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A ansiedade depressão e agressividade em Crianças e

1. 34 3 4 18 2 ASPECTOS EXPRESSIVOS 34 3 4 19 3 ASPECTOS DE CONTE DOS OU 34 34 00 S NTESE siso A ART a CAE DT RAN 35 3 4 21 AN LISE DO 35 34 22 CONCLUSA O ia a nn A A anda 35 CAPITUEO Va 36 ACTIVIDADE DE INVESTIGA O asaaaa oa aa a a aa oa ana a toa a DEA aa ADE DEA EDU Da Doa aa a aa nao anano ndo 36 INTRODU O 36 4 2 FUNDAMENTA O TE RICA DA 47 vii vii 4 2 1 BREVE HIST RICO DA TERAPIA 47 4 2 2 MODELO COGNITIVO DE BECK PARA A 5 48 4 2 2 1 PERTURBA O DEPRESSIVA MAJOR ouscaoa sao a oa coa a anana a oa cea a nena noso 56 4 2 2 2 PERTURBA O 1 56 4 2 2 3 PERTURBA O DEPRESSIVA SEM OUTRA ESPECIFICA O 56 4 2 3 CONCEITO DE DEPRESS O NA CRIAN A ADOLESCENTE 57 4 3 FUNDAMENTA O TE RI
2. 30 343 QUEIXA 30 3 4 4 DIN MICA DO 30 3 4 5 LOCAL DA 2 2 31 3 4 6 DESENHO DA 31 3 4 7 1 ADAPTATIVOS oa a toa a nao a aa na ao aa ED RD a DRA oa Dean aa Dano nDo 32 3 4 8 2 ASPECTOS EXPRESSIVOS 32 3 4 9 DE CONTE DO OU 32 3410 S NTESE 32 3 4 11 DESENHO DA RVORE uciaaoaioa oa aa aa aa na ana a toa Da DEA aa DA Da DU Da ED RD a EDAD ao a ana Da Dado ndo 33 3 4 12 1 ASPECTOS ADAPTATIVOS aaaaa aa a a oa a toa a ena a aa a Ea Da Da ED a a Da a oa aa Da Da ena Dando 33 3 4 13 2 ASPECTOS EXPRESSIVOS 2uaaaaa aa aa oa a toa a toa a aa na a DEA EDU a ED RD a aa a ana Da ena Dando 33 3 4 14 ASPECTOS DE CONTE DO OU PROJECTIVOS 33 34 15 S NTESE ss a 33 3 4 16 FIGURA 34 3 4 17 1
3. 13 3A SUMARIO ee DR ED ASIA 13 32 JCASONS O 13 3 2 1 DESCRI O DO 13 3 2 2 IDENTIFICA O 2 2 14 323 QUEIXAS 14 3 2 4 DIN MICA DA 22 2 2 14 3 2 5 HIP TESE PSICODIAGN STICA iis ana a aa oa ao aa anana anana oa a aa Deo ena Dando 15 3 2 6 T CNICA EMPREGADA PROCEDIMENTOS 15 3 2 7 TRABALHO CONFLITOS aaaa aa oa cana a toa anno na aa aa Da Da Da EDU Da Da a aa aa anana ata Dando 15 3 2 8 TRANSFER NCIAS oraaoa aa oa ao a ana a a aa oa a Da a ED EDADE DADE DADE DUE EDU DA EDAD ADA Da ana Da ena Do ndo 16 3 2 9 O PROBLEMA DA RESIST NCIA 16 3 2 10 INSIGHT E ELABORA O uroaoa aa aa aa ana a ena a DEA aa Da Dan E Da ED RD a DRA aa Da aa D aa ena Do ndo 16 FOCALIZA O a 17 32 12 RESULTADOS pasa a 17 3 2 13 APRESIA O SOBRE O DESENROLAR DAS ACTIVIDADES E DOS DESAFIOS ENFRENTADOS 2aaaaoa aa aa a toa a ena na na a na ana a ED aa DORA DR D
4. 90 NDICE DE GR FICOS Gr fico 1 Depress o Socioculturalmente 85 Gr fico 3 Agressividade Socioculturalmente e 86 Gr fico 4 Group Statistics sro pda 87 Gr fico 5 Profiss o do 87 Gr fico 6 ProfiIssao da M E a 87 Gr fico 7 lda e 2 89 Gr fico 8 Sucesso escolar oi 90 ix NDICE SIGLAS CPA Centro de Psicologia Aplicada WISC Teste Escala de Intelig ncia de Weschsler H T P Teste House Tree Person OMS Organiza o Mundial de Sa de TCC Terapia Cognitiva Comportamental YSR Youth Self Report Question rio de auto avalia o para jovens UNIP Universidade Paulista PIEF Programa de Interven o Educa o e Forma o ASEBA Achenhach System of Empirically Based Assessment SPSS Statistical Package for the Social Sciences CBCL Child Behavior Checklist CDI Children Depression Inventory BDI Beck Depression Inventory CID Classifica o Internacional de Doen as d cima revis o DSM IV Manual de Diagn stico e Estat stica de Transtornos Mentais quarta revis o SNC Sistema Nervoso Central INTRODU O A primeira parte do presente trabalho surgiu a partir do es
5. timidez introvers o mais voltado para si As portas fechadas existe uma certa cautela nos contactos As janelas com vidra as cauteloso nos relacionamentos Colocou pessoas na janela e m veis indicam que a casa est habitada Colocou sol animismo o que significa a presen a de uma figura de autoridade A rvore e animal indicam vida O teto relativamente pequeno indica tend ncia maior ao pr tico objectividade A casa alegre completa harmoniosa cheia de vida e bem colorida 3 4 10 S NTESE aberto a contactos porem com certa cautela Encontra relativamente pouca satisfa o na fantasia parecendo possuir uma certa praticidade A crian a tem recursos internos completos consegue fechar gestalt 2 32 Tem vida emocionalmente boa consegue transitar bem Mais ligado ao concreto Refere se ao mundo bem organizado n o tem dificuldade de se impor possui labilidade Aparentemente sua gaguez n o se prende ao fato de estar fechado parece relacionar se bem com o mundo 3 4 11 DESENHO DA RVORE J M inverteu a folha come ou a fazer uma base levemente verde confirmou se era rvore que ele ia desenhar A seguir fez o tronco castanho trocou pelo l pis verde e fez a copa com o l pis vermelho fez frutos a seguir 2 p ssaros castanhos o sol animismo e por ultimo nuvens azuis 3 4 12 1 ASPECTOS ADAPTATIVOS Desenho de acordo com o sexo idade e n vel cultural 3 4 13 2 ASPECTOS EXPR
6. o do bom objecto interno Em 1953 Eduard Bibring destacou e deu uma import ncia primordial perda da auto estima como elemento chave da depress o As suas ideias aproximavam se mais da resposta consciente aos acontecimentos que aos conflitos inconscientes entre o eu e o super eu Mesmo quando estava de acordo em dar import ncia s experi ncias 55 55 iniciais da inf ncia como base para o desenvolvimento da depress o na idade adulta susteve que a depress o se desenvolve e se instaura como resultado da frustra o das expectativas conscientes Tamb m divergia dos psicanalistas anteriores crendo que as dificuldades no manejo dos sentimentos agressivos desempenham uma fun o primordial na origem da depress o Considerando se a categoriza o do DSM IV TR 2002 que inclui nas perturba es depressivas Depress o Major Distimia Perturba o Depressiva sem outra especifica o 4 2 2 1 PERTURBA O DEPRESSIVA MAJOR A Perturba o Depressiva Major caracterizada pelo menos duas semanas de humor depressivo ou perda de interesse acompanhado pelo menos por quatro sintomas adicionais da depress o Pode definir se como uma perturba o com epis dios de humor que d lugar a uma perda de capacidade para sentir prazer e interesse pelas actividades quotidianas Pode ser acompanhada por sintomas psic ticos DSM IV TR 2002 4 2 2 2 PERTURBA O DIST MICA A perturba o Dist mica c
7. o socioecon mica como um todo est o mais inclinados devido a dificuldades financeiras a ficar deprimidos a usar drogas ou a tornarem se delinquentes Os ve culos de comunica o televis o r dio incentivam os crimes ou instigam a sua reincid ncia Bee 1997 Singer 1975 destaca a viol ncia apresentada na televis o representa es ficcionais de assalto e de morte A apresenta o de cenas de actividade criminosa e de viol ncia pode n o s instruir as pessoas a respeito de meios inteligentes ou eficientes para a execu o de v rios crimes como levar os observadores de actividades agressivas numa tela imita o directa do comportamento observado seja por imaturidade seja por sugest o Hutz Koller e Bandeira 1996 in Kristensen e tal 2001 identificam os seguintes factores de risco baixa escolaridade fam lias numerosas aus ncia de um dos pais stress familiar ocorr ncia de eventos negativos na vida doen as na fam lia Quando o adolescente d uma resposta mal apropriada a uma situa o de risco e resulta em consequ ncia negativas ao seu desenvolvimento psicol gico o menor fica vulner vel isto existe uma predisposi o para o desenvolvimento de psicopatologias ou comportamentos disfuncionais em situa o problema Hutz Koller amp Bandeira 1996 in Kristensen e tal 2001 Os problemas mais usuais nesta etapa da vida s o divididos em t s categorias Achenbach amp edelbrock 1987 in Kristense
8. 24 24 vantagens e desvantagens tem muitos perigos mas tamb m tem coisas instrutivas Eles precisam confiar em RC O RC tem necessidade de experimentar vivenciar situa es ir contra as regras e contra seus pr prios pais Tudo isso necess rio para o crescimento de RC N o poderiam priv lo dessas coisas Podem amenizar as coisas conversando com ele Tentei alert los dizendo que me parecia que o tratavam como uma crian a e na verdade ele um garoto de 14 anos que n o pode ser sufocado e ainda rotulado como hiperactivo Disse tamb m que achava que RC n o era hiperactivo e sim que tinha falta de limites A m e me contestou v rias vezes que ele era sim pois tinha comportamentos que eles n o gostavam Comia demais n o parava quieto com o p quando assiste TV mexe com tintas e suja toda a roupa e casa de banho N o l agressivo com irm Comentei que realmente na presen a da m e t m um comportamento agitado e ansioso Pois n o ela que sustenta essa quest o RC quer agradar a m e e chamar a aten o A agressividade com a m e e a irm n s sabemos e j comentamos o porqu N o ficar quieto complicado Uma crian a ou adolescente ficarem quietos sem se mexer por muito tempo Dif cil Parece que em casa ele n o se sente muito bem ent o questionei o que os pais estavam fazendo para que ele se sentisse assim O pai respondeu que RC dif cil Quer escutar m sica gozada bem alto br
9. Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Desfavorec ido Total Desfavorec ido Total Favorecido Total Desfavorec ido Total 144 144 Sexo profiss o m e Depress o Crosstabulation Profiss o da m e SECTOR SECTOR SECTOR Depress o PRIM RIO SECUND RIO TERCE RIO DOM STICA FALECIDO Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino 5 Masculino Feminino Total Masculino Total 10 Feminino Total 9 0 Sexo Masculino 0 0 3 3 Feminino 1 1 1 3 14 gt 145 Masculino Feminino 7 Feminino Total Masculino Total Socioculturalmente idade Crosstabulation Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total sano eano eoo Tom Socioculturalmente Favorecido 15 15 0 30 Desfavorecido 10 18 2 30 Total 25 33 2 60 146 146 Socioculturalmente profpai Crosstabulation profpai SECTOR SECTOR SECTOR PRIM RIO SECUND RIO TERCE RIO FALECIDO Total 0 11 19 0 30 Sociocul
10. Universidade da Beira Interior Departamento de Psicologia e Educa o Relat rio final de est gio para obten o do grau de mestre em Psicologia 2 Ciclo OLGA MARIA TEIXEIRA LOUREN O SILVA Covilh 2008 Relat rio final de est gio submetido Universidade da Beira Interior UBI realizado sob a orienta o do Prof Dr Henrique Pereira para a obten o do grau de mestre em Psicologia li ii AGRADECIMENTOS Ao Prof Henrique Pereira que aceitou orientar este trabalho o que fez de forma compreensiva e extremamente competente Ao Presidente da C mara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo Dr Ant nio Edmundo que me apoiou incondicionalmente Ao Director do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas J 1 2 Ciclo de Figueira de Castelo Rodrigo Prof Tondela e aos professores Paiva Ribeiro Fernanda Olga Sandra Ana Cristina e Isabel que sempre estiveram dispon veis para me ajudar Ao Director da Escola Secund ria com 3 Ciclo Prof Maia Lopes que sempre se demonstrou dispon vel Ao Carlos Alberto Teixeira da Silva meu esposo que sempre esteve presente e ajudou em tudo que estava a seu alcance tanto no mbito profissional como pessoal Aos meus pais Raul e Aida que sempre incentivaram meus sonhos acad micos sendo sempre prestativos Aos meus queridos filhos Carlos Eduardo Paulo Roberto e Nuno Felipe pelo seu carinho encorajamento e apoio A minha amiga Paula Carvalho pela prec
11. es desaparece quando os problemas causas que a provocaram s o ultrapassados Em tempos remotos pensava se que a depress o como a ansiedade n o faziam parte das patologias que afectavam os jovens mas com o avan ar das v rias ci ncias humanas o contr rio foi f cil de provar de facto estas patologias fazem parte dos problemas vivenciais deste referido grupo de indiv duos Actualmente sabemos que os jovens adolescentes adultos s o t o pass veis ansiedade e depress o quanto os adultos e estes dist rbios devem ser encarados com 40 40 seriedade e compreens o pois nesta idade todos os sentimentos e emo es tomam grandes propor es A ansiedade um estado emocional com componentes psicol gicos e fisiol gicos que faz parte do espectro normal das experi ncias humanas sendo propulsora no desempenho Ela passa a ser patol gica quando desproporcional situa o que a desencadeia ou quando n o existe um objecto espec fico ao qual se direccione Os transtornos de ansiedade est o entre os transtornos psiqui tricos mais frequentes na popula o geral com preval ncias de 12 5 ao longo da vida 7 6 no ano e 6 no m s anterior entrevista Andrade et al 1998 Al m dos transtornos serem muito frequentes os sintomas ansiosos est o entre os mais comuns podendo ser encontrados em qualquer pessoa em determinados per odos de sua exist ncia Aubrey Lewis 1979 ap s uma longa revis o sobre a origem e o signifi
12. muito importante pois l que ocorre o desenvolvimento e crescimento cognitivo emocional interpessoal social e de personalidade Muitas dos problemas surgem na escola ou s o detectados primeiramente na escola Dai a import ncia das pessoas que trabalham na escola terem forma o adequada para definir crises e respostas adequadas de modo a poder identificar trair e responder enorme variedade de quest es que afectam constantemente as nossas crian as e jovens e assim como suas fam lias As escolas s o o principal local para identificar e ao mesmo tempo oferecer tratamento para os diversos problemas de risco Bostic e Rauch 1999 J que as fam lias s cio cultura mente desfavorecidas n o est o preparadas nem financeiramente nem culturalmente e nem psicologicamente para atender a uma demanda t o complicada Os comportamentos desviantes transtornos de ansiedade depress o e fobias s o os respons veis pelo maior encaminhamento para os servi os de sa de mental infantil Bird 1996 embora as crian as e os adolescentes dessa categoria corram risco 76 76 frequente de abandono e fracasso no tratamento Trautman Stewart e Morishima 1993 Os ndices de co morgidade entre transtornos de abuso de subst ncias e transtornos de humor e de comportamento entre os adolescentes parecem ser id nticos aos mostrados pelos adultos Kandel et al 1999 Um problema importante encontrado por muitas crian as a exposi
13. o viol ncia Miller Wasserman Neugebauer Gorman Smith e 1999 afirmam que a exposi o viol ncia comum para os meninos de zonas urbanas Sua pesquisa leva nos a crer que fam lias com conflito baixo a viol ncia tem um impacto significativo sobre comportamentos anti sociais que surgem posteriormente Schwab Stone e colaboradores 1999 demonstram que em uma amostra longitudinal de adolescentes urbanos expostos viol ncia tanto os transtornos experienciados internamente quanto os que se manifestam externamente aumentam ap s dois anos de exposi o viol ncia A exposi o viol ncia uma situa o problem tica principalmente para crian as e adolescentes Os Centeres for Disease Control and Prevention 1993 relatam que quase um ter o dos alunos no fim do ensino fundamental e do ensino m dio reconheceu ter sido amea ados de agress o f sica N meros significativamente maiores de adolescentes de zonas urbanas centrais testemunharam directamente agress es f sicas a outrem Gladstein Rusonis Heald 1992 As consequ ncias dessa exposi o ainda n o foram totalmente estudadas ou compreendidas mas a crescente exposi o viol ncia pode influenciar directamente ou por associa o imita o os pensamentos sentimentos e os comportamentos das crian as e dos jovens Outras quest es preocupam pais professores pedagogos e psic logos e outros profissionais da sa de mental Frequentem
14. 1 3 2 1 DESCRI O DO TRABALHO A rea de Atendimento de Adultos foi durante o per odo de 06 de Mar o a 7 de Outubro de 1999 sob supervis o da Prof Dr Rael A Cl nica possui v rias salas de atendimento um bar uma secretaria e outras reas de manuten o al m de oferecer toda a infra estrutura b sica necess ria 13 13 O est gio ocorreu durante o ano lectivo de 1999 sendo um atendimento por semana de 50 minutos de dura o Foram 20 sess es sendo um atendimento por semana e tendo uma pausa durante o recesso escolar condizente ao m s de f rias em Julho A paciente faltou seis das 20 sess es previstas sendo algumas por motivo de doen a Segue se o desenvolvimento do trabalho fazendo se os resumos das sess es por entender que desta forma a identidade da paciente fica efectivamente preservada 3 2 2 IDENTIFICA O DADOS Nome M Sexo Feminino Idade 57 anos Estado Civil Casada In cio do Atendimento 06 03 1999 T rmino do Atendimento 07 10 1999 3 2 3 QUEIXAS A paciente relata ser muito doente e nervosa Atribui seu estado de sa de prec rio ao marido que alco lico Sente se angustiada sem paz e com o humor deprimido Seu desejo manifesto o de querer parar de preocupar se tanto com a fam lia marido 3 2 4 DIN MICA DA PACI NTE A senhora M parece buscar no sofrimento o castigo da culpa que sente em desejar a aniquila o da figura parental e seu substituto o mar
15. Ao contr rio os filhos provindos de fam lias indulgentes mostram baixos ndices de depress o e ansiedade e altos escores nas escalas de auto estima e comportamentos pr sociais Entretanto apresentam baixo desempenho acad mico e tend ncia aos problemas de comportamento Reppold e Cols 2002 Slicker 1998 Steinberg e Cols 1994 Contudo apesar destas constata es sobre os factores de risco serem antigas no senso comum a progresso de certas atitudes parentais e pol ticas sociais que fomentem um desenvolvimento ben fico diante de situa es hostis parece ser menos frequente do que o necess rio Uma revis o realizada por Diekstra 1995 relativa a estudos epidemiol gicos mostra um aumento significativo dos casos de depress o entre os jovens nas ltimas d cadas o que provavelmente esteja associado ao aumento da neglig ncia parental do stress quotidiano a competitividade e diminui o dos padr es de toler ncia frustra o e at mesmo os profissionais de sa de estarem mais atentos a estas patologias Nesse sentido ao considerar que o diagn stico da depress o enquanto classifica o nosogr fica fundamenta se em sintomas que em geral iniciam na adolesc ncia e configuram um transtorno cl nico por volta da terceira d cada de vida Lima 1999 a possibilidade de observar precocemente a ocorr ncia de seus indicadores viabiliza um atendimento profil tico A elabora o de programas de aten o sa de emo
16. Imaturidade relativa no contacto com o meio infantilidade necessidade de agradar de ser aceite socialmente Controle r gido moralismo boa energia Ambival ncia e depend ncia materna Apresenta uma figura de maior autoridade sol 3 4 21 AN LISE DO PROTOCOLO A an lise do protocolo demonstrou uma pessoa dentro da normalidade para a idade 8 anos Apresenta uma certa gagueira mas parece n o ser relacionada com problemas de press o ambientais Demonstra energia normal recursos internos condizentes com a idade dotado de intelig ncia educa o e transita bem no mundo A sexualidade mostra se presente mas de um certo modo reprimida Apresenta necessidade de depend ncia do meio aberta contactos por m com certa cautela infantil com necessidade de protec o materna Mostra certa ambival ncia quando sente necessidade de expans o e valoriza o pr pria Apresenta uma identifica o e valoriza muito Parece estar muito ligado fam lia apesar de n o se sentir muito vontade pois apresenta sentimento de constri o 3 4 22 CONCLUS O Personalidade ainda em forma o Demonstra possuir caracter sticas atitudes e pensamentos pr prios da inf ncia Sente relativamente predom nio do passado e necessidade de protec o materna 35 35 CAPITULO IV ACTIVIDADE DE INVESTIGA O 4 1 INTRODU O A adolesc ncia segundo a Organiza o Mundial de Sa de OMS o per odo da vida a partir
17. Tendo em linha de pensamento que todo o ser humano um ser biopsicossocial qualquer altera o a n vel psicol gico afecta o indiv duo no seu todo Tendo em conta que os indiv duos alvo deste estudo s o adolescentes as altera es nos seus modelos f sicos ou psicol gicos acarretam nos referidos indiv duos um conjunto de transforma es provocando na sua vida um conjunto de mudan as quer a n vel cognitivo quer a n vel social Os adolescentes est o no seu dia a dia sujeitos a um conjunto de press es e exig ncias que mudam obrigatoriamente a sua forma de viver A adolesc ncia o 38 38 per odo das mudan as isso Schowalter citado por Calais 2003 258 define adolesc ncia como o per odo de transi o do apoio integral dos pais auto sufici ncia e alerta que o seu princ pio e o seu fim variam grandemente mais exacto conceber a adolesc ncia levando em considera o o desenvolvimento f sico psicol gico e social Nesta fase da sua vida exigido ao adolescente ou jovem adulto o desempenho de um papel dif cil Tem de aprender a lidar com um conjunto de responsabilidades que v o fazer parte da sua vida futura como cidad o Atrav s da interac o com o seu grupo de amigos o adolescente come a nesta etapa a alicer ar a sua componente psicol gica de uma forma mais marcada que anteriormente Segundo Martins 2004 as caracter sticas mais pr prias deste per odo s o a crescente c
18. discrimina suas tarefas e responsabilidades participar de ac o conjunta que nos pode levar a uma sociedade mais humana 97 97 BIBLIOGRAFIA Refer ncias Bibliogr ficas ASSIS S G 1991 Quando Crescer um Desafio Social Um Estudo S cio Epidemiol gico sobre Viol ncia em Escolares em Duque de Caxias Rio de Janeiro Disserta o de Mestrado Rio de Janeiro Escola Nacional de Sa de P blica Funda o Oswaldo Cruz Ajuriaguerra J Marcelli D 1991 Manual de psicopatologia Infantil 22edi o Porto Alegre Masson Artes M dicas ABERASTURY A Adolesc ncia P Alegre Artes M dicas 5 ed 1990 ABERASTURY A e KNOBEL M Adolesc ncia normal P Alegre Artes M dicas 7 ed 1988 American Psichological Association 1981 Ethical Principles Of Psychologists American Psychologist 36 633 638 ANASTASI A nne Testes Psicol gicos SP Editora Pedag gica e Universit ria 9 ed 199 BECK A T Depression causes and treatment Filadelfia University of Pennsylvania Press 1972 Beloch A Sandin B Ramos F 1995 Manual de Psicopatologia volumen2 Madrid Mc GraW Hill BECK A T RUSH A J et ai Cognitive therapy of depression Nov Guilford Press 1 979 Terapia cognitiva da depress o Rio de Janeiro Zahar 1982 in KAPLAN H L SADOCK B J Tratado de Psiquiatria 6 lt ed Porto Alegre Artes M dicas 1999 V 2 7 BEZERRA JR Benilto AMARANTE Paulo Psiquiatria Sem Hosp cio Rio d
19. ncia dos conflitos com a ordem estabelecida Minayo 1990 A fam lia escola sistema judici rio perpetuam os comportamentos violentos na medida em que s o respons veis pela manuten o de pap is que condicionam os indiv duos a aceitar ou infligir sofrimento Comportamentos juvenis considerados agressivos incluem desde actos que os adultos classificam como criminosos tais como roubo e assalto at transgress es que t m rela o estrita com a idade como corridas de autom veis brigas de rua e bebedeiras Al m disso a valoriza o destes epis dios ir variar de acordo com a cultura e as classes sociais 4 2 FUNDAMENTA O TE RICA DA DEPRESS O 4 2 1 BREVE HIST RICO DA TERAPIA COGNITIVA Resumindo BECK e Cols 1982 a terapia cognitiva uma terapia activa directiva estruturada e limitada no tempo em m dia com quinze a vinte sess es cujos objectivos principais s o ensinar o paciente a reconhecer as cogni es negativas e as conex es entre cogni o afecto e comportamento examinar as evid ncias contra e a favor de pensamentos que s o automaticamente distorcidos imaturos e a substituir estas cogni es por interpreta es mais orientadas para a realidade A Terapia Cognitiva tem suas origens em correntes filos ficas e religi es antigas como o budismo que postulavam a influ ncia das ideias sobre as emo es Afirmavam que os homens n o eram perturbados pelas coisas mas sim pela vis o que tinham d
20. neglig ncia ou rejei o materna n mero elevado de substitutos maternos abuso f sico e sexual e conduta violenta em adolescentes Forchand 1991 Assis 1991 Hist rias de abuso f sico e sexual t m sido relatadas por adultos e adolescentes que apresentam auto imagem negativa dificuldades de relacionamento e vaz o inapropriada de impulsos agressivos Dodge et al 1991 Gil 1990 Oates 1984 Blomhoff et al 1990 Os comp ndios de psiquiatria t m se mostrado contradit rios amb guos e mesmo preconceituosos na abordagem do tema agressividade na inf ncia e adolesc ncia Colocam uma nfase maior nos aspectos legais da viol ncia principalmente quando envolvem danos propriedade privada em detrimento das condutas socialmente destrutivas aos jovens Outro grupo de estudiosos percebe as condutas violentas como estrat gia de sobreviv ncia das classes populares v timas das contradi es do capitalismo no pa s Jovens violentos podem pertencer a culturas marginais e apresentar comportamentos agressivos como forma de defesa adapta o ao grupo ou ascens o social Nesta pesquisa optou se pelo conceito que caracteriza a viol ncia como um fen meno em rede Entender 46 46 viol ncia nesta dimens o significa perceb la em suas m ltiplas facetas onde manifesta o particular se articula com as outras a viol ncia dos indiv duos e dos pequenos grupos deve ser relacionada com a viol ncia dos pais a viol
21. o com baixo poder aquisitivo e baixo n vel de escolaridade Todo cliente que procura os servi os da cl nica do CPA tem seus dados cadastrais registados Ao ser chamado pelo sector de triagem o cliente tem seu registo feito na recep o A partir da avalia o diagn stica os clientes triados adultos adolescentes crian as e fam lias e que apresentam sofrimentos ps quicos s o encaminhados aos diversos est gios das disciplinas curriculares e aguardam a chamada para atendimento psicol gico gratuito seguindo a ordem de inscri o no livro de Registo Caso o cliente apresente uma necessidade urgente de atendimento n o seguida a lista de espera Se o cliente apresentar uma demanda que n o est consoante aos prop sitos da forma o e s actividades previstas pelos est gios ele ser encaminhado para outras institui es e ou profissionais que possam atend lo em sua demanda O sector de triagem mant m actualizado um cadastro de institui es que prestam servi os na rea de sa de Todas as institui es que procuram os servi os do CPA s o atendidas pelo coordenador e ou supervisor que avaliam se h possibilidade de desenvolver um trabalho que v ao encontro das necessidades da institui o e dos objectivos da forma o Em caso afirmativo estabelecem se conv nios e acordos de coopera o entre as institui es e a universidade se for de interesse de ambas as partes S o mantidos prontu rios dos client
22. perda de interesse por pessoas e isolamento As altera es cognitivas da depress o infantil principalmente relacionadas aten o racioc nio e mem ria interferem no rendimento escolar Os sintomas mais frequentes da depress o na inf ncia e adolesc ncia costumam ser os seguintes ins nia choro baixa concentra o fatiga irritabilidade rebeldia tiques medos lentid o psicomotora anorexia problemas de mem ria desesperan a idea es e tentativas de suic dio A tristeza pode ou n o estar presente Baseando se nas tabelas para diagn stico revistas por Jos Carlos Martins podemos compor a seguinte listagem de crit rios O Transtorno Depressivo na Inf ncia e Adolesc ncia se caracteriza por uma sintomatologia afectiva de longa dura o e est associado a v rios outros sinais e sintomas vistos acima tais como ins nia irritabilidade rebeldia medo tiques mudan as nos h bitos alimentares problemas na escola na vida social e familiar Alguns outros sintomas podem acompanhar o Transtorno Depressivo na inf ncia e adolesc ncia em idade escolar tais como apatia tristeza agressividade choro hiperactividade queixas f sicas medo morte nele pr prio ou nos familiares frustra o desespero distrac o baixa auto estima rejei o em ir escola problemas de aprendizagem e perda de interesse por actividades que antes gostava t o comum o Transtorno Depressivo na Inf ncia e Adolesc ncia a ponto
23. que tanto pais especialistas da sa de mental e educadores v em se muitas vezes envolvidos com tais problemas verificando sua impot ncia na resolu o dos mesmos A depress o ansiedade e agressividade em termos cl nicos assume uma import ncia enorme pelas consequ ncias nas crian as e adolescentes a n veis individuais familiares sociais f sicos e psicol gicos A posi o depressiva evid ncia todo um desequil brio cognitivo comportamental que afecta a vida ps quica de crian as e adolescentes Segundo Coimbra e Matos 2001 a depress o pode ser compreendida como uma baixa de press o an mica o que acaba por diminuir a energia ps quica e o interesse pelo mundo real Os sintomas depressivos nos jovens podem se confundir com a Hiperactividade Dist rbio de Conduta e Agressividade Alguns dos sintomas da depress o s o comportamento agressivo Hiperactividade diminui o de rendimento escolar inibi o social humor deprimido na maior parte do dia falta de interesse nas actividades di rias altera o do sono e apetite falta de energia altera o na actividade motora sentimento de inutilidade dificuldade para se concentrar pensamentos ou tentativas de suic dio Por vezes existem sentimentos de desespero ou culpabilidade inadequados face aos acontecimentos reais e resistentes argumenta o l gica Existe uma variedade de teorias que procuram compreender os mecanismos que est o contidos na etiologia e
24. 1985 Foi encontrada agrupamento entre priva o emocional na inf ncia agress o f sica entre os pais depress o materna quebra precoce do v nculo m e filho neglig ncia ou rejei o materna n mero elevado de substitutos maternos abuso f sico e conduta violenta em adolescentes Forchand 1991 Assis 1991 Hist rias de abuso f sico e sexual t m sido relatadas por adultos e adolescentes que apresentam auto imagem negativa dificuldades de relacionamento e vaz o inapropriada de impulsos agressivos termo agressividade reconhecido como inato ao ser humano A agressividade representa uma forma de protec o contra amea as externas Para Freud 1998 a agressividade uma condi o da fisiologia humana que necessita de um est mulo ambiental para ocorrer Freud 1998 afirma em Al m do Princ pio do Prazer que todo organismo vivo constitu do por um conjunto pulsional composto pela puls o de vida eros e pela puls o de morte A puls o de vida diz respeito ao amor ao afecto libido e s atitudes construtivas ou altru sticas e tende n o somente a preservar a vida como tamb m a reproduzir outras J a puls o de morte ou destrutiva actuante em todo ser vivo luta para destrui lo Nenhuma dessas duas puls es mais essencial do que a outra uma vez que elas est o entrela adas mas seria poss vel dissoci las e suas manifesta es serem contr rias entre si bem como haver uma fus o para alcan
25. Escolar e a Adolesc ncia SP EPU 3 ed 1989 ROCHA Z O Frustra o e Agressividade em Adolescentes Delinquentes e N o delinquentes Tese de concurso para Livre Doc ncia em Psicologia do Desenvolvimento Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul Porto Alegre 1976 ROSENZWEIG S An Outline of Frustration Theory In J Mc V Hunt org Personality and Behavior Disorders a Handbook Based on Experimental and Clinical Research New York The Ronald Press Company 1994 Psicologia do Desenvolvimento S o Paulo Vols 1 2 3 e 4 SP EPU 5 1982 STRASBURGER V Os Adolescentes e a M dia impacto psicol gico P Alegre Artmed 1999 Spielberger C D Gorsuch R L amp Lushene R E Manual for the Strait Trait Anxiety Inventory Palo Alto CA Consulting Psychologists Press 1970 TUNDIS S e COSTA N Cidadania e Loucura RJ Vozes 3 ed 1992 VYGOTSKY LURIA LEONTIEV A Forma o Social da Mente SP Cortez 1988 Linguagem Desenvolvimento e Aprendizagem SP cone 1988 Taylor J A A Personality Scale of Manifest Anxiety Journal of Abnormal Psychology 48 285 290 FREUD S O Problema Econ mico do Masoquismo Obras Completas vol XIX Rio de Janeiro Imago 1969a originalmente publicado em 1924 Tr s Ensaios sobre a Teoria de Sexualidade Obras Completas vol VII Rio de Janeiro Imago 1969b originalmente publicado em 1905 104 104 Mal estar na
