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Juros Compensatórios ou Juros de Dano

1. 96 b Juros compensat rios na desapropria o rieeeeerereeeerereceeaaeeaneranenaceenarenerenesa 99 I A jurisprud ncia dos juros compensat rios na desapropria o 101 II A MP 2027 43 2000 e a decis o liminar na ADIn 2 332 109 3 2 Discuss o das S mulas 618 416 345 e 164 do STF eee 117 Precedentes Judiciais istr sont os Suas Sasan cas OEE qua Dea 117 b Raz es do Cancelamento das S mulas e alternativas de 126 I Os preceitos fundamentais 8405 127 II A incompatibilidade das S mulas com o C digo Civil 138 Oportunidades e op es de regula o do mercado de terras 143 A CONCLUS NO qua 151 5 REFER NCIA BIBLIOGR FICA aa fenda penar apena 154 154 156 Sitios rel vant S pesq lS4d S uu us un s ai uqu baubau 9 158 OE ANEXOS torso at oa Nos 158 RELA O DE BOXES Box 1 Fundamentos constit
2. Como se explica a diferen a entre o pre o do t cnico do INCRA e o do expropriado em mais de duas vezes Qual a metodologia de avalia o adotada pelos diversos laudos Como se explica a diferen a entre o pre o do INCRA e o do expropriado para o pre o da rea da Mata Atl ntica com destaque para o potencial madeireiro de mais de 25 vezes R 26 968 982 62 Por que os pre os do perito oficial s o mais convincentes Porque o pre o por hectare igual para toda rea quando mais da metade fica compreendida na Mata Atl ntica 58 Porque a terra era improdutiva e haviam arrendat rios A parte do im vel mais da metade que fica na Mata Atl ntica tamb m destinada reforma agr ria O IBAMA foi notificado para tomar as medidas de sua al ada com vistas preserva o ambiental nos termos do art 225 8 4 da Constitui o Federal Apelaram o INCRA e o expropriado cada um para fazer prevalecer o valor do respectivo laudo O Tribunal Regional reduziu a indeniza o da terra e benfeitorias para R 1 603 718 00 O valor das benfeitorias R 346 176 22 fixado no ac rd o de 5 8 2003 representou praticamente o ofertado pelo INCRA R 101 161 06 no laudo de 5 anos antes 2 7 1998 O ac rd o do Tribunal que corresponde ao Anexo G AC 238003 PE ofereceu motiva o consistente que faltou na senten a O expropriado se conformou com a indeniza o apurada pelo Regional basicamente a of
3. II II II w II Honor rios Advocat cios Fixa o dos honor rios em termos razo veis art 20 4 do CPC com base em valor fixo ou mediante estabelecimento do percentual em ndices reduzidos nas hip teses de valores altos Propor desde a peti o inicial e nas interven es subseq entes o percentual ou o valor fixo dos honor rios a fim de n o deixar a discuss o apenas para a fase recursal Fazer registro expresso dos valores em reais a serem pagos a t tulo de honor rios Requerer o destaque nos c lculos do valor de quaisquer tributos incidentes sobre os honor rios e o recolhimento na fonte quando cab vel A es Agr rias Sugerir ao Conselho da Justi a Federal a especializa o de varas federais em cada se o judici ria com compet ncia para todo o territ rio do Estado Recomendar s Procuradorias da Rep blica que examinem a possibilidade de concentrar a atua o do MPF em um nico membro em cada unidade ou mais conforme a necessidade a fim de permitir especializa o Necessidade de pr questionamento das quest es legais e constitucionais decididas expressa ou tacitamente nas a es agr rias e nos precat rios inclusive entre outras quest es a relativa aos ndices de corre o monet ria fixados nos c lculos A es de Desapropria o Obrigatoriedade de apresenta o de laudo pr prio pelo assistente t cnico do Incra Requerimento do laudo pr
4. As cortes inferiores costumam invocar o ac rd o da referida liminar como se fosse uma decis o definitiva N o se trata disso A quest o que dominou o debate era se havia ou n o relev ncia na arg i o de inconstitucionalidade e assim motivo para se conceder a liminar Predominou o fato de que havia um direito sumulado aplicado por 40 anos com o qual a MP entrava em conflito A s mula consistiu numa base suficiente para caracterizar relev ncia ao requerimento de suspens o da efic cia dos dispositivos pertinentes O STF explicitou o sentido do entendimento sumulado e em face dele concedeu a liminar Mas o debate lan ou d vidas sobre a constitucionalidade da s mula A sua revoga o foi entretida como uma hip tese a ser considerada no futuro A decis o foi tomada por maioria Isso indica o desconforto de alguns ministros em reconhecer a jurisprud ncia consagrada h d cadas como base relevante para conceder a liminar V rios ministros prometeram aprofundar a discuss o na oportunidade do julgamento definitivo A discutida altera o legislativa e a decis o s o anteriores ao atual C digo Civil que entrou em vigor em 10 1 2003 Um novo estatuto civil que regula toda mat ria relativa indeniza o envolvendo obriga o de dar de fazer ou n o fazer e de pagamento em dinheiro por si um fato superveniente importante 110 S o importantes tamb m a diverg ncia manifestada e o fato de que da composi
5. Caracter sticas do cajueiro comum Planta de porte alto 6 a 12 metros excepcionalmente 15 e 20 metros terrenos f rteis envergadura 10m a 20m copa ereta compacta a esparramada A primeira flora o d se entre 3 e 5 ano de vida o peso da castanha de 3 a 33g peso do ped nculo 20g a 500g de cor amarela ou vermelha Produz 1 0 a 100Kg de castanhas por safra 10 000 frutos estabiliza a produ o no 8 ano de vida a flora o dura 4 a 5 meses e a planta vive 35 anos http www herbario com br dataherb13 0302caju htm 28 A equipe de auditoria desconsiderou que o valor residual de um cajueiro ap s 25 safras anuais corresponde ao valor da terra nua sobre o qual ele estava plantado Adotando a mesma taxa de atratividade 12 a a o valor da terra nua ao fim dos 25 anos R 110 00 ha trazidos ao valor presente tem se o valor de R 6 47 ha Isso demonstra que a simplifica o feita desconsiderando o valor residual do investimento razo vel 9 O valor de um hectare de sisal j em produ o pode ser calculado com base no valor presente das receitas l quidas esperadas da planta o somado ao valor presente da terra nua ap s o fim do ciclo de vida til da planta o e considerando um fator de risco de 10 De acordo com os dados dispon veis acerca da cultura de sisal fls 861 865 a receita l quida anual de at R 40 00 hectare e a vida til da planta de at 7 anos Considerando uma taxa de atratividad
6. Majora o de 162 na estimativa do ndice de produtividade A produtividade de 1 084 rvores ha que foi considerada para cada um dos cortes de eucalipto pelo menos 162 superior quela citada no texto t cnico cient fico acostado aos autos do processo de desapropria o da fazenda Xo fls 582 588 De acordo com esse texto fl 584 razo vel esperar os ndices de produtividade de 413 estereos ha 251 st ha e 199 st ha nos cortes realizados aos 8 14 e 20 anos respectivamente 21 De acordo com os dados encontrados s fls 579 580 do processo de desapropria o custos de implanta o de floresta de pinus duas capinas manuais das linhas custam R 56 00 ha duas capinas mec nicas nas ruas custam 31 20 ha e dois repasses a formiga custam R 4 00 ha Somando se esses valores tem se um custo de manuten o de R 91 20 ha fls 579 580 22 O valor presente de uma s rie de 14 presta es de R 50 00 considerando uma taxa de 12 a a R 331 41 Considerando se os 200 ha tem se R 66 281 68 233 O relat rio de avalia o apresenta a seguinte mem ria de c lculo para determina o do estoque em p V pxq A1 S1 r V8 2 42 x 1 084 0 4038 x 77 ha R 81 564 59 1 corte V15 2 42 x 1 084 0 2046 x 200 ha R 107 344 61 2 corte V21 2 42 x 1 084 0 0925 x 200 ha R 48 530 68 corte final grifos nossos fl 592 234 Os valores dos 2 e 3 cortes R 155 mil foram maj
7. Box 8 Sistema de repara o do C digo Civil de 1916 H tr s sistemas para fixar a extens o dos danos resultantes do retardamento na solu o dos d bitos em dinheiro a o anglo americano pelo Qual geralmente s se reconhece ao credor direito soma devida b o italiano o franc s o brasileiro o romeno pelos quais os danos se limitam aos juros c o alem o o sui o o h ngaro que reconhecem poder a indeniza o ir al m dos juros morat rios em caso de dano que o credor prove Min Orosimbo Nonato RTJ 10 138 Em caso de neglig ncia grave do devedor indeniza o adicional e prefixada na base dos juros passou a ser admitida em leis esparsas na It lia Fran a e B lgica Esse registro inspirou ao STF por uma parte a cria o dos juros compensat rios mas de outro lado serviu para afastar indeniza o complementar mediante a o de dano al m dos juros conforme esclarecem os precedentes da S mula 416 133 Em tr s das questionadas s mulas S mulas 416 345 e 164 o Decreto lei 3 365 41 aparece como refer ncia legislativa Os dispositivos n o t m import ncia para merecer discuss o pois as normas que eles veiculam foram absorvidas ou afastadas pelo atual regime da desapropria o por interesse social 133 RTJ 10 138 134 O art 15 fala do dep sito como requisito para a imiss o na posse O art 26 proclama que a indeniza o ser contempor nea a avalia o na qual n o se in
8. A tese vitoriosa da cumula o em julgamento do Pleno do STF dizia que os juros compensat rios s o devidos pela perda da posse e os de mora incidem pelo atraso no pagamento Isso era necess rio pelo estado de infla o cr nica apesar de na poca da conclus o do julgamento julho de 1980 os pre os serem corrigidos A taxa de 12 para os compensat rios se justificava pela alegada insufici ncia da taxa dos juros legais Assim se supunha luz do C digo Tribut rio Nacional 11 Min D cio Miranda RE 90 656 SP RTJ 99 708 12 Min Moreira Alves RE 90 656 SP Tribunal Pleno RTJ 99 708 106 A dogm tica civilista deu lugar cl usula constitucional da pr via e justa indeniza o em dinheiro Essa cl usula todavia se aplicava apenas s desapropria es por utilidade p blica visto que nas hip teses de desapropria es de im veis rurais para reforma agr ria o pagamento era previsto em t tulos e n o em dinheiro A dogm tica constitucional embora prevalente n o se viu discutida na sua plenitude O que justo para os propriet rios de terras tamb m deve s lo para os assalariados que investem os seus ganhos na caderneta de poupan a O Plen rio do Supremo Tribunal n o deu resposta a essa proposta de justi a abrangente A jurisprud ncia fez coincidir o termo inicial da contagem dos juros de dano com a data da posse Mas isso criou uma dificuldade inicial Nesse momento n o existe pre
9. O preceito n o permite que do agente seja exigido algo em sentido diverso daquilo que a lei disp e Box 12 A Constitui o n o prev juros compensat rios o C digo Civil n o os abriga nem outra norma imp e ao Poder Judici rio uma provis o construtiva que os abone Restaria o preceito da justa indeniza o como corol rio da prote o da propriedade 52 Nenhum jurista teria a coragem de defender que a justa indeniza o da terra pudesse gozar de um tratamento superior justa remunera o do capital justa remunera o do trabalho a justa compensa o do aposentado ou pensionista etc 70 Para a discuss o do fluxo de riqueza que ilustra o bem comum ver item 2 1 letra b 5 CF art 5 inc 152 CF art 184 131 Na dogm tica constitucional n o h direitos e garantias de car ter absoluto E o que define o Box 13 Box 14 Car ter n o absoluto da propriedade Os direitos e garantias individuais n o t m car ter absoluto N o h no sistema constitucional brasileiro direitos ou garantias que se revistam de car ter absoluto mesmo porque raz es de relevante interesse p blico ou exig ncias derivadas do princ pio de conviv ncia das liberdades legitimam ainda que excepcionalmente a ado o por parte dos rg os estatais de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas desde que respeitados os Termos estabelecidos pela pr pria Constitui o O estatuto con
10. R 100 00 Classe IV R 80 00 541 Classe V R 60 00 Prefeitura Municipal de Taipu Prefeitura Municipal de Jo o C mara 163 0 erro cometido na avalia o dessas fazendas um pouco diferente do caso apresentado anteriormente mas igualmente grosseiro do ponto de vista estat stico Ap s o descarte de dois dados relativos a terras de alta fertilidade os peritos obtiveram as m dias dos valores informados adotando as como opini es de pre os para os im veis avaliados ou seja calculando o valor da terra nua a partir da m dia dessas m dias fl 106 6 4 VALORES PESQUISADOS anexo 01 note se que os valores correspondem s m dias dos valores apresentados na tabela 13 exemplo 103 00 a m dia dos valores R 75 e R 130 informados pelo Banco do Brasil 103 00 125 00 100 00 45 00 180 00 110 00 160 00 150 00 e 80 00 6 5 ORDENA O DA AMOSTRA 45 00 80 00 100 00 103 00 110 00 125 00 150 00 160 00 e 180 00 6 6 M DIA ARITM TICA X R 117 00 Desvio Padrao 41 91 Coeficiente de varia ao CV 35 82 Como o coeficiente de varia o est muito alto indicando que existe uma grande discrep ncia entre os elementos tratados efetuou se o saneamento da amostra como forma de eliminar os dados at picos 80 00 100 00 103 00 110 00 125 00 150 00 160 00 X R 118 28 DP 28 55 CV 24 14 164 Como se disse a opera o estat stica da m dia s faz sentido quando e
11. e Bar o do Mela o com 5 867 hectares no munic pio de Pimenta Bueno a indeniza o determinada pela Justi a foi de R 11 milh es enquanto o valor de mercado era estimado em R 1 4 milh o Acordo n o livra o er rio de preju zo Fazenda Vila Amaz nia No estado do Amazonas a Fazenda Vila Amaz nia com rea de 78 270 hectares de rea foi avaliada pelo Incra em R 640 991 00 e desapropriada para fins de reforma agr ria em abril de 1987 Por meio de um termo de acordo obtido na Justi a esse valor foi aumentado para R 17 334 483 85 em outubro do mesmo ano Lotes rurais t m pre o recorde Amaz nia Ainda no Amazonas os im veis rurais denominados lotes 169 172 170 173 176 168 175 e 167 com rea total de 24 mil hectares foram desapropriados para fins de reforma agr ria em 1986 mediante uma indeniza o no valor apurado por crit rios administrativos do Incra de R 58 935 93 Por decis o judicial este valor foi aumentado para R 9 822 712 90 em janeiro de 1993 valor ainda sujeito a juros compensat rios Desapropria o confirmada com indeniza o superestimada Fazenda Alpina No munic pio de Teres polis Rio de Janeiro foi desapropriada em 1990 a Fazenda Alpina ent o de propriedade da Agropecu ria Su a Brasileira A Justi a de primeira inst ncia 6 Vara Federal Se o Judici ria do Rio de Janeiro chegou a declarar meses depois a nulidade do decreto de desapropria o por entende
12. 78 A jurisprud ncia dos juros compensat rios invoca pretensa inspira o no direito europeu se acomoda discri o privada da barganha interpessoal ou se subordina discri o judicial Na Alemanha e na Fran a s o os juros de dano Na It lia s o os juros compensativos ou correlativos Esses juros s o um substituto da multa convencional do direito brasileiro A taxa m dica dos juros legais no regime europeu se aplica generalidade dos credores que se satisfazem com a compensa o sem prova Ao adotar um mecanismo comum e de baixo custo a lei iguala a todos O credor que sup e ter direito compensa o maior disp e de dois caminhos negocia taxa superior legal ou assume o custo de provar o preju zo O parlamento opera um duplo princ pio de justi a geral e particular ao qual o novo C digo Civil brasileiro receptivo Desde Jeremias Bentham a figura dos juros se consolidou como um mecanismo essencial vida da economia monet ria Sendo um term metro desta os juros transmitem sua temperatura aos pre os O resultado concentrado este oneram os pobres e enriquecem os ricos A assertiva ser tanto mais verdadeira quanto mais distante a regula o jur dica for de um padr o de equil brio normativo No regime brasileiro os juros compensat rios na desapropria o n o s o razo veis por v rios motivos n o t m a aprova o parlamentar favorecem apenas um segmento capitalista abrigam
13. 9 3 1 2 3 Sr Heleno Gomes da Silva que assinou o parecer de fl 760 concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 9 3 1 3 da Fazenda Serra Verde Boa Vista em que 85 das terras foram classificadas de forma equivocada 65 na classe II e 20 na classe HI 9 3 1 3 1 Srs Francisco Rodrigues Filho Zenivaldo Bezerra Alves e Francisco de Assis Martins que apesar da classifica o equivocada das terras assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 9 3 1 3 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe de Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel desapropria o do im vel 9 3 1 3 3 Sr Heleno Gomes da Silva que deu parecer concluindo pela viabilidade do im vel para fins de assentamento 9 3 1 4 da Fazenda Buraco Seco que apesar do relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhecer que a seca na regi o longa teve 71 de suas terras classificadas na classe III 9 3 1 4 1 Sr Jos Augusto Silva que assinou os relat rios de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es e de Viabilidade Ambiental confirmando o laudo agron mico 9 3 1 4 2 Sr Manuel de Oliveira e Souza que assinou o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 9 3 1 4 3 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o parecer revisor da Divis o T cnica confirmando os dados do relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es e como membro do Comit d
14. Em entrevista imprensa em agosto de 1996 o procurador Regional de Prudente Jos Roberto Castilho negou a exist ncia de qualquer a o judicial em rela o a este caso Ele lembrou que desde 1868 a Regi o Oeste do Estado alvo da a o de grileiros que forjam t tulos de dom nio para exercer posse sobre imensas reas de terra Na d cada de 30 a Justi a averiguou a legitimidade destas escrituras e julgou imprest veis a maior parte dos t tulos registrados at o final da d cada de 20 o que inclui a fazenda de Nestor Orlando Bovolato Hoje a rea est sob a o discriminat ria que visa a sua recupera o para o Poder P blico executada pelo Instituto de Terras do Estado de S o Paulo Diante do caso e da fragilidade dos dados encontrados na documenta o apresentada o Incra cancelou o cadastro no CCIR do Im vel Ilha Grande 283 Principais mega reas notificadas pelo INCRA Dentre as maiores propriedades rurais do Pa s totalizando mais de 100 milh es de hectares notificados pelo Incra e que ter o seus registros cancelados pro n o apresentar ind cios de regularidade destacam se ACRE 01 JORGE WOLNEY FAZENDA CALIFORNIA 427 390 ATALLA 03 GUILHERME RAMOS SERINGAL NOVO SENA 248 645 FURKIM MACAP MADUREIRA 05 PARANACRE CIA PR GLEBA PARANACRE TARAUACA 224 386 DE COL AGROP IND DO ACRE GOI S 01 AGROPECUARIA VALE FAZENDA SANTA LUZA ARUANA E SAO 154 800 DO ARAGUAIA LTDA MIGUEL DO ARAGUAIA
15. no total de 21 027 hectares no munic pio de Colorado D oeste a indeniza o foi de R 35 milh es enquanto que a pre os de mercado o im vel valeria R 5 3 milh es e Alegria e Alto Rio Preto no total de 33 mil hectares a indeniza o determinada pela Justi a foi de R 30 milh es enquanto o mercado pagaria R 8 250 milh es e Gleba Pyrineus com 5 261 hectares no munic pio de Ji Paran a indeniza o foi de R 9 milh es enquanto o mercado pagaria R 1 3 milh o e Gleba Quarta Cachoeira com 8 mil hectares no munic pio de Porto Velho a indeniza o foi de R 12 milh es a pre os de mercado o valor seria de R 2 milh es e Gleba Pyrineus II com 6 345 hectares no munic pio de Ji Paran a indeniza o foi de R 24 milh es enquanto que o valor de mercado seria de R 1 6 milh o 165 e Seringal Uni o com 41 350 hectares nos munic pios de Jar e Ariquemes a Justi a arbitrou R 18 milh es o mercado R 10 3 milh es e Riberalta com 7 854 hectares no munic pio de Cabixi a indeniza o determinada pela Justi a foi de R 18 milh es enquanto o mercado arbitraria enquanto o mercado arbitraria R 2 milh es e Gleba Corumbiara com 16 128 hectares no munic pio de Pimenta Bueno contra uma indeniza o de R 24 milh es o mercado pagaria R 4 milh es e Brej o com 20 885 hectares no munic pio de Vilhena a indeniza o foi R 32 milh es enquanto o mercado pagaria R 5 2 milh es
16. 306 901 016 042 293 7 901 016 042 650 9 901 016 043 427 7 901 016 043 737 3 901 016 047 856 8 901 016 048 003 1 901 016 048 275 1 901 016 048 518 1 901 016 048 801 6 901 016 048 879 2 901 016 050 270 1 901 016 050 504 2 901 016 054 453 6 901 016 054 461 7 901 016 054 470 6 901 016 054 488 9 901 016 055 344 6 901 016 055 387 0 901 016 061 590 5 901 016 061 603 0 901 016 061 620 0 901 016 061 638 3 901 016 061 654 5 901 016 061 662 6 901 016 061 670 7 901 016 067 571 1 901 016 069 671 9 901 016 070 050 3 901 016 076 163 4 901 016 077 011 0 901 016 077 518 0 901 016 077 690 9 901 016 080 861 4 901 016 097 900 1 901 016 107 778 8 901 016 295 680 7 901 016 782 394 5 901 016 996 777 4 901 024 004 790 8 901 024 005 001 8 901 024 010 693 9 901 024 012 467 8 901 024 013 463 0 901 024 020 001 3 901 024 020 168 0 901 024 020 397 7 901 024 023 230 6 901 024 027 243 0 901 024 027 898 5 901 024 028 436 5 901 024 045 667 0 901 024 057 665 0 901 024 062 626 6 901 024 067 750 2 901 024 074 128 6 901 024 076 910 5 901 024 078 816 9 901 024 084 972 9 901 024 089 591 7 901 024 094 595 7 901 024 121 410 7 901 024 134 350 0 901 024 135 054 0 901 024 142 034 3 901 024 251 607 7 901 024 256 943 0 901 024 257 508 1 901 024 296 511 4 901 024 300 845 8 901 024 309 320 0 901 024 312 339 7 901 024 764 434 0 901 024 781 479 3 901 024 785 709 3 901 024 788 708 1 901 024 788 902 5 901 024 788 910 6 901 024 791 903 0 901 02
17. 56 CF artigos 164 8 2 43 8 2 II 182 8 4 HI e 22 1 157 Elementos de Direito Constitucional da Rep blica Federal da Alemanha tradu o de Lu s Afonso Heck da 20 edi o alem pp 66 67 Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 1998 134 valores da experi ncia O princ pio encontra respaldo constitucional na cl usula do devido processo legal tamb m desrespeitado Box 15 Devido processo legal e proporcionalidade O desenvolvimento do princ pio da proporcionalidade como postulado constitucional aut nomo tem a sua sede material na disposi o constitucional sobre o devido processo legal art 5 inciso LIV Gilmar Mendes Hermen utica Constitucional e Direitos Fundamentais p 263 A dogm tica constitucional labora sobre valores As provis es das cortes constitucionais s o decis es de valores A abordagem da doutrina sobre decis es de valores que os rg os de decis o tendem a se afastar da racionalidade para fazer assertivas que s o produtos de cren as particulares Na verdade a estrutura de valores de uma sociedade representa em grande parte resultado da cren a coletiva Mas uma forma de avaliar a consist ncia dessas decis es geradas num quadro de incertezas fazer a correspond ncia num exerc cio do poss vel entre decis es de valores e valores da experi ncia humana 58 A falta dessa correspond ncia fragiliza padr es normativos inclu das decis es judiciais que
18. TOTAL 2 3 3 927 120 MINAS GERAIS 01 SERRA DO CABRAL FAZENDA SERRAM DO V RZEA DA AGROPECU RIA S A CABRAL PALMA TOTAL 2 4 2 132 538 284 ROND NIA 01 BRAULINO BASILIO SERINGAL ASSUN AO JARU MAIA FILHO PARTE A 9 SEBASTIAO COTI SERINGAL JANAICO BOM PORTO VELHO 68 900 NETO FUTURO AMAP 01 AMAPA FLORESTA E LOTE DA 22 AREA PORTO GRANDE E 172 184 CELULOSE S A ANCEL DISCRIMINADA FERREIRAGOMES TOTAL 2 2 2 237 977 MARANH O JORGE CHEAR MENSAGEM SANTA LUZA TOIAL 2 5 3 341 748 285 MATO GROSSO 01 ARMANDO FAZENDA JU NA 140 000 IQUEL NDIA INDECO S A LOTE 782 1 GLEBA ALTA ALTA FLORESTA 214 338 INTEGRA O FLORESTA APIAC S E DESENVOLVIMENTO GLEBA SANTA ROSA PARANAITA E COLONIZA O GLEBA RAPOSO TAVARES FAZENDA SOL LOTE P GLEBA TELES PIRES FAZENDAS REUNIDAS T FAZENDA MADEIRA DE ROS RIO DO 108 891 MAIA S A LEI OESTE TOCANTINS PEDRO ALVES DA FAZENDA SANTA MARIA e DOMIC LIA FAZENDA FOLHA LARGA BABA UL NDIA FERNADES DE SOUZA TOTAL 4 4 2 778 098 BAHIA 286 01 DELFIM S A CREDITO FAZENDAS FORMOSA DO RIO 444506 IMOBILI RIA ESTRONDO E SANTA PRETO E SANTA RITA RITA DE C SSIA 03 CANA BRAVA SANTA MOARIA FORMOSA DO RIO 139 143 AGROPECU RIA GLEBA TAPUIO PRETO 05 CIA DO DESENVOLM FAZENDAS BOAVISTA IE XIQUE XIQUE E 104 029 MENTO RIO VERDE SANTA ISABEL E ITAGUA U DA CODEVERDE PORTEIRAS SUCESSO Il BAHIA MATO GROSSO DO
19. es e Burgo SE Fazenda Nova Esperan a SE 338 7 mil 2 5 milh es 2 16 milh es Fazenda Colone MA 2 52 milh es 7 68 milh es 15 15 milh es Fazenda Santo Ant nio MG 3 84 milh es 15 40 milh es 111 56 milh es Fazendas Tamboril esfriado e 706 79 mil 6 04 milh es 5 33 milh es Galinha MG Fazendas Morrinhos e Mucambo 273 11 mil 3 36 milh es 3 08 milh es Firme MG Fazenda Pipinuque ES 62 36 mil 392 08 mil 329 72 mil Projeto 40 a 45 BA 5 58 milh es 9 3 milh es 3 72 milh es 3 zenda Fazenda Amaralina BA 48 milh es 825 milh es 1777 milh es Fazenda Riacho das Ostras BA 16 44 milh es 2 37 milh es 5 93 milh es Fazenda Alma BA 3 3 milh es 2 3 milh es Fazenda Porto Bonito BA 601 92 mil 11 65 milh es 111 04 milh es Fazenda S tio Novo BA 340 mil 1 77 milh o 1 43 milh o zenda IL R Fazenda Lagoa Rica MG 2 97 milh es 53 milh es 13 56 milh es 9 Fazenda Itagua u VII BA 10 mil 5 5 milh es 5 19 milh es Fazenda S o Miguel GO 1 22 milh o 5 07 milh es 4 05 milh es R E 6 Fazenda Retiro d Alia MG 1 17 milh o 2 14 milh es n Fazenda S o Salvador RO 11 milh es 9 4 milh es Fazenda Santa J lia RO 11 milh es Fazen l IIh Abait Ri Fazendas Alegria e Alto Rio Preto 8 25 milh es 30 milh es 21 75 milh es Fazendaa Serra e Repartimento AC EEE 33 46 milh es 33 46 milh es I Guarajus Omor d e 5 3 milh es 35 milh es 29 7 milh es Faze Lages MG 191 29 m
20. o plen ria cinco ministros foram substitu dos Consoante o julgamento liminar dois atos jur dicos est o sob suspeita de inconstitucionalidade as s mulas dos juros compensat rios e a Medida Provis ria Isso se percebe pela extens o do debate cujo resumo consta do Anexo A Esse debate revelou que o Supremo Tribunal Federal precisa se libertar de um passado caracterizado pelos abusos do Estado que costumava se apropriar das terras alheias sem pagamento numa poca de infla o severa e dar sociedade uma resposta mais coerente sobre o assunto O apego ao jarg o da justa indeniza o parece ultrapassado n o teria este um sentido relativo no concerto dos preceitos fundamentais As v rias posi es s o destacadas em negrito seguidas de breves coment rios a os juros compensat rios dependem do conjunto das circunst ncias econ micas que mudam com 0 tempo a conjuntura em que a s mula 618 surgiu diversa da vivida hoje Ministros Moreira Alves Ellen Grace Nelson Jobim Maur cio Corr a O elemento conjuntural consistiu na infla o elevada e foi definitivo para a cria o das S mulas A infla o alta corr i o poder aquisitivo do dinheiro que somente era disponibilizado ao expropriado com bastante atraso O cen rio n o mais prevalece conforme item 3 2 letra a A grave contradi o que poca em que foi editada a S mula 618 o valor da indeniza o j era corrigido segundo os ndices oficiais Se
21. o teve inspira o no direito estrangeiro Mas diversamente do que se pratica hoje no Brasil uma breve consulta aos sistemas alem o franc s e italiano revela uma preocupa o clara com a modera o da taxa de juros a participa o livre da autoridade judicial no seu controle e com o ressarcimento segundo um preju zo pr ximo ao concreto Por isso naqueles pa ses os compensat rios tamb m s o chamados de juros de dano ou no italiano correspectivos Dano um conceito concreto que exige uma causa e um efeito N o outro o sentido de correspectivo uma vantagem que corresponde a uma certa desvantagem O C digo alem o BGB cuida do assunto no art 288 22 8 288 Verzugszinsen 1 Eine Geldschuld ist w hrend des Verzugs zu verzinsen Der Verzugszinssatz betr gt f r das Jahr f nf Prozentpunkte ber dem Basiszinssatz 88 Op cit p 360 O art 1262 CC 16 corresponde ao art 592 CC 2002 os artigos 1061 a 1064 correspondem aos artigos 404 406 e 407 20 A mobilidade da taxa de juros era admitida pelo art 1262 do C d Civil de 1916 referido pelo art 1062 do mesmo C digo Sobre o tr plice sistema de repara o segundo Orosimbo Nonato ver Box 7 item 3 2 letra a 22 O texto est conforme a Lei de Moderniza o do Direito das Obriga es que entrou em vigor em 19 1 2002 85 2 Bei Rechtsgesch ften an denen ein Verbraucher nicht beteiligt ist betr gt der Zinssatz f
22. reas desmatadas 78 0 Total 942 5 A tabela 23 resume esses achados de natureza pecuni ria mostrando que o prejuizo decorrente da superavalia o de benfeitorias na desapropria o de dez fazendas em Jo o C mara atinge a cifra de R 942 mil Por fim ficou consignado um caso que a equipe de auditoria entende configurar ato de gest o antiecon mica O Incra pagou R 860 mil por uma planta o de caju e uma usina de beneficiamento que se encontra abandonada desde a desapropria o Se houvesse desapropriado apenas os 1 881 ha de terra improdutiva da fazenda Brinco de Ouro o Instituto poderia adquirir outras quatro fazendas Com isso seriam 249 assentadas 163 fam lias a mais e os postos de trabalho que eram gerados pela usina n o seriam extintos Vale lembrar tamb m que para pagar as quatro fazendas o Incra n o precisaria de todo os R 860 mil em dinheiro pois os valores correspondentes terra nua poderiam ser pagos em t tulos da d vida agr ria A forma mais conservadora poss vel de se atribuir valor a esse ato de gest o antiecon mica consiste em computar apenas o que foi pago pelo galp o e pelos equipamentos da usina de beneficiamento R 156 mil que se ressaltar que de acordo com o art 184 caput e 1 da Constitui o Federal o valor justo da terra nua ser pago em T tulos da D vida Agr ria TDAs enquanto as benfeitorias teis e necess rias ser o indenizadas em dinheiro 9 Es
23. tima esperada e a produtividade real observada em campo e A a rea total da planta o O Incra utilizou os seguintes par metros V R 1 024 97 ha IR 300kg ha 500kg ha e A 800 ha A equipe de auditoria considerou os seguintes V R 1 024 97 ha IR 38 000kg 574ha 500kg ha e A 574 ha 213 Conforme se ver a seguir corrobora com essa tese da equipe de auditoria a afirma o feita equipe de auditoria em entrevista realizada na sede da Prefeitura no dia 21 7 2003 pelo ex Secret rio de Agricultura e atual Secret rio de Obras do Munic pio de Jo o C mara Sr Fran a Neto de que atualmente o hectare mais caro que se encontra na regi o o do caju que ficaria entre R 300 00 ha e R 400 00 ha incluindo o valor da terra nua Com base nessa informa o e descontado se o valor pago pela terra nua R 110 ha conclui se que os 800 ha de cajueiro se estivessem em bom estado atingiriam o valor m ximo de R 232 mil 314 Note se que a produtividade considerada pelos t cnicos do Incra 300 kg ha quase cinco vezes maior que aquela que se depreende dos autos 38 000 kg 574 h 66 kg ha 75 Vale lembrar que a desapropria o de terras para fins de reforma agr ria havida na doutrina jur dica como uma opera o branca ou seja um neg cio em que nenhuma das partes obt m lucro Assim qualquer desvio do valor de indeniza o em rela o ao valor de mercado deve ser reconhecido como uma falha 16
24. 27 2 ha de rea desmatada 5 6 11 Baixa do 50 ha de rea desmatada em mau estado de x 5 4 12 Novilho conserva o Subtotal 78 0 Total 205 0 Observa o 1 os valores informados correspondem queles constantes dos laudos de avalia o das respectivas fazendas Observa o 2 as express es entre aspas apresentadas nas descri es correspondem aos termos empregados pelos assentados na descri o das benfeitorias Fonte das informa es sobre a qualidade das benfeitorias 1 Geraldo Teixeira e Queginaldo da Silva Garcia presidente e vice presidente da associa o de assentados na fazenda S o Luiz fl 678 2 Francisco Matos presidente da associa o de assentados na fazenda Brinco de Ouro fl 680 3 laudo de avalia o da fazenda S o Luiz fl 194 4 equipe de auditoria que verificou in loco as caracter sticas da benfeitoria 5 laudo de avalia o da fazenda Cana fl 211 Francisco F bio C da Silva integrante de fam lia de assentados e Josefa M da C Teixeira vice presidente da associa o fl 673 6 laudo de avalia o da fazenda fl 53 7 laudo de avalia o da fazenda Buraco Seco fl 165 Maria Lib rio Alves presidenta Francisco de Assis de Lima 2 secretario e Fl vio Alexandre Alves assentado todos do assentamento localizado na fazenda Padre Jo o Maria II fl 677 9 Jos Barbosa de Souza presidente da associa o de assentados na fazenda Lageado fl
25. 410 071 288 390 0 410 128 004 499 2 410 128 263 745 1 410 128 287 342 2 411 027 012 971 9 411 035 010 057 6 411 035 010 065 7 411 078 258 954 1 411 124 023 124 8 411 132 024 767 6 411 175 002 054 3 411 175 016 373 5 413 046 000 337 2 414 034 732 028 6 414 093 027 235 4 414 093 027 316 4 415 065 007 064 6 417 025 001 848 4 417 025 002 666 5 417 025 005 444 8 417 050 008 230 2 418 013 257 583 8 418 153 280 372 0 418 226 004 219 5 419 060 725 897 8 421 065 020 362 2 423 050 310 123 8 423 076 017 671 0 423 092 018 430 8 424 102 009 890 4 426 113 283 550 3 426 148 000 280 9 427 012 013 544 0 427 080 280 577 4 427 110 253 650 7 427 179 000 272 3 427 209 003 859 6 303 427 209 280 437 7 428 019 257 648 0 428 027 054 496 4 431 150 280 470 7 437 077 014 73 0 UF MS C DIGO DO IM VEL 000 027 075 752 9 000 027 105 872 1 000 027 107 298 8 615 013 012 416 3 617 091 010 456 4 626 015 006 750 6 813 095 100 110 4 901 016 117 544 5 901 075 089 362 5 901 253 103 446 6 906 069 008 117 8 906 085 015 199 2 906 085 017 400 3 906 085 017 450 0 907 014 010 375 7 907 014 798 339 6 907 022 000 124 6 907 022 001 104 7 907 022 001 210 8 907 022 001 430 5 907 022 001 910 2 907 022 001 937 4 907 022 001 945 5 907 022 002 372 0 907 022 002 380 0 907 022 002 399 1 907 022 011 479 2 907 022 011 584 5 907 022 011 614 0 907 022 011 630 2 907 022 013 390 8 907 022 014 303 2 907 022 014 389 0 907 022 014 397 0 907
26. 75 2 1 224 Duarte F bio Rezende Aspectos jur dicos da rodovia tutela do uso comum concess es rodovi rias responsabilidade civil e outros aspectos Rio de Janeiro Mauad 1997 p 19 35 No levantamento de auditoria a equipe consignou proposta no sentido de que se determinasse Autarquia que o Manual de Obten o de Terras fosse aprimorado nesse ponto Essa proposta foi acolhida pelo Ac rd o 557 2004 Plen rio item 9 2 7 12 217 havia catanduba maior que os cajueiros n o houve safra Brinco de uma cisterna de alvenaria que n o retinha gua por 1 18 1 2 Ouro estar rachada um po o com gua de p ssima qualidade e com Buraco profundidade menor que o valor utilizado no c lculo 11 1 4 Seco do valor de indeniza o doao 13 km de cerca externa toda estourada 8 9 8 Maria II Lageado 19 ha de cajueiro dentro da mata 6 1 9 Buraco 6 km de cerca el trica cuja fia o e equipamento 5 8 10 Seco oram retirados antes de o Incra ser imitido na posse Baixa dol 6 ha de carna ba de 30 anos em prec rio estado e E 1 8 13 Novilho que n o foram explorados pelos assentados Subtotal 127 0 S o Luiz 99 5 ha de rea desmatada 22 6 1 S o Luiz 85 5 ha de rea desmatada 14 6 3 Cana 250 ha de rea desmatada desmatamento antigo 10 8 3 90 ha de rea desmatada 9 7 6 200 ha de rea desmatada 9 1 f Seco Lageado
27. 901 105 102 180 5 901 105 102 547 9 901 105 103 357 9 901 105 110 574 0 308 901 105 112 372 1 901 105 113 409 0 901 113 000 825 3 901 113 004 685 6 901 113 004 731 3 901 113 004 952 9 901 113 005 258 9 901 113 005 312 7 901 113 005 347 0 901 113 005 371 2 901 113 005 401 8 901 113 100 021 3 901 113 100 781 1 901 113 103 977 2 901 113 104 655 8 901 113 106 585 4 901 113 110 094 3 901 113 110 728 0 901 113 110 949 5 901 113 110 957 6 901 113 110 965 7 901 113 112 224 6 901 113 112 720 5 901 113 116 955 2 901 113 118 745 3 901 113 121 002 1 901 121 108 960 6 901 121 110 639 0 901 121 113 204 8 901 121 125 350 3 901 130 000 302 2 901 130 000 540 8 901 130 117 951 5 901 130 139 378 9 901 130 147 966 7 901 130 148 989 1 901 130 180 238 7 901 130 180 246 8 901 130 180 254 9 901 130 180 262 0 901 130 184 462 4 901 130 189 464 8 901 130 196 886 2 901 130 196 924 9 901 130 197 084 0 901 130 197 122 7 901 130 197 165 0 901 130 197 203 7 901 130 207 110 6 901 130 214 450 2 901 130 222 372 0 901 130 222 380 1 901 130 224 332 2 901 130 224 375 6 901 130 224 405 1 901 130 224 413 2 901 130 224 456 6 901 148 001 562 7 901 148 104 264 4 901 148 104 426 4 901 156 000 205 4 901 156 001 155 0 901 156 001 252 1 901 156 001 848 1 901 156 003 492 4 901 156 003 646 3 901 156 003 786 9 901 156 003 824 5 901 156 003 930 6 901 156 100 323 2 901 156 100 846 3 901 156 100 889 7 901 156 100 951 6 901 156 101 451 0 90
28. Classes de TDA p 70 Quadro 10 Procedimentos antes da aquisi o do TDA p 71 Quadro 11 Como fazer para receber um TDA CARTULAR p 71 Quadro 12 Utiliza o do TDA p 73 Quadro 13 Blocos de t tulos negociados no dia 24 07 2000 p 75 Quadro 14 10 opera es negociadas no dia 03 01 2001 p 75 Quadro 15 10 opera es negociadas nos dias 6 9 e 10 09 2002 p 76 Quadro 16 Refer ncias das S mulas 618 416 e 345 do STF p 97 Quadro 17 Indeniza o suplementar no C digo Civil p 97 Quadro 18 Juros compensat rios e pre os de terras p 100 Quadro 19 Decis o liminar na ADIn 2332 DF p 110 Quadro 20 Infla o acumulada IPC FIPE p 121 Quadro 21 Regula o do mercado de terras p 146 SUM RIO EXECUTIVO A jurisprud ncia sumulada do STF sobre juros compensat rios compreende quatro verbetes NA DESAPROPRIA O DIRETA OU INDIRETA A TAXA DOS JUROS COMPENSAT RIOS DE 12 DOZE POR CENTO AO ANO S mula 618 PELA DEMORA PAGAMENTO DO PRE O DA DESAPROPRIA O N O CABE INDENIZA O COMPLEMENTAR AL M DOS JUROS S mula 416 NA CHAMADA DESAPROPRIA O INDIRETA OS JUROS COMPENSAT RIOS S O DEVIDOS A PARTIR DA PER CIA DESDE QUE TENHA ATRIBU DO VALOR ATUAL AO IM VEL S mula 345 NO PROCESSO DE DESAPROPRIA O S O DEVIDOS JUROS COMPENSAT RIOS DESDE A ANTECIPADA IMISS O DE POSSE ORDENADA PELO JUIZ POR MOTIVO DE URG NCIA S mula 164 Quinze motivos para cancelar as
29. Eu j estou do lado de V Exa quanto a essa quest o de desapropria o N o se pode despojar ningu m sem raz o alguma muito menos sem a indeniza o completa Por isso Senhor Presidente considero constitucional os dois par grafos O ltimo porque se n o der lucro n o tem de compensar nada E o segundo a defini o do que s o os juros compensat rios O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR o que s o lucros cessantes No momento em que o indiv duo perde a posse o que acontece Ele poderia at mais tarde alugar arrendar Ent o em lucro cessante tudo isso teria de ser levado em considera o se se tratasse realmente de responsabilidade por ato il cito absoluto A SENHORA MINISTRA ELLEN GRACIE o potencial de rentabilidade O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR claro o potencial que se pode extrair daquilo de que o indiv duo est impedido SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O Isso um lucro potencial para frente E o lucro que j vinha produzindo Esse tem de ser avaliado de alguma maneira claro que n o contar duzentos anos para tr s tudo o que se produziu e indenizar N o n o isso A t cnica de avalia o ensina tomam se tantos meses tantos anos e se fixa a indeniza o do lucro D se um valor para o lucro cessante porque este avali vel Quem disse que n o o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR avali vel justamente por presun es E aqui se refer
30. Identificou se a interfer ncia direta dos propriet rios em sete dos dez processos pesquisados A despeito da concord ncia o Incra ajuizou a es judiciais em 100 dos casos Na Justi a todas as avalia es j superfaturadas tiveram acr scimos m dios de 67 29 Relat rio oficial do Minist rio do Desenvolvimento Agr rio informa que os fazendeiros foram defendidos por procuradores aposentados do Incra em 49 de 140 processos de desapropria o analisados no Rio Grande do Norte S em honor rios o governo despendeu R 1 3 milh o Per cias judiciais desfavor veis ao Tesouro custaram R 151 mil A despeito das evid ncias de superfaturamento s o nulas as chances de o governo reaver o dinheiro malversado A maioria dos casos n o est sujeita a revis es Os processos transitaram em julgado como se diz em linguagem jur dica Fonte Folha de S o Paulo 08 11 04 p A5 O sobrepre o onera os cofres p blicos em milh es de reais Os desvios constatados pelo TCU j foram abordados em Relat rio do Minist rio do Desenvolvimento Agr rio MDA como exp e o Quadro 8 No TCU o processo tomou o n mero TC 014 577 2003 0 O Plen rio da Corte de Contas confirmou as irregularidadaes conforme ac rd o aprovado na sess o de julgamento de 15 6 2005 rel Min Ubiratan Aguiar 54 Quadro 8 Relat rio A fraude est estampada num documento oficial do Minist rio do Desenvolvimento Agr rio Cham
31. Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou a Ata da Mesa T cnica e como chefe do Grupamento Fundi rio assinou parecer confirmando os dados e valores do laudo 9 3 1 11 3 Sr Francisco Rodrigues Filho que assinou a Ata da Mesa T cnica confirmando os dados e valores indenizat rios 9 3 1 12 da Fazenda Buraco Seco em cujo laudo a foram utilizados dois dados relativos a propriedades rurais localizadas em outro munic pio b n o foram utilizados fatores de homogeneiza o para aproveitamento dos dados de outro munic pio c n o se descontou da rea medida do im vel a parcela relativa aos 2 3 km de faixa de dom nio da rodovia p blica que ladeia o im vel 9 3 1 12 1 Sr Jos Augusto Silva que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica fls 790 791 corroborando os dados constantes desse laudo 9 3 1 12 2 Sr Francisco Sinete Morais que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o 9 3 1 12 3 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou as Atas da Mesa T cnica e do Comit de Decis o Regional aprovando os dados constantes do laudo 9 3 1 12 4 Sr Eug nio Marinho de Oliveira que assinou a Ata da Mesa T cnica corroborando os dados constantes do laudo 9 3 1 12 5 Srs Marc lio de Lima Rocha Jos Barbosa de Lucena Junior S lvio Medeiros Rosado e Sra Ana Celeste dos Santos Gomes que assinaram a Ata do Comit de Decis o Regional aprovando o laudo de vistoria e avalia o 9 3 1 13 d
32. Superintend ncia Nacional de Desenvolvimento Agr rio em Brasilia DF que autoriza o lan amento do TDA O lan amento dos T DA e a 177 A Instru o Normativa Incra n 43 de 29 9 2000 estabelece no art 7 par grafo nico que os autos do processo de desapropria o devem permanecer nas superintend ncias regionais encaminhando se para Bras lia apenas um determinado conjunto de cinco documentos que servir o de base para a proposta de expedi o do decreto de desapropria o Art 7 Par grafo nico Permanecer o na Superintend ncia Regional os autos dos processos administrativos de al ada do CDR encaminhando se apenas as pe as para instru o dos procedimentos destinados edi o do decreto declarat rio de interesse social para fins de reforma agr ria I quadro resumo do processo de desapropria o de terras conforme Anexo VI TI ata da reuni o do Comit de Decis o Regional CDR em que foi aprovada a indica o do im vel para desapropria o parecer revisor do Divis o T cnica sobre a instru o processual IV certid o de registro de im veis V parecer Fundamentado da Procuradoria Regional que conter a relat rio circunstanciado b aspectos dominiais do im vel rural c fundamenta o legal e d conclus o grifos nossos 178 Outros documentos que comp em o kit para TDA c pia da capa do processo ata do grupo t cnico extrato do CPF ou C
33. apar ncia de bom dom nio Na terceira fase alguma explora o pode ocorrer Mas essa etapa pode ser suprimida e dar lugar aliena o a terceiros Essa transfer ncia poder ser para entes p blicos seja para atender pol tica de reforma agr ria ou seja para promover a implementa o de reas de preserva o Uma teia de grilagem se propagou no Par tendo como ponto de partida uma pessoa chamada Carlos Medeiros coforme Box 3 Loc cit 64 Box 6 Quadrilha de grilagem e o fantasma de Carlos Medeiros O caso se arrasta na Justi a h 30 anos Uma quadrilha de grileiros de terras criou um fantasma sob o nome de Carlos Medeiros com identidade 92 093 SSP PA e CPF 034 992 182 34 A procuradoria estadual provou na Justi a que os documentos s o falsos e que Medeiros nunca existiu Tudo come ou em 1975 quando um grupo de grileiros forjou em Bel m um invent rio do qual fazia parte sesmarias forma de titula o fundi ria que vigorou at 1835 em nome de dois portugueses mortos h mas de 150 anos O invent rio foi dado como desaparecido Pouco tempo depois procuradores do fantasma Carlos Medeiros pediram a reconstitui o do invent rio apresentado o como herdeiro das sesmarias O juiz Armando Br ulio Paul da Silva mais tarde afastado do cargo por corrup o em outros processos autorizou a opera o que resultou em um invent rio de oito volumes somando 2 685 p ginas d
34. considerou se um fator de redu o da cultura de 0 6 e n o de 0 12 que o condizente com os dados dos autos produ o de 12 toneladas em 200 ha Note se que se trata de sisal uma cultura de menor valor que a do caju 74 3 ha de sisal da fazenda S o Luiz foram avaliados em R 27 mil R 563 82 ha R 265 00 ha R 22 202 33 Note se que se trata de sisal uma cultura de menor valor que a do caju 12 0 ha de sisal da fazenda Baixa do Note se que se trata de sisal Novilho foram R 466 64 ha R 265 00 ha R 2 419 68 luma cultura de menor valor que avaliados em R a do caju 4 1 mil R Total 201 145 67 Observa o l o valor pago refere se aos valores da terra nua e das respectivas coberturas vegetais conforme apresentado na tabela 17 Observa o 2 a estimativa de d bito apresentada corresponde diferen a entre os valores pagos e devidos multiplicados pelas respectivas reas 211 de se notar que entre os casos de superavalia o detectados encontram se tr s relativos a indeniza es por culturas de sisal O caso da fazenda S o Luiz um bom exemplo dessas superindeniza es de sisal pois tem se ao menos quatro outras evid ncias que refor am a tese de que o valor pago pelo Incra supera o valor de mercado 1 o ndice de produtividade 213 constante do cadastro do Incra era de 135 kg ha e n o 400 kg ha como considerado na mem ria de c lculo cons
35. desapropria es Fatores de multiplica o decorrentes de senten a judicial do custo inicial das desapropria es Regi o Multiplicador Centro Oeste 11 97 Nordeste 4 93 Norte 9 09 Sudoeste 14 64 Sul 1 20 Brasil 5 01 Fonte Custo Social da Reforma Agr ria Shigeo Shiki Henrique Dantas Neder e Paulo Henrique Rangel Teixeira Conv nio FAO Incra 149 O Gabinete do Ministro de Pol tica Fundi ria e Agricultura Familiar e o Incra com integral apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso t m enfrentado sistematicamente a partir da edi o da Medida Provis ria 1 577 97 estas distor es que se n o corrigidas comprometer o irremediavelmente o programa de reforma agr ria A atua o dos procuradores do Incra seja por meio de a o rescis ria ou de recursos nas a es de desapropria o resultou por exemplo que em 1997 de uma d vida total de R 415 9 milh es a Uni o teve que pagar apenas R 260 4 milh es No ano seguinte esse n mero foi reduzido para R 55 7 milh es Recentemente o Tribunal Regional Federal da 3 Regi o em S o Paulo finalmente acatou as alega es feitas pelos advogados do Incra em a o rescis ria contra os ex propriet rios do im vel Fazendas Reunidas situado no munic pio de Promiss o SP e desapropriado para fins de reforma agr ria em 1987 Os antigos propriet rios recorreram Justi a para elevar o valor da desapropria o dos R
36. efetivamente Os juros compensat rios nas jurisdi es estrangeiras s o equivalentes aos juros de mora convencionados ou multa convencional do direito brasileiro ambas as figuras se destinam a compensar perdas calculadas Nesse sentido a Medida Provis ria tem um bom prop sito Mas os tais juros foram originalmente concebidos para preencher a aus ncia ou insufici ncia da corre o monet ria Isso torna central o rendimento do dinheiro isto da indeniza o que somente totalmente paga ao final do processo compensam a perda do im vel sem o pagamento tomando o lugar dos frutos do dinheiro n o dispon vel Ministros Moreira Alves Pertence Este o significado que resume a posi o predominante sobre a fun o dos juros compensat rios em desapropria o O foco no dinheiro que representa o pre o do im vel e n o nos frutos do im vel o dinheiro que substitui a coisa Nesse contexto n o se pode distingir o dinheiro que decorre da transfer ncia de uma propriedade imobili ria e o fruto por exemplo do trabalho ou da presta o de um servi o qualquer A posi o do Tribunal serviria tamb m para justificar a exig ncia de juros compensat rios dos 112 rg os p blicos nas hip teses de reten o dos sal rios de uma professora pelo munic pio ou de atraso no pagamento de servi os de atendimentos de pacientes do SUS por hospitais particulares Para emprestar coer ncia ao entendimento predominante o
37. mesmo negociados com des gios asseguram ganhos superiores aos de mercado 0K e Grandes empresas compram a pre os razo veis de mercado terras que figuram na programa o oficial de desapropria o como forma de investimentos Os possuidores origin rios muitas vezes n o t m titula o ou det m titula o prec ria Isso d um poder de barganha n o desprez vel aos compradores investidores que sabem que na Justi a conseguem um ganho bastante atrativo superior ao conquistado nas transa es de mercado Precisa de pesquisa para saber mais sobre isso Acho que poss vel Al m do Plano Real outro fator que contribuiu para a estabiliza o dos pre os foi o surgimento de duas leis no ano de 1993 que surtiram efeitos 10 a 12 meses depois Essas leis estabeleceram crit rios mas ou menos objetivos de apura o de indeniza o e deram ao Minist rio P blico Federal poder de interven o nos processos judiciais poss vel Mas precisaria verificar cientificamente g O processo judicial de desapropria o representa um sistema estatal que concretiza altas transfer ncias patrimoniais No seu relacionamento com uma categoria detentora de ativo imobili rio o Estado ao adotar a figura dos juros compensat rios institui uma vantagem n o conferida a nenhuma outra categoria capitalista O caso da Fazenda Reunidas em Promiss o que n o sei como acabou um exemplo acabado disso Isto algo inaceit vel Fonte Anton
38. o fl 16 da seguinte forma cultura permanente cajueiro 800 hectares rea inaproveit vel 10 hectares rea aproveit vel mas n o utilizada 1 881 hectares 239 8e fossem exclu dos da desapropria o o cajueiro de 800 hectares e a usina de beneficiamento de caju as casas e os galp es que eram na pr tica os nicos bens utilizados pelo propriet rio ou seja se apenas a rea n o utilizada fosse desapropriada o Incra poderia adquirir 1 881 hectares por apenas R 263 mil conforme mem ria de c lculo abaixo Valor total da fazenda segundo o laudo fl 36 hlan Valor atribuido s benfeitorias exceto cercas 121 Valor atribu do s terras onde se localizam cajueiro as R 89 casas os armaz ns e a usina de beneficiamento de caju mil Valor estimado da desapropria o parcial R 263 mil 240 Como se v era poss vel obter uma economia or ament ria de R 860 mil 77 dos R 1 123 mil propostos pelo perito se o Incra optasse por n o adquirir os 810 hectares de rea produtiva do im vel limitando se a desapropriar os 1 882 hectares n o utilizados pelo fazendeiro 241 Essa economia egiiivale ao valor total atribu do pelo Incra s fazendas Lageado R 243 mil Baixa do Novilho R 237 mil Padre Jo o Maria R 234 mil e Cana R 159 mil em que se assentaram 187 fam lias Mas apenas 24 familias foram assentadas nos 810 hectares que custaram R 660 m
39. o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 116 124 e Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do grupamento Fundi rio que assinou o parecer de fl 770 corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo apresentem defesa acerca das seguintes irregularidades 11 1 superavalia o de 200 ha de cajueiro que gerou um prejuizo estimado de R 52 9 mil em 11 10 1996 capitulo 3 do relat rio 11 1 1 a planta o de cajueiro segundo informou o presidente da associa o do assentamento Sr Francisco Sebasti o da Silva estava dentro do mato fl 717 255 11 1 2 consta do laudo de vistoria e avalia o que n o houve qualquer produ o no ltimo ano agricola fl 120 11 1 3 o valor pago pelo hectare de cajueiro R 664 76 ha supera os R 400 00 ha que de acordo com os dados encontrados nesta fiscaliza o o valor mercado de um cajueiro incluindo o pre o da terra nua 11 2 superavalia o de cercas externas que gerou um prejuizo estimado de R 8 8 mil em 11 10 1996 apurado a partir da constata o de que os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a todo a per metro da fazenda 19 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes cap tulo 4 do relat rio I cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Buraco Seco com fulcro no art 12 inc
40. o ao credor e sua incid ncia n o depende de culpa do devedor Com a mora deste considera se o credor prejudicado nascendo a pretens o aos juros sem que seja necess rio alegar nem provar dano Escreve Pontes O expediente t cnico da contagem de juros morat rios taxa legal teve a finalidade de evitar as dificuldades de avalia o dos danos Pode se dizer que os juros de mora cobrem os danos da mora que se distinguem do dano da inadimpl ncia aqueles se referem ao atraso da presta o ao passo que este se refere falta de cumprimento da presta o A diferen a pode parecer muito t nue mas expressa a discuss o da dicotomia que separa os frutos da coisa dos frutos do dinheiro que a substitui O dano da inadimpl ncia em contraposi o aos juros da mora tende a ser concreto n o remoto n o afasta nem a culpa nem a prova do preju zo e pode ser reparado mediante a perdas e danos conforme for apurado b juros estipulados ou c pena pecuni ria E preciso haver um equil brio no ressarcimento do que se privou ou perdeu Isso funciona para ambos devedor e credor Tanto o ressarcimento excessivo quanto a repara o insuficiente podem levar a enriquecimento sem causa embora seja quase imposs vel se realizar a perfeita compensa o A fixa o de Biagio Brugi Instituciones de Derecho Civil p 93 M xico UTEHA 1946 Tratado Tomo XXIII 1984 p 184 82 dano abstrato se justifica pel
41. o do mercado de terras Criar estender ou aperfei oar a regula o estatal significa intervir na configura o de interesses econ micos estabelecidos Sobre a teoria da regula o econ mica George Stigler escreve O Estado a m quina e o poder do Estado uma potencial fonte de recursos ou de amea as a toda atividade econ mica na sociedade Com seu poder de proibir ou compelir de tomar ou dar dinheiro o Estado pode e efetivamente faz ajudar ou 166 George J Stigler A Teoria da Regula o Econ mica in Regula o Econ mica e Democracia Paulo Matos coord p 23 2004 143 prejudicar seletivamente um vasto n mero de ind strias As tarefas centrais da teoria da regula o econ mica s o justificar quem receber os benef cios ou quem arcar com os nus da regula o qual forma a regula o tomar e quais os efeitos desta sobre a aloca o de recursos 167 O autor esclarece ainda sobre as duas vis es da regula o de emprego comum A primeira concerne ao objetivo da regula o que visa prote o e benef cio ou do p blico em geral ou de uma grande parcela dele A segunda refere se regula o como um processo pol tico que carece de uma explica o racional Quando essa racionalidade desaparece o escopo do benef cio se retrai para favorecer apenas uma parcela m nima do p blico Quando isso acontece tempo de rever ou refor ar a regula o
42. o em torno de oito profissionais envolvidos o juiz com seu perito o procurador e perito do rg o expropriante o desapropriado com seu advogado e perito e o membro do Minist rio P blico Nem sempre o juiz e o membro do rg o ministerial t m aptid o para se debru ar sobre as particularidades da avalia o t cnica Do rg o expropriante seu perito e advogado se espera uma posi o mais bem informada tecnicamente em face da experi ncia institucional acumulada embora a pr tica revele pouca reputa o do rg o expropriante quanto defesa de uma indeniza o razo vel O propriet rio e os profissionais que o auxiliam s o mais bem sucedidos na maximiza o do interesse privado O resultado que a autoridade judicial pouco experiente se faz ref m do laudo do perito A lei sugere a realiza o de audi ncia abrindo a possibilidade de concilia o Essa seria a melhor oportunidade para os profissionais discutirem o pre o tendo como base a vistoria do rg o expropriante Esse espa o no rito processual de modo geral desperdi ado mas poderia ser utilizado para abreviar a solu o do caso Os pontos cruciais geralmente concernem ao valor das benfeitorias cobertura vegetal e juros compensat rios Sem incentivo o desapropriado n o tem interesse em negociar nem pressa para ver o processo finalizado A grande maioria dos ju zes n o acredita no seu poder decis rio e de liderar a discuss o pelos interessados da
43. pios de S o Miguel do Araguaia e Porangatu GO Registro nas Comarcas de S o Miguel e Porangatu GO Amap Fazenda Itapo com rea de 65 793 hectares em nome da empresa Chamflora localizado no munic pio de Amap AP Registro na Comaraca de Amap RO Acre l Fazenda California com 427 390 hectares em nome do Sr Jorge Wolney Atalla localizada no munic pio de Feij AC Registro na Comarca de Feij AC Cadastro feito com base em concess o de posse n o levada a registro Incidindo parte da fazenda na gleba Chandless arrecadada judicialmente rea da Uni o parte em rea ind gena e parte sobreposta a rea da senhora Neuza Prado de Azevedo outorgante 2 Fazenda Santo Ant nio com 248 466 hectares em nome de Neuza Prado de Azevedo localizada no munic pio de Feij AC Registro na Comarca de Feij AC Levada a registro em 10 07 98 incidindo em parte da gleba Chandless na rea outorgada por escritura de compra e venda Jorge Wolney Atalla e em rea de reserva ind gena Maranh o l Fazendas Tr s Morros com 26 134 hectares em nome de Hermes Rodrigues Lima localizado no munic pio de Graja Registro na Comarca de Graja 2 Fazenda Pontal com 20 175 hectares em nome de Lindalva Santana Lima localizado no munic pio de Graja Registro na Comarca de Graja Im veis n o materializados em campo Ind cios de falsifica o nas certid es imobili rias apresentadas pelos propriet rios
44. prio pelo MPF se o Incra n o o houver apresentado Confer ncia do laudo do assistente t cnico por parte dos Procuradores do Incra antes de sua juntada aos autos do processo com comunica o Procuradoria Geral da Autarquia e sugest o de remessa ao MPF quando constatada irregularidade apontando a Recomendar Procuradoria Geral do Incra que determine aos Procuradores da Autarquia anexar inicial da a o desapropriat ria al m dos documentos previstos na Lei Complementar n 76 93 art 5 cadeia dominial do im vel expropriado levantamento preliminar realizado no curso do procedimento administrativo parecer da comiss o revisora A es Rescis rias Sem preju zo da legitimidade ativa do Incra e da Uni o recomendar aos Membros do MPF o ajuizamento de a es rescis rias quando imprescind veis sem as limita es das al neas do art 487 III do CPC no resguardo dos interesses amparados pela Constitui o Federal art 6 XIV da Lei Complementar n 75 93 Recomendar ao Incra e AGU o ajuizamento se houver fundamento suficiente nos casos do art 485 X do CPC com a altera o da MP n 1 703 17 98 devendo ser consultado o respectivo Procurador Geral quando houver baixa expectativa de proced ncia da a o em face dos riscos da sucumb ncia Recomendar Uni o ao MPF e ao Incra o ajuizamento quando cab vel e conveniente contra senten as de liquida o A es Civis P blicas Recomendar
45. reas dos im veis desapropriados 139 Entre esses sete laudos tr s cont m a pr pria prova da falha os mesmos avaliadores que classificaram parcelas dos im veis vistoriados na classe HI informaram em seus relat rios que a seca em Jo o C mara longa o que contraria frontalmente o padr o estabelecido pelo Manual de Obten o de Terras 140 Outro aspecto relativo aos laudos agron micos que merece considera o a conclus o pela viabilidade agron mica das terras I41 Nos casos em que as classifica es de terras foram realizadas de modo absolutamente equivocado tais como nos laudos das fazendas Xo Brinco de Ouro e Serra Verde Boa Vista em que os t cnicos encontraram 85 ou mais de terras nas classes 1 II ou HH a conclus o pela viabilidade agron mica das terras logicamente aceit vel se a terra boa ent o o assentamento vi vel 142 Mas nos cinco casos Pe Jo o Maria II S o Luiz Serra Verde Lageado e Baixa do Novilho em que os erros nas classifica es das terras n o foram t o graves porque menos da metade das reas foram classificadas acima do autorizado pela norma do Incra a falha mais grave parece incidir sobre a conclus o pela viabilidade agron mica das terras 201 143 Ora se mais da metade das terras na melhor das hip teses de classe IV que s o terras cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o NBR 8799 fl 707 como adm
46. respons veis abaixo identificados para que apresentem raz es de justificativa para as seguintes irregularidades 9 3 1 inadequa o das classifica es agron micas das terras no Munic pio de Jo o C mara onde os dados meteorol gicos indicam que o clima da regi o o 4ath ou seja que a seca edafol gica longa o que n o autoriza a classifica o das terras nas classes I II ou II cap tulo 1 do relat rio 9 3 1 1 da Fazenda Xo em que 100 das terras foram classificadas de forma equivocada 30 na classe I 40 na classe II e 30 na classe II 9 3 1 1 1 Srs Eug nio Marinho de Oliveira Itamar Ol mpio de V Maia e Manoel do Nascimento Salazar que apesar da classifica o equivocada das terras assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 9 3 1 1 2 Sr Heleno Gomes da Silva que assinou parecer concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 9 3 1 2 da Fazenda Brinco de Ouro em que 90 das terras foram classificadas de forma equivocada 85 na classe II 5 na classe II 9 3 1 2 1 Srs Francisco Rodrigues Filho Zenivaldo Bezerra Alves e Francisco de Assis Martins que apesar da classifica o equivocada das terras assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 9 3 1 2 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es do relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es
47. ria ou extrativista dos im veis e verificar se as 176 O Decreto n 2 250 de 11 6 1997 disp e que Art 1 As entidades estaduais representativas de trabalhadores rurais e agricultores poder o indicar ao rg o fundi rio federal ou ao rg o colegiado de que trata o art 2 1 da Medida Provis ria n 1 577 de 11 de junho de 1997 reas pass veis de desapropria o para reforma agr ria grifo nosso 182 propriedades cumprem suas fun es sociais segundo os par metros estabelecidos por lei Resumindo as vistorias preliminares visam identifica o de grandes fazendas improdutivas que possuem terras de boa qualidade para a implanta o de um projeto de assentamento de reforma agr ria 38 Cada vistoria realizada por uma equipe de servidores do Incra engenheiros agr nomos lotados nas divis es t cnicas das superintend ncias regionais a quem compete a elabora o de um Relat rio Agron mico de Fiscaliza o tamb m denominado Relat rio Preliminar ou Relat rio de Vistoria Preliminar Neste relat rio a equipe deve concluir pelo prosseguimento ou n o do processo de desapropria o conforme o im vel apresente ou n o as caracter sticas de uma propriedade que pode ser aproveitada no Programa de Reforma Agr ria 39 Ent o a Procuradoria Regional emite um parecer jur dico sobre a regularidade do processo e a Divis o T cnica um parecer revisor 40 O processo j devidamente instru d
48. rio absente sta e que faz mau uso do bem contrariando sua fun o social Al m do mais a desapropria o da terra nua paga em dinheiro inviabilizaria a curto prazo todo o programa de reforma agr ria O pagamento em t tulos e n o em dinheiro parece ao exame mais apressado detrimentoso aos interesses do propriet rio rural Isso apenas uma ilus o de tica Suponha se que n o houvesse reforma agr ria nem a interven o do governo como grande comprador Num cen rio em que a extens o das reas na maioria superior a 1 000 hectares dependendo da regi o e da utiliza o e na maioria das situa es sendo os t tulos de dom nio prec rios a terra seria um ativo de Rejei o da Emenda 25535 em 2 9 1987 Bases hist ricas do Senado Federal base selecionada APEM acesso 20 5 2005 30 lenta valoriza o com poucos compradores baixa liquidez e dif cil comercializa o O mercado de terras improdutivas no conceito constitucional seria pouco importante Com a pol tica de reforma agr ria em implementa o esse cen rio se transforma radicalmente gra as atua o do Estado interventor Com a institui o da pol tica fundi ria e de reforma agr ria o Estado toma a posi o de grande comprador O comportamento do grande comprador segundo a l gica de mercado parecido com a do monopsonista capaz de fazer o pre o desejado Mas a pr tica mostra que o grande comprador instituciona
49. rio de L brea encontra se a rea sobreposta ao im vel rural denominado Rep blica A rea est sub judice O seringal denominado Natal ou Novo Natal com rea de 155 906 hectares originalmente integrava a matricula n 352 do Cart rio do Registro de Im veis da Comarca de Boca do Acre por ter sido objeto de a o de usucapi o Em que pese o juiz de Direito da comarca de Boca do 274 Acre ter determinado o cumprimento de decis o do TRF anulando a a o de usucapi o a anula o foi revogada por nova ordem judicial N o consta na certid o da matr cula fornecida pelo Cart rio do Registro de Im veis de L brea a averba o da anula o da senten a de usucapi o continuando o referido im vel livre para qualquer transa o Borba Na Comarca de Borba foram cancelados os registros referentes ao im vel rural denominado Fazenda Santa Cruz com rea aproximada de 1 654 718 00 hectares Tal rea incorpora tamb m a Fazenda Mata Azul com registro em nome de Ad o Medeiros Paz a Fazenda Bela Alian a transferida por Ad o Medeiros Paz para Jussara Marques Paz a Gleba Dourados que tinha como propriet rio Ant nio Zigart Neto a Fazenda Rio Luna tendo como adquirentes Jorge Jamil ngelo Moss Waldemar Moss Raimundo Nonato Barbosa Fernandes e Francisco Moss que a adquiriram de Isaac Amorim e sua mulher com rea parcial de 657 002 6000 hectares Decis o do extinto TRF cancelou a senten a do juiz de Direito da coma
50. timo e promover o levantamento dos t tulos e registros bem como das respectivas cadeias dominiais na forma da Lei n 6 383 de 07 12 76 Medidas Judiciais A partir dos estudos e pesquisas sobre as situa es dominiais e possess rias caso se constate d vida fundada sobre o dom nio das terras detidas por particulares continuar o a ser adotadas as medidas judiciais cab veis visando a reincorpora o das terras ao patrim nio p blico O Incra est requerendo junto s Corregedorias Gerais de Justi a a declara o de inexist ncia e o cancelamento da matr cula e do registro dos im veis rurais vinculados a t tulos nulos de pleno direito ou realizados em desacordo com a Lei de Registro P blico Por outro lado o INCRA est ajuizando a es de nulidade e cancelamento de matr cula e de registros de t tulos de propriedade incidentes em terras de jurisdi o federal Quando forem abrangidas reas de jurisdi o estadual ser recomendado aos Estados membros que promovam as a es judiciais correspondentes Ser ainda requerida prioridade nos julgamentos das a es discriminat rias judiciais e declarat rias de nulidade em curso Finalmente a Procuradoria Geral do Incra quando constatar situa es de graves irregularidades nos Cart rios de Registro de Im veis requerer perante o Corregedor Geral da Justi a da circunscri o judici ria do im vel matriculado registrado ou retificado irregularmente a realiza
51. tulo de 250 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 14 1 1 as fichas de coleta de opini es de pre o fls 217 228 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 14 1 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a ex Secret rio de Agricultura e atual Secret rio de Obras do Munic pio que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 14 1 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 IS cita o solid ria com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 dos Srs Ismael Viriato de Souza e Zenivaldo Bezerra Alves que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 23 36 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 761 e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que aprovou os c
52. uma vez recebida a indeniza o arbitrada pelo Incra o fazendeiro entrar na Justi a numa tentativa de multiplicar esse valor Para se ter uma id ia do representam as superindeniza es basta dizer que em apenas quatro processos judiciais em an lise a Uni o pode ser condenada a pagar nada menos que R 1 7 150 bilh o o que representa todo o or amento da reforma agr ria para este ano No entanto o Incra por seus advogados luta judicialmente no sentido de diminuir essa quantia para R 170 milh es ou seja apenas 10 do total Para que isso realmente ocorra por m necess rio que n o se fique apenas na a o dos procuradores do Incra preciso que a legisla o seja mudada sen o o ralo pelo qual o dinheiro p blico escoa jamais ser fechado Um consider vel avan o na corre o de tais distor es ser obtido com a convers o em lei pelo Congresso Nacional da Medida Provis ria n 1 901 30 99 especialmente editada para p r um freio s superindeniza es As mudan as que ela prop e incluem a obrigatoriedade do perito ser engenheiro agr nomo a veda o de juros em cascata a especifica o dos casos em que podem ser cobrados os juros de mora a elimina o do pagamento de cobertura vegetal nativa e a determina o de maior rigor nas avalia es Imp e ainda que o Incra monte um banco de dados com informa es sobre o mercado de terras para orientar as avalia es Por tudo isso esperamos que o Con
53. 001 198 8 109 070 005 266 7 110 019 021 300 3 110 027 065 846 4 110 027 092 592 6 110 060 006 670 4 110 060 111 805 8 111 015 024 511 0 111 023 004 731 0 111 023 013 234 1 111 023 019 780 0 111 023 030 678 1 111 023 254 860 0 111 040 000 043 7 111 040 100 013 9 111 040 104 876 0 111 040 104 884 0 111 040 105 066 7 112 011 012 297 6 112 089 014 966 8 112 089 016 330 0 113 034 258 830 6 113 034 279 919 6 114 014 003 166 6 114 014 005 690 1 114 014 007 773 9 114 014 009 717 9 114 022 007 323 8 114 022 011 614 0 114 022 011 649 2 114 022 011 789 8 114 057 018 309 5 114 057 278 459 2 114 065 006 564 6 114 065 009 814 5 114 065 010 308 4 114 065 010 332 7 114 065 010 359 9 114 065 010 766 7 115 010 006 360 9 115 029 006 467 3 115 037 002 801 5 115 053 006 785 3 115 053 008 532 0 116 017 001 945 9 116 017 001 953 0 116 025 010 200 4 116 068 003 255 7 144 010 018 317 3 144 010 018 325 4 161 063 027 030 4 223 018 033 103 7 223 018 033 111 8 601 012 008 028 5 611 069 025 550 4 618 039 003 964 6 621 013 002 704 7 302 624 020 019 100 8 639 028 013 455 9 711 080 013 269 5 711 080 013 277 6 UF MG C DIGO DO IM VEL 000 019 222 046 7 000 027 017 442 6 000 027 054 828 8 000 027 065 242 5 000 035 251 259 1 000 035 407 216 5 026 042 010 766 0 401 021 031 631 0 401 021 032 778 9 401 021 041 637 4 401 021 043 338 4 401 021 044 539 0 401 021 052 892 0 401 021 057 274 0 401 021 065 528 0 401 021 06
54. 003 468 1 045 020 003 867 9 045 020 936 480 3 045 039 007 757 8 045 039 007 870 1 045 039 007 889 2 045 039 295 027 9 045 039 295 108 9 045 039 295 132 1 045 039 936 235 6 045 047 003 387 3 045 047 257 222 4 045 055 936 073 8 045 055 936 111 4 045 055 936 154 8 045 063 004 944 5 045 071 005 185 8 045 071 009 628 2 045 071 010 480 3 045 071 016 594 2 045 071 016 632 9 045 071 016 683 3 045 071 019 860 3 045 071 023 094 9 045 071 025 127 0 045 071 048 321 9 045 071 048 917 9 045 071 050 199 3 045 071 050 326 0 045 071 050 431 3 045 071 050 440 2 045 071 050 482 8 313 045 071 050 539 5 045 071 050 580 8 045 071 050 601 4 045 071 050 610 3 045 071 050 628 6 045 071 050 644 8 045 071 050 709 6 045 071 050 717 7 045 071 050 792 4 045 071 051 799 7 045 071 051 853 5 045 071 051 870 5 045 071 051 900 0 045 071 051 918 3 045 071 051 934 5 045 071 051 985 0 045 071 053 775 0 045 071 054 240 1 045 071 993 239 3 046 019 257 842 7 046 019 267 309 8 046 019 279 005 1 046 027 007 250 0 046 027 252 921 4 046 027 255 661 0 046 027 255 670 0 046 027 256 838 4 046 027 269 395 2 046 027 277 037 0 046 027 277 061 2 046 027 277 460 0 046 027 298 263 6 046 035 010 790 9 046 043 261 114 1 046 060 003 492 9 046 060 003 824 0 046 060 256 846 7 046 060 277 053 3 046 060 839 647 1 046 078 001 554 4 046 078 266 493 0 047 023 002 852 0 047 023 004 405 4 047 023 307 254 7 047 023 307 262 8 047 090 003 298 2 047 090 007 4
55. 006 157 9 926 019 007 382 8 926 019 315 125 0 926 019 728 128 0 926 094 032 050 4 930 202 018 724 6 930 202 018 732 7 930 202 019 658 0 930 350 006 912 6 933 023 013 331 2 933 082 010 731 7 934 038 004 383 0 934 089 014 400 2 941 018 137 898 7 320 Anexo G Apela o C vel 238003 PE APELA O C VEL N 238003 PE 2000 05 00 057030 0 APELANTE APELANTE INCRA APELADOS OS MESMOS ORIGEM JU ZO FEDERAL DA 7 VARA RELATOR DES FEDERAL CONVOCADO PAULO CORDEIRO EMENTA ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL DESAPROPRIA O PARA FINS DE REFORMA AGR RIA JUSTO PRE O JUROS COMPENSAT RIOS MEDIDA PROVIS RIA 1 577 DE 11 DE JUNHO DE 1997 INAPLICABILIDADE HONOR RIOS ADVOCAT CIOS LEI COMPLEMENTAR 76 93 CONFIRMA O DA SENTEN A Em desapropria o a indeniza o pode ser fixada com base no laudo do assistente t cnico do desapropriante tradutor de avalia o com base no valor de mercado levando em conta conjuntamente a terra nua e a cobertura florestal Lei n 8 629 93 art 12 Constatada a exist ncia e avaliadas as benfeitorias do im vel imp e se a sua inclus o no valor da indeniza o pouco importando para infirmar o item se o pre o ofertado pelo INCRA foi menor do que aquele constatado no laudo do assistente t cnico da autarquia A a o de desapropria o encerra um fim inafast vel consistente na busca do justo pre o de onde decorre que a indeniza o suced nea
56. 009 121 1 907 030 009 164 5 907 030 009 229 3 907 030 009 245 5 907 030 009 385 0 907 030 009 393 1 907 030 009 474 1 907 030 009 563 2 907 030 009 750 3 907 030 009 784 8 907 030 009 946 8 907 030 010 014 8 907 030 010 200 0 907 030 010 235 3 907 030 010 243 4 907 030 010 286 8 907 030 010 294 9 907 030 010 332 5 304 907 030 010 375 9 907 030 010 561 1 907 030 010 596 4 907 030 010 600 6 907 030 010 642 1 907 030 010 650 2 907 030 010 677 4 907 030 010 685 5 907 030 010 693 6 907 030 010 758 4 907 030 010 766 5 907 030 010 774 6 907 030 010 804 1 907 030 010 855 6 907 030 011 088 7 907 030 011 681 8 907 030 011 908 6 907 030 013 358 5 907 030 013 811 0 907 030 016 292 5 907 030 016 306 9 907 030 016 314 0 907 030 016 870 2 907 030 017 418 4 907 030 017 787 6 907 030 018 058 3 907 030 018 864 9 907 030 019 283 2 907 030 020 265 0 907 030 020 800 3 907 030 020 850 0 907 030 021 180 2 907 030 021 563 8 907 030 021 822 0 907 030 022 047 0 907 030 022 683 4 907 030 023 019 0 907 030 023 078 5 907 030 024 007 1 907 030 024 040 3 907 030 024 155 8 907 030 024 597 9 907 030 025 569 9 907 030 025 585 0 907 030 025 780 2 907 030 026 000 5 907 030 026 298 9 907 030 027 324 7 907 030 028 533 4 907 030 028 886 4 907 030 033 022 4 907 030 266 256 9 907 030 266 272 0 907 030 266 418 9 907 030 266 426 0 907 030 266 469 3 907 030 266 477 4 907 030 266 493 6 907 030 266 507 0 907 030 277 975 0 907 030 278
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62. 059 007 285 9 901 059 007 706 0 307 901 059 007 714 1 901 059 009 300 7 901 059 009 687 1 901 059 009 717 7 901 059 009 997 8 901 059 010 820 9 901 059 010 847 0 901 059 010 987 6 901 059 011 037 8 901 059 013 072 7 901 059 013 161 8 901 059 013 242 8 901 059 015 334 4 901 059 016 292 0 901 059 017 140 7 901 059 018 490 8 901 059 021 784 9 901 059 021 865 9 901 059 300 306 8 901 059 308 498 0 901 059 323 560 0 901 059 780 758 7 901 059 788 139 6 901 059 800 210 8 901 059 962 104 9 901 059 980 544 1 901 059 997 048 5 901 067 008 150 6 901 067 026 913 0 901 067 029 025 3 901 067 029 033 4 901 067 282 294 5 901 067 295 108 7 901 067 798 371 8 901 075 007 595 7 901 075 008 435 2 901 075 012 580 6 901 075 012 599 7 901 075 021 997 5 901 075 022 390 5 901 075 022 403 0 901 075 028 886 1 901 075 029 033 5 901 075 035 505 4 901 075 039 209 0 901 075 040 304 0 901 075 040 339 3 901 075 046 817 7 901 075 056 995 0 901 075 058 785 0 901 075 065 080 3 901 075 065 439 6 901 075 067 784 1 901 075 083 577 3 901 075 084 298 2 901 075 084 875 1 901 075 085 200 7 901 075 085 227 9 901 075 086 711 0 901 075 086 835 3 901 075 089 494 0 901 075 090 786 3 901 075 099 007 8 901 075 102 822 7 901 075 102 997 5 901 075 103 004 3 901 075 103 039 6 901 075 104 000 6 901 075 104 760 4 901 075 107 387 7 901 075 109 169 7 901 075 109 177 8 901 075 109 541 2 901 075 263 109 1 901 075 273 210 6 901 075 297 836 9 9
63. 1 grau Recomendar que em 2 grau a interven o do MPF se far em precat rios escolhidos da listagem das requisi es para pagamento consoante o valor referido no item anterior Recomendar a interven o do MPF nos casos de provoca o de rg os e entes p blicos pagadores Recomendar a cria o de setores de contadoria Uni o e s Autarquias para que aloquem suporte t cnico adequado as suas Procuradorias a fim de que possam oferecer defesa eficiente na execu o notadamente na fase do artigo 730 do CPC Recomendar a difus o de aplicativos entre os rg os envolvidos que permitam a confer ncia dos c lculos dos precat rios Recomendar AGU e ao Incra a manuten o dos setores de contadoria integrados estrutura das Procuradorias tanto pela necessidade de relacionamento confidencial entre os rg os e esses setores quanto pela necessidade de independ ncia e isen o para essa fun o Recomendar ao MPF a cria o de setores de per cia em contabilidade para dar apoio s Procuradorias na revis o de c lculos judiciais e em especial de precat rios SUPERAVALIA O Necessidade de fixar em lei metodologia pr pria para avalia o de im veis rurais a qual vincular as per cias judiciais An lise da experi ncia do Estado do Tocantins em rela o s ltimas per cias adotando se for o caso a nova metodologia desenvolvida pelos peritos judiciais Aprecia o na avalia o administrativa do custo d
64. 106 1 907 030 280 810 5 907 030 282 529 8 907 030 283 398 3 907 030 283 479 3 907 030 299 472 3 907 030 330 876 9 907 030 786 292 2 907 030 789 640 1 907 030 835 455 6 907 030 835 838 1 907 030 842 206 3 907 049 027 820 7 907 057 014 893 2 907 057 018 198 0 907 057 018 430 0 907 057 018 465 3 907 057 018 554 4 907 057 792 403 2 907 065 000 590 3 907 065 000 671 3 907 065 000 680 2 907 065 001 244 6 907 065 001 872 0 907 065 003 026 6 907 065 004 928 5 907 065 005 010 0 907 065 005 037 2 907 065 005 142 5 907 065 005 436 0 907 065 005 592 7 907 065 006 920 0 907 065 007 064 0 907 065 007 676 2 907 065 282 561 4 907 065 314 650 8 907 065 331 759 0 907 065 331 767 1 907 065 331 775 2 907 065 342 599 7 907 073 001 520 9 907 073 102 407 4 907 081 002 372 5 908 010 028 010 4 908 029 005 800 3 908 029 006 700 2 908 029 008 117 0 908 029 008 486 1 908 029 009 172 8 908 029 014 281 0 908 029 014 435 0 908 029 015 385 5 908 029 017 566 2 908 029 018 570 6 908 029 019 330 0 908 029 277 940 9 908 029 278 092 0 908 029 301 965 3 908 029 717 940 0 908 037 005 266 9 908 037 032 557 6 908 045 003 212 0 908 045 003 824 1 908 045 004 103 0 908 045 006 378 5 908 045 006 440 4 908 045 007 005 6 908 045 015 555 8 908 045 278 840 0 908 045 283 460 6 908 053 002 933 2 908 053 105 635 0 908 053 109 061 2 908 070 000 817 3 908 070 001 341 0 908 070 101 460 6 908 070 102 342 7 909 017 030 643 2 909 025 002 755 0 909 050
65. 15 Segundo a Constitui o brasileira a mat ria sobre juros afeta atribui o espec fica de rg os estranhos ao Poder Judici rio A cria o da compensa o abstrata diversamente do que disp e a legisla o codificada p e os Tribunais em conflito com a ordena o emanada do parlamento A regula o da mat ria envolve como resultado dispor sobre um crit rio de distribui o ou redistribui o de renda Quando com esse efeito a Constitui o estabelece atribui o a um rg o de Estado a exatid o funcional passa a ser um crit rio de justi a distributiva Ent o o resultado da interpreta o de qualquer tribunal n o deve alterar a distribui o das fun es constitucionais O postulado da separa o dos poderes no assunto sob estudo tamb m desrespeitado 154 Para uma cr tica da efici ncia do Estado racional ver Emerson Gabardo Efici ncia e Legitimidade do Estado apresenta o do Ministro Carlos Ayres Brito SP Manole 2003 155 CF art 60 8 4 inc III 133 Cada um dos preceitos fundamentais aqui invocados isonomia legalidade igualdadade promo o n o discriminada do bem comum justa indeniza o e separa o dos poderes indicativo de interesses Harmoniz los preciso a fim de preservar a unidade constitucional Essa unidade ser abandonada no presente estudo se a discuss o da justa indeniza o n o se articular com os demais postulados Assim a atividade de int
66. 197 Ainda no laudo informa se que os solos s o compostos por associa es de Areias Quartzosas distr ficas Podz lico Vermelho Amarelo Latossolo Vermelho Amarelo e como inclus o Vertissolo Como se sabe solos com essas caracter sticas possuem fertilidade natural baixa pequena capacidade de reten o de gua e nutrientes alta suscetibilidade eros o quando revolvidas para a implanta o de culturas e baixa umidade No caso espec fico do Latossolo Vermelho Amarelo h na maioria dos casos toxicidade pela presen a de alum nio sob a camada ar vel dif cil de ser corrigida E com rela o s manchas de vertissolo sabe se que s o solos com grande limita o no que diz respeito drenagem Diante de tais afirma es resta nos ainda observar que para a Classe I s o consideradas terras muito boas sob todos os aspectos Al m de plana tem que ter boa reten o de gua e ser otimamente provida de nutrientes com pequenas limita es permanentes ou risco de depauperamento Ainda com rela o classifica o definida pela equipe nota se que n o foi considerada a Classe VIII para a rea dita inaproveit vel que no presente caso de 50 00 ha grifos nossos 125 No caso da fazenda Padre Jo o Maria II ocorreu um fato excepcional que revela a influ ncia de fatores at cnicos na elabora o dos laudos t cnicos da Autarquia 126 Uma primeira equipe de avalia o agron mica fez a vistoria e concluiu
67. 199 614 68 Itamar Ol mpio de Vasconcelos Maia CPF n 058 430 574 53 Jo o Maria C mara Bezerra CPF n 010 940 094 15 Jos Augusto Silva CPF n 104 312 173 00 Jos Barbosa Cordeiro CPF n 028 102 713 72 Jos Barbosa Lucena Junior CPF n 282 985 784 49 Jos Leonardo Guedes Bezerra CPF n 155 151 174 68 Jos Maria da Rocha CPF n 044 350 87472 Manoel Neto Souza CPF n 057 428 624 15 Manuel de Oliveira e Souza CPF n 052 674 632 72 Manuel do Nascimento Salazar CPF n 011 013 233 53 Marc lio de Lima Rocha CPF n 242 879 704 20 Maria das Gra as Arruda de Oliveira CPF n 098 239 724 00 Maria do Socorro Medeiros CPF n 074 036 404 97 M rio Moacir de Almeida CPF n 423 515 614 49 Silvio Em lio Maito CPF n 145 530 311 91 S lvio Medeiros Rosado CPF n 200 969 924 68 Vera L cia Mariano Cavalcante CPF n 088 720 074 53 Viviane Mour o Dutervil CPF n 116 379 191 15 Zenivaldo Bezerra Alves CPF n 026 775 984 34 Advogado n o h 177 Sum rio Auditoria piloto realizada na Superintend ncia Regional do INCRA no Estado do Rio Grande do Norte Verifica o de falhas e irregularidades no processo de desapropria o de im veis para fins de reforma agr ria Apura o de superavalia o nas coberturas vegetais e de ato antiecon mico D bitos Convers o do presente processo em tomada de contas especial Determina o de audi ncia e cita o dos respons veis pelas irre
68. 3 milh es de hectares em 41 desapropria es Madeira comprada pelo Incra cerca 4 vezes litoral do Brasil A reforma agr ria pode ser um bom neg cio para fazendeiros improdutivos Al m de indenizar lhes pelas terras e pelas eventuais benfeitorias o governo paga por matas nativas dessas propriedades Argumenta se que t m valor comercial Abatidas as rvores poderiam ser vendidas como mour es para cercas feixes de lenha e mat ria prima para serrarias No Rio Grande do Norte em 41 desapropria es a partir de 97 o Incra Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria comprou 45 3 milh es de hectares de matas Custaram ao er rio R 13 7 milh es A cifra foi somada aos valores atribu dos terra nua e s benfeitorias Corresponde a 23 8 dos R 57 7 milh es gastos na indeniza o total das reas em que as matas estariam assentadas Laudos periciais anexados aos 41 processos de expropria o atestam a presen a das supostas matas S o chamadas de cobertura flor stica N o h nas per cias fotos ou imagens de sat lite capazes de comprovar a exist ncia real das rvores Sem explora o Em nenhuma das 41 desapropria es analisadas as pretensas matas eram exploradas comercialmente pelos donos Ainda assim considerou se em processos Julgados pela Justi a Federal que tinham valor de mercado Juntos os 41 processos em que as matas foram classificadas como rent veis contabilizam um potencial de produ o de 32 9
69. 350 003 840 0 901 350 100 730 4 901 369 000 043 9 901 369 000 051 0 901 369 001 341 7 901 369 001 350 6 901 369 002 488 5 901 369 004 693 5 901 369 103 438 8 901 369 103 462 0 901 369 103 730 1 901 377 002 100 3 901 377 101 443 4 901 377 101 958 4 901 377 102 059 0 901 377 103 152 5 901 377 103 691 8 901 385 000 884 9 901 385 008 672 6 901 385 008 770 6 901 385 008 796 0 901 385 102 504 6 901 393 000 230 2 901 393 000 272 8 901 393 001 090 9 901 393 003 220 1 901 393 003 743 2 901 393 004 928 7 901 393 005 509 0 901 393 005 886 3 901 393 006 963 6 901 393 007 684 5 901 393 009 032 5 901 393 009 849 0 901 393 100 242 0 901 393 100 951 3 901 393 102 970 0 901 407 004 650 8 901 407 102 474 5 901 415 000 086 0 901 415 000 264 1 901 415 000 361 3 901 415 000 418 0 901 415 001 759 2 901 415 001 848 3 901 415 006 351 9 901 415 009 733 2 901 415 009 849 5 901 415 009 865 7 901 415 009 873 8 901 415 010 081 3 901 415 010 170 4 901 415 010 219 0 901 415 012 360 0 901 415 104 914 5 901 423 000 809 8 901 431 002 917 7 901 431 100 862 9 901 431 101 788 1 901 440 100 455 0 901 440 100 552 1 901 440 101 028 2 901 440 101 672 8 901 458 000 019 7 901 458 001 481 3 901 458 006 246 0 901 458 008 222 3 901 458 008 257 6 901 458 008 907 4 901 466 002 542 5 901 466 011 991 8 901 466 013 110 1 901 466 013 528 0 901 474 000 035 0 901 474 000 051 2 901 474 000 086 5 901 474 000 116 0 901 474 000 124 1 901 474 000 221 3
70. 350 280 hectares em nome do Sr Salim Said e outros localizado no munic pio de Pauini AM Registro na Comaraca de Pauini AM Registros imobili rios cancelados por decis o do extinto TRF importando na necessidade de pedido de declara o de inexist ncia e cancelamento de matr cula Corregedoria Geral de Justi a caso n o tenha sido averbada a decis o Rond nia O Incra cancelou o cadastro e prop s a es de nulidade de registro imobili rio dos seguintes im veis 1 Seringal Urup com 21 109 hectares em nome do Sr Pascoal Novais Vayres localizado nos munic pios de Machadinho D Oeste e Cujubim RO 2 Seringal Porto Franco ou Seringal Campo Novo com 16 074 hectares em nome do Sr Ant nio Martins dos Santos localizado no munic pio de Campo Novo RO 3 Fazenda Santa Maria com 40 000 hectares em nome do Sr Newton Pinto da Silva Filho localizado no munic pio de Guajar Mirim RO Dentro da Faixa de Fronteira Registro na Comarca de Guajar Mirim RO 4 Seringal Alian a do Jamari com 6 784 hectares em nome da empresa Girobank S A Cr dito Financeiro e Investimento localizado no munic pio do Jamary RO 5 Cabeceiras e Outros com 49 761 hectares em nome do Sr Bernardo de Mello Barreto localizado no munic pio de Machadinho e Cajubim RO Registro na Comarca de Porto Velho RO O Incra j promoveu a es de nulidade de registro imobili rio dos seguintes im veis Situa es j conclu das
71. 40m e um de 0 30m inferior a partir de 0 10m da extremidade superior dos mour es Obs Onde houver gado de pequeno porte devem ser empregados cinco fios de arame a partir de 0 15m do topo do mour o com espa amentos na segii ncias de 0 35m 0 35m 0 25m 0 25m e 0 25m grifo nosso 214 272 Assim quando da avalia o pelo Incra das cercas que ladeiam os im veis rurais os peritos devem investigar quem as construiu se o poder p blico ou o particular para que essa cerca seja desconsiderada ou n o no c lculo do valor indenizat rio 273 Em rela o s cercas que delimitam propriedades particulares vizinhas o art 588 do C digo Civil de 1916 trazia a seguinte regra Art 588 O propriet rio tem direito a cercar murar valar ou tapar de qualquer modo o seu pr dio urbano ou rural conformando se com estas disposi es Jo Os tapumes divis rios entre propriedades presumem se comuns sendo obrigados a concorrer em partes iguais para as despesas de sua constru o e conserva o os propriet rios dos im veis confinantes grifo nosso 274 Como se v o c digo revogado obrigava os vizinhos a dividirem os custos das cercas divis rias em partes iguais 275 O novo C digo Civil regula de modo semelhante a mat ria sendo inclusive mais claro ao afirmar que h uma presun o relativa que as cercas pertencem a ambos os propriet rios confinantes Art 1 297 O propriet rio tem direito a cercar m
72. 624 047 037 940 8 624 047 037 958 0 624 047 037 966 1 624 098 012 815 9 624 098 019 127 6 624 098 019 135 7 638 382 100 269 7 713 031 006 866 3 802 042 020 753 0 806 013 031 364 9 806 013 031 372 0 806 013 031 569 2 806 013 031 577 3 806 013 031 585 4 806 013 031 593 5 806 013 031 607 9 806 013 031 615 0 806 013 033 057 8 806 013 035 467 1 806 013 035 920 7 806 013 036 498 7 507 036 021 083 6 807 036 022 730 5 807 044 015 768 5 807 052 014 109 7 807 052 014 729 0 807 052 014 737 0 807 052 014 745 1 807 052 014 753 2 809 020 020 958 1 809 020 021 377 5 810 010 031 534 7 810 010 032 093 6 810 010 032 107 0 810 010 032 115 0 810 010 032 123 1 810 010 033 480 5 810 010 033 499 6 810 010 033 502 0 810 010 041 238 5 812 021 014 400 0 812 021 016 012 9 813 010 040 193 2 813 010 040 312 9 813 010 047 228 7 813 028 034 169 0 814 016 019 429 0 814 016 019 615 2 814 016 019 658 6 815 012 029 742 3 815 012 029 750 4 815 055 054 747 4 815 055 054 909 4 815 055 058 149 4 815 055 061 891 6 815 055 076 171 9 815 055 078 620 7 815 055 078 638 0 815 349 075 400 8 815 349 077 097 6 815 349 077 496 3 815 349 077 500 5 815 349 080 586 9 816 043 139 181 0 816 078 021 890 4 901 016 076 910 4 901 016 076 929 5 901 016 077 046 3 901 016 077 062 5 901 458 016 985 0 901 458 019 291 6 907 049 027 537 2 907 049 027 570 4 921 114 027 219 5 928 011 003 859 9 C DIGO DO IM VEL 225 045 007 684 1 315 UF PI C DIGO
73. 7 da Fazenda Pe Jo o Maria II nos autos tamb m denominada Vivar ou Cabe o Preto em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 9 3 1 7 1 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o parecer t cnico sobre viabilidade de assentamento e como chefe da SR 19 R membro da Comiss o Revisora e do Colegiado foi favor vel desapropria o do im vel 9 3 1 7 2 Sr M rio Moacir de Almeida que assinou o parecer t cnico sobre viabilidade de assentamento 9 3 1 7 3 Sr Heleno Gomes da Silva que assinou o parecer concluindo pela viabilidade agron mica do im vel e como membro da Comiss o Revisora e do Colegiado concluiu pela viabilidade agron mica do im vel com base no parecer t cnico de fls 64 65 9 3 1 7 4 Sr Francisco de Assis Martins que como membro da Comiss o Revisora e do Colegiado foi favor vel desapropria o do im vel 9 3 1 7 5 Sras Maria das Gra as A de Oliveira e Anna Suely Borja Jales membros da Comiss o Revisora que assinaram o parecer que concluiu pela desapropria o do im vel 9 3 1 7 6 Sr Francisco das Chagas G de Almeida membro do Colegiado que assinou o despacho decidindo pela desapropria o do im vel 9 3 1 8 da Fazenda Ba
74. 877 5 912 026 009 920 3 912 026 011 266 8 912 026 012 637 5 912 026 014 486 1 912 026 014 494 2 912 026 014 508 6 912 026 015 121 3 912 034 003 697 0 912 042 002 500 7 912 042 100 960 9 912 050 000 787 5 912 050 001 457 0 912 050 004 944 6 913 014 027 600 0 913 030 007 820 0 913 030 008 958 9 913 049 792 012 8 638 030 011 797 9 638 102 017 558 9 639 010 010 910 1 641 014 011 053 7 704 040 037 575 2 705 055 034 177 0 721 042 050 547 7 809 063 010 596 8 816 116 025 577 6 858 064 041 769 8 862 010 024 171 1 863 033 020 966 9 901 016 003 310 8 901 016 003 328 0 901 016 013 544 0 901 016 023 647 5 901 016 025 410 4 901 016 026 379 0 913 090 007 846 7 913 111 260 614 9 913 111 780 065 2 913 111 792 292 8 913 111 797 510 0 913 111 802 786 8 913 138 002 895 6 913 138 003 859 5 913 138 006 475 8 913 138 311 006 8 913 146 006 807 0 913 146 006 912 2 913 146 274 054 9 913 154 002 216 0 913 154 011 142 1 913 154 011 606 7 913 154 017 922 0 913 154 026 131 8 913 154 026 999 8 913 154 027 014 7 913 154 027 030 9 913 154 704 490 8 913 197 002 968 0 913 260 001 082 0 933 015 005 720 8 901 016 026 522 0 901 016 030 562 0 901 016 035 831 7 901 016 037 095 3 901 016 037 168 2 901 016 037 591 2 901 016 037 761 3 901 016 037 770 2 901 016 040 070 4 901 016 040 240 5 901 016 040 258 8 901 016 040 576 5 901 016 040 800 4 901 016 041 599 0 901 016 041 912 0 901 016 042 030 6 901 016 042 234 1 901 016 042 250 3
75. 9 000 027 649 333 7 000 027 652 733 9 000 027 652 741 0 000 027 957 852 0 000 027 957 909 7 000 027 959 502 5 000 027 961 965 0 000 027 962 104 2 000 035 208 701 7 000 035 209 481 1 000 035 209 503 6 000 035 209 511 7 000 035 209 520 6 000 035 210 722 0 000 035 210 749 2 000 035 211 567 3 000 035 211 575 4 000 035 212 970 4 000 035 214 400 2 000 035 214 485 1 000 035 214 507 6 000 035 217 115 8 000 035 219 150 7 000 035 220 027 1 000 035 220 035 2 000 035 220 787 0 000 035 220 795 0 000 035 220 809 4 041 050 275 530 0 042 013 040 002 6 042 021 013 455 6 043 010 001 023 7 043 028 018 872 1 043 028 270 946 0 043 036 015 318 0 043 036 016 403 3 043 036 016 640 0 043 036 019 992 9 043 036 020 800 6 044 016 040 495 7 044 016 040 525 2 044 016 040 800 6 044 016 040 932 0 044 016 048 585 0 044 024 003 972 9 044 024 004 022 0 044 024 004 146 4 044 024 005 312 8 044 024 005 568 6 044 024 006 785 4 044 024 009 482 7 044 024 009 580 7 044 024 010 308 7 044 024 010 340 0 044 024 031 631 5 044 024 032 034 7 044 024 032 972 7 044 024 034 010 0 044 024 036 013 6 044 024 036 536 7 044 024 037 125 1 044 024 038 970 3 044 024 041 165 2 044 024 043 923 9 044 024 043 931 0 044 024 047 350 0 044 024 051 616 0 044 024 058 114 0 044 024 058 149 3 044 024 256 722 6 044 024 731 048 7 044 024 731 064 9 044 024 731 200 5 044 032 006 041 9 044 032 101 761 4 044 032 101 770 3 045 012 936 472 1 045 020 003 450 9 045 020
76. 901 199 002 747 6 901 199 005 118 0 901 199 114 766 1 901 199 116 106 0 901 202 050 938 5 901 202 051 080 4 309 901 202 051 373 0 901 202 051 926 7 901 202 052 124 5 901 202 052 876 2 901 202 053 201 8 901 202 054 224 2 901 202 054 461 0 901 202 056 340 1 901 202 056 359 2 901 202 056 367 3 901 202 104 558 7 901 202 104 590 0 901 202 105 422 5 901 202 105 465 9 901 202 105 570 1 901 202 109 126 0 901 202 113 549 7 901 202 128 201 5 901 210 003 280 6 901 210 003 395 0 901 210 102 113 1 901 229 000 051 4 901 229 001 295 4 901 229 001 457 4 901 229 001 490 6 901 229 001 791 3 901 229 001 856 1 901 229 002 062 0 901 229 002 127 9 901 229 002 232 1 901 229 065 145 0 901 229 100 161 1 901 229 100 196 4 901 229 100 811 0 901 229 100 862 4 901 229 100 986 8 901 229 101 575 2 901 237 101 176 6 901 237 101 362 9 901 237 104 329 3 901 245 100 218 0 901 245 100 676 3 901 253 100 510 5 901 253 101 133 4 901 261 002 003 9 901 261 003 220 7 901 261 003 743 8 901 261 003 921 0 901 261 100 048 1 901 270 000 167 0 901 270 011 541 1 901 296 101 044 7 901 296 155 721 7 901 296 155 950 3 901 300 001 279 0 901 300 100 641 7 901 300 101 532 7 901 318 113 883 9 901 318 114 863 0 901 326 119 172 2 901 326 120 316 0 901 334 101 303 5 901 334 102 466 5 901 342 000 159 0 901 342 008 435 5 901 342 009 261 7 901 342 010 006 7 901 342 100 021 0 901 342 106 224 0 901 342 107 948 7 901 350 002 780 8 901 350 002 798 0 901
77. Fazenda Reunidas na cidade de Promiss o vale R 25 milh es segundo o Incra mas os recursos Justi a j elevaram o pre o do im vel para R 1 bilh o Em todo o Sudeste as desapropria es sob a o judicial alcan aram em m dia 14 vezes o valor do laudo inicial do Incra com base nos pre os de mercado Ap s receber o dossi ACM decidiu que a CPI do Judici rio dever inclu lo em seu relat rio final s para constar que recebeu a documenta o Jungmann explicou ao senador que s as 60 maiores superindeniza es que tramitam nos tribunais de Justi a somam cerca de R 7 bilh es 91 importante tamb m registrar algumas conclus es do relat rio do MDA acerca dos resultados dos processos judiciais de desapropria o no Rio Grande do Norte Considera es Finais Da an lise dos processos estudados no Estado do Rio Grande do Norte observou se que 6 as 43 senten as de m rito verificadas acresceram em m dia 67 29 o valor depositado inicialmente pelo INCRA 10 os honor rios advocat cios nessas senten as acresceram em m dia R 15 85 ao valor de cada hectare depositado pelo INCRA totalizando R 1 381 428 40 11 os honor rios periciais acresceram a essas condena es R 151 646 76 14 dos 140 processos examinados em 49 a es os desapropriados foram defendidos por procuradores do INCRA aposentados A segunda fase do procedimento da desapropria o a
78. Hoje a situa o absolutamente diversa O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Em primeiro lugar V Exa sabe perfeitamente que a legisla o superveniente afasta a s mula em sentido contr rio O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Isso porque n o havendo ent o lei alguma que fixe a taxa desses juros a jurisprud ncia desta corte em momento econ mico diverso do anterior fixou a em 12 embora tomando tamb m como refer ncia o artigo 1 063 do C digo Civil que fixa a taxa legal dos juros morat rios em 6 em poca anterior de estabilidade econ mica Por que essa alus o esse artigo 1 063 O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE J fiz essa pesquisa at mesmo com rela o origem desses juros de doze por cento Eles foram fixados para compensar lucros cessantes Numa a o famosa da qual fui Relator do Rio Grande do Sul afastei os lucros cessantes porque havia os juros de doze por cento Se o entendimento fosse contr rio eu os teria mantido pois eram muito mais elevados do que os doze por cento Agora daqui para frente como ficar O Juiz n o pode rejeitar uma parcela da indeniza o correspondente aos lucros cessantes da propriedade pois o problema a dificuldade em calcul los O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE O errado na verdade foi a concess o de maneira generalizada de juros compensat rios de doze por cento a t tulo de lucros cessantes sabendo se que h im veis
79. MG 1 T RTJ 128 1298 RE 111 768 RS 2 T RTJ 121 820 122 RE 89 625 PR 1 T RTJ 96 231 123 Min Eloy da Rocha REO 48 540 SP Pleno STJ 54 349 351 124 Min Luiz Gallotti REO 48 540 SP STJ 54 349 354 125 RE 123 192 PR Rel Min Marco Aur lio Mello 2 Turma DJ 17 06 1994 126 Resp 108 896 SP Rel Min Milton Pereira DJ 30 11 98 127 REsp n 228 481 MA Rel Min Jos Delgado D J 20 03 2000 128 MP 2027 43 de 27 9 2000 Adin 2 332 2 DF Rel Min Joaquim Barbosa 108 I A MP 2027 43 2000 e a decis o liminar na ADIn 2 332 DF A Medida Provis ria 1 577 1997 evoluiu para a MP 2027 43 2000 Tendo como refer ncia este ltimo texto o STF concedeu liminar na ADIn 2332 DF de 5 9 2001 Houve edi o superveniente que resultou no texto da MP 2 183 56 de 24 8 2001 Sobre juros compensat rios a altera o legislativa disp e taxa de at 6 ao ano restri o compensa o de perda de renda comprovada base de c lculo valor de eventual diferen a entre a oferta e o pre o final condi o n o incid ncia quando o grau de utiliza o da terra for igual a zero nem quanto a per odo anterior aquisi o ou posse do autor da a o Sobre juros de mora destinados a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo pagamento da indeniza o a taxa ser de 6 ao ano 30 A tentativa foi criar um colch o contra os excessos das indeniza es pagas pelo Governo e estabel
80. Mais importante que o montante de d bito apurado na pequena amostra de auditoria imaginar com base na fregii ncia com que esses erros foram encontrados e na disparidade dos valores pagos pelo Incra 87 a mais que o devido em m dia qual seria o prejuizo apurado se se analisasse todos os processos de desapropria o conduzidos pelo Incra RN nos ltimos anos 221 Por fim resta abordar a quest o da indeniza o paga pelas terras vizinhas s rodovias Como se v na tabela 19 tr s das dez fazendas expropriadas s o vizinhas a rodovias federais ou estaduais perfazendo um total de 12 800 metros de divisas com as vias p blicas lindeiras 222 Conforme registrado no j citado TC n 005 888 2003 0 levantamento de auditoria as rodovias n o se limitam s faixas onde autom veis e caminh es transitam englobando tamb m terrenos marginais que servem principalmente para fins de seguran a e futuras amplia es De acordo com F bio Duarte A estrada de rodagem t cnica e fisicamente corresponde sua faixa de dom nio esta a base f tica sobre a qual assenta uma rodovia constitu da pelas pistas de rolamento canteiros obras de arte acostamentos sinaliza o e faixa lateral de seguran a at o alinhamento das cercas que separam a estrada dos im veis marginais ou da faixa de recuo Terminologia Rodovi ria DNER 1896 Vol L p 80 448 verbete 3 616 223 0 Manual de Obten o de Terras utilizado pelos peritos
81. Maria da Rocha Superintendente Regional que confirma a desapropria o pelos valores constantes no laudo fl 819 apresentem defesa acerca do pagamento indevido de R 5 8 mil em 21 5 1997 sob o t tulo de 27 2 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 10 1 1 as fichas de coleta de opini es de pre o fls 542 544 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 10 1 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 10 1 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 Il cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Serra Verde Boa Vista com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que os Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco de Assis Martins que assinaram
