da vegeta o em reas urbanas demandam diversas a es de planejamento e administra o a cargo principalmente do poder p blico mu nicipal A es de plantio e manuten o incluindo podas irriga o e varri o deman dam pessoal habilitado e equipamentos espec ficos A integra o com a infraestrutura existente na cidade um dos problemas mais re correntes associados vegeta o urbana A interfer ncia com as redes a reas a proximidade com as edifica es gerando sombreamento excessivo e inseguran a o entupimento de bueiros e bocas de lobo pelas folhas das rvores a interfer ncia com a ilumina o p blica e com a sinaliza o muitas vezes encoberta por galhos al m de danos a pisos e pavimentos causados por ra zes superficiais s o alguns dos proble mas verificados A queda de rvores um dos maiores transtornos que acometem as cidades brasilei ras durante o per odo de chuvas que podem ser mais intensas nas
313. uadra ver figura 3 onde os espa os livres concentram se no interior das quadras Figura 3 Nova proposta de tipologia de desenho urbano escolhida para a presente pesquisa ca racterizada por quadras urbanas fechadas por edi f cios novos justapostos aos existentes configu rando uma ocupa o no per metro das quadras 5 Entende se por escala da quadra trabalhar com o desenho urbano em dimens es m nimas de quadra tendo esta como unidade de planejamento 200 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 10 Figura 4 Perspectiva da tipologia de desenho urbano escolhida para a pesquisa configurando uma ocu pa o no per metro das quadras Os edif cios em cinza s o os exis tentes e os brancos s o os novos edif cios propostos Figura 5 Vista da tipologia de implanta o desenho urbano escolhido por essa pesquisa 4 OBJETIVOS DO PROJETO DAS NOVAS REAS LIVRES 1 Diversificar e ampliar a oferta de reas de lazer pr ximo s reas de trabalho e moradia Uma das preocupa es do adensamento das edifica es de uso misto a oferta de espa os de lazer tanto para a popula o residente como para a popula o que trabalha ou frequenta a rea Assim uma das diretrizes do projeto foi o aproveitamento das esquinas das reas entre os edif cios e das reas no inte rior das quadras Tal solu o s poss vel quando a unidade de planejamento e projeto a pr pr
314. ualquer processo melhor que uma for ma fixa uma fal cia A ecologia n o consiste somente de processos mas tamb m de estruturas relativamente fixas como as geol gicas e topogr ficas na natureza forma e processo coexistem Por outro lado pragas e epidemias por exemplo s o processos patol gicos assim como podem ser certos processos econ micos Se gundo Spencer na China nos 20 anos que se seguiram s reformas econ micas a transforma o territorial produziu cerca de quatrocentas novas cidades Uma cres cente disparidade de renda entre popula o urbana e rural gerou setenta milh es de 23 Carles Waldhein em Landscape Urbanism Readers 24 The Obdurate Form of Lanscape Urbanism Neoliberalism Designs and Critical Agency 15 migrantes permanentes problemas ambientais como a exaust o do solo e polui o perda de extensas reas produtivas assentamentos prec rios e s rios problemas de seguran a alimentar Descomprometida com estes problemas uma forma obstinada de Landscape Urba nism se satisfaz em reproduzir argumentos para mobilidade conectividade e flexibi lidade quando este tipo de superf cie infinitamente reprogram vel funciona como o campo ideal para os imperativos neoliberais Dentro de certas condi es esta obsti na o torna se um obst culo significante para o desenvolvimento de pr ticas critica mente engajadas com a integra o entre ecologia e justi a social O processo no dese
