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TESE Cristiana Caçoête

1. PEC Net 1 Net 2 Net 3 Net 4 Net 5 M DP M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 49 15 2 42 9 12 3 43 9 13 4 45 4 9 7 43 4 11 5 Tabela 24 An lise por Net nos Alco licos para Avalia o Inicial Controlo Controlo Net 1 Net 2 Net 3 Net 4 Net 5 M DP M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 51 6 6 48 4 6 8 49 3 8 7 49 3 9 7 48 8 8 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXIV Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexos Anexo I MMSE Mini Mental State Examination Mini Mental State Folstein 1975 Adapta o Portuguesa Guerreiro 1993 1 Orienta o 1 ponto por cada resposta correcta Em que ano estamos _ Em que m s estamos _ Em que dia do m s estamos Em que dia da semana estamos Em que esta o do ano estamos Em que pa s estamos Em que distrito vive Em que terra vive Em que casa estamos Em que andar estamos Nota 2 Reten o contar 1 ponto por cada palavra correctamente repetida Vou dizer tr s palavras queria que as repetisse mas s depois de eu as dizer todas procure ficar a sab las de cor P ra Gato Bola Nota 3 Aten o e C lculo 1 ponto por cada resposta correcta Se der uma errada mas depois continuar a subtrair bem consideram se as seg
2. 1 2 1 Estimula o Cognitiva A Estimula o Cognitiva consiste num conjunto de t cnicas e estrat gias que pretendem otimizar a efic cia das capacidades intelectuais do indiv duo e os seus processos psicol gicos particulares Tafur 2011 Clare e Woods 2004 definiram estimula o cognitiva como 1 tendo alvo a cogni o e ou as fun es sociais 2 elemento social pode ser realizado em grupo ou com o cuidador do indiv duo 3 atrav s de atividades cognitivas que n o consistem em modalidades espec ficas e 4 em sess es aulas de orienta o para a realidade De forma geral a estimula o cognitiva pode ser aplicada a qualquer indiv duo tendo como objetivos 1 desenvolver as capacidades mentais 2 melhorar e otimizar o seu funcionamento 3 reabilitar os processos psicol gicos 4 evitar o ambiente isolado 5 potenciar as rela es sociais 6 aumentar a independ ncia e autonomia pessoal 7 reduzir o stresse 8 diminuir a ansiedade e a depress o 9 gerar sentimentos de controlo sobre o ambiente 10 reduzir a impot ncia 11 aumentar a capacidade funcional e de desempenho das tarefas di rias 12 melhorar o sentimento emocional sa de psicol gica e geral 13 melhorar a qualidade de vida dos pacientes e 14 melhorar a qualidade de vida dos cuidadores proporcionam informa es conselhos e a atualiza o de todo o processo que envolve o indiv duo Pe a 2010 Arongo Lasprilla 2006 Ardila amp Rosselli 200
3. Fernandez Serrano M J P rez Garcia M Verdejo Garcia A 2011 What are the specific vs generalized effects of drugs of abuse on neuropsychological performance Neuroscience amp Biobehavioral Reviews 35 3 377 406 Figlie N B Bordin S Laranjeira R 2004 Aconselhamento em Depend ncia Qu mica S o Paulo Roca Filho H C amp Borges C F 2008 Uso de Subst ncias lcool Tabaco e outras Drogas Gest o de Problemas de Sa de em Meio Escolar Lisboa Coisas de Ler Edi es Filmore M T amp Rush C R 2002 Impaired inhibitory control of behavior in chronic cocaine users Drug and Alcohol Dependence 66 265 273 Filmore M T Rush C R amp Hays L 2002 Acute effects of oral cocaine on inhibitory control of behavior in humans Drug and Alcohol Dependence 67 157 167 Fishbein D H Krupitsky E Flannery B A Langevin D J Bobashev G Verbitskaya E Augustine C B Bolla K I Zvartau E Schech B Egorova V Bushara N Tsoy M 2007 Neurocognitive characterizations of Russian heroin addicts without a significant history of other drug use Drug and Alcohol Dependence 90 25 38 Folstein M F Folstein S E amp McHugh P R 1975 Mini Mental State a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal pf Psychiatric Research 12 189 198 Fontes C 2007 O Consumo de Drogas e os Comportamentos aditivos Alguns Modelos Te r
4. 24 1 DP 7 8 em compara o com os alco licos M 15 3 DP 13 4 A amostra dos toxicodependentes apresenta uma escolaridade m dia de 11 6 DP 3 9 anos de estudo uma idade m dia de 41 8 DP 7 3 a maioria da amostra de nacionalidade portuguesa 71 97 3 s o de etnia branca 66 97 1 dos indiv duos 46 66 7 s o solteiros atualmente encontram se desempregados 43 72 9 dos sujeitos ao n vel da pris o efetiva nunca tiveram presos 40 71 4 dos participantes 49 79 0 s o seronegativos para o VIH Relativamente aos consumos os toxicodependentes apresentam uma m dia de total de anos de consumos de 24 1 DP 7 8 ao especificar a m dia de consumos por subst ncia os participantes ostentam uma m dia de consumo para a coca na de 20 0 DP 8 3 para a hero na de 19 0 DP 8 4 e para o can bis de 24 3 DP 16 6 Nesta amostra 31 41 9 n o realizou consumos injetados j realizaram tratamentos anteriores 42 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 51 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias 56 8 dos indiv duos e 21 28 4 nunca partilharam material de consumo A amostra dos alco licos det m uma m dia de idades de 47 6 DP 9 9 uma escolaridade m dia de 10 7 DP 4 3 s o solteiros 11 40 7 dos indiv
5. Adams K M Gilman S Koeppe T Kluin L Junck L Lohman M Johnson Greene D Berent S Dede D Kroll P 1995 Correlation of neuropsychological function with cerebral metabolic rate in subdivisions of the frontal lobes of older alcoholic patients measured with 18 F Fluorodeoxiglucose and positron emission tomography Neuropsychology 9 275 280 Ad s J amp Lejoyeux M 2004 Comportamentos alco licos e seu tratamento 2 ed Lisboa Climepsi Editores 2004 Agra C 1998 Entre Drogas e Crimes Atores Espa os Trajet rias 1 Ed Lisboa Not cias Akil H et al 1997 Molecular and neuroanatomical properties of the endogenous opioid systems implications for the treatment of opiate addiction Seminars in Neuroscience 9 70 83 Al Zahrani M A Elseyed Y A 2009 The impacts of substance abuse and dependence on neuropsychological functions in a sample of patients from Saudi Arabia Behavioral and Brain Functions 5 48 Amass L Nardin R Mendelson J H Teoh S K Woods B T 1992 Quantitative magnetic resonance imaging in heroin and cocaine dependent men a preliminary study Psychiatry Research 45 1 15 23 Amen D G Waugh M 1998 High resolution brain SPECT imaging of marijuana smokers with AD HD Journal of Psychoactive Drugs 30 209 214 Ameri A 1999 The effects of cannabinoids on the brain Progress in Neurobiology 58 315 348 Universidade Lus fona de Hu
6. Consumo de subst ncias com caracter sticas farmacol gicas peculiares 2 Particularidades pessoais do sujeito que consome subst ncias e 3 A natureza do contexto sociocultural em que os consumos se realizam Garcia Mijares 2006 Deste modo de referir a exist ncia de fatores de risco e de prote o para o consumo e mais tarde depend ncia de subst ncias estes dois fatores subdividem se em ambientais e individuais Relativamente aos fatores de risco ambientais estes envolvem a disponibilidade de drogas pobreza mudan as sociais cultura do c rculo de amigos profiss o normas atitudes culturais e as pol ticas sobre drogas tabaco e lcool Por outro lado os fatores de risco individuais est o relacionados com a pr disposi o gen tica v timas de maus tratos enquanto crian a transtornos de personalidade problemas de rutura familiar e depend ncia fracos resultados escolares exclus o social depress o e comportamento suicida No que respeita aos fatores protetores ambientais estes centram se na situa o econ mica apoio social controlo de situa es integra o social e acontecimentos positivos na vida Os fatores de prote o individuais focam se na capacidade de resolver dificuldades perce o dos riscos otimismo comportamentos saud veis e capacidade de resist ncia press o social Uchtenhagen 2000 Schmid 2000 Lloyd 1998 1 1 1 1 Toxicodepend ncia A Toxicodepend ncia uma problem tica ba
7. Pappas N S Piscani K 1997 Dopamine D2 receptor availability in opiate dependent subjects before and after naloxone precipitated withdrawal Neuropsychopharmacology 16 174 182 Wang G J et al 2000 Regional brain metabolism during alcohol intoxication Alcoholism Clinical and Experimental Research 24 822 829 Wechsler S 1987 Against verb movement Evidence from swedish Proceedings of Chicago Linguistic Society 23 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 101 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Wilson B A 1997 Cognitive rehabilitation How it is and how it might be Journal of the International Neuropsychological Society 3 487 496 Wilson B A 2002 Towards a comprehensive model of cognitive rehabilitation Neuropsychological Rehabilitation 12 97 110 Wilson B A 2008 Neuropsychological rehabilitation Annual Review of Clinical Psychology 4 6 1 6 22 Wilson W Mathew R Turkington T Hawk T Coleman R E Provenzale J 2000 Brain morphological changes and early marijuana use a magnetic resonance and positron emission tomography study Journal of Addictive Diseases 19 1 22 Wise R A Bozarth M A 1987 A psychomotor stimulant theory of addiction Psychological Reviews 94 469 492
8. Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida VI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 4 Compara o entre o grupo dos toxicodependentes e o grupo dos alco licos no desempenho dos testes neuropsicol gicos no per odo anterior a interven o Provas do WCST e do IGT Toxicodependentes Alco licos M DP M DP t WCST PE 85 4 17 4 84 9 20 6 101 WCST PA 73 9 100 4 57 4 21 6 83 WCST PRP 19 10 5 24 1 18 8 1 326 n s WCST PRNC 53 7 25 9 46 5 27 2 1 195 WCST PCF 70 5 35 7 55 8 36 8 1 795 IGT NTRS 7 4 27 3 8 29 4 565 IGT NTTSC 48 4 9 8 47 7 10 4 309 IGT NIRS 1 ANP 1 6 6 2 2 8 5 4 871 IGT NITSC 1 ANP 52 9 10 7 50 5 9 4 1 038 IGT N2RS 1 ANP 8 6 9 1 6 3 557 IGT N2TSC 1 ANP 48 1 9 5 46 9 8 7 STF IGT N3RS 1 ANP 2 3 8 7 2 3 8 1 005 n s IGT N3TS 1 ANP 47 5 11 47 8 10 2 129 n s IGT N4RS 1 ANP 4 1 9 2 6 8 1 716 IGT N4TSC 1 ANP 49 4 11 2 48 3 9 7 437 IGT N5RS 1 ANP 1 6 8 9 22 7 9 276 n s IGT N5TSC1 ANP 46 2 10 8 47 4 9 2 511 n s IGT DARS 1 ANP 17 8 6 6 19 4 7 2 1 022 n s IGT DAPC 1 ANP 4 6 1 4 1 1 3 1 599 IGT DBRS 1 ANP 28 1 10 7 28 7 9 9 232 n s IGT DBPC1 ANP 4 9 5 4 9 4 560 n s IGT DCRS 1 ANP 22 7 9 5 25 3 10 5 1 18 n s IGT DCPC1 ANP 4 8 7 4 7 1 831 I
9. es no controlo de est mulos antecedentes e consequentes sobre o comportamento de escolha devido a altera es espec ficas no SNC que antigamente era considerado uma doen a ou a falta de vontade para mudar esses comportamentos Atualmente esta perspetiva garante o progresso de tecnologias comportamentais e farmac uticas mais precisas para o tratamento da depend ncia de drogas 1 1 4 Realidade Portuguesa Em Portugal a estrutura governamental respons vel pela estrutura o da pol tica no que respeita mat ria de subst ncias il citas e lcool denomina se Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia IDT Tem como obriga o primordial promover a redu o do uso de subst ncias l citas e il citas e o decr scimo das depend ncias Este garante o planeamento gest o conce o avalia o e acompanhamento das v rias etapas de preven o tratamento e reinser o ao n vel das subst ncias il citas e do lcool com vista a melhorar a coordena o e a execu o das pol ticas e estrat gias estabelecidas a priori As reas fulcrais de interven o do IDT s o oito 1 preven o 2 tratamento 3 a redu o de danos 4 reintegra o 5 dissuas o 6 investiga o e monitoriza o 7 forma o e 8 rela es internacionais IDT 2011 Os relat rios de estimativas nacionais do IDT relativamente ao uso e abuso de drogas em Portugal demostram que existe entre 6 2 e 7 4 consumidores de droga em cada mil h
10. IDCCC ndice de Dispers o por Categoria e Capacidade de Concentra o IDCRF ndice de Dispers o por Categoria e Resist ncia Fadiga TC Tempo da C pia PTC Pontua o Total da C pia TM Tempo da Mem ria PTM Pontua o Total da Mem ria NE N mero de Erros NQF N mero de Quase Falhas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XVIII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 16 Efeito do PEC no desempenho Neuropsicol gico Provas do WCST e IGT dos Alco licos Avalia o Inicial Avalia o Final PEC Controlo PEC Controlo M DP M DP M DP M DP Firatameto Firat PEC WCST PE 77 9 25 86 4 19 6 88 7 14 2 82 5 20 1 347 1 606 WCST PA 45 3 17 8 61 9 21 9 56 9 23 7 64 1 24 7 2 589 1 194 WCST PRP 23 2 20 5 24 1 19 3 18 6 17 25 9 27 7 125 704 WCST PRNC 34 5 21 8 51 3 28 3 44 6 31 2 52 9 32 9 986 o es WCST PCF 47 2 32 3 59 6 39 58 3 45 6 64 39 916 172 IGT NTRS 8 6 37 4 8 4 25 6 8 3 41 9 8 8 21 5 By fo ta 682 IGT NTTSC 43 9 11 9 49 2 9 7 49 4 15 4 49 2 8 2 669 644 IGT TM 1714 3 18572 855 8 1338 2 905 2000 9 696 1 1030 8 1 091 490 p lt 0 05 p lt 0 01 p lt 0 001 Legenda PE Percentagem de Ensaios PA Percentagem de Acertos PRP Percentagem
11. U Schulsinger E 1984 A Danish prospective study of young males at high risk for alcoholism Boston Kluwer Nijhoff Kokavec A Crowe S F 1999 A comparison of cognitive performance in binge versus regular chronic alcohol measurers Alcohol 34 4 601 608 Kolata G 1987 Imminent marketing of AZT raises problems Science 235 1462 1463 Kolling N Silva C Carvalho J Cunha S Kristensen C 2007 Avalia o Neuropsicol gica em Alcoolistas e Dependentes de Cocaina Avalia o Psicol gica 6 2 127 137 Kubota M Nakazaki S Hirai S S Yamaura A amp Kusaka T 2001 Alcohol consumption and frontal lobe shrinkage study of 1432 non alchoholic subjects Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry 71 104 106 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 89 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Kuehnle J Mendelson J H Davis K R New P F 1977 Computed tomographic examination of heavy marijuana smokers Journal of the American Medical Association 237 1231 1232 Kufahl P R Zhu Li R C Risinger C J Rainey G Wu A S Bloom S L 2005 Neural responses to acute cocaine administration in the human brain detected by fMRI Neuroimage 28 4 904 914 Lawlor P G 2002 The
12. WCST PRP 18 4 13 9 20 3 10 8 11 6 12 1 10 5 4 6 6 495 216 WCST PRNC 58 3 31 3 56 7 25 1 72 4 25 3 67 4 19 8 2 468 046 WCST PCF 75 8 39 7 72 2 34 7 86 4 30 6 88 9 19 2 1 780 088 IGT NTRS 5 8 20 9 32 17 1 26 9 26 3 9 3 35 9 01 8 053 IGT NTTSC 47 4 7 4 58 3 6 54 6 8 4 50 13 035 7 597 IGT TM 874 1 742 8 188 3 1148 3 275 5 1437 3 833 3 259 229 2 896 p lt 0 05 p lt 0 01 p lt 0 001 Legenda PE Percentagem de Ensaios PA Percentagem de Acertos PRP Percentagem de Respostas Perserverativas PRNC Percentagem de Respostas de Nivel Conceptual PCF Percentagem de Categoria Final NTRS Net Total Raw Score Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias NTTSC Net Total T Score Corrected TM Total Money Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 7 An lise por Net nos Toxicodependentes para Avalia o Inicial PEC PEC Net 1 Net 2 Net 3 Net 5 M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 53 5 7
13. Waugh 1998 apresentaram importantes altera es no c rtex frontal e temporal em indiv duos consumidores desta subst ncia com diagn stico de transtorno do d fice de aten o e hiperatividade TDAH Apesar da interpreta o dos resultados estar limitada devido rela o entre TDAH e o funcionamento de sistemas frontais A import ncia das altera es dos sistemas frontais tem sido documentada em estudos que analisaram os n veis de dopamina em consumidores de can bis depois de tr s dias de abstin ncia Markianos 1982 Verificam se redu es significativas nos n veis de dopamina nos consumidores cr nicos desta subst ncia Para al m de interferir de forma indireta sobre a forma o de dopamina os canabin ides atuam especialmente nos recetores espec ficos CB 1 que se express o bastante no hipocampo e no cerebelo Explicam se assim a import ncia da implica o destas reas nas altera es funcionais associadas ao consumo de canabin ides Block 2000 Volkow 1996 Um outro estudo realizado por Levin et al 2001 refere que os efeitos no fluxo sangu neo cerebral depende da experi ncia ou n o do indiv duo ou seja utilizadores experientes ostentam um elevado fluxo sangu neo ao inv s dos inexperientes em que ocorre uma redu o do fluxo cerebral Estes indicadores t m haver com o modo como utilizam a subst ncia e neste caso fumada Caso seja via intravenosa ocorre um aumento da atividade do cerebelo pois uma
14. duos 28 100 t m nacionalidade portuguesa e s o de etnia branca 28 96 6 dos sujeitos encontram se desempregados 13 46 4 dos participantes 20 87 0 nunca estiveram presos efetivamente s o seronegativos para o VIH 21 95 5 dos indiv duos Esta popula o det m uma m dia de 15 3 DP 13 4 anos de consumo em que todos os dias 22 91 7 dos sujeitos consumiu lcool Ap ndice Tabela 1 A amostra final pretendida foram os toxicodependentes e os alcodlicos que se submeteram a PEC bem como o grupo de controlo de ambos perfazendo um total de 42 sujeitos Destes 38 90 5 sao do sexo masculino e 4 9 5 do sexo feminino apresentando uma m dia de idades de 45 5 DP 10 3 No que respeita a amostra dos toxicodependentes 14 individuos a maioria da de nacionalidade portuguesa 14 100 s o de etnia branca 14 100 dos indiv duos 10 71 4 s o solteiros atualmente encontram se desempregados 9 64 3 dos sujeitos ao n vel da pris o efetiva nunca tiveram presos 8 57 1 dos participantes 10 71 4 s o seronegativos para o VIH Relativamente aos consumos os toxicodependentes apresentam uma m dia de total de anos de consumos de 23 3 DP 8 8 por subst ncia os participantes ostentam uma m dia de consumo para a hero na de 18 1 DP 10 5 para a coca na de 20 25 DP 11 5 e para o can bis de 18 6 DP 7 6 Nesta amostra 8 57 1 n o realizou consumos injetados j realizaram tratamentos anteriores
15. e do alcoolismo nomeadamente a sua defini o e caracteriza o Foi tamb m realizado uma discri o sobre as drogas e os seus mecanismos de a o ao n vel cerebral as teorias atuais e a realidade portuguesa sobre esta problem tica Abordou se tamb m o tema da estimula o cognitiva os v rios tipos de estimula o existentes a sua defini o as t cnicas e as suas estrat gias No Cap tulo 2 Objetivos e as Hip teses do presente estudo No Cap tulo 3 M todo que engloba os participantes onde se descreve a amostra que integra o estudo os instrumentos utilizados para avaliar os participantes e o procedimento ou seja a explica o de como toda a investiga o foi realizada do in cio ao fim No Cap tulo 4 e 5 Resultados e a Discuss o dos mesmos s o descritos todos os dados obtidos e estes s o confrontados com as investiga es realizadas e os resultados existentes sobre esta tem tica Por fim surge a conclus o bem como as limita es metodol gicas inerentes presente investiga o como tamb m algumas sugest es para eventuais r plicas deste estudo e as refer ncias bibliogr ficas utilizadas para realizar a presente investiga o Para as cita es e refer ncias bibliogr ficas foram adotadas as normas da American Psychological Association APA Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 14 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Av
16. o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Cap tulo 5 Discuss o dos Resultados O presente estudo prop s se a implementar um programa de estimula o cognitiva com RV Jogos numa amostra de dependentes de subst ncias bem como avaliar a resposta a este programa entre duas amostras distintas de toxicodependentes e alco licos nos v rios dom nios avaliados pelos testes neuropsicol gicos Inicialmente pretendeu se averiguar a compara o entre grupos o grupo dos toxicodependentes e o grupo dos alco licos para verificar se existiam diferen as entre eles nos dom nios avaliados pelos testes neuropsicol gicos antes da interven o do PEC Ao qual foi esperado que o grupo dos alco licos apresentasse um pior desempenho nos testes neuropsicol gicos antes da interven o do que os toxicodependentes Esta primeira hip tese foi comprovada pois os resultados revelaram diferen as significativas no funcionamento cognitivo geral intelig ncia geral aten o e mem ria indicando pior desempenho no grupo dos alco licos em compara o com os toxicodependentes Considerando se as diferen as no desempenho entre os grupos nos testes realizados poss vel sugerir um maior preju zo do lcool ao n vel cognitivo Alguns estudos referem que estas diferen as na aten o na mem ria nas fun es executivas e na tomada de decis o s o causadas pelos efeitos t xicos do lc
17. o jovem Seibel 2001 Assim esta tem tica tem suscitado bastante interesse surgido in meras investiga es na rea das ci ncias sociais e humanas que pretendem por um lado conhecer melhor os processos das depend ncias e por outro lado tentar colmatar os d fices que adv m dos seus consumos Fonte 2007 Deste modo importante abordar o tema da depend ncia de subst ncias que se apoia em sinais e sintomas pr prios e que se manifesta em crit rios de diagn stico Os sinais e sintomas s o visto como um conjunto de fatores de risco que se enaltecem de maneira diversificada mas espec fica de indiv duo para indiv duo Sousa amp Abr o 2008 relevante interligar esta tem tica com a toxicodepend ncia que considerada uma condi o f sica e ps quica consequente da intera o do organismo vivo com subst ncias Estas produzem altera es no comportamento e outras a es que levam sempre a um impulso para o consumo de forma incessante e c clica e deste modo obter os efeitos ps quicos de forma a evitar os efeitos indesejados que a priva o provoca Esta situa o pode ou n o estar acompanhada de toler ncia e um indiv duo pode estar dependente de uma ou de v rias subst ncias Fernandes 1997 Tamb m importante relacionar este tema com o alcoolismo em que a OMS considera o alco lico um doente e o alcoolismo uma doen a Define se alcoolismo como a depend ncia f sica e psicol gica do lcool que pode leva
18. veis em estudo nomeadamente a resposta por Baralhos 4 n veis baralho A vs B vs C vs D e Grupo PEC e controlos Deste modo pode se concluir que n o h diferen as entre os grupos nesta primeira avalia o na escolha dos baralhos Ap ndices Tabela 7 e 8 Para a dimens o percentil corrigido na escolha dos baralhos na 1 ANP verificou se uma intera o entre as vari veis mencionadas anteriormente F 1 210 3 091 p 0 028 descrevendo uma diferen a entre os grupos na escolha dos baralhos neste primeiro momento avaliativo o que tal como na pontua o por Net n o corresponde ao esperado Ap ndices Tabela 9 e 10 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 66 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Para as dimens es subsequentes pontua o corrigida na escolha dos Net na 2 ANP Ap ndices Tabela 11 e 12 no percentil corrigido na escolha dos baralhos da 2 ANP Ap ndices Tabela 13 e 14 e no total de dinheiro n o se verificaram resultados significativos o que n o corresponde hip tese avan ada 4 2 3 Grupo dos Alco licos Dom nios Cognitivos Para avaliar o funcionamento cognitivo geral utilizou se a prova do MMSE e verificou se um efeito principal do tratamento F 1 26 9 154 p 0 006 da 1
19. 100 27 96 4 Estado Civil Solteiros 10 71 4 10 38 5 Situa o Profissional Desemprego 9 64 3 13 48 1 Pris o Efetiva Nunca 8 57 1 19 86 4 VIH Seronegativos 10 71 4 20 95 2 Consumos Injetados Nunca 8 57 1 Tratamentos Anteriores Sim 9 64 3 Partilha de Material de Consumo Nunca 7 50 Regularidade de Consumo de Alcool Todos os Dias 21 91 3 Toxicodependentes Alco licos M DP M DP Escolaridade M dia 11 8 3 1 10 0 3 2 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida MI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Idade M dia 39 6 10 3 44 4 13 5 Total de Anos de Consumo 23 3 8 8 15 3 13 4 Consumo de Cocaina 20 25 11 5 Consumo de Hero na 18 1 10 5 Consumo de Can bis 18 6 7 6 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida IV Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 3 Compara o entre o grupo dos toxicodependentes e o grupo dos alco licos no desempenho dos testes neuropsicol gicos no per odo anterior a interven o Provas Cognitivas Toxicodependentes Alco licos M DP M DP t MMSE 28 2 1 6 26 4 3 3 107 D48 19 4 8 6 12 9 9 2 E
20. 2 1 2 2 2 1 1 2 GO NO GO Controlo inibit rio Bata palmas uma s vez quando eu bater palmas uma s vez mas n o bata palmas quando eu bater palmas duss vezes fazer 3 vezes com 1 1 1 outra com 2 2 2 para ver se o paciente percebeu TESTE 1 1 2 1 2 2 2 1 1 2 Comportamento de Preens o Autonomia Ambiental N o agarre as minhas m os O examinador leva as suas m os perto das m os do paciente colocar as m os do paciente com as palmas viradas para cima nos joelhos do mesmo e toque nas m os do paciente Repetir as instru es fazer de novo e ver se o paciente tira as m os Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXIX Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo VI TP Toulouse Pier n Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXX Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo VII CTT 1 e 2 Color Trail Test a Color Trails 1 8 by Louis F D Elia PhD and Paul Satz PhD Form A i di 0 0 0 0 0 0 PAR rectatagica Assessment Resources tac PO Bos FE Cueca 11 18556 Toller Es DISTA Copy O
21. 3 168 3 74 4 168 8 61 9 43 405 1 113 TP Omiss es 53 9 45 6 36 29 1 42 8 30 7 52 2 45 4 125 3 633 TP RT 57 3 98 6 91 3 56 4 124 9 93 9 115 72 2 21 455 4 975 TP ID 94 136 1 34 9 31 6 38 2 41 3 36 9 42 7 5 276 6 063 TP RTC 2 1 1 2 22 1 1 3 1 5 2 8 1 3 9 53 601 TP IDCCC 2 8 5 2 6 El 2 6 o 2 6 6 068 337 TP IDCRF 4 4 1 2 4 1 4 4 1 2 4 1 3 394 394 FCR TC 431 1 266 9 341 3 181 275 1 150 1 252 2 97 8 17 638 1 313 FCR PTC 23 1 7 6 27 2 8 9 24 9 TS 28 6 8 8 1 524 025 FCR TM 224 4 132 7 210 8 135 2 200 9 79 9 147 4 68 5 2 29 481 FCR PTM 8 3 5 11 4 7 4 12 5 6 4 13 6 7 9 11 64 1 332 CTT 1 Tempo 104 4 50 74 5 51 6 71 8 37 7 67 4 37 5 5 994 2 491 CTT 1 NE 4 7 i 2 0 0 al 2 A be 348 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XVII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias CTT 1 NQF 5 8 0 0 1 4 1 2 3 252 5 562 CTT 1 Prompts 4 5 3 6 wl 4 2 a 2 493 458 CTT 2 Tempo 203 8 118 6 163 7 91 5 158 3 75 134 58 3 8 02 351 CTT 2 NE 1 1 1 9 1 3 4 5 5 8 6 298 501 CTT 2 NQF 5 8 o T o 5 1 o 1 453 O18 CTT 2 Prompts 21 2 1 4 1 7 1 5 1 5 8 2 3 934 002 p lt 0 05 p lt 0 01 p lt 0 001 Legenda RT Rendimento de Trabalho ID ndice de Dispers o RTC Rendimento de Trabalho por Categoria
22. 47 1 6 9 43 9 9 9 49 4 6 9 Tabela 8 An lise por Net nos Toxicodependentes para Avalia o Inicial Controlo Controlo Net 1 Net 2 Net 3 Net 5 M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 52 9 11 4 48 3 9 9 48 2 11 2 45 6 11 2 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 9 An lise por Deck nos Toxicodependentes para Avalia o Inicial PEC PEC Deck 1 Deck 2 Deck 3 Deck 4 M DP M DP M DP M DP Percentil Corrected 4 1 1 4 5 0 4 8 6 4 9 3 Tabela 10 An lise por Deck nos Toxicodependentes para Avalia o Inicial Controlo PEC Deck 1 Deck 2 Deck 3 Deck 4 M DP M DP M DP M DP Percentil Corrected 4 6 9 4 8 6 4 8 T 4 7 8 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XIV Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 11 An lise por Net nos Toxicodependentes para Avalia o Final PEC PEC Net 1 Net 2 Net 3 Net 5 M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 55 2 10 9 50 3 9 7 53 1 9 2 54 1 74 Tabela 12 An lise por Net nos Toxicodependentes p
23. ANP para a 2 ANP n o se verificou no entanto intera o entre o tratamento e o PEC Este resultado indica que o PEC n o exerceu um efeito nos melhores desempenhos avaliadas pelo MMSE Para avaliar as fun es executivas utilizou se prova da FAB onde se verificou um efeito da intera o entre as vari veis tratamento e PEC F 1 26 13 619 p 0 001 e melhores desempenhos do primeiro momento para o segundo momento avaliativo ou seja ocorreu influ ncia do PEC nos resultados superiores obtidos Para avalia o da intelig ncia geral usou se a prova do D48 onde ocorreu um efeito principal do tratamento F 1 24 6 034 p 0 022 do primeiro para o segundo momento de avalia o desta forma n o ocorreu influ ncia do PEC pois n o se verificou intera o entre as vari veis tratamento e PEC Para avaliar a aten o utilizou se o CTT 1 e 2 e o TP Na prova do CTT 1 para a dimens o do tempo ocorreu um efeito principal do tratamento F 1 26 5 994 p 0 021 da 1 ANP para a 2 ANP pois ocorreu uma diminui o desta dimens o N o se verificou no entanto a intera o entre o tratamento e o PEC ou seja influ ncia deste nos resultados obtidos Para a dimens o n mero de erros ocorreu a diminui o do primeiro momento para o segundo momento de avalia o nesta dimens o surgiu assim um efeito principal do tratamento com uma tend ncia para a signific ncia F 1 26 3 757 p 0 064 Para a dimens o n mero de quase falhas
24. Aplicada gratifico o privil gio que tive em frequentar este mestrado que muito contribuiu para o enriquecimento da minha forma o acad mica e cient fica Por toda a confian a e oportunidades dadas que enalteceram os meus conhecimentos e sem d vida muito despertaram o meu desejo de querer sempre saber mais e a incessante vontade de querer fazer melhor Aos professores do Laborat rio de Psicologia Computacional da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias pela oportunidade de ingressar em v rios projetos desenvolvidos por toda a ajuda prestada disponibilidade e acesso ao laborat rio A Associa o Ares do Pinhal a Casa da Barragem a Casa de sa de do Telhal por permitirem a realiza o deste projeto e pelo total interesse na realiza o do mesmo Expresso tamb m a minha gratid o a todos os utentes que participaram neste projeto que embora no anonimato concederam uma contribui o essencial para que o estudo se concretiza se e para o avan o da investiga o nestas reas de conhecimento A todos os docentes do mestrado mas em especial ao Professor Doutor Bigotte de Almeida e Professora Doutora Manuela Guerreiro por toda a inspira o e conhecimentos transmitidos ao longo da licenciatura e mestrado minha fam lia em especial aos meus pais por acreditarem sempre em mim e naquilo que fa o e por todos os ensinamentos de vida Por serem os meus pilares pelas palavras de incentivo e for a por todo o seu apo
25. Mechtcheriakov 2006 Um indicador cl nico importante da les o encef lica provocada pelo lcool a atrofia cerebelar Kaufman 2001 A atrofia cerebelar assim como a dilata o ventricular e o desempenho cognitivo t m a tend ncia a ficar melhor com a paragem dos consumos pois existe uma rela o entre o per odo sem consumir e o grau de melhora Netrakom 1999 Moselhy 1999 Sobre as altera es funcionais os estudos t m se focado no metabolismo cerebral neste tipo de consumidores analisam as regi es frontais e as suas conex es com outas reas corticais e estruturas como o cerebelo Diversos estudos demostraram altera es significativas do fluxo metabolismo cerebral do c rtex pr frontal atrav s do uso de PET e SPECT Gilman 1990 Adams 1993 1995 Volkow 1997 Tutus 1998 Gansler 2000 Estudos subsequentes em que utilizaram novas t cnicas de imagem demostraram resultados consistentes com esta no o Um estudo em que utilizaram o PET e a RM t m como objetivo melhorar a precis o anat mica das regi es de interesse D o Castellana et al 1998 detetaram altera es do metabolismo no c rtex medial frontal e pr frontal dorsolateral nestes consumidores Estudos mais recentes em que utilizaram a espectroscopia de prot es Ende et al 2005 verificaram uma redu o do metabolismo do c rtex pr frontal dorsolateral na circunvolu o frontal superior e no cerebelo no grupo de consumidores de lcool Por outro
26. Moore S K McMechan A P Mathison S N Berman R F Hannigan J H 2006 Reversal learning after prenatal or early postnatal alcohol exposure in juvenile and adult rats Alcohol 38 2 99 110 Ong W Y Mackie K 1999 A light and electron microscopic study of the CBI cannabinoid receptor in primate brain Neuroscience 92 1177 1191 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 94 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Osterrieth P A 1945 Le Test de Copie d une Figure Complexe Archives de Psychologie 30 204 353 Parsons O A 1987 Neuropsychological consequences of alcohol abuse Many questions some answers Neuropsychology of alcoholism Implications for diagnosis and treatment New York 1153 75 Parsons O A 1998 Neurocognitive d fices in alcoholics and social drinkers a continuum Alcoholism Clinical and Experimental Research 22 4 954 961 Pasternak G W 1993 Pharmacological mechanisms of opioid analgesics Clinical Pharmacology 16 1 18 Patr cio L D 1997 Face droga como re agir Lisboa Cole o Projeto Vida Paul Brown D amp Ricker J H 2003 Evaluating and treating communication and cognitive disorders approaches to referral and collaboration for speech language pathology and c