82. No caso da fazenda Buraco Seco em que se tem uma invas o e n o um assentamento pois o Incra ainda n o distribuiu os lotes a equipe conversou com os l deres locais do MST 179 19 Em seguida foram estabelecidos alguns crit rios t cnicos que pudessem assegurar de algum modo a representatividade da amostra o n mero de propriedades desapropriadas na regi o escolhida deveria ser igual ou maior que oito a fim de evitar eventuais saltos indutivos na an lise dos achados de auditoria a maioria dos processos de desapropria o deveria preferencialmente estar conclu da com pagamento da indeniza o para que todos os aspectos t cnicos e jur dicos pudessem ser analisados consistentemente os processos de desapropria o selecionados deveriam ser recentes a fim de oferecer um panorama mais atual da atividade governamental fiscalizada 20 Por fim definiu se o crit rio de seguran a da equipe de auditoria a fiscaliza o deveria ocorrer num Estado e numa regi o onde n o houvesse rumores de conflitos sociais graves 21 Para assegurar que a amostra de auditoria n o conteria desapropria es antigas foi criada uma lista de desapropria es ocorridas ap s 1999 Com base nos crit rios apresentados acima e nessa lista as Superintend ncias foram classificadas em ordem decrescente de n mero de desapropria es recentes 4 tabela 1 resume o resultado dessa an lise preliminar 22 J que no Maranh o e no sul do Par
83. Santos o qual chegou a registrar o im vel em seu nome em 6 de abril de 1946 O Incra est questionando a legitimidade da escritura e propondo Justi a o cancelamento do registro ESTADO DO MARANH O No Maranh o levantamento realizado pelo Incra constatou fragilidade em alguns registros imobili rios apresentados ao rg o para fins de certificado cadastral Podemos citar como exemplo reas que totalizam 46 390 hectares referentes a dois supostos im veis rurais Fazenda Tr s Morros com 26 134 hectares em nome de Hermedes Rodrigues Lima e a Fazenda Pontal em nome de Lindalva Santana Lima ambos localizados no munic pio de Graja A partir da fragilidade dos t tulos o Incra tomou as seguintes provid ncias 1 T cnicos foram a campo e descobriram que essas reas n o existem a n o ser nas certid es apresentadas pelas pessoas que se dizem propriet rios das mesmas 2 A Procuradoria Regional do Incra oficializou pedido de identifica o dos im veis ao cart rio da comarca de Graja e 251 obteve a resposta de que elas n o foram registradas ali como mostravam as certid es apresentadas ao Incra 3 Por estas raz es o Incra optou pela n o inclus o do im vel no Sistema Nacional de Cadastro Rural SNCR e consequentemente a n o expedi o do Certificado de Cadastro de Im vel Rural CCIR ESTADO DE GOI S Em Goi s levantamento realizado pelo Incra constatou que o im vel denominado Fazenda Br
84. Ser solicitado Corregedoria Geral da Justi a o cancelamento do registro imobili rio 291 Medidas judiciais e administrativas Medidas administrativas No plano da a o fundi ria O Incra e os rg os estaduais de terras dever o doravante a partir de uma base cartogr fica comum estabelecer um cadastro nico incluindo se os demais rg os e entidades da Administra o P blica Federal que sejam administradores ou detentores de terras p blicas Com esta reuni o de esfor os ser realizado um permanente monitoramento das grandes reas No momento do novo cadastramento daqueles im veis ser exigido a prova de dom nio acompanhada da respectiva cadeia dominial b certid es do rg o fundi rio federal e estadual competentes comprobat rias da regularidade do dom nio privado c prova de cadastro junto Secrataria da Receita Federal e de quita o do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural d certid o fornecida pelos rg os federal e estadual do meio ambiente sobre a inexist ncia de infra o ambiental e certid o fornecida pelo rg o federal de assist ncia ao ndio comprobat ria de que o im vel n o incide em terras tradicionalmente ocupadas por estes Al m disso unilateralmente ou em conjunto com os Estados ser o instaura dos procedimentos discriminat rios que ter o por objetivo separar as terras p blicas federais ou estaduais das de dom nio privado se considerado regular e leg
85. Superintend ncia do Incra Tal suposi o adv m n o s da coincid ncia entre as datas da carta e do de acordo do Superintendente como tamb m da coincid ncia do tipo de 155 As fazendas Serra Verde e Boa Vista foram desapropriadas por meio do processo n 0460 96 RN e a fazenda Brinco de Ouro por meio do processo Incra n 0459 96 RN 189 letra tamanho de letra e espa amento de linhas utilizados nesses documentos ver fls 386 387 87 Em sete dos dez processos analisados foram encontrados ind cios de efetiva participa o dos expropriados no andamento das desapropria es 4 tabela 6 resume esses ind cios e o anexo 1 apresenta detalhes de alguns casos 88 N o houvesse irregularidades financeiras nesses processos tais informa es seriam irrelevantes Mas s o tantos os ind cios de superavalia es das fazendas que foram encontrados nos autos dos processos que n o se pode deixar de supor que os propriet rios de terras rurais procuravam o Incra porque as indeniza es pagas pela Autarquia superavam o valor de mercado dos bens expropriados Esse entendimento compartilhado pelo Juiz Walter Nunes da Silva Junior da Justi a Federal do Rio Grande do Norte O pre o justo para fins de desapropria o n o aquele que reflete a avalia o t cnica real da propriedade mas sim o que se identifica com o valor de mercado No Rio Grande do Norte especificamente sabe se que o valor de mercado de um im vel rural
86. TDAE 06 09 02 020315 2 2 802 56 83 62 16 67 49 23 20 174 169 10 06 09 02 020316 2 2 802 56 83 58 57 60 32 27 63 164 121 37 06 09 02 020317 2 2 802 54 36 55 60 56 83 31 31 155 783 00 06 09 02 020318 2 2 804 49 42 53 13 56 83 34 36 148 969 45 06 09 02 990117 3 17 397 78 60 78 60 78 60 3 82 1 367 405 87 09 09 02 991017 2 600 66 67 68 55 70 43 17 31 41 130 03 TDAD 10 09 02 01D324 3 99 34 86 34 86 34 86 56 01 3 450 99 10 09 02 01D325 3 99 34 86 34 86 34 86 56 01 3 450 99 10 09 02 01D326 3 99 34 86 34 86 34 86 56 01 3 450 99 10 09 02 01D327 3 99 34 86 34 86 34 86 56 01 3 450 99 Fonte Secretaria do Tesouro Nacional STN CODIV GEEST Abaixo s o suscitadas algumas hip teses que discutem as poss veis explica es para o des gio e poss veis raz es pelas quais os titulares negociam seus t tulos Quando o propriet rio recebe a indeniza o do INCRA adquire um certo n mero de T tulos da D vida Agr ria de acordo com o volume da indeniza o Mas ele pode j ter vendido o seu direito indeniza o Recebidos os t tulos da STN logo em seguida ele os transfere O percentual do des gio tende a ser maior quanto mais longe do vencimento a negocia o se der Se a desapropria o foi um bom neg cio para o expropriado que obteve ganho pela avalia o judicial bastante superior a uma opera o normal de mercado a negocia o do t tulo j agrega esse ganho neste inclu do o 74 Na entrevista do di
87. V Excia visa com uma reforma da nossa legisla o atendendo se a esta era 138 RTJ 29 385 123 alarmantemente inflacion ria que estamos vivendo 140 Os precedentes das s mulas com exce o os do verbete 618 mais moderno n o cogitavam de aplica o de corre o monet ria A aplica o da corre o monet ria todavia poderia indicar a dispensa dos juros compensat rios pelo menos no per odo de acumula o com os juros de mora Se a infla o galopante tornou se um fen meno econ mico que justificava uma compensa o adicional pelo n o adimplemento da presta o de dinheiro aplicar os compensat rios na era da corre o monet ria expressa uma grave contradi o b sica A n o ser que a corre o monet ria n o fosse capaz de devolver moeda o seu poder aquisitivo As distor es dos ndices provam o contr rio A indexa o das d vidas tornou se um problema que veio a desaguar na Justi a A jurisprud ncia tem v rios casos de aplica o equivocada de ndices de corre o Num exemplo modelar o Superior Tribunal de Justi a estabeleceu que ao Judici rio uma vez acionado e tomando em considera o os fatos econ micos incumbe aplicar as normas de reg ncia dando a essas inclusive exegese e sentido ajustados aos princ pios gerais de direito como o que veda o enriquecimento sem causa 4 O caso foi discutido por L cia Tavares O seu relato no Box 8 registra um dos p ssimos impact
88. VILANOVA Lourival As Estruturas L gicas e o Sistema do Direito Positivo S o Paulo RT 1977 WESTERMANN Harm Peter C digo Civil Alem o Direito das Obriga es parte geral Tradu o de Armindo Edgar Laux Porto Alegre Fabris 1983 Lista de casos AC n 96 01 011242 MA DJ 17 02 1997 TRF 1 Regi o ACOr 297 MT Tribunal Pleno RTJ 114 926 STF ADI 4 7 DF Rel Min Sydney Sanches DJ de 23 06 1993 ADI 2 332 MC DF Rel Ministro Moreira Alves Plen rio 05 09 2001 AGREsp 615 018 RS Rel Ministro Luiz Fux Primeira Turma DJ 21 06 2004 p 00117 264441 SP rel Min Marco Aur lio DJ 19 5 2000 p 31 EmbDiv no REsp 453 823 MA 2003 0093974 0 relator para ac rd o Min Castro Meira Primeira Se o DJ 17 5 2004 Embargos no RE 4 549 SP DJ 19 8 1942 Tribunal Pleno Embargos no RE 40 317 SP DJ 27 4 1961 Tribunal Pleno Processo n 93 00 08452 6 15 Vara Federal da Justi a Federal do Distrito Federal RE 85 209 RJ Primeira Turma DJ 6 5 1977 156 RE 89 625 PR 1 Turma RTJ 96 231 RE 90 949 4 SP DJ 29 98 1980 RE 90 656 SP Tribunal Pleno RTJ 99 708 RE 98 650 SP Tribunal Pleno RTJ 117 1150 RE 107 912 M6G 1 Turma RTJ 128 1298 RE 111 768 RS 2 Turma RTJ 121 820 RE 123 192 PR Rel Ministro Marco Aur lio Mello Segunda Turma DJ 17 06 1994 RE 134297 SP rel Min Celso de Mello DJ 22 9 1995 p 30597 RE 226 855 RS RTJ 174 916 RE 259267 AgR ED SP r
89. VP RL 1 1 x i onde VP o valor presente de uma s rie constante de receitas l quidas RL durante o per odo n a uma taxa i Neste caso VP 180 39 ha pois RL 300kg ha x R 0 45 kg R 180 ha n 25 anos e i 12 a a 217 N o se pode esperar mais que 25 safras anuais dessa planta o j que o cajueiro avaliando possui dez anos de idade e a vida de um cajueiro comum estimada em 35 anos fl 719 v planta o 211 conclui se que o valor de mercado de um hectare de cajueiro com aqueles ndices de produtividade s poderia chegar a R 360 00 206 Essa estimativa bastante conservadora pois a taxa de atratividade utilizada 12 baixa e os ndices de produtividade registrados nos cadastros dos im veis de Jo o C mara s o consideravelmente mais baixos que os 300kg ha utilizados nos c lculos Logo admitir que um hectare n o pode custar mais de R 400 00 conforme informa o prestada pelo Sr Fran a Neto uma postura bastante confi vel 207 Para o caso das planta es de sisal pode se fazer um racioc nio an logo e concluir que um hectare de tal planta o poderia custar at R 280 hectare incluindo o valor da terra nua 208 Assim a equipe adotou como crit rios de auditoria para a an lise da conformidade dos valores pagos pelo Incra a t tulo de indeniza o pelas coberturas vegetais das fazendas expropriadas os tetos de R 400 00 ha e R 265 00 ha para
90. a equipe de auditoria entende configurar ato de gest o antiecon mica O Incra pagou R 860 mil por uma planta o de caju e uma usina de beneficiamento que se encontra abandonada desde a desapropria o Se houvesse desapropriado apenas os 1 881 ha de terra improdutiva da fazenda Brinco de Ouro o Instituto poderia adquirir outras quatro fazendas Com isso seriam assentadas 163 fam lias a mais e os postos de trabalho que eram gerados pela usina n o seriam extintos Vale lembrar tamb m que para pagar as quatro fazendas o Incra n o precisaria de todo os R 860 mil em dinheiro pois os valores correspondentes terra nua poderiam ser pagos em titulos da divida agr ria A forma mais conservadora poss vel de se atribuir valor a esse ato de gest o antiecon mica consiste em computar apenas o que foi pago pelo galp o e pelos equipamentos da usina de beneficiamento R 156 mil Ind cios de Fraude Como se viu as irregularidades encontradas nesta fiscaliza o mostram total descaso com o dinheiro p blico e com os benefici rios da reforma agr ria que recebem do Incra terras de m qualidade e em pouca quantidade sem o devido estudo de viabilidade econ mica Quase todos os equivocos cometidos pelos servidores do Incra RN geraram prejuizo para a Uni o e os poucos que n o lesaram o Er rio tamb m n o foram prejudiciais aos expropriados Nos dez processos analisados os peritos avaliadores da Autarquia n o erraram para menos nos c
91. a im veis localizados em outros munic pios c n o foram utilizados fatores de homogeneiza o para aproveitamento dos dados de outros munic pios d utiliza o de opini es de pre o relativas a um im vel com caracter sticas diversas do im vel avaliando e n o se descontou da rea medida do im vel a parcela relativa aos 6 7 km de faixa de dom nio da rodovia p blica que ladeia o im vel 9 3 1 10 1 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o bem como as Atas das Mesas T cnicas e parecer corroborando os dados constantes desse laudo 9 3 1 10 2 Sr Manoel do Nascimento Salazar que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o 9 3 1 10 3 Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco Rodrigues Filho que assinaram as Atas das Mesas T cnicas confirmando a avalia o realizada 9 3 1 11 da Fazenda Baixa do Novilho em que a s foram utilizadas opini es de pre o b nove das quatorze opini es de pre o referiam se a im veis localizados em outros munic pios c n o foram utilizados fatores de homogeneiza o para aproveitamento dos dados de outros munic pios d os informantes de dois elementos da amostra s o os mesmos e uma amostra da planilha n o vem acompanhada da ficha de coleta de opini o correspondente 9 3 1 11 1 Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica corroborando os dados constantes desse laudo 9 3 1 11 2 Sr
92. a livre iniciativa O texto constitucional n o proclama a valoriza o quanto a ambos os preceitos 48 148 A informa o hist rica consta da obra de Eros Roberto Grau p 181 8 ed S o Paulo Malheiros Editores 2003 129 Assim se o Estado cria uma figura de compensa o abstrata al m dos juros de mora n o pode reservar esse instrumento para benef cio apenas de um segmento capitalista S o semelhantes no tabuleiro dos valores constitucionais as situa es de atraso de pagamento de presta o de dinheiro pelo Estado em que figurem como credores propriet rios de terra fornecedores de bens ou servi os p blicos trabalhadores da Administra o P blica pensionistas etc Para ilustrar a quebra do preceito admitam se duas observa es O sentido pr tico dessa constru o suscita a lembran a da capitaliza o dos saldos do FGTS Esse Fundo representa uma iniciativa do Estado no desenvolvimento do preceito maior da valoriza o do trabalho humano Na sua operacionaliza o o Estado utiliza os recursos aplicando os em fins sociais Em contrapartida preserva o valor dos recursos mediante corre o monet ria e juros cujo produto distribu do em cota m nima aos trabalhadores Se por alguma raz o o governo providencia essa capitaliza o com atraso ou o faz de modo insuficiente os trabalhadores n o t m juros compensat rios para ressarcimento do preju zo N o existe sequer dire
93. a planta o encontrava se em prec rio estado vegetativo e fitossanit rio fl 93 9 2 2 consta do relat rio de levantamento de dados fl 78 que a rea com sisal n o vinha sendo explorada nos ltimos dois anos inexistindo produ o fato que torna descabida qualquer indeniza o 9 2 3 n o consta do laudo qualquer estudo acerca dos custos de recupera o da planta o 9 2 4 o custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R 200 ha fl 864 234 9 2 5 a planta o de sisal n o gerou qualquer renda aos assentados conforme depoimento do Sr Alexsandro de Azevedo Silva secret rio da associa o de assentados dessa fazenda fl 679 9 2 6 o valor pago pelo sisal em prec rio estado supera o valor de mercado de um cajueiro em boas condi es que a planta o mais nobre da regi o 9 3 pagamento indevido de R 5 4 mil em 21 10 1998 sob o t tulo de 50 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 3 1 as fichas de coleta de opini es de pre o fls 550 563 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 3 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres
94. acontecer de algum outro par metro exigir um padr o inferior Se por exemplo a terra pedregosa apesar de o regime de chuvas admitir uma classe II ou III sua classifica o dever ser no m ximo a classe IV conforme mostra a tabela 7 op o d do item 5 Pode acontecer de um terceiro fator ser ainda mais limitante ou seja h que se perquirir o pior dentre os 12 par metros considerados pelo Incra para classificar as terras rurais Tabela 8 Classes da seca edafol gica segundo o ndice xerot rmico de Gaussen Classe N de meses secos Tipo Bioclim tico Xerot rmico 1 Muito Longa 300 gt x gt 200 9all 2a 2b 2c 2 Longa 3aTh 4 Th SaTh 3 M dia 3bTh 4bTh 5bTh 4 Curta 3cTh 4cTh 5cTh 5 Ligeira 3dTh 4dTh 4dTh 4dMes Fonte Incra Manual de Obten o de Terras M dulo II 112 Quanto caracteriza o do regime de chuvas que especialmente relevante na presente auditoria a tabela 8 reproduz o padr o para classifica o das secas edafol gicas que consta do Manual de Obten o de Terras M dulo Il Quadro VII Como se v nessa tabela o n mero de meses secos que caracteriza a seca edafol gica e por conseguinte o correspondente fator limitante para a classifica o das terras 113 Atendendo solicita o da equipe de auditoria fls 701 703 o Sr Gilmar Bristol pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecu ria do Rio Grande do Norte 5 4 EMPARN enviou os dados constantes da
95. as fichas de coleta de opini es de pre o fls 640 666 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 12 3 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Emilio de Fran a que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 236 12 3 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 I3 cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda S o Luiz com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Erivaldo Costa de Arruda que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 175 194 ea Ata da Mesa T cnica fl 858 concluindo que os valores indenizat rios apurados nesse laudo refletem o pre o de mercado da regi o Sr Jo o Maria C mara Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 175 194 Srs Jos Barbosa Cordeiro e Francisco Rodrigues Filho que assinaram a Ata da Mesa T cnica fl 858 acordando com a avalia o realizada Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe
96. as fichas de coleta de opini es de pre o n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 6 1 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte 258 com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 6 1 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 9 7 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Pe Jo o Maria II com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o bem como as Atas das Mesas T cnicas e o parecer fl 829 corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo Sr Manoel do Nascimento Salazar que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco Rodrigues Filho que assinaram as Atas das Mesas T cnicas confirmando os valores a serem indenizados Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional
97. autos do processo da fazenda S o Luiz por exemplo consta que o valor de mercado do caju em 1999 era de R 0 45 kg e que as despesas anuais de manuten o da planta o e coleta dos frutos eram de R 112 ha Considerando se uma taxa de 12 a a a an lise do fluxo de caixa do investimento mostra que o valor presente l quido de um cajueiro que ofere a 25 safras consecutivas de 300kg ha pode ser estimado em R 180 39 ha 2 217 204 Utilizando os mesmos par metros f sicos e financeiros 25 safras de 300kg ha e 12 de taxa anual outros exemplos podem ser extra dos dos autos dos processos de desapropria es relativos s fazendas Xo e Brinco de Ouro Os dados extra dos desses autos pre o do caju R 0 60 kg despesas de manuten o e coleta R 143 ha levam ao valor presente l quido de R 290 20 205 Somando o valor do cajueiro R 290 ha ao valor da terra nua R 110 ha neste ltimo exemplo o valor total atinge R 400 ha Considerando ent o uma taxa de risco de 10 tal como os peritos do Incra fizeram em seus laudos e a doutrina de avalia o recomenda 22 Conforme se v s fl 33 e 871 cajueiro da Fazenda Brinco de Ouro foi avaliado por meio da f rmula VF V x IR x A onde VF o valor de da planta o V o valor de um hectare ideal da planta o IR o fator de redu o da cultura em vista dos tratos culturais tecnologia e manuten o inadequadas seu c lculo feito em fun o da produt
98. blico n o foi ouvido Fazenda Lagoa Rica A Fazenda Lagoa Rica de propriedade da Lagoa Rica Agropecu ria localizada em Paracatu MG com 5 200 00 hectares foi declarada de interesse social para fins de reforma agr ria em 09 02 96 Anteriormente ao ajuizamento da a o de desapropria o a empresa expropriada ajuizou a o cautelar de produ o antecipada de provas quando foi avaliado o im vel pelo perito judicial por R 6 531 689 20 Na apura o do Incra a terra nua foi avaliada em R 2 236 650 00 e as benfeitorias em R 735 557 29 totalizando R 2 972 207 20 A a o de desapropria o do im vel foi proposta em 31 07 96 e a imiss o de posse ocorreu em 25 08 96 Na fase de saneamento do processo o juiz indeferiu pedido de realiza o de per cia A senten a proferida entretanto distanciando se dos valores apurados pelo Incra e pelo perito acolheu valor proposto pela pr pria expropriada e fixou a indeniza o em R 5 693 351 20 sendo R 3 380 00 00 pela terra nua pagamento em TDA s e R 2 313 351 20 pelas benfeitorias Os valores foram acrescidos de juros morat rios de 0 5 ao m s a partir do tr nsito em julgado da senten a os quais s poderiam ter valor total calculado ap s a senten a final e mais os juros compensat rios 6 ao ano e honor rios advocat cios 10 que elevam de R 2 853 307 16 para R 3 900 000 00 o total da condena o O Incra apelou visando a realiza o de nova per cia ou a refo
99. centavos expropriada e R 252 691 22 duzentos e cingienta e dois mil seiscentos e noventa e um reais e vinte e dois centavos aos arrendat rios Jos Ricardo Lins de Andrade e George Lins de Andrade fixando ainda que o valor das benfeitorias dever ser pago em dinheiro enquanto que o valor correspondente terra nua dever ser satisfeito atrav s de T tulos da D vida Agr ria TDAs Determinou a inclus o de juros compensat rios de 6 ao ano contados a partir da imiss o provis ria na posse e corre o monet ria a contar do laudo pericial e ap s o tr nsito em julgado e j computados os juros compensat rios determinou a incid ncia de juro morat rios raz o de 0 5 ao m s Fixou a verba honor ria em 0 5 sobre a diferen a entre o pre o ofertado e o valor da indeniza o determinado na senten a O desapropriado alega em suas raz es recursais s fls 776 usque 802 que o laudo pericial do vistor oficial considerado pelo julgador na senten a deveria ser adotado com certas reservas porquanto n o teria ponderado convenientemente a situa o do im vel poca da ocupa o pelo INCRA levando destarte avalia o perante o ju zo monocratico de uma rea cultivada menor do que aquela efetivamente existente quando da emiss o na posse pela expropriante sendo certo segundo obtempera estaria assim a violar o princ pio da justa e pr via indeniza o Em continuidade toca no ponto relativo ao valor a
100. cl usula da justa indeniza o parece incongruente que n o a integre e assim n o estejam abrangidos no escopo do pedido Combate se a ambigiiidade da jurisprud ncia em proclamar que os juros compensat rios correspondem compensa o dos frutos de que o propriet rio fica privado pelo desapossamento antecipado do im vel ou que derivam da obriga o de restituir o dinheiro com os frutos que ele produz com a taxa legal ainda quando n o se trate de mora 124 e ao mesmo tempo reconhecer que os juros compensat rios s correspondem aos preju zos sofridos pelo propriet rio no campo da fic o jur dica 125 manifestamente bvio n o merecer cr dito uma jurisprud ncia sempre marcada pela contesta o dos membros do Poder Judici rio Para uns patente que uma compensa o complementar somente se justifical26 quando restar demonstrado que a explora o econ mica foi obstada pelos efeitos da declara o expropriat ria Pois n o s o indeniz veis meras hip teses ou remotas potencialidades de uso e gozo e para outros n o mais poss vel se utilizar esses juros como substitutos de uma renda inexistente Para o Governo que suporta a carga da indeniza o a proposta de mudan a veio na forma de medida provis ria cuja constitucionalidade ainda pende de julgamento definitivo 2 2 ACOr 297 MT Tribunal Pleno RTJ 114 926 RE 98 650 SP Tribunal Pleno RTJ 117 1150 RE 107 912
101. compensat rios por parte do Incra que n o deve responder por esses atrasos c ademais por vezes os cession rios trazem aos autos complexas cadeias de cess es obrigando o juiz federal a apreciar quest es estranhas lide expropriat ria d em especial dever se evitar fraude nas cess es como ocorre por exemplo em cess es a t tulo gratuito A Procuradoria do Incra e o MPF dever o opor se a requerimentos de cession rios para reabertura de fases processuais invocar art 42 8 1 do CPC Altera es Legislativas Diversas Altera o do art 12 da Lei n 8 629 93 na reda o da MP n 1 703 17 98 LJ 2 Integram o pre o da terra as florestas naturais as matas nativas e qualquer outro tipo de vegeta o natural 3 vedada em qualquer hip tese a avalia o em separado da cobertura flor stica 175 4 O valor total da indeniza o n o poder superar em nenhuma hip tese o pre o atualizado de mercado do im vel 5 Os laudos de avalia o administrativa e judicial ser o elaborados e subscritos por engenheiro agr nomo com registro de anota o de responsabilidade t cnica ART respondendo o subscritor civil penal e administrativamente pela superavalia o comprovada ou fraude na identifica o das informa es Justificativa 2 ao 4 procura se evitar que seja feita avalia o parte e aut noma da cobertura flor stica do im vel gerando indeniza o superio
102. concess o de juros compensat rios Sugere se que s excepcionalmente a indeniza o complementar poder ser concedida quando o propriet rio preencher dois requisitos a prova do efetivo preju zo e n o ter dado causa ao retardamento do processo de desapropria o Com a titula o prec ria da terra improdutiva fica quase imposs vel comprovar dano superior ao montante dos juros de mora por eventual atraso em pagamento de indeniza o A compensa o suplementar poder tamb m ser adotada pelo juiz mas na forma de multa em paralelo com a pena convencional prevista no C digo Civil atendidas as caracter sticas da coisa e sua voca o frut fera N o parece justo dar igual tratamento compensa o da desapropria o de terra para reforma agr ria de rea destinada preserva o ambiental de faixa de terra para constru o de estrada de lotes ou im veis constru dos em grandes cidades etc sem considerar o que a propriedade significa no caso concreto para o propriet rio Esses v rios segmentos se distinguem pelos seguintes aspectos custo de aquisi o custo de manuten o valoriza o de mercado n vel de utiliza o ou explora o e grau de liquidez Qualquer indeniza o suplementar dever penalizar eventual comportamento do expropriante que der causa ao prolongamento do processo judicial Outra aten o vai para a desapropria o indireta de rea remanescente N o do interesse p blico
103. contendo as coloca es sem reas definidas Samuar Bela Rosa S o Louren o e Clarin ou Cuarin que tiveram a soma de suas reas elevada a 15 098 hectares o TFR anulou a senten a do juiz da comarca e determinou a remessa dos autos da a o demarcat ria para a Justi a Federal Mesmo averbada essa decis o a firma Madeireira Moss S A continua na posse ilegal das referidas propriedades por ter assinado contrato de compra e venda com a firma Manasa Madeireira Nacional S A Os im veis Santo Ant nio do Quicih Parij s I e Parij s II localizados no munic pio de Paiuin somavam uma rea de 23 101 6 hectares Ap s uma demarca o por for a de decis o judicial do extinto TRF passaram a medir nada menos que 796 857 38 10 hectares Numa a o de usucapi o os im veis Colosso Cecy Rep blica Santa Haydee Santa Cec lia Aracy Amparo Europa Pal dio Caviana Rio Branco I Rio Branco II Xingu Boca do Maoco I Boca do Maoco II Jarecati I e S o Joaquim tiveram respectivamente suas reas aumentadas da seguinte forma de 8 364 hectares para 23 500 hectares de 4 360 hectares para 10 550 hectares 8 706 hectares para 31 560 hectares de 33 416 hectares para 150 400 hectares 20 416 hectares para 89 500 hectares de 10 119 hectares para 10 600 hectares de 10 105 para 16 500 hectares de 7 379 hectares para 37 850 O TFR anulou a senten a e determinou a remessa da a o para a Justi a Federal AM A anula o
104. de a planta o n o ser economicamente atrativa o Incra se disp s a desembolsar R 313 mil para obt la valor que permitiria a aquisi o de 2 845 ha de terra nua e permitiria o assentamento de mais 60 familias 186 Corroborando com esse ind cio de irregularidade encontram se nos autos dois valores para a cultura de eucalipto da fazenda Xo que diferem em R 200 mil tendo prevalecido o maior para fins de indeniza o conforme se v no laudo de avalia o do Incra fl 53 e nos comprovantes de dep sito fls 593 595 A tabela 16 resume essas informa es Tabela 16 Valores da Floresta de Eucalipto Documento fis Oficio datado de 1 7 1996 581 aid Laudo de Avalia o datado 590 58 313 847 de 25 7 1996 2 99 Diferen a o 99 187 0 valor dessa planta o de eucalipto parece ter sido bastante discutido poca da desapropria o pois o valor final foi determinado por uma equipe constitu da especialmente para tal fim fls 590 592 188 No entanto analisando o relat rio elaborado por essa equipe detectaram se in meros ind cios de erros graves entre os quais destacamos 1 f rmula de c lculo errada 38 Entre os dias 21 e 24 7 2003 a equipe de auditoria inspecionou cada uma das dez fazendas desapropriadas que comp em o objeto desta auditoria 20 Quem subscreve esse relat rio s o t cnicos do Projeto IBAMA PNUD BRA 93 033 Desenvolvimento Florestal Integrado para o No
105. de ampliar gradualmente a esfera de fiscaliza o patrimonial pelo TCU Assim esta auditoria piloto juntamente com o levantamento de auditoria objeto do TC 005 888 2003 0 dever servir de base para a consolida o de uma metodologia de fiscaliza o que ser difundida nas Secex regionais e aplicada por meio de fiscaliza es de orienta o centralizada FOC nas demais superintend ncias do INCRA 13 H que se ressaltar conforme lembrado pela equipe de auditoria que o sucesso dessa Fiscaliza o de Orienta o Centralizada FOC nas diversas superintend ncias do INCRA depender de um amplo treinamento das equipes regionais incluindo o aprendizado de t cnicas de avalia o de terras e benfeitorias r sticas al m da compreens o dos textos legais e instru es normativas que regem o complexo processo de desapropria o para fins de reforma agr ria 14 Assim acolho as medidas sugeridas pela equipe de auditoria que devem ser adotadas pela Secretaria Adjunta de Fiscaliza o com o aux lio da Secob para viabilizar a realiza o de auditorias em desapropria es de im veis para fins de reforma agr ria 15 Com rela o quebra dos sigilos fiscal e banc rio dos envolvidos nas irregularidades apuradas nos autos em vista dos ind cios de fraude apontados na administra o do Programa de Reforma Agr ria no Rio Grande do Norte no per odo de 1996 a 2001 destaco que a quest o j foi submetida ao Minist rio P blico junto
106. de propriedade de terras A grilagem um dos mais poderosos instrumentos de dom nio e concentra o fundi ria no meio rural brasileiro Em todo o pa s o total de terras sob suspeita de serem griladas de aproximadamente 100 milh es de hectares quatro vezes a rea do Estado de S o Paulo ou a rea da Am rica Central mais M xico Na Regi o Norte os n meros s o preocupantes da rea total do Estado do Amazonas de 157 milh es de hectares suspeita se que nada menos que 55 milh es tenham sido grilados o que corresponde a tr s vezes o territ rio do Paran No Par um fantasma vendeu a dezenas de sucessores aproximadamente nove milh es de hectares de terras p blicas Parte dos Cart rios de Registro de Im veis n o s no Amazonas mas tamb m no Par no Acre em Goi s no Paran no Amap e em Roraima apresenta falhas e v cios na sua escritura o Exemplos not rios de cart rios contaminados pela fraude s o os das comarcas de Altamira S o F lix do Xingu e Marab no Par de Boca do Acre e L brea no Amazonas de S o Miguel do Araguaia em Goi s de Sena Madureira e Tarauc no Acre de Graja no Maranh o Catanduvas Primeiro de Maio e Adrian polis no Paran Ra zes coloniais Desde o in cio do s culo XIX por diversos meios e muitas vezes em conluio com representantes do Poder P blico grileiros avan am sobre terras da Uni o e dos Estados falsificando t tulos de propriedade com a coniv nc
107. de reforma agr ria movimentos de trabalhadores rurais e cooperativas tendem a desenvolver pr ticas pouco transparentes em parcerias com firmas comerciais que desejam se apropriar da terra e explorar a floresta para benef cio de poucos Cria se assim uma competi o rude que evolui para as formas mais perversas de viol ncia vida humana sem falar nas agress es ao meio ambiente O Relat rio do INCRA de 2001 aponta uma pletora de irregularidade comum a sobreposi o de reas griladas entre si produto da multiplicidade de t tulos e registros forjados A sobreposi o inclui reas griladas com terras p blicas reservas florestais e ind genas Com os pap is forjados pleiteiam se financiamentos de projetos As terras que se encontram nesse estado dificilmente s o prop cias reforma agr ria A ocorr ncia de fraudes se verifica desde os anos de 1970 uma d cada depois da cria o dos juros compensat rios De l para c a grilagem na Regi o Norte se fortaleceu A expectativa que sejam incrementadas com o asfalto da BR 163 Cuiab Santar m a Para consulta http www estadao com br nacional noticias 2005 mai 26 77 htm wwwl folha uol com br folha brasil ult96u69220 shtml 3 Ver Anexo E 62 O esquema da grilagem gigantesco O resultado da sua atua o a obten o ilegal de terras p blicas e ind genas Dizem que essa atividade envolve cart rios magistrados e empres rios que exploram
108. de t tulo para registrar um conjunto de terras denominado Seringal Maracaju Do primeiro registro do im vel constavam 2 500 hectares com a senten a esta rea foi irregularmente aumentada para 14 747 hectares O im vel ao lado de outros num total de 57 450 hectares objeto de uma A o Discriminat ria Judicial por meio da qual o Incra pretende recuperar a propriedade para a Uni o Mais uma senten a em a o de usucapi o serviu de t tulo para transferir a particular o dom nio de uma rea p blica medindo 5 400 hectares compreendendo os im veis rurais Igarap Grande Jo o Cear e Iquirema Os im veis est o localizados em faixa de fronteira e no decorrer de diversas transmiss es tiveram sua rea aumentada para pouco mais de seis mil hectares J foi averbada a anula o da senten a de usucapi o e o cancelamento do respectivo processo 271 restando o cancelamento de registro para que os im veis sejam reincorporados ao patrim nio da Uni o Os im veis Alto do Bode e Ponte Grande totalizando 23 100 hectares foram reunidos em uma rea indefinida denominada Boa Esperan a e cedidos por senten a judicial em a o de usucapi o A decis o n o foi averbada em decorr ncia do que a Procuradoria do Incra solicitou ao juiz de Direito da Comarca de Boca do Acre a averba o da decis o do extinto Tribunal Federal de Recursos determinando a suspens o de qualquer atividade nos respectivos registros at decis o
109. de terras necess rias preserva o e conserva o do meio ambiente Nesse sentido tanto as Constitui es como as legisla es estaduais dever o ser adequadas visando desestimular a concentra o fundi ria priorizando assim os pequenos agricultores famliares e a sustentabilidade dos recursos naturais A necessidade de editar se uma lei que venha a evitar a ocorr ncia da concentra o fundi ria fixando novos limites para as concess es e as aliena es de terras restringindo o acesso de quem seja detentor de outros im veis rurais bem como estabelecendo crit rios objetivos de explora o mantida a sustentabilidade dos recursos naturais estende se tamb m Uni o Federal Outra inova o que merece ser introduzida na legisla o federal consiste na reformula o da Lei de Registros P blicos como forma de evitar a ocorr ncia de fraudes e falsifica es de t tulos da propriedade Nesse sentido o Minist rio da Pol tica Fundi ria e do Desenvolvimento Agr rio realizar proposi es legislativas alterando o T tulo V da Lei n 6 015 de 1973 Registro de Im veis visando estabelecer controle mais eficiente e eficaz dos registros feitos pelos Cart rios destacando se a modifica o no processo de escritura o matr cula e registro e registros e averba es de im veis rurais distinguindo se dos urbanos b exig ncia de cadastro dos im veis compatibilizando se com os mantidos pelos rg os e enti
110. deixou se ludibriar por uma farsa montada pelo fazendeiro que colocou homens e tratores a simular uma limpeza da planta o conforme relato do mesmo Sr Severino Ant nio 9 4 1 7 aplicando a mesma f rmula utilizada pelos peritos do Incra e aplicando a essa os dados constantes dos autos a equipe de auditoria apurou que o valor da planta o deveria ser de R 78 mil 9 4 2 superavalia o de cercas externas que gerou um preju zo estimado de R 28 mil em 11 10 1996 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 4 do relat rio 9 4 2 1 os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a todo o per metro da fazenda 33 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes e que h presun o legal de que as cercas que ladeiam rodovias pertencem ao Poder P blico 9 4 2 2 a extens o das divisas da fazenda com rodovias p blicas estadual ou federal de 3 8 mil metros conforme se depreende do memorial descritivo fl 21 e da planta topogr fica de fl 742 9 5 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Xo com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e o parecer de Avalia o do Eucalipto Srs Francisco de Assis Ara jo e George Staudohar Junior que
111. destaca que os juros legais podem ser os moratori que s o devidos pelo ato do atraso do devedor e representam uma liquida o operada ex lege do dano e os compensativos tamb m chamados correspectivos de car ter excepcional e com taxa maior 108 O autor italiano assinala as caracter sticas dos juros compensativos nesses termos Assenta pelo contr rio numa causa completamente diferente a obriga o legal dos juros correspectivos Sendo lhes estranha qualquer id ia de mora ou culpa do devedor t m a simples fun o de restabelecer o equil brio entre dois patrim nios Mediante les exerce se o princ pio de justi a que pro be o enriquecimento injusto de um com dano do outro e que por isso imp e a quem sem justa causa retenha ou tire proveito de capitais alheios dar ao seu titular o correspondente do uso que aqui como no caso de mora se calcula pela taxa legal 107 A altera o est de acordo com a Lei n 662 de 23 de dezembro de 1996 Nos anos de 2000 a 2004 a evolu o das taxas legais a seguinte 2 5 3 5 3 e 2 5 Para consultar o quadro de evolu o ver http www studioripa com Informative interessi legali htm 108 Institui es de Direito Civil vol HI Direito das obriga es pp 60 a 62 O coment rio se refere ao texto antigo do C digo Civil italiano 92 Ruggiero comenta que sobre os juros compensativos os escritores t m discordado quanto ao seu fundamento e utilida
112. diminui o de custo da ordem de R 66 mil Majora o de 65 nas reas de eucalipto dos 2 e 3 cortes O relat rio de avalia o do eucalipto da fazenda Xo considerou as seguintes reas para fins de indeniza o 77 ha para o 1 corte e 200 ha para os 2 e 3 cortes No c mputo da rea em estoque para o primeiro corte o relat rio informa que tr s dos sete talh es ou seja uma rea de 68 8ha fl 507 estava queimada fl 591 DETERMINA O DAS REAS COM ESTOQUE DE EUCALIPTO Talh es I e II Um total de 94 ha recebeu o primeiro corte em 50 das rvores em p Talh es HI IV e V consideramos 100 de corte devido a inc ndio ocorrido Talh o VII 100 cortado Talh o VI possui 35 ha com cerca de 5 ha j cortado RESUMINDO TEMOS a Talh es I e II 94 ha com 50 em p o que equivale a 47 ha b Talh o VI 35 ha com 5 ha cortado restando em p 30 ha Somat rio 47 30 77 ha setenta e sete hectares de madeira pronta para o primeiro corte grifo nosso Confirmando que n o mais havia 200 ha de eucalipto na fazenda Xo a planta de assentamento fl 634 elaborada pelo Incra em 1998 delinea uma rea de eucalipto que corresponde a pouco mais de 120 ha Este n mero bastante condizente com o relato de inc ndio em tr s talh es Dessarte razo vel supor que a rea de eucalipto foi superestimada ocasionando por si s uma aumento de R 55 mil no valor da planta o
113. diversos grilos fechando a em seguida Depois de algumas semanas os documentos j apresentavam manchas amarelo fosco ferruginosas decorrentes dos dejetos dos insetos al m de ficarem corro dos nas bordas e com pequenos orif cios na superf cie tudo a indicar a suposta a o do tempo O exemplo acima naturalmente faz parte de uma tradi o ing nua h muito superada por artif cios mais sofisticados desenvolvidos quase sempre s margens do poder econ mico A hist ria do grilo no entanto serve para demonstrar que a grilagem ocorre a partir de falsifica es documentais muitas vezes com a coniv ncia de rg os respons veis pela gest o do patrim nio p blico Genericamente toda a a o ilegal que objetiva a transfer ncia de terras p blicas para o patrim nio de terceiros constitui uma grilagem ou grilo que tem seu in cio em escrit rios e se consolida no campo mediante a imiss o na posse de terras A grilagem de terras acontece normalmente com a coniv ncia de serventu rios de Cart rios de Registro Imobili rio que muitas vezes registram reas sobrepostas umas s outras ou seja elas s existem no papel H tamb m a coniv ncia direta e indireta de rg os governamentais que admitem a titula o de terras devolutas estaduais ou federais a correligion rios do poder a laranjas ou mesmo a fantasmas pessoas fict cias nomes criados apenas para levar a fraude a cabo nos cart rios Depois de obter o registr
114. do INCRA sintetizadas abaixo milhares de hectares localizados em uma regi o de seca longa como o Munic pio de Jo o C mara em que se tem sete meses secos a cada ano foram classificados como terras timas a boas erros nas coletas e tratamento de dados o INCRA utiliza tr s tipos de dados neg cios realizados ofertas de im veis e opini es de pre os destacando se os seguintes obten o de valores de mercado de terra nua a partir do c lculo de m dias de opini es de pre os de terras descritas com diferentes par metros sele o e descarte de dados de mercado de outros munic pios sem qualquer crit rio utiliza o de dados de mercado de outros munic pios sem a devida homogeneiza o e distor o das opini es de pre os coletados 6 Assinala a equipe de auditoria que embora tenham sido levantadas algumas estimativas de preju zos decorrentes das falhas de avalia o de terra nua essas estimativas n o podem ser adotadas para fins de cita o dos respons veis pois o n mero de dados de mercado dispon veis no processo e coletados pela equipe n o autorizam sob o ponto de vista estat stico uma an lise segura que leve ao valor mais justo para a terra nua em cada caso 7 Na segunda parte do relat rio est o descritas as falhas e irregularidades que geraram preju zo ao er rio conforme resumo constante do item Considera es Finais abaixo destacado A segunda parte do relat rio foi reservada s falhas
115. do Incra n o faz qualquer refer ncia necessidade de se excluir as faixas de dom nio do c mputo das reas indeniz veis das fazendas expropriadas 224 Parece claro no entanto que o fato de o propriet rio avan ar suas cercas sobre a terra p blica n o lhe d o direito de indeniza o sobre ela mesmo que isso tenha ocorrido h 50 ou 100 anos quando a estrada foi aberta 225 Assim os peritos devem consultar os rg os p blicos competentes a fim de identificarem os exatos limites das fazendas de acordo a largura das rodovias nos exatos trechos em que elas contornam as fazendas avaliadas 226 Mas em nenhum dos dez processos de desapropria o examinados nessa auditoria piloto foram encontrados documentos que demonstrem que os peritos do Incra tenham analisado a quest o das faixas de dom nio As reas das fazendas parecem ter sido medidas sem que se fizesse qualquer juizo de valor sobre a conformidade da localiza o das cercas externas 5 PAGAMENTOS INDEVIDOS 227 A tabela 21 apresenta uma lista de benfeitorias que n o deveriam ter sido consideradas no c mputo do valor das fazendas ou que deveriam ter sido avaliadas por valores abaixo daqueles considerados pelo Incra nos respectivos laudos de avalia o Tabela 21 Benfeitorias In teis ou Inexistentes Nomes a Descri o da Benfeitoria alar dia Fazenda em R mil Informa ao S o Luiz 106 ha de cajueiros que estavam no mato fechado
116. do relat rio 9 14 1 a desapropria o parcial de im veis um ato administrativo discricion rio que encontra seus limites no direito de extens o do expropriado de um lado e nos princ pios da administra o p blica de outro 9 14 2 o fazendeiro s utilizava 810 dos 2 691 hectares do im vel restando 1 881 hectares de terras aproveit veis n o utilizadas conforme relat rio de levantamento preliminar 263 de dados e informa es fl 16 de modo que se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas nenhum preju zo sofreria o expropriado 9 14 3 se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas da Fazenda Brinco de Ouro a economia de R 860 mil permitiria a aquisi o de outras quatro fazendas do mesmo Munic pio nas quais se poderia assentar 187 fam lias 9 14 4 se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas da Fazenda Brinco de Ouro o custo de aquisi o das terras sofreria uma redu o de R 13 7 mil fam lia para R 4 6 mil fam lia 9 14 5 se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas da Fazenda Brinco de Ouro os empregos que eram gerados pelo beneficiamento de caju n o teriam sido extintos 9 14 6 de acordo com o laudo de avalia o do total pago a t tulo de indeniza o R 71 817 69 correspondem ao galp o da usina de beneficiamento e R 84 757 80 aos equipamentos da usina que jamais foram utilizados pelos assentados logo o menor d bito que se pode atribuir a esse
117. e irregularidades financeiras 4 maior delas refere se superavalia o de coberturas vegetais No caso da planta o de caju da fazenda Brinco de Ouro verificou se que o Incra indenizou 600 hectares de cajueiros quanto havia no m ximo 574 ha Al m disso os peritos desconsideraram os custos de manuten o da planta o e utilizaram um ndice de produtividade cinco vezes maior que o constante nos documentos acostados aos autos de desapropria o Com isso o Er rio sofreu um prejuizo estimado em R 414 mil No caso da floresta de eucalipto da fazenda Xo foram encontrados nos autos dois valores para essa benfeitoria Os dados dispon veis no processo mostram com seguran a que o menor deles se aproximava do valor de mercado Mas o outro valor que era quase tr s vezes maior foi utilizado pelos peritos na elabora o do laudo final gerando uma perda de R 200 mil Cinco outras coberturas vegetais dois cajueiros e tr s planta es de sisal foram superavaliadas gerando um d bito estimado de R 201 mil os pagamentos indevidos a t tulo de reas desmatadas somaram R 78 mil e os pagamentos indevidos por cercas externas geraram um prejuizo de R 49 mil Tabela 23 Superavalia o de Benfeitorias Preju zo Estimado Benfeitoria em R mil Planta o de caju da Fazenda Brinco de Ouro 414 0 Planta o de eucalipto da Fazenda Xo 200 4 Outras coberturas vegetais 201 1 Cercas externas 49 0
118. e promover entre os homens a justi a social a paz econ mica A t cnica de implant lo sem disturbios mostra se todavia rodeada de problemas e dificuldades Basta comparar a sua caracteriza o constitucional a palavra dos textos com a pobreza dos resultados obtidos na realidade Como ele oscila fr gil no meio do drama do poder em face da tempestade de interesses hostis e divergentes alguns de cunho material outros de cunho ideol gico todos a lhe contrariarem de fato a aplica o E como um rio cujo leito se trabalha afo uradamente por obstruir Na discuss o e elabora o de texto constitucional ou legal de grande import ncia ordinariamente uns grupos acreditam que o texto normativo tudo pode lhes dar inversamente outros sup em que a norma tudo pode lhes suprimir Em parte essas press es n o passam de ilus o Os grupos mais poderosos todavia colecionam mais ganhos do que perdas tornando eficaz a sua resist ncia efetividade do Estado Social Soam ilus rios por exemplos o sal rio m nimo a prote o do idoso e a educa o do menor Esses compromissos constitucionais t m se revelado pouco efetivos A reforma agr ria no Brasil tamb m ainda uma conquista a ser alcan ada embora seja uma promessa que o direito abriga h mais de meio s culo O direito n o abrigaria uma indeniza o que n o fosse justa ou adequada segundo certos crit rios mais ou menos objetivos Quando a indeniza
119. elemento cr tico no devido processo de apura o do justo pre o Um t cnico sem escr pulo pode arruinar toda decis o judicial Nada insuper vel por m A experi ncia do julgador aliada ao seu esp rito investigativo mais a assist ncia dos outros agentes da rela o processual assegurar o o estabelecimento de um valor razo vel 2 2 Mercado de Terras Rurais no Brasil O governo um grande comprador de terras O grande comprador costuma desfrutar no mercado das melhores vantagens quanto a pre os e condi es de pagamento Para implementar suas pol ticas o governo no entanto adquire terras ou imp e limita es ao seu uso a pre os bastante altos Por que o governo paga t o caro pelas terras Se o expropriante bem pago por que a ele deve ser concedida indeniza o adicional mediante juros compensat rios Para discutir essas quest es a seguir s o abordados os pre os de terras no Brasil as condi es que caracterizam a imperfei o do mercado e sua interven o pelo Estado As circunst ncias que caracterizam essa imperfei o incluem os defeitos de avalia o administrativa a revelar uma gest o administrativa anti econ mica as superindeniza es judiciais fraudes nas titula es e grilagens de terras Isso tudo responde pelas indeniza es generosas 36 O cen rio atual n o se compara com o existente na d cada de 1960 quando surgiu a figura dos juros compensat rios Sugere se que esses juros
120. em cada caso De modo an logo o pagamento indevido por faixas de dom nio de rodovias embora comprovado tamb m n o pode ser objeto de TCE pois a equipe n o logrou obter informa es precisas sobre a largura das faixas de dom nio das rodovias estaduais e federais nos trechos em que essas ladeiam ou atravessam os im veis desapropriados Assim por n o haver sido poss vel quantificar os prejuizos correspondentes os pagamentos a maior ou indevidos por terra nua e faixas de dom nio ser o doravante tratados como falhas formais n o causadoras de dano ao Er rio juntamente com os erros nas classifica es agron micas Quanto s benfeitorias in teis ou inexistentes tabela 21 primeira parte os d bitos correspondentes n o foram apurados porque tal tarefa exigiria um tempo de que a equipe n o dispunha Al m disso n o havia certeza quanto possibilidade de se colher provas robustas quanto ao estado das benfeitorias poca das desapropria es Como se trata de uma auditoria piloto esse registro pode servir para o aprimoramento das futuras fiscaliza es Perdas do Er rio A segunda parte do relat rio foi reservada s falhas e irregularidades financeiras A maior delas refere se superavalia o de coberturas vegetais No caso da planta o de caju da fazenda Brinco de Ouro verificou se que o Incra indenizou 600 hectares de cajueiros quanto havia no m ximo 574 ha Al m disso os peritos desconsideraram os custo
121. es Entre os erros cometidos pelos peritos no tratamento dos dados coletados destaca se a obten o de valores de mercado de terra nua a partir do c lculo de m dias de opini es de pre os de terras descritas com diferentes par metros Qual o significado da m dia de pre o entre um hectare de terra ondulada e um hectare de terra de m dia fertilidade Em termos estat sticos nenhum Mas m dias como essa foram utilizadas na apura o dos valores de mercado da terra nua das fazendas Lageado e Serra Verde 222 Tamb m podem ser considerados inescus veis os seguintes erros metodol gicos sele o e descarte de dados de mercado de outros munic pios sem qualquer crit rio utiliza o de dados de mercado de outros munic pios sem a devida homogeneiza o e distor o das opini es de pre os coletadas Em apenas um laudo de avalia o n o foram encontrados erros na coleta e tratamento de dados dos valores de mercado para fins de avalia o da terra nua das fazendas expropriadas Embora a equipe tenha levantado algumas estimativas de prejuizos decorrentes das falhas na avalia o de terra nua essas estimativas diferentemente das relativas s benfeitorias n o podem ser adotadas para fins de cita o dos respons veis pois o n mero de dados de mercado dispon veis nos autos e coletados pela equipe de auditoria n o autorizam sob o ponto de vista estat stico uma an lise segura que leve ao valor mais justo para a terra nua
122. esta ltima fonte se recorria com muito mais frequ ncia A cl usula da pr via e justa indeniza o revela defici ncias como base para fixa o dos juros A jurisprud ncia sempre entendeu que n o se compreendia na garantia da referida cl usula que o pagamento ocorresse no momento ou antes do apossamento pelo expropriante o que diz o Box 6 Box 7 Perda da propriedade e garantia da justa e pr via indeniza o Subsiste no regime da Constitui o Federal de 1988 art 5 XXIV a jurisprud ncia firmada pelo Supremo Tribunal sob a gide das Cartas anteriores ao assentar que s a perda da propriedade no final da a o de desapropria o e n o a imiss o provis ria na posse do im vel est compreendida na garantia da justa e pr via indeniza o Fonte RE 195 586 Rel Min Octavio Gallotti DJ 26 04 96 RE 141 795 DJ 29 09 95 A norma constitucional tamb m nunca ministrou a defini o de justa indeniza o Sendo um conceito econ mico este depende de norma legal que o defina O conceito n o daqueles que pode ser propriamente definido no m ximo a lei pode fixar crit rios para sua apura o Tudo isso refor ado pelo fato de que o pagamento da indeniza o pode ser feito atrav s de t tulos resgat veis em prazo de at 20 anos A cl usula constitucional assim somente compreendida num contexto pressuposto pela norma jur dica Um im vel nem sempre se presta a aluguel ou a
123. execu o em a es judiciais ou administrativas Decreto n 578 92 cau o para garantia de Decreto n 578 92 a quaisquer contratos de obras ou servi os celebrados com a Uni o b empr stimos ou financiamentos em estabelecimentos da Uni o autarquias federais e sociedades de economia mista entidades ou fundos de aplica o s atividades rurais criadas para este fim 8 partir do seu vencimento em aquisi es de a es de empresas estatais inclu das no Programa Nacional de Desestatiza o para a liquida o financeira dos leil es de Certificados da D vida P blica CDP INSS cuja nica destina o o pagamento de d vidas previdenci rias Lei n 9 711 de 20 11 98 e portarias conjuntas dos Minist rios da Fazenda e da Previd ncia e Assist ncia Social de divulga o dos referidos leil es de CDP INSS Fonte www stn fazenda gov br servi os faq faq dp divida agraria asp A utiliza o dos t tulos como ativo se d com total isen o de impostos Isso torna mais atrativa a opera o Ao longo dos ltimos seis anos ficou demonstrada a estabilidade e a certeza desse tipo de investimento A negocia o extremamente rent vel perfeitamente legal totalmente isenta e o mais importante totalmente segura desde que realizada por fonte id nea e na forma correta IV Des gios em negocia es de T tulos da D vida Agr ria Comenta se que o pagamento da terra atrav s de T tulos imp
124. execut ria pode ser administrativa ou judicial 09 A fase execut ria ser administrativa quando houver acordo entre expropriante e expropriado a respeito da indeniza o hip tese em que se observar o as formalidades estabelecidas para a compra e venda exigindo se em caso de bens im veis escritura transcrita no Registro de Im veis grifos nossos Segundo Hely Lopes Meireles n o s poss vel a desapropria o pela via administrativa como ela desej ve A desapropria o poder ser efetivada por via administrativa ou por processo judicial sendo mesmo recomend vel o acordo na rbita interna da Administra o ap s a declara o expropriat ria Via Administrativa a via administrativa consubstancia se no acordo entre as partes reduzido a termo para a transfer ncia do bem expropriado o qual se im vel exige escritura p blica para a subsequente transcri o no registro imobili rio competente salvo leis espec ficas que autorizam o instrumento particular grifo nosso Al m de sobrecarregar inutilmente o Poder Judici rio o ajuizamento indevido de a es pode provocar prejuizo ao Er rio 186 187 Internet www2 uol com br JC 1999 01 10 0 01 10i htm 188 Relat rio de Pesquisa Segunda Fase elaborado pelo grupo de trabalho constitu do pela Portaria MDA n 153 de 27 6 2000 fls 381 385 191 15 um nico perito engenheiro agr nomo realizou 55 83 das 66 per cias e
125. existe b os juros e os lucros cessantes Estes ltimos com valores muito maiores Segundo o que vimos a legisla o induz os propriet rios ou seus advogados a brigarem na justi a e isso leva anos A que os juros e lucros cessantes operam Fonte Antonio Fonseca Bastiaan Reydon Mensagem de 28 9 2004 bastianrQiadb org Numa avalia o subdimensionada os pre os agregam em m dia uma gordura em torno de 30 Sugere se que o incha o do pre o se deve a pelo menos dois motivos a sistem tica de avalia o e a indeniza o suplementar na forma de juros compensat rios que o Professor Reydon chama de lucros cessantes Isso respons vel por uma propens o a litigar na justi a por parte dos propriet rios e seus advogados 2 Professor Bastiaan Reydon Doutor em Economia e mestre em Agronomia com especializa o em economia agr ria e recursos naturais Sua opini o foi enviada via e mail bastianr Diadb org mensagem 46 Uma quest o que se coloca como determinar a justa indeniza o de im veis desapropriados que notoriamente estavam destinados especula o e portanto ociosos O justo pre o o adequado t cnica pericial e ao preceito do direito legislado A lei fala que a justa indeniza o deve refletir o pre o atual de mercado do im vel em sua totalidade a inclu das as terras e acess es naturais matas e florestas e as benfeitorias indeniz veis N o h qualquer pre
126. facilidade de aquisi o e repasse desses pap is pra falsific los Mas a utiliza o pelo adquirente foi impedida Na atual sistem tica a utiliza o segue as hip teses previstas em lei e regulamento conforme indica o do Quadro 13 Os direitos sobre TDA s podem ser utilizados para pagamento de tributo em rg os federais e estaduais como forma de compensa o efetiva de cr ditos e d bitos art 1009 do C d Civil Podem servir tamb m como cau o em casos de parcelamento administrativo ou judicial de d bito tribut rio A troca do TDA por outro t tulo do Tesouro Nacional por exemplo NTN ou LFT n o poss vel N o h autoriza o legal para a troca H uma exce o com rela o aos CDP INSS Os CDP INSS s o t tulos leiloados pelo Tesouro Nacional cuja finalidade seria unicamente a utiliza o em pagamento de cr ditos previdenci rios do INSS Na liquida o financeira desses leil es s o aceitos entre outras moedas os TDA s 72 Conforme www stn fazenda gov br servi os fag faq dp divida agraria asp acesso em 5 2005 72 Quadro 12 Utiliza o do TDA Os TDA s podem ser utilizados junto ao setor p blico apenas nas seguintes situa es pagamento de at 50 do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural Decreto n 578 92 pagamento de pre os de terras p blicas Decreto n 578 92 presta o de garantia Decreto n 578 92 dep sito para assegurar a
127. foi averbada em 25 10 77 no cart rio de registro de im veis da comarca de L brea Mesmo assim esses im veis foram desapropriados para fins de reforma agr ria em 28 7 88 O Incra tenta reverter o feito na Justi a O Seringal S o Rom o no munic pio de Piauin teve sua rea aumentada de 265 06 hectares para 127 842 25 hectares em senten a do juiz da Comarca de L brea em a o de usucapi o O TFR anulou a senten a e cancelou os registros dela decorrentes Com isso os 127 842 25 hectares voltaram para o patrim nio p blico Embora n o conste seu tamanho original em certid o expedida pelo cart rio de Registro de Im veis de L brea nem tenham sido localizados os autos judiciais de a o demarcat ria nem no cart rio nem na Justi a Federal AM ap s a o demarcat ria os lotes de terras denominados Castanhal Grande Santa 273 F e Porto de Cima passaram a se denominar Gleba Castanhal Grande com uma rea total de 356 436 51 hectares O TFR anulou o processo e determinou a remessa para a Justi a Federal dos autos da a o usucapi o dos im veis Boca do Acatuquini Boa Vista Aurora desapropriado para fins de reforma agr ria Aurora I Aurora II Aurora II Aurora IV Aurora V Extrema Salva Vidas Tocatins e Ponta os dois ltimos tamb m desapropriados todos no munic pio de Pauini e pertencentes a Mustaf Said Mediam inicialmente 17 560 hectares que posteriormente passaram para 281 mil hectares O TFR
128. grileiros que com t tulos de propriedade fraudados expulsaram os posseiros e formaram imensas propriedades latif ndios Em 1850 derrotada a Revolu o Praieira que entre outros ideais propunha uma reforma agr ria veio a consolida o do latif ndio com a Lei das Terras A nova Lei impedia a ocupa o de reas devolutas e determinava que a terra s poderia ser vendida pelo Governo em grandes lotes e mediante pagamento em dinheiro Foi uma op o pol tica consciente pela grande propriedade e contra a pequena vista como amea a oferta de bra os para a lavoura de exporta o 266 O caminho adotado pelo Brasil foi o oposto por exemplo do escolhido pelos Estados Unidos onde a Lei da Gleba Homestead Act de 1862 determinou a distribui o de lotes familiares com rea em torno de 65 hectares a quem do povo se dispusesse a cultiv los O contingente de pequenos fazendeiros formado a partir de ent o impulsionou a democratiza o da propriedade o mercado interno a mecaniza o e o dinamismo econ mico 267 Como acontecem a fraude e a falsifica o de t tulos de terra Diz a hist ria que a express o grilo empregada para definir as terras apropriadas e registradas ilegalmente vem de um antigo artif cio utilizado para dar a documentos novos a apar ncia de velhos Para tanto os fraudadores de t tulos imobili rios colocavam os falsos documentos rec m elaborados em uma caixa met lica ou de madeira juntamente com
129. imposs vel para o Governo Federal alguns a exemplo dos sal rios foram simplesmente exclu dos da ciranda Fonte L cia Tavares pref cio de Direito Monet rio pp xi a xii Com a institui o da corre o monet ria o fen meno da infla o se esvazia como pressuposto de fato dos juros compensat rios N o obstante esse falso pressuposto nos precedentes da S mula 618 que alterou para 12 a taxa dos juros compensat rios a figura da corre o monet ria est presente Em 5 precedentes os mais importantes pelas informa es que cont m os dados comuns a respeito das caracter sticas dos im veis s o que eram urbanos ou rurais para constru o de rodovias e estavam situados nas regi es Sul e Sudeste Rio de Janeiro S o Paulo e Paran Essas mesmas caracter sticas s o encontradas nos precedentes das outras S mulas n meros 416 345 e 164 Em ac rd o de mar o de 1977 Tribunal manteve a condena o em juros compensat rios mas elevou a taxa para 12 ao ano Afastou se todavia a cumula o com os juros de mora Para a Suprema Corte os juros compensat rios de 12 al m da corre o monet ria sobre o principal compensavam suficientemente o expropriado pela perda da posse antes do pagamento da indeniza o No RE 89 574 o dep sito do valor apurado foi feito um m s depois da elabora o do laudo O expropriado levantou 80 do montante Na inst ncia inferior concedeu se corr
130. indeniza o em parte a culpa sua 8 LC 76 93 art 6 4 Ainda que a avalia o administrativa seja bastante consistente o expropriado em geral n o est disposto a entrar em concilia o ele tem como certo o arbitramento de juros compensat rios que faz crescer o volume da indeniza o de acordo com a demora do processo 49 Na concilia o a autoridade judicial administra interesses p blicos e privados Essa atividade cumulativa s se aprende fazendo Se o expropriado tivesse que provar o dano pela demora do pagamento da indeniza o o juiz teria que avaliar as raz es por mais complexas que estas fossem Ao fixar a compensa o suplementar na base de juros compensat rios ele atua automaticamente A mat ria jur dica mas prenhe de fatos do mercado O controle judicial exige uma criatividade e sensibilidade fora do comum mas se atrofia porque n o exercido na sua plenitude O magistrado pode criar uma atitude pac fica diante de padr es preordenados A aplica o autom tica desses padr es define um estado de normose conceituado no Box 4 Essa uma externalidade negativa no deficiente Box 4 Conceito de normose um h bito de pensar sentir e agir aceito como normal por consenso social tem natureza patol gica ou letal e g nese pessoal ou coletiva mediante um processo introjetivo Cren a bastante enraizada segundo a qual tudo o que a maioria das pessoas sente acredita ou faz deve ser c
131. informaram o pre o da terra para o im vel descrito Os demais apresentaram tabelas de valores conforme a classe a fertilidade ou o relevo do im vel Apesar de os dados coletados serem de diferentes naturezas os avaliadores n o deixaram de utiliz los indiscriminadamente Primeiro excluiram os dados relativos a terras de alta fertilidade depois obtiveram as m dias dos valores apresentados pelos entrevistados Por fim consideraram essas m dias como os elementos da amostra de pre os e a sanearam excluindo os valores extremos conforme se v no laudo de avalia o fl 246 7 4 VALORES PESQUISADOS anexo 01 note se que os valores correspondem s m dias dos valores apresentados na tabela 3 exemplo 103 00 a m dia dos valores R 75 e R 130 informados pelo Banco do Brasil 103 00 125 00 100 00 45 00 180 00 110 00 160 00 150 00 e 80 00 6 5 ORDENA O DA AMOSTRA 45 00 80 00 100 00 103 00 110 00 125 00 150 00 160 00 e 180 00 7 6 M DIA ARITM TICA X R 117 00 Desvio Padrao 41 91 Coeficiente de varia ao CV 35 82 Como o coeficiente de varia o est muito alto indicando que existe uma grande discrep ncia entre os elementos tratados efetuou se o saneamento da amostra como forma de eliminar os dados at picos 80 00 100 00 103 00 110 00 125 00 150 00 160 00 X R 118 28 DP 28 55 CV 24 14 7 7 VALOR ESCOLHIDO PARA O HECTARE DA TERRA NUA Escolheu se o valor inteiro de
132. lculos das indeniza es dif cil portanto imaginar que n o haja dolo nas avalia es de im veis realizadas pelos t cnicos do Incra nas desapropria es ocorridas em Jo o C mara Caso se tratasse unicamente de incompet ncia ter se iia encontrado tamb m erros de avalia o que prejudicassem os expropriados Diante dessa const ncia de erros em uma s dire o mais f cil entender o fato de as desapropria es serem recebidas com festa como afirmou o Juiz Federal Magnus Augusto Costa Delgado da Se o Judici ria do Rio Grande do Norte Do mesmo modo torna se mais compreens vel o grande n mero de ofertas de im veis apresentadas pelos pr prios fazendeiros da regi o ao Incra ver Introdu o Desapropria es s o recebidas com festa Sob o t tulo Falhas de numera o das folhas dos autos na introdu o do relat rio salientou se que os autos dos processos de desapropria o apresentavam diversas falhas de numera o Considerando agora a prov vel exist ncia de dolo nos danos ao Er rio verificados nas desapropria es de Jo o C mara os erros de numera o dos autos deixam de ser meras falhas formais para alcan arem a categoria de ind cio de fraude Em outras palavras a equipe entende diante da materialidade dos prejuizos identificados em uma amostra de apenas dez desapropria es realizadas no Estado da constata o de que era comum a oferta de im veis pelos propriet rios dos ind cios d
133. localizada O prazo de resgate dos t tulos de at 20 anos se justifica ainda em face dos ganhos pelos propriet rios de liquidez e da din mica do mercado secund rio de terras rurais decorrente da troca do bem f sico por t tulos H ainda o fato de que em raz o da escassez de recursos financeiros o pagamento em dinheiro pelo governo inviabilizaria a implementa o da reforma agr ria prometida pelo Estado e ansiosamente aguardada pela sociedade O texto constitucional manda indenizar ainda as benfeitorias teis e necess rias Em circunst ncias normais de mercado esses itens s o acess rios que at certo ponto funcionam para valorizar o principal Nesse sentido as benfeitorias geram relativo impacto no pre o final no jogo de demandas e ofertas Nos neg cios privados o pre o de mercado n o considera as benfeitorias destacadas do principal Ao consider las no texto normativo o constituinte abriu janela para distor o na avalia o do pre o O casu smo do legislador chega ao extremo de isentar de impostos federais estaduais e municipais as opera es de transfer ncia de im veis desapropriados O favor extremado n o contempla isen o das mesmas opera es quando se trata de im veis urbanos Se confirma a observa o de Jean Cruet raro que o Estado seja um agente de alta egiiidade A norma do artigo 184 8 5 da Constitui o Federal um incentivo realoca o fundi ria No dom
134. maior deles sem fundamenta o na escolha do maior valor 9 5 1 4 os peritos do Incra utilizaram o m todo do custo de reposi o acrescido do valor econ mico da planta o em lugar do m todo do valor econ mico recomendado pela NBR 8799 fato que por si s elevou em R 100 mil o valor atribu do benfeitoria 9 5 1 5 os peritos do Incra desconsideraram as despesas de corte utilizando no c mputo do valor econ mico da floresta de eucalipto a receita bruta de cada safra corte e n o a receita l quida como recomenda a NBR 8799 fato que provocou um aumento de R 66 mil no valor atribu do benfeitoria 9 5 1 6 os peritos do Incra desconsideraram na avalia o dos 2 e 3 cortes que 68 8 hectares da planta o talh es III IV e V sofreram um inc ndio fato que fez aumentar em R 55 mil o valor atribu do benfeitoria 9 5 1 7 os peritos do Incra consideraram o ndice de produtividade de 1 084 rvores ha valor que ao menos 162 superior aos valores constantes dos autos como se v no texto t cnico cient fico de fl 584 de 199 a 413 est reos hectare e no citado relat rio da Sider rgica Uni o 8 a 16 est reos hectare ano ou 64 a 128 est reos hectare se considerados intervalos de 8 anos entre os cortes 9 5 1 8 os peritos do Incra consideraram que o pre o final do produto seria de R 2 42 rvore valor esse que n o respaldado nos autos por qualquer levantamento de pre os de mercado e que 61
135. marginais das vias p blicas pela administra o a quem estas incumbirem ou pelas pessoas ou empresas que as explorarem 270 Apesar de a exegese simples desse dispositivo levar conclus o de que s o sempre p blicas as cercas marginais das rodovias a doutrina j havia pacificado o entendimento de que se tratava de uma presun o relativa Comentando o referido par grafo da lei a doutrina pac fica e pr diga em sustentar que n o pretende o 5 impor Administra o municipal estadual ou federal a obriga o de ladear todas as estradas de cercas e dispensar os propriet rios dos im veis lindeiros de constru las segundo os seus interesses ditarem O que determina a obriga o de cercar da Administra o o interesse p blico Onde ele exigir que se construa deve o Poder P blico ou a empresa respons vel pela explora o da rodovia concession rias de servi o p blico erigi las ou arcar com as respectivas despesas Duarte Fabio Rezende Aspectos jur dicos da rodovia tutela do uso comum concess es rodovi rias responsabilidade civil e outros aspectos Rio de Janeiro Mauad 1997 pp 81 e 82 271 0 novo C digo Civil Lei n 10 406 2002 n o cont m regra semelhante que constava do referido 5 fato que confirma o entendimento de que h uma presun o de que as cercas marginais das rodovias s o p blicas mas que essa presun o relativa haja vista que o interesse p blico em ce
136. milh es de mour es para cerca Daria para rodear quatro vezes o litoral brasileiro cerca de 8 500 km Os mesmos processos estimam a produ o de 6 7 milh es de m de madeira para lenha O bastante para erigir uma fogueira que esparramada em um hectare 10 mil m2 teria o tamanho de um edif cio de 224 andares 673 m de altura Mais espigada portanto que o pr dio mais alto do mundo o Taipei 101 em Taiwan que tem 101 andares e 452 m De resto o governo pagou nos 41 processos do Rio Grande do Norte por 56 mil m de madeira para serraria Seriam necess rias 2 250 carretas com capacidade para 25 m cada uma para transportar tantas toras Fonte Folha de S o Paulo 08 11 04 A4 52 Outro caso de pre o excessivo atribu do avalia o das matas refere se Fazenda Iguatu tamb m no Rio Grande do Notte conforme relato do Quadro 6 A ind stria de madeira com muito interesse nas matas e florestas tem revelado um not vel poder de capturar em seu favor a es ilegais de pessoas ligadas defesa do meio ambiente Cresce o interesse por reas ind genas e desapropriadas pela Uni o para fins de desmatamento Quadro 6 Valor das matas Ao estimar o valor econ mico das matas peritos nomeados pela Justi a estipularam aleatoriamente o per odo em que deveriam ser exploradas entre um e 15 anos A estimativa de lucro foi convertida em receita l quida potencial Numa nica fazenda chamada Iguat
137. na avalia o dos im veis que ser o desapropriados esse documento preceitua laconicamente no cap tulo de Avalia o das Benfeitorias Indeniz veis que o perito deve Atentar para o fato de que as cercas de divisa podem pertencer no todo ou em parte ao confrontante grifo nosso fl 521 214 4 fim de evitar futuras falhas na avalia o das cercas externas a equipe de auditoria prop s no referido levantamento de auditoria que se determinasse ao Incra o aprimoramento desse item do Manual Nesta auditoria piloto que se fez foi estimar o prejuizo ao Er rio decorrente desse erro sistem tico nas desapropria es realizadas pelo Incra no Estado do Rio Grande do Norte Segue se uma descri o mais detalhada do crit rio e do achado de auditoria 215 0 munic pio de Jo o C mara n o rico razo vel portanto supor que ele n o disponha de recursos para cercar e manter as divisas de suas rodovias 216 Assim buscando um crit rio de auditoria mais robusto a equipe decidiu admitir independentemente da exist ncia de provas nos autos a tese de que as rodovias municipais diferentemente das estaduais e federais s o cercadas pelos pr prios propriet rios das fazendas com elas confinantes ou seja que n o seria inadequado indenizar os expropriados pelas cercas que ladeiam vias municipais 217 Com base nesse crit rio conservador a equipe de auditoria logrou identificar em cinco dos dez casos analisados provas de que houve
138. nacional a Floresta Amaz nica brasileira a Mata Atl ntica a Serra do Mar o Pantanal Mato Grossense e a Zona Costeira A sua utiliza o somente poss vel dentro de condi es legais de manejo inclusive quanto ao uso dos recursos naturais Para isso dever do Estado criar as reas de preserva o necess rias prote o dos ecossistemas A Reforma Agr ria um compromisso do Estado brasileiro de mais de meio s culo que se prop e a combater a hist rica concentra o de terras Mas a burocracia governamental tratava muito lentamente aquela pol tica de Estado somente dando lhe impulso nos ltimos 10 anos A constru o de infra estrutura rodovi ria define a necessidade do Estado por terras cuja classifica o pode ser diferenciada das destinadas reforma agr ria embora os dois segmentos envolvam terras rurais a constru o de 27 CF art 225 84 Sobre a quest o fundi ria no Brasil ver Vailton de Carvalho Forma o do Direito Fundi rio Brasileiro Iglu 1999 38 estradas gera automaticamente uma valoriza o das reas adjacentes Isso n o acontece com a desapropria o para assentamentos de fam lias de agricultores A desapropria o por utilidade p blica o instituto que faculta ao Estado desapropriar para o desenvolvimento urbano Os im veis urbanos costumam formar um mercado mais sofisticado do que os demais segmentos sobretudo em fun o do perfil dos compradores e do cu
139. nio do direito privado nem sempre os juros t m a mesma natureza do principal H situa es em que os juros representam riqueza nova O cidad o 20 Infere se da regulamenta o que para o resgate superar o prazo de 5 anos a rea desapropriada ter que ser na pior das hip teses superior a 4 000 hectares Ver art 5 3 da L 8 629 93 c c as varia es de m dulos fiscais www mst org br campanha limite tabela html 2 Dois velhos exemplos ilustram a afirma o S mula 586 STF Incide imposto de renda sobre os juros remetidos para o exterior com base em contratos de m tuo S mula 493 O valor da indeniza o se 32 m dio que tem a sorte de reservar parte dos ganhos do seu trabalho aplicando os em fundos de investimento ser onerado com o imposto sobre os ganhos decorrentes Para o expropriado cujo im vel destinado reforma agr ria incide um direito privilegiado O tratamento favorecido desafia um sistema de justi a p blica conato sociedade bem ordenada Nos desdobramentos desse trabalho a discuss o desses pontos ser revisitada com mais detalhes c Comprometimento com a forma a norma legal A observ ncia da forma relevante para sindic ncia da justa indeniza o decorre do rito da LC 76 93 e do procedimento da Lei 8 629 93 A LC 76 93 prev um rito sum rio para a desapropria o Um elemento indispens vel da a o de desapropria o a oferta do pre o Mas antes de i
140. nos foi legado h quase 500 anos Assim sendo a aprova o da transforma o em Lei da Medida Provis ria n 1901 30 95 uma quest o de justi a que o Congresso Nacional certamente n o se recusar a atender Quadro comparativo das diferen as nas superindeniza es Im vel Estado Valores em R Incra Propriet rio Justi a Diferen a Fazenda Reunidas SP 25 81 milh es 1 bilh o 974 19 milh es Fazendas Horizonte e Escondido 24 milh es 927 milh es 1923 milh es MS Fazenda Araguaia TO 40 milh es 197 45 157 45 milh es Fazenda Primavera 5 60 milh es 125 5 milh es 165 5 milh es Fazenda Boa F AL 707 96 mil 1 78 milh o 1 07 milh o Fazenda Dourada AL 960 86 mil 3 39 milh es 2 43 milh es 167 Fazenda Karin MA 2 06 milh es 9 68 milh es 7 62 milh es Fazenda Santa Teresa MA 438 7 mil 49 milh o 05 milh o Fazenda Paru Jacunicaua MA 2 28 milh es 7 18 milh es 89 milh es 1 4 4 6 1 Fazenda Santa Teresa 7 7 milh es 2 4 milh es Fazenda Nazar PA 3 3 milh es 2 49 milh es 1 17 milh o 633 mil Fazenda Reunidas S o Joaquim 2 6 milh es 24 6 milh es 22 milh es CE Fazenda S o Jorge SE 78 5 mil 448 mil 370 mil 1 i 7 s E Ro Fazenda Manah PA 2 8 milh es Fazenda Cuyab SE 06 milh o 1 28 milh o Fazenda Boa Esperan a SE 276 mil 393 4 mil 117 4 mil Fazendas Ilha Saco da Palma 585 4 mil 6 6 milh es 6 01 milh es Por
141. o a fim de ser evitada a desapropria o de bem pertencente ao patrim nio p blico federal 174 II NO II II A fundamenta o da a o anulat ria poder tamb m embasar se na improdutividade da rea rural mediante prova cabal realizada em laudo t cnico de vistoria a ser elaborado pelo Incra Realiza o de processo discriminat rio de terras quando n o existente que dever preceder a a o anulat ria permitindo posterior procedimento de ratifica o de posse Em face das an lises e conclus es do Encontro a Procuradoria Geral do Incra reexaminar os procedimentos internos de ratifica o seguidos de desapropria o nos Estados do Paran e do Mato Grosso inclusive as ratifica es realizadas at a presente data e tamb m as que hajam sido objeto de decreto expropriat rio Ado o de provid ncias relativas ao Decreto lei n 1 942 82 editado em raz o do Julgamento da apela o c vel n 9621 1 PR do Supremo Tribunal Federal cujos autos foram extraviados A AGU no Paran solicitar em ju zo a restaura o dos autos para a execu o do Julgado O MPF acompanhar o procedimento administrativo instaurado para apurar o extravio Orienta o da Procuradoria Geral do Incra para que n o se promova procedimento desapropriat rio sobre terras devolutas de dom nio da Uni o Orienta o da Procuradoria Geral do Incra quanto irregularidade do ato de convalida o de t tulos de proprieda
142. o nem a rea correspondem s do im vel avaliando 173 05 t cnicos do Incra que avaliaram as fazendas Baixa do Novilho e Padre Jo o Maria II localizadas em Jo o C mara utilizaram nove opini es de pre o para im veis localizados em Po o Branco e Jandaira fichas de coleta de pre os s fls 550 563 e planilha de avalia o s fl 547 174 4 tabela 14 apresenta os valores opinados por munic pios mostrando que as m dias dos pre os informados para os im veis de Po o Branco e Jandaira s o superiores aos de Jo o C mara em 66 e 39 respectivamente Tabela 14 Dados coletados para avalia o da fazenda Baixa do Novilho fls 547 563 N mero da Munic pio Amostra Jo o Po o C mara Benci Jania 1 R 86 ha 2 R 103 ha 3 R 103 ha 4 R 93 ha 5 R 93 ha 6 R 221 ha 7 R 162 ha R 133 ha 9 R 172 ha 10 R 202 ha 206 Se o im vel de Pureza fosse considerado com a correspondente homogeneiza o correspondente nota agron mica ter se ia um elemento de R 201 40 ha inclu do na amostra o que reduziria o valor obtido na avalia o 207 11 R 64 ha 12 R 133 ha 13 R 133 ha 14 R 133 ha M dias R 96 ha R 159ha R 133 ha Varia o em rela o 0 66 39 m dia de Jo o C mara 175 Em resumo a falha metodol gica do Incra grosseira e elevou indevidamente o valor da terra nua da fazenda
143. o e a economia global Trad de Marsel Nascimento Gon alves de Souza Bras lia Ed Universidade de Bras lia 2002 ENNECCERUS KIPP WOLFF Tratado de Derecho Civil Derecho de las Obligaciones Edi o espanhola Tomo II n 1 853 GABARDO Emerson Efici ncia e Legitimidade do Estado Apresenta o do Ministro Carlos Ayres Brito S o Paulo Manole 2003 GIBBARD Roger The Compulsory Purchase of Farmland Identiying Severance and Injurius Affection Claims In www expropriationlaw ca articles art03500 files art03501 pdf acesso em 27 6 2005 GRAU Eros Roberto A ordem econ mica na Constitui o Federal S o Paulo Malheiros Editores 8 edi o 2003 HESSE Konrad Elementos de Direito Constitucional da Rep blica Federal da Alemanha Trad Lu s Afonso Heck 20 edi o alem Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 1998 JANSEN Let cio Direito Monet rio Pref cio L cia L a Guimar es Tavares Lumen Juris Rio de Janeiro 1997 MENDES Gilmar Hermen utica Constitucional e Direitos Fundamentais Bras lia Bras lia Jur dica 2000 MIRANDA Pontes de Tratado de Direito Privado Tomo XXIV cap HI 1984 Tratado de Direito Privado Tomo XXIII 1984 PLANIOL Marcel Trait l mentaire de Droit Civil 1949 tome II troisi me dition n 741 ess PLATA Ludwig Einstein A Mercados de Terras no Brasil G nesis Determina o de seus Pre os e Pol ticas In http www unicamp br a
144. o est o numeradas 103 No processo da fazenda Baixa do Novilho n o se encontram as folhas 21 e 30 104 Em pelo menos um dos processos a falha de numera o das folhas foi observada pela Procuradoria do rg o Restituo este processo sugerindo que sejam sanadas as irregularidades nele constante especialmente sobre a falta de numera o das folhas e falta de documentos a exemplo das duas laudas que antecedem o Relat rio de Levantamento de Dados j que s o rascunhos despacho do Procurador Aut rquico Sr Francisco Monteiro de Sales no processo de desapropria o da fazenda Baixa do Novilho ver fl 503 v PARTE I FALHAS T CNICAS 1 Erros na Classifica o Agron mica das Terras 105 05 im veis destinados ao assentamento de trabalhadores rurais s o previamente avaliados por agr nomos do Incra a quem compete firmar juizo sobre a viabilidade t cnica dos futuros assentamentos Essa an lise baseia se fundamentalmente em tr s aspectos qualidade da terra infra estrutura e localiza o do im vel 4 equipe se deteve na an lise do primeiro par metro 106 Nas visitas aos im veis desapropriados no munic pio de Jo o C mara ver foto na figura 2 procedimento que contou com o acompanhamento permanente do vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara Sr Ant nio Severino conhecido como Bila e do Fiscal de Cadastro do Incra RN Sr Jo o Maria C mara Bezerra a equipe de auditoria pr
145. o que usualmente apurado n o antes de um ano Na data da per cia o pre o atual certamente n o ser aquele da posse Um expediente para contornar esse aspecto foi mandar contar os juros com base no valor da per cia progressivamente corrigido O Supremo Tribunal adotou em v rios 505121 a base de c lculo progressiva A situa o era que o rg o expropriante tomava posse do im vel e a avalia o acontecia v rios anos depois Num interregno de 13 anos o valor da propriedade poderia a t tulo de exemplo variar em 20 vezes A taxa de 12 aplicada no per odo anterior avalia o significava 240 Esse argumento do Ministro Aldir Passarinho mereceu a ades o dos demais membros do Tribunal A hesita o da jurisprud ncia levou a tratamento divergente at os tribunais se acertarem mandando contar os juros sobre o valor corrigido Isso n o esgotou todas as dificuldades da jurisprud ncia A aplica o dos juros compensat rios depois de mais de quatro d cadas continua sendo uma atividade judicial que suscita d vidas Para o Supremo o direito aos juros compensat rios dependia de pedido formulado na contesta o em caso de desapropria o direta ou na inicial na hip tese de desapropria o indireta Na aus ncia desse pedido os tais juros n o se incluem 107 na indeniza o 22 Nesta exposi o n o se defende o contr rio Mas a conclus o contradit ria Se os juros compensat rios se justificam em face da
146. para se preencher aquilo que se tirou do patrim nio do credor atendendo ao valor real do bem Em outras palavras os juros s o remunera o em fra o da quantidade devida prest vel periodicamente pelo uso do que se recebeu em dinheiro ou coisa fung vel Discute se serem os juros frutos ou n o Em primeira defini o fruto s 2 5 x z que sai da pr pria coisa logo juros n o s o frutos mas assemelham se natureza da coisa Noutra defini o fruto o que o bem produz assim juros s o frutos gerados pelo uso do dinheiro pec nia Na verdade a discuss o ganha sentido no mbito da distin o entre frutos naturais e frutos civis Os primeiros s o produzidos diretamente pela coisa com o concurso da atividade humana e os segundos se d o em raz o da coisa con ocasi n de la Tratado de Direito Privado 1984 tomo XXIV cap III p 15 17 Idem p 17 e 18 e 26 81 cosa 82 Pontes afirma que de rigor juros s o frutos civis sejam eles de mora ou n o Mas por conven o os de mora se referem ao atraso no pagamento ao passo que os juros frutos s o os estipulados expressamente pelos contratantes e dizem respeito ao n o adimplemento ou adimplemento ruim Nem toda d vida rende juros a efic cia geradora decorre da lei ou da vontade das partes Nem todos os juros nascem com o n o adimplemento Os juros de mora s o uma indeniza
147. parecer de fl 760 concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 4 1 3 da Fazenda Serra Verde Boa Vista em que 85 das terras foram classificadas de forma equivocada 65 na classe Il e 20 na classe III 4 1 3 1 Srs Francisco Rodrigues Filho Zenivaldo Bezerra Alves e Francisco de Assis Martins que apesar da classifica o equivocada das terras assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 111 115 4 1 3 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel desapropria o do im vel fl 767 4 1 3 3 Sr Heleno Gomes da Silva que deu parecer concluindo pela viabilidade do im vel para fins de assentamento fl 768 4 1 4 da Fazenda Buraco Seco que apesar do relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhecer que a seca na regi o longa teve 71 de suas terras classificadas na classe III 4 1 4 1 Sr Jos Augusto Silva que assinou os relat rios de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 125 142 e de Viabilidade Ambiental confirmando o laudo agron mico fls 771 783 4 1 4 2 Sr Manuel de Oliveira e Souza que assinou o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 125 142 4 1 4 3 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assina o parecer revisor da Divis o T cnica confirmando os dados do relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 784 787 e co
148. pelo Incra mais de 100 mil fam lias a grande maioria delas em terras desapropriadas para fim de reforma agr ria Para este ano de 1999 est o previstas no or amento do Incra indeniza es por terras desapropriadas no valor de R 40 8 milh es Segundo os procuradores do Incra a tend ncia esse n mero cair ainda mais no futuro Exemplos de Superindeniza es De R 25 milh es para quase R 1 bilh o Fazendas Reunidas 153 No dia 1 de setembro 99 os procuradores do Incra obtiveram uma vit ria hist rica ainda que parcial por oito votos a um o Tribunal Regional Federal de S o Paulo Terceira Regi o acatou a a o rescis ria promovida pelos advogados do Incra contra os ex propriet rios do im vel Fazendas Reunidas com rea de 17 575 hectares O im vel situado no munic pio de Promiss o em S o Paulo foi desapropriado para fins de reforma agr ria em 1987 Os propriet rios recorreram na Justi a para elevar o valor da desapropria o dos R 25 811 260 00 arbitrados pelo Incra para R 385 502 876 00 Em valores atualizados a superindeniza o est estimada em quase R 1 bilh o Com a senten a transitado em julgado o Incra entrou com a a o rescis ria alegando desobedi ncia ao artigo 184 ao inciso 24 do artigo 5 da Constitui o De acordo com o texto constitucional a indeniza o deve ser arbitrada segundo o justo valor do im vel o que n o era o caso do pre o escorchante reivindicado pelos e
149. per cia judicial calculou o valor de R 2 988 milh es No munic pio de Morada Nova a Fazenda Olho D gua com valor estipulado em de R 325 7 mil foi avaliada pela Justi a em R 1 5 milh o Na avalia o judicial o pre o da Fazenda Caroba em Alto Santo saltou de R 633 mil para R 1 7 milh o No caso da Fazenda Baixio Naz rio em Crate s o valor estimado pelo Incra R 204 8 mil foi recalculado para R 622 7 mil pela per cia judicial A Fazenda Reunidas S o Joaquim no munic pio de Madalena inicialmente avaliada em R 2 6 milh es teve sua indeniza o arbitrada em R 24 6 milh es pela Justi a Recursos para evitar sangria O caso de Sergipe O Incra no estado de Sergipe aguarda decis o judicial sobre cinco recursos que interp s contra superavalia es de fazendas desapropriadas para reforma agr ria 158 A Fazenda S o Jorge no munic pio de Idiaroba com 196 hectares foi avaliada pelo Incra em R 78 5 mil A per cia judicial aumentou esse valor para R 448 mil Em Canind do S o Francisco o propriet rio da Fazenda Cuyab com rea de 2 mil hectares foi indenizado em R 1 06 milh o Na Justi a o valor subiu para R 1 28 milh o A Fazenda da Boa Esperan a avaliada em R 276 mil pelo Incra teve a indeniza o final arbitrada em R 393 4 mil Mais espanto causa a indeniza o estipulada para o conjunto de fazendas Ilha Saco da Palma Por es e Burgo Avaliadas em R 585 4 mil as
150. proporcionalidade no que se refere d vida em quest o Os Estados Diretiva 2000 35 CE do Parlamento Europeu de 29 de junho de 2000 Jornal Oficial n L 200 de 08 08 2000 p 0035 0038 95 Membros podem no respeito dos princ pios supramencionados fixar um montante m ximo no que se refere aos preju zos suportados por diferentes n veis de d vidas 112 Sem uma experi ncia em juros compensat rios a Inglaterra fixou uma compensa o adicional additional fixed sum al m dos juros de mora estabelecidos com a orienta o do Tesouro na seguinte propor o do d bito at 1 000 40 de 1 000 at 10 000 70 acima de 10 000 100 Talvez os tribunais e o legislativo brasileiros tenham muito a aprender quanto a juros compensat rios sobretudo com respeito observ ncia dos princ pios da transpar ncia e proporcionalidade O atual C digo Civil de 2002 refrat rio ao dano abstrato prestigiando a concep o de dano na sua forma mais concreta Nesse sentido o art 944 do C digo estatui A indeniza o mede se pela extens o do dano O dispositivo tem uma carga principiol gica muito forte Da sua exegese depreende se que a indeniza o deva ser proporcional ao dano isto ao preju zo concretamente sofrido Aquilo que efetivamente se perdeu deve corresponder a uma diminui o de patrim nio real Aquilo que razoavelmente se deixou de lucrar resume uma perda dir
151. que na ocasi o da per cia j se computava a valoriza o do im vel verificada em fun o da rodovia Nessa hip tese a concess o de juros compensat rios podia ser afastada ou se contava somente a partir do laudo 156 Constatou se noutra situa o que na poca do apossamento p blico o propriet rio era um e na data da apura o da per cia o propriet rio era outra pessoa Por esse motivo foi negada a computa o de juros compensat rios a partir da ocupa o 3 Essa decis o pode hoje ser interpretada como inibidora da especula o imobili ria embora esse comportamento n o tivesse sido um aspecto considerado pelas autoridades judiciais No caso da Ilha do Governador Rio de Janeiro n o houve concess o de juros compensat rios A Aeron utica ocupou uma rea de 2 800 m em 1940 Dezenove anos depois 1959 a per cia avaliou o im vel considerando a 136 RTJ 26 335 RTJ 29 217 137 RTJ 27 105 122 valoriza o no lapso de tempo decorrido desde a ocupa o 38 Considerou se que a compensa o estava embutida no pre o sobre o qual determinou se a incid ncia apenas de juros de mora O verbete 416 da jurisprud ncia do STF nega indeniza o complementar al m dos juros diversas vezes vindicada via a o de danos depois de julgada a o de desapropria o e paga a indeniza o com atraso Os precedentes envolveram im veis urbanos situados na antiga cidade da Guanabara ou na cidade de S o Pau
152. que as terras da fazenda s o ruins 14 da classe HI 21 da classe IV 28 da classe V 35 da classe VI e 2 da classe VIII A conclus o natural seria pela inviabilidade t cnica da desapropria o mas a equipe do Incra se absteve de firmar um entendimento definitivo para o caso Reconhecendo que existia uma grande expectativa pela desapropria o que era reivindicada pelo MST a equipe apenas deixou de recomendar a imediata desapropria o propondo que se realizassem estudos complementares im vel da Fazenda Padre Jo o Maria II possui solos com caracter sticas f sicas e morfol gicas que necessitam estudos t cnicos para que se torne poss vel sua utiliza o 7 194 agropecu ria a n vel compat vel com os custos produ o desejados Baseado ainda em outros aspectos j mencionados anteriormente no relat rio e a fim de evitar futuro foco de tens o social a equipe recomenda que o im vel seja objeto de estudo para fins de sua inclus o no Programa de Reforma Agr ria fl 61 grifo nosso 127 Vale ressaltar que apesar de imiscuir fatores pol ticos em um trabalho eminentemente t cnico essa equipe n o cometeu um erro propriamente pois n o recomendou a desapropria o do im vel que possui terras ruins 128 0 erro aconteceu em seguida O Superintendente nomeou nova equipe para avalia o agron mica incumbindo desde logo os peritos de realizar a avalia o econ mica da fazenda Antes mesm
153. realizada para a referida a o concluiu que a fazenda era produtiva Os expropriados contestaram a a o de desapropria o alegando em s ntese a prejudicialidade da a o de desapropria o em face da a o declarat ria precedentemente proposta b produtividade do im vel e c insufici ncia da indeniza o depositada Foi realizada per cia na a o de desapropria o Os valores arbitrados pelo perito oficial est o abaixo comparados aos ofertados pelo Incra 159 INCRA PER CIA JUDICIAL VALOR DA TERRA NUA R 3 096 207 21 R 4 431 437 40 BENFEITORIAS R 751 832 88 R 656 109 80 COBERTURA FLOR STICA Inserido no pre o da terra nua R 10 312 989 33 TOTAL R 3 848 040 09 R 15 400 536 53 O laudo oficial foi impugnado pelos expropriados que pleitearam indeniza o de R 60 680 355 38 A senten a proferida acolheu o laudo do perito oficial reconhecendo que a propriedade seria produtiva Partindo da a indeniza o foi fixada em R 15 400 536 53 sendo R 4 431 437 40 pela terra nua com pagamento em TDA s R 656 109 80 pelas benfeitorias com pagamento em dinheiro R 10 312 989 33 pela cobertura flor stica tamb m em TDA s Tudo foi acrescido de juros morat rios de 0 5 ao m s a partir do tr nsito em julgado da senten a e juros compensat rios de 0 5 ao m s desde a imiss o da autarquia na posse do im vel 19 2 97 A parcela de juros compensat rios por si s j eleva o
154. recolhe tributos das fam lias e empresas investe contrata paga juros e dividendos Essa atua o vem representada na Figura 2 Numa sociedade bem ordenada o governo imparcial n o discrimina as fam lias nem as empresas ou os propriet rios quanto aos pagamentos que realiza em fun o dos compromissos financeiros Eventual compensa o em forma de juros de dano ou a qualquer outro t tulo em fun o do atraso no adimplemento 24 das obriga es ser uma concess o para todos A discrimina o tem o efeito de gerar um desequil brio no acesso ao bem comum Figura 2 Fun es do Governo BENS E SERVI OS 8 100 DESPESAS DE CONSUMO Retome se o tratamento da justa indeniza o na Constitui o Para se sujeitar desapropria o a terra n o pode ser produtiva nem estar cumprindo sua fun o social segundo as condi es de aproveitamento utiliza o e explora o O citado artigo 184 estabelece que a desapropria o se far mediante justa indeniza o n o conceitua o que seja justo pre o mas d alguns indicadores A indeniza o dever ser justa em fun o de v rios elementos referidos no 25 dispositivo constitucional que orientam a apura o do quantum debeatum as condi es e modo de pagamento quais sejam 4 Avalia o da terra e seus consect rios Pagamento pr vio Pagamento da terra em T tulos da D vida Agr ria Cl usula de preserva o real d
155. ria A Justi a fixou o valor em R 5 5 milh es quando os t cnicos do Incra avaliaram as terras em R 310 mil A o de R 825 milh es Fazenda Amaralina O Incra desapropriou em 1987 a Fazenda Amaralina situada em Vit ria da Conquista BA com rea de 3 520 hectares A a o tramita na 7 Vara da Justi a Federal na Bahia onde foi pedido arquivamento O valor estipulado pelo Incra de R 48 milh es o valor reclamado de R 825 milh es Diferen a de R 8 milh es Fazenda Riacho das Ostras Situada no munic pio de Prado a Fazenda Riacho das Ostras BA de 2 000 hectares tem a o de desapropria o contra S rgio Roberto Ugolini tramitando na 7 Vara da Justi a Federal na Bahia onde foi requerida extin o O valor reclamado pelo expropriado de R 22 369 milh es enquanto o apurado pelo Incra de R 16 44 milh es R 2 2 milh es a mais Fazenda Alma Situada no munic pio de Igua u BA a Fazenda Alma com 8 050 hectares de propriedade de Irani Castro Jordan tem a o de desapropria o tramitando na 7 Vara da Justi a Federal na Bahia em fase de execu o O valor encontrado pelo Incra de R 1 milh o enquanto o reclamado pelo expropriado de R 3 3 milh es De R 601 mil para R 11 milh es Fazenda Porto Bonito A Fazenda Porto Bonito com 25 688 hectares situada no munic pio de Correntina BA propriedade da Bradesco Capitaliza o S A tem a o de desapropria o tramitando n
156. ria a ado o dos juros compensat rios nos contratos de compra e venda a cr dito de im veis Na verdade no direito estrangeiro os chamados juros compensat rios correspondem ou aos juros de mora convencionados ou pena convencional 10 Op cit pp 61 62 93 O direito estrangeiro consultado aplica os juros compensat rios em favor de todos os credores que preencham as hip teses legais No caso da Alemanha os danos a respeito da d vida de dinheiro n o se limitam aos juros de mora o credor poder exigir mediante prova a compensa o que for arbitrada No sistema franc s a indeniza o se limita aos juros podendo o ressarcimento mediante juros compensat rios ocorrer em raz o da m f do devedor moroso o arbitramento destes ltimos poder ficar a cargo do juiz de apela o que atuar com discri o No sistema italiano os juros compensat rios compensativos ou correspectivos s o devidos nos casos previstos em lei e a sua incid ncia pressup e que a coisa produza frutos Aqueles n o ser o devidos se estes decorrerem de acordo Nos tr s sistemas consultados os juros compensat rios representam uma esp cie de justi a do caso particular Assim em nenhum daqueles pa ses os juros de dano sofrem taxa o pr via ou em abstrato O n o tarifamento revela a grande sabedoria da dogm tica O percentual aplic vel quando n o decorre da vontade das partes arbitrado como adicional aos juros legais Este
157. rio assinou parecer confirmando os mesmos valores indenizat rios e Sr Francisco Rodrigues Filho que assinou a Ata da Mesa T cnica confirmando os valores indenizat rios apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA as quantias indicadas acrescidas dos encargos legais ante as seguintes irregularidades 9 8 1 superavalia o de cercas externas que gerou um preju zo estimado de R 3 1 mil em 21 10 1998 apurado a partir da constata o de que os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a 99 do per metro da fazenda 16 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes cap tulo 4 do relat rio 9 8 2 superavalia o de 12 ha de sisal que gerou um preju zo estimado de R 2 4 mil em 21 10 1998 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 9 8 2 1 consta do pr prio laudo de avalia o que a planta o encontrava se em prec rio estado vegetativo e fitossanit rio 9 8 2 2 consta do relat rio de levantamento de dados fl 78 que a rea com sisal n o vinha sendo explorada nos ltimos dois anos inexistindo produ o fato que torna descabida qualquer indeniza o 9 8 2 3 n o consta do laudo qualquer estudo acerca dos custos de recupera o da planta o o custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R
