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Ensaio para a Informatização da Tabela de Bion

1. A6 A2 Al Al A2 A6 A7 Benen B Bn B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 Bn Heneno a Cn C7 C6 C5 C4 C3 C2 Cl Cl C2 C3 C4 C5 C6 C7 Cn Sornos e mitos Dn D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 Dn Pr concep es En E7 E6 ES E4 E3 E2 E1 E1 E2 E3 E4 ES E6 E7 En concep es Fn F7 F6 F5 F4 F3 F2 F1 F F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 Fn Conecitos G2 G2 Sist cit Dedu C lculo ies n 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 n Fana ac o Inda Aten Nota y Hip Hip w Nota Aten Indaga ac o Poder _tismo gacao o o Def Def o o o i A6 A2 Al Al A2 A6 A7 Henan B Bn B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 Bn Heneno a Cn C7 C6 C5 C4 C3 C2 Cl Cl C2 C3 C4 C5 C6 C7 Cn Sornos e mitos Dn D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 Dn Pr concep es En E7 E6 ES E4 E3 E2 E1 E1 E2 E3 E4 ES E6 E7 En concep es Fn F7 F6 F5 F4 F3 F2 F1 F F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 Fn Conceitos G2 G2 Sist cit Dedu C lculo as As modifica es introduzidas por Amaral Dias Amaral Dias um eminente psicanalista portugu s que se tem dedicado ao estudo da obra de Bion Tem actualmente uma vasta obra publicada sendo facilmente percept vel uma profunda influ ncia de Bion no seu pensamento O trabalho de Amaral Dias destaca se pela sua originalidade e pelo seu rigor cientifico Tem reflectido inten
2. A din mica que estimula a compuls o encontra se intimamente relacionada com a primazia do prazer sofrimento Para se livrar do desprazer e ou sofrimento a mente enquanto conte do evacua o A evacua o tem como objectivo transformar esse desprazer em algo prase roso ou pelo menos a obteng o do prazer associado ao al vio 5 Chamo a prop sito a aten o para que o sentido de perda na hip tese definit ria e o de gratifica o na alucina o dependem de faixa mental limitada Em ambos os casos a reac o de intoler ncia numa e de gratifica o noutra se ligam a uma acep o estreita Considera se pois que o pensar n o oferece liberdade para o desenvolvimento sendo restritivo ao contr rio a atua o transmite um sentido de liberdade In Aten o e Interpreta o P g 27 Ver refer ncia bibliogr fica 6 85 da evacua o e ao prazer de ser contido Por outro lado a mente enquanto continente 2 ou uma outra mente na fun o de continente F ou ainda um qualquer objecto interno e ou externa com a mesma fun o tamb m por motivos relacionados com o principio do prazer desprazer recebe o conte do projectado as evacua es O prazer associado aceita o das evacua es prende se com a voracidade e a sua satisfa o A disponibilidade do continente varia de acordo com as suas necessidades se predomina a necessidade de posse ret m se o prazer se predomina o acumulo de impulso
3. Para classificar o utilizador tem apenas que pressionar um dos diversos bot es que se encontram colocados em cada uma das casas teis da Tabela Cada enunciado pode ser classificado com um n mero indeterminado de pares Quando um enunciado classificado com mais do que um par eles aparecem separados por um pequeno tra o Quando pressiona um dos bot es Anterior ou Pr ximo o programa assume automaticamente a classifica o que se encontrava atribu da quando o enunciado era vis vel no ecr Se o utilizador se enganar pode corrigir o erro pressionando a tecla 184 Apagar que apagar um par de cada vez Pressionando a tecla VOLTAR regressa ao ecr n 3 e memoriza todas as altera es que foram introduzidas Ainda respeitante ao ecr 3 vamos falar um pouco sobre as restantes op es Apagar A op o apagar permite lhe apagar um qualquer enunciado Para isso basta seleccionar o enunciado que pretende apagar e carregar na tecla APAGAR Deve ter em aten o que um enunciado apagado imposs vel de recuperar Estat stica O bot o ESTAT STICA permite lhe observar um conjunto de estat sticas descritivas previamente definidas Quando pressiona esta bot o aparece lhe um pequeno ecr no centro do ecr n 3 Este ecr permite lhe especificar alguns par metros que ir o determinar a incid ncia da estat stica m Sess es Da fl a fi Sujeito Paciente y Voltar Estatisticas Figura 12 Ec
4. a partir da an lise de um outro pensamento o ponto m ximo que um determinado pensamento pode atingir por forma a realizar todo o seu potencial 2 O Sistema Cientifico Dedutivo a forma mais elaborada e sofisticada que o pensamento pode atingir F Prestar ateng o a um pensamento registar a experi ncia de ter esse pensamento e indagar sobre ele s o actividades usos que permitem a evolu o do pensamento e que se encontram num crescendo de import ncia G Elaborar um pensamento com intuito inconsciente e ou consciente de definir uma conjun o constante n o obriga o pensamento a evoluir mas estabelece a condi o base para que o processo de evolu o se inicie A evolu o inicia se e desenrola se com a aten o nota o e indaga o e culmina com a decis o H Quando um pensamento se organiza numa conjun o constante passa a poder ser alvo da aten o nota o e indaga o o que permite a elabora o de um pensamento decis o I Quando a sequ ncia referida no ponto H interrompida o pensamento abortou antes de realizar o seu potencial Ap s a aplica o destes crit rios elabor mos uma tabela em que os valores ponderados se distribuem num intervalo que vai de menos 90 90 a mais 90 90 A atribui o de valores levou ainda em conta a t cnica Unidimensional Scaling Segundo Cronbach a aplica o desta t cnica poss vel sempre que seja necess rio hierarquiz
5. e Existe um aparente equil brio entre a utiliza o de mecanismos que revelam um modo de funcionamento da parte psic tica da personalidade e de mecanismos que revelam o funcionamento da parte n o psic tica da personalidade e A actividade da parte psic tica da personalidade frequentemente interrompida por incurs es da parte n o psic tica da personalidade 210 e A globalidade da actividade mental do paciente centra se fundamentalmente em dois n veis de maturag o do pensamento ao n vel dos pensamentos on ricos e das constru es m ticas e O paciente estrutura pontualmente a sua actividade mental ao n vel das concep es e H medida que a sess o decorre observa se um abandono progressivo do uso ac o e assiste se manuten o do uso enunciado falso An lise dos dados referentes ao psicoterapeuta Um dos primeiros indicadores a ser investigado e analisado a folha de Estat sticas A folha de estat sticas referente ao psicoterapeuta ver anexo mostra nos que 88 das interven es do psicoterapeuta se situaram em K e 0 em K Estes dois valores orientam nos no sentido de pensar que l O psicoterapeuta manteve a sua actividade mental e as suas interpreta es sempre dentro da esfera da parte n o psic tica da personalidade O psicoterapeuta utilizou o uso hip tese definit ria aproximadamente 12 5 e esta modalidade n o contribui para a determina o de K nem de K
6. fundamental para que o individuo possa permitir se ao desmembramento do conceito ou concep o previamente formado e dessa forma permitir o desenvolvimento de uma capacidade de abstrac o superior Se o individuo tem uma capacidade de toler ncia dor ps quica suficientemente adequada isto se o individuo consegue suportar a perman ncia de sentimentos de persegui o incerteza e medo o tempo suficiente para se efectuar o desmembramento do conceito ou da concep o ent o est em condi es de poder fomentar a evolu o do conceito O conceito desvinculado desmembrado ou fragmentado produz uma quantidade de elementos dispersos que ficam a partir dessa altura dispon veis para integrarem um outro arranjo conceito ou concep o ou para se reunirem novamente mas numa configura o diferente da anterior O novo arranjo ou a nova configura o organiza se em torno de um nome de um som de um gesto de uma imagem etc isto organizando se sobre os elementos dispersos inicia uma nova procura e atribui o de nome conforme acontece quando se d a elei o de um facto seleccionado O novo conceito fruto da capacidade para estabelecer o facto seleccionado e este por sua vez fruto da capacidade do individuo para tolerar a dor depressiva Quando se observa uma intoler ncia excessiva dor mental uma das coisas que pode acontecer uma estagna o da capacidade de abstrac o do individuo O individuo
7. o de objectos bizarros Se a transforma o se der os elementos 0 organizam se por forma a constituir a barreira de contacto A barreira de contacto din mica e a 136 sua forma o define o consciente e o inconsciente ou mais correctamente define o que se encontra consciente e o que se encontra inconsciente Os pensamentos oniricos e os sonhos aparecem como a express o directa da barreira de contacto e podem constituir se como pr concep es conforme foi referido oportunamente As pr concep es podem entrar em contacto com os pensamentos oniricos e os sonhos para a forma o de concep es ou podem entrar em contacto com a realidade ou com os mitos para o mesmo efeito As pr concep es constituem se como produto da evolu o dos pensamentos oniricos dos sonhos e dos mitos ou como elementos originais sem antecessores como acontece nas pr concep es inatas A fun o psicanal tica da personalidade permite a constru o de mitos pessoais que por sua vez orientam o saber pr tico sobre e na realidade A fun o psicanal tica da personalidade descreve o movimento din mico elaborado pelos interc mbios entre os pensamentos oniricos sonhos os mitos a realidade e as pr concep es Os mitos s o o produto resultante do efeito da fun o psicanal tica da personalidade mas tamb m funcionam num segundo tempo como combust vel para essa mesma fun o Os mitos pessoais e privados evoluem e essa ev
8. 48 Funci n es el nombre para la actividad mental propia a un n mero de factores operando em consonancia Factor es el nombre para una actividad mental que opera en consonancia con otras actividades mentales constiuyendo una funci n In Aprendendo de la experiencia P g 19 Ver refer ncia bibliogr fica 13 49 De facto o constante dizer de Bion de que apenas est a fazer considera es sobre a forma de fazer psican lise e n o a desenvolver teorias psicanal ticas leva nos a prestar menos aten o a estas ltimas No entanto o que sucede que o pequeno n mero de teorias que desenvolveu a este respeito excluem na quase totalidade a necessidade das teorias psicanal ticas mais frequentemente utilizadas Num pequeno artigo com o t tulo Methateory publicado no Cogitations Bion apresenta de forma muito resumida as principais premissas que organizam todo o seu sistema te rico Os t tulos das diferentes sec es s o por si s significativos 1 Frustrag o 2 Nega o da frustra o 3 Modifica o da frustra o 4 Preocupa o com a Verdade e a Vida 5 Emo es Violentas 6 O seio 7 O p nis 8 A fragmenta o splitting Pensamos ser pertinente analizar estes 8 conceitos ou premissas antes de avan ar mos para as conceptualiza es mais elaboradas que as p em em jogo Os primeiros 3 pontos Frustra o Nega o da Frustra o e Modifica o d
9. A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prs mail telepac pt Estatisticas Titulo Exemplo 1 Sujeito Terapeuta Da Sess o 1 1 Data de impress o 10 11 1998 Elemento Freq Elemento Freq Bl 3 5 88 CS 5 9 80 B2 1 1 96 Fl 2 3 92 B3 1 1 96 F2 4 7 84 ci 5 9 80 F3 3 5 88 C2 9 17 65 F4 5 9 80 C3 5 9 80 FS 3 5 88 C4 5 9 80 EL FA F4 F3 F4 C3 C4 C4 C4 C2 C2 C2 C5 C2 C1 C1 C1 C4 C5 C5 FS F5 F5 B1 F2 F2 F2 C5 C2 C3 F3 F1 C5 C2 C2 C3 B1 B1 C3 C4 C1 F1 F3 B3 B2 C1 C2 F2 C3 F4 C2 F4 K K F 27 52 94 F 14 27 45 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 F4 F4 Fa F4 c3 C4 C4 C4 C4 C4 CA A A7 A7 A7 A7 A7 A A7 A2 A A7 A7 A2 A A7 A7 Al A7 Mi Terapeuta EE Paciente Pag 1 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 F5 F5 F5 F5 F5 C5 C5 C5 A7 A2 A7 Ae Mi Terapeuta EE Paciente Pag 2 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 F2 F2 F2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 B1 A7 A2 A7 A
10. Estatisticas Titulo Exemplo 3 Sujeito Paciente Da Sess o 1 1 Data de impress o 10 11 1998 Elemento Freq Elemento Freq C2 2 15 38 D2 3 23 08 C3 2 15 38 D3 2 15 38 CS 1 7 69 D7 1 7 69 C7 1 7 69 F5 1 7 69 C2 C7 D3 D2 D7 C3 D3 D2 C3 C2 F5 CS D2 1 K K F 6 46 15 F 7 53 85 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsemail telepac pt Estatisticas Titulo Exemplo 3 Sujeito Terapeuta Da Sess o 1 1 Data de impress o 10 11 1998 Elemento Freq Elemento Freq C5 1 12 50 D4 5 62 50 D1 1 12 50 F4 1 12 50 1 D4 D4 D1 D4 F4 D4 C5 D4 K K F 7 Jo 87 50 F 0 0 00 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 3 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Mi Terapeuta EE Paciente Pag 1 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 3 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 EE Paciente Pag 1 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo
11. Hand with reflecting sphere M C Escher Ensaio para a Informatizacdo da Tabela de Bion Ana C Almeida ISPA 98 MESTRADO EM PSICOPATOLOGIA E PSICOLOGIA CL NICA ISPA 1998 Orientador Professor Doutor Carlos Amaral Dias Aluno Ana Cristina Sequeira de Almeida N 722 Agradecimentos Agrade o a Dr Manuela Hartley ter me disponibilizado o material respeitante ao exemplo 3 e ter permitido a sua inclusao neste trabalho Agradeco ao Prof Amaral Dias o ter confiado nas minhas capacidades Agrade o ao Sr Pedro Roquette a sua inestim vel colabora o como programador e consultor t cnico Agrade o lhe ainda o enorme incentivo e apoio que me fez tentar ir sempre mais longe ndice 1 Pr logo 2 Introduc o Os seus analistas Emo es Violentas O Seio e o P nis 6 A Tabela de W R Bion Volume I 4 7 3 Enquadramento da Obra de Bion no seio da Psican lise 12 O valor e a import ncia da obra de Bion na Psican lise 12 O percurso de W R Bion 13 13 Os pensadores que mais o influenciaram 18 4 O pensamento de W R Bion 21 Bion O epistemologo 23 Bion O epistemologo que investiga a ci ncia 23 Bion O epistemologo que investiga a psican lise 34 Bion O Psicanalista que investiga a mente humana 48 A preocupa o com a verdade e a vida 52 53 53 Fragmenta o Splitting 54 5 Contributos de Bion para a psicopatolo
12. e dessa forma diminuir a frustra o Nestas circunst ncias as emo es s o vividas de forma muito intensa violentamente operando uma mudan a qualitativa que se expressa atrav s da crueldade e de um reduzido respeito por si pr prio pelo objecto pelas coisas vivas e pela verdade O primeiro contacto com a situa o frustrante ou n o feito atrav s da percep o das informa es sensoriais directamente relacionadas com os rg os dos sentidos e ou com a percep o das qualidades ps quicas daqui que a intoler ncia frustra o possa levar destrui o da estrutura respons vel pela percep o das qualidades ps quicas e ou ao desenvolvimento da alucina o Enquanto a estrutura respons vel pela percep o das qualidades ps quicas se mantiver intacta o indiv duo tem elementos alfa n o consegue pensar In Aten o e Interpreta o P g 21 Ver refer ncia bibliogr fica 6 55 percep o da frustra o e compelido tomada de decis o sobre o que vai fazer aqueles sentimentos vividos com dor Se existir um nivel de toler ncia a frustrag o suficientemente elevado essas impress es dos sentidos externos e internos permanecem dispersas at que seja eleito o facto seleccionado Quando o facto seleccionado emerge organiza se sua volta uma penumbra de associa es Esta passagem que vai da percep o das impress es dos sentidos ao emergir do facto seleccionado segundo Bion