27. PEC no surgimento de diferen as significativas ao n vel da mem ria e tomada de decis o para os alco licos fun es executivas e tomada de decis o para os toxicodependentes Especificando para cada grupo um tipo de PEC que se foque mais nas reas ao qual n o se obteve resultados significativos Deste modo poderia ser uma mais valia alargar os PEC at aos cinco meses e realizar reavalia es de forma a compreender se esse aumento de tempo influ ncia os resultados de forma positiva Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 77 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Bibliografia APA American Psychiatric Association 1994 Diagnostic and statistical manual of mental disorders 4th ed DSM IV Washington American Psychiatric Association Aasly J Storsaeter O Nilsen G Smevik O amp Rinck P 1993 Minor structural brain changes in young drug abusers A magnetic resonance study Acta Neurolgica Scandinavica 87 210 214 Adams K M Gilman S Koeppe R A Kluin K J Brunberg J A Dede D Berent S Kroll P D 1993 Neuropsychological deficits are correlated with frontal hypometabolism in positron emission tomography studies of older alcoholic patients Alcoholism Clinical and Expperimental Research 17 205 210
28. Pharmacology and Experimental Therapeutics 291 409 415 Volkow N D Fowler J S and Wang G J 2004 The addicted human brain viewed in the light of imaging studies brain circuits and treatment strategies Neuropharmacology 47 1 3 13 Volkow N D Fowler J S Wang G J Hitzerman R Logan J Schlyer D J Dewey S L Wolf A P 1993 Decreased dopamine D2 receptor availability is associated with reduced frontal metabolism in cocaine abusers Synapse 14 169 177 Volkow N D Gillespie H Mullani N Tancredi L Grant C Valentine A Hollister L 1996 Brain glucose metabolism in chronic marijuana users during baseline and during marijuana intoxication Psychiatry Research 67 29 38 Volkow N D Wang G J Fowler J S Logan J Gatley S J Hitzemann R Chen A D Pappas N 1997 Decreased striatal responsivity in detoxified cocaine abusers Nature 386 830 833 Volkow N D Wang G J Maynard L Fowler J S Jayne B Telang F Logan J Ding Y S Gatley S J Hitzemann R Wong C Pappas N 2002 Effects of alcohol detoxification on dopamine D2 receptors in alcoholics a preliminary study Psychiatry Research 116 163 172 Wallace E A Wisniewski G Zubal G Vandyck C H Pfau S E Smith E O et al 1996 Acute cocaine effects on absolute cerebral blood flow Psychopharmacol 128 17 20 Wang G J Volkow N D Fowler J S Logan J Hitzemann R J
29. Ro PA FAB 14 3 2 8 13 9 3 3 582 TP Acertos 200 1 54 124 6 49 4 6 538 TP Omiss es 46 7 39 6 41 34 5 685 TP RT 152 3 72 7 81 9 70 3 4 464 TP ndice de Dispers o 26 8 28 8 51 2 77 9 1 646 n s TP RTC 3 4 1 3 22 1 1 4 305 TP IDCCC 2 5 6 2 6 6 861 n s TP IDCRF 3T 1 4 4 1 1 4 1 062 n s FCR Tempo de C pia 250 4 282 1 366 4 208 6 1 854 n s FCR PTC 29 3 5 3 26 2 8 5 1 837 FCR Tempo de Mem ria 144 2 69 3 214 6 131 8 2 52 n s FCR PTM 14 5 6 1 10 4 6 5 3 025 CTT 1 Tempo 53 9 20 5 86 3 54 2 3 138 n s CTT 1 N mero de Erros 3 6 3 8 089 CTT 1 NQF ll 3 A 4 436 n s CTT 1 Prompts l 4 3 5 1 899 n s CTT 2 Tempo 109 6 35 6 179 4 100 3 3 657 n s CTT 2 N mero de Erros 4 7 9 1 2 2 135 n s CTT 2 NQF 3 A a 1 959 n s CTT 2 Prompts 3 T 1 6 1 8 3 683 n s p lt 0 05 p lt 0 01 p lt 0 001 Legenda RT Rendimento de Trabalho RTC Rendimento de Trabalho por Categoria Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida V Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias IDCCC ndice de Dispers o por Categoria e Capacidade de Concentra o IDCRE ndice de Dispers o por Categoria e Resist ncia Fadiga PTC Pontua o Total da C pia PTM Pontua o Total da Mem ria NQF N mero de Quase Falhas
30. Woicik P A Moeller S J Alia Klein N Maloney T Lukasik T M Yeliosof O Wang G J Volkow N D Goldstein R Z 2009 The Neuropsychology of cocaine addiction recente cocaine use masks impairment Neuropsychopharmacology 34 5 1360 Wood P K Sher K J Bartholow B D 2002 Alcohol use disorders and cognitive abilities in toung adulthood prospective study Journal of Consulting and Clinical Psychology 70 4 897 907 Woods B Aguirre E Spector A E Orrell M 2012 Cognitive Stimulation to improve Cognitive Functioning in People with Dementia Review The Cochrane Library 3 Woolverton W L Johnson K M 1992 Neurobiology of cocaine abuse Trends in Pharmacological Sciences 13 193 200 Yohman T R Schaeffer K W Parsons O A 1988 Cognitive Training in Alcoholic Men Journal of Consulting and Clinical Psychology 56 1 67 72 Zangwill O 1947 Psychological aspects of rehabilitation in cases of brain injury British Journal of Psychology 37 60 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 102 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Ap ndice Tabela 1 Caracteristicas demogr ficas da amostra geral por grupo Toxicodependentes Alco licos N 74 N 29 N
31. activation in marijuana smokers Life Sciences 60 2075 89 Matochik J A Eldreth D A Cadet J L Bolla K I 2005 Altered brain tissue composition in heavy marijuana users Drug Alcohol Dependence 77 23 30 Matochik J A London E D Eldreth D A Cadet J L Bolla K I 2003 Frontal cortical tissue composition in abstinent cocaine abusers a magnetic resonance imaging study Neuroimage 19 1095 1102 Mazmanian P E Kreutzer J S Devany C W Martin K 0 1993 A survey of accredited and other rehabilitation facilities Education training and cognitive rehabilitation in brain injury programmes Brain injury 7 319 331 McBride W J 2002 Central nucleus of the amygdala and the effects of alcohol and alcohol drinking behavior in rodents Pharmacology Biochemistry and Behavior 71 509 515 McLellan D L 1991 Functional recovery and the principles of disability medicine London Churchill Livingstone 768 790 Mechtcheriakov S Brenneis C Egger K Koppelstaetter F Schocke M Marksteriner J 2006 A wide spread distinct pattern of cerebral atrophy in patients with alcohol Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 92 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias addiction revealed by voxel based morpho
32. ao n vel da popula o total e a segunda na popula o jovem adulta com taxas elevadas de consumos continuados no ano de 2007 As mulheres apresentam consumos desta subst ncia mais baixos em rela o aos homens bem como taxas de consumos continuados mais baixos As regi es que registaram uma maior preval ncia do consumo de cannabis foram o Algarve e Lisboa IDT 2011 J a heroina opiaceos os relat rios indicam que o consumo desta subst ncia tem diminu do em compara o com as outras drogas apesar de ser a principal droga mesclada nos consumos herm ticos Registou se um aumento dos consumos de hero na entre 2001 e 2007 ao longo da vida na popula o total de 0 7 para 1 1 e uma estabiliza o na popula o jovem adulta 1 1 em 2001 e 2007 Relativamente s taxas de continuidade de consumos entre 2001 e 2007 verificou se uma diminui o na popula o total 28 2 para 34 6 No sexo masculino o consumo desta subst ncia mais elevada do que no sexo feminino embora estas ostentem uma elevada taxa de consumos continuados As regi es de Lisboa Alentejo e o Algarve apresentam uma preval ncia acima da m dia do consumo de hero na em 2007 IDT 2011 A coca na ao longo dos tempos tem adquirido cada vez mais visibilidade e procura a n vel dos consumos problem ticos esta advoga um papel de destaque muitas vezes agregada ao consumo da hero na Em 2007 a coca na surgiu em segundo lugar como a droga mais procurada pel
33. aumento do metabolismo regional no c rtex pr frontal dorsolateral na am gdala e no cerebelo Esse aumento correlaciona se com o craving desencadeado pela estimula o audiovisual nos dependentes de coca na o que n o ocorre no grupo de controlo Grant 1996 Outro estudo em que utilizaram RMf verificou se uma ativa o significativa no c ngulo anterior e no c rtex pr frontal dorsolateral esquerdo em dependentes de coca na onde ocorreu uma correla o com a intensidade do craving Maas 1998 Por fim um estudo em que utilizaram o PET verificaram um aumento do fluxo sangu neo no cingulo anterior e na amigdala durante o craving desencadeada por estimula o audiovisual neste tipo de consumidores Childress 1999 Ao comparar ambos os grupos n o se observaram diferen as significativas no que concerne a ativa o em reas como o c rtex pr frontal dorsolateral cerebelo t lamo e c rtex visual Childress 1999 Nestes tr s estudos as diferen as observadas nos padr es de ativa o poder o ser explicadas devido ao uso diversificado de t cnicas de imagem Maas 1998 Por outro lado os estudos que se centram no funcionamento dos sistemas neuroqu micos focam se nos circuitos dopamin rgicos Estes estudos sugerem que a altera o que ocorre devido ao consumo de coca na est associado neuroadapta o induzida pela sobre estimula o das vias dopamin rgicas e consequentemente da hipoativa o ou esg
34. by TC Bicisate Spect and executive function d fices to predicting treatment outcome in alcohol dependent patients Alcohol amp Alcoholism 37 347 354 OMS Organiza o Mundial da Sa de 1992 The ICD 10 classification of mental and behavioural disorders clinical descriptions and diagnostic guidelines Geneva World Health Organization OMS Organiza o Mundial da Sa de 1998 International classification of impairments disabilities and handicaps 2nd ed Geneva World Health Organisation OMS Organiza o Mundial da Saude 2004 Neuroci ncias consumo e depend ncia de subst ncias psicoativas Resumo Genebra OMS OMS Organiza o Mundial de Sa de 1994 Glosario de t rminos de alcohol y drogas Madrid Ministerio de Sanidad y Consumo OMS Organiza o Mundial de Sa de 2007 Neuroci ncias do Uso e da Depend ncia de Subst ncias Psicoativas 1 Edi o S o Paulo Editora Roca OMS Organiza o Mundial de Sa de 1981 Bulletin of the World Health Organization 59 2 225 245 O Neill J Cardenas V A amp Meyerhoff D J 2001 November Effects of abstinence on the brain Quantitative MRI and MR spectroscopic imaging in chronic alcohol abuse Alcoholism Clinical and Experimental Research 25 11 1673 1682 O Brien C P 2001 Drug addiction and drug abuse In Goodman and Gilman s The pharmacological basis of therapeutics 10th ed NewYork McGraw Hill 621 667 O Leary
35. com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias dos est mulos associados droga est relacionado com o comportamento compulsivo e a vulnerabilidade reca da na depend ncia Robinson amp Berridge 1993 2001 2003 Assim esta teoria explica v rias quest es sobre a depend ncia onde integram os conhecimentos neurofisiol gicos do mecanismo das drogas com os fundamentos comportamentais Apesar de ser incompleta no que diz respeito aos processos operantes relacionados com o comportamento do dependente A Teoria Neurobiol gica desenvolvida por Peter W Kalivas e seus colaboradores integra as duas teorias descritas anteriormente a Teoria Comportamental da Depend ncia como Escolha de Heyman 1996 e a Teoria da Sensibiliza o do Incentivo de Robinson e Berridge 1993 2001 2003 Ambas as teorias descrevem as drogas psicoativas como est mulos que atuam sobre os comportamentos adaptativos mas devido s suas particularidades de a o sobre o SNC podem surgir padr es de conduta pouco adaptativos caracter sticos da depend ncia Mencionam tamb m que a utiliza o repetida de drogas ir provocar modifica es no sistema nervoso nas vias dopamin rgicas e glutamat rgicas que levam diminui o do est mulo refor ador e ampliam a resposta a est mulos relacionados com as drogas alteram o comportamento de escolha Kalivas amp Hu 2006 Kalivas Volkow amp Seamans 2005 Kalivas amp Volkow 2005 Esta teor
36. como Escolha e a Teoria da Sensibiliza o do Incentivo O modelo da Depend ncia de Drogas como Escolha foi formulado por Heyman 1996 este referiu que a depend ncia pode ser vista como m todo em que o consumo consecutivo de drogas proporciona um desinteresse progressivo de determinadas atividades trabalho fam lia etc em rela o s atividades relacionadas com o consumo de subst ncias Heyman 1996 menciona que os indiv duos que consomem menos vezes drogas e realizam outras atividades utilizam estrat gias de otimiza o obten o de maior quantidade do refor o Por outro lado quem opta por consumir v rias vezes drogas mostra um padr o de depend ncia utilizando estrat gias de benef cios pois s o controlados pelo refor o imediato do consumo Segundo este autor as estrat gias de otimiza o aumentam quando as consequ ncias das condutas s o remotas no tempo mas quando o refor o imediato as estrat gias de benef cios aumentam Deste modo as hip teses que orientam a escolha variam bem como a prefer ncia e as caracter sticas das op es Uma limita o da teoria de Heyman 1996 n o elucidar o papel das aprendizagens correspondentes ao comportamento do dependente como tamb m n o incluir indicadores descobertos pelas neuroci ncias sobre as mudan as provocadas pela administra o repetida de drogas no SNC A Teoria da Sensibiliza o do Incentivo sugerida por Robinson e Berridge 1993 2001 2003 co
37. constitu da por sete provas 1 E S S Epworth Sleepiness Scale Murray 1991 2 FAB Bateria de Avalia o Frontal Dubois Slachevsky Litvan amp Pillon 2000 3 TP Toulouse Pier n Toulouse amp Pier n 1904 4 CTT Color Trail Test D Elia Statz Uchiyama amp White 1996 5 EMW Escala de Mem ria de Wechsler Algarismos em Ordem Inversa Wechsler 1987 6 WCST Wisconsin Card Sorting Test Berg 1948 Grant amp Berg 1948 Heaton Chelune Talley Ray amp Curtiss 1993 7 SCL 90 R Symptom Checklist 90 Revised Lipman Derogatis amp Covi 1973 Derogatis 1994 No entanto apenas ser o descritos e a presentados alguns dos testes mais importantes para a realiza o do presente estudo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 53 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias 3 2 1 MMSE Mini Mental State Examination O MMSE Mini Mental State Examination Folstein Folstein amp McHugh 1975 adaptado para a popula o portuguesa por Guerreiro Silva Botelho Leit o Castro Caldas amp Garcia em 1994 um breve question rio de rastreio cognitivo que avalia as fun es cognitivas superiores considerado uma prova f cil de aplica o e interpreta o sendo til para a dete o d
38. cortex revealed in alcohol and stimulant abusers Neuropsychologia 39 376 389 Bechara A Damasio H Tranel D Anderson S W 1998 Dissociation of working memory from decision making within the human prefrontal cortex Journal Neurocience 18 428 437 Becker J T Butters N Hermann A D Angelo N 1983 A comparison of the effects of long term alcohol abuse and aging on the performance of verbal and nonverbal divided attention tasks Alcoholism Clinical and Experimental Research 7 2 213 9 Begleiter H Porjesz B Litke A Zhang X L 1997 Electrophysiological Evidence of Memory Impairment in Alcoholic Patients Biological Psychiatry 42 1157 1171 Berg E A 1948 A simple objective technique for measuring flexibility in thinking Journal of General Psychology 39 15 22 Bergeret J 1996 La personnalit normale et pathologique Paris Bjork J M Grant S J Hommer D W 2003 Cross sectional volumetric analysis of brain atrophy in alcohol dependence effects of drinking history and comorbid substance use disorder American Journal of Psychiatry 160 11 2038 2045 Block R I O Leary D S Hichwa R D Augustinack J C Pontp L L Ghoneim M M Ehrhard J C Hurtig R R Watkins G L Hall J L Nathan P E Andreasen N C 2000 Cerebellar hypoactivity in frequent marijuana users Neuroreport 11 749 53 Bolla K I Brown K Eldreth D Tate K Cadet J L
39. e Tecnologias coordenado pelo Professor Doutor Pedro Gamito Com o objetivo estimular a aten o mem ria tomada de decis o velocidade de processamento e o racioc nio Sendo eles a Slot Machine em que o objetivo no menor tempo poss vel reproduzir a sequ ncia que vai aparecer no topo no local indicado pela seta vermelha O jogo da Mem ria que tem como objetivo encontrar os pares de cartas este jogo tem dois n veis o primeiro tem dispon veis quarenta e cinco segundos para encontrar oito pares e no segundo n vel tem de descobrir dezoito pares em cento e cinquenta segundos Por fim o jogo dos Flocos de Neve em que o objetivo selecionar a palavra que corresponde imagem que surge na placa no menor tempo poss vel No grupo dos alco licos quem realizou as avalia es neuropsicol gicas e a aplica o dos PEC foram alunos em est gio acad mico do mestrado de Neuropsicologia Aplicada na Casa de Sa de do Telhal O procedimento utilizado neste grupo foi na primeira semana de cada m s mais propriamente no primeiro dia ocorreu a entrada de utentes para o tratamento Desta forma pediu se a colabora o volunt ria dos mesmos explicou se todo o processo de avalia o que se iria proceder garantiu se a confidencialidade e o anonimato assinou se no fim o consentimento informado Anexo IX Nessa mesma semana mais concretamente ao segundo dia aplicou se em grupo o Mini Mult e a Escala do Sono e individualmente a p
40. end genos O Brien 2001 O aumento na dopamina mesol mbica considerado cr tico para os efeitos do refor o das subst ncias psicoativas Estudos de imagem sobre o metabolismo cerebral demostram que o lcool eleva o metabolismo no c rtex temporal esquerdo e baixa a atividade metab lica nas regi es occipitais Wang 2000 1 1 3 Teorias Atuais Existem v rias teorias atuais sobre a depend ncia de drogas l citas como il citas exemplo disso s o a Teoria Biol gica Psicol gica Social Neurobiol gica Comportamental entre outras Em seguida ser o apresentadas a Teoria Comportamental da Depend ncia da Droga como Escolha a Teoria Neurobiol gica e a Teoria Biol gica A Teoria Comportamental da Depend ncia de Droga como Escolha refere que uma escolha pode ser explicada como um acontecimento ambiental ao qual est dispon vel mais do que uma op o Rachlin 1997 tendo em conta uma situa o de escolha um determinado comportamento pode ser realizado em detrimento de outro Villiers amp Herrnstein 1976 De Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 25 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias forma a explicar a Teoria Comportamental da Depend ncia de Droga como Escolha necess rio abordar o Modelo da Depend ncia de Drogas
41. faz parte de programas interdisciplinares abrangentes quando aplicado corretamente baseia se em s lidos conceitos te ricos cient ficos e Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 43 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias estrat gicos com abordagens extra das de disciplinas como as neuroci ncias neuropsicologia neurobiologia neurolingu stica desenvolvimento cognitivo e neuroci ncias cognitivas Mazmanian 1993 Paul Brown amp Ricker 2003 Ashley 2006 1 2 3 Reabilita o Neuropsicol gica A Reabilita o Neuropsicol gica considerada um componente da reabilita o cognitiva mas muito mais ampla e ativa que pretende proporcionar uma melhor qualidade de vida quer a n vel f sico como nos aspetos psicol gicos e sociais vila amp Miotto 2002 vila 2003 Pois foram inclu das no mbito da reabilita o n o s vari veis de natureza cognitivas como tamb m afetivo comportamentais e psicossociais que incidem sobre as reas onde as dificuldades cognitivas impedem o bem estar do dia a dia dos sujeitos vila 2003 Este tipo de reabilita o visa a restrutura o das fun es implementa o de estrat gias compensat rias e modifica o do meio ambiente Estes podem ser integrados como abordagens voltadas para
42. nos v rios dom nios cognitivos avaliados para o grupo dos alco licos e 3 Avaliar o impacto do PEC no grupo dos toxicodependentes nos dom nios cognitivos avaliados Para cada objetivo espec fico foi formulado uma hip tese neste caso a hip tese relativa ao primeiro objetivo foi a seguinte esperado que o grupo dos alco licos apresentem um pior desempenho nos dom nios avaliados pelos testes neuropsicol gicos antes da interven o do que o grupo dos toxicodependentes Relativamente ao segundo e terceiro objetivo espec fico as hip teses formuladas foram conjuntas para estes objetivos nomeadamente 1 esperado que ambos os grupos apresentem melhor desempenho nos testes de aten o ap s a realiza o do PEC 2 expect vel que ambos os grupos apresentem melhor rendimento nos testes de mem ria ap s a execu o do PEC 3 esperado que ambos os grupos apresentem uma tomada de decis o mais eficaz ap s a aplica o do PEC e 4 igualmente expect vel que ambos os grupos apresentem melhor desempenho nas fun es executivas ap s aplica o do PEC Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 50 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Cap tulo 3 M todo 3 1 Participantes Para a realiza o deste estudo foram recrutados 179 pa
43. obteve resultados positivos o que poder indicar um importante avan o na luta contra a toxicodepend ncia Schlosburg 2013 1 1 2 2 Drogas Licitas 1 1 2 2 1 Benzodiazepinas As benzodiazepinas fazem parte do grupo dos f rmacos ansiol ticos que s o medicamentos depressores do SNC que operam sobre a ansiedade e a tens o T m como principal objetivo terap utico reduzir a ansiedade do indiv duo a o miorrelaxante e sedativa sem que as fun es ps quicas e motoras sejam afetadas Este tipo de subst ncia pode causar depend ncia caso seja tomado durante longos per odos de tempo atualmente em alguns casos est a ser utilizada para consumo regular e constante e n o apenas como f rmaco Guedes 2008 Esta subst ncia pode ser administrada oralmente c psulas ou comprimidos e ampolas ou via injet vel Os mecanismos de a o desta subst ncia envolvem o GABA que um neurotransmissor inibit rio mimetiza o GABA que est presente no SNC e que atua sobre os recetores espec ficos denominados GABA A GABA B GABA C Especificamente as benzodiazepinas atuam apenas sobre os recetores GABA A e exercem a sua a o atrav s do aumento por facilita o da atividade inibit ria gaba rgica e a frequ ncia da abertura do canal de cloro N o alteram a condut ncia da mesma ou o tempo de abertura do canal e a redu o da atividade dos neurotransmissores excitat rios dopamina noradrenalina e serotonina Atrav s do agonista dos
44. palmar tremor fino nas extremidades vertigens desequil brios e suores Pode tamb m surgir a tosse cr nica taquicardia c ibras musculares dores abdominais e v mitos matinais Por outro lado podem apresentar um conjunto de sintomas f sicos e psicol gicos Os sintomas f sicos ocorrem como pequenos sinais de abstin ncia que podem ser neuromusculares como por exemplo tremores c ibras ou parestesias digestivas como as n useas ou v mitos neurovegetativas como os suores taquicardia ou hipotens o ortost tica e por fim ps quicas como a ansiedade humor depressivo irritabilidade ins nias ou pesadelos A toler ncia considerada um sintoma latente que ocorre com uma resist ncia ao lcool Sanchez 1982 Silveira 1997 Ducan 2004 Os sintomas psicol gicos apresentam tr s elementos 1 altera es do comportamento 2 a perda do controle e 3 o desejo intenso em consumir Jelliwek 1960 Ramos 2004 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 19 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias No que concerne s etapas e causas do consumo do alcoolismo as etapas est o divididas em tr s 1 Alcoolismo agudo em que ocorre uma ingest o de uma grande quantidade de lcool num dado dia ou num per odo curto de tempo pode ocorrer desde uma exc
45. panorama of opiod related cognitive dysfunction in patients with cancer Cancer 94 1836 5183 Lane S D Cherek S D Tcheremissine O V Lieving L M Pietras C J 2005 Acute marijuana effects on human risk taking Neuropsychopharmacology 30 800 80 Leitz J R Morgan C J A Bisby J A Rendell P G Curran V 2009 Global impairment of prospective memory following acute alcohol Psychopharmacology 205 3 379 387 Lex B W Lukas S E Greenwald N E Mendelson J H 1988 Alcohol induced changes in body sway in women at risk for alcoholism a pilot study Jornal of Studies on Alcohol and Drugs 49 4 346 356 Lieber C S 2000 Alcohol and the Liver metabolism of alcohol and its role in hepatic and extrahepatic diseases Monte Sinai Journal of Medicine 67 1 84 94 Lieber C S 2004 Alcoholic fatty liver its pathogenesis and mechanism of progression to inflammation and fibrosis Alcohol 34 9 19 Lim K O Choi S J Pomara N Wolkin A Rotrosen J P 2002 Reduced frontal white matter integrity in cocaine dependence a controlled diffusion tensor imaging study Biological Psychiatry 51 890 895 Lingford Hughes A R Wilson S J Cunningham V J Feeny A Stevenson B Brooks D J Nutt D J 2005 Demonstrando a fun o dos receptores GABA benzodiazep nico alterado no homem usando um estudo de farmacodin mica PET combinado Psychopharmacology 180 595 606 Lipman R
46. recetores GABA A ocorre um aumento da a o inibitoria GABA nas proje es da amigdala Guedes 2008 1 1 2 2 2 lcool As bebidas alco licas lcool et lico ou etanol s o consumidas em todo o mundo s o produzidas pela fermenta o e destila o de produtos agr colas O etanol praticamente usado via oral e rapidamente absorvido pelo intestino delgado para o sangue Jacobs 1987 A metaboliza o que ocorre atrav s da passagem pela lcool desidrogenase g strica e em seguida hep tica leva diminui o da biodisponibilidade do etanol Enquanto a variabilidade gen tica e o g nero poder o explicar as diferen as individuais dos n veis de lcool no sangue Os efeitos do etanol diferem muito de pessoa para pessoa devido varia o gen tica das enzimas que participam na metaboliza o do lcool pode ou n o levar ao desenvolvimento da depend ncia do lcool A dose a velocidade de digest o a massa corporal n vel sangu neo de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 24 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias lcool e o tempo desde a dose pr via s o igualmente fatores que influenciam os efeitos do lcool O lcool apresenta efeitos no comportamento bif sico ou seja em doses mais elevadas as fun es cogni
47. sangu neo e o metabolismo cerebral detetaram redu es no funcionamento de diversas regi es corticais com peculiar implica o no c rtex frontal Dano et al 1998 verificaram uma redu o no fluxo cerebral do c rtex frontal em consumidores de opi ceos durante a paragem de consumos Em oposi o com os sinais de recupera o ligados a abstin ncia Gerra et al 1998 mostraram a ocorr ncia de redu es do metabolismo no c rtex pr frontal e temporal em consumidores de opi ceos em abstin ncia durante pelo menos quatro meses Apesar de que a interpreta o destes resultados est circunscrita pela presen a de transtornos psicopatol gicos na amostra A an lise dos n veis de disponibilidade de transportadores e recetores do sistema de neurotransmissores e da concentra o de metabolitos espec ficos tamb m t m originado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 36 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias resultados interessantes em consumidores de opi ceos Wang et al 1997 estudaram a ocupa o dos recetores dopamin rgicos em resposta a administra o de racloprida em que utilizaram o PET Neste estudo observaram que os consumidores de opi ceos hero na e metadona ostentam redu es significativas nos n veis de recetores dop
48. tamb m cognitivo 1 1 5 1 Canabin ides Estudos sobre as altera es estruturais neste tipo de consumidores durante v rias d cadas fracassaram Co 1977 Hannerz 1983 Kuehnle 1977 At mesmo estudos mais recentes em que utilizaram a RM descartaram a hip tese de altera es nos consumidores de coca na Block 2000 Com o avan o excecional das t cnicas de imagem durante os ltimos anos e o estudo de popula es mais espec ficas possibilitaram mostrar altera es estruturais leves nas popula es de adolescentes e adultos jovens que det m um consumo pesado desta droga Pope 2001 Bolla 2002 Verdejo Garcia 2005 De acordo com a no o da idade de in cio de consumo Wilson et al 2000 detetaram uma redu o do volume da subst ncia cinzenta e um aumento do volume da subst ncia branca em consumidores de canabin ides que iniciam o uso da droga antes dos dezassete anos Por outro lado um estudo recente em que utilizaram a MBV numa popula o de consumidores severos da subst ncia depararam se com a exist ncia de mudan as focais em v rias regi es cerebrais de interesse Matochik 2005 Estas altera es abarcam redu es na densidade do tecido da subst ncia cinzenta na circunvolu o hipocampal direita e esquerda e um aumento da densidade do tecido da subst ncia branca no c rtex parietal e temporal da circunvolu o fusiforme e parahipocampal Correla es efetuadas demostram rela es diretas significativa
49. tempo total da realiza o dos desenhos Realiza se uma avalia o qualitativa tipo e estado do desenho e quantitativa pontos e tempo do desenho Anexo III 3 2 4 IGT Iowa Gambling Task O IGT Iowa Gambling Task Bechara Dam sio Tranel amp Anderson 1998 um teste realizado em computador tendo como objetivo avaliar as fun es executivas e a tomada de decis o S o apresentados quatro baralhos de cartas nomeados de A a D em que o indiv duo escolhe e clica numa carta de cada vez e o computador automaticamente indica se ganhou ou perdeu dinheiro Pois aparece uma mensagem no centro do ecr e um som id ntico a uma m quina de casino No topo do ecr est o duas barras uma verde que indica o dinheiro que ganho ou perdido e uma barra a vermelho que indica o dinheiro que emprestado Para iniciar 0 jogo o sujeito tem a seu dispor 2000 se perder esse dinheiro o computador volta a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 55 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias emprestar essa mesma quantia O teste termina quando o computador mandar parar atrav s de uma nova mensagem no centro do ecr tendo uma dura o de aproximadamente quinze minutos O teste deve de ser aplicado a sujeitos com mais de dezoito anos e
50. total na copia no CTT 1 nas dimens es tempo n mero de erros e prompts e no CTT 2 para as dimens es tempo n mero de quase falhas e prompts no WCST para as dimens es percentagem de ensaios acertos respostas de n vel conceptual e categorias finalizadas Ap ndices Tabela 5 6 4 2 2 Grupo dos Toxicodependentes IGT A Tomada de Decis o foi avaliada pela prova IGT nos dois momentos de avalia o neuropsicol gica antes e depois da interven o A primeira avalia o pela IGT foi levada a cabo pela dimens o relativa pontua o total dos Net de cartas cujos resultados na primeira avalia o demonstraram um efeito de intera o entre as vari veis relativas ao Net 5 n veis Netl vs Net2 vs Ne3 vs Net4 vs Net5 e a vari vel PEC PEC vs Controlos F 1 12 8 053 p 0 015 constatou se que a pontua o por Net difere entre os grupos O mesmo resultado foi obtido para pontua o total t corrigida dos Net F 1 12 7 597 p 0 017 Estes dados traduzem que a pontua o total por Net neste momento avaliativo difere entre ambos os grupos PEC e controlos Este resultado foi de certo modo inesperado uma vez que as diferen as na tomada de decis o seriam esperadas apenas ap s a interven o com PEC Ap ndices Tabela 6 Na dimens o pontua o corrigida na escolha dos Baralhos da IGT na 1 ANP ocorreu um efeito principal do tratamento F 4 288 3 259 p 0 012 mas n o intera o entre as vari
51. verificou se o efeito de intera o entre a vari vel tratamento e o PEC F 1 26 5 562 p 0 0026 da 1 ANP para a 2 ANP pois ocorreu uma diminui o desta dimens o no grupo estimulado verificou se assim a influ ncia do PEC nos resultados obtidos Na prova do CTT 2 para a dimens o tempo observou se um efeito principal do tratamento F 1 26 8 020 p 0 009 do primeiro para o segundo momento de avalia o pois surgiu um decr scimo para a dimens o referida N o se verificou intera o entre as vari veis tratamento e PEC pois n o ocorreu influ ncia do mesmo Para a dimens o n mero de erros ocorreu um decr scimo desta dimens o da 1 ANP para a 2 ANP sendo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 67 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias vis vel o efeito principal do tratamento F 1 26 6 298 p 0 019 n o se verificou no entanto intera o entre o tratamento e o PEC ou seja n o ocorreu influ ncia do PEC no desempenho superior alcan ado Na dimens o dos prompts ocorreu um efeito principal do tratamento F 1 26 3 934 p 0 058 pois obteve se do primeiro momento avaliativo para o segundo momento um decr scimo da dimens o referida mas este resultado n o se relaciona com a influ ncia do PEC Na prova do TP para
