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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA - Locus

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1. 4 6 Levantamento dos poss veis riscos que o ambiente pode oferecer aos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Riscos Ambientais f sicos biol gicos e ergon micos RISCOS F SICOS 558 40 080 Ne DO ODE INR ER RO OR a N Riscos BIOL GICOS ss suimarssitia sspualia destas nessas a R E estada Riscos Erson MICOS sessen a i stesadendesd decapdaead Ra santana 5 CONCLUS ES Lino dn o ie Rui hal de Reta 6 RECOMENDA ES usa es en ws 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS eme APENDIGES sato causa aire anta pede raro cair tao oT ppa hos ca poda ain AP NDICE A Roteiro de entrevista com OS ju zes AP NDICE B Question rio inefici ncia do ambiente de trabalho lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne AP NDICE C Question rio ambiente de trabalho eficiente lavanderia de ind stria de abate e processamento de Carne AP NDICE D Question rio levantamento dos riscos ambientais sa de dos trabalhadores em uma lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne murais asi ais ia AP NDICE E Question rio perfil s cio cultural do trabalhador AP NDICE F Question rio avalia o da QVT trabalhadores da lavanderia AP NDICE G Question rio avalia o da efici ncia e ou inefici ncia do ambiente de trabalhos seseriai iiri seda Saga AP NDI
2. Se n o Por qu 16 A temperatura na lavanderia atrapalha a execu o do seu trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 17 Voc considera a ilumina o na lavanderia adequada para desenvolver seu trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 18 Voc acha que a ventila o existente na lavanderia adequada Se sim Por qu Se n o Por qu 19 A falta de ventila o na lavanderia atrapalha voc no desenvolvimento de seu trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 20 O excesso de ventila o na lavanderia atrapalha voc no desenvolvimento de seu trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 132 APENDICE H ENTREVISTA SOBRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO QVT 1 Para voc o que Qualidade de Vida no Trabalho ou seja o que voc entende por Qualidade de Vida no Trabalho 2 O que voc considera importante para se obter Qualidade de Vida no Trabalho 3 O que voc coloca como prioridade no ambiente de trabalho para que o mesmo possa oferecer Qualidade de Vida no Trabalho ou seja o que precisaria ser modificado e o que deveria ser mantido no seu ambiente de trabalho 133 APENDICE I 1 Caracteriza o do ambiente f sico de trabalho Lavanderia 1 1 Localiza o da lavanderia em rela o ind stria Onde est localizada dentro do pr dio anexa ou separada do pr dio fundos proximidade com os demais set
3. 3 33 36 67 60 00 D At 1 sal rio m nimo m De 1 a 3 sal rios m nimos o De 3 a 5 sal rios m nimos Fonte Dados da pesquisa Gr fico 9 Distribui o de porcentagens relativas renda dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Com rela o a proced ncia dos trabalhadores ou seja origem constatou se que 63 33 eram naturais da cidade de Visconde do Rio Branco MG onde a empresa em que trabalham est instalada e 36 67 eram procedentes de outras localidades 48 proximas e ou estados vizinhos por m todos residiam em Visconde do Rio Branco Gr fico 10 63 33 36 67 m Visconde do Rio Branco E Estados ou munic pios vizinhos Fonte Dados da pesquisa Gr fico 10 Distribui o de porcentagens relativas proced ncia dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 4 2 Caracteriza o do ambiente de estudo Lavanderia A lavanderia em estudo se encontra no pavimento t rreo localizada pr xima casa de m quinas e ao refeit rio e est separada do pr dio da administra o e da rea de produ o da ind stria O espa o f sico da lavanderia compreende uma rea constru da de 124 60 m subdividida em dois centros de distribui o de roupa limpa um para o lado do vesti rio masculino e outro par
4. Presen a de cartazes sinaliza es de riscos perigos entre outros 2 Sistema de Trabalho Observa o e entrevista com o chefe da lavanderia 1 Quantos trabalhadores t m a lavanderia Quantos seriam necess rios 2 Qual o turno de trabalho estabelecido pela lavanderia 3 Como feita a distribui o das tarefas em rela o ao n mero de trabalhadores Existe participa o dos trabalhadores nesta defini o 4 Existe na lavanderia rotatividade de tarefas entre os trabalhadores Se sim com qual objetivo ela foi adotada 5 Os trabalhadores usam os EPI s diariamente 136 6 A empresa fornece os EPI s para os trabalhadores da lavanderia Os capacita para usar 7 Como feita a reposi o desses EPI s 8 Existe controle no uso desses EPI s Como feito este controle 9 O trabalhador da lavanderia recebe treinamentos acerca do processo de higieniza o das roupas Com qual frequ ncia E quem ministra o treinamento e Observa o Higiene pessoal dos trabalhadores se tomam banho hor rio unhas cabelos barbas bigodes aparados uniforme limpo espirros tosse na roupa uso das roupas para secar m os limpar nariz secar o suor do rosto uso do banheiro adequadamente alimenta o nas depend ncias da lavanderia uso de bijouterias ou outro tipo de acess rio n o pertencente ao uniforme Higiene ambiental da lavanderia como feita a limpeza hor rio n mero de
5. import ncia de uma limpeza bem efetuada do local de trabalho e dos equipamentos t cnicas e procedimentos eficientes para faz la contribuindo para um ambiente de trabalho mais salutar 4 3 2 3 Dimens o do espa o f sico Com rela o ao tamanho do espa o f sico os entrevistados consideraram o espa o da lavanderia em estudo suficiente para o desenvolvimento do trabalho com 54 54 das respostas dos trabalhadores afirmativas N o houve por m uma diferen a 71 significativa em rela o ao percentual dos trabalhadores que admitiram que o espa o fosse insuficiente 45 45 para desenvolver as atividades A mesma diferen a p de ser observada no que se refere necessidade de mais espa o para desenvolver o trabalho onde 54 54 salientam a necessidade de mais espa o contra 45 45 que revelam n o precisar como mostram os dados da Tabela 7 Tabela 7 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o Dimens o do espa o f sico segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Espaco fisico suficiente 54 54 Necessidade de mais espa o 54 54 Espa o de acordo com o necess rio 63 63 T N mero de pessoas entrevistadas 33 Apesar de muitos trabalhadores admitirem que o espa o de trabalho existente n o suficiente para o desenvolvimento deste e que portanto era necess rio mais espa o f sico 63 63 deles a
6. Insatisfeito O n vel 3 significa Neutro Nem insatisfeito nem satisfeito O n vel 4 significa Satisfeito O n vel 5 significa Muito satisfeito Bloco 1 Integra o Social Manifeste seu n vel de satisfa o geral com rela o ao seguinte aspecto Vari vel N vel Observa es 01 Relacionamento com os colegas de trabalho 12345 Aux lio fornecido pelos colegas para o desenvolvimento do seu trabalho a 03 Relacionamento com o chefe de trabalho 12345 04 Orienta o fornecida pelo chefe para o 12345 desenvolvimento do seu trabalho Bloco 2 Compensa o Manifeste seu n vel de satisfa o geral com rela o ao seguinte aspecto etc Vari vel N vel Observa es 05 Sal rio recebido pelo seu trabalho na 12345 lavanderia 06 Sal rio recebido de acordo com o sal rio de 12345 seus colegas de lavanderia Benef cios extras concedidos pela empresa 07 vale transporte vale alimenta o b nus 12345 Bloco 3 Condi es de trabalho Manifeste seu n vel de satisfa o geral com rela o ao seguinte aspecto Vari vel N vel Observa es 08 Limpeza l do ambiente de trabalho 12345 lavanderia 09 Limpeza das instala es de uso pessoal 12345 banheiros vesti rios 10 Apar ncia organiza o e arruma o da 12345 lavanderia Seguran a do ambiente para o a desenvolvimento do trabal
7. o uma vez que n o possui forma o educacional e capacita o profissional no que concerne a gest o de lavanderias Embora o chefe do setor tenha recebido treinamentos ao ingressar na lavanderia o mesmo n o disp e de conhecimentos mais aprofundados em rela o a processo de lavagem fibras produtos qu micos qualidade da gua t o necess rios ao profissional atuante em lavanderias Resultado semelhante tamb m foi encontrado por Zobole 2003 ao estudar as implica es dos acidentes de trabalho na economia familiar dos trabalhadores de uma lavanderia hospitalar em Belo Horizonte MG De um modo geral o n vel m dio geral 3 8 classifica os trabalhadores como Satisfeitos no que concerne ao fator Participa o e incentivos A Tabela 15 mostra o n vel m dio global de satisfa o dos trabalhadores em rela o aos fatores chave indicadores de QVT os quais foram investigados nesta pesquisa 88 Tabela 15 N vel m dio de satisfa o demonstrado pelos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne em rela o aos fatores chave indicadores de QVT Visconde do Rio Branco MG 2005 z Condi es Jornada Participa o gt Integra o 5 Variaveis so i l Compensa o de Sa de de e trabalho trabalho Incentivos M dia 4 1 3 6 3 7 3 8 3 6 3 8 Escala 1 0a 1 8 1 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 4 3 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito A sat
8. seguran a ocupacional ou seja processos de descontamina o que em todas as etapas evitem a contamina o cruzada que favorecem os riscos ocupacionais De acordo com a Norma Regulamentadora NR 9 Riscos Ambientais Portaria n 25 modificada em 29 de Dezembro de 1994 do Minist rio do Trabalho e Emprego os agentes potenciais de danos sa de do trabalhador podem ser definidos como sendo riscos ambientais muitos deles presentes no ambiente de lavanderia a Agentes f sicos ru dos vibra es radia es ionizantes radia es n o ionizantes frio calor press es anormais e umidade b Agentes qu micos poeiras fumos n voas neblinas gases vapores e subst ncias compostos qu micos em geral c Agentes biol gicos v rus bact rias protozo rios fungos parasitas e bacilos Lisboa e Torres 1999 acrescentam aos agentes f sicos qu micos e biol gicos os agentes mec nicos fisiol gicos e ps quicos Em se tratando da rea f sica de uma lavanderia hospitalar esta para ser estruturada depende do cumprimento de normas t cnicas e legais que visem combater a infec o cruzada minimizar o custo operacional e assegurar boas condi es de trabalho aos funcion rios O planejamento dessa rea garantir um melhor tr nsito desta com outras unidades t o dependentes do referido setor e as instala es na lavanderia devem permitir uma eventual amplia o ou futura altera o do equipamento importan
9. 2003 20 O trabalhador ao exercer sua profiss o seja ele de qualquer setor produtivo est sujeito a acidentes de trabalho e algumas profiss es apresentam probabilidades maiores que outras A literatura sobre o risco de acidente de trabalho aponta os principais agentes de risco ocupacionais presentes no ambiente de trabalho a saber f sicos mec nicos biol gicos ergon micos e mais recentemente os riscos psicossociais em raz o da crescente exposi o do trabalhador a situa es de tens o e estresse no trabalho FREITAS TEIXEIRA 2005 As autoras acima complementam dizendo que a defini o de acidente do trabalho em nosso pa s existe desde 1919 como conceito jur dico Entretanto s nos ltimos anos que se ampliou seu espa o de discuss o preocupando a classe m dica e dando origem Medicina do Trabalho Enfatizam que essa inquieta o cresceu de forma a expandir a discuss o do mesmo no mbito industrial surgindo v rios estudos referentes a acidente do trabalho Higiene Industrial e Seguran a do Trabalho entre outros A Previd ncia Social 2002 p 1 define como acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exerc cio do trabalho a servi o da empresa ou ainda pelo exerc cio do trabalho de segurados especiais provocando les o corporal ou perturba o funcional permanente ou tempor ria que cause a morte a perda ou redu o da capacidade para o trabalho S o considerados tamb m como aci
10. Assim algumas administra es relegam este setor classificando o como um dos ltimos setores a receber incentivos na rea de investimentos para melhorar a estrutura f sica adquirir novos equipamentos e capacitar os trabalhadores Essa atitude faz com que os trabalhadores da lavanderia sintam se menosprezados com sal rios baixos condi es de trabalho prec rias com altas temperaturas e umidade ru do elevado falta de ventila o e a constante presen a de agentes biol gicos O ambiente f sico da lavanderia deste estudo n o possui divis o de reas Todos os equipamentos necess rios higieniza o de roupas encontram se instalados em um mesmo ambiente A lavanderia de um modo geral apresenta bom estado de conserva o em rela o a revestimentos pisos e equipamentos por m as condi es de limpeza organiza o do ambiente dimens o do espa o f sico e capacidade dos equipamentos s o insuficientes De um modo geral o trabalhador da lavanderia analisada apresenta bom perfil estando a maioria compreendida numa faixa et ria considerada jovem possuindo a escolaridade m nima exigida para se trabalhar em lavanderia qual seja o ensino fundamental completo Seria adequado que a empresa explorasse o potencial e a 107 capacidade destes trabalhadores investindo em treinamentos e cursos de capacita o o que reverteria em benef cios ao trabalhador e empresa Na avalia o do trabalhador quanto efici ncia
11. Ilumina o Rouparia 150 lux 400 lux Costura 750 lux 430 lux Ventila o 0 2 m s 0 0 a 0 1 m s Umidade Relativa do ar Entre 40 e 60 69 90 a 79 80 Tida 2005 NR 17 3 Castro e Chequer 2001 Fonte Dados da pesquisa O n vel de ru do encontrado na lavanderia variou entre 68 a 79 dB A ru do continuo que apesar de n o ultrapassar os limites de toler ncia estabelecidos no Anexo 1 da NR 15 Atividades e Opera es Insalubres elevado J valores superiores a 85 dB A sem prote o s o considerados inaceit veis num per odo de oito horas devendo ser tomadas medidas corretivas al m do uso de EPI s pois o ru do pode causar danos sa de inclusive a perda auditiva Os altos n veis de ru do interferem na comunica o podendo causar acidentes A surdez pode ter um car ter tempor rio revers vel ou permanente Uma exposi o di ria a um n vel elevado de ru do provoca algum tipo de surdez tempor ria que desaparece com o descanso di rio Por m dependendo da freqii ncia intensidade e tempo de dura o da exposi o pode ser que o descanso di rio n o seja suficiente para a recupera o tendo efeito cumulativo tornando a surdez tempor ria IDA 2005 Em rela o ilumina o a NR 17 recomenda que esta deve ser distribu da uniformemente de forma geral e difusa evitando ofuscamento reflexos sombras e contrastes Castro e Chequer 2001 recomendam para a rea suja e rea limpa
12. Por sua vez os riscos biol gicos em uma lavanderia possuem um car ter desafiador aos organizadores do trabalho no setor devido facilidade de contamina o a que os funcion rios est o submetidos pois os microrganismos presentes nas roupas impregnadas por sangue secre es fezes e urina entre outros podem contamin los caso os mesmos n o fa am uso dos Equipamentos de Prote o Individual EPI s Estes fluidos biol gicos podem estar ou n o alojando microrganismos por isso deve se considerar os equipamentos e as roupas que tiveram contato com tais fluidos como potencialmente contaminados por agentes causadores de doen as Viegas 2005 esclarece que os agentes biol gicos podem ser transmitidos por contato direto ou indireto por vetor biol gico ou mec nico ou pelo ar Suas rotas s o a inala o a ingest o a penetra o atrav s da pele ou o contato com mucosas dos olhos nariz e boca A exposi o ao risco biol gico considerada como qualitativa independentemente do tempo de exposi o conforme Anexo 14 da Norma Regulamentadora NR 15 da Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 que disp e sobre os riscos do trabalhador perante os agentes insalubres e estabelece a compensa o financeira pelo adicional de insalubridade no local de trabalho Entretanto nenhuma recompensa financeira pode compensar os riscos aos quais o trabalhador est suscept vel Al m disso treinamentos oferecidos aos trabalhadores para que se
13. como o Brasil devido necessidade de adaptarem se s novas regras do mercado internacional Neste sentido tanto governo quanto empresas s o levados a adotar medidas visando o aumento da competitividade e sustentabilidade mesmo que ainda n o existam pol ticas governamentais que resguardem a QVT e sim normas e ou leis 23 que reduzem a possibilidade de que a mesma seja desconsiderada por completo nos ambientes de trabalho Portanto o que se tem visto um intenso debate sobre os impactos causados pelas novas tecnologias bem como as novas formas de organiza o do trabalho no trabalho e especificamente sobre o indiv duo Segundo Leite 2002 ao mesmo tempo em que a globaliza o deu in cio a um per odo de oportunidades sem precedentes uma vez que favoreceu a cria o de um mercado mais aberto e menos sujeito a barreiras internacionais colocando os produtos em maior competi o aumentou se o grau de concorr ncia entre as empresas no qual devem sobreviver apenas as que forem capazes de produzirem produtos e prestarem servi os com maiores vantagens comparativas Embora a moderniza o tecnol gica constitua um fator importante para a competitividade ela tamb m atua na elimina o de postos de trabalho e conseqiientemente contribui para o aumento do quadro de mis ria e exclus o social que afeta grande parte da popula o brasileira Na realidade com a inova o tecnol gica os empregos decrescem gradativamente
14. de produtividade entre outros Em decorr ncia de aspectos f sicos n o adequados como o leiaute por exemplo surgem alguns impactos causadores de diversos males que podem afetar a sa de em geral do trabalhador ocasionando assim um baixo n vel no desempenho e consequentemente uma queda na produtividade da empresa TREBIEN et al s d Colocado de forma simples definir o arranjo f sico decidir onde colocar todas as instala es m quinas equipamentos e pessoal da produ o Dessa forma o arranjo f sico uma das vari veis que mais evidencia uma opera o produtiva porque gt MAFRA C L 2005 Professor Adjunto do Departamento de Bioqu mica e Biologia Molecular UFV 15 determina sua forma e apar ncia e a maneira segundo a qual os recursos transformados materiais informa o e clientes fluem atrav s da opera o planejada e a ser executada TREIN 2001 Por sua vez a altera o ou redefini o de leiaute tem implica es pr ticas e estrat gicas que podem afetar positivamente uma organiza o da seguinte forma facilitando o fluxo de materiais e de informa es aumentando a efici ncia de utiliza o de m o de obra e dos equipamentos reduzindo os riscos dos trabalhadores melhorando o moral dos trabalhadores melhorando a comunica o TREIN 2001 VV VV WV Considera se portanto que implantar e manter uma boa distribui o do trabalho s o pr requisitos essenciais para o estudo
15. enquanto aumenta a carga de trabalho sobre os que continuam empregados Dessa forma quem permanece no emprego depois da reestrutura o tecnol gica tem suas obriga es aumentadas passando a trabalhar mais para cumprir suas fun es e garantir sua vaga LEITE 2002 Diante dessas considera es verifica se uma queda no padr o de qualidade de vida do ser humano pois de um lado est o os trabalhadores divididos entre empregos prec rios ou desempregados vivendo s vezes abaixo da linha da pobreza e de outro o trabalhador submetido a uma carga de trabalho f sica e psicol gica acima de sua capacidade devido cobran a por alto desempenho e ao medo de perder o emprego LEITE 2002 Nota se ent o uma intensa busca por novas formas de gerenciamento de empresas e de seus recursos humanos visando aumentar sua rentabilidade Muitas dessas tentativas de gerenciamento de recursos humanos s o paliativas com poucos reflexos significativos nos resultados globais das empresas e menos ainda na expectativa dos trabalhadores Segundo Fernandes 1996 isto decorr ncia da necessidade de atender se a um mercado cada vez mais acirrado pela concorr ncia e ao mesmo tempo a tentativa de satisfazer consumidores cada vez mais exigentes Por conta da excessiva preocupa o 24 das empresas com o lucro o trabalhador n o tem recebido a merecida aten o comprometendo assim a sua QVT Conseqiientemente imp e se a necessidade de
16. ias dadas maneira 1 3 13 2 9 37 6 25 6 25 3 13 3 13 3 13 3 28 13 34 38 15 63 18 75 9 37 28 12 21 87 4 50 00 40 62 50 00 65 62 65 62 50 00 56 25 5 9 37 18 75 28 12 12 50 25 00 18 75 18 75 Total 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 M dia 3 53 3 71 3 71 3 87 4 15 3 84 3 90 Numero de pessoas entrevistadas 32 Os n meros 1 2 3 4 e 5 significam respectivamente Muito insatisfeito insatisfeito neutro satisfeito muito satisfeito Escala 1 0a 1 8 1 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 4 3 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito Com rela o liberdade de express o pode se dizer que esta uma vari vel que contribui para a QVT dos trabalhadores da lavanderia estudada visto que os trabalhadores t m liberdade para opinar e dar id ias por m n o t m consci ncia da import ncia de suas opini es e id ias Um di logo aberto praticado por administradores com seus empregados torna se uma atitude positiva capaz de oferecer encorajamento para novas id ias e opini es Dessa forma ouvir cada trabalhador desde a posi o mais baixa at a mais alta numa empresa imprescind vel para abrir caminhos rumo ao aumento de produtividade Em termos de percentuais nota se que 40 somando se 3 13 que se revelaram estar muito insatisfeitos 9 37 insatisfeitos e 28 13 neutros dos trabalhadores est o divididos entre neutros insatisfeitos ou muito insatisfeitos em rela o
17. produtos qu micos Quanto s condi es ambientais que podem implicar em danos sa de dos trabalhadores estas compreendem a alta temperatura falta de ventila o umidade excesso ou escassez de luminosidade ru dos e vibra es O Minist rio da Sa de 1986 recomenda o controle dessas vari veis uma vez que podem causar tontura mal estar dor de cabe a fadiga entre outros Este controle pode ser obtido a partir de um projeto arquitet nico adequado e com o uso de materiais apropriados o conforto ambiental na lavanderia pode ser melhorado Em rela o a conversas no ambiente de trabalho 80 dos trabalhadores discordam de que esta possa causar danos sa de do trabalhador por m 76 67 dizem que perturba es ao colega podem distra lo gerando inefici ncia no trabalho e como conseqii ncia insatisfa o pessoal com o resultado do seu trabalho Os dados sugerem que medidas corretivas devem ser tomadas com o intuito de amenizar o ru do no ambiente que agravado pelo fato do local em an lise estar pr ximo casa de m quinas que por natureza produz um ru do elevado devendo os projetistas ao desenvolver seus projetos dispensar aten o especial para esta quest o sabido que o ambiente de trabalho lavanderia em fun o do tipo de maguin rio um ambiente ruidoso e quando colocado pr ximo a outro local propagador de barulho como a casa de m quinas torna se ainda mais insalubre ao trabalhador Faz se ne
18. B Organiza o do ambiente de trabalho z 6 A disposi o das reas limpa e suja e dos equipamentos eficiente para o desenvolvimento do seu trabalho na lavanderia PN Se sim Por qu ga Se n o Por qu q limpeza do seu local de trabalho feita diariamente AR Se sim Por qu Se n o Por qu Oo limpeza do seu local de trabalho feita de forma correta ZE Se sim Por qu Se n o Por qu Voc est satisfeito a com a limpeza do seu local de trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu C Dimens o do espa o f sico 10 O tamanho do espa o f sico para desenvolver o seu trabalho suficiente Se sim Por qu Se n o Por qu 11 Voc acha que seria necess rio mais espa o para desenvolver seu trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 12 O espa o f sico do seu local de trabalho est de acordo com o que voc acredita ser necess rio para higieniza o de roupas Se sim Por qu Se n o Por qu 131 D Condi es ambientais 13 Voc acha que o ru do no seu local de trabalho suport vel Se sim Por qu Se n o Por qu 14 O ru do na lavanderia atrapalha o desenvolvimento de seu trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 15 Voc considera a temperatura no seu local de trabalho suportavel Se sim Por qu
19. La rcio e D Kasuco que torceram e rezaram por mim sempre minha cunhada Patr cia e Andr pela torcida e pelo incentivo A minha orientadora Prof Simone Caldas Tavares Mafra por me abrir as portas para esta caminhada mais do que pela sua brilhante orienta o pela paci ncia compreens o e amizade Obrigada por confiar no meu trabalho e na minha capacidade Obrigada tamb m por sua firmeza determina o incentivo e profissionalismo transmitidos e por compartilhar comigo os seus conhecimentos Aos membros do Comit de Orienta o professores Elaine Cavalcante Gomes Cl udio L sias Mafra de Siqueira e Amaury Paulo de Souza pelo aconselhamento e pelas valiosas sugest es para enriquecimento do trabalho iii A Prof Maria Aparecida Scatamburlo Moreira pela participa o na banca de defesa pela concess o e an lise microbiol gica das placas A Prof M rcia Rog ria de Almeida Lam go e ao seu aluno Orlando pela concess o e preparo das placas microbiol gicas para a primeira bateria de testes Ao Prof Adelson Luiz Ara jo Tin co pela participa o e contribui o tanto ao projeto como disserta o A Prof Am lia Carla Sobrinho Bifano pela confian a sempre depositada em mim pelas oportunidades de adquirir mais conhecimentos e pela amizade Aos meus amigos de antes durante que tamb m ser o para sempre os quais transformaram com seus sorrisos gestos e palavras a possibilidade de uma trajet ria
20. aaa tina ga xvi ABSTRACT ra a ede a a a a Ta ee Ae eo a xviii LINTRODUC O oss oc epic east coe Mast A Gece Ran 1 1 1 O Problema e suas JUStCANVAS passes iria asda seed dada 3 LL OHOO E A AA 6 ERE Geral ia Tel RN RR e a a eote RR RR 6 L22 ESPECI COS aia n a a A he Be a 6 2 REVIS O BIBLIOGR FICA eterna 7 2 1 Fatores Ambientais e Riscos em Lavanderia 7 2 2 Riscos Biol gicos em Lavanderia de Ind stria de Abate e Processamento de Came ici deter dsesesdindsins doula eet 11 2 3 Arranjo Produtivo e LSIA LO asc se csctas Reese aes Gas unas atas ERP aaa sas quan 15 2 4 O Papel da Ergonomia na A o Projetual eee eeeeeeseecneceeeeeeeeeeaeees 18 25 ACidentesde Trabalho scab sods sa a a a dae ws A e 20 2 6 Qualidade de Vida no Trabalho QVT cececsessccececeeeceessrseaeeeseeeeeeees 23 3 PROCEDIMENTOS METODOL GICOS 30 Sil Local de Estado sissscciiescovcisisaves Gusbeveisitessaiiaasaceseisaavadea aoaGaa ca neo tina asas suada 30 3 2 Popula o e AMOS WA senseraro ten aa ANOS ARO Gta dog qui tame OCA ae 31 3 3 Procedimentos para Coleta de Dados amenas rss ciraiaaao sarada E 31 3 3 1 M todos utilizados para a coleta de dados 32 vii dido Escala Likert anta tada aii aa R ia 3 3 1 2 Question rio para avalia o da QVT 3 3 1 3 Equipamentos para medi o da temperatura ru do ilumina o ventila o e umidade relativa do ar 0 eee
21. algo heterog neo implica dizer que existir o momentos em que haver maior quantidade de roupas para lavar do que o previsto que os trabalhadores envelhecer o que as m quinas poder o estragar dentre outras situa es Ademais o trabalhador um ser nico assim cada um dar uma resposta diferente para uma mesma situa o Desse modo a organiza o do trabalho requer uma negocia o di ria uma vez que esta ocorre em um ambiente onde acontece um processo de intera o entre os sujeitos sociais e as condi es materiais de uma dada situa o espec fica Um outro aspecto importante numa lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne o tempo de produ o limitado e com pouca flexibilidade compelindo os trabalhadores a trabalharem num ritmo intenso devido ao fato de terem que suprir a demanda de roupa limpa ajustando se aos hor rios de distribui o e trocas de turno do pessoal da rea de produ o os quais s o estabelecidos em fun o das atividades da ind stria Os dados conseguidos revelam em rela o ao Fluxo de trabalho na lavanderia analisada que este n o possui uma l gica esperada pelo tipo de atividade que desenvolvida no local visto que ao chegar ao fim da linha de produ o a roupa percorre toda a lavanderia para ser armazenada passando pela rea suja Acrescenta se que a capacidade reduzida dos equipamentos faz com que a produ o em alguns momentos seja interrompida gerando insatis
22. ambiente No que se refere aos aspectos definidores de QVT pelos trabalhadores da lavanderia pode se inferir que estes s o Ambiente com boas condi es de trabalho Trabalho em equipe Valoriza o e capacita o dos funcion rios Em rela o aos poss veis riscos que o ambiente de trabalho pudesse oferecer aos trabalhadores p de se concluir que s o Riscos f sicos representados pela temperatura elevada falta de ventila o ru do e umidade em excesso Riscos biol gicos XVi representados pela contamina o por microrganismos presentes nas roupas infectadas por sangue fezes e urina devido ao n o uso efetivo de EPI s ao manipular as roupas pela contamina o do ar ambiente pela falta de conhecimentos dos trabalhadores sobre os riscos inerentes ao trabalho em lavanderia Riscos ergon micos representados pela ado o de posturas incorretas impostas por defici ncias nos equipamentos e no ambiente de modo geral e pelo desenvolvimento do trabalho todo de p Riscos estes agravados pela inexist ncia de normas ou t cnicas espec ficas para organiza o desta modalidade de lavanderia O estudo possibilitou o entendimento dos principais fatores envolvidos no processo de melhoria da QVT na lavanderia estudada Abordados sob a tica da ergonomia esses fatores contribuem significativamente para uma melhor performance do trabalhador com redu o da fadiga maior satisfa o e consequentemente maior produtividade xvi
23. aos treinamentos recebidos Sendo assim vale ressaltar alguns pontos sobre treinamentos que na lavanderia estudada se colocam como quase inexistentes Geralmente os treinamentos s o ministrados pela empresa fornecedora de produtos qu micos para higieniza o das roupas e estes s o na maioria das vezes voltados apenas para os operadores abordando somente informa es sobre a programa o dos dosadores autom ticos de produtos conforme relatado pelos pr prios operadores O mais comum na lavanderia que o novo funcion rio aprenda com os mais antigos a desempenhar as atividades sob sua responsabilidade Conforme Santana 1996 este procedimento inconveniente pois no momento que o funcion rio mais antigo repassar a tarefa poder transmit la de modo regulado s suas necessidades e estas sofrer o nova regula o aumentando com esse procedimento a possibilidade de erros e ou acidentes P de se constatar durante a pesquisa de campo que os trabalhadores da lavanderia det m pouco ou nenhum conhecimento sobre a import ncia do seu trabalho bem como sobre os riscos que os envolvem conseqii ncia da falta ou da precariza o dos treinamentos Zobole et al 2001 refor am que a forma o de muitos profissionais n o aborda aspectos como no es h bitos e cuidados para n o contrair doen as ou sofrer acidentes Al m disso muitos funcion rios s o admitidos sem treinamentos e exercem fun es sem familiaridade com os
24. atendida as condi es de QVT o trabalhador objetivar a maximiza o de sua qualidade de vida pessoal auto estima e 28 motiva o possibilitando assim resultados positivos para o mesmo e para a empresa Sendo assim a QVT torna se uma importante e necess ria meta a ser atingida visando alcan ar melhores condi es de trabalho e por conseqii ncia maiores n veis de satisfa o e produtividade Por este motivo desenvolveu se o presente estudo de caso o qual ser evidenciado a partir do cap tulo seguinte 29 3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Nesta se o apresentam se os procedimentos metodol gicos utilizados na pesquisa de campo realizada para desenvolvimento do estudo de caso enfocando na apresenta o aspectos como local de estudo popula o e amostra procedimentos de coleta e an lise dos dados Esta pesquisa foi realizada a partir do m todo de estudo de caso que re ne as vantagens de investigar um fen meno atual dentro do contexto da realidade vivenciada explorar situa es da vida real cujos limites n o est o claramente definidos al m de descrever a situa o do contexto em que est sendo feita determinada investiga o De acordo com Gil 1999 este m todo caracterizado pelo estudo de um ou poucos objetos de maneira a permitir um amplo e detalhado conhecimento pass vel de compara es em rela o a outros contextos e situa es j investigadas considerando a tem tica proposta pa
25. chefe portanto conhecimento dos gastos referentes ao setor segundo pr prio relato 64 Vari veis como tecnologia ou seja m quinas de lavar com tecnologia avan ada e tamb m a higiene do local apareceram como fortes determinantes para uma lavanderia eficiente No que diz respeito higiene do local Fontes 2003 coloca que na lavanderia esta fundamental e que para isso necess ria a compreens o de todos os trabalhadores e da administra o a fim de incentivar o h bito de trabalhar com ordem em um ambiente totalmente limpo no intuito de alcan ar menos desperd cio e maior seguran a A lavadora existente na lavanderia apesar de apresentar bom estado de conserva o poderia ser substitu da por uma lavadora extratora com barreira que aumentaria o espa o f sico eliminaria a atividade de retirar a roupa da lavadora para centrifugar e evitaria o ac mulo de gua no piso necess rio que os funcion rios sejam conscientizados sobre a import ncia de uma higieniza o eficiente e que os mesmos sejam orientados atrav s de treinamentos quanto aos procedimentos mais adequados para que essa efici ncia seja alcan ada Dos fatores elencados acima aqueles de ordem f sica s o os que revelaram merecer maior aten o por parte dos projetistas visto que receberam um percentual elevado de opini es favor veis de at 93 33 isso pode estar refletindo a necessidade de interven es por parte da empresa no intuito de
26. com o mundo do trabalho buscando adaptar o trabalho ao ser humano pois an lises ergon micas t m contribu do para a transforma o de situa es de trabalho a fim de que os trabalhadores desenvolvam suas atividades com mais sa de conforto seguran a e efici ncia FUNDACENTRO 1999 O primeiro enfoque da ergonomia ent o o ser humano e sua intera o com o meio sistema produtivo Para o bom desempenho do trabalho necess rio que as condi es ambientais sejam prop cias ou seja que o ambiente se adapte ao homem A ergonomia trabalha dessa forma com as limita es das condi es de trabalho para o homem Possui car ter interdisciplinar ao se apoiar em outras reas do conhecimento humano como antropometria fisiologia psicologia e sociologia e ao mesmo tempo de natureza aplicada ao adaptar os postos de trabalho e ambiente s necessidades do homem Estuda aspectos como fatores humanos fatores ambientais informa es necess rias ao trabalhador organiza o e conseqii ncias que o trabalho mal planejado pode trazer ao mesmo Refere se s aplica es pr ticas de tais conhecimentos contribuindo para a redu o de acidentes doen as ocupacionais erros fadigas e estresse no trabalho aumentando a produtividade e o bem estar considerando nesta an lise as necessidades e realidades diferentes para os envolvidos no mundo do trabalho SILVA 2000 Deste modo a ergonomia tem apresentado solu es eficazes na conc
