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a educação alimentar e nutricional como lugar de

1. ss sseneserisssenaaseneacenenas 168 5 2 3 Programa de Alimenta o Escolar em Duque de Caxias relato sobre o Tuhcionamento 0 000252020002020 E T A E E ISOS ses Goal atas astsaas 176 5 2 4 Comer na escola a percep o da equipe de sa de dos professores e outros profissionais da escola ss ss rrsssceeeeasooeeeeaaosenenaaoceneeaaseneea aa nnmnnn nnne 179 5 2 5 Rodas de conversa uma experi ncia de atividades dial gicas de Educa o Alimentar e Nutricional on senso cerrenaaseascecemeneaaaaacanannana 186 5 2 6 Alimenta o e nutri o no curr culo escolar o que pensam os professores 229 CAMINHOS PARA APROFUNDAMENTO TE RICO ss iirraseseseseneeseresesesesearasa 238 6 1 REFLEX ES SOBRE PESQUISA PARTICIPANTE DA EDUCA O POPULAR E CULTURA PARA PR TICAS EDUCATIVAS EM SAUDE ALIMENTA O E NUTRI O 238 6 1 1 O aluno bem comportado vozes silenciadas n o promovem participa o 238 6 1 2 Defici ncias de pol ticas p blicas e viola o de direitos tudo a ver com a Educa o Popular 2 2202 0 222220sssaasassacsosoaes E A iscsiessas asssafiasoencnaaad 242 6 1 3 Entre tias e professoras desafios forma o continuada e comprometida 247 6 1 4 Alimenta o cultura e consumo ss ss rssrnsseeasssenaasaneacennaoa 251 CONSIDERA ES FINAIS isseeernereseseseararasasasesereeera rasa se seararasasa
2. tive tr s crian as desnutridas Mas obesidade infantil muito prevalente e eu observei n o s nas avalia es na escola como no acompanhamento do Bolsa Fam lia no caso da gestante poucas tem peso adequado ou obesa ou baixo peso Tenho gestante com baixo peso que chegam at o final da gesta o com baixo peso E muita gesta o na adolesc ncia 5 E a gente pode ver que ao contr rio do que a gente pensava tinha muita crian a com sobrepeso E assim tem crian a de baixo peso 2 eSF A escola a maior dentre as tr s escolas municipais do bairro atendendo a mais de mil alunos da pr escola at o 9 ano e tamb m turmas de Educa o de Jovens e Adultos EJA no turno da noite Ao todo 160 funcion rios trabalham nesta escola que possui tr s andares dois deles exclusivamente para as salas de aula No andar t rreo funciona a parte administrativa al m de uma sala de leitura quadra de esportes e as estruturas ligadas educa o infantil e educa o especial As salas de aula possuem mobili rio completo com capacidade para cerca de 30 alunos por turma Esta unidade escolar tem uma hist ria peculiar Ela foi constru da como escola particular um Liceu e adquirida pelo munic pio no ano de 2006 mudando de nome e 121 obviamente de administra o A boa estrutura relatada pelos profissionais em parte atribu da a este hist rico As instala es para cozinha refeit ri
3. comentou o pai com um sorriso bem alimentado S bado que vem a gente repete Combinado Agora a lasanha n o papai Eu estou satisfeito Uns camar es t o geniais Mas voc vai comer mesmo Eu e voc t Meu amor eu Tem de me acompanhar ouviu Pede a lasanha O pai baixou a cabe a chamou o gar om pediu A um casal na mesa vizinha bateu palmas O resto da sala acompanhou O pai n o sabia onde se meter A garotinha impass vel Se na conjuntura o poder jovem cambaleia vem a com for a total o poder ultra jovem Cordel da culin ria gramatical Por Juliana Dias Venham todos venham ver O peso da culin ria gramatical do Par E comida com sujeito bem definido Sabores com predicados invej veis Vocabul rio com sust ncia Verbetes em abund ncia Haja treino na ortografia para ditar os sabores de l Diga bacuri uxi sapoti buriti piracu Mari tambaqui a a e tucupi Sem travar a l ngua Observe com presteza e fale com firmeza Se j ouviu uma prosa com tantos substantivos curiosos Os nomes s o dif ceis de gravar mas d gua na boca s de pensar Tem cupi cumaru urucum jambu pirarucu e avi Se est dif cil entender minha linguagem Aguente firme pois nessa viagem ainda h muito o que degustar Tucum e rambut Ing piqui mapar patau e birib Ara castanha do Par e tamuat Nesse dicion rio culin rio n
4. c rculos de cultura Apesar de o tema alimenta o e nutri o fazer parte do conte do trabalhado no oitavo ano uma das professoras de ci ncias sugeriu trabalhar com o s timo visto 108 que estando no meio do ano letivo preferia desenvolver atividades sob este tema com turmas que ainda n o haviam iniciado esta discuss o Nesta escola existem quatro turmas de s timo ano totalizando 101 estudantes matriculados A turma maior tem 27 estudantes e a menor tem 23 Todas as atividades foram oferecidas s quatro turmas e realizadas nos meses de agosto e setembro de 2012 Houve a impossibilidade de realiza o da Atividade 02 em apenas uma das turmas As atividades propostas foram realizadas com a presen a e participa o das professoras Em apenas dois momentos as professoras precisaram se ausentar mas foi mantida a participa o ativa e interessada dos estudantes Paulo Freire prop e a realiza o das atividades educativas atrav s da organiza o de c rculos reunindo no m ximo 20 pessoas de tal forma que em determinada localidade devam ser realizados quantos c rculos forem necess rios para alcan ar o conjunto da popula o Educandos assumem o papel de sujeitos ativos diante do di logo e do processo educativo estabelecidos FREIRE 2005 FREIRE 1978 No c rculo de cultura o di logo deixa de ser uma simples metodologia ou uma t cnica de a o grupal e passa a ser a pr pria diretriz de uma experi ncia
5. e as atividades desenvolvidas na escola em ocasi o da Semana de Alimenta o Escolar SAE que ser brevemente descrita a seguir Educa o Alimentar e Nutricional na Semana de Alimenta o Escolar A oportunidade de observar atividades de EAN na escola ocorreu por ocasi o da Semana de Alimenta o Escolar As atividades foram realizadas por estudantes de enfermagem integrantes de um projeto de extens o que foram acionadas pela SME A escola sabia que naquele dia receberia um grupo para realizar uma atividade sobre nutri o mas n o sabia ao certo quem seriam os respons veis O grupo chegou escola a professora respons vel pelo grupo descreveu brevemente as atividades programadas diretora e coordenadora de turno no port o e estas indicaram o sexto ano para participar da atividade Segundo algumas das acad micas respons veis pela atividade houve a orienta o da SME para que elas n o preparassem explica es sobre o tema mas sim desenvolvessem atividades com os estudantes que permitissem primeiro ouvir e depois completar as informa es sobre nutri o Assim foram propostos um jogo e atividades de colagem Quase uma hora foi gasta para organizarem se naquele espa o novo j que elas n o conheciam a escola e nem os alunos O grupo que trabalhou com um jogo de perguntas e respostas sobre nutri o preparou um grande tabuleiro com dados e pi es Os estudantes foram divididos em dois grupos times
6. f cil fazer farofa ela tudo acompanha Cordel dos B sicos Por Tatiana Damberg Muitos sabem cozinhar aprenderam em fam lia mas n o deve se avexar quem n o tem essa valia Basta uns b sicos saber ter a receita para ler e testar no dia a dia A cozinha do Brasil ela rica por demais Sempre rende gl rias mil para aquele que lhe faz Por isso n o tenha medo cozinhar n o tem segredo fazer e ser um s Farinha farofa far fias e pa oca Por Tatiana Damberg Para n o fazer galhofa fa a muito e pegue a manha e se n o mais se equivoca passe logo para a pa oca que mesa sempre ganha Dizem que coisa doce mas n o n o no sert o Bate tudo at dar coice carne pronta no pil o depois junta um temperinho quem sabe at cominho a estrela da refei o Depois de tanto salgado chega a hora de ado ar prafarinha um achado poder se a ucarar Ponha ela sobre a fruta junte a rapadura bruta leve ao forno para dourar Pois assim com muito gosto que se usa a farinha um alimento composto que enriquece a cozinha j h centena de anos que est nos planos e vai continuar rainha Feijoada minha moda Amiga Helena Sangirardi Conforme um dia prometi Onde confesso que esqueci E embora perdoe t o tarde Melhor do que nunca este poeta Segundo manda a boa tica Envia lhe a receita po tica De sua feijoada completa Em aten o ao adiantado Da hora em que
7. Algumas contribui es e aprendizados Neste primeiro encontro de sistematiza o a inten o era ordenar e comentar as experi ncias de EAN vivenciadas nas escolas por nutricionistas nos ltimos dez anos Al m deste ordenamento j foi poss vel destacar algumas contribui es e aprendizados Duque de Caxias tem uma hist ria importante em termos de alimenta o e nutri o prova disto que o Minist rio da Sa de escolheu o munic pio para lan ar nacionalmente a Vigil ncia Alimentar e Nutricional VAN ou SISVAN Web no ano de 2004 Olhando a hist ria das a es percebe se um v nculo entre avalia o nutricional e educa o alimentar e nutricional muito forte nas experi ncias de Duque de Caxias A avalia o nutricional de uma popula o percebida como importante para se planejar as atividades de educa o nutricional Existe ali um erro A gente tenta diagnosticar e corrigir este erro Atrav s dos relat rios do SISVAN PSE identifica se que sobrepeso e obesidade est o aumentando Para as atividades de Educa o Alimentar e Nutricional uma proposta seria trabalhar com os professores porque n o h como os Nutricionistas estarem em todas as escolas Foi destacada a import ncia de ter o professor como aliado e capacit lo como multiplicador para fortalecer as a es de Educa o Alimentar e Nutricional A crian a 305 confia mais no professor que est com ele todos os dias do que quem est fora d
8. 3 1 EDUCA O POPULAR amp SA DE Nas ltimas d cadas tem se assistido um processo de modifica es no perfil de morbimotalidade a n vel mundial que em pa ses de capitalismo perif rico como o Brasil tem contornos mais complexos sobrepondo velhos e novos males uma relativa redu o das doen as infecciosas que coexiste com o aumento de doen as cr nicas n o transmiss veis MONTEIRO 2000 Existe ao mesmo tempo um reconhecimento de que o modelo de aten o vigente tem sido incapaz de explicar e responder este processo e uma constata o da necessidade de controlar custos excessivos e crescentes da assist ncia m dica que n o t m demonstrado resultados significativos CZERESNIA amp FERREIRA 2003 Neste contexto t m sido amplamente valorizadas as abordagens de promo o da sa de e educa o em sa de A educa o em sa de pode ser definida como uma rea tem tica colocada no entrela amento de disciplinas das ci ncias sociais e das ci ncias da sa de STOTZ 1993 17 Trata se do campo de pr tica e conhecimento do setor sa de que se ocupa mais diretamente com a cria o de v nculos entre a a o m dica e o pensar e fazer cotidiano da popula o VASCONCELOS 2001a 25 Existe um debate extenso sobre as rela es entre promo o da sa de e educa o em sa de sobre seus limites e interfaces Ap s ampla revis o Assis 2004 afirma que a educa o e a preven o est o
9. No caso da experi ncia estudada apesar da marcante experi ncia municipal de participa o popular e da progressiva incorpora o do enfoque do DHAA persistem lacunas relacionadas incorpora o desta dimens o nas estrat gias de EAN a n vel local no territ rio na escola Faltam oportunidades e espa os para que o protagonismo seja exercido pelo estudante sujeito de fato do direito a uma alimenta o escolar de qualidade e ao acesso a a es de educativas de sa de e nutri o Investir no registro sistem tico e na qualifica o dos processos avaliativos das atividades de EAN e no desenvolvimento de momentos de escuta e di logo com estudantes pode contribuir para o aprimoramento tais a es Neste sentido importante salientar que s o muitas as quest es em aberto que motivam novas rodadas de reflex o Quem s o e quais os pap is dos profissionais envolvidos na implementa o de pr ticas de EAN na escola Como criar espa os de forma o pautados na integra o de saberes entre profissionais de sa de e educa o Como abrir estes espa os para integra o com outros campos de conhecimento incluindo o saber popular Em que referenciais e ferramentas precisam apoiar se os profissionais para tornarem mais efetiva a participa o dos estudantes nos processos de EAN na escola Todas estas quest es precisam ser refletidas tendo como perspectiva que apoderar o estudante neste processo garantir sua participa o qua
10. o alimentar e nutricional para adolescentes Alimenta o Nutri o Araraquara v 18 n 2 p 223 227 2007 ZUCOLOTO P C S V O m dico higienista na escola as origens hist ricas da medicaliza o do fracasso escolar Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento v 17 n 1 p 136 145 2007 279 AP NDICE Ap ndice 1 Sujeitos de pesquisa C digos e descri es 280 Descri o Localiza o C digo ar a Secretaria Municipal de Educa o Respons vel T cnica Alimenta o Nut scolar Nutricionista Secretaria Municipal de Sa de Coordena o PSF nas a es de Nut B implanta o de NASF e acompanhamento PBF i Nutricionista Secretaria Municipal de Sa de ATAN acompanhamento CCAICs Nut C Nutricionista Secretaria Municipal de Sa de cedida ao Departamento de Seguran a N e 7 ut D Alimentar e Nutricional Sustent vel Nutricionista Secretaria Municipal de Sa de Coordena o PSF nas a es de PSE Nut E Nutricionista Secretaria Municipal de Sa de ATAN Coordena o do SISVAN Nut F Nutricionista Secretaria Municipal de Educa o cedida a Secretaria Municipal de Nut G Assist ncia Social Nutri o em eventos e equipamentos de assist ncia social i Enfermeiro Servidor concursado da SMS Coordena o de Sa de da Fam lia designado para o GTI M GUMI SMS Fonoaudi l
11. o de Jovens e adultos Supervis o Divis o de Orienta o Educacional a Divis o de Educa o Infanto juvenil GTI M 3 SME E a a gente j estava fazendo contato com uma outra equipe aqui dentro da sa de que o IEC que Informa o Educa o e Comunica o Que a a gente come ou a fazer algumas oficinas com eles tentando firmar essa parceria GTI M 2 SMS Em 2008 com a constitui o do GTI M inicia se um per odo de reuni es quinzenais para elabora o do plano de a o e projeto piloto do PSE Sobre a composi o deste Grupo destaca se que Os Secret rios s o membros diretos respondendo o projeto Enquanto na Secretaria voc tem as pessoas que est o abaixo deles fazendo essa interlocu o que eles chamam de interlocutores do Programa GTI M 3 SME Esse grupo formado por representantes da educa o e representantes da sa de E al m desses representantes da educa o e da sa de n s temos nesse grupo alguns parceiros por exemplo representa o da Secretaria de Assist ncia Social as universidades locais ent o a gente teria essa parceria com a pr pria UNIGRANRIO GTI M 1 SMS O Plano de Trabalho constru do pelos t cnicos para ades o ao PSE orientava que as equipes locais deveriam ser constitu das por 01 professor e 01 especialista de educa o da unidade escolar e 02 profissionais de n vel superior de cada equipe de Sa de da Fam lia eSF Estes profissi
12. o de h bitos alimentares saud veis nesta clientela Identificar nos recursos das comunidades meios para enfrentar as demandas apresentadas relativas Alimenta o e Nutri o Contribuir para a melhoria do estado nutricional das crian as e adolescentes projetando fam lia informa es b sicas sobre alimenta o e nutri o e inclus o nos programas de Seguran a Alimentar e Nutricional no Munic pio e no Programa Bolsa Fam lia Trecho recolhido do acervo O contato inicial foi realizado com os professores de educa o f sica j que as atividades deste projeto eram relacionadas s atividades esportivas Iniciou se a elabora o de uma cartilha O professor de educa o f sica iria inserir no conte do program tico temas em nutri o como por exemplo evitar a hipoglicemia durante o exerc cio Foi realizada avalia o nutricional com a participa o de estudantes do curso t cnico em nutri o e de granducacao em nutri o Foi elaborado um relat rio com os 300 dados desta avalia o Um dos nutricionistas das equipes realizou reuni o com os pais O ponto negativo foi que a ATAN n o retornou o contato com o respons vel pelo projeto por uma s rie de demandas foi iniciado e n o foi fechado 2 5 Sem A car e com Afeta 2007 No ano de 2007 a Coordena o de Nutri o Escolar foi convidada a participar de um projeto de hortas comunit ria de org nicos em dutos de petr leo para pensar com
13. o de uma forma bastante peculiar Eu almo o comida de microondas porque a minha m e trabalha Interessante identificar que esta categoria comida de microondas pode estar concorrendo com outras j tradicionais como a comida da m e ou comida da vov Tratando da modernidade a domic lio Fischler 1998 reflete sobre os impactos da dupla forno de microondas e os congelados na alimenta o de fam lias francesas e suas rela es com economia de tempo e comodidade Nos debates realizados na escola embora exista mesma rela o com a necessidade de poupar tempo diante de uma realidade de m es que trabalham fora continua a ocorrer o preparo em casa das refei es mas aquecer no microondas parece retirar em parte a possibilidade de enxergar as origens desta comida que nem sempre surge pronta no forno ou na geladeira como os congelados lr ao mercado uma tarefa relatada pela maioria dos estudantes que v o sozinhos para pequenas compras ou acompanhados por m es pais respons veis para compras maiores ou compras de m s Eles interferem ainda que pouco nas escolhas e na lista de compra familiar A prefer ncia pela compra e consumo de produtos ultraprocessados e das chamadas besteiras bem como a nfase no consumo de marcas s o aspectos relevantes Contudo este consumo est condicionado a ter receber de m es pais respons veis dinheiro para comprar Para uma parcela destes estudante
14. o popular e Sa de um projeto subjetivo porque interiorizado e reconhecido como priorit rio e pr prio e intersubjetivo partilhado nas iniciativas em redes no qual conhecimento n o se separa na postura diante das ordens pol tica tica e est tica No aspecto pol tico vemos uma postura cr tica injusti a desigualdade ao neoliberalismo e ao capitalismo no tico uma solidariedade com os exclu dos e marginalizados um interesse em saber com a raz o e o cora o e de unir reflex o e pesquisa pr tica social e milit ncia e finalmente no est tico a consci ncia da boniteza ao dizer de Paulo Freire como condi o fundamental para uma experi ncia humana plena transcendente e verdadeira STOTZ et al 2005 p 19 3 2 O LEGADO E A ATUALIDADE DE PAULO FREIRE O livro Pedagogia do Oprimido publicado em 1969 por Paulo Freire um marco para a educa o popular n o apenas no Brasil mas no mundo Passadas mais de quatro d cadas este livro continua sendo importante refer ncia para todas os aquelas es que acreditam na possibilidade de uma educa o problematizadora que contribua para um mundo mais justos e porque n o dizer um mundo mais feliz 77 Um dos imperativos ticos da educa o popular freireana o respeito autonomia do ser educando educador que exige do educador educando pr ticas comprometidas com os princ pios de uma educa o cr tica e dial gica Esse respeito implica participa
15. HALL 2008 p 43 z Outro elemento a ser enfatizado a quest o da s identidade s que tem gerado grandes debates neste contexto de globaliza o e que ganha espa o nas reflex es de p s modernidade Essencialmente presume se que a identidade cultural seja fixada no nascimento seja parte da natureza impressa atrav s do parentesco e da linhagem de genes seja constitutiva de nosso eu mais interior E imperme vel a algo t o mundano secular e superficial quanto uma mudan a tempor ria de nosso local de resid ncia A pobreza o subdesenvolvimento a falta de oportunidades os legados do Imp rio em toda parte podem for ar as pessoas a migrar o que causa espalhamento a dispers o Mas cada dissemina o carrega consigo a promessa do retorno redentor HALL 2008 p 28 Hall 2006 afirma que o conceito e as afirma es realizadas em torno das quest es de identidade s o complexas e ainda geram muitos debates Este autor assume segundo o pr prio posi o simp tica id ia de que as identidades modernas estariam sendo descentradas Isto significa dizer que as identidades est o sendo deslocadas ou fragmentadas Tais mudan as atingiriam as identidades pessoais tendo como consequ ncia a perda de um sentido de si est vel Afirma portanto um duplo deslocamento descentra o dos indiv duos tanto do seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmo p 9 As velh
16. apontavam para falas significativas importantes sobre este tema e devido ao pr prio objeto desta pesquisa A atividade foi gravada para auxiliar a confec o de relat rio Por esta atividade ser realizada na aula de educa o f sica muito apreciada pelos estudantes em alguns momentos houve dificuldade em manter as turmas concentradas uma parte estava bastante interessada no di logo enquanto outra principalmente os meninos estava insatisfeita por n o estar jogando A op o por manter toda a turma na atividade deu se pelo fato de estar relacionada a um trabalho escolar Al m disto a professora fez quest o de enfatizar que educa o f sica n o apenas atividade recreativa que uma disciplina como as outras e que portanto tem conte do te rico A condu o da atividade deu se com coordena o compartilhada professora e pesquisadoras revezaram se na tarefa de problematizar os dados e apresentar novos conceitos e conhecimentos dialogando com os trazidos pela turma c Mas afinal o que dizem e pensam os estudantes A partir dos question rios foi poss vel identificar que 53 8 dos estudantes de s timo ano s o do sexo feminino e que mais da metade 52 5 declarou se como preto ou pardo A pergunta relacionada cor ra a despertou d vida na hora do preenchimento e muitos repetiram frases conhecidas quando se trata deste assunto tais como Eu sou marrom Eu sou moreninho Que cor eu marco Ape
17. cidas algumas quentes outras geladas Todas as palavras nos provocam sensa es Muitos poetas s o cozinheiros habilidosos que com sensibilidade nos traduzem temperos del cias e sabores Aprecie o gosto que a vida tem Traga seus talentos e sua criatividade O que tem sabor merece ser cantado recitado desenhado e partilhado Objetivo Realizar um momento de leitura e degusta o de textos e poesias sobre alimenta o refletindo sobre os aspectos culturais de sabor de sa de e direito alimenta o escolar Respons veis Juliana Dias e Julio Falas Significativas 1 Eu almo o comida de microondas porque a minha m e trabalha 2 Eu n o como Mas falam que tem dia que est gostosinho Programa o 5 Apresenta o 10 min 6 Problematiza o Inicial 10 min As frutas da minha da inf ncia Carlos Drummond de Andrade De onde qual a origem vem a sua fam lia Voc s costumam comer alguma comida t pica da regi o de onde veio a sua fam lia Qual voc mais gosta 7 Aprofundamento Te rico 20 a 30 min O restaurante Carlos Drummond de Andrade Cordel da culin ria gramatical Juliana Dias Poema do A a estudante da E M Roberto Silveira Duque de Caxias Ode Cenoura estudante da E M Roberto Silveira Duque de Caxias Roda de conversa e leitura de poesias e Comida e gosto Como voc s acham que formamos nossas prefer ncias e fazemos nossa escol
18. comprometer se ou implicar se aparecem como importante forma de mobilizar energia dos trabalhadores como bem descreve Lopes 2009 ressaltando que Estes procedimentos resultam da mobiliza o de processos ps quicos pelos sujeitos que podem estar ligados a uma forma espec fica de intelig ncia a intelig ncia astuciosa que tem raiz no corpo na percep o e na intui o sens vel e que embora derive do sofrimento propicia como contra partida de seu exerc cio o prazer LOPES 2009 p 106 H neste debate quest es controversas e importantes que merecem ser aprofundadas O comprometimento aparece muito forte nas falas revelando no elevado grau de dedica o esta mistura de satisfa o e sofrimento d O que posso aprender disso Que ensinamentos me deixa Esta reflex o proposta por Oscar Jara Holliday foi rejapresentada ao grupo em todos os momentos da sistematiza o Foram poss veis costuras breves e iniciais com a teoria Iniciais porque podem e devem ser aprofundadas com o grupo em suas pr ticas e em futuros grupos de estudos GE que s o espa os de reuni o entre nutricionistas do munic pio Muitas das iniciativas de EAN descritas foram definidas nestes momentos de GE As iniciativas de EAN nas escolas constitu ram experi ncias relevantes nos ltimos dez anos envolvendo principalmente os setores da educa o e sa de Esta articula o foi experimentada neste munic pio an
19. e O que voc s destacaria como tema importante a ser tratado em atividades de educa o alimentar e nutricional na escola Por qu e Quem deve organizar e participar das atividades de educa o alimentar e nutricional na escola Pensando no PSE na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es e Quais as a es mais importantes relevantes desenvolvidas nesta escola pela equipe do PSE e Quais os maiores desafios para aprimorar as a es do PSE nesta escola 309 D il Universidade Federal do Rio de Janeiro AN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Fr Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de Roteiro de Fase Explorat ria Local 4 Identifica o de Grupos e Profissionais das Equipes de Sa de da Fam lia Profissionais da Escola respons veis e ou envolvidos no PSE Professores identificados ao tema da alimenta o na escola Nutricionista supervisor de merenda respons vel de merenda e merendeiras Estudantes Pais de alunos 5 Primeiro Encontro e Apresenta o da pesquisa justificativa objetivos e metodologia e Convite e apresenta o do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Agendar encontro para coleta de dados iniciais 6 Roteiro de quest es para encontro para coleta de dados iniciais nome Trabalha nesta escola h quanto tempo Quais turmas e mat rias Pensando na Vila Leopoldina Como voc s descreveria m este bairro e seus moradores Quais s o os princi
20. es simplificadas e impregnadas de uma conota o biol gica ou biom dica dos termos elas nos orientam no sentido de pensar que a quest o nutricional teria uma conota o mais t cnica e de aten o a adequa es s necessidades biol gicas e individuais A quest o alimentar estaria relacionada a um contexto mais amplo relacionado ao consumo e desta forma aberto aos olhares sobre cultura h bitos costumes e cotidiano A Educa o Alimentar e Nutricional ao unir os dois componentes representaria portanto oportunidade de conciliar saberes e tamb m de complexificar a abordagem No contexto atual repleto de desafios cada vez mais se reconhece a necessidade de integrar estes debates ao campo das Ci ncias Sociais e Humanas sobretudo apoiando se nos debates acerca da cultura e recuperando um lugar para a abordagem da cozinha e da comida Se por um lado no campo das Ci ncias Naturais o valor do alimento est hegemonicamente relacionado sua composi o qu mica qualidade sanit ria inocuidade tecnologias de produ o e distribui o e possibilidades terap uticas por outro no campo das Ci ncias Sociais a comida ocupa um lugar de express o da estrutura social de um grupo de sua organiza o Essas concep es n o ocupam posi es contradit rias mas refletem realidades diferentes s o transit rias porque fazem parte de um processo que se re constr i a cada momento de modo diferente dependendo
21. fome muito pelo contr rio e deixou como heran a um modelo produtivo que utiliza mais agrot xicos e que ainda mais concentrador de terra e riqueza Este o dilema do onivoro detectado h muito por escritores como Rousseau e Brillat Savarin e assim batizado h trinta anos por um psic logo e pesquisador da Universidade da Pensilv nia chamado Paul Rozin POLLAN 2007 p 11 Correspondeu a um movimento de moderniza o da agricultura mediante o uso de m quinas fertilizantes qu micos adubo agrot xicos e uso intensivo de gua para aumentar a produ o de alimentos no mundo Aumentou a produ o de alimentos mas n o acabou com a fome porque n o se levou em conta a pobreza e as verdadeiras ra zes da fome CONTI PERALTA 2008 CONTI 2009 18 Segundo MENACHE 2003 o termo Frankefoods tem sido utilizado por antrop logos como Fischler pela m dia e por ativistas para classificar alimentos trang nicos Os transg nicos correspondem aos Organismos Geneticamente Modificados OGM A transgenia refere se transfer ncia para um organismo de um gene estrangeiro ou grupo pequeno de genes proveniente de outra variedade esp cie g nero ou mesmo outro reino 1 Para a pesquisadora indiana Vandana Shiva causou a redu o da diversidade gen tica o aumento vulnerabilidade s pragas a eros o do solo a falta d gua a contamina o do solo a redu o da disponibilidade de culturas aliment cias nutrit
22. gua s vezes sobra alguns alimentos a a gente faz pav como j fizemos at broa de milho 10 AE tima As crian as gostam A comida chega direitinho Algumas crian as comem melhor aqui do que em casa rindo 16 AE As crian as gostam bastante Muitos at repetem Agora tem aquele tamb m que s vezes quer jogar fora n o quer comer n o Por um motivo ou outro E tem aqueles da bagun a tamb m que querem fazer guerrinha de comida A comida vem de boa qualidade 17 ED Os professores n o t m o h bito de comer na escola e por isto alguns s o cautelosos nas avalia es Outros foram mais enf ticos na afirma o de que a merenda da escola precisa ser melhorada A quest o da falta de variedade do card pio faz parte dos relatos O que eu escuto os alunos comentarem que n o s o todos que merendam alguns merendam mas n o muita gente As vezes reclamando n o tem isso n o tem aquilo e tal Mas assim eu n o sei Porque dificilmente eu vou l no refeit rio E corrido eu n o almo o aqui porque cedo a merenda e daqui eu vou pra casa Ent o eu n o sei muito bem Entendeu Eu j escutei aluno reclamar mas as vezes 11 Prof A gente enxerga precariedade na alimenta o das crian as n s n o comemos na escola tem uma precariedade em v rios sentidos a ent o uma aten o maior a isso seria completamente importante 21 Prof 181 mas eu acho qu
23. las de forma pontual Ap s estas a es entre os anos de 2002 e 2008 foi percebida a demanda de implantar avalia o nutricional nas creches e no ensino fundamental Foi montada uma rotina de avalia o nutricional nas creches e um projeto piloto para o ensino fundamental Foi o per odo em que mais nutricionistas concursados foram incorporados a ATAN Para a avalia o nutricional a grande dificuldade era a falta de equipamentos nas unidades escolares A sugest o foi tombar parte das balan as do SISVAN em creches e garantir fluxo destes dados produzidos em parceria entre Secretaria Municipal de Sa de e de Educa o Foi o momento que a gente conseguiu comprar balan as para o munic pio a partir do recurso do SISVAN A eu atrav s do convencimento do Secret rio eu coloquei que era muito melhor a gente ir do que trazer essa demanda toda para os postos de sa de Ent o eu convenci que sa de a gente fazia fora da Sa de que era exatamente na Educa o Ent o que ele me desse autoriza o para tombar a balan a dentro da Educa o tombadas nas creches 2 2 Semana de Nutri a o 2005 e Semana Mundial da Alimenta o 2005 2010 A Semana de Nutri a o ocorreu em agosto de 2005 para coincidir com a comemora o do dia do Nutricionista A proposta foi apresentada pela ATAN em reuni o com a equipe de educa o e com o Col gio Carlos Gomes A id ia da Nutri a o era a nutri o em movimento em a o
24. o uma Minist rio da induzir a estrat gia do Educa o para amplia o da jornada escolar e a organiza o curricular na perspectiva da Educa o Integral 343 adapta es estrutura original realizadas em 2010 Parte dos professores est na escola desde que a escola foi adquirida pelo munic pio Existia uma cantina na escola que foi extinta Existem relatos de que os alunos passaram a comer menos besteiras e a comer mais a alimenta o oferecida pela escola O espa o do recreio e da alimenta o escolar est localizado no primeiro andar Num p tio coberto existe uma mesa de jogos Tot e um grande bebedouro ao lado um amplo refeit rio com mobili rio novo e adequado uma cozinha grande e bem equipada A dispensa grande com diversas estantes e tr s fr zeres muito bem organizados No refeit rio existe um balc o t rmico para a distribui o de alimentos e que n o est sendo utilizado Esta estrutura de refeit rio cozinha e despensa foi muito elogiada pela supervisora de merenda e pela nutricionista Um grande limite apresentado pela estrutura a falta de gua no bairro Al m do abastecimento regular feito pela rede p blica a escola recebe quando necess rio complementa o de gua em carro pipa Ainda assim esta quest o tem impactos na escola incluindo a necessidade de adapta es ao card pio realizadas sob as orienta es da nutricionista ou da supervisora de merenda A
25. o a pol tica da fome S o desencadeadas pesquisas e publica es sobre alimenta o e nutri o com a finalidade de definir um campo de conhecimento te rico e conceitual BEZERRA 2009 Iniciam se as a es de EAN que desde os prim rdios d cadas de 1930 e 1940 foram vistas como estrat gias importantes no mbito das pol ticas p blicas de alimenta o e nutri o BOOG 1997 LIMA 1998 no per odo de 1934 e 1946 que se iniciaram os estudos sistem ticos sobre a ci ncia da nutri o e no seu mbito a educa o alimentar o per odo de 1934 e 1939 caracterizado por uma produ o intelectual voltada para a configura o das bases cientificas da alimenta o racional na perspectiva da caracteriza o inicial do objeto e dos modelos da ci ncia da nutri o em forma o e no seu mbito a educa o alimentar e o per odo de 1940 a 1946 caracterizada por uma produ o centrada no processo de reordena o do conhecimento anteriormente produzido na perspectiva da s ntese e defini o precisa dos marcos conceituais e disciplinas deste campo J LIMA 1998 p 3 Os estudos sobre Nutri o realizados neste per odo sistematizam necessidades nutricionais em termos de uma ra o alimentar m dia e desenvolvem preceitos para a es de higiene alimentar e programas de assist ncia alimentar Nesta medida apontam a possibilidade da constru o de um discurso normativo justificado pela i
26. o popular isso uma troca de saberes em que n o h um que sabe mais e outro que sabe menos STOTZ et al 2007 p 60 Em rica sistematiza o Stotz et al 2005 demonstram que por tr s da grande diversidade de experi ncias da EP amp S a partir da produ o acad mica deste campo poss vel sistematizar temas e aspectos comuns Em distintos trabalhos encontra se a preocupa o com a constru o compartilhada e dial gica de novas compreens es sobre a sa de Registra se tamb m a preocupa o com o refletir sobre o senso comum dos profissionais de sa de no sentido de contribuir para a abertura experi ncia e saber dos outros pessoas comuns ao di logo o respeito e a constru o de saberes sabedorias e pr ticas compartilhadas Por fim encontram se as produ es que aproximam a educa o popular em sa de da discuss o sobre cuidado integralidade e humaniza o abordando quest es como as rela o entre profissionais e trabalhadores de sa de e popula o estudando impasses problemas e possibilidades de di logo a escuta atenta o respeito pelo outro no encontro terap utico a espiritualidade como dimens o intr nseca do cuidado as rela es entre cuidado e condi es sociais organizacionais e pol ticas a intera o entre as equipes de Sa de da Fam lia e a popula o entre outros STOTZ et al 2005 17 Quem sabe possamos pensar que o eixo comum da Educa
27. valor D valor para o cirurgi o d valor para o anestesista D valor para a gente que faz sa de p blica Ningu m d valor Olha esse mundo a que voc quer esquece isso menina Cai na real Falam para mim 3 eSF Tanto a defini o de quem s o os profissionais envolvidos nas a es de educa o e promo o da sa de quanto a desvaloriza o de tais atividades confirmam que a organiza o dos servi os de sa de ainda est fortemente pautada pelos princ pios biom dicos Esta afirma o n o chega a ser uma novidade para quem atua no campo da sa de p blica mas interessa registrar visto que aqui se prop e reflex es acerca da ESF e do PSE que assumem em seu discurso pressupostos como a integralidade participa o e promo o da sa de Neste sentido oportuno salientar a forte presen a das perspectivas dos trabalhos de Abraham Flexner e o quanto sua incorpora o na forma o dos profissionais de sa de tem sido eficiente em consolidar um ideal cient fico biologicista que valoriza a especialidade e o aparato tecnol gico Como consequ ncia observa se seu impacto tanto na organiza o dos servi os quanto na constru o de uma demanda de sa de que se afasta da verdadeira no o de cuidado em detrimento da valoriza o dos procedimentos Uma consequ ncia feitichismo em torno dos pedidos de exames e da prescri o de medicamentos CECCIM CARVALHO 2005 FRANCO M
28. 10 min 14 Problematiza o Inicial 10 min De onde vem a comida da sua casa E a comida da escola Quem paga a alimenta o escolar 15 Aprofundamento Te rico 40 min Apresenta o do v deo Da Ro a ao Prato O que voc s acharam do v deo Onde voc s acham que est o os agricultores de Duque de Caxias O que voc s acharam da horta e da alimenta o naquela escola Roda de conversa utiliza o de mapa e fotos do munic pio Direito alimenta o escolar e a inclus o de produtos da agricultura familiar no card pio Aproxima o da produ o de alimento e consumo agricultura em Duque de Caxias Sustentabilidade alimentar e sa de No es de agricultura urbana e uma pequena experi ncia em Duque de Caxias 16 Aplica o do Conhecimento 20 min Apresenta o de exemplos de como plantar em pequenos espa os Distribuir sementes de tempero Ap ndice 12 Semana Mundial da Alimenta o na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es APRESENTA O O Dia Mundial da Alimenta o comemorado no dia 16 de outubro a partir de tema eleito pela Organiza o das Na es Unidas para a Alimenta o e Agricultura FAO Este ano o tema eleito para a Semana Mundial da Alimenta o foi Cooperativas Alimentam o Mundo Agr colas No Brasil se comemora mais que um dia porque temos a Semana Mundial da Alimenta o Desde o ano de 2006 as escolas municipais de Duque de Caxias realizam atividad
29. 2007 LARAIA R B Cultura um conceito antropol gico 24 ed Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro 2009 p LAROCCA L M MARQUES V R B Higienizar cuidar e civilizar o discurso m dico para a escola paranaense 1920 1937 Interface Comunica o Sa de Educa o v 14 n 35 p 753 766 2010 p 117 LEVY RB CASTRO IRR CARDOSO LO TAVARES LF SARDINHA LMV GOMES FS COSTA AWN Consumo e comportamento alimentar entre adolescentes brasileiros Pesquisa Nacional de Sa de do Escolar PeNSE 2009 Revista Ci ncia amp Sa de Coletiva v 15 s 2 p 3085 3097 2010 LIMA E S G nese e constitui o da educa o alimentar instaura o da norma Hist ria Ci ncia Sa de Manguinhos v 5 n 1 p 57 84 1998 LIMA E S OLIVEIRA C S GOMES M C R Educa o nutricional da ignor ncia alimentar representa o social na p s gradua o do Rio de Janeiro 1980 98 Hist ria Ci ncia Sa de Manguinhos v 10 n 2 p 605 635 2003 LOPES M C R Subjetividade e trabalho na sociedade contempor nea Trabalho Educa o e Sa de v 7 n 1 p 91 113 2009 MACHADO A M B R Grupo de Mulheres Sistematizando uma pr tica emancipat ria de educa o e sa de Tese de Doutorado Rio de Janeiro UFF Faculdade de Educa o 2008 273 MACIEL M E Cultura e alimenta o ou o que t m a ver os macaquinhos de Koshima com Brillat Savarin Horizonte Antropol gico v 7 n 16 p 145 156 2001 MACKE
30. 255 A alimenta o de boa qualidade n o pode ser obriga o atrelada disciplina r gida proibi es e imposi es Alimenta o um dos grandes prazeres da vida e a t o falada alimenta o balanceada sempre coexiste com a transgressap da norma A arte da educa o alimentar e nutricional reside justamente em das condi es s pessoas para cuidarem bem da pr pria alimenta o com responsabilidade sobre a pr pria sa de f sica e menta BOOG 2018 p 33 Nestas reflex es apenas iniciais para aprofundamento te rico procurou se contribuir para continuidade do estudo O gosto pelo estudo e pela leitura um atributo a ser cultivado pelos educadores educandos como alerta Paulo Freire Neste sentido n o foram estas descri es exaustivas foram apenas breves provoca es com consci ncia do inacabamento na inten o de recolocar na roda alguns debates que continuam 256 7 CONSIDERA ES FINAIS O reconhecimento da escola como um espa o privilegiado para a promo o da sa de e para o fortalecimento da no o de cidadania tem representado fonte de importantes debates que apontam tanto possibilidades como desafios ao cen rio atual das pol ticas p blicas de garantia de direitos A sa de escolar tem ocupado lugar relevante nas discuss es de sa de coletiva na Am rica Latina sobretudo ap s 1995 com o lan amento da Iniciativa Regional de Escolas Promotoras de Sa de Diversas experi ncias lati
31. A diversidade explicada por ele como o resultado de est gios existentes no processo de evolu o Assim uma das tarefas da antropologia seria a de estabelecer grosso modo uma escala de civiliza o simplesmente colocando as na es europ ias em um dos extremos da s rie e em outro as tribos selvagens dispondo o resto da humanidade entre estes dois limites LARAIA 2009 p 33 A principal rea o a tais argumentos foi apresentada por Franz Boas 1858 1949 que compreendia a import ncia de estabelecer m todos de compara es e de investiga o hist rica para a compreens o de tra os culturais Para Boas era fundamental a id ia de particularismo hist rico indicando que cada cultura segue os seus pr prios caminhos em fun o dos diferentes eventos hist ricos que enfrentou LARAIA 2009 p 36 Segundo Laraia 2009 uma das principais contribui es de Alfred Kroeber 1876 1960 foi afirmar que a cultura age sobre o homem que herdeiro do conhecimento e das experi ncias adquiridas e acumuladas por v rias gera es A manipula o adequada e a criatividade desse patrim nio cultural permite as inova es e as inven es Estas n o s o pois o produto da a o isolada de um g nio mas o resultado do esfor o de toda uma comunidade p 45 Em resumo pode se afirmar a evidente import ncia da comunica o oral associada capacidade de observa o e de interven o para a humanidade N o
32. A interpreta o das culturas 1ed Rio de Janeiro LTC 2008 p 323 Anti anti relativismo In GEERTZ C Nova luz sobre a antropologia Rio de Janeiro Jorge Zaha 2001 GIANNOTTI V Muralhas da Linguagem Rio de janeiro Mauad 2004 p 181 GOMES C M HORTA N C Promo o da sa de de adolescentes em mbito escolar Revista APS v 13 n 4 p 486 499 2010 HALL S A identidade cultural na p s modernidade 11 ed Rio de Janeiro DP amp A 2006 p 104 A quest o multicultural In Da di spora identidades e media es culturais Belo Horizonte Editora UFMG p 49 91 2008 HALLAL PC KNUTH AG CRUZ DKA MENDES MI MALTA DC Pr tica de atividade f sica em adolescentes brasileiros Revista Ci ncia amp Sa de Coletiva v 15 s 2 p 3035 3042 2010 HELMAN C G Cultura Sa de amp Doen a 4 ed Porto Alegre Artmed 2003 p 408 HERN NDEZ J Estrategia escuelas promotoras de La salud en instituciones de b sica primaria de Bucaramanga Revista de la Universidad Industrial de Santander v 39 n 3 p 143 151 2007 H FLING E M Estado e pol ticas p blicas s cias Caderno Cedes n 55 p 30 41 2001 HOLLANDA E Pr ticas alternativas alguns questionamentos sobre as potencialidades e limites da pesquisa a o e pesquisa participante In VALLA V V STOTZ E M ALGEBAILE E B Org Para Compreender a Pobreza no Brasil Rio de Janeiro Contraponto Escola Nacional de Sa de P blica p
33. A proposta de coordena o do PSE por meio dos Grupos de Trabalho Intersetoriais centrada na gest o compartilhada numa constru o em que tanto o planejamento quanto a execu o das a es s o realizados coletivamente de forma a atender s necessidades e demandas locais As decis es s o compartilhadas por meio de an lises e avalia es constru das intersetorialmente O trabalho no GTI pressup e dessa forma intera o com troca de saberes poderes e afetos entre profissionais da sa de e da educa o educandos comunidade e demais redes sociais BRASIL 2011a p 9 Com o amadurecimento do Programa a quest o da intersetorialidade passa a ser vinculada n o apenas ao sucesso moment neo das a es mas tamb m se articula pr pria sustentabilidade das a es A conforma o de articula es entre redes p blicas locais de servi os ganha destaque neste contexto A articula o intersetorial das redes p blicas de sa de e de educa o e das demais redes sociais para o desenvolvimento das a es do PSE implica mais do que ofertas de servi os num mesmo territ rio pois deve propiciar a sustentabilidade das a es a partir da conforma o de redes de corresponsabilidade Implica colocarmos em quest o como esses servi os est o se relacionando Qual o padr o comunicacional estabelecido entre as diferentes equipes e servi os Que modelos de aten o e de gest o est o sendo produzidos nesses servi os BRASIL 201
34. A sa de escolar tem ocupado lugar relevante nas discuss es de sa de coletiva na Am rica Latina sobretudo ap s 1995 com o lan amento da Iniciativa Regional de Escolas Promotoras de Sa de Atualmente no Brasil tais a es est o inscritas no Programa Sa de na Escola PSE institu do pelo Decreto Presidencial n 6 286 2007 no mbito dos minist rios da Educa o e da Sa de A finalidade do PSE segundo este documento contribuir para a forma o integral dos estudantes da rede p blica de educa o b sica por meio de a es de preven o promo o e aten o sa de No contexto do PSE a articula o entre os setores sa de e educa o estrat gia central 2http portal mec gov br index php option com content amp view article amp id 2 amp ltemid 1164 Acesso em agosto de 2012 61 Essa parceria deve se estruturar e solidificar levando se em conta os limites e as in meras possibilidades de atua o de forma din mica e perene n o eventual nem espor dica BRASIL 2009d p 16 As publica es oficiais dos minist rios da Sa de e Educa o bem como a legisla o em torno do tema sa de escolar revelam quest es importantes para compreender o atual contexto de promo o da sa de na escola Houve representa o brasileira nas principais atividades realizadas em torno da Iniciativa de Escolas Promotoras de Sa de na Am rica Latina e esta participa o se refletiu na estrutura o de uma estrat
35. Ilha do Fund o Rio de Janeiro RJ Telefone 2562 6343 7 Caso voc tenha dificuldade em entrar em contato com o pesquisador respons vel comunique o fato Comiss o de Etica em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery Hospital Escola S o Francisco de Assis CEP EEAN HESFA na Rua Afonso Cavalcante 275 Cidade Nova ou pelo telefone 2293 8148 Ramal 228 283 Universidade Federal do Rio de Janeiro MEN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de NE Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Voc est sendo convidado a a participar da pesquisa A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o Voc foi selecionado porque estuda nesta escola municipal que foi indicada pelo corpo t cnico do Programa de Sa de na Escola O objetivo desta pesquisa discutir os limites e possibilidades para o desenvolvimento de estrat gias de Educa o Alimentar e Nutricional na escola pautadas pelo Direito Humano Alimenta o Adequada Sua participa o n o obrigat ria A qualquer momento voc pode desistir de participar e retirar seu consentimento Sua recusa n o trar nenhum preju zo em sua rela o com o pesquisador ou com a Escola Sua participa o nesta pesquisa consistir em participar de grupos de debate semin rios avaliativos e de acordo com sua disponibilidade e interess
36. N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de Universidade Federal do Rio de Janeiro 65 JULIANA PEREIRA CASEMIRO CULTURA PARTICIPA O E EDUCA O POPULAR amp SA DE a educa o alimentar e nutricional como lugar de encontro na escola Rio de Janeiro 2013 Juliana Pereira Casemiro CULTURA PARTICIPA O E EDUCA O POPULAR amp SA DE a educa o alimentar e nutricional como lugar de encontro na escola Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o Educa o em Ci ncias e Sa de N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Universidade Federal do Rio de Janeiro como requisito parcial obten o do T tulo de Doutor em Educa o em Ci ncias e Sa de Orientador Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca Rio de Janeiro 2013 Juliana Pereira Casemiro CULTURA PARTICIPA O E EDUCA O POPULAR amp SA DE a educa o alimentar e nutricional como lugar de encontro na escola Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o Educa o em Ci ncias e Sa de N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Universidade Federal do Rio de Janeiro como requisito parcial obten o do T tulo de Doutor em Educa o em Ci ncias e Sa de Aprovado em 16 de agosto de 2018 Prof Dr Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca UFRJ Profa Dra Helena Maria Scherlowski Leal David UERJ P
37. Neste ano foi publicada a Portaria Interministerial n 1 910 que estabelece o Termo de Compromisso Municipal como instrumento para o recebimento de recursos financeiros do PSE Com esta reestrutura o alteram se as formas de pactua o das metas do Programa da presta o de contas e cria se a 65 obrigatoriedade de registro em sistema de informa o pr prio Sistema Integrado de Monitoramento Execu o e Controle SIMEC Relevante registrar que de forma geral a escola apresentada como espa o relevante para promover sa de e para a forma o de cidad os cr ticos com estimulo autonomia e o exerc cio de direitos e deveres BRASIL 2006d 2009D 20114 espa o de rela es privilegiado para o desenvolvimento de posicionamento cr tico e pol tico que interfere diretamente na produ o social da sa de local de encontro e confronto de saberes distintos e de express o de uma cultura escolar que configura e instituinte de pr ticas socioculturais inclusive comportamentos mais amplos que ultrapassam as fronteiras da escola em si mesma E dentro desse enfoque que se entende e se justifica um programa de sa de na escola inserido e integrado no cotidiano e na cultura escolar irradiando se dessa forma para al m dos limites da escola BRASIL 2009D p 15 Percebe se que as publica es v o ganhando um amadurecimento institucional e caracter sticas bem pr prias ao contexto brasileiro respaldando se
38. No calor dos debates sobre o Mutir o surge em 2001 a Campanha Educativa da troca de um Erro Alimentar X problemas nutricionais por uma ajuda aos Desnutridos que foi realizada com estudantes de escolas p blicas e privadas e tratou de temas relacionados imagem corporal e consumo alimentar a partir de uma vis o dicot mica da alimenta o errada versus correta Foram realizados encontros de forma o com os professores para que estes se preparassem para trabalhar os temas na sala de aula No momento seguinte houve a participa o de nutricionistas Nessa poca n o era alimenta o saud vel que usava Fazia uma troca o aluno estava cometendo um erro alimentar Ent o aquilo detectado o aluno ia identificar um alimento saud vel correto para doar para essa fam lia de uma crian a que era detectada como desnutrida NUT E as que se viram gordinhas pediram que a gente fizesse uma avalia o nutricional A a partir disso como eles se viam surgiu a campanha Foi feita uma pesquisa de quantos doces ou quantos refrigerantes voc toma por semana ou por dia Muito pouco 159 Aquela avalia o A diante disso a gente no final perguntava Quer ajudar um desnutrido eles conseguiram 100 quilos de alimentos NUT D O termo erro alimentar carrega o grande peso da culpabiliza o dos indiv duos e da supremacia da prescri o do profissional de sa de que nestes caso
39. PINHEIRO R MATTOS RA orgs Constru o social da demanda Rio de Janeiro IMSUERJ CEPESC ABRASCO 2005 FREIRE P O compromisso profissional com a sociedade In Educa o e mudan a Rio de Janeiro Paz e Terra 1979 Pedagogia da aut nima saberes necess rios pr tica educativa 39 ed S o Paulo Paz e Terra 1996 Criando M todos de pesquisa alternativa aprendendo a faz la melhor atrav s da a o In BRANDAO C R Pesquisa Participante 8 ed S o Paulo Brasiliense 2001 Carta do Direito e dever de mudar o mundo In SOUZA Al SCHNORR GM SCHWENDLER SF BERTOLI MAA ALBUQUERQUE TS ZANETTI MA Orgs Paulo Freire Vida e obra S o Paulo Express o Popular p 317 326 2001b Extens o ou Comunica o 13 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1977 2006 p 93 Pedagogia do Oprimido 48 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 2005 p 213 Professora sim tia n o cartas abertas a quem ousa ensinar 1 ed S o Paulo Olho D Agua 2009 p 132 271 FREITAS M C S PENA P G L Seguran a alimentar e nutricional a produ o do conhecimento com nfase nos aspectos culturais Revista de Nutri o v 20 n 1 p 69 81 2007 Educa o nutricional aspectos s cio culturais Revista de Nutri o v 10 n 1 p 45 49 1997 GAMA J C F D Ci ncia consci ncia e conhecimento In GUERRINI I A Nas asas do efeito borboleta o despertar do novo esp rito cientifico Botucatu FEPAF 2006 GEERTZ C
40. Programa de Sa de da Fam lia SAN Seguran a Alimentar e Nutricional SISAN Sistema Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional SME Secretaria Municipal de Educa o SMS Secretaria Municipal de Sa de SUS Sistema nico de Sa de SUM RIO INTRODU O sure DT RS Da 1 1 14 MOTIVA ES DO ESTUDO sai a A aaa Aa 1 1 27 OBJETIVOS os sra ama 0 SD ASS Za AOS RT AA CE SERENO Epa dE a BAN PAES E De DA DR aa 4 1 2 1 Objetivo Geral A E A E si lealilsadados 4 1 2 2 Objetivos Espec ficos s izaa so cissssisosseasso asssrasanianso cado dotiadidaicacenisevsiinsscastaasoe 4 1 3 A OP O POR UMA PESQUISA QUALITATIVA BASEADA NA PARTICIPA O 5 1 4 CAMINHO PERCORRIDO trees e ae arar areas a aeee eras essa naneaa 8 SITUANDO ALIMENTA O E SA DE NA ESCOLA irem eermemeeermemeeermeseseeees 13 2 1 EDUCA O ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL eee 13 Bras Alimentar e Nutricional uma revis o dos artigos publicados no E E I POR O RSS RE A A os RE ASR E O A DRT CMI T ORNE RR TROS RS ENO UNDER AS 2 1 2 A Educa o Alimentar e Nutricional e sua interface com as pol ticas p blicas 22 2 2 O PNAE O DIREITO ALIMENTA O ESCOLAR E SEU POTENCIAL EDUCATIVO 31 2 3 ALIMENTA O E CI NCIA COMO ESPA OS DE PARTICIPA O E APODERAMENTO 36 2 4 SA DE ESCOLAR QUE CAMINHOS NA AM RICA LATINA noisier 43 2 5 SA DE ESCOLAR NO BRASIL UMA S NTESE A PARTIR DE PUBLICA ES O
41. a caminho Um profissional pode iniciar sua jornada como servidor p blico de forma engajada mas no percurso revestir se de mecanismos de defesa diante das dificuldades extremas do cotidiano dos equipamentos p blicos relacionados s pol ticas sociais Por isto muitas vezes podem parecer indiferentes ao sofrimento da popula o assistida ou adoecerem diante de circunst ncias de estresse e decep es A imparcialidade de servidores p blicos diante de tantos desafios dos territ rios em que sistematicamente s o negados de direitos fundamentais representa uma posi o quase sempre infeliz mas segura seguro para o 251 profissional acreditar que ele fez a sua parte mas que sem a ajuda do governo ou com aqueles estudantes que n o sabem nem escrever direito desinteressados e bagunceiros seus esfor os n o adiantam seguro porque um lugar conhecido N o um lugar feliz porque traz frustra es s expectativas de muitos que iniciam suas vidas profissionais imbu dos por sentimentos de necessidade de mudan a urgente que engrossemos as fileiras da luta pela escola p blica nesse pa s Escola p blica popular eficaz democr tica e alegre com suas professoras e professores bem pagos bem formados e permanentemente formando se FREIRE 2009 p 53 Este desejo ou conselho de Paulo Freire escola e professores o que tamb m se almeja para profissionais e unidades de sa de A realid
42. a maioria relata que estes s o mais comuns nos finais de semana dif cil comida mesmo S sexta s bado e domingo lanche Durante a semana arroz com feij o No entanto alguns afirmam lanchar tamb m durante alguns dias da semana Eu n o sou de jantar Sou de comer tr s p es Eu lancho Porque eu n o sou gordo Porque eu fico vidrado no computador Barbosa 2007 destaca a exist ncia de tr s subsistemas que relacionam se escolha do card pio e ao tipo e grau de elabora o da comida servida das refei es semanais que vigora de segunda a sexta feira na hora do almo o de fim de semana de sexta feira at domingo noite e o ritual relacionado a festividades e datas comemorativas Estes subsistemas coincidem com as descri es realizadas pelos estudantes Em estudo cujos resultados s o similares aos encontrados o jantar era refei o na qual era mais frequente a presen a dos pais e mesmo assim essa refei o foi a mais substitu da por lanches ARAKI et al 2011 p 169 A fam lia tem grande import ncia na forma o de h bitos alimentares mas cabem aprofundamentos e novos debates acerca desta influ ncia ser sempre positiva em termos de consumo de alimentos mais saud veis A substitui o de refei es por lanches tem sido constatada como frequente neste faixa et ria e relatada com preocupa o porque a prefer ncia por lanches est 207 relacionada ao aumento
43. b Sa de escolar o que representa a op o pela promo o da sa de Como afirmado anteriormente a Iniciativa de Escolas Promotoras de Sa de foi eleita como estrat gia priorit ria para o desenvolvimento de a es de sa de escolar na Am rica Latina Ela re ne tr s componentes educa o para a sa de com enfoque integral cria o e manuten o de entornos e ambientes saud veis provis o de servi os de sa de nutri o saud vel e vida ativa IPPOLITO SHEPHERD 2006 A partir de tais orienta es governos e sociedade civil t m organizado suas iniciativas e alternativas Trata se de uma abordagem pautada nos valores da Promo o da Sa de qualidade de vida sa de solidariedade equidade democracia cidadania desenvolvimento participa o e parceria entre outros BUSS 2000 Contudo seu processo de implementa o n o ocorre com a elimina o completa e instant nea dos preceitos anteriormente vigentes ou seja a constru o de estrat gias de promo o da sa de na escola coexiste com a es constru das a partir dos ideais da higiene escolar O que representa esta op o pelo ide rio da promo o da sa de Segundo Arouca 1975 o termo Higiene tomado em seu sentido mais geral e etimol gico pode ser traduzido como arte de conservar a vida Em termos de aplica o no campo da sa de p blica o autor registra que um conceito que muda a cada poca hist rica A Higiene como Ci ncia LAROC
44. brasilidade N o esquecer por outro lado em favor do discernimento dos ndios que o caju das frutas a que ostenta maior riqueza de vitamina C em unidades internacionais de 100 gramas 3 680 seguido de longe pela manga que cont m 1 350 enquanto a m sera banana nanica n o vai al m de 60 Comamos e principalmente bebamos caju este o programa E se quisermos perseverar no estilo nativo troquemos o enjoada chiclete por uma fruta do cerrado O Minist rio da Agricultura n o me pagou para isto nem comprei um s tio algures como est s imaginando Apenas dei para ler dicion rios e entre eles encontro o de Frutas do Brasil de Eurico Teixeira da Fonseca onde h v rias not cias de frutas cultivadas e silvestres t o insuficientemente industrializadas ainda e desconhecidas at das popula es regionais quando n o amadurecem a um palmo do nariz Algumas s o meras hip teses comest veis a exemplo dessa marmelada que o padre Ayres do Casal h perto de dois s culos foi achar em Goi s e que n o deve ser confundida com o marmelo vulgar nem com a marmeladinha ou puru do Par Mas o Par de Eneira benza o Deus pode gabar se de ser dono dos exemplares frut feros mais variados do Brasil a ponto de quem l atravessar um imenso areal n o passar fome Pode provar o umiri frutinha doce e resinosa se lhe apetece um sorvete esquisito fa a o de tapereb cedro cocos silvestres s escolher como num card p
45. cio de energia gua 97 PSE e outros materiais em casa F tasgscolares 14a 29 Suspens o parcial das atividades de jul 2012 campo Apresenta o do grupo da pesquisa e do C rculo de Cultura sobre Ago 2012 termo de consentimento Debates em pequenos grupos a partir de quest es chave din micas roda de conversa e s ntese alimenta o e Nutri o Preenchimento de Question rio sobre H bitos alimentares e de atividade Ago 2012 Aplica o de question rio adaptado com perguntas da PeNSE preenchido pelos f sica estudantes Apresenta o no GE de Apresenta o de dados preliminares da dados preliminares da 14 08 2012 pesquisa abordando seus aspectos pesquisa conceituais e metodol gicos Reflex o sobre as possibilidades de constru o de ferramentas e rotinas de planejamento coletivo de a es de educa o em sa de na escola a partir da experi ncia local e em conson ncia com a legisla o do PSE Apresenta o dialogada de dados durante Oficina de Planejamento 1 28 09 2012 C rculo de Cultura sobre almenta o emuin o Out 2012 aulas de Educa o F sica atrav s de lbum Devolu o dos dados do serado question rio i C rculo de Cultura sobre alimenta o e Nutri o Semana Mundial da 25 10 2012 Oficina Culin ria V deo debate Sarau de Poesias Exposi o de Fotografia Alimenta o Elei es municipais 1 e 2 07 e 28 de
46. disso de projetos principalmente o pessoal que na universidade coisas novas aparecem o tempo todo e n o chega aqui para a gente n o 20 Prof eu agrade o e pe o que essas atividades continuem at porque e importante colocar essa escolas essa realidade no mapa 19 Prof As atividades demonstraram potencial problematizador n o apenas para o trabalho com os alunos mas tamb m com os professores visto que ao final estes apresentaram sua avalia o acerca da interlocu o do tema com as suas disciplinas Ao contr rio do discurso corrente os docentes que participaram das 235 atividades demonstraram grande interesse e disponibilidade para o trabalho conjunto com profissionais de outras reas Gostei bastante queria ter participado mais participei pouco praticamente s no ltimo dia 20 Prof Al m de problematizadoras as atividades demonstraram capacidade de sensibilizar e motivar a equipe para temas em sa de e nutri o O debate na escola tem grande potencial de continuidade a partir destes profissionais mas ficou a vontade de desenvolver um pouco mais a proposta juntar arte e o tema alimenta o algo bem vi vel e interessante 21 Prof J at tinha pensado em fazer mas fica s no projeto mesmo A voc s vieram Acho que no pr ximo ano vou fazer uma exposi o daquela 20 Prof Interessante a fala a seguir em que o professor de geografia estabelece nexos e sugest es e
47. es realizadas por Greenwood e Levin 2006 e por Thiollent 2006 acerca da Pesquisa a o uma das formas de Pesquisa Participante trabalham de forma extensa e detalhada estas rela es que n o puderam ser tratadas com a devida aten o e qualidade neste trabalho 247 6 1 3 Entre tias e professoras desafios forma o continuada e comprometida Nas circunstancias acima descritas foi poss vel durante o percurso da pesquisa dez meses no territ rio dos quais sete na escola a realiza o de alguns momentos de problematiza o com os profissionais A viabiliza o de tais encontros constitui se em grande desafio Para Deusdar e Rocha 2012 abertura de um espa o tempo convocando permanentemente os envolvidos no processo de ensinar e aprender a interferir na produ o do cotidiano Tal interfer ncia se d na constitui o de alian as intensificadoras das for as que possam sustentar um campo de problematiza o entre o que acontece e o que faz acontecer e uma pr tica reflexiva que re conceitualize a forma o Partimos do pressuposto de que a organiza o do trabalho n o s um meio para consecu o de tarefas mas um mbito importante de interfer ncia coletiva para a constru o da atividade constitu da entre alunos e professores profissionais e institui es fam lias e escola DEUSDARA ROCHA 2012 p 374 Em diversos momentos chamou poss vel identificar que havia algo al m da rotina assoberbada
48. exame cr tico da educa o e sa de no Brasil mostra a exist ncia de diferentes pr ticas e concep es ao longo da hist ria Sua origem foi marcada por discursos e pr ticas coercivas e deterministas sem capacidade para garantir integralidade e atuar na promo o da sa de Machado 2008 reflete acerca do modelo ex geno de adoecimento abordado por Laplantine 1991 que sustenta a tese de que para cada doen a h um inimigo agente externo a ser combatido As pr ticas educativas resultantes desta concep o isolam a doen a pressup em a ado o de medidas corretivas e a id ia de que a informa o leva sempre a aquisi o de novos comportamentos A interven o educacional portanto sustenta se na id ia de educar para a sa de e na hip tese de que os v rios problemas de sa de s o resultantes da desinforma o e da ignor ncia da popula o MACHADO 2008 p 57 A educa o e sa de em sua forma tradicional e dominante apresenta se de forma instrumental e definida pelas pr ticas m dicas STOTZ 1993 Vuori 1997 apud Stotz 1993 argumenta que nesta perspectiva as abordagens educativas s o definidas no contexto do m todo de medicina preventiva e sendo assim os problemas s o definidos do ponto de vista m dico diagn stico dando origem a atividades freq entemente fragmentadas e focalizadas em problemas espec ficos Levando em conta que muitas a es ainda hoje s o realizadas a partir desta conc
49. existiria cultura sem um processo articulado de comunica o oral A cultura muda seguindo trajet rias pr prias hist ria de cada povo Dois tipos de mudan a cultural s o previstos 1 uma interna resultante do pr prio sistema cultural que ocorre geralmente de forma lenta e quase impercept vel 2 outra resultante do contato de 87 um sistema cultural com outro e dependo da forma como ocorre pode ser mais r pido e abrupto ou menos radical LARAIA 2009 praticamente imposs vel imaginar a exist ncia de um sistema cultural que seja afetado apenas pela mudan a interna Por isso a mudan a proveniente de causas externas mereceu sempre uma grande aten o Surge ent o o conceito de acultura o utilizado desde o inicio do s culo pela antropologia alem LARAIA 2009 p 96 O atual contexto acrescenta nova velocidade e din mica aos processos de mudan as da s cultura s Altera es contidas em novas conforma es de tempo espa o trabalhadas por autores como Bauman 2001 2004 e Hall 2008 fazem parte deste debate N o h como nesta simpl ria revis o abarcar os infindos desafios que o atual contexto da humanidade apresenta ao tema cultura Contudo a t tulo de aproxima o dos atuais debates sobre cultura alguns elementos s o destacados A queda do Muro de Berlim o fim da Guerra Fria e as mudan as p s 1989 da Uni o Sovi tica representam um grupo de acontecimentos importantes para a
50. gosta de cozinhar Quem voc acha que cozinha muito bem gt Quem faz as compras na sua casa Voc costuma ir junto Se voc fosse fazer as compras do m s na sua casa como seria a lista de compras Voc acha que seria muito diferente da atual Por qu gt Algu m da turma tem rvore frut fera horta ou cria o no quintal Como Quem cuida Voc participa gt Voc s acham que a escolha e a forma de preparar o alimento t m a ver com a sa de Por qu Como voc s acham que a escola poderia debater estes temas Vvwv Momento 4 Avalia o da oficina Que boml positivo Que tal sugest es Que pena negativo Gostar amos de um novo encontro Quem ajuda a preparar Tempo estimado 1 hora Ap ndice 10 1 Sexo Feminino Masculino 2 Cor Branca Preta Amarela Parda Ind gena 3 Idade 4 Contando com voc quantas pessoas moram na sua casa 5 Grau de parentesco das pessoas que moram com voc Pai M e Irm os Outros Qual v nculo ATIVIDADE F SICA As pr ximas quest es falam sobre atividade f sica que pode ser feita ao praticar esporte brincar com os amigos ou caminhar at chegar na escola Alguns exemplos de atividade f sica s o correr andar de bicicleta dan ar jogar futebol voleibol nadar andar de skate etc Nos ltimos sete dias em quantos dias voc N o 1dia 2dias 3 dias 4 dias 5 dias Gdias T
51. mais na legisla o nacional de promo o da sa de e educa o b sica do que no discurso da Iniciativa de Escolas Promotoras de Sa de Por outro lado o detalhamento das atividades para alcance de objetivos e metas bem espec ficos remete a ideia de uniformiza o de a es Cabe ent o problematizar que espa o resta para incorporar a perspectiva de di logos com a cultura e realidade locais O PSE compreendido como estrat gia que incentiva a gest o coletiva das a es de sa de e educa o a partir da participa o de profissionais da sa de educa o dos educandos e da comunidade no territ rio onde convivem BRASIL 2011a p 17 Prev o desenvolvimento de atividades de preven o promo o e aten o sa de com estudantes da Rede P blica de Educa o atrav s de articula o com Sistema nico de Sa de SUS por meio da Estrat gia de Sa de da Fam lia ESF BRASIL 2007 Esta articula o tem como ampliar o alcance e o impacto de suas a es relativas aos estudantes e suas fam lias otimizando a utiliza o dos espa os equipamentos e recursos dispon veis BRASIL 2007 A organiza o das a es ocorre em tr s componentes Componente Avalia o Cl nica e Psicossocial corresponde aos aspectos de coleta de dados epidemiol gico e incluem a es de avalia o antropom trica atualiza o do 66 calend rio vacinal detec o precoce de hipertens o arterial
52. mbito da Uni o No contexto estudado esta mesma quest o constatada As 118 entrevistas realizadas concordam com esta centralidade do setor sa de na esfera Federal e indicam impactos ou correspond ncias no mbito municipal O Minist rio da Educa o se incumbiu de passar os equipamentos e o Minist rio da Sa de recursos financeiros Quando veio o recurso financeiro era necess rio que tiv ssemos um gestor designado para isso ent o o Secret rio designou ent o como Coordenador do Programa representando a Sa de o Coordenador da Aten o B sica GTI M 1 SMS Ferreira e colaboradores 2012 tamb m destacam uma preocupa o com a tend ncia dos setores a cheguarem para espa os de constru o e planejamento coletivos com suas agendas j prontas ressaltando os preju zos causados por tal atitude para o planejamento intersetorial P de se constatar nos relatos que a sa de reconhece e apresenta suas demandas Hoje o Minist rio da Sa de est come ando a tomar o Programa Sa de na Escola como um eixo j come a a discuss o de se trabalhar as quest es de doen as cr nicas na escola por qu Futuramente isso vai ter um impacto Quer dizer a longo tempo Ent o o Minist rio da Sa de j come a a utiliza o do uso da caderneta do adolescente n o GTI M1 SMS Esta forma n o equ nime de tomada de decis es FERREIRA et al 2012 al m de influenciar as formas de decis o em n vel m
53. o de um balde para acondicionar e servir o refresco sublinhando que ainda que este nunca tenha sido usado com outra finalidade sua imagem est relacionada a utens lio de limpeza e a exist ncia de um balc o t rmico novo e desativado no refeit rio A justificativa que o balc o est com defeito mas alguns funcion rios falam sobre a dificuldade que seria colocar a carne para ser servida pelos pr prios alunos que acabariam consumido por es maiores do que as previstas O sistema de autosservi o outro fator relacionado maior ades o Nesta escola assim como em outras existe a preocupa o da equipe respons vel pela alimenta o escolar em incentivar o consumo de legumes verduras e outros alimentos importantes de serem inclu dos no card pio mas muitas vezes rejeitados pelos estudantes Esta preocupa o com o incentivo que comumente vivenciada pelas pessoas mais diretamente ligadas alimenta o escolar e representa preocupa o para a diretora Eu tenho o h bito de almo ar junto com eles que eu como de tudo D tudo beterraba eu como eu adoro beterraba para eles passarem pela minha comida e me v comer Ah n o quero feij o O que tem contra o pretinho o que eles te fez A bota feij o no prato deles para incentivar tamb m as crian as Apesar que aqui n o precisa de incentivo n o eles comem bastante 7 ED As merendeiras s o orientadas a servir todas as prepara es e rel
54. o do tema alimenta o saud vel no curr culo oficinas culin rias atividades de forma o para a comunidade escolar etc Com rela o EAN e as a es desenvolvidas na escola a atividade mais citada e reconhecida foi a Semana Mundial da Alimenta o aparecendo na fala da dire o Anualmente comemora se o Dia Mundial da Alimenta o em 16 de outubro a partir de tema eleito pela Organiza o das Na es Unidas para a Alimenta o e Agricultura FAO No Brasil esta iniciativa realizada atrav s da Semana Mundial da Alimenta o Este ano o tema ser Cooperativas Alimentam o Minda Agr colas da equipe de merenda e das professoras Outra a o relatada foi o projeto Fam lia na Escola que ocorre de dois em dois meses com realiza o de palestras e oficinas culin rias de utiliza o integral de alimentos Esta ltima foi a nica atividade de EAN reconhecida pelas merendeiras O tema sobre alimenta o e nutri o tamb m tratado pelos professores em sala de aula 344 articulado ao curr culo pertinente a cada ano escolar Tanto as professoras de ci ncias quanto de educa o f sica relataram experi ncias bastante interessantes e diversificadas A fala dos professores demonstra uma preocupa o em que os temas de sa de e de nutri o sejam trabalhados com os estudantes de forma cr tica e que incorpore temas se aproximem do cotidiano H tamb m a identifica o dos h bitos e c
55. o escolar devem favorecer uma a o mais reflexiva e cr tica do conceito de sa de com investiga o de demandas e temas pertinentes comunidade escolar e particularmente aos escolares CARDOSO et al 2008 p 108 Outra quest o identificada nos artigos foi a apresenta o de avalia o e descri o de t cnicas e metodologias utilizadas em projetos ou a es foi objetivo de diversos artigos Foram relatados processos de forma o com professores e outros profissionais da escola assim como palestras e oficinas realizadas com respons veis estudantes e comunidade Observa se um leque de a es que inclui estrat gias das mais tradicionais s mais l dicas e criativas incluindo palestras distribui o de cartilhas e panfletos c rculos de cultura teatro e conta o de hist ria com estudantes e uma experi ncia de modalidade de educa o dist ncia para professores A forma o de professores continua a ser tarefa valorizada mas neste contexto mudam se seus sentidos e objetivos O foco da forma o inclui conte dos espec ficos sobre sa de Contudo s o pautados por exemplo t picos relacionados 55 concep o sobre sa de doen a sobre a import ncia de que os professores se interessem e apropriem das quest es de sa de que preocupam os jovens e tamb m reflex es sobre a evolu o hist rica destes problemas relacionando ao seu alcance social atual as diferentes reas geogr ficas e ao campo social KORN
56. o frango a carne assada e a farofa As mais rejeitadas ou menos apreciadas s o as sopas e o macarr o principalmente o macarr o sem molho Estudos em outras realidades apontam a baixa aceita o das sopas no card pio escolar por exemplo em BEZERRA 2009 MUNIZ CARVALHO 2007 Para Bezerra 2009 existe a influ ncia do olhar dos gestores que enxergam esta popula o como crian a carente faminta necessitada de um prato de comida e que come qualquer coisa Ent o os alimentos encorpados passam a predominar nos card pios sobretudo a sopa BEZERRA 2009 p 107 A sopa muitas vezes acaba sendo uma op o no card pio por ser uma prepara o mais barata o que permite ajustar os custos para fechar as contas do m s dentro dos per capitas destinados execu o do PNAE Aprofundar o debate sobre os significados da sopa no card pio escolar pode representar uma interessante discuss o A quest o do preparo tanto no que diz respeito higiene quanto ao sabor estiveram presentes nos debates e justificaram as prefer ncias e sobretudo a rejei o A express o s vezes foi muito utilizada pelos estudantes para tratar da E Ap s a primeira atividade realizada na escola no dia em que foi servida sopa de legumes nossa equipe de pesquisa foi parada por v rios alunos para falar que a sopa esta feia e aguada Disseram que naquele dia poucos merendaram Fomos ao refeit rio e confirmamos que estava mais
57. os e mecanismos que permitam o di logo sobre estas e outras decis es relacionadas escola A grande quest o que est sempre impl cita o quanto este di logo desejado e fact vel dentro do atual modelo de educa o escolar e sobretudo a partir das condi es reais das escolas p blicas Importante que a retirada de cantinas das escolas seja apresentada como op o de cuidado e n o de puni o e que a alimenta o escolar seja apresentada como um direito e n o como um favor ou imposi o Neste mesmo caminho Sturion e colaboradores 2005 recomendaram a realiza o de pesquisas que tratem das prefer ncias dos alunos por alimentos e de formas de prepara o da estrutura de distribui o e dos hor rios das refei es para ampliar o potencial de ades o alimenta o na escola fundamental compreender mais sobre o quanto este discurso da alimenta o escolar como uma alimenta o mais saud vel consegue penetrar no n cleo de sentidos destes estudantes Num dos di logos encontra se boa ilustra o sobre o desafio quando falando sobre a alimenta o di ria um aluno afirma N o como nada na escola n o tenho fome E o outro continua Comeria x tudo todo dia pra que sa de Este pequeno trecho bastante inc modo no o que defende as atividades transmiss o de informa o sobre sa de e nutri o aos alunos como algo que teria uma utilidade impl cita e ineg vel Os discurso
58. reforma agr ria pol tica agr cola e pol tica agroindustrial pol tica de comercializa o agr cola pre os m nimos estoque reguladores e gest o de entrepostos distribui o e consumo de alimentos por meio de descentraliza o do setor varejista controle de pre os e margens amplia o dos programas de distribui o de alimentos b sicos a es emergenciais de combate fome Este documento era o Projeto Fome Zero que lan ado pelo chamado Governo Paralelo referia se a uma Pol tica de Seguran a Alimentar para o Brasil INSTITUTO CIDADANIA 2001 A proposta foi apresentada ao Governo Collor contudo n o encontrou eco Em 1992 com o impeachement do presidente Collor e consequente in cio do Governo Itamar Franco a proposta foi reapresentada em fevereiro de 1993 e em maio do mesmo ano foi criado o Conselho Nacional de Seguran a Alimentar CONSEA integrado por oito ministros e 21 representantes da sociedade civil em sua maioria indicados pelo Movimento pela tica na Pol tica Neste momento o CONSEA come ou a coordenar a elabora o e implanta o do Plano Nacional de Combate fome e Mis ria Segundo Valente de forma in dita o governo federal reconheceu o c rculo vicioso formado pela fome a mis ria e a viol ncia e definiu seu enfrentamento como prioridade VALENTE 2002 A partir da mobiliza o de movimentos sociais e populares foi institu do o Conselho Nacional de Seguran a Alimentar e Nutr
59. s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o 1 Sobre a Pesquisa No Brasil a alimenta o um direito previsto na O direito alimenta o s se Constitui o Federal Contudo garantir uma alimenta o concretiza quando o alimento 5 E s x se transforma em cidad os adequada saud vel e segurara toda popula o ainda bem nutridos saud veis um desafio Para a implementa o deste direito essencial cr ticos e participativos Fl vio que sejam desenvolvidas a es de promo o da Valente alimenta o saud vel O espa o escolar tem sido apontado como estrat gico neste sentido Em termos de pol ticas p blicas duas a es se destacam o Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE e o Programa de Sa de na Escola PSE O PNAE garante o direito alimenta o escolar em car ter universal e a define em suas diversas dimens es da sa de incluindo necessidades alimentares especiais da educa o alimentar nutricional com nfase nos h bitos alimentares saud veis e do respeito cultura alimentar e produ o sustent vel de alimentos O PSE desenvolve a es de preven o promo o e aten o sa de dos estudantes da rede p blica de educa o atrav s da articula o local com Sistema Unico de Sa de por meio da Estrat gia de Sa de da Fam lia
60. vel de meninos A presen a dos pais como refer ncias para os meninos que declaram saber cozinhar chamou aten o Assim como foi marcada a posi o de algumas meninas que fizeram quest o de declarar que n o sabem e n o gostam de cozinhar Isto pode estar relacionada a atribui o social ao cozinhar que tarefa da dona de casa e por outro lado Para os homens cozinhar um prazer porque n o o fazem por obriga o ou todos os dias BARBOSA 2007 Os programas de televis o aparecem como fonte de receitas e alguns apresentadores e programas s o citados no momento de referir quem cozinha bem ou com quem aprendeu a cozinhar Alguns estudantes cozinham diariamente tanto meninos Praticamente eu moro sozinho Porque a minha m e trabalha todo dia e s volta de noite quanto meninas Um monte de coisas Mas n o gosto de fazer Mas sei Fa o obrigada Contudo para alguns dos estudantes principalmente os mais novos cozinhar ainda dif cil e as prepara es mais relatadas s o macarr o instant neo e brigadeiro Geral sabe fazer miojo Brigadeiro a nica coisa que eu sei fazer Em outra turma os alunos falaram Eu s sei fazer refrigerante Eu s sei fazer 211 suco de Ki suco Num di logo uma aluna afirma Eu acho que todo mundo sabe cozinhar s basta querer O colega responde Sabe n o Uma fala chamou aten o por adjetivar a alimenta
61. vida bem como os determinantes sociais pol ticos e culturais com o objetivo e fazer com que o sujeito desse processo descubra se singular dentro do coletivo RODRIGUES BOOG 2006 929 A problematiza o propiciaria a ruptura de um padr o dicot mico de pensamento muito comum que se concretiza no comer certo e comer errado Comer certo como ideal inating vel que pressup e a exclus o de alimentos maus representa uma vis o que refor ada pela autoridade de profissionais de sa de que desconhecendo outras formas de abordar o problema repetem o que tradicionalmente lhes foi transmitido RODRIGUES BOOG 2006 925 A ci ncia tem na sociedade moderna sua autoridade e capacidade de produzir um discurso legitimo racional baseado na incontest vel verdade SANTOS 2005 688 Acredita se dessa forma que a divulga o desse discurso 20 pode por si s influenciar nas escolhas dos sujeitos contudo a experi ncia com outros temas tem mostrado que o discurso cient fico por si s n o tem provocado as mudan as de comportamento individual da forma que se esperava SANTOS 2005 A centralidade na informa o e na mensagem traz questionamento ao papel dos profissionais de sa de que passam a ser visto como meros ve culos de transmiss o prescindindo se assim do papel mediador numa rela o dial gica O risco de retomada do mito da ignor ncia faz se presente uma vez que a responsabiliza o dos indiv
62. 01 x c de ch de leo 01 x c de ch de gua morna Informa es nutricionais Essa op o 04 tabletes de fermento de lanche rica em carboidrato e vitamina A 02 ovos 02 x c de a car 01 colher de caf de sal 01 quilo de farinha de trigo Utens lios Necess rios Vasilha liquidificador e assadeira Modo de preparo v Bata no liquidificador todos os ingredientes menos a farinha de trigo v Despeje o l quido em uma bacia e acrescente aos poucos a farinha de trigo at dar o ponto v Espere a massa crescer e leve ao forno SS SSS Bolo de chocolate sem leite Ingredientes e 03 x carasde ch 360g de farinha 02 x caras de ch 320g de a car Calorias por por o 1 peda o 01 x cara de ch 90g de chocolate em p pequeno 270 kcal 02 ovos inteiros 90g 01 x cara de ch 250ml de leo de soja 01 colher de ch 10g de fermento 02 x caras de ch 500ml de gua fervente leo de soja para untar Utens lios Necess rios Vasilha grande p o duro forma m dia para bolo Modo de Preparo Untar a forma para bolo com leo de soja e farinha reservar Misturar todos os ingredientes secos em uma vasilha grande Adicionar os ovos e o leo Misturar bem com um p o duro at formar uma pasta bem homog nea Adicionar a gua aos poucos e ir mexendo at que fique bem uniforme Despejar na forma untada Assar por 40 minutos em forno pr aquecido a 200 C Informa es nutrici
63. 197 O segundo obst culo refere se ao perigo de sucumbir magia dos m todos e das t cnicas deixando de lado parte fundamental que a fidedignidade s significa es presentes no material e referida a rela es sociais din micas p 197 Por fim o terceiro corresponde a dificuldade de se juntarem teorias e conceitos muito abstratos com os dados recolhidos no campo p 197 Em outro trabalho a autora adverte que Fazer ci ncia trabalhar simultaneamente com teoria m todo e t cnicas numa perspectiva em que esse trip se condicione mutuamente o modo de fazer depende das perguntas dos instrumentos e das estrat gias utilizadas na coleta de dados A trilogia acrescento sempre que a qualidade de uma an lise depende tamb m da arte da experi ncia e da capacidade de aprofundamento do pesquisador que d o tom e o tempero do trabalho que elabora MINAYO 2012 p 622 O eixo condutor desta an lise foi a Educa o Popular atrav s da observa o cr tica e dial tica da realidade com o destaque e a problematiza o de suas contradi es Para a an lise dos dados coletados foi realizada inicialmente uma leitura flutuante do conjunto de comunica es recolhidos e o contato exaustivo com 95 o material e retomada s hip teses iniciais do trabalho e a constitui o de corpus atrav s da organiza o de todo o material MINAYO 1996 Procedeu se a an lise reconhecendo o conjunto de substant
64. Coordena o de Aten o B sica e Coordenadoria de Nutri o Escolar por acolherem esta pesquisa e de forma especial ao Tony Ferreira e Luciana Mar al pela fundamental colabora o s professoras es equipe diretiva e demais funcion rias os da Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es e integrantes das equipes de Sa de da Fam lia da Vila Leopoldina pela generosa participa o na pesquisa partilhando rotinas sonhos e indigna es do cotidiano desafiador de servi os p blicos de sa de e educa o Agrade o de forma muito especial aos jovens estudantes do s timo ano que tocaram profundamente meu cora o com seus sorrisos suas m sicas suas rebeldias seus sil ncios sonhos e opini es Aos professores e funcion rios do NUTES UFRJ Aos meus colegas de turma pessoas maravilhosas que fizeram mais bonitos e felizes estes quatro anos no NUTES UFRJ Agrade o de forma muito especial Carolina Rangel pela amizade e cumplicidade em todos os momentos Aos companheiros do grupo de pesquisa agrade o de todo cora o pelos animados debates calorosos pelo companheirismo e por todos os saborosos momentos de reflex es Especialmente agrade o a Ana Gabriela Fernandes Gabriella Isabela F bio e Juliana Dias que com tanto carinho empenho e ousadia contribu ram com a pesquisa Meus mais sinceros agradecimentos s professoras Helena David e Vera Helena Ferraz de Siqueira pelas generosas contribui es e pela pa
65. Eles acompanharam desde quando chegou o g nero at o porcionamento Acompanharam tudo durante toda a semana e depois eles foram pontuando o que que eles acharam bom o que que eles n o gostavam de todo o processo A a gente deixou passar um tempo e fez uma segunda avalia o Os pais visitaram a empresa respons vel pela alimenta o escolar no munic pio Posteriormente foi realizado um encontro para apresentar o card pio para estes pais Para a surpresa da equipe de Nutri o Escolar constatou se que 90 dos pais n o conheciam o card pio n o sabiam que seus filhos comiam na escola Conhecer o card pio direito dos pais A partir disto as escolas est o sendo orientadas a colar o card pio na porta da escola Os pais pediram para a gente fazer oficinas com eles para passar para eles as receitas dos card pios A isso eu achei interessante Porque muitos n o conheciam o card pio A a gente pediu para escola colocar o card pio no port o ou em local que os pais possam visualizar todo dia E os pais come aram a ter conhecimento disso e pediram pra aprender Os pais solicitaram que a Nutri o Escolar desenvolva oficinas para que eles aprendam a preparar em casa a alimenta o como feita na escola Para a atual Respons vel T cnica este um timo resultado porque mostra que os pais avaliam positivamente a alimenta o servida na escola Representou tamb m oportunidade para debater a nova lei da alimenta o
66. Ent o o que a gente fez Vamos colocar esse programa do leite em algum lugar Mand los para as Unidades como eles n o alcan avam n o tinham acesso mesmo ent o tivemos a id ia de colocar numa comunidade Onde Numa igreja A gente ia at eles Todos os tr mites burocr ticos do Programa eram respeitados em termos de cadastro de benefici rios e presta o de contas Desvincular a distribui o das unidades de sa de permitiu alcan ar mais crian as Contudo houve a necessidade de se justificar esta mudan a de estrat gia ao Conselho Municipal de Sa de o que gerou grandes preocupa es para a equipe da ATAN Ainda assim avaliam positivamente este posicionamento mas foi bom que a gente atendeu s crian as Pode n o ter seguido o que seria burocraticamente correto mas voc atendeu a crian a na poca que ela tinha fome A crian a recebeu quando precisava receber Depois a gente ajustou mas vidas n o se perderam Porque morriam crian as Faziam parte deste contexto dois outros grandes desafios uma grande quantidade de crian as sem registro civil muitas vezes tr s gera es na mesma fam lia e a necessidade de ampliar a implanta o do SISVAN nas unidades de sa de As crian as sem registro eram encaminhadas ao Conselho Tutelar para providenciar o registro civil para que aquela crian a primeiro ela passasse existir como cidad s para a partir da ter acesso Porque para os prog
67. Fiocruz Cria o do DESANS Parceria entre a SMS e 2005 SME Portal transformado em CCAIC por Lei 7 CCAIC inaugurado Promo o da alimenta o saud vel nas escolas Portaria Interministerial n 1 010 2006 LOSAN Lei 2006 n 11 346 de 15 de setembro de 2006 Pol tica Nacional de Aten o B sica Portaria n 648 GM 2006 PSE Decreto Presidencial n 6 286 de 5 e dezembro de 2007 CNSAN Implanta o do PSE em Duque de Caxias Horta 2007 em Dutos Agricultura Familiar na Alimenta o Escolar introdu o de alimentos org nicos Forma o de Grupo de Trabalho intersetorial Semin rio Intermunicipal de Alimenta o Escolar 2008 7 apresenta o sobre Armanda Alvaro Alberto PAA a modalidade Aquisi o de Alimentos para _ Atendimento da Alimenta o Escolar RESOLU O Comemo a o do Centenario Josus d Gasto em pn PSE Portaria n 1 861 de 4 de setembro Duque de Caxias com a participa o de escolas e de 2008 cdi professores 2009 PNAE Lei n 11 947 de 16 de junho de 2009 2010 DHAA na Constitui o Emenda Constitucional 64 de 04 de fevereiro de 2010 Ap ndice 7 Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de N 306 A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de p
68. IC Gastronomia Falas Significativas 1 Comeria X Tudo todo dia pra que sa de 2 Eu s sei fazer refrigerante Eu s sei fazer suco de Ki suco Preparando o Ambiente e Local refeit rio e cozinha e Separar duas mesas e Separar material e combinar participa o das merendeiras Programa o 1 Apresenta o 30 min gt Divis o em dois grupos gt Preparar receitas gt Enquanto as receitas est o no forno realizar problematiza o inicial e aprofundamento te rico 2 Problematiza o Inicial 10 min A partir de um cartaz com figuras de industrializados perguntar Com que frequ ncia e em quais refei es estes alimentos fazem parte da alimenta o de voc s Porque muitas pessoas preferem estes alimentos Quais s o as suas vantagens Quais s o as suas desvantagens 3 Aprofundamento Te rico 30 min Roda de conversa e Precifica o das prepara es Tabela Nutricional Card pio Di rio e Rela o tempo para alimenta o preparar e degustar com o prazer e a sa de 4 Aplica o do Conhecimento 10 min Degusta o problematizando Quem gostou das prepara es E poss vel elas fazerem parte do seu dia a dia O que tem de positivo em inserir estas prepara es em nossos h bitos Palavras para degustar Sarau de poesias Divulga o Comida para alimentar o corpo e poesia para alimentar a alma J reparou que as palavras t m sabor Elas podem ser doces salgadas ou
69. J A pesquisa a o como estrat gia de pesquisa participante In GODOI C K BANDEIRA DE MELLO R SILVA A B Orgs Pesquisa Qualitativa em estudos organizacionais Paradigmas estrat gias e m todos S o Paulo Saraiva p 207 239 2005 MARTINS J S Tempo e linguagem nas lutas do campo In MARTINS JS A chegada do estranho S o Paulo Editora Hucitec p 27 59 1993 MENASCHE R Frankenfoods e representa es sociais concep es contempor neas sobre biotecnologia natureza e alimenta o Quilmes Argentina Revista Theomai 2003 MINAYO M C S Fase explorat ria da pesquisa In MINAYO M C S O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em sa de S o Paulo Rio de Janeiro HUCITEC ABRASCO p 89 104 1996 An lise qualitativa teoria passos e fidedignidade Revista Ci ncia amp Sa de Coletiva v 17 n 3 p 621 626 2012 MOLINERI M F ESMORIS A L GARC A M LA GRECA N PEREZ C BRUDNICK G ROJAS M S ETCHANDY P Algunas reflexiones sobre l s representaciones sociales y pr cticas de los profesionales de salud escolar Anu investig v 16 2009 MONTEIRO C A Velhos e novos males da sa de no Brasil a evolu o do pa s e suas doen as 2 ed S o Paulo Hucitec Nupens USP 2000 p 431 MONTEIRO C A CASTRO I R R Por que necess rio regulamentar a publicidade de alimentos Ci ncia e Cultura v 61 n 4 p 56 59 2009 MONTEIRO S Representa es e praticas perspectivas soci
70. N o 308 Ap ndice 8 Universidade Federal do Rio de Janeiro N N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de IY Roteiro de Fase Explorat ria Local 1 Identifica o de Grupos e Profissionais das Equipes de Sa de da Fam lia Profissionais da Escola respons veis e ou envolvidos no PSE Professores identificados ao tema da alimenta o na escola Nutricionista supervisor de merenda respons vel de merenda e merendeiras Estudantes Pais de alunos 2 Primeiro Encontro e Apresenta o da pesquisa justificativa objetivos e metodologia e Convite e apresenta o do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Agendar encontro para coleta de dados iniciais 3 Roteiro de quest es para encontro para coleta de dados iniciais Pensando na Vila Leopoldina e Como voc s descreveria m este bairro e seus moradores e Quais s o os principais desafios vivenciados na Vila Leopoldina Pensando na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es e Como voc s descreveriam esta escola Como voc s descreveriam os alunos desta escola O que voc acha da alimenta o preparada e servida nesta escola Pensando no tema da alimenta o e nutri o e Como e quando ele tem sido trabalhado o tema da alimenta o nesta escola e Como voc s descreveria m os principais desafios vivenciados pelos estudantes em termos de alimenta o e nutri o
71. Neste per odo foram realizadas atividades educativas em ocasi o da Semana de Alimenta o Escolar realizada por estudantes de enfermagem convidados pela 34 As supervisoras de merenda s o servidoras da SME que s o desviadas de fun o para acompanhar a execu o da alimenta o escolar S o professoras es Orientadoras es Educacionais e Orientadoras es Pedag gicas que recebem capacita o para acompanhar num conjunto de escolas as atividades de controle de estoque organiza o qualidade dos g neros entregues entre outras S o funcion rias os de cada escola geralmente administrativos respons veis pelo acompanhamento di rio da alimenta o escolar acompanhar recebimento de g neros aliment cios controle de estoque funcionamento de equipamentos entre outras fun es 102 Divis o de Nutri o Escolar SME e as atividades realizadas pelas equipes de Sa de da Fam lia eSF no mbito do PSE A observa o e registro em di rio de campo foi realizada com o consentimento da equipe diretiva da escola e em acordo com os respons veis pelas atividades Ocorreu ainda uma reuni o para o planejamento das atividades de PSE Estiveram presentes quatro profissionais da eSF e duas profissionais da escola envolvidas com o PSE a Orientadora Educacional OE e a Orientadora Pedag gica OP A representante oficial da escola no GTI Local neste momento era a OE A pauta da reuni o foi a planilha que foi o preenchimento de um
72. Sa de da Fam lia priorizados a partir do Indice de Desenvolvimento da 2008 Educa o B sica IDEB que aderirem ao Programa Sa de na Escola PSE Portaria Art 1 Designar os membros para compor Interministerial n 1 399 de 14 de novembro de 2008 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o a Comiss o Intersetorial de Educa o e Sa de na Escola CIESE institu da pela Portaria n 675 de 4 de junho de 2008 Portaria n 2 931 de 04 de dezembro de Minist rio da Sa de Altera a Portaria n 1 861 GM de 4 de setembro de 2008 que estabelece recursos financeiros pela ades o ao Programa Sa de na Escola PSE e 2 Ea 006 credencia Munic pios para o recebimento desses recursos Portaria n Estabelece recursos financeiros para 3 146 de 17 de dezembro de 2009 Minist rio da Sa de Munic pios com equipes de Sa de da Fam lia que aderirem ao Programa Sa de na Escola PSE Portaria n 790 de 12 de abril de 2010 Minist rio da Sa de Altera a Portaria n 3 146 GM de 17 de dezembro de 2009 que estabelece recursos financeiros pela ades o ao Programa Sa de na Escola PSE Portaria n 1 537 de 15 de junho de 2010 Minist rio da Sa de Credencia Munic pios para o recebimento de recursos financeiros pela ades o ao Programa Sa de na Escola PSE conforme a Portaria n 3 146 GM de 17 de dezembro de 2009 Portaria n 3 696 de 2
73. Turmas com muitos olhares curiosos que acolheram de forma intensa e participativa pesquisa e as pesquisadoras Programa em formato de show de calouros exibido no SBT 380 acesso aos professores foi prontamente autorizado Eu considerava que seria importante ser apresentada pela equipe diretiva mas por alguns desencontros ou urg ncias do cotidiano escolar este momento estava sendo postergado Um dia perguntei a um funcion rio da portaria se ele poderia me indicar quem eram as professoras de ci ncias Aproximei me de uma delas e falei sobre a pesquisa Ela foi extremamente gentil e solicita abrindo me o espa o da sala de professores Conheci parte das merendeiras logo nos primeiros dias em que estive na escola por interm dio da supervisora de merenda e sob o olhar zeloso e ainda desconfiado da diretora mas aguardei momento mais oportuno para realizar entrevista 118 A descri o do territ rio que ser apresentada a seguir foi constru da de forma progressiva a partir da contribui o de muitas vozes e a partir da viv ncia desta experi ncia de estar na escola e viver o PSE a Uma vis o panor mica sobre o territ rio O bairro onde est o localizadas a escola e a unidade de sa de fica pr ximo ao centro de Duque de Caxias e em cerca de 20 minutos de carro se chega da SME escola Trata se de um dos 14 bairros do Segundo Distrito caracterizado por ser uma rea urbana densamente povoada e que concentra 31 44 da popula o
74. a gente n o recebe tem coisas que a gente recebe e a Sa de n o recebe A quest o da verba que uma quest o que veio mas que muitas vezes tamb m n o atende em termos de trabalho Fica muito aqu m A tem a as quest es burocr ticas tamb m da utiliza o dessa pr pria verba que um outro fator N o adianta voc ter um 38 N o se pode contudo esquecer que estas quest es tamb m correlacionam a uma tend ncia mais geral vivenciada no Brasil e na Am rica Latina como um todo como j debatido no Cap tulo 2 115 dinheiro que voc n o pode utilizar em tempo h bil n o E a quest o dos materiais tamb m que s o insuficientes em rela o demanda que a gente tem de atendimento GTI M 3 SMS A partir da reformula o de instrumentos normativos e de gest o do PSE em 2011 Portaria Interministerial 1 910 o peso das metas pactuadas aumentou e tem ocorrido de cima para baixo apresentadas pela Uni o s secretarias e ao GTI M que repassam s escolas e equipes de Sa de da Fam lia Al m disso como tratado anteriormente os dados de comprova o de metas passaram a ser inseridos no SIMEC o que ampliou as exig ncias sobre o munic pio e equipes locais a gente n o pode pactuar o que a gente queria eles mandaram as coisas que tinham que ser pactuadas com uma meta a ser atingida E tudo aquilo que a gente fez anteriormente foi desconsiderado de uma certa maneira E voc tem que da
75. alimentares saud veis e em termos de pol ticas p blicas duas a es t m sido apontadas como estrat gicas para este debate a Pol tica Nacional de Alimenta o Escolar PNAE e Programa de Sa de na Escola PSE Neste mesmo sentido poderia se acrescentar ainda as iniciativas das Escolas Promotoras de Sa de CARVALHO 2004 O arcabou o te rico e institucional gerado por estas propostas mencionam de forma enf tica a necessidade do desenvolvimento de estrat gias de educa o em sa de dentre estas as de educa o alimentar e nutricional e consideram relevante o diagn stico da realidade e a inclus o dos sujeitos no planejamento das a es educativas Nas ltimas d cadas tem sido afirmada uma tend ncia homogeneiza o dos h bitos alimentares a partir do que se tem identificado como padr es modernos ou globalizados da alimenta o Ainda que este fen meno tenha sido tratado com Dispon vel em http www diaadia pr gov br cdec arquivos File direitoshumanos orientacoes pse pdf Acesso em agosto de 2010 37 naturalidade por algum tempo cada vez mais a quest o alimentar toma a pauta na sociedade a partir da identifica o de que estas mudan as acarretaram um novo padr o de morbi mortalidade A alimenta o e nutri o s o temas que v m ganhando destaque no cen rio nacional e s o considerados de extrema relev ncia na promo o da sa de e da qualidade de vida Grandes preocupa es v m sendo
76. alimentos selecionados por um determinado grupo humano s o ingeridos Assim considera se comida todo o processo de transforma o do alimento conjunto de nutrientes necess rios reprodu o f sica da vida humana naquilo que se come sob uma forma espec fica aquilo de que se gosta ou se detesta e que um elemento b sico da reprodu o social de qualquer grupo humano como bem nos lembra L vi Strauss BARBOSA 2007 p 92 A primeira atividade realizada durante a aula de ci ncias foi proposta como um momento de escuta mas tamb m de integra o da equipe de pesquisa com as turmas Teve in cio com breve apresenta o da pesquisa e seus objetivos seguida de uma din mica de apresenta o dos estudantes e da equipe de pesquisa perguntando sobre a comida preferida de cada um Ainda na apresenta o receberam crach s coloridos que serviram para o sorteio de grupos 191 Em seguida divididos em tr s grupos foram convidados a descrever suas rotinas em dias de semana ou seja em dias de frequencia escola sendo animados por um roteiro de quest es apresentadas pela equipe de pesquisa utilizado de forma flex vel de acordo com a maior ou menor participa o do grupo Em algumas turmas as falas eram mais f ceis e em outros era necess rio maior est mulo com nfase no roteiro de quest es Para mediar o di logo e facilitar a s ntese os grupos foram convidados a construir cartazes Eram entregues inicialme