158. rios e honor rios advocat cios fixados em 20 sobre a diferen a este valor eleva se para R 1 460 643 00 Honor rios advocat cios fixados em 20 Fazenda Lages A Fazenda Retiro Lages I localizada em Santa Vit ria MG com 968 hectares foi avaliada pelo Incra em R 90 730 64 e as benfeitorias indeniz veis em R 100 562 18 totalizando R 191 292 82 A a o de desapropria o do im vel foi proposta em outubro de 1996 Em per cia elaborada na a o de desapropria o os valores propostos pelo perito judicial est o abaixo comparados aos ofertados pelo Incra DADOS INCRA PER CIA JUDICIAL VALOR DA TERRA NUA R 90 730 64 referentes a 968 00 hectares R 184 443 85 referentes a 1 914 9130 ha BENFEITORIAS R 100 562 18 R 236 485 30 TOTAL R 191 292 82 R 420 929 15 A senten a proferida acolheu o laudo do perito judicial e fixou a indeniza o em R 420 929 15 sendo R 184 443 85 pela terra nua e R 236 485 30 pelas benfeitorias Adicionem se os juros morat rios de 0 5 ao m s a partir do tr nsito em julgado da senten a e os juros compensat rios de 0 5 ao m s Foram ainda arbitrados honor rios advocat cios de 20 sobre a diferen a entre a oferta e a condena o O Incra apelou mas o recurso ainda aguarda Julgamento Os valores contidos na senten a importam em uma majora o da ordem de 220 num aumento total de R 229 636 33 sem contar os juros compensat rios e morat rios a corre o monet ria e os ho
159. rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a ex Secret rio de Agricultura e atual Secret rio de Obras do Munic pio que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 3 3 consta do pr prio laudo de vistoria e avalia o que essa rea desmatada encontra se em prec rio estado de conserva o fl 94 9 3 4 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 I0 cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Lageado Serra Verde com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que os Srs Jos Barbosa Cordeiro Jos Barbosa Lucena Junior e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram os Laudos de Vistoria e Avalia o fls 101 110 e 241 248 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou como chefe do Grupamento Fundi rio e membro da Comiss o Revisora os pareceres de fls 817 819 respectivamente corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo Srs Francisco de Assis Martins e Heleno Gomes da Silva membros da Comiss o Revisora que assinaram o parecer de fls 818 819 ratificando os mesmos valores indenizat rios e Sr Jos
160. s o parte do problema na medida em que a expectativa de ganhos com base nessa figura alimenta a especula o e de conseq ncia concorre para distor es dos pre os que est o atrelados a um mercado secund rio de t tulos a Interven o no Mercado de Terras Para implementar suas pol ticas o governo adquire terras ou restringe o seu uso por diferentes motivos Cria o de reas de preserva o ambiental Implementa o da reforma agr ria Constru o de rodovias Desenvolvimento urbano Essa classifica o al m de definir os interesses do Estado pela terra indica diferentes segmentos de mercado que se distinguem segundo a fun o do bem se para uso do Poder P blico da coletividade ou da sociedade como um todo custo de aquisi o custo de manuten o valoriza o de mercado n vel de utiliza o ou explora o perspectiva de ganhos l quidos e grau de liquidez A Figura 3 sugere que quanto mais importante a terra na escala de valoriza o econ mica mais alto tende a ser o n vel de especula o 37 Figura 3 Classifica o de terras do interesse do Estado A P A reas de Preserva o Ambiental D R A Desapropria o para fins de Reforma Agr ria D CR Desapropria o para Constru o de Rodovias D I U Desapropria o de Im veis Urbanos A cria o de reas de preserva o ambiental se tornou uma imposi o da Constitui o de 1988 que considera patrim nio
161. seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 9 4 1 1 a planta o encontrava se abandonada conforme se depreende do pr prio Laudo de Vistoria e Avalia o em que se afirma que n o foi colhida a produ o da ltima safra 9 4 1 2 apenas 400 dos 800 hectares da planta o encontravam se em condi es de produzir como se v no relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es realizado quatro meses antes 9 4 1 3 a rea da planta o n o foi medida fato que se verifica n o s pela aus ncia de tal comprova o nos autos como pelo n mero arredondado da rea avaliada 800 ha 9 4 1 4 na divis o da planta o entre os assentados coube a cada uma das 82 fam lias apenas 7 hectares o que significa que deveria existir apenas 574 hectares de cajueiros conforme relato do Sr Severino Ant nio que poca trabalhava na fazenda e hoje um dos assentados al m de Vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara 9 4 1 5 a rea da planta o n o foi vistoriada com dilig ncia conforme relato do mesmo Sr Severino Ant nio que afirmou equipe de auditoria que os t cnicos do Incra se limitaram a percorrer as duas estradas que ladeiam e atravessam a planta o sem buscar maiores evid ncias para o descarte da informa o fornecida pela equipe anterior que afirmara que apenas metade das rvores encontrava se em condi es de produzir 9 4 1 6 a equipe de peritos
162. ser abstratos e impessoais regulam a generalidade das situa es e os ltimos que tendem a ser pessoal e concreto funcionam para os casos particulares A pr tica da compensa o suplementar nas desapropria es mediante juros compensat rios taxados genericamente ao dobro da taxa dos juros da mora e em benef cio apenas de um segmento capitalista a mais razo vel ou haveria outro mecanismo mais ajustado dogm tica jur dica A alta propor o da indeniza o abstrata revela uma situa o que tende a esvaziar um princ pio b sico que corol rio da proibi o do enriquecimento sem causa a indeniza o mede se pela extens o do dano A tens o entre a posi o da Igreja e o comportamento maximizador dos pr prios interesses dos capitalistas resultou na legaliza o moderada dos juros contra a fantasia do credor Nessa perspectiva a estrutura dogm tica que predomina no direito da Europa continental Alemanha Fran a e It lia sugere que a compensa o abstrata deva ser m nima em face do risco de se distanciar do dano efetivo Assim a taxa dos juros da mora em m dia a metade da praticada no Brasil a dos compensat rios resultado da estipula o das partes 77 Essa propor o decorre de observa o dos precat rios e de dados constantes de exposi o de motivos que fundamentou a edi o da MP 1 577 97 parcialmente reproduzida no voto do min Moreira Alves na decis o liminar na ADIn 2 332 DF
163. tabela 9 que informa quanto choveu a cada m s nos ltimos dez anos no Munic pio de Jo o C mara RN 9 Dados pluviom tricos do Munic pio de is Ano jan fev mar abr Mai Jun jul ago set out nov dez Total L 3 7 71 6 8 7 1 l 9 6 3 7 0 3 a E 91 3 l 2 3 o 7 9 7 a na pi Ur ERGERE E 3 0 3 2000 89 7 119 37 0 223 99 1 229 208 93 76 0 0 0 0 11 1188 195 6 6 9 3 9 7 s C jy 126 36 0 171 18 2 89 0 109 65 2 34 649 8 5 2 5 2 124 135 100 26 12 Fonte Empresa de Pesquisa Agropecu ria do Rio Grande do Norte S A Emparn 114 Como se v na tabela 9 os dados dos ltimos dez anos informam que o m s mais chuvoso abril em que se tem a m dia de precipita o de 135mm 115 Na mesma tabela observa se que entre os meses de agosto e fevereiro ou seja durante um per odo cont nuo de 7 meses as m dias de precipita o n o ultrapassam 50mm Por esse crit rio a seca da regi o de Jo o C mara pode ser caracterizada como seca longa de acordo com a tabela 8 116 Um outro crit rio bastante utilizado pelos meteorologistas para classificar um m s como seco consiste em verificar se a precipita o em mm inferior ao dobro da temperatura m dia anual em C ou seja verificar se P lt 27 fls 699 700 117 Considerando que a temperatura m dia anual na regi o de Jo o
164. taxa dos juros que gera o crescimento artificial e exorbitante do capital Feita a compensa o sejam em juros de mora convencionados ou n o ou na base da pena convencional nada mais haveria o credor de reclamar conta de preju zo em face do revogado art 1061 do C digo Civil de 1916 Nada h que admirar na disposi o deste artigo que isenta da prova de prejuizo aquelle que tem de receber juros da m ra por dividas de dinheiro ou de outra cousa quando fixado o seu valor em dinheiro Nada h que admirar digo na presta o dos juros da m ra tal qual acontece com a estipula o da pena convencional est o fixados de modo definitivo por lei ou por accordo das Idem p 355 84 partes os prejuizos effectivos ou provaveis tenham havido ou n o hajam acontecidos A classifica o dos juros segundo Lacerda fica assim os compensat rios de que trata o art 1262 do C digo de 1916 revogado e os de mora tratados nos artigos 1061 a 1064 do mesmo C digo Fazem as vezes de liquida o de preju zo A lei fixa lhe a taxa que no entanto pode ser barganhada para cima ou para baixo Quando admitida a liberdade de contrata o seja numa ou noutra esp cie abre espa o para que se considerem as circunst ncias do neg cio particular Na conven o da taxa pessoalizam se os juros II Juros no direito comparado os juros de dano A cria o dos juros compensat rios na desapropria
165. valor foi contestado e elevado pela per cia judicial para R 12 6 milh es Na senten a homologada pelo juiz mais uma vez chegou se a um meio termo R 7 7 milh es De R 811 mil para R 6 6 milh es Fazenda Nazar A Fazenda Nazar em Concei o do Araguaia PA com 12 9 mil hectares foi avaliada em R 811 mil enquanto que a per cia judicial arbitrou seu valor em R 6 6 milh es Em sua senten a o juiz reduziu esse valor metade R 3 3 milh es mais do que tr s vezes o valor definido pelo Incra Senten a dobra valor do im vel Fazenda Manah A Fazenda Manah em Santana do Araguaia PA de 60 mil hectares foi desapropriada e sua indeniza o avaliada em R 2 8 milh es Este valor foi contestado pelo ex propriet rio a per cia judicial reavaliou o im vel em R 4 milh es quantia acatada na senten a homologada pela Justi a Justi a n o aceita n meros do Incra Fazenda Pau D Arco No munic pio de Guarant PA a Fazenda Pau D Arco teve seus 13 9 mil hectares avaliados em R 2 54 milh es A per cia judicial determinou o valor de R 5 2 milh es e a senten a judicial fixou o em R 4 milh es quase o dobro do valor estipulado segundo crit rios administrativos Muitos casos no Cear Cinco grandes superavalia es O Incra registra muitos casos de superavalia o de terras desapropriadas no estado do Cear A Fazenda Santa B rbara no munic pio de Caucaia foi avaliada em R 1 340 milh o enquanto a
166. valor indenizat rio em aproximadamente R 1 900 000 00 Foram ainda arbitrados honor rios advocat cios no patamar de 20 sobre a diferen a entre a oferta e a condena o aproximadamente R 2 300 000 00 Ambas as partes apelaram da senten a Os expropriados requereram a convers o dos TDA s em dinheiro em virtude da declarada produtividade do im vel assim como significativo acr scimo indenizat rio O Incra apelou pugnando pela manuten o do pre o ofertado excluindo se a indeniza o pela cobertura flor stica Os autos da a o expropriat ria n o foram ainda remetidos ao Tribunal Regional Federal da la Regi o face ter o juiz vinculado a subida da apela o do Incra ao dep sito da diferen a entre a oferta inicial e a indeniza o fixada em senten a ato judicial este que est sendo contestado pela Procuradoria Regional da autarquia Os valores contidos na senten a importam em uma majora o em rela o queles apurados pelo Incra da ordem de 400 num aumento total de R 11 552 496 00 isto sem contar os juros compensat rios e morat rios que s podem ser calculados no final da senten a a corre o monet ria e os honor rios advocat cios fixados em 20 sobre a diferen a que elevam este valor para R 16 552 496 00 Uma supervaloriza o de 850 Fazenda Tamboril Resfriado Galinha A Fazenda Tamboril Resfriado Galinha de propriedade da Sociedade Agropecu ria Dona Dalu situada em Santa F de
167. veis de indeniza o deveria corresponder metade do perimetro exclu dos os segmentos que ladeiam vias p blicas ou seja I P R M 2 Mas admitindo que as vias municipais s o cercadas pelos particulares e buscando um crit rio de auditoria bastante robusto a equipe optou por considerar cab vel a indeniza o relativa s cercas s margens das rodovias municipais ou seja I P R M 2 M 218 Como se v na linha totalizadora da tabela 19 em cinco dos dez processos de desapropria o analisados os propriet rios receberam por 92 das extens es totais de cercas externas per metro das fazendas mas a equipe entende que apenas 51 dos per metros cercados poderiam ensejar indeniza es aos expropriados 219 Esses cinco erros causaram um preju zo ao Er rio que pode ser estimado em R 49 mil ou seja 87 al m do que era devido como se v na tabela 20 Tabela 20 Estimativa de prejuizo devido ao pagamento indevido por cercas externas Cercas Estimativa de Valor Valor Ee pagas Unit rio Total TUO Fazenda indevidame a Pago Devido em em 0 em R m em R R Brinco de Ouro 18 470 1 52 22 290 80 28 a 126 216 Pe Jo o Mariall 7 364 0 66 4 039 44 4 889 36 12196 ne Fo 8 688 102 10 355 04 8 861 76 86 Buraco Seco 4 388 0 91 8 737 76 3 988 24 46 Baixa do Novilho 3 689 0 86 1 10 636 70 3 187 30 _ 30 Total 56 059 75 87 220
168. 0 015 768 6 301 060 015 938 7 301 060 021 997 5 301 060 025 399 5 301 060 273 210 6 301 086 000 035 7 301 086 002 429 9 301 086 009 105 0 301 086 011 401 8 301 086 011 410 7 301 086 015 954 2 301 086 015 962 3 301 086 015 970 4 301 086 015 989 5 301 086 016 004 4 301 086 016 055 9 301 086 016 071 0 301 086 016 187 3 301 094 000 140 0 301 094 007 862 4 301 094 012 254 2 301 094 014 427 9 301 094 021 636 9 301 094 025 054 0 301 094 025 062 1 301 094 026 212 3 301 094 993 492 2 301 108 003 727 1 301 108 007 285 9 301 108 007 790 7 301 108 012 742 4 301 116 005 711 7 301 116 010 693 2 301 116 011 070 0 301 116 011 347 5 301 116 011 770 5 301 116 016 110 0 301 116 021 717 3 301 116 021 849 8 301 116 030 937 0 301 116 031 194 3 302 023 015 474 2 302 023 015 970 1 302 023 015 989 2 302 023 016 217 6 302 023 016 420 9 302 023 018 546 0 302 023 018 562 1 302 023 019 232 6 302 023 019 453 1 302 023 020 648 3 302 023 020 656 4 302 023 020 958 0 302 023 023 183 6 302 023 023 809 1 302 023 996 262 0 302 031 022 322 2 302 040 032 140 1 302 040 039 250 3 302 040 040 363 7 302 040 041 750 6 302 040 043 850 3 302 040 043 915 1 302 040 043 923 2 302 040 045 535 1 302 040 049 190 0 302 040 056 871 7 302 040 058 238 8 302 040 059 382 7 302 040 062 227 4 302 082 005 975 3 302 082 100 269 0 302 082 104 132 7 303 011 000 027 5 303 011 002 089 6 303 011 002 321 6 303 011 002 526 0 303 011 002 534 0 303 011 003 212 6 303
169. 0 634 4 128 031 902 330 1 129 011 001 368 1 129 011 009 172 0 129 011 011 070 9 129 011 011 100 4 129 011 011 118 7 129 011 011 126 8 129 011 011 134 9 129 011 011 150 0 129 011 011 614 6 129 020 002 984 6 129 020 021 520 8 129 020 024 570 0 129 038 000 086 7 129 038 000 094 8 129 046 002 348 5 130 036 019 704 0 130 036 024 040 9 130 036 025 003 0 130 036 025 089 7 130 036 025 216 4 130 036 025 267 9 130 036 267 325 6 130 036 270 962 5 130 036 902 373 7 130 036 984 787 0 130 044 891 088 9 130 095 021 393 8 130 095 022 810 2 130 109 015 164 2 130 109 061 794 3 131 016 012 840 5 131 016 014 478 8 131 016 014 893 7 131 067 002 496 5 131 067 007 420 2 131 067 008 893 9 131 067 010 448 9 131 083 285 986 1 141 100 100 820 3 223 026 038 237 6 229 040 036 935 1 305 030 081 477 6 306 207 051 985 9 418 064 003 867 8 632 058 023 213 9 704 040 038 598 7 717 185 102 822 0 901 474 012 718 0 934 216 101 761 3 316 UF PR C DIGO DO IM VEL 702 013 265 098 1 702 021 300 462 6 703 010 010 863 3 703 010 011 169 3 705 012 010 618 2 706 043 281 654 9 707 015 292 923 8 707 031 308 064 5 710 040 724 254 8 715 115 010 561 0 717 100 317 195 1 718 033 271 349 7 719 218 007 609 5 723 010 282 723 7 724 050 033 286 3 812 048 039 470 9 814 032 032 433 0 816 019 045 012 7 906 085 017 388 0 UF RJ C DIGO DO IM VEL 513 016 070 882 3 518 018 025 020 0 UF RN C DIGO DO IM VEL 171 077 257 826 2 173 0
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178. 100 013 0 050 016 015 350 7 050 016 015 385 0 050 016 015 415 5 050 016 038 180 1 050 016 038 954 3 050 024 049 883 1 050 024 056 049 9 050 024 056 057 0 051 047 256 730 4 051 047 261 718 2 051 047 279 145 0 051 055 007 030 6 051 055 019 720 9 051 055 027 146 8 051 055 034 800 2 051 055 251 615 8 051 055 253 170 0 051 055 253 340 0 051 055 255 041 0 051 055 260 223 2 051 055 264 768 6 051 055 264 776 7 051 055 264 806 2 051 055 274 780 0 051 055 310 948 3 051 055 310 999 8 051 055 714 747 9 051 055 714 755 0 051 055 961 523 2 051 063 016 322 4 051 063 031 771 0 051 063 034 096 7 051 063 034 177 7 314 051 063 035 920 0 051 063 036 552 8 051 063 054 550 0 051 063 258 555 0 051 063 263 060 1 051 063 270 628 4 051 063 271 012 5 051 063 271 039 7 051 063 271 047 8 051 063 281 727 2 051 063 327 816 2 051 071 004 596 6 051 071 009 083 0 051 110 004 260 0 051 110 103 390 7 052 019 300 608 0 055 018 018 112 1 110 027 083 380 0 110 027 083 402 5 110 060 109 886 3 128 01 5 0 15 6 246 158 132 926 6 408 093 030 953 0 408 093 030 961 1 408 093 031 208 6 408 093 031 518 2 445 061 005 703 9 531 014 040 940 2 531 014 040 959 3 531 014 040 967 4 531 014 040 983 6 531 014 041 009 5 531 014 041 017 6 531 014 041 050 8 531 014 041 068 0 531 014 041 122 9 531 014 041 149 0 531 014 041 203 9 531 014 041 254 3 531 014 041 262 4 UF PE 531 014 041 297 7 531 014 041 343 4 531 014 041 408 2 531 014 047 309 7
179. 14 013 579 3 641 022 327 387 0 641 030 684 155 1 641 065 323 586 6 642 061 004 936 3 643 041 285 919 3 714 020 015 342 3 717 193 009 580 4 906 085 012 394 8 906 085 012 467 7 906 085 015 059 7 906 085 016 020 7 906 085 017 205 1 906 085 023 230 5 921 017 010 952 7 921 025 014 796 9 921 025 018 414 7 921 025 023 310 5 921 025 030 368 5 921 025 033 758 0 921 025 284 408 0 921 025 289 841 4 921 025 836 753 4 921 050 000 469 7 921 068 015 105 6 921 084 012 203 1 319 921 084 765 708 9 921 114 025 453 7 921 122 985 996 3 921 149 006 165 0 921 157 102 245 5 922 013 001 600 9 922 013 003 050 8 922 013 006 858 0 922 099 001 678 2 923 010 009 342 0 923 010 011 711 6 923 028 018 759 1 923 028 019 526 8 923 044 006 327 4 923 052 000 264 0 923 060 017 604 6 923 060 019 852 0 923 109 102 300 2 923 109 102 342 8 924 016 006 556 0 924 032 004 456 5 924 032 004 715 7 924 032 005 029 8 924 032 009 377 9 924 040 288 799 4 924 059 000 930 3 924 059 003 387 5 924 075 035 602 1 924 075 288 101 8 924 113 263 761 0 924 121 001 317 2 924 121 931 039 0 924 121 967 181 4 924 156 003 972 7 924 210 100 560 3 924 210 101 109 3 925 020 006 831 8 925 039 004 367 7 925 039 009 415 8 925 055 003 328 2 925 063 003 123 0 925 063 005 843 0 925 063 257 222 0 925 063 257 230 0 925 098 000 590 8 925 098 000 604 1 925 098 003 557 2 925 101 004 430 3 925 128 007 579 0 925 136 103 349 9 925 160 102 121 3 925 179 101 613 0 926 019
180. 168 A an lise jur dica e econ mica dos pre os de terras revela uma t cnica de avalia o incorporada ao Direito escrito que tende a aproximar o dano economicamente compens vel o quanto poss vel ao naturalt das rela es de mercado Na pr tica ao contr rio for as humanas ora provocam distor es ora buscam tirar proveito delas a fim de maximizar mediante ganhos artificiais os interesses privados O Poder Judici rio embora n o seja este o seu intento termina colaborando com essas for as N o desej vel do ponto de vista do interesse p blico que o Estado mantenha essa irracionalidade A efici ncia como conceito incorporado ao texto da Constitui o reclama na sociedade moderna minimiza o de custos das pol ticas p blicas para acima de tudo maximizar os interesses de todos Isso significa p r a racionalidade econ mica a servi o do mais alto grau de retorno dos recursos p blicos Com esse prop sito provoca se a discuss o acerca do 16 Loc cit 168 Idem p 24 No caso dos juros compensat rios a pol tica judicial emanada do rg o judicial supremo e n o do parlamento n o mais atende explica o racional que deu origem s S mulas questionadas na presente exposi o 1 Desde os fisiocratas a economia come ou a ganhar um tratamento cient fico Na vis o da Fisiocracia os fen menos econ micos fluem livremente seguindo leis naturais como o sangue no orga
181. 180 Constatam se no laudo da fazenda Baixa do Novilho al m do erro metodol gico descrito duas inconsist ncias nos dados apresentados na planilha de avalia o e nas fichas de coleta de opini es fls 547 563 os informantes dos elementos 2 e 4 da amostra fls 551 e 553 s o o mesmo Sr Gilmar Azevedo Vasconcelos e a amostra 1 da planilha fl 547 n o vem acompanhada da ficha de coleta de opini o correspondente I81 No laudo da fazenda S o Luiz Processo n 0261 98RNI fls 565 577 os peritos erraram colocando na planilha de avalia o o fator de ancianidade 2 00 para o elemento 9 da amostra para todos os demais considerou se 1 00 o que acabou provocando o descarte desnecess rio desse dado 207 Os dados apresentados nas colunas Elemento Tipo e Val Total nas planilhas de avalia o das fazendas Baixa do Novilho e Padre Jo o Maria II s o iguais fls 547 e 564 respectivamente Com isso comprova se que os dados brutos utilizados numa e noutra avalia o s o os mesmos Essa n o a nica evid ncia de que se utilizaram os mesmos dados brutos em ambas avalia es Outros elementos de convic o s o os seguintes proximidade das datas de conclus o dos laudos de avalia o 26 6 1998 e 21 7 1998 e o fato de a planilha de avalia o do primeiro laudo da fazenda Padre Jo o Maria II se apresentar rasurada com o nome da fazenda Baixa do Novilho absolutamente vis vel Al m disso verifica
182. 1991 JO 03 02 1991 p 1793 1990 9 36 D cret du 4 anvier 1990 JO 05 01 1990 p 172 1989 7 82 D cret n 89 622 du 6 septembre 1989 JO 07 09 1989 p 11303 In www legifrance gouv fr Acesso em 15 6 2005 15 Agrade o ao senhor Pasquale Matafora Divis o de Coopera o Judici ria da Embaixada da It lia pela confirma o de que o texto transcrito est atualmente em vigor 91 Ao credor que demonstrar ter sofrido um dano maior cabe ulterior indeniza o N o esta devida se foi convencionado o n vel da taxa morat ria Art 1284 Taxa de juros A taxa de juros legais de cinco por cento ao ano O Ministro do Tesouro atrav s de decreto publicado na Gazeta Oficial da Rep blica at 15 de dezembro do ano precedente quele ao qual a taxa se refere pode modificar anualmente o percentual de acordo com o rendimento m dio anual dos t tulos do Estado de dura o n o superior a 12 meses tendo em conta a taxa de infla o registrada no ano Se at o dia 15 de dezembro n o for fixado um novo percentual se mant m o do ano anterior De acordo com a mesma taxa calculam se os juros convencionais se as partes n o estabeleceram o seu n vel Os juros superiores taxa legal devem ser estabelecidos por escrito de outro modo s o devidos conforme a taxa legal A taxa dos juros legais tratada no art 1284 sofreu altera o 107 O assunto discutido por Roberto Ruggiero em coment rio em que se
183. 1998 3 36 D cret n 98 62 du 2 f vrier 1998 JO 04 02 1998 p 1794 1997 3 87 D cret n 97 115 du 10 f vrier 1997 JO 11 02 1997 p 2324 1996 6 65 D cret n 96 105 du 8 f vrier 1996 JO 11 02 1996 p 2257 1995 5 82 D cret n 95 76 du 23 janvier 1995 JO 25 01 1995 p 1333 1994 8 40 D cret n 94 179 du 23 f vrier 1994 JO 02 03 1994 p 3379 1993 10 40 D cret n 92 90 Nos ltimos dez anos inclusive 2005 a taxa m dia de 3 622 No c lculo da taxa considerada a m dia dos ltimos 12 meses da varia o de rendimento anual do b nus do Tesouro franc s Isso sugere que a taxa de juros inclui a atualiza o da moeda No C digo Civil italiano a compensa o pelos danos nas obriga es pecuni rias tratada no art 1224 106 Art 1224 Danni nelle obbligazioni pecuniarie Nelle obbligazioni che hanno per oggetto una somma di danaro 1277 e seguenti sono dovuti dal giorno della mora gli interessi legali anche se non erano dovuti precedentemente e anche se il creditore non prova di aver sofferto alcun danno Se prima della mora erano dovuti interessi in misura superiore a quella legale 1284 gli interessi moratori sono dovuti nella stessa misura Al creditore che dimostra 2697 di aver subito un danno maggiore spetta l ulteriore risarcimento Questo non dovuto se stata convenuta la misura degli interessi moratori Art 1284 Saggio degli interessi Il saggio de
184. 200 ha 9 8 2 4 a planta o de sisal n o gerou qualquer renda aos assentados conforme depoimento do Sr Alexsandro de Azevedo Silva secret rio da associa o de assentados dessa fazenda 9 8 2 5 o valor pago pelo sisal em prec rio estado supera o valor de mercado de um cajueiro em boas condi es que a planta o mais nobre da regi o 299 9 8 3 pagamento indevido de R 5 4 mil em 21 10 1998 sob o t tulo de 50 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 8 3 1 as fichas de coleta de opini es de pre o n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 8 3 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a ex Secret rio de Agricultura atual Secret rio de Obras do Munic pio que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 8 3 3 consta do pr prio laudo de vistoria e avalia o que essa rea desmatada encontra se em prec rio estado
185. 2003 0 que precedeu esta fiscaliza o teve como objetivo avaliar sob os enfoques legal e operacional o processo de obten o de terras para a Reforma Agr ria Segue se um breve resumo deste trabalho 52 Quanto gest o ambiental da atividade de obten o de terras para a reforma agr ria constatou se que o Incra requisita a licen a ambiental pr via ap s a desapropria o do im vel particular A equipe entende que tal procedimento oferece risco de despesa in til pois pode haver casos em que a licen a ambiental n o poder ser emitida ou que seus condicionantes tornem o assentamento invi vel Al m disso afronta o Princ pio da Precau o que um dos pilares da Pol tica Ambiental Brasileira 53 0 outro achado de cunho ambiental diz respeito organiza o do Incra Alocado num quarto escal o hier rquico o rg o central de meio ambiente n o disp e de informa es gerenciais das SR e quando solicitados aos superintendentes regionais que est o num escal o superior os dados ambientais nem sempre chegam ao rg o central Tal situa o inviabiliza uma gest o ambiental eficaz 54 Verificou se tamb m que o rg o central de meio ambiente do Incra tem se mostrado omisso na regulamenta o e normatiza o de alguns procedimentos relevantes 1 desapropria o com fulcro no art 9 inciso II da Lei n 8 629 93 que disp e que os im veis em que o meio ambiente n o protegido n o cumprem sua fun o socia
186. 25 811 260 00 inicialmente arbitrados pelo Incra para R 385 502 876 00 valor que atualizado j beira R 1 bilh o O TRF paulista atendendo demanda do Incra determinou a realiza o nova per cia no im vel Como este contam se dezenas de outros casos Dois fatores contribu ram para que essas distor es se repetissem continuadamente Um deles felizmente vencido foi a infla o que criava uma ilus o monet ria na qual todos os valores eram relativizados ao extremo As atualiza es monet rias das indeniza es inicialmente propostas adicionadas aos demais ressarcimentos resultavam em valores elevad ssimos O fator tempo contribuia para corromper ainda mais estes c lculos de um lado acreditava se que a infla o terminaria por corroer os excessos por outro abusava se da corre o monet ria O segundo fator persiste constituindo uma tradi o a Justi a brasileira fundamentada no direito propriedade previsto na Carta Magna tende historicamente a decidir em favor do propriet rio sempre que entenda que esse direito est sendo ou possa vir a ser amea ado A Constitui o Brasileira neste aspecto pouco espec fica mas determina claramente que a terra dever cumprir sua fun o social sem o que se torna pass vel de ser desapropriada mediante pr via e justa indeniza o Ainda em rela o a estes dois fatores deve se lembrar que no per odo inflacion rio investir na terra era considerado como a
187. 39 1 047 090 017 990 8 047 090 022 845 3 047 090 024 791 1 047 090 026 727 0 047 090 037 800 5 047 090 038 261 4 047 090 041 483 4 047 090 041 491 5 047 090 045 497 6 047 090 047 945 6 047 090 053 139 3 047 090 259 691 3 047 090 341 738 9 048 011 010 014 2 048 038 001 139 7 048 038 001 490 6 048 038 002 224 0 048 038 005 681 1 048 038 005 711 7 048 038 007 986 2 048 038 022 160 0 048 038 029 602 2 048 038 062 090 3 048 046 046 205 5 048 046 266 574 3 048 054 002 526 8 048 054 021 687 0 048 070 006 319 6 048 097 102 083 2 049 018 002 569 0 049 018 068 489 9 049 018 093 092 0 049 018 093 106 3 049 018 255 050 4 049 018 270 083 2 049 018 270 342 4 049 018 293 288 1 049 018 312 436 3 049 018 727 474 2 049 018 730 483 8 049 018 731 498 1 049 018 731 838 3 049 026 004 774 1 049 026 004 880 2 049 026 007 412 9 049 026 007 986 4 049 026 015 741 5 049 026 015 890 0 049 026 017 027 6 049 026 019 410 8 049 026 019 801 4 049 026 270 407 3 049 026 270 580 0 049 026 293 350 1 049 026 299 367 9 049 026 731 188 6 049 026 731 196 7 049 026 731 439 7 049 026 731 579 2 049 026 732 150 4 049 026 732 605 0 049 026 732 613 1 049 026 841 030 6 049 034 005 223 1 049 034 006 491 4 049 034 006 505 8 049 034 007 064 7 049 034 107 190 6 049 042 004 030 7 049 042 007 498 8 049 050 016 985 8 049 050 017 930 6 049 050 105 740 9 049 069 000 213 0 049 069 001 678 5 049 069 004 405 3 049 069 004 448 7 049 069 004 510 6 049 069
188. 4 019 658 8 443 034 019 739 8 521 108 010 103 0 626 015 011 363 0 626 015 011 371 0 641 049 035 629 6 710 024 026 980 5 723 010 040 843 1 723 010 040 851 2 814 016 018 740 4 814 016 022 551 9 863 033 021 130 2 901 075 061 808 0 901 075 084 751 8 901 075 106 860 1 901 105 110 868 4 901 130 229 610 8 901 474 013 390 3 901 474 013 420 9 901 474 013 455 1 901 474 013 480 2 906 085 014 290 0 906 085 017 183 7 906 085 017 540 9 929 107 101 800 5 941 018 130 257 3 298 UF BA C DIGO DO IM VEL 000 019 163 830 1 000 019 238 503 2 000 019 492 760 6 000 019 851 558 2 000 019 888 923 7 000 019 917 036 8 000 019 917 044 9 000 019 917 060 0 000 019 917 095 3 000 019 917 125 9 000 019 917 150 0 000 019 917 206 9 000 019 921 076 9 000 019 955 264 3 000 019 962 902 6 000 019 962 910 7 000 027 049 670 9 000 027 049 689 0 000 027 354 180 2 000 035 191 124 7 022 047 016 195 7 224 065 050 580 6 229 040 033 057 9 229 296 025 747 0 229 296 034 169 2 229 296 034 304 0 229 296 040 266 7 229 296 052 043 0 246 026 120 650 0 261 041 055 921 8 264 083 015 628 0 264 083 015 660 3 301 019 002 666 0 301 019 002 674 0 301 027 007 684 6 301 027 013 064 6 301 027 013 234 7 301 035 000 906 6 301 035 010 111 6 301 035 014 001 4 301 035 026 085 0 301 035 027 014 7 301 043 009 580 0 301 043 019 429 8 301 043 258 245 7 301 043 315 800 4 301 043 992 259 8 301 043 992 267 9 301 060 011 215 1 301 060 015 750 3 301 06
189. 4 834 521 5 901 024 837 563 7 901 032 006 491 9 901 032 007 498 1 901 032 008 583 5 901 032 009 652 7 901 032 051 209 1 901 032 060 747 5 901 032 061 824 8 901 032 082 635 5 901 032 103 667 6 901 032 103 683 8 901 032 109 746 2 901 032 109 754 3 901 032 127 140 3 901 032 127 159 4 901 032 127 396 1 901 032 128 562 5 901 032 131 148 0 901 032 139 238 3 901 032 141 399 2 901 032 142 212 6 901 032 143 820 0 901 032 143 847 2 901 032 143 855 3 901 032 146 420 1 901 032 165 344 6 901 032 267 155 3 901 032 272 582 3 901 032 282 375 2 901 032 285 382 1 901 032 298 115 3 901 032 299 391 7 901 032 802 301 4 901 040 003 492 1 901 040 008 583 6 901 040 009 121 6 901 040 028 150 3 901 040 046 825 5 901 040 047 732 7 901 040 051 039 1 901 040 057 185 4 901 040 059 390 4 901 040 063 681 6 901 040 064 327 8 901 040 066 478 0 901 040 079 863 8 901 040 080 950 8 901 040 115 355 0 901 040 115 410 6 901 040 117 820 0 901 040 122 386 8 901 040 123 900 4 901 040 125 377 5 901 040 126 179 4 901 040 126 314 2 901 040 126 357 6 901 040 126 454 8 901 040 127 078 5 901 040 133 850 9 901 040 133 876 2 901 040 134 970 5 901 040 137 545 5 901 040 138 320 2 901 040 138 541 8 901 040 149 004 1 901 040 149 012 2 901 040 156 701 0 901 040 157 295 1 901 040 253 294 5 901 040 271 403 2 901 040 271 454 7 901 040 298 816 7 901 040 717 185 1 901 040 791 750 0 901 040 799 246 4 901 059 002 631 8 901 059 006 351 5 901 059 007 269 7 901
190. 44 06 cana de car R 31 622 40 estradas e R 280 660 50 outras edifica es Alfim questiona o crit rio de fixa o da verba honor ria pugnando pela eleva o do percentual arbitrado para 20 vinte por cento calculados sobre a diferen a entre a oferta do INCRA e o total da condena o final O Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria INCRA por seu turno apela da senten a sustentando a suposta irregularidade que haveria cometido em primeiro lugar em 322 virtude de o valor atribu do terra nua superar em muito o valor do mercado do im vel e em segundo lugar por haver considerado a cobertura flor stica existente no im vel rural resqu cio da Mata Atl ntica como benfeitoria contrariando o laudo do vistor oficial Argumenta ser descabida a incid ncia de juros compensat rios levando se em considera o a natureza impodutiva do im vel expropriado n o havendo restado por esse motivo a expropriada impedida de explorar o que j n o explorava pelo que nada haveria a ser compensado Sustenta outrossim a impossibilidade de a senten a ser executada nos moldes do artigo 14 da Lei Complementar 76 93 Apresentadas contra raz es apenas pela expropriada deixando o INCRA transcorrer in albis o prazo assinalado para tal conforme atesta a certid o de fls 622 Processado regularmente o recurso ascendem os autos a este Tribunal manifestando se a Procuradoria Regional da Rep blica pelo provi
191. 5 633 2 401 021 065 641 3 401 021 070 033 1 401 021 073 628 0 401 021 260 401 1 401 030 036 510 8 401 030 045 730 4 401 048 007 234 0 401 056 058 580 2 401 056 058 742 2 401 056 058 874 7 401 056 076 813 3 402 036 040 088 9 402 036 331 848 2 402 052 004 464 2 403 024 030 848 8 403 024 030 856 9 403 024 311 634 2 403 032 013 803 6 403 040 021 385 3 403 059 025 089 0 403 059 025 194 2 404 012 983 241 6 404 020 001 031 7 404 020 011 568 2 404 063 012 025 6 404 063 016 039 8 813 028 036 056 2 816 027 159 891 9 933 023 013 200 6 941 018 129 674 3 404 063 030 112 9 404 063 041 386 5 404 063 263 338 2 404 063 263 389 7 404 063 286 184 9 404 063 287 954 3 404 063 294 799 9 404 080 007 021 6 404 080 016 802 0 404 080 021 180 4 404 080 252 840 6 404 101 017 981 8 404 101 023 248 4 404 110 007 030 0 405 019 001 538 8 405 019 002 542 1 405 019 003 794 2 405 019 004 413 2 405 019 005 690 4 405 019 006 610 1 405 019 271 306 6 405 019 275 603 2 405 019 281 298 6 405 019 281 581 0 405 035 004 367 7 405 035 263 087 1 405 043 000 710 8 405 043 015 369 4 406 015 012 696 4 406 015 013 889 0 406 015 016 489 0 406 015 730 122 2 406 040 001 066 5 406 104 007 099 4 406 112 004 855 8 406 112 005 096 0 406 180 024 511 0 407 011 005 568 7 407 020 005 371 3 407 038 000 167 8 407 038 007 633 3 407 038 007 650 3 941 018 140 155 5 407 046 001 708 7 407 046 008 222 9 408 026 024 732 6 409 057 001 775 0 410 071 006 696 4
192. 62 111 694 0 905 062 112 135 9 905 062 112 151 0 905 062 112 178 2 905 062 118 338 9 905 070 001 511 4 905 070 102 261 0 906 018 004 839 7 906 018 027 790 6 906 018 027 812 0 906 026 001 465 5 906 026 002 356 5 906 034 000 540 1 906 042 001 791 5 906 042 003 417 8 906 042 276 570 6 906 077 016 276 4 906 077 025 933 4 906 077 991 945 0 906 085 008 990 1 906 085 009 822 6 906 085 011 525 2 906 085 012 408 1 906 085 014 788 0 906 085 017 337 6 906 107 100 226 0 906 107 104 361 6 906 115 102 172 9 908 010 036 315 8 908 037 034 258 6 908 070 103 462 3 913 057 023 809 8 926 051 022 179 0 926 132 035 742 0 927 066 101 770 8 928 100 007 579 7 929 069 010 405 0 932 132 101 745 6 933 066 055 654 3 933 074 011 592 0 936 049 014 923 5 936 154 035 092 8 941 018 100 579 0 312 UF PA C DIGO DO IM VEL 000 019 040 282 7 000 019 040 320 3 000 019 040 339 4 000 019 040 347 5 000 019 040 932 5 000 019 041 017 0 000 019 041 246 6 000 019 049 158 7 000 019 055 662 0 000 019 055 670 0 000 019 055 689 1 000 019 491 292 7 000 019 492 841 6 000 019 492 850 5 000 019 492 914 5 000 019 492 922 6 000 019 492 930 7 000 019 492 949 8 000 019 492 981 1 000 019 687 146 2 000 019 826 081 9 000 019 826 090 8 000 019 826 693 0 000 019 826 707 4 000 019 826 715 5 000 019 826 723 6 000 019 826 731 7 000 019 826 740 6 000 019 826 820 8 000 019 829 862 0 000 019 830 224 4 000 019 833 223 2 000 019 840 777 1 000 027 648 469
193. 676 10 Pedro Ferreira coordenador do MST na regi o de Mato Grande e Jos Milton Silva Lopes coordenador do grupo 2 dos sem terra que invadiram a fazenda Buraco Seco fl 681 11 laudo de avalia o da fazenda Lageado fl 108 12 laudo de avalia o da fazenda Baixa do Novilho fl 94 13 Alexsandro de Azevedo Silva secret rio da associa o de assentados na fazenda Baixa do Novilho fl 679 228 Um primeiro grupo de benfeitorias cujos valores somam R 127 mil corresponde quelas cujas descri es nos laudos de avalia o n o correspondem s caracter sticas descritas pelos assentados ou verificadas pela equipe de auditoria in loco Entre essas incluem se cajueiro que estava no mato fechado da fazenda S o Luiz a cisterna rachada da fazenda Brinco de Ouro 218 acerca el trica inexistente e o po o que n o tem 45 metros de profundidade na fazenda Buraco Seco acerca toda estourada da fazenda Padre Jo o Maria II cajueiro que estava dentro do mato da fazenda Lageado carna ba de 30 anos em prec rio estado na fazenda Baixa do Novilho 229 Quanto planta o de carna ba da fazenda Baixa do Novilho vale ressaltar que o prec rio estado das lavouras constante do laudo do Incra confirmado pelas declara es dos assentados de que as benfeitorias n o geraram qualquer renda aos assentados 230 0 segundo grupo de benfeitorias apresentado na tabela 21 corresponde s reas desma
194. 7 O processo de n 97 0005850 6 tramita na 4 Vara da Justi a Federal sendo o expropriado o Banco do Brasil S A O valor da indeniza o fixado em crit rios administrativos pelo Incra foi de R 707 965 50 A Justi a no entanto realizou per cia no im vel de 651 hectares e arbitrou um milh o de reais acima daquele valor Para a Justi a a Boa F vale R 1 783 639 50 Ainda n o foi proferida a senten a Valor de im vel multiplicado por tr s Fazenda Dourada O processo n 93 0006057 tramita na 4 Vara da Justi a Federal de Alagoas e diz respeito ao im vel Dourada desapropriado pelo Incra para fins de reforma agr ria A expropriada a Usina Brasileiro de A car e lcool S A Com base em crit rios administrativos o im vel foi avaliado em R 960 862 91 Entretanto a per cia judicial considerou a indeniza o injusta fixando o valor de R 3 391 375 ou seja tr s vezes mais o valor considerado pelo rg o gestor da reforma agr ria O im vel Dourada possui uma rea de 802 hectares e est localizado no munic pio de Vi osa no estado de Alagoas A senten a ainda n o foi dada Uma diferen a de mais de R 7 milh es Fazenda Karin Os procuradores do Incra tentam economizar para os cofres p blicos R 7 619 115 00 referentes ao processo judicial n 5202 87 que trata da a o de desapropria o da Fazenda Karin no Maranh o A ex propriet ria do im vel a Agropecu ria Karin Ltda alega na Justi
195. 70 255 165 1 174 017 003 425 0 179 060 259 179 9 317 UF RO C DIGO DO IM VEL 000 019 492 957 9 001 015 017 485 1 001 023 063 096 3 001 023 064 360 7 001 023 064 378 0 001 023 067 121 0 001 023 067 270 4 001 023 069 973 4 001 023 084 816 0 001 023 084 524 1 001 023 090 034 0 001 023 096 890 5 001 023 098 744 6 001 023 098 779 9 001 023 126 187 2 001 023 134 872 2 001 023 941 581 0 001 023 941 654 9 001 023 941 735 9 UF RR C DIGO DO IM VEL 031 011 005 789 9 031 011 007 072 0 031 011 032 786 1 031 011 038 130 0 UF RS C DIGO DO IM VEL 811 041 021 156 3 851 027 002 739 0 853 038 066 443 5 001 023 941 743 0 001 023 941 816 9 001 031 023 680 8 001 031 023 795 2 001 031 044 733 7 001 058 108 081 1 001 058 163 384 5 001 058 174 041 2 001 066 024 686 5 001 074 023 663 1 001 074 026 921 1 001 074 027 588 2 001 074 029 548 4 001 074 041 718 0 001 074 051 179 9 001 082 113 093 5 001 082 113 999 1 001 090 001 627 7 001 112 010 308 5 031 011 047 503 8 031 046 006 963 6 031 046 008 362 0 031 054 100 218 8 861 022 255 750 1 864 021 274 119 0 864 064 276 278 6 001 112 159 794 4 001 120 134 287 4 001 139 147 532 8 001 139 148 814 4 001 147 104 280 5 001 163 108 626 0 001 180 108 979 0 001 201 000 060 0 001 201 102 636 0 001 201 109 550 8 001 201 109 568 0 001 201 109 576 1 001 201 109 584 2 001 210 108 766 0 001 228 115 304 6 001 236 107 298 5 001 236 107 301 9 901 458
196. 78 4 101 028 016 454 1 101 036 001 023 5 101 036 002 500 3 101 052 001 465 8 101 052 005 940 6 101 052 005 967 8 101 052 005 983 0 102 016 009 881 8 102 024 008 540 7 102 091 274 828 0 102 121 001 139 1 102 172 006 254 3 102 210 016 314 1 102 229 013 242 5 102 229 013 250 6 102 229 253 049 5 104 043 006 971 9 104 051 001 333 1 104 051 001 546 6 104 051 001 686 1 105 023 000 965 2 105 023 018 619 8 105 040 015 717 1 105 082 010 642 4 105 104 008 982 6 106 020 014 141 1 106 020 014 150 0 106 020 015 822 5 106 020 021 458 3 106 020 021 466 4 106 020 022 080 0 106 038 251 488 9 106 038 251 500 1 106 038 251 518 4 106 038 251 879 5 106 046 044 393 4 106 046 044 440 0 106 046 044 458 2 106 046 053 171 0 106 062 010 359 0 106 070 020 290 5 106 070 020 486 0 106 070 021 091 6 106 070 022 101 2 106 070 022 110 1 106 070 022 179 9 106 070 022 900 5 106 070 027 774 3 106 070 041 688 3 106 089 251 496 4 106 097 008 184 0 106 097 018 619 7 106 097 019 038 0 106 097 984 221 6 106 100 019 836 9 107 026 030 260 6 107 026 030 783 7 107 050 019 780 5 107 077 006 130 1 107 085 003 379 1 107 115 259 004 9 108 030 017 841 0 108 030 018 112 8 108 049 004 383 4 108 049 004 855 0 108 057 005 711 9 108 057 017 604 5 108 057 017 612 6 108 057 017 620 7 108 073 022 632 0 108 073 023 833 6 108 081 000 361 5 108 081 005 940 8 108 111 001 732 8 108 138 001 325 1 109 045 000 299 5 109 045 005 290 9 109 053 000 990 7 109 061
197. 865 desapropria es realizadas pelo INCRA entre janeiro de 2000 e junho de 2003 o TCU fez auditoria em 10 desapropria es 1 15 do total correspondentes a R 3 8 milh es de indeniza o A auditoria apurou fraudes com perda contra a Fazenda P blica estimadas em R 942 5 mil 6 Isso sugere que as perdas no universo das desapropria es realizadas naquele per odo podem superar R 1 bilh o N o importa a raz o pela qual o titular negocia o TDA antes do seu vencimento O importante que a sua decis o reflete apenas uma atitude mais ou menos racional de investimento O valor acertado entre comprador e vendedor insere se num conceito real ou justo de pre o de mercado Isto conservar o t tulo ou negoci lo antes do vencimento uma op o do titular que realiza um princ pio de racionalidade econ mica segundo o qual as pessoas fazem escolhas a partir do que observam procurando maximizar os 75 A investiga o n o indicou ind cios de lavagem de dinheiro com TDA s Transformar dinheiro sujo em um ativo bom uma cogita o que decorre do grande volume de negocia es de t tulos envolvendo terceiros que nada t m ou tiveram com a desapropria o Processo TCU 014 577 2003 0 77 seus interesses Seja qual for o motivo da decis o o des gio indica uma perda calculada e que pode ser mais nominal do que efetiva A din mica atual do mercado secund rio mostra que o TDA um ativo confi vel Se o p
198. 901 474 000 426 7 901 474 000 477 1 901 474 000 620 0 901 474 001 031 3 901 474 001 147 6 901 474 004 090 5 901 474 012 882 9 902 012 023 965 5 310 902 012 029 564 4 902 012 035 270 2 902 012 036 536 7 902 012 041 513 5 902 012 041 700 6 902 012 042 137 2 902 012 042 145 3 902 012 052 086 9 902 012 052 175 0 902 012 061 468 5 902 012 062 502 4 902 012 090 280 0 902 012 091 626 6 902 012 097 195 0 902 012 100 030 3 902 012 102 407 5 902 012 104 841 1 902 012 111 201 2 902 012 111 538 0 902 012 111 953 0 902 012 112 437 1 902 012 120 057 4 902 012 124 427 0 902 012 124 583 7 902 012 124 648 5 902 012 125 130 6 902 012 125 377 5 902 012 125 385 6 902 012 125 407 0 902 012 198 951 8 902 012 264 067 5 902 012 278 238 0 902 012 296 376 8 902 012 323 691 6 902 012 323 705 0 902 012 346 977 5 902 012 798 894 7 902 020 004 405 7 902 020 010 910 8 902 020 010 944 2 902 020 011 053 0 902 020 013 587 7 902 020 018 414 2 902 020 020 826 2 902 020 021 962 0 902 020 023 680 0 902 020 023 736 0 902 020 025 097 8 902 020 025 640 2 902 020 026 336 0 902 020 026 573 8 902 020 027 162 2 902 020 027 367 6 902 020 029 564 5 902 020 030 783 0 902 020 031 178 0 902 020 031 534 4 902 020 031 607 3 902 020 032 395 9 902 020 032 433 5 902 020 033 103 0 902 020 033 448 9 902 020 034 290 2 902 020 034 614 2 902 020 034 673 8 902 020 037 737 4 902 020 040 916 0 902 020 064 173 0 902 020 064 220 5 902 020 064 432 1 902
199. 93 4l LC 76 93 art 5 IV b 47 cobertura vegetal e embora oscilante reflete a pr tica de quase sempre admitir indeniza o destacada Pre o de reposi o e pre o de mercado certamente n o s o as mesmas coisas mas a estimativa do primeiro em valor superior ao segundo agride a id ia de justi a E no conceito de pre o de mercado n o parece razo vel destacar o valor da cobertura vegetal A reda o da lei infeliz na medida em que responde em parte pela confus o repetida pelos peritos A sua interpreta o restritiva remete ao conceito de pre o hed nico como descrito no Box 3 A norma legal n o tem outra fun o al m de declarar uma prefer ncia pelo m todo hed nico a ser observado na avalia o do bem Box 3 Pre os hed nicos O m todo de pre os hed nicos estabelece uma rela o entre os atributos de um produto e seu pre o de mercado Pode ser aplicado a qualquer tipo de mercadoria embora seu uso seja mais frequente em pre os de propriedades Um peso estat stico representa uma estimativa na rela o da caracter stica com o pre o da propriedade O m todo pressup e que cada indiv duo esteja disposto a pagar por uma unidade adicional da caracter stica do im vel As caracter sticas podem ser a rea constru da a quantidade de c modos a proximidade de um parque a exist ncia de uma vegeta o de valor apreci vel um curso d gua etc Nem todas as caracter sticas podem s
200. A a o declarat ria de inconstitucionalidade ainda hoje pendente de julgamento questiona a validade constitucional da norma dentre outras que adiciona o Art 15 A ao DL 3 365 de 1941 O referido dispositivo uma tentativa de regular pela primeira vez no Brasil a aplica o dos juros compensat rios nas desapropria es A Medida Provis ria restringe a aplica o dos compensat rios quanto taxa que reduz de 12 para o m ximo de 6 e condiciona a sua aplica o produtividade do im vel desapropriado Desse modo a norma legal entra em conflito com a jurisprud ncia sumulada A iniciativa do Governo Federal foi justificada diante das generosas avalia es judiciais de terras As desapropria es t m sido consideradas fontes de compensa o incompat vel com os ganhos de mercado Mesmo assim o STF resolveu suspender a efic cia das normas que restringem tais juros por decis o n o un nime O debate suscitou v rias quest es dentre as quais se destacam a justa indeniza o como cl usula constitucional o cen rio econ mico de alta infla o em que as s mulas foram editadas de modo distinto do cen rio atual e os atrasos sistem ticos e abusivos no pagamento das indeniza es Era n tido na corrente minorit ria formada pelos ministros que n o concediam a liminar o desconforto em manter uma s mula que se revelava em descompasso com a realidade atual A corrente majorit ria contudo argumentava que aqu
201. ADI 1 187 DA N o incidem pois tais dispositivos Em face do exposto deve ser fixada o justo pre o da indeniza o em R 1 603 718 00 sendo tal valor correspondente ao valor da terra nua em R 1 257 541 74 e o valor das 328 benfeitorias em R 346 176 26 pelo que dou parcial provimento a apela o do INCRA e remessa oficial assim como ao recurso da expropriada este em rela o ao percentual dos honor rios advocat cios E como voto PAULO MACHADO CORDEIRO Desembargador Federal Convocado Relator 329
202. Alves que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o 9 3 1 15 3 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo 9 3 1 16 da Fazenda Serra Verde Boa Vista em que a s foram utilizadas opini es de pre o b o valor de mercado da terra nua foi obtido a partir da m dia simples de alguns pre os opinados para as classes II III e IV sem se considerar a classifica o da terra do im vel avaliando c entre as cinco opini es de pre o coletadas as apresentadas pela Emater e Contacap foram descartadas integralmente e sem fundamento estat stico d dentre as tr s opini es restantes uma delas a da Unidade Municipal de Cadastro foi descartada parcialmente sem fundamento estat stico e o valor atribu do terra nua pelos peritos foi obtido a partir de apenas duas opini es completas de pre o 9 3 1 16 1 Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco de Assis Martins que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o 9 3 1 16 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo 9 3 1 17 da Fazenda Lageado Serra Verde em que a s foram utilizadas opini es de pre o b o valor da terra nua foi obtido a partir das opini es de pre o que n o poderiam ser somadas porque se referem a terras com diferentes caracter sticas pre o para terra de alta fertilidade pre o do terreno ondulado p
203. Ap s deve ser pesquisado os valores de mercado para o hectare da terra na regi o do im vel expropriado ou lucro para o expropriante Esses elementos n o foram verificados pelo juiz sentenciante na senten a apelada conforme descrito pelo MPF em seu parecer como argumento final ao contido nesta parte da senten a Assim sendo resta claro e evidente o equ voco permissa venia em que incorreu o Juiz sentenciante dado que n o obstante tenha acertadamente reconhecido a necessidade de o quantum relativo s matas existentes no im vel dever integrar o pre o da terra nua estabelecendo inclusive que jamais poderia como n o pode a expropriada ser indenizada por essas matas em dinheiro entretanto por outro lado n o procedeu correta fixa o do justo pre o admitindo assim como acr scimo ao pre o final a exorbitante quantia de R 4 507 007 33 atribu da em separado s matas acess rio com o que restou superado e em muito o pr prio pre oatribu do terra nua principal significando isso completo desprezo ao fato de que o valor atribu do terra nua pelo INCRA quando da oferta j levava em considera o a exist ncia das j referidas matas E justamente porque tal acontecia que a indeniza o totalizou a quantia de R 1 272 417 92 devidamente atualizado data do laudo oficial valendo relembrar que o valor m dio por hectare encontrado pela autarquia expropriante R 1 483 30 correspondia ao dobro do
204. Auditoria relativas exclusivamente ao Estado do Rio Grande do Norte s o complementares a outras j apreciadas por este Tribunal de abrang ncia nacional consignadas no TC 005 888 2003 0 Ac rd o n 557 2004 Plen rio relativo ao levantamento de auditoria que antecedeu este trabalho Destacaram se naquela oportunidade entre outras falhas descumprimento de normas ambientais falta de licenciamento pr vio dos assentamentos inexist ncia de estudos pr vios de viabilidade econ mica como determina a Lei de Desapropria o falta de registro cont bil dos im veis desapropriados falta de transpar ncia na an lise dos recursos administrativos ind cios de irregularidades graves nos processos judiciais desinteresse no aproveitamento de terras p blicas para a execu o do Programa de Reforma Agr ria 4 A amostra selecionada pela equipe de auditoria foi composta por dez processos relativos a desapropria o de im veis formalizados no per odo de 1996 a 2000 no Munic pio de Jo o C mara RN tendo tais im veis uma rea total de 13 042 hectares onde foram assentadas 450 fam lias As despesas relativas a essas desapropria es superaram o montante de R 3 800 000 00 5 Como se v do relat rio precedente os achados de auditoria foram distribu dos em duas partes do relat rio estando registradas na primeira as falhas t cnicas encontradas na 248 classifica o agron mica e na avalia o da terra nua realizadas pelos peritos
205. Baixa do Novilho causando preju zo ao Er rio Em se considerando apenas os dados de Jo o C mara ter se ia chegado ao valor de R 96 ha Como a rea dessa propriedade de 1 505 ha pode se estimar um preju zo ao Er rio de R 37 5 mil O valor obtido pelo avaliador do Incra foi R 120 54 h 25 acima da m dia de Jo o C mara Distor es dos dados coletados 176 No c lculo do valor da terra nua para a fazenda Padre Jo o Maria II os t cnicos do Incra utilizaram os mesmos dados brutos coletados para a avalia o da fazenda Baixa do Novilho Mas o erro do laudo n o se limitou utiliza o de pre os de im veis de outros munic pios sem a devida homogeneiza o 177 Sem qualquer fundamento l gico as opini es de pre o para o im vel com a descri o da fazenda Baixa do Novilho foram diretamente transpostas para a planilha de avalia o da fazenda Padre Jo o Maria II que possui menor rea e terras de qualidade inferior 178 Assim por exemplo a opini o apresentada por Jos da Silva de Andrade elemento 1 da amostra fl 550 referia se a um im vel de 1 505 ha com benfeitorias de R 74 mil como se v na planilha da Faz Baixa do Novilho fl 547 mas passou a valer para um im vel de 1 475 ha com benfeitorias no valor de R 24 mil de acordo com a planilha de avalia o da Faz Pe Jo o Maria II fl 564 179 Em outras palavras os peritos distorceram as opini es de pre o coletadas Outros Erros
206. C mara de 26 C ent o os meses com menos de 52mm de precipita o devem ser considerados secos o que confirma a tese de que a seca em Jo o C mara longa pois o hist rico apresentado na tabela 9 mostra que n o chove mais que 47 8 mm m s entre os meses de agosto e fevereiro 118 A hip tese de que a seca em Jo o C mara longa pode ser confirmada tamb m nos relat rios agron micos das fazendas Padre Jo o Maria Il e S o Luiz fls 57 e 169 que registram que o clima local do tipo 4aTh seca longa de acordo com a tabela 8 ou afirmam diretamente que o per odo de seca longo tal como no excerto abaixo d clima Segundo K ppen na microrregi o h predomin ncia dos climas semi ridos com per odo chuvoso variando de fevereiro a junho precipita o m dia anual de 300 a 900 mm umidade relativa do ar oscilando entre 50 e 70 e temperatura m dia de 26 C com amplitude de 7 C per odo de seca longa 150 a 200 dias Relat rio Agron mico de Fiscaliza o da Fazenda Buraco Seco grifo nosso fl 128 119 Outra evid ncia de que a seca em Jo o C mara longa foi encontrada em um relat rio t cnico da Sider rgica Uni o que realizava estudos sobre a possibilidade de plantar eucalipto na regi o Consta desse relat rio fls 505 511 que foi encontrado nos autos do processo de desapropria o da fazenda Xo que A Fazenda Xo localiza se no munic pio de Jo o C mara na microrregi o de Serra
207. Cadastro foi descartada parcialmente sem fundamento estat stico e o valor atribu do terra nua pelos peritos foi obtido a partir de apenas duas opini es completas de pre o 4 2 7 1 Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco de Assis Martins que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 116 124 4 2 7 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 770 4 2 8 da Fazenda Lageado Serra Verde em que a s foram utilizadas opini es de pre os b o valor da terra nua foi obtido a partir da opini es de pre os que n o poderiam ser somadas porque se referem a terras com diferentes caracter sticas pre o para terra de alta fertilidade pre o do terreno ondulado pre o de terra da classe IV etc 231 4 2 8 1 Srs Jos Barbosa Cordeiro e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram os Laudos de Vistoria e Avalia o fls 101 110 e 241 248 4 2 8 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou como chefe do Grupamento Fundi rio e membro da Comiss o Revisora os pareceres de fls 817 819 respectivamente corroborando esse laudo 4 2 8 3 Srs Francisco de Assis Martins Jos Maria da Rocha e Heleno Gomes da Silva membros da Comiss o Revisora que assinaram o parecer de fls 818 819 sendo favor vel s conclus es do laudo 5 cita o solid ria com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 dos respons veis pelos pr
208. DO IM VEL 122 017 010 642 7 122 041 265 268 5 127 124 034 770 6 129 011 273 899 3 127 124 035 491 5 129 020 000 132 1 122 068 014 125 1 122 068 256 382 0 122 130 007 218 6 122 130 008 672 1 122 130 010 510 6 122 130 012 734 7 122 130 012 904 8 123 080 007 722 1 124 095 004 740 7 125 016 003 654 0 125 016 005 584 7 125 016 005 592 8 125 016 005 614 2 126 020 003 700 1 126 020 004 448 2 126 020 005 967 6 126 047 024 813 6 126 055 001 740 2 126 063 001 350 5 126 071 030 813 1 126 071 030 910 3 126 080 002 445 0 126 080 005 533 0 126 080 005 541 0 126 080 007 722 8 126 098 002 054 7 126 101 003 166 6 126 101 003 700 1 126 101 004 006 1 126 101 016 853 0 126 101 016 861 0 126 101 017 965 5 126 136 272 868 3 126 152 261 920 7 126 152 280 640 6 127 124 005 215 3 127 124 026 000 7 127 124 028 665 0 127 124 033 510 4 127 124 033 553 8 127 124 033 669 0 128 015 003 549 6 128 015 006 726 6 128 015 006 734 7 128 015 008 354 7 128 015 008 427 6 128 015 008 486 1 128 015 008 710 0 128 015 008 796 8 128 015 008 800 0 128 015 008 826 3 128 015 008 842 5 128 015 008 990 1 128 015 009 083 7 128 015 009 369 0 128 015 009 440 9 128 015 010 499 4 128 015 015 679 0 128 015 016 101 7 128 015 765 643 7 128 015 767 875 9 128 023 000 094 4 128 023 002 470 3 128 023 002 607 2 128 031 007 684 4 128 031 008 079 5 128 031 008 192 9 128 031 010 200 4 128 031 010 316 7 128 031 010 456 2 128 031 010 464 3 128 031 01
209. ESTADO DE ROND NIA 280 O Estado de Rond nia foi formado a partir do desmembramento parcial de dois outros estados Amazonas e Mato Grosso Atualmente levantamento realizado pelo Incra constata falhas nos registros de alguns im veis rurais provenientes da poca da cria o de Rond nia Procuradores do Incra est o propondo Justi a a nulidade dos registros imobili rios que apresentam falhas quanto a comprova o de que foram repassados pela Uni o definitivamente a particulares o caso por exemplo do Seringal Urup com 21 109 hectares localizado no munic pio de Machadinho Na poca urea da extra o da borracha no come o do s culo o Governo do Amazonas expediu documenta o concedendo permiss o para a explora o vegetal na rea do Seringal Urup ao senhor Pascoval Novais Vayres Este documento n o dava o direito de registar a terra em nome de particular mas em 23 de mar o de 1915 Pascoval registrou a rea em seu nome no munic pio de Umait no Estado do Amazonas Com essa escritura irregular a rea foi sendo transferida a outras pessoas Hoje Incra quer reaver a rea para fins de reforma agr ria O mesmo caso aconteceu no Seringal Porto Franco com 16 074 hectares localizado no munic pio de Campo Novo RO Em 15 de agosto de 1942 a Delegacia Especial do Norte de Mato Grosso expediu um termo concedendo permiss o para a explora o vegetal na rea ao senhor Ant nio Martins dos
210. Grande do Sul em fase de cita o dos r us O processo judicial expropriat rio sob o n 87 1011358 4 tramita na Vara nica de Justi a Federal da Se o Judici ria de Foz do Igua u PR onde foi expedida liminar que suspende a execu o Laudo da per cia judicial sob investiga o Fazenda Araguaia Uma a o rescis ria referente Fazenda Araguaia de 24 542 hectares situada no Munic pio de Formoso do Araguaia TO aguarda manifesta o das partes sobre novo laudo pericial A avalia o do im vel que pertencia a Araguaia Companhia Industrial de Produtos Aliment cios S A foi realizada por t cnicos do Incra que apuraram o valor de R 40 milh es A condena o judicial de outubro de 1995 estipulou a indeniza o em R 197 450 milh es quintuplicando o valor considerado justo O processo judicial expropriat rio sob o no 92 000391 5 tramita na 1 Vara de Justi a Federal da Se o Judici ria de Palmas TO em fase de execu o tendo sido depositados na Caixa Econ mica Federal R 197 457 415 00 relativos senten a judicial Concomitantemente o Incra o Minist rio P blico Federal e a Advocacia Geral da Uni o ingressaram com a o rescis ria suspendendo o pagamento A a o rescis ria sob os n meros 1997 01 00 015887 3 e 1997 01 00 007852 5 tramita no Tribunal Regional Federal da 1 Regi o do Distrito Federal aguardando manifesta o das partes sobre o laudo pericial Por decis o do juiz t
211. ISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Mas por que Quer dizer que a lei n o pode mais alterar essa taxa ainda que a situa o econ mica se altere O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE N o pode O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR N o pode mais modificar porque a s mula do Supremo estratificada de n vel constitucional 161 O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE N o Excel ncias V Exa est distorcendo o meu racioc nio O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Absolutamente Estou dizendo apenas o que resulta dele O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE V Exa est distorcendo O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR V Exa que o est por uma raz o simples estou dizendo que isso em decorr ncia das circunst ncias econ micas V Exa n o atentou para isso O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR V Exa inteligente demais para querer confundir coisas distintas Ser efeito n o de revoga o da s mula pelo Tribunal mas de revoga o da s mula por lei se se considerar constitucional essa medida E por isso preciso primeiro examinar a constitucionalidade da medida que a causa cujo efeito ser a revoga o da s mula O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE Ministro a exig ncia da justa indeniza o at a Carta deca da tinha O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Tinha mas resultou tamb m das circunst ncias econ micas por isso cita o C d
212. JUROS COMPENSAT RIOS OU JUROS DE DANO Discuss o das S mulas 618 416 345 e 164 do STF EXPOSI O DE MOTIVOS PARA PROVOCAR O CANCELAMENTO DAS SUMULAS 618 416 345 E 164 CF 103 8 29 Antonio Fonseca Bras lia Julho de 2005 NDICE INDICE CR 2 RELA O DE DORES E E EEEN 3 RELA O DE FIGURAS uia ideais a da 3 RELA O DE QUADROS uai E A de ad 3 SUMARICUE RECUTIVO era a an nd da ui au u ec Ad q y ada AO a 4 bo INTRODU O o AO UA a a u aa as 10 2 A JUSTA INDENIZA O DA TERRA ii LIA aba UR ST SANA da AS 14 2 Fundamento Norma e Forma muu Q a uQ ei 15 a Comprometimento com o fundamento de Justi a n sn 15 b Comprometimento com a norma 6 8 18 c Comprometimento com a forma a norma 658 33 2 2 Mercado de Terras Rurais no 36 a Interven o no Mercado de Terras ereeeeeeeeeerarererereraceraeeraeeeneeeneeneeeneeeneeaa
213. Justi a Tudo isso aproveita o desapropriado que ter a sua indeniza o corrigida e acrescida de juros de mora e compensat rios at final pagamento nada disso aproveita o Estado que se ver mais onerado IV Indeniza es e grilagem de terras Nx A grilagem um aspecto parte no contexto da especula o com as terras rurais Sobre o tema tem curso na C mara dos Deputados a CPI da Terra nacional O perfil dos grandes im veis suspeitos de terem sido obtidos pela grilagem foram establecidos pelo INCRA num relat rio de 2001 Recentemente um estudo foi conclu do quanto grilagem de terra no Estado do Par desenvolvido pelo IPAM e pela Universidade Federal naquele Estado Apesar 61 da divulga o parcial do resultado pela imprensa o estudo ainda n o est dispon vel S o milh es de hectares apropriados por uma quadrilha que usa de meios tecnol gicos modernos para se apossar de terras p blicas e depois explor las com graves agress es natureza Um conjunto de a es judiciais est em curso para combater essa esp cie de estelionato agr rio O ltimo processo uma a o civil p blica para impedir a desapropria o de uma rea no munic pio de Santar m em que recai fortes suspeitas de titula o fraudulenta A C mara dos Deputados encontra dificuldade em desenvolver os trabalhos de investiga o Os grupos de interesses nem sempre contam o que sabem Na falta de uma pol tica bem definida
214. Minas MG com 7 484 1793 hectares foi declarada de interesse social para fins de reforma agr ria em 25 3 95 O Incra avaliou terra nua em R 669 640 25 e as benfeitorias indeniz veis em R 37 158 33 totalizando R 706 798 58 A a o de desapropria o do im vel foi proposta em 24 3 95 A imiss o de posse ocorreu em 4 10 94 No curso do processo de desapropria o foram realizadas duas per cias Os valores propostos pelos peritos judiciais est o abaixo comparados aos ofertados pelo Incra e com a decis o final do Ju zo 160 Dados INCRA Oferta 1 Perito Oficial R Assistente T cnico INCRA Del Rei Serv de Eng 2 Perito Oficial R Senten a R VTN R 669 640 25 1 647 106 75 588 177 26 11 041 722 9 1 647 106 75 Benfeitorias R 37 158 33 212 646 43 36 155 00 41 086 48 200 244 94 Cobertura Flor stica Inserida no valor da terra nua 39 264 382 35 Inserida no valor da terra nua 4 191 781 9 Inserida no valor da terra nua 4 191 781 91 Total R 706 798 58 41 123 135 53 624 332 26 1 100 878 9 6 039 133 60 As partes apelaram da senten a recursos estes ainda n o julgados Os valores contidos na senten a importam em uma majora o em rela o queles apurados pelo Incra da ordem de 850 num aumento total de R 5 332 335 02 Isto sem contar os juros compensat rios e morat rios a corre o monet ria e os honor rios advocat cios fixados em 10 sobre a diferen a Minist rio P
215. NPJ e minuta do despacho autorizativo Superintend ncia Nacional de Desenvolvimento Agr rio SD 17 Sobre a emiss o e a utiliza o de TDA s o bastante elucidativas as informa es disponibilizadas no site da Secretaria do Tesouro Nacional www tesouro fazenda gov br divida publica downloads emisoes d pdf Desde a sua cria o com o Estatuto da Terra at 1992 os TDA foram emitidos diretamente pelo Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria INCRA sob a forma cartular fisica com cupons de juros destac veis impressos junto ao t tulo Com a edi o do Decreto n 578 de 24 06 92 ficou definido que os TDA teriam a forma escritural registrados em sistema centralizado de cust dia e de liquida o financeira e a gest o controle lan amento resgate e pagamento de juros foram transferidos para a responsabilidade do Minist rio da Fazenda por interm dio da Secretaria do Tesouro Nacional STN Para esses fins utilizado o sistema SECURITIZAR da Central de Cust dia e de Liquida o Financeira de T tulos CETIP 183 descentraliza o dos recursos para pagamento das benfeitorias e dos restos de TDA s o realizados pela Superintend ncia Nacional de Gest o Administrativa 47 0 autos retornam ent o Superintend ncia Nacional de Desenvolvimento Agr rio j com o demonstrativo de lan amento dos TDA e a nota de empenho correspondente s despesas em dinheiro 48 Em seguida a Procuradori
216. Natal onde determinou se o pre o m dio VALORES Estronca de 3m R 0 90 Estronca de 4m Var o de 3m ou 4 1 R 0 40 Valor m dio da rvore em p R 2 42 dois reais e quarenta e dois centavos grifo nosso fl 591 247 dos sigilos banc rio e fiscal dos envolvidos nos processos de desapropria o examinados tendo em vista que a mat ria de compet ncia exclusiva do parquet 3 Em atendimento a essa solicita o o representante do Minist rio P blico Procurador S rgio Ricardo Costa Carib manifestou se nos seguintes termos Embora n o constitua uma unanimidade sabe se que em outras ocasi es o MP TCU teve reconhecida junto justi a federal de 1 inst ncia sua legitimidade para formular a quebra de sigilo banc rio ou fiscal de pessoas fisicas e jur dicas que contribuiram direta ou indiretamente para a ocorr ncia de dano ao patrim nio da Uni o N o obstante recentemente tivemos not cia de que decis o nesse sentido foi questionada junto ao E Tribunal Regional Federal da 1 Regi o em sede Habeas Corpus tendo a Quarta Turma daquela Corte se posicionado de forma contr ria pretens o deste Minist rio Publico na pessoa de seu Procurador Geral Dr Lucas Rocha Furtado Processo 2004 01 00 033519 7 Cabe assinalar por oportuno que temos conhecimento informal do conte do da supracitada decis o de vez que os autos tramitaram em segredo de justi a j estan
217. Qual das duas a mais correta Na verdade a primeira fica adstrita descri o da fun o de um enunciado de direito e a segunda focaliza o que se passa na realidade Nos dois casos os rg os judiciais acreditam no resultado das suas decis es As decis es seriam mais convincentes se os ju zes pudessem experimentar os valores que afirmam ou neles acreditam A experi ncia de valores pode representar um grau de prazer de dor satisfa o ou ang stia Pode ainda pela observa o pr pria ou alheia apreender o sentido das coisas num esfor o que envolve a contempla o da realidade numa atua o mais rente poss vel aos fatos Veja se ainda esta hip tese de decis o a compensa o fict cia sobretudo abonada pelo Poder Judici rio estimula a competi o pelo lucro f cil que favorece o processo de captura e da economia sub rept cia 5 Esta afirma o parte da cren a de que de fato tudo aquilo que f cil atrai a ades o geral Observe se o desdobramento seguinte dessa cren a O lucro f cil atenta contra a competi o livre A Humanidade cresceu num processo de caminhada e nesta forjaram se os valores que hoje orientam as civiliza es Um desses valores o m rito da conquista marcada pela tica e a moral O mundo europeu com a devida exce o que no s culo passado experimentou os horrores da escassez esga ada os opr brios impostos por duas grandes guerras mundiais aprendeu a prestigiar o m
218. R 118 28 cento e dezoito reais e vinte e oito centavos como sendo o mais representativo para o hectare de terra nua do im vel avaliado Assim tem se rea total do im vel 280 4120 ha VTN rea ha x valor R ha VTN 280 4120 x 118 28 VTN R 33 167 13 trinta e tr s mil cento e sessenta sete reais e treze centavos Esse caso cont m uma irregularidade an loga descrita no item anterior pois os avaliadores obtiveram a m dia de um grupo de dados de naturezas diversas A opera o estat stica da m dia s faz sentido quando existe unidade do atributo que se pretende avaliar 243 Como n o existe correla o necess ria entre fertilidade e relevo por exemplo n o h que se falar em m dia dos pre os correspondentes Considerando que tr s informantes entenderam o of cio do Incra e por essa raz o apresentaram uma opini o de pre o para o im vel descrito e considerando que os dados de pre os para classes de terras podem ser aproveitados o valor da terra nua obtido seria de R 135 50 tabela 4 ou seja coincidentemente pr ximo ao valor encontrado pelo perito do Incra R 118 28 fl 106 Assim tamb m neste caso n o h que se falar em dano ao Er rio mas sim de erro na elabora o dos laudos de avalia o Tabela 4 Dados coletados pelo Incra para avalia o das fazendas Lageado e Serra Verde r Informa es sobre Pre os de qu a Org o Oficial deduzido das Ter
219. RMANENTE Realizada a prova pericial o laudo do vistor oficial entendeu que o valor da terra nua deveria ser fixado no montante de R 536 937 17 valor este que foi calculado com base na pesquisa de mercado realizada em dado obtidos atrav s de declara es de diversas entidades a exemplo do Banco do Brasil Sindicato dos Trabalhadores Rurais bem como de informa es de agricultores e produtores variando de R 200 00 o hectare at R 1 500 00 em informa o que sob o fundamento do pre o m dio foi assentado o valor por hectare de R 633 33 O valor pago nas transa es imobili rias que constitui o vetor b sico da avalia o de um im vel Por isso louvou se o perito fundamentalmente em declara es de profissionais que laboram na regi o onde situada a gleba desapropriada fazendo refer ncia a classe de capacidade do uso dos solos a situa o e viabiliza o de circula o e valores relativos de terras r sticas segundo a capacidade de uso do solo fl 590 596 inclusive o crit rio utilizado levou em considera o como as extremas o valor de R 200 00 a R 1 500 00 Todavia observa se uma not vel diferen a entre o pre o ofertado pelo INCRA R 1 373 579 31 e aquele fixado na senten a discrep ncia essa ocorrida porque a senten a adotou 323 como devido o valor atribu do pelo perito s matas de preserva o permanente compreendendo o montante de R 4 507 007 33 Neste passo conveniente gizar que a cobertura veget
220. S mulas 618 345 e 164 do STF 1 O pagamento de juros compensat rios responde em m dia por 2 3 do volume de recursos da reforma agr ria destinados liquida o das indeniza es judiciais decorrentes das desapropria es por interesse social 2 Os propriet rios de terras desapropriadas formam um nico segmento da sociedade que recebe uma recompensa adicional conta de um preju zo nominal pelo atraso no pagamento do seu cr dito quando todos os outros segmentos inclusive trabalhadores e fornecedores do Estado est o sujeitos s mesmas vicissitudes decorrentes dos atrasos no cumprimento dos compromissos financeiros do governo A Constitui o n o assegura terra como objeto da propriedade prote o superior assegurada as outras esp cies de ativo Os juros compensat rios s o estendidos a donos de reas n o explor veis ou de explora o restrita como as encravadas na Serra do Mar Mata Atl ntica etc CF art 225 8 4 transformadas em s tios de preserva o permanente a promessa constitucional de um ambiente sadio n o obstante nus de toda a sociedade A indeniza o nesta inclu das as parcelas de juros de mora e compensat rios escapa da tributa o federal estadual e municipal o que implica aumento de ganhos l quidos para o expropriado A cl usula da pr via indeniza o assegura aos expropriados prioridade no pagamento sendo prontamente colocada sua disposi o pa
221. S o Pedro e S o Pedro 1 registrados em nome de Mustaf Said e localizados no munic pio de L brea Os autos foram remetidos para a Justi a Federal do Amazonas Os im veis originalmente possu am 1 442 5655 hectares rea essa que por for a da senten a do juiz de Direito da referida comarca passou para 485 000 hectares Embora anulada a senten a conforme averba o no pr prio registro imobili rio Mustaf Said matriculou os mesmos iv veis com a mesma rea de 465 000 hectares na comarca de Pauini Foi encontrado o registro de uma a o demarcat ria dos im veis rurais denominados Bom Fim Santo Ant nio do Acim Canecury Meteripu Anaj s e Acurtiry localizados no munic pio de L brea em nome de Omar Tup Borges Em verdade n o h qualquer refer ncia nas certid es resumidas expedidas pelo Cart rio de Registro de Im veis da referida Comarca sobre o tamanho original desses im veis No entanto consta tratar se de rea cont nua e que por senten a do Juiz de Direito da Comarca foi registrada como tendo 934 000 hectares Foi anulada a transcri o por decis o do extinto Tribunal Federal de Recursos Com isso retornou ao patrim nio p blico a rea de 934 000 hectares A posse de terras Jo o Bento tem rea registrada de 170 000 hectares Depois de v rias transmiss es consta na ltima averba o uma rea remanescente de aproximadamente 908 9286 hectares De acordo com a certid o de registro expedida pelo Cart
222. SUL 01 AGROPECUARIA AS DE FAZENDAS ANACA DO CORUMBA OURO CORIX O E ANACA DA BAIA VERDE TOTAL 2 5 2 209 844 S O PAULO 287 288 Exemplos de cancelamento de cadastro e propostas de nulidade de registro imobili rio e outras a es judiciais Par 1 Im vel sem denomina o composto por 44 im veis menores totalizando 547 609 hectares em nome da empresa GNG Importa o e Exporta o Ltda Desta rea 316 287 hectares est o superpostos gleba Engenho localizada nos munic pios de Portel e Senador Jos Porf rio no Par que foi objeto de arrecada o incorpora o e matr cula em nome da Uni o em 1983 A empresa GNG entrou com a o na Justi a requerendo a rea louvando se de uma escritura p blica de compra e venda de origem question vel uma vez que o vendedor foi o personagem fict cio Carlos Medeiros nome atr s do qual esconde se at hoje o maior grileiro de terras no Par O im vel ter seu cadastro cancelado no Incra o qual j questionou a a o da empresa GNG assim como apresentou reconven o cabendo esperar a decis o judicial 2 Fazenda Gurupi com rea total de mais de 1 100 000 hectares em nome de Aldo Malta Dihil e Alaor Graga O registro n o prev o destacamento leg timo e regular do patrim nio p blico para o particular O Im vel n o est cadastrado no Incra n o cabendo cancelamento de cadastro O Incra vai ingressar com a o judicial visando o cancelam
223. Supremo Tribunal Federal tamb m n o faz distin o entre a desapropria o por utilidade p blica e por interesse social para fins de reforma agr ria Ocorre que na primeira hip tese a Constitui o somente prev compensa o mediante juros legais E os juros compensat rios sendo cria o dos Tribunais n o se qualificam como legais Quanto s desapropria es por interesse social o dispositivo constitucional silencia quanto compensa o na forma de juros Al m dessa distin o a Constitui o sujeita a ltima esp cie ao pagamento atrav s de t tulos e n o em dinheiro alterando o sentido da justa indeniza o Cabe ao Supremo Tribunal Federal esclarecer acerca da consequ ncia desse tratamento diferenciado Como se disse o art 15 A padece de inconstitucionalidade pelas mesmas raz es que se consideram as S mulas n o recepcionadas pela ordem vigente Quanto ao art 15 B sobre os juros de mora a discuss o menos delicada mas n o t o simples Em princ pio pouco judicioso que a taxa de juros de mora seja menor do que a de aplica o geral O STF n o costuma associar os juros aos frutos da coisa mas ao dinheiro que a substitui Os mercados variam segundo as condi es de procura e oferta das coisas terra rural terra urbana sal rio etc mas o dinheiro uma coisa s n o podendo fazer variar o seu rendimento artificialmente segundo as condi es do seu dono A discuss o de serem
224. TDA seria poss vel assentar 245 familias ao custo de R 4 6 mil fam lia conforme mostra a tabela 22 Tabela 22 Compara o de resultados entre a desapropria o total e a parcial exemplo Op o do Incra desapropria o total Melhor op o desapropria o parcial Valor N P Valor Im vel R mi Fam lias Im vel R mil N Fam lias Fazenda Brinco de Ouro parte 203 no Fazenda Brinco 1123 82 Padre Jo o Maria II 234 60 de Ouro toda Baixa do Novilho 237 60 Lageado 243 41 Cana 159 26 Total 1 123 82 Total 1 136 245 Custo M dio R 13 695 Custo M dio R mil fam lia 4 637 mil fam lia 244 Concluindo a desapropria o Slagrantemente antiecon mico total da fazenda Brinco de Ouro configurou um ato 245 Al m disso mostrou se anti social pois uma usina de beneficiamento de castanhas de caju deixou de gerar empregos e produzir renda para o Pa s 221 PARTE CONSIDERA ES FINAIS Valida o do procedimento de auditoria Considerando a materialidade dos d bitos levantados neste trabalho e o baixo custo do trabalho de campo vinte di rias e loca o de ve culo por tr s dias conclui se que o procedimento de auditoria aqui utilizado v lido para utiliza o em fiscaliza es peri dicas em larga escala Sem embargo vale registrar que o sucesso de uma fiscaliza o de orienta o centralizada FOC em diversas superinten
225. V cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 9 3 1 9 1 Srs Eug nio Marinho de Oliveira e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 9 3 1 9 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que como chefe da SR 19 R e membro da Comiss o Revisora e do Colegiado assinou parecer e despacho respectivamente favor veis desapropria o do im vel 9 3 1 9 3 Sr Heleno Gomes da Silva que como Chefe da SR 19 Z e membro da Comiss o Revisora e do Colegiado assinou respectivamente parecer e despacho concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 254 9 3 1 9 4 Sr Francisco de Assis Martins que como membro da Comiss o Revisora e do Colegiado assinou parecer e despacho respectivamente concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 9 3 1 9 5 Sr Francisco das Chagas G de Almeida que como membro do Colegiado assinou despacho decidindo pela viabilidade agron mica do im vel 9 3 1 9 6 Sr Maria das Gra as A de Oliveira e Anna Suely Borja Jales que como membros da Comiss o Revisora assinaram parecer concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 9 3 1 10 falhas graves nos procedimentos de avalia o da terra nua cap tulo 2 do relat rio da Fazenda Pe Jo o Maria II em cujo laudo a s foram utilizadas opini es de pre o b nove das quatorze opini es de pre o referiam se
226. Verde A precipita ao varia entre 500 e 700 mm anuais com per odo de seca que pode durar de 8 a 12 meses O d ficit h drico anual varia entre 500 e 1000 mm grifo nosso fl 506 120 Considerando ent o que a seca em Jo o C mara longa conclui se que nenhuma terra da regi o de Jo o C mara pode receber classifica o superior classe IV de acordo com a tabela 7 121 Assim sendo todas as classifica es de terras constantes dos laudos agron micos examinados pela equipe de auditoria est o incorretas pois reconhecem sem fundamentar a decis o que contraria os dados meteorol gicos dispon veis a exist ncia nos im veis de Jo o C mara de terras da classe III 1 Esse crit rio encontrado em diversos artigos disponibilizados sites oficiais da Internet O uso desse crit rio foi utilizado em todos os estudos de bacias hidrogr ficas apresentados pelo Governo de Minas Gerais A t tulo de exemplo pode se citar o estudo da Bacia do Rio Itapicuru em http www hidricos mg gov br itapicur capt26 htm fl 698 12 Alguns relat rios agron micos do Incra informam que a temperatura m dia anual em Jo o C mara de 25 C outros informam 26 C e o Informativo Municipal publicado pelo Instituto de Desenvolvimento Econ mico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte Idema considera que de 24 C fls 682 697 196 1224 tabela 10 apresenta as classifica es das terras constantes dos laudos agron mic
227. a o e julgamento ou logo ap s prosseguindo se o processo sendo o caso apenas para buscar indeniza o adicional reestrutura o dos prazos de resgate dos T tulos da D vida Agr ria a fim de abreviar o resgate para os expropriados que aceitarem a oferta administrativa fortalecimento do quadro de avaliadores do INCRA com previs o de programa de treinamento e capacita o desapropria o de remanescente na base de indeniza o parcial sem incorporar o im vel ao dom nio do ente p blico e oportunidades para a corrup o Ver Kimberly Ann Elliott org A Corrup o e a Economia Global p 265 Bras lia Ed UnB 2002 152 previs o de indeniza o suplementar nos termos do C digo Civil se poss vel modelada de forma a impedir a utiliza o do processo apenas com o prop sito de buscar ressarcimento abstrato possibilidade de antecipa o de tutela em caso de desapropria o indireta e na hip tese de ajuizada a a o antes de um ano e um dia do apossamento pelo Poder P blico inclus o na per cia realizada no processo de desapropria o indireta de toda sorte de perdas e danos devidamente justificados afastada indeniza o adicional a n o ser nos termos do C digo Civil cria o de bolsa de terras rurais para a reforma agr ria abrindo se a oportunidade para os interessados fazerem suas ofertas de terras ampla revis o do DL 3 365 1941 acrescentando regras de apura o do va
228. a em busca da verdade dos fatos e n o simplesmente seguindo os passos do manual t cnico utilizando os par metros oficiais sem qualquer juizo cr tico De outro modo corre se o risco de realizar desapropria es ilegais ou seja de desapropriar im veis que cumprem a fun o social que deles se espera 59 Tamb m no mbito das quest es t cnicas foi identificado um caso de omiss o do manual de obten o de terras que deixa margem para erros sistem ticos de avalia o N o h refer ncia expressa no manual acerca da import ncia de se verificar a possibilidade de existirem dentro dos limites aparentes da propriedade bens que n o lhe pertencem tais como os terrenos marginais de rios p blicos e faixas de dom nio de rodovias 60 Encerrando essa parte do trabalho a equipe concluiu que o caso concreto analisado desapropria o da fazenda Piedade e Barreiro em Gurinhat MG merece ser revisto pelo Incra pois h fortes ind cios de que o perito da Autarquia errou ao classificar o im vel como improdutivo 61 Em rela o aos aspectos processual sticos registrou se que nem sempre h transpar ncia suficiente aos recursos interpostos pelos expropriados Outro ponto consiste no nos casos de impugna o de avalia o por expropriados Audi ncia Determina o Recomenda o Ci ncia a diversas autoridades Juntada s contas anuais 185 fato de o Incra buscar a via judicial em todas as desapropria es ainda q
229. a mas facultava o pagamento em t tulos da d vida p blica Quanto desapropria o para a reforma agr ria o art 16 mandava que o pagamento fosse realizado em t tulos especiais da d vida p blica resgat veis em 20 anos 26 nem penhorada A propriedade como esp cie de recurso produtivo est sujeita s limita es em prol do interesse p blico podendo ser tributada de forma a inibir a especula o mediante al quotas progressivas Como esp cie de recurso ambiental e cultural o uso da propriedade subordina se s limita es administrativas para o benef cio da humanidade A quest o da desapropria o da terra para fins de reforma agr ria ganhou grande interesse dos constituintes e da opini o p blica A no o de fun o social e o tratamento especial terra produtiva foram objetos de concess es ap s sucessivas vota es Em meio ao calor do debate foram registradas as mais diversas opini es e defesas ora extremando a prote o da terra ora focalizando o homem Box 2 Prote o da terra e do homem Somente os jusnaturalistas extremados os que pensam que a propriedade um atributo que vem do direito divino podem imaginar que a propriedade intoc vel enquanto que o homem este sim pode ser posto na cadeia ou no ex lio Fonte Constituinte Delfim Netto Di rio da A N C 11 5 1988 p 10301 A propriedade enquanto local de habita o alcan a um direito fundamental que toca a tod
230. a 31 5 2005 com o Sr Jos In cio Ferreira Trindade Gerente de Informa es Estat sticas da D vida P blica Secretaria do Tesouro Nacional ele lembrou que por volta dos anos de 1990 2000 houve um boom de desapropria oes de reas improdutivas causadas por invas es estimuladas por propriet rios para provocar a inclus o de suas propriedades no programa de desapropria es do INCRA A ocorr ncia motivou a edi o da MP 1 283 56 de 24 8 2001 que deu nova reda o ao art 6 da Lei 8 629 93 para proibir a desapropria o de im vel objeto de esbulho ou invas o em face de conflito agr rio de car ter coletivo 76 montante dos juros compensat rios reduzindo o impacto da perda se esta efetivamente houve decorrente do des gio Em casos de indeniza es super dimensionadas a tend ncia o propriet rio transferir parte dos t tulos logo ap s a sua emiss o para quitar eventuais favores do processo de captura A negocia o mais cedo ou mais tarde aumentando ou diminuindo a taxa de des gio pode decorrer simplesmente do perfil do propriet rio ou investidor conservador moderado ou agressivo que pode contemplar outras op es de investimentos Talvez o adquirente envolvido em neg cios escusos deseja transformar os seus ganhos em ativo bom Assim ele estar disposto a pagar um pre o mais pr ximo do de face reduzindo a taxa de des gio As suspeitas de neg cios com terras s o fundadas Dentre
231. a 37 I Classes de 37 II Pre os de terras superindeniza es e indeniza es pr mio ci eee 39 UI Um estudo d cas0 y u u saio co u a DU n qa cana aii 57 IV Indeniza es grilagem de terras erererererecereeeerereceraceraceraceaeeeaeeaaeeaneaas 61 b Mercado secund rio de T tulos da D vida Agr ria T D A s nn ns 66 E Hist rico do TD ss sai asa 68 II Emiss o 69 72 IV Des gios em negocia es de T tulos da D vida Agr ria a 73 3 INDENIZA O SUPLEMENTAR NAS DESAPROPRIA ES CR TICA AO DIREITO SUMULADO uuu CONS aa us Dea 79 3 1 Juros Conceito Legal Doutrina e Jurisprud ncia n nas 81 a Dimens o jur dica dos juros dano abstrato e efetivo n 81 I Os juros segundo Pontes de 81 II Os Juros segundo Lacerda de Almeida n n nsnsi 83 Juros no direito comparado os juros de dano l n nas 85 IV Juros no C digo Civil de 2002 o que mudou
232. a 7 Vara da Justi a Federal na Bahia em fase de execu o O montante reclamado pelo expropriado de R 11 649 milh es enquanto a oferta do Incra de R 601 925 mil Propriet rio quer indeniza o de cobertura florestal Fazenda Sitio Novo A Fazenda Sitio Novo Roncador com 24 750 hectares de propriedade de Waldir Cavalcante Medrado e situada no munic pio de Ia u BA tem a o de desapropria o tramitando na 7 Vara da Justi a Federal em fase de execu o O propriet rio requer R 1 77 milh o pela desapropria o sendo que o valor estipulado pelo Incra de R 340 mil A diferen a se acentua principalmente devido exist ncia de cobertura florestal cuja indeniza o requerida pelo propriet rio Localiza o sob suspeita Serra e Repartimento 164 Foi concedida liminar ao Incra em a o rescis ria destinada a provar que foi forjada a localiza o do im vel rural Serra e Repartimento situado no Acre de propriedade de Wilson Pereira Telles Avaliado em valor correspondente a R 33 46 milh es em julho de 1992 o alegado im vel com rea de 17 260 hectares situa se em local fora da rea agregada pelo Incra na regi o em 1988 e que foi destinada a atividades extrativistas O processo de n mero 9301 32115 7 tramita no Tribunal Regional Federal da 1 Regi o tendo sido solicitada nova per cia do im vel para comprovar a sua localiza o Im vel rural avaliado como urbano Fazenda S o Mi
233. a Comiss o Revisora fls 805 808 confirmando esse laudo Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco Rodrigues Filho que assinaram a Ata da Mesa T cnica fl 801 acordando com a avalia o realizada Sr Manoel Neto Souza que assinou a Ata da C mara T cnica Agron mica fls 802 803 confirmando os valores indenizat rios Sr Marc lio de Lima Rocha que como chefe da SR 19 T e membro da Comiss o Revisora e do Comit Regional assinou os pareceres de fls 804 809 respectivamente aprovando os dados constantes no laudo de fls 201 212 Sr as Maria das Gra as A de Oliveira e Anna Suely Borja Jales Pinheiro membros da Comiss o Revisora e do Comit Regional que assinaram o parecer de fls 805 809 respectivamente confirmando o laudo de vistoria e avalia o Sr M rio Moacir de Almeida membro da Comiss o Revisora que assinou o parecer de fls 805 808 corroborando o laudo de vistoria e avalia o Sr Silvio Em lio Maito membro da Comit Regional que assinou o parecer de fl 809 confirmando o referido laudo e Sr Jos Maria da Rocha que como membro do Comit Regional fl 809 decidiu pela desapropria o do im vel e como Superintendente Regional fl 810 aprovou a avalia o realizada encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem defesa acerca do pagamento indevido de R 10 8 mil em 6 7 2001 a t
234. a Fazenda S o Luiz em que a s foram utilizadas opini es de pre o b definiram equivocadamente para o elemento 9 da amostra um fator de ancianidade 2 00 ocasionando o descarte desnecess rio desse dado e diminuindo o valor da terra 9 3 1 13 1 Sr Erivaldo Costa de Arruda que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica corroborando os dados constantes desse laudo 255 9 3 1 13 2 Sr Jo o Maria C mara Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o 9 3 1 13 3 Srs Jos Barbosa Cordeiro e Francisco Rodrigues Filho que assinaram a Ata da Mesa T cnica acordando com os crit rios de avalia o da terra nua 9 3 1 13 4 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe da SR 19 R que assinou parecer aprovando os dados constantes do laudo 9 3 1 13 5 Sra Maria das Gra as A de Oliveira Superintendente Regional Adjunta respons vel pelo despacho de fl 860 aprovando os crit rios utilizados para a avalia o do im vel 9 3 1 14 da Fazenda Brinco de Ouro em que a s foram utilizadas opini es de pre os b o valor de mercado da terra nua foi obtido a partir da m dia simples de alguns pre os opinados para as classes II IV sem se considerar a classifica o da terra do im vel avaliando c entre as cinco opini es de pre o coletadas as apresentadas pela Emater e Contacap foram descartadas integralmente e sem fundamento estat stico d dentre as tr s opini es restantes uma d
235. a Lageado 233 Al m disso em entrevista com o ex Secret rio de Agricultura e atual Secret rio de Obras do Munic pio de Jo o C mara Sr Fran a Neto que era poca da maioria das desapropria es no Munic pio o respons vel da Prefeitura por responder os of cios do Incra informou equipe de auditoria que suas opini es de pre o partiam do pressuposto de que as terras n o estariam totalmente cobertas pela mata nativa ou seja que os pre os por ele opinados j inclu am alguma parcela de desmatamento 234 Vale ressaltar que hoje esse entendimento de que salvo em situa es bastante particulares n o cabe indeniza o por reas desmatadas compartilhado por procuradores aut rquicos lotados no rg o auditado conforme se v no excerto do parecer transcrito a seguir fl 606 Vale mencionar ainda que com rela o rea desmatada esta Procuradoria conseguiu reverter em dois processos j na esfera judicial o dep sito feito para indenizar benfeitorias intituladas reas desmatadas assim n o coerente ajuizarmos a es contendo esta indeniza o parecer datado de junho de 2003 Processo relativo fazenda Buraco Seco 6 DESAPROPRIA O PARCIAL PODE EVITAR DESPERD CIOS 235 Nada obsta a que o Incra promova a desapropria o de apenas parte de um im vel improdutivo exceto as duas situa es descritas no art 4 da Lei Complementar n 76 de 6 7 1993 que assim disp e Art 4 Intentada a desap
236. a Regional aju za a a o de desapropria o que segue o tr mite de rito sum rio estabelecido na Lei Complementar n 76 de 6 7 1993 49 Segundo o art 6 inciso L desta lei ao despachar a peti o inicial no prazo m ximo de 48 horas o juiz mandar imitir o autor na posse do im vel mediante apresenta o dos comprovantes do lan amento dos TDA e do dep sito judicial do dinheiro 50 4p s a imiss o de posse ordenada pelo juiz o Incra com base em um Projeto de Assentamento promove a ocupa o ordenada do im vel desapropriado por trabalhadores sem terra Defici ncias detectadas no levantamento de auditoria 51 Diferentemente desta auditoria piloto que teve por escopo verificar a regularidade de o dez processos de desapropria o espec ficos o levantamento de auditoria TC O lan amento dos TDA em atendimento execu o do programa de reforma agr ria realizado mediante solicita o expressa do INCRA STN como produto do processo da a o desapropriat ria pr pria em tr mite no mbito daquele instituto Quanto aos t tulos cartulares ent o em circula o quando da edi o do Decreto n 578 92 coube aos detentores de tais pap is o dever de apresent los ao INCRA para o reconhecimento da sua autenticidade baixa de controles e posterior encaminhamento STN com vistas sua escritura o na CETIP Este um procedimento regular que ainda hoje realizado em face de aind
237. a a o proposta pelo Incra e pagar um advogado ent o eu vou aproveitar para pedir um pouco mais 90 N o obstante alguns ju zes federais como o Sr Walter Nunes da Silva J nior reconhecerem que as avalia es do Incra superam o valor de mercado dos im veis desapropriados as superindeniza es obtidas pelos expropriados na Justi a ultrapassava R 7 bilh es conforme not cia veiculada pelo Jornal do Com rcio em 1 10 1999 Supervalorizar terra ruim para reforma BRAS LIA O ministro de Pol tica Fundi ria e Agricultura Familiar Raul Jungmann afirmou ontem que as superindeniza es de terras desapropriadas podem comprometer toda a reforma agr ria Jungmann calcula que se a Justi a der ganho de causa aos donos da Fazenda Reunidas em S o Paulo por exemplo que reivindicam R 1 bilh o a decis o absorver mais da metade do or amento do Incra Segundo o ministro as superavalia es nas reas da reforma agr ria e meio ambiente j somam US 15 bilh es em todo o pa s Ontem Jungmann entregou um dossi em que lista as principais indeniza es milion rias em tr mite na Justi a ao presidente do Congresso Ant nio Carlos Magalh es PFL BA e ao primeiro secret rio da C mara Her clito Fortes PFL PD O objetivo dar mais elementos para que o Congresso aprove o projeto de convers o da Medida Provis ria n 1 901 que restringe os valores das indeniza es no caso de desapropria es para a reforma agr ria A
238. a an lise em conjunto com os Procuradores do Incra A es de desapropria o o MPF pedir vista daquelas em curso em cada Se o Judici ria em primeiro e segundo graus para atua o integrada com o Incra Sugest o de cria o de base de dados a partir da apura o do valor m dio do rendimento da terra para as diversas atividades produtivas agr colas e pecu rias por Regi o Estado e Munic pio a m dio e longo prazo Realiza o de semin rio nacional com a magistratura federal para a discuss o de temas ligados desapropria o bem como promover encontros regionais e nacionais com participa o das institui es envolvidas Dominialidade das Terras Desapropriadas Propositura de reclama o perante o Supremo Tribunal Federal visando ao cumprimento do ac rd o no recurso extraordin rio n 52 331 que atribui a dominialidade do im vel Col nia Santa Helena Sol de Maio Uni o baseada na minuta elaborada pelo Incra em conjunto com a AGU e no estudo da 5 CCR MPF A Procuradoria do Incra no Paran remeter AGU minuta de reclama o com a documenta o necess ria at o dia 31 de outubro de 1998 para exame e ajuizamento com a brevidade poss vel Propositura de a o anulat ria ou a o declarat ria de nulidade de t tulos de propriedade nulos ou anul veis expedidos por Estados membros com pedido de tutela antecipada buscando a imiss o do Incra na posse de im vel rural de dom nio da Uni
239. a assist ncia do Estado para participar da riqueza nacional O carente tamb m t m direito de acesso ao bem comum proposta inclus o social O governo tem um papel importante na promo o do bem comum seja como realocador de bens e servi os p blicos seja como comprador incentivador e investidor Essa atua o do Estado pode ser dividida em tr s fun es alocativa distributiva e estabilizadora 23 Quadro 1 As fun es econ micas do setor p blico A necessidade da atua o econ mica do setor p blico prende se constata o de que o sistema de pre os n o consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou fun es Existem alguns bens que o mercado n o consegue fornecer bens p blicos logo a presen a do Estado necess ria fun o alocativa O sistema de pre os via de regra n o leva a uma justa distribui o de renda da a interven o do Estado fun o distributiva Finalmente o sistema de pre os n o consegue se auto regular e por isso o Estado deve atuar visando estabilizar tanto a produ o quanto o crescimento dos pre os A fun o alocativa do governo est associada ao fornecimento de bens e servi os n o oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado Esses bens denominados bens p blicos t m por principal caracter stica a impossibilidade de excluir determinados indiv duos de seu consumo uma vez delimitado o volume de produ o O governo funciona como um agente redist
240. a atl ntica no im vel expropriado o que serviu para justificar a atribui o de um valor razo vel no momento da oferta do pre o e portanto na atribui o do pre o m dio por hectare Relevante firmar desde j que n o correta a afirma o da expropriada que teria ocorrido acordo entre as partes no concernente fixa o do valor da terra nua pelo contr rio resta evidenciada a lide entre as partes no tocante a todas as quest es deduzidas nos autos inclusive quanto a fixa o do valor da terra nua cujo ponto fulcral a inclus o ou n o do valor da cobertura flor stica no valor da indeniza o da terra nua N o vejo portanto como manter a senten a quando desautorizou o laudo do INCRA que utilizou o melhor crit rio para avalia o do pre o de mercado fundamentando na pesquisa de dados coletados relativos a neg cios realizados e tamb m com ofertas praticados no munic pio onde est inserido o im vel avaliando analisando cerca de 09 nove declara es de profissionais que laboram no munic pio da localiza o do im vel A Lei Complementar n 76 de 06 07 93 permite que o juiz ao fixar a indeniza o louve se nos laudos periciais inclusive naturalmente os dos assistentes t cnicos e outros meios de convencimento inclusive pesquisa de mercado art 12 Note se que o laudo acolhido igualmente se baseou em v rias fontes informativas Neste passo conveniente gizar que a a o de desapropria o encer
241. a condena o do expropriante a pagar juros compensat rios O que importa que tenha ocorrido como no caso imiss o na posse do bem efetivada por determina o do juiz Confira se na mesma linha a S mula n 163 do Supremo Tribunal Federal e as S mulas 69 e 113 do Superior Tribunal de Justi a Ultimamente alguns julgados da 1 Turma do Superior Tribunal de Justi a t m entendido que nas desapropria es por interesse social para fins de reforma agr ria de im vel rural que n o cumpre a sua fun o social n o auferindo produtividade n o se justifica o deferimento dos juros compensat rios como substitutivo dos lucros cessantes que somente caberiam quando ficasse demonstrado que a explora o econ mica fora obstada pelos efeitos da declara o expropriat ria Mas esses julgados com a devida v nia partem da concep o j superada de que o item tem causa eficiente na produ o de renda pelo im vel valendo anotar ainda que o n o cumprimento da sua fun o social pelo im vel rural fun o que pelo seu elevado refinamento conceitual cf art 186 CF art 9 Lei n 8 629 de 25 02 93 pr ximo da perfei o em termos de respeito lei torna se dificilmente observ vel dentro da realidade social da propriedade rural brasileira n o quer dizer que n o produza ele renda ao seu propriet rio nessa ou naquela extens o Outro item constitutivo do justo pre o o dos juros morat rios d