27. conscientizem sobre os riscos presentes em seu ambiente de trabalho aliado ao uso efetivo de EPI s melhorias no ambiente e campanhas para evitar acidentes s o mais eficientes na preven o dos riscos do que a monetiza o Sendo assim tal anexo que trata da insalubridade por agentes biol gicos traz bem tipificadas as situa es contempladas pelo adicional e que por isso tem gerado muita controv rsia n o s pela utiliza o do crit rio qualitativo mas tamb m pelo grau de subjetividade com que se tem tratado a quest o VENDRAME s d O autor complementa dizendo que sob o ponto de vista t cnico os agentes biol gicos n o s o igualmente perigosos ao trabalhador variando o risco proporcionalmente letalidade apresentada pela exposi o Assim os agentes biol gicos em determinados casos jamais poderiam estar inseridos no contexto da insalubridade pois ao contr rio dos 12 agentes qu micos e f sicos estes oferecem verdadeiro risco integridade f sica e vida do trabalhador Da mesma forma que o homem os animais tamb m possuem suas pr prias doen as infecto contagiosas sendo que algumas delas podem infectar o homem S o as chamadas antropozoonoses doen as prim rias de animais que podem ser transmitidas ao ser humano por exemplo febre aftosa caracter stica dos bovinos ovinos e su nos doen a vesicular dos su nos gripe avi ria ou gripe do frango Newcastle das aves n o h registro de
28. culos ao desenvolvimento normal das atividades e estuda os meios de solucion los al m de favorecer a manuten o preventiva dos equipamentos o controle de gastos a preven o de acidentes e o controle da produtividade Na lavanderia estudada apenas uma pessoa respons vel pela supervis o direta da mesma chefe da lavanderia por m h uma outra pessoa o coordenador de seguran a da empresa que tamb m respons vel pela lavanderia embora nos dias que compreenderam a coleta de dados este n o compareceu nenhuma vez ao local Existe ainda o administrador fabril que se responsabiliza por toda a empresa inclusive pela lavanderia Quanto separa o das roupas para lavagem o Minist rio da Sa de preconiza que esta deve ser feita por tipo de sujidade tecido e cor visando garantir a efici ncia da lavagem Na lavanderia esta separa o feita como se recomenda O controle de custos faz parte do processo de avalia o do servi o que est sendo desenvolvido na lavanderia Este por sua vez pode ser efetuado mediante estat sticas dos gastos com produtos roupas for a de trabalho energia el trica gua desgaste e manuten o dos equipamentos A compara o da estat stica de gastos com a de produtividade permite avaliar os custos operacionais e por consegii ncia a efici ncia da lavanderia MINIST RIO DA SA DE 1986 O controle de custos na lavanderia feito pelo administrador fabril da empresa n o tendo o
29. da lavanderia tamb m saem roupas profissionais limpas para os seguintes setores SIF visitantes seguran a do trabalho nutricionistas coordenadores e supervisores da empresa Por esta mesma porta chegam roupas profissionais sujas dos seguintes setores abate depenagem e dos setores acima citados A parede que separa esta rea da rea de separa o de roupa suja possui 2 10 m de altura enquanto o p direito possui 3 40 m ou seja a parede n o vai at o teto o que pode contribuir para a recontamina o dos uniformes limpos que se encontram armazenados nesta rea rea da chefia fica pr xima porta principal composta por uma mesa uma cadeira um rel gio de parede um painel de procedimentos operacionais para controle de processo da lavanderia N o h visibilidade para o ambiente da lavanderia Para Mezzomo 1992 p 12 o fundamental que esta rea esteja localizada em ponto estrat gico que possibilite visualizar todo o ambiente Para facilitar a rea poder ter o piso mais elevado ou paredes de vidro liso Banheiros os mesmos n o existem dentro da lavanderia para os trabalhadores do setor fazerem uso do banheiro precisam ir at os vesti rios favorecendo o risco de contamina o de outros ambientes e da pr pria lavanderia 7 Neste local foram instaladas duas barras de ferro para que os trabalhadores da lavanderia guardem suas sacolas com roupas e botas de trabalho criando se uma esp cie
30. da organiza o do trabalho pois est o intimamente ligados qualidade esperada do trabalho desempenho e satisfa o do trabalhador al m da pr pria consecu o dos objetivos e metas apresentadas ao setor PICCOLI et al 2000 De acordo com o referido autor para a determina o de um arranjo f sico torna se aconselh vel ter em mente as atividades a serem desenvolvidas no espa o as dimens es e caracter sticas dos m veis e equipamentos o n mero de trabalhadores e suas respectivas condi es e fluxos de trabalho Guardadas as propor es o mesmo crit rio se aplica an lise de leiaute j existente podendo se realocar pessoas m veis e equipamentos solicitar novos m veis e equipamentos ou at excluir pe as consideradas sem utilidade para os envolvidos Tal estudo pode apresentar a conclus o de que o espa o inadequado ao desenvolvimento da atividade ali pretendida e necessita de modifica es para adequ lo ao trabalhador e ao trabalho Dessa forma a aplica o de t cnicas de estudo de ambientes que permitam a an lise de leiautes para adequ los cada vez mais necess ria devido s modifica es e flexibiliza o da produ o exigidas aos mesmos para se alcan ar resultados mais positivos A sua correta an lise e dimensionamento podem aumentar a flexibilidade e a produtividade TREIN 2001 O arranjo f sico ou leiaute das instala es aliado s condi es ambientais s o determinantes para a Q
31. de vesti rio dentro da lavanderia 59 rea para lanche n o h rea exclusiva para o lanche dos trabalhadores O que se evidenciou que na rea suja da lavanderia h um bebedouro um suporte para a garrafa de caf para os copos de gua e de caf Observou se que os trabalhadores tomam gua e caf comem guloseimas e fazem o lanche neste ambiente sem se preocuparem com o seu bem estar e higiene Foi verificado que os trabalhadores da lavanderia fazem uso do refeit rio somente para o almo o e o jantar pois n o possuem permiss o para us lo durante o lanche que trazem de casa uma vez que n o oferecido pela empresa Vale ressaltar que n o permitido alimentar se nas depend ncias da empresa a n o ser no refeit rio portanto essa pr tica de lanchar na lavanderia feita sem o conhecimento da administra o Higiene pessoal dos trabalhadores os trabalhadores n o tomam banho antes de iniciar ou terminar as atividades laborais mas trocam os uniformes diariamente As trabalhadoras n o usam nenhum tipo de prote o para os cabelos tanto os homens quanto as mulheres usam bijouterias e acess rios como rel gios brincos an is e at aparelhos celulares dentro da lavanderia O uso de acess rios n o recomendado por preven o a riscos de acidentes com os equipamentos por danificar alguma pe a de roupa no momento de separa o ou dobragem das mesmas e tamb m por reterem sujeiras colaborando para o a
32. de Projeto Fficiente de Cozinhas a partir de Mapas Mentais e Escala Likert Florian polis 1999 189p Tese de Doutorado Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Universidade Federal de Santa Catarina 1999 MESIANO E R A B SANTOS A A M dos A Lavanderia e o Controle de Infec es Hospitalares s d Dispon vel na Internet lt http www anvisa gov br divulga sentinelas lavanderia doc gt Acesso em Ol abr 2005 MEZZOMO A A Lavanderia Hospitalar Organiza o e T cnica 5 ed S o Paulo Cedas 1992 344 p MIGUEL A M An lise do Trabalho em Lavanderia Hospitalar a partir das Prescri es Um Estudo de Caso Vi osa MG 2005 96p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica Universidade Federal de Vi osa 2005 PADUA J AHMAN I APEZECHEA H BORSOTTI C Escalas para la Medici n de Actitudes In PADUA J org T cnicas de investigaci n aplicadas a las ciencias sociales M xico El Colegio de M xico Fondo de Cultura Econ mica 1996 p 154 230 PEREIRA A R MACHADO C C Seguran a do trabalho na empresa Vi osa Imprensa Universit ria 1989 11p PEREIRA L Z MORAES L F R MARQUES A L SILVA A A R Qualidade de Vida e Estresse nas Alturas O Caso dos Aeronautas Brasileiros Revista de Ci ncias Humanas Vi osa MG v 1 n 1 p 43 59 2001 PICCOLI G S CARNEIRO J C D BRASIL P C G A Import ncia da Integra o do Lay Out
33. de atividades e condutas dos indiv duos pertencentes a uma organiza o Walton 1973 a id ia de QVT calcada na humaniza o do trabalho e responsabilidade social da empresa envolvendo o atendimento de necessidades e aspira es do indiv duo atrav s da reestrutura o do desenho dos cargos e novas formas de organizar o trabalho aliado a uma forma o de equipes de trabalho com um maior poder de autonomia e melhoria do meio organizacional Fernandes 1996 p 45 46 gest o din mica e contingencial de fatores f sicos tecnol gicos e s cio psicol gicos que afetam a cultura e renovam o clima organizacional refletindo se no bem estar do trabalhador e na produtividade das empresas Cummings e Husse 1985 uma forma de pensamento que envolve pessoas trabalho e organiza o com destaque para a preocupa o com o bem estar do trabalhador com a efic cia organizacional e com a participa o dos trabalhadores nas decis es e problemas do trabalho Para Fernandes 1996 o novo modelo de empresas na economia globalizada tem sido o modelo de indiv duos saud veis com respeito e contribui o para uma comunidade e meio ambiente mais harm nicos Por empresas saud veis entende se a liga o entre sua cultura seus valores suas pr ticas gerenciais a sa de e a produtividade de seus colaboradores Segundo Alvarez 1996 os v nculos do indiv duo com a organiza o onde trabalha sua lealdade participa o e
34. de carga t rmica e muscular restabelecendo o equil brio org nico uma vez que contribui para o conforto do trabalhador Segundo Grandjean 1998 a execu o de uma atividade laboral em ambiente com temperatura elevada faz com que o organismo mantenha a circula o sangu nea 10 mais perif rica para dissipar o calor e manter a homeostase t rmica Em contrapartida para executar o trabalho h elevada demanda de suprimento sangu neo para a atividade muscular fazendo com que a frequ ncia card aca naturalmente se eleve para suprir as necessidades impostas ao organismo No ambiente de trabalho lavanderia o calor representa um importante fator de aumento da fadiga e da exaust o f sica devido temperatura elevada das m quinas secadoras e calandras LISBOA 1998 Assim ambientes adequados do ponto de vista do conforto ambiental e biol gico ir o propiciar melhores condi es de trabalho para o trabalhador favorecendo o desempenho timo do organismo humano predispondo o a melhorar sua efici ncia e produtividade Por outro lado condi es ambientais desfavor veis prejudicam o bom andamento do trabalho gerando estresse e fadiga aumentando os riscos de seguran a podendo at impossibilitar a execu o do trabalho al m de favorecer a redu o da QVT para o trabalhador 2 2 Riscos biol gicos em lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne V rias atividades laborais submetem os trabalhadore
35. de telha de amianto o que aumenta o calor do local e internamente revestida forro com l minas pl sticas tipo PVC apresentando bom estado de conserva o n o h presen a de calhas no telhado da lavanderia para conduzir a gua da chuva Instala o el trica existe uma tomada para a m quina de lavar do tipo dom stica 8 kg onde tamb m ligado o bebedouro atrav s de um T ou benjamim h uma outra tomada que a mesma utilizada para o ferro a vapor e a 52 m quina de costura As demais liga es s o feitas de forma embutida sendo distribu das por uma caixa el trica geral onde se liga desliga todos os equipamentos As tomadas n o t m indica o de voltagem O estado de conserva o bom com fios encapados e embutidos Por m observou se que o n mero de tomadas reduzido e considerado insuficiente pois existia em v rias situa es a utiliza o de uma mesma tomada para mais de um equipamento o que n o recomend vel uma vez que tal procedimento pode levar o sistema el trico uma sobrecarga gerando riscos aos trabalhadores e custos para a empresa Instala o hidr ulica o escoamento da gua da lavadora fica exposto e o da centr fuga embutido O material dos canos utilizados para o escoamento de gua ferro A gua utilizada na lavanderia tratada antes e depois de seu uso para depois ser devolvida ao ribeir o C rrego das Pedras O tratamento de gua feito
36. de trabalho eficiente 8 Para ser eficiente no ambiente lavanderia deve haver pouco ru do 9 N o precisa ter pouco ru do na lavanderia para que ela seja um ambiente de trabalho eficiente 10 Para ser um ambiente de trabalho eficiente a lavanderia deve possuir m quinas de lavar com tecnologia mais avan ada 11 N o necess rio m quinas de lavar com tecnologia mais avan ada para que a lavanderia seja eficiente 123 12 A higiene fundamental para que a lavanderia seja um ambiente de trabalho eficiente 13 A higiene no ambiente de trabalho n o necess ria para que o local seja eficiente 14 Para ser eficiente o ambiente de trabalho lavanderia tem que ser organizado 15 A entrega de uniformes para serem usados e lavados tem que ser organizada para tornar a lavanderia eficiente 16 O ambiente de trabalho n o precisa ser organizado para ser considerado eficiente 17 Para que a lavanderia tenha um processo de higieniza o eficiente preciso que as roupas sejam separadas por tipo de sujidade e cor 18 N o necess rio separar as roupas por sujidade e cor para que a lavanderia se torne um ambiente de trabalho eficiente 19 A durabilidade e o descarte dos uniformes s o fundamentais para a lavanderia ser eficiente 20 O controle de custos essencial para que a lavanderia seja um ambiente de
37. deve ser diretamente proporcional s dimens es dos equipamentos necessidade de volume de ar e principalmente em fun o da atividade do homem Sendo assim vale ressaltar que a altura do p direito apresentada pelo ambiente em estudo n o atende as recomenda es e n o favorece a aera o do local H presen a de quinas nas paredes revestidas com frisos de alum nio o que confere prote o aos trabalhadores existem tamb m pequenos pain is pr ximos aos dosadores de produtos qu micos incentivando os mesmos a economizarem gua e energia el trica e pr ximo rea de dobragem passadoria costura tamb m h dois pain is para avisos gerais como por exemplo escala para o fim de semana H tamb m um extintor de p qu mico pr ximo rea de costura e n o h indica o referentes 50 sa da seguran a entre outros O uso de sinaliza o cores e quadros de aviso com instru es e cuidados na manipula o de equipamentos e instala es s o essenciais seguran a do trabalhador e do maquin rio MINIST RIO DA SA DE 1986 Portanto a falta de sinaliza o na lavanderia se constitui como um fator de risco para os trabalhadores Ilumina o natural proveniente de duas janelas tipo b scula com tr s aberturas de 0 60 m cada ambas localizadas na rea suja com 1 98 m de peitoril 0 80 m de altura e 1 80 m de largura e a abertura voltada para os vesti rios masculino e feminino O fato de a lavand
38. dois dias sendo uma no turno diurno e outra no turno noturno A temperatura foi medida durante oito horas seguidas em cada turno e os demais fatores como ru do ilumina o ventila o e umidade relativa do ar ao longo dos dias em hor rios aleat rios 92 Atrav s das medi es p de se obter o Indice Bulbo Umido IBUTG e avaliar que os ndices de temperaturas evidenciados no local s o elevados 26 04 C no turno noturno e 27 48 C no turno diurno considerando se as condi es previstas para o dia Nos dois dias de coleta 07 e 13 de dezembro as condi es clim ticas eram de tempo chuvoso e temperatura amena Conforme a NR 15 quando o ndice de temperatura ultrapassar o limite de 26 7 C as pausas passam a ser obrigat rias e com dura es vari veis No caso analisado a recomenda o da referida norma de 45min de trabalho e 15min de descanso Medi o feita pela equipe de Seguran a do Trabalho da empresa nos dias 05 e 06 do m s de outubro considerados dias quentes obteve um ndice de 32 14 C Dessa forma pode se inferir que os ndices de temperatura na lavanderia na maior parte do ano s o altos favorecidos pelo clima quente t pico da regi o pelas taxas de metabolismo dos trabalhadores durante a realiza o da atividade que considerada moderada e pelo calor radiante proveniente das secadoras conforme salientado pelos trabalhadores Nesse caso ultrapassando os 31 1 C a NR 15 estabelece
39. em lavanderias e podem causar tontura mal estar dor de cabe a fadiga e outros Quando isso acontece o desencadeamento de acidentes de trabalho e de doen as profissionais se torna comum e certo Isso sem contar os preju zos na produ o A autora complementa dizendo que mesmo com as condi es ambientais prop cias ao trabalhador de lavanderia haver ainda o risco de contamina o aos mesmos pois a atividade de separa o das roupas sujas com os mais diversos tipos de sujidades inerente a sua rotina de trabalho O controle das condi es ambientais de uma lavanderia tem grande influ ncia na preven o de doen as profissionais e acidentes j que compreende medidas para a prote o coletiva de seus trabalhadores al m de garantir a qualidade do espa o f sico que envolve o trabalhador no desempenho do seu cargo LISBOA TORRES 1999 A carga f sica de trabalho na lavanderia representada pelas varia es atmosf ricas como calor frio press o ru do vibra o umidade vapor entre outros De acordo com a OMS Organiza o Mundial da Sa de e o NIOSH Instituto Nacional de Seguran a e Sa de Ocupacional dos EUA o ru do prevalece como um acelerador do estresse neste setor CALEGARI 2003 A autora esclarece que estas cargas podem constituir fontes de fadiga e por isto devem ser controladas Este controle pode ser estabelecido a partir de pausas ou mesmo troca de tarefas para possibilitar a elimina o do excesso
40. energ ticos diferentes o que implica em mais ou menos fadiga Lembrando que o esfor o f sico dentro de certos limites leva a uma fadiga recuper vel com o repouso por m se ultrapassados com frequ ncia restar sempre um desgaste residual que conduzir fadiga cr nica uma vez que o trabalho muscular sendo est tico com a musculatura contra da durante muito tempo pode precipitar a fadiga SANTANA 1996 A lavanderia n o possui assentos portanto todas as atividades s o desenvolvidas em p Ao separar as roupas sujas os trabalhadores adotam posturas que comprometem os m sculos das pernas s vezes se ap iam nas paredes ou ficam de c coras for ando a musculatura dos p s pois o peso do corpo fica sustentado somente por eles Segundo Renner 2005 entre trabalhar em p ou sentado o melhor trabalhar alternado Trabalhar o dia inteiro sentado cansa a musculatura e as estruturas m sculo esquel ticas envolvidas assim como trabalhar o dia todo em p tamb m considerado muito cansativo e fatigante porque exige muito trabalho est tico da musculatura 105 envolvida para manter essa posi o al m da dificuldade de usar os pr prios p s para o trabalho Geralmente necessita se do apoio das m os e bra os para manter a postura Toda atividade tem suas caracter sticas espec ficas havendo aquelas que exigem muita movimenta o e deslocamento onde comumente se trabalha em p como o caso da lavanderia e
41. es do ambiente geram desmotiva o e conflito entre o ser humano e o trabalho A pouca motiva o gera muitas vezes a baixa na produtividade que por sua vez revertida por pr ticas coercitivas e as mesmas quando aplicadas podem gerar insatisfa es no desempenho das atividades refletindo no ambiente dom stico e nas rela es familiares FONTES 2003 A autora acima coloca que a QVT tem sido refletida entre os profissionais de sa de nos sindicatos e nas rela es interpessoais contextualizadas na pr tica social Por m s o raras as discuss es sobre a legitimidade e a possibilidade de concretiza o de programas que visem melhorar a QVT para os trabalhadores como pode ser observada na afirma o de Leite 2002 p 163 mesmo constituindo o trabalhador o principal componente de um sistema produtivo poucas s o as pesquisas cient ficas desenvolvidas com o intuito de avaliar as suas percep es reclama es dificuldades na execu o das atividades n vel de satisfa o geral e quanto s dimens es definidoras da QVTI Nos Estados Unidos no Canad e nos pa ses europeus os estudos realizados sobre QVT t m sido muito difundidos com o objetivo de atingir os organizadores do trabalho para que os mesmos no planejamento estejam atentos necessidade de maior satisfa o do indiv duo no trabalho No Brasil existem algumas pesquisas onde se adaptam modelos estrangeiros s caracter sticas culturais e loc
42. fisiol gicos psicossom ticos irritabilidade e constante estado de tens o consequentemente causando grande desgaste f sico e mental Em termos de m dia 3 3 os dados revelam que os trabalhadores encontram se neutros em rela o a estes dois aspectos A maior m dia obtida no fator Jornada de trabalho foi em rela o ao n mero de horas trabalhadas por dia 4 0 Foi tamb m o aspecto que obteve a maior porcentagem de trabalhadores satisfeitos 65 62 A carga hor ria dos trabalhadores da lavanderia pode ser considerada favor vel para a QVT segundo os dados da Tabela 13 Dessa forma a m dia geral 3 6 classifica os trabalhadores como Satisfeitos no que concerne ao fator Jornada de trabalho 84 Tabela 13 Nivel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Jornada de trabalho Visconde do Rio Branco MG 2005 N mero de horas N mero de horas Desgaste f sico e Tempo para lazer e N veis trabalhadas por trabalhadas por 8 tal para convivio dia semana mena familiar 1 3 13 2 3 13 3 13 25 00 25 00 3 12 50 18 75 25 00 15 62 4 65 62 59 37 37 50 43 75 5 18 75 18 75 12 50 12 50 Total 100 00 100 00 100 00 100 00 M dia 4 00 3 93 3 37 3 37 N mero de pessoas entrevistadas 32 Os n meros 1 2 3 4 e 5 significam respectivamente Muito insatisfeito insatisfeito neutro satisfeito muito satisfeito Escala 1 0a 1 8 1
43. higienizados pela lavanderia Sendo assim h necessidade de se conscientizar os trabalhadores sobre o risco para sua sa de e sobre a import ncia de uma correta higieniza o da roupa para que esta n o ofere a riscos para outras pessoas e para os alimentos que s o processados pela empresa Constatou se tamb m o livre acesso de pessoas estranhas ao setor transitando por todas as reas da lavanderia podendo se contaminar ou contaminar ainda mais o referido ambiente rea de centrifuga o caracteriza se pela fadiga nas tarefas umidade expressiva e ru do das m quinas Nesta rea fica instalada a centr fuga com capacidade para 100 kg tamb m considerada insuficiente pela quantidade de roupa processada modelo 209 da marca Santo Andr O estado de conserva o da centr fuga o mais prec rio dentre os equipamentos a parte inferior encontra se corro da pela a o dos res duos de produtos qu micos ou pelo fato de que a gua utilizada pela empresa ferruginosa a manuten o corretiva feita pela ind stria O espa amento entre a parede e a centr fuga de 0 91 m o escoamento de gua embutido a partir de canos de ferro O apoio para desenvolvimento das atividades neste setor feito por um carrinho de pl stico com as seguintes dimens es 0 57 m de profundidade 0 82 m de largura 1 30 m de comprimento 0 82 m de altura A centr fuga produz muito barulho e vibra o em fun o disto comum o operador apoi
44. inefici ncia do ambiente de trabalho este apresenta algumas defici ncias em rela o ao espa o f sico capacidade dos equipamentos condi es ambientais temperatura ventila o e ru do Acrescenta se a esta avalia o a exist ncia de fluxo cruzado de roupas limpas com sujas necessitando portanto de uma redefini o de leiaute e melhoria das condi es de trabalho Na avalia o da QVT os trabalhadores se encontram satisfeitos mesmo com as situa es adversas identificadas Se os trabalhadores j est o satisfeitos com sua QVT nestas condi es pode se inferir que poss vel aumentar essa satisfa o se melhoradas as condi es f sicas do ambiente favorecendo resultados positivos tanto para a empresa quanto para os trabalhadores Para os trabalhadores da lavanderia estudada QVT significa ambiente com boas condi es de trabalho trabalho em equipe valoriza o e capacita o dos funcion rios Apesar de QVT ser um conceito amplo e subjetivo como se confirmou nesta pesquisa poss vel medi la avali la e melhor la Em rela o aos poss veis riscos que o ambiente de trabalho pudesse oferecer aos trabalhadores pode se afirmar a exist ncia dos seguintes Riscos f sicos representados pela temperatura elevada falta de ventila o ru do e umidade em excesso Riscos biol gicos representados pela contamina o por microrganismos presentes nas roupas infectadas por sangue fezes e urina devido ao n o
45. mais lento para a aprendizagem da leitura e da escrita e por este motivo frequentavam a APAE entretanto trabalhavam na lavanderia quatro horas por dia devido a um conv nio entre a empresa e a referida Associa o Entende se que o objetivo primeiro da empresa louv vel pois est buscando a inclus o social dos portadores de necessidades especiais No entanto o setor de lavanderia normalmente recebe poucos investimentos para melhoria das condi es de trabalho podendo esta inclus o gerar riscos para este grupo de trabalhadores e para a qualidade do servi o uma vez que para o bom desempenho na execu o das tarefas necess rio tamb m investimentos na qualifica o do trabalhador O Minist rio da Sa de 1986 ressalta que a qualifica o do pessoal possibilita o uso de equipamentos e processos inovadores reduzindo o custo operacional e otimizando o espa o Segundo Lisboa e Torres 1999 a exig ncia em torno da qualifica o se d em virtude das informa es referentes s prescri es das tarefas que necessitam ser lidas e entendidas por quem ir execut las Para Gu rin et al citado por Miguel 2005 as transforma es das fun es cognitivas 44 dependem muito mais da forma o escolar inicial das forma es ulteriores e da diversidade das experi ncias do que da idade 3 33 10 00 13 33 26 67 30 00 16 67 m Ensino fundamental incompleto m Ensino fundamental completo o Ensino m
46. melhorar as condi es f sicas do ambiente de trabalho Tabela 3 Resumo das vari veis mais expressivas quanto Lavanderia eficiente segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Espa o 80 00 Ventila o 93 33 Ru do 66 67 Apoio operacional dos coordenadores 90 00 Organiza o da lavanderia 90 00 Separa o de roupas por cor e sujidade 93 33 Durabilidade e descarte dos uniformes 90 00 Controle dos custos 73 33 Tecnologia 66 67 Higiene do ambiente 96 67 N mero de pessoas entrevistadas 30 4 3 1 3 Riscos ambientais 65 Procurou se identificar a partir das vari veis ambientais indicadas pelos ju zes quais poderiam ser listadas como mais expressivas em rela o aos riscos sa de do trabalhador Sendo assim os respondentes apontaram que o calor e os produtos qu micos contribuem de forma significativa para o risco sa de pois podem incomodar ou at atrapalhar o desenvolvimento das atividades gerando estresse e mal estar f sico aos mesmos Os trabalhadores da lavanderia encontravam se expostos aos riscos qu micos devido ao manuseio dos produtos qu micos utilizados no processo de higieniza o da lavanderia e das roupas como alvejantes desinfetantes detergentes entre outros Tal fato refor a a necessidade dos trabalhadores fazerem uso dos EPI s que os proteger o de dermatites micoses ou outros problemas relacionados manipula o inadequada de
47. na Ind stria de Beneficiamento de Couro Porto Alegre 2001 133p Disserta o de Mestrado Profissionalizante Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2001 VENDRAME A C A Insalubridade por Agentes Biol gicos s d Dispon vel na Internet lt http www vendrame com br artigos artigos ant03 htm gt Acesso em 13 abr 2005 VENTUROLI T A Amea a do novo V rus Veja S o Paulo n 15 ed 1900 p 120 124 13 abr 2005 VIEGAS C Ritmo fren tico no abate e processamento de carnes adoece trabalhadores Revista Prote o Novo Hamburgo RS ed 160 ano XVIII p 32 47 abr 2005 WALTON R E Improving the quality of work life Harvarg Business Review v 52 n 3 may jun 1973 WISNER A Por dentro do Trabalho Ergonomia M todos e T cnicas S o Paulo FTD Obor 1987 190p ZOBOLE J A A Re Organiza o da Economia Familiar de Funcion rios de uma Lavanderia Hospitalar em face da ocorr ncia de Acidentes em seu Ambiente de Trabalho Belo Horizonte MG Vi osa MG 2003 84p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica Universidade Federal de Vi osa 2003 FONTES M B CARMO D L do MAFRA S C T LORETO M das D S de Implanta o e aceita o das pol ticas de seguran a do trabalho no processamento de roupas caso de um hospital filantr pico na cidade de Vi osa MG In CONGRESSO BRASILEIRO DE E
48. no litoral norte do estado da Bahia Vi osa MG 1998 103p Tese de 115 Doutorado Programa de P s Gradua o em Ci ncia Florestal Universidade Federal de Vi osa 1998 FILHO W D L MAZZILLI C O processo de trabalho na rea de enfermagem Uma abordagem psicanal tica Revista de Administra o S o Paulo v 31 n 3 p 63 71 jul set 1996 FONTES M B An lise da Qualidade de Vida no Trabalho em uma Lavanderia Hospitalar a partir do posicionamento dos Trabalhadores Belo Horizonte Vi osa MG 2003 140p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica Universidade Federal de Vi osa 2003 FREITAS R M V de TEIXEIRA M L P Acidentes no Campo Revista Prote o Novo Hamburgo RS edi o 160 ano XVIII p 66 75 abr 2005 FUNDACENTRO Seguran a e Sa de no Trabalho Preven o das Les es por Esfor os Repetitivos LER n 4 S o Paulo 1999 Folhetim GERVINI M E I Higieniza o das roupas de conceitos b sicos aplica o pr tica Pelotas Universit ria 1995 212p GIL A C M todos e T cnicas de Pesquisa Social 5 ed S o Paulo Atlas 1999 206p GON ALVES E L A Empresa e a Sa de do Trabalhador S o Paulo Pioneira 1988 GRANDJEAN E Manual de Ergonomia adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes M dicas 1998 338p HOLT J G KRIEG N R SNEATH P H STALEY J T WILLIAMS S T Bergey s Manual of Determinative
49. o de id ias dadas Para operacionaliza o e an lise destas vari veis utilizou se uma escala elaborada por Pereira et al 2001 que foi adaptada para que abrangesse os valores num ricos pertinentes aos n veis de satisfa o definidos na pesquisa al m de m dias ponderadas an lises descritivas e interpretativas Tabela 1 Escala para interpreta o do n vel de satisfa o em rela o QVT QVT Interpreta o 10a 1 8 Muito Insatisfeito 1 9 a 2 6 Insatisfeito 2 7 a 3 4 Neutro 3 5 a 4 2 Satisfeito 4 3 a 5 0 Muito Satisfeito Fonte Pereira et al 2001 3 3 2 5 Identifica o da QVT anseios limita es e necessidades para se obter QVT na vis o do trabalhador Para identificar como o trabalhador entendia QVT foi elaborado e aplicado um question rio com tr s quest es discursivas baseando nos seguintes aspectos anseios limita es e necessidades para obter QVT Tais quest es podem ser identificadas no Ap ndice H Para operacionaliz las utilizou se an lises descritivas e interpretativas 36 3 3 2 6 Identifica o dos riscos ambientais para o trabalhador no ambiente de trabalho da lavanderia da ind stria de abate e processamento de carne 3 3 2 6 1 Riscos f sicos Para identificar os poss veis riscos f sicos foram utilizados equipamentos apropriados para essa finalidade considerando se as seguintes vari veis do ambiente f sico da lavanderia Temperatura foi medida dur
50. o que se pretende estudar No estudo em quest o os ju zes foram formados pelo gerente administrativo fabril da empresa pelo arquiteto respons vel pela implanta o do espa o de trabalho lavanderia pelo chefe da lavanderia e por mais tr s trabalhadores da lavanderia assim distribu dos um respons vel pela lavagem centrifuga o e secagem um respons vel pela rouparia e um respons vel pela limpeza dos vesti rios e banheiros e pela entrega de bolsas aos funcion rios da rea de produ o da empresa 61 Quadro 1 Vari veis mais citadas pelos ju zes Quais fatores ambientais poderiam causar danos sa de dos trabalhadores em uma lavanderia de ind stria de O que preciso para que um ambiente de trabalho como a lavanderia possa ser eficiente O que a deixaria ineficiente processamento de carne e Apoio operacional ara e Temperatura calor p Po P e Temperatura calor reformas e solicita es e Conversa perturba o e Espa o f sico e Perturba o conversa e Produtos qu micos e Local fresco e Ru do J e Cheiro forte de produtos e Cheiro forte de cloro e Pouco ru do ae P quimicos e M quina de lavar com tecnologia mais avan ada e Higiene e Organiza o para entrega de uniformes sa da de uniformes e Separa o da roupa por sujidade e cor e Tempo de uso e descarte dos uniformes e Controle de custos De posse destas vari veis elaborou se question rios com afirmativas e nega
51. ocorr ncia no Brasil raiva dos mam feros inclusive morcego e aves brucelose toxoplasmose Guerreiro citado por VENDRAME s d VV VV VV WV Em tempo nao muito distante assistimos a uma epidemia que dizimou milhares de vidas no Camboja Tail ndia Vietn e Turquia a gripe do frango ou gripe avi ria que est sendo divulgada na m dia e rastreada pela OMS pois existe o receio de que ocorra uma nova epidemia mundial da infec o devido facilidade de contamina o uma vez que este o primeiro v rus que consegue sair de seu hospedeiro aves diretamente para a esp cie humana VENTUROLI 2005 Atualmente a gripe das aves ja atingiu a Africa Asia Oriente M dio e Europa Segundo Logullo 2006 a contamina o pelo virus da gripe avi ria HSN1 se d por contato direto com aves infectadas superf cies e objetos contaminados com as fezes dos animais pois as aves espalham grandes quantidades do v rus nas fezes Da a necessidade da utiliza o efetiva dos equipamentos de prote o individual ao manipular roupas com este tipo de sujidade A exposi o ao v rus pode ocorrer tamb m durante o abate depenagem corte da carne e prepara o da carne da ave infectada Nestes casos o homem passa a ser considerado um hospedeiro acidental Existem ainda as anfixenoses que s o doen as que circulam indiferentemente entre homens e animais como a Doen a de Chagas Pelo menos tr s classes de trabalhadores est o envolvida
52. pela pr pria empresa nas esta es ETA Esta o Tratamento de gua e ETE Esta o de Tratamento de Efluentes respectivamente Leiaute considerando os poss veis formatos para uma lavanderia TI L ou U pode se dizer que a lavanderia em estudo n o est inserida em nenhum desses formatos caracter sticos visto que entram e saem roupas por todas as entradas da lavanderia n o havendo uma sequ ncia l gica no fluxo conforme pode ser visualizado na Figura 1 53 Entrada da lavanderia Separa o de roupa 8 E o a g Q 5 fu suja roupa limpa las On e e 5 o p B N em ye o ES Pas O N Setor de distribui o Entrega de roupa suja Entrega de roupa suja Legenda Fluxo de roupa suja dos setores de produ o manuten o e refeit rio Fluxo de roupa limpa dos setores de produ o manuten o e refeit rio p Fluxo de roupa suja dos setores de abate dos supervisores visitantes nutricionistas estagi rios e SIF p Fluxo de roupa limpa dos setores de abate dos supervisores visitantes nutricionistas estagi rios e SIF 54 Figura 1 Fluxo de roupa na lavanderia A distribui o das reas e dos equipamentos no espa o de trabalho n o obedecem a um fluxo progressivo de trabalho o que ocasiona o cruzamento das roupas ja processadas com as roupas que ainda ser o higienizadas As reas de ci