77. aprendi no 18 LO 3 0 48 48 6 SUDO O 20 18 8 0 Que conhecimentos e experi ncias mais te marcaram O que voc n o gostou nas atividades Quais as suas sugest es para futuras atividades na escola Deixe seu recado Ap ndice 16 Registro Fotogr fico das Atividades 349 a aa CH A A Atividade Educativa realizada pelas equipes de Sa de da Fam lia na Escola PSE 350 C rculo de Cultura 1 h bitos alimentares e de atividade f sica Atividade 3 Preenchimento de question rio 351 Atividade 4 Album seriado utilizado para devolu o e problematiza o de dados da pesquisa Atividades de Culmin ncia Oficina Culin ria 352 Atividades de Culmin ncia Oficina Culin ria Atividades de Culmin ncia V deo debate sobre Agricultura Familiar e Urbana 353 cad E em Z A GA Atividades de Culmin ncia Exposi o de Fotografias
78. articula o com o processo de planejamento e da parceria com a unidade escolar Eu acho que o material os insumos fazem parte do planejamento das atividades Ent o se a gente quer planejar um PSE que resolutivo de verdade vai ter que ter material 3 eSF Por fim a quest o do planejamento coletivo aparece como quest o mais abrangente por isto mesmo central por poder agrupar as demais quest es problemas Este consenso foi constru do durante o GE e apareceu como possibilidade de construir espa o para o di logo e trocas de conhecimento entre os profissionais da escola e das eSF 5 1 3 Planejamento Intersetorial como quest o de pesquisa e possibilidade de a o Percebe se assim que o desafio do planejamento intersetorial e da integra o entre as equipes como forma de contribuir com a qualidade das a es e sustentabilidade ao PSE apontado pelas entrevistas com profissionais do GTI M foi confirmada a n vel local tanto por profissionais de sa de quanto de educa o Esta coincid ncia ocorre provavelmente porque a pauta apresentada pelos minist rios conseguiu chegar ao n vel local mas de forma diferenciada na escola e na unidade de sa de O consenso em torno do tema planejamento conjunto veio ao encontro dos objetivos da pesquisa Para assumir a designa o ou orienta o dada pelo PSE em seus instrumentos normativos esta demanda foi traduzida como Planejamento Intersetorial Foi necess rio assumir que o
79. as culturais relacionadas ao determinismo biol gico diferen as entre ra as e sexo e o determinismo geogr fico diferen as do ambiente f sico Coube ci ncia e ao tempo revelar que tais argumentos al m de inadequados eram perigosos podendo se refletir o mesmo sobre as an lises etnoc ntricas das culturas O fato de que o homem v o mundo atrav s de sua cultura tem como consequ ncia a propens o em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural Tal tend ncia denominada etnocentrismo respons vel em seus casos extremos pela ocorr ncia de numerosos conflitos sociais LARAIA 2009 p 2 Citando Ruth Benedict Laraia 2009 refere se cultura como uma lente Desta forma pessoas de culturas diferentes enxergam o mundo de forma diferente As lentes recebidas por cada um est o relacionadas s suas heran as culturais e representam o ac mulo de muitas gera es H ent o um condicionamento para esta vis o dos comportamentos vistos como fora ou dentro de um determinado padr o o dominante e comumente aceito na sociedade em que se vive Dito de outra forma O modo de ver o mundo as aprecia es de ordem moral e valorativa os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais s o assim produtos de uma heran a cultural ou seja resultado da opera o de uma determinada cultura LARAIA 2009 p 68 Completa o autor que pessoas de culturas diferentes riem de forma diferente e por
80. as atividades de forma o e encontros Nas escolas as merendeiras s o exclu das nos espa os de avalia o e de discuss o Mensalmente as escolas realizam reuni es de avalia o e discuss o do PPP Sempre que ocorrem estes grupos de estudos nas escolas as merendeiras ficam de fora e elas mesmas n o se v em participando destes momentos Geralmente as merendeiras est o preparando um lanche especial para os professores ou fazendo faxina e n o participam Mesmo os supervisores de merenda que s o professores e orientadores n o participam destas reuni es Algumas das a es de capacita o de merendeiras s o consideradas a es de educa o alimentar e nutricional Por exemplo quando se trata de utiliza o integral de alimentos se trata de educa o nutricional As merendeiras compreendem o conte do trabalhado e quando se retorna s escolas o que se v que elas est o fazendo o que foi orientado e que est o passando as informa es que receberam para os alunos As merendeiras do munic pio est o cada vez mais se inserindo no contexto pedag gico da escola Ela sabe que n o tem s que preparar e jogar comida no prato Hoje as merendeiras sabem que elas precisam arrumar o prato com cuidado e orientar 299 a crian a sobre a import ncia de consumir estes alimentos Ap s varias capacita es elas j se sentem mais preparadas para falar sobre a import ncia dos alimentos relevante que a forma o seja contin
81. atividades festivas Decidiu se ent o realizar uma oficina experi ncias chamada M o na massa convidando merendeiras dos CCAICs e Creches municipais A id ia era reproduzir esta atividade nas localidades durante a Semana Mundial da Alimenta o nas escolas Foi produzido para distribui o nos CCAICs folder com receita de p es e tamb m de sucos com utiliza o integral de alimentos Outro destaque foi a comemora o do Centen rio Josu de Castro em Duque de Caxias com a participa o de escolas e professores promovido pela Nutri o Escolar O envolvimento da comunidade escolar foi muito rico A avalia o a partir destas experi ncias mostra que o envolvimento das escolas e dos professores j foi muito intenso mesmo antes de toda a legisla o que promove a 302 intersetorialidade A parceria o entrela amento verdadeiro entre professores a escola os profissionais de sa de pode ganhar muito com esta mem ria destas experi ncias 2 7 Alimenta o Escolar do Meu Filho eu Acompanho 2011 O p blico s o os pais que acompanham as a es do CAE Estes pais passaram uma semana na escola Neste per odo viram recep o preparo estoque e distribui o dos alimentos e comeram na escola Ap s esta experi ncia preencheram um question rio O primeiro passo foi uma avalia o que a gente enviou para as escolas os pais que fazem parte do conselho da escola foram convidados a ficar uma semana na escola
82. avalia o que feita da alimenta o na escola bem como sobre a aceita o e satisfa o dos estudantes sofre algumas varia es de acordo com quem informa Para quem trabalha mais diretamente com a alimenta o escolar o relato de grande aceita o dos estudantes e para os demais existe a observa o de uma resist ncia dos alunos mais velhos em freq entar o refeit rio O menor consumo da alimenta o escolar entre os estudantes mais velhos n o de forma alguma uma quest o espec fica desta escola Estudos sobre o PNAE em diversos munic pios e escola demonstram cen rio similar grande aceita o da alimenta o escolar pelos estudantes mais novos s ries iniciais e gradativa redu o da ades o nas s ries finais Quanto realiza o de a es educa o em sa de e mais especificamente EAN na escola o conjunto de a es de formativas que objetivam estimular a ado o volunt ria de pr ticas e escolhas alimentares saud veis que colaborem para de EAN foi poss vel observar que h por parte da dire o e administra o da escola extrema boa vontade para receber tais atividades e o reconhecimento da import ncia de a es de sa de na escola Contudo existe grande fragilidade no que se refere ao planejamento e a avalia o a aprendizagem o estado de sa de do escolar e a qualidade de vida do indiv duo Refere se a oferta de alimenta o saud vel as hortas pedag gicas a inser
83. capazes de misturar ingrediente Pode parecer bobo mas para mim isso uma coisa muito legal e tir los de sala de aula n o estou desmerecendo porque eu acho que o conhecimento se constr i aqui mas tamb m em outros lugares 19 Prof aquela coisa pr tica deles observarem as fotos A oficina que eu participei no final eles puderam plantar uma muda de acerola n o foi 20 Prof Por todo o processo de constru o das atividades e pelo perfil dos professores desta escola n o foi surpresa ouvir que estes identificaram como aspecto negativo das a es o fato de n o terem tido tempo para colaborarem com a constru o do projeto e de n o terem tido oportunidade de preparar a interlocu o com os temas tratados em sala de aula O espa o do Grupo de Estudos na escola foi reafirmado por pelo menos dois professores como espa o oportuno para a realiza o desta integra o entre sa de e educa o no local Porque a ideia tima mas a gente n o teve tempo nem cabe a assim para voc pensar Porque n o basta pensar no projeto voc tem que pensar no projeto vinculado a realidade que eles vivem 19 Prof mas tem que contar com a participa o realmente dos professores da comunica o via Grupo de Estudo e que o professor consiga realmente trabalhar esses assuntos de alguma maneira na sala de aula A inten o tem que ser por a trazer o projeto s de fora para ser executado muito
84. contidas na id ia de promo o da sa de Argumenta que por estarem t o interligados manter polariza es r gidas entre os temas traria confus o enquanto o mais importante seria a atua o da Refere se ao processo de Transi o Epidemiol gica em que se observa a redu o na morbidade e mortalidade por doen as transmiss veis passando a um predom nio de doen as n o trasmiss veis e causas externas a redu o na morbidade e mortalidade nos grupos mais jovens e aumentando entre os grupos mais idosos e a transforma o de um cen rio em que predomina a mortalidade para um outro em que a morbidade ganha maior import ncia Monteiro 2000 Baseado hegemonicamente no conhecimento biol gico no parque tecnol gico m dico no risco e na aten o individual 71 promo o da sa de no sentido de garantir equidade social e novas pr ticas sanit rias Simnett 1997 apud Assis 2004 afirma que a educa o em sa de visa garantir que as pessoas estejam bem informadas sobre quest es de sa de tenham a habilidade para fazer escolhas sobre sua sa de e estilos de vida e tenham as habilidades para implementar a es e comportamentos para perseguir aquelas escolhas Tamb m aponta para aumentar a consci ncia da necessidade de mudan as pol ticas dentro das organiza es incluindo governos e para mudan as ambientais conducentes sa de Em revis o acerca da educa o em sa de Machado 2008 afirma que o
85. cozinhar at que o spaghetti esteja al dente Escorrer e reservar Lavar bem o tomate a cebola o alho e as folhinhas de alfavaca Descascar e picar o alho e a cebola em cubos bem pequenos Cortar o tomate retirar as sementes e cortar em cubos pequenos Aquecer uma panela aquecer o leo vegetal e adicionar a cebola Quando a cebola estiver murchado adicionar o alho e deixar dourar levemente Adicionar os tomates em cubo e 20ml de gua Temperar com sal e pimenta a gosto e deixar o tomate cozinhar at que fique desmanchando Secar e picar bem as folhinhas de alfavaca Quando o tomate estiver desmanchando adicionar as folhinhas de alfavaca picadas e desligar o fogo Servir o spaghetti e o molho quentes com parmes o salpicado Tempo de Preparo 12 minutos Rendimento 01 por o VITAMINAS importante porque Principais fontes s o Para a vis o o crescimento a pele e o cabelo A falta pode causar cegueira noturna secura da pele e maior risco de contrair infec es Origem animal f gado gema de ovo leite integral e derivados Origem vegetal margarina leo de dend frutas e hortali as de cor amarelo alaranjada cenoura ab bora madura manga e mam o ou de cor verde escura mostarda couve agri o almeir o Vitamina C Aumenta a resist ncia do Origem vegetal frutas c trica organismo protege a acerola morango lim o laranja E gengiva e aumenta ale
86. culin ria na promo o da alimenta o saud vel delineamento e experimenta o de m todo educativo dirigido a adolescentes e a profissionais das redes de sa de e de educa o Revista de Nutri o v 20 n 6 p 571 588 2007 CASTRO J Geografia da Fome o Dilema Brasileiro P o ou A o 14 ed Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2001 CASTRO M L S A educa o na Am rica Latina Antigos dilemas em novo contexto Revista Educa o v 31 n 2 p 182 188 2008 CECCIM R CARVALHO Y M Ensino da sa de como projeto da integralidade A educa o dos profissionais de sa de no SUS In R PINHEIRO R B CECCIM amp R A DE MATTOS Orgs Ensinar sa de A integralidade e o SUS nos cursos de gradua o na rea da sa de Rio de Janeiro IMS UERJ CEPESQ ABRASCO p 69 92 2005 CECCIM R B A Merenda escolar na virada do s culo agenciamento pedag gico da cidadania Em aberto Merenda Escolar v 15 n 67 p 54 62 1995 268 CERQUEIRA M T A Constru o da Rede Latino Americana de Escolas Promotoras de Sa de Escolas Promotoras de Sa de experi ncias no Brasil Bras lia Minist rio da Sa de p 33 39 2007 CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS CFN Resolu o CFN N 358 2005 Disp e sobre as atribui es do Nutricionista no mbito do Programa de Alimenta o Escolar PAE e d outras provid ncias Dispon vel em http www cfn org br novosite pdf res 2005 res358 paf CHEMIN S M Pa
87. da mesma forma como aceitar a identifica o n o traduz nenhuma valora o da tia Significa pelo contr rio retirar algo fundamental professora sua responsabilidade profissional de que faz parte a exig ncia pol tica por sua forma o permanente FREIRE 2009 p 13 Nas realidades em que o investimento governamental insuficiente o diretor da escola ou o administrador da unidade de sa de neste munic pio cargos de confian a dos secret rios t m como tarefa esticar ao m ximo o cobertor pequeno que lhes foi dado prometendo a quem ficou de fora que em breve ser coberto Na realidade promessa que n o podem cumprir Para esta tarefa n o existe nada melhor do que encontrar tias e tios gratos pela posi o concedida pelo prefeito ou secret rio Afinal boas tias n o devem brigar n o devem rebelar se n o devem fazer greve Quem j viu dez mil tias fazendo greve sacrificando seus sobrinhos prejudicando os no se aprendizado FREIRE 2009 p 14 Diretores e administradores por sua vez tamb m comp em sua equipe de confian a Fora o poss vel glamour de alguns eventos na maior parte do tempo estas s o fun es pouco confort veis Quando ocorre um problema na escola e 249 m es pais respons veis v m fazer uma reclama o ou uma emissora de televis o procura registrar uma den ncia s o estas pessoas respons veis por dar explica es justificar o que muitas vezes n o tem justif
88. daqui vai para casa mas ser que de casa em diante tem essa conscientiza o N s sabemos que a crian a est assim mas e a Acaba sendo uma conscientiza o da parte da popula o porque todo mundo sabe o que uma alimenta o saud vel 9 AE Valla 2011 adverte sobre a exist ncia de uma tend ncia a a es de educa o e sa de que privilegiem a divulga o de conselhos e normas para o indiv duo fazendo com que o acesso sa de seja um esfor o individual e consequentemente uma responsabilidade individual VALLA 2011 p 61 Este posicionamento contribui para o processo de culpabiliza o da v tima No caminho inverso quando se aponta para an lises do processo sa de doen a a partir de um olhar para as condi es de vida e trabalho das classes populares torna se vis vel que as prec rias condi es de acesso a pol ticas p blicas sociais impactam de forma decisiva a sa de desta popula o VALLA 2011 Interessante perceber que alguns caminhos de argumenta o apesar de conterem elementos relacionados aos determinantes e condicionantes mais gerais de sa de ao final voltam a fortalecer o tra o cuplabilizador de responsabilizar a fam lia por quest es maiores e estruturais um desses que estava desnutrido quando o m dico pediatra veio ele conversou com a m e deu um aperto nela e tal Ela saiu daqui muito danada da vida Teve que parar de catar latinha e papel o para
89. das atividades de EAN Propor entrela ar informa es contexto municipal e nacional a partir da pauta do DHAA Iniciar an lise interpreta es individuais partir do Roteiro de Ordenamento com os profissionais que participaram das a es Roteiro de Ordenamento Quais os objetivos descritos nas atividades de EAN Quais a es foram realizadas Com quem foram realizadas p blico alvo e parceiros Qual foi a participa o da escola Quem contribuiu Que conte dos foram trabalhados Porque Quais dificuldades foram encontradas Quais d vidas O que facilitou O que voc faria de forma diferente Porque O que voc faria da mesma forma Porque Momento 4 Reflex o de fundo Porque aconteceu o que aconteceu 4 1 Analisar 4 2 Sintetizar 4 3 Interpretar criticamente o processo Procedimen Descri o tos Prepara o Realizar entrevistas a partir das lacunas deixadas no encontro anterior Preparar texto com a partir dos debates do encontro anterior e com dados das entrevistas Pauta Programa o do s grupo s Devolu o em texto das informa es Retomar debate sobre cronol gica das atividades de EAN Propor entrela ar contexto municipal e nacional a partir da pauta do DHAA Prossegui com an lise interpreta es individuais e s nteses coletivas Aplicar o Roteiro de perguntas cr ticas Porque aconteceu o que aconteceu An lise coletiva S ntes
90. das regras do campo cient fico CARVALHO et al 2011 p 157 15 Nos artigos pesquisados n o foram encontradas marca es ou delimita es evidentes entre estes conceitos Educa o Nutricional Educa o Alimentar e Educa o Alimentar e Nutricional tampouco foram percebidos maiores investimentos na apresenta o de seus significados Contudo observando se a utiliza o destes termos enquanto palavras chave de artigos no Scielo Brasil constatam se algumas coincid ncias em termos cronol gicos Para fins de compara o anal tica os artigos foram divididos em tr s per odos o primeiro iniciando em 1974 referindo se aos artigos mais antigos disponibilizados no Scielo Brasil o segundo iniciando em 1999 ano de publica o da Pol tica Nacional de Alimenta o e Nutri o BRASIL 1999 e o terceiro iniciando em 2006 ano em que foram publicados o Guia alimentar para a popula o brasileira promovendo a alimenta o saud vel BRASIL 2006a a Portaria Interministerial n 1 010 BRASIL 2006b e a Lei Org nica de Seguran a Alimentar e Nutricional BRASIL 2006c A busca bibliogr fica foi realizada em setembro de 2011 Quadro 1 Artigos Publicados no Brasil sobre Educa o Nutricional Educa o Alimentar e Educa o Alimentar e Nutricional por per odo 1974 a 2011 Palavras chave Per odo 4974 a 1998 1999 a 2005 2006 a 2011 Total Educa o Alimentar e Nutricional 0 0 24 24 Edu
91. datas de avalia o e convidar a equipe de pesquisa para acompanhamento Como n o existe n mero de kits suficientes realiza o do Componente para todas as escolas com PSE no munic pio estas atividades foram realizadas nos ltimos meses de aula As informa es do Componente deveriam influenciar ou subsidiar o planejamento do Componente Il Contudo percebe se desarticula o e desvincula o entre os dois Componentes o que um equ voco segundo as orienta es oficiais do Programa qualquer a o do PSE incluindo as avalia es deve conter cunho pedag gico e educativo com a participa o dos professores e esclarecimentos aos alunos Referindo se aos dados de 2010 uma das profissionais da eSF desabafa n o teve o monitoramento sabe aquela coisa que voc vai detecta a realidade trabalha e depois v o resultado N o teve isso 3 eSF Neste sentido percebe se que comunica o e informa o representam importantes desafios Em decorr ncia das dificuldades de comunica o h um conhecimento restrito sobre o Programa que influencia na pouca participa o dos Outras raz es podem ter contribu do para a realiza o do Componente apenas no final do ano mas n o tivemos acesso a outros detalhes Parte das avalia es foi realizada com a colabora o de outras equipes da SMS avalia o oftalmol gica audiom trica entre outras Foi relatada maior participa o dos m dicos das equ
92. de Caxias Em termos de pol ticas p blicas que estabelecem a inclus o da promo o da alimenta o adequada e saud vel na escola duas estrat gicas s o financiadas pela Uni o o Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE e o Programa de Sa de na Escola PSE As a es sistematizadas ocorreram no mbito da alimenta o escolar SME e da ATAN SMS As reflex es mencionam o PSE mais como possibilidade do que como espa o efetivo de atua o em EAN No exerc cio de sistematizar a descri o da conjuntura municipal e as leituras de cen rio foram constantemente utilizadas para justificar o quanto e quando avan ar ou recuar em determinada estrat gia ligada a esta ou quela Secretaria poderia ser da sa de poderia ser da assist ncia ou poderia ser da educa o S que na poca quem comprou a id ia foi a educa o NUT D Em 2001 a capacidade protagonista das a es de alimenta o e nutri o estava relacionada ao setor sa de e demanda pela implanta o do SISVAN Contudo a partir de 2005 o munic pio experimentou estrat gias diferenciadas no campo da alimenta o escolar e o setor educa o passa a ocupar papel mais relevante no desenvolvimento de a es de alimenta o e nutri o Dentre as estrat gias diferenciadas duas foram destacadas e relacionam se ao PNAE a implanta o de caf da manh na Rede Municipal em 2005 e a compra de produtos 168 da agricultura urbana
93. de Jazuele reprodutiva Viol ncie dom stica s oscoler a cultura de paz Fracasso Escolas svalia es ds imslig ncia s ds com poriam ento ouisostem as No grupo de doen as parasit rias transmiss veis e respirat rias houve destaque para verminoses dengue asma e pediculose temas j tradicionais em termos de sa de escolar No grupo outros temas foram agrupados trabalhos com objetos variados tais como dor recorrente dist rbio do sono epilepsia ensino de enfermagem atua o do pediatra entre outros Os diagn sticos coletivos avalia es cl nicas e ou a es de triagem foram apresentadas em 169 artigos A abrang ncia de tais artigos foi bastante variada desde diagn sticos restritos a um conjunto de alunos uma ou mais escolas at os mais amplos abarcando munic pios inteiros ou estudos de base nacional A grande interroga o a partir do exame das conclus es dos artigos acerca de diagn stico coletivo sobre o quanto estes trabalhos s o desenvolvidos com um fim em si mesmo ou seja ao final avaliam positivamente um m todo ou descrevem a popula o e recomendam a repeti o dos procedimentos utilizados Desta forma desdobramentos pr ticos ou encaminhamentos pol ticos das demandas levantadas simplesmente n o fazem parte de suas pautas e n o se incorpora um elemento b sico de vigil ncia em sa de informa o para a o Assim contata se que ainda s o realizadas a es de
94. de debate de suas opini es posi es e sentimentos inerentes aos temas tratados As informa es obtidas atrav s desta pesquisa ser o confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participa o Os dados n o ser o divulgados de forma a possibilitar sua identifica o Voc receber uma c pia deste termo onde consta o telefone e o endere o institucional do pesquisador principal e do CEP podendo tirar suas d vidas sobre o projeto e sua participa o agora ou a qualquer momento CONSENTIMENTO Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informa es sobre o estudo acima citado que li ou que foram lidas para mim Discuti com Juliana Pereira Casemiro sobre a minha decis o em participar nesse estudo Ficaram claros para mim quais s o os prop sitos do estudo os procedimentos a serem realizados seus desconfortos e seus riscos as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento sem penalidades ou preju zos Al m disso estou ciente de que eu ou meu representante legal e o pesquisador respons vel por essa pesquisa deveremos rubricar todas as folhas desse Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE Data 1 Nome e Assinatura do Sujeito da Pesquisa Data Pesquisadora Juliana Pereira Casemiro 9 NUTES UFRJ Centro de Ci ncias da Sa de Bloco A Sala 12
95. de na rotina escolar Mas era assim muito problem tico Assim tinha aquela organiza o toda era muita gente ao mesmo tempo E algumas coisas a gente questionava do tipo ir escola e n o retornar mais Fazia uma a o pontual e n o voltava mais quela escola Na outra semana no outro m s a gente ia fazer visita atividade em outra escola GTI M 2 SMS Vale ressaltar que esta perspectiva de inser o das a es do PSE na rotina da escola de forma continuada e sistem tica est prevista nas orienta es oficiais do Programa e como poder ser percebido mais adiante nas experi ncias na escola este sem d vida um dos maiores desafios H nos documentos orientadores uma previs o de mudan as nas rela es e no trabalho de profissionais de sa de na escola As tem ticas a serem trabalhadas pelo PSE devem ser debatidas em sala de aula pelos professores assessorados orientados pelo pessoal da sa de ou diretamente por profissionais de sa de previamente agendados e com o apoio dos professores Essa prepara o dos educandos no cotidiano da escola pode implicar a participa o desde o agendamento e organiza o das atividades e ou durante a realiza o delas BRASIL 2011a p 13 O trabalho de Ferreira e colaboradores 2012 a partir de um exame dos diplomas normativos do PSE revelou um predom nio do setor sa de do ponto de vista normativo e or ament rio consequentemente nos processos de decis o no
96. de supermercado Os estudantes ficaram confusos com a proposta da pir mide mais agitados e com menor concentra o na atividade A classifica o de alimentos foi bastante marcada e orientada pelas marcas dos produtos As falas apresentadas a seguir exemplificam esta quest o Cola o energ tico O Tobi n o coloca n o Coloca Coca cola Addes S bebe Doli e quer botar energ tico Energ tico n o bebida alco lica n o Cerveja importante Me deixa doid o J abri a geladeira da sua casa e s tinha gua N o tinha suco E voc N o bebe nada s gua e est falando a Esta atividade revelou de forma interessante a influ ncia da m dia no consumo e a constru o de uma forma pejorativa de classificar alguns alimentos Algumas marcas e os tipos de produto consumidos conferem status enquanto outras n o s o assumidas em p blico porque s o consideradas inferiores Ent o mais do que um produto aliment cio estava em jogo o consumo das marcas Chama aten o a inclus o da bebida alco lica e de bebidas en rgicas entre o repert rio de uma turma de sexto ano Ainda que n o fa am verdadeiramente parte dos produtos consumidos demonstra se tanto a for a do apelo de marketing destes produtos quanto sugere uma pr disposi o destes adolescentes para experiment 176 las Enquanto apontavam o encarte alguns deles cantaram funks que tamb m faziam refer ncia
97. demonstradas por parte dos profissionais de sa de e da educa o assim como de gestores p blicos e das fam lias relacionadas a m nutri o entre crian as e adolescentes Incluem se neste bojo quest es que v o desde aspectos relacionados s car ncias nutricionais principalmente a anemia at a obesidade dislipidemias transtornos alimentares e outras que passam representar forte preocupa o na atualidade A abordagem de tais quest es numa perspectiva de risco pensado do ponto de vista da responsabilidade individual ainda uma realidade dando origem a estrat gias de educa o em sa de prescritivas autorit rias e culpabilizadoras Tais estrat gias t m se mostrado pouco eficiente diante da complexidade do tema da sa de e da alimenta o Por isso cada vez o foco tem se deslocado para uma atua o mais atenta aos processos coletivos de re jprodu o da boa ou da m qualidade de vida para conjunto da popula o Desmistificar o car ter neutro e redentor da ci ncia da tecnologia e da pr pria educa o frente aos problemas da humanidade s o quest es fundantes dos debates de Ci ncia Tecnologia Sociedade CTS Por esta abordagem identifica se que os conhecimentos e ensinamentos em Ci ncia Tecnologia CT influenciam ao mesmo tempo em que s o influenciados por um contexto social portanto n o s o neutros e nem aut nomos SANTOS SCHNETZLER 1998 ANGOTTI AUTH 2001 AULER 2007 A abordagem CTS
98. did tica centrada no suposto de que aprender aprender a dizer a palavra BRAND O 2010 p 69 Neste caso os c rculos de cultura ocorreram com um n mero maior de participantes uma vez que contemplaram as turmas inteiras em seus hor rios de aula Levando em conta as preocupa es apresentadas em suas entrevistas as anota es em caderno de campo e o referencial te rico de pesquisa foram confeccionadas as propostas para a realiza o de tr s atividades dois c rculos de cultura um abordando h bitos alimentares e atividade f sica Atividade 1 e outro a viv ncia dos estudantes na escolha e preparo do alimento no mbito familiar Atividade 2 e a aplica o de um question rio abordando h bitos alimentares e de atividade f sica Atividade 3 Como o encontro com as professoras s ocorreu no final do primeiro semestre o envio das tr s propostas foi realizado por e mail durante o recesso escolar conforme sugest o de uma das professoras e em acordo com as outras duas No retorno das aulas as atividades foram organizadas com as duas professoras que se interessaram pela proposta durante intervalos de aula na sala dos professores Por sugest o da professora de educa o f sica as atividades 104 foram realizadas com as quatro turmas As Atividades 01 e 02 foram realizadas durante as aulas de ci ncias AP NDICE 9 e a Atividade 03 nas aulas de educa o f sica AP NDICE 10 As atividades foram iniciadas em dua
99. diretiva e da equipe de alimenta o escolar incluindo as merendeiras contraria a no o de alimenta o como direito como experi ncia de cidadania BEZERRA 2009 CECCIM 1995 N o se trata apenas de opini es isoladas mas de aspectos ideol gicos que influenciam na forma de colocar em pr tica a alimenta o na escola e que afetam diretamente aos estudantes como relata Bezerra 2009 e como mais adiante ser debatido a partir da experi ncia nesta escola Todo esse processo tende a desencadear a interioriza o pelos alunos de valores negativos e da ideologia da car ncia gerando novas disposi es novos habitus e representa es que tendem a naturalizar Bourdieu 1994 a situa o de vida prec ria em que se encontra grande parte dos alunos da escola p blica Ademais refor a a sensa o de acesso desigual ao nico bem p blico existente na comunidade a escola e pol tica social merenda escolar mais 184 abrangente que a se desenvolve enfim a sensa o de injusti a social que afeta as pessoas mais pobres da comunidade BEZERRA 2009 p 111 As profissionais das eSF reconhecem uma das consequ ncias desta postura que infelizmente aspecto bastante comum ao debate da alimenta o escolar que a vergonha de frequentar o refeit rio e ser identificado como um aluno que passa fome e por isso precisa da alimenta o da escola Percebem esta resist ncia sobretudo entre os alunos mais velhos de Se
100. do munic pio DUQUE DE CAXIAS 2012 Suas ruas principais s o asfaltadas estreitas e em m o dupla possuindo cal adas padronizadas como as do centro da cidade um bairro pouco arborizado As ruas principais localizam se em sua parte plana e s o cortadas transversalmente por ladeiras Nestas alternam se trechos com e sem cal ada No caminho at a escola se passa por duas pra as pequenas e acanhadas Os nomes das ruas e do bairro s o nomes de bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro Bem pr ximo escola existe um val o que corta todo bairro Para se atravessar de um lado a outro existem pontes estreitas para pedestres e uma para ve culos O val o demarca a rea mais pobre da localidade tem casas que tem fam lias muito carentes e outras casas as pessoas t m plano de sa de Area 6 muito carente que pr ximo ao val o que l no fundo da nossa rea de abrang ncia desse PSF 5 eSF N s temos uma boa clientela de alunos que tem uma situa o razo vel financeiramente E uma parte dessa clientela tamb m bem pobre n o Que s o as crian as que moram ao redor do rio que moram mais pr ximos de l s o bem pobrezinhas mesmo 17 ED A ESF trabalha a partir de uma l gica de organiza o de territ rio enquanto a organiza o escolar se d por clientela Desta forma n o existe uma coincid ncia total entre os territ rios cobertos pelas tr s eSF e os endere os dos estudantes matricula
101. dominados assumindo se capazes de transformar as condi es que negavam sua humanidade CASALI 2008 p 12 A cultura em Paulo Freire um elemento central assumindo um significado de for a libertadora e sinal de uma pedagogia comprometida com a transforma o social O pensamento cr tico de Freire organiza se em dois eixos principais o da radicalidade e da totalidade Ao trabalhar sob estes princ pios estabelece a cultura como ponto de partida e a transforma o social como horizonte do processo educativo Na propor o em que discutem o mundo da cultura v o explicitando seu n vel de consci ncia da realidade no qual est o implicados v rios temas V o referindo se a outros aspectos da realidade que come a a ser descoberta em sua vis o crescentemente cr tica Aspectos que envolvem tamb m outros tantos temas FREIRE 2005 p 138 Radicalidade no sentido de buscar ra zes e origens da opress o e do compreender os fen menos a partir de sua g nese Totalidade como forma de compreender cada fen meno e acontecimento dentro do conjunto maior de qual faz parte tendo clareza de que cada acontecimento parte de um todo e que para compreender a parte preciso compreender a totalidade da qual ela faz parte SILVA 2008 81 Freire ousa teorizar e experimentar e apresenta a dialogicidade como pr tica essencial educa o presente desde a defini o do conte do program tico Desta forma o conte do program tic
102. dos h bitos alimentares de diversos grupos por exemplo seriam t picos a serem dimensionados MOTTA TEIXEIRA 2012 p 376 Na disciplina de educa o f sica existe a preocupa o em adequar os temas de sa de e nutri o faixa et ria dos alunos orientando a sele o de temas a serem trabalhados A professora de educa o f sica foi a nica entre todas as pessoas entrevistadas a fazer destaque ao conceito ampliado de sa de e o fez de forma explicita e articulada trabalho muito tamb m nas minhas aulas o conceito de sa de n o Conceito global sa de social que n o aus ncia de doen a Tem que pensar mais no cotidiano do adolescente 13 Ja import ncia da alimenta o a influ ncia na atividade f sica n o Em rela o a qualidade de vida Falar sobre os alimentos que d o energia tamb m tanto para a atividade f sica quanto para o funcionamento do organismo O que que a gente tem que evitar 13 As tr s professoras destacaram a relev ncia da inclus o de temas relacionados a imagem corporal Portroniere e Fonseca 2012 reafirmam a import ncia da abordagem deste tema na escola refletindo sua rela o com a constru o de identidade A partir de um olhar da escola como espa o de promo o da sa de revelam a import ncia dos professores nesta discuss o de identidade e 232 diferen a e afirmam que a alimenta o como um dos espa os privilegiados para se pens
103. e abordagens Isto marcante sobretudo nas situa es em que os profissionais se v em diante da grande contradi o entre a experi ncia do sofrimento e a falta de resolubilidade dos servi os de sa de STOTZ et al 2005 p 3 A partir de revis o acerca da EP amp S Machado 2008 argumenta que ter em conta as representa es e os saberes do senso comum na rela o dos sujeitos com a doen a pode ser a chave para a es mais efetivas e que superem o car ter instrumental da educa o em sa de apoiada exclusivamente no conhecimento cient fico MACHADO 2004 O objetivo desta supera o da ruptura hist rica entre ci ncia e senso comum a constru o de um novo senso comum em que todos os sujeitos s o docentes de saberes diferentes O senso comum expressa o modo de vida dos grupos dominados contendo elementos de resist ncia e n cleos de bom senso CARVALHO et al 2001 p 103 Torna se evidente a necessidade de uma atua o que seja n o apenas pr xima mas acima de tudo em conjunto com as comunidades para assim garantir maior efic cia Ainda que os profissionais de sa de garantam alguma proximidade atrav s do conv vio e da investiga o do cotidiano dos moradores continuam a ser esses os nicos a terem a possibilidade de realizar uma tradu o fiel de seus problemas e de suas necessidades Esta reflex o remete a quest o da constru o compartilhada do conhecimento A relev ncia do conceito de c
104. e adicionar o leo de soja Adicionar a cebola em cubos e deix la murchar Adicionar a carne mo da sal e pimenta do reino e cozinh la Quando estiver cozida adicionar o molho de tomate e provar para ver se precisa de mais um pouco de sal Deixar ferver um pouquinho e reservar Montagem Lavar e picar bem o alecrim e mistur lo com o creme de leite e um pouquinho de sal e pimenta do reino Forrar o refrat rio com metade do pur de aipim Adicionar toda a carne mo da Colocar uma camada de mussarela e todo o creme de leite com alecrim Colocar o restante do pur por cima Salpicar queijo parmes o e o restante da mussarela Levar ao forno at dourar Servir quente Tempo de Preparo 02 horas Rendimento 08 por es Ny E NR NA So Spaghetti ao pomodoro Ingredientes Informa es nutricionais Prepara o 01 tomate m dio 1009 rica em carboidrato O tomate rico em 01 dente 109 de alho licopeno e tem a o antioxidante al m de Vitamina C 02 fatias em meia lua 25g de cebola Calorias 430 kcal 06 folhinhas de alfavaca Y colher de sopa 7 ml de leo vegetal 20 ml de gua Sal a gosto Pimenta do reino a gosto 80g de spaghetti 450 ml de gua 20g de queijo parmes o ralado Utens lios Necess rios Faca vasilha t bua de corte duas panelas p o duro Modo de Preparo Adicionar em uma panela o spaghetti e a gua Ligar o fogo e quando a gua ferver temperar com sal e pimenta Deixar
105. e de trabalho intenso que dificultava encontrar este espa o tempo para o di logo naquela realidade Um destes fatores era um certo mal estar entre membros da equipes da escola Este sentimento transparecia inicialmente de forma velada e discreta mas no decorrer da pesquisa foram sendo verbalizados de forma muito sincera e contundente Costuma se num olhar r pido identificar escola e unidade de sa de como espa os homog neos De alguma forma se naturaliza e rotula todos sob a mesma express o profissionais de sa de ou profissionais de educa o No interior destes servi os convivem equipes e grupos diferentes compostos por um universo de indiv duos tamb m muito diferentes Diferen as de origens geracionais culturais de g nero de formas de contrato de inser o profissional e inclusive de origem social e escolaridade Convivem nestes espa os concep es variadas sobre educa o escola sa de alimenta o e nutri o direitos inf ncias adolesc ncias juventudes entre outros N o se descarta ent o a possibilidade de que na imensa maioria dos equipamentos p blicos de educa o e de sa de existam diverg ncias pol tico ideol gicas e processos de disputa Importante registrar que n o que tais quest es atrapalhem o processo de planejamento Numa perspectiva de planejamento participativo elas constituem se em elementos importantes e que deve ser levado em 248 conta no processo Precisam ser de
106. e indispens vel o conceito antropol gico de cultura 84 Com a experi ncia que hoje temos podemos afirmar que bem discutido o conceito de cultura em todas ou em grande parte de suas dimens es nos pode proporcionar v rios aspectos de um programa educativo FREIRE 2005 p 138 Compreendendo esta centralidade do conceito antropol gico de cultura cabe trabalhar aspectos relacionados a ele Contudo conveniente ressaltar a exist ncia de conceitos de cultura Canen e Moreira 2001 percorreram historicamente os sentidos atribu dos palavra cultura citando Bocock 1995 Segundo este autor um primeiro sentido da palavra cultura a partir do s culo XV remete ao cultivo da terra de planta es e animais estendo se posteriormente no s culo XVI esta id ia para o cultivo da mente humana seria privil gio de poucos apresentarem mentes e maneiras cultivadas Desta forma apenas algumas classes e na es chegariam a determinado padr o de cultura ou civiliza o A consolida o do car ter classista da id ia de cultura durante o s culo XVIII marca a associa o da cultura s artes das elites A no o de cultura herdada do Iluminismo firma a associa o da cultura a um processo secular geral de desenvolvimento social que seria comum a todas s sociedades que tenderiam todas aos rumos seguidos pelas sociedades europ ias este o significado mais utilizado nas ci ncias sociais Para finalizar o sentido apre
107. e nutri o com os temas da promo o da atividade f sica e do diagn stico da obesidade e de doen as cr nicas n o transmiss veis por isto foi feita a op o de agrupar tais temas O grande n mero de artigos reflete a mudan a de perfil epidemiol gico e nutricional observada na Am rica Latina com a sobreposi o de padr es das doen as da falta versus doen as do excesso alimentar a chamada dupla carga da m nutri o Al m disto os dados da OPAS informam que os refeit rios escolares foram relatados por v rios pa ses como estrat gia de sa de escolar ressaltando os como oportunidade para a realiza o de a es relacionadas com a nutri o e h bitos alimentares IPPOLITO SHEPHERD 2006 p 18 Os demais artigos corresponderam a trabalhos nas reas de sa de bucal doen as parasit rias transmiss veis e respirat rias oftalmologia preven o e tratamento do uso de lcool drogas e tabaco e sa de sexual e reprodutiva Figura 2 48 Figura 2 Distribui o segundo reas ou temas de interesse dos artigos sobre Sa de Escolar na Am rica Latina entre os anos de 1995 a 2012 10 20 30 40 58 50 70 Q 90 1 Alcool drogas a tabaco Doan asparasit rie g tronenisaiveis o respirat ria Nuti o atividads f sica obesidade e doen as cardiovasculares Fimoterepia e ou ortopedia Fonoaudiologia Sa de bucal Oftalmologia Sa do do Professor Sa de late gral Prom o o da Sa de Sa
108. englobando n o apenas as atividades educativas com as turmas de s timo ano mas tamb m a posterior avalia o de todo o processo de pesquisa com todos os sujeitos envolvidos Na falta de um espa o tempo adequado para organiza o das atividades esta foi realizada a partir de conversas em momentos separados com membros da equipe diretiva e com profissionais da eSF e do contato constante com os professores na sala dos professores As eSF n o se integraram s atividades e comprometeram se a realizar atividades com outras turmas no mesmo dia mas acabaram n o comparecendo Na medida do poss vel os professores apresentaram suas contribui es constru o das oficinas O material que seria utilizado foi disponibilizado com anteced ncia e a comunica o foi feita por e mail por sugest o dos professores e atrav s de c pias impressas das propostas afixadas no mural da sala dos professores A organiza o de hor rios libera o dos espa os das turmas e de professores foi negociada com a equipe diretiva A supervis o de alimenta o escolar ficou respons vel por liberar alguns g neros que seriam utilizados na prepara o das receitas al m de fazer combina es com as merendeiras A SME confirmou a libera o dos g neros aliment cios e forneceu transporte para a equipe de pesquisa A equipe de pesquisa que j estava atuando na escola recebeu neste dia o refor o de mais quatro integrantes que contribu ram de
109. entre os profissionais de educa o e de sa de Como medida facilitadora deve se estimular o desenvolvimento de pr ticas metodol gicas e atividades com estudantes pais e familiares em parceria com o corpo de professores da escola BRASIL 2009 18 Escolha e desenvolvimento dos temas devem ser constru es coletivas e participativas envolvendo e sendo enriquecidas pelas experi ncias e compet ncias de profissionais de sa de e de educa o As tem ticas a serem trabalhadas pelo PSE devem ser debatidas em sala de aula pelos professores assessorados orientados pelo pessoal da sa de ou diretamente por profissionais de sa de previamente agendados e com o apoio dos professores Essa prepara o dos educandos no cotidiano da escola pode implicar a participa o desde o agendamento e organiza o das atividades e ou durante a realiza o delas BRASIL 2011 13 O desenvolvimento das a es deve estar pautado na constru o compartilhada do conhecimento e no di logo E essencial exercitar a capacidade de escuta que valorize olhares viv ncias opini es e os diversos contextos compreendendo a diversidade de pap is BRASIL 2009 BRASIL 2011 Nas escolas o trabalho de promo o da sa de com os educandos e tamb m com professores e funcion rios precisa ter como ponto de partida o que eles sabem e o que eles podem fazer E preciso desenvolver em cada um a capacidade de interpretar o cotidiano e atuar
110. equipe diretiva ou seja alimenta o escolar para aqueles que precisam Quanto presen a do Nutricionista na escola e como respons vel t cnico da alimenta o escolar percebe se d vidas curiosidades e expectativas Durante o per odo de pesquisa houve apenas um contato com a nutricionista respons vel por esta escola Ela participou da entrevista coletiva e algum tempo depois foi substitu da Atrav s da 186 Eu acho que a nutricionista que faz o card pio at veio aqui uma vez a respons vel l da Secretaria sobre a merenda e tal Que tem l um card pio assim balanceado mas n o uma coisa muito variada n Acaba sendo pobre de qualquer jeito 12 Prof Eu acho importante o nutricionista entrar na escola n o s para planejar a alimenta o que vai ter no refeit rio mas pra fazer atividade educativa pra mostrar a import ncia do aluno usar aquela alimenta o Porque n o adianta a escola est toda certinha com alimenta o saud vel e o aluno n o ir at o refeit rio n Levar de casa o biscoito e o Guaravita n o 1 eSF A inser o do nutricionista no contexto escolar seja no PNAE ou nas a es de educa o alimentar e nutricional ainda um processo em constru o n o s nesta mas em outras localidade Contudo tem sido apontada como relevante no sentido de contribuir para a promo o da sa de na escola CAVALCANTE et al 2012 BIZZO LEDER 2005 COSTA et al 2001 Imp
111. escolar como por exemplo a compra da agricultura familiar A gente conversou sobre a quest o da agricultura familiar da necessidade de comprar os g neros no pr prio munic pio Por que que tem aipim no card pio porque eles questionaram Porque que tem quiabo E 303 A continuidade do projeto est prevista em 2012 a partir do envolvimento da equipe da Coordena o de Nutri o Escolar A gente ficou trabalhando em escolas p lo mas a o que que a gente pretende agora Que o supervisor porque cada escola tem um supervisor e um nutricionista ent o que esse supervisor e esse nutricionista fa am na sua escola Jo mesmo trabalho que a gente fez nas escolas p lo Para conversar com esses pais que est o l fica mais f cil a gente identificar algumas coisas que acontecem que a gente de longe n o consegue visualizar Eles sinalizaram muitos pontos assim as vezes pequenas coisas tipo hor rio da refei o est sendo servida Teve escola que a gente alterou o hor rio e as crian as passaram a comer mais Para a realiza o de atividades educativas com os pais nas escolas houve parceria com a Secretaria Municipal de Sa de atrav s dos funcion rios das pr prias unidades Jteve parceria da sa de porque quando a gente foi na escola e conversamos agente falou da alimenta o saud vel mas a gente queria que tivesse uma outra pessoa falando sobre o que que uma alimenta o n o saud vel a m dic
112. esta ou aquela professora por motivos pessoais por isso mesmo estar sempre ao lado de suas companheiras desafiando tamb m os rg os de sua categoria para que d em o bom combate t o importante quanto as outras e que j encerra em si o exerc cio de um direito exigirem brigando por sua efetiva o sua forma o permanente aut ntica a que se funda na experi ncia de viver a tens o dial tica entre teoria e pr tica FREIRE 2009 p 16 Em determinado momento da pesquisa emergiu dos debates as concep es de educa o das profissionais da equipe diretiva e das eSF Ao recordarem e refletirem sobre suas experi ncias anteriores como alunas e docentes trouxeram para a roda suas percep es acerca das necessidades de uma educa o mais cr tica na realidade partilhada por elas Em tom descontra do as profissionais se surpreenderam e disseram que a pesquisa incomodou e que assim acreditavam que o objetivo estava sendo alcan ado Trocando o termo incomodar por problematizar pode se sugerir que a referida oficina alcan ou mesmo um de seus objetivos O referencial de Paulo Freire foi reconhecido por estas profissionais como coerente aos seus anseios em termos te ricos e principalmente pr ticos Identifica se neste referencial a possibilidade de criar pontes entre as equipes 250 Ao retornar este tema em nova rodada de debates um caminho interessante para tal aprofundamento refinar os sentidos da educa o R
113. eu almo o de novo S que bem depois tr s horas da tarde A as vezes eu como um salgado De noite eu janto Como salienta Barbosa 2007 apesar de o sistema de refei es brasileiro considerado como o tradicional ser composto por seis refei es sendo este ratificado pelas recomenda es m dicas e nutricionais nos centros urbanos ele tem sido constitu do por tr s ou no m ximo quatro refei es Isto n o quer dizer que as pessoas n o comam entre as refei es mas ao que se come entre uma e 206 outra n o atribu do o status de refei o e sim beliscar comer porcarias lanchinho bobaginha BARBOSA 2007 Como pais e m es est o trabalhando na hora do almo o uma parte dos estudantes respons vel por esquentar o almo o j preparado e outra parte precisa preparar ou providenciar comprar pronto Isto garante diferentes graus de autonomia na escolha da composi o desta refei o Apesar destes relatos sobre rotinas em que pais e m es est o fora de casa no hor rio do almo o 66 3 dos estudantes almo am ou jantam com m es pais respons veis cinco vezes ou mais na semana Segundo Levy et al 2010 pesquisas relacionadas h bitos alimentares de adolescentes demonstram que realizar as refei es em fam lia tem efeito positivo no consumo de alimentos saud veis e associa o inversa com excesso de peso Apesar de preferirem os lanches em substitui o ao jantar
114. financeiro per capita inclus o do Programa dos alunos matriculados em creche no ensino m dio e na educa o de jovens e adultos atendimento diferenciado para alunos das reas ind genas e quilombolas repasse financeiro triplicado para as escolas em tempo integral dos munic pios de baixo Indice de Desenvolvimento da Educa o B sica IDEB aquisi o direta de g neros da Agricultura Familiar amplia o do n mero de nutricionistas no Programa cria o e expans o dos Centros de Alimenta o e Nutri o Escolar expans o dos pa ses em coopera o t cnica internacional e realiza o de capacita es e de pesquisas sobre o PNAE BRASIL 2009C O or amento do PNAE para 2013 de R 3 5 bilh es para atender a 43 milh es de estudantes da educa o b sica e de jovens e adultos o que representa 22 da popula o brasileira Pesquisa realizada pelo Ibase afirma que a alimenta o escolar uma das principais fontes de acesso alimenta o de fam lias pobres atendidas pelo Programa Bolsa Fam lia representa a segunda forma mais importante de acesso alimenta o das fam lias perdendo apenas para a compra no mercado IBASE 2008 No que tange Promo o da Alimenta o Saud vel nas escolas a Portaria Interministerial n 1 010 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o de maio de 2006 afirma que para alcan ar uma alimenta o saud vel em ambiente escolar deve se definir estrat gias em
115. forma ativa no desenvolvimento das oficinas O Quadro 10 foi utilizado como principal comunicador das atividades e entre os respons veis ou envolvidos com cada uma das atividades Uma bi loga mestranda em educa o em ci ncias e sa de no LCE NUTES UFRJ um bolsista de gradua o em ci ncias sociais e uma da gradua o em gastronomia do LCE NUTES UFRJ e uma estudante de agronomia da UFRRJ que trabalhava no Desans Duque de Caxias 222 De forma simplificada ele cont m um roteiro sucinto da atividade e prop e uma divis o de tarefas O detalhamento foi realizado em fichas por cada atividade AP NDICE 11 Os estudantes fizeram inscri o pr via em uma oficina e no dia alguns puderam participar de duas oficinas conforme a libera o dos professores As quatro atividades foram realizadas duas vezes antes e ap s o recreio a fim de oportunizar a participa o de todos os estudantes em ao menos uma atividade A quest o mais dif cil para a realiza o das oficinas foi a organiza o e libera o dos espa os dos estudantes e professores mesmo tendo havido exaustivo processo de negocia o e confer ncia dos combinados na semana de realiza o da atividade Foi produzido um caderno AP NDICE 12 contendo material com refer ncia ao conjunto das atividades realizadas na escola receitas poesias e grafites selecionados que foi distribu do a todos os estudantes de s timo ano que participaram das atividades Este pro
116. fosse bom recomend la em compota aos partid rios do atual governo que se pretendam fazer oposi o ao pr ximo uma oposi o construtiva isto veludosa Quanto ma aranduba ou ma arandiba tamb m paraense vale reproduzir a advert ncia de Gabriel Soares quem come muita dessa fruta pegam se lhe os bigodes com o sumo dela que muito doce e pegajosa Ou bigode ou ma aranduba escolham Ode cenoura JhuliePassarel aluna do Instituto Roberto Silveira turma 3002 Se cozida t o sem gra a Ent o junte ovos e muito leite para alegrar a crian ada Leve ao forno com carinho E ter s ap s um tempo Delicioso bolinho J n o basta degustar Invente recrie Atreva se a preparar N o se esque a da cobertura Que a beleza ir trazer E um prato apetitoso acaba de fazer Poema do a a D bora Silva dos Santos aluna do Instituto Roberto Silveira turma 3002 Em tigela ou cuia Toma se esse suco roxo Dele se usa tudo At mesmo o caro o Negro como a noite Numa chuva de granola Quando vai em minha boca Minha vida se ado a Confesso por ti meu gosto Aos teus atrativos me entrego fruto de mil encantos Sou louca por ti n o nego Tua cor ah Como me atrai Linda forte e vibrante Vinho vivo cor alegra A a que bem que voc me faz 340 Ap ndice 13 ag Universidade Federal do Rio de Janeiro AN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P
117. gio do capitalismo e suas consequ ncias transformam tudo e todos as em mercadoria criando e reproduzindo mis ria fome explora o desemprego subemprego e a falta de sa de de gua de terra de moradia digna de educa o e outros servi os b sicos As consequ ncias s o sentidas por todas as pessoas mas quem mais sofre a popula o que vive nos grandes bols es de mis ria Assim trabalhar pela desnaturaliza o de situa es de opress o deve ser um compromisso A Educa o Popular e Sa de ao assumir este compromisso tico de atuar da den ncia ao an ncio nos imp e grandes responsabilidades dentre estas substituir o discurso vazio pela palavra verdadeira FREIRE 2005 Diante deste conjunto de desafios e pressupostos a op o assumida foi a de realizar uma pesquisa qualitativa baseada na participa o Este tipo de pesquisa op em se tradicional n o pelas t cnicas utilizadas mas sobretudo pelo uso dos resultados obtidos Desta forma esta op o surge da compreens o de que os problemas sociais devem ser refletidos a partir e dentro da sua realidade que complexa e mutante RIZZINI et al 1999 O m todo de pesquisa em educa o popular se constr i num deslocamento da pesquisa tradicional para uma pesquisa participante Prop e uma transforma o da rela o do tipo sujeito objeto e para rela o sujeito sujeito ou entre sujeitos Nasce de um questionamento das rela es entre teoria e pr
118. governo a participa o dos setores de sa de e educa o n o ocorre de forma 57 equ nime A ades o e repasse de recurso financeiro acontece atrav s do Minist rio da Sa de que exerce maior poder de decis o Em 2001 uma pesquisa com participa o de 17 pa ses latino americanos identificou que 94 desenvolvia a es de promo o de sa de para popula o em idade escolar e ou programas de sa de escolar As pol ticas relacionadas estrat gia de Escolas Promotoras de Sa de foram mencionadas por 82 pa ses Contudo apenas 30 dos pa ses informaram exist ncia de or amentos espec ficos IPPOLITO SHEPHERD 2006 p 16 As universidades e organiza es da sociedade civil s o apresentadas como parceiras em muitas experi ncias representando por vezes a nica fonte de financiamento das a es Estas parcerias s o relevantes mas a defini o de pap is destes atores no desenvolvimento das estrat gias de sa de escolar tamb m precisa ser amadurecida inclusive problematizando a exist ncia ou n o de possibilidade de di logo entre os projetos destas institui es e as demandas locais da escola comunidade e estudantes O reconhecimento de que o processo sa de doen a complexo e multifatorial implica em assumir a necessidade de abordagens interdisciplinares para garantir maior efici ncia das a es Neste sentido a quest o da forma o recomenda o recorrente nos artigos deve ser aprofundada no
119. investiga o entre adolescentes Acta paul enferm v 19 n 4 p 402 407 2006 BEZERRA J A B Alimenta o e escola significados e implica es curriculares da merenda escolar Revista Brasileira de Educa o v 14 n 40 2009 BIZZO M L G LEDER L Educa o nutricional nos par metros curriculares nacionais para o ensino fundamental Revista de Nutri o n 18 p 661 667 2005 BOOG M C F Educa o nutricional em servi os p blicos de sa de Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro v 15 s 2 p 139 147 1999 BOOG M C F Educa o nutricional passado presente e futuro Revista de Nutri o v 10 n 1 p 5 19 1997 BOSI M L M A Face Oculta da Nutri o ci ncia e ideologia Rio de Janeiro Espa o e Tempo EdUer 1988 BOURDIEU P A distin o cr tica social do julgamento S o Paulo Edusp Porto Alegre RS Zouk 2008 p 560 BRAND O C R A pesquisa participante e a participa o da pesquisa Um olhar entre tempos e espa os a partir da America Latina In BRANDAO CR STRECK DR Orgs Pesquisa participante a partilha do saber Aparecida SP Ideias Et Letras p 21 54 2006 C rculo de Cultura In STRECK DR REDIN E ZITKOSKI JJ Dicion rio Paulo Freire 2 ed Belo Horizonte Aut ntica Editora 2010 BRASIL Lei n 8080 de 19 de setembro de 1990 Regulamenta o Sistema nico de Sa de Di rio Oficial da Uni o 1990 MINIST RIO DA SA DE MS Pol tica Nacional de
120. joga uma ma no lixo bem no momento em que est sendo desenvolvida uma atividade educativa relacionada alimenta o e nutri o O segundo o da menina que durante uma atividade sobre sustentabilidade que enfatizava a economia de recursos naturais dentre este de gua manteve se isolada dos demais alunos envergonhada porque n o tendo gua em casa e tem dificuldades de manter h bitos adequados de higiene O terceiro caso a ser acrescentado ocorreu durante a exposi o de fotografia no refeit rio Enquanto alunos do oitavo e nono ano almo avam de repente um 239 barulho muito alto e a identifica o de que um prato havia sido arremessado contra a parede Os colegas riam enquanto limpavam se e os profissionais da escola como se aquela atitude fosse corriqueira n o esbo aram nenhuma reja o diante daquele incidente O que h em comum nos tr s casos Estes eventos n o foram percebidos ou destacados n o se tornaram objeto de reflex o ou a o Mais do que pequenos atos de mau cria o destes alunos no caso da ma e do prato e mais do que a timidez no caso da menina estamos tratando de cenas silenciosas que se relacionam com o n o falado e com a naturaliza o do desrespeito a direitos destes estudantes Existem ainda casos em que h o silenciamento Um aluno de quinto ou sexto ano aparece no corredor com um garfo na m o Imediatamente ele duramente repreendido por uma servidora da escol
121. jovem com uma flauta e em volta seus colegas come am a bater palmas e bater no peito produzindo um som de funk O port o um local musical Com orgulho um garoto apresenta o colega da flauta Ele j tocou no Qual o seu talento S que o port o da escola local de demonstrar respeito ent o Fale mais baixo Sem correr sem bagun a e sem m sica E se o grupo for grande que se organize uma fila Mas o port o tamb m local de entrada e sa da e por isso mesmo de cuidado Por que voc se atrasou Sua irm melhorou Onde est seu uniforme Sua m e n o veio hoje Com quem voc vai para casa Desde o port o todos sabem que h um estranho na escola e interrogam com os olhares O que veio fazer aqui Num misto de curiosidade desconfian a e simpatia a autoriza o para adentrar o cotidiano escolar dada aos poucos num aceno num sorriso ou num indicar de caminho at que enfim este estar na escola se realiza Ap s alguns meses frequentando o espa o destinado equipe diretiva foi poss vel adentrar um pouco mais na intimidade da unidade escolar J era oportuno e permitido conhecer a opini o de professores e merendeiras sobre as quest es relacionadas sa de e nutri o na escola Por fim o espa o da sala de aula O contato mais direto com os estudantes foi ciceroneado e acompanhado por professores do s timo ano atentos e atenciosos
122. lasanha Filhinha por que n o pedimos camar o Voc gosta tanto de camar o Gosto mas quero lasanha Eu sei eu sei que voc adora camar o A gente pede uma fritada bem bacana de camar o T Quero lasanha papai N o quero camar o Vamos fazer uma coisa Depois do camar o a gente tra a uma lasanha Que tal Voc come camar o e eu como lasanha O gar om aproximou se e ela foi logo instruindo Quero uma lasanha O pai corrigiu Traga uma fritada de camar o pra dois Caprichada A coisinha amuou Ent o n o podia querer Queriam querer em nome dela Por que proibido comer lasanha Essas interroga es tamb m se liam no seu rosto pois os l bios mantinham reserva Quando o gar om voltou com os pratos e o servi o ela atacou Mo o tem lasanha Perfeitamente senhorita O pai no contra ataque O senhor providenciou a fritada J sim doutor De camar es bem grandes Daqueles legais doutor Bem ent o me v um chinite e pra ela O que que voc quer meu anjo Uma lasanha Traz um suco de laranja pra ela Com o chopinho e o suco de laranja veio a famosa fritada de camar o que para surpresa do restaurante inteiro interessado no desenrolar dos acontecimentos n o foi recusada pela senhorita Ao contr rio papou a e bem A silenciosa manduca o atestava ainda uma vez no mundo a vit ria do mais forte Estava uma coisa heim
123. leite condensado para fazer brigadeiro Depois surgiam frases que encontravam identifica o com os h bitos da fam lia A mesma coisa Porque tudo que eu como tudo que eu pe o a minha m e compra As grandes redes de fast food aparecem com entusiasmo nos di logos Qual a crian a que fica feliz em comer um p o com hamb rguer no Mclanche E outra turma numa conversa animada entre tr s alunos percebe se a import ncia de relatar experi ncias nestes estabelecimentos Milk shake do Bobs gostos o Sou mais no Mcdonalo s J fui no Bobs e Rabibs Bota na foto deste tamanho e chega l pequenininho Big Mc seis reais Os lanches s o condicionados a receber dinheiro dos pais e com frequ ncia menor do que gostariam De vez em quando n o Quando tenho dinheiro eu como todo dia Final de semana s vezes lanche Dia de semana n o S a a As lanchonetes de bairro s o mais frequentadas que as de rede de fast food Cachorro quente do Gramacho ou x total S o tr s carnes tr s ovos tr s queijos tr s presuntos Molho especial do Bobs Essencial retomar as contribui es de Fischler 1998 e seus questionamentos acerca da chamada mcdonaldiza o dos costumes e ou do imperialismo alimentar norte americano O autor nos alerta para o crescente valor agregado tanto aos fast foods quanto aos produtos de marc
124. mas algumas quest es estruturais dificultam o trabalho O relacionamento das eSF com a popula o atendida considerado muito bom Do ponto de vista de perfil epidemiol gico afirmam que as maiores preval ncias s o de hipertens o arterial e diabetes Al m disto as doen as sexualmente transmiss veis a hansen ase e a tuberculose s o motivo de Cada eSF formada por enfermeiro m dico dentista agentes comunit rios de sa de auxiliar de enfermagem e auxiliar de consult rio dent rio preocupa o para os profissionais das tr s eSF A preval ncia de c rie tamb m expressiva entre crian as e adolescentes tanto na popula o adscrita s equipes quanto na escola Quanto ao perfil nutricional seguindo um padr o nacional o sobrepeso e a obesidade tornaram se as preocupa es mais relatadas para crian as adolescentes e gestantes Contudo ainda existem relatos de baixo peso e desnutri o nesta popula o As equipes s o respons veis pelo acompanhamento de um n mero definido de fam lias localizadas em uma rea geogr fica delimitada As eSF desenvolvem a es de promo o da sa de preven o recupera o reabilita o de doen as mais frequentes e na manuten o da sa de da comunidade A Estrat gia Sa de da Fam lia ESF trabalha a partir de uma l gica de organiza o de territ rio enquanto a organiza o escolar se d por clientela Desta forma n o existe uma coincid n
125. municipal em 2006 antes portanto da obrigatoriedade de compra da agricultura familiar prevista na Lei 11947 2009 J em 2011 o cen rio volta a mudar sob a influ ncia do processo de elei es municipais e suas incertezas E eu acho que voc est fazendo parte tanto desse momento bom que eu estou trazendo essa quest o do crescente como infelizmente do momento que est meio a gente n o est conseguindo ver o resultado do que a gente tem produzido NUT G Mesmo levando em conta tais mudan as ao longo destes dez anos uma dificuldade foi comum a todas as iniciativas de EAN na escola o improviso ou a precariedade no fornecimento de material estrutura e apoio Neste sentido contar com melhor estrutura gerencial e operacional faz muita diferen a e contribui para a autonomia e continuidade das iniciativas As a es educativas relacionadas execu o municipal do PNAE demonstraram maior capacidade de continuidade e de aprimoramento justamente por contar com melhor infraestrutura Para tanto a exist ncia de marco legal forte e de recursos pr prios teve impacto positivo Mesmo reconhecendo a import ncia do marco legal o grupo considera estrat gico desenvolver atividades que possibilitem aos gestores municipais afins ao tema compreenderem a relev ncia da EAN na escola para assim apoiarem o desenvolvimento de atividades A cada proposta apresentada as profissionais recordaram a necessidade de um convencimento do gestor atr
126. na escola para fazer esse trabalho cont nuo com as crian as NUT F Sobre esta quest o foi destacada a experi ncia no Projeto Alegria 2006 que promoveu encontros entre professores e nutricionistas com a proposta de inser o da nutri o no curr culo escolar O Projeto marcou ainda a implanta o da avalia o nutricional no ensino fundamental uma a o prevista atualmente pelo Programa Sa de na Escola PSE e convidou os respons veis a conhecerem os dados desta avalia o O Projeto era desenvolvido em parceria com uma funda o sem fins lucrativos e foi interrompido por faltar tempo dos nutricionistas para tais a es 161 As iniciativas de adapta o do card pio escolar s necessidades alimentares especiais Projeto Sem A car com Afeto 2007 e Projeto Alimenta o Escolar Inclusiva 2011 marcam o envolvimento de forma mais direta da comunidade escolar nas a es de EAN Nestes projetos ficam mais explicitas as formas de participa o de Orientadores Educacionais OEs diretoras nutricionistas e merendeiras das escolas na identifica o e atendimento aos alunos Al m disto as iniciativas de inclus o dos respons veis na discuss o da alimenta o na escola ficam refor adas a partir da realiza o anual de palestras e a orienta o nutricional oferecida pelos nutricionistas das unidades escolares Porque a crian a quando ela tem um problema de sa de ela vai muitas vezes ao OE principalmen
127. naturais Id ias de economia de tempo e de insumos Degusta o problematizando Quem gostou das prepara es ap E poss vel elas fazerem parte do seu dia a dia O que tem de positivo em inserir novas prepara es em nossos h bitos 1 se fosse para eles n o iam fazer de qualquer jeito 2 F Eu almo o comida de microondas De onde vem a comida da escola Quem paga a alimenta o PI escolar A alimenta o escolar deve ser boa para quem Apresenta o do v deo Da Ro a ao Prato Agricultura Gastronomia Nutri o Oficina Ci ncias e Culin ria Educa o F sica Agronomia V deo Familiar e Alimenta o Escolar em Duque de Caxias Geografia e debate Roda de conversa Aproxima o da produ o de alimento e Hist ria ar consumo Sustentabilidade alimentar e sa de No es de agricultura urbana fotos de Duque de Caxias Direito alimenta o escolar e a inclus o de produtos da agricultura familiar no card pio Apresenta o de exemplos de como plantar em pequenos AP espa os Vivencia de plantar 1 Eu almo o comida de microondas porque a minha m e F trabalha 2 Mas falam que tem dia que est gostosinho De onde qual a origem vem a sua fam lia Voc s costumam p comer alguma comida t pica da regi o de onde veio a sua fam lia Qual voc mais gosta Gastronomia Sarau de Roda de conversa e leitura de poesias Rela o sobre Portug
128. ncia Social e Direitos Humanos como Coordenadora de Nutri o janeiro a maio de 2009 a partir de maio de 2009 como coordenadora do SISVAN na Secretaria Municipal de Sa de Quanto a atua o em Conselhos representando o governo atua no Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias Atua o em espa os volunt rios relacionados ao tema alimenta o e nutri o n o atua Educa o Alimentar e Nutricional Necessidade direito preven o 286 Nutricionista 05 Formada em Nutri o h 21 anos e trabalha no munic pio h 32 anos 21 anos como Nutricionista concursada e moradora de Duque de Caxias Trajet ria no munic pio Hospital Geral Duque de Caxias Posto Municipal de Sa de Dr Jos de Freitas Divis o de Nutri o atualmente Coordenadoria de Nutri o Coordenadoria de Aten o B sica PSE Atuei na rea cl nica e institucional produ o de refei es Atua o cl nica e Sa de P blica no Setor de Ambulat rio nos Programas de Hipertens o Programa da Crian a Puericultura Programa da Mulher Pr natal SISVAN Atuei na implanta o do ICCN e do SISVAN cadastramento das fam lias do Bolsa Alimenta o Participa o na equipe da ATAN respons vel pelo ICCN nas comunidades de Jardim Gramacho Bom Retiro e Jardim Ana Clara Vila Ros rio Supervis o dos CCAICs pela Sa de em parceria com a Educa o de 2003 a 2009 De 2005 a 2009 tamb m participei
129. no 2 178 36 de 24 de agosto de 2001 e a Lei no 8 913 de 12 de julho de 1994 e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o 2009 266 MINIST RIO DA EDUCA O Orienta es sobre o Programa Sa de na Escola para Elabora o de Projetos Locais Bras lia Minist rio da Educa o Dispon vel em http www diaadia pr gov br cdec arquivos File direitosnumanos orientacoes pse pdf Acesso em agosto de 2010 MINIST RIO DA SA DE MS Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Passo a passo PSE Programa Sa de na Escola tecendo caminhos da intersetorialidade Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Minist rio da Educa o Bras lia DF Minist rio da Sa de 2011a C MARA INTERMINISTERIAL DE SEGURAN A ALIMENTAR E NUTRICIONAL CAISAN Plano Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional 2012 2015 Bras lia DF MDS 2011b MINIST RIO DA SA DE MS Semana Sa de na Escola Plano de A o Bras lia Minist rio da Sa de 2012a MINIST RIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE FOME MDS Marco de refer ncia de educa o alimentar e nutricional para as pol ticas p blicas Bras lia DF MDS Secretaria Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional 2012b BURLANDY L Transfer ncia condicionada de renda e seguran a alimentar e nutricional Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 12 n 6 p 1441 1451 2007 A
130. nos professores da escola e que se mostraram adequadas aos temas identificados pelas falas significativas recolhidas nos c rculos de cultura iniciais Atividades 1 2 e 3 A fala significativa aquela que expressa a vis o de mundo do educando com suas contradi es conflitos e seus limites explicativos Representa a compreens o que os educandos possuem da problem tica local FREIRE 2005 O registro desta fase foi realizado atrav s de grava o de udio e registro sistem tico em di rio de campo Todo o registro em udio foi realizado com autoriza o pr via dos estudantes e professores e posteriormente transcrito d Semin rios e oficinas com equipes de sa de e educa o Com as observa es iniciais de campo e a realiza o de entrevistas individuais e coletivas foi poss vel reunir material para a conforma o de um cen rio inicial sobre a escola as a es de educa o em sa de e o funcionamento do PSE Como alerta Freire 2005 apenas o levantamento preliminar da realidade n o habilita a realiza o de atividades educativas realmente cr ticas A primeira etapa de uma investiga o tem tica ainda est fundada na vis o dos pesquisadores educadores educandos FREIRE 2005 Esta a raz o por que o fato de os investigadores na primeira etapa da investiga o terem chegado apreens o mais ou menos aproximada do conjunto de contradi es n o os autoriza a pensar na estrutura o do cont
131. o a consci ncia do inacabamento que predisp e a acolher o diferente e acreditar na mudan a Ensinar exige o reconhecimento que somos seres condicionados mas n o determinados Gosto de ser gente porque inacabado sei que sou um ser condicionado mas consciente do inacabamento eu que posso ir mais al m dele Esta a diferen a profunda entre ser condicionado e ser determinado FREIRE 1996 p 53 79 S podemos participar de um processo de ensino em uma perspectiva cr tica se tivermos aprendido a pensar certo que pensar criticamente A criticidade a reflex o cr tica sobre a pr tica e bom senso para avalia o constante da pr tica devem ocupar espa o importante no fazer pensar do educador educando O constante exerc cio da cr tica e auto cr tica s o essenciais ao processo de forma o sempre lembrando que Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender FREIRE 1999 p 25 Segundo Freire 2005 a investiga o tem tica ponto de partida do processo educativo n o pode limitar se a um ato mec nico Corresponde a processo de busca conhecimento e cria o no qual os sujeitos v o descobrindo e interpretando problemas no encadeamento dos temas Este a o t o mais pedag gica quanto mais cr tica e t o mais cr tica quanto mais se fixe na compreens o da totalidade FREIRE 2005 p 116 Muitos desafios s o apresentados educa o neste momento de e
132. o as escolas p blicas municipais s o anualmente convidadas a desenvolver atividades desta natureza com seus alunos e professores no m s de outubro uma iniciativa incentivada pela Organiza o Mundial de Sa de no mbito da Estrat gia Global de Alimenta o Atividade F sica e Sa de que foi criado em 1991 nos Estados Unidos da Am rica Seu objetivo promover o consumo di rio de cinco por es de frutas verduras e legumes 5 ao dia Rio 2005a Em 2005 o tema da Semana de Alimenta o Escolar no munic pio do Rio de Janeiro foi Frutas legumes e verduras pelo menos 5 por es ao dia 5 ao dia Rio 2005b 48 Anualmente comemora se o Dia Mundial da Alimenta o em 16 de outubro a partir de tema eleito pela Organiza o das Na es Unidas para a Alimenta o e Agricultura FAO No Brasil esta iniciativa realizada atrav s da Semana Mundial da Alimenta o 160 Esta experi ncia marca a incorpora o da abordagem da SAN e do DHAA no munic pio Em conson ncia com as movimenta es observadas em n vel nacional o munic pio cria em 2005 o Conselho e o Departamento de Seguran a Alimentar e Nutricional DESANS A partir da inclus o das tem ticas da SAN foi proposta a comemora o do centen rio de Josu de Castro em 2008 e no mesmo ano a realiza o de semin rio sobre o Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE que destacou a import ncia das iniciativas de Armanda lvaro Albe
133. o que acontece em outubro mas geralmente assim chegam as coisas na mesma semana na semana anterior oh voc s t m que fazer alguma coisa pra mostrar Geralmente assim n 11 Prof As professoras t m uma avalia o mais cr tica e afirmam que muitas vezes a realiza o de atividades desta Semana corresponde a mais uma tarefa para prestar contas dire o e SME questionando o quanto estas n o acabam sendo realizadas apenas para cumprir obriga es ou metas Tinha a Semana da Alimenta o E sempre me pediam para fazer algum trabalho com eles Ent o no primeiro bimestre eu j trabalhava isso guardava os trabalhos e na Semana da Alimenta o que era geralmente no segundo bimestre botava os trabalhos pra expor 12 Prof A impress o que eu tenho que sempre tem que mostrar alguma coisa um trabalho ent o eles inventam e jogam para a escola Mas n o sei se com aquele objetivo mesmo de realmente de trabalhar aquilo desenvolver melhorar aquele aspecto com os nossos alunos 11 Prof Quanto ao tipo de atividade j realizada na Semana Mundial da Alimenta o foram apresentadas pelas professoras de ci ncias atividades variadas abordando temas em alimenta o e nutri o pesquisar quais eram as necessidades di rias de cada grupo alimentar uma fam lia por exemplo de 4 pessoas tinha que consumir de carboidrato o que era saud vel E baseado naquilo o que que ela tinha que quais ser
134. os desafios do PSE nesta escola Alguns desafios ao PSE apareceram nas descri es anteriores muitos dos quais emergiram de problematiza es durante o processo de pesquisa e foram aprofundados nos encontros e atividades ao longo de todo ano Mas quais eram os desafios enxergados pelas equipes no momento de chegada ao campo Quatro desafios foram levantados pelos profissionais diante de questionamentos sobre a necessidade de aprimoramento das a es do PSE em n vel local a participa o de m es pais respons veis a dificuldade em garantir a continuidade e o retorno do atendimento em sa de a falta de material para realiza o das atividades de promo o da sa de e a inexist ncia de planejamento conjunto eSF escola de a es Tais quest es foram identificadas pelos profissionais eSF equipe diretiva da escola e de alimenta o escolar durante as entrevistas individuais e coletivas Posteriormente retornaram ao debate j sistematizadas durante a apresenta o preliminar dos dados da pesquisa no Grupo de Estudos GE da escola com a presen a de professores do Segundo Seguimento A quest o da participa o de m es pais respons veis foi exposta durante o GE e houve concord ncia dos professores sobre a relev ncia deste tema As argumenta es apresentadas nas entrevistas foram repetidas pelas profissionais das eSF e equipe diretiva na mesma perspectiva de responsabiliza o e culpabiliza o Como o GE era moment
135. ou verdura cru ou cozido Embutidos Salgado frito 0 20 40 60 80 100 mN o respondeu Nenhumdia m1 ou 2 dias m3 ou 4dias m5 dias ou mais 208 Os dados revelam que 75 dos estudantes desta escola consomem feij o cinco vezes ou mais na semana n mero superior ao identificado pela PeNSE 2009 que foi de 62 5 Durante outras atividades quando questionados sobre o que n o poderia faltar no prato foi comum inclufrem o feij o Tem que ter feij o Feij o o principal Por outro lado o consumo de leite cinco vezes ou mais na semana foi menor na escola 46 3 do que na PeNSE 53 6 e o consumo de refrigerante revelou se maior nesta escola 48 8 do que os dados nacionais 37 2 O baixo consumo de leite relatado com preocupa o em outros estudos sobre consumo alimentar de adolescentes e jovens RABELLO ANDERSON 2011 TRICHES GIUGLIANI 2005 Considerando os relatos poss vel que o consumo de refrigerante esteja concorrendo com o de leite tanto no caf da manha quanto nos lanches da tarde Este fato preocupante uma vez que este o consumo deste grupo alimentar fonte de c lcio e prote nas essenciais sobretudo durante a fase de crescimento Sobre o refrigerante as falas foram variadas Alguns relataram consumo S final de semana Enquanto outros afirmam Tomo quase todo dia Guaran que nem gua pra mim Consumo realizado em parte nas lanchonetes pr ximas escola q
136. p blicas de sa de escolar no Brasil pode ser dividida em tr s momentos principais No per odo inicial antes da cria o do Programa Sa de na Escola PSE os debates foram impulsionados pela Secretaria de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de sendo orientada fortemente pelos princ pios da Educa o Popular e Sa de EP amp S No ano de 2005 foi publicada a Portaria Interministerial n 749 com objetivo de constituir uma C mara Intersetorial respons vel por subsidiar a constru o de uma Pol tica Nacional de Educa o em Sa de na Escola Foi tamb m publicado um caderno intitulado A educa o que produz sa de pelo Minist rio da Sa de para o trabalho em escola com profissionais de educa o A proposta estava pautada na Iniciativa Escolas Promotoras de Sa de 64 Importante registrar que o fato destas publica es ocorrerem a partir de 2005 n o significa a inexist ncia de experi ncias brasileiras neste campo De forma dispersa munic pios e estados desenvolviam suas a es e parte destas foram sistematizadas em 2007 pelo Minist rio da Sa de na publica o Escolas promotoras de sa de experi ncias do Brasil Este movimento de registro de experi ncias foi estimulado e orientado pela OPAS Diversas experi ncias latino americanas incorporam estrat gias de alimenta o escolar em suas a es de sa de escolar reconhecendo o v nculo estrat gico entre boa alimenta o e sa de
137. panela e colocar o leo de soja Em seguida adicionar a cebola e deix la murchar Adicionar ent o a cenoura e a abobrinha Deixar refogar um pouco e adicionar a farinha Adicionar sal e mexer sempre at que farinha d uma leve torrada Adicionar ent o a azeitona e o cheiro verde misturar e desligar o fogo Servir quente ou armazenar em um pote bem fechado iso RR o A AN Tempo de Preparo 35 minutos Rendimento 10 por es A Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de O Arroz verdinho Ingredientes leo de soja Informa es nutricionais rico em fibras arroz e carboidrato e fonte de minerais e vitaminas margarina Dica Para enriquecer a prepara o talos de agri o salsa e cenoura substitua o arroz branco por arroz integral cebola alho e sal Utens lios Necess rios Faca prato t bua de corte panela p o duro Modo de Preparo v Doure 1 col de sopa de cebola picada 1 dente de alho em 4 col de sopa de leo refogue rapidamente 3 x caras de arroz acrescente gua e sal a gosto e reserve v parte derreta 1 col de sopa de margarina doure 4 de x cara de cebola acrescente 1 x cara de talos de agri o picado 1 x cara de talos de salsa picada 1 x cara de rama de cenoura picada v Refogue os misturando os sem seguida ao arroz cozido Rendimento Gpor es Tempo de preparo 30 min P o de cenoura Ingredientes 02 cenouras m dias
138. parceria entre as secretarias municipais de sa de e educa o foi se estreitando havendo continuidade das a es em escolas envolvimento das unidades b sicas de sa de e realiza o de atividades de forma o para profissionais de sa de e educa o DUQUE DE CAXIAS 2008 Com a ades o ao PSE n o houve extin o do Programa Sa de Escolar e suas a es continuaram a ocorrer no munic pio de forma concomitante ao PSE em escolas que n o est o em rea de cobertura da ESF Existe um N cleo dentro da Divis o de Vigil ncia em Sa de que pertence a Coordena o de Sa de Coletiva que al m de participar do GTI M coordena a es do Programa Sa de Escolar Controle do Tabagismo e Preven o de acidentes e Viol ncias Este N cleo e a Coordena o de Aten o B sica s o os dois representantes da SMS no GTI M A articula o entre os setores sa de e educa o reconhecida como grande desafio n o apenas na experi ncia de Duque de Caxias mas em muitas outras Na realidade dentro das pr prias secretarias de sa de e educa o h uma diversidade de setores que se relacionam com a sa de escolar Desta forma n o apenas a articula o intersetorial mas a pr pria articula o intrasetorial trabalhosa 111 E as equipes internas da Secretaria quando pertinentes elas tamb m s o convidadas a participar das reuni es A gente faz o chamamento da Coordena o de Educa o Especial Departamento de Educa
139. parte dos artigos publicados a partir de 1999 per odo hist rico de interesse a esta revis o A promo o da sa de como resposta s limita es do modelo biom dico e a necessidade de amplia o do conceito de sa de apresentado no artigo de Ferreira e Magalh es 2007 que suscita o debate sobre este tema a partir de sua aproxima o com temas da alimenta o e nutri o As autoras apresentam a alimenta o sob a tica do direito humano e recordam que o combate desnutri o fome e a m nutri o t m estado na pauta das confer ncias internacionais de promo o da sa de Sobre a articula o entre estes campos afirmam as contribui es da promo o da sa de para alimenta o e nutri o Fundamentalmente por se tratar de uma estrat gia que articula diferentes setores e atores sociais onde passam quest es como modelo de sa de sob o enfoque da integralidade articula o de saberes t cnicos e populares capacita o dos indiv duos parcerias nas a es intersetorialidade de rg o p blicos e privados refor o da a o comunit ria educa o popular tica p blica entre outros FERREIRA MAGALH ES 2007 p 1677 As autoras refletem ainda acerca de mudan as curriculares necess rias forma o de profissionais com base no modelo da integralidade e capazes de articular fatores biol gicos da nutri o como sua dimens o social em busca da supera o de pr ticas de forma o fragmenta
140. participante tendo como foco as atividades de EAN realizadas em escolas do munic pio de Duque de Caxias Esta afirma o revela a intencionalidade de incluir mais vozes e olhares no processo de constru o e de avalia o deste tipo de atividade Por isso a etapa inicial consistiu em uma sistematiza o de experi ncia A sistematiza o de experi ncias uma forma de pesquisa participante que tem sido amplamente experimentada na Am rica Latina no contexto de movimentos populares e sociais No Brasil a utiliza o desta metodologia numa perspectiva de interface entre as pol ticas p blicas e a participa o popular tem sido estimulada HOLLIDAY 20064 REDE DE EDUCA O CIDAD 2006 Esta op o metodol gica foi assumida neste estudo como forma de registrar experi ncias municipais de EAN desenvolvidas em escolas em sua interface com processos de participa o popular e apoderamento do direito alimenta o O termo sistematiza o utilizado em diversos espa os e circunst ncias remetendo a id ia de reunir classificar e ordenar dados e informa es No caso deste estudo a op o assumida foi a de realizar uma sistematiza o de experi ncia tendo como base Oscar Jara Holliday Para o autor sistematizar um exerc cio que se refere necessariamente a experi ncias pr ticas concretas 33 Grifo nosso 94 HOLLIDAY 2006 a 21 Para al m de colocar em ordem sistematizar neste caso sig
141. perigoso A inadequa o neste caso foi desconsiderar que o bairro n o conta com pra as ou cal adas adequadas e seguras pr tica de atividade f sica Os estudantes permaneceram quietos durante as duas palestras Alguns abaixaram a cabe a e outros trocaram silenciosamente de lugar V rios pareciam atentos ou ao assunto ou ao fato de haverem tantas pessoas diferentes dentro da salaf O tema alimenta o saud vel e atividade f sica pareceu mobilizar a turma V rios estudantes come aram falar ao mesmo tempo ap s a apresenta o do lbum mas a atividade foi encerrada Durante a palestra sobre alimenta o saud vel um deles levantou se e jogou uma ma inteira na lixeira mas os profissionais da eSF n o perceberam Os profissionais sa ram satisfeitos da atividade Em termos metodol gicos destaca se que o material e as abordagens utilizadas n o pareceram adequadas turma Al m disso avaliando sob as lentes da educa o popular pode se observar grande preocupa o dos profissionais em falar mas pouca habilidade para observar e ouvir quest o central para a constru o do di logo Em outra atividade observada o tema foi sustentabilidade Chegando escola as profissionais pedem diretora para realizar a atividade em uma turma de quinto ano e ela concorda Tr s profissionais conduziram a atividade e quando a atividade 43 Duas enfermeiras o m dico duas ACS e eu 135 estava sendo encerrada chegaram mais
142. pol ticas e a es que se fa am necess rias para garantir a seguran a alimentar e nutricional da popula o A Lei n 11 947 2009 institui o Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE garantindo o direito alimenta o escolar em car ter universal com vistas a garantia da seguran a alimentar e nutricional SAN e ao acesso igualit rio ao 32 alimento Em seu artigo 2 define alimenta o saud vel e adequada como aquela que faz uso de alimentos variados seguros que respeitem a cultura alimentar as tradi es e os h bitos alimentares saud veis contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar em conformidade com a sua faixa et ria e seu estado de sa de inclusive dos que necessitam de a es espec ficas BRASIL 2009e A centralidade da alimenta o escolar enquanto pol tica p blica de garantia do direito alimenta o reconhecida nos debates de Seguran a Alimentar e Nutricional aparecendo como demanda importante em delibera es das duas ltimas Confer ncias Nacionais bem como dos encontros de avalia o das mesmas Confer ncia 2 No documento preparado pela C mara Interministerial de Seguran a Alimentar e Nutricional CAISAN para o Encontro da Ill Confer ncia Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional 2 anos consta a seguinte avalia o para os avan os de 2003 a 2009 aumento de 370 no repasse
143. por planejamento intersetorial das a es foi exig ncia do GTI F que indicou a Semana Nacional de Sa de Escolar mar o de 2012 como o per odo indicado para tal a o mas no munic pio de Duque 144 de Caxias n o foi poss vel a realiza o neste per odo Foi realizada reuni o com representantes das equipes locais de PSE representantes da escola e das eSF o GTI M apresentou as metas pactuadas para o ano de 2012 e entregou planilhas baseadas no material proposto pelos minist rios para a referida Semana para serem preenchidas conjuntamente A escola havia acabado de trocar de respons vel pelo PSE mas esta n o participou porque havia uma reuni o com professores na escola A diretora e outra funcionaria representaram a escola A respons vel pelo PSE recebeu a planilha mas disse que em decorr ncia das muitas tarefas da escola n o foi informada ou orientada sobre o conte do da reuni o com o GTI M Como havia prazo para retorno destes dados para o GTI M foi agendada a pedido das eSF uma reuni o para o planejamento das atividades de PSE em 2012 que foi realizada na escola Estiveram presentes quatro profissionais da eSF e duas profissionais da escola uma delas a respons vel pelo PSE A diretora confirmou presen a mas acabou n o participando A sala dos professores estava vazia e sentaram se em volta da mesa de um lado as duas funcionarias da escola e do outro duas profissionais da eSF as outras duas fic
144. principalmente nos primeiros tempos eu tenho cuidado de ver quem est comendo biscoito Aquele maldito biscoito fofura aquele maldito Guaravita dos infernos Entendeu E chamar aten o Repito toda aquela ladainha sobre alimenta o saud vel etc e tal 12 Prof Foi poss vel identificar que em geral o conhecimento acerca do PNAE ainda pequeno Aspectos relacionados ao direito alimenta o escolar e responsabilidade t cnica s o quest es desconhecidas para a grande parte dos entrevistados Se puder continuar com a merenda Ou esse governo ou outro governo que a merenda continue Merenda de boa qualidade Isso a ajudou muito n Para as m es carentes as vezes n o tem nada para dar para os filhos e a eles j saem daqui alimentados Com tudo fruta N o tem faltado nada Nada 14 AE Mas eu acho que aqui poderia ser introduzido pelo menos mais legumes Salada dif cil mesmo n o Verdura n o Mas os legumes eu acho que podia ser 13 Prof Apesar de n o mencionarem o PNAE os professores desta escola falam da alimenta o escolar na sua inten o e potencialidade de servir alimentos saud veis e refei es saborosas Ainda que n o mencionem a legisla o tratam a alimenta o na escola numa perspectiva de servi o e de direito Este posicionamento difere do registrado por Bezerra 2009 que observou em seu contexto de pesquisa semelhan as entre a opini o de professores e profissionais de
145. produtivas N o era o conhecimento acad mico provocando as reflex es sobre o cotidiano Eram as quest es do cotidiano criando a necessidade de re sistematizar e aprimorar conhecimentos que eu j possu a para ent o torn los teis naquele contexto Estudar no NUTES UFRJ representa um grande privil gio para quem deseja experimentar a interdisciplinaridade Estive inserida em um grupo de pesquisa que re ne profissionais estudantes de diferentes reas que t m se desafiado a examinar a alimenta o a partir de seus desafios e contradi es mais atuais As reflex es deste grupo t m como pressupostos a alimenta o escolar como espa o pedag gico e de sociabilidade a integra o dos saberes disciplinares a valoriza o dos conhecimentos n o cient ficos a educa o popular o Direito Humano Alimenta o Adequada e a reestrutura o dos sistemas de produ o distribui o e consumo de alimentos Existe multidisciplinaridade tamb m nas salas de aula do NUTES Professores de ci ncias profissionais de sa de e de outras reas afins se debru am sobre as quest es do campo de Educa o em Ci ncias e Sa de Percebo que a viv ncia que tive como educadora popular e o fato de n o atuar na educa o formal por vezes me dificultaram leituras sobre o que a escola trazendo me inquieta es novas Por isso ainda antes de iniciar o trabalho de campo j sentia a necessidade de ressaltar a exist ncia de olhares div
146. programa do governo estadual chamado CRESCER constru do em resposta s demandas do Mutir o de Combate Desnutri o Materno infantil O CRESCER foi extinto na transi o do governo estadual em 2003 de forma abrupta e sem considerar volunt rios e benefici rios Esta experi ncia marcante de impot ncia gerou grandes inquieta es sobre a rela o entre sociedade civil governo e popula o A Pastoral da Crian a era uma das entidades que participava do CRESCER e muito me impressionou como pessoas vivendo sob car ncias t o pr ximas s das fam lias de crian as desnutridas dedicavam se tanto ao prop sito de combate da desnutri o e fome Intrigava me saber quais fatores estavam envolvidos naquela forma t o sincera de doa o mas tamb m questionava como poderiam volunt rios assumir fun es que eram do Estado que deveriam ser assumidas pelo setor sa de Estes questionamentos levei para o curso de Especializa o em Sa de P blica e posteriormente para o curso de mestrado na Escola Nacional de Sa de P blica Obviamente muitos questionamentos ainda persistem No decorrer de tais viv ncias a minha vida profissional e acad mica se encontrou com uma atua o militante na Pastoral da Crian a no Conselho Estadual de Seguran a Alimentar e como educadora popular e por vezes estive em Duque de Caxias em atividades volunt rias Alguns meses depois de ter sido aprovada no doutorado fui convidada a compor a eq
147. promoveu em grande medida um afastamento entre os conhecimentos da ci ncia da nutri o e o cotidiano alimentar espa o reservado comida Um processo de reconcilia o entre as perspectivas comer alimentar e nutrir tem motivado estudos acad micos e provocado revis o de pr ticas no campo da alimenta o e nutri o nos ltimos anos Neste movimento s o ineg veis s contribui es das ci ncias sociais em especial da antropologia 252 Nos extremos da cadeia alimentar tradi es inovadoras o processo de rejconhecimento da agricultura familiar e de questionamento dos sistema alimentares modernos mundializados MORIN 2013 e o rejencantamento com a gastronomia Intera es frut feras que colocam em debate o que tradi o e novidade o que local e global tudo isto num mesmo caldeir o de onde se espera retirar sabor prazer e sa de Dif cil imaginar que em pr ticas educativas tradicionais baseadas em normas e riscos caibam tantos e t o diversos conhecimentos Renovam se ent o as grandes quest es da Educa o Alimentar e Nutricional como com quem em que oportunidades e com qual intencionalidade A viv ncia aqui apresentada confirma a escola como espa o importante para o desenvolvimento de a es de EAN demanda de estudantes e de profissionais da escola As abordagens educativas a partir do PNAE e do PSE mostraram se muito fr geis escassas e desarticuladas da realid
148. quantitativamente suficiente cuidar da express o cultural do povo ou embelezar partes da cidade que j s o bonitas e ou onde moram as classes abastadas N o sem prop sito que Freire destaca que curiosidade e criticidade s o caracter sticas fundamentais e insepar veis de um educador comprometido com a transforma o N o haveria criatividade sem curiosidade que nos move e que nos p e pacientemente impacientes diante do mundo que n o fizemos acrescentando a ele algo que fazemos FREIRE 1996 p 32 justamente por exigir curiosidade criticidade escuta tica corpoirifica o da palavra pelo exemplo e todas as caracter sticas t o extensamente registradas por Paulo Freire em suas obras que as atividades realizadas na perspectiva da educa o popular n o podem ser realizadas por improviso O di logo precisa ser preparado com anteced ncia e o preparo inclui a pesquisa sobre a realidade local capaz de revelar situa es significativas Numa perspectiva banc ria haveria preocupa o de que a emerg ncia de temas durante o diagn stico de realidade levantasse quest es fora do interesse ou expertise do educador educando Nesta afirma o tem muito da forma de pensar do profissional de sa de de enxergar o mundo escolarizada e geralmente de classe m dia como alertaria Victor Valla Para as classes populares a realidade menos compartimentada Jo modo de as pessoas das classes populares perceberem e
149. que o texto da Lei n 11 947 2009 contemplasse a proibi o da terceiriza o mas isto n o foi garantido Muitos munic pios t m optado pelo mecanismo de terceiriza o que obedece a formatos bastante diferenciados de uma localidade para outra Pelo contrato de Duque de Caxias a empresa responsabiliza se pela log stica e contrata o de funcion rios 178 Este tema n o foi aprofundado nas entrevistas contudo percebe se que um dos aspectos negativos relatados foi a precariedade dos contratos e os atrasos de pagamento Existe grande rotatividade de funcion rios incluindo merendeiras e nutricionistas o que prejudica a continuidade de processos formativos Como aspecto positivo da terceiriza o destaca se a possibilidade de contrata o 27 nutricionistas realizam a supervis o da produ o das refei es nas unidades escolares e s o orientadas a desenvolver atividades educativas com m es pais respons veis estudantes e merendeiras Nas escolas as equipes de merenda s o formadas por Merendeiras Auxiliares de Cozinha e Respons vel de Merenda que encarregado de tarefas como receber mercadoria e organizar estoque e cuidar do mapa de controle de genro e de refei es produzidas e servidas Nem todas as escolas possuem um Respons vel de Merenda depende do n mero de turmas Uma pessoa que vai conferir as notas vai conferir a mercadoria que est chegando Ent o assim tem que ser uma pessoa que voc sabe que v
150. que praticam bastante atividade f sica contudo gostariam que a escola proporcionasse mais op es inclusive no contra turno Eles tinham que colocar atividade tipo dan a hip hop aula de teatro essas coisas Importante registrar que o bairro apresenta espa o muito restrito para a pr tica de atividade f sica e neste contexto a quadra da escola e as ruas s o muito relatadas 215 como espa o de lazer pelos adolescentes e jovens Duas atividades presenciadas na escola refor am tanto a car ncia dos alunos por espa os de lazer e pr tica de atividade f sica quanto a sensibilidade dos professores de segundo seguimento desta escola s demandas de seus alunos A primeira foi a realiza o de um campeonato de futebol que reuniu na quadra assistindo aos jogos profissionais de diversas disciplinas e apitando os jogos os dois professores de geografia A segunda foi um festival de dan a idealizado pela professora de educa o f sica tamb m com a presen a dos professores das demais disciplinas Em ambas as atividades a impress o foi de que a iniciativa e a execu o foram exclusivamente dos professores contando com pouco apoio da equipe diretiva e sendo desconhecida das equipes de Sa de da Fam lia Rela o com os quintais Apesar de ser um bairro com caracter sticas urbanas houve relato da presen a de rvores frut feras em casa ou na casa de parentes e do consumo destas frutas Aparece nos relatos algo bem comu
151. reconhece que discursos constru dos sob no es de desenvolvimento pautado na CT muitas vezes ressaltam os benef cios que na realidade n o chegam ao conjunto da popula o e que algumas vezes fatores considerados como avan os s o danosos a uma parcela da sociedade Dito de outra forma geralmente os mais pobres ou ficam exclu dos do progresso ou s o os mais vulner veis s consequ ncias negativas deste tipo de desenvolvimento SANTOS SCHNETZLER 1998 ANGOTTI AUTH 2001 AULER 2007 38 Desta forma n o se pode deixar de lado em tal an lise o atual est gio de desenvolvimento econ mico capitalista e suas rela es ou consequ ncias no que se refere promo o da vida e da prote o do meio ambiente ANGOTTI AUTH 2001 AULER 2007 Com a abordagem CTS prop e se uma mudan a curricular que substitua a organiza o disciplinar pela organiza o dos temas a partir de situa es e problemas identificados junto com os alunos Isto aproximaria os alunos das ci ncias tanto do ponto de vista espacial quanto temporal os temas s o identificados pela relev ncia local e organizados de forma que permita ao aluno aprender o que importante no presente e n o o que talvez ele possa precisar no futuro configura es curriculares mais sens veis ao entorno mais abertas atemas a problemas contempor neos marcados pela componente cient fico tecnol gica enfatizando se a necessidade de superar configura es pautadas
152. ria foi muito grande O fato de o suco estar quente e sem a car foi muito citado e muitos comentaram as prepara es na oficina culin ria As outras tr s atividades foram tamb m elogiadas Percebe se em comum que os temas chamaram aten o mas sobretudo o que marcou as avalia es foram as t cnicas utilizadas Na parte do deixe o seu recado elogios agradecimentos e pedidos para que a equipe retorne escola A professora de hist ria por iniciativa pr pria pediu que os estudantes fizessem relat rio sobre a participa o nas atividades da Semana Mundial da Alimenta o Estes relat rios foram consultados e seus resultados sistematizados em uma planilha Foram 16 relat rios que manifestaram satisfa o com as atividades e chamaram aten o como aprendizado principalmente das prepara es da oficina culin ria Todos responderam que participaram novamente porque gostaram porque aprenderam coisas novas porque acharam interessante porque foi legal Sobre a exposi o de fotografias escreveram Porque eu aprendi que n o As merendeiras foram muito receptivas mas apesar do combinado com a equipe diretiva e a supervis o de alimenta o escolar elas n o estavam preparadas para as atividades 228 todo mundo que come a mesma comida que n s come Eles comem comida diferente do que da nossa E descobri o que a comida saud vel e n o a saud vel Sobre a oficina culin ria Porque eu gostei e a