52. 00 vi by Proto Menera Portes rx Af regras served bey sot be per a n a F N nr i amy Se A ey ms atas arte cumes cd Pope Areri Mm fe The bee a prij o feet pee aw yee re on ado a o dd usa ce Meer rel sere awe Fe bes Pred e te LISA Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXXI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tr Color Trails 2 No A by Louis F D Elia PhD and Paul Satz PhD 7 Form A Name iD _ Date BO Nd gk ted ct pa 0000008 BAR rorcistogeas tssesmest Resources tec P O fen GS Odewna FE ISSO Tol ree USD LN TEST Copy 6088 1086 by Poperctgos Asset ooe mc Ad gas rena Very et Sd pa A a O qu may tee e ua alias tino paus of Pryrfeengom Assessment Passem fe Thee tee ported tect pra and oios suis oF tdo pa o An ee rere re Berm sare Sere EL ote Pesada te USA Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXXII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo VIII WCST Wisconsin Card Sorting Test eyed WISCONSIN CAR RING TEST SON MANUAL ND TENTANDO LEVISTE A Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola
53. 05 De Bellis 2005 Por outro lado observam se modifica es significativas nas ramifica es da subst ncia branca localizada em diversos setores especialmente anteriores do corpo caloso Schulte 2005 Pfefferbaunm 2006 Estas altera es em particular as da subst ncia branca e cinzenta frontal est o relacionadas com a severidade dos consumos de lcool Pfefferbaunm 1998 De Bruin 2005 Cardenas 2005 De Bellis 2005 Gazdzinsky 2005 Por outro lado t m sido relatadas importantes recupera es ao n vel do volume cerebral associadas durabilidade da abstin ncia nos consumidores principalmente durante os primeiros meses depois de terem sessado os consumos Gazdzinsky 2005 Pfefferbaunm 1995 V rios estudos tem permitido mostrar que os indiv duos dependentes de lcool apresentam uma amplia o dos ventr culos e sulcos perda do volume quer da subst ncia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 37 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias branca quer da subst ncia cinzenta Ocorre um aumento do volume de liquor e uma redu o do tamanho do corpo caloso relacionada com a dura o do consumo de lcool bem como altera es pr frontais e orbitofrontais mesmo ap s a abstin ncia Netrakom 1999 Bechara 2001 Kaufman 2001
54. 11 O objetivo da reabilita o cognitiva habilitar os pacientes e familiares a conviver lidar contornar reduzir ou superar os d fices cognitivos problemas comportamentais e transtornos de personalidade resultantes de les o neurol gica focam se especialmente na melhoria das fun es cognitivas McLellan 1991 Wilson 2008 Variam de acordo com a etiologia extens o e gravidade da les o no c rebro o tempo de tratamento as diferen as individuais na capacidade cognitiva e de personalidade desempenho acad mico e profissional a fase de recupera o e as perspetivas para a restrutura o ou compensa o de um problema Paul Brown amp Ricker 2003 Pretendem recuperar a fun o cognitiva de um dominio ou de um conjunto de dominios ensinam estrat gias compensat rias para superar problemas espec ficos melhorar o desempenho de uma atividade espec fica ou generalizar as v rias atividades Ashley 2006 Um programa de reabilita o cognitiva baseia se na estimula o das fun es cognitivas aplicam se exerc cios que reproduzem situa es do quotidiano ou outro tipo de situa es consoante o que se pretende reabilitar Nesses exerc cios o indiv duo incentivado a interagir e a concentrar se um computador pode tornar a ferramenta mais completa para um processo de reabilita o cognitiva pois re ne requisitos audiovisuais para a aplica o de exerc cios espec ficos Nascimento 2008 A reabilita o cognitiva
55. 2002 Dose related neurocognitive effects of marijuana use Neurology 59 1337 1343 Borges C F amp Filho H C 2004 Usos Abusos e Depend ncias Alcoolismo e Toxicodepend ncia Lisboa Climepsi Editores Breiter H C Gollub R L Weisskoff R M Kennedy D N Makris N Berke J D et al 1997 Acute effects of cocaine on human brain activity and emotion Neuron 19 591 11 Breuil V Rotrou J Forette F Tortrat D Ganansia Ganem A Frambourt A Moulin F et al 1994 Cognitive Stimulation of Patients with Dementia Preliminary Results International Journal of Geriatric Psychiatry 9 21 1 217 Bruera E Pereira J 1998 Recent developments in palliative cancer care Acta Oncologica 37 749 57 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 80 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias CEBRID 2003 Livreto Informativo sobre Drogas Psicotr picas Caine S B Koob G F 1994 Effects of dopamine D 1 and D 2 antagonists on cocaine selfadministration under different schedules of reinforcement in the rat Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics 270 209 218 Cardenas V A Studholme C Meyerhoff D J Song E Weiner M W 2005 Chronic active heavy drinking and family history of pr
56. 38 p 0 000 sendo superior nos toxicodependentes M 200 1 DP 53 9 em compara o com os alco licos Para a dimens o do rendimento de trabalho ocorreram diferen as significativas entre os alco licos e os toxicodependentes na compara o entre os grupos t 101 4 464 p 0 000 Nesta dimens o verificou se numa superioridade do grupo dos toxicodependentes em compara o com os alco licos M 152 3 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 62 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias DP 72 6 Na dimens o rendimento de trabalho por categoria ocorreram diferen as significativas na compara o entre grupos dos toxicodependentes e dos alco licos t 101 4 305 p 0 000 sendo que o rendimento de trabalho por categoria foi superior nos toxicodependentes M 3 4 DP 1 3 do que nos alco licos Na prova do CTT 1 a compara o entre os grupos para a dimens o tempo revelou diferen as significativas entre os alco licos e os toxicodependentes t 31 186 3 138 p 0 004 A dimens o tempo revelou ser superior no grupo dos alco licos M 86 3 DP 54 2 sugerindo que este grupo foi mais lento na execu o da prova em compara o com os toxicodependentes Na prova do CTT 2 a compara o entre os grupos para a dimens o temp
57. 51 Co B T Goodwin D W Gado M Mikhael M Hill S Y 1977 Absence of cerebral atrophy in chronic cannabis users Evaluation by computerized transaxial tomography Journal of the American Medical Association 237 1229 1230 Corbin W R Cronce J M 2007 Alcohol effects on behavioral control the impact of likelihood and magnitude of negative consequences Alcoholism Clinical and Experimental Research 31 6 955 964 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 81 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Cunha P J Novaes M A 2004 Neurocognitive assessment in alcohol abuse and dependence implications for treatment Revista Brasileira de Psiquiatria 26 DGS Dire o Geral de Sa de 2001 lcool e problemas ligados ao lcool em Portugal Lisboa Dire o Geral de Sa de D Elia L F Statz P Uchiyama C L amp White T 1996 Color Test Professional Manual U S A PAR D Almeida A Pinna D Martins F Siebra G amp Moura I 2004 Reabilita o cognitiva de pacientes com les o cerebral adquirida CienteFico 4 1 1 9 Daeninck P J Bruera E 1999 Opiod use in cancer pain is a more liberal approach enhancing toxicity Acta Anaesthesiologica Scandinavica 43 924 38 Danos P K
58. 69 271 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 87 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Heinz A Siessmeier T Wrase J Hermann D Klein S Gruesser S M Flor H Braus D F Buchholz H G Gruender G Schreckenberger M Smolka M N Roesch F Mann K Bartenstein P 2004 Correlation between dopamine D 2 receptors in the ventral striatum and central processing of alcohol cues and craving American Journal of Psychiatry 161 1783 1789 Heyman G M 1996 Resolving the contradictions of addiction Behavioral and Brain Sciences 19 4 561 610 Hill S Y Reyes R B Mikhael M Ayre F 1979 A comparison of alcoholics and heroin abusers coputerized tomography and transaxil neuropsychological functioning Curr Alcohol 5 187 205 Hoff A L Riordan H Morris L Cestaro V Wieneke M Alpert R e colaboradores 1996 Effects of crack cocaine on neurocognitive function Psychiatry Research 60 167 176 Hser Y I Evans E Huang D Brecht M L y Li L 2008 Comparing the dynamic course of heroin cocaine and methamphetamine use over 10 years Addictive Behaviors 33 1581 1589 Hser Y I Huang D Brecht M L Li L y Evans E 2008 Contrasting trajectories of heroin cocaine and m
59. 7 Mu oz C spedes 2010 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 40 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Em todo o caso o que se pretende ativar estimular e treinar determinadas capacidades cognitivas e todos os componentes que integram de forma adequada e sistem tica para transforma la numa habilidade num h bito ou destreza S o v rias as reas onde a Estimula o Cognitiva tem cada vez mais um papel significativo e utiliza se com maior frequ ncia na inf ncia no atraso infantil problemas de aquisi o da linguagem atraso psicomotor etc no envelhecimento sem deteriora o cognitiva nas doen as neurodegenerativas dem ncias esclerose m ltipla alzheimer etc nos danos cerebrais TCE traumatismo cr nio encef lico AVC acidente vascular cerebral tumores cerebrais etc nos dist rbios psiqui tricos esquizofrenia transtorno do d fice de aten o e hiperatividade nos dist rbios do desenvolvimento autismo s ndrome de asperger etc na incapacidade sensorial e intelectual hipoacusia sindrome de Down e nas dificuldades de aprendizagem agrafia disgrafia dislexia etc Tafur 2011 Algumas reas menos estudadas ou onde a Estimula o Cognitiva est aos poucos e pouco surgir s o nos casos de abus
60. 9 64 3 dos indiv duos e 7 50 nunca partilharam material de consumo Desta amostra 11 foram submetidos a PEC tendo sido avaliados anteriormente e posteriormente aplica o do PEC Todos os 11 100 indiv duos s o do sexo masculino t m uma m dia de idade de 39 6 DP 10 3 apresenta uma escolaridade m dia de 11 8 DP 3 1 anos de estudo Esta amostra conta ainda com um grupo de controlo constitu do por 3 elementos que n o realizou PEC mas foram avaliados nas mesmas condi es que o grupo submetido a PEC Estes apresentam uma m dia de idades de 48 7 DP 6 4 3 s o do sexo masculino 3 100 e ostentam um total de anos de estudo de 11 0 DP 4 2 Relativamente a amostra dos alco licos 28 sujeitos a maioria de nacionalidade portuguesa 27 100 s o de etnia branca 27 96 4 dos indiv duos 10 38 5 s o solteiros atualmente encontram se desempregados 13 48 1 dos sujeitos ao n vel da pris o efetiva nunca tiveram presos 19 86 4 dos participantes 20 95 2 s o seronegativos para Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 52 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias o VIH Esta popula o det m uma m dia de 15 3 DP 13 4 anos de consumo em que todos os dias 21 91 3 dos sujeitos consumiu lcool Desta amos
61. A TE OE EA A O ES I VS SA E T EE EE EE PERT T TAT XXV Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 11 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Introdu o O uso e abuso de drogas um fen meno bastante antigo na hist ria da humanidade constitui um grave problema de sa de p blica com s rias consequ ncias pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade Poiares 1998 Atualmente nas mais variadas culturas as drogas exercem um papel bastante relevante no conv vio social como por exemplo o uso em situa es de comemora o ou de forma a fomentar a inclus o do indiv duo no grupo Alguns sujeitos procuram nas drogas as suas caracter sticas de relaxamento e a diminui o da tens o e sofrimento ao qual qualificam o seu uso como automedica o ou por outro lado pretendem alcan ar o prazer e a euforia que elas oferecem Todavia independentemente do motivo da inicia o em alguns casos o seu uso torna se excessivo o que origina graves problemas de sa de ou interfere com as atividades de relacionamento social quer seja na fam lia no trabalho ou na escola Hoje em dia a problem tica da depend ncia de subst ncias est cada vez mais presente na nossa sociedade atinge v rias classes sociais e n o se limita apenas popula
62. COdepende nCia Ae EEN CAD SUNS Saad 17 1 1 1 2 Alcoolismo itiiti sss ened penas stein alada cadeias anta dis dia 19 1 1 2 As Drogas e os seus Mecanismos de A o serraria 20 2 Drogas INCAS ua iade do ia ia da Doda st nda Ud 21 DIZ Canabino idos acy dass sas ams D SS 21 1520 De COCA Ind ass cade o AUG e AGE E aa 22 DS Opi i deS e E E E E E E R E EE 23 LI 2 Drogas LICUAS oe oceans ote r E e a A a E a 24 1 1 2 2 1 B e diaZepin s en a EET E da 24 622028 RD Pe o o PR paga MAOS IRD RR O NERI PRN 24 T43 Teorias Atuais assoni iion uss sgeneads a Uta e rasa dE A hs san aaa 25 Ll Ae Realidade Portuguesa ninn a R EE ER E ES 29 1 1 5 Altera es Neuroanat micas associadas Depend ncia de Subst ncias 31 Lol Loo ATMA UNO NGS ssa alia Sl o a a Saas 32 LS E ODAS asia e SU edt ogee Lage ca acetate oes ste ued Seda cee aaa 34 LAS Upi IdES assa ar sie Gn Stans cece ne SORT E a TU a cant 36 LESA COG ARRENDAR RD REAR RE A AIR DAE tat 37 1 2 Estimula o Cognitiva Reabilita o Cognitiva e Neuropsicol gica 40 12 Estimila o Cognitiva asno niiin E AR OU 40 1 2 2 Reabilita o C gniti Va isenana eared oad eta CSA 42 1 2 3 Reabilita o Neuropsic logic a jei z5 20saxtasaxedaasssndezastavancaatanonstaivesduasdatoute barman 44 1 2 4 Investiga es Realizadas sobre os Programas de Estimula o Cognitiva 45 Cap tulo 2 Objetivos e Hip teses e see
63. CRISTIANA SOFIA GON ALVES CA O TE IMPLEMENTA O E AVALIA O DE UM PROGRAMA DE ESTIMULA O COGNITIVA COM JOGOS EM REALIDADE VIRTUAL NA DEPEND NCIA DE SUBST NCIAS Orientador Jorge Oliveira Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Lisboa 2013 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias CRISTIANA SOFIA GON ALVES CA O TE IMPLEMENTA O E AVALIA O DE UM PROGRAMA DE ESTIMULA O COGNITIVA COM JOGOS EM REALIDADE VIRTUAL NA DEPEND NCIA DE SUBST NCIAS Tese apresentada para a obten o do Grau de Mestre em Neuropsicologia no Curso de Mestrado de Neuropsicologia Aplicada conferido pela Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Orientador Professor Doutor Jorge Oliveira Co Orientador Professor Doutor Paulo Lopes Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Lisboa 2013 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 1 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Embora ningu m possa voltar atr s e fazer um novo come o qualquer um pode come ar agora e fazer um novo fim Chic
64. Conclus o Ao realizar a pesquisas bibliogr fica foi poss vel constatar que existe falta de instrumentos de interven o cognitiva eficazes devidamente estruturados adaptados e com suporte te rico pr prio Neste sentido esta investiga o pretende contribuir com a implementa o de um PEC com jogos em realidade virtual como tamb m avaliar as respostas resultantes da sua implementa o a uma amostra de dois tipos de dependentes de subst ncias alco licos e os toxicodependentes de hero na pretendendo se avaliar os v rios dom nios analisados pelos testes neuropsicol gicos aten o mem ria tomada de decis o e fun es executivas Estes objetivos foram formulados porque segundo os estudos encontrados estes revelam a efic cia do PEC no que respeita ao funcionamento cognitivo geral dos consumidores de subst ncias Forsberg amp Godman 1988 Goldman amp Goldman 1988 Steinglass 1994 Grohman 2003 Fals Stewart 2004 2010 Goldstein 2005 Yohman 1988 Gamito 2013 Os principais resultados obtidos sugerem que no per odo anterior interven o o grupo dos alco licos apresentam um d fice cognitivo superior em rela o ao grupo dos toxicodependentes Sendo este resultado esperado pois v rios estudos comprovam a ocorr ncia do mesmo Robinson 1995 Hill 1979 Goldstein 2004 Sullivan 2002 Kokavec 1999 Wood 2002 Robinson 1995 Hill 1979 Goldstein 2004 Kolling 2007 referindo ainda que a elevada q
65. Derogatis L amp Covi L 1973 SCL 90 an outpatient psychiatric rating scale preliminary report Psychopharmacology Bulletin 9 1 13 28 Lipscomb T R Nathan P E 1980 Blood alcohol level discrimination The effects of family history of alcoholism drinking pattern and tolerance Archives of General Psychiatry 37 571 576 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 90 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Liu X Matochik J A Cadet J L amp London E D 1998 Smaller volume of prefrontal lobe in polysubstance abusers A magnetic resonance imaging study Neuropsychopharmacology 18 243 252 Lloyd C 1998 Risk factors for problem drug use identifying vulnerable groups Drugs Education Prevention and Policy 5 217 232 L A B 2007 Contexto de Trabalho e Processos de Integra o e Toxicodepend ncia Lisboa Instituto das Drogas e da Toxicodepend ncia Loeber R T Yurgelun Todd D A 1999 Human neuroimaging of acute and chronic marijuana use Implications for frontocerebellar dysfunction Human Psychopharmacology Clinical and Experience 14 291 304 London E D Cascella N G Wong D F Phillips R L Dannals R F Links J M et al 1990 Cocaine induced reduction of glucose utilization
66. GT DDRS 1 ANP 30 1 13 7 26 6 11 8 1 154 IGT DDPC 1 ANP 4 7 8 4 5 9 1 089 IGT TM 1 ANP 968 2 1250 2 1086 9 1506 395 4 p lt 0 05 p lt 0 01 p lt 0 001 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida VII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Legenda PE Percentagem de Ensaios PA Percentagem de Acertos PRP Percentagem de Respostas Perserverativas PRNC Percentagem de Respostas de Nivel Conceptual PCF Percentagem de Categoria Final NTRS Net Total Raw Score NTTSC Net Total T Score Corrected NIRS Net 1 Raw Score NITSC Net 1 T Score Corrected N2RS Net 2 Raw Score N2TSC 1 ANP Net 2 T Score Corrected N3RS Net 3 Raw Score N3TSC Net 3 T Score Corrected NARS Net 4 Raw Score N4TSC Net 4 T Score Corrected NSRS Net 5 Raw Score NSTSC Net 5 T Score Corrected DARS Deck A Raw Score DAPC Deck A Percentil Corrected DBRS Deck B Raw Score DBPC Deck B Percentil Corrected DCRS Deck C Raw Score DCPC Deck C Percentil Corrected DDRS Deck D Raw Score DDPC Deck D Percentil Corrected TM Total Money Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Vill Cristiana Sofia Gon alves Ca
67. Goldman amp Goldman 1988 Steinglass 1994 Grohman 2003 Fals Stewart 2010 Goldstein 2005 Yohman 1988 enquanto outros n o Godfrey 1985 Hannon 1989 bem como estudos que revelam melhorias funcionais especificas nos indiv duos somente devido abstin ncia Rosenbloom 2004 Para finalizar necess rio mencionar que para ambos os grupos estudados ocorreram resultados superiores ao n vel do tratamento para a depend ncia ou seja ambos os grupos apresentaram desde o momento que iniciaram o tratamento um rendimento significativo Nestes casos essas capacidades ocorreram do primeiro momento para o segundo momento avaliativo evidenciando assim um efeito ben fico do mesmo ao n vel dos alco licos e toxicodependentes nomeadamente na aten o mem ria fun es executivas e tomada de decis o 5 3 Limita es do Estudo Quanto s limita es desta investiga o a principal est associada a reduzida amostra que engloba os PEC bem como nos grupos de controlo dos PEC Seria necess ria uma amostra de maiores dimens es de forma a assegurar mais homogeneidade e abrang ncia dos dados em an lise Outra limita o baseou se na dificuldade em incluir pacientes que n o tomassem antidepressivos doen as neurol gicas e que consumissem um s tipo de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 74 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de
68. Janeiro Sullivan E V Fama R Rosenbloom M J Ferbaum A 2002 The profile of neuropsychological deficits in alcoholic women Journal of Neuropsychology 16 1 74 83 Sullivan E V Marsh L Mathalon D H Lim K O Pfefferbaum A 1995 Anterior hippocampal volume deficits in nonamnesic aging chronic alcoholics Alcoholism Clinical and Experimental Research 19 1 110 122 Sullivan E V Marsh L Mathalon D H Lim K O Pfefferbaum A 1996 Relationship between alcohol withdrawal seizures and temporal lobe white matter volume deficits Alcoholism Clinical and Experimental Research 20 2 348 354 Sullivan E V Pfefferbaum A 2005 Neurocircuitry in alcoholism A substrate of disruption and repair Psychopharmacology 180 583 594 Sullivan E V Rosenbloom M J Pfefferbaum A 2000 Pattern of motor and cognitive d fices in detoxified alcoholic men Alcohol Clinical and Experimental Research 24 5 611 621 Tafur J H 2011 Estimulacion Cognitiva Universidade de Murcia Espanha Neurohelth Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 99 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tanda G Pontieri F E Di Chiara G 1997 Cannabinoid and heroin activation of mesolimbic dopamine transmission by a common 1 o
69. Lacerda 2003 Os programas de reabilita o neuropsicol gica focam se na reabilita o cognitiva sendo que a natureza e severidade do handicap cognitivo n o dependem apenas da extens o e natureza da les o mental ou defici ncia org nica Bem como pela rea o psicol gica do paciente pelas particularidades da personalidade do ambiente e das pr prias expectativas do indiv duo essencial educar e ensinar o sujeito familiares ou cuidadores estrat gicos para lidarem de forma eficiente com as complexidades do quotidiano e na organiza o de produ o de respostas de modo a facultarem uma melhoria das fun es cognitivas e da qualidade de vida vila amp Miotto 2002 Clare amp Woods 2004 Ponds amp Hendriks 2006 Sohlberg e Mateer 1989 formularam alguns princ pios gerais da reabilita o neuropsicol gica 1 as fun es cognitivas lesadas s o identificadas pela avalia o neuropsicol gica 2 o processo cognitivo treinado baseia se num modelo te rico 3 os exerc cios s o repetidos vastas vezes 4 os objetivos s o hierarquicamente organizados 5 o processo individualizado pois ajustado ao n vel da performance do mesmo 6 as tarefas para casa e os testes permitem perceber que ocorreram melhorias no dia a dia e 7 as medidas de sucesso ou fracasso t m a ver com a capacidade de vida independente e reabilita o profissional 1 2 4 Investiga es Realizadas sobre os Programas de Estimula o Cogn
70. Marie Nyswander 1965 1980 e defende que os toxicodependentes sofrem de uma doen a metab lica e que a partir do momento que Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 28 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias consomem um processo bioqu mico inicia se e fisiologicamente t m como consequ ncia a procura desmedida de subst ncias para o consumo S o necess rias doses repetidas de subst ncia para que a sua dura o no organismo n o traga consequ ncias pois estas s o estabilizadoras normalizam uma defici ncia dessa subst ncia no organismo visto este n o a produzir Deste modo de referir que o desequil brio hormonal tem sido proposto como um fator que influencia o abuso de drogas em certos indiv duos embora a sua exist ncia nunca foi estabelecido empiricamente apenas que os toxicodependentes comportam se como se sofressem de um desequil brio metab lico poss vel que esta teoria s seja relevante na cl nica pois permanece como uma teoria relevante apenas para justificar a manuten o de toxicodependentes com a metadona Dole 1980 Goldstein 1976 Tem ocorrido modifica es no fen meno da depend ncia devido aos v rios avan os das neuroci ncias interligados as teorias comportamentais Hoje compreende se que ocorrem altera
71. N Nacionalidade Portuguesa 71 97 3 28 100 Etnia Branca 66 97 1 28 96 6 Estado Civil Solteiros 46 66 7 11 40 7 Situacao Profissional Desemprego 43 12 9 13 46 4 Pris o Efetiva Nunca 40 71 4 20 87 VIH Seronegativos 49 79 0 21 95 5 Consumos Injetados Nunca 31 41 9 Tratamentos Anteriores Sim 42 56 8 Partilha de Material de Consumo Nunca 21 28 4 Regularidade de Consumo de Alcool Todos os Dias 22 91 7 Toxicodependentes Alco licos M DP M DP Escolaridade M dia 11 6 3 9 10 7 4 3 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida I Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Idade M dia 41 8 7 3 47 6 9 9 Total de Anos de Consumo 24 1 7 8 15 3 13 4 Consumo de Cocaina 20 0 8 3 Consumo de Heroina 19 0 8 4 Consumo de Can bis 24 3 16 6 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida II Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 2 Caracter sticas demogr ficas da amostra final por grupo Toxicodependentes Alco licos N 14 N 28 N N PEC Sim 11 8 N o 3 20 Nacionalidade Portuguesa 14 100 27 100 Etnia Branca 14
72. a o que proporciona uma estimula o mais eficaz Os resultados indicaram que da primeira para a segunda avalia o ocorreu um aumento das fun es cognitivas gerais em especial da flexibilidade mental da aten o e das habilidades viso espaciais nos tr s grupos sugeriram que a restrutura o neural pode surgir durante o tempo de recupera o abstin ncia do lcool Apesar de o grupo da reabilita o m vel apresentar melhorias cognitivas significativamente maiores que os restantes grupos Assim sugerem o papel ben fico das interven es neuropsicol gicas que potencia a restrutura o cerebral e esta n o ocorre apenas durante o tratamento e abstin ncia do lcool Por fim um ltimo estudo em que utilizaram o PEC com recurso a tecnologia m vel em duas popula es a popula o toxicodependente e alco lica O estudo foi realizado por Gamito e seus colegas 2013 como o objetivo de perceber a efic cia da utiliza o do PEC Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 48 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias nos melhores desempenhos das fun es executivas nos consumidores de lcool e hero na Participaram no estudo sessenta e seis indiv duos em que sessenta e um eram alco licos e os restantes cinco heroinodependentes O PEC tev
73. a potenciar as capacidades cognitivas que possam estar afetadas devido aos consumos excessivos Assim essencial garantir a utilidade destas interven es e compreender em que reas cognitivas produzem efeitos e que tipo de efeitos produzem Tafur 2011 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 13 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias nesta linha que a investiga o pretende dar um contributo Este estudo pretende implementar e avaliar o impacto do PEC com jogos em realidade virtual no funcionamento cognitivo em indiv duos dependentes de subst ncias A raz o pela qual se pretende avaliar o funcionamento cognitivo tem por base evid ncias de que na depend ncia de subst ncias v rios dom nios s o afetados como por exemplo a aten o a mem ria tomada de decis o e a flexibilidade mental Portanto deste modo reverter os efeitos do consumo de subst ncias poder ter um impacto significativo nas altera es cognitivas e funcionais associadas ao dia a dia destes indiv duos No sentido de enquadrar o problema em estudo foram organizados os seguintes cap tulos Cap tulo 1 Referencial Te rico onde se abordou inicialmente a tem tica do uso abuso e depend ncia de subst ncias ao qual foi aprofundado a tem tica da toxicodepend ncia
74. a da Barragem s o institui es de recupera o de toxicodependentes que cederam o seu espa o para a realiza o da recolha bem como a Casa de Sa de do Telhal que det m v rias val ncias mas apenas ser importante para o presente estudo a unidade de alcoologia Para ambos os grupos toxicodependentes e alco licos foi estruturada uma bateria de testes neuropsicol gicos descrita anteriormente e os PEC A bateria de testes dividida em duas sess es diferentes de aproximadamente sessenta minutos cada Os PEC utilizados foram estruturados de forma a estimular em especial a aten o mem ria e tomada de decis o apesar de tamb m incidirem sobre a linguagem velocidade de processamento racioc nio l gico planeamento estrat gico perce o e vis o espacial Os PEC organizados foram constitu dos por dez sess es com uma dura o de 45 50 minutos duas a tr s vezes por semana durante um m s Para a constitui o dos PEC foram utilizados v rios jogos desenvolvidos para o sistema operativo Android e Windows Os jogos obtiveram um feedback bastante positivo pela parte dos utentes O jogo da Ordem Certa em que existe dois objetivos um deles colocar os c rculos por ordem alfab tica clicando sobre eles e o segundo intervalar letras e n meros quer por ordem alfab tica quer num rica que estimula a aten o linguagem vis o espacial racioc nio l gico e a velocidade de processamento O jogo do Basquete em que
75. a dimens o dos acertos surgiu um efeito principal do tratamento F 1 27 43 405 p 0 000 da 1 ANP para a 2 ANP Apesar de o PEC n o ter influ ncia nos desempenhos superiores que ocorreram na dimens o dos acertos Na dimens o das omiss es ocorreu uma tend ncia para a signific ncia F 1 27 3 633 p 0 067 verificou se o efeito da intera o entre o tratamento e o PEC pois ocorreu uma diminui o do 1 para o 2 momento no grupo estimulado para o n mero de omiss es Na dimens o rendimento de trabalho verificou se o efeito de intera o entre as vari veis tratamento e PEC da 1 ANP para a 2 ANP observou se deste modo a influ ncia do PEC nos melhores resultados obtidos F 1 27 4 75 p 0 034 Para a dimens o ndice de dispers o ocorreu um efeito de intera o entre o tratamento e o PEC F 1 27 6 063 p 0 020 verificou se uma melhoria ou seja um decr scimo desta dimens o para o grupo que realizou estimula o desta forma verifica se a influ ncia do PEC no desempenho superior observado Na dimens o rendimento de trabalho por categoria obteve se um efeito principal do tratamento F 1 27 9 530 p 0 005 do primeiro momento para o segundo momento avaliativo sendo que o melhor rendimento n o ocorreu por influ ncia do PEC Para avalia o da mem ria utilizou se a prova da FCR para a dimens o tempo na c pia ocorreu um efeito principal do tratamento F 1 23 17 638 p 0 000 verificou se uma
76. a exist ncia de poucos instrumentos de interven o cognitiva devidamente firmados adaptados e organizados para a popula o portuguesa necess rio o empenho e esfor o para o desenvolvimento de novos programas para o mais variado tipo de popula o com as mais variadas problem ticas O presente estudo pretende utilizar o PEC com base em jogos de realidade virtual pois supdem se que este formato torne a estimula o mais intuitiva e aliciante para os indiv duos em estimula o Sendo uma mais valia pois estes jogos s o realizados em dispositivos m veis possibilitando uma mobilidade na reabilita o A escolha desta amostra residiu no fato de existirem poucos estudos que se foquem nesta rea como ja foi referido anteriormente Deste modo a presente investiga o visa os seguintes objetivos gerais 1 Implementa o de um programa de estimula o cognitiva com RV Jogos numa amostra de dependentes de subst ncias alco licos e heroindmanos e 2 Avaliar a resposta ao PEC com recursos a tecnologia RV Jogos entre os toxicodependentes e os alco licos nos v rios dom nios avaliados pelos testes neuropsicol gicos Com a execu o deste estudo os objetivos espec ficos que pretendemos apurar s o os seguintes 1 Verificar se ocorrem diferen as entre as duas amostras alco licos e os toxicodependentes no desempenho nos dom nios avaliados pelos testes neuropsicol gicos antes do momento da interven o 2 Avaliar o impacto do PEC
77. abitantes com idades compreendidas entre os quinze e os sessenta e quatro anos Em Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 29 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Portugal entre 2000 e 2005 o n mero estimado de consumidores de drogas tem manifestado um decl nio em especial nos utilizadores de drogas injet veis IDT 2011 Os resultados encontrados atrav s da II Pesquisa Nacional de Subst ncias Psicoativas na Popula o Portuguesa entre os quinze e os sessenta e quatro anos referem que as subst ncias l citas mais usadas s o o lcool e o tabaco e que as il citas s o o cannabis coca na e o ecstasy Ocorreu uma estabiliza o do uso de subst ncias psicoativas il citas a exce o da coca na hero na e do LSD onde a sua preval ncia de uso aumentou IDT 2011 Segundo o IDT o cannabis continua a ser a droga com consumos mais elevados em Portugal com maior preval ncia de consumo na popula o total 15 64 anos e na popula o jovem adulta 15 34 anos Obteve se um registo entre 2001 e 2007 do acr scimo das preval ncias de consumo ao longo da vida com um decr scimo das taxas do consumo continuado na popula o total 43 2 em 2001 e 30 5 em 2007 e na jovem adulta 2001 de 50 3 e em 2007 de 39 4 Considera se a terceira droga