26. NETO O SOUZA E R amp ASSIS S G 1993 Entre o determinismo e a supera o algumas considera es In O Limite da Exclus o Social Meninos e Meninas de Rua no Brasil M C Mynaio ed pp 117 124 S o Paulo Hucitec DESLANDES S 1994 Aten o a crian as e adolescentes v timas de viol ncia dom stica Cadernos de Sa de P blica 10 supl 1 177 188 SciELO DODGE A 5 J E amp PETTIT G 5 1991 Mechanisms in the cycle of violence Science 250 1 678 1 683 DEWALD A Psicoterapia um Enfoque Din mico Barcelona Toray 1972 DIAS J F amp ANDRADE M C Criminologia o Homem Delinquente e a Sociedade Crimin gena 2 ed Coimbra Coimbra 1997 99 99 Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rua Ramiro Barcelos 2600 4 andar Porto Alegre RS 90035 008 Brasil Departamento de Psiquiatria Faculdade de Medicina Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rua Ramiro Barcelos 2350 t rreo Porto Alegre RS 90035 008 Brasil EISENSTEIN E amp SOUZA R P 1993 Situa es de Risco Sa de de Crian as e Adolescentes Rio de Janeiro Vozes Edi o Standard Brasileira das Obras Psicol gicas Completas de Sigmund Freud Rio de Janeiro Imago 1969 ERIKSON Eric Identidade Juventude e Crise RJ Guanabara 1975 Escola de Sa de P blica Secretaria de Sa de e Meio Ambiente Av Ipiranga 6311 Porto Alegre RS 906
27. Socioculturalmente Crosstabulation Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000 11 000 14 000 Total A N A N O N Tabela 49 Depress o Socioculturalmente Crosstabulation 129 129 Sexo Ansiedade Crosstabulation ER _ ppt tt ato Lato Sexo Masculino 10 Feminino Socioculturalmente Ansiedade Crosstabulation Ansiedade 100 200 400 500 eoo 700 Socioculturalmen Favorecido 3 1 4 5 11 1 4 1 30 te Desfavorecid 0 3 4 5 10 3 4 1 30 3 4 8 10 4 8 2 60 Group Statistics Sucess 2 945613 449202 3 225587 782320 1 69227 25807 1 65387 40112 5 49156 83746 5 31438 1 28893 1 130 Socioculturalmente Depress o Crosstabulation Depress o 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000 11 000 14 000 Total Socioc Favorecid Desfavore cido Total SIM SIM N O Agessividade Depress o Ansiedade 131 131 Ansiedade Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation Socioculturalmente SIM Total Ansiedade 3 Count Desfavorecido Ansiedade 132 132 Sucesso Escolar Socioculturalmente Depress o Desfavorecido Depress o 1 000 2 00
28. a adolesc ncia uma fase importante mas dif cil Acho que era importante confiarem no RC e dar mais espa o e autonomia a RC pois n o era mais crian a e sim um lindo e inteligente adolescente Tinha algumas coisas que o incomodava muito Uma tinha sido o nascimento da irm e tudo isso acarretou muita tristeza solid o e desamparo para ele Os pais comentam que tentaram dar mais aten o para o RC que para a filha Ent o digo que n o foi assim que ele interpretou RC passou a agir como se passasse de preferido a preterido 23 23 Ent o o pai concorda comigo que o nascimento da irm realmente deve ter influenciado esse comportamento que ele vem apresentando Pois at a chegada da irm ele era o nico sobrinho nico neto de ambas as partes Ent o falo o porqu da agressividade com a m e e com a irm Ele culpa a m e e mais sente que foi tra do Ele se sacrificou durante muito tempo para agradar a m e e ela tem uma filha que tira o lugar dele A m e mais tranquilamente conta um caso que at agora a deixa chateada com RC Esta fez anivers rio o m s passado e ele ainda n o deu os parab ns ela O pai obrigou o a dar os parab ns e ele n o deu Comentei com o pai que eu estava preocupada pois RC quase n o falava dele Ent o ele me disso que trabalha todos os dias quando chega em casa s 20 30 h est na hora de RC dormir Hoje mesmo o pai tinha chegado atrasado devido loja ter muitos clientes a
29. ar um objectivo A ideia de agress o manifesta como rela o de viol ncia exercida sobre o outro modificada e ent o descrita como uma express o externa da puls o de 63 63 morte que conta com aux lio espec fico da musculatura Referindo se ao funcionamento externo da puls o de morte Freud 1997 postula que a agress o o maior impedimento civiliza o Ele entende por civiliza o as experi ncias de grupo ra a fam lia entre outros que a humanidade experimenta Esse processo de socializa o equivalente puls o de vida No ser humano a puls o agressiva coloca se em oposi o aos objectivos mais elevados da civiliza o e ocasiona conflito entre as pessoas A preval ncia da puls o agressiva sobre o processo de civiliza o resultar numa inclina o para a agress o que poder ser evidenciada no comportamento de pessoas com tal disposi o Para que isso ocorra a pessoa n o precisa estar acometida de alguma patologia psicol gica espec fica A agress o aparece como um factor que perturba os relacionamentos o que faz com que a sociedade passe a despender maior energia na conten o dos comportamentos agressivos e a permanecer sob constante amea a de desintegra o Freud 1998 Storr 1970 e Winnicott 1999 descrevem que o agente inibit rio prim rio da agress o o superego sendo este desenvolvido no processo de interac o ambiental da crian a com a fam lia Algumas crian as
30. cognitivo disfuncional Beck com seus estudos sobre a depress o nos conduziu a voltarmos nossa aten o para a maneira disfuncional com que nossos pacientes depressivos pensam Por funcionarem de uma forma pessimista muito sedimentada em mecanismos de culpa inconsciente notamos que estas pessoas nos mais diversos graus demonstram 48 48 ter graves distor es nas suas formas de pensar Poder ajud las a perceber essa maneira errada de encarar e interpretar as coisas a detectar seus esquemas mentais e pensamentos autom ticos disfuncionais que tanto prejudica as suas vidas O enfoque cognitivo visa propiciar a vantagem de al vio imediato dos sintomas buscando resultados r pidos o que muito importante Sua natureza estruturada directiva objectiva e planejada aliada rela o terap utica estabelecida poderiam ser os aspectos que auxiliam os pacientes a se organizarem em torno de uma meta Todavia a estrutura e a forma como se desenvolve pode ser considerada como muito abreviada porque a hist ria passada do indiv duo e os seus conflitos n o s o abordados extensivamente A redu o sintom tica pode ser insuficiente ou at mesmo tempor ria Os aspectos espec ficos da TCC que contribuem para o tratamento o modo como opera na melhora dos sintomas sua efic cia frente aos antidepressivos ou sua associa o com eles ainda requerem estudos Mas a literatura relata evid ncias favor veis ao seu emprego parecendo s
31. concelho e averiguar a correla o entre a ansiedade depress o e a agressividade nos jovens de g neros diferentes Consider mos as fam lias s cio culturalmente desfavorecidas as que os progenitores trabalham no sector prim rio as que est o desempregadas e as que n o possuam o ensino b sico As fam lias socioculturalmente favorecidas os progenitores trabalham no sector secund rio e terci rio e tem escolaridade acima do 9 ano Para o estudo aplicou se o question rio s cio demogr fico sexo idade escolaridade profiss o um question rio de auto avalia o para crian as e adolescentes YSR 11 18 1991 T M Achenbach traduzido por J Paulo Almeida de 11 a 18 anos A recolha de dados foi feita por mim e tratada atrav s do programa SPSS Statistical Package for the Social Sciences vers o 11 6 2000 para o Windows A Depress o Ansiedade e Agressividade parecem fazer parte do quotidiano das crian as e jovens em maior ou menor grau A depress o uma caracter stica do adolescente muito frequente est relacionada com a pr pria componente psico afectiva Ajurriaguerra e Marceli 1991 comportamento influenciado por complexa interac o de vari veis entre as quais est o as de cunho social cultural ambiental e biol gico neuropsicol gico S o escassas as investiga es que existem nestas reas depress o ansiedade e agressividade por m t m sido objecto de estudos uma vez
32. das crian as de 10 anos Dezasseis anos depois Rutter 1986 volta a pesquisar e considera que os quadros depressivos s o muito mais frequentes na adolesc ncia do que na inf ncia Essas suspeitas foram confirmadas mais tarde por Ciccheti em 1995 Nesse ano Goodyar situa a preval ncia do Transtorno Depressivo na Inf ncia e Adolesc ncia entre o 1 8 e 8 9 Embora seja dif cil reunir dados sobre a incid ncia de Depress o Infantil em recente artigo Jos Lu s Pedreira Massa assinala que na Espanha a media de transtornos depressivos tamb m pode situar se em torno de 9 na popula o geral infantil menor de 12 anos sendo algo superior na adolesc ncia A Depress o Infantil tem sido cada vez mais observada devido em parte actualiza o conceitual e aten o m dica crescente sobre esta doen a O sofrimento moral por exemplo respons vel pela baixa auto estima no adulto pode se apresentar como um sentimento de culpa e na crian a como ci me patol gico do irm o mais novo Nas crian as e adolescentes comum a depress o ser acompanhada tamb m de sintomas f sicos tais como fatiga perda de apetite diminui o da actividade queixas inespec ficas tais como cefaleias lombalgia dor nas pernas n useas v mitos c licas intestinais vista escura tonturas etc Na esfera do comportamento a 44 44 depress o na inf ncia e adolesc ncia causar estrago nas rela es com os demais familiares e colegas
33. disturbances of conduct In Child and Adolescent Psychiatry M Rutter amp L Hessor eds 32 ed pp 400 423 Boston Blackwell Scientific Publications ZALUAR A 1986 Teoria e pr tica do trabalho de campo alguns problemas In A Aventura Antropol gica R Cardoso ed 2 ed 107 126 Rio de Janeiro Paz e Terra 106 106 NDICE DE ANEXOS N 1 QUESTION RIO DE AUTO AVALIA O PARA JOVENS N 2 TABELAS 107 E 107 Std Std Statistic Statistic Statistic Statistic Statistic Error Statistic Statistic 60 1 1 2 065 504 254 Socioculturalmente Sucesso Escolar 23 00 9 5000 69685 Valid N listwise Tabela 7 Estatisticas 1 Statistics Prof Socioculturalme m e Escolar i ivi nte 60 of Mean Median Mode Std 1 69945 Deviation Variance 2 888 Range Minimum Maximum 1 Eis 108 Sexo Tabela 8 Valid Cumulative Estat stica Frequency Percent Percent Percent 52 Masculino 10 Feminino Tabela 9 Sexo Sexo idade Crosstabulation o o mo 1500 Sexo Masculino 10 Feminino Tabela 10 Socioculturalmente Ano escolaridade Socioculturalmente 5 ANO 6 po por _ Favorecido Sucesso Escolar SIM NAO Total Desfavorecido Sucesso Escolar 1 109 11 Sucesso Sucesso Escolar Escolar Ano escolaridade Socioculturalmente SIM Sociocultural mente Crosstabulatio 1 00 n 2 00 3 0
34. do funcionamento mental Atrav s da utiliza o de instrumentos psicom tricos pr definidos poss vel aceder a um melhor entendimento da din mica ps quica dos potenciais cognitivos e da organiza o estrutural de personalidade permitindo uma an lise de comportamentos atitudes e reac es do indiv duo Os objectivos da consulta de avalia o psicol gica s o m ltiplos passando pela despistagem descri o compreens o do sujeito verifica o de hip teses diagn stico progn stico e encaminhamento para interven o articulando propostas reeducativas com as escolas t cnicos da rea da reabilita o Terapia da Fala Apoio Pedag gico Especializado e ou Psicomotricidade 2 2BREVE DESCRI O DAS ACTIVIDADES No que diz respeito s t cnicas e m todos de avalia o utilizados recorremos a entrevistas anamn se observa o directa invent rios de comportamento para pais o teste Escala de Intelig ncia de Weschsler para crian as 3 edi o WISC 111 o teste H T P House Tree Person para identificar a personalidade das pessoas avaliadas com a finalidade de elucidar problemas com base em pressupostos te ricos e avaliar aspectos espec ficos de cada situa o assim como prever o curso poss vel de casos para que o psic logo possa comunicar os resultados e propor solu es Analisamos o processo de atendimento psicoter pico de dois pacientes um deles psicossom tico apenas percebidos devido ao proc
35. do qual surgem as caracter sticas sexuais secund rias e se desenvolvem os processos psicol gicos e os padr es de identifica o que evoluem da fase infantil para a adulta Entre elas est a transi o de um estado de depend ncia para outro de relativa autonomia Considera se adolesc ncia o per odo de 10 a 19 anos e distingue se adolesc ncia inicial entre 10 e 14 anos de idade e adolesc ncia final na idade de 15 19 anos WHO 2000 A adolesc ncia o per odo de vida onde acontecem as maiores transforma es tanto f sicas quanto psicol gicas e a velocidade dessas transforma es aterroriza e at mesmo incomoda a todos os que est o envolvidos com o adolescente e a ele pr prio A inconst ncia indol ncia agressividade e inseguran a s o alguns tra os da adolesc ncia Por estes motivos o indiv duo se torna vulner vel a todos os est mulos externos sendo completamente influenciado por eles V rias teorias psicol gicas tentaram explicar o porqu dessas dificuldades Baseadas numa tradi o cultural e cientifica de procurar dentro das pessoas as causas dos comportamentos essas teorias descrevem o adolescente como um sujeito em conflito causado pelas mudan as hormonais e fisiol gicas Por m quem partilha de uma postura comportamentalista no entanto n o fica satisfeito com estas explica es Pois acredita que um conflito deve estar no ambiente As inseguran as s o fruto de um meio extremamente puni
36. familiar que envolve a rela o entre pais e filhos no que diz respeito agressividade f sica e verbal t cnicas de disciplinas ciclo ascendente de conflito e agress o evita o de interac o problemas de comunica o A Interac o fam lia um outro factor a considerar relativamente ao casal disc rdias conjugais stress nas rela es viol ncia e agress o tamanho da fam lia e gravidez n o desejada os factores sociais t m um peso significativo como o desemprego problemas econ micos insatisfa o com trabalho tens o no trabalho isolamento social falta de apoio social baixas condi es de moradia falta de oportunidades educativas e vizinhos envolvidos com viol ncia assim como os factores culturais aceitar os castigos corporais dos filhos valores e atitudes negativas frente a inf ncia e maternidade paternidade aprova o do uso da viol ncia A Etiologia dos maus tratos numa tentativa de explicar este fen meno surgiu na d cada de 60 o que se denominou modelos uni causais Foram denominados como modelos uni causais porque analisavam uma s rie de factores independentes entre si em diferentes reas sem que se fizesse a articula o entre as diversas reas como por exemplo a psicol gica e a social Surgiu primeiro os modelos psicopatol gicos e mais tarde o sociol gico sendo que estes n o tiveram xito por que n o relacionaram o problema dentro das duas reas psicologia e sociologia Belsky veio propor um m
37. nas provas verbais Informa o que avaliam a extens o dos conhecimentos mem ria a longo prazo e assimila o de experi ncias nas provas Semelhan as Vocabul rio e Compreens o que est o relacionadas com a maturidade social e com a capacidade de utilizar a pr pria experi ncia Ao n vel do vocabul rio apresenta capacidade para comunicar pensamentos e ideias atrav s da linguagem No Quociente Intelectual Global no Quociente Intelectual de Realiza o revela resultados inferiores para a sua faixa et ria na Aten o concentra o Aptid o num rica Estabilidade emocional Comportamento cumprimento de regras Os resultados mais baixos verificam se nas provas de Cubos C digo e Aritm tica Os resultados inferiores apontam para dificuldades ao n vel da estabilidade emocional da aten o concentra o e representa o simb lica 3 3 9 PARECER PSICOL GICO Os resultados das entrevistas e avalia es mostram para o facto de o RC ter um d fice de aten o que resulta na realiza o de uma aprendizagem mais lenta penalizando o quer na aquisi o das aprendizagens quer no resultado final uma vez que necessita de mais tempo para concluir as tarefas e exerc cios Necessita constantemente de incentivo e motiva o e estimula o para elaborar as actividades escolares com sucesso Os dados resultantes revelam que o RC faz aprendizagem de forma lenta tem algumas capacidades para ser bem sucedido mas s cons
38. o delinquente Cabe descrever que o delinquente a delinqu ncia s o termos encontrados legisla o para denominar crime juvenil Delinquente e delinqu ncia tamb m s o considerados como sin nimos de infractor e criminalidade Williams 1955 citado por Feldman 1979 Dias amp Andrade 1997 Megargee e Hokanson 1976 sugerem uma din mica de personalidade diferente para delinquentes agressivos que podem ser divididos em dois tipos distintos o super controlado e o sub controlado O tipo de personalidade super controlado ocorre em pessoas extremamente inibidas medida que as respostas alternativas s o bloqueadas tamb m inibida a express o de uma resposta agressiva ocorrendo maior frustra o e instiga o A instiga o residual isto a parte restante dos est mulos agressivos provocados pela frustra o pode permanecer activa por longos per odos de tempo e aumentar com outras frustra es esse mecanismo o respons vel por explos es paradoxais de viol ncia observadas em indiv duos usualmente quietos e inofensivos O tipo sub controlado se refere s caracter sticas de personalidade cujas inibi es em rela o ao comportamento agressivos s o muito baixas Devido ao baixo n vel de inibi es a pessoa tende a ser diagnosticada como possuidora de uma personalidade sociop tica anti social ou dissocial Por isso a din mica de personalidade assemelha se de muitas outras pessoas que t m dificuldades co
39. o e promo o da sa de dos indiv duos fundamentadas na tica do cuidado Um cuidado que ultrapasse as interven es especializadas e que responda convoca o do outro como valor em si mesmo como a figura decisiva de nossas m ltiplas ac es Para cumprir nossos objectivos a matriz curricular apresenta disciplinas que se comp em de est gios que se caracterizam pelo compromisso da busca de pr ticas adequadas s culturas e realidades locais e regionais correspondentes s localiza es diferenciadas do CPA sem que se perca de vista a unidade curricular e program tica Est o previstas actividades pr ticas de est gio levantamento e discrimina o das demandas com o respectivo planeamento de interven es individuais institucionais organizacionais e comunit rias interven es cl nicas correc o e an lise de testes psicol gicos elabora o de relat rios parcial e final visitas domiciliares visitas a institui es reuni es com outros profissionais pesquisa bibliogr fica leituras de textos te ricos e t cnicos que sirvam compreens o dos atendimentos e reflex o das experi ncias proporcionadas pela pr tica O CPA Pomp ia localiza se na Zona Oeste da Cidade de S o Paulo e atende as pessoas residentes em bairros pr ximos como Lapa Brasil ndia Casa Verde Freguesia do Pirituba Barra Funda A maioria das pessoas que procura atendimento psicol gico no CPA proveniente de camadas da popula
40. o encontra se distante dos grandes meios e por sua vez das vantagens e desvantagens competitividade consumismo globaliza o injusti as sociais que poderia gerar maiores estores de ansiedade depress o e agressividade O concelho tem uma particularidade a popula o constitu da por muitas pessoas de etnia cigana por m parecem ser compreendidos e envolvidos na comunidade Os pais destes jovens t m adquirido muitas ajudas sociais RSI Rendimento Social de Inser o e outros o que poder ser um factor decisivo para o bem estar emocional e comportamental apesar de estarmos diante de crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos que prov m de familias em que h lacunas a nivel emocional e comportamental com hist rias de alcoolismo abandono familiar rejei o e pobreza Para alguns autores quanto mais factores de risco a fam lia tem maior a probabilidade da crian a sofrer de abuso ou neglig ncia e por sua vez a crian a tornar se mais ansiosa agressiva e depressiva Alguns factores de risco segundo Bringiotti 2000 s o os factores individuais dos pais que est o relacionados com a hist ria de maus tratos na inf ncia baixa toler ncia a frustra o imaturidade emocional baixa auto estima baixas habilidades interpessoais desordens psicol gicas baixa toler ncia ao stress e baixo coeficiente intelectual 94 94 Para o desenvolvimento bem estar popula o mais jovem a Casa Cultura tem
41. o privilegiado onde por um lado OS jovens se re nem estabelecem e compartilham c digos regras de comportamento e desenvolvem relacionamentos sociais afectivos e amorosos Por outro lado onde recebem informa o onde podem contar com possibilidade de tratamento esclarecido e expressar suas d vidas com menor constrangimento em espa os colectivos Por tudo isso as escolas representam uma via privilegiada para os esfor os de preven o de uso indevido de drogas lcool e outros comportamentos desviantes Entretanto segundo Schall 2000 1996 o modelo de preven o que vigora maioria das escolas n o contempla os aspectos afectivos emocionais no processo de constru o do conhecimento centrado quase exclusivamente nos aspectos cognitivos o ac mulo de saber a memoriza o sem a necess ria contextualiza o e envolvimento pessoal e integral do indiv duo As estrat gias informativas educativas desenvolvidas na escola devem superar as metodologias centradas no estere tipo negativo das drogas comportamentos agressivos e suas consequ ncias sobretudo do ponto de vista da criminaliza o A gravidade das caracter sticas psicopatol gicas numa idade t o jovem est a merecer uma interven o psicossocial para reduzir as suas repercuss es para o futuro 95 95 REFLEX O SOBRE A MINHA PR TICA Em termos pessoais o est gio e o estudo efectuado foi de extrema import ncia tanto a n vel pessoal como a n v
42. o quis aceitar a possibilidade do filho n o ser hiperactivo e vai sozinha ao consult rio buscar a receita para comprar o medicamento Nas vezes em que o RC acompanhou a m e ao consult rio ela falou do xixi e do coc na sua frente o que o deixou constrangido Nas primeiras sess es com RC percebi que na presen a da m e ele tinha um comportamento agitado infantiizado e ent o curiosamente este comportamento desaparece quando fica a s s comigo Suas atitudes n o pareciam t o agitadas quanto queriam demonstrar pois ele tamb m tentou me convencer que era hiperactivo Isso parecia um trunfo algo a ser exibido com prazer 20 20 N o me deixei convencer e fui aos poucos dizendo para ele que suas atitudes minha presen a n o demonstravam uma agita o fora do comum Parecia na verdade que queriam fazer me acreditar em algo que eu n o sentia e n o via Nesse aspecto a m e e filho estavam identificados Os dois parceiros e c mplices sustentavam uma situa o onde o meu paciente sa a prejudicado RC obrigado a tomar o medicamento e a permanecer numa situa o infantilzada de depend ncia Perguntei me sobre os motivos que estariam a levar RC a concordar com tal situa o Aos poucos percebi que a cumplicidade desses dois os leva a praticar maldades e passei a utilizar esta palavra para designar um conjunto de atitudes onde a outra pessoa constrangida e humilhada Regina tentou fazer isso comigo e se
43. os conte dos reprimidos que s o supostos a partir de suas associa es Escutando o analisado analista tenta manter uma atitude emp tica de neutralidade Uma postura de n o julgamento no sentido de criar um ambiente seguro e de confian a Em 1948 Melanie Klein apresentou e argumentou a favor de uma base psicodin mica diversa para explicar o desenvolvimento da depress o Segundo Klein durante o primeiro ano de vida das pessoas que se forma a base do que mais tarde pode ser o sofrimento depressivo No entender de Klein todas as crian as atravessam um estado evolutivo a que chama posi o depressiva e que em sua opini o est caracterizada por um per odo de tristeza temores e culpa Ao sentir se frustrada pela car ncia ou pela perda do amor a crian a rebela se contra a m e e desenvolve fantasias de tipo s dico e destrutivo contra ela dirigida Esta situa o provoca na crian a estados de ansiedade e de culpa Al m disso devido incapacidade da crian a para distinguir o mundo exterior a sua m e do interior ela pr pria e das imagens que interioriza da m e tudo se transforma num intenso temor em autodestruir se Esta a explica o de Klein da fase denominada posi o depressiva A base patol gica para a descoberta da depress o na idade adulta d se quando a crian a n o comprovou que a m e que odeia e ama simultaneamente a mesma pessoa Isto em termos psicanal ticos uma falha na interioriza
44. promovido ao longo de v rios anos passeios acampamentos teatros palestras filmes dan as passeios de bicicleta concurso de moton utica e outras actividades l dicas O que tem envolvido o trabalho de v rios profissionais psic logos soci logos e educadores que sensibilizam e formam pais familiares crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos que anteriormente tinham apresentado uma hist ria de problemas emocionais e comportamentais Alguns factores da personalidade s o alterados principalmente no que diz respeito a socializa o a depend ncia externa a auto confian a e a forma de lidar com a afectividade e com os comportamentos agressivos Os dados apresentados em pesquisas realizadas at ent o v m a comprovar que a situa o de risco dos jovens diminui na propor o em que eles s o expostos s actividades de preven o sugerindo que uma das formas mais eficazes de conter o avan o da ansiedade depress o e agressividade se refere aos esfor os amplos consistentes e permanentes de forma o de atitudes e comportamentos seguros entre os adolescentes e jovens Nesse esfor o junto a uma popula o potencialmente mais vulner vel num concelho socioculturalmente desfavorecido todas as institui es devem ser envolvidas com especial destaque as Escolas Centros de Sa de C maras Municipais 5 5 Institui o Particular de Solidariedade Social Por m as escolas continuam a representar um espa
45. ria de maus tratos nos progenitores a hist rias de conflito e rotura na fam lia no que diz respeito aos transtornos emocionais a doen a cr nica na quest o f sica e 1 ou mental temos as drogas lcool o isolamento social a falta de habilidades sociais para resolu o de conflitos o desemprego a viol ncia no local da moradia as condi es de moradia o stress econ mico a inseguran a ou instabilidade as rela es inst veis e desarmoniosas as pr ticas educativas e disciplinares inadequadas e insuficientes Na Crian a Adolescente adoecimentos frequentes problemas de conduta hiperactividade e passividade Para alguns autores quanto mais factores de risco a fam lia tem maior a probabilidade da crian a sofrer de abuso ou neglig ncia e por sua vez a crian a tornar se mais ansiosa agressiva e depressiva Alguns factores de risco segundo Bringiotti 2000 s o os factores individuais dos pais que est o relacionados com a hist ria de maus tratos na inf ncia baixa toler ncia a frustra o imaturidade emocional baixa auto estima baixas habilidades interpessoais desordens psicol gicas baixa toler ncia 74 74 ao stress e baixo coeficiente intelectual Os factores individuais relativamente aos filhos s o o nascimento prematuro baixo peso ao nascer problemas f sicos ou ps quicos hiperactividade temperamento dif cil passividade problemas de sono e alimenta o Ainda necess rio levar em conta a interac o
46. rios de valor da sociedade A sociedade em que vivemos com seu quadro de viol ncia e destrui o n o oferece garantias suficientes de sobreviv ncia e cria uma nova dificuldade para o desprendimento O adolescente cujo destino a busca de ideais para identificar se depara se com a viol ncia e o poder e tamb m os usa Aberastury 1981 apud Levisky 1997 Neste tema t o complexo e sujeito a vieses fica dif cil explicitar at aonde o adolescente est exteriorizando uma conduta agressiva como uma reac o de defesa viol ncia estrutural da sociedade ou quando h uma inten o deliberada de infligir dano ou sofrimento a outrem Em suma em que momento eles s o transformados de v timas em r us A percep o da sociedade em rela o aos menores infractores a de pivetes que roubam e matam logo incomodam o bem estar social A sociedade os v como agentes da viol ncia Pouco se fala destes indiv duos enquanto v timas ou potenciais cidad os Minayo amp Assis 1993 O comportamento agressivo dos adolescentes certamente est articulado com as m ltiplas formas de viol ncia expl citas ou n o que eles vivem no mbito da fam lia da escola e de outras institui es da sociedade muitas das quais com a fun o prec pua de proteg los Segundo alguns autores n o se pode atribuir o comportamento agressivo somente a etiologias neurol gicas mas estudos vem reconhecendo como muito importante em indiv duos c
47. se desenvolvem de maneira a tornarem se incapazes de controlar sua agress o quando adultas e a agir de acordo com seu pr prio impulso hostil Nesses adultos a agress o ou reprimida e voltada para o pr prio ego ou deserdada e atribu da aos outros sendo expressa sob formas explosivas e infantis o que os impede de integrarem suas agress es de modo positivo Em 1939 Dollard Doob Miller Mowrer e Sears em Moser G 1991 p 63 publicaram uma obra intitulada frustra o e agress o e enunciaram a seguinte hip tese toda agress o uma consequ ncia da frustra o e toda frustra o origina uma forma de agress o Definiram agress o como uma conduta cujo fim ferir a outrem ou seu substituto e frustra o como toda ac o que entrava o indiv duo de alcan ar um fim por ele fixado A intensidade da resposta agressiva directamente proporcional intensidade da frustra o A extens o da frustra o resulta da import ncia para o indiv duo da actividade bloqueada e da for a desse bloqueio Moser 1991 Na forma em que foi originalmente apresentada a hip tese da frustra o agress o considerava a agress o como uma consequ ncia natural e obrigat rio da frustra o Em modifica es posteriores da hip teses a agress o era considerada como uma consequ ncia natural embora n o obrigat rio da frustra o uma vez que poderiam ser aprendidas respostas n o agressivas frustra o Esta ficou sen
48. terap utico 28 28 A segunda forma de tornar sess o terap utica refor adora diz respeito ao sigilo das informa es obtidas atrav s das sess es sendo que o contrato de sigilo s para o cliente neste caso o adolescente j que ele que est a passar por um processo terap utico O cliente tem o direito se assim o quiser de saber as informa es dele dadas pelas outras pessoas O sigilo como podemos observar unilateral o que aproxima mais o adolescente do terapeuta tem uma pessoa que realmente est do lado dele o que nem sempre acontece no seu ambiente familiar escolar O clima de transpar ncia ou seja expressar para o adolescente tudo aquilo que sentiram a seu respeito j que o adolescente por vezes sente se enganado por todos pois informa es s o lhe negadas acerca dos sentimentos que desperta nas pessoas normalmente esses sentimentos s s o expressos quando ocorrem explos o de raiva m goa e ressentimento por parte de terceiros s s o expressos sentimentos negativos foi importante para sinalizar para o adolescente de maneira firme adequada socialmente coerente e consistente aos sentimentos que ele despertou nos outros com os seus comportamentos Ser modelo de assertividade em rela es extra sess o dar a percep o ao adolescente de que ele tamb m capaz de provocar bons sentimentos foi importante para a rela o terap utica e automaticamente a melhora de seus comportamentos e auto estima Os