153. se esta oportunidade para apresentar o projeto aos orientadores e diretores que levaram fichas de cadastro para as escolas Essa estrat gia goi considerada mais r pida e adequada e desde ent o tem se como m dia de 301 atendimento de 30 crian as Atualmente existem 28 crian as cadastradas na rede municipal de educa o Atrav s deste Projeto todos os anos na semana do diabetes 16 de novembro realiza se algum tipo de atividade reunindo alunos e pais das crian as diab ticas matriculadas na rede p blica municipal J foram realizadas palestras com m dicos enfermeiros No ano passado al m de tratar das quest es de diabetes foi realizada uma oficina com receitas para diab ticos para datas festivas Al m disto foram introduzidos alimentos diet ticos no card pio A preocupa o de adapta es ao card pio n o foi com rela o ao almo o quando a substitui o mais simples Geralmente a troca se refere sobremesa doce por fruta Contudo em Duque de Caxias a alimenta o escolar oferece caf da manh e por isso foram inclu dos ado ante cacau em p e gel ia diet A grande preocupa o sempre deixar claro que o cuidado feito para o per odo do aluno na escola o que n o exclui o cuidado em casa 2 6 Projeto P o Nosso A id ia de realizar oficinas sobre receitas de p o surgiu atrav s do relato de um Nutricionista do CCAIC de que uma das merendeiras fazia receitas de p es diferentes sempre que havia
154. se nos grupos de estudo fosse lan ada a ideia e n o assim Semana Mundial da Alimenta o tem que fazer uma atividade Isso ai um furo n o 8 AE Al m de todas as precariedades relacionadas ao per odo eleitoral j relatadas a previs o de mudan as de gest o na SME ap s a posse do novo prefeito apareceu como preocupa o e motivo de inseguran a acerca da continuidade dos membros da equipe diretiva e de projetos H o reconhecimento que em parte a continuidade est relacionada postura da nova administra o mas a perman ncia no territ rio de servidores concursados pode tamb m contribuir N o acaba n o a gente continua Todo mundo aqui concursado eu ela ela Ent o assim n o tem jeito A gente vai ficar 3 eSF E eu estou com f de que todas a es v o ser adoradas n o gente O nosso prefeito um m dico 8 AE O principal risco ou preju zo da mudan a da equipe diretiva que os elos e entendimentos comuns sobre o Programa constru dos ao longo do ano sejam perdidos Sendo assim o que se colocou em debate foram as formas de registrar aprendizados e encaminhamentos do ano de 2012 Mais uma vez a estrat gia de enfrentamento a este desafio foi a inclus o do tema sa de e do PSE no PPP Ai a gente faz um v nculo elas j entendem o que que eu penso j vim aqui j falei j expus o meu racioc nio ela sabe quem o profissional ai vai e muda Ai eu vou ter que f
155. se refere aos funcion rios mas sobretudo a totalidades das turmas Como consideraram as atividades como relevantes para seus alunos identificaram que deveriam ter sido oferecidas s demais turmas Por outro lado como entenderam a complexidade da tarefa e que uma atua o mais efetiva do corpo docente envolveria maior trabalho e carga hor ria dedicada ao desenvolvimento das a es Identificaram a necessidade de envolvimento e disponibilidade de toda a escola que deveria ter parado para desenvolver as atividades Acho que para ser melhor s se fosse a escola toda para poder participar rindo 13 Prof envolveu s as turmas de s timo ano n o Eu acho que envolvendo toda a escola eu acho que seria melhor 20 Prof E sem d vida nenhuma uma coisa que fica muito prejudicada que a escola n o parou para isso E os problemas da falta d gua Se voc olhar no meu di rio eu n o tenho tido aulas eu venho para c a toa Ent o mesmo que eu estivesse cheia de ideias e tal n o consigo nem encontrar meus colegas do 7 ano 19 Prof Existiu uma avalia o que ao mesmo tempo elogia cr tica e cobra o papel das universidades na atua o junto com a escola para a implementa o de a es que acima de tudo permitam interc mbio ou seja que dialoguem com a realidade e ao mesmo tempo atualizem os debates em curso na escola Espero que voc s voltem o ano que vem com outros projetos porque a escola precisa
156. ser educando educador que exige do educador educando pr ticas comprometidas com os princ pios de uma educa o cr tica e dial gica Esse respeito implica participar com eles de um processo de compreens o da realidade o que exige o respeito aos saberes dos educandos A educa o n o se faz para e sim Supervisora de Nutri o Escolar foram encaminhados convites e informes relacionados pesquisa mas o contato n o ocorreu 187 com num movimento que mediatizado pelo mundo FREIRE 2005 97 que impressiona e desafia Por isto o ponto de partida para o desenvolvimento de qualquer a o pedag gica libertadora o reconhecimento dos saberes anteriores hist rias de vida trajet rias dos educandos O convite feito neste momento foi para vivenciar e registrar momentos de Educa o Alimentar e Nutricional luz das reflex es da educa o popular freireana e portanto primou pelo respeito princ pios como o da dialogicidade e do respeito aos educando educadores e da constru o compartilhada de saberes partindo da realidade concreta e contemplando aspectos culturais As contribui es de Silva 2005 iluminaram os caminhos para viv ncia da Metodologia Dial gica de Freire sobretudo no processo de organiza o das atividades e para tornar esta forma de organizar comunic vel aos outros integrantes da pesquisa Na Metodologia Dial gica de Freire a primeira etapa corresponde ao levantamento preliminar da realidade
157. ser tarefa f cil Lembrando o alerta de Valla 2000 a crise de interpreta o nossa e portanto profissionais de sa de e educa o precisam estar mais atentos e dispostos para compreender o que dizem as classes populares Somente quem escuta paciente e criticamente o outro fala com ele mesmo que em certas condi es precise de falar a ele O que jamais faz quem aprende a escutar para poder falar com falar impositivamente At quando necessariamente fala contra posi es ou concep es do outro fala com ele como sujeito da escuta de sua fala cr tica e n o como objeto de seu discurso O educador que escuta aprende a dif cil li o de transformar seu discurso s vezes necess rio ao aluno em uma fala com ele FREIRE 1996 p 113 Como adverte Laraia 2009 pessoas de culturas diferentes riem de forma diferente e por diferentes motivos Gesticulam se comportam se alimentam tamb m de forma diferente Homens e mulheres agem de maneira diferente dentro de uma mesma cultura A nossa heran a cultural desenvolvida atrav s de in meras gera es sempre nos condiciona a reagir depreciativamente em rela o ao comportamento daqueles que agem fora dos padr es aceitos pela maioria da comunidade LARAIA 2009 p 67 Trazendo novamente as contribui es de Martins 1993 destaca se uma passagem de seu texto que se assemelha ao julgamento realizado por alguns profissionais nesta experi ncia mas que certamen
158. servi os pode se argumentar sobre o disp ndio de investimento em forma o dos profissionais e de tempo para execu o de projetos pautados neste referencial Neste sentido pode se ingenuamente questionar em contextos de extrema nega o de direitos como utilizar a metodologia de Educa o Popular Criticamente e tomando as implica es ticas envolvidas no trabalho cotidiano em realidades como a descrita neste trabalho a quest o parece ser outra em contextos de extrema nega o de direitos como n o utilizar a metodologia de Educa o Popular Esta reflex o cabe igualmente tanto para unidades de sa de quanto para escolas p blicas espa os marcados por hierarquias cristalizadas de saberes e que diariamente convivem com a precariza o das condi es de trabalho e com ambientes de extremo esgar amento das rela es sociais O lugar de encontro portanto todo o lugar onde existam pessoas verdadeiramente comprometidas com a causa dos oprimidos e com a transforma o da realidade Para chegar at l um caminho longo de dedica o humildade e persist ncia na busca por oportunidades de di logos e pr ticas coerentes com a constru o de uma realidade mais justa e feliz precisar ser percorrido di ria e cotidianamente 263 REFER NCIAS ANDRADE C S FRANCO T B FERREIRA V S C Acolhimento uma experi ncia de pesquisa a o na mudan a do Processo de trabalho em sa de Revista APS v 10 n 2 p 10
159. sist mica HAS detec o precoce de agravos de sa de negligenciados prevalentes na regi o hansen ase tuberculose mal ria etc avalia o oftalmol gica avalia o auditiva avalia o nutricional avalia o da sa de bucal e avalia o psicossocial MINIST RIO DA SA DE 2011 O Componente Il Promo o e Preven o sa de deve ser desenvolvido de maneira que sejam abordadas a partir dos temas destacados como priorit rios para a implementa o da promo o da sa de e preven o de doen as e agravos no territ rio a es de seguran a alimentar e promo o da alimenta o saud vel promo o das pr ticas corporais e atividade f sica nas escolas Sa de e Preven o nas Escolas SPE educa o para a sa de sexual sa de reprodutiva e preven o das DST aids Sa de e Preven o nas Escolas SPE preven o ao uso de lcool e tabaco e outras drogas promo o da cultura de paz e preven o das viol ncias e promo o da sa de ambiental e desenvolvimento sustent vel BRASIL 2011a O Componente Ill Forma o atrav s do qual est previsto parceria entre educa o e sa de para o desenvolvimento de estruturas de forma o e materiais did tico pedag gicos que atendem s necessidades de implanta o das a es de planejamento monitoramento e avalia o do PSE no qual o p blico alvo s o os integrantes da sa de e educa o que comp em os Grupos de Trabalhos Intersetoriais GTIs e
160. sobre pessoas o ser humano torna se descart vel Em especial quem n o tem poder de consumo torna se descart vel Numa integra o domesticada s o reprimidas as necessidades de melhor qualidade de vida de recusa e de subvers o SILVA R M L 2008 A transforma o das rela es humanas em rela es entre coisas se metamorfoseia em rela es entre imagens assim a degrada o da vida social do ser para o ter se prolonga a redu o do parecer SILVA R M L 2008 p 31 A forma o da vis o ing nua impregnada de senso comum ocorre hoje de uma forma mais extrema do que ontem Ganha se nova velocidade e efici ncia na internaliza o de valores da sociedade capitalista dos valores das classes 83 dominantes como nunca antes imaginado sutil doce e amargo no mesmo tempo Frente aos desafios apresentados por uma conjuntura que ora supervaloriza ora desconsidera as diferen as preciso que se reflita sobre quais di logos s o necess rios e poss veis Desta forma retomar Paulo Freire para identificar o que hoje o ineditismo vi vel conscientes do inacabamento e na certeza de que o mundo n o est sendo A respeito da abordagem da cultura na obra de Paulo Freire Brand o 2010 afirma que somos humanos porque sendo seres de natureza n s nos constru mos como sujeitos sociais criadores de cultura Tudo que existe entre a pessoa a pedagogia e a educa o constitui plano
161. substitutas aparecem refer ncias a cuidado alimentar promo o ou forma o de h bitos alimentares saud veis assist ncia amamenta o interven o nutricional aconselhamento diet tico educa o em nutri o interven o nutricional educativa 17 fortemente o discurso da preven o associada aos fatores de risco e fundamenta seu estudo na constru o de habilidades para diferenciar escolhas adequadas e inadequadas DAVANCO 2004 p 180 Nos artigos de Canin e Ribeiro 2007 e de Costa 2001 a Promo o da Sa de eleita como caminho para este debate Valorizam a incorpora o da educa o alimentar e nutricional nas escolas tendo como premissa uma vis o ampliada de sa de Ambos os artigos debatem a atua o do profissional nutricionista no contexto da promo o da sa de na escola no mbito do Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE Destacam Canin e Ribeiro 2007 que educa o apenas se realiza por meio da transforma o da realidade a educa o exige conscientiza o dos atores envolvidos o que se faz por meio do di logo democr tico que permite negociar as rela es de poder Isso configura uma rela o de ensino aprendizagem baseada em processos dial gicos CANINE RIBEIRO 2007 p 55 De forma semelhante Costa e colaboradores 2001 debatem a EAN na escola afirmando ser este um espa o prop cio para provocar o di logo com a comunidade escolar sobre fatores qu
162. there is no recognition of EAN s municipal initiatives reported by nutritionists although they have shown great critical and creative potential It was identified that there is room to refine the articulation between PSE and PNAE s educational strategies in school The collective planning and diagnosis were recognized as powerful tools for the enhancement of PSE s actions in the territory It was opportune to introduce the problematization as strategy to allow emerge barely visible issues related to students choices and food consumption The benchmark of Popular Education amp Health seems to represent an opportunity to expand the intersectorality and interdisciplinarityin the execution of public policies essential parts to the process of promoting healthy eating and the empowerment of the Human Right to Adequate Food Key Word Food and Nutritional Education School Health Popular Education Human Right to Adequate Food Dedico esta tese ao eterno mestre Victor Vincent Valla e a todas as educadoras e educadores populares que com coer ncia ousam sonhar e lutar por um mundo mais justo e feliz AGRADECIMENTOS minha fam lia pelo apoio amor e confian a em todos os momentos Agrade o aos meus irm os Maria Carolina e Jos Antonio os melhores amigos e companheiros que algu m pode ter na vida Agrade o aos meus pais s bios conselheiros que me ajudam a olhar a vida com mais coragem curiosidade e alegria s tias Gilka e Angelin
163. ticas Agr colas e Desenvolvimento Rural e atuo no Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias Atua o em espa os volunt rios relacionados ao tema alimenta o e nutri o Conselho de Alimenta o Escolar Estadual representando a Associa o de Nutri o do Estado do Rio de Janeiro ANERJ em a es da Secretaria Municipal de Sa de N cleo Colaborador Alimenta o e Nutri o Escolar NUCANE UERJ Educa o Alimentar e Nutricional Compromisso com Pol ticas P blicas de Alimenta o e Nutri o atrav s de a es educacionais que abordem temas relacionados Nutricionista 02 Formada em Nutri o h 30 anos e trabalha no munic pio h 24 anos concursada e n o mora em Duque de Caxias Trajet ria no munic pio Hospital Municipal Duque de Caxias Nutri o Cl nica Secretaria Municipal de Sa de Incentivo ao Combate s Car ncias Nutricionais ICCN Programa Bolsa Alimenta o Mutir o Programa PADAI Hospital Infantil Nutri o Cl nica posto de Sa de Ala de Cunha Ambulat rio de nutri o e Secretaria Municipal de Sa de Avalia o Nutricional nos Centro Creche de Atendimento Inf ncia Caxiense CCAICs Quanto a atua o em Conselhos representando o governo n o atua Atua o em espa os volunt rios relacionados ao tema alimenta o e nutri o n o atua Educa o Alimentar e Nutricional Consci ncia da a o dos alimen
164. transforma es necess rias exigem tempo dedica o e preparo muito maiores do que o que cabe dentro de uma pesquisa por mais bem intencionada que esta seja Esta pesquisa percorreu todo o itiner rio hier rquico das secretarias municipais de Educa o e Sa de com cuidado pretendendo obter autoriza o mas tamb m a empatia dos atores com o projeto De forma geral organizam se as pol ticas p blicas mais em torno da burocracia do que em conson ncia com as demandas da popula o e a capacidade t cnica operacional local Assim num contexto em que h alguma forma de resist ncia a esta burocratiza o por parte dos 246 profissionais na ponta seguir esta hierarquia pode acarretar desconfian a preciso tempo qualificado para uma pesquisa participante A viv ncia aponta potenciais para utiliza o da Pesquisa Participante na efetiva o de processos coerente no mbito de projetos educativos de sa de alimenta o e nutri o contudo pode se recomendar fortemente que seu desenvolvimento se realize no mbito de projetos de extens o Isto contribui para questionar o papel da universidade junto aos servi os p blicos permite maior tempo no territ rio e proporciona a possibilidade ampliada e qualificada de trabalho em equipe inrterdisciplinar Neste estar em campo saber o momento de falar de perguntar de posicionar se diante de um dado preliminar e ao mesmo tempo como ouvinte atento em situa o de pes
165. transforma o coletiva dos fatores determinantes de sa de e o bem estar no qual os profissionais da sa de e todos os membros da comunidade escolar podem e devem converter se em atores ativos IPPOLITO SHEPHERD 2006 p 9 tamb m entre as d cadas de 1980 e 1990 que a Promo o da Sa de desponta como op o te rico metodol gica para o estabelecimento de pol ticas p blicas de sa de A Carta de Ottawa 1986 documento essencial para compreender o contexto de desenvolvimento da Promo o de Sa de que segundo Buss 2000 estrat gia importante capaz de enfrentar m ltiplos problemas de sa de que afetam popula o Nesta l gica s o muitos os espa os e atores que podem e devem ser acionados para estrat gias de promo o da sa de dentre eles a escola tem sido fortemente destacada Por este ponto de vista a escola deixa de ser entendida como local de propaga o de normas para ser apresentada como cen rio de car ter formal em que poss vel gerar autonomia participa o cr tica e criatividade para a promo o da sa de que deve no mbito escolar partir da vis o integral multidisciplinar do ser humano considerando as pessoas em seu contexto familiar comunit rio e social SANTOS BOGUS 2007 p 124 Neste sentido a op o por efetivar as estrat gias de promo o da sa de nas escolas significa eleger uma proposta de a o participativa que se desenvolve nas escolas envolvendo a com
166. unicamente pela l gica interna das disciplinas passando a serem configuradas a partir de temas problemas sociais relevantes cuja complexidade n o abarc vel pelo vi s unicamente disciplinar AULER 2007 p 2 Nesse exerc cio de repensar os curr culos as contribui es de Paulo Freire s o resgatadas ou ressaltadas em diversos trabalhos por exemplo AULER 2007 SANTOS 2008 Freire traz a cultura para o centro do debate e afirma a dialogicidade como pr tica essencial educa o presente desde a defini o do conte do program tico que n o se d por imposi o ou dep sito mas como devolu o organizada sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada FREIRE 2005 p 97 Deve se atentar para a rela o cultura e poder presente nos debates sobre curr culos que s o resultado da sele o de conte dos pertinentes determinada sociedade Canen e Moreira 2001 destacam a import ncia de identificar as vozes que s o silenciadas e as que se imp e indicando que est an lise seja a partir das formas de organiza o da sociedade e dos mecanismos de poder CANEN MOREIRA 2001 Outra quest o marcante em rela o aos temas a prioriza o dos chamados temas sociais SANTOS SCHNETZLER 1998 AULER 2007 Segundo os autores os temas sociais contribuiram para a contextualiza o do conhecimento para influenciar o debate multidisciplinar e para prep
167. urbana mesmo n o tinha comentado nada com eles e eles ficaram interessados eu acho que tinha tudo a ver 20 Prof Assim como a avalia o realizada pelas profissionais da equipe diretiva para os professores a experi ncia foi positiva Destacaram a oportunidade para que os 233 alunos colocassem a m o na massa Este destaque dado considerando o aspecto do l dico e do sair da rotina mas sobretudo a oportunidade de que os alunos tenham papel ativo como agentes como protagonistas eu acho que a proposta foi tima deles fazerem principalmente a oficina de culin ria que eles colocarem a m o na massa isso para eles timo eles sentem falta dessas coisas diferente n o ficar s l sentados na sala de aula ouvindo o professor falar n 13 Prof envolvimento dos alunos nas oficinas eles t m vontade de fazer coisas diferentes no cotidiano eles se inserem nisso pelas atua es discuss o e enfim colocar a m o na massa para fazer as coisas isso envolveu verdadeira os alunos dava para se ver que eles estavam realmente participando Ent o achei a proposta interessante dos alunos constru rem esse Se colocar no papel de agente 21 Prof a quest o de coloc los para agir sempre falo para eles serem protagonista eles s o muito personagens secund rios em tudo na vida deles eles est o aqui a passeio Ent o coloc los como pessoas que s o capazes de cozinhar eles
168. vazio do que o de costume 202 alimenta o escolar Parece haver uma dificuldade em manter uma rotina tanto no que se refere produzir refei es saborosas e saud veis quanto frequ ncia dos estudantes no refeit rio Algumas pessoas n o comem na escola porque t m nojo e outras n o gostam da comida da escola A maioria come na escola s vezes s vezes est boa s vezes est gelada s vezes tamb m est sem sal Os debates expressam uma concord ncia com os relatos de professores sobre a monotonia do card pio Por outro lado estas observa es coincidem com a afirma o de Bezerra 2009 de que os alunos buscam na merenda da escola a novidade o que diferente do que tem em casa Surgiram muitas falas sugerindo a inclus o do diferente Tinha que ter uma coisa diferente sempre a mesma coisa Sei l Alguma coisa diferente mudar Da mesma forma percebe se a valoriza o do card pio dos dias de festa O dia que todo mundo come mesmo e faz fila at a porta o dia do natal O bolo de chocolate servido no dia das crian as apareceu em diversos relatos z A quest o dos utens lios e principalmente dos talheres uma forte reivindica o Na circula o no recreio chamou aten o a forma de apresenta o da alimenta o A express o comer com os olhos diz bastante sobre o quanto a apar ncia e da forma de servir os alimentos interfere no consumo e aceitabilidade Um dos alun
169. vel e mesmo com aspectos internacionais como por exemplo alimenta o escolar e pr tica de atividade f sica em outros pa ses foram utilizados para fazer a rela o entre o micro local e o macro global Para Freire 2005 a codifica o deve funcionar como leque tem tico para que na medida em que os sujeitos participem de sua descodifica o abram novos temas O desenvolvimento de um novo conhecimento se d pela descodifica o na medida em que exista a percep o da percep o anterior e o conhecimento do conhecimento anterior FREIRE 2005 p 127 No processo de descodifica o cabe ao investigador n o apenas ouvir os indiv duos mas desafi los cada vez mais problematizando de um lado a situa o existencial codificada e de outro as pr prias respostas que v o dando aqueles no decorrer do di logo FREIRE 2005 p 131 Esta quarta atividade foi realizada na quadra da escola Sentados em c rculo em torno do lbum foram sendo apresentadas as p ginas uma a uma Partiu se de uma problematiza o inicial sobre o que seria uma alimenta o saud vel e como avaliavam a alimenta o dos alunos do s timo ano Em seguida passou se aos 196 conceitos b sicos e ao debate dos dados finalizando se o c rculo com o convite aos alunos interessados em atuar como pesquisadores na escola aprofundando o debate sobre alimenta o escolar Isto porque os dados das Atividades 01 02 e 03 j
170. vel micro e tamb m macro Isto quer dizer que ser necess rio compreender em que realidade as estrat gia e pol ticas p blicas de sa de escolar est o sendo engendradas ou seja o quanto um contexto democr tico participativo popular ou seus contr rios Os limites e as possibilidades de vivenciar efetivamente o conceito ampliado de sa de tamb m est o relacionados ao contexto Dentre as diferentes experi ncias apresentadas nos artigos chama a aten o o n mero reduzido de a es de promo o de pr ticas contextualizadas Identificou se artigos que trabalharam quest es te ricas relevantes e sugest es poss veis relacionadas ao aprimoramento das a es de sa de escolar nesta dire o 59 Experi ncias como as descritas por exemplo por Hern ndez 2007 Diz e colaboradores 2007 Beserra e colaboradores 2006 e Rabello e Anderson 2011 tamb m apresentam possibilidades e desafios Sobretudo os debates e relatos que utilizaram o referencial das EPS guardam caracter sticas de valoriza o da contextualiza o da participa o e do apoderamento Neste sentido sinalizam propostas vi veis e promissoras para o desenvolvimento de praticas promotoras de sa de na escola Dutta Bergman 2004 contribui com o debate ao ressaltar que nas ltimas d cadas tem sido reconhecida a centralidade da cultura e a import ncia de abordagens contextualizadas no que se refere s iniciativas de comunica o em sa de sobretud
171. vezes aumentam estes temores Temores de consci ncia oprimida FREIRE 2005 p 100 Os momentos n o s o estanques ou rigidamente separados s o apenas orientadores do processo As atividades de EAN propostas nesta pesquisa utilizaram estes tr s momentos como eixo orientador interno a Conhecendo h bitos alimentares e de atividade f sica dos alunos de s timo ano Levando em conta as preocupa es apresentadas pelas professoras de ci ncias e educa o f sica nas entrevistas as anota es em di rio de campo e o referencial te rico de pesquisa foram propostas tr s atividades no intuito de realizar problematiza es iniciais e levantar temas significativos e falas significativas As tr s atividades foram apresentadas s professoras que avaliaram a coer ncia e pertin ncia das propostas contribuindo para a organiza o das atividades com as turmas Quadro 7 Atividades de levantamento de temas significativos com alunos de S timo nas aulas de Ci ncias e de Educa o F sica o Elementos Tema Objetivo Snvolvidos Registrar falas dos estudantes que estejam relacionadas H bitos alimentares e Atividade 1 Conhecendo alimenta o e atividade f sica de atividade f sica C rculo d os h bitos para posterior identifica o de consumo e prefer ncia Cultura alimentares falas significativas e temas alimentar dos geradores para a constru o de conhecimentos pr vios estudantes con
172. viagem de retorno N o uma arqueologia A cultura uma produ o Tem sua mat ria prima seus recursos seu trabalho produtivo Depende de um conhecimento da tradi o enquanto o mesmo em muta o e de um conjunto efetivo de genealogias Mas o que esse desvio atrav s de seus passadosTaz SA interpreta o concep o de di spora remete hist ria moderna do povo judeu cujo destino no Holocausto um dos poucos epis dios hist rico mundiais compar veis em barb rie com a escravid o moderna bem conhecido Mais significativo entretanto para os caribenhos a vers o da hist ria do Velho Testamento L encontramos o an logo crucial para a nossa hist ria do povo escolhido violentamente levado escravid o no Egito de seu sofrimento nas m os da Babil nia da lideran a de Mois s seguida pelo Grande Exodo o movimento do Povo de Jah que os livros do cativeiro e do retorno Terra Prometida HALL 2008 p 28 89 nos capacitar atrav s da cultura a nos produzir a n s mesmos de novo como novos tipos de sujeitos Portanto n o uma quest o do que as tradi es fazem de n s mas daquilo que n s fazemos das nossas tradi es Paradoxalmente nossas identidades culturais em qualquer forma acabada est o nossa frente Estamos sempre em processo de forma o cultural A cultura n o uma quest o de ontologia de ser mas de se tornar
173. 16 FARIAS F P Clientelismo e Democracia Capitalista Elementos para uma Abordagem Alternativa Revista de Sociologia e Pol tica n 15 p 49 65 2000 270 FBSSAN A terceiriza o da comida Le Monde Diplomatique Brasil p 22 23 2009 FEIJ R B SUKSTER E B FRIEDRICH L FIALHO L DZIEKANIAK K S CHRISTINI D W MACHADO L R GOMES K V CARDOSO IH Estudo de h bitos alimentares em uma amostra de estudantes secundaristas de Porto Alegre Pediatria v 19 n 4 p 257 262 1997 FERREIRA R C VOSGERAU D S R MOYS S S J MOYS S S T Diplomas Normativos do Programa Sa de na Escola an lise de conte do associada ferramenta ATLAS TI Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 17 n 12 p 3385 3398 2012 FERREIRA V A MAGALH ES R Nutri o e promo o da sa de perspectivas atuais Cadernos de Sa de P blica v 23 n 7 p 1674 1681 2007 FIGUEIREDO T A M MACHADO V L T ABREU M M S A sa de na escola um breve resgate hist rico Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 15 n 2 p 397 402 2010 FISBERG R M SLATER B MARCHIONI D M L MARTINI L A Inqu ritos alimentares m todos e bases cient ficos Barueri SP Manole 2005 FISCHLER A MacDonaldiza o dos consumos In FLANDRIN JL MONTARI M Hist ria da alimenta o S o Paulo Esta o Liberdade p 841 862 1998 FRANCO TB MERHY EE A produ o imagin ria da demanda e o processo de trabalho em sa de In
174. 1a p 9 A implanta o do Programa se d por ades o dos munic pios que tenham a ESF em funcionamento atrav s de envio ao Minist rio da Sa de de Manifesta o de Interesse de Ades o ao PSE nomea o de Grupo de Trabalho Intersetorial GTI e elabora o de Projeto BRASIL 2007 A partir de 2011 o repasse de verbas passa a ser condicionado assinatura de Termo de Compromisso e pela comprova o de cumprimento de metas realizadas atrav s do SIMEC A partir do exerc cio de 2011 portanto a transfer ncia de recurso financeiro e material do PSE para os munic pios credenciados ao Programa Sa de na Escola est condicionada assinatura pelos secret rios municipais de Sa de e Educa o do instrumento de contratualiza o o Termo de Compromisso O Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal GTI M deve fazer a gest o do PSE e responsabilizar se pelo preenchimento desse Termo de Compromisso definindo intersetorialmente as metas de cobertura das a es os gestores se comprometem com um conjunto de metas anuais de cobertura de educandos beneficiados pelas a es do PSE Os munic pios ter o 12 meses ap s assinatura do Termo para o cumprimento das metas pactuadas BRASIL 2011a p 7 68 Existem recursos espec ficos para o PSE Estes recursos eram transferidos em parcela nica ao munic pio conforme Portaria n 1 861 2008 A partir de 2011 o munic pio que aderiu ao PSE passou a receber inicialmente 70 do va
175. 27 55 2005 HOLLIDAY O J Para sistematiza experi ncias Bras lia MMA 128p 2006a Sistematiza o das experi ncias algumas aprecia es In BRAND O CR STRECK DR Orgs Pesquisa participante a partilha do saber Aparecida SP Ideias Et Letras p 227 244 2006b INOJOSA RM Junqueira L A P O setor sa de e o desafio da intersetorialidade Cadernos FUNDAP v 21 p 156 164 1997 272 INSTITUTO BRASILEIRO DE AN LISES SOCIAIS E ECON MICAS IBASE Repercuss es do Programa Bolsa Fam lia na seguran a alimentar e nutricional relat rio s ntese Rio de Janeiro IBASE 2008 Di logos sobre o Direito Humano Alimenta o no Brasil relat rio final Rio de Janeiro IBASE 2009 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA IBGE Pesquisa Nacional de Sa de Escolar Rio de Janeiro IBGE 2009 INSTITUTO CIDADANIA Projeto Fome Zero Uma proposta de pol tica de seguran a alimentar para o Brasil S o Paulo Instituto Cidadania Funda o Djalma Guimar es 2001 IPPOLITO SHEPHERD J Escolas Promotoras de Sa de Fortalecimento da Iniciativa Regional Estrat gias e linhas de a o 2003 2012 Washington DC OPAS 2006 JHA S S Empowering people for health Promotion amp Education p 21 27 1998 KORNBLIT A L DIZ A M M DI LEO P F CAMAROTTI A C Entre lateor a y lapr ctica algunas reflexiones en torno al sujetoenel campo de La promoci n de lasalud Revista argentina de sociologia v 5 n 8
176. 5 de novembro de Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Estabelece crit rios para ades o ao Programa Sa de na Escola PSE para o ano de 2010 e divulga a lista de 2010 Munic pios aptos para Manifesta o de Interesse Portaria Estabelece o Termo de Compromisso Interministerial n 1 910 de 08 de agosto de 2011 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Municipal como instrumento para o recebimento de recursos financeiros do Programa Sa de na Escola PSE Portaria Interministerial n 1 911 de 08 de agosto de 2011 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Altera a Portaria Interministerial n 3 696 MEC MS de 25 de novembro de 2010 que estabelece crit rios para transfer ncia de recursos aos Munic pios credenciados ao Programa Sa de na Escola PSE e define lista de Munic pios aptos a assinarem Termo de Compromisso Municipal Portaria n 3 014 de 20 de dezembro de 2011 Minist rio da Sa de Habilita Munic pios e o Distrito Federal para o recebimento do repasse de recursos financeiros relativos ao Programa Sa de na Escola PSE Portaria n 524 de 26 de mar o de 2012 Minist rio da Sa de Habilita Munic pios ao recebimento do repasse de recursos financeiros relativos ao Programa Sa de na Escola PSE 63 Examinando em conjunto os dois grupos de publica es poss vel perceber que a hist ria recente das iniciativas
177. 53 Wong Un 2002 apresenta a educa o popular em sa de como um lugar cultural que remete de forma imediata a duas ordens de a o social 1 a a o pol tica imediata de trabalhar junto com as classes populares de constru o de projetos pol ticos libertadores e 2 a novidade metodol gica da utiliza o de formas l dicas e dial gicas e sobretudo a refer ncia em Paulo Freire Em sua tese Wong Un 2002 ressalta na EP amp S a import ncia do encontro para uma postura de encontro da pr tica cotidiana e da mudan a de rela o entre profissionais e popula o Constata que as a es de EP amp S transcendem o espa o institucional dos servi os de sa de e destaca como grande novidade desta abordagem o seu ponto de partida problematizar a subjetividade do educador WONG UN 2002 16 Uma grande parte das pr ticas de educa o popular nos servi os de sa de est o hoje voltadas para superar o fosso cultural existentes entre a institui o e a popula o em que um lado n o compreende a l gica e as atitudes do outro Nessas experi ncias isso feito com base em uma perspectiva de compromisso com os interesses pol ticos das classes populares mas reconhecendo lhe cada vez mais a diversidade e a heterogeneidade VASCONCELOS 2001a p 29 75 Stotz et al 2005 destacam que a abordagem da EP amp S tem despertado interesse de uma parcela de profissionais de sa de interessada na busca de novos caminhos
178. 6 80 Popula o descart vel entre duas possibilidades degradantes subjugar se a informalidade que refor a o desumano a loucura e a morte catadores de lixo moradores de rua que sobrevivem com uma alimenta o prec ria sofrem de enfermidades cr nicas moram em buracos pouco iluminados e sem gua ou sujeitam se ao exterm nio luz do dia ou na frieza da noite empoeirada SILVA R M L 2008 p 42 A educa o como teoria cr tica da sociedade n o pode se furtar destas quest es se pretende de fato tornar o futuro gr vido de projetos de emancipa o a partir da negatividade que nos aproximamos do real SILVA 2008 R M L p 43 Foi justamente a partir de uma negatividade que Paulo Freire iniciou suas reflex es Ao sintetizar num texto suas id ias acerca do que aproximaria e distanciaria a teoria cr tica de Freire Casali 2008 afirma que o caminho para a constitui o das id ias e teoriza es de Freire tem como ponto de partida um contexto de nega o do direito vida do cotidiano da pobreza do nordeste brasileiro Freire empreende um processo educativo cultural e pol tico para que o educando aquele que foi exclu do e que por isso n o teve condi es de reconhecer o valor da pr pria vida torne se sujeito de sua pr pria pr tica do seu pr prio reconhecimento reconhecendo se pelo olhar dos outros que na comunidade de oprimidos como ele puseram se a caminho de superar sua condi o de
179. 6 115 2007 ANDRADE G R B Apoio Social e Redes Conectando Solidariedade e Sa de Revista Ci ncia amp Sa de Coletiva v 7 n 4 p 925 934 2002 ANGOTTI J A P AUTH M A Ci ncia e Tecnologia implica es sociais e o papel da educa o Ci ncia amp Educa o v 7 n 1 p 15 27 2001 ARAKI E L PHILIPPI S T MARTINEZ M F ESTIMA C C LEAL G V ALVARENGA M S Padr o de refei es realizadas por adolescentes que frequentam escolas t cnicas de S o Paulo Revista Paulista de Pediatria v 2 n 29 p 164 70 2011 AROUCA A S S O dilema preventivista contribui es para a compreens o cr tica da medicina preventiva Tese de Doutorado em Medicina Social Faculdade de Ci ncias M dicas da Universidade Estadual de Campinas Campinas SP 1975 ASSIS M Promo o da sa de e envelhecimento avalia o de uma experi ncia no ambulat rio do N cleo de Aten o ao Idoso da UnATI UERJ Tese de doutorado Escola Nacional de Sa de P blica FIOCRUZ Rio de Janeiro 2004 ASSOCIA O BRASILEIRA DE DIREITO HUMANOS ABRANDH Direito humano alimenta o adequada no contexto da seguran a alimentar e nutricional Bras lia DF ABRANDH 2010 AULER D Enfoque da Ci ncia Tecnologia Sociedade pressupostos para o contexto brasileiro Ci ncia amp Ensino v 1 n mero especial 2007 BARBOSA L Feij o com arroz e arroz com feij o o Brasil no prato dos brasileiros Horizonte Antropol gico v 13 n 2
180. 75 O GTI L deve ser visto como espa o produtor de conhecimento com potencial para gerar e gerir a es inovadoras e ticas de educa o e sa de Contudo h que se admitir que diferentes concep es sobre educa o e sa de podem coexistir e que por isto torna se importante existir oportunidade para explicitar e sintetizar estas concep es na busca de consensos necess rio investir em momentos para integra o entre profissionais das eSF professores e equipes da escola H uma ineg vel dimens o pedag gica relacionada ao Programa contudo n o h espa o tempo reservado a este trabalho de constru o que n o s execu o mas tamb m pesquisa e an lise da conjuntura do territ rio e do pr prio processo de trabalho Os profissionais envolvidos nas a es educativas reconhecem a import ncia de estar com os grupos populares e tendem a valorizar o discurso popular neste caso dos estudantes A fala de uma profissional da eSF na avalia o das a es de 2012 demonstra isto a gente tem muito retorno das crian as e adolescentes Jeles t m muitas coisas para falar muitas experi ncias assim do cotidiano da escola e de casa assim da comunidade para passar 5 eSF Contudo mais forte ainda a influ ncia de uma vis o de promo o da sa de centrada nas mudan as individuais de comportamento e estilo de vida impl cita no discurso cient fico contempor neo VASCONCELOS 2001 p 75 A r
181. 8 p 87 116 2007 BARBOSA L Sociedade de Consumo 3 ed Rio de Janeiro Zahar 2010 p 68 BARBOSA L CAMPBELL C Cultura consumo e identidade Rio de Janeiro Editora FGV 2006 BARONE L G O Processo de Constru o da Articula o Nacional de Movimentos e Pr ticas de Educa o Popular em Sa de no Rio de Janeiro Disserta o de Mestrado Escola Nacional de Sa de P blica FIOCRUZ Rio de Janeiro 2006 p 204 BARRETO M L CARMO E H Padr es de adoecimento e de morte da popula o brasileira os renovados desafios para o Sistema Unico de Sa de Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 12 Sup p 1779 1790 2007 BARRETO V Paulo Freire o mundo da escola e o mundo do trabalho In SILVA O pensamento de Paulo Freire como matriz integradora de pr ticas educativas no meio popular Ciclo de semin rios S o Paulo Instituto Polis p 2008 264 BARROS M E B Seria poss vel uma pr tica de cuidado n o reflexiva O cuidado como atividade In ROSENI P MATTOS RA orgs Raz es para a integralidade em sa de o cuidado como valor Rio de Janeiro IMS UERJ CEPESC ABRASCO p 113 126 2007 BAUMAN Z Amor L quido sobre a fragilidade dos la os humanos Rio de Janeiro Jorge Zahar 2004 BAUMAN Z Modernidade L quida sobre a fragilidade das rela es humanas Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 2001 BESERRA E P ARAUJO M F M BARROSO M G T Promo o da sa de em doen as transmiss veis uma
182. A DE ESCOLAR QUE CAMINHOS NA AM RICA LATINA N o de hoje que se reconhece o v nculo entre sa de e a educa o Sob o argumento desta ntima liga o entre as duas reas existe ao menos um consenso bons n veis de educa o est o relacionados a uma popula o mais saud vel assim como uma popula o saud vel tem maiores possibilidades de apoderar se de conhecimentos da educa o formal e informal Dependendo do local de onde se fala e de quais tintas s o usadas encontram se os mais diferentes discursos e cen rios ou dito de outra forma sob aquele argumento cabem as mais diversas abordagens ao tema 44 A escola tem representado um importante local para o encontro entre sa de e educa o abrigando amplas possibilidades de iniciativas tais como a es de diagn stico cl nico e ou social estrat gias de triagem e ou encaminhamento aos servi os de sa de especializados ou de aten o b sica atividades de educa o em sa de e promo o da sa de Estas iniciativas t m sido identificadas sob o termo sa de escolar utilizado para designar a es que objetivam proporcionar condi es adequadas realiza o do processo educacional que requer condi es m nimas de sa de GOMES HORTA 2010 p 487 Enquanto termo descritor em Ci ncias da Sa de s o caracterizadas como aquelas voltadas para a comunidade escolar para concretiza o das propostas de promo o da sa de desenvolvendo a e
183. AP NDICE 8 198 mas at o momento de realiza o desta pesquisa os resultados ainda n o estavam dispon veis Dos 101 estudantes matriculados nas turmas de 7 ano 80 responderam aos question rios N o houve recusa em responder aos question rios Os 21 estudantes que n o responderam foram os que n o estavam em aula no momento do preenchimento Os dados coletados foram analisados no programa estat stico Statistical Package of Social Sciences SPSS Os estudantes foram muito participativos nas tr s atividades propostas Esta aten o dos estudantes s atividades deve se em grande medida postura respeitosa e ativa das professoras A principal dificuldade para o grupo de pesquisadoras foi administrar as falas dos estudantes que em muitos momentos falam ao mesmo tempo ou tornam se dispersos por brincadeiras e anedotas Este aspecto pode ser considerado bastante t pico da idade e de certa forma previsto pela equipe de pesquisa Outra dificuldade foi lidar com algumas formas de tratamento e brincadeiras agressivas entre os alunos e entre grupos Nestes momentos as atividades sofriam uma pausa Contudo a postura dos estudantes com o grupo de pesquisa foi em todos os momentos extremamente respeitosa e receptiva No decorrer das atividades os estudantes foram incorporando o fato de que aquelas atividades faziam parte de um processo de pesquisa e tornaram se mais curiosos e cr ticos com rela o s formas de divulga o
184. Alimenta o e Nutri o Bras lia Minist rio da Sa de 1999 MINIST RIO DA SA DE MS Secretaria de Pol ticas de Sa de projeto Promo o da Sa de Promo o da Sa de Declara o de Alma Ata Bras lia Minist rio da Sa de 2001 265 MINIST RIO DA SA DE MS Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Coordena o Geral da Pol tica de Alimenta o e nutri o Guia alimentar para a popula o brasileira promovendo a alimenta o saud vel Bras lia Minist rio da Sa de 2006a Portaria interministerial n 1 010 de 8 de maio de 2006 Institui as diretrizes para a Promo o da Alimenta o Saud vel nas Escolas de educa o infantil fundamental e n vel m dio das redes p blicas e privadas em mbito nacional Di rio Oficial da Uni o 2006b lei Org nica de Seguran a Alimentar e Nutricional Lei n 11 346 de 15 de setembro de 2006 Cria o Sistema Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar o direito humano alimenta o adequada Di rio Oficial da Uni o 2006c MINIST RIO DA SA DE MS Escolas promotoras de sa de experi ncias do Brasil Minist rio da Sa de Organiza o Pan Americana da Sa de Bras lia Minist rio da Sa de 2006d Decreto presidencial n 6 286 de 5 de dezembro de 2007 Institui o Programa Sa de na Escola PSE e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o 2007 MINIST R
185. Avaliam a efic cia de estrat gia educativa de combate obesidade Colombia Foram publicados 04 artigos entre 2002 e 2010 Apresentam experi ncias colombianas em promo o da sa de na escola denominadas neste pa s como Estrategia Escuelas Saludables A partir das descri es avaliam estrat gias de implementa o e discutem intersetorialidade Em um dos artigos descreve e avalia estrat gia de educa o nutricional Foram publicados 02 dois artigos em 2004 e 2007 O primeiro artigo Cuba descreve e avalia interven o nacional de suplementa o de vitamina A para escolares em regime de internato O segundo trata da descri o e reflex o acerca da proposta cubana de promo o da sa de na escola O artigo publicado em 2012 descreve um programa de controle e preven o de dengue em que professores e estudantes passam por processo de forma o para realizarem junto com acad micos e profissionais de sa de Argentina Brasil Chile Honduras visitas domiciliares E uma iniciativa da universidade com organiza es da sociedade civil que buscou apoio governamental A dificuldade de envolvimento do governo destacado como principal limite O artigo publicado em 2009 apresenta a avalia o de experi ncia de Per promo o da sa de em duas escolas peruanas Localiza tal experi ncia dentro das estrat gias de promo o da sa de desenvolvidas pelo Minist rio da Sa de desde 2002 O artigo publ
186. BLIT et al 2007 Ainda h muito que se caminhar para que a mudan a de foco da sa de escolar ocorra efetivamente contudo h uma produ o acad mica e t cnica consistente que aponta possibilidades Como apresentam Santos e B gus 2007 numa mesma escola podem coexistir por um lado percep es e vis es higienistas e de isolamento da institui o em rela o a outros equipamentos p blicos do territ rio e por outro pr ticas e atitudes relacionadas a uma vis o ampliada de sa de considerando aspectos s cio hist ricos c Alguns desafios promo o da sa de na escola Nos artigos que apresentam revis es e relatos de experi ncias pautados nos referenciais de EPS h uma preocupa o em enfatizar a participa o ampla profissionais pais estudantes e comunidades nas diversas etapas dos projetos e a es H no entanto um debate ainda em constru o que se refere defini o de pap is e responsabilidades no planejamento e execu o de programas de sa de escolar Este desafio remete a tr s conceitos que podem e devem ser aprimorados e problematizados na perspectiva de atua o em sa de escolar s o eles intersetorialidade interdisciplinaridade e participa o Esta constata o n o uma novidade em termos de pol ticas de promo o da sa de Sobre o desafio da inteserorialidade Buss 2000 alerta para a necessidade de cuidar para que a proposi o de pol ticas p blicas saud veis n o determine con
187. CA MARQUES 2010 p 754 ou como a aplica o de um conjunto das ci ncias na manuten o do bem estar mito de uma unidade do conhecimento em prol do bem viver AROUCA 52 1975 p 71 teve grande express o nos s culos XIX e XX e foi apresentada como a solu o para problemas n o resolvidos pela medicina da poca Alinhou se s concep es e ideologias liberais justificando a exist ncias de patologias pelos comportamentos individuais e diminuindo desta forma a import ncia dos aspectos sociais AROUCA 1975 E como isto se relaciona escola Seguindo o ide rio positivista do final do s culo XIX a higiene e a educa o adentraram ao s culo XX consolidadas em seu papel difusor do esp rito cient fico imprescind vel regenera o social mesmo que em v rios momentos o social ficasse margem das discuss es e as formas ditas higienizadas de viver propostas fossem pouco acess veis s popula es pobres LAROCCA MARQUES 2010 p 764 O ide rio higienista encontrava sintonia com o discurso ideol gico corrente que colocava a escola como institui o respons vel por modelar certo tipo de cidad o exigido pelos novos tempos e contribuir assim para supera o do atraso dos pa ses subdesenvolvidos Pautada na hip tese de que a doen a surgia e se mantinha em decorr ncia da ignor ncia a solu o seria ent o a prescri o de normas e regras A escola foi l cus privilegiado dessas prescri
188. CCAIC unidades escolares especializadas no atendimento s crian as desnutridas captadas por estes volunt rios A cria o dos CCAIC aumentou a proximidade da ATAN SMS com a sociedade civil mas tamb m entre a Secretaria Municipal de Sa de SMS e Secretaria Municipal de Educa o SME o que possibilitou a realiza o de diversas parcerias inclusive para EAN nas escolas e creches Neste per odo grande parte das iniciativas educativas foi realizada com volunt rios e fam lias acompanhadas pelo Mutir o nos CCAIC nas unidades de sa de e nas comunidades A experi ncia junto ao Mutir o foi vivenciada de forma intensa com a constru o de um sentido de pertencimento que ultrapassava a atua o exclusivamente t cnica Sobre o processo de constru o do projeto CCAIC uma nutricionista explica N s que eu digo o Mutir o O Mutir o era formado pelo representante da diocese que era Dom Mauro as par quias e quem era respons vel da Sa de era eu enquanto representante da Secretaria de Sa de no Mutir o N s escrevemos o projeto a comunidade escreveu a parte social eu escrevi a parte t cnica NUT D Da fala anterior extrai se ainda a possibilidade de experimenta o da constru o compartilhada do conhecimento CARVALHO et al 2001 dimens o caracter stica das experi ncias desenvolvidas sob os pressupostos da Educa o Popular amp Sa de e que se refere ao desenvolvimento de novos saberes a partir
189. Com as experi ncias de profissionais de sa de atuando sob a perspectiva da educa o popular neste per odo foram reunidos afirmam Stotz et al 2005 muitos elementos que integraram o ide rio da Reforma Sanit ria contudo nem todos foram incorporados na emblem tica VIII Conferencia Nacional de Sa de ocorrida em 1986 O modelo biom dico principal respons vel pela separa o cultural entre os 73 servi os de sa de e a popula o continuou a ser o referencial para o modelo de aten o Destacam ainda que a Reforma Sanit ria brasileira n o foi organizada pelas classes populares mas em seu nome A op o dos articuladores foi ocupar espa os p blicos mas separaram se do movimento popular num contexto de submiss o a acordos pol ticos e de uma democratiza o pactuada pelo alto STOTZ et al 2005 Mantendo se o modelo de aten o pautado pelo modelo biom dico mat m se tamb m metas e organiza es de servi os pautadas na divulga o de prescri es de h bitos e condutas a serem assumidos pelos indiv duos para o controle de doen as O que est em jogo n o apenas garantir estrutura e espa os para atividades educativas o que j em si um desafio nos servi os mas mais do que isto compreender que N o se trata de contrapor o desenvolvimento de a es individuais s coletivas mesmo as pr ticas de educa o que juntam pessoas acabam por reproduzir modelos prescritivos de educar base
190. E Professores identificados ao tema da alimenta o na escola Nutricionista supervisor de merenda respons vel de merenda e merendeiras Estudantes Pais de alunos 8 Primeiro Encontro e Apresenta o da pesquisa justificativa objetivos e metodologia e Convite e apresenta o do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Agendar encontro para coleta de dados iniciais 9 Roteiro de quest es para encontro para coleta de dados iniciais Nome Trabalha como merendeira h quanto tempo Trabalha nesta escola a quanto tempo Pensando na Vila Leopoldina e Alguma de voc s mora neste bairro Quais s o os principais desafios vivenciados na Vila Leopoldina Pensando na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es Como voc s descreveriam esta escola Como voc s descreveriam os alunos desta escola O que voc acha da alimenta o preparada e servida nesta escola Os alunos gostam da merenda Qual card pio eles mais gostam O que eles n o gostam Qual a prepara o mais dif cil ou trabalhosa Pensando no tema da alimenta o e nutri o Como e quando ele tem sido trabalhado o tema da alimenta o nesta escola O que voc s destacaria como tema importante a ser tratado em atividades de educa o alimentar e nutricional na escola Por qu Voc s participam Como Pensando no PSE na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es Voc s conhecem o PSE Conhecem os profissionais respons veis por esta escola Quais as a e
191. EAN mas n o devem restringir se aos aspectos burocr ticos de realiza o de pr ticas educativas isoladas Repensar a rela o com o refeit rio com as merendeiras com o card pio e com o tempo espa o do recreio apresenta se como desafio essencial 257 Numa sociedade em que autonomia e escolha s o aspectos extremamente valorizados importante que os estudantes tenham oportunidade de participar de forma mais ativa de todas as etapas que incluem a alimenta o na escola Soma se a tudo isto a necessidade de se problematizar padr es e normas relacionadas ao corpo alimenta o e sa de reconhecendo os impactos atuais da divulga o e prescri o midi tica de padr es e normas de consumo e de comportamento que influenciam crian as jovens e adultos em todas as partes e de todas as classes N o de hoje que existem cr ticas ao processo de constru o de estrat gias de governo pautadas em vis o program tica da sa de A es de sa de fechadas em suas caixas certezas e or amentos imp em seus ritmos e metas para o contexto local No munic pio e no territ rio tais programas precisam ser desencaixotados e implementados de forma contextualizada por profissionais muitas vezes pouco motivados diante dos desafios gigantescos de um cotidiano sobrecarregado por impasses Em tempos de reconhecimento da complexidade de tais desafios e de recomenda o de articula es intersetorias interdisciplinares e
192. ERHY 2005 ANDRADE et al 2007 Estes passam a ser obrigat rios em uma boa consulta A atua o com as escolas pertencentes ao territ rio adscrito em teoria n o deve ser novidade para profissionais inseridos nas eSF porque esta uma pr tica z prevista na ESF Tampouco novidade a proposta de mudan a da l gica da 4 Realizado nos Estados Unidos no in cio do s culo XX Desde o Relat rio Flexner temos na sele o de conte dos metodologias e formas de avalia o da hegemonia de aten o hospitalar das especialidades e do modelo curativo individual no ensino da sa de uma educa o dos profissionais de sa de marcada por uma ci ncia das doen as um corpo entendido como o territ rio onde evoluem as enfermidades e uma cl nica como o m todo experimental de restaura o de uma suposta normalidade da sa de dos rg os Essa forma o tem constru do sobremaneira para a precoce especializa o um desejo pela superespecializa o e a utiliza o excessiva de tecnologias por equipamentos de apoio diagn stico e terap utico Ceccim Carvalho 2005 p 73 125 aten o sa de que passa a incorporar aspectos de equidade humaniza o e integralidade do atendimento e que valoriza a promo o da sa de e preven o de doen as Contudo na pr tica ainda muitos profissionais resistem incorpora o destes pressupostos mesmo quando integrados ESF Com rela o escola os profissionais da
193. FICIAIS RECENTES ssa iai AS into nd SEA SNS DS E AN RS 60 EDUCA O POPULAR CULTURA E SA DE rt tasasesesereneesereseseseararasasasenens 70 3 1 EDUCA O POPULAR amp SAUDE cgi pegar pg 70 3 2 O LEGADO E A ATUALIDADE DE PAULO FREIRE 76 3 3 O CONCEITO ANTROPOL GICO DE CULTURA een 83 PESQUISA PARTICIPANTE EM EDUCA O ALIMENTAR E NUTRICIONAL 91 4 1 O REFERENCIAL METODOL GICO PESQUISA PARTICIPANTE E EDUCA O POPULAR cs NEE sand A ba a Ea 91 42 ASPECTOS TICOS sairia SS E a A a iaai 95 4 3 CAMINHO METODOLOGICO ti seas PS E E ktst enst knniaskennennnna nran renaa 95 PESQUISAR APRENDER ENSINAR SOBRE ALIMENTA O NUTRI O E SA DE 110 5 1 PROGRAMA SA DE NA ESCOLA A EXPERI NCIA DO DIAGN STICO LOCAL E OS APONTAMENTOS PARA O PLANEJAMENTO COLETIVO 110 5 1 1 Sa de Escolar em Duque de Caxias e ss esissseraasneacenenos 110 5 1 2 Estar na escola e viver o PSE n nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn nnmnnn nnmnnn 116 5 1 3 r RS Intersetorial como quest o de pesquisa e possibilidade de a o 14 5 2 ALIMENTA O NA ESCOLA DI LOGOS E DISCURSOS 155 5 2 1 Educa o Alimentar e Nutricional em Duque de Caxias sistematiza o das EXperi nciaS 2 12 020 522322020 200520 34 iSsoges sois odiias E E 155 5 2 2 A es de Educa o Alimentar e Nutricional que a es t m sido desenvolvidas nesta escola e por qu
194. I M 4 Bom com rela o as escolas do PSE a maioria delas s o atendidas pelas equipes do PSE O que que a gente tenta fazer Expandir o trabalho para as outras escolas Ent o a semana em maio O PSE fez a semana da alimenta o foi o titulo que eles deram Ent o o PSE apoiou a escolas do PSE e n s apoiamos as escolas que n o eram do PSE para que essas escolas tamb m tivessem alguma atividade a N o existe orienta o seja institucional ou normativa nem do PNAE e nem do PSE que explicitem a necessidade de articula o Contudo algumas concord ncias e coincid ncias entre os Programas provocam esta necessidade de problematizar a possibilidade desta articula o Ambos PNAE e PSE atendem a grupo semelhante e trabalham num cus comum que a escola Existem tem ticas e pressupostos comuns como a intersetorialidade das a es a abordagem de direitos dos estudantes a promo o da sa de e da qualidade de vida o envolvimento da fam lia e comunidade escolar entre outros 5 2 4 Comer na escola a percep o da equipe de sa de dos professores e outros profissionais da escola Um dos pressupostos desta pesquisa que n o poss vel na atual conjuntura brasileira discutir Educa o Alimentar e Nutricional em escolas p blicas sem estabelecer nexos com a alimenta o servida atrav s do PNAE H alguns anos vem se construindo argumentos em torno do potencial pedag gico da alimenta o escolar e do processo de implemen
195. IO DA EDUCA O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o Resolu o CD FNDE n 38 de 16 de julho de 2009 Disp e sobre o atendimento da alimenta o escolar aos alunos da educa o b sica no Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE Di rio Oficial da Uni o 2009a MINIST RIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE FOME MDS Coordena o Geral de Educa o Alimentar e Nutricional Manual t cnico para elabora o de projetos de educa o alimentar e nutricional na rede de equipamentos p blicos Bras lia DF MDS Secretaria Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional 2009b C MARA INTERMINISTERIAL DE SEGURAN A ALIMENTAR E NUTRICIONAL CAISAN Subs dios para balan o das a es governamentais de seguran a alimentar e nutricional e implanta o do sistema nacional Documento elaborado para o encontro Ill Confer ncia Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional 2 anos Bras lia 2009c MINIST RIO DA SA DE Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Sa de na escola Caderno de Aten o B sica n 24 Bras lia Minist rio da Sa de 2009d _ __ Lei n 11 947 de 16 de junho de 2009 Disp e sobre o atendimento da alimenta o escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educa o b sica altera as Leis nos 10 880 de 9 de junho de 2004 11 273 de 6 de fevereiro de 2006 11 507 de 20 de julho de 2007 revoga dispositivos da Medida Provis ria
196. Juliana Pereira Casemiro sobre a minha decis o em participar nesse estudo Ficaram claros para mim quais s o os prop sitos do estudo os procedimentos a serem realizados seus desconfortos e seus riscos as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento sem penalidades ou preju zos Al m disso estou ciente de que eu ou meu representante legal e o pesquisador respons vel por essa pesquisa deveremos rubricar todas as folhas desse Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE Data Lo Nome e Assinatura do Sujeito da Pesquisa Data _ _ Nome e Assinatura do Representante Legal no caso de menores de 18 anos Data _ _ Pesquisadora Juliana Pereira Casemiro 71 NUTES UFRJ Centro de Ci ncias da Sa de Bloco A Sala 12 Ilha do Fund o Rio de Janeiro RJ Telefone 2562 6343 7 Caso voc tenha dificuldade em entrar em contato com o pesquisador respons vel comunique o fato Comiss o de Etica em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery Hospital Escola S o Francisco de Assis CEP EEAN HESFA na Rua Afonso Cavalcante 275 Cidade Nova ou pelo telefone 2293 8148 Ramal 228 284 Ap ndice 3 ae Universidade Federal do Rio de Janeiro ES N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de A procura de u
197. Mundial da Alimenta o foi proposto um material em pouqu ssimo tempo Para isto seguiu se o tema proposto pela FAO e na capa foi colocada uma Pir mide Alimentar Este folder foi enviado s escolas junto com um of cio que falava da Semana Mundial da Alimenta o e sobre este tema A resposta das escolas foi muito positiva apenas com este est mulo Esta era uma demanda do Departamento com a realiza o de atividades nas escolas com a presen a da equipe do DESANS Secretaria de Agricultura e Secretaria de Sa de 2 3 Capacita o de Merendeiras 2006 2011 As capacita es de merendeiras s o realizadas anualmente em Duque de Caxias No ano de 2006 foi este o foco de atua o da Coordena o de Nutri o 2 O Dia Mundial da Alimenta o comemorado no dia 16 de outubro No Brasil comemora se a Semana Mundial da Alimenta o seguindo a proposta de tema da FAO 297 Escolar Foram realizadas capacita es de merendeiras de supervisores de merenda e respons veis da merenda Identificou se que as os supervisores de merenda estavam acostumados a tratar das quest es referentes a estoque e preenchimento de formul rios mas n o tinham dom nio da nutri o Foi proposta atividade de forma o para estes profissionais em parceria com o Curso T cnico de Nutri o Pretendia se desta forma garantir informa es b sicas sobre nutri o para estes supervisores de merenda Com rela o a capacita o de merendeir
198. NSECA RMGS A m e sob suspeita falando da sa de da crian a em idade escolar Revista Escola Enfermagem USP v 41 n 2 p 213 221 2007 ORGANIZACION PANAMERICANA DE LA SALUD OPS Componentes educativos de los programas para lapromocion de lasalud escolar Revista Panamericana de Salud P blica v 2 n 3 p 209 214 1997 PEDROSA J l S Cultura popular e identifica o comunit ria pr ticas populares no cotidiano sa de In MARTINS C M STAUFFER A B Org Educa o Profissional e Doc ncia em Sa de a forma o e o trabalho do agente comunit rio de sa de Rio de Janeiro EPSJV Fiocruz 2007b Educa o popular e promo o da sa de base para o desenvolvimento da escola que produz sa de Escolas Promotoras de Sa de experi ncias no Brasil Bras lia Minist rio da Sa de 2007a PEREGRINO M Uma quest o de sa de saber escolar e saber popular nas entranhas da escola In VALLA V V Org Sa de e Educa o Rio de Janeiro DP amp A p 61 85 2000 POLLAN M Introdu o nossa desordem alimentar racional In O dilema do on voro Uma hist ria natural de quatro refei es Rio de Janeiro Intr nseca p 9 19 2007 PORTRONIERE F R D S Fonseca A B C A constru o da imagem corporal entre jovens do ensino Fundamental a quest o da identidade e da diferen a e o Papel do professor Ensino Sa de e Ambiente v 5 n 3 p 44 54 2012 PROGRAMA DAS NA ES UNIDAS PARAO DESENVOLVIMENTO PN
199. Nestas entrevistas as nutricionistas falaram livremente sobre os projetos e per odos sugeridos pelo grupo para aprofundamento A partir das falas do primeiro encontro e das entrevistas individuais foi constru do um texto s ntese AP NDICE 6 utilizado como roteiro para o segundo encontro Com a autoriza o pr via das participantes os dois encontros e as duas entrevistas individuais foram gravados e transcritos Um terceiro encontro foi promovido para o refinamento das an lises e constru o de um documento s ntese do qual foram extra dos os elementos para a constru o de um artigo cient fico em co autoria com duas profissionais uma nutricionista da SME e outra da SMS b Entrevista com membros do GTI M mapeamento do Programa Sa de na Escola em Duque de Caxias 99 No processo de ades o municipal ao Programa Sa de na Escola uma das exig ncias a constitui o de um Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal GTI M com componentes das Secretarias de Educa o e Sa de podendo incluir outras parcerias No caso de Duque de Caxias os representantes da Secretaria Municipal de Sa de SMS no GTI M s o a Coordena o de Aten o B sica e a de Vigil ncia em Sa de e no caso da Secretaria Municipal de Educa o SME o Departamento de Projetos Comunit rios apoiado pela Divis o de Nutri o Escolar respons vel pela execu o do PNAE no munic pio Integram como colaboradores representantes da Secretaria Estadual d
200. Neste per odo inicial os debates sobre sa de escolar no Brasil inclu am de forma mais explicita as experi ncias no mbito do Programa Nacional de Alimenta o Escolar Num segundo momento a partir da publica o do Decreto Presidencial n 6 286 que institui o PSE inicia se um per odo de refinamento de uma estrat gia nacional com defini o de inst ncias de gest o intersetorial nas tr s esferas de governo Grupo de Trabalho Intersetorial e a defini o de regras de financiamento O Minist rio da Educa o publicou o documento Orienta es sobre o Programa Sa de na Escola para Elabora o de Projetos Locais com orienta es gest o local no qual incorpora a no o de territ rio reconhecido como espa o de materializa o das a es de produ o da vida da sa de A sa de apresentada como produ o social exigindo por isso a constru o de espa os de troca e constru o coletiva de saber Enfatiza a participa o ativa dos sujeitos na pr tica cotidiana para a forma o de cidad os cr ticos e informados com capacidade de agir em defesa da vida Registra ainda que a educa o integral e integrada como aquela que focaliza o sujeito que busca o desenvolvimento das potencialidades humanas com equil brio entre os diferentes aspectos cognitivos afetivos e sociais Por fim o momento atual reflexo de processo de avalia o e reestrutura o do PSE ocorrido a partir de 2011
201. PSE era extremamente desigual Enquanto as profissionais da escola estavam tendo o primeiro contato com o PSE as da sa de conheciam a planilha haviam participado da reuni o com o GTI M e haviam realizado atividades de Programa nos anos anteriores A antiga respons vel pelo PSE funcionaria concursada e lotada na unidade escolar contudo n o houve processo de transi o ou de partilha de experi ncia entre elas Alguns meses depois a diretora da escola em reuni o na SME foi chamada aten o porque sua escola n o havia enviado esta planilha e o consolidado de a es realizadas no per odo Muito incomodada com a situa o trocou a respons vel pelo PSE solicitando que a antiga respons vel retomasse suas fun es Esta troca n o foi feita de forma muito clara Permaneceu um grande constrangimento a partir de ent o e dificuldade ainda maior de identificar quem de fato seriam as respons veis pelo Programa na escola Este relato ilustra bastante sobre as dificuldades cotidianas para a efetiva o do PSE Por muitas vezes s o debatidos arranjos e discursos muito elaborados acerca da intersetorialidade e na experi ncia do dia a dia na rela o escola sa de os desafios s o bem mais modestos Houve dificuldade em efetivar fluxo m nimo de informa es acerca do Programa que deveria ocorrer ao menos entre os profissionais que s o as refer ncias a n vel local encontrar espa o tempo para reuni es e construir calend rio e pau
202. Pensou se em uma cartilha para veicular informa es sobre alimenta o e os Nutricionistas constru ram uma agenda de palestras em creches e escolas para os pais Curso de T cnicos em Nutri o 296 Dentre as atividades da semana destaca se uma caminhada na comunidade em que as crian as dos CCAICs entregaram no com rcio local estas cartilhas com informa es do 5 ao dia O p blico alvo desta a o era a comunidade Houve tamb m o dia do mestre cuca em que as crian as prepararam pratos especiais e a utiliza o do material da Turma da Monica Como principal dificuldade foi destacada a quest o de disponibilidade de material Para a realiza o das atividades os Nutricionistas definiram quotas para cada um imprimir em casa uma parte do material a ser utilizado Dificuldade nenhuma a gente ultrapassava pulava Participaram das atividades de professores diretores e estimuladores das creches A Semana de Nutri a o foi avaliada como experi ncia positiva e foi realizada outras vezes Posteriormente foi incorporada Semana Mundial da Alimenta o O munic pio desde ent o realiza anualmente atividades nas escolas a Semana Mundial da Alimenta o seguindo o tema proposto pela FAO Voltando a 2005 neste mesmo ano foi criado o Departamento de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel DESANS Em setembro foi realizada uma reuni o da comiss o t cnica do DESANS e com a proximidade do Dia
203. RTZ 2001 p 43 Aqui retomada a no o proposta por Silva 2005 para aprofundamento te rico que corresponde ao exerc cio de confrontar conhecimentos sistematizados selecionados com a problematiza o inicial 6 1 REFLEX ES SOBRE PESQUISA PARTICIPANTE DA EDUCA O POPULAR E CULTURA PARA PR TICAS EDUCATIVAS EM SA DE ALIMENTA O E NUTRI O 6 1 1 O aluno bem comportado vozes silenciadas n o promovem participa o Nos primeiros contatos com os estudantes saltaram aos olhos e ouvidos suas muitas vozes simult neas e ansiosas Poder se ia observar que s o caracter sticas comuns aos adolescentes e jovens No entanto citando mais uma vez Bourdieu seria uma atitude equivocada na tentativa de arbitrariamente atribuir r tulos a esta faixa et ria resumindo as juventudes Este destaque retomado a esta altura do texto com o prop sito de reafirmar que aqui se encontra uma defini o central sobre que tipo de educa o est em jogo as vozes podem ser potencializadas como importante insumo para a constru o de cidad o com mais participativos ou podem ser reprimidas Obviamente a primeira op o a de quem assume a educa o popular e as metodologias participativas Quest o de profunda relev ncia antes de discutir a escuta refletir sobre os sil ncios nem sempre t o silenciosos Foram registrados neste trabalho pelo menos dois atos silenciosos de profundo significado O primeiro o de um aluno que
204. SCURSOS 5 2 1 Educa o Alimentar e Nutricional em Duque de Caxias sistematiza o das experi ncias a Aprendendo e ensinando o contexto municipal de participa o O ponto de partida para esta sistematiza o foi o ano de 2001 o ano de lan amento do Projeto Fome Zero ainda uma constru o da sociedade civil no curso do chamado Governo Paralelo Em Duque de Caxias coincidiam o momento de estrutura o da rea T cnica de Alimenta o e Nutri o ATAN SMS e o de cria o do Mutir o de Combate Desnutri o Materno infantil Liderado pelo bispo Dom Mauro Morelli este movimento pretendia identificar o nome o rosto e o endere o das crian as desnutridas denunciando a gravidade deste problema e a necessidade de efetivar a Vigil ncia Alimentar e Nutricional Em audi ncia p blica realizada com este intuito Dom Mauro questionado sobre dados comprobat rios da desnutri o infantil e confirmando a falta destes dados convida coordena o da ATAN SMS a uma parceria para a constru o de um diagn stico nutricional coletivo Ap s mobilizarem e capacitarem mais de 800 volunt rios e avaliarem cerca de 23 000 crian as o diagn stico veio a p blico DUQUE DE CAXIAS 2012 b E a ele Dom Mauro Moreli chegou l na mesa da ju za e colocou que aquelas crian as tinham sido localizadas NUT E entre risco nutricional e desnutri o grave a gente tinha 21 Foi por isso que Dom Mauro c
205. Suspens o parcial das atividades de turnos out 2012 campo Atividades de Avalia o e Oficina de avalia o entrevistas individuais e Nov 2012 us encerramento da pesquisa avalia o com os estudantes a Sistematiza o das experi ncias de Educa o Alimentar e Nutricional em Duque de Caxias Segundo Oscar Jara Holliday experi ncias s o processos individuais e coletivos s cio hist ricos din micos e complexos n o apenas a es ou fatos pontuais As pessoas com expectativas sonhos temores esperan as ilus es id ias e intui es s o parte das experi ncias Assim sendo sistematizar experi ncia inclui a constru o da capacidade protagonista O apoio externo de um especialista tem por finalidade acompanhar e auxiliar a condu o metodol gica da sistematiza o para proporcionar subs dios de reflex o sobre algum tema que alimente a interpreta o e para elaborar produto que comunique a experi ncia sistematizada HOLLIDAY 2006 Ap s uma primeira consulta sobre grau de interesse gerado pelo tema foram convidados profissionais que estiveram envolvidos nas a es de EAN em escola desde o in cio do per odo estudado 2001 e tamb m os de inser o mais recente 98 isto para sistematizar o conjunto do processo j que a hist ria passada faz parte de sua experi ncia atual HOLLIDAY 2006 p 74 Os primeiros identificados indicaram outros e a partir desta lista foram convidados 10 dez n
206. TZ E N O Processo de Constru o Compartilhada do Conhecimento uma experi ncia de investiga o cient fica In VASCONCELOS E M A Sa de nas Palavras e nos Gestos Reflex es sobre a Educa o Popular e Sa de S o Paulo Editora Hucitec p 2001 CARVALHO M C V S LUZ M T Comer alimentar e nutrir categorias anal ticas instrumentais no campo da pesquisa cient fica Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 16 n 1 p 155 163 2011 CASALI A Paulo Freire e outras correntes do pensamento e da a o o Pensamento Complexo Teologia da Liberta o Justi a Restaurativa Teatro do Oprimido e Planejamento Estrat gico Situacional In SILVA O pensamento de Paulo Freire como matriz integradora de pr ticas educativas no meio popular Ciclo de semin rios S o Paulo Instituto Polis p 9 20 2008 CASEMIRO J C O Direito alimenta o sob o olhar dos l deres da Pastoral da Crian a no Munic pio de S o Jo o de Meriti Disserta o de Mestrado Escola Nacional de Sa de P blica FIOCRUZ Rio de Janeiro 2006 CASEMIRO J C VALLA V V GUIMAR ES M B L Direito humano alimenta o adequada um olhar urbano Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 5 n 4 p 2085 2093 2010 CASTEL R Introdu o In As metamorfoses da quest o social uma cr nica do sal rio 8 ed Petr polis RJ Vozes p 21 37 2009 CASTRO I R R SOUZA T S N MALDONADO L A CANIN ES ROTENBERG S GUGELMIN A S A
207. Tipo biscoito sucrilios se tem frutas Que n o tenha necessidade de se usar a gua Para as crian as n o ficarem sem alimenta o 7 ED Interfere na quest o da alimenta o e no pedag gico Para os alunos utilizarem os banheiros e tal ent o complicado 8 AE Porque tem a parte da higieniza o at mesmo para elas fazerem os g neros n o a principal quest o o que mais dificulta para a merenda a gua 9 AE As equipes reconheceram se na primeira descri o da escola e do territ rio apresentado no texto s ntese AP NDICE 13 que foi sendo completado durante o restante do trabalho de campo Apesar de gua e saneamento aparecerem de forma recorrente nas falas tanto dos profissionais da escola quanto dos profissionais de sa de at aquele momento este n o tinha sido considerado tema relevante para a es do PSE Contudo no relato dos professores esta tem tica aparece como assunto de sala de aula Saneamento e abastecimento de gua foram assuntos priorit rios que se revelaram s equipes com a leitura da realidade Apesar de serem assuntos muito presentes na fala dos profissionais apenas no momento de leitura do texto s ntese que este tema chamou a aten o do grupo Posteriormente com o agravamento do desabastecimento de gua esta se tornou a maior preocupa o do cotidiano escolar mas no per odo da pesquisa o tema n o ocupou o espa o nas atividades de promo o d
208. UD COMISS O ECON MICA PARA A AM RICA LATINA E O CARIBE CEPAL E INSTITUTO DE PESQUISA ECON MICA APLICADA IPEA Rumo ao Objetivo do Mil nio de Reduzir a Pobreza na Am rica Latina e o Caribe Santiago de Chile Publica o das Na es Unidas 2003 RABELLO N ANDERSON N I P H bitos alimentares e pr tica de atividade f sica em escolares relato de uma experi ncia de educa o em sa de Revista APS v 14 n 2 p 239 249 2011 275 REDE DE EDUCA O CIDAD Vamos l fazer o que ser mobiliza o social e educa o cidad Bras lia DF Talher Nacional 2006 RESTREPO H S Incremento de La Capacidad Comunit ria y Del Empoderamiento de las Comunidades para Promover La Salud Revista Facultad Nacional de Salud Publica v 19 n 1 p 41 56 2001 RIZZINI CASTRO M R SARTOR S D Pesquisando Guia de Metodologia de Pesquisa para Programas Sociais Rio de Janeiro USU Editora 1999 RODRIGUES R M BOOG M C F Problematiza o como estrat gia de educa o nutricional com adolescentes obesos Cadernos de Sa de P blica v 22 n 5 p 923 931 2006 SALLES COSTA R Avalia o alimentar em Duque de Caxias RJ Estudos Avan ados S o Paulo v 21 n 60 2007 SALLES COSTA R PEREIRA R A VASCONCELLOS M T L VEIGA G V MARINS V M R JARDIM B C GOMES F S SICHIERI R Associa o entre fatores socioecon micos e inseguran a alimentar estudo de base populacional na Regi o Metropol
209. UT D uma intersetorialidade mas assim das pessoas Tipo assim a Sa de assim Vou comprar a id ia N o a id ia j era da Educa o Ent o tem um pouco ainda da coisa de que meu ou seu NUT B Dito de outra forma constituir parcerias e formas de colabora o s o iniciativas essenciais mas intersetorialidade algo mais complexo Como salienta Burlandy 2009b a intersetorialidade refere se a processo de articula o e coordena o entre os setores que ocorre de fato quando a partir da pactua o de projeto integrado identificam determinantes chave do problema em pauta formulam interven es estrat gicas que transcendem os programas setoriais e alocam recursos em fun o dessas prioridades Outro ensinamento relevante foi o reconhecimento da import ncia de diversas reas de conhecimento para aprimorar a EAN na escola A incorpora o de professores de diversas reas de forma o e de outros profissionais da escola apresenta uma possibilidade de abordagem interdisciplinar e mais rica do tema Assim fundamental Voc ter esse interc mbio esse entrela o com o profissional que est em sala de aula ter o trabalho conjunto NUT E Segundo o referencial da educa o popular freireana especialista tem papel importante na identifica o de temas geradores e fundamental ao processo de redu o tem tica FREIRE 2005 A constru o de conte dos program ticos par
210. Voc identificou que os temas ou abordagens sobre alimenta o e nutri o foram apropriados a esta escola Por que voc acha isso 3 Para voc quais foram os pontos fortes da atividade realizada E quais foram os pontos fracos Que sugest es voc daria se estas atividades fossem ser repetidas em outro momento 4 Voc considera que atividades com esta semana s o importantes Por qu 5 Se estes debates sobre nutri o e sa de fossem mais integrados rotina se n o fossem eventos fossem mais frequentes escolar seria melhor pior ou indiferente Por qu 6 Voc gostaria e poderia participar de um semin rio de avalia o na pr xima sexta feira Por qu Ap ndice 15 348 Voc participou das atividades de Alimenta o e Nutri o na Escola Ent o avalie nossas atividades Voc participou de quantas atividades realizadas uma ou duas sobre alimenta o e nutri o realizadas com o grupo de duas ou tr s pesquisa da UFRJ quatro ou mais Voc participou de outra atividade sobre N o alimenta o e nutri o na escola este ano Qual Sim Qual Gostei das atividades 10 20 210 05060 Aprendi coisas novas T 1020 10 10 10 10 A minha participa o no grupo foi 18 26 15 13950 No Quando eu tive d vida algu m me ajudou TS 25 10 10 8 0 Ajudei os outros participantes do grupo 20 TS 1252 Ne Vou aplicar na minha vida o que
211. a e ressalta a influ ncia dos grandes investimentos publicit rios n o apenas relacionados ao produto em si mas a pr pria massifica o em torno de produtos destinados a economizar o precioso tempo dom stico A alimenta o neste contexto traz em si rela es complexas de 213 escolha que incluem rela es estreitas entre dois p los aparentemente opostos na alimenta o moderna a funcionalidade e o prazer FISCHLER 1998 p 845 H bitos de atividade f sica As mudan as de h bitos relacionadas vida moderna t m estimulado o gasto maior de tempo com atividades sedent rias O desenvolvimento de sobrepeso e de obesidade tem sido relacionado ao excesso de ingest o cal rica e diminui o da atividade f sica Televis o internet e videogame est o entre as atividades preferidas de crian as e adolescentes sobretudo em reas urbanas e metropolitanas Estes h bitos est o frequentemente associados ao consumo de alimentos cal ricos Esta rela o tem sido relatada com preocupa o em diversos estudos RABELLO ANDERSON 2011 HALLAL et al 2010 NUNES et al 2007 Assim como em outras realidades nesta escola os estudantes revelaram que passam muitas horas assistindo televis o ou no computador Alguns citam a programa o inteira da televis o no per odo tarde e noite No computador o passatempo preferido s o as redes sociais e os jogos N s somos todos viciados em computador Estamos competindo
212. a o RODRIGUES BOOG 2006 SANTOS 2005 LIMA 1998 FREITAS 1997 As classes t m um conte do s cio cultural especifico concreto no qual se configuram e se expressam n o os h bitos alimentares mas um modo de conceber o alimento e a vida no interior da cultura global de acordo com o momento hist rico a que se referem Isto poder projetar um novo campo de visibilidade sobre a quest o alimentar redefinindo o objeto da educa o nutricional em bases hist ricas e propriamente culturais LIMA 1998 No Brasil dentre as marcas das desigualdades sociais est a configura o de paladares desiguais historicamente distribu dos por modos desiguais de vida FREITAS 1997 p 45 Neste sentido a racionalidade marca de uma modernidade que pode apresentar se como escassa e faminta ou como opulenta e ostensiva FREITAS 1997 p 45 Na realidade o atual o debate sobre EAN precisara levar em conta que a sociedade contempor nea pauta se nas escolhas no individualismo na racionalidade e no consumo Esta sociedade de consumo uma sociedade obesog nica RODRIGUES BOOG 2006 p 924 As mudan as de comportamento alimentar devem ser fruto de processo reflexivo sem esperar uma mera transmiss o de informa o Com frequ ncia se esquece de que proporcionar sa de criar meios de ampliar capacidade de autonomia e bem estar RODRIGUES BOOG 2006 p 928 A Educa o Alimentar e Nutricional deve se constituir em
213. a o de trabalho em conjunto mesmo antes de qualquer coisa Antes inclusive de escrever o projeto Se tem pretens o de entrar nessa parceria primeiro tem que fazer uma oficina de articula o GTI M 1 SMS Ainda sobre ganhos e perdas destacam que a institucionaliza o das a es de sa de escolar atrav s do PSE representou a possibilidade de garantia de visibilidade e de recursos ainda que esteja sendo custoso e trabalhoso para a equipe o acesso e utiliza o de recursos Outra dificuldade est relacionada ao n o cumprimento de uma s rie de acordos entre os minist rios e as inst ncias municipais como a realiza o de forma o capacita o e o fornecimento de recursos e materiais suficientes implanta o do Programa Na verdade um primeiro projeto a id ia era j fazer esse tipo de capacita o S que como a gente foi a alguns encontros do Minist rio eles falaram que essa parte tamb m ficaria por conta do Minist rio Como em 2010 isso n o aconteceu a gente resolveu planejar isso para esse ano GTI M 2 SMS Essas quest es da institucionaliza o por um lado elas d o peso maior ao Programa n o Porque voc acaba tendo que envolver tr s esferas p blicas diferentes para articular essas a es Por outro lado a gente percebe que a falta de articula o das esferas em n vel federal as informa es s o muito truncadas entre os dois minist rios Ent o tem coisas que a Sa de recebe e
214. a o e que isto muitas vezes tem a ver com o fato de os pais estarem trabalhando no per odo em que eles est o em casa Neste sentido refor am que a alimenta o escolar pode ter um papel para o est mulo ao consumo de uma alimenta o mais saud vel A gente estava discutindo aqui na escola que muitos deles chegam em casa como os pais trabalham o almo o miojo A gente discutir a coisa da alimenta o saud vel na escola e eles n o terem a contrapartida as vezes em casa que a pr tica dificulta muito a implanta o na vida deles O nico recurso que a gente tem mesmo a merenda da escola 12 Prof A quest o do bulliyng muito em voga atualmente aparece como forte preocupa o nesta escola inclusive quando se trata das quest es relacionadas a obesidade e imagem corporal como apresentado anteriormente os pr prio alunos ficam com medo de a gente abordar o assunto para n o constranger o aluno obeso Mas a gente tem que falar O aluno obeso ele tem que ouvir Tem que pesquisar qual a causa da obesidade dele e tem uns que j sabem Tem uns que resolve com dieta e n o faz dieta n o ajudam n A um trabalho meio que de enxugar gelo n 12 Prof Apesar de tratarem destes temas em sala de aula quando questionadas sobre a possibilidade e necessidade de complementa o atrav s da inclus o de temas em estrat gias desenvolvidas no mbito do PSE ou outras iniciativas extraclasse destaca
215. a v Bata no liquidificador a ab bora com a gua do cozimento gelada junte o suco de maracuj o a car e coe com uma peneira v Sirva bem gelado 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de O Suco de Inhame Ingredientes 3 inhames pequenos e carboidrato e fonte de minerais 3 colheres sopa de leite em p 3 colheres sopa de suco de lim o 1 litro de gua gelada A car a gosto Utens lios Necess rios Faca prato t bua de corte Informa es nutricionais rico em fibras Modo de Preparo v Descascar os inhames picar e bater no liquidificador com a gua gelada Y Acrescentar os outros ingredientes e servir Farofa de Legumes Ingredientes a 1 2 x cara 125ml de leo de soja quantidade de fibras e a cenoura 01 cebola m dia 1009 picada em cubos bem pequenos rica em Vitamina A 01 cenoura m dia 1009 cortada em cubos bem pequenos Calorias 185 kcal 01 abobrinha 1669 cortada em cubos bem pequenos 1 2 x cara 409 de azeitonas verdes picadas e sem caro os 01 x cara 1509 de farinha de mandioca 1 2 ma o de cheiro verde lavado e picado 01 colher ch de sal Utens lios Necess rios Faca prato t bua de corte panela p o duro Modo de Preparo Lavar bem descascar e picar em cubos bem pequenos a cebola e a cenoura Lavar bem e cortar em cubos bem pequenos a abobrinha Lavar bem e picar bem pequeno o ma o de cheiro verde Aquecer uma
216. a Mesmo com esta ressalva mais uma vez fica expl cito o papel estrat gico da escola para o est mulo ao exerc cio do di logo e participa o As rotinas de casa e o contexto familiar foram ao longo das atividades sendo incorporados ao di logo Alimenta o na escola Com rela o s refei es na escola um importante eixo do di logo foi consumir ou n o a alimenta o escolar e porque A maioria das falas repete se em torno de algumas respostas Depende da comida Tem comida que boa Tem dia que a comida est boa Eu gosto s s vezes Alguns dos estudantes s o enf ticos na afirma o de que nunca comem porque a comida da escola deveria ser melhor Eu acho que horr vel Podia mudar Os estudantes confirmaram na resposta ao question rio o que haviam falado em sala de aula 73 8 responderam que nunca 45 7 ou raramente 26 3 comem a comida servida pela escola Utilizamos o g nero feminino nestas descri es porque n o houve relato por parte dos alunos do sexo masculino sobre trabalho ou cursos 198 Figura 4 Percentual de estudantes do 7 ano por consumo semanal de Alimenta o Escolar Setembro de 2012 PD O q O O x Oooo 15 To E oi Em N o Nunca Raramente 3a4diasda 5 dias ou respondeu semana mais Explica es sobre prefer ncias e avers es fizeram parte das rodas de conversa contudo parece haver na nega o da alimenta o escolar um sentido de a
217. a alimenta o e nutri o na escola ser o experi ncias mais ricas quanto mais participativas Foi feito destaque a esta possibilidade de contribui o do referencial de Paulo Freire para a EAN Refletindo sobre sua atua o na Estrat gia Sa de na Fam lia e PSE uma nutricionista ressalta o tema gerador ele criado a partir desse di logo n o para eles com eles e a partir dali voc vai problematizando e chega aquela conclus o Ent o eu acho que se o profissional 166 entender isso direitinho eu acho que vai dar tudo certo Daqui a pouco a gente vai estar utilizando exatamente essa metodologia para falar sobre educa o nutricional NUT E As nutricionistas apontam a necessidade de espa os de complementaridade e de integra o dos conhecimentos na abordagem da alimenta o e nutri o na escola como possibilidade de forma o dos profissionais e de favorecer a continuidade de a es Neste mesmo caminho enfatizam a import ncia da inclus o da EAN no Projeto Pol tico Pedag gico PPP das escolas Nos ltimos tr s anos o setor de Nutri o Escolar SME respons vel pela alimenta o escolar tem constru do seu PPP para EAN A elabora o feita a partir das orienta es gerais da SME junto com os nutricionistas da firma terceirizada e de supervisores de merenda que s o professores concursados que acompanham a alimenta o escolar nas unidades escolares Desta forma v rios dos projeto
218. a e ao tio Jan r agrade o pelo afeto verdadeiro e generoso que me ajudaram a chegar at aqui A todas os queridas os amigas os agrade o pela torcida e pela paci ncia s minhas amigas irm s Alessandra Silva Pinto M rcia Fornari e Ana Laura Brand o obrigada pelo apoio e carinho de sempre s companheiras os que conheci na milit ncia e em especial as os amigas os Erika Cardoso Marcelo Moreira Alexsandro de Paula Gas PA K tia Bonfim e Andr a David agrade o pela conviv ncia fraterna e sincera e pelo compartilhar de sonhos e lutas Com muito carinho agrade o Regina Oliveira a quem admiro pela determina o perseveran a e humildade numa trajet ria profissional comprometido com a causa dos oprimidos Nestes anos foi companheira de milit ncia colega chefe exemplo na profiss o e na vida conselheira e orientadora mas acima de tudo amiga verdadeira equipe do DESANS agrade o pela parceria Em especial agrade o Livea Bilheiro pela participa o na pesquisa e pela partilha de momentos de rebeldia e aposta na agricultura familiar em todo seu potencial para gerar vida justi a e felicidade s nutricionistas de Duque de Caxias que tanto me ensinaram Elaine Val ria Iramar Lourdes Suzy obrigada Solange Peres co autora deste sonho e c mplice na realiza o desta pesquisa agrade o com um at breve na confian a que novos sonhos e novos questionamentos nos far o trabalhar juntas novamente
219. a encontramos in meras refer ncias comida Os poetas que habilmente sabem dar prazer s palavras compreendem que entre comida e letras existe uma alian a Uma alimento para o corpo a outra para o esp rito Esses cozinheiros de palavras souberam descrever com encantamento os h bitos alimentares de seu tempo as del cias de sua inf ncia O prazer de uma refei o a fome a fartura e o comportamento mesa Nesses registros em forma de versos podemos descobrir a rela o com a alimenta o Os poetas enxergaram muito al m de um prato de comida Eles descobriram poesia e beleza Todo mundo quer comer isso simples assim Mas tem que saber fazer Ou sai comida ruim N o s um mata fome N o s o que se come O conv vio o fim Todos juntos a sentar isso ritual antigo vem antes do falar vem de saber ser amigo Se juntar refei o mostra socializa o para repartir o trigo Se tu quer boa farinha v ao Norte pra buscar L a farinha fresquinha boa coisa ela vai dar N o se come nenhum prato sem farinha a dar um trato tudo vem complementar Tem farinha que de trigo tem que de copioba e lhe conto meu amigo nenhumafaz gororoba Mas nossa velha de guerra a farinha da terra essa a ningu m esnoba A farinha multiuso vai em doce e salgado a receita eu reproduzo para o dend farofado No dend refogue o alho junte a farinha a olho finda ao sal adicionado
220. a escola e chega para fazer uma atividade Seria relevante pensar atividades de sensibiliza o dos professores e iniciar um trabalho conjunto que inclua atua o conjunta equipe da escola e equipe do PSF Realizar planejamento de atividades de forma conjunta essencial A Coordena o de Nutri o Escolar SME est criando um premio nos moldes do que o Premio Gestor Eficiente da Alimenta o Escolar para reconhecer iniciativas inovadoras de professores que tratem do tema alimenta o na escola Destacar estas experi ncias muitas vezes representa a possibilidade de que uma a o simples seja reproduzida em outras escolas Uma linha do tempo segunda vers o Ano Local Munic pio Nacional 1993 CONSEA 1994 CNSAN 1998 FBSAN A o da Cidadania Contra Fome e a Mis ria Mutir o com a UNIGRANRIO Mutir o de 2001 Combate Desnutri o Materno infantil ICCN Projeto Fome Zero Governo Paralelo nas comunidades e Bolsa Alimenta o 1 Projeto de Combate Desnutri o Infantil de 2002 Duque de Caxias ER Programa Estrat gia Fome Zero Reativa o do 2003 RA a a do Crescimento atual CCAIC no CONSEA Nacional P IL CNSAN Inaugura o de 06 Portais CCAIC Surge o Programa Sa de do Escolar Duque de Caxias 2004 escolhida para o lan amento nacional da VAN Vigil ncia Alimentar e Nutricional Capacita es em antropometria realizadas em Duque de Caxias CECAN
221. a da creche falou sobre hipercoleterolemia sobre diabetes conversou sobre tudo isso As m dicas dos CCAICs tamb m participaram Foram pontuando para n o ficar s o nutricionista falando 2 8 Alimenta o Escolar Inclusiva 2011 O projeto mais recente desenvolvido pela Coordena o de Nutri o Escolar o Alimenta o Escolar Inclusiva que surge de uma preocupa o da adequa o do card pio escolar s necessidades alimentares especiais identificadas junto aos alunos Por que a gente observou que esses alunos acabavam n o participando da alimenta o na escola Levavam alguma coisa de casa porque n o tinha o g nero adequado para ele A a gente realizou o levantamento com laudo m dico E o nutricionista respons vel pela unidade fez o atendimento e acompanhamento Fez o primeiro atendimento depois acompanhou Depois a gente montou uma ficha com todos os dados do aluno A a gente adequou o card pio do dia a dia para a necessidade daquele aluno para aquela crian a n o se sentir exclu da A partir do segundo semestre de 2011 foi realizado um levantamento junto s escolas destes alunos Atualmente 35 alunos da rede municipal est o cadastrados no projeto que realizou um encontro reunindo estes alunos e seus pais Al m disso o nutricionista realiza orienta o nutricional aos alunos e aos pais na escola Os kits s o utilizados na escola os nutricionistas orientando as merendeiras de como adequa
222. a durante a madrugada e que a estrat gia para ter gua durante a semana reserv la em lat es ou tambores Nesta escola mesmo n o apenas esta mensagem ou norma mas tamb m as de sa de bucal t m grande probabilidade de n o serem cumpridas Entendendo que est o em jogo processo coletivos que s se efetuam com a participa o efetiva da popula o Valla defende um processo de capacita o t cnica envolvendo pesquisadores profissionais e organiza es populares VALLA 2011 p 69 O diagn stico participativo seria a pr pria capacita o t cnica pois permitiria que t cnicos e usu rios se juntassem nas tarefas de discutir categorias levantar sistematizar e socializar dados atrav s de um aprender fazendo A proposta parece crescer em relev ncia quando se constata que hoje n o h espa o reservado para este tipo de atividade VALLA 2011 p 72 Apesar dos percal os e dificuldades o diagn stico coletivo e o planejamento intersetorial afirmam se como potentes ferramentas para o desenvolvimento de atividades educativas em sa de alimenta o e nutri o no PSE e em outros contextos O contexto escolar espa o estrat gico de educa o em sa de carece e merece investimentos que proporcionem fortalecimento do poder local de avalia o e de planejamento que parta da realidade concreta O pesquisador educador cr tico e ciente dos desafios atuais n o deve surpreender se com a constata o de que as
223. a e sa de que central din mica do PSE e pode ser definido como espa o geogr fico hist rico cultural social e econ mico que constru do coletivamente e de forma din mica por uma s rie de sujeitos e institui es que a se localizam e circulam E nesse territ rio que contempla as unidades escolares e com os sujeitos de sua comunidade onde as equipes de Sa de da Fam lia podem construir e fortalecer a articula o com a comunidade escolar BRASIL 2009d p 9 A etapa de entrevista com membros do GTI M foi fundamental para preparar a chegada escola n o apenas por legitimar o processo de autoriza o da pesquisa mas para ampliar as possibilidades de compreens o da experi ncia na e da escola articulado a este contexto mais geral de implementa o do PSE 5 1 2 Estar na escola e viver o PSE Entrar verdadeiramente na escola e ter acesso ao seu cotidiano tarefa que exige bastante paci ncia respeito e humildade Nesta experi ncia o local de espera das primeiras visitas foi o port o O tempo voa muito r pido pr ximo ao port o N o h monotonia e nem hist ria que se repita Estudantes alegres ou sonolentos passam com o mesmo uniforme mas muito diferentes entre si Cabelos com cortes cores e adornos dos mais diferentes Brincos pulseiras mochilas e assess rios para ser igual para ser diferente para causar Definitivamente n o existe monotonia no port o 117 Aparece um
224. a ferramenta de busca Google Ainda assim n o foi poss vel acessar resumos de 19 trabalhos Foram localizados 440 artigos dos quais 54 foram exclu dos a partir dos crit rios acima descritos totalizando 386 trabalhos analisados Dentre estes ltimos foram por fim identificados os 45 artigos que tratavam de iniciativas de institucionaliza o de a es de sa de escolar enquanto pol tica p blica para a realiza o de uma s ntese Informa es relevantes a revis o foram inseridas em planilha de Excel a fim de facilitar visualiza o e an lises De forma complementar foram utilizadas publica es oficiais do mesmo per odo para fomentar e contextualizar as reflex es a partir dos referidos artigos a Sa de Escolar quais experi ncias Grande parte dos artigos localizados corresponde a trabalhos desenvolvidos no Brasil 241 artigos seguido por Chile 32 Col mbia 20 e Argentina 18 Os outros artigos tiveram como origem Cuba Honduras Venezuela Peru M xico Costa Rica Equador Uruguai Jamaica Barbados Em 274 artigos os estudantes compuseram as amostras ou foram sujeitos da pesquisa Professores profissionais da escola e gestores da educa o profissionais de sa de respons veis familiares e comunidade fizeram parte de pesquisas que em alguns casos combinaram estes em diferentes composi es de amostras Observando o n mero de publica es por ano no per odo da revis o percebe se um comportamento crescen
225. a importa registrar que esta pode ser uma das chaves necess rias para se adentrar ao local de encontro e possibilitar um posicionamento mais coerente diante dos atuais desafios da sa de nutri o e alimenta o A limita o do planejamento ao preenchimento e organiza o do calend rio de execu o de atividade n o deixa espa o para ampliar estes debates relevantes e de grande potencial criador que s o relevantes n o apenas para um planejamento intersetorial no territ rio mas tamb m para uma etapa anterior a cria o de uma identidade e sentido de pertencimento dos membros do GTI L Para Gomes e Horta 2010 necess rio que os servi os de sa de ao desenvolverem estrat gias de promo o da sa de na escola estejam atentos s possibilidades de articula o com as outras redes sociais com as quais convivem muitas vezes sem se darem conta As experi ncias nesta unidade escolar indicam que esta articula o entre redes ou em rede essencial ao PSE concordando com o trabalho de Gomes e Horta 2010 que estruturar redes representa possibilidade de fortalecimento e reorienta o das pr ticas dos saberes e as lutas dinamizando e potencializando a es de sa de p 497 Assim concordando com as conclus es de Soares e colaboradores cabe afirmar que A finalidade das pr ticas tanto educacionais quanto de sa de ent o n o deveria estar identificada somente com a satisfa o das necessidades materiais
226. a no modelo biom dico traz para o discurso sobre alimenta o um tom de mecanicismo est ril e autorit rio reproduzindo nas atividades educativas as informa es como foram recebidas durante a gradua o ou p s gradua o independente do local momento e popula o em quest o Analisando o discurso cientifico da Nutri o Bosi 1988 destacou que a ci ncia da nutri o ao desconsiderar a historicidade e ao sugerir uma concep o dos problemas nutricionais como disfun es a serem corrigidas abre espa o para as 21 mais diversas interven es desde os tradicionais Projetos de Educa o Nutricional e Suplementa o Alimentar passando pelos programas de controle de natalidade at transfer ncia de tecnologia e know how BOSI 1988 p 57 Para esta autora ao apresentar um discurso cient fico id ntico ao de outras ci ncias da sa de a Nutri o explica os problemas nutricionais esquecendo de considerar que neste caso o agente etiol gico a falta de alimentos que deriva de um conjunto de rela es os hospedeiros n o s o quaisquer indiv duos mas determinadas classes sociais e o ambiente tamb m resultado hist rico BOSI 1988 p 11 Quando se fala em alimenta o e nutri o o componente sabor paladar n o pode ser esquecido Os aspectos s cio culturais relacionado comida s refei es e mesa precisam n o s ser levados em conta mas entendidos como pe a chave desta equ
227. a no munic pio e ao final os estudantes foram convidados a plantar uma muda de rvore frut fera Os estudantes participaram com entusiasmos das atividades Alguns tiraram fotos e ali mesmo postaram nas redes s cias como observou um dos pesquisadores A oficina culin ria foi a atividade que mais chamou a aten o dos estudantes dos funcion rios e professores da escola e das outras turmas Foi solicitado aos membros da pesquisa que gravassem relat rios quentes sobre as atividades logo ap s a realiza o Este tipo de relat rio envolve o registro de impress es e sentimentos despertados no momento da vivencia do trabalho de campo Sobre estes relatos o que se pode registrar que as atividades foram realizadas de forma satisfat ria e atingiram seus objetivos apesar de imprevistos de organiza o e infra estrutura Um exame mais atento destes udios poder ser til na inten o de qualificar estas propostas para serem adaptadas ou reproduzidas em outras realidades Quanto proposi o do conte do program tico exposto no Quadro 10 cabem tr s destaques te ricos O primeiro que sua constru o levou em conta n o apenas o processo nesta escola mas tamb m o ac mulo de experi ncias do grupo de pesquisa que inspiraram algumas das atividades como a possibilidade referida por Paulo Freire dos temas dobradi a Se a programa o educativa dial gica isto significa o direito que tamb m t m os educador