53. ponto de recontamina o da roupa limpa antes da lavagem 2 000 microrganismos cm tecido ap s a lavagem 10 microrganismos cm tecido ap s a centrifuga o 2 300 microrganismos cm tecido e ap s a calandragem 30 microrganismos cm tecido Konkewicz 2003 enfatiza que o objetivo a ser atingido ap s o processamento da roupa a redu o da contagem microbiana para n veis aceit veis ou seja livre de pat genos em quantidade e qualidade suficientes para transmitir doen as Entretanto as contagens de microrganismos na roupa limpa aumentam com o passar dos dias dependendo das condi es de transporte e armazenamento e tamb m das condi es do ambiente f sico uma vez que a alta temperatura no ambiente e a umidade excessiva favorecem o crescimento e desenvolvimento de microrganismos no local No referido estudo da Universidade de Chicago em 1953 citado por Konkewicz 2003 a an lise da roupa limpa apresentou aumento de contamina o ap s 2 a 10 dias sem uso principalmente as roupas mais expostas Sendo assim quanto maior o per odo de estocagem maior a probabilidade de recontamina o da roupa podendo sofrer diferentes n veis de recontamina o a partir de dois dias O per odo de estocagem por conven o poderia ent o ser estabelecido entre 24 a 48 horas KONKEWICZ 2003 Mesmo que o processo de lavagem centrifuga o e secagem da roupa sejam os mais adequados poss veis o resultado final n o representa elim
54. racionaliza o dos movimentos dos trabalhadores ali inseridos bem como do fluxo progressivo de trabalho Devido a pouca especializa o de projetistas e construtores em rela o s condi es ideais para se planejar um setor de processamento de roupas muitas irregularidades s o observadas como a localiza o inapropriada dos equipamentos e instala es tendo como consequ ncia um funcionamento ineficaz que pode reverter em problemas de sa de ao trabalhador e diminui o da produtividade Organizada a partir de normas advindas do Minist rio da Sa de 3 Nestes termos um ambiente inadequado e instala es n o condizentes com o trabalho a ser realizado bem como risco biol gico em potencial s o pouco favor veis ao trabalhador e na maioria das vezes acarretam danos sa de podendo ocasionar alta incid ncia de licen as m dicas e consequentemente alto ndice de absente smo al m de contribu rem para a queda de produtividade A insalubridade proveniente de um ambiente ineficiente pode afetar tamb m o bem estar social do trabalhador gerando conflitos que repercutem no mbito familiar e social Pelos aspectos ressaltados as caracter sticas do ambiente f sico que interagem com o trabalhador durante o desenvolvimento da tarefa tais como temperatura ru dos vibra es e ilumina o influenciam diretamente no resultado do seu trabalho LISBOA TORRES 1999 Essas caracter sticas quando interferem de
55. secadoras de 0 75 m Esse setor possui ainda uma mesa de madeira para apoio das roupas a serem dobradas e que ser o armazenadas O espa o para circula o e opera o conforme as recomenda es de Oliveira citado por Santana 1996 situa se entre uma rea de 1 35 a 1 50 m e para limpeza entre os equipamentos os valores devem permanecer entre 0 30 e 0 50 m rea de passadoria composta por uma mesa de madeira que utilizada para passar os jalecos dos visitantes supervisores e do pessoal do Servi o de Inspe o Federal SIF A mesa pintada com tinta a leo coberta por um cobertor e um tecido branco possui as seguintes dimens es 0 88 m de altura 0 525 m de largura 1 20 m de comprimento As roupas antes de serem passadas s o colocadas em um carrinho do tipo de supermercado e depois de passadas s o apoiadas em um banquinho de madeira antes de ir para o setor de distribui o Neste setor h tamb m um ferro el trico a vapor modelo APAL da marca Eletrovapor Paz em bom estado de conserva o A manuten o corretiva deste feita pela ind stria Vale ressaltar que o nico ferro de passar existente na lavanderia considerado pesado modelo industrial por m muito antigo e como conseqii ncia pode gerar dores nos ombros e nos bra os rea de costura e reparos composta por uma m quina de costura el trica tipo dom stica costura reta da marca Singer e uma cadeira estofada A mesma mesa de p
56. um gerenciamento mais eficiente da for a de trabalho que cada vez mais conscientizada e instru da n o aceita facilmente trabalhar em condi es pouco adequadas e satisfat rias FERNANDES 1996 Dessa forma o tema Qualidade de Vida QV tem se destacado nos estudos ligados s condi es de trabalho sob o ponto de vista da QVT e na perspectiva de lazer das pessoas pois pesquisadores preocupados com a referida tem tica t m procurado explorar as condi es nas quais se realiza o trabalho dando nfase ao equil brio entre o trabalho e o lazer A implementa o das novas formas de organiza o do processo de produ o e a introdu o de novas estrat gias de gest o nos rg os p blicos e privados s o fatores que contribuem para a relev ncia dos estudos de QVT LEITE 2002 At pouco tempo atr s qualidade de vida referia se s condi es necess rias para satisfazer as necessidades b sicas de sobreviv ncia Com a evolu o do movimento de QVT esta passou a ser compreendida como um meio para o enriquecimento do ambiente de trabalho e para o alcance de n veis elevados de produtividade e satisfa o PEREIRA et al 2001 Assim nos ltimos anos uma melhor qualidade de vida para o indiv duo vem despertando interesse no mundo do trabalho administra o lazer sa de e planejamento global devido ao avan o das ci ncias em todas as reas do conhecimento e ao desenvolvimento da tecnologia Dessa forma tal conceito se
57. utilizado em sua totalidade para o desenvolvimento do estudo de caso Por m em algumas etapas do estudo este n mero variou entre 30 e 33 respondentes Tal varia o ocorreu em virtude de demiss es licen as maternidade transfer ncias de trabalhadores para outros setores da empresa ou para a lavanderia ou contrata es durante a pesquisa de campo 3 3 Procedimentos para coleta de dados A primeira etapa constou de levantamento de dados por meio da Escala Likert e dos question rios semi estruturados efetuados junto aos trabalhadores da lavanderia escolhida para estudo Na segunda etapa fez se a medi o da temperatura do ru do da ilumina o da ventila o e da umidade relativa do ar utilizando se equipamentos adequados para tal Tamb m foram coletadas amostras no ambiente de trabalho para a verifica o dos poss veis riscos biol gicos presentes no ambiente onde utilizou se placas de Petri contendo meios de cultura prop cios ao crescimento e desenvolvimento de microrganismos Na terceira etapa foram tabulados e analisados os dados atrav s de an lise estat stica descritiva fregii ncia de cita o para expressar a natureza dos conte dos quantitativos utilizando se tamb m procedimentos sistem ticos de descri o e interpreta o Ap s tabula o os resultados foram discutidos considerando as diferentes sugest es de an lise propostas pelos m todos utilizados no estudo permitindo a conclus o dest
58. vezes limpeza di ria semanal mensal se existe t cnica de limpeza uso de baldes diferenciados para detergentes e desinfetantes uso de panos de limpeza diferenciados para bancadas equipamentos pisos e banheiros dire o da limpeza separa o de material e equipamentos de limpeza para as diferentes reas 137 ANEXO 138 PLANTA BAIXA DA LAVANDERIA Situa o Atual Prrrrrerriiir VESTI RIO MASCULINO TA 1 E Figura ilustrativa sem escala 139
59. visto que n o h renova o do ar e pouca ventila o Ressalta se que as condi es clim ticas da regi o onde est localizada a cidade de Visconde do Rio Branco tamb m contribuem para que o ambiente se torne mais quente Entretanto medidas corretivas devem ser tomadas por parte dos gestores e ou administradores do espa o de trabalho para facilitar o desempenho das atividades pois em lavanderias o sistema de renova o e circula o de ar deve funcionar de forma adequada Os ventiladores n o devem ser usados como os nicos mecanismos de renova o de ar visto que estes contribuem apenas para a movimenta o de ar A satura o do ar gerada pelo calor pela umidade e pelos odores provocados pelos equipamentos deve ser controlada em todo o ambiente da lavanderia principalmente quando os odores s o provocados pelo manuseio ou pela movimenta o de produtos qu micos C NDIDO VIERA 2003 O odor gerado pelos produtos qu micos pode incomodar alguns trabalhadores chegando a causar dores de cabe a e enj os conforme relatado por alguns deles al m do odor das roupas sujas advindas do setor de abate das aves Foi observado que um dos operadores prendia a respira o para evitar inalar o mau cheiro dessas roupas ao coloc las na lavadora Esta atitude foi observada em fun o do trabalhador n o estar usando m scara como recomendado durante esta atividade A cobertura telhado da lavanderia constitu da externamente
60. 300 lux Nestes setores da lavanderia foram encontrados lux variando de 315 a 320 Para a rea de costura recomendam 750 lux o n vel encontrado foi de 430 E para rouparia o recomendado de 150 lux e encontrou se 400 lux Dessa forma pode se afirmar que o n vel de ilumina o total da lavanderia mostrou se suficiente para a realiza o das atividades desenvolvidas nas reas suja limpa e armazenamento apresentando se 94 insuficiente na rea de costura Vale salientar que as medi es foram feitas com todas as l mpadas acesas De acordo com West s e Wood s citados por Santana 1996 a quantidade ou intensidade de luz o tipo e cor de luz o tipo de lumin ria e sua localiza o combinam para a cria o de uma boa ilumina o Estudos revelam que uma ilumina o adequada do local de trabalho pode aumentar a produtividade dos trabalhadores em 3 a 4 A ventila o constitui um outro importante fator para o controle t rmico do ambiente uma vez que assegura certo grau de conforto ao ambiente fundamental para a realiza o da atividade al m de proporcionar a renova o do ar A ventila o natural na lavanderia insuficiente 0 0 a 0 1 m s devido s caracter sticas da constru o considerando principalmente a cobertura dimens es e quantidade de janelas n o atingindo o m nimo recomendado por Iida 2005 de 0 2 m s exigindo assim uma interven o no ambiente para renova o do ar e redu o da tempe
61. 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 4 3 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito 4 4 6 Participa o e incentivos Identificou se o n vel de satisfa o do trabalhador em termos de sua Participa o e incentivos pela empresa no que concerne aos seguintes aspectos Treinamentos oferecidos pela empresa Oportunidades de se promover na lavanderia Incentivo pela empresa para estudar Estabilidade no emprego Desenvolver o trabalho da sua maneira Incentivo para desenvolver novas id ias e Repercuss o de id ias dadas Atrav s da Tabela 14 verificou se com rela o ao fator Participa o e incentivos que o menor n vel m dio de satisfa o refere se ao aspecto Treinamentos oferecidos pela empresa 3 5 enquanto o maior n vel m dio de satisfa o foi em rela o ao aspecto Desenvolver o trabalho da sua maneira 4 1 revelando portanto de acordo com a escala utilizada a Satisfa o dos trabalhadores quanto a estes aspectos 85 68 Tabela 14 N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de industria de abate e processamento de carne quanto Participa o e incentivos Visconde do Rio Branco MG 2005 Oportunidades as Desenvolver o Repercuss o de bea a22 Treinamentos Incentivo ao Estabilidade no Incentivo a Sao N veis oferecidos de promo o estudo emprego trabalho da sua novas id ias id
62. Bacteriology 9 ed Maryland Baltimore Williams amp Wilkins 1994 789p IIDA I Ergonomia Projeto e Produ o 2 ed S o Paulo Edgar Bliicher 2005 614p INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA IBGE Banco de Dados das cidades brasileiras 2005 Dispon vel na Internet lt http www ibge gov br gt Acesso em 05 abr 2006 JUV NCIO J F Ergonomia e Qualidade de Vida Vi osa 23 out 2004 Minicurso KAZARIAN E A Foodservice facilities planning 3 ed New York Van Nostrand Reinhold 1989 412p KONKEWICZ L R Preven o e Controle das Infec es relacionadas ao Processo das Roupas Hospitalares 2003 Dispon vel na Internet lt http www cih com br gt Acesso em 06 abr 2004 116 LEITE A M P An lise da Terceiriza o na Colheita Florestal no Brasil Vi osa MG 2002 251p Tese de Doutorado Programa de P s Gradua o em Ci ncia Florestal Universidade Federal de Vi osa 2002 LISBOA T C Lavanderia hospitalar Reflex es sobre fatores motivacionais S o Paulo 1998 138p Tese de Doutorado em Administra o Universidade Mackenzie 1998 LISBOA T C TORRES S Limpeza Higiene e Lavanderia Hospitalar S o Paulo CLR Balieiro 1999 227p LOGULLO P poss vel contrair gripe avi ria comendo frango 2006 Dispon vel na Internet http www nutritotal com br perguntas acao bu amp id 343 gt Acesso em 04 mar 2006 MAFRA S C T Elabora o de Check List para Desenvolvimento
63. CE H Roteiro entrevista sobre qualidade de vida no trabalho QVT AP NDICE I Roteiro caracteriza o do ambiente f sico de trabalho laya derna sao aa EAA IX P gina 91 91 95 102 106 109 113 119 120 121 122 124 125 126 129 132 133 137 138 LISTA DE TABELAS Escala para interpreta o do nivel de satisfa o em rela o Qualidade de Vida no Trabalho QVT ccccccccccccccecssssssesececececsesssseseceseceesesessaeeeeeseeseneneas Resumo das vari veis mais expressivas quanto Inefici ncia do ambiente de trabalho segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco IMIG 2005 cs cursa tina ducks sand suicea AA EIA A a uae CRM da RAL in Resumo das vari veis mais expressivas quanto Lavanderia eficiente segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Resumo das vari veis mais expressivas quanto aos Riscos ambientais segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o ao Fluxo de trabalho segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o sua Organiza o segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 a s Resumo das va
64. CONOMIA DOM STICA 16 ENCONTRO LATINO AMERICANO DE ECONOMIA DOM STICA 4 2001 Vi osa Anais Vi osa MG UFV Imprensa Universit ria 2001 p 823 828 119 APENDICES 120 APENDICE A ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS JUIZES 1 Para voc existiriam fatores ambientais que poderiam causar danos a satide dos trabalhadores em uma lavanderia de industria de processamento de carne 2 Para voc o que preciso para que um ambiente de trabalho como por exemplo a lavanderia possa ser eficiente 3 O que a deixaria ineficiente 121 AP NDICE B PESQUISA INEFICI NCIA DO AMBIENTE DE TRABALHO LAVANDERIA DE IND STRIA DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNE M TODO ESCALA LIKERT TEMA INEFICI NCIA DO AMBIENTE DE TRABALHO DATA 1 1 mo CONCORDO DISCORDO QUEST ES CONCORDO INDECISO DISCORDO MUITO MUITO 1 O calor ou seja a temperatura n o adequada pode tornar a lavanderia um ambiente de trabalho ineficiente 2 O calor n o tem nenhuma rela o com a inefici ncia de um ambiente de trabalho como a lavanderia 3 As conversas e perturba es aos colegas de trabalho podem tornar a lavanderia um ambiente de trabalho ineficiente 4 O fato das pessoas conversarem n o perturba o colega de trabalho e n o faz com que o ambiente se torne ineficiente 5 O ru do na lavanderia pode torn la um ambiente de trabalho ineficiente e estressante 6 Um ambiente de traba
65. Federal de Santa Catarina 1996 SANTOS N Organiza o Ergon mica do Trabalho In 1 Simp sio Brasileiro sobre Ergonomia e Seguran a do Trabalho Florestal e Agr cola Belo Horizonte MG 2000 Anais Belo Horizonte 2000 p 12 25 An lise Ergon mica do Trabalho Florian polis SC UFSC 1991 Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Apostila mimeo SILVA F R Ergonomia Uma Necessidade apenas Industrial ou tamb m Social Revista Virtual de Ergonomia Ensaios de Ergonomia Florian polis junho de 2000 Dispon vel na Internet lt http www eps ufsc br ergon revista resumos htm gt Acesso em 11 set 2004 SILVA K R SOUZA A P MINETTI L Avalia o do Perfil de Trabalhadores e das Condi es de Trabalho em Marcenarias no Munic pio de Vi osa MG Revista Arvore Vi osa v 26 n 6 p 769 775 2002 SOUZA C R N Equipamento de Prote o Individual Trabalho Bra al e Representa es de Corpo Um Estudo sobre Seguran a e Risco entre Trabalhadores da Constru o Civil Vi osa MG 2004 35p Projeto de Mestrado Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica Universidade Federal de Vi osa 2004 mimeo TREBIEN E l MACHADO M M SACKSER R M Qualidade de Vida no Trabalho s d Dispon vel na Internet lt http www assesc com br paginas Jornada Cientifica anais_2 QUALIDADEDEVIDANTRABALHO pdf gt Acesso em 08 abr 2005 118 TREIN F A An lise e Melhoria de Layout de Processo
66. MG 2005 cccccccsssssssesesesssssssesceseceeesesesesesucesueusneuenenenenens Distribui o de porcentagens relativas idade dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 30s vessesis sasdasaliuatas avalie us nada dio dus bones NES Ta N A Distribui o de porcentagens relativas escolaridade dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 ccccccsssssssssssssssssesssseceeeeesnsesecesnseenensnensnenenens Distribui o de porcentagens relativas ao estado civil dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 00 cececccccccccccseessscecccccesessscscsccescesesseeeseeceesssesunenens Distribui o de porcentagens relativas ao n mero de dependentes dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Distribui o de porcentagens relativas ao n mero de filhos dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Distribui o de porcentagens relativas idade dos dependentes dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Distribui o de porcentagens relativas ao tempo de servi o dos trabalhadores da lavand
67. No que se refere distribui o capacidade e quantidade dos equipamentos uma organiza o eficiente do setor permite a racionaliza o do espa o e como conseqii ncia dos tempos e dos movimentos A atividade principal da empresa em estudo processar alimento e n o higienizar roupa neste sentido n o investe no setor para que o mesmo propicie qualidade ao servi o e s condi es de trabalho oferecidas aos trabalhadores da lavanderia Em rela o ao ambiente f sico estrutural da lavanderia foi observado que Piso de cer mica bege apresentando pouca porosidade que acumula sujeiras e dificulta a limpeza possui apenas um ralo pequeno que fica ao fundo da rea suja o que favorece o ac mulo de gua pr ximo lavadora centr fuga e secadora O fato de apresentar pouca porosidade favorecendo ac mulo de gua no ch o pode implicar em riscos de quedas para os trabalhadores H um desgaste do piso pr ximo centr fuga e lavadora e em termos de padr o o piso neste local difere do restante evidenciando a troca deste provavelmente devido ao desgaste pois uma regi o de fluxo intenso Paredes s o revestidas com azulejo branco at o teto possui p direito de 3 40 m o que para Fontes 2003 proporciona maior conforto ao ambiente de trabalho Por m C ndido e Viera 2003 argumentam que a altura m nima do p direito para uma lavanderia deve ser 3 60 m Segundo o Minist rio da Sa de 1986 o p direito
68. VANIA EUGENIA DA SILVA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA LAVANDERIA DE IND STRIA DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNE PELA AVALIA O DAS CONDI ES DE RISCOS AMBIENTAIS E S CIO CULTURAIS Disserta o apresentada Universidade Federal de Vi osa como parte das exig ncias do Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica para obten o do t tulo de Magister Scientiae VI OSA MINAS GERAIS BRASIL 2006 Ficha catalogr fica preparada pela Se o de Cataloga o e Classifica o da Biblioteca Central da UFV T Silva Vania Eugenia da 1976 S586q Qualidade de vida no trabalho em uma lavanderia de 2006 ind stria de abate e processamento de carne pela avalia o das condi es de riscos ambientais e s cio culturais Vania Eugenia da Silva Vi osa UFV 2006 xix 138f il 29cm Inclui anexo e ap ndices Orientador Simone Caldas Tavares Mafra Disserta o mestrado Universidade Federal de Vi osa Refer ncias bibliogr ficas f 113 118 1 Qualidade de vida no trabalho 2 Ergonomia 3 Avalia o de riscos ambientais 4 Trabalhadores Condi es sociais 5 Ambiente do trabalho I Universidade Federal de Vi osa ILT tulo CDD 22 ed 658 314 VANIA EUGENIA DA SILVA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA LAVANDERIA DE INDUSTRIA DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNE PELA AVALIACAO DAS CONDICOES DE RISCOS AMBIENTAIS E SOCIO CULTURAIS Disserta o apresen
69. VT uma vez que condi es ambientais desfavor veis como o excesso de calor ru do e vibra es geram grande fonte de tens o no trabalho e causam 16 desconforto aumentando o risco de acidentes e provocando danos a satide al m de afetar o desempenho dos trabalhadores e consequentemente a produtividade SANTANA 1996 Dentre os riscos f sicos que interferem num ambiente de trabalho comprometendo a QVT Piccoli et al 2000 destacam os seguintes a Ilumina o o planejamento correto da ilumina o contribui para aumentar a satisfa o no trabalho melhorar a produtividade reduzir a fadiga e os acidentes Experi ncias comprovam que a produtividade aumenta medida que melhoram as condi es de ilumina o do local A qualidade dos produtos est de igual forma relacionada com a intensidade da luz Uma caracter stica esperada da ilumina o n o provocar ofuscamento o que se obt m eliminando superf cies polidas brilhosas espelhadas e vitrificadas Por outro lado uma ilumina o inadequada pode causar desconforto e fadiga visual dores de cabe a ofuscamento redu o da efici ncia visual e at mesmo acidentes SANTANA 1996 b Ru do para lida 2005 um som indesej vel no entanto isso bastante subjetivo pois um som pode ser desej vel para uns mas pode n o s lo para outros Qualquer intensidade de som acima de 100 dB A por qualquer tempo de dura o indesej vel e uma exposi o
70. a dobragem e passadoria eram feitas pelas mulheres que s o atividades mais leves 42 56 67 43 33 m Masculino E Feminino Fonte Dados da pesquisa Gr fico 1 Distribui o de porcentagens relativas ao sexo dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Em rela o idade constatou se que apenas 20 deles tinham idade superior a 35 anos e eram respons veis por desempenhar as atividades de supervis o costura dobragem e armazenamento de roupas e 56 67 encontravam se entre os 18 e 25 anos com m dia geral correspondente de 28 4 anos conforme mostra o Gr fico 2 20 00 He 56 67 10 00 m 18 a 25 anos m 26 a 30 anos O31 a 35 anos O mais de 35 anos Fonte Dados da pesquisa Gr fico 2 Distribui o de porcentagens relativas idade dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Somando se as fra es referentes idade encontrada no estudo que pode ser considerada como uma popula o de faixa et ria jovem pode se perceber que 80 dos trabalhadores da lavanderia analisada encontram se dentro desta faixa realizando atividades como lavagem centrifuga o secagem limpeza dos banheiros e vesti rios Tal fato refor a a id ia de Fontes 2003 quando diz que h uma tend ncia em se alocar 43 pessoas mais jovens para desempenhar a
71. a o de aeross is podendo o contato direto com estas roupas contaminar tamb m equipamentos as m os e os uniformes dos trabalhadores da lavanderia Outros microrganismos como a Salmonella o Staphylococcus aureus e Streptococcus podem contaminar trabalhadores que cuidam do processo de higieniza o dos uniformes do pessoal envolvido no abate e industrializa o da came A salmonelose doen a causada pela Salmonella provavelmente a zoonose de maior ocorr ncia no mundo por causar toxinfec es alimentares veiculadas por produtos de origem animal A transmiss o da doen a se d principalmente pela ingest o de alimentos de origem animal contaminados e pela gua contaminada podendo ocorrer tamb m atrav s de pessoas infectadas uma vez que a contamina o por Salmonella est sempre relacionada origem fecal sendo dif cil a identifica o do portador j que muitas vezes este n o apresenta sintomas Pode se incluir no risco biol gico al m das bact rias os v rus os protozo rios os fungos e os parasitas com potencial patog nico uma vez que se desconhece a proced ncia das pessoas que usam os uniformes os quais ser o manipulados durante o processo de higieniza o pelos trabalhadores da lavanderia 14 Conforme relatos de Gervini 1995 a preocupa o com assepsia e higiene em lavanderia teve in cio quando Luiz Pasteur provou que muitas doen as que afetavam a sa de humana eram provocadas por germes que
72. a e Pa ses Escandinavos No Brasil apesar de relativamente recente a ergonomia est se desenvolvendo rapidamente no meio acad mico SANTOS 2000 Al m da defini o de Wisner 1987 a International Ergonomics Association A citado por IIDA 2005 p 2 define ergonomia da seguinte forma a disciplina cient fica que estuda as intera es entre os seres humanos e outros elementos do sistema e a profiss o que aplica teorias princ pios dados e m todos a projetos que visem otimizar o bem estar humano e o desempenho global de sistemas Seu objetivo elaborar mediante a contribui o de diversas disciplinas cient ficas que a comp e um corpo de conhecimentos que dentro de uma perspectiva de aplica o deve resultar em uma melhor adapta o ao homem dos meios tecnol gicos e dos ambientes de trabalho e de vida 18 O Minist rio do Trabalho e Previd ncia Social instituiu a Portaria n 3 751 em 23 11 1990 que baixou a Norma Regulamentadora NR 17 a qual trata especificamente da ergonomia Esta norma estabelece par metros que permitem a adapta o das condi es de trabalho s caracter sticas psicofisiol gicas dos trabalhadores de modo a proporcionar um m ximo de conforto seguran a e desempenho eficiente SANTOS 2000 Al m da exist ncia dos crit rios legais que resguardam a ergonomia no ambiente de trabalho o seu m rito est no fato de que o seu objeto de estudo o relacionamento do homem
73. a o lado do vesti rio feminino uma rea onde est o instalados todos os equipamentos utilizados para a higieniza o das roupas uma rea de recep o onde fica o chefe do setor e uma sala para os visitantes se trocarem N o possui divis o f sica entre rea limpa e rea suja n o correspondendo s recomenda es do Minist rio da Sa de e de v rios autores considerando se lavanderias do tipo hospitalar Segundo o Minist rio da Sa de 1986 estudos microbiol gicos revelaram que o processamento da roupa em um ambiente nico propicia a recontamina o da roupa limpa na lavanderia A lavanderia estudada processa diariamente cerca de 1400 kg de roupas que s o usadas pelos trabalhadores da rea de abate e produ o da ind stria O seu funcionamento de 24 horas di rias divididas em tr s turnos de trabalho de segunda a s bado e no domingo at s 14h A lavanderia como um todo se apresenta em bom estado de conserva o considerando pisos revestimentos e equipamentos por m o espa o f sico pequeno para a tarefa de higienizar considerando a quantidade de roupas a ser higienizada o 49 n mero e a capacidade dos equipamentos o que colabora para o ac mulo de atividades contrariamente ao que recomenda Mezzomo 1992 Lisboa e Torres 1999 importante que a capacidade dos equipamentos seja bem ajustada ao ambiente para que o local apresente um fluxo de circula o livre e n o cause transtorno aos operadores
74. a roupa suja P de se observar pela Figura 3 que ap s as etapas de lavagem e centrifuga o os uniformes ainda apresentaram contamina o vindo a se reduzir apenas na etapa de secagem pela a o do calor das secadoras Salienta se que os uniformes secos analisados eram rec m processados o que pode explicar a baixa contamina o Ressalta se ainda que uniformes com mais tempo de processamento ou armazenamento podem apresentar consider vel aumento de contamina o uma vez que o ar do ambiente est contaminado Para reduzir esta poss vel recontamina o pelo ambiente pode ser adotado o processo de embalar os uniformes ap s a dobragem Entretanto n o se pode afirmar em que percentuais se daria esta redu o da contamina o cabendo para isso a realiza o de mais estudos al m do detalhamento da rela o custo benef cio para a empresa 100 A Figura 3 Sequ ncia de contamina o dos uniformes sujos 1 lavados 2 centrifugados 3 e prontos para o uso 4 A meio gar sangue B meio McConkey e C meio Sabouraud Segundo Konkewicz 2003 a centrifuga o representa um ponto de recontamina o da roupa devido ao fato de que a centr fuga aspira o ar ambiente o qual estando contaminado aumentar o n mero de microrganismos na roupa Resultados extra dos de um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Chicago em 1953 analisando se roupas hospitalares demonstraram a centrifuga o como
75. a suja e rea limpa e consequentemente pela proximidade destas reas refor ando a necessidade de redefini o do leiaute da lavanderia Mesiano e Santos s d argumentam que a agita o da roupa suja e molhada pode contaminar o ar atrav s da suspens o de part culas e da forma o de aeross is O contato direto com estas roupas pode contaminar tamb m os equipamentos as m os e os uniformes dos trabalhadores Esta contamina o dos trabalhadores e do ambiente tem maior probabilidade de ocorrer nas situa es em que houver cruzamento de roupas sujas e limpas separa o de roupas sujas e tamb m quando a utiliza o dos EPI s for negligenciada A rea de distribui o de roupa limpa tamb m apresentou consider vel contamina o uma vez que localizada ao lado da rea de separa o de roupa suja A contamina o das diferentes reas da lavanderia analisada pode ser visualizada pela Figura 2 98 Area de Dobragem Estocagem Passadoria e Costura rea de Lavagem Centrifuga o e Secagem rea de distribui o de roupa limpa rea de separa o de roupa suja Figura 2 Mapeamento das reas da lavanderia quanto contamina o nos diferentes meios de cultura utilizados gar sangue McConkey e Sabouraud Os resultados das an lises morfotintoriais e bioqu micas das placas em rela o aos uniformes em suas etapas de higieniza o mostram que a contamina o dos un
76. a verifica o do n vel de QVT que foram subdivididos em blocos segundo o question rio proposto por Fernandes 1996 Ap ndice F 4 4 1 Integra o social Este bloco teve por objetivo mensurar o n vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne em rela o aos seguintes aspectos Relacionamento com os colegas de trabalho Aux lio fornecido pelos colegas para o desenvolvimento do trabalho Relacionamento com o chefe de trabalho e Orienta o fornecida pelo chefe para desenvolvimento do trabalho As m dias ponderadas foram obtidas atrav s do produto do n mero de trabalhadores que optou por cada n vel pelo valor de cada n vel divididos pelo n mero total de respondentes nesta etapa 32 Para avaliar o n vel de satisfa o utilizou se tamb m uma escala desenvolvida por Pereira et al 2001 Pode se perceber pelos dados da Tabela 9 que em rela o ao fator Integra o social a menor m dia de satisfa o dos trabalhadores 4 09 com rela o ao Aux lio dos colegas para desenvolver o trabalho resultado diferente do encontrado por Fontes 2003 em seu estudo acerca da qualidade de vida dos trabalhadores de uma lavanderia hospitalar onde o menor n vel de satisfa o foi com rela o Orienta o do chefe para desenvolver o trabalho O resultado encontrado pelo presente estudo pode estar refletindo um conflito o que para Bo
77. abalho aux lio entre os colegas de trabalho para desenvolver as atividades e a orienta o fornecida pelo chefe para o desenvolvimento do trabalho Compensa o foi verificado o n vel de satisfa o em fun o do sal rio recebido pelo trabalho desenvolvido sal rio recebido de acordo com o sal rio dos colegas e benef cios concedidos pela empresa Condi es de trabalho foi indagado aos trabalhadores quanto ao n vel de satisfa o em rela o higiene do ambiente de trabalho apar ncia seguran a ru do ilumina o temperatura ventila o espa o f sico altura de mesas e bancadas acidentes de trabalho e fornecimento de EPI s 35 Sa de investigou se juntos aos trabalhadores se havia assist ncia m dica por parte da empresa no que concerne ao fornecimento de vacinas exames peri dicos e atendimento m dico quando necess rio ao trabalhador e sua fam lia Jornada de trabalho questionou se aos trabalhadores qual era o n vel de satisfa o em rela o ao n mero de horas trabalhadas por dia e por semana desgaste f sico e mental e o tempo para lazer e conv vio familiar Participa o e Incentivos investigou se junto aos trabalhadores o n vel de satisfa o no que se refere a treinamentos oferecidos pela empresa oportunidade de promo o incentivo da empresa para estudar estabilidade no emprego autonomia para desenvolver o trabalho da sua maneira incentivo para gerar novas id ias e repercuss
78. ado como feito o escoamento da gua dos equipamentos utilizados no processo de lavagem Tipos de aberturas foi verificado os tipos de aberturas existentes na lavanderia e se as mesmas s o suficientes para a renova o e troca de ar no ambiente Equipamentos descreveu se os tipos de equipamentos existentes considerando a quantidade modelo e o estado de conserva o destes Tipo de revestimento de pisos e paredes foi descrito o tipo de revestimento de pisos e paredes da lavanderia observando se os mesmos s o os mais indicados para o referido ambiente Altura do p direito mediu se a altura do p direito verificando se esta possibilita a circula o do ar considerando que a medida sugerida de no m nimo 3 60 m C NDIDO VIERA 2003 Apar ncia do local foi observada a organiza o do setor em rela o distribui o das reas Em cada uma das reas foi averiguado se al m dos utens lios e materiais pertinentes a cada setor e referente ao desenvolvimento da respectiva tarefa encontram se outros elementos que possam comprometer o bom desenvolvimento desta Foi investigado junto a ANVISA atrav s de pesquisa pela internet e bibliogr fica a exist ncia ou n o de normas t cnicas recomenda es manuais entre outro tipo de refer ncia que se destinasse avalia o dos referidos aspectos em 38 lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne especificamente A posi o da ANVISA sobre o questionam