78. ade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 27 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias a elas Alguns dos mecanismos j fazem parte do indiv duo pois est o presentes desde o nascimento e variam de sujeito para sujeito Outros s o ambientais que em conjunto com os fatores inatos geram condutas para o uso de drogas Esta teoria engloba a Teorias dos Fatores Gen ticos e a Teoria do Desequil brio Metab lico A Teoria dos Fatores Gen ticos refere que a composi o gen tica dos indiv duos predisp em para o abuso de drogas Deste modo um gene ou a combina o deles influenciam os mecanismos biol gicos singulares proeminentes para o abuso de subst ncias que variam assim de indiv duo para indiv duo ou at de etnias para etnias A carga gen tica em combina o com fatores ambientais e de personalidade poderiam despoletar um n vel significativamente mais alto de abuso de drogas ou alcoolismo em determinados indiv duos ou grupos de popula es Schuckit 1980 Schuckit 1984 Kolata 1987 Lex 1988 Vaillant 1983 Knop 1984 Goodwin 1971 Pollock 1984 Porjesz amp Begleiter 1982 Lipscomb 1980 Mendelson 1979 Cloninger 1978 Schuckit 1984 Kolata 1987 Lex 1988 entre outros t m contribu do para a explica o e compreens o das Teorias Biol gic
79. ade virtual RV desses indiv duos nos v rios dom nios estimados pelos testes neuropsicol gicos O referido programa foi implementado durante um m s e contou com a participa o de 14 toxicodependentes de hero na e 28 alco licos Destes 11 toxicodependentes e 8 alco licos foram submetidos a PEC e os restantes de cada amostra fazem parte do grupo de controlo Para avaliar os resultados do programa foram realizadas duas avalia es uma anteriormente e outra posteriormente ao tratamento em ambos os grupo Os resultados obtidos demonstram que ao n vel do grupo dos toxicodependentes verificaram se resultados superiores ao n vel da aten o e mem ria n o se verificou melhor desempenho no funcionamento executivo e tomada de decis o No grupo dos alco licos n o se verificou um melhor rendimento na mem ria e na tomada de decis o mas verificou se na aten o e funcionamento executivo Deste modo poss vel constatar que existe influ ncia do PEC nos resultados obtidos essa influ ncia difere entre consumidores de lcool e hero na Palavras Chave Toxicodepend ncia Alcoolismo Funcionamento Cognitivo Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 6 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Su
80. ago te C Picareli F 2013 Assessment of frontal brain functions in alcoholics following a health mobile cognitive stimulation approach Studies in Health Technology and Informatics In B K Wiederhold and G Riva Eds Annual Review of Cybertherapy and Telemedicine 191 110 114 Gamito P Oliveira J Lopes P Morais D Brito Crist v o S Ca o te C Henriques E Silva D Silva A Rebelo S Bastos A 2013 Executive functioning in addicts following health mobile cognitive stimulation Evidence from alcohol and heroin patients Conference Proceedings on ICTs for improving Patients Rehabilitation Research Techniques Rehab Venice Italy Gansler D A Harris G J Oscar Berman M Streeter C Lewis R F Ahmed I amp Achong D 2000 Hypoperfusion of inferior frontal brain regions in abstinent alcoholics apilot SPECT study Journal of Studies on Alcohol 61 1 32 37 Garcia Mijares M Silva M 2006 Depend ncia de Drogas Psicologia Universidade de S o Paulo 17 4 213 240 Gazdzinski S Durazzo T C Meyerhoff D J 2005 Temporal dynamics and determinants of whole brain tissue volume changes during recovery from alcohol dependence Drug Alcohol Dependence 78 3 263 273 Gerra G Calbiani B Zaimovic A Sartori R Ugolotti G Ippolito L Debignore R Rustichelli P Fontanesi B 1998 Regional cerebral blood flow and comorbid diagnosis in abstinent opioid addicts Psychi
81. alia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Cap tulo 1 Referencial Te rico 1 1 Uso Abuso e Depend ncia de Subst ncias A Depend ncia Uso de Subst ncias acompanha a humanidade desde as suas primeiras civiliza es seja por motivos de cura religiosos ou recreativos envolvendo tamb m a medicina cultura entre outros Seibel 2001 Nos ltimos tempos este tem sido um tema com bastante interesse pois instiga as v rias reas da investiga o e do saber a debru arem se no estudo e an lise deste fen meno Fonte 2007 1 1 1 Adi o e Depend ncia de Subst ncias A adi o quer de estupefacientes quer de lcool considerado o consumo constante de uma ou v rias subst ncias psicoativas at um determinado momento em que o consumidor denominado adicto est constantemente sobre influ ncias das drogas e com um desejo compulsivo em consumir a as subst ncia as e simultaneamente apresenta uma enorme dificuldade em interromper voluntariamente ou modificar o consumo das subst ncias OMS 1994 A adi o um termo antigo e de uso vari vel considerado por especialistas como uma doen a de entidade pr pria debilitante e enraizada nos efeitos farmacol gicos da subst ncia Na d cada dos anos sessenta a OMS recomendou a paragem do uso dos termos adi o e habitua o devido a ser impreciso e levar a falsas interpreta es em favor da
82. almente intera o entre as vari veis tratamento e PEC F 1 9 5 436 p 0 045 verificou se assim a influ ncia do PEC no rendimento obtido pois ocorreu uma diminui o desta vari vel da 1 ANP para a 2 ANP no grupo com estimula o cognitiva Para avaliar a mem ria utilizou se a FCR Nesta prova para a vari vel pontua o total na mem ria ocorreu uma tend ncia para a signific ncia na intera o entre as vari veis tratamento e PEC F 1 12 3 729 p 0 077 obteve se assim uma influ ncia do PEC nos resultados alcan ados Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 65 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Para avalia o das fun es executivas utilizou se a prova do WCST Para a dimens o percentagem de respostas perserverativas verificou se um efeito principal do tratamento F 1 12 6 495 p 0 026 refletindo se num decr scimo dos valores do primeiro momento para o segundo momento de avalia o independentemente do grupo N o se verificou deste modo intera o entre as vari veis independentes N o ocorreu diferen as significativas para as seguintes provas FAB no TP para a dimens o ndice de dispers o por categoria e capacidade de concentra o na FCR para as dimens es tempo na mem ria e na c pia e pontua o
83. amin rgicos D2 ao n vel do corpo estriado A n vel cognitivo estudos indicam que ocorrem altera es ao n vel da aquisi o processamento armazenamento recupera o da informa o altera es psicomotoras do humor da concentra o da mem ria e do tempo de rea o Bruera 1998 Daeninck 1999 Lawlor 2002 1 1 5 4 lcool Relativamente s altera es estruturais diversos estudos de neuroimagem estrutural detetaram a ocorr ncia de importantes altera es morfol gicas no c rebro de indiv duos alco latras Tem se demostrado que as altera es afetam de forma generalizada v rios aspetos da subst ncia cinzenta e da subst ncia branca onde ocorre uma atrofia cortical e redu es de volume cerebral Bjork 2003 Gazalzinsky 2005 Sullivan 2005 Estas altera es estruturais ocorrem frequentemente nos lobos frontais Lyvers 2000 Moselhy 2001 Diversos estudos recentes detetaram altera es significativas da subst ncia cinzenta e branca adjacentes ao c rtex pr frontal em alco licos De Bellis 2005 Fein 2002 Gazdzinsky 2005 Kubota 2001 Desta forma diversos estudos com a RM detetaram altera es estruturais no c rtex parietal temporal e na subst ncia branca adjacente a estas regi es Gazdzinsky 2005 Sullivan 1995 1996 Outras regi es que apresentam altera es estruturais relacionadas com o lcool s o o hipocampo os g nglios basais o t lamo e o cerebelo Sullivan 1995 Sullivan 20
84. amina extracelular na c psula do NA A constante administra o de delta 9 THC ou de canabin ides sint ticos tamb m potencia o aumento volunt rio de neur nios dopamin rgicos na ATV Chen 1990 Tanda 1997 French 1997 Gessa 1998 Os efeitos dos canabin ides na mem ria perce o controlo motor e anticonvulsivante correlacionam se com a distribui o cerebral dos locais de liga o CB 1 Ameri 1999 Visto que os antagonistas dos recetores CB 1 danificam a mem ria e modificam o controlo do funcionamento motor Deste modo existe elevadas conglomera es dos recetores CB 1 nas regi es frontais tais como o c rtex cerebral o hipocampo o put men caudado lateral a subst ncia negra a pars reticulada o globo p lido o n cleo entopeduncular e a camada molecular do cerebelo Pertwee 1997 Outros locais onde poss vel encontrar estes recetores nas vias da dor no c rebro na medula espinhal e nos terminais perif ricos de neur nios sensoriais prim rios permitindo assim elucidar sobre as propriedades analg sicas dos agonistas do recetor canabin ide Pertwee 2001 Os recetores CB 1 que se encontram nos terminais nervosos eliminam a liberta o neuronal de transmissores que incluem acetilcolina noradrenalina dopamina 5 hidroxitriptamina cido Gamma aminobut rico GABA glutamato e aspartato Pertwee 1997 Ong 1999 Pertwee 2001 Nas c lulas imunes localizam se recetores CB 2 com elevados n veis de linf
85. ara Avalia o Final Controlo Controlo Net 1 Net 2 Net 3 Net 5 M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 56 7 5 48 9 5 48 10 4 41 7 19 7 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XV Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 13 An lise por Deck nos Toxicodependentes para Avalia o Final PEC Deck 1 Deck 2 Deck 4 M DP M DP M DP Percentil Corrected 4 6 8 5 0 4 9 3 Tabela 14 An lise por Deck nos Toxicodependentes para Avalia o Final Controlo Deck 1 Deck 2 Deck 4 M DP M DP M DP Percentil Corrected 5 0 4 3 1 2 5 0 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XVI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 15 Efeito do PEC no desempenho Neuropsicol gico Provas Cognitivas dos Alco licos Avalia o Inicial Avalia o Final Controlo PEC Controlo M DP M DP M DP M DP Firatamento Firat PEC MMSE 25 9 3 9 26 6 2 7 27 2 8 28 2 5 9 154 076 D48 11 8 TS 13 7 9 7 15 8 5 14 9 10 1 6 034 1 224 FAB 13 3 4 14 2 3 3 16 3 2E 14 7 2 5 25 325 13 619 TP Acertos 113 1 60 8 128 9 45
86. as em especial na Teoria dos Fatores Gen ticos A maioria dos estudos realizados recai sobre o uso e abuso de lcool Esses estudos indicam que crian as adotadas t m taxas de alcoolismo mais pr ximas s dos seus pais biol gicos do que em rela o aos seus pais adotivos outro estudo revela que filhos de alco latras tendem a ser menos afetados pelo lcool do que filhos de indiv duos n o alco licos pois os seus corpos produzem uma resposta hormonal mais baixa Outra investiga o indica que os filhos de alco licos apresentam uma sensibilidade menos ao lcool por ltimo um outro estudo descobriu que os rapazes que n o bebem mas cujos pais s o alco licos t m ondas cerebrais significativamente diferente de rapazes que s o filhos de n o alco licos Schuckit 1984 Kolata 1987 Lex 1988 Begleiter 1997 Alguns pesquisadores duvidam que as diferen as quer f sicas quer biol gicas possam produzir diferen as nos padr es de consumo outros indicam que os mecanismos herdados ou combinados com outros fatores possam levar a um aumento da probabilidade de compuls o para o uso e abuso das drogas Vaillant 1983 Knop 1984 Goodwin 1971 Pollock 1984 Porjesz amp Begleiter 1982 Lipscomb 1980 Mendelson 1979 Cloninger 1978 A Teoria do Desequil brio Metab lico postula esse desequil brio como prov vel causador do v cio uso e abuso de drogas em especial de estupefacientes Esta teoria foi desenvolvida por Vincent Dole e
87. asper S Grunwald F Klemm E Krappel C Broich K Hoflich G Overback B Biersack H J Moller H J 1998 Pathological regional cerebral blood flow in opiate dependent patients during withdrawal A HMPAO SPECT study Neuropsychobiology 37 194 199 Dao Castellana M H Samson Y Legault F Martinot J L Aubin H J Crouzel C Feldman L Barrucand D Rancurel G Feline A Syrota A 1998 Frontal dysfunction in neurologically normal chronic alcoholic subjects metabolic and neuropsychological findings Psychological Medicine 28 5 1039 48 De Bellis M D Narasimhan A Thatcher D L Keshavan M S Soloff P Clark D B 2005 Prefrontal Cortex Thalamus and Cerebellar Volumes in Adolescents and Young Adults with Adolescent Onset Alcohol Use Disorders and Co Morbid Mental Disorders Alcoholism Clinical and Experimental Research 29 9 1590 1600 De Bruin E A Hulshoff H E Bijl S Schnack H G Fluitman S B cker K B E Kenemans J L Kahn R S Verbaten M N 2005 Associations between alcohol intake and brain volumes in male and female moderate drinkers Alcoholism Clinical and Experimental Research 29 625 663 Derogatis L 1994 SCL 90 R Symptom Checklist 90 R Administration Scoring and Procedures Manual Minneapolis National Computer System Di Chiara G Imperato A 1988 Drug abuse by humans preferentially increases synaptic dopamine concentrations in the
88. atas Rhesus Heath 1980 e nos humanos Illan 2004 Ramaekers 2006 Lane 2005 em que ambos referem que a exposi o a canabin ides produz altera es nas estruturas cerebrais associadas as fun es executivas Estudos realizados por Vericco 2003 em que expuseram os roedores a mesma subst ncia apresentam redu es seletivas e persistentes ao n vel do c rtex pr frontal medial para o mesmo dom nio Sobre o consumo de hero na um estudo realizado por Fishbein 2007 revelou d fices no funcionamento executivo nos consumidores da referida subst ncia devido a altera es nas regi es cerebrais relacionados com este dom nio O estudo realizado por Fern ndez Serrano 2011 refere que ao n vel das fun es executivas os canabin ides e a coca na produzem d fices que se prolongam a m dio prazo j na hero na os d fices poder o ser vis veis a longo prazo estando os consumidores em abstin ncia para as subst ncias referidas Deste modo de referir que ao n vel da toxicodepend ncia e da implementa o de PEC os estudos s o muito escassos Apenas o estudo de Fals Stewart 1994 refere que ap s a estimula o ocorrem resultados superiores nos indiv duos ao n vel do funcionamento cognitivo geral Este menciona que a facilita o ativa da recupera o cognitiva atrav s dos PEC pode acelerar o ritmo de recupera o cognitiva Os seus resultados indicam que os pacientes em PEC demonstram uma taxa significativamente mais r
89. atry Research Neuroimaging 83 117 126 Gessa G L et al 1985 Low doses of ethanol activate dopaminergic neurons in the ventral segmental area Brain Research 348 201 203 Gessa G L et al 1998 Cannabinoids activate mesolimbic dopamine neurons by an action on cannabinoid CBI receptors European Journal of Pharmacology 341 39 44 Gilman S Adams K Koeppe R A Brent S Kluin K J Modell J G Kroll P and Bromberg J A 1990 Cerebellar and frontal hypometabolism in alcoholic cerebellar degeneration studied with positron emission tomography Annuals of Neurology 28 775 785 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 85 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Ginarte A Y 2002 Reabilitaci n cognitiva Aspectos te ricos y metodol gicos Revista de Neurologia 35 870 876 Godfrey H P D amp Knight R G 1985 Cognitive rehabilitation of memory functioning in amnesiac alcoholics Journal of Counsulting and Clinical Psychology 53 555 557 Goldman M S 1990 Experience dependent neuropsychological recovery and the treatment of chronic alcoholism Neuropsychology Review 1 1 75 101 Goldman R S amp Goldman M S 1988 Experience dependent cognitive recovery in alcoholics a task component strategy Jo
90. benzodiazepinas 2 Estimulantes cocaina e 3 Perturbadoras do SNC delta 9 tetha hi drocanabinol THC Ecstasy e Acido Lis rgico Dietilamida LSD OMS 2007 CEBRID 2003 Carlini 1994 No que respeita as altera es neuroanat micas provocadas pelas drogas estas provocam um transtorno das fun es cerebrais Este tipo de subst ncias levam imita o dos efeitos dos neurotransmissores end genos ou interfer ncia da fun o normal do c rebro ou seja podem alterar os processos de acumula o elimina o ou liberta o de neurotransmissores Na depend ncia o comportamento cerebral bastante complexo pois est relacionado com os efeitos a curto e a longo prazo das subst ncias no c rebro OMS 2004 De forma a colmatar essas altera es nos ltimos anos tem surgido um crescente interesse sobre a Estimula o Cognitiva e Reabilita o Cognitiva Neuropsicol gica visto ser um instrumento bastante til pois permite o aumento ou a preserva o das funcionalidades fun es cognitivas dos indiv duos e desta forma melhorar a sua viv ncia e por sua vez a sua qualidade de vida O aparecimento das interven es cognitivas tem sido cada vez mais uma realidade tem se utilizado com maior frequ ncia na inf ncia no envelhecimento nos danos cerebrais dist rbios psiqui tricos entre outros Aos poucos surgem novas reas como o abuso de subst ncias Nesta rea das depend ncias o que se pretende melhorar ou sej
91. bis stimulant and opioid abuse Neuropsycholy Review 14 1 41 Vericco C D Jentsch J D Roth R H 2000 Persistent and anatomically selective reduction in prefrontal cortical dopamine metabolism after repeated interminttent cannabinoid administration to rats Synapse 49 61 66 Villiers P amp Herrnstein R J 1976 Toward a law of response strength Psychological Bulletin 83 6 1131 1153 Volkow N D Chang L Wang G J Fowler J S Franceschi D Sedler M J Gatley S J Hitzemann R Ding Y S Wong C Logan J 2001 Higher cortical and lower subcortical metabolism in detoxified methamphetamine abusers American Journal of Psychiatry 158 383 389 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 100 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Volkow N D Chang L Wang G J Fowler J S Franceschi D Sedler M J Gatley S J Hitzerman R Ding Y Wong C Logan J 2001 Low level of brain dopamine D2 receptors in methamphetamine abusers Association with metabolism in the orbitofrontal cortex American Journal of Psychiatry 158 2015 2021 Volkow N D et al 1999 Reinforcing effects of psychostimulants in humans are associated with increases in brain dopamine and occupancy of D2 receptors Journal of
92. bst ncias Abstract The present investigation was designed to implement and study the effect of a cognitive stimulation programme in a sample of alcoholics and drug addicts diagnosed with heroin addiction as well as evaluating the response to cognitive stimulation programme using the technology of virtual reality VR Games in the several cognitive domains assessed through neuropsychological tests The programme was conducted during one month on 14 drug addicts and 28 alcoholics From these 11 drug addicts and 8 alcoholics were submitted to a cognitive stimulation programme and the remaining of each sample were part of control group To evaluate the results of the program two evaluations were performed one before and another after the treatment in both groups The results demonstrate that there were improvements in attention and memory in drug addicts but none were found in executive functioning and decision making In contrast in alcoholics there were no enhancements in memory and decision making but in attention and executive functioning improved from the pre treatment to post treatment assessment Thus these results point to a differential effect of the cognitive stimulation programme on neuropsychological functioning of alcohol and heroin Keywords Addiction Alcoholism Cognitive Functioning Cognitive Stimulation Programme with Virtual Reality Games Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicolog
93. ca o de treinos singulares com v rios graus de complexidade Haase amp Lacerda 2003 A substitui o funcional est relacionada com o princ pio de Kennard que prop e que quando mais prematuro for a les o maior possibilidade de recuperar funcionalmente A Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 44 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias compensa o funcional alude que cada conduta ou atividade mental complexa sup e o planeamento de um sistema funcional que integra diferentes reas em v rios n veis do neuroeixo cada parte desse sistema funcional complexo tem uma fun o caracter stica Deste modo ao analisar uma s ndrome complexa nos seus componentes funcionais permite identificar o componente elemento afetado de forma a orientarem o plano de exerc cios de reabilita o Luria 1973 As estrat gias de compensa o s o desenvolvidas espontaneamente pelo paciente ou pela sua fam lia estas podem ser aperfei oada a partir de sugest es dadas pelo t cnico Normalmente o uso de compensa es exige um treino muito intenso e uma boa capacidade de disciplina e planeamento por parte do paciente e da sua fam lia Um aspeto fundamental para se implementar a compensa o a capacidade de insight sobre a pr pria incapacidade Haase amp
94. ch executive functions are impaired Acta Neurologica Scandinavica 105 276 281 Ray S Bates M E 2006 Acute alcohol effects on repetition priming and word recognition memory with equivalent memory cues Brain and Cognition 60 2 118 127 Rey A 1958 L examen clinique en psychologie Paris Press Universitaire de France Rey A 1959 Manual Test de Copie d une Figure Complexe Paris EU Centre de Psychologie Applique Ritz M C Cone E J Kuhar M J 1990 Cocaine inhibition of ligand binding at dopamine norepinephrine and serotonin transporters a structure activity study Life Sciences 46 635 645 Robinson J E Heaton R K O Malley S S 1995 Neuropsychological functioning in cocaine abusers with and without alcohol dependence Journal of Internacional Neuropsychological Society 5 1 10 9 39 Robinson T E amp Berridge K C 1993 The neural basis of drug craving An incentivesensitization theory of addiction Brain Research Reviews 18 3 247 291 Robinson T E amp Berridge K C 2001 Incentive sensitization and addiction Addiction 96 1 103 114 Robinson T E amp Berridge K C 2003 Addiction Annual Review of Psychology 54 25 53 Robinson T E amp Kolb B 2004 Structural plasticity associated with exposure to drugs of abuse Neuropharmacology 47 33 46 Rocha B A et al 1998 Cocaine self administration in dopamine transporter knockout mice Na
95. chological performance and alcohol consumption in alcoholics Biological Psychiatry 3 5 551 65 Ende G Wetzel H Walter S Weber Fahr W Diehl A Hermand D Heinz A Mann K 2005 Monitoring the effects of chronic alcohol consumption and abstinence on brain metabolism a longitudinal proton magnetic resonance spectroscopy study Biological Psychiatry 58 974 980 Fals Stewart W Lam K 2010 Computer assisted cognitive rehabilitation or the treatment of patients with substance use disorders A randomized clinical trial Experimental and Clinical Psychopharmacology 18 87 98 Fals Stewart W Lucente S 1994 The Effect of Cognitive Rehabilitation on the Neuropsychological Status of Patients in Drug Abuse Treatment Who Display Neurocognitive Impairment Rehabilitation Psychology 39 2 Fein G Di Sclafani V Meyerhoff D J 2002 Prefrontal cortical volume reduction associated with frontal cortex function deficit in 6 week abstinent crack cocaine dependent men Drug Alcohol Dependence 68 1 87 93 Fernandes L 1997 Etnografia urbana das drogas e do crime Vol 10 Lisboa Gabinete de Planeamento e de Coordena o do Combate Droga Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 83 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias
96. cia de Subst ncias Tabela 19 An lise por Deck nos Alco licos para Avalia o Inicial PEC PEC Deck 1 Deck 2 Deck 3 Deck 4 M DP M DP M DP M DP Percentil Corrected 4 4 1 5 4 7 8 4 1 7 4 3 1 5 Tabela 20 An lise por Deck nos Alco licos para Avalia o Inicial Controlo PEC Deck 1 Deck 2 Deck 3 Deck 4 M DP M DP M DP M DP Percentil Corrected 4 1 2 5 0 4 9 5 4 6 6 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 21 An lise por Deck nos Alco licos para Avalia o Final PEC PEC Deck 1 Deck 2 Deck 3 Deck 4 M DP M DP M DP M DP Percentil Corrected 3 6 1 8 4 7 8 5 0 4 4 1 1 Tabela 22 An lise por Deck nos Alco licos para Avalia o Final Controlo PEC Deck 1 Deck 2 Deck 3 Deck 4 M DP M DP M DP M DP Percentil Corrected 4 1 4 4 9 2 5 0 4 6 8 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXIII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 23 An lise por Net nos Alco licos para Avalia o Inicial PEC
97. citos B e c lulas exterminadoras naturais Galiegue 1995 que s o imunomoduladoras Molina Holgado 1997 1 1 2 1 2 Cocaina A coca na extra da das folhas de Erythroxylon Coca sendo um poderoso estimulante do sistema nervoso pode ser utilizado por via intravenosa intranasal ou fumada Os efeitos comportamentais causados pela coca na s o sensa es de bem estar e euforia energia atividade motora sensa es de compet ncia sexualidade alerta e tamb m pode surgir a ansiedade paranoia e inquieta o Em doses elevadas ocorrem tremores aumento da temperatura corporal e convuls es pois surge a ativa o do sistema nervoso simp tico concomitantemente com altera es do comportamento Durante uma overdose pode surgir taquicardia hipertens o enfarte do mioc rdio e por outro lado quando os efeitos desta subst ncia baixam o indiv duo sente disforia cansa o irrita o depress o o que o leva ao consumo para readquirir as sensa es pr vias O Brien 2001 Sobre os seus mecanismos de a o a coca na atua no c rebro como um bloqueador do transporte de monoaminas com Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 22 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias afinidade id ntica pelos transportadores de dopamina serotoni
98. de Psicologia e Ci ncias da Vida XXXIII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo IX Consentimento Informado Consentimento Informado Os question rios que ir realizar destinam se a recolher dados sobre aspetos cognitivos para uma investiga o a realizar no mbito do programa de substitui o que integra Pedimos lhe que responda sobre um conjunto de quest es com base na sua experi ncia pessoal Responda o mais fiel poss vel a cada quest o As suas respostas s o confidenciais n o ser o reveladas individualmente a ningu m e destinam se exclusivamente a fins de investiga o Estima se que o preenchimento total deste conjunto de question rios ocupe cerca de 120 minutos do seu tempo repartido em duas sess es a realizar com uma semana de intervalo Por favor certifique se que responde a todos os question rios na integra de forma a validar a sua participa o nesta investiga o Assumimos o compromisso de realizar esta investiga o de acordos com os melhores crit rios ticos e cient ficos Muito obrigada pela sua colabora o Tomei conhecimento e comprometo me a participar nesta investiga o Data Nome Assinatura Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXXIV
99. de Respostas Perserverativas PRNC Percentagem de Respostas de N vel Conceptual PCF Percentagem de Categoria Final XIX Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias NTRS Net Total Raw Score NTTSC Net Total T Score Corrected TM Total Money Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XX Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 17 An lise por Net nos Alco licos para Avalia o Final PEC PEC Net 1 Net 2 Net 3 Net 4 Net 5 M DP M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 57 10 7 47 9 13 1 50 6 11 8 49 10 4 43 4 16 3 Tabela 18 An lise por Net nos Alco licos para Avalia o Final Controlo Controlo Net 1 Net 2 Net 3 Net 4 Net 5 M DP M DP M DP M DP M DP T Score Corrected 56 7 8 9 50 HeT 48 6 8 1 48 2 8 9 45 4 9 8 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend n
100. diminui o da 1 ANP para a 2 ANP nesta dimens o n o existiu influ ncia do PEC nos resultados Para a dimens o pontua o total na mem ria verificou se um resultado superior do primeiro momento para o segundo momento avaliativo observou se um efeito principal do tratamento F 1 26 11 640 p 0 002 n o se verificou influ ncia do PEC nos resultados apresentados N o se verificou diferen as significativas para as seguintes provas no TP para o ndice de dispers o por categoria e capacidade de concentra o e para o ndice de dispers o por categoria e resist ncia a fadiga na FCR para as dimens es tempo na mem ria e pontua o total na copia no CTT 1 na dimens o prompts e no CTT 2 para o n mero de quase falhas no WCST para as dimens es percentagem de ensaios acertos respostas perserverativas respostas de n vel conceptual e categorias finalizadas Ap ndices Tabela 15 e 16 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 68 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias 4 2 4 Grupo dos Alco licos IGT A Tomada de Decis o foi avaliada nos dois momentos de avalia o neuropsicol gica antes e depois da interven o pela prova IGT Na dimens o referente pontua o corrigida na escolha dos Baralhos da IGT na 2 ANP ocorreu u
101. do foi o de Mate Kole e seus colegas 2007 que pretendiam investigar os efeitos do PEC na redu o do decl nio cognitivo nos idosos com dem ncias O programa centrou se na estimula o das fun es cognitivas globais o estado funcional e comportamental com uma dura o de seis semanas realizou se uma avalia o neuropsicol gica antes e depois do PEC Os resultados indicam que este tipo de programas leva ao atraso do decl nio ou at mesmo melhorias significativas nas fun es cognitivas dos indiv duos com esta problem tica Mais tarde Spector e seus colaboradores 2010 realizaram um estudo com o objetivo de entender quais os efeitos do PEC nas diferentes reas do funcionamento cognitivo nos indiv duos com dem ncia Dividiram os participantes em dois grupos 1 que realizou a estimula o e o 2 grupo de controlo Aplicaram um PEC de catorze sess es centrou se em atividades que envolviam a mem ria aprendizagem movimentos e linguagem Os resultados obtidos mostraram uma diferen a entre os dois grupos ao n vel da linguagem n o se verificou diferen as significativas na mem ria orienta o ou no movimento Conclu ram que os PEC t m efeito ben fico na fun o da linguagem para estes indiv duos o que leva aos investigadores a deduzir que poder o conduzir a benef cios generalizados Woods e seus colegas 2012 pretendiam avaliar a efic cia do impacto dos PEC nas fun es cognitivas dos indiv duos com dem ncia O prog
102. ds S Janda K Koob G 2013 Dynamic vaccine blocks relapse to compulsive intake of heroin Proceedings of the National Academy of Sciences 110 22 9036 9041 Schmid H 2000 Protective factors Addiction medicine concepts strategies and therapeutic management 226 234 Schottenbauer M A Hommer D Weingartner H 2007 Memory deficits among alcoholics performance on a selective reminding task Aging Neuropsychology and Cognition 14 505 516 Schuckit M 1980 Marcadores biol gicos Metabolismo e agudas rea es ao lcool em filhos de alco latras Farmacologia Bioqu mica e Comportamento 13 9 16 Schuckit M A 1984 Drug and alcohol abuse A clinical guide to diagnosis and treatment New York Plenum Press Schulte T Sullivan E V Miller Oehring E M Adalsteinsson E Pfefferbaum A 2005 Corpus callosal microstructural integrity influences interhemispheric processing a diffusion tensor imaging study Cerebral Cortex 15 1384 1392 Seibel S D Toscano I A 2001 Depend ncia de Drogas S o Paulo Atheneu Sekine Y Iyo M Ouchi Y Matsunaga T Tsukada H Okada H Yoshikawa E Futatsubashi B A Takei N Mori N 2001 Methamphetaminerelated psychiatric symptoms and reduced brain dopamine transporters studied with PET American Journal of Psychiatry 158 1206 1214 Silveira A C 1997 O drama do alcoolismo causas consequ ncias e solu es S o Paulo Casa Pub