242. a do im vel 4 1 9 6 Sr Maria das Gra as A de Oliveira e Anna Suely Borja Jales que como membros da Comiss o Revisora assinaram o parecer de fls 852 855 concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 4 2 falhas graves nos procedimentos de avalia o da terra nua cap tulo 2 do relat rio 4 2 1 da Fazenda Pe Jo o Maria II em cujo laudo a s foram utilizadas opini es de pre os b nove das quatorze opini es de pre o referiam se a im veis localizados em outros munic pios c n o foram utilizados fatores de homogeneiza o para aproveitamento dos dados de outros munic pios d utiliza o de opini es de pre o relativas a um im vel com caracter sticas diversas do im vel avaliando e n o se descontou da rea medida do im vel a parcela relativa aos 6 7 km de faixa de dom nio da rodovia p blica que ladeia o im vel 4 2 1 1 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 66 75 bem como as Atas das Mesas T cnicas fls 828 e 831 e o parecer fl 829 corroborando os dados constantes desse laudo 4 2 1 2 Sr Manoel do Nascimento Salazar que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o 115 66 75 4 2 1 3 Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco Rodrigues Filho que assinaram as Atas das Mesas T cnicas confirmando a avalia o realizada fls 828 e 831 4 2 2 da Fazenda Baixa do Novilho em que a s foram utilizadas opini es de pre os b nove da
243. a esta Corte rg o competente para tal exame o qual avaliar posteriormente conforme assinalado no parecer do Procurador S rgio Ricardo Costa Carib transcrito em parte no relat rio que precede este Voto a conveni ncia e a oportunidade bem assim a legitimidade do Parquet para solicitar ao Poder Judici rio a quebra dos sigilos banc rio e fiscal alvitrada nos autos 16 N o obstante a Superintend ncia Regional do INCRA no Estado do Rio Grande do Norte integrar a clientela da Secex RN entendo que os autos dever o ser encaminhados Secob para a ado o das provid ncias necess rias realiza o das audi ncias e das cita es bem como o exame posterior das raz es de justificativa e alega es de defesa apresentadas pelos respons veis tendo em vista ser este trabalho pioneiro o qual dar a dire o para os demais trabalhos a serem realizados conforme salientado nos itens acima 250 17 Por for a do Ac rd o n 56 2005 Plen rio foi juntado aos presentes autos o TC 019 778 2004 9 que trata de solicita o de informa es encaminhada pelo ent o Presidente da C mara dos Deputados a respeito de auditorias envolvendo poss vel superfaturamento nas indeniza es por desapropria o de terras para reforma agr ria realizadas pela Superintend ncia Regional do INCRA no Estado do Rio Grande do Norte Assim considerando o interesse daquele rg o na mat ria de que trata este processo e em cumprimento ao contido n
244. a existir determinado volume desses TDA em circula o Cabe ressaltar que para a transforma o de qualquer t tulo cartular em escritural registrado na CETIP o procedimento a ser observado consiste por parte do detentor do t tulo t o somente em comparecer em uma das regionais do INCRA apresentar o seu t tulo para autentica o e solicitar a escritura o do mesmo cancelamento da c rtula que ser substitu da pelo t tulo escritural n o tendo que em momento algum contatar a STN a CETIP ou terceiros Os TDA podem ser utilizados junto ao setor p blico apenas nas seguintes situa es pagamento de at 50 do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural Decreto n 578 92 pagamento de pre os de terras p blicas Decreto n 578 92 presta o de garantia Decreto n 578 92 dep sito para assegurar a execu o em a es judiciais ou administrativas Decreto n 578 92 cau o para garantia de Decreto n 578 92 quaisquer contratos de obras ou servi os celebrados com a Uni o empr stimos ou financiamentos em estabelecimentos da Uni o autarquias federais e sociedades de economia mista entidades ou fundos de aplica o s atividades rurais criadas para este fim a partir do seu vencimento em aquisi es de a es de empresas estatais inclu das no Programa Nacional de Desestatiza o para a liquida o financeira dos leil es de Certificados da Divida P blica CDP INSS cuja n
245. a nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 13 3 1 as fichas de coleta de opini es de pre o fls 569 577 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 13 3 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte 237 com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a ex Secret rio de Agricultura e atual Secret rio de Obras do Munic pio que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 13 3 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 I4 cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Cana com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Jos Barbosa Cordeiro que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 201 212 e a Ata da Mesa T cnica fl 801 concluindo que os valores indenizat rios apurados nesse laudo refletem o pre o de mercado da regi o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 201 212 e o parecer d
246. a pass vel de desapropria o para fins de reforma agr ria Juros Morat rios Fixa o na lei de que a base de c lculo dos juros morat rios ser o saldo da indeniza o devida corrigida monetariamente exclu dos da base de c lculo os juros compensat rios supera o da s mula n 102 do STJ Expurgos Inflacion rios Revoga o da Portaria n 163 de 8 11 91 do Minist rio da Agricultura que no resgate dos TDA s emitidos anteriormente a janeiro 89 manda aplicar o ndice de corre o monet ria de 70 28 para aquele m s com edi o de nova portaria reconhecendo o mesmo ndice consagrado pela jurisprud ncia para os expurgos de 42 72 j pacificado no STF STJ C lculos Judiciais Propor ao Conselho da Justi a Federal a cria o de comiss o com participa o da AGU MPF Incra para revis o do manual de c lculos da Justi a Federal C lculo dos juros compensat rios e morat rios observando o ano civil em caso de fixa o pro rata para obten o do justo pre o Periodicidade do c lculo de atualiza o id ntica quela aplic vel aos 75 ou seja a cada dia 1 do m s os TDA s somente s o atualizados a cada dia 1 Decreto n 578 92 art 4 1 deste modo se a conta for feita nos ltimos dias do m s ser necess rio um maior n mero de TDA s para fazer face conta o que gera distor o no valor em t tulos a ser recebido pelo expropriado 172 II 1
247. a pesquisas de mercado no cart rio de registro de im veis no Banco do Brasil no Sindicato e na Emater RN Empresa de Assist ncia T cnica e Extens o Rural M todo de escolha da amostra de auditoria 17 Um problema relevante enfrentado pela equipe de auditoria de cuja solu o dependia em grande parte o sucesso da fiscaliza o foi a escolha da amostra de auditoria dentro dum universo de 5 144 desapropria es constantes do banco de dados do Sistema de Obten o de Terras do Incra Sisote 18 Considerando os recursos dispon veis n mero de analistas verbas para di rias e passagens e dias de fiscaliza o autorizados e o objetivo de transformar este trabalho em um modelo para futuras fiscaliza es de orienta o centralizada FOC foram fixados os primeiros crit rios de sele o dos elementos da amostra de auditoria dos im veis desapropriados os im veis desapropriados deveriam localizar se em um nico Estado tal como nas auditorias da FOC o Estado escolhido n o poderia localizar se na Amaz nia onde a maioria dos assentamentos realizados visavam coloniza o e n o reforma agr ria os im veis desapropriados deveriam localizar se em uma nica regi o do Estado de modo a exigirem apenas um estudo de mercado a regi o escolhida deveria ser preferencialmente pr xima capital do Estado ou a um aeroporto com v os regulares de modo a otimizar o tempo dispon vel para a fiscaliza o 175
248. a que o Justo valor da indeniza o de R 9 681 701 00 enquanto que o Incra com base em crit rios administrativos calcula em R 2 062 586 00 A diferen a de mais de 7 milh es de reais O processo de 1997 e a senten a ainda n o foi prolatada Expropriado quer R 1 milh o a mais Fazenda Santa Teresa O ex propriet rio da Fazenda Santa Teresa desapropriada no Maranh o Jos Arist bulo Barbosa est buscando na Justi a aumentar em mais de R 1 milh o o valor da indeniza o fixada A fazenda segundo os t cnicos vale R 438 789 00 Para o expropriado o valor do im vel rural em quest o chega a R 1 499 354 00 O processo de n 877 0 que tramita na Justi a Federal no Maranh o ainda n o tem senten a e data de 1998 A Fazenda Santa Teresa tem uma rea de 7 200 hectares Propriet rios reclamam R 5 milh es Fazenda Paru Japunicaua Os procuradores do Incra tentam reverter o processo n 3651 0 que tramita na Justi a Federal no Maranh o prevendo valores absurdos para a indeniza o da Fazenda Paru Japunicaua localizada no munic pio de Santa Luzia do Tidi O ex propriet rio Walter Pican o de Abreu reclama uma indeniza o de R 7 181 442 00 pela rea que tem 11 811 hectares Pelos c lculos administrativos a fazenda desapropriada h 18 meses vale R 2 289 528 00 A diferen a caso 156 a Justi a reconhe a como valor correto o que foi estipulado pelo Incra de R 4 891 914 Ou seja com iss
249. a reposi o flor stica das reas de reserva legal e preserva o permanente para abatimento do valor da indeniza o a ser ofertada Necessidade de apresenta o de quesitos na fase de avalia o das a es de desapropria o acerca do custo da reposi o flor stica das reas de reserva legal e preserva o permanente para abatimento do valor da indeniza o Revis o da Instru o Normativa n 8 do Incra com participa o da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT Conselho Regional de Engenharia e 171 II II III IV Arquitetura CREA e Instituto Brasileiro de Avalia o e Per cia de Engenharia IBAPE Atua o do Procurador do Incra na fase administrativa opinando com independ ncia e formulando de of cio comunica o Procuradoria Geral da Autarquia com sugest o de remessa ao MPF apontando irregularidade quando constatada em especial nos casos de desvio de finalidade e de superavalia o Participa o efetiva do MPF na fase pericial inclusive oferecendo quesitos e sempre que necess rio nomeando assistente t cnico etc Interposi o pelo MPF dos recursos cab veis sem preju zo da legitimidade recursal do Incra inclusive e sobretudo nos casos de avalia o exacerbada Atua o efetiva do assistente t cnico do Incra que dever apresentar laudo pr prio e circunstanciado instru do com fotografias e documentos necess rios inclusive se for o caso com informa o
250. a revoga o das s mulas ou a inconstitucionalidade dos juros ap s an lise aprofundada Ministros Moreira Alves Pertence e Ilmar Galv o Os Ministros revelaram d vidas acerca da constitucionalidade das s mulas e da discutida Medida Provis ria Entenderam conveniente primeiro enfrentar a validade das primeiras Assumiu a posi o de que a taxa dos juros n o pode se converter numa cl usula p trea nem a s mula pode prevalecer contra lei superveniente Min Moreira Alves elementar o princ pio de direito intertemporal que lei nova revoga a anterior quando o declarar expressamente ou assim decorrer de conflito entre as duas O atual C digo Civil n o recepciona os juros compensat rios nem as s mulas que os consagram Essa discuss o consta da se o seguinte 114 Assumiu a posi o de que n o poss vel uniformizar a taxa errada a concess o de maneira generalizada dos juros compensat rios taxa de 5 6 ou 12 ao ano Min Ilmar Galv o Juros compensat rios no conceito doutrin rio t m a mesma natureza de compensa o concreta ou efetiva Essa figura se destina a compor o lit gio em concreto Nem no Brasil nem no direito alien gena existem juros de dano ou multa convencional com taxa prefixada Nesse sentido a S mula 618 e o art 15 A do DL 3365 41 s o inconstitucionais A fic o pr via agride o sentido de justi a e assim n o pode corresponder ao escopo de justa indeniza o Este um conc
251. a se Relat rio de Pesquisa Foi elaborado ainda sob Fernando Henrique Cardoso 1995 2002 por um n cleo de estudos agr rios inaugurado no minist rio em junho de 2000 O documento dormia nos arquivos de Bras lia Foi resgatado por auditores do TCU Tribunal de Contas da Uni o Em quatro auditorias o tribunal colecionou dados que apontam para o esgotamento do atual modelo de reforma agr ria em curso Dois relat rios foram aprovados pelo plen rio do TCU em abril e em maio de 2004 Um terceiro foi referendado na ltima quarta feira O quarto vai a julgamento nos pr ximos dias As auditorias n o deixam d vida quanto inconsist ncia dos laudos de avalia o do Incra O pr mio aos fazendeiros superfaturamento de terras e benfeitorias foi em in meros casos tonificado por senten as judiciais Na outra ponta do processo onde se encontram os assentamentos as auditorias flagraram uma atmosfera de pen ria Brindados com terras de m qualidade os assentados s o abandonados pr pria sorte sem fiscaliza o e assist ncia t cnica H assentamentos que n o recebem visita do Incra h cinco anos A Folha obteve c pia de uma senten a judicial de junho de 1997 Redigiu a o juiz Magnus Augusto Costa Delgado lotado na 2 Vara Federal de Natal Anota que equivocada a impress o de que as desapropria es desagradem aos fazendeiros A situa o hoje completamente diversa e assaz curiosa As atuais desapropria es
252. a se a sua defici ncia revelada na dificuldade que a aplica o dos juros compensat rios sempre suscitou no passado e no presente motivando contesta o pelos pr prios rg os judiciais Toda compensa o tem um fundamento econ mico e jur dico Tratando se de um instrumento de composi o patrimonial os juros t m uma causa geradora uma fonte decis ria uma taxa um in cio de contagem e uma base de c lculo 5 Lourival Vilanova As Estruturas L gicas e o Sistema do Direito Positivo p 252 S o Paulo RT 1977 101 Esses crit rios orientam a an lise jur dica que identifica contradi o em certos conceitos aplicados pelos rg os judiciais O fundamento econ mico dos juros compensat rios pode abranger tr s situa es i perda dos frutos da coisa como o aluguel ou arrendamento de um im vel ou a impossibilidade do seu uso impondo ao dono alugar outro para atender uma necessidade ii lucros cessantes pela perda de lucros que potencialmente se deixou de auferir com a interrup o de uma atividade lucrativa e iii perdas e danos decorrentes de melhor neg cio que poderia se fazer com a venda do bem ou da valoriza o deste inclusive pela infla o no curso do processo Esta ltima situa o era recorrente na maioria dos casos julgados nas d cadas de 1950 a 1990 envolvendo im veis situados em grandes cidades poca em que o fen meno da infla o era altamente perverso A n o disponibili
253. a tamb m levar em conta se o expropriado aceitou ou n o a oferta O prop sito desestimular o prolongamento do feito Esses prazos podem ser abreviados para o caso de o expropriado aceitar o pre o previamente homologado por um grupo t cnico No processo de desapropria o indireta sugere se a possibilidade de o juiz a requerimento da parte antecipar a tutela sob certas condi es para admitir o dep sito de pelo 80 do pre o que for apurado segundo uma estimativa sum ria Umas das condi es que a a o seja proposta dentro de um ano e dia do apossamento A previs o se justifica em face da prote o da propriedade e para evitar atrasos na liquida o da indeniza o Sugere se tamb m a cria o de uma bolsa de terras rurais a fim de obter ofertas de particulares interessados em ver seus im veis desapropriados A pr tica mostra que as ofertas j acontecem A bolsa abrigaria essa pr tica Se implementada a proposta certamente exigir mudan a no planejamento da pol tica de reforma agr ria especificamente quanto obten o de terras A consolida o de um cadastro unificado e consequente regulariza o dos t tulos como sugeridos acima facilitar o a proposta da bolsa de terras O mercado de terras em bolsa se tornaria importante na medida em que crescesse o volume de negocia es A bolsa teria por objeto organizar o 27 6 2005 e Samuel Rose Compensation em www samuelrose co uk compensa
254. ade na lei que opera numa fase de generalidade puramente abstrata constitui exig ncia destinada ao legislador que no processo de sua forma o nela n o poder incluir fatores de discrimina o respons veis pela ruptura da ordem ison mica A igualdade perante a lei contudo pressupondo lei j elaborada traduz imposi o destinada aos demais poderes estatais que na aplica o da norma legal n o poder o subordin la a crit rios que ensejem tratamento seletivo ou discriminat rio A eventual inobserv ncia desse postulado pelo legislador impor ao ato estatal por ele elaborado e produzido a eiva de inconstitucionalidade Fonte 58 Rel Min Celso de Mello DJ 19 04 91 128 O constituinte contempla um feixe de vetores normativos com a fun o de trancar todas as possibilidade de discrimina o sen o aquela excepcionalmente prevista ou pressuposta no pr prio texto constitucional A isonomia material contemplada nos artigos 170 caput e no art 1 inciso IV da Constitui o Segundo esses dispositivos a livre iniciativa e o trabalho ganham igual tratamento naquilo que dizem respeito ao emprego dos recursos produtivos A livre iniciativa concerne liberdade de utiliza o dos recursos inclusive o capital financeiro e humano na produ o da riqueza nacional A considera o aos valores sociais do trabalho colocam o ativo humano em p de igualdade com o ativo financeiro f sico ou imateri
255. ados referenciais t cnicos e mercadol gicos e outros meios objetivos de convencimento O justo uma id ia reguladora mais ou menos objetiva Inspirada nesse padr o jur dico a a o humana atua para realiza o de um bem ou de uma necessidade da vida em sociedade O resultado dessa atua o tende a se confundir com o pr prio sentimento que o inspirou que se revela atrav s de um processo que n o pura tica nem pura t cnica Esses dois elementos terminam se agregando ao dom nio jur dico pela regula o legal Nesse sentido pode se dizer que h um processo semijur dico e semi tico na busca do justo pre o que n o admite o enriquecimento sem causa tende a excluir elementos especulativos n o ressarc veis opera em favor de ambos expropriado e expropriante O justo pre o n o uma rela o de confian a entre julgador e perito Para preservar a justeza da indeniza o mister que a per cia observe regras t cnicas sem as quais o resultado da avalia o n o impera n o imp e O que justo em ltima an lise se projeta no dom nio da formalidade forma dat esse rei O rigor 2 Quando se trata de desapropria o de reas com remanescentes de florestas importantes o prosseguimento do processo de desapropria o desejado pelos propriet rios Como est o impedidos de comercializar as rvores segundo a legisla o ambiental sem a desapropria o isto atrav s de uma venda pr
256. agamento de juros compensat rios de 12 e honor rios advocat cios de 5 Essas eleva es de valores basearam se no argumento nico de que entre os valores indicados pelo Incra uma das partes e os valores sugeridos pelos peritos judiciais o magistrado optava por estes Nenhuma quest o t cnica como as que s o apresentadas neste relat rio foi abordada nessas decis es raz o pela qual a equipe entende que as senten as prejudicaram o Er rio tanto quanto ou mais que os erros cometidos pelos peritos do Incra que superavaliaram os bens expropriados 192 Aracati no Cear que n o guarda qualquer rela o percept vel com o processo em cujos autos encontra se inserida 101 Ainda nesse processo constatou se que a numera o das folhas salta da fl 94 para a fl 195 da prosseguindo segi encialmente fls 449 451 Em rela o a estas falhas assim se pronunciou o respons vel fl 471 Referente ao Processo 460 96 da Faz Serra Verde Boa Vista as folhas que n o est o numeradas tratam de informa es do INCRA de Bras lia consequentemente estas deveriam ter sido numeradas por quem as juntou ao processo Quanto a quebra de numera o o engano foi cometido pelo servidor chefe do GT do INCRA BSB pois o mesmo confundiu a letra ele da folha 94 com o n mero 1 um numerando a seguinte como fl 195 dando desta forma nova sequ ncia num rica 102 No processo de desapropria o da fazenda Lageado as ltimas folhas n
257. ais no qual conste 1 conclus o baseada em visita aos im veis acerca da adequa o das classifica es de terras 2 conclus o acerca dos m todos empregados nos c lculos dos valores de mercado da terra nua 3 conclus o baseada em depoimentos de servidores entrevistas com assentados dados constantes dos cadastros de im veis e dos autos al m de outras informa es que se fizerem necess rias sobre a adequa o dos valores pagos a t tulo de indeniza o por benfeitorias em cada um dos processos e mais especificamente pelas benfeitorias citadas neste relat rio e 4 conclus o baseada principalmente em depoimentos de servidores acerca da possibilidade de se comprovar a corrup o e ou a prevarica o nos atos praticados pelos servidores do Incra Neste caso o presente processo ficaria suspenso at que o relat rio do Incra fosse enviado ao Tribunal Essa op o oferece como vantagem a desnecessidade de o TCU requerer junto a entidades federais o apoio t cnico indispens vel TCE Al m disso por ser realizada por t cnicos do pr prio Incra a TCE interna permite que se obtenham informa es inalcan veis em entrevistas realizadas por analistas do TCU pois a rede de comunica o informal entre os servidores da Autarquia que uma fonte de informa es relevante quando se trata de apurar fraudes contra a Administra o muitas vezes de dificil acesso a pessoas de fora especialmente queles que par
258. al indeniz vel desde que a vegeta o n o seja economicamente inexplor vel fazendo se necess rio para tanto a produ o de prova h bil a comprovar o valor comercial da cobertura vegetal e a viabilidade da explora o do potencial levando em considera o os custos com a produ o e o escoamento do produto Conv m ressaltar que apesar de n o ser devida a indeniza o em separado pela cobertura vegetal a teor do que disp e o art 12 par grafo 2 da Lei n 8 629 93 com a reda o dada pela Medida Provis ria n 2 183 2001 as florestas naturais mata nativas e qualquer outro tipo de vegeta o natural n o podendo o pre o apurado superar em qualquer hip tese o pre o de mercado do im vel integram o pre o da terra da nua raz o pela qual deve ser mensurado o valor da mesma A esse respeito foi questionado pelo MPF que as declara es fornecidas pelo vistor oficial em resposta ao quesito 9 que nos cinco anos que antecederam a porpositura da presente a o de desapropria o nem mesmo havia a expropriada efetuado qualquer tipo de investimento para a manuten o e conserva o das matas de preserva o permanente ou qualquer outro tipo de despesa objetivando o uso e explora o das matas em tela existentes no im vel fls 572 e 632 inclusive porque tal uso seria proibido em face da natureza de reas de preserva o ambiental por determina o legal n o tendo assim que se atribuir valor econ mi
259. al Essa afirma o decorre de uma sabedoria hist rica extraordin ria como modelo de supera o de conflitos Dessa forma em situa es essencialmente semelhantes o dono do capital e o detentor da for a de trabalho gozam do mesmo tratamento do Estado N o h preced ncia de um sobre o outro visto que a concilia o de ambos como visualiza o Box 11 encerra uma no o de justi a Box 12 Valoriza o do trabalho e da livre iniciativa Titulares de capital e de trabalho s o movidos por interesses distintos ainda que se o negue ou se pretenda enunci los como convergentes Da porque o capitalismo moderno renovado pretende a concilia o e composi o entre ambos Essa pretens o instrumentalizada atrav s do exerc cio pelo Estado pelo Estado note se de uma s rie de fun es que valendo me da exposi o de Habermas enuncio no item 92 A evolu o do Estado gendarme garantidor da paz at o Estado do bem estar keinesiano capaz de administrar e distribuir os recursos da sociedade de forma a contribuir para a realiza o e a garantia das no es prevalentes de justi a assim como de seus pr requisitos evidentes tais como o crescimento econ mico demarca o trajeto trilhado nessa busca Prof Eros Grau A ordem econ mica na Constitui o de 1988 p 179 8 ed Na interpreta o hist rica de Miguel Reale a valoriza o do trabalho humano sugere uma preced ncia sobre
260. al supera o valor de mercado de um cajueiro em boas condi es que a planta o mais nobre da regi o 9 11 2 superavalia o de cercas externas que gerou um preju zo estimado de R 3 9 mil em 12 6 2003 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 4 do relat rio 9 11 2 1 os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a 83 de todo o per metro da fazenda 17 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes e que h presun o legal de que as cercas que ladeiam rodovias pertencem ao Poder P blico 9 11 2 2 a extens o das divisas da fazenda com rodovias p blicas estadual ou federal de 2 3 mil metros conforme se depreende do mapa de fl 715 9 11 2 3 pagamento indevido de R 9 1 mil em 12 6 2003 sob o t tulo de 200 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 11 2 4 as fichas de coleta de opini es de pre o n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 11 2 5 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desma
261. alegada O certo entretanto que como as indeniza es n o s o pagas do modo previsto na Constitui o a indeniza o da ponta do gale o desapropriada no Governo Vargas em 1937 para instala o da base a rea e do aeroporto at hoje ao que consta ainda n o foi paga seu valor por efeito da taxa de doze por cento anual vai dobrando da cada oito anos 8x12 96 chegando a valores irreais ap s um longo per odo de tempo O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR E V Exa sabe por que n o foi pago Obviamente porque essa taxa t o alta que por isso mesmo vai crescendo capitalizando se numa margem absolutamente de progress o geom trica O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR N o h dispositivo vigente V Exa capaz de me citar qual a lei que prev doze por cento O SENHOR MINISTRO CARLOS VELLOSO Com rela o desapropria o Acabei de dizer que o Supremo Tribunal Federal fixou essa taxa de doze por cento com base no conceito de pre o justo O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Pre o justo em face do artigo 1 063 o C digo Civil estabelece seis por cento O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR N o V Exa esquece de dizer que a s mula n o se baseia apenas no art 153 22 mas tamb m invocou o art 1 063 do C digo Civil que n o concedia doze por cento o que era explica o para o crit rio anterior quando havia um regime de estabilidade monet ria e o p
262. alia o do im vel afirma se que somente 400 ha estavam em condi es de vir a produzir castanhas Produ o 38 toneladas de castanhas de caju referente a uma rea de 400 00 ha O restante da rea plantada com cajueiro necessita de tratos culturais uma vez que a mencionada rea encontra se com grande incid ncia de vegeta o grifo nosso fl 16 193 Diante da contradi o a equipe de auditoria julgou oportuno questionar o Incra acerca das raz es que levaram seus avaliadores a considerar 800 ha de cajueiro quando apenas 400 ha poderiam vir a produzir 194 Em resposta ao of cio da equipe de auditoria fls 452 460 o Engenheiro Agr nomo do Incra Sr Ismael Viriato de Souza respons vel pela realiza o da vistoria e avalia o do im vel em apre o informou que todo o cajueiro se encontrava em condi es de ser explorado fl 472 Com rela o ao cajueiro esclarecemos que n o s a metade da cultura estava em condi es de ser explorada mas sim toda ela pois durante o per odo que transcorreu da vistoria preliminar a avalia o o propriet rio realizou tratos fitossanit rios tais como coroamento e poda de limpeza no cajueiro deficiente inclusive na ocasi o da vistoria de avalia o ainda localizamos dois tratores e diversos trabalhadores rurais em plena atividade de limpeza da referida rea 195 Coincidentemente uma das pessoas que acompanhou a equipe do TCU na inspe o da fazenda Brinco de Ouro foi o S
263. am influenciados pelo problema Anote se que entre 1940 e 1947 o ndice anual de infla o acumulada ficou na m dia em 18 47 Um tratamento de choque fez com que esse ndice baixasse para 3 36 no ano de 1948 A a o do governo funcionou nos dois anos seguintes em que se verificaram ndices acumulados de 4 23 e 3 59 Mas em 1951 o fen meno reincidiu n o parando de crescer O Quadro 21 estampa o cen rio 120 Quadro 20 Infla o acumulada IPC FIPE 9 00 10 99 1569 1929 2575 26 19 1885 2317 336 423 438 713 090 88 656 Fonte Base de dados da Funda o Get lio Vargas Nos anos de 1963 e 1964 quando surgiram as S mulas 164 345 e 416 os ndices de infla o anual acumulada foram de 80 53 e 85 60 respectivamente No ano em que a S mula 618 foi editada 1984 a infla o computada foi de 178 56 Esses ndices est o longe do pico No governo militar o per odo mais crucial vai de 1988 a 1994 Nos anos de 1988 a 1990 a infla o bateu o ndice anual de 891 67 1 635 85 e 1 639 08 Depois de um arrefecimento do problema esses ndices voltaram aos patamares de 1 129 45 2 490 99 e 1 172 95 nos anos de 1992 a 1994 A leitura do fen meno para o objeto do presente trabalho que o problema da infla o era o argumento mais ardente em favor dos juros compensat rios O fen meno recorrente sendo respons vel pela mudan a de ministros da Fazenda e de moedas e uma sucess o de p
264. amente aprovando os dados constantes no laudo Sras Maria das Gra as A de Oliveira e Anna Suely Borja Jales Pinheiro membros da Comiss o Revisora e do Comit Regional que assinaram parecer respectivamente confirmando o laudo de vistoria e avalia o Sr M rio Moacir de Almeida membro da Comiss o Revisora que assinou parecer corroborando o laudo de vistoria e avalia o Sr S lvio Em lio Maito membro do Comit Regional que assinou parecer confirmando o referido laudo e Sr Jos Maria da Rocha que como membro do Comit Regional decidiu pela desapropria o do im vel e como Superintendente Regional aprovou a avalia o realizada encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA a quantia especificada acrescida dos encargos legais relativa ao pagamento indevido de R 10 8 mil em 6 7 2001 a t tulo de 250 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 13 1 as fichas de coleta de opini es de pre o fls 217 228 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 13 2 os
265. anulou a senten a e cancelou o registro da matr cula Mustaf Said portanto n o poderia ter recebido a indeniza o pela desapropria o das reas pois por for a da anula o da decis o do SFT perdera o dom nio dos im veis O Incra tenta judicialmente reverter essa situa o Os seringais Fortaleza Ca adu Santo Ant nio S o Sebasti o I S o Sebasti o II S o Miguel S o Francisco Ma an posse Mixiry posse Seruiny posse Guajarrah S o Jorge posse e Ma an II posse originalmente tinham 872 827 hectares Ao serem transferidas por Nasser Abrahim Nasser para a Fazenda Manasa o n mero de hectares foi aumentado para 1 512 416 65 O Tribunal Federal de Recursos anulou o processo a partir da cita o e remeteu Justi a Federal a a o demarcat ria e houve a averba o do cancelamento do registro por decis o do Supremo Tribunal Federal Posteriormente no entanto o juiz federal do Amazonas determinou a revalida o da matr cula do registro que fora cancelada pelo TFR O TFR anulou o processo e determinou a remessa dos autos Justi a Federal em a o de usucapi o movida por Mustaf Said em rela o aos seringais Jupyra Liz e Miry localizados no munic pio de Pauini e com rea de 124 500 ha Por ordem do Corregedor Geral foi cancelado o registro e os 124 500 hectares retornaram ao patrim nio p blico O Tribunal Federal de Recursos declarou nula a a o de usucapi o movida sobre os Seringais
266. aos Membros do MPF quando cab vel o ajuizamento independente e simultaneamente se for o caso com a defesa do Incra na a o de desapropria o e da a o rescis ria Recomendar ao Incra e AGU o ajuizamento ou a provoca o do MPF para a propositura com posterior ades o ao p lo ativo Recomendar o ajuizamento a qualquer tempo em caso de erro material Recomendar o ajuizamento em casos extremos mesmo ap s o prazo da a o rescis ria n o para desconstituir a senten a da a o de desapropria o ou a senten a de liquida o mas com o fundamento de evitar o enriquecimento sem causa do expropriado requerendo a condena o devolu o dos valores recebidos al m do pre o Justo A es Judiciais contra as Desapropria es 173 II II Autorizar por lei a presen a do Incra na qualidade de litisconsorte passivo necess rio nos mandados de seguran a de compet ncia do STF contra decretos presidenciais de desapropria o Nomea o de engenheiros agr nomos como peritos judiciais nas a es contra o Incra que versem acerca da produtividade de im veis rurais O Incra dever comunicar 5 CCR MPF os mandados de seguran a com concess o de liminares no STF para que seja acelerada a tramita o desses processos na Procuradoria Geral da Rep blica e no pr prio Tribunal Propositura de ADIn pelo MPF contra os arts 10 par grafo nico 14 15 e 16 da LC 76 93 no tocante exclus o da sistem tica
267. apropria o Justificativa as cess es de cr ditos judiciais passaram a ter natureza de neg cios quase financeiros talvez justificando a incid ncia de tributa o n o se trata de tributa o sobre valores com natureza indenizat ria mas sobre as cess es desses valores que deixam de ter essa natureza e passam a funcionar como quase moeda ENCERRAMENTO A Comiss o de Sistematiza o composta de Membros do MPF da AGU e do Incra abaixo relacionados reunida nos dias 8 e 9 de outubro de 1998 na Sala de Sess o do Conselho Superior do Minist rio P blico Federal localizada no Edif cio Sede da Procuradoria Geral da Rep blica Av L2 Sul Quadra 603 4 lote 23 Bras lia DF elaborou este documento como vers o final A 5 C mara de Coordena o e Revis o ficou incumbida de encaminh lo s Institui es participantes e demais rg os envolvidos Delza Curvello Rocha MPF PGR 5 CCR 061 313 5297 Coordenadora 274 5827 res Carlos Alberto Carvalho Vilhena MPF PR GO 062 212 4445 Coelho Wellington Cabral Saraiva MPF PR PE 081 424 8844 223 Norma Cyreno Rolim AGU PRU 5 Regi o 081 972 1266 176 Raimundo da Cunha Abreu AGU PGU DF 061 224 3944 Ridalvo Machado de Arruda Incra PB 083 241 1341 Josely Aparecida Trevisan Incra PR 041 264 4282 Massuquetto Carlos Alberto de O Lima 5 CCR Assessor 061 347 4911 Os participantes sob protesto da Coordenadora da 5 C mara d
268. apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 13 2 1 consta do relat rio de levantamento preliminar fl 171 e do laudo de vistoria e avalia o que a planta o encontrava se em prec rio estado fitossanit rio e vegetativo fl 193 13 2 2 a vida til de uma planta o de sisal de 6a 7 anos fls 861 13 2 3 n o consta do laudo de avalia o qualquer estudo acerca dos custos de recupera o da planta o 13 2 4 custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R 200 ha fl 864 13 2 5 a planta o de sisal gerou apenas R 1 2 mil de renda aos assentados em 2001 conforme depoimento do Sr Queginaldo da Silva Garcia Vice presidente da associa o de assentados dessa fazenda fl 678 13 2 6 de acordo com a declara o do propriet rio que consta do relat rio de levantamento preliminar fl 171 o ndice de produtividade dessa planta o era de 135kg ha produ o de 10 toneladas em 74 3 hectares e n o de 400kg ha como os peritos consideraram no laudo de avalia o fl 193 13 2 7 o valor pago pelo sisal em prec rio estado supera o valor de mercado de um cajueiro em boas condi es que a planta o mais nobre da regi o 13 3 pagamento indevido de R 37 2 mil em 8 6 2000 a t tulo de 185 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terr
269. ar lia de Machado estagi ria de Direito Os agradecimentos v o para todos 13 2 A JUSTA INDENIZA O DA TERRA Dados apontam o Brasil como um dos poucos pa ses capitalistas incapazes de realizar reformas civilizat rias no padr o de gera o e distribui o da riqueza e de instaurar direitos realmente universais O Pa s tamb m refer ncia por n o ter realizado ainda a reforma agr ria A esse respeito a rea ocupada pelas propriedades com mais de mil hectares caiu de forma praticamente irrelevante ao longo de todo o s culo XX 2 A figura dos juros compensat rios criados para favorecer apenas os donos da propriedade e n o a generalidade dos cidad os credores do Estado compat vel com a filosofia da reforma agr ria No jogo distributivo falta interesse e compromisso com a universaliza o do acesso cidadania para amplos segmentos sociais os 10 mais ricos da popula o respondiam por cerca de 3 4 de toda riqueza nacional em 2001 um percentual superior ao verificado nos s culos anteriores segundo estimativa PNAD IBGE Os juros compensat rios na desapropria o s o aplicados de forma a expandir a concentra o de capital Nesse sentido a sua manuten o no cen rio atual da economia parece entrar na contram o de uma sociedade que aspira a ser justa e solid ria A justa indeniza o da terra sujeita a um mercado altamente imperfeito e oportunista evoca um sentimento
270. arcela de responsabilidade porque ele det m o poder de sanar distor es A grande cr tica que de um modo geral as senten as ostentam motiva o deficiente em que o juiz fica ref m do perito Um exemplo consta do Box 5 A indeniza o foi fixada assim terra nua R 4 735 259 46 benfeitorias R 346 176 26 total R 5 081 435 72 A senten a suscita o seguinte questionamento Como o perito oficial justificou o seu pre o apurado para a terra nua por hectare e para as benfeitorias 57 Quais os pontos cruciais discutidos na audi ncia de concilia o com base na avalia o administrativa que dificultaram um acordo e justificaram objetivamente a produ o de per cia judicial Quala cr tica do laudo oficial ao dos assistentes t cnicos A rea do im vel foi definida de modo a atender o disposto nos artigos 167 inc I n 34 176 inc II n 3 letra a e 225 8 3 da Lei de Registros P blicos com a altera o da L 10 267 2001 Box 5 Motiva o deficiente de senten a de desapropria o Na verdade a apura o do perito indicado por este Juizo que merece prevalecer em face de sua imparcialidade e levando em considera o que foi realizada com base em minuciosos crit rios detalhados em seu lado n o suscitando mais quaisquer d vidas no convencimento do Juizo Vale observar que apesar de ter acolhido o laudo pericial utilizarei como rea total do im vel a extens o de 810 00 hectare
271. as apenas 7 hectares o que significa que deveria existir apenas 574 hectares de cajueiros conforme relato do Sr Severino Ant nio que poca trabalhava na fazenda e hoje um dos assentados al m de Vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara 5 1 5 a rea da planta o n o foi vistoriada com dilig ncia conforme relato do mesmo Sr Severino Ant nio que afirmou equipe de auditoria que os t cnicos do Incra se limitaram a percorrer as duas estradas que ladeiam e atravessam a planta o sem buscar maiores evid ncias para o descarte da informa o fornecida pela equipe anterior que afirmara que apenas metade das rvores encontrava se em condi es de produzir 5 1 6 a equipe de peritos deixou se ludibriar por uma farsa montada pelo fazendeiro que colocou homens e tratores a simular uma limpeza da planta o conforme relato do mesmo Sr Severino Ant nio 5 1 7 utilizando a mesma f rmula utilizada pelos peritos do Incra e aplicando a essa os dados constantes dos autos a equipe de auditoria apurou que o valor da planta o deveria ser de R 78 mil 5 2 superavalia o de cercas externas que gerou um prejuizo estimado de R 28 mil em 11 10 1996 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 4 do relat rio 5 2 1 os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a todo o per metro da fazenda 33 mil metros desconsiderando que as cercas
272. as Lageado e Serra Verde Tabela 13 Dados coletados pelo Incra para avalia o das fazendas Lageado e Serra Verde Informa es sobre Pre os de Terra valor Evid ncia Organ por hectare fl Alta Fertilidade R 180 00 Banco do Brasil Ag ncia S M dia Fertilidade R 130 00 533 Jo o C mara Baixa Fertilidade R 75 00 Inatern N cleo de Cear Mir m Escrit rio de Jo o Valor varia entre R 120 00 e R 130 00 534 C mara Itern Instituto de Terras Classe HI R 120 00 do Rio Grande do Norte Classe IV R 100 00 535 203 A perda de efic cia jur dica decorre da pr pria falta de l gica matem tica Sendo o laudo um trabalho pericial e sendo o trabalho de per cia um labor eminentemente t cnico se comprovada a falha t cnica do laudo sua efic cia jur dica se esvai 204 Uma explica o mais detalhada dessa falha apresentada no anexo 2 205 N cleo Regional de Classe V R 80 00 Terras Jo o C mara I Alta Fertilidade R 90 00 Primeiro Cart rio Judici rio de Jo o C M dia Fertilidade R 60 00 536 UAICIATIO QE JOAO AMATA paixa Fertilidade R 30 00 Emater Janda ra RN R 180 00 537 Suave ondulado R 130 00 Contacap Mato Grande Ondulado R 90 00 538 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de R 160 00 539 Janda ra Classe III R 200 00 Classe IV R 150 00 540 Classe V R 100 00 Classe
273. as dos juros compensat rios e fazer sugest es para fortalecer o regulamento do mercado de terras A proposta de cancelamento se funda na incompatibilidade das mesmas s mulas com a nova ordem e destina facilitar a regula o sugerida A exposi o logrou comprovar que a cl usula da justa indeniza o da terra n o pode ser interpretada isoladamente mas no contexto de uma racionalidade constitucional que abriga uma no o de justi a para todos O estudo tamb m comprovou a hip tese de que o cen rio econ mico de alta infla o em que as s mulas foram editadas em nada se compara com as condi es atuais da economia brasileira Os atrasos no pagamento das indeniza es continuam a existir Mas n o t m a conota o abusiva que tinham noutras pocas em que a pr tica democr tica era escassa ou quase inexistente Ao longo da discuss o o trabalho sugere que os juros compensat rios fazem parte de um conjunto de condi es que tornam o mercado de terras extremamente imperfeito Essas condi es s o respons veis por rendas improdutivas 4 geradas pela fun o ineficiente do governo sobretudo na condu o da pol tica da reforma agr ria e da preserva o ambiental Os juros compensat rios concorrem para a perversa especula o nesse mercado O fato de os donos de terras n o terem que provar efetivo preju zo para fazerem jus aos mesmos juros estimula neg cios com terras em que a linha entre o legal e o esp rio ora s
274. as planta es de caju e sisal respectivamente 209 Examinando os valores constantes dos laudos de avalia o do Incra identificaram se cinco casos em que a Autarquia ofereceu aos expropriados valores bastante superiores aos crit rios estabelecidos pela equipe de auditoria A tabela 17 apresenta essas irregularidades Tabela 17 Outros casos de Superavalia o de coberturas vegetais Descri o e Valor de None das Avalia o da Cobertura Valores Unit rios Atribu dos pelo Incra Fazendas Vegetal Terra Terra nua Nua Vegetal cobertura 106 ha de cajueiro em bom R R S o Luiz estado fitossanit rio foram R 198 05 ha 710 44 h x 908 49 ha avaliados em R 75 mil a Serra 200 ha de cajueiro em estado de R R Verde Boa conserva o regular foram R 110 00 ha 554 76 h 664 76 14 Vista avaliados em R 110 mil a Buraco 240 ha de sisal em estado R R Seco S o fiossanit rio regular bom foram R 219 85 ha 335 47 h E 555 32 ha Jo o avaliados em R 80 mil a 74 3 ha de sisal em estado R R S o Luiz fitossanit rio prec rio foram R 198 05 ha 365 77 h I 563 82 ha avaliados em R 27 mil a i i R Baixa do 12 0 ha de sisal foram avaliados R Novilho em 4 1 mil a ti 466 64 ha Observa o as planta es de eucalipto na fazenda Xo e de caju na fazenda Brinco de Ouro foram excluidas dessa tabela por terem sido analisadas individualmente nos subitens anteriores
275. as regi es dos EUA Mas quase sempre mais elevados que do Uruguai e Argentina Isto quando tomamos os pre os m dios Brasil que ap s o real e at o ano de 2001 2 ficaram ao redor de U 1000 00 Mas os pre os no Brasil oscilam muito de R 200 no No NE a R 4000 00 ou mais em m dia nos estados do Sudeste Portanto as compara es podem ser perigosas III Desde 94 95 os pre os v m caindo e gra as ao Plano Real alcan aram estabiliza o a partir de 1997 mas ainda h bastante gordura Por volta do ano 2002 2 os pre os come aram a subir acima do patamar de U 100 que ficou por mais de 5 anos Este novo pre o girando em torno de U 1200 00 at 1500 00 at in cio de 2003 4 partir da houve uma subida generalizada dos pre os de terras por conta do boom da soja entre outras coisas N o sei a m dia hoje mas certamente est em torno de U 2500 00 Mas sempre lembrando que os impactos locais podem ser imensos Mas sempre h pelo menos 30 de gordura mesmo nas fases de pre os mais baixos IV Os pre os cotados nos processos judiciais chegam a ser em m dia 5 cinco vezes superiores aos pre os de mercado havendo casos de a indeniza o superar o pre o de mercado em 12 vezes H dois problemas de origem a um que a Per cia seguindo a legisla o estabelece os valores para as benfeitorias com base no valor de reposi o o que absolutamente irreal no mercado e para a terra o valor da terra nua que tamb m n o
276. as rendas esperadas da terra decorrentes de seu uso como ativo de capital na atividade produtiva ii o grau de liquidez da terra isto a relativa facilidade em revend la e iii os custos de manuten o desse ativo no portf lio do propriet rio 34 A terra um ativo de capital ou seja pode ser utilizada para produzir outros bens Ademais um ativo que ganha liquidez quando a sua indeniza o convertida em t tulos que formam um mercado secund rio No seu vencimento o t tulo convertido em dinheiro sem perda de valor antes do vencimento poder ser negociado com relativa facilidade 3 Ludwig Einstein A Plata in Mercados de Terras no Brasil G nesis Determina o de seus Pre os e Pol ticas p 58 site http www unicamp br anuarios 2001 1E IE tesesdoutorado html Bastiaan P Reydon in Interven o nos Mercados de Terras 42 Quadro 2 A equa o do pre o da terra O pre o da terra rural reflete os ganhos esperados para os atributos capitalizados e se resume seguinte equa o P qg c l a sendo P pre o da terra rural q rendas quase produtivas ou seja as rendas esperadas decorrentes da explora o da propriedade da terra c custo de manuten o da terra l pr mio de liquidez da terra ou a facilidade de a terra ser vendida no futuro a ganho patrimonial da terra Este fluxo de renda obtido no momento da venda da terra e depende portanto das condi es d
277. as terras do assentamento n o presta para a agricultura 199 Figura 3 Na foto da esquerda evidencia se o fator pedregosidade na foto da direita o fator profundidade efetiva do solo Fazenda Pe Jo o Maria Il Fotos da vistoria realizada pela equipe de auditoria entre os dias 21 e 24 7 2005 194 4 figura 4 mostra assentados trabalhando num forno de calcina o de calc rio que foi constru do de forma prec ria na reserva ambiental do assentamento O combustivel do forno lenha 200 5 E Figura 4 Assentados trabalhando na queima do calc rio na fazenda Pe Jo o Maria II Fotos da vistoria realizada pela equipe de auditoria entre os dias 21 e 24 7 2005 135 Al m de configurar um il cito ambiental tal fato revela o estado de necessidade a que s o submetidos os benefici rios de lotes n o agricult veis da reforma agr ria 136 Como a oportunidade de emprego escassa e as ajudas financeiras dos poderes p blicos s o parcas e espor dicas os trabalhadores s o for ados a buscar o sustento de suas fam lias explorando as riquezas dispon veis no assentamento de reforma agr ria 137 No caso da fazenda Padre Jo o Maria II essas riquezas n o s o as terras mas as pedras de calc rio e a mata agreste que se espalham sobre o solo 138 Nos outros sete laudos os avaliadores n o identificaram terras das classes I e II mas atribuiram a classe III para por es de terras que variam entre 21 e 71 das
278. asicamente em 1 procurar valores de refer ncia 2 atualiz los 3 homogeneiz los e 4 identificar o valor de tend ncia central da amostra saneada O objetivo da avalia o encontrar a tend ncia central ou m dia ponderada do mercado indicada por importantes transa es imobili rias e para alcan ar isso o avaliador fica subordinado ao seguinte esquema de trabalho 1 Procurar refer ncias de vendas ou de rendas de propriedades compar veis 2 Atualizar os valores de propriedades considerando as diferentes pocas das transa es 3 Comparar as propriedades de refer ncia com a propriedade que est sendo avaliada atrav s do m todo mais adequado ao caso a compara o direta reduzir ao mesmo denominador ajustando as diferen as de tamanho qualidade localiza o poca de transa o ou de oferta estado de conserva o etc b compara o indireta comparar as rendas e aplicar a taxa de capitaliza o renda da propriedade sob avalia o 4 Pesquisar a tend ncia central ou m dia ponderada dos resultados obtidos para chegar se finalmente ao VALOR Abunahman S A Curso B sico de Engenharia Legal e de Avalia es 2 ed S o Paulo Pini 2000 p 23 21 Conforme mostrado a seguir os peritos na Autarquia na maioria das vezes d o se por satisfeitos apenas com a coleta de opini es 22 A opini o de pre o pode ser oferecida por qualquer pessoa que conhe a a regi o e entenda razoavelm
279. aso do abandono como no de transfer ncia ilegal de lotes cabe a retomada pelo Incra das glebas conforme estabelece o art 22 da Lei n 8 629 93 Art 22 Constar obrigatoriamente dos instrumentos translativos de dom nio ou de concess o de uso cl usula resolut ria que preveja a rescis o do contrato e o retorno do im vel ao rg o alienante ou concedente no caso de descumprimento de quaisquer das obriga es assumidas pelo adquirente ou concession rio grifo nosso 77 4 equipe de auditoria estimou o ndice de abandono e transfer ncia ilegal de lotes nos assentamentos da regi o de Jo o C mara por meio de entrevistas com os l deres de 8 das 10 comunidades visitadas A tabela 5 resume os dados coletados indicando em cada caso a fonte das informa es Tabela 5 Abandono de lotes em assentamentos rurais na regi o de Jo o C mara RN 184 A Lei n 8 629 de 25 2 1993 disp e que Art 21 Nos instrumentos que conferem o t tulo de dom nio ou concess o de uso os benefici rios da reforma agr ria assumir o obrigatoriamente o compromisso de cultivar o im vel direta e pessoalmente ou atrav s de seu n cleo familiar mesmo que atrav s de cooperativas e o de n o ceder o seu uso a terceiros a qualquer t tulo pelo prazo de 10 dez anos 187 r meros de Lotes Nome da Fazenda Abandonados ndice ou ilegalmente transmitidos Geraldo Teixeira presidente da S o Luiz associa o Quegina
280. assinaram o parecer de Avalia o do Eucalipto Sr Zenivaldo Bezerra Alves que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de 257 emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA a quantia indicada acrescida dos encargos legais tendo em vista a seguinte irregularidade 9 5 1 superavalia o da floresta de eucalipto que gerou um preju zo estimado de R 200 mil em 11 10 1996 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio e anexo 3 9 5 1 1 a floresta de eucalipto n o era um investimento do fazendeiro mas uma experi ncia da Sider rgica Uni o conforme consta do relat rio Avalia o dos Plantios de Eucalipto na Fazenda Xo e Fazenda S tio de Dentro elaborado por essa empresa 9 5 1 2 as rvores de eucalipto apresentavam um desenvolvimento p fio entre 4 e 8 m hectares ano com uma taxa de crescimento pr xima da mata nativa conforme consta desse mesmo relat rio 9 5 1 3 constam dos autos da desapropria o do im vel dois valores para a floresta de eucalipto diferindo entre si de R 200 mil tendo prevalecido para fins de indeniza o o
281. ato de gest o antiecon mica R 156 575 49 9 15 determinar Secretaria Adjunta de Fiscaliza o que 9 15 1 promova com aux lio da Secob o treinamento de ACEs para a realiza o de auditorias em desapropria o de im veis para fins de reforma agr ria considerando a necessidade de 9 15 1 1 pr sele o dos analistas que compor o as equipes regionais de acordo com o interesse e a forma o acad mica de cada um com prefer ncia para engenheiros agr nomos engenheiros civis e bachar is em Direito 9 15 1 2 colabora o da entidade auditada por meio de palestras sobre o conte do e a vig ncia dos normativos t cnicos especialmente aqueles que versam sobre classifica o e avalia o de terras e 9 15 1 3 trabalho pr tico de an lise da integra dos autos de um processo de desapropria o ocorrida no entorno do Distrito Federal acompanhada de visita ao im vel 9 15 2 inclua anualmente nos planos de fiscaliza o auditorias no Incra na rea de desapropria o de im veis para fins de reforma agr ria 9 16 dar ci ncia desta decis o acompanhada do Relat rio e Voto que a fundamentam ao INCRA ao Minist rio do Desenvolvimento Agr rio Controladoria Geral da Uni o 5 C mara de Coordena o e Revis o Patrim nio P blico e Social do MPF e aos Presidentes da C mara dos Deputados e da Comiss o Parlamentar Mista de Inqu rito CPMI da Terra 9 17 remeter os autos Secob para que seja da
282. aulo Editora Saraiva 1958 SAMPAIO Paulo Eduardo de Souza coord Estudos Especiais Moedas de Privatiza o Associa o Nacional das Institui es do Mercado Aberto ANDIMA 1995 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado principalmente do ponto de vista pr tico Volume XIV Rio de Janeiro Freitas Bastos 11 edi o 1980 SAVATIER Ren Trait de la Responsabilit Civile Tome II Cons quences et aspects divers de la responsabilit Paris 2 edi o 1951 SILVA Benedicto coord Dicion rio de Ci ncias Sociais Rio de Janeiro FGV 1 edi o 1986 SOUZA Nali de Jesus de Curso de Economia S o Paulo Atlas 2 edi o 2003 155 SOUZA Washington Peluso Albino Primeiras Linhas de Direito Econ mico 5 edi o S o Paulo LTr 2003 STIGLER George J A Teoria da Regula o Econ mica Regula o Econ mica e Democracia Paulo Matos coord S o Paulo Editora 34 2004 TVERSKY Amos e KAHNEMANN Daniel Rational Choice and the Framing of Decisions Journal of Business 1986 vol 59 n 4 pt 2 pp 251 278 Choices Values and Frames American Psychologist Abril de 1984 vol 39 n 4 pp 341 350 The Framing of Decisions and the Psychology of Choice Science pp 453 458 vol 211 30 jan 1981 Causal Thinking in Judgment Under Uncertainty Butts and Hintikka eds Basic Problems in Methodology and Linguistics 1967 pp 167 190
283. base em estimativa sum ria Tudo isso prova que a parte diligente poder se utilizar de instrumentos jur dicos que t m a for a de inibir abusos Eventual resist ncia desse ou daquele governo estadual ou municipal em honrar a indeniza o pode ser resultado do alto ndice de abstra o da compensa o baseada numa s mula que n o convence mais Como se v o atraso no pagamento do precat rio uma quest o menor que pode ser resolvida com uma 113 regula o eficiente isto que penalize eventual conduta abusiva do expropriado e do rg o expropriante e exija do juiz de primeiro grau uma atua o mais comprometida com a aplica o do preceito no in cio do processo N o parece correto penalizar todos os rg os expropriantes em geral s o uma fic o jur dica Min Marco Aur lio Os juros compensat rios viraram uma fic o jur dica Os juros de mora tamb m o s o pois servem para compensar um preju zo abstrato decorrente da mora mas s o aplic veis aos d bitos em geral sem discrimina o Fora dos juros de mora os sistemas jur dicos costumam admitir compensa o apenas de preju zo comprovado perdas e danos ou lucros cessantes Na medida em que os compensat rios se transformam numa fixa o eles se caracterizam como juros de mora retroativos isto cobrados antes de a obriga o se tornar l quida com o tr nsito em julgada de decis o judicial b Outros destaques Admitiram discutir
284. base no art 84 da Lei n 8 443 92 c c art 8 da Lei Complementar n 75 03 art 26 da Lei n 8 625 93 a conveni ncia de solicitar ao Poder Judici rio a transfer ncia dos sigilos fiscal e banc rio dos envolvidos 2 convers o deste processo em Tomada de Contas Especial com base no art 47 da Lei n 8 443 92 em face da constata o da ocorr ncia de prejuizo ao Er rio nas desapropria es realizadas pelo Incra em Jo o C mara no Estado do Rio Grande do Norte no per odo de jan 1996 a out 2001 3 realiza o com fulcro no art 43 inciso II da Lei n 8 443 92 de audi ncia do Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional do Incra no Rio Grande do Norte de 1 11 1993 a 30 10 2001 fl 885 para que apresente raz es de justificativa para sua omiss o diante das seguintes irregularidades ocorridas no per odo em que era o dirigente m ximo do rg o e tinha o dever de adotar medidas administrativas para evit las ou minimiz las 3 1 inadequa o de todas as classifica es agron micas de terras realizadas pelos peritos do Incra RN no Munic pio de Jo o C mara nos anos de 1996 a 2001 cap tulo 1 do relat rio 3 2 falhas graves nos procedimentos de avalia o da terra nua de oito das nove fazendas desapropriadas em Jo o C mara cap tulo 2 do relat rio 4 realiza o de audi ncias com fulcro no art 43 inciso II da Lei n 8 443 92 para que os respons veis apresentem raz es de justificativa para as se
285. benfeitorias ou mais de 33 mil reais Depositado o dinheiro o propriet rio recorreu Justi a que condenou o Incra uma indeniza o de R 19 664 669 03 terra nua e R 1 357 451 28 benfeitorias ou seja mais de 21 milh es de reais Corre o monet ria de 70 28 Fazenda Anonni Desapropriada em 1972 para a implanta o do Projeto de Assentamento Encruzilhada Natalino no Rio Grande do Sul a Fazenda Anonni teve seu valor estimado pelos propriet rios em 1997 em R 308 4 milh es A este valor seria acrescida corre o monet ria de 70 28 resultando num total de R 525 1 milh es Proposta de acordo formulada pelo Incra em novembro de 1998 estabelece como valor m nimo incontroverso ou valor m ximo incontest vel o montante de R 84 2 milh es Caso os antigos propriet rios n o aceitem a proposta caber ao juiz liquidar a senten a Senten a eleva valores Fazenda Gleba Sudoeste No Sul do Par mais precisamente no munic pio de S o F lix do Xing a Fazenda Gleba Sudoeste de 43 9 mil hectares foi desapropriada pelo Incra depois de avaliada em R 7 8 milh es A per cia judicial elevou este valor para R 12 3 milh es A senten a final fixou a indeniza o do im vel rural em R 8 4 milh es Per cia judicial eleva indeniza o em R 2 milh es 157 Fazenda Santa Teresa No munic pio de Cumar no Estado do Par a Fazenda Santa Teresa com 36 6 mil hectares foi avaliada em R 5 3 milh es O
286. c ndio fato que fez aumentar em R 55 mil o valor atribu do benfeitoria 6 1 7 os peritos do Incra consideraram o ndice de produtividade de 1 084 rvores ha valor que ao menos 162 superior aos valores constantes dos autos como se v no texto t cnico cient fico de fl 584 de 199 a 413 est reos hectare e no citado relat rio da Sider rgica Uni o 8 a 16 est reos hectare ano ou 64 a 128 est reos hectare se considerados intervalos de anos entre os cortes 6 1 8 os peritos do Incra consideraram que o pre o final do produto seria de R 2 42 rvore valor esse que n o respaldado nos autos por qualquer levantamento de pre os de mercado e que 61 maior que o valor constante no referido relat rio da Sider rgica Uni o R 1 50 est reo 6 1 9 a planta o de eucalipto propiciou aos assentados uma renda bruta nominal de R 118 mil conforme relato do tesoureiro da associa o de assentados da Fazenda Xo Sr Francisco Teixeira da Silva Z cita o solid ria dos respons veis pelos prejuizos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Xo com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 42 54 e o parecer de Avalia o do Eucalipto fls 590 592 Sr Zenivaldo Bezerra Alves que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 42 54 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que
287. cadastro boa titula o etc Temos que ter um Estado que regule para os fins sociais econ micos e ambientais a propriedade da terra Isto uma mudan a que n o conseguimos operar at hoje e t o elementar b sica Basta utilizar a tecnologia dispon vel e estabelecer algumas regras de transi o da antiga legisla o de terras Lei de Terras Estatuto da Terra acabar com a posse e a partir da a possibilidade de se especular com terras j diminui muito Talvez possamos colaborar nisso Fonte Mensagem do Prof Bastiaan Reydon 28 9 2004 bastiaanrdiadb org Um cadastro unificado de propriedades rurais reduziria a ocorr ncia de fraudes e propiciaria a regulariza o da propriedade Isso poder ser implementado a partir de um projeto piloto A necessidade do aperfei oamento do cadastro do INCRA se revelou imperativo nos trabalhos da Comiss o Parlamentar de Inqu rito da Reforma Agr ria realizada pelo Assembl ia Legislativa do Paran cujo Relat rio apontou ainda a dimens o da viol ncia das invas es desrespeito preserva o ambienteal a necessidade de reaparelhamento do INCRA a resist ncia dos propriet rios s desapropria es administrativas 146 defici ncia na gest o de assentamentos gest o anti econ mica 172 preciso reverter o cen rio de especula o com as terras n o urbanas A interven o inclui tamb m encerrar a pr tica de compensa o artificial mediante a
288. caso a per cia poder computar al m do pre o do im vel as perdas e danos eventualmente decorrentes da priva o dos frutos da coisa efetivamente verificados 1 2 Depois disso somente se pode falar de juros de mora Mas se estes ainda assim n o forem suficientes em raz o de eventual perdas e danos efetivamente ocorridas depois da senten a por culpa n o atribu da ao expropriado se poder reivindicar indeniza o suplementar Na desapropria o direta al m do pre o do im vel o propriet rio tamb m poder requerer ressarcimento decorrente de eventuais danos devidamente 16l Na verdade a reda o dos quatro verbetes n o correspondiam ao que se pode chamar de uma regulamenta o suficiente 162 CPC art 921 1 140 comprovados do simples ato de desapropria o Ademais pelo atraso no pagamento o juiz poder a pedido da parte arbitrar ressarcimento de acordo com a experi ncia de mercado e observada a culpa se do expropriado ou do expropriante pelo atraso no pagamento na forma de multa pecuni ria 163 A experi ncia mostra que nas vendas a prazo de im veis rurais o pagamento previsto para um prazo que em m dia varia entre dois e cinco anos Antes disso n o parece exig vel qualquer ressarcimento pelo atraso no pagamento o qual seria considerado dentro da normalidade Mas isso cabe ao juiz da causa decidir No mercado imobili rio de Bras lia comum encontrar contratos de vendas a prazo nas
289. ceiros para deslocar o feito para a Justi a Federal Uma das reas griladas pelo fantasma Carlos Medeiros foi a Gleba Caraj s com 942 131 hectares Esta rea foi arrecadada pelo Incra para fins de reforma agr ria em 1973 e registrada como patrim nio da Uni o no Cart rio de Of cio da Comarca de Marab Tr s empresas Abrolho Verde Empreendimentos e Participa es Casa Sem Representa es Empreendimentos e Participa es e Promovix Ind stria de Processamento de Ovos dizendo se propriet rias de diferentes reas dentro da Gleba Caraj s moveram a es reivindicando indeniza es milion rias que o Incra est contestando Na Gleba Caraj s est implantado o Projeto Rio Gelado de reforma agr ria com 2 150 fam lias instaladas em 260 mil hectares Principais reas registradas em nome da Uni o e griladas pela quadrilha do fantasma Carlos Medeiros Parag omiras Fenda So Geno 1089 hectares 534 hectares zama baldo Pam Fae ma mo Caros 3000 hectares Sama Babel Par 1500 are Sama Babteldo Pad Fenda o Carlos 1250 5 Ara Bo li Par F s ure Acar Fazenda Novo Horima me 17 454 hectares Fore l 67 120 hectares mao Domingos do Capim is m denomiragao 3000 hectares so Domingos do Capim A Sao Domingos do Capim Fazenda Flor do Capim z0 F lix do Xira s o F lix do Xing Fenda santa Isabel 3 000 hectares 3000 hectares 000 hec
290. celados pelo INCRA 1 3 8503 342 3 AM 187 13 906 002 s 2m6 748 T ES 5 159522 s MA 153 4 087 11 MS 383 7211831 13 FA diz a0 817 483 15 PI 128 2 965 7 24 17 RI 2 23423 18 RO 55 1381623 21 RS 10 113 183 5P 40 2 11455 TOAL 3085 93 620 587 269 Retratos de Grilagem Os relatos e quadros apresentados a seguir descrevem casos de im veis comprovadamente grilados em todas as regi es do Pa s com uma extens o total superior a 100 milh es de hectares Este o primeiro resultado parcial do levantamento que o Incra vem realizando em todos os Estados brasileiros Alguns deles n o est o ainda contemplados neste documento alguns porque as respectivas pesquisas ainda n o foram conclu das outros porque n o padecem de forma aguda do mal do latif ndio como o caso de Santa Catarina por exemplo AMAZONAS 55 milh es de hectares com ind cios de grilagem O Estado do Amazonas com sua enorme extens o territorial e uma popula o muito rarefeita oferece o ambiente ideal para a grilagem de terras Grandes reas s o subtra das da Uni o e do Estado com a certeza da impunidade por parte do grileiro j que os riscos de contesta o por terceiros s o pequenos O rastreamento e as pesquisas promovidas pelo Incra no entanto j come aram a mudar esta realidade Nas reas pesquisadas 809 casos suspeitos est o sendo investigados pelo Incra envolvendo 55 milh es de hectares Deste
291. ces pagamento em dinheiro oficiais regularmente estabelecidos abrangendo juros custas e consistem nos juros da honor rios de advogado sem preju zo da pena convencional mora e custas sem Par grafo nico Provado que os juros da mora n o cobrem o preju zo da pena preju zo e n o havendo pena convencional pode o juiz conceder ao convencional credor indeniza o suplementar Com a nova norma o enunciado 416 perdeu efic cia A novidade um obs quio equidade que se exerce na sindic ncia do dano no caso concreto Outra explica o que ausente a press o da Igreja sobre a pr tica dos juros n o mais se justifica o credor guardar reserva sobre a prova do dano pelo retardo no recebimento do seu dinheiro 97 O art 1063 refer ncia da S mula 618 corresponde ao atual art 406 e trata da taxa de juros O dispositivo revogado falava de 6 percentual que se aplicava aos juros legais O mesmo texto remetia o aplicador ao art 1 262 tamb m do C digo de 1916 o que assegurava a mobilidade do percentual que podia sofrer altera o para cima ou para baixo no caso de acordo das partes O legislador de 2002 preferiu adotar como teto a taxa incidente no pagamento de impostos devidos Fazenda Nacional Essa taxa segundo o C digo Tribut rio Nacional 3 de 1 ao m s Outras mudan as merecem destaque O art 1 536 8 2 CC 1916 mandava contar os juros de mora a partir da cita o quanto s obr
292. cia do STJ n o importa que o expropriante tenha depositado oferta justa ao inaugurar o processo confirmada em decis o de primeiro grau e mantido o seu valor pelas inst ncias superiores depois de sucessivos recursos do expropriado dando este com sua atitude causa demora no pagamento Ainda assim o Tribunal manda pagar os tais juros compensat rios Essa irracionalidade representa dupla premia o ao expropriado que bem merecia ser penalizado pela utiliza o da m quina judici ria apenas para agregar ganhos na forma de juros e corre o monet ria os quais a Constitui o j isentou de tributos A regra geral de indeniza o em dinheiro n o se aplica s desapropria es por interesse social desde a Constitui o de 1967 O pagamento em t tulos p blicos foi a forma adotada pelo constituinte para viabilizar a reforma agr ria A san o ao expropriado pela aus ncia de explora o da terra embora esta op o lhe seja vantajosa Compensar essa san o com juros compensat rios na percep o daquele julgado malbaratar o des gnio constitucional O pagamento da indeniza o em T tulos da D vida Agr ria transforma o mercado de terras rurais improdutivas em um mercado secund rio Da terra improdutiva o propriet rio nada lucra ele s tem custos para proteg la dos esbulhos e para regularizar o dom nio Com os TDA s o propriet rio participa A observa o Min Luiz Fux lan ada no julgamento d
293. cional da propriedade privada A refer ncia nela contida ao artigo 1 063 do C digo Civil evidentemente est posta para dizer que se considerou a disposi o em contr rio do C digo Civil que fixa a taxa legal de juros em seis por cento ao ano mas que vista do princ pio da justa indeniza o a jurisprud ncia sumulada arbitrou em doze por cento S assim se explica que se inclua nas refer ncias da S mula um dispositivo legal que diz o contr rio do que nela se consolidou O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR V Exa h de convir que seria o c mulo da exegese fant stica alegar se o c digo Civil que n o trata disso para explicar se a mudan a de orienta o de seis por cento igualmente em mat ria de desapropria o O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE Ent o a S mula veio para dizer que aplicou o artigo 1 063 que fixa a taxa legal em seis por cento para assentar que a taxa n o 6 mas de 12 O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR N o apenas para dizer a raz o por que haviam fixado antes O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE Por qu H outra refer ncia da s mula que o princ pio da justa indeniza o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Mas veja V Exa que bastaria isso e n o tinha sentido algum n o fora o fato de que mudaram as circunst ncias econ micas O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE N o tinham a refer ncia da S mula Excel ncia bvio o
294. clare a se que o pagamento indevido por faixas de dom nio de rodovia n o pode ser objeto de cita o vez que n o se logrou obter informa es precisas sobre a largura das faixas de dom nio das rodovias estaduais e federais nos trechos em que essas ladeiam ou atravessam os im veis desapropriados Quanto s benfeitorias in teis ou inexistentes os d bitos n o foram apurados porque tal tarefa exigiria um tempo que a equipe n o dispunha bem como n o havia certeza quanto possibilidade de se colher provas robustas quanto ao estado das benfeitorias poca das desapropria es 10 Diante do exposto nos itens 5 a 8 deste Voto h que se adotar as medidas sugeridas pela equipe de auditoria que foram endossadas pelos dirigentes da Secob no sentido de converter este processo em Tomada de Contas Especial e determinar a audi ncia e a cita o dos envolvidos para que apresentem as raz es de justificativa e as alega es de defesa entendidas pertinentes 11 Considerando os resultados obtidos com a presente auditoria e tendo em vista o baixo custo do trabalho de campo evidenciado pela equipe em seu relat rio resta demonstrado que a utiliza o dos procedimentos empregados nesta fiscaliza o s o v lidos e devem ser aplicados em larga escala 12 Vale assinalar que este trabalho est inserido no plano t cnico estrat gico proposto pelo Projeto Patrim nio Imobili rio Propat aprovado pela Segecex como atividade relativa ao objetivo
295. cluir o direitos de terceiros O art 32 diz que o pagamento ser pr vio e em dinheiro o que restringe a sua aplica o na segunda parte s desapropria es por utilidade p blica O art 42 manda aplicar o C d de Processo Civil naquilo em que o DL for omisso O art 3 do Decreto 22 785 de 1933 uma refer ncia que limita a responsabilidade da Fazenda P blica sobre quantia l quida e decis o transitada em julgado 119 A despeito da clareza da refer ncia legislativa desapropria es aconteciam na pr tica sem que se verificasse o pr vio pagamento N o dif cil imaginar que essas ocorr ncias fossem freq entes em governos ditatoriais ou em per odos de movimentos revolucion rios Nessas pocas de fr gil democracia e de baixa consci ncia da cidadania n o se podiam esperar a es obsequiosas aos princ pios liberais Valia o populismo que incentivava a cria o de estradas ou mesmo a constru o de pr dios p blicos sem previs o de recursos para o pagamento das terras invadidas Essa pr tica passava de governo para governo Os limites do imp rio das leis eram de pouca compreens o A quest o inflacion ria um dos aspectos econ micos a merecer destaque No per odo de 1940 a 1984 aconteceram os casos de desapropria o que deram sustent culo s S mulas comentadas Uma verifica o da curva inflacion ria nesse per odo permite compreender o ambiente vivenciado pelos magistrados que certamente for
296. co cobertura vegetal mas verifica se que o laudo oficial produziu o levantamento da rea com cobertura florestal e chegou a conclus o de que a mesma perfazia o percentual indicado da rea indeniz vel Neste passo n o h como negar que no valor da indeniza o desapropriat ria o valor da cobertura florestal deve ser indenizada desde que a sua explora o possua viabilidade econ mica Entender de modo diverso seria desrespeitar o valor constitucional da justa indeniza o Impende alvitrar que o laudo do INCRA determinou a rea efetivamente vi vel de mata para ser explorada economicamente e o fez considerando como benfeitoria n o reprodutiva a pr pria cobertura flor stica que acess o natural e indeniz vel em TDAEs e n o em dinheiro Portanto merece censura a avalia o a esse respeito devendo a cobertura vegetal ser indenizada no valor indicado pelo laudo do vistor oficial isto integrado ao valor da terra nua Impende gizar como bem asseverou a representante ministerial nesta Corte que no tocante ao pre o atribu do terra nua h de ser acolhido o valor encontrado pelo INCRA e por ele devidamente ofertado inclusive porque segundo reconheceu o perito oficial e conforme v se dos autos est aquele valor dentro de uma m dia levantada em pesquisa mercadol gica representando um justo pre o fls 565 e 633 sendo inconteste que quando da fixa o da quantia n o deixou o INCRA de considerar a exist ncia da mat
297. come ou a se preocupar com os atrasos de pagamento em transa es comerciais envolvendo pequenas e m dias empresas A situa o chegou a representar um s rio obst culo ao xito do mercado nico Em alguns Estados Membros os atrasos se convertiam num incentivo aos devedores em face das baixas taxas de juros Os credores tinham que incorrer em pesados custos para recupera o dos cr ditos Os procedimentos judiciais de cobran a nem sempre levavam a bons resultados Ap s recomenda o e um plano de a o em 2000 o Parlamento Europeu adotou uma Diretiva que se baseava em tr s pontos a serem seguidos pelos pa ses da Uni o ado o de uma taxa legal de juros de mora a ser fixada consoante uma refer ncia do Banco Central Europeu previs o de uma indeniza o razo vel aos credores para cobrir os preju zos relevantes sofridos juros compensat rios e ado o de meios eficazes para evitar abusos quanto aos atrasos na cobran a dos d bitos H1 A indeniza o pelo atraso ficou ao alvedrio dos contratantes e foi absorvida nas legisla es nacionais a t tulo de juros compensat rios Nesse aspecto destaca se da Diretiva a norma pertinente A menos que o devedor n o seja respons vel pelo atraso o credor ter o direito de exigir uma indeniza o razo vel do devedor por todos os preju zos relevantes sofridos devido a atrasos de pagamento deste ltimo Estes custos respeitar o os princ pios da transpar ncia e da
298. contaminados por influ ncias indevidas terminam distorcendo certas pol ticas p blicas Veja se como essa doutrina pode ser aproveitada No desenvolvimento desse trabalho v rias decis es sobre juros compensat rios foram discutidas O estudo tem mostrado resultados opostos tais como 158 A pesquisa sobre o assunto tem sido desenvolvida por Amos Tversky psic logo e Daniel Kahnemann psic logo e matem tico que dividiu o pr mio Nobel de ci ncia econ mica economia do comportamento de 2002 com Vernon L Smith forma o em engenharia e economia Alguns dos trabalhos daquela dupla s o Rational Choice and the Framing of Decisions Journal of Business 1986 vol 59 n 4 pt 2 pp 251 278 Choices Values and Frames American Psychologist Abril de 1984 vol 39 n 4 pp 341 350 The Framing of Decisions and the Psychology of Choice Sicence pp 453 458 vol 211 30 jan 1981 Causal Thinking in Judgment Under Uncertainty Butts and Hintikka eds Basic Problems in Methodology and Linguistics 1967 pp 167 190 Os seus estudos cient ficos sobre o comportamento na tomada de decis es t m gerado grande impacto fora do campo da psicologia e s o exemplos da import ncia do conhecimento interdisciplinar no estudo do Direito 135 Os juros compensat rios visam compensar os frutos de que o propriet rio fica privado com o desapossamento os juros compensat rios s o uma fic o jur dica
299. cultivada inferior quela atestada pelo Incra 574 hectares Levando em conta as condi es da planta o avaliou se que a indeniza o n o deveria ter excedido a R 77 8 mil Relat rio do TCU contabiliza preju zo ao er rio de R 414 mil A generosidade dos avaliadores do Incra faz com que as desapropria es sejam recebidas com festa segundo senten a do juiz Magnus Augusto Costa Delgado da 2 Vara Federal de Natal Ouvido na ltima quarta disse O governo hoje um pai para os propriet rios desapropriados Aqui no Rio Grande do Norte n o tem mais o que desapropriar Se o governo usasse o dinheiro em outras formas de ajuda aos sem terra talvez fosse melhor O diagn stico corroborado pelo juiz federal Walter Nunes da Silva que em senten a de maio de 2000 disse Sabe se que o valor de um im vel rural inferior em 10 a 20 ao da avalia o Fonte Folha de S o Paulo 08 11 04 p A5 51 Embora sabendo que a avalia o est alta ele abdica da sua liberdade de aplicar a dosagem certa dos juros compensat rios como indeniza o complementar seja alterando o termo inicial da sua contagem ou fazendo variar o percentual que lhe parecesse o mais adequado s circunst ncias Por distor es nas per cias o INCRA paga milh es de reais por madeiras que jamais seriam explor veis A situa o est relatada com detalhes no Quadro 5 Quadro 5 Madeiras compradas pelo INCRA rg o comprou 45
300. d ncias do Incra depender fundamentalmente de um amplo treinamento das equipes regionais incluindo na medida do poss vel o aprendizado de t cnicas de avalia o de terras e benfeitorias r sticas al m dos in meros textos legais e instru es normativas que regem o complexo processo de desapropria o para fins de reforma agr ria O custo desse treinamento tem sido consideravelmente reduzido com a pr tica introduzida pela Segecex de a pr pria equipe de coordena o da FOC disseminar os conhecimentos necess rios para aqueles que executar o as fiscaliza es nos Estados No entanto quanto qualidade pode se dizer com base nas impress es guardadas nesta fiscaliza o e na experi ncia obtida pela Secob na coordena o da FOC Patrim nio que uma maior efic cia do treinamento interno de analistas para a FOC Incra depende ainda das seguintes medidas 1 pr sele o dos ACE que compor o as equipes regionais considerando o interesse e a forma o acad mica de cada um com prefer ncia para engenheiros agr nomos engenheiros civis e bachar is em Direito 2 colabora o da entidade auditada por meio de palestras sobre o conte do e a vig ncia dos normativos t cnicos especialmente aqueles que versam sobre classifica o e avalia o de terras e 3 trabalho pr tico de an lise da integra dos autos de um processo de desapropria o ocorrida no entorno do Distrito Federal acompanhada de visita ao im vel Fa
301. da estimado em 10 st ha a fl 511 Considerando que decorreram 8 anos at o primeiro corte e que haveria intervalos de 6 anos para os cortes seguintes os maiores ndices de produtividade poss veis seriam de 128 st ha para o primeiro corte e de 96 st ha para os seguintes Concluindo os avaliadores do Incra desconsideraram os dados reais do relat rio t cnico espec fico da planta o da fazenda que informavam que o crescimento das rvores era lento crescimento n o muito superior ao da mata nativa e utilizaram valores de produtividade 1 084 rvores ha muito superiores aos sugeridos na doutrina 413 st ha para o primeiro corte e menos para os seguintes Majora o de 61 na estimativa do valor de mercado do produto final Os avaliadores do Incra consideraram o valor de R 2 42 rvore estimativa que supera em 61 o pre o citado no relat rio Avalia o dos Plantios de Eucalipto na Fazenda Xo e Fazenda S tio de Dentro Projeto Ibama Pnud BRA 93 033 encontrado nos autos do processo de desapropria o fl 511 O alto custo de implanta o de plantios homog neos de eucalipto ao redor de R 700 00 por hectare somente compensado quando h melhores taxas de crescimento no m nimo 22 st ha a para um valor de R 1 50 st em p com ciclo de corte de 7 anos e 3 rota es grifo nosso Aproveitamento do eucalipto pelos assentados De acordo com Francisco Teixeira da Silva tesoureiro da as
302. da SR 19 R que assinou o parecer de fl 859 aprovando os dados constantes no laudo de fls 175 194 e Sra Maria das Gra as 4 de Oliveira Superintendente Regional Adjunta respons vel pelo despacho de fl 860 aprovando a avalia o realizada e encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem defesa acerca das seguintes irregularidades 13 1 superavalia o de 106 ha de cajueiro que causou um prejuizo estimado de R 53 8 mil em 8 6 2000 capitulo 3 do relat rio 13 1 1 a planta o de cajueiro segundo informou o presidente da associa o do assentamento Sr Geraldo Teixeira estava no mato fechado havia catanduba maior que os cajueiros e n o houve safra fl 678 13 1 2 de acordo com a declara o do propriet rio que consta do relat rio de levantamento preliminar fl 171 o ndice de produtividade dessa planta o era de 135kg ha produ o de 10 toneladas em 74 3 hectares e n o de 400kg ha como os peritos consideraram no laudo de avalia o fl 193 13 1 3 o valor pago pelo hectare de cajueiro R 908 49 ha supera os R 400 00 ha que de acordo com os dados encontrados nesta fiscaliza o o valor mercado de um cajueiro incluindo o pre o da terra nua 13 2 superavalia o de 74 3 ha de sisal com 15 anos de implanta o que causou um prejuizo estimado de R 12 1 mil em 8 6 2000
303. da do bem comum O fluxo circular de renda sal rios juros lucros e alugu is conectam fam lias e empresas atrav s dos fluxos de bens servi os e pagamentos na economia As fam lias fornecem recursos como o trabalho s empresas e recebem renda em contrapartida As fam lias tamb m utilizam essa renda para adquirir bens e servi os no mercado A receita obtida pelas empresas com as vendas no mercado de produtos lhes permite pagar s fam lias a renda pelo uso dos servi os do trabalho e de outros recursos utilizados pelas empresas As poupan as das fam lias fluem para o mercado de capitais e l ficam disposi o das empresas que desejem empr stimos para seus projetos de investimentos N o uma representa o completa pois no conjunto do bem comum se inserem tamb m os bens imateriais Dicion rio de Ci ncias Sociais pp 117 118 Rio de Janeiro FGV 1986 22 Figura 1 Bem Comum Bens e Servi os Gastos FAM LIAS EMPRESAS Fatores de Produ o Para o trabalhador o acesso ao bem comum se d atrav s de sal rios Alugu is e juros s o os elementos dos propriet rios de bens m veis im veis e imateriais fatores de produ o para acessar a riqueza nacional Esse acesso pelos investidores e empres rios se faz de ordin rio atrav s dos lucros e dividendos Quem n o tem sal rio nem bens tampouco organiza o com rcio ou a produ o carece da solidariedade alheia e d
304. da localiza o do im vel quanto faixa de fronteira Atua o efetiva da Procuradoria do Incra impugnando item por item o laudo pericial lembrando que tal impugna o mais tarde poder servir de base apela o JUROS COMPENSAT RIOS Incid ncia dos juros compensat rios segundo a MP n 1 703 17 98 independentemente de quando haja ocorrido a imiss o na posse Necessidade de interposi o de recursos contra senten as que recusem a aplica o da taxa de juros da medida provis ria considerando que antes dela n o havia previs o legal da taxa dos juros compensat rios n o podendo prevalecer o direito sumular sobre a norma legal vigente Altera o da MP n 1 703 17 98 Necessidade de prova pelo expropriado de produtividade do im vel semelhan a da apura o dos lucros cessantes para poder pleitear juros compensat rios precedente TRF 4 Regi o Apela o c vel n 91 04 16348 6 PR 4 T Rel Ju za Silvia Goraieb 9 jun 1998 maioria DJ 2 22 jul 1998 p 50 Altemnativamente incid ncia de juros compensat rios de forma proporcional produtividade do im vel at o teto de 6 a a Para produ o de at 50 do grau m nimo GUT e GEE incid ncia nula de juros compensat rios acima disso a taxa legal incidiria proporcionalmente produtividade registrando se que jamais seria poss vel chegar ao m ximo de 6 porque isto indicaria produtividade de 100 e em consequ ncia o im vel n o seri
305. da perda da propriedade n o pode estar assentada em um pre o lesivo ao patrim nio do expropriado obtido a partir de aspectos irreais e de compara es de situa es diferenciadas Na esp cie o laudo do INCRA se encontra mais aproximado do pre o justo que exig ncia do sistema jur dico Na esteira da intelig ncia dos precedentes das diversas Cortes Federais inclusive desta Turma segue se a orienta o jurisprudencial no sentido de que nos termos do art 5 XXXVI da Constitui o Federal a disciplina legal introduzida pela Medida Provis ria 1 577 97 relativamente aos juros compensat rios e morat rios na desapropria o foi suspensa por decis o do col STF Segundo o artigo 184 par 1 da CF 88 a indeniza o ser efetuada em t tulos da d vida agr ria sendo que as benfeitorias teis e necess rias devem ser indenizadas em dinheiro O valor dos honor rios advocat cios corretamente fixados na ordem de 10 sobre a diferen a entre o valor depositado e o valor do pre o justo apurado na senten a Apela o do INCRA remessa oficial e apela o do expropriado parcialmente providas AC RD O Vistos Relatados e discutidos os presentes autos em que figuram como partes as acima indicadas DECIDE a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5 Regi o unanimidade DAR PARCIAL PROVIMENTO S APELA ES E REMESSA OFICIAL nos termos do voto do Relator e das notas taquigr ficas que passam a integrar o pres
306. dade do dinheiro que poderia ser aplicado em alguma atividade financeira de car ter especulativo era acenada como causa Mas essa ocorr ncia t pica do atraso do pagamento de uma soma de dinheiro capaz de por si gerar juros de mora e n o compensat rios A jurisprud ncia elegeu a simples perda da posse como fundamento jur dico para conceder se a compensa o adicional Esse expediente simplificou as coisas pois eximia o juiz do dever de sindicar a raz o da alegada perda Em caso envolvendo faixa de terra destinada a projeto rodovi rio a senten a de primeira inst ncia confirmada pelo Tribunal paulista afastou juros compensat rios porque o im vel expropriado n o produzia renda No Supremo Tribunal a decis o recorrida foi revertida A Turma considerou que indenizar os lucros cessantes por meio de juros compensat rios a partir da imiss o antecipada na posse do bem era um princ pio da jurisprud ncia 6 Todos os cidad os foram v timas desse fen meno econ mico mas os menos aquinhoados sempre foram as maiores v timas 17 RE 75 703 SP 2 T RTJ 72 113 102 destinado a remunerar o capital desembolsado pelo propriet rio com a perda da posse devida a compensa o sem necessidade da produ o de renda Para justificar sua decis o era comum o juiz ou tribunal buscar apoio na cl usula constitucional da indeniza o justa pr via ou nas normas do C digo Civil reguladoras dos juros de mora A
307. dades fundi rios da administra o p blica c exig ncia de base cartogr fica e georeferenciamento dos im veis d exig ncia de consulta pr via aos rg os e entidades de fiscaliza o cadastral e tribut ria do meio ambiente de recursos fundi rios e de assist ncia ao ndio e imposi o de san es administrativas e penais mais rigorosa aos serventu rios dos Cart rios de Registro de Im veis que agirem por culpa ou dolo ou a quaisquer outras pessoas f sicas ou jur dicas que de algum modo concorrer para o cometimento de delitos relativos a registros p blicos 294 295 Rela o dos c digos dos im veis que tiveram seus cadastros cancelados UF AC C DIGO DO IM VEL 011 010 021 423 7 011 010 022 721 5 011 029 000 612 0 011 029 000 876 0 011 029 001 210 4 011 029 004 332 8 011 029 005 100 2 011 029 005 150 9 011 029 006 211 0 011 029 006 653 0 011 029 009 784 3 011 029 250 120 0 011 037 001 150 0 011 037 001 317 9 011 037 006 505 5 011 037 007 234 5 011 037 007 307 4 011 037 007 315 5 011 037 013 641 6 011 045 258 695 9 011 053 104 515 7 011 061 000 450 4 011 061 000 523 3 011 070 000 060 5 011 070 000 345 0 011 070 000 388 4 011 070 100 862 6 012 017 000 191 0 012 017 004 308 7 012 017 006 580 3 012 025 017 779 3 UF AL C DIGO DO IM VEL 242 039 001 597 2 244 139 254 452 0 248 053 254 444 0 012 025 020 613 0 012 025 023 540 8 012 025 023 760 5 012 025 048 836 5 012
308. das a m qualidade dessas n o autorizaria a desapropria o das fazendas ou exigiria a realiza o de estudos adequados de viabilidade econ mica comprometendo a continuidade dos processos Na mesma linha de racioc nio razo vel supor que o que levou os peritos neglig ncia nos procedimentos de avalia o da terra nua foi a falta de expectativa de controle associada certeza de que sendo as benfeitorias indenizadas a maior isso calaria os propriet rios eventualmente prejudicados Desse modo h que se concluir que n o s o Superintendente mas tamb m os peritos devem apresentar justificativas pelos erros crassos cometidos na classifica o e avalia o das terras das fazendas desapropriadas Tamb m n o se pode deixar de apurar a responsabilidade dos membros dos comit s de decis o regional CDR que aprovaram os laudos t cnicos Assim esses servidores tamb m devem ser solidariamente citados pelos preju zos causados Como se v seguindo esse racioc nio um grande n mero de respons veis dever ser citado ou chamado em audi ncia o que por si s tornar o presente processo bastante complexo Al m disso razo vel supor que a tomada de contas especial em que o presente processo dever ser convertido apresentar dificuldades t cnicas principalmente no que se refere s contesta es relativas s estimativas de d bito levantadas pela equipe de auditoria Afigura se oportuna portanto a possibilida
309. das ilegalmente pelos benefici rios da reforma agr ria constatou se que o Incra n o possui uma rotina de fiscaliza o peri dica dos assentamentos de reforma agr ria com o objetivo espec fico de recuperar os lotes que n o est o sendo utilizados regularmente Aspectos Gerais das Desapropria es no Rio Grande do Norte 66 S o apresentados a seguir ainda a t tulo de introdu o alguns pontos relevantes observados nos processos de desapropria o do Rio Grande do Norte 67 Pode se dizer que esses registros servir o de base para a apresenta o nos cap tulos seguintes dos achados de auditoria e as respectivas an lises pois os fatos descritos antecipam de certo modo o parecer da equipe de auditoria no sentido de que as desapropria es realizadas no Rio Grande do Norte apresentam uma p ssima rela o custo benef cio vez que os assentados vivem em m s condi es e os expropriados recebem indeniza es superiores ao que se poderia considerar justo Inexist ncia de estudos pr vios de viabilidade econ mica e abandono de lotes 68 Conforme fora apurado no levantamento de auditoria em nenhum dos dez processos de desapropria o analisados a equipe de auditoria obteve evid ncia da realiza o de estudos pr vios de viabilidade econ mica conforme preconiza a Lei de Desapropria o para Fins de Reforma Agr ria em seu art 17 Art 17 O assentamento de trabalhadores rurais dever ser realizado em terras economicament
310. de Mas o autor afirmat que v rios dispositivos do C digo italiano d o aplica o ao conceito Vale destacar duas hip teses estatut rias dentre as citadas de juros devidos com car ter diverso dos morat rios pelo comprador sobre o pre o n o pago calculados at ao dia do pagamento quando ele tenha recebido a coisa e esta produza frutos ou outros proventos art 1 509 visto n o ser eguitativo que se goze dos produtos da coisa e do pre o e de um modo geral sempre que se trate de d bitos comerciais de dinheiro l quidos e exig veis C d Com art 41 O suplemento indenizat rio nas hip teses destacadas pressup e perda efetiva ou potencial na presen a da produ o de frutos da coisa ou de lucros decorrentes de uma organiza o industrial ou comercial Os juros compensat rios substituem as perdas e danos ou os lucros cessantes estimados pelas partes O Estatuto italiano pelo menos na sua reda o antiga prev os compensativos tamb m no atraso do pagamento da constitui o do dote C d Civil italiano art 1397 O atraso no seu pagamento quanto j existem os onera matrimonii gera direito a compensa o adicional O instituto no entanto n o tem mais aplica o pr tica na sociedade moderna No direito brasileiro a cl usula convencional largamente aplicada no direito imobili rio A absor o desse mecanismo de compensa o no mercado imobili rio torna perfeitamente desnecess
311. de conserva o 9 8 3 4 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 9 9 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Lageado Serra Verde com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que os Srs Jos Barbosa Cordeiro Jos Barbosa Lucena Junior e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram os Laudos de Vistoria e Avalia o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou como chefe do Grupamento Fundi rio e membro da Comiss o Revisora pareceres respectivamente corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo Srs Francisco de Assis Martins e Heleno Gomes da Silva membros da Comiss o Revisora que assinaram parecer ratificando os mesmos valores indenizat rios e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que confirma a desapropria o pelos valores constantes no laudo apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA a quantia indicada acrescida dos encargos legais tendo em vista o pagamento indevido de R 5 8 mil em 21 5 1997 sob o t tulo de 27 2 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 9 1 as fichas de coleta de opini es de pre o n o fa
312. de de o TCU requisitar aos rg os e entidades federais a presta o de servi os t cnicos especializados nos termos do art 101 da Lei n 8 443 92 O pr prio Incra que possui um grande quadro de peritos e o Banco do Brasil que det m vasta experi ncia na avalia o de im veis rurais obtida em suas atividades relativas concess o de cr dito para agricultura s o entidades federais que podem auxiliar esta Corte de Contas no rduo trabalho que se vislumbra ter na TCE Admitindo ainda que o melhor caminho apurar os d bitos nesta Casa cabe questionar se as informa es usualmente dispon veis para os analistas do TCU s o suficientes para o tratamento de casos como esse em que se t m fortes ind cios de fraude As evid ncias colhidas na auditoria provam indubitavelmente a ocorr ncia de dano ao Er rio mas deixa ainda alguma margem de d vida quanto a quem teve o dolo de dano ao Er rio 4 equipe admite que os documentos obtidos na auditoria constituem t o somente ind cios de autoria de grandes fraudes Ind cios fortes mas apenas ind cios Em outras palavras h nos autos provas diretas e indiretas da ocorr ncia de dano ao Er rio mas quanto ao dolo dos envolvidos tem se apenas provas indiretas n o individualizadas A melhor doutrina afirma que as provas indiretas s o provas t o fortes como as provas diretas mas a jurisprud ncia desta Corte e dos demais Tribunais nos ensina que sem provas diretas estritament
313. de grilagem tamb m teve registro no Par Ao longo de mais de duas d cadas a partir de 1975 dois portugueses Manoel Joaquim Pereira e Manoel Fernandes de Souza hoje falecidos tiveram centenas de im veis rurais em 83 munic pios do Estado totalizando aproximadamente nove milh es de hectares inventariados em nome de Carlos Medeiros a quem teriam sido transmitidos em cess o onerosa de direitos heredit rios Estas terras foram em seguida vendidas por Carlos Medeiros a dezenas de terceiros pessoas f sicas e jur dicas Todas as terras do esp lio dos portugueses eram p blicas pertencentes Uni o ou ao Estado do Par Carlos Medeiros jamais foi localizado nem mesmo pela pol cia ou por seus pr prios advogados tendo ficado evidente tratar se de pessoa fict cia Duvida se at mesmo da exist ncia de seus antecessores os dois portugueses que teriam conseguido transformar centenas de simples posses de terras em reas oficialmente tituladas sem qualquer consulta ao Incra ou ao Instituto de Terras do Estado do Par Iterpa que j constitui ato il cito De acordo com c lculos do Iterpa a quadrilha identificada pela pol cia grilou mais de nove milh es de hectares o que corresponde a algo em torno de 8 do territ rio do Estado do Par ou um por cento de todo o territ rio brasileiro O processo movido pelo Incra para recuperar as terras tramita no Tribunal de Justi a do Estado O Incra interp s embargos de ter
314. de justi a distributiva que a Constitui o abriga seja no tratamento igualit rio dos recursos produtivos representados pelos valores do trabalho e da iniciativa privada seja na promessa da promo o do bem de todos sem preconceito de qualquer esp cie como objetivos fundamentais da Rep blica Marcio Pochmann et al org Atlas da exclus o social no Brasil vol 3 os ricos no Brasil p 29 S o Paulo Cortez 2004 Idem p 30 2 Idem p 27 Esses valores ganham objetividade no dom nio do direito infraconstitucional e nas situa es concretas de transfer ncias patrimoniais que se pautam pelo m rito individual e pela solidariedade Assim o que justo seja para o dono da terra para os trabalhadores ou simplesmente para os carentes da assist ncia do Estado somente apreendido na aplica o da dogm tica constitucional e legal A realiza o daqueles valores exigem o compromisso com um sentimento de justi a conforme essa dogm tica Os mais altos ganhos com a terra n o decorrem de sua explora o sustent vel mas de vendas de glebas irregulares e das generosas indeniza es pagas pelo Poder P blico s quais s o adicionadas uma compensa o abstrata em forma de juros O desenvolvimento dessa discuss o atrai a compreens o do papel dos juros compensat rios como superposi o de vantagens 2 1 Fundamento Norma e Forma A justa indeniza o um preceito mais ou menos subjetivo que se
315. de nulos ou anul veis com vista posterior desapropria o uma vez que cab vel a o anulat ria desses t tulos Quita o de D bitos com o INSS por meio de tda s Medida Provis ria n 1 663 14 de 24 9 98 Preferencialmente n o reedi o dos arts 1 e 2 da Medida Provis ria n 1 663 14 98 Alternativa e prospectivamente inclus o das seguintes altera es no texto da referida Medida Provis ria Exig ncia de que o t tulo de dom nio da propriedade a ser oferecida em da o em pagamento ao INSS e utilizada pelo Incra para reforma agr ria seja anterior a 12 de setembro de 1997 al m de regularmente registrado em nome das pessoas f sicas e jur dicas mencionadas nos incisos I e II do artigo 1 da MP 1 663 14 98 Exig ncia de que a propriedade situe se nas reas definidas como priorit rias pelo Incra e seja pr pria e til para a realiza o de assentamentos isto que se preste para a reforma agr ria comprovada por meio de laudo t cnico e parecer jur dico do Incra Outros Aspectos A Procuradoria do Incra e o MPF dever o opor se a requerimentos de habilita o de quaisquer credores por cess es de direitos do expropriado invocar art 42 1 do CPC Justificativa a os cr ditos de cession rios dever o ser reservados por meio de penhora no rosto dos autos da a o de desapropria o b os requerimentos de habilita o tumultuam o processo e causam sua demora gerando pagamento de juros
316. de precat rios no pagamento de indeniza es em a es de desapropria o A Procuradoria Geral do Incra remeter ao Procurador Geral da Rep blica subs dios com solicita o de ajuizamento da ADIn Provid ncias Institucionais Cria o de banco de dados de peti es iniciais e sustenta es relevantes em a es de desapropria o civis p blicas de improbidade administrativa e rescis rias com divulga o restrita entre os rg os ligados reforma agr ria As institui es envolvidas solicitar o de suas unidades a remessa de pe as com sustenta o jur dica relevante para a cria o do banco de dados at o dia 30 de novembro de 1998 ap s o que ser formada subcomiss o para exame e tratamento do material Cria o de comiss o AGU MPF Incra para estabelecer procedimentos para a realiza o da concilia o autorizada pela Lei Complementar n 76 93 art 6 88 3 ao 75 O Incra e a AGU comunicar o Coordena o da 5 CCR MPF at dia 20 de outubro de 1998 o s nome s do s integrante s da subcomiss o que estabelecer os procedimentos par metros e crit rios de concilia o nas a es baseadas na LC n 76 93 Cria o de grupos locais de trabalho para an lise e acompanhamento de todas as a es de desapropria o e procedimentos de precat rios para adequa o s diretrizes tra adas no Encontro Precat rios a AGU pedir vista daqueles decorrentes de a es agr rias par
317. de reposi o acrescido do valor econ mico da planta o C LCULO DO CUSTO DE FORMA O DA CULTURA CF 556 40 x 200 ha x 0 90 CF R 100 152 00 cem mil e cento e cingiuenta e dois reais Valor Total CF ST custo de forma o valor do estoque em p VT R 313 847 89 trezentos treze mil oitocentos e quarenta e sete reais e oitenta e nove centavos grifo nosso laudo de avalia o do Incra fl 592 Essa falha elevou o valor da benfeitoria em R 100 mil parcela correspondente ao custo de forma o CF Vale ressaltar que o m todo correto de c lculo deveria ser de conhecimento dos t cnicos do Incra pois al m de se tratar de norma b sica para a atividade rotineira da Autarquia dois textos did ticos encontrados nos autos do mesmo processo informavam claramente como a floresta de eucalipto deveria ser avaliada O artigo Avalia o de Culturas Agricolas Eucalipto Cana de a ucar Pastagem que se encontra nos autos do processo de desapropria o da fazenda fls 582 588 destes autos assim coloca a quest o da avalia o de florestas de eucalipto A CESP atrav s de sua Divis o de Levantamentos e Avalia es desenvolveu tabelas de avalia o de culturas para utiliza o em seus laudos e na homogeneiza o em seus laudos e na homogeneiza o de elementos nas pesquisas Na elabora o destas tabelas foram obedecidos os procedimentos estabelecidos na NBR 8799 Norma
318. de restri o ambiental n o necessariamente o mesmo Os laudos de avalia o fazem op es metodol gicas atribuem pesos s coisas e dimensionam um valor Se os seus resultados s o divergentes a respeito dos mesmos itens de quantifica o preciso entender as raz es dessa diverg ncia 60 Essa compreens o integra o processo de motiva o e convencimento do julgador Revelar as raz es do convencimento exig ncia do devido processo legal Somente assim se permite a cr tica objetiva e as partes poder o provocar com seguran a o crivo da inst ncia superior A maior parte da propriedade est encravada na Mata Atl ntica N o h um destino dessa terra para a agricultura pois geralmente as fam lias n o a ocupam Tem acontecido de depois de desapropriada a rea ser ilegalmente desmatada Isso ocorre porque o rg o pr prio o IBAMA s vezes sequer tem conhecimento da desapropria o Entre aquele e o INCRA n o h articula o administrativa O assunto de ordem p blica A Justi a deve promover as medidas necess rias pelo menos a notifica o daquele rg o a fim de que a pol tica de preserva o ambiental seja observada Essa defici ncia da Justi a de primeiro grau precisa ser corrigida adequadamente A defici ncia da senten a provoca recursos judiciais que aumentam a carga de trabalho da Justi a O excesso de recursos adia a solu o final do lit gio e dep e contra a efici ncia da