49. 0 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000 14 000 Total 1 133 Sucesso Escolar sm Socioculturalmente Agressividade Desfavorecido 00 0 1 1 3 00 2 0 2 4 00 1 1 2 5 00 2 1 3 7 00 2 3 5 8 00 1 2 3 9 00 0 1 1 10 00 2 0 2 11 00 0 1 1 12 00 0 1 1 13 00 1 2 3 14 00 0 1 1 15 00 1 0 1 16 00 1 0 1 134 134 Agressividade 0 Case Summaries _________________ Ea 1 Total N Total N Total N Total N 1 00 1 2 00 3 00 3 00 4 00 4 00 3 00 2 00 2 00 6 00 4 00 3 00 4 00 000 000 2 000 1 5 000 3 000 1 000 1 000 6 000 8 000 4 000 4 000 4 000 5 000 4 000 2 000 5 000 Total 4 00 6 00 4 00 2 00 3 00 4 00 1 00 4 00 4 00 3 00 4 00 5 00 4 00 4 00 5 00 3 00 3 00 4 00 7 00 6 00 2 00 2 00 2 00 4 00 6 00 7 00 6 000 3 000 2 5 000 7 000 3 000 6 000 3 000 10 000 9 000 7 3 000 3 000 6 000 8 000 5 000 5 000 2 000 3 000 2 000 4 000 7 000 8 000 4 000 3 000 2 9 000 9 000 11 000 3 136 136 21 22 23 a Limited to first 100 cases Total Total Total Total Total 4 00 4 00 4 00 6 00 2 00 4 00 4 00 6 00 5 00 3 00 3 00 1 00 1 00 4 00 6 00 4 00 6 00 5 00 60 6 000 10 000 7 000 6 000 2 000 1 000 9 000 10
50. 0 4 00 5 00 6 00 7 00 Total Favorecido Ansiedade 00 Desfavorecido Ansiedade 1 00 2 00 3 00 4 00 5 00 6 00 7 00 Total Tabela 12 Ansiedade Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation 110 110 Socioculturalmente Favorecido Depress o 000 Sucesso Escolar 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 N N N 8 000 9 000 10 000 11 000 Desfavorecido Depress o 1 000 Tabela 13 Depress o Sucesso Escolar 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000 14 000 Total Socioculturalmente Crosstabulation 111 111 o 15 14 Socioculturalmente Tabela 14 Idade Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation Socioculturalmente N O ALGUMAS 6 13 MUITO 2 Total 30 Q12 17 ALGUMAS 5 7 MUITO 1 0 Total 15 15 Tabela 15 Q12 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation 112 112 Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total A 10 7 ALGUMAS 4 7 11 MUITO f 1 2 Total 15 15 6 9 7 2 2 15 15 014 4 ALGUMAS MUITO Total Tabela 16 Q14 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation Count Socioculturalmente Sexo Favorecido Desfavorecido Total N O 14 12 26 1 4 Total 15 15 30 28 30 Feminino 018 15 13 ALGUMAS 0 2 15 15 Tabela 17 018 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation 113 113 Co
51. 0 2 Ansiedade ano escolaridade Crosstabulation Ano escolaridade sano eano eoo Tom 0 3 0 3 151 151 Ansiedade ano escolaridade Crosstabulation Ano escolaridade sano cano 600 0 3 0 3 152 152 Agressividade Sucesso Escolar Crosstabulation Sucesso Escolar SIM 1 153
52. 000 6 000 5 000 1 000 4 000 2 000 14 000 4 000 6 000 9 000 9 000 60 137 137 Statistics ____________ Depressao _ 60 60 60 Valid Missing 0 Mean 5 15000 Std Error of Mean 391163 Median Mode Std Deviation Variance Range Minimum Maximum Sum a Multiple modes exist The smallest value is shown Group Statistics Socioculturalmen te Mean Std Deviation Std Error Mean Favorecido 3 4667 1 81437 33126 Desfavorecido 3 7333 1 59597 29138 Favorecido 4 83333 2 983672 544741 Desfavorecido 5 46667 3 093189 564736 Favorecido 5 386341 98341 Desfavorecido 5 50037 1 00422 1 38 138 Std Deviation 57735 7 76209 Agressividade Depress o Agressividade Std Deviation O N O O A 139 139 Socioculturalmente idade Ansiedade Crosstabulation Count idade Ansiedade 11 00 1200 13 00 14 00 15 00 00 Socioculturalmente Favorecido Total Socioculturalmente Favorecido Desfavorecid Socioculturalmente Favorecido 2 0 Desfavorecid Socioculturalmente Favorecido Desfavorecid Socioculturalmente Favorecido Desfavorecid Socioculturalmente Favorecido Desfavorecid Socioculturalmente Favorecido Desfavorecid Socioculturalmente Favorecido Desfavorecid 14 140 Depress o 0 Sociocultu
53. 000 adultos escolhidos ao acaso a partir de 18 anos derivadas de comunidades americanas por meio de programa de entrevista diagnostica Os resultados estimaram que a preval ncia geral de transtornos ansiosos para um per odo de 6 meses foi de 8 9 e para ao longo da vida foi de 14 6 Segundo Relat rio de Sa de Mental no Mundo desenvolvido pela OMS em estudo realizado no contexto de aten o prim ria de sa de os diagn sticos mais comuns foram depress o ansiedade e abuso de subst ncias n o havendo diferen a na preval ncia entre pa ses 62 62 desenvolvidos e em desenvolvimento revelando tamb m que impacto sobre a qualidade de vida n o fica limitado aos transtornos mentais graves destacando que os transtornos de ansiedade em especial o TP t m efeito substancial especialmente no que se refere ao funcionamento psicol gico OMS 2001 4 4FUNDAMENTA O TE RICA DA AGRESSIVIDADE O adolescente agressivo e maltratado Se s o violentos porque est o desesperados Marcuse Perceberam que crian as e adolescentes expostos ao abandono morte doen a dos pais ou submetidos intensa ansiedade gerada pelo ambiente podem apresentar conduta agressiva Fagan amp Wexler 1987 Quando os pais ferem se mutuamente abandonam as fam lias ou amea am suicidar se a ansiedade dos filhos enorme Eles podem desenvolver um modelo crescentemente agressivo em suas rela es familiares escolares e sociais Wolff
54. 10 001 Brasil ELLIS A Reason and emotion in pshychotherapy Nova York Lyle Stuart 1962 ITO L Terapia Cognitivo comportamental para Transtornos Psiqui tricos S o Paulo Artes M dicas 1998 FALCETO O G 1989 Diagn stico psiqui trico de fam lia Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul 11 131 136 Lilacs FAGAN J amp WEXLER S 1987 Crime at home and the streets the relationships between family and strange violence Violence and Victims 2 5 23 FERNANDEZ A 1992 A agressividade qual o teu papel na aprendizagem In Paix o de Aprender E Grossi ed pp 168 180 Rio de Janeiro Vozes FORCHAND R 1991 The role of the family stressors and parent relationships on adolescent functioning Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry 30 316 Fonseca A 1997 Psiquiatria e Psicopatologia Ivolume 2 Edi o Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 100 100 Fonseca A Sim es Rebelo amp Cardoso F 1994 Um invent rio de compet ncias sociais e de problemas de comportamento em crian as e adolescentes O child behaviour checklist de Achenbach CBCL Psychologica 12 55 78 FADMAN James FRAGER Robert Teorias da Personalidade SP Harba 1986 FERRARI A rmando Adolesc ncia o Segundo Desafio Belo Horizonte Casa do Psic logo 1996 FERREIRA A Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira 3 ed 1999 FR
55. 1999 Teixeira amp Luis 1997 Um estudo meta anal tico realizado por Petersen e colaboradores 1993 a partir de 30 trabalhos sobre depress o na adolesc ncia revela que o n vel de humor deprimido descrito na literatura internacional varia na ordem de 20 a 35 entre os meninos e de 25 a 40 entre as meninas de amostras n o cl nicas Quanto ao percentual dos adolescentes que evidenciam escores indicadores de depress o por meio da aplica o do Invent rio de Depress o Infantil Chartier e Lassen 1994 obtiveram um ndice de 8 3 em uma amostra americana Baptista e Bardagi encontraram ind cios depressivos clinicamente significantes em 5 3 e 5 1 das amostras adolescentes respectivamente Baptista Baptista amp Dias 2001 Bardagi 2002 o percentual de humor deprimido entre jovens brasileiros chega 42 7 Salle Segal amp Sukiennik 1996 Dentre os factores que podem moderar estes resultados atrav s do efeito projectivo que produzem sobre o risco da depress o Merikangas e Angst 1995 destacam a auto percep o positiva a compet ncia social o bom rendimento escolar e o apoio social e instrumental percebido Outras vari veis estudadas s o os n veis de exig ncia supervis o e disciplina e responsabilidade apoio aquiesc ncia e reconhecimento autonomia dos pais em rela o a seus filhos A combina o dessas duas dimens es constitui a caracteriza o de quatro estilos parentais autoritativo autor
56. 292 MINAYO C 1993 O Limite da Exclus o Meninos e Meninas de Rua no Brasil Rio de Janeiro Hucitec Abrasco MINAYO M C amp ASSIS S 1993 Viol ncia e sa de na inf ncia e adolesc ncia uma agenda de investiga o estrat gica Sa de em Debate 39 58 63 G M 1994 A crian a abusada e negligenciada Jornal de Pediatria 70 56 60 Medline Lilacs NETO FRANCISCO BATISTA Psicoterapia Breve RJ 2000 OS RIO Luiz Adolesc ncia Hoje Porto Alegre Artmed 2 ed 1992 Evolu o Ps quica da Crian a e do Adolescente Alegre Movimento 1981 OUTEIRAL Joseph e cols Inf ncia e Adolesc ncia Porto Alegre Artes M dicas 1982 OATES R J 1984 Personality development after physical abuse Archives of Disease in Childhood 59 147 150 OS RIO L C 1982 S ndrome um estudo sobre a psicopatologia do adolescente In Inf ncia e Adolesc ncia J Outeiral ed pp 74 86 Porto Alegre Artes M dicas PELTON L 1980 Child abuse and neglect the myth of classlessness In Child Abuse and Neglect Comission and Omission J V Cook amp R Bowles eds pp 87 96 Toronto Butterworth and Company Limited PIAGET Jean O desenvolvimento da Intelig ncia na crian a Porto Alegre Artes M dicas 1997 103 103 Evolu o Ps quica da Crian a do Adolescente Porto Alegre Movimento 1981 RAPPAPORT Clara R org A Idade
57. 52 ALGUMA ALGUMA S Total Tabela 25 Q52 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation 117 117 Socioculturalmente 14 24 ALGUMA S MUITO Total ALGUMA S Total Tabela 26 Q52 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total ALGUMA S MUITO Total Tabela 27 Q103 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation 118 118 Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total ALGUMA ALGUMA S MUITO Total Tabela 28 Q112 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation Socioculturalmente Tabela 29 Socioculturalmente Ano Escolar Socioculturalmente SECTOR PRIM RIO SECTOR SECUND RIO SECTOR TERCE RIO Tabela 30 Socioculturalmente Profiss o do pai 11 119 Std Deviation SECTOR PRIM RIO SECTOR SECUND RIO SECTOR TERCE RIO Tabela 31 Socioculturalmente Profiss o da m e Socioculturalmente Sucesso Escolar Socioculturalmente Sucesso Escolar IMean Std Deviation 1 33 1 94 17 Total 1 50 Tabela 32 Socioculturalmente Sucesso Escolar Socioculturalmente mio Deviation Tabela 33 Socioculturalmente Ansiedade 12 120 Socioculturalmente Depress o Mean st Deviation 000 000 J 577 516 463 518 535 518 000 577 1548 577 Tabela 34 Socioculturalmente Depress o 121 121 Agressivi dade Mean N Std Deviation 00 1 00 1 6
58. 7 1 40 1 60 1 00 1 71 1 43 1 33 2 00 1 50 1 33 1 75 1 20 1 50 1 50 2 00 2 00 1 00 2 00 1 50 N N a a Tabela 35 Socioculturalmente Agressividade 122 122 Std Deviation Tabela 36 Socioculturalmente idade Total Tabela 37 Socioculturalmente Valid 11 00 12 00 13 00 14 00 15 00 Total Tabela 38 Idade Do Sucesso Escolar Cumulative SS Percent Valid Percent Percent Tabela 39 Sucesso Escolar Valid 5 6 ANO 6 00 Total Tabela 40 Ano escolaridade SECTOR SECUND RIO SECTOR TERCE RIO FALECIDO Total Tabela 41 Profiss o do pai 124 124 Valid Cumulative Frequency Percent Percent Percent Valid SECTOR PRIM RIO 6 SECTOR SECUND RIO SECTOR TERCE RIO DOM STICA FALECIDO Total Tabela 42 Profiss o da m e Tabela 43 Ansiedade 125 125 Depress o taa pen pa Valid Percent Cumulative Percent Tabela 44 Depress o One Sample Statistics 1 69945 21940 3 029935 391163 5 39774 69685 Tabela 46 Mean da ansiedade depress o e agressividade 126 126 Socioculturalmente 3 0 3 1 4 8 10 21 Tabela 47 Ansiedade Socioculturalmente Crosstabulation 127 127 Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total 1 0 0 2 2 3 0 5 3 Tabela 48 Socioculturalmente Crosstabulation 128 128 Depress o
59. 9 5 9 14 Desfavorecido Prof m e SECTOR PRIM RIO DOM STICA Total 12 8 12 6 12 4 12 2 12 11 8 E S rie1 11 6 11 4 11 2 11 Favorecido Desfavorecido Gr fico 5 Profiss o da m e A profiss o das m es dos jovens socioculturalmente favorecidos na grande maioria pertencem ao sector secund rio e terci rio e os seus filhos tendem a ter mais sucesso escolar que os jovens das familias socioculturalmente desfavorecidas As m es dos meninos socioculturamente desfavorecidos pertencem ao sector prim rio e na sua maioria s o dom sticas com poucas habilita es 88 88 As fam lias socioculturalmente desfavorecidos em que a m e fica em casa os jovens tendem a ter mais sucesso escolar que os jovens de familias socioculturalmente desfavoreciadas cuja as m es trabalham Favorecido Idade 11 00 15 12 00 14 13 00 Total 29 Desfavorecido Idade 11 00 12 00 7 13 00 14 00 0 15 00 0 Total 14 Tabela 5 Idade Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation A Idade dos meninos desfavorecidos maior que a idade dos meninos favorecidos em rela o ao ano de escolaridade 1 8 1 6 1 4 4 1 2 1 0 8 E S riel 0 6 0 4 0 2 Favorecido Desfavorecido Gr fico 6 Idade sucesso escolar 89 89 Sucesso Escolar Socioculturalmente Ano escolaridade Desfavorecido Ano escol Ta
60. CA DA ANSIEDADE 58 4 4 FUNDAMENTA O TE RICA DA 5 63 4 5 FUNDAMENTA O TE RICA DOS 73 4 6 DELINEAMENTO DA 5 5 78 46 ASHIPOTESES sagas aaa a lia a Se 79 A 62 M TODO de AE 79 AT PROCEDIMENTOS dt 84 4 8 RESULTADOS suas ada ais DL 84 CAPITULO ag aa ea 91 5 1 DISCUSS O DOS 91 BIBLIOGRAFIA oa aid 98 INDICE DE ANEXOS 107 viii viii NDICE DE TABELAS Tabela 1 Ansiedade Depress o e Agressividade S cioculturalmente 84 Tabela Group tnr Dida Ladra 86 Tabela 3 Profiss o do pai Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation 87 Tabela 4 Profiss o da m e Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation 88 Tabela 5 Idade Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation 89 Tabela 6 Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation
61. Civiliza o Obras Completas vol XXI Rio de Janeiro Imago originalmente publicado em 1930 1929 T tulo original Das Unbehagen der Kultur 1997 Al m do Princ pio do Prazer Obras Completas vol XVIII Rio de Janeiro Imago originalmente publicado em 1920 T tulo original Jenseits des Lustprinzips 1998 HAIR J F ANDERSON R E THATAM R L BLACK W C Multivariate Data Analysis with Readings New Jersey Prenticehall International 1995 HOWELL D C Statistical Methods for Psychology Boston Duxbury 1997 SINGER J L A Influ ncia de Viol ncia Representada na Televis o ou no Cinema sobre Comportamento Agressivo Manifesto In J L Singer org O Controle da Agress o e da Viol ncia S o Paulo EPU 1975 SOUZA 1 O Comportamento Agressivo em Grupos Culturalmente Diferenciados Tese de Doutorado Programa de Estudos P s Graduados em Psicologia Cl nica Universidade de S o Paulo S o Paulo 1990 SPIELBERGER C D Invent rio de Express o de Raiva como Estado e Tra o 5 Manual T cnico Porto Alegre Vetor 1992 STAUB E Aprendizagem e Desaprendizagem da Agress o O Papel da Ang stia da Empatia da Efici ncia e dos Valores Sociais In J L Singer org O Controle da Agress o e da Viol ncia Cap 4 S o Paulo EPU 1975 pp 120 154 STORR A A Agress o Humana Rio de Janeiro Zahar 1970 originalmente publicado em 1969 TABACHINIK B G amp FIDELL S Usin
62. ESSIVOS Tra os normais cont nuos indicando comportamento controlado esfor o dirigido Tamanho pequeno indicando sentimento de inadequa o e inferioridade frente demanda do meio retraimento e press o ambiental inibi o Localiza o Predominantemente abaixo da linha mediana e mais localizada no 3 quadrante significando certa depend ncia materna e predom nio do passado 3 4 14 ASPECTOS DE CONTE DO OU PROJECTIVOS Solo Exist ncia significa estabilidade base na realidade Tronco um pouco maior que a copa indicando certa infantilidade Levemente curvado para a esquerda significando leve introvers o mais voltado para si Copa razoavelmente pequena em rela o ao tronco muita energia do ego que n o se canaliza adequadamente em direc o produtividade Frutos Presen a na copa indicando produtividade e fertilidade 3 4 15 S NTESE rvore pequena indicando sentimento de inadequa o e inferioridade retraimento e press o ambiental 33 33 Necessidade de protec o materna uma relativa liga o ao passado Apresentou sol indicando uma figura de maior autoridade n o lhe foi questionado quem seria o sol 3 4 16 FIGURA HUMANA Inverteu a folha come ou a desenhar a cabe a colocou os olhos com o l pis vermelho colocou a seguir a boca depois os cabelos com o l pis castanho a seguir o nariz com o l pis ab bora e depois o corpo seguindo os p s que os fez de vermelho P
63. EUD Sigmund Al m do Princ pio do Prazer In Obras Completas vol XVII RJ Imago 2 ed 1982 Tr s Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade In Obras Completas vol VII Rio de Janeiro Imago 2 ed 1982 FREUD S O Problema Econ mico do Masoquismo Obras Completas vol XIX Rio de Janeiro Imago 1969a originalmente publicado em 1924 Tr s Ensaios sobre a Teoria de Sexualidade Obras Completas vol VII Rio de Janeiro Imago 1969b originalmente publicado em 1905 O Mal estar na Civiliza o Obras Completas vol XXI Rio de Janeiro Imago originalmente publicado em 1930 1929 T tulo original Das Unbehagen der Kultur 1997 Al m do Princ pio do Prazer Obras Completas vol XVIII Rio de Janeiro Imago originalmente publicado em 1920 T tulo original Jenseits des Lustprinzips 1998 FOUCAULT Michel Doen a Mental e Psicologia RJ Tempo Brasileiro 3 ed 1988 GOLSE O desenvolvimento afectivo e intelectual da crian a P Alegre Artmed 1998 101 101 GUILLAUME B 4 PROULX J Caracteristiques du Passage a de Criminels Violents tats limites et Narcissiques Canadian Journal of Criminology 25 44 51 2002 GIL E 1990 Treatment of Adults Survivors of Childwood Abuse California Sage Publications HALL Calvin LINDZEY Gardner Teorias da Personalidade SP EPU vols 1 e 2 1984 LEVISKY D L e cols 1997 Adolesc ncia e Viol
64. Ea EDU DA EDAD ADA Da Da Deo eb aa nia Dono 18 3 2 14 CONSIDERA ES FINAIS eeusouoa aa a aa oa a oa a toa a aa a aa Da a Da Da EDU Da EDAD a aa aa Dana anana ndo 18 3 3 CASON e Si pd 19 3 3 1 DESCRI O DO 19 vi vi 3 3 2 IDENTIFICA O DADOS aaaaaa aa aa aa aa oa a EDU Da EDU ADE Da EDU DA EDAD A EDAD ADA Da ana Da anano ndo 19 3 3 3 QUEIXAS en a DA De A 19 3 3 4 DIN MICA FAMILIAR E DO 20 3 3 5 _ PARA OS 23 3 3 6 RECURSOS T CNICOS UTILIZADOS T CNICA EMPREGADA PROCEDIMENTOS 5 26 3 3 7 RESULTADOS DOS MATERIAIS DE 26 3 38 AVALIA O pus A 27 3 3 9 PARECER 51 2 22 22 2 27 3 3 10 CONSIDERA ES FINAIS 22 22 2 28 34 CASONSS eia add 30 3 4 1 DESCRI O DO 30 3 4 2 5
65. Fiz uma pesquisa bibliogr fica de estudos realizados neste campo e a partir dos quais se determinou os principais factores que deveriam ser tidos em conta neste trabalho Assim fiz um estudo uma leitura de livros artigos websites que me facultassem informa o cient fica para elaborar este estudo A autoriza o para os alunos puderem preencherem o question rio de Auto Avalia o para Jovens YSR foi conseguido junto direc o da Escola Secund ria com 3 Ciclo de Figueira de castelo Rodrigo e do Agrupamento de Escolas J 1 e 2 ciclo de Figueira de Castelo Rodrigo Posteriormente efectuei o tratamento destes dados para assim poder chegar ao resultado desta pesquisa 4 8RESULTADOS A recolha de dados foi efectuada s por mim que depois foram tratados pelo programa SPSS Statistical Package for the Social Sciences vers o 11 6 2000 para o Windows O tratamento de dados foi realizado em duas etapas numa 1 fase se descreve sistematiza os resultados e na 2 fase se apresentam em gr ficos e tabelas os resultados Os dados de caracteriza o da amostra em estudo est o dispostos em tabelas de distribui o de frequ ncias tendo como informa o complementar as respectivas m dicas e desvios padr es A an lise dos dados possibilita identificar e descrever as reas comportamentais mais problem ticas e deficit rias desta popula o Std Deviation Std Error Mean 3 4667 1 81437 33126 3 7333 1 59597 29138 Soc
66. a 11 a 18 anos Este modelo o mais usado na avalia o cl nica de crian as e jovens O autor pautou se por uma vis o dimensional elaborada mediante o modelo emp rico Neste modelo as compet ncias da crian a e do adolescente s o avaliadas atrav s de tr s subescalas de actividades escolar e social O primeiro modelo do CBCL Child Behavior Checlist foi trazido ao prelo em 1983 por Achenbach com a adjuv ncia de Edelbrock professor na Universidade de Massachussets Posteriormente em 1986 o autor trouxe o manual do TRE para professores e um ano depois a escala de auto Avalia o para crian as que foi acabada Achenbach 2005 Em 1991 todas as escolas foram revistas ap s a adapta o e aferi o das provas as escalas ficaram completas Achenbach 2005 O ASEBA Achenhach System of Empirically Based Assessment cont m tr s provas diferentes sendo destinadas respectivamente aos pais CBCL Child Behavior Checlist aos professores TRF Teacher Report Form e a crian as e adolescents YSR Youth Self Report O modelo ASEBA composto por escala de Internaliza o e Externalinaliza o As escalas de Internaliza o incluem a escala de Ansiedade Depressa Isolamento Queixas Som ticas as de Externaliza o incluem comportamento Delinquentes e Agressivos Toren Ratner Laor 2005 A subescala de problemas Sociais e de Problemas do Pensamento n o satura em nenhum das tipologias O YSR um invent r
67. ade e baixa auto estima ideias de culpa e inutilidade tend ncia ao pessimismo transtornos do sono e da alimenta o e dependendo da gravidade idea o suicida O reconhecimento de um quadro depressivo infantil e da adolesc ncia como um transtorno que pode afectar pessoas desse grupo et rio reivindicada h mais de 30 anos pelo IV Congresso de a Uni o de Pedopsiquiatras Europeus de 1971 em Estocolmo Annell 1972 resultou na elabora o de crit rios de diagn stico para esse quadro denominando o de Transtorno Depressivo na Inf ncia e Adolesc ncia DSM IV 1994 Os dados de preval ncia do Transtorno Depressivo na Inf ncia e Adolesc ncia n o s o un nimes entre os pesquisadores Devido diversidade dos locais onde os estudos s o realizados e das popula es observadas v rios ndices de preval ncia t m sido estabelecidos para a depress o na inf ncia Talvez as dificuldades devam se s discrep ncias de diagn stico j que alguns consideram como depress o alguns casos at picos como por exemplo a Fobia Escolar a Hiperactividade etc Estudos norte americanos revelam uma incid ncia de depress o em aproximadamente 0 9 entre os pr escolares 1 9 nos escolares e 4 7 nos adolescentes Kashani 1988 apud Weller 1991 Mas esses n meros s o demasiadamente optimistas H mais de 30 anos os estudos de Rutter Tizarde e Whitmore 1970 come aram a aportar uma preval ncia da Depress o Infantil em aproximadamente 1
68. aguda deve ser de apoio atitude de calma e de compreens o desdramatiza o do risco de morte psicofarmacologia e ansiol ticos As contribui es importantes na mensura o da ansiedade e raiva foram feitas pelo psic logo Charles D Spielberger A adapta o valida o e padroniza o da vers o em portugu s de seu primeiro instrumento o State Trait Anxiety Inventory STAI Spielberger et al 1970 conhecido por IDATE Invent rio de Ansiedade Tra o Estado Spielberger Biaggio e Natal cio 1980 Posteriormente elabora o do IDATE 61 61 Spielberger interessou se pelo estudo da como emo o associada a v rias patologias tais como as circulat rias e o c ncer Criou assim o STAXI State Trait Anger Expression Inventory por cuja adapta o tamb m fui respons vel Invent rio de Express o de Raiva Tra o Estado Biaggio 1996 Spielberger e Biaggio 1992 Saccomori 1989 investigou a ansiedade dos pais e a adapta o de seus filhos pr escola encontrando rela es positivas entre essas vari veis Aplicou o IDATE ao pai e m e e observou o comportamento das crian as fazendo uma avalia o cl nica cega com tr s avaliadores com rela o adapta o das crian as Nascimento 1998 investigou as rela es entre a ansiedade de pais e m es e a ansiedade de seus filhos aplicando o IDATE em crian as de 5 e 8 s rie e em seus pais e m es Descobriu rela es interessantes mostr
69. ais aprofundada Freud utilizava os termos em Alem o angst e furcht para referir se a medo ansiedade e ang stia angst significa tanto o medo que gera sentimento de desassossego perante amea a real angst vor ou imagin ria angst O termo furcht significa medo no sentido de receio temor a objectos inespec ficos Ansiedade angst mesmo sendo utilizado no sentido de medo trata de um estado particular de desprazer com actos de descarga LAPLANCHE e PONTALIS 1991 HANNS 1996 A sensa o de medo nos transtornos de ansiedade diferente dos medos normais embora os sintomas possam ser semelhantes Em termos gerais os medos normais representam as reac es emocionais s amea as externas reais e a resposta emocional est adequadamente relacionada ao perigo real Contrastando com isso os sintomas dos transtornos de ansiedade acontecem sem uma amea a externa bvia ou quando a resposta amea a demasiada SHELTON 2002 Frequentemente a resposta apresentada pela sensa o de medo vivida de forma elevada mostrando se inadequada em sua intensidade trazendo tamb m intenso desconforto f sico Mostra se de v rias maneiras generalizada em forma de fobias como consequ ncia de uma experi ncia traum tica e de ataques de p nico reac es s bitas sem causa aparente com sintomas som ticas em ondas com dispneia e sensa o de sufoca o al m de outros sintomas n o encontrad
70. ais probabilidades de envolverem se em comportamentos delinquentes Farrington loeber e Van kammen 1990 Lynam 1997 in Wasserman et 2004 Estudos apontam para que a hiperactividade s conduz delinqu ncia quando ocorre uma parceria com a agress o f sica ou comportamentos de oposi o LaheY McBurnett e loeber 2000 in Wasserman e tal 2004 Os sintomas associados a desordens do comportamento com o seu inicio na inf ncia como por D fice de aten o hiperactividade DAH implicam um alto risco de persistirem na idade adulta como comportamentos anti sociais e agressivos lahey e Loeber 1997 Moffitt e Caspi 2002 in Soderstram Sjodin Carlstedt e 2003 4 5 FUNDAMENTA O TE RICA DOS MAUS TRATOS A quest o de maus tratos na inf ncia tem sido uma preocupa o no meio cient fico devido a estudos efectuados da gravidade destes no desenvolvimento da crian a e do jovem a curto e longo prazo Glaser 2000 Bringiotti 2000 Hildyard amp Wolf 2002 Para Glaser o abuso e a neglig ncia de crian as s o problemas realizados pelo homem e que atingem negativamente o desenvolvimento de crian as e jovens e amea am a sua sobreviv ncia por isso todos devem mobilizar esfor os para evitar estes danos quer f sicos quer psicol gicos Em Portugal a preocupa o com crian as e jovens em risco e a formaliza o da garantia de seus direitos s o factos relativamente recentes com a lei 147 99 1 de Setembro Nesta p
71. alidade de vida ao suic dio s dificuldades na escola no trabalho e no ajuste pessoal esse quadro n o tem sido devidamente valorizado por familiares e pediatras e nem adequadamente diagnosticado Embora na maioria das crian as a sintomatologia da depress o seja at pica alguns podem apresentar sintomas cl ssicos de depress o tais como tristeza ansiedade expectativa pessimista mudan as no h bito alimentar e no sono ou por outro lado problemas f sicos como dores inespec ficas fraqueza tonturas mal estar geral que n o respondem ao tratamento m dico habitual Na crian a e adolescente a depress o em sua forma at pica esconde verdadeiros sentimentos depressivos sob uma m scara de irritabilidade de agressividade hiperactividade e rebeldia As crian as mais novas devido a falta de habilidade para uma comunica o que demonstre seu verdadeiro estado emocional tamb m manifestam a depress o at pica notadamente com hiperactividade A depress o na crian a e ou adolescente pode ter in cio com perda de interesse pelas actividades que habitualmente eram interessantes manifestando se como uma esp cie de aborrecimento constante diante dos jogos brincadeiras desportos sair com os amigos etc al m de apatia e redu o significativa da actividade s vezes pode haver 43 43 tristeza De forma complementar aparece diminui o da aten o e da concentra o perda de confian a em si mesmo sentimentos de inferiorid
72. ando a influ ncia das m es e n o a dos pais As correla es significativas mais altas encontradas foram geralmente de meninas de 5 s rie com suas m es sugerindo que a ansiedade do pai n o afecta tanto a crian a quanto a da m e As correla es encontradas foram tamb m maiores em grupos de 5 que nos de 8 s rie apontando que na adolesc ncia outros modelos parecem tomar prioridade Os diagn sticos de ansiedade s o feitos de acordo com as demonstra es som ticas e ps quicas espec ficas de cada transtorno WEILLER et al 1998 WITTCHEN 1998 e WITTCHEN e BOYER 1998 apontam que pessoas portadoras dos transtornos ansiosos solicitam com maior frequ ncia os servi os de cuidados prim rios de sa de ocupando uma posi o de destaque entre os transtornos mentais mais diagnosticados nestes locais REGIER et al 1988 realizaram um dos principais estudos para estimar a preval ncia dos transtornos ansiosos A amostra partiu de grandes comunidades americanas quando cerca de 18 500 pessoas adultas foram entrevistadas pelo National Institute of Mental Health NIMH por meio do Epidemiologic Catcnment Area Study ECA esta investiga o trata de uma s rie de cinco estudos de pesquisas epidemiol gicas elaboradas por grupos de pesquisadores independentes em colabora o com o corpo de profissionais da Divis o de Epidemiologia e Biometria do Instituto Nacional de Sa de Mental Baseou se em amostra de mais de 18
73. ar os dados oriundos dos estudos avaliativos em fun o das diferen as entre crit rios diagn sticos empregados Sadler 1991 Steinberg 1999 Todavia preciso considerar que a ocorr ncia de sintomas depressivos n o encaminha necessariamente a um diagn stico psiqui trico uma vez que o humor deprimido pode ser compreendido como um cont nuo que varia desde uma resposta 49 49 adaptativa at a incapacita o f sica e cognitiva e a pr tica de comportamentos suicidas Para classifica o dos transtornos de humor o Manual Diagn stico e Estat stico de Transtornos Mentais American Psychiatric Association 2002 aponta como crit rios diagn sticos a necessidade dos sintomas originarem um sofrimento clinicamente significativo ao indiv duo ou nos casos egossint nicos um preju zo em seu funcionamento social ou ocupacional e 2 n o serem proveniente dos efeitos fisiol gicos de uma subst ncia psicoativa nem de uma condi o m dica geral Assim conforme observa se sentimentos depressivos podem ser caracterizados como respostas normais a situa es stressantes sendo psicopatol gicos apenas quando se estendem demasiadamente ou quando s o desproporcionais ao evento causador Neste sentido a depress o difere das reac es de luto as quais podem durar at dois anos e em geral n o manifestam inibi o psicomotora e sentimentos de culpa inapropriada Del Porto 1999 Heim 8 2001 Os principais sintom