103. dux Org Self efficacy adaption and adjustment theory research and application New York Plenum Press 347 375 Bandura A 1999 A sociocognitive analysis of substance abuse an agentic perspective Psychological Science 10 214 217 Bartzokis G Beckson M Lu P H Edwards N Rapoport R Niseman E Bridge P 2000 Age related brain volume reductions in amphetamine and cocaine addicts and normal controls implications for addiction research Psychiatry Research Neuroimaging 98 93 102 Bartzokis G Goldstein I B Hance D B Beckson M Shapiro D Lu P H et al 1999 The incidence of T weighted MR imaging signal abnormalities in the brain of cocaine dependent patients is age related an region specific American Journal of Neuroradiology 20 1628 35 Barzokis G Lu P H Beckson M Rappaport R Grant S Wiseman E London E D 2000 Abstinence from cocaine reduces high risk responses on a gambling task Neuropsychopharmacology 22 1 102 103 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 79 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Bechara A Dolan S Denburg N Hindes A Anderson S W amp Nathan P E 2001 Decision making d fices linked to a dysfunctional ventromedial prefrontal
104. e and dopamine beta hydroxilase in long term users Drug and Alcohol Dependence 9 251 255 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 91 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Martin B R et al 1976 3H delta 9 tetrahydrocannabinol tissue and subcellular distribution in the central nervous system and tissue distribution in peripheral organs of tolerant and nontolerant dogs Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics 196 128 144 Martinez D Gil R Slifstein M Hwang D Huang Y Perez A Kegeles L Talbot P Evans S Krystal J Laruelle M Abi Dargham A 2005 Alcohol Dependence Is Associated with Blunted Dopamine Transmission in the Ventral Striatum Biological Psychiatry 58 10 779 786 Mate Kole C C Fellows R P Said P C Mcdougal J Catayong K Dang V amp Gianesini J 2007 Use of Computer Assisted and Interactive Cognitive Training Programmes with Moderate to Severely Demented Individuals A Preliminary Study Aging amp Mental Health 11 5 485 495 Mateer C 2005 Effectiveness of rehabilitation for cognitive d fices Oxford Oxford University Press 21 29 Mathew R J Wilson W H Coleman R E Turkington T G DeGrado T R 1997 Marijuana intoxication and brain
105. e imaging brain volumes in Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 95 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias abstinent and relapsed alcoholics Alcoholism Clinical Experimental Research 19 5 1177 1191 Pfefferbaum A Sullivan E V Rosenbloom M J Mathalon D H Lim K 0 1998 A controlled study of cortical gray matter and ventricular changes in alcoholic men over a 5 year interval Archives of General Psychiatry 55 10 905 12 Pillon S C 2005 Atitudes dos enfermeiros com rela o ao alcoolismo uma avalia o de conhecimentos Revista Eletr nica de Enfermagem 7 3 303 307 Pina A 2001 A Hist ria natural da Heroinodepend ncia no Algarve Toxicodepend ncias 7 2 9 15 Pinto Coelho M 1998 Toxicodepend ncia a Liberdade Come a no Corpo 2a Edi o Lisboa Edi es Fim de S culo Platt D M Rowlett J K Spealman R D 2001 Discriminative stimulus effects of intravenous heroin and its metabolites in rhesus monkeys opioid and dopaminergic mechanisms Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics 299 760 767 Poiares C A 1998 As drogas il citas Consumo Incrimina o e Desculpabiliza o Toxicodepend ncias 4 57 66 Pollock V E Volavka J Mednick S A Goodwin D W Kn
106. e uma dura o de um m s sendo composto por doze sess es tr s sess es por semana com uma dura o de sessenta minutos Todos os indiv duos foram sujeitos a avalia es neuropsicol gicas realizadas antes e depois do PEC tendo um intervalo de aplica o de trinta dias entre as avalia es Os participantes diagnosticados com depend ncia de lcool foram divididos em tr s grupos aleatoriamente o 1 PEC tradicional papel e caneta 2 PEC m vel e 3 Controlo Os indiv duos heroinodependentes foram submetidos apenas a PEC m vel Os resultados obtidos das avalia es neuropsicol gicas demostraram um aumento global das habilidades cognitivas em especial do funcionamento executivo ap s o PEC mais evidente nos alco latras que realizaram o PEC m vel em compara o com os outros grupos Os heroinodependentes tamb m mostraram uma melhoria nas fun es executivas ap s o PEC talvez devido a reduzida amostra Deste modo o estudo sugere que os efeitos cognitivos causados pela depend ncia de subst ncias poder o ser revers veis atrav s da utiliza o dos PEC neste tipo de popula es sendo assim uma mais valia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 49 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Cap tulo 2 Objetivos e Hip teses Devido
107. ealizados em roedores demonstraram que os ratos expostos ao lcool t m dificuldades em reverter a aprendizagem previamente adquirida O Leary Moore 2006 Existem tamb m estudos que referem efeitos agudos da exposi o ao lcool em adultos que incluem altera es dissociativas nos sistemas de mem ria As altera es foram observadas no reconhecimento expl cito no conte do da mem ria na mem ria prospetiva e na inibi o da resposta Deste modo os autores justificam que para este dom nio os indiv duos consumidores de lcool necessitam de mais tempo para aprender os conte dos e revelam mais dificuldades para recuperar aprendizagens pr vias apesar de estes efeitos serem revers veis a m dio prazo para os indiv duos em abstin ncia Corbin 2007 Leitz 2009 Ramaekers 2006 Ray 2006 Shottenbauer 2007 Na tomada de decis o igualmente prevista uma interven o significativa do PEC neste dom nio para o grupo dos alco licos A hip tese sugerida n o foi corroborada pois n o se verificou diferen as significativas nos resultados avaliados pela IGT esta prova tem como objetivo avaliar a tomada de decis o Como j foi referido estudos que expliquem esta ocorr ncia at a data n o foram encontrados Pois os estudos realizados por Gamito e seus colaboradores 2013 referem a import ncia do uso de tecnologia m vel na estimula o pois Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci nc
108. em crescente de dificuldade mantem agrupado os elementos que apresentam o mesmo tipo de configura o A sua aplica o poder ser feita individualmente ou em grupo num tempo m ximo de vinte e cinco minutos as respostas s o anotadas ao longo da prova na folha de resposta pelo pr prio utente Pode ser aplicado a partir dos doze anos de idade ou a partir do oitavo ano de escolaridade A instru o espec fica desta prova Agora ir revolver uma s rie de exerc cios feitos com pedras de domin s N o necess rio saber jogar ao domin para realizar este teste apenas e preciso saber que cada metade da pedra pode variar de zero a seis tendo em conta que se continuasse a s rie voltaria a come ar outra vez do zero quer dizer que segue a ordem 0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 e assim sucessivamente O que suposto que em cada exerc cio deve averiguar o valor da pedra que Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 54 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias esta a tracejado e escrever a solu o com n meros A corre o do D48 realiza se com a ajuda de uma grelha de corre o que indica as respostas corretas considera se respostas erradas quando nenhum dos n meros coincide com os da grelha de corre o um dos n meros n o coincide fa
109. entre os toxicodependentes e os alco licos antes das interven es neuropsicol gicas foram inclu dos nesta an lise todos os participantes da amostra total em estudo incluindo os participantes que n o realizaram as reavalia es Esta compara o foi realizada atrav s do teste t para amostras independentes em que a vari vel independente foi o grupo sendo esta vari vel constitu da por toxicodependentes e alco licos As vari veis dependentes consistiram nos resultados dos testes neuropsicol gicos Estes resultados est o representados na Tabela 3 e 4 dos Ap ndices Relativamente ao rastreio cognitivo a compara o entre grupos na prova MMSE mostrou diferen as significativas entre os toxicodependentes e os alco licos na capacidade cognitiva geral t 34 58 3 107 p 0 004 que sugerem um desempenho cognitivo superior no grupo dos toxicodependentes M 28 2 DP 1 6 em compara o com o grupo dos alco licos Na prova de intelig ncia geral a compara o entre grupos no D48 revelou diferen as significativas entre os toxicodependentes e os alco licos na intelig ncia geral t 99 3 321 p 0 001 demostrando se superior no grupo dos toxicodependentes M 19 4 DP 8 6 em compara o com o grupo dos alco licos Ao nivel da aten o utilizou se a prova do TP e do CTT 1 e 2 Na prova do TP a compara o entre grupos para a dimens o dos acertos verificou se diferen as significativas entre os dois grupos t 101 6 5
110. epend ncias SIDA S ndrome da Imunodefici ncia Adquirida SNC Sistema Nervoso Central Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 8 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias SPECT Tomografia Computorizada por Emiss o de um Fot o nico SPSS Statistical Package for Social Science TCE Traumatismo Cr nio Encef lico TDAH Transtorno do D fice de Aten o e Hiperatividade THC Delta 9 tetha hi drocanabinol TP Toulouse Pier n WCST Wisconsin Card Sorting Test Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 9 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias ndice Introdu o isssessisecensiscssosseteio onsudosbnseaaas cassada don sos dokto sss das dn inne cuca niad ciel nas ssa na sdes bo enc escuna adeis tots 12 Capitulo 1 Referencial Te rico ss scesyscsicessecsssosssdsoenhscdessesoussesubsscsteesssceusesnadeceuapessiensvedsssevans 15 1 1 Uso Abuso e Depend ncia de Subst ncias sesooesoossescoesoessessossocssessossosesessossose 15 1 1 1 Adi o e Depend ncia de Subst ncias usas araras NS sia nas 15 Ae Mie eo R
111. es Na depend ncia o comportamento cerebral bastante complexo pois est relacionado com os efeitos a curto e a longo prazo das subst ncias no c rebro OMS 2004 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 31 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias O consumo de subst ncias est relacionado com altera es neuropsicol gicas ligadas ao funcionamento de v rias regi es cerebrais corticais subcorticais e mediais Verdejo Garcia 2004 Os sistemas cerebrais que s o afetados pelo consumo s o reas implicadas diretamente nos efeitos agudos das drogas circuitos de recompensa mesolimbicos e mesocorticais como tamb m regi es implicadas nos processos motivacionais emocionais cognitivos e executivos Volkow 2004 Atrav s das novas tecnologias poss vel visualizar e percecionar altera es anat micas funcionais e cognitivas associadas ao consumo de drogas Algumas dessas t cnicas utlizadas s o a resson ncia magn tica RM a resson ncia magn tica funcional RMf a tomografia por emiss o de prot es PET e a tomografia computorizada por emiss o de um fot o nico SPECT Levin 2001 Kaufman 2001 Em seguida ser o apresentados alguns tipos de subst ncias e as altera es que estas provocam a n vel estrutural funcional e
112. eterminadas por condi es de natureza dispar que se re nem ao criar situa es para o seu surgimento e conserva o Arag o amp Sacadura 2002 L 2007 1 1 1 2 Alcoolismo O consumo de lcool um fen meno h muito existente desde as mais remotas civiliza es bastante utilizado por todo o mundo independentemente da sua utiliza o ser espor dica uso social ou frequente depend ncia do consumidor O lcool faz parte do grupo das drogas psicotr picas pois atua no SNC este provoca altera es no comportamento de quem consome e pode levar depend ncia CEBRID 2002 A OMS 1994 considera o alco lico um doente e o alcoolismo uma doen a Define alcoolismo como a depend ncia f sica e psicologia do lcool este pode levar ao surgimento de altera es ps quicas e org nicas perturba o da vida familiar social profissional consequ ncias econ micas morais e legais Por outro lado define o alco lico como um indiv duo que bebe em excesso e em que a depend ncia ao lcool acompanhada de perturba es mentais da sa de f sica da rela o com os outros e do comportamento social e econ mico OMS 1994 Relativamente aos sinais e sintomas relacionados com o consumo cr nico de lcool Dubowski 1985 refere que os indiv duos apresentam um conjunto de sinais comuns como o rubor e edema na fase olhos lacrimejantes edema das p lpebras h lito alco lico falta de coordena o motora eritrose
113. ethamphetamine use Journal of Addictive Diseases 27 13 2A Hyman S E amp Malenka R C 2001 Addiction and the brain The neurobiology of compulsion and its persistence Nature Review of Neuroscience 2 10 695 703 IDT Instituto das Drogas e da Toxicodepend ncia 2011 Relat rio Anual A Situa o do Pa s em mat ria de drogas e toxicodepend ncia IDT Instituto das Drogas e da Toxicodepend ncia 2011 Portugal New Development Trends and in depth information on selected issus Ilan M E Smith A 2004 Gevins Effects of marijuana on neurophysiological signals of working and episodic memory Psychopharmacology 176 214 222 Indlekofer F Piechatzek M Daamen M Glasmacher C Lieb R Pfister H et al 2009 Reduced memory and attention perfor mance in a population based sample of young adults with a moderate lifetime use of cannabis ecstasy and alcohol Journal of Psychopharmacology 23 495 509 Jacobs M R Fehr K O B 1987 Drugs and drug abuse a reference text 2nd ed Toronto Addiction Research Foundation Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 88 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Jamus D R amp Mader M J 2005 A Figura Complexa de Rey e seu Papel na Avalia o Neurops
114. h 2002 Filmore 2002 Verdejo Garcia 2005 1 1 5 3 Opi ides Existem poucos estudos sobre as altera es estruturais em consumidores de opi ceos Talvez devido aos primeiros estudos estruturais realizados neste tipo de consumidores n o detetarem modifica es morfol gicas significativas relacionadas com o consumo desta subst ncia Amass 1992 Aasly 1993 Estudos mais recentes referem a presen a de altera es morfol gicas corticais e da subst ncia branca nos consumidores mas estas modifica es s o mais leves que as apresentadas pelos consumidores de coca na Kish 2001 Lyoo 2004 Um estudo realizado por Pezawas e seus colaboradores 1998 revelou o aumento do espa o ventricular e pericortical em consumidores de opi ceos em abstin ncia expondo a redu o do volume cerebral nestas popula es em especial do c rtex frontal Verificava se um volume do c rtex frontal que est relacionado com o tempo de abstin ncia nos consumidores de forma que a perda do volume frontal era inferior nos indiv duos com per odos de abstin ncia maiores que um ano Lyoo et al 2004 relataram a exist ncia de uma intensidade elevada na subst ncia branca profunda e insular adjacente ao c rtex pr frontal nos consumidores de opi ceos em compara o com o grupo de controlo apesar destas altera es serem mais leves que as que sucedem nos consumidores de coca na Relativamente s altera es funcionais estudos com base o fluxo
115. ia e Ci ncias da Vida 7 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Lista de Abreviaturas AMPA Alpha amino 3 hydroxy 5 methyl 4 isoxazole propionic acid ANP Avalia o Neuropsicol gica APA American Psychological Association ATV rea Tegmental Ventral AVC Acidente Vascular Cerebral CEBRID Centro Brasileiro de Informa es sobre Drogas Psicotr picas CID Classifica o Internacional de Doen as CPF C rtex Pr Frontal CTT Color Trail Test DGS Dire o Geral de Sa de DSM IV TR Manual de Diagn stico Estat stico de Transtornos Mentais DeltaFosB FBJ Finkel Biskis Jinkins osteosarcoma oncogene B FAB Bateria de Avalia o Frontal FCR Figura Complexa de Rey GABA cido Gamma aminobutirico HO Agua IDT Instituto das Drogas e Toxicodepend ncia IGT Iowa Gambling Task LSD Acido Lis rgico Dietilamida MCP Mem ria a Curto Prazo MMSE Mini Mental State Examination NA N cleo Accumbens NMDA N Metil D Aspartato OMS Organiza o Mundial de Sa de PEC Programa de Estimula o Cognitiva PET Tomografia por Emiss o de Prot es RM Resson ncia Magn tica RMf Resson ncia Magn tica Funcional RV Realidade Virtual SICAD Servi o de Interven o nos Comportamentos Aditivos e D
116. ia refere que o mecanismo de a o das drogas sobre o SNC e sobre o comportamento id ntico aos est mulos naturais Kalivas amp Hu 2006 Kalivas 2005 Kalivas amp Volkow 2005 Deste modo os trabalhos de Kalivas e colaboradores Kalivas amp Hu 2006 Kalivas et al 2005 Kalivas amp Volkow 2005 ampliaram a compreens o da depend ncia como um problema de escolha em que as subst ncias ganham um maior controle sobre a conduta do que os outros tipos de refor o porque estes perdem valor Heyman 1996 onde adicionam a enumera o das modifica es neurofisiol gicas Por outro lado esses autores incluem a teoria de Heyman 1996 com a sugest o de Robinson e Berridge 1993 2001 2003 demonstram que o aumento do controle dos est mulos associados droga isto a sensibiliza o do incentivo parte elementar no processo de depend ncia que est bastante relacionado com as atitudes compulsivas da busca e consumo Outro aspeto da teoria de Kalivas e seus colegas para a compreens o da depend ncia mostrar que a integra o de princ pios comportamentais com os saberes das neuroci ncias possibilita esclarecer os processos de depend ncia em termos dos est mulos das consequ ncias da droga e dos est mulos ligados a esses efeitos A Teoria Biol gica postula a exist ncia de mecanismos f sicos espec ficos nos indiv duos que os impulsionam ou influenciam a experimentar drogas visto estarem expostos Universid
117. ias da Vida 73 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias ap s este tipo de estimula o ocorre um aumento das fun es cognitivas em geral e em especial na tomada de decis o e fun es executivas Gamito 2013 Por fim nas fun es executivas era esperado que ap s a interven o do PEC os indiv duos apresentassem desempenhos superiores nas provas que avaliam este dom nio Como esperado a hip tese foi comprovada pois verificou se diferen as significativas nas provas da FAB e WCST utilizadas para avaliar estas fun es As provas referenciadas tendem a avaliar as fun es frontais tais como a conceptualiza o abstra o flexibilidade mental programa o motora sensibilidade a interfer ncia controlo inibit rio e a resolu o problemas V rios estudos revelam que a realiza o de estimula o cognitiva que incide na resolu o de problemas Godman 1990 Parsons 1987 no funcionamento cognitivo geral Petersan 2002 e no funcionamento executivo Gamito 2013 surge como uma mais valia para os alco licos pois estes apresentam uma capacidade superior a estes n veis ap s estimula o Deste modo de referir que a literatura n o clara sobre a efic cia da estimula o cognitiva nos alco licos Pois existem estudos que suportam a efic cia do PEC Forsberg amp Godman 1988
118. icol gica Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology 11 4 193 198 Jellinek E M 1960 The disease concept of alcoholism New Brunswick Hillhouse Press Kalivas P W amp Hu X T 2006 Exciting inhibition in psychostimulant addiction Trends in Neurosciences 29 11 610 616 Kalivas P W amp Volkow N D 2005 The neural basis of addiction A pathology of motivation and choice Current Opinion in Neurobiology 162 8 1403 1413 Kalivas P W Volkow N amp Seamans J 2005 Unmanageable motivation in addiction A pathology in prefrontal accumbens glutamate transmission Neuron 45 5 647 650 Kaufman M J 2001 Levin JM Magnetic resonance findings in substance abuse Totowa Humana Press Kincannon J 1968 Prediction of the standard MMPI scale scores from 71 items The Mini Mult Journal of Consulting and Clinical Psychology 32 319 325 Kish S J Kalasinsky K S Derkach P Schmunk G A Guttman M Ang L Adams V Furukawa Y Haycock J W 2001 Striatal dopaminergic and serotonergic markers in human heroin users Neuropsychologycal 24 5 561 567 Klintsova A Y Helfer J L Calizo L H Dong W K Goodlett C R Greenough W T 2007 Persistent impairment of hippocampal neurogenesis in young adult rats following early postnatal alcohol exposure Alcoholism Clinical and Experimental Reasearch 31 12 2073 2082 Knop J Goodwin D W Teasdale T W Mikkelsen
119. icol gicas ap s as avalia es foram estruturados dois grupos O grupo de controlo que n o realiza o PEC e o grupo de estimula o com PEC tendo os indiv duos sido escolhidos aleatoriamente Iniciou se a estimula o que decorreu durante um m s e na semana posterior sua conclus o realizou se novamente uma reavalia o neuropsicol gica aos participantes que efetuaram o PEC como tamb m aos que n o realizaram utilizando a mesma bateria de testes aplicada inicialmente Ap s as avalia es foi realizada a cota o de todas as provas e colocados os resultados numa folha de Excel para posteriormente ser analisado estatisticamente os resultados obtidos atrav s do programa Statistical Package for Social Science IBM SPSS 20 0 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 61 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Cap tulo 4 Resultados Os procedimentos estat sticos utilizados foram realizadas atrav s do programa Statistical Package for Social Science IBM SPSS 20 0 tendo sido efetuada a base de dados numa folha de Excel 4 1 Compara o entre Toxicodependentes e Alco licos no desempenho dos v rios dom nios avaliados pelos testes Neuropsicol gicos no per odo anterior interven o Para se realizar uma compara o
120. icos Explicativos Revista da Faculdade de Ci ncias Humanas e Sociais do Porto 4 238 250 Forsberg L K amp Goldman M S 1988 Experience dependent recovery of cognitive deficits in alcoholics extended transfer of training Journal of Abnormal Psychology 96 345 353 Franklin T R Acton P D Maldjian J A Gray J D Croft J R Dackis C A et al 2002 Decreased gray matter concentration in the insular orbitofrontal cingulate and temporal cortices of cocaine patients Biological Psychiatry 51 134 142 French E D 1997 Delta 9 tetrahydrocannabinol excites rat VTA dopamine neurons through activation of cannabinoid CB1 but not opioid receptors Neuroscience Letters 226 159 162 Fried P A Watkinson B Gray R 2005 Neuro cognitive consequences of marihuana a comparison with pre drug performance Neurotoxicology and Teratology 27 231 9 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 84 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Galiegue S et al 1995 Expression of central and peripheral cannabinoid receptors in human immune tissues and leukocyte subpopulations European Journal of Biochemistry 232 54 61 Gamito P Oliveira J Lopes P Morais D Brito R Saraiva T Bastos M Crist v o S C
121. in human brain Archives of General Psychiatry 41 67 74 Lundqvist T Jonsson S Warkentin S 2001 Frontal lobe dysfunction in long term cannabis users Neurotoxicology Teratology 23 437 43 Luria A R 1973 The Working Brain An Introduction to meuropsychology London Perrguin Press Lyoo I K Streeter C C Ahn K H Lee H K Pollack M H Silveri M M Nassar L Levin J M Ciraulo D A Renshaw P F Kaufman M J 2004 White matter hyperintensities in subjects with cocaine and opiatedependence and healthy subjects Psychiatry Research Neuroimagin 131 135 145 Lyvers M 2000 Loss of control in alcoholism and drug addiction A neuroscientific interpretation Experimental and Clinical Psychopharmacology 8 2 225 249 Maas L C Lukas S E Kaufman M J Weiss R D Daniels S L Rogers V W et al 1998 Functional magnetic resonance imaging of human brain activation during cue induced cocaine craving American Journal of Psychiatry 155 124 6 24 Makris N Gasic G P Seidman L J Goldstein J M Gastfriend D R Elman l Albaugh D M Hodge S M Ziegler D A Sheahan F Caviness V S Tsuang M T Kennedy D N Hyman S E Rosen B R Breiter H C 2004 Decreased Absolute Amygdala Volume in Cocaine Addicts Neuron 44 4 729 740 Markianos M Stefanis C 1982 Effects of acute cannabis use and short term deprivation on plasma prolactin
122. io incondicional amor e paci ncia ao longo deste tempo porque sem eles nada disto era poss vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 4 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Ao Ricardo um agradecimento especial por toda a ajuda prestada pela transmiss o de confian a apoio dedica o carinho for a e pela paci ncia que teve comigo ao longo desta etapa E a Cinha pelo companheirismo pelas conversas infind veis desabafos e por todos os momentos que passamos para realizar os nossos trabalhos olhando sempre uma pela outra A C tia Catarina ao Lu s e Sara por estarem presentes e terem feito parte deste percurso Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 5 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Resumo A presente investiga o teve como objetivos a implementa o de um programa de estimula o cognitiva numa amostra de indiv duos alco licos e toxicodependentes com diagn stico de depend ncia de hero na bem como avaliar a resposta a um Programa de Estimula o Cognitiva PEC com recurso a jogos com base na tecnologia de realid
123. ita o ps quica at ao coma alco lico Nesta etapa a tend ncia o aumento dos consumos ou seja o indiv duo come a por beber socialmente at ao ponto em que o lcool passa a ser imprescind vel na sua vida 2 Depend ncia alco lica em que o sujeito perde o controlo sobre a bebida e come a a beber compulsivamente o estado de embriaguez passa a ser constante a auto estima baixa deterioram se as rela es interpessoais deixa de cumprir as suas obriga es e a degrada o f sica vis vel 3 Alcoolismo cr nico em que a ingest o de lcool constantemente excessiva ao longo dos dias e mantem o organismo frequentemente alcoolizado os comportamentos mentais deterioram se e aumenta a toler ncia ao lcool entre outros Torres 2001 Ad s amp Lejoyeux 2004 Figlie 2004 Pillom 2005 No que respeita s causas do alcoolismo estas podem ser m ltiplas coexistir na mesma situa o e serem do foro 1 biol gico gen tico quando existe uma predisposi o gen tica e o metabolismo alterado pelo lcool origina uma resposta fisiol gica desajustada 2 social determinadas pela aceita o e disponibilidade social do abuso excessivo da subst ncia 3 cultural determinado pelas normas atitudes e valores culturais nacionalidade etnicidade religi o entre outros e 4 psicol gicos personalidade auxiliados pela baixa autoestima procura de prazer precau o da dor e rela es familiares desfavor veis Stuart 2002 Por fi
124. itiva Relativamente s investiga es desenvolvidas sobre os Programas de Estimula o Cognitiva PEC estes t m o seu foco direcionado para as dem ncias e idosos sendo uma mais valia alargar a sua aplica o ao mais variado tipo de problem ticas Ser o apresentados Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 45 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias alguns estudos realizados com indiv duos com dem ncia e em seguida estudos que se focam ao n vel da toxicodepend ncia e dos alco licos No que concerne a estudos que abordam os PEC em idosos existe muita literatura e v rios programas testados e aplicados com resultados positivos ao n vel do funcionamento cognitivo Exemplo disso foi o estudo realizado por Breuil e seus colegas 1994 que apresentaram um dos primeiros resultados de um PEC aplicados a indiv duos com dem ncia Para o estudo dividiram os participantes em dois grupos um com estimula o e outro sem estimula o O grupo estimulado realizou dez sess es de uma hora durante cinco semanas foram avaliados antes e depois do programa atrav s de uma bateria de testes neuropsicol gicos Verificaram que este tipo de estimula o ben fico pois promove a melhoria das fun es cognitivas nos idosos com dem ncia Outro estudo realiza
125. lado t m surgido estudos sobre a avalia o da disponibilidade de neurotransmissores espec ficos V rios estudos t m detetado uma redu o dos n veis dos recetores D2 dos neurotransmissores da dopamina nos consumidores abstinentes de lcool ao n vel do corpo estriado e do c rtex pr frontal Heinz 2004 Volkow 1996 2002 Estes resultados confirmam se num estudo em que administraram racloprida f rmaco que compete com os recetores de dopamina e provocaram uma redu o na produ o da dopamina em distintos locais do corpo estriado Martinez 2005 Um segundo neurotransmissor implicado diretamente nos efeitos farmacol gicos do lcool o GABA Um estudo recente em que utilizaram PET e is topos espec ficos de adi o aos recetores GABA revelou redu es nos n veis do neurotransmissor num grupo de dependentes de lcool Lingford Hughes 2005 As consequ ncias a n vel cognitivo t m sido demonstradas em v rios estudos que indicam altera es nas fun es executivas nas habilidades viso espaciais na velocidade psicomotora Parsons 1998 Sullivan 2000 Noel 2002 ao n vel da aprendizagem aten o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 38 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias mem ria curto e longo prazo abstra
126. lare 2003 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 42 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias A reabilita o cognitiva uma abordagem individualizada para ajudar as pessoas com comprometimento cognitivo Essas pessoas em conjunto com os seus familiares trabalham em conjunto com profissionais especializados para identificar as metas pessoalmente relevantes elaborar estrat gias para lidar com o comprometimento Wilson 2002 Os modelos abrangentes da reabilita o cognitiva enfatizam a necessidade de abordar as dificuldades cognitivas e respostas emocionais de uma forma integrada hol stica tendo em conta a experi ncia de vida da pessoa e do seu contexto social Prigatano 1999 Algumas das caracter sticas mais importantes do conceito de reabilita o cognitiva s o os seguintes 1 tem um car cter terap utico 2 precisamente por ter esse car cter terap utico os programas de reabilita o cognitiva s o geralmente programas de trato espec ficos N o existem casos de reabilita o cognitiva generalizada pois cada caso um caso logo os programas de reabilita o s o apropriados ao tipo e tamanho da les o idade do paciente etc e 3 os programas s o fundamentados particularmente nos princ pios de treino cognitivo Tafur 20
127. lha dos Net na pontua o corrigida Net t 1 ANP e 2 ANP nos percentis corrigidos dos baralhos na 1 ANP e 2 ANP e total de dinheiro 4 2 Efeito do PEC no desempenho Neuropsicol gico Para se verificar se ocorreu um efeito do PEC no desempenho neuropsicol gico quer no grupo dos alco licos quer no dos toxicodependentes a an lise baseou se apenas nos participantes reavaliados Da amostra total dos 103 participantes foram reavaliados catorze toxicodependentes e vinte e oito alco licos O teste escolhido para analisar os resultados foi a ANOVA de Medi es Repetidas Mistas porque permite uma an lise com um fator intrasujeitos com a vari vel denominada tratamento 2 n veis a avalia o vs reavalia o neuropsicol gica e uma vari vel intersujeitos denominada grupo 2 n veis o grupo submetido ao PEC vs grupo de controlo sem PEC A pontua o na IGT por baralhos e por conjuntos de cartas foi baseada nos valores corrigidos Foram realizadas duas an lise independentes pela ANOVA de medidas repetidas uma antes do PEC e uma outra an lise depois do PEC Estas ANOVAS apresentam um fator intrasujeitos para a vari vel pontua o por baralho 4 n veis baralho A vs B vs C vs D e na ANOVA da pontua o por Net 5 n veis Netl vs Net2 vs Ne3 vs Net4 vs Net5 4 2 1 Grupo dos Toxicodependentes Dominios Cognitivos No que respeita a avalia o do funcionamento cognitivo geral utilizou se a prova do MMSE obse
128. licadora Brasileira Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 98 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Sohlberg M M amp Mateer C A 1989 Introduction to cognitive rehabilitation theory and practice New York Guilford Press Sora I et al 2001 Molecular mechanisms of cocaine reward combined dopamine and serotonin transporter knockouts eliminate cocaine place preference Proceedings of the National Academy of Science of the United States of America 98 5300 5305 Sousa F Abr o A 2008 Projeto Acad mico de Servi o Comunidade Criminalidade e Toxicodepend ncia no Algarve Um estudo explorat rio Spector A Orrell M Woods B 2010 Cognitive Stimulation Therapy CST Effects on Different Areas of Cognitive Function for People with Dementia International Journal of Geriatric Psychiatry 25 1253 1258 Steinglass H P Bobring K H Burgart F Satory G amp Schugens M 1994 Memory training in alcoholics Neuropsychological Rehabilitation 4 49 63 Strauss E Sherman E M S amp Spreen O 2006 A Compendium of Neuropsychological Tests Administration Norms And Commentary 3rd Ed New York Oxford University Press Stuart G W Laraia M T 2002 Enfermagem psiqui trica 4 ed Rio de