79. ais no intuito de construir um modelo pr prio de an lise LEITE 2002 Estes estudos tem subsidiado as empresas visto que estas precisam investir nas pessoas valorizar o ser humano fornecer possibilidades de crescimento autonomia de decis o e flexibilidade de fun es para que as mesmas sobrevivam e perpetuem se O 27 desenvolvimento de a es que melhorem o n vel de qualidade de vida dos indiv duos representar maior satisfa o interna maior produtividade menos custos de assist ncia m dica melhor imagem externa e maiores lucros TREBIEN et al s d Os trabalhadores por sua vez precisam ser mobilizados para as metas de qualidade da empresa pois assim como o cliente externo o cliente interno tamb m passa a orientar as a es corretivas e gerar diretrizes que subsidiam a gest o de recursos humanos Todo trabalhador sabe do que precisa para o desenvolvimento do seu trabalho e o ambiente de trabalho precisa estar adequado considerando as diferentes condicionantes deste local f sico instrumental t cnico psicossocial organizacional para melhorar a performance profissional O trabalhador sabe tamb m quais s o suas necessidades para desenvolver um trabalho melhor e elevar sua QVT o que refletir em sua vida pessoal FERNANDES 1996 necess rio portanto que a id ia de cultura saud vel venha a tornar se familiar no dia a dia da empresa e que seus colaboradores sintam se motivados pelo fato de saberem q
80. aixa da situa o atual da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne estudada ii ereereeeeeeernas Planta baixa com modifica es sugeridas para a lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne estudada ires XV 98 100 111 RESUMO SILVA Vania Eugenia da M S Universidade Federal de Vi osa maio de 2006 Qualidade de vida no trabalho em uma lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne pela avalia o das condi es de riscos ambientais e s cio culturais Orientadora Simone Caldas Tavares Mafra Co orientadores Elaine Cavalcante Gomes Amaury Paulo de Souza e Cl udio L sias Mafra de Siqueira Neste estudo objetivou se diagnosticar a Qualidade de Vida no Trabalho QVT dos trabalhadores de uma lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne visando compreender as condi es de riscos ambientais f sicos biol gicos e ergon micos e s cio culturais Quanto avalia o da QVT dos trabalhadores da lavanderia no que concerne aos seus indicadores estes se encontram satisfeitos mesmo com a observa o de situa es adversas como espa o f sico reduzido capacidade insuficiente dos equipamentos altas temperaturas no ambiente fluxo cruzado de roupas falta de ventila o n o uso de EPI s ambiente sem separa o de reas espec ficas para cada atividade prec rias condi es de organiza o f sica e de limpeza do
81. al e consequentemente favoreceria um incremento na QVT dos trabalhadores Dessa forma a cria o de normas para o referido ambiente se constitui como uma sugest o para poss veis discuss es e ou estudos Recomenda se para futuros trabalhos a aplica o das ferramentas utilizadas no presente estudo em outras situa es de trabalho e tamb m neste mesmo ambiente visando verificar se o n vel de satisfa o dos trabalhadores do referido ambiente permanece inalterado ou se mudan as foram efetuadas contribuindo para a melhoria da QVT dos trabalhadores ali inseridos Recomenda se tamb m a realiza o de testes biol gicos mais eficientes utilizando a t cnica de Swab por exemplo nos uniformes processados pela lavanderia no intuito de verificar a completa descontamina o destas pe as entre outras t cnicas al m de an lises dos uniformes com diferentes tempos de estocagem pois este aspecto merece uma maior investiga o Al m destas recomenda es sugere se tamb m estudar como a satisfa o do trabalhador em rela o a sua QVT pode afetar a produtividade e quais os efeitos das condi es adversas de trabalho sobre a sa de dos trabalhadores visto que no presente estudo foi feito apenas um levantamento dos riscos e n o uma an lise dos efeitos Cumpre ressaltar que por se tratar de um estudo de caso todas as considera es sugest es e conclus es apresentadas referem se ao ambiente de trabalho analisado n o pode
82. alhador percebe a limpeza do seu local de trabalho se estava satisfeito com a mesma e se esta feita conforme o que determinado pelas regras de seguran a no trabalho Dimens o do espa o f sico avaliou se o que o trabalhador pensa em rela o dimens o do seu espa o f sico de trabalho e se este espa o estava de acordo com a tarefa que ali seria desenvolvida Condi es ambientais averiguou se como o trabalhador percebe as condi es ambientais de trabalho tais como ru do temperatura ilumina o entre outros e como estas podem interferir no trabalho desenvolvido pelo mesmo As vari veis foram operacionalizadas e analisadas atrav s de an lises descritivas das vari veis ling sticas e de estat stica descritiva a partir dos dados obtidos em campo 3 3 2 4 Avalia o da QVT dos trabalhadores da lavanderia analisada Esta avalia o foi subsidiada pelo question rio proposto por Fernandes 1996 o qual sofreu adapta es em fun o dos objetivos deste estudo Ap ndice F As vari veis de an lise consideradas podem ser descritas da seguinte forma Integra o Social entendida como o grau de intera o com os colegas de trabalho considerando o aux lio rec proco no desenvolvimento das tarefas apoio s cio emocional e respeito s individualidades Foi operacionalizada a partir de indaga es aos trabalhadores sobre o n vel de satisfa o em termos de relacionamento com os colegas e chefe de tr
83. anderia analisada 104 Quadro 2 Principais causas e conseqii ncias dos riscos ergon micos identificados no ambiente de trabalho analisado Visconde do Rio Branco MG 2005 Causa Conseqii ncia Profundidade da m quina de lavar Obrigam a dobrar a coluna Retirar roupa da lavadora centr fuga e Flexionam o tronco e provoca dores nos secadora ombros Flexionam a coluna e antebra os Dobragem das roupas f as movimentos repetitivos Peso do ferro el trico Dores musculares nos ombros e bra os Localiza o da rea de distribui o de roupa limpa Fonte Dados da Pesquisa Movimentos repetitivos desnecess rios Vale ressaltar a import ncia e a necessidade de troca da m quina lavadora por uma lavadora extratora que eliminaria esta atividade de retirar a roupa da lavadora para ser centrifugada reduzindo o desconforto para os operadores A lavadora extratora pode racionalizar o trabalho economizando espa o f sico evitando ac mulo de gua no piso e diminuindo a m o de obra dos operadores das m quinas O ferro el trico muito pesado o que tamb m pode causar dores musculares nos ombros e bra os Para lida 2005 diversas combina es de m sculos podem ser utilizadas para realizar um movimento tendo cada uma delas diferentes caracter sticas de velocidade precis o e movimento Assim de acordo com a combina o de m sculos que participa de um movimento este pode ter caracter sticas e custos
84. ante oito horas cont nuas em dois turnos 08 00h 17 00h e 17 00h 01 00h utilizando se medidor de IBUTG ndice Bulbo mido Term metro de Globo em intervalos de 60 segundos cada leitura totalizando 480 pontos de leitura em cada turno Conforme a NR 15 quando a temperatura ambiente ultrapassar 26 7 C para atividades consideradas moderadas as pausas passam a ser obrigat rias e com dura es vari veis Ru do foi medido atrav s de decibil metro Atualmente a Norma Regulamentadora NR 15 recomenda se que se utilize o dos metro para efetuar as medi es de n veis de ru do pois a dosimetria fornece dados mais precisos Por m n o foi poss vel utilizar tal equipamento por n o t lo dispon vel no per odo da coleta dos dados O n vel equivalente de um som baseia se na medida de n veis de ru dos em dB A conforme a NR 15 Valores superiores a 85 dB A sem o uso de protetor s o considerados inaceit veis num per odo de oito horas devendo ser tomadas medidas corretivas Ilumina o foi medida em dois turnos com o aux lio de um lux metro Para a rea suja e rea limpa o recomendado de 300 lux para a rea de costura recomenda se 750 lux e rouparia e armazenamento 150 lux CASTRO CHEQUER 2001 Ventila o e Umidade Relativa do Ar foram medidas com a ajuda de um anem metro e de um termo higr metro respectivamente durante a jornada de trabalho nos dois turnos lida 2005 recomenda que a v
85. ao Espa o Revista Virtual de Ergonomia Ensaios de Ergonomia Florian polis junho de 2000 Dispon vel na Internet lt http www eps ufsc br ergon revista resumos htm gt Acesso em 11 set 2004 117 PINTO A C C S SOUZA R C P A Gin stica Laboral como Ferramenta para a melhoria da Qualidade de Vida no Setor de Cozinha em Restaurantes Revista Virtual de Ergonomia Ensaios de Ergonomia Florian polis junho de 2000 Dispon vel na Internet lt http www eps ufsc br ergon revista resumos htm gt Acesso em 11 set 2004 PREVID NCIA SOCIAL Anu rio Estat stico da Previd ncia Social 2002 Se o IV Acidentes do Trabalho Dispon vel na Internet lt http www previdencia gov br 12 01 03 01 asp gt Acesso em 21 mar 2005 PROCHET T C Lavanderia hospitalar condi es e riscos para o trabalhador Revista T cnica de Enfermagem Nursing S o Paulo v 3 n 28 p 32 34 set 2000 RENNER J Ampliando o foco A a o ergon mica na empresa precisa do aval da dire o para ser eficaz Revista Prote o Novo Hamburgo RS edi o 168 ano XIX p 8 14 dez 2005 Entrevista RODRIGUES M V C Qualidade de Vida no Trabalho 9 ed Petr polis Vozes 2002 206 p SANTANA A M C A Abordagem Ergon mica como Proposta para Melhoria do Trabalho e Produtividade em Servi os de Alimenta o Florian polis 1996 223p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Universidade
86. ar a roupa da lavadora centr fuga e secadora Na atividade de dobragem realizam flex o constante da coluna antebra os e deslocamentos at o setor de distribui o De acordo com Renner 2005 a fadiga se caracteriza pela presen a de dor sensa o de peso no membro afetado diminui o da for a sensa o de formigamento e noite ao descansar h uma tend ncia de regress o da dor Sintomas semelhantes foram descritos por um operador de m quinas respons vel pelo abastecimento e retirada das roupas da lavadora centr fuga e secadora A busca por situa es de trabalho confort veis necess ria para se evitar esfor os f sicos e poss veis danos por movimentos repetitivos melhorando a qualidade de vida do trabalhador e reduzindo custos para o empregador A ado o de posturas inadequadas para executar determinadas tarefas pode levar ao estresse postural fadiga e dor os quais podem fazer com que o trabalhador interrompa seu trabalho at a recupera o de seus m sculos A dor mais que a capacidade de trabalho pode freqiientemente ser o fator limitante para o desempenho ou produtividade SANTANA 1996 O trabalhador por sua vez tende a adotar a postura que lhe cause menos desconforto ou for ado pela press o do pr prio trabalho a adotar uma postura perigosa mas que permita executar a tarefa mais r pida ou mais facilmente No Quadro 2 poss vel visualizar os principais riscos ergon micos identificados na lav
87. ar ncia organiza o e arruma o da lavanderia Seguran a do ambiente 11 de trabalho Ru do Ilumina o Temperatura Ventila o Espa o f sico Altura das mesas bancadas e m quinas Acidentes de Trabalho e Fornecimento de EPT s P de se constatar que em rela o s Condi es de Trabalho a menor m dia refere se ao aspecto Ventila o na lavanderia 2 8 enquanto a maior m dia foi em rela o ao Fornecimento de EPT s 4 3 Este ltimo aspecto mencionado foi o nico a receber m dia que o coloca no n vel Muito Satisfeito Entretanto durante o per odo de observa o na lavanderia foi raro encontrar algum trabalhador usando qualquer tipo de EPI al m do uniforme e das botas Segundo o chefe da lavanderia o uso de EPI s no local facultativo pois est tudo dentro das normas temperatura ru do etc Isso demonstra mais uma vez a falta de conhecimento e de preocupa o com o bem estar dos trabalhadores pois o uso de EPT s sempre obrigat rio e n o facultativo podendo at se considerar o uso eventual isto usado apenas nos per odos mais cr ticos Em se tratando das condi es de trabalho as menores m dias obtidas foram com rela o ao ru do 3 2 temperatura 3 0 e ventila o 2 8 revelando assim que os trabalhadores est o Neutros a estes aspectos ou seja n o est o insatisfeitos mas tam
88. ar as m os sobre a tampa da mesma para diminuir a vibra o Durante as visitas realizadas ao local foi poss vel observar esta a o sendo desenvolvida pelo pr prio chefe da lavanderia que apoiou seu corpo sobre a centr fuga para impedir que a mesma vibrasse o que se constitui como um risco de acidente aos trabalhadores Quando este procedimento n o resolve o problema do excesso de vibra o e ru do o operador desliga o equipamento para redistribuir o peso das roupas mais uniformemente 57 O piso n o gradeado pr ximo m quina de lavar e centrifuga n o existe queda direcionada ao nico ralo existente em toda a lavanderia o que provoca o ac mulo de gua no piso quando do momento de transporte da roupa molhada da lavadora para os carros e destes para a centr fuga Esse sistema ineficaz de drenagem pode fazer com que os trabalhadores escorreguem ocasionando acidentes de trabalho embora n o tenha ocorrido nenhum acidente no local segundo a equipe de Seguran a do Trabalho e os pr prios trabalhadores rea de secagem caracterizada pelo excessivo calor Nessa rea ficam as duas secadoras localizadas em frente lavadora e centr fuga Ambas as secadoras possuem capacidade para 50 kg de roupa molhada s o movidas a g s modelo 315 v da marca Santo Andr e apresentam bom estado de conserva o O espa amento entre a parede e a secadora de 0 74 m entre a correia e a parede de 0 40 m entre as
89. argura e 2 10 m de altura h uma outra porta entre as secadoras com as seguintes dimens es 0 41 m de largura 2 10 m de altura As dimens es das portas s o consideradas boas pois atendem ao m nimo recomendado para esses tipos de aberturas quanto s janelas estas s o em n mero e dimens es insuficientes para a aera o do ambiente de trabalho Ilumina o artificial feita por l mpadas fluorescentes distribu das da seguinte forma quatro calhas com duas l mpadas para a rea suja cinco calhas com duas l mpadas para a rea de dobragem passadoria e costura e uma calha com duas 51 o l mpadas pr xima secadora totalizando 20 l mpadas que aliadas ilumina o natural conferem um bom n vel de ilumina o ao ambiente de trabalho analisado Ventila o a renova o de ar no ambiente bastante dificultada pois n o h aberturas suficientes para tal e n o existe mecanismo de troca de ar como exaustores ventiladores entre outros Al m dos aspectos mencionados a altura do p direito n o suficiente para ajudar a minimizar o aquecimento do ambiente H somente uma janela na rea da chefia e duas tipo basculante na rea suja N o h presen a de ventiladores existe exaustor posicionado na parte posterior das secadoras mas n o suficiente para realizar a troca do ar na lavanderia o que pode gerar fadiga aos trabalhadores Temperatura o ambiente da lavanderia considerado quente
90. as pe as limpas e s vezes ap iam as pernas sobre as cubas nas quais ser o depositadas roupas limpas Durante as visitas p de se observar que alguns trabalhadores sentam se at mesmo sobre as roupas sujas que est o amontoadas em cubas para serem processadas correndo risco de contaminar seu uniforme por microrganismos presentes nestas roupas Isso denota a falta de conhecimento dos mesmos sobre os riscos inerentes ao seu ambiente de trabalho Lisboa e Torres 1999 afirmam que se o funcion rio n o se conscientiza do porqu n o v problemas em executar as t cnicas de outra forma Tal fato refor a tamb m a necessidade de se providenciar assentos para descanso quando a tarefa assim permitir Na lavanderia h apenas tr s banquinhos de madeira improvisados que os trabalhadores utilizam para descanso quando estes n o est o ocupados com roupas limpas Essas roupas tamb m s o depositadas no piso no setor de distribui o por n o haver espa o suficiente nas prateleiras principalmente nas trocas de turno onde se acumula roupas para a distribui o e tamb m aos domingos MAFRA C L 2006 Professor Adjunto do Departamento de Bioqu mica e Biologia Molecular UFV 102 Z E importante atentar se tamb m para o fato de que pode ocorrer contamina o entre os pr prios trabalhadores ou seja existem microrganismos que s o transmitidos de pessoa a pessoa ou at mesmo pelo ar como por exemplo o microrgani
91. assar usada para apoio das roupas para conserto A parte estrutural da m quina capa de madeira encontra se muito danificada necessitando de reparos ou at mesmo de troca para evitar acidentes Durante o per odo que compreendeu a coleta de dados a costureira feriu o dedo nesta parte da m quina 58 rea de estocagem fica pr xima rea de dobragem e passadoria nesta rea as estantes se encarregam de realizar a divis o do ambiente S o cinco estantes de a o com as seguintes dimens es 0 93 m de largura 1 98 m de altura 0 67 m de profundidade De um lado ficam estocadas as roupas azuis e cinzas do outro lado ficam as roupas brancas cal as camisas e moletons antes de serem levados para o setor de distribui o de roupa limpa A estocagem n o concentrada em um s local como recomenda o Minist rio da Sa de 1986 e Mezzomo 1992 uma vez que o setor de distribui o tamb m utilizado para armazenamento das roupas limpas rea de distribui o composta por tr s estantes de a o nas quais s o armazenados os uniformes limpos Esta rea reduzida necessitando de mais espa o pois nos momentos de troca de turnos e nos finais de semana o volume de roupas n o comportado pela mesma assim roupas limpas s o depositadas e empilhadas diretamente no ch o da referida rea A porta de entrada para o setor de distribui o da roupa limpa d acesso rea suja da lavanderia Pela porta principal
92. ate e processamento de carne quanto Jornada de trabalho Visconde do Rio Branco MG 2005 reintra a e a de e e e T E eg N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Participa o e incentivos Visconde do Rio Branco MG 2005 a s e ues eee thea ieee TRE Nivel m dio de satisfa o demonstrado pelos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne em rela o aos fatores chave indicadores de QVT Visconde do Rio Branco MG 2005 Identifica o da QVT anseios limita es e necessidades para se obt la na vis o dos trabalhadores Visconde do Rio Branco MG 2005 N veis m dios encontrados em rela o s vari veis f sicas medidas Visconde do Rio Branco MG 2005 eres Resultado da an lise das placas quanto contamina o nas diferentes reas da lavanderia Visconde do Rio Branco MG 2005 Resultado da an lise das placas quanto contamina o nas diferentes etapas do processo de higieniza o dos uniformes Visconde do Rio Branco MG 2003 snes siso ces soraro mao tas isa ao sad boa Sio A E SO po cu N xi P gina 75 77 80 82 84 85 88 89 93 96 99 LISTA DE GRAFICOS Distribui o de porcentagens relativas ao sexo dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco
93. avam em se descontaminar para circular por outras reas Era comum alguns trabalhadores levarem lanche de casa uma vez que o mesmo n o era oferecido pela empresa e com lo sentados no ch o do setor de distribui o de roupas limpas Atrav s desses aspectos pode se constatar que o ambiente de trabalho n o era adequado e contribu a para um baixo ndice de QVT j que a falta de cuidado com a higieniza o e bem estar dos trabalhadores colabora para elevar o risco de exposi o destes uma vez que as atividades desenvolvidas na lavanderia mesmo tendo uma boa higieniza o s o caracterizadas como atividades de riscos Embora os trabalhadores tivessem conhecimento dos riscos a que estavam expostos na lavanderia eles n o estavam ainda conscientizados tampouco recebiam orienta es necess rias para a preven o de acidentes e de contamina o Segundo Barros et al 1995 quando a lavanderia chega a esta situa o necess rio que seja adotado imediatamente um programa de treinamento e orienta es aos trabalhadores que abordem al m dos riscos e preven es no es de limpeza do ambiente dos equipamentos capacitando os e dando condi es para que eles possam execut las Em rela o Organiza o do ambiente de trabalho o que se pode afirmar que a lavanderia necessita de uma redefini o de suas reas bem como um estudo para a disposi o dos equipamentos e os trabalhadores precisam de orienta es quanto
94. b m n o est o satisfeitos Contudo aten o especial e medidas corretivas devem ser tomadas para que se amenize a temperatura o ru do e proporcione mais ventila o ao ambiente visando aumentar o nivel de satisfa o dos trabalhadores e consequentemente melhorar a QVT Importante ressaltar aqui que esta mesma vari vel ja foi colocada pelos trabalhadores como insatisfat ria considerando a an lise feita do espa o f sico pelos mesmos Numa lavanderia o ambiente t rmico requer considera o especial por causa dos equipamentos que produzem calor como a secadora e o ferro de passar umidade proveniente da lavadora e centr fuga e que muitas vezes s o instalados em ambiente nico como o caso da lavanderia estudada preciso considerar tamb m os efeitos da radia o de calor sobre os trabalhadores que desempenham suas atividades na rea de secagem e passadoria O trabalho em altas temperaturas provoca a queda de rendimento do trabalhador a diminui o do ritmo de trabalho e o aumento significativo da frequ ncia de erros e acidentes principalmente a partir de 30 C Segundo Santana 1996 o trabalho em temperaturas acima de 25 C j produz desconforto fadiga f sica e mental efeitos que se agravam com o alto grau de umidade dificultando a evapora o pelo suor e autoregula o da temperatura corporal 78 Sendo assim a autora esclarece que a maioria dos trabalhadores desempenha melhor suas atividades quando a
95. biente se torne sadio e agrad vel proporcionando o m ximo de prote o ao trabalhador e cumprindo com a finalidade social de educar medidas de higiene preven o de riscos e doen as incentivo aos estudos campanhas contra o fumo e lcool entre outras Um ambiente de trabalho o resultado de fatores materiais ou subjetivos devendo prevenir acidentes doen as ocupacionais al m de proporcionar melhor relacionamento entre a empresa e o empregado ALVAREZ 1996 4 3 Avalia o da efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho segundo a percep o do trabalhador 4 3 1 Percep o do trabalhador em rela o ao seu ambiente de trabalho Escala Likert Nesta etapa utilizou se da Escala Likert para apresentar a percep o de efici ncia ou n o do ambiente para o trabalhador Num primeiro momento buscou se a 8 x E lt 2 junto aos ju zes quais fatores ambientais poderiam causar danos sa de dos trabalhadores o que era preciso para que a lavanderia pudesse ser eficiente e o que a deixaria ineficiente conforme pode ser identificado no Quadro 1 As quest es podem ser visualizadas no Ap ndice A Os ju zes para o m todo da Escala Likert s o os indiv duos considerados especialistas em rela o ao objeto investigado e que vivenciam no seu cotidiano as facilidades e dificuldades para interagir com este Suas experi ncias s o fundamentais para explicar o motivo da satisfa o e ou insatisfa o com
96. bserva es 27 Treinamentos oferecidos pela empresa 12345 28 Oportunidades de se promover na lavanderia 12345 29 Incentivo pela empresa para estudar 12345 30 Estabilidade no emprego garantia 12345 31 Desenvolver o trabalho da sua maneira 12345 32 Incentivo para desenvolvimento de novas 12345 id ias 33 Repercuss o de id ias dadas aceita o de 12345 id ias 129 APENDICE G AVALIACAO DA EFICIENCIA E OU INEFICIENCIA DO AMBIENTE DE TRABALHO ENTREVISTADOS Trabalhadores da Lavanderia Assinale com um X a op o que mais consegue explicar a efici ncia ou a inefici ncia do seu Ambiente de Trabalho na sua opini o A Fluxo de trabalho 1 A roupa limpa se encontra com a roupa suja em algum momento dentro da lavanderia ou seja h cruzamento de roupa limpa com roupa suja Se sim Por qu Se n o Por qu 2 H necessidade de se fazer o trabalho novamente em algum momento da execu o deste Se sim Por qu Se n o Por qu 3 A capacidade dos trabalhadores bem aproveitada no ambiente de trabalho Se sim Por qu Se n o Por qu 4 A capacidade dos equipamentos m quinas suficiente para a quantidade de roupa a ser lavada Se sim Por qu Se n o Por qu 5 H um bom aproveitamento do tempo ao longo do dia para desenvolver seu trabalho na lavanderia Se sim Por qu Se n o Por qu 130
97. cceceeeceeeeeceesteeeeneeees 3 3 1 4 An lises de Laborat rio capas a scams vnetenewasogs 3 3 2 Descri o e Operacionaliza o das Vari veis de An lise 3 3 2 1 Identifica o do perfil s cio cultural do trabalhador 3 3 2 2 Caracteriza o do ambiente de trabalho eee eeeeeseeeeteeeteeeeees 3 3 2 3 Avalia o da efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho conforme a percep o do trabalhador oo eee eeeseeceeeeeeeeteeeesneeeenes 3 3 2 4 Avalia o da QVT dos trabalhadores da lavanderia analisada 3 3 2 5 Identifica o da QVT anseios limita es e necessidades para se obter QVT na vis o do trabalhador rea 3 3 2 6 Identifica o dos riscos ambientais para o trabalhador no ambiente de trabalho da lavanderia de ind stria de abate e processamento de DO RISCOS F SICOS prata E RL 3 3 2 0 2 Riscos BIG QBICOS axinins aee caniiesbeads dveneawtevedeeay ada da Sana 4 RESULTADOS E DISCUSS O 4 1 Perfil S cio cultural do Trabalhador 4 2 Caracteriza o do Ambiente de estudo Lavanderia 4 3 Avalia o da Efici ncia Inefici ncia do Ambiente de Trabalho segundo aPercepcao do Trabalhador 2d casser passa nais Tao Tais Sead pagas aro 4 3 1 Percep o do Trabalhador em rela o ao seu ambiente de trabalho Escala Likeft finni cata dead a DRUG da again ad 4 3 1 1 Inefici ncia
98. cess rio tamb m melhorar o sistema de ventila o para que o cheiro dos produtos qu micos utilizados na higieniza o das roupas possa se dispersar e n o gerar inc modos aos trabalhadores como n useas tontura e dor de cabe a Em conson ncia com Zobole 2003 pode se dizer que o risco inerente ao trabalho cont m um perigo 66 capaz de provocar acidentes de trabalho Portanto o empregador respons vel pelas condi es dos locais de trabalho deve evitar prevenir e tentar reduzir ou eliminar os riscos que possam levar a acidentes Na lavanderia imprescind vel que os indiv duos envolvidos no processo de higieniza o da roupa bem como aqueles que far o uso dela sejam protegidos contra riscos de contamina o acidentes e incidentes Tabela 4 Resumo das vari veis mais expressivas quanto aos Riscos ambientais segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Alta temperatura 60 00 Produtos quimicos 76 67 Conversas no ambiente 76 67 N mero de pessoas entrevistadas 30 4 3 2 Percep o do trabalhador em rela o ao seu ambiente de trabalho Question rio semi estruturado Nesta etapa que objetivou se avaliar a efici ncia inefici ncia a partir da concep o dos trabalhadores estes responderam a um question rio com 20 quest es divididas em quatro itens a saber Fluxo de trabalho Organiza o do ambiente de trabalho Dimens o do espa o f sico e Cond
99. constante pode causar perda parcial da audi o KAZARIAN 1989 Sendo assim o ru do um dos fatores que mais afeta a execu o do trabalho reduzindo a capacidade de concentra o e por conseguinte a produtividade Existem medidas para amenizar os ru dos como a substitui o de campainhas por sinais ticos emprego de materiais ac sticos dentre outros avaliando se o que mais adequado ao ambiente que se est estudando c Ventila o e Temperatura outro importante fator ligado produtividade humana a ventila o que pode ser obtida de duas formas natural e artificial A sensa o t rmica que sentimos depende n o s da temperatura externa mas tamb m do grau de umidade e da velocidade do ar A ventila o natural obtida pela instala o de janelas e aberturas que possibilitem a circula o de ar J a ventila o artificial obtida por meios mec nicos como os ventiladores circuladores de ar compressores e condicionadores de ar Quanto temperatura sabe se que tanto os homens quanto as m quinas s o sens veis aos seus efeitos De acordo com a NR 15 quando a temperatura ambiente ultrapassar o ndice de 26 7 C as pausas passam a ser obrigat rias e com dura es vari veis A umidade relativa do ar deve ser de no m nimo 40 conforme a NR 17 e no m ximo 60 segundo recomenda es de Castro e Chequer 2001 17 Estudos associam a temperatura com a produtividade humana Um estudo constatou qu
100. contrata o efetivo ou tempor rio Estas vari veis foram operacionalizadas atrav s de estat sticas descritivas e an lises interpretativas 3 3 2 2 Caracteriza o do ambiente de trabalho Para caracterizar o ambiente de trabalho fez se uma an lise descritiva detalhada do local em rela o a cada rea localiza o fluxo aberturas revestimentos pisos equipamentos dentre outros Ap ndice I 3 3 2 3 Avalia o da efici ncia e ou inefici ncia do ambiente de trabalho conforme a percep o do trabalhador Buscando entender a percep o do trabalhador face a seu ambiente de trabalho foi utilizado o m todo Escala Likert Ap ndices A B C D Paralelamente ao question rio da Escala Likert aplicou se outro question rio Ap ndice G al m de observa es Ap ndice I para verificar as vari veis abaixo relacionadas com suas respectivas descri es Fluxo de trabalho considerou se a partir da vis o do trabalhador se h cruzamento da roupa limpa com a roupa suja retrabalho uso planejado dos recursos humanos do equipamento e do tempo para desenvolvimento da tarefa Organiza o do ambiente de trabalho considerou se como o trabalhador v e ou percebe a organiza o do ambiente de trabalho a distribui o das reas e equipamentos dentro do princ pio de que esta organiza o oferece efici ncia ou n o ao desenvolvimento da tarefa 34 Limpeza do local foi considerado como o trab
101. creditam que o espa o f sico do ambiente est de acordo com o necess rio para a higieniza o de roupas Esses dados revelam que os trabalhadores n o t m uma no o precisa do que esperado em termos de espa o para higieniza o de roupas no que concerne estrutura equipamentos separa o de reas e espa o f sico e por isto acreditam que o espa o est de acordo Primeiramente por n o conhecerem outras lavanderias para comparar o espa o pensam que toda lavanderia igual ao local onde os mesmos trabalham como pode ser observado na fala de um dos entrevistados n o sei como as outras porque eu nunca fui mas acho que normal suficiente depoimento de um trabalhador e depois por n o receberem informa es e conhecimentos a respeito do trabalho em lavanderias Segundo Kazarian 1989 o espa o requerido para um trabalhador executar as tarefas manuais fregiientemente denominado como espa o de circula o ou passagem de trabalho Esta por sua vez deve ser separada das passagens de tr fego tanto quanto poss vel visando garantir m nima interfer ncia com o trabalhador De acordo com este autor a quantidade de espa o requerido para uma passagem de trabalho varia de 61 a 91 4 cm sendo o espa o de circula o 61 cm o m nimo e n o adequado s tarefas que exigem posturas como abaixar ou curvar como no caso de separa o de roupas sujas abastecimento e esvaziamento da lavadora e centr fuga ou onde p
102. de d lares ano LISBOA TORRES 1999 Existem estudos como os de Calegari 2003 que associam a DORT aus ncia de salubridade no ambiente de trabalho e falta de preocupa o dos gestores com a busca da QVT para os trabalhadores No Brasil conforme dados do ltimo censo realizado pela Empresa de Tecnologia e Informa es da Previd ncia Social com base nas Comunica es de Acidentes de Trabalho CATs constatou se que o indice de acidente no ano de 2002 aumentou 14 em rela o ao ano de 2001 e foi inferior apenas ao ndice de 1986 que atingiu 19 84 sobre o ano de 1985 PREVID NCIA SOCIAL 2002 Dados apresentados por Werneck citado por Souza 2004 revelam que no Brasil a cada dois minutos ocorre um acidente de trabalho e a cada duas horas uma morte levando o pa s a um gasto de aproximadamente R 20 bilh es de reais ano H estudos que sugerem que o n mero real de acidentes no pa s seja cinco vezes maior do que os dados oficiais informam devido subnotifica o de muitos acidentes de trabalho Diante desse quadro acredita se que embora tenha se aplicado muitos recursos econ micos em medidas preventivas para combater os acidentes de trabalho esta meta n o tem sido atingida de forma satisfat ria pois assiste se a perda de vidas e da integridade f sica dos trabalhadores sendo quase a totalidade desses acidentes atribu da a fatores humanos ou seja ao pr prio homem CARDELLA 1999 Por m o ambiente de traba
103. dem comprometer a qualidade do servi o No que diz respeito capacidade dos equipamentos 63 63 dos trabalhadores consideraram na suficiente j que conseguem entregar roupas no tempo previsto Entretanto p de se observar ao longo do dia o ac mulo de atividades devido falta de equipamento ou de equipamento com pequena capacidade principalmente em se 68 tratando da lavadora Sua capacidade de 100 kg ficou reduzida para a quantidade de roupa que atualmente processada na rotina di ria da lavanderia que de 1400 kg e tamb m pelo fato de que cada ciclo de lavagem dura entre uma e duas horas retardando o in cio das atividades seguintes Embora a capacidade dos equipamentos reduza a agilidade das atividades no local pode se afirmar pelas observa es pelos relatos dos trabalhadores e pelos dados da Tabela 5 que a capacidade for a de trabalho dos trabalhadores 54 54 trabalham em equipe e o tempo 51 51 consideram que aproveitam bem o tempo s o bem aproveitados ao longo do dia fazendo com que ao final do turno todos estejam com suas tarefas cumpridas Ressalta se que a capacidade do trabalhador o fator mais importante da produtividade e esta for a de trabalho fortemente afetada pelas normas de produ o projetos de produtos ou servi os leiaute das instala es e projeto dos equipamentos Sill citado por SANTANA 1996 Miguel 2005 salienta que tratar a rotina de trabalho de uma lavanderia como
104. dentes do trabalho a doen a profissional e a doen a do trabalho Equiparam se tamb m ao acidente do trabalho o acidente ligado ao trabalho que embora n o tenha sido a causa nica tenha contribu do diretamente para a ocorr ncia da les o certos acidentes sofridos pelo segurado no local e no hor rio de trabalho a doen a proveniente de contamina o acidental do empregado no exerc cio de sua atividade e o acidente sofrido a servi o da empresa ou no trajeto entre a resid ncia e o local de trabalho do segurado e vice versa PREVID NCIA SOCIAL 2002 Apesar da exist ncia de riscos para o ser humano sempre ter sido relacionada s atividades laborais que desenvolve as causas de acidentes de trabalho s o as mais variadas poss veis devido s condi es inadequadas de trabalho que englobam desde m quinas equipamentos e ferramentas mal projetados n o utiliza o de EPI s falta de treinamentos adequados entre outros at fatores ambientais adversos a saber Considerados a partir da 2 Guerra Mundial s o as condi es de adequa o dos instrumentos de trabalho ao homem 21 temperatura excessiva luminosidade inadequada ru do acima do suport vel dentre outros Fiedler 1998 ressalta que se o trabalhador estiver trabalhando com m quinas equipamentos e ferramentas essas podem apresentar defici ncias em seus projetos do ponto de vista ergon mico o que normalmente imp e riscos de acidentes Al m dis