74. aracterizada por pelo menos no per odo de 2 anos tenha existido um humor depressivo durante mais de metade dos dias acompanhado por sintomas depressivos que n o preenchem os crit rios do Epis dio Depressivo Mayor Corresponde a uma depress o leve com um per odo de epis dios discretos Na dist mia existe um acontecimento precipitante claro e identific vel A Perturba o Dist mica n o decorre de forma epis dica cr nica mas com menos gravidade nunca est acompanhada de sintomas a psic ticos DSM IV TR 2002 4 2 2 3 PERTURBA O DEPRESSIVA SEM OUTRA ESPECIFICA O 56 56 A perturba o Depressiva sem outra especifica o para as perturba es com caracter sticas depressivas que n o preenchem os crit rios para Perturba o Depressiva Major Perturba o Dist mica entre outras DSM IV TR 2002 4 2 3 CONCEITO DE DEPRESS O NA CRIAN A E NO ADOLESCENTE A depress o na crian a e no adolescente n o se manifesta da mesma forma que na idade adulta A depress o manifesta se de forma disfar ada por outras caracter sticas ou problemas de comportamento Difere da depress o adulta manifestando se atrav s de sintomas como fobias delinqu ncia queixas som ticas fugas isolamento social medo da morte e agress o Existem diferentes factores que podem estar na origem do desenvolvimento da problem tica depressiva Existem diferentes tipologias de funcionamento como sejam acontecimentos exteriores
75. as mesmas e que as ideias n o s podiam controlar os sentimentos mais intensos de uma pessoa como tamb m eram capazes de modific los Beck e cols 1982 Actualmente segundo BECK e RUSH 1999 e KARASU 1990 a nfase da experi ncia consciente subjectiva proveniente do movimento fenomenol gico e as teorias comportamentais contribu ram para o enfoque cognitivo Trabalhos de Alfred Adler George KellyeAlbertEllis forneceram alguns dos conceitos b sicos para a terapia cognitiva BECK 1982 KARASU 1990 Adler ressaltou a necessidade do entendimento da experi ncia consciente 47 47 Experi ncias reprimidas como traumas sexuais infantis s o t o decisivas em psicopatologia como a percep o e o significado atribu do pelos indiv duos a estes mesmos eventos George Kelly e Albert Ellis enfatizaram o papel das cogni es no comportamento e propuseram formas de tratamento Segundo Kelly 1955 a terapia visa alterar atrav s de confronta es as constru es pessoais err neas que prejudicam a vida do indiv duo Ellis 1962 sugere o ataque directo s cren as irracionais do paciente para torn lo consciente de sua presen a e consequ ncias LIMA 1990 indicou que em fins da d cada de 50 Aaron Beck insatisfeito com a formula o psicanal tica das neuroses principalmente do conceito de depress o e com a longa dura o do tratamento iniciou com os pacientes deprimidos uma s rie de pesquisas e observa
76. as depressivos agrupam se em quatro conjuntos de indicadores cl nicos marcadores emocionais tristeza isolamento apatia crises de choro perda da capacidade de experimentar prazer em actividades antes consideradas agrad veis sentimentos de desvalia e culpa inadequados e varia o de humor diurno cognitivos distrac o diminui o da capacidade de tomada de decis o super estima o das perdas sofridas pessimismo e desesperan a motivacionais indiferen a diante de novas situa es desinteresse por quaisquer actividades perda de afei o por outras pessoas e baixo rendimento acad mico e vegetativos ou motores fadiga retardo psicomotor altera es do apetite ou do peso ins nia e perda da libido Na adolesc ncia comum que a depress o seja disfar ada por sintomas como a agita o psicomotora ataques de raiva comportamentos delinquentes hostilidade auto agress o constante exposi o a situa es de risco uso de drogas queixas proeminentes de dor cr nica obesidade e letargia Dutra 2002 Kessler Avenevoli amp Merikangas 2001 Lewis amp Wolkmar 1990 1993 Desta forma devido diversidade dos m todos diagn sticos e imprecis o da validade de construto de muitos desses os estudos referentes incid ncia de depress o apresentam resultados desencontrados e um baixo ndice de confiabilidade entre os ju zes Lima 1999 Lafer amp Vallada Filho 1999 No que se refere investiga o dos indi
77. bela 6 Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation Group Statistics Std Deviation Std Error Mean 130475 Feminino 132871 Masculino 570306 Feminino 567209 Masculino Feminino Tabela 7 Ansiedade Depress o e Agressividade sexo Crosstabulation 90 90 CAPITULO V 5 1 DISCUSS O DOS RESULTADOS Na discuss o dos resultados colectados atrav s da investiga o expomos como objectivo avaliar os ndices de ansiedade depress o e agressividade em crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos Dado as escassas investiga es que existem nesta rea considerei importante estudar estas patologias e suas implica es numa popula o mais nova num concelho da Beira Interior Norte Testamos um grupo de 112 adolescentes 66 meninos e 46 meninas sendo alguns socioculturalmente desfavorecidos e outros n o Com o intuito de verificar se neste concelho existiam mais jovens favorecidos ou mais jovens desfavorecidos Pudemos assim concluir atrav s do question rio de auto avalia o para jovens YSR aplicado colectivamente nas v rias salas de aulas na escola do 2 e 3 ciclo do Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo que existem mais crian as socioculturalmente desfavorecidas Para analisar a Ansiedade Depress o e Agressividade conclu mos por trabalhar com um grupo de 60 alunos sendo que 30 s o socioculturalmente favorecidos e 30 socioculturalmente desfavorecidos Para a realiza o do p
78. c Statical Manual Este manual vem sendo constantemente revisado e actualizado encontrando se no momento em sua quarta edi o DSM IV Para diagn stico da ansiedade segundo a DSM IV dever persistirem os sintomas pelo menos 6 meses Com pelo menos tr s dos seguintes sintomas inquieta o ou impaci ncia cansa o dificuldade de concentra o irritabilidade tens o muscular altera o do sono A ansiedade apresenta como sintomas um sentimento de tens o ps quica e f sica acompanhada de forma variada de perturba es neurovegetativas sentidas nos estados ansiosos agudos dispneia palpita es dores ou inc modos tor cicos e abdominais sensa o de sufoco impress o de desmaio etc A ansiedade um padr o constante nas suas vidas com o tempo os sintomas v o se atenuando ou pelo menos o sujeito aprende a viver com eles Per odo de Estado Progressivamente o indiv duo estabelece uma rela o cordial com a sua ang stia extraindo certos benef cios secund rios Com o tempo que vari vel para cada sujeito alcan a se a fase cr nica Freud foi o pioneiro no campo dos transtornos ansiosos designados de transtornos neur ticos Estes sintomas s o reac es defensivas contra a ansiedade inconsciente do Eu Os conceitos de ansiedade e depress o poder o considerar se como extremos do mesmo p lo Alguns autores consideram mesmo que a ansiedade e depress o componentes de um mesmo transtorno outros todav
79. cado da palavra ansiedade lista as seguintes caracter sticas um estado emocional com a experi ncia subjectiva de medo ou outra emo o relacionada como terror horror alarme p nico emo o desagrad vel podendo ser uma sensa o de morte ou colapso iminente direccionada em rela o ao futuro Est impl cita a sensa o de um perigo iminente N o h um risco real ou se houver a emo o desproporcionalmente mais intensa H desconforto corporal subjectivo durante o estado de ansiedade Sensa o de aperto no peito na garganta dificuldade para respirar fraqueza nas pernas e outras sensa es subjectivas Al m disso Lewis 1979 salienta que existem manifesta es corporais involunt rias como secura da boca suores arrepios tremor v mitos palpita o dores abdominais e outras altera es biol gicas e bioqu micas detect veis por m todos apropriados de investiga o Esse mesmo autor lista alguns outros atributos que podem ser inclu dos na descri o da ansiedade A ansiedade pode Ser normal um estudante frente a uma situa o de exame ou patol gica nos transtornos de ansiedade Ser leve ou grave Ser prejudicial ou ben fica Ser epis dica ou persistente Ter uma causa f sica ou psicol gica Ocorrer sozinha ou junto com outro transtorno depress o Afectar ou n o a percep o e a mem ria 41 A ansiedade pode ser generalizada ou focada em situa es
80. cativos de altera es afectivas os v rios m todos dispon veis variam inclusive quanto fonte de informa o enquanto as escalas de auto relato requerem um julgamento do pr prio indiv duo outras necessitam a avalia o de um observador profissional O principal instrumento de auto avalia o referido na literatura para mensura o dos sintomas de depress o o Beck Depression Inventory BDI criado em 1961 e validado no Brasil 50 50 por Cunha 2001 Calil amp Pires 2000 A partir do BDI Kovacs 1980 1981 elaborou CDI Children Depression Inventory descrito como a escala mais utilizada entre crian as e adolescentes para indica o de sintomas depressivos em mbito internacional Davis Hunter Nathan amp Bairnsfather 1987 Dentre as escalas de avalia o do observador destacam se a Hamilton Rating Scales for Depression a qual tornou se o padr o ouro mais frequente para avalia o da gravidade dos sintomas depressivos Calil amp Pires 2000 e Montgomery sberg Depression Rating Scales validada no pa s por Dratcu Costa Ribeiro e Calil 1987 Apesar da falta de unicidade sobre a defini o operacional do conceito de depress o a maioria dos estudos epidemiol gicos acerca dos dist rbios psiqui tricos revela a alta preval ncia das altera es afectivas entre os adolescentes em especial dos sintomas indicativos de depress o Carlini Cotrim Gazal Carvalho amp Gouveia 2000 De Lima
81. cional permite assim o acompanhamento da evolu o dos sintomas e a preven o recorr ncia desses A depress o um problema pouco declarado entre os jovens As pessoas tendem a pensar na adolesc ncia como um per odo dif cil turbulento com varia es do humor e crises emocionais Os adolescentes realmente se deparam com v rias situa es novas e press es sociais quando se aproximam da idade adulta e para alguns este per odo de transi o muito dif cil Muitas pessoas consideram estas 52 52 flutua es do humor e as mudan as comportamento como uma fase normal adolesc ncia No entanto h evid ncias de que estes problemas n o fazem parte necessariamente do processo normal de amadurecimento Na verdade para muitos adolescentes sintomas como descontentamento confus o solid o incompreens o e atitudes de rebeldia podem indicar depress o Durante muitos anos acreditou se que os adolescentes n o eram afectados por esta doen a mas actualmente os especialistas sabem que os adolescentes s o t o suscept veis depress o quanto os adultos A depress o pode intervir de maneira significativa na vida di ria nas rela es sociais e no bem estar geral Nos casos mais graves a depress o pode levar ao suic dio Infelizmente nos ltimos trinta anos o ndice de suic dio entre adolescentes triplicou Felizmente a depress o no adolescente responde bem a v rios programas de tratamento No enta
82. da depress o s o eventos stressantes ou perdas comum sentir se triste ap s uma perda como a morte de um ente querido ou a quebra de uma rela o s vezes essa tristeza pode se transformar em depress o em pessoas que t m essa tend ncia Problemas de dinheiro trabalho ou outros problemas pessoais podem tamb m desencadear a depress o como algumas doen as f sicas Algumas doen as podem levar depress o porque s o dolorosas e mudam a vida das pessoas s o os n veis 53 53 hormonais As hormonas s o subst ncias que se encontram no organismo e se os n veis de hormonas entrarem em desequil brio a depress o pode surgir Por exemplo pessoas com problemas da tir ide podem ficar deprimidas O uso de certos medicamentos drogas ou lcool tamb m podem desencadear a depress o Alguns medicamentos como os rem dios para press o alta podem causar depress o Existem muitas formas de cuidar da depress o pode ser efectuada atrav s do atendimento psicol gico m dico com medica o antidepressiva apoio da fam lia e amigos s o meios eficazes no tratamento da depress o Embora apenas uma maioria razo vel de adolescentes que tenta o suic dio parece sofrer de depress o no momento da tentativa Shaffer te 1988 a depress o est presente entre os adolescentes Lewinsohn Clarke Seeley e Rhode 1994 Dado o risco de futura recorr ncia de epis dios depressivos em momentos posteriores da vida a depress o em adolesce
83. de alguns autores recomendarem que sempre que a crian a expressar tais varia es por um tempo prolongado deve se considerar a possibilidade desse diagn stico Entretanto muito importante determinar se esses sintomas est o de fato relacionados com um quadro depressivo ou se s o parte das ebuli es emocionais normais do desenvolvimento Tendo em mente o fato de ser poss vel que muitos sintomas inclu dos na rela o apare am naturalmente como parte das etapas normais de desenvolvimento da inf ncia e adolesc ncia para se estabelecer um diagn stico correcto de depress o na crian a necess rio avaliar tamb m sua situa o familiar existencial seu n vel de maturidade emocional e principalmente a auto estima Al m das entrevistas com a crian a muito importante observar a conduta segundo informa es dos pais professores e outros colegas m dicos ou psic logos atribuindo pesos adequados a cada uma dessas informa es O diagn stico da depress o na inf ncia tem sido feito em bases predominantemente cl nicas muitas vezes usando se 05 mesmos crit rios usados para a depress o do adulto apesar do quadro ser algo diferente nas crian as 45 45 Os conceitos de agress o e agressividade assim como de viol ncia envolvem m ltiplos enfoques Podem estar inseridos dentro de marcos referenciais biologistas comportamentalistas dentro de modelos exclusivamente psiqui tricos ou de abordagens mais amplas com
84. de resposta natural necess rio para a sobreviv ncia e al m disso admite a ang stia como resultado de uma amea a SHELTON 2002 Em lnibi es sintomas e Ansiedade de 1926 Freud desenvolveu sua terceira e ltima teoria sobre a ang stia A ansiedade era vista como resultado do conflito ps quico entre impulsos sexuais ou agressivos inconscientes com origem no e as correspondentes amea as de puni o do Superego A ansiedade passa a ser entendida como sinal da presen a de perigo no inconsciente GABBARD 1998 Com o advento do Manual Diagn stico e Estat stico em sua 3 edi o DSM III ocorre a descri o de subgrupos distintos de quadros ansiosos o TP e TAG GOMES DE MATOS 1992 Ap s estas descobertas ocorre um admir vel interesse cient fico sobre o estudo dos ataques de p nico elemento central de diversos quadros ansiosos conceituado como in cio s bito de uma grande preocupa o medo ou terror frequentemente associado com sentimentos de cat strofe iminente acompanhados de sintomas f sicos e afectivos BARLOW e CERNY 1999 Presentemente conta se com duas classifica es internacionais para os transtornos mentais Classifica o Internacional de Doen as 10 edi o CID 10 e DSM IV O conceito e a classifica o da ansiedade como um transtorno psiqui trico sofreu altera es e originou pontos divergentes medida que estes sistemas classificat rios eram revistos e novos estud
85. desafio 3 2 14 CONSIDERA ES FINAIS Sendo o insight a pr condi o de toda mudan a duradoura na personalidade seria necess rio que a terapia facilitasse seu surgimento por meio de interpreta es a fim de que a paciente uma vez possuindo recursos internos suficientes para assimilar e enfrentar o entendimento de seus conflitos pudesse elabor los Ao que tudo indica as condi es ps quicas da paciente permitiram a dif cil tarefa de superar suas resist ncias Talvez pela quest o do limite de tempo para o atendimento da paciente numa cl nica escola os insights puderam manifestar se apenas como experi ncias iniciais de insight um auto conhecimento limitado s dificuldades contidas no foco terap utico da abordagem psicodin mica pretendida a de curta dura o Psicoterapia Breve de orienta o psicanal tica Nesta os insights ocorridos est o dirigidos para as rela es da paciente com os objectos externos de sua vida quotidiana Assim como o estado psicossom tico da paciente tornou se cr nico causando lhe dist rbios f sicos e psicol gicos caracter sticas de Doen a Psicossom tica acredito que a continuidade da psicoterapia seria necess ria para conscientizar a paciente das atitudes inconscientes primitivas que tem a fim de signific las e ao elabor las para melhorar o seu estado cl nico geral 18 18 3 3CASO N 2 3 3 1 DESCRI O DO TRABALHO Foram 20 sess es sendo um a
86. do considerada como um antecedente inevit vel da agress o em outras palavras sempre que tivesse ocorrido um ato agressivo julgava se que tivesse sido instigado por frustra o Moser 1991 A agress o na psican lise tratada como uma regulamenta o interna ao 64 64 indiv duo Este sistema psicol gico considera agress o como uma reac o s frustra es que barram a satisfa o de desejos libidinosos Em 1920 Freud diz que h um instinto de morte Thanatos complementar de Eros cujo fim ltimo a destrui o do indiv duo Entretanto a teoria impulsiva de Freud um princ pio explicativo e n o empiricamente analis vel Sua pr pria exist ncia contestada por alguns disc pulos de Freud que consideram a agress o como um fen meno reactivo e social como Horney e Erick Fromm Moser 1991 A corrente cognitivista declara que um comportamento agressivo torna se uma agress o somente pelo julgamento do observador que identifica o comportamento como sendo a viola o de uma norma Os cognitivistas assim reintroduzem o contexto social da ac o parte integrante e moduladora da percep o do comportamento Um comportamento considerado agressivo a partir de um processo de julgamento em que interv m tr s crit rios independentes 1 a constata o de preju zo poss vel ou real para a v tima 2 a inten o da parte do autor de produzir consequ ncias negativas e 3 o fato de que o comportamento pode
87. e Janeiro Relume Domar 1992 BEE H O Ciclo Vital Trad Regina Garcez Porto Alegre Artes M dicas 1997 BEMARD G 8 PROULX J Caracteristiques du Passage a I Acte de Criminels Violents tats limites et Narcissiques Canadian Journal of Criminology 44 1 p 51 2002 BION W R O Aprender com a Experi ncia Rio de Janeiro Imago 1991 98 98 URBINA 5 Testagem Psicol gica Porto Alegre Artmed 2000 BURTON A Teorias Operacionais da Personalidade RJ Imago BLOMHOFF S SEIM S amp FRIIS S 1990 Can prediction of violence among psychiatric impatients be improved Hospital Community Psychiatry 41 771 775 CABRAL M A A amp STANGENHAUS G Algumas Caracter sticas de Personalidade de Presidi rios com as de um Grupo Controle sem Antecedentes Criminais Jornal Brasileiro de Psiquiatria 41 1 pp 8 31 1992 COOPER Robert SAWAF Ayman Intelig ncia Emocional Rio de janeiro Campus 7 ed 1997 CORAP IOGLU A 8 ERDOGAN 5 A Cross section on Expression of Anger and Factors Associated with Criminal Recidivism in Prisoners with Prior Offences Forensic Sci Int 140 2 3 pp 167 74 2004 CRONBACH L Fundamentos da testagem Psicol gica Porto Alegre Artes M dicas 5 ed 1996 CHESS S amp HASSIBI M 1982 Dist rbios de conduta In Princ pios e Pr ticas de Psiquiatria Infantil S Chess amp M Hassibi eds pp 91 166 Porto Alegre Artes M dicas CRUZ
88. e o que est a sentir no momento nada tem a ver com sintomas depressivos Esses sintomas alteram a sua forma de vida e como exemplo podemos referir tristeza profunda perda de interesse por tudo o que o rodeia perda de prazer pelas actividades que anteriormente lhe davam satisfa o ins nia pessimismo e sentimentos de inutilidade pensamentos recorrentes sobre morte e perda de apetite Nos tempos que hoje decorrem qualquer altera o emocional que perturbe o rendimento e decurso normal da vida de um adolescente deve ser tomado em conta ao adolescente deve ser dado apoio para que este ven a o mais r pido poss vel a situa o e impe a assim que se torne patol gica dif cil dar resposta s exig ncias que a sociedade nos impinge sem provocar qualquer altera o nas nossas emo es e na nossa personalidade Depress o identificada como um per odo de crise experi ncia de importantes transforma es mentais e org nicas capazes de causar manifesta es pr prias em rela o ao comportamento regular para a faixa et ria Estas podem contudo ser confundidas com doen as mentais ou manifesta es comportamentais inadequadas Peres e Rosenburg 1998 Aberastury et al 1983 ao caracterizarem as modifica es psicossociais da adolesc ncia alertaram que nessa fase v rios processos de luto s o vivenciados Apesar da tamanha import ncia da depress o na inf ncia e na adolesc ncia em rela o qu
89. ecomendado o treino espec fico em tarefas de discrimina o visual de est mulos gr ficos complemento de frases ordena o de s ries puzzles sopa de letras palavras cruzadas e exerc cios de racioc nio l gico 3 4CASO N 3 3 4 1 DESCRI O DO TRABALHO Foram 6 sess es sendo um atendimento por semana Segue se o desenvolvimento do trabalho fazendo se os resumos das sess es por entender que desta forma a identidade do paciente fica efectivamente preservada 3 4 2 IDENTIFICA O DADOS Nome J M Sexo Masculino Idade 8 anos In cio do Atendimento 21 05 1999 T rmino do Atendimento 07 10 1999 rea de Est gio Crian a Referencial te rico Psican lise Supervisor Respons vel Prof Lucimara 3 4 3 QUEIXA Comportamento inadequado infantil e gagueira altera es da fala 3 4 4 DIN MICA DO PACI NTE O J M tem 8 anos do sexo masculino nasceu na cidade de S o Paulo reside na Vila Nova da Cachoeirinha juntamente com seus pais N o tem irm os Estuda numa escola particular e est no 2 ano do 1 ciclo Vida Familiar O J M e filho adoptivo mora com os pais n o biol gicos desde um m s e tr s dias 30 30 Parece gostar e se relacionar bem com os parentes av s tios primos ets Foi um beb adoptado atrav s do F rum de Santana O processo de adop o foi r pido um m s aproximadamente O casal n o teve prefer ncia pelo sexo Havia uma exig ncia queriam uma cr
90. eculiaridades na organiza o administrativa burocr tica e na organiza o pedag gica O CPA tem dupla fun o proporcionar est gio supervisionado aos alunos dos ltimos anos dos cursos de Psicologia e de acolher a demanda de atendimento psicol gico da comunidade onde est o inseridos Para atender a primeira fun o forma o de psic logos s o organizadas actividades pr ticas supervisionadas nos 7 8 semestres est gios profissionalizantes nos 9 e 10 semestres e estudos orientados com o objectivo de promover o desenvolvimento de habilidades e compet ncias imprescind veis ao bom desempenho profissional O psic logo preparado para enfrentar os desafios das transforma es da sociedade contempor nea e capacitado para o desenvolvimento intelectual e profissional continuado ter como compromisso os princ pios ticos e humanistas em prol da valoriza o dos direitos e deveres do indiv duo do respeito pela liberdade de express o e da melhoria da qualidade de vida e bem estar individual e colectivo Os est gios oferecidos atendem as m ltiplas demandas provenientes de diversos lugares accionam estrat gias e abordagens espec ficas e convergem para um objectivo comum o desenclausuramento do profissional de psicologia e uma ac o de maior abrang ncia social A outra fun o do CPA produzir e implementar novas estrat gias de cunho cient fico metodol gico que respondam protec o reabilita
91. eguir superar as barreiras que lhe possam surgir com muita colabora o e apoio escolar Ao encarregado de educa o recomenda se que o jovem venha a beneficiar de acompanhamento psicopedag gico uma vez por semana para treino das reas cognitivas menos favorecidas aten o concentra o aptid o num rica e para gest o de problemas de natureza emocional 27 27 3 3 10 CONSIDERA ES FINAIS O papel do psic logo de ajudar o adolescente a avaliar com maior precis o e realismo a responsabilidade que lhe cabe pelas suas atitudes e comportamentos Sempre que foi poss vel questionei o adolescente com o objectivo de elucidar como este percebe seu controle sobre a situa o e assim ajudar a reconhecer as limita es do seu controle sobre as experi ncias vivenciadas Apontei os acontecimentos e informa es que n o confirmam suas percep es pois esta estrat gia ajuda o jovem a avaliar com maior precis o a quest o e a responsabilidade Ao reavaliar sua responsabilidade e ao se afastar do padr o de reflexivamente assumir responsabilidade demais ou at de menos por ac es o jovem fica em uma posi o na qual consegue avaliar o mundo o seu eu e os outros com maior exactid o e consegue fazer tudo isto com um afecto n o t o negativo Cren as relacionadas culpa raiva e desaprova o que se baseiam na suposi o de responsabilidade independentemente das limita es da realidade podem ser efectiva
92. el profissional relevante perceber que estou a ser sens vel s necessidades dos indiv duos crian as jovens e adultos que est o em sofrimento e oferecer recursos a fim de ajud los a enfrentar as dificuldades e levar as pessoas ao encorajamento e independ ncia O meu principal objectivo melhorar a qualidade de vida das pessoas mudando cren as auxiliando a conviver de uma forma mais razo vel com as suas limita es favorecer as condi es necess rias para o seu desenvolvimento e crescimento interno Acredito que tenha ajudado as pessoas a restabelecer o equil brio e a lidarem melhor com os seus problemas e situa es que por vezes consideram insuper veis No in cio foi um desafio ouvir com aten o estar junto naquele momento marcado de emo es fortes amor medo raiva mas sabia que era extremamente importante este processo pois iria facilitar o paciente a expor se ouvir se e sentir se e sabia tamb m que as minhas perguntas ajud lo iam a olhar a Situa o e a si mesmo Ao longo do est gio favoreci um ambiente f sico e psicol gico para que fosse prop cio a catarse de fantasias temores e desejos Ajudei pacientes na elabora o de um projecto pessoal com metas que implicaram aquisi o de bem estar e auto estima Orientei o paciente para melhor manipular as suas ansiedades e para elaborar novos modos de ajustamento interpessoal O contacto no est gio com as fam lias crian as jovens e outr
93. encias Beck 1964 Gon alves 2000 Nas teorias din micas a Psican lise a primeira corrente psicol gica a estudar o suporte etiol gico da depress o Nesta vertente passa se por avaliar a auto estima do paciente e perceber de que forma se avalia a si pr prio assim como a forma como visto por parte dos outros As teorias mais tradicionais definem depress o como a perda do objecto amado Para Freud o excesso ou a falta de gratifica o durante a fase oral originaria uma personalidade super dependente A perda muito frequente na hist ria de crian as que manifestam depress o Estas crian as que tiveram perdas precoces do objecto amado por rejei o separa o ou morte das figuras parentais acabaram por desenvolver uma auto estima grande de depend ncia da aprova o e afecto dos outros de tal forma que tem dificuldade de superar a frustra o quando s o rejeitados ou abandonados Beloch Sadin Ramos 1995 Freud defende na sua teoria de organiza o depressiva que existem oito p los centrais como perda de objecto o desejo de incorporar o objecto uma tend ncia natural da vida libidinal dos sujeitos tend ncia narc sica a parte de si desvalorizada e a r plica interior do objecto perdido a deprecia o de si pr prio a ambival ncia a auto agress o e aquela que acusa uma potencia moral superego Nas teorias Biol gicas alguns estudiosos defendem que a depress o tem uma base biol gica havendo um grande
94. ente nas escolas percebemos que crian as e jovens manifestam comportamentos considerados dif ceis ou problem ticos podem de facto estar apresentar sintomas de psicopatologia que nunca foram diagnosticados Jensen e Watanable 1999 Kandel et al 1999 As crian as e os adolescentes que manifestam psicopatologia correm um risco maior de sofrer futuramente de transtornos psiqui tricos Jensen e Watanable 1999 Kandel et al 1999 Cornell Peterson e Richards 1999 H necessidade conhecer o impacto dos maus tractos da falta de meios culturais e sociais no plano emocional e comportamental da crian a com o fim de compreender e mobilizar recursos para um melhor bem estar f sico e psicol gico de nossas crian as e jovens 77 77 Muitas s o as consequ ncias para as crian as associadas aos maus tractos no plano f sico fisiol gico afectivo comportamental interpessoal e acad mico t m sido identificadas e analisadas Horton amp Cruise 2001 Algumas das caracter sticas comportamentais j observadas na vis o dos professores se associam viol ncia dom stica foram agressividade apatia retraimento timidez marcas corporais tristeza medo e baixa auto estima Horton e Cruise 2001 ap s uma ampla revis o organizaram uma rela o de consequ ncias dos maus tractos pass veis de observa o directa no contexto escolar Indicadores dos maus tratos observ veis no contexto escolar f sicos s o re
95. er os conflitos e adquirir um funcionamento adequado do aparelho mental ou an mico para possibilitar o bem estar de nossa condi o humana num constante processo de desenvolvimento e crescimento que nos proporcione uma inef vel viv ncia de plenitude prazer e felicidade As dificuldades com que me deparei foram positivas pois sinto me mais apta para vencer os desafios inerentes pr pria profiss o e garantir uma actua o profissional comprometida com a transforma o social A supervis o e o est gio supervisionado foram adequadamente planejadas o que me ajudaram sem d vida que eu adquirisse habilidades e compet ncia para meu exerc cio profissional Tamb m o conhecimento adquirido atrav s das v rias leituras foram fundamentais para abrir novas perspectivas novas interpreta o e novos horizontes para males que a inf ncia e a adolesc ncia padecem os quais resultam da cultura individualista e competitiva da sociedade moderna Tenho a consci ncia e sentido do principio de realidade de qual a minha tarefa para auxiliar o paciente que por suas viv ncias com conflitos e por isso nos procura N o sou um reformador social ou um l der pol tico nem muito menos o dono de uma verdade ideol gica que d a melhor forma para viver com qualidade O individuo livre e importante que o seja pois s assim poder proporcionar uma melhora para a sociedade em que vivemos O terapeuta tamb m um cidad o e na medida que
96. er uma modalidade terap utica promissora Estima se que alguns elementos da TCC j s o utilizados na pr tica psicoter pica mesmo de outros referenciais te ricos uma forma que passa desapercebida a inten o de us la at para o pr prio terapeuta Mesmo n o aplicada na ntegra estudo da TCC implica contribui es ao trabalho cl nico O enfoque cognitivo comportamental bastante adequado para ser usado at como mais um instrumento psicoterap utico Como j foi dito o esclarecimento mais aprofundado do modo como o paciente pensa de como distorce suas ideias sem d vida fundamental para ele ver com adapta o a realidade Uma vis o mais abrangente da inter rela o dos processos cognitivos emocionais e comportamentais deveria ser inclu da dentro da abordagem mais abrangente da psiquiatria moderna em que tanto se valoriza os aspectos que complementam os diversos componentes biol gicos psicol gicos e sociais do processo de doen a No in cio do s culo XXI os estudos sobre de temas depress o t m se caracterizado como um dos principais temas de interesse dos pesquisadores relacionados rea da sa de em consequ ncia do aumento significativo da manifesta o dos quadros depressivos apresentado pelos estudos epidemiol gicos Cicchetti amp Toth 1998 Lima 1999 Entre os adolescentes por exemplo a pesquisa tem apontado que a depress o tem sido o dist rbio psicol gico mais incidente embora seja dif cil aproxim