315. ue a Regi o Metropolitana no futuro fique mais quente e rida com as pre cipita es concentradas no m s de inverno e altas temperaturas no ver o todavia ainda h muitas incertezas pois os modelos clim ticos ainda podem sofrer in meras altera es Addis Abeba Addis Abeba capital federal da Eti pia conta com 3 milh es de habitantes distribui dos numa rea de 540km Esta rea que teve uma densa cobertura vegetal natural hoje se v ocupada por reflorestamentos de eucaliptos e apresenta um ndice pluvio m trico relativamente baixo de 1200 mm anuais em decorr ncia de seu habitat ter sido seriamente devastado por problemas de ocupa o humana Figura 07 Regi o Metropolitana de Addis Abeba Fonte Apresenta o do C40 large Cities Climate Summit S o Paulo Brazil The Case of Addis Ababa 228 Junho de 2013 Revista LABVERDE n 6 Artigo n 11 Para minimizar essas condi es prec rias e recuperar os recursos naturais o go verno criou um Plano Diretor determinando a transforma o de 22 000 ha de terras em reas verdes o que significa 41 do total da rea da cidade Essas reas ver des incluem florestas parques p blicos de recrea o parques lineares ao longo de rios e agricultura urbana Foram criadas v rias estufas incentivando principalmente a substitui o de esp cies ex ticas por esp cies nativas de crescimento r pido para acelerar a arboriza o O foco do planejamento da flores
316. ues e uma soma de reas correspondente a 24 milh es de m e a meta para 2012 era atingir 100 parques somando uma rea corresponde a 50 milh es de m Secretaria do Verde e do Meio Ambiente Programa 100 Parques 2012 Meta n o atingida conforme dados oficiais Mas qual a import ncia da distribui o espacial e da tipologia de parques no ambiente urbano Observando os dados da tabela 1 e do gr fico 1 poss vel perceber que em muitas regi es apesar do grande n mero reas verdes a rea total ainda baixa se comparada s zonas Norte e Sul Tabela 1 N mero e rea ha das reas protegidas p blicas do munic pio de S o Paulo divididos por zonas fonte SVMA org por Lara C C Costa 2012 Zona Pqs Urbanos APAS Es UCs Estaduais rea ha Norte 16 0 0 3 5 893 5 Sul 21 2 6 2 48 502 9 Centro 3 0 0 0 26 4 Leste 25 1 2 1 4 9228 Oeste 21 1 1 0 134 3 Total 86 4 9 6 63 189 3 Ha que se considerar ainda os dados da densidade demografica No mapa 1 temos a regiao sul do municipio com baixa densidade populacional Vemos que a maioria dos parques esta situada nas areas de maior densidade demografica No entanto a Zona Leste uma das maiores da cidade e possui tamb m uma das maiores concen tra es populacionais e o n mero e tipologia de parques bem menor do que nos setores central oeste e sul 183 Segundo dados da Funda o Seade do ano de 2004 a Zona Leste a
317. ulo notadamente a partir do in cio do s culo XX n o foi acompanhado por um plano de reas verdes que atendesse demanda social por espa os de recrea o lazer e descanso al m das fun es culturais ambientais e sociais intr nsecas das reas ver des urbanas A cidade se expandiu transformando significativamente as caracter sticas geoecol gicas do seu sitio urbano e v rios estudos sobre a expans o urbana demons tram o espalhamento da cidade por todos os tipos de terrenos FURLAN 2004 Poucos s o os parques urbanos de S o Paulo que foram criados a partir das potencialida des naturais da cidade A cobertura vegetal existente nas colinas paulistanas no divisor de guas entre os vales dos rios Tiet e Pinheiros hoje muito bem marcado pelo eixo vi rio da avenida Paulista foi o elemento natural considerado na cria o do atual Parque Tenente Si queira Campos 1892 Nessa regi o de S o Paulo Arauc rias isoladas ou em bosquetes emergiam acima do dossel das matas tropicais atlanticas de Planalto Ab SABER 2004 Quando os viajantes naturalistas e bot nicos estudaram a cidade de S o Paulo em suas expedi es cient ficas no s culo XIX estes encontraram uma paisagem muito diferente da atual Na passagem pela cidade e seus arredores observaram que esta estava estruturada espacialmente nas colinas e v rzeas das duas bacias hidrogr ficas principais os rios Tiet e Pinheiros Usteri 1911 esbo ou um dos p