105. dio incompleto O Ensino m dio completo BAPAE Superior incompleto Fonte Dados da pesquisa Gr fico 3 Distribui o de porcentagens relativas escolaridade dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Em rela o ao estado civil dos trabalhadores verificou se que 46 67 eram solteiros 33 33 casados e os demais 20 se dividiam em separados vi vos e amigados Gr fico 4 6 67 3 33 10 00 33 33 46 67 m Solteiro mCasado Separado oVi vo gm Outro Fonte Dados da pesquisa Gr fico 4 Distribui o de porcentagens relativas ao estado civil dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Com rela o ao n mero de dependentes constatou se que 70 dos trabalhadores possu am dependentes E entre esses dependentes 60 eram os filhos e 45 alguns trabalhadores que n o possu am filhos tinham como dependente a m e ou a esposa perfazendo um total de 10 Tais dados podem ser visualizados no Gr fico 5 10 00 30 00 m Filhos m M e ou esposa o N o tem dependentes Fonte Dados da pesquisa Gr fico 5 Distribui o de porcentagens relativas ao n mero de dependentes dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Quanto ao n mero de fi
106. do Ambiente de Trabalho e ce eeeceeeeeeeceereeeeneeeeees ASA Lavandera Eficiente duda elis as RE 4 3 1 3 Riscos Ambientais iv sciccisiveisaaesvedsadeacaviareacsatiseeaceaspavcavasedeuennaverace 4 3 2 Percep o do Trabalhador em rela o ao seu ambiente de trabalho Question rio SEMI CStFULULAdO ccccccccceceesesscecesececeeeeserseceeeeeeseeenees 4 3 2 1 Fluxo de Trabalho cc2ihiiwcuiniiatntiandeih sa ps bread 4 3 2 2 Organiza o do Ambiente de Trabalho 000 0 eeeceeeseeeeeeeeeeeteeeeeees 4 3 2 3 Dimens o do Espa o F SICO assessores assente Estreias 4 3 2 4 Condi es Ambientais cay scsi des pagas geada da OGIA Ba 4 4 Avalia o da Qualidade de Vida no Trabalho QVT dos Trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne AA AIRS BT AC AG SOCIAL weed sda Es a UERR Sedan 442 OMPENSACAO saias se Sis a e asa 4 4 3 Condi es de Trabalho ssssssssaasasaeasaseatarnesqatra la feastantagasto coa eatanaca d 44A Saude sf asia e eri e pases Acute Da A gado dal pad alba gana 4 4 5 Jomada de Trabalhos macas ie ee na a i 4 4 6 Participa o e Incentivos sous sass ccaccoeysedecesencats SEE ea AS ag viii 34 35 37 37 37 39 41 41 49 61 61 62 63 65 67 67 69 72 74 74 75 77 81 82 84 4 5 Identifica o da QVT no setor estudado anseios limita es e necessidades para se obt la sob o ponto de vista do trabalhador
107. e 31 3 3 1 M todos utilizados para a coleta de dados 3 3 1 1 Escala Likert A Escala Likert foi desenvolvida por Rensis Likert em 1932 um m todo que possibilita medir o grau de intensidade de satisfa o com o objeto de estudo tamb m uma escala do tipo centrada no sujeito uma vez que se sup e que a varia o nas respostas devido s diferen as individuais destes sujeitos A intensidade de satisfa o vem na forma de uma afirmativa para a qual o respondente tem cinco op es de respostas para explicar o seu grau de satisfa o MAFRA 1999 adaptado de PADUA AHMAN 1996 Esta escala permite tamb m definir as decis es projetuais do ambiente de trabalho pois atrav s dos valores atribu dos s afirmativas e negativas apresentadas para o ambiente analisado ser poss vel sugerir modifica es e ou manuten o de determinados atributos que venham determinar o atendimento das necessidades do trabalhador para com o seu trabalho Pode assegurar o grau de import ncia das vari veis que correspondem s necessidades de conforto do trabalhador por atribuir valores s mesmas revelando atrav s de afirmativas relativas sua viv ncia e experi ncia de trabalho as diferentes formas de perceber e explicar o ambiente de trabalho MAFRA 1999 adaptado de PADUA AHMAN 1996 O question rio aplicado nesta etapa Ap ndices A B C D permitiu definir os crit rios mais expressivos para definir as vari veis que s
108. e da chefia de que a prescri o das tarefas seja seguida Estas atitudes al m da exig ncia de uma boa concep o projetual do ambiente em rela o ao leiaute podem reduzir a insatisfa o do trabalhador conforme discute Santos 1991 Tabela 5 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o ao Fluxo de trabalho segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Fluxo cruzado 78 18 Retrabalho 54 54 Capacidade dos equipamentos 63 63 For a de trabalho 54 54 Aproveitamento do tempo 51 51 N mero de pessoas entrevistadas 33 Com rela o necessidade de retrabalho 54 54 dos respondentes disseram n o haver Contudo vale salientar que quando as roupas limpas caem no ch o raramente voltam para serem lavadas novamente fato que p de ser observado durante as visitas Muitas roupas depois de processadas continuam com apar ncia e aspecto de sujas por m estas roupas tamb m n o retornam para serem processadas novamente Entretanto 21 21 e 15 15 dos entrevistados mencionaram que refazem o trabalho quando a roupa cai no ch o ou quando n o fica bem limpa Isto evidencia a necessidade de um maior acompanhamento do supervisor visto que os trabalhadores afirmam que refazem o trabalho e que sabem da necessidade de se refaz lo mas na aus ncia de supervis o n o o fazem conforme p de ser observado Fatos desta natureza po
109. e o rendimento por empregado passou de 750 a 1000 artigos por semana depois da instala o de uma ventila o adequada em uma lavanderia BOA VENTILA O 1996 p 14 o que demonstra a rela o direta entre bem estar dos trabalhadores e produtividade No entanto uma atmosfera de trabalho mida e abafada locais com pouca luminosidade mal arejados podem acarretar perturba es do equil brio t rmico dos trabalhadores resultando em um aumento dos riscos de acidentes devido fadiga distra o perda de efic cia acompanhada de uma queda de produtividade Todas as vari veis ambientais anteriormente discutidas podem ser atendidas durante o planejamento do ambiente de trabalho mesmo considerando que existem percep es diferenciadas pelos mesmos indiv duos Este planejamento pode ser facilitado a partir da ergonomia 2 4 O papel da ergonomia na a o projetual Historicamente a ergonomia tem se preocupado com a melhoria das condi es de trabalho e o aumento da efic cia dos sistemas produtivos Nos ltimos 50 anos a ergonomia se desenvolveu como uma rea de conhecimento humano espec fica quando ap s a II Guerra Mundial pela primeira vez houve uma conjuga o sistem tica de esfor os entre a tecnologia as ci ncias humanas e biol gicas SANTOS 2000 Atualmente v rios pa ses est o desenvolvendo estudos e pesquisas nesta rea de conhecimento dentre eles EUA Inglaterra Fran a B lgica Holanda Alemanh
110. econtamina o da roupa processada e principalmente buscar a racionaliza o do trabalho do tempo do equipamento do recurso humano e da rea de circula o De acordo com Castro e Chequer 2001 a racionaliza o do trabalho pode ser conseguida al m de outros fatores por n veis de conforto existentes no ambiente que Entende se por fluxo de trabalho progressivo em lavanderia aquele que favorece a redu o do risco biol gico pelo n o cruzamento da roupa limpa com a roupa suja diminui o do retrabalho otimiza o do pessoal do equipamento e do tempo compreende baixo indice de ru do n vel de ilumina o compat vel com o trabalho a ser executado n vel de temperatura e umidade relativa do ar ventila o e exaust o dentro dos limites aceit veis A lavanderia por ser uma rea que comporta equipamentos que provocam ru dos e vibra es deve receber tratamento ac stico Al m disto as m quinas devem ser fixas ao piso para evitar a prolifera o do ru do Toda lavanderia apresenta equipamentos que durante seu funcionamento produzem calor e vapor e portanto devem ser previstas medidas que reduzam o aquecimento do ambiente MEZZOMO 1992 LISBOA TORRES 1999 De acordo com Bartolomeu 1998 p 2 devido s caracter sticas peculiares ao servi o de higieniza o das roupas as condi es ambientais geralmente s o insalubres uma vez que a alta temperatura umidade ru dos e vibra es s o comuns
111. edita que quanto maior o tempo de trabalho maior a possibilidade dos trabalhadores reconhecerem os defeitos dos equipamentos as condi es ambientais do local al m de desenvolverem modos operat rios que minimizem riscos Santana 1996 defende que os investimentos em rela o capacita o dos trabalhadores por meio de treinamentos buscam obter equipes de trabalho mais produtivas e com menor grau de rotatividade No caso da lavanderia em estudo que revela uma grande rotatividade sugere aos administradores a necessidade de investir em uma equipe de trabalho mais fixa para reduzir os riscos de incidentes acidentes custos ao setor e aumentar a qualidade do servi o prestado 47 26 67 40 00 13 33 20 00 D At 9 meses m De 10 a 18 meses o De 19 a 30 meses o Mais de 30 meses Fonte Dados da pesquisa Gr fico 8 Distribui o de porcentagens relativas ao tempo de servi o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 Em termos de renda verificou se que 60 dos trabalhadores possu am renda de at um sal rio m nimo 36 67 disseram possuir renda entre um e tr s sal rios m nimos e apenas 3 33 uma pessoa respons vel pela supervis o possu a renda acima de tr s sal rios m nimos conforme pode ser observado no Gr fico 9 No que se refere forma de contrata o dos trabalhadores 100 deles possu am carteira assinada
112. eiro sem o qual tornaria mais rdua essa caminhada A todos que contribu ram para a execu o deste trabalho direta ou indiretamente e que n o foram citados nominalmente o meu muito obrigada iv BIOGRAFIA VANIA EUGENIA DA SILVA filha de Jos Eug nio da Silva e Alzira do Livramento Silva nasceu em Capit lio MG em 30 de junho de 1976 Em 1997 ingressou no curso de Economia Dom stica na Universidade Federal de Vi osa onde durante a gradua o teve a oportunidade de exercer atividades de monitoria das disciplinas da rea de Habita o graduando se em agosto de 2001 De abril a outubro de 2002 participou como bolsista a n vel de aperfei oamento de uma pesquisa financiada pelo INMETRO no Laborat rio INTERATIVO do Departamento de Economia Dom stica Em mar o de 2004 iniciou o mestrado no Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica vindo a conclu lo em 26 de maio de 2006 Assim eu vejo a vida A vida tem duas faces Positiva e negativa O passado foi duro mas deixou o seu legado Saber viver a grande sabedoria Q ue eu possa dignificar Minha condi o de mulher Aceitar suas limita es E me fazer pedra de seguran a dos valores que v o desmoronando Nasci em tempos rudes Aceitei contradi es lutas e pedras como li es de vida e delas me sirvo Aprendi a viver Cora Coralina vi CONTEUDO Pagina RESUMO nreno decssivicasasnduadcussnsacaasegen tei eiia EEA EA AEE vases bs
113. englobando os seguintes aspectos Sal rio recebido pelo seu trabalho na lavanderia Sal rio recebido de acordo com o sal rio de seus colegas de lavanderia Benef cios extras concedidos pela empresa Pelos resultados demonstrados na Tabela 10 percebe se que os trabalhadores est o satisfeitos com as compensa es pelo trabalho desenvolvido pois os maiores percentuais foram os referentes ao n vel 4 satisfeito Por m o n vel 3 neutro tamb m obteve percentuais significativos As m dias obtidas tamb m revelaram a satisfa o dos trabalhadores com o fator Compensa o e n o tiveram muita varia o sendo que a menor m dia foi com rela o ao Sal rio recebido pelo seu trabalho 3 59 No estudo desenvolvido por Fontes 2003 o n vel de satisfa o dos trabalhadores por ela estudados neste aspecto foi Insatisfeitos De acordo com a autora esses dados indicam que existe uma tend ncia em ser esta classe pouco remunerada para a execu o de suas atribui es A Justificativa de um trabalhador do presente estudo exemplifica acho pouco pelo o que eu fa o Apesar disso Bom Sucesso citado por Fontes 2003 salienta que raramente se encontra algu m satisfeito com o seu sal rio num pa s com tantos planos salariais onde inclui tamanhas discrep ncias entre os menores e os maiores sal rios A m dia em rela o ao Sal rio recebido de acordo com o sal rio dos colegas foi de 3 6 pra
114. entila o nos ambientes de trabalho seja no m nimo de 0 2 m s O sistema de exaust o da rea contaminada e da rea limpa deve ser independente devendo se preocupar com a sa da do ar da rea suja tratando o para Atrav s da equa o IBUTG 0 7 tbn 0 3 tg onde tbn temperatura de bulbo mido e tg temperatura de globo foi poss vel encontrar o ndice de temperatura no local 37 evitar a dissemina o de microrganismos CASTRO CHEQUER 2001 Quanto umidade relativa do ar de acordo com a NR 17 deve ser de no m nimo 40 n o mencionando o limite m ximo aceit vel Por m Castro e Chequer 2001 recomendam que a umidade relativa do ar n o ultrapasse 60 Algumas doen as do sistema respirat rio s o causadas ou agravadas com a falta ou excesso de umidade por isso necess rio o controle desta vari vel no ambiente de trabalho A operacionaliza o e an lise destas vari veis foram feitas utilizando se de consultas literatura para verifica o dos n veis permitidos para cada uma das vari veis e a seguir foram feitas an lises descritivas e interpretativas As vari veis abaixo tamb m se constituem como outros riscos presentes no ambiente e estiveram presentes em uma lista de checagem Ap ndice I sendo utilizadas para descrever as condi es de salubridade da situa o de trabalho como pode ser observado nas descri es abaixo Escoamento da gua utilizada na lavanderia foi verific
115. ento foi transcrita para a discuss o dos dados 3 3 2 6 2 Riscos biol gicos Para verificar a exist ncia de poss veis microrganismos presentes no ambiente da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne foram utilizados meios de cultura nutritivos que favorecem o crescimento e o desenvolvimento de poss veis microrganismos Para tanto foram preparadas em laborat rio 27 placas de Petri contendo meios de cultura prop cios ao crescimento de bact rias e fungos Nove dessas placas foram preparadas com gar sangue que um meio de cultura universal nove com gar McConkey que um meio seletivo para bact rias Gram negativas e nove com gar Sabouraud meio seletivo para fungos As placas foram distribu das da seguinte forma cada conjunto de tr s placas uma contendo gar sangue outra gar McConkey e a terceira com gar Sabouraud foi colocado aberto durante 30 minutos em pontos estrat gicos os quais eram de interesse ao estudo a saber rea de separa o de roupa suja rea limpa molhada lavagem centrifuga o e secagem rea de dobragem passadoria estocagem e rea de distribui o de roupa limpa para coletar microrganismos em suspens o no ar Em um conjunto de tr s placas foram realizados esfrega os dos uniformes camisa e cal a antes de serem higienizados pertencentes aos manipuladores de carne da ind stria com objetivo de verificar a poss vel presen a de microrganismos Seme
116. ep o e desenvolvimento de produtos de interfaces e de sistemas de trabalho com resultados satisfat rios no diagn stico e preven o de acidentes e doen as ocupacionais na reestrutura o produtiva de empresas e em processos de transfer ncia de tecnologia PINTO SOUZA 2000 Segundo Renner 2005 no mundo do trabalho que se encontram as causas de adoecimentos e afastamentos de trabalhadores Desse modo a organiza o do trabalho passa a ser um desafio que os ergonomistas enfrentam todos os dias pois preciso 19 convencer empresas e funcion rios de que existem formas mais saud veis e produtivas para se trabalhar Sendo assim a ergonomia n o deve atuar somente com o foco voltado para o posto de trabalho ou seja de que modo est a bancada a sua altura a mesa a cadeira quando na verdade preciso atentar para o ritmo de trabalho a jornada a exist ncia ou n o de pausas entre outros Na pr tica a ergonomia deve consistir em emitir ju zos de valor sobre o desempenho global do sistema homem tarefa Estudos do processo ergon mico associado a processos ambientais e de fatores humanos s o elementos importantes na busca de maior intera o do homem trabalho produto de seu trabalho A utiliza o da ergonomia deixa de ser uma pr tica legalista passando a ser de fato um processo de qualifica o do trabalho humano onde todo o esfor o dirigido para uma melhor satisfa o e qualidade de vida do ser human
117. er o utilizadas para estrutura o e desenvolvimento de projetos compondo ao final o ambiente de trabalho eficiente para a situa o em estudo qual seja a lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Objetivando tra ar o perfil s cio cultural do trabalhador do estudo em quest o foi elaborado um question rio Ap ndice E com quest es referentes idade sexo escolaridade estado civil n mero de filhos tempo de servi o e forma de contrata o uma vez que o perfil influencia significativamente no desempenho do trabalhador no que concerne qualidade dos servi os oferecidos pelo mesmo interferindo na produtividade seguran a e custos do ambiente de trabalho LEITE 2002 3 3 1 2 Question rio para avalia o da QVT 32 Para avaliar a QVT dos trabalhadores foi aplicado um question rio fechado proposto por Fernandes 1996 em que os crit rios para verifica o do n vel de QVT se apresentam subdivididos em blocos Tal question rio foi adaptado em virtude dos objetivos propostos por esta pesquisa Ap ndice F 3 3 1 3 Equipamentos para medi o da temperatura ru do ilumina o ventila o e umidade relativa do ar Para realizar esta etapa foram utilizados aparelhos espec ficos como medidor de IBUTG decibil metro lux metro anem metro e termo higr metro respectivamente 3 3 1 4 An lises de laborat rio Com o objetivo de identificar a presen a de poss veis micror
118. eria de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 xii P gina 43 43 45 45 46 46 47 48 9 10 Pagina Distribui o de porcentagens relativas renda dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 ccccccccccssssssevceccccccesssssescsccccceessassscsccceccesssssevess 48 Distribui o de porcentagens relativas proced ncia dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 c ccssesesessesssssssssssssssesssesssssssssseseseseseseseseseeens 49 xiii LISTA DE QUADROS 1 Vari veis mais citadas pelos Ju zes jevesssssssessassadesscassnvondsdadesssatcessteasacsaaaes 2 Principais causas e consegii ncias dos riscos ergon micos identificados no ambiente de trabalho analisado Visconde do Rio Branco MG 2005 xiv LISTA DE FIGURAS Fluxo de roupa na lavanderia ccssscsssscsssssscessscesensscessncessssnesenscesenseeeees Mapeamento das reas da lavanderia quanto contamina o nos diferentes meios de cultura utilizados gar sangue McConkey e SADOUTANA as oe Na E a ae da dd Sequ ncia de contamina o dos uniformes sujos 1 lavados 2 centrifugados 3 e prontos para o uso 4 A meio gar sangue B meio McConkey e C meio Sabouraud eee Planta b
119. eria estar quase na sua totalidade inserida dentro de um outro ambiente que s o os vesti rios colabora para a falta de ventila o e aera o do ambiente As janelas possuem estrutura de metalon com vidro canelado A lavanderia possui nove portas ao todo que tamb m contribuem para a ilumina o natural assim distribu das uma porta principal com duas folhas de metalon com vidro canelado medindo 1 60 m de largura por 2 10 m de altura H uma divis ria separando a rea de recep o chefia a qual possui uma porta interna nas seguintes dimens es 0 985 m de largura 2 10 m de altura 0 80 m de largura da abertura 0 89 m de altura da abertura possui um v o de 0 11 m do ch o ao in cio da divis ria H mais duas portas de correr internas com uma folha de metalon que d acesso ao setor de distribui o de uniformes uma para o lado feminino e outra para o lado masculino com 0 70 m de largura 2 10 m de altura cada Existem outras duas portas de folha simples saindo do setor de distribui o e dando acesso aos vesti rios feminino e masculino com 0 70 m de largura 2 10 m de altura cada uma Todas as janelas e portas s o de esquadrias de metalon com acabamento de tinta a leo na cor bege As secadoras encontram se isoladas por uma divis ria que possui duas portas internas de acesso parte posterior destas para facilitar a limpeza e a manuten o das mesmas Estas portas possuem as seguintes dimens es 0 80 m de l
120. ero de horas trabalhadas por dia N mero de horas trabalhadas por semana Desgaste f sico e mental e Tempo para lazer e conv vio familiar A Constitui o Brasileira prev que a dura o normal da jornada de trabalho n o exceder oito horas di rias 44 horas semanais CF art 7 XIII BRASIL 1988 No ambiente de trabalho estudado os trabalhadores cumprem uma jornada de oito horas por dia com intervalo de uma hora para o almo o ou jantar dependendo do turno Os turnos implementados s o 1 turno das 7h 30min s 15h 50min 2 turno das 13h 30min s 21h 48min Os funcion rios que trabalham nestes turnos folgam uma vez por semana e t m escala de plant o para os finais de semana e o 3 turno das 21h 40min s 7h 30min sendo este ltimo turno de 10h dia trabalhando somente de segunda a sexta feira Essa jornada de trabalho encontra se dentro dos limites prescritos pela Constitui o Federal Brasileira Por trabalho em turnos entende se aquele onde a atividade desenvolvida de forma cont nua durante 24 horas por meio de revezamento de equipes cumprindo 83 hor rios fixos ou alternados para in cio e t rmino das jornadas estabelecendo que um dos turnos seja sempre noturno causando a invers o do hor rio normal de trabalho SANTANA 1996 Cumpre salientar que uma escala de trabalho produtiva estabelecida com base nas necessidades da empresa e dos trabalhadores Estas podem mi
121. es e n o existe um sistema de aera o que resolva esta situa o geradora de desconforto aos trabalhadores Desta forma para 51 51 dos trabalhadores a falta de ventila o atrapalha o desenvolvimento do trabalho podendo provocar queda de press o transpira o intensa e calor em excesso conforme pode ser verificado na Tabela 8 Tabela 8 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o s Condi es ambientais segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Calor do ambiente 40 00 Ventila o 12 12 Falta de ventila o 51 51 N mero de pessoas entrevistadas 33 Um clima sufocante onde os trabalhadores se sintam desconfort veis um pouco do que se pode experimentar em lavanderias menos planejadas principalmente nos dias quentes do ano Sendo assim incontest vel que essa atmosfera interfira na 73 disposi o dos trabalhadores diminuindo a produtividade e favorecendo o absente smo Portanto a ventila o na lavanderia j n o considerada um luxo sup rfluo mas sim um fator de melhoria e de saneamento do ambiente interno BOA VENTILA O 1996 p 14 4 4 Avalia o da qualidade de vida no trabalho QVT dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Neste item ser o apresentados os n veis de satisfa o dos trabalhadores referentes aos crit rios par
122. etual acidentes de trabalho e qualidade de vida no trabalho Percebeu se ao longo da revis o bibliogr fica a inexist ncia de normas ou literaturas espec ficas sobre lavanderia para ind stria de abate e processamento de carne Assim esta revis o foi pautada nas Normas e Manual T cnico de Lavanderia Hospitalar do Minist rio da Sa de 1986 com edi o revista e atualizada em 2001 considerando para isto que ambas as lavanderias se assemelham nos aspectos de riscos de contamina o e insalubridade nas condi es ambientais 2 1 Fatores ambientais e riscos em lavanderia Os trabalhadores de lavanderia est o submetidos riscos de v rias ordens que podem explicar os diferentes problemas de sa de que podem acomet los Bartolomeu 1998 Lisboa e Torres 1999 Prochet 2000 relacionaram doen as pulmonares do sistema m sculo esquel tico fadiga ocular irrita es lacrimejamento cefal ia riscos ambientais pelo n o uso de equipamentos de prote o individual EPI s riscos ocupacionais biol gicos f sicos ergon micos e posturais em fun o do espa o f sico de trabalho Estudo desenvolvido por Calegari 2003 com o objetivo de avaliar o trabalho na rea limpa de uma lavanderia hospitalar com vistas a identificar os principais constrangimentos em rela o postura dos trabalhadores e os segmentos corporais mais afetados mostrou que as partes do corpo f sico do trabalhador mais sobrecarregadas s o os omb
123. fa o ao trabalhador 69 4 3 2 2 Organiza o do ambiente de trabalho Em se tratando da disposi o das reas e dos equipamentos 69 69 dos trabalhadores afirmaram que a mesma eficiente para o desenvolvimento do seu trabalho por m vale salientar que durante as observa es p de se verificar que esta afirma o n o procede pois n o h divis o de reas h cruzamento de roupas limpas com roupas sujas equipamentos de lavagem ficam junto aos de secagem e n o h espa o suficiente para o tr nsito de pessoas e dos carrinhos Estes fatos seguramente comprometem o desenvolvimento do trabalho revelando que os trabalhadores n o possuem a informa o t cnica em rela o ao que se espera de um ambiente de lavanderia e como este precisa ser bem estruturado e seu fluxo respeitado para garantir efici ncia ao trabalho realizado Sobre a limpeza di ria da lavanderia 96 96 dos usu rios deste espa o afirmaram que esta ocorre e que est o satisfeitos com a mesma 100 disseram que esta feita da forma correta de acordo com a Tabela 6 O que foi percebido durante as visitas que os vesti rios e banheiros s o limpos v rias vezes ao dia mas a lavanderia n o passava por uma limpeza completa durante o dia O que se fazia era empurrar a gua que se acumulava pr ximo s m quinas at o ralo que fica distante da lavadora com o aux lio de um rodo e uma mangueira retirar o excesso de fibras p los dos filtros das
124. forma negativa no desenvolvimento do trabalho muitas vezes s o resultados da m concep o dos ambientes f sicos gerados por leiautes insatisfat rios SANTOS 1991 Isso nos remete aos estudos de ergonomia que considerada como um conjunto de conhecimentos cient ficos relativos ao homem e necess rios concep o de instrumentos m quinas e dispositivos que possam ser utilizados com o m ximo de conforto seguran a e efici ncia ou seja o estudo da adapta o do trabalho ao homem WISNER 1987 IIDA 2005 Estudo este que abrange toda a situa o em que ocorre a intera o entre o homem e sua tarefa envolvendo seu ambiente f sico qu mico e biol gico al m dos aspectos de planejamento e controle do trabalho para produzir os resultados desejados Neste sentido pode se afirmar que a ergonomia procura a melhoria das condi es de trabalho sendo importante para gerar melhoria na produtividade e na qualidade dos produtos bem como na QVT Seus objetivos residem na seguran a satisfa o e bem estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos visando a efici ncia como resultado e n o como fim nico BARTOLOMEU 1998 Dessa forma uma empresa moderna que deseja sobreviver e perpetuar se deve valorizar o ser humano propiciando o desenvolvimento de a es que melhorem o n vel da qualidade de vida no ambiente f sico de trabalho representada tamb m por satisfa o interna entre empregado e e
125. ganismos no ambiente e nas roupas que s o processadas pela lavanderia foram utilizadas placas de Petri contendo meios de cultura gar sangue gar McConkey e gar Sabouraud Em seguida estas placas foram acompanhadas e analisadas no Laborat rio de Microbiologia no Setor de Medicina Preventiva do Departamento de Medicina Veterin ria da Universidade Federal de Vi osa atrav s de caracter sticas morfotintoriais e testes bioqu micos 3 3 2 Descri o e operacionaliza o das vari veis de an lise Neste estudo foi utilizado um conjunto de vari veis que se estruturaram em fun o da realidade a qual se pretendeu compreender considerando em especial os m todos utilizados no estudo 3 3 2 1 Identifica o do perfil s cio cultural do trabalhador Foi elaborado um formul rio visando tra ar o perfil s cio cultural do trabalhador da lavanderia analisada Ap ndice E utilizando se das vari veis abaixo apresentadas considerando a seguinte descri o Sexo masculino ou feminino Idade em anos 33 Escolaridade nenhum ensino fundamental incompleto ensino fundamental completo ensino m dio incompleto ensino m dio completo outro Estado civil solteiro casado separado desquitado divorciado vi vo N mero de dependentes idade dos dependentes Renda em sal rios m nimos Tempo de servi o na empresa h quanto tempo trabalha na empresa Proced ncia cidade e estado de origem Forma de
126. globando o ru do a temperatura a ventila o e o espa o f sico trabalho em equipe que implica em bom relacionamento com os colegas aux lio dos colegas para desenvolver o trabalho harmonia e respeito m tuo no ambiente de trabalho valoriza o e capacita o dos funcion rios que inclui o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo trabalhador oportunidades de participa o em cursos e ou treinamentos oferecidos pela empresa para que os mesmos possam progredir dentro da lavanderia ou at mesmo para outros setores da empresa al m da seguran a no ambiente de trabalho Em rela o ao que preciso para obter QVT no ambiente de trabalho os trabalhadores apontaram como mais relevantes aspectos como o trabalho em equipe o bom relacionamento com os colegas e novamente um ambiente com boas condi es de trabalho Aspectos como companheirismo amizade confian a e respeito tamb m foram enfaticamente citados pelos trabalhadores Santana 1996 argumenta que a melhoria da QVT uma das mais importantes ferramentas para a melhoria da performance do conte do do trabalho bem como da satisfa o do trabalhador Complementa enfatizando que este processo de melhoria favorece a influ ncia da participa o dos trabalhadores no conjunto de objetivos e crit rios de qualidade como responsabilidade para checar e corrigir erros reuni es para seguir adiante informa es feedback delega o de tarefas solu o de problemas e tomada
127. ho da 12 Ru do barulho na lavanderia 12345 13 Ilumina o na lavanderia 12345 14 Temperatura na lavanderia 12345 128 15 Ventila o na lavanderia 12345 16 Espa o f sico para desenvolver o seu 12345 trabalho Altura das mesas bancadas e das m quinas 17 E 12345 para desenvolver seu trabalho na lavanderia 18 Acidentes de trabalho na lavanderia 12345 19 Fornecimento de EPI s gorro m scara 12345 uniforme luvas botas etc Bloco 4 Sa de Manifeste seu n vel de satisfa o geral com rela o ao seguinte aspecto Vari vel N vel Observa es 20 Assist ncia m dica fornecida pela empresa 12345 aos funcion rios 21 Assist ncia m dica fornecida pela empresa 12345 aos familiares dos funcion rios 22 Fornecimento de Vacinas exames peri dicos 12345 aos funcion rios por parte da empresa Bloco 5 Jornada de Trabalho Manifeste seu n vel de satisfa o geral com rela o ao seguinte aspecto Vari vel N vel Observa es 23 N meros de horas trabalhadas por dia 12345 24 N meros de horas trabalhadas por semana 12345 25 Desgaste f sico e mental 12345 26 Tempo para lazer e para conv vio familiar 12345 Bloco 6 Participa o e Incentivos Manifeste seu n vel de satisfa o geral com rela o ao seguinte aspecto Vari vel N vel O
128. i ABSTRACT SILVA Vania Eugenia da M S Universidade Federal de Vi osa May 2006 Quality of life at work in a laundry of the slaughtering and meat processing industry by an evaluation of the environmental conditions and socio cultural risks Advisor Simone Caldas Tavares Mafra Co Advisors Elaine Cavalcante Gomes Amaury Paulo de Souza and Claudio Lisias Mafra de Siqueira The aim of this study is to diagnose the workers Quality of Life at Work QVT in a laundry of the slaughtering and meat processing industry seeking to understand the environmental physical biological and ergonomic and the socio cultural risk conditions An assessment of the QVT in the laundry through the indicators shows that the workers are satisfied even with adverse situations such as restricted physical space insufficient capacity of equipment raised ambient temperatures crossed flow of clothes lack of ventilation no use of PPE s Personal Protection Equipments work environment without separation into specific areas for each activity poor conditions in the physical organization and cleaning of the work environment being observed When referring to the aspects defining QVT for the workers of the laundry it can be inferred that these are Environment with good working conditions Team work motivation and training of the employees With regard to the possible risk types that the work environment could present to the workforce it can be concluded tha
129. i es ambientais Ap ndice G 4 3 2 1 Fluxo de trabalho Apesar de 78 78 dos trabalhadores afirmarem que n o h cruzamento de roupa suja com roupa limpa dentro da lavanderia conforme mostra a Tabela 5 as observa es feitas durante as visitas revelaram o contr rio Come ando pelo fato da lavanderia ser um ambiente nico e pequeno as roupas limpas e sujas acabam por dividir o mesmo espa o o que propicia a recontamina o da roupa limpa pois segundo Konkewicz 2003 um grande n mero de microrganismos jogado no ar durante o processo de separa o da roupa suja contaminando todo o ambiente circundante Roupas sujas dos setores de abate SIF supervis o e visitantes chegam lavanderia pela porta principal passando em seguida pela rea de dobragem passadoria costura Roupas limpas prontas para o uso percorrem toda a lavanderia inclusive a rea suja para chegar ao setor de distribui o 67 Pode se ent o inferir que os trabalhadores n o t m a compreens o do que caracteriza este fluxo cruzado de atividades bem como as consequ ncias negativas de sua exist ncia Este fato sugere que o tema deve ser melhor trabalhado durante os per odos de treinamento bem como na estrutura o dos projetos buscando evitar atrav s de barreiras f sicas que este fluxo cruzado aconte a Espera se que os trabalhadores sejam bem orientados sobre a organiza o de uma lavanderia al m de ser necess ria a cobran a por part
130. ia diretamente na produtividade na qualidade dos produtos e ou dos servi os prestados no n mero de acidentes dentre outros LEITE 2002 De uma forma geral o que se pode afirmar com rela o Compensa o embora haja exce es que os trabalhadores se caracterizam como satisfeitos apresentando m dia geral de 3 63 conforme mostra a Tabela 10 Tabela 10 N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Compensa o Visconde do Rio Branco MG 2005 Salario recebido Sal rio recebido de acordo com o Benef cios extras N veis pelo seu trabalho na sal rio de seus colegas de concedidos pela lavanderia lavanderia empresa 1 z 2 6 25 3 13 6 25 3 34 37 40 62 21 87 4 53 13 46 88 53 13 5 6 25 9 37 18 75 Total 100 00 100 00 100 00 M dia 3 59 3 60 3 80 N mero de pessoas entrevistadas 32 Os n meros 1 2 3 4 e 5 significam respectivamente Muito insatisfeito insatisfeito neutro satisfeito muito satisfeito Escala 1 0a 1 8 1 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 43 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito 4 4 3 Condi es de trabalho Este bloco visou explorar a satisfa o dos trabalhadores com as condi es ambientais f sicas em que desempenham suas atividades abrangendo os seguintes aspectos Limpeza do ambiente de trabalho Limpeza das instala es de uso pessoal Ap