129. lidar com as respostas emocionais ao comprometimento Mateer 2005 e outras dificuldades psicossociais para proporcionar um quadro de reabilita o neuropsicol gica Foca se na defini o de metas em programas de reabilita o com os indiv duos envolvidos na identifica o de objetivos pessoalmente significativos e um reconhecimento da necessidade de uma abordagem hol stica que aborda fatores cognitivos emocionais e psicossociais de uma forma integrada McLellan 1991 Prigatano 1999 Wilson 2008 Pefia 2010 A reabilita o neuropsicol gica considerada um procedimento biopsicossocial pois envolve os pacientes e os seus familiares tendo em pondera o as modifica es cognitivas e f sicas do indiv duo o ambiente em que residem e as causas subjetivas vila amp Mioto 2002 Esta baseia se na plasticidade neuronal considerada uma habilidade do c rebro de regenera o e adapta o da sua morfologia D Almeida 2004 Deste modo o saber dos mecanismos de plasticidade sin ptica e de recupera o funcional norteia a cria o dos princ pios b sicos e dos modelos de reabilita o Zangwill 1947 descreveu tr s princ pios da reabilita o neuropsicol gica 1 restitui o 2 substitui o e 3 compensa o Haase amp Lacerda 2003 D Almeida 2004 A restitui o funcional ap s les o cerebral prov vel quando as les es s o parciais ou circunscritas e as tentativas de restitui o funcional baseiam se na indi
130. linical neurospychology Technical Report ASHA Supplement 23 47 57 Pearlson G D Jeffrey P J Harris G J Ross C A Fischman M W Camargo E E 1993 Correlation of acute cocaine induced changes in local cerebral blood flow with subjective effects American Journal of Psychiatry 150 495 7 Pe a A S 2010 Guia Basica Estimulaci n Cognitiva para Adultos Espanha Gesfomedia Pertwee R G 1997 Pharmacology of cannabinoid CB1 and CB2 receptors Pharmacology and Therapeutics 74 129 180 Pertwee R G 2001 Cannabinoid receptors and pain Progress in Neurobiology 63 569 611 Peterson M A Patterson B Pillman B M amp Battista M A 2002 Cognitive Recovery Following Alcohol Detoxification A computerized Remediation Study Neuropsychological Rehabilitation 12 1 63 74 Pezawas L M Fischer G Diamant K Schneider C Schindler S D Thurnher M Ploechl W Eder H amp Kasper S 1998 Cerebral CT findings in male opioid dependent patients Stereological planimetric and linear measurements Psychiatry Research Neuroimaging 83 139 147 Pfefferbaum A Adalsteinsson E Sullivan E V 2006 Dysmorphology and microstructural degradation of the corpus callosum Interaction of age and alcoholism Neurobiology of Aging 27 994 1009 Pfefferbaum A Sullivan E V Mathalon D H Shear P K Rosenbloom M J Lim K O 1995 Longitudinal changes in magnetic resonanc
131. lta um dos n meros quando os valores s o os corretos mas est o invertidos relativamente s metades da pedra de domin Em seguida contabiliza se as respostas corretas podendo obter uma pontua o m xima de quarente e quatro pontos Conforme a pontua o obtida procura se nas tabelas de n vel de escolar et rio e cultural o percentil obtido atrav s do seu desempenho Cegoc 2013 Anexo II 3 2 3 FCR Figura Complexa de Rey A FCR Figura Complexa de Rey Rey 1959 Osterrieth 1945 um teste simples e bastante utilizado no campo da Neuropsicologia Tem como objetivo avaliar as habilidades de organiza o viso espaciais e perspetivas planeamento e desenvolvimento de estrat gias mem ria visual imediata e a longo prazo O teste composto por duas etapas distintas a c pia e tr s minutos depois a mem ria Quer na c pia quer na mem ria o indiv duo tem de reproduzir numa folha em branco o desenho apresentado na horizontal apenas na c pia constitu do por 18 elementos Durante a elabora o do desenho c pia e mem ria o sujeito utiliza l pis de cor entregues durante a realiza o pelo examinador para se saber qual a ordem que o sujeito iniciou o desenho bem como a sucess o de elementos reproduzidos e a sua capacidade para desenvolver estrat gias Jamus amp Mader 2005 Para cotar a prova os elementos do desenho podem ser pontuados com 0 0 5 1 ou 2 conforme indicado no manual contabiliza se tamb m o
132. m existem algumas patologias associadas ao alcoolismo quer a n vel f sico quer a n vel mental As patologias f sicas s o de origem gastrointestinais neuromusculares sexuais e cardiovasculares as patologias mentais t m a ver com os delirium tremens dem ncia de Korsakoff perturba es mn sicas psic ticas do humor ansiedade ou sono Mello 2011 Liber 2000 2004 Dubowski 1985 1 1 2 As Drogas e os seus Mecanismos de A o No que concerne s drogas a OMS 1981 define drogas como qualquer tipo de subst ncia qu mica ou a mistura delas exclui se as necess rias para conserva o da sa de como a gua e o oxig nio que inseridas no organismo levam a altera o das fun es biol gicas fisiol gicas comportamentais e provavelmente da sua estrutura pois provocam altera es no n vel do seu funcionamento As drogas enquanto subst ncias podem ser il citas hero na coca na haxixe etc cuja sua comercializa o proibida e l citas lcool tabaco e f rmacos que s o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 20 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias comercializadas livremente Existe uma grande variedade de drogas estas s o separadas por grupos deste modo ser o apenas focadas as drogas psicotr picas que
133. m efeito principal do tratamento F 4 96 7 598 p 0 000 n o existiu intera o entre as vari veis em estudo especialmente a resposta por Baralho 4 n veis baralho A vs B vs C vs D e Grupo PEC e controlo Conclui se que n o existem diferen as entre os grupos na segunda avalia o na escolha dos baralhos Ap ndices Tabela 17 e 18 Na dimens o percentil corrigido na escolha dos Baralhos da 1 ANP verificou se uma intera o entre as vari veis mencionadas anteriormente F 3 72 3 043 p 0 034 observou se assim uma diferen a entre os grupos na escolha dos baralhos neste primeiro momento avaliativo n o correspondeu assim ao esperado Ap ndices Tabela 19 e 20 Para a dimens o percentil corrigido nos Baralhos da IGT na 2 ANP ocorreu um efeito principal do tratamento F 3 72 7 695 p 0 000 n o ocorreu assim a intera o entre as vari veis em estudo nem diferen as entre os grupos nesta segunda avalia o deste modo n o correspondeu ao esperado Ap ndices Tabela 21 22 Para as dimens es subsequentes n o se verificou resultados significativos para a pontua o total dos Net de cartas a pontua o total t corrigida Ap ndices Tabela 16 e a pontua o corrigida na escolha dos Net na 1 ANP Ap ndices Tabela 23 e 24 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 69 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia
134. m efeitos positivos para este tipo de popula o Permitindo aperfei oar as capacidades de aten o em compara o com indiv duos que n o s o estimulados revelando ainda que o tratamento surtiu efeito para al m da recupera o que ocorre durante a abstin ncia Goldman 1990 Goldstein 2005 Gamito 2013 Tal como na aten o igualmente na mem ria eram esperados efeitos significativos do PEC ou seja que os indiv duos revelassem melhores desempenhos nos testes de mem ria ap s a interven o neuropsicol gica Contudo a este n vel n o se verificou um efeito deste tipo de interven o infirmando se a hip tese A prova utilizada para avaliar a mem ria foi a FCR que tem como objetivo avaliar as habilidades de organiza o viso espacial e perspetivas planeamento e desenvolvimento de estrat gias a mem ria visual imediata e a longo prazo Existem estudos que relatam a ocorr ncia de desempenhos superiores ao n vel da mem ria mem ria verbal e visual Hansen 1980 Cermark 1980 J os estudos realizados por Godfrey 1985 n o encontraram diferen as na mem ria em alco licos estando esta evid ncia concordante com os nossos resultados Uma justifica o para os resultados alcan ados s o os estudos realizados em animais que evidenciaram atrav s da exposi o de ratos a lcool altera es nas estruturas cerebrais relacionadas com a mem ria mais propriamente nas reas do hipocampo Klintsova 2007 Outros estudos r
135. manidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 78 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Andrade V M Santos F H amp Bueno O F A 2004 Neuropsicologia hoje S o Paulo Artes M dicas Andrews C M amp Lucki I 2001 Effects of cocaine on extracellular dopamine and serotonin levels in the nucleus accumbens Psychopharmacology Berlin 155 221 229 Anstey E 1974 Test de Domin s Manual Buenos Aires Editorial Paid s Arag o M J amp Sacadura R 2002 Guia Geral das Drogas Lisboa Ed Terramar Arango Lasprilla J C 2006 Rehabilitaci n Neuropsicol gica M xico Manual Moderno Ardila A amp Rosselli M 2007 Neuropsicologia cl nica M xico Manual Moderno Ashley M J Persel C S 2006 Cognitive rehabilitation for brain injury A survey of clinical practice Journal of Cognitive Rehabilitation 21 2 20 27 vila R 2003 Resultados da reabilita o neuropsicol gica em pacientes com doen a de Alzheimer leve Revista de Psiquiatria Clinica 30 4 139 146 Avila R amp Miotto E 2002 Reabilita o neuropsicol gica de d fices de mem ria em pacientes com dem ncia de Alzheimer Revista de Psiquiatria Cl nica 29 4 190 196 Bandura A 1995 On rectifying conceptual ecumenism En J E Mad
136. mas cognitivos comportamentais e fisiol gicos Indica que o indiv duo apresenta um controlo deficit rio sobre o consumo das subst ncias psicoativas em que este consome apesar dos perigos que estas acarretam Este termo equivalente ao s ndrome de depend ncia reconhecido pela Classifica o Internacional de Doen as CID 10 Deste modo a depend ncia de subst ncias classificada pelo DSM IV TR como um conjunto de tr s ou mais dos sintomas referidos em seguida que ocorre a qualquer tempo no mesmo per odo de doze meses S o sete os crit rios de depend ncia de subst ncias o 1 Toler ncia 2 Abstin ncia 3 A subst ncia frequentemente consumida em quantidades superiores ou num per odo mais longo do que o pretendido 4 O desejo persistente e esfor os sem xito para diminuir controlar o uso da subst ncia 5 desperdi ada grande quantidade de tempo em atividades necess rias obten o e utiliza o de subst ncias e recupera o dos seus efeitos 6 Abandono Diminui o da participa o em atividades sociais devido ao consumo da subst ncia e 7 A utiliza o da subst ncia continuada apesar da exist ncia de um problema persistente recorrente f sico ou psicol gico provavelmente causado pela utiliza o da subst ncia DSM IV TR 2002 APA 1994 J a CID 10 classifica a depend ncia de subst ncias como um conjunto de tr s ou mais dos sintomas referidos em seguida Estes t m de ser experimentados o
137. mesolimbic system of freely moving rats Proceedings of the National Academy of Science of the United States of America 94 5274 5278 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 82 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Di Chiara G Imperato A 1988 Opposite effects of mu and kappa opiate agonists on dopamine release in the nucleus accumbens and in the dorsal caudate of freely moving rats Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics 244 1067 1080 Dole V P 1980 Addictive behavior Scientific American 138 154 Dole V P Nysmander M E 1965 A medical treatment for diacetylmorphine DSM IV TR 2002 Manual de Diagn stico e Estat stica das Perturba es Mentais 4 Edi o Lisboa Climepsi Editores Dubois B Slachevsky A Litvan I Pillon B 2000 The FAB A frontal assessment battery at bedside Neurology 5 1 1621 1626 Dubowski K M 1985 Absorption distribution and elimination of alcohol highway safety aspects Journal of Studies on Alcohol 98 109 Duncan B B 2004 Medicina ambulatorial condutas de aten o prim ria baseadas em evid ncias 3 ed Porto Alegre Artmed Eckardt M J Parker E S Noble E P Feldman D J Gottschalk L A 1978 Relationship between neuropsy
138. metry Journal of Neurology Neurosurgery amp Psychiatry 6 Medina K L Hanson K L Schweinsburg A D Cohen Zion M Nagel B J Tapert S F 2007 Neuropsychological functioning in adolescent marijuana users subtle d fices detectable after a month of abstinence Journal of the International Neuropsychological Society 13 807 20 Mello M L et al 2001 lcool e problemas ligados ao lcool em Portugal Direc o Geral de Sa de Mendelson J H Mello N K 1979 One unanswered question about alcoholism British Journal of Addiction 74 11 14 Moeller F G Steinberg J L Dougherty D M Narayana P A Kramer L and Renshaw P F 2004 Functional MRI study of working memory in MDMA users Psychopharmacology 177 185 194 Molina Holgado F Lledo A Guaza C 1997 Anandamide suppresses nitric oxide and TNF alpha responses to Theiler s virus or endotoxin in astrocytes Neuroreport 8 1929 1933 Morgado T Rocha C S Maruta C Guerreiro M amp Martins I P 2009 Novos Valores Normativos do Mini Mental State Examination Sinapse 2 9 10 15 Moselhy H F Georgiou G amp Kahn A 1999 Frontal lobe changes in alcoholism A review of the literature Alcohol amp Alcoholism 36 357 368 Moselhy H F Georgiou G Kahn A 2001 Frontal lobe changes in alcoholism a review of the literature Alcohol Alcoholism 36 357 68 Mu oz C spedes J M amp Tirapau Ust r
139. na e noradrenalina Ritz 1990 A coca na tem a capacidade de proceder como refor o e isso deve se sua aptid o para impedir a recapta o de dopamina Wise 1987 Woolverton 1992 Sora 2001 Estudos em que utilizaram a Tomografia por Emiss o de Positr es PET permitiram concluir que o aumento da dopamina cerebral e a ocupa o dos recetores D2 em humanos esta relacionado com os efeitos de refor o dos psicoestimulantes Volkow 1999 Todavia quer os recetores D1 como os D2 est o a ser implicados nas consequ ncias refor adoras da coca na Visto que estudos revelam que os antagonistas dos recetores D1 e os D2 amenizam a autoadministra o de coca na Caine 1994 ao inv s dos agonistas dos recetores D1 e D2 que asseguram a autoadministra o de coca na Platt 2001 Evid ncias apontam que o mecanismo dopamin rgico na recompensa da coca na n o o nico a mediar as suas caracter sticas refor adoras pois os camundongos knock out para o transportador de dopamina procedem autoadministra o da coca na Rocha 1998 O sistema serotonin rgico pode persuadir os atributos do refor o da coca na pois permite de forma facilitada a transmiss o serotonin rgica no NA Andrews amp Lucki 2001 1 1 2 1 3 Opi ides Os opi ides s o drogas opi ceas extra das da semente da papoila como por exemplo a hero na O termo opi ide inclu os opi ceos assim como os componentes sint ticos semissint ticos ou com pro
140. ncia de Subst ncias realiza o de prova est associado um valor de T e um resultado padronizado bem como os percentis Esta inclui tamb m os valores dos percentis para os erros quase erros tempo de resposta e no CTT 2 encontram se contemplados os erros de cor e de sequ ncia a partir dos resultados padronizados que se poder dar uma interpreta o cl nica dos resultados Anexo VII 3 2 8 WCST Wisconsin Card Sorting Test O WCST Wisconsin Card Sorting Test Berg 1948 Grant amp Berg 1948 Heaton Chelune Talley Ray amp Curtiss 1993 uma medida do funcionamento executivo que possibilita avaliar a habilidade de desenvolver e manter estrat gias mais apropriadas de solucionar problemas ao longo da condi o estimulo que est em constante altera o o planeamento estrat gico a capacidade aplicar o feedback ambiental para alterar o padr o cognitivo os comportamentos direcionados para objetos e a capacidade para modelar a impulsividade da resposta O teste constitu do por cento e vinte e oito cartas divididas em dois baralhos de sessenta e quatro que variam na cor amarelo azul vermelho e verde n mero um dois tr s e quatro e forma estrelas c rculos cruzes e tri ngulos e quatro cartas est mulo que s o colocadas na frente do indiv duo da esquerda para a direita pela ordem seguinte 1 um tri ngulo vermelho 2 duas estrelas verdes 3 tr s cruzes amarelas e 4 quatro c rculos a
141. ncia para a signific ncia F 1 11 4 257 p 0 064 Na dimens o rendimento de trabalho ocorreu o efeito principal do tratamento F 1 11 6 304 p 0 029 n o se verificou intera o entre as vari veis tratamento e PEC Deste modo o PEC n o teve influ ncia nos resultados superiores apresentados Para a dimens o ndice de dispers o verificou se o efeito de intera o entre o tratamento e o PEC F 1 11 6 192 p 0 030 pois observou se um melhor rendimento visto que ocorreu um decr scimo desta dimens o para o grupo com estimula o da 1 ANP para a 2 ANP e n o para os controlos Na dimens o rendimento de trabalho por categoria ocorreu um efeito principal do tratamento F 1 11 9 748 p 0 010 n o se observou intera o do PEC no rendimento neuropsicol gico Para a dimens o ndice de dispers o por categoria e resist ncia fadiga verificou se um efeito principal do tratamento com tend ncia para a signific ncia F 1 11 4 569 p 0 056 n o se verificou influ ncia do PEC no desempenho Na prova do CTT 1 para a dimens o n mero de quase falhas observou se o efeito de intera o entre as vari veis tratamento e PEC F 1 10 8 750 p 0 014 Deste modo o PEC exerceu um efeito nos resultados alcan ados pois ocorreu uma diminui o desta dimens o do primeiro para o segundo momento de avalia o apenas no grupo que realizou estimula o Na prova do CTT 2 para a dimens o n mero de erros ocorreu igu
142. njetura que as drogas s o est mulos at picos que modificam procedimentos adaptativos Estes tentam incluir os saberes das neuroci ncias sobre a depend ncia com os conhecimentos oriundos da psicologia comportamental Esta teoria pode ser abreviada em cinco pontos 1 as fun es b sicas motivacionais do incentivo s o mediadas pelos sistemas associados ao NA particularmente s o confi veis pelo relevo dos est mulos O consumo repetido de drogas provoca altera es no c rebro e como resultado os sistemas tornam se hipersens veis aos efeitos e est mulos associados a droga 2 a sensibiliza o neuronal causa mudan as psicol gicas associadas droga como tamb m o desejo incessante pela mesma Esse desejo definido como a ativa o de procedimentos neuronais relacionados com o est mulo 3 a ativa o desses procedimentos associados droga expressam se em atitudes de procura constante pela droga sem que o indiv duo tenha emo es ou objetivos conscientes dessa procura 4 os procedimentos que s o despoletados pelos est mulos diferem dos que medeiam os efeitos hed nicos ou euforizantes das drogas Ou seja o desejo diferente do gostar e ambos s o processos psicol gicos com substratos neuronais distintos 5 o aumento Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 26 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva
143. o resolu o de problemas efic cia no processamento de informa o Ratti 2002 Heffernam 2002 Noel 2005 e tomada de decis o Bechara 2001 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 39 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias 1 2 Estimula o Cognitiva Reabilita o Cognitiva e Neuropsicol gica Nos ltimos anos tem surgido um crescente interesse sobre a Estimula o Cognitiva e Reabilita o Cognitiva Neuropsicol gica visto ser um instrumento bastante til pois permite o aumento ou preserva o das funcionalidades fun es cognitivas dos indiv duos e desta forma melhorar a sua viv ncia e por sua vez a sua qualidade de vida As fun es cognitivas compreendem a perce o aten o mem ria racioc nio resolu o de problemas linguagem e fun es executivas Estas podem estar comprometidas devido a uma les o ou altera o cerebral Nascimento 2008 Woods e seus colegas 2012 referem que a Estimula o e a Reabilita o Cognitiva s o termos distintos que definem aspetos bastante diferentes mencionando que muitas vezes os termos n o s o utilizados corretamente Em seguida s o definidos ambos os termos Estimula o Cognitiva e Reabilita o Cognitiva como tamb m a Reabilita o Neuropsicol gica Woods 2012
144. o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 5 Efeito do PEC no desempenho Neuropsicol gico Provas Cognitivas dos Toxicodependentes Avalia o Inicial Avalia o Final PEC Controlo PEC Controlo M DP M DP M DP M DP Firatamento _F trat PEC MMSE 28 3 1 9 26 7 3 2 28 6 1 2 28 7 1 5 3 395 1 627 D48 21 1 6 3 15 7 6 5 25 1 7 5 19 7 9 23 32 194 FAB 14 5 2 8 13 3 4 15 4 2 2 13 7 1 5 467 083 TP Acertos 187 5 41 5 136 3 16 6 233 55 3 157 3 38 4 044 549 TP Omiss es 24 14 7 49 3 17 8 26 1 24 8 31 11 3 2 687 4 257 TP RT 163 47 4 86 7 13 8 206 6 68 7 126 3 45 8 6 304 014 TP ID 14 2 12 36 11 6 13 3 18 5 21 1 11 7 786 6 192 TP RTC 3 7 1 3 1 7 6 4 4 1 3 3 1 9 748 946 TP IDCCC 2 ot 3 0 1 9 6 2 7 6 856 248 TP IDCRF 2 8 1 2 5 0 2 3 12 4 1 4 569 508 FCR TC 209 7 87 9 335 180 7 80 4 330 086 043 FCR PTC 31 4 3 32 7 1 5 31 8 8 3 32 3 6 007 042 FCR TM 134 5 64 9 264 158 3 78 6 303 505 03 FCR PTM 13 2 5 18 2 8 7 16 8 5 5 14 5 2 2 0 3 729 CTT 1 Tempo 48 5 13 2 65 7 27 6 45 1 17 7 65 28 7 435 199 CTT 1 NE Al 4 0 0 0 0 3 6 553 2 676 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida IX Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Vi
145. o Xavier Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 2 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Aos meus Pais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 3 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Agradecimentos O espa o limitado desta sec o de agradecimentos decerto n o me permite agradecer como devia a todas as pessoas que ao longo do meu Mestrado em Neuropsicologia Aplicada apoiaram me direta e indiretamente a realizar os meus objetivos e a concretizar esta etapa da minha forma o acad mica Deste modo deixo algumas palavras poucas mas com um profundo e sentido sentimento de agradecimento Ao Professor Doutor Jorge Oliveira expresso o meu profundo agradecimento pelo seu apoio incondicional e orienta o bem como pela sua total disponibilidade que sempre revelou para comigo Pelo saber que transmitiu pelas opini es e cr ticas total colabora o na resolu o de problemas e d vidas que foram surgindo ao longo da realiza o da tese e por todas as palavras de incentivo Ao Professor Doutor Paulo Lopes coordenador do Mestrado de Neuropsicologia
146. o de seis meses de relaxamento muscular progressivo 3 foi ensinado a escrever no computador e o 4 n o recebeu qualquer tipo de tratamento Os indiv duos foram sujeitos a uma avalia o neuropsicol gica na admiss o do estudo e depois dos seis meses Os resultados s o indicadores de que o primeiro grupo apresenta uma taxa mais r pida de recupera o e funcionamento cognitivo do que nos restante grupos No que concerne ao estudo em alco latras e o uso do PEC estes s o tamb m escassos Um dos primeiros estudos a serem realizados com esta popula o foi o de Yohman e seus colegas 1988 Para o estudo foram formados quatro grupos de sujeitos alco licos 1 grupo de vinte e cinco indiv duos que receberam doze horas de estimula o ao n vel da mem ria durante duas semanas o 2 grupo de vinte e seis indiv duos que recebeu durante um per odo similar de tempo t cnicas de resolu o de problemas o 3 grupo de vinte e cinco n o receberam qualquer tipo de estimula o durante duas semanas e o 4 grupo de sujeitos n o alco licos compostos por trinta e seis indiv duos grupo de controlo No in cio e no fim do estudo foram aplicados testes neuropsicol gicos que avaliam a aprendizagem mem ria resolu o de problemas e funcionamento perceptivo motor Nos resultados o grupo dos alco licos apresentavam um desempenho significativamente pior do que o grupo de controlo mas entre os tr s grupos de alco licos verificaram se melhorias no gru
147. o decl nio cognitivo O tempo de administra o de cerca de dez minutos e focalizam se em aspetos da fun o mental relacionados com a cogni o avaliando assim o funcionamento cognitivo global atrav s de trinta itens organizados em seis dimens es orienta o 10 itens reten o 3 itens aten o e c lculo 5 itens evoca o 3 itens linguagem 8 itens e habilidades construtivas 1 item Strauss et al 2006 A pontua o m xima que pode ser obtida s o trinta pontos os pontes de corte encontrados atualmente para a popula o portuguesa s o 1 de zero a dois anos de escolaridade vinte e dois pontos 2 de tr s a seis anos de escolaridade vinte e quatro pontos e 3 com mais de sete anos vinte e seis pontos Morgado et al 2009 Anexo 1 3 2 2 D48 O teste D48 Anstey 1974 adaptado popula o portuguesa uma prova de intelig ncia geral bastante conhecida pela sua seriedade e precis o constitui uma excelente medida de fator g 0 86 Avalia a capacidade para conceptualizar e aplicar o racioc nio sistem tico a novas situa es baseia se tamb m na avalia o do racioc nio l gico dedutivo que inclui os processos cognitivos como a observa o de semelhan as continuidade proximidade opera es aritm ticas e geom tricas elementares simetria propor o revers o e invers o A prova constitu da por quatro exemplos e quarenta e quatro exerc cios que se encontram por ord
148. o evidenciou diferen as significativas entre ambos t 30 808 3 657 p 0 001 verificando se para esta dimens o uma superioridade no grupo dos alco licos M 179 4 DP 100 3 em rela o aos toxicodependentes que indica lentifica o na resolu o da prova por parte do grupo dos alco licos Para a dimens o n mero de erros a compara o entre grupos demostrou diferen as significativas t 36 273 2 135 p 0 040 tendo sido esta dimens o superior para o grupo dos alco licos M 0 08 DP 1 2 constatando se assim a realiza o da prova com mais erros do que o grupo dos toxicodependentes Na dimens o n mero de quase falhas a compara o entre o grupo dos alco licos e dos toxicodependentes revelou a exist ncia de diferen as significativas t 32 433 1 959 p 0 059 sendo esta dimens o superior nos alco licos que indica uma m dia superior de quase falhas neste grupo M 0 3 DP 0 7 Para a dimens o dos prompts a compara o entre ambos os grupos demostrou a exist ncia de diferen as significativas t 31 918 3 683 p 0 001 sendo esta dimens o superior nos alco licos M 1 5 DP 1 7 com mais prompts para este grupo na execu o da prova Para avalia o da mem ria utilizou se a FCR em que a compara o entre grupos para a dimens o tempo na mem ria demostrou diferen as significativas entre o grupo dos toxicodependentes e dos alco licos t 30 080 2 520 p 0 017 Esta dimens o most
149. oblem drinking modulate regional brain tissue volumes Psychiatry Research Neuroimaging 138 2 115 130 Carlini E A 1994 Drogas Psicotr picas Centro Brasileiro de Informa es sobre Drogas Psicotr picas Departamento de Psicobiologia Cegoc 2013 Manual T cnico D48 Teste de Domin s Lisboa Cegoc Cermak L S 1980 Improving retention in alcoholic Korsakoff patients Journal of Studies on Alcohol 41 159 169 Chen J P et al 1990 Delta 9 tetrahydrocannabinol produces naloxone blockable enhancement of presynaptic basal dopamine efflux in nucleus accumbens of conscious freely moving rats as measured by intracerebral microdialysis Psychopharmacology 102 156 162 Childress A R Mozley P D McElgin W Fitzgerald J Reivich M O Brien C P 1999 Limbic activation during cue induced cocaine craving American Journal of Psychiatry 156 11 8 25 Clare L 2013 Rehabilitation for people with dementia International Encyclopedia of Rehabilitation U S A CIRRIE Clare L amp Woods R T 2004 Cognitive Training and Cognitive Rehabilitation for people with early stage Alzheimer s disease a review Neuropsychological Rehabilitation 14 385 401 Cloninger C R Christiansen K O Reich T Gottesman I I 1978 Implications of sex differences in the prevalences of antisocial personality alcoholism and criminality for family transmission Archives of General Psychiatry 35 941 9
150. om a rutura das liga es entre os sistemas frontais e l mbicas Assim observam se diminui es na integridade das fibras de subst ncia branca na sec o anterior do corpo caloso que poder o estar relacionadas com altera es pr frontais e neuropsicol gicas das fun es executivas Moeller 2005 Sobre as altera es funcionais v rios s o os estudos que revelam altera es no fluxo sangu neo e do metabolismo cerebral em consumidores de coca na Estas transforma es s o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 34 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias observadas especialmente em reas corticais pr frontais parietais e temporais e em estruturas subcorticais como o corpo estriado Volkow et al 1993 encontraram redu es significativas no metabolismo do c rtex pr frontal nessa regi o ocorre uma menor concentra o de recetores de dopamina em consumidores de coca na Tamb m tem sido alcan ados resultados interessantes atrav s de t cnicas de neuroimagem no estudo de craving por droga Existem tr s estudos que avaliam o craving provocado pela estimula o audiovisual em dependentes de coca na comparando os com o grupo de controlo Um desses estudos avalia a ativa o cerebral atrav s do PET onde evidencia o
151. ool ao n vel do SNC em maior grau que outras subst ncias Robinson 1995 Hill 1979 Goldstein 2004 Existem poucos estudos que comparem diretamente os efeitos neuropsicol gicos entre os v rios tipos de consumidores de subst ncias Sullivan 2002 Kokavec 1999 Wood 2002 Os estudos que compararam quer cocainodependentes Robinson 1995 quer heroin manos Hill 1979 com alco licos revelaram resultados inferiores para este ltimo grupo Goldstein 2004 Kolling 2007 Segundo Al Zahrani amp Elseyed 2009 estes resultados podem ser explicados pela quantidade e concentra o da subst ncia que ingerida em maiores quantidades que outro tipo de subst ncia produzindo por esta raz o maiores consequ ncias a n vel neurol gico A depend ncia de lcool ir produzir efeitos a m dio prazo nos indiv duos mesmo que estes estejam em tratamento e abstin ncia sendo mais dif ceis de os reverter em compara o com as outras subst ncias Becker 1978 Eckardt 2006 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 70 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias 5 1 Toxicodependentes Para o grupo dos toxicodependentes pretendeu se avaliar a interven o do PEC a n vel cognitivo sendo previsto na aten o um efeito mais evidente A hip tese pro
152. op J Schulsinger E 1984 A prospective study of alcoholism Electroencephalographic findings Boston Kluwer Nijhoff Ponds R amp Hendriks M 2006 Cognitive Rehabilitation of memory problems in patients with epilepsy Seizure 15 127 273 Pope H G Gruber A J Hudson J I Huestis M A Yurgelun Todd D 2001 Neuropsychological performance in long term cannabis users Archives General Psychiatry 58 909 15 Porjesz B Begleiter H 1982 Evoked brain potential d fices in alcoholism and aging Alcoholism Clinical and Experimental Research 6 53 63 Prigatano G P 1999 Principles of neuropsychological rehabilitation Oxford University Press Rachlin H 1997 Introduction to modern behaviorism New York Freeman and Company Ramaekers J G Kauert G Van Ruitenbeek P Theunissen E L Schneider E Moeller M R 2006 High potency marijuana impairs executive function and inhibitory motor control Neuropsychopharmacology 31 2296 2303 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 96 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Ramos S P Bertole J M 2004 Alcoolismo Hoje Porto Alegre Artes M dicas Ratti M T Bo P Giardini A amp Soragna D 2002 Chronic alcoholism and the frontal lobe Whi
153. orcement and ease of shifting to new responses in a Weigl type card sorting problem Journal of Experimental Psychology 34 404 411 Grant I Gonzalez R Carey C L Nata Rajan L Wolfson T 2003 Non acute residual neurocognitive effects of cannabis use a meta analytic study Journal of the International Neuropsychological Society 9 679 89 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 86 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Grant S London E D Newlin D B Villemagne V L Liu X Contoreggi C et al 1996 Activation of memory circuits during cue elicited cocaine craving Proceedings of the National Academy of Sciences 93 12040 5 Grobin A C et al 1998 The role of GABA A receptors in the acute and chronic effects of ethanol Psychopharmacology 139 2 19 Grohman K Fals Stewart W 2003 Computer assisted cognitive rehabilitation with substance abusing patients Effects on treatment response The Journal of Cognitive Rehabilitation 21 2 9 Gruber S A Yurgelun Todd D A 2001 Neuropsychological correlates of drug abuse En Kaufman M J Ed Brain imaging in substance abuse research clinical and forensic applications Human Press Inc Totowa New Jersey Guedes J 2008 Consumo de Benzodiazepina