319. de ser subdividida em constitucional e legal As S mulas 164 e 345 apontam o art 141 8 16 da Constitui o de 1946 como refer ncia constitucional Das Constitui es revogadas a de 1946 foi a mais democr tica ficou conhecida por resgatar os princ pios liberais da Constitui o de 1891 e as inova es no mbito social da Constitui o de 1934 Nessa linha de comprometimento n o seria novidade a prote o da propriedade privada expressa na previs o de que a desapropria o da terra se daria com justa e pr via indeniza o Nesse ponto n o destoaria o art 153 8 22 da Emenda Constitucional n 1 1969 refer ncia da S mula 618 a n o ser na forma de pagamento 117 O referencial de 1946 previa que o pagamento da indeniza o seria feito em dinheiro sem especificar se desapropria o da propriedade urbana ou rural A E C 1 69 facultava o propriet rio receber a indeniza o pela desapropria o do im vel urbano em t tulos da d vida p blica com cl usula de exata corre o monet ria A diferen a residiria no fato de que o pagamento em t tulos se assim consentisse o propriet rio n o descaracterizaria a justeza da indeniza o As s mulas n o aludem no referencial legislativo ao art 161 da E C 1 69 mesmo dispositivo da CF de 1967 que dava tratamento diverso desapropria o da propriedade rural para fins de reforma agr ria Quanto a esta o texto mandava que o pagamento fosse feito em t t
320. dente de vista do Min Luiz Fux na data de 23 6 2005 3 Para aprofundamento do estudo econ mico ver Maia Romeiro e Reydon 2004 40 Figura 4 Valor econ mico do recurso ambiental Valor de Uso Direto Apropria o direta de recursos ambientais via extra o visita o ou outra atividade de produ o ou consumo direto Valor de Uso Indireto Benef cios indiretos gerados pclas Valor de Uso E FERE sora fun es ecossist emicas Valor de Op o Inten o de consumo direto ou indireto do bem ambiental no futuro Recurso Ambiental q e 5 E 6 e a gt Valor de Exist ncia Valores n o associados ao consumo Valor de N o Uso que referem se a quest es morais culturais ticas ou altru stica cm rela o exist ncia dos bens ambicntais Fonte Maia Romeiro e Reydon 2004 p 4 inerente terra como recurso ambiental o componente do n o uso Proteger o seu potencial florestal para o bem da humanidade dever de todos inclusive do propriet rio Isso a distingue da terra rural para reforma agr ria e orienta o dimensionamento da compensa o financeira quando devida decorrente da limita o de uso Embora as terras destinadas desapropria o por interesse social recebam a qualifica o de improdutivas n o se pode afastar delas a voca o para a produ o Para quantificar a sua justa indeniza o a primeira an li
321. derada ilegal de aquisi o e incorpora o das terras p blicas A partir dessas den ncias o Governo do Estado do Amap constituiu Comiss o Especial que ap s investiga o concluiu pela proced ncia das den ncias e apresentou sugest o de provid ncias Dos estudos elaborados pela Comiss o denunciante um dos casos que chama aten o o da Fazenda Itapo resultado da unifica o de v rios im veis que n o possu am uma rea espec fica mas que inexplicavelmente geraram uma rea de 65 793 hectares Essa rea foi levada a registro na comarca do munic pio de Amap pelo oficial titular que efetivou a adultera o sem observar a aus ncia de cadastro de alguns im veis que havia rea aumentada de outros im veis que o c digo cadastral pertencia ao im vel Fazenda Santa B rbara com 4 313 hectares e que os im veis que originaram a Fazenda Itapo n o constitu am sequer 10 000 hectares Presume se que o Tabeli o que lavrou a escritura da Fazenda Itapo o fez sem a obrigat ria autoriza o federal tendo em vista o detentor ser pessoa jur dica estrangeira entre outras conclus es de irregularidades Baseado nas den ncias o Incra est ajuizando a a o para desconstituir os registros que deram origem ao im vel assim como encaminhando pedido formal ao Corregedor do Tribunal de Justi a do Estado do Amap para a realiza o de correi o junto ao Cart rio de Registro de Im veis da Comarca de Amap
322. desde o tr nsito em julgado de suas senten as 96 Assim os ganhos indevidos obtidos pelos expropriados na inst ncia judicial dificilmente poder o ser reavidos pela Uni o na via judicial restando a esta Corte duas op es n o excludentes 1 enviar c pia deste relat rio ao Corregedor do Tribunal Regional Federal da 4 Regi o para que as medidas administrativas cab veis sejam adotadas no mbito do Poder Disciplinar que lhe cabe e ou 2 apurar os prejuizos identificar os respons veis e com base em sua compet ncia privativa determinar o ressarcimento ao Er rio al m de aplicar as multas cab veis e eventualmente inabilitar alguns dos envolvidos para a ocupa o de cargos em comiss o e fun es de confian a na Administra o P blica Federal Falhas de numera o das folhas dos autos 97 Nos processos em que se encontram irregularidades financeiras falhas de numera o das folhas dos autos tornam se especialmente relevantes Essa viola o da Lei n 9 784 de 29 1 1999 art 22 84 processo dever ter suas p ginas numeradas sequencialmente e rubricadas foi identificada em quatro dos dez processos analisados 98 No processo de desapropria o da Fazenda Xo a numera o segue at a folha 210 retornando para a folha 153 de onde recome a segiiencialmente A exist ncia de folhas com numera o em duplicidade n o permite que se identifique a eventual retirada de documentos dos autos 99 Al m disso
323. desse valor A primeira provid ncia do juiz solicitar uma per cia no im vel e a partir da que o seu pre o come a a ser inflado No novo c lculo entrar o juros honor rios advocat cios expurgos inflacion rios nas a es anteriores ao Plano Real at indeniza o de cobertura vegetal nativa o que a medida provis ria n 1 901 30 99 veda A prop sito da cobertura vegetal nativa ou cobertura flor stica trata se de um dos principais artif cios usados para elevar o valor das indeniza es Para tanto os peritos calculam para o que chamam de terra nua valores pr ximos aos de mercado e a ele acrescem o suposto valor de sua vegeta o o que ocorre at mesmo em reas do semi rido nordestino Tem sido cada vez maior no entanto a converg ncia de opini es em dire o interpreta o de que tal avalia o esdr xula A terra e a sua vegeta o s o componentes que n o podem ser colocados isoladamente j que s o indissoci veis E assim s o vistos pelo mercado Nos gr ficos que seguem dois exemplos Cear e Maranh o das avalia es em separado da terra nua e de sua vegeta o Leve se em conta que a parcela de valor atribu da terra nua somada s parcelas referentes a benfeitorias correspondem aproximadamente ao valor de mercado do im vel O governo federal tem se insurgido contra toda e qualquer avalia o que considere excessiva apela em caso de senten a contr ria interp e recurso
324. deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 756 e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o fl 757 apresentem defesa acerca da seguinte irregularidade 7 1 pagamento indevido de R 9 7 mil em 11 10 1996 sob o t tulo de 90 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 233 7 1 1 as fichas de coleta de opini es de pre o fls 635 639 n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 7 1 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Emilio de Fran a que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 7 1 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 8 cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio ve
325. dios das classes HI a V para a avalia o da fazenda Serra Verde Boa Vista ter se ia que o valor da terra nua do im vel de R 155 mil conforme mostra a tabela 2 Esse valor coincidentemente bastante pr ximo do valor obtido pelo Incra R 146 554 92 fl 124 raz o pela qual se pode dizer que essa irregularidade embora grave n o ocasionou dano ao Er rio Tabela 2 Estimativa de erro na avalia o da fazenda Serra Verde Boa Vista Classe Classe Classe Total II IV V Es Fra o do im vel A 65 20 15 100 DS rea da fazenda Valor m dio da classe de terra C ha ha ha Valor da parcela de terra D B x R R R R C 112 554 26 640 15 984 155 178 Observa es essa classifica o de terra da fazenda Serra Verde Boa Vista foi atribu da pela equipe pois a classifica o do Incra considerava a exist ncia de terras da classe II o que n o admiss vel o valor m dio da classe de terra foi obtido da tabela 12 Fazendas Lageado e Serra Verde Respondendo a oficios do Incra nove entidades apresentaram de diferentes modos suas opini es de pre os para terras localizadas em Jo o C mara A tabela 3 resume os dados obtidos e utilizados pelos t cnicos da Autarquia para a avalia o das fazendas Lageado e Serra Verde Tabela 3 Dados coletados pelo Incra para avalia o das fazendas Lageado e Serra Verde rg o Oficial Pre o
326. distintos dos juros de dano Mas estes dependem da m f do devedor O in cio da contagem dos juros pode ser alterado pelo juiz de primeira inst ncia ou de apela o como esclarece o art 153 1 A compreens o desses dispositivos discutida na doutrina Para Biagio Brugi os juros correlativos ou fruto civil como compensa o ao uso do dinheiro alheio uma quest o de justi a e uma necessidade econ mica 89 inter s correlativo o fruto civil como compensaci n al uso del dinero ajeno responde a la justicia y es a la vez una necessidade econ mica 102 Os juros compensat rios segundo Ren Savatier representam uma repara o complementar ao contr rio dos juros de mora devidos por uma indeniza o preexistente Ao exercer essa modalidade de repara o o juiz tem o poder de livremente deixar de sindicar todos os elementos do preju zo Libre des modalit s de la r paration le juge au lieu d valuer en un capital tous les l ments du dommage est en droit de les diviser en joignant une condemnation principale des int r ts dont il fixe librevement le point de depart sans pouvoir le repousser en de a de l v nement dommageable Ce ne sont pas les int r ts moratoires d une indemnit pr existante mais une r paration compl mentaire repr sentant des dommages int r ts compensatoires 103 Nas palavras de Marcel Planiol chamam se compensat rios os juros de dano atribu dos ao cr
327. diversas cadeias dominiais o Europa origin rio do Seringal Santana titulado pelo governo do Amazonas com rea de 966 06 hectares Por ocasi o da partilha de bens em invent rio passou a ter 80 mil hectares A Gleba Inauini Floresta Nacional era inicialmente composta pelos seringais S o Francisco e Arama sem rea definida Posteriormente foi acrescida com o Seringal S o Domingos que juntamente esses outros seringais constitu ram a Gleba Inauini com rea total de 311 783 52 hectares transferida para Maria Lu za Hidalgo Lima Barros por meio de Certid o de Partilha quando da dissolu o e liquida o da firma Inauini O exame da documenta o em cart rio constatou que foi aberta nova matr cula transferindo a rea para Adalberto Cordeiro da Silva ocasi o em que houve o aumento da rea O Seringal Santana com rea de 966 09 hectares teve t tulo definitivo expedido pelo Governo do Estado em nome de Ant nio Pereira de Santana t tulo este n o registrado em cart rio A situa o do im vel encontra se sub judice pois a Procuradoria Geral do Incra no Amazonas prop s a o de discrimina o judicial O exame das certid es constatou desmembramentos e amplia o da rea para 80 mil hectares A rea original do Seringal Praia do Inferno era de era de 750 hectares Ap s fracionamento e diversas transmiss es foi registrada como tendo uma rea de 61 785 hectares A posse de terras Aracoiaba foi registrada com
328. do arquivado Esclarecemos por oportuno que estamos providenciando a obten o de vistas dos autos perante o Regi o objetivando o conhecimento do inteiro teor do Relat rio Voto e Ac rd o proferidos naqueles autos medida indispens vel para que este representante do Minist rio P blico possa avaliar a conveni ncia e oportunidade bem assim a legitimidade desse Parquet especializado para solicitar ao Poder Judici rio a quebra do sigilo banc rio sugerida nos autos Por ora visando n o retardar o prosseguimento do feito este representante do MP TCU encaminha os autos ao Exmo Ministro Relator para ado o das medidas que julgar conveniente Adiante caso admitido interesse em requerer a quebra do sigilo em quest o este representante do MP TCU tomar as provid ncias necess rias dando se not cia nos autos o Relat rio VOTO Cuidam os autos de auditoria piloto realizada na Superintend ncia do INCRA no Rio Grande do Norte com o objetivo de verificar a conformidade das desapropria es de im veis para fins de reforma agr ria no Estado 2 Buscou se ainda com a realiza o do presente trabalho validar procedimento de auditoria para a aplica o sistem tica em superintend ncias do INCRA fiscaliza es de orienta o centralizada FOC dentro de um objetivo maior de amplia o gradual de trabalhos deste Tribunal em fiscaliza es patrimoniais 3 As quest es abordadas neste Relat rio de
329. do Norte Em 23 3 1998 esse im vel foi indicado para o Programa de Reforma Agr ria pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pureza fl 609 mas a desapropria o n o teria prosseguido se o propriet rio n o houvesse intervindo de forma decisiva no processo conforme mostra o excerto do parecer da Procuradora Aut rquica Anna Suely Borja Jales 11 s fls 28 34 encontra se o Levantamento Preliminar de Dados e Informa es do im vel S o Luiz de propriedade do Sr Jo o Ferreira de Melo Filho que identificou como restou dito supra uma rea de 727 7620 ha setecentos e vinte e sete hectares setenta e seis ares e vinte centiares e concluiu que o im vel em comento se trata de m dia propriedade n o produtiva n o cumpridora de sua fun o social Ante a expressa proibi o constitucional de desapropria o incidente sobre a pequena e m dia propriedade rural salvo na hip tese de o propriet rio possuir outro im vel art 185 inciso I o Sr Jo o Ferreira de Melo Filho juntou aos autos a certid o de fls 14 A que comprova sua dominialidade incidente sobre o im vel Riacho do Catol localizado no Munic pio de Serra Caiada deste Estado Diante disto sugere se que se d o devido andamento ao processo visando visando desapropria o do im vel Sao Luiz para fins de Reforma Agr ria grifo nosso fl 423 Anexo 2 Falhas na avalia o da terra nua Neste anexo encontra se o detalhamento das falhas id
330. do cumprimento s medidas determinadas nos subitens 9 2 a 9 14 desta decis o 10 Ata n 22 2005 Plen rio 11 Data da Sess o 15 6 2005 Ordin ria 12 Especifica o do qu rum 12 1 Ministros presentes Adylson Motta Presidente Marcos Vinicios Vila a Valmir Campelo Walton Alencar Rodrigues Guilherme Palmeira Ubiratan Aguiar Relator e Benjamin Zymler 12 2 Auditor convocado Marcos Bemquerer Costa ADYLSON MOTTA UBIRATAN AGUIAR Presidente Ministro Relator Fui presente PAULO SOARES BUGARIN Procurador Geral em substitui o Anexo E Relat rio MPFDA INCRA 264 Apresenta o Este documento sintetiza o amplo trabalho que o Minist rio da Pol tica Fundi ria e do Desenvolvimento Agr rio e o Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria Incra est o desenvolvendo reverter para o patrim nio p blico dezenas de milh es de hectares de terras detidas irregularmente por particulares Trata se da maior interven o fundi ria da hist ria do Pa s e do mais duro golpe j desferido contra o latif ndio no Brasil O primeiro passo consiste no cancelamento dos registros cadastrais de grandes propriedades todas previamente analisadas Estamos requerendo tamb m perante as Corregedorias de Justi a dos Estados e a Justi a Federal a anula o das matr culas e dos registros imobili rios dos im veis j identificados Devemos esclarecer no entanto que os propriet rios em situa o regular
331. e o monet ria da parcela remanescente de 20 do pre o mais juros compensat rios de 12 N o houve cumula o com juros de mora O recurso do Estado n o foi provido 4 14 RE 85 209 RJ Primeira Turma DJ 6 5 1977 18 RTJ 95 777 125 Uma nica quest o foi discutida no RE 89 893 SP taxa de 12 dos juros compensat rios A Suprema Corte ac rd o de dezembro de 1978144 justificou a eleva o do percentual ao argumento de que a limita o da taxa somente se aplicaria aos juros de mora figura esta que se distinguia dos compensat rios O STF proclamando sua posi o mais recente admitiu a acumula o dos de juros de mora e compensat rios taxa de 12 mais corre o monet ria O ac rd o de maio de 198014 envolvia faixa de terra destinada constru o de rodovia no Paran A Segunda Turmal 4 da Suprema Corte manteve os juros compensat rios taxa de 12 que se fizeram incidir sobre a parcela decorrente da diferen a entre o valor levantado e o montante devido A orienta o do Tribunal Pleno foi seguida RE 90 656 de 01 07 1980 que passou a admitir os compensat rios taxa de 12 mais os juros de mora de 6 ao ano b Raz es do Cancelamento das S mulas e alternativas de regula o Focalizada na perspectiva hist rica a discuss o dos juros compensat rios na desapropria o mostra que certas verdades somente s o compreendidas com o passar de um determinado tempo Os juros compensat
332. e teis de prefer ncia na regi o por eles habitada I a obten o de terras rurais destinados implanta o de projetos de assentamento integrantes do programa de reforma agr ria ser precedida de estudo sobre a viabilidade econ mica e a potencialidade de uso dos recursos naturais grifo nosso 69 N o se encontram nos autos dos processos investigados fluxos de caixa com estimativas de receitas e despesas agropecu rias nem estimativas de custos ambientais e de infra estrutura nem tampouco an lises de disponibilidades de cr ditos agricolas e outras informa es necess rias para um estudo que justifique do ponto de vista econ mico e social a desapropria o dos im veis 70 Essa irregularidade pode ser apontada como uma das causas da baixa qualidade de vida dos assentados da regi o onde se verificam com fregii ncia entre outras mazelas a absoluta depend ncia econ mica dos benefici rios da reforma agr ria e por via de consegii ncia um relevante ndice de abandono de lotes 71 Constatou se por meio de entrevistas com os l deres das comunidades dos assentamentos na regi o de Jo o C mara que n o raras vezes os assentados do Incra 186 sobrevivem s custas de ajudas governamentais espor dicas e do parco rendimento auferido no trabalho como b ia fria nas propriedades vizinhas 72 A foto apresentada na figura 1 mostra crian as que vivem em um projeto de assentamento O assentamento est deserto po
333. e 80 limite abaixo do qual a terra considerada improdutiva e portanto pass vel de desapropria o Ainda que o im vel seja improdutivo com rela o sua potencialidade leva se em conta a exist ncia de suas pequenas culturas Assim os juros compensat rios seriam aplicados de acordo com a seguinte varia o 152 Acima de zero e at 1510 5 GUT Acima de 15 e at 30 GUT 1 Acima de 30 e at 40 GUT _ 2 Acima de 40 e at 50 GUT 3 Acima de 50 e at 60 GUT 4 Acima de 60 e at 70 GUT 5 Acima de 70 GUT 6 Varia es gritantes entre as avalia es dos peritos judiciais tamb m ocorrem em fun o dos diferentes m todos utilizados E at na utiliza o de um mesmo m todo como ocorre quando a avalia o realizada pelo m todo do custo de reposi o por causa do manuseio de or amentos quase sempre presumidos A Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT define tr s graus de precis o para as vistorias a precis o expedita b precis o normal e c precis o rigorosa As duas primeiras s o as mais usuais e conduzem a resultados menos aproximados raz o pela qual defende se que a avalia o pelo n vel de precis o rigorosa se torne regra a seguir Prop e se tamb m que se abandone a pr tica de realizar avalia o de im veis rurais por dois m todos ou seja o comparativo na pesquisa de valores de im veis usados como refer ncia e o do custo de repo
334. e Coordena o e Revis o do Minist rio P blico Federal aprovaram mo o de louvor pela iniciativa da referida Coordenadora em realizar o II Encontro Nacional em Defesa do Patrim nio P blico e pelo trabalho de implementa o de suas conclus es e sugest es Fonte http www pgr mpf gov br pgr 5camara encontros 2encontro concl encon ANEXO D Auditoria Piloto no INCRA RN Processo TC 014 577 2003 0 Ac rd o 774 2005 Plen rio GRUPO I CLASSE V Plen rio TC 014 577 2003 0 c 05 volumes Apenso TC 019 778 2004 9 Natureza Relat rio de Auditoria Entidade Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria INCRA Superintend ncia Regional do Rio Grande do Norte Respons veis Ana Celeste dos Santos Gomes CPF n 130 908 248 09 Anna Suely Borja Jales Pinheiro CPF n 912 539 424 04 Ant nio Gomes de Oliveira CPF n 002 871 053 34 Eug nio Marinho de Oliveira CPF n 013 685 592 04 Erivaldo Costa de Arruda CPF n 131 847 254 72 Francisco das Chagas Gon alves de Almeida CPF n 012 362 704 44 Francisco de Assis Araujo CPF n 192 919 574 53 Francisco de Assis Martins CPF n 044 181 074 87 Francisco Rodrigues Filho CPF n 066 628 381 87 Francisco Sinete de Morais CPF n 070 107 452 34 Frederico Guilherme de Souza Kleinlein CPF n 039 301 142 91 George Staudohar Junior CPF n 636 354 027 53 Heleno Gomes da Silva CPF n 074 388 504 04 Ismael Viriato de Souza CPF n 155
335. e Decis o Regional foi favor vel desapropria o do im vel 9 3 1 44 Sr Maria das Gra as Arruda de Oliveira Viviane Mour o Dutervil e Maria do Socorro Medeiros Srs Jos Barbosa Lucena J nior e S lvio Medeiros Rosado membros do Comit de Decis o Regional que assinaram a Ata concluindo pela desapropria o do im vel 9 3 1 5 da Fazenda Cana em que se considerou no relat rio t cnico de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es uma seca edafol gica apenas curta sem fazer constar qualquer documento comprobat rio dessa tese contr ria aos dados clim ticos 9 3 1 5 1 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o relat rio t cnico de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es e como chefe da SR 19 R e do Grupamento Fundi rio foi favor vel desapropria o do im vel 9 3 1 5 2 Sra Vera L cia M Cavalcanti que assinou o relat rio t cnico de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 253 9 3 1 6 da Fazenda Lageado Serra Verde em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 9 3 1 6 1 Srs Jos Barbosa Cordeiro e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es 9 3 1
336. e Tribunal Al m disso eventuais controv rsias acerca dos prejuizos estimados pela equipe poder o prorrogar por meses a conclus o deste processo haja vista que o TCU n o disp e de um banco de dados com informa es sobre os valores de mercado de benfeitorias em pr dios r sticos Com o aux lio de t cnicos especializados essa etapa de an lise das justificativas respostas pode ser consideravelmente abreviada Outra possibilidade que se situa entre os extremos descritos anteriormente separar as irregularidades que n o causaram dano imediato ao Er rio daquelas que denominamos irregularidades financeiras fazendo desde logo as determina es e audi ncias cab veis e fixando prazo para o Incra rever as avalia es dos im veis desapropriados em 120 dias Como qualquer solu o intermedi ria mant m se com essa escolha algumas das vantagens das op es mais extremas somando se por m as desvantagens das anteriores que no caso s o perda da oportunidade de se conhecer por meio do pr prio Incra as raz es que levaram os peritos a erros t o grosseiros na classifica o e avalia o de terra nua eventual suspei o dos membros das TCE do Incra e perda da oportunidade de o pr prio TCU apurar o assunto PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO Diante do exposto a equipe submete os autos considera o superior com proposta de 1 encaminhamento imediato dos autos ao Minist rio P blico junto ao TCU para que o Parquet avalie com
337. e a taxa a uma experi ncia de preju zo dos contratantes A taxa de 12 da S mula 618 somente contava com o suporte do C digo Civil pela metade na medida que o ressarcimento podia chegar taxa de 12 139 Somente uma interpreta o for ada podia apoiar a outra metade isto a fixa o pr via da taxa sem considera o ao caso concreto Mas se o C digo Civil de 1916 podia abrigar os juros compensat rios e a uma taxa fixa de 12 hoje o atual C digo n o permite Como j se afirmou acima o par grafo nico do art 402 n o deixa d vida se os juros de mora n o s o suficientes para completo ressarcimento das perdas e danos das obriga es de pagamento em dinheiro o credor pode recorrer pena convencional Alternativamente somente pode buscar indeniza o suplementar mediante prova da insufici ncia O atual art 591 o nico dispositivo que prev juros compensat rios com restri es O contrato espec fico de m tuo a fins econ micos A taxa de juros m vel isto n o previamente fixada A sua fixa o submetendo se ao acordo das partes exige a avalia o de uma experi ncia de preju zo Canceladas as S mulas dos juros compensat rios os expropriados n o ter o preju zos Como se disse a desapropria o direta assimila se compra e venda a cr dito a desapropria o indireta assimila se ao esbulho Em ambas as situa es a indeniza o adicional poder ser devida No ltimo
338. e ao propriet rio um preju zo decorrente de des gio do TDA Esse coment rio impr prio De modo geral todo t tulo de investimento est sujeito a gios e des gios em raz o de oscila es de mercado N o a simples perda na ocasi o da negocia o que desabona o t tulo mas as raz es da sua ocorr ncia Em grande parte o comportamento do investidor determinante da perda O TDA n o um t tulo de renda vari vel O que o governo paga no vencimento determinado por lei e regulamento sem varia o embora as 73 negocia es privadas sugiram alguma oscila o quanto ao valor que o particular intermedi rio est disposto a pagar por t tulo adquirido do expropriado N o h recompra de TDA s pelo governo No per odo de 26 de dezembro de 1997 a 27 de outubro de 2003 foram registradas pela Secretaria do Tesouro Nacional STN 30 828 negocia es com T tulos da D vida Agr ria Isso representa 7 707 opera es anuais 642 mensais ou 32 opera es dia Esse grande volume de negocia es indica alta aceita o do TDA Verifica se desses registros que em grande parte o des gio foi inferior a 50 do valor de face Em um n mero n o desprez vel de opera es o des gio foi inferior a 5 Poucas opera es tiveram des gio zero Parece que sob um determinada tica quanto mais o titular conserva o t tulo para resgat lo na data do vencimento maior o seu ganho a menos que possa contemplar alt
339. e aos outros encargos cobrados nas opera es realizadas por institui es p blicas ou privadas que integram o sistema financeiro nacional 105 entre a imiss o antecipada da posse at o tr nsito em julgado da decis o esses juros foram chamados de compensat rios Depois do tr nsito em julgado os juros continuavam com o nome de morat rios O momento foi alterado com o advento da Lei n 4 414 64 que mandou contar os juros a partir da cita o inicial A partir da surgiu a discuss o da cumula o dos juros de mora e compensat rios Nas palavras de um decano da Corte a constru o pretoriana dos juros compenat rios se fez para impedir que a perda do uso da coisa at o tr nsito em julgado da senten a n o ficasse sem compensa o 20 Ao se dar a cumula o a compensa o dupla se d pelo mesmo fato da perda O expropriado que continua propriet rio da coisa tinha o direito de receber os frutos dela no curso do processo Mas n o tinha ao mesmo tempo direito de receber a remunera o do valor da indeniza o que somente ser paga de direito ap s liquida o Em outras palavras a indeniza o substitui a coisa no patrim nio do expropriado e os juros substituem a presta o ou seja O pagamento do valor da coisa poss vel que ele seja privado de um desses elementos a coisa ou o pre o desta mas n o dos dois ao mesmo tempo N o caberia receber compensa o pela suposta perda dos dois elementos
340. e confunde ora se mostra obnubilada pela generosidade das indeniza es distantes das boas pr ticas A desapropria o san o se converte n o raramente em desapropria o pr mio Contra essa injusti a 174 Quanto maior o espa o para gera o de rendas improdutivas ganhos que ultrapassem um retorno normal propiciado pelas trocas competitivas na presen a do Estado tanto mais amplos s o os incentivos 151 institucionalizada o cancelamento das questionadas s mulas parece urgente e abre espa o a uma regula o do mercado de terras Regular na forma abaixo sugerida uma necessidade constatada e n o uma decorr ncia necess ria do cancelamento das S mulas Mas o cancelamento certamente ser uma contribui o eficiente do Supremo Tribunal Federal a essa regula o S o v rias as sugest es organiza o eficiente do cadastro de terras do INCRA com fim de combater o fen meno da grilagem de terras e facilitar a regulariza o do dom nio contradit rio sum rio no procedimento de avalia o administrativa a fim de reduzir o grau de discuss o judicial sobre o pre o exame final do laudo administrativo por um grupo ou conselho t cnico plural a fim de reduzir a incerteza sobre a consist ncia da avalia o e abreviar o resultado do processo judicial libera o do total da oferta aprovada pelo juiz de 1 grau com pagamento em t tulos ou dinheiro por ocasi o da audi ncia de concili
341. e de 12 a a e que ap s 7 anos o investidor ter na terra nua um valor residual de R 220 hectare o valor presente de uma cultura de sisal em boas condi es incluindo o pre o da terra nua de R 263 81 que podem ser arredondados para R 265 00 hectare ver f rmula do c lculo do valor presente em nota de rodap anterior 212 210 4 tabela 18 resume esses ind cios de irregularidades indicando uma estimativa de preju zo de R 201 mil Tabela 18 Outros casos de Superavalia o de coberturas vegetais Descri o Valor pago Valor devido ms 2 Observa es 106 ha de cajueiro de acordo com o Presidente e o da fazenda Sao Vice Presidente da associa o Luiz foram R 908 49 ha R 400 00 ha R 53 894 86 dos assentados Sr Geraldo avaliados em Teixeira e Sr Queginaldo da R 75 mil Silva Garcia o cajueiro estava no mato fechado havia catanduba maior que os cajueiros e por essa raz o n o houve safra 200 ha de cajueiro na apura o do custo de da fazenda Serra Verde Boa Vista foram avaliados em R 110 mil 240 ha de sisal da fazenda Buraco Seco S o Jo o foram avaliados em R 80 mil R 664 76 ha R 400 00 ha R 52 952 00 R 555 32 ha R 265 00 ha R 69 676 80 forma o da cultura consideraram se os custos de 9 anos de manuten o at o in cio da produ o e n o 4 5 anos que seria o razo vel na apura o do valor final da planta o
342. e documentos acompanhados de sucessivos alvar s para registro e venda das terras nos cart rios Tudo em beneficio de Medeiros e seus procuradores A partir da o invis vel Medeiros foi habilitado como herdeiro das terras das sesmarias Em tr s d cadas o grupo conseguiu se apossar de nove milh es de hectares de terras p blicas em 32 munic pio do Par Como procuradores de um propriet rio inexistente os grileiros vendiam as terras registradas em nome de Medeiros a outras pessoas enriquecendo com a opera o As terras foram multiplicadas com falsos registros imobili rios em cart rios do interior O golpe n o apenas afeta o patrim nio da Uni o e do Estado como tamb m a vida de milhares de pessoas que compraram terras do propriet rio Medeiros A rea grilada egiiivale a 1 do territ rio nacional e a 8 do territ rio paraense Fonte http www protestodetitulosbr com br grilagem html Fala se de mais de 9 milh es de hectares grilados Passados mais de 3 d cadas as fraudes se expandiram e com elas cresceu a cadeia de transfer ncias dos t tulos Isso somente pode florescer pela cren a na inefici ncia dos rg os governamentais e na plausibilidade da sua captura Afirma se que um dos im veis subprodutos dessa s rie de fraudes a Fazenda Curu ou Rio Curur no Par objeto de desapropria o pelo IBAMA Apesar de o registro do citado im vel estar sendo contestado na Justi a estadual e
343. e ele 10 a t tulo de honor rios advocat cios O Incra tentou embargar a execu o no que foi acolhido em parte para deduzir do montante da indeniza o o dep sito inicial fixando se o valor da execu o em R 14 986 546 68 A autarquia ajuizou a o rescis ria visando a desconstitui o do julgado e aguarda uma decis o favor vel Conclus o Diante do exposto pouco mais se tem a dizer com rela o necessidade de mudarmos a legisla o agr ria Esta mudan a a par de ser absolutamente necess ria tamb m absolutamente urgente Significativas modifica es na Lei Agr ria est o contidas na Medida Provis ria 1901 30 99 ora em tramita o no Congresso para convers o em Lei Com essa convers o estaremos em definitivo dando um basta insaci vel ind stria das desapropria es e confirmando de uma vez por todas o fim da chamada farra dos juros estancando assim a brutal sangria dos cofres p blicos al m de estarmos impedindo definitivamente que o propriet rio da terra que n o cumpre sua miss o social possa continuar protelando indefinidamente com base numa legisla o falha a concretiza o de uma reforma agr ria efetiva democr tica e realizada dentro da lei e da ordem E estaremos principalmente levando justi a e paz ao campo e sobretudo cidadania ao campon s brasileiro v tima dessa centen ria distor o que a extremamente injusta estrutura fundi ria nacional pesado fardo que
344. e levantar 80 deles 3 As desapropria es s o contestadas por meio de demanda judicial Nela s o definidos os novos valores da terra nua e das benfeitorias Al m disso s o conferidas as medidas do im vel definidos os juros compensat rios a varia o da moeda do expurgo de infla o e os juros de mora Estas avalia es s o feitas por peritos nomeados pela Justi a que elaboram novo laudo e fixam ou n o novos valores que com frequ ncia s o significativamente mais elevados do que os estabelecidos pelo Incra Ao proferir a senten a o juiz fixa a indeniza o 4 Ap s a decis o judicial o Incra deve depositar desde logo em TDAs o valor da terra nua Al m disso s o emitidos precat rios para os pagamentos dos valores em moeda H ainda a possibilidade de o Incra recorrer dos valores definidos pela per cia um recurso que pode ser utilizado para reduzir o custo da indeniza o 151 Como surgem as superindeniza es de terras O governo federal baseia sua a o contra a cobran a de valores extorsivos no princ pio constitucional da justa indeniza o o que significa estipular um valor que permita ao propriet rio adquirir outro im vel semelhante ao desapropriado Qualquer valor que ultrapasse este limite considerado enriquecimento sem causa e preju zo do patrim nio p blico O valor do im vel estipulado com base em avalia o administrativa O propriet rio recorre Justi a quando discorda
345. e que as desapropria es eram motivo de para os fazendeiros e das falhas na constitui o dos autos dos processos administrativos que h razo veis ind cios de fraude na administra o do Programa de Reforma Agr ria no Rio Grande do Norte no per odo de 1996 a 2002 Sobre a Proposta de Encaminhamento da Equipe Diante das irregularidades encontradas neste trabalho a proposta de encaminhamento que primeiro se apresenta de chamar citar todos os peritos envolvidos Quanto s falhas que n o geraram prejuizos mais imediatos pode se argumentar que os erros encontrados s o decorrentes da falta de treinamento dos peritos Nesse caso o mais indicado seria chamar em audi ncia apenas o Superintendente que sendo negligente na administra o do pessoal deu causa s falhas grosseiras na classifica o e avalia o da terra nua dos im veis adquiridos pelo Incra RN 224 Em se considerando que o Sr Jos Maria da Rocha dirigiu a Superintend ncia Regional por oito anos consecutivos de nov 93 a out 01 desde antes da primeira desapropria o investigada neste trabalho esse argumento ganha for a Mas em se admitindo a tese de que houve dolo nas superavalia es dos im veis desapropriados os erros nas classifica es agron micas das terras deixam de ser considerados meras falhas t cnicas para se caracterizarem como meio para a realiza o das expropria es fraudulentas Se as terras fossem corretamente classifica
346. e relacionadas com o dolo dos agentes dificilmente se pode chegar a uma condena o mais rigorosa que o que se espera no caso de fraudes contra a Administra o P blica Assim a equipe entende que em face da impossibilidade de se colher depoimentos e das naturais limita es que esse meio de prova poderia proporcionar a caracteriza o plena e irrefut vel da ocorr ncia de fraude no curso da tomada de contas especial depender do conhecimento de informa es banc rias e fiscais dos envolvidos informa es essas que s o via de regra vedadas ao Tribunal Com a identifica o por exemplo de aumentos patrimoniais incompat veis com os proventos nas declara es de renda dos servidores e ou de transa es financeiras entre as contas banc rias dos expropriados de suas empresas e dos servidores do Incra RN ser poss vel individualizar as provas relativas exist ncia de dolo dos envolvidos 225 A partir da constata o da fraude o Tribunal pode adotar medidas mais rigorosas que o conhecimento de tal il cito contra a Administra o exige desta Corte entre os quais pode se citar a inabilita o dos respons veis para a ocupa o de cargos comissionados e fun es de confian a por at oito anos art 60 da Lein 8 443 92 ou a constitui o de t tulos extra judiciais contra os envolvidos com at o dobro do valor dos danos causados uma metade a t tulo de ressarcimento e outra a t tulo de multa conforme e
347. ebas por interesse social Correto o laudo do INCRA quando considerou que as raz es utilizadas para justificar o pre o da terra por hectare al m de serem suficientes para demonstrar o pre o justo do hectare da terra por hectare servem tamb m para assegurar que a aprecia o constante no laudo para o item em considera o no montante de R 1 257 541 74 est compat vel com o pre o t cnico do bem em desapropria o Para se verificar se o valor da indeniza o ofertada cumpre o determinado pelo artigo 184 da Constitui o Federal e art 12 da Lei n 8 629 93 com a reda o conferida pela MP 2 183 de 27 07 2001 faz se mister algumas considera es a respeito do correto conceito de justo pre o O mencionado art 12 da Lei n 8 629 93 com a reda o que lhe deu a Medida Provis ria n 2 183 2001 considera como justa indeniza o aquela que reflita o pre o atual de mercado do im vel em sua totalidade a inclu das as terras e acess es naturais matas e benfeitorias indeniz veis observados a localiza o e dimens o do im vel sua aptid o agr cola rea ocupada e ancianidade das posses sua funcionalidade tempo de uso e estado de conserva o das benfeitorias Com efeito para a fixa o do valor da terra tais como meios de transporte e comunica o relevo clima vegeta o solo e sua respectiva classifica o e aptid o agr cola recursos h dricos vias de acesso e se estas perduram durante todo o ano
348. ecer uma exig ncia de dano comprovado como condi o para se conceder a indeniza o complementar O STF suspendeu a efic cia da express o de at 6 ao ano deu interpreta o conforme a Constitui o para estabelecer que a base de c lculo ser a diferen a eventualmente apurada entre 80 do pre o ofertado em ju zo e o valor do bem fixado na senten a suspendeu os 88 1 2 e 4 com o que afastou a condi o e a restri o acima assinaladas A motiva o da liminar est assim configurada 12 Art 15 A do DL 3 365 41 190 Art 15 B do DL 3 365 41 109 Quadro 19 Decis o liminar na ADIn 2332 DF Fundamento Os juros compensat rios s o devidos n o para compensarem a perda de domo renda do bem mas sim para compensarem a perda do pr prio bem sem o recebimento do justo pre o Condi o A explora o do bem expropriado n o condi o para pagamento dos juros compensat rios Taxa Os juros compenst rios em desapropria o devem ser fixados em 12 ao ano s mula 618 sobre o valor do bem tomado pelo Estado Per odo A restri o ao pagamento de juros compensat rios a per odo anterior d aquisi o da propriedade viola o direito justa indeniza o porque ao diminuir o valor do bem termina favorecendo o ltimo comprador e Aplica o lesando o anterior propriet rio que em manifesto preju zo perdera o im vel sem receber a indeniza o
349. edor para indenizar a falta de execu o total ou parcial da obriga o Les dommages int r ts qui sont attribu s au cr ancier pour l indemniser de linex cution totale ou partielle de l obligation sont appel s compensatoires 104 O autor sugere todavia que a indeniza o deve representar um poss vel preju zo sofrido pelo credor e o devedor jamais suportar toda sorte de preju zo sen o aquele a que deu causa O sistema franc s n o disp e de uma taxa fixa de juros legais Segundo o art 1 313 2 do C digo a taxa fixada por decreto e vale para todo o ano civil105 10 Instituciones de Derecho Civil trad da quarta edi o italiana UTEHA p 350 103 Trait de la Responsabilit Civile 1951 tome II p 195 104 Trait l mentaire de Droit Civil 1949 tome II troisi me dition n 741 e seguintes 105 As taxas de juros nos anos de 1989 a 2005 s o as seguintes 2005 2 05 D cret n 2005 130 du 10 f vrier 2005 J O du 17 02 2005 texte n 11 page 2670 2004 2 27 D cret du 13 f vrier 2004 JO 15 02 2004 p 3116 2003 3 29 D cret n 2003 201 du 10 mars 2003 JO 11 03 2003 p 4204 2002 4 26 D cret n 2002 159 du 8 f vrier 2002 JO 10 02 2002 p 2737 2001 4 26 D cret n 2001 138 du 12 f vrier 2001 JO 15 02 2001 p 2522 2000 2 74 D cret n 2000 33 du 16 f vrier 2000 JO 18 02 2000 p 2556 1999 3 47 D cret n 99 71 du 3 f vrier 1999 JO 05 02 999 p 1861
350. eis terras do Oeste paranaense pertenciam Uni o e n o podiam ser tituladas pelo Estado Nasceu da a cumplicidade entre o Poder Executivo estadual e os cart rios municipais que autenticavam falsas procura es Col nia Rio Quarto Quarenta mil hectares de terra do im vel Rio Quarto no munic pio de C u Azul foram grilados sendo o principal benefici rio o diretor do Departamento de Terras do Estado na poca O latif ndio titulado a diversos fantasmas tiveram suas assinaturas nos registros reconhecidas pelo pr prio diretor Gleba Chopinzinho O governo estadual titulou uma rea de 50 mil hectares a Gleba Chopinzinho em nome de 119 fantasmas no munic pio de mesmo nome Na poca as terras estavam ocupadas por 1 600 fam lias de pequenos agricultores Esses ocupantes eram os leg timos propriet rios da rea j que haviam adquirido direitos de terceiros O Incra chegou a desapropriar toda a gleba e posteriormente regularizou a definitivamente a todos os leg timos ocupantes A grilagem de terra no Estado do Paran na d cada de 50 envolveu tamb m os im veis Col nia K Col nia Cielito Gleba Cinco Mil Gleba Pindorama Guairaca Rio Azul Piquerobi e Oco Todas as glebas do Oeste do Paran que somam cerca de meio milh o de hectares foram desapropriadas pelo Incra em 1970 diante do verdadeiro caos fundi rio e social promovido pelo governo estadual com a coniv ncia dos cart rios municipais 278 Po
351. eito relacional circunstancial afer vel na avalia o dos fatos interditada esta s inst ncias especiais ou extraordin rias Essa discuss o desenvolvida na se o seguinte e conclui pela incompatibilidade das s mulas e do art 15 A do DL 3365 41 com a ordem vigente Declarou que os juros banc rios superam a taxa de 150 ao ano Min Carlos Velloso Os juros financeiros ou banc rios n o se confundem com juros civis Aqueles n o se submetem lei de usura S mula 596 STF mas os ltimos sim S o coisas distintas A taxa de juros banc rios se aplicam somente a contratos de m tuos banc rios sendo um instrumento de controle do cr dito ou da moeda de consegii ncia regula o consumo e n o propriamente visam compensa o da institui o financeira nem as taxas de juros banc rios contemplam os investimentos em fundos de aplica o Em cadernetas de poupan a nem se fala Quem verdadeiramente se dedica s lides agr rias pode conseguir empr stimos a taxas subsidiadas Qualquer tentativa de comparar as duas figuras para justificar a taxa dos juros compensat rios n o passa de despropositado intento O ac rd o da decis o liminar faz refer ncia aos precedentes RE 123 192 1 PR 91 617 2 SP e 85 704 MG aludidos no julgamento Em todos esses casos a 115 desapropria o tinha como objeto lotes urbanos sem possibilidade de rentabilidade Mesmo assim foram concedidos juros compensat rios Observa se que o
352. ejo ou Brejinho com 12 100 hectares localizado no munic pio de Bon polis em nome de Dinuam rico Silvino de Oliveira Neto n o existe a n o ser no documento irregular apresentado ao Incra Dinuam rico designou o engenheiro Anibal Lacerda Margon como assistente t cnico para acompanhar a vistoria feita pela equipe do Incra afim de regularizar os dados cadastrais do im vel mas nem mesmo o engenheiro Anibal sabia o local exato da propriedade n o sendo poss vel a sua localiza o Outro caso constatado de falsifica o de t tulo de propriedade em Goi s o da Fazenda Santa Luzia com 62 635 hectares localizado no munic pio de S o Miguel do Araguaia em nome de Walterloo M Guimar es e outros Este im vel foi desmembrado em v rias glebas por detentores distintos Em dezembro de 98 documenta o de parte im vel 12 100 hectares foi apresentada para atualiza o no Sistema Nacional de Cadastro Rural do Incra em nome de Rafael Tomas P Moreno acompanhada de certid o de compra e venda ainda sem registro o que provocou uma abertura de um processo administrativo de fiscaliza o Rafael foi notificado pelo Incra para comprovar dados mas n o atendeu o chamado e o Incra inibiu o c digo cadastral do im vel para efeitos de emiss o do CCIR e atualiza o Posteriormente em trabalhos realizados na comarca da regi o de S o Miguel do Araguaia em Goi s t cnicos do Incra tentaram identificar a Fazenda Santa Luzia
353. ejuizos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Brinco de Ouro para que os Srs Ismael Viriato de Souza e Zenivaldo Bezerra Alves que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 23 36 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 761 e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o fl 762 apresentem defesa acerca das seguintes irregularidades 5 1 superavalia o da planta o de caju que gerou um prejuizo estimado de R 414 mil em 11 10 1996 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 5 1 1 a planta o encontrava se abandonada conforme se depreende do pr prio Laudo de Vistoria e Avalia o em que se afirma que n o foi colhida a produ o da ltima safra fl 28 5 1 2 apenas 400 dos 800 hectares da planta o encontravam se em condi es de produzir como se v no relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es realizado quatro meses antes fl 16 5 1 3 a rea da planta o n o foi medida fato que se verifica n o s pela aus ncia de tal comprova o nos autos como pelo n mero arredondado da rea avaliada 800 ha 5 1 4 na divis o da planta o entre os assentados coube a cada uma das 82 famili
354. ela 164 Primeiras Linhas de Direito Econ mico 5 ed S o Paulo LTr 2003 p ginas 122 125 e 131 16 ADI 4 7 DF Rel Min Sydney Sanches Plen rio DJ 23 06 1993 142 edi o do ato uma conforma o da norma legal com a delicada mat ria econ mica algo que ficaria infenso sindica o judicial Em paralelo com a quest o dos juros reais se poderia concluir que os juros compensat rios somente poderiam ser vi veis no mbito do argumento constitucional se a lei conceituasse o sentido da justa indeniza o que esse conceito considerasse o sentido global de justi a distributiva assegurando a todos os credores do Estado a possibilidade de receb los a t tulo de compensa o ou remunera o abstrata do dinheiro n o recebido no vencimento As S mulas em apre o por n o consistirem em regula o no sentido tradicional padecem da insufici ncia e imperfei o a ponto de n o conseguirem realizar ao longo do tempo o sentido de justi a alocativa que pretendiam Prova disso s o as defici ncias as acusa es de produzirem uma indeniza o fict cia j apontadas N o h prova mais ardente do seu desservi o como norma judicial visto que constru da sobre uma discutida base constitucional e legal al m de ensejar uma pr tica divorciada da experi ncia de mercado O cancelamento ademais abre espa o para criar ou fortalecer uma regula o modernizada II Oportunidades e op es de regula
355. ela n o era a oportunidade para revisar ou cancelar a s mula que bastava para emprestar relev ncia arg i o de inconstitucionalidade e assim para conceder a liminar Mas os ministros que adotaram a opini o vencedora n o descartaram a possibilidade de cancelar a s mula A presente exposi o tem por objetivo reunir motivos que justifiquem o cancelamento n o somente da S mula 164 que institui a figura dos juros compensat rios e da S mula 618 que fixa em 12 a taxa dos mesmos juros mas tamb m da S mula 345 que estende os juros compensat rios s desapropria es indiretas e da S mula 416 que n o permite indeniza o complementar que n o seja por meio de juros Sup e se que o cancelamento abre excelentes oportunidades para a implementa o de condi es legais e de pol tica judicial mais adequadas problem tica da indeniza o da terra Assim uma segunda linha de preocupa o que perpassa o presente trabalho justificar por que o cancelamento n o significa preju zo aos donos de terras Nesse sentido buscam se alternativas jur dicas no que concerne ao equil brio na afeta o dos recursos p blicos destinados ao pagamento das desapropria es por interesse social e das desapropria es ou restri es administrativas de terras para preserva o ambiental O prop sito final contribuir para o aperfei oamento da ordem jur dica A exposi o est dividida em duas partes No item 2 pr
356. elas a da Unidade Municipal de Cadastro foi descartada parcialmente sem fundamento estat stico e o valor atribu do terra nua pelos peritos foi obtido a partir de apenas duas opini es completas de pre o f n o se descontou da rea medida do im vel a parcela relativa aos 3 8 km de faixa de dom nio da rodovia p blica que ladeia atravessa o im vel 9 3 1 14 1 Srs Ismael Viriato de Souza e Zenivaldo Bezerra Alves que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o 9 3 1 14 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo 9 3 1 15 da Fazenda Xo em que a s foram utilizadas opini es de pre os b o valor de mercado da terra nua foi obtido a partir da m dia simples de alguns pre os opinados para as classes II III e IV sem se considerar a classifica o da terra do im vel avaliando c entre as cinco opini es de pre o coletadas as apresentadas pela Emater e Contacap foram descartadas integralmente sem fundamento estat stico d dentre as tr s opini es restantes uma delas a da Unidade Municipal de Cadastro foi descartada parcialmente sem fundamento estat stico e o valor atribu do terra nua pelos peritos foi obtido a partir de apenas duas opini es completas de pre o 9 3 1 15 1 Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e o parecer de Avalia o do Eucalipto 9 3 1 15 2 Sr Zenivaldo Bezerra
357. elator Min Maur cio Corr a DJ 24 4 2003 p 63 RE 328759 SP rel Min Cezar Peluzo DJ 28 4 2005 p 23 RE 75 703 SP 2 Turma RTJ 72 113 REO 48 540 SP Pleno STJ 54 349 351 REO 75 703 SP RTJ 72 113 116 REsp 43055 SP rel Min S lvio de Figueiredo Corte Especial DJ 20 2 1995 p 3093 REsp 108 896 SP Rel Min Milton Luiz Pereira DJU 30 11 1998 REsp 141 431 RJ DJ 15 12 1997 REsp 149746 SP rel Min Francisco Falc o 1 Turma DJ 30 5 2005 p 212 REsp 208 477 RS DJ 25 6 2001 REsp 228 481 MA Rel Min Jos Delgado DJU 20 03 2000 REsp 259948 SP rel Min Eliana Calmon 2 Turma DJ 12 4 2004 p 189 REsp 408172 SP rel Min Eliana Calmon 2 Turma DJ 24 5 2004 p 232 REsp 439192 SP rel Min Teori Zavascki 1 Turma julgamento pendente de vista do Min Luiz Fux na data de 23 6 2005 REsp 450270 PA rel Min Jo o Noronha 2 Turma DJ 13 12 2004 p 282 157 REsp 529781 CE rel Min Castro Meira 23 Turma DJ 6 9 2004 p 213 REsp 673 273 AL Rel Min Luiz Fux Resp 675220 rel Min Castro Meira REsp 82560 SP rel Min Ruy Aguiar 4 T do STJ DJ 20 5 96 p 16717 RMS 11 392 RJ DJ 13 10 2003 RTJ 26 335 RTJ 29 217 RTJ 27 105 RTJ 29 385 RTJ 95 777 RTJ 89 332 RTJ 95 452 Sit os relevantes pesquisados www mst org br campanha limite tabela html Metodologia de C lculo dos T tulos P blicos Federais em mercado atualizado em 19 01 2004 http www andima com br c
358. eleva o artificial e exorbitante dos valores pagos a t tulo de indeniza o aos propriet rios de terras desapropriadas por interesse social para fins de reforma agr ria A cole o de casos que apresentamos aqui e que s o apenas uma amostra chegam a oito bilh es de reais em valores atualizados O artif cio da eleva o exponencial dos pre os das terras desapropriadas ocorre quase que invariavelmente por meio de a es judiciais em processos que se arrastam por anos nas diversas inst ncias do Poder Judici rio Nos c lculos judiciais foram inclu das ao longo dos anos alegadas perdas com produ o agropecu ria n o realizada cujos lucros cessantes s o atualizados monetariamente e capitalizados Isso ocorre a despeito de serem as terras desapropriadas pelo Incra por defini o improdutivas O mesmo acontece com as avalia es das benfeitorias dos im veis desapropriados sejam elas reprodutivas ou n o assim como com a absurda indeniza o da cobertura vegetal nativa Nas desapropria es que sofreram a o judicial o custo dos remanescentes pagos como indeniza o imposta pelas senten as alcan aram 14 vezes o valor do laudo inicial de Incra na regi o Sudeste Na regi o Centro Oeste esta rela o tamb m alta chegando a 12 vezes v tabela abaixo Desse modo o custo das terras obtidas para a reforma agr ria basicamente determinado pelo sistema judicial que acolhe a es em aproximadamente 50 de todas as
359. em diretamente a produ o da terra O pr mio de liquidez da terra I corresponderia s expectativas sobre as mudan as no valor da terra ocasionadas pela mudan a de pre os e pelo 43 surgimento de oportunidades advindas de outros setores econ micos Trata se de uma variante que somente pode ser estimada subjetivamente nunca sendo certa a sua quantifica o Esse componente da renda se relaciona mais com o uso da terra como reserva de riqueza do que como fator produtivo H ainda o ganho patrimonial da terra a que tamb m imensur vel objetivamente Como j informado esse fluxo de renda adv m no momento da venda da terra quando o comprador decide realizar o neg cio porque tem expectativas mais elevadas sobre os ganhos futuros da terra do que o vendedor A determina o dessas duas ltimas variantes envolvem movimentos especulativos no mercado de terras visto que o pre o determinado em fun o das expectativas dos vendedores e compradores com os ganhos futuros advindos do uso da terra Essas considera es dirigidas ao im vel rural para reforma agr ria se adaptam ao tratamento da indeniza o das faixas de terras que s o desapropriadas para constru o de rodovias Nesse ponto o presente trabalho n o tem muito a destacar Nesse segmento um diferencial que o dono de ordin rio se desapossa de uma pequena parte da propriedade que costuma se valorizar com a constru o da infra estr
360. enas curta sem fazer constar qualquer documento comprobat rio dessa tese contr ria aos dados clim ticos 123 Em tr s casos fazendas Brinco de Ouro e Serra Verde Boa Vista os avaliadores do Incra chegaram a classificar partes das terras nas classes I e II como se n o houvesse qualquer seca na regi o ou como se a seca fosse apenas curta Trata se nesses casos de erros grosseiros injustific veis do ponto de vista t cnico agron mico 124 Cumpre destacar que uma dessas falhas t cnicas foi identificada pelo Eng Agr Jos Pedro de Ara jo Filho perito da Autarquia que fez constar nos autos sua discord ncia fls 512 513 quanto classifica o das terras da fazenda realizada por outros peritos do Incra Trata o presente processo de proposta de desapropria o por interesse social do im vel Fazenda Xo localizada no munic pio de Jo o C mara Estado do Rio Grande do Norte de propriedade do Sr Nelson Bernardes Prado e Outros Com base na an lise do laudo preliminar formamos opini o de que houve equivoco na defini o das classes de uso de acordo com a potencialidade agricola do im vel Ao analisar o presente relat rio verificamos que se considerou que o clima da regi o rido e ou semi rido e que a precipita o m dia n o ultrapassa os 900mm ano Tudo isto concentrado em alguns meses do ano Verificamos ainda que a equipe reconhece haver d ficit h drico no referido im vel
361. encimentos sal rios e proventos do equil brio econ mico do contrato quanto remunera o de bens e servi os fornecidos ao Estado ou por 20 Particularmente no contexto da redistribui o da terra o Estado protege a propriedade garantindo ao propriet rio a adequada retribui o e protege o trabalhador rural sem terra garantindo lhe o acesso terra Adequada retribui o e acesso terra s o os meios que ambos propriet rio e trabalhador disp em para ter acesso ao bem comum Essas assertivas derivam de preceitos fundamentais do direito constitucional brasileiro os quais ornam a ordem econ mica e os fundamentos da Rep blica Box 1 Fundamentos constitucionais da ordem econ mica e social A ordem econ mica fundada na valora o do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos exist ncia digna conforme os ditames da justi a social A Rep blica Federativa do Brasil tem como fundamentos a dignidade da pessoa humana os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Fonte CF art 170 c c art 1 incisos Ill e IV Completa o conjunto de preceitos o acesso ao bem comum ou bem de todos como um dos objetivos fundamentais da Rep blica promover o bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimina o O bem comum tem dois significados distributivo e coletivo No significado distributivo
362. ende se ao fato do aumento da tens o social reinante na Regi o quando v rias propriedades na circunvizinhan a vem sendo invadidas pelos trabalhadores sem terra da rea Desse modo coloco me disposi o de V Sa para prestar lhe quaisquer outros esclarecimentos necess rios Assinatura ANDERSON ABREU JUNIOR fl 386 84 Analisando os autos do processo de desapropria o da fazenda Brinco de Ouro verifica se que o pleito do fazendeiro foi atendido prontamente em despacho datado do mesmo dia fl 387 o Superintendente ap s seu de acordo determinando o envio da documenta o ao Protocolo para constituir processo e retornar ao Gabinete No dia seguinte os autos foram constitu dos fl 388 e propriet rio foi notificado sobre a vistoria que seria realizada nas fazendas recibo fl 389 e declara o fl 390 85 Em 8 10 1996 seis meses depois o Incra ofereceu ao Sr Anderson de Abreu Junior a t tulo de indeniza o pr via pela desapropria o das fazendas Brinco de Ouro e Serra Verde Boa Vista R 988 mil em dinheiro e R 442 mil em T tulos da Divida Agr ria conforme mostram extratos do Siafi guias de dep sito na Caixa Econ mica Federal e peti es iniciais todos acostados s fls 397 415 destes autos 86 Vale registrar ainda que a equipe de auditoria entende razo vel afirmar que h ind cios de que o pedido de desapropria o feito pelo propriet rio foi escrito e impresso dentro da pr pria
363. ente julgado Recife 05 de agosto de 2003 INSERIR AP S A DATA DE JULGAMENTO PAULO MACHADO CORDEIRO Desembargador Federal Convocado Relator RELAT RIO O SR DESEMBARGADOR FEDERAL CONVOCADO PAULO MACHADO CORDEIRO RELATOR Os autos retratam a remessa de of cio e apela es interpostas pelo INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZA O E REFORMA AGR RIA INCRA e pela expropriada DESTILARIA MONTEVID U LTDA contra senten a proferida pelo MM Juiz Federal da 7 Vara da Se o Judici ria de Pernambuco Dr lio Wanderley de Siqueira Filho nos autos da a o de desapropria o para fins de reforma agr ria do im vel rural denominado Engenho Rinoceronte com rea registrada de 810 000ha oitocentos e dez hectares e com rea total identificada correspondente a 847 8000ha oitocentos e quarenta e sete hectares e oitenta ares descrito nos autos e localizado no Munic pio de Amaraji Pernambuco que fixou o valor da indeniza o em R 5 081 435 72 cinco milh es oitenta e um mil quatrocentos e trinta e cinco reais e setenta e dois centavos sendo R 4 735 259 46 quatro milh es setecentos e trinta e cinco mil duzentos e cingiientae nove reais e quarenta e seis centavos a t tulo de terra nua e R 346 176 26 trezentos e quarenta e seis mil cento e setenta e seis reais e vinte e seis centavos referentes s benfeitorias destinando se a quantia de R 93 485 04 noventa e tr s mil quatrocentos e oitenta e cinco reais e quatro
364. ente sobre o mercado de im veis rurais Assim um m todo de coleta de dados bastante f cil de aplicar mas que oferece pouca confiabilidade pois reflete t o somente a expectativa dos informantes e n o fatos acontecidos no mercado Em poucas linhas assim se descreve esse m todo de obten o de dados 1 o perito do Incra identifica um potencial informante que pode ser um agente p blico funcion rio da Prefeitura da Emater do Tabelionato etc um banc rio que lida com empr stimos e hipotecas um corretor de im veis um propriet rio rural etc 2 o perito explica o objetivo do trabalho de pesquisa e o entrevistado declara que se disp e a prestar informa es ao Incra 3 o perito apresenta preferencialmente por escrito uma descri o do im vel avaliando e pergunta qual seria o pre o mais prov vel daquele im vel e 4 o entrevistado ap s ter algumas d vidas esclarecidas pelo perito principalmente em rela o a detalhes do im vel informa o valor que entende ser o mais razo vel Al m de ser um processo simples e r pido n o deve durar mais de meia hora segundo Rubens Alves Dantas in Engenharia de avalia es uma introdu o metodologia cient fica S o Paulo Pini 1998 p 62 essa forma de coleta de pre os dispensa a vistoria dos im veis de refer ncia como se faz no caso de dados de neg cios realizados e de ofertas de pre os 203 Tabela 11 Natureza dos dados utilizados nas avalia es do I
365. entificadas nas avalia es de terra nua Fazendas Xo Brinco de Ouro e Serra Verde Boa Vista O laudo de avalia o da fazenda Xo fl 48 que praticamente id ntico ao das fazendas Brinco de Ouro fls 28 29 e Serra Verde Boa Vista fl 111 assim descreve a manipula o dos dados coletados 6 4 VALORES PESQUISADOS anexo 01 250 00 80 00 40 00 315 00 250 00 180 00 120 00 100 00 80 00 120 00 110 00 100 00 120 00 110 00 100 00 6 5 ORDENA O DA AMOSTRA 40 00 80 00 80 00 100 00 100 00 100 00 110 00 110 00 120 00 120 00 120 00 180 00 250 00 250 00 315 00 240 6 6 M DIA ARITM TICA X R 136 33 Desvio Padr o 73 66 Coeficiente de varia o CV 53 25 Como o coeficiente de varia o est muito alto indicando que existe uma grande discrep ncia entre os elementos tratados efetuou se o saneamento da amostra como forma de eliminar os dados at picos 100 00 100 00 100 00 110 00 110 00 120 00 120 00 120 00 M dia aritm tica R 110 00 Desvio Padr o DP 8 66 Coeficiente de varia o CV 7 87 6 7 VALOR ESCOLHIDO PARA O HECTARE DA TERRA NUA Escolheu se o valor inteiro de R 110 00 cento e dez reais como sendo o mais representativo para o hectare de terra nua do im vel avaliado Assim tem se rea total do im vel 2076 4500 ha VTN rea ha x valor R ha VTN 2076 4500 x 110 00 VTN R 228 409 50 duzentos e vinte e oito mil q
366. ento Preliminar de Dados e Informa es fls 96 100 228 4 1 7 da Fazenda Pe Jo o Maria II nos autos tamb m denominada Vivar ou Cabe o Preto em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 4 1 7 1 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o parecer t cnico sobre viabilidade de assentamento fls 64 65 e como chefe da SR I9 R fl 822 membro da Comiss o Revisora fls 823 826 e do Colegiado fl 827 foi favor vel desapropria o do im vel 4 1 7 2 Sr M rio Moacir de Almeida que assinou o parecer t cnico sobre viabilidade de assentamento fls 64 65 4 1 7 3 Sr Heleno Gomes da Silva que assinou o parecer de fls 820 821 concluindo pela viabilidade agron mica do im vel e como membro da Comiss o Revisora fls 823 826 e do Colegiado fl 827 concluiu pela viabilidade agron mica do im vel com base no parecer t cnico de fls 64 65 4 1 7 4 Sr Francisco de Assis Martins que como membro da Comiss o Revisora fls 823 826 e do Colegiado fl 827 foi favor vel desapropria o do im vel 4 1 7 5 Sr Maria da Gra as 4 de Oliveira e Anna Suely Borja Jales membros da Comiss o Revisora que assinaram o parecer de fls 823 826 concluindo
367. ento do registro imobili rio do im vel 3 Fazenda Curu com 4 770 000 hectares em nome da Empresa Ind stria Com rcio e Exporta o e Navega o do Xing Ltda INCENXIL havendo superposi o de rea com registro na Comarca de Altamira PA O im vel n o est cadastro no Incra n o cabendo cancelamento de cadastro O Instituto de Terras do Par j entrou com a o judicial visando anulidade do registro imobili rio e o cancelamento da matr cula n 6411 assim como averba es decorrentes O Incra vai oferecer medida de oposi o no intuito de reaver a parcela da rea que pertence Uni o Amazonas Guararapes com 107 785 hectares em nome da empresa Acresul Seringal Palhal com 110 000 hectares em nome da empresa Amazonacre Jadibaru com 104 449 hectares em nome da empresa FALB Saraiva de Farias Suvaco Dois de Julho e outros com 780 000 hectares em nome da empresa FALB Saraiva de Farias O Incra cancelou e prop s a es de nulidade de registro imobili rio desses im veis todos localizados no munic pio de Canutama AM com registros na Comarca de Canutama AM Seringal S o Pedro com 175 788 hectares no nome do Sr Mustaf Said localizado no munic pio de Pauini AM Registro na Comarca de Pauini AM Fazenda Rio Luna III com 280 733 hectares em nome do Sr Raimundo Nonato de Fernandes localizado em Novo Aripuan AM Registro na Comarca de Aripuan AM 289 Seringal S o Pedro com
368. er quantificadas O modelo seleciona as mais significantes isto que apresentam alta correla o com o pre o da propriedade As disposi es marginais a pagar pelas caracter sticas associadas ao bem ser o nulas se nenhuma disposi o houver para pagar pela propriedade O m todo somente recomend vel se a caracter stica for quantific vel e facilmente detect vel pelos potenciais compradores Fonte Maia Romeiro e Reydon 2004 pp 11 12 O que importa nesse m todo que a avalia o considere as caracter sticas detect veis e quantific veis com aptid o de fazer o comprador decidir se pela aquisi o em fun o do peso que determinadas caracter sticas exercem na e Resp 149746 SP rel Min Francisco Falc o 1 Turma DJ 30 5 2005 p 212 Resp 450270 PA rel Min Jo o Noronha 2 Turma DJ 13 12 2004 p 282 Resp 259948 SP rel Min Eliana Calmon 25 Turma DJ 12 4 2004 p 189 Resp 529781 CE rel Min Castro Meira 2 Turma DJ 6 9 2004 p 213 Resp 408172 SP rel Min Eliana Calmon 2 Turma DJ 24 5 2004 p 232 48 forma o do pre o do bem Isso n o quer dizer que se deva destacar da terra nua o pre o de cobertura vegetal A norma deixa espa o a especula es jur dicas a que o senso tico dos agentes auxiliares do processo judicial deve funcionar para impedir distor es O controle judicial da indeniza o se exerce de forma ampla no primeiro grau de jurisdi o S
369. ernativa de investimento que o conven a ao contr rio Observe se o conjunto de dez opera es no Quadro abaixo isoladas aleatoriamente dos mais de 30 000 registros As negocia es sem des gio sugerem que os t tulos estavam pr ximos do vencimento Os quatro primeiros e os quatro ltimos tiveram taxas de des gios aproximadas variando entre 28 52 a 33 80 As duas maiores opera es tiveram des gio igual a zero 73 Esses registros constam de tr s volumes encadernados fornecidos pela Secretaria do Tesouro Nacional STN CODIV GEEST que se encontram depositados na Biblioteca da Procuradoria Geral da Rep blica 74 Quadro 13 Blocos de t tulos negociados no dia 24 07 2000 Data Ativo Neg cios Pre o Pre o Pre o Resultado Valor Financeiro Qtde M nimo M dio M ximo gio em R R R R Des gio 24 07 00 991266 4 3 256 48 93 53 67 58 17 30 91 174 762 53 24 07 00 991267 4 3 256 48 93 52 81 56 41 32 02 171 949 45 24 07 00 991268 4 3 256 48 93 52 08 55 01 32 96 169 584 04 24 07 00 991269 4 3 256 48 93 51 41 53 67 33 82 167 396 57 25 07 00 930835 4 89 968 79 34 79 38 79 41 HVALOR 7 141 553 18 25 07 00 950833 2 9 200 79 41 79 42 79 43 HVALOR 730 670 38 25 07 00 961147 4 1 168 55 36 55 79 56 14 28 53 65 163 79 25 07 00 961148 4 1 168 55 36 55 79 56 14 28 53 65 163 79 25 07 00 961149 4 1 168 55 36 55 79 56 14 28 53 65 163 79 25 07 00 961150 4 1 168 55 36 55 79 56 14 28 53 65 163 79 Fonte Sec
370. erpreta o guiada pelo princ pio da proporcionalidade expresso objetivamente em termos de pondera o de interesses Isso leva discuss o da cl usula do devido processo legal como abrigo do princ pio da proporcionalidade Uma abordagem desse princ pio encontra se em Konrad Hesse Colhe se da sua obra gt bens jur dicos protegidos jur dico constitucionalmente devem na resolu o do problema ser coordenados um ao outro de tal modo que cada um deles ganhe realidade Onde nascem colis es n o deve em pondera o de bens precipitada ou at pondera o de valor abstrata um ser realizado custa do outro Antes o princ pio da unidade da Constitui o p e a tarefa de uma otimiza o a ambos os bens devem ser tra ados limites para que ambos possam chegar a efic cia tima Os tra amentos dos limites devem por conseguinte no respectivo caso concreto ser proporcionais eles n o devem ir mais al m do que necess rio para produzir a concord ncia de ambos os bens jur dicos Proporcionalidade expressa nessa conex o uma rela o de duas grandezas vari veis e precisamente esta que satisfaz o melhor aquela tarefa de otimiza o n o uma rela o entre uma finalidade constante e um meio vari vel ou Po Varios A cria o pretoriana dos juros de dano prejudica a proporcionalidade que somente se realiza de forma satisfat ria quando as decis es se amparam nos
371. erras se tornou mais atraente e mais especulativo a infla o foi controlada e as pr ticas institucionais quanto ao processo de desapropria o do INCRA evolu ram mas n o impedem que os donos de terras sejam aquinhoados com ganhos oportunistas 13 N o existe na dogm tica civilista nacional ou estrangeira a figura dos juros compensat rios taxados previamente 14 Os juros compensat rios ou de dano s o desnecess rios pois o C digo Civil disp e da figura da multa ou pena convencional Aqueles na medida em que tomam a configura o de compensa o abstrata n o passam de juros de mora retroativos a cobran a cumulativa dos dois desafia a lei de usura e discrimina as pessoas segundo os rendimentos 15 A atual ordem n o recepciona a compensa o abstrata como a figura dos juros compensat rios de cria o dos tribunais e n o do parlamento a exce o dos juros de mora de aplica o geral Com as S mulas 618 345 e 164 o STF concorre com o constituinte e o legislador comum A Constitui o Federal n o prev juros compensat rios para a desapropria o da terra rural somente prev juros legais para a desapropria o dos im veis urbanos A Constitui o de 1988 em contraste com a de 1946 que previa pagamento em dinheiro faculta ao Estado indenizar com t tulos p blicos O C digo Civil estatuto do cidad o prev juros de mora com fun o tamb m de repara o de dano tendo sofrido a
372. ertada pelo expropriante 5 Mesmo assim o ac rd o o beneficiou com corre o monet ria juros de mora e juros compensat rios sobre a diferen a n o dispon vel ao expropriado Na senten a judicial o juiz obrigado a revelar os fundamentos com que analisa as quest es de fato A falta de motiva o torna nula a decis o Isso implica que n o basta o juiz declarar que concorda com o resultado desse ou daquele laudo A senten a como uma pe a logicamente consistente deve valer por si ainda que apoiada em trabalho t cnico O questionamento sobre a rea que havia d vida sobre esse ponto A legisla o imp e que a decis o judicial a ser levada ao registro imobili rio dever indicar as caracter sticas geod sicas do im vel rural de modo a garantir a sua precis o posicional A individualiza o da coisa que a entidade p blica est a adquirir gera dois efeitos no tamanho da indeniza o e nas rela es com terceiros Do ac rd o do Regional somente o INCRA apresentou recurso especial Resp 675220 rel Min Castro Meira para discutir entre outros itens os juros compensat rios CPC art 458 IL 59 A oportunidade legal da audi ncia de concilia o bastante importante diante da premissa de que a lei imp e ao INCRA fazer uma oferta razo vel tecnicamente consistente Mesmo que n o haja acordo a audi ncia poder servir para marcar os pontos discordantes e assim orientar a per cia Mai
373. esentadas por entidades oficiais ou funcion rios p blicos de Jo o C mara elementos 3 4 7 e 11 Ou seja a inclus o desses dados elevou a m dia dos dados coletados em Jo o C mara 169 N o consta no laudo explica o para o fato de outros dois im veis tamb m relacionados no documento do Banco da Terra e localizados em munic pios vizinhos a Jo o C mara fazendas Floresta em Parazinho e Itabaiana em Pureza n o terem sido considerados na avalia o 170 Resumindo os peritos que avaliaram a fazenda Buraco Seco manipularam dados de mercado de im veis de diferentes munic pios sem apresentar qualquer justificativa para o aproveitamento de uns e o descarte de outros e sem utilizar fatores de homogeneiza o chegando a um valor da terra nua que n o possui embasamento estat stico Utiliza o de dados de outros munic pios sem a devida homogeneiza o 171 Opini o de pre o por si s um dado pouco confi vel Se a opini o para um outro im vel o dado tem ainda menos representatividade E o que dizer se a opini o de pre o para um im vel que se localiza em outro munic pio Naturalmente a resposta que o dado coletado n o tem qualquer valor e deve ser descartado 172 4 t tulo de exemplo pode se citar a ficha de coleta correspondente ao elemento 8 da amostra que traz a seguinte descri o do im vel paradigma o im vel est situado no munic pio de Po o Branco rea 998 9656 Nem a localiza
374. esse documento apesar de ser residente em outro Estado Fortaleza CE fis 425426 Buraco Seco O propriet rio recebeu os comunicados sobre as vistorias do im vel no mesmo dia da expedi o desses documentos fis 427 428 Baixa do Novilho O comunicado do Incra informando sobre o resultado da vistoria foi recebido pelo propriet rio na mesma data de sua expedi o fl 429 O manto da coisa julgada 6 18 LP o 89 Conforme registrado no levantamento de auditoria o Incra ajuiza a es de desapropria o mesmo quando o expropriado concorda com o pre o sugerido pelos peritos da 186 Excerto do levantamento de auditoria sobre o ajuizamento de a o quando h concord ncia do propriet rio Apesar de todo o exposto a Procuradoria do Incra dando cumprimento ao fluxograma da IN Incra n 43 de 29 9 2000 ajuiza a es de desapropria o em todos os processos de desapropria o independente de haver ou n o acordo quanto ao pre o a ser pago pelo im vel rural De acordo com os doutrinadores p trios a desapropria o pode ser efetivada ou por via administrativa ou por via judicial n o sendo imprescind vel a propositura da a o de desapropria o para o deslinde da quest o Na li o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro 190 Autarquia Isso acarreta despesas judiciais desnecess rias e tende a provocar a eleva o das indeniza es pagas j que eu tenho que contestar
375. esses ndices satisfazem a recupera o do poder aquisitivo da moeda ent o a infla o deixa de ser uma premissa leg tima aplica o dos juros compensat rios 3 Ademais o valor da oferta costuma ser pr ximo ao pre o de mercado A infla o est controlada O ndice de corre o monet ria razo vel quanto recupera o BI Distor es de indeniza es causadas pela desordem dos ndices objeto de coment rios de L cia Tavares especial refer ncia ao Resp 43 055 0 DJ 20 2 1995 p 3093 em Direito Monet rio de Let cio Jansen pp xi a xiii Lumem Juris Rio de janeiro 1997 111 do poder aquisitivo da moeda O processo de desapropria o foi agilizado Sindicar as condi es econ micas para efeito de fixar indeniza o no caso concreto interditado ao STF no exame de recurso extraordin rio Quer dizer o exame da justeza da indeniza o sobretudo da al ada do juiz de primeiro grau representam os frutos ou os lucros cessantes dos quais o propriet rio fica privado com a perda da posse Ministros Carlos Velloso Ilmar Galv o Deveria ser assim como na regula o de indeniza o de perdas e danos e lucros cessantes de acordo com o C digo Civil Desse modo a sua aplica o segundo cada caso haveria de atender as caracter sticas ou a voca o frut fera da propriedade Indeniza o n o se confunde com prebendas Indeniza o uma compensa o na extens o daquilo que se perdeu
376. est inferior em dez a vinte por cento ao da avalia o t cnica Juiz Federal Walter Nunes da Silva J nior da 23 Vara da Justi a Federal do Rio Grande do Norte em senten a prolatada em 30 5 2000 no processo n 98 0007850 9 fonte Relat rio de Pesquisa Segunda Fase elaborado pelo grupo de trabalho constitu do pela Portaria MDA n 153 de 27 6 2000 fl 364 grifo nosso Tabela 6 Interven o dos propriet rios nos processos administrativos Processo nYFazenda Ind cios Encontrados nos Autos Evid ncia Brinco de Ouro Serra Verde Boa Vista Os processos de desapropria o foram abertos a pedido do propriet rio a carta do propriet rio apresenta ind cios de que foi impressa no pr prio Incra fis 386 391 fis 392 396 Cana O processo foi aberto a pedido do propriet rio que juntou in meros documentos que poderiam agilizar o andamento do feito o comunicado do Incra informando sobre o resultado da vistoria foi recebido pelo propriet rio na mesma data de sua expedi o a declara o do propriet rio apresenta ind cios de que foi impressa no pr prio Incra fis 416 420 S o Luiz O propriet rio interveio no processo de desapropria o juntando documento certid o de propriedade de outro im vel sem o qual n o prosseguiria a desapropria o fis 421 424 Xod O propriet rio recebeu o comunicado sobre a vistoria do im vel no mesmo dia da expedi o d
377. eta de patrim nio potencial Para orientar a reflex o sobre o que mudou vale lembrar os dispositivos referenciais das S mulas questionadas conforme disposto no Quadro 17 112 Art 3 al nea 1 letra e 96 Quadro 16 Refer ncias das S mulas 618 416 e 345 do STF CC 16 CC 02 Assunto Observa o sobre nova situa o Artigos Artigos 1059 402 Perdas danos Sem altera o essencial 1061 404 par Perdas danos dinheiro Indeniza o suplementar se provado que os nico Juros da mora n o cobrem o preju zo 1063 406 Taxa de juros Taxa igual devida Fazenda Nacional O art 1059 refer ncia da S mula 345 corresponde ao art 402 do atual C digo N o h altera o que mere a coment rio em face do verbete O art 1061 refer ncia da S mula 416 corresponde ao atual art 404 O dispositivo revogado foi invocado pelo Supremo Tribunal Federal para afastar indeniza o complementar al m dos juros A altera o essencial que o legislador passou a admitir indeniza o suplementar quando provado preju zo os juros de mora n o sejam suficientes para cobri lo O Quadro 18 abaixo faz o contraste dos textos Quadro 17 Indeniza o suplementar no C digo Civil CC 1916 C C 2002 Art 1 061 As perdas e Art 404 As perdas e danos nas obriga es de pagamento em danos nas obriga es de dinheiro ser o pagas com atualiza o monet ria segundo ndi
378. eta pode ser assimilada a uma compra for ada a cr dito a desapropria o indireta a um esbulho Nessas duas situa es paradigmas o C digo Civil oferece um modelo de composi o de preju zo sem necessidade de se recorrer aos juros compensat rios Ao afirmar a incompatibilidade das duas s mulas o presente estudo argumenta que o C digo n o admite a figura dos juros de dano e disp e como fazer o ressarcimento como apura o aut noma ou multa convencional Assim os tais juros s o uma figura estranha e perfeitamente descart vel O Supremo Tribunal n o elegeu qualquer dispositivo do C digo Civil como refer ncia da S mula 164 As refer ncias infra constitucionais s o o art 3 do Decreto 22 785 1933 e o art 15 do DL 3 365 1941 Nenhum desses dispositivos fala de juros compensat rios O ltimo trata da imiss o antecipada na posse pelo Poder P blico e o ltimo trata da contagem inicial dos juros de mora a partir do tr nsito em julgado A S mula 345 ostenta como refer ncia de perdas e dano o art 1059 do C digo Civil de 1916 138 As perdas e danos e lucros cessantes s o ressarc veis Sobre isso n o h nem havia d vidas O art 1059 corresponde ao art 402 do atual C digo A refer ncia significa apenas que os juros compensat rios foram concebidos como suposta forma de ressarcimento de dano A refer ncia mais importante para o fim aqui perseguido era o art 1061 do C digo de 1916 e aparece como fundament
379. etende se discutir a quest o da justa indeniza o A discuss o compreender tr s n veis constitucional legal e emp rico A racionalidade constitucional permitir avaliar at onde poss vel tratar a indeniza o da terra como express o da prote o da propriedade de modo especialmente diverso da indeniza o de outros ativos ou interesses como a remunera o do trabalho e do capital n o f sico nas situa es em que o empres rio e o trabalhador da mesma forma que os propriet rios de terras se v em na condi o de credores do Estado 11 No plano legal a discuss o propiciar uma reflex o acerca da aplica o das normas que regem o processo judicial de avalia o da terra a fim de contrastar os pre os de mercado com os costumeiramente adotados pela burocracia judicial Se existir algum descompasso entre o costume judicial e as pr ticas de mercado a avalia o haver de se estender ao impacto dessa assimetria A economia moderna caracterizada pela imperfei o Esse pressuposto justifica discutir no plano emp rico das indeniza es as condi es atuais do mercado de terras a fim de diagnosticar o contexto desse mercado que sofre da interven o do Estado como grande comprador Por isso o item 2 avaliar ainda at onde as rela es do Estado com os agentes privados as quais n o est o isentas do fen meno da captura d o sentido quela imperfei o hist rica Na hip tese de essa impe
380. evidos em raz o do atraso no pagamento da indeniza o no percentual de 6 seis por cento ao ano arts 1 062 e 1 063 C digo Civil contados a partir do tr nsito da senten a em julgado S mulas n 70 e n 70 STJ Sua acumula o com os juros compensat rios tamb m restou admitida na jurisprud ncia depois de longa discuss o cf S mula n 12 STJ afastadas as alega es de anatocismo vedado em lei cf S mula n 102 STJ No particular decidiu a 2 Turma do Superior Tribunal de Justi a no Recurso Especial n 32 480 8 PR Rel Min Ant nio de P dua Ribeiro que os juros morat rios s o devidos na desapropria o a partir do tr nsito em julgado da senten a S mula n 70 STJ e incidem at o efetivo pagamento da indeniza o ou seja no caso a entrega dos 75 a partir de quando passam a ser contados como previsto nos citados t tulos Cf DJ 21 11 94 p 31 746 DOS HONOR RIOS ADVOCAT CIOS A Expropriada ainda pugna pela aumento dos honor rios advocat cios fixados na senten a sobre o montante de 10 da diferen a entre o pre o fixado e o valor da oferta inicial merecendo destarte reforma a senten a neste ponto INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTS 14 15 16 e 17 DA LEI COMPLEMENTAR 76 93 O STF declarou recentemente em controle incidental por ofensa ao art 100 da CF 88 que os arts 14 e 15 da lei Complementar n 76 93 s o inconstitucionais RE247866 CE precedente citado
381. excessos O documento corresponde ao Anexo B ao final do presente trabalho O Minist rio P blico Federal denunciou a situa o A es judiciais foram propostas para impugnar os valores superdimensionados No mbito administrativo a 5 C mara do MPF desenvolveu articula es que resultaram num conv nio com o INCRA Um dos objetivos era que essa autarquia melhorasse as suas Instru es Normativas que disciplinavam a confec o de laudos administrativos No ano anterior a 5 C mara do MPF realizou um encontro de trabalho por ocasi o do II Encontro nacional em Defesa do Patrim nio P blico Bras lia 28 a 30 de setembro de 1998 O evento contou com a participa o de membros do MPF da AGU e do INCRA As conclus es que consistem do Anexo C ofereceram v rias sugest es para sistematiza o merecendo destaques as superavalia es os juros compensat rios os c lculos judiciais e sugest es de altera o legislativa A cria o de massa cr tica quanto ao problema sob a lideran a da 5 CCR do MPF se tornou poss vel com a inclus o em lei em 1993 da atua o obrigat ria do Minist rio P blico nos processos de desapropria o por interesse social Relat rio do ent o Minist rio da Pol tica Fundi ria e Agricultura Familiar denominado O Livro Branco das Superindeniza es conclu do no ano de 1999 examinou mais de 50 casos de indeniza es Apurou se que os valores das indeniza es arb
382. federal h previs o de a rea ser expropriada porque estaria dentro dos limites da rec m criada Reserva Extrativista Riozinho do 58 Consta do Anexo F que o Instituto de Terras do Par ITERPA discute a nulidade da matr cula da Faz Curu no Processo 270 96 2 Vara C vil da Comarca de Altamira Na Justi a Federal de Santar m corre a A o Penal 2003 39 02 000197 2 por falsidade ideol gica que resultaram na grilagem da terra 65 Anfr sio 60 A citada Fazenda Curu se sobrep e s Terras Ind genas Xypaia e Curuaya toda a Floresta Nacional de Altamira 80 da Terra Ind gena Ba e toda a gleba dos Projetos de Assentamento do INCRA Nova Fronteira e Santa J lia 61 Para evitar a desapropria o de uma grande rea grilada o Minist rio P blico Federal ingressou com a o civil p blica O processo est na sua fase inicial Abortar a desapropria o significa impedir que uma indeniza o generosa inclusive acompanhada de juros compensat rios possa funcionar como est mulo atividade especulativa com terras apropriadas pela grilagem As imperfei es discutidas asseguram aos expropriados uma generosa desapropria o O pagamento mediantes t tulos n o anula os ganhos do processo judicial b Mercado secund rio de T tulos da D vida Agr ria T D A s O vigor do mercado de terras est atrelado a um mercado secund rio de t tulos utilizados no pagamento da indeniza
383. final do ju zo competente A Procuradoria Regional do Incra no Amazonas moveu a o ordin ria de nulidade na Justi a Federal com o objetivo de anular as matr culas irregulares referentes ao im vel rural denominado Aripuan ou Fazenda Paulista Sua rea inicialmente definida como 100 estradas de seringa foi ampliada para 351 633 hectares O im vel est localizado em rea de fronteira e suas matr culas e demais registros foram cancelados por uma senten a da Justi a Federal Ele foi no entanto fracionado e vendido encontrando se grande parte dos lotes sob dom nio de particulares Todos os lotes est o acobertados por novas matr culas e disposi o dos pro priet rios A decis o que cancelou os registros n o alcan ou o resultado esperado em raz o da superposi o de dois grandes t tulos que depois de registrados receberam as denomina es de Entre Rios com rea de 120 mil hectares e Santa Felomena com rea de 119 485 hectares al m de parte de duas reservas ind genas e mais dois pequenos t tulos registrados com os nomes de Parna e Mourinha Quando sanadas as quest es de superposi o a rea ser reincorporada ao patrim nio da Uni o O Seringal Europa matriculado como sendo parte desmembrada dos lotes de terra denominados Santana S o Joaquim e Acaramutaba com rea definida em estradas de seringa foi registrado quando do desmembramento com rea de 55 159 ha Na verdade pelo que consta nas
384. foram encontradas nesses autos oito folhas sem numera o e algumas folhas numeradas mas n o rubricadas fls 430 434 100 No processo de desapropria o das fazendas Serra Verde e Boa Vista as folhas entre as de n mero 77 e 82 n o est o numeradas fls 435 440 e as fls 441 448 trazem a an lise jur dica de um outro processo de desapropria o FazendaCoqueiro localizada em 19 A realiza o de audi ncia p blica no processo de obten o de terra por meio de compra regulamentado no Cap tulo III da Norma de Execu o Incra n 10 de 11 4 2001 De acordo com o art 17 devem ser convidados para as audi ncias p blicas entre outros representantes dos minist rios p blicos federal e estadual dos poderes executivo e legislativo estadual e municipal dos rg os estadual ou municipal de terras da OAB do CREA dos movimentos sociais e dos sindicatos de trabalhadores rurais 1 Ao menos dois casos de eleva o das indeniza es na fase judicial ocorreram entre os dez selecionados pela equipe de auditoria No processo da fazenda Brinco de Ouro a avalia o do im vel feita pelo Incra foi elevada pelo Juiz da 1 Vara Federal do Rio Grande do Norte de R 1 12 milh o fl 36 para R 1 89 milh o fl 488 c pia da senten a No processo da fazenda Serra Verde Boa Vista o juiz elevou o valor da desapropria o de R 300 mil fl 124 para R 619 mil fl 480 c pia da senten a Al m disso restou ao Incra a obriga o pelo p
385. gli interessi legali determinato in misura pari al 5 per cento in ragione di anno Il Ministro del tesoro con proprio decreto pubblicato nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica Italiana non oltre il 15 dicembre dell anno precedente a quello cui il saggio si riferisce pu modificarne annualmente la misura sulla base del rendimento medio annuo lordo dei titoli di Stato di durata non superiore a dodici mesi e tenuto conto del tasso di inflazione registrato nell anno Qualora entro il 15 dicembre non sia fissata una nuova misura del saggio questo rimane invariato per l anno successivo Allo stesso saggio si computano gli interessi convenzionali se le parti non ne hanno determinato la misura Gli interessi superiori alla misura legale devono essere determinati per iscritto altrimenti sono dovuti nella misura legale Os dispositivos acima est o em vigor traduzidos ficam assim Art 1224 Danos nas obriga es pecuni rias Nas obriga es que t m por objeto uma import ncia em dinheiro s o devidos a contar do dia da mora os juros legais mesmo quando n o eram devidos precedentemente e mesmo que o credor n o prove ter sofrido qualquer dano Se antes da mora eram devidos juros de taxa superior legal os juros morat rios s o devidos na mesma taxa 1361 du 24 d cembre 1992 JO 30 12 1992 p 17926 1992 9 69 D cret du 5 mars 1992 JO 07 03 1992 p 3384 1991 10 26 D cret n 91 131 du ler f vrier
386. gresso Nacional que n o tem negado apoio s iniciativas do Governo no sentido de apressar melhorar e baratear a reforma agr ria mais uma vez d sua colabora o a essa causa que al m de social tem tamb m um forte sentido econ mico Raul Jungmann Ministro de Pol tica Fundi ria e Agricultura Familiar A Desapropria o Enumeramos a seguir os passos necess rios ao desenvolvimento do processo de desapropria o de terras e as principais causas preliminares que fazem com que as indeniza es sejam artificialmente elevadas 1 Depois da exposi o de motivos e do decreto de desapropria o baixado pelo presidente da Rep blica o Incra faz a avalia o do im vel com base em crit rios definidos pela Lei n 8 629 93 e pela Medida Provis ria n 1 901 30 99 A indeniza o deve ser calculada com base no valor de mercado A tradi o de se calcular as benfeitorias tendo como par metro de c lculo o seu valor de reposi o no entanto j contribui neste ponto para elevar significativamente o custo do im vel o que se aplica tamb m s indeniza es n o contestadas 2 Para ajuizamento das a es de desapropria o emitem se os T tulos da D vida Agr ria TDAs sendo que as benfeitorias devem ser pagas em dinheiro Em todos os casos o Incra deposita os TDAs para pagamento da terra nua e o valor em dinheiro correspondente s benfeitorias Se o propriet rio aceitar esses valores recebe os Caso recorra pod
387. guel Uma senten a de 1 grau deixou de observar em profundidade a defini o de im vel rural da Fazenda S o Miguel situada no munic pio de Formosa GO tendo fixado a indeniza o n o por hectare mas por metro quadrado como se fosse uma rea urbana Com isso o valor de parte do im vel expropriado num total de 2 136 hectares havia alcan ado R 5 07 milh es O Incra apelou da senten a que foi parcialmente acolhida pelo Tribunal Regional Federal da 1 Regi o no que se refere indeniza o que caiu ent o para R 1 022 milh o livrando o er rio p blico de um preju zo de R 4 048 milh es Um preju zo de R 200 milh es Rond nia No estado de Rond nia a Uni o sofreu um preju zo da ordem de R 200 milh es nas indeniza es pagas aos propriet rios de apenas 12 im veis rurais selecionados abaixo As indeniza es sentenciadas pela Justi a somaram aproximadamente R 250 milh es enquanto que a pre os de mercado o montante n o deveria ter sido superior a R 50 milh es de acordo com c lculos do Incra e S o Salvador com 6 277 hectares no munic pio de Jar a indeniza o determinada pela Justi a foi de R 11 milh es enquanto que a pre os de mercado o valor seria de aproximadamente R 1 6 milh o e Santa J lia com 12 mil hectares no munic pio de Porto Valho a Justi a determinou uma a indeniza o R 14 milh es enquanto o mercado recomendaria R 3 milh es e Guarajus Omor d e Abait
388. guintes irregularidades 4 1 inadequa o das classifica es agron micas das terras no Munic pio de Jo o C mara onde os dados meteorol gicos indicam que o clima da regi o o 4ath ou seja que a seca edafol gica longa o que n o autoriza a classifica o das terras nas classes 1 ou II cap tulo 1 do relat rio 4 1 1 da Fazenda Xo em que 100 das terras foram classificadas de forma equivocada 30 na classe I 40 na classe Il e 30 na classe III 227 4 1 1 1 Srs Eug nio Marinho de Oliveira lamar Ol mpio de V Maia e Manoel do Nascimento Salazar que apesar da classifica o equivocada das terras assinaram o relat rio Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 37 41 4 1 1 2 Sr Heleno Gomes da Silva que assinou o parecer de fl 753 concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 4 1 2 da Fazenda Brinco de Ouro em que 90 das terras foram classificadas de forma equivocada 85 na classe II e 5 na classe III 4 1 2 1 Srs Francisco Rodrigues Filho Zenivaldo Bezerra Alves e Francisco de Assis Martins que apesar da classifica o equivocada das terras assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 13 18 4 1 2 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es do relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fl 759 4 1 2 3 Sr Heleno Gomes da Silva que assinou o
389. gulamenta o por decretos regimentos internos normas administrativas de tribunais e o surgimento de decis es judiciais de primeiro grau e de tribunais absolutamente d spares e frequentemente danosas ao er rio Fixa o na lei das pe as essenciais do precat rio especificando al m das atualmente exigidas nos regimentos dos tribunais aquelas necess rias para a confer ncia dos c lculos Justificativa frequentemente as pe as previstas nos regimentos internos dos tribunais n o permitem fazenda p blica a integral compreens o da lide e dos valores propostos pelo exeguente dificultando a defesa do er rio Envidar esfor os junto ao Congresso Nacional para convers o em lei da medida provis ria que fixa prazo de quatro anos para ajuizamento da a o rescis ria Medida Provis ria n 1 703 17 98 art 5 9 Alterar o art 730 do CPC estabelecendo prazo de trinta dias para oferecimento de embargos por parte da fazenda p blica Justificativa a sugest o deve se exigiiidade do prazo de dez dias para que a fazenda possa conferir s vezes todo o processo e verificar a corre o dos c lculos propostos pelo exequente Estabelecer que devem ser abatidos nos c lculos os pagamentos ou libera es efetuados no curso da a o ou execu o desde a data em que foram realizados Justificativa procura se evitar que valores j entregues ou postos disposi o do expropriado gerem encargos como juros compensat rios e mora
390. gularidades e pelos d bitos apurados nos processos de desapropria o Determina es Ci ncia da decis o acompanhada do relat rio e voto que a fundamentam ao INCRA ao Minist rio do Desenvolvimento Agr rio Controladoria Geral da Uni o 53 C mara de Coordena o e Revis o Patrim nio P blico e Social do MPF aos Presidentes da C mara dos Deputados e da Comiss o Parlamentar Mista de Inqu rito CPMI da Terra Remessa dos autos Secob RELAT RIO Cuidam os autos de auditoria piloto realizada pela Secretaria de Fiscaliza o de Obras e Patrim nio da Uni o Secob na Superintend ncia Regional do INCRA no Rio Grande do Norte objetivando verificar a conformidade das desapropria es de im veis para fins de reforma agr ria no Estado Transcrevo a seguir o relat rio apresentado pela equipe de auditoria cujas propostas de encaminhamento foram acolhidas pelos dirigentes da Unidade T cnica APRESENTA O Trata se de auditoria piloto com os objetivos de verificar a conformidade do processo de desapropria o de im veis para fins de Reforma Agr ria conduzido pelo Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria Incra e de consolidar dados para o desenvolvimento de uma metodologia de fiscaliza o dessa natureza 2 Este trabalho insere se no plano t cnico estrat gico proposto pelo Projeto Patrim nio Imobili rio Propat aprovado pela Segecex como atividade relativa ao objetivo de ampliar gradualme
391. himento na fonte se for o caso dos tributos inclusive contribui es previdenci rias incidentes sobre pagamentos decorrentes de decis o judicia Alternativa fixar na lei mecanismo semelhante ao do Decreto n 2 214 97 art 11 incluindo vista da PFN e do INSS para fiscaliza o dos tributos incidentes para precat rios acima de determinado valor Justificativa constata se que n o v m sendo efetuados os recolhimentos inclusive na fonte sobre valores pagos por decis o judicial procura se criar na lei normas mais claras quanto responsabilidade por esses recolhimentos que poderia ser da secretaria do ju zo e do pr prio juiz eventualmente sob pena de responsabilidade como estabelece a legisla o previdenci ria Sem preju zo do requerimento de vista do Minist rio P blico ex officio fixa o na lei da obrigatoriedade de vista dos autos de precat rio nos casos acima de determinado valor em que haja provoca o do rg o p blico ou interessado Sugest es 5 C mara de Coordena o e Revis o do Minist rio P blico Federal Recomendar aos Membros do MPF especial aten o aos autos de precat rios em raz o da atribui o de defesa do patrim nio p blico art 129 III da Constitui o Federal Desenvolver estudos e ouvir os Membros do MPF para fixa o de valor em cada Estado ou Regi o segundo as peculiaridades locais acima do qual haver necessidade de manifesta o em todos os precat rios em
392. ia o qualquer estudo acerca dos custos de recupera o da planta o 9 12 2 4 o custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R 200 ha 9 12 2 5 a planta o de sisal gerou apenas R 1 2 mil de renda aos assentados em 2001 conforme depoimento do Sr Queginaldo da Silva Garcia Vice presidente da associa o de assentados dessa fazenda 9 12 2 6 de acordo com a declara o do propriet rio que consta do relat rio de levantamento preliminar fl 171 o ndice de produtividade dessa planta o era de 135kg ha produ o de 10 toneladas em 74 3 hectares e n o de 400kg ha como os peritos consideraram no laudo de avalia o 9 12 2 7 o valor pago pelo sisal em prec rio estado supera o valor de mercado de um cajueiro em boas condi es que a planta o mais nobre da regi o 9 12 3 pagamento indevido de R 37 2 mil em 8 6 2000 a t tulo de 185 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 12 3 1 as fichas de coleta de opini es de pre o n o fazem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 12 3 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e func
393. ia ao indiv duo que disse ter essa disponibilidade para alugar e ter o rendimento de certa quantia O que ia fazer o perito Verificar se aquela rea podia ser arrendada e qual o pre o do arrendamento Se assim entendermos temos que considerar que isso ato il cito a responsabilidade por dano e este abarca o dano emergente e o lucro cessante Fonte http www stf gov br jurisprudencia lT frame asp PROCESS0 23328 amp CLASSE ADI 2DMC amp co d classe 555 amp 0RIGEM IT amp RECURSO 08TIP JULGAMENTO M amp EMENTA 2146 165 ANEXO B Livro Branco das Superindeniza es O livro Branco das Superindeniza es contendo informa es sobre mais de 70 processos Judiciais movidos por donos de terras desapropriadas contra o Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria Incra foi divulgado dia 30 9 99 pelo Minist rio da Pol tica Fundi ria e Agricultura Familiar As chamadas superindeniza es da reforma agr ria somadas alcan am mais de R 7 bilh es dinheiro suficiente para assentar 300 mil fam lias Os dois primeiros exemplares da publica o foram entregues pelo ministro Raul Jungmann ao presidente do Senado Ant nio Carlos Magalh es e ao vice presidente da C mara Federal Deputado Her clito Fortes Apresenta o Tomamos a iniciativa de trazer ao conhecimento da popula o um tema que tem representado elevad ssimo nus para os cofres p blicos e por consegii ncia sociedade como um todo Trata se da
394. ia de Cart rios e rg os de terras e usando de viol ncia para expulsar posseiros e comunidades ind genas As ra zes hist ricas deste processo remontam coloniza o com a ocupa o do territ rio por meio das capitanias heredit rias concedidas aos mais fi is s ditos da Coroa portuguesa e a posterior explora o das terras com a for a do trabalho escravo s capitanias heredit rias seguiu se o sistema das sesmarias grandes por es de terras que eram entregues a quem se dispusesse a explor las dando em troca Coroa uma sexta parte do que fosse produzido ou extra do Surge a o regime de trabalho conhecido como peonagem realizado por pe es no qual as fam lias eram obrigadas a trabalhar nas planta es em troca de favores e apadrinhamento Os favores oferecidos pelo patr o eram prote o e resid ncia gratuita a contrapartida o trabalho em regime de servid o Os direitos do pe o eram apenas os derivados da boa vontade do patr o Posseiros versus grileiros Depois da Independ ncia do Brasil e com o fim das sesmarias surgiram as primeiras propriedades rurais privadas ao mesmo tempo em que proliferaram no pa s as posses pequenas glebas de terra das quais as fam lias de lavradores tiravam o seu sustento e abasteciam as cidades Levas de posseiros desbravaram o sert o para formar unidades familiares de produ o No que se tornaria um movimento usual na hist ria brasileira contudo seguiram se a eles os