228. a ordem onde cada um deve se manter Em termos de estrat gias de educa o em sa de Monteiro 2002 apresentou importantes reflex es a partir de sua viv ncia em trabalhos sobre Aids sexualidade e g nero com jovens de favelas do Rio de Janeiro Opini es do senso comum definem a adolesc ncia juventude como per odo de conflito necessidade de afirma o mudan as f sicas e psicol gicas associadas impaci ncia e irresponsabilidade Trata se de um ponto de vista universalizante e naturalizador do desenvolvimento humano caracter stico de abordagens m dicas e psicol gicas em que essa fase da vida analisada como um fen meno estruturalmente psicobiol gico e n o como uma constru o cultural MONTEIRO 2002 p 33 com esta experi ncia que a autora destaca a necessidade de que as estrat gias e programas de educa o e sa de tenham em conta que o momento hist rico e o contexto cultural e socioecon mico influenciam a modela o das representa es e pr ticas dos jovens MONTEIRO 2002 p 35 Esta tomada de consci ncia deve ser expressa tanto na formula o quanto para o desenvolvimento das a es de educa o e sa de 5 2 6 Alimenta o e nutri o no curr culo escolar o que pensam os professores Paulo Freire 2009 enxerga a sala de aula como espa o em que o professora e o professor e n o a tia pode estabelecer com os conte dos curriculares uma rela o de autonomia critici
229. a planilha enviada pelo GTI M a partir de temas e as metas que j haviam sido definidos pela pactua o do Munic pio com a Uni o Houve uma proposta de uma das profissionais das eSF de realiza o de reuni es mensais que foi aceita pelo grupo mas n o foi marcada data Estas reuni es n o ocorreram no per odo O registro desta fase foi realizado atrav s de grava o de udio e registro sistem tico em di rio de campo Todo o registro em udio foi realizado com autoriza o pr via dos entrevistados e posteriormente foi transcrito A partir das falas e dos relat rios de di rio de campo foi poss vel realizar um levantamento sobre o contexto local e sobre a popula o atendida por estes dois equipamentos p blicos unidade de sa de e unidade escolar Foram tamb m identificados impasses e dificuldades encontrados para a realiza o das atividades de Educa o em Sa de de forma mais espec fica para a EAN e sobre o acesso alimenta o adequada e saud vel na escola d Viv ncia dos c rculos de cultura Com a finalidade de promover momentos de escuta qualificada dos estudantes ao final das entrevistas realizadas com as professoras na etapa anterior foi feito o convite para participarem de processo de investiga o tem tica sobre alimenta o e nutri o Foi proposta a realiza o de atividade em sala de aula para levantamento de conhecimentos pr vios e demandas acerca de temas em alimenta o e nutri o
230. a que exaltada diz que n o permitido usar garfo na escola e manda o garoto procur la ao final do turno para conversar e pegar de volta o talher Muito chateado o aluno tenta argumentar que prefere comer de garfo e no refeit rio s encontra colher A reivindica o n o ouvida ou considerada A realidade urbana metropolitana ao contr rio de cen rios rurais ou de comunidades tradicionais apresenta rela es diferentes entre falar e silenciar A ansiedade encontrada na fala dos estudantes a mesma que provavelmente seria identificada nos adultos desta regi o uma ansiedade de quem parece falar sem a menor certeza de que existe um interlocutor realmente atento Fala se muito e muito alto com muitos gestos palavras e express es pr prias e com frases que parecem interrompidas De tanto gritarem e n o serem ouvidos alguns preferem silenciar Parece oportuno trazer reflex es preciosas de uma experi ncia conduzida por Martins 1993 Mesmo tratando de uma realidade rural elas contribuem com o debate ao advertir sobre uma tradi o de sil ncio das classes populares Isto acontece com quem passa por um amplo e profundo processo de repress o que caracteristicamente o que tem acontecido com as nossas popula es camponesas e tamb m ind genas A linguagem do sil ncio do gesto do olhar fala muito mais e muito mais profundamente sobre o outro e eu do que aquilo que o outro diz usando na fala a minha l ng
231. a referir o consumo de biscoitos refrigerantes e guloseimas O fato de as meninas consumirem mais guloseimas n o foi surpresa Antes da apresenta o dos dados algumas turmas afirmavam Meninas De manh j t o com pirulito As meninas comem mais doce A PeNSE identificou diferen as e semelhan as nos padr es alimentares de meninos e meninas O consumo de feij o e leite maior entre escolares do sexo masculino e o de guloseimas e biscoitos doces e salgados maior entre escolares do sexo feminino N o houve diferen a entre os sexos no que se refere ao consumo hortali as e frutas de batata frita e salgado frito IBGE 2009 Quadro similar pode ser observado nesta escola como descrito no Quadro 8 Quadro 8 Compara o entre percentual de estudantes do sexo feminino e masculino do s timo ano por consumo de marcadores alimentares cinco vezes ou mais na semana Marcadores Alimento Sexo Masculino Sexo Feminino Marcadores de alimenta o Refrigerante 37 8 58 1 n o saud vel Guloseimas 29 7 65 1 Marcadores de alimenta o Leite 56 8 37 2 saud vel Feij o 81 1 69 8 Analisando os dados da PeNSE a partir dos marcadores de alimenta o saud vel e n o saud vel Levy et al 2010 identificaram que o consumo de marcadores de alimenta o n o saud vel foram freq entes enquanto os marcadores de alimenta o saud vel estiveram abaixo do recomendado Analisando os marcado
232. a sa de ou educativas do PSE b Programa Sa de na Escola interesse de muitos e assunto para poucos Todo o discurso institucional e legal do PSE pauta se no examinar e agir cr tico a partir territ rio Este agir deve ser capaz de envolver profissionais de sa de e de educa o al m da comunidade escolar de forma mais ampla incluindo 128 m es pais respons veis lideran as e organiza es governamentais e da sociedade civil que atuem na localidade Por isto chamou aten o um fato que foi revelando se com o tempo a partir do conhecimento da realidade local o PSE assunto para poucos tanto na escola quanto na Unidade de Sa de No que se refere s eSF durante toda a perman ncia em campo foi poss vel identificar que algumas profissionais estiveram mais envolvidas nas a es do PSE e por isso mais interessadas nas reflex es sobre os desafios e possibilidades referentes ao Programa As dentistas e enfermeiras das equipes s o as que mais atuam na escola embora os m dicos sejam acionados para algumas das atividades Os Agentes Comunit rios de Sa de ACS auxiliam em aspectos operacionais como preenchimento de fichas e listas de presen a atuando assim de forma restrita Como salientam Stotz e colaboradores 2007 no escopo da ESF s o estimuladas e previstas as iniciativas que busquem pr ticas diferentes que n o se restrinja a abordagem da doen a e que incorporem os determinantes dos problemas de sa de H por i
233. a tais bebidas Em termos metodol gicos cabe uma reflex o sobre o quanto deve ser criteriosa a escolha por determinadas estrat gias ou materiais A utiliza o de encartes de supermercado por exemplo parece ser uma op o adequada nos casos em que haja a previs o ou a op o por uma an lise que leve em conta as quest es de consumo e m dia 5 2 3 Programa de Alimenta o Escolar em Duque de Caxias relato sobre o funcionamento Para compreender o contexto da alimenta o na escola importante realizar uma descri o do Programa de Alimenta o Escolar no munic pio Em 2010 o repasse do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE ao munic pio foi de R 7 295 997 60 para 111 183 alunos No ano referido o n mero de refei es oferecidas foi de 29 547 996 para o ensino fundamental e de 1 760 784 para creches Al m deste recurso existe a contrapartida municipal Em 2011 a Alimenta o Escolar do munic pio foi terceirizada Pelo contrato a empresa responsabiliza se pela log stica e contrata o de funcion rios merendeiras e nutricionistas Diversas iniciativas deste munic pio revelam pioneirismo na implementa o do PNAE dentre estas se pode destacar o desenvolvimento de estrat gia de identifica o de alunos com necessidades alimentares especiais e a implementa o de caf da manh nas escolas A experi ncia de introdu o de alimentos da agricultura familiar urbana na alimenta o escolar rende
234. a tanto foi constitu do em maio de 2011 um Grupo de Trabalho composto por representa es dos minist rios da Sa de Educa o e Desenvolvimento Social de entidades profissionais e de pesquisa Foi ent o elaborado o Marco de Refer ncia de Educa o Alimentar e Nutricional para as Pol ticas P blicas Esta publica o faz parte de um processo de reposicionamento das estrat gias educativas no campo da alimenta o e nutri o Atrav s deste documento a educa o alimentar e nutricional foi definida como campo de conhecimento e de pr tica cont nua e permanente transdisciplinar intersetorial e multiprofissional que visa promover a pr tica aut noma e volunt ria de h bitos alimentares saud veis A pr tica da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favore am o di logo junto a indiv duos e grupos populacionais 31 considerando todas as fases do curso da vida etapas do sistema alimentar e as intera es e significados que comp em o comportamento alimentar BRASIL 2012b p 23 Mesmo antes de tais publica es e orienta es muitos munic pios v m assumindo a realiza o de atividades educativas com fam lias cadastradas em programas de complementa o de renda e assist ncia alimentar Estas atividades muitas vezes s o vistas como mais uma tarefa formal de cumprimento de metas Enxergadas desta forma deixam de ser lugar de encontro Para as fam lias
235. a temos fam lias que al m de serem pobres mesmo bem paup rrimas s o fam lias que moram assim todos num quartinho n o Um banheiro M e pai todo mundo dorme junto Ainda tem muita coisa desse tipo Apesar de estar h 15 minutos do centro de Caxias 17 ED Quanto aos desafios relacionados infra estrutura do bairro que impactam qualidade de vida foram destacados aspectos relacionados ao saneamento b sico falta de gua e o transporte a parte de saneamento b sico A quest o da gua que n o tem Eu acho que isso um entrave muito grande pra o desenvolvimento do bairro 8 AE Eu acho que o principal aqui para comunidade seria melhorar o transporte e realmente fazer uma limpeza uma canaliza o daquele rio ali Ent o s vezes as crian as ficam em casa sozinhas porque m e trabalha o pai trabalha E a fica doente e a fam lia n o sabe nem porque fica doente 17 ED A unidade de sa de que abriga as tr s eSF possui uma estrutura bem similar a outras desta natureza uma casa grande adaptada para receber consult rios cl nicos e odontol gicos assim como equipamentos b sicos e caracter sticos de uma UBS N o h placa na fachada e muitos dos moradores do entorno n o reconheciam a Unidade de Sa de As profissionais relataram precariedade das condi es de trabalho salas com infiltra es banheiro interditado pias com defeito e falta de material b sico para trabalho Durante o per
236. a todos CASTRO 2008 Importante ainda ressaltar a exist ncia de um debate extenso 2 hitp decs bvs br cgi binAwxis1660 exe decsserver Acesso em janeiro de 2013 45 sobre desigualdades e assimetrias na regi o no que se refere aos sistemas educacionais e sobre a necessidade constru o de compromisso tico pol tico de recuperar o sentido social e cultural da educa o na perspectiva de que esta torne se mais justa e igualit ria mais democr tica e participativa em toda a Am rica Latina SALVAT et al 2012 p 47 Para OPAS a constata o de que uma parcela maior de crian as latino americanas tem hoje acesso educa o formal refor a o argumento de promover sa de na escola IPPOLITO SHEPHERD 2006 Importantes sistematiza es e direcionamentos ocorreram a partir da cria o da Rede Latino Americana de Escolas Promotoras de Sa de durante o Congresso de Sa de Escolar no Chile em 1995 A partir de ent o tal estrat gia passa a ser a op o para a institucionaliza o e conforma o de pol ticas p blicas de sa de escolar incentivada pela OPAS A Iniciativa de Escolas Promotoras de Sa de EPS corresponde a estrat gia de promo o da sa de no mbito escolar e um mecanismo articulado de esfor os e recursos multissetoriais orientados para o melhoramento das condi es de sa de e bem estar ampliando assim as oportunidades para um aprendizado de qualidade e o desenvolvimento humano sustent vel par
237. a todos os integrantes das comunidades educativas IPPOLITO SHEPHERD 2006 p IIl Diante do exposto foi realizada revis o bibliogr fica sobre sa de escolar na Am rica Latina a partir de artigos publicados entre os anos de 1995 e 2012 refletindo o tema a partir das possibilidades de sua efetiva o enquanto pol tica p blica Foi realizada a partir de pesquisa dos artigos produzidos entre 1995 a 2012 na Am rica Latina dispon veis nas bases de on line Scielo e Lilacs BVS em janeiro de 2013 As buscas foram conduzidas a partir das express es Escolas Promotoras de Sa de sa de escolar sa de na escola Programa Sa de na Escola Escuelas Promotoras de Salud salud en la escuela Programa de Salud Escolar Health Promoting Schools e School Health Foram definidos como crit rios de inclus o inicial os artigos referentes a iniciativas e pesquisas realizadas no ambiente escolar ou que referiam algum v nculo com escolas como por exemplo encaminhamento escolar para servi os de sa de ou de diagn stico Foram exclu dos os artigos cujos resumos n o foram localizados e aqueles que se referiam apenas a crian as em idade escolar e n o necessariamente escola Os dados foram coletados a partir dos resumos e de artigos completos dispon veis nas bases de dados Quando necess rio foi efetuada a busca dos 46 artigos diretamente nas vers es on line das revistas ou atrav s d
238. a vez mais seus pr prios modelos culturais herdados essencializantes e homogeneizantes desfazendo os limites e nesse processo elucidando as trevas do pr prio Iluminismo ocidental As identidades concebidas como estabelecidas e est veis est o naufragando nos rochedos de uma diferencia o que prolifera Por todo o globo os processos das chamadas migra es livres e for adas est o mudando a composi o diversificando as culturas e pluralizando as identidades culturais os antigos Estados na o dominantes das antigas pot ncias imperiais e de fato do pr prio globo Os fluxos n o regulares de povos e culturas s o t o amplos e t o irrefre veis quanto os fluxos patrocinados do capital e da tecnologia HALL 2008 p 43 Para Hall 2008 neste contexto se estabelece identifica um eixo vertical de poder cultural econ mico e tecnol gico marcado e compensado por conex es laterais o que produz uma vis o de mundo compostas por diferen as locais Trata se de um paradoxo da globaliza o contempor nea o fato de que culturalmente as coisas pare am mais ou menos semelhantes entre si um tipo de americaniza o da cultura global por exemplo Entretanto concomitantemente h prolifera o das diferen as HALL 2008 p 57 neste contexto de globaliza o contempor nea e de di spora que Stuart Hall apresenta reflex es acerca da cultura a cultura n o apenas uma viagem de descoberta uma
239. abrimos o olho O feij o deve j catado Nos esperar feliz de molho E a cozinheira por respeito nossa mestria na arte J deve ter tacado peito E preparado e posto parte Os elementos componentes De um saboroso refogado Tais cebolas tomates dentes De alho e o que mais for usado Tudo picado desde cedo De fei o a sempre evitar Qualquer contato mais vulgar As nossas nobres m os de aedo Enquanto n s a dar uns toques No que n o nos seja a contento Vigiaremos o cozimento Tomando o nosso u sque ontherocks Uma vez cozido o feij o Umas quatro horas fogo m dio N s bocejando o nosso t dio Nos chegaremos ao fog o E em elegante curvatura Um p adiante e o bra o s costas Provaremos a rica negrura Por onde devem boiar postas De carne seca suculenta Gordos paios n dio toucinho Nunca orelhas de bacorinho Que a tornam em excesso opulenta E aten o segredo modesto Mas meu no tocante feijoada Uma l ngua fresca pelada Posta a cozer com todo o resto Feito o qu retire se o caro o Bastante que bem amassado Junta se ao belo refogado De modo a ter se um molho grosso Que vai de volta ao caldeir o No qual o poeta em bom agouro Vin cius de Moraes Deve esparzir folhas de louro Com um gesto cl ssico e pag o In til dizer que entrementes Em chama parte desta li a Devem fritar todas contentes Lindas rodelas de lingui a Enquanto ao lado em fogo brand
240. ada e ou implementada de forma deficiente se est diante da viola o de direitos fundamentais da popula o que ali vive neste sentido que se afirma que n o existe espa o para neutralidade em atividades de educa o e sa de desenvolvidas em realidades marcadas pela nega o de direitos b sicos Na pr tica o desabastecimento de gua no territ rio estudado que se constitui em dificultador da conclus o do ano letivo e da realiza o de a es educativas em sa de alimenta o e nutri o ao mesmo tempo uma tem tica significativa que revela condi es de desigualdades que abrangem o territ rio como um todo Com isto n o se pretende responsabilizar o servidor que atua neste territ rio pela resolu o do problema ainda que ele esteja implicado na solu o O que se pretende lembrar que existe necessidade de aprofundar alguns temas dentre os quais sugere Valla 2011 o debate sobre a possibilidade de alian a entre profissionais e a popula o e sobre a amplia o dos di logos em todo dos porqu s da culpabiliza o 243 Se a primeira vista o processo de culpabiliza o da v tima pode representar um desabafo dos funcion rios p blicos desesperados com uma demanda muito maior do que a oferta de servi os a discuss o de educa o e sa de remete aos gastos p blicos necess rios mas n o realizados para mais e melhores recursos humanos e materiais VALLA 2011 p 70 Diante de uma a
241. ade local Percebe se grande disposi o da escola em acolher tais atividades mas a incorpora o do trema ao cotidiano escolar ainda est longe de se concretizar Os adolescentes e jovens que participaram da pesquisa revelaram um contexto de desafios comuns a outras escolas Os estudantes demonstraram conhecimentos ainda vagos sobre alimenta o adequada e saud vel e o que mais chama a aten o que grande parte dos desafios est ligada ao tema consumo N o se consome a comida da escola porque este ato est envolto de diversos preconceitos mas a fruta da sobremesa escapa a estas classifica es se consome em casa o que m es pais respons veis determinam o consumo das besteiras condicionado a receber ou n o dinheiro dos pais mas quem j trabalha pode consumir besteiras vontade as redes famosas de fast food s o muito cobi adas mas na pr tica os lanches s o consumidos nas lanchonetes e barraquinhas de bairro Outros exemplos relacionados a forma de consumir poderiam ser aqui citados Para Barbosa 2006 2010 consumir atividade existente em qualquer sociedade Sejam necessidades b sicas ou sup rfluas s o satisfeitas atrav s do consumo e correspondem a forma destas sociedades humanas reproduzirem se Ela ressalta que 253 independentemente da car ncia material de determinados segmentos sociais e sociedades p fato que consumir e utilizar elementos da cultura material como e
242. ade vivida nos locais de trabalho coloca problemas que for am a pensar e construir jeitos de operar E no mergulho na complexidade dos processos produzidos no dia a dia das pr ticas em sa de no que se passa em situa o que se efetivam reflex es an lises das pr ticas do cuidado E no curso da atividade que as pr ticas transgressoras proliferam O trabalho reorganiza localmente seu fazer o que significa conviv ncia recria o dos espa os de vida construindo hist rias fazendo hist ria BARROS 2007 p 121 A oportunidade de forma o fundamental para que sejam efetivadas pr ticas participativas Neste sentido preparar uma atitude mais cuidadora e cuidadosa requer mais tempo e exige a exist ncia de disposi o e coragem dos profissionais para transgredindo criar o novo 6 1 4 Alimenta o cultura e consumo J o homem on voro tudo o que comest vel submete se a seu vasto apetite o que implica como consequ ncia imediata poderes de degusta o proporcionais ao extenso uso que far desses poderes De fato o aparelho do gosto de uma rara perfei o no homem e para nos convencermos claramente disso vejamo lo em a o BRILLAT SAVARIAN 1995 p 51 As escolhas alimentares relacionam se a uma teia complexa din mica e variada de determinantes que podem ser observados a partir de muitas perspectivas O refinamento e a compartimentaliza o dos conhecimentos em sa de e nutri o
243. ado nas palestras do doutor ou do enfermeiro para a popula o STOTZ et al 2005 p 12 Sobre esta quest o destaca Machado 2008 que existe uma tend ncia em ampliar referenciais te ricos para profissionais de sa de educadores contudo a incorpora o de novas pr ticas tem se mostrado ainda insuficiente A dificuldade pode estar na manuten o de um modelo verticalizado de atua o do profissional de sa de que preza as atividades coletivas e de divulga o de informa o em massa A responsabilidade pela ado o de novos h bitos e estilo de vida imediatamente transmitida ao outro a partir do momento em que informado sobre os riscos de adoecer desconsiderando se o percurso para a incorpora o das orienta es MACHADO 2008 comum que os profissionais escolham o tema que consideram que precisa ser aprendido pelos moradores independente do interesse destes e programem uma palestra em que falam sobre aquilo que julgam que a popula o deve saber Na perspectiva da educa o popular o tema a ser trabalhado em uma atividade educativa deveria partir justamente de uma problematiza o que permitisse levantar as necessidades educativas e o conhecimento anterior da popula o STOTZ et al 2007 p 58 Para Vasconcelos 2001b na din mica dos servi os de sa de que assumem os pressupostos da EP amp S o di logo torna se conceito central as trocas interpessoais s o valorizadas e h um esfor o para compre
244. adro 4 Caminho Metodol gico Cronologia das atividades de trabalho de campo Atividade Evento Per odo Descri o Data Recolhimento consulta e s ntese do acervo Sistematiza o de Set 2011 a 03 encontros de sistematiza o 02 entrevistas Experi ncias de EAN jul 2012 individuais e elabora o de documento s ntese ae ET n a 04 entrevistas individuais Visitas inicial e entrevistas escola e unidade Dea o Entrevistas individuais e coletivas de salde a jul 2012 Greve de professores abril maio Suspens o parcial das atividades de campo municipais de 2012 paralisa es de professores Atividades Educativas desenvolvidas por estudantes Observa o de trabalhos em pequenos de enfermagem durante a 09 05 2012 grupos jogo sobre alimenta o saud vel e Semana da Alimenta o constru o de pir mide alimentar Escolar Atividades educativas Observa o de atividades educativas do PSE realizadas pelas eSF 11 05 2012 apresenta o de Album Seriado MS palestra Programa o PSE sobre bullying e distribui o de escovas de dentes Reuni o de Planejamento Observa o da reuni o de planejamneto PSE 11 05 2012 preenchimento de planilha enviada pelo GTI M com as metas para a escola e GTI L Atividade educativa sobre Observa o de atividades educativas do PSE sustentabilidade realizada 10 07 2012 trabalhos em pequenos grupos e debate sobre pelas eSF Programa o como diminuir o desperd
245. ai conferir tudinho Igual hoje chegou as frutas estavam muito maduras eu falei N o tem como Ent o assim eu fico despreocupada porque eu sei que ela vai receber vai conferir vai passar tudo certinho 7 O Munic pio tem um Conselho de Alimenta o Escolar CAE atuante que se re ne sistematicamente e possui espa o f sico e administrativo para desempenho de z suas fun es no pr dio da SME O CAE identificado como parceiro pela Coordenadoria de Nutri o Educacional E um conselho muito atuante Ent o muitas das vezes o conselho quando vai visitar as escolas identifica alguma coisa que est caminhando fora da proposta ele traz para a gente a gente e faz essa media o e consegue estar melhorando o atendimento na qualidade E eu gosto dessa parceria GTI M 4 Em portf lios da SME s o descritas as v rias experi ncias de EAN em escolas p blicas do munic pio que foram inclu das na sistematiza o de experi ncias Sobre tais experi ncias a coordenadora avalia N s temos assim um n mero muito grande de escolas que desenvolvem projetos voltados para a educa o alimentar com relatos das fam lias dizendo que mudou o contexto no dia a dia da crian a que o nosso principal objetivo Porque eu penso que n o adianta s voc oferecer uma alimenta o de qualidade ali naquele hor rio quando ele vai para casa ele volta a comer errado ou os pais mandam biscoitinhos salgados e refri
246. alar tudo de novo 3 eSF Tudo o que est acontecendo na escola a gente tem que colocar no PPP N o s a falta de gua a falta de cobertura de renovar a estrutura os consertos os reparos tem escrito no documento ent o como que pode ficar um Programa de Sa de da Fam lia fora N o pode Agora quem aqui ficar cabe ler o documento e ai come ar Na semana de planejamentos chamar as pessoas 18 ED Os documentos orientadores e normativos do PSE indicam esta inclus o da sa de escolar no PPP da escola mas este n o um instrumento que fa a parte das Professores e profissionais do PSE s o concursados e lotados nas Unidades de Sa de e Educa o do bairro Contudo o v nculo entre estas duas equipes ainda n o foi efetivado 151 discuss es dos profissionais de sa de que aproveitaram para compreender mais sobre o assunto como forma de melhorar a interlocu o entre as equipes Ele nasce atrav s da discuss o primeiro com os professores um diagn stico analisa a realidade o contexto social aonde est inserida a escola canaliza a quest o dos segmentos que a escola tem deve ser feito com o profissional da portaria at a dire o n Ent o seria importante que aqui a gente tem uma rea que tem val o que tem a quest o da falta de saneamento b sico ent o a gente tem a parceria com o PSE JQual o papel do professor de portugu s nisso Durante o ano que a es ele pode j
247. algum tempo e n o havia sido substitu da Como os alunos n o poderiam mais ficar sem aula ela estava passando atividades para eles Ela considera que o assunto importante para ser tratado com os estudantes higiene porque alguns alunos tinham mau cheiro e n o tomavam banho Disse tamb m que alguns n o t m abastecimento de gua em casa Sobre uma menina que demorou a se inserir no grupo e que permaneceu calada a professora falou que ela mesma se isola da turma por causa de seu mau cheiro e que na casa dela o banheiro do lado de fora Sobre o fato de n o conseguirem apresentar um conceito de sustentabilidade disse que eles n o tiveram acesso a este tema e nem aos debates sobre a Rio 20 Importante refletir que parece no m nimo constrangedor tratar do tema da sustentabilidade pautado no combate ao desperd cio em um local em que gua e mesmo a energia el trica n o chega de forma adequada a todos os estudantes Lan ar m o de ilustra es para iniciar um debate pode ser bastante produtivo mas cabe destacar que a casa de bonecas em quest o em nada se parece com as casas daquele bairro Utiliz la e ainda por cima sem problematiz la tamb m parece bastante constrangedor As dificuldades de leitura e escrita dos alunos n o podem ser desconsideradas e nem naturalizadas mas precisam ser tomadas como condicionantes e n o determinantes no processo de viver e aprender Freire 2005 Mais uma vez percebe se aspectos relacionados
248. antos e Schnetzler 1998 contribuem para a forma o do cidad o as atividades que desenvolvem participa o e a capacidade de tomar decis o Para tanto devem ser incorporadas estrat gias para que o aluno seja ativo e emita sua opini o Com rela o ao ensino de ci ncias demandar uma mudan a radical Enquanto nos limitamos a uma educa o cient fica pura e neutra desvinculada dos aspectos sociais a nossa contribui o ser muito pouca para reverter o atual quadro da sociedade moderna Essa educa o alienante e defeituosa tem at mesmo refor ado o sistema de domina o humana SANTOS SCHNETZLER 1998 p 268 Destaca se o potencial da abordagem CTS para contribuir na promo o da cidadania e para ampliar a possibilidade e a capacidade de participa o do conjunto da sociedade no processo de decis es que envolvam CT O escritor e jornalista americano Michael Pollan em seu livro O dilema do on voro uma historia natural de quatro refei es realiza um exerc cio de reconhecimento e registro das origens de alimentos consumidos cotidianamente Ele chama a aten o para o tom de confus o e ansiedade hoje estabelecido para responder uma quest o que bem poderia ser considerada simples o que se vai comer na pr xima refei o Destaca o autor 40 Quando podemos comer quase qualquer coisa que a natureza tenha a oferecer decidir o que se deve comer ir necessariamente provocar ansiedade sobretudo quando alguma
249. ao modelo tradicional de educa o e sa de que culpabilizador prescritivo normativo e descontextualizado VALLA 2011 VASCONCELOS 2004 137 Escutar pode ser compreendido por muitas pessoas como ato simples e passivo mas escutar atentamente tarefa que exige muito de quem se prop e ao di logo num exerc cio di rio de humildade como destaca Paulo Freire a todo o momento Neste escutar atento no exerc cio da problematiza o geralmente as respostas podem impactar e surpreender e sempre tem a sua l gica e expressam a vis o de mundo do educando Foi justamente o que ocorreu no caso da atividade sobre sustentabilidade Ali s uma resposta bastante l gica Leonardo Boff por exemplo vem desenvolvendo milit ncia relevante no tema ecologia e costuma fazer rela o parecida ao tratar das crises que incluem a ambiental E somos filhos e filhas da Terra Somos Terra que anda e dan a que freme de emo o e pensa que quer e ama que se extasia e adora a Deus Terra grande m e superorganismo vivo complexo e din mico a Gaia dos antigos e novos cosm logos BOFF 2002 p 61 Apesar de terem sido poucas oportunidades de observa o houve a possibilidade de identificar algumas caracter sticas comuns s atividades observadas Em todas elas a dire o da escola estava ciente de que um grupo chegaria para realizar uma atividade relacionada sa de ou nutri o mas n o sabia informar quais os nomes dos
250. ar a educa o alimentar e a discuss o sobre a imagem corporal PORTRONIERE FONSECA 2012 p 53 Como descrito no item 4 3 5 com base neste di logo com as professoras e todo o processo de descri o do territ rio foram desenvolvidas as a es iniciais de rodas de conversa c rculos de cultura e como culmin ncia atividades em comemora o Semana Mundial da Alimenta o Posteriormente os professores envolvidos foram entrevistados e convidados a apresentar suas avalia es acerca das tem ticas e o desenvolvimento das atividades A possibilidade de trabalhar temas de sa de e nutri o nas disciplinas foi identificado como vi vel e interessante pelos professores de artes hist ria e geografia que participaram das atividades de culmin ncia A minha disciplina artes e tem uma aproxima o est tica visual no que a gente come e a gente come o que a gente v tamb m e tem artistas que trabalham com alimento com met foras visuais dos alimentos E enfim a exposi o de fotos tamb m foi uma manifesta o disso a est tica da comida achar o relevante e pode ser trabalhado em conjunto 21 Prof voc pode usar as formas de alimenta o como uma maneira de conhecer as formas da antiguidade sexto ano S timo ano voc come a a ver hist ria do Brasil a voc v o encontro do portugu s com o ndio ent o s o culturas diferentes evidentemente formas de alimenta o diferente que v o ser incorpo
251. ar e encontrar os recursos para as atividades Foram falas muito enf ticas e recorrentes A vem aquele problema que a gente falou da outra vez o material de insumo para a gente fazer a atividade 4 eSF A na escola tamb m a gente precisou de cola e tesoura e tamb m n o tinha cola e tesoura E a a gente j tinha comprado a cartolina j tinha feito todos os recortes que era o material que a gente trouxe pra c pra fazer Ent o tem essa dificuldade se a gente n o fizer e n o procurar n o tem como fazer a atividade S na base da fala 4 eSF Nesta quest o inclu ram tanto material de papelaria quanto material educativo cartilhas lbuns seriados cartazes jogos folder ou outros desta natureza H uma identifica o de que este apoio essencial para prender a aten o dos estudantes As atividades baseadas na fala s o identificadas como menos produtivas N o desperta o interesse das crian as S a gente falando sem mostrar nada N o desperta interesse 1 eSF Muitas atividades n s fizemos s na base da fala Por exemplo a de viol ncia n o teve material nenhum Foi na base da fala deu pra fazer e foi interessante para eles mas nem tudo voc pode fazer sem material n o 5 eSF O tema viol ncia foi proposto pela escola no ano de 2011 Duas enfermeiras da equipe buscaram curso promovido pela Escola Nacional de Sa de P blica ENSP Fiocruz sobre o tema viol ncia e cultura de p
252. ar o mapeamento junto aos sujeitos de pesquisa de alguns caminhos entre estes limites e possibilidades para efetiva o da EAN no mbito desta escola e tamb m nas a es do PSE e o PNAE em outros contextos Quanto gest o municipal identificou se que as experi ncias junto com movimentos populares pela efetiva o do direito sa de e alimenta o deixaram importantes marcas e ensinamentos para nutricionistas e para outros t cnicos que atuaram junto ao Mutir o de Combate Desnutri o Infantil Contudo existe a necessidade de que o hist rico e os aprendizados de tais experi ncias sejam compartilhados e integrados aos processos de forma o de outros trabalhadores da sa de e educa o neste munic pio Quanto aos t cnicos gestores do PSE percebe se que eles reconhecem os limites da atua o intersetorial em todas as esferas de execu o do Programa mas precisam iniciar processos de sistematiza o dos trabalhos realizados e de aproxima o entre n vel central e territ rio Tais movimentos de registro avalia o e a o em conjunto podem contribuir com reflex es para aprimoramento desta gest o intersetorial Quanto ao territ rio ressalta se que a escola tima anfitri e recebe muito bem as a es de sa de escolar mas precisa reconhecer a necessidade de ocupar um lugar mais ativo e propositivo no debate sobre o PSE e PNAE A equipe de sa de est ciente de suas responsabilidades mas ainda neces
253. aram mais distantes na outra ponta da mesa A planilha tornou se central nesta reuni o cuja pauta foi a pr pria planilha que foi preenchida quase na totalidade pelas duas profissionais da eSF e copiada pelas representantes da escola Os temas e as metas j haviam sido definidos pela pactua o do Munic pio com a Uni o Foi uma reuni o curta As ang stias e o entusiasmo apresentados na entrevista coletiva com as profissionais das eSF acerca do planejamento intersetorial n o foram sequer mencionados Trocaram algumas informa es muito breves sobre calend rios da escola e as metas Houve uma proposta de uma das profissionais das eSF de realiza o de reuni es mensais que foi aceita pelo grupo mas n o foi marcada data A sugest o foi aceita mas n o foi proposto um calend rio ou ao menos data para a pr xima reuni o Estas reuni es n o ocorreram no per odo A defini o de metas tarefa importante para a realiza o de planejamento e avalia o Contudo recebendo metas e temas j burocraticamente pactuados Importante destacar que a entrevista coletiva na escola foi realizada ap s esta Semana 145 sobrou pouco espa o para o di logo em torno das a es e para valoriza o de processos O preenchimento de lacunas da planilha que posteriormente seriam usados pelo GTI M para alimentar o SIMEC foi considerado como resultado satisfat rio Cabe destacar ainda que o n vel de conhecimento e experi ncia com o
254. arar a participa o e tomada de decis o sobre CT dentre outras formas apresentando 39 as condi es sociais que a revolu o tecnol gica provocou em nossa sociedade discutindo com os alunos sobre quem s o os verdadeiros benefici rios da riqueza produzida sobre a explora o exercida pelos grupos dominantes sobre as consequ ncias ambientais do desenvolvimento tecnol gico sobre a exclus o da maioria da popula o dos benef cios gerados SANTOS SCHNETZLER 1998 p 265 Santos 2008 adverte sobre uma preocupa o de que a abordagem CTS esteja sendo restrita a quest es meramente metodol gica perdendo se de toda a discuss o de fundo que a criou A revis o da literatura publicada em congressos realizada por Auler 2007 revela que tal preocupa o tem proced ncia uma vez que constatou por exemplo que a sele o de temas realizados predominantemente pelos professores seja pela repercuss o na m dia ou porque foram considerados adequados para trabalhar um determinado conte do Acrescenta ainda que para uma abordagem CTS os conte dos disciplinares devem ser articulados em fun o do tema ou seja n o h um curr culo definido a priori em inst ncias externas comunidade escolar Percebeu ao contr rio que permanecem os temas sendo apresentados em fun o de conte dos disciplinares Desta forma o tema comparece para dinamizar e motivar os curr culos ainda lineares e externos escola Segundo S
255. as tema gerador e contra tema s timo ano Limites Fala in S Vis o dos Tema Gerador Significativa Vis es de mundo explicativos ducadores contradi es Exa EA Ena Situa o existencial Expressa a vis o de Expressa os v rios n veis de pe ns mundo do educando com percep o de si mesmo e do Exp ressam PA ge AAEE poletiva ioeninca pr Spa eiia oa contradi es mundo em que com que imers o e fatalismo contradi es s cias e problema que desafia A em rela o as diferentes formas de e exige resposta no conflitos e seus limites explicativos Silva 005 Freire 2005 est o e se manifesta por a es reflete sua situa o no mundo Freire 2005 contradi es Freire 2005 preconceitos e de opress o Silva 2005 Freire 2005 n vel intelectual e tamb m da a o Freire 2005 At agora nada S bebi gua a gente fica com fome tr s dinheiro Mas falam que tem dia que est gostosinho se fosse para eles n o iam Comer a comida da escola vergonhoso e quem come s o aqueles estudantes mais pobres ou que n o tem comida em casa e por isso a alimenta o ruim e preparada sem cuidado Por isso Os estudantes n o podem opinar sobre a qualidade da alimenta o porque ela uma doa o ou favor do governo para os alunos que Alimenta o escolar um direito de todo o estudante e s co
256. as foi realizado em 2006 um curso b sico sobre higiene de alimentos e boas pr ticas No ano 2007 seguinte foi tratado de card pio e da utiliza o de temperos nas prepara es da alimenta o escolas As merendeiras receberam tamb m forma o pol tica com temas referentes ao PNAE A proposta para 2008 era trabalhar com o Cozinha Brasil mas n o sendo poss vel tratou se da quest o da sa de da merendeira em parceria com a UNIGRANRIO e Secretaria de Sa de Setor de Sa de Coletiva Pensar em trabalhar o tema sa de da merendeira foi motivado pelo falecimento de uma merendeira que n o sabia que era diab tica Foram envolvidas as 550 merendeira foram avaliadas aferi o de press o art ria glicemia e ndice de Massa Corporal Havia medo por parte das merendeiras que o diagn stico representasse o seu desligamento do servi o o que foi desmitificado nesta atividade As merendeiras diab ticas e hipertensas foram encaminhadas para continuar o tratamento Nesta oportunidade foi realizada uma palestra para as merendeiras sobre alimenta o saud vel Em 2009 a proposta era realizar a capacita o das merendeiras com o apoio do Curso T cnico de Nutri o mas por n o haver verba n o foi poss vel Neste mesmo ano havia sido submetida ao COMSEA DC uma proposta de Projeto da OPAS chamado Cinco Chaves para uma Alimenta o Saud vel Como este era um ano de troca de governo este projeto n o foi adiante no munic pio Apr
257. as identidades que por tanto tempo estabilizaram o mundo social est o em decl nio fazendo surgir novas identidades e fragmentando o individuo moderno at aqui visto como um sujeito unificado A assim chamada crise de identidade vista como parte de um processo mais amplo de mudan as que est deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de refer ncia que davam aos indiv duos uma ancoragem est vel no mundo HALL 2006 p 7 No mundo moderno afirma Hall 2006 a cultura em que nascemos constitui uma das principais fontes de identidade cultural A partir de uma cultura nacional se estabelecem padr es de alfabetiza o generaliza o de uma l ngua como meio dominante de comunica o e criam se institui es culturais e o sentido de na o Na modernidade tardia ou na p s modernidade estes contornos encontram se alterados 31 Grifo nosso 90 Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos lugares e imagens pelas viagens internacionais pelas imagens da m dia e pelos sistemas de comunica o globalmente interligados mais as identidades se tornam desvinculadas desalojadas de tempos lugares hist rias tradi es espec ficos e parecem flutua livremente Somos conformados com uma gama de diferentes identidades cada qual nos fazendo apelos ou melhor fazendo apelos a diferentes partes de n s dentre as quais parece po
258. as t m sabor Elas podem ser doces salgadas ou cidas algumas quentes outras geladas Todas as palavras nos provocam sensa es Muitos poetas s o cozinheiros habilidosos que com sensibilidade nos traduzem temperos del cias e sabores Aprecie o gosto que a vida tem Traga seus talentos e sua criatividade O que tem sabor merece ser cantado recitado desenhado e partilhado Exposi o de Fotos Como o mundo se alimenta Pense em tr s alimentos que voc come todos os dias e no seu prato preferido J parou para pensar porque estes alimentos fazem parte do seu dia a dia E se por acaso voc nascesse no Alasca ser que a sua comida preferida seria a mesma Prepare se para realizar uma volta ao mundo gastron mica Vamos conhecer como se alimentam fam lias de diversas partes do planeta Pode vir s com a roupa do corpo que conhecimento e divers o est o garantidos nesta viagem Es F Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de oficina de Nutri o e Gastronomia Receitas A alimenta o saud vel deve Ser adequada em quantidade atendendo as necessidades nutricionais Ser dispon vel favorecer o acesso f sico e financeiro aos alimentos Ser variada apresentar diversos tipos de alimentos com cores diversas fornecendo diferentes nutrientes sem cair na monotonia alimentar Ser moderada consumida em uma quantidade que atenda s necessidades do orga
259. astradas no PSF aqui 5 eSF Isso um impasse que a gente sofre com isso Incomoda muito A gente constata e n o consegue resolver 4 eSF Os procedimentos de orienta o sobre os diagn sticos e de informes sobre encaminhamento mostraram se fr geis A procura pelos servi os de sa de seja por crian as ou por adolescentes naturalmente acompanhada pelos pais respons veis e n o foi relatada nenhuma estrat gia consistente no sentido de estabelecer este momento para esclarecimentos e orienta es Pedia para ele conversar com a m e explicar o que tinha sido conversado ali mas a perdi essa crian a n o S vou saber agora quando a gente for fazer a avalia o novamente 5 eSF O retorno de um perfil de sa de ap s a completa execu o das metas do Componente importante Contudo existe a preocupa o da escola em ter informa es mais sistem ticas sobre o atendimento dos estudantes de forma a identificar se as demandas levantadas pela a o do PSE foram absorvidas pela Rede de Sa de e tamb m se m es pais respons veis conduziram os filhos ao atendimento Eu acho assim essas crian as que tem um sintoma mais relevante meu modo de pensar foi feito o encaminhamento A gente manda todo m s o perfil dos alunos que tem o Bolsa Fam lia que tem tantas faltas Deveria ter tamb m a mesma coisa Tantas crian as t m esse encaminhamento em car ter de urg ncia ent o a escola receberia um pap
260. atam que algumas vezes os estudantes provam ap s a insist ncia e outras vezes jogam no lixo Legume em geral Se elas pudessem elas cortavam do card pio 15 AE E as merendeiras s o muito carinhosas sempre incentivando Come as crian as hoje n o gostam de verdura nem de legumes mas aqui eles comem muito arroz com br colis arroz com espinafre o que tiver eles est o comendo 10 AE Independente da crian a gostar ou n o as merendeiras colocam Ah n o tem que comer A coloca Prova A quando eu venho para c a fico falando Voc j provou para saber se bom ou n o se gosta Mas a gente coloca Que tem crian a que s vezes olha nunca comeu mas tamb m n o gosta A a gente sempre fica falando e eles acabam A aceitabilidade grande 9 AE 183 Cavalcante e colaboradores 2012 acreditam que a retirada de um alimento n o aceito do card pio pode n o ser a op o se este for considerado importante no desenvolvimento das crian as e ou adolescentes e que seu consumo pode ser incentivado atrav s da educa o nutricional considerando que esta representa a principal ferramenta para otimizar a aceita o da alimenta o escolar e promover h bitos alimentares saud veis CAVALCANTE et al 2012 p 9 Contudo de extrema relev ncia destacar que a insist ncia em ofertar determinadas prepara es e alimentos a todos os alunos deve ser analisada co
261. ato para apresentar a pesquisa foram os primeiros que tive com a maior parte das equipes de n vel central e local O momento de proposi o da pesquisa encontrou conson ncia com uma demanda da equipe de sa de do PSE que era o registro e organiza o das a es de promo o da sa de e preven o que estavam sendo realizados Da mesma forma houve grande aceita o por parte das nutricionistas em sistematizar suas experi ncias e da escola e equipes de Sa de da Fam lia em acolher o di logo sobre alimenta o nutri o e sa de Para responder as indaga es e objetivos propostos pela pesquisa foi realizado trabalho de campo que teve dura o de quatorze meses entre setembro de 2011 e novembro de 2012 Participaram doze servidores p blicos com fun es na gest o de Secretarias Municipais seis profissionais de sa de pertencentes a tr s 11 equipes de Sa de da Fam lia nove funcion rios da escola seis professores e oitenta estudantes das quatro turmas de s timo ano do ensino fundamental A tese est organizada em seis cap tulos que seguem sequ ncia similar ao processo de viv ncia de uma pesquisa participante e converge com os objetivos apresentados Os cap tulos Il e Ill apresentam a base te rica e a revis o de literatura que balizam a constru o e defini o do objeto central da tese O tema alimenta o nutri o e sa de apresentado numa perspectiva de di logo entre os atuais desafios do campo
262. atua o da sociedade civil na constru o do campo da Alimenta o e Nutri o no Brasil elementos para reflex o Revista Ci ncia e Sa de Coletiva Rio de Janeiro v 14 n 3 p 851 860 2009a A constru o da pol tica de seguran a alimentar e nutricional no Brasil estrat gias e desafios para a promo o da intersetorialidade no mbito federal de governo Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 14 n 3 p 851 860 2009b BUSS P M Promo o da Sa de e qualidade de vida Revista Ci ncia e Sa de Coletiva v 5 n 1 p 163 177 2000 CANEN A MOREIRA A F B Reflex es sobre multicuturalismo na escola e na forma o docente In Org Enfases e omiss es no curr culo Campinas SP Papirus p 15 44 2001 CANIN E S RIBREIRO V M B A pr tica do nutricionista em escolas municipais do Rio de Janeiro um espa o tempo educativo Ci ncia e Educa o v 13 n 1 p 47 70 2007 CARBONARI P C Direitos Humanos no Brasil a realidade dos ltimos anos In MOSER C RECH D Direitos Humanos no Brasil diagn sticos e perspectivas Rio de Janeiro CERIS Muad p 19 43 2008 CARDOSO V REIS A P IERVOLINO S A Escolas promotoras de sa de Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento v 18 n 2 p 107 115 2008 267 CARVALHO G S Escolas promotoras de sa de factores cr ticos para a sua implementa o Revista de Educa o v XIl n 1 p 63 75 2004 CARVALHO M A P ACIOLI S TO
263. av s de argumenta o n o apenas t cnica mas muitas vezes humanit ria para garantir autoriza o para a realiza o das atividades Logo os compromissos diante destas estrat gias e projetos tornam se fr geis diante da possibilidade de troca de gestores A eu atrav s do convencimento do Secret rio eu coloquei que era muito melhor a gente ir do que trazer essa demanda toda para os postos de sa de Ent o eu convenci que sa de a gente fazia fora da Sa de que era exatamente na Educa o NUT D Estas experi ncias como tantas outras apontam que o tempo da burocracia n o condiz com o tempo da vida sobretudo quando se pensa nas atividades de EAN articuladas ao calend rio escolar Neste contexto a realiza o das atividades acaba por exigir dos profissionais uma dedica o extrema ou comprometimento termo muito utilizado pelo grupo com elevado estresse e desgaste f sico e emocional Ent o era muita coisa para pouca gente por isso que a gente ficava direto no munic pio mas porque a gente queria ver as coisas andarem n o NUT D A dificuldade maior por conta de profissional E depois at tinha esses profissionais que entraram por concurso mas infelizmente a gente n o pode obrigar as pessoas a se inserirem NUT D 164 Ainda que n o seja objeto de discuss o desta tese cabe registrar a import ncia de se refletir as rela es de subjetividade trabalho no contexto contempor neo em que o
264. az nas escolas A atividade realizada na escola ap s o Curso foi apresentada pelas profissionais de sa de como uma das mais bem sucedidas Nos relatos descrevem que o processo de forma o foi te rico mas tamb m inclui aspectos pr ticos relacionados como desenvolver o tema de forma participativa com os estudantes As falas s o preocupantes na medida em que o planejamento de outras a es educativas acaba ocorrendo a partir do material dispon vel na Unidade Inverte se a ordem a partir do recurso pedag gico dispon vel o foco e a metodologia da atividade s o definidos Desta forma necess rio observar que nem sempre o material visualmente mais atraente o mais adequado veio junto com um monte de materiais que veio pro planejamento familiar a Pir mide Alimentar A veio tamb m os bonequinhos veio pir mide veio vieram algumas coisas que d pra utilizar 5 eSF Qualquer material independente de ser sofisticado ou n o ser realmente til se adequado aos objetivos da atividade educativa Sob as lentes da educa o popular se considera que a palavra e o di logo s o os elementos fundamentais para 142 o desenvolvimento de uma atividade educativa Filmes fotos ilustra es m sicas e qualquer outro material ou estrat gia utilizada s fazem sentido se forem teis media o do di logo Reconhecendo esta como uma quest o importante as pr prias profissionais de sa de identificaram sua
265. balha nesta escola municipal que foi indicada pelo corpo t cnico do Programa de Sa de na Escola O objetivo desta pesquisa discutir os limites e possibilidades para o desenvolvimento de estrat gias de Educa o Alimentar e Nutricional na escola pautadas pelo Direito Humano Alimenta o Adequada Sua participa o n o obrigat ria A qualquer momento voc pode desistir de participar e retirar seu consentimento Sua recusa n o trar nenhum preju zo em sua rela o com o pesquisador ou com a Escola Sua participa o nesta pesquisa consistir em participar de grupos de debate semin rios avaliativos e de acordo com sua disponibilidade e interesse na constru o de s nteses ou relat rios de atividades que participe Datas e hor rios ser o combinados previamente procurando adequar se conveni ncia dos grupos que ser o formados Para facilitar o registro de dados ser o realizadas grava o de udio das atividades Estas grava es ser o destru das num prazo m ximo de cinco anos S o benef cios relacionados sua participa o o acesso a informa es sobre promo o da alimenta o adequada e saud vel e sobre direitos e a possibilidade de contribuir para a constru o de estrat gias educativas nestes temas Como esta pesquisa acontece no cotidiano da Escola tratando de quest es para as quais n o existem consensos os ricos de sua participa o est o relacionados exposi o durante semin rios e grupos
266. batidas com o intuito de encontrar os consensos poss veis Mas o que tem este debate a ver com a rela o tias vesus professores Esta compara o entre tias e professoras foi utilizada por Paulo Freire 2009 para enfatizar a relev ncia de ser professor com as especificidades e a import ncia da profiss o Registra com isto que uma rela o diferente da rela o de parentesco evocada pela denomina o de tia A sua inten o foi registrar seu entendimento de que a tarefa do ensinante que tamb m aprendiz sendo prazerosa igualmente exigente Exigente de seriedade de preparo cient fico de preparo f sico emocional e afetivo E uma tarefa que requer de quem com ela se compromete um gosto especial pelo querer bem n o s aos outros mas ao pr prio processo que ela implica E imposs vel ensinar sem essa coragem de querer bem sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma desist ncia E imposs vel ensinar sem a capacidade forjada inventada bem cuidada de amar FREIRE 2009 p 11 Ele manifesta seu descontentamento com a naturaliza o da utiliza o do termo tia refor ando que n o se trata de quest o de gostar ou preferir o termo professora o que necess rio compreender que por tr s desta escolha existem intencionalidades e direcionamentos pol tico ideol gicos Recusar a identifica o da figura da professora com a da tia n o significa de modo algum diminuir ou menosprezar a figura da tia
267. bi gua s comum o relato de dores de cabe a sonol ncia e cansa o entre os estudantes al m disto o consumo de guloseimas balas bombons pirulitos etc comum Foi poss vel dialogar um pouco sobre as consequ ncias do jejum e houve por parte dos estudantes a percep o de o quanto isto os afetava no dia a dia Eu fico com uma fome eu fico com uma dor e come o a ver tudo rodando E relataram ainda falta de ar moleza irritado quando eu vou comer eu passo mal gastrite Sobre este longo per odo sem comer questionou se sobre chegarem em casa com muita fome e um aluno respondeu N o eu chego em casa e como s dois pratos s As vezes quando eu chego em casa eu durmo O colega completa sua resposta em tom brincadeira Ele dorme porque n o tem comida A para passar a fome O aluno disfar a certo desconforto com a brincadeira e mudam de assunto Quem consome a alimenta o escolar em muitos casos tamb m almo a em casa e isto est relacionado com o hor rio da merenda Existe nestes casos a repeti o do almo o que uma grande refei o podendo ter consequ ncias por exemplo no ganho de peso e ou contribuindo para tornar mais confusa a distribui o de hor rios das refei es di rias Uma aluna que frequenta diariamente o refeit rio explica Eu acordo e n o tomo caf Chego na escola e as 10 00 eu lancho na escola como a comida Quando eu chego em casa
268. bum seriado N o houve possibilidade de preparar o material junto com a professora de educa o f sica contudo todo material foi apresentado e posto Equipe de pesquisa com professora 195 sob sua avalia o antes da atividade com a primeira turma Desta forma foi poss vel a participa o mais ativa da professora nesta atividade intervindo tanto na explica o dos dados quanto na problematiza o das falas dos estudantes O lbum seriado foi objeto de discuss o entre a equipe de pesquisa que optou pela utiliza o desta t cnica como uma forma de codifica o FREIRE 2005 dos dados recolhidos Tanto a adequa o da t cnica quanto quantidade de p ginas e temas a serem inseridos foram extensamente debatidos Definiu se trabalhar em torno de quatro grupos de dados 1 marcadores de alimenta o saud vel 2 marcadores de alimenta o n o saud vel 3 costume de caf da manh e consumo da alimenta o escolar e 4 pr tica de atividade f sica Estes quatro grupos tem ticos estiveram muito presentes nas falas dos estudantes nas atividades anteriores 01 e 02 Foram problematizadas as diferen as entre g nero J a an lise comparativa entre as turmas n o foi realizada para contribuir com o anonimato das respostas e evitar compara es que pudessem ser pejorativas ou preconceituosas entre turmas diferentes A rela o com os dados nacionais sobretudo os marcadores de alimenta o saud vel e n o saud
269. ca A gente viu que era uma das a es que a gente precisava fazer porque onde tinha o maior p blico que deveria ser alcan ado no per odo de aprendizagem mesmo E que a gente n o conseguiria alcan ar a popula o em a es comunit rias E na escola o maior p blico para voc criar h bitos alimentares e saud veis n o precisa ser s alimentares A gente pensou que se essa parceria corresse bem depois isso poderia ser inclu do na grade curricular da pr pria educa o como uma das a es Mesmo que fosse pontual Naquele momento havia uma preocupa o em dupla com estado nutricional destes alunos e em apresentar a realidade de desnutri o existente no munic pio e desconhecida por grande parte dos alunos das escolas particulares Esta iniciativa 295 representou tamb m a possibilidade de inserir as a es educativas na quest o da vigil ncia alimentar e nutricional N o houve problema para realizar a interlocu o com a Secretaria Municipal de Educa o porque foi realizada atrav s da Equipe de Projetos Comunit rios que apoiou e realizou a interlocu o com as escolas O espa o para as reuni es era cedido pela C mara de Vereadores Naquele momento a maior dificuldade foi realizar as a es com uma equipe muito reduzida eram poucos nutricionistas ligados ao SISVAN A avalia o foi de que com uma equipe maior talvez fosse poss vel manter as a es de forma efetiva e n o realiz
270. ca o Alimentar 3 0 1 4 Educa o Nutricional 4 16 10 30 Total 7 16 35 58 No per odo de 1999 at 2005 foram encontrados 16 artigos no Scielo Brasil e em todos eles a palavra chave utilizada foi Educa o Nutricional A express o Educa o Alimentar e Nutricional s come a a ser utilizada como palavra chave a partir de 2006 Entre os anos de 2006 e 2011 ela aparece em 24 dos 35 artigos registrados neste per odo em que apenas 01 um artigo utilizou Educa o Alimentar e 10 dez utilizaram Educa o Nutricional A leitura dos 24 resumos dos trabalhos que utilizam a nomenclatura Educa o Alimentar e Nutricional revela que o termo Educa o Nutricional utilizado em 9 resumos e que em 11 onze resumos ela substitu da por outras 16 express es Dentre os 30 artigos que utilizam como palavra chave Educa o Nutricional 09 nove utilizam outras express es e 01 um Educa o Alimentar e Nutricional Dentre os 58 artigos publicados a partir de 1999 17 utilizaram metodologia quantitativa 13 treze qualitativa 02 dois combinavam metodologia qualitativa e quantitativa e 18 eram textos de revis o de an lise de textos ou documentos oficiais ou artigos reflexivos Quanto aos objetivos apresentados pelos artigos boa parte destinava se a analisar alguma a o programas ou material did tico Os demais estudos objetivavam levantar quest es referentes a comportamento alimentar h bitos alimentares e ad
271. ca da atua o da Pastoral da Crian a os L deres encaminham e denunciam demandas sociais e de sa de ao poder p blico para que este d as respostas cab veis Quando as demandas apresentadas pelas fam lias e pelos L deres n o s o acolhidas e resolvidas pelos servi os p blicos este papel invertido se manifesta O papel invertido identificado quando os profissionais de sa de e de outros servi os p blicos n o conseguem lidar com as demandas sociais e passam a encaminhar fam lias para a Pastoral da Crian a ou quando os L deres precisam lan ar m o de v rios artif cios e atalhos para acessar os servi os p blicos sobretudo exames e interna es Ultrapassada a barreira do acesso aos servi os p blicos de sa de o desafio torna se 1 Criada em 1983 a Pastoral da Crian a atua em reas pobres tendo como temas a sa de da gestante aleitamento materno vigil ncia nutricional reidrata o oral e vacina o Sua din mica de trabalho consiste em capacitar lideran as que residem na pr pria comunidade para atuarem junto a fam lias no cuidado de crian as menores de 6 anos Sua atua o ecum nica apesar de constituir se em rg o de assist ncia social da CNBB www pastoraldacrianca org br encontrar meios de seguir orienta es e prescri es dentre estas as dietoter picas CASEMIRO 2006 2010 Uma d vida inc moda e recorrente acompanha me desde ent o quais quest es est o escondidas p
272. cesso de devolu o organizada e sistematizada dos dados de pesquisa e a confec o de material s o atividades previstas pela metodologia freireana A id ia de um caderno pareceu a mais vi vel dentro do curto espa o de tempo dispon vel Foi distribu do em c pias em preto e brando mas tomado o cuidado de acr scimo de ilustra es e formata o que pudessem ser atrativas para o grupo N o foi poss vel coletar a avalia o do material junto aos estudantes mas a foram ouvidos relatos de profissionais da escola e de professores sobre o interesse dos estudantes pelo material sobretudo no tocante s receitas 9O trabalho de Toral et al 2009 traz contribui es interessante que poderiam ter ajudado nesta avalia o do material 223 Quadro 10 Planejamento de Atividades da Semana Mundial da Alimenta o Culmin ncia das a es de EAN com o s timo ano reas de Tema Falas gt Organiza o Metodol gica Conhecimento 1 Comeria x tudo todo dia pra que sa de 2 Eu s sei F fazer refrigerante Eu s sei fazer suco de Ki suco A partir de um cartaz com figuras de industrializados perguntar Com que freq ncia e em quais refei es estes PI alimentos fazem parte da alimenta o de voc s Porque muitas pessoas preferem estes alimentos Apresenta o e prepara o de pratos e suco Roda de conversa Precifica o e valor nutricional das AT prepara es Sabor dos alimentos industrializados X
273. cia total entre os territ rios cobertos pelas tr s eSF e os estudantes matriculados na escola ou seja existem estudantes de fam lias cadastradas pelas eSF que n o est o matriculadas nesta escola assim como existem crian as matriculadas na escola que residem em locais que n o fazem parte da rea adscrita pelas equipes A escola a maior dentre as tr s escolas municipais do bairro atendendo a mais de mil alunos da pr escola at o 9 ano e tamb m turmas de Educa o de Jovens e Adultos EJA no turno da noite Ao todo 160 funcion rios trabalham nesta escola dos quais s o professores que possui tr s andares dois deles exclusivamente para as salas de aula No andar t rreo funciona a parte administrativa al m de uma sala de leitura quadra de esportes e as estruturas ligadas educa o infantil e educa o especial As salas de aula possuem mobili rio completo com capacidade para cerca de 30 alunos por turma Contudo esta escola tem uma hist ria peculiar Ela foi constru da como escola particular um Liceu e adquirida pelo munic pio no ano de 2006 mudando de nome e obviamente de administra o A boa estrutura relatada pelos profissionais em parte atribu da a este hist rico As instala es para cozinha refeit rio e educa o infantil s o A escola est inclu da no Programa Mais Educa o atendendo 150 alunos com atividades no contra turno de dan a do ventre hip hop O Programa Mais Educa
274. cidades nos pequenos espa os dispon veis uma atitude que pode contribuir para a Seguran a Alimentar Nutricional porque incentiva a alimenta o mais saud vel e livre de fertilizantes e de agrot xicos que s o prejudiciais tanto a sa de e quanto ao ambiente A produ o do pr prio alimento contribui para refor ar a renda mensal e favorece o consumo de vegetais Por isso a agricultura urbana promove melhor qualidade de vida na cidade Mesmo em grandes centros urbanos poss vel fazer hortas viveiros pomares e canteiros de ervas medicinais poss vel plantar hortali as e plantas medicinais no quintal de casa em lajes e em varandas de apartamentos Quando n o for poss vel produzir diretamente no solo podem ser usados canteiros suspensos vasos de planta entre outros Podemos plantar em caixotes latas garrafas pet embalagens vazias bacias baldes pneus e copos descart veis Com os res duos org nicos como folhas secas ou cascas de alimentos podem ser tratados para produzir um rico composto para a aduba o Reutilizar esses materiais uma importante contribui o para diminui o no lixo A produ o agroecol gica a produ o de um alimento saud vel e sem veneno Voc pode come ar a ter mais sa de a partir da sua casa VR Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de A PALAVRA E A COMIDA V M DA MESMA SUBST NCIA A FOME Rubem Alves Na poesi
275. cola promovendo h bitos alimentares saud veis uma proposta metodol gica de capacita o para educadores e donos de 276 cantina escolar Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro v 24 s 2 p 5312 5322 2008 SHIVA V A Revolu o Verde no Punjab In AS PTA A fome no Mundo Textos para Debate n 42 Rio Janeiro AS PTA 1992 SILVA A C De Vargas a Itamar pol ticas e programas de alimenta o e nutri o Estudos Avan ados v 9 n 23 p 87 107 1995 SILVA A F G A busca do tema gerador na pr xis da educa o popular Curitiba CEFURIA 2005 p 155 SILVA C S DELORNE M l C Apresenta o das Experi ncias Escolas Promotoras de Sa de experi ncias no Brasil Bras lia Minist rio da Sa de p 21 30 2007 SILVA O pensamento de Paulo Freire como matriz integradora de pr ticas educativas no meio popular Ciclo de semin rios S o Paulo Instituto Polis 2008 SILVA R M L Tecnologia e desafios da educa o brasileira contempor nea Trabalho Educa o e Sa de Rio de Janeiro v 6 n 1 p 29 50 2008 SILVA T T Documentos de Identidade uma introdu o s Teorias do Curr culo 3 ed Belo Horizonte Aut ntica 2009 p 153 SOARES L T R Pol tica e Movimentos Sociais In SADER E org Governo Lula Decifrando Enigmas S o Paulo Viramundo 2004 SOARES C B SALVETTI M G AVILA L K Opini o de escolares e educadores sobre sa de o ponto de vista da escola p blica d
276. conhecimento cr tico da realidade valoriza o de pluralidade sociocultural s o express es e sentidos presentes nos Par metros Curriculares Nacionais PCNs A quest o da alimenta o aparece na descri o de eixos tem ticos do Ensino de Ci ncias inclusive constituindo se como um dos exemplos A abordagem exemplificada nos PCNs apresenta a possibilidade do tema ser tratado desde as hortas escolares passando pela cultura alimentar at quest es relacionadas nutri o e ciclo de vida Interessa portanto neste momento aprofundar os debates sobre tais rela es que necessariamente precisam ser discutidos n o apenas pelo enfoque do pedag gico mas acima de tudo do pol tico pedag gico entendendo as implica es pr ticas e te ricas de atuar no tema da alimenta o sob um enfoque cr tico e coerente com o atual contexto hist rico Recuperar conex es entre a alimenta o os conhecimentos cient ficos sobre nutri o e a vida de forma a diminuir inseguran as e ampliar as possibilidades de promo o de sa de s o quest es emergentes em nossa sociedade 2 http Awww fnde gov br index php programas alimentacao escolar 43 Neste ensaio preliminar sobre o apoderamento do direito alimenta o escolar a inten o foi provocar breves reflex es problematizando o papel da escola e algumas das contribui es poss veis a partir de uma abordagem CTS Importante enfatizar que em termos de direitos humanos saber que s
277. conjunto com a comunidade para favorecer escolhas saud veis Destaca ainda a import ncia de sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com a alimenta o e desenvolver estrat gias para levar informa es s fam lias 33 A Portaria n 1 010 BRASIL 2006b apresentada como uma ferramenta importante para estabelecer rela es de parceria fundadas na intersetorialidade e da coopera o entre setores para a garantia de uma alimenta o saud vel Ela citada nos documentos referentes ao debate e aprimoramento tanto do PSE quanto do PNAE Uma alimenta o adequada e saud vel deve ser culturalmente referenciada contemplando neste contexto diferen as e diversidade regional cultural e tnica A cultura guarda forte rela o com os h bitos e escolhas alimentares que s o certamente tamb m influenciados pelo contexto social pol tico econ mico e ambiental mais amplo O alimento tem na sociedade humana m ltiplos pap is e significados cria e sustenta rela es sociais sinaliza status social e ocupacional e papeis de g nero marca mudan as importantes na vida anivers rios e festividades e reafirma identidades religiosas tnicas ou regionais HELMAN 2008 O debate acerca de h bitos alimentares n o se restringe portanto ao plano biol gico ou s necessidades fisiol gicas A alimenta o uma constru o cultural tem car ter simb lico cujo significado se d na trama das rela e
278. culturais e s tradi es que deveriam contribuir para um com rcio de alimenta o mundial fundado na equidade MORIN 2013 p 295 Para compor estas quest es sobre alimenta o e consumo cabe aqui inserir o outro da antropologia Neste sentido o que como quando e com quem se come obedecem a singularidades muito particulares em cada sociedade determinando a exist ncia de uma grande diversidade de pr ticas alimentares MACIEL 2001 O alimentar se um ato vital sem o qual n o h vida poss vel mas ao se alimentar o homem cria pr ticas e atribui significados quilo que est incorporando a si mesmo o que vai al m da utiliza o dos alimentos pelo organismo MACIEL 2001 p 134 No campo da ci ncia da nutri o os investimentos em conhecimento deram se em torno das defini es de recomenda es Este conhecimento em sendo acumulado desde a Antiguidade quando m dicos e cientistas identificavam circunst ncias de falta de alimentos guerras longas viagens n o disponibilidade e sua rela o com doen as Desde a primeira recomenda o suco de lim o na ra o da Marinha inglesa em 1785 at os dias atuais os conhecimentos em torno das recomenda es tem se ampliado FISBERG et al 2005 As recomenda es nutricionais e as propriedades dos alimentos s o as informa es mais mencionadas e acionadas em diversos contextos isto por seu reconhecimento como cient ficismo Contudo essencial salinetar qu
279. da troca entre os profissionais de sa de e a popula o num processo de supera o da ruptura hist rica entre ci ncia e senso comum em que todos os sujeitos s o docentes de saberes diferentes CARVALHO et al 2001 p 103 Trata se de uma atitude de respeito e proximidade para que se reconhe a que O senso comum expressa o modo de vida dos grupos dominados contendo elementos de resist ncia e n cleos de bom senso CARVALHO et al 2001 p 103 157 Neste momento inicial com o Mutir o em ascens o experimenta se uma participa o em massa marcante continuada e informada com cobran a ao Estado por desdobramentos das a es de prote o inf ncia e pelo direito alimenta o Registra se posteriormente uma mudan a de contexto com a consolida o de uma participa o mais institucionalizada e com marcada separa o e antagonismo de pap is entre sociedade civil e poder p blico A partir desta constata o a escola apontada como um lugar de poss vel retorno atua o mais pr xima popula o Estes aspectos s o sintetizados na fala abaixo sobre a atua o no Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional criado em 2005 complicado o conselho por isso Se vier proposta da sociedade civil o governo tem que acatar mas se vier do governo tem sempre um clima Ent o eu acho que essa apropria o da sociedade civil daquelas pessoas essa estrat gia que pode dar cer
280. da Fam lia eSF Foi feito um convite ao di logo sobre o PSE e sobre alimenta o e nutri o Correspondeu ao momento de descobrir o campo de pesquisa os interessados e suas expectativas e estabelecer um primeiro levantamento ou diagn stico da situa o dos problemas priorit rios e de eventuais a es THIOLLENT 1988 p 48 Existe um extenso repert rio de atividades poss veis para este tipo de diagn stico que inclui entrevistas com pessoas ou grupos envolvidos na situa o investigada a coleta de informa es secund rias e a observa o de mapas e organogramas al m da pesquisa te rica THIOLLENT 1988 Nesta pesquisa optou se pela realiza o de entrevistas aliado ao registro sistem tico em di rio de campo das visitas escola e unidade de sa de bem como das observa es em atividades de educa o em sa de e EAN realizadas na escola no per odo Buscou se ainda o acesso aos relat rios de diagn sticos cl nicos e nutricionais realizados pelo PSE nesta escola bem como os registros de atividades 101 educativas Houve consulta equipe local e ao GTI M mas estes dados n o estavam analisados e nem dispon veis para consulta A equipe respons vel pela alimenta o escolar nesta unidade composta por uma nutricionista e uma supervisora de merenda que est o na escola pelo menos uma vez por semana e por uma equipe que trabalha diariamente na unidade uma respons vel de merenda e cinco mer
281. da atividade e se gostariam da continuidade das atividades A terceira atividade foi realizada durante a aula de educa o f sica na quadra ou em sala de aula de acordo com a disponibilidade das turmas em cada dia A atividade foi apresentada pela professora como parte integrante da avalia o da disciplina Como atividade f sica e h bitos alimentares foram aspectos tratados na Atividade 01 n o houve estranhamento aos temas Assim foram distribu dos question rios AP NDICE 9 aos estudantes que preencheram individualmente ap s breve apresenta o do mesmo Quando encontravam d vidas ou dificuldades eram auxiliados por algum membro da equipe de pesquisa Os question rios utilizados nesta pesquisa foram inspirados em quest es da Pesquisa Nacional de Sa de do Escolar PeNSE IBGE 2009 com formato adaptado e resumido apenas aos aspectos alimentares e de atividade f sica A PeNSE uma iniciativa do Minist rio da Sa de em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE desenvolvido a partir de demanda apresentada pelo Decreto 6 286 2007 que institui o Programa Sa de na Escola PSE Foi realizada pela primeira vez no ano de 2009 em escolas particulares e p blicas de 26 capitais de estados e no Distrito Federal com estudantes do 9 ano atrav s de question rios auto aplac veis IBGE 2009 Em 2012 o IBGE repetiu esta pesquisa Utilizado a mesma perspectiva que o da atividade anterior
282. da pesquisa Ao contr rio do grupo de professores estas funcion rias apesar de serem concursadas da Rede Municipal de Educa o assumem fun es de confian a em regime de contrato tempor rio S o moradoras do munic pio e est o pr ximas de obterem aposentadoria Com rela o ao espa o do recreio e da alimenta o escolar localizado tamb m no primeiro andar destaca se a exist ncia de um p tio coberto com mesas de jogos Tot um refeit rio amplo com mobili rio novo e adequado uma cozinha ampla e bem equipada A dispensa grande com diversas estantes e tr s frizeres muito bem organizados No refeit rio existe um balc o t rmico para a distribui o de alimentos e que n o est sendo utilizado segundo as merendeiras por estar com defeito 122 Esta estrutura de refeit rio cozinha e despensa foi muito elogiada pela supervisora de merenda e pela nutricionista Contudo um grande limite apresentado a falta de gua no bairro Como a escola herdou uma d vida com a CEDAE n o h abastecimento regular feito pela rede p blica A escola recebe gua em carro pipa tr s vezes por semana Ainda assim esta quest o impacta o funcionamento da escola e o pr prio card pio No decorrer da pesquisa a quest o do desabastecimento de gua tornou se mais grave ocasionando suspens o de aulas e atrasos no cronograma escolar Quando a gente est com uma car ncia de gua a gente procura fazer uma merenda seca n o
283. dade Tamb m n o quero dizer que promover organiza o comunit ria tenha que ser mais uma fun o da escola mas este potencial n o pode ser negado O fato que o v nculo entre escola e a comunidade provavelmente representa uma ponte capaz de dar concretude aos discursos cr ticos realizados dentro da academia A escola vista n o s como parede curr culo e projeto pedag gico mas a escola com seus entornos com seus cochichos e recreios uma escola viva no cotidiano comunit rio Acredito que exista um local de encontro FREIRE 2005 onde as vozes silenciadas CANEN MOREIRA 2001 possam ser ouvidas neste caminho entre o port o e o refeit rio talvez passando pelo p tio e certamente em algum momento chegando sala de aula Ao concluir esta tese penso que este local certamente diferente em cada escola e que caminhar at l ainda representa um grande desafio Foi a necessidade de aprofundar minhas reflex es sobre as possibilidades de conviv ncia entre a educa o popular e as pol ticas p blicas de alimenta o sa de e educa o que motivou a realiza o desta pesquisa Sendo coerente com as inquieta es descritas a op o metodol gica assumida da pesquisa participante que permite a experi ncia registro e constru o compartilhada de saberes 1 2 OBJETIVOS 1 2 1 Objetivo Geral Discutir os limites e possibilidades para o desenvolvimento de estrat gias de educa
284. dade e a interdisciplinaridade que s o essenciais ao processo de promo o da alimenta o saud vel e ao apoderamento do Direito Humano Alimenta o Adequada As conclus es desta tese alinham se com as propostas de amplia o dos espa os de forma o para profissionais que atuam em sa de escolar a partir das dimens es do cuidado e da integralidade no sentido de refor ar capacidades e sensibilidades para uma atua o que transcenda 12 o cumprimento burocr tico de metas e normas encontrando espa os para di logos e aproxima es generosas entre diferentes saberes 13 2 SITUANDO ALIMENTA O E SA DE NA ESCOLA 2 1 EDUCA O ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL O compromisso pr prio da exist ncia humana s existe no engajamento com a realidade de cujas guas os homens verdadeiramente comprometidos ficam molhados ensopados Somente assim o compromisso verdadeiro Ao experiment lo num ato que necessariamente corajoso decidido e consciente os homens j n o se dizem neutros A neutralidade frente ao mundo frente ao hist rico frente aos valores reflete apenas o medo que se tem de revelar o compromisso Este medo quase sempre resulta de um compromisso contra os homens contra a humaniza o por parte dos que se dizem neutros Est o comprometidos consigo mesmos com seus interesses ou com os interesses dos grupos aos quais pertencem E como este n o um compromisso verdadeiro ass
285. dade e criatividade em favor de uma rela o n o banc ria e n o dominadora Por que n o estabelecer uma intimidade entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experi ncia social que eles t m como indiv duos Por que n o discutir as 230 implica es pol ticas e ideol gicas de um tal descaso dos dominantes pelas reas pobres da cidade A tica da classe embutida neste descaso Porque dir um educador reacionariamente pragm tico a escola n o tem nada que ver com isso A escola n o partido Ela tem que ensinar os conte dos transferi los aos alunos Aprendidos estes operam por si mesmos FREIRE 1996 p 30 Alimenta o e nutri o ao integrarem os temas de sa de est o inclu das dentre os temas transversais nos Par metros Curriculares Nacionais PCNs Os referidos temas podem ser trabalhados em diferentes disciplinas mas a maioria dos projetos s o realizados nas aulas de Ci ncias ou Biologia ZANCUL DUTRA de OLIVEIRA 2007 p 225 O curr culo esse espa o de sele es nunca neutras e de exerc cio de poder constitui em um dos temas escolares pouco conhecidos por nutricionista e outros profissionais de sa de Ainda assim na nsia de colocar pautas importantes de sa de alimenta o e nutri o para a escola muitos profissionais de sa de caem na tentadora armadilha de tentar fornecer aos professores os temas e as abordagens relevantes desconsiderando desta forma os diferent
286. dade f sica Muitos dos alunos jogam futebol quase todos os dias e v em neste esporte possibilidade de atua o profissional A principal articula o entre os temas de alimenta o e nutri o com a sa de foi sob a perspectiva da higiene de alimentos Isto pode estar relacionado s atividades iniciais que se focaram mais alimenta o do que na nutri o e pode estar relacionado a um discurso de higiene que permeia as escolas de forma geral e a esta de forma espec fica relacionando se a condi es geradas pela a falta de gua Eu acho assim se alguma coisa est estragada vai fazer mal com certeza Higiene Os alimentos deveriam ser mais lavados Esta faltando higiene na hora de fazer a comida Eles lavam o prato eles botam a comida no prato e prato est cheio de gua Outras rela es entre sa de e nutri o surgem de explica es relacionadas a equil brio e regularidade das refei es Se voc comer muito faz mal e se voc n o comer voc n o vive Tem que comer para ficar bem Comer nas horas certas de se alimentar Os estudantes demonstraram dificuldades em sugerir temas para aprofundamento relacionados sa de alimenta o e nutri o quando questionados diretamente sobre o que gostariam que fosse abordado em atividades seguintes Al m de sugerirem mais debates sobre a alimenta o na escola destacaram os temas da obesidade e da alimenta o saud vel relacionada ao preparo da ali
287. das e de uma percep o mais profunda dos problemas alimentares Destacam ainda que este movimento pode ser uma importante contribui o para as queixas de insatisfa o frustra o e impot ncia revelada por muitos nutricionistas Sinalizam para a necessidade de transcender os modelos tradicionais de educa o alimentar e nutricional por meio da constru o de espa os participativos que permitam a aproxima o da realidade e a supera o da tradicional rela o hier rquica entre profissionais de sa de e usu rios de servi os FERREIRA MAGALH ES 2007 Santos 2005 em seu artigo acerca da educa o alimentar e nutricional no contexto da promo o da sa de destaca que o termo promo o de pr ticas alimentares saud veis passa a constar com frequ ncia dos documentos a partir do final da d cada de 1990 aliando se ao discurso de estilo de vida saud vel Mais adiante ressalta que a Pol tica Nacional de Alimenta o e Nutri o PNAN tem como avan o o fato de contrapor se ao modelo de aten o sa de prevalente a partir de 1970 tamb m no campo da alimenta o e nutri o de uma abordagem centrada em grupos de risco mas matem o foco na dissemina o de informa o 19 a o que considera necess ria mas que n o abrange aspectos mais complexos conflituosos e conflitantes da educa o alimentar e nutricional A dupla carga da m nutri o no Brasil persist ncia da desnutri o e de car ncia
288. de algumas a es Semana de nutri o Projeto Alegria Implanta o do SISVAN no Ensino Fundamental Encontro de Merendeiras Projeto P o Nosso participei como convidada Oficinas de Forma o para as Equipes de Sa de da Fam lia etc Em tempo Conselheira do COMSEA representando a ATAN de 2006 a 2009 Junho de 2011 solicitei transfer ncia para a Coordenadoria de Aten o B sica PSF com vistas a atua o no PSE Atualmente fa o parte da Equipe T cnica do PSE Sa de atuando na supervis o das equipes do PSF e como articuladora das a es do PSE PSF Quanto a atua o em Conselhos representando o governo atuou no Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias Atua o em espa os volunt rios relacionados ao tema alimenta o e nutri o n o atua Educa o Alimentar e Nutricional Promo o da Sa de e preven o de doen as cr nicas n o transmiss veis Esta preven o ter como conseg ncia resgate da cidadania principalmente na popula o no ltimo ciclo de vida onde estes idosos t m que lidar com doen as baixos sal rios ou nenhum aposentadoria e paralelamente as longas filas de espera das agendas das unidades falta de medicamentos etc Isso levar a redu o da tristeza e da depress o Isso sa de 287 Ap ndice 4 Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o e
289. de avalia o das condi es de sa de de promo o da sa de e preven o a riscos e agravos sa de no qual o p blico alvo s o os profissionais das equipes de Sa de da Fam lia profissionais das unidades de sa de profissionais das escolas e jovens educandos BRASIL 2011a O PSE orientado por tr s princ pios a intersetorialidade que enquanto modelo de gest o desafia a l gica das pr ticas profissionais fragmentadas propondo modelo de cuidar orientado pela universalidade participa o integralidade articula o e corresponsabilidade a integralidade como processo de identifica o dos sujeitos em sua totalidade percebendo o educando como sujeito hist rico social e pol tico articulando ao seu contexto familiar ao meio ambiente e sociedade na qual se insere e a territorialidade como espa o coletivo da diferen a e produto da apropria o da valoriza o simb lica de um grupo em rela o ao servi o vivido BRASIL 2011 67 A intersetoriliadade um desafio central na execu o do PSE Para tanto a principal estrat gia em curso constitui o dos Grupos de Trabalho Intersetorias nas tr s esferas de governo Estes espa os constituem se em inst ncias de pactua o de metas constru o coletiva de planos e projetos e realiza o do monitoramento e avalia o das atividades realizadas no mbito do Programa O fortalecimento dos GTI visto como essencial para o avan o e consolida o do PSE
290. de complexidade diversificada de simples aos mais elaborados que inclu am pratos citados durante a Atividade 01 como as comidas preferidas Foi tamb m estimulada a sugest o de outros pratos pelos 51 Os estudantes eram encorajados a dialogar livremente sobre as suas experi ncias e o roteiro utilizado pelas pesquisadoras para retomar os debates nos momentos de sil ncio ou de dispers o Era utilizado ainda como forma de confer ncia para garantir a abordagem dos temas sugeridos para aquele momento APENDICE 8 192 estudantes de acordo com os costumes de casa Ap s a apresenta o de cada grupo o restante da turma tentava adivinhar qual prepara o havia sido descrita Foi uma atividade muito animada e com grande ades o dos grupos Mediado por esta din mica o di logo transcorreu com a turma organizada em um grande c rculo A partir de um roteiro de quest es os estudantes foram convidados a falar sobre suas experi ncias habilidades e tarefas familiares relacionadas ao preparo e compra dos alimentos Ao final inclu ram se quest es sobre a presen a de hortas e rvores frut feras em casa ou na casa de parentes e vizinhos refletindo sobre a rela o dos estudantes com seus quintais e de seus quintais com a alimenta o Para concluir questionou se sobre que rela es eles enxergavam entre a forma de preparar os alimentos e a sa de Mais uma vez foi realizada uma avalia o simples questionando se haviam gostado
291. de consumo de a cares simples e alimentos com maior ter de sal e de gordura ARAKI et al 2011 TRICHES GIUGLIANI 2005 FEIJ et al 1997 O h bito de comer estudando ou assistindo televis o frequente sendo relatado por 60 0 dos estudantes Comer assistindo televis o um h bito que tem sido associado excesso de peso e consumo de alimentos menos saud veis Para a parte da tarde os relatos foram bastante variados Muitos falam que beliscam enquanto est o no computador ou em frente televis o Alguns referem o consumo de pequenos lanches Todo dia de tarde a noite eu como biscoito com guaravita Outros tomam caf da tarde com p o e leite Para a avalia o de frequ ncia alimentar foi utilizada a proposta da PeNSE que trabalha com marcadores de alimenta o saud vel e n o saud vel identificando o consumo semanal destes em cinco ou mais dias na semana Feij o legumes e verduras frutas e leite foram selecionados como marcadores de alimenta o saud vel Frituras embutidos biscoitos e bolachas guloseimas e refrigerante foram identificados como marcadores de alimenta o n o saud vel Figura 6 Percentual de estudantes do s timo ano por consumo alimentar semanal Setembro de 2012 Guaran natural ou bebidas doces 1 Refrigerante Leite Frutas frescas Guloseimas Salgadinho de pacote Biscoitos doces Biscoitos salgados Legumes ou verduras cozidos Salada crua Legume
292. de modo a incorporar atitudes e ou comportamentos adequados para a melhoria da qualidade de vida Desse modo profissionais de sa de e de educa o devem assumir uma atitude permanente de emponderamento dos princ pios b sicos de promo o da sa de por parte dos educandos professores e funcion rios das escolas Brasil 2011 6 Reafirma se assim a escola como espa o estrat gico de educa o em sa de apontando a necessidade de investir no fortalecimento do poder local de avalia o e de P planejamento que parta da realidade concreta Gato o caminho correto Depende Alice para onde voc quer ir N o sei estou perdida qual Para quem n o sabe onde Ap ndice 14 Roteiro de Entrevista Avalia o professores Brasil Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Sa de na escola Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Bras lia Minist rio da Sa de 2009 347 1 Voc falou sobre as atividades da semana ou da pesquisa em sala de aula Como foi 2 Voc identificou temas ou abordagens sobre alimenta o e nutri o que se aproximam da sua disciplina Quais De que forma e porque se aproximam Voc j havia pensado nestas interfaces 3 Para voc quais foram os pontos fortes da atividade realizada E quais foram os pontos fracos Que sugest es voc daria se e
293. dentificadas como um componente que pode contribuir 114 para sustentabilidade das a es de sa de escolar As atividades de forma o s o percebidas como oportunidade de continuidade mesmo sem os repasses da Uni o Porque a nesses encontros a gente procura agregar a equipe que atua na escola com profissionais da escola para que eles possam naquele momento planejar uma a o pra futuro atrav s daquele movimento de forma o que a gente est desenvolvendo ali GTI M 3 SME A exist ncia de uma experi ncia concreta pr via implanta o do PSE analisada de forma cr tica Destaca se como dificuldades a heran a e perman ncia de uma perspectiva das a es de sa de escolar nos moldes de campanha e o grande enfoque das a es de triagem e assist ncia sa de dos escolares Como aspecto positivo destaca se a possibilidade da constru o de parcerias entre os setores que ainda trabalhosa mas a experi ncia pr via representou ganho importante para a implanta o do PSE o que eu posso falar que aqueles munic pios que est o come ando hoje o Programa eles t m que estar muito bem articulados j de outras situa es muitos bem articulados no caso a sa de com a educa o Porque se n o a coisa n o vai para frente S o conflitos imensos Todas as dificuldades que voc possa imaginar v o ocorrer E a gente tem que estar o tempo todo apagando inc ndios quaisquer possibilidades de sensibiliz
294. dequar se resposta da maioria Muitos n o foram capazes de expressar o motivo de n o comerem a merenda ou explicitar o que n o gostam Eu n o como Mas 6 falam que tem dia que est gostosinho S comi s na quarta serie Parei N o sei Algumas falas demonstram raiva ao tratar da alimenta o escolar porque esta identificada com a proibi o da cantina na escola Reclamam por n o terem o direito escolha e fazem quest o de ressaltar que teriam dinheiro para consumir na cantina Deixa eu falar Porque tem vezes que a gente traz o dinheiro a gente quer ir l fora comprar um lanche a coordenadora n o deixa a gente comer Ent o o que A gente obrigado a comer na escola Porque s vezes a gente fica com fome toda hora A eu quero comer A fui l comprar quando eu volto ela fala que se ver de novo vai mandar a gente para fora Por qu Eu quero saber por qu E a colega ao lado completou Ela coordenadora viu o salgado da barraquinha passar por baixo Falou que a gente tinha que comer a comida da escola n o comer salgado E tem gente que n o obrigat rio comer a comida da escola A jovem que fez a primeira fala mais adiante no debate expressa novamente sua revolta com a alimenta o na escola Eles dizem que d o comida na escola s para quem n o tem comida em casa n o ficar com fome Quando questionada 199 sobre quem seriam eles fica em sil ncio parecend
295. di o de subordina o de outros setores governamentais sa de com risco de gerar resist ncia e isolamento Tendo na interdisciplinaridade o seu fundamento cognitivo e na intersetorialidade a sua ferramenta operacional as pol ticas saud veis para n o se limitarem a uma normatividade burocr tica socialmente natimorta devem suscitar ou partir de pactos horizontais com parceiros de outros setores governamentais e de outras comunidades epist micas como os urbanistas os educadores etc BUSS 2000 p 174 56 A intersetorialidade reconhecida como uma das principais barreiras para a efetiva o da EPS na Regi o sendo recomendado investir na consolida o de mecanismos formais de coordena o intersetorial IPPOLITO SHEPHERD 2006 a a o intersetorial um processo de aprendizagem e resolu o dos atores envolvidos para que a a o integrada responda aos problemas da popula o de um territ rio definido saindo do limite da necessidade para o da liberdade FERREIRA et al 2012 p 3387 Adotar a intersetorialidade pr tica que ultrapassa o simples sentido de um setor buscar apoio para seus objetivos em outro Na realidade refere se a uma mudan a de cultura e de forma de organizar pol ticas p blicas para que estas ultrapassem as segmenta es dos atuais processos decis rios Requer integra o e coordena o de tais processos de maneira que se garanta elei o partilhada dos problemas a serem enfr
296. diferentes motivos Pessoas gesticulam se comportam e se alimentam tamb m de forma diferente Homens e mulheres agem de diferente maneira dentro de uma mesma cultura O homem tem despendido grande parte da sua hist ria na Terra separado em pequenos grupos cada um com sua pr pria linguagem sua pr pria vis o de mundo seus costumes e expectativa LARAIA 2009 p 72 A primeira vers o do conceito de cultura como atualmente utilizado e que resguarda o ponto de vista antropol gico foi apresentado por Edward Tylor 1832 1917 abrangendo em uma s palavra todas as possibilidades de realiza o humana al m de uma marcar fortemente o car ter de aprendizagem da cultura em oposi o id ia de aquisi o inata transmitida por mecanismos biol gicos Reflex o que remete ao livro de Clifford Geertz denominado A interpreta o das culturas 86 LARAIA 2009 p 25 Tylor apud Laraia define que tomando em seu amplo sentido etnogr fico este todo complexo que inclui conhecimentos cren as arte moral leis costumes ou qualquer outra capacidade ou h bitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade Tylor procurava demonstrar que a cultura poderia ser objeto de estudo sistem tico tratando a como fen meno natural com causas e regularidade Impactado pela Origem das esp cies de Charles Darwin acreditava que independentemente de ra a ou linguagem os povos passariam por mudan as sucessivas
297. do indiv duo mas tamb m com as necessidades n o materiais as identificadas com a constru o de um sujeito ativo que possa desenvolver suas potencialidades que seja capaz de participar socialmente e construir um projeto de transforma o social no caminho da emancipa o humana SOARES et al 2004 p 1159 A organiza o do PSE no territ rio tem a ganhar com um di logo sobre a concep o de rede que vem sendo trabalhado no campo de organiza es da sociedade civil Pesquisadores militantes como Francisco Whitaker e Euclides Andr Mance tem muitas contribui es neste debate 154 Uma rede uma quantidade de pontos interligados cujo o conjunto resultante como uma malha de m ltiplos fios que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados sem que nenhum dos seus n s possa ser considerado principal ou central nem representante dos demais Embora todos os pontos da rede sejam pontes entre redes h alguns n s que realizam essa fun o de maneira intensiva S o pontos hiperconectores que funcionam dentro da din mica de caminhos da rede como atalhos entre um ponto e outro Assim como um caminho poss vel para melhorar a comunica o a regularidade de encontros e o registro dos encaminhamentos e das divis es de tarefas pode se sugerir a identifica o de hiperconectores que se revezem nesta tarefa em suas equipes Embora esta proposta n o tenha surgido do grupo com este nome ela de alguma
298. do o caminho melhor para garantir o DHAA seria a gera o de trabalho e renda Houve grande destaque para garantia de sal rio e carteira assinada A grande dificuldade dos grupos foi identificar que a es poderiam ser propostas para gerar renda sobretudo nos centros urbanos IBASE 2009 Como ressalta Castel 2009 ser assalariado que em outros per odos hist ricos foi associado situa o incerta indigna e miser vel hoje est associado prote o social Acrescenta o autor a situa o atual marcada por uma como o que recentemente afetou a condi o salarial o desemprego em massa e a instabilidade das situa es de trabalho a inadequa o dos sistemas cl ssicos de prote o para dar cobertura a essas condi es a multiplica o de indiv duos que ocupam na sociedade uma posi o de supra numer rios inempreg veis inempregados ou empregados de um modo prec rio intermitente De agora em diante para muitos o futuro marcado pelo selo do aleat rio CASTEL 2009 p 21 Segundo H fling 2001 as pol ticas p blicas referem se s a es que o Estado desenvolve atrav s de programas e projetos de governo destinados a setores da sociedade O Estado assume desta forma sua responsabilidade de envolver rg os p blicos e organismos da sociedade na implementa o destas pol ticas As pol ticas sociais s o aquelas circunscritas nas a es de prote o social implementadas pelo Estado co
299. do primeiro semin rio para a apresenta o preliminar dos dados e a avalia o coletiva Foi esclarecido que esta atividade estaria relacionada ao direcionamento das etapas subsequentes da pesquisa a fim de que os resultados coletados at o momento pudessem orientar os pr ximos passos As OE e OP sugeriram o espa o de uma tarde com os professores durante um Grupo de Estudo GE realizado em agosto de 2011 Desta forma foram convidados professores do segundo seguimento os profissionais das eSF e a respons vel de merenda A oportunidade de dialogar com os professores foi recebida com entusiasmo pelos profissionais da eSF Os GEs s o institu do em todas as escolas da Rede Municipal de Educa o e ocorrem de acordo com planejamento pr prio O caso deste GE foi especial porque realizou se no contra turno como forma de repor carga hor ria da paralisa o de professores Participaram 07 sete professores matem tica historia geografia portugu s e educa o f sica 03 tr s profissionais das eSF 01 enfermeira e 03 dentisas e as Orientadoras Houve um desencontro de informa o e a respons vel de merenda acabou n o participando Neste per odo havia ocorrido a troca da 107 nutricionista que acompanhava a escola e que por isso n o participou A diretora da escola tamb m n o pode participar Foi realizada uma apresenta o dialogada sobre objetivos justificativas e aspectos te ricos da pesquisa Em seguida apresento
300. do resultado e a pr pria atua o das pesquisadoras Sentiam se cada vez mais estimulados a falar por compreender que os di logos dariam origem aos relat rios b Interse o com a disciplina de educa o f sica di logo sobre os dados da pesquisa com os estudantes Durante o desenvolvimento das atividades a professora de educa o f sica apresentou uma proposta de articula o dos temas tratados pela pesquisa e as atividades de avalia o de sua disciplina projetos com os temas adolesc ncia bullying e olimp adas dando origem a uma quarta atividade em aula Nossa equipe procurou manter uma atitude respeitosa e paciente mas ao mesmo tempo firme com autoridade mas sem autoritarismo As professoras intervinham quando achavam necess rio 194 Como os question rios sobre h bitos alimentares e de atividade f sica trariam dados prop cios a estes debates ficou definido que a devolu o aos estudantes dos dados coletados nos question rios seria feita durante a aula de educa o f sica problematizando as rela es com os temas dos trabalhos das turmas Houve ainda o convite para participa o de outros dois momentos a aula preparat ria dos trabalhos e o dia de culmin ncia quando os trabalhos seriam apresentados escola Esta proposi o era o elemento que faltava para permitir uma aproxima o da realidade concreta conforme indica Paulo Freire 20014 J era tempo de abandonar o lugar conf
301. dos ou seja existem estudantes de fam lias cadastradas pelas eSF que n o est o matriculadas nesta escola assim como existem crian as matriculadas na escola que residem em locais que n o fazem parte da rea adscrita Existe outra Unidade de Sa de pr ximo escola e Unidade de Sa de da Fam lia para onde s o encaminhados muitos dos estudantes Outro equipamento 119 z p blico existente na localidade uma unidade da FUNDEC Funda o para o Desenvolvimento Tecnol gico e de Pol ticas Sociais de Duque de Caxias que oferece cursos como inform tica e ingl s N o houve men o de parceria durante a pesquisa mesmo assim alunos da escola frequentam cursos desta unidade Retornando s condi es socioecon micas dos moradores percebe se que tanto profissionais de sa de quanto da escola reconhecem que o bairro n o um espa o homog neo Existem fam lias pobres no bairro vivendo com dificuldades financeiras e em casas prec rias sobretudo no entorno do val o Nos restante do bairro existem fam lias que moram em casas melhores e com melhores condi es de vida Numa tentativa de generalizar identifica se que se trata de um bairro pobre tem poucas lojas Supermercados eu acho que s tem dois Um bairro bem pobre Casas muito simples T m crian as que passam certas dificuldades mesmo em quest o de alimenta o de vir pra escola de condu o n o 7 ED um bairro pobre Aind
302. dr es alimentares brasileiros respeito diversidade culin ria In MIRANDA D S CORNELLI G Orgs Cultura e alimenta o saberes alimentares e sabores culturais S o Paulo SESC p 159 164 2007 CHIZZOTTI A Coleta de Dados Qualitativos Pesquisa em Ci ncias Humanas e Sociais S o Paulo Cortez p 89 106 1991 CHOQUE LARRAURI R CHIRINOS C CERES J L Eficacia del Programa de habilidades para la vida en adolescentes escolares de Huancavelica Per Revista de Salud P blica v 11 n 1 2009 CONSEA Exposi o de Motivos 001 2009 Recomenda es Medida Provis ria que regulamenta o Programa Nacional de Alimenta o Escolar Dispon vel em http www4 planalto gov br consea documentos alimentacao escolar exposicao de motivos 0012009 2013 recomendacoes a medida provisoria que regulamenta o programa nacional de alimentacao escolar view CONTI I L Seguran a alimentar e nutricional no es b sicas Passo Fundo IFIBE 2009 p 80 CONTI I L PERALTA J A G Agricultura familiar e agroneg cio dilemas e perspectivas In MAGRI CA CONTI IL Orgs Agricultura familiar alternativas em constru o Passo Fundo IFIBE p 23 48 2008 CORDEIRO J D R O lugar da comida na escola interse es com alunos futuros professores sobre alimenta o cultura e sociedade Disserta o de Mestrado em Educa o em Ci ncias e Sa de N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Universidade Federal d