318. urais espa os residuais e infraestruturas de grande porte Gehl se foca na raz o de ser das cidades as pessoas Gehl compartilha com o Pitoresco o conceito de que a percep o direta do espa o urbano imprescind vel para revelar as necessidades humanas e para ele o n vel da rua o espa o p blico e suas articula es devem ter uma aten o especial Afirma que n o se pode projetar como quem sobrevoa de avi o uma cidade inserindo edif cios num cen rio para ser visto de longe necess rio perceber o que ocorre entre os edi f cios entre as pessoas conhecer seus desejos sonhos e necessidades Jan Gehl aborda a vida enquanto vida humana Se ampliarmos esta vis o para onde a pr pria vida humana se apoia acrescentaremos vis o antropoc ntrica a bioc n trica Ellis prop s que atualmente quase todo bioma na verdade um antroma porque j sofreu algum grau de modifica o pelo ser humano Assim as cidades em todas as suas rela es desde as escalas setoriais at as regionais e planet rias passam a ser encaradas como constituintes de uma grande rede de antromas e reas naturais Esta vis o mais bem abordada pelo Landscape Urbanism O LANDSCAPE URBANISM O projeto da paisagem foi tradicionalmente definido como o desenho dos espa os remanescentes das constru es Na escala urbana esteve restrito ao desenho de jar dins pra as e parques como espa os saud veis para mitigar os efeitos negativos
319. urbana mas o Es tatuto da Cidade complementado pela Medida Provis ria n 2 220 de 4 de setembro 162 de 2001 introduziu a desafeta o de reas de uso comum do povo para a concess o de uso especial para fins de moradia em outras palavras para regularizar a posse e reurbanizar favelas o que se tornou a pol tica nacional de habita o de interesse social para as regi es metropolitanas 3 POR TR S DA URBANIZA O DESORDENADA H um mito que restringe a urbaniza o desordenada falta de planejamento toda via em que pese a aus ncia de um plano fundador a exemplo de Bras lia cidade de S o Paulo nunca faltaram planos e leis haja vista a amostra retro mencionada Dois fatores superaram a falta de planejamento a falta de pol tica habitacional e a falta de fiscaliza o e ambos est o fortemente correlacionados KEPPKE 2007 Habita o ou a falta dela foi a lacuna crucial do fen meno exponencial da urbaniza o paulistana nos primeiros tr s quartos do s culo XX que se deu com a industrializa o A lei do inquilinato o Sistema Financeiro da Habita o e os conjuntos habitacionais de massa foram pol ticas escassas no tempo na satisfa o da demanda e foram fartos em efeitos perversos e impot ncia para dar conta dos segmentos exclu dos BONDUKI 1998 SAMPAIO 2002 Segundo Keppke op cit na impossibilidade de oferecer pro vis o direta o poder p blico tratou de facilitar a aquisi o de ter
320. ureza na cidade como infraestrutura A infraestrutu ra verde se define como uma rede de reas naturais e espa os abertos que inclui fragmentos de natureza reas de preserva o terras cultiv veis e outros espa os abertos Basicamente esta rede se comp e de tr s elementos os n cleos hubs que consistem das reservas florestais e grandes parques os s tios sites que consistem de pequenos parques pra as jardins pomares e hortas urbanas e as conex es links que unem o sistema atrav s de caminhos e corredores verdes como vias arbo rizadas e parques lineares fluviais Podemos incluir neste sistema os bairros jardins que funcionam como pulm es verdes e amortecedores da temperatura as constru es ecol gicas que integram a superf cie vegetal arquitetura atrav s de fachadas e coberturas verdes e as diversas tipologias ecol gicas de drenagem como os jardins de chuva biovaletas lagos pluviais e wetlands A quest o das infraestruturas como tratada pelo Landscape Urbanism abrange uma rea normalmente tratada como meramente t cnica desconsiderando seu impacto no contexto urbano e dos ambientes naturais sob sua influ ncia Neste sentido a paisa gem adquire novo significado PERCEP O IMAGINA O E REPRESENTA O DO ESPA O URBANO As geografias urbanas previstas pelo Landscape Urbanism em suas diversas es calas e como fruto de um trabalho coletivo requerem novos conceitos formas de