13. o continente contido que se repete no indiv duo no par e por fim no grupo intra e extra psiquicamente In Aten o e Interpreta o P g 26 Ver refer ncia bibliogr fica 6 71 discuss o de epis dios da an lise em termos de reactiva es ou reminisc ncias de experi ncias com o seio implica a percep o de uma dimens o de tempo sugerindo que determinado elemento cuja presen a se faz notar teria uma hist ria Por vezes isso pode ser expresso dizendo se que o elemento em causa tem um lugar no tempo ou no espa o superficial ou profundo Tenho aceito essa conven o mas surge um problema quando o analista disp e de motivos como sucedeu comigo para duvidar da utilidade de uma interpreta o que se baseia na aceita o dessa conven o A complexidade do problema se amplia quando se torna claro que tais aferi es de tempo e espa o se alicer am no caso de certos pacientes na realidade ps quica e n o no tempo ou espa o f sico ambas as medi es somente s o fact veis quando o paciente capaz de tolerar a frustra o Se a personalidade do paciente n o consegue tolerar frustra o este ltimo impede o desenvolvimento de qualquer aparelho que me a frustra o Assim se ele estiver a tantos anos ou minutos do seu objectivo aniquilar o espa o ou o tempo que medem a sua frustra o O desenvolvimento de aplica es mais sofisticadas dessa capacidade tais como mensura o de tempo ou espa
14. poss vel ver o enunciado completo Como se pode constatar pela Figura 10 o enunciado Gostava de come ar a nossa conversa falando um pouco encontra se incompleto mas numa outra janela podemos ler este mesmo enunciado completo Podemos ent o ler Gostava de comegar a nossa conversa falando um pouco de como que o Emanuel veio aqui parar ao hospital o que que lhe aconteceu este conte do completo do 1 enunciado Depois de terem sido introduzidos os enunciados est o dispon veis para serem classificados Para esse efeito o utilizador dever seleccionar o enunciado que pretende classificar e pressionar o bot o CLASSIFICAR Ao fazer isto passa automaticamente para ecr n 4 Depois de abandonar o ecr n 4 regressa ao ecr n 3 mas este ltimo apresenta uma modifica o j que exibe as diversas classifica es a que cada enunciado foi sujeito Se o utilizador desejar apagar um qualquer enunciado poder faz lo utilizando o bot o que diz APAGAR Pressionando este bot o estar a apagar o enunciado que se 181 encontra seleccionado A selecg o de um enunciado faz se a partir do sujeito isto o utilizador dever posicionar o rato sobre o sujeito que emite o enunciado que pretende apagar e carregar no bot o esquerdo do rato Quando faz isto a rea sobre a qual se encontrava o cursor fica de cor azul dando desta forma a indicag o de que est seleccionada A selec o de um enunciado fundamen
15. Mi Terapeuta EE Paciente Pag 3 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 F4 F4 3 To rl C2 Mi Terapeuta EE Paciente Pag 4 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 A7 A7 A7 A7 A7 A2 A7 Al a A7 A7 A2 A7 AZ A7 A A7 A7 Al A7 A EE Paciente Pag 1 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 F5 F5 Fi Fr FS F2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 A7 A2 A7 A2 A7 EE Paciente Pag 2 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 EE Paciente Pag 3 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 F4 F4 po F4 F5 F5 F5 c3 C4 C4 C4 F2 F2 F2 EE Terapeuta Pag 1 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 EE Terapeuta Pag 2 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Usos Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Dat
16. O original Nelas o produto final quase que n o possui invariantes do original O reconhecimento extremamente dif cil e a infer ncia dele n o respeita as leis da l gica A infer ncia do O original feita pela percep o de que alguma coisa foi projectada pelos rg os dos sentidos e posteriormente re introjectada tamb m sobre essa forma A Transforma o em Alucinose processa se quando n o foi poss vel operar se a transforma o pela fun o o ou quando houve uma revers o da fun o o deixando o indiv duo na posse de objectos bizarros A projec o desses objectos bizarros uma transforma o em alucinose assim como a re introjec o de um elemento f que foi projectado para ser sujeito a modifica o pela func o a do outro e que por qualquer motivo n o foi modificado Este elemento f projectado estava embebido pela angustia do desconhecimento e quando re introjectado o com essa mesma angustia o que refor a a angustia e a transforma num terror sem nome 60 me A p Na esfera da alucinose o evento mental se transforma em impress o sens vel e elas nessa rea n o significam proporcionam prazer ou sofrimento Desse modo o fen meno mental que n o chega a ser sens vel transforma se em elemento beta de maneira que evacuado e reintroduzido o ato estimula n o a significa o mas prazer ou sofrimento O analisando em alucinose experimenta alucina es visuais auto renov
17. O Emanuel ficou triste Gostava muito desse av Era bom ter esse av C4 A7 A7 A2 A7 C2 A7 A7 A2 A7 C2 A7 A2 C2 A7 A2 CS C2 Cl Cl C3 C2 ci C2 ci A7 C2 F2 C4 Pag 2 Resumo de Sess o Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Sujeito Enunciado Cota o Paciente Era nosso amigo era mais como eu companheiro C2 Terapeuta O Emanuel parece que depois da morte do seu av ficou com qualquer C5 coisa dentro de si Parece que ficou com as mesmas doengas do seu av Paciente Pois quer dizer fiquei com esse problema tamb m C5 Terapeuta Parece que foi a maneira de n o perder completamente o seu av o C5 FS Emanuel ficou triste quando perdeu o seu av em vez de ficar assim n o perdeu o av nem ficou triste Paciente Fiquei muito triste FS Terapeuta Ficou muito triste Lembra se como que foi nessa altura FS Paciente Depois de telefonarem estive em minha casa fui ao enterro dele F5 estivemos a velar o corpo e fomos ao funeral Terapeuta O Emanuel come a a pensar que igual ao seu av a partir de que altura F5 passado quanto tempo Paciente Eu n o acho que seja igual ao meu av acho que tenho o mesmo C2 problema que ele tinha Isso verdade que penso que tenho o mesmo problema que ele tinha mas n o penso ser igual ao meu av com essas doen as Terapeuta Mas parece que fica mais acompanhado com essas doen as B1 Paciente Sinto me mais acompanhado aqui no Hospit
18. O programa denominado BION respons vel por todo o trabalho de introdu o tratamento e an lise dos dados e o programa denominado PONDERA Programa de parametriza o respons vel pela tabela de valores ponderados O programa de Parametriza o O programa que permite a parametriza o da tabela de valores ponderados imprescind vel para explorar o valor e o potencial do modelo por n s desenvolvido Neste modelo cada casa da Tabela convertida num determinado valor num rico consoante um conjunto ou sistema de regras Uma vez determinado esse valor como foi explicitado no capitulo anterior pode se carregar o Programa de Parametriza o Uma vez carregada a tabela deste programa o programa BION passa a executar o gr fico de barras evolu o do pensamento de acordo com os valores introduzidos O programa que permite a parametriza o da tabela de valores ponderados chama se PONDERA e instalado ao mesmo tempo que o programa principal BION Tanto a aplica o BION como a aplica o PONDERA ficam dispon veis a partir do descktop Quando o utilizador abre o programa PONDERA v uma tabela com 3 colunas e v rias linhas A primeira coluna serve para identificar o elemento a segunda coluna regista o valor que aquele elemento deve assumir para a realiza o do gr fico 173 Evoluc o do pensamento e a terceira coluna regista o valor que o mesmo elemento deve assumir para o desenho da linha verm
19. Pensamos que com a teoria das transforma es e com a postula o dos elementos em ate 43 z y psican lise Bion resolve pelo menos numa grande parte um dos problemas mais dificeis e que mais t m contribu do para a dificuldade que a psican lise tem tido em se desenvolver enquanto ci ncia Y Bion W R Elementos em Psican lise P g 11 Ver refer ncia bibliogr fica 14 43 o r or 2 o Proponho encontrar a abstra o cujo enunciado te rico encerre o m nimo de particulariza o A perda de compreens o que isto implica se refaz pelo uso de modelos que suplementam os sistemas te ricos e os elementos que busco s o tais que comparativamente poucos se requerem para x si i 5 expressar em mudan as de combina es quase todas as teorias essenciais ao trabalho do psicanalista In Elementos em Psican lise P g 11 12 Ver refer ncia bibliogr fica 14 45 Bion deduziu a exist ncia de 7 elementos fundamentais em psican lise A relag o din mica entre Continente e Conte do a interac o entre as posi es Esquizo paran ide e Depressiva os v nculos L H e K a raz o a ideia o sofrimento e as 4 o 4 4 i e emo es ou sentimentos e Y Bion considera que os elementos s o fun es da 44 i o J TRET Ss Para a finalidade s o as seguintes as caracter sticas dos elementos em psican lise 1 representar a realiza o que a pri
20. a transi o entre a posi o esquizo paran ide e a posi o depressiva simultaneamente a forma como se transformam os elementos B em elementos a Dito de uma outra forma os elementos dispersos que foram percepcionados pelas impress es dos sentidos refiro me novamente percep o das qualidades ps quicas e percep o das qualidades f sicas elaboradas pelos rg os dos sentidos mant m se dispersos durante algum tempo o tempo suficiente para emergir o facto seleccionado Enquanto estes elementos elementos B se encontram dispersos a mente vive um sentimento doloroso associado ao medo do desconhecido e quando surge na mente o facto seleccionado ela reorganiza se volta de uma penumbra de associa es que d sentido reduzindo por isso mesmo o medo do desconhecido o que consequentemente permite uma redu o da intensidade do sentimento doloroso vivenciado O facto seleccionado j n o pertence categoria dos elementos B mas pertence a categoria dos elementos a O elemento a ent o uma penumbra de associa es que se organiza volta de um nome de uma imagem ou de um som e que estabelece uma hip tese definit ria na medida em que afirma que tais e tais factos se encontram unidos segundo determinadas regras e normas O elemento a ent o um elemento pl stico e male vel Porque pl stico e male vel contrariamente ao elemento que est tico e fixo o elemento a presta se a ser manusead
21. alguma forma um aparelho dissolvente Saturar implica impregnar ao mais alto grau Quando uma pr concep o ficou totalmente impregnada pelo objecto tornou se saturada Enquanto elemento ps quico saturado a concep o o resultado da justaposi o da pr concep o com a realiza o ou o conceito encontram se num limite extremo sendo lhes imposs vel continuarem a serem impregnados por aquela realiza o especifica Podemos levantar a hip tese de que uma pr concep o poder ser saturada por uma determinada realiza o mas encontrar se ainda dispon vel para absorver outras realiza es diferentes Por exemplo uma determinada quantidade de gua poder estar saturada de um determinado elemento sal por exemplo mas apesar disso estar dispon vel para absorver um outro elemento como por exemplo a car Para simplificar vamos considerar que uma pr concep o se satura no contacto justaposi o com uma nica realiza o e tentar ver como que se poder processar a dissolu o isto ver como que actua o aparelho pr conceptual por forma a recriar uma rea insaturada num elemento previamente saturado H pelo menos duas formas poss veis de o aparelho pr conceptual funcionar Uma delas prende se com o facto de no dia a dia na aus ncia de psicopatologia a realiza o nunca saturar por completo a pr concep o que a recebe A outra prende se com a necessidade de juntar mais solvente o que
22. ataque de nervos o modo de falar sente que n o estava a ser compreensiva forma dura r pida dura e eu n o gosto Algumas pessoas chamam me pote de mel Ofendo me muito sou muito suscept vel fico doente fico zangada injusti ada Desde de pequena que sou assim Eu levo tudo a s rio Zanguei me com duas fortes amigas Tive um ataque de nervos no carro s recebo coices Canalizei as minhas energias Fiquei sem ressentimento Tenho a mania de ser calma mas depois desligo Apetecia me t la mandado quela parte Fui uma vez a um congresso a Dr estava a receber um desconto A Dr disse que eu n o tinha direito a desconto Fiquei furiosa e n o fui capaz de lhe dizer Estou com vontade de ter um filho de engravidar mas quando veio o atraso disse horrores Sonho com engravidar S tenho amantes Vontade de ter um filho Tenho uma grande ternura pelos sobrinhos eles adoram me coisas que me passam pela cabe a Sempre tive uma educa o masculina Nunca misturei o sexo com o amor Mas agora gosto de dois homens um casado o outro com namorada Juro que n o medo de compromissos Juro que n o projectar Eu gostava que eles gostassem de mim Como me falta o sexo n o corro com nenhum Esta semana vou p r um ponto na situa o Cria me ambival ncia D me sexo que me faz falta e n o me d aquilo que quero N o sei o que hei de fazer Palavra de ordem paci ncia embora eu queira
23. bizarro Queremos com isto salientar que a nossa posi o prudente mas cheia de expectativas positivas Encontramo nos naquilo que pensamos ser um equivalente da pr concep o isto queremos deliberadamente deixar uma grande rea insaturada nas nossas mentes dispon vel para sondar de novo a obra de Bion Independentemente do lugar que cada um de n s pretender oferecer a Bion e s suas teorias a verdade que ele tem vindo a conquistar muitos adeptos referido em muitos dicion rios e enciclop dias e cada vez mais frequentemente se realizam encontros de psicanalistas de todo o mundo para discutir as suas ideias e as contribui es da sua obra para a comunidade cientifica O percurso de W R Bion Os seus analistas Se ainda dif cil determinar para onde vai a obra de Bion bastante mais f cil determinar de onde ela veio Apesar de revolucion ria em muitos pontos a obra de Bion inscreve se em linhas de desenvolvimento estritamente relacionadas com o seu desenvolvimento pessoal e a sua experi ncia de vida Uma das experi ncias de vida claramente determinantes pelo seu peso e influ ncia foi o facto de ter sido psicanalisado por John Rickman e depois por Melanie Klein No seu livro Aprendiendo de la experiencia diz 13 Cuento sin embargo con la vantaja de haber estado en an lisis primeiro con John Rickman y luego con Melanie Klein Melanie Klein tem de facto uma import ncia v
24. desempenham um papel secund rio na medida em que s o mais reveladores de uma din mica do que organizadores dessa din mica Amaral Dias um dos autores que mais tem trabalhado sobre esta mudan a radical p S yee lt 69 y que o corte com a vis o gen tico evolutiva No seu a livro A Re pensar diz nos Amaral Dias Carlos A Re pensar Colect nea Psicanal tica P g 65 73 Ver refer ncia bibliogr fica 5 74 1 A cont nua especificag o das tarefas desenvolvimentais pr prias de cada per odo do desenvolvimento trouxe como consequ ncia um inevit vel espartilhamento gen tico da fantasia no quadro et rio e provavelmente mentiroso da sua emerg ncia Haveria assim uma idade oral anal f lica edipiana que a sua categoriza o naturalista apagaria do homem a sua dimens o po tica Sem se dar conta a psican lise tamb m ela promoveu desta forma a fantasia classe do comportamento e A psican lise saber aberto caminhou paulatinamente desta forma pela m o da feiticeira metapsicol gica da feticheira em direc o a um esperanto do comportamento l ngua universal mas moralizadora do destino do homem Amaral Dias mostra neste pequeno excerto que a vis o gen tico evolutiva criou uma s rie de dificuldades psican lise principalmente porque a levou a caminhar no sentido do reducionismo e da standartizac o S o estas e outras lim