154. os de subst ncias nos maltratos infantis e em doen as como o cancro Nestes casos os objetivos terap uticos mais importantes da estimula o cognitiva s o os seguintes a melhorar o funcionamento das fun es cognitivas que apresentam algum comprometimento b reabilitar e recuperar fun es e capacidades que sofreram algum d fice e c diminuir a deteriora o de certas fun es resultantes de um processo neurodegenerativo Tafur 2011 As atividades de estimula o cognitiva s o tarefas que requerem esfor o e atividade intelectual tendo sempre em conta que o n vel de dificuldade da tarefa est sempre ajustado s capacidades do sujeito As atividades s o sempre desenvolvidas mediante um modelo te rico fundamentado cientificamente com o objetivo de exercitar alguns processos psicol gicos em especial ou v rios processos ao mesmo tempo Arongo Lasprilla 2006 Ardila 2007 Mufioz C spedes 2010 A estimula o cognitiva divide se em dois grandes grupos 1 Abordagem funcional que engloba a terapia de Orienta o para a Realidade da Reminisc ncia e Comportamental e 2 Abordagem Cognitiva que inclui a Terapia Neuropsicol gica Individual Pefia 2010 A Terapia da Orienta o para a Realidade tem como objetivo diminuir a desorienta o espacial pessoal e temporal de modo a facultar constantemente ao paciente informa es sobre o seu ambiente O indiv duo advertido para a realidade que pode ser classificada em tr s
155. os portugueses na popula o geral 15 64 anos e na popula o jovem adulta 15 34 anos det m uma preval ncia de consumos inferior de can bis O aumento do consumo desta subst ncia registou se entre 2001 e 2007 quer na popula o total quer na Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 30 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias jovem adulta Apesar de ser a segunda droga na popula o total e a primeira na jovem adulta com taxas de consumos continuados mais elevados no ano de 2007 ocorreu um decr scimo destas mesmas taxas entre 2001 e 2007 na popula o total 34 1 para 32 2 e na jovem adulta 46 4 para 41 4 Nos homens ocorre um predom nio mais elevada do que nas mulheres apesar destas apresentarem taxas de consumos cont nuos mais elevados As regi es que apresentam uma preval ncia do consumo desta subst ncia acima da m dia nacional s o Lisboa Centro e Algarve IDT 2011 O lcool uma das bebidas mais consumidas em Portugal estima se que os portugueses bebam 2 8 milh es de litros por dia de bebidas alco licas Entre os dezoito e os vinte e quatro anos cinquenta e oito por cento dos jovens consome lcool DGS 2001 Em 2003 o consumo per capita era um dos mais elevados no mundo com 9 6 litros de lcool puro sendo a
156. otamento destas vias quando se deixa o consumo Gruber 2001 Desta forma tem se observado uma redu o da concentra o basal de recetores e transportadores dopamin rgicos ao n vel do corpo estriado do c rtex pr frontal orbitofrontal nos consumidores de coca na Sekine 2001 Vokow 1993 1997 Assim v rios estudos exp em a disponibilidade dos recetores dopamin rgicos atrav s da an lise da resposta administra o de uma subst ncia que mimetiza os efeitos farmacol gicos da coca na racloprida Estudos mostram n veis inferiores da ocupa o dos recetores de dopamina em respostas administra o da racloprida em consumidores de coca na no c rtex orbitofrontal e nos g nglios basais Schlaepfer 1997 Volkow 2001 Estes efeitos refletem se a n vel cognitivo e est o associados a altera es na Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 35 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias tomada de decis o inibi o de respostas mem ria n o verbal aten o flexibilidade mental que leva a problemas de mem ria de trabalho na capacidade n o verbal de resolu o de problemas mem ria espacial nomea o de objetos e velocidade preceptivo motora Bechara 2001 Hoff 1996 Andrade 2004 Robinson amp Kolb 2004 Filmore amp Rus
157. para seus cuidadores Ardila 2007 A Terapia Neuropsicol gica individual tem como caracter sticas a utiliza o de um m todo cient fico fundamentado em modelos te ricos da neuropsicologia cognitiva Assim realiza se uma avalia o para obter um perfil neuropsicol gico onde de destacam os pontos fortes e os d fices cognitivos desenvolvem se novas atividades e provas para o indiv duo em espec fico e criam se programas de interven o particular Ardila 2007 Mufioz C spedes 2010 1 2 2 Reabilita o Cognitiva A Reabilita o Cognitiva foi desenvolvida ao longo do s culo XX devido a I e II Guerra Mundial com o objetivo de auxiliar na recupera o dos soldados que detinham les es cerebrais Wilson 2008 delimitada como um conjunto estruturado de atividades terap uticas especialmente concebidas para treinar as habilidades cognitivas dos indiv duos que sofreram algum tipo de comprometimento cognitivo ap s uma les o ou doen a Ginarte 2002 Nascimento 2008 Tafur 2011 A reabilita o tem como objetivo ajudar qualquer pessoa a alcan ar ou manter um n vel timo do funcionamento f sico social e psicol gica no contexto de defici ncias especificamente decorrentes de uma doen a ou les o McLellan 1991 A conduta da reabilita o realizada num contexto de uma trajet ria natural de mudan a e ao longo do tempo variam de indiv duo para indiv duo da natureza do comprometimento e do contexto social C
158. pida de recupera o cerebral durante os primeiros dois meses de tratamento O incremento pode ser mais evidente at aos cinco meses n o se verificando este efeito t o acentuado no grupo de controlo Assim os resultados superiores observados no grupo que realizou estimula o cognitiva ultrapassou aquelas que poderiam ser atribu das a recupera o espont nea ou a abstin ncia encontradas no grupo de controlo 5 2 Alco licos Pretendeu se avaliar o efeito do PEC a n vel cognitivo para o grupo dos alco licos foi esperado um efeito do PEC mais evidente ao n vel da aten o para este grupo Como esperado a hip tese proposta foi confirmada pois os resultados obtidos mostraram diferen as ao n vel da aten o com resultados superiores nas provas do TP e CTT 1 e 2 ap s a implementa o dos PEC As provas referenciadas tendem avaliar a aten o aten o volunt ria velocidade de processamento aptid es perceptivas aten o dividida aten o focalizada o sequenciamento a flexibilidade mental busca visual e as fun es motoras Os estudos que abordam esta tem tica referem que a aplica o de PEC direcionada para a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 72 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias estimula o da aten o te
159. pioid receptor mechanism Science 276 2048 2050 Torres N Ribeiro J P 2001 A Pedra e o Charco sobre o conhecimento e interven o nas drogas Almada Iman Edi es Tutus A Kugu N Sofuoglu S Nardali M Simsek A Karaaslan F Gonul A S 1998 Transient frontal hypoperfusion in Tc 99m hexamethylpropyleneamineoxime single photon emission computed tomography imaging during alcohol withdrawal Biological Psychiatry 43 923 928 Toulouse E amp Pi ron H 1904 Technique de Psychologie Experimentale Examen des Sujets Paris Octave Doin Editeur Uchtenhagen A 2000 Determinants of drug use and addiction Addiction medicine concepts strategies and therapeutic management 193 195 Uchtenhagen A 2000 Risk and protective factors an overview Addiction medicine concepts strategies and therapeutic management 195 198 Vaillant G E Milofsky E S 1982 The etiology of alcoholism American Psychologist 37 494 503 Verdejo Garcia A L pez Torrecillas F Aguilar de Arcos F P rez Garcia M 2005 Differential effects of MDMA cocaine and cannabis use severity on distinctive components of the executive functions in polysubstance users a multiple regression analysis Addictive Behaviors 30 89 101 Verdejo Garcia A L pez Torrecillas F Orozco C P rez Garcia M 2004 Clinical implications and methodological challenges in the study of the neuropsychological correlates of canna
160. po um e dois Goldstein e seus colegas 2005 realizaram um estudo em que pretendiam avaliar a efic cia de um PEC na melhoria das fun es cognitivas em alco latras em fase de desintoxica o Participaram no estudo quarenta indiv duos que foram divididos em dois grupos de vinte sujeitos cada em que o grupo um realizou o PEC com cinco sess es e o grupo dois formou o grupo de controlo Todos os indiv duos foram avaliados atrav s de uma bateria de testes neuropsicol gicos que incidiam no racioc nio na aten o e nas habilidades viso espaciais no in cio e no fim do estudo O PEC centrava se em tarefas para melhorar a velocidade da aten o do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 47 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias processamento de informa o an lise preceptiva e tarefas viso espaciais Os resultados obtidos s o indicadores de melhorias acentuadas no grupo um ao inv s do grupo de controlo grupo dois Peterson e seus colaboradores 2002 realizaram um estudo em que aplicaram um PEC a alco latras em desintoxica o com o objetivo de perceber a efic cia desse mesmo programa na recupera o cognitiva dos indiv duos Participaram no estudo vinte e dois indiv duos e estes foram divididos aleatoriamente em tr s grupos 1 foi s
161. pode ser aplicado a sujeitos com les es cerebrais com perturba es psicol gicas e indiv duos sem qualquer tipo de perturba o ou les o Os resultados do teste s o apresentados logo ap s a prova atrav s de gr ficos e tabelas interpretativas Anexo IV 3 2 5 FAB Bateria de Avalia o Frontal A FAB Bateria de Avalia o Frontal Dubois Slachevsky Litvan amp Pillon 2000 adaptada popula o portuguesa uma prova de avalia o comportamental e cognitiva que pretende avaliar as fun es do lobo frontal constitu da por seis dimens es 1 semelhan as avalia a conceptualiza o e a capacidade de abstra o um exemplo Em que que s o semelhantes uma banana e uma ma a 2 flu ncia lexical avalia a flexibilidade mental em que pedido ao indiv duo para evocar o maior n mero de palavras come adas pela letra A 3 s ries motoras avalia a programa o motora que consiste na imita o de v rios gestos realizados pelo aplicador 4 instru es conflituais avaliam a sensibilidade a interfer ncia em que pedido ao sujeito para bater palmas duas vezes quando o examinador bater uma s vez 5 Go No Go avalia o controlo inibit rio que neste caso pretende se que o indiv duo bata palmas uma vez quando o examinador tamb m bater palmas uma vez e n o bater quando o examinador bater palmas duas vezes e 6 comportamento de preens o avalia a autonomia ambiental neste caso pede se ao
162. posta foi corroborada pois verificaram se diferen as significativas nos resultados obtidos nas provas do CTT 1 2 e no TP As provas referidas s o utilizadas para avaliar a aten o velocidade de processamento aten o volunt ria focalizada dividida aptid es perceptivas a flexibilidade mental o sequenciamento as fun es motoras e a busca visual Estudos revelaram que a estimula o com foco na aten o Gamito 2013 e no funcionamento cognitivo geral Fals Stewart 1994 foi uma mais valia para a obten o resultados ben ficos nos indiv duos toxicodependentes Na mem ria foi igualmente espect vel que os toxicodependentes ap s interven o do PEC apresentassem resultados superiores nas provas que avaliam esta val ncia Tal como previsto a hip tese foi confirmada pois verificou se diferen as significativas nos resultados avaliados pela FCR Esta prova avalia a mem ria visual imediata e a longo prazo as habilidades perspetivas e de organiza o viso espacial Estudos encontrados apenas referem capacidades superiores ao n vel do funcionamento cognitivo geral e dos seus benef cios a longo prazo Fals Stewart 1994 Na tomada de decis o era esperado que os sujeitos manifestassem melhores desempenhos na prova do IGT ap s a interven o neuropsicol gica ou seja que se verificassem efeitos significativos do PEC Contudo a hip tese proposta n o foi comprovada pois n o ocorreram diferen as significativas nos resultado
163. priedades similares A prova sobre a presen a de recetores opi ide fundamentou se na observa o de que este tipo de subst ncias interage com locais de liga o espec ficos no c rebro Martin 1976 Os estudos farmacol gicos forneceram a classifica o dos locais de liga o em tr s recetores o mu o delta e o kappa Mais tarde outros estudos indicaram a exist ncia de v rios subtipos de cada classe dos recetores Pasternak 1993 A n vel comportamental os opi ides tem efeitos euforizantes sedativos analg sicos e depressores respirat rios No seu mecanismo de a o como os recetores opi ides pertencem a fam lia dos recetores acoplados a prote na G a sua liga o de antagonista a esses recetores acarreta uma inibi o da atividade neuronal Os recetores referenciados atuam nas vias da dor e nas reas cerebrais envolvidas na resposta s subst ncias psicoativas como a ATV e a c psula do NA Akil 1997 Estas regulam fun es de resposta ao stress alimenta o humor aprendizagem e mem ria OMS 2007 Um recente estudo realizado por uma equipa de cientistas norte americanos demostrou em ratos a efic cia de uma vacina contra a hero na em Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 23 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias que
164. puusesbeesuaneepucateobs 59 Capitulo 4 Resultados oisseiccscssscessssseissteauasnconsssseavedsuanssvevaenbwasvennsessussayune veassvsseveededvusasenseesenas 62 4 1 Compara o entre Toxicodependentes e Alco licos no desempenho dos varios dom nios avaliados pelos testes Neuropsicol gicos no per odo anterior interven o 62 4 2 Efeito do PEC no desempenho Neuropsicol6gico ccsssccsssscsccssescsscessseseseees 64 4 2 1 Grupo dos Toxicodependentes Dom nios Cognitivos cceecceseeeeeeteeeneees 64 4 2 2 Grupo dos Toxicodependentes IGT rece eeeeerecerrane 66 4 2 3 Grupo dos Alco licos Dominios Cognitivos c erre 67 4 2 4 Grupo dos Alco licos IGT erre ereeereenereaeeeneeeecerenertanea 69 Cap tulo 5 Discuss o dos Resultados eeesooessoesssesssecssoossoossoossssesssesssoossoosssossssesssosssoosss 70 5 1 Coxicodependentes sessseosseossooesoosssoesssesssesssoossoosssosssoessseessoessoossssssssesssesssossssossssssose 71 Bs Da COON COS ND NERI as os E RREO RO PRA RES A RR A 72 5 3 Limita es do Estudo sscccsssceivesassschcsesesonsdeascecessseeosstensacscsesecesedenssndcsssvcosstdeceavecdeseseses 74 CoOncCiiS O ciano otite sa gl polias iiaid cosa 0h sidaeedid E acesas ira la 76 BIDHOSTATA sass cvsecissssescetsevincs acasnosehurssack pose vivenecuvassonesbeuubusunieiessesepebnenseus aseseeiebeven vistoso risers Sss 78 PIVEN LoL EPES E EE E OE
165. r ao aparecimento de transtornos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 12 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias ps quicos org nicos perturba o da vida familiar social profissional consequ ncias econ micas morais e legais Por outro lado define o alco lico como um indiv duo que bebe em excesso e em que a depend ncia ao lcool acompanhada de perturba es mentais da sa de f sica da rela o com os outros e do comportamento social e econ mico OMS 1994 Posto isto uma mais valia compreender as drogas e os seus mecanismos de a o como tamb m as altera es neuroanat micas que estas provocam Relativamente s drogas e os seus mecanismos de a o estas enquanto subst ncias podem ser il citas hero na coca na haxixe etc e l citas lcool tabaco e f rmacos As drogas psicotr picas segundo a OMS 1981 atuam no Sistema Nervoso Central SNC e provocam altera es de comportamento humor e cogni o det m uma elevada propriedade de refor o ao qual poss vel a autoadministra o ou seja pode levar depend ncia Este tipo de drogas s o subst ncias qu micas que alteram o funcionamento mental emocional e comportamental Estas est o divididas em tr s categorias 1 Depressoras lcool opi ceos e
166. r fumada mas tamb m pode ser ingerida A intoxica o pelo fumo atingida aos quinze trinta minutos e o seu efeito dura duas a seis horas permanece no organismo por longos per odos de tempo e encontra se na urina dois a tr s dias ap s o consumo Alguns estudos s o indicadores do potencial terap utico dos canabin ides por exemplo no controlo de v mitos n useas em alguns pacientes com cancro e S ndrome da Imunodefici ncia Adquirida SIDA Esta subst ncia ao n vel comportamental provoca uma lentid o da perce o do tempo sensa o de relaxamento aumento da perce o sensorial da autoconfian a e criatividade No entanto n o acompanhada pelo melhor desempenho pois verifica se o comprometimento da mem ria a curto prazo MCP coordena o motora e o aumento do apetite s o os efeitos mais vezes descritos O Brien 2001 Ao nivel dos mecanismos de a o os canabin ides v o ativar dois recetores diferentes o CB 1 e o CB 2 Existem v rios indicadores que apontam para a evid ncia de que o delta 9 THC aumenta a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 21 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias atividade dopamin rgica na via mesol mbica projeta se da rea Tegumentar Ventral ATV para o n cleo accumbens NA e aumenta a dop
167. r uma conduta toxicodependente mas n o uma personalidade Bergent 1996 Segundo Borges e Filho 2004 e Neto 1996 existem determinadas particularidades do indiv duo que o tornam mais ou menos desprotegido ao consumo de drogas E essas caracter sticas s o por exemplo os sentimentos de depend ncia controlo externo em vez de interno uma assertividade pobre ambival ncia interpessoal baixa toler ncia frustra o necessidade de aprova o social dificuldade na identifica o e da incapacidade de deferir o desejo Contudo para Pina 2001 as caracter sticas referidas acima n o s o as nicas que podem levar o indiv duo ao consumo mas tamb m o ambiente social e a idade poder o ter um grande peso na escolha deste caminho Desta forma a toxicodepend ncia um fen meno social pluridimensional que tem como seu princ pio um conjunto de fatores que abrangem as singularidades pessoais e familiares do indiv duo a subst ncia e a natureza da conjetura sociocultural onde esse consumo se realiza E considerado um problema muito complexo pois leva a ocorr ncia de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 18 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias estigmas sociais com numerosas origens e que afeta bastante a sociedade podem ser tamb m multid
168. rama incidia na estimula o cognitiva orienta o para a realidade mem ria estimula o global e cognitiva No seu estudo verificaram a ocorr ncia de benef cios para os sujeitos com dem ncia Atrav s da exist ncia deste tipo de PEC surgiu o interesse em focalizar estes programas a outro padr o de problem ticas Em seguida ser o apresentados estudos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 46 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias realizados com a popula o de toxicodependente e alco latras Estes tipos de estudos s o escassos por isso a import ncia da elabora o de programas que abordem estas tem ticas Relativamente aos estudos incidentes nos toxicodependentes at a data s se encontrou uma investiga o que se foca nesta popula o e na utiliza o de um PEC O estudo da autoria de Fals Stewart e seus colaboradores 1994 pretendiam compreender o efeito da estimula o e reabilita o cognitiva em indiv duos toxicodependentes em tratamento Este estudo envolveu setenta e dois indiv duos divididos em quatro grupos 1 recebeu duas horas de estimula o cognitiva em computadores ao longo de seis meses que incidiam na aten o coordena o motora orienta o espacial e mem ria 2 recebeu duas horas por semana ao long
169. regi o que concentra muitos recetores canabin ides CB 1 Dependentes cr nicos apresentam um fluxo sangu neo e o metabolismo cerebral da glicose reduzido em compara o com o grupo de controlo Levin 2001 A n vel cognitivo os estudos indicam que poder existir comprometimento ao n vel da mem ria aten o organiza o integra o de informa es complexas velocidade de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 33 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias processamento vocabul rio racioc nio abstrato e velocidade psicomotora Grant 2003 Fried 2005 Medina 2007 Indlekofer 2009 1 1 5 2 Coca na Relativamente s altera es estruturais v rios estudos centram se na an lise das reas pr frontais c rtex pr frontal dorsolateral c rtex orbitofrontal e o c rtex do cingulo anterior e regi es mesolimbicas como a am gdala As novas t cnicas de imagem possibilitaram uma an lise mais pormenorizada e minuciosa de todo o c rebro Matochik e seus colegas 2003 investigaram treze regi es nas reas pr frontais com RMf onde detetaram uma redu o significativa na concentra o da subst ncia cinzenta mas n o na subst ncia branca em dez das treze regi es no grupo de consumidores de coca na Esta abarcou a circ
170. rimeira sess o da bateria de testes no quarto dia aplicou se em grupo o SCL 90 e individualmente a segunda sess o da bateria de testes Em seguida foram estruturados dois grupos o grupo de controlo que n o realiza PEC e foram selecionados aleatoriamente os Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 60 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias indiv duos para realizarem PEC iniciou se a estimula o logo ao sexto dia terminou se o PEC na semana antes do final do m s Na ltima semana do m s realizou se a reavalia o neuropsicol gica utilizando a mesma bateria de testes usada anteriormente nos utentes que foram submetidos a PEC e nos que n o realizaram estimula o No que respeita ao grupo dos toxicodependentes foram aplicadas na Casa da Barragem e em Ares do Pinhal as avalia es neuropsicol gicas e os PEC por alunos em est gio acad mico do mestrado de Neuropsicologia Aplicada O procedimento realizado foi inicialmente pediu se a colabora o volunt ria de indiv duos tendo sido explicado aos participantes todo o processo inerente a avalia o que se iria realizar assinando se o consentimento informado garantindo se o anonimato e a confidencialidade Anexo IX Nas datas agendadas com os participantes foram realizadas avalia es neurops
171. rou ser superior no grupo dos alco licos M 214 6 DP 131 8 sugerindo que este grupo foi mais lento na execu o da prova do que no grupo dos toxicodependentes Na dimens o pontua o total na mem ria a compara o entre os grupos dos alco licos e dos toxicodependentes manifestou diferen as significativas entre ambos os grupos t 99 3 025 p 0 003 Para esta dimens o verificou se uma superioridade no grupo dos toxicodependentes M 14 5 DP 6 1 em compara o com o grupo dos alco licos N o se verificaram diferen as significativas para as seguintes provas FAB no TP para a dimens o das omiss es ndice de dispers o ndice de dispers o por categoria e Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 63 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias capacidade de concentra o e ndice de dispers o por categoria e resist ncia a fadiga na FCR para as dimens es tempo e pontua o total na copia no CTT 1 nas dimens es n mero de erros n mero de quase falhas e prompts no WCST para as dimens es percentagem de ensaios acertos respostas perserverativas respostas de n vel conceptual e categorias finalizadas e por fim no IGT para as dimens es subsequentes pontua o total por escola de Net na pontua o total t corrigida na esco
172. roz J 2010 Rehabilitaci n Neuropsicol gica Madrid S ntesis Murray J 1991 A new method for measuring daytime sleepiness The epworth sleepiness scale American Sleep Disorders Association and Sleep Research Society 14 6 540 545 Nascimento D B Carvalho G F J Costa R M E M 2008 ReabRA Reabilita o Cognitiva atrav s de uma aplica o de Realidade Aumentada Neto D 1996 Tratamento combinado e por etapas de heroinodependentes caracter sticas e evolu o de uma amostra Disserta o de Doutoramento Universidade Editora Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 93 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Netrakom P Krasuki J S Miller N S O Tuama L A 1999 Structural and functional neuroimaging findings is substance related disorders Psychiatric Clinics of North America 22 313 29 26 Noel X Sferrazza R Linden M V D Acremont M Colmant M Hanak C Pelc I e colaboradores 2005 Cognitive biases toward alcohol related words and executive d fices in polysubstance abusers with alcoholism Addiction 100 1302 1309 Noel X Sferrazza R Linden M V D Paternot J Verhas M Hanak C e colaboradores 2002 Contribution of frontal cerebral blood flow measured
173. rticipantes dos quais 98 s o sujeitos dependentes de hero na e os restantes 81 s o diagnosticados com a sindrome de depend ncia alco lica De acordo com os crit rios de exclus o sendo eles doen as neurol gicas ou psiqui tricas a toma de antidepressivos o consumo de subst ncias para al m daquelas para o qual estavam a ser tratados e outras abordagens de estimula o cognitiva fora do mbito do presente estudo foram exclu dos 17 indiv duos que tomam antidepressivos 15 com doen as neurol gicas ou psiqui tricas 19 que realizaram outras abordagens de estimula o cognitiva fora do mbito do presente estudo e 25 que consumiam subst ncias para al m daquelas para o qual estavam a ser tratados Deste modo ficou se com uma amostra de 103 participantes em que destes 74 s o toxicodependentes e 29 s o alco licos Para comparar se existiram diferen as significativas entre os grupos para as vari veis idade escolaridade e total de anos de consumo utilizou se o teste t para amostras independentes Atrav s desta an lise verificou se diferen as significativas na idade t 97 3 207 p 0 002 e no total de anos de consumo t 65 3 083 p 0 003 N o se verificou diferen as significativas na escolaridade No caso da idade a m dia de idades superior nos alco licos M 47 6 DP 9 9 em compara o com os toxicodependentes M 41 8 DP 7 3 Para o total de anos de consumo a m dia superior nos toxicodependentes M
174. rtual na Depend ncia de Subst ncias CTT 1 NQF 2 A 0 0 0 0 1 3 1 5 4 464 8 75 CTT 1 Prompts 4 5 E 1 2 Jl 4 1 1 063 3 084 CTT 2 Tempo 98 2 30 2 149 5 3 86 5 32 7 167 7 28 9 14 2 692 CTT 2 NE 5 8 0 0 of 4 1 3 1 5 1 711 5 436 CTT 2 NQF 3 o 3 6 4 S 3 6 107 107 CTT 2 Prompts 6 7 1 1 3 o 2 2 646 3 126 p lt 0 05 p lt 0 01 p lt 0 001 Legenda RT Rendimento de Trabalho ID ndice de Dispers o RTC Rendimento de Trabalho por Categoria IDCCC ndice de Dispers o por Categoria e Capacidade de Concentra o IDCRE ndice de Dispers o por Categoria e Resist ncia Fadiga TC Tempo da C pia PTC Pontua o Total da C pia TM Tempo da Mem ria PTM Pontua o Total da Mem ria NE N mero de Erros NQF N mero de Quase Falhas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida X Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Tabela 6 Efeito do PEC no desempenho Neuropsicol gico Provas do WCST e IGT dos Toxicodependentes Avalia o Inicial Avalia o Final PEC Controlo PEC Controlo M DP M DP M DP M DP Firatamento Firat PEC WCST PE 78 6 18 5 86 5 23 5 67 5 18 4 83 3 16 4 1 364 431 WCST PA 67 2 22 8 66 2 18 6 77 8 18 4 75 5 11 4 2 993 013
175. rvou se um efeito principal do tratamento F 1 12 3 395 p 0 090 da 1 ANP para a 2 ANP N o se verificou no entanto intera o entre as vari veis tratamento e PEC deste modo o PEC n o exerceu a sua influ ncia no rendimento superior avaliado pelo MMSE Para avaliar a intelig ncia geral utilizou se a prova do D48 ocorreu um melhor desempenho do primeiro para o segundo momento avaliativo pois verificou se um efeito principal do tratamento F 1 12 23 523 p 0 000 contudo o desempenho n o tem Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 64 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias interven o por parte do PEC ou seja n o ocorreu intera o entre as vari veis tratamento e PEC Para avaliar a aten o utilizou se o TP e o CTT 1 e 2 Na prova do TP para a dimens o dos acertos ocorreu uma tend ncia para a signific ncia observou se assim um efeito principal do tratamento F 1 11 4 044 p 0 064 N o ocorreu intera o entre as vari veis tratamento e PEC e deste modo o PEC n o exerceu uma influ ncia no rendimento superior obtido nesta dimens o Para a dimens o n mero de omiss es verificou se a influ ncia do PEC nos resultados obtidos e deste modo um efeito da intera o entre as vari veis tratamento e PEC com uma tend
176. s alcan ados no IGT Esta prova predisp em avaliar as decis es tomadas pelos indiv duos Estudos que expliquem esta ocorr ncia at a data n o foram encontrados Pois os estudos que abordam esta tem tica revelam como por exemplo o de Gamito e seus colegas 2013 a mais valia da estimula o nestes dom nios e no funcionamento cognitivo geral incentivando ao recurso de tecnologia RV Jogos pois apresentam ind cios de que uma estimula o mais tecnol gica beneficia de resultados mais eficazes do que a estimula o tradicional Por ltimo nas fun es executivas foi esperado que ap s a implementa o do PEC os toxicodependentes apresentassem melhores resultados neste dom nio Por m n o se verificou a interven o do PEC nas fun es executivas contrariando a hip tese As provas utilizadas para avaliar esta val ncia foram a FAB e o WCST tendo como objetivo avaliar as funcionalidades frontais tais como a flexibilidade mental a abstra o a conceptualiza o sensibilidade a interfer ncia controlo inibit rio programa o motora e a resolu o de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 71 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias problemas Uma forma de justificar os resultados obtidos atrav s dos estudos realizados em prim
177. s da contabiliza o dos s mbolos identificados corretamente os s mbolos identificados erradamente e os que foram omitidos ou seja os que foram esquecidos pelo sujeito S o inseridos os valores dos acertos erros e omiss es num programa e automaticamente ficamos com a avalia o qualitativa do indiv duo que engloba o poder realiza o a capacidade de concentra o e resist ncia a fadiga Anexo VI 3 2 7 CTT Color Trail Test O CTT Color Trail Test D Elia Statz Uchiyama amp White 1996 constitu do por duas formas CTT 1 e o CTT 2 e pretende avaliar a velocidade de processamento aptid es perceptivas a aten o dividida e focalizada o sequenciamento a flexibilidade mental a busca visual e as fun es motoras O CTT 1 constitu do por duas folhas A4 em que a primeira tem um exemplo de treino que contem um ret ngulo com c rculos numerados de um a oito sendo os n meros pares de cor amarela e os n meros mpares de cor de rosa ao qual se d a seguinte instru o Nesta caixa existem c rculos de v rias cores com n meros no interior Quando eu disser pode come ar pegue no l pis e ligue os c rculos do n mero 1 ao n mero 2 depois ao n mero 3 continuamente at terminar Ligue os c rculos por ordem correta e o mais r pido que conseguir sem levantar o l pis do papel Na segunda folha que o teste em concreto constitu da por c rculos numerados de um a vinte e cinco sendo igualmen
178. s em Portugal Universidade Fernando Pessoa Faculdade das Ci ncias da Sa de Porto Guerreiro M Silva A P Botelho M A Leit o A Castro Caldas A amp Garcia C 1994 Adapta o popula o portuguesa da tradu o do Mini Mental State Examination MMSE Revista Portuguesa de Neurologia 1 9 Haase V G amp Lacerda S S 2003 Neuroplasticidade varia o interindividual e recupera o funcional em Neuropsicologia Temas em Psicologia 11 1 28 42 Hannerz J Hindmarsh T 1983 Neurological and neuroradiological examination of chronic cannabis smokers Annuals of Neurology 13 207 210 Hannon R de la Cruz Schmedel D Cano T C Moreira K Nasuta R amp Staub G V 1989 Memory retraining with adult male alcoholics Archives of Clinical Neuropsychology 4 2217 232 Hansen L 1980 Treatment of reduced intellectual functioning in Icoholics Journal of Studies on Alcohol 41 156 158 Heath R G Fitziarrell A T Fontana C J Garey R E 1980 Cannabis sativa effects on brain function and ultrastructure in rhesus monkeys Biological Psychiatry 15 5 657 690 Heaton R K Chelune G T Talley J L Ray G G amp Curtiss G 1993 Wisconsing Card Sorting Test Manual Revised and Expanded U S A PAR Heffernan T M Moss M amp Ling J 2002 Subjective ratings of prospective memory d fices in chronic heavy alcohol users Alcohol amp Alcoholism 37 2