97. erguntou para pintar a bermuda da figura que cor daria o castanho com o vermelho Disse lhe que n o sabia Ele respondeu vou ver e ap s misturar exclamou castanho Por fim fez o sol animismo nuvens azuis e p ssaros castanhos Riu quando disse que essa pessoa era ele Franziu o nariz quando perguntei o que essa pessoa o faz pensar 3 4 17 1 ASPECTOS ADAPTATIVOS Desenho de acordo com idade sexo e n vel cultural 3 4 18 22 ASPECTOS EXPRESSIVOS Tamanho pequeno indicando sentimento de inadequa o de inferioridade frente as demandas do meio Retraimento e press o ambiental Inibi o Localiza o Predominantemente abaixo da linha mediana e mais localizada nos 3 quadrante significando certa depend ncia materna e predom nio do passado 3 4 193 ASPECTOS DE CONTE DOS OU PROJECTIVOS Cabe a normal Olhos em ponto imaturidade no contacto com o meio infantilidade Boca estere tipo m scara social necessidade de agradar vontade de ser aceito socialmente Cabelos encaracolados sexualidade fantasia Cintura com tra o indicando policiamento dos impulsos Pesco o delgado e fino indica controlo r gido moralismo Bra os normais Pernas disparidade no tamanho das pernas ambival ncia no que se refere impulso para autonomia 4 34 P s voltados um para lado indicando ambival ncia grande necessidade de estabilidade ambi o 34 20 S NTESE
98. es cl nicas sistem ticas Este seu trabalho junto Universidade da Pensilv nia EUA deu origem ao livro Depress o Causas e Tratamento 1972 Nele Beck tra a seu modelo cognitivo e a Terapia Cognitiva da Depress o Sua formula o da depress o foi evidenciada no conte do do pensamento negativo do deprimido auto puni o exacerba o dos problemas externos e desamparo como sintomas mais proeminentes Mostrou que os aspectos cognitivos eram mais centrais nas depress es e mais verific veis que os processos din micos motivacionais ent o postulados Nove anos mais tarde ele detalhou melhor os princ pios da TC Terapia Cognitiva Em colabora o com outros terapeutas Beck elaborou um manual para o tratamento da depress o Terapia Cognitiva da Depress o 1979 Este cont m o resumo das t cnicas cognitivas desenvolvidas ao longo de vinte anos de trabalho cl nico e de pesquisa emp rica 4 2 2 MODELO COGNITIVO DE BECK PARA A DEPRESS O As bases dos sintomas da depress o s o os pensamentos distorcidos ideias e imagens O enfoque cognitivo n o se preocupa com as causas e motiva es de uma determinada patologia Enfatiza as inadapta es na estrutura cognitiva do indiv duo e os mecanismos defeituosos de processamento de informa o em uma determinada doen a BECK e cols 1982 A terapia cognitiva busca tratar a depress o a partir do entendimento de que os sintomas s o o resultado de distor es cognitivas de um modelo
99. es e das institui es atendidas com todas as informa es sobre os atendimentos realizados As informa es contidas nos prontu rios s o sigilosas O CPA mant m um servi o de plant o psiqui trico exercido um m dico contratado como professor da institui o para proceder orienta es presenciais ou por escrito aos estagi rios e ou supervisores a respeito de determinados clientes que s o encaminhados para consulta de avalia o Caso haja d vidas quanto s altera es medicamentosas e comportamentais de determinados clientes o supervisor e estagi rio consultam este profissional para discuss o do caso o que propicia uma presta o de servi o diferenciada e uma actividade pedag gica interdisciplinar As depend ncias do CPA s o de uso exclusivo dos clientes estagi rios supervisores e funcion rios O CPA funciona de 2 a 6 feira em hor rio matutino e ou nocturno e aos s bados pela manh 10 10 CAPITULO II DESCRI O DAS ACTIVIDADES DE AVALIA O 2 1 OJECTIVOS T CNICAS E M TODOS DA AVALIA O PSICOL GICA A avalia o psicol gica compreendida como o processo t cnico cient fico de colheita de dados estudos e interpreta o a respeito de fen menos psicol gicos que s o resultantes da rela o indiv duo com a sociedade servindo se para tanto de estrat gias psicol gicas m todos t cnicas e instrumentos A Avalia o Psicol gica possui um papel importante na compreens o
100. es estejam mais prop cios a depress o a ansiedade e a agressividade 4 6DELINEAMENTO DA PESQUISA Os objectivos propostos na pesquisa Este estudo visa dar continuidade a pesquisa sobre a agressividade ansiedade e depress o em crian as e jovens em risco de fam lias s cio culturalmente desfavorecidas enfatizando aspectos referentes ao tratamento da depress o ansiedade e agressividade na inf ncia na adolesc ncia utilizando uma abordagem que pode ser realizada dentro da pr pria escola 78 78 A escassa estat stica que se aproximem do n mero real de casos inf ncia e adolesc ncia e portanto a necessidade de melhorar esta problem tica Em termos espec ficos os objectivos s o e Determinar a preval ncia de casos de ansiedade depress o e agressividade em jovens provenientes de fam lias s cio culturalmente desfavorecidas em jovens do Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e Averiguar a correla o entre a ansiedade depress o e a agressividade nos jovens de g neros diferentes 4 6 1 AS HIP TESES Hip tese 1 A Preval ncia de Ansiedade e de Depress o em crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos alta Hip tese 2 A Preval ncia de Agressividade em crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidas alta Hip tese 3 As crian as e jovens com maiores ndices de Ansiedade e Depress o t m maior ndice de agressividade Hip tese 4 A Preval ncia de Ansiedade e Depres
101. espec ficas como nos transtornos f bicos O termo ansiedade abrange sensa es de medo sentimentos de inseguran a e antecipa o apreensiva conte do de pensamento dominado por cat strofe ou incompet ncia pessoal aumento de vig lia ou alerta um sentimento de constri o respirat ria levando hiperventila o e suas consequ ncias tens o muscular causando dor tremor e inquieta o e uma variedade de desconfortos som ticos consequentes da hiperactividade do sistema nervoso auton nomo Algumas escalas tentam cobrir todos esses aspectos da ansiedade mas a maioria enfatiza um ou outro A depress o pode interferir de maneira significativa na vida di ria nas rela es sociais e no bem estar geral do adolescente ou jovem adulto importante real ar que estas situa es n o acontecem s aos outros quase todas as pessoas sejam jovens ou n o j experimentaram sentimentos tempor rios de tristeza em algum momento das suas vidas Pesquisas revelam que mais de 5 da popula o sofrer de uma depress o maior em algum momento das suas vidas e aproximadamente 3 experimentar uma depress o menos severa Boyd e Weissman citados por Ballone 2003 De facto observou se que nas ltimas d cadas houve um aumento muito grande do n mero de casos de depress o na fase da adolesc ncia Este acontecimento poder dever se ao facto de cada vez mais o mundo que nos rodeia se tornar mais exigente e competitivo exigindo de cada
102. esquisa adoptaremos um sistema de classifica o abrangente com sub categorias representativas proposto por Bringiotti 2000 a partir de defini es elaboradas em 1981 pela National Center onChild Abuse and Neglect NCCAN servi o ligado Children s Bureau da Administration for Children and Families que parte do Department of Health and Human Services dos Estados Unidos da Am rica pelo que se destaca o maltrato f sico entende se que toda e qualquer ac o n o acidental por parte dos pais ou cuidadores que provoque estrago f sico ou enfermidade ou ainda coloque a crian a em risco de vida quer seja atrav s de queimaduras hematomas mordidas asfixia e afogamento o abandono f sico que qualquer situa o em que as necessidades da crian a n o s o satisfeitas quer temporal ou permanentemente por nenhum membro da fam lia dessa crian a como alimenta o higiene cuidados m dicos cuidados de seguran a o maltrato emocional as situa es que ocorram hostilidade verbal continuam deprecia o cr tica e amea as de abandono intimida o 73 73 isolamento desvaloriza o da crian a exclus o das actividades familiares e nega o de autonomia Abandono Emocional situa es em que ocorram falta de respostas s express es emocionais a falta de express es emocionais e de condutas de a proximidade falta de inteira o e contacto por parte das figuras parentais e n o se assumirem as responsabilidades parenta
103. esso de somatiza o que se instalou e como n o foi atendido nos primeiros sinais de somatiza o adquiriu uma doen a 11 11 psicossom tica A gravidade da situa o deste p de ser notada pela frequ ncia de idas aos m dicos centros de sa de e at mesmo ao hospital A psicoterapia possibilitou a mudan a de comportamentos o que propiciou a estes pacientes maior qualidade de vida Em ambos os casos empregamos primeiramente as entrevistas com o objectivo de estabelecer uma rela o de ajuda de confian a e de recolher sistematizar informa es acerca da hist ria pessoal O segundo caso do paciente adolescente para al m das entrevistas com os pais jovem e com a m dica aplicamos o teste Escala de Intelig ncia de Weschsler para crian as 3 edi o 5 III Tudo isto com o objectivo de possibilitar um entendimento claro acerca da problem tica bem como relativamente ao tipo de estrat gias de interven o e resultados a obter Com a avalia o psicologia pretend amos conhecer a capacidade cognitiva habilidades interpessoais sociabilidade influ ncia atributos pessoais iniciativa dinamismo energia e empatia Assim como equil brio emocional auto conhecimento motiva o ambi o expectativas e recursos de desenvolvimento do paciente 12 12 CAPITULO III DESCRI O DAS ACTIVIDADES DE INTERVEN O 3 1 SUMARIO Discriminamos o processo de atendimento psicoter pico de tr s pacientes d
104. g Multivariate Statistics New York Harper Collins 1996 VERONA E amp CARBONELL J L Female Violence and Personality Evidence for a Pattern of Overcontrolled Hostility Among One Time Violent Female Offenders Criminal Justice and Behavior 27 2 p 176 2000 WINNICOTT D W Priva o e Delinqu ncia S o Paulo Martins Fontes 1999 American Psychiatric Association 1994 Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM IV Washington D C American Psychiatric Association Teste de Frustra o Manual de Psicologia Aplicada Rio de Janeiro CEPA 1948 105 105 KAPLAN SADOCK 1993 Condi es n o atribu veis um transtorno mental In Comp ndio de Psiquiatria H Kaplan amp B Sadock eds 6 ed pp 577 587 Porto Alegre Artes M dicas KAYAYAN A 1992 Viol ncia e sa de IX Confer ncia Nacional de Sa de Bras lia Universidade Nacional de Bras lia Cadernos Descentralizando e Democratizando o Conhecimento 9 13 17 KEMPE R amp KEMPE H 1983 Child Abuse Suffolk Fontana Paperbooks SSMA Secretaria de Sa de e Meio Ambiente 1996 Estat stica de Sa de Mortalidade Porto Alegre SSMA SALEM T 1979 Entrevistando fam lias notas sobre o trabalho de campo In A Aventura Sociol gica E Nunes ed pp 47 64 Rio de Janeiro Zahar STITH D 1993 Can physicians help curb adolescent violence Hospital Practice 27 193 207 WOLFF S 1985 Non delinquent
105. ha no meio Pegou o l pis vermelho e come ou a fazer o telhado perguntou se n o tinha r gua e quando disse que n o exclamou que pena Fez as paredes da casa de castanho e pintou a frente da mesma cor Colocou uma janela e apagou tornou a desenh la com vidra as e fez alguns rostos e enquanto desenhava o quarto rosto deitou sobre o bra o esquerdo Desenhou a seguir 1 3 31 uma antena parab lica com l pis ab bora em seguida sol sorrindo e fez tamb m nuvens com o l pis azul Com o l pis verde dividiu a parte lateral da casa em dois e come ou a pintar da direita para a esquerda de verde contornando a janela pois a divis o deu se bem ao meio da janela Parou um pouco colocou o dedo na testa e ent o fez do outro lado um quarto que se referiu ser dele uma sala com televis o ligada e um sof Fez um risco simbolizando solo do lado esquerdo e depois outro do lado direito Desenhou um c o do lado direito de castanho J no decorrer do inqu rito desenhou mais uma rvore que disse ter esquecido 3 4 7 1 ASPECTOS ADAPTATIVOS Desenho compat vel com a idade sexo e n vel cultural 3 4 8 2 ASPECTOS EXPRESSIVOS Tamanho normal Campo de projec o desenho relativamente pouco abaixo leve predom nio do 2 e 3 quadrante Sequ ncia normal e n o indica movimento 3 4 9 3 ASPECTOS DE CONTE DO OU PROJECTIVOS Cont m antena parab lico demonstra ser comunicativo A Porta relativamente pequena
106. i o e desse modo a estrat gia do curinga n o funciona mais Confrontei claramente as atitudes RC e questionei suas inten es Tamb m fui apontando aos poucos outras alternativas de relacionamento com as pessoas e as coisas ao seu redor 21 21 Com isso fui adquirindo import ncia para ele e acabei ocupando o lugar simb lico da m e ou seja desempenhei a fun o materna O RC confiava em mim dava import ncia ao que eu dizia e desse modo pod amos aprofundar o que estava acontecer com ele Como transformou me numa outra possibilidade de m e come ou a trazer seu dio por Regina e logo o estendeu irm De identificado e c mplice da m e passou a demonstrar hostilidade por ela e tamb m certo ressentimento Deu a entender que n o queria mais manter a farsa da hiperactividade H muito tempo eu havia abandonado a cren a na hiperactividade tamb m defendia que a quest o era emocional mas ainda n o havia conseguido estabelecer uma hip tese que me convencesse Foi ent o que aconteceu uma sess o muito interessante que forneceu pistas valiosas para uma poss vel compreens o Naquele dia ao chegar cl nica RC viu me a conversar com algumas colegas na sala de espera Entrou furioso para o atendimento e inquieto agitado come ou a destruir o que via pela frente Fui tentando fazer com que n o destru sse as coisas at que se colocou atr s de mim mais furioso ainda assustada preci
107. ia consideram nas como entidades diferentes Durante os ltimos anos tem se desenvolvido um interesse particular na descoberta de uma s ndrome que englobe a ansiedade e depress o Clark e Watson 1991 Zimbarg e BarloW 1991 in Beloch Sandin Ramos 1995 Muitas s o as consequ ncias para as crian as associadas aos maus tratos no plano f sico fisiol gico afectivo comportamental interpessoal e acad mico t m sido identificadas e analisadas Horton amp Cruise 2001 Indicativos dos maus tratos observ veis no contexto escolar f sicos s o repetidas marcas e problemas de sa de queixas som ticas como dores de cabe a de barriga de est mago birras enuresse encoprese dist rbios alimentares mostrar se constantemente cansado com baixo n vel de energia apresenta o de falta de higiene agressividade ou muito submisso ou demasiado dependente uso de subst ncias a falta de interesse o humor depressivo socialmente isolado a baixa auto estima afectos exuberantes ou embotados o nervosismo ou ansiedade a falta de confian a o d fice de habilidades sociais a incapacidade de fazer amigos Nas dificuldades de aprendizagem a altera o r pida de comportamentos na escola a desfasagem escolar a idade n o corresponde ao ano lectivo as notas baixas risco alto de reten o frequentes mudan as de escola preju zo de criatividade e curiosidade dificuldades de aten o e concentra o nas aulas e faltas ou fugas da esco
108. ia escolar regular A Ansiedade Generalizada apesar de provocar v rios sintomas f sicos bastante perturbadores espasmos e tremores tens o muscular fadiga falta de ar taquicardia sudorese secura da boca tontura n usea diarreia ondas de calor e arrepios de frio mic o frequente dificuldade de concentra o nervosismo ins nia irritabilidade dificuldades para engolir o que tem relevo a preocupa o excessiva sobre quest es diversas como a incapacidade de enfrentar determinado problema receio de desempenho ineficiente preocupa es som ticas difusas n o estando relacionada expectativa de ter ataques de p nico Existe ansiedade e preocupa o persistente por pelo menos 6 meses e na maioria dos dias e exagerada com diversos acontecimentos ou actividades desempenho escolar ou profissional p ex comum encontrar se tr s dos seguintes seis sintomas Nervos flor da pele ou inquieta o cansa o dificuldade de concentra o ou brancos na mente irritabilidade tens o muscular e perturba o do sono O tratamento da ansiedade generalizada pode passar pela psicoterapia psican lise psicoterapia de apoio Atitude directiva incutir confian a psicofarm cos atrav s dos ansiol ticos e anti depressivos mudan as do estilo de vida com regras higi nico diet ticas Proibir lcool caf tabaco ch pr tica de desporto e t cnicas de relaxamento A atitude psicoterap utica em crise
109. ian a saud vel O beb nasceu de parto normal com 3 065Kg e com 50 cm de comprimento A m e natural tinha de 33 anos a 35 anos e j era o 3 filho que a progenitora deixava para adop o Foi um beb que sempre mamou bem Chupou chupeta S dorme com a luz acesa Vida afectiva Deduziu se pelas entrevistas aos pais e ao J M serem pessoas felizes saud veis e carinhosos por m o J M sente uma certa rigidez um excesso relativo de ordens Vida escolar O J M at ao momento acompanha a turma segundo a professora Por m tem por vezes um comportamento infantil Vida social A crian a frequenta a casa de amigos e os amigos frequentam a casa dele Durante o ano vai a v rias festinhas de anivers rio dos amigos e parentes Quando J M faz anivers rio al m da fam lia convida todos os amigos para uma festa em casa 3 4 5 LOCAL DA APLICA O As entrevistas aos pais adoptivos e a aplica o foram realizadas na Cl nica da UNIP Cantareira no dia 21 de Maio de 1999 O teste foi feito na sala de atendimento n 6 sobre uma mesinha apropriada para crian as A aplica o do H T P foi relativamente r pida teve in cio s 20 00horas e terminou s 20 35 horas 3 4 6 DESENHO DA CASA O J M come ou pelo telhado partindo do lado esquerdo para o direito A seguir pegou o l pis castanho e fez as paredes e o solo seguidamente trocou pelo l pis verde e fez a porta enfeitou a com dois riscos horizontais e uma bolin
110. iar os meus pacientes no equil brio e bem estar psicol gico Na segunda parte realiza se uma revis o do contributo dos principais trabalhos e teorias que procuram explicar a depress o ansiedade e agressividade nos jovens principalmente na rea psicol gica e sociol gica com o tratamento estat stico dos dados provenientes do question rio YSR Youth Self Report Achenbach 1991 amostra constitu da por 60 crian as compreendidas entre 11 e 15 anos que estudam no 2 Ciclo do Agrupamento de Escolas e Escola Secund ria com 3 Ciclo de Figueira de Castelo Rodrigo Neste trabalho avaliou se o n vel de Ansiedade Depress o e Agressividade de jovens socioculturalmente desfavorecidos no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo distrito da Guarda Para isso foram constitu das duas amostras diferentes uma socioculturalmente desfavorecida e a outra socioculturalmente favorecida Procurou se tamb m avaliar o impacto de vari veis como idade sexo sucesso escolar na Ansiedade Depress o e Agressividade A Depress o Ansiedade e Agressividade afectam actualmente os jovens em todo o mundo O estudo desta problem tica em termos cl nicos assume uma grande import ncia pelas consequ ncias que podem causar nos jovens sejam em termos individuais em grupo familiares na escola e na sociedade em geral iv iv O estudo desta investiga o revelou que os jovens socioculturalmente desfavorecidos possui um leve funcioname
111. ica produzindo sofrimento f sico ps quico e social KLEIN 1993 e GENTIL 1997 acautelam que o medo e a ansiedade por serem emo es frequentes na vida das pessoas n o devem ser confundidos A Ansiedade Ex gena surge em rela o com conflitos externos pessoais ou psicossociais e responde psicoterapia Ansiedade generalizada End gena aut noma e relativamente independente a est mulos ambientais surge por altera es metab licas em indiv duos com uma vulnerabilidade gen tica antecedentes familiares de crises de ang stia e responde bem aos psicof rmacos Dentro da ansiedade temos os ataques de p nico e os quadros f bicos A agorafobia associa se a crises de ang stia A ansiedade parece ser uma fragilidade som tica em especial do Sistema Nervoso Vegetativo e provavelmente uma estrutura o especial do SNC Sistema Nervoso Central Tendo uma constitui o ansiosa como base em uma personalidade afectada no seu desenvolvimento psicol gico e da sua estrutura neurovegetativa Segundo Freud a ansiedade o medo resposta emocional a um perigo real H tr s esp cies de ansiedade a real a neur tica e o complexo da culpa A ansiedade real ocorre quando o ego se sente impotente frente a um objeto ou a uma situa o do mundo exterior que pode colocar em risco sua sobreviv ncia ou integridade psicol gica Na ansiedade neur tica ego passa por uma experi ncia dolorosa que compat vel com um bloqueio total de u
112. ico da Hiperactividade e d fice de aten o Apesar de clinicamente ter todo o sentido que este factor se localize na Externaliza o os valores da satura o naquele factor de segunda ordem n o permitem a sua inclus o Problemas de pensamento Inclui itens como ouve coisas que est o presentes v coisas que n o est o presentes etc Pode surgir elevado em perturba es psic ticas ou em quadros obsessivos compulsivos e como tal os dois s ndromes anteriores n o se situa nem na Internaliza o nem na Externaliza o Comportamento agressivo cont m itens como discute muito amea a ferir as pessoas etc claramente uma s ndrome de Externaliza o e surge associado entre outras s perturba es de desafio ou oposi o e de conduta Comportamento delinquente cont m itens como rouba coisas em casa consome lcool ou drogas j provocou fogos Trata se de um comportamento de desafio mais interiorizado associado a caracter sticas t picas das perturba es de conduta Como o anterior locupleta na Externaliza o O Agrupamento dos Tr s primeiros sindromas formam a Escala de Internaliza o e o agrupamento dos sindromas VII e VIII formam a Escala de Externaliza o Estas s o detectadas e nomeadas a partir da an lise multivariada dos problemas emocionais Segundo o manual de orienta o do YSR os sujeitos podem ser considerados n o cl nicos cl nicos e lim trofe
113. ido que motivou a origem de seu sentimento de desamparo Somente este conflito defensivo auto punitivo parece trazer lhe uma diminui o do sentimento de culpa permitindo lhe um al vio e a manuten o do seu equil brio intraps quico Teve uma inf ncia marcada por um pai alco latra que agredia fisicamente a mulher A m e deprimida come ou a alcoolizar se tamb m vindo a separar se do marido para viver com outro homem tamb m alco latra e por quem nunca sentiu alguma simpatia 14 14 ocasi o separa o de seus pais senhora escolheu em morar com pai Aos 17 anos conheceu o pai dos seus filhos e para fugir do sentimento de abandono engravidou casando se O marido era carinhoso e atencioso mas passado alguns anos numa disc rdia tentou agredi la e a senhora M sofreu um aborto aos 5 meses de gravidez A Senhora M sofreu com a perda e o marido mudou de emprego tornando se camionista A partir de ent o ele passou a beber A senhora M perdeu tamb m o marido atencioso e a condi o de vida c moda que este lhe proporcionava pois o marido perdeu o emprego por causa do v cio passando a viver de jeiras casuais A senhora M engravidou mais duas vezes tendo tido um rapaz e uma menina e praticamente sozinha cuidou da educa o dos filhos uma vez que o marido tal qual o pai passou a ser agressivo e violento Depois de cerca de 20 anos de evolu o desta problem tica a senhora M passou a
114. ido ou envergonhado etc est associado a isolamento ou mau estar interpessoal e a energia reduzida Surge frequentemente em quadros depressivos uma s ndrome que satura na Internaliza o Queixas som ticas inclui itens como cansado tonturas ou queixas f sicas sem causa m dica conhecida A eleva o deste factor est associado a uma tend ncia para 81 81 somatiza o surgindo frequentemente em perturba es deste tamb m uma s ndrome de Internaliza o Ansiedade Depress o cont m itens como chora tem medo de cometer erros triste Embora seja dif cil distinguir os itens que associamos depress o dos que atribu mos ansiedade a an lise factorial n o separou estas duas dimens es Este factor satura na Internaliza o e est associado aos diagn sticos categoriais de ansiedade e depress o Problemas sociais Tem itens como muito dependente as outras crian as n o gostam dele etc Este factor surge elevado numa diversidade consider vel de crian as desde situa es de ansiedade e depress o associadas a dificuldades sociais at aos quadros de hiperactividade e d fice de aten o Este factor n o satura nem na Internaliza o nem na Externaliza o Problemas de Aten o cont m itens como n o se consegue concentrar tem dificuldades em seguir instru es n o consegue estar sentado e est associado ao diagn st
115. ificuldade de dormir desde os 11 meses de idade e que nunca p ra quieto Antes de tomar o Tofranil fazia coc e xixi nas cal as Com algumas paradas e mudan as do medicamento ele toma calmante desde os 11 meses Regina nos seus contactos comigo deixou bem claro que se RC Mudasse seu comportamento n o permitia que continuasse fazendo psicoterapia Ela fez amea as quis me intimidar tentou constranger e mostrar o poder que exerce sobre o filho Fiquei perplexa ao perceber sua insist ncia em me convencer de que o RC era hiperactivo e de que precisava continuar a tomar o medicamento Chegou ao ponto de dizer me que se trata de uma hiperactividade gen tica e comenta que tem uma tia agitada portanto nas mesmas condi es Ap s a sess o desconcertada e triste me perguntei qual seria o interesse desta m e em convencer me da hiperactividade do seu filho Porque que Regina quer manter o filho nesta condi o Ainda me fa o esta pergunta at hoje No dia seguinte liguei para a neurologista de RC a Dra V nia que me disse n o acreditar que seja um caso de hiperactividade mas um problema dist rbio emocional ou comportamental pois os exames realizados deram negativos Foi a m dica que tinha insistido para que Regina procurasse uma psicoterapeuta e desse modo poderia aos poucos diminuir e at excluir o medicamento A Dra V nia percebeu por parte da m e tamb m uma certa resist ncia em retirar o medicamento Regina n
116. iga demais coma irm e s vezes ele precisa de uns Talvez ele fa a tanta coisa em casa para chamar a aten o Parece que todo o mundo est sempre ocupado com alguma coisa menos para dar aten o para o RC Conversar mais passear sereia uma boa op o Pedi que repensassem sobre a medica o que RC toma Se o RC n o gosta da m dica question lo se ele quer trocar de profissional Pois ele precisa de ter uma rela o razo vel com a m dica que o trata complicado a m e pedir que aumente a dose de medicamento porque est ocorrendo mudan as no comportamento dele sendo que a m dica nem o v e nem fala com RC A quest o dele me parece emocional tem rela o com o nascimento da irm N o uma quest o biol gica mesmo porqu se fosse iria acusar nos exames Seria bom continuar com a psicoterapia Encerrei a sess o me despedindo e com grande carinho se despedem tamb m de mim Tive a sensa o que eles n o tinham se dado conta que o filho n o mais um beb e que o nascimento da irm poderia ter mexido tanto com o comportamento dele 25 25 Ficaram satisfeitos pois parecia que conforme eu apontava os fatos eles se encaixavam como uma pe a no quebra cabe as Achei interessante quando o pai fala como um desabafo n o tinha me dado conta disso O tempo passa t o r pido que tudo passou despercebido A m e saiu vermelha desconcertada coloquei nela tamb m a responsabi
117. io de comportamento auto aplic vel para jovens com idades compreendidas entre 11 e os 18 anos Foi estruturado para obter respostas de crian as e adolescentes em rela o s suas pr prias compet ncias e problemas Achenbach 1991 Para responder ao YSR o manual sugere que a crian a tenha uma idade mental equivalente a 10 anos ou leitura equivalente ao 5 ano Achenbach 1991 As respostas devem referir se aos ltimos seis meses O YSR est estruturado para 80 80 que a crian a e o adolescente gaste entre 15 no m nimo e 45 no m ximo responder ao question rio As informa es dadas pelo invent rio YSR Youth Self Report s o muito importantes na detec o de problemas de comportamento O question rio d nos informa es importantes na detec o de problemas do comportamento como dist rbios do comportamento delinqu ncia juvenil A aplica o deste question rio r pida flex vel e econ mica e pouco inc moda para o p blico alvo O Invent rio YSR Youth Self Report um question rio que se divide em duas partes A primeira parte constitu da por 17 itens relacionados com compet ncias actividades e interesses sociais do indiv duo Os itens desta primeira parte est o dispostos de maneira a fornecer um ndice de actividade um ndice total de compet ncias e um ndice Social As pontua es altas nesses ndices indicam um bom n vel de adapta o geral do indiv duo A segunda parte do question ri
118. ioculturalmente Ansiedade Favorecido Desfavorecido 30 Depress o Favorecido Desfavorecido 30 5 46667 3 093189 564736 30 Agressividade Favorecido 9 4333 5 38634 98341 Desfavorecido 9 5667 5 50037 1 00422 Tabela 1 Ansiedade Depress o e Agressividade S cioculturalmente 84 84 Std Std Error Deviation Mean Favorecido 1 81437 Desfavorecido 1 59597 Favorecido Desfavorecido Favorecido Desfavorecido Favorecido Desfavorecido Profiss o m e Favorecido Desfavorecido Favorecido Desfavorecido 1 5333 Favorecido 50855 Desfavorecido 1 9333 1 20153 Favorecido 57135 Desfavorecido 1 22287 Tabela 2 Group Statistics O insucesso escolar maior nos jovens Socioculturalmente desfavorecidos A idade dos meninos desfavorecidos em rela o ao ano de escolaridade maior nos jovens desfavorecidos Gr fico 1 Depress o Socioculturalmente A depress o ligeiramente superior nos jovens desfavorecidos E S rie1 Favorecido Desfavorecido 85 85 Gr fico 2 Ansiedade Socioculturalmente 3 8 375 3 7 3 65 3 6 325 3 5 3 45 4 3 4 4 3 35 4 3 3 E S riel Favorecido Desfavorecido A ansiedade ligeiramente superior nos jovens desfavorecidos 9 6 9 55 9 5 9 45 5 1 9 35 Favorecido Desfavorecido Gr fico 2 Agressividade Socioculturalmente A ansiedade depress o e a agre
119. iosa for a e companhia nos fins de semana Aos alunos participantes pela disponibilidade e dedica o que tornaram o estudo poss vel A todos que directa ou indirectamente contribu ram para a realiza o do presente trabalho o meu muito obrigado iii iii RESUMO Este trabalho subdivide se em duas partes Na primeira parte efectiva se a caracteriza o da Institui o onde completei o est gio com o relato de tr s casos cl nicos actividades de avalia o e interven o psicol gica A abordagem utilizada neste trabalho a Psicoterapia Breve ainda que focal e de curta dura o responde com resultados que revelam altera es significativas no comportamento das pessoas que dela se favoreceram desenvolvendo uma nova realidade existencial com mais clareza e menos sofrimento O tratamento com a terapia breve envolveu entrevistas diagn stico contrato terap utico e planeamento Foi necess rio manter Rapport proximidade afectiva entre paciente e eu terapeuta alian a terap utica assim como transmitir confian a e interesse pelos problemas do paciente manter equil brio entre gratifica es e priva es do paciente permitir gratifica es moderadas de necessidades emocionais responder perguntas manter a posi o frente a frente participar dar sugest es em algumas ocasi es nos problemas apresentados pelo paciente Como terapeuta pude interpretar lembrar causas sempre com o objectivo de auxil