303. duas Desta vez nenhum ACS participou Esta atividade contou para uma meta de promo o da sa de do PSE nesta escola sustentabilidade Foi comprovada atrav s de lista de presen a assinada pelos estudantes e fotografias Na sala escrevem a palavra sustentabilidade no quadro Levaram uma casa de brinquedo rosa com v rios c modos e andares e colocaram sobre a mesa da professora Muitos ficaram atentos e surpresos Outros ficaram desconfiados As profissionais se apresentaram e depois perguntaram o que era sustentabilidade e o que era a Rio 20 que havia acontecido cerca de duas semanas antes Eles n o sabiam responder As profissionais demonstraram surpresa e desapontamento at que uma menina apresentou uma resposta parcial Vieram pessoas de todo mundo para falar sobre a natureza A resposta contentou as profissionais que passaram segunda etapa Apresentaram a casa como uma ilustra o da atividade e dividiram a turma em quatro grupos sala banheiro cozinha e quarto Entregam uma folha para cada grupo e pediram para escreverem como poupar recursos em cada um dos c modos Os alunos n o sabiam o que responder e foram ajudados pelos profissionais atrav s de exemplos como fechar a torneira enquanto escovam os dentes economizar gua desligar a luz e a impressora quando sa ssem do quarto entre outros Ao final retornaram a pergunta sobre o que seria a sustentabilidade Insistiram muito at que um menino levantou o bra o e r
304. duos no seu processo sa de doen a reduz o seu estado de sa de a uma quest o individual e de escolhas SANTOS 2005 688 Pode se afirmar a partir deste levantamento que h um reconhecimento da pertin ncia de um investimento acad mico sobre educa o alimentar e nutricional A quest o das t cnicas e m todos assim como da intencionalidade e objetivos fizeram se presente em grande parte dos artigos O di logo entre o saber popular e saber cient fico ou t cnico foi uma quest o apresentada como pertinente para o aprimoramento da EAN tanto nas escolas como em servi os p blicos de sa de e tamb m na forma o profissional Num discurso que se afina com as atuais reflex es acerca da Seguran a Alimentar e Nutricional a EAN tem como desafio redefinir seu foco o alimento passa a ser visto enquanto direito humano e insumo essencial vida e promo o da sa de A rejemerg ncia da EAN no contexto atual de pol ticas p blicas encontra se pautada na atua o intersetorial cr tica e articula aspectos biol gicos sociais ambientais e culturais Atualmente tem se avan ado nos debates te ricos acerca da import ncia das a es intersetoriais interdisciplinares e integradas para a garantida de uma boa qualidade de vida e de sa de Ainda assim muitas s o as dificuldades para caminhar do discurso pr tica dentre elas a quest o da forma o profissional merece destaque A forma o dos profissionais de sa de pautad
305. dutos formulados para a merenda escolar COUTINHO 1988 At ent o tais alimentos n o faziam parte dos h bitos alimentares dos brasileiros 25 preciso avan ar em propostas que contribuam para redu o de iniq idades FERREIRA MAGALH ES 2007 Deve se contudo reconhecer que s o grandes os desafios relacionados defesa e conquista dos direitos humanos e que movimentos populares t m atuado em v rias frentes pela garantia de direitos sociais econ micos e pol ticos Numa conjuntura em que uma relevante arena de debates a da constitui o de pol ticas p blicas para a garantia de direitos fundamentais preciso an lise e reconhecimento tanto de avan os como de entraves que no Brasil vem sendo vivenciado de forma mais ativa a partir do per odo de redemocratiza o CARBONARI 2003 Para Santos 2005 a d cada de 1980 marca um per odo de contribui es importantes para uma nova perspectiva de educa o alimentar e nutricional atrav s da educa o nutricional cr tica que influenciou o conte do desta disciplina b sica dos curr culos para forma o de nutricionistas Tal concep o identifica haver uma incapacidade da educa o alimentar e nutricional em de forma isolada promover altera es em pr ticas alimentares pressupunha assumir o compromisso pol tico de colocar nossa produ o t cnica e cientifica a servi o do fortalecimento das classes populares em sua luta contra a explora o que g
306. e O desafio que se apresenta hoje Educa o Nutricional o de promover a sa de e a qualidade de vida por interm dio da amplia o da compreens o sobre a multidimensionalidade da alimenta o humana cujo estudo encontra espa o nas ci ncias biol gicas humanas econ micas tecnol gicas nas artes e na literatura ZANCUL DUTRA DE OLIVEIRA 2007 p 226 A alimenta o vem tornando se assunto atraente para pessoas com perfis diversos de idade g nero grau de instru o e profiss o como ressalta Boog 2013 Este interesse est associado a um debate sobre qualidade de vida mas tamb m inclui a preocupa o com doen as cujas causas t m inclu do a m alimenta o Em meio a esta complexidade de fatores importante acrescer a este t pico cita o de Maria Cristina Boog que vem trabalhando por tanto tempo com este tema Ela afirma que Em 1940 por solicita o do governo federal dos Estados Unidos foi formado um comit em alimenta o e nutri o com o prop sito de ser um rg o consultor para problemas relacionados com a seguran a nacional A iniciativa de estabelecer padr es de referencia diet ticos partiu desse comit O comit iniciou o trabalho para o estabelecimento das RDAs Recommended Dietary Allowances revisando a literatura cient fica dispon vel considerando escassa e conflituosa e em uma segunda etapa consultando especialistas no assunto FISBERG et al 2005 p 191
307. e Educa o de Duque de Caxias e foi aprovado pela Comiss o de tica em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery Hospital Escola S o Francisco de Assis da Universidade Federal do Rio de Janeiro 4 3 CAMINHO METODOL GICO Como descrito anteriormente um pressuposto metodol gico de toda pesquisa participante o envolvimento direto e participativo dos sujeitos Da mesma 96 forma caracter stica da pesquisa qualitativa que os procedimentos previstos tenham espa os para adapta es cujas necessidades s o identificadas apenas no decorrer do trabalho de campo Ainda que se leve em conta tais advert ncias previstas pela metodologia proposta deve se ressaltar que os objetivos da pesquisa foram orientadores de tais procedimentos Por tratar se da utiliza o de t cnicas que visam coleta de dados qualitativos as rela es de amostragem e o n mero de observa es a serem realizadas foram definidos pelo esgotamento dos temas e satura o das falas guiadas pelo objetivo do estudo e pelo m todo O trabalho de campo que teve dura o de quatorze meses entre setembro de 2011 e novembro de 2012 Participaram doze servidores p blicos com fun es na gest o de Secretarias Municipais seis profissionais de sa de pertencentes a tr s equipes de Sa de da Fam lia nove funcion rios da escola seis professores e quatro turmas de s timo ano do ensino fundamental com cem estudantes matriculados AP NDICE 1 Qu
308. e do program tico da a o educativa FREIRE 2005 p 125 Ao entrar em contato com a realidade concreta os pesquisadores ao olhar um conjunto est o diante de uma codifica o viva que desafiadora Desafiados a 106 partir de uma percep o cr tica ir o realizando cis es atrav s de observa es e entrevistas que devem ser registradas num primeiro momento de descodifica o A realiza o de semin rios avaliativos e cr ticos dos registros dos relat rios de campo entre investigadores profissionais e os participantes da pesquisa atuando como auxiliares de pesquisa uma etapa essencial do processo de pesquisa participante em educa o popular e representa oportunidade para as atividades de codifica o e descodifica o FREIRE 2005 Segundo o planejamento inicial desta pesquisa um primeiro semin rio deveria ocorrer antes das atividades em c rculos de cultura com os estudantes Contudo encontrar momentos espa os para reunir profissionais da escola e da sa de naquela localidade foi a o muito custosa enquanto que a realiza o dos c rculos de cultura ocorreu de forma muito mais fluida e r pida Optou se ent o em aproximar as duas etapas realizando as de forma concomitante Desde as entrevistas e visitas iniciais entre dezembro de 2011 e mar o de 2012 havia sido apresentada a proposta equipe diretiva da escola aos profissionais das eSF e respons vel de merenda a realiza o
309. e na constru o de s nteses ou relat rios de atividades que participe Datas e hor rios ser o combinados previamente procurando adequar se conveni ncia dos grupos que ser o formados Para facilitar o registro de dados ser o realizadas grava o de udio das atividades Estas grava es ser o destru das num prazo m ximo de cinco anos S o benef cios relacionados sua participa o o acesso a informa es sobre promo o da alimenta o adequada e saud vel e sobre direitos e a possibilidade de contribuir para a constru o de estrat gias educativas nestes temas Como esta pesquisa acontece no cotidiano da Escola tratando de quest es para as quais n o existem consensos os ricos de sua participa o est o relacionados exposi o durante semin rios e grupos de debate de suas opini es posi es e sentimentos inerentes aos temas tratados As informa es obtidas atrav s desta pesquisa ser o confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participa o Os dados n o ser o divulgados de forma a possibilitar sua identifica o Voc receber uma c pia deste termo onde consta o telefone e o endere o institucional do pesquisador principal e do CEP podendo tirar suas d vidas sobre o projeto e sua participa o agora ou a qualquer momento CONSENTIMENTO Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informa es sobre o estudo acima citado que li ou que foram lidas para mim Discuti com
310. e Educa o da Secretaria Municipal de Assist ncia Social e Direitos Humanos e de uma universidade particular com sede no munic pio Para fins de levantamento do hist rico de implanta o e do grau de implementa o do PSE no munic pio foram realizadas entrevistas com os representantes da SME e SMS totalizando quatro entrevistas A elabora o das quest es foi realizada ap s consulta ao plano de trabalho do PSE elaborado e apresentado pelo GTI M como pr requisito de ades o ao Programa As entrevistas foram realizadas individualmente e iniciadas atrav s de pedido para que os entrevistados falassem sobre o hist rico das a es de sa de escolar no munic pio e sobre a atual estrutura de funcionamento do Programa Os profissionais contaram livremente sua experi ncia Do meio para o final da entrevista os profissionais foram questionados sobre os interesses e as necessidades apresentados pelas equipes locais Sa de da Fam lia e profissionais da escola envolvidos no PSE acerca do tema da alimenta o e nutri o e sobre os principais desafios do Programa O registro desta fase foi realizado atrav s de grava o de udio com pr vio consentimento dos sujeitos c Entrevistas e observa o na escola e com GrTl local apresenta o da pesquisa convite participa o e levantamento de realidade Durante as etapas anteriores foi poss vel ordenar recontar e analisar as experi ncias de EAN e sa de escolar no munic p
311. e Janeiro Bem pr ximo escola existe um val o que corta todo bairro Para se atravessar de um lado a outro existem pontes estreitas para pedestres e outra para ve culos No que diz respeito s condi es socioecon micas de seus moradores tanto profissionais de sa de quanto da escola reconhecem que o bairro n o um espa o homog neo Existem fam lias pobres no bairro vivendo com dificuldades financeiras e em casas prec rias sobretudo no entorno do val o Nos restante do bairro existem fam lias que moram em casas melhores e com melhores condi es de vida Quanto aos desafios relacionados infra estrutura do bairro que impactam qualidade de vida 342 foram destacados aspectos relacionados ao saneamento b sico falta de gua e o transporte A unidade de sa de que abriga as tr s eSF possui uma estrutura bem similar a outras desta natureza uma casa grande adaptada para receber consult rios cl nicos e odontol gicos assim como equipamentos b sicos e caracter sticos de uma UBS Neste munic pio quase a totalidade dos profissionais da ESF s o concursados As equipes vinculadas a esta UBS s o em grande parte compostas de profissionais jovens que atualmente t m cerca de 7 sete anos de formados e que s o proveniente do concurso municipal mais recente realizado h quatro anos Segundo os profissionais v rios deles t m forma o em sa de p blica e chegaram ao munic pio com vontade de fazer diferen a
312. e PSE and National School Nutrition Programme PNAE interviews were conducted with their technical managers In subsequent phase research was carried out in the territory being indicated a public school enrolled in PSE A reality diagnosis was built with teachers school staff and eSF s professionals through interviews seminars and workshops These moments offered the opportunity of record and reflection on practices difficulties potentialities and suggestions for improvement of educational actions on food nutrition and health With the teachers four classes of the elementary school s seventh grade were selected for experiencing these themes in cultural circles perspective in which students assume an active role on the educational process With these classes were held survey of reality activities including research on eating and physical activity habits and on participation in the food selection and preparation for the family of systematized and problematized data return Subsequently as culminating activities had been offered workshops programmed from the significant speeches identified in the cultural circles combined with the experiences of the research team from the perspective of hinges themes culinary workshop video debate on family and urban agriculture poetry soir e photography exhibition about the feeding in the world The research revealed that knowledge is small about the PNAE and PSE among professionals working in the area and
313. e a partir da an lise e Conclus es Sugest o de forma de comunica o Roteiro de perguntas cr ticas Porque aconteceu o que aconteceu 2 Encontro de Sistematiza o 289 O que motivou a realiza o de a es de EAN nas escolas Mudou durante o per odo Porque Que objetivos e conte dos s o comuns nas a es de EAN nas escolas Como e porque foram feitas estas op es Existiram mudan as nos objetivos e conte dos das a es de EAN durante este per odo Que mudan as Porque ocorreram Os debates sobre DHAA SAN tiveram alguma influ ncia nas a es EAN Se sim de que forma Se n o porque Quais as principais contradi es e tens es s o enfrentadas pelos nutricionistas no desenvolvimento das atividades de EAN Como foram ou podem ser enfrentadas A partir desta experi ncia Quais s o os principais desafios Que sugest es ter amos para aprimorar as a es de EAN na escola Como conceituar amos participa o Como poder amos conceituar a EAN pautada no DHAA e participa o Quais as principais conclus es a partir das experi ncias de EAN Como voc s avaliam este processo de sistematiza o Momento 5 Pontos de chegada 5 1 Formular conclus es com base no registro da etapa anterior e Formular conclus es pr ticas que iluminem as etapas seguintes a serem realizadas na escola e Formular algumas conclus es te ricas em torno das possibilidades de inclus o dos pres
314. e cada um sorteava sua pergunta e se acertasse tinha o direito de jogar o dado e avan ar casas Eles demonstraram muita dificuldade para ler e compreender as perguntas ent o as acad micas resolveram ler as perguntas e algumas vezes adaptar ou explicar as quest es sem contudo demonstrar qualquer atitude que pudesse constranger ou desqualificar a participa o dos alunos As respostas revelaram conhecimentos que os estudantes j possu am sobre nutri o e sua rela o com a sa de doen a como por exemplo consumo de s dio 175 versus hipertens o arterial consumo de ferro versus anemia sedentarismo versus obesidade consumo de gordura versus obesidade consumo de legumes salada versus sa de al m de identificarem alimentos fonte de c lcio e de ferro Foram respostas simples algumas incompletas e outras um pouco confusas Contudo destaca se a disponibilidade dos estudantes em participar bem como o interesse demonstrado s respostas e complementa es realizadas pelas acad micas Em termos metodol gicos foi poss vel observar que a estrat gia e a postura das acad micas foram capazes de criar ambiente dial gico apesar de ter sido o primeiro contato entre eles A estrat gia proposta por outro grupo de acad micas foi a constru o de uma pir mide alimentar a partir de recorte e colagem Para a atividade os estudantes foram divididos em grupo e receberam o desenho de uma pir mide com tra os horizontais e encartes
315. e campo Durante a oficina houve registro em de udio autorizado pelas participantes e posteriormente transcrito e Avalia o da experi ncia semin rios e entrevistas Ap s o segundo turno das elei es municipais agravaram se a situa o de desabastecimento de gua na escola e o n o pagamento de diversos profissionais terceirizados dentre estes pessoal de limpeza e merendeiras Estudantes e professores passaram a ser liberados ap s o recreio Muitos estudantes deixaram de ir a escola Assim passada a Semana Mundial da Alimenta o a grande preocupa o de todos na escola professores equipe diretiva e estudantes cumprir carga hor ria prevista e concluir o ano letivo Ainda assim foi poss vel realizar entrevistas individuais com professores e com funcion rios da escola que participaram ativamente nas atividades da Semana Mundial da Alimenta o AP NDICE 14 Ao final de cada atividade desenvolvida com os estudantes era realizada breve avalia o perguntando se haviam gostado da atividade e fazendo combina es para o pr ximo encontro Na etapa final da pesquisa foi aplicado question rio nico de avalia o do conjunto das atividades desenvolvidas AP NDICE 15 N o foi poss vel avaliar em roda de conversa como havia sido planejado devido ao calend rio complicado Foi realizada ainda uma oficina de avalia o final que contou com a participa o de uma professora da supervisora de merenda das Orientad
316. e econ mica nas sociedades europ ias o capitalismo Nesse contexto a m e passou a ser considerada o melhor instrumento pelo qual deveria ser operada a normaliza o da sociedade passando a ter ent o entre suas fun es a responsabilidade de cuidar da casa do marido e das crian as Isso foi t o marcante e bem sucedido que at hoje todo processo que visa socializar a crian a forma o de atitudes comportamento e concep es tem a m e como sua principal protagonista OLIVI FONSECA 2007 p 214 A quest o da estrutura familiar tamb m destacada Fam lias que fogem aos padr es tradicionais e aquelas expostas a vulnerabilidades sociais estariam relacionadas a alunos com problemas de sa de e dificuldades na escola pai sozinho a o pai tem que trabalhar o filho fica em casa ent o vale a pena a gente colocar essa quest o da pr pria estrutura familiar eles n o t m 10 AE 132 Em grande medida a no o de responsabilidade extrapolada e se identifica uma postura ainda muito comum entre profissionais de sa de e da escola que a culpabiliza o destes estudantes e suas fam lias por condi es inadequadas de sa de e qualidade de vida Mas aquilo a m e tamb m n o leva o pai n o liga Al m de serem pobres s o pessoas que n o se cuidam que n o cuidam dos filhos adequadamente 17 ED o PSF detectou foi feito mas e a O caminho o posto chegou at aqui e
317. e inclui dentre suas a es a promo o da alimenta o saud vel As reflex es apresentadas a seguir est o sendo desenvolvidas em tese de doutorado cujo objetivo discutir limites e possibilidades para o desenvolvimento de estrat gias de Educa o Alimentar e Nutricional EAN na escola pautadas pelo Direito Humano Alimenta o Adequada tendo como ponto de partida as experi ncias do PSE em Duque de Caxias Trata se de uma pesquisa qualitativa baseada na participa o e que por isto se preocupa em realizar diagn sticos identificar problemas e solu es a partir do pressuposto de que pesquisadores e grupos de participantes podem juntos responder com maior efici ncia aos problemas complexos vivenciados no cotidiano THIOLLENT 1988 Paulo Freire o principal referencial desta Para refletir pesquisa Na perspectiva freireana o di logo come a na Quais temas foram trabalhados escolha dos temas partindo de diagn stico local que pad e pa A identifique temas geradores que permitam problematizar a momento Como foram realidade A partir de depoimentos de quem vive e atua na trabalhados Como estes temas localidade torna se poss vel identificar impasses e m sido selecionados dificuldades do cotidiano frente promo o da alimenta o adequada que impactam as a es de EAN Estes elementos analisados podem ser importantes subs dios para 8 THIOLLENT M Metodologia da pesquisa a o S o Paulo C
318. e influenciam suas pr ticas alimentares di rias possibilitando question las e modific las COSTA et al 2001 p 298 Como grande desafio destacam a necessidade de se superar a vis o da alimenta o escolar apenas na sua dimens o assistencial visto que isto obscurece suas possibilidades educativas Ressaltam que n o neutra a atividade educativa do nutricionista na escola porque recebe influ ncia do contexto social pol tico e econ mico em que atua Sobre o papel do especialista e a atua o na escola Canin e Ribeiro 2007 completam para produzir mudan as pr ticas de sa de nos lugares onde essas pr ticas se fazem presentes inclusive na escola necess rio implantar a es educativas que aproximem especialistas e equipes de trabalho baseadas em valores de natureza humanit ria e de solidariedade reconhecendo a sa de como direito de todas as pessoas CANINE RIBEIRO 2007 p 66 Os argumentos dos artigos afinam se com as propostas de promo o da alimenta o saud vel nas escolas firmada na Portaria Interministerial n 1 010 de maio de 2006 BRASIL 2006b que estabelece princ pios e diretrizes para alcan ar uma alimenta o saud vel em ambiente escolar Das contribui es do setor sa de aos debates merece destaque a incorpora o da abordagem da Promo o da Sa de e em consequ ncia da promo o de h bitos alimentares saud veis Este discurso esteve presente em 18 grande
319. e o hist rico das pol ticas p blicas relacionados escola no contexto de Seguran a Alimentar e Nutricional e Direito Humano Alimenta o O cap tulo IV trata do referencial e do caminho metodol gico assumidos na pesquisa detalhando procedimentos e cronologia do trabalho de campo No cap tulo V realizada a descri o do processo e dos resultados da pesquisa integrando an lise sobre experi ncias e pr ticas educativas relacionadas a alimenta o no contexto escolar e ao Programa Sa de na Escola S o descritos e analisados neste cap tulo os dados coletados atrav s de entrevistas da descri o de momentos espa os de di logo com os participantes da pesquisa e da observa o e registro em di rio de campo O ltimo cap tulo trata das considera es finais e apresenta reflex es sobre caminhos para aprofundamento das quest es tratadas na tese Reconhecendo a complexidade e as dificuldades dos temas abordados esta parte final apresenta s nteses desta experi ncia de pesquisa como conclus es provis rias que pretendem animar novos debates e provocar reflex es futuras A necessidade e potencialidade do fomento e fortalecimento de espa os de participa o e constru o compartilhada de conhecimento sobre o tema alimenta o nutri o e sa de na escola e no territ rio registram se como as grandes marcas desta tese O referencial da Educa o Popular amp Sa de representa oportunidade de ampliar a intersetoriali
320. e poderia ter introduzido mais salada mais legumes Eu acho que fica muito no carboidrato e na prote na s n o N o variado n o tem muita variedade 13 Prof Segundo a Coordenadoria de Nutri o Educacional os professores est o autorizados a almo ar na escola porque isto est previsto na contrapartida municipal ao PNAE Contudo nesta unidade escolar eles n o o fazem e reconhecem que seria importante inclusive para incentivar os alunos Importante frisar na fala abaixo que a no o de prazer ligada a alimenta o aparece nesta rela o estabelecida pelo professor num olhar mais amplo sobre o ato de alimentar se na escola O fato dos professores n o aproveitarem um sintoma porque ningu m tem prazer de comer na escola e os alunos acabam tamb m sendo contagiados por isso e n o aproveitam o espa o da alimenta o na escola 21 Prof Segundo Ceccin 1995 o h bito de professores e alunos partilharem as refei es mesma mesa tem grande potencial pedag gico propiciando escuta e construindo uma rela o horizontal de autoridade Ressalta uma quest o que concorda com as opini es dos professores que participaram da pesquisa e justifica a aus ncia destes no refeit rio a refei o oferecida n o se destina aos h bitos dos professores nem no modo de servir nem na qualidade nutricional tampouco h abertura sens vel s est ticas que se anunciam nas frestas do plano exterior dos comportamento
321. e tem direitos e saber como cobrar estes direitos a o essencial para garantir exigibilidade dos mesmos ABRANDH 2010 CONTI 2009 Preocupa o muito semelhante apresentada por Santos 1998 ao identificar na abordagem CTS seu potencial para o desenvolvimento da faculdade de julgar p 259 referindo a import ncia de duas condi es conhecimento das leis e o desenvolvimento da capacidade de tomada de decis o essencial para preparar o educando para o debate Este exerc cio Auler 2007 ressalta requer um repensar do tempo na escola Considera se fundamental superar a concep o de que o tempo presente tempo de prepara o para etapas futuras para viv ncias futuras para exames futuros A anula o do presente enquanto espa o tempo de significa o a n o viv ncia do presente sendo a satisfa o jogada para o futuro gera frustra o desmotiva o culminando com o abandono com a evas o AULER 2007 p 15 O Direito Humano Alimenta o Adequada responsabilidade de toda a sociedade contudo o Estado que tem a obriga o de respeitar proteger promover e prover este direito Neste sentido muitos debates e a es ainda precisam ser promovidos para pensar como desde agora na escola e at o futuro os educandos educadores lembrando Paulo Freire podem tomar seu lugar no processo de constru o de uma sociedade mais justa que coloque a vida de qualidade como maior dos objetivos 2 4 S
322. e uma regi o perif rica do Munic pio de S o Paulo Cadernos de Sa de P blica v 19 n 4 p 1153 1161 2008 SOLYMOS G M B A centralidade da pessoa na interven o em nutri o e sa de Estudos avan ados v 20 n 58 2006 STOTZ E N Pobreza e Capitalismo In VALLA V V STOTZ E M ALGEBAILE E B Org Para Compreender a Pobreza no Brasil Rio de Janeiro Contraponto Escola Nacional de Sa de P blica p 53 72 2005 STOTZ E N DAVID H M S L BORNSTEIN V J Educa o Popular em Sa de In MARTINS C M STAUFFER A B Org Educa o Profissional e Doc ncia em Sa de a forma o e o trabalho do agente comunit rio de sa de Rio de Janeiro EPSJV Fiocruz 2007 STOTZ E N DAVID H M S L WONG UN J A Educa o Popular e Sa de trajet ria express es e desafios de um movimento social Revista APS v 8 n 1 p 49 60 2005 STOTZ E N Enfoques sobre educa o e sa de ln VALLA V V STOTZ E M Org Participa o popular educa o e sa de teoria e pr tica Rio de Janeiro Relume Dumar p 15 26 1998 2 1 STRECK DR Pesquisar pronunciar o mundo notas sobre m todo e metodologia In BRANDAO CR STRECK DR Orgs Pesquisa participante a partilha do saber Aparecida SP Ideias Et Letras p 259 276 2006 STURION G L SILVA M V OMETTO A M H FURTUOSO M C O PIPITONE M A P Fatores condicionantes da ades o dos alunos ao Programa de Alimenta o Escolar no B
323. econhecer a possibilidade de compreender a educa o n o como um processo de adapta o do ser humano s condi es sociais econ micas e pol ticas em que vivem mas sim possibilitar que se compreendam como autores desta sociedade e portanto podendo alter la MACHADO 2004 Sendo coerente aos princ pios da Educa o Popular deve se registrar que preciso que seu referencial e seus princ pios sejam vivenciados e n o propagandeados em termos de atividades formativas e de planejamento O processo de forma o cr tica continuado e precisa estar conectados aos processos avaliativos Pensar a pr tica enquanto melhor maneira de aperfei oar a pr tica Pensar a pr tica atrav s de que se vai reconhecendo a teoria nela embutida A avalia o pr tica como caminho de forma o te rica e n o como instrumento de mera recrimina o da professora FREIRE 2009 p 16 Uma confus o comum sobre a qual j alertava Paulo Freire compreender que estabelecer um processo de di logo mediatizado pelo mundo e partindo da realidade n o significa parar em torno dos conhecimentos apresentados por aquela realidade O ser humano capaz de discernir e de perceber as dimens es temporais e hist ricas do contexto ao qual participa de compreender se como ser hist rico e criador de cultura Existe contudo uma exig ncia de recuperar a esperan a na possibilidade de transforma o da realidade e da f no ser humano para colocar se
324. eflex es que d em suporte para escolhas saud veis sem imposi es e abordando qualidade de vida e ser processual e continuada envolvendo conhecimentos pr ticos que come am a fazer sentido a partir daquele momento em diante incorporando se gradativamente ao cotidiano Em grande parte das experi ncias apresentadas pelas nutricionistas foi poss vel identificar princ pios da educa o popular em especial a amorosidade o exerc cio do di logo a esperan a de que a mudan a poss vel e acima de tudo o compromisso com os oprimidos com as classes populares Num pa s desigual e injusto como o Brasil uma educa o alimentar e nutricional que seja comprometida com o direito alimenta o precisa incorporar tais princ pios 5 2 2 A es de Educa o Alimentar e Nutricional que a es t m sido desenvolvidas nesta escola e por qu A promo o da alimenta o saud vel e atividade f sica integra as a es do Componente Il do PSE Contudo os relatos do GTI M s o de que nenhuma escola do munic pio elegeu este tema como priorit rio para as a es do PSE em 2012 embora o combate obesidade tenha sido o tema da Semana de Sa de na Escola N o foi prioridade em nenhum dos grupos em nenhum dos territ rios Frente assim a sexualidade lcool e drogas Nessa nsia de tentar enfrentar problemas dos alunos dentro daqueles territ rios E a na prioriza o praticamente todos deixaram a par
325. eflex o proposta intenciona desde o in cio problematizar as contribui es que o referencial da Educa o Popular pode trazer ao debate e pr tica das atividades educativas em sa de e nutri o no contexto escolar Sem a pretens o de esgotar tal debate apenas no intuito de alimentar esta problematiza o cabe aqui sugerir que a dimens o do cuidado pauta essencial O cuidado valor fundamental a ser incorporado ao cotidiano o que por sua vez reivindica assumir que uma pr tica do cuidado n o se pode ser reduzida a uma s rie de passos ou procedimentos para serem usados pelos trabalhadores e sim 158 um caminho de encontros e problematiza es que se efetivam nos processos de trabalho BARROS 2007 p 120 Ainda nesta dire o Barros adverte que Uma a o reflexiva na dire o que afirmamos um processo que envolve mais que processos l gicos e racionais intelectivos de solu o de problemas Reflex o que envolve intui o e paix o e n o algo que possa ser empacotado num embrulho de t cnicas para serem usadas Reflex o que n o pode ser reduzida a qualquer opera o mental e que se reconfigura no curso da atividade de trabalho Portanto fica evidenciada a import ncia da atua o coletiva propiciadora de trocas sobre as pr ticas que qualifica o trabalho como em processo continuo de constitui o de sujeitos e mundos BARROS 2007 p 120 Ainda que se reconhe a a complexidade de tal propost
326. ega consigo a no o de passividade significando que p e algo em algu m ou alguma coisa que passiva da a o O prefixo a traz a significa o de ser para si portanto quem sofre a a o n o passivo neste processo Neste estudo ser utilizada a tradu o de apoderamento 36 reflex es chamando a aten o sobre o qu o desafiador a tarefa de integrar ao ambiente escolar atividades educativas que n o se fechem na prescri o Alerta que nesta tarefa pode ser que tenhamos que acolher com dignidade a contund ncia cr tica daqueles que n o falam sobre os problemas mas vivem suas agruras a partir das quais elaboram sa das que t m diariamente historicamente politicamente e teimosamente permitido sua sobreviv ncia PEREGRINO 2000 p 84 O documento do Minist rio da Educa o denominado Orienta es sobre o Programa Sa de na Escola para Elabora o de Projetos Locais afirma que a escola um equipamento social importante para constru o de uma sociedade democr tica Logo as crian as adolescentes e jovens devem participar das decis es que ocorrem no cotidiano da escola Podem ser postas algumas quest es importantes neste sentido Como concretizar esta orienta o Quais caminhos e a es podem ser propostos 2 3 ALIMENTA O E CI NCIA COMO ESPA OS DE PARTICIPA O E APODERAMENTO A escola tem sido considerada um local privilegiado para a promo o de h bitos
327. eira etapa de uma investiga o tem tica ainda est fundada na vis o dos pesquisadores educadores educandos e ainda n o representa ainda a vis o da realidade dos eduncados Esta a raz o por que o fato de os investigadores na primeira etapa da investiga o terem chegado apreens o mais ou menos aproximada do conjunto de contradi es n o os autoriza a pensar na estrutura o do conte do program tico da a o educativa FREIRE 2005 p 125 O conjunto das a es descritas nesta fase permitiu reunir material suficiente para a identifica o preliminar de falas significativas Preliminar porque foi realizada enquanto exerc cio te rico pr tico no interior da equipe de pesquisa O quadro a seguir apesar de ter sido partilhado com profissionais de sa de e educa o n o foi constru do de forma participativa A tentativa desta constru o conjunta foi prevista para pauta do segundo GE que devido s mudan as de calend rio escolar relacionadas principalmente falta de gua n o foi realizado Posteriormente foi prevista para a oficina de planejamento do PSE Contudo a falta de sintonia e de organiza o interna das equipes tomou o espa o que seria destinado a esta constru o compartilhada durante a oficina de planejamento do PSE impossibilitando mais uma vez a constru o conjunta Uma fala significativa aquela que expressa a vis o de mundo do educando com suas contradi es conflitos e seus limites
328. el alguma coisa em que pudesse registrar se a m e realmente est apresentando alguma a o na escola 7 ED Percebe se grande valoriza o por parte da escola das a es de assist ncia sa de mais do que as a es de promo o da sa de De certa forma o 140 entendimento que se tem do Programa e as expectativas geradas sobre ele est o diretamente relacionados forma como ser executado no mbito local Quando os m dicos v m na escola eu acho muito importante N o s verificar a denti o mas a condi o do aluno n Em termos nutricional 17 ED o m dico estava aqui ele fez o encaminhamento em car ter de urg ncia para a m e levar ele no hospital infantil para ter um encaminhamento com o m dico com o pediatra Ent o fazem coisas at al m do que est proposto pelo PSE que a Sa de Escolar da Unidade Escolar Eu gosto Eu fico at contente quando eles v m e come am a marcar atendendo as crian as Opa vamos conversar 7 ED Esta valoriza o das a es do m dico e dos procedimentos de diagn stico remetem ao debate realizado por sobre o processo de constru o social da demanda pressup e se que a imagem que se cria do que o procedimento capaz induz o usu rio a demandar o procedimento e n o o cuidado ou como se fosse todo o cuidado o exame e n o a aten o da equipe de sa de como se aquele o bastasse FRANCO MERHY 2005 Somam se a estes argumento
329. ela o dos temas com o curr culo escolar Nas aulas de ci ncias foram destacadas abordagens sobre sa de e nutri o diferenciadas para sexto s timo oitavo e nono ano qualquer tema que eu trabalhe eu procuro tratar sempre relacionando a alguma coisa que possa melhorar da vida deles Jo sexto ano que a gente trabalha ambiente a gente procura relacionar isso Como o ambiente dele O que ele pode melhorar Como que ele pode melhorar aquele ambiente Se o oitavo ano que j corpo humano como eu posso fazer com o corpo para melhorar minha sa de Essa quest o da alimenta o mais trabalhada no oitavo ano mesmo Que a gente come a a trabalhar digest o nutri o tudo isso 11 A gente fala da produ o de lixo res duos s lidos n no sexto ano Que a gente chama aten o para a coisa do consumo exagerado Que a gente come mais do que deveria que um biscoito que voc coma vai gerar uma embalagem que vai ficar n o sei quantos anos Falava do consumo consciente 12 Destaca se que a descri o realizada pelas professoras abarca temas e abordagens relevantes e atuais Motta e Teixeira 2012 defendem a necessidade de pensar a abordagem de sa de e nutri o nas aulas de ci ncias atrav s de estrat gias dialogadas que ofere am este espa o como arena para a livre express o e negocia o de significados acrescentando que custo financeiro e ambiental da produ o dos alimentos e as diferen as
330. elacionado com o excesso de peso e a obesidade nesta faixa et ria e impacta na disponibilidade de aten o concentra o e energia para a execu o de atividades comuns a esta etapa do dia assistir aula e praticar atividade f sica Figura 5 Percentual de estudantes do s timo ano por consumo semanal de Caf da Manh Setembro de 2012 50 45 40 35 30 25 20 15 Nunca Raramente 3a4diasda 5 dias ou respondeu semana mais Dentre os que tomam caf da manh os alimentos mais citados foram leite com achocolatado ou com caf suco ou refresco biscoito ou p o A escola oferece caf da manh e os alimentos citados pelos alunos est o inclu dos no card pio Contudo a grande maioria mais uma vez relata que n o consumir ou porque chegam atrasados ou porque n o gostam Eu n o tomo caf aqui N o gosto 205 S como quando eu trago merenda Biscoito Guravita ou Coca Esta foi uma preocupa o un nime dos professores que relataram que os estudantes chegam para a primeira aula com biscoitos tipo snack e refrigerante ou guaran Em resumo muitos dos estudantes n o realizam o desjejum nem em casa e nem na escola n o comem na hora do recreio e s v o realizar a primeira refei o quando retornam s suas casas para almo ar Quando questionado sobre o que havia comido at o hor rio da atividade que estava sendo realizada um aluno respondeu com naturalidade At agora nada S be
331. eles come aram a comer menos aquelas guloseimas e come aram a fazer busca daqueles alimentos para dar para essas crian as desnutridas Eles foram tomando consci ncia de educa o alimentar dos erros alimentares que ocorriam Nessa poca n o era alimenta o saud vel que usava Era tipo de um jogo Fazia uma troca o aluno estava cometendo um erro alimentar Ent o aquilo detectado o aluno ia identificar um alimento saud vel correto para doar para essa fam lia de uma crian a que era detectada como desnutrida Esta atividade foi realizada no mesmo per odo em que no munic pio se organizavam as atividades do Mutir o de Combate Desnutri o Os alunos foram orientados a recolherem alimentos utilizados na produ o do leite forte Foram entregues pr ximo ao per odo de natal cem quilos de alimentos a comunidades acompanhadas pela Pastoral da Crian a Ao mesmo tempo eles ficaram t o sensibilizados que pediram para fazer visita s creches e fizeram campanha para a busca de alimentos e brinquedos tamb m Segundo dados recolhidos em relat rio do projeto foram realizadas atividades em 08 oito escolas particulares 05 cinco municipais e em 01 um CIEP e envolvendo 983 alunos O fechamento desta atividade foi um grande ato na C mara de Vereadores A gente tinha o Sistema de Vigil ncia Alimentar e Nutricional que da Sa de nessa poca a gente estava ainda para implementar a rea T cni
332. em do mais geral ao mais particular FREIRE 2005 p 109 O conte do program tico representa o conjunto de temas significativos e expressam a vis o de mundo e a realidade mediatizadora Ele emerge deste processo de investiga o do universo tem tico A rede tem tica corresponde a organiza o de uma abordagem interdisciplinar do conte do program tico An lise e rela es que educadores estabelecem com reas de conhecimento FREIRE 2005 SILVA 2005 Prossegue se ent o com a elabora o de quest es geradoras que devem nortear os conhecimentos a serem abordados na forma o Elas orientam e dinamizam o di logo constante Importante salientar que a rede tem tica assume o papel pedag gico de sistematizar a den ncia das rela es de poder e de interesse hegem nico escamoteados pela ideologia arraigada nas pr ticas socioculturais tradicionais SILVA 2005 p 15 Finalmente poss vel realizar o planejamento para interven o na realidade e a prepara o de atividades Na prepara o e realiza o das atividades educativas deve se sempre considerar a import ncia de se construir um ambiente prop cio ao di logo Paulo Freire alerta para as condi es necess rias ao di logo que amoroso ao comprometer se com a transforma o que humilde e procura o lugar de encontro com os educandos que pautado na f nos homens e nas mulheres na confian a e na espe
333. em preparar se para o di logo Neste horizonte oportunizar atividades de forma o para os profissionais fundamental SANTOS et al 2007 VASCONCELOS 2004 As reuni es e atividades de forma o do PSE t m atingido um grupo restrito de profissionais e t m tratado de aprofundamento de temas espec ficos sexualidade e gravidez na adolesc ncia lcool e drogas entre outros importante que seja prevista a forma o continuada que aborde metodologias adequadas ao planejamento intesertorial no territ rio assim como sobre metodologias participativas de educa o e sa de que sejam portanto cr ticas acolhedoras e culturalmente referenciadas Como alerta Vasconcelos 152 H simpatia e abertura informal dos gestores da Secretaria Municipal de Sa de e de muitos profissionais de n vel local para iniciativas de educa o em sa de Um tempo de trabalho significativo despendido com atividades educativas Elas ficam no entanto dependentes da varia o de interesses particulares e da forma o pr via trazida por cada profissional num contexto em que o sistema de ensino em sa de n o lhes dedica aten o N o s o assumidas como objetivo institucional importante a ponto de se organizarem supervis es treinamentos e reuni es de trocas de experi ncias N o existem recursos para fortalecimento dessas iniciativas ou para a efetiva o de atividades sugeridas no processo de discuss o com a popula o VASCONCELOS 2001 p
334. emanda da escola Assim elas n o v o levantar como prioridade o tema alimenta o e nutri o Mas assim pra n s uma das coisas principais n o Com certeza Eu acho que deveria estar sempre presente 5 eSF Na entrevista e conv vio com as eSF muitas vezes as experi ncia dificuldades e acertos relacionados a atua o sobre o tema alimenta o e nutri o comentado n o apenas na atua o na escola mas sobretudo na atua o em atendimento individual e nos grupos na Unidade de Sa de As profissionais surgerem a hip tese de que o pouco interesse em incluir o tema da alimenta o e nutri o nas demandas do PSE deriva da exist ncia de uma equipe para a alimenta o escolar Eu acho que a gente tem essa percep o maior porque no nosso dia a dia sempre pinta o assunto de alimenta o na puericultura tamb m na transi o da alimenta o do leite materno para come ar a alimenta o artificial a gente est sempre falando sobre alimenta o E deles eu n o sei como Porque a de repente fica uma coisa mais desintegrada porque tem a nutricionista o refeit rio as merendeiras Porque a fica uma coisa subdividida 2 eSF Esta observa o parece pertinente uma vez que foram relatadas pela escola algumas a es com este tema mas a descri o n o foi relacionada ao PSE Exemplo disto foram as atividades de Semana de Sa de na Escola realizadas no in cio do ano letiv
335. emas Escolas Promotoras da Sa de e Programa Sa de na Escola 2005 a 2012 Quadro 4 Caminho Metodol gico Cronologia das atividades de trabalho de campo Quadro 5 Experi ncias de Educa o Alimentar e Nutricional desenvolvidas por Nutricionistas no contexto escolar Duque de Caxias RJ 2001 2011 Quadro 6 Temas em alimenta o e nutri o trabalhados e sugeridos no contexto da escola Quadro 7 Atividades de levantamento de temas significativos com alunos de S timo nas aulas de Ci ncias e de Educa o F sica Quadro 8 Compara o entre percentual de estudantes do sexo feminino e masculino do 7 ano por consumo de marcadores alimentares cinco vezes ou mais na semana Quadro 9 Sele o de falas significativas tema gerador e contra tema s timo ano Quadro 10 Planejamento de Atividades da Semana Mundial da Alimenta o Culmin ncia das a es de EAN com o s timo ano LISTA DE FIGURAS Figura 1 N mero de artigos publicados sobre Sa de Escolar na Am rica Latina entre os anos de 1995 a 2012 Figura 2 Distribui o segundo reas ou temas de interesse dos artigos sobre Sa de Escolar na Am rica Latina entre os anos de 1995 a 2012 Figura 3 S ntese de artigos relacionados a pol ticas p blicas de Sa de Escolar publicados na Am rica Latina 1995 a 2012 Figura 4 Percentual de estudantes do s timo ano por consumo semanal de Alimenta o Escolar Setembro de 2012 Figu
336. endeiras divididas em dois turnos Foram entrevistados nesta fase 17 profissionais por meio de tr s entrevistas coletivas com profissionais das eSF com diretora e equipe da alimenta o escolar e com merendeiras e quatro entrevistas individuais com tr s professoras e com a Orientadora Pedag gica que respons vel pelo PSE na escola totalizando a escuta de seis profissionais das eSF e onze da escola e SME Foram coletados dados gerais para a identifica o dos participantes AP NDICE 7 Foram agendadas e realizadas entrevistas com as duas professoras de ci ncias da escola A op o por priorizar esta disciplina justifica se pelo interesse deste projeto em refletir algumas rela es sobre a alimenta o e ci ncias com a participa o e o apoderamento na escola Utilizando a margem de adapta o prevista em pesquisa qualitativa foi inclu da uma terceira entrevista realizada com uma professora de educa o f sica que manifestou grande interesse em participar desta fase As entrevistas foram realizadas a partir de um mesmo Roteiro de Quest es AP NDICE 8 que sofreu pequenos ajustes no caso das entrevistas com professores e merendeiras a fim de incorporar aspectos mais cotidianos do trabalho da sala de aula e da cozinha refeit rio respectivamente O Roteiro de Quest es foi proposto como estrat gia de re conhecimento do campo e de identifica o de quest es de interesse dos sujeitos desta pesquisa participante
337. endendo a como direito Porque muitos acham que alimenta o escolar um favor do munic pio mas a gente come ou a trabalhar que um direito do aluno n E um dever do munic pio estar oferecendo uma alimenta o escolar de qualidade Ent o acho que isso assim cativou os pais motivou E a partir do momento que eles os pais entendem que um direito se direito eles podem cobrar eles podem participar N o favor eles podem acompanhar monitorar NUT A Por fim sintetizando aprendizados e ensinamentos a partir das experi ncias conclui se que a EAN realizada na escola de forma participativa e comprometida com o direito alimenta o deve e valorizar o ser humano e os conhecimentos comuns por isto a escuta e a troca de saberes s o valores fundamentais inclusive para o aprimoramento do conhecimento cient fico e t cnico e utilizar t cnicas l dicas capazes de envolver os indiv duos e encoraj los a expressar percep es conhecimentos e talentos e dialogar com a cultura alimentar local promovendo mudan as para o indiv duo mas tamb m no contexto familiar e zelar pela avalia o continuada e pela promo o do apoderamento do DHAA 168 e ter olhar priorit rio para classes populares e a popula o em risco social e nutricional o que n o exclui trabalhar com a popula o como um todo uma vez que este direito universal e s se realiza se for para o conjunto da sociedade e oportunizar r
338. ender explicitar saberes Outro destaque do autor a quebra do poder centralizador do m dico na rela o 74 com os outros profissionais da equipe de sa de criam se novos mecanismos Tudo problema de todos VASCONCELOS 2001b p 12 H neste processo uma outra forma de compreender a educa o n o como um processo de adapta o do ser humano s condi es sociais econ micas e pol ticas em que vivem mas sim possibilitar que se compreendam como autores desta sociedade e portanto podendo alter la MACHADO 2004 A reuni o das experi ncias de EP amp S ocorre a partir da d cada de 1990 quando ocorre a cria o da Articula o Nacional de Educa o Popular em Sa de ANEPS e da Rede de Educa o Popular e Sa de VASCONCELOS 2001 a BARONE 2006 A EP amp S vem sendo afirmada como movimento social constitu do a partir de ampla mobiliza o de profissionais de sa de de t cnicos professores e pesquisadores da sa de militantes de movimentos sociais e representantes de ONGs VASCONCELOS 2001b STOTZ et al 2007 A partir de sistematiza o das experi ncias de EP amp S Stotz et al 2007 afirmam que A unidade de prop sito dos participantes do movimento consiste em trazer para o campo da sa de a contribui o do pensamento freireano expressa numa pedagogia e concep o de mundo centrada no dialogo na problematiza o e na a o comum entre profissionais e popula o STOTZ et al 2007 p
339. enta claramente definido A educa o alimentar e nutricional est em todos os lugares e ao mesmo tempo n o est em lugar nenhum SANTOS 2005 p 688 Em 2007 foi criada a C mara Interministerial para Seguran a Alimentar e Nutricional CAISAN composta por 19 Minist rios e atua sob a coordena o do MDS A Pol tica Nacional de Seguran a Alimentar foi institu da nos ltimos dias de mandato do Presidente Lula pelo Decreto n 7 272 2010 e o Plano Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional foi publicado em 2011 Documento elaborado em 2001 pelo Instituto Cidadania o PBF hoje a a o de maior visibilidade do PFZ que foi incorporado como estrat gia de governo no inicio do primeiro mandato Lula e atualmente definido como uma estrat gia impulsionada pelo governo federal para assegurar o direito humano alimenta o adequada s pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos http Ayvww fomezero gov br o que e 28 Em pesquisa realizada pelo Ibase com representantes de movimentos sociais de v rias partes do pa s questionou se Como garantir o DHAA aos brasileiros mais vulner veis fome A pesquisa pretendia aprofundar que outras possibilidades al m do PBF est o dispon veis e em disputa Foram realizados 06 seis grupos de di logo em que o resultado final foi similar na atual realidade brasileira n o h como abrir m o do PBF e das a es de assist ncia alimentar de forma imediata contu
340. entados garantia de or amento defini o de estrat gias e objetivos constru dos conjuntamente BURLANDY 2009 INOJOSA 1997 Trata se de construir mecanismos sofisticados e eficientes de planejamento que aperfei oem a utiliza o de recursos e permita clareza no acompanhamento de metas e resultados que s se concretizam com efetivo funcionamento de espa os e mecanismos de concerta o e di logo As pol ticas p blicas no Brasil e em v rias partes do mundo t m sido constru das fortemente setorizadas e compartimentadas a constata o de que na vida concreta as necessidades da popula o aparecem de forma complexa e muitas vezes contradit ria que aponta a demanda por estas mudan as nas reas de planejamento e de gest o or ament ria Existem orienta es claras da OPAS sobre a relev ncia de forma o de forma o de Comiss es Nacionais Mistas como mecanismos facilitadores da coordena o intersetorial da estrat gia de EPS Contudo observa se que as iniciativas de sa de escolar tendem a ser financiadas e por isso gerenciadas pelo setor sa de como demonstra se por exemplo experi ncias na Argentina MOLINERI et al 2009 no Peru CHOQUE LARRAURI CHIRINOS C CERES 2009 e na Colombia HERN NDEZ 2007 Para Ferreira e colaboradores 2012 mesmo a experi ncia brasileira com EPS e posteriormente com o PSE que optou pela constitui o de grupos de trabalho comiss o intersetorial nas tr s esferas de
341. ep o cabe aqui refor ar a n o neutralidades das escolhas Refletir sobre a educa o em sa de necessariamente considerar o ponto de vista que uma parte da sociedade tem sobre as demais Isto porque vivemos numa sociedade desigual separada em diversos grupos e classes sociais algumas das quais pela propriedade e acesso riqueza socialmente produzida dominam as demais Neste dom nio h de considerar se a educa o em sa de como uma estrat gia historicamente destinada a manter o chamado cord o sanit rio entre as classes sociais STOTZ et al 2007 p 47 Stotz 1993 apresenta com base na proposta de Tones 1987 quatro enfoques da educa o e sa de 1 o educativo em que as a es devem garantir que o usu rio tenha compreens o genu na da situa o para fazer escolhas 72 informadas sobre os riscos 2 o preventivo que representa a forma dominante nos servi os de sa de seus conte dos s o oriundos da cl nica m dica e da epidemiologia e suas a es devem estimular ou persuadir as pessoas a mudarem padr es e estilo de vida 3 o radical que parte do pressuposto que as condi es e a estrutura social s o as causas b sicas dos problemas de sa de assim suas a es s o no mbito pol tico e do Estado de forma a tornar poss vel as escolhas saud veis e a n o culpabiliza o dos indiv duos e 4 o desenvolvimento pessoal que tem como foco aumentar as potencialidades do indiv du
342. epende do profissional 4 eSF E eu acho que ela professora permanece tamb m por causa do foco dela o foco da educa o infantil Os pequenininhos s o muito dependentes Tudo tia tia ela ajuda a gente a ter controle Mas normalmente quando a gente vai nos maiores eles saem Ou eles ficam sentados fazendo corrigindo alguma coisa ou fazendo a presen a enfim Nada relacionado atividade que est sendo desenvolvida naquele momento 3 eSF Outro fator que contribui para uma atitude mais distante dos professores em rela o s atividades que geralmente s o avisados na hora em que a atividade vai ser iniciada j na porta da sala de aula Durante o per odo de pesquisa algumas atividades de sa de escolar foram realizadas pelas eSF na escola e tamb m por Universidades A defini o das turmas que seriam envolvidas foi decis o tomada com a equipe diretiva mais especificamente com a diretora no port o da escola minutos antes de ser iniciada a atividade As a es acabavam surpreendendo tanto alunos quanto professores que al m de n o terem tempo para prepararem se ainda precisaram suspender sua programa o de aula O desconforto geral para os profissionais das eSF para professores e para os pr prios estudantes Rique quando chega at para fazer as atividades a gente interrompe a aula sempre 2 eSF Eu s vi uma pessoa chegando e pedindo pra fazer uma palestra e falar sobre nutri o S tomei c
343. er e contextualizar conceitos afins por embasar a discuss o e elabora o de pol ticas p blicas atrav s do primeiro mapa da fome produzido no Brasil e por afirmar o combate fome e s desigualdades como pauta obrigat ria para o desenvolvimento econ mico e social do pa s CASTRO 2001 Em 1952 foi elaborado o plano de Conjuntura Alimentar e Problemas de Nutri o no Brasil que dentre outras atividades tratava da Campanha de Merenda Escolar nico esfor o que prosperou durante este per odo SILVA 1994 Em 1954 o Brasil encaminha ao UNICEF pedido de financiamento para o Programa Nacional de Merenda Escolar rec m oficializado COUTINHO 1988 A educa o nutricional Os cientistas da Nutri o apoiados no reconhecimento da associa o da fome com a pobreza extrema e com pr ticas alimentares e servi os de sa de inadequados e aproveitando o car ter populista do Governo Vargas sugerem a es voltadas alimenta o e nutri o dirigidas s camadas populares dentre estas o Servi o de Alimenta o da Previd ncia Social SAPS e a Lei do Sal rio M nimo foi regulamentada em 1938 e determinava um valor correspondente a uma ra o essencial m nima para atender as necessidades nutricionais di rias de um trabalhador excluindo por tanto sua fam lia COUTINHO 1988 Programa Alimentos pela Paz UNICEF foi concedido a pa ses pobres e tratava se do fornecimento de alimentos proveniente de ajuda i
344. era a fome e a desnutri o SANTOS 2005 p 682 Boog 1999 afirma que passados 20 anos a educa o nutricional sai do ex lio com a es desenvolvidas num palco de contradi es BOOG 1999 p 145 de um lado a fome e do outro os excessos alimentares mesmo entre as classes populares a necessidade ainda presente de pol ticas p blicas de assist ncia alimentar e de outro o reconhecimento da import ncia de um olhar t cnico s singularidades No que se refere Educa o em Sa de um discurso que caminha para a incorpora o de uma vis o ampla de sa de a partir da concep o de sa de prevista na Constitui o Brasileira e uma realidade em que a popula o anseia pelo tratamento das doen as Por fim a contradi o do profissional nutricionista entre a exig ncia de aprimoramento cient fico e tecnol gico e o grande desafio de recuperar um recurso antigo da educa o a palavra BOOG 1999 A luta contra a fome e a desnutri o ganha for a no in cio da d cada de 1980 em meio reorganiza o do sindicalismo do movimento sanitarista e da sociedade civil no Brasil na luta pela democratiza o do pa s ap s a ditadura militar Nessa poca de acordo com Valente 2002 ainda era proibido falar em fome mesmo sendo parte do cotidiano de grande parte da popula o 26 Em 1991 o Instituto Cidadania elaborou proposta de a o tendo os seguintes eixos pol ticas de incentivo produ o agroalimentar
345. ersos sobre a escola Os olhares dos alunos dos professores dos gestores das m es O meu olhar o de educadora popular e profissional de sa de Retomando as experi ncias anteriores ao doutorado recordo que certa vez em uma comunidade que tentava se organizar para reivindicar um posto de sa de uma lideran a disse que seria imposs vel marcar uma reuni o com as m es porque as crian as estavam em f rias Questionada sobre o porque desta afirma o j que os encontros costumavam ser na igreja e n o parecia que as pessoas da localidade tinham viajado em f rias ela respondeu que o melhor momento para falar com as m es era o hor rio de sa da das crian as Enquanto esperam os filhos elas falam de alegrias e preocupa es trocam dicas e contam hist rias N o digo que este tenha que ser um foco de interven o mas s para constatar que possivelmente este espa o n o considerado quando se pensa formalmente a escola As paredes e salas das escolas podem ter outros usos quando n o est o abrigando as aulas Existem comunidades em que a escola o local em que ocorrem as reuni es dos agricultores Assim como existem localidades em que os moradores queixam se que o fechamento de uma escola rural prejudicou a organiza o comunit ria e enfraqueceu a uni o entre os vizinhos Algumas vezes a escola o nico equipamento p blico presente no bairro e acaba se tornando o elo entre diversas a es p blicas e aquela comuni
346. es Comeu salgadinho de pacote ou batata frita de pacote Comeu guloseimas doces balas chocolates chicletes bombons ou pirulitos Comeu frutas frescas ou salada de fruta Tomou leite Tomou refrigerante Tomou guaran natural mate ou outras bebidas doces deste tipo Voc costuma durante a semana N o Todos 5a6 3a4 1 a 2 Apenas os dias dias dias dias raramente Almo ar ou jantar com sua m e pai ou respons vel Comer quanto est assistindo a TV ou estudando Comer a comida oferecida pela escola Tomar caf da manh Ap ndice 11 Semana Mundial da Alimenta o na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es Sabores para refletir Oficina de Culin ria Divulga o Alguns dizem que o que saud vel n o gostoso Ser que isso sempre verdade J pensou em dedicar mais tempo do seu dia para preparar e apreciar suas refei es Esta pode ser uma atitude prazerosa saud vel e divertida Comer necessidade e cozinhar arte Experimente o gosto desta combina o que pode fazer parte do seu dia a dia em casa e na escola Objetivo Apresentar op es pr ticas para um lanche mais saud vel e acess vel introduzindo no es de nutri o e maneiras de inserir alimentos j conhecidos e de f cil acesso contudo pouco utilizados em seu dia a dia Respons veis Isabela IC Nutri o e Gabriella
347. es local onde a higiene formatou propostas de constru o de modelos educacionais forma o de professores inspe o de alunos e de organiza o de espa os e equipamentos objetivando a forma o de novos e higienizados cidad os LAROCCA MARQUES 2010 p 754 A escola foi reconhecida como espa o estrat gico para a propaga o da higiene porque agrupava num mesmo espa o crian as que sendo concebidas como massa model vel seriam capazes de reproduzir no ambiente familiar as prescri es repassadas pela escola Em tal conjuntura capacitar professores para atuarem como educadores sanit rios tornou se imprescind vel e aos m dicos coube o papel de sensibilizar e treinar o professor para ser o coadjuvante da miss o higienista LAROCCA MARQUES 2010 p 761 Os m dicos ocupam lugar nas escolas p blicas mas tamb m no corpo docente de Escolas Normais ZUCOLOTO 2007 E a forma o higienista de professores por meio de cursos espec ficos foi o primeiro passo dado j que a escola foi escolhida como sede primeira de forma o de h bitos higi nicos corroborando as rela es de sa de educa o e seus respectivos representantes LAROCCA MARQUES 2010 p 755 Afora tudo isto o discurso higienista apresenta forte identidade com ideais eug nicos e serviu para fornecer hip teses e justificavas sobre o fracasso escolar Ao relacionar fracasso escolar desnutri o aos dist rbios neurol
348. es o a dietas al m da forma o e atua o profissional entre outros A escola esteve presente em 13 treze destes estudos Examinando as publica es percebe se que a EAN tem sido nos ltimos dez anos objeto de estudo com enfoques bem diferenciados Os temas de que tratam os artigos s o muito diversos desde aqueles que prop em avalia es do grau de efetividade da a o educativa por escalas num ricas at os de cunho mais reflexivo Para reflex o proposta por esta tese os ltimos foram destacados a fim de recuperar contribui es cr ticas para a an lise do tema Em conson ncia com os objetivos desta tese interessaram sobretudo as reflex es realizadas a partir de experi ncias desenvolvidos no ambiente escolar A escola tem sido apresentada como espa o privilegiado para a educa o alimentar e nutricional por exemplo em SCHIMITZ et al 2008 CANINE RIBEIRO 2007 DAVANCO et al 2004 COSTA et al 2001 A constata o de um perfil epidemiol gico cuja preven o associa se a h bitos alimentares saud veis utilizada para justificar tal debate O artigo de Davanco 2004 coloca o professor como membro central da equipe de sa de na escola DAVANCO 2004 p 179 Em seu artigo avalia um curso de 30 horas sobre nutri o atividade f sica e sa de para professores e apresenta resultados quantitativos que justificam este tipo de interven o Ressalta Nos resumos dentre as outras express es utilizadas como
349. es contextos e a experi ncias destes profissionais que t m acesso privilegiado vis o de mundo e ao modo de viver de seus alunos Por isto a oportunidade de dialogar com professores desta escola sobre a inclus o de temas de sa de alimenta o e nutri o no cotidiano da sala de aula foi um dos aspectos mais ricos da pesquisa O di logo teve como grande mediador as experi ncias desenvolvidas com os estudantes do s timo ano inicialmente com as professoras de ci ncias e educa o f sica e posteriormente com o envolvimento de professores de outras disciplinas A avalia o dos professores acerca das experi ncias de EAN foi motivadora em muitos aspectos As entrevistas iniciais com tr s professores duas de ci ncias e uma de educa o f sica constitu fram se em material fundamental para a proposi o das atividades as turmas de s timo ano Conforme descri o realizada no item 4 3 2 estas profissionais identificaram que suas principais preocupa es em torno do tema sa de e nutri o eram o grande consumo de produtos industrializados e n o saud veis os dist rbios de imagem corporal na sua rela o com bulliyng e a necessidade de debater h bitos alimentares saud veis Enfatizaram a import ncia de tratar os temas de forma contextualizada a partir da realidade de seus alunos e utilizando estrat gias l dicas fugindo da rotina escolar 231 Estas professoras descreveram a partir de suas experi ncias a r
350. es educandos de participar dela incluindo temas n o sugeridos A estes por sua fun o chamamos temas dobradi as ora facilitam a compreens o entre dois temas no conjunto da unidade program tica ora cont m em si as rela es a serem percebidas entre o conte do geral da programa o e a vis o do mundo que esteja tendo o povo FREIRE 2005 p 134 E neste horizonte que se salienta o segundo destaque a estas atividades Fora de um contexto de pesquisa pressionado por um calend rio acad mico deveria Este tipo de registro foi identificada a partir das aulas e trabalhos do Professor Michel Jean Marie Thiollent sobre Metodologia de Pesquisa Pesquisa Participante e Pesquisa a o 226 seguir uma proposi o na qual todas as turmas passassem por todas as atividades numa sequ ncia l gica do micro ao macro e novamente ao micro onde as atividades iniciais e finais conteriam elementos relacionados realidade mais local cotidiana Identifica se ent o que o v deo debate sobre agricultura familiar e a exposi o de fotografia tratam de quest es macro capazes de articular o debate local ao global S o impregnadas da inten o de acrescentar temas dobradi a relacionando por exemplo cultura alimentar soberania alimentar e globaliza o S o di logos que incluem rela es complexas mas acess veis aos estudantes dentro da perspectiva de educa o popular Elas correspondem a atividad
351. es que deveriam ser inclu das no meio do cronograma nem no in cio e nem no final Por fim o terceiro o car ter interdisciplinar das atividades proposta Como mais uma vez alerta Freire 2005 A tarefa do educador dial gico trabalhando em equipe interdisciplinar este universo tem tico recolhido na investiga o devolv lo como problema n o como disserta o aos homens de quem recebeu FREIRE 2005 p 119 As experi ncias confirmam e refor am a interdisciplinaridade como insepar vel pr tica da educa o popular e poss vel de ser concretizada num ambiente de colabora o de engajamento f Avaliando as experi ncias A avalia o da equipe diretiva e dos professores acerca das atividades foi muito positiva relatando adequa o dos temas e das abordagens Por meio desse projeto veio somar somar e tornar a aprendizagem mais significativa eles puderam ver nos resultados como importante essa consci ncia deles terem uma alimenta o equilibrada dos efeitos que isso provocam para o desenvolvimento deles para o crescimento 13 Prof Aspecto negativo destacado foi falta de coordena o e articula o de for as das equipes dentro da escola em tono das atividades para garantir infra estrutura e organiza o necess ria ao desenvolvimento das atividades Eu acho que o ponto fraco foi justamente n o ter havido essa intera o antes 22 ED Para a avalia o com os estudantes fo
352. es relacionadas a este tema durante o m s de outubro Este ano sua escola escolheu o dia 25 de outubro para comemorar e tamb m para dialogar com os seus estudantes sobre o tema da alimenta o Voc j escolheu uma das atividades Ent o agora esperamos que voc possa desfrut la com bastante felicidade e sabedoria Bom di logo Sabores para refletir Oficina de Culin ria Alguns dizem que o que saud vel n o gostoso Ser que isso sempre verdade J pensou em dedicar mais tempo do seu dia para preparar e apreciar suas refei es Esta pode ser uma atitude prazerosa saud vel e divertida Comer necessidade e cozinhar arte Experimente o gosto desta combina o que pode fazer parte do seu dia a dia em casa e na escola A cultura que Alimenta V deo debate sobre Agricultura Se o campo n o planta a cidade n o janta De onde v m os alimentos que comemos todos os dias O mundo inteiro est preocupado em como garantir gua e alimento de qualidade para esta e as pr ximas gera es E uma quest o de sustentabilidade ambiental e de sa de Sabia que nesta escola voc consome alimentos produzidos por agricultores familiares Venha saber o que o arroz e o feij o que s o servidos na sua escola t m a ver com o progresso da sua cidade e o futuro do planeta Palavras para degustar Sarau de poesias Comida para alimentar o corpo e poesia para alimentar a alma J reparou que as palavr
353. escutar s o a es que nunca deveriam separar se porque uma s faz sentido com a outra num processo de efetiva comunica o Aprende se a escutar como se aprende a falar N o apenas como processo biol gico ou mec nico mas exerc cio de compreendendo o outro e compreendendo se no contexto do di logo identificar o que est em jogo e que caminhos est o dispon veis em cada situa o comunicativa Aprender a escutar e a falar s o tarefas que cabem a todos que desejam construir o di logo na escola estudantes profissionais da escola das equipes de sa de e da alimenta o escolar entre outros 6 1 2 Defici ncias de pol ticas p blicas e viola o de direitos tudo a ver com a Educa o Popular A viv ncia no territ rio demonstrou que s o grandes as precariedades de servi os considerados b sicos tais como educa o sa de coleta de lixo saneamento b sico e fornecimento de gua Este cen rio muito adverso para o desenvolvimento de a es de educa o e sa de e torna o trabalho nos equipamentos p blicos exaustivo Ignorar a exist ncias destes problemas n o op o plaus vel visto que afetam n o apenas a popula o assistida mas tamb m as condi es de trabalho das equipes Esta n o uma exclusividade deste territ rio mas realidade partilhada por regi es perif ricas dos grandes centros urbanos O essencial no entanto registrar que cada vez que se identifica uma pol tica p blica social implant
354. espondeu que n o desperdi ar gua e comprar m veis melhores ou usados para que n o virasse lixo e fosse jogado no rio Era uma resposta semelhante ao que seu grupo havia escrito As profissionais n o ficam satisfeitas com a resposta e continuaram Profissional 1 Mas o que sustentabilidade Profissional 2 O que algo que se sustenta Uma menina responde Minha m e me sustenta Profissional 2 N o n o isso Profissional 3 Mas foi o que voc perguntou n Um menino levanta a m o e fala Mas ent o fala voc o que tia Elas apresentam uma resposta r pida n o muito diferente da que foi dada pelos estudantes encerram a atividade e agradecem Avaliam positivamente a 136 estrat gia e comentam que pensam em repeti la levando as respostas j escritas porque segundo elas o problema foi que os alunos n o sabiam escrever as respostas As queixas giraram em torno das palavras escritas de forma errada Durante o trabalho em grupo circularam algumas fichas plastificadas com mensagens e figuras relacionadas ao tema Seu lixo volta para voc Foi um material produzido em um curso de especializa o por colegas de uma das profissionais que achou interessante levar para a sala de aula Conversando com a professora que estava com a turma naquele dia foi poss vel descobrir que ela na verdade era professora da sala de leitura que a professora da turma est de licen a h
355. esquisa a o PERFIL DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA eSF Vila Leopoldina Iniciais H quanto tempo Concursado a Morador a do Area de forma o atua o H quanto tempo do nome trabalha no munic pio munic pio est formado a Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o 307 Universidade Federal do Rio de Janeiro MEN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Sy Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de 3 A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o PERFIL DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es Iniciais H quanto tempo Morador a do Morador a do H quanto tempo observa es do nome trabalha nesta escola munic pio bairro merendeira Sim Sim _ N o _ N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o N o Sim Sim N o
356. explicarem os problemas de sa de extremamente complexo entremeado por concep es de mundo de vida e de morte de justi a social de ambiente saud vel de felicidade e bem estar e transcend ncia E preciso considerar que quando as pessoas n o cumprem determina es m dicas ou quando buscam alternativas de tratamentos caseiros isto pode acontecer por raz es diversas todas juntas ou n o econ micas culturais familiares entre outras Mas geralmente os profissionais de sa de s t m uma palavra para explicar isso ignor ncia STOTZ et al 2007 p 43 Acrescenta se que no caso espec fico do tema alimenta o e nutri o que este faz refer ncia ao cotidiano das fam lias e assim comumente emergem de falas populares interagindo com outros assuntos como a qualidade dos servi os de sa de a falta de renda e de emprego oportunidade de consumo o acesso a equipamentos p blicos de assist ncia social saneamento b sico e gua entre muitos outros 245 O diagn stico de realidade importante ainda para evitar constrangimentos de focar as a es educativas em normas que dificilmente poder o ser seguidas pela popula o simplesmente por falta de condi es Um exemplo cl ssico vinculado ao discurso da higiene o de lavar a m o ap s ir ao banheiro e antes das refei es este um h bito que provavelmente n o cotidiano para uma crian a de uma fam lia cuja gua chega s torneiras duas vezes por seman
357. explicativos Representa a compreens o que os educadores possuem da problem tica local O tema gerador emerge destas falas significativas e expressam uma situa o concreta diagnosticada pelo grupo FREIRE 2005 SILVA 2005 A partir do tema gerador poss vel a descri o do conte do program tico que representa o conjunto de temas significativos A rede tem tica a organiza o de uma abordagem interdisciplinar do conte do program tico incorpora a an lise e as rela es que educadores estabelecem com reas de conhecimento assume o papel pedag gico de sistematizar a den ncia das rela es de poder e de interesse hegem nico escamoteados pela ideologia arraigada nas pr ticas socioculturais tradicionais SILVA 2005 p 15 O quadro a seguir apresenta uma das possibilidades de constru o de um conte do program tico a partir do levantamento de realidade e de falas significativas 219 nesta escola De acordo com o envolvimento mais ou menos efetivo dos sujeitos implicados professores equipe diretiva equipes de Sa de da Fam lia profissional da alimenta o escolar estudantes familiares lideran as influenciariam na constru o de outro quadro que poderia ser similar ou completamente diferente do apresentado Mesmo com estas ressalvas as falas significativas identificadas constitu ram a base da composi o das atividades de culmin ncia 220 Quadro 9 Sele o de falas significativ
358. fer ncias e as escolhas individuais s o fortemente influenciadas pelo coletivo ou dito de outra forma o h bito alimentar de cada pessoa sofre forte influ ncia do grupo social ao qual pertence A alimenta o sobretudo no cen rio urbano modernizante combina tradi es e novos padr es alimentares interagem de diferentes maneiras a produ o e reprodu o de cren as alimentares com os valores do mundo moderno globalizado FREITAS et al 2007 Em um texto sob o sugestivo t tulo Consumo logo existo Frei Betto debate as novas rela es estabelecidas entre a alimenta o e os padr es de consumo rigidamente ditados por uma sociedade de consumo O alimento convertido de direito mercadoria O valor simb lico da mercadoria figura acima de sua utilidade o ser humano se restringe ao ser consumidor e queles privados do consumo reservado o espa o da exclus o que causa frustra o depress o e infelicidade Segundo Stotz 2005 a pobreza diz respeito a uma situa o na qual uma pessoa ou uma fam lia n o tem condi es de viver dentro dos padr es socialmente estabelecidos em um certo momento hist rico Deve se portanto estabelecer uma reflex o sobre quais s o e como se manifestam estes padr es no cotidiano urbano A m dia contribui para a r pida divulga o de novos padr es de consumo agregando novos desafios ao cotidiano da alimenta o Sobre isto Bauman 2004 apre
359. fios mais profundos de pol ticas p blicas setoriais como de sa de educa o assist ncia social saneamento emprego e renda entre outras Estudos realizados em diversas partes do mundo apresentam evid ncias de que a estratifica o da popula o de acordo com seus n veis socioecon micos define tamb m estratos diferenciais nos n veis de sa de BARRETO CARMO 2007 p 1785 No centro desta discuss o encontra se ainda a confirma o da situa o paradoxal do Brasil que apresenta indicadores econ micos incompat veis aos indicadores sociais inclusive os de sa de BARRETO CARMO 2007 A quest o das desigualdades regionais representadas sobretudo pela concentra o da riqueza e dos bens tamb m faz parte deste contexto quando se comparam as suas zonas mais pobres das cidades com rela o as zonas mais ricas s o observadas imensos diferenciais nos indicadores de sa de BARRETO CARMO 2007 p 1787 Ao debater o Direito Humano Alimenta o Adequada DHAA deve se ter como pressuposto que desnutri o fome pobreza e mis ria n o se distribuem ao acaso Ao contr rio elas s o constru es hist ricas fruto de decis es tomadas pelas Doen as Cr nicas N o transmiss veis elites econ micas e pol ticas do pa s seduzidas por promessas de lucro farto e c mplices de interesses internacionais Contudo cada vez mais comum a naturaliza o de contexto de nega o de direitos O atual est
360. forma foi sugerida na fala de uma das profissionais da eSF que j se enquadra bem na atividade de hiperconectora ai eu falei eu me ofere o como representante entre aspas dessa coisa do PSE em vir na escola uma vez por m s numa sexta feira de manh eu posso vir entendeu E s a gente agendar e fazer uma agenda uma agenda n em comum Posso Eu anoto e venho da mesma forma que eu vim aqui naquela sexta feira antes das minhas f rias e hoje 3 eSF Profissionais que atuam na escola e seu territ rio n o podem ser vistos como meros executores de tarefas em Programas complexos como o caso do PSE e tamb m do PNAE se o que verdadeiramente se almeja incorporar os aspectos transformadores previstos em suas legisla es que colocam a participa o e a transforma o no centro de seus objetivos Ou se entende a necessidade de criar estrutura para o desenvolvimento de tais a es ou elas est o fadadas a permanecerem no discurso vazio da pr tica e est ril ao novo Esta estrutura est relacionada a garantia de tempo qualificado e remunerado para o preparo desenvolvimento e avalia o mas tamb m exist ncia das condi es materiais m nimas necess rio melhor uso do tempo dedicado ao Programa o que s se torna poss vel tendo clareza de objetivos justificativas e horizontes necess rios s a es de sa de escolar em cada territ rio 155 5 2 ALIMENTA O NA ESCOLA DI LOGOS E DI
361. gerantes e frituras para a escola E dif cil porque culturalmente a m alimenta o est muito enraizada n o Al m tamb m da quest o da falta de tempo dos familiares principalmente de crian as de creche existe um discurso muito grande de falta de tempo porque eles trabalham fora ent o eles priorizam a alimenta o mais r pida de prepara o normalmente os produtos 179 industrializados Ent o o que a gente tenta mesmo dar continuidade tentar fazer com que essa mudan a alimentar de h bitos saud veis v tamb m para a fam lia GTI M 4 A Coordenadoria de Nutri o Educacional desenvolve parcerias com o PSE e integra grande parte das reuni es do GTI M onde se faz representar pela Respons vel T cnica da Alimenta o Escolar A parceria entre PNAE e PSE reconhecida como importante mas ainda dif cil e insipiente Na pr tica as atividades ocorrem de forma paralela apesar das tentativas de articula o um projeto importante na escola porque a Secretaria de Sa de entra como parceira nesse atendimento E por exemplo quando a gente identifica quando a gente faz a nossa avalia o nutricional nas escolas e identifica alunos de baixo peso ou de sobrepeso que a gente encaminha para o posto de sa de tem esse atendimento eles tamb m v o a escola e fazem palestras com os pa s sobre essa quest o de alimenta o saud vel para evitar esses tipos de patologias essa uma parceria muita legal GT
362. gia nacional para a sa de escolar A partir da influ ncia da Iniciativa uma s rie de materiais foi produzida no mbitos dos minist rios da Sa de e Educa o Para fins de an lise foram selecionadas quelas relacionadas diretamente divulga o de concep es e de a es sa de escolar Foram identificadas dez publica es cadernos cartilhas folders e uma matriz de a es com estas caracter sticas entre 2005 e 2012 Dentre estas tr s foram publicadas pelo Minist rio da Sa de e uma pelo Minist rio da Educa o a outras seis as mais recentes foram publica es conjuntas de ambos Quadro 2 Publica es Oficiais do Governo Brasileiro sobre Escolas Promotoras da Sa de e Programa Sa de na Escola 2005 a 2012 Publica o Origem Ano A educa o que produz Minist rio da Sa de atrav s da Secretaria de sa de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de 2005 Departamento de Gest o da Educa o na Sa de Minist rio da Sa de atrav s da Secretaria de Escolas promotoras de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de 2007 sa de experi ncias do Brasil Secretaria de Gest o Estrat gica e Participativa Departamento de Apoio Gest o Participativa Cadernos de Aten o B sica Minist rio da Sa de atrav s da Secretaria de E i Aten o Sa de Departamento de Aten o 2009 n 24 Sa de na escola B si sica Orienta es sobre o Programa sendo na Escola Min
363. gicos e outras 53 patologias atribui aos indiv duos e s suas fam lias o pesado fardo de culpa e fatalismo MOYS S COLLARES 1997 ZUCOLOTO 2007 A patologiza o da educa o consiste em um reducionismo biol gico que explicar a situa o e o destino de indiv duos e grupos atrav s de suas caracter sticas individuais desse modo esconde os determinantes pol ticos e pedag gicos do fracasso escolar isentando de responsabilidades o sistema social vigente e a institui o escolar Como decorr ncia dessa concep o o indiv duo o maior respons vel por sua condi o de vida e destino as circunst ncias sociais e pol ticas teriam influ ncia m nima ZUCOLOTO 2007 p 137 A partir destas heran as iniciativas de sa de escolar praticados nas d cadas de 1980 e 1990 em pa ses da Am rica Latina restringiram se a a es para melhorar condi es de higiene e saneamento b sico preven o de doen as transmiss veis tratamento de doen as espec ficas e realiza o peri dica e indiscriminada de exames m dicos ou provas de triagem IPPOLITO SHEPHERD 2006 p 9 Tais a es ocorriam de forma desarticulada sem expl cita identifica o de poss veis objetivos estrat gicos e pol ticos e a partir de modelo vertical medicalizado e assistencialista a sa de da popula o escolar continuava sendo compreendida mais em termos de aus ncia de doen a do que como o resultado de um processo de
364. gnor ncia alimentar da popula o LIMA 1998 Tal produ o de 23 conhecimento serviu aos interesses em pauta no momento e a educa o alimentar foi tomada em uma dimens o utilitarista tornando se um dos pilares de programas governamentais de prote o ao trabalhador BOOG 1997 A utilidade da educa o alimentar estava na divulga o do valor dos alimentos para racionalizar seu consumo de acordo com as exig ncias fisiol gicas ensinando a selecion los conserv los e prepar los com base em um card pio racional que garantisse o uso racional do or amento dom stico e corrigisse os erros e defeitos da alimenta o LIMA 1998 Neste per odo foram inestim veis as contribui es de Josu de Castro para as pol ticas p blicas de alimenta o e nutri o no Brasil Nascido em Pernambuco Josu de Castro foi m dico ge grafo e deputado e influenciou in meras a es de combate fome no Brasil e no mundo Em seu cl ssico livro Geografia da Fome o dilema do p o ou a o publicado em 1946 apresentou as marcas e diferen as regionais da alimenta o do brasileiro identificando a exist ncias de localidades onde a fome constitu a se em problema end mico CASTRO 2001 Ao longo dos anos esta obra vem sendo reafirmada como marco dos debates de alimenta o e nutri o por v rios motivos entre eles por levantar de forma corajosa o tema fome e seus determinantes socioecon micos pol ticos e culturais por debat
365. gundo Seguimento E eles s o resistentes a usar o refeit rio da escola Eles preferem levar o biscoito deles de casal Parece que meio vergonhoso comer o lanche da escola Como se fosse os coleguinhas v o te zoar 1 eSF Como se fosse coisa de pobre mesmo n o Comer na escola Refeit rio tem o estigmazinho de quem s precisa 2 eSF Na fala das professoras poss vel identificar uma avalia o de que ap s a retirada da cantina uma parte dos estudantes passou a comer a alimenta o servida pela escola A compra atrav s da grade foi relatada como pr tica combatida No port o desta escola sempre est o ao menos dois funcion rios tomando conta da entrada e sa da Internamente h port o separando a rea de recreio do acesso s salas e sa da da escola com a presen a de uma funcion ria chamada de coordenadora de turno Olha como agora n o tem mais cantina a maioria merenda n o Eu acredito que sim Quando tinha cantina a tinha essa op o da besteira n o 13 Prof Quando a gente descuidava um pouco tinha at uns que comprava aqui na grade pediam para algu m que estava passando na rua comprar Era um inferno Mas agora isso parou eles s ficam daqui pra dentro ningu m mais tem acesso justamente para prevenir essa coisa 12 Prof Apesar de n o haver cantina dentro da escola do lado de fora existem duas pequenas lanchonetes uma em frente e outra ao lado da escola
366. h grande chance de tornarem se mais uma enfadonha e humilhante obriga o uma vez que para terem direito a acessar uma a o p blica precisam assistir a uma palestra geralmente descontextualizada de seu cotidiano Para muitos dos profissionais que corajosamente resolvem avaliar o impacto de sua a o fica a frustra o por perceber que a presen a das fam lias nestas reuni es se d apenas para o cumprimento de uma exig ncia Em grande parte das vezes para justificar o insucesso das iniciativas recorre se ao conhecido artif cio de culpabiliza o da v tima A EAN pode ganhar destaque frente s tarefas apresentadas de aprimoramento de programas e a es de SAN Na inten o de trazer elementos novos a este debate o que se prop e sobre a import ncia por exemplo da escuta combinada ao registro e reflex o na busca de interven es mais qualificadas de EAN Para isto torna se fundamental estimular a experimenta o de uma invers o de ordem entre discurso e escuta provocando profissionais de sa de e da escola a repensarem seu di logo com as fam lias e escolares 2 2 O PNAE O DIREITO ALIMENTA O ESCOLAR E SEU POTENCIAL EDUCATIVO No Brasil a alimenta o direito garantido no artigo 6 da Constitui o Federal por meio da recente aprova o da Emenda Constitucional 64 2010 e est descrito na Lei n 11 346 2006 que em seu artigo 2 afirma o dever do poder p blico de adotar as
367. ha e Rela o sobre gastronomia e arte e Nossas origens e nossas prefer ncias alimentares 8 Aplica o do Conhecimento 20 a 30 min Tema Qual comida eu gosto Convite para que os estudantes expressem atrav s de uma frase poesia rap desenho ou grafite Exposi o de Fotos Como o mundo se alimenta Divulga o Pense em tr s alimentos que voc come todos os dias e no seu prato preferido J parou para pensar porque estes alimentos fazem parte do seu dia a dia E se por acaso voc nascesse no Alasca ser que a sua comida preferida seria a mesma Prepare se para realizar uma volta ao mundo gastron mica Vamos conhecer como se alimentam fam lias de diversas partes do planeta Pode vir s com a roupa do corpo que conhecimento e divers o est o garantidos nesta viagem Objetivo Realizar exposi o comentada de fotos problematizando a rela o dos h bitos alimentares com a cultura a sa de e o direito alimenta o escolar Respons veis Ana Gabriela e professor Andr Falas Significativas 1 Biscoito guaran refrigerante O que tiver na geladeira eu como O importante que eu como Programa o 9 Apresenta o 20 min gt Exposi o comentada das fotografias e suas origens 10 Problematiza o Inicial 15 min Qual fotografia se parece mais com a alimenta o daqui Por qu Qual das fotografias representa a alimenta o mais saud vel Por qu 11 Aprofundamento Te ric
368. hamou a aten o n o Ent o n o adianta voc v crian as desnutridas por falta de alimento que era por falta de acesso porque era geralmente nos bols es NUT D A partir destes dados demonstraram que importante parcela das crian as desnutridas morava em locais distantes sem acesso s unidades de sa de Por outro lado existia consider vel quantidade de leite do extinto Programa de Incentivo ao Combate s Car ncias Nutricionais ICCN para ser distribu do As nutricionistas da ATAN SMS propuseram ent o um aprofundamento da parceria com o Mutir o para a distribui o deste leite e posteriormente para os cadastros do Programa Bolsa Alimenta o a gente viu que tinham muitas crian as que n o chegavam a Unidade de Sa de desnutridas pelos cant es de Caxias Mand los para as Unidades Como Eles n o alcan avam n o tinham acesso mesmo ent o tivemos a id ia de colocar numa comunidade A gente ia at eles NUT C 156 pode n o ter seguido o que seria burocraticamente correto mas voc atendeu a crian a na poca que ela tinha fome Depois a gente ajustou mas vidas n o se perderam Porque morria crian a n o NUT E O per odo de 2002 a 2004 marcado pela amplia o desta atua o em comunidades Al m disto o Mutir o apresenta em 2003 a demanda por uma a o municipal dando origem a propostas das Creches e Centro de Atendimento Inf ncia Caxiense
369. has mandioca e milho e a quest o da cultura alimentar Al m disto as receitas procuraram mais nos aspectos do l dico e nas reflex es sobre o prazer de cozinhar do que nos aspectos nutricionais que no entanto n o foram esquecidos Foram debatidos os ingredientes a composi o nutricional o porcionamento o pre o e a rela o entre produto artesanal versus industrializado A professora de educa o f sica participou desta oficina incluindo se nas atividades pr ticas e no debate As oficinas culin rias t m sido experimentadas em a es de EAN CASTRO et al 2007 e s o incentivadas no Marco de Refer ncia de Educa o Alimentar Nutricional para Pol ticas P blicas BRASIL 2012b Importante salientar que a abordagem acerca dos produtos industrializados nesta pr tica procurou colocar o tema no centro da problematiza o sem contudo desenvolver discurso autorit rio ou prescritivo Monteiro e Castro 2009 enfatizam o equivoco em tratar os alimentos industrializados como um grupo homog neo no que se refere sa de humana e destacam que neste grupo s o os ultraprocessados o principal foco de preocupa o Estes s o alimentos s o disponibilizados prontos ou quase prontos para o consumo produzidos majoritariamente por empresas transnacionais pertencem produtos panificados biscoitos bolos sorvetes gelatinas barras de cereal doces em geral embutidos molhos macarr o instant neo sopa
370. i utilizado um question rio AP NDICE 14 Havia a inten o de ter mais um momento de roda de conversa com parte dos estudantes alguns j haviam se voluntariado para a constru o de uma s ntese 221 de sugest es sobre a alimenta o escolar e para uma rodada de avalia o das atividades Foi invi vel efetivar esta proposta em meio s dificuldades ocasionadas pela falta de gua e outros servi os na escola que ocasionaram suspens o de aulas e aumento das faltas Os question rios foram preenchidos por 47 estudantes das quatro turmas N o houve recusa em responder os question rios que foram entregues e auto preenchidos em sala de aula Como mencionado anteriormente houve um aumento consider vel de faltas o que explica o n mero reduzido de question rios Foi utilizada uma escala hed nica de 01 a 06 em que 01 correspondia maior nota ou satisfa o As respostas demonstram aprova o dos estudantes uma vez que 93 6 gostaram muito das atividades 72 3 marcaram 01 e 21 3 marcaram 2 Sobre terem aprendido coisas novas 74 5 marcaram 02 Quanto a participa o individual nas atividades 44 7 deram nota 02 e 42 6 deram nota 03 Sobre a disponibilidade e possibilidade de aplica o na vida 53 3 deram nota 02 As perguntas abertas revelaram descontentamento dos estudantes por n o poderem participar de mais de uma atividade Houve a necessidade de limitar o n mero de participantes e a procura pela oficina culin
371. iam essas compras O que teria que comprar por m s Tipos de alimentos eles teriam que comprar E a eles faziam uma pesquisa tamb m sobre os pre os desses alimentos quanto custaria uma cesta b sica Quanto custaria alimentar uma fam lia de quatro pessoas da maneira correta E a um pouco relacionar isso com a nossa realidade A quest o do sal rio m nimo Ser que suficiente Ent o essa coisa mais cr tica tamb m 11 Prof Sempre assim de composi o qu mica dos alimentos n o Aquela divis o carboidrato lip dio prote nal 12 Prof O fato de ter sido a a o mais reconhecida na escola e a nica que encontrou rela o e coincid ncia com a sistematiza o de a es de EAN em escolas do munic pio chamou a aten o para a Semana Mundial da Alimenta o e influenciou na proposta de utiliz la como mobilizadora para o di logo acerca de planejamento intersetorial de a es de sa de escolar no territ rio Outra a o relatada foi o projeto Fam lia na Escola que ocorre de dois em dois meses Em uma oportunidade foi realizada palestras e oficinas culin rias de 171 utiliza o integral de alimentos com m es de alunos do Primeiro Seguimento iniciativa proposta e incentivada pela SME e nesta escola organizada pela diretora tendo como p blico priorit rio as m es de alunos do Primeiro Seguimento Na Fam lia na Escola tem palestras sobre reaproveitamento alimentar a teve u
372. icado em 2004 apresenta a avalia o de programa de sa de bucal realizado em uma institui o p blica ligada ao Minist rio da Venezuela Educa o e Cultura Envolve nesta avalia o profissionais de sa de professores escolares e m es Identifica abordagem de sa de centrada no risco e dificuldade em envolver as m es em oficinas Identifica se assim um panorama amplo e diversificado de a es e debates desenvolvidas em torno da sa de escolar como pol tica p blica que envolve iniciativas municipais e nacionais S o a es promovidas exclusivamente pelos governos ou em parceria com universidades e com institui es da sociedade civil organizada Re nem interven es e reflex es relacionadas ao processo de 51 implementa o de estrat gia de programas de promo o da sa de em escolas e outros temas como preven o e controle de dengue sa de bucal alimenta o escolar controle da obesidade suplementa o de vitamina A em escolas preven o do uso de tabaco lcool e outras drogas sa de sexual e reprodutiva e cuidado oftalmol gico Chamou aten o a ocorr ncia de diversos relatos e recomenda es relacionados forma o em sa de escolar para profissionais de sa de e educa o articulada s a es de educa o em sa de O professor o profissional mais citado neste aspecto Foram descritas tamb m iniciativas de forma o de jovens estudantes como multiplicadores de informa o
373. icativa sem em nenhum momento comprometer os governantes que lhes concederam esta ocupa o De t o comum este posicionamento tido como comum como inerente ocupa o Uma das manhas de certos autorit rios cujo discurso bem podia defender que professora tia e quanto mais bem comportada melhor para a forma o de seus sobrinhos a que fala claramente que escola um espa o exclusivo do puro ensinar e puro aprender De um ensinar e de um aprender t o tecnicamente tratados t o bem cuidados e seriamente definidos da natureza pol tica do ensinar e do aprender que torna a escola o sonho de quem pretende a preserva o do status quo FREIRE 2009 p 20 Aqueles que se posicionam diante das falhas dos servi os em que est o inseridos que participam de greve e que est o inseridos nos sindicatos se destacam e n o s o visto com bons olhos Diante da quest o do desabastecimento de gua na escola e no bairro os professores organizaram se para construir um documento para ser entregue ao Minist rio P blico Tamb m afixaram cartazes do sindicato convocando os professores para atos contra a suspens o da coleta de lixo na cidade As lideran as de alguns professores foi reconhecida pelos colegas e por outras equipes da escola Ent o sobre isto alerta Freire aos professores que jamais transformarem ou entenderem esta como uma luta singular individual por mais que possa haver em muitos casos persegui es mesquinhas contra
374. icional CONSEA em 1993 e realizada em 1994 a I Conferencia Nacional de Seguran a Alimentar convocada pela A o da Cidadania contra a Mis ria e pela Vida e pelo CONSEA reuniu mais de 2 mil delegados de todo pa s com grande participa o da sociedade civil e em seu relat rio final apresentou a concentra o de renda e de terra como um dos principais determinantes da fome VALENTE 2002 Em 1994 com a elei o de Fernando Henrique Cardoso o CONSEA foi extinto e o debate da SAN fica restrito aos espa os da sociedade civil ABRANDH 2010 CONTI et al 2008 Segundo Valente 2002 este novo governo n o se viu obrigado a respeitar compromissos assumidos no per odo pr e p s eleitoral no sentido de dar continuidade ao trabalho de parceria no CONSEA Parte da sociedade civil foi exclu da do processo de negocia o para criar o novo Conselho do Comunidade Solid ria Este Conselho passa a ser efetivamente um organismo governamental de 27 consulta tendo sua presid ncia exercida por pessoa de escolha do presidente da Rep blica no caso Ruth Cardoso VALENTE 2002 Assim constata se que a partir de meados da d cada de 1990 os debates sobre alimenta o no mbito das pol ticas p blicas no Brasil t m sido fortemente pautados pela perspectiva da Seguran a Alimentar e Nutricional SAN que a realiza o do direito de todas e todos a uma alimenta o adequada em qualidade e quantidade suficiente sem que a garantia deste d
375. icitamente o seu compromisso com a transforma o e com a liberta o aut ntica Desta forma ela pr xis implicando a o e reflex o dos seres humanos sobre o mundo para transform lo A educa o problematizadora recusa o dep sito de informa es e negando os comunicados existencia a comunica o Ela funda se na dialogicidade e busca a supera o da contradi o educando educador o educador n o apenas o que educa mas o que enquanto educa educado em di logo com o educando que ao ser educado tamb m educa FREIRE 2005 Assim o primeiro movimento pedag gico o da pesquisa que partindo da realidade concreta come a por questionar em torno de que se ir dialogar 78 Para mim a realidade concreta algo mais do que fatos ou dados tomados mais ou menos em si mesmo Ela todos esses fatos e todos esses dados e mais a percep o que deles esteja tendo a popula o neles envolvida Assim a realidade concreta se d a mim na rela o dial tica entre objetividade e subjetividade FREIRE 2001a p 34 A identifica o do tema gerador o ponto de partida para a constru o de conte dos program ticos A partir de uma situa o concreta diagnosticada pelo grupo se define por onde o di logo ir come ar N o se trata de improviso ou de espontaneismo mas sim de construir o conte do program tico a partir temas significativos advindos de uma a o que instiga a presen a curiosa n
376. ificuldades de promover atividades com este grupo porque poucos comparecem a reuni es na escola Identificam que os estudantes cujas fam lias s o mais presentes s o tamb m aqueles com melhores condi es de sa de e melhor desempenho na escola S o essas crian as que as m es procuram sempre que t m uma condi o melhor As m es que eu tenho que ir na casa atr s sempre tem uma condi o pior 3 eSF E n o s a rea m dica que enfrenta mas a escola tamb m passa isso N s temos aqui m es e respons veis que a gente chama o ano inteiro e n o vem n o aparece E a quando d l reprovado a vem A aparece A j era n o tem mais como Ent o eu acho que o maior desafio vai ser a fam lia 17 ED Este debate remete a interessante debate acerca da responsabilidade imputada s m es sobre a sa de de crian as em idade escolar realizado por Olivi e Fonseca 2007 As autoras destacam a exist ncia de uma tradi o do desenvolvimento de a es de sa de na escola ainda que seja apenas o encaminhamento para os servi os de sa de e que nestas a m e ou a pessoa que a substitui identificada como a respons vel pelo cuidado da crian a Ao localizarem historicamente o in cio desta conforma o proporcionam a possibilidade de desnaturalizar esta constru o A mudan a do valor social atribu do crian a foi reflexo do valor econ mico da vida a partir da emerg ncia de uma nova estrutura social
377. inist rio da Educa o e responde n o apenas pelos recursos em car ter Dispon vel em http Avww diaadia pr gov br cdec arquivos File direitoshumanos orientacoes pse pdf Acesso em agosto de 2010 42 complementar mas tamb m pela normatiza o coordena o acompanhamento monitoramento fiscaliza o e pela avalia o de efetividade e efic cia do PNAE Atualmente um dos principais desafios implementa o da Lei n 11 947 2009 BRASIL 2009e est justamente referido ao tema da participa o Trata se do artigo 14 desta Lei que coloca prova a capacidade t cnica e operacional das tr s esferas de governo para garantir condi es de compra da produ o da agricultura local e a aproxima o da cultura alimentar Todo o processo acompanhado e fiscalizado pelo Conselho de Alimenta o Escolar CAE e depende de uma consistente organiza o dos agricultores locais O referido artigo determina que Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE no mbito do PNAE no m nimo 30 trinta por cento dever o ser utilizados na aquisi o de g neros aliment cios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organiza es priorizando se os assentamentos de reforma agr ria as comunidades tradicionais ind genas e comunidades quilombolas BRASIL 2009e Por fim deve se resgatar que participa o social e pol tica exerc cio da cidadania rep dio s injusti as
378. io E o cupua u fornece geleia compota e refrigerante enquanto voc espera o contrabando que l como quem espera o carteiro al m de fornecer o conhecido sorvete que poss vel saborear aqui mesmo na Ipanema de An bal Machado No igarap tome paracuuba de leite pepino do mato digest vel mas n o aconselho de teimoso carece que se lhe d com um pau para abrir Em caso de pen ria arranje se com socor sem falar no uso enciclop dico da castanha do par outrora cnamada de castanha do maranh o e que talvez servisse at para fazer a Enciclop dia Brasileira com que h d cada sonhamos Com que satisfa o de rever velhos amigos encontro no volume as frutas da inf ncia rural mineira bacupari guariroba ing jambo araticum ara ju cambuc todos esses sabores da terra que n o custavam dinheiro esses sons abertos Frutas camaradas sem esnobismo d veis Riqueza do pa s ou riqueza particular minha da lembran a n o sei E cismo na oportunidade ou na gra a de certas apela es populares que o autor registra gog deguariba moela de mutum cabe a de urubu jaca de pobre assim chamado talvez por ter espinhos na casca ao passo que a outra jaca s tem verrugas cabeludinha frutas que os paulistas estimam tanto e essa bochecha de velho que se diz fruta ruguenta e polpa branca e esponjosa com vel mas infelizmente ins pida Veludinha de Santa Catarina h de ter sabor gentil talvez