131. iformes se d basicamente pelos mesmos tipos de microrganismos como pode ser visualizados na Tabela 19 Lembrando que na etapa do uniforme seco pronto para o uso faltou uma placa contendo gar sangue portanto n o dando condi es de crescimento de microrganismos Gram positivos nesta etapa de higieniza o dos uniformes 99 Tabela 19 Resultado da an lise das placas quanto contamina o nas diferentes etapas do processo de higieniza o dos uniformes Visconde do Rio Branco MG 2005 N mero de Tipos de Microrganismos Area col nias Forma colora o de Gram mo analisadas Leveduras Bastonetes Cocos Uniforme sujo branco 7 4 4 curtos G 164 Uniforme lavado molhado 3 1 3 G 4 Uniforme centrifugado 4 1 1GQ 2G 4 Uniforme seco pronto para 0 uso 1 1 Uniforme usado no abate das 6 3 ae ig 26 4 aves azul cinza Nota A letra G e G significam Gram positivo e Gram negativo respectivamente A contamina o da roupa depende basicamente da quantidade e da proveni ncia da sujidade conforme esclarece Konkewicz 2003 Roupas sujas de fezes secre es urina sangue e outras secre es e excre es corporais apresentam quantidade maior de microrganismos do que roupas com sujidade n o proveniente de secre es corporais como alimentos l quidos diversos poeira dentre outros Sendo assim quanto maior a quantidade da sujidade tamb m poder ser maior a quantidade de microrganismos presentes n
132. ina o total de microrganismos j que n o constitui um processo de esteriliza o 101 Outro aspecto que pode contribuir para a redu o dos riscos de contamina o da roupa bem como dos trabalhadores da lavanderia a ado o de rotinas adequadas quanto ao recolhimento transporte e processamento da roupa suja distribui o e armazenamento da roupa limpa al m da prote o adequada dos trabalhadores que manipulam roupa suja Dessa forma o eficiente processamento das roupas depende de uma boa operacionaliza o do servi o de adequada rea f sica e equipamentos administra o competente e treinamento de pessoal A operacionaliza o da lavanderia abrange todo o trajeto da roupa desde sua utiliza o separa o e acondicionamento da roupa suja coleta e transporte at sua redistribui o e armazenamento ap s o devido processamento KONKEWICZ 2003 Ressalta se portanto a import ncia de um eficiente processo de higieniza o dos uniformes na lavanderia estudada face ao risco de contamina o que os mesmos podem se constituir caso retornem aos manipuladores de carne na linha de produ o da empresa sem a adequada descontamina o podendo dessa forma contaminar os alimentos que est o sendo processados al m de se tornarem agentes veiculadores de potencial zoon tico Informa o pessoal Entre as pausas de uma atividade e outra os trabalhadores sentam se para descansar sobre a mesa de dobragem d
133. inist rio do Trabalho desempenhar um papel de moderador muito importante pois se n o houver fiscaliza o poucas empresas buscar o a ergonomia e ou a melhoria da QVT refor a a autora Apesar das considera es acima a m dia geral 3 8 classifica os trabalhadores como Satisfeitos no que concerne ao fator Sa de demonstrada na Tabela 12 82 Tabela 12 N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de industria de abate e processamento de carne quanto Sa de Visconde do Rio Branco MG 2005 Bahia ls bas Assist ncia m dica Fornecimento de vacinas Assist ncia m dica fea Pee fornecida pela empresa aos exames peri dicos aos N veis fornecida pela empresa famili Tor Ea e ee amiliares dos funcion rios funcion rios por parte da aos funcion rios Jo empresa 1 z E 2 3 13 9 37 3 13 3 15 62 31 25 15 62 4 53 13 46 88 62 50 5 28 12 12 50 18 75 Total 100 00 100 00 100 00 M dia 4 06 3 62 3 96 N mero de pessoas entrevistadas 32 2 Os n meros 1 2 3 4 e 5 significam respectivamente Muito insatisfeito insatisfeito neutro satisfeito muito satisfeito Escala 1 0a 1 8 1 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 4 3 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito 4 4 5 Jornada de trabalho Este bloco teve como objetivo mensurar o n vel de satisfa o dos trabalhadores em rela o ao fator Jornada de trabalho que envolve os seguintes aspectos N m
134. ional pode ser reduzida pela solidariedade recebida no c rculo das rela es sociais mais pr ximas De um modo geral pode se dizer que os trabalhadores est o satisfeitos com todos os aspectos relacionados sua integra o social no ambiente de trabalho uma vez que o n vel 4 satisfeito apresentou o maior percentual conforme pode ser verificado na Tabela 9 Tabela 9 N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Integra o social Visconde do Rio Branco MG 2005 Relaci Aux lio fornecido Orienta o fornecida elacionamento Relacionamento N veis com colegas de pelos colegas parag com o chefe de pelo chete para trabalho desenvolvimento do trabalho desenvolvimento do seu trabalho seu trabalho 1 3 13 2 3 13 3 13 3 9 37 6 25 9 37 15 62 4 59 38 65 62 46 87 43 75 5 31 25 25 00 40 63 37 50 Total 100 00 100 00 100 00 100 00 M dia 4 21 4 09 4 25 4 15 N mero de pessoas entrevistadas 32 Os n meros 1 2 3 4 e 5 significam respectivamente Muito insatisfeito insatisfeito neutro satisfeito muito satisfeito Escala 1 0a 1 8 1 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 4 3 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito 75 4 4 2 Compensa o Para avaliar este fator buscou se mensurar o n vel de satisfa o dos trabalhadores em rela o remunera o recebida pelo trabalho realizado
135. isfa o no trabalho de grande import ncia quando o objetivo introduzir inova es para obter maior qualidade do produto final e melhores condi es de trabalho pois permite melhor aceita o em rela o s mudan as SILVA et al 2002 Outro aspecto que os dados permitiram inferir que os trabalhadores que se apresentaram como mais satisfeitos foram aqueles que tinham os menores graus de escolaridade Este fato pode ser explicado em conformidade com Fontes 2003 pelo fato de que para esses trabalhadores existem poucas possibilidades de um emprego melhor e portanto aceitam as condi es de trabalho como elas se imp em Sup e se desta maneira que exista uma estreita rela o entre o n vel de instru o e consci ncia e a exig ncia por melhores condi es de trabalho Por outro lado os trabalhadores com maior grau de escolaridade foram os menos satisfeitos confirmando a tese de que a classe trabalhadora cada vez mais consciente e instru da n o aceita com facilidade trabalhar em condi es pouco adequadas e satisfat rias defendida por Fernandes 1996 Conforme as m dias obtidas nos diversos fatores investigados pode se afirmar que embora de maneira geral todos apresentassem um valor equivalente ao n vel satisfeito muitos deles devem ter alguns de seus aspectos reavaliados os quais est o inclu dos no fator Compensa o e Condi es de trabalho principalmente pois apesar de receberem n
136. ivel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto s Condi es de trabalho Visconde do Rio Branco MG 2005 E Limpeza Apar ncia Altura do PPE E gas X organiza o Seguran a J eee e Espa o mobili rio Aeulentes N veis do instala es E do Ru do Ilumina o Temperatura Ventila o f sico de EPPs ambiente de uso dirruma o ambiente quis trabalho pessoal 1 3 13 3 13 2 9 37 3 13 6 25 3 13 31 25 28 12 46 88 18 75 6 25 3 6 25 6 25 12 50 28 12 25 00 3 13 43 75 28 12 18 75 18 75 15 62 6 25 4 68 75 78 12 68 75 50 00 34 38 65 62 15 63 18 75 50 00 56 25 46 88 56 25 5 12 50 12 50 12 50 18 75 9 37 31 25 9 37 6 25 12 50 18 75 37 50 37 50 O 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 100 00 M dia 3 80 4 00 3 80 3 80 3 20 4 20 3 00 2 80 3 50 3 80 4 20 4 30 Numero de pessoas entrevistadas 32 Os n meros 1 2 3 4 e 5 significam respectivamente Muito insatisfeito insatisfeito neutro satisfeito muito satisfeito Escala 1 0 a 1 8 1 9 a 2 6 2 7 a 3 4 3 5 a 4 2 4 3 a 5 0 Muito insatisfeito Insatisfeito Neutro Satisfeito Muito satisfeito 4 4 4 Sa de Objetivou se detectar o n vel de satisfa o dos trabalhadores quanto s a es da empresa no que se refere aos seguintes aspectos Assist ncia m dica fornecida pela empresa aos funcion rios Assi
137. ividades preciso que toda empresa desenvolva continuamente essa pol tica assegurando que administradores gestores e funcion rios estejam cientes de suas responsabilidades na diminui o de riscos e acidentes promovendo e refor ando pr ticas seguras de trabalho al m de proporcionar ambientes de trabalho livres de riscos de acordo com a obrigatoriedade das legisla es municipais estaduais e federais pois trata se da vida e bem estar de seres humanos GON ALVES 1988 Zobole 2003 finaliza ressaltando que acima de tudo est o trabalhador que merece respeito dignidade e meios que favore am e possibilitem seu desenvolvimento integral como ser humano incluindo a sua sa de e seguran a melhorando assim sua qualidade de vida e a intera o com fam lia e sociedade Neste sentido preciso criar condi es adequadas de trabalho prop cias ao desenvolvimento de situa es que possam evitar acidentes que por sua vez geram uma baixa QVT A busca de QVT pelas empresas tem se tornado uma tend ncia na perspectiva de promover motiva o no ambiente de trabalho favorecendo um incremento na produtividade e corroborando para que a satisfa o das necessidades individuais seja alcan ada tamb m no ambiente de trabalho 2 6 Qualidade de vida no trabalho QVT Com o processo de globaliza o as organiza es empresariais v m sofrendo profundas e r pidas transforma es principalmente nos pa ses em desenvolvimento
138. lar de Belo Horizonte MG Pela an lise microbiol gica das placas foi poss vel verificar a presen a de bact rias e leveduras em todas as reas e uniformes analisados detectando basicamente os mesmos tipos de microrganismos Entre as bact rias foi verificada a presen a de cocos Gram positivos Gram negativos e bastonetes Gram positivos e Gram negativos Al m de bact rias foram detectadas tamb m leveduras Entre os cocos Gram positivos foi identificado bact rias do g nero Staphylococcus e Streptococcus N o foi feito o teste da coagulase para o Staphylococcus sp A detec o dos agentes biol gicos foi baseada na presen a ou aus ncia de microrganismos no ambiente e nos uniformes Salienta se que o fato de ter crescido e desenvolvido muitas UFC Unidade Formadora de Col nia nas placas n o significa que os microrganismos presentes sejam patog nicos uma vez que a patogenicidade destes microrganismos n o foi avaliada Os resultados da an lise das placas contendo amostras do ar das diferentes reas da lavanderia podem ser visualizados na Tabela 18 Tabela 18 Resultado da an lise das placas quanto contamina o nas diferentes reas da lavanderia Visconde do Rio Branco MG 2005 i N mero de Tipos de Microrganismos Area col nias Forma colora o de Gram mo analisadas Leveduras Bastonetes Cocos Separa o roupa suja 6 3 2G 1G 4 Limpa molhada 7 3 2 G 4 2G 3 G 4 Dobragem passadoria 2 1 g 2G co
139. lhantemente um conjunto de tr s placas foi utilizado em cada etapa da higieniza o dos uniformes uniforme lavado molhado uniforme centrifugado uniforme seco pronto para o uso Na etapa onde se fez o esfrega o do uniforme seco pronto para ser usado faltou uma placa contendo gar sangue sendo assim esta etapa foi realizada utilizando somente os meios McConkey e Sabouraud O objetivo nesta etapa foi verificar a completa descontamina o dos uniformes que entrar o novamente em contato com o alimento a ser processado a carne Al m destes procedimentos uma placa com gar sangue uma com gar McConkey e outra com gar Sabouraud foram utilizadas para verificar poss veis Foram preparadas nove placas com gar sangue por m ao chegar ao local de estudo percebeu se que uma placa estava contaminada e a mesma foi descartada Portanto foram utilizadas apenas oito placas contendo gar sangue faltando uma placa na etapa do uniforme seco pronto para o uso 39 microrganismos presentes nos uniformes azuis e cinzas do pessoal envolvido no abate ou seja quando est o abatendo as aves Vale ressaltar que estas roupas s o consideradas as mais contaminadas dentre aquelas que s o higienizadas na lavanderia em quest o face ao grau e tipo de sujidade que apresentam sangue fezes e urina das aves Estas sujidades aliadas s condi es do ambiente temperatura e umidade excessiva se constituem como meios prop cios ao crescimento e desen
140. lho como a lavanderia n o pode ser considerado ineficiente por causa do ru do 7 O cheiro forte dos produtos qu micos pode tornar a lavanderia um ambiente de trabalho ineficiente e desconfort vel 8 O cheiro dos produtos qu micos n o tem nenhuma rela o com a inefici ncia e o desconforto de um ambiente de trabalho como a lavanderia 122 APENDICE C PESQUISA AMBIENTE DE TRABALHO EFICIENTE LAVANDERIA DE INDUSTRIA DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNE METODO ESCALA LIKERT TEMA LAVANDERIA EFICIENTE DATA QUESTOES 1 O apoio operacional dos coordenadores essencial para que a lavanderia seja um ambiente de trabalho eficiente CONCORDO MUITO CONCORDO INDECISO DISCORDO DISCORDO MUITO 2 O apoio operacional para reformas e solicita es da lavanderia necess rio para que ela se torne um ambiente de trabalho eficiente 3 N o necess rio apoio operacional para que a lavanderia seja um ambiente de trabalho eficiente 4 Espa o f sico necess rio para que a lavanderia seja um ambiente de trabalho eficiente 5 N o preciso ter espa o f sico suficiente para que a lavanderia seja um ambiente de trabalho eficiente 6 Para ser um ambiente de trabalho eficiente a lavanderia deve ser um local com temperatura agrad vel e fresco 7 E necess rio ventila o para que a lavanderia seja um ambiente
141. lho e suas condi es f sicas tais como temperatura ru do leiaute e equipamentos entre outras tamb m contribuem de forma significativa para a ocorr ncia de acidentes de trabalho e doen as ocupacionais Entretanto poucas provid ncias s o tomadas no sentido de propiciar melhores condi es ambientais de trabalho comprometendo a QVT de muitos trabalhadores Os riscos a que est o expostos os trabalhadores de uma lavanderia por exemplo s o in meros Dentre eles pode se destacar os riscos f sicos qu micos ergon micos e biol gicos A este ltimo deve se dar uma maior aten o no intuito de prevenir a contamina o dos trabalhadores que pode ser causada por microrganismos presentes na sujidade das roupas advindos de secre es sangue fezes e urina entre outros Al m dos riscos o trabalho em lavanderia geralmente caracterizado como mon tono repetitivo e intenso exigindo dos trabalhadores alta produtividade em tempo limitado sob condi es inadequadas de trabalho sendo estas relacionadas ao ambiente e aos equipamentos Segundo Santana 1996 essas condi es acabam levando a 2 insatisfa es cansa os excessivos baixa produtividade problemas de sa de e acidentes de trabalho Diante desta contextualiza o e da car ncia de estudos e normas referentes lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne o presente estudo buscou entender como o ambiente de trabalho e suas condi es f sicas e h
142. lhos constatou se que 60 dos trabalhadores tinham filhos distribu dos da seguinte forma um filho 66 67 dois filhos 27 78 e tr s filhos 5 55 Gr fico 6 Estes filhos tinham idade variando entre 3 meses e 21 anos todos dependentes dos pais Gr fico 7 5 55 27 78 66 67 m 1 filho m 2 filhos 03 filhos Fonte Dados da pesquisa Gr fico 6 Distribui o de porcentagens relativas ao n mero de filhos dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 46 12 00 a 36 00 36 00 16 00 BOa4anos m5a9anos O15a19anos o Mais de 20 anos Fonte Dados da pesquisa Gr fico 7 Distribui o de porcentagens relativas idade dos dependentes dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Visconde do Rio Branco MG 2005 O tempo de servi o dos trabalhadores variou de um m s a seis anos predominando a faixa compreendida at nove meses de trabalho 40 como mostra o Gr fico 8 o que permite inferir que h uma grande rotatividade de trabalhadores na lavanderia uma vez que muitos s o admitidos como funcion rios da lavanderia e depois de algum tempo s o transferidos para outros setores da empresa ou at mesmo demitidos ap s o per odo de experi ncia tr s meses De acordo com Miguel 2005 a experi ncia est diretamente ligada ao tempo de trabalho pois se acr
143. lidade de vida vem despertando a necessidade de estudo para o mundo do trabalho no mbito da administra o lazer sa de e planejamento global Para a Associa o Brasileira de Qualidade de Vida ABQV citado por Juv ncio 2004 a qualidade de vida incorpora vari veis correspondentes sa de f sica ao estado psicol gico ao n vel de depend ncia s rela es sociais s cren as pessoais e ao relacionamento com o meio ambiente Vari veis estas que se resguardadas ao ambiente de trabalho reverter o em benef cios ao trabalhador Segundo Fontes 2003 o Relat rio de Desenvolvimento Humano divulgado pela Organiza o das Na es Unidas ONU revelou que o Brasil ocupou em 2001 a 69 posi o em rela o Qualidade de Vida no Trabalho QVT perdendo posi es para a Argentina 34 que atravessou uma s ria crise econ mica L bano 65 e Cro cia 46 que passaram por sangrentas guerras civis Esses dados t m sua explica o em grande parte no desequil brio causado pela valoriza o do investimento tecnol gico em detrimento do fator humano o que ocasionou nos trabalhadores baixos n veis de satisfa o consequ ncia da aus ncia de humaniza o no trabalho Nos Estados Unidos a Organiza o Mundial de Sa de OMS mostrou que em 1998 90 das doen as ocupacionais eram oriundas dos Dist rbios Osteomusculares 1 Relacionados ao Trabalho DORT causando um preju zo ao pa s de US 20 bilh es
144. m Sucesso citado por Fontes 2003 representa barreiras QVT podendo se transformar em insatisfa es em rela o profiss o organiza o e s rela es interpessoais Um grupo de trabalho pode ser definido como a composi o e graus de homogeneidade de todos os seus membros Assim sendo a intera o social uma parte bvia na constru o das ferramentas cognitivas individuais A partir disto observa se que esta individualidade influencia a 74 tomada de decis es num grupo de trabalho Segundo Alvarez 1996 o relacionamento 2 entre o grupo um fator a ser considerado na an lise das atividades coletivas que depende das condi es internas relativas equipe e s condi es externas relativas tarefa juntamente com a intera o destas duas condi es Do ponto de vista de satisfa o no trabalho o relacionamento social positivo um fator muito importante na contribui o da QVT A maior m dia de satisfa o 4 25 foi em rela o ao Relacionamento com o chefe de trabalho o que para Fontes 2003 representa uma caracter stica positiva j que ambientes com boas rela es entre os membros refletem posi es e posturas comportamentais capazes de proporcionar equil brio e desenvolvimento Segundo Santana 1996 as rela es no trabalho isto o apoio social dos colegas chefes e subordinados uma vari vel importante para a manuten o da sa de pois sabe se que a tens o emoc
145. m quest o Dessa forma recomend vel que o local possua como alternativa cadeiras para eventuais descansos Santos 1991 ressalta que a cria o de assentos de trabalho corretamente concebidos de forma a se evitar os efeitos negativos da solicita o f sica muito importante Pois embora a posi o sentada alivie as articula es dos p s dos joelhos e da regi o p lvica a solicita o exercida na coluna vertebral por outro lado n o fica minimizada uma vez que certas posi es menos favor veis podem causar muitos danos sa de Santana 1996 enfatiza que se a ergonomia tem como principal campo de a o a concep o de meios de trabalho adaptados s caracter sticas psicofisiol gicas do homem e de suas atividades torna se necess rio ent o garantir boas condi es de trabalho visando obter condi es de sa de e produtividade favor veis e que possam reduzir os riscos ergon micos para o trabalhador A partir das discuss es dos dados obtidos foi poss vel tecer algumas conclus es sobre a situa o de trabalho da lavanderia estudada que ser o relatadas a seguir 106 5 CONCLUSOES O setor de lavanderia caracterizado como um setor de apoio tem como finalidade fornecer roupas em perfeitas condi es de uso e higiene suprindo as demandas da institui o Dessa forma a lavanderia n o gera lucros e geralmente n o apresenta visibilidade social passando despercebida aos clientes externos da empresa
146. mpregador A preocupa o com a sa de e satisfa o dos funcion rios n o uma quest o de estrat gia empresarial mas sim uma garantia de sobreviv ncia tornando se importante a an lise das condi es f sicas do ambiente no posto de trabalho considerando as caracter sticas individuais do ser humano que 4 refletem nos niveis de desempenho e na qualidade de vida e satide dos trabalhadores TREBIEN et al s d Nas condi es de trabalho est o inclu dos todos os fatores que influenciam na performance e satisfa o dos trabalhadores na empresa envolvendo o trabalho em si o ambiente a tarefa a jornada de trabalho os sal rios al m de outros fatores relacionados com a QVT como alimenta o atividade f sica e todas as condi es gerais de sa de SANTANA 1996 Em conson ncia com as afirma es anteriores pode se afirmar que existe uma crescente preocupa o com ambientes de trabalho que ofere am condi es ideais a seus funcion rios visando propiciar ao trabalhador o desempenho de suas atividades com seguran a e qualidade Contudo estudos precisam ser desenvolvidos no sentido de preparar os administradores gestores deste ambiente de trabalho bem como trabalhadores para eliminar ou minimizar os danos causados por ambientes de trabalho mal concebidos e pela falta de prote o sa de dos trabalhadores H estudos que comprovam que o espa o de trabalho atua como um delineador ou um facilitador do trabalho co
147. ndo dessa forma tecer generaliza es 111 VESTIARIO DE ISITANTES ENTREGA BE UNIFORMES Escala 1 100 Figura 4 Planta baixa da situa o atual da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne estudada 112 Escala 1 100 Figura 5 Planta baixa com modifica es sugeridas para a lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne estudada 113 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ANDRADE S da C Avalia o T cnica Social Econ mica e Ambiental de dois Sistemas de Colheita Florestal no litoral norte da Bahia Vi osa MG 1998 125p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Ci ncia Florestal Universidade Federal de Vi osa 1998 ALVAREZ B R Qualidade de Vida Relacionada Sa de de Trabalhadores Um Estudo de Caso Florian polis 1996 79p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Universidade Federal de Santa Catarina 1996 BARROS J L P de MIOPTTO GABRIELLI J R TORELLI M BASTOS M A C de A SANTANA W F de Estudo de engenharia de seguran a do trabalho aplicado em uma lavanderia industrial hospitalar Niter i 1995 159 p Programa de P s Gradua o em Engenharia de Seguran a do Trabalho Universidade Federal Fluminense 1995 BARTOLOMEU T A Identifica o e avalia o dos principais fatores que determinam a qualidade de uma lavanderia hospitalar Um Estudo de Caso no setor de processamento de
148. ndo do trabalho onde a cada dia surgem novas doen as relacionadas ao tipo de atividade exercida adotar uma boa postura se torna cada vez mais importante pois esta fundamental para o desempenho das tarefas em que se exige for a f sica al m de favorecer a promo o da sa de e minimizar o estresse e o desconforto durante a jornada de trabalho Ergonomistas est o cientes da influ ncia do leiaute dos locais de trabalho sobre a capacidade ou habilidade para desempenhar a tarefa e de como a ado o de uma boa postura fundamental SANTANA 1996 Assim a autora complementa que a postura deve ser considerada em rela o s exig ncias dos fatores associados com a tarefa a ser executada em termos de necessidades visuais de alcance manipula o cargas posturais e cargas biomec nicas Dessa forma a postura resultante ser moderada por 103 qualquer constrangimento imposto pelo espa o dispon vel e obstru o do local de trabalho que limite a capacidade para ver alcan ar manter se em equil brio ou exercer for a Na lavanderia estudada a altura e a profundidade da m quina de lavar levam os trabalhadores a realizar movimentos desconfort veis Praticamente esses trabalhadores entram dentro da m quina para retirar as roupas molhadas que ficam 20 mais pesadas segundo Calegari 2003 devido ao excesso de gua que absorvem causando ao final do turno dores nos ombros Os mesmos movimentos s o realizados para retir
149. nimizar problemas de produtividade economizar tempo e energia dos trabalhadores pois as cargas de trabalho e as responsabilidades ser o distribu das eqiiitativamente SANTANA 1996 Pela Tabela 13 pode se constatar que 28 13 somando se 3 13 que est o muito insatisfeitos e 25 que se consideram insatisfeitos dos trabalhadores est o insatisfeitos com o tempo para lazer e conv vio familiar e 25 est o insatisfeitos com o desgaste f sico e mental causado pelo trabalho Essa insatisfa o com o tempo para lazer e conv vio familiar pode ser explicada pela influ ncia exercida pelo trabalho principalmente em turnos alternantes e noturnos na vida social e familiar De acordo com Santana 1996 s o grandes as dificuldades encontradas pelos trabalhadores submetidos a esses sistemas de trabalho de participarem de atividades s cio culturais e de lazer em grupo pois se torna mais dif cil participarem de atividades em hor rios fixos Tamb m h dificuldade para participa o em cursos regulares e comparecimentos a reuni es familiares ou de amigos ficando restrita tamb m a sua vida familiar uma vez que este conv vio passa a ser em fun o do hor rio de trabalho Em rela o insatisfa o com o desgaste f sico e mental provocado pelo trabalho Santana 1996 sugere que o trabalho em turnos alternantes ou noturnos imp e a necessidade de altera o de h bitos alimentares de sono e de descanso o que pode resultar em dist rbios
150. ntribuindo para o aumento de produtividade dependendo da forma como o trabalhador sente e percebe tal ambiente Desse modo as t cnicas de an lise e melhoria de leiaute tais como redefini o do fluxo de trabalho separa o de reas de trabalho dentre outras tanto em ambientes industriais como nas reas de apoio produ o como o caso da lavanderia contribuem para processos produtivos mais eficientes diminuindo investimentos e desperd cio de mat ria prima o que contribui para que o fluxo de produ o possa fluir Tamb m reduzem o retrabalho e as perdas resultantes de movimenta es desnecess rias devido a um leiaute inapropriado o que certamente beneficiar seus usu rios Estas an lises e ajustes podem otimizar a produ o muitas vezes demandando baixo investimento otimiza o de pessoal e atividades secund rias envolvidas al m de serem utilizadas como ferramentas para aumentar a flexibilidade melhorar a efici ncia e a produtividade Outro fato que justificou o desenvolvimento desta pesquisa que n o foram encontradas normas recomenda es ou literaturas espec ficas que estabele am como devem ser organizadas lavanderias para ind stria de abate e processamento de carne A partir destas considera es desenvolveu se o referido estudo para buscar melhorias na promo o do bem estar social e QVT em lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne uma vez que os animais tamb m possuem doen as
151. o o do equipamento ou quando ocorrem panes MINIST RIO DA SA DE 1986 O tempo de lavagem controlado pelo dosador autom tico de produtos qu micos que emite um alarme sonoro assim o operador programa a pr xima etapa do ciclo de lavagem J a centr fuga e as secadoras n o possuem nenhum dispositivo sonoro ou visual que avise ao operador o fim do processo Desta forma este precisa estar sempre atento para que n o sejam ultrapassados os tempos indicados para cada etapa Quando o operador se distrai e o tempo de secagem das roupas ultrapassado isto pode resultar em um desgaste maior das fibras do tecido e necessidade de reposi o do enxoval mais rapidamente gerando custos n o previstos empresa Os equipamentos de uma lavanderia por sua vez no cumprimento de suas fun es qual seja a higieniza o de roupas deveriam conforme ressalta Miguel 2005 minimizar o impacto do trabalho sobre o trabalhador Todavia s o estes os que 55 mais contribuem para o desgaste dos trabalhadores quando produzem calor trepida o e ru do em excesso rea suja n o possui press o negativa bem como exaustor com filtro qu mico como recomendado para impedir o fluxo de agentes biol gicos desta rea para as demais depend ncias da lavanderia N o h presen a de setoriza o feita por barreira f sica o ambiente nico Lisboa e Torres 1999 defendem que quando n o for poss vel instalar a m quina de bar
152. o trabalhador JUV NCIO 2004 A antropocentricidade da ergonomia pode resgatar o respeito ao homem no trabalho de forma a se alcan ar n o apenas o aumento de produtividade mas sobretudo uma melhor QVT SANTANA 1996 Santos 2000 ressalta que os conhecimentos ergon micos sobre as condi es t cnico ambientais do trabalho humano j est o bastante desenvolvidos e formalizados em normas espec ficas do sistema ISO Por outro lado no que se refere s condi es organizacionais de trabalho os conhecimentos ergon micos s o ainda sum rios e merecem estudos mais aprofundados Neste sentido fundamental que a ergonomia assuma a sua verdadeira dimens o organizacional muito importante para reestrutura o dos espa os f sicos de trabalho e determinante nos incidentes e acidentes que podem ocorrer nestes 2 5 Acidentes de trabalho Durante todo o percurso da hist ria do mundo do trabalho os acidentes de trabalho foram considerados problemas para a humanidade Isto por dois motivos o primeiro a suposi o de que o acidente de trabalho surgiu como uma consequ ncia da luta do homem pela sobreviv ncia e o segundo de que os acidentes geram interfer ncias indesej veis nas atividades humanas seja no mundo do trabalho ou em seu mundo s cio familiar A partir da Revolu o Industrial inglesa os acidentes de trabalho passaram a ser vistos como problemas sociais e que requerem aten o e medidas saneadoras ZOBOLE
153. ores 1 2 Descri o do espa o f sico da lavanderia e rea f sica constru da dimens o em m e Pisos antiderrapante cor homogeneidade quedas direcionadas para os ralos pr ximos aos equipamentos de lavar e centrifugar visualiza o de ac mulo de gua no piso po as e Paredes material de revestimento cor altura do revestimento altura do p direito presen a de quinas salientes presen a de pain is de aviso sinaliza es setas indicando dire es e extintores presen a de rodap e Ilumina o natural aberturas peitoril tamanho quantidade posi o das aberturas artificial quantidade tipo e distribui o das l mpadas intensidade da ilumina o e Aera o ventila o renova o do ar presen a de aberturas altura peitoril ventiladores e exaustores manuten o e estado de conserva o e Coberturas presen a de laje tipo de telha estado de conserva o presen a de calhas para a sa da de gua e Canaliza o para o escoamento da gua tipo ferro PVC localiza o exposto ou embutido e Portas quantidade tipo de material modelo largura altura largura diferenciada da porta principal de entrada e sa da de equipamentos e carrinhos para transporte das roupas e Janelas quantidade tipo de material tanto da estrutura da janela como do vidro que a comp e modelo largura abertura adequada a rea tamanho do ambiente e Tomadas e interrup
154. orretiva espa amento entre m quinas e paredes presen a de apoio para as roupas pr e p s secagem baldes cubas carrinhos e mesas ou outro tipo de apoio e rea de passadoria Presen a de superf cies de passar tamanho altura largura revestimento e quantidade presen a de apoio para as roupas pr e p s passadas carrinhos e mesas ferro el trico marca quantidade e modelo simples ou a vapor estado de conserva o manuten o preventiva ou corretiva 135 e Area de costura e ou reparos Presen a de m quinas de costura quantidade e tipo costura reta ou overloque presen a de mesas presen a de ferro el trico marca quantidade e modelo simples ou a vapor estado de conserva o manuten o preventiva ou corretiva dos equipamentos e Area de estocagem e distribui o Estante quantidade modelo material estado de conserva o mesa de controle Porta de sa da da roupa limpa diferente da porta de entrada da roupa suja e rea da chefia Presen a de m veis adequados para escrit rio mesas cadeiras condi es de visibilidade para controle de todos os setores e Banheiro para rea limpa Exclusividade para os trabalhadores da rea limpa chuveiro vaso sanit rio pia e arm rio pessoal e rea para lanche Presen a de pia mesa cadeiras fog o geladeira espa o suficiente para que todos os trabalhadores possam fazer suas refei es no local e Outras informa es
155. orretiva feita pela ind stria O espa amento entre a parede e a lavadora de 0 70 m entre lavadora e centr fuga de 0 71 m e a rea de circula o entre estes equipamentos de 0 465 m N o foi evidenciado na rea suja a presen a de exaustor e tanques as embalagens com os produtos qu micos que n o est o em uso ficam sobre um degrau constru do atr s da lavadora revestido por cer mica com as seguintes dimens es 3 42 m de comprimento 0 20 m de altura e 0 70 m de largura Os produtos em uso ficam no ch o pr ximo lavadora sendo estes dosados por dosadores autom ticos Deveria haver um local apropriado para armazenamento destes produtos que n o est o em uso 56 uma vez que ocupam espa o dentro da lavanderia dificultando a circula o dos trabalhadores Na rea suja n o h banheiro exclusivo para os trabalhadores da lavanderia conforme recomenda o Minist rio da Sa de todos utilizam os banheiros existentes nos vesti rios Dessa forma os trabalhadores circulam por outros ambientes com uniforme contaminado podendo contaminar estes ambientes Essa rea possui risco biol gico j que chegam roupas contaminadas por fezes urina e sangue das aves abatidas Observou se durante as visitas que os trabalhadores da rea mantinham contato direto com essas sujidades sem nenhum tipo de prote o Algumas vezes foi observada a lavagem e secagem de roupas e t nis de alguns trabalhadores juntamente com os uniformes
156. ortas e controles de equipamentos se abrem para o espa o de circula o 72 4 3 2 4 Condi es ambientais Com rela o s condi es ambientais embora 60 dos trabalhadores mencionassem que o calor no seu local de trabalho era suport vel 40 deles admitiram que o calor era insuport vel essa diferen a de 20 n o pode ser considerada significativa e deve se portanto verificar esta vari vel dentro do ambiente de trabalho Vale ressaltar que isso pode ser explicado pelo fato de que pessoas diferentes reagem tamb m de formas diferentes a cargas de estresse e tens o a que est o submetidas e que a sensa o de comodidade varia em fun o do vestu rio da idade da alimenta o e das condi es de sa de de cada indiv duo Pereira et al 2001 argumentam que uma das caracter sticas marcantes do ser humano sua capacidade de adapta o s situa es adversas Segundo os autores quanto maior o desafio maior ser a quantidade de defesas que as pessoas procurar o para enfrent lo Sendo assim a presen a de fontes de press o e tens o n o implica necessariamente no surgimento de danos sa de dos trabalhadores pois estes tentam se adaptar a novos desafios e mudan as constantemente No que diz respeito ventila o existente na lavanderia 72 72 dos respondentes afirmaram que a mesma n o adequada pois na lavanderia h falta de ventila o e renova o de ar visto que as aberturas s o insuficient