120. is O abuso sexual ser todo o acto ou jogo sexual envolvendo uma ou mais crian as ou e adolescentes com um ou mais adultos com o objectivo de estimular e obter prazer sexual no adulto A explora o de trabalho infantil obriga o imposta pelos adultos respons veis das crian as de fazer trabalhos cont nuos e que interferem nas actividades e necessidades sociais e escolares das crian as com o objectivo de obter dinheiro para os progenitores A mendicidade utiliza o da crian a para mendigar para contribuir financeiramente no grupo onde est inserido A corrup o sendo o apoio pelos progenitores de condutas anti sociais ou desviantes Apoiando positivamente quando a crian a rouba ou tem condutas anti sociais que estejam a prejudicar uma integra o social saud vel A participa o da crian a em ac es delituosas Utiliza o da crian a ou jovem para a elabora o de ac es delituosas como por exemplo o transporte de drogas A incapacidade de controlar as condutas das crian as Mostrar a incapacidade dos progenitores ou dos respons veis para controlar o comportamento da crian a ou do adolescente N o conseguirem estabelecer normas 1 regras e limites s crian as e ou jovens Existem alguns factores de risco para uma ocorr ncia maior de maus tratos infantis segundo o modelo Ecol gico sist mico e transaccional a partir das referencias de Garcia 1995 Pal cios al 1998 e Bringiotti 2000 Na m e pai a hist
121. it rio indulgente e negligente definidos por Baumrind 1967 e posteriormente por Maccoby e Martin 1983 como um conjunto de ex press es atitudes e manifesta es n o verbais dos pais em direc o a seus filhos que caracterizam a natureza da interac o entre estes A diversidade dos estilos parentais implica tamb m diferentes efeitos sobre o desenvolvimento social de crian as e adolescentes Enquanto os filhos criados sob um padr o autoritarismo alta 51 51 responsabilidade e alta exig ncia apresentam os melhores escores compet ncia social e acad mica auto estima depress o e bem estar subjectivo os piores ndices s o observados entre os filhos de pais negligentes pouco respons veis e pouco exigentes Glasgow Dornbusch Troyler Steinberg amp Ritter 1997 Reppold Pacheco Bardagi amp Hutz 2002 Steinberg Mounts Lamborn amp Dornbusch 1991 Strage amp Brandt 1999 J os filhos que percebem seus pais como autorit rios muito exigentes e pouco responsivos em geral apresentam um bom desempenho escolar e baixa frequ ncia de problemas de externaliza o delinqu ncia drogadi o etc mas tamb m demonstram um baixo ndice de habilidades sociais e bem estar subjectivo e em particular um alto n vel de depress o Hart Nelson Robinson Olsen amp McNeilly Choque 1998 Pacheco Teixeira e Gomes 1999 Steinberg Lamborn Darling Mounts amp Dornbusch 1994 Weiss amp Schwarz 1996
122. la Entender a viol ncia e a agress o tem se tamb m tornado uma quest o importante para os profissionais da sa de mental medida que as taxas de viol ncia e crime aumentam na sociedade A grande maioria das explica es encontradas para a criminalidade t m sido de natureza psicossocial Sendo os principais factores a estrutura familiar pobreza maus tratos racismo oportunismo locais super povoados desemprego entre outros Durante muitos anos pouco interesse foi dado influ ncia neuropsicol gica e at mesmo neurol gica em rela o gravidade que estas vari veis t m na compreens o da agress o no sujeito Muitos estudos foram feitos com animais nos quais estabeleceram a rela o entre funcionamento do c rebro e o comportamento agressivo A agressividade uma capacidade inata da qual a natureza dotou cada esp cie de maneira a preservar a sobreviv ncia No ser humano h tend ncia para encarar a agress o como resultado da vontade livre do homem ou ent o como uma consequ ncia do ambiente em que ele est envolvido Por m uma completa apresenta o do comportamento agressivo teria que abranger a possibilidade de que certas situa es sociais por exemplo pertencer a determinada classe ou cultura em particular ou viver em determinada rea geogr fica talvez tornassem permanentes as probabilidades de adquirir e desempenhar comportamentos agressivos e desses comportamentos serem mantidos ou reduzidos E
123. lam as respostas emocionais Em consequ ncia os pacientes ficam sem controlo do estado de humor o que vai baixar tamb m o controlo do comportamento agressivo Miller 1990 in Golden e tal 1996 O que se refere ao estudo da Personalidade anti social e rela o com a criminalidade os estudos v m provando que existe uma causa gen tica mas tamb m necess rio um ambiente social desestruturado Adolescentes que manifestam actos delinquentes t m maior probabilidade do que os seus pares de faltarem s aulas iniciarem mais cedo a sua actividade sexual serem mais agressivos A literatura a cerca da delinqu ncia juvenil monstra que os delinquentes tiveram maior insucesso escolar e g Farrington 1987 in smart e tal 1996 apesar de terem tamb m uma hist ria de problemas de comportamento In meros estudos demonstram que o quociente intelectual verbal do delinquente tende a ser mais baixo do que o seu quociente de intelig ncia n o verbal 8Moffitt 1993 in Wasserman Keenan tremlay Coie HerrenkKohl Loeber amp PetechuK 2004 0s delinquentes t m tamb m um quociente de intelig ncia global m dio inferior e ndices de desempenho escolar inferiores comparando com os n o delinquentes Fergunson e Horwood 1995 Maguin e loeber 1996 in Wasserman e tal 2004 72 72 A hiperactividade tem sido identificada como um dos factores de risco delinqu ncia infantil Estudos feitos demonstram que as crian as agitadas e nervosas tem m
124. lidade de dar um medicamento forte e de rotul lo como hiperactivo apesar de eu a Dra Vera e os exames m dicos comprovarem que n o hiperactividade mas sendo sim uma quest o emocional 3 3 6 RECURSOS T CNICOS UTILIZADOS T CNICA EMPREGADA PROCEDIMENTOS Psicoterapia Breve Psicodin mica Trabalho com os conflitos Manejo da transfer ncia ao ocupar o lugar da m e procurei ajuda lo a internalizar outros modelos de relacionamento Manejo da contratransfer ncia ao me sentir incomodada com suas atitudes utilizamos essas sensa es sentimentos para compreender as consequ ncias de suas maldades interpreta o quando digo a RC o que est acontecendo com ele constru o relacionei os motivos do seu modo de funcionar e apontei seus desdobramentos confronta o n o me deixei seduzir pelo seu jeito sedutor Questionei as suas maldades 3 3 7 RESULTADOS DOS MATERIAIS DE AVALIA O Escala de Intelig ncia de Weschsler para crian as 3 edi o WISC III trata se de um instrumento cl nico da administra o individual composta por v rios sub testes cada um avaliando um aspecto diferente da intelig ncia Quantitativamente obteve os seguintes resultados Quociente Intelectual Global M dio Inferior Quociente Intelectual Verbal M dio Quociente Intelectual de Realiza o M dio Inferior 2 26 3 3 8 AVALIA O Apresenta um desempenho m dio
125. m a Justi a Quanto s pessoas que cometeram homic dios ou agress o com arma mortal algumas s o do tipo cronicamente super controlado e outras do tipo agressivo sub controlado Relacionados ainda ao tipo de personalidade de delinquentes agressivos existem factores externos e internos que 67 67 contribuem para sua forma o que diz respeito aos factores internos Dewald 1972 se refere a criminosos que n o manifestam sentimento de culpa explicando que estes n o internalizaram um conjunto de valores morais que pudessem utilizar Tal fato ocorre principalmente quando as fun es do superego permanecem exteriorizadas e n o implicam conflito intra ps quico Os criminosos podem demonstrar seus conflitos de distintas formas ligadas a condutas anti sociais roubo v cio etc em vez de experiment los como estados subjectivos de conflito acompanhados de mal estar interno Quanto aos factores externos s o v rios os que colaboram para varia es na forma o de identidade de tais pessoas S o eles s cio familiar socioecon mico ou s cio ambientais Al m disso outras vari veis como as migra es as inadapta es sociais e as exig ncias culturais influenciam na forma o de identidade Nesse contexto a pessoa pode assumir tanto uma identidade dentro dos padr es esperados quanto outra reprov vel ou negativa para a sociedade como a do delinquente Mussen et al 1995 Adolescentes influenciados pela situa
126. m a menor cerim nia faz isso com o pr prio filho Meu paciente de sedutor e engra adinho passou a demonstrar que sente muito prazer em constranger amigos parentes desconhecidos e at a pr pria psic loga Passei a denomin lo de lobo em pele de cordeiro e defini suas atitudes como maldades Sem d vida que a fonte do aprendizado dessas maldades est a Regina e RC demonstrou ser um aprendiz aplicado Numa das sess es meu paciente traz um desenho que fez era um curinga Compreendi que estava a falar de si que ele como o curinga pratica maldades fazendo gracinhas Eis algumas de suas proezas Quebrar as l mpadas do corredor do col gio onde estuda Vigiar para que seus colegas quebrem a porta de uma das salas de aula Em casa deixa de prop sito a gaiola dos passarinhos do lado de fora no frio para que morram Em casa ao brincar deixa vazar muita gua a ponto de molhar v rios c modos A imagem do Curinga foi de grande aux lio para mim pois passei a apontar para o meu paciente que suas gracinhas n o eram inocentes nem casuais al m disso essas atitudes causavam constrangimento e inc modo Eram na verdade maldades disfar adas de gracinhas Apontei o enorme prazer que sentia em realizar suas proezas e enfatizei que conseguia mais enganar me eu sabia muito bem o que estava a fazer e n o considerava nem um pouco engra adas as suas atitudes Ele ainda tentou me convencer mas mantive a pos
127. ma necessidade do ID O complexo de culpa a ansiedade produzida pela consci ncia moral A pessoa que tem um supergo muito r gido tende a ter sentimentos de culpa quando for ada ou n o a fazer algo que seja incompat vel com seu c digo moral de educa o A ansiedade um estado doloroso que o individuo n o consegue controlar por muito tempo Assim sendo o ego desenvolve mecanismos de defesa para que se possa escapar deste estado Ansiedade uma reac o de temor ou apreens o diante de situa es in cuas ou pode ser uma resposta exagerada ao grau real de stress externo Os sintomas psicossom ticos podem ser palpita es boca seca dilata o das pupilas falta de ar transpira o sintomas abdominais tremores e tontura As reac es emocionais tamb m incluem irritabilidade dificuldade de concentra o 58 58 inquieta o e evita o da situa o ou objecto temido Ansiedade express o sintom tica de um conflito emocional interno que ocorre quando certas experi ncias sentimentos e impulsos muito perturbadores s o suprimidos da consci ncia Mesmo fora da consci ncia os conte dos mantidos no inconsciente ret m grande parte da catexia ps quica original A libera o de lembran as ou impulsos proibidos que buscam gratifica o provocam ansiedade por ser amea adora para o ego O mesmo ocorre quando experi ncias traum ticas profundamente escondidas destroem o ego exigindo uma elabora o m
128. manuten o do quadro depressivo Existem tr s modelos etiol gicos centrais os modelos comportamentais cognitivistas e din micos Segundo uma vis o comportamentalista a depress o seria a redu o de esfor os positivos contingentes ao comportamento ou at mesmo a perda de afectividade e de refor adores Nas teorias cognitivas v rios autores defendem que a manuten o e a n o resolu o de um quadro depressivo depende do sujeito de como ele constr i elabora e responde aos est mulos provenientes do meio em que o circula Ap s os anos 60 os profissionais da sa de mental passam a dar import ncia aos sintomas cognitivos da depress o destacando a ideia de que a depress o depende de como o individuo v e interpreta as situa es que ocorrem no seu meio Gon alves 2000 Quando falamos de terapias cognitivas um dos nomes que sobressaem Aron Beck Para Beck o depressivo caracterizado por tr s grupos de problemas esquemas negativos e estruturas de pensamento negativos que produzem a Tr ade Cognitiva uma atitude negativa face a si pr prio realidade e ao futuro que se exprimem em distor es cognitivas e um conjunto de erros constantes no processamento da informa o A teoria de Beck sustenta que no suporte da psicopatologia depressiva se encontra uma forma caracter stica de organiza o cognitiva Os comportamentos e as emo es dos sujeitos encontram se determinados pela percep o que estes tem das viv
129. mbora isso seja certo independentemente do meio em particular permanece o facto de serem os mesmos processos comportamentais b sicos envolvidos no estudo da agressividade Tr s importantes n veis distintos devem ser levadas em considera o no estudo do comportamento agressivo a filog nese a ontog nese e as pr ticas culturais da pessoa sendo que a primeira pode ser modelada pela segunda e pela terceira A predisposi o gen tica e o ambiente interagem de maneiras complexas de modo que diferen as iniciais relativamente pequenas podem ser grandemente desenvolvidas pela modela o sociabiliza o diferencial A apresenta o de alternativas n o agressivas s o prefer veis a instigar a agress o encorajando um acto agressivo abordagem da catarse cuja consequ ncia mais prov vel ser a repeti o do comportamento agressivo no futuro em especial se o acto anterior foi positivamente refor ado As investiga es mais recentes n o tentam identificar uma s causa para a depress o ansiedade e agressividade mas como sendo um conjunto de factores biol gicos psicol gicos ambientais e sociais CAPITULO CARACTERIZA O DO CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA 1 1 CARACTERIZA O DO CPA POMP IA A exist ncia do Centro de Psicologia Aplicada CPA est vinculada forma o de psic logos que tem como exig ncia a realiza o de est gios profissionalizantes Em raz o disto o Centro de Psicologia Aplicada apresenta p
130. mente desafiadas e modificadas Primeiramente pertinente fazer se o v nculo terap utico As sess es devem ser refor adoras para aumentar assegurar a vinda do adolescente terapia Sabemos que o adolescente chega at n s porque s o trazidos pelos pais ou pelas escolas sendo que a motiva o dos pais professores ou de outros profissionais Partindo da ideia que o individuo deve estar motivado par emitir um comportamento logo existe ent o uma baixa probabilidade de que o adolescente queira inicialmente ir as sess es psicol gicas Neste caso foi importante que eu aumentasse a motiva o do meu paciente Foi feito atrav s da 1 sess o quando se envolve os pais e todos aqueles que convivem com o adolescente como pacientes tamb m j que se leva em considera o que se existe um comportamento problem tico porque existe algu m ou algo que ajuda a manter esse comportamento portanto para mudar essa situa o tive que mudar a rela o comportamento manuten o e promovendo mudan as no adolescente e da fam lia ou de todas as pessoas envolvidas escola Esta metodologia inicial teve um efeito ben fico j que come ou a tirar a carga punitiva das rela es at ent o estabelecidas com adultos que atribu am esses comportamentos s ao adolescente Teve que ficar esclarecido no contracto inicial que seriam efectuadas reuni es com familiares e profissionais da escola e outras pessoas significativas para o processo
131. mostrar algum arrependimento ap s ter cometido algum acto inapropriado mas n o s o capazes de compreender a longo prazo as consequ ncias dos seus actos e em consequ ncia repetem constantemente os mesmos actos A disfun o do lobo temporal normalmente associado a epis dios de f ria excessiva e n o provocada O descontrolo associado a les es na por o m dia dos lobos temporais os que cerram as estruturas l mbicas respons veis pela regula o do comportamento e das emo es Miller 1990 in Golden tal 1996 Karl Meninger amp Mayman 1956 in Golden et al 1996 apontou que os sujeitos com uma hist ria de doen a ou de les o no sistema nervoso central eram mais frequentemente suscept veis a comportamentos de raiva menor provoca o Regularmente a agress o devida a les es no lobo temporal abrange a perda do controlo comportamental ocorrendo sem premedita o e com a m nima provoca o Barret 1993 miller 1990 in Golden e tal 1996 Numa s rie de estudos posteriores Lewis e colegas Lewis Pincus Bard Richardson Prichel Feldman amp Yeager 1988 Lewis Pincus amp Feldman 1986 Lewis amp Shanok 1979 in Golden et al 1996 descobriram que a ocorr ncia de traumas no Sistema Nervoso Central SNC eram mais frequentes entre jovens violentos O trauma a n vel do SNC abrangia m s forma es pr natais viol ncia inter pessoal e graves acidentes que abrangiam les es cerebrais As manifesta es
132. mpenho em v rias tarefas mas quando este sentimento apresenta se com intensidade e ou dura o excessiva ou at mesmo irracional e dissociado de situa es normalmente ansiog nicas nestes casos torna se claro ser desajustada logo patol gica A ansiedade pode compreender se como um estado afectivo penoso associado a uma atitude de expectativa de um acontecimento imprevisto mas vivido como desagrad vel Marcelli 1996 A ansiedade um elemento presente na maioria dos transtornos psicol gicos e psicossom ticos Spielberg e Cols 1984 definem ansiedade como uma reac o emocional que consiste em sentimentos de tens o apreens o nervosismo preocupa o activa o ou descarga do sistema nervoso aut nomo Beloch Sandin Ramos 1995 A ansiedade mais frequente nas mulheres S o duas vezes mais frequentes nas consultas de idade de in cio que vai dos 20 aos 40 anos A possibilidade da ansiedade aparecer diminui com a idade A preval ncia e os aspectos cl nicos variam de acordo com as influ ncias culturais ambientais cognitivas e gen ticos Na teoria gen tica pode se concluir que a ansiedade tem elevada preval ncia em familiares de 1 grau sendo que as crises de ang stia t m um claro condicionamento gen tico 50 da varia o depende de factores ambientais Na teoria cognitivista alguns autores salientaram o papel importante da valoriza o cognitiva permanente dos est mulos externos que s o interpretad
133. n o s o estimuladas pois as metas terap uticas n o est o dirigidas para a reestrutura o da personalidade nem para resolver conflitos b sicos do indiv duo mas sim para mitigar alguns sofrimentos actuais O que adquire import ncia aqui a busca de insights do paciente a respeito de situa es conflituosas actuais de sua vida raz o pela qual o trabalho interpretativo recai mais em suas rela es com os objectos de sua realidade externa do que na rela o com o terapeuta 3 2 9 O PROBLEMA DA RESIST NCIA O tratamento das resist ncias que dependem dos mecanismos defensivos do ego pode apresentar as seguintes caracter sticas a Algumas defesas s o combatidas analisadas b Outras s o respeitadas ou ainda refor adas pelo trabalho terap utico de acordo com o que pare a indicado em cada caso com base nas condi es do paciente e do enquadramento 3 2 10 INSIGHT E ELABORA O Propiciar ao paciente a obten o de insight por meio de interpreta es especialmente dos psicodinamismos relacionados com o transtorno actual motivo do tratamento deve constituir o principal prop sito na terapia din mica breve sempre que as condi es ps quicas do paciente o permitirem Contudo h de se considerar a Com respeito extens o do insight devido ao enquadramento e curta dura o da terapia considera se como experi ncias iniciais de insigh um autoconhecimento limitado s dificuldades habitualmente co
134. n e tal 2001 a abuso de subst ncias drogas licitas il citas e medicamentos b transtornos externalizantes manifestos no sofrimento emocional e cognitivo depress o ansiedade e fobia e c 68 68 transtornos externalizantes manifestos em problemas comportamentais delinqu ncia agress o anti social evas o escolar As crian as e adolescentes com transtornos de conduta d fices de aten o 1 hiperactividade t m dificuldade na resolu o de problemas sociais comparadas s crian as sem estes transtornos Matthys Cuperus e Van Engeland 1999 Essas crian as e jovens tamb m correm um risco maior de comportamentos verbais e fisicamente agressivos Kazdin 1997 Embora diagn sticos de transtorno de conduta e d fices de aten o hiperactividade n o sejam em si mesmos preditivos de agressividade os delinquentes juvenis institucionalizados que parecem ter um limiar mais baixo para a angustia e conten o pessoal apresentam uma probabilidade muito maior de que os outros Steiner Cauffman e Duxbury 1999 sendo que esse afecto pode ser avaliado com efic cia com o term metro Emocional O tratamento de crian as e adolescentes com transtornos de conduta uma tarefa delicada Brestan e Eyberg 1998 revisaram mais de 80 estudos de tratamento de crian as com transtornos de conduta Seus estudos relatam que os modelos de tratamento cognitivo comportamentais empiricamente testados se mostram extremamente eficazes no t
135. ncia da Realidade Brasileira Porto Alegre Artes M dicas 1997 LEWIS J 1981 A fam lia do paciente In Psiquiatria na Pr tica M dica G Usdin amp J Lewis eds pp 68 69 Rio de Janeiro Guanabara Koogan MUSS COLLEGE Teorias da Adolesc ncia S o Paulo Interlivros 1971 Moser G 1991 A agress o Editora tica S o Paulo MACCOBY E amp JACKLIN C N The Psychology of Sex Differences Calif rnia Stanford University Press 1978 MEGARGEE E amp HOKANSON J E Tipos de Personalidade Subcontrolada e Supercontrolada em Agress o Anti social Extrema In Megargee E 8 Hokanson E J orgs A Din mica da Agress o An lise de Indiv duos Grupos e Na es S o Paulo 1976 133 148 MUSSEN P H CONGER J J KAGAN J 8 HUSTON A Desenvolvimento e Personalidade da Crian a 3 ed S o Paulo Harbra 1995 Matos A 2001 A Depress o Epis dios de um percurso em busca do seu sentido Lisboa Climepsi Editores MENEGHEL S N 1986 Vigil ncia das principais causas de bito prematuro Boletim da Sa de 13 34 36 102 102 M C 1990a Bibliografia Comentada na Produ o Cient fica Brasileira sobre Viol ncia e Sa de Rio de Janeiro Escola Nacional de Sa de P blica Funda o Oswaldo Cruz MINAYO M C 1990b A viol ncia na adolesc ncia em foco a adolesc ncia descamisada Cadernos de Sa de P blica 6 278
136. neurol gicas do trauma no SNC nestes jovens inclu a a presen a de falhas e anormalidades nos electroencefalogramas 71 71 Krynicki 1978 Lewis Pincus Shanok amp Glaser 1982 mark amp Ervin 1970 Pincus 985 Golden e tal 1996 Crian as diagnosticadas com Desordens do Comportamento foram descobertas atrav s da T cnica Resson ncia magn ticas les es cerebrais que os estudiosos julgam se dever a um aumento da densidade de gua nessas reas devido s mudan as da permeabilidade vascular ou a outros processos Swayze e tal 2001 in Lyoo Lee Jung Noam amp Renshaw 2002 A Desordens da Personalidade personalidade psicop tica ou anti social pode ser descrita como sendo impulsiva egoc ntrica e agressiva Estes sujeitos parecem desenvolver necessidades excessivas enfastiam se facilmente e n o conseguem se envolver em projectos que n o envolvam uma recompensa imediata Manifestam uma baixa toler ncia frustra o Miller 1987 in e tal 1996 Comparados com outros criminosos estes cometem maior numero de crimes s o mais violentos e agressivos Elliott 1992 in Golden etal 1996 estudos feitos por Elliott para a rela o entre o comportamento anti social e as disfun es cerebrais lobos frontais Os lobos frontais s o considerados respons veis pelo julgamento planeamento capacidade de abstrac o e auto regula o As les es celebrais que ocorrem durante traumas cranianos enfraquecem os mecanismos que regu
137. ntes uma preocupa o de sa de mental Lewinsohn Clark Rohde Hops e Seeley 1996 relataram que as vari veis cognitivas de pessimismo auto atribui es negativas e aus ncia de habilidades de enfrentamento nos adolescentes parecem ser muito preditivas de futuros epis dios de depress o A resposta depress o deve se incluir a avalia o do potencial suicida e o planeamento da resposta a potenciais sentimentos e pensamentos de suic dio O principal objectivo na interven o em situa es de crise com crian as e adolescentes deprimidos estabelecer uma estabilidade enquanto avaliamos e controlamos a variedade de problemas co m rbidos associados depress o A avalia o precisa e acurada de eventos cogni o e sintomas de depress o fundamental Infelizmente essa exactid o nem sempre percebida quando avaliamos psicopatologia em crian as e adolescentes Angold Erkanli Costello e Rutter 1996 Alguns dos sintomas mais frequentes da depress o s o a n vel Comportamentais os n veis est o rebaixados no que diz respeito actividade h tamb m retraimento Nos motivacionais perda de interesse e da in rcia Nos emocionais temos a ansiedade e a culpa Nos Cognitivos a concentra o est debilitada h indecis o e nos f sicos est a perda de sono e do apetite A teoria Cognitiva da Depress o sugere que a experi ncia nos leva a formar suposi es gerais sobre n s mesmos e o mundo que nos cerca Isto quer di
138. ntidas no foco terap utico 16 16 b Quanto tipo e profundidade a busca de insight est dirigida com mais frequ ncia para as rela es do sujeito com os objectos externos de sua vida quotidiana e presente ainda que n o despreze os fen menos transferenciais mais not rios que trabalha como obst culo resist ncias transferenciais e ou ilustram a problem tica do paciente Utiliza se t cnicas de apoio emocional no caso do paciente que por fragilidade eg icas n o conseguem tolerar uma terapia interpretativa e para os quais o nico resultado que se procura obter uma extin o de sintomas 3 2 11 FOCALIZA O Trabalho enfocado para determinada problem tica do paciente que adquire prioridade dada a sua urg ncia e ou import ncia enquanto se deixam de lado as demais dificuldades 3 2 12 RESULTADOS A senhora M ao adquirir insights teve uma activa o e fortalecimento de suas fun es eg icas s s que a ajudaram a estabelecer estrat gias de enfrentamento resultando em percep es mais assertivas a respeito de sua vida e de seu modo de ser e de estar A repeti o de sua hist ria pela hist ria dos filhos gravidez e casamento precoce serviu lhe para quebrar o estado passivo receptivo frente agressividade e culpa pela expectativa de uma re significa o de sua pr pria hist ria e por isso mesmo tornou se uma fonte de medo de que a hist ria se repita Contudo a senhora M passou a
139. nto na maioria das vezes os jovens n o reconhecem que est o deprimidos A depress o uma doen a causada por altera es qu micas no c rebro que imp e um padr o de pensamento negativo sobre si mesmo os outros e sobre o mundo A depress o uma doen a com sintomas Uma vez que esses sintomas s o reconhecidos pode se tomar preven es para o tratamento As altera es no c rebro que afectam as emo es podem tamb m afectar a capacidade mental Isso quer dizer que f cil ter pensamentos negativos e pode ser dif cil concentrar se ou tomar decis es quando se est deprimido Problemas f sicos tamb m podem ocorrer em pessoas deprimidas Conhecer as causas da depress o ajuda os deprimidos seus amigos e sua fam lia a entender quanto ela dolorosa Em nosso c rebro h mensageiros qu micos chamados neurotransmissores esses mensageiros ajudam a controlar as emo es Os dois mensageiros principais s o a serotonina e a norepinefrina Os n veis deles aumentam ou diminuem mudando nossas emo es Quando os neurotransmissores encontram se em equil brio sentimos a emo o certa para cada ocasi o Quando algu m est deprimido os mensageiros qu micos n o est o em equil brio Isso significa que algu m pode se sentir triste quando deveria estar alegre Ainda n o est claro por que isso ocorre em algumas pessoas e n o em outras mas parece que a depress o ocorre em certas fam lias Outros desencadeantes
140. nto ansioso depressivo e agressivo As crian as e jovens desfavorecidos tem maiores escores nas escalas de auto estima e comportamentos pro sociais e com baixo desempenho acad mico e tend ncia aos problemas de comportamento Palavras chave Adolesc ncia Ansiedade Depress o e Agressividade NDICE AGRADECIMENTOS 3 RESUMO a RR 4 6 INDICE DE TABELAS su siste ea n a DE 9 NDICE DE GR FICOS ss Date as Lane 9 INDIGE DE SIGLAS gd ER a DA aa 10 INTRODU O 1 CAPITULO E ERRO E ag 8 CARACTERIZA O DO CENTRO DE PSICOLOGIA 8 1 1 CARACTERIZA O DO CPA POMP IA 8 CAPITULO sea a 11 DESCRI O DAS ACTIVIDADES DE 11 2 1 OUJECTIVOS T CNICAS E M TODOS DA AVALIA O PSICOL GICA 11 2 2 BREVE DESCRI O DAS 1 2 11 a La 13 DESCRI O DAS ACTIVIDADES DE INTERVEN O
141. o constitu do por 119 itens dos quais 103 est o relacionados com problemas espec ficos do comportamento e 16 dizem respeito a comportamentos socialmente desej veis Este question rio tem uma descri o simples de comportamentos problem ticos e que os informadores devem cotar como 0 a afirma o n o verdadeira 1 quando a afirma o algumas vezes verdadeira e 2 se a afirma o for muito verdadeira para os ltimos seis meses Estes comportamentos problem ticos permitem a constru o de um perfil em que existe um pouco de corte percentil 98 ver 2 estando os itens agrupados em s ndromes Do conjunto de itens problem ticos 89 s o comuns Existe um terceiro n vel para al m dos itens e das subescalas que corresponde s escalas de Internaliza o e de Externaliza o As escalas de Internaliza o e de Externaliza o s o obtidas a partir do somat rio de escalas de primeira ordem N o se deve tornar estes factores de segunda ordem como mutuamente exclusivos tendo Achenbachn 1991 encontrado uma correla o de 52 entre os dois pois existem crian as com uma tend ncia internalizadora ou externalizadora Esta distin o pode ser importante do ponto de vista da interven o dada a dificuldade em mobilizar para terapias de natureza verbal crian as unicamente externalizadoras Os 8 sindromas factores ou subescalas identificadas empiricamente s o Isolamento cont m itens como gosta de estar s t m
142. o presta o de servi os e terci rio neg cios empres rios e possuem mais habilita es Tendo estes jovens crian as e adolescentes mais sucesso escolar A profiss o das m es dos jovens socioculturalmente favorecidos pertence ao sector secund rio e na sua grande maioria ao sector terci rio E os seus filhos tendem a ter mais sucesso escolar do que os jovens cuja a familias s o socioculturalmente desfavorecidas Em rela o idade sucesso escolar os meninos socioculturalmente favorecidos t m menos idade e portanto mais sucesso escola Como j foi referido anteriormente este grupo tamb m possui ndices inferiores de ansiedade e depress o O que contraria Melo 2004 os melhores alunos s o os que desenvolvem com mais facilidade crises de ansiedade porque s o eles que possuem maiores expectativas e p em mais exig ncias relativamente ao seu desempenho escolar O insucesso escolar e a agressividade maior no grupo de crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos o que vai de encontro aos estudos elaborados por Reppold e Cols 2002 Slicker 1998 e Steinberg e Cols 1994 onde se observou que as crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos apresentam baixo desempenho acad mico e tend ncia aos problemas de comportamento As crian as e adolescentes socioculturalmente favorecidas apresentam um ndice inferior de depress o ansiedade e agressividade Pudemos perceber que o meio