379. io e ao mesmo tempo realizar aproxima o dos contextos dos desafios e das propostas para aprimoramento das a es Foi por isso tamb m um tempo de amadurecer rela es de confian a e de 100 compromisso com profissionais que seriam a ponte para esta nova e desafiante etapa da pesquisa Tanto a chegada escola quanto unidade de sa de foram cuidadas e facilitadas por nutricionistas que participaram da sistematiza o de experi ncias A escola foi indicada pelos representantes da Estrat gia de Sa de da Fam lia no GTI M Esta indica o foi levada SME que ratificou a decis o As Secretarias Municipais de Sa de e Educa o j haviam recebido c pias do projeto de pesquisa e estavam esclarecidas sobre os procedimentos emitindo em seguida a autoriza es para a realiza o desta etapa de trabalho de campo Todo este processo tomou alguns meses de modo que apenas em dezembro de 2011 reuniam se todas as condi es para iniciar este contato local que foi inaugurado por visita s eSF na Unidade B sica de Sa de UBS A Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es foi indicada por ser considerada uma unidade escolar que mant m um v nculo de boa qualidade com as eSF No mbito do PSE esta escola acompanhada por tr s eSF sediadas em uma mesma UBS localizada na rua da escola fica h menos de dez minutos de caminhada Nesta fase foi realizada a apresenta o da pesquisa na escola e para as equipes de Sa de
380. ional como procedimento realizado pelo nutricionista junto a indiv duos ou grupos populacionais considerando as intera es e significados que comp em o fen meno do comportamento alimentar para aconselhar mudan as necess rias a uma readequa o dos h bitos alimentares CFN 2005 14 Esta mesma Resolu o considera h bitos alimentares aqueles que envolvem o alimento e sua prepara o de uso cotidiano sob a influ ncia de cultura tabus e tradi es de povos ou comunidades Relaciona o desenvolvimento de a es de educa o nutricional dentre as atribui es do Nutricionista na Alimenta o Escolar Em gloss rio do Minist rio da Sa de sobre tema em nutri o encontra se a defini o de alimenta o como processo biol gico e cultural que engloba aspectos relacionados escolha prepara o e consumo do alimento entendido como a uma subst ncia ou conjunto de subst ncias comest veis adequada ao consumo humano que garante elementos ao organismo para forma o manuten o desenvolvimento J a nutri o entendida como estado fisiol gico de consumo e utiliza o biol gica de energia e nutrientes em n vel celular Corresponde ao atendimento das necessidades org nicas de nutrientes subst ncias qu micas com fun es metab licas essenciais para crescimento o desenvolvimento a manuten o da sa de e da vida normalmente recebidos por meio de alimentos Ainda que sejam defini
381. ionando com o liquidificador ligado o azeite em fio at que fique bem homog nea a mistura Servir com salada Tempo de Preparo 15 minutos Rendimento 30 por es Escondidinho de aipim com carne mo da Ingredientes Pur Alvim Informa es nutricionais Esta ur de pim prepara o tem alto teor de carboidrato 01 kg de mandioca aipim proveniente da mandioca e a prote na 01 ovo 459 da carne e queijos 02 colheres de sopa 24 9 de manteiga calorias 70B KCA 01 x cara de ch 250 ml de leite Sal a gosto Carne Mo da 03 colheres de sopa 45 ml de leo de soja 01 kg de carne mo da 01 cebola m dia 1009 01 x cara de ch 250 ml de molho de tomate Sal e Pimenta do reino preta a gosto Montagem 200 ml de creme de leite Alecrim a gosto 150g de mussarela 200g de queijo parmes o ralado Utens lios Necess rios Faca vasilha t bua de corte panela panela de press o refrat rio de vidro espremedor de batatas p o duro Modo de Preparo CASS 4 A S S NE NA Pur de Aipim Lavar bem e descascar o aipim Cozinhar o aipim em uma panela de press o por uns 25 minutos depois que a panela pegar press o at que fique bem mole Espremer o aipim em um espremedor de batatas Em uma panela adicionar o aipim espremido o ovo a manteiga e o sal e mexer em fogo baixo at o ponto de pur Reservar Carne Mo da Lavar descascar e picar a cebola em cubos bem pequenos Aquecer uma panela
382. ipertens o e diabetes Consci ncia do que Alimenta o eles est o comendo saud vel e quantidade e a Sugeridos alimenta o qualidade do alimento na escola Utiliza o integral de alimentos com os estudantes Ambiente e Sa de Imagem corporal Saneamento gua e lixo Biscoito tipo snacks e guaran natural Dez Passos para uma Trabalhados Alimenta o Saud vel Drogas e ester ides anabolizantes Conceito ampliado de Sa de Dentre os temas trabalhados destaca se que a Pir mide Alimentar foi citada por todos Com rela o aos sugeridos a preocupa o com o consumo de biscoitos tipo snacks e guaran natural foi um consenso A compara o demonstra maior riqueza e consist ncia nos temas apresentados pelas professoras que pelos demais grupos Destaca se ainda que a Pir mide Alimentar continua a manter sua supremacia como instrumento de EAN apesar das cr ticas que t m sido feitas sobretudo a esta exclusividade como estrat gia educativa em nutri o A identifica o deste retrato de temas trabalhados e sugeridos no contexto escolar constituiu a base para as reflex es necess rias constru o da proposta 174 das Rodas de Conversa iniciais que intencionaram aproximar se da proposta freireana dos C rculos de Investiga o Tem tica Al m deste retrato contribu ram para a constru o da proposta a observa o das atividades realizadas pelo PSE descritas no item 5 1 2
383. ipes neste componente 129 profissionais tanto de sa de quanto de educa o e que dificulta o estabelecimento dos componentes de um Grupo de Trabalho Intersetorial Local GTI L A articula o e interlocu o iniciais entre sa de e educa o t m influ ncia na forma de organiza o das atividades e sobretudo nas possibilidades de construir estrat gias para interagir com os principais interessados no Programa estudantes m es pais respons veis e a comunidade como um todo c Sa de escolar com quem e para quem As entrevistas iniciais inclu ram um pedido para que as profissionais falassem sobre os estudantes e moradores do bairro Esta quest o foi recebida com estranhamento talvez desconforto Foram respostas precedidas por respira o profunda demorada Na escola a equipe diretiva e as merendeiras falam dos alunos de forma generalizante afetuosa e familiar Ah s o crian as normais como todas s o levadas S o crian as carentes de carinho alimenta o Tem crian as que v m aqui s para ganhar um abra o ganhar um beijo Tem crian a aqui que nunca saiu aqui do bairro para ir num Jardim Zool gico quando a gente leva eles s vezes a algum evento dentro do Raul Cortez eles ficam assim Porque novidade para eles Mas s o crian as boas crian as normais como toda escola tem crian as levadas crian as carinhosas 7 ED a gente atende as crian as n o Ent o n o adulto E cria
384. ira de linguagem que continua dividir Casa Grande de Senzala num pa s de injusti a social institucionalizada e aceita como normal GIANNOTTI 2004 p 15 Giannotti adverte A pouca escolaridade a grande muralha A grande barreira Ao se escutar o discurso faz se o esfor o para entender Mesmo s vezes com certa dificuldade Mas se a linguagem ao inv s de facilitar complica a fica imposs vel qualquer comunica o GIANNOTTI 2004 p 97 Retomando a viv ncia na escola n o um bom sinal quando uma turma com adolescentes e jovens recebe e permanece em total sil ncio diante de uma equipe que acabaram de conhecer Provavelmente sinal de que um canal de escuta comunica o precisa ser estabelecido Assim a turma bem comportada pode n o representar sucesso da pr tica educativa a n o ser que se considere que discursar sobre um assunto seja o suficiente Em uma das atividades de devolutiva dos dados dos question rios diante de muita agita o uma fala n o planejada causou um misto de estranhamento e de amplia o do espa o de confian a A fala foi algo como Estamos aqui porque achamos que voc s s o pessoas inteligentes e que tem muito a nos dizer sobre estes assuntos Naquele momento o grupo voltou a participar de forma mais atenta porque percebeu o interesse de quem os estava ouvindo Em refer ncia a obra de Gilberto Freyre Casa Grande amp Senzala 242 Falar e
385. iraram a sa de bucal das atividades de preven o Jindependente de estar no componente ou n o a gente manteve 3 eSF praticamente paramos com atividade educativa porque come aram as avalia es cl nica odontol gicas e com aquele n mero muito grande de crian as para avaliar era para ter sido uma coisa parcelada ao longo do ano para ser uma coisa tranquila ser dividida entre equipe para ter sido feito com calma at final de novembro e n o foi assim Ent o n s s recebemos o material em setembro para poder dar conta de 700 crian as e obvio que n o conseguimos atingir essa meta n s conseguimos alcan as 315 crian as que j foi muita coisa nesses tr s meses a gente ficou realmente focados nisso n s dividimos mesmo para os profissionais enfermeiros e m dicos 5 eSF 150 Com algumas limita es de tempo foi poss vel a participa o da supervisora de merenda em atividades relacionadas pesquisa Ela destacou igualmente os ganhos em inserir tamb m alimenta o escolar e sobretudo as a es educativas relacionadas no PPP e nos debates de GE Identificou ainda a possibilidade de ampliar a parceria e interlocu o desde o n vel central a partir da SME se tiver a possibilidade de ser inserido nas atividades dentro do PPP daquele ano n por que Porque a princ pio quando come ou come ou muito erradamente come ou como uma a o assim jogada n o
386. ireito comprometa a outros direitos essenciais moradia vestu rio educa o sa de outros com base em a es promotoras de sa de e levando em conta a sustentabilidade ambiental social e econ mica Em 2003 quando o governo Lula toma posse o Fome Zero apresentado como Programa e cria se o Minist rio Extraordin rio de Seguran a Alimentar MESA Ainda durante o primeiro mandato o Fome Zero passa a ser apresentado como Estrat gia e as a es mais vis veis do MESA foram incorporadas ao Minist rio de Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS Santos 2005 identifica que a proposta da educa o alimentar e nutricional no mbito do Programa Fome Zero PFZ alia se aos pressupostos defendidos na Pol tica Nacional de Alimenta o e Nutri o PNAN aborda a import ncia da educa o alimentar como a o de preven o tanto da desnutri o como da obesidade e refor a o papel do Estado frente a quest o educacional e do desenvolvimento de campanhas Destacou que o Programa Bolsa Fam lia PBF tamb m prev atividades educativas de alimenta o e nutri o no entanto destaca que n o estavam claras as concep es e formatos destas a es demandando outros estudos Examinando o contexto atual das pr ticas da alimenta o e nutri o afirma que a EAN mais uma vez est sendo reflexo da conjuntura pol tica Completa ao mesmo tempo em que apontada sua import ncia estrat gica o seu espa o n o se apres
387. is de equipes de Sa de da Fam lia eSF e professores funcion rios estudantes de uma escola municipal Discute os limites e possibilidades para o desenvolvimento de Educa o Alimentar e Nutricional EAN na escola tendo como ponto de partida as experi ncias do Programa Sa de na Escola PSE Esta forma de pesquisar afirma que pesquisadores e participantes podem juntos responder com maior efici ncia aos problemas complexos do cotidiano Nutricionistas em fun o de t cnicos gestores participaram da sistematiza o das experi ncias de EAN desenvolvidas em unidades escolares nos ltimos dez anos Para captar o contexto de implementa o do PSE e do Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE foram realizadas entrevistas com seus t cnicos gestores Em fase subsequente foi realizada pesquisa no territ rio sendo indicada uma escola municipal cadastrada no PSE Foi constru do um diagn stico de realidade com professores funcion rios da escola e profissionais das eSF atrav s de entrevistas semin rios e oficinas Estes momentos oportunizaram registro e reflex o sobre as pr ticas dificuldades potencialidades e sugest es para aperfei oamento de a es educativas em alimenta o nutri o e sa de Com os professores foram selecionadas as quatro turmas de s timo ano do ensino fundamental para a viv ncia destes temas em c rculos de cultura perspectiva na qual os educandos assumem papel ativo diante do processo educativo Com e
388. isso tico de colocar se a servi o da dif cil e gigantesca tarefa de problematizar a realidade e contribuir para o desvelamento das ra zes de injusti as e desigualdades muitas vezes encobertas por estas mesmas pol ticas sociais O exame atento das publica es deste per odo vai reconhecer propostas de educa o alimentar e nutricional no decorrer destes ltimos dez anos Propostas muito diversas com concep es variadas e que passam nos ltimos anos a assumir um posicionamento mais pr ximo ao debate sobre o DHAA Poder se ia ent o sugerir que mais uma vez a concep o de EAN esteve est sob influ ncia de um ciclo de pol ticas p blicas Neste contexto passa a ter lugar na pauta p blica debates tanto sobre escopo de atua o quanto sobre a perspectiva a ser assumida pela EAN nas a es e discursos oficiais Este debate passa a ocupar n o s os espa os relacionados ao setor sa de mas tamb m a setores como educa o assist ncia social e desenvolvimento agr rio O novo cen rio marca uma tentativa de superar a l gica tradicional de a es centradas no combate fome embora se reconhe a que as a es de assist ncia alimentar ainda sejam necess rias dadas s desigualdades e injusti as hist ricas No que se refere ao Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE a partir da Resolu o CD FNDE n 38 2009 BRASIL 2009a fica definido como educa o alimentar e nutricional o conjunto de a es formati
389. ist rio da Educa o para Elabora o de Projetos Locais Passo a passo PSE Minist rio da Sa de atrav s da Secretaria de Programa Sa de na Escola Aten o a Sa de Departamento de Aten o tecendo caminkos da i B sica e Minist rio da Educa o atrav s da 2011 int rsetorialidade Secretaria de Educa o B sica Diretoria de Curr culos e Educa o Integral Mantal Sadie na Escola Minist rio da Educa o e Minist rio da Sa de S rie F Comunica o a atrav s da Secretaria de Aten o Sa de 2012 Educa o em Sa de Departamento de Aten o B sica Coordena o Geral de Alimenta o e Nutri o Semana Sa de na Escola Guia de Sugest es de Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o 2012 Atividades Seman Saude nose Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o 2012 ano de A o mE Tecendo Caminhos da Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o 2011 Intersetorialidade folder Minist rio da Sa de atrav s da Secretaria de Matriz de Gest o do PSE Aten o Sa de Departamento de Aten o 2012 B sica e Minist rio da Educa o 62 Com rela o legisla o o per odo de publica es foi o mesmo 2005 a 2012 num total de 16 publica es sendo um decreto presidencial e 15 portarias sendo oito interministeriais e sete do Minist rio da Sa de estas ultimas referentes ao repasse de recursos financeiros aos munic pios e estados Q
390. itana do Rio de Janeiro Brasil Revista de Nutri o v 21 sup p 99 109 2008 SALVAT P ROM N M Y GARC A HUIDOBRO J E Horizonte normativo para una educaci n justa en sociedades democr ticas Una reflexi n desde Am rica Latina Revista Internacional de Educaci n para laJusticia Social RIEJS Madri Espanha v 1 n 1 p 46 78 2012 Dispon vel em http www rinace net riejs numeros vol1 num1 art2 pdf Ultimo acesso em 20 jan 2013 SANTOS K F B GUS C M A percep o de educadores sobre a escola promotora de sa de um estudo de caso Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento v 17 n 3 p 123 133 2007 SANTOS L A S Educa o alimentar e nutricional no contexto da promo o de pr ticas alimentares saud veis Revista de Nutri o v 18 n 5 p 681 692 2005 SANTOS L A S O fazer educa o alimentar e nutricional algumas contribui es para reflex o Ci ncia Sa de Coletiva v 7 n 2 p 455 462 2012 SANTOS W L P Educa o Cient fica Human stica em Uma Perspectiva Freireana Resgatando a Fun o do Ensino de CTS Alexandria Revista de Educa o em Ci ncia e Tecnologia v 1 n 1 p 109 131 2008 SANTOS W L P SCHNETZLER R P Ci ncia e Educa o para a Cidadania In CHASSOT A OLIVEIRA RJ Ci ncia Etica e Cultura na Educa o Editora Unisinos 1998 SCHMITZ B A S RECINE E CARDOSO G T SILVA J R M AMORIM N F A BERNADON R RODRIGUES M L C F A es
391. ivas para as popula es locais a expuls o de grandes contingentes de pequenos agricultores de suas terras o empobrecimento rural e o crescimento das tens es e conflitos Os benefici rios foram a ind stria agroqu mica as grandes empresas petroqu micas as ind strias produtoras de m quinas agr colas as construtoras de barragens e os grandes propriet rios de terra SHIVA 1992 p 33 41 Quanto aos transg nicos n o houve tempo de se avaliar plenamente mas quanto sa de o mesmo discurso cient fico serve de argumento a favor e contra n o se provou que causa danos sa de e tamb m n o se provou que n o causa Cabe neste sentido mas uma das reflex es propostas por Pollan 2007 a maneira como comemos representa nosso compromisso mais profundo com o mundo natural Diariamente ao comermos fazemos a natureza virar cultura transformando o corpo do mundo nos nossos corpos e mentes A agricultura fez mais para mudar a forma do mundo natural do que qualquer outra coisa que os seres humanos tenham feito tanto no que diz respeito a suas paisagens como composi o de sua flora e fauna Nosso ato de comer tamb m constitui uma rela o com dezenas de outras esp cies plantas animais e fungos com as quais vivemos evoluindo juntos a ponto de nossos destinos estarem intimamente entrela ados POLLAN 2007 p 18 O documento do Minist rio da Educa o denominado Orienta es sobre o Programa Sa de na Esco
392. ivo a forma o de h bitos alimentares saud veis H grande nfase para o envolvimento da comunidade escolar neste debate sem contudo ter orienta es claras de como se incorporar tal pr tica no cotidiano das escolas Um grande desafio como envolver os estudantes nestes debates enquanto sujeitos deste direito Em que pese todo este esfor o feito no sentido de institucionalizar a alimenta o como direito muitos desafios ainda precisam ser superados para sua plena concretiza o Neste caminho h um consenso de que apoderamento da popula o de informa es desta natureza estrat gia fundamental efetiva o de mecanismos de elegibilidade de prote o e de promo o do Direito Humano Alimenta o Adequada e Saud vel O apoderamento como processo e resultado visto como a a o na qual os indiv duos tomam posse de suas pr prias vidas pela intera o com outros indiv duos gerando pensamento cr tico em rela o realidade ANDRADE 2002 Apoderar significa dividir poder um grande desafio para pa ses historicamente marcados por processos de coloniza o onde os poderes comumente n o s o divididos eles s o concentrados JHA 1998 Peregrino 2000 em um texto intitulado Uma quest o de sa de saber escolar e saber popular nas entranhas da escola apresenta relevantes e intrigantes O termo Empowerment tem sido traduzido como empoderamento e apoderamento O prefixo en carr
393. ivos atores A pesquisa faz parte assim de um amplo movimento do saber STRECK 2006 p 266 4 1 O REFERENCIAL METODOLOGICO PESQUISA PARTICIPANTE E EDUCA O POPULAR A fim de discutir os limites e possibilidades para o desenvolvimento de estrat gias de educa o alimentar e nutricional na escola pautadas pelo DHAA e tendo como ponto de partida as experi ncias desenvolvidas no mbito do PSE de Duque de Caxias foi realizada uma pesquisa qualitativa baseada na participa o Sob o termo pesquisa qualitativa agrega se um conjunto diverso de conceitos termos e m todos bem como repert rio variado de materiais emp ricos e de pr ticas interpretativas na busca pela compreens o em profundidade de um fen meno ou quest o DENZIN LINCOLN 2006 HOLLANDA E 2005 Ela responde a quest es de pesquisa muito particulares e trabalha com um universo dos significados dos motivos das aspira es das cren as dos valores e das atitudes MINAYO 2012 p 21 Demo 1995 destaca neste quadro um grupo de metodologias alternativas no qual inclui as express es da hermen utica e da fenomenologia e as pr ticas de avalia o qualitativa pesquisa participante e pesquisa a o Diante de caminhos surrados da metodologia cient fica que estabelecem o primado do m todo sobre a realidade as metodologias alternativas procuram andar ao contr rio ou seja partir da realidade social na sua complexidade na sua totalidade quan
394. ivos sentidos que comp e a mat ria prima das pesquisas qualitativas experi ncia viv ncia senso comum e os verbos que comp em o movimento de an lise compreender interpretar e dialetizar MINAYO 2012 p 622 4 2 ASPECTOS TICOS Quanto aos aspectos ticos informa se que este estudo baseou se nas resolu es descritas nas Diretrizes e Normas Reguladoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos Decreto n 93933 de 14 de janeiro de 1987 A relev ncia deste estudo foi extensamente apresentada a todos os sujeitos de pesquisa Importante destacar que esta pesquisa pautou se nos pressupostos de uma investiga o cient fica do ponto de vista popular tendo como foco um tema que tem sido muito debatido dentro das academias e institutos de pesquisa alimenta o e nutri o em contexto de vulnerabilidade social A participa o e o registro com fins de pesquisa foram condicionados pr via autoriza o dos sujeitos da pesquisa bem como das entidades e setores do poder p blico envolvidos Todos os sujeitos foram esclarecidos quanto metodologia e aos benef cios e riscos da pesquisa Foi garantido o anonimato dos participantes que receberam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido AP NDICE 2 que no caso dos estudantes menores de idade foi encaminhado tamb m ao respons vel legal para obten o de autoriza o Este trabalho foi autorizado pelas Secretarias Municipais de Sa de
395. iza a partir de trabalho de Delizoicov tr s momentos orientadores para pr ticas dial gicas O primeiro denominado de Estudo de Realidade ou Problematiza o inicial refere se ao momento em que se analisa com os educandos educadores uma situa o significativa da realidade local problematizando a e questionando modelos explicativos propostos pela comunidade codifica o descodifica o de contradi es O segundo o momento de Organiza o do Conhecimento ou Aprofundamento Te rico quando os conhecimentos sistematizados selecionados s o confrontados com a problematiza o inicial Representa a busca de nova concep o das situa es analisadas Por ltimo a Aplica o do Conhecimento ou Plano de A o que se refere ao momento em que o conhecimento anterior constru do e apreendido utilizado para reler e reinterpretar a pr pria realidade bem como para extrapolar para novas situa es retroalimentando o processo Cabe salientar que mesmo o momento de aprofundamento te rico momento de di logo e que os conte dos n o s o temas que os especialistas pretendam desenvolver mas resultados de um processo dial gico e cr tico realizado com os educandos educadores Sendo assim o desafio do educador educando Nunca apenas dissertar sobre ela e jamais doar lhe conte dos que pouco ou nada tenham a ver com seus anseios com suas d vidas com suas esperan as com seus temores Conte dos que s
396. junto de seis a sete escolas e ou creches da Rede Municipal Estes Supervisores atuam h algum tempo junto ao Coordenadoria e s o respons veis por encaminhar os pedidos de g nero e recolher notas ficais das escolas por supervisionar recebimento de mercadorias cumprimento de card pio e as condi es de funcionamento das cozinhas e estoques Esse card pio h alguns anos ele era feito com uma assessoria s de nutri o Agora n o agora de uns anos para c j conta com uma nutricionista mesmo direto ali est caminhando todo dia na coordenadoria e com as nutricionistas em campo junto com as supervisoras 8 Em 2011 a Alimenta o Escolar do munic pio foi terceirizada Esta decis o foi tomada de forma brusca e sem consulta ao Conselho de Alimenta o Escolar CAE do munic pio Na poca tanto o CAE quanto o COMSEA posicionaram se publicamente contra a decis o afirmando que esta seria uma amea a garantia da alimenta o como direito e ao seu papel pedag gico Este posicionamento alinha se aos debates realizados em mbito nacional atrav s do F rum Brasileiro de Soberania e Seguran a Alimentar e Nutricional FBSSAN 2009 e do Conselho Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional CONSEA 2009 A terceiriza o da alimenta o escolar assunto pol mico e que gera grandes controv rsias Durante o processo de constru o foi grande a press o de organiza es da sociedade civil e de especialistas a favor de
397. l no territ rio foi poss vel examinar as quest es relacionadas organiza o mais local do Programa Na etapa anterior os problemas identificados foram exclusivamente exteriores ao GTI L o pouco envolvimento de m es pais respons veis o n o fornecimento de material por parte do GTI M e o atendimento em outras Unidades da Rede Municipal de Sa de Estas quest es continuram a fazer parte dos relatos contudo houve um tempo espa o para pensar a escola o territ rio e o GTI L O debate acerca das dificuldades permitiu identificar algumas estrat gias e encaminhamento para super las sendo as principais a inclus o das a es de sa de escolar e do PSE no PPP da escola com o consequente incentivo a participa o da escola como um todo nas a es o convite s eSF para participar do planejamento escolar realizado no in cio do ano e a constru o coletiva de uma mem ria da parceria entre Sa de da Fam lia e escola para ser inclu da no texto do PPP Com a mudan a de foco para o local foram identificadas estrat gias referentes a esfera de governabilidade das equipes A fragmenta o da equipe e o n o envolvimento da escola como um todo nas a es de sa de foram reconhecidos como problema o que foi nomeado pelas participantes como necessidade de integra o total da equipe em torno de tais iniciativas Isto quer dizer envolver tanto equipe diretiva como equipe administrativa e demais funcion rios assim como a i
398. la para Elabora o de Projetos Locais afirma que a escola um equipamento social importante para constru o de uma sociedade democr tica Logo as crian as adolescentes e jovens devem participar das decis es que ocorrem no cotidiano da escola Podem ser postas algumas quest es importantes neste sentido Como concretizar esta orienta o Quais caminhos e a es podem ser propostos A escola um espa o democr tico Esta preocupa o com o exerc cio da participa o e com a educa o para a cidadania est presente nos debates de CTS Uma forma o que esteja voltada para ampliar as condi es para o exerc cio da cidadania possibilitando assim enfrentar os problemas situa es que nos desafiam ou nos s o impostos cotidianamente seja na rea de Ci ncias Naturais nas rela es pessoais familiares profissionais e demais atividades ANGOTTI AUTH 2001 p 26 No que tange a alimenta o em que pese todo este esfor o feito no sentido de institucionalizar a alimenta o como direito muitos desafios ainda precisam ser superados para sua plena concretiza o Neste caminho h um consenso de que apoderamento da popula o de informa es desta natureza estrat gia fundamental efetiva o de mecanismos de elegibilidade de prote o e de promo o do Direito Humano Alimenta o Adequada e Saud vel O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE uma autarquia do M
399. lementos de constru o e afirma o de identidades diferencia o e exclus o social s o universais BARBOSA 2010 p 12 A autora destaca ainda que ao final o que est em jogo n o a mercadoria ou objeto o que na verdade se consome s o signos culturais Trata da cultura do consumidor que segundo a autora a cultura das sociedades capitalistas impessoal porque se relaciona ao consumo de mercadorias para as massas e n o para um indiv duo espec fico identifica liberdade com as escolhas e a vida intima privada e uma forma para negociar status em uma sociedade pos tradicional Relaciona se a exerc cio de poder O poder de escolha do indiv duo na esfera do consumo nas sociedades p s tradicionais tem sido campo de debate sobre a real liberdade de escolha ou submiss o a interesses econ micos maiores que se escondem por tr s do marketing e da propaganda Ser o consumo uma arena de liberdade e escolha ou de manipula o e indu o Ter o consumidor efetivamente escolha Ele s dito ou soberano ativo ou passivo criativo ou determinado BARBOSA 2010 p 35 A quest o das escolhas alimentares est o embutidas neste contexto maior relacionado aos padr es de consumo das sociedades capitalistas A publicidade tem o poder de incorporar um valor agregado cada vez maior ao produtos industrializados FISCHLER 1998 Para Fischler 1998 a alimenta o torna se um mercado de consumo de massa p
400. lhados Imagem corporal respeito do corpo alternativa Digest o e nutri o Conceito de sa de Produ o de lixo res duos s lidos Consumo exagerado Consumo consciente Pir mide alimentar Alimenta o Reflexos da m alimenta o Drogas e ester ides saud vel e colesterol obesidade hipertens o anabolizantes alimenta o e diabetes Conceito de Sa de na escola Consci ncia do que eles est o comendo quantidade e a qualidade do alimento Utiliza o integral de alimentos Ambiente e Sa de Imagem corporal Saneamento gua e lixo Biscoito Salgadinho e Guaran Natural Sugeridos 2 2 Problema Central e a proposta de A o da Pesquisa Participante Este texto representa um esfor o para apresentar dados preliminares de uma pesquisa participante inspirada nos pressupostos da pesquisa a o Envolve portanto a identifica o de problemas reais e a proposi o de a es para a sua resolu o atrav s da participa o dos sujeitos envolvidos Este representa o seu objetivo pr tico que aliado a um objetivo de conhecimento que se relaciona s informa es e conhecimentos sistematizadas neste processo THIOLLENT 1988 345 As entrevistas realizadas destacam preocupa es e quest es importantes para o aprimoramento do PSE no territ rio e consequentemente das a es de EAN S o eles Para refletir T Dificuldade d bili Es sra Como foram as experi ncias com o
401. lho de campo o pesquisador deve estar atento para identificar a exist ncia de for as a favor mas tamb m de for as contrarias s mudan as propostas no processo de pesquisa a o Existe a S o citadas por Brand o 2006 as seguintes express es levantamento vocabular pesquisa tem tica pesquisa ativa autodiagn stico pesquisa na a o pesquisa a o pesquisa participante investiga o a o participativa pesquisa popular pesquisa militante observa o participante auto senso estudo a o pesquisa confronto 93 necessidade de relatos sobre estas dificuldades e barreiras encontradas e tamb m do desenvolvimento de estrat gias para lidar com tais problemas Observa que a melhor forma de aprender com uma organiza o tentar mud la porque no processo revelam se fatores que n o est o presentes em ambientes est veis Todas estas quest es s o estudadas dentro de um contexto espec fico e portanto informa es e registros sobre o contexto s o fundamentais MACKE 2005 Embora se esteja em processo reflexivo durante toda a pesquisa inclusive durante a a o n o se pode prever de in cio os insights que ocorrer o As notas de campo tornam essenciais e a proximidade entre pesquisador e pesquisado que parecia um ponto desfavor vel desta metodologia torna se um grande trunfo pra a constru o de novos conhecimentos MACKE 2005 Esta pesquisa surge centrada no potencial cr tico e criador da pesquisa
402. lificada que come a na escola e se estende como exerc cio para a vida Investir no desenvolvimento de uma EAN cr tica participativa continuada cotidiana e pautada no DHAA semear o novo A escola terreno f rtil para esta grande empreitada rumo garantia de alimenta o adequada e saud vel de forma sustent vel e justa para todos os seres humanos A recente aprova o da Pol tica Nacional de Educa o Popular em Sa de e a publica o do Marco de Refer ncia para Educa o Alimentar e Nutricional nas Pol ticas Publicas s o elementos relevantes para os di logos que prosseguem Em comum estes dois documentos apresentam o reconhecimento de uma complexa realidade de sa de que re ne teia extensa de condicionantes e determinantes e que por isso exige an lises mais atentas Reafirma se o compromisso tico de examinar a realidade concreta desde seus aspectos hist rico conjunturais mais amplos at os desafios que condicionam a garantia de qualidade de vida no territ rio que por sua vez reconhecido como local de re constru o de saberes e pr ticas Neste caminhar entre an lises do micro e macro ambas as publica es assumem as 262 metodologias cr ticas e problematizadoras como eixos ao desenvolvimento de a es abrindo assim m ltiplas possibilidades de di logos e de constru o de pontes entre saberes diversos Quando se reflete sobre a viabilidade da efetiva o da Educa o Popular no cotidiano dos
403. limitado E sabendo tamb m envolver o professor importante que nem todosparticipem mas voc vai contar com a participa o de algum n mero de professores e isso legal que aconte a dessa forma 21 Prof Como de alguma forma este tipo de dificuldade est presente em outras propostas desenvolvidas na escola percebe se esta como uma cr tica mais geral aos projetos que chegam escola e n o exclusivamente s atividades desenvolvidas Por este motivo h uma preocupa o em destacar que esta uma dificuldade daquela escola naquele momento e n o das atividades desenvolvidas em Si 234 Eu achei a quest o do hor rio do dia da log stica da coisa que eu achei muito complicada Mas eu senti que voc s tiveram um cuidado muito grande de j vir entrando em contato com a gente muito antes da proposta ser colocada em pr tica 19 Prof O envolvimento da escola em geral porque h uma precariedade do nosso modo de trabalhar aqui A gente viu funcionar quando praticamente j estava na culmin ncia do evento a comunica o pode ser ainda melhor por mais que voc s tenham tentado fazer 21 Prof Duas das professoras ci ncias e educa o f sica participaram por mais tempo da pesquisa e por isso tem avalia o um pouco diferente sobre esta quest o do planejamento e interlocu o com a equipe de pesquisadoras Outra cr tica contundente foi o n o envolvimento da escola como um todo tanto no que
404. local com a coleta de dados estat sticos socioculturais econ micos pol ticos e ling sticos da comunidade Em seguida os dados devem ser examinados e debatidos de forma a contribuir para a escolha da situa o significativa que s o selecionadas para evidenciar diferentes vis es e percep es dos diversos segmentos da comunidade inter relacionar dados e informa es que configuram realidade estudada analisar coletivamente e contextualizar na sociedade fen menos locais explicitar contradi es que podem princ pio estar ocultas possibilitar an lise a partir de conhecimentos sistematizados indicando conte dos para supera o da vis o anterior pela cr tica FREIRE 2005 SILVA 2005 Na sequ ncia realiza se a caracteriza o de temas geradores e sua rede de rela es tem ticas As falas significativas s o aquelas que expressam a vis o de mundo do educando com suas contradi es conflitos e seus limites explicativos Elas representam a compreens o que os educandos possuem da problem tica local O tema gerador emerge destas falas significativas e expressam uma situa o concreta diagnosticada pelo grupo Atrav s de contradi es b sicas permite propor a situa o existencial presente como problema que desafia e exige resposta no n vel intelectual e tamb m da a o FREIRE 2005 SILVA 2005 Os temas 188 geradores podem ser localizados em c rculos conc ntricos que part
405. lor pactuado no momento em que o Termo de Compromisso firmado e os outros 30 com a comprova o de cumprimento das metas As responsabilidades intersetoriais do PSE ser o estabelecidas a partir de assinatura do Termo de Compromisso entre as Secretarias Municipais de Sa de e de Educa o com metas pactuadas de implanta o implementa o das a es e a transfer ncia dos recursos vinculada ao alcance das metas que ser o monitoradas por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execu o e Controle SIMEC BRASIL 2011a p 19 Os recursos continuam a ser transferidos atrav s do Minist rio da Sa de pelo Piso de Aten o B sico PAB vari vel Coube ao Minist rio da Educa o desde o in cio fornecer kits com equipamentos destinados s avalia es cl nica nutricional odontol gica etc O componente forma o descrito de forma ampla envolvendo cria o de habilidades para execu o do PSE Destacam a es destinadas ao GTI profissionais da escola e da sa de e estudantes sob a tica da forma o de jovens protagonistas Inclui se ainda a op o por especializa o em educa o em sa de e educa o dist ncia como atividades relacionadas ao componente forma o no PSE BRASIL 2011 Para a implementa o das a es previstas no PSE s o essenciais os processos de forma o inicial e continuada de profissionais das duas reas j previstos pelas pol ticas de sa de e educa o O prog
406. m realidade da Baixada Fluminense os quintais v m sendo reduzidos ou porque acabam sendo cimentados ou porque h a constru o de casas para parentes comum que o quinta seja partilhado por diversas fam lias No meu quintal n o tem nada Meu tio t o chato n o deixa plantar nada A experi ncia com hortas caseiras pequena e est relacionada presen a das av s e dos av s Apenas uma aluna relatou a exist ncia de horta em casa como experi ncia atual J a presen a de rvores frut feras comum nos quintais de p s de manga goiaba caj banana abacate carambola acerola jabuticaba fruta p o entre outras Sa de alimenta o e nutri o como temas significantes Foi apresentada pelos estudantes uma vis o vaga sobre alimenta o saud vel identificando a principalmente com o consumo de frutas e verduras e de coisas saud veis incluindo posteriormente nesta equa o a import ncia de consumir arroz feij o e carne No exerc cio de problematizar os dados sobre h bitos alimentares das turmas de s timo ano e a rela o com a adolesc ncia os estudantes foram capazes de 216 identificar peculiaridades como por exemplo o aumento de apetite a vontade de Comer tudo que vem pela frente e perceber que Sinto muita fome O tema que despertou muito interesse entre os alunos foi o que tratou das especificidades da alimenta o para o adolescente que pr tica de ativi
407. m Ci ncias e Sa de 65 T tulo A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa participante Fase explorat ria 1 Sistematiza o de experi ncias de Educa o Alimentar e Nutricional no Programa de Sa de da Escola em Duque de Caxias Momento 1 Ponto de partida 1 1 Quem ser convidado a participar e Nutricionistas e Outros profissionais da equipe municipal do PSE que tenham participado de atividades de EAN e Com a op o de sistematizar a experi ncia a partir de sua origem at os dias atuais ser o convidados os que estiveram envolvidos no in cio e os mais novos que podem sistematizar o conjunto do processo j que a hist ria passada faz parte de sua experi ncia atual p g 4 1 2 Fonte de informa es coleta de registros e Acervo oficial documentos que cont m propostas rascunhos projetos de atividades informes atas de reuni o mem ria de semin rios e oficinas grava es fotografias filme gr fico mapas desenhos quadro sin ticos e Acervo pessoal caderno de apontamentos pessoais di rio de campo documentos que cont m propostas rascunhos projetos de atividades informes atas de reuni o mem ria de semin rios e oficinas grava es fotografias filme gr fico mapas desenhos quadro sin ticos Momento 2 Decis es iniciais 2 1 Objetivos e Sistematizar as principais a es de educa o alimentar e n
408. m a ver com seus anseios com suas d vidas com suas esperan as com seus temores Conte dos que s vezes aumentam estes temores Temores de consci ncia oprimida FREIRE 2005 p 100 As express es conte dos e conte do program tico destaca Silva 2009 s o utilizadas por Freire para tratar do curr culo Contudo diferem da perspectiva tradicional na medida em que constr i de forma diferenciada o curr culo o conte do program tico Destaca que desta forma Paulo Freire n o se limitou a criticar o curr culo impl cito no conceito de educa o banc ria mas apresentou elementos para o desenvolvimento de curr culos na perspectiva da educa o problematizadora Dentre os desafios da educa o refere se ao cotidiano das periferias de grandes centros em que o exterm nio tornou se pol tica de seguran a A barb rie configura se hoje como categoria importante para entender tais espa os de banaliza o da exist ncia humana e horror instaurado esgar amento das rela es sociais agressividade no conv vio naturaliza o de rela es violentas com as classes populares A for a da ind stria cultural ratifica uma subjetividade submissa encarcerada e pacificada Consumo atrav s do endividamento a forma o de valores a partir da televis o e seu conte do banalizador a resigna o em massa e a bestializa o do prazer O ideal de democracia reduzido ao consumo num dom nio das coisas
409. m a devida aten o principalmente se n o existem espa os para di logos sobre a alimenta o escolar O di logo com os escolares portanto fundamental para que os alimentos oferecidos n o sejam vistos como uma imposi o e que o n o oferecimento de alguns alimentos que fazem parte do h bito alimentar infantil mas que n o trazem benef cios sa de n o seja visto pelas crian as como algo proibitivo MUNIZ CARVALHO 2007 p 294 Assim como em outras experi ncias de pesquisa aparece de maneira expl cita um olhar para alimenta o escolar como alimenta o para quem precisa Um impacto comum a esta percep o a cria o de preconceitos em torno da freq ncia ao refeit rio e do consumo da alimenta o escolar pela comunidade essa car ncia da comunidade a gente percebe que eles se alimentam bem que existem algumas escolas que a gente j acompanhou que o adolescente ele quando est numa fase assim geralmente 7 ano 8 ano 9 ano ele quase n o come mas aqui a escola tem a caracter stica eles comem bem 8 AE N o tem muito aluno que merenda Eu acho at que a gente essa escola aqui o p blico n o de uma renda extremamente baixa E baixa renda mas n o extremamente baixa Mas assim alguns merendam 11 Prof Esta vis o da alimenta o escolar como benef cio ao aluno carente e que n o tem o que comer em casa que aprece principalmente nos discursos da equipe
410. m a fun o de redistribuir benef cios sociais e diminuir desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioecon mico H FLING 2001 31 Para Faleiros 2007 as pol ticas sociais t m fundamental import ncia e fun es reconhecidas no Estado capitalista ao mesmo tempo pol ticas sociais s o resultado da luta de classe e contribuem para reprodu o das classes sociais Acrescenta Faleiros que Essa contradi o dissimulada por ideologias humanistas progressistas e liberais que apresentam estas medidas como instrumentos de igualdade social de melhoramento de bem estar de igualdade de oportunidades As interven es do Estado neste setor s o explicadas pela rela o existente entre sociedade civil e rg os do poder que a sociedade concreta forma o social proporciona media es realizadas pelo Estado se limitam e se dinamizam pela for a de domina o desta burguesia e pelas contradi es e as exig ncias das diferentes fra es da burguesia e pela for a dos movimentos das classes subordinadas de sua capacidade de obter concess es e ou construir alternativas concretas ao poder existentes FALEIROS 2007 p 46 29 Portanto para uma an lise cr tica e respons vel preciso ter em conta que neste contexto de contradi es e desafios que v m sendo rejconstru das as pol ticas sociais brasileiras Este um alerta sobretudo para aquele profissional que se engaja e assume o comprom
411. m ano que n s fizemos sobre suco de cenoura com gua com g s que faz o tipo a Fanta E tudo isso incentiva a crian a que coisa que eles t m no dia a dia na casa que banana batata At fiz na minha casa mesmo a casca de batata fininha a deixa ela ficar depois frita fica igualzinho aquela Batata Ruffles e fica gostoso 7 ED A descri o das oficinas destaca a capacidade de imita o de produtos industrializados valorizando as marcas destes produtos Esta foi a nica atividade de EAN reconhecida pelas merendeiras da escola Ela Nutricionista deu um folheto explicativo para todo mundo e foi explicando a necessidade de cada alimento Ela deu uma palestra no geral do que tava naquele papel Sobre legumes verduras frutas Foi isso que ela falou Algumas coisas assim eu participei ouvindo s Eu n o participei falando n o Eu participei porque eu estava fazendo a oficina para os pais 15 AE O tema sobre alimenta o e nutri o tratado pelas professoras de ci ncias e educa o f sica em suas aulas articulando ao curr culo A fala das professoras demonstra uma preocupa o de que os temas de sa de e de nutri o sejam trabalhados com os estudantes de forma cr tica e que incorpore temas e estrat gias que realizem aproxima o do cotidiano eu queria que eles tivessem um trabalho mais pr ximo um trabalho de reaproveitamento de alimentos Porque muita coisa eles j
412. m lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o PERFIL DOS PARTICIPANTES DA SISTEMATIZA O Iniciais do nome H quanto tempo trabalha no munic pio Concursado a Sim N o Morador a do munic pio Sim N o Area de forma o H quanto tempo terminou a faculdade Sua trajet ria no munic pio locais projetos e a es em que trabalhou tem trabalhado Atua em algum Conselho representando o governo Simatuei JSimatuo N o Quais Atua e ou atuou em outros espa os volunt rios relacionados ao tema da alimenta o e nutri o Simatuei JSimatuo N o Quais Educa o Alimentar e Nutricional em palavras ou frases 285 PARTICIPANTES DA SISTEMATIZA O DE EXPERI NCIA Nutricionista 01 Formada em Nutri o h 23 anos e trabalha no munic pio h 29 anos concursada e n o mora em Duque de Caxias Trajet ria no munic pio Iniciei trabalho administrativo aos 19 anos enquanto fazia nutri o na UNIRIO na ocasi o n o pensava em continuar no munic pio ap s formada pois n o havia Plano de Cargos e Sal rios Por sorte ap s formada tive oportunidade de ser enquadrada e fui trabalhar nas creches do munic pio Depois de alguns anos fui convidada a trabalhar na Secretaria de Sa de na gest o e tamb m em unidades Em 2005 assumi Quanto a atua o em Conselhos representando o governo Atuei no Conselho de Pol
413. malidade ou comprova o de meta Neste caminho podem ser apontadas muitas contribui es do referencial da Educa o Popular e dentre estas se destaca a afirma o de que nenhuma pr tica educativa neutra Desta forma os profissionais envolvidos com tal tarefa no territ rio precisam acreditar e preparar se para assumir uma perspectiva participativa de projeto pautado numa dimens o integral de sa de e educa o que zele pela qualidade de vida e pela transforma o da sociedade neste sentido que existem muitos questionamentos sobre as possibilidades de se incorporar nas pol ticas p blicas o referencial da Educa o Popular de forma efetiva e pr tica Registre se ainda que trata se de uma perspectiva que demanda investimento de tempo e dedica o que encontra dificuldade para caber dentro dos r gidos prazos e metas estabelecidos para o PSE Que a participa o e o di logo s o previstos nas legisla es pertinentes ao PNAE e PSE n o h d vidas A grande quest o como viabilizar e se de fato existe esta inten o no mbito dos governos e setores respons veis pela gest o A quem interessa formar uma gera o participativa e consciente de seus direitos E a quem n o interessa Estas quest es deveriam ser consideradas basilares nos debates que prop e a Educa o Popular como pol tica p blica dentro ou fora das escolas fundamental ainda questionar se a escola p blica atual capaz de acolher professores e n
414. mas para atendimento das demandas escolares e de assist ncia sa de foi tornando se mais dif cil encontrar espa o para debater avaliar e planejar a es de sa de escolar Contudo por ser esta uma situa o infelizmente comum em anos de elei o municipal ainda assim foi poss vel contar com a participa o de funcion rios da escola e professores para a realiza o de atividades relacionadas a Semana Mundial da Alimenta o A avalia o e conclus o da pesquisa foi poss vel atrav s de entrevistas individuais com quatro professores uma profissional da eSF e tr s da equipe diretiva da escola Foi realizado um semin rio final de avalia o que contou com a participa o de uma professora da supervisora de alimenta o escolar a OE e OP da escola e tr s profissionais das eSF Sobre dificuldade e estrat gias para o planejamento intersetorial no territ rio 148 A partir das reflex es realizadas durante o ano tr s principais dificuldades relacionadas ao planejamento intersetorial no territ rio foram identificadas pelos profissionais sendo elas mais uma vez o tempo escasso dos profissionais a falta de integra o total das equipes nas a es do PSE e a influ ncia do processo eleitoral no funcionamento dos servi os de educa o e sa de Por parte das eSF acrescenta se dificuldade em cumprir as metas estabelecidas para o PSE Ao focar em um problema identificado como consenso planejamento intesetoria
415. menta o e a h bitos alimentares Obesidade porque eu tenho uma tia obesa alimenta o saud vel o pessoal come muito lanche Seria melhor a gente aprender sobre nutri o por qu Apesar de n s cozinharmos tem algumas d vidas que ficam em nossa mente Al m deste temas p de se identificar que engordar uma preocupa o principalmente entre as adolescentes Em uma das turmas houve grande interesse por dietas da moda e compuls o Em outra turma surgiu uma pergunta sobre alergia 217 e intoler ncia alimentar Diabetes hipertens o e colesterol alto s o temas que aparecem entre muitas d vidas nos relatos sobre a sa de de familiares Conforme havia sido alertado por uma das professoras de ci ncias foi comum nas atividades identificar constrangimentos e piadas com rela o aos alunos considerados acima do peso O caso que chamou mais aten o foi de um aluno muito participativo que se calava ao menor sinal de brincadeiras em torno de seu peso ou apar ncia Quando questionados sobre a exist ncia da rela o entre os temas tratados e o bullying uma das turmas reflete Se a pessoa come mais ou se ela come menos de qualquer jeito ela sofre bullying A colega ao lado concorda Pior que E em seguida uma terceira aluna completa At se ela come errado ela sofre bullying E na sequ ncia relacionando este tema aos padr es de beleza e as press es que sentem os adolescentes
416. mes Mas o principal meio de comunica o continua sendo a formal e unilateral 128 A gente escreve o que a gente quer do professor Ent o e o resto da semana como que a gente vai obter uma informa o do professor A gente com uma reda o com o que voc quer e embaixo coloca Ciente e botam nome de todos a precisa estar passando esse caderno eles tomam conhecimento e do lado eles assinam e se tiver alguma coisa que eles queiram colocar eles colocam do lado Igual a hist ria da reposi o da greve muitos j se posicionaram dizendo Falta um dia E quem n o cumprir simplesmente a equipe passou informando a gente entrega para a diretora e ela faz um of cio e manda para a Secretaria descontar 18 ED Outro dado interessante que as atividades relacionadas ao Componente Avalia o Cl nica e Psicossocial acabam sendo programadas com maior anteced ncia S o atividades que demandam maior estrutura j que s o necess rios equipamentos ou a defini o de espa o reservado para as avalia es e no caso do Componente Il Promo o e Preven o Sa de desenvolvem se as a es em sala de aula A agenda tamb m foi definida com a diretora de escola N o foi poss vel observar nenhuma das atividades referente a este Componente Provavelmente porque a pesquisa foi mais identificada com o Componente Il n o houve muita preocupa o das equipes de sa de e da escola em informar sobre as
417. mo o de sa de em escolas de Buenos Aires apresentam debates te ricos acerca de categorias relevantes ao tema tais como concep es de sa de empowerment autonomia no o de sujeito e forma o de professores Foram publicados 24 artigos entre 1995 e 2012 Os artigos apresentam revis es da literatura e da legisla o nacional acerca do tema sa de escolar do Programa Sa de na Escola e Programa Nacional de Alimenta o Escolar e pol ticas p blicas de alimenta o e nutri o e combate obesidade infantil Descrevem e avaliam experi ncias municipais de promo o da sa de na escola e alimenta o escolar Tratam de experi ncias de diagn stico cl nico e triagem em sa de bucal oftalmologia avalia o nutricional e uso de lcool e drogas Apresentam avalia o e reflex o sobre a es de educa o em sa de diferentes concep es Sistematizam avan os e desafios das propostas locais e nacionais de promo o da sa de na escola Foram publicados 09 artigos entre 1998 e 2011 Descrevem e avaliam experi ncias chilenas de atua o em sa de escolar em temas variados sa de sexual e reprodutiva forma o de professores oftalmologia sa de bucal programa de alimenta o escolar sa de e nutri o e combate obesidade Recomendam ampliar investimentos e desenvolver a es sistem ticas em pol ticas p blicas de alimenta o e nutri o Apresentam estudos epidemiol gicos sobre sa de bucal e oftalmologia
418. mo h grande rotatividade entre os representantes da escola e este nem sempre assume de fato este papel de articulador as 112 informa es acabam se diluindo ou se perdendo antes que consigam chegar at a sala de aula Existe uma tradi o de que diretores e pessoas da equipe diretiva indicadas pelos mesmos participem dessas reuni es a quest o de conveni ncia referida na fala anterior Durante as entrevistas foram revelando se reflex es e avalia es acerca do PSE no munic pio Para um dos entrevistados o representante da SME no GTI M as experi ncias que antecederam o PSE encontram semelhan as com o cen rio atual O Programa seria neste caso uma continuidade de a es j desenvolvidas uma vez que as a es voltadas para a sa de elas j existem dentro do pr prio projeto pol tico pedag gico da Secretaria e nas unidades escolares A quest o de algumas campanhas de sa de que eram acionadas via escola tamb m uma maneira de voc mobilizar a popula o para aquela quest o de sa de que estava sendo articulada naquele momento Ent o assim isso sempre existiu independe do Programa Sa de na Escola que aqui tinha outro nome Programa de Sa de Escolar GTI M 3 SME Esta avalia o diverge da realizada pelos outros entrevistados representantes da SMS Eles identificam que com o PSE este car ter pontual e de campanha tende a modificar se para garantir uma perman ncia das a es de sa
419. mportante que isto apresentou de forma criativa e propositiva formas mais adequadas para o desenvolvimento e atua o conjunta em a es de sa de escolar Interagir fundamental A gente v essas crian as pelo menos duas vezes por semana Esses agentes de sa de as vezes n o tem nem essa oportunidade Por isso que s vezes tamb m rola problema entre professora e orientadora quando ela quer falar um monte de coisa a 236 professora fica na ponta da l ngua assim Voc d aula para eles Voc sabe como eles s o N o sabem Ent o o professor nessa cadeia talvez seja um dos elos mais importante 19 Prof Quanto ao atual panorama das propostas de sa de escolar existe por um lado uma tradi o de semanas de mobiliza o por exemplo semana de sa de escolar semana mundial da alimenta o semana da alimenta o escolar e por outro uma tentativa de trazer para a rotina e cotidiano da escola tais a es atrav s do PSE Os professores identificam que a combina o de ambas as estrat gias desde que desenvolvidas junto com o corpo docente representa a forma mais adequada Eu acho que tem que acontecer durante o ano todo sempre o professor estar falando sobre o assunto pessoa de fora tamb m A semana importante mas s aquela semana e acabou tamb m eu n o funciona muito bem entendeu 20 Prof Principalmente essa quest o da sa de eu acho que tinha que ser rotina mesmo mesmo Sempre tentando ass
420. multiprofissionais para atua o mais coerente racional e efetiva das pol ticas p blicas a desarticula o entre PNAE e PSE n o apenas irracional mas tamb m constrangedora Estes Programas compartilham um l cus de atua o a escola e envolvem os mesmo sujeitos estudantes e comunidade escolar ampliada al m de registrarem atividades e objetivos comuns de promo o da sa de com destaque ao desenvolvimento de pr ticas de EAN promo o da alimenta o saud vel e a es de vigil ncia alimentar e nutricional A desarticula o entre PSE e PNAE cria portanto situa es de retrabalho sobreposi o e desperd cio de tempo e de recursos humanos financeiros e materiais Existe consenso que a execu o de programas desenhados no n vel federal encontra em cada munic pio contextos diferenciados para implanta o e implementa o reunindo aspectos facilitadores e dificultadores nesse processo No caso do campo das a es de sa de escolar no Brasil um exame mais atento s publica es oficiais demonstra que ele tem sofrido modifica es e adapta es importantes nos ltimos anos Mesmo tendo em conta tais ressalvas pode se sugerir que muitos dos limites e possibilidades identificados por esta pesquisa foram e ainda s o vivenciados tamb m em outras escolas territ rios e munic pios brasileiros 258 A utiliza o de uma metodologia de pesquisa participante mostrou se adequada a an lise proposta por possibilit
421. n es dos professores e dos profissionais da sa de mas sim incorporar no mbito escolar atitudes e pr ticas que valorizem a promo o da sa de de forma cr tica A id ia que as quest es de sa de n o passem despercebidas nesse ambiente como se apenas os profissionais da sa de soubessem e pudessem dar conta de lidar com elas desconsiderando as possibilidades de pr ticas integradas e intersetoriais SANTOS BOGUS 2007 p 125 A participa o da fam lia e da comunidade nas a es de sa de escolar faz parte do repert rio de a es tanto de estrat gias pautadas pela higiene escolar quanto de promo o da sa de No primeiro caso com nfase na responsabiliza o e muitas vezes culpabiliza o dos sujeitos por sua sa de e a de seus familiares e no segundo a partir de um discurso mais democr tico Para Valla 1998 a participa o popular termo amb guo que na Am rica Latina encontra contornos autorit rios em que grupos conservadores e tamb m muitos progressistas assumem como objetivo o controle das popula es da periferia para p r em pr tica suas concep es Neste sentido sempre que se fala de participa o popular em projetos deve se ter em mente a seguinte quest o de que participa o popular est se falando As defini es necess rias para efetivar intersetorialiadade interdisciplinaridade e participa o n o ocorrem no vazio mas contextualizadas pela realidade socioecon mica e pol tica em n
422. n a geralmente bagunceiro Quando a crian a est muito quieta porque est doente Esse meu ponto de vista O meu quando est quieto porque est doente Quando n o est est fazendo arte 15 AE Durante os contatos iniciais com os profissionais de sa de a rela o com os estudantes foi apresentada com bastante entusiasmo Ressaltaram o quanto eram participativos receptivos e vidos por conhecimento Eles tinham muito interesse A gente programava uma atividade de meia hora e teve uma que se estendeu uma hora e meia de muito interesse 2 eSF No decorrer da pesquisa observando a organiza o das atividades foi poss vel ouvir mais de uma vez sobre a prefer ncia em trabalhar com as turmas com alunos menores os pequenininhos de Primeiro Seguimento Isto porque as profissionais identificaram que estas turmas s o mais comportadas prestam aten o e ficam mais quietas durante as atividades Tamb m afirmam que os conhecimentos transmitidos na inf ncia ser o levados para o resto da vida Nas conversas entre e com os professores surge uma vis o com mais contornos a partir da sala de aula e de um contato mais direto com os estudantes 130 suas rotinas e formas de pensar e agir Comparando turmas ou relatando hist rias de alunos eles apresentam rela es entre as precariedades da escola do bairro da cidade e o fato de muitos alunos desvalorizarem o espa o escolar Surgem rela
423. n lise de conjuntura que envolva condicionantes e determinantes do adoecimento e da nega o de boa qualidade de vida popula o assistida Valla 2011 adverte que a insufici ncia ou falta de efici ncia dos servi os p blicos acabam por representar a ponta de iceberg j que grande parcela da popula o vive em constante estado de emerg ncia e assim poss vel fazer um confronto entre duas concep es se a falta de efici ncia e efic cia dos servi os do Estado uma car ncia suscet vel corre o ou se o Estado como se apresenta hoje estruturalmente incapaz de resolver os agravos que hoje amea am a sa de da popula o VALLA 2011 p 71 Ao contr rio dos pa ses desenvolvidos onde todos t m acesso de fato a consumo coletivo de qualidade realidades como a brasileira s o marcadas pela desigualdade no acesso o que dificulta exercer uma atitude de vigil ncia da qualidade de servi os prestados Nem todos t m acesso igual ao dinheiro p blico embora todos sejam obrigados a contribuir com seus impostos para que este exista A democracia liberal apresenta a proposta de que os direitos individuais de cada cidad o sejam respeitados Mas essa proposta somente teria sentido se todos os cidad os num pa s como o Brasil por exemplo tivessem acesso pleno aos servi os b sicos VALLA 2011 p 80 O pano de fundo deste debate o destino da verba p blica que tradicionalmente segue dois cami
424. n o apenas a sensibilidade frente ao problema mas um reconhecimento de que enquanto servidoras p blicas e agentes do Estado deveriam assumir suas responsabilidades Esta compreens o de 158 pap is segundo Burity 2010 uma das quest es essenciais na forma o e atua o de servidores comprometidos com a realiza o de direitos humanos b Experi ncias de educa o alimentar e nutricional nas escolas 2001 a 2011 O Quadro 1 sintetiza as experi ncias sistematizadas que englobam as a es de EAN desenvolvidas em escolas do munic pio no per odo de 2001 a 2011 Quadro 5 Experi ncias de Educa o Alimentar e Nutricional desenvolvidas por Nutricionistas no contexto escolar Duque de Caxias RJ 2001 2011 e z z 7 Setores Estrat gias Projeto ou a o de EAN Campanha Educativa da troca de um Erro Alimentar X problemas SMS e C mara E 2001 nutricionais por uma ajuda aos de Vereadores A es de mobiliza o Desnutridos Semana de Nutri a o Semana 2005 a SMS SME e Mundial da Alimenta o 2011 Desans ras Capacita o de Merendeiras Capacita o e a a 2005 a valoriza o profissional Projeto o Nosso e Receita 2011 remiada Parceria com os professores e para inclus o ne cutriculo Projeto Alegria 2006 SMS e SME escolar Sem A car e com Afeto e 2007 a SME Alimenta o Escolar Inclusiva 2011 A es relacionadas Alimenta o Escolar do Meu Filho Capacita o para Cantineiros de 2011 SME Escola
425. ndo adequar se conveni ncia dos grupos que ser o formados Para facilitar o registro de dados ser o realizadas grava o de udio das atividades Estas grava es ser o destru das num prazo m ximo de cinco anos S o benef cios relacionados sua participa o o acesso a informa es sobre promo o da alimenta o adequada e saud vel e sobre direitos e a possibilidade de contribuir para a constru o de estrat gias educativas nestes temas Como esta pesquisa acontece no cotidiano da Escola tratando de quest es para as quais n o existem consensos os ricos de sua participa o est o relacionados exposi o durante semin rios e grupos de debate de suas opini es posi es e sentimentos inerentes aos temas tratados As informa es obtidas atrav s desta pesquisa ser o confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participa o Os dados n o ser o divulgados de forma a possibilitar sua identifica o Voc receber uma c pia deste termo onde consta o telefone e o endere o institucional do pesquisador principal e do CEP podendo tirar suas d vidas sobre o projeto e sua participa o agora ou a qualquer momento CONSENTIMENTO Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informa es sobre o estudo acima citado que li ou que foram lidas para mim Discuti com Juliana Pereira Casemiro sobre a minha decis o em participar nesse estudo Ficaram claros para mim quais s o os prop sitos do e
426. nhos o do consumo coletivo ou o da infraestrutura industrial ligada s grandes obras VALLA 2011 FREIRE 2009 Ainda que se reconhe a a necessidade e legitimidade de ambos cabe marcar que a primeira absoltamente essencial para a sobreviv ncia da popula o e em particular da popula o trabalhadora VALLA 2011 p 77 Alertando para o fato de que esta discuss o n o um desvio do debate da educa o popular e sim parte integrante Freire 2009 destaca que a avalia o que as classes populares fazem acerca das grandes obras geralmente coincide com a z das elites porque marcada pela ideologia dominante Argumenta que n o As v speras dos grandes eventos que ocorrer o no Rio de Janeiro e com as fara nicas obras em execu o imposs vel n o sentir a marca opressora que exercem as elites sobre as decis es de gastos p blicos Saber que esta escola est h menos de uma hora do Maracan e n o tem um recurso b sico para o seu funcionamento gua no m nimo constrangedor Registrar que este um problema de outras escolas e outros equipamentos p blicos neste munic pio e na regi o metropolitana do Rio de Janeiro como um todo piora a situa o Tudo isto com a aprova o de grande parte da popula o fluminense 244 deveriam existir d vidas em priorizar a pavimenta o em reas renegadas cuidar de c rregos construir escolas e creches tornar a assist ncia sa de
427. nifica incorporar elementos que permitam Algo assim como estranhar se nesses processos sociais vivos e complexos circulando entre seus elementos percebendo a rela o entre eles percorrendo suas diferentes etapas localizando suas contradi es tens es marchas e contramarchas chegando assim a entender estes processos a partir de sua pr pria l gica extraindo ensinamentos que possam contribuir para o enriquecimento tanto da pr tica como da teoria HOLLIDAY 2006 p 24 Examinando estas condi es necess rias a realiza o de sistematiza es de experi ncias deve se ter em conta que muitos pressupostos ou preconceitos precisam ser abandonados O primeiro a vis o comum de que s se aprende com livros e cursos desconsiderando a riqueza presente nas pr prias pr ticas O outro a separa o nos esquemas educativos tradicionais que se faz entre a vida do estudo Desta forma se deixa de refletir sobre quest es importantes presentes em fatos e sutilezas do cotidiano e desconsidera se a import ncia de ler suas pr ticas HOLLIDAY 2006a O processo de coleta e an lise de dados apresenta uma s rie de obst culos e desafios CHIZZOTTI 1991 Dentre estes Minayo 1996 destaca tr s O primeiro utilizando se de uma express o de Bourdieu a ilus o da transpar ncia que se refere armadilha que o pesquisador pode cair de uma compreens o espont nea como se o real mostra se nitidamente ao observador p
428. nismo nem mais nem menos Ser adequada em qualidade inclui os alimentos que apresentam as melhores caracter sticas para consumo Compreende ser segura do ponto de vista sanit rio ou seja sem risco de contamina o gt Qu mica exemplo detergente gua sanit ria gt Biol gica como microorganismos gt F sica cabelo caco de vidro peda o de madeira A miss o de quem trabalha com alimentos preparar alimentos gostosos saud veis e tamb m seguros Alimento seguro aquele que n o oferece perigo sa de A responsabilidade em fornecer alimentos seguros cabe a todos que pertencem cadeia alimentar desde os produtores rurais at os estabelecimentos que preparam alimentos para o consumo inclusive a nossa casa Os perigos podem ser controlados atrav s de Boas Pr ticas na Fabrica o e na Manipula o dos alimentos pois quando as aplicamos podemos prevenir danos sa de minimizar a perda de produtos diminuir os custos e evitar preju zos Ao entrarmos na cozinha devemos Manter os cabelos presos e com toucas Vestir o avental Retirar os adornos como pulseiras an is rel gios Evite falar durante o preparo dos alimentos Lavar as m os e unhas antes de iniciar os procedimentos Lavar os utens lios e equipamentos que vamos utilizar antes e ap s o uso SONS SSS Sequilhos Ingredientes a Informa es nutricionais 01 459 ovo m dio Prepara o rica em amido fonte de energia Calo
429. no americanas incorporam estrat gias de alimenta o escolar em suas a es de sa de escolar reconhecendo o v nculo estrat gico entre boa alimenta o e sa de No caso brasileiro duas pol ticas p blicas despontam como respons veis por a es de Educa o Alimentar e Nutricional EAN e de promo o da alimenta o saud vel na escola o Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE e o Programa de Sa de na Escola PSE Na realidade estudada a articula o entre estes Programas aparece como poss vel e necess ria mas ao mesmo tempo fr gil no mbito municipal e inexistentes no territ rio Comer na escola um direito ainda em constru o e seu reconhecimento por parte de profissionais e de estudantes ainda muito fr gil A falta de uma cultura de direito dificulta o reconhecimento de que o que p blico tem valor e tem custo e portanto deve ter qualidade e precisa ser avaliado e controlado pela popula o No caso da alimenta o e das a es de sa de realizadas na escola pode se identificar que s o fr geis ou insuficientes os mecanismos para a participa o tanto dos estudantes quanto dos pais m es respons veis A inexist ncia de canais efetivos de avalia o da pertin ncia e da qualidade de tais servi os no n vel local condiciona e condicionada pela naturaliza o da precariedade de atendimento dos servi os essenciais As a es de promo o da alimenta o saud vel na escola devem incluir a
430. no meio escolar ser preciso atribuir aos comportamentos saud veis significados e interesse dos jovens HALLAL et al 2010 3041 reconhecida a ntima rela o entre a pr tica de atividade f sica e sa de Os dados da PeNSE trabalham o tempo de atividade f sica acumulada combinando tempos e frequ ncias de atividade como ir a p ou de bicicleta para a escola aula de educa o f sica e as atividades extraescolares Os escolares s o classificados como ativos quando acumularam 300 ou mais minutos de atividade f sica por semana A forma como os dados foram coletados nesta escola n o permite compara o direta com os dados nacionais Contudo destaca se que 73 8 dos estudantes v o para escola a p ou de bicicleta todos os dias e que 66 4 relataram praticar atividade f sica duas vezes ou mais por semana Uma gama de atividade f sica foi relatada pelos alunos futebol e dan a foram os mais frequentes mas tamb m nata o muscula o andar correr andar de bicicleta e jogar queimada Estar acima do peso foi considerado motivo para procurar academia Tanto a PeNSE como outros estudos internacionais apontam que escolares do sexo masculino praticam mais atividade f sica IBGE 2009 Nesta escola este mesmo padr o foi observado enquanto 81 dos meninos relataram pr tica de atividade f sica duas vezes ou mais por semana apenas das 53 meninas relataram a mesma rotina Em diversos momentos os alunos avaliaram
431. nsiderada adequada quando atinge as dimens es da sa de do prazer da sustentabilidade da cultura e da seguran a E um fazer de qualquer prefer vel ficar com precisam direito precisa ser jeito fome a comer a apoderado por seus alimenta o escolar sujeitos O que tiver na Ter sa de abdicar O que O que gostoso e geladeira eu do prazer Alimentos saud vel n o pr tico pode tamb m como O pouco saud veis s o gostoso ser saud vel As importante que associados ao lazer Comer o escolhas alimentares eu como e as atividades suficiente n o que fazemos t m Comeria x tudo sociais A importam as impacto na nossa todo dia pra preocupa o rela es deste sa de e qualidade que sa de exclusivamente com ato com a de vida desde o a satisfa o sa de ecomo presente at futuro moment nea mundo dificultando refletir acerca da sa de ao longo da vida provis o X previs o preven o Valla Eu almo o O repert rio de O que O consumo comida de receitas e consumo pr tico f cil e exagerado de microondas de alimentos moderno o alimentos porque a minha m e trabalha Eu s sei fazer refrigerante Eu s sei fazer suco fortemente marcado pelos ultraprocessados Reconhecer a origem do alimento industrializado ultraprocessados n o ocorre de forma espont nea ou apenas por praticidade E se fosse para eles n o iam fazer de qual
432. nstitu do de um problema aberto Supera se assim uma compreens o de interdisciplinaridade bastante problem tica que se limita a buscar interfaces entre a disciplinas constituintes dos curr culos tradicionais das escolas AULER 2007 p 7 Estas s o reflex es que extrapolam o campo do ensino de ci ncias Santos e Schnetzler 1998 contribuem para este debate ressaltando que o problema escolar tem car ter objetivo quest es previamente formuladas com solu o resposta j esperada com foco na disciplina e que se avalia em certo e errado A tomada de 237 decis o se insere na vida do cidad o e subjetiva resultados de alternativas m ltiplas que envolve a articula o de saberes Diante da complexidade das escolhas alimentares e da persist ncia de acesso injusto tanto ao alimento e s informa es sobre os mesmos a inser o de temas de alimenta o e nutri o em sala de aula n o poder ser realizado de forma ing nua descontextualizada e apol tica se o que se pretende uma abordagem de direitos que fa a diferen a na vida dos estudantes e de suas fam lias A s ntese o desejo de uma escola como espa o interessante de prazer e que instiga o protagonismo e o colocar a m o na massa que agrega saberes e articula iniciativas 238 6 CAMINHOS PARA APROFUNDAMENTO TE RICO O trabalho de campo uma experi ncia educativa completa O dif cil decidir o que foi aprendido GEE
433. ntar oportunidade de ampliar a intersetorialidade e a interdisciplinaridade na execu o de pol ticas p blicas elementos essenciais ao processo de promo o da alimenta o saud vel e ao apoderamento do Direito Humano Alimenta o Adequada Palavras chave Educa o Alimentar e Nutricional Sa de Escolar Educa o Popular Direito Humano Alimenta o CASEMIRO Juliana Pereira Cultura participa o e educa o popular amp sa de a educa o alimentar e nutricional como lugar de encontro na escola Rio de Janeiro 2013 Tese Doutorado em Educa o em Educa o em Ci ncias e Sa de N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2008 ABSTRACT This dissertation presents a participatory research held in Duque de Caxias RJ with technical managers professionals of Family Health team eSF and teachers staff and students of a municipal school It discusses the limits and possibilities for the development of Food and Nutritional Education EAN in school taking as its starting point the experiences of the School Health Programme PSE This way of research affirms that together researchers and participants can respond more efficiently to the complex problems of daily life Nutritionists with technical managers function participated in systematization of EAN experiences developed in school units in the last ten years To capture the implementation context of th
434. nte cartolina canetinhas e giz de cera O grupo era convidado a escolher os respons veis pela confec o dos cartazes e pela apresenta o turma De forma complementar foram entregues gravuras impressas iguais para todos os grupos para serem utilizadas de acordo com a vontade e necessidade de cada grupo Os debates foram gravados e para isto as pesquisadoras explicaram que suas falas n o seriam identificadas e que o material seria utilizado para a confec o dos relat rios de pesquisa Ao final os grupos foram convidados a apresentarem seus cartazes Foi estimulado que os grupos ficassem atentos a todas as apresenta es para identificarem os aspectos comuns e para refletirem sobre o quanto consideravam aqueles h bitos como saud veis e sobre as mudan as que poderiam ser sugeridas Esta atividade durou em m dia uma hora e vinte minutos A ltima etapa da atividade apresenta o dos grupos e debate foi a que contou com menor concentra o dos estudantes e durou em m dia dez minutos A avalia o da atividade foi feita de forma muito simples e breve perguntando se haviam gostado e se gostariam de participar de uma nova etapa pr ximo encontro A segunda atividade foi mais uma vez realizada durante a aula de ci ncias e foi iniciada por uma din mica de adivinha o Reunidos em grupos pequenos foram convidados a descrever o passo a passo da prepara o de um prato A equipe de pesquisa sugeriu pratos com preparos
435. ntegra o entre profissionais de Primeiro e Segundo Seguimentos Esta identifica o foi poss vel a partir da observa o da organiza o das a es cotidianas como por exemplo uma das profissionais da equipe diretiva observou que as eSF trabalharam preferencialmente com os alunos de Primeiro Seguimento Contudo esta op o n o foi assumida de forma explicita ou planejada 149 A Orientadora Educacional do Segundo Seguimento a respons vel pelo PSE nessa escola As Orientadoras Educacionais e Pedag gicas do Primeiro e Segundo Seguimento trabalham na mesma sala mas n o existia esta percep o de conjunto nas a es do PSE Identificou se que a inclus o de tais iniciativas no PPP pode contribuir para o envolvimento efetivo da escola como um todo no PSE Voc s est o fazendo com o primeiro segmento mas um um trabalho que envolve a escola como um todo Porque l no primeiro segmento voc pesa mas aqui no segundo o professor na medido do poss vel pode estar falando dessas medidas de programa de sa de ent o uma coisa que tem que fechar n o tem como ai vai ter que ser colocado no PPP 18 ED No semin rio final de avalia o a quest o do planejamento intersetorial ganhou a ades o mais convicta de membros da equipe diretiva Na fala da equipe diretiva o PSE passou de desconhecido ao status pr mio ou beneficio Pode se considerar que ainda uma vis o equivoca do Programa mas foi desta f
436. nternacional As ind strias de formulados eram consideradas como de seguran a nacional porque seus produtos eram fornecidos as For as Armadas assim para garantir seu mercado passam a fornecer tais produtos para a merenda escolar COUTINHO 1988 At ent o tais alimentos como sopas desidratadas e alimentos a base de soja n o faziam parte dos h bitos alimentares dos brasileiros 24 neste per odo tinha como prop sito contribuir para a introdu o de novos alimentos com destaque para a soja para legitimar o recebimento de ajuda externa BOOG 1997 p 6 Durante a d cada de 1960 as a es destinavam se ao aumento da produ o de alimentos e a redu o do crescimento populacional VALENTE 1989 No Brasil as a es propostas neste per odo sugerem respostas para a fome com nfase no alimento enquanto um produto uma ra o essencial A d cada de 1970 marca o in cio dos inqu ritos de base nacional permitindo o acompanhamento da evolu o nutricional da popula o e o predom nio da abordagem de grupos e fatores de risco Boog 1997 citando Castro e Peliano 1985 ressalta que o bin mio alimenta o educa o foi substitu do pelo bin mio alimenta o renda e os programas de educa o alimentar partem para o ex lio BOOG 1997 p 6 marcando um per odo em que as a es de educa o nutricional chegam a ser rejeitadas As estrat gias de suplementa o alimentar passam a ser a t nica dos discu
437. ntura de realiza o das a es Assim o segundo semestre de 2012 revelou grandes desafios tanto para a escola quanto para as eSF A proximidade do processo eleitoral coincidiu com grandes dificuldades administrativas e sobretudo de estrutura de trabalho das equipes A Unidade B sica de Sa de que abrigavas as tr s eSF cujas limita es de infraestrutura j haviam sido relatadas no in cio do ano foi interditada Semanas antes da elei o a Unidade foi pintada e recebeu reparos na rea externa Estes reparos n o entusiasmaram muito as profissionais que identificaram que em nada estavam sendo resolvidos os problemas reais de estrutura Pouco depois foi comunicado que a Unidade havia sido interditada pela defesa civil e vigil ncia sanit ria do munic pio e as profissionais precisaram acompanhar a mudan a para garantir correto transporte de equipamentos As equipes foram instaladas em UBS pr xima antiga sede das eSF e escola O espa o para a realiza o de consultas e outros procedimentos ficou mais restrito Ap s o primeiro turno das elei es municipais os jornais noticiavam o caos que se instalou no munic pio devido ao n o recolhimento de lixo Em torno do val o era comum desde o in cio do ano o acumulo de lixo mas neste per odo todas as cal adas do bairro ficaram tomadas pelo lixo Al m disso houve atraso de sal rios e 147 do pagamento do d cimo terceiro de concursados e a suspens o de sal rios das eq
438. o constru o conjunta fruto de um estabelecer rela o respeitosa e equilibrada entre o saber formal e a realidade local Expressa o esfor o em estabelecer um local de encontro Na perspectiva de Freire a constru o do conte do program tico n o se d por imposi o ou dep sito mas a devolu o organizada sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada A partir de uma perspectiva tradicional educa o banc ria muitos planos falham por partir de uma vis o de realidade pessoal n o levam em conta os homens em situa o a quem dirige seu programa a n o ser como foco ponto de incid ncia de sua a o Atua o sobre os homens para doutrinar adapt los cada vez mais realidade As elites dominadoras na sua atua o pol tica s o eficientes no uso da concep o panc ria em que a conquista um instrumento porque na medida em que esta desenvolve uma a o apassivadora coincide com o estado de imers o da consci ncia oprimida Aproveitando esta imers o da consci ncia oprimida estas elites v o transformando a naquela vasilha de que falamos e pondo nelas slogans que a fazem mais temerosa ainda da realidade FREIRE 2005 p 99 Silva 2009 destaca que a teoriza o de Freire pedag gica por isso n o se limita a analisar como s o a educa o e a pedagogia existentes mas tamb m apresenta teoria bas
439. o tias e de receber educandos educadores que exercem seu direito de ser mais e n o alunos com r tulos preestabelecidos de fracassados Esta escola democr tica cr tica e criativa pode existir dentro dos atuais marcos da democracia brasileira e do atual modelo de Estado preciso coragem para realizar esses debates e ao mesmo tempo confian a de que a transforma o poss vel Se n o for dessa forma n o se faz Educa o Popular 260 Portanto necess rio que se reafirme e reflita sobre as possibilidades apresentadas pelo referencial da Educa o Popular como estrat gia de interven o na realidade sem contudo deixar de questionar os limites de sua efetiva o enquanto pol tica p blica dentro do contexto hist rico atual numa conjuntura em que ainda s o mais poderosos os discursos de banaliza o da nega o de direitos fundamentais sobretudo em bairros empobrecidos e para as classes populares Garantir sa de educa o e alimenta o de qualidade para o conjunto da popula o s o pautas hist ricas no Brasil Demandam portanto um reconhecimento de sua centralidade nos debates pela constru o de uma realidade mais justa e digna para o conjunto da popula o brasileira As pol ticas p blicas gestadas neste contexto s atingir o seus objetivos se suas estrat gias estiverem pautadas pela intersetorialidade pelo compromisso com a equidade e por a es que sejam planejadas a partir do rejconheciment
440. o 15 min Roda de conversa e Nossas origens e nossas prefer ncias alimentares rela o dos h bitos alimentares com a cultura e a sa de e O direito alimenta o escolar saud vel e adequada cultura alimentar e produ o local 12 Aplica o do Conhecimento 20 a 30 min Tema Como seria a fotografia da alimenta o deste local Convite para que os estudantes expressem atrav s de desenho A cultura que Alimenta V deo debate sobre Agricultura Divulga o Se o campo n o planta a cidade n o janta De onde v m os alimentos que comemos todos os dias O mundo inteiro est preocupado em como garantir gua e alimento de qualidade para esta e as pr ximas gera es E uma quest o de sustentabilidade ambiental e de sa de Sabia que nesta escola voc consome alimentos produzidos por agricultores familiares Venha saber o que o arroz e o feij o que s o servidos na sua escola t m a ver com o progresso da sua cidade e o futuro do planeta Objetivo Dialogar a partir de v deo produzido no munic pio sobre as rela es entre produ o e consumo de alimentos refletindo quest es relacionadas sustentabilidade alimentar sa de e direito alimenta o escolar Respons veis Fernanda Livea e professor Washington Falas Significativas 1 se fosse para eles n o iam fazer de qualquer jeito 2 Eu almo o comida de microondas porque a minha m e trabalha Programa o 13 Apresenta o
441. o Dismilinguindo se de gozo Deve tamb m se estar fritando O torresminho delicioso Em cuja gordura de resto Melhor gordura nunca houve Deve depois frigir a couve Picada em fogo alegre e presto Uma farofa tem seus dias Por m que seja na manteiga A laranja gelada em fatias Seleta ou da Bahia e chega S na ltima cozedura Para levar mesa deixa se Cair um pouco da gordura Da lingui a na iguaria e mexa se Que prazer mais um corpo pede Ap s comido um tal feij o Evidentemente uma rede E um gato para passar a m o Dever cumprido Nunca v A palavra de um poeta jamais Abra a a em Brillat Savarin O seu Vinicius de Moraes No Restaurante Por Carlos Drummond de Andrade Quero lasanha Aquele anteprojeto de mulher quatro anos no m ximo desabrochando na ultraminissaia entrou decidido no restaurante N o precisava de menu n o precisava de mesa n o precisava de nada Sabia perfeitamente o que queria Queria lasanha O pai que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre apareceu para dirigir a opera o jantar que ou era da compet ncia dos senhores pais Meu bem venha c Quero lasanha Escute aqui querida Primeiro escolhe se a mesa N o j escolhi Lasanha Que parada lia se na cara do pai Relutante a garotinha condescendeu em sentar se primeiro e depois encomendar o prato Vou querer
442. o Houve pouco tempo para esta organiza o e o momento n o foi o mais prop cio mas a meta foi cumprida nesta escola porque uma atividade foi realizada pela nutricionista da equipe de alimenta o escolar a partir de uma demanda da SME A atividade foi descrita pela Nutricionista a gente acabou de fazer a pouco tempo a Semana da Sa de na Escola era o ranking alimentar e uma palestrinha A gente colocava o ranking mesmo de 1 a 10 A gente trouxe recortados os alimentos os que representavam os mais cal ricos e o menos cal rico e eles colocavam o que achavam e depois no final a gente mostrava para eles quantas calorias t m e o que era de fato saud vel e o que n o 9 AE Com rela o EAN e as a es desenvolvidas na escola a atividade mais citada e reconhecida foi a Semana Mundial da Alimenta o presente na fala da dire o da equipe da alimenta o escolar e das professoras Contudo foram apresentadas avalia es bem diversificadas desta iniciativa 170 E tem a Semana da Alimenta o que at brinquei que ficou t o bonito o quadro as professoras trabalham com as crian as na sala a professora traz as coisas para fazer a salada de frutas com eles para eles verem como o caminhar 7 ED Na Semana da Alimenta o tamb m tem merenda diversificada atividades diversificadas 17 ED a nica coisa que chegou a mim que eu sei que chegou realmente foi essa Semana de Nutri
443. o desenvolvendo destreza para a vida e aumento da capacidade de controlar sua pr pria vida Nestes enfoques nem sempre a op o por um exclui totalmente os outros STOTZ 1993 Em comum estes quatro enfoques teriam as restri es ou cr ticas ao modelo m dico Cr ticas no plano das id ias ao cientificismo e a concep o positivista de uma ci ncia neutra atemporal universal e emp rica Cr ticas no campo da sa de incapacidade da medicina de dar conta dos novos problemas em sa de Por fim cr tica pr tica m dica que seria secund ria para a melhoria da sa de e que estaria associada iatrogenia medicaliza o e ao corporativismo STOTZ 1993 Pedrosa 2007a p 43 afirma que a Educa o Popular em Sa de EP amp S apresenta um posicionamento cr tico frente a uma educa o em sa de cujas pr ticas s o consideradas impositivas prescritivas de comportamentos ideais desvinculadas da realidade e distantes dos sujeitos sociais tornados objetos passivos das interven es na maioria das vezes preconceituosas coercitivas punitivas Segundo Vasconcelos 2001a at a d cada de 1970 as a es de educa o em sa de no Brasil se resumiam a iniciativas das elites voltadas ao estabelecimento de normas e comportamentos considerados adequados Esta d cada marca o in cio das experi ncias de profissionais de sa de junto s classes populares marcando uma viv ncia da educa o popular
444. o Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2018 COSTA E Q RIBEIRO V M B RIBEIRO E C O Programa de alimenta o escolar espa o de aprendizagem e produ o de conhecimento Revista de Nutri o v 14 n 53 p 225 229 2001 COUTINHO A O N Alimenta o do Brasileiro uma vis o hist rica Sa de em Debate p 32 39 1988 CZERESNIA D FERREIRA C M Promo o da Sa de conceitos reflex es tend ncias Rio de Janeiro FIOCRUZ 2008 D ALUISIO F MENZEL P What the World Eats Tricycle Press 2008 269 DANIEL J M P CRAVO V Z Valor Social e Cultural da Alimenta o In CANESQUI A M GARCIA RW D Org Antropologia e Nutri o um di logo poss vel Rio de Janeiro FIOCRUZ p 57 68 2005 DAVANCO G M TADDEU J A A C GAGLIANONE C P Conhecimentos atitudes e pr ticas de professores expostos e n o expostos a Curso de Educa o Nutricional Revista de Nutri o v 17 n 2 p 177 184 2004 DEMO P Metodologias alternativas algumas pistas introdut rias In Metodologia Cientifica em Ci ncias Sociais 3 ed S o Paulo Atlas p 203 227 1995 DENZIN N K LINCOLN T S Introdu o a disciplina e a pr tica da pesquisa qualitativa In O planejamento da pesquisa qualitativa teorias e abordagens Porto Alegre Artmed p 15 41 2006 DESLANDES S F O projeto de pesquisa como exerc cio cient fico e artesanato intelectual In DELANES S F e MINAYO M C S Org Pesquisa social teo
445. o alimentar e nutricional na escola pautadas pelo Direito Humano Alimenta o Adequada tendo como ponto de partida as experi ncias desenvolvidas no mbito do Programa Sa de na Escola PSE de Duque de Caxias 1 2 2 Objetivos Espec ficos a Sistematizar as principais a es de educa o alimentar e nutricional realizadas em escolas de Duque de Caxias registrando as reflex es dos profissionais que vivenciaram estas pr ticas b Acompanhar e registrar o desenvolvimento de a es de educa o alimentar e nutricional constru das coletivamente em uma escola inserida no PSE em Duque de Caxias c Acompanhar e registrar o processo de experimenta o da constru o de espa os momentos interdisciplinares de educa o alimentar e nutricional tendo como ponto de partida a escola e o diagn stico local de realidade d Refletir sobre as propostas de apoderamento da comunidade escolar acerca do direito alimenta o escolar e Sistematizar contribui es para a proposi o de uma educa o alimentar e nutricional pautada no Direito Humano Alimenta o Adequada e que dialogue com os princ pios da Educa o Popular em Sa de 1 3 A OP O POR UMA PESQUISA QUALITATIVA BASEADA NA PARTICIPA O A d cada de 1970 marca o in cio de uma mudan a na atua o de alguns profissionais de sa de que se sentiam insatisfeitos com pr ticas e rotinas de servi os de sa de e desejosos de uma atua o mais significativa pa
446. o ano de 2001 durante uma audi ncia p blica o ent o Bispo Diocesano denunciou a gravidade da desnutri o no munic pio e afirmou a import ncia de se conhecer quem eram estas crian as desnutridas Neste momento procurou a nutricionista respons vel pelo Sistema de Vigil ncia Alimentar e Nutricional SISVAN e prop s uma parceria para construir um diagn stico municipal Utilizando a fala de Dom Mauro o prop sito era que estas crian as precisam ter nome rosto e endere o No ano de 2001 uma grande demanda da ATAN era o Programa de Incentivo ao Combate s Car ncias Nutricionais ICCN que previa verba do governo federal para a distribui o de leite e leo de soja para gestantes e crian as desnutridas identificadas pelo SISVAN Percebendo a dificuldade em alcan ar as crian as mais vulner veis foi proposta uma parceria da ATAN com o Mutir o e com a Pastoral da Crian a O diagn stico era de que uma importante parcela das crian as desnutridas morava em locais distantes e n o tinham acesso s unidades de sa de Muitas destas morriam e quem estava chegando at elas n o era o poder p blico mas sim os volunt rios e 292 Igreja Cat lica Decidiram realizar o cadastro no Programa bem como a distribui o de leite e leo em comunidades junto com Igreja a gente viu que tinham muitas crian as que n o chegavam ao Posto de Sa de desnutridas pelos cant es de Caxias Quem que detectava A Pastoral e o Mutir o
447. o confusa N o responde esta quest o mas continua sua argumenta o novamente falando sobre eles Eles d o comida dez horas Tipo assim se eu como dez horas onze horas eu j vou estar com fome Ent o meio dia Minha filha tem que dar comida meio dia porque meio dia que a hora do almo o E comida boa normal Porque se fosse para eles n o iam fazer de qualquer jeito Porque no nome de outra escola j me falaram que a comida muito boa porque aqui n o pode ser At lanchonete l tem Eles d o estrogonofe de carne Esta aluna consegue explicitar quest es de extrema relev ncia para o debate sobre promo o da alimenta o saud vel nesta escola N o apenas a necessidade de qualificar o di logo a cerca do PNAE quem s o eles a no o de direito versus a de obriga o as orienta es para a composi o do card pio A no o de comida boa normal pode trazer elementos interessantes para um di logo acerca de cultura e h bitos alimentares Em todas as atividades a quest o do preconceito em torno de quem consome a alimenta o na escola esteve presente ora de forma impl cita e ora de formas mais expl citas Na quarta atividade as falas foram t o enf ticas que a professora de educa o f sica problematizou sobre a rela o com o debate sobre bullying Uma aluna afirmou Porque as meninas t m vergonha de comer na frente dos meninos Porque se voc come eles ficam falando
448. o de partilha dos dados sistematizados n o foi proposto aprofundamento desta quest o mas apenas um debate introdut rio Quanto continuidade e o retorno do atendimento em sa de cabem algumas considera es preliminares que colaboram para compreender o contexto deste problema O Componente do PSE prev a realiza o de avalia o cl nica e psicossocial Esta etapa foi realizada em 2010 2011 na escola com sucesso segundo avalia o dos profissionais de sa de e dire o da escola Contudo houve 139 dificuldade em acompanhar a continuidade do atendimento dos estudantes que necessitaram de encaminhamento para unidades de sa de Como mencionado anteriormente a rea de abrang ncia das tr s eSF n o corresponde exatamente localiza o das resid ncias de todos os estudantes da escola demandando o encaminhamento para atendimento em outra UBS pr xima Al m disto identificam se necessidades de atendimento ou diagn sticos que n o est o dispon veis na Aten o B sica e que devem ser encaminhados a outras unidades da Rede Municipal de Sa de Estas s o quest es comuns e previstas pelo PSE O n o atendimento destas demandas frustrante para os profissionais al m de obviamente diminuir o sentido de realiza o de a es de triagem na escola A fizemos os encaminhamentos nutri o e solicitei exames laboratoriais de algumas crian as s que o problema que nem todas as crian as que s o da escola s o cad
449. o do territ rio com suas potencialidades e desafios O di logo torna se assim ferramenta fundamental As respostas de como enfrentar realidades com suas adversidades precariedades e porque n o riscos sa de certamente n o est sob o dom nio de nenhum profissional isoladamente por mais bem intencionado que este seja ou esteja Na verdade ainda que uma parte das respostas esteja com os profissionais de sa de e educa o em suas diversas especialidades com certeza a parcela mais importante e essencial nesta equa o encontra se com os estudantes fam lias e comunidade Trata se portanto de um campo de saberes complexos e pr ticas desafiadoras A efetiva o da sa de escolar como pol tica p blica de promo o da sa de e de garantia de qualidade de vida exige coordena o e planejamento intersetoriais com defini o de or amento adequado e coerente com discurso constru do acerca de uma no o ampliada de sa de e de uma educa o integral que vem sendo produzido e divulgado no Brasil e na Am rica Latina Requer a defini o de iniciativas interdisciplinares selecionadas a partir de diagn stico local da realidade que permita a identifica o dos problemas reais e das solu es vi veis em cada escola Esta uma forma de contribuir para a autonomia e apoderamento dos sujeitos diante dos direitos fundamentais relacionados ao tema da sa de escolar direito sa de educa o alimenta o e vida digna 261
450. o e educa o infantil s o adapta es estrutura original realizadas em 2010 uma escola boa porque uma escola da rede particular que foi comprada pela prefeitura Tem uma quadra poliesportiva uma sala grande o refeit rio foi constru do em 2010 o anexo ali tem as salinhas do pr tem separadinho o banheiro deles 7 ED Eu acho que a escola um espa o legal antigamente tinha at laborat rio de ci ncias Hoje passou a ser cozinha e agora eles est o tentando reativar Tem um grupo muito bom de professores bem capacitados qualificados 11 Prof Parte dos professores est na escola desde que a escola foi adquirida pelo munic pio A equipe de professores do Segundo Seguimento composta por jovens profissionais concursados que em grande maioria s o moradores de outros munic pios Alguns destes professores possuem mestrado e doutorado e o desejo de ingressar em cursos de p s gradua o est entre os assuntos frequentes na sala de professores Fazem parte da equipe diretiva da escola al m da diretora a vice diretora e equipes distintas para Primeiro e Segundo Seguimentos compostas por coordenadores de turno Orientadoras Pedag gicas OP e Orientadoras Educacionais OE Durante a pesquisa o maior contato foi com as profissionais que trabalham com o Segundo Seguimento e com a diretora A orientadora educacional do Segundo Seguimento era a pessoa respons vel pelo PSE no momento de in cio
451. o mundo O conhecimento pelo contr rio exige uma presen a curiosa do sujeito em face ao mundo Requer sua a o transformadora sobre a realidade Demanda uma busca constante Conhecer tarefa de sujeitos n o de objetos E como sujeito e somente enquanto sujeito que o homem pode realmente conhecer FREIRE 1977 p 27 Na rela o pedag gica a est tica anda de m os dadas com a tica O pensar certo que possibilita enxergar coisas infinitamente belas antes inimagin veis permite descobrir o mundo a boniteza de que nos fala Freire Neste sentido est tica e tica s o integrantes de todo processo de educa o popular que parte da vida Outra exig ncia a viv ncia de uma profunda e verdadeira coer ncia entre o ser pensar dizer que se liga diretamente ao fazer ou refazer e ou ressignificar Cada palavra gesto a o torna se um an ncio de seu fazer cr tico tico Trata se da corporeifica o das palavras pelo exemplo A presen a do educador educando no mundo uma presen a curiosa e alegre que tem confian a na capacidade de homens e mulheres serem sujeitos de transforma o que torne o mundo mais justo uma presen a que n o nega e sim defende o direito ao sonho e utopia de um mundo melhor Em qualquer idade ou momento da vida deve se ter o direito de ser mais Ensinar e aprender s o processos hist ricos s o feitos e s o capazes de fazer hist ria Indispens vel ent
452. o procure o plural A riqueza de palavras t o farta que tudo singular Muito cuidado com a pron ncia para n o confundir amburama com andiroba E comer as letras da priprioca E a l ngua do cacau jacar da banana de S o Tom e do tucunar S cuidado com o pitiu eo pix Um explica a maresia o outro o fim da linha de um pescado paraense Para ficar craque nesse desafio lingu stico Quebre o coco sem arrebentar a sapucaia Nada nesse idioma comum O maracuj selvagem A laranja da terra O camar o e o lim o s o regionais A farinha de tapioca parece pipoca Veja s que complicado escrever um simples recado Traga Go gurijuba ata filhote e catinga de mulato V se n o esquece a pataqueira Porque esse tempero de primeira E acrescente pupunha e genipapo Esses dois j s o mais f ceis de gravar T no papo Coloque na lista a pescada amarela e a chic ria Para fazer um assado com arroz incrementado N o adianta decorar esses verbos s de ouvir falar Tem que provar e na mem ria guardar Para ser fluente nesse latim o jeito arranjar um professor do lugar Frutas do Brasil ou da Inf ncia Por Carlos Drummond de Andrade Do sumo desta fruta faz o gentio vinho com que se embebeda que de bom cheiro e saboroso Esta primeira receita de caju amigo 1587 figura no cronista Gabriel Soares e mostra como de alguns anos para c voltamos taba em saud vel afirma o de
453. o quando se trata da atua o junto a popula es marginalizadas Estas abordagens problematizam os significados atribu dos sa de e desta forma prop e caminhos alternativos aqueles centrados no discurso rigidamente t cnico e cient fico Aponta tamb m para a necessidade de incluir as vozes silenciadas das popula es marginalizadas Para al m das pr ticas Dutta Bergman sugere uma epistemologia das margens e invers o dos fluxos tradicionais de comunica o que ocorrem em m o nica do centro para a periferia O autor refor a a perspectiva de que promover sa de em reas perif ricas ter como foco a constru o de capacidades que para o autor relaciona se n o apenas comunica o mas ao acesso a recursos fundamentais vida como alimenta o vestu rio e moradia Conclui se que desde a d cada de 1990 a promo o de sa de na escola tem sido afirmada e apoiada por organismos internacionais como estrat gia de elei o para a sa de escolar na Am rica Latina Os debates e experi ncias reunidos nos ltimos anos demonstram dificuldades e desafios para a efetiva o dos aspectos conceituais e pol ticos proposto pela EPS mas ao mesmo tempo trazem novas luzes e possibilidades para sua realiza o O cen rio latino americano revela a persist ncia de iniciativas centradas na doen a e em suas formas de transmiss o de a es de triagens e de constru o de perfis epidemiol gicos e de estrat gias educativas