25. deve de ser capaz de registar os processos que bloqueiam o desenvolvimento ou que favorecem o aumento da for a das ilus es Os motivos que tendem a for ar um desenvolvimento no sentido negativo ou positivo aumentar a capacidade de perceber a realidade ou diminuir a capacidade de perceber a realidade s o extremamente complexos e ultrapassam o objectivo deste cap tulo no entanto encontram se seguramente relacionados com os v nculos L He K e com as problem ticas relacionadas com os sistemas de vincula o nomeadamente com o sofrimento ps quico 126 7 Propostas para a modificac o da Tabela de Bion A tabela criada por Bion e amplamente analizada no capitulo anterior tem vindo a ser alvo de algumas modifica es V rios autores propuseram diferentes altera es Discutir em pormenor todas as propostas ultrapassa os nossos objectivos mas gostar amos de fazer refer ncia s propostas desenvolvidas por Dario Sor e Maria Rosa Gazzano porque se destacam pelo seu rigor e pertin ncia e porque s o bastante diferentes das propostas de Amaral Dias Pretendemos demonstrar que as propostas de Amaral Dias s o a longo prazo mais teis As modifica es introduzidas por Dario Sor e Maria Rosa Gazzano Dario Sor e Maria Rosa Gazzano fazem dois tipos de modifica es fundamentais Em 1 lugar prop em que a tabela seja lida sobre um eixo cartesiano Il I Eixo X HI IV Eixo Y O cruzamento do eixo X com o eixo Y
26. durante um per odo de tempo muito longo leva com facilidade instaura o de um estado de esp rito em que o analista tem a sensa o de j saber exactamente o que que se vai passar na sess o seguinte da mesma forma que tem a tend ncia a perpetuar os mesmos erros de interpreta o e de convic o A proposta de Bion no sentido de o analista desenvolver um estado de esp rito composto por aus ncia de mem ria desejo compreens o mas com f isto um forte auxiliar no sentido de evitar a satura o da pr concep o mas nada nos diz sobre a qualidade das interven es feitas pelo analista tamb m nesta medida como instrumento de avalia o da qualidade da interven o interpreta o que a tabela presta um precioso servi o ao analista Permitindo se ent o especular sobre a verdade do paciente o analista estimula se a pensar no seu paciente como uma personalidade din mica e dirige o seu interesse para aquilo que n o sabe sobre o paciente em vez de perpetuar a contempla o daquilo que j sabe Para al m desta vantagem classificar os enunciados do paciente permite reflectir sobre a gravidade da perturba o que ele apresenta e conjecturar hip teses de evolu o O analista pode ainda observar os movimentos realizados pela mente do paciente ao longo da sess o assim como pode observar as alturas em que a parte psic tica da personalidade est em funcionamento e as alturas em que a parte n o p
27. es que podem ser agrupadas tornando se cada vez mais generaliz veis at atingirem o estatuto de mitos com significado nacional ou universal Emotional experience dream work a o elements rationalization and narrativization gt dream Sensation of waking event in which personality is participating as in an unfolding narrative dream work o gt o elements dream thoughts Linha D Pr Concep o A pr concep o n o um pensamento propriamente dito na medida em que ainda n o possui um grau de abstrac o suficiente para ser qualificado como tal bastante dif cil relacionar esta categoria com as precedentes j que Bion n o estabeleceu de forma explicita esta articula o Pensamos que a pr concep o um desenvolvimento natural a partir dos pensamentos on ricos na medida em que um pensamento on rico organiza uma penumbra de associa es na determina o de uma conjun o constante A conjun o constante identificada atrav s do facto seleccionado por defini o organiza uma quantidade de elementos alguns com caracter sticas invari veis e outros com caracter sticas vari veis Uma conjun o constante pode n o se alterar mesmo quando algumas das suas caracter sticas se alteram Temos ent o que uma pr concep o um objecto ps quico composto de v rios elementos Q organizados segundo uma ou v rias regras precisas e que serve para sondar a realidade O
28. fica incapaz de desenvolver conceitos e ou concep es com graus de abstrac o superiores porque n o suporta a dor ps quica associada ao desmembramento do pensamento j conquistado Os conceitos e as concep es tendem a ficar est ticas e o di metro da rea insaturada tende a diminuir cada vez mais Uma outra coisa que pode 119 A pr concep o pode ser fruto de uma evolu o da categoria C ou ser inata 124 acontecer o desmembramento dar se com uma viol ncia tal que os fragmentos os elementos ficam tao dispersos que uma nova reuniao ou reorganizag o se torna extremamente dif cil e a elei o de um facto seleccionado quase imposs vel Nestas circunst ncias o individuo fica merc dos acontecimentos e dos fen menos externos para poder exprimir a sua viv ncia ps quica complexa Pensar em termos de desmembramento do conceito ou da concep o implica a exist ncia de um espa o mental onde os elementos dispersos possam existir Nesta medida a possibilidade de desmembrar e desagregar um conceito implica a exist ncia pr via de um continente onde essa opera o se possa dar A constru o de um espa o mental continente adequado posi o esquizo paran ide da responsabilidade da correcta utiliza o dos mecanismos de identifica o projectiva e da reverie materna em ltima inst ncia da responsabilidade da exist ncia de uma fun o a eficaz quer ela se situe interior ou exteriormente
29. mesmo que provis ria do problema enunciado O conceito e a concep o podem servir como ferramentas de ausculta o do real interno e externo desde que tenham sido transformadas pelo aparelho pr conceptual Linha G Sistema Dedutivo Cientifico No livro Elements of Psycho Analysis podemos ler o seguinte sobre a linha G The scientific dedutive system In this context the term scientific dedutive system means a combination of concepts in hypotheses and system of hypotheses so that they are logically related to each other The logical relation of one concept with another and of one hypothesis with another enhances the meaning of each concept and hypotheses and links do not individualy possess In this respect the meaning of the whole may be said to be greater than the meaning of the sum of its parts O sistema dedutivo cientifico uma composi o que articula v rios conceitos segundo regras precisas as regras do sistema cientifico Os elementos conceitos assim articulados ganham uma significa o mais profunda e mais abrangente Um sistema dedutivo cientifico mais evolu do do que um conjunto de conceitos n o articulados 112 In Elements of Psycho Analysis P g 24 Ver refer ncia bibliogr fica 7 110 entre si ou articulados segundo regras n o cientificas O corpo te rico de uma ci ncia poderia ser considerado um elemento desta linha G Para Bion n o existe na Psican lise uma a
30. n entre los elementos conscientes e inconscientes y origina la distinci n entre ellos La naturaleza de la barrera de contacto depender de la naturaleza de la provisi n de elementos alfa y de c mo stos se relacionan entre s Pueden adherirse Pueden estar aglomerados Pueden estar ordenados en secuencia para dar la apariencia de una narraci n Pueden estar ordenados logicamente Pueden estar ordenados geom tricamente In Aprendiendo de la experiencia P g 37 Ver refer ncia bibliogr fica 13 60 quando existem elementos amp dispon veis e uma capacidade de toler ncia dor mental suficiente poss vel aprender com e pela experi ncia Quando existem elementos o dispon veis mas n o existe uma toler ncia suficiente dor mental inicia se uma revers o da fun o a que provoca como que uma explos o do elemento a A explos o estilha a e fragmenta o elemento a Os estilhacos e fragmentos resultantes deste processo s o designados por Bion como objectos bizarros e descritos como sendo elementos B com peda os de personalidade agarrados Estes objectos bizarros possuem as caracter sticas dos elementos B e podem como eles ser expulsos da personalidade atrav s da utiliza o da identifica o projectiva Se existir um predom nio do principio da realidade ou seja se existir um grau de toler ncia frustra o suficientemente grande ent o pode desenvolver se um aparelho para pensar pensa
31. nio do principio da realidade A preocupa o com a verdade e a vida Este postulado ou premissa de extrema import ncia nos desenvolvimentos te ricos de Bion Segundo ele a preocupa o com a verdade e a vida inata Por preocupa o pretende salientar a considera o simpatia e ou valor que o indiv duo tem pelo objecto Segundo ele a pessoa que se preocupa com a verdade ou com a vida impelida a ter uma atitude positiva e activa perante elas A preocupa o com a verdade distinta da capacidade para estabelecer contacto com a realidade A preocupa o com a vida n o significa apenas que a pessoa deseja n o matar Significa que a pessoa se preocupa com um determinado objecto precisamente porque ele tem a caracter stica de estar vivo Significa que a pessoa capaz de distinguir entre dois objectos porque um est vivo e o outro n o Significa que essa diferen a de extrema import ncia Significa ser curioso sobre as qualidades que permitem que surja aquilo que conhecemos como vida e ter um desejo de as compreender Por outro lado uma reduzida preocupa o com a vida significa que um objecto vivo indistinto de uma m quina uma coisa ou um lugar Por ltimo preocupa o com a vida significa que a pessoa tem respeito por si pr prio enquanto portador das caracter sticas de um objecto vivo Falta de preocupa o com a vida significa falta de respeito por si pr prio e posteriormente pelos outros significa
32. nio que a menudo consideramos en cierto irracional es en realidad racional si lo contemplamos desde otro v rtice Si tenemos una experiencia sobre la que nada podemos hacer la olvidamos es una evidente cuesti n de sentido com n Si tenemos un dolor de muelas y no hay nadie para tratarlo olvid moslo Si tenemos un dolor mental olvid moslo Sin embargo el psicoan lisis parece indicar que esto no basta porque cuando esta cosa ha sido olvidada a mi juicio acertadamete contin a llevando una existencia independiente y da lugar a s ntomas y signos de su actividad aunque no seamos conscientes de ella aunque la hayamos olvidado Se puede decir lo mismo de algo que nunca fue consciente A Tabela descreve o que acontece a estes pensamentos que n o s o pensados e s o aparentemente esquecidos assim como descreve o que acontece aos pensamentos que s o pensados e dessa forma ficam n o esquecidos como elementos da mem ria e do desejo Um pouco mais atr s no mesmo texto podemos ler Freud dio significado a palabras como consciente e inconsciente subrayando el hecho de 2 n gt Ww que existe un estado mental diferente de lo que com nmente llamanos consciente No estoy seguro de que haya hecho una neta distinci n entre el uso adjetival del t rmio modalidades de pensamiento inconscientes modos de proceder inconscientes y el inconsciente si es que tal cosa existe Estos conceptos estas teorias concuerdan con lo q
33. o o psic tico ou a parte psic tica da personalidade empregar a identifica o projectiva Nestas situa es n o h portanto repress o e aquilo que deveria ser inconsciente substitu do por um mundo de conte dos oniricos 80 A utiliza o excessiva e inadequada da identifica o projectiva leva a um progressivo empobrecimento da personalidade na medida em que os conte dos mentais s o expulsos do psiquismo ap s minuciosa destrui o Os objectos bizarros entidade ps quica resultante do procedimento anteriormente descrito s o vividos como coisas em si externas personalidade sendo portanto considerados como potencialmente amea adores A par desta situa o observa se no paciente psic tico uma incapacidade para introjectar Esta dificuldade faz com que a recupera o dos objectos expelidos objectos bizarros seja profundamente complicada apesar de fundamental para o prosseguimento do desenvolvimento da capacidade para pensar A recupera o dos objectos bizarros tem de ser processada atrav s da utiliza o dos mecanismos dispon veis e como j vimos anteriormente o nico mecanismo dispon vel a identifica o projectiva consequentemente n o de espantar que este mesmo mecanismo seja utilizado para trazer de volta mente os objectos dela expelidos A mente ou a personalidade fazendo uso da identifica o projectiva invertida o paciente sente que o objecto foi colocado dentro de si d
34. o de um sistema inform tico para o psicanalista o de conseguir analisar a informa o introduzida de uma forma mais sint tica e segundo uma perspectiva diferente A nossa ideia consiste em permitir apresentar dois tipos de an lise relativa aos dados de uma ou mais sess es A an lise quantitativa da qual se tem um exemplo na figura 1 n o nos colocou problemas de maior O modelo limita se a aplicar algumas estat sticas descritivas aos dados a analisar e a classificar os dados em termos de K e K A an lise evolutiva da qual se tem um exemplo nas figuras 2 A an lise qualitativa poss vel de ser elaborada a partir da leitura dos gr ficos de barras A apresenta o de valores estat sticos pode parecer primeira vista como um excessivo reducionismo ou como o fornecimento de informa o pouco ou nada til Pensamos que de facto n o assim e que este tipo de informa o pode fornecer indicadores imediatos e francamente interessantes O programa disponibiliza dois tipos de estat sticas permite que o utilizador observe a frequ ncia e o valor bruto obtido em cada uma das combina es poss veis isto a frequ ncia com que cada c lula da Tabela foi pressionada e o somat rio da quantidade de vezes em que foram observados movimentos K e K com a respectiva percentagem A frequ ncia percentagem e valores brutos de cada uma das c lulas s o baseados numa contagem simples do aparecimento daquele
35. o reunidos em redor de um facto escolhido que lhe confere uma coer ncia at a desconhecida D Esses elementos dispersos desintegrados compostos de coisas em si de sentimentos de depress o persegui o e de culpabilidade portanto de aspectos da personalidade ligados por um sentido de cat strofe elementos beta Ps ao encontrar um facto escolhido o seio com o seu papel de natureza catalisadora e transformadora passam a estar integrados ordenados de forma coerente Esta descoberta de coer ncia ou conjunga o constante dos fen menos em seguida fixada atrav s de uma denomina o Desta forma os autores prop em uma leitura do facto seleccionado que desemboca no facto escolhido e se inicia com a pr concep o pr concep orealiza o significagio gt discriminagio gt facto escolhido 12 Dias C A Fran a R Coelho E P Matos A P Da capacidade de decis o P g 11 32 Ver refer ncia bibliogr fica 4 142 Ainda de acordo com o texto anteriormente citado percebemos que a faculdade que liga a sensibilidade ao entendimento a imagina o A imagina o por sua vez definida de acordo com Kant como a faculdade de representar na intui o um objecto mesmo na sua aus ncia Desta maneira a imagina o aparece como uma capacidade interm dia que inclui a capacidade de s ntese e que organiza a produ o de esquemas ou s nteses figuradas que precedem as s nteses in