395. ica destina o desses certificados o pagamento de d vidas previdenci rias Lei n 9 711 de 20 11 98 e portarias conjuntas dos Minist rios da Fazenda e da Previd ncia e Assist ncia Social de divulga o dos referidos leil es de CDP INSS 180 Como os TDA possuem valores pr determinados cujos m ltiplos n o coincidem necessariamente com o valor exato da terra nua parte desse valor denominada restos de TDA paga em dinheiro Lei Complementar n 76 de 6 7 1993 disp e que Art 5 A peti o inicial al m dos requisitos previstos no C digo de Processo Civil conter a oferta do pre o e ser instru da com os seguintes documentos I texto do decreto declarat rio de interesse social para fins de reforma agr ria publicado no Di rio Oficial da Uni o certid es atualizadas de dom nio e de nus real do im vel documento cadastral do im vel IV laudo de vistoria e avalia o administrativa que conter necessariamente a descri o do im vel por meio de suas plantas geral e de situa o e memorial descritivo da rea objeto da a o b rela o das benfeitorias teis necess rias e voluptu rias das culturas e pastos naturais e artificiais da cobertura florestal seja natural ou decorrente de florestamento ou reflorestamento e dos semoventes c discriminadamente os valores de avalia o da terra nua e das benfeitorias indeniz veis V comprovante de lan amen
396. iga es il quidas O atual art 405 correspondente repete o mesmo termo inicial de contagem mas suprime a express o obriga es il quidas Isso abre a possibilidade de os juros de mora tamb m na desapropria o serem contados a partir daquele termo O art 591 do C digo vigente corresponde ao art 1262 do revogado E o nico dispositivo a tratar de juros que n o se fundam na mora S o aut nticos juros compensat rios na express o da doutrina A mudan a b sica que a norma que prevalece a da taxa teto somente podendo variar para baixo Ainda sobre a taxa de juros observe se que o art 406 n o faz refer ncia ao art 591 como o art 1062 fazia ao art 1262 Isso n o implica a possibilidade de a taxa dos juros legais de que trata o primeiro dispositivo ser convencionada acima dos 12 O art 591 fez a refer ncia inversa ou seja limitou o seu escopo ao que o art 406 define Ademais a taxa legal sempre um teto salvo expressa delibera o do legislador que costuma proscrever a usura Esse um tra o cultural dos mais resistentes que o direito ostenta pressionando a compensa o abstrata 113 CTN art 161 1 salvo disposi o legal em contr rio 98 Na linha da indeniza o razoavelmente concreta o atual C digo em dispositivos sem correspondentes no C digo revogado autoriza o juiz a exercer sua aprecia o equitativa a fim de estabelecer a devida propor o entre o dano e
397. igo Civil N o tem sentido dizer que os juros compensat rios s o de doze por cento porque o C digo Civil diz que os juros legais s o de seis por cento O supremo n o chegou ao absurdo de considerar ser seis igual a doze Apenas invocou a norma do C digo Civil para caracterizar justamente ser norma absolutamente ultrapassada embora tivesse sido norma que possivelmente fora utilizado quando o Tribunal estabeleceu que seis por cento era a taxa compat vel com o justo pre o Agora V Exa deixa de lado as circunst ncias econ micas e diz que temos primeiro de revogar a s mula para depois examinar a constitucionalidade ou n o da medida provis ria em causa A data venia confunde se causa com efeito e efeito com causa O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Sr Presidente considero n o haver relev ncia para se declarar a suspeita de inconstitucionalidade no momento em que as circunst ncias econ micas s o semelhantes quelas anteriores quando o Supremo Tribunal dizia ser razo vel uma taxa de seis por cento para os juros compensat rios O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE Eminente Relator apenas para a fixa o de meu voto gostaria que V Exa esclarecesse o seguinte poss vel por medida provis ria ou por lei tabelar lucros cessantes a serem computados numa indeniza o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Se n o for V Exa ter de achar que a s mula do Supremo Tribunal inconstituci
398. il 242 Vale dizer tamb m que a usina de beneficiamento n o trouxe qualquer benef cio aos assentados pois eles n o possu am experi ncia nem capital de giro suficientes para gerenciar o empreendimento industrial ver foto da usina desativada na figura 5 227 Uma rea dita inaproveit vel em duas hip teses 1 o solo n o pode ser cultivado aforamento rochoso por exemplo ou 2 a rea est ocupada por casas galp es armaz ns ou outras benfeitorias que limitam sua explora o agropecu ria 28 J que no caso de uma desapropria o parcial parte das cercas ainda teria que ser paga a equipe optou por uma estimativa conservadora em que mesmo havendo a desapropria o parcial toda cerca seria considerada no valor dessa indeniza o fls 29 35 2 Como o cajueiro ocupava 800 ha e as constru es outros 10 ha a indeniza o seria reduzida em 810 ha x R 110 ha R 89 mil R 110 ha o valor atribu do pelo Incra para a terra nua da fazenda Brinco de Ouro ver fl 29 220 Figura 5 Usina desativada de beneficiamento de castanha de caju localizada no assentamento da fazenda Brinco de Ouro Jo o C mara RN Fotos da vistoria realizada pela equipe de auditoria entre os dias 21 e 24 7 2003 243 Resumindo ao se abster de realizar a desapropria o parcial da fazenda o Incra optou por assentar apenas 82 fam lias ao custo m dio de R 13 7 mil fam lia Com o mesmo dinheiro ali s com o equivalente em
399. il 420 93 mil 229 64 mil a O 168 RO Fazenda Vila Amaz nia AM 640 99 mil 17 milh es 16 36 milh es Lotes 169 158 93 mil 9 8 milh es 9 21 milh es 172 170 172 176 168 175 e 167 MA Fazenda Alpina RJ 7 82 milh es 12 04 milh es 4 21 milh es Fazenda Oco PR 12 milh es 445 64 433 4 milh es milh es 240 32 milh es 7 08 bilh es 6 69 bilh es Al m da Fazenda Oco o Paran re ne outros casos na regi o da fronteira do Estado que est o em disputa judicial 2 5 bilh es 2 5 bilh es Fonte http www incra gov br htm serveinf htm pubs down livro zip 169 ANEXO C ENCONTRO NACIONAL EM DEFESA DO PATRIM NIO P BLICO Bras lia 28 a 30 de setembro de 1998 COMISS O DE SISTEMATIZA O Minist rio P blico Federal MPF Advocacia Geral da Uni o AGU Instituto de Coloniza o e Reforma Agr ria Incra Reuni o para aperfei oamento e implementa o das sugest es Bras lia 8 e 9 de outubro de 1998 CONCLUS ES PRECAT RIOS 1 1 Sugest es legislativas Enviar anteprojeto de lei ou baixar medida provis ria incluindo no C digo de Processo Civil se o disciplinando a natureza e o procedimento dos precat rios bem como metodologia de c lculos judiciais nas execu es contra a fazenda p blica atentando para as peculiaridades das desapropria es Justificativa a aus ncia de normatiza o acerca do assunto tem propiciado sua re
400. il metros conforme se depreende da planta topogr fica de fl 743 e do mapa de fl 62 9 cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Baixa do Novilho com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 83 95 e a Ata da Mesa T cnica fl 840 corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou a Ata da Mesa T cnica fl 840 e como chefe do Grupamento Fundi rio assinou o parecer de fl 841 confirmando os mesmos valores indenizat rios e Sr Francisco Rodrigues Filho que assinou a Ata da Mesa T cnica confirmando os valores indenizat rios fl 840 apresentem defesa acerca das seguintes irregularidades 9 1 superavalia o de cercas externas que gerou um prejuizo estimado de R 3 1 mil em 21 10 1998 apurado a partir da constata o de que os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a 99 do per metro da fazenda 16 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes cap tulo 4 do relat rio 9 2 superavalia o de 12 ha de sisal que gerou um prejuizo estimado de R 2 4 mil em 21 10 1998 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 9 2 1 consta do pr prio laudo de avalia o que
401. impor ao Estado a aquisi o compuls ria de remanescente que deve ficar com o propriet rio Na ocorr ncia de desapropria o direta em que o remanescente tem o seu valor reduzido em raz o da rodovia ou outra 172 Relat rio Final 2004 2005 Presidente Deputado lio Rusch e Relator Deputado M rio Bradock 147 obra ou projeto do poder p blico o razo vel atribuir ao propriet rio uma indeniza o complementar sem demover dele a propriedade Tome se o exemplo de uma propriedade de 950 hectares sendo uma parte maior de 800 hectares desapropriada Suponha se que em raz o desse fato o remanescente de 150 hectares fica desvalorizado ou descaracterizado para o fim a que normalmente se destinava Apura se o valor do remanescente ao pre o por hectare da parte desapropriada e sobre essa base de c lculo arbitra se uma indeniza o para cobrir a desvaloriza o da mesma rea remanescente que continuar com o propriet rio No Reino Unidos a jurisprud ncia tem geralmente admitido um ressarcimento adicional que varia entre 2 e 5 desse montante 3 Embora compensa o maior seja poss vel n o parece razo vel arbitrar indeniza o completa pois impor ao governo que adquira uma rea sem qualquer projeto de aproveitamento n o consulta o interesse p blico Sem projeto de ocupa o ou utiliza o a terra termina sendo ocupada quando n o pelo antigo dano por terceiros aventureiros ou grileiros que costumam promover desmata
402. io Fonseca Bastiaan Reydon Mensagem de 28 9 2004 bastianrQiadb org 100 A discuss o se deu entre o autor deste trabalho e o Prof Bastiaan Reydon As manifesta es deste em negrito confirmam pelo menos em parte as observa es do primeiro De fato a fim de assegurar ganhos processuais atrav s dos juros compensat rios fazendeiros e outras categorias de executivos terminam se envolvendo Eles n o encontram essa vantagem em nenhum outro espa o de neg cios O Estado grande comprador e regulador termina caindo na armadilha do mercado Sugere se neste trabalho que esse resultado decorre ao menos em parte de um direito constru do pelos tribunais de forma deficiente Essa defici ncia retratada pela incongru ncia de julgados e a resist ncia que at hoje manifestam os rg os judiciais O Governo tentou remediar mas parece que somente repetiu a defici ncia L A jurisprud ncia dos juros compensat rios na desapropria o Atrav s da jurisprud ncia os tribunais judiciais sem gozar do poder constitucional do parlamento n o podem construir sen o com a experi ncia ponto de partida e ponto final de retorno de todos os conceitos quer os obtidos por generaliza o quer os obtidos por formaliza o 5 mas sempre em face de um padr o normativo do direito legislado no n vel constitucional ou infraconstitucional Nessa perspectiva desenvolve se a discuss o da jurisprud ncia Sustent
403. ion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a ex Secret rio de Agricultura atual Secret rio de Obras do Munic pio que diversas 262 vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 12 3 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 9 13 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Cana com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Jos Barbosa Cordeiro que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica concluindo que os valores indenizat rios apurados nesse laudo refletem o pre o de mercado da regi o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e o parecer da Comiss o Revisora confirmando esse laudo Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco Rodrigues Filho que assinaram a Ata da Mesa T cnica acordando com a avalia o realizada Sr Manoel Neto Souza que assinou a Ata da C mara T cnica Agron mica confirmando os valores indenizat rios Sr Marc lio de Lima Rocha que como chefe da SR 19 e membro da Comiss o Revisora e do Comit Regional assinou pareceres respectiv
404. ios cap tulo 3 do relat rio e anexo 3 6 1 1 a floresta de eucalipto n o era um investimento do fazendeiro mas uma experi ncia da Sider rgica Uni o conforme consta do relat rio Avalia o dos Plantios de Eucalipto na Fazenda Xo e Fazenda S tio de Dentro fls 505 511 elaborado por essa empresa 6 1 2 as rvores de eucalipto apresentavam um desenvolvimento pifio entre 4 e m hectares ano com uma taxa de crescimento pr xima da mata nativa conforme consta desse mesmo relat rio 6 1 3 constam dos autos da desapropria o do im vel dois valores para a floresta de eucalipto diferindo entre si de R 200 mil tendo prevalecido para fins de indeniza o o maior deles sem fundamenta o na escolha do maior valor 6 1 4 os peritos do Incra utilizaram o m todo do custo de reposi o acrescido do valor econ mico da planta o em lugar do m todo do valor econ mico recomendado pela NBR 8799 fato que por si s elevou em R 100 mil o valor atribuido benfeitoria 6 1 5 os peritos do Incra desconsideraram as despesas de corte utilizando no c mputo do valor econ mico da floresta de eucalipto a receita bruta de cada safra corte e n o a receita l quida como recomenda a NBR 8799 fato que provocou um aumento de R 66 mil no valor atribu do benfeitoria 6 1 6 os peritos do Incra desconsideraram na avalia o dos 2 e 3 cortes que 68 8 hectares da planta o talh es IV e V sofreram um in
405. is e aplicada por meio de fiscaliza es de orienta o centralizada FOC nas demais unidades regionais do Incra 8 4 Secob pretende ainda com apoio da Segecex dar prosseguimento ao plano inicialmente estabelecido desenvolvendo nos pr ximos semestres t cnicas espec ficas para a fiscaliza o das atividades de conserva o e aliena o de bens im veis federais obedecendo sempre ao seguinte ciclo an lise cr tica de processo levantamento de auditoria auditoria piloto e FOC Metodologia 178 9 Para a realiza o desta auditoria piloto a equipe inicialmente composta por dois analistas Portaria de Fiscaliza o Secob n 285 de 24 3 2003 fl 3 estudou a vasta legisla o aplic vel que se estende da Constitui o Federal a diplomas legais extensos como o Estatuto da Terra al m claro da Lei n 8 629 93 que disciplina a desapropria o para fins de reforma agr ria e das medidas provis rias que introduziram mudan as relevantes nessa mat ria 10 Verificou se desde logo que s o conhecimento das leis n o bastava raz o pela qual a equipe se aprofundou no estudo de mais de uma dezena de atos normativos infralegais entre os quais se incluem as normas de organiza o e de execu o t cnica do Incra e os decretos presidenciais que regulamentam a desapropria o Decreto n 433 92 e suas altera es 11 5 manuais de obten o de terras em que se basearam os t cnicos do Incra para a reali
406. is urbanos e em menor escala faixas de terras para constru o de estradas Ver item 3 2 letra A a 39 uma quest o nebulosa As vezes a explora o sustentada poss vel outras vezes n o Os precedentes judiciais abonam uma indeniza o correspondente mas quando devida deve guardar um sentido de proporcionalidade A indeniza o relativa rea de preserva o ambiental deve considerar o bem predominantemente como recurso ambiental embora n o esteja descartada a possibilidade de sua explora o econ mica O valor econ mico do recurso ambiental pode ser decomposto em valor de uso e de n o uso O valor de uso enseja discuss o a respeito do uso direto uso indireto e valor de op o O valor de n o uso concerne exist ncia do recurso em si dissociado do consumo N o h necessidade de aprofundamento do estudo econ mico O presente trabalho se satisfaz com o resumo da base conceitual exposta na Figura 4 Isso suficiente para demonstrar em que sentido se deve distinguir a valora o da terra como recurso ambiental da destinada por exemplo reforma agr ria 31 RE 259267 AgR ED SP relator Min Maur cio Corr a DJ 24 4 2003 p 63 RE 134297 SP rel Min Celso de Mello DJ 22 9 1995 p 30597 RE 328759 SP rel Min Cezar Peluzo DJ 28 4 2005 p 23 AI 264441 SP rel Min Marco Aur lio DJ 19 5 2000 p 31 STJ Resp 439192 SP rel Min Teori Zavascki 1 Turma julgamento pen
407. iso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Jos Augusto Silva que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 143 167 e a Ata da Mesa T cnica fls 790 791 concluindo que os valores constantes desse laudo refletem o pre o de mercado da regi o Sr Francisco Sinete Morais que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 143 167 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou as Atas da Mesa T cnica fls 790 791 e do Comit de Decis o Regional fl 789 aprovando os dados constantes no laudo de fls 143 167 e encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e libera o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o fl 789 Sr Eug nio Marinho de Oliveira que assinou a Ata da Mesa T cnica fls 790 791 corroborando os valores a serem indenizados Srs Marc lio de Lima Rocha Jos Barbosa de Lucena Junior S lvio Medeiros Rosado e Sra Ana Celeste dos Santos Gomes que assinaram a Ata do Comit de Decis o Regional aprovando o laudo de vistoria e avalia o e encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e libera o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o fl 789 apresentem defesa acerca das seguintes irregularidades 12 1 superavalia o de 240 ha de sisal que causou um prejuizo estimado de R 37 2 mil em 12 6 2003 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 12 1 1 n o consta do laudo q
408. ist rio do Desenvolvimento Agr rio Controladoria Geral da Uni o e 5 C mara de Coordena o e Revis o Patrim nio P blico e Social do MPF ANEXOS Anexo I Ind cios de participa o efetiva dos expropriados no andamento dos processos de desapropria o do Rio Grande do Norte Neste anexo encontra se o detalhamento de alguns ind cios de participa o efetiva dos expropriados no andamento dos processos de desapropria o do Rio Grande do Norte Continuando vale citar mais algumas evid ncias da participa o efetiva dos propriet rios de terras do Rio Grande do Norte nos processos de desapropria o No Processo relativo fazenda Cana o propriet rio encaminha de modo an logo ao caso anterior solicita o ao Superintendente Regional do Incra RN Sr Jos Maria da Rocha oferecendo sua propriedade para desapropria o Mas provavelmente preocupado em agilizar o andamento do feito o particular anexa ao pedido diversos documentos e uma rela o de bens existentes no im vel com vistas a facilitar o andamento do processo fls 416 417 Jo o C mara RN em 08 de mar o de 1999 Senhor Superintendente Estamos encaminhando a Vossa Senhoria por interm dio desta documenta o em que oferecemos nossa propriedade rural denominada Fazenda Cana localizada no munic pio de Jo o C mara RN com rea total de 543 1622 ha e per metro de 9 923 62 m Para que a mesma possa ser avaliada e se poss vel
409. ition sp ciale du jugement Sauf disposition contraire de la loi ces int r ts courent compter du prononc du jugement moins que le juge n en d cide autrement En cas de confirmation pure et simple par le juge d appel d une d cision allouant une indemnit en r paration d un dommage celle ci porte de plein droit int r t au taux l gal Um quadro completo das taxas dos anos de 2000 a 2005 est em http basiszinssatz info 100 Reda o atualizada de acordo com a seguinte evolu o legislativa Loi du 7 avril 1900 Journal Officiel du 10 avril 1900 Ordonnance n 59 148 du 7 janvier 1959 Journal Officiel du 10 janvier 1959 en vigueur le 11 ao t 1959 Loi n 75 619 du 11 juillet 1975 Journal Officiel du 12 juillet 1975 Loi n 92 644 du 13 juillet 1992 art 5 Journal Officiel du 14 juillet 1992 In www legifrance gouv fr acesso em 15 6 2005 Inserido pela Loi n 85 677 du 5 juillet 1985 art 36 Journal Officiel du 6 juillet 1985 rectificatif JORF 23 novembre 1985 en vigueur le ler janvier 1986 In www legifrance gouv fr acesso em 15 6 2005 88 compter du jugement de premi re instance Dans les autres cas l indemnit allou e en appel porte int r t compter de la d cision d appel Le juge d appel peut toujours d roger aux dispositions du pr sent alin a A tradu o livre a seguinte Artigo 1153 Nas obriga es que se refiram ao pagamento de certa soma os danos e preju zos resul
410. itir de pronto sem maiores estudos que os assentamentos poderiam ser vi veis do ponto de vista agron mico 144 Quanto a eventuais impactos financeiros dos erros cometidos nas avalia es agron micas embora o foco deste cap tulo sejam os aspectos t cnicos das desapropria es vale dizer que a classifica o das terras tem desde 2000 influ ncia na avalia o dos im veis pois o Manual para Obten o de Terras que foi publicado nesse ano exige que se pondere a qualidade da terra no c mputo do valor da terra nua 145 Assim classifica es equivocadas de terras podem vir a ocasionar a sobrevaloriza o desses bens mas esse fato n o ficou definitivamente comprovado nos processos examinados nesta auditoria 146 Por fim registre se que de acordo com o Chefe da Divis o T cnica da Superintend ncia Regional do Rio Grande do Norte Sr Manoel Neto Souza fl 496 Os engenheiros agr nomos desta Superintend ncia sen o de todo o pa s que efetuam vistorias e avalia es de im veis rurais tem de fato enfrentado uma pol tica de poucos treinamentos tendo se muito a reclamar para o aprimoramento t cnico das equipes grifo nosso 147 0 conte do dessa declara o pode ser considerado um atenuante para os t cnicos que de boa f e sem preparo realizam avalia es de terras mas n o pode ser admitido como um fato excludente da responsabilidade administrativa dos envolvidos especialmente dos dirigentes que permitiram q
411. ito adquirido corre o dos saldos conforme o Supremo Tribunal Federal reconheceu 4 De outra parte raz es superiores podem existir para a Fazenda P blica exigir juros de mora e multa pela compensa o decorrente de atraso no pagamento de imposto pelo contribuinte Mas por que tem ela que pagar juros compensat rios conta de um dano abstrato em raz o do pagamento atrasado da indeniza o devida ao dono da terra desapropriada e n o pagar os mesmos 1 RE 226 855 RS RTJ 174 916 130 juros na devolu o daquilo que do assalariado foi retirado em excesso a t tulo de imposto de renda Fora os donos de terras desapropriadas os outros segmentos n o t m indeniza o adicional para ressarcimento embora fict cio daquilo que perderam pelo atraso no pagamento de sal rios pens es bens e servi os fornecidos etc Os segmentos n o favorecidos ficam em desvantagem no que concerne capacidade de acesso ao bem comum 50 Outro preceito a reserva da lei ningu m obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sen o em virtude de leitt Box 13 Princ pio da legalidade A inobserv ncia ao princ pio da legalidade pressup e o reconhecimento de preceito de lei dispondo de determinada forma e provimento judicial em sentido diverso ou ent o a inexist ncia de base legal e mesmo assim a condena o a satisfazer o que pleiteado Fonte AI 147 203 AgR Rel Min Marco Aur lio DJ 11 06 93
412. itradas em senten as da Justi a Federal ficaram em m dia 8 vezes mais altos do que os valores das ofertas do INCRA Essa diferen a foi 47 O documento foi enviado a todas as unidades do Minist rio P blico Federal conforme Of cio Circular n 008 99 5 CCF data de 19 10 1999 da ent o Coordenadora da 5 C mara de Coordena o e Revis o Patrim nio P blico e Social 35 Oficio circular n 008 99 5 CCR de 19 10 99 PLC 76 93 art 18 8 2 56 superior a 11 vezes nos casos analisados oriundos do Centro Oeste e mais de 14 vezes nos casos do Susdeste Ainda segundo o mesmo estudo em 1977 o governo computava uma d vida de mais de R 419 milh es Com a revis o judicial a Uni o pagou somente R 260 4 milh es Por que os pre os da Justi a s o t o altos A experi ncia sugere que a responsabilidade distribu da entre o INCRA os t cnicos privados e o juiz Os t cnicos ou peritos s o auxiliares da Justi a Se os pre os que eles apuram apresentam uma diferen a 3 5 10 ou mais vezes deve haver uma explica o plaus vel Se n o existir ser caso para a pol cia investigar Os profissionais da engenharia s o respons veis pelas suas opini es t cnicas segundo os regulamentos profissionais Num passado recente o INCRA nem sempre demonstrava zelo em buscar o pre o justo os dados lan ados nos laudos n o eram bem explicados nem os procuradores promoviam a melhor defesa O juiz tem uma grande p
413. ivada normal eles nunca conseguiriam um pre o melhor Ironicamente os assentamentos acabam gerando enorme devasta o Perde se duas vezes Observa o da Procuradora da Rep blica Anal cia Hartmann mensagem de 20 5 2005 e mail analucia Dprsc mpf gov br Art 12 25 LC 76 93 art 12 2 34 da formalidade t cnica decorre da necessidade de motiva o Defici ncia de motiva o prejudica o controle do justo pre o A desapropria o n o tem aptid o ou n o deveria ter para tornar o propriet rio mais rico do que era antes da opera o A indeniza o um mecanismo de desmaterializa o da propriedade f sica convertendo a num equivalente jur dico pecuni rio Essa fun o tica da compensa o bivalente isto concerne ao c mbio de expectativas do propriet rio e do rg o expropriante e desabona qualquer comportamento especulativo na sindica o do justo valor do im vel com seus acess rios f sicos Em outras palavras a indeniza o n o pode produzir mais do que o expropriado poderia obter em condi es normais de demanda e oferta A justa indeniza o pode e deve ser juridicamente abordada sob os prismas material e formal O que materialmente justo deve corresponder a uma import ncia razo vel e necess ria garantia da repara o do bem expropriado E o expropriante a seu turno tem o dever de n o pagar mais do que o necess rio reposi o do patrim nio individua
414. ivo A sua compreens o se concretiza na adequada prote o da propriedade como corol rio dos princ pios da igualdade e do acesso ao bem comum Prote o da propriedade igualdade e acesso ao bem comum s o ingredientes da ordem econ mica 3 A prote o da propriedade enquanto fator de produ o um compromisso capitalista mantido pelo Estado social A igualdade um requisito dos sistemas modernos de justi a adotados pelos Estados democr ticos de direito Do ponto de vista econ mico todos donos da terra ou do capital e da for a de trabalho t m direito igual prote o e tratamento do Estado inclusive no que concerne compensa o pecuni ria fundada em causas diversas mas ligadas por um fundamento comum 4 que ela nos concede s o no fundo virtualidades ou possibilidades que pertence a cada um fazer passar ao dom nio da a o Pp 144 145 5 Conceito abstrato que descreve uma realidade complexa indica um fundamento essencialidade e uma finalidade ou objetivo e abrange uma fam lia de princ pios ou elementos normativos distintos e convenientemente ordenados embora aparentemente conflitantes entre si O sentido de justa indeniza o do art 184 da Constitui o n o escapa da influ ncia do conceito de ordem econ mica 4 A Constitui o embute uma cl usula impl cita da preserva o do valor dos recursos humanos f sico e financeiro a exemplo da indeniza o da terra da preserva o dos v
415. ixa do Novilho em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 9 3 1 8 1 Sr Erivaldo Costa de Arruda que assinou o relat rio de Levantamento de Dados e parecer decidindo pela viabilidade do assentamento 9 3 1 8 2 Srs Jo o Maria C mara Bezerra e Frederico Guilherme de S Kleinlein que assinaram o relat rio de Levantamento de Dados decidindo pela viabilidade do assentamento 9 3 1 8 3 Sr Heleno Gomes da Silva que acordou com a desapropria o do im vel 9 3 1 8 4 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe da SR 19 R e membro da Comiss o Revisora e do Colegiado que deu parecer favor vel desapropria o do im vel 9 3 1 8 5 Srs Francisco das Chagas G de Almeida Ant nio Gomes de Oliveira e Francisco de Assis Martins membros da Comiss o Revisora e do Colegiado que conclu ram pela desapropria o do im vel 9 3 1 8 6 Sra Maria da Gra as A de Oliveira membro da Comiss o Revisora que assinou o parecer concluindo pela desapropria o do im vel 9 3 1 9 da Fazenda S o Luiz em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe I
416. judicial onde couber No processo de execu o da d vida seus advogados voltam a debater Quando recebem da Justi a um precat rio tornando o pagamento obrigat rio os advogados do Incra podem ainda devolv lo com um arrazoado demonstrando falhas e erros no c lculo apresentado contesta o normalmente aceita pelo juiz que determina uma nova per cia Na inst ncia final o Incra contesta os c lculos e ainda prop e uma a o rescis ria com pedido de liminar suspendendo o pagamento Os juros compensat rios aplicados a toda indeniza o definida judicialmente foram reduzidos de 12 para 6 e agora para at 6 os honor rios advocat cios s o usualmente fixados em 6 mas os advogados do Incra buscam reduzi los para 2 expurgos inflacion rios de 70 s o reduzidos na argumenta o para 40 a indeniza o de cobertura vegetal nativa n o considerada legal ou justa As a es que movidas pelo Governo Federal para contestar esses percentuais reduzem significativamente os valores dos precat rios por indeniza es pagos aos propriet rios de im veis rurais improdutivos Ainda a prop sito dos juros compensat rios o Minist rio de Pol tica Fundi ria prop e que eles sejam vinculados utiliza o maior ou menor da terra j que eles se referem a valores que deixaram de ser auferidos em raz o da desapropria o Para tanto foi sugerida a aplica o do ndice GUT Grau de Utiliza o da Terra Ele varia entre zero
417. juros compensat rios e morat rios a corre o monet ria e os honor rios advocat cios fixados em 10 sobre a diferen a R 843 mil a mais pelo im vel Fazenda Morrinhos Mucambo Firme A Fazenda Morrinhos Mucambo Firme de Waldemar Lafet Rabelo situada no munic pio de Montes Claros MG com 561 4400 hectares foi avaliada em R 219 787 21 e as suas benfeitorias em R 53 328 34 totalizando R 273 115 55 Em per cia realizada pela Justi a os valores alcan ados est o foram os que se v em em compara o abaixo com os ofertados pelo Incra INCRA PER CIA JUDICIAL VALOR DA TERRA NUA R 219 787 21 R 316 041 72 BENFEITORIAS R 53 328 34 R 3 044 069 64 COBERTURA FLOR STICA Inclu da no pre o da terra nua R 727 117 69 inclu da no pre o das benfeitorias JAZIDA MINERAL N o avaliada R 2 240 000 00 inclu da no pre o das benfeitorias TOTAL R 273 115 55 R 3 360 111 36 A senten a proferida acolheu em parte o laudo do perito oficial ao fixar a indeniza o em R 1 116 360 12 sendo R 312 290 48 pela terra nua R 76 951 95 pelas benfeitorias e R 727 117 69 pela cobertura flor stica Esta decis o excluiu da desapropria o uma rea de jazida mineral com 6 hectares no valor R 2 240 000 00 O prazo para apela o est em curso 162 Os valores contidos na senten a importam em uma majora o de aproximadamente 420 num aumento total de R 843 244 55 sendo que com os juros compensat rios e morat
418. l 2 procedimento interno para requisi o das licen as ambientais com atribui o expressa de compet ncias e responsabilidades e 3 fiscaliza o dos assentamentos a fim de garantir tanto a preserva o das reservas ambientais legais e permanentes como o respeito a outros condicionantes ambientais constantes das licen as 55 Al m disso identificou se que os rg os de gest o ambiental carecem de pessoal treinado e especializado al m de n o disporem de recursos financeiros e tecnol gicos suficientes 56 Em rela o aos incisos HI e IV do art 9 da Lei n 8 629 93 que autorizam a desapropria o por desrespeito a leis trabalhistas a equipe constatou que se esses incisos forem regulamentados mais amplamente prevendo se inclusive a es conjuntas tanto com as procuradorias do trabalho como com o Minist rio do Trabalho e Emprego a efic cia deles poder ser bastante aumentada 57 Abordando a quest o cont bil verificou se que os im veis adquiridos por meio de desapropria o n o est o registrados no ativo real da Autarquia fato que configura uma inadequa o da ordem de R 5 bilh es nas demonstra es cont beis do Incra 58 No que se refere a aspectos t cnicos das vistorias e avalia es realizadas pelos peritos do Incra concluiu se que os ndices oficiais de produtividade e o manual de obten o de terras devem ser utilizados com maior flexibilidade ou seja que os avaliadores devem agir com maior autonomi
419. l A supervalora o resultaria incompat vel com a moralidade no comprometimento dos recursos p blicos Conceito relativo como muitos outros conceitos jur dicos a id ia de justa compensa o facilmente contaminada pelo subjetivismo Para dar objetividade a essa justeza mister que a per cia observe regras t cnico formais sem essas o resultado da avalia o n o convence ao julgador minimamente racional 2 Esse dogma de justi a distributiva proclamado pelos tribunais do Pa s quando concedem indeniza o por danos morais e patrimoniais Outro dogma que na aus ncia de lei n o poss vel um tribunal conceder aumento de remunera o fundado em isonomia Mas sem lei o STF concedeu juros compensat rios dif cil justificar essa diversidade de tratamento judicial que em parte explica por que somos uma sociedade t o desigual assim t o insatisfeita e t o litigante 35 Entre as formalidades que o laudo deve observar est o aquelas relativas quantidade m nima e tratamento de amostras de pre os a identifica o das fontes e a precis o da metodologia e da computa o dos n meros A metodologia n o raramente admite expurgos e deprecia es sem as quais os resultados tenderiam a se distanciar da realidade De um modo geral os juizes s o avessos a n meros Eles dependem sobremodo da assist ncia dos t cnicos para correta aplica o das normas t cnicas Isso inevit vel A reside um
420. l Seringais S o Francisco Bom Futuro e Janiaco com 104 653 hectares em nome do Sr Sebasti o Conti Neto e Outros localizados no munic pio de Porto Velho RO Senten a judicial favor vel ao Incra j com tr nsito em julgado e aguardando transcri o em nome do Incra Processo Judicial n 2626 3 1 Vara JF 2 Seringal Alian a com 85 900 hectares em nome do Sr Ant nio Leite de Oliveira localizado no munic pio de Porto Velho RO Senten a j transitou em julgado a rea foi matriculada em nome da Uni o e j est conclu da a regulariza o fundi ria da rea Em andamento Judicial 1 Agropecu ria Santa Julia com 30 000 hectares em nome de Munir Amado Fel cio e Outros localizado no munic pio de Porto Velho RO Foi ajuizada a a o Processos Judicial n 593 2 1 Vara JF 2 Im vel Provid ncia com 6 088 hectares em nome de Francisco Fid lis Gomes Bergamaschi localizado no munic pio de Itapu D Oeste RO 290 3 Alegria e Alto Rio Preto Im vel Provid ncia com rea 84 465 hectares em nome da empresa Colonizadora e Agropecu ria Alian a Ltda localizada nos munic pios de Jamari e Alto Para so RO Goi s O Incra vai propor a es de nulidade de registros dos seguintes im veis Santa Luzia e Brejo Brejinho envolvendo 62 635 hectares em nome dos senhores Melquiades Domingos Dias Em lio Neiva de Oliveira Onofre Correa da Silva e Dinuamerico Silvino de Oliveira localizados nos munic
421. l Democracia Brasileira Instituto Teot nio Vilela maio junto de 2003 pp 7 16 Idem p 8 Idem p 10 16 inicialmente s o os mais favorecidos assim se rejeitarmos o princ pio da diferen a devemos preferir maximizar algum meio ponderado weighted mean das duas expectativas Mas como deveria esse meio ponderado ser especificado Deveria a sociedade proceder como se tiv ssemos uma chance igual de estarmos em qualquer grupo na propor o do seu tamanho e determinar o meio que maximiza esta expectativa puramente hipot tica Diz John Rawls que muitas vezes a sociedade concorda em sortear as coisas Mas esse crit rio somente aceito quanto s tais coisas quando n o podemos dividir de maneira apropriada ou ainda as que n o podemos desfrutar ou sofrer juntas Por isso recorrer ao princ pio lot rico para regular a estrutura b sica da sociedade extraordin rio 8 Ele conclui a sociedade pode todavia adotar o princ pio da diferen a para ordenar as desigualdades de tal modo que as conting ncias sociais e naturais sejam eficientemente usadas para beneficiar a todos tomando a igual divis o como uma refer ncia de avalia o de desempenho benchmark Sociedade grupos princ pio da diferen a igualdade divis o de vantagens etc s o referenciais usados pelo fil sofo com profundo significado A id ia de sociedade em rela o a grupos induz a exist ncia de uma entidade legitimada a pr
422. l como se pode verificar no RAF da fazenda Buraco Seco fl 140 Considerando os aspectos supracitados e principalmente a qualidade dos solos conclu mos que o im vel em estudo tem capacidade para assentar entre 45 e 60 fam lias de trabalhadores rurais respectivamente definindo lotes de 20 hectares onde estariam inseridas concomitantemente as reas t picas de pecu ria com cria o extensiva de bovinos caprinos e ovinos ou semi extensivo atrav s de cercas de eletrifica o como praticado no local ou distribuindo se lotes de 15 hectares por fam lia na rea efetivamente classificada para agricultura com complemento de explora o pecu ria de forma comunit ria na rea prop cia s pastagens 198 equivocados muito embora numa an lise mais acurada constata que o nosso parecer est mais coerente mesmo porque demandou maior tempo na coleta de dados e informa es para ser confeccionado tempo este gasto invariavelmente com conversas com pessoas t cnicos e trabalhadores rurais da localidade que acabam passando informa es valiosas acerca do potencial da regi o trabalhada Constata se tamb m que o levantamento preliminar analisou a rea dentro de uma perspectiva de explora o tradicional que inviabiliza a desapropria o de qualquer rea no semi rido nordestino ou seja a equipe anterior fez uma an lise fria considerando que numa eventual desapropria o teria se o mesmo n vel de explora o at
423. l nem sempre consegue proceder assim a sua atua o pautada na lei e no interesse p blico n o lhe favorece mas deixa o vulner vel aos grupos de press o O certo que o T tulo da D vida Agr ria um meio formal de troca de um ativo terra rural de lenta valoriza o e baixa liquidez por um ativo financeiro de liquidez superior A explica o desse fen meno ser retomada adiante O tem o seu valor preservado tem utiliza o certa definida na lei e no regulamento e pode ser resgatado em prazo razo vel Na perspectiva do agricultor um im vel rural para ser empregado em atividades de m dio e longo prazo O agricultor n o adquire uma rea de terra para desenvolver um neg cio de curto prazo sobretudo quando se trata de terras de m dia ou grande extens o Os neg cios envolvendo esse tipo de ativo normalmente n o se realizam vista No meio rural o dono de terra dedicado lide agr cola n o costuma adquiri la para desenvolver uma atividade sen o de longo prazo Foge dessa expectativa quem adquire a terra para especular Mas contra a especula o que a reforma agr ria atua 19 x Monops nio uma situa o de mercado em que existe apenas um comprador 31 Nos neg cios de terras ademais excepcional o pagamento vista Os prazos de pagamento podem variar de tr s at dez anos Tudo depende do tamanho da rea da sua utiliza o e da regi o em que se acha
424. lanos econ micos Mas comparando os 5 primeiros anos da d cada de 1990 com os 5 primeiros anos da d cada de 2000 observa se que o mal tornou se 190 vezes menor Essa mudan a de cen rio sugere que seria pouco racional manter um sistema de indeniza o compensat ria engessado e nada transparente 135 Nas ltimas seis d cadas o Pa s teve mais de 40 ministros da Fazenda mais de 4 moedas e mais de 4 planos econ micos Ver http www folha uol com br folha almanaque 121 Atenta leitura dos casos que deram origem s S mulas em quest o indica que a indeniza o compensat ria foi discutida tendo em vista dois tipos de propriedade imobili ria urbana ou suburbana e rural destinada constru o de rodovias Nas duas situa es a valoriza o da terra era um fato certo Outro aspecto submetido pondera o dos tribunais era o grave retardamento e n o simples demora do pagamento da indeniza o como pressuposto dos juros compensat rios Isso fica claro na discuss o que se segue Com exce o de um os demais precedentes da S mula 345 se referiam faixa de terra utilizada para expans o da rede rodovi ria As desapropria es se davam de forma direta ou indireta Nessa ltima modalidade n o havia oportunidade de oferta o que motivava serem os juros compensat rios aplicados a partir da imiss o Mas em algumas situa es o apossamento p blico antes de instaurado o processo de desapropria o resultava em
425. lcan ado numa transa o comercial regular Proc n 95 7155 0 1 Vara da Justi a Federal de Primeira Inst ncia Se o Judici ria do Rio Grande do Norte fl 318 Senten a proferida em 29 06 97 pelo Juiz Federal Magnus Augusto Costa Delgado excerto de uma senten a expedida pela Justi a Federal do Rio Grande do Norte em 1997 fonte Minist rio do Desenvolvimento Agr rio Relat rio de Pesquisa Segunda Fase elaborado pelo grupo de trabalho constitu do pela Portaria MDA n 153 de 27 6 2000 f1 358 82 0 fato de as desapropria es terem sido desejadas pela maioria dos fazendeiros que tiveram suas propriedades expropriadas at o ano de 2001 ano em que se iniciou o mais novo dos processos de desapropria o analisados est fartamente comprovado nos autos examinados pela equipe de auditoria conforme se v no exemplo a seguir e no anexo 1 83 4 transcri o abaixo reproduz na integra a carta do propriet rio das fazendas Brinco de Ouro Serra Verde e Boa Vista em que o agropecuarista sugere ao Incra a expropria o de seus im veis Natal 08 de abril de 1996 Timo Sr Dr JOS MARIA DA ROCHA MD Superintendente Regional do INCRA NATAL RN Senhor Superintendente Dirijo me a V S para comunicar lhe a minha disposi o em aceitar a desapropria o dos im veis Brinco de Ouro Serra Verde e Boa Vista medindo 3 838 hectares localizado no Munic pio de Jo o C mara neste Estado A presente disposi o pr
426. ldo da Silva Garcia vice presidente da assoc Francisco Sebasti o da Silva E Verde Boa 17 presidente da associa o Vista Francisco Matos presidente da associa o 50 da rea do Brinco de Ouro assentamento n o serve para milho e feij o uma das terras mais fracas Maria Lib rio Alves presidenta Padre Jo o da associa o Francisco de Assis Maria II de Lima 2 secr e Fl vio Alexandre Alves assentado Francisco Teixeira da Silva tesoureiro da Associa o e Jos Guedes da Fonseca ex coordenador de grupo Jos Barbosa de Souza Serra Verde presidente da associa o mesma associa o de lajeado Francisco F bio C da Silva BE 11 11 Xo 11 10 integrante de familia de Cana assentados e Josefa M da C Teixeira vice presidente da associa o Lageado R presidente da associa o Totais 12 Observa o as fazendas Baixa do Novilho e Buraco Seco exclu das da andlise A primeira foi desconsiderada porque consiste em assentamento nov ssimo n o teria havido tempo para o abandono ou transfer ncia ilegal A outra ainda mais nova a terra ainda n o foi distribu da entre os trabalhadores rurais 78 Como se v na tabela 5 o ndice de abandono ou transfer ncia ilegal de lotes em Jo o C mara RN pode ser estimado em 12 a partir das informa es prestadas pelos representantes dos assentados da regi o 79 Esse percentual significa que um em cada
427. lhas que n o geraram preju zo imediato ao Er rio Na primeira parte do relat rio foram descritos os erros crassos cometidos pelos peritos do Incra RN na classifica o e avalia o da terra nua das fazendas desapropriadas Milhares de hectares localizados em uma regi o de seca longa como o Munic pio de Jo o C mara em que se tem sete meses secos a cada ano foram classificados como terras de classe 1 He HI terras timas a boas quando devido seca edafol gica poderiam atingir no m ximo a classe IV se n o houvesse problemas de pedregosidade ou declividade por exemplo Esse erro foi encontrado em todos os laudos agron micos analisados pela equipe No que se refere aos valores atribu dos a essas terras tamb m foram encontrados in meros erros na coleta e tratamento de dados equ vocos esses que podem ser consideradas um acinte Estatistica e Engenharia de Avalia es Desprezando os neg cios realizados e as ofertas de im veis os peritos de forma temer ria e contr ria ao que disp e a norma brasileira de avalia o de im veis rurais NBR 8799 basearam seus estudos de mercado em meras opini es de pre o Essas informa es que possuem um baixo grau de confiabilidade representam 96 dos dados de mercado utilizados nos laudos de avalia o analisados pela equipe de auditoria Em apenas dois casos neg cios efetivamente realizados e ofertas de im veis dispon veis nos jornais compuseram as fontes de informa
428. limite para a indeniza o por inadimplemento nem sempre poss vel de ser tra ado com nitidez O credor que exige ressarcimento do dano decorrente de mora nem por isso perde sua pretens o ao adimplemento e fica de seu lado vinculado ao contrato N o obstante pode ser que por efeito do retardamento surjam desvantagens para o credor que se equiparam s consequ ncias da n o presta o O que juridicamente ressarc vel segundo a estrutura dogm tica do direito alem o corresponde ao pensamento do equil brio Predomina nesse pensamento o escopo de aproximar quanto poss vel ao natural o dano juridicamente ressarc vel Essa preocupa o de reposi o natural do patrim nio funciona de um lado no sentido de restituir ao lesado aquilo que teria sem o evento danificador e de outra parte atua de forma a proibir o enriquecimento sem causa A al nea 1 do 8 288 se refere aos juros de mora de car ter abstrato e aplicado de aplica o geral A taxa b sica a que o texto se refere aplicado pelo Westermann op cit p 92 Idem p 135 Idem pp 138 e 139 87 Tesouro para valer por um semestre A taxa b sica do ltimo semestre de 1004 foi de 1 13 e a do primeiro semestre de 2005 corresponde a 1 21 Nos contratos comerciais exclu dos os que envolvam o consumidor o percentual de 8 mais a taxa b sica conforme a al nea 2 Nesse sentido a lei
429. lo Com exce o do caso do Correio Paulistano o poder p blico obteve sucesso nos demais julgados Dois merecem destaque O Jornal Correio Paulistano foi apossado pelo governo do Estado de S o Paulo no dia 25 de mar o de 1930 um dia depois de ter sido depredado por populares No dia 5 de janeiro de 1931 o governo declarou o Jornal incorporado ao patrim nio do Estado sem pagamento pr vio passando a se utilizar das instala es para imprimir um outro jornal O Tempo No dia 27 de julho foi feito o laudo de avalia o sendo o pre o depositado no dia 27 de agosto do mesmo ano em nome do rg o judicial que n o podia levantar o dinheiro O numer rio somente foi liberado tr s anos depois 27 de julho de 1934 Nesse caso o Pleno do STF admitiu pagamento de lucros cessantes pelas depreda es e pela ocupa o antes do decreto de expropria o al m de juros de mora Havia uma indigna o entre os Ministros do Supremo Tribunal pelo grande n mero de casos submetidos Corte de ocupa o de im veis pelo governo sem indeniza o pr via a exemplo do apossamento de terrenos para constru o do porto de Recife cuja indeniza o somente ocorrera 7 anos depois Em outro precedente foi a indeniza o afastada Mas o relator Ministro Luiz Gallotti ponderou ap s a sustenta o oral do advogado H um fundo de justi a na argiii o de V Excia mas penso que s poderia ser alcan ado o objetivo que
430. lor da indeniza o de terras destinadas preserva o ambiental e para outros fins A implementa o das sugest es de regula o eficiente do mercado de terras depende da reafirma o do Estado nas suas tr s vertentes judicial executiva e parlamentar de levar adiante o firme prop sito constitucional de redistribuir a terra para quem dela necessita a fim de realizar o seu sonho de felicidade A preserva o ambiental com a adequada afeta o dos recursos p blicos na indeniza o integra esse prop sito Espera se que o presente estudo seja avaliado como uma contribui o do Minist rio P blico para aperfei oar a ordem jur dica no espec fico mbito da indeniza o da terra Focalizando t picos relevantes na forma da presente exposi o a Institui o oferece ao Supremo Tribunal Federal o melhor do seu m nus de colaborar com a fun o jurisdicional do Estado 153 5 REFER NCIA BIBLIOGR FICA Doutrina ALMEIDA Lacerda de Dos Effeitos das Obriga es Rio de Janeiro Freitas Bastos 1934 BONAVIDES Paulo Do Estado Liberal ao Estado Social S o Paulo Malheiros 7 edi o 2001 BRUGI Biagio Instituciones de Derecho Civil 4 edi o italiana M xico UTEHA 1946 CARVALHO Vailton de Forma o do Direito Fundi rio Brasileiro Iglu 1999 CRUET Jean A Vida do Direito e a Inutilidade das Leis S o Paulo EDIJUR 2 edi o 2003 ELLIOTT Kimberly Ann org A corrup
431. ltera o para admitir compensa o suplementar se provado que os juros da mora n o cobrem o preju zo CC 2002 art 404 par grafo nico Os antigos precedentes que serviram de refer ncias dos aludidos verbetes admitiam indeniza o compensat ria calculada sobre a diferen a entre a oferta e a indeniza o a final fixada A jurisprud ncia do STJ S mula 113 manda computar os compensat rios sem debate algum sobre o valor da indeniza o corrigido monetariamente de modo inflex vel na contram o dos princ pios de direito econ mico a jurisprud ncia sumulada coloca no mesmo odre as diversas esp cies de desapropria es por interesse social por utilidade p blica indireta e para regulariza o fundi ria bem como as limita es administrativas para fins de servid o e restri o ambiental As s mulas dificultam a atua o do Estado no sentido de modernizar a regula o do mercado de terras rurais e inibem o Superior Tribunal de Justi a de construir uma jurisprud ncia pr pria capaz de contemplar indeniza o compensat ria vari vel segundo a qualidade da terra as pr ticas atuais do mercado imobili rio e a causa da demora no pagamento se do expropriante ou do expropriado Os maiores ganhos da terra n o v m da sua explora o sustent vel mas das negocia es com terras ilegais e das generosas indeniza es dos entes p blicos Os juros compensat rios ajudam a fazer desses neg cios o
432. lternativa das mais seguras para o dono de capital A terra era tida como reserva de valor extremamente segura e de grande liquidez As decis es da Justi a tendiam ent o a refor ar o direito a este investimento ainda que em detrimento da previs o constitucional da fun o social da terra Assim sendo o custo de obten o de terras para a reforma agr ria tem sido basicamente determinado pela Justi a Os pre os pagos ap s os processos judiciais atingem em m dia 5 01 vezes o valor inicialmente proposto pelo Incra Esta diferen a seria significativamente maior n o fosse a permanente disposi o da autarquia de contestar firmemente todo e qualquer excesso cometido pela per cia judicial Todos os estudos demonstram que a desapropria o em vez de punir o latif ndio improdutivo tem trazido benef cios a seus propriet rios que ao contestar na Justi a os valores definidos pelo Incra s o quase sempre indenizados com valores significativamente mais altos do que os praticados no mercado Mesmo os propriet rios que n o recorrem Justi a obt m ganhos na indeniza o gra as legisla o que obriga o pagamento de benfeitorias pelo seu valor de reposi o No dia 27 de setembro ltimo a Folha de S Paulo denunciou em manchete de primeira p gina que um fazendeiro do Par pagou R 22 3 mil para que 1 500 fam lias de sem terra invadissem sua fazenda de forma a induzir a desapropria o pelo Incra O resultado calculado
433. maior que o valor constante no referido relat rio da Sider rgica Uni o R 1 50 est reo 9 5 1 9 a planta o de eucalipto propiciou aos assentados uma renda bruta nominal de R 118 mil conforme relato do tesoureiro da associa o de assentados da Fazenda Xo Sr Francisco Teixeira da Silva 9 6 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Xo com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e o parecer de Avalia o do Eucalipto Sr Zenivaldo Bezerra Alves que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA a quantia indicada acrescida dos encargos legais em vista da seguinte irregularidade 9 6 1 pagamento indevido de R 9 7 mil em 11 10 1996 sob o t tulo de 90 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 9 6 1 1
434. mara Bezerra CPF n 010 940 094 15 Jos Augusto Silva CPF n 104 312 173 00 Jos Barbosa Cordeiro CPF n 028 102 713 72 Jos Barbosa Lucena Junior CPF n 282 985 784 49 Jos Leonardo Guedes Bezerra CPF n 155 151 174 68 Jos Maria da Rocha CPF n 044 350 87472 Manoel Neto Souza CPF n 057 428 624 15 Manuel de Oliveira e Souza CPF n 052 674 632 72 Manuel do Nascimento Salazar CPF n 011 013 233 53 Marc lio de Lima Rocha CPF n 242 879 704 20 Maria das Gra as Arruda de Oliveira CPF n 098 239 724 00 Maria do Socorro Medeiros CPF n 074 036 404 97 M rio Moacir de Almeida CPF n 423 515 614 49 Silvio Em lio Maito CPF n 145 530 311 91 S lvio Medeiros Rosado CPF n 200 969 924 68 Vera L cia Mariano Cavalcante CPF n 088 720 074 53 Viviane Mour o Dutervil CPF n 116 379 191 15 Zenivaldo Bezerra Alves CPF n 026 775 984 34 4 Entidade Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria INCRA Superintend ncia Regional no Estado do Rio Grande do Norte 4 1 Vincula o Minist rio do Desenvolvimento Agr rio MDA 5 Relator Ministro Ubiratan Aguiar 6 Representante do Minist rio P blico Procurador Sergio Ricardo Costa Carib 7 Unidade T cnica Secob 8 Advogado constitu do nos autos n o h 9 Ac rd o VISTOS relatados e discutidos estes autos relativos a auditoria realizada na Superintend ncia Regional do INCRA no Rio Grande do Norte abrangendo
435. mas foram informados pelo cart rio e por um Oficial de Justi a que o im vel s existe no papel As informa es foram mais tarde confirmadas pelo procurador do Incra de Goi s Edson Jos de Souza J nior ESTADO DE S O PAULO Em S o Paulo um caso curioso mostra a fragilidade dos dados das certid es apresentadas ao Incra para atualiza o cadastral de im veis rurais Trata se da Fazenda Ilha Grande com 193 600 hectares cadastrada em nome de Nestor Orlando Bovolato e localizada entre os munic pios de Narandiba e Teodoro Sampaio na regi o do Pontal do Paranapanema Na documenta o Bovolato se diz dono dessas terras que segundo ele foram adquiridas por seu pai J lio Bovolato em 1922 de Jos Teodoro de Souza o qual o havia recebido de D Pedro II em troca de servi os prestados Coroa Ele afirma tamb m no documento que dos 193 600 hectares de sua terra 2 420 hectares s o reas de culturas permanentes 2 420 de reserva florestal e 188 760 hectares de pastagem plantada a qual est arrendada para uma s pessoa Bovolato afirma em seu documento ser dono de 211 270 animais sendo que 201 300 bovinos 3 850 equinos 5 320 ovinos e 800 caprinos todos em suas terras Lavrador aposentado Bovolato garante tamb m a exist ncia de valiosas benfeitorias em suas terras como 2 500 casas de alvenaria cobertas por telhas francesas que eram emprestadas a fam lias que trabalhavam no cultivo em sua grande propriedade
436. mento e realizar outros interesses A avalia o administrativa outro elemento que exige aten o Esta dever ser submetida a um procedimento sum rio com contradit rio e confirmada por um conselho t cnico A sugest o que poder o integrar esse conselho um n mero razo vel de 5 membros um t cnico do INCRA um representante do TCU um representante do IBAMA um t cnico indicado pela academia universidade e um representante dos propriet rios de terras rurais O conselho poder ser presidido por um representante da AGU sem voto A raz o da sugest o do conselho ou grupo t cnico que o INCRA ao longo do tempo conquistou pouca reputa o em per cia rural I Roger Gibbard The Compulsory Purchase of Farmland Identiying Severance and Injurius Affection Claims April 2001 em www expropriationlaw ca articles art03500 files art03501 pdf acesso em 148 Espera se que o processo de desapropria o seja instru do com uma oferta validada por um processo administrativo escorreito Dessa forma se na audi ncia de concilia o e julgamento n o for poss vel concluir o processo nessa oportunidade n o h raz o para n o tornar dispon vel o total da oferta em dinheiro ou em t tulos conforme o caso A libera o total da oferta somente dever ser sustada quando houver graves e fundados defeitos de avalia o fora as d vidas de titularidade de direito Os prazos de resgates dos s podem variar par
437. mento parcial apela o do INCRA e remessa oficial bem como ao recurso da expropriada no que tange a fixa o do percentual dos honor rios advocat cios o relat rio VOTO O SR DESEMBARGADOR FEDERAL CONVOCADO PAULO MACHADO CORDEIRO RELATOR Preliminar NECESSIDADE DE APRECIA O DA REMESSA OFICIAL Tenho que a observa o manifestada pela douta Procuradoria Regional da Rep blica na preliminar da pe a opinativa s fls 625 640 correta no sentido desufragar o entendimento de que a senten a proferida nestes autos ao acolher parcialmente o laudo pericial fixando o valor da indeniza o em R 5 081 435 72 sendo que o valor ofertado pela autarquia desapropriante no montante de R 1 373 579 31 sem d vida imp e a conclus o no sentido do cabimento da remessa oficial pelo que a aprecia o do colegiado n o deve estar cingida aos termos do recurso volunt rio interposto pelo INCRA Realmente quando o valor da indeniza o fixado na senten a for superior a 50 do valor oferecido na inicial o artigo 13 1 da Lei Complementar n 76 93 imp e a obrigatoriedade da remessa oficial Al m disso as pr prias oberva es na manifesta o do Parquet j imp em a obrigatoriedade de aprecia o da mat ria nos termos em que posta pelas partes do processo inclusive o custos legis sem que se posa impingir decis o do julgador a pecha de ultra petita M rito DO VALOR DA TERRA NUA E DAS MATAS DE PRESERVA O PE
438. mesmos pessoas morais livres e iguais Esse sentimento informa a conduta das pessoas H um insuper vel compromisso da justi a com a igualdade que lhe correlata Como as pessoas nascem desiguais quanto a talentos e outros predicados pessoais um problema b sico da justi a social regular as desigualdades sociais e econ micas diz John Rawls Uma condi o a ser satisfeita pela regula o que maior benef cio esperado para os menos favorecidos segundo o princ pio da diferen a Parece que assim a teoria da justi a leva a uma tend ncia arbitr ria de prefer ncia pelos menos favorecidos Rawls justifica essa tend ncia comparando de forma simples uma distribui o de vantagens a dois grupos hipot ticos de pessoas um substancialmente mais afortunado do que o outro n o d para a sociedade melhorar a situa o de ambos ao mesmo tempo A sociedade poderia maximizar as expectativas de qualquer grupo mas n o de ambos visto que podemos maximizar apenas com rela o a um nico prop sito cada vez Parece bvio que a sociedade n o deveria fazer o melhor que pode para aqueles que A Concep o de igualdade na Teoria da Justi a de Kant Extrato do livro A Kantian Conception of Equality 1975 publicado na cole o Collected Papers ed Samuel Freeman Harvard University Press 2001 p 254 266 O texto foi traduzido por Nythamar Fernandes de Oliveira e publicado na Revista das Socia
439. mo membro do Comit de Decis o Regional foi favor vel desapropria o do im vel fl 788 4 1 4 4 Sr Maria das Gra as Arruda de Oliveira Viviane Mour o Dutervil e Maria do Socorro Medeiros Srs Jos Barbosa Lucena J nior e S lvio Medeiros Rosado membros do Comit de Decis o Regional que assinaram a Ata de fl 788 concluindo pela desapropria o do im vel 4 1 5 da Fazenda Cana em que se considerou no relat rio t cnico de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es uma seca edafol gica apenas curta sem fazer constar qualquer documento comprobat rio dessa tese contr ria aos dados clim ticos 4 1 5 1 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o relat rio t cnico de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 195 200 e como chefe da SR 19 R e do Grupamento Fundi rio foi favor vel desapropria o do im vel fl 801 4 1 5 2 Sra Vera L cia M Cavalcanti que assinou o relat rio t cnico de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 195 200 4 1 6 da Fazenda Lageado Serra Verde em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o Srs Jos Barbosa Cordeiro e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram o relat rio de Levantam
440. n o precisam temer a apresenta o ao INCRA dos documentos que comprovem a regularidade e a legitimidade de suas reas far com que o seu cadastro seja de imediato restabelecido e atualizado Quanto aos demais os que n o tenham como comprovar a regularidade do dom nio de suas terras ser requerida tamb m a decreta o de nulidade Com o esfor o que pretendemos empreender no sentido de reverter as imensas glebas de terras griladas para o Patrim nio da Uni o a rea em disponibilidade para a reforma agr ria poder ser multiplicada multiplicando se tamb m a velocidade com que percorreremos o caminho cujo destino eliminar a exclus o social no meio rural brasileiro As terras ser o utilizadas tamb m na cria o de unidades de preserva o ambiental e em outras a es do poder p blico Este dossi representa uma vit ria dos que lutam pela reforma agr ria e tamb m dos mais de quatro milh es de propriet rios rurais que de forma legal e competente contribuem para o nosso desenvolvimento gerando empregos divisas e pagando impostos Doravante deixa toda a categoria de responder pelos que fraudam ou grilam e assim contribuem para a ocorr ncia de conflitos Raul Jungmann Ministro da Pol tica Fundi ria e do Desenvolvimento Agr rio 265 Introdu o Em levantamento in dito o Incra est mapeando a estrutura fundi ria do pa s de modo a localizar um a um os casos de fraude e falsifica o de t tulos
441. n o teriam sido extintos 15 6 de acordo com o laudo de avalia o fls 23 36 do total pago a t tulo de indeniza o R 71 817 69 correspondem ao galp o da usina de beneficiamento e R 84 757 80 aos equipamentos da usina que jamais foram utilizados pelos assentados logo o menor d bito que se pode atribuir a esse ato de gest o antiecon mica R 156 575 49 16 determinar Secretaria Adjunta de Fiscaliza o que 16 1 promova com aux lio da Secob o treinamento de ACE para a realiza o de auditorias em desapropria o de im veis para fins de reforma agr ria considerando a necessidade de 16 1 1 pr sele o dos analistas que compor o as equipes regionais de acordo com o interesse e a forma o acad mica de cada um com prefer ncia para engenheiros agr nomos engenheiros civis e bachar is em Direito 16 1 2 colabora o da entidade auditada por meio de palestras sobre o conte do e a vig ncia dos normativos t cnicos especialmente aqueles que versam sobre classifica o e avalia o de terras e 16 1 3 trabalho pr tico de an lise da integra dos autos de um processo de desapropria o ocorrida no entorno do Distrito Federal acompanhada de visita ao im vel 16 2 inclua anualmente nos planos de fiscaliza o auditorias no Incra na rea de desapropria o de im veis para fins de reforma agr ria 17 dar ci ncia do Ac rd o que advir acompanhado do respectivo Relat rio e Voto ao Incra ao Min
442. n 2003 198 e 260 se inclu das as anteriores a 2000 25 4 eclos o de diversos conflitos em Pernambuco s v speras da execu o da auditoria fez com que se optasse por realizar a fiscaliza o no Rio Grande do Norte 26 Entre as regi es de concentra o de im veis desapropriados no Rio Grande do Norte a equipe optou pela regi o de Jo o C mara que se localiza a apenas 100 km da capital do Estado o que proporcionou consider vel redu o de tempo e custo de auditoria O mapa acostado fl 11 mostra que as concentra es em torno de Apodi Mossor e Macau s o consideravelmente mais distantes da capital Natal onde se localiza a Superintend ncia do Incra e h v os comerciais regulares 27 Considerando todo o hist rico de desapropria es no Rio Grande do Norte constata se que em Jo o C mara e nos munic pios vizinhos ocorreram 50 desapropria es o que 180 representa 19 de todas desapropria es realizadas nesse Estado A tabela 2 apresenta com mais detalhes esse e outros dados do Sisote acerca das desapropria es ocorridas na regi o de Jo o C mara o mapa acostado fl 12 mostra as localiza es exatas de cada desapropria o ocorrida nessa rea 28 4 tabela 2 mostra tamb m que no Munic pio de Touros ocorreram mais desapropria es que em Jo o C mara Entre os munic pios de Touros e Jo o C mara a escolha da equipe recaiu sobre o segundo porque as desapropria es ocorridas naquele s o con
443. nalmente s quantidades de cada tipo de solo em cada fazenda Afinal cada grupo de pre os opinados para uma mesma classe de terra constitui uma amostra de pre os independente com sua pr pria medida de tend ncia central N o faz sentido misturar os elementos de amostras distintas E como se reunissem pre os de bananas laranjas e abacaxis para obter um valor m dio de fruta Em se aplicando o m todo proposto pela equipe de auditoria para esses casos concretos a terra de Jo o C mara n o teria um valor m dio mas oito valores m dios conforme a classe A tabela 1 resume a t tulo de exemplo os resultados que seriam obtidos para cada classe se fosse relevada a insufici ncia do n mero de dados coletados e a impropriedade dos dados colhidos em outros munic pios Tabela 1 Tratamento dos dados obtidos para avalia o das fazendas Brinco de Ouro Xo e Serra Verde Boa Vista Class Class Class Class Class Class Class rg o Oficial e e e e e e e I II H T I IV V VI VII Classe VIII 241 Emater Macau RN T 80 00 40 00 Contacap Mato 315 0 250 01180 0 Grande 0 0 0 Unid Municipal de 120 01100 0 Cadastro 0 0 2000 Emater Jo o 120 0 110 0 100 0 C mara RN 0 0 0 0 00170 00 60 00 50 00 Sind Trab Rurais J 120 01110 0 100 0 80 00 70 00 60 00 150 00 C mara 0 0 0 M dia ne na pese 0 00170 00 60 00 50 00 Utilizando os valores m
444. nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes e que h presun o legal de que as cercas que ladeiam rodovias pertencem ao Poder P blico 5 2 2 a extens o das divisas da fazenda com rodovias p blicas estadual ou federal de 3 8 mil metros conforme se depreende do memorial descritivo fl 21 e na planta topogr fica de fl 742 6 cita o solid ria dos respons veis pelos prejuizos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Xo com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 42 54 e o parecer de Avalia o do Eucalipto fls 590 592 Srs Francisco de Assis Ara jo e George Staudohar Junior que assinaram o parecer de Avalia o do Eucalipto fls 590 592 Sr 232 Zenivaldo Bezerra Alves que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 42 54 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 756 e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o fl 757 apresentem defesa acerca da seguinte irregularidade 6 1 superavalia o da floresta de eucalipto que gerou um prejuizo estimado de R 200 mil em 11 10 1996 apurado a partir das seguintes provas e ind c
445. ncra Elementos da Amostra Opini es de Pre os N Nome da Evid ncias Neg cios Oferta or Pro Total Processo Fazenda 5 Realizad s de pr os Pre os ofi Ru rai cia 5 is Brinco de 0459 69RN 528 532 0 0 5 0 5 Ouro 0171 96RN 635 639 0 0 5 0 5 Padre 0248 98RN Jo o 0 0 10 4 667 4 Maria 0249 98RN Baixado 550 564 0 0 10 4 l Novilho 4 Ne Lageado 533 541 0 0 9 0 9 Serra 0460 96RN Verde Bo 668 672 0 0 5 0 5 a Vista Buraco 546 e 1 0620 01RN Seco 640 666 2 0 5 4 Ros S o Luiz 569 577 0 0 4 6 2334 99RN Cana 213 229 0 2 9 3 1498 96RN Serra 533 541 0 0 9 0 9 1 Verde Quant 2 2 71 21 1 Total 74 22 0 2 2 0 155 A tabela 11 apresenta a natureza dos dados utilizados pelos avaliadores do Incra demonstrando que os neg cios realizados e as ofertas de im veis respondem por apenas 4 do total de amostras coletadas pelos t cnicos da Autarquia nos 10 laudos examinados 156 Conforme registrado anteriormente as opini es de pre os s devem ser utilizadas no caso de a equipe pericial do Incra n o dispor de elementos procedentes de neg cios realizados e ofertas de im veis 4 tabela 11 mostra que na pr tica os peritos do Incra n o aplicaram a regra do Manual e da norma brasileira de avalia o NBR 8977 157 N o devem subsistir argumentos no sentido de que a obten o de dados mai
446. nda foi superavaliada e causou prejuizo ao Er rio Desconsidera o dos custos de manuten o no c mputo da receita l quida No c mputo do valor econ mico da floresta de eucalipto considerou se a receita bruta de cada safra corte n mero de rvores x pre o de cada rvore e n o a receita l quida conforme recomendam a Norma NBR 8799 da ABNT e a doutrina de avalia o de im veis ver item anterior O relat rio do Incra fl 591 assim informa Como s o desprezadas as despesas vincendas no caso do Eucalipto temos RL RB p x q Por que a floresta de eucalipto da fazenda Xo seria diferente das demais e n o necessitaria de qualquer despesa de manuten o 245 Essa pergunta n o encontra resposta nos autos do processo de desapropria o raz o pela qual a premissa adotada pelos avaliadores do Incra deve ser tida como equivocada como se a floresta prescindisse de qualquer cuidado ro agem aplica o de formicida etc durante os sete anos de intervalo entre um corte e outro De acordo com as tabelas de custos de manuten o de florestas de pinheiros que foram encontradas nos autos do processo de desapropria o da fazenda Xo fls 578 580 nos anos em que h necessidade por exemplo de duas capinas manuais das linhas duas capinas mec nicas nas ruas dois repasses a formiga o custo de manuten o ultrapassa R 90 ha Em se considerando um custo m dio de R 50 ha ano durante 14 anos ter se ia uma
447. nico sentido da remiss o ao C digo Civil para explicar que ele foi levado em conta e n o obstante se abandonou a taxa legal nele prescrita em se tratando de desapropria o em homenagem ao princ pio constitucional da justa indeniza o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Por qu Porque ele na v spera declarava que seis por cento era a taxa e assim no dia seguinte para multiplicar por dois explicou que antes seguir o C digo Civil para demonstrar que na poca do c digo quando havia estabilidade econ mica seis por cento bastavam mas depois n o preciso pelo menos dar uma exegese razo vel O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE Volto ao in cio do meu voto estamos examinando medida cautelar em ADIn contra uma media provis ria Vamos dizer nesse ju zo cautelar que a s mula que vimos aplicando aos jurisdicionados quotidianamente pode ser afastada neste julgamento cautelar por uma medida provis ria Sr Presidente resta a possibilidade de uma lei ou mesmo uma medida provis ria que possa levar o Tribunal a voltar a refletir sobre uma determinada jurisprud ncia constitucional sua Mas n o posso faz lo no exame de medida cautelar para dizer que a argi i o que em subst ncia funda se na interpreta o constitucional consolidada nesta Casa e que temos aplicado aos cidad os n o relevante para suspender uma medida provis ria em contr rio 164 SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O
448. nismo humano Nali de Jesus de Souza Curso de Economia p 45 170 CF art 37 caput 144 aperfei oamento da regula o do mercado de terras A proposta de cancelamento das s mulas dos juros compensat rios apenas um ponto de partida que deve ser seguido de outras iniciativas Os problemas do mercado de terras rurais no Brasil n o encontram nesta exposi o abordagem completa N o h essa pretens o Por isso as sugest es abaixo s o meramente indicativas e levam em conta as discuss es precedentes inclusive as conclus es de Relat rio do TCU O Relat rio de Autitoria pilotol71 reuniu evid ncias de gest o anti econ mica de rg o regional do INCRA O objeto de exame foi um conjunto de processos de desapropria o finalizados V rios foram os defeitos de conforma o entre os quais se incluem inadequa o de classifica es agron micas de terras superavalia o de planta es cobertura vegetal e de florestas e ado o do m todo de custo de reprodu o em lugar do m todo do valor econ mico de certos itens de avalia o As evid ncias indicam ainda que o INCRA costuma propor a es judiciais mesmo tendo os expropriados concordado com as ofertas que superior a 10 o ndice de abandono ou transfer ncia ilegal das glebas distribu das que as avalia es n o excluem as faixas de terras ribeirinhas fora do dom nio dos propriet rios Esses defeitos revelam graves erros na fase administra
449. nor rios advocat cios Preju zo ao er rio foi de R 329 719 Fazenda Pipinuque O Esp rito Santo um estado at pico no que diz respeito a superindeniza es Registra se apenas um caso isolado a Fazenda Pipinuque no munic pio de Nova Ven cia que teve seus 775 hectares avaliados pelo Incra em R 62 362 00 Entregue per cia judicial o im vel obteve a avalia o de R 693 821 A senten a do juiz no entanto reduziu este valor fixando o em R 392 081 j pagos pelo Incra O er rio teve um preju zo de R 329 719 com rela o ao valor inicialmente apurado pelo Incra Quase R 4 milh es a mais Projeto 40 a 45 As terras do Projeto 40 a 45 situadas no munic pio de Alcoba a BA t m valor de condena o fixado em R 9 3 milh es quando o valor encontrado pelo Incra de R 5 58 milh es A a o de desapropria o do im vel que tem rea de 3 884 hectares e era de propriedade da Empreendimentos Florestais S A Flonibra tramita na 7 Vara da Justi a Federal estando o processo em fase de execu o 163 A demanda se formou em torno da exist ncia de madeiras de valor econ mico na propriedade Discrep ncia de 18 vezes Fazenda Itagua u VII A a o de desapropria o da Fazenda Itagua u VII localizada em Andara BA tramita na 7 Vara da Justi a Federal O im vel de propriedade de Maur cio Andrade Aguiar de 15 630 hectares foi desapropriado pelo Incra em 1986 para fins de reforma agr
450. norma interna assim como as que lhe sucederam IN Incra n 41 de 24 5 2000 e IN n 2 de 20 3 2001 descrevia um procedimento de avalia o condizente em linhas gerais com os preceitos da Norma de Avalia o de Im veis Rurais da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT NBR 8799 de fev 1985 18 A NBR 8799 prev quatro m todos de avalia o de im veis rurais 6 Metodologia B sica Aplic vel 6 1 Na avalia o de im veis rurais s o utilizados os m todos diretos e ou indiretos 6 1 1 Os m todos diretos classificam se em a m todo comparativo b m todo de custo 6 1 2 Os m todos indiretos classificam se em a m todo de renda b m todo residual De acordo com os ensinamentos de S rgio Ant nio Abunahman in Curso B sico de Engenharia Legal e de Avalia es 2 ed S o Paulo Pini 2000 p 23 a escolha do m todo se subordina finalidade da avalia o Em primeiro lugar o avaliador ter que verificar o fim a que se destina o estudo se para aliena o hipoteca taxa o invent rio desapropria o reavalia o do ativo etc pois poder o surgir valores diversos dependendo do enfoque do problema 202 3 3 1 M todo de Compara o de Vendas ou Ofertas Esse m todo tamb m chamado de m todo de compara o uma t cnica na qual a estimativa do valor de mercado obtida sobre pre os pagos em transa es imobili rias sendo assim um processo de c
451. nove benefici rios de lote da reforma agr ria em Jo o C mara encontrou uma qualidade de vida bem abaixo da que esperava quando lutava para obter seu quinh o de terra e decidiu deixar o lote entregue pelo Incra 80 Essa constata o refor a a tese de que os estudos pr vios de viabilidade econ mica s o fundamentais para o sucesso da reforma agr ria Desapropria es s o recebidas com festa 81 Diferentemente do que se tem no imagin rio comum as desapropria es s o vistas pelos fazendeiros do Rio Grande do Norte como um bom neg cio e n o como uma penalidade pela n o utiliza o ou pelo uso ineficiente inadequado do solo Esse o entendimento da equipe de auditoria e tamb m a opini o do Juiz Federal Magnus Augusto Costa Delgado da Se o Judici ria do Rio Grande do Norte fls 259 385 16 A situa o hoje completamente diversa e assaz curiosa As atuais desapropria es que antes tinham o dom da dramaticidade para os propriet rios hoje s o 188 recebidas com festa J na condi o de juiz federal constato que s o os propriet rios que rezam dia e noite para que seus im veis sejam desapropriados Realizado o dep sito pelo INCRA a esmagadora maioria deles sequer contesta a a o v m desesperados minha presen a requerer o levantamento da quantia pois t m eles plena certeza e eu tamb m de que aquele valor ofertado pelo INCRA ainda que parte em dinheiro e parte em t tulos jamais seria a
452. nstantes no laudo de fls 175 194 4 2 4 5 Sra Maria das Gra as 4 de Oliveira Superintendente Regional Adjunta respons vel pelo despacho de fl 860 aprovando os crit rios utilizados para a avalia o do im vel 4 2 5 da Fazenda Brinco de Ouro em que a s foram utilizadas opini es de pre os b o valor de mercado da terra nua foi obtido a partir da m dia simples de alguns pre os opinados para as classes II HI e IV sem se considerar a classifica o da terra do im vel avaliando c dentre as cinco opini es de pre o coletadas as apresentadas pela Emater e Contacap foram descartadas integralmente e sem fundamento estat stico d dentre as tr s opini es restantes uma delas a da Unidade Municipal de Cadastro foi descartada parcialmente sem fundamento estat stico e o valor atribu do terra nua pelos peritos foi obtido a partir de apenas duas opini es completas de pre o f n o se descontou da rea medida do im vel a parcela relativa aos 3 8 km de faixa de dom nio da rodovia p blica que ladeia atravessa o im vel 4 2 5 1 Srs Ismael Viriato de Souza e Zenivaldo Bezerra Alves que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 23 36 4 2 5 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 761 4 2 6 da Fazenda Xo em que a s foram utilizadas opini es de pre os b o valor de mercado da terra nua foi obtido a pa
453. nstaurado o processo judicial o INCRA promove vistoria e avalia o administrativa A oferta ganha assim um compromisso oficial Com base no pre o administrativo o juiz poder promover concilia o das partes em torno da pr via e justa indeniza o Isso representa um avan o no processo judicial Infelizmente o acordo uma oportunidade processual muito pouco aproveitada Dois fatores conspiram contra a concilia o De um lado o expropriado que aceitar a oferta n o tem asseguradas as mais favor veis condi es quanto ao prazo de resgate de TDA De outro lado a figura dos juros compensat rios sempre abre ao dono da terra a possibilidade de ganho consistente em presta es peri dicas e sucessivas compreender para que se mantenha inalter vel na sua fixa o parcelas compensat rias do imposto de renda incidente sobre os juros do capital gravado ou caucionado nos termos dos arts 911 e 912 do C digo de Processo Civil 2 A jurisprud ncia do Superior Tribunal de Justi a estende a isen o s parcelas de juros de mora e compensat rios decorrentes de desapropria o Precedentes RMS 11 392 RJ DJ 13 10 2003 Resp 208 477 RS DJ 25 6 2001 Resp 141 431 RJ DJ 15 12 1997 Resp 673 273 AL Rel Min Luiz Fux 33 adicional quanto mais longa a dura o do processo maior a extens o dessa vantagem Para a Lei 8 629 justa indeniza o aquela que reflita o pre o atual de mercado do im vel observ
454. nte Na desapropria o a taxa dos juros compensat rios seguiu originalmente a ditada para os juros de mora segundo a norma vigente Pelo fato de a norma admitir a sua mobilidade para cima ou para baixo a jurisprud ncia evoluiu para admitir 12 A tarifa o pela Justi a tornou impessoal o mecanismo dos juros de dano para satisfa o de um nico segmento capitalista Uma figura que a dogm tica jur dica tende a tratar como conceito casual e concreto foi convertido pelos rg os judiciais num instrumento de compensa o abstrata poss vel que isso satisfizesse o sentimento de justi a da poca o certo que o resultado pr tico dos compensat rios na medida que s o aplicados sem considera o medi o de supostos frutos no caso concreto os confunde com os juros de mora em manifesta afronta tradicional dogm tica nacional e 104 estrangeira com a agravante de que acima da taxa de juros legais caracteriza delito de usura do qual somente as institui es banc rias escapam 18 A tese de que os chamados juros compensat rios s o morat rios mereceu defesa consistente Isso ocorreu em meio discuss o de duas quest es a cumula o das duas esp cies e a taxa aplic vel A maior dificuldade de se considerarem os dois juros como uma nica esp cie era o fato de que se assim se desse n o seria poss vel justificar a diferen a de taxas 6 ou 12 E sendo duas esp cies distintas a cumula o n o encont
455. nte a esfera de fiscaliza o patrimonial pelo TCU 3 Pretendia se inicialmente reunir em apenas um relat rio a an lise cr tica do processo de desapropria o e os resultados da auditoria piloto que serviram para constru o e valida o da metodologia que dever ser utilizada na fiscaliza o sistem tica dos atos expropriat rios do Incra 4 Em decorr ncia da constata o de defici ncias relevantes durante o levantamento de auditoria tornou se oportuno elaborar um relat rio referente primeira fase e um segundo relat rio que se consubstancia neste trabalho contendo os achados do trabalho pioneiro de fiscaliza o que se realizou na Superintend ncia Regional do Incra do Rio Grande do Norte 5 Por meio da instru o de fls 7 e 8 essa proposta de divis o da fiscaliza o foi submetida aprecia o do Ministro relator que concedeu despacho favor vel sugest o da equipe fl 9 6 Com isso a auditoria constante do 1 Plano Semestral de 2003 Registro Fiscalis n 119 2003 deu origem a dois relat rios o relat rio de levantamento de auditoria que foi autuado sob o n 005 888 2003 0 e este relat rio de auditoria piloto 7 Assim como se fez no mbito do Propat para a rea de arrecada o de receitas patrimoniais esta auditoria piloto junto com o referido levantamento de auditoria dever servir de base para a consolida o de uma metodologia de fiscaliza o que ser difundida nas Secex regiona
456. nte considerava que seis por cento eram compat veis com o justo pre o estaria violando esse preceito constitucional Ou essa fixa o decorreu de circunst ncias econ micas que variam conforme haja ou n o infla o mais ou menos acentuada O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR N o V Exa est equivocado Os juros compensat rios se destinam a compensar a renda que poderia advir do im vel em que houve a imiss o na posse sen o V Exa teria de considerar que n o h juros compensat rios quando a terra n o utilizada O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O V Exa n o entende que a jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal fixou essa taxa de doze porcento para efeito de composi o de lucros cessantes Se assim se os lucros cessantes est o inclu dos na justa indeniza o pode uma lei reduzir a verba N o fere o princ pio da justa indeniza o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Ent o o C digo Civil tamb m est revogado por inconstitucionalidade porque a taxa legal de juros de seis por cento e o igualmente para os lucros cessantes O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES Estou admitindo os seis por cento que foi uma taxa que o Supremo Tribunal Federal j considerou em face dos mesmos princ pios como uma taxa que n o atentava contra o justo pre o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Sr Presidente entendo dessa forma porque considero inclusive que o Supremo Tribunal Federal deu iss
457. ntradas no levantamento de auditoria que antecedeu este trabalho 33 Os achados de auditoria foram distribu dos em duas partes contendo ao todo 6 cap tulos Na primeira parte est o registradas as falhas t cnicas encontradas nos laudos agron micos e de avalia o realizados pelos peritos do Incra Na segunda s o descritas falhas e irregularidades que geraram prejuizo ao Er rio ou que representam m gest o dos recursos financeiros da Autarquia 34 Por fim s o apresentadas as considera es finais e a proposta de encaminhamento da equipe INTRODU O Processo de desapropria o 35 O processo de desapropria o de terras para fins de reforma agr ria estabelecido quase na totalidade pela Lei n 8 629 93 A regulamenta o desse processo detalhada no fluxograma constante do Anexo IV da Instru o Normativa Incra n 43 de 29 9 2000 fls 249 258 36 O processo come a na sala do cidad o com o recebimento da indica o das reas pass veis de desapropria o para fins de reforma agr ria Essa indica o pode ser feita por entidades estaduais representativas de trabalhadores rurais e agricultores poss vel tamb m que o pr prio Incra decida com base nos dados cadastrais dos im veis rurais vistoriar ex officio algumas fazendas com potencial para desapropria o 37 Em seguida s o realizadas as vistorias preliminares que t m por finalidade aferir a viabilidade de explora o agricola pecu
458. nuarios 2001 1E TE tesesdoutorado html POCHMANN Marcio et al org Atlas da exclus o social no Brasil os ricos no Brasil vol 03 S o Paulo Cortez 2004 RAWLS John A Concep o de Igualdade na Teoria da Justi a de Kant In Revista da Social Democracia Brasileira Instituto Teot nio Vilela maio junho de 2003 n 7 ano 02 pp 7 16 extrato traduzido por Nythamar Fernandes de Oliveira 4 Kantian Conception of Equality 1975 In Collected Papers Ed Samuel Freeman Harvard University Press 2001 pp 254 266 Relat rio final da COMISS O PARLAMENTAR DE INQU RITO DA REFORMA AGR RIA 2004 2005 Assembl ia Legislativa do Estado do Paran Centro Legislativo Presidente Anibal Khury REYDON Bastiaan P Interven es nos mercados de terras Uma proposta para a redu o do uso especulativo da terra In Semin rio sobre Reforma Agr ria e Desenvolvimento Sustent vel 2000 Fortaleza CE N cleo de Estudos Agr rios e Desenvolvimento Bras lia DF NEAD 2000 15 p 175 156 REYDON Bastiaan P e PLATA Ludwig Agurto Interven o estatal no mercado de terras a experi ncia recente no Brasil S rie Pesquisa NEA IE UNICAMP e INCRA 2002 In www nead org br ROSE Samuel Compensation In www samuelrose co uk compensation asp acesso em 27 6 2005 RUGGIERO Roberto Institui es de Direito Civil Volume III Direito das Obriga es Direito Heredit rio Trad Ary dos Santos 6 edi o italiana S o P
459. o Do Estado Liberal ao Estado Social 7 ed p 187 S o Paulo Malheiros 2001 2 Uma vis o da relatividade das leis descrita por Jean Cruet 4 Vida do Direito e a Inutilidade das Leis vers o brasileira 2 ed S Paulo EDIJUR 2003 Confiram se as passagens H na luta pela lei vencedores e vencidos e raro que o Estado seja um agente de alta equidade pois que ele mesmo uma arma de combate no choque dos interesses A lei n o se defende com efeito por si s e os direitos 19 devida pelo Estado a sua aplica o atrai quase que automaticamente o influxo do interesse p blico Assim a cl usula da justa indeniza o n o seria indispens vel garantia da compensa o do dono da terra pela sua perda no processo de desapropria o por interesse social A sua inclus o no texto constitucional deve se ao l bi dos propriet rios rurais e sua resist ncia ao Estado Social que est comprometido com a realoca o fundi ria O artigo 184 da Constitui o a matriz da indeniza o na desapropria o por interesse social A finalidade dessa desapropria o a reforma agr ria Desapropria se a terra para redistribu la Essa redistribui o um processo de justi a social O Estado retira a terra do propriet rio para coloc la nas m os daqueles que dela necessitam para dar sentido s suas vidas Nessa din mica a indeniza o da terra se projeta para realizar a nobreza desse objet
460. o de 65 nas reas de eucalipto dos 2 e 3 cortes 4 majora o de 61 na estimativa do valor de mercado do produto final e 5 majora o de 162 na estimativa do ndice de produtividade 189 Considerando que foram muitos os erros cometidos no relat rio de avalia o do Incra e a fim de evitar perda de objetividade coes o l gica e concis o do texto entendeu se oportuno detalhar essas irregularidades no Anexo 3 deste relat rio 190 Conclui se na an lise apresentada nesse anexo que o valor de R 113 mil citado no of cio do Incra que data de 17 1996 fl 581 era mais pr ximo do valor de mercado que os R 313 mil considerados para fins de indeniza o do expropriado Ou seja que n o errado afirmar que existe um ind cio de que a Uni o perdeu R 200 mil devido avalia o equivocada da floresta de eucalipto da fazenda Planta o de Caju na Fazenda Brinco de Ouro 191 Na desapropria o da fazenda Brinco de Ouro processo n 0459 96RN pagou se ao expropriado uma indeniza o de R 491 mil por 800 ha de cajueiro 600 hectares de cajueiro com 10 anos de idade estado fitossanit rio regular anexo 11 Va 614 98 x 800 Va R 491 984 00 excerto do laudo de avalia o realizado pelo Incra em 25 6 1996 fl 33 192 Consta no entanto do pr prio relat rio de avalia o que n o foi colhida a produ o da ltima safra fl 28 E no levantamento preliminar de dados realizado dois meses antes da av
461. o de que o t tulo posterga a disponibilidade da entrega da moeda como liquida o da obriga o de pagar N o cabe ao tribunal alterar esse conceito de indeniza o pr via O governo n o costuma pagar em dia os seus compromissos Isso decorre de dois motivos a natural cr nica escassez de recursos e a burocracia administrativa Nenhum credor do governo escapa desses condicionamentos da Administra o p blica Essas limita es at certo ponto se revelam naturais Mas qualquer observador admite sem esfor o ser comum que delas se valham os administradores e pol ticos para tirar algum proveito convertendo se essa atua o em abuso de direito ou desvio de poder O constituinte certamente se inspirou nessa realidade para conceder o rem dio da indeniza o pr via contra essa perspectiva de abuso A despeito da cl usula da indeniza o pr via no foro judicial verifica se uma pletora de casos em que a avalia o do justo pre o n o encontra aceita o no primeiro exame judicial O pagamento costuma ser postergado Muitas vezes o pr prio credor que d margem ao atraso no pagamento seja porque ele deseja maximizar o pre o num jogo que o propriet rio ou substituto nada tem a perder seja porque ele n o det m um t tulo de propriedade ausente de d vida Seja qual for o motivo o propriet rio ter sempre um incentivo para alongar a vida do processo se vislumbrar vantagens financeiras que ele n o seria capaz de ca
462. o o que foi deferido Ainda no mesmo munic pio e igualmente referente a a o de usucapi o o im vel Lua Nova teve seu t tulo alterado de 1 500 para 2 500 hectares Contudo foi averbado despacho do relator 270 do extinto Tribunal Federal de Recursos suspendendo os efeitos da senten a de usucapi o at o Julgamento da avocat ria Depois do cancelamento do registro uma rea m nima de mil hectares ser revertida ao patrim nio da Uni o caso seja comprovada a autenticidade do t tulo definitivo expedido pelo Governo do Estado Negada a autenticidade a revers o ser integral O im vel denominado Seringal Bragan a foi inicialmente registrado com rea de 50 mil hectares Durante processo de invent rio seu propriet rio recebeu Carta de Adjudica o expedida pelo juiz de Direito da Comarca de L brea aumentando a rea original para 202 400 hectares Como n o foi encontrada qualquer justificativa para tal aumento a Procuradoria do Incra requereu a suspens o de qualquer averba o no registro imobili rio o que foi concedido pela Justi a O Seringal S o Jos inicialmente identificado como uma rea de 80 estradas de seringas recebeu registro em que constam 33 899 hectares Como n o constava averba o sobre esta decis o a Procuradoria do Incra solicitou a ao juiz de Direito da Comarca pedido que foi deferido determinando o magistrado a suspens o do feito e de qualquer pedido de averba o ou registro al m d
463. o segue para o Comit de Decis o Regional que se confirmar a proposta de desapropria o encaminha um kit para decreto Divis o de Obten o e Destina o localizada em Brasilia DF 41 A Divis o de Obten o e Destina o faz a revis o da documenta o constante do kit para Decreto e remete ao Gabinete da Superintend ncia de Desenvolvimento Agr rio uma minuta do decreto expropriat rio do im vel 42 Ap s alguns tr mites no Minist rio do Desenvolvimento Agr rio a minuta do decreto chega Presid ncia da Rep blica qual compete a aprova o e publica o do ato expropriat rio 43 Com a publica o desse decreto a superintend ncia regional retoma o andamento do processo de desapropria o determinando que sua divis o t cnica proceda avalia o do im vel expropriado 44 Dessa avalia o resulta o Laudo de Vistoria e Avalia o documento em que os peritos do Incra declaram qual o valor justo da terra nua e das benfeitorias do im vel desapropriado 4 raz o dessa distin o entre pre os de terra nua e benfeitorias est na Constitui o Federal no art 184 caput e 1 que estabelece que a terra nua ser paga em t tulos da d vida agr ria TDA enquanto as benfeitorias ser o indenizadas em dinheiro 45 Juntando c pias do decreto expropriat rio e da publica o do extrato do laudo de avalia o al m de alguns outros documentos comp e se o kit para TDA 46 Esse kit enviado
464. o sup e se que houve descaso do cart rio que fez o registro na poca O Incra estima que hajam 17 fazendas surgidas ap s o registro 2 Gleba Chandless O Incra ap s ingressar com a o discriminat ria na Justi a conseguiu reaver ao patrim nio p blico rea de 992 611 hectares que estava em nome de Pedro Aparecido Dotto por meio de posse Pedro conseguiu registrar o im vel com a planta fraudada aumentando muitas vezes a dimens o real do im vel O estudo do Incra inclu mais oito reas em situa o semelhante as acima mencionadas totalizando 1 6 milh o de hectares para execu o das medidas administrativas e judiciais cab veis 249 ESTADO DO AMAP No Amap entidades n o governamentais fizeram den ncias sobre irregularidades na aquisi o e incorpora o de terras p blicas federais as quais foram confirmadas por Comiss o institutida pelo Governo do Estado A fraude teria sido efetuada por empresa particular de capital estrangeiro Champion Papel e Celuloses Ltda e seus cotistas Chamflora Agr cola Ltda Chamflora Agroflorestal Ltda e Empreendimentos Agr colas Mogi Gua u Ltda Inicialmente em 1995 as entidades denunciantes F rum das Entidades da Sociedade Civil Organizada do Estado do Amap e a Comiss o Pastoral da Terra contestaram o projeto de reflorestamento proposto pela empresa alertando para os impactos sociais econ micos e ambientais que produziriam e contra a forma consi
465. o 10 Procedimentos antes da aquisi o do TDA Documenta o que dever ser observada antes da aquisi o da escritura a Cadeia sucess ria de escrituras desde a matriz em que conste o expropriado transmitente al m de matr cula do im vel expropriado no cart rio de registro de im vel competente b Averba o de desapropria o efetivada ou notificada ao INCRA c Inicial completa do processo de desapropria o em que conste o nome do expropriado em quest o e de que se originou o lote eventualmente negociado d Certid o do cart rio de registro de im veis onde conste os ltimos registros de propriedade pelo INCRA e Contrato de aquisi o de direitos credit rios constando normas procedimentos e condi es de pagamento Opcional f Atrav s de qualquer terminal de uma se o judici ria ou pela internet f cil tirar um extrato para acompanhar o simples andamento do processo de expropria o Fonte Para evitar preju zos ao cedente ou cession rio recomenda se obter informa o perante a SIN Setor CODIP em Bras lia Exige se que a transfer ncia de titularidade seja feita via escritura o p blica acompanhada da cadeia sucess ria do im vel al m de dados do processo de desapropria o Quadro 11 Como fazer para receber um TDA CARTULAR Refere se a c rtulas emitidas pelo INCRA anteriores a 1992 Na data da edi o do Decreto n 578 92 havia em circula o t tulos cartulare
466. o INCRA as quantias indicadas acrescidas dos encargos legais em vista das seguintes irregularidades 9 12 1 superavalia o de 106 ha de cajueiro que causou um preju zo estimado de R 53 8 mil em 8 6 2000 cap tulo 3 do relat rio 9 12 1 1 a planta o de cajueiro segundo informou o presidente da associa o do assentamento Sr Geraldo Teixeira estava no mato fechado havia catanduba maior que os cajueiros e n o houve safra 9 12 1 2 de acordo com a declara o do propriet rio que consta do relat rio de levantamento preliminar o ndice de produtividade dessa planta o era de 135kg ha produ o de 10 toneladas em 74 3 hectares e n o de 400kg ha como os peritos consideraram no laudo de avalia o 9 12 1 3 o valor pago pelo hectare de cajueiro R 908 49 ha supera os R 400 00 ha que de acordo com os dados encontrados nesta fiscaliza o o valor mercado de um cajueiro incluindo o pre o da terra nua 9 12 2 superavalia o de 74 3 ha de sisal com 15 anos de implanta o que causou um preju zo estimado de R 12 1 mil em 8 6 2000 apurado a partir das seguintes provas ind cios cap tulo 3 do relat rio 9 12 2 1 consta do relat rio de levantamento preliminar e do laudo de vistoria e avalia o que a planta o encontrava se em prec rio estado fitossanit rio e vegetativo 9 12 2 2 a vida til de uma planta o de sisal de 6 a 7 anos 9 12 2 3 n o consta do laudo de aval
467. o Revisora que assinou o parecer de fls 835 838 concluindo pela desapropria o do im vel 4 1 9 da Fazenda S o Luiz em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 4 1 9 1 Srs Eug nio Marinho de Oliveira e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es fls 168 174 4 1 9 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que como chefe da SR 19 R fl 848 e membro da Comiss o Revisora e do Colegiado assinou o parecer de fls 852 855 e o despacho de fl 856 respectivamente favor veis desapropria o do im vel 4 1 9 3 Sr Heleno Gomes da Silva que como Chefe da SR 19 Z e membro da Comiss o Revisora e do Colegiado assinou respectivamente os pareceres de fls 849 851 e 852 855 e o despacho de fl 856 concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 229 4 1 9 4 Sr Francisco de Assis Martins que como membro da Comiss o Revisora e do Colegiado assinou o parecer de fls 852 855 e o despacho de fl 856 respectivamente concluindo pela viabilidade agron mica do im vel 4 1 9 5 Sr Francisco das Chagas G de Almeida que como membro do Colegiado assinou o despacho de fl 856 decidindo pela viabilidade agron mic
468. o como rendimento relativo ao capital que deveria ter sido pago de imediato Os juros compensat rios a 12 tamb m podem n o ser suficientes SENHOR MINISTRO NELSON JUBIM Quando foi fixado em doze por cento o rendimento do investimento em caderneta de poupan a era superior hoje ele est aqu m de doze por cento ou seja s o valores vari veis SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR V Exa muito antes de pertencer comiss o j dizia isso Tamb m conhe o a hist ria do Tribunal Aqui nem seque h a fundamenta o dessa S mula n 618 que evidentemente ocorreu em virtude das circunst ncias da poca preciso considerar se que estamos numa poca absolutamente diversa As circunst ncias s o diversas E temos afirmado que uma norma pode tornar se inconstitucional em virtude de circunst ncias posteriores Pergunta se por que tamb m uma taxa dessas n o pode tornar se constitucional em virtude das mesmas circunst ncias em sentido reverso O que estou dizendo algo que me parece bastante claro Essa taxa de seis por cento foi afastada com base na Constitui o no momento em que pelas condi es econ micas da poca se teve como incompat vel para a forma o do justo pre o Por isso mesmo at a caderneta de 160 poupan a proporcionava juros mais altos Assim nesse momento foi poss vel sustentar se que tendo em vista as circunst ncias econ micas da poca essa taxa n o atendia ao justo pre o
469. o completo foi recentemente conclu do pelo IPAM Instituto de Pesquisas Ambientais da Amaz nia em parceria com a Universidade Federal do Par conforme indica a reportagem do Correio Braziliense de 5 de junho de 2005 p 8 sob o t tulo MEIO AMBIENTE A ocupa o irregular de terras na Amaz nia Legal que tem liga o direta com o desmatamento est mais profissional aponta estudo do IPAM No Par 84 mil im veis rurais n o t m t tulos de propriedade Ver Anexo F 55 Com respeito ao desmatamento o Governo enviou o Projeto de Lei n 4 776 05 que tramita em regime de urg ncia O PL disp e sobre a gest o de florestas p blicas para produ o sustent vel e cuida de outras provid ncias A proposta pol mica como se percebe do grande n mero de emendas que recebeu na C mara dos Deputados 56 Ver http www 1 folha uol com br folha ciencia ult306u13105 shtml 63 de terra poss vel e s depois tratar de dar a ela alguma utilidade econ mica gt 7 A grilagem uma atividade multifacet ria desenvolvida em etapas Identifica se primeiro a rea que invadida e na qual s o realizados alguns atos como sinais de ocupa o Em geral essa atua o acompanhada de desmatamento ilegal da floresta Segundo passo que ocorre quase concomitante com a fase inicial prepara se a papelada fraudulenta Dependendo da grandeza da rea isso pode levar anos Laudos t cnicos escrituras e registros t m que assegurar
470. o concurso da culpa Para isso consultar se a lei processual quando na obriga o indeterminada nem a lei nem o contrato ministrarem a necess ria base de apura o 114 No invent rio das mudan as o atual C digo Civil brasileiro n o se distancia dos paradigmas dos pa ses da Uni o Europ ia Ao admitir a indeniza o suplementar na insufici ncia dos juros de mora a dogm tica nacional mais se aproxima ao C digo germ nico Mas diferente deste n o admite juros compensat rios como suplemento de preju zo Na verdade a nica hip tese de juros compensat rios no conceito doutrin rio que o direito codificado admite concerne a contrato de m tuo com fins econ micos Al m de ser uma esp cie contratual altamente particular pelo tipo cerrado que a taxa de compensa o depende da vontade dos contratantes A raz o soberana e simples para isso que o C digo j concede compensa o abstrata na base de juros de mora altamente taxados Compensa o mais generosa somente provando preju zo efetivo Os c digos consagram um sistema de justi a que se destina generalidade dos cidad os e organiza es Essa voca o para o geral assegura a sua operabilidade com um sistema constitucional de justi a um desdobramento do outro Construir e manter o equil brio dos dois e entre os dois fun o das cortes judiciais b Juros compensat rios na desapropria o O fato de serem apenas concedidos a um segmento ca