454. o se garantiria a compra de produ o local para a alimenta o escolar Em visita a uma escola municipal da zona rural para uma festa de dia das m es nesta oportunidade as m es foram presenteadas com produtos da horta e este foi um primeiro momento de divulga o Nesta oportunidade a ent o respons vel t cnica pela Alimenta o Escolar Valeria Terra encontra a m e de uma crian a que ela atendia em ambulat rio A not cia de que uma crian a tinha recebido o diagn stico de diabetes a mobiliza e no mesmo dia inicia a elabora o do Projeto Sem A car com Afeto Atrav s da participa o em congressos e encontros sobre alimenta o escolar a Nutricionista j sabia que esta era uma demanda n o apenas para o munic pio de Duque de Caxias A primeira estrat gia de capta o foi a realiza o de cadastro no ambulat rio do Hospital Infantil de Duque de Caxias nico local que tratava crian as diab ticas Uma estagiaria treinada abordava as m es e crian as na fila a fim de identificar em que escola a crian a estudava Com o tempo percebeu se que esta n o era a melhor estrat gia porque muitas crian as atendidas eram de outros munic pios ou eram alunos de escolas particulares Desta forma seria muito demorado o processo de identifica o A partir desta avalia o decidiu se envolver as diretoras e orientadoras educacionais Foi realizado um encontro sobre gua com um t cnico de vigil ncia sanit ria e utilizou
455. obaliza o n o um fen meno novo ocorreu de forma diferenciada em outros momentos da hist ria da humanidade Ressalta o autor que a globaliza o contempor nea encontra se associada ao processo de surgimento de mercados financeiros desregulamentados ao capital global e a um intenso fluxo de moedas capaz de desestabilizar economias m dias associado ao crescimento exponencial 88 de novas ind strias culturais impulsionado pelas tecnologias de informa o bem como ao aparecimento da economia do conhecimento HALL 2008 p 56 Entende se que no atual contexto podem ser observadas combina es complexas de mudan as e de resist ncias de revaloriza o de tradi es e consumo de elementos descart veis do local e do global e de uma s rie de pares que poderiam em outro contexto serem considerados dicot micos e de imposs vel combina o H um paradoxo ocasionalmente notado mas n o muito profundamente meditado acerca do estado atual daquilo a que nos referimos com muita displic ncia como o panorama mundial ele est ficando mais global e mais dividido mais completamente interligado e mais intricadamente compartimentalizado ao mesmo tempo O cosmopolitismo e o provincianismo j n o se op em ligam se e se refor am A medida que aumenta um aumenta o outro GEERTZ 2001 p 216 Em suas formas atuais desassossegadas e enf ticas a globaliza o vem ativamente desenredando e subvertendo cad
456. ocial BRASIL 2009b A CGEAN orientou ainda que os projetos e a es relacionados ao MDS as atividades de EAN fossem baseados em metodologia problematizadora pautada na observa o da realidade local de modo a identificar os problemas sociais que atingem a popula o a ser atendida pelo projeto Identificados os problemas s o propostas an lises reflexivas em conjunto com representantes da comunidade beneficiada acerca dos condicionantes e determinantes sociais das causas dos problemas a serem trabalhados inicia se o processo de tomada de decis es que dever o ser executadas ou encaminhadas considerando o contexto s cio pol tico da localidade Uma vez aplicadas as a es planejadas devem ser elaborados mecanismos de avalia o BRASIL 2009b Houve grande reconhecimento da EAN como estrat gia vinculada s pol ticas p blicas de garantia do DHAA e de SAN e assim as estrat gias educativas ocuparam lugar de destaque entre as delibera es das ltimas Confer ncias Nacionais e nas diretrizes da Pol tica Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional O Plano Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional prop e metas claras para a es de EAN em quatro objetivos explicitando as a es or ament rias correspondentes A promo o da EAN no ambiente escolar tema de um destes quatro objetivos BRASIL 2011b O Plano previu a publica o de um marco conceitual de EAN nas pol ticas p blicas e par
457. ociar esse tipo de pr tica ao lugar que a gente est Voc v que tem um val o aqui atr s quando chove alaga e v rias meninas falam que amigos deles ou eles mesmo s que escondem v o nadar no val o V rios alunos j me falaram que tem cachorro morto cad ver eles j viram Entendeu Ent o eles banalizam coisas que s o muito graves 19 Prof Porque eu acho que o momento que a escola p ra para refletir conjuntamente sobre um assunto que tem a ver com todos n s independente de qualquer disciplina que a gente d d uma quebra na rotina uma quebra positiva voc parar para refletir e mais para mim isso muito importante tornar a escola um espa o interessante 19 Prof A percep o dos professores acerca das atividades extraclasse de sa de escolar e a disposi o para encontrar pontes dentro do curr culo escolar demonstram a disposi o e capacidade para a constru o de estrat gias interdisciplinares dentro e fora dos muros escolares Interdisciplinaridade que objeto de dif cil constru o mas que valorizada tanto nas pol ticas de sa de quanto nas de educa o Neste caminho Auler 2007 ao debater Ci ncia Tecnologia e Sociedade a partir do referencial freireano defende a busca por estrat gias que promovam a supera o da excessiva fragmenta o disciplinar a complexidade dos temas requer a an lise sob v rios olhares disciplinares articulados em torno de um tema co
458. oderamento a o na qual os indiv duos tomam posse de suas pr prias vidas pela intera o com outros indiv duos gerando pensamento cr tico em rela o realidade Por isso 167 no campo do DHAA a tradu o apoderamento ABRANDH 2010 Fugindo deste debate conceitual e refletindo a partir das experi ncias h o destaque de que em todas essas a es voc d um pouco de empoderamento para a comunidade Voc hoje j conversa n o s com as lideran as Voc v outras pessoas outros atores mesmo que n o era do seu conv vio Essa quest o da comunidade estar muito mais empoderada Ainda n o o que a gente quer A gente quer muito mais do que isso NUT G O DHAA perpassou as experi ncias apresentadas ainda que este termo s passe a ser utilizado nas experi ncias mais recentes H explica es conjunturais j que o termo vem se incorporando ao discurso e legisla o brasileira gradativamente Contudo ressaltam que nas a es de EAN o que se deve encontrar olhar o ser humano o que aquilo no final das contas traz para ele de melhor para tornar o ser humano melhor NUT E A participa o da comunidade das fam lias e dos respons veis foi aspecto valorizado Sobre a participa o dos respons veis destacam que por eles terem papel relevante nas escolhas alimentares das crian as e adolescentes precisam tomar parte das decis es sobre alimenta o adequada e saud vel na escola ent
459. odo de pesquisa houve interdi o da sede e as equipes precisaram ser deslocadas para outra unidade de sa de 120 Neste munic pio quase a totalidade dos profissionais da ESF s o concursados As tr s equipes vinculadas a esta UBS s o em grande parte compostas de profissionais jovens que atualmente t m cerca de 7 sete anos de formados e que s o proveniente do concurso municipal mais recente realizado h quatro anos Parte da equipe est ou esteve inserida nos ltimos anos em cursos de atualiza o ou p s gradua o Segundo os pr prios profissionais v rios deles t m forma o em Sa de P blica e chegaram ao munic pio com vontade de fazer diferen a mas algumas quest es estruturais dificultam o trabalho Eles destacam que o relacionamento das eSF com a popula o atendida muito bom Do ponto de vista de perfil epidemiol gico as enfermeiras das eSF afirmam que as maiores preval ncias s o de hipertens o arterial e diabetes Al m disto as doen as sexualmente transmiss veis a hansen ase e a tuberculose s o motivo de preocupa o A preval ncia de c rie expressiva entre crian as e adolescentes tanto na popula o adscrita s equipes quanto na escola Quanto ao perfil nutricional seguindo o padr o nacional sobrepeso e obesidade tornaram se as preocupa es mais relatadas para crian as adolescentes e gestantes Contudo ainda existem relatos de baixo peso e desnutri o nesta popula o
460. odos os dias Foi e voltou a p ou de bicicleta para a escola Em quantos dias voc praticou alguma atividade f sica sem contar com as aulas de educa o f sica da escola Em um dia de semana comum Menos Uma Duas Tr s Quatro Cinco Seis Sete de uma hora horas horas horas horas horas ou hora mais horas Quantas horas por dia voc assiste TV n o contar s bado domingo e feriado Quanto horas por dia voc fica sentado a assistindo televis o usando computador jogando videogame conversando com amigos as ou fazendo outras atividades sentado a n o contar s bado domingo feriado e tempo sentado na escola gt L W Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de O ALIMENTA O As pr ximas perguntas referem se a sua alimenta o Leve em conta tudo o que voc comeu na sua casa na escola na rua em lanchonetes em restaurantes ou em qualquer outro lugar Nos ltimos sete dias em quantos dias voc N o 1 dia 2dias 3 dias 4 dias 5 dias 6 dias Todos comi os dias Comeu feij o Comeu salgado frito Comeu hamb rguer salsicha mortadela salame presunto nuggets ou ling i a Comeu legume ou verdura cru ou cozido Comeu salada crua Comeu legumes ou verduras cozidos na comida inclusive sopa Comeu biscoitos salgados ou bolachas salgadas Comeu biscoitos doces ou bolachas doc
461. oga Servidora concursada da SMS Coordena o de Vigil ncia em Sa de designada para o GTI M RNA ONIS Professor Servidor concursado da SME Coordena o de Projetos Comunit rios designado para o GTI M GTEM t SME Professora Servidora Concursada da SME Coordena o da Alimenta o Escolar GTI M 4 SME extra oficialmente contribui para GTI M Servidora concursada Dentista eSF 1 eSF Servidora concursada Enfermeira eSF 2 eSF Servidora concursada Dentista eSF 3 eSF Servidora concursada Dentista eSF 4 eSF Servidora concursada Enfermeira eSF 5 eSF Servidor concursado M dico eSF 6 eSF Diretora Equipe Diretiva 7 ED Servidora concursada Pedagoga Supervisora de Merenda Alimenta o Escolar 8 AE Nutricionista da escola terceirizada contrato via alimenta o escolar Alimenta o 9 AE Escolar Respons vel de Merenda Alimenta o Escolar 10 AE Servidora concursada Professora de Ci ncias 11 Prof Servidora concursada Professora de Ci ncias 12 Prof Servidora concursada Professora de Educa o F sica 13 Prof Merendeira terceirizada contrato via alimenta o escolar 14 AE Merendeira terceirizada contrato via alimenta o escolar 15 AE Merendeira terceirizada contrato via alimenta o escolar 16 AE Orientadora Educacional e respons vel pelo PSE na escola 17 ED Orientadora Pedag gica 18 ED Servidora concursada Professora de Hist ria 19 Prof Servidor concursado Professor de Geog
462. ogam fora mas que nutritivo E ele v a coisa sendo feita pegar comer entendeu N o cartaz Cartaz n o adianta de nada Enfim s pra mostrar pra comunidade oh fizemos um cartaz mas de pedag gico mesmo acho que n o ajuda 12 Prof H tamb m por parte dos professores uma identifica o dos h bitos e comportamento que eles consideram t picos da adolesc ncia mas que s o apresentados com preocupa o e aten o como est o na adolesc ncia a quest o dos dist rbios alimenta o da imagem corporal A gente trabalha essa quest o mesmo da vis o da sociedade respeito do corpo n o Dos padr es de beleza que os adolescentes sofrem muito com esses padr es querem se enquadrar e a vem a quest o dos dist rbios n o Da anorexia bulimia e a quest o da obesidade n o Que a entra essa quest o da qualidade da alimenta o 13 Prof T pico da adolesc ncia come am a se virar sozinhos n o buscar o que eles querem comer muitas vezes a m e n o toma conta bem e eles come am a fazer um monte de porcaria n o E a outra quest o a quest o da imagem deles Que na adolesc ncia eles t m aquele problema com a imagem se acham horrorosos 11 Prof A estes h bitos articulam a capacidade e a necessidade de que a escola trate do tema alimenta o saud vel As professoras identificam que muitos alunos tomam 172 decis es sobre a aliment
463. ogo dentro destas quest es Atrav s do contar suas rotinas alimentares foram descritos cotidianos fam lias mais ou menos estruturadas e mais ou menos tradicionais jovens que j ocupam lugar importante na constitui o familiar dando suporte para a cria o dos irm os ou tomando conta de suas casas jovens que j trabalham que fazem cursos fora da escola ou que apenas estudam Encontra se aqui oportunidade para destacar Pierre Bourdieu que afirma a exist ncia em todas as sociedades um processo de disputa na defini o de fronteira Entrevista a Anne Marie M taili publicada em Les Jeunes et le premier emploi Paris Association des Ages 1978 229 entre a juventude e a velhice e que ao falar do tema importante levar em conta a necessidade de analisar as diferen as entre as juventudes isto porque a idade um dado biol gico socialmente manipulado e manipul vel Continua afirmando sobre a inadequa o de identificar os jovens como um grupo constitu do dotado de interesses comuns e relacionar estes interesses a uma idade definida biologicamente j constitui uma manipula o evidente Para Bourdieu o recorte et rio de juventude proporciona uma classifica o compar vel s classifica es por sexo e por classe social que servem para determinar o papel e a localiza o de cada um na sociedade exercendo um poder de tal forma que acabam sempre por impor limites e produzir um
464. ol gicas In MONTEIRO S Qual preven o Aids sexualidade e g nero em uma favela carioca Rio de Janeiro Editora Fiocruz p 37 50 2002 MONTES G A A ARAUJO R LEONTSINI E HERRERA G 0 CERNA C F Un programa escolar para elcontroldel dengue en Honduras delconocimiento a lapr ctica Revista Panamericana de Salud P blica v 31 n 6 p 518 522 2012 MORIN E A via para o futuro da humanidade Rio de Janeiro Bertrand Brasil 20183 p 392 MOTTA M B TEIXEIRA F M Educa o alimentar na Escola por uma abordagem integradora nas aulas de ci ncias Inter A o v 37 n 2 p 359 379 2012 MOYS S M A A COLLARES C A L Intelig nciaabstra da crian assilenciadas asavalia es deintelig ncia Psicologia USP v 8 n 1 1997 274 MUNIZ V M CARVALHO A T O Programa Nacional de Alimenta o Escolar em munic pio do estado da Para ba um estudo sob o olhar dos benefici rios do Programa Revista de Nutri o v 20 n 3 p 285 296 2007 NUNES M M A FIGUEIROA J N ALVES J G B Excesso de peso atividade h bitos alimentares entre adolescentes de diferentes classes econ micas em Campina Grande PB Revista da Associa o M dica Brasileira v 53 n 2 p 130 4 2007 OLIVEIRA R M VALLA V V As Condi es e as Experi ncias de Vida de Grupos Populares no Rio de Janeiro Repensando a Mobiliza o Popular no Controle do Dengue Cadernos de Sa de P blica n 17 sup 2001 OLIVI ML FO
465. olar para todos os estudantes da rede p blica de educa o b sica do Brasil inteiro e tamb m para esta escola Agricultura Familiar importante para quem mora no campo e na cidade A agricultura familiar estrat gia fundamental i Voc Sabia que atualmente a promo o do Direito Humano Alimenta o Adequada agricultura familiar respons vel pela z E produ o de 70 dos alimentos DHAA Alimenta o adequada e saud vel aquela que consumidos pelos brasileiros equilibrada em termos nutricionais livre de contamina es microbiol gicas e qu micas que culturalmente referenciada nos h bitos alimentares locais e que promove a sa de Incentivar a agricultura familiar importante para garantir a alimenta o de quem vive na rea rural porque garante alimentos para o auto consumo e o aumento da renda familiar Al m disso preserva o de h bitos da cultura local e da organiza o do trabalho a partir da fam lia Contudo aumentar a produ o da agricultura familiar garante tamb m benef cios popula o urbana da cidade que passa a ter acesso a alimentos mais frescos e livres de contaminantes Al m disso a agricultura familiar produz os alimentos que s o considerados b sicos como arroz feij o as verduras legumes e frutas entre outros Agricultura Urbana qualidade na alimenta o e sa de da cidade A agricultura urbana a pr tica da agricultura dentro das
466. om a sele o e preparo do alimento no mbito familiar Objetivo Registrar falas dos estudantes sobre suas experi ncias e rotinas relacionados sele o e preparo da alimenta o para identifica o de falas significativas e temas geradores para a constru o de conte do program tico de a es de Educa o e Sa de na Escola Elementos trabalhados Participa o na escolha e prepara o da alimenta o Acesso domiciliar X escolha alimentar Conhecimentos pr vios sobre 1 industrializados processados X frutas legumes e verduras FLV 2 origem produ o dos alimentos e sustentabilidade 3 higiene de alimentos Proposta de local refeit rio ou pr ximo T cnicas Programa o Trabalho com a turma toda a partir de quest es para debate Roteiro utens lios de cozinha fichas de prepara o e gravuras Momento 1 Preparando o ambiente Colocar cadeiras em c rculo Arrumar tr s mesas com o material dos grupos Colar na parede tr s folhas de papel pardo VYY Momento 2 trabalho nos tr s grupos Din mica de integra o Descrever uma prepara o quais os ingredientes e o passo a passo Carne assada Salada crua Feij o v Momento 3 Roda de conversa Os grupos se apresentam gostaria de convidar uma merendeira para comentar Quem prepara a comida na sua casa Quem sabe cozinhar Quem costuma cozinhar Que prato voc costuma preparar Com quem voc aprendeu a cozinha Com quem e para quem voc
467. omportamento que elas consideram t picos da adolesc ncia mas que s o apresentados com preocupa o e aten o Por isto trabalham em sala as quest es de dist rbios alimentares e sua rela o com padr es de beleza e problematizam a prefer ncia dos estudantes por lanches pouco saud veis A quest o do bulliyng aparece como preocupa o inclusive quando se trata de obesidade e imagem corporal Em s ntese atrav s das entrevistas podem ser identificados quais os temas trabalhados por cada um dos grupos entrevistados bem como as demandas por aprofundamento de alguns temas Dentre os temas trabalhados destaca se que a Pir mide Alimentar foi citada por todos e com rela o aos sugeridos a preocupa o com o consumo de biscoitos tipo snacks e guaran natural foi um consenso Quadro 1 Temas em alimenta o e nutri o trabalhados e sugeridos no contexto da escola Temas de Alimenta o e Nutri o na escola Aula de Ci ncias Aula de Educa o F sica PNAE e Outros 10 Passos Necessidades di rias Grupos Alimenta o e sua influ ncia na Incentivo FLV para uma alimentares e composi o qu mica atividade f sica Alimentos Alimenta o dos alimentos Dist rbios alimentares cal ricos x Saud vel Card pio familiar anorexia bulimia e obesidade saud veis Custo da alimenta o e Sal rio Imagem corporal e padr es de Prato saud vel m nimo beleza a vis o da sociedade Alimenta o Traba
468. onais Essa op o de lanche rica em carboidrato O O O Tempo de Preparo 01 hora Rendimento 20 por es Vinagrete de Hortel para salada Ingredientes 01 ma ode hortel Sid pe a a EN z Z tam na E poderoso antioxidante 7 Karade E eo Rude eee are Calorias por por o 1 colher de sopa 1 4 de x cara de ch 60 ml de suco de lim o cheia 77 kcal Sal a gosto Pimenta do reino branca a gosto Utens lios Necess rios Faca vasilha t bua de corte Modo de Preparo Lavar bem e picar a hortel de modo que ela fique bem mi da Juntar o azeite ao suco de lim o aos poucos batendo com um batedor de arame ou garfo para que fique cremoso Misturar a hortel Temperar a gosto Servir com salada Tempo de Preparo 15 minutos Rendimento 30 por es Vinagrete de Manjeric o para salada Ingredientes Informa es nutricionais Cont m e 10 folhas de manjeric o Vitamina E poderoso antioxidante e 02 dentes de alho Calorias por por o 1 colher de sopa e 01 colher de ch de sal cheia 76 kcal e de x cara de ch 60 ml de suco dolim o e Pimenta do reino a gosto e 01 x cara de ch 250 ml de azeite Utens lios Necess rios Vasilha liquidificador Modo de Preparo Lavar bem as folhinhas de manjeric o v Lavar e descascar os dentes de alho v Bater no liquidificador o suco do lim o os dentes de alho as folhas de manjeric o o sal e a pimenta do reino v Ir adic
469. onais deveriam ser escolhidos por suas respectivas equipes e seriam respons veis pela elabora o do plano de a o local e pela articula o das a es em seu territ rio sendo assessorados pelo GTI M DUQUE DE CAXIAS 2008 Isto n o tem ocorrido e mesmo nas atividades municipais de forma o relativas ao Programa este perfil n o tem se efetivado Esta constata o desperta preocupa o A gente sabe que o diretor da unidade escolar ele nem sempre vai ter tempo para fazer essas articula es micropol ticas dentro da escola Ent o as articula es macro ele vai resolver E a gente precisava deste outro articulador l dentro resolvendo que estivesse mais pr ximo da comunidade escolar realmente na verdade mesmo o orientador pedag gico ou o orientador educacional o especialista ele n o est pr ximo o professor em sala de aula ele n o est recebendo as informa es hoje a gente v que o ideal seria envolver mesmo o professor quem vem forma o s o as pessoas de conveni ncia Quem est dispon vel naquele momento GTI M 1 SMS Identifica se assim que apesar de haver o oferecimento sistem tico de atividades de forma o no munic pio elas n o t m atingido plenamente seu objetivo Na inten o de fazer circular informa es na unidade escolar desde as a es do Programa Sa de Escolar at as atuais do PSE geralmente s o oferecidas tr s vagas a cada escola Co
470. onhecimento assim 11 Prof Ent o se o PSE n o conhecido na escola como garantir sensibilidade e colabora o para seu desenvolvimento Outros profissionais da escola tamb m relataram n o saber sobre o PSE apesar de j terem visto os profissionais das eSF na escola Algumas das merendeiras moram no bairro e ficaram curiosas tamb m em saber em que unidade de sa de trabalhavam e que rela o teriam os profissionais das eSF com a escola J vi aqui na escola J vi aqui na escola mas participar n o 15 AE Esse Programa de Sa de quando eles v m aqui que eu tamb m j vi j s mesmo com as crian as n o A gente n o tem participa o n o 14 AE 127 No in cio da pesquisa profissionais da equipe diretiva da escola tamb m demonstraram desconhecimento acerca do Programa e de suas a es Mesmo a respons vel pelo PSE na escola que havia assumido recentemente a tarefa mostrou pouco conhecimento acerca do Programa estou aguardando a chegada do pessoal do Posto n o Para sentar com eles para a gente ver algumas a es tentar desenvolver algumas a es aqui Saber como que vai ser feito 17 ED Quando eu cheguei encontrei elas medindo outra olhando a boca A eu ainda parei para dizer Legal Que eu nunca tinha visto isso em lugar nenhum Achei legal e importante isso 18 ED Tudo isto demonstra que a comunica o sobre o PSE muito fr gil na escola e es
471. onstru o compartilhada do conhecimento para a EP amp S reside nas caracter sticas particulares do conhecimento sobre sa de e doen a Destacamos os seguintes aspectos import ncia da experi ncia da enfermidade e do conhecimento comum das pessoas dos limites do conhecimento cient fico sobre as causas das doen as bem como de sua cura concorr ncia entre os sistemas m dicos e sua import ncia na configura o das pr ticas de sa de medicaliza o dos comportamentos sociais e complexidade do adoecer humanos CARVALHO et al 2001 p 102 Em meio a grande riqueza e diversidade das pr ticas de EP amp S poss vel encontrar tra os comuns A refer ncia relev ncia da obra de Paulo Freire para o desenvolvimento da EP amp S encontrada em diversos autores por exemplo em STOTZ 1993 VASCONCELOS 2001a WONG UN 2002 MACHADO 2004 BARONE 2006 STOTZ et al 2007 Dentre as caracter sticas assumidas pela EP amp S que demonstram esta coer ncia com educa o freireana destaca se a op o pela problematiza o 76 Na educa o popular e sa de a problematiza o tem sido um m todo muito usado por permitir uma participa o ampliada das pessoas e por ajudar a fortalecer aqueles que geralmente est o exclu dos dos processos de decis o Tamb m colabora no estabelecimento de la os entre profissionais de sa de e comunidade j que as pessoas ficam mais pr ximas umas das outras e trabalham de modo solid rio Educa
472. or tr s desta queixa de papel invertido Estas quest es fazem parte de alguns dos atuais desafios apresentados Educa o Popular em Sa de na busca da supera o do fosso cultural VASCONCELOS 2001a existente entre servi os de sa de e a popula o Outra quest o diz respeito dificuldade de compreender o que os membros das classes populares nos dizem assumindo que a crise de interpreta o nossa dos profissionais mediadores VALLA 2000 p 13 Al m da viv ncia do mestrado na Escola Nacional de Sa de P blica ENSP Fiocruz trouxe para o Doutorado como expectativa a necessidade de encontrar um espa o que me ajudasse a compreender as experi ncias profundas que vivenciei como educadora popular na Rede de Educa o Cidad Neste per odo atuando com educadores populares formados dentro de movimentos populares diversos e convivendo com comunidades empobrecidas percebi que as quest es referentes alimenta o e nutri o ganhavam contornos muito diferentes mais fortes vis veis e palp veis Surgiam num dia em que s existia um carro pipa para abastecer uma enorme comunidade na regi o metropolitana ou quando numa comunidade rural se questionava o porqu de comprar um tomate cheio de agrot xico na cidade que foi plantado por um vizinho Surgiam com a viv ncia e da sobreviv ncia dessas localidades quest es sobre direito gua seguran a do alimento soberania alimentar e cadeias
473. oras Pedag gica e Educacional e de profissionais das eSF 110 5 Pesquisar aprender ensinar sobre alimenta o nutri o e sa de 5 1 PROGRAMA SA DE NA ESCOLA A EXPERI NCIA DO DIAGN STICO LOCAL E OS APONTAMENTOS PARA O PLANEJAMENTO COLETIVO 5 1 1 Sa de Escolar em Duque de Caxias Duque de Caxias aderiu ao Programa Sa de na Escola PSE em 2008 contudo desde 2004 j realizava atividades sistem ticas de sa de escolar atrav s de uma estrat gia denominada de Programa Sa de Escolar vinculada Coordenadoria de Sa de Coletiva da Secretaria Municipal de Sa de SMS O funcionamento deste Programa em 2004 ocorria da seguinte forma tinha sido feito era um calend rio junto com a Secretaria Municipal de Educa o de visitas s escolas como se fosse uma a o global N o sei como foram escolhidas essas escolas na poca Acho que foi um acerto entre os secret rios S ia nibus ginecol gico colher preventivo ia nibus odontol gico e eu ia para fazer triagem fonoaudiol gica a escola j fazia uma pr sele o desses alunos que os professores identificavam que poderiam ter algum problema E a tinha a quest o da psic loga que tamb m fazia atividades com os alunos A gente tinha uma nutricionista tamb m que a fazia palestras levavam at a balan a faziam algum c lculo l de IMC era aberto para a comunidade GTI M 2 SMS Entre os anos de 2005 e 2007 a
474. orma criada abertura para os encaminhamentos junto escola Na fala de uma professora e de uma integrante da equipe diretiva firma se a proposta de inclus o da sa de escolar no planejamento da escola no inicio do ano elaborar um planejamento em conjunto realmente porque eu acho que n o adianta cada um estar fazendo a sua parte a sua parte separada n o Porque quando tem essa a o em conjunto muito mais produtivo muito mais significativo para o aluno 13 Prof incluindo isso no documento que est redirecionando o projeto pol tico isso vai contar porque pelo o que eu entendi essas pessoas v o continuar porque um Programa que a escola ganhou n o Um benef cio e isso tende a continuar O que est faltando s o as pessoas que est o a frente disso sentar com todo o corpo do planejamento que feito no in cio do ano e ai firmar as oficinas as coisas que podem acontecer durante o ano 18 ED Para as profissionais das eSF mais pressionadas pelo cumprimento de metas a experi ncia de 2012 ampliou o sentimento de escassez de tempo parao PSE e a dificuldade em atingir metas apresentadas para os Componentes le II Meio surreal para que tem cl nica ginecologia atendimento na cadeira como hoje e etc Mas a gente tinha que trabalhar os seis temas nesses seis temas surgiram temas novos que n o tinha tipo sustentabilidade estimulo a atividade f sica na escola por incr vel que pare a t
475. ort vel do pesquisador que apenas escuta A escuta at este momento foi uma escuta atenta e ativa na medida em que sempre problematizadora Contudo organizar os dados coletados para a devolu o s turmas foi uma experi ncia extremante desafiadora e relevante de codifica o Junto com a professora de educa o f sica optou se pela devolu o e debate dos dados atrav s de organiza o de c rculos de cultura durante uma aula de educa o f sica destinada ao debate dos projetos das turmas Durante a prepara o deste momento houve possibilidade de dialogar e concluir que seria mais adequado e produtivo apresentar os dados e deixar que estes provocassem as reflex es das turmas acerca dos temas por elas escolhidos bullying adolesc ncia e olimp adas Desta forma a rela o dos temas do trabalho com os de alimenta o e nutri o n o seriam apresentadas de forma pronta ou bvia mas constru da com as turmas atrav s de problematiza es Al m de trabalhar no banco de dados e em suas an lises a equipe de pesquisa preparou um texto resumindo os dados da PeNSE IBGE 2009 As bolsistas de extens o realizaram pesquisa sobre temas pertinentes tais como conceitos b sicos de nutri o nutri o na adolesc ncia e na pr tica de atividade f sica imagem corporal e bullying e as escolhas alimentares cultura sabor e suas rela es com a praticidade Foi preparado ainda um roteiro para o c rculo de cultura e um l
476. ortante advertir que Na escola para que o trabalho do nutricionista seja de fato educativo necess rio que se estabele a uma rela o de di logo entre o saber popular e o saber t cnico rompendo com o tradicional modelo tecnicista de interven o aquele que tem por objetivo a mudan a de comportamento da clientela atendida por meio da transmiss o de normas COSTA et al 2001 p 226 Neste t pico a alimenta o escolar foi debatida a partir da vis o dos adultos da perspectivas dos profissionais de sa de e educa o As avalia es dos professores s o as que mais se aproximam das opini es apresentadas pelos estudantes em termos de reivindica es por melhorias Contudo as falas dos estudantes que ser o apresentadas no pr ximo t pico tamb m registram profundas marcas do discurso da car ncia e da fome presentes na fala dos outros profissionais 5 2 5 Rodas de conversa uma experi ncia de atividades dial gicas de Educa o Alimentar e Nutricional Ao contr rio educar e educar se na pr tica da liberdade tarefa daqueles que sabem que pouco sabem por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais em di logo com aqueles que quase sempre pensam que nada sabem para que estes transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem possam igualmente saber mais FREIRE 1977 p 25 Um dos imperativos ticos da educa o popular freireana o respeito autonomia do
477. ortez 1988 33 FREIRE P Pedagogia do Oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 2005 341 constru o de conte do program tico para a es de EAN na escola e contribuir para estrat gias mais eficazes de promo o da alimenta o adequada 2 S ntese da Fase Explorat ria Nesta fase foi realizada a apresenta o da pesquisa escola e s equipes de Sa de da Fam lia eSF e foi feito um convite ao di logo sobre alimenta o e nutri o Foram entrevistados 17 profissionais por meio de tr s entrevistas coletivas e quatro entrevistas individuais totalizando a escuta de 06 seis profissionais das eSF e onze da escola e SME Al m das entrevistas foi realizado o registro em di rio de campo das visitas escola e unidade de sa de bem como das observa es em atividades de educa o em sa de e EAN realizadas na escola A indica o da escola foi realizada pelos representantes da Estrat gia de Sa de da Fam lia ESF no Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal GTI M do PSE Esta indica o foi levada Secretaria Municipal de Educa o SME que ratificou a decis o As Secretarias Municipais de Sa de e Educa o j haviam recebido c pias do projeto de pesquisa e estavam esclarecidas sobre os procedimentos emitindo em seguida a autoriza es para a realiza o deste trabalho de campo A Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es foi Para refletir indicada por ser considerada uma unidade escolar que Quais
478. os avaliando os utens lios do refeit rio afirma Tem que chegar r pido para pegar o garfo se n o tem que comer de colher e o prato de pl stico E ele completa falando sobre a apar ncia da comida Para melhorar a merenda s colocando minha m e para cozinhar Mas s vezes a comida est feia e quando voc come est uma delicia A quest o do garfo aparece muitas vezes inclusive quando feito o questionamento sobre o que pode ser melhorado na alimenta o na escola eles respondem Dar garfo quando tem macarr o porque s tem colher N o d para comer Alguns alunos reclamam sobre a forma como a comida servida Uma aluna fala Vai colocar a comida no prato parece que lavagem A ela pega a comida assim e vrum a joga Parece at que a gente cachorro E sua colega ao lado completa Parece at que a gente est no pres dio Da mesma forma importante refletir sobre a forma de incentivar o consumo de alimentos e prepara es para os 208 adolescentes Crian as podem n o questionar a insist ncia do oferecimento de alimentos n o consumidos mas entre os adolescentes isto percebido como autorit rio Ent o questionada sobre o que poderia mudar na alimenta o na escola uma adolescente responde Quando eles obrigam a gente a comer feij o Eles obrigam a gente a comer tudo A baixa aceitabilidade e ades o de estudantes ao PNAE t m sido demonstrada em divers
479. os alunos com gravuras referentes a imagem corporal para que os alunos optassem por aquelas com as quais mais se 7 Atrav s de iniciativa da C mara de Vereadores foram eleitos 21 vereadores mirins no munic pio atrav s de elei o direta realizada em escolas particulares e p blicas estaduais e municipais do munic pio Durante seu mandato Zumba aprovou verba especifica para o SISVAN Anos mais tarde junto com Dom Mauro Morelli foi o principal articulador para a cria o do Departamento de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel DESANS e foi seu primeiro Diretor 294 identificavam Os professores trabalharam com este material em sala de aula e posteriormente a nutricionista teve acesso ao material preenchido A partir disso surgiu a demanda de que as que se viram gordinhas com mais idade adolescente pediram que a gente fizesse que eu fizesse uma avalia o nutricional desses adolescentes que eram amigos dos vereadores mirins dessas escolas e para poder fazer uma orienta o nutricional Foi feito A a partir disso como eles se viam e do quanto eles faziam de errado surgiu a campanha troque um erro alimentar por um alimento para ajudar uma crian a desnutrida A que foi feito essa pesquisa Foi feita uma pesquisa de quantos doces ou quantos refrigerantes voc toma por semana ou por dia Muito Pouco Aquela avalia o A diante disso no final a gente perguntava quer ajudar um desnutrido A
480. os da pesquisa participante latino americana o movimento de partir da realidade social em sua totalidade e din mica abarcando a vida cotidiana em suas diferentes dimens es e intera es o reconhecimento de processos e estruturas contextualizados por sua dimens o hist rica a busca pela unidade entre teoria e pr tica o processo de investiga o educa o a o dirigido transforma o social o compromisso pol tico e ideol gico com os setores populares e com as causas sociais e o reconhecimento do car ter pol tico e ideol gico da atividade cient fica e pedag gica BRAND O 2006 As etapas da presente pesquisa foram inspiradas nas fases de pesquisa a o que uma das formas de pesquisa participante propostas por Thiollent 1998 1 fase explorat ria que envolve diagn stico identifica o de problemas e capacidades de a o 2 fase de pesquisa aprofundada que destina se coleta de dados 3 fase de a o que re ne planejamento e execu o de a es e 4 fase de avalia o em que se realiza a sistematiza o de conhecimentos obtidos e poss vel redirecionamento de a es Existe simultaneidade entre as fases mantendo se constante contato com problemas reais da organiza o e gerando se conhecimento em cada uma das fases Assim a constru o de descri es e teorias se d dentro de um contexto pr tico ao mesmo tempo em que testa teorias MACKE 2005 Macke 2005 alerta que no decorrer do traba
481. os estudos por exemplo TEO et al 2009 MUNIZ CARVALHO 2007 STURION et al 2005 M ltiplos fatores interferem no consumo da alimenta o escolar dentre eles vari veis socioecon micas idade e estado nutricional dos alunos STURION et al 2005 Influenciam na menor ades o a inadequa o dos card pios ao h bito alimentar e a n o aprova o do sabor quantidade a variedade e temperatura dos alimentos servidos MUNIZ e CARVALHO 2007 e contribuem para maior ades o as boas condi es de distribui o que podem incluir presen a de refeit rios sistema de autosservi o tipo de utens lios utilizados escalas de turmas e monitoramento das refei es menor presen a de cantinas escolares desenvolvimento de a es de educa o nutricional por profissionais nutricionistas exposi o de materiais educativos cartazes e informativos card pios variedade de card pios com maior incorpora o de frutas verduras e legumes TEO et al 2009 p 183 Nas observa es durante o recreio foi poss vel confirmar outro aspecto relatado nos debates a prefer ncia pelas frutas Muitas vezes n o comem as outras prepara es servidas mas passam pelo refeit rio e pegam uma fruta Os meninos gostam muito de jogar bola durante o recreio e as meninas de conversar Uma das justificativas para n o merendar para n o perder tempo no recreio Consideram que o tempo curto como a fruta s pegar d para ap
482. oveitando este contato o m dico e a bi loga da OPAS foram convidados a fazer a capacita o das merendeiras O positivo foi porque as merendeiras sentiram se valorizadas inclusive porque a 81 Professor concursado que desviado de fun o e assume atividades de controle de estoque de notas fiscais e de visitas a cozinhas e dispensas nas escolas 298 atividade foi realizada no Teatro Raul Cortez O ponto negativo foi que os palestrantes falavam espanhol e as merendeiras n o entenderam bem o que estava sendo falado Em 2010 a capacita o de merendeiras foi dividida em m dulos O primeiro sobre higiene de alimentos sobre utiliza o integral de alimentos e sobre sa de da merendeira Na capacita o dos respons veis de merenda foi trabalhado tamb m boas pr ticas e as quest es relacionadas a recep o e armazenamento Em 2011 o foco a valoriza o da merendeira e ser trabalhada a auto estima Dentre as atividades tem se a previs o de um concurso miss merendeira Esta proposta motivada porque Sempre quando fala em merendeira se fala de uma pessoa negra pobre mal cuidada relaxada e a gente quer mostrar que n o assim P3 No ano passado foi realizado um concurso de receitas das merendeiras com tema utiliza o integral de alimentos Neste ano haver o lan amento de um livro com estas receitas muitas delas criadas por elas mesmas As merendeiras sempre ficam muito satisfeitas e agradecidas com
483. pais desafios vivenciados na Vila Leopoldina Pensando na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es Como voc s descreveriam esta escola Como voc s descreveriam os alunos desta escola O que voc acha da alimenta o preparada e servida nesta escola Pensando no tema da alimenta o e nutri o Como e quando ele tem sido trabalhado o tema da alimenta o nesta escola E na sua aula Quais temas s o mais tratados Como e quando voc trabalha Como voc s descreveria m os principais desafios vivenciados pelos estudantes em termos de alimenta o e nutri o e O que voc s destacaria como tema importante a ser tratado em atividades de educa o alimentar e nutricional na escola Por qu Quem deve organizar e participar das atividades de educa o alimentar e nutricional na escola Pensando no PSE na Escola Municipal Wilson de Oliveira Sim es Voc s conhecem o PSE Conhecem os profissionais respons veis por esta escola Quais as a es mais importantes relevantes desenvolvidas nesta escola pela equipe do PSE Quais os maiores desafios para aprimorar as a es do PSE nesta escola 310 Universidade Federal do Rio de Janeiro WY N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de Roteiro de Fase Explorat ria Local 7 Identifica o de Grupos e Profissionais das Equipes de Sa de da Fam lia Profissionais da Escola respons veis e ou envolvidos no PS
484. para turmas de s timo ano A avalia o final dos estudantes corresponde a constru o de um projeto e de uma apresenta o criativa a partir de temas previamente estabelecidos com os estudantes Para este ano os temas escolhidos pelos estudantes foram adolesc ncia bullying e olimp adas A professora sugeriu incluir alimenta o e nutri o aos tr s temas Surgiu a proposta de devolver aos estudantes atrav s de uma quarto c rculo de cultura os dados dos question rios sobre h bitos alimentares e de atividade f sica Atividade 3 problematizando as rela es com os temas de seus projetos de 105 educa o f sica Esta proposi o era o elemento que faltava para permitir uma aproxima o da realidade concreta conforme indica Paulo Freire Para mim a realidade concreta algo mais do que fatos ou dados tomados mais ou menos em si mesmo Ela todos esses fatos e todos esses dados e mais a percep o que deles esteja tendo a popula o neles envolvida Assim a realidade concreta se d a mim na rela o dial tica entre objetividade e subjetividade FREIRE 2001 Foi proposto ainda para as turmas de s timo ano um conjunto de quatro atividades organizadas como c rculos de cultura em comemora o Semana Mundial da Alimenta o AP NDICE 11 As atividades em comemora o Semana Mundial da Alimenta o foram compostas por experi ncias j desenvolvidas pelo grupo de pesquisa que despertaram interesse
485. pesquisa sentiram se preocupadas com a possibilidade da comida acabar antes de ter condi es de comprar ou receber mais alimentos Tamb m foi verificado que o consumo de frutas e verduras foi reduzido girando em torno de 50 e 65 respectivamente Nas fam lias que relataram falta de comida o consumo de frutas e verduras foi bem menor do que entre as fam lias que n o relataram falta de comida a principal justificativa para o n o consumo est associada ao custo destes alimentos Em rela o avalia o nutricional desta popula o segundo o ndice de massa corporal IMC observou se que aproximadamente 13 dos adultos e adolescentes est o em baixo peso e cerca de 40 em sobrepeso SALLES COSTA 2007 SALLES COSTA et al 2008 Por diversos motivos ainda um grande desafio realizar atividades de educa o em sa de e de promo o da alimenta o saud vel que possam ser constru das com os usu rios de servi os p blicos incorporando o contexto local sobretudo quando se trata de um contexto de escassez e vulnerabilidades Espera se que este estudo apresente elementos que alimentem e provoquem estes debates por meio de olhares diversos presentes na escola 1 4 CAMINHO PERCORRIDO Tendo em vista as op es metodol gicas realizadas neste estudo cabe neste momento localizar a caminhada at a escolha deste munic pio e como estou inserida neste contexto 3 www datasus gov br No ano de 2002 trabalhei num
486. planejamento intersetorial das a es do PSE era objetivo bem mais trabalhoso e complexo e que por isto este n o caberia no tempo e nas possibilidades da pesquisa proposta Contudo por existirem interse es seria desej vel que fossem desenvolvidas experimenta es que permitissem acumular conhecimentos e habilidades para dar continuidade ao processo em momento posterior 143 A identifica o do planejamento intersetorial como prioridade e a descri o de uma primeira tentativa de coloc lo em pr tica Nos contatos iniciais com as eSF a quest o do planejamento pareceu como quest o forte e recorrente As profissionais confirmaram o timo relacionamento entre escola e eSF mas o planejamento intersetorial foi sublinhado como iniciativa que apesar de ser considerada estrat gica representava um desafio a rela o com a escola boa S que eu acho assim que a gente deveria ter mais espa o para debater as atividades n s organizamos nossas atividades aqui levamos na escola falamos que temos atividades eles abrem um espa o que negociado e feito N o existe Jchegar na dirigente que respons vel pelo PSE sentar e elaborar as atividades 3 eSF Fica parecendo mais um encaixe assim A gente foi encaixado ali naquela atividade 1 eSF N o a sa de que n o quer interagir l nem a escola que n o quer interagir a gente n o vivenciou isso a gente n o sabe como e cada um fica na
487. prendi o que pode come e o que n o pode comer Porque assim n s aprendemos a fazer alimentos que fazem bem pro nosso corpo Sobre o Sarau de poesias Eu poderia aprender mais sobre poesia E no v deo debate Aprendi que a gente tem que dar mais valor para a agricultura familiar Que mostrou a agricultura familiar em Duque de Caxias Foi uma op o metodol gica estar junto com os estudantes na sala de aula e atividade extraclasse Aos pouco os estudantes incorporaram a equipe de pesquisa como parte da rotina da escola A entrada em sala de aula para um aviso provocava respostas inesperadas do tipo Hoje voc s n o v o ficar Que dia voc s voltam Queria falar com voc sobre a merenda de hoje Aos poucos foi poss vel identificar que de forma t mida e desajeitada ali estavam adolescentes e jovens corajosos construindo explica es para seus sentimentos diante de temas muitas vezes doloridos ou pouco claros como por exemplo relacionar o bulliyng ao consumo da merenda ou identificar o quanto suas escolhas t m a ver com o cotidiano com a fam lia e com colegas Este espa o de liberdade fora do curr culo formal mas integrado a ele um interessante e f rtil territ rio para a cria o do novo Caso a nutri o fosse uma disciplina escolar haveria espa o para estas interse es com a educa o f sica a geografia e artes Mas que espa o este ent o Cabem muitas horas de di l
488. processo de aprendizagem e n o de adestramento FERREIRA MAGALH ES 2007 p 1678 desenvolvendo habilidade individuais que subsidiem a tomada de decis es dos indiv duos que outrora foram culpabilzados pela sua ignor ncia sendo posteriormente vitimas da organiza o social capitalista e se tornam agora providos 22 de direitos e s o convocados a ampliar seu poder de escolha e decis o SANTOS 2005 p 688 Deve proporcionar ao indiv duo condi es para que possa tomar decis es para a resolu o de problemas mediante fatos percebidos RODRIGUES BOOG 2006 p 924 2 1 2 A Educa o Alimentar e Nutricional e sua interface com as pol ticas p blicas A Educa o Alimentar e Nutricional EAN desenvolveu se de forma concomitante ao processo de consolida o da Nutri o como campo de conhecimento e rea de atua o profissional no Brasil Os trabalhos de Boog 1997 Lima 1998 e Valente 1989 t m sido citados de forma recorrente nos artigos acerca do tema e por este motivo fazem parte deste breve hist rico A desnutri o como problema social e de sa de p blica entra em debate nas d cadas de 1930 e 1940 quando segundo Vasconcelos 1994 verifica se a descoberta cient fica da fome o surgimento da Nutri o a ci ncia da fome a cria o da pr tica profissional em nutri o cria o dos trabalhadores da fome e a institui o da Pol tica Social de Alimenta o e Nutri
489. pulares In RAMALHO JP ARROCHELLAS MH Org Desenvolvimento sustentabilidade e trabalho informal no Brasil S o Paulo Cortez Petr polis RJ Centro Alceu Amorosos Lima para a Liberdade p 137 154 2004 Procurando compreender a fala das classes populares In VALLA V V Org Sa de e Educa o Rio de Janeiro DP amp A p 11 32 2000 Sobre participa o popular uma quest o de perspectiva Cadernos de Sa de P blica v 14 s 2 p 7 18 1998 VASCONCELOS E M Educa o Popular e a Aten o Sa de da Fam lia S o Paulo Editora Hucitec 2001a 278 Refletindo as pr ticas de sa de atrav s da educa o popular nos servi os de sa de In VASCONCELOS E M A Sa de nas Palavras e nos Gestos reflex es sobre a Educa o Popular e Sa de S o Paulo Editora Hucitec 2001b Educa o Popular de uma Pr tica Alternativa a uma Estrat gia de Gest o Participativa das Pol ticas de Sa de PHYSIS Revista Sa de Coletiva Rio de Janeiro v 14 n 1 p 67 83 2004 VASCONCELOS FAG Do Homem Caranguejo ao Homem Gabiru uma interpreta o da Trajet ria da Hist ria da Fome no Brasil Revista Sa de em Debate v 44 p 9 13 1994 WONG UN J A Vis es de comunidade na sa de comunalidade interexist ncia e experi ncia po tica Tese de doutorado Escola Nacional de Sa de P blica FIOCRUZ Rio de Janeiro 2002 ZANCUL M S DUTRA DE OLIVEIRA J E Considera es sobre a es atuais de Educa
490. que abordou de forma mais ampla a sa de escolar incorporando os referenciais da sa de integral e da promo o da sa de Estes apresentaram possibilidades de se repensar tanto a pesquisa como as a es de sa de na escola de forma mais participativa envolvendo profissionais tanto da sa de como da educa o corpo docente e discente gestores e comunidades z Por fim importante registrar que a maioria dos artigos referem se a pesquisas em institui es ou rg os da administra o sejam secretarias de educa o creches institutos de ensino e escolas municipais ou estaduais Algumas das experi ncias relatadas mencionaram trabalho concomitante e ou comparativo entre institui es p blicas e privadas Pequena parte dos artigos apresentou resultados de interven es e pesquisa em escolas particulares Contudo isto n o significa que os trabalhos tenham estabelecido v nculo com debates acerca de pol ticas p blicas Tendo por base esta defini o de pol ticas p blicas em H fling 2001 foram selecionados 45 artigos relacionados incorpora o da sa de escolar enquanto pol tica p blica em pa ses latino americanos sintetizados na Figura 3 50 Figura 3 S ntese de artigos relacionados a pol ticas p blicas de Sa de Escolar publicados na Am rica Latina 1995 a 2012 Pa s S ntese Foram publicados 03 tr s artigos entre 2007 e 2009 A partir da descri o e avalia o de experi ncias com pro
491. que interagem diretamente com PSE s o a diretora a respons vel pelo PSE e espor dica e aleatoriamente algum membro da equipe diretiva que seja indicado para participar de alguma reuni o do GTI M Foram recorrentes os relatos sobre a dificuldade ou falta de contato entre profissionais de sa de e professores A gente n o tem muito contato 1 S mesmo o contato de pedir com licen a 3 Em diversos momentos tanto equipe diretiva da escola como eSF queixaram se do pouco envolvimento dos professores Entrevistando e conversando com os professores entende se o porqu a grande maioria n o conhece o Programa e n o foi informada de sua exist ncia no seu local de trabalho O PSE algo que em algum momento eles conheceram em outra escola viram na televis o ou acessaram informa o de outra maneira mas n o atrav s desta unidade escolar N o sei nada sobre isso Ningu m assim me passou oficialmente Ah existe o Programa Sa de na Escola ent o s o essa pessoas v o ser desenvolvidos esses temas 11 Prof N o chegou at mim Sil ncio N o chegou at mim Eu sei que existe mas nunca chegou para ser trabalhado nunca repassou informa o nenhuma a respeito disso n o 13 Prof N o conhe o pessoalmente assim de Ah voc fulana estava aqui bimestre passado N o n o Mas eu vejo de vez em quando elas virem fazerem um levantamento N o vi ainda palestra Palestra se aconteceu no con
492. que vendem salgadinhos biscoitos refrigerantes e doces As crian as saem da escola e param nestes estabelecimentos que tamb m tem mesas de jogos de Tot comum a compra e partilha de refrigerante de dois litros entre estudantes de uma mesma turma na hora da sa da no in cio da nossa trajet ria aqui que essa escola foi uma escola ousada a gente fechou a cantina que vendia salgados mas nada tamb m foi colocado para melhorar esse espa o foi simplesmente fechada a cantina e os alunos agora com agora compram biscoito na vendinha do lado 21 Prof 185 Destaca se ainda que a principal preocupa o relacionada alimenta o na escola apresentada por todos os grupos entrevistados foi o grande consumo de biscoitos tipo snacks e de guaran natural tem um grupo que se alimenta muito mal Eu vejo eles chegando na escola com pacote de biscoito refrigerante que o caf da manha deles Quando eu sai eu vejo comendo salgadinho da barracal 11 Prof Que a gente observou na entrevista que a gente fazia com as crian as que a alimenta o deles era basicamente biscoito e Guaravita 1 eSF Biscoito e Guaravita Eu falei nesse lugar s vende Guaravita para beber A eles riam 3 eSF No caso do biscoito e o Guaravita N o sei eu acharia tamb m uma coisa que eu acho que quase imposs vel mas eu acho que seria interessante tamb m fazer uma palestra com os pais 4 eSF
493. quem fica mais tempo Minha vida computador Em tempos em que a vida de casa est cada vez mais exposta nas redes sociais estas tamb m se tornam espa o para falar sobre que se come Est cheio de gente botando no Facebook quase todo dia ah estou comendo brigadeiro de colher Grande parte dos estudantes revelou que n o tem h bito de estudar tarde S s vezes A internet em casa aparece como um status Em uma das ocasi es onde esta rela o transparece uma aluna fala De tarde eu estudo pra entrar na Internet Sem estudar eu n o posso entrar na Internet Outra aluna fala que s tem Internet na casa da m e ent o nem sempre usa A aluna ent o responde O que L n o tem Internet A OMS recomenda que as crian as n o devem estar mais que duas horas por dia assistindo televis o e jogando videogame Nesta escola 88 8 dos estudantes ficam mais de duas horas por dia em frente televis o dado superior ao da PeNSE 79 5 214 Analisando os dados da PeNSE Hallal et al 2010 identificam como alarmantes os dados acerca do tempo utilizado pelos escolares em frente a televis o Defendem que o espa o escolar importante estimulador da pr tica de atividade f sica mas n o deve ser o nico destacando a import ncia da fam lia e de outros integrantes do c rculo social como fundamentais ao est mulo de estilo de vida mais saud vel Para promover a atividade f sica e a sa de
494. quer jeito N o acesso a direitos essenciais e servi os p blicos de qualidade como fatalidade Problematiza o Quem s o os seres humanos que t m direito alimenta o sa de educa o gua e servi os b sicos de qualidade Porque estes bens n o chegam a todas as pessoas de maneira igual Como os jovens podem contribuir para de Ki suco sua rela o com a influenciado pela garantir estes Eu sei fazer sa de e afetividade publicidade e direitos a partir miojo n o t m import ncia ind stria Eles de hoje e para prejudicam a sa de as futuras e devem ser gera es consumidos com modera o Contra tema express o da vis o dos educadores que desafia realidade vivida A alimenta o escolar deve ser garantida a todos de forma adequada e saud vel Isto um direito amparado pela lei portanto um dever do Estado e responsabilidade compartilhada pelos t cnicos e funcion rios do programa pelos estudantes e toda a comunidade escolar 221 e proposta de culmin ncia oficinas de Educa o Alimentar e Nutricional No ambiente escolar comum que projetos propostos na escola por professores funcion rios ou mesmo equipes externas tenham uma atividade final com visibilidade que recebe o nome de atividade de culmin ncia A Semana Mundial da Alimenta o foi identificada junto equipe diretiva da escola como momento de culmin ncia da pesquisa
495. quisa recuar calar e deixar espa os para o sil ncio que tamb m problematizador Este movimento de idas e vindas de aproxima es e distanciamentos muitas vezes decis o tomada em segundos durante um encontro entrevista ou reuni o Revisar o registro de campo e refletir sobre d vidas fazem parte deste exerc cio composto por horas de retorno ao referencial metodol gico e te rico Residem nestes segundos decisivos e nas horas reflexivas os maiores dos desafios Como o pensamento conduta as consequ ncias do pensamento refletem inevitavelmente a qualidade do tipo de situa o humana em que foram produzidas Os m todos e teorias da ci ncia social n o est o sendo produzidos por computadores mas por homens e mulheres e sobretudo por homens e mulheres que trabalham n o em laborat rios mas no meio social a que se aplicam os m todos e se transformam as teorias A maior parte das pesquisas em ci ncias sociais envolve contatos diretos ntimos e mais ou menos perturbadores com os detalhes imediatos da vida contempor nea contatos de um tipo que dificilmente pode deixar de afetar a sensibilidade das pessoas que o realizam GEERTZ 2001 p 31 Ainda segundo Geertz 2001 o distanciamento atributo t o exaltado nos pesquisadores neste campo na verdade n o um dom natural nem um talento fabricado mas uma conquista parcial laboriosamente alcan ada e precariamente mantida GEERTZ 2001 p 43 As reflex
496. r as forminhas de empada com manteiga e polvilho Ralar o queijo minas meia cura Misturar todos os ingredientes em uma vasilha com um fouet Preencher as forminhas com a massa Colocar as forminhas em uma assadeira Levar ao forno pr aquecido a 180 C por 20 minutos Retirar das forminhas e servir ainda quente Tempo de Preparo 35 minutos Rendimento 35 unidades m dias Custo Aproximado 0 45 centavos por unidade Suco de Goiaba Ingredientes Informa es nutricionais A 04 goiabas vermelhas goiaba rica em fibras e fonte 04 copos 1L de gua gelada de Vitamina C 01 colher de sopa 15ml de suco de lim o e por por o 1 copo 95 01 colher de sopa 309 de a car ou mel Utens lios Necess rios Faca prato t bua de corte Modo de Preparo v Lavar bem as goiabas em gua corrente v Descascar as goiabas cort las em cubos em uma t bua e reserv las em um prato vy Bater no liquidificador a goiaba e o restante dos ingredientes at obter uma mistura bem lisa Servir gelado Tempo de Preparo 20 minutos Rendimento 01 litro serve 5 pessoas Custo Aproximado 0 80 centavos Suco de Ab bora com Maracuj Ingredientes Informa es nutricionais rico e 200g de ab bora cozida com casca e 1 litro de suco de maracuj e Yx cara ch de a car Utens lios Necess rios Faca prato t bua de corte em fibras e fonte de Vitamina A Modo de Preparo Y Cozinhe a ab bora com gua filtrad
497. r com eles de um processo de compreens o da realidade o que exige o respeito aos saberes dos educandos A educa o n o se faz para e sim com num movimento que mediatizado pelo mundo FREIRE 2005 p 97 que impressiona e desafia Por isto o ponto de partida para o desenvolvimento de qualquer a o pedag gica libertadora o reconhecimento dos saberes anteriores hist rias de vida trajet rias dos educandos Na perspectiva de Freire a constru o do conte do program tico n o se d por imposi o ou dep sito mas a devolu o organizada sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada FREIRE 2005 p 97 Exige um esfor o de garantia da rigorosidade metodol gica que procura desde o in cio investir na problematiza o no uso de questionamentos da pergunta investigativa e desafiadora na busca s ria constante e rigorosa mas sem autoritarismo modelador A partir de uma perspectiva tradicional educa o banc ria muitos planos falham por partir de uma vis o de realidade pessoal n o levam em conta os sujeitos em situa o a quem dirige seu programa a n o ser como foco ponto de incid ncia de sua a o Atua o sobre os homens para doutrinar adapt los cada vez mais realidade FREIRE 2005 Ao contr rio desta perspectiva a educa o problematizadora de Freire pressup e participa o ativa dos sujeitos e apresenta expl
498. r devolutiva em termos de relat rio e coisas que v o para o site para o MEC e Minist rio da Sa de essa parceria tem que estar muito afinada porque se n o essas coisas acabam desandando a gente percebe que n o f cil voc envolver todo mundo ter uma articula o com objetivo comum GTI M 3 SME Este novo contexto teve como consequ ncia a elabora o de uma planilha para ser preenchida pelas equipes locais Na tentativa de incentivar e sustentar a constru o do elo entre sa de e educa o no n vel local escola eSF foi orientado que a planilha e o relat rio com consolidado das a es fossem preenchidos em conjunto Contudo isto por si s n o soluciona o impasse do planejamento intersetorial Existe ainda a constata o de que a dificuldade de encontrar tempo para o planejamento intersetorial um desafio no n vel central GTI M como no local No ano de 2012 a Semana de Sa de na Escola foi apresentada pelos minist rios da Sa de e Educa o como momento para planejamento das a es que ocorreriam naquele ano BRASIL 2012 mas isto n o aconteceu no munic pio neste momento Voc v at para n s sentarmos para fazer um planejamento das a es que fossem desenvolvidas a n vel central complicado Imagina a equipe local n o Estar se juntando com a equipe local da escola para estar fazendo um planejamento conjunto E bastante complicado E a gera um outro problema quem vai sair do
499. r o card pio dessas crian as no dia a dia e v o acompanhar essas crian as Jos pais s o orientados 2 9 Capacita o para cantineiros de escola 304 A o que est sendo realizada em tr s etapas junto aos cantineiros de escolas municipais Duque de Caxias n o possui legisla o pr pria que preveja a proibi o destes estabelecimentos A primeira a gente trabalhou em cima do Manual da Cantina Saud vel do Minist rio da Sa de Entregou o Manual para cada um falou um pouquinho sobre alimenta o saud vel sobre o que pode e n o pode ser vendido nas escolas Fez primeiro uma conscientiza o com eles Num segundo momento eu chamei a Carla da vigil ncia Sanit ria aqui do munic pio E agora o terceiro momento vai ser uma oficina onde eles v o estar aprendendo a preparar lanches saud veis de baixo custo Vai ser no final do m s E a essa oficina ta sendo em parceria com os estagi rios da UNIGRANRIO que fazem est gio de Sa de P blica aqui Ent o elas est o montando um livrinho de receitas apresenta o A a inten o fazer no laborat rio de t cnica diet tica l da UNIGRANRIO Ja gente trabalhou tamb m a leis pegou a Portaria 1 010 pegou trechos da 1 947 que falam da alimenta o saud vel na escola pegou a Lei do Roberto Dinamite que uma Lei estadual da cantina Que a gente n o tem uma lei municipal n Ent o a gente pegou todas as leis que a gente poderia usar como base
500. r o prefeito secretarias municipais e o Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional na constru o do Plano Pol tica e Sistema de Seguran a Alimentar e Nutricional SAN Duque de Caxias era naquele momento o nico munic pio a possuir tal inst ncia que agora passa a ser uma exig ncia para ades o ao Sistema a partir da publica o de decreto presidencial que regulamenta a Pol tica Nacional de SAN As principais atividades realizadas no DESANS de 2009 a 2012 foram a constru o de diagn sticos de SAN e de estrat gias de monitoramento da Inseguran a Alimentar apoio a implementa o da compra da agricultura familiar com o recurso do PNAE e acompanhamento da implanta o de equipamentos p blicos de SAN Cozinha Comunit ria e Feira Popular da Agricultura Familiar Nos ltimos meses de pesquisa pedi desligamento do Desans para dedicar me exclusivamente ao trabalho de campo Durante o per odo em que trabalhei no munic pio apenas uma vez tive contato com a equipe do PSE mas n o falei sobre a pesquisa Os contatos para apresentar o projeto e solicitar a autoriza o foram realizados fora do contexto de trabalho no Desans Esta interlocu o inicial foi feita com muito cuidado para desde o in cio estabelecer a rela o de confian a necess ria para a realiza o de uma pesquisa baseada na participa o Apesar de j conhecer algumas das nutricionistas que atuam de forma direta ou indireta nas a es do PSE o cont
501. ra 5 Percentual de estudantes do s timo ano por consumo semanal de Caf da Manh Setembro de 2012 Figura 6 Percentual de estudantes do s timo ano por consumo alimentar semanal Setembro de 2012 LISTA DE SIGLAS CCAIC Centro e Creche de Atendimento Crian a Caxiense CNSAN Confer ncia Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional COMSEA Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional CONSEA Conselho Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional DESANS Departamento de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel DHAA Direito Humano Alimenta o Adequada e Saud vel EAN Educa o Alimentar e Nutricional EP amp S Educa o Popular em Sa de EPS Escolas Promotoras de Sa de eSF equipe de Sa de da Fam lia ESF Estrat gia Sa de da Fam lia FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDEB Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o GTI Grupos de Trabalho Intersetorias IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica MDS Minist rio de Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate Fome ME Minist rio da Educa o MS Minist rio da Sa de OPAS Organiza o Pan americana de Sa de PNAE Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAN Pol tica nacional de Alimenta o e Nutri o PPP Projeto Pol tico Pedag gico PSE Programa de Sa de na Escola PSF
502. ra as classes populares VASCONCELOS 2001a p 11 iniciam os debates acerca da Educa o Popular em Sa de EP amp S A EP amp S fundamenta se nos pressupostas da Educa o Popular de Paulo Freire STOTZ 1993 VASCONCELOS 2001a Na importante tarefa de desenvolver atividades de educa o alimentar e nutricional coerentes encontrar o lugar de encontro a que se referiu Paulo Freire tem sido um constante desafio Pode se identificar como passo importante nesta caminhada o surgimento em meados da d cada de 1980 da proposta uma educa o nutricional cr tica VALENTE 1989 Ao reconhecer a incapacidade de que a es isoladas de educa o alimentar e nutricional transformem pr ticas alimentares esta proposta questiona a vis o anterior que atribu a ignor ncia alimentar as responsabilidades sobre a m nutri o LIMA et al 2003 SANTOS 2005 A preocupa o com o acesso alimenta o e o debate acerca da import ncia de uma alimenta o adequada e saud vel para garantia de boa sa de e qualidade de vida n o representam preocupa es novas Ao longo da hist ria a humanidade tem ocupado grande parte de seu tempo tentando equacionar problemas alimentares Contudo os padr es de vida ditos modernos a cada dia acrescentam novos desafios boa alimenta o Escassez e excesso lado a lado no card pio dos centros de sa de No discurso oficial do Minist rio da Sa de esta quest o est marcada como no trecho abai
503. ra com auxilio de ACS A atividade ocorreu ap s o recreio na sala de aula A palestra sobre bullying constituiu em cerca de quinze minutos de fala do m dico Ao final ele perguntou se algu m j havia ouvido falar sobre isso antes daquela palestra Um dos meninos disse Sim s que foi mais resumido A turma riu e ele tamb m Ele perguntou se algu m queria perguntar alguma coisa e alguns disseram que n o outros ficaram calados A outra turma de quinto ano estava preparando cart o para o dia das m es e por isso n o foi inclu da 134 Passou se ent o a palestra sobre Dez Passos para uma Alimenta o Saud vel Com o lbum seriado do Minist rio da Sa de apoiado sobre uma cadeira a enfermeira fez sua apresenta o lendo e comentando cada passo O material possu a algumas informa es inadequadas ao p blico da atividade Por exemplo quanto s mensagens um dos passos fala sobre diminuir a quantidade de consumo de bebidas alco licas e refrigerantes A enfermeira advertiu que a bebida alco lica era para o caso de adultos De qualquer forma deve se destacar como inadequada a presen a desta mensagem num material utilizado com crian as e adolescentes Outro exemplo foi quanto pr tica de atividade f sica Quando foi indicado por um dos passos que correr no bairro seria uma op o um menino levantou a m o e perguntou se ele poderia correr no bairro porque a m e dele havia falado para ele n o correr na rua porque
504. radas a nossa alimenta o de hoje em dia Farofa farinha de mandioca sei l No oitavo ano a j vem revolu o francesa ai voc j pode tentar conhecer o que era a Europa do s culo XVIII a partir da alimenta o isso n o nada imposs vel isso eu acho legal 19 Prof na rea de geografia o ideal o s timo ano mesmo porque no s timo ano a gente fala sobre geografia do Brasil Agora nas outras turmas a gente poderia falar tamb m Por exemplo nono ano voc poderia falar sobre globaliza o que veio do que a gente fala dos Estados Unidos A oitavo ano voc poderia falar sobre h bitos alimentares na Am rica Latina principalmente nos pa ses andinos que tem h bito alimentar mais saud vel n o 20 Prof Defenderam a possibilidade de articula o entre sala de aula e atividades extracurriculares de forma a tornarem se complementares e potencializarem se O professor de geografia exemplifica atrav s de sua experi ncia Em sala de aula eu at usava um termo diferente a gente fala sobre agricultura de subsist ncia mas eu fiz um ink com eles expliquei que era a mesma coisa Eu acho que tinha tudo a ver com a mat ria e aproveitei bastante porque dentro da minha mat ria falo sobre agricultura no Brasil as regi es e praticamente n o falei nada aqui sobre agricultura aqui na cidade mesmo de Caxias porque falta de conhecimento mesmo informa o mas a quest o da agricultura
505. rafia 20 Prof Servidor concursado Professor de Arte 21 Prof Servidora concursada Coordenadora de turno respons vel pelo PSE na escola 22 ED 281 Ap ndice 2 E Universidade Federal do Rio de Janeiro AN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de E Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Voc est sendo convidado a a participar da pesquisa A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o Voc foi selecionado porque atua ou atuou em a es de Educa o Alimentar e Nutricional realizadas em escolas e ou no mbito das a es do Programa de Sa de na Escola no munic pio de Duque de Caxias O objetivo desta pesquisa discutir os limites e possibilidades para o desenvolvimento de estrat gias de Educa o Alimentar e Nutricional na escola pautadas pelo Direito Humano Alimenta o Adequada Sua participa o n o obrigat ria A qualquer momento voc pode desistir de participar e retirar seu consentimento Sua recusa n o trar nenhum preju zo em sua rela o com o pesquisador ou com a Escola Sua participa o nesta pesquisa consistir em participar de grupos de debate semin rios avaliativos e de acordo com sua disponibilidade e interesse na constru o de s nteses ou relat rios de atividades que participe Datas e hor rios ser o combinados previamente procura
506. ram alguns intens A quest o tamb m dos reflexos das taxas elevadas de colesterol de press o n o Que a gente j est vendo nas crian as problemas de obesidade de hipertens o e diabetes tinha que ser enfatizado mesmo 11 Prof Deles terem mais consci ncia do que eles est o comendo Deles observarem a quantidade a qualidade do alimento 12 Prof Atrav s das entrevistas podem ser identificados quais os temas trabalhados por cada um dos grupos entrevistados bem como as demandas por aprofundamento de alguns temas O Quadro 6 sintetiza os temas trabalhados e sugeridos pelos grupos 178 Quadro 6 Temas em alimenta o e nutri o trabalhados e sugeridos no contexto da escola Lets Aula de Educa o PNAE e Incentivo Necessidades di rias Alimenta o e sua FLV Grupos alimentares e influ ncia na Alimentos composi o qu mica atividade f sica cal ricos x dos alimentos Dist rbios saud veis Card pio familiar alimentares Prato Custo da alimenta o anorexia bulimia e saud vel e Sal rio m nimo obesidade Alimenta o Imagem corporal Imagem corporal e alternativa Digest o e nutri o padr es de beleza oficinas de Produ o de lixo e a vis o da utiliza o res duos s lidos sociedade integral de Consumo exagerado respeito do corpo alimentos Consumo consciente Conceito de sa de com os respons veis Reflexos da m alimenta o colesterol obesidade h
507. rama prev a responsabilidade dos minist rios em subsidiar a formula o das propostas de educa o permanente dos profissionais de sa de e da educa o b sica para implementa o das a es do PSE BRASIL 2011a p 14 Atrav s da Portaria Interministerial n 1 910 2011 ficam definidos os Par metros Essenciais de cobertura das a es PSE Estabelece se que cada equipe de Sa de da Fam lia fica respons vel por 500 escolares ano para as a es do Componente Avalia o Cl nica e Psicossocial e 1000 escolares ano ou 100 dos escolares em caso inferior a 1000 escolares no Munic pio por Equipe de Sa de da Fam lia para as a es do Componente Il Promo o e Preven o sa de BRASIL 2011 Dados do Minist rio da Sa de informam que para o ano de 2012 dos 2 812 Munic pios aptos a assinatura do Termo de Compromisso com metas de 69 implementa o de a es de promo o preven o educa o e avalia o das condi es de sa de no seu territ rio 2 495 88 72 assinaram o Termo 25 http portal saude gov br portal saude Gestor area cfm id area 1828 Acesso em fevereiro de 2013 70 3 Educa o Popular cultura e sa de Cuidar implica em agir junto Nesse agir conjunto a racionalidade t cnica em estado bruto perde o sentido atuar junto exige respeito em seus desejos e projetos de vida que quem de fato capaz de colocar nossos corpos em movimento OLIVEIRA amp VALLA 2001
508. ramas de governo voc tem que ter o registro civil Posteriormente s a es do ICCN foram iniciadas as a es de cadastro do Programa Bolsa Alimenta o e esta atua o em comunidades foi se ampliando para outros bairros A demanda por uma a o municipal uma pol tica p blica para combate a desnutri o infantil apresentada neste contexto de atua o do Mutir o Onde tinham as duas casas de acolhimento que deu origem a esse pensar em transformar numa pol tica p blica que hoje o CCAIC Que primeiro n o foi CCAIC foi Portal do Crescimento Essas casas de acolhimento o im vel foi doado por uma italiana que era rica Era coisa bem assim bem da Igreja 293 Inspirada nas Casas de Acolhimento surgem os Centros Creche de Atendimento Inf ncia Caxiense CCAIC na poca chamados de Portais do Crescimento 2 Iniciativas de Educa o Alimentar e Nutricional nas escolas de Duque de Caxias 2 1 Campanha Educativa da troca de um Erro Alimentar X problemas nutricionais por uma ajuda aos Desnutridos 2001 Em setembro de 2001 foi realizada a Campanha Educativa da troca de um Erro Alimentar X problemas nutricionais por uma ajuda aos Desnutridos com os vereadores mirins de Duque de Caxias A partir do acervo disponibilizado identifica se que o objetivo foi descrito como despertar os jovens e professores para as problem ticas nutricionais decorrentes de h bitos alimentares incorreto
509. ran a de mudan a do mundo Se algu m n o capaz de sentir se e saber se t o homem quanto os outros que lhe falta ainda muito que caminhar para chegar ao lugar de encontro com eles Neste lugar de encontro n o h ignorantes absolutos e nem s bios absolutos h homens que em comunh o buscam saber mais FREIRE 2005 p 93 Outra advert ncia essencial de Freire 2005 que sendo este um momento de di logo educadores educandos n o devem preparar se apenas para a orat ria para dissertar acerca de um tema por mais conhecedores que sejam dele Importante cuidar do que Rubem Alves chama de escutat ria Se na verdade o sonho que nos anima democr tico e solid rio n o falando aos outros de cima para baixo sobretudo como se fossemos os portadores da verdade a ser transmitida aos demais que aprendem a escutar mas escutando que aprendemos a falar com eles Somente quem escuta paciente e criticamente o outro fala com ele mesmo que em certas condi es precise de falar a ele O que jamais faz quem aprende a escutar para poder falar com falar impositivamente At quando necessariamente fala contra posi es ou concep es do outro fala com ele como sujeito da escuta de sua fala critica e n o como objeto de seu discurso O educador que escuta aprende a dif cil li o de transformar seu discurso s vezes necess rio ao aluno em uma fala com ele FREIRE 1996 p 113 189 Silva 2005 sintet
510. ras a es de alimenta o e nutri o articuladas iniciativa gt Reflex es a serem provocadas O que se mant m O que se refor a O que se redefine 291 Ap ndice 6 Universidade Federal do Rio de Janeiro AN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de EM SISTEMATIZA O DE EXPERI NCIAS DE EDUCA O ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM ESCOLAS DO MUNICIPIO DE DUQUE DE CAXIAS RJ Parte 1 Reconstruir a hist ria a experi ncia de EAN nas escolas nos ltimos 10 anos Pesquisa em acervo pessoal produ o de quadro s ntese entrevista coletiva em encontro entrevistas individuais duas e produ o de texto s ntese Parte 2 An lise s ntese e interpreta o cr tica Porque aconteceu o que aconteceu Entrevista coletiva um encontro contribui es ao texto Hist rico das a es de EAN em escolas de Duque de Caxias Que n o passe o tempo e sigamos fazendo o mesmo repetindo cotidianamente o que j sabemos Que realmente tenhamos experi ncias criadoras e inovadoras isto que haja um processo de acumula o sobre o que estamos construindo HOLLIDAY 2006 b 240 1 O contexto e o cen rio O processo de consolida o de uma rea T cnica de Alimenta o e Nutri o ATAN em Duque de Caxias foi vivenciado no mesmo per odo da constru o do Mutir o de Combate Desnutri o Materno infantil liderado por Dom Mauro Morelli N
511. rasil Revista de Nutri o v 18 n 2 p 167 181 2005 TEO C R P A CORR A E N GALLINA L S FRANSOZI C Programa nacional de alimenta o escolar ades o aceita o e condi es de distribui o de alimenta o na escola Nutrire rev Soc Bras Alim Nutr J Brazilian Soc Food Nutr v 34 n 3 p 165 185 2009 THIOLLENT M Metodologia da pesquisa a o S o Paulo Cortez 1988 TORAL N CONTI M A SLATER B A alimenta o saud vel na tica dos adolescentes percep es e barreiras sua implementa o e caracter sticas esperadas em materiais educativos Cadernos de Sa de P blica v 25 n 11 p 2386 2394 2009 TRICHES R M GIUGLIANI E R J Obesidade pr ticas alimentares e conhecimentos de nutri o em escolares Revista de Sa de P blica v 39 n 4 p 541 547 2005 VALENTE F L S Direito Humano alimenta o desafios e conquistas S o Paulo Cortez 2002 Fome e desnutri o Determinantes Sociais S o Paulo Cortez 1989 Fome Desnutri o e Cidadania Inclus o Social e Direitos Humanos Sa de e Sociedade v 12 n 1 p 51 60 2008 VALLA V V A escola p blica do primeiro grau um servi o p blico por 8 s ries em 8 anos In VALLA V V ALGEBAILE E GUIMARAES M B Classes populares no Brasil exerc cio de compreens o Rio de Janeiro Fiocruz p 75 90 2011 Educa o e sa de do ponto de vista popular procurando compreender a fala das classes po
512. relacionadas transmiss o de conhecimentos sobre preven o higiene e primeiros socorros Em grande medida tem sido atividades que desconsiderando o contexto local e o espa o da vida acabam por apresentar uma lista de regras nem sempre poss veis de serem 60 vivenciadas e acabam por culpabilizar a popula o pelo n o cumprimento destas regras de controle de risco 2 5 SA DE ESCOLAR NO BRASIL UMA S NTESE A PARTIR DE PUBLICA ES OFICIAIS RECENTES No Brasil educa o e sa de s o direitos sociais de car ter universal previstos na Constitui o Federal A exist ncia de v nculo entre estes campos encontra marcas expressivas na hist ria das pol ticas p blicas brasileiras Em ocasi o da cria o de estrutura governamental para tratar destes temas foi criado em 1930 o Minist rio da Educa o e Sa de P blica que permaneceu unido at 1953 quando houve a separa o em duas pastas Minist rio da Educa o e Cultura e o Minist rio da Sa de Deste total v nculo passou fase de diferencia o Contudo o ineg vel reconhecimento da interdepend ncia entre a garantia dos direitos sa de e educa o tem sido motivo para o constante estimulo busca por reintegra o O momento atual incentiva a reconstru o de pontes entre reas de saberes e o exerc cio da intersetorialidade em pol ticas p blicas reconhecendo a complexidade tanto dos desafios do cen rio atual quanto das respostas por este demandada
513. res por g nero as meninas est o mais expostas a situa es consideradas n o desej veis em termos de pr ticas alimentares Curioso observar que Em congressos internacionais como por exemplo no ano passado o World Nutrition e o Congreso internacional comer en la escuela este assunto tomou espa o expressivo nos debates e demonstrando que esta uma preocupa o de especialistas da Europa e dos Estados Unidos 210 geralmente preocupa es e interesses quanto aos assuntos alimentares imagens corporal sa de e dieta s o mais comuns s adolescentes o que por muitas vezes incluem entre os repert rios a elimina o de alimentos identificados com ganho de peso FEIJ et al 1997 Assim como o trabalho de Levy et al 2010 a experi ncia nesta escola recomenda fortemente a intensifica o de a es de promo o da alimenta o saud vel na escola como estrat gia fundamental de a es de promo o da sa de dirigidas aos jovens Participa o nas compras escolhas e preparo dos alimentares da fam lia Foram muitos os relatos de estudantes que sabem cozinhar e aprenderam ao observar os adultos m es pais as av s e outros parentes pr ximos Cozinham principalmente nos dias de semana e relatam desde prepara es simples como macarr o instant neo at mais elaboradas como feij o carne assada e outros pratos de final de semana Estes aspectos n o se referem apenas s meninas mas a um grupo consider
514. resenta o da pesquisa Din mica de apresenta o Voc muito legal Momento 3 Um dia comum de aula trabalho em grupo Distribuir cartolina com a cor do grupo figuras cola tesoura e canetinha Apresentar a pergunta ao grupo Como um dia comum de aula para os alunos do 7 ano ou 6 ou 8 Perguntas para iniciar animar ou manter a aten o durante o trabalho Voc s costumam tomar caf da manh Algu m costuma beliscar entre as refei es O que Voc s comem a merenda da escola Sempre O que voc acha da comida da escola Voc tem alguma sugest o Voc s costumam comer na lanchonete em frente a escola Sempre O que voc s compram Acrescentar ao cartaz Qual a comida preferida de cada um O que sempre tem que ter no prato Quais as frutas preferidas Quais legumes verduras preferidos Momento 4 Partilha dos trabalhos apresenta es dos grupos O que observamos em comum Voc considera que a sua rotina de alimenta o e exerc cio saud vel Por qu O que voc mudaria Momento 5 Avalia o da oficina Que boml positivo Que tal sugest es Que pena negativo Gostar amos de um novo encontro Quem ajuda a preparar Tempo estimado 1 hora 312 Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de CO Atividade 2 C rculo de Cultura sele o e preparo do alimento Tema Rela o dos estudantes c
515. respondem a provoca o da professora de educa o f sica sobre o que fazem os adolescentes para se encaixarem nos padr es Toma bomba Vai pra academia Fica sem comer Na quarta atividade houve oportunidade para problematizar a quest o da alimenta o escolar incorporando ao debate o fato de ser um direito e de ser uma pr tica n o apenas naquela escola mas em todo o pa s e tamb m em outros pa ses Ao serem questionados se a alimenta o escolar era de gra a ou se algu m pagava em todas as turmas um ou mais alunos responderam que a alimenta o era paga com o dinheiros dos pais atrav s de seus impostos Foi poss vel perceber que enxergada desta forma a alimenta o escolar capaz de direcionar a energia dos alunos em torno desta discuss o mobiliz los para outros debates relacionados qualidade de servi os p blicos d Selecionando falas significativas A investiga o tem tica ponto de partida do processo educativo n o pode limitar se a um ato mec nico Corresponde a processo de busca conhecimento e cria o no qual os sujeitos v o descobrindo e interpretando problemas no encadeamento dos temas Esta a o t o mais pedag gica quanto mais cr tica e t o mais cr tica quanto mais se fixe na compreens o da totalidade FREIRE 2005 116 218 Apenas o levantamento preliminar da realidade n o habilita a realiza o de atividades educativas realmente cr ticas A prim
516. respons veis e nem tampouco qual o tema exato a ser tratado A defini o de qual turma seria inclu da em cada atividade foi decis o tomada na porta da escola momentos antes da atividade ser iniciada Ao que parece tanto os profissionais da escola como os da sa de guardam um pressuposto que toda e qualquer a o ou procedimento relacionado sa de ben fico e satisfat rio para aqueles estudantes f N o se dedicou tempo ao entendimento de quais s o as demandas ou necessidades dos estudantes a serem respondidas por tais a es e nem se avaliou qual a opini o destes sobre as atividades realizadas Ainda que esteja falhando o planejamento com a escola cabe refletir se n o seria necess rio um momento maior de reflex es e de estudo mesmo entre os Isto lembra uma ocasi o em que uma enfermeira chegando a um s tio para vacinar um menino que tinha pavor de inje o Muito esperto antes de a enfermeira chegar casa ele j estava em lugar bem distante Para n o perder a viagem mais que prontamente a m e de outra crian a fala Vacina a minha ca ula Causando pavor crian a e surpresa enfermeira 138 pr prios profissionais de sa de Desencadear processos cr ticos criativos e efetivos de educa o em sa de exige esfor o tanto no sentido de garantir educa o permanente como espa os de avalia o cr tica e autocr tica com os profissionais envolvidos ou comprometidos com tais atividades e Quais
517. ria m todo e criatividade 31 ed Petr polis RJ Vozes p 31 60 2012 DEUSDAR B ROCHA M L Cartografias da escola controle e pr ticas de comunica o em an lise Psicologia amp Sociedade v 24 n 2 p 373 381 2012 DUQUE DE CAXIAS RJ Prefeitura Municipal de Duque de Caxias Secretaria Municipal de Educa o Secretaria Municipal de sa de Programa Sa de na Escola Duque de Caxias Duque de Caxias RJ SMS 2008 DUQUE DE CAXIAS RJ Prefeitura Municipal Departamento Geral de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel Seguran a Alimentar e Nutricional do Munic pio de Duque de Caxias balan o de a es 2009 2011 Departamento Geral de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel Duque de Caxias RJ DESANS 2012a __ Perfil nutricional e socioecon mico das crian as matriculadas nas Creches e Centro de Atendimento Inf ncia Caxiense CCAICs do Munic pio de Duque de Caxias Departamento Geral de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel Duque de Caxias RJ DESANS 2012b Da ro a ao prato agricultura Familiar em Duque de Caxias Duque de Caxias RJ DESANS 2012c DUTTA BERGMAN M J Poverty Structural Barriers and Health A Santali Narrative of Health Communication Qualitative Health Research v 14 n 8 p 1107 1122 2004 FALEIROS V F A pol tica social do estado capitalista as fun es da previd ncia e assist ncia sociais 10 ed S o Paulo Cortez 2007 p 2
518. rias de uma por o com tr s unidades 177 kcal 02 colheres e 112 259 de a car 03 copos 4009 de amido de milho 112 lata 1909 de leite condensado 112 copo 1009 de margarina ou manteiga Raspas de lim o ou laranja Manteiga para untar Utens lios Necess rios Vasilha fouet p o duro assadeira Modo de Preparo Untar a assadeira com manteiga Bater o a car os ovos a margarina as raspas e o leite condensado com o fouet at homogeneizar Adicionar o amido de milho com um p o duro sem bater at que a massa fique uniforme Modelar os sequilhos Colocar na assadeira untada Levar para assar em forno pr aquecido a 180 C por 20 minutos Esperar esfriar e servir Tempo de Preparo 30 minutos Rendimento 50 unidades pequenas Custo Aproximado 0 17 centavos por unidade P o de Queijo Ingredientes Informa es nutricionais Op o de lanche rica em 03 copos 4009 de polvilho doce amido um tipo de carboidrato es que ir fornecer energia para o 01 copo 150ml de leite integral seu dia Cont m c lcio para fortifica o ssea Calorias de uma por o com 2 03 ovos 1 359 unidades 218 kcal 01 copo e 213 2509 de queijo minas meia cura 01 copo 150ml de leo de soja 01 pitada de sal Manteiga e polvilho para untar Utens lios Necess rios Vasilha fouet colher de sopa 30 forminhas de empada assadeira SS NS So Modo de Preparo Unta
519. rocessa se como produto altamente transformado por procedimentos industriais de vanguarda Concebidos e comercializados com o apoio das mais modernas t cnicas de marketing Trata se de uma frequ ncia cada vez maior de produtos de marca que t m necessidade de consider veis investimentos publicit rios FISCHLER 1998 p 486 Edgar Morin 2012 manifesta suas preocupa es com a mundializa o da alimenta o que tem incorporado o consumo do ex tico e o grande disp ndio representado pelos transportes de longas dist ncias Considera importante favorecer a produ o no local num processo que ele chamou de desmundializa o Preocupa se ainda com o fato da alimenta o estar cada vez mais anexada ind stria agroalimentar que apoiada em estrat gias publicit rias tem se apropriado do tema sa de e assim introduzindo aos seus produtos minerais e vitaminas Cada um de n s encorajado a adotar e difundir um novo modo de alimenta o baseado no sabor e no aroma dos alimentos reconhecidos gra as sentidos educados e bem treinados o ambiente que deve ser respeitado concedendo uma grande import ncia aos m todos de cultura de pecu ria de transforma o de marketing e de com rcio equitativo a justi a social que deve ser estabelecida por condi es de trabalho que respeitem os direitos dos trabalhadores e concedam remunera es justas a simpatia e solidariedade o respeito s 254 diversidades
520. rofa Dra Luciana Maria Cerqueira Castro UERJ Prof Dr Julio Alberto Wong Un UFF Profa Dra Eliane Brigida Morais Falc o UFRJ C337c Casemiro Juliana Pereira Cultura participa o e educa o popular amp sa de a educa o alimentar e nutricional como lugar de encontro na escola Juliana Pereira Casemiro Rio de Janeiro UFRJ NUTES 2018 370 p 30 cm Orientador Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca Tese Doutorado Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de Rio de Janeiro 2013 Refer ncias bibliogr ficas f 279 294 1 Educa o alimentar e nutricional 2 Tecnologia Educacional em Sa de Tese Fonseca Alexandre Brasil Carvalho da Il Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de P s Graduac o em Educac o em Ci ncias e Sa de III T tulo CASEMIRO Juliana Pereira Cultura participa o e educa o popular amp sa de a educa o alimentar e nutricional como lugar de encontro na escola Rio de Janeiro 2013 Tese Doutorado em Educa o em Educa o em Ci ncias e Sa de N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2008 RESUMO Esta tese apresenta uma pesquisa participante realizada em Duque de Caxias RJ com t cnicos gestores municipais profissiona
521. roveitar mais o tempo Al m disso consideram que comer apenas a fruta n o comer a merenda Sintetizando o debate sobre adequa o da alimenta o escolar duas falas expressam bem as opini es mais repetidas nas rodas de conversa Porque a comida da escola Deveria ter mais higiene e n o tem higiene Deveria ter mais gosto e n o tem gosto fizemos uma pesquisa na sala que para a melhoria da escola deveria mudar os cozinheiros e os card pios Fizemos uma pesquisa que todos comem na lanchonete Comemos na lanchonete salgados e doces 204 Ao afirmarem que comem na lanchonete isto n o tem uma rela o direta com o consumo di rio de todos os alunos mas que havendo oportunidade a prefer ncia por consumir os salgados e doces das lanchonetes em frente escola A alimenta o em casa Grande parte dos estudantes j havia mencionado que n o fazia o desjejum porque costumam estar atrasados para aula ou com pregui a para preparar Alguns dizem n o sentir fome pela manh ou sentir se mal ao comer nesse hor rio Os dados do question rio confirmam o que j havia sido relatado nas atividades mais da metade dos estudantes do s timo ano 55 1 nunca 43 8 ou raramente 11 3 tomam caf da manh A irregularidade ou omiss o do desjejum um h bito frequente entre adolescentes e jovens RABELLO e ANDERSON 2011 ARAKI et al 2011 TRICHES e GIUGLIANI 2005 FEIJ et al 1997 Este h bito tem sido r
522. rsos e a es governamentais O trabalho de Valente 1989 marca algumas cr ticas aos modelos at ent o desenvolvidos e alerta sobre os riscos da chamada educa o nutricional tradicional que segundo o autor tem sido eficiente ao cumprir o papel de favorecer a perpetua o dos processos sociais de explora o visto que ao colocar a culpa pela desnutri o sobre o desnutrido ou sobre a m e do desnutrido desvia a aten o dos reais mecanismos que a causam Cumpre assim fun es ideol gicas de dar a impress o de que algo est sendo feito para resolver o problema e atribuir tranquilamente o eventual fracasso do programa resist ncia individual a mudan as ou falhas por parte dos educadores VALENTE 1989 Em estrat gia educativa sob tal concep o n o existe comunica o entre os sujeitos e sim comunicados feitos pelo educador considerado aquele que sabe CANIN RIBEIRO 2007 54 S o a es que ainda que possam ser consideradas importantes n o s o suficientes No Brasil pa s extenso com muitos contrastes e desigualdades o direito humano alimenta o est em constante amea a e O Governo Militar amplia a utiliza o de ajuda internacional Programa Alimentos pela Paz UNICEF e formulados nacionais Estas ind strias eram consideradas como de seguran a nacional porque seus produtos eram fornecidos as For as Armadas assim para garantir seu mercado passam a fornecer pro
523. rticipa o na qualifica o Daniela Frozi agrade o pelas palavras de incentivo e pela presen a atenciosa que acompanhou esta tese desde suas primeiras palavras De forma muito especial agrade o ao meu orientador Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca pela paci ncia compreens o e confian a nesta parceria para a constru o da tese e por encorajar me a novos caminhos de pesquisa Muito obrigada A auto sufici ncia incompat vel com o di logo Os homens que n o t m humildade ou a perdem n o podem aproximar se do povo N o podem ser companheiros de pron ncia do mundo Se algu m n o capaz de sentir se e saber se t o homem quanto os outros que lhe falta ainda muito para caminhar para chegar ao lugar de encontro com eles Neste lugar de encontro n o h ignorantes absolutos nem s bios absolutos h homens em comunh o buscam saber mais FREIRE 2005 p 93 Sempre recusei os fatalismos Prefiro a rebeldia que me confirma como gente e que jamais deixou de provar que o ser humano maior que os mecanicismos que o minimizam FREIRE 1996 p 115 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Artigos Publicados no Brasil sobre Educa o Nutricional Educa o alimentar e Educa o Alimentar e Nutricional por per odo 1974 a 2011 Quadro 2 Publica es Oficiais do Governo Brasileiro sobre Escolas Promotoras da Sa de e Programa Sa de na Escola 2005 a 2012 Quadro 3 Legisla o Brasileira pertinentes aos t
524. rto professora do munic pio e pioneira nos debates sobre alimenta o escolar Ambas as atividades corresponderam a grandes eventos e foram identificadas como momentos de forma o em alimenta o e nutri o para os profissionais da SME e de incentivo EAN na escola a gente mandou l no come o do ano para as escolas dizendo que naquele ano a Nutri o Escolar estava dedicando todo o seu trabalho a quest o da fome porque era o Centen rio de Josu de Castro fizeram m sica teatro A foi de chorar n o NUT G Estas a es de mobiliza o foram apontadas como importantes para pautar o tema da alimenta o e nutri o no contexto escolar mas foram compreendidas como pontuais na medida em que foram planejadas para um per odo curto e sob um enfoque tem tico espec fico O grupo aponta como desafio inserir estes temas no cotidiano da escola A parceria com professores defendida como fundamental neste sentido At porque a crian a confia mais naquele professor que est ali diariamente com ele na escola do que quando chega um estranho para falar Ent o se a gente conseguir ter ele professor como multiplicador dentro da unidade e ele inserir a educa o nutricional no conte do pedag gico dele no dia a dia NUT A o n mero de crian as com sobrepeso obesidade est enorme Desenvolver a es junto aos professores tamb m porque a gente n o tem como estar
525. s CECCIM 1995 p 66 A infra estrutura f sica relacionada alimenta o nesta escola adequada em termos de tamanho equipamentos utens lios e demais aspectos t cnicos Contudo uma contundente cr tica a utiliza o deste espa o foi apresentada e percebe se vis o mais ampla do professor da alimenta o e da refei o foi reformado o refeit rio e a gente ainda n o utiliza ele com melhor pot ncia ali estamos bem longe disso apesar do espa o reformado o card pio eu acho que tem limita es 21 Prof Como em qualquer munic pio atendido pelo PNAE o card pio das escolas padronizado e assinado pelo Respons vel T cnico um Nutricionista Pequenas adapta es s o permitidas escola e s o acompanhadas pela Nutricionista ou supervisora de merenda Existem dois card pios padronizados um utilizado para a primeira e terceira semanas e outro para a segunda e a quarta A nutricionista explica A gente vai intercalando para nunca ter a mesma merenda bater na mesma semana 9 AE 182 Boas condi es de distribui o contribuem para maior ades o a alimenta o escolar MUNIZ CARVALHO 2007 Em parte tais condi es est o garantidas na boa estrutura do refeit rio e cozinha mas outros aspectos merecem maior aten o Por exemplo a aus ncia de mensagens educativas no refeit rio e as queixas dos alunos sobre a exposi o de card pios que nem sempre est o atualizados a utiliza
526. s an lises contempor neas sobre cultura A partir deste per odo mudam a conforma o pol tica e a base de distribui o de poder compactada apresentada em dois blocos antag nicos GEERTZ 2001 HALL 2008 Estes acontecimentos t m impactos culturais e ao mesmo tempo interferem na forma de analisar estes impactos Por exemplo uma das quest es apresentadas por Stuart Hall O ano de 1989 foi seguido pela tentativa liderada pelos Estados Unidos da Am rica de construir uma nova ordem mundial Uma caracter stica desse impulso foi a press o cont nua do Ocidente destinada a arrastar contra sua vontade da noite para o dia aquelas sociedades t o distintas e relativamente subdesenvolvidas do Leste Europeu para o que se chamou de o mercado Esta entidade misteriosa propelida para dentro de culturas e constitui es pol ticas antigas e complexas como se fosse um principio abstrato e desnudo sem considerar o envolvimento cultural pol tico social e institucional que os mercados sempre requerem Consequentemente os problemas pendentes de desenvolvimento social t m se somado ao ressurgimento de tra os de antigos nacionalismos tnicos e religiosos malresolvidos fazendo com que as tens es nessas sociedades ressurjam sob a forma multicultural HALL 2008 p 55 Qualquer debate que hoje se estabele a em termos de cultura ser remetido invariavelmente s reflex es acerca da globaliza o Hall 2008 ressalta que a gl
527. s citados tomam parte de um calend rio municipal Esta foi uma experi ncia apontada como possibilidade para estender esta forma de planejamento s unidades escolares Apesar de a interdisciplinaridade ser reconhecida como essencial EAN na escola o nutricionista aparece em lugar espec fico A orienta o nutricional atribui o exclusiva do nutricionista exercida diante dos casos que exigem o acompanhamento individual Entre escolares os casos que t m exigido aten o individual nas escolas t m sido as intoler ncias e alergias alimentares as car ncias nutricionais o excesso de peso e acompanhamento a doen as cr nicas com implica es nutricionais A experi ncia do munic pio mostra que ter o nutricionista na escola facilita diagn sticos e amplia a oportunidade de acesso ao acompanhamento especializado Ponderando ainda que uma hora empoderamento outra hora apoderamento importante porque a gente falar de educa o alimentar e nutricional h bitos alimentares o dom nio dessa pr tica tem que ser do ser humano do cidad o n o pode ser do profissional Porque ningu m vai andar com um profissional debaixo do bra o um nutricionista para orientar Agora as a es pensadas t m que ser por um t cnico que pense estrat gias e a es n o NUT D z O apoderamento da popula o estrat gia fundamental efetiva o de mecanismos de exigibilidade de prote o e de promo o do DHAA Ap
528. s conex es fios e tramas do tecido complexo e sempre mutante de uma cultura Somos humanos porque criamos cultura e continuamente as transformamos p 100 3 3 O CONCEITO ANTROPOL GICO DE CULTURA Freire no livro Pedagogia do Oprimido faz uma detalhada descri o sobre o processo de investiga o tem tica a busca do Tema Gerador Quando trabalha o processo de redu o tem tica admite a necessidade de se reconhecer o que ele chamou de temas dobradi a referindo se ao fato de que Se a programa o educativa dial gica isto significa o direito que tamb m t m os educadores educanos de participar dela incluindo temas n o sugeridos FREIRE 2005 p 134 Al m da fun o de acolher ou atender a demanda dos grupos os temas dobradi a teriam tamb m fun o de liga o e articula o coerente para uma sequ ncia de temas identificados a partir da redu o tem tica Identifica Freire que na incapacidade de realizar todo o processo de investiga o tem tica conforme descrito com o m nimo conhecimento da realidade os educadores podem escolher alguns temas b sicos que funcionariam codifica es de investiga o Desta forma come ariam o plano com temas introdut rios ao mesmo tempo em que iniciariam a investiga o tem tica para o desdobramento do programa a partir destes temas A cultura seria um deste temas dobradi a a serem utilizados de forma introdut ria Neste caso o tema central
529. s e Dificuldade de mobilizar pais e respons veis para que se pais e respons veis este ano Quais envolvam e comprometam mais com os diversos as dificuldades e facilidades aspectos ligados sa de e educa o de seus filhos encontradas BS A s Que atividades foram ou ser o e Falta de previs o de material adequado realiza o das realizadas relacionadas a atividades de educa o e promo o da sa de na escola avalia o diagn stico Como ser o e Dificuldades em garantir a continuidade egistradas e analisadas no local encaminhamento e o retorno de informa o sobre atendimento em sa de e Inexist ncia de planejamento conjunto de a es educativas que envolvam a escola e profissionais de sa de O debate acerca de dados preliminares desta pesquisa e sobre este problemas foi debatido no GE com professores outros profissionais da escola e das eSF Importante ressaltar que esta iniciativa da escola permitiu a identifica o de um espa o tempo privilegiado para dialogar sobre o PSE na escola Pode se considerar este como um espa o f rtil e promissor para o amadurecimento de quest es importantes sobre tem ticas priorit rias e estrat gias educativas a serem realizadas no mbito do PSE Nesta oportunidade tais quest es foram refor adas como quest es chave e o planejamento por ser quest o mais abrangente foi reafirmado como a quest o central para a pesquisa Al m disto representa quest o pa