321. ves for climate changes This article deals with the experience of the meeting C40 held in S o Paulo by mid 2011 and pro moted by the City Authorities The meeting brought together dozens of cities around the world to discuss strategies to face the problem with several approaches such as the use of renewable energy waste management urban mobility and urban afforesta tion among others The authors of this article have been invited to attend that event as consultants and reporters of Session 3 Tree Planting and Urban Forest This work re sulted in a text on the subject which led to this article In the session and Urban Forest and Tree Planting it was proposed initiatives to increase the green areas adopted by cities in four different countries Russia Chile Nigeria and Ethiopia which were at tended by representatives of the cities Moscow Santiago Lagos and Addis Ababa all together with the same main target adapting cities to climate changes At that meeting it became evident that planting trees is among the main adaptation actions at the cities with the aim to improve the green infrastructure and face the problem of urban heat islands and global warming Planting takes place mainly in parks squares green areas of pathways and with creation and restoration of forests Besides these thirteen other cities have similar plans concerning the creation or expansion of green belts and areas Having as an example the measures ado
322. w through a window may influence recovery from surgery Science v 224 p 420 421 1984 ULRICH R S et al Stress recovery during exposure to natural and urban envi ronments Journal of Environmental Psychology v 11 p 201 230 1991 143 ARTIGO N 7 AVALIA O DO POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO DE FUTUROS LABORAT RIOS EXPERIMENTAIS COMO C LULAS DE CO MANEJO NOS PONTOS DE CULTURA DO MUNCIPIO DE SANTOS SP EVALUATION OF POTENTIAL FUTURE DEVELOPMENT OF EXPERIMENTAL LABORATORY HOW CELLS CO MANAGEMENT IN POINTS OF CULTURE MUNICIPIO SANTOS SP MAIRA BEGALLI MILENA RAMIRES MARIANA CLAUZET AVALIA O DO POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO DE FUTUROS LABORA T RIOS EXPERIMENTAIS COMO C LULAS DE CO MANEJO NOS PONTOS DE CULTURA DO MUNC PIO DE SANTOS SP MAIRA BEGALLI Pesquisa experimenta es tecnol gicas e ecol gicas colaborativas Mestranda do programa de p s gradua o em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos da Universidade Santa Cec lia ECOMAR UNISANTA ce0064 gmail com autora para correspond ncia MILENA RAMIRES Doutora pelo programa Interdisciplinar em Ambiente e Sociedade pela UNICAMP 2008 docente do programa de p s gradua o ECOMAR UNISANTA milena ramires hotmail com MARIANA CLAUZET Doutora pelo programa Interdisciplinar em Ambiente e Sociedade pela UNICAMP 2008 docente do programa de p s gradua o ECOMAR UNISANTA mariana clauzet gmail com RESUMO O presente tra
323. ywords Green Infrastructure Urban Vegetation Urban Forest Environmental Planning Urban Revitalization 192 1 INTRODU O A aus ncia de reas vegetadas um problema comum na maioria dos aglomerados urbanos brasileiros principalmente aqueles que foram submetidos a uma urbaniza o r pida e sem um planejamento preocupado com as quest es ambientais Sanches 2011 A supress o das reas verdes afeta n o apenas a qualidade de vida da popula o pela falta de op es de lazer e recrea o mas tamb m potencializa a ocorr ncia de inunda es a concentra o de poluentes no ar a altera o do microclima urbano e a forma o das ilhas de calor al m de interferir do ponto de vista ecol gico na diminui o da biodiversidade urbana e peri urbana H ampla literatura e pesquisas que evidenciam que a popula o urbana precisa de contato com a natureza Alguns chegam a ser matem ticos em suas argumenta es como Johnston apud HERBST 2001 que menciona que reas verdes devem estar a uma dist ncia entre 5 e 10 minutos a p das resid ncias Chaddad 2000 v uma clara correla o entre quantidade de reas vegetadas de uma cidade e a qualidade de vida que esta oferece aos seus habitantes como a promo o do bem estar de pr ticas esportivas maior socializa o e est mulo identidade da comunidade com o local exercendo assim um papel de agente catalisador e motivador de congrega o comunit ria CH

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