157. os qu micos utilizados na lavanderia n o incomoda os trabalhadores 125 APENDICE E PERFIL SOCIO CULTURAL DO TRABALHADOR Sexo masculino feminino Idade Escolaridade nenhum ensino fundamental incompleto ensino fundamental completo ensino m dio incompleto ensino m dio completo outro Local de origem zona rural zona urbana Cidade Estado Local onde reside zona rural zona urbana Cidade Estado Estado Civil solteiro casado separado desquitado divorciado vitvo outro N mero de dependentes Idade do s dependente s Renda em sal rios m nimos SM at 1 SM la3SM 3a5SM acima de 5 SM H quanto tempo trabalha na lavanderia Forma de Contrata o efetivo carteira assinada tempor rio outro 126 AP NDICE F AVALIA O DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO QVT TRABALHADORES DA LAVANDERIA Assinale o setor onde trabalha lavagem centrifuga o secagem rouparia costura supervis o Ne SES a Sy eo or o CS outro Citar Turno Manh Tarde Noite Sexo Masculino Feminino Tempo de trabalho na lavanderia Idade Estado Civil N mero de filhos 127 Para responder as pr ximas quest es use os seguintes crit rios abaixo O n vel 1 significa Muito insatisfeito O n vel 2 significa
158. otas que os coloquem como satisfeitos essas notas apresentam o valor m nimo para o referido n vel Dessa forma aos administradores e ou gestores do ambiente de trabalho no intuito de maximizar a satisfa o de seus funcion rios cabe a responsabilidade de zelar para que ambiente e funcion rio se apresentem em condi es adequadas de seguran a A preven o de acidentes deve ser considerada fato comum e rotineiro no desempenho das atividades Portanto preciso que toda empresa desenvolva continuamente essa 89 pol tica assegurando que administradores gestores e funcion rios estejam cientes de suas responsabilidades na diminui o de riscos e acidentes bem como na obten o da satisfa o com o trabalho realizado Deve tamb m promover e refor ar pr ticas seguras de trabalho e proporcionar ambientes de trabalho livre de riscos de acordo com a obrigatoriedade das legisla es municipais estaduais e federais pois se trata da vida e do bem estar de seres humanos GON ALVES 1988 4 5 Identifica o da QVT no setor estudado anseios limita es e necessidades para se obt la sob o ponto de vista do trabalhador Esta etapa do estudo consistiu na realiza o de uma entrevista visando buscar o que os trabalhadores da lavanderia entendiam por QVT uma vez que segundo a literatura consultada este um conceito muito subjetivo que depende da diversidade das prefer ncias humanas das diferen as individuais dos
159. pe de Seguran a do Trabalho da empresa nunca ocorreu um acidente de trabalho relacionado lavanderia Os dados oficiais n o t m registro de casos de acidentes de trabalho envolvendo trabalhadores da lavanderia embora alguns trabalhadores durante as visitas sofreram ou relataram pequenos acidentes como escorreg es e cortes nas m os As condi es ambientais de trabalho na lavanderia estudada precisam ser melhoradas por meio da elabora o de um sistema mais eficiente de ventila o e renova o do ar redu o dos ru dos melhor higieniza o e arruma o do local bem como aumento da capacidade dos equipamentos para evitar o ac mulo de servi o Segundo Zobole 2003 considerado desestimulador para o trabalhador a exist ncia de uma situa o prec ria de conforto na lavanderia Observou se durante as visitas que dentro da lavanderia havia bolsas com pertences dos funcion rios roupas e cal ados penduradas formando um amontoado de objetos de uso pessoal que deveriam estar em arm rios individuais conforme recomenda a NR 24 79 A m dia geral considerando todos os aspectos do fator Condi es de Trabalho equivalente a 3 7 expressa de certa forma que os trabalhadores da lavanderia est o satisfeitos com as condi es que lhes s o oferecidas embora muitas delas estejam adversas ao que considerado ambiente de trabalho seguro e salubre conforme pode ser visualizado na Tabela 11 80 08 Tabela 11 N
160. pr prias e algumas destas podem ser transmitidas aos homens como a brucelose gripe avi ria toxoplasmose febre aftosa tuberculose dentre outras 1 2 Objetivos 1 2 1 Geral Estudar a QVT dos trabalhadores de uma lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne visando compreender algumas condi es de riscos ambientais f sicos biol gicos e ergon micos e s cio culturais 1 2 2 Espec ficos gt Tra ar o perfil s cio cultural do trabalhador da lavanderia analisada gt Caracterizar o ambiente de trabalho a ser analisado gt Avaliar a efici ncia e ou inefici ncia do ambiente de trabalho segundo a percep o do trabalhador gt Avaliar a QVT dos trabalhadores da lavanderia analisada gt Identificar como cada trabalhador do referido estudo define QVT no setor estudado quais s o seus anseios limita es e necessidades para obt la gt Levantar os poss veis riscos ambientais que o ambiente de trabalho da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne pode oferecer ao trabalhador 2 REVISAO BIBLIOGRAFICA Esta se o foi estruturada com o intuito de estabelecer uma fundamenta o te rica e conceitual para o desenvolvimento do tema em quest o buscando apresentar literatura sobre fatores ambientais e riscos em lavanderia riscos biol gicos na lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne arranjo produtivo e leiaute o papel da ergonomia na a o proj
161. preocupa o com o trabalho bem feito ser o tanto mais fortes se a empresa se interessar efetivamente pelas pessoas Desta forma as empresas t m se preocupado com as condi es de trabalho as quais englobam tudo o que influencia o trabalhador dentro de uma organiza o como o posto de trabalho o ambiente os meios a tarefa a jornada a organiza o temporal a remunera o a alimenta o saud vel a sa de e o bem estar Pinto e Souza 2000 enfatizam que com a QVT procura se a satisfa o das necessidades individuais durante e para a realiza o da tarefa de forma que passem a 26 ser alcan adas tamb m no pr prio ambiente de trabalho Para Fontes 2003 o setor de processamento de roupas se insere neste contexto porque caracterizado na maioria das vezes como local onde se desenvolve um trabalho intenso exigindo dos trabalhadores alta produtividade em tempo limitado e em condi es geralmente insalubres e inadequadas Constantemente os trabalhadores de lavanderia s o submetidos a v rias situa es que afetam a QVT o que pode vir a influenciar na conviv ncia em fam lia Filho e Mazzili 1996 enfatizam que as viv ncias do trabalhador em seu ambiente de trabalho repercutem em seu contexto dom stico e social exercendo influ ncia na qualidade de suas rela es e interferindo na sua vida como um todo Dessa forma a QVT para os trabalhadores fica comprometida pois esses fatos aliados s m s condi
162. procedimentos do servi o Dessa forma pode se inferir que centenas de empresas ainda n o conhecem suficientemente o valor e a necessidade de treinamentos a seus funcion rios 87 De acordo com Fontes 2003 o treinamento necess rio n o s por capacitar o profissional tecnicamente mas principalmente por desenvolver no trabalhador o senso cr tico e a motiva o para a ger ncia participativa Silva et al 2002 salientam que o conhecimento do perfil dos trabalhadores de grande import ncia para o desenvolvimento de trabalhos referentes a treinamentos orienta es e interfer ncias no ambiente de trabalho entre outros Em um programa de treinamento indispens vel identifica o de caracter sticas do trabalhador como o grau de escolaridade e a experi ncia na profiss o que s o indicativos para delinear a forma de abordagem dos temas durante o treinamento Dessa forma o treinamento e a reciclagem dos trabalhadores s o fatores importantes para a produtividade e a seguran a dos mesmos Zocchio citado por Zobole 2003 considera importante tanto o treinamento formal ministrado pelo setor de treinamento ou por consultores especializados quanto as simples corre es praticadas pelos superiores com seus subordinados no dia a dia Outro problema detectado na lavanderia em estudo foi em rela o forma o do chefe do setor que possui apenas o segundo grau completo escolaridade insuficiente para desempenhar tal fun
163. que n o permitido trabalho sem a ado o de medidas adequadas de controle Sendo assim a temperatura no ambiente de trabalho analisado um fator que requer controle e melhorias imediatas para garantir salubridade ao trabalhador visto que as pausas recomendadas n o s o praticadas pois um ambiente aquecido desencadeia no organismo um aumento da transpira o que acarreta a diminui o da capacidade de trabalho acelera o do ritmo card aco e hipertens o Os n veis m dios encontrados em rela o s vari veis que foram medidas podem ser visualizados na Tabela 17 10 Tempo nublado alguns per odos de melhoria e chuva a qualquer hora do dia com temperaturas variando entre 20 e 31 C durante o dia e 19 e 26 C noite segundo o site climatempo Classifica o feita de acordo com a Norma Regulamentadora 15 NR 15 e Norma de Higiene Ocupacional 06 NH06 do Minist rio do Trabalho e Emprego Para este tipo de atividade a NR 15 estabelece que o trabalho s pode ser executado sem pausas se a temperatura limite for de 26 7 C acima desta temperatura as pausas passam a ser obrigat rias e com dura es vari veis 93 Tabela 17 N veis m dios encontrados em rela o s vari veis f sicas medidas Visconde do Rio Branco MG 2005 Fator N veis recomendados N veis encontrados 7 a 27 48 C dia IBUTG At 26 7 C 26 04 C noite Ru do M ximo 85 dB 68 79 dB rea suja 300 lux 320 lux
164. r aten o QVT e ergonomia tem se tornado uma tend ncia pois a perspectiva de promover envolvimento e motiva o no ambiente de trabalho favorecendo um incremento na produtividade corrobora para que a satisfa o das necessidades individuais seja alcan ada no pr prio ambiente de trabalho 109 6 RECOMENDACOES A an lise dos dados acumulados neste estudo sugere que certas mudan as devem ser feitas de forma imediata como programas de capacita o para os trabalhadores treinamentos instala o de sistema de exaust o e ventila o eficiente melhorando a temperatura e aera o na lavanderia e instala o de barreira de contamina o Sugere ainda outras mudan as que envolvem tempo e recursos financeiros como reestrutura o de reas aquisi o de equipamentos modernos e com maior capacidade Tais mudan as aumentariam a satisfa o dos trabalhadores que se sentiriam valorizados pela empresa Entretanto a execu o dessas medidas demanda gastos que implicam na aplica o de grande montante de recursos financeiros Para contornar essa situa o poderia ser realizado um projeto de modifica o do leiaute ao qual apresenta se algumas sugest es que podem ser visualizadas nas Figuras 4 e 5 definindo metas a serem cumpridas a curto m dio e longo prazo Outra sugest o seria que a lavanderia fosse administrada por um profissional com perfil adequado para desenvolver a es e processos no setor visando in
165. ra o estudo Entretanto o estudo de caso possui algumas limita es como a falta de rigidez metodol gica dificuldade para se fazer generaliza es e a necessidade de longo tempo destinado pesquisa GIL 1999 3 1 Local de estudo A cidade de Visconde do Rio Branco localizada na Zona da Mata Mineira foi fundada em 1881 Compreende uma rea total de 242 km que abriga uma popula o de 35 196 habitantes situada a uma altitude de 352 m e densidade demogr fica de 135 51 hab km IBGE 2005 O local de estudo foi a lavanderia de uma ind stria de abate e processamento de carne a qual possui uma unidade situada na cidade de Visconde do Rio Branco MG onde a partir da autoriza o do setor administrativo da empresa os dados foram coletados 30 Esta unidade respons vel pelo abate e industrializa o de aves com um volume de produ o de 3 000 000 de aves por m s Na produ o est o alocados 1783 trabalhadores sendo que destes 31 s o funcion rios da lavanderia 3 2 Popula o e amostra A lavanderia local utilizado para obten o dos dados do estudo respons vel pela higieniza o das roupas usadas pelos trabalhadores do setor de produ o de uma ind stria de abate e processamento de carne que est localizada na cidade de Visconde do Rio Branco MG A popula o deste estudo constitu da por 31 trabalhadores da referida lavanderia que compreendeu o universo de an lise sendo este
166. rabalha seja eficiente os dados da Tabela 3 revelaram que para os trabalhadores vari veis de ordem f sica como espa o ventila o e ru do s o fundamentais para que a lavanderia seja eficiente O Minist rio da Sa de 1986 ressalta que a lavanderia um ambiente que produz ru do e trepida o 63 devendo por isso receber tratamento ac stico a fim de n o receber o ru do externo visando o conforto dos trabalhadores e evitar a propaga o do ru do interno para outros ambientes Em rela o ventila o o referido rg o salienta que esta deve proporcionar um ambiente de trabalho adequado aumentando a efici ncia do pessoal e impedindo a dissemina o de microrganismos pelo ambiente P de se inferir tamb m que vari veis de aspecto organizacional como apoio operacional dos coordenadores organiza o da lavanderia separa o de roupas por tipo de sujidade e cor durabilidade e descarte dos uniformes e o controle dos custos essencial para resguardar a lavanderia eficiente Com rela o coordena o da lavanderia o Minist rio da Sa de 1986 recomenda que esta seja nica pois possibilita a obten o de um funcionamento harmonioso e uma produ o eficiente no que concerne ao controle do enxoval do material dos m todos de trabalho e do desempenho dos trabalhadores envolvidos no processo Ressalta ainda que a supervis o sistem tica permite a detec o precoce de problemas os quais constituem obst
167. ratura A umidade relativa do ar que deveria ser de no m nimo 40 conforme a NR 17 e no m ximo 60 segundo recomenda es de Castro e Chequer 2001 tamb m ultrapassou esses limites atingindo 69 9 a 79 8 contribuindo para a sensa o de desconforto no ambiente de trabalho a transpira o excessiva a baixa troca de calor com o ambiente favorecendo ao aumento da sensa o de calor pelo trabalhador A n o circula o do obriga o corpo a lutar contra o calor irradiado pela m quina de lavar secadora e ferro el trico Se o ar estiver muito mido a perda de calor do corpo ser ainda mais penosa e uma sensa o de mal estar impedir a realiza o de um trabalho eficiente Apesar dos n veis de temperatura ru do e ventila o n o estarem favor veis ao desenvolvimento do trabalho com seguran a muitos trabalhadores n o os percebiam desta forma Isto pode ter sua explica o pelo fato de que os mesmos dizem estar acostumados ao ambiente e s suas condi es n o percebendo a insalubridade do local ou pelo fato de que as pessoas reagem de forma diferente s mesmas cargas de tens o e desconforto vivenciadas no seu ambiente de trabalho A empresa faz a medi o do ru do uma vez por ano a temperatura foi medida pela primeira vez no ano de 2005 outubro a ilumina o medida conforme a demanda pois o lux metro se encontra quebrado e a ventila o e a umidade relativa do ar nunca foram medidas pois a emp
168. rcula o n o s o adequadas para o deslocamento de carrinhos e para o tr nsito das pessoas H cruzamento de roupas sujas com limpas pois a roupa limpa pronta para o uso percorre toda a lavanderia inclusive rea suja para ser armazenada no setor de distribui o A roupa suja advinda do setor de abate das aves chega lavanderia pela porta principal passa pela chamada rea limpa at chegar rea de separa o de roupas sujas A distribui o e localiza o dos equipamentos n o s o feitas de forma adequada como se recomenda para uma lavanderia pois a m quina de lavar fica junto aos equipamentos da rea limpa quando deveria ficar isolada por barreira f sica na rea suja Manuten o dos equipamentos embora o chefe da lavanderia afirmasse que os equipamentos recebem manuten o preventiva e corretiva o que se p de observar e constatar pelas panes apresentadas por alguns equipamentos e tamb m pelos relatos dos trabalhadores que esta manuten o preventiva raramente ocorre O que ocorre normalmente a manuten o corretiva o que gera interrup o das atividades e conseqiiente atraso na produ o A manuten o preventiva consiste em medidas de controle peri dicas como vistorias ajustes de equipamentos e instala es lubrifica o lavagem pintura e limpeza enquanto a manuten o corretiva compreende as opera es de reparo e reposi o que s o feitas no pr prio local e outras que demandam rem
169. rdua e solit ria em uma caminhada alegre enriquecedora compartilhada inesquec vel Jane Larice Juny Cida Aline Ana Paula Joesse Sirle Andresa Regina Adriane S nia Fernando Poliana Eraldo Denilma e Fl via s minhas amigas Cida Aline Ana Paula e Joesse que nesse per odo tornaram se minhas irm s dividindo somando e compartilhando comigo cada momento de felicidade de d vida de ang stia de alegria e de vida fam lia Marques Ricardo Cida Ant nio Augusto e Lu s Fernando pela amizade colabora o pelo carinho e incentivo sempre Ao grupo de estudos de Estat stica F bio Aline e Fernando pelos ensinamentos pelas dificuldades e alegrias pelas quais passamos durante a disciplina INF 662 Saudades A Universidade Federal de Vi osa por possibilitar meu crescimento profissional e pessoal Ao Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica pela oportunidade de desenvolver o estudo e aos professores que permitiram questionaram e contribu ram para este meu caminhar Aos funcion rios do DED Alo sia Roberto Jo o Fifi Jamadge e Lena pela efici ncia e solicitude sempre demonstrada me auxiliando na realiza o deste estudo empresa pesquisada e aos trabalhadores da lavanderia por permitir o desenvolvimento do estudo em suas depend ncias pelas informa es fornecidas e pela liberdade na coleta de dados possibilitando assim a concretiza o do trabalho CAPES pelo aporte financ
170. reira a administra o dever providenciar uma separa o com barreira f sica entre as lavadoras e o restante da lavanderia para evitar que todo o ambiente seja contaminado pois no caso da roupa que foi desinfectada na lavadora acabaria se reinfectando na centr fuga e nas demais etapas N o foi observada a presen a de porta de entrada diferenciada para chegada da roupa suja utiliza se o culo que um tipo de abertura em parede revestido por a o inoxid vel geralmente utilizado para arejar e clarear o ambiente posicionados um em cada vesti rio masculino e feminino para os trabalhadores da produ o direcionarem seus uniformes que est o sujos para serem lavados N o h bancadas para a separa o das roupas sujas sendo as roupas depositadas e separadas no ch o o que leva os trabalhadores adotarem posturas incorretas n o ergon micas como a flex o de pernas e tor o de tronco no momento da separa o das pe as a serem higienizadas al m de contribuir para o aumento da contamina o das roupas pela sujidade do piso A m quina de lavar n o de barreira nem autom tica requerendo portanto mais aten o dos operadores para o inicio fim de cada etapa de lavagem Estas possuem as seguintes caracter sticas capacidade 100 kg atualmente insuficiente para a demanda de roupa higienizada diariamente na lavanderia modelo 109 da marca Santo Andr Apresenta bom estado de conserva o manuten o c
171. resa n o possui os equipamentos necess rios para isso 13 EL s PR E E A lavanderia constru da dentro dos vesti rios feminino e masculino conforme pode ser observado na planta baixa no Anexo 1 95 Conforme corrobora e esclarece Santana 1996 o equil brio t rmico influenciado pelo tipo de atividade f sica e pelos par metros ambientais tais como a temperatura do ar temperatura m dia radiante dos equipamentos velocidade do ar e umidade relativa Por causa das diferen as metab licas de cada pessoa torna se dif cil estabelecer um n vel de conforto t rmico que satisfa a a todos os indiv duos ao mesmo tempo Contudo poss vel especificar condi es t rmicas aceit veis para um grupo de pessoas em um determinado ambiente onde haja a satisfa o de pelo menos 80 dos indiv duos As condi es f sicas desfavor veis como o excesso de calor ru dos exagerados ventila o deficiente luzes inadequadas aspectos ergon micos insatisfat rios dentre outros no ambiente de trabalho tamb m colaboram para o aumento do n vel de estresse SANTANA 1996 Em rela o aos equipamentos pode se afirmar que a centr fuga o equipamento que mais produz ru do no ambiente com m dia de 79 dB A a secadora o equipamento que mais gera calor e a lavadora por n o ser lavadora extratora colabora para aumentar a umidade do ambiente Estes tr s fatores combinados contribuem para a insalubridade do local Sendo as
172. ri veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o Dimens o do espa o f sico segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o s Condi es ambientais segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 P gina 63 65 67 68 70 12 73 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Integra o social Visconde do Rio Branco MG 200d iicsisissecedas aces tra Lose s deva sb UEM Do Saba s vadias ETA iso bia ed toes N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Compensa o Visconde do Rio Branco MG 2005 os seins sais o pd a eea N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto s Condi es de trabalho Visconde do Rio Branco MG 2005 essi essas toquei a oa sat ada Paces Ran SIE O aA nN EK N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne quanto Sa de Visconde do Rio Branco MG QOOD E E E AEE ES N vel de satisfa o dos trabalhadores da lavanderia de ind stria de ab
173. ros e as pernas pois os mesmos apresentaram queixas como dores nas costas decorrentes dos movimentos repetitivos da demanda de trabalho e das caracter sticas dos postos de trabalho Segundo este estudo a idade e a experi ncia tamb m impactam no risco de DORT s sendo que os mais velhos e mais experientes desenvolvem modos operat rios que tendem a minimizar estes riscos Aliado a essa realidade existe o fato de que nesse local de trabalho s o alocados trabalhadores com pouca ou sem escolaridade Segundo Zobole 2003 este fato corrobora a tese de que os trabalhadores de lavanderia comp em a base da pir mide social urbana e de que entre os diferentes ramos da atividade econ mica o setor que emprega um grande contingente de trabalhadores no aspecto s cio econ mico considerados mais carentes A admiss o de trabalhadores com pouca ou sem instru o pode se reverter em problemas de sa de aos mesmos constituindo se dessa forma um risco uma vez que estes trabalhadores podem apresentar dificuldades de entendimento e compreens o de normas e t cnicas de higieniza o de roupas riscos e posturas adequadas tornando se mais vulner veis aos riscos inerentes ao trabalho em lavanderia e aos acidentes de trabalho Prochet 2000 disserta que para oferecer menor risco de contamina o e acidentes aos funcion rios que executam a limpeza desinfec o e esteriliza o das roupas necessita se estabelecer procedimentos com rela o
174. roupas do Hospital Universit rio de UFSC Florian polis 1998 143p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Universidade Federal de Santa Catarina 1998 BOA VENTILA O melhora produtividade Lavanderia amp Cia S o Paulo SP abr mai jun n 114 p 14 1996 BRAGA G M Fatores que afetam a satisfa o no trabalho na Empresa de Assist ncia T cnica e Extens o Rural EMATER Minas Gerais Vi osa MG 1978 168p Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Economia Rural Universidade Federal de Vi osa 1978 114 BRASIL Minist rio do Trabalho e Emprego NR 9 Riscos Ambientais Disponivel na Internet lt http www mte gov br Empregador segsau ComissoesTri ctpp oquee conteud o nr9 default asp gt Acesso em 01 mar de 2005 Minist rio do Trabalho e Emprego NR 15 Atividades e Opera es Insalubres Dispon vel na Internet lt http www mte gov br Empregador segsau ComissoesTri ctpp oquee conteudo nr15 default asp gt Acesso em 01 mar de 2005 Minist rio do Trabalho e Emprego NR 17 Ergonomia Dispon vel na Internet lt http www mte gov br Empregador segsau ComissoesTri ctpp oquee conteud o nr17 default asp gt Acesso em 01 mar de 2005 Minist rio do Trabalho e Emprego NR 24 Condi es Sanit rias e de Conforto nos Locais de Trabalho Dispon vel na Internet lt http www mte gov br Empregador segsau ComissoesTri ctpp oquee con
175. s exposi o de agentes biol gicos que agem de forma s bita sendo letais em alguns casos Al m disso dada as suas peculiaridades geralmente o trabalhador n o sabe que est se expondo a um agente biol gico que por ser microsc pico o impede de se preservar ou evitar a exposi o VENDRAME s d Dessa forma a preven o e o controle dos agentes biol gicos s o negligenciados pela maioria dos trabalhadores por desconhecerem os riscos inerentes a tais agentes em seu ambiente de trabalho O Brasil ainda prescreve em sua legisla o compensa o financeira aos riscos provenientes do trabalho sujeito s condi es insalubres e situa es de periculosidade conhecido como monetiza o do risco que al m de se constituir em nfima parcela monet ria acaba fazendo parte da renda do trabalhador induzindo o empregador a n o empreender quaisquer medidas de prote o limitando se remunera o do adicional de insalubridade VENDRAME s d Segundo o referido autor pouco se tem falado e publicado sobre o assunto que n o risco exclusivo de ind strias pois tamb m insepar vel das atividades hospitalares Como a exemplo do processamento de roupas contaminadas onde os 11 colaboradores est o expostos a diversos agentes biol gicos que s o seres microsc picos e por trazerem esta caracter stica fazem com que o trabalhador seja c tico com rela o sua exist ncia e amea a n o realizando preven o
176. s com tais riscos os veterin rios e zo logos e os trabalhadores de abatedouros VENDRAME s d 13 neste contexto que se inserem os trabalhadores de lavanderia da ind stria de abate e processamento de carne quando estes estiverem em contato com fezes sangue v sceras e carne de animais estando a inclu dos os portadores de mol stias infecto contagiosas tais trabalhadores estar o expostos ao risco biol gico Estudos desenvolvidos na rea de microbiologia revelaram que um grande n mero de bact rias Jogado no ar durante o processo de separa o da roupa suja contaminando todo o ambiente MINIST RIO DA SA DE 1986 KONKEWICZ 2003 Dessa forma os riscos ocupacionais devidos aos agentes biol gicos encontram se distribu dos na estrutura de uma lavanderia sofrendo varia es na propor o direta em que h contatos mais intensos e diretos com excre es secre es sangue e outros fluidos corporais A roupa suja geralmente cont m uma grande quantidade de microrganismos Conforme Mesiano e Santos s d na literatura especializada existem relatos com contagens que v o de 10 at 10 bact rias por 100 cm de tecido Os principais pat genos encontrados s o bastonetes Gram negativos destacando se enterobact rias e Pseudomonas spp Os Gram positivos mais comuns s o Staphylococcus sp Nestas situa es a agita o da roupa suja e molhada pode contaminar o ar atrav s da suspens o de part culas e da form
177. s de decis o do trabalho de cada um Quanto ao que se espera ou almejado pelos trabalhadores para que o ambiente possa lhes oferecer QVT os aspectos como melhorias do espa o f sico da ventila o do ru do e da temperatura tiveram expressiva cita o revelando como em outras etapas a necessidade de uma interven o no ambiente de trabalho estudado visando adequar estes fatores que certamente contribuir o para a eleva o do n vel de satisfa o dos trabalhadores em rela o sua QVT As caracter sticas do trabalho t m sido consideradas como um fator determinante para a satisfa o do trabalhador por ser capaz de reduzir as taxas de absente smo aumentar a produtividade melhorar a auto estima a motiva o e o desempenho do trabalhador Assim sendo Santana 1996 salienta a necessidade do entendimento dos diversos fatores de melhoria das condi es de trabalho pois este pode constituir se em 91 uma base s lida para se atingir maior produtividade de maneira que o trabalho se desenvolva sem interferir na sa de do trabalhador aumentando a satisfa o e diminuindo os ndices de absente smo e acidentes Apesar do n vel de satisfa o com a QVT verificado na etapa anterior e tamb m nesta etapa apresentar se como Satisfeito pode se afirmar que quando os trabalhadores t m a oportunidade de falar sobre satisfa o no ambiente de trabalho os mesmos acabam por solicitar melhorias no ambiente Podendo a
178. se desenvolvem na sujidade Dessa forma o processo de higieniza o da roupa passou a ser feito com a finalidade de eliminar completamente as sujidades fixadas nestas restituindo lhe um n vel bacteriol gico aceit vel de forma a preservar as fibras e as cores mantendo a maciez e a elasticidade Acredita se que um ambiente de trabalho t o insalubre quanto uma lavanderia seja ela hospitalar industrial ou comercial deve ter sua organiza o compat vel com as normas para laborat rios de seguran a biol gica devido sua alta taxa de risco para os que ali operam e utilizam produtos advindos deste setor Informa o verbal Vendrame s d finaliza enfatizando que a legisla o brasileira pobre na caracteriza o dos riscos biol gicos instituindo adicional para uns poucos riscos nominados n o exigindo qualquer an lise quantitativa somente uma an lise qualitativa deixando de lado atividades t picas classificadas como de risco biol gico A melhor prote o que se poderia oferecer ao trabalhador a informa o pois de nada valeria os EPIs se estes forem empregados incorretamente tendo a neglig ncia ainda como forte aliada dos riscos biol gicos que fazem do trabalhador especialmente o desqualificado alvo f cil desta amea a 2 3 Arranjo produtivo e leiaute Notoriamente o estudo de leiaute de ambientes de trabalho vem ganhando relev ncia medida que constitui um quesito importante para se obter QVT aumento
179. se encarregavam da supervis o e o restante 21 87 pertencia ao setor de vesti rio desenvolvendo atividades de limpeza dos banheiros e vesti rios e em alguns momentos da pr pria lavanderia quando os funcion rios da mesma deveriam se dedicar exclusivamente atividade de higieniza o das roupas Na etapa onde buscou se tra ar o perfil dos trabalhadores o n mero de respondentes foi 30 Analisando as caracter sticas do perfil dos trabalhadores estudados constatou se que 56 67 eram do sexo feminino e 43 33 do sexo masculino conforme pode ser visualizado no Gr fico 1 Os respons veis por desempenhar as atividades de lavagem centrifuga o secagem e tamb m a supervis o eram todos do sexo masculino Resultado semelhante foi encontrado por Fontes 2003 ao pesquisar uma lavanderia hospitalar em Belo Horizonte MG por Calegari 2003 numa lavanderia hospitalar em Porto Alegre RS e Bartolomeu 1998 em seu estudo na lavanderia do Hospital Universit rio da UFSC onde as mulheres n o trabalhavam nos postos de lavagem centrifuga o e secagem os quais exigiam mais for a bra al Tais dados reafirmam a tend ncia de se contratar homens para desenvolver atividades ditas mais pesadas numa lavanderia ou seja em atividades que exigem for a f sica o que em um passado n o muito distante era dif cil imaginar uma vez que a higieniza o das roupas sempre esteve ligado culturalmente mulher As atividades de costur
180. secadoras a cada t rmino de turno As prateleiras estavam com excesso de p foram evidenciadas bolas de p los se formando debaixo das estantes o piso em torno da lavadora e centr fuga tinha aspecto de encardido o ch o geralmente estava sujo de res duos de p o pap is de balas e bombons Observou se que os funcion rios n o utilizavam nenhuma t cnica de limpeza nem dispunham de materiais e utens lios de uso exclusivo da lavanderia para efetu la Tabela 6 Resumo das vari veis mais expressivas quanto efici ncia inefici ncia do ambiente de trabalho em rela o sua Organiza o segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Disposi o das reas e equipamentos 69 69 Limpeza di ria da lavanderia 96 96 Limpeza correta da lavanderia 100 00 RR N mero de pessoas entrevistadas 33 Essa atitude por outro lado pode ser vista como uma preocupa o dos trabalhadores com sua seguran a no ambiente de trabalho visando evitar acidentes em fun o do piso molhado 70 A lavanderia parecia um dep sito onde se encontravam vasos sanit rios e suas respectivas tampas para serem trocados caixas de papel o com uniformes a serem descartados embalagens de produtos qu micos que n o est o sendo utilizadas dentre outros Sendo assim pode se inferir que os trabalhadores n o se esfor avam para manter o espa o de trabalho organizado e com boa apar ncia nem se preocup
181. sim as condi es m nimas de conforto e seguran a na lavanderia analisada n o s o encontradas uma vez que os fatores acima mencionados de alguma forma n o atendem s normas e aos limites prescritos para um ambiente de trabalho desta natureza como o caso da lavanderia Para Santana 1996 a melhoria das condi es de trabalho constitui se num alvo a ser perseguido para se conseguir um trabalho mais prazeroso de melhor qualidade e com menos estresse para o trabalhador gt Riscos biol gicos A lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne um ambiente prop cio ao crescimento e desenvolvimento de microrganismos como bact rias e fungos uma vez que a umidade o calor e a presen a de mat ria org nica prot ica s o constantes neste ambiente A roupa processada na lavanderia em estudo cont m v rios tipos de agentes biol gicos presentes nas sujidades como fezes urina e sangue que podem ser prejudiciais ou n o ao homem por isso requer manuseio cauteloso Por m nesta lavanderia e principalmente na rea de separa o de roupas sujas essa cautela n o foi observada pois n o existia isolamento da rea havia fluxo cruzado de roupa limpa com roupa suja trabalhadores manipulavam roupas sujas sem o devido uso de EPI s 96 recomendados e se ausentavam freqiientemente da lavanderia sem se descontaminarem Resultado este tamb m encontrado por Zobole 2003 no estudo realizado em uma lavanderia hospita
182. smo causador da tuberculose humana o bacilo de Koch al m de outras doen as s quais os trabalhadores est o suscept veis em qualquer ambiente de trabalho Outro aspecto a ser relatado a inexist ncia de normas t cnicas manuais ou qualquer outro tipo de refer ncia que se destine lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne especificamente Em contato com a Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria ANVISA a mesma informou que as informa es existentes e dispon veis sobre lavanderia referem se exclusivamente lavanderia hospitalar e que ainda n o h legisla o espec fica nem normas ou manuais t cnicos sobre lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Dessa forma a inexist ncia de normas e ou orienta es e recomenda es espec ficas para lavanderias de ind stria de abate e processamento de carne que se caracterizam como sendo um espa o de trabalho onde os trabalhadores est o expostos aos mais diversos riscos refor a a necessidade de pol ticas que considerem as quest es espec ficas dos diversos ambientes de trabalho de forma que sejam implantadas a es eficazes e din micas de preven o dos riscos biol gicos ergon micos e de acidentes de trabalho e que tamb m corroborem para a redu o de danos f sicos e de sa de ao trabalhador minimizando problemas familiares de ordens psicol gica social laboral e principalmente econ mica gt Riscos ergon micos No mu