530. s o os fatores que R facilitam a constru o deste mant m um v nculo de boa qualidade com as eSF No Vinculo entre a escola e as eSF mbito do PSE esta escola acompanhada por tr s eSF Quais fatores dificultam ampliar sediadas em uma mesma Unidade localizada na rua da este v nculo escola A equipe respons vel pela alimenta o escolar nesta Unidade composta por uma nutricionista e uma supervisora de merenda que est o na escola pelo menos uma vez por semana e por uma equipe que trabalha diariamente na escola uma respons vel de merenda e cinco merendeiras divididas em dois turnos 2 1 Uma vis o panor mica sobre o territ rio O bairro onde est o localizadas a escola e a unidade de sa de fica pr ximo ao centro de Duque de Caxias e em cerca de 20 minutos de carro se chega da SME escola Trata se de um dos 14 bairros do segundo Distrito de Duque de Caxias caracterizado por ser uma rea urbana densamente povoada e que concentra 31 44 da popula o do munic pio Desans 2012 Suas ruas principais s o asfaltadas estreitas e em m o dupla possuindo cal adas padronizadas como as do centro da cidade E um bairro pouco arborizado As ruas principais localizam se em sua parte plana e s o cortadas transversalmente por ladeiras Nestas alternam se trechos com e sem cal adas No caminho at a escola se passa por duas pra as pequenas e acanhadas Os nomes das ruas e do bairro s o nomes de bairros da Zona Sul do Rio d
531. s sempre aparece como o respons vel por mostrar o correto Al m disto culpabilizar a v tima uma forma de agir em que ocorre a individualiza o da culpa como explica o de uma pr tica coletiva VALLA 2011 p 83 Com sensibilidade foi percebido pelo grupo este deslocamento de abordagem ao longo dos dez anos do erro alimentar para alimenta o saud vel Apesar desta ressalva importante registrar que atrav s da Campanha foi experimentada por um lado uma forma de reflex o sobre os h bitos alimentares com participa o dos estudantes e por outro a incorpora o de um olhar mais amplo sobre a alimenta o no munic pio incluindo esta sensibiliza o dos jovens em rela o desnutri o infantil Outra campanha educativa foi a Semana de Nutri a o 2005 em comemora o ao dia do nutricionista Foram realizadas oficinas culin rias com alunos das creches palestras por nutricionistas dos centros de sa de para os pais e respons veis e caminhada com as crian as e professores dos CCAIC no entorno das creches para distribuir panfletos tem ticos da estrat gia 5 ao dia para a comunidade No ano seguinte a campanha foi incorporada Semana Mundial da Alimenta o que marca as atividades brasileiras do Dia Mundial da Alimenta o promovido pela Organiza o das Na es Unidas para a Alimenta o e Agricultura FAO Esta Semana passou a integrar o calend rio da SME e desde ent
532. s viu a possibilidade de junto aos Vereadores Mirins desenvolver o trabalho de Alimenta o Equilibrada e Pesquisa de H bitos Alimentares em suas respectivas escolas contribuir para a reflex o sobre a situa o nutricional no nosso munic pio incentivando os alunos a produzirem trabalhos sobre o tema e transmitindo para os mesmos a import ncia de se ter sempre uma atitude de vigil ncia nutricional Trecho recolhido do acervo O contato com os vereadores mirins foi realizado atrav s de um Vereador do munic pio que apoiava o Mutir o Atrav s desta a o os vereadores mirins foram convidados a realizar atividades em suas escolas que incentivassem os outros alunos a corrigirem seus erros alimentares e doar alimentos para as crian as desnutridas N s fizemos uma chamada para a quest o da educa o alimentar e nutricional dentro das escolas Fizemos um material em cima do uso da pir mide alimentar e fizemos a parceria A interlocu o era feita dos vereadores mirins com as diretoras e professores dessas escolas A fizemos oficinas com os professores de ci ncias os professores mesmo do ensino fundamental Fizemos o material de como elas iriam aplicar isso dentro de sala de aula e dali ia sair uma avalia o do quanto as crian as se viam fazendo um erro alimentar Como elas se alimentavam e depois como elas se viam se se viam magras se se viam gordas e tinhas uns desenhinhos Foi reproduzido material impresso para
533. s as reflex es realizadas por Santos e B gus 2007 que identificam a tend ncia em profissionais de educa o em pensarem em a es de sa de de forma assistencialista e higienista reduzida ao corpo biol gico sem levar em conta as possibilidades de empoderamento de conhecimentos e habilidades que possam ser adquiridos dentro da tica das escolas promotoras de sa de SANTOS B GUS 2007 p 131 As a es do Componente foram repetidas no final do segundo semestre de 2012 mas sem possibilidade de compara o com a etapa anterior Fichas e prontu rios preenchidos e enviados SMS na primeira avalia o n o retornaram dificultando o acompanhamento da situa o de sa de tanto individual quanto coletivo Como n o ocorreu uma devolu o sistematizada dos dados coletados durante as a es de diagn stico n o foi poss vel tomar proveito desta etapa do ponto de vista de acompanhamento das demandas individuais de cada estudante Perdeu se da mesma forma a riqueza de contar com dados coletivos que pudessem ilustrar ou apoiar a decis o de temas priorit rios na escola Quanto a falta de material para a realiza o das atividades de promo o da sa de destaca se que foi uma preocupa o relatada exclusivamente pela equipe de sa de No decorrer da pesquisa ficou claro o porqu tais a es s o organizadas e realizadas exclusivamente pelos profissionais de sa de ent o s o estes os que 141 ocupam se em selecion
534. s das comidas nossa disposi o t m capacidade de nos fazer adoecer ou nos matar POLLAN 2007 p 11 Para POLLAN 2007 a abund ncia de comida e o fato de ter uma popula o composta por imigrantes com diversas tradi es em rela o comida faz com que os americanos n o tenham sua nica forte e est vel tradi o culin ria o que o autor considera um problema A falta de cultura alimentar est vel nos deixa particularmente vulner veis s adula es do cientista e do marqueteiro especializados em comida para quem o dilema do on voro n o tanto um dilema mas uma oportunidade Interessa muito ind stria de alimentos que nossas ansiedades a respeito sejam exacerbadas assim ela pode alivi la com novos produtos POLLAN 2007 p 13 Assim preparar para uma tomada de decis o consciente em termos de escolhas alimentares um debate que pode em muito ser articulado ao ensino de ci ncias numa abordagem CTS Da mesma forma entender a origem dos alimentos consumidos outra oportunidade a ser destacada No que diz respeito por exemplo ao tema do combate fome e desnutri o no mbito mundial a cren a de que a solu o do problema estaria ligada ao aumento da produ o alimentar surgiu na d cada de 1950 dando origem chamada Revolu o Verde e hoje justifica o desenvolvimento de culturas transg nicas Quanto a Revolu o Verde o tempo mostrou que esta n o foi aliada do combate
535. s debates Importante refletir sobre quem seria o p blico alvo e quais seriam os focos e intencionalidades propostos em programas de forma o em sa de escolar e para atua o em estrat gias de promo o da sa de na escola Estrat gias educativas desenvolvidas sob a tica da promo o da sa de devem ou deveriam ter como inten o fortalecer a autonomia e t m como ponto de partida o diagn stico local e a valoriza o das diferentes potencialidades e saberes Nas experi ncias de EPS identifica se que em diversos pa ses as atividades relacionadas avalia o cl nica oftalmol gica odontol gica nutricional auditiva fonoaudiol gica est o presentes e os professores s o citados como respons veis por parte destas atividades Eles est o envolvidos na detec o precoce de 2 As Escolas Promotoras de Sa de na Am rica Latina com Argentina Bol via Brasil Col mbia Costa Rica Cuba Chile Equador El Salvador Guatemala Honduras M xico Nicar gua Paraguai Peru Rep blica Dominicana e Uruguai 58 problemas de comportamento dificuldades de aprendizado ou doen as f sicas avalia o de peso e altura ou triagem visual ou auditiva programas de preven o de drogas e de viol ncia e de educa o sexual IPPOLITO SHEPHERD 2006 Um reflexo disto aparece nas conclus es de parte dos artigos que recomenda a realiza o de capacita o de professores nestas reas especificas N o se pretende desviar as fu
536. s desidratadas batata chips e similares refrigerantes e bebidas ado adas em geral A mat ria prima s o ingredientes j processados e de baixo valor nutricional como leos gorduras farinhas amido a car e sal acrescidos de conservantes estabilizantes flavorizantes e corantes MONTEIRO CASTRO 2009 p 57 Para a exposi o de fotografia foi utilizada a obra de D Alu sio e Menzel 2008 e como aspecto complementar fotografias de grafite produzidas pelo Coletivo Tocaio Estes grafites tamb m foram utilizados de forma complementar no Sarau que reuniu textos de artistas famosos e tamb m de estudantes de outra escola de Duque de Caxias CORDEIRO 2013 Em ambas as atividades os estudantes foram convidados a expressarem se artisticamente Destaca se destas atividades o potencial de comunica o que o grafite demonstrou para o trabalho com estudantes desta faixa et ria O professor de artes contribuiu nestas atividades ainda que tenha mantido mais uma postura de observador e colaborador 225 O v deo debate sobre agricultura familiar utilizou um v deo produzido no munic pio DUQUE DE CAXIAS 2012c e contou com a participa o da Supervisora de Merenda de uma t cnica do Desans que participou da produ o deste document rio uma pesquisadora com experi ncia neste tema e o professor de geografia que participou ativamente dos debates Foram ainda fotografias relacionadas experi ncias de agricultura urban
537. s mais importantes desenvolvidas nesta escola pela equipe do PSE 311 Ap ndice 9 Universidade Federal do Rio de Janeiro AN N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de E Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de EM Atividade 1 C rculo de Cultura h bitos alimentares Tema Conhecendo os h bitos alimentares e de atividade f sica dos estudantes Objetivo Registrar falas dos estudantes que estejam relacionadas alimenta o e atividade f sica para posterior identifica o de falas significativas e temas geradores para a constru o de conte do program tico de a es de Educa o e Sa de na Escola Elementos trabalhados h bitos alimentares e de atividade f sica consumo e prefer ncia alimentar percep o corporal conhecimentos pr vios sobre sa de e nutri o VV vv Vw Vw Proposta de local sala de leitura T cnicas Programa o Apresenta o da pesquisa pesquisadores e alunos 10 minutos Trabalhar em 3 grupos pequenos cerca de 10 a 15 estudantes divis o aleat ria por cores com crach s a partir de quest es para debate Roteiro 30 minutos S ntese coletiva apresenta o das s nteses de cada grupo e encaminhamentos para pr ximo encontro 20 minutos Momento 1 Preparando o ambiente Colocar cadeiras em c rculo Arrumar tr s mesas com o material dos grupos Colar na parede tr s folhas de papel pardo Momento 2 apresenta o dos participantes Ap
538. s nutricionais e emerg ncia da obesidade e de doen as cr nicas n o transmiss veis sem d vida alguma justificativa para este di logo entre educa o alimentar e nutricional e a promo o da sa de presente nestes e em outros artigos produzidos neste per odo Trata se de pensar novas abordagens para temas de grande impacto para sa de coletiva Aparece como consenso entre os artigos analisados o desafio de superar a fragmenta o do conhecimento e de atua o desde a forma o do nutricionista at as pr ticas em escolas e servi os de sa de promovendo um debate cr tico sobre o atual papel da Educa o Alimentar e Nutricional Santos 2005 ressalta a import ncia de se discutir abordagens te rico metodol gicas utilizadas nas pr ticas educativas n o numa perspectiva instrumental apenas mas restabelecendo novas rela es entre o t cnico e o pol tico SANTOS 2005 690 Parece haver um preconceito em discutir a dimens o pedag gica no processo de forma o sob o risco de ser considerado tecnicista ou alienado dos reais problemas nutricionais da popula o brasileira em especial ap s as severas cr ticas levantadas na d cada de 1980 SANTOS 2005 p 690 A problematiza o aparece como possibilidade nos texto de Ferreira e Magalh es 2007 J no texto de Rodrigues e Boog 2006 assumida como op o metodol gica por ser um processo que resgata aspectos particulares da hist ria de
539. s p blicos que geralmente aparece sob os adjetivos como bruto carente nulo VALLA 2011 p 68 Reduzir ou resumir as possibilidades de enxergar os grupos com os quais se trabalha pode resultar em vis es simplistas homogeneizadoras e ou preconceituosas Isto com certeza uma grande armadilha O outro alerta de Freire 1996 que nos lembra que n o no sil ncio na obedi ncia opressora que se constr i conhecimento mas atrav s de posturas de di logo baseada no respeito m tuo que permita ao educador exercer sua autoridade mas jamais o autoritarismo FREIRE 1996 2005 Quem tem o que dizer tem igualmente o direito e o dever de diz lo preciso por m que quem tem o que dizer saiba sem sombra de d vida n o ser o nico ou a nica a ter o que dizer FREIRE 1996 p 117 Cabe ainda um destaque de Vasconcelos 2004 sobre a escassez de oportunidades de forma o para os profissionais de sa de nos servi os p blicos que levem em conta o incentivo a a es participativas o 131 tradicional modelo autorit rio e normativo de educa o e sa de matem se dominante VANCONCELOS 2004 p 77 Al m dos estudantes m es pais respons veis s o identificados como grupo relevante para a es de sa de escolar Existe uma percep o geral de que os pais respons veis precisam assumir seu papel diante dos problemas de sa de e nutri o dos estudantes S o ressaltadas no entanto muitas d
540. s para a preven o de doen as e para o fortalecimento dos fatores de prote o Desde os trabalhos de Johann Peter Frank 1745 1821 m dico alem o considerado o pai da sa de escolar FIGUEIREDO et al 2010 p 398 e de reconhecida relev ncia para a constitui o do campo da Sa de P blica at as iniciativas mais recentes muitas coisas mudaram Contudo a identifica o do espa o escolar como l cus fundamental de preven o de doen as e de promo o da sa de permanece Como extremos numa linha do tempo pode se afirmar que o ponto de partida seria o da identifica o da escola como espa o de dissemina o de regras de civilidade e normas de higiene calcadas no ideal higienista dos s culos XIX e XX No outro extremo temporal os debates mais recentes dariam conta de pautar a escola como local de promo o da sa de No cen rio latino americano marcado por desigualdades hist ricas e constrangedoras os dados oficiais demonstram melhoras dos indicadores sociais e de sa de apesar da manuten o de grandes desafios PNUD CEPAL IPEA 2003 IPPOLITO SHEPHERD 2006 Com rela o especificamente s estat sticas da educa o identificam se progressos na universaliza o do acesso ao ensino fundamental persistindo no entanto o baixo investimento dos governos Isto resulta em condi es inadequadas de trabalho e de sal rio para os professores o que impacta na possibilidade de constru o de escolas de qualidade par
541. s que j trabalha existe autonomia maior para a escolha Nestes casos a prefer ncia pelos salgados e pelos refrigerantes e outras bebidas ado adas bem relevante Em alguns casos este consumo de ultraprocessados h bito da fam lia como um todo L em casa s tem Tangue meu padrasto viciado em Tangue A laranja maracuj e morango De vez em quando a gente mistura Foram menos comuns os relatos que estabeleceram rela o entre renda familiar e as compras Apesar da sabida relev ncia do tema ele n o foi objeto de problematiza o visto que necessitaria de tempo e estrat gia especifica para ser 212 tratado Na descri o a seguir representa uma fala significativa que poderia desdobrar em sequ ncia de atividade relacionando o tema alimenta o s de quest es de g nero de trabalho e renda de desigualdades de pre o versus valor da alimenta o Minha av teve duas filhas Minha tia teve uma sorte de conhecer um homem que teve muito dinheiro Minha m e n o teve essa sorte A minha tia faz assim ela tem dois filhos A vai os quatro cada um pega um carrinho e compra o que quiser L em casa n o minha av Quando questionados sobre o que comprariam se ficassem respons veis pelas compras de casa a princ pio as respostas relacionavam se categoria das besteiras Eu s ia comprar besteira Eu s iria comprar biscoito la comprar muito
542. s sobre promo o da alimenta o saud vel est o impregnados por justificativas com o olhar no futuro no que os h bitos alimentares atuais podem interferir na sa de e qualidade de vida no futuro Tal discurso faz pouco sentido na adolesc ncia e juventude sobretudo nas classes populares que como salienta Valla vivem em fam lias mais preocupadas com a provis o do que com a previs o Existe ainda a constata o de que enquanto os adolescentes tendem a ter uma atitude mais positiva da sa de menos focada no risco os servi os enxergam a pr pria adolesc ncia como fator de risco e 201 vulnerabilidade TORAL et al 2009 vis es que de t o antag nicas tornam dif cil encontrar os canais de di logo e tornando a op o de realizar comunicados bem mais atrativa porque menos trabalhosa para muito profissionais de sa de Nesta fase de muitas novidades e tantas coisas a descobrir e pensar as escolhas alimentares n o ocupam muito tempo como expressam os alunos em diferentes momentos A alimenta o ato que n o refletido e as op es mais f ceis que est o m o s o as preferidas Biscoito guaran refrigerante O que tiver na geladeira eu como O importante que eu como Exemplo de fala similar em outra turma Qualquer coisa Biscoito p o mate Tanto faz Os estudantes t m prefer ncia por alguns alimentos e prepara es servidos na escola Nas quatro turmas foram muito citados o doce de leite
543. s sociais DANIEL 2005 sendo referenciada pelos diferentes perfis de consumo compartilhados em cada sociedade que criam expectativas e valores em torno do processo BURLANDY 2007 Os atuais debates no campo de alimenta o e cultura instigam ao exame sobre quais os poss veis impactos causados por este quase abandono da abordagem do mundo da comida saboroso e rico em refer ncias e a migra o para um mundo da nutri o impregnado de um discurso t cnico e carregado de proibi es Desta forma Uma vez que a alimenta o se d em fun o do consumo de alimentos e n o de nutrientes uma alimenta o saud vel deve estar baseada em pr ticas alimentares que tem significado social e cultural Os alimentos t m gosto cor forma aroma e textura e todos esses componentes precisam ser considerados na abordagem nutricional BRASIL 2006a p 15 S o diversos os fatores que influenciam a alimenta o logo transcendem o olhar puramente biol gico Prefer ncias e avers es sofrem grande influ ncia cultural diferindo de uma sociedade para a outra Da mesma forma de acordo com os sistemas de cren as e valores de cada grupo e local criam se diferentes 34 categorias e classifica es dos alimentos saud veis ou n o saud veis convenientes ou inconvenientes bons ou maus etc importante que se esteja atento aos simbolismos aos ritos e aos valores que s o atribu dos aos alimentos em cada sociedade As pre
544. s turmas e os resultados iniciais das atividades foram apresentados e avaliados no Grupo de Estudos GE de professores da escola As equipes da escola e da sa de participaram do GE e desta forma tomaram conhecimento das atividades Ainda assim por e mail e posteriormente em visita unidade de sa de as eSF foram informadas esclarecidas e convidadas para estas atividades em sala de aula mas n o apresentaram disponibilidade e interesse em participar As Orientadoras e a diretora foram sendo informadas pessoalmente sobre o calend rio e sobre os objetivos das atividades bem como foram atualizadas sobre execu o conforme as oportunidades que surgiam durante a rotina escolar Neste momento da pesquisa houve a inclus o ativa e continuada de tr s integrantes do Laborat rio de Curr culo e Ensino duas alunas de inicia o cient fica uma da gastronomia e outra da nutri o e de uma pesquisadora Nutricionista Mestre em Educa o em Ci ncias e Sa de Esta equipe foi apresentada escola e passou a participar do desenvolvimento das atividades de coleta e de an lises de dados bem como das demais a es propostas no ambiente escolar no mbito desta pesquisa c rculos de cultura semin rios oficinas e aplica o de question rios Durante o desenvolver das atividades a professora de educa o f sica apresentou uma proposta de articula o dos temas tratados pela pesquisa e as atividades avaliativas de sua disciplina
545. sa de escolar em que a escola apenas cen rio de pesquisa e objeto de iniciativas centradas na doen a Os dados n o retornam aos sujeitos ou realidade pesquisada 49 A es de diagn stico social e ou triagem cl nica que se desenvolvem isoladamente ou seja fora de um plano de interven es apontam as precariedades da escola ou do ambiente familiar e comunit rio como obst culos intranspon veis ou simplesmente citam tais precariedades como as causas dos diagn sticos desfavor veis Houve uma recorr ncia deste tipo de conclus o uma vez que grande parcela destes estudos foi realizada em reas pobres com grande vulnerabilidade social Importante frisar que qualquer a o de produ o de conhecimento est revestida de intencionalidade pol tica mesmo que n o haja uma express o clara disto Como bem alertou o educador Paulo Freire todos aqueles que adentram territ rios marcados pela trai o do direito de ser mais devem compreender o futuro como problema e n o como inexorabilidade e acrescentou por isso tamb m que n o me parece poss vel nem aceit vel a posi o ing nua ou pior astutamente neutra de quem estuda seja o f sico o bi logo o soci logo o matem tico ou o pensador da educa o Ningu m pode estar no mundo com o mundo e com os outros de forma neutra N o posso estar no mundo de luvas nas m os constatando apenas FREIRE 1996 p 77 Houve uma parcela dos artigos
546. sar de este n o ser o foco da pesquisa ficou bastante n tido que o tema poderia render discuss es importantes com as turmas de s timo ano A diferen a de idade entre os estudantes do s timo ano grande a aluna mais nova tem 11 anos e a mais velha tem 19 anos 26 3 t m entre 11 e 12 anos 61 4 t m entre 13 a 15 e 12 6 t m mais que 16 anos Lidar com n veis de maturidade muito diferentes representou um desafio porque observa es piadas e interesses s o da mesma forma diversos Contudo na maior parte do tempo o clima foi prop cio participa o de todos Foi poss vel identificar que muitos 197 estudantes j possuem tarefas bastante relevantes no mbito familiar relacionados ao preparo de refei es e cuidado com a casa e os irm os mais novos Algumas alunas j trabalham e outras fazem cursos principalmente de inform tica e de ingl s A grande nfase a partir das reflex es sobre as rotinas di rias e sobre h bitos alimentares e de atividade f sica apareceram em torno da alimenta o escolar e da demanda por mais esportes na escola As quatro turmas manifestaram igual necessidade de opinar sobre a escola Isto pode em parte ser atribu da a certa recusa em apresentar fatos mais particulares e familiares remetendo o debate ao que p blico e comum a todos Tal atitude compreens vel n o apenas por tratar se de um p blico adolescente em sala de aula mas pela pr pria circunst ncia de pesquis
547. senta dados da ind stria norte americana de alimentos que chega a gastar 21 bilh es de d lares por ano semeando e cultivando o desejo por comidas mais sofisticadas ex ticas e supostamente mais saborosas e excitantes BAUMAN 2004 p 86 Em contraste a isto ao mesmo tempo segundo o autor a ind stria de produtos diet ticos e de emagrecimento fatura 32 bilh es e os disp ndios com tratamento m dico em grande parte explicados pela necessidade de enfrentar a maldi o da obesidade devem dobrar no curso da pr xima d cada BAUMAN 2004 p 86 Dispon vel em http Awww adital com br site noticia asp lang PT amp cod 24552 Acesso em 12 de setembro de 2007 35 O incremento de produtos industrializados ricos em gordura a car e sal e mudan a negativa nos padr es alimentares e de sa de da popula o uma das grandes quest es apresentadas sa de p blica Chemin 2007 destaca que estes novos h bitos alimentares tamb m s o incorporados pela popula o mais pobre ocorrendo n o apenas pelo menor custo de alguns produtos mas tamb m por for a da influ ncia da publicidade sobre as camadas sociais mais pobres CHEMIN 2007 p 63 Tratar do Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE em sua rela o com a cultura e o DHAA na descri o da situa o problema deste projeto faz sentido na medida em que sua atual legisla o clara ao orientar que a alimenta o escolar tenha como objet
548. sentado pela vis o antropol gica em que as culturas indicariam os modos de vida valores e significados compartilhados por diferentes grupos e per odos hist ricos A cultura como pr tica social n o como coisa artes ou estado de ser civiliza o seria um sentido derivado da antropologia social e refere se aos significados compartilhados enfatiza a dimens o simb lica CANEN MOREIRA 2001 O conceito de cultura central antropologia e nem por isto coloca se como quest o definida ao contr rio ainda capaz de suscitar debates Clifford Geertz afirmou sobre isto que O problema que ningu m sabe muito bem o que cultura N o apenas um conceito fundamentalmente contestado como os de democracia religi o simplicidade e justi a social como tamb m definido de v rias maneiras empregado de formas m ltiplas e irremediavelmente impreciso E fugidio inst vel enciclop dico e normativamente carregado GEERTZ 2001 p 22 Roque Laraia escreveu um livro considerado fundamental e introdut rio ao tema da cultura intitulado Cultura um conceito antropol gico Inicia o livro lembrando a exist ncia de um dilema de concilia o entre a unidade biol gica e a grande 85 diversidade cultural da esp cie humana Tratando da diversidade de modos de comportamento entre de diferentes povos recorda que houve o tempo em que se encontrava grande aceita o no meio acad mico das explica es para diferen
549. sereneere nana seneararana 256 REFER NCIAS AP NDICE 1 INTRODU O aquilo que era ci ncia um fato isolado transforma se em um fen meno onde o sujeito participa junto com a ci ncia originando a consci ncia GAMA 2007 p 18 1 1 MOTIVA ES DO ESTUDO A quest o da fome e da educa o alimentar e nutricional fazem parte de minhas inquieta es desde a gradua o Durante o trabalho de campo do mestrado esta quest o tornou se mais forte por influ ncia das falas de L deres da Pastoral da Crian a como a descrita abaixo sobre a viola o do Direito Humano Alimenta o Adequada DHAA a auto estima precisa ser trabalhada para que elas m es retornem ao meio social onde elas se sintam algu m onde elas se sintam digamos que gente porque elas n o se sentem gente elas acham que elas n o existem E n s perguntamos para n s mesmos isso Ela existe CASEMIRO 2006 p 56 Nesta oportunidade foi poss vel observar que o desemprego e subemprego e a dificuldade de acesso aos servi os p blicos de sa de educa o assist ncia social e saneamento foram identificados por estes L deres como principais obst culos para a efetiva o do DHAA Apoio social estabelecimento de circuitos de ajuda m tua d diva e religiosidade apresentaram se como categorias relevantes Das reflex es provocadas por esta experi ncia chama a aten o o que os L deres denominaram de papel invertido Na l gi
550. seu local para ir ao local do outro GTI M 1 SMS A Rede P blica Municipal de Educa o de Duque de Caxias composta por 24 creches municipais 07 Centros Creche de Atendimento Inf ncia Caxiense CCAIC e 142 escolas municipais de ensino fundamental Em 2011 estavam cadastradas no PSE 59 equipes de Sa de da Fam lia e 33 escolas Em 2008 para que uma escola fosse inclu da no PSE ela precisava estar vinculada ao Programa 116 Mais Educa o Os crit rios mudaram e a inclus o das escolas passou a ser feita segundo o ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb e pela presen a de eSF pr xima escola an lise do territ rio Partindo do contexto descrito uma Unidade Escolar acompanhada por tr s eSF foi indicada para a observa o local das experi ncias As equipes locais foram receptivas proposta de pesquisa participante que foi iniciada pela apresenta o de justificativa objetivos e metodologia seguida pela realiza o de entrevistas individuais e coletivas que subsidiaram a constru o de uma primeira descri o do territ rio devolvida em forma de texto e debatida com entrevistados e outros profissionais na escola durante Grupo de Estudos da escola A op o por iniciar com esta descri o relaciona se aos pressupostos metodol gicos da pesquisa participante e do referencial da Educa o Popular mas tamb m com a inten o de incorporar a no o de territ rio espa o de produ o de vid
551. sgar amento das rela es sociais vivido sobretudo nas grandes metr poles de pa ses perif ricos descrito por Roberta Maria Lobo da Silva 2008 Afirma Silva 2008 que um questionamento para o s culo XXI como se enfrentar o desafio de valoriza o do ser humano num pa s perif rico empobrecido culturalmente e espoliado materialmente SILVA R M L 2008 p 30 O comportamento de racionalidade de m quina e com extrema devo o frente ao trabalho e ao cotidiano fundamentos da racionalidade tecnol gica exigido n o apenas nas f bricas laborat rios e lojas mas tamb m em escola escrit rios poderes legislativos e at no lazer Ajuste massivo do comportamento pelo auto controle e autodisciplina internalizando a coer o e a autoridade instalando uma individualidade submissa ao aparato t cnico industrial burocr tico A autonomia torna se assunto privado o indiv duo se retira e cai no isolamento e na concep o os problemas e sua resolu o s o individuais SILVA R M L 2008 Em termos de cultura Pedrosa 2007b argumenta Ja cultura compreendida como uma produ o social que sob o capitalismo organizada por meio de agenciamentos que objetivam aprisionar os indiv duos aos sentidos dados pelas m quinas que os produzem a m dia a arte em todos seus aspectos os desejos e o modo de consumir essa produ o semi tica O indiv duo ent o modelado por estes fluxos PEDROSA 2007b p 8
552. sita aprimorar suas formas de compreender e assumir os sentidos de um trabalho centrado no cuidado e na integralidade da aten o sa de Por fim registra se a percep o de que professores estudantes e funcion rios da escola querem tomar parte das decis es e atividades mas para isto precisar o apoderar se dos significados e conceitos relacionados ao PSE ao PNAE e outros programas a partir da perspectiva da rela o que estes estabelecem com direitos fundamentais como sa de educa o alimenta o adequada e lazer O planejamento e diagn stico coletivos s o potentes ferramentas para o aprimoramento das a es de PSE no territ rio e foi oportuno introduzir a problematiza o como estrat gia para permitir emergirem quest es pouco vis veis relacionadas s escolhas e ao consumo alimentar dos estudantes A utiliza o de 259 metodologias participativas em a es de sa de escolar tem sido amplamente recomendada no contexto da Promo o da Sa de para atividades diversas diagn stico de realidade constru o de projetos prepara o de material did tico forma o permanente de profissionais da sa de e da educa o e no desenvolvimento de atividades com os estudantes Apesar das muitas recomenda es a incorpora o da participa o no cotidiano ainda um desafio delicada trabalhosa e desafiadora a miss o de efetivar a participa o da comunidade escolar no PSE de forma que ultrapasse a mera for
553. soas Voc sabia que 30 dos alimentos servidos na possuem pelo simples fato de terem nascido humanos Toda alimenta o escolar i no 5 obrigatoriamente devem ser pessoa j nasce com direito gua educa o vida ao comprados da agricultura familiar trabalho digno terra e alimenta o N o importa se homem ou mulher crian a adulto jovem ou velho se preto branco amarelo ou azul se mora na cidade ou no campo se tem ou n o estudo Alimenta o adequada e saud vel direito de todos e se concretiza quando todas as pessoas conseguem ter o acesso regular e permanente a alimenta o seja produzindo seja tendo meios para adquirir o alimento Precisamos nos alimentar de forma adequada para que tenhamos condi es de viver com qualidade com sa de e com felicidade O tempo todo nosso corpo precisa de energia e de nutriente vindos de uma boa alimenta o Para correr para jogar para estudar e at mesmo para ficar em frente ao computador ou enquanto estamos dormindo precisamos de energia e nutrientes Escolher bem os alimentos que consumimos nos garante sa de agora e tamb m no futuro Voc passa muitas horas na escola e por isso servida a alimenta o na escola para atender as necessidades nutricionais dos estudantes durante o tempo de perman ncia na sala de aula Atrav s do Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE foi firmado o compromisso de garantia do direito a alimenta o esc
554. spa o geogr fico hist rico cultural social e econ mico que constru do Brasil Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Passo a passo PSE Programa Sa de na Escola tecendo caminhos da intersetorialidade Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de Aten o B sica Minist rio da Educa o Bras lia Minist rio da Sa de 2011 346 coletivamente e de forma din mica por uma s rie de sujeitos e institui es que a se localizam e circulam BRASIL 2009 10 Pode se destacar como passos para a constru o da intersetorialidade Compreender a realidade local reconhecer necessidade principal problema riscos sa de recursos dispon veis entre outros Identificar parceiros os j envolvidos e os que precisam ser contatados Definir tarefas cada um dos atores precisa compreender a import ncia das quest es tratada e ter clareza do seu papel Definir indicadores de acompanhamento para que possam ser avaliados os impactos das a es propostas bem como a necessidades apontadas pelo Projeto Pol tico Pedag gico da escola e do planejamento das eSF BRASIL 2009 fundamental implanta o plena do Programa o trabalho participativo com a dire o e dos professores Outras a es estrat gicas s o a inclus o das a es de promo o da sa de no projeto pol tico pedag gico da escola e a rela o pr xima
555. ss vel de interven o mais local e que ao mesmo tempo pode abarcar as outras Pesquisa Participante com a escola ESF e equipe da alimenta o escolar Tema da a o Planejamento Coletivo de A es de Educa o em Sa de na Escola Problem tica falta de oportunidade para o planejamento coletivo das a es Objetivo Desencadear um processo de constru o de ferramentais locais de planejamento coletivo para a es de educa o em sa de na escola A o Planejar de forma integrada as a es da Semana Mundial da Alimenta o registrando as a es realizadas de modo que possam a ser avaliadas e servirem de base para o planejamento de a es de educa o em sa de na escola em 2013 3 Planejamento Coletivo de A es de Educa o em Sa de na Escola Segundo o Decreto n 6 286 que cria o PSE o planejamento de suas a es dever considerar tr s aspectos o contexto escolar e social o diagn stico local em sa de do escolar e a capacidade operativa em sa de do escolar Esta forma de planejamento prev a constru o cotidiana da intesetorialidade sem a qual n o se alcan a os objetivos deste Programa E necess ria a constru o de mecanismos de gest o compartilhada em que haja compromisso dos dois setores ficando clara tanto as compet ncias quanto as a responsabilidades de cada um nesta atua o no territ rio BRASIL 2011 O territ rio considerado como o espa o da produ o de vida e de sa de e
556. ss vel fazer uma escolha HALL 2006 p 75 Para Geertz 2008 a cultura corresponde a mecanismos simb licos de controle de comportamento re ne elementos que permitem o ser humano a torna se individual sob a dire o dos padr es culturais Estes padr es acrescenta Geertz s o sistemas de significados criados historicamente em torno dos quais a vida se organiza se objetiva e se direciona Da mesma forma o pensamento humano conduzido em termos de materiais objetivos da cultura comum e s secundariamente assunto privado Afirma ent o que Acreditando como Max Weber que o homem um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu assumo a cultura como sendo essas teias e a sua an lise portanto n o como uma ci ncia experimental em busca de leis mas como uma ci ncia interpretativa procura do significado GEERTZ 2008 p 4 Certamente os elementos apresentados pelos nossos tempos apresentam uma teia trabalhada em trama complexa de pontos e n s sobrepostos a exigir das atuais an lises maior cautela e grande interesse pelo que considerado desigual diferente e diverso 91 4 Pesquisa participante em Educa o Alimentar e Nutricional Pesquisar e ensinar aprender s o partes do mesmo processo de conhecer isto de compreender e transformar a realidade A produ o de conhecimento situa se em v rios lugares cada um desses com caracter sticas pr prias de acordo com os pap is que cabem aos respect
557. ssas turmas foram realizadas atividades de levantamento de realidade incluindo a investiga o sobre h bitos alimentares e de atividade f sica e sobre participa o na escolha e prepara o da alimenta o da fam lia de devolu o sistematizada e problematizada dos dados Posteriormente como atividades de culmin ncia foram oferecidas oficinas programadas a partir das falas significativas identificadas nos c rculos de cultura combinadas com as experi ncias da equipe de pesquisa na perspectiva de temas dobradi as oficina culin ria v deo debate sobre agricultura familiar e urbana sarau de poesias exposi o de fotografia sobre a alimenta o no mundo A pesquisa revelou que pequeno o conhecimento sobre o PNAE e PSE entre os profissionais que atuam no territ rio e que n o h um reconhecimento das iniciativas municipais de EAN relatadas pelas nutricionistas apesar de estas terem demonstrado grande potencial cr tico e criativo Identificou se a exist ncia de espa o para refinar a articula o entre as estrat gias educativas do PSE e PNAE na escola O planejamento e diagn stico coletivos foram reconhecidos como potentes ferramentas para o aprimoramento das a es de PSE no territ rio Foi oportuno introduzir a problematiza o como estrat gia para permitir emergir quest es pouco vis veis relacionadas s escolhas e ao consumo alimentar dos estudantes O referencial da Educa o Popular amp Sa de parece represe
558. stas atividades fossem ser repetidas em outro momento 4 Voc considera que atividades com esta semana s o importantes Porque 5 Se estes debates sobre nutri o e sa de fossem mais integrados rotina se n o fossem eventos fossem mais frequentes escolar seria melhor pior ou indiferente Por qu 6 Voc gostaria e poderia participar de um semin rio de avalia o na pr xima sexta feira Por qu Roteiro de Entrevista Avalia o com equipe diretiva da escola 1 Voc falou sobre as atividades da semana ou da pesquisa com funcion rios da escola Com quem Como foi 2 Voc identificou que os temas ou abordagens sobre alimenta o e nutri o foram apropriados a esta escola Por que voc acha isso 3 Para voc quais foram os pontos fortes da atividade realizada E quais foram os pontos fracos Que sugest es voc daria se estas atividades fossem ser repetidas em outro momento Voc considera que atividades com esta semana s o importantes Por qu Se estes debates sobre nutri o e sa de fossem mais integrados rotina se n o fossem eventos fossem mais frequentes escolar seria melhor pior ou indiferente Por qu 6 Voc gostaria e poderia participar de um semin rio de avalia o na pr xima sexta feira Por qu ne Roteiro de Entrevista Avalia o com funcion rios da escola 1 Voc foi informado a sobre as atividades da semana ou da pesquisa na escola Por quem Como foi 2
559. sto um reconhecimento da import ncia do ACS como membro da equipe entendendo que este est mais pr ximo das pessoas da comunidade e dos seus modos de viver Ele o que se chama de elo entre a comunidade e os servi os de sa de STOTZ et al 2007 p 50 Fica n tida uma divis o de tarefas mesmo que esta n o seja explicitada e n o represente objeto de reflex o para as equipes Por outro lado como o PSE visto como mais uma atividade em meio a rotinas e agendas intensas quando um profissional decide dedicar mais tempo de sua carga hor ria s a es do Programa o faz de maneira quase que espont nea As profissionais relatam que esta equa o como quando e quem atua no PSE leva em conta a afinidade pessoal dos profissionais com o trabalho de promo o da sa de e a necessidade de priorizar as consultas e atendimentos na Unidade de Sa de aspecto mais valorizado pela popula o e pelos profissionais menos engajados nas atividades na escola Existe ainda a constata o de que as a es de sa de bucal na escola acontecem h bastante tempo e de alguma forma acabaram por incorporar rotina justificando a constante presen a das dentistas nas a es de PSE 124 A desvaloriza o das a es de promo o da sa de em rela o s de atendimento na Unidade contribuem e relacionam se a uma vis o consagrada nos servi os de sa de trabalhar com educa o e sa de uma dureza que ningu m d
560. studo os procedimentos a serem realizados seus desconfortos e seus riscos as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento sem penalidades ou preju zos Al m disso estou ciente de que eu ou meu representante legal e o pesquisador respons vel por essa pesquisa deveremos rubricar todas as folhas desse Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE Data 1 Nome e Assinatura do Sujeito da Pesquisa Data Pesquisadora Juliana Pereira Casemiro NUTES UFRJ Centro de Ci ncias da Sa de Bloco A Sala 12 Ilha do Fund o Rio de Janeiro RJ Telefone 2562 6343 Caso voc tenha dificuldade em entrar em contato com o pesquisador respons vel comunique o fato Comiss o de Etica em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery Hospital Escola S o Francisco de Assis CEP EEAN HESFA na Rua Afonso Cavalcante 275 Cidade Nova ou pelo telefone 2293 8148 Ramal 228 282 Universidade Federal do Rio de Janeiro N N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de I Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Voc est sendo convidado a a participar da pesquisa A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o Voc foi selecionado porque tra
561. sua 3 eSF Assim a ideia de realizar um planejamento intersetorial apareceu como muito motivadora a partir de uma convic o de que este representaria passo importante para o aprimoramento das a es do PSE uma coisa nova bem nova mesmo pra gente Apesar da gente fazer muita atividade l dentro essa coisa de a gente meter o bedelho entre aspas no projeto pedag gico uma coisa s ria uma coisa importante Ent o isso tem que ser sentado para conversar 3 eSF o principal isso fazer esse planejamento conjunto 5 eSF Esta quest o n o apareceu de forma espont nea na entrevista coletiva com a equipe diretiva da escola e da equipe da alimenta o escolar Tendo sido esta quest o muito forte na entrevista coletiva das eSF ela foi apresentada para reflex o ao final da entrevista na escola O retorno foram falas reticentes como se aquela fosse a primeira vez que refletissem sobre tal possibilidade As profissionais ressaltaram que o ano letivo corrido e repleto de compromissos estabelecidos pela SME Contudo a partir das pr prias falas e reflex es do grupo durante a entrevista a quest o do planejamento foi incorporada ainda com ressalvas uma coisa muito corrida ent o fazer o planejamento junto timo s que tem que se pensar Que por exemplo quem n o est na din mica da escola s vezes acha assim Ah tem muito tempo 8 AE Como mencionado anteriormente a demanda
562. supostos do DHAA e da contribui o de metodologia participativa para a Educa o Alimentar e Nutricional 5 2 Comunicar a aprendizagem Com auxiliares de pesquisa Construir texto de sistematiza o Construir artigo cient fico se houver interesse Construir outra forma de comunica o Produtos Resultados e Texto da sistematiza o de experi ncia e Apontar impasses e desafios encontrados na realiza o das atividades de EAN Aproxima es e distanciamentos do enfoque do Direito Humano Alimenta o Adequada e Indicar escola municipal para realiza o das etapas subsequentes Ap ndice 5 Universidade Federal do Rio de Janeiro N cleo de Tecnologia Educacional para a Sa de Programa de P s gradua o em Educa o em Ci ncias e Sa de 290 T tulo A procura de um lugar de encontro para a educa o alimentar e nutricional na escola uma experi ncia de pesquisa a o Fase explorat ria 1 Sistematiza o de experi ncias de Educa o Alimentar e Nutricional no Programa de Sa de da Escola em Duque de Caxias Planilha para ordenar dados documentais Matriz para Organiza o de Documentos 1 FONTE Documento t tulo data per odo autoria e Secretaria tipo objetivo A es de EAN Per odo a o da Local Objetivo Motiva o Quem promoveu Parceiros envolvidos Quem participou p blico Observa es gt Out
563. ta o da Lei 11 947 2009 em diferentes espa os na academia entre gestores p blicos e autoridades do poder legislativo e judici rio em conselhos de pol ticas p blicas e entre representantes de movimentos populares e sociais Vem sendo poss vel a constru o e a difus o de uma vis o ampliada da 180 alimenta o escolar como direito fundamental e elemento promotor de sa de que como tal deve estabelecer rela es com as dimens es culturais de sustentabilidade e de prazer Neste grande desafio de fazer acontecer no cotidiano a efetiva o de tais premissas entende se que o desafio agora identificar formas de incentivar esse potencial pedag gico da alimenta o nas unidades escolares de todo o Brasil Neste sentido compreender a percep o dos sujeitos implicados neste processo fundamental Nesta escola identificou se que a percep o da equipe de sa de dos professores e outros profissionais da escola sobre a alimenta o servida variou bastante S o apresentadas vis es diferentes de acordo com quem informa a alimenta o muito elogiada pelos que est o diretamente ligados a esta atividade e criticada ou pouco conhecida pelos que est o mais distantes Na avalia o das profissionais da equipe diretiva e da equipe de alimenta o escolar o grau de aceita o e satisfa o dos alunos grande eu acho que a aceita o dos alunos muito boa eles gostam bastante Varia muito devido a falta d
564. tante elaborada de como elas devem ser Acrescenta que o conceito de educa o banc ria como cr tica ao curr culo expressa uma vis o epistemol gica o conhecimento nesta tica seriam informa es e fatos a serem transferidos do professor para o aluno O conhecimento se confundiria ent o com ato pedag gico algo que se localiza fora e independente das pessoas envolvidas neste ato Em sua obra Freire apresenta cr ticas escola tradicional e seu curr culo ao seu verbalismo forma de conceber e selecionar conhecimentos e ao curr culo escolar em si SILVA 1 2008 SILVA 2009 Em resumo um curr culo elaborado por especialistas distantes dos conhecimentos dos educandos e da realidade por eles vivenciada um conhecimento voltado para um determinado padr o de sucesso social daquilo que valorizava a elite uma vis o desse conhecimento dentro de um sistema de doa o e nfase na memoriza o de informa es passado pelo 82 professor que se apoiando na fala como seu instrumento b sico cobra do bom aluno a capacidade de memorizar e verbalizar com sucesso o aprendido s o suas cr ticas mais enf ticas SILVA 2008 Ser a partir da situa o presente existencial concreta refletindo o conjunto de aspira es do povo que poderemos organizar o conte do program tico da educa o ou da a o pol tica Nunca apenas dissertar sobre ela e jamais doar lhe conte dos que pouco ou nada tenha
565. tas capazes de resultar em encaminhamentos claros Definir e criar o sentido de perten a destes profissionais em seu GTI L deveria ser a primeira iniciativa a ser tomada como ponto de partida para o PSE em qualquer territ rio A chegada do Programa no territ rio deveria ser precedida por processo de divulga o sensibiliza o e forma o acerca do PSE envolvendo equipes de sa de e da escola como um todo O fato de n o existir uma divis o de tarefas no grupo de 146 trabalho local dificulta n o apenas a realiza o de atividades mas tamb m a marca o de reuni es e a defini o de pautas Importante registrar que houve grande aprova o dos envolvidos na identifica o dos GE como espa o tempo privilegiado para dialogar sobre propostas a es e programas a serem implementados na escola como o pr prio PSE a alimenta o escolar e as parcerias com universidades Pode se considerar este como um espa o f rtil e promissor para o amadurecimento de quest es importantes sobre tem ticas priorit rias e estrat gias de educa o e sa de na escola O que as elei es municipais t m a ver com a sa de escolar A resposta pergunta pode ser tudo ou nada Depende do ponto de vista de onde se observa o fen meno Para quem est no territ rio com o desafio de caminhar da teoria prevista nos manuais e legisla o para a pr tica concreta as elei es n o apenas influenciam mas podem constituir a pr pria conju
566. te um dos fatores que contribui para a n o ades o ou pouca participa o por parte de funcion rios e professores Em trabalho realizado acerca das pr ticas de comunica o na escola Deusdar e Rocha 2012 ressaltam quest es que se assemelham com a unidade escolar em quest o e ajudam em algumas problematiza es Os autores destacam que em uma unidade escolar co existem diferentes regimes de trabalho e diferentes hor rios Para citar alguns os funcion rios de apoio vigias merendeiras inspetores administrativos entre outros organizam se em turnos ou equipes e quanto aos professores uma parte est todos os dias na escola e outros organizam sua agenda em tempos de aula Dentro da escola a comunica o um desafio o uso do tempo e do espa o escolar gera efeitos como a precariedade das rela es e da constru o do sentido de trabalho entre os profissionais fortalecendo a comunica o formal e unilateral da administra o para os demais segmentos e gera tamb m informes generalizantes DEUSDAR ROCHA 2012 p 377 Ao contr rio de Deusdar e Rocha 2012 que identificaram o quadro mural da sala dos professores como importante local para estes comunicados nesta unidade escolar percebe se que o quadro mural da sala dos professores um objeto utilizado pelos pr prios Para os comunicados das equipes diretiva e administrativa s o utilizados os murais do andar administrativo e principalmente um caderno para infor
567. te do program tico de sobre sa de e a es de Educa o e Sa de na nutri o Escola Registrar falas dos estudantes Participa o na sobre suas experi ncias e escolha e prepara o Atividade 2 Sele o e rotinas relacionados a sele o e da alimenta o C rculo de preparo So preparo da almonia o para acesso domiciliar e Cultura alimento no identifica o de falas ascolha alimentar mbito significativas e temas geradores conhecimentos sobi familiar para a constru o de conte do usar Ea E t cnicas de preparo e program tico de a es de higiene de alimentos Educa o e Sa de na Escola Realizar registro sistematizado e H bitos auto declarado de dados sobre Atividade 3 consumo alimentar e atividade Frequ ncia Preenchimento alimentares e f sica para ajudar a subsidiar alimentares e de Ep de atividade a a de Question rio fisic escolhas de temas a serem atividade f sica priorizados em atividades educativas Iniciar o contato com os estudantes a partir de uma abordagem da alimenta o com o enfoque na comida na refei o e no cotidiano e n o da nutri o foi uma op o assumida para garantir a coer ncia com o referencial te rico metodol gico da pesquisa H bitos alimentares implicam o conhecimento da comida e das atitudes em rela o a ela e n o a classe de alimentos consumidos por uma popula o E comida significa o que o como o quando o com quem o onde e de que maneira os
568. te de alimenta o e nutri o alimenta o saud vel para o final GTI M 1 SMS O debate no territ rio sob a tica das profissionais das eSF confirma esta avalia o de que os temas sobre alimenta o e nutri o n o s o os mais demandados e valorizados pela escola Contam que a primeira atividade das eSF no PSE foi sobre alimenta o porque haviam recebido uma pir mide alimentar para trabalharem com as crian as A escola no entanto solicitou que trabalhassem o Esta Semana uma proposta de atividade inaugural das a es do PSE que ocorre no in cio do ano O tema definido pelos minist rios da Educa o e Sa de que nos documentos orientadores estimulam o envolvimento amplo da comunidade escolar Em 2012 foram enviados pelo GTI M planilhas e textos produzidos pelos Minist rios da Educa o e Sa de para que neste per odo fosse realizado o planejamento das atividades de promo o da sa de e as demais atividades do PSE 169 tema viol ncia Uma das enfermeiras estava inscrita em dois cursos de atualiza o na Ensp Fiocruz um sobre viol ncia e outro sobre alimenta o saud vel Ela lamentou ter abandonado o curso sobre alimenta o mas como n o havia recebido libera o de carga hor ria para fazer nenhum dos dois cursos optou pelo curso sobre viol ncia que correspondia ao tema que havia sido demandado pela escola demos uma parada em alimenta o saud vel pra fazer viol ncia que era uma d
569. te diabetes que pode fazer uma hipoglicemia NUT G E o nutricionista respons vel pela unidade fez o atendimento daquele aluno e acompanhamento A a gente adequou o card pio do dia a dia para a necessidade daquele aluno para aquela crian a n o se sentir exclu da NUT A Com o Projeto Alimenta o Escolar do Meu Filho eu Acompanho 2011 o processo de valorizar a participa o dos respons veis foi priorizado Os pais e m es que participam dos Conselhos Escolares foram convidados a conhecer e opinar sobre a alimenta o escolar Que eles queriam conhecer o card pio que eles queriam saber da onde vem a alimenta o da onde v m os g neros A a gente conversou sobre a quest o da agricultura familiar da necessidade de comprar os g neros no pr prio munic pio Por que que tem aipim no card pio Ah e outra coisa que a gente trabalhou muito e que eu achei que foi super gratificante foi trabalhar com os pais que alimenta o escolar um direito n o um favor Porque muitos acham que alimenta o escolar um favor do munic pio J NUT A Numa outra frente de trabalho o Projeto de Capacita o para Cantineiros de Escola 2011 realizou encontros com donos de cantinas escolares sobre legisla o culin ria lanches saud veis e com a Vigil ncia Sanit ria O munic pio n o possui legisla o que pro ba a comercializa o de alimentos nas escolas p blicas Este tipo de capacita o pre
570. te o segundo semestre agravado ap s o primeiro turno eleitoral Com a impossibilidade de encontrar novo momento para reuni o de todo o grupo optou se pela constru o de uma proposta vi vel para dar continuidade aos encaminhamentos retirados no GE A sugest o foi a realiza o de duas oficinas de planejamento coletivo com representantes da equipe diretiva da escola e das equipes de sa de da fam lia O tema proposto para a primeira oficina foi Planejamento Coletivo de A es de Educa o em Sa de com o objetivo de refletir sobre as possibilidades de 108 constru o de ferramentas e rotinas de planejamento coletivo de a es de educa o em sa de na escola a partir da experi ncia local e em conson ncia com a legisla o do PSE Para a segunda oficina foi proposto o tema Exerc cio Pr tico Planejamento de A es para a Semana Mundial da Alimenta o com o objetivo de a partir do contexto escolar das falas dos estudantes e das atividades propostas pelos professores desenvolver um planejamento integrado de a es para Semana Mundial da Alimenta o em articula o s orienta es do PNAE e PSE Houve boa receptividade da proposta por parte de ambas as equipes sa de e educa o Contudo por dificuldades em agendar os encontros apenas a primeira oficina foi realizada Neste momento estava em processo a constru o de v nculo com professores n o apenas de ci ncias e de educa o f sica mas com todo gr
571. te que obt m seu pice em 2010 com 41 artigos publicados Figura 1 N mero de artigos publicados sobre Sa de Escolar na Am rica Latina entre os anos de 1995 a 2012 47 Considerando que parcela importante dos artigos foram trabalhos realizados no Brasil cabe registrar que os debates brasileiros sobre EPS iniciaram concomitantemente aos debates latino americanos contudo maior nfase foi dada a partir da publica o da Portaria Interministerial n 749 2005 que constitui a C mara Intersetorial com a finalidade de subsidiar a Pol tica Nacional de Educa o em Sa de na Escola No contexto brasileiro o Programa de Sa de na Escola PSE institu do pelo Decreto Presidencial n 6 286 2007 representa a atual estrat gia de sa de escolar Com rela o alimenta o escolar o pa s conta com pol tica p blica para este fim desde a d cada de 1950 contudo atrav s da Lei n 11 947 2009 que define o Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE o direito alimenta o escolar afirmado como universal e vinculado s estrat gias de promo o da sa de na escola Os artigos sobre alimenta o e nutri o atividade f sica e doen as cardiovasculares foram os mais numerosos Figura 2 Os debates sobre alimenta o e nutri o inclu ram como subitens a desnutri o e as car ncias nutricionais hipovitaminose A e anemia ferropriva Contudo constatou se crescente associa o da alimenta o
572. te s o muito comuns em outros contextos Ele conta 241 Ali s lembro da professorinha de um povoado do Vale do Pindar que me perguntou o que eu estava fazendo por l Expliquei lhe que fazia pesquisa boa parte da qual consistia em observar perguntar ouvir respostas Ela ent o comentou Ah Voc est perdendo o seu tempo Por que estou perdendo o meu tempo perguntei lhe Essa gente n o fala nada com nada foi a resposta Como assim Ah Eles falam tudo errado Ela era mulher culta lia Capricho sempre que podia Eles caipiras de S o Paulo no entanto falavam o portugu s antigo portugu s de dicion rio e portugu s de literatura Claro que necess rio trabalhar com a linguagem falada com a informa o que pode ser verbalizada Mas necess rio estar atento a essas outras formas de express o e a essas varia es de linguagem MARTINS 1993 p 36 preciso que sejam criadas oportunidades de que no ato reflexivo sobre as pr prias pr ticas os profissionais tenham oportunidade de escapar da tentadora op o de diante do fracasso ou das dificuldades em desenvolver a es educativas em sa de alimenta o e nutri o transferir a culpa para o comportamento dos estudantes ou para a falta de dom nio da linguagem formal escrita ou falada Acrescenta se a necessidade de reconhecer a exist ncia das muralhas da linguagem a que nos apresenta Vito Giannotti Barre
573. tes da Portaria 1 010 marco para a promo o da alimenta o saud vel na escola e da cria o do PSE Em conson ncia com o contexto nacional os temas de DHAA e SAN foram inseridos na pauta municipal de forma gradativa e consistente atrav s de legisla es debates e a es DUQUE DE CAXIAS 2012 a O grupo percebe a intersetorialidade como essencial mas destaca seu exerc cio como um grande desafio A manuten o de um quadro t cnico de nutricionistas concursados possibilitou a constru o de parcerias e de espa os para a troca de saberes como o GE Estes fatores foram relacionados continuidade e aprimoramento das atividades de EAN Reconheceram este ambiente de coopera o como favor vel ao exerc cio da intersetorialidade uma vez que estas profissionais estavam alocadas em diferentes secretarias e rg os do governo no 165 momento da sistematiza o algumas atuavam em diferentes setores da SMS outras na SME mas tamb m no Desans e na Secretaria Municipal de Assist ncia Social Contudo constatam que a experi ncia da intersetorialidade vivenciada no munic pio precisa ser aprimorada para colocar se al m da integra o entre pessoas e caminhar para a institucionaliza o mais efetiva das parcerias Tinha uma representante da Agricultura mas as a es eram pensadas sempre Sa de e Educa o que era muito mais f cil a gente lidar porque eram profissionais da mesma rea e colegas tamb m n o N
574. tica reconhecendo que subjacente a qualquer pr tica existe uma teoria ainda que nem sempre expl cita ou assumida Desenvolve se numa perspectiva de realidade concreta que segundo Paulo Freire refere se ao conjunto de dados fatos e tamb m percep es estando nesta defini o inclu da a teoria A etapa inicial consistiu em uma sistematiza o de experi ncias uma das formas de pesquisa participante Sistematizar atividade coletiva de aprendizagem atrav s da interpreta o cr tica das pr ticas em di logos com a s teoria s HOLLIDAY 2006a 2006b Esta abordagem considera o fato de que n o se est iniciando o debate agora ao contr rio se valoriza as experi ncias j desenvolvidas na localidade identificando os aprendizados que contribuam com a pr tica mas tamb m com a teoria Esta pesquisa foi realizada em Duque de Caxias regi o metropolitana do Rio de Janeiro Apesar de possuir um elevado PIB o segundo do estado e o sexto maior do pa s o munic pio conserva grandes bols es de pobreza e mis ria Possui uma popula o estimada em 872 762 habitantes IBGE Censos e Estimativas 2008 distribu da em quatro Distritos e 40 bairros totalizando uma rea de 468 3 Km Com rela o aos dados sobre Seguran a Alimentar e Nutricional pesquisa realizada no segundo Distrito deste munic pio revelou que aproximadamente 53 das fam lias entrevistadas relataram que considerando os tr s meses anteriores
575. titativa e qualitativa na sua marcha hist rica humana tamb m dotada de horizontes subjetivos e depois construir m todos adequados para capt la e transform la DEMO 1995 p 229 Brand o 2006 afirma a exist ncia de uma tradi o latino americana de pesquisa participante com caracter sticas bem definidas Apesar de ter sofrido influ ncia das tradi es norte americana e europ ia sobretudo a partir dos trabalhos de Kurt Lewin e Karl Marx em torno da enquete oper ria a tradi o latino americana adquiriu caracter sticas pr prias Ela foi concebida e fortalecida nas d cadas de 1960 e 1970 tendo como pioneiros e inspiradores Orlando Fals Borda e Paulo Freire 92 A Pesquisa Participante deve ser compreendida como um repert rio m ltiplo e diferenciado de experi ncias de cria o coletiva de conhecimentos destinados a superar a oposi o entre sujeito objeto no interior de processos que geram saberes e na sequ ncia das a es que aspiram gerar transforma es a partir tamb m desses conhecimentos BRAND O 2006 p 12 Sob o termo pesquisa participante existe um grande n mero de outras denomina es que no entanto apresentam algumas caracter sticas comuns entre si Ao contr rio da tradi o europ ia que uniformizou se a latino america multiplicou se 2 traduzindo op es ora diferentes e convergentes ora desiguais ou mesmo divergentes BRAND O 2006 p 34 S o reconhecidos como princ pi
576. to A gente estar nos lugares n o N o sei Como que a gente faz isso A escola o melhor p blico para intervir tem a crian a tem a fam lia E l que a gente tem que estar NUT D Valla 1998 alerta para um v nculo contradit rio encontrado na equa o distribui o de verbas p blicas versus necessidades das classes populares Diante do impasse representado por esta equa o despontam dois tipos de participa o popular Por um lado a mobiliza o de cidad os dispostos a reivindicar espa os de negocia o com os governos comumente relacionados com a ideia de solidariedade e apoio m tuo Por outro movimentos sociais que acreditam que somente a partir de fatos consumados ocupa o de terra por exemplo se abrem de fato canais de negocia o VALLA 1998 Pode se identificar que na experi ncia apresentada h inicialmente uma combina o destas duas formas de participa o O fato consumado no caso de Duque de Caxias referiu se den ncia da desnutri o e a press o para a constitui o dos CCAIC O fortalecimento da ATAN SMS neste munic pio ocorre em torno da den ncia da viola o de direitos humanos e de uma alian a com a sociedade civil em torno de um diagn stico Para Valla 2011 este tipo de alian a ocorre quando o profissional que empregado cidad o se torna mais cidad o do que empregado VALLA 2011 p 87 Houve por parte das profissionais envolvidas
577. tos de turmas ou alunos mais indisciplinados e ou pouco motivados A nota aparece como estrat gia para manter os alunos em sala de aula realizando as atividades das disciplinas Este caminho parece n o ser considerado o ideal mas uma possibilidade diante do contexto Como um desabafo uma das professoras afirma E um c rculo vicioso porque se eles n o respeitam n o querem nem saber o que acontece aqui eles n o v o querer frequentar a escola eles v o achar que tudo aqui uma porcaria Se eles passarem ou n o de ano dane se que eles v o fazer de novo E quando que eles v o se formar Com 20 anos Vai conseguir que emprego de caixa de supermercado e achar que isso timo Vai ter 3 filhos com 20 anos de idade Hoje mesmo uma aluna minha do 7 ano eu falei Gente cad ela Bonitinha e tal faltava a be a Ah professora ela est que nem voc Gr vida 7 ano Deve estar com 15 16 anos 19 Prof importante que no processo de constru o de atividades na escola haja oportunidade para a troca de experi ncias mas tamb m para explicitar os diferentes olhares sobre o cotidiano do bairro e dos estudantes Neste sentido cabem aqui destaques iniciais para contribuir nas reflex es sobre poss veis armadilhas nos caminhos dos profissionais que atuam com educa o e sa de O primeiro um alerta de Valla 2011 sobre os riscos da imagem constru da acerca da popula o que frequenta os servi o
578. tos no organismo consequ ncia das pr ticas adequadas e das n o adequadas Como garantir a sa de atrav s da alimenta o ingerir adquirir garantir acesso Nutricionista 03 Formada em Nutri o h 5 anos e trabalha no munic pio h 19 meses n o concursada e n o mora em Duque de Caxias Trajet ria no munic pio Secretaria Municipal de Educa o Alimenta o Escolar PSE Quanto a atua o em Conselhos representando o governo atua no Conselho de Pol ticas Agr colas e Desenvolvimento Rural e no Conselho Municipal de Seguran a Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias Atua o em espa os volunt rios relacionados ao tema alimenta o e nutri o n o atua Educa o Alimentar e Nutricional Eu acredito Tenho buscado trabalhar ou seja desenvolver acoes que envolvam o tema educa o alimentar e nutricional no cotidiano das unidades escolares Um dos maiores desafios encontrados o comportamento dos pais nestas a es evolve los nesse processo um grande desafio Respons vel T cnica pela Nutricionista 04 Formada em Nutri o h 9 anos e trabalha no munic pio h 3 anos concursada e n o mora em Duque de Caxias Trajet ria no munic pio Como professora pela Secretaria Municipal de Educa o na E M Paulo Roberto de Moraes Loureiro 2003 a 2006 Como nutricionista pela Secretaria Municipal de Sa de no HMMRC setembro a dezembro de 2008 e na Secretaria Municipal de Assist
579. tra turno n o sei o que aconteceu Mas elas v m 12 Prof Desde 2006 alguns profissionais da ESF realizam a es de sa de nesta escola Com a posse dos servidores concursados em 2008 esta atua o torna se continua em tr s escolas do bairro A vincula o das tr s equipes a esta escola ocorre a partir de 2010 com a ades o municipal ao PSE Apesar deste hist rico n o existem relat rios ou circula o de informa es acerca destas a es na escola o registro tem por finalidade presta o de contas SME antes de existir o PSE a gente j atuava aqui na escola 1 eSF porque o PSF ele de origem ele j obrigado ir at a escola Com o surgimento do PSE passou a ser vinculado as tr s equipes Ent o de tr s profissionais passamos para nove profissionais vindo na escola vinculados 3 eSF 126 Ainda sobre a participa o dos professores nas atividades de sa de escolar as profissionais da eSF contam que alguns permanecem com a turma mas n o interagem Outros se retiram da sala Mesmo tendo avisado que a gente iria fazer a atividade O professor fica n o Assim de fora n o Fica uma coisa bem separada N o fica uma integra o 2 eSF Tem umas professoras s o mais abertas participam estimulam as crian as a participar Outras saem da sala e acham que voc tem que tomar conta das crian as todas enquanto ela vai tomar um caf Tem de tudo D
580. u s e Poesias E Pesos Artes gastronomia e arte Nossas origens e nossas prefer ncias AT alimentares Comida e gosto como formamos nossas prefer ncias e fazemos nossa escolha Tema Qual comida e qual gosto ap Convite para que os estudantes expressem atrav s de uma frase poesia rap desenho ou grafite 1 Biscoito guaran refrigerante O que tiver na geladeira eu F como O importante que eu como Exposi o comentada das fotografias e suas origens Qual das fotografias representa a alimenta o mais saud vel Por qu PI Qual fotografia se parece mais com a alimenta o daqui Por Ci ncias artes Ei qu Geografia e Di logo a partir das falas rela o dos h bitos alimentares com nt Fotografi 7 s E E Hist ria a a cultura e a sa de Sabor dos alimentos industrializados X AT naturais o direito alimenta o escolar Nossas origens e nossas prefer ncias alimentares Tema Como seria a fotografia da alimenta o de sua fam lia ap Convite para que os estudantes expressem atrav s de desenho ou grafite F Fala Significativa Pl Problematiza o Inicial AT Aprofundamento Te rico AP Aplica o do Conhecimento 224 Na oficina culin ria os estudantes foram convidados a produzir p o de queijo e sequilhos O crit rio de escolha das receitas relacionou se ao fato de serem base de polvilho e amido de milho fazendo liga o com a origem destas farin
581. u ao munic pio o premio de Gestor Eficiente da Alimenta o Escolar Em Duque de Caxias o Coordenadoria de Nutri o Educacional da SME o setor respons vel pela implementa o do PNAE coordenada por uma professora e possui uma Nutricionista como Respons vel T cnica ambas lotadas como Cargo Comissionado A Nutricionista a respons vel pela confec o dos card pios capacita o de funcion rios e trabalha de forma muito pr xima a coordenadora Deste trabalho conjunto surgiu a id ia de anualmente construir o Projeto Pol tico Pedag gico para a Alimenta o Escolar no munic pio Os nutricionistas contratados 177 e o Conselho Escolar s o apontados pela coordenadora como elo entre a escola e as a es e projetos previsto no PPP Eu resolvi fazer a alian a da minha experi ncia pedag gica do que eu vivia na escola como professora desse atendimento da alimenta o dentro do pedag gico mesmo do curr culo escolar e aliar isso a quest o t cnica da nutricionista N s fazemos um trabalho de parceria que um trabalho que eu avalio hoje que est dando muito certo at em atendimento a lei n o Que prev a alimenta o escolar no curr culo escolar n o s meramente colocar comida no prato e encher barriga GTI M 4 Existe uma equipe de Supervisores de Nutri o Escolar composta por 27 professores concursados em desvio de fun o Cada um responsabiliza se por visitar semanalmente um con
582. u se os dados preliminares das Atividades 1 2 e 3 realizadas com as turmas de s timo ano Em s ntese ao final do GE foi afirmado que o planejamento conjunto ou intersetorial representava quest o chave para aprimoramento das a es do PSE nesta escola Foi sugerido ao grupo a realiza o de uma viv ncia de planejamento conjunto para a es da Semana Mundial da Alimenta o considerando que o planejamento para o PSE quela altura do ano letivo n o teria o mesmo impacto do que se fosse realizado no in cio do ano mas que um exerc cio de planejamento conjunto poderia contribuir para futuras experi ncias desta natureza que a Semana Mundial da Alimenta o foi a iniciativa de EAN mais reconhecida nas falas dos entrevistados e que o tema alimenta o e nutri o era o foco da pesquisa Foi indicada ent o a realiza o de um novo momento para dar continuidade ao debate sobre o planejamento de a es da Semana Mundial da Alimenta o com a participa o de profissionais de sa de professores Orientadoras diretora e a equipe da alimenta o escolar da escola A realiza o de um segundo GE para o planejamento das atividades da Semana Mundial da Alimenta o n o foi viabilizado pela equipe escolar O calend rio de atividades da escola ficou conturbado pela necessidade de reposi o de aulas perdidas durante a greve pelo processo de elei es municipais e principalmente pela quebra do abastecimento de gua na escola duran
583. ua n o a l ngua dele A l ngua dele foi capturada dominada e silenciada MARTINS 1993 p 35 240 Para Santos e Schnetzler 1998 a educa o e a escola t m papel na forma o para a cidadania embora esta fa a parte de um contexto mais amplo de viv ncia entre outros espa os fam lia clubes associa es sindicatos partidos pol ticos etc As experi ncias aqui tratadas abordam um contexto de restritas oportunidades e a escola sendo o espa o mais acess vel ainda mais relevante participa o um processo de conquista que desenvolvido pelo pr prio sujeito ou seja em realidade um processo de autopromo o Portanto participa o n o pode ser entendida como d diva como concess o como algo j preexistente Isso significa que a participa o precisa ser desenvolvida na escola pois n o ser a concess o simples de um diploma de conclus o de algum n vel de escolariza o que vai garantir a efetiva participa o na sociedade SANTOS SCHNETZLER 1998 p 258 N o se cria ou desenvolve oportunidade de participa o no sil ncio Assim desej vel que exemplos como os citados n o se percam Ao contr rio devem ser registrados para tornarem se ponto de partida para atividades desenvolvidas com os profissionais da escola e das eSF a fim de proporcionar um tempo qualificado para o entendimento de tais quest es e apontar novas formas de relacionamento com a realidade Isto est longe de
584. uada porque estas merendeiras s o terceirizadas e h sempre muita troca 2 4 Projeto Alegria 2006 Em 2006 o coordenador do Projeto Alegria vinculado funda o Airton Sena procurou a equipe da Nutri o Escolar SME para solicitar lanche para as crian as que participavam deste projeto crian as estas que eram o contra turno de escolas municipais Durante as reuni es de Nutricionistas Grupo de Estudos nutricionistas da ATAN e da Secretaria de Educa o j havia sido manifestada a inten o de implantar avalia o nutricional nas escolas Identificou se este projeto como prop cio para iniciar um piloto construindo um perfil das crian as matriculadas no primeiro distrito e utilizou se este espa o do projeto na tentativa de implantar o SISVAN no ensino fundamental No acervo disponibilizado identificou se como estrat gia Capacitar profissionais de Nutri o T cnico de Nutri o Educa o F sica e Arte e ou volunt rios para avalia o do estado nutricional das crian as desenvolvimento de atividades pedag gicas com as crian as e jovens voltadas para o tema de Seguran a Alimentar e Nutricional SAN Proporcionar informa es b sicas sobre SAN alimenta o e nutri o aos escolares do ensino fundamental funcion rios e fam lias Elaborar material educativo pedag gico sobre sa de nutri o e temas afins para as a es educativas Fomentar pr ticas adequadas de alimenta o e nutri o visando a promo
585. uadro 3 Legisla o Brasileira pertinentes aos temas Escolas Promotoras da Sa de e Programa Sa de na Escola 2005 a 2012 Docume Origem Objeto nto Constitui a C mara Intersetorial para Portaria Interministerial n 749 de 13 de maio de 2005 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o a elabora o de diretrizes com a finalidade de subsidiar a Pol tica Nacional de Educa o em Sa de na Escola Portaria Interministerial n 1 820 de 1 de agosto de 2006 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Altera os artigos 1 2 e 3 da Portaria Interministerial n 749 de 13 de maio de 2005 Portaria Interministerial n 16 de 24 de abril de 2007 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Constituiu Grupo de Trabalho com a atribui o de elaborar um Documento Base que direcione a implementa o do Programa Educa o e Sa de nas Escolas Decreto Presidencial n 6 286 de 5 de dezembro de 2007 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Institui o Programa Sa de na Escola PSE e d outras provid ncias Portaria Interministerial n 675 de 04 de julho de 2008 Minist rio da Sa de e Minist rio da Educa o Institui a Comiss o Intersetorial de Educa o e Sa de na Escola Portaria n 1 861 de 04 de setembro de Minist rio da Sa de Estabelece recursos financeiros pela ades o ao PSE para Munic pios com equipes de
586. ue com toda a experi ncia mas de uma tica espec fica p 81 Uma mesma experi ncia pode ser sistematizada sob diferentes eixos Portanto o eixo deve ser constru do de tal forma que tenha um sentido pr tico evitando que o processo se perca em elementos que n o sejam relevantes para essa sistematiza o 288 Impasses e desafios encontrados na realiza o das atividades de EAN e aproxima es e distanciamentos do enfoque do Direito Humano Alimenta o Adequada DHAA e de abordagens participativas Momento 3 Recupera es do processo vivido 3 1 Reconstruir a hist ria 3 2 Ordenar e classificar as informa es Procedimento Descri o s Autoriza o da Protocolar o Projeto e apresent lo aos respons veis Secretaria de Sa de e Solicitar autoriza o consentimento oficial do PSE Recolher material de registro acervo oficial Convite por e mail e impresso Texto com descri o de objetivos e procedimentos Termo de Consentimento Recolher material de registro pessoal por e mail e impresso Prepara o Ordenar cronologicamente o material Preparar material para ser devolvido aos nutricionistas no Grupo de 1 Encontro de Debate Forma o do grupo Sistematiza o Pauta Programa o do s grupo s Reconstru o Apresenta o do Projeto de Pesquisa objetivos e metodologia da hist ria e pesquisa a o e sistematiza o ordenamento de Apresentar cronol gica
587. ue parar de trabalhar para levar as crian as ao atendimento m dico Neste mesmo sentido Soares e colaboradores 2003 afirmam No entanto para reverter tanto a culpabiliza o pelos problemas de sa de quanto a responsabiliza o pela satisfa o das necessidades dos adolescentes atribu da aos indiv duos e suas fam lias fundamental que seja ampliada a discuss o sobre os elementos macroestruturais que est o em jogo na teia da causalidade do processo sa de doen a SOARES et al 20083 p 1159 De toda sorte deixa se de considerar tamb m que as condi es de moradia e de acesso alimenta o que t m forte impacto nas condi es de sa de destas fam lias O papel de um atendimento m dico ser importante mas pouco relevante se n o forem considerados os aspectos relacionados s condi es de vida da popula o d Educa o e sa de qualquer a o vale a pena Em comemora o Semana Municipal de Sa de na Escola as eSF propuseram a realiza o de atividades A defini o de com qual turma e em qual local se daria a atividade foi realizada no port o pela diretora da escola Assim neste dia uma das turmas de quinto ano assistiu palestras sobre bullying e sobre os Dez Passos para Alimenta o Saud vel Estas duas palestras contaram para metas temas do PSE bullying e alimenta o saud vel e atividade f sica Foram registradas por fotografias e lista de presen a e assinada pelos estudantes e a professo
588. ue vendem refrigerante de dois litros que costumam ser partilhados na sa da da escola Estas lanchonetes vendem as marcas conhecidas e as op es mais baratas de refrigerante Falando sobre o colega de turma um aluno afirma Na sobremesa no caf no almo o no lanche coca cola s Ele viciado A categoria guaran natural e outras bebidas doces foi inclu da s outras previstas na PeNSE 2009 devido a grande preocupa o manifestadas pelos profissionais de sa de e educa o acerca do consumo destes produtos pelos estudantes Os dados confirmaram que 33 8 dos estudantes consomem estas bebidas cinco dias ou mais na semana e somando aos dados de consumo de refrigerante demonstra o grande volume de consumo de a cares simples apenas nestes componentes da dieta Os debates sobre a contribui o deste grupo de 209 alimentos no aumento da obesidade infantil t m sido alarmante no Brasil e no mundo Desde a atividade 1 as falas dos estudantes ao avaliarem os h bitos alimentares de suas turmas registram que a alimenta o Est descontrolada Come muita besteira na hora errada Almo a na hora errada Tudo isso Janta na hora errada Antes da apresenta o de dados na quarta atividade as turmas foram questionadas sobre como elas avaliavam a alimenta o do s timo ano e a resposta foi de que a alimenta o n o era saud vel porque consumiam muitas besteiras ou porcarias termos usados par
589. uipe do Departamento de Seguran a Alimentar e Nutricional Sustent vel Desans de Duque de Caxias como coordenadora de gest o de programas e projetos Neste momento ficou mais bvia a escolha do local para realizar o trabalho de campo apesar do grande receio e o questionamento de como manter o afastamento necess rio para realizar um trabalho verdadeiramente cient fico Era realizado atrav s da mobiliza o de volunt rios da sociedade civil e representantes do governo municipal O objetivo era tra ar o diagn stico nutricional das crian as menores de cinco anos da regi o e a sua inclus o no Sistema de Vigil ncia alimentar e Nutricional SISVAN e em programas de complementa o de renda e de combate a car ncias nutricionais Foi criado um t quete para troca por leite e leo em supermercados que era distribu do para as crian as desnutridas Esta a o foi realizada pouco mais de um ano antes da cria o da Estrat gia Fome Zero e Programa Bolsa Fam lia Criado pela articula o de entidades religiosas e movimentos populares o Mutir o tem como principal porta voz Dom Mauro Morelli Atuou de forma marcante na regi o da Baixada Fluminense estando presente de forma mais marcante nos munic pios de Duque de Caxias S o Jo o de Meriti e Belford Roxo Combinou a es de avalia o nutricional e mobiliza o social em torno do combate fome e desnutri o 10 Este rg o tem como miss o assessora
590. uipes terceirizadas O servi o de limpeza da escola ficou muito prejudicado porque os funcion rios da firma terceirizada n o tinham se quer o dinheiro de transporte para ir ao trabalho As coordena es de programas na escola e as pr prias OP e OE tamb m ficaram com sal rios atrasados Contudo dentre todos os entraves o maior foi o desabastecimento de gua da escola que foi noticiado na televis o por denuncia an nima de moradores do bairro A gua que chegava tr s vezes por semana por meio de carro pipa enviado pela prefeitura passou a n o ser entregue Neste per odo intercalaram se os dias em que ou as aulas eram suspensas ou os estudantes eram liberados na hora do recreio Os estudantes desmotivados pela situa o da escola e confusos com o calend rio passaram a faltar ainda mais Professores e equipe diretiva ocuparam se em encontrar estrat gias para n o prejudicar muito o calend rio escolar no intuito de concluir o ano letivo Houve preocupa o em manter o fornecimento de alimenta o escolar adaptando o card pio de acordo com o abastecimento de gua de cada dia A situa o era uma das mais graves j vivenciadas no local contudo muitos profissionais relataram por suas experi ncias anteriores que sempre h muita dificuldade e tumulto nos anos de final de mandato sobretudo quando o prefeito ou seu partido perde como foi o caso desta elei o Num contexto de dificuldades em prover condi es m ni
591. umem a neutralidade imposs vel FREIRE 1979 2 1 1 Educa o Alimentar e Nutricional uma revis o dos artigos publicados no Brasil Para a constru o desta revis o foi realizada busca de artigos no Scielo Brasil a partir das palavras chave Educa o Nutricional Educa o Alimentar e Educa o Alimentar e Nutricional A op o por utilizar os tr s termos deu se porque em muitos momentos eles t m sido usados como similares ou sin nimos Pouca aten o tem sido dada s singularidades e intencionalidades por traz de cada um dos termos Examinando publica es oficiais e documentos recentes do governo brasileiro Santos 2005 constatou que tamb m estes utilizam as diferentes denomina es n o esclarecendo os motivos de mudan as Tais termos demandam um aprofundamento sobre seus reais significados e sentidos SANTOS 2005 p 690 Outra advert ncia para a leitura que se deve ter em conta que os artigos produzidos podem referir se ao tema tanto como uma disciplina b sica do curr culo dos cursos de nutri o gradua o e p s gradua o como tamb m a pr ticas a es com vistas a promo o de h bitos alimentares saud veis e como uma atividade inerente ao exerc cio profissional de nutricionistas Outra possibilidade uma combina o forma o pr ticas e exerc cio profissional O Conselho Federal de Nutricionistas atrav s da Resolu o n 380 2005 define educa o alimentar e nutric
592. unicipal tamb m provoca o questionamento acerca das margens de adequa o realidade local que em teoria est o previstas na legisla o do PSE Porque em alguns momentos a gente fica meio engessado com essas a es que v m de Bras lia para c Nesse momento a gente acabou de vivenciar isso na Semana de Sa de na Escola nacional N s j temos uma Semana da Sa de institu da desde 2009 no calend rio pedag gico da Secretaria de Educa o que uma parceria agora o MEC coloca que tem que ser na primeira semana de mar o onde voc est com in cio de ano letivo de planejamento pedag gico e uma s rie de a es GTI M 3 SME Voltando quest o do or amento conv m lembrar que os recursos do PSE s o transferidos via Piso de Aten o B sica PAB pelo Minist rio da Sa de Estes recursos s o limitados e finitos uma vez que o incentivo financeiro relaciona se a implanta o das a es mas sem garantir continuidade Em meio s dificuldades e divulga o do fim do incentivo marcada para 2012 2013 observou se preocupa o dos profissionais Ent o a gente est batalhando para ver se em tempo h bil a gente consegue articular n o E fazer com que n s dos dois setores estejamos conversando de fato at o Programa acabar n o E sejamos realmente parceiros GTI M1 SMS As atividades de forma o e o estreitamento das rela es entre equipes de sa de e educa o foram i
593. unidade educativa em um processo de melhoria cont nua 54 visando a cria o de condi es para uma educa o integral que se adapta s caracter sticas do meio tornando a escola um lugar agrad vel para aprender e viver HERN NDEZ 2007 H tamb m mudan as na vis o sobre os pap is e responsabilidades assumidos atrav s das parcerias e articula es em torno das estrat gias de promo o da sa de na escola OPAS 1997 SANTOS B GUS 2007 CARDOSO et al 2008 Entende se que h necessidade de forte conex o entre escolas e servi os de sa de para favorecer a interconex o de saberes e a participa o de ambos a partir de objetivos comuns KORNBLIT et al 2007 As a es dos profissionais de sa de nas atividades intersetoriais tamb m precisam se distanciar das antigas rela es de sa de e educa o preciso criar v nculos e envolver os professores de forma participativa respeitando os diferentes saberes e necessidades CARDOSO et al 2008 p 113 S o valorizadas as iniciativas com participa o ativa dos estudantes e as atividades de empowerment com objetivo de formar agentes multiplicadores e valorizar o surgimento de l deres entre os pr prios jovens KORNBLIT et al 2007 MONTES et al 2012 A educa o em sa de passa a ser proposta a partir de objetivos mais amplos e pautados a partir de diagn sticos locais OPAS 1997 assim como as demais a es de sa de escolar As atividades em sa de no espa
594. unto com o de matem tica junto com o de educa o f sica 8 AE que nem uma certid o de nascimento O que reza ali naquilo todo um trabalho da escola o PPP ele tem que ser revisado se ele vai sair agora a gente vai colocar um prazo de dois anos O que pode acontecer adequar as situa es igual a gente faz o planejamento 18 ED Mesmo com as possibilidades de amarrar encaminhamentos relacionados ao Programa e atua o na escola atrav s do PPP ainda assim a transi o pol tica ocupou grande parte do debate Foi registrado ainda por uma das profissionais que esta quest o n o exclusividade do munic pio quando eu fiz p s em PSF todo mundo fala a mesma coisa o entrave pol tico A pol tica influenciando o nosso PSF o nosso PSE nossa escola voc faz a es mirabolantes coisas maravilhosas a es de dengue e n o sei o que a ia muda o governo muda tudo tu fica perdida isso entrave 3 eSF Trabalhos pautados em concep es cr ticas por exemplo VALLA 2011 SANTOS et al 2007 FREIRE 2009 defendem que ampliar a participa o e o processo de apropria o pela sociedade sobre equipamentos p blicos de educa o e sa de representa uma importante estrat gia diante das investidas pol tico partid rias ideologicas Para tanto estes espa os precisam estar mais abertos e os profissionais convictos de que esta representa uma estrat gia vi vel e relevante dev
595. upo de professore do segundo seguimento Como a equipe de pesquisa passou a frequentar a sala de professores convite dos mesmos foi poss vel apresentar a pesquisa bem como a proposta de realiza o de atividades para a Semana Mundial da Alimenta o A utiliza o deste espa o informal foi comunicada Orientadora Pedag gica que n o apenas concordou mas incentivou Este espa o informal e n o padronizado de di logo n o era o previsto no planejamento deste estudo mas transformou se no local de encontro no sentido freireano encontrado pela equipe Professores de diversas disciplinas ci ncias educa o f sica geografia portugu s literatura ingl s hist ria e matem tica interessaram se pela pesquisa e individualmente ou em grupo foram sendo apresentados proposta de realiza o da Semana Mundial da Alimenta o na escola Atrav s de uma lista de e mails e de c pias afixadas ao mural da sala dos professores foi poss vel partilhar com os docentes interessados um conjunto de quatro atividades que foram sendo enriquecidas por sugest es e pela presen a dos professores nas atividades Os profissionais das eSF foram informados e apresentados s atividades da Semana Mundial da Alimenta o por telefone por e mail em encontro na escola e em visita a unidade de sa de N o foi poss vel a participa o de nenhum membro das tr s eSF 109 O registro desta fase foi realizado principalmente em di rio d
596. utricional realizadas no mbito do Programa de Sa de na Escola PSE em Duque de Caxias promovendo processo de reflex o cr tica das pr ticas junto aos t cnicos do Programa e Compreender o contexto o hist rico os limites e as possibilidades acerca das atividades de Educa o Alimentar e Nutricional EAN desenvolvidas no PSE em Duque de Caxias 2 2 Objeto A es de educa o alimentar e nutricional realizadas em escolas e no mbito do Programa de Sa de na Escola PSE em Duque de Caxias 2 3 Eixo 73 Adaptado a partir de HOLLIDAY O J Como Sistematizar Uma proposta em cinco tempos Para sistematiza experi ncias Bras lia MMA 2006 p g 71 92 Na proposta do autor este passo chamado de perguntas iniciais n o de decis es inicias A adapta o se justifica porque esta sistematiza o um dos prop sitos descritos desde o projeto de pesquisa Contudo ao iniciar se o processo ser aberto espa o para contribui es e aprimoramentos a este t pico i Segundo Holliday 2006 compreender de forma mais profunda as experi ncias realizadas para melhorar a pr tica compartilhar ensinamentos surgidos com a experi ncia e conduzir reflex o te rica os conhecimentos surgidos de pr ticas sociais concretas p g 29 7 Um eixo de sistematiza o como um fio condutor que atravessa a experi ncia e se refere aos aspectos centrais dessa s experi ncia s J como uma coluna vertebral que nos comuniq
597. utricionistas dentre os quais 07 sete participaram Em sua maioria s o nutricionistas experientes algumas com mais de 20 anos de atua o no munic pio e que ocuparam fun es desde o atendimento direto popula o at a gest o em Secretarias Utiliza se o g nero feminino para tratar das componentes da pesquisa porque o grupo foi composto exclusivamente por mulheres AP NDICE 3 Os procedimentos da sistematiza o foram realizados a partir de roteiro pr estabelecido e debatido com as nutricionistas AP NDICE 4 Foi solicitado por empr stimo o acervo pessoal destas profissionais e de projetos das Secretarias sobre as atividades educativas de alimenta o e nutri o realizadas em escolas nos ltimos dez anos O material foi base para construir uma planilha com a s ntese de atividades programas e a es AP NDICE 5 Esta planilha contendo dados como per odo local objetivos e parceiros foi devolvida s nutricionistas no primeiro encontro e utilizada como roteiro para o di logo O relato sobre cada a o foi realizado em debate dando espa os para que houvesse complementa o e para que fossem apresentados pontos de vista diferentes sobre cada experi ncia A partir disto foram identificados outros acontecimentos ocorridos no per odo oportunizando a captura do contexto Houve a indica o das participantes para a realiza o de duas entrevistas com componentes do grupo para aprimorar algumas das descri es
598. v rias coisas perto Segunda a aluna elas ficam muito constrangidas e dentre estas v rias coisas est o inclu das principalmente falas sobre comer na escola e n o ter o que comer em casa ou estar passando fome Houve um professor que chamou a aten o em sua entrevista sobre extin o da cantina avaliando esta como iniciativa positiva mas questionando o fato de n o ter sido realizado nenhum trabalho complementar Nesta idade os estudantes s o mais contestadores e come am a criticar as incoer ncias do discurso dos adultos Do ponto de vista da educa o popular esta caracter stica dos jovens e adolescentes n o deve ser tolhida ao contr rio deve ser estimulada para fomentar a participa o nas decis es importantes tanto local quanto globalmente Esta vontade de expressarem se apareceu em diversos momentos Durante os debates em grupo um aluno falou Queria falar outras coisas sobre a escola mas estamos falando de alimenta o n o Na mesma turma quando questionados sobre o que poderia ser feito para garantir uma alimenta o mais saud vel as 200 primeiras respostas foram Abaixo assinado N o jogar comida fora e Protesto Apenas depois sugiram respostas mais previs veis relacionadas a comer mais verduras e aumentar o n mero de refei es durante o dia Neste sentido a experi ncia nesta escola aponta para a necessidade de mais escuta fundamental a proposi o de espa
599. vas que objetivam estimular a ado o volunt ria de pr ticas e escolhas alimentares saud veis que colaborem para a aprendizagem o estado de sa de do escolar e a qualidade de vida do indiv duo Define se ainda um conjunto de a es de EAN pertinentes na escola a oferta de alimenta o saud vel as hortas pedag gicas a inser o do tema alimenta o saud vel no curr culo oficinas culin rias atividades de forma o para a comunidade escolar entre outras No mbito do Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS foi criada a Coordena o Geral de Educa o Alimentar e Nutricional CGEAN que faz parte da Secretaria Nacional de Seguran a Alimentar e Nutricional A CGEAN definiu e incorporou aos seus editais uma perspectiva de EAN 30 pautada Direito Humano Alimenta o Adequada que articula as diversas dimens es da Seguran a Alimentar e Nutricional em seus aspectos culturais regionais hist ricos sociais econ micos biol gicos e afetivos compreendendo todo o ciclo de vida Esta orienta o destinou se a toda atividade em equipamentos p blicos de SAN prevendo que as atividades educativas deveriam promover a alimenta o adequada e saud vel como um prazer cotidiano de modo a estimular a autonomia do indiv duo para escolhas alimentares saud veis valorizar e respeitar as especificidades culturais e regionais dos diferentes grupos sociais e etnias promovendo tamb m a mobiliza o s
600. vegetais crus repolho salsa absor o de ferro espinafre essencial para a forma o Origem animal gema de ovo Vitamina D e a manuten o de ossos e dentes fortes A falta pode causar raquitismo e amolecimento dos dentes f gado manteigas e pescados atum sardinha arenque cavala O Sol importante para o seu melhor aproveitamento MINERAIS importante porque Principais fontes s o Ferro essencial forma o de Origem animal mi dos em geral c lulas vermelha cora o f gado etc e outras prevenindo a anemia carnes Origem vegetal feij o lentilha folhas verde escuras e beterraba Na adolesc ncia o ferro essencial ao crescimento tendo papel fundamental no desenvolvimento muscular e prevenindo a anemia O consumo de refrigerantes mate ch preto junto a refei es pode prejudicar o aproveitamento de ferro C lcio Porque ajuda na forma o e manuten o de dentes e ossos fortes Origem animal leite integral e derivados e gema de ovo Origem vegetal Legumes e castanhas O consumo de C lcio deve ser sempre incentivado na inf ncia e adolesc ncia contribuindo para o crescimento dos ossos e prevenindo o aparecimento de osteoporose na idade adulta Este mineral importante em todas as fases da vida Alimenta o adequada e saud vel um Direito de todo mundo Os Direitos Humanos s o aqueles que as pes
601. vir aqui ela tinha muito o que fazer n o tinha tempo para levar o filho no m dico E n o levou e foi cobrado cobrado cobrado E ela disse que ia levar levar levar levar Ela enrolou Eu n o me lembro de ter visto ela levar os respons veis eu acho que eles tamb m tem tem que haver uma puni o para eles Mas realmente se a fam lia precisa trabalhar e o dinheiro curto ent o vai ficar complicado eles pararem de fazer o que fazem para estar levando N o justifica n o Porque se n s temos filhos os filhos n o t m culpa se a gente tem situa o ou n o A gente tem que dar aten o ao nosso filho Mas n o bem assim que eles pensam n o Ent o ele vai ficar sozinho em casa porque ele tem que trabalhar n o E vai jogar com a sorte nem tudo responsabilidade da escola 17 ED A gente sabe que n o vai ter como Dinheiro de passagem que ela n o vai sozinha ela vai levar os 3 filhos ent o j onera os gastos n o Mas se tivesse um acompanhamento familiar um m dico em casa seria diferencial N o 7 ED Ao culpar os m es pais respons veis deixa se de fazer questionamentos importantes e fundamentais sobre as reais condi es de acesso a estes servi os 133 desconsidera se ainda argumentos presentes nas pr prias falas destes profissionais como a necessidade de recurso de passagem para o deslocamento a unidades de sa de mais distantes ou o fato de terem q
602. vista e estimulada pelo Minist rio da Sa de As a es de capacita o e valoriza o profissional realizadas sistematicamente desde 2005 com as merendeiras foram consideradas estrat gias de EAN justificadas a partir de uma re significa o do papel destas profissionais H um reconhecimento de que a a o destas profissionais pode contribuir para o conjunto das a es educativas 162 Porque depois que voc chega na escola elas merendeiras est o fazendo aquilo que voc passou e est o transferindo para os alunos aquilo que elas aprenderam na capacita o NUT G Que ela merendeira precisa arrumar o prato ela precisa conversar com a crian a que precisa daquele alimento porque agora ela j tem conhecimento NUT A As experi ncias explicitam a disposi o em reconhecer o papel de diversos atores na cria o das conex es e teias culturais que permeiam os aspectos pedag gicos da EAN e valoriza o de diferentes de saberes do mais simples ao mais especializado N o se deixou contudo de reconhecer que h uma valoriza o desigual dos conhecimentos que imp e outros e novos desafios Por exemplo ressaltou se que na escola a merendeira nunca ou dificilmente ouvida NUT G c A escola e a educa o alimentar e nutricional contexto e conjuntura A escola tem sido reconhecida como local estrat gico para a promo o da alimenta o adequada e saud veis comprovado pelas experi ncias de Duque
603. xo retirado do Guia Alimentar para a Popula o Brasileira BRASIL 2006a Em um pa s como o Brasil onde as desigualdades regionais s o expressivas importante destacar que a promo o da alimenta o saud vel pressup e a necessidade de defini o de estrat gias de sa de p blica capazes de dar conta de um modelo de aten o sa de e de cuidado nutricional direcionados para a preven o da desnutri o incluindo a fome oculta e outras doen as relacionadas fome e a exclus o social como tamb m do sobrepeso das obesidades e das demais DCNT resultantes da inadequa o alimentar ou outra forma de manifesta o da fome BRASIL 2006a p 16 Ainda que pare a bvio que ao se tratar das quest es de nutri o e sa de no Brasil trave se este debate com quest es referentes desigualdade e pobreza h que se destacar que em grande parte das an lises elas aparecem como considera es fazendo parte da discuss o contextual Desta forma ap s o cumprimento da formalidade de apresentar pobreza e desigualdade como pressupostos passa se ao que realmente interessa organiza o do servi o ao planejamento das a es de preven o ao desenvolvimento de materiais educativos que envolvam ou responsabilizem a popula o na solu o dos problemas entre outras N o em outra realidade sen o nesta a das desigualdades e da escassez sobretudo nos bols es de pobreza urbanos ou rurais que est o os desa
604. xtremamente relevantes e atuais entre a sua disciplina e os debates sobre sa de e nutri o At assim queria fazer a sugest o tamb m da gente fazer uma atividade assim mas trazendo assim o Brasil mesmo entendeu Cada regi o o h bito alimentar de cada regi o tentar estudar a quest o da obesidade dentro das regi es A gente vai ver que as regi es mais industrializadas t m o maior n mero de obesos justamente pelo h bito alimentar n o o ideal E aquela exposi o de fotos eu gostei queria fazer mas relacionado ao Brasil o prato de cada regi o eu acho que seria legal 20 Prof Tanto o ambiente da sala dos professores quanto as respostas s entrevistas e conversas informais revelam a exist ncia de uni o e admira o mutua entre os docentes que a todo o momento destacam a qualidade disposi o e disponibilidade do grupo ressaltando uma vis o de coletivo Agora a equipe muito boa aqui os professores s o muito abertos e s o muito interessados s o poucos os que s o Sabe Ah trabalho em escola p blica N o a gente aqui tem um carinho especial porque a gente ajudou a construir essa escola h 6 anos atr s 19 Prof A equipe aqui ela muito boa te abra a entendeu 20 Prof esse grupo aqui participa de projetos se a gente for colocado a pensar a gente participa 21 Prof O grupo demonstrou se ainda cr tico s iniciativas que chegam de cima para baixo mas ainda mais i

a educação alimentar e nutricional como lugar de

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