143. o a da viol ncia estrutural proporcionada pelo pr prio sistema social com suas injusti as Autores adeptos das doutrinas biologistas e comportamentalistas da agress o percebem na como instintiva natureza humana t o natural e inevit vel como a fome e instinto sexual Assim a agressividade humana seria mediada geneticamente resultante da natureza instintiva do homem que teria uma tend ncia irreprim vel viol ncia e ao dom nio dos outros numa analogia teoria da selec o natural Autores da linha psicanal tica Chess amp Hassibi 1982 Os rio 1982 tentaram identificar aspectos determinantes da agressividade na adolesc ncia Alguns consideram que o problema acontece devido a uma car ncia emocional experimentada pela crian a que se sente ferida outros acreditam que a crian a n o teve fixado os seus limites Perceberam que crian as e adolescentes expostos ao abandono morte ou doen a dos pais ou submetidos intensa ansiedade gerada pelo ambiente das ruas podem apresentar conduta agressiva Fagan amp Wexler 1987 Quando os pais ferem se mutuamente abandonam as fam lias ou amea am suicidar se a ansiedade dos filhos esmagadora Eles podem desenvolver um padr o crescentemente agressivo em suas rela es familiares escolares e sociais Wolff 1985 Foi encontrada associa o entre priva o emocional na inf ncia agress o f sica entre os pais depress o materna quebra precoce do v nculo m e filho
144. o seu in cio at o momento da alta O primeiro caso uma paciente adulta Ao elaborar o diagn stico da paciente num centro de sa de na rea de resid ncia n o levaram em considera o os primeiros sinais de somatiza o o que levou a paciente aquisi o de doen as psicossom ticas caracterizadas por v rios dist rbios f sicos e psicol gicos A gravidade da situa o p de ser notada pelas repetidas idas ao centro de sa de e urg ncias sendo que nos ltimos tempos passou a ser alvo de preocupa o dos profissionais que a assistiam levando os a encaminh la ao servi o de psicologia Nestas circunst ncias recebemos a paciente futuramente chamada de senhora M para atendimento A abordagem utilizada neste trabalho foi a da Psicoterapia Breve por sua especificidade em trabalhar com aspectos restritos e com objectivos limitados conferindo lhe a possibilidade de realizar um processo com come o meio e fim dentro de um tempo reduzido trazendo benef cios tanto para os pacientes quanto para mim terapeuta em forma o Ao paciente por obter o al vio desejado no pouco tempo que disp e para o atendimento ao terapeuta em forma o por trazer lhe mais seguran a na interven o com a explicita o do foco e objectivo e a oportunidade de acompanhar o mesmo paciente ao longo do processo possibilitando uma maior integra o pr tica na qual principiante e o paciente por ele atendido Santos 1996 3 2CASO N
145. ocioculturalmente desfavorecidos mais baixo sendo que os progenitores apresentam profiss es ligadas ao sector prim rio agricultura constru o civil etc estando desempregados ou em casos em que um dos progenitores j faleceu Este grupo apresenta menos escolaridade As m es dos jovens socioculturamente desfavorecidos pertencem ao sector prim rio e na sua maioria s o dom sticas com poucas habilita es Nas fam lias socioculturalmente desfavorecidas em que a m e fica em casa os jovens tendem a ter mais sucesso escolar do que as m es socioculturalmente desfavoreciadas que trabalham Do qual podemos concluir que neste grupo a presen a apoio da 92 92 progenitora influ ncia de maneira positiva sucesso escolar a fam lia mais propriamente a m e desempenha um papel decisivo no equilibrio psicol gico O que vai contrariar de certa maneira Judith Rich Harris que defende em sua tese que os pais t m muita pouca import ncia na educa o e no equilibrio psicologico de seus filhos os factores realmente significativos s o a gen tica e o grupo de colegas em que a crian a se integra e relaciona Em rela o idade ano de escolaridade as crian as e os adolescentes socioculturalmente desfavorecidos apresentaram maior insucesso escolar e s o tamb m os jovens que t m maior idade nas turmas escolares Os pais dos jovens socioculturalmente favorecidos trabalham predominantemente no sector secund rio com rci
146. odelo ecosist mico para a compreens o dos maus tratos valorizando vari veis de diversos n veis ecol gicos que interagem para produzir as ocorr ncias dos maus tratos modelo tamb m deu relev ncia para a hist ria de vida dos progenitores e para a da crian a jovem ou seja o desenvolvimento ontogen tico de cada membro da fam lia e a eventual hist ria de maus tratos dos pais suas rela es com os pais e os cuidados recebidos na inf ncia Levando sempre em considera o a hist ria da fam lia a exist ncia ou n o de conflitos Ferenzi relata nos que um violentado ser um violentador Outro modelo o transnacional elaborado por Cicchetti e Rizley 1981 apud Ochotorena 1996 e Bringiotti 2000 Este modelo inclui na explica o dos maus tratos os conceitos de risco e protec o para a ocorr ncia do fen meno Os factores de risco seriam aqueles que aumentariam a probabilidade do acontecimento dos maus tratos enquanto factores de compensa o ou protec o seriam os que diminuiriam essa possibilidade quando presentes Os indicadores emocionais comportamentais relacionados viv ncia dos maus tratos Uma grande parte dos estudos realizados 75 75 sobre maus tratos indicam o impacto que os maus tratos t m sobre as crian as jovens Osofsky 2003 devido a certeza de que as consequ ncias produzidas por esta viv ncia podem ser arrasadoras e precisam ser enfrentadas por programas de interven o A e
147. olhar se como agente de sua pr pria hist ria devido ao movimento que teve em direc o sua auto integra o Seus sintomas f sicos por fim se limitam cronicidade estabelecida devido aos anos sucessivos da problem tica psicossom tica a qual levaram na aquisi o de patologias org nicas como a lcera g strica e colite nos intestinos Por m os sintomas relacionados ao seu estado emocional aparentemente desapareceram como a hipertens o arterial sist mica HAS a ins nia a inapet ncia e o estado ansioso que a afligia O fato de n o ter procurado as urg ncias um ind cio da evolu o da paciente 17 17 3 2 13 APRESIA O SOBRE DESENROLAR DAS ACTIVIDADES E DOS DESAFIOS ENFRENTADOS As actividades decorreram satisfatoriamente 1 a paciente adquiriu lenta e gradativamente capacidade de representa o suficiente para o surgimento de insights possibilitando a de se colocar de forma mais assertiva perante a vida 2 eu como estagi ria terapeuta pude articular teoria e pr tica desenvolvendo me al m de identificar me com a abordagem utilizada e com a rea de actua o e 3 a cl nica escola pode dar forma o ao levar para a supervis o de est gio um caso psicossom tico considerado importante Trabalhar com os recursos internos inicias da paciente como seu pensamento operat rio esvaziado de simboliza es e tendo a t o fragilizada f sica e psicologicamente mostrou se um grande
148. om um historial de comportamentos agressivos Bach y Rita Lion Climent amp Ervin 1971 Mark amp Ervin 1970 Monroe 1978inGolden Jackson Rohne amp Gontkovsky 1996 70 70 As interconex es neuronais que controlam a agressividade t m sido identificadas como tendo a sua origem no c rtex pr frontal bilateral com a sua centraliza o nos rg os do sistema l mbico incluindo o septo o hipocampo o n cleo caudado o t lamo e a am gdala As regi es posteriores respons veis pela agress o localizam se no lobo anterior do c rebro Conforme a regi o neural estimulada ou abalada pode se manifestar raiva ou ficar passivo ou at mesmo incapaz de se defender de amea as A agress o correspondente fragilidade do lobo frontal parece auxiliar para o surgimento do comportamento agressivo devido a perda de capacidade do c rebro de manter o equil brio emocional ou de controlar a manifesta o comportamental das mudan as de humor Wood 1987 in Golden e tal 1996 A maneira mais comum deste comportamento s o per odos intermitentes de irritabilidade que avan am para respostas emocionais desiguais para os eventos que as elicitam Wood 1987 in golden et al 1996 indiv duos com les es nestas reas tem dificuldade em controlar as suas emo es e n o conseguem considerar correctamente o impacto dos seus comportamentos Normalmente s o egoc ntricos e impossibilitados de avaliar o sofrimento que causam aos outros Podem at
149. onsci ncia e conhecimento do eu o nascimento da independ ncia a adapta o progressiva aos n cleos sociais da fam lia escola e comunidade em geral De acordo com O Brien 2002 381 referenciando Andreasen e Black podemos entender perturba o de adapta o como algo que se refere s situa es em que o indiv duo desenvolve sintomas psicol gicos particulares como resposta a stressores ou como sendo uma inadapta o superficial a situa es dif ceis ou a novos factores ambientais experimentados na aus ncia de defeitos graves de personalidade subjacentes Considerando o indiv duo como um ser psicossocial e nico torna se essencial considerar todo o envolvimento cultural tnico e social da pessoa para avaliar os mecanismos de adapta o de forma a concluir se o comportamento demonstrado inadequado aceit vel ou apropriado Os sintomas manifestados pela pessoa n o s o mais do que uma forma inconsciente de dar respostas determinados stressores O indiv duo quando exposto a determinado stressor pode sentir limita es ou incapacidades relativamente ao seu funcionamento social emocional ocupacional ou acad mico O stress pode ser entendido como uma reac o intensa do organismo na vanguarda de qualquer evento bom ou mau que altere a vida do indiv duo Essa reac o encontra se geralmente relacionada com a necessidade de adapta o exigida ao indiv duo em momentos de mudan a Everly referido
150. os como amea adores A intensidade e a dura o da reac o ansiosa est determinada pela amea a e pela sua interpreta o cognitiva certo que os mecanismos cognitivos desempenham um papel importante na manuten o do estado de ang stia j que ap s a crise O indiv duo desenvolve uma ansiedade antecipat ria o que conduz aos comportamentos de evitamento e leva ao s ndrome agoraf bico A ansiedade pode estar subdividida em ansiedade estado e ansiedade tra o A ansiedade estado aquela que observada em um determinado momento na vida do sujeito Usualmente associa se com algum acontecimento estress geno sendo elevada ou reduzida devido apresenta o ou retirada desse evento A ansiedade tra o uma caracter stica do individuo uma tend ncia para sentir maior ou menor grau de intensidade diante de situa es ambientais Influ ncias gen ticas assim como experiencias anteriores do individuo determinam essa predisposi o Nas teorias din micas Freud considerava a ansiedade como um sinal de alarme que surge ante um perigo pulsional inaceit vel agressivo ou sexual para o EU que deve ser reprimido V rias tentativas de classifica o psiqui trica para os dist rbios de ansiedade t m surgido ao longo das ultimas d cadas Dentre as classifica es mais empregadas est aquela elaborada pela Associa o Psiqui trica americana o DSM cuja sigla prov m do t tulo em ingl s Diagnosti
151. os no medo Para Sigmund Freud a personalidade determinada fundamentalmente por processos e for as inconscientes moldadas nos primeiros anos de vida at aos 6 8 anos Da resultam comportamentos incompreens veis fobias auto agress o o que permite pensar em solu es para a cura Sigmund Freud 1856 1939 tratou do tema da ang stia no decorrer de sua obra Entre cartas dirigidas a seu amigo Fliess destaca se o Rascunho E 1894 intitulado como se origina a ang stia descrevendo neurose de ang stia como uma neurose de represamento declarando que a ansiedade surge por uma forma o de uma tens o acumulada Mais tarde em outro artigo Sobre os Fundamentos para 59 59 destacar Neurastenia uma S ndrome Espec fica Denominada Neurose Ang stia 1894 1895 procurou separar a neurose de ang stia da neurastemia A primeira teoria reconhecida como teoria t xica libido represada ocasionada por um factor de realidade A segunda teoria perde a refer ncia da ang stia com o corpo e ganha espa o na rela o com a libido recalcada A ang stia aparece como consequ ncia do recalcamento esta relacionada opera o pela qual o indiv duo procura afastar ou manter no inconsciente representa es pensamentos imagens recorda es ligadas a uma puls o LAPLANCHE e PONTALIS 1991 Neste caso Freud reconhece que a ang stia seria central no conceito da neurose considerando a como um mecanismo
152. os profissionais foi bastante rico pois permitiu um crescimento interno incalcul vel Manter uma postura solene conseguir ter e dar uma sensa o de conforto e seguran a ser emp tica utilizar a linguagem ent o transmitir calor humano n o ser indiferente frio ou calculista com o meu paciente foi algo que me deixou mais sens vel feliz humana e profissional Acredito que de alguma maneira consegui analisar os sentimentos aspectos inconscientes e atitudes do meu paciente Para isso fundamentei me em aspectos terap uticos como a transfer ncia e emerg ncia da neurose transfer ncia estimula o da regress o o processo de elabora o e a muta o de objectos internos atrav s da projec o e introje o No processo psicanal tico permite verificar uma historia vivida realmente e ou grande parte fantasiada os fantasmas t m vida e vig ncia no inconsciente a temporal e a espacial configura es desestruturastes e estruturantes da personalidade e modelam 96 96 sentimentos afectos e condutas Com essa pr tica quis ajudar o paciente nos seus aspectos emocionais an micos ou intelectuais em conflito para auxiliar o paciente a adquirir estabilidade na personalidade A psicoterapia uma assist ncia psicol gica Podemos ajudar o paciente atrav s dos nossos conhecimentos te ricos t cnicos a servi o de uma reestrutura o da personalidade auxiliar a resolv
153. os realizados Beidel Turner e Morris 1999 sugerem que a preval ncia da fobia social e do transtorno evitativo de quase 4 o que indica que um grande n mero de crian as e adolescentes vulner vel a alguma forma significativa de transtorno de ansiedade social Crian as com fobia social experimentam uma perturba o substancial em diversas situa es sociais e avaliativas e muitas parecem apresentar co morbidamente sintomatologia de outros transtornos de ansiedade incluindo fobias espec ficas e transtorno de ansiedade generalizado Beidel e Morris 1999 Exposta uma incid ncia relativamente baixa de transtornos afectivos com rbidos em crian as com fobia social J os adolescentes com fobia social 60 60 apresentam indicadores mais elevados de transtorno afectivo Struss e Last 1993 ew Strauss 1990 A fobia Social e os problemas de ansiedade relacionados parecem contribuir para uma variedade de problemas Beidel Turner e Morris exp em que como acontece com os adultos estudados as crian as com fobia social tendem a manifestar piores habilidades sociais do que seus pares n o diagnosticados A ansiedade pode criar uma situa o de crise nas escolas particularmente para o aluno que apresenta muitas dificuldades na frequ ncia e participa o Os efeitos prejudiciais da ansiedade podem aumentar significativamente a dificuldade da crian a ou do adolescente detentor de fobia social de manter uma frequ nc
154. pesar de ter avisado ger ncia que precisava sair mais cedo foi imposs vel abandonar os clientes Concordei com o pai que dif cil mas apesar de chegar tarde chegou e seria muito importante para RC ele se manter mais pr ximo do filho Conseguir mais tempo para RC Ele relatou que RC n o gosta de conversar com eles Ele pergunta uma por o de coisas e ele responde com frases curtas e r pidas Ent o eu falei que seria bom sair mais vezes juntos fazerem coisas que gostem conversarem sobre v rias coisas importante n o seria tanto o que se conversa mas o v nculo que est o a estabelecer Com o tempo quem sabe o RC n o se abrir mais com o pai A m e interrompe falando que concorda comigo Depois que a Geovana nasceu ele se virou mais para a menina e ela como m e teve que agarrar aquele que mais precisava RC Comentei que o RC como qualquer outro adolescente precisa de liberdade autonomia e limites O pai comentou que RC tinha ficado muito triste a outra semana porque no s bado ele queria ir a uma festa s que o pai queria ir levar e ir busc lo s 11 00 h Ent o ele preferiu n o ir O pai me falou dos seus medos em rela o a RC O filho toma um medicamento forte n o pode beber n o pode fumar e tem medo que possa acontecer alguma coisa Falei da import ncia de estar sempre conversando com o filho sobre essas e outras coisas que a sociedade de S o Paulo tem Como qualquer outra cidade grande tem
155. peso gen tico nesta perturba o que decorre por uma falta de bioqu mica envolvendo o baixo funcionamento do neurotrasmissor serotonina Existem dois f rmacos com um razo vel sucesso no alivio dos sintomas da depress o que aumentam os n veis de serotonina e norepinefrina dispon veis para transmiss o sin ptica Gleitman 1996 Por m existem mais factores para a manifesta o da depress o como ambiente familiar e exposi o a acontecimentos stressantes Tamb m tipo de rela o que crian a estabelece com os colegas professores e familiares fundamental para o tipo de sentimentos que a crian a auto concebe No que diz respeito ao ambiente familiar relevante avaliar a sua din mica analisar a rela o entre os membros da fam lia m e crian a pai crian a pai m e e irm os As crian as que vivem com os progenitores que apresentam sintomas depressivos est o colocadas a um alto n vel de stress assim como crian as que convivem diariamente com situa es de descontrolo emocional maus tratos problemas econ micos e sociais Estudos demonstram que quando existem familiares directos com quadro depressivo a manifesta o dos sintomas depressivos surge entre 30 a 50 dos adolescentes Elley e tal 2004 Definir uma experi ncia emocional n o tarefa f cil Os limites entre ansiedade normal e patol gica n o s o nitidamente identificadas um certo grau de ansiedade pode motivar para um melhor dese
156. petidas marcas e problemas de sa de queixas som ticas como dores de cabe a de barriga de est mago comportamentos regredidos chupar o dedo birras enuresse encoprese dist rbios alimentares falta de apetite perda ou ganho significativo de peso furtar e ou esconder comida mostrar se constantemente cansado com baixo n vel de energia apresenta o de falta de higiene ou com roupa inadequada ao clima e no plano comportamental a Impulsividade agressividade f sica e verbal muito submisso ou demasiado dependente uso de subst ncias e fugas no plano social e emocional exista a falta de interesse em actividades prazerosas o humor depressivo socialmente isolado a baixa auto estima afectos exuberantes ou embotados o olhar distante parecendo que est em outro local o nervosismo ou ansiedade a falta de confian a o d fice de habilidades sociais a incapacidade de fazer amigos e a trocar de papeis em rela o a si e aos outros Nas dificuldades de aprendizagem a altera o r pida de comportamentos na escola a defasagem escolar a idade n o corresponde ao ano lectivo as notas baixas risco alto de reten o frequentes mudan as de escola preju zo de criatividade e curiosidade dificuldades de aten o e concentra o nas aulas e faltas ou fugas da escola para o sentimento de ser estigmatizado ou para sentir se a salvo este p bico alvo que me parece estar em maioria neste concelho e que pretendo estudar pois acredito que el
157. por O Brien 2002 O stress intenso interfere de tal forma com os processos cognitivos que o indiv duo se sente impossibilitado de reunir a informa o de que precisa para poder compreender as rela es de causa efeito e de ser capaz de seleccionar a alternativa mais adequada para uma tomada de decis o ficando assim incapacitado de resolver problemas graves com que se tenha de confrontar As situa es de stress reproduzem se sobre a actividade intelectual do indiv duo de uma forma marcada tanto maior quanto mais intenso o stress for trazendo lhe preju zos de funcionamento que se repercutem nas actividades desenvolvidas no quotidiano no rendimento escolar nos relacionamentos 39 39 Um indiv duo quando n o consegue ajustar mecanismos de adapta o eficazes manifesta comportamentos depressivos e incapaz de responder de forma adequada situa o geradora de stress Por estes e outros motivos alguns autores referem a nossa sociedade como sendo a poca da ansiedade Com tanta competitividade dificuldades relacionais consumismo diferen as sociais injusti as globaliza o e tantos outros agentes poderosos seria praticamente imposs vel n o se ser atingido por este acontecimento ps quico Todo o ser humano sofre de ansiedade basta para isso que seja um ser social Mas este estado de ansiedade como uma reac o do organismo funcionando muitas vezes como um instinto uma vez que pode tornar previs vei
158. porcionar manifesta es peculiares em rela o ao comportamento normal para a faixa et ria Estas podem contudo ser confundidas com doen as mentais ou manifesta es comportamentais inadequadas Peres e Rosenburg 1998 Aberastury et al 1983 ao caracterizarem as modifica es psicossociais da adolesc ncia alertaram que nessa fase v rios processos de luto s o vivenciados Knobel 2007 denomina o conjunto desses processos de s ndrome normal da adolesc ncia SNA na qual as principais perdas s o a do corpo infantil b dos pais da inf ncia c da identidade e do papel s cio familiar infantil que devem ser elaborados para alcan ar a 37 37 posi o adulta definitiva A estas perdas somam se os processos de escolha afectiva a autonomia em rela o aos pais a descoberta progressiva do tornar se adulto sem a plenitude das aptid es correspondentes e uma verdadeira explos o biol gica numoral peculiar inerente a esse desenvolvimento ABEn 2001 Se os conflitos pr prios dessa fase forem mal conduzidos podem contribuir para o surgimento de transtornos do humor e em particular da depress o 2001 A concep o tendenciosa patogenicidade da adolesc ncia aqui inclu da a SNA merecedora de cr tica pois estudos epidemiol gicos t m revelado que a maioria dos jovens passa pela adolesc ncia sem dist rbios importantes Offer e Schonert Reichl 1992 e que as altera es do humor o ato de experimen
159. pulso ou tenta o de executar um ato perigoso para si ou para os outros resultando em agress es s rias ou destrui o de propriedades podendo estar associado suspens o escolar ou deten es legais Nas 69 69 escolas o discurso construtivista embora a viol ncia simb lica esteja expl cita ou mascarada e o aluno agressivo que n o se reenquadra nas normas vigentes acaba expulso ou convidado a se retirar Os mesmos professores que em teoria consideram que ser um bom aluno n o tem nada a ver com submiss o valorizam positivamente situa es que incluem a obedi ncia e repeti o e desvalorizam alunos em situa es de agressividade porque n o se encaixam no modelo inconsciente do que ser um bom aluno Fernandez 1992 Caracterizar o comportamento de um jovem como agressivo na escola pode ser uma forma velada de viol ncia um estigma de desprest gio que os discrimina no mesmo r tulo de marginalizados delinquentes infractores ou perigosos Na fam lia a disciplina necess ria na educa o dos filhos fundamenta se na ideia culturalmente aceita da domina o dos pais sobre os filhos perdendo se o limite entre puni o f sica como norma educativa ou agress o Eisenstein amp Souza 1993 Consideram se abuso as agress es infringidas pelos pais no processo disciplinar dos filhos Na defini o de abuso f sico est o presentes a intencionalidade e as consequ ncias do acto agressivo assim como os crit
160. r classificada na direc o da agress o como extra punitiva intra punitiva e impunitiva e no tipo de reac o do sujeito a saber predomin ncia do obst culo defesa do ego e persist ncia da necessidade Rosenzw 66 66 eig 1948 comparou delinquentes e n o delinquentes com o objectivo de verificar a predomin ncia de respostas nos dois grupos A amostra foi composta de duzentos e cinquenta delinquentes e duzentos e cinquenta n o delinquentes Ele observou uma predomin ncia de respostas na categoria intra punitiva para o grupo n o delinquentes enquanto a categoria extra punitiva predominou nas respostas do grupo delinquentes Ele concluiu que uma resposta de agress o depende de um conjunto de factores que se prendem interpreta o cognitiva da situa o frustrante com a sua intensidade a for a dos controles internos e externos e acima de tudo com a toler ncia frustra o Rocha 1976 aplicou o teste PF em sessenta delinquentes e sessenta n o delinquentes do sexo masculino na cidade de Porto Alegre de acordo com a delinqu ncia O resultado desse estudo mostrou que os n o delinquentes manifestam maior agressividade do que os delinquentes A delinqu ncia n o estaria relacionada com o grau de agressividade do indiv duo mas sim com a impulsividade a falta de controlo sobre os impulsos inclusive os agressivos Assim a agressividade uma caracter stica do comportamento delinquente e tamb m do n
161. ralmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente idade Depress o Crosstabulation Favorecido Total Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Desfavoreci do idade 11 00 1200 1300 1400 1500 141 141 8 Socioculturalmente 00 0 9 Socioculturalmente 00 0 10 Socioculturalmente 11 Socioculturalmente Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do Favorecido Desfavoreci do 142 142 Count 00 Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente Socioculturalmente idade Agressividade Crosstabulation Desfavorec ido Favorecido Total Favorecido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Favorecido Desfavorec ido Total Desfavorec ido Total idade 11 00 12 00 13 00 14 00 15 00 Socioculturalmente
162. ratamento de transtorno As t cnicas cognitivo comportamentais planejadas para aumentar a percep o da crian a das op es dispon veis para ela o maior auto monitoramento e comportamentos de enfrentamento constituem um tratamento efectivo Quando associado a interven o comportamentos destinados a aumentar o auto controle desenvolver habilidades sociais e restringir os desejos agressivos esse modelo de tratamento cognitivo comportamental parece ser mais eficaz A viol ncia pode ser considerada toda ac o danosa vida e sa de do indiv duo caracterizada por maus tratos cerceamento da liberdade ou imposi o da for a A crian a e o adolescente por sua maior vulnerabilidade e depend ncia s o v timas frequentes de actos abusivos Eisenstein amp Souza 1993 Agress o qualquer forma de conduta direccionada visando prejudicar ou ferir outra pessoa Kaplan amp Sadock 1993 A agressividade faz parte do processo de conhecer pode mediatizar se est dentro do n vel simb lico ao passo que a agress o n o est mediatizada e muitas vezes encontra se a servi o da destrui o do pensamento Fernandez 1992 O DSM IV APA 1994 n o incluiu a categoria agressividade dentro dos dist rbios de conduta que compreendem predominantemente viola o a regras sociais A agressividade nesta ltima edi o do DSM faz parte da categoria transtorno no controle dos impulsos definido como fracasso em resistir a um im
163. resente estudo utilizou se a escala YSR sub escala ansiedade depress o e agressividade Foi ainda objectivo deste estudo avaliar o impacto de vari veis como idade sexo escolaridade nas crian as e adolescentes e a profiss o dos progenitores A primeira das hip teses levantadas inicialmente era que a preval ncia de ansiedade e de depress o em crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidas era alta todavia este facto n o se verificou ao n vel da popula o estudada Por seu lado importante salientar que as crian as e os jovens socioculturalmente desfavorecidos tem scores ligeiramente superiores em rela o s crian as e jovens socioculturalmente favorecidas A depress o e a ansiedade apresentam diferen as quando se refere ao sexo existe uma frequ ncia maior no sexo feminino o que segundo a literatura deve se a diversos factores f sicos psicol gicos e sociais A segunda hip tese a preval ncia de agressividade em crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidas alta esta hip tese rejeitada Os filhos 91 91 provenientes de fam lias socioculturalmente desfavorecidas deste concelho mostram ndices ligeiramente mais altos de agressividade O estudo veio confirmar a terceira hip tese as crian as e jovens com maiores ndices de ansiedade e depress o t m maior grau de agressividade Os valores podem ser interpretados como n o sendo a ansiedade e a depress o a causa do comportamento agre
164. resultados desse contracto claro da sua execu o s o muito refor adores para o comportamento do adolescente Quando o adolescente cliente perceber que tem comportamentos desej veis assim como comportamentos n o desej veis come a a acreditar que n o t o inadequado como imaginava e que pode provocar nos outros comportamentos diferentes de modo que de certa maneira tem controle sobre o mundo sua volta A rela o de confian a o cliente aprende atrav s do terapeuta o que fazer em determinadas situa es problem ticas de uma forma menos ansiosa Foi assim que fui aumentando a empatia com o paciente foi necess rio tamb m conhecer a linguagem e os valores sociais dos grupos aos quais o adolescente pertence o pr prio adolescente ensinou isto com satisfa o explicar o que significa determinadas palavras que normalmente utiliza e como avalia determinados comportamentos pr prios e de outras pessoas e aqui obt m se a informa o a respeito dos valores sociais que ele assume Foi um ensinar a olhar para os problemas de uma forma diferente daquela que ele estava habituado a olhar o adolescente a medida que ia fazendo an lises funcionais ia adquirindo um repert rio mais adequado s suas necessidades e ent o comecei a planejar a alta 29 29 Para escola foi elaborado um relat rio psicol gico do aluno com o parecer sugerindo algumas estrat gias para amenizar as dificuldades de aten o e a concentra o Foi r
165. s o maior no g nero feminino Hip tese 5 A Preval ncia de agressividade maior no g nero masculino maior 4 6 2 M TODO Amostra Caracteriza o dos participantes alunos Nesta sec o s o apresentadas informa es de car cter menos anal tico e mais descritivo a popula o deste estudo refere se a crian as e jovens do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo distrito da Guarda no ano 2008 A escolha dessa popula o com idade varia entre 11 e 18 anos Escolheram se 112 crian as de ambos os sexos sendo uma parte s cio culturalmente desfavorecidas e outra parte de jovens favorecida s cio culturalmente localizadas neste concelho Estas crian as e jovens est o a frequentar o Agrupamento de Escolas do 2 ciclo o curso PIEF na Escola Secund ria com 3 Ciclo Esta pesquisa serviu para que se pudesse ter a ideia da preval ncia da ocorr ncia de ansiedade depress o e agressividade nesta popula o alvo 79 79 Metodologia Considerando estes objectivos da investiga o adoptou se uma metodologia de car cter quantitativa visando dimensionar a taxa de ansiedade depress o e agressividade em crian as e jovens num contexto de fam lias s cio culturalmente desfavorecidas Instrumento Aplicou se o question rio s cio demogr fico sexo idade escolaridade profiss o Question rio de auto avalia o para crian as e adolescentes YSR 11 18 1991 T M Achenbach Traduzido por J Paulo Almeid