36. porque como foi demonstrado anteriormente a capacidade de percep o da realidade necessariamente limitada e seleccionar um facto implica tamb m necessariamente desprezar uma quantidade inumer vel de outros Nesta medida e de acordo com o exemplo anterior temos O a situa o incognosc vel associada queimadura TB o resultado da transforma o das impress es dos sentidos obtidos na e pela experi ncia gt To a transforma o induzida pela fun o or s impress es dos sentidos Se a frase surgir consci ncia ou mais correctamente se se tornar consciente poder ser verbalizado e quando isso acontece inicia se um outro ciclo Temos ent o O O enunciado verbal Ai queimei me gt TB o resultado no receptor do enunciado da transforma o das impress es dos sentidos obtidas na e pela experi ncia de ouvir o enunciado verbal Ai Queimei me Tor a transforma o induzida pela func o a ao TBr O n mero de ciclos infinito quer no interior de um mesmo indiv duo quer num conjunto cada vez maior de indiv duos H medida que se v o introduzindo novos ciclos a experi ncia original fica cada vez mais distante Bion para al m de ter detectado estes ciclos de transforma es que um qualquer O pode sofrer tamb m se apercebeu que nem todas as transforma es pareciam ser operadas da mesma forma Atrav s da sua experi ncia cl nica identificou e caracterizou 3 tipos diferentes de t
37. psicoterapeuta A7 gt F3 Ambas as mentes se mant m por um instante em F3 O psicoterapeuta volta a cair de forma muito abrupta e o paciente acompanha a queda Ambas as mentes se mant m por um instante em B O paciente esbo a uma recupera o B3 gt C2 e o psicoterapeuta acompanha o B2 gt 5C2 O paciente volta a cair para o n vel proto mental C2 gt A7 Talvez lhe tenha sido demasiado penoso arrastar a mente do psicoterapeuta para n veis mais maturativos Os psicoterapeuta mant m a sua recupera o est vel e vai elevando progressivamente a qualidade do seu pensamento B2 gt C2 gt F2 gt C3 F4 O paciente persiste num pensamento muito primitivo mas acaba por esbo ar uma ligeira tend ncia a elevar a qualidade da sua actividade mental A7 gt A7 gt C2 Em resposta ao F4 do psicoterapeuta o paciente cai para B2 e arrasta consigo o psicoterapeuta que cai para C2 Talvez se esteja a repetir o fen meno de tanto maior a queda quanto a altura a que se chegou ao mesmo tempo que ambas as mentes lutam para atingir um ponto de homeostase 200 39 O psicoterapeuta insiste num n vel muito elevado F4 e o paciente persiste a um n vel muito primitivo mas esboga uma tend ncia para elevar a qualidade do seu pensamento Conclus o Ap s a an lise exaustiva dos diversos indicadores disponibilizados pela aplicac o BION podemos concluir que o paciente em causa muito provavelmente psic tico j que se observa
38. quer ao n vel da percep o das qualidades f sicas elaboradas pelos rg os dos sentidos O elementos B prestam se a ser expulsos da mente atrav s da identifica o projectiva ou a serem transformados em elementos a atrav s da fun o oL A exist ncia de elementos o fundamental para p r em marcha os procedimentos que d o origem forma o e constitui o de um aparelho para pensar pensamentos fundamental a exist ncia de um outro real que possa funcionar como fun o a para que a crian a possa ficar na posse de elementos ot fundamental que exista identifica o projectiva porque atrav s desta modalidade que a personalidade pode oferecer os seus elementos B a um outro que funciona como fun o o reverie para serem convertidos em elementos ot fundamental que a fun o o seja interiorizada assimilada e dessa forma passe a fazer parte do aparelho mental da personalidade 2 O modo de funcionamento da fungao a mais desconhecido do que conhecido A fungao a funciona de tal forma que a mente passa da posi o esquizo paran ide para a posi o depressiva Isto a fun o o permite a emerg ncia do facto seleccionado que organiza uma penumbra de associa es que por sua vez se organiza volta de um nome ou de uma emo o e que estabelece uma hip tese definit ria na medida em que 59 afirma que tais e tais factos se encontram conjuntamente unidos segundo determinadas regras e
39. 18 de Julho de 1959 Ibidem p gina 255 excerto n o datado inserido num texto intitulado de Metatheory 17 reflex o Essa reflex o ocupa muitos estudiosos do pensamento de Bion mas at agora n o foi poss vel encontrar um consenso Na nossa opini o Bion criou de facto uma ruptura com M Klein e desenvolveu uma nova forma de pensar a psican lise e a mente humana que se imp e por si s Para n s a corrente Bioniana uma realidade Os pensadores que mais o influenciaram Bion era um homem muito culto e os seus interesses tocavam muitas reas A abordagem que fez da psican lise levou o ao desenvolvimento de v rios modelos Ant nio Rezende refere o desenvolvimento de 3 modelos o cientifico filos fico o 24 24 Page whee 14 est tico art stico e o m stico religioso Bion utilizou como mat ria prima para os seus desenvolvimentos te ricos os desenvolvimentos de Freud e M Klein Estes dois psicanalistas o fundador da psican lise e a sua analista s o referidos in meras vezes ao longo de toda a sua obra not rio que as ideias desenvolvidas por Freud e Klein s o o pano de fundo o terreno f rtil de onde surgem as suas pr prias ideias Curiosamente Bion nao leva em considera o os desenvolvimentos te ricos de nenhum outro psicanalista Por exemplo Winnicott referido no excerto anteriormente apresentado mas como se pode constatar as suas ideias n o s o tidas em considera o referido
40. Exemplo 3 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 EE Terapeuta Pag 1 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Usos Titulo Exemplo 3 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 0 0 0 0 a 15 4 12 5 12 5 38 5 15 4 30 8 75 0 EE Hip tese definit ria EB Nota o Indaga o Ac o EB Psi enunciado falso Mi Aten o EE Decis o Pag 1
41. Portuguesa podemos ler Conceito s m tudo o que se concebe ju zo que se faz de algu m dito sentencioso entendimento parte final e elucidativa de uma charada moralidade filos no o representa o abstracta e geral com fic o impessoal objectiva o conceito de justi a a minha ideia de justi a Lat conceptu No livro Elements of Psycho Analysis p gina 24 The concept is derived from the conception by a process designed to render it free of those elements that would unfit it to be a tool in the elucidation or expression of truth e no texto The Grid p gina 10 109 Row F is intended to represent a category of statements formulations which already exist In 1t can be placed psycho analytical theories scientific by non analytical theories so called laws of nature and other constructs already accepted by various disciplines as being at least temporarily acceptable as genuine attempts to formulate scientific observations Como se pode ver pelo confronto entre estas duas defini es a do dicion rio e a de Bion n o existem diferen as significativas isto para Bion o conceito uma representa o abstracta geral e objectiva que funciona como um dito sentencioso sem parte insaturada que aumenta o entendimento porque a solu o de uma charada A charada pode ser um problema a ser investigado cientificamente e o conceito pode ser uma teoria cientifica que se apresenta como solu o
42. The fundamental Role of the Grid in Bion s work P g 2 vers o em HTML Ver refer ncia bibliogr fica 22 118 A tabela apesar de ser em si pr pria uma ferramenta est tica pretende descrever ou possibilitar a descri o da mente humana que um fen meno profundamente din mico Parthenope Talamo filha de Bion e psicanalista internacionalmente reconhecida descreveu em Marco de 97 a ideia base da tabela da seguinte forma In the first chapter of experiences in groups he describes an exercise in visualization which I always think of as being the basis of the Grid he talks about imagining the training block of the hospital as having a glass wall and being able to see the progress of each soldier as he moves from one room to another in the building This is basically the idea of the grid a sort of mapping out the path of say a phrase said by a patient from its inception as a verbalisable mental image an alpha element see Cogitations for greater and almost clarifying details on these strange beasts through the various stages of a ever greater sophistication that is moving downwards and b different sorts of use moving across Escrito por Parthenope Talamo no Discussion Group Bion97 em 27 de Marco de 1997 Utilizando uma imagem do seu proprio pai Parthenope descreve brilhantemente a ess ncia da utilidade da tabela A tabela um instrumento que permite desenhar uma esp cie de mapa onde s o marcadas as diver
43. a Tabela revista e modificada por Amaral Dias A vers o informatizada da tabela de Bion revista e modificada por Amaral Dias permite que qualquer investigador ou cl nico possa facilmente registar o seu trabalho pessoal ou alvo de estudo e manipular esse registo numa investiga o mais viva e frut fera ainda de referir a utiliza o de uma metodologia estat stica Unidimensional Scaling que organiza o que viemos a chamar de modelo e que permite organizar a informa o obtida na classifica o dos enunciados na Tabela e convert la de tal forma que se pode elaborar um gr fico que reflecte a evolu o regress o do pensamento e os movimentos operados entre os diversos usos Apresentamos 3 exemplos que visam ilustrar o modo de funcionamento da aplica o BION o programa por n s desenvolvido e mostrar como uma nova apresenta o dos dados se pode constituir como uma nova leitura e dessa forma abrir novos mundos 10 conceptuais e colocar hip teses que at a se mantinham obscurecidas ou n o pensadas N o temos d vidas sobre o facto de estarmos ainda muito longe de atingir a compreens o total dos fen menos que surgem quando duas pessoas se juntam para fazer psican lise mas sentimo nos satisfeitos por sabermos que est o a ser empreendidos esfor os nesse sentido Esperamos que esta disserta o possa ser enquadrada como mais uma tentativa de aumentar a compreens o do modo de funcionamento da m
44. a tese de que a hip tese cientifica uma generaliza o abstra da da constata o de que determinados factos foram encontrados constantemente conjuntos Por isto considera que as hip teses cientificas t m as seguintes caracter sticas e Primeiro uma experi ncia privada transmutada transformada numa comunica o p blica quer o facto se tenha tornado p blico ou n o e Segundo certos tipos de experi ncias factos ou acontecimentos s o vistos como estando aglomerados se estiverem articulados no tempo passado presente ou futuro consequentemente a hip tese passa a estar associada com a mem ria e a predi o Este facto est intrinsecamente relacionado com a realidade e n o pode ser a menos que deliberadamente divorciada do teste da realidade isto da experimenta o e da aplica o pr tica e Terceiro a cria o mental de uma organiza o dos elementos de tal forma que no momento de uni o se inicie um processo em que os elementos em mudan a produzir o aquilo a que chamamos efeito e a selec o de certos elementos mentais an logos aos factos matem ticos que segundo Poincar citado por Bion unite elements long since known but till then scattered and seemingly foreign to each other para que desta maneira se possa ver o espa o que cada elemento ocupa no todo 26 Bion defende que o m todo cientifico entra em linha de conta com factores objectivos e subjectivos na medida
45. alvo de cota o na coluna 4 Esta coluna serve para classificar a aten o dirigida ou focalizada e a aten o flutuante ou dispersa A fun o da aten o a de exploradora do meio ambiente ou das impress es do pr prio individuo Enquanto fun o que permite explorar o real a aten o assemelha se linha D Pr concep o No texto sobre a tabela podemos ler Column 4 represents the use described by Freud in Two Principles of Mental Functioning as the function of attention Statements properly regarded as appropriate to Column 4 relate to constant conjunctions that have been previously experienced and the use represented by Column 4 categories differs in the respect from the use represented by Column 1 In The Grid P g 4 Ver refer ncia bibliogr fica 12 E no livro Elements of Psycho Analysis lemos Statements representing a scientific deductive system in so far as such a system can be expressed in ordinary conversational English Such a statement has affinities with 3 above in that it may be regarded as representing a realization from which it has been derived But essentially its function is similar to that of attention as described by Freud It is the statement one expects to follow an analyst s clich I would like to draw your attention to It is similar to 5 below but more passive and receptive corresponding to reverie It is a theoretical formulation expressed with as much scientif
46. aquilo que est dentro das suas capacidades o mesmo se passando em rela o ci ncia Bion expl cita isto da seguinte forma g3 1t is simply a peculiarity of the human mind which tends to illuminate just those phenomena that lie within its powers of illumination 2 A generaliza o e a precis o dos conceitos fazem tamb m parte das preocupa es b sicas de Bion Ele preocupa se em saber at que ponto que um determinado conceito n o perde a sua precis o por ter sido generalizado e de que forma que um determinado conceito pode manter o seu n vel de precis o apesar de ter sido generalizado Para investigar esta quest o Bion foi observar o que acontece com os Ibidem P g 21 Bion W R Cogitations Common sense P g 27 Excerto datado de 16 de Maio de 1959 Ver refer ncia bibliogr fica 11 27 conceitos no que respeita precis o e generaliza o numa s rie de ci ncias e verificou que a precis o de um conceito dada pela delimita o precisa do seu campo de ac o e que a generaliza o conseguida atrav s da abstrac o Quanto mais abstracto um conceito mais abrangente se torna Um determinado conjunto de conceitos tem limita es que n o s o bvias a partir do conjunto em si Da mesma forma um sistema dedutivo cientifico s v lido num e para um sistema limitado mas n o dedut vel a partir desse mesmo sistema dedutivo cientifico Isto um concei
47. at lhe d o apoio Diz mesmo que ela muito importante para ele mesmo uma loucura eu nunca pensei v lo assim Terapeuta OR parece que tem medo de n o se apaixonar de n o saber ficar uma C5 especie de louco de que algu m ou algo se lhe torne importante e depois ser dificil partir fazer f rias talvez tamb m tenha receio da sua entrega da sua entrega an lise Por agora tem conseguido falar disso aqui mas como ser se n o conseguir Pag 1 Resumo de Sess o Titulo Exemplo 3 Sujeito Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Enunciado Cotac o Paciente Terapeuta Sabe nestes ltimos meses tenho vivido momentos muito dificeis tenho F5 C5 D2 tido muitas indecis es que ali s continuam a escolha dos cursos o n o saber se sou capaz de escolher o curso ou n o de o tirar fazer as cadeiras N o sei se sou capaz de me entender amorosamente com a minha namorada de lhe dar prazer de me sentir potente Eu sei que continua a pensar que o meu maior problema com as mulheres j sei que n o acredita muito que estes sintomas de que eu estava aqui a falar sejam verdadeiros e pensa que est o relacionados com estas minhas dificuldades O melhor que eu tenho a fazer ir para o Tibete Pelo menos exclu metade do mundo as mulheres D4 Pag 2 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsemail telepac pt