183. so se o trabalho for executado por m todos manuais e semimecanizados as atividades podem exigir elevada carga de trabalho f sico favorecendo grande gasto energ tico causando danos coluna vertebral e demais articula es do corpo Bustamante et al 1998 complementam dizendo que os acidentes de trabalho s o causados muitas vezes por atos inseguros do trabalhador ou pela pr pria condi o de inseguran a do trabalho tais como trabalhar sem EPI operar m quinas desprotegidas ajustar m quina em movimento desobedecer a avisos e normas de seguran a n o exigir limpeza e ordem no local de trabalho dentre outros mais vantajoso trabalhar a preven o do acidente do que conhecer a causa ou motivo de sua ocorr ncia pois os problemas econ micos e sociais acarretados pelos acidentes de trabalho atingem n o s o acidentado mas tamb m os colegas de trabalho a empresa a sociedade e o pa s PEREIRA MACHADO 1989 Barros et al 1995 salientam que os acidentes de trabalho podem trazer s rios preju zos empresa Estudos realizados em empresas que tiveram funcion rios acidentados comprovaram que o custo derivado de um acidente muito alto pois t m se custos diretos referentes ao absente smo do acidentado e custos indiretos que s o de dif cil quantifica o chegando a afetar em 10 ou at mais a produtividade Andrade 1998 afirma que as condi es de trabalho na empresa constituem fatores que influenciam dire
184. ssim inferir que o n vel de satisfa o pode ser melhorado ainda mais se atendidas as reivindica es relativas s condi es f sicas do ambiente De acordo com os dados obtidos os trabalhadores consideram mais importante melhorar as condi es de trabalho aumentar a chance de progredir e melhorar as rela es interpessoais mudan as que n o implicam necessariamente em aumento significativo nas despesas tendo em vista que os elementos mais importantes de uma empresa s o os recursos humanos Fernandes 1996 complementa dizendo que embora a QVT dependa de condi es de trabalho favor veis h outros aspectos como fatores organizacionais ambientais e comportamentais que bem administrados e corretamente combinados tamb m influenciam na eleva o do n vel de satisfa o e produtividade 4 6 Levantamento dos poss veis riscos que o ambiente de trabalho pode oferecer aos trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Riscos ambientais f sicos biol gicos e ergon micos Esta etapa teve como objetivo levantar os poss veis riscos que o ambiente de trabalho analisado pode oferecer aos trabalhadores gt Riscos f sicos Em se tratando dos riscos f sicos compreendidos pela temperatura ru do ventila o ilumina o e umidade relativa do ar foram realizadas medi es dos n veis de cada um desses fatores em diversos hor rios e pontos da lavanderia As medi es ocorreram em
185. st ncia m dica fornecida pela empresa aos familiares dos funcion rios e Fornecimento de vacinas exames aos funcion rios por parte da empresa Pode se detectar pela Tabela 12 que com rela o ao fator Sa de a menor m dia obtida foi 3 6 que se refere Assist ncia m dica fornecida aos familiares dos trabalhadores Mesmo assim este valor os coloca no n vel Satisfeito Os trabalhadores consideram os benef cios concedidos pela empresa como excelentes mas existem casos em que o plano de sa de por exemplo n o cobre o tratamento dispendido por algum familiar quando o mesmo necessita segundo relato de alguns trabalhadores que expressaram estar insatisfeitos com este aspecto justificando da seguinte maneira se um familiar precisar de ambul ncia n o tem direito ou a fam lia tem que pagar Mesmo assim o maior n vel m dio foi em rela o Assist ncia m dica fornecida aos funcion rios que obteve o valor 4 0 importante salientar as implica es das condi es de trabalho em rela o sa de dos trabalhadores e consequentemente s perdas financeiras Renner 2005 lembra que doen as do trabalho geram perdas afastamentos absente smos causas trabalhistas e c veis e que este tipo de perda o que mais onera uma empresa O nus financeiro significativo mas existe tamb m um nus para os trabalhadores que adoecem e um nus social para a previd ncia Sendo assim cabe ao M
186. stura estocagem Distribui o de roupa limpa 6 3 1G 1G 1G Nota A letra G e G significam Gram positivo e Gram negativo respectivamente Resultados semelhantes s o encontrados na literatura especializada onde existem relatos de que os principais pat genos encontrados em roupas hospitalares s o bastonetes Gram negativos destacando se as enterobact rias e Pseudomonas sp Os l4 N o se trabalhou com todas as col nias que cresceram nas placas mas com aquelas que se apresentaram em maior n mero nos tr s meios utilizados portanto o n mero de col nias analisadas menor do que o n mero de col nias que se desenvolveram nas placas Tamb m n o se quantificou as unidades formadoras de col nia cm UFC cm porque n o era objetivo do estudo 97 Gram positivos mais comuns s o Staphylococcus sp com contagens que v o de 10 a 10 bact rias por 100 cm de tecido MESIANO SANTOS s d Em rela o s reas da lavanderia o que se pode dizer que embora se esperasse que a rea de separa o de roupa suja fosse a mais contaminada os resultados mostraram que a rea limpa molhada onde se realizam as etapas de lavagem centrifuga o e secagem e a rea de dobragem passadoria costura estocagem apresentaram praticamente o mesmo grau de contamina o e basicamente os mesmos tipos de microrganismos Tal fato pode ser explicado pela exist ncia de fluxo cruzado e pela aus ncia de barreira f sica entre re
187. t these are Physical risks represented by the high ambient temperature lack of good ventilation and excessive noise and humidity Biological risks represented by the presence of xviii microorganisms from blood feces and urine contaminating the clothing due to the ineffective use of PPE s when handling the clothes contamination of the air environment lack of knowledge of the inherent risks posed by the tasks undertaken by the workers in the laundry Ergonomic risks represented by the adoption of incorrect postures which are imposed by deficiencies in the equipments and in the general work environment and for the progress of the whole work in standing positions These risks are worsened by the nonexistence of standards or specific techniques for the organization of this class of laundry The study made possible the understanding of the principal factors involved in the process of improvement of QVT in the studied laundry Approached from an ergonomic point of view those factors contribute significantly to a better performance by the worker with a reduction of fatigue greater work satisfaction and consequently greater productivity XIX 1 INTRODUCAO Qualidade de vida tem sido objeto constante de estudos e os resultados das pesquisas s o utilizados para promover o desenvolvimento de situa es de trabalho que buscam oferecer condi es que agreguem valor ao trabalho e bem estar ao indiv duo FONTES 2003 A busca por qua
188. tada a Universidade Federal de Vi osa como parte das exig ncias do Programa de P s Gradua o em Economia Dom stica para obten o do t tulo de Magister Scientiae APROVADA 26 de maio de 2006 Prof P de Souza Prof Cl udio L sias Mafra de Siqueira Co orientador Co orientador Orientadora A mem ria de meus pais os Eug nio e Alzira que me ensinaram que a capacita o ainda a melhor heran a Para sempre presentes Ao Fabio compreens o e acreditado no meu capacidade para desafio ii pelo incentivo por sempre ter potencial e na minha vencer mais este Ao Caio meu filho meu maior presente raz o das minhas lutas e conquistas AGRADECIMENTOS Primeiramente Deus pelo dom da vida e do tempo de Quem vem toda a for a e em honra de Quem tudo realizado Ao meu filho Caio por suportar aus ncias por me recarregar as for as com a sua pequena presen a mas com t o grande compreens o e amor Ao meu esposo F bio pelo incentivo colabora o e ajuda na elabora o e constru o da disserta o Aos meus irm os minhas irm s e sobrinhos que me realimentam com amor e alegria toda minha fam lia que sempre me deu o amor e o incentivo que necessitava e necessito para seguir em frente suportando aus ncias maus humores dando for as para caminhar a quem pertence todo o meu amor e gratid o D Guiomar minha av aos meus sogros Sr
189. tamente a produtividade do trabalhador bem como a manuten o do sistema ser humano m quina em funcionamento adequado ou n o O conhecimento das condi es em que o trabalhador desenvolve seu trabalho constitui desta forma fator relevante na busca de melhorias no ambiente de trabalho visando proporcionar maior seguran a conforto satisfa o no trabalho e bem estar social do ser humano LEITE 2002 Outro ponto a ser ressaltado foi elucidado por Zobole 2003 quando a autora diz que a forma o de muitos profissionais n o aborda aspectos como no es h bitos e cuidados para n o contrair doen as ou sofrer acidentes Al m disso muitos funcion rios s o admitidos sem treinamentos e exercem fun es sem estarem familiarizados com os procedimentos para atender os objetivos da tarefa Dessa forma pode se inferir que 22 muitas empresas ainda n o conhecem o valor e a necessidade de que haja treinamentos a seus funcion rios como forma de reduzir e prevenir acidentes A autora esclarece ainda que o funcion rio deve ser consciente dos riscos que o rodeia para que por vontade pr pria respeite as normas e condutas preestabelecidas tarefa visando a preven o Aos administradores e gestores de ambientes de trabalho cabe a responsabilidade de zelar para que ambiente e funcion rio se apresentem em condi es adequadas de seguran a A preven o de acidentes deve ser considerada fato comum e rotineiro no desempenho das at
190. te que a capacidade das m quinas seja bem ajustada ao ambiente para que o local de trabalho apresente um fluxo de circula o livre e n o cause transtorno aos operadores No que se refere distribui o dos equipamentos a organiza o do setor permitir a racionaliza o do espa o e como conseqii ncia a racionaliza o dos tempos e dos movimentos LISBOA TORRES 1999 Acredita se que isto se aplica tamb m lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne Segundo Mezzomo 1992 o planejamento f sico da lavanderia deve ser realizado considerando a dimens o distribui o localiza o das instala es circula o e o fluxo de servi o Pois acredita se que uma lavanderia bem planejada possa oferecer melhores condi es de trabalho aos funcion rios menor risco sa de aumento de produtividade qualidade e custos compat veis C NDIDO VIERA 2003 Em rela o ao formato de uma lavanderia ainda de acordo com Mezzomo 1992 este deve possibilitar um fluxo de trabalho progressivo De uma maneira geral a lavanderia admite fluxos em forma de I L ou U Tal formato vai depender do espa o dispon vel e da disposi o dos equipamentos que dever o seguir um fluxo de produ o mais racional permitindo melhor execu o do trabalho e conseqiientemente um ambiente mais ergon mico Por isso ao se projetar uma lavanderia seja esta de qual tipo for algumas normas devem ser observadas a fim de se evitar a r
191. temperatura umidade relativa do ar e radia o dos equipamentos quentes encontram se dentro de uma faixa considerada limitada como 18 3 C a 21 1 C no inverno e 20 6 C a 22 8 C no ver o Essas recomenda es podem variar dependendo da idade e do sexo dos trabalhadores Dessa forma ambientes de trabalho midos e abafados com pouca luminosidade e pouco arejados acarretam perturba es ao equil brio t rmico dos trabalhadores resultando em aumento dos riscos de acidentes devido fadiga distra o perda de efic cia acompanhada de queda na produtividade BOA VENTILA O 1996 p 14 Com respeito seguran a deveria ser exigido pela coordena o que todos os funcion rios usassem os EPI s pois estes s o importantes para minimizar a exposi o aos riscos relacionados sa de Bustamante et al 1998 afirmam que a sinaliza o de seguran a muito importante nos processos produtivos Contudo observou se que na lavanderia n o havia nenhum tipo de sinaliza o Existia um quadro de avisos gerais e um quadro sobre o processo operacional de lavagem mas que ficava na recep o junto chefia e era pouco consultado pelos trabalhadores Em seu estudo Zobole 2003 encontrou situa o semelhante referente localiza o dos quadros com informa es sobre processos de lavagem Em rela o a acidentes de trabalho que recebeu m dia de satisfa o 4 2 Satisfeito o que se pode informar que segundo a equi
192. tera o da qualidade do trabalho com o bem estar do trabalhador o que traria resultados positivos como aumento da produtividade redu o de custos melhorias na QVT e consegiientemente maior satisfa o pessoal do trabalhador pois o mesmo agiria de forma pr ativa A melhoria desejada depende do 16 Cumpre salientar que as sugest es apresentadas tratam se de modifica es para facilitar o desempenho do trabalho e n o adapta es visto que n o h recomenda es espec ficas para esta modalidade de lavanderia 110 esfor o cooperativo dos administradores e trabalhadores uma vez que a forma de organiza o do trabalho tem rela o direta com a satisfa o e produtividade do trabalhador O estudo possibilitou o entendimento dos principais fatores envolvidos no processo de melhoria da QVT na lavanderia estudada Abordados sob a tica da ergonomia esses fatores contribuem significativamente para uma melhor performance do trabalhador com redu o da fadiga maior satisfa o e conseqiientemente maior produtividade As limita es deste estudo residem no fato de existir pouca refer ncia sobre a tem tica estudada no que se refere riscos biol gicos f sicos e ergon micos em lavanderias principalmente quando se trata de lavanderias de ind stria de processamento de carne Entende se que a exist ncia de normas para organiza o desse tipo de ambiente de trabalho j contribuiria para a melhoria da salubridade do loc
193. teud o nr24 default asp gt Acesso em 01 mar de 2005 Minist rio da Sa de Manual de Lavanderia Hospitalar Bras lia 1986 43p Constitui o da Rep blica Federativa 1988 17 ed S o Paulo Saraiva 1991 230p BUSTAMANTE M et al Inspe o de seguran a e higiene do trabalho nos setores das caldeiras e lavanderia do Hospital Universit rio Ant nio Pedro Niter i 1998 Programa de P s Gradua o em Engenharia de Seguran a do Trabalho Universidade Federal Fluminense 1998 Projeto final CALEGARI A An lise das Posturas adotadas em Postos de Trabalho de uma Lavanderia Hospitalar Porto Alegre 2003 142p Disserta o de Mestrado Profissionalizante Programa de P s Gradua o em Engenharia Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2003 CANDIDO I VIERA E V Lavanderia Hoteleira T cnicas e Opera es Caxias do Sul Educs 2003 181p CARDELLA B Seguran a no Trabalho e Preven o de Acidentes Uma Abordagem Hol stica S o Paulo Atlas 1999 254p CASTRO R M S CHEQUER S S I Servi o de Processamento da Roupa Hospitalar Gest o e Funcionamento Vi osa MG UFV 2001 100p CUMMINGS T G HUSE E F Organization development and change 3 ed S o Paulo Ninn 1985 277p FERNANDES E Qualidade de Vida no Trabalho como medir para melhorar 5 ed Salvador Casa da Qualidade 1996 120p FIEDLER N C An lise de posturas e esfor os dispendidos em opera o de colheita florestal
194. ticamente o mesmo do item anterior Vale explicar que todos os trabalhadores com exce o dos operadores que recebem um pouco mais pelo seu servi o dos quatro trabalhadores da APAE que recebem proporcional s horas de trabalho 4h dia e do chefe da lavanderia os demais recebem o mesmo sal rio ou seja 70 dos trabalhadores recebem a mesma remunera o No que diz respeito aos Benef cios concedidos pela empresa que obteve m dia 3 8 n vel Satisfeito os mesmos se revelam satisfeitos referindo se aos itens transporte alimenta o cesta b sica assist ncia m dica e odontol gica Para Leite 2002 a satisfa o no trabalho pode ser afetada por um nico ou por muitos fatores quais sejam fatores relativos ao trabalho incluindo sal rio qualidade da supervis o benef cios oferecidos pela empresa seguran a no trabalho experi ncia na 76 atividade tempo de servi o na empresa vontade de mudar de atividade e incid ncia de doen as e fatores externos como a idade e a escolaridade Ainda que seja um aspecto de car ter subjetivo o n vel de satisfa o do trabalhador com a fun o e ou atividade est ainda diretamente ligado sua motiva o e perspectiva de aceitar novos desafios para crescimento dentro da empresa Dessa forma o conhecimento do grau de satisfa o no trabalho por parte de uma empresa constitui um fator muito importante uma vez que este estado de esp rito do trabalhador influenc
195. tivas relacionadas a cada vari vel apresentada pelo grupo de ju zes e a cada uma destas quest es as op es Concordo Muito Concordo Indeciso Discordo e Discordo Muito Ap ndices B C D enfocando os temas Inefici ncia do Ambiente de Trabalho Lavanderia Eficiente e Riscos Ambientais O question rio da Escala Likert foi distribu do aos trabalhadores da lavanderia para que pudessem responder permitindo ao final a organiza o das respostas por freqii ncia de cita o Os resultados podem ser evidenciados nas se es seguintes 4 3 1 1 Inefici ncia do ambiente de trabalho Objetivou se com os dados relacionados na Tabela 2 delimitar a percep o do trabalhador em rela o inefici ncia do seu ambiente de trabalho e buscar o que o mesmo prioriza para torn lo mais eficiente e ou reduzir a sua inefici ncia Foi poss vel verificar que para os trabalhadores da lavanderia em estudo o calor ou seja a alta temperatura 76 67 o ru do 63 33 e o cheiro forte dos produtos 62 qu micos 50 utilizados na higieniza o das roupas est o diretamente ligados inefici ncia do ambiente de trabalho Lisboa e Torres 1999 asseguram que as caracter sticas do ambiente f sico que interagem com o trabalhador durante o desenvolvimento da tarefa tais como temperatura ru dos vibra es e ilumina o entre outras influenciam diretamente no resultado do seu trabalho Dessa forma tais fatores podem vir a e
196. tividades que exigem for a e robustez Desse modo pode se dizer que a admiss o de pessoas jovens na lavanderia se d em fun o de se considerar as atividades desenvolvidas neste local como sendo pesadas Embora os mais jovens tenham mais for a f sica e disposi o para o trabalho e tamb m consigam aceitar melhor as modifica es na tarefa bem como nas atividades inerentes mesma os mais velhos e mais experientes desenvolvem modos operat rios que tendem a minimizar os riscos de desenvolver doen as ocupacionais como afirma Calegari 2003 Iida 2005 explica ainda que um trabalhador mais experiente sente se menos fatigado porque aprende a usar uma combina o de m sculos mais eficiente economizando assim suas energias Neste sentido como a popula o do estudo predominantemente jovem se faz necess rio estar atento capacita o para desenvolvimento da tarefa buscando com isto reduzir os riscos de doen as ocupacionais Quanto ao grau de escolaridade dos trabalhadores p de se perceber pelo Gr fico 3 que 30 dos trabalhadores possu am ensino m dio completo e 26 67 possu am ensino fundamental completo que a escolaridade m nima exigida para se trabalhar em lavanderia conforme defende Castro e Chequer 2001 Pode se inferir ent o que o grau de escolaridade dos trabalhadores da lavanderia estudada pode ser considerado bom Outro dado importante a salientar que 13 33 dos trabalhadores vivenciavam um processo
197. tores quantidade distribui o localiza o estado de conserva o indica o da voltagem 134 e Presen a de setoriza o rea suja banheiro da rea suja rea de centrifuga o rea de secagem rea de passadoria rea de costura e ou reparos rea de estocagem e distribui o rea da chefia banheiro da rea limpa rea para lanche gt rea suja Porta de entrada da roupa suja diferente da porta de sa da da roupa limpa bancadas de separa o da roupa suja presen a de m quina de lavar com barreira capacidade quantidade e modelo estado de conserva o da m quina de lavar manuten o preventiva ou corretiva espa amento entre m quinas presen a de exaustor com filtro qu mico presen a de tanques presen a de apoio para os produtos que ser o utilizados na lavagem de roupas e Banheiro da rea suja Exclusividade para os trabalhadores da rea suja chuveiro vaso sanit rio pia e arm rio pessoal gt rea limpa e rea de centrifuga o Presen a de m quina centr fuga capacidade quantidade e modelo estado de conserva o da centr fuga manuten o preventiva ou corretiva espa amento entre m quinas presen a de apoio para as roupas pr e p s centrifuga o baldes cubas carrinhos ou outro tipo de apoio e rea de secagem Presen a de m quina secadora capacidade quantidade e modelo estado de conserva o da secadora manuten o preventiva ou c
198. tornou abrangente mas a preocupa o com a qualidade de vida ainda crescente visto que h um descompasso entre o avan o tecnol gico e a quest o social LEITE 2002 FONTES 2003 Segundo Alvarez 1996 o termo QV deve ser considerado um conceito em constru o e definido caso a caso pois implica na inter rela o mais ou menos harmoniosa dos v rios fatores que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano e resulta numa rede de fen menos pessoas e situa es Muitos fatores de natureza biol gica psicol gica e s cio cultural tais como sa de f sica sa de mental longevidade satisfa o no trabalho rela es familiares disposi o produtividade dignidade e espiritualidade s o associados ao referido termo Para Juv ncio 2004 a id ia ou o conceito de qualidade de vida tem atingido pessoas de variados grupos conseguindo com isto que de certa forma cada um passa a ter sua pr pria defini o do que seja este conceito portanto trabalha se na perspectiva 25 de n o existir uma defini o consensual Devido esta subjetividade torna se necess rio buscar as diferentes defini es e conceitos a respeito do mesmo dentre eles Rodrigues 2002 p 21 define QVT como resultante da combina o de diversas dimens es b sicas da tarefa e de outras dimens es n o dependentes diretamente da tarefa capaz de produzir motiva o e satisfa o em diferentes n veis al m de resultar em diversos tipos
199. trabalho eficiente 21 N o necess rio ter o controle dos custos para que a lavanderia seja eficiente 124 APENDICE D PESQUISA LEVANTAMENTO DOS DANOS AMBIENTAIS A SAUDE DOS TRABALHADORES EM UMA LAVANDERIA DE INDUSTRIA DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNE METODO ESCALA LIKERT TEMA RISCOS AMBIENTAIS DATA QUESTOES 1 A alta temperatura ou seja o calor pode causar danos sa de dos trabalhadores de uma lavanderia de ind stria de processamento de carne CONCORDO MUITO CONCORDO INDECISO DISCORDO DISCORDO MUITO 2 O calor no local de trabalho pode incomodar ou at mesmo atrapalhar o desenvolvimento do trabalho e com isto gerar estresse que leva a problemas de sa de 3 A temperatura alta n o interfere na boa execu o do trabalho 4 A conversa no ambiente de trabalho pode causar danos a satide dos trabalhadores 5 Perturbar o colega de trabalho pode distra lo gerando inefici ncia no trabalho 6 A conversa e a perturba o no local de trabalho n o fazem mal aos trabalhadores nem atrapalha a concentra o na tarefa 7 A conversa no ambiente de trabalho pode ser uma forma de reduzir o estresse 8 Os produtos qu micos utilizados na lavanderia podem causar danos sa de dos trabalhadores 9 O cheiro forte de cloro pode causar mal estar f sico aos trabalhadores 10 O cheiro dos produt
200. ue a empresa se preocupa com eles oferecendo al m dos benef cios garantidos por lei e dos est mulos financeiros respostas s motiva es internas e necessidades de seus colaboradores visando seu bem estar TREBIEN et al s d Outro ponto importante a se enfatizar a satisfa o no trabalho Segundo Braga 1978 satisfa o no trabalho a atitude positiva do trabalhador em rela o ao trabalho e ao ambiente de trabalho Portanto conhecer o n vel de satisfa o dos trabalhadores essencial e determinante na produtividade Por m existem lacunas dentro desta discuss o que geram dificuldades na busca desta satisfa o que na maioria das vezes causada pelo desconhecimento da percep o que possui os trabalhadores da sua pr pria QVT Conhecer como eles conceituam e o que esperam que o ambiente de trabalho possua para garantir a exist ncia da QVT permitir o monitoramento pelos gestores objetivando melhorias cont nuas do trabalho para o trabalhador Diante desse aspecto justifica se desenvolver estudos que objetivem entender como o ambiente de trabalho e suas condi es f sicas representadas pelo ru do temperatura ventila o e espa o f sico e biol gicas representadas pelo risco biol gico afetam a QVT dos trabalhadores de lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne bem como pesquisar o que pode ser feito para a melhoria e promo o do bem estar social e QVT para estes trabalhadores Uma vez
201. uidos a campo e as conclus es que os mesmos apresentam ao estudo esclarecendo os objetivos apresentados por este 4 1 Perfil s cio cultural dos trabalhadores Para estudar a satisfa o dos trabalhadores em rela o sua QVT importante conhecer as caracter sticas da popula o em estudo ou seja preciso tra ar o perfil s cio cultural dos trabalhadores pois este influencia significativamente o desempenho dos mesmos no que se refere qualidade dos servi os produtividade seguran a e custos Dentre os trabalhadores respondentes do question rio verificou se que 12 5 eram respons veis pelo setor de lavagem centrifuga o e secagem Assim o mesmo 41 trabalhador que disp e a roupa suja na m quina de lavar retira a depois de limpa para centrifugar e secar fato este n o recomendado pois ao manipular as roupas sujas contamina se o uniforme do operador bem como os bra os e as m os dessa forma contaminando as roupas limpas que retiram da lavadora centr fuga e secadora 59 37 pertenciam ao setor de rouparia desenvolvendo as atividades de dobragem passadoria armazenamento e distribui o das roupas limpas Estes trabalhadores tamb m executavam a atividade de separa o das roupas sujas que seriam lavadas o que tamb m n o se recomenda pois contaminam seus uniformes de trabalho com as sujidades das roupas e em seguida manipulam roupas limpas 3 13 eram respons veis pelo setor de costura 3 13
202. umanas podem afetar a QVT dos trabalhadores no que se refere s condi es do espa o projetado e aos riscos oferecidos para os trabalhadores tendo os como foco de an lise 1 1 O Problema e suas justificativas O presente estudo tratou de tema ainda pouco explorado nas pesquisas acerca de QVT qual seja o estudo dos ambientes de trabalho e a preven o dos riscos de contamina o seja das roupas ou dos trabalhadores de uma lavanderia Entretanto o tema torna se relevante medida que se constitui pr requisito para o trabalhador desempenhar suas atividades com seguran a e qualidade obtendo como conseqii ncia uma melhor QVT e oferecendo ao setor produtivo maior produtividade Na pr tica o que se v considerando o setor de lavanderia seja hospitalar seja hoteleira industrial ou comercial entre outras modalidades que estes ambientes podem se apresentar como espa os insalubres contribuindo diretamente para o aumento do risco de contamina o aos trabalhadores e indiretamente aos alimentos caso seja uma lavanderia que atenda ao setor aliment cio Em se tratando de lavanderia hospitalar citam se infec es aos pacientes e aos trabalhadores Em qualquer ambiente de trabalho importante estudar as condi es f sicas e ambientais para que o espa o f sico que envolve o trabalhador no desempenho de sua tarefa se torne mais salubre e eficiente A organiza o do espa o de trabalho lavanderia deve objetivar a
203. umento de contamina o das roupas Os operadores das lavadoras secam o rosto com o pr prio uniforme Os uniformes dos trabalhadores n o s o personalizados cada um escolhe o seu aleatoriamente portanto acabam usando uniformes que s o usados pelos manipuladores de carne na rea de produ o da ind stria o que considerado inadmiss vel pois dessa forma podem favorecer a contamina o dos alimentos que ser o processados Segundo Zobole 2003 a falta de cuidado e higiene pode contribuir para o alto risco a que os trabalhadores da lavanderia est o submetidos principalmente quando se considera que os diferentes tipos de atividades desenvolvidas em uma lavanderia j representam riscos independentemente de ter uma boa higieniza o Diante das observa es feitas ao longo do per odo de coleta de dados pode se concluir que embora o ambiente de trabalho analisado apresente bom estado de conserva o este carece de uma reestrutura o de suas reas amplia o do espa o f sico aquisi o de equipamentos como lavadora extratora com barreira que viabilizar benef cios aos trabalhadores e ao ambiente organiza o e higieniza o do espa o adequa o das condi es ambientais como temperatura ru do e ventila o dentre outras 60 As caracteristicas de um ambiente de trabalho refletem de maneira expressiva as qualidades do administrador As condi es de um local de trabalho devem ser prop cias para que o am
204. uso efetivo de EPI s ao manipular estas roupas pela contamina o do ar ambiente pela falta de conhecimentos dos trabalhadores sobre os riscos inerentes ao trabalho em lavanderia Riscos ergon micos representados pela ado o de posturas incorretas impostas por defici ncias nos equipamentos e no ambiente de modo geral e pelo desenvolvimento do trabalho todo em p Tais riscos s o agravados pela inexist ncia de normas ou t cnicas espec ficas para organiza o desta modalidade de lavanderia Diversos fatores podem ser considerados como facilitadores de melhoria da QVT em lavanderias cujo principal objetivo aumentar a satisfa o e produtividade do trabalhador Assim sendo os objetivos da QVT incluem a promo o de um ambiente de trabalho seguro e saud vel uma equipe de pessoas ajustadas ao trabalho e m todos de trabalho eficientes e eficazes 108 As contribui es dos estudos da ergonomia podem melhorar a QVT de forma que o trabalho se torne algo compensador satisfat rio livre de estresse e de outras consegii ncias consideradas prejudiciais sa de e ao bem estar social dos trabalhadores Torna se indispens vel a melhoria da QVT principalmente em um ambiente de lavanderia que se caracteriza por trabalho intenso mon tono e repetitivo com elevadas exig ncias em rela o produtividade na maioria das vezes em condi es inadequadas e precariedade de ambiente e equipamentos Sendo assim dispensar uma maio
205. valores pessoais e do grau de import ncia que cada trabalhador d s suas necessidades Sendo assim para cada indiv duo h um significado diferente ou seja n o existe uma defini o consensual sobre QVT As quest es da entrevista Ap ndice H foram relacionadas para facilitar a visualiza o dos dados obtidos aspectos positivos negativos bem como os almejados ou esperados pelos trabalhadores em rela o QVT respectivamente como apresentado na Tabela 16 Tabela 16 Identifica o da QVT anseios limita es e necessidades para se obt la na vis o dos trabalhadores Visconde do Rio Branco MG 2005 Perguntas Respostas Trabalhar em equipe 30 00 Aspectos positivos Ambiente com boas condi es de trabalho 23 33 O que QVT Valorizar e capacitar 13 33 Seguran a do ambiente 10 00 Trabalhar unidos 40 00 Aperos Desan VOS Ambiente adequado com boas condi es de trabalho 20 00 O que preciso para se obter QVT Responsabilidade e confian a 10 00 Companheirismo e respeito 10 00 Mais ventila o interna 26 67 Aspectos Aumentar o espa o f sico 16 67 almejados esperados Melono rdo 13 33 para se obter QVT Manter bom relacionamento com colegas de trabalho 10 00 N mero de pessoas entrevistadas 30 90 Pode se inferir que os aspectos definidores de QVT para os trabalhadores da lavanderia de ind stria de abate e processamento de carne s o ambiente com boas condi es de trabalho en
206. volvimento de microrganismos Em seguida as 26 placas foram incubadas em estufa bacteriol gica a 37 C por um per odo de 48 horas Ap s este per odo as placas foram analisadas no Laborat rio de Microbiologia do Setor Medicina Veterin ria Preventiva do Departamento de Medicina Veterin ria da Universidade Federal de Vi osa MG Os microrganismos foram identificados por caracter sticas morfotintoriais e testes bioqu micos segundo recomenda es de Holt et al 1994 Com base nos dados conseguidos atrav s dos m todos e das ferramentas descritas anteriormente obtiveram se os resultados deste estudo os quais ser o evidenciados no cap tulo subseqiiente 40 4 RESULTADOS E DISCUSSOES Os resultados da presente pesquisa foram divididos em seis t picos O primeiro aborda o perfil s cio cultural do trabalhador O segundo apresenta o ambiente f sico de trabalho e as condi es de trabalho oferecidas pelo mesmo Em seguida discute se a percep o dos trabalhadores em rela o efici ncia e ou inefici ncia do seu ambiente de trabalho Seqiiencialmente apresenta se a avalia o da QVT a partir do modelo adaptado de Fernandes 1996 O quarto t pico discute o que os trabalhadores entendem por QVT quais s o seus anseios e necessidades para obt la E finalmente o ltimo t pico compreende os poss veis riscos ambientais que o ambiente pode oferecer aos trabalhadores buscando enfatizar os principais dados conseg
207. xplicar a inefici ncia do ambiente segundo a percep o do trabalhador Sendo assim toda lavanderia deve preocupar se com tratamento ac stico as m quinas devem ser fixas ao piso para evitar a prolifera o do ru do e medidas devem ser previstas para reduzir o aquecimento do ambiente como a instala o de um sistema de exaust o para aera o do local J em rela es s conversas e perturba es aos colegas de trabalho embora obtivessem 70 de opini es favor veis de que este um fator que pode tornar o ambiente de trabalho ineficiente houve uma porcentagem significativa de trabalhadores que discordam 43 33 do fato de que tais atitudes no ambiente de trabalho o torne ineficiente Este fato remete a necessidade de desenvolver a es junto aos diferentes atores sociais envolvidos no ambiente de trabalho para melhorar as rela es interpessoais pois estas quando cercadas de conflito podem interferir na percep o da funcionalidade e ou efici ncia do local de trabalho Tabela 2 Resumo das vari veis mais expressivas quanto Inefici ncia do ambiente de trabalho segundo a percep o do trabalhador Visconde do Rio Branco MG 2005 Vari vel Calor 76 67 Ruido 63 33 Cheiro de produtos quimicos 50 00 Conversas no ambiente 70 00 N mero de pessoas entrevistadas 30 4 3 1 2 Lavanderia eficiente Visando compreender quais aspectos e ou fatores o trabalhador considera importante para que a lavanderia onde t

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