166. s sendo que para fins de discrimina o entre grupos desviantes ou n o esta ultima categoria pode ser inclu da na cl nica Nas escalas individuais o score para a categoria n o cl nica deve ser inferior a 67 para a categoria lim trofe deve situar se entre 67 a 70 inclusive e para a categoria cl nica deve ser 82 82 maior que 70 O resultado do YRS ajustado ao sexo e idade do sujeito Para al m da pontua o espec fica para cada um dos factores ou escalas o YRS fornece tamb m um score de psicopatologias que consiste na soma dos pontos obtidos em cada um dos itens relativos a problemas de comportamento A vers o do YRS escolhida foi a portuguesa adaptada de Fonseca 1991 Esta apresenta ptimas capacidades psicom tricas e designadamente a equival ncia da sua estrutura factorial em diversos pa ses boa Fonseca amp Monteiro 1999 O valor de fidelidade teste reteste de 0 83 Os valores relativos validade convergente e discriminante ao n vel da vers o portuguesa s o muito semelhantes aos habitualmente obtidos com a popula o americana Fonseca amp Monteiro 2001 Actualmente um dos instrumentos mais utilizados para a avalia o de sintomas emocionais e comportamentais em crian as e adolescentes 4 18 anos o Child Behavior Checklist CBCL O CBCL j foi traduzido em 55 l nguas constitu do de 138 itens divididos em dois blocos O primeiro bloco tem 20 perguntas relacionadas compe
167. s nas situa es de toler ncia frustra o Essas diferen as est o relacionadas com a gravidade da press o e tamb m com as caracter sticas da personalidade da pessoa A tend ncia para avaliar negativamente para desconfiar ou suspeitar de outros pode influenciar na baixa toler ncia frustra o Bion 1991 diz que a capacidade de tolerar frustra es inata sendo da m e n o s o importante papel de continente das ang stias como tamb m o de provedora das necessidades b sicas ao beb Segundo essa teoria a forma o do pensamento tem como ponto de partida a frustra o de algumas necessidades b sicas que s o impostas ao beb Nesse processo o essencial a menor ou maior capacidade de o beb tolerar o dio resultante dessas frustra es Quando a capacidade para tolerar frustra es suficiente a experi ncia torna se um elemento do pensamento e se desenvolve um aparelho para pens lo e ao contr rio se a capacidade para tolerar frustra o for insuficiente a experi ncia ser internalizada como algo mau que deve ser evadido e expulso o que feito por meio de agita o motora na crian a e no adulto ou seja de actua es Tratando se de instrumentos psicol gicos projectivos que avaliam a toler ncia frustra o o Teste de Frustra o de Rosenzweig PF 1948 um instrumento projectivo em que o sujeito colocado diante de uma situa o supostamente frustrante A resposta analisada e pode se
168. s situa es de perigo ou de amea a que se aproximem preparando desta forma o organismo para tomar as medidas necess rias de modo a impedir a concretiza o desses poss veis preju zos ou pelo menos diminuir as suas consequ ncias A ansiedade pode ser considerada como uma reac o natural e fundamental para a auto preserva o A ansiedade tamb m pode ter repercuss es negativas para o indiv duo se for excessiva e de prolongada dura o pois em vez de contribuir para o confronto da situa o que causa ansiedade limita dificulta ou impossibilita a sua capacidade de adapta o A ansiedade um sentimento de apreens o difuso altamente desagrad vel frequentemente vago acompanhado por uma ou mais sensa es f sicas Kaplan e Sadock 1990 328 De facto a exig ncia que se verifica no ensino superior bastante consider vel e segundo Melo 2004 os melhores alunos s o os que desenvolvem com mais facilidade crises de ansiedade porque s o eles que possuem maiores expectativas e p em mais exig ncias relativamente ao seu desempenho escolar A ansiedade pode aparecer em variadas situa es como a proximidade de frequ ncias ou exames a realiza o e apresenta o de trabalhos assim como a sua discuss o dos mesmos frente a colegas e professores Em situa es normais sem que exista qualquer outro tipo de transtorno emocional ou patologia associada a ansiedade que se gera nestas situa
169. se de oito subescalas que medem estado tra o temperamento reac o raiva para dentro raiva para fora controle da raiva e express o de raiva A conceitua o de 65 65 uma bem como as caracter sticas das pessoas que obt m escores altos em uma dessas escalas consta do Manual Spielberger e Biaggio 1992 Rosenzweig 1944 1948 se refere agress o como apenas uma das respostas alternativas a uma situa o de frustra o Por frustra o entendem se todas as vezes que o organismo se depara com um obst culo ou dificuldade mais ou menos intranspon vel no caminho que o conduz satisfa o de qualquer necessidade vital Existem dois tipos de frustra o a frustra o prim ria ou priva o que caracterizada pela quantidade de tens o e insatisfa o subjectiva decorrente da aus ncia de uma situa o final essencial satisfa o da necessidade activa a secund ria constitu da pela presen a de obst culos ou dificuldades no caminho que conduz satisfa o de uma necessidade Uma formula o importante na teoria geral da frustra o de Rosenzweig 1944 o conceito de toler ncia frustra o que se define pela atitude de a pessoa suportar frustra o sem perder sua adapta o psicol gica em outras palavras sem recorrer a tipos de respostas inadequadas Essa formula o abrange o fen meno da adapta o em seu conjunto e implica tamb m a exist ncia de diferen as individuai
170. sei mudar de lugar para poder v lo Nesta sess o e nas que se seguiram conversamos sobre o que havia acontecido A hip tese que formulei foi a seguinte RC se sentiu tra do quando me viu com outras pessoas associou se esta a de sua m e quando sua irm nasceu Em sua fantasia o nascimento da irm o tirou do lugar de preferido para coloc lo na condi o de preterido Ele n o aceita esta situa o est inconformado e ressentido Aumentou as dosagens de maldades como uma esp cie de vingan a da m e resolveu incrementar aquilo que aprendeu com ela para dela se vingar Outro aspecto da quest o que parece n o compreender como p de ser tra do se era t o bom aprendiz isso o torna vulner vel fr gil Ele sentiu a trai o como um abandono RC relata que deixar de ser o nico foi muito triste doloroso e solit rio Criar e manter a farsa da hiperactividade satisfazia uma vontade da m e e o torna especial A hiperactividade era uma esp cie de atestado da cumplicidade dos dois da forte identifica o que existe entre eles Praticar maldades tamb m parece funcionar como um atestado da cumplicidade dos dois m e e filho se reconhecem nisso 22 22 A trai o feriu mortalmente mas serviu de alerta ele p de buscar outras alternativas para si mesmo o ressentimento relacionado m e o empurra para a busca de novas fontes de inspira o Exactamente aq
171. sentidos como traum ticos vulgarmente associados perda ou outros ainda mais graves correspondentes a falhas narc sicas associadas auto estima e auto imagem em etapas precoces do desenvolvimento podendo mesmo incluir os primeiros meses da vida Muitas vezes a depress o pode estar a acontecimentos sentidos como traum ticos pela crian a Da ser importante determinar a forma como a situa o traum tica foi vivenciada A depress o nas crian as e nos jovens como n o se expressa de forma id ntica a dos Adultos importante reconhecer alguns sinais precoces Altera o alimentar e altera o no sono perda de apetite e ins nia Perturba es no controlo dos esf ncteres enurese e encoprese Queixas som ticas de repeti o de dores de cabe a dores abdominais sem nenhuma causa espec fica Dificuldades de aprendizagem escolar Altera es de comportamento como instabilidade hiperactividade e agressividade bem como comportamentos de furtos e mentiras repetidas A palavra depress o dever ser entendida como um conjunto de altera es afectivas cognitivas motivacionais e vegetativas que ocorrem regularmente de forma combinada Sim es 1999 57 57 4 3FUNDAMENTA O TE RICA DA ANSIEDADE A ansiedade apresenta se como uma condi o intr nseco ao ser humano sendo normal no processo do desenvolvimento e da adapta o do homem ao meio em que vive Entretanto em diversas situa es torna se patol g
172. ser considerado pela v tima e ou pelo observador como n o sendo apropriado na situa o em quest o Moser 1991 Maccoby e Jacklin 1978 Spielberger 1992 e Staub 1975 se referem agress o como a ac o de agredir atacar instantemente o outro com finalidade destrutiva ou punitiva ou seja uma forma de comportamento interpessoal Al m disso no aspecto de crime a manifesta o do comportamento agressivo visa a infringir os direitos do outro A hostilidade embora envolva sentimentos de raiva geralmente tem a conota o de um conjunto complexo de sentimentos agressivos e frequentemente vingativos enquanto a raiva vista como um conceito mais simples que a agress o e a hostilidade Spielberger 1992 define a raiva como um estado emocional que abarca sentimentos que se diversificam desde o aborrecimento leve ou a irrita o at a f ria seguidos por uma estimula o do sistema nervoso aut nomo Diante dessa defini o entende se que a raiva uma condi o necess ria mas n o suficiente para promover a manifesta o de comportamentos agressivos Pesquisas recentes utilizaram o STAXI invent rio de express o de raiva tra o estado A emo o de raiva medida pelo STAXI distingue se da hostilidade e da agress o segundo Spielberger sendo a raiva uma emo o mais primitiva A hostilidade j possui um componente atitudinal cognitivo e a agress o refere se a uma manifesta o comportamental O Staxi comp e
173. social cultural psicol gico que envolve a crian a e o adolescente assim como a forma o e apoio dos pais tem influ ncia positiva para estimular o bem estar f sico e psicol gico e o sucesso escolar 95 93 minha perspectiva os resultados finais obtidos neste estudo foram que as crian as e adolescentes que comp em a amostra ao inv s do que seria inicialmente previsto n o apresentam n veis de ansiedade depress o e agressividade muito diferentes das crian as e adolescentes independentemente de serem desfavorecidas ou favorecidos socioculturalmente Os baixos ndices de ansiedade depress o e agressividade existentes nestes grupos faz nos pensar que o trabalho psicopedag gico que se tem feito ao longo de anos neste concelho tem sido fundamental ao n vel de preven o e bem estar integral desta popula o mais jovem Segundo Freud o professor Modelo adquirem poder que tanto pode ser usado para ensinar e preparar o aluno quanto para influenciar o aluno a fim de doutrin lo segundo suas pr prias cren as O professor como ser humano tamb m possui seu pr prio inconsciente portanto tamb m pode transferir significado para o aluno Para al m do trabalho psicopedag gico desenvolvido com estas crian as e jovens e do poder dos educadores e professores acredito que outros factores influenciem de maneira decisiva por se tratar de um concelho do interior onde h poucas perspectivas e pouco stress Esta popula
174. somatizar tornando se bastante doente Adquiriu ganhos secund rios com as doen as tornando se mais acolhida em suas necessidades de afecto numa din mica familiar que acaba por envolver pai sogra irm e filhos ao ser acolhida em suas crises Al m disso o sofrimento da sogra pelo comportamento do filho parece ter se tornado uma reserva para o sofrimento que a senhora M gostaria de impingir sua m e por t la desamparado M e e filha sempre tiveram grandes dificuldades de relacionamento 3 2 5 HIP TESE PSICODIAGN STICA Dist rbio Psicossom tico por defesas caracteriol gicas contra a ang stia Defesas Contra os Afectos 3 2 6 T CNICA EMPREGADA PROCEDIMENTOS Psicoterapia Breve Psicodin mica 3 2 7 TRABALHO COM CONFLITOS Orientado em direc o ao insight elege se um conflito derivado a ser tratado por sua import ncia focaliza o 15 15 poss vel confrontar paciente com o conflito original no percurso do tratamento algumas ocasi es o pr prio paciente se tem capacidade de insight quem menciona o conflito infantil relacionando o com sua situa o conflituosa A tarefa interpretativa dos conflitos faz se parcialmente numa tentativa de solucionar interpretativamente os conflitos derivados Trata se de uma resolu o parcial ou incompleta muitas vezes suficientes para se obterem benef cios terap uticos 3 2 8 TRANSFER NCIAS A neurose de transfer ncia e a regress o
175. ssividade ligeiramente superior nos jovens desfavorecidos A ansiedade e a depress o maior no sexo feminino j a Agressividade ligeiramente maior no sexo masculino 3 5 3 4 3 3 3 2 3 1 S riel 2 9 4 2 8 4 2 7 4 Favorecido Desfavorecido A agressividade maior nos jovens Socioculturalmente desfavorecidos 86 TT TR 10 8 64 E S riel H ia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Gr fico 3 Group Statistics 2 5 1 5 E S riel 0 5 Favorecido Desfavorecido Gr fico 4 Profiss o do pai Tabela 3 Profiss o do pai Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation Os pais dos jovens Socioculturalmente favorecidos trabalham predominantemente no sector terci rio sendo que os pais dos jovens Socioculturalmente desfavorecidos trabalham na sua Sucesso Escolar Socioculturalmente SIM Favorecido Prof pai SECTOR SECUND RIO 10 SECTOR TERCE RIO 19 Total Desfavorecido Prof pai SECTOR PRIM RIO SECTOR SECUND RIO FALECIDO Total esmagadora maioria no sector prim rio Os jovens Socioculturalmente favorecidos tem mais sucesso escolar Sa Lo 8 16 5 1 30 6 24 30 Tabela 4 Profiss o da m e Sucesso Escolar Socioculturalmente Crosstabulation Socioculturalmente Favorecido Prof m e SECTOR SECUND RIO 7 SECTOR TERCE RIO 16 DOM STICA 5 FALECIDO 1 Total 2
176. ssivo por m podemos concluir que quanto maiores sejam os ndices de ansiedade e depress o maior o grau de comportamento agressivo Na quarta hip tese confere a preval ncia da ansiedade e depress o como sendo maior no g nero feminino Na quinta hip tese verifica se que a agressividade maior no g nero masculino Em termos de idade o grupo cl nico apresenta idades compreendidas entre os 10 anos e os 15 anos de idade sendo que esta vari vel pode ser uma das explica es para os resultados j que existem diferen as em rela o s concep es do self Eu neste intervalo de idade insucesso escolar maior nos jovens socioculturalmente desfavorecidos Estes dados est o em conson ncia com os resultados dos estudos de Hutz Koller e Bandeira 1996 in al 2001 relativamente ao facto dos jovens apresentarem comportamentos menos adequados delinquentes apresentarem tamb m baixos n veis escolares Por m segundo Battistich amp Hom 1997 in Sprott 2004 e Griffith 1999 in Sprott 2004 quanto mais os alunos sentem que os professores os apoiam na escola menor o risco de apresentarem comportamentos delinquentes Logo podemos concluir que os baixos resultados escolares n o s o devido ao facto de serem delinquentes porque quanto mais a escola e a fam lia os apoia menos estes jovens tem comportamentos agressivos ou desajustados O n vel socioecon mico dos sujeitos do grupo cl nico s
177. t gio supervisionado para forma o de psic logo na rea de Atendimento de Crian as Adolescentes e Adultos durante o ano de 1999 2000 no Centro de Psicologia Aplicada CPA na Pompeia S o Paulo Trata se de um processo de atendimento psicoter pico de tr s pacientes A Psicoterapia Breve possibilitou aos pacientes a mudan a de comportamentos o que lhes proporcionou maior qualidade de vida A Psicoterapia Breve um tratamento de natureza psicol gica de inspira o psicanal tica cuja dura o limitada busca obter uma melhora da qualidade de vida em curto prazo de tempo escolhendo um determinado problema mais premente e focando os esfor os na sua resolu o J que as experi ncias traum ticas nunca adquirem um significado aceit vel e confort vel Acaba por envolver uma intensidade de energia emocional maior do que o organismo capaz de descarregar e esse excesso de carga provoca sofrimento A Segunda parte do trabalho emergiu de actividades de investiga o Notei ser importante estudar a depress o ansiedade e agressividade de crian as e jovens socioculturalmente desfavorecidos do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo distrito da Guarda na Beira Interior Norte Onde tenho vindo durante alguns anos a exercer a actividade de psic loga O objectivo determinar a preval ncia de casos de ansiedade depress o e agressividade em jovens provenientes de fam lias s cio culturalmente desfavorecidas em jovens deste
178. t ncia social desportos passatempos grupos de amigos participa o em grupos desempenho escolar relacionamentos com pessoas e independ ncia no brincar ou trabalhar Estas perguntas exigem que os pais cuidadores comparem os comportamentos de seus filhos com os de outras crian as da mesma idade definindo os como abaixo acima ou dentro da m dia O segundo bloco do CBCL composto de oito escalas diferentes totalizando 118 perguntas objectivas sobre sintomatologia emocional e comportamental respondidas pelos pais cuidadores com tr s alternativas de respostas item falso ou comportamento ausente escore 0 item parcialmente verdadeiro ou comportamento s vezes presente escore 1 e item bastante verdadeiro ou comportamento frequentemente presente escore 2 Estas oito escalas espec ficas que s o Retraimento Il Queixas som ticas Ill Ansiedade depress o IV Problemas com o contacto social V problemas com o pensamento VI Problemas com a aten o VII Comportamento delinquente e VIII Comportamento agressivo possibilitam a obten o de um escore total somat rio total dos escores de todas as escalas e escores individuais de cada escala Outra possibilidade a obten o de tr s escores parciais que correspondem s escalas consideradas em conjunto e subdivididas em escalas de introvers o l Il e 111 comportamental IV Ve VI e escalas de extrovers o VII e VIII 83 83 4 7 PROCEDIMENTOS
179. tar coisas novas contestar e testar limites parecem ser caracter sticas pr prias vida dos adolescentes Desequil brios persistentes n o s o a regra e o desenvolvimento normal deve ser distinguido do psicopatol gico Haarasilta 2003 A depress o na adolesc ncia vem se constituindo em um crescente e preocupante problema de sa de p blica ainda que poucos estudos epidemiol gicos sobre o tema neste per odo da vida tenham sido realizados Bahls 2002 Crian as e adolescentes depressivos costumam apresentar altas taxas de comorbidade com outros transtornos psiqui tricos em frequ ncia maior do que em adultos deprimidos 2002 Goodyer e Cooper 1993 destacam que os transtornos depressivos em crian as e adolescentes em 40 dos casos se associam a comorbidades como transtornos de ansiedade e em 15 dos casos com transtornos de conduta Segundo Steinberg e Morris 2001 nenhuma tentativa de desenvolver uma teoria geral do desenvolvimento adolescente normal encontrou ainda ampla aceita o mas Haarasilta 2003 considera que as pesquisas sobre o desenvolvimento natural do adolescente s o ainda escassas o que torna plaus vel admitir a necessidade de mais bem conhecer as modifica es ps quicas dessa fase da vida Abordar os conceitos de Ansiedade e Depress o e Agressividade envolve necessariamente a refer ncia a um conjunto de sentimentos e emo es e comportamentos que envolvem o ser humano no seu todo
180. tendimento por semana e tendo uma pausa durante o recesso escolar condizente ao m s de f rias em Julho A paciente faltou uma das 20 sess es previstas por motivo de doen a Segue se o desenvolvimento do trabalho fazendo se os resumos das sess es por entender que desta forma a identidade do paciente fica efectivamente preservada 3 3 2 IDENTIFICA O DADOS Nome RC Sexo Masculino Idade 14 anos Estado Civil Solteiro In cio do Atendimento 06 03 1999 T rmino do Atendimento 07 10 1999 rea de Est gio Adolescente Referencial te rico Psican lise Supervisor Respons vel Fernando Cipriano O RC um adolescente de 14 anos forte alto bonito e tem um sorriso sedutor Seus olhos s o claros os cabelos lisos e castanhos no frio meu paciente veste sempre cal a e blusa de moleton no calor bermuda e camiseta o t nis sempre velho e rasgado 3 3 3 QUEIXA O RC acompanhado pela progenitora chegou Cl nica de Psicologia Aplicada da UNIP Universidade de S o Paulo na Pompeia a pedido da neurologista m dica de RC com a queixa de agressividade hiperactividade e de n o controlar os esf ncteres 1 19 um calmante anticonvulsionante que tamb m um controlador dos esf ncteres 3 3 4 DIN MICA FAMILIAR E DO PACI NTE A m e de RC Regina uma mulher conservadora e invasora prepotente e que gosta de constranger as pessoas Relata numa das entrevistas que RC tem d
181. tivo segundo esta vis o o problema est na rela o do adolescente com o seu mundo Devido a isso os factores da personalidade como por exemplo a agressividade a sociabilidade a forma de lidar com a afectividade e outros podem sofrer altera es de acordo com as influ ncias exteriores pais familiares amigos e professores V rios tipos de agentes exp em a crian a e o adolescente a uma enorme quantidade de riscos podendo estes serem definidos como condi es que est o associados uma probabilidade de ocorrerem comportamentos que comprometem a sa de o bem estar integral e a compet ncia social do adolescente 36 36 teoria psicanal tica a personalidade resultante do desenvolvimento das estruturas ego e superego dos processos de pensamento e da sexualidade O ego na busca pelo prazer responde com ansiedade a toda a situa o esperada ou prevista de desprazer crian a pequena praticamente dominada pelo principio do prazer buscando a satisfa o imediata de suas tens es Quando esta satisfa o cessa a crian a reage emocionalmente chorando ou dirigindo sua c lera para o obst culo que a impede de obter o que deseja s vezes h o uso de processos prim rios para diminuir a tens o imagens mentais devaneios sonhos etc A transforma o da rela o paternal em supergo se faz por um processo de identifica o que vem a ser uma forma de v nculo com outra pessoa a equipara o do ego de
182. turalmente Favorecido Desfavorecido Total Socioculturalmente Ansiedade Crosstabulation Edo __ Ansiedade smf 700 Socioculturalmente Favorecido Desfavoreci Total Socioculturalmente Sucesso Escolar Crosstabulation SIM Count Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total 147 147 Socioculturalmente prof mae Crosstabulation Prof mae SECTOR SECTOR SECTOR PRIM RIO SECUND RIO TERCE RIO DOM STICA FALECIDO Total Sociocult Favorecido 8 16 5 1 30 uralment Desfavorecid e 0 0 24 0 30 8 16 29 1 60 Sexo ano Crosstabulation anoescol sano cano eo Masculino 12 17 30 10 0 1 1 Feminino 13 13 27 0 1 1 0 1 1 25 33 60 148 148 Sexo Ansiedade Crosstabulation Ansiedade Sex Masculino o 0 Feminino Sexo profiss o pai Crosstabulation PRIM RIO SECUND RIO TERCE RIO FALECIDO Total 2 30 Masculino 10 Feminino 149 149 Sexo Sucesso Escolar Crosstabulation ______ ma Masculino 30 10 1 Feminino 27 1 1 60 Sexo profiss o m e Crosstabulation oO mm SECTOR SECTOR SECTOR PRIM RIO SECUND RIO TERCE RIO DOM STICA FALECIDO Total 16 0 Masculino 30 10 1 Feminino 1 gt 150 Depress o Sucesso Escolar Crosstabulation Sucesso Escolar 2
183. ui que me incluo tende o como objectivo ser fornecer novos modelos de relacionamento para o meu paciente A forte transfer ncia estabelecida em rela o a mim tem sido o principal instrumento de trabalho Ele tem manifestado progresso significativo j disse que pretende utilizar sua mania de mexer e destruir coisas para estudar uma profiss o analista de sistemas ou engenharia inform tica Outro dado significativo que escreveu no gesso quebrou o bra o M T L que significa maldades tem limite 3 3 5 DEVOLUTIVA PARA OS PAIS Data 09 10 00 Os pais de RC chegaram atrasados A m e s 18 10hs e o pai s 18 25 h A D Regina e a filha foram comer um lanche no bar da Cl nica enquanto aguardavam a chegada do pai de RC s 18 30 h entr mos no consult rio me apresentei e pedi que se sentassem A m e de RC mal tinha sentado e j me questionava quando minha viagem de volta para Portugal a nacionalidade e o porqu de eu ir viajar De uma maneira sucinta falei que realmente iria ter que me ausentar Ent o a m e falou que RC ficou muito triste e angustiado Pela primeira vez contou para a m e algumas coisas que ele fazia nas sess es de psicoterapia os jogos desenhos e deu a not cia para a m e com um ar de tristeza e de preocupa o Falei tamb m o quanto foi dif cil para mim ter que deix lo O pai agradeceu por tudo o que fiz pelo filho pois dava para perceber que RC tinha mudado muito Comecei ent o a falar que
184. um de n s efic cia qualidade e perfei o desta forma muitos adolescentes t m dificuldade para lidar com as necessidades de adapta o com que se deparam diariamente Normalmente os adolescentes deparam se com v rias situa es novas e press es sociais favorecendo condi es pr prias para apresentarem flutua es de humor e mudan as expressivas no comportamento O pensamento adolescente baseia se no pensamento cr tico em que este utiliza os seus conhecimentos para expor as suas ideias tentando sempre ser o melhor Desta forma tenta responder s exig ncias que lhe s o impostas mas por vezes a exaust o impede o seu sucesso e estes fen menos de fracasso podem de uma forma ou de outra levar a sentimentos depressivos Se estudarmos o adolescente no seu todo podemos encontrar algumas explica es para alguns dos sentimentos depressivos que acontecem nesta faixa et ria nomeadamente falta de apoio social gratifica es insuficientes pelo seu trabalho o jovem sente que merecia melhor nota e que n o valeu a pena tanto esfor o fraco desempenho cognitivo o adolescente sente que tudo lhe corre mal e que as suas capacidades est o diminu das Quando a depress o come a a dominar o corpo o organismo ressente se e o adolescente come a a ter sintomas associados a este transtorno Por vezes estes sintomas apesar 42 42 de serem sentidos pelo adolescente este os considerada como fazendo parte si O jovem pensa qu
185. uma com o ego da outra Inicialmente a crian a come a a se comportar como seus pais por um processo de imita o depois acolhe seus valores fazendo sua incorpora o sua personalidade Nesta linha de pensamento os pais tem uma vertente importantissima no bom desenvolvimento psiquico da crian a O comportamento de um menino de 3 a 5 anos de idade marcado pelo Complexo de dipo Esta famosa atribui o de Freud trata da liga o amorosa da crian a com a m e Embora essa liga o se modifique e sofra repress o ap s os 5 anos de idade as catexes origin rias do complexo permanecem como uma for a vital da personalidade O medo da perda do amor n o desaparece totalmente com o desenvolvimento do superego Alguns adultos que n o resolveram adequadamente a identifica o anal tica do momento da forma o do supergo se tornam extremamente dependentes dos outros manifestando uma conduta infantil No adulto um supergo sadio reflete se em um conjunto integrado de valores na capacidade de aceitar abalos auto estima e aceitar limita es sem recorrer fantasia ou ficar desequilibrado psicol gicamente A Adolesc ncia um per odo de intensas modifica es no desenvolvimento humano marcado por altera es biol gicas da puberdade e relacionado maturidade biopsicossocial do indiv duo Desse modo identificada como um per odo de crise pela experi ncia de importantes transforma es mentais e org nicas capazes de pro
186. unt Socioculturalmente Sexo Favorecido Desfavorecido Total Masculino 024 12 ALGUMAS 15 MUITO Total Q24 N O ALGUMAS MUITO Total Tabela 18 Q24 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation Count pn Sexo Masculino Q31 7 14 ALGUMAS 8 MUITO 0 Total 15 Q31 2 ALGUMAS 8 MUITO 5 Total 15 Tabela 19 Q31 Socioculturalmente Sexo 114 114 Count Socioculturalmente III 19 N O ALGUMAS 2 MUITO Total 033 ALGUMAS 2 MUITO Total Tabela 20 Q33 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation Count N O 18 ALGUMAS 5 MUITO Total Q35 ALGUMAS 7 MUITO Total Tabela 21 Q35 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation 115 115 Count Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total Masculino Q48 10 6 16 AL GUMA p 5 MUITO H 4 5 Total 15 15 30 ini 7 9 8 6 15 15 N O 16 ALGUMA 14 5 Total 30 Tabela 22 Q48 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation Count Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total Masculino Q45 2 ALGUMA 5 MUITO 4 Total 7 9 7 10 17 1 3 15 15 30 N O 4 4 8 ASIM 11 10 21 S MUITO o 1 1 Total 15 15 30 Tabela 23 Q45 Socioculturalmente Sexo Crosstabulation 116 16 Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total N O 10 ALGUMA S MUITO Total ALGUMA S MUITO Total Socioculturalmente Favorecido Desfavorecido Total Masculino Q
187. xtens o das sequelas deixadas no desenvolvimento da crian a mant m estreita rela o com o tipo de maltrato sofrido e algumas caracter sticas como a idade da crian a g nero hist ria recursos e apoio de que disp e Palacios Jim nez Oliva amp Saldafia 1998 Palacios e Rodrigo 1998 Uma gama significativa de consequ ncias para a crian a associada aos maus tratos no plano f sico fisiol gico afectivo comportamental e interpessoal e acad mico t m sido identificadas e analisadas Horton amp Cruise 2001 Alguns dos sintomas desempenham import ncia fundamental no processo de detec o dos maus tratos pela comunidade e deveriam ser transmitidos para que se possa promover uma maior sensibiliza o da comunidade aos problemas das nossas crian as Departamento OF Health and human services US 1999 a observa o de indicadores comportamentais emocionais que orienta a detec o de casos As caracter sticas comportamentais que na vis o dos professores se associaram aos casos de viol ncia dom stica foram agressividade tristeza medo apatia Yretraimento timidez Horton e Cruise 2001 sintetizam as consequ ncias dos maus tratos pass veis de observa o directa principalmente no contexto escolar A maioria das crian as passa um quarto da sua vida na escola por isso pesquisadores darem uma enorme relev ncia escola como institui o importante para o desenvolvimento harmonioso de crian as e jovens Sendo assim a escola
188. zer que a vis o que uma pessoa possui de si e do mundo influencia a forma como pensa sente e age As suposi es s o utilizadas para organizar a nossa percep o como tamb m para orientar e avaliar o nosso comportamento A capacidade de prever e compreender nossas experi ncias til e na verdade necess ria para o nosso funcionamento normal Algumas suposi es entretanto s o r gidas extremas resistentes mudan a 54 54 e portanto disfuncionais Da a import ncia das terapias comportamentais cognitivas e din micas para minimizar o sofrimento A psican lise surgiu na d cada de 1890 com Sigmund Freud um m dico interessado em achar um tratamento permanente para pacientes com sintomas neur ticos ou hist ricos Conversando com os pacientes Freud acreditava que seus problemas se originaram da n o aceita o cultural sendo assim reprimidos seus desejos inconscientes e suas fantasias de natureza sexual O m todo b sico da Psican lise a interpreta o da transfer ncia e da resist ncia com a an lise da livre associa o O paciente numa postura relaxada pedido a dizer tudo o que lhe vem mente Esperan as sonhos desejos e fantasias s o de todo o interesse como tamb m as experi ncias vividas nos primeiros anos de vida em fam lia Vulgarmente o analista escuta fazendo coment rios quando no seu julgamento profissional imagina uma crescente oportunidade para que o analisando torne consciente

A ansiedade depressão e agressividade em Crianças e

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