48. coer ncia e evidenciando rela es at a insuspeitas Segundo este ponto de vista uma das fases fundamentais do m todo cientifico o levantamento de hip teses depende mais de uma capacidade individual do que da recolha de informag o e posterior infer ncia de hip teses O levantamento de hip teses um acto criativo profundamente dependente da subjectividade do seu criador Contudo esta subjectividade n o invalida a cientificidade do m todo cientifico j que esta se prende com o rigor da aplicag o do m todo e n o com a criatividade da hip tese apesar de depender desta ltima para se desenvolver No que respeita ao m todo cientifico enquanto elabora o de um sistema dedutivo cientifico podemos dizer que este independentemente da sua efic cia necessariamente limitado apesar de n o ser poss vel definir esses limites do interior that are selected for their apparent ability to bring these elements together as a whole Such facts do not necessarily possess intrinsic significance that depends on what fact the observer lacks and that clearly depends on the observer In Cogitations N o datado P g 193 31 E I believe that philosophers are correct in expressing the need for some theoretical concept such as induction to represent a verifiable fact that plays an essential role in the scientific method I also believe that the process of induction whatever that m
49. como ferramenta que todo o cl nico e investigador deve dominar As suas contribui es para o aperfei oamento da tabela s o inestim veis A Tabela proposta por Amaral Dias na nossa opini o melhor que a original de Bion porque a amplia e aprofunda sem desvirtuar as suas inten es Podemos ver o que o pr prio Amaral Dias escreveu sobre as modifica es que introduziu na Tabela original de Bion Penso que esta modifica o da Tabela de Bion tem uma vantagem primeiro separa duas coisas que s o important ssimas O sonho e os mitos Os elementos m tico on ricos misturados penso que n o nos permitem discriminar o que uma estrutura narrativa pessoal e a maneira como a pessoa se refere a ela pr pria daquilo que s o os elementos on ricos propriamente ditos 219 Ali s a experi ncia psicanal tica mostra que s o dois momentos diferentes o pensar o que se passa dentro de uma psican lise seja por parte do psicanalista seja por parte do analisando E penso que a introdu o da categoria 6 versus a categoria 7 me parece tamb m profundamente til Sermos capazes de perceber o que no meu ponto de vista faltava na Tabela de Bion que era esta coisa de saber o que acontece a pensamentos pensados Eles t m de dar lugar a algum acontecimento Sem decis es n o h acontecimentos Esta Tabela tanto pode ser aplicada pelo psicanalista como pelo analisando N o importa quem a est a utilizar A Tabela descreve est
50. da identifica o projectiva faz com que se dissipe a distin o entre o self e o objecto externo entre o consciente e o inconsciente Nestas condi es poss vel observar que a alucina o surge como a possibilidade de re introjec o do material projectado ou como a possibilidade de evas o da realidade frustrante A Compuls o express o de uma personalidade perturbada 2 Segundo Bion a compuls o um dos grandes indicadores da exist ncia de psicopatologia Por compuls o ele entende todo o comportamento consciente inconsciente que leve o paciente a proteger se da verdade quer ela se exprima atrav s da intui o do analista quer utilizando uma outra forma Conforme foi referido anteriormente a linguagem o meio atrav s do qual a pessoa tenta dar a conhecer a realidade O A realidade por vezes frustrante e nessa 84 Partirei do pressuposto de que existe um grau normal de identifica o projectiva sem definir os limites em que se situa a normalidade e de que associada identifica o introjectiva a primeira constitui a base em que repousa o desenvolvimento normal In Estudos Psicanaliticos Revisitados Ataques liga o P g 119 Ver refer ncia bibliogr fica 15 84 medida indutora de sofrimento A compuls o manifesta se na tend ncia em evitar o contacto com este sofrimento e consequentemente na tend ncia em evitar o contacto com O O paciente acossado pela compuls o deit
51. de abstrac o que o conceito possui Quanto maior o di metro da rea insaturada maior o leque de realiza es que o conceito pode abarcar A reestrutura o do tipo 2 d se no seio do conceito favorecendo o aumento da abstrac o Para que o conceito ganhe um novo e maior poder de abstrac o necess rio que seja desvinculado estilha ado despeda ado desagregado sobre os despojos e os estilha os que surge uma nova ordem O processo que desvincula despeda a desarticula e desfaz o conceito denominado de PS Esquizo paran ide enquanto que o processo que organiza junta e vincula denominado de D Depressivo O movimento alternante entre estas duas posi es ou processos PS D fornece as modifica es necess rias ao emergir de um novo conceito mais abstracto que o primeiro Vejamos ent o com algum pormenor a forma como se processa o aumento progressivo da capacidade de abstrac o 123 Quando o individuo produz uma concep o atrav s da justaposi o de uma pr concep o com uma realiza o obt m uma certa tranquilidade ps quica oferecida pelo facto de ter desenvolvido possuir um pensamento Quando confrontado com a necessidade de destruir este pensamento para poder aumentar o seu poder de abstrac o o individuo obrigado a confrontar se com sentimentos de medo inseguran a e incerteza Esta constela o de sentimentos denominada de Dor ps quica A toler ncia dor ps quica
52. determinado momento em K ou em K um dos conhecimentos mais valiosos que se pode obter atrav s da utilizag o da tabela Neste contexto de interesse fundamental desenvolver um pouco mais a no o de vinculo K Os v nculos do conhecimento K e K constituem uma das investiga es centrais na obra de Bion para ele a Psican lise visa esclarecer a relag o entre dois objectos analista e analisando que se encontram vinculados Vinculo ent o um estado emocional que relaciona duas ordens de grandeza o conte do 3 e o continente 2 Bion identificou 3 v nculos diferentes o vinculo K o vinculo L e o vinculo H O vinculo K preside organiza o de uma rela o ao conhecimento o vinculo L organiza uma rela o de amor e o vinculo H organiza uma rela o de dio Qualquer um destes v nculos pode ser visto como promovendo esse tipo de rela o promovendo uma rela o de conhecimento amor ou dio nessa altura diz se que o vinculo estabelecido positivo Pode tamb m ser visto como organizando uma resist ncia ao estabelecimento desse tipo de rela o nessa altura diz se que o vinculo estabelecido negativo O vinculo K ent o a nomenclatura utilizada para definir a rela o que se gera entre conte do 3 e continente 2 quando ambos est o envolvidos numa actividade que visa o conhecimento Uma vez que o resultado obtido atrav s desta rela o o conhecimento de beneficio mutuo para ambos os inte
53. deu um salto passando do pensamento on rico m tico para um outro registo mais elaborado como as concep es apesar de se ter mantido sempre num movimento que tinha como finalidade evitar o contacto com a verdade e ou realidade De facto faz nos pensar que n o tenha havido uma verdadeira evolu o mas apenas o eventual escamotear de uma quest o Apesar de ter havido um movimento aparentemente positivo evolu o da linha C para a linha E a mente nunca abandonou um modo de funcionamento K j que a utiliza o da coluna 2 sempre e necessariamente um movimento anti pensamento Temos ent o que a nota o proposta por Dario Sor e Maria Rosa Gazzano tem alguma utilidade porque permite olhar e ver num relance quais os diversos movimentos feitos pela mente em an lise mas contudo obriga a um profundo conhecimento da obra de 149 Bion e a an lise exaustiva de todo o material dispon vel Acresce ainda que devido a sua forma condensada e utiliza o de s mbolos que carregam um significado contextualizado de grande complexidade esta nota o n o evidencia os movimentos existentes ao longo de uma sess o Estes factos levaram nos a ousar ir um pouco mais al m pelo que tent mos desenvolver um m todo de representa o dos dados que nos permitisse fazer diversos tipos de an lise do material por forma a contemplar diversos n veis de profundidade de observa o Tent mos facilitar a tarefa do cl nico e dess
54. e nada mais Este facto n o significa que Bion fosse desconhecedor do trabalho desenvolvido pelos seus colegas seus contempor neos ou n o mas que deliberadamente delimitou a mat ria prima sobre a qual iria trabalhar Observa se uma exclus o clara e deliberada de todos os outros psicanalistas Tudo se passa entre Bion Klein e Freud como se Bion tivesse resolvido pensar e repensar Freud e Klein no seio da psican lise e a psican lise que acolheu Freud e Klein No que respeita ao contributo de pensadores de outras reas que n o a psican lise no desenvolvimento das suas ideias modelos e teorias pode se dizer que foram muitos e 14 Rezende A M Bion e o futuro da psican lise P g 28 Ver refer ncia bibliogr fica 27 18 diversos os pensadores que influenciaram Bion Bion foi beber inspirag o a muitos ramos da ci ncia Observam se influ ncias de matem ticos fil sofos e m sticos como se Bion tivesse utilizado uma s rie de pensadores e os seus pensamentos para auscultar pensar expandir desmistificar e repensar a realidade psicanal tica e as teorias e ou modelos de Freud e Klein De facto Rezende na obra supracitada apresenta uma rela o directa e quase estanque entre cada um dos modelos constru dos por Bion e uma s rie de pensadores que influenciaram o desenvolvimento desse mesmo modelo Se n o vejamos Para o modelo cientifico filos fico dois interlocutores preciosos s o Gotlob Fre
55. em acontecimentos No quadro seguinte retirado do livro Cogitations p gina 149 poss vel ver que o sonho organizado pela racionaliza o e pela constru o da narrativa enquanto que os pensamentos on ricos emergem directamente da manipula o dos elementos a Tamb m poss vel ver que os sonhos dependem da experi ncia emocional enquanto que os pensamentos on ricos dependem da participa o da personalidade em acontecimentos que se sucedem numa determinada sequ ncia temporal Os sonhos s o gra as ao trabalho da fun o alfa a vers o comunic vel e armazen vel da experi ncia emocional no entanto a experi ncia emocional em si pr pria cont m um valor social muito reduzido na medida em que uma vers o extremamente privada e individualizada Existem certas formaci n marca el punto de contacto y separaci n entre los elementos conscientes e inconscientes y origina la distinci n entre ellos La naturaleza de la barrera de contacto depender de la naturaleza de la provisi n de elementos alfa y de c mo stos se relacionan entre si Pueden adherirse Pueden estar aglomerados Pueden estar ordenados en secuencia para dar la apariencia de una narraci n al menos en la forma en que la barrera de contacto puede manifestarse en un suefio Pueden estar ordenados l gicamente Pueden estar ordenados geom tricamente In Aprendiendo de la experiencia P g 19 Ver refer ncia bibliogr fica 13 105 constru
56. em cada S rie permite uma representa o precisa e vers til da informa o recolhida Um grupo de barras de uma 169 mesma cor representa um enunciado e a varia o da cor das barras representa a mudanga do sujeito do enunciado 170 Evolu o do Pensamento C C4 C4 C4 C4 C4 CA IEA EA A i Lt DOGGY NE NERF EEE E2 E2 C2 A2 A2 A2 A2 AF A A A A AF AF ATAT AP ATAT A 2 E Paciente Terapeuta Sair 4 Pensamento Imprimir Figura 4 Exemplo de um Gr fico de S ries Temporais com M ltiplos Pontos em cada S rie Neste exemplo o paciente representado pelas barras de cor azul e o terapeuta representado pelas barras de cor verde Podemos ver que o 1 enunciado foi elaborado pelo terapeuta e foi alvo de uma nica classifica o o 2 enunciado a resposta do paciente interven o do terapeuta foi alvo de 6 classifica es Este grupo de seis classifica es representa um nico enunciado e n o v rios enunciados Desta forma foi nos poss vel encontrar uma representa o gr fica adequada ao tipo de informa o disponibilizada pelo sistema de convers o para valores ponderados modelo An lise dos usos No caso da an lise ao n vel dos usos opt mos por utilizar gr ficos pie um para o terapeuta e outro para o paciente Os gr ficos mostram separadamente o que se passou com os v rios intervenientes na sess o Neste gr fico cada cor representa um determinado uso e as pro
57. etapa o analista descobre um padr o que permanece inalterado em contextos aparentemente muito diversos A grande maioria das interpreta es que o analista fornece ao paciente formada por enunciados que reconhecem e comunicam estes invariantes do padr o Para que a an lise decorra sem dificuldades e se obtenha o sucesso necess rio que o analista coloque a sua aten o em O desconhecido e incognosc vel O xito da psican lise depende da capacidade do analista para manter o ponto de vista psicanal tico e o v rtice da psican lise O Com o v rtice em O o psicanalista tornado O O objecto conhecido ou cognosc vel pelo homem inclusive ele o envolver das iman ncias de O Quando O envolve o suficiente o analista pode chegar a estabelecer um vinculo K O analista nunca consegue alcan ar a realidade ltima da ansiedade do tempo ou do espa o enquanto estiver sobre o dom nio do vinculo K O psicanalista sabe coisas a respeito do que o paciente diz faz e est sendo mas n o tem acesso ao O de que o paciente o envolver O acesso ao O do paciente s poss vel no estar sendo tornado O As interpreta es surgem simultaneamente ao nO acto de f F decorre da rejei o deliberada de mem ria e desejo In Aten o e Interpreta o P g 51 Ver refer ncia bibliogr fica 6 92 processo de estar sendo tornado O A interpretac o um acontecimento real comum a analista e ana
58. indica oscilag o entre duas c lulas O conjunto de classificac es de uma sess o mantido entre chavetas Este sistema de organiza o da informa o tem de facto algumas vantagens mas tamb m padece de algumas insufici ncias A refer ncia directa c lula pela identifica o da linha e da coluna exige que o cl nico tenha um amplo e aprofundado conhecimento do significado inerente a cada sigla e da posi o relativa que ela ocupa na tabela Saber por exemplo que o 1 enunciado foi classificado como C2 e o segundo foi classificado como E2 s tem valor quando se sabe que C corresponde categoria dos pensamentos on ricos sonhos e mitos e que E corresponde categoria das concep es ainda necess rio saber que o n mero 2 associado a ambas as letras corresponde coluna n 2 denominada psi Y Para que seja poss vel interpretar correctamente o significado desta passagem de C2 para E2 ainda fundamental saber que a coluna 2 corresponde coluna dos enunciados falsos ou seja que a classifica o nesta coluna implica que o enunciado tenha surgido como uma forma ou um meio de evitar o contacto com a realidade ou a verdade e que a linha E implica a exist ncia de uma realiza o positiva e que um grau mais elaborado do pensamento que a linha C Por outro lado a linha C pressup em a exist ncia de elementos a previamente dispon veis A passagem da linha C para a linha E indica nos que a mente que se est a analisar