471. o da S mula 416 O verbete desautoriza outra forma de indeniza o a n o ser a composta mediante juros da mora nas obriga es de pagamento em dinheiro e multa pena convencional Por isso se viram frustradas as tentativas de expropriados que pretenderam se ressarcir mediante a o aut noma de dano Conforme a reda o do dispositivo revogado nas obriga es em dinheiro somente se permitia perdas e danos mediante juros da mora e pena convencional O Tribunal assimilou os juros compensat rios aos juros de mora Mais uma raz o para se afirmar que os juros compensat rios sempre foram juros de mora mas aplicados numa situa o n o prevista na lei A S mula 416 n o mais se sustenta porque ao contr rio do art 1061 o correspondente dispositivo do atual C digo autoriza apura o de dano sob duas condi es claramente cumulativas n o haja pena convencional e fique comprovado que os juros de mora s o insuficientes para cobrir as perdas e danos A figura dos juros compensat rios se revela incompat vel com o texto legal em vigor Outra refer ncia do C digo Civil de 1916 o art 1062 que fundamenta a S mula 618 que consagrou a taxa de 12 Embora o art 1062 consignasse a taxa de 6 o seu texto se referia a outro dispositivo o art 1262 Este dispositivo substitu do pelo atual art 591 permitia que a taxa de juros pudesse ser alterada para cima ou para baixo mas mediante conven o das partes isto submetia s
472. o de assegurar que o aproveitamento da fazenda para reforma agr ria era tecnicamente vi vel o Superintendente j se interessava pelo custo da futura desapropria o 129 4 nova equipe em lugar de identificar novas possibilidades t cnicas para o aproveitamento do im vel limitou se a afirmar com base em conversas com pessoas t cnicos e trabalhadores rurais da localidade que a equipe anterior se equivocara na classifica o da terra e concluiu por via de consegii ncia que a desapropria o era tecnicamente vi vel Considerando que o levantamento preliminar feito pelos t cnicos que se pronunciaram a respeito das potencialidades do im vel e sua desapropria o est na vis o destes t cnicos 13 Alguns dados caracter sticos das classes de terras III terras com problemas complexos de conserva o IV terras cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o V e VI terras cultiv veis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes VIII terras impr prias para a cultura podendo servir para recrea o ou abrigo de fauna Fonte Abunahman S rgio Ant nio Curso B sico de Engenharia Legal e de Avalia es 2 ed S o Paulo Pini 2000 p 223 194 O que se espera de um Relat rio Agron mico de Fiscaliza o RAF que o perito afirme categoricamente que as terras a serem desapropriadas se prestam s atividades agropecu rias ou extrativistas ta
473. o de inspe o ou correi o e promover representa o junto ao Minist rio P blico Todo este elenco de medidas representa um grande passo em dire o ao fortalecimento da propriedade privada e do respeito que devido a ela de acordo com os preceitos constitucionais Os propriet rios rurais que operam legal e produtivamente ter o seu respeito fortalecido porque 292 estar o definitivamente distanciados daqueles que optaram pelo caminho da fraude Mais do que nunca eles poder o prosseguir na sua inestim vel tarefa de promover o progresso nacional 293 Propostas de mudan as legais para o combate ao latif ndio Uma das principais mudan as a serem promovidas consiste na altera o das leis de terras vigentes nos Estados de modo a conform la com a realidade da pol tica fundi ria do pa s destacando se entre outras a necessidade de a estabelecer limita es no tamanho da rea a ser concedida ou alienada b prever a destina o das terras ao programa de reforma preferencialmente a fam lias de pequenos agricultores familiares c exigir em caso de n o ser poss vel dar a destina o anterior explora o satisfat ria de modo a n o se permitir a concess o ou aliena o de terras inexploradas ou ainda que a venda se baseie em projeto sustent vel de explora o dos recursos naturais d exigir que sejam destinadas em seu territ rio mediante pr vio zoneamento s cio econ mico ambiental percentual
474. o de terras para reforma agr ria Em julgado do Superior Tribunal de Justi a a compensa o suplementar mediante juros compensat rios na desapropria o para reforma agr ria foi justificada assim a indeniza o feita em t tulos p blicos resgat veis em at 20 anos afastando se portanto da regra geral que estabelece indeniza o em dinheiro o que representa n tida fei o sancionat ria do expropriado 6 O Decreto presidencial de 8 11 2004 e no seu art 4 8 3 determina que o rg o da AGU promova as medidas cab veis para anular t tulos e registros eventualmente considerados irregulares relativos a reas situadas dentro da Reserva 6 Anexo F Processo 2005 39 02 000488 6 1 Vara da Justi a Federal em Santar m PA Embargos de Diverg ncia no Resp 453 823 MA 2003 0093974 0 relator para ac rd o Min Castro Meira Primeira Se o DJ 17 5 2004 66 Consoante a S mula 69 o STJ manda pagar os juros compensat rios a partir da imiss o na posse sem qualquer considera o ao car ter improdutivo do im vel nem a quem tenha dado motivo ao retardamento Na d vida vale a data do decreto de desapropria o Diferentemente as s mulas do Supremo Tribunal Federal foram estabelecidas em casos de indeniza o de terras produtivas ou vocacionadas explora o cuja demora no pagamento era sistematicamente atribu da ao Estado numa era de infla o galopante Segundo a jurisprud n
475. o ganho de tempo e de custo de apura o N o parece conforme o direito que o dano abstrato se transforme numa via de abuso incidindo em exig ncia imposs vel de ser abonada pela pr pria equidade Quando a norma civil prev a estipula o de juros frutos ou faculta compor o dano mediante a conven o de pena pecuni ria remete as partes a uma barganha em que algo se ganha e algo se perde em fun o da experi ncia dos negociadores e das caracter sticas do neg cio Isso pr prio da natureza da compensa o II Os Juros segundo Lacerda de Almeida Os coment rios de Lacerda colocam a dogm tica dos juros num contexto hist rico fornecendo v rias li es tais como o car ter de abstra o da indeniza o na forma dos juros e sua vantagem a modera o dos ganhos e a qualifica o dos compensat rios As perdas e danos interesse comentava ele podem ser encarados de modo abstrato e impessoal ou a repara o ser de modo concreto e pessoal O autor sugere que a repara o concreta e pessoal n o descarta um certo grau de culpa do devedor Mas adverte a responsabilidade deste n o pode ir at onde chegue a fantasia do credor A busca de uma fortuna r pida e f cil parafraseando Lacerda atrav s de a es de indeniza o n o parece contar com o abono da boa tradi o da dogm tica jur dica Para Lacerda a satisfa o de perdas e danos nas obriga es de dinheiro atrav s de ju
476. o mercado Ressalta se que este atributo geralmente inclu do nas rendas quase produtivas acima citado como q mas no caso da terra faz se necess rio apartar esse atributo pois muitos compradores adquirem a terra rural com o objetivo de obter esse ganho O pre o da terra rural portanto determinado a partir da quantifica o dessas variantes Nesse panorama cumpre destacar que existem variantes que s o definidas com maior facilidade observadas as situa es espec ficas de cada mercado e outras que somente podem ser estimadas subjetivamente Fonte Ludwig Einstein A Plata in Mercados de Terras no Brasil G nesis Determina o de seus Pre os e Pol ticas p 59 No Quadro 2 as rendas quase produtivas q s o a base fundamental do valor da terra e constituem um exemplo de variante de apura o facilitada Elas se materializam como o resultado do processo de produ o agr cola para o mercado Quantifica se o pre o do bem produzido com a terra e as condi es utilizadas para sua produ o tais como tecnologia custo de insumos maquin rio capital e outros fatores de produ o Igualmente o custo de manuten o da terra c pode ser prontamente apurado Para configurar esse custo deve se considerar a tributa o incidente sobre a terra os custos de transa o a provis o para financiamento se este foi utilizado para a aquisi o da terra dentre outras despesas que n o envolv
477. o no cart rio de t tulos de im veis o fraudador repetia o mesmo procedimento no Instituto de Terras do Estado no Cadastro do Incra e junto Receita Federal Seu objetivo era obter registros cruzados que dessem fraude uma apar ncia de consistente legalidade A fraude foi historicamente facilitada por algumas brechas institucionais como por exemplo a inexist ncia de um cadastro nico Os rg os fundi rios no tr s n veis federal estadual municipal n o s o articulados entre si Ao contr rio do que ocorre em outros pa ses no Brasil n o existem registros especiais espec ficos para grandes reas Os dados dos cadastros federal e estaduais n o est o cruzados e o cadastro federal pela atual legisla o declarat rio A correi o fiscaliza o sobre os cart rios deixa a desejar Meras posses de terras concedidas pela Uni o ou pelos Estados com rea constitucionalmente limitadas a 2 500 hectares e pequenas glebas obtidas por usucapi o subitamente transformam se em grandes latif ndios titulados por meio de fraude H casos como se ver adiante em que um fantasma consegue ser propriet rio de milh es de hectares de terras que s o fracionados e vendidos a dezenas de incautos de boa f Muitas vezes nem mesmo as investiga es policiais conseguem identificar o criminoso escondido por tr s da fraude beneficiando se de terras que n o s o suas 268 Quantidade de reas que tiveram seus cadastros can
478. o o er rio teria uma economia de quase 5 milh es de reais Propriet rios querem R 3 bilh es O caso do Paran No Paran registram se casos particularmente delicados no que diz respeito a indeniza es de im veis desapropriados Os supostos propriet rios de aproximadamente 300 im veis localizados na regi o de fronteira onde as terras s o p blicas por defini o constitucional reivindicam pesadas indeniza es na Justi a As propriedades somam 236 mil hectares Em conjunto os propriet rios reivindicam em valores atualizados pouco menos de R 3 bilh es A a o dos procuradores do Incra e da Procuradoria da Rep blica com pedidos de liminar conseguiu impedir o saque de R 2 85 bilh es e bloquear o dep sito de outros R 39 2 milh es Economia de R 14 milh es para o er rio Fazenda Loroty A o judicial proposta pelo Incra reduziu de R 17 milh es para R 2 9 milh es a indeniza o reivindicada pelo ex propriet rio da Fazenda Loroty no munic pio de Lagoa da Confus o em Tocantins Uma A o Cautelar Inominada foi ajuizada com decis o favor vel ao Incra com o objetivo de bloquear o resgate dos T tulos da D vida Agr ria TDA no valor da diferen a Condena o eleva pre o de milhares para milh es Fazenda Tr s Barras Um caso exemplar de superindeniza o foi recolhido em Goi s No munic pio de Cristalina a Fazenda Tr s Barras foi avaliada pelo Incra em R 26 357 55 terra nua e R 7 136 86
479. o original O im vel denominado guas Pretas no munic pio de L brea tamb m por meio de senten a em a o de usucapi o teve sua rea aumentada de 590 hectares para 111 673 hectares Admitindo a avocat ria promovida pelo Incra o extinto Tribunal Federal de Recursos cassou a senten a do Juiz estadual O Incra est providenciando o cancelamento da matr cula do im vel O mesmo ocorreu com os im veis Santa Clem ncia com 238 17 hectares e Dois de Julho I Dois de Julho II e Dois de Julho HI os tr s somando 1 576 45 hectares totalizando 1 814 62 hectares que tiveram suas reas aumentadas para 650 mil hectares Com os im veis Andir Novo Axioma Papiri Novo Natal ou Natal e outros que tinham reas n o definidas ocorreu o mesmo Ou seja senten a em a o de usucapi o serviu de t tulo para registrar o aumento das reas totalizando 155 906 hectares O extinto Tribunal Federal de Recursos mandou suspender os efeitos da referida senten a No entanto n o foi poss vel o cancelamento dos registros por n o terem sido encontrados os autos da avocat ria nem na Comarca de Boca do Mato nem nos arquivos da Justi a Federal Mesmo tendo o ent o Tribunal Federal de Recursos cancelado o registro dos im veis estes continuaram a ser repassados a terceiros Procuradores do Incra tentam reverter integralmente a propriedade para o patrim nio da Uni o Senten a do juiz da Comarca de Boca do Acre em a o de usucapi o serviu
480. o per odo de 01 01 1996 a 31 12 2001 para verificar a conformidade das desapropria es de im veis para fins de reforma agr ria no Estado ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da Uni o reunidos em Sess o Plen ria diante das raz es expostas pelo Relator em 9 1 converter este processo em Tomada de Contas Especial com base no art 47 da Lei n 8 443 92 em face da constata o da ocorr ncia de preju zo ao Er rio nas desapropria es realizadas pelo INCRA em Jo o C mara no Estado do Rio Grande do Norte no per odo de jan 1996 a out 2001 9 2 determinar com fulcro no art 43 inciso II da Lei n 8 443 92 a audi ncia do Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional do INCRA no Rio Grande do Norte no per odo de 1 11 1993 a 30 10 2001 para que apresente raz es de justificativa para sua omiss o diante das seguintes irregularidades ocorridas no per odo em que era o dirigente m ximo da Entidade e tinha o dever de adotar medidas administrativas para evit las ou minimiz las 9 2 1 inadequa o de todas as classifica es agron micas de terras realizadas pelos peritos do Incra RN no Munic pio de Jo o C mara nos anos de 1996 a 2001 cap tulo 1 do relat rio 9 2 2 falhas graves nos procedimentos de avalia o da terra nua de oito das nove fazendas desapropriadas em Jo o C mara cap tulo 2 do relat rio 252 9 3 determinar a audi ncia com fulcro no art 43 inciso II da Lei n 8 443 92 dos
481. o relat rio 9 10 1 1 a planta o de cajueiro segundo informou o presidente da associa o do assentamento Sr Francisco Sebasti o da Silva estava dentro do mato 9 10 1 2 consta do laudo de vistoria e avalia o que n o houve qualquer produ o no ltimo ano agr cola 260 9 10 1 3 o valor pago pelo hectare de cajueiro R 664 76 ha supera os R 400 00 ha que de acordo com os dados encontrados nesta fiscaliza o o valor de mercado de um cajueiro incluindo o pre o da terra nua 9 10 2 superavalia o de cercas externas que gerou um preju zo estimado de R 8 8 mil em 11 10 1996 apurado a partir da constata o de que os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a todo o per metro da fazenda 19 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes cap tulo 4 do relat rio 9 11 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Buraco Seco com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Jos Augusto Silva que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica concluindo que os valores constantes desse laudo refletem o pre o de mercado da regi o Sr Francisco Sinete Morais que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou as Atas da Mesa T cnica e do Comi
482. o subitem 9 3 do Ac rd o n 56 2005 Plen rio dever ser encaminhada c pia desta decis o acompanhada do relat rio e voto que a fundamentam aos Presidentes da C mara dos Deputados e da Comiss o Parlamentar Mista de Inqu rito CPMI da Terra Ante o exposto VOTO no sentido de que o Tribunal adote a delibera o que ora submeto ao Colegiado TCU Sala das Sess es Ministro Luciano Brand o Alves de Souza em 15 de junho de 2005 UBIRATAN AGUIAR Ministro Relator 251 1 Processo TC 014 577 2003 0 c 05 volumes Apenso 019 778 2004 9 2 Grupo I Classe V Relat rio de Auditoria 3 Respons veis Ana Celeste dos Santos Gomes CPF n 130 908 248 09 Anna Suely Borja Jales Pinheiro CPF n 912 539 424 04 Ant nio Gomes de Oliveira CPF n 002 871 053 34 Eug nio Marinho de Oliveira CPF n 013 685 592 04 Erivaldo Costa de Arruda CPF n 131 847 254 72 Francisco das Chagas Gon alves de Almeida CPF n 012 362 704 44 Francisco de Assis Araujo CPF n 192 919 574 53 Francisco de Assis Martins CPF n 044 181 074 87 Francisco Rodrigues Filho CPF n 066 628 381 87 Francisco Sinete de Morais CPF n 070 107 452 34 Frederico Guilherme de Souza Kleinlein CPF n 039 301 142 91 George Staudohar Junior CPF n 636 354 027 53 Heleno Gomes da Silva CPF n 074 388 504 04 Ismael Viriato de Souza CPF n 155 199 614 68 Itamar Ol mpio de Vasconcelos Maia CPF n 058 430 574 53 Jo o Maria C
483. ob controle e a sociedade est mais atenta a um direito que ofere a mecanismos mais justos de transfer ncias patrimoniais do Estado para os particulares I Os preceitos fundamentais contrariados A figura dos juros compensat rios atenta contra o objetivo fundamental da Rep blica brasileira de promover o bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimina o e de uma sociedade livre justa e solid ria Esses objetivos abrigam a liberdade na escolha dos caminhos para alcan ar a felicidade pessoal segundo o talento de cada indiv duo A liberdade ganha sentido na solidariedade Nem todos t m o mesmo talento Pouco adiantaria a liberdade se n o se contasse com a solidariedade que entre tantos significados contempla a generosidade do ser em aceitar o outro de modo que a sociedade possa se completar no todo Nesse contexto a Rep blica repugna a liberdade 141 CF art 3 inciso I e IV 127 irrestrita na conquista pessoal dos bens e realiza o dos interesses pr prios O Box 9 abaixo resume o sentido desses valores Box 10 Valores fundamentais Enquanto os direitos de primeira gera o direitos civis e pol ticos que compreendem as liberdades cl ssicas negativas ou formais real am o princ pio da liberdade e os direitos de segunda gera o direitos econ micos sociais e culturais que se identifica com as liberdades po
484. oceder divis o ou distribui o de coisas Embora eles aceitem um conceito de justi a os membros da sociedade tendem por natureza a maximizar seus pr prios interesses ou vantagens Assim a atua o de uma entidade que se espera seja imparcial termina tomando o lugar de rbitro A id ia de que n o se pode favorecer a um s tempo todos os grupos decorre do pressuposto da escassez de recursos Essa limita o material contrasta com a E Idem p 14 Idem p 14 Os juros compensat rios como fic o assentam se nesse princ pio lot rico de que trata o fil sofo Idem pp 14 15 17 ilimitada demanda dos interesses sempre em expans o Isso um desafio constante com o qual a justi a social tem que lidar na regula o das desigualdades Inclui se nesse desafio a necessidade de decis o com limitada informa o Ajustar os efeitos das desigualdades segundo o direito nunca se faz com plena informa o A consci ncia desse v u de ignor ncia imp e afastar aquela informa o condutora da parcialidade que s aprofunda as desigualdades Os t picos explorados nas se es seguintes se inspiram nos antecedentes ou referenciais expostos nesta introdu o b Comprometimento com a norma constitucional A justa indeniza o ganha expressa refer ncia no texto constitucional inserido no corpo da ordem econ mica Mas nas normas legais que o justo pre o da terra ganha desdobramento
485. ocedeu compara o das classifica es das terras constantes dos Laudos de Vistoria e Avalia o de Im veis com a opini o dos assentados sobre a qualidade das terras tendo concluido pela exist ncia de muitos erros inescus veis nas avalia es agron micas 107 Posteriormente a equipe buscando fundamentar melhor esse relevante achado de auditoria obteve junto a rg os oficiais informa es que vieram a corroborar suas conclus es preliminares 193 108 Como se n o bastassem as opini es de diferentes agricultores e os dados oficiais reunidos logrou se ainda analisando minuciosamente os autos dos processos de desapropria o obter evid ncias oriundas do pr prio rg o auditado tais como o laudo de avalia o de terra da fazenda Pe Jo o Maria IH que veio a ser substitu do porque sua conclus o era pela inviabilidade t cnica do im vel vistoriado Figura 2 Fotos do vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara Sr Ant nio Severino e do fiscal de cadastro do Incra RN Sr Jo o Maria C mara Bezerra que acompanhou a equipe de auditoria nas visitas aos assentamentos Na foto da esquerda s o o segundo e o quinto da esquerda p a direita na foto da direita est o nos extremos os demais s o assentados que receberam a equipe de auditoria 109 Antes de apresentar os resultados obtidos pela equipe cabe uma breve explica o sobre como as terras rurais s o classificadas pelo Incra O
486. ocracia administrativa E o que se infere fi Investiga es em andamento na Pol cia Federal sugerem a exist ncia de uma m fia da floresta envolvendo funcion rios do governo federal e madeireiras Empresas fantasmas participam do esquema que promovem venda ilegal de certificados falsos de extra o e comercializa o 53 do Quadro 7 N o simples mat ria sensacional da imprensa Os diversos casos de sobrepre o de indeniza es foram objetos de auditoria piloto realizada pelo TCU que confirmou os desvios administrativos Quadro 7 TCU identifica erros acintosos O TCU revisitou dez processos de desapropria o efetivados no Rio Grande do Norte entre 1996 e 2001 Identificou em todos erros acintosos Nada menos que 96 dos dados das per cias t m baixo grau de confiabilidade S nas benfeitorias indenizadas pelo Incra houve sobrepre o de R 942 mil Nos dez processos analisados os peritos da autarquia n o erraram para menos nos c lculos O que afasta a hip tese de mera incompet ncia e a ula suspeitas de m f Concluiu se que h um total descaso com o dinheiro p blico Para um total de R 3 8 milh es pagos em indeniza es o preju zo do Tesouro foi estimado em mais de R 1 milh o Sugeriram se a interven o do Minist rio P blico e a quebra dos sigilos banc rio e fiscal dos envolvidos O interesse dos fazendeiros pela desapropria o das terras restou fartamente comprovado
487. oder do desembargador F bio Prieto que pediu vistas do processo para elabora o de voto Indeniza o equivale a 37 im veis id nticos Fazenda Oco Est suspensa por medida liminar a execu o de a o que condena o Incra a pagar indeniza o no valor de R 445 69 milh es pela Fazenda Oco de 12 500 hectares situada nos munic pios de Foz do Igua u e S o Miguel do Igua u PR A liminar foi imposta por a o civil p blica impetrada pelo Minist rio P blico Federal que discordou dos valores estabelecidos e porque as terras em quest o localizam se em rea de fronteira Al m disso restam d vidas quanto cadeia dominial do im vel O Incra move a o rescis ria visando tamb m o n o pagamento dos valores estabelecidos 154 A condena o de R 445 639 milh es data de 3 de setembro de 1996 Caso o Incra fosse obrigado a saldar essa d vida hoje incorreriam sobre esse montante 12 de juros compensat rios al m de outros 6 ao ano a t tulo de juros morat rios Tudo isso em cascata A reavalia o do im vel que pertencia a Santos Guglielmi e outros e que foi desapropriado em 1971 estipula o seu valor em R 12 milh es A diferen a entre essa quantia e a da condena o atualizada de R 433 6 milh es valor que permitiria aos antigos propriet rios adquirir 37 propriedades id nticas desapropriada A a o rescis ria sob o n 9732209 7 tramita no Tribunal Regional Federal da 4 Regi o no Rio
488. omites codigos asp Caderno de F rmulas sobre os T tulos da D vida Agr ria TDA s atualizado em 16 02 2004 www cetip com br documentacao tecnica v04 caderno formulas v04 asp Jornal da Unicamp Campinas outubro de 2001 XVD http www unicamp br unicamp unicamp hoje ju out2001 unihoje jul67pag06 html www stn fazenda gov br servi os faq faq dp divida agraria asp http basiszinssatz info www legifrance gouv fr http www folha uol com br folha almanaque 6 ANEXOS ANEXOS Anexo A Excerto dos debates sobre Art 15 A do DL n 3 365 41 MC ADIn 2332 Anexo B Livro Branco das Superindeniza es Anexo C 158 Conclus es do II Encontro Nacional de Defesa do Patrim nio P blico Anexo D Ac rd o Processo TC 014 577 2003 0 Relat rio de Auditoria Piloto do TCU Anexo E Relat rio MPFDA INCRA Anexo F Relat rio IPAM UFPA Estudo sobre Grilagem de Terras no Par 2005 Anexo G Ac rd o TRF 5 Regi o AC 238003 PE 159 ANEXO A Excerto dos debates sobre o Art 15 A do DL n 3 365 41 MC na ADIN 2 332 2 STF Tribunal Pleno O SENHOR MINISTRO SEP LVERA PERTENCE A jurisprud ncia que o Tribunal mal ou bem derivou da constitui o salvo melhor ju zo n o pode ser desfeita por uma medida provis ria O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Ministro a jurisprud ncia por falta de norma tem variado O Supremo Tribunal Federal que antigame
489. ompensat rios O mundo dos homens caracterizado por necessidades ilimitadas e recursos finitos A dogm tica constitucional respeita esse postulado econ mico da 153 Hermen utica Constitucional e Direitos Fundamentais pp 271 2 Bras lia Bras lia Jur dica 2000 132 escassez A maximiza o dos interesses individuais esbarra no conjunto dos interesses de todos No mundo da escassez somente a coopera o a toler ncia e a solidariedade garantem a satisfa o de todos e o equil brio na tens o dial tica entre a justi a social e o ac mulo de riqueza Cabe ao Estado racional 4 e maximizador do bem comum assegurar e a sociedade vigiar para que todos os recursos desta possa beneficiar a todos A sindica o da id ia de justi a nas situa es de transfer ncias de recursos do Estado para o particular n o pode ser uma via isolada mas deve resultar de uma vis o multifacetada Quando o Estado tem que onerar um direito ou interesse individual ou conceder um privil gio ele n o o faz de forma arbitr ria imprescind vel a vontade popular Isso um ditame do governo da lei que pressup e a operacionaliza o de uma vontade geral e de um rg o espec fico do Estado o Parlamento que tem habilita o para criar um nus ou conceder uma vantagem de modo a excluir a atua o dos outros rg os estatais Essa a base da separa o dos poderes que o constitucionalismo elege como postulado inderrog vel
490. onal O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE N o digo que inconstitucional mas que O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Mas inconstitucional V Exa pretende n o ser poss vel tabelar por lei mas que o Supremo pode faz lo N o d para entender O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE nunca ao que me consta se veio alegar a inconstitucionalidade dos juros compensat rios de doze porcento Mas se me deparasse com alega o dessa ordem possivelmente me pronunciaria pela inconstitucionalidade 162 O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Mas quem poderia fixar O Juiz Isso o que quero responder porque V Exa fez uma indaga o poss vel uma lei fixar E bvio que poss vel O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE Mas sem ferir a Constitui o sem ofender o princ pio do justo pre o O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR evidente Veja V Exa salvo se for desarrazoada e aqui n o h desarrazoabilidade alguma Qual a desarrazoabilidade se as circunst ncias econ micas mudaram O SENHOR MINISTRO ILMAR GALV O PRESIDENTE Saber a quanto montam os lucros cessantes quest o aritm tica a cargo da per cia Se a lei diz previamente que correspondem a doze por cento acho que fere a Constitui o A s mula foi elaborada numa poca muito anterior ao meu ingresso no Tribunal mas n o me consta que a inconstitucionalidade da taxa houvesse sido
491. onsiderado normal Fonte Well Leloup e Crema 2003 pp 22 23 processo judicial de avalia o de terra Aos tribunais superiores defeso sindicar a prova da indeniza o O nus basicamente do juiz de primeiro grau Se o juiz n o conhece a regi o onde se situa a rea desapropriada ele deve fazer inspe o in loco A an lise prossegue H casos em que os propriet rios procuram oferecer suas terras ao INCRA O defeito da avalia o pode se originar na burocracia da autarquia que poder defender na Justi a um poss vel sobrepre o embutido no seu laudo A mat ria est relatada no Quadro 4 abaixo em que dois ju zes ouvidos por um rg o da imprensa deram os seus diagn sticos 330 autor deste trabalho j andou em lombo de cavalo h mais de duas d cadas para acompanhar juiz federal e peritos em inspe o de propriedade rural 50 Pr ximo aos fatos da causa o juiz que est ligado vida social e econ mica da regi o costuma reunir as condi es para fazer um ju zo razo vel da indeniza o Quadro 4 Fazendeiros oferecem suas terras Donos de reas improdutivas recebem dinheiro em troca de desapropria es em a es que prejudicam o er rio A Folha obteve evid ncias documentais do interesse de grandes fazendeiros improdutivos pelo Programa Nacional de Reforma Agr ria Em cartas ao Incra oferecem as pr prias terras para desapropria o S o atendidos Numa das ca
492. orados em 65 200ha 120ha o que considerando os diferentes fatores de atualiza o equivale a R 55 mil na data da avalia o 235 O relat rio de avalia o apresenta a seguinte mem ria de c lculo para determina o do estoque em p V pxq A1 S1 r V8 2 42 x 1 084 0 4038 x 77 ha R 81 564 59 1 corte V15 2 42 x 1 084 0 2046 x 200 ha R 107 344 61 2 corte V21 2 42 x 1 084 0 0925 x 200 ha R 48 530 68 corte final grifos nossos fl 592 336 Est reo da rvore st o volume de tronco aproveit vel descontadas as galhadas S rgio A Abunahman in Curso B sico de Engenharia Legal e de Avalia es 2 ed S o Paulo Pini 2000 246 27 Embora n o existam publicadas o que se possa chamar de tabelas existentes e atrav s de c lculos de regress o conclu mos pelos volumes esperados de 413 est reos ha 251 st ha 199 st ha respectivamente para o 1 corte aos 8 anos 2 corte aos 14 anos e 3 corte aos 20 anos O indice de produtividade utilizado pelos peritos do Incra tamb m n o condiz com os dados do relat rio Avalia o dos Plantios de Eucalipto na Fazenda Xo e Fazenda S tio de Dentro Projeto Ibama Pnud BRA 93 033 encontrado nos autos do processo de desapropria o fls 505 511 crescimento encontrado em termos volum tricos 4 a 8m ha a ou seja 8 a 16 st ha a n o muito superior ao da mata nativa que apesar de nunca ter sido efetivamente medi
493. orrela o de valores de propriedades vendidas Curso B sico de Engenharia Legal e de Avalia es 2 ed S o Paulo Pini 2000 p 24 grifo nosso 150 Considerando que o n vel de precis o da avalia o deve ser o norma e comparando a Norma ABNT 8799 com o padr o estabelecido pelo Incra verifica se que a referida varia o do m todo de compara o consiste fundamentalmente em um menor rigor na coleta de dados 151 Enquanto a norma brasileira exige a coleta de dados referentes a neg cios realizados pre os pagos em transa es imobili rias ou em forma o ofertas de compra e venda a norma do Incra mais flex vel admitindo tamb m opini es de pre os 152 0 Incra utiliza portanto tr s tipos de dados neg cios realizados ofertas de im veis e opini es de pre os De acordo com o Manual para Obten o de Terras do Incra fls 514 527 os neg cios realizados e as ofertas de im veis s o dados mais fidedignos devendo a utiliza o de opini es de pre os ser adotada como recurso subsidi rio N o dispondo de elementos procedentes de neg cios realizados e ofertas poder o os avaliadores lan ar m o de opini es Estas dever o ser coletadas com base na descri o de um im vel paradigma semelhante ao avaliando utilizando se da linguagem regional para que os emitentes dessas opini es refiram se a um mesmo im vel cujo pre o possa servir como base para se chegar ao valor mais prov vel que o im vel a
494. os A prote o da propriedade produtiva essencial produ o de empregos e desenvolvimento social Fora dessas perspectivas subjacente ao discurso da prote o da propriedade capitalista h a defesa de interesses de grupos Isso coloca a necessidade da igualdade de tratamento da prote o dos recursos da sociedade no seu tr plice aspecto natural humano e financeiro A isonomia econ mica e social somente se realiza no dom nio da proporcionalidade o que afasta as posi es extremadas Como se evidencia no Box 2 a prote o da coisa desfocada do homem desafia qualquer senso de justeza 27 A justa indeniza o na avalia o do valor do bem inclusive benfeitorias teis e necess rias quantum debeatum n o pode ser sin nimo do pre o m ximo H uma l gica em considerar justo o pre o de mercado Mas que mercado O mercado pode ganhar diferentes configura es cada uma corresponde a certo n vel de pre o O pre o m ximo pode ser aquele obtido em condi es de monop lio O monopolista ordinariamente faz o pre o desejado independentemente dos compradores ou dos concorrentes de conhecimento p blico que a propriedade rural caracterizada pela concentra o Esse fato hist rico de conhecimento geral o motivo mais ardente a justificar a redistribui o da terra ditada pela pol tica fundi ria e de reforma agr ria de status constitucional A concentra o um estado de mercado que tende a levar o
495. os Emb de Div no Resp 453 823 MA 9 Resp 149746 SP rel Min Francisco Falc o 1 Turma DJ 30 5 2005 p 212 O decreto um ato preparat rio que n o define dano algum ao propriet rio 67 de um mercado legal seguro e transparente sem custos de manuten o Para discutir a garantia dos ganhos desse mercado secund rio s o abordados os diversos aspectos dos T tulos da D vida Agr ria hist rico emiss o e controle utiliza o e des gios com negocia es de t tulos I Hist rico do TDA Criados em 1964 os T tulos da D vida Agr ria destinam se indeniza o de propriet rios terras rurais improdutivos ou n o desapropriadas pelo governo para projetos de interesse social At 23 06 92 os TDA s foram emitidos pelo INCRA sob a forma cartular O governo todavia foi obrigado a mudar o sistema de emiss o desses pap is por causa das den ncias de derrame de TDAs falsos no mercado Esses pap is tamb m alimentaram esc ndalos envolvendo processos de desapropria o fict cios ou superfaturados Para combater essas fraudes o Decreto n 578 de 24 06 92 transferiu a gest o e controle de emiss o desses t tulos para a Secretaria do Tesouro Nacional STN que refor ou as regras de seguran a para a negocia o desses pap is que tomaram a forma escritural e hoje seguem uma rotina informatizada s A substitui o de compet ncias implicou no in cio certas adapta es que trouxeram alguns desgaste
496. os assentamentos t m car ter de coloniza o e n o de reforma agr ria as superintend ncias dessas reas Maranh o e Marab foram retiradas da lista elaborada para escolha da amostra de auditoria 23 Em seguida analisando a localiza o das fazendas desapropriadas na Bahia no Mato Grosso do Sul e na Paraiba constatou se que as regi es onde h concentra o de im veis desapropriados ficam demasiado longe das capitais desses Estados e n o disp em de aeroporto com v os regulares oeste sudoeste da Bahia extremo sul do Mato Grosso do Sul e interior da Paraiba o que provocou o descarte das superintend ncias correspondentes Tabela 1 Quadro resumitivo dos Estados onde ocorreram mais desapropria es desde 2000 Superintend ncia Desaprop TEESE 5 do Incr ocorridas entre Observa o jan 2000 e jun 2003 Bahia 105 desapropria es distantes da capital Pernambuco 67 rumores de conflitos sociais iminentes Maranh o 63 rea de coloniza o e n o de reforma agr ria Rio Grande do 59 duas reas de concentra o de Norte desapropria es Marab 53 rea de coloniza o e n o de reforma agr ria 47 desapropria es distantes da capital Paraiba 42 desapropria es distantes da capital Outras Unidades 429 Total 865 24 Restaram ent o Estado de Pernambuco e do Rio Grande do Norte onde ocorreram respectivamente 67 e 59 desapropria es entre jan 2000 e ju
497. os examinados pela equipe de auditoria em ordem decrescente de qualidade das melhores por es de terras dos im veis Tabela 10 Erro na classifica o das terras Nome da Fazenda Classifica o da terra segundo o Incra RN Parecer da Equipe Xod Classe I 30 Classe II 40 Classe HI 30 Brinco de Ouro Classe II 85 Classe HI 5 e Classe IV 10 E absolutamente inadmiss vel a exist ncia de terras das classes I e H no Municipio de Jo o SerraVerde Boa Classe II 65 Classe III 20 e C mara Vista Classe IV 15 Buraco Seco e Classe II 71 S o Jo o Classe IV 28 e Classe VIII 1 Pe Jo o Maria Classe 4056 Classe VT 40 II Classe V 18 e Classe VIII 2 O pr prio laudo agron mico reconhece que a seca na regi o Classe HI 21 Classe IV 35 longa S o Luiz Classe V 39 Classe VII 2 5 e Classe VIII 2 5 0 Serra Verde na Aba N o constam dos laudos asse V 20 Classe III 40 Classe IV 40 e 1H 2 Lageado j justifiquem o parecer contr rio Classe atri aos dados meteorol gicos Baixa do Classe II 30 Classe IV 50 Novilho Classe V 17 e Classe VIII 3 Embora o im vel se situe a apenas 3 km da sede do Munic pio onde os dados meteorol gicos s o colhidos o Cana Classe HI 70 Classe IV 25 e avaliador considerou que a seca Classe VIII 5 edafol gica seria ap
498. os juros frutos ou n o ficou para tr s com as li es de Pontes de Miranda Se forem frutos da coisa pode a sua taxa prefixada variar se forem frutos do dinheiro como a posi o predominante no STF n o A regula o por m poder criar alternativas que justifiquem um percentual inferior desde que acompanhado de ganho de efici ncia que a Constitui o manda observar capaz de inibir um comportamento litigioso do expropriado 132 CF art 37 caput 116 A dificuldade que a taxa de juros no Brasil mesmo nas obriga es civis em oposi o as decorrentes de contratos com institui es financeiras uma das mais altas e a sua aplica o n o inclui o ndice de infla o O prop sito do trabalho aqui levantar o problema n o resolv lo e assim justificar o aprofundamento e expans o da regula o 3 2 Discuss o das S mulas 618 416 345 e 164 do STF a Precedentes judiciais O Supremo Tribunal Federal editou 4 s mulas sobre indeniza o compensat ria as duas primeiras foram aprovadas em 13 de dezembro de 1963 S mulas 164 e 345 A terceira s mula veio logo depois S mula 416 aprovada em 1 6 1964 O ltimo verbete foi aprovado vinte anos depois S mula 618 de 17 10 1984 O estudo dessas s mulas desperta a aten o do investigador para quatro aspectos refer ncia legislativa refer ncia pol tica ambiente econ mico e tipologia das desapropria es A refer ncia legislativa po
499. os nas indeniza es dos ndices de atualiza o monet ria Box 9 Indices de infla o e indeniza es astron micas Dos idos de 1964 para c a corre o monet ria popularizou se de tal modo que as unidades de conta ORTNs OTNs BTNs unidades de contas fiscais e cong neres passaram a ser consideradas pelos tribunais como express o da pr pria moeda nacional O melhor ndice era melhor para o credor e com fregii ncia a corre o monet ria provocava indeniza es astron micas inteiramente divorciadas da realidade ou do chamado bem da vida que se pretendia obter Apenas para exemplificar em uma hip tese de indeniza o por 13 Embargos no RE 4 549 SP DJ 19 8 1942 Tribunal Pleno 14 Embargos no 40 317 SP DJ 27 4 1961 Tribunal Pleno 141 Resp 43055 SP rel Min S lvio de Figueiredo Corte Especial DJ 20 2 1995 p 3093 Esse julgado reduziu o IPC de janeiro de 1989 em quase 30 pontos percentuais Houve recursos para o STF n o conhecidos RE 204617 SP rel Min Nelson Jobim DJ 28 6 2001 124 danos causados a um im vel conjunto de salas comerciais em uma cidade do interior o devedor chegaria a pagar o valor de um duplex na Av Vieira Souto na orla de Ipanema A jurisprud ncia refletia a confus o instalada na economia Os credores passaram a lutar n o pelo seu cr dito mas pelo melhor ndice e uma vez que a corre o de todos os cr ditos era
500. os peritos com esse procedimento de coleta de dados Tabela 12 Dados obtidos para avalia o das fazendas Brinco de Ouro e Serra Verde Boa Vista R hectare re Oficial Class Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe TERO NJIA i H HI IV V VI VII VIII Emater Macau RN 250 00180 00 40 00 Contacap Maio 315 001250 00 15000 Grande Unid Municipal de 120 00 100 00 180 00 Cadastro 120 00 11000 100 00 8000 7000 160 00 150 00 C mara RN Biro Sab 120 001110 00 100 00 8000 7000 160 00 150 00 C mara 161 Obtidos os dados apresentados na tabela 12 os avaliadores desconsideraram as diferen as de classes a que os dados se referiam e simplesmente eliminaram os elementos extremos do universo de dados Com isso restaram apenas os oito elementos hachurados da tabela dos quais se obteve a m dia de R 110 00 hectare valor que foi utilizado na avalia o das tr s fazendas O pre o das fazendas foi obtido multiplicando se a referida m dia pelas respectivas reas totais independentemente da qualidade da terra de cada uma delas M dia obtida a partir de opini es n o aglutin veis 162 Respondendo a of cios do Incra nove entidades apresentaram de diferentes modos suas opini es de pre os para terras localizadas em Jo o C mara A tabela 13 resume os dados obtidos e utilizados pelos t cnicos da Autarquia para a avalia o das fazend
501. os t tulos da d vida agr ria dados em pagamento Defini o em lei da utiliza o dos t tulos Prazo m ximo de at 20 anos para resgate dos t tulos Indeniza o em dinheiro das benfeitorias teis e necess rias Pagamento da indeniza o livre de impostos federais estaduais e municipais Observe se que nos indicadores constitucionais da justa indeniza o da terra rural n o est o inclu dos os juros Quanto indeniza o da propriedade urbana a Constitui o prev no art 182 8 4 inc III o pagamento de juros legais na desapropria o por utilidade p blica O solo urbano se valoriza muito mais rapidamente do que a terra rural Talvez por isso o art 184 n o trate de juros legais na desapropria o por interesse social A aludida cl usula de juros legais subordina qualquer dano decorrente do atraso no pagamento da indeniza o ao sistema da dogm tica legal O sil ncio do art 184 nesse aspecto sugere haver uma diferen a na categoriza o do justo pre o devido na desapropria o das esp cies de im veis urbano e rural A diferen a de tratamento remonta Constitui o de 1967 17 Na verdade a Constitui o contempla diferentes propriedades e assim diferentes graus de prote o A propriedade habita o n o pode ser violada 17 O art 153 22 da CF de 1967 previa o pagamento em dinheiro com cl usula de exata corre o monet ria da desapropria o da propriedade urban
502. padr o para classifica o baseia se no conceito de fator limitante o que significa dizer que em princ pio todas as terras s o consideradas timas ou seja da classe I Se algum fator limitante identificado em algum dos 12 par metros de an lise a classe da terra deve ser rebaixada para o padr o indicado na tabela Fatores Determinantes das Classes de Capacidade de Uso constant do M dulo II do Manual de Obten o de Terras A tabela 7 apresenta um excerto dessa tabela do Incra com apenas dois dos par metros que interessam presente an lise Tabela 7 Fatores Determinantes das Classes de Capacidade de Uso Fatores Classes Caracter sticas Limitantes I II HH IV V VI VI HI 5 a Sem pedras x Pedregosidade b Lig Pedregoso x Mod x Pedregoso d Pedregoso x e Muito x Pedregoso f Extr x Pedregoso 194 12 Seca a Muito Longa x Edafol gica b Longa x c M dia x d Curta x Fonte Incra Manual de Obten ao de Terras M dulo II 110 De acordo com essa tabela ocorrendo seca edafol gica curta a melhor classifica o poss vel para a terra localizada na regi o a classe I op o d do item 12 Ocorrendo seca m dia longa ou muito longa as melhores classifica es poss veis s o as classes IV ou VI respectivamente 111 Diz se que se trata das melhores classifica es poss veis pois pode
503. pagamento indevido de indeniza es por 223 Essa proposta foi acolhida pelo Ac rd o 557 2004 Plen rio item 9 2 7 13 215 cercas externas 4 tabela 19 resume esses achados de auditoria apresentando de forma resumida uma mem ria de c lculo que indica o que foi pago e o que deveria ter sido pago em metros e percentuais do per metro al m das diferen as em metros m pagas a maior Tabela 19 Extens o das cercas externas pagas indevidamente Trecho que Trecho ladeia que Extens o Diferen a rodovia ladeia Indeniz vel Extens o paga ua Perimetr lestadual rodovia I P R M 2 pelo Incra A o A D Fazend ou municip IM p em federal lal M m R Ex Ex Ext Ext t t R m m tm Yo P m Yo P Ext m de 33 135 3 805 0 14 665 44 331351 100 18 470 P o 18878 6711 O 6084 1290134 N 7364 Serra Verde 18 835 0 1 469 10 152 54 18 840 100 8 688 Boa Vista e 16 870 2 284 4 639 9 613 57 14 000 83 4 388 mo 16 122 0 8500 12 311 7694 16 000 99 3 689 Total 103 840 12 800 14 608 52 825 51 95 422 92 42 599 Obs 1 Fazenda Brinco de Ouro evid ncia fl 32 Fazenda Padre Jo o Maria II evid ncia fl 74 Fazenda Serra Verde Boa Vista evid ncia fl 123 Fazenda Baixa do Novilho evid ncia fl 94 e Fazenda Buraco Seco evid ncia fl 155 Obs 2 Como se disse a extens o das cercas pass
504. pela desapropria o do im vel 4 1 7 6 Sr Francisco das Chagas G de Almeida membro do Colegiado que assinou o despacho de fl 827 decidindo pela desapropria o do im vel 4 1 8 da Fazenda Baixa do Novilho em que a o relat rio de Levantamento Preliminar de Dados e Informa es reconhece que a seca na regi o longa b mais de 50 das terras s o classificadas como no m ximo na classe IV cultiv veis apenas ocasionalmente ou em extens o limitada com s rios problemas de conserva o 4 1 8 1 Sr Erivaldo Costa de Arruda que assinou o relat rio de Levantamento de Dados fls 76 82 e o parecer de fl 503 decidindo pela viabilidade do assentamento 4 1 8 2 Srs Jo o Maria C mara Bezerra e Frederico Guilherme de S Kleinlein que assinaram o relat rio de Levantamento de Dados fls 76 82 decidindo pela viabilidade do assentamento 4 1 8 3 Sr Heleno Gomes da Silva que acordou com a desapropria o do im vel fl 503 4 1 8 4 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe da SR I9 R fl 834 e membro da Comiss o Revisora fls 835 6838 e do Colegiado fl 839 que deu parecer favor vel desapropria o do im vel 4 1 8 5 Srs Francisco das Chagas G de Almeida Ant nio Gomes de Oliveira e Francisco de Assis Martins membros da Comiss o Revisora fls 835 838 e do Colegiado fl 839 que conclu ram pela desapropria o do im vel 4 1 8 6 Sra Maria da Gra as 4 de Oliveira membro da Comiss
505. pitalista os juros 114 CC 2002 artigos 944 a 946 99 compensat rios na desapropria o tornaram se uma figura associada ao mercado de terra rural Essa vantagem se faz co respons vel pelo aquecimento dos pre os e alimentador das atividades especulativas no mercado abordada no Quadro 19 Quadro 18 Juros compensat rios e pre os de terras a Os juros compensat rios s o ineficientes porque estimulam o expropriado a desenvolver atividades que tendem a prolongar a vida do processo judicial isto n o h est mulo a acordos para abreviar o t rmino do processo Mais do que isso normalmente os ganhos dos processos j n o est o mais nas m os dos propriet rios E sim nas m os de bancas de advogados que j compraram estes direitos dos fazendeiros que foram indenizados b O Governo n o tira proveito do seu poder de compra apesar de ser o maior comprador de terras sendo ele mesmo fonte de dinamiza o do mercado Com freqii ncia h conluios dos propriet rios para n o serem indenizados ou venderem suas propriedades a um pre o quando em grupo mas individualmente o fazem principalmente na poca Os t tulos da d vida agr ria que j chegaram a ser considerados t tulos podres hoje t m bastante aceita o no mercado e gozam de liquidez beneficiando o propriet rio expropriado 0K d Esses t tulos al m de embutir um pre o artificialmente supervalorizado rendem juros de tal modo que
506. pode se dizer que uma pol tica ou a o de governo destinada ao bem de todos implica dizer que o resultado da atua o estatal para o bem estar de todos os membros do cons rcio estatal O governo para o ele regulados etc O tratamento dessas cl usulas na pr tica depende da pol tica e cultura do pa s O modo como a sociedade lida com esses valores varia segundo o desenvolvimento da cidadania e da luta dos cidad os pelas conquistas que a Constitui o abriga Nesse cen rio o Poder Judici rio como garantidor dos direitos e liberdades exerce um grande papel dependendo da forma o e sensibilidade dos seus Ju zes Essa discuss o parte de um projeto de p s doutorado do autor CF art 3 inc IV 21 bem comum admitido como sin nimo de governo imparcial mesmo que nem todos os membros da sociedade necessariamente se beneficiem de uma certa pol tica No sentido distributivo o homem foco da ordem social e econ mica coloca se na perspectiva do acesso riqueza nacional 16 No sentido coletivo bem comum significa o que de todos comum a uma comunidade em geral ou a uma na o Essa concep o remete ao art 219 da Constitui o Federal o mercado interno integra o patrim nio nacional Pode se assim considerar o conjunto de bens e servi os produzidos pela popula o inclu dos os fatores de produ o e os bens naturais de qualquer esp cie A Figura 1 abaixo uma ilustra o adapta
507. pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a ex Secret rio de Agricultura atual Secret rio de Obras do Munic pio que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 13 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 9 14 determinar a cita o solid ria com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 dos Srs Ismael Viriato de Souza e Zenivaldo Bezerra Alves que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que aprovou os crit rios utilizados para a avalia o do im vel para que apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA a quantia a seguir indicada acrescida dos encargos legais tendo em vista o ato de gest o antiecon mica consistente na desapropria o total da Fazenda Brinco de Ouro fato que gerou um preju zo imediato de R 156 575 49 em 11 10 1996 configurado a partir dos seguintes argumentos ind cios e provas apresentados a seguir cap tulo 6
508. processada para efeito de Reforma Agr ria 01 DOCUMENTOS ANEXOS escritura da Fazenda Cana certid o de nus reais 239 02 RELA O DOS BENS EXISTENTES NA FAZENDA CANA casa sede com 395 m casa de gerente com 03 tr s quartos banheiro Sendo s que nos oferece para o momento aproveitamos o ensejo para apresentar a Vossa Senhoria nosso testemunho de apre o e considera o Atenciosamente Assinatura ERIVALDO DA CUNHA MACEDO Ilmo Sr Dr JOS MARIA DA ROCHA MD Superintendente Regional do INCRA NATAL RN Confirmando o interesse do fazendeiro no andamento r pido do processo de desapropria o verifica se que na declara o do propriet rio acostada fl 420 que o comunicado do Incra informando a atualiza o cadastral do im vel para m dia propriedade n o produtiva foi recebido no mesmo dia de sua expedi o 13 6 2003 fls 419 420 Al m disso assim como no caso anterior essa declara o foi impressa com o mesmo tipo de letra tamanho de letra e espa amento de linhas utilizados no comunicado da Autarquia fazendo supor que o futuro expropriado encontrava se na reparti o p blica provocando o andamento do processo O caso da fazenda S o Luiz um pouco diferente mas igualmente relevante para demonstrar a participa o e o interesse dos propriet rios nos processos de desapropria o conduzidos pela Superintend ncia do Incra no Rio Grande
509. produtivos e im veis improdutivos Esse foi o grande problema e ele que preocupa agora a Administra o visto que a taxa uniforme eleva as indeniza es indiscriminadamente a valores extratosf ricos O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Estou dizendo a V Exa que o artigo do C digo Civil deve ter sido levado em considera o para caracterizar se que assim deveria ser em poca de estabilidade econ mica em que se justificava a taxa de 6 e n o em per odo de instabilidade que exigia fixa o em valor maior falta de previs o legal Hoje estamos numa fase de moeda estabilizada Mesmo com rela o a lucros cessantes seis por cento ao ano uma taxa perfeitamente razo vel certo como que a taxa que se estabelece at a remunera o da caderneta de poupa H no caso que se admitir neste exame de liminar a presun o de constitucionalidade do dispositivo em causa dada a diferen a de situa es econ micas N o foram assim e n o teria sentido at a taxa de remunera o da caderneta de poupan a O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR A Constitui o diz que a medida provis ria tem for a de lei Ela por isso pode criar at tributo E por que n o taxa de juros compensat rios O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE Com for a de lei n o com for a de alterar o que o Supremo mal ou bem assentou que decorria da Constitui o n o de uma lei ordin ria N o pode Excel ncia O SENHOR MIN
510. pturar fora do mecanismo judicial Embora abrigue a indeniza o pr via o texto constitucional atribui ao preceito sentido relativo conforme se infere logicamente do pagamento em t tulos resgat veis no prazo de at 20 anos A cl usula da indeniza o pr via encontra nesses argumentos os limites da sua compreens o que deve ser estrita para n o 29 se converter num privil gio O favor do Estado aos grupos poderosos fora de um contexto razo vel se afasta do sentido do justo que n o discrimina mas iguala a todos que estejam sujeitos s mesmas vicissitudes de um sistema de pagamentos Na Assembl ia Nacional Constituinte a discuss o da indeniza o gerou v rias propostas mas nenhuma sugeriu pagamento de indeniza o mediante juros compensat rios A no o de justa indeniza o ficou restrita reposi o do patrim nio em valor l quido equivalente respectiva perda patrimonial As propostas partiram do pagamento em dinheiro no ato da destitui o da posse com cl usula de exata corre o monet ria como previa o modelo da Constitui o de 1946 mas progrediram para o pagamento em T tulos da D vida Agr ria com preserva o real O parecer da Comiss o de Sistematiza o assim justificou a reda o final Em se tratando por m de desapropria o de im vel rural que n o cumpre a sua fun o social o pagamento em t tulo funciona como uma esp cie de san o que a lei aplica ao propriet
511. quantum adotado pelo decisum monocr tico de R 630 00 por hectare DO VALOR DAS BENFEITORIAS 325 A expropriante juntamente com o Minist rio P blico Federal apresentam fundamento convincente a permitir a preserva o do laudo do Perito A senten a est fundamentada e em conson ncia com o laudo oficial no que entende aceit vel e em disson ncia com o mesmo na parte em que entende descabido o que significa dizer em observ ncia com o princ pio da livre convic o ou persuas o racional CP art 131 O julgador monocr tico quanto s benfeitorias indeniz veis entendeu que as quest es suscitadas foram todas desvendadas tanto no laudo oficial como nos esclarecimentos posteriores prestados pelo Vistor do Ju zo O laudo do vistor oficial realizado dentro de crit rios corretos para fixa o dos pre os das benfeitorias reprodutivas e n o reprodutivas catalogando benfeitorias que n o haviam sido avaliadas pelo INCRA e ao mesmo tempo atestando a inexist ncia de outras s quais teria a expropriada feito refer ncia Por esse motivo tamb m que entendo que a avalia o das benfeitorias pelo seu custo de reposi o torna as muito distanciada da realidade da justa indeniza o pelo crit rio do pre o de mercado conforme determina o artigo 12 da Lei n 8 629 com as altera es introduzidas pela MP 2183 56 N o h como nessa linha de argumenta o acatar a tese da expropriada no que tange a aumentar os valores
512. que antes tinham o tom da dramaticidade para os propriet rios hoje s o recebidas com festa diz o magistrado que detalha J na condi o de juiz federal constato que s o os propriet rios que rezam dia e noite para que seus im veis sejam desapropriados Realizado o dep sito pelo Incra a esmagadora maioria deles nem sequer contesta a a o V m desesperados minha presen a requerer o levantamento da quantia O juiz explica as raz es do fen meno Eles os fazendeiros t m plena certeza e eu tamb m de que aquele valor ofertado pelo Incra jamais seria alcan ado numa transa o comercial regular O Rio Grande do Norte obteve realce nas auditorias por ser uma das unidades da Federa o em que a implanta o da reforma agr ria avan a de modo eficiente Atra dos por avalia es em que at matas eram superavaliadas fazendeiros ofereceram as pr prias terras para desapropria o Fonte Folha de S o Paulo 08 11 04 A4 Os excessos nas indeniza es tornaram se uma lament vel tradi o Em 1999 o ent o Minist rio Extraordin rio de Pol tica Fundi ria fez um levantamento das superindeniza es O texto a que se denominou Livro Branco das Superindeniza es estimou em mais de 6 bilh es de reais os abusos em desapropria es do INCRA Um quadro comparativo que acompanha referido documento compila mais de 50 im veis desapropriados de Norte a Sul 55 do Brasil e os respectivos
513. que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA a quantia indicada acrescida dos encargos legais tendo em vista a superavalia o de cercas externas que gerou um preju zo estimado de R 4 8 mil em 17 11 1998 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 4 do relat rio 9 7 1 os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia a 71 de todo o per metro da fazenda 19 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes e que h presun o legal de que as cercas que ladeiam rodovias pertencem ao Poder P blico 9 7 2 a extens o das divisas da fazenda com rodovias p blicas estadual ou federal de 6 7 mil metros conforme se depreende da planta topogr fica de fl 743 e do mapa de fl 62 9 8 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Baixa do Novilho com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou a Ata da Mesa T cnica e como chefe do Grupamento Fundi
514. que n o h qualquer nus relevante sobre a propriedade improdutiva o que incentiva os propriet rios a manterem vastas reas ociosas intensificando ainda mais a concentra o de terras A sobre especula o de tamanha relev ncia que por exemplo nos ltimos 20 anos o pre o da terra rural no Brasil tem sido em m dia quatro vezes maior que no Uruguai O Quadro 3 exp e uma discuss o dos pre os de terras A parte em negrito corresponde opini o do Professor Bastiaan Reydon e a outra parte do texto corresponde consulta que lhe fora dirigida Destaca se da manifesta o do perito que os pre os de terras no Brasil sempre foram superiores aos da Argentina e do Uruguai 37 Nunca deu certo a tentativa de o governo utilizar o ITR CTN art 29 como instrumento capaz de inibir a especula o a Jornal da Unicamp http www unicamp br unicamp unicamp hoje ju out200 1 unihoje jul67pag06 html Campinas outubro de 2001 Ano XVI 45 Quadro 3 Pre os de terras rurais Compreendo que I O mercado de terras no Brasil bastante imperfeito e aquecido em raz o de atividades produtivas e especulativas 0K II Os pre os de terras no Brasil s o superiores aos encontrados na Argentina Uruguai e Estados Unidos H bastante controv rsia sobre isso por causa dos deflatores utilizados ou taxas de c mbio Mas em termos gerais o Brasil teve em alguns momentos pre os mais altos inclusive que os de algum
515. r do valor global do bem no mercado Justificativa 5 devido necessidade de conhecimento t cnico especializado para a avalia o da cobertura flor stica procura se impor tanto na fase administrativa o que j vem sendo feito pelo Incra quanto na judicial a necessidade de o laudo ser elaborado por engenheiro agr nomo evitando que sejam nomeados profissionais de outras reas sem habilita o efetiva para o mister 2 Inclus o na vistoria e avalia o do custo para reposi o flor stica das reas de preserva o permanente e de reserva legal abatendo se do pre o a ser ofertado pelo Incra 3 Previs o legal da necessidade de decis o circunstanciada e motivada do Superintendente do Incra determinando o ajuizamento da a o de desapropria o nos casos em que os ndices de aproveitamento situem se em determinada margem percentual a ser fixada pr xima dos percentuais de aproveitamento fixados na lei 4 Regulamenta o espec fica do art 186 II in fine da Constitui o Federal ou aperfei oamento do art 9 88 2 e 3 da Lei n 8 629 93 para prote o do meio ambiente permitindo a desapropria o de im vel utilizado em desacordo com as exig ncias da legisla o ambiental 5 Fixa o na lei da responsabilidade do propriet rio pela guarda e preserva o do im vel at a imiss o do Incra na posse 1 Estudar possibilidade de tributa o das cess es de cr ditos decorrentes de des
516. r Severino Ant nio vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara RN que poca da desapropria o trabalhava na fazenda e hoje um dos assentados do projeto que l se implantou 196 Ele relatou equipe de auditoria com detalhes que o dono do im vel alguns dias antes da visita dos avaliadores contratou m quinas e homens para realizarem a limpeza das faixas de cajueiro que se poderia ver das duas estradas que o ladeiam e atravessam Conforme imaginado pelo expropriado os t cnicos do Incra limitaram se a percorrer as estradas e se depararam com muitos homens e alguns tratores simulando uma limpeza total da planta o Sem desconfiar do interesse do futuro expropriado em investir numa planta o que no ano anterior estava abandonada os t cnicos do Incra decidiram por considerar os 800 ha na avalia o da planta o de caju 197 Registre se tamb m que n o consta dos autos da desapropria o qualquer documento que comprove que a rea da planta o boa ou ruim foi medida pelos avaliadores 210 198 Em rela o rea total do cajueiro o vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara RN informou equipe de auditoria que na divis o dos lotes coube a cada uma das 82 fam lias assentadas 7 ha de cajueiro prov vel ent o que s existissem 574 ha de cajueiro valor mais condizente com o trecho do relat rio que se refere a 400 ha 199 Utilizando a mesma f rm
517. r prio Supremo considerava que os juros no caso seriam de seis por cento O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR desde que o Supremo existe diz isso N o fala em lucros cessantes Isso n o s o lucros cessantes com todas as v nias S o os rendimentos do capital que deveria ter sido pago de imediato e n o foi feito porque se entende que o pre o pago depois pr vio porque ainda n o houve a transmiss o da propriedade O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR V Exa ter ent o de considerar que n o tem de pagar juros compensat rios algum quando n o h utiliza o da terra O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Isso pelo menos me tira um peso da consci ncia pois significa que n o estou sendo t o revolucion rio a ponto de colocar de lado a s mula Apenas disse que ela fixou essa taxa por ach la razo vel e o problema aqui de razoabilidade em face das circunst ncias econ micas da poca 163 O SENHOR MINISTRO MOREIRA ALVES RELATOR Por isso mesmo o Supremo Tribunal Federal antes quando havia as mesmas circunst ncias econ micas de agora considerava com base no mesmo dispositivo que os juros de seis por cento n o feriam o justo pre o Quando veio por m a infla o passou para doze por cento citando o C digo Civil O SENHOR MINISTRO SEP LVEDA PERTENCE Esta S mula mal ou bem foi extra da da garantia constitucional da justa indeniza o corol rio da garantia constitu
518. r Entgeltforderungen acht Prozentpunkte ber dem Basiszinssatz 3 Der Gl ubiger kann aus einem anderen Rechtsgrund h here Zinsen verlangen 4 Die Geltendmachung eines weiteren Schadens ist nicht ausgeschlossen 288 Juros de mora 1 Durante o per odo da mora uma d vida de dinheiro rende juros de 5 ao ano acima da taxa b sica 2 Em caso de transa o legal da qual n o fa a parte um consumidor a remunera o de 8 acima da taxa b sica de juros 3 O credor pode exigir juros mais altos por outro fundamento jur dico 4 O direito de exigir perdas adicionais n o est exclu do Lacerda lembra que o C digo brasileiro de 1916 tinha muito do C digo alem o Mas a este ele se refere como uma ordem superior pelo seu elevado esp rito de tica boa f e equidade Tudo isso faz do C digo germ nico um artefato de presumida sabedoria Esse esp rito elevado que faz da lei um pal dio e n o um recanto de emboscadas o nosso C digo n o conseguiu capturar arremata o autor O C digo Civil Alem o BGB separa os juros de mora 8 288 do dano da mora 286 Este funda se numa pretens o ao ressarcimento por falta de cumprimento da obriga o e aqueles representam a simples capitaliza o do dinheiro Uma publica o de Harm Westermann do Direito das Obriga es nesse C digo circula no Brasil desde 1983 da qual se destaca o seguinte coment rio Dentre as consequ ncias da mo
519. r causa das desapropria es o Incra acabou sendo condenado a pagar R 3 bilh es em indeniza es o caso comentado no Livro Branco das Superindeniza es Al m de ilegal j que se refere a falsas propriedades este montante absurdo decorre de avalia es incorretas e superestimadas realizadas por contadores e peritos judiciais que na maioria das vezes se aproveitaram da situa o para obter lucro com as indeniza es O Incra est contestando este pagamento na Justi a ESTADO DO ACRE Levantamento preliminar realizado pelo Incra em algumas reas no Estado do Acre demonstrou aus ncia de a es discriminat rias e constatou a exist ncia de reas sobrepostas jun o de matr culas e presun o de registros indevidos pela grande dimens o dos im veis A partir desse levantamento o Incra j entrou com a o de nulidade de registro para a retomada de terras p blicas indevidamente ocupadas por particulares Podemos citar wa como exemplo as seguintes reas 1 Seringal Porto Luiz Uma a o de nulidade de registro cancelou 24 352 hectares referentes ao im vel em nome de Iracema da Neves Falta apenas o registro em nome da Uni o o que ainda n o ocorreu porque o Incra est fazendo o levantamento cartorial das reas que surgiram a partir deste registro irregular datado de 1910 Iracema tinha apenas uma concess o de uso vegetal da rea equivalente a 8 mil hectares expedida pelo Governo do Acre Por esse motiv
520. r que estava configurado o afastamento da finalidade legal que ensejou a sua edi o O Incra interp s apela o provida no Tribunal Regional Federal que reformou a senten a anterior O processo retornou primeira inst ncia que fixou a indeniza o em R 12 040 917 20 valor que inclui juros compensat rios de 12 ao ano a partir da data de imiss o da posse juros morat rios de 6 ao ano a partir do tr nsito em julgado da senten a bem como honor rios advocat cios arbitrados em 10 do valor da diferen a a ser apurada Nos c lculos feitos pelo setor cont bil do Incra no entanto o valor efetivamente devido pela autarquia corresponde a R 7 822 940 67 H portanto uma diferen a de R 4 217 976 53 em preju zo da Uni o 166 Im vel rural avaliado como urbano Fazenda S o Bernardino Situada no munic pio de Nova Igua u Rio de Janeiro a Fazenda S o Bernardino parte do esp lio de Gi como Gavazzi foi desapropriada Por entender que o im vel n o era rural mas urbano o que implicaria na aus ncia do pressuposto constitucional necess rio para a desapropria o para fins de reforma agr ria o juiz julgou improcedente o decreto desapropriat rio As duas partes interpuseram apela o contra a senten a que foi julgada procedente pela unanimidade da 2 Turma do Tribunal Regional Federal da 2 Regi o Para efeito de indeniza o foi adotado o valor proposto pelo laudo do perito judicial incidindo sobr
521. ra valor por hectare f informa es Ttern Instituto de Terras do Rio Grande Classe III R 120 00 do Norte N cleo Regional de Classe IV R 100 00 R 104 003 Terras Jo o C mara Classe V R 80 00 Classe II R 200 00 Prefeitura Municipal de Taipu Classe IV R 150 00 R 160 003 Classe V R 100 00 Classe II R 100 00 Prefeitura Municipal de Jo o C mara Classe IV R 80 00 R 84 00 Classe V R 60 00 Inatern N cleo de Cear Mirim Valor varia entre R 120 00 e R 12500 Escrit rio de Jo o C mara R 130 00 Emater Jandaira RN R 180 00 R 180 00 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de R 160 00 R 160 00 Jandaira M dia Aritm tica Simples R 135 50 Observa es valor obtido considerando os dados do laudo agron mico Classe HI 40 Classe IV 40 e Classe V 20 ponto m dio da faixa informada Anexo 3 Ind cios de Irregularidades na Avalia o da Floresta de Eucalipto da Fazenda Xo Neste anexo encontra se o detalhamento dos ind cios de irregularidade na avalia o da floresta de eucalipto da fazenda F rmula de c lculo errada A Norma NBR 8799 da ABNT estabelece o procedimento para a avalia o de im veis rurais Com rela o s ess ncias florestais homog neas que o caso das florestas de eucalipto essa norma recomenda o m todo do valor econ mico 9 2 2 S Na avalia o de ess ncias florestais homog neas ser considerado o valor econ mico da plan
522. ra do devedor salienta se a pretens o ao ressarcimento do dano decorrente da mora conforme o 8 288 Pode se tamb m distinguir entre consequ ncias diretas da mora como a pretens o ao ressarcimento e o d bito de juros 5 288 e consegi ncias indiretas que s se mostram quando mora vem ajuntar se outra perturba o da presta o 23 Dos Effeitos das Obriga es p 13 Rio de Janeiro Freitas Bastos 1934 4 Emeccerus Kipp Wolff Tratado de Derecho Civil Derecho de Obligaciones edi o espanhola Tomo II n 1 53 2 Harm Peter Westermann C digo Civil Alem o Direito das Obriga es parte geral trad De Armindo Edgar Laux Porto Alegre SAFE 1983 86 assim a responsabilidade agravada por uma impossibilidade 8 287 que surge durante a mora Danos decorrentes da mora s o tamb m eventuais preju zos de juros que se originam para o devedor durante a mora O d bito de juros no 8 288 al 1 fixado globalmente em 4 em neg cios entre comerciantes conforme o 8 352 do HGB em 5 sem comprova o e sem possibilidade de contraprova Contudo resulta do 8 288 al 2 que a lei considera a pretens o ao juro apenas como o dano m nimo e que em caso de correspondente comprova o tamb m concede juros de mora mais altos Aqui o credor por m teria de demonstrar que devido n o efetiva o da presta o do devedor de sua parte ficou sujeito a cr ditos a uma taxa mais alta O
523. ra um fim inafast vel consistente na busca do justo pre o de onde decorre que a indeniza o suced nea da perda da 324 propriedade n o pode estar assentada em um pre o lesivo ao patrim nio do expropriado obtido a partir de aspectos irreais e de compara es de situa es diferenciadas A parte apropriada em suas raz es vergasta a utiliza o do crit rio do pre o de mercado acoimando o de inconstitucional em face de n o atender a todos os princ pios e normas garantidoras do direito de propriedade Todavia a fixa o do justo pre o pelo crit rio do pre o de mercado vem atender ao interesse p blico em face da adequa o da necessidade de realiza o da reforma agr ria de um lado e da real pertin ncia entre o valor pago pela entidade p blica e a utilidade levada ao patrim nio do propriet rio do im vel expropriado O que se pretende evitar o pagamento de valores exorbitantes que levando em considera o a avalia o do im vel alcancem todavia um pre o que o propriet rio n o encontraria caso fosse vender o im vel a um particular A sim que se estaria a notar o enriquecimento sem causa da expropriante circunst ncia que se pretende evitar mas preservando o valor razo vel do im vel desapropriado Portanto o crit rio utilizado deveras razo vel e atende aos dispositivos constitucionais que limitam os atos constrict rios da propriedade inerentes ao poder jur dico do poder p blico em desaproprias as gl
524. ramita uma a o penal por falsa per cia e estelionato contra os peritos que avaliaram o im vel em 1989 Laudo elaborado pelo Minist rio do Ex rcito que integra o processo atesta que houve falsifica o na per cia Precat rio anulado Fazenda Primavera Avaliado em R 60 milh es pelo Incra o precat rio complementar relativo desapropria o da Fazenda Primavera situada nos munic pios de Andradina Castilho e Nova Independ ncia SP tem a o rescis ria tramitando na 21 Vara de Justi a Federal da Se o Judici ria de S o Paulo Em julho de 1995 a execu o provis ria estipulou a quantia de R 125 5 milh es mas n o foi prolatada a senten a de homologa o dos c lculos O Minist rio P blico e o Incra entraram com peti o para redu o dos valores e para anular o precat rio complementar alegando que os c lculos n o deveriam ter sido realizados pelo Tribunal e sim em Primeira Inst ncia A peti o foi acolhida e o processo de n meros 2 336 111 e 89 0012797 7 voltou primeira inst ncia para revis o dos c lculos 155 A desapropria o do im vel que pertencia a Agroimobili ria Avanhandava S A transfigurou se em indireta a fazenda foi considerada produtiva pela Justi a implicando no pagamento do total dos valores em esp cie Justi a eleva indeniza o em R 1 milh o Fazenda Boa F A Fazenda Boa F localizada no munic pio de Atalaia no estado de Alagoas foi desapropriada em 199
525. rava obje o s ria Contra a taxa de 12 para os juros compensat rios chegou se at a argumentar que o percentual de 6 era devido quanto ao juro da caderneta de poupan a que o Estado paga aos pequenos aos hipossuficientes que reservam pequena parcela do seu sal rio para a seguran a de dias futuros Aos propriet rios que n o t m tantas ang stias que se vai permitir esse dep sito privilegiado em m os do Estado a render 12 por juros compensat rios H Mesmo assim a tese contr ria da cumula o dos juros foi vitoriosa n o obstante a cr tica consistente At o pagamento final do pre o com o t rmino do processo de desapropria o o expropriado legalmente continua sendo o dono da coisa mesmo que n o esteja mais na sua posse direta Assim o Poder P blico deve pagar al m do pre o do bem a compensa o pela perda da posse Com essa perda se d a impossibilidade de o expropriado fazer uso da quantia representada pelo valor da desapropria o Mas a partir da posse o Poder P blico j tem a obriga o de pagar o pre o n o o fazendo por se tratar de valor ainda il quido A contagem dos juros de mora sendo il quida a obriga o somente podia ocorrer a partir do tr nsito em julgado da senten a Para afastar esse tratamento injusto a constru o judicial original admitiu a flu ncia de juros no per odo 118 S mula 596 As disposi es do Decreto 22626 1933 n o se aplicam s taxas de juros
526. rca que deu origem ao t tulo Posteriormente decis o do Ac rd o uma rea de 162 124 8010 hectares foi desmembrada dessa propriedade tendo como base uma certid o fornecida pelo Instituto Fundi rio do Amazonas em 06 08 97 Toda a rea dever ser reintegrada ao patrim nio p blico Novo Aripuan Em 1985 o Incra solicitou Corregedoria Geral de Justi a do Estado do Amazonas a declara o de inexist ncia e de cancelamento da matr cula do im vel rural Gleba Lisboa localizado no munic pio de Novo Aripuan registrado em nome de Eur pedes Rodrigues da Cunha e outros com rea de 687 280 hectares A dimens o do im vel foi contestada pelo Oficial de Registro de Im veis que afirmou que a referida rea foi expandida para aproximadamente 1 9 milh o de hectares e que tal situa o vinha ocorrendo ao longo das diversas transmiss es de seu dom nio O cart rio sofreu um inc ndio resultando na destrui o dos livros do Registro de Im veis inclusive aqueles que tratavam da referida gleba O Corregedor Geral de Justi a autorizou a reorganiza o do acervo do cart rio mas nos registros surgidos ap s o inc ndio n o constava a averba o do cancelamento determinado por solicita o do Incra Visando sanar tal situa o foi encaminhada peti o ao juiz de Novo Aripuan requerendo o cumprimento daquela determina o o que foi deferido ESTADO DO PAR O caso do fantasma Carlos Medeiros Outro caso extraordin rio
527. rcar a rodovia pode inexistir em alguns casos 2 O cadastro rural do im vel no Incra informa que os 74 4 hectares produziam 10 toneladas fl 603 o que corresponde produtividade de 135 kg hectare 7 Excerto do Relat rio de Pesquisa Segunda Fase elaborado pelo grupo de trabalho constitu do pela Portaria MDA n 153 de 27 6 2000 fl 384 25 a avalia o do valor econ mico das culturas permanentes que segundo entendimentos de jurisprud ncias e do Minist rio P blico Federal correspondem ao pagamento de lucros cessantes foi calculada pelo INCRA e pelos peritos embasada em safras custos e pre os presumidos e sem provas de que os desapropriados vinham realizando essas colheitas e receitas 22 O projeto de cercas um elemento necess rio no projeto das rodovias de acordo com o Manual de Diretrizes B sicas para Elabora o de Estudos e Projetos Rodovi rios Escopos B sicos Instru es de Servi o que cont m ainda duas Instru es de Servi o espec ficas para esse fim IS 218 e 245 A norma rodovi ria Especifica o de Servi o DNER ES 338 97 estabelece que 4 1 4 implanta o de cercas de arame farpado deve ser feita ao longo de toda rodovia exceto nas travessias de grandes cursos d gua entroncamento com outras estradas e nos pontos em que julgado desnecess ria constantes do projeto E 5 3 3 Devem ser empregados nos mour es quatro fios de arame farpado esticados com espa amentos de 0
528. rcela de 80 da oferta Esta nos ltimos anos tem sido bastante razo vel nos processos do INCRA que diversamente do que ocorria d cadas atr s tem adequado as suas pr ticas lei salvo casos de supervaloriza o O pagamento em T tulos da D vida Agr ria quanto terra nua transforma a terra improdutiva e assim de baixa liquidez em um mercado secund rio de t tulos p blicos com valor preservado e alta liquidez Mant m se a preserva o do valor real do T D A monetariamente corrigido sendo os antigos t tulos corrigidos com ndices cheios isto sem os expurgos dos planos econ micos incidem tamb m juros taxa de 12 ao ano Isso contrasta com a poupan a popular caderneta de poupan a cujos rendimentos acumulados no ano de 2004 n o superaram os dois d gitos 8 10 e com os t tulos negociados na Bolsa de Valores que est o sujeitos lea de mercado jogo de perde e ganha N o h debaixo do Sol preserva o real absoluta dos investimentos O sistema de avalia o judicial da terra com destaque das benfeitorias e cobertura flor stica ou vegetal mesmo seguindo os crit rios legais favorece 10 11 12 o propriet rio que quase sempre tem assegurado pre o pelo menos 30 superior ao de mercado sem falar em eventual superfaturamento decorrente de desvios de condutas Por mais razo vel que seja a oferta do governo o propriet rio prefere sobrecarregar o Judici rio p
529. rdeste Depreende se do cap tulo de Introdu o desse documento que o expropriado fizera um contrato de arrendamento ou parceria com a empresa que teria o intuito de verificar a possibilidade de realizar a explora o florestal naquela regi o Em 1989 a ent o instalada Sider rgica Uni o implantou duas reas de reflorestamento dentro do mbito do seu PIFI Plano Integrado Florestal Industrial A primeira rea se situa na Fazenda Xo munic pio de Jo o C mara e a segunda na Fazenda S tio de Dentro no munic pio de Lagoa Nova O objetivo destes plantios era de garantir o autoabastecimento da empresa complementando o manejo florestal de reas de mata nativa Neste contexto estas reas de reflorestamento s o pioneiras na regi o por um lado pelas esp cies utilizadas no plantio e por outro pela extens o das mesmas Por estas caracter sticas os plantios em quest o podem oferecer informa o valiosa sobre as potencialidades para o reflorestamento nestas regi es visando suprir demandas de lenha carv o estacas estroncas etc bem como identificar a s esp cie s mais adequada s 210 A terra nua valia cerca de R 110 ha segundo os laudos de avalia o do Incra 311 De acordo com os dados do Sistema de Obten o de Terras do Incra Sisote o Incra distribui em m dia na regi o de Jo o C mara 29 2 ha por fam lia 209 2 desconsidera o dos custos de manuten o no c mputo da receita liquida 3 majora
530. re o de terra da classe IV etc 9 3 1 17 1 Srs Jos Barbosa Cordeiro e Jo o Maria C mara Bezerra que assinaram os Laudos de Vistoria e Avalia o 256 9 3 1 17 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou como chefe do Grupamento Fundi rio e membro da Comiss o Revisora pareceres respectivamente corroborando esse laudo 9 3 1 17 3 Srs Francisco de Assis Martins Jos Maria da Rocha e Heleno Gomes da Silva membros da Comiss o Revisora que assinaram parecer favor vel s conclus es do laudo 9 4 determinar a cita o solid ria com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Brinco de Ouro para que os Srs Ismael Viriato de Souza e Zenivaldo Bezerra Alves que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo e Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA as quantias indicadas acrescidas dos encargos legais tendo em vista as seguintes irregularidades 9 4 1 superavalia o da planta o de caju que gerou um preju zo estimado de R 414 mil em 11 10 1996 apurado a partir das
531. rea de 500 hectares em 1941 Quando de sua venda registrou se na mesma matr cula uma rea de 29 657 48 hectares 272 Matriculado com rea de 300 estradas de seringa o Seringal Rampado teve sua rea expandida para 264 269 hectares Cento e sete mil hectares era a rea original do Seringal S o Miguel Hoje constata se que sua rea foi elevada para 210 821 hectares Os im veis rurais denominados Santo Ant nio do Acim Canecury Metaripu Angias e Acutiry em senten a do juiz da Comarca de L brea tiveram suas reas fixadas respectivamente em 64 554 9 hectares 27 279 1 hectares 3 494 32 hectares 36 514 3 hectares e 29 279 89 hectares O extinto TFR anulou os atos decis rios e remeteu os autos da a o demarcat ria para a Justi a Federal do Amazonas O ac rd o foi averbado e cancelado o registro totalizando aproximadamente 161 112 hectares que foram reincorporados ao patrim nio p blico Os im veis Anory sem rea original definida S o Miguel e Santo Elias com reas somando 15 100 hectares passaram a ter por for a de senten a em a o de usucapi o 20 mil hectares e 80 mil hectares respectivamente O TFR anulou senten a do juiz da comarca e 100 mil hectares foram reincorporados ao patrim nio p blico Em a o relativa aos im veis Camar I Camar II Camar III Humait Canto da Fortuna Alto da Firmeza Monte Vid u Enseada do Futuro e Sagrado Cora o posse parte do Seringal Ermida
532. realiza atrav s de uma base principiol gica normativa e formal ou procedimental Esses tr s aspectos n o s o estanques mas expressam uma gradua o da compreens o humana do justo O princ pio que precede a norma ganha for a quando expresso na Constitui o nas leis e nos regulamentos dos crit rios procedimentais A norma tem sempre um princ pio que a fortalece E a forma ou procedimento traduz em termos pr ticos a teoria que o princ pio e a norma consolidam a Comprometimento com o fundamento de justi a A justa indeniza o da terra um ideal associado ao conceito p blico de justi a Em escrito de John Rawls fil sofo moderno da Universidade de Harvard l se que uma sociedade bem ordenada efetivamente regulada por esse conceito Para ele qualquer concep o de justi a exprime uma concep o 15 de pessoa das rela es entre pessoas e da estrutura geral e fins da coopera o social Aceitar os princ pios que representam uma concep o de justi a equivale a aceitar um ideal de pessoa e a agir a partir destes princ pios n s realizamos um tal ideal Para perseguir esse ideal os membros da sociedade precisam de cren as razo veis Isso n o significa que todos acreditam do mesmo modo nessas cren as Na verdade h diferen as de dif cil reconcilia o Mas todos acreditam na exist ncia delas Uma dessas cren as que os membros de uma sociedade bem ordenada s o eles
533. recursos naturais da floresta O trabalho dos grileiros facilitado pela defici ncia do cadastro do INCRA Estima se que existem 200 milh es de hectares de terras sob suspeitas de terem sido griladas Os supostos donos n o passam de posseiros que det m a posse atrav s de prepostos H casos em que a terra desapropriada e o suposto dono sequer sabe quando o rg o expropriante se imitiu na posse caso t pico de terra com efeito meramente especulativo A estrat gia dos grileiros depois da aquisi o ilegal das terras a um pre o baixo inclui a promo o de desmatamento As terras tamb m podem ser desapropriadas a pre os excessivos Quando n o s o loteadas e vendidas a colonos a iniciativa privada substituindo o Estado na redistribui o da terra Os pre os excessivos passam a servir como par metros dos pre os de mercados que s o aquecidos pela atividade ilegal Grileiros e madeireiras utilizam imagens de sat lites e aparelhos de GPS para mapear reas que ficam situadas no meio do territ rio do Par Eles mapeam uma rea long nqua de densa floresta Come am com o desmatamento que possibilita a venda ilegal das madeiras e oferece sinais de ocupa o A tecnologia de sat lite tem permitido aos grileiros acelerar o processo de ocupa o afirma Relat rio do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia Ao avan ar sobre as terras p blicas e reservas o interesse assegurar a posse do m ximo Um relat
534. reito Econ mico uma ideologia do justo equil brio de interesses admite uma for a jur gena decorrente dos fatos da realidade s cio econ mica e privilegia as negocia es particulares na composi o dos interesses e direitos de partes para evitar o locupletamento sem causa Sens vel a essa caracter stica do Direito Econ mico o Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a quest o constitucional da taxa m xima de 12 de juros reais prevista no revogado 8 3 do art 192 da Constitui o estabeleceu que o referido dispositivo n o era auto aplic vel O fundamento da decis o foi triplo 1 o caput do art 192 previa que o sistema financeiro seria regulado por lei complementar que n o fora editada ii os juros reais n o foram conceituados pelo texto constitucional iii s o tratamento global da futura lei complementar poderia gerar condi es para respeitar a taxa fixa de 12 de juros reais Quando analisadas em conjunto as S mulas dos juros compensat rios a decis o do FGTS RT 174 916 e a decis o sobre a taxa dos juros reais R TJ 147 719 gera se uma percep o de desequil brio da dogm tica constitucional Isso pode ocorrer pelo sistema de julgamento que permite se conhecer de um recurso por um fundamento e n o por outro m ngua de questionamento pr vio A solu o legislativa faz uso de progn sticos para proteger a economia A resposta da regula o dos juros reais exigiria pelo rg o respons vel p
535. relativos cana de a car s estradas e outras edifica es at por conta das inexplic veis varia es nos valores por ela atribu dos ao bem expropriado e seus acess rios no curso da a o chegando a atribuir como justo pre o a impressionante quantia de R 45 696 967 10 para depois admitir fosse a indeniza o total fixada em R 28 812 971 38 Essas observa es convencem o subscritor deste voto de que o correto valor a ser indenizado a t tulo de benfeitorias aquele fixado no laudo do perito no importe de R 346 176 26 sendo certo que a quantia de R 93 485 04 devida expropriada e R 252 691 22 ao ex arrendatat rios do im vel expropriado Nego provimento aos recursos neste ponto JUROS COMPENSAT RIOS No que toca aos juros compensat rios estes s o devidos mormente porque o INCRA se imitiu na posse do im vel expropriado Assevere se que os juros compensat rios visam a indenizar o expropriado pelo apossamento prematuro da coisa Vicente de Paula Mendes in A indeniza o na desapropria o Belo Horizonte Del Rey 1992 p 102 ainda certo que os juros compensat rios t m por finalidade compensar a perda antecipada da posse do im vel fato que autoriza sua incid ncia A senten a deve ser reformada neste ponto para que seja fixado o percentual de 12 ao ano em que pese a edi o das MP s 1 577 e 2 183 j que a redu o nelas prevista de 12 para 6 foi declarada inconstitucional pelo Supremo T
536. retaria do Tesouro Nacional STN CODIV GEEST O Quadro 15 exp e um conjunto de 10 negocia es realizadas em 03 01 2001 Nos exemplos as taxas de des gios n o ultrapassaram 10 Quadro 14 10 opera es negociadas no dia 03 01 2001 Data Ativo Neg cios Pre o Pre o Pre o Resultado Valor Financeiro TDAE Qtde M nimo M dio M ximo Agio em R R R R Des gio 03 01 01 951249 3 11 010 70 61 71 57 72 05 5 85 787 957 43 03 01 01 951250 2 16 200 65 40 68 72 72 05 9 59 1 113 289 66 03 01 01 951264 3 7 287 70 61 71 57 72 05 5 85 521 511 88 03 01 01 960218 3 1 704 72 05 74 46 79 30 6 69 126 884 84 03 01 01 960318 3 168 150 72 05 74 18 78 45 6 60 12 473 544 84 03 01 01 960333 3 3 849 72 05 74 18 78 45 6 60 285 522 89 03 01 01 960334 3 2 907 72 05 72 25 72 66 9 03 210 031 74 03 01 01 960348 3 1 008 72 05 74 18 78 45 6 60 74 774 50 03 01 01 960349 3 1 008 72 05 72 25 72 66 9 03 72 828 34 03 01 01 960418 3 46 887 72 05 73 87 77 53 6 54 3 463 659 04 Fonte Secretaria do Tesouro Nacional STN CODIV GEEST O des gio pode superar a taxa de 50 como indicam as quatro ltimas opera es do Quadro 16 Mas poder ser inferior a 5 independente do seu valor financeiro como indica a quinta opera o do Quadro 75 Quadro 15 10 opera es negociadas nos dias 6 9 e 10 09 2002 Data Ativo Neg cios Pre o Pre o Pre o Resultado Valor Financeiro Qtde M nimo M dio M ximo gio em R R R R Des gio
537. reu a nulidade da transa o da Industria Com rcio e Exporta o do Xingu e teve ganho de causa em primeira inst ncia As terras est o interditadas o que significa que nada pode ser feito com elas nem mesmo qualquer tipo de explora o econ mica at que haja decis o final da justi a O Incra est oferecendo oposi o ao processo recurso jur dico que vai assegurar a recupera o da parcela pertencente Uni o 277 ESTADO DO PARAN Na d cada de 1950 as ricas terras do oeste paranaense na regi o de fronteira com a Argentina e o Paraguai come avam a ser ocupadas por migrantes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul Para assegurar que a regi o permaneceria sob sua tutela o Governo do Estado na poca iniciou um processo de coloniza o da rea Terras devolutas estaduais e federais foram sistematicamente tituladas aos correligion rios do governo estadual da poca aos laranjas dos mesmos e a fantasmas Os t tulos eram expedidos independentemente de as terras estarem ou n o ocupadas Quando habitadas por pequenos posseiros estes foram sumariamente expulsos por jagun os e at mesmo pela pol cia do Estado O Poder Judici rio foi conivente omitindo se em face da aparente legalidade dos t tulos ostentados por falsos propriet rios Os conflitos entre grileiros e posseiros ocasionaram mortes que at hoje n o podem ser enumeradas devido a falta de registros oficiais Em 1957 a maior parte das f rt
538. rfei o favorecer os donos de terras justificar a manuten o dos discutidos juros compensat rios se revelar mais dif cil Na segunda parte que ser desenvolvida no item 3 busca se discutir no plano conceitual o instituto dos juros como compensa o pelo atraso no pagamento de obriga o de dinheiro O estudo proceder ao contraste da doutrina com a jurisprud ncia e buscar comparar o direito brasileiro com o estrangeiro Em desdobramento o estudo examinar a evolu o da jurisprud ncia do STF sobre os juros compensat rios a fim de compreender em que condi es os precedentes foram constru dos O exame ter por objeto discutir ainda eventuais contradi es internas dos precedentes Por fim o estudo avaliar a compatibilidade das S mulas em face da Constitui o de 1988 e do vigente C digo Civil Se confirmada a hip tese da incompatibilidade o esfor o final ser apontar as alternativas que permitam ao Judici rio e ao Executivo estabelecer as op es adequadas para responder aos desafios do mercado de terras 12 O sum rio executivo reflete as conclus es sustentadas por um vasto material de consulta relacionado nos Anexos V rias pessoas auxiliaram na confec o do presente estudo Destaco entre elas os servidores do meu gabinete Isabela Seixas bacharela em Direito e assessora Marcelo Figueiredo bacharel em Psicologia e secret rio Soniete Arruda estagi ria de Direito e secret ria e M
539. ribuidor de renda fun o distributiva medida que por meio da tributa o retira recursos dos segmentos mais ricos da sociedade pessoas setores ou regi es e os transfere para os segmentos menos favorecidos A fun o estabilizadora do governo est relacionada com a interven o do Estado na economia para alterar o comportamento dos pre os e emprego pois o pleno emprego e a estabilidade de pre os n o acontecem de maneira autom tica Alguns estudos da rea de Finan as P blicas destacam uma Quarta fun o do setor p blico a fun o de crescimento econ mico que diz respeito s pol ticas que permitem aumentos na forma o de capital Ou seja a atua o do Estado tanto no tocante aos investimentos p blicos fornecimento de bens p blicos infra estrutura b sica quanto aos incentivos e financiamentos para estimular os investimentos do setor privado est voltada para o crescimento econ mico de longo prazo Num certo sentido a fun o de crescimento n o seria diferente da fun o alocativa do setor p blico Fonte Manual de Economia Equipe de Professores USP pp 520 522 4 ed S Paulo Saraiva 2003 A necessidade de gerar ou promover a produ o de bens e servi os p blicos justifica a participa o do governo nos fluxos monet rios e de bens e servi os da economia O governo adquire bens e servi os produzidos pelas empresas faz pagamentos de sal rios s fam lias realiza transfer ncias
540. ribunal Federal ADIn 2 332 2 Rel Min Moreira Alves e AG 373 872 RJ Rel Min N ri da Silveira julgado de 04 02 2002 T ais juros compensat rios incidir o obviamente sobre as quantias em rela o s quais a parte desapropriada ainda n o tenha adquirido a disponibilidade Ali s a prop sito do tema aqui estampado o excelso Pret rio suspendeu a efic cia da disposi o em quest o consoante decorre da not cia do Informativo da Suprema Corte que tem o seguinte teor O Tribunal por maioria de votos deferiu a medida liminar para suspender no artigo 154 do Decreto Lei n 3 365 de 21 de junho de 1941 introduzida pelo artigo 1 da Medida Provis ria n 2027 43 de 27 de setembro de 2000 e suas sucessivas reedi es a efic cia da express o de at seis por cento ao ano vencidos em parte os Senhores Ministros Moreira Alves Relator Ellen Gracie Nelson Jobim e Celso de Mello no que votaram suspendendo somente a efic cia do voc bulo at O tribunal por maioria de votos concedeu a liminar para dar ao final do caput do artigo 326 15 4 interpreta o conforme Carta da Rep blica de que a base de c lculo dos juros compensat rios ser a diferen a eventualmente apurada entre 80 do pre o ofertado em juizo e o valor do bem fixado na senten a vencidos os Senhores Ministros Ilmar Galv o e o presidente no que suspendiam a efic cia do preceito O tribunal por maioria de votos deferi
541. rificados na desapropria o da Fazenda Pe Jo o Maria II com fulcro no art 12 inciso IL da Lei n 8 443 92 para que o Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 66 75 bem como as Atas das Mesas T cnicas fls 828 e 831 e o parecer fl 829 corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo Sr Manoel do Nascimento Salazar que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 66 75 Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco Rodrigues Filho que assinaram as Atas das Mesas T cnicas confirmando os valores a serem indenizados fls 828 e 831 Sr Jos Maria da Rocha Superintendente Regional que encaminhou para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o fl 830 apresentem defesa pela superavalia o de cercas externas que gerou um prejuizo estimado de R 4 8 mil em 17 11 1998 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 4 do relat rio 8 1 1 os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia 71 de todo o per metro da fazenda 19 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes e que h presun o legal de que as cercas que ladeiam rodovias pertencem ao Poder P blico 8 1 2 a extens o das divisas da fazenda com rodovias p blicas estadual ou federal de 6 7 m
542. rios foram inspirados no direito estrangeiro e motivados na infla o monet ria galopante A cria o pretoriana considerou ainda os abusos de governos ditatoriais que em desrespeito legisla o costumavam se apossar da propriedade particular sem antes ao menos acertar o pagamento No gesto da Suprema Corte houve originalmente um sentimento de equidade que se perdeu ao longo do tempo 144 RTJ 89 332 145 RTJ 95 452 146 RE 90 949 4 SP DJ 29 98 1980 126 Na generalidade dos enunciados foram sacrificadas as nuan as essenciais que marcaram os m ritos dos casos concretos A motiva o dos precedentes se ressentiu de uma discuss o mais aprofundada sobre o sentido constitucional da justi a na indeniza o pela perda for ada da propriedade O fen meno da infla o foi t o forte que dificultou a busca de alternativa de compensa o no modelo do C digo Civil vigente Passadas mais de quatro d cadas as S mulas colocam os magistrados de primeiro grau numa camisa de for a eles t m que aplicar uma indeniza o artificial contra a realidade que lhes vizinha sem oportunidade de realizar uma valora o de todos os aspectos e circunst ncias que nos precedentes das S mulas qualificaram as hip teses de aplica o Hoje o cen rio outro o sentimento de justi a social expandiu o espa o da dogm tica constitucional o atual C digo Civil remodelou sua estrutura de compensa o de preju zo a infla o est s
543. rit rios utilizados para a avalia o do im vel fl 762 pelo ato de gest o antiecon mica consistente na desapropria o total da Fazenda Brinco de Ouro fato que gerou um prejuizo imediato de R 156 575 49 em 11 10 1996 configurado a partir dos seguintes argumentos ind cios e provas apresentados a seguir cap tulo 6 do relat rio 15 1 a desapropria o parcial de im veis um ato administrativo discricion rio que encontra seus limites no direito de extens o do expropriado de um lado e nos princ pios da administra o p blica de outro 15 2 fazendeiro s utilizava 810 dos 2 691 hectares do im vel restando 1 881 hectares de terras aproveit veis n o utilizadas conforme relat rio de levantamento preliminar de dados 238 e informa es fl 16 de modo que se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas nenhum prejuizo sofreria o expropriado 15 3 se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas da Fazenda Brinco de Ouro a economia de R 860 mil permitiria a aquisi o de outras quatro fazendas do mesmo Munic pio nas quais se poderia assentar 187 fam lias 15 4 se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas da Fazenda Brinco de Ouro o custo de aquisi o das terras sofreria uma redu o de R 13 7 mil familia para R 4 6 mil familia 15 5 se o Incra desapropriasse apenas as terras improdutivas da Fazenda Brinco de Ouro os empregos que eram gerados pelo beneficiamento de caju
544. rito contra o lucro f cil 159 x A discuss o sobre o mercado de terras item 2 2 coloca o problema em perspectiva 136 A dogm tica constitucional brasileira tamb m abriga os valores morais que costumam ficar em penumbra e somente se revelam diante da sensibilidade do observador ou pensador atento Resgat los e preserv los uma manifesta o da sabedoria e uma necessidade em obs quio ao equil brio dos movimentos de transfer ncias de riquezas no seio da sociedade um imperativo contra a propens o do ser humano de maximizar os seus interesses ilimitados contra um estado de escassez de recursos um freio que opera contra a gan ncia excessiva que corr i as fibras da civilidade e p e em risco o postulado de uma sociedade justa e solid ria Tudo isso pode parecer sem ntico A sua evid ncia imediata dependeria de pesquisa demorada e cara Mas quem consultando sua experi ncia pessoal n o acreditaria nessas afirma es Se o julgador acredita at que os juros compensat rios representam uma compensa o pelos frutos de que o propriet rio se privou n o ter dificuldade tamb m sem necessidade de evid ncias para concluir que o ganho f cil ou fict cio corr i as fibras da civilidade Essas digress es ficam para reflex o do leitor Mas servem para impor a necessidade de que as decis es de valores precisam de uma experi ncia de valores a fim de ganhar legitimidade como decis o es
545. rma da senten a com a fixa o do valor que havia estipulado A senten a proferida foi anulada pelo TRF da 1 Regi o fundamentando se em que n o fora ouvido o Minist rio P blico Federal Os valores contidos na senten a importam em uma majora o em rela o queles apurados pelo Incra da ordem de 200 46 num aumento total de R 2 853 307 16 sendo que com os juros 161 compensat rios 6 ao ano e honor rios advocat cios 10 este valor aumentado para R 3 900 000 00 Valores majorados em 180 Fazenda Retiro D Alia A Fazenda Retiro D lia de propriedade de Agropecu ria Ferticentro situada no munic pio de Lagoa Grande MG de 3 429 40 hectares foi desapropriada em 25 6 96 A terra nua foi avaliada pelo Incra em R 1 008 649 80 e as benfeitorias em R 160 950 01 totalizando R 1 169 599 81 A a o de desapropria o do im vel foi proposta em outubro de 1996 e a imiss o de posse ocorreu em 6 10 96 Os propriet rios no entanto ajuizaram a o cautelar em que se discutia a produtividade do im vel Realizada audi ncia de concilia o o Incra requereu a produ o de prova pericial em face da discrep ncia nos valores do laudo oficial o que foi indeferido pelo juiz Aviou se ent o agravo retido contrariando esta decis o Os valores contidos na senten a importam em uma majora o em rela o queles apurados pelo Incra da ordem de 180 num aumento total de R 969 310 60 A isso somam se os
546. ropria o parcial o propriet rio poder requerer na contesta o a desapropria o de todo o im vel quando a rea remanescente ficar I reduzida a superficie inferior da pequena propriedade rural ou II prejudicada substancialmente em suas condi es de explora o econ mica caso seja o seu valor inferior ao da parte desapropriada 226 Relat rio de Pesquisa Segunda Fase elaborado pelo grupo de trabalho constitu do pela Portaria MDA n 153 de 27 6 2000 384 219 236 45 situa es previstas nesse artigo geram o que a doutrina denomina direito de extens o que nas palavras de Carvalho Filho o direito do expropriado de exigir que a desapropria o e a indeniza o alcancem a totalidade do bem quando o remanescente resultar esvaziado de seu conte do econ mico Carvalho Filho Jos dos Santos Manual de Direito Administrativo 7 Ed Editora Lumen Juris Rio de Janeiro 2001 p 650 237 N o s o poucos os casos em que a desapropria o parcial cab vel e mesmo recomend vel Em virtude do grau de efici ncia nas despesas de aquisi o de terras que tal expediente pode oferecer ao Incra a equipe de auditoria julgou de fundamental import ncia registrar o achado de auditoria que se descreve a seguir 238 4 fazenda Brinco de Ouro que foi avaliada pelo Incra em R 1 123 mil possui 2 691 hectares que foram classificados pelos peritos da Autarquia no relat rio agron mico de fiscaliza