179. s entre o tempo de consumo e a densidade da subst ncia branca Grant 2003 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 32 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Relativamente s altera es funcionais estudos que utilizaram t cnicas de neuroimagem funcional PET e SPECT indicam que o consumo desta subst ncia est associado ao aumento do fluxo ou do metabolismo global do c rebro e de v rias reas frontais Loeber 1999 Mathew 1997 Volkow 1996 Estudos mencionam que durante as horas e os dias posteriores ao abandono do consumo as altera es existentes s o uma redu o significativa do fluxo metabolismo global e de v rias regi es espec ficas As altera es associadas aos efeitos residuais dos canabin ides localizam se preferencialmente nas regi es frontais Amen amp Waugh 1998 Block 2000 Lundqvist 2001 e no cerebelo Block 2000 Volkow 1996 Lundqvist et al 2001 percecionaram diminui es significativas do fluxo cerebral no c rtex pr frontal e frontal superior direito nos consumidores em priva o h um ou tr s dias Depois de um per odo de abstin ncia semelhante cerca de trinta e cinco horas Block et al 2000 tamb m encontraram redu es do metabolismo do c rtex pr frontal ventral e cerebelo Amen amp
180. se pretende Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 59 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias que o indiv duo conte mentalmente as jogadas necess rias nos cestos de basquete superiores para chegar configura o dos cestos de basquete inferior este tipo de jogo estimula aten o mem ria tomada de decis o vis o espacial e o racioc nio l gico A Passagem Seletiva que tem como objetivo colocar o mais r pido poss vel as bolas azuis no lado esquerdo e as vermelhas no direito vai assim estimular aten o mem ria perce o e a velocidade de processamento A Torre de Han i em que se pretende mudar a pilha de discos de lugar e tem de ser sempre colocados de forma decrescente e s poss vel mover um disco de cada vez este tipo de jogo estimula o planeamento estrat gico e a aten o O jogo do Estacionamento em que o objetivo colocar os carros nas boxes da respetiva cor estimulando o planeamento estrat gico O jogo do Tijolo em que se pretende no menor n mero de jogadas poss veis colocar o tijolo no espa o vazio este jogo estimula racioc nio l gico aten o tomada de decis o Tr s dos jogos utilizados foram desenvolvidos no Laborat rio de Psicologia Computacional da Universidade Lus fona de Humanidades
181. segundo a OMS 1981 atuam no SNC e provocam altera es de comportamento humor e cogni o Estas det m uma elevada propriedade de refor o ao qual poss vel a autoadministra o que pode levar depend ncia Este tipo de drogas s o subst ncias qu micas que alteram o funcionamento mental emocional e comportamental As subst ncias est o divididas em tr s categorias 1 Depressoras lcool opi ceos e benzodiazepinas que diminuem a atividade do SNC ou seja o sistema passa a funcionar mais lentamente Surgem sintomas e sinais desse decr scimo tais como a sonol ncia lentifica o psicomotora etc 2 Estimulantes coca na que aumenta a atividade do SNC do estado de vig lia nervosismo e o aumento da atividade motora Em doses elevadas provocam sintomas como del rios e alucina es e 3 Perturbadoras do SNC THC ecstasy e LSD que modificam qualitativamente a atividade do SNC provocam del rios ilus es e alucina es OMS 2007 CEBRID 2003 Carlini 1994 Em seguida ser o abordadas especificamente tr s variedades de drogas psicoativas il citas 1 canabin ides THC 2 coca na e 3 opi ides e duas drogas psicoativas l citas 1 benzodiazepinas e o 2 lcool 1 1 2 1 Drogas Il citas 1 1 2 1 1 Canabin ides Relativamente a este grupo a principal subst ncia qu mica com efeitos psicoativos o THC e metabolizado por outro composto ativo o 11 oh delta 9 THC Este tipo de subst ncia usual se
182. ses toler ncia e 3 depend ncia ps quica e f sica dos efeitos das subst ncias ou seja a manifesta o de um conjunto de sinais quer f sicos quer ps quicos imediatamente ap s suspender bruscamente o consumo Pinto Coelho 1998 Este termo apresenta tamb m duas formas 1 depend ncia psicol gica que emerge quando o sujeito tem um desejo incontrol vel e veemente de consumir ao qual padece de perturba es a n vel emocional quando deixa de realizar esse ato e 2 a depend ncia f sica que aparece quando o organismo j ajustou o seu metabolismo presen a da droga sofrendo sintomas dolorosos sintomas de priva o quando para de efetuar os seus consumos Patr cio 1997 No que diz respeito s caracter sticas individuais ao n vel do pensamento os consumidores ostentam um mundo muito pr prio de ideias qualificado pela desorganiza o de ideias Esta desorganiza o sempre auxiliada por n veis elevados de estimula o de tonalidade dolorosa onde est presente tamb m um grande estado de ang stia e bastantes dificuldades em controlar e tolerar o stress A rela o que ostenta com o meio muito pouco consistente pois direciona se quer para o seu mundo de ideias e pensamentos quer pelos aspetos emotivos e externos que internalizou Agra 1998 Embora muitos autores tenham tentado atingir o objetivo de definir uma personalidade toxicodependente em rigor n o se pode definir algo que n o subsiste pois pode se nomea
183. ssessoesoossessoesoossessoesoossoesoesoossoesoesoossossoeseossoessessossossse 50 Capitulo 3 MCG asansaapassersassecnaapialcaaas aca sdnd dani cade asda discada ash nd e sess oraso sessao taois siss 51 SD PaArtiCIDANTeS oscs casice sessstendveoriencecaxcsvonensacsassseesipecuseotense sipubecesdieneasssbupeeviauaceeesiarsuansediagee 51 32s MISH UMIC IIL OS scsi cake seidanssssudcatsssessneuacndetotseedasessaccasensunenospbededsnsvoseseesseacsovaueccoueeeccneustea 53 3 2 1 MMSE Mini Mental State Examination cecceeceeesceeseeceteceeeeseceeneeenneenes 54 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 10 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias REAR bRO RR A APEGO RR RR SD O RR DRT E SR RD 54 3 2 3 FCR Figura Complexa de Rey sessenta a anta 55 3 2 4 IGT Iowa Gambling Task ie czsseccsssssactaveesdacstetevzcsdevseiastaxashacsesdccslatontesbavneeaaenaes 55 3 2 5 FAB Bateria de Avalia o Frontal iieeereerereeeereeeeereneeea 56 O26 SP Toulouse Pier Oi sa a RO aes ash cr tn Di a real alae 56 3 2 T CTT Col r ELAM MOS be ar a TE due de CARR DST TG awias 57 3 2 8 WEST Wisconsin Card Sorting Test ss cus ads dia li ieee 58 SJ0 PrOCENIN NTO Asas tek ceissessideestaivess sacenevaensbancenbasie vpsted coke se uaveweschnensentensca
184. ssim o oitavo maior consumidor mundial Contudo a tend ncia tem sido a diminui o entre 1990 e 2003 devido a algumas modifica es do consumo e pela consciencializa o das pessoas Tem sido vis vel um aumento do consumo de bebidas destiladas e cerveja e a diminui o do consumo de vinho Constatou se que as mulheres passaram a consumir muito mais lcool bem como os jovens que iniciam os consumos cada vez mais cedo SICAD 2013 No que respeita ao perfil padr o dos utentes ou seja a s cio demografia os relat rios apresentam uma maior incid ncia no g nero masculino 84 com idades compreendidas entre os 30 e os 44 anos de idade 63 o n vel de ensino n o superior ao 3 Ciclo 77 cerca de 59 est o desempregados ao n vel das fontes de rendimento cerca de 42 est o a cargo da fam lia e 30 a ganharem o rendimento do seu trabalho est o a viverem com a fam lia de origem 37 ou s com companheiro com ou sem filhos 32 a viverem em alojamento familiar cl ssico 92 e com condi es de saneamento 95 SICAD 2013 1 1 5 Altera es Neuroanat micas associadas Depend ncia de Subst ncias O consumo de subst ncias psicoativas provoca um transtorno das fun es cerebrais pois este tipo de subst ncias levam imita o dos efeitos dos neurotransmissores end genos ou a interfer ncia da fun o normal do c rebro Podem alterar os processos de acumula o elimina o ou liberta o de neurotransmissor
185. stante debatida hoje em dia devido a todos os problemas que est o inerentes importante o seu estudo para se entender as suas causas e consequ ncias e fundamentalmente compreender as circunst ncias que levam um sujeito a entrar no mundo da toxicodepend ncia para se poder atuar Este termo definido como um estado de intoxica o peri dica ou cr nica incitada pelo consumo repetitivo de drogas sint ticas ou naturais de forma recreativa Pinto Coelho 1998 A OMS 1997 define toxicodepend ncia como uma condi o f sica e ps quica consequente da intera o do organismo vivo com subst ncias Estas produzem altera es no comportamento e outras a es que levam sempre a um impulso para o consumo de forma incessante e c clica e deste modo obter os efeitos ps quicos de forma a evitar os efeitos indesejados que a priva o provoca Esta situa o pode ou n o estar acompanhada de toler ncia e um indiv duo pode estar dependente de uma ou de v rias subst ncias Fernandes 1997 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 17 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias A toxicodepend ncia det m tr s particularidades 1 desejo indom vel de prosseguir com os consumos e obten o das subst ncias a qualquer custo 2 tend ncia a aumentar as do
186. stimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo IV IGT Iowa Gambling Test WIN 120 No hiaher resolution available Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXVIII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo V FAB Bateria de Avalia o Frontal Bateria de Avalia o Frontal Dubois Slacheveky Litvan y Pillon 2000 Vers o Portuguesa Marifto Lourenco Sargento Santos amp Peres 2005 Semelhan as conceptualiza o Em que que s o semelhantes a Uma banana e uma ma b Uma mesa e uma cadeira c Uma tulipa uma rosa e um cravo Flu ncia Lexical Flexibilidade mental Diga o maior n mero de palavras que consiga come adas com a letra A excepto nomes pr prios ou apelidos se n o responder em 5 segundos dizer por exemplo pato Tempo 60 segundos S ries Motoras Programa o Preste aten o no que vou fazer O Examinador executa a seguinte s rie punho palma corte Agora com a sua m o direita fa a 2 mesma s rie de gestos primeiro comigo depois sozinho a Bata palmas duas vezes quando eu bater palmas uma s vez fa a 3 vezes com 1 1 1 e 3 vezes 2 2 2 para ver se o paciente percebeu TESTE 1 1
187. sujeito para colocar as suas m os com as palmas viradas para cima sobre a mesa e o examinador coloca as suas m os imediatamente por cima das do sujeito e dita a seguinte instru o n o agarre as minhas m os Relativamente a cota o esta prova pode ter uma pontua o m xima de 18 pontos visto que cada uma das seis quest es respondidas corretamente equivalem a tr s pontos Anexo V 3 2 6 TP Toulouse Pier n O TP Toulouse Pier n Toulouse amp Pier n 1904 um teste de aten o de barramento de imagens que pretende avaliar a aten o volunt ria permanente capacidade de concentra o e o seu rendimento de trabalho poder de realiza o e resist ncia a fadiga A prova consiste numa folha A3 com mil s mbolos distribu dos por vinte e cinco filas de quarenta elementos dos quais somente quinze em cada fila s o iguais aos s mbolos apresentados no in cio da p gina pode ser aplicado em grupo ou individualmente O que se Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 56 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias pretende que o indiv duo assinale os s mbolos iguais aos s mbolos chaves que se encontram no in cio da p gina durante dez minutos que s o controlados minuto a minuto A sua cota o feita atrav
188. te os n meros pares de cor amarela e os mpares de cor de rosa a instru o que se d a seguinte Nesta folha existem mais c rculos coloridos com n meros no seu interior Coloque o l pis aqui onde esta m o indica que deve come ar e quando eu disser pode come ar ligue os c rculos por ordem o mais r pido que conseguir sem levantar o l pis at chegar ao c rculo junto da m o que assinala o fim da prova O CTT 2 tal como na forma um conta igualmente com uma primeira folha de exemplo de treino com c rculos numerados de um a oito de cor de rosa e c rculos numerados de dois a oito de cor amarela A segunda folha que o teste contem vinte e cinco c rculos de cor rosa e vinte e quatro c rculos de cor amarela Novamente pretende se que o sujeito ligue os n meros pela ordem certa o mais r pido poss vel sem levantar a caneta A cota o efetuada a cinco n veis 1 tempo em segundos 2 n mero de erros 3 n mero de quase falhas 4 n mero de alertas e 5 ndice de interfer ncias CTT 1 CTT 2 CTT 1 em seguida necess rio consultar a tabela correspondente baseada na idade e nos anos de escolaridade do sujeito Nessa tabela para cada tempo total de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 57 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend
189. tiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias n mero ou quando chegar ao final das 128 jogadas poss veis As dimens es avaliadas atrav s do desempenho no WCST s o 1 n mero total de respostas corretas 2 n mero de respostas perserverativas 3 n mero de erros perserverativos 4 n mero de erros n o perserverativos 5 percentagem de respostas do n vel conceptual que s o umas s rie de tr s respostas consecutivas corretas 6 n mero de categorias completas que s o uma s rie de dez respostas corretas consecutivas 7 n mero de ensaios para completar a primeira categoria de forma correta 8 incapacidade em manter o contexto que quando o indiv duo ap s acertar a cinco ou mais itens seguidos erra antes de completar a categoria Este teste deve de ser aplicado individualmente e a idades compreendidas entre os seis e os oitenta e nove anos Anexo VIII 3 3 Procedimento Para levar a cabo a presente investiga o foi necess rio executar alguns passos que ser o em seguida apresentados Inicialmente foram contactadas as institui es Ares do Pinhal Casa da Barragem e a Casa de Sa de do Telhal de forma a serem apresentados os objetivos e de se analisar a possibilidade de se realizar a recolha de dados nas institui es referidas As tr s institui es cederam autoriza o Ares do Pinhal e a Cas
190. tipos Informa o Espacial Temporal e Pessoal Spector 2004 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 41 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias A Terapia da Reminisc ncia est estruturada em dois passos O primeiro apresentar ao indiv duo uma fotografia ou um descri o de um facto hist rico ligado sua pr pria experi ncia ou a feitos vividos pelo pr prio Em segundo lugar a partir deste material o paciente ir fomentar v rias mem rias associadas e fazer observa es pessoais Este tipo de terapia pode ser feito em grupo ou individualmente e pretende se aperfei oar a mem ria epis dica autobiogr fica mem rias pessoais e mem ria sem ntica contem o no o das informa o hist ricas relevantes Os materiais para realizar a terapia s o as caixas de mem rias di rios dados s cio hist ricos e culturais Overshott 2008 A Terapia Comportamental tem como prop sito suprimir as condutas prejudiciais do paciente e amplificar as desej veis Inicia se com a execu o de uma an lise funcional do comportamento detetam se os comportamentos disfuncionais do paciente Desenvolvem se um plano de interven o singular baseado em condutas desejadas e gratificantes eliminam se as a es do paciente que s o prejudiciais para si ou
191. tivas sensoriais e motoras ficam comprometidos e em doses mais baixas ocorre a desinibi o e o aumento de atividade No que respeita aos efeitos no humor e nas emo es estas tamb m variam conforme os indiv duos Jacobs 1987 Os mecanismos de a o do lcool v o aumentar a atividade inibit ria mediada pelos recetores GABA A e v o baixar a atividade excitat ria mediada pelos recetores do glutamato mais concretamente pelos recetores de N metil D aspartato NMDA Estes dois mecanismos de a o poder o estar ligados ao efeito sedativo do lcool e as altera es da mem ria durante os per odos de intoxica o Os recetores GABA A s o sens veis ao etanol em distintas regi es cerebrais estes est o envolvidos claramente nos efeitos agudos na autoadministra o do etanol na toler ncia e na depend ncia Samson 2001 McBride 2002 A medida dos v rios efeitos comportamentais do lcool como a incoordena o motora a a o ansiol tica e a seda o ocorre atrav s da ativa o dos recetores GABA A Grobin 1998 Os efeitos do refor o produzidos pelo etanol est o provavelmente relacionados com a liberta o de dopamina no NA Di Chiara 1988 e com o aumento da frequ ncia dos impulsos dos neur nios dopamin rgicos na ATV Quando a concentra o sangu nea de etanol esta elevada ocorre o aumento da atividade dopamin rgica Gessa 1985 e possivelmente como consequ ncia secund ria a ativa o do sistema GABA ou dos opi ides
192. tra 8 realizaram PEC tendo sido submetidos a uma avalia o neuropsicol gica antes e depois da aplica o do PEC Sendo constitu da por 5 62 5 indiv duos do sexo masculino e 3 37 5 do sexo feminino os alco licos apresenta uma escolaridade m dia de 10 0 DP 3 2 anos de estudo t m uma m dia de idades de 44 4 DP 13 5 Esta amostra det m ainda um grupo de controlo constitu do por 20 indiv duos avaliados nas mesmas condi es mas n o realizaram o PEC Destes indiv duos 19 95 s o do sexo masculino e 1 5 0 do sexo feminino apresentam uma m dia de idades de 48 6 DP 8 4 e um total de anos de estudo de 10 9 DP 6 7 Ap ndice Tabela 2 3 2 Instrumentos Para a realiza o deste estudo foi utilizado um protocolo constitu do por uma extensa e completa Bateria de Testes Neuropsicol gicos aplicada em duas sess es distintas de aproximadamente sessenta minutos cada uma A primeira sess o composta por sete provas 1 MMSE Mini Mental State Examination Folstein Folstein amp McHugh 1975 Guerreiro Silva Botelho Leit o Castro Caldas amp Garcia 1994 2 Mem ria Auditiva Verbal de Rey Rey 1958 3 D48 Anstey 1974 4 FCR Figura Complexa de Rey Rey 1959 Osterrieth 1945 5 Gera o Sem ntico Fon tica Goodglass amp Kaplan 1983 6 IGT Iowa Gambling Task Bechara Dam sio Tranel amp Anderson 1998 e 7 Mini Mult Kincannon 1968 A segunda sess o
193. ture Neuroscience 1 132 137 Rosenbloom M J Pfefferbaum A Sullivan E V 2004 Recovery of short term memory and psychomotor speed but not postural stability with long term sobriety in alcoholic women Neuropsychology 18 589 597 SICAD Servi o de Interven o nos Comportamentos Aditivos e Depend ncias 2013 Unidades de Desabitua o P blicas 2011 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 97 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias SICAD Servi o de Interven o nos Comportamentos Aditivos e Depend ncias 2013 Plano Estrat gico 2013 2015 Lisboa Servi o de Interven o nos Comportamentos Aditivos e nas Depend ncias Samson H H Chappell A 2001 Muscimol injected into the medial prefrontal cortex of the rat alters ethanol self administration Physiology and Behavior 74 581 587 Sanchez A M T 1982 Drogas e drogados o indiv duo a familia a sociedade 2 ed Sao Paulo EPU Schlaepfer T E Pearlson G D Wong D F Marenco S Dannals R F 1997 PET Study of competition between intravenous cocaine and 11C raclopride at dopamine receptors in human subjects American Journal of Psychiatry 154 9 1209 1213 Schlosburg J Vendruscolo L Bremer P Lockner J Wade C Nunes A Stowe G Edwar
194. u exibidos conjuntamente em algum momento do ltimo ano S o seis os crit rios de depend ncia de subst ncia o 1 Desejo intenso ou sensa o de compuls o para fazer uso da subst ncia 2 Dificuldades em controlar condutas relacionadas com o uso da subst ncia em termos do seu in cio t rmino ou a por o usada 3 Estado de abstin ncia fisiol gica quando o uso da subst ncia interrompido ou reduzido 4 Evid ncia de toler ncia tal como doses elevadas da subst ncia psicoativa s o essenciais para atingir o mesmo efeito originalmente causado por doses inferiores 5 Neglig ncia gradual de atividade prazerosa ou de interesses opcionais em raz o do uso da subst ncia psicoativa grande por o de tempo necess ria para alcan ar ou consumir a subst ncia ou recuperar dos seus efeitos 6 Permanecer com uso da subst ncia apesar de evid ncias claras do resultados evidentemente danosos OMS 1992 Existe um conjunto de fatores que podem induzir ao consumo de subst ncias e levar depend ncia deste modo considerado um fen meno multifatorial e motivacional S o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 16 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias fundamentalmente considerados tr s grupos de fatores que podem induzir a depend ncia 1
195. uantidade e concentra o da subst ncia ir produzir maiores consequ ncias a n vel neurol gico Al Zahrani amp Elseyed 2009 A interven o com uma abordagem de estimula o cognitiva com recurso tecnologia teve um desempenho positivo para ambos os grupos pois no grupo dos alco licos verificaram se resultados superiores nos dom nios da aten o fun es executivas n o se verificando na mem ria e tomada de decis o Ao n vel da mem ria este resultado tem uma Justifica o para ocorrer pois indiv duos consumidores de lcool necessitam de mais tempo para aprender os conte dos e revelam mais dificuldades para recuperar aprendizagens pr vias apesar de estes efeitos serem revers veis a m dio prazo para os indiv duos em abstin ncia Corbin 2007 Leitz 2009 Ramaekers 2006 Ray 2006 Shottenbauer 2007 Na tomada de decis o os estudos at a data encontrados que se focam nesta tem tica referem o aumento de desempenho nesta capacidade o que n o sucedeu nos resultados encontrados Nos toxicodependentes ocorreram desempenhos superiores na aten o mem ria e n o nas fun es executivas e tomada de decis o Uma justifica o para a ocorr ncia de resultados Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 76 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de S
196. ubmetido a quinze sess es de uma hora de estimula o o 2 foi submetido a tarefas auditivas e o 3 n o recebeu qualquer interven o Todos os indiv duos foram submetidos a uma bateria de testes neuropsicol gicos Obtiveram como resultados uma melhoria ao n vel da cogni o do grupo um em compara o com os restantes grupos Por ltimo Gamito e seus colegas 2013 realizaram um estudo com pacientes alco latras internados para recupera o de forma a avaliar o efeito da reabilita o tradicional papel e caneta e da reabilita o m vel dispositivos m veis nas melhorias cognitivas dos pacientes A reabilita o m vel foi constitu da por jogos desenvolvidos de forma a estimular v rias val ncias cognitivas Com o aumento crescente de hardware e software foi poss vel utilizarem os jogos desenvolvidos nos dispositivos m veis sendo estes uma mais valia pois permitiram uma mobilidade na estimula o Participaram neste estudo trinta indiv duos durante um m s tr s dias por semana num total de doze sess es com uma dura o de sessenta minutos Estes indiv duos foram divididos em tr s grupos experimentais o grupo 1 reabilita o tradicional papel e caneta o grupo 2 reabilita o m vel e o grupo 3 controlo que n o recebe qualquer tipo de reabilita o Aos tr s grupos realizaram avalia es neuropsicol gicas uma antes e outra depois da reabilita o para perceberem se ocorreram melhorias e qual o tipo de reabilit
197. ubst ncias inferiores no funcionamento executivo tem a ver com o facto de os consumidores de hero na apresentarem d fices neste dom nio devido a altera es nas regi es cerebrais relacionados com este dom nio Fishbein 2007 Por outro lado um estudo indica que os consumos de hero na provocaram d fices vis veis a longo prazo estando os consumidores em abstin ncia para a subst ncia referida deste modo os indiv duos necessitam de mais tempo de estimula o para recuperar Fern ndez Serrano 2011 Na tomada de decis o os resultados alcan ados n o indicam melhorias ap s a estimula o estes resultados n o v o ao encontro das justifica es que estudos realizados e encontrados at a data demostram pois estes indicam precisamente o contr rio ou seja um melhor desempenho ap s estimula o importante ressalvar ainda que ao n vel do tratamento ou seja durante o tempo que estes indiv duos fizeram parte do estudo ambos melhoraram ao n vel do desempenho cognitivo isto porque da primeira avalia o para a segunda os resultados foram melhores sugerindo um funcionamento neuropsicol gico mais adequado Em resumo os resultados s o encorajadores no que respeita ao tratamento e realiza o de PEC para este tipo de popula o indicando ser deste modo uma mais valia para os consumidores de subst ncias Contudo para investiga es futuras considera se pertinente averiguar o efeito da durabilidade da implementa o do
198. uintes como correctas Parar ao fim de 5 respostas Agora pe o lhe que me diga quantos s o 30 menos 3 e depois ao n mero encontrado volta a tirar 3 e repete assim at eu lhe dizer para parar 27 24 a 18 15 Nota Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXV Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo II D48 TESTE D 48 Cada conjunto representa um grupo de pedras de domin O n mero de pontos em cada metade da pedra pode variar de O a 6 Descubra em cada grupo o valor da pedra desenhada a tracejado Escreva na folha de respostas os algarismos Correspondentes a esta padra N O ESCREVA NADA NO CADERNO EXEMPLOS Pv Seq I o i tOo bese Vo L 3 N O VOLTE A FOLHA ANTES DE SER DADA A INDICA O Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXVI Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias Anexo III Figura Complexa de Rey Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XXVII Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de E
199. um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias subst ncia Devido a estes crit rios estabelecidos foram exclu dos muitos casos do presente estudo Uma limita o aos resultados relacionou se com o tempo curto de execu o do PEC tendo sido levado a cabo apenas durante um m s Tal como referido anteriormente em certos casos nomeadamente no alcoolismo a interven o neuropsicol gica necessariamente ter de ser mais duradoura de modo a maximizar os seus resultados a n vel cognitivo e neuropsicol gico De modo a possibilitar uma interpreta o mais fidedigna do potencial dos resultados obtidos a partir deste tipo de interven o sugere se que este PEC seja implementado a uma amostra com uma dimens o mais abrangente Sugere se ainda a restrutura o de PEC espec ficos para cada tipo de consumidores de forma a incidir nos dom nios ao qual n o se obteve um melhor rendimento ap s a estimula o nos grupos Neste caso para os toxicodependentes deve se de incidir mais nas fun es executivas e tomada de decis o e para os alco licos na mem ria e tomada de decis o de forma a melhorar esses dom nios Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 75 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias
200. unvolu o do c ngulo anterior ventral e dorsal o c rtex pr frontal lateral e o c rtex orbitofrontal lateral e medial Franklin e seus colaboradores 2002 empregaram o mesmo m todo num grupo de consumidores de coca na em abstin ncia tr s a cinco dias Detetando uma diminui o da densidade do tecido da subst ncia cinzenta que varia entre 5 a 11 mas n o na subst ncia branca nas regi es pr frontais c rtex orbitofrontal e no c rtex do c ngulo anterior nos c rtex temporais superiores e na nsula A ocorr ncia da redu o da subst ncia cinzenta nas regi es pr frontais consistente com os resultados de diversos estudos em consumidores de coca na Fein 2002 Liu 1998 O Neil 2001 Outros estudos ressalvam a ocorr ncia de modifica es estruturais no c rtex temporal e n o nas reas pr frontais em consumidores de coca na Bartzokis 2000 Por outro lado um estudo sobre a morfologia da am gdala executado por Markris et al 2004 apresentara um decr scimo de 23 do volume desta regi o em consumidores deste tipo de subst ncia Em oposi o estudos recentes revelaram v rias altera es na subst ncia branca nos consumidores de cocaina Bartzokis 1999 Lim 2002 Lyoo 2004 Moeller 2005 Esta modifica o tem se observado na microestrutura da subst ncia branca situada nas regi es pr frontais inferiores e nos c rtex insulares Bartzokis 1999 Lim 2002 Lyoo 2004 que poder o estar relacionadas c
201. urnal of Studies on Alcohol 49 142 148 Goldstein G Haas G L Shemansky W J Barnett B Salmon Cox S 2005 Rehabilitation During Alcohol Detoxication in Comorbid Neuropsychiatric Patients Journal of Rehabilitation Research amp Development 42 2 225 234 Goldstein G Haas G Shemansky W Barnett B Salmon Cox S 2005 Rehabilitation during alcohol detoxication in comorbid neuropsychiatric patients Journal of Rehabilitation Research amp Development 42 225 234 Goldstein R 1976 Opioid peptides endorphins in pituitary and brain Science 193 1081 1086 Goldstein R Z Leskovjan A C Hoff A N L Hitzemann R Bashan F Khalsa S S Wang G J Fowler J S Volkow N D 2004 Severity of neuropsychological impairment in cocaine and alcohol addiction Association with metabolism in the prefrontal cortex Neuropsychologia 42 1447 1458 Goodglass H amp Kaplan E 1983 The assessment of aphasia and related disorders Philadelphia Lea amp Febiger Goodwin D W Crane J B Guze S B 1971 Criminals who drink An 8 year follow up Quarterly Journal of Studies on Alcohol 32 136 147 Grant I Gonzalez R Carey CL Natarajan L Wolfson T 2003 Non acute residual neurocognitive effects of cannabis use a meta analytic study Journal of the International Neuropsychological Society 9 679 89 Grant D A amp Berg E A 1948 A behavioral analysis of degree of reinf
202. utiliza o do termo depend ncia pois este pode apresentar diversos graus de severidade OMS 1994 Assim a Depend ncia vista como o estado de necessidade ou depend ncia de algo ou algu m seja como apoio para funcionar ou sobreviver Este termo pode ser aplicado quer ao lcool quer s drogas e implica uma necessidade de consumir doses repetitivas de droga para se sentir bem Este termo pode ser utilizado para se referir a toda a gama de subst ncias psicoativas farmacodepend ncia toxicodepend ncia depend ncia de subst ncias qu micas ou para se referir a uma droga ou a uma classe de drogas em concreto depend ncia de lcool de opi ceos etc OMS 1994 Atualmente o conceito de Depend ncia de Subst ncias apoia se em sinais e sintomas pr prios e manifesta se em crit rios de diagn stico Os sinais e sintomas s o vistos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 15 Cristiana Sofia Gon alves Ca o te Implementa o e Avalia o de um Programa de Estimula o Cognitiva com Jogos em Realidade Virtual na Depend ncia de Subst ncias como um conjunto de fatores de risco que se enaltecem de maneira diversificada mas espec fica de indiv duo para indiv duo Sousa amp Abr o 2008 O Manual de Diagn stico Estat stico de Transtornos Mentais DSM IV TR vai ao encontro do que foi referido anteriormente classifica a depend ncia como um conjunto de sinto
203. zuis As instru es dadas para a realiza o deste teste s o Este teste pouco comum porque n o lhe vou dar muita informa o sobre o que ter que fazer A tarefa consiste em agrupar as cartas que est o neste baralho assinalar os conjuntos de cartas resposta com uma destas quartas cartas chave assinalar as cartas est mulo come am pelo tri ngulo vermelho Ter que tirar sempre uma carta deste baralho a de cima assinalar e coloca la abaixo da carta chave com a qual julga que ela se agrupa assinalar as cartas est mulo N o posso dizer lhe como se devem agrupar as cartas mas de cada vez que colocar uma carta direi se est certo ou errado Nos casos em que estiver errado deixar a carta onde a colocou e tentar colocar a seguinte corretamente N o tem limite de tempo para executar este teste Est preparado Pode come ar Quando o indiv duo realiza dez sequ ncias seguidas de forma correta do mesmo princ pio inicia se com a cor o princ pio de classifica o altera para forma e depois para n mero ap s ter novamente a sequ ncia de dez cartas corretas sem aviso obriga o sujeito a utilizar o feedback do examinador para formular uma nova estrat gia de classifica o O teste termina quando o indiv duo realizar seis sequ ncias seguidas de dez cartas das tr s categorias cor forma n mero cor forma Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 58 Cris

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