59. inspirou muito em M Klein e que transportou transformando alguns dos conceitos desenvolvidos por ela para as suas teoriza es Bion transforma quase tudo aquilo em que o seu pensamento toca A respeito da influ ncia de M Klein e do seu pensamento anal tico podemos observar o seguinte excerto 7 Ibidem p gina 166 sobre o titulo de Analytic technique datado de 1960 Ibidem p gina 377 excerto retirado da transcri o de uma casete datado em Abril de 1979 Ibidem p gina 166 sobre o titulo de Analytic technique datado de 1960 19 Ibidem p gina 170 sobre o titulo de The synthesizing function of mathematics datado de 1960 16 It is not possible to do this if you cannot tolerate depression because this ideational counterpart the same as the scientific deductive system is the process Melanie Klein calls the synthesis of the depressive position And this would mean that the breakdown in symbol formation is the inability to transform an actual union of actual elements into an abstraction i e a scientific deductive system or calculus Este excerto permite nos verificar a rela o entre as suas pr prias ideias e as de M Klein e a forma como ele parte das ideias de Klein e as desenvolve Numa outra situac o podemos observar como Bion pensa criticamente Freud e Klein No primeiro excerto Bion d raz o a Freud enquanto que no segundo excerto d raz o a Klein De facto Bio
60. mas n o t nhamos pretens es de o conseguir Pretendemos contudo elaborar uma s ntese que pudesse por em evid ncia algumas das rela es que s o poss veis de se encontrar entre os v rios modelos e teorias propostas por Bion Esta s ntese obrigou nos a seleccionar da obra de Bion alguns pontos e a oferecer lhes um destaque maior com o custo inevit vel de n o referir muitos outros ou coloc los numa posi o de menor destaque Este jogo valorativo deve se mais nossa leitura da obra de Bion do que tentativa de atribuir um relev ncia equivalente que ele pr prio atribuiria Neste jogo alguns conceitos ter o ficado a ganhar e outros a perder Bion organizou as suas investiga es sobre a ci ncia sobre a psican lise e sobre o funcionamento da mente humana com um profundo sentido cr tico e com uma excelente capacidade de apreens o de novos factos de novos dados da realidade Durante esta investiga o ele parecia estar convicto que de a ci ncia e o m todo cientifico era fruto da mente humana e que a mente humana a tinha criado imagem e semelhan a do seu pr prio funcionamento Com isto pretendemos dizer que Bion talvez tenha pensado que o m todo cientifico enquanto um m todo ou forma de abordar a realidade reflectia a forma e o modo como a mente abordava essa mesma realidade Desta forma Bion dedicava se ao estudo do m todo cientifico para compreender a mente e dedicava se ao estudo da mente para pe
61. na procura de uma psican lise que satisfizesse as exig ncias da investiga o cientifica rigorosa que Bion enunciou os elementos em psican lise Bion pretendia descobrir os invariantes em psican lise isto pretendia definir de forma exacta quais eram os factores que permitiam dizer que se estava a fazer psican lise e n o uma outra coisa qualquer Pretendia descobrir as caracter sticas fundamentais da psican lise para isso partiu do principio de que deveria haver qualquer coisa em psican lise que fosse o equivalente do tomo que funcionasse como um elemento base como uma letra do alfabeto e que permitisse a organiza o e reorganiza o desses elementos por forma a dar conta da realidade do aqui e agora da sess o anal tica Por outro lado o livro Transforma es d conta dos movimentos da din mica daquilo que acontece na sess o Fazendo uso dos elementos em psican lise Bion descreve as leis que permitem as liga es entre os v rios elementos Com uma nica teoria Bion descreve o objecto da psican lise a rela o que se estabelece entre analisando e analista quando ambas as mentes investigam os conte dos mentais de um deles o analisando e cria as condi es para o desenvolvimento de um sistema de nota o a tabela Ser apresentado um cap tulo sobre a tabela enquanto sistema de nota o e instrumento de investiga o pelo que aqui nos abstemos de desenvolver este assunto
62. ncia durante esta sess o uma razo vel capacidade de toler ncia dor mental dor depressiva porque raramente lhe acontece descer ao n vel dos proto pensamentos A linha vermelha indicador do 196 grau de matura o do pensamento mant m se no quadrante positivo durante quase toda a sess o e H medida que a sess o decorre observa se um aumento progressivo da emerg ncia da parte psic tica da personalidade An lise dos dados conjuntos psicoterapeuta paciente Na an lise dos dados conjuntos fundamental a an lise do gr fico de barras que exibe em simult neo e de acordo com a sequ ncia decorrida na sess o os movimentos elaborados para cada uma das mentes e decorrentes da interac o entre elas A an lise do gr fico de barras evolu o do pensamento com os valores ponderados para ambos os intervenientes na sess o permite nos dizer que 1 O psicoterapeuta iniciou a sess o colocando se ao nivel dos conceitos utilizando a sua formulag o com o intuito de dirigir a ateng o sua e do paciente para uma determinada experi ncia F4 Esta postura correcta e denuncia a inteng o do psicoterapeuta de prosseguir em direc o a K Ao apelo do psicoterapeuta o paciente responde ao n vel de proto pensamentos rejeitando de forma massiva a proposta contida no F4 do psicoterapeuta O psicoterapeuta insiste na sua proposta de investiga o e acaba por levar o paciente a um n vel de estrutura o do
63. ncia bibliogr fica 16 97 que o analista observe os padr es de funcionamento do paciente Na posse desta informa o o analista menos atento pode cair na tenta o de desenvolver teorias precisas sobre um determinado paciente e transpor essas teorias para a sess o colocando se numa posi o em que aguarda que o paciente forne a material adequado a interpreta o que preparou Quando o analista cai nesta tenta o n o est a investigar as perturba es do paciente n o est a fazer Psican lise Conforme Bion refere a finalidade da Tabela proporcionar a realiza o de gin stica mental A Tabela n o um substituto da observa o ou da psican lise mas um preludio delas As linhas e as colunas na tabela A Tabela concebida por Bion tem como objectivo ser um instrumento que permita classificar os enunciados verbais ou n o que ocorrem em consequ ncia de se estar a fazer psican lise A Tabela composta por 7 colunas e 8 linhas O cruzamento entre as colunas e as linhas cria 56 c lulas ou casas Das 56 c lulas apenas 34 t m utilidade cl nica De seguida iremos apresentar a Tabela propriamente dita e explicar de forma sucinta o que representa cada uma das 34 c lulas interiores e qual o significado e utilidade das linhas e das colunas 98 A Tabela de W R Bion ri W Nota o Aten o Indaga o Ac o 1 2 3 4 5 6 n A Al A2 A6 Elementos B B1 B2 B3
64. normas e O elemento o pl stico e male vel Pode ser descrito como um fen meno no sentido em que Kant define este termo e Os elementos a podem ser armazenados constituindo a mem ria Para al m disto temos que e A gera o din mica de elementos o organiza o consciente em consciente e o inconsciente em inconsciente e A gera o din mica de elementos o organiza uma estrutura permanente e transit ria permanente porque existe enquanto existirem elementos a e transit ria porque a todo o momento constitu da por elementos a sempre diferentes Esta estrutura permanente e transit ria tem o nome de barreira de contacto e A barreira de contacto estabelece a separa o entre consciente e inconsciente de forma din mica o que significa que o que consciente pode passar a ser inconsciente e vice versa e Se n o existir fun o o e seus derivados elementos o n o existir consciente e ou inconsciente Os elementos o organizam se e reorganizam se em movimentos de dispers o e fus o que originam uma capacidade crescente de abstrac o Dito de outra forma 55 Ra x la funci n alfa del hombre dormido o despierto transforma las impresiones sensoriales relacionadas con una experiencia emocional en elementos alfa los que al proleferar adhieren formando la barrera de contacto Esta barrera de contacto de este modo en continuo proceso de formaci n marca el punto de contacto y separaci
65. nova dimens o com a descoberta da linguagem do inconsciente que se deve tamb m a Freud Com esta descoberta os conte dos mentais podem ser ditos pelo menos em duas linguagens a do consciente e a do inconsciente 38 Pelo que atr s foi referido podemos dizer que saber acerca dos conte dos mentais ser capaz de perceber interpretar as linguagens em que eles se expressam Muitos dos constructos te ricos desenvolvidos por Freud e Lacan entre outros visam dar conta da linguagem do inconsciente Portanto a realidade interna consciente e inconsciente o verdadeiro objecto de estudo da psican lise Mas a quest o n o se esgota aqui porque a realidade interna enquanto coisa em si nao pass vel de ser conhecida incognosc vel dela s se sabe o que expresso atrav s da linguagem e portanto da comunica o A comunica o coloca novas quest es inerentes a passagem de um conhecimento privado para o conhecimento p blico isto com que certeza se poder dizer que aquilo que o analisando diz a respeito de si 3 pr prio reflecte aquilo que s o os seus conte dos mentais e ainda at que ponto que aquilo que o analista observa e aquilo que diz ter observado s o uma e a mesma coisa Por tudo isto Bion considera que o verdadeiro objecto de estudo da psican lise o elemento actual que postula como sendo um fen meno constitu do e definido por A o 7 tr s condic es fundamentais 36 Privat
66. o A teoria pois pass vel de aplica o ampla se enunciada de modo abstracto arrisca se a ser proscrita porque a sua concretude dificulta se reconhe a a realiza o que representa Ao contr rio dispon vel a realiza o aplic la teoria implica distor o do significado da teoria A falha pois d plice de um lado a descri o dos dados emp ricos insatisfat ria tal se manifesta no descrito em linguagem coloquial mais como teoria sobre o que ocorre do que relato factual do ocorrido n o satisfaz os crit rios aplic veis teoria tal se emprega o termo para descrever os sistemas em uso na investiga o cientifica rigorosa In Elementos em Psican lise P g 11 Ver refer ncia bibliogr fica 13 Neste pequeno excerto podemos ver a forma como Bion enuncia o problema que tenta resolver atrav s da enumera o dos elementos em psican lise e atrav s da constru o e utiliza o da tabela Aos descrever os elementos em psican lise Bion est a construir uma nova psican lise Ele encontra uma s rie de elementos que podem exprimir todas as teorias essenciais ao trabalho do psicanalista apenas com mudan as 94 E 1 95 21 de combina es Os elementos em psican lise s o de uma natureza tal que o enunciado te rico encerra o m nimo de particulariza o A defici ncia que isto acarreta compensada pela exist ncia de modelos te ricos que oferecem uma mais valia em termos de contextualiza
67. o de uma determinada classifica o fruto dos conhecimentos e da sensibilidade do t cnico que a executa Muitas das vezes necess rio levar em conta o contexto em que o enunciado foi elaborado para deliberar correctamente sobre a qualidade e a inten o desse enunciado A tomada de decis o da classifica o a atribuir a cada enunciado da exclusiva responsabilidade do psic logo psicanalista e pensamos que n o poder ser de outra forma Conforme foi amplamente desenvolvido ao longo dos diversos cap tulos desta disserta o mas principalmente no capitulo respeitante Tabela a classifica o de um enunciado na Tabela extremamente dif cil e exige uma enorme per cia e profundos conhecimentos da teoria psicanal tica de uma maneira geral e da teoria psicanal tica desenvolvida por Wilfred Bion em especial Se o utilizador dominar correctamente os princ pios te ricos que permitem a execu o da classifica o com um grau de confian a e fiabilidade aceit veis poder classificar cada um dos enunciados de uma forma f cil e r pida atrav s da utiliza o da Tabela electr nica criada por n s Voltamos a chamar a aten o para o facto de que a Tabela electr nica n o pretender substituir o conhecimento e a intui o t cnica especializada nem o poderia fazer mas apenas facilitar o trabalho daqueles que dominam a te rica e a t cnica proposta por Bion sobre o modo de utilizar e manusear a Tabela Da mesma forma que um
68. o p nis s o utilizados como hip teses definit rias Seio e P nis s o condensa es s o elementos a As hip teses definit rias condensadas sob o nome de Seio e sobre o nome de P nis t m como fun o serem interpreta es psicanal ticas A interpreta o Seio est ligada a uma penumbra de associa es que p e em jogo diferentes hip teses Por Seio entendem se as interpreta es que relacionem ou ponham em evid ncia uma liga o link entre dois objectos O Seio tamb m fonte de bem estar e de coisas boas O Seio pode ser maltratado destru do fragmentado e cortado Indica tamb m uma conjun o constante que abarca uma quantidade de fen menos simples como por exemplo mulher calor amor sensualidade etc 53 P nis est ligado a uma penumbra de associa es diferente do Seio mas ambas funcionam como interpreta es psicanal ticas e s o pl sticas isto significa que na mente a sua imagem visual pode sofrer altera es enormes sem que haja qualquer tipo de perda da sua identidade Fragmentac o Splitting Splitting o ltimo dos postulados de Bion referidos na Metatheory Splitting tamb m o nome de uma interpreta o a interpreta o tem afinidades com uma hip tese de conjun o constante sendo por isso um elemento a logo uma condensac o pl stica Esta conjung o constante pretende descrever o fen meno subjacente ao surgir de fragmentos e posterior desaparecimento sem de
69. objecto tem de a curar e como o objecto n o a cura articula se no ciclo vicioso que vai da ac o esta mulher tem tido ac es na vida muito complicadas retalia o A an lise da sess o n o aponta no sentido de a paciente ter uma constitui o ps quica psic tica num sentido rigoroso j que praticamente n o se expressa em termos de proto pensamentos e faz razoavelmente pouco uso da identifica o projectiva patol gica A paciente n o a nosso ver uma paciente psic tica ou se o encontra se neste momento pouco manifesto A paciente parece ser capaz de dar os primeiros passos no sentido de se envolver numa actividade explorat ria e indagat ria mas incapaz de levar essa actividade at ao fim A toler ncia dor depressiva parece ser suficiente para ser poss vel organizar hip teses definit rias nota es da experi ncia e at mesmo prestar aten o a essa 132 In Amaral Dias Carlos Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 75 Ver refer ncia bibliogr fica 3 207 experi ncia mas mostra se insuficiente para fazer face s ang stias que emergem ao nivel da indaga o e da decis o Estas duas categorias s o totalmente ignoradas pela paciente que restringe o seu pensamento a todas as outras Uma qualquer ideia tende a ser abortada antes de ser sujeita a investiga o e a dar frutos decis es Curiosamente observa se que a paciente mos
70. os pensamentos oniricos por um lado e os mitos por outro Por ltimo prop e uma 2 Ver refer ncia bibliogr fica 2 133 demarcac o entre a rea reservada aos proto pensamentos linha A e B e os pensamentos propriamente ditos Estas tr s altera es t m reflexos imediatos na planifica o da tabela Temos ent o que esta nova tabela passa a ter 7 colunas teis 9 linhas de A a L e uma linha divis ria entre a linha B e a linha C As propostas de altera o sem reflexos imediatos ao n vel do desenho mas com profundos reflexos ao n vel da compreens o da din mica subjacente tabela s o e A linha E das pr concep es pode funcionar como um ponto de origem da mesma forma que a linha A elementos B A linha A funciona como ponto de origem para as impress es dos sentidos na medida em que os elementos P s o a contra parte ps quica dos rg os dos sentidos A linha E funciona por sua vez como ponto de origem na medida em que pode trabalhar com pr concep es inatas determina o filogen tica caracter sticas biol gicas neuro biol gicas geno e fenot picas e com impress es ps quicas e As colunas 2 P e 7 ac o s o colunas K o que significa que estes usos visam impedir a tomada de consci ncia e o evitamento do contacto com a verdade e a realidade e As colunas 3 nota o 4 aten o 5 indaga o e 6 decis o s o colunas K o que significa que os usos estabelecid
71. paciente que responde tamb m ao n vel da indaga o mas com hesita es eventualmente denunciadas pela oscila o da qualidade do pensamento FS gt C5 O paciente acaba por voltar a cair na forma o de enunciados falsos 11 A analista fecha a sess o com a mesma postura mental com que a abriu um D4 Conclus o Ap s a an lise exaustiva dos diversos indicadores disponibilizados pela aplica o BION podemos concluir que o paciente em causa muito provavelmente neur tico j que n o se observa um funcionamento muito intenso da parte psic tica da personalidade O paciente faz apelo a recursos razoavelmente sofisticados como sejam os pensamentos oniricos e as estruturas m ticas O paciente parece ter a sua actividade mental espartilhada num leque muito estreito de modalidades de pensamento Utiliza de uma forma muito persistente as mesmas modalidades de pensamento Parece ter muita dificuldade em realizar a sequ ncia Nota o Aten o Indaga o Decis o acabando por fazer apenas a nota o da experi ncia e sucumbir sobre a press o da intoler ncia dor depressiva que o puxa para o enunciado falso A analista revela um trabalho de qualidade superior atestado pela percentagem elevad ssima de K e pela aus ncia de qualquer movimento K A forma como 214 persiste em manter o seu pensamento nos n veis pensamentos oniricos e mitos revela uma grande disciplina mental assim como um adequado manuse
72. para o analista s o o dream work e expectativa Se fosse concebido um sistema deste g nero que articulasse duas tabelas de valores ponderados independentes mas que permitisse uma visualiza o conjunta poder amos investigar muito mais coisas sobre os erros dos analistas e as suas consequ ncias Poder amos tamb m investigar o que que leva determinado analista a persistir nos mesmos erros ou nas mesmas tend ncias de respostas autom ticas eventualmente compulsivas e investigar desta forma a transfer ncia e a contra transfer ncia ou mais correctamente as rela es que se estabelecem entre continente e conte do Poder amos tamb m tentar perceber quais que s o de facto os melhores lugares para o analista e para o analisando A nosso ver as possibilidades de investiga o futura s o imensas e apenas est o dependentes da capacidade imaginativa do investigador Uma das possibilidades futuras que nos parece ser extremamente interessante a de utilizar outras tecnologias inform ticas para trabalhar os dados obtidos atrav s da convers o para valores ponderados Estamos a pensar mais concretamente na utiliza o de m todos de reconhecimento de padr es Os desenvolvimentos actuais sobre m todos e t cnicas de reconhecimento de padr es s o muito sofisticados nomeadamente no que respeita aos m todos que fazem uso de redes neuronais pelo que n s pensamos poderem vir a ser de enorme utilidade para investig
73. passar no aqui e agora da sess o e S o as teorias e os modelos desenvolvidos pelos analistas que permitem que a mente do analista possa funcionar como um instrumento cientifico As teorias e os modelos que o analista disp e s o utilizados por este como x l 40 instrumentos de apreens o da realidade can achieve about what he thinks is going on He could say I quite realize that my view may be entirely wrong but I do know that I am certain at any rate that this is my view In Cogitations amp 21 de Agosto de 1959 P g 70 40 i g au f f The theories of psycho analysis are peculiar in that their use in the consulting room emphasizes in a manner rare in other sciences their function as actual tools which the analyst has to use in his practice In other sciences the theories inform the use to which various tools and appliances are put in psychoanalysis the theory is the tool itself In Cogitations Resistance 11 de Outubro 1959 P g 92 42 e As teorias e os modelos da psican lise devem obedecer as mesmas imposi es que o desenvolvimento de teorias e modelos em qualquer outra ci ncia isto devem obedecer s regras da l gica e da consist ncia coer ncia internas Para tal necess rio que os conceitos envolvidos sejam definidos de forma precisa e que seja perfeitamente delimitado o seu campo de actuac o e necess ria a exist ncia de uma linguagem cientifica e E ne
74. pensamento mais elaborado atingindo a classifica o de C4 Aten o dirigida sobre a forma de um pensamento on rico e ou mito curioso verificar que antes mesmo do paciente responder em C4 o psicoterapeuta baixou o n vel da sua interven o para C3 nota o de uma experi ncia sobre a forma de um pensamento on rico e ou mito O paciente e o psicoterapeuta mant m se durante algum tempo ao mesmo n vel com a mesma modalidade de utiliza o do pensamento Talvez o paciente e o psicoterapeuta tenham chegado a um qualquer tipo de equil brio homeostatico 197 10 11 12 13 14 15 O equil brio rompido com uma queda abrupta da qualidade do pensamento do paciente C4 gt A7 Ap s a queda da qualidade do pensamento do paciente o psicoterapeuta sofre tamb m uma queda na qualidade do seu pensamento Contudo a queda da qualidade do pensamento do psicoterapeuta n o t o intensa como a do paciente j que n o desce ao n vel dos proto pensamentos C4 C2 Paciente e psicoterapeuta encontram um novo equil brio mas agora num n vel profundamente resistencial num movimento anti investiga o que permite manter ambas as mentes afastadas da verdade e da realidade Este novo equil brio rompido desta vez pelo psicoterapeuta que eleva a qualidade da sua interven o para n veis maturativos e que visam a investiga o atrav s da Indaga o C2 gt C5 A manuten o desta postura parece
75. pensamentos delirios A segunda forma de pensamento mais utilizada pelo paciente foi o pensamento onirico e m tico Quando os enunciados se constitu am neste n vel observou se uma predomin ncia da utiliza o do pensamento como forma defensiva para evitar o contacto com a verdade C2 20 25 A terceira forma de pensamento mais utilizada pelo paciente foi ao n vel dos elementos B e foi associada a uma modalidade de utiliza o do tipo 192 enunciado falso com o intuito de evitar o contacto com a verdade realidade A2 15 19 d Todos os outros n veis e modalidades de utiliza o do pensamento s o inferiores a 7 e portanto menos significativas Das informa es e observa es atr s referidas pode concluir se que o paciente se encontrava sobre o dom nio da rea psic tica da mente tendo sido o seu pensamento estruturado quase sempre a um n vel t o prim rio que foi imediatamente sujeito aos mecanismos de identifica o projectiva com a consequente expuls o de objectos bizarros Continuando a observar e a analisar os dados fornecidos pela folha de estat sticas referente ao paciente verificamos que e No inicio da sess o encontramos a maior concentra o de enunciados classificados ao n vel de proto pensamentos linhas A e H medida que a sess o decorre o paciente parece ir substituindo o pensamento acc o por pensamento enunciado falso De seguida iremos passar an lise do gr fico Pie
76. procedure for solving a problem Um algoritmo ent o uma resposta concreta e espec fica para um problema mas que tem um grau de efic cia vari vel A cada algoritmo est associado um determinado grau de efic cia Nesta medida poderiamos tamb m supor que a cada elemento o estaria associado um grau de efic cia 57 da fun o o permitindo lhe o acesso a elementos amp mesmo antes de os poder produzir ela pr pria Desta forma a crian a fica na posse de elementos que fazem press o no sentido do desenvolvimento de um aparelho para pensar e talvez que a primeira estrutura a construir desse aparelho seja precisamente a fun o or Ap s interiorizar a fun o a a crian a fica mais aut noma e pode por si s continuar a construir e a consolidar o aparelho para pensar pensamentos Se por qualquer motivo a fun o o n o foi correctamente interiorizada assimilada existem fortes riscos de que nunca venha a poder desenvolver a faculdade de pensar ficando seriamente limitada no seu contacto com o real A crian a parece oferecer os seus dados da realidade elementos B para serem trabalhados transformados pela fun o o atrav s da utiliza o da identifica o projectiva Nesta medida a identifica o projectiva parece ser uma parte do aparelho mental inata e dispon vel para ser utilizada desde o momento em que o beb nasce A identifica o projectiva permite ent o estabelecer uma certa comunica o
77. se a transforma o de K em O K gt 0 A decis o constitu se num modo de estar sentir agir etc que determina o modo de Ser na passagem de NAI para Decis o que o Saber se transforma em Ser Subjacente no o de decis o encontra se a no o de escolha j que toda e qualquer decis o implica uma escolha A quest o que se coloca a de saber como que se d essa escolha Como que se escolhe de entre uma quantidade inumer vel de factos que se apresentam nossa curiosidade Devido natural limita o da mente humana a nossa escolha n o pode ser o resultado de uma avalia o sistem tica mas t m que se operar sobre uma qualquer solu o heur stica Os factos seriam est reis se n o houvessem mentes capazes de escolher entre eles A escolha de um facto de entre uma quantidade inumer vel de outros parece constituir se de uma forma muito semelhante ao do desenvolvimento do facto seleccionado O facto seleccionado conforme o pr prio nome indica implica a selec o de um facto de entre um determinado conjunto de factos dispon veis A nossa mente fr gil como o s o os nossos sentidos perder se ia na complexidade do mundo se essa complexidade n o fosse harmoniosa veria os detalhes da forma como um m ope os v e seria for ada a esquecer cada um desses detalhes antes de examinar o seguinte por incapaz de entender a totalidade Os nicos factos que merecem a nossa aten o s o os que introduzem ord
78. se totalmente incapaz de organizar um percurso verdadeiramente maturativo Nas ltimas interven es vis vel a oscila o entre a nota o de uma experi ncia e a constru o de enunciados falsos ao n vel das pr concep es das concep es e dos conceitos 206 Conclus o Ap s a an lise exaustiva dos diversos indicadores disponibilizados pela aplicac o BION as nossas conclus es s o concordantes com as do Professor Amaral Dias na obra anteriormente referida Levantamos ainda algumas outras hip teses que n o foram a trabalhadas A paciente tem uma estrutura m tica ligada sobretudo a concep es e expectativas mentirosas embora com incurs es na rea K Portanto a rela o mentirosa est muito presa realidade Tem mais toler ncia s frustra es do que um doente psic tico senso strictu mas muito mais exigente com os objectos manifestando o pela ac o Podemos dizer que a paciente tem um discurso que essencialmente 2 D E F S 3 7 Esta a tend ncia da mente da paciente Elementos m ticos articulados com expectativas e concep es Logo a expectativa encontra um objecto que colocado num n vel mentiroso e articulado com uma rela o mentirosa com o pr prio passado ainda que s vezes se te a uma experi ncia notativa Mas a rela o do presente muito dominante nesta paciente A ilus o sobre a rela o de objecto articula se com uma vis o mentirosa do passado O
79. seria representado no nosso modelo pelo aumento do poder de abstrac o Simplificando ou a realiza o n o satura por completo a pr concep o e a justaposi o origina uma concep o ou um conceito quando a pr concep o substitu da por um concep o que possui uma rea insaturada por n o se ter dado uma completa justaposi o Tipo 1 ou a 117 Por objecto entende se aqui a realiza o que entra em contacto com a pr concep o A realiza o pode ser interna ou externa consciente ou inconsciente 120 concep o originada pela justaposi o entre a pr concep o e a realiza o possui um grau de abstrac o superior que lhe permite estruturar uma rea n o saturada Tipo 2 A situa o referida como Tipo 1 facilmente compreendida atrav s do auxilio de diagramas como o anteriormente utilizado para representar a pr concep o A situa o referida como Tipo 2 bastante mais complexa e n o nos foi poss vel encontrar um diagrama que a representasse Iremos come ar por desenvolver a situa o Tipo 1 por ser mais f cil em termos de organiza o da exposi o Ambas as situa es t m igual import ncia e tanto quando poss vel afirmar no estado actual do conhecimento sobre estes fen menos ambas as formas s o utilizadas pela parte neur tica da personalidade com igual interesse j que ambas permitem o desenvolvimento e a matura o da personalidade S o formas de crescimento
80. sobre o pensar Bion apresentou um sistema te rico que articulava estas duas teorias a do pensamento e a do conhecimento Neste artigo Bion considera que a actividade de pensar depende do desenvolvimento de um aparelho para pensar os pensamentos e que o desenvolvimento desse aparelho se d pela press o exercida pelos pensamentos Nesta medida Bion postula que os pensamentos s o anteriores exist ncia de um aparelho que os possa utilizar O desenvolvimento desse aparelho aparece de facto como consequ ncia da exist ncia de pensamentos Uma vez que os pensamentos s o anteriores ao desenvolvimento de um aparelho para os utilizar os pensamentos s o vistos como tendo diferentes graus ou n veis evolutivos Desta forma o pensamento propriamente dito depende da exist ncia de um aparelho para pensar pensamentos Bion W R Estudos Psicanaliticos Revisitados Capitulo nono Ver refer ncia bibliogr fica 15 no pensar passa a existir para dar conta dos pensamentos In Estudos Psicanaliticos Revisitados P g 128 Ver refer ncia bibliogr fica 15 48 enquanto que o conhecimento apenas depende da exist ncia de pensamentos Na escala evolutiva dos pensamentos existem ainda pensamentos anteriores aos pensamentos propriamente ditos que s o os proto pensamentos Esclarecendo temos proto pensamentos pensamentos propriamente ditos e a actividade ou faculdade de pensar A actividade ou faculdade de pensar depende da
81. solug o vou l ao m dico levar uma carta daqui Se ele me fizer a opera o prefiro matar me do que me cortarem a perna Pag 3 Resumo de Sess o Titulo Exemplo 1 Sujeito Sess o 1 Enunciado Data de impress o 10 11 1998 Cota o Terapeuta Paciente Terapeuta Terapeuta Paciente Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente A solu o seria a sua cabe a come ar a pensar de outra maneira n o seria nem morrer nem cortarem lhe a perna Pois realmente por mais m que a vida seja sempre bom viver S que n o quero viver s com uma perna Eu sei que n o quer viver s com uma perna mas d me a ideia que o Emanuel ficou mais inseguro depois daquela hist ria do nariz partido e do Karat O que que aconteceu nessa altura O que que aconteceu na sua cabe a na sua vida Pensou coisas N o Sim foi tudo uma confus o que l houve porque pensavam que eu estava a gozar com uma rapariga que l andava a fazer Karat Houve l um cintur o negro que disse para eu ir l escola e dizer que era meu irm o e eles j me deixavam de me andarem sempre a chatear e a perseguir S que eu tinha a mania de ver as pessoas fortes e coisa Se ele fosse l e dissesse que era meu irm o j n o me faziam mal j me deixavam sossegado s que outro que disse que podia fazer isso s que
82. tamb m que o indiv duo deixa de ter protec o contra os impulsos assassinos e suicidas 52 Uma pessoa que n o tenha respeito pela verdade ou por ela pr pria alcanga um tipo de liberdade que est relacionada com o facto de passar a ter a sua disposig o actividades destrutivas que at ent o n o possu a Ela poder comportar se de tal forma que destr i o respeito por si pr pria e pelo analista desde que mantenha o contacto com a realidade suficiente para perceber sentir que ainda existe algum respeito para destruir Desta forma o grau em que um paciente capaz de se preocupar com a verdade com a vida e com a verdade em simult neo um elemento importante para avaliar os recursos do paciente Emo es Violentas Utilizando o termo viol ncia Bion pretende dar conta da intensidade quer ao n vel qualitativo quer ao n vel quantitativo Segundo ele um aumento quantitativo induz uma mudan a qualitativa na emo o Bion considera apenas duas emo es o amor e o dio Acha que todas as outras emo es se podem reduzir a estas duas N o separa o amor do instinto de vida e o dio do instinto de morte A mudan a qualitativa operada sobre o amor e ou dio introduz crueldade e induz a diminui o do respeito pelo objecto Tanto o amor como o dio quando violentamente sentidos tornam se mais facilmente associados com a falta de preocupa o pela verdade e pela vida O Seio e o P nis Tanto o seio como
83. that resemble motor discharge intended to unburden the mental apparatus of accretions of stimuli To qualify for inclusion in this category the action should be an expression of a theory that is readily detectable otherwise it cannot be described as a use of a theory In The Grid P g 4 Ver refer ncia bibliogr fica 12 E no livro Elements of Psycho Analysis lemos In this the last category that I propose to distinguish the statement though still embodied in a representation identical with those employed in all the other statements is used as an operator Functions of interpretations that fall in this category and therefore the interpretations in this one of their aspects are analogous to actions in other forms of human endeavour For the analyst the transition that comes nearest to that of decision and translation of thought into action is the transition from thought to verbal formulations of category 6 In Elements of Psycho Analysis Pag 19 20 Ver refer ncia bibliogr fica 7 116 Navegar na tabela O cruzamento das v rias linhas com as v rias colunas cria 56 c lulas ou casas Das 56 c lulas apenas 34 t m utilidade cl nica Como foi referido inicialmente a tabela serve para classificar enunciados verbais e n o verbais como os gestos as imagens os sons etc Um nico enunciado pode ser alvo de uma classifica o que corresponda a v rias c lulas da tabela N o obrigat rio que um enunci
84. uma transforma o podemos a 121 titulo de exemplo imaginar que colocamos a nossa limonada no congelador e fazemos um gelado i 11 Em diagrama pode representar se este movimento da seguinte forma A Pr concep o em justaposi o Pr concep o Realiza o E pc com a realizac o Uma concep o que pode ser utilizada como pr concepcao Elemento Saturado Y Y e Elemento Insaturado 6 Como poss vel ver pelo diagrama a pr concep o apesar de ter estado em contacto com a realiza o n o deixou de possuir uma rea insaturada Esta rea insaturada permitir lhe concep o manter as propriedades de pr concep o Na situa o do tipo 2 a concep o e o conceito sofrem um outro tipo de transforma o Esta transforma o fundamentalmente qualitativa enquanto que a transforma o anteriormente referida manuten o de uma rea insaturada pela justaposi o da pr concep o com uma realiza o que s em parte satisfaz as exig ncias da pr concep o principalmente quantitativa isto origina e desenvolve o conhecimento mas n o a actividade de pensar Uma concep o ou um 118 O diagrama aqui apresentado foi concebido por Dario Sor e Maria Rosa Senet de Gazzano e divulgado no livro intitulado Cambio Catastrofico Psicoan lise del Darse Cuenta Ver refer ncia bibliogr fica 30 122 c
85. v rias formas o contacto com a verdade e a realidade Nesta medida a psican lise surge como um processo que investiga fen menos mentais ao fazer essa investiga o rep e e ou descobre a verdade e a realidade A cura depende da capacidade de o paciente se tornar O o que significa que depende da capacidade do paciente para crescer e amadurecer o processo denominado de Psican lise que progressivamente fornece ao paciente as ferramentas necess rias ao investigar e ao envolvimento de O no tornar se O No trabalho psicanal tico n o h resultado genu no com base em n o verdade O efeito positivo depende da vizinhan a com que a avalia o interpretativa se aproxima da verdade Da mesma maneira o que de facto importante na sess o a personalidade desconhecida do paciente e n o aquela que o psicanalista ou o analisando acham que conhecem Para se conseguir proteger o compulsivo necessita de um ouvinte pois s ele lhe poder reconhecer o sentido das compuls es Quando o ouvinte o analista analista vitima necess rio que ele reconhe a o sentido da compuls o ouvida como formulando verdades O reconhecimento da compuls o como verdade permite que o analista v observando os elementos incoerentes e identifique o padr o que une os elementos compulsivos A identifica o do padr o faz se pelo processo anteriormente descrito como a emerg ncia do facto seleccionado O facto seleccionado que un
86. veis In Aten o e Interpreta o P g 47 Ver refer ncia bibliogr fica 6 6l To summarize the preceding discussion 1 In psycho analyis any O not common to analyst and analysand alike and not available therefore for transformation by both may be ignored as irrelevant to psycho analytiis Any O not common to both is incapable of psycho analytic investigation any appearance to the contrary depends on a failure to understand the nature of psycho analytic interpretation 66 2 Zz At aqui foi dito que O incognosc vel e que por isso mesmo uma meta inating vel Contudo o Homem saud vel vive um sentimento de realidade e nao de irrealidade A raz o para que o Homem viva um sentimento de realidade apesar de nunca poder conhecer inteiramente a realidade deve se 4 sua capacidade de ser isto 2 de se transformar em O A Transforma o em O a ltima grande descoberta de Bion A Transforma o em O enquanto conceito permite superar o enorme hiato que existia entre a te rica e a pr tica entre o pensamento e a vida A te rica transforma se num vivido o pensamento transforma se em vida O homem z conhecedor na Transforma o em O o homem que vive e sente Na obra de 162 Fernando Pessoa poemas de Alberto Caeiro o tema desenvolvido e elaborado em todos os poemas este mesmo a Transformag o em O Na p gina 81 da referida Obra Alberto Caeiro diz Basta exist
87. vida e obra P g 45 Ver refer ncia bibliogr fica 17 23 impressionava pela abundancia e pertin ncia das suas citagdes Mais tarde em 1930 licenciou se em Medicina e passou a exercer a actividade de psiquiatra Foi a partir dos sessenta anos que Bion revelou a import ncia que estes conhecimentos n o psicanaliticos iriam ter nas suas reflex0es Com uma base cultural muito forte e s lidos conhecimentos sobre filosofia Bion comegou a questionar se sobre qual era o papel da ci ncia como que ela funcionava e o que a sociedade em geral esperava dela As suas reflex0es foram se centrando cada vez mais na psican lise na psican lise enquanto ci ncia e na ci ncia enquanto psican lise Estas reflex es mostraram se bastante prof cuas quer no desenvolvimento do seu pensamento anal tico quer na tentativa de desenvolver uma psican lise cientifica A 10 de Janeiro de 1959 Bion d nos conta de uma preocupa o e reflex o que o acompanhou durante muitos anos Ele preocupou se em encontrar resposta mas principalmente em fazer a seguinte pergunta Poderia a abordagem da investiga o cientifica ser consequ ncia de um compromisso obtido entre as necessidades impostas pela realidade externa necessidade de obter conhecimento dos factos da realidade externa por forma a dar cumprimento compuls o sobreviv ncia e a necessidade imposta pela mente intolerante passagem entre a posi o depressiva e esquizo paran ide ou
88. A actividade mental do psicoterapeuta foi bastante est vel observando se uma persistente utiliza o da aten o e da indaga o A globalidade das interven es do psicoterapeuta centraram se fundamentalmente em dois n veis de matura o do pensamento o n vel dos pensamentos on ricos e o das constru es m ticas De seguida iremos passar an lise do gr fico Pie que exibe as propor es em que o psicoterapeuta utiliza as v rias modalidades de usos Observando o gr fico rapidamente nos apercebemos que 211 1 A analista utilizou no decorrer da sess o fundamentalmente a atenc o Coluna n 4 75 2 Utilizou tamb m a hip tese definit ria e a indaga o ambas numa percentagem de 12 5 Por ltimo vamos analisar e observar o gr fico de barras que permite fazer uma leitura de acordo com os valores ponderados A leitura do gr fico evolug o do pensamento para o psicoterapeuta permite nos confirmar as conclus es elaboradas pela an lise das estat sticas e O pensamento do analista manteve se sempre muito est vel e focalizado na categoria m tica e Observaram se apenas ligeiras varia es nomeadamente um enunciado classificado ao n vel das concep es e um outro formulado ao n vel dos pensamentos on ricos e N o se identificou qualquer actividade da parte psic tica da personalidade e A analista evidenciou durante esta sess o uma excelente capacidade de toler ncia dor mental do
89. B4 B5 B6 Elementos o Bn C Pensamentos Cl C2 C3 C4 C5 C6 Oniricos apa LC sonhos e Mitos D D1 D2 D3 D4 D5 D6 Pr concep o Dn E El E2 E3 E4 ES E6 Concepc o En F F1 F2 F3 F4 F5 F6 Conceito Fn G Sistema G2 Dedutivo Cientifico H C lculo Alg brico A coluna e a linha em cinzento mais escuro s o utilizadas para descrever os conte dos das linhas e das colunas respectivamente Na vertical Bion representa de forma condensada e simb lica as suas teorias sobre o pensamento e o conhecimento Na horizontal identifica as principais utiliza es que s o poss veis dar ao pensamento Qualquer enunciado para al m de ter um determinado conte do tem uma determinada inten o e ou finalidade O eixo vertical analisa o conte do em grau de sofistica o e o eixo horizontal analisa a inten o e ou finalidade 99 Linha A Elementos f A 1 linha linha A corresponde abstrac o te rica denominada por Bion de Elementos f Esta linha tem como objectivo dar conta daqueles elementos que est o relacionados com o pensamento mas que ainda n o o s o Os elementos f s o OS elementos mais primitivos j que o seu funcionamento n o depende da exist ncia de um aparelho para pensar pensamentos nem da exist ncia da fun o ot Para que os elementos B existam basta existir um aparelho que permita percepcionar as impress es dos sentidos Os elementos P s o muito pouco e
90. EMPLO 3 Dr MANUELA HARTLEY A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Resumo de Sess o Titulo Exemplo 3 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Sujeito Enunciado Cota o Paciente Sabe sinto me com esta preocupa o com esta indecis o dentro de mim C2 C7 D3 D2 D7 Agora a ida para o Tibete aparece me como um desejo enorme como a Unica coisa verdadeira que eu quero fazer Eu detesto pensar que vou explorar as pessoas que vou colaborar com essa sociedade deformada exploradora Sabe eu muitas vezes quando como sinto que n o est certo eu estar a comer e existirem tantas crian as a passarem fome N o est certo eu puder comprar tantas coisas e elas n o puderem mas eu acho que j quando eu era mi do sentia de vez em quando estas coisas Ir para o Tibete viver l com os monges isso sim era a minha maneira de viver pois vivia despojado de tudo a fazer o bem Terapeuta Como se pretendesse anular tudo o que lhe podia dar prazer todos os D4 sentimentos de fragilidade que tem aqui falado inventando um novo R agora despojado de tudo mas contundo continuando a propor se uma grande miss o agora uma miss o pelo amor despojado j que sente que lhe dificil afirmar a miss o pela pot ncia afirma a pelo despojamento Paciente Sim eu de facto sinto que isto continua a ser uma forma de me C3 engrandecer de ser visto como muito i
91. Isto se Bion evolu a na forma como via e pensava a ci ncia e a psican lise ent o a forma como via e pensava a mente humana tamb m evolu a e vice versa Para tentar explicitar o pensamento de Bion de uma forma mais clara iremos ent o criar duas sec es razoavelmente estanques numa iremos pensar em Bion como um epistemologo e verificar como ele pensa reflecte e estrutura a ci ncia e a psican lise enquanto disciplina cientifica que tem como objecto de estudo a mente humana numa 17 Rezende Ant nio Muniz Wilfred R Bion Uma Psican lise do Pensamento Ver refer ncia bibliogr fica 29 S Rezende Ant nio Muniz A Metapsican lise de Bion Al m dos Modelos Ver refer ncia bibliogr fica 28 22 outra sec o iremos pensar em Bion como um psicanalista que investiga o seu objecto de estudo a mente humana e verificar quais s o as suas especula es observa es modelos e teorias Como j dissemos anteriormente esta biparti o artificial j que Bion vai evoluindo nestas duas reas em un ssono e numa mesma obra observamos desenvolvimentos e reflex es sobre ambas Por exemplo podemos verificar que no y ye ds S livro Aprendiendo de la experiencia os capitulo I e II reflectem uma preocupa o em utilizar os termos correctamente constituindo se portanto como uma preocupa o com a psican lise enquanto disciplina cientifica assim como a mat ria abordada nos cap tulos XIII XIV XI
92. MPRIMIR que est situado no canto superior direito Quando pressiona este bot o surge um outro ecr que permite definir a impressora e o n mero de c pias EPSON Stylus COLOR 800 ades om l toy SEIEGUGT Figura 14 Parametriza o da impress o 187 Gr ficos O bot o GR FICOS permite lhe ter acesso ao display de 2 tipos de gr ficos distintos Gr fico de barras que exibe a evolu o regress o do pensamento ou seja que oferece uma vis o evolutiva interactiva Gr fico pie que mostra os USOS que o sujeito utilizou e as suas propor es O gr fico de barras o principal indicador oferecido pelo programa BION Este gr fico permite uma leitura dos dados totalmente nova e revolucion ria Conforme j foi referido por diversas vezes ao longo deste trabalho a atribui o de valores ponderados permite criar um certo dinamismo pondo em evid ncia os movimentos das diversas mentes em interac o Assim que o utilizador pressiona o bot o GR FICO aparece um ecr interm dio que serve para especificar a incid ncia do gr fico Incid ncia Evolu o do pensamento C Usos Todos am pes Voltar