547. ropriet rio ou substituto aguarda a data certa do vencimento para resgat lo n o sofrer qualquer perda Se n o tivesse havido a desapropria o certamente o propriet rio n o retiraria da terra improdutiva ganho superior ao oferecido pelo mercado de t tulos Concebido em parte como instrumento de san o ao dono que n o explora a terra o TDA se tornou ganho certo sem custo de manuten o O mesmo n o se pode dizer da terra improdutiva ou n o explor vel O mercado prova ser mais esperto do que o Estado que paga caro pela terra mesmo utilizando t tulos e ainda condenado em indeniza o complementar Na se o seguinte a discuss o conceitual dos juros torna mais evidente a perda de consist ncia jur dica das questionadas s mulas do STF Seja na sua perspectiva hist rica ou na discuss o da dogm tica jur dica da compensa o mant las parece desafiar o pr prio Direito escrito vigente 78 3 INDENIZA O SUPLEMENTAR NAS DESAPROPRIA ES CR TICA AO DIREITO SUMULADO Estima se que em cada pagamento de R 100 000 00 de indeniza o da terra a parcela de R 65 000 00 corresponde a dano abstrato isto cerca de 2 3 da compensa o se realiza sem prova efetiva do preju zo que admitido na base de juros Os juros de mora tamb m t m uma fun o de compensa o mas se distinguem dos compensat rios pelo n vel de abstra o quanto ao preju zo que pretendem recuperar os primeiros que tendem a
548. ros de mora um modo considerado justo e previdente A respeito ele lembra a seguinte observa o de um not vel jurisconsulto 84 No sentido de afirma o da falta de execu o culposa como pressuposto da mora na interpreta o do art 963 do CC 1916 Resp 82560 SP rel Min Ruy Aguiar 4 T do STJ DJ 20 5 96 p 16717 Dos Effeitos das Obriga es op cit pp 350 355 a 360 6 Idem p 355 83 Com as variadas applica es que o dinheiro pode ter nada f ra mais perigoso que facultar a prova do damno que soffre cada um pela priva o de seu dinheiro e lucros que poderia ter se o recebesse no dia do vencimento da obriga o Este perigo evitam as legisla es taxando invariavelmente o preju zo da falta de cumprimento de todas e quaesquer obriga es de dinheiro Nem o credor pode exigir mais a pretexto de n o ficar sufficientemente indemnisados N o fazer a prova do preju zo poupava os credores de se expor para a burocracia judicial numa poca em que a tratativa contrato de dinheiro a juros era nas palavras do autor atrozmente perseguida pelas leis da Egreja e pelas leis moldadas pelos canones ou nelles inspiradas leis civis de que todas as legisla es medievaes e ainda modernas guardam tra os indel veis Lacerda assinala que ao contr rio da percep o de juros do dinheiro as leis modernas proscrevem o uso imoderado do direito de cobrar juros E sua a censura do excesso da
549. rosseguindo com o processo judicial que lhe garante maiores ganhos pois ele nada tem a perder e tudo a ganhar Tantas s o as vantagens ou oportunidades de ganhos abertas aos propriet rios ou posseiros que transformam os neg cios com terras rurais um dos mais atrativos do mercado em que impera elevada especula o e a pr tica da grilagem As S mulas do STF sobre juros compensat rios s o baseadas em precedentes predominantemente desenvolvidos luz do C digo Civil que mudou no essencial e n o mais aplicado pela Suprema Corte que ganhou fun o de guarda da Constitui o As normas constitucionais pertinentes CF 46 art 141 8 16 e E C 1 69 art 153 8 22 tamb m sofreram altera o n o desprez vel Os precedentes das s mulas envolveram im veis urbanos muitos dos quais situados em grandes capitais al m de faixas de terras rurais utilizadas para constru o de rodovias assim sujeitos valoriza o A indeniza o compensat ria tinha como pressuposto demora razo vel ou grave no pagamento numa era alarmantemente inflacion ria RE 40 317 SP Luiz Gallotti Os verbetes foram concebidos tendo em vista um cen rio extremamente diverso do que existe atualmente Na ltima d cada cresceu a demanda governamental por terras agiliza o da pol tica de reforma agr ria e a responsabilidade do Estado na implanta o de reas de preserva o ambiental permanentes CF art 225 8 4 o mercado de t
550. rque a maioria dos adultos est trabalhando em propriedades vizinhas A m situa o econ mica da maioria dos assentamentos visitados pela equipe de auditoria reflete se nessa imagem de crian as precariamente vestidas e cal adas Figura 1 Crian as do assentamento da fazenda Baixa do Novilho Foto da vistoria realizada pela equipe de auditoria entre os dias 21 e 24 7 2003 73 Uma das reclama es mais freq entes apresentadas pelos l deres das comunidades equipe de auditoria consiste no fato de o Incra n o permanecer no assentamento ap s a distribui o de lotes os trabalhadores s o lan ados pr pria sorte pois faltam recursos t cnicos e financeiros para desenvolvimento das atividades agropastoris 74 Esse abandono associado falta de perfil de alguns benefici rios da reforma agr ria para o trabalho como lavrador ou pecuarista seriam segundo os entrevistados as principais causas do abandono dos lotes pelos assentados 75 O abandono do lote n o a nica forma encontrada pelo assentado para se desfazer dele Por vezes o assentado promove a cess o do lote para terceiros fato que contraria o disposto no art 21 da Lei n 8 629 93 segundo o qual o benefici rio da reforma agr ria deve cultivar o im vel direta e pessoalmente ou atrav s de seu n cleo familiar mesmo que atrav s de cooperativas e o de n o ceder o seu uso a terceiros a qualquer t tulo pelo prazo de 10 dez anos 76 Tanto no c
551. rrendamento nem sempre objeto de um neg cio capaz de gerar lucros cessantes muito menos sua 103 valoriza o garantida sobretudo em poca de estabiliza o da moeda Nem sempre h preju zo na perda de uma propriedade im vel a n o ser pelo simples atraso no pagamento do pre o O que o ex dono perdeu pelo simples atraso no pagamento e por isso deixou de investir a quantia correspondente ao pre o n o um fato sindic vel pelo direito Assim a causa jur dica eleita pela jurisprud ncia nem sempre corresponde a uma causa econ mica relevante Por isso ao longo do tempo os juros compensat rios se converteram em motivo de enriquecimento de duvidosa causa ou sem esta Isso tem provocado uma inquieta o por parte do governo que paga a indeniza o e de ju zes mais comprometidos com a constru o de um Direito justo Sem a participa o do rg o legislativo a cria o e aplica o autom tica dos juros de dano passou a ser de inteira responsabilidade da autoridade judicial A dogm tica jur dica amplamente un nime n o conhece juros de dano que n o sejam fixados pelas partes na falta de acordo o juiz chamado a decidir o caso concreto Na nica hip tese de juros compensat rios que o C digo Civil brasileiro considera a taxa sempre ficou a cargo dos contratantes A fixa o segundo a barganha particular ou discri o da autoridade significa que o direito desconhece juros de dano tarifado abstratame
552. rrespondente terra nua que depositada como requisito para a imiss o na posse e no tr nsito em julgado da decis o judicial para pagamento se for o caso da indeniza o final N o comum o expropriado aceitar a avalia o administrativa Na emiss o do TDA s o estabelecidas as datas de emiss o resgate e vencimento as quantidades de cupons e juros devidos al m da eventual concess o de corre o monet ria decorrente de a es judiciais relativas a planos Processo n 93 00 08452 6 15 Vara Federal da Justi a Federal do Distrito Federal promovido pelo Minist rio P blico Federal e outros Decis o liminar suspendeu o resgate de TDA s durante a gest o do Senhor Jader Barbalho ent o titular do Minist rio da Cultura e Desenvolvimento Agr rio A ordem Judicial apoiou se em comprovadas irregularidades cometidas no processo de desapropria o do Pol gono dos Castanhais no Par mas acabou por restringir o resgate de todos os t tulos emitidos durante a gest o de Jader Barbalho Quase um ano depois nova decis o judicial autorizou o desbloqueio dos t tulos A Portaria n 91 de 24 04 92 do Minist rio da Agricultura e Reforma Agr ria reconheceu administrativamente a diferen a de 70 28 relativa a perdas econ micas em favor dos TDA s emitidos anteriormente a janeiro de 1989 Conf www stn fazenda gov br servi os fag fag dp divida agraria asp acesso em 5 5 2005 71 Um t cnico que se envolveu com o assun
553. rtas o fazendeiro Anderson Abreu J nior ofertou superintend ncia do Incra em Natal RN em 8 de abril de 1996 tr s fazendas Diz o texto Dirijo me a V Sa para comunicar lhe a minha disposi o em aceitar a desapropria o dos im veis Brinco de Ouro Serra Verde e Boa Vista medindo 3 838 hectares localizados no munic pio de Jo o C mara Em despacho do mesmo dia o Incra determinou a constitui o do processo de desapropria o Num expediente do dia seguinte a autarquia disse ao fazendeiro que suas terras seriam vistoriadas Todos os documentos t m tipo id ntico de letra Foram redigidos na mesma m quina no Incra potiguar Dali a seis meses a iniciativa do fazendeiro come aria a converter se em cifr es O Incra ofereceu lhe R 1 43 milh o R 988 mil em dinheiro benfeitorias e R 442 mil em t tulos da d vida agr ria terra nua Na Justi a foi elevado a R 2 5 milh es Ao vistoriar a fazenda peritos do Incra classificaram parte das terras como timas ou boas Um despaut rio A temperatura m dia anual na regi o de Jo o C mara onde est o localizadas as fazendas de 26C O munic pio tem de 150 a 200 dias por ano de seca As terras s o ruins Numa das fazendas oferecidas ao Incra por Abreu J nior a Brinco de Ouro pagaram se R 491 mil por suposta planta o de 800 hectares de caju Assentaram se na propriedade 82 fam lias A cada uma coube sete hectares de caju o que perfaz uma rea
554. rtir da m dia simples de alguns pre os opinados para as classes II III e IV sem se considerar a classifica o da terra do im vel avaliando c dentre as cinco opini es de pre o coletadas as apresentadas pela Emater e Contacap foram descartadas integralmente sem fundamento estat stico d dentre as tr s opini es restantes uma delas a da Unidade Municipal de Cadastro foi descartada parcialmente sem fundamento estat stico e o valor atribu do terra nua pelos peritos foi obtido a partir de apenas duas opini es completas de pre o 4 2 6 1 Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 42 54 e o parecer de Avalia o do Eucalipto fls 590 592 4 2 6 2 Sr Zenivaldo Bezerra Alves que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 42 54 4 2 6 3 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do Grupamento Fundi rio que deu parecer favor vel s conclus es desse laudo fl 756 4 2 7 da Fazenda Serra Verde Boa Vista em que a s foram utilizadas opini es de pre os b o valor de mercado da terra nua foi obtido a partir da m dia simples de alguns pre os opinados para as classes II III e IV sem se considerar a classifica o da terra do im vel avaliando c dentre as cinco opini es de pre o coletadas as apresentadas pela Emater e Contacap foram descartadas integralmente e sem fundamento estat stico d dentre as tr s opini es restantes uma delas a da Unidade Municipal de
555. rtir do tr nsito em julgado da senten a nos processos de desapropria o nos termos das S mulas 12 e 70 do STJ e 70 do ex TRF Por sua vez a constru o jurisprudencial em torno da justa indeniza o a que se refere o texto constitucional arts 5 inciso XXIV 182 3 184 vem tradicionalmente inserindo a parcela dos juros compensat rios destinados a compensar o propriet rio pela perda antecipada do im vel decorrente da imiss o do desapropriante initio litis na sua posse Deve haver um equil brio ou nivela o entre os danos causados ao propriet rio e a recomposi o do seu patrim nio pela desapropria o que deve configurar uma opera o branca sem enriquecer nem empobrecer o propriet rio A justa indeniza o deve manter ntegro o patrim nio do expropriado cobrindo o preju zo causado pelo desapossamento dos bens De outra forma estar se ia gravando um s cidad o para beneficiar toda a coletividade o que n o seria conforme ao princ pio da solidariedade social nessa tica que se insere o item de juros compensat rios como uma forma de remunerar o capital empregado pelo propriet rio o juro como fruto civil produzido pelo dinheiro remunera o credor que fica privado do seu capital e paga lhe o risco em que incorre de o n o receber de volta e que independe de estar o im vel produzindo renda Tendo a concep o te rica dos juros compensat rios certa similitude com os lucros cessante
556. s A quest o da justa indeniza o tem origem numa tens o pol tica O preceito foi inserido gra as press o dos propriet rios rurais A reforma agr ria uma daquelas a es do constituinte origin rio tendentes promo o do Estado Social uma conquista lenta e de concess es pouco definidas A dificuldade de se maximizar os resultados do Estado social em parte debitada ao ego smo dos indiv duos e da insipi ncia da democracia partid ria Para esta muitas vezes aprovar grandes projetos sociais abrir a porta do sucesso para o governo do dia Os conflitos de interesses nem sempre asseguram a discuss o e elabora o adequada das leis Os prejudicados s o os 10 A express o utilizada por John Rawls para indicar uma assimetria de informa o em que o Estado costuma atuar a fim de implementar as suas pol ticas distributivas Nos juros de mora a doutrina considera que a dogm tica busca a composi o do preju zo sem precisar discutir uma completa informa o a respeito da extens o do dano 18 cidad os Com a preocupa o sobre a efic cia do Estado social Paulo Bonavides escreve em linhas pessimistas Alcan lo j foi dif cil conserv lo parece quase imposs vel E no entanto o Estado a que damos do ponto de vista doutrin rio valora o m xima e essencial por afigurar se nos aquele que busca realmente como Estado de coordena o e colabora o amortecer a luta de classes
557. s Coube aos titulares apresent los ao INCRA para o reconhecimento da sua autenticidade baixa de controles e posterior encaminhamento Secretaria do Tesouro Nacional para escritura o na CETIP Este um procedimento regular que ainda hoje realizado em face de ainda existir determinado volume desses TDA em circula o Para a transforma o de qualquer t tulo cartular em escritural registrado na CETIP o procedimento o detentor comparecer em uma das regionais do INCRA apresentar o seu t tulo para autentica o e sua escritura o cancelamento da c rtula que ser substitu da pelo t tulo escritural N o necess rio fazer contato com a Secretaria do Tesouro Nacional CETIP ou terceiros Fonte www stn fazenda gov br servi os faq faq dp divida agraria asp Os t tulos emitidos pelo INCRA antes de 1992 eram na forma cartular O titular deve trocar o TDA cartular pelo escritural registrado no setor pr prio da STN O procedimento relativamente simples conforme descrito no Quadro 12 71 HI Utiliza o do T D A amplo o amparo legal aos T tulos da D vida Agr ria Desde fins de 1994 esses t tulos t m sido utilizados de forma bastante vantajosa e totalmente l cita N o h reclama o de preju zo pelos negociadores Por volta de 2000 2001 aconteceu uma esp cie de corrida ao ouro no que diz respeito comercializa o desses direitos Houve alguns casos de pessoas que se aproveitaram da
558. s a qual corresponde rea registrada em Cart rio servindo de par metro para incid ncia dos tributos relativos ao im vel Outro aspecto a ser esclarecido diz respeito mata atl ntica Dever sua indeniza o ser inclu da no pre o da Terra nua sendo paga em TDAs e n o em dinheiro pois n o se trata de benfeitoria pastagem artificial ou cultura nos Termos do art 3 da Medida Provis ria n 1 997 36 de 10 03 2000 Como a mata atl ntica compreende 449 60 hectares da rea expropriada temos que o valor total da terra nua resultar da conta de R 633 33 hectare x 360 40 hectares rea do im vel rea da mata atl ntica R 228 252 13 somada com o valor atribu do mata atl ntica que corresponde a R 4 507 007 33 Assim a indeniza o da terra nua corresponde R 4 735 259 46 quatro milh es setecentos e trinta e cinco mil duzentos e cingi enta e nove reais quarenta e seis centavos sendo tal justa e compat vel com os pre os de mercado Pelas raz es merecem cr dito tamb m os c lculos do louvado no tocante benfeitorias fixando a indeniza o em R 346 176 26 destinando se a quantia de R 93 485 04 expropriada e R 252 691 22 aos arrendat rios Jos Ricardo Lins de Andrade e George Lins de Andrade Desse modo o valor total do im vel de R 5 081 435 72 cinco milh es oitenta e um mil quatrocentos e trinta e cinco reais setenta e dois centavos Fonte Processo 96130477
559. s dos quais seria um substitutivo entendem alguns que somente devem ser pagos quando a imiss o na posse fizer cessar a renda produzida pelo im vel Mas essa n o a concep o dominante na jurisprud ncia a exemplo do TRF da 1 Regi o a partir do julgamento dos Embargos Infringentes na Apela o C vel n 90 01 16944 9 DF pela Segunda Se o que deferiu o item mesmo no caso de estar o im vel ocupado por posseiros No ac rd o desse julgamento os itens 2 e 3 da ementa bem expressam a compreens o esposada pela Se o nestes termos cf DJ 13 02 92 p 9 099 2 Paga que fosse a indeniza o ao tempo da ocupa o do im vel como deveria ser pois a indeniza o pr via o capital recebido produziria rendas desde essa ocasi o 327 em substitui o ao bem no patrim nio do expropriado exatamente as rendas que os juros compensat rios representam cf RTJ 83 267 3 Dessa forma a invas o das terras por terceiros posseiros mesmo antes do decreto expropriat rio n o pode servir de fundamento para a negativa de concess o desse item indenizat rio juros compensat rios Uma coisa nada tem a ver com a outra o No mesmo sentido decidiu o Superior Tribunal de Justi a no Recurso Especial n 38 415 PR relatado pelo Ministro P dua Ribeiro DJ 08 05 95 p 12 364 ipsis verbis item II da ementa O fato do im vel eventualmente ter sido invadido por posseiros n o afasta por si s
560. s importante ainda a observa o do comportamento do expropriado em face da oferta nessa ocasi o ele poder antecipar sua boa ou m f no sentido de buscar poss vel ganho processual mediante o simples prolongamento do feito A indeniza o segundo a lei deve atender ao pre o de mercado O que justo o segundo uma explica o apoiada em dados t cnicos e mercadol gicos Invocar a imparcialidade do perito oficial aludindo se meramente aos minuciosos crit rios do seu laudo n o preenche a exig ncia legal de motiva o jab Quanto ao pre o por hectare preciso fazer a diferen a entre a terra sujeita explora o econ mica e aquela encravada na Mata Atl ntica subordinada preserva o ambiental As duas s o diferentes pelo grau de utilidade econ mica de custos de aquisi o e de manuten o O interesse pela primeira depende tamb m da capacidade que ela tem de gerar renda e o interesse pela segunda est associado tamb m cl usula do n o uso N o poss vel cotar o mesmo valor para as duas por es sem qualquer explica o plaus vel s vezes a por o que fica na Mata Atl ntica sem utilidade para a reforma agr ria sujeita se apenas limita o administrativa sendo restrita a sua utiliza o nessa hip tese talvez n o seja necess ria a desapropria o permanecendo a rea sob dom nio particular Novamente o pre o do hectare em caso de desapropria o e em caso
561. s na m dia dos pa ses ficou em 2004 abaixo de 4 j inclu da a corre o monet ria Resultam que os juros de dano ou compensat rios s o um equivalente jur dico dos juros de mora convencionados Tamb m podem se assemelhados pena convencional com a diferen a de que esta fixa enquanto que os juros seguem computa o anual Nos pa ses de tradi o jur dica anglo americana n o diferente O inadimplemento da presta o em dinheiro pode estar sujeito compensa o adicional que deve atender s peculiaridades da situa o Uma compensa o m dica pode ser aplicada pelo juiz de acordo com par metros estatut rios ou 110 O estudo do assunto nesses pa ses foi abandonado para n o estender desnecessariamente esta exposi o Mas uma breve consulta foi realizada num vasto material tais como Late Payment of Commercial Debts Interest Act 1998 Late Payment of Commercial Debts Regulations 2002 ambos da Inglaterra Land Compensation Act 1973 UK Code of Federal Regulations dos Estados Unidos que disciplina a atua o do Bureau de Ger ncia de Terras uma esp cie de Secretaria de Terras do Interior 94 na falta destes De qualquer modo a autoridade judicial tem amplo poder para ajustar o ressarcimento s condi es do caso concreto e culpa do credor ou devedor O tratamento dos juros na Europa est uniformizado Em face do desemprego o Parlamento europeu na segunda metade da d cada de 1990
562. s robustos seria uma tarefa imposs vel pois durante a curta fase de execu o desta auditoria a equipe obteve refer ncias de seis neg cios de compra e venda realizados em 1996 seis hipotecas de 2001 e 2002 entre outras fls 888 e ss 158 Em rela o qualidade das opini es de pre os coletadas constatou se conforme ser mostrado adiante que os peritos n o seguiram o padr o estabelecido no Manual de Obten o segundo o qual as opini es de pre os dever o ser coletadas com base na descri o de um im vel paradigma semelhante ao avaliando Manual para Obten o de Terras M dulo IT fl 916 Em vez disso em muitos casos os peritos criaram suas pr prias t cnicas de coleta 204 de dados ocasionando problemas que eles n o souberam contornar na fase de tratamento e an lise dos dados 159 4 avalia o de im veis um ramo da Ci ncia e como tal deve se pautar em m todos l gicos racionalmente sustent veis A seguir s o descritos os erros no tratamento de dados encontrados em nove laudos de avalia o que tornam esses documentos insubsistentes do ponto de vista matem tico e jur dico M dia obtida a partir de elementos pertencentes a amostras distintas 160 Para avaliar as fazendas Brinco de Ouro Xo e Serra Verde Boa Vista os t cnicos do Incra solicitaram opini es de pre os de cinco rg os oficiais para terras de diferentes classes fls 528 532 A tabela 12 apresenta os resultados obtidos pel
563. s vel esta preceder quela c Sociedade justa e solid ria CF art 3 1 d Promo o do bem comum CF art 3 IV e Reserva da lei CF art 5 ID f Separa o dos poderes CF art 60 8 4 III c c artigos 164 8 25 43 8 2 II 182 II e 22 D g Devido processo legal quanto ao aspecto da proporcionalidade CF art 5 LIV A S mula 416 Pela demora no pagamento do pre o da desapropria o n o cabe indeniza o complementar al m dos juros poderia ser revista em vez de ser cancelada Ocorre que o verbete foi constru do com base na legisla o infra constitucional que n o mais prevalece Somente uma jurisprud ncia e uma regula o capaz de diferenciar as distintas situa es segundo o m rito do caso particular podem prevalecer A sociedade justa combina m rito com solidariedade duplo produto do sincretismo econ mico e social A cria o pretoriana dos juros compensat rios amea a esse senso da justi a constitucional baseada em crit rios fundamentais que n o s o meros ornamentos do texto mas expressam cren as dos homens civilizados e confortam uma sociedade bem ordenada assim mais aparelhada para a paz social mediante o combate da desigualdade 1 INTRODU O Na decis o liminar proferida na ADIn 2 332 DF o Supremo Tribunal Federal STF cogitou cancelar as S mulas dos juros compensat rios aplic veis nas desapropria es de terras como indeniza o complementar
564. s de Terra d ncia s fis Ttern Instituto de Terras do Rio Classe II R 120 00 Grande do Norte N cleo Regional Classe IV R 100 00 fl 535 de Terras Jo o C mara Classe V R 80 00 Classe III R 200 00 Prefeitura Municipal de Taipu Classe IV R 150 00 fl 540 Classe V R 100 00 i Classe HI R 100 00 Ho n R 80 00 fl 541 Classe V R 60 00 Banco do Brasil Ag ncia Jo o Alta Fertilidade R 180 00 fl 533 242 C mara M dia Fertilidade R 130 00 Baixa Fertilidade R 75 00 Alta Fertilidade R 90 00 M dia Fertilidade R 60 00 fl 536 Baixa Fertilidade R 30 00 Suave ondulado R 130 00 Primeiro Cart rio Judici rio de Jo o C mara Contacap Mato Grande Ondulado R 90 00 fl 538 Inatern N cleo de Cear Mirim Valor varia entre R 120 00 e R A 534 Escrit rio de Jo o C mara 130 00 Emater Jandaira RN R 180 00 fl 537 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Janda ra R 160 00 Jl 539 Os of cios utilizados pelos t cnicos do Incra fls 542 544 solicitava aos informantes o valor de mercado da terra nua de uma fazenda na regi o tendo sido oferecidos os seguintes dados localiza o qualidade do acesso ao im vel classes de relevo das terras voca o agricola das terras e fertilidade dos solos Ao que as respostas indicam apenas tr s entrevistados entenderam a pergunta dos t cnicos da Autarquia e
565. s de manuten o da planta o e utilizaram um ndice de produtividade cinco vezes maior que o constante nos documentos acostados aos autos de desapropria o Com isso o Er rio sofreu um prejuizo estimado em R 414 mil No caso da floresta de eucalipto da fazenda Xo foram encontrados nos autos dois valores para essa benfeitoria Os dados dispon veis no processo mostram com seguran a que o menor deles se aproximava do valor de mercado Mas o outro valor que era quase tr s vezes maior foi utilizado pelos peritos na elabora o do laudo final gerando uma perda de R 200 mil Cinco outras coberturas vegetais dois cajueiros e tr s planta es de sisal foram superavaliadas gerando um d bito estimado de R 201 mil os pagamentos indevidos a t tulo de reas desmatadas somaram R 78 mil e os pagamentos indevidos por cercas externas geraram um prejuizo de R 49 mil Tabela 23 Superavalia o de Benfeitorias Preju zo Estimado Benfeitoria em R mil Planta o de caju da Fazenda Brinco de Ouro 414 0 Planta o de eucalipto da Fazenda Xo 200 4 Outras coberturas vegetais 201 1 Cercas externas 49 0 reas desmatadas 78 0 Total 942 5 223 A tabela 23 resume esses achados de natureza pecuni ria mostrando que o prejuizo decorrente da superavalia o de benfeitorias na desapropria o de dez fazendas em Jo o C mara atinge a cifra de R 942 mil Por fim ficou consignado um caso que
566. s mais rent veis mais de 40 anos depois da sua cria o uma intrigante indaga o reclama resposta a quem as pol ticas de reforma agr ria e de preserva o ambiental t m mais beneficiado aos trabalhadores sem terra e popula o em geral ou aos propriet rios de terras improdutivas ou n o explor veis e intermedi rios No quadro constitucional o dogma da justa indeniza o n o concede ao propriet rio de terra mais direitos do que os ostentados pelos detentores de outros ativos ou fatores de produ o Se os juros compensat rios devidos sem comprova o de dano e sem base contratual s o atualmente uma cria o pretoriana adequada ordena o da sociedade capitalista que sejam estendidos quelas situa es em que o governo paga com atraso os cr ditos de fornecedores empreiteiros optantes do FGTS pensionistas e trabalhadores p blicos Admita se que isso somente seria poss vel num mundo n o existente de abund ncia de recursos As sociedades menos desiguais que a brasileira pa ses desenvolvidos n o praticam tal irracionalidade E altamente discut vel que as S mulas em quest o tenham sido recepcionadas pela ordem constitucional vigente A figura dos juros compensat rios desafia os seguintes preceitos fundamentais a Justa indeniza o CF art 184 caput b Isonomia material quanto valoriza o do trabalho e livre iniciativa CF art 170 caput c c art 1 IV n o sendo pos
567. s para Avalia o de Im veis Rurais da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT Na avalia o de culturas de ciclo curto m dio ou de ess ncias florestais adotado o m todo do valor econ mico onde s o calculados os valores presentes das receitas futuras deduzindo se as despesas vincendas O resultado submetido ainda a um coeficiente de risco artigo de autoria de Clemente Savietto da Cia Energ tica de S o Paulo CESP grifos nossos fl 582 Outro texto t cnico did tico tamb m encontrado nos autos do processo de desapropria o cont m a seguinte li o 21 O crit rio de avalia o com base no valor econ mico mais indicado para as avalia es de florestas artificiais das quais o ciclo conhecido e esperado definido no item 9 2 2 5 da NB 613 80 Na avalia o de ess ncias florestais homog neas ser considerado o valor econ mico da planta o que no caso pode ser equiparado ao valor presente do rendimento l quido dos desbastes peri dicos vincendos e do corte final 22 O avaliador deve portanto conhecer o ciclo m dio e o recomendado para a cultura Tomando se como exemplo um bosque de eucalipto pode se desenvolver o m todo de c lculo segundo o seu ciclo m dio a saber AVALIA O DE BOSQUES DE EUCALIPTO grifos nossos fl 583 Concluindo existe um forte ind cio de que em decorr ncia da utiliza o de uma f rmula de c lculo errada a floresta de eucalipto da faze
568. s para a reputa o do TDA O INCRA ao deixar a atribui o de controle e gest o da emiss o dos TDA s n o honrou o pagamento dos t tulos emitidos no per odo de 1987 a 1992 N o havia previs o or ament ria Esse fato gerou uma rea o negativa no mercado Os 5 chegaram a ser considerados t tulos podres CF art 184 8 5 Lei n 4 504 de 30 11 64 6 Os t tulos passaram a ser registrados no sistema SECURITIZAR da CETIP Central de Cust dia e de Liquida o Financeira de T tulos mediante solicita o expressa do INCRA STN 68 Para agravar a situa o em 1993 despontou se na imprensa a informa o da exist ncia de irregularidades na emiss o dos t tulos emitidos em 1987 Isso contribuiu ainda mais para abalar a credibilidade do t tulo O epis dio deu origem a uma a o popular Logo que assumiu a gest o do TDA a STN passou a emitir novos T tulos e tratou de honrar o pagamento daqueles que se venciam Resolvidas as irregularidades dos t tulos emitidos pelo INCRA no per odo de 1987 e 1992 a mudan a de gest o gerou transpar ncia A partir da o T tulo passou a adquirir credibilidade no mercado financeiro Emiss o e controle A Secretaria do Tesouro Nacional STN procede emiss o do TDA em tr s situa es ap s a aceita o pelo expropriado da avalia o administrativa realizada pelo INCRA em caso de n o aceita o para cobrir a oferta co
569. s pre os ao n vel pr ximo ao de monop lio Se a pol tica de redistribui o da terra tem o fim de desconcentrar o pre o m ximo ou a indeniza o mais ampla poss vel equivalente ao de monop lio n o pode ser paradigma do pre o justo O oposto de pre o monopolista o de concorr ncia perfeita Esse conceito serve apenas como padr o de estudo deve ser afastado como indicador de pre o justo Entre os dois extremos monop lio e concorr ncia perfeita existem v rias configura es mais ou menos sustent veis de mercados imperfeitos oligop lio oligops nio monops nio etc O justo pre o deve ser identificado em algum ponto desse espectro O predicado da pr via indeniza o tomado em sentido estrito um indicador de justi a formal Ser pr vio o em face de um momento Esse aspecto temporal significa que ao propriet rio deve estar dispon vel o valor da indeniza o antes do desapossamento da terra Se o rg o ou a entidade governamental sob a fiscaliza o de uma autoridade judicial considera um certo valor adequado para indenizar um im vel rural em fun o de certos crit rios observados segundo o procedimento legal esse quantum deve ser 28 depositado disposi o do propriet rio antes da perda da posse em dinheiro ou t tulos segundo o texto constitucional A previs o do pagamento em t tulos caracteriza a indeniza o pr via O t tulo substitui a moeda n o obstante o fat
570. s quatorze opini es de pre o referiam se a im veis localizados em outros munic pios c n o foram utilizados fatores de homogeneiza o para aproveitamento dos dados de outros munic pios d os informantes de dois elementos da amostra s o o mesmo e uma amostra da planilha n o vem acompanhada da ficha de coleta de opini o correspondente 4 2 2 1 Sr Ismael Viriato de Souza que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 83 95 e a Ata da Mesa T cnica fl 840 corroborando os dados constantes desse laudo 4 2 2 2 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou a Ata da Mesa T cnica fl 840 e como chefe do Grupamento Fundi rio assinou o parecer de fl 841 confirmando os dados e valores do laudo 4 2 2 3 Sr Francisco Rodrigues Filho que assinou a Ata da Mesa T cnica confirmando os dados e valores indenizat rios fl 840 4 2 3 da Fazenda Buraco Seco em cujo laudo a foram utilizados dois dados relativos a propriedades rurais localizados em outro munic pio b n o foram utilizados fatores de homogeneiza o para aproveitamento dos dados de outro munic pio c n o se descontou da rea medida do im vel a parcela relativa aos 2 3 km de faixa de dom nio da rodovia p blica que ladeia o im vel 4 2 3 1 8r Jos Augusto Silva que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 143 167 ea Ata da Mesa T cnica fls 790 791 corroborando os dados constantes desse laudo 4 2 3 2 Sr Francisco Sinete Morais q
571. s tais juros compensat rios deveriam ter aplica o geral como os juros de mora devem ser mantidos taxa de 12 ao ano enquanto houver atraso abusivo do pagamento dos precat rios Min Sydney Sanches Os atrasos chegavam a ser abusivos no passado Mas se isso acontece hoje algo est errado ou somente acontece excepcionalmente H propriet rios que agradecem ao rg o p blico a desapropria o ou o apossamento sem processo Pelas vias normais o processo especial exige o dep sito da oferta a parcela de 80 desta fica dispon vel O procedimento administrativo de apura o do pre o poder ser aperfei oado para introduzir um contradit rio m nimo Assim se assegurar que a oferta se aproxime do pre o de mercado Poder se admitir de lege ferenda que em audi ncia de concilia o o juiz defina o pre o e determine o levantamento completo ocasi o em que poder tamb m se detectar e coibir condutas que denunciem procrastina o seja do expropriante seja do expropriado A partir da o processo poder se for o caso prosseguir para uma indeniza o adicional Tratando se de desapropria o indireta se o propriet rio deixa correr um ano e dia do prazo do apossamento para ingressar com a a o ele tem que responder pelo descuido Na a o de desapropria o indireta parece razo vel que o juiz possa examinar requerimento de antecipa o de tutela para admitir o pagamento de parcela de 80 do pre o de mercado com
572. se que foram elaborados dois laudos de avalia o para a fazenda Padre Jo o Maria II porque se descobriu que no primeiro os peritos haviam considerado a nota agron mica da fazenda Baixa do Novilho 208 PARTE II FALHAS E IRREGULARIDADES FINANCEIRAS 3 Superavalia o de Coberturas Vegetais 182 Analisando os autos dos processos de desapropria o e obtendo informa es diretamente dos assentados a equipe de auditoria identificou fortes ind cios de superavalia o de coberturas vegetais com prejuizo ao Er rio superior a meio milh o de reais Floresta de Eucalipto da Fazenda Xo 183 Deduz se dos documentos acostados aos autos do processo de desapropria o da fazenda mais especificamente do relat rio Avalia o dos Plantios de Eucalipto na Fazenda Xo e Fazenda S tio de Dentro de autoria de Frans Germain C Pareyn e Benito Duarte Costa fls 505 511 que a floresta de eucalipto existente na fazenda era fruto de uma experi ncia da Sider rgica Uni o 184 Esse estudo concluiu que o crescimento do eucalipto na regi o n o muito superior ao da mata nativa e que a taxa de crescimento medida entre 4 e m ha a est bem abaixo do valor estipulado na poca do plantio 14 m ha a Em outras palavras os t cnicos conclu ram que plantar eucalipto na regi o n o era um bom neg cio para a empresa 185 Por si s essa informa o j consiste em um relevante ind cio de irregularidade pois apesar
573. se refere se configura o das suas caracter sticas 33 O Brasil possui a Segunda maior rea florestal do Mundo Fica atr s apenas da R ssia As reas florestais somam 544 milh es de hectares que corresponde a 64 3 do territ rio nacional Nessas reas encontra se a maior diversidade de esp cies e ecossistemas do planeta al m de amplas concentra es de povos e culturas ind genas Essas florestas protegem a circula o de 20 da gua doce dispon vel no mundo E M n 14 MMA GM 2005 de 16 2 2005 que acompanha o PL 4776 05 CD 41 Como um ativo segundo Ludwig Plata a terra apresenta tr s caracter sticas importantes a escassez em termos f sicos e econ micos b im vel c dur vel j que n o pode ser destru da facilmente A terra escassa n o apenas por si mesma mas na medida em que os produtos por ela gerados tamb m o s o Entretanto o fato da terra ser um fator im vel e que n o pode ser reproduzido com elasticidade de produ o e de substitui o baixas e de ser apropriada privadamente por alguns favorece as condi es para o estabelecimento de sua escassez econ mica Assim tanto a gera o de tecnologias para a eleva o de seu rendimento f sico quanto medidas administrativas como por exemplo a reforma agr ria podem alterar o grau de escassez da terra 35 Dentro dessa perspectiva a determina o do pre o da terra rural envolve a capitaliza o de tr s atributos i
574. seguintes bases corre o monet ria das parcelas vincendas juros morat rios de 1 ao m s multa de 2 sobre o valor da parcela vincenda a t tulo de frutos do capital empregado e 15 sobre o montante j pago no caso de mora absoluta isto desist ncia do contrato sendo a pena convencional destinada a cobrir o preju zo pelas despesas de comercializa o Transposta essa estrutura de compensa o para o processo expropriat rio os juros de mora s o devidos sem coment rio razo vel a multa de 2 sobre a parcela do montante da indeniza o n o dispon vel ao expropriado a t tulo de multa que poder integrar o precat rio caso este n o seja expedido at certo tempo por culpa n o imput vel ao expropriado A multa sujeita se somente corre o monet ria Algo diferente n o fica descartado mas sempre diante das condi es do caso concreto afastada qualquer compensa o abstrata al m dos juros da mora 16 CPC art 633 c c art 461 8 2 141 O tratamento flex vel isto conforme as condi es do caso da natureza do Direito Econ mico Essa natureza expressa nas regras estudadas pelo cl ssico Washington Peluso Albino de Souza s Entre essas regras de alto valor jur dico incluem se a do equil brio a da primazia da realidade social e da flexibiliza o Em obs quio a essas regras que t m a dupla fun o de fontes e crit rios de interpreta o a doutrina reconhece no Di
575. si o usado para avaliar as benfeitorias do im vel a ser desapropriado Sugere se em substitui o a utiliza o apenas do m todo comparativo do im vel em sua totalidade estabelecendo sistema de pesos que podem aferir estatisticamente a import ncia das benfeitorias no valor do im vel Porque fato que as benfeitorias n o agregam valor ao im vel na mesma raz o do seu custo de reposi o por ser bvio que elas est o a servi o da produ o que a raz o de ser de um im vel rural Hist rico As iniciativas dos procuradores do Incra na contesta o dos c lculos e nas a es rescis rias para que prevale a no Judici rio a justa indeniza o das terras desapropriadas para fins de reforma agr ria levaram o er rio a uma economia de dinheiro p blico bastante significativa Em 1997 a previs o para pagamento de precat rios por indeniza o de im veis desapropriados era de R 415 9 milh es Ao final do mesmo ano o Incra por meio de seu corpo de procuradores reverteu este valor quase que metade foram pagos em precat rios R 260 4 milh es Em 1998 com a intensifica o da a o dos procuradores do Incra e apesar das falhas na legisla o em vigor o n mero e o valor do precat rios despencaram no or amento do Incra eles foram estimados em R 55 7 milh es sendo este valor executado integralmente Deve se levar em conta que os decretos de desapropria o foram recorde em 98 No ano passado foram assentadas
576. sideravelmente mais antigas apenas uma posterior ao ano 2000 Tabela 2 Desapropria es Ocorridas na Regi o de Jo o C mara RN N mero de Munic pio Desapropria Total RN es Touros 14 5 4 Jo o C mara 13 5 0 Bento Fernandes 9 3 5 Po o Branco 4 1 5 Parazinho 4 1 5 Janda ra 3 1 2 Pureza 2 0 8 Pedra Preta 1 0 4 T otal na Regi o de Jo o 50 19 2 C mara Total no Rio Grande do 260 100 0 Norte 29 A tabela 3 enumera todas as desapropria es ocorridas no Munic pio de Jo o C mara indicando o ano do decreto expropriat rio a rea de cada im vel e o n mero de fam lias assentadas Tabela 3 Desapropria es realizadas pelo Incra em Jo o C mara RN P Data do N Familias N Processo Nome da Fazenda Decreto Area ha 0459 06RN Brinco de Ouro 10 06 96 2 573 82 0171 96RN 11 06 96 2 076 66 0248 98RN Padre Jo o Maria II 30 06 98 1 530 60 0249 08RN Baixa do Novilho 28 05 98 1 506 60 1498 96RN2 Lageado 18 12 96 1 355 41 0460 06RN Serra Verde Boa Vista 12 08 96 1 266 42 0620 01RN Buraco Seco S o Jo o 21 11 02 1 163 40 0261 98RNI S o Luiz 11 11 99 700 23 2334 99RN Cana 13 11 00 538 26 1498 96RNI Serra Verde 12 12 96 335 10 Subtotal ap s 1995 13 042 450 0432 94RN o s E T 4 687 187 0438 93RN e gog 2 391 69 0231 88 Fazenda Maraj 12 7 1989 1 562 52 Subtotal a
577. sitivas reais ou concretas acentuam o princ pio da igualdade os direitos de terceira gera o que materializam poderes de titularidade coletiva atribu dos genericamente a todas as forma es sociais consagram o princ pio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento expans o e reconhecimento dos direitos humanos caracterizados enquanto valores fundamentais indispon veis nota de uma essencial inexauribilidade Fonte MS 22 164 Rel Min Celso de Mello DJ 17 11 95 Ao resumi los a Constitui o exaure a possibilidade de o Estado numa rela o de d bito com os cidad os poder criar um mecanismo de compensa o que seja v lido para um nico segmento social e n o o seja para os demais O segundo preceito o da isonomia Sendo auto aplic vel conforme focaliza o Box 10 abaixo dispensa complementa o normativa Box 11 Princ pio da isonomia O princ pio da isonomia que se reveste de auto aplicabilidade n o enquanto postulado fundamental de nossa ordem pol tico jur dica suscet vel de regulamenta o ou de complementa o normativa Esse princ pio cuja observ ncia vincula incondicionalmente todas as manifesta es do Poder P blico deve ser considerado em sua prec pua fun o de obstar discrimina es e de extinguir privil gios RDA 55 114 sob duplo aspecto a o da igualdade na lei e b o da igualdade perante a lei A iguald
578. socia o dos assentados da fazenda Xo e Jos Guedes da Fonseca ex coordenador de grupo da comunidade local o primeiro corte de eucalipto realizado pelos assentados em 2000 foi negociado coletivamente e rendeu R 300 para cada uma das 66 familias O segundo corte realizado em 2003 foi negociado individualmente por carreira e rendeu cerca de R 1 5 mil por fam lia Somando essas receitas tem se um total arrecadado de R 118 mil o que mais um ind cio de que os R 313 mil pagos pelo Incra n o correspondiam ao valor de mercado da floresta de eucalipto da fazenda Conclus o razo vel supor que o valor de R 113 mil citado no oficio do Incra que data de 17719906 fl 581 era mais pr ximo do valor de mercado que os R 313 mil considerados para fins de indeniza o do expropriado Ou seja n o errado afirmar que existe um ind cio de que a Uni o perdeu R 200 mil devido avalia o equivocada da floresta de eucalipto da fazenda Xod 2 Considerando o contido no item 1 da proposta de encaminhamento do relat rio de auditoria determinei a remessa dos autos ao Minist rio P blico junto a esta Corte solicitando quele rg o que se manifestasse sobre a conveni ncia e a oportunidade de se requerer a quebra 237 O relat rio de avalia o apresenta a seguinte mem ria de c lculo para determina o do valor de mercado da rvore Tomou se como base os valores da rvore em p nos munic pios de Jo o C mara e
579. stabelecem os arts 16 inciso HI alinea d c c 19 e 58 da Lei n 8 443 92 Assim sendo conclui se que uma decis o mais ampla eficaz e justa desta Corte de Contas depende fundamentalmente de 1 chamamento e ou cita o dos servidores do Incra envolvidos incluindo peritos membros dos CDR e o Superintendente 2 colabora o de t cnicos especializados nos termos do art 101 da LOTCU e 3 transfer ncia do sigilo banc rio e das declara es de renda dos respons veis Por fim considerando a atual meta governamental de assentar 400 mil familias em quatro anos e considerando o plano t cnico estrat gico aprovado pela Segecex segundo o qual auditorias peri dicas em desapropria o de im veis para fins de reforma agr ria dever o se basear nesta auditoria piloto cumpre consignar proposta no sentido de que a Segecex planeje com apoio da Secob treinamentos com as caracter sticas descritas anteriormente ver Valida o do procedimento de auditoria e inclua anualmente nos planos de fiscaliza o a es em diferentes unidades da federa o Sobre as Propostas Alternativas de Encaminhamento Uma segunda possibilidade de condu o deste processo consiste em se determinar ao Incra que por meio de TCE promova a revis o total dos processos de desapropria o examinados nesta auditoria e envie a este Tribunal no prazo de 120 dias por exemplo um relat rio realizado por um grupo de t cnicos absolutamente imparci
580. stitucional das liberdades p blicas ao delinear o regime jur dico a que estas est o sujeitas e considerado o substrato tico que as informa permite que sobre elas incidam limita es de ordem jur dica destinadas de um lado a proteger a integridade do interesse social e de outro a assegurar a coexist ncia harmoniosa das liberdades pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem p blica ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros Fonte MS 23 452 Rel Min Celso de Mello DJ 12 05 00 A atua o interventiva do Estado a exemplo da desapropria o com pagamento em t tulos da d vida p blica ou limita o administrativa da propriedade para preservar o meio ambiente e sem ressarcimento tem o sentido de proscrever que o interesse individual prevale a sobre o geral Nenhum direito pode ser exercido em detrimento da ordem p blica Nessa conforma o a prote o concreta da propriedade n o descarta uma atividade judicial que avalia as peculiaridades do bem ou valor patrimonial e o significado do bem para o expropriado a fim de dimensionar a compensa o financeira expressiva dessa prote o Esta a doutrina alem interpretada por Gilmar Mendes 3 O esp rito superior na dic o de Lacerda de Almeida dessa li o doutrin ria o nosso direito n o consegue capturar Aquela avalia o judicial imposs vel de ser realizada mediante aplica o autom tica de juros c
581. sto de manuten o da propriedade Para ganhar razoabilidade a indeniza o suplementar mediante juros compensat rios deve ou deveria respeitar o tratamento econ mico que varia segundo as diversas esp cies de mercados de terras II Pre os de terras superindeniza es e indeniza es pr mio A dimens o econ mica do pre o da terra um reflexo dos ganhos que est o sujeitos a variantes mais ou menos quantific veis Isso se aplica aos v rios segmentos de mercados de terras N o h contudo metodologia nica Cada segmento no entanto apresenta particularidades quanto s expectativas de ganhos que devem ser consideradas Quanto s terras para preserva o ambiental o governo nem sempre precisa adquiri las para criar as reas de preserva o Elas ficam sujeitas a restri es de uso em favor da estrutura das utilidades culturais e ambientais mas permanecem bens privados As limita es impostas podem afetar a potencialidade econ mica da terra sem esvaziar a propriedade em sua plenitude Nem todas as limita es s o indeniz veis Mas at onde essa afeta o gera para o Estado obriga o de indenizar e de forma plena ou n o ainda 2 O DL 512 69 ainda em vigor o principal instrumento legal que autoriza a desapropria o de terra para implanta o de infra estrutura rodovi ria 30 Os casos do STF que deram origem s s mulas sobre juros compensat rios envolviam desapropria es de im ve
582. studadas Este perito cujas irregularidades praticadas apontamos no corpo do relat rio tamb m est sendo investigado pelo Tribunal de Contas da Uni o por superavalia o de benfeitorias e por n o ter comparecido a alguns dos im veis periciados 92 0 ideal no caso de concord ncia do propriet rio negociar a compra do im vel e homologar o ato por meio de audi ncia p blica conforme regulamenta a Norma de Execu o Incra n 10 de 11 4 2001 192 93 S8 o dois os motivos pelos quais se retorna a esse tema neste relat rio Primeiro para registrar que os ind cios de danos ao Er rio estimados neste relat rio limitam se queles da fase administrativa da desapropria o ou seja s diferen as entre os valores de indeniza o propostos pelos peritos do Incra e os valores de mercado estimados pela equipe de auditoria 94 56 na fase judicial os propriet rios lograram ganhos indevidos ainda maiores como razo vel supor esses danos supervenientes est o fora do escopo deste trabalho Essa limita o do trabalho deve se ao entendimento de que ao Tribunal de Contas da Uni o compete t o somente o controle dos atos administrativos 95 0 segundo motivo consiste nas limita es impostas pela prote o da coisa julgada na esfera judicial CF art 5 inciso XXXVI Muitos dos processos de desapropria o analisados j se encontram imunes a eventuais a es rescis rias pois houve o decurso de mais de cinco anos
583. t 1995 8 640 308 Total 21 682 758 Fonte Laudos de avalia o do Incra fls 13 248 30 Para adequar o n mero de processos que seriam analisados ao tempo de auditoria dispon vel as desapropria es mais antigas realizadas at 1995 foram exclu das da amostra 181 de auditoria restando dez im veis em que foram assentadas 450 fam lias sobre seus 13 mil hectares 31 Assim a amostra de auditoria ficou definida pelas dez desapropria es ocorridas em Jo o C mara RN entre 1996 e 2002 num total de despesas que superam R 3 8 milh es 4 tabela 4 apresenta maiores detalhes sobre os gastos realizados em cada desapropria o Tabela 4 Desapropria es analisadas nesta auditoria piloto valores em R mil Nome da Fazenda Valor da Benfeitoria Valor da Terra Valor Total Brinco de Ouro 827 296 1 123 Xo 420 228 648 Buraco Seco e S o 243 256 499 Jo o S o Luiz 220 139 359 Serra Verde Boa Vista 161 139 300 Lageado 72 171 243 Baixa do Novilho 56 181 237 Padre Jo o Maria II 24 210 234 Cana 94 65 159 Serra Verde 4 35 39 Total 2 121 1 720 3 841 Fonte Laudos de avalia o do Incra fls 13 248 Estrutura do Relat rio 32 No cap tulo de introdu o apresentada de forma simplificada uma descri o do processo de desapropria o de terras para fins de reforma agr ria que inclui tanto o padr o normativo vigente como as principais distor es enco
584. t de Decis o Regional aprovando os dados constantes no laudo e encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e libera o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o Sr Eug nio Marinho de Oliveira que assinou a Ata da Mesa T cnica corroborando os valores a serem indenizados Srs Marc lio de Lima Rocha Jos Barbosa de Lucena Junior S lvio Medeiros Rosado e Sra Ana Celeste dos Santos Gomes que assinaram a Ata do Comit de Decis o Regional aprovando o laudo de vistoria e avalia o e encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e libera o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA as quantias indicadas acrescidas dos encargos legais haja vista as seguintes irregularidades 9 11 1 superavalia o de 240 ha de sisal que causou um preju zo estimado de R 37 2 mil em 12 6 2003 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 3 do relat rio 9 11 1 1 n o consta do laudo qualquer estudo acerca dos custos de recupera o da planta o 9 11 1 2 consta do relat rio de levantamento de dados que a rea com sisal n o foi explorada no ano anterior fato que torna descabida qualquer indeniza o 9 11 1 3 o custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R 200 ha 9 11 1 4 o valor pago pelo sis
585. t rios ademais valores depositados em conta judicial dever o ser abatidos de qualquer c lculo uma vez que a conta remunera se autonomamente Estabelecer que o valor do precat rio complementar quando for o caso ser fixado pela corre o monet ria desde o ltimo c lculo at a data da libera o do valor da indeniza o e n o desde o fato gerador da d vida Considerar erro material qualquer acr scimo ao precat rio fora dos limites da coisa julgada Justificativa julgamento pelo STF da ADIn 1 098 1 SP Pleno Rel Min Marco Aur lio 11 set 1996 un DJ 1 25 out 1996 Proibir a rediscuss o em precat rio complementar dos ndices de corre o monet ria definidos de modo expresso ou t cito no ltimo c lculo fixado judicialmente Justificativa o juiz ao fixar o c lculo t cita ou expressamente estabelece os ndices de corre o monet ria que levaram ao valor aceito n o sendo poss vel rediscut los sem violar a coisa julgada 10 11 nos II Estabelecer proibi o legal de capitaliza o de juros juros compostos nos c lculos Judiciais Fixa o de que os juros compensat rios e os juros morat rios quando cab veis dever o incidir exclusivamente sobre o valor da indeniza o monetariamente corrigido Justificativa procura se evitar que al m de serem cumulados os juros compensat rios e morat rios eles sejam calculados uns sobre os outros Fixar mecanismos para assegurar o recol
586. ta o que no caso pode ser equiparado ao valor presente l quido dos desbastes peri dicos vincendos e do corte final grifo nosso Note se que de acordo com o m todo do valor econ mico as ess ncias florestais devem ser avaliadas unicamente com base no valor presente l quido dos desbastes peri dicos vincendos e do corte final o que diferente por exemplo do caso de um pomar de laranjas que se enquadra em outro item da norma 9 2 2 4 Na avalia o de culturas perenes e tempor rias comerciais em produ o deve ser empregado o m todo do custo de reposi o acrescido do valor econ mico da planta o grifo nosso Portanto ao se avaliar pomares de laranja deve se computar n o s o valor econ mico da planta o mas tamb m o custo de reposi o da planta o 2 O m todo do valor econ mico o mais indicado segundo a Norma NBR 8799 da ABNT e a doutrina de avalia o de im veis Para uma abordagem pr tica e r pida do m todo de avalia o de florestas de eucalipto pode se sugerir o livro de S rgio Ant nio Abunahman um dos mais respeitados avaliadores de im veis do Brasil Curso B sico de Engenharia Legal e de Avalia es 2 ed S o Paulo Pini 2000 pp 225 227 244 Embora se afirme no relat rio de avalia o da floresta de eucalipto fls 590 592 que o m todo do valor econ mico seria utilizado os autores do relat rio utilizaram na verdade a f rmula do m todo do custo
587. tabelecida pela observa o n o pela suposi o to be settled by observation not by supposition 160 No conforto dessas li es pode se afirmar que o ressarcimento de preju zo somente se imp e como comando de justi a quando a experi ncia de mercado consultada Do contr rio uma vantagem abstrata concedida de modo geral para todo um segmento particular ainda que em nome da justa indeniza o tende a se converter se com o tempo num privil gio e pela qualidade do segmento favorecido numa tremenda injusti a As S mulas como se v n o suportam um teste de devido processo legal na concretiza o da justa indeniza o 160 Tversky e Kahneman Rational Choice and the Framing of Decisions loc cit P 273 137 IL A incompatibilidade das S mulas com o C digo Civil A se o anterior tratou dos fundamentos constitucionais para afastar as S mulas A abordagem seguinte se ocupa das refer ncias normativas codificadas pertinentes aos verbetes discutidos A S mula 164 declara serem devidos juros compensat rios na desapropria o A S mula 347 repete o enunciado com a diferen a de que se destina desapropria o indireta Outra diferen a entre os dois verbetes que um manda fazer a contagem dos juros a partir da imiss o na posse e o outro a partir da per cia que tenha atribu do valor atual ao im vel Nas duas situa es o Estado incorpora o im vel no seu patrim nio a desapropria o dir
588. tada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 11 2 6 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 261 9 12 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda S o Luiz com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que o Sr Erivaldo Costa de Arruda que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o e a Ata da Mesa T cnica concluindo que os valores indenizat rios apurados nesse laudo refletem o pre o de mercado da regi o Sr Jo o Maria C mara Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o Srs Jos Barbosa Cordeiro e Francisco Rodrigues Filho que assinaram a Ata da Mesa T cnica acordando com a avalia o realizada Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe da SR 19 R que assinou parecer aprovando os dados constantes no laudo e Sra Maria das Gra as A de Oliveira Superintendente Regional Adjunta respons vel pelo despacho que aprovou a avalia o realizada encaminhando para os rg os centrais do Incra os pedidos de emiss o de TDA e descentraliza o de recursos financeiros para o pagamento da indeniza o apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres d
589. tadas que perfazem um total de R 78 mil em indeniza es que n o deveriam ter sido pagas 231 Trata se de uma quest o elementar de matem tica Se os t cnicos do Incra ao coletarem opini es de pre os para apura o do valor da terra nua houvessem perguntado por valores de terras cobertas com mata nativa ent o seria razo vel pagar al m do valor da terra nua alguma quantia correspondente ao desmatamento realizado at porque as matas valem entre 20 e 30 a menos que as fazendas formadas Vale salientar que conforme informa o extra da no manuseio dos processos judiciais das Fazendas S o Jos e Santos Reis ambas localizadas no munic pio de Mossor as empresas EMATER Empresa de Assist ncia T cnica e Extens o Rural EMAPA Empresa de Assist ncia T cnica e Projetos Agropecu rios Ltda e CERVAP Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Vale do Apodi Ltda informaram que o valor da terra quando coberta com mata deve ser reduzido de 20 a 30 o que implica afirmar que o valor do desmatamento agregaria terra nua um percentual de 20 a 30 de seu valor e n o o custo de reposi o como o praticado nas Avalia es e Per cias analisadas 232 Mas os peritos n o fizeram pesquisa de pre o de mata nativa mas de terras de fazendas Isso pode ser confirmado pelo exame das fichas de coleta de opini es de pre o e dos of cios enviados pelo Incra com essa finalidade fls 533 544 citando como exemplo o processo da fazend
590. tante do laudo de avalia o ver fl 193 2 os R 365 77 pagos por hectare de sisal somados aos R 198 05 ha pagos pela terra nua superam o valor m ximo de um hectare de cajueiro na regi o que de R 400 ha 3 os assentados informaram que n o obtiveram mais que R 1 2 mil de renda daquela planta o fl 678 e 4 o custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R 200 ha Ao encontro dessas evid ncias tem se o relat rio do MDA que informa que era comum o c lculo de indeniza es de benfeitorias a partir de meras suposi es 4 SUPERAVALIA O DE CERCAS E PAGAMENTO INDEVIDO POR FAIXAS DE DOM NIO 212 Conforme registrado no relat rio de levantamento de auditoria TC n 005 888 2003 0 que antecedeu este trabalho a equipe de auditoria entende que n o havendo prova em sentido contr rio a extens o de cercas externas a serem indenizadas pelo Incra deve corresponder metade do perimetro da fazenda exclu dos os segmentos que ladeiam rodovias p blicas 268 A equipe entende que o valor das cercas externas da fazenda expropriada deve corresponder em princ pio metade do per metro do im vel exclu dos deste os trechos que delimitam as faixas de dom nio das rodovias cujas cercas se presumem p blicas 269 Em rela o s cercas que margeiam as rodovias o C digo Civil de 1916 previa no 5 do art 588 que 5 Ser o feitas e conservadas as cercas
591. tantes do atraso no cumprimento consistir o sempre na condena o dos juros legais salvo as regras particulares do com rcio e da fian a Estes danos e preju zos ser o devidos sem que o credor deva justificar perda alguma Somente ser o devidos desde o dia de requerimento de pagamento ou de outro ato equivalente tal como uma carta de cujo conte do se deduza uma interpela o suficiente exceto no caso em que a lei fa a correr de pleno direito O credor a quem seu devedor moroso tenha causado por sua m f um preju zo independente de seu atraso poder obter o pagamento de danos e juros distintos dos juros morat rios de cr dito Artigo 1153 1 Em toda mat ria a condena o a uma indeniza o compreender juros legais inclu dos na aus ncia de requerimento ou de disposi o especial da senten a Salvo disposi o legal ao contr rio os juros come ar o a contar desde a decis o a n o ser que o juiz decida de outro modo Em caso de confirma o pura e simples pelo juiz de apela o de uma decis o que conceda uma indeniza o em repara o de um dano esta incluir de pleno direito juros legais a contar da senten a de primeira inst ncia Nos demais casos a indeniza o concedida na apela o compreender juros a contar da decis o da apela o O juiz da apela o sempre poder n o aplicar as disposi es do presente par grafo O artigo 1153 do C digo franc s consagra a exist ncia de juros de mora
592. tares 3000 hectares Fenda maira Fae ma Aa mag Lara Fenda Fip Pet Fazenda Aio Pret s o F lix do Xing do Fel do XII E s o F lix do Xing 3000 hectares s o do Xi g 3000 hectare S o F lix do Xing Fazenda S o F li Il 1358 hectares s o F lix do Xirg ES Fazenda Worntewd en 4356 hectares Sao F li do Xire 4356 hectares Sao F lix do Xing 4366 hectares Altamira smaa Sobrado 76 18 500 hectares ames 30 000 hectare 30 000 hectares Altamira smara Faz Cafe tuba 20 136 hectares O caso da empresa Industria Com rcio e Exporta o e Navega o do Xingu Ltda Um caso famoso de terras apossadas ilegalmente no estado do Par o da empresa Ind stria Com rcio e Exporta o do Xing Ela se intitulou propriet ria de sete milh es de hectares rea equivalente soma das superf cies da B lgica e da Holanda Levantamento feito junto aos cart rios da regi o mostram que as terras jamais pertenceram fam lia que as teria vendido empresa Seis milh es de hectares est o situados em duas reas pr ximas uma da outra A maior parte de quatro milh es de hectares pertence ao estado do par desde 1923 Outra parte de dois milh es de hectares do Incra Outros 199 mil hectares s o propriedades da Funda o Nacional do indio Funai Por fim uma rea de 268 mil hectares pertence ao Estado Maior das For as Armadas O governo do Par reque
593. tende a favorecer o hipossuficiente Na hip tese da al nea 3 os juros s o compensat rios A taxa n o prefixada Se os contratantes considerarem que a taxa do inciso precedente n o suficiente eles poder o estabelecer uma compensa o conforme as considera es do caso concreto Isso n o afasta a possibilidade de compensa o adicional O que importa a satisfa o do preju zo que for ajustado O C digo Civil franc s trata da mat ria nos artigos 1153 e 1153 1 Article 11535 Dans les obligations qui se bornent au paiement d une certaine somme les dommages int r ts r sultant du retard dans l ex cution ne consistent jamais que dans la condamnation aux int r ts au taux l gal sauf les r gles particuli res au commerce et au cautionnement Ces dommages et int r ts sont dus sans que le cr ancier soit tenu de justifier d aucune perte ne sont dus que du jour de la sommation de payer ou d un autre acte quivalent telle une lettre missive s il en ressort une interpellation suffisante except dans le cas ou la loi les fait courir de plein droit Le cr ancier auquel son d biteur en retard a caus par sa mauvaise foi un pr judice ind pendant de retard peut obtenir des dommages et int r ts distincts des int r ts moratoires de la cr ance Article 1153 17 En toute mati re la condamnation une indemnit emporte int r ts au taux l gal m me en l absence de demande ou de dispos
594. terras passaram a valer R 6 6 milh es na avalia o judicial Outro caso extremo foi o da Fazenda Nova Esperan a o Incra avaliou o im vel em R 338 7 mil a Justi a em R 2 5 milh es Benfeitorias milion rias Fazenda Colone Ocupando uma rea de 11 mil hectares no munic pio de Z Doca MA a Fazenda Colone de propriedade da Uni o mas ocupada por Jo o Claudino Fernandes foi retomada pelo Incra e teve suas benfeitorias estimadas e indenizadas em R 2 527 921 00 Jo o Claudino reclamou na Justi a pedindo uma indeniza o no valor de R 7 681 561 00 A diferen a entre os dois c lculos de R 5 153 640 00 dinheiro suficiente para assentar centenas de trabalhadores rurais na regi o O processo n 628 9 tramita na 3 Vara da Justi a Federal do Maranh o e est em fase de execu o de senten a N meros m gicos Fazenda Santo Ant nio A Fazenda Santo Ant nio de propriedade de Ant nio Augusto Mendon a da Silva e outros situada em Presidente Oleg rio Minas Gerais com rea de 8 857 0015 hectares foi declarada de interesse social para fins de reforma agr ria em 3 12 96 A terra nua foi avaliada pelo Incra em R 3 096 207 21 e as benfeitorias em R 751 832 88 totalizando R 3 848 040 09 A a o de desapropria o do im vel foi proposta em 13 2 97 A imiss o de posse ocorreu em 19 de fevereiro de 1997 Os propriet rios ajuizaram a o cautelar em que se discutia a produtividade do im vel A per cia
595. ticipam do controle externo No entanto h consider veis fatores contr rios a essa escolha entre os quais podem se citar o risco de uma assunto t o grave ser tratado por pessoas da pr pria entidade auditada e a perda de oportunidade de o pr prio TCU apurar com profundidade irregularidades que s o denunciadas na m dia h anos Em outras palavras esta Corte n o deve deixar passar essa oportunidade de se firmar como institui o de excel ncia no controle da Administra o Publica como consta de sua vis o estrat gica declarada no atual plano estrat gico Al m disso como se trata de desapropria es acobertadas pelo manto da coisa julgada ver Introdu o Sob o Manto da Coisa Julgada TCU parece representar a ultima 226 inst ncia qual o Poder P blico pode recorrer para reaver as perdas ocorridas em desapropria es que transitaram em julgado h mais tempo pois a compet ncia desta Corte privativa e independe do atendimento aos requisitos formais e materiais exigidos no recebimento de a es rescis rias Entre a proposta da equipe e a alternativa descrita acima existem op es intermedi rias como por exemplo converter o processo em TCE sem requisitar desde logo apoio t cnico especializado e sem quebrar qualquer sigilo dos respons veis Sem as quebras de sigilo assume se o risco de n o caracterizar plenamente a ocorr ncia de fraude o que indubitavelmente limita o alcance de uma decis o dest
596. tion asp acesso em 149 funcionamento atrav s de sistema de negocia o apropriado de um mercado livre e aberto de terras assegurar ao sistema adequado grau de transpar ncia prestar apoio t cnico aos rg os judiciais quanto s avalia es de terras criar mecanismo operacional e regulamentar capaz de desenvolver padr es ticos elevados ao ambiente de negocia o Negocia es de terras em bolsa pelo INCRA por exemplo dependente de autoriza o legal poder o ser feitas de acordo com a estrutura da Bolsa Brasileira de Mercadorias sem preju zo da atual sistem tica de negocia o de T tulos da D vida Agr ria mercado secund rio Como ltima sugest o preciso que o INCRA fortale a seu setor de vistorias administrativas admitindo t cnicos que possam desenvolver com liberdade uma cultura de per cia confi vel sustentada por uma massa cr tica de profissionais altamente treinados A presente exposi o n o pretende exaurir todos os itens que a regula o deva abranger As sugest es s o apenas indicativas para futura discuss o O essencial manter o foco da regula o na organiza o do mercado de terras tendo em vista as diversas peculiaridades e a expans o do interesse do Estado na desapropria o de terras para implementa o das suas pol ticas 27 6 2005 150 4 CONCLUS O Os objetivos tra ados na introdu o foram reunir argumentos para provocar o cancelamento das s mul
597. tiva da desapropria o com ind cios de fraudes e s rios danos ao er rio O Relat rio formula v rias sugest es quanto gest o ambiental organiza o do INCRA quest o cont bil das propriedades expropriadas a aspectos t cnicos das vistorias e avalia es oferta de terras feitas pela Secretaria do Patrim nio da Uni o a glebas abandonadas a estudos pr vios de viabilidade econ mica e social e condu o do processo judicial pela Procuradoria da autarquia Essas sugest es devem ser consideradas no mbito do fortalecimento da regula o 171 Processo TCUTC 014 577 2003 0 Anexo D 145 As sugest es seguintes compreendem a organiza o de cadastro de terras a possibilidade de compensa o adicional pelo atraso no pagamento de indeniza es mas diversa dos juros compensat rios a indeniza o parcial de remanescente a cria o de grupo t cnico de arbitramento administrativo a libera o total da oferta no processo judicial a reestrutura o de resgate dos T tudos da D vida P blica a previs o de antecipa o de tutela nas desapropria es indiretas e a negocia o de terras rurais em bolsa Conforme o Quadro 9 a regula o passa necessariamente pelo cadastro operado pelo INCRA a titula o das terras e sua posse Quadro 21 Regula o do mercado de terras Uma das id ias que tenho que temos que efetivamente regular o mercado de terras Isto temos que ter um bom
598. to dos T tulos da D vida Agr ria correspondente ao valor ofertado para pagamento de terra nua Inclu do pela LCP 88 de 23 12 96 VI comprovante de dep sito em banco oficial ou outro estabelecimento no caso de inexist ncia de ag ncia na localidade disposi o do ju zo correspondente ao valor ofertado para pagamento das benfeitorias teis e necess rias Inclu do pela LCP 88 de 23 12 96 grifos nossos 182 A Lei Complementar n 76 de 6 7 1993 estabelece que Art 6 O juiz ao despachar a peti o inicial de plano ou no prazo m ximo de quarenta e oito horas I mandar imitir o autor na posse do im vel Reda o dada pela LCP 88 de 23 12 96 183 O Ac rd o 557 2004 Plen rio baseou se nesse levantamento de auditoria e apresenta a seguinte ementa Levantamento de Auditoria Incra Verifica o do processo de desapropria o de im veis para reforma agr ria Defici ncias na gest o ambiental Registro cont bil indevido dos im veis Falhas no manual de obten o de terras Erros sistem ticos de avalia o de im veis Aus ncia de utiliza o da gama dispon vel de terras para reforma agr ria Desapropria o de propriedade produtiva Pagamento de indeniza es indevidas Parcialidade na an lise de recursos Ajuizamento desnecess rio de a es de desapropria o Atos judiciais inid neos Aus ncia de pr vio estudo de viabilidade econ mica dos im veis Falta de transpar ncia 184 005 888
599. to informou que o Banco Central n o recebeu a mudan a com satisfa o pois temia que os t tulos do governo fossem contaminados com a desconfian a com que era tratado o TDA A estrat gia foi fazer um bom dever de casa 69 econ micos Ver o Bresser e Collor II A STN adota sistema informatizado capaz de diferenciar os t tulos em raz o das vari veis acima classificados em Grupos distintos Quadro 10 Quadro 9 Classes de TDA TDA E 1992 resgat veis nos prazos de 5 10 15 ou 20 anos com taxa de juros de 6 ao ano TDA D 2001 resgat veis nos prazos de 15 18 ou 20 anos incidindo respectivamente as taxas de 3 2 1 ao ano TDA H emiss o retroativa do TDA em fun o do sobrestamento de sua emiss o decorrente da exist ncia de lit gio judicial Fonte Os procedimentos observados na aquisi o s o cercados de cautelas Quadro 11 Os t tulos s o emitidos ap s a finaliza o do processo de desapropria o e somente ap s sua emiss o que passa a valer o prazo de resgate de at vinte anos a partir do segundo ano de sua emiss o Antes da finaliza o do processo de desapropria o os nicos t tulos que existem s o os depositados em ju zo no in cio do processo e bloqueados representam o valor da oferta Antes do encerramento do processo o expropriado ou seu sucessor somente conta com o direito de cr dito sobre a emiss o futura de T tulos da D vida Agr ria 70 Quadr
600. total 18 milh es de hectares j tiveram seus registros cancelados em decorr ncia de a es movidas pelo Incra sendo as terras revertidas ao patrim nio da Uni o Os casos de grilagem no Amazonas se caracterizam pela adultera o de t tulos originais de posse ou propriedade com o objetivo de aumentar a rea dos im veis Seguem alguns exemplos Boca do Acre e L brea Localizados na faixa de fronteira os im veis Recreio do Pauhen e Recreio de Santo Ant nio tinham rea inicialmente indefinida identificada apenas como 42 estradas de seringas cada estrada de seringa equivale a 100 hectares A rea passou em seguida para 50 mil hectares e depois para 85 624 hectares sem a exist ncia de t tulo que nas sucessivas transmiss es tenha alterado a medida inicial Mesmo tendo o ent o Tribunal Federal de Recursos cancelado o registro dos im veis estes continuaram a ser repassados a terceiros Procuradores do Incra tentam reverter integralmente a propriedade para o patrim nio da Uni o Outro exemplo de t tulo alterado do im vel rural denominado Boa Esperan a Originalmente o im vel titulado pelo Governo do Estado media 500 hectares Na senten a de usucapi o foi aumentado para 2 321 22 hectares Como n o foram encontrados os autos da senten a de usucapi o na Comarca de Boca do Acre e nem na Justi a Federal do Amazonas os procuradores do Incra requereram a suspens o de qualquer pedido de averba
601. tribu do terra nua alvitrando a corre o jur dica do acatamento do valor ofertado inicialmente pelo INCRA isto R 1 257 541 74 um milh o duzentos e cinquenta e sete mil quinhentos e quarenta e um reais e setenta e quatro centavos ressaltando a circunst ncia de que a parte expropriada j aceitara esse valor cabendo portanto ao Magistrado apenas homologar o valor por senten a conforme disposi o expressa do artigo 10 da Lei Complementar n 76 93 Obtempera com rela o Mata Atl ntica existente no im vel desapropriado n o bastasse a circunst ncia de ser ela no seu entender indeniz vel n o teria o perito do ju zo quando da avalia o realizada considerado o efetivo potencial de explora o o que levaria fixa o da indeniza o a ela correspondente ao total de R 26 968 982 62 vinte e seis milh es novecentos e sessenta e oito mil novencentos e oitenta e dois reais e sessenta e dois centavos conforme se v do c lculo realizado pela apelante e constante s fl 793 inserto nas raz es recursais de apela o da expropriada valor esse que deveria ser pago em esp cie pela expropriante jamais em TDAs como decidido na senten a objurgada Questiona tamb m a avalia o dos demais itens indeniz veis correspondentes cana de a car R 125 671 96 s estradas R 19 908 00 e a outras edifica es R 183 062 16 sustentando que tais valores deveriam ser elevados respectivamente para R 225 5
602. u identificaram se 4 300 hectares de mata Renderia ao propriet rio segundo a previs o hipot tica dos peritos R 4 386 milh es em dez anos Significa dizer que o fazendeiro obteria em uma d cada R 438 6 mil anuais com a venda de madeira Para que esse valor se consumasse 36 hectares de mata teriam de ser devastados mensalmente na fazenda Iguatu Utilizando caminh es com capacidade para transportar 25 8 m de madeira cem carretas sairiam da propriedade durante 522 semanas abarrotadas de mour es lenha para carv o e madeira para serraria Ao final do processo de desapropria o da Iguatu o Incra terminou desembolsando R 2 4 milh es pela mata O que conferiu transa o a apar ncia de um neg cio fant stico Visitando se o processo n o se encontra nenhuma prova efetiva da exist ncia da cobertura florestal At o ato de expropria o a mata n o rendia ao seu dono um nico centavo Permanece inexplorada A indeniza o por matas n o fen meno restrito ao Rio Grande do Norte Ocorre em todo o pa s Sob FHC editou se medida provis ria proibindo que fossem avaliadas separadamente Passaram a compor a avalia o geral das propriedades Por m em recursos Justi a v rios expropriados v m conseguindo ressuscitar a avalia o em separado das matas Fonte Folha de S o Paulo 08 11 04 p A4 A dimens o desses desacertos gera fundadas suspeitas de que o problema vai al m de simples incompet ncia da bur
603. u a medida liminar para suspender a efic cia dos 1 e 2 do artigo 15 A vencidos os senhores Ministros Ilmar Galv o e o presidente que o indeferiam O Tribunal por unanimidade de votos indeferiu a suspens o cautelar de efic cia do 3 do art 15 A O tribunal por maioria de votos vencidos em parte os senhores Ministros Ilmar Galv o e Sep lveda Pertence deferiu a suspens o cautelar de efic cia do 4 do artigo 15 4 O tribunal por maioria de votos deferiu em parte a medida liminar para suspender no 1 do artigo 27 a efic cia da express o n o podendo os honor rios ultrapassar R 151 000 00 cento e cingiienta e um mil reais Vencidos em parte os Senhores Ministros Relator e Ellen Gracie no que indeferiam a liminar e tamb m parcialmente os Senhores Ministros Ilmar Galv o e o presidente no que deferiam a suspens o total do dispositivo N o participaram da vota o dos 1 25 3 e 4 do artigo 15 A e do 1 do artigo 27 os senhores Ministros Nelson Jobim e Mauricio Corr a em virtude da necessidade de se ausentarem justificadamente Falou pelo requerido o Dr Gilmar Ferreira Mendes advogado geral da Uni o presidiu o julgamento o senhor Ministro Marco Aur lio Plen rio 05 09 2001 Adin 2 332 2 rel Ministro Moreira Alves DJU Se o I 13 09 01 p 2 DOS JUROS MORAT RIOS Correta a imposi o de juros morat rios na ordem de 6 ao ano cujo prazo come a a correr a pa
604. ual o que no nosso entendimento um equivoco uma vez que este modelo produtivo est ultrapassado e sem duvida um dos respons veis pela fal ncia no setor prim rio Em s ntese pode se afirmar que se uma determinada rea como o caso da Fazenda Vivar tem condi es de ser explorada dentro de um n vel tecnol gico avan ado imperioso que se potencialize esta condi o sob pena de nunca tirar do meio rural a pobreza e mis ria que est submetida fls 64 65 grifos nossos 130 Como se v os peritos do Incra n o apresentaram evid ncias t cnicas para desconstituir o laudo da equipe anterior N o assim que os operadores da tecnologia e da ci ncia inclusive a agron mica devem se pronunciar 131 Al m disso a equipe de auditoria verificou durante a inspe o que de fato as terras da fazenda s o muito ruins Pode se dizer com a concord ncia dos assentados que entre os dez im veis visitados nesta auditoria a fazenda Padre Jo o Maria II a que tem as piores terras 132 Outras evid ncias de que grande parte das terras da fazenda Padre Jo o Maria II n o s o agricult veis podem ser vistas nas fotos das figuras 3 e 4 133 4 figura 3 mostra que o solo da propriedade pedregoso e apresenta afloramentos de rochas 195 NA Vivar o nome pelo qual a Fazenda Padre Jo o Maria II mais conhecida 6 De acordo com a Sra M Lib rio Alves Presidenta da Associa o dos assentados 700 ha d
605. ualquer estudo acerca dos custos de recupera o da planta o 12 1 2 consta do relat rio de levantamento de dados fl 138 que a rea com sisal n o foi explorada no ano anterior fato que torna descabida qualquer indeniza o 12 1 3 o custo de recupera o de uma planta o de sisal que foi desconsiderado pelos peritos da ordem de R 200 ha fl 864 12 1 4 o valor pago pelo sisal supera o valor de mercado de um cajueiro em boas condi es que a planta o mais nobre da regi o 12 2 superavalia o de cercas externas que gerou um prejuizo estimado de R 3 9 mil em 12 6 2003 apurado a partir das seguintes provas e ind cios cap tulo 4 do relat rio 12 2 1 os peritos consideraram que a cerca externa pertencente ao fazendeiro corresponderia 83 de todo o per metro da fazenda 17 mil metros desconsiderando que as cercas nas divisas com particulares s o erguidas por ambos confinantes e que h presun o legal de que as cercas que ladeiam rodovias pertencem ao Poder P blico 12 2 2 a extens o das divisas da fazenda com rodovias p blicas estadual ou federal de 2 3 mil metros conforme se depreende do mapa de fl 715 12 3 pagamento indevido de R 9 1 mil em 12 6 2003 sob o t tulo de 200 ha de rea desmatada apurado a partir das seguintes provas e ind cios que demonstram que o valor pago pela terra nua j inclui o desmatamento de parte da rea avalianda cap tulo 5 do relat rio 12 3 1
606. uatrocentos e nove reais e cingiienta centavos Como se v nos itens 6 4 e 6 5 os avaliadores misturaram indiscriminadamente os dados de terras boas classe Il com terras absolutamente impr prias para a agricultura classe VIII A consegii ncia j previs vel diante do erro cometido foi a obten o de um coeficiente de varia o inaceit vel 3 linha do item 6 6 Em seguida os valores extremos foram eliminados da amostra e os peritos obtiveram uma m dia de R 110 hectare que foi utilizado como valor da terra nua no c lculo do valor final da fazenda Na verdade essa m dia n o possui qualquer significado fisico real pois n o se refere a um objeto com atributos defin veis ou seja n o se pode dizer qual seria a caracter stica m dia de um grupo que cont m ao mesmo tempo terra que serve para apenas para recrea o ou preserva o ambiental e terra que se presta lavoura de soja Al m disso sequer a diferen a entre o n mero de elementos coletados para as classes superiores e aquele coletado para as inferiores foi considerada Em outras palavras se a Emater de Macau RN por exemplo tivesse se arriscado a oferecer pre os para as classes Va VIII o resultado obtido pelos peritos seria menor Desconsiderando que o n mero de elementos amostrais obtidos foi pequeno seria necess rio coletar mais amostras o correto em termos l gicos seria obter as m dias de pre os para cada classe de solo e aplic las proporcio
607. ucionais da ordem econ mica e social p 21 Box 2 Prote o da terra e do homem p 27 Box 3 Pre os hed nicos p 48 Box 4 Conceito de normose p 50 Box 5 Motiva o deficiente de senten a de desapropria o p 58 Box 6 Quadrilha de grilagem e o fantasma de Carlos Medeiros p 65 Box 7 Perda da propriedade e garantia da justa e pr via indeniza o p 103 Box 8 Sistema de repara o do C digo Civil de 1916 p 119 Box 9 ndices de infla o e indeniza es astron micas p 124 Box 10 Valores fundamentais p 128 Box 11 Princ pio da isonomia p 128 Box 12 Valoriza o do trabalho e da livre iniciativa p 129 Box 13 Princ pio da legalidade p 131 Box 14 Car ter n o absoluto da propriedade p 132 Box 15 Devido processo legal e proporcionalidade p 135 RELA O DE FIGURAS Figura 1 Bem Comum p 23 Figura 2 Fun es do Governo pp 25 Figura 3 Classifica o de terras do interesse do Estado p 38 Figura 4 Valor econ mico do recurso ambiental p 41 RELA O DE QUADROS Quadro 1 As fun es econ micas do setor p blico p 24 Quadro 2 equa o do pre o da terra p 43 Quadro 3 Pre os de terras rurais p 46 Quadro 4 Fazendeiros oferecem suas terras p 51 Quadro 5 Madeiras compradas pelo INCRA p 52 Quadro 6 Valor das matas p 53 Quadro 7 TCU identifica erros acintosos p 54 Quadro Relat rio M D A p 55 Quadro 9
608. ue a situa o chegasse ao ponto descrito neste relat rio em que se constata que todas as avalia es de terras realizadas em Jo o C mara entre 1996 e 2002 estavam equivocadas 2 ERROS NAS AVALIA ES DE TERRA NUA M todo de Avalia o Utilizado pelo Incra 148 Conforme se v no item 4 1 da IN n 8 93 18 Incra adotou dentre os m todos previstos na NBR 8799 fls 704 714 uma variante do m todo comparativo de avalia o de im veis rurais 41 Para fins de avalia o da terra nua adotar se uma varia o do m todo comparativo ou direto em que o valor b sico por hectare de cada regi o pesquisada reflita a realidade do mercado e tenha como vari veis b sicas na composi o do pre o da terra a capacidade de uso do solo e a situa o do im vel em rela o a localiza o e acesso bem como sua dimens o grifo nosso 149 Segundo S rgio Ant nio Abunahman o m todo de compara o se diferencia dos demais m todos de avalia o pela natureza da fonte de dados que d o origem avalia o fonte essa que consiste no conjunto de pre os pagos em transa es imobili rias 17 Exceto pelo processo n 0620 01 25 Fazenda Buraco Seco os laudos examinados foram realizados sob a vig ncia da Instru o Normativa Incra n 8 de 3 12 1993 fls 610 633 que estabelecia as diretrizes para o procedimento administrativo das desapropria es por interesse social para fins de Reforma Agr ria Essa
609. ue assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 143 167 4 2 3 3 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra que assinou as Atas da Mesa T cnica fls 790 791 e do Comit de Decis o Regional fl 789 aprovando os dados constantes no laudo de fls 143 167 4 2 3 4 Sr Eug nio Marinho de Oliveira que assinou a Ata da Mesa T cnica fls 790 791 corroborando os dados constantes no laudo 4 2 3 5 Srs Marc lio de Lima Rocha Jos Barbosa de Lucena Junior S lvio Medeiros Rosado e Sra Ana Celeste dos Santos Gomes que assinaram a Ata do Comit de Decis o Regional aprovando o laudo de vistoria e avalia o fl 789 4 2 4 da Fazenda S o Luiz em que a s foram utilizadas opini es de pre os b definiram equivocadamente para o elemento 9 da amostra um fator de ancianidade 2 00 ocasionando o descarte desnecess rio desse dado e diminuindo o valor da terra 230 4 2 4 1 Sr Erivaldo Costa de Arruda que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 175 194 e a Ata da Mesa T cnica fl 856 corroborando os dados constantes desse laudo 4 2 4 2 Sr Jo o Maria C mara Bezerra que assinou o Laudo de Vistoria e Avalia o fls 175 194 4 2 4 3 Srs Jos Barbosa Cordeiro e Francisco Rodrigues Filho que assinaram a Ata da Mesa T cnica fl 858 acordando com os crit rios de avalia o da terra nua 4 2 4 4 Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe da SR 19 R que assinou o parecer de JL 859 aprovando os dados co
610. ue os expropriados com ela concordem 62 4 equipe dedicou ainda um cap tulo aos fortes ind cios de irregularidades na condu o da fase judicial do processo de desapropria o que s o descritos com min cias em um extenso relat rio elaborado pelo Minist rio do Desenvolvimento Agr rio 63 Por fim foram apresentados dois achados de auditoria que indicam a necessidade de mudan as estrat gicas no modo de obten o de terras pela Autarquia O primeiro refere se ao descumprimento do disposto no art 17 inciso da Lei n 8 629 93 que prev a realiza o de estudo de viabilidade econ mica antes da obten o da terra Al m de configurar uma falha estrat gica e uma situa o contr ria lei de desapropria o a inexist ncia de estudos pr vios de viabilidade econ mica acarreta erros no Plano Plurianual de Investimentos j que n o h dados calculados para incluir no planejamento or ament rio dos anos futuros 64 4 segunda irregularidade de natureza estrat gica refere se n o obten o de terras por meio dos arts 13 21 e 22 da Lei n 8 629 93 O art 13 estabelece que as terras p blicas ser o utilizadas preferencialmente para fins de reforma agr ria mas entre janeiro de 2000 e outubro de 2001 catorze ofertas de terras da Secretaria do Patrim nio da Uni o n o foram sequer respondidas pelo Incra 65 Quanto aos arts 21 e 22 que autorizam a revers o ao patrim nio do Incra das glebas abandonadas ou transmiti
611. ula de c lculo empregada pelos avaliadores do Incra mas considerando que a produ o anual desses 574 ha era de 38 000 kg dado constante do cadastro informatizado do Incra fl 599 valor correto da planta o seria R 77 897 79 121324 200 Em outras palavras a equipe de auditoria entende que a indeniza o de R 491 mil paga pela planta o de caju da fazenda Brinco de Ouro gerou um preju zo ao Er rio de R 414 mil Outros casos de superavalia o de coberturas vegetais 201 Em entrevista realizada na sede da Prefeitura de Jo o C mara no dia 21 7 2003 da qual tamb m participaram o Presidente da C mara Municipal o Presidente e o Vice Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais o ex Secret rio de Agricultura e atual Secret rio de Obras do Munic pio de Jo o C mara Sr Pedro Em dio de Fran a Neto informou que o hectare mais caro que se encontra na regi o o do caju que fica entre R 300 00 ha e R 400 00 ha incluindo o valor da terra nua Em outras palavras de acordo com o Sr Fran a Neto que um fazendeiro da regi o e conhecedor do mercado local de terras o pagamento de mais de R 400 por um hectare de terra representa um neg cio extremamente interessante para o alienante da propriedade 202 Analisando se os dados dispon veis nos autos dos processos de desapropria o previamente selecionados foi poss vel validar essa assertiva e adot la como um crit rio de auditoria bastante seguro 203 No
612. ulos especiais da d vida p blica O C digo Civil de 1916 referenciava tr s S mulas art 1061 S mula 416 art 1 059 S mula 345 e art 1 063 S mula 618 O art 1 059 fundamentava perdas e danos em termos de que o credor efetivamente perdeu preju zo e o que razoavelmente deixou de lucrar lucros cessantes sendo estes devidos somente se previstos na data da obriga o O artigo 1 063 fixava a taxa de juros de mora que deveria ser de 6 ao ano sempre que previstos em lei ou convencionados pelas partes sem taxa estipulada Em caso de obriga es de pagamento em dinheiro as perdas e danos consistiam nos juros da mora era o sistema do C digo revogado previsto no art 1 061 Quer dizer que n o se admitia no adimplemento retardado da obriga o de pagar dinheiro outra compensa o al m de juros de mora a n o ser pena convencional isto estipulada entre contratantes O pagamento de juros de mora e da pena pecuni ria representa desde velhos tempos uma forma de compensar o credor sem que seja necess rio sindicar a exist ncia ou n o de preju zo ou lucros cessantes conceitos concretos ou efetivos 118 Para explicar o sistema de compensa o no C digo revogado um pronunciamento do ministro Orosimbo Nonato registrado em v rios precedentes Para ele o sistema brasileiro que era alinhado ao franc s e italiano distinguia se do anglo americano e do alem o Box 7
613. um alto grau de abstra o de dano e a sua aplica o escapa discri o judicial Nessa economia perversa nada educa tudo conspira contra o postulado do bem comum A compensa o adicional pode ser constru da em cada caso com base na pr tica do direito imobili rio rural ou urbano Em considera o uma expectativa de mercado o juiz da desapropria o estar apto a determinar o 7 Segundo Lacerda de Almeida o ingl s Jeremias Bentham trouxe pelo menos para effeitos jur dicos at as suas ltimas consegii ncias a theoria da rentabilidade do dinheiro Dos Effeitos das Obriga es pp 356 357 80 devido ressarcimento ao dono do im vel O processo de desapropria o poder ser alterado para se admitir o levantamento total do pre o ofertado por ocasi o da audi ncia de concilia o A partir da o processo poder prosseguir com o escopo de buscar indeniza o adicional S o v rias as alternativas que a legisla o poder contemplar 3 1 Juros Conceito Legal Doutrina e Jurisprud ncia a Dimens o jur dica dos juros dano abstrato e efetivo I Os juros segundo Pontes de Miranda Para Pontes de Miranda juro ou iura direitos o que o credor pode exigir pelo fato de ter prestado ou de n o ter recebido o que se lhe devia prestar Funda se em dois elementos conceituais valor da presta o e o tempo em que permanece a d vida Os juros entram no lugar da presta o
614. urar valar ou tapar de qualquer modo o seu pr dio urbano ou rural e pode constranger o seu confinante a proceder com ele demarca o entre os dois pr dios a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destru dos ou arruinados repartindo se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas 1 Os intervalos muros cercas e os tapumes divis rios tais como sebes vivas cercas de arame ou de madeira valas ou banquetas presumem se at prova em contr rio pertencer a ambos os propriet rios confinantes sendo estes obrigados de conformidade com os costumes da localidade a concorrer em partes iguais para as despesas de sua constru o e conserva o grifo nosso 276 Como se disse os t cnicos do Incra n o se preocuparam na maioria dos processos analisados em exigir dos expropriados provas de que haviam construido as cercas Apesar disso seus valores foram considerados no c lculo dos valores indenizat rios 277 Essa falha foi identificada pela Procuradoria do Incra em pelo menos um dos casos 3 Cercas N o h comprova o da propriedade do expropriado Logo tais benfeitorias devem ser avaliadas pela metade 50 excerto do parecer do Procurador Federal Sr Murillo C Mello Brand o Filho fls 199 e 200 do Relat rio de Levantamento de Auditoria TC n 005 888 2003 0 grifo nosso ver fl 716 v deste relat rio 213 Quanto ao Manual para Obten o de Terras que os t cnicos do Incra utilizam
615. utura O im vel urbano forma o ltimo segmento de mercado considerado na Figura 3 not rio que as suas caracter sticas o fazem singular sobretudo tendo em vista o perfil dos compradores e o custo de manuten o Apenas se faz esse registro sem aprofundamento para afirmar a exist ncia do conjunto das quatro faixas de mercado com caracter sticas pr prias que afetam o regime de pre os e o grau de especula o imobili ria Na especula o a terra rural considerada uma reserva de valor e n o apenas um meio de troca Nesse sentido os propriet rios conservam na ociosa na 44 expectativa de mudan as nas condi es de mercado para oportunamente melhor utiliz la no futuro No Brasil as condi es de mercado s o extremamente favor veis ao aumento dos pre os da terra rural O mercado de terras bastante imperfeito e aquecido em raz o da exist ncia concomitante de atividades produtivas e especulativas sendo alta a concentra o de terras O maior comprador desses bens o pr prio Estado for ado pela necessidade da reforma agr ria sendo poucos os outros entes capazes de suportar os vultosos valores que as opera es de compra e venda de terras envolvem Essa situa o ainda agravada pelo fato de que grande parcela das terras destinada a j mencionada atividade especulativa visto que h forte possibilidade de ganhos juntamente com os baixos custos de manuten o desses bens Isso ocorre por
616. valiando seria negociado Manual para Obten o de Terras M dulo III fl 516 153 Ap s a coleta de dados a avalia o dos peritos do Incra segue o procedimento das avalia es em geral tratamento de dados e busca do valor de tend ncia central 199 l Erros na Coleta de Pre os pelo Incra 154 Analisando os 10 processos de desapropria o selecionados verificou se que via de regra os peritos do Incra se basearam em meras opini es de pre os para a estipula o dos valores das terras desapropriadas 1 As avalia es podem ser feitas com tr s n veis de precis o rigorosa normal e expedita O n vel expedito de precis o n o se presta atividade do Incra pois segundo o item 7 3 da Norma ABNT 8799 essas avalia es se louvam em informa es e na escolha arbitr ria do avaliador sem se pautar por metodologia definida nesta Norma e sem comprova o expressa dos elementos e m todos que levarem convic o do valor Ou seja considerando que a desapropria o um ato de imp rio e de certo modo violento n o se pode admitir que o processo expropriat rio se paute em avalia es expeditas Em 9 dos 10 laudos elaborados pelo Incra analisados pela equipe nos processos selecionado consta expressamente que o n vel de precis o adotado o normal Evid ncia fl 47 Fazenda Xo por exemplo grifos nossos 200 macroetapas do trabalho de avalia o seja qual for o m todo escolhido consistem b
617. vis o que legitime a indeniza o da especula o exercida sobre a terra rural Ocorre que na maioria das vezes o resultado da especula o encontra se embutido no pr prio valor de mercado do bem a ser expropriado Nem sempre poss vel expurgar do pre o o impacto da especula o A lei considera justa a indeniza o que reflita o pre o atual de mercado do im vel em sua totalidade a inclu das as terras e acess es naturais matas e florestas e as benfeitorias indeniz veis Do pre o de mercado do im vel na sua totalidade deduz se o valor das benfeitorias indeniz veis para efeito de encontrar o valor da terra nua a ser paga em TDA Na reda o anterior a justa indeniza o seria a que permita ao desapropriado a reposi o em seu patrim nio do valor do bem que perdeu Na identifica o desse valor deve se tomar por base referenciais t cnicos e mercadol gicos Em ambos os textos o pre o de mercado o guia que prevalece e matas e florestas n o se confundem com benfeitorias indeniz veis Difundiu se na pr tica a id ia de que as matas e florestas s o quase sempre indeniz veis destacadas da terra nua se n o com esses nomes o seriam sob o nome de cobertura florestal que outra leitt mandou que fosse relacionada e descrita na vistoria administrativa A jurisprud ncia prefere a express o passada em 28 9 2004 39 Atual reda o do caput do art 12 e seu 1 da Lei 8 629
618. x propriet rios A a o apontando erro de c lculo da ordem de 103 al m de v rios acr scimos indevidos foi acatada pelo Haver ainda um outro julgamento depois de realizada uma nova per cia na fazenda a fim de determinar o valor definitivo da indeniza o Erros de avalia o Fazendas Horizonte e Escondido A Procuradoria do Incra enfrenta o desafio de reduzir o valor da condena o de R 564 254 milh es estipulados pela Justi a em 1997 que em valor atualizado equivalem a R 927 milh es para R 24 milh es na desapropria o das Fazendas Horizonte e Escondido situadas no munic pio de Ivinhema MS O im vel com 16 580 hectares pertencia Sociedade de Melhoramentos e Coloniza o Someco S A e a Francisco Carlos Dor zio tendo sido desapropriado pelo Incra em 1985 para fins de reforma agr ria O principal erro na avalia o do im vel foi considerar para efeito de c lculo duas vezes uma nica rea primeiro como terra nua e depois como cobertura flor stica Isso fez com que j no in cio do processo os valores fossem duplicados A exorbit ncia da quantia conduziu n o homologa o da senten a tendo in cio a revis o do processo de desapropria o A a o rescis ria sob o n mero 9203079997 1 tramita no Tribunal Regional Federal da 3 Regi o SP onde em 1 de setembro 99 o Incra obteve vit ria no pedido de revis o dos valores de avalia o da fazenda A a o est em p
619. xiste unidade do atributo que se pretende avaliar Como n o existe correla o necess ria entre fertilidade e relevo por exemplo n o h que se falar em m dia dos pre os correspondentes 165 Vale registrar que assim como no caso anterior analisando os dados dispon veis nos quios a equipe concluiu que as falhas t cnicas n o causaram prejuizo relevante ao Er rio Utiliza o de dados de outros munic pios sem a devida an lise e justificativa 166 No c lculo do valor da terra nua da fazenda Buraco Seco os t cnicos do Incra consideraram a t tulo de neg cio realizado dois dados relativos a propriedades rurais localizadas no munic pio de Parazinho que foram informados pelo Banco da Terra fazendas Santa Luiza e Al vio fl 545 3050 anexo 2 apresenta maiores detalhes sobre esta falha na avalia o da terra nua das fazendas Lageado e Serra Verde 206 167 Esses dados n o poderiam ter sido computados sem uma an lise mais apurada da conveni ncia de se estabelecer um fator de homogeneiza o que pudesse corrigir uma eventual distor o devida localiza o dos im veis De outro modo chegar se ia absurda conclus o que qualquer neg cio realizado no Estado do Rio Grande do Norte ou no Nordeste poderia ser aproveitado 168 Observando se na planilha de avalia o fl 546 os valores relativos a im veis de Parazinho elementos 1 e 2 da amostra verifica se que eles s o superiores s opini es de pre os apr
620. za o das avalia es t cnica e de valor dos im veis tamb m foram objetos de rigorosa an lise e aplica o pr tica nas propriedades alvo dessa auditoria piloto 12 Posteriormente a equipe de auditoria foi refor ada com mais dois analistas graduados em engenharia agron mica para dar continuidade ao trabalho de levantamento de auditoria que se mostrara mais complexo do que inicialmente previsto Portaria de fiscaliza o Secob n 702 de 12 5 2003 fl 6 13 Na primeira fase deste trabalho a equipe realizou na sede da Superintend ncia Regional do Incra no Rio Grande do Norte em Natal RN a an lise documental de dez processos de desapropria o relativos a im veis localizados no munic pio de Jo o C mara 14 No primeiro dia do trabalho de campo em Jo o C mara RN a equipe de auditoria entrevistou funcion rios da Prefeitura e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara Nos dias seguintes a equipe acompanhada de um servidor do Incra e do vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jo o C mara esteve nas fazendas expropriadas 15 Nessas visitas aos im veis desapropriados os representantes dos assentados foram entrevistados acerca das benfeitorias existentes no im vel poca da desapropria o da qualidade da terra nos lotes de eventuais abandonos de lotes das condi es de vida das atividades econ micas desenvolvidas etc 16 0s ltimos dias em Jo o C mara foram reservados par
621. zem refer ncia a reas totalmente cobertas com mata nativa fato que em Jo o C mara justificaria o pagamento suplementar a t tulo de rea desmatada 9 9 2 os pre os de terra nua que s o opinados pelos t cnicos empres rios rurais e funcion rios p blicos da regi o referem se a im veis com parte de sua rea desmatada e parte com pasto formado conforme relato equipe de auditoria prestado pelo Sr Pedro Em lio de Fran a que diversas vezes respondeu of cios do Incra informando em nome da Prefeitura suas opini es de pre os de terra 9 9 3 a Procuradoria do Incra RN contr ria ao pagamento de indeniza es relativas a rea desmatada conforme parecer de fl 608 9 10 determinar a cita o solid ria dos respons veis pelos preju zos ao Er rio verificados na desapropria o da Fazenda Serra Verde Boa Vista com fulcro no art 12 inciso II da Lei n 8 443 92 para que os Srs Ismael Viriato de Souza e Francisco de Assis Martins que assinaram o Laudo de Vistoria e Avalia o e Sr Jos Leonardo Guedes Bezerra chefe do grupamento Fundi rio que assinou parecer corroborando os valores a serem indenizados constantes desse laudo apresentem alega es de defesa ou recolham aos cofres do INCRA as quantias indicadas acrescidas dos encargos legais diante das seguintes irregularidades 9 10 1 superavalia o de 200 ha de cajueiro que gerou um preju zo estimado de R 52 9 mil em 11 10 1996 cap tulo 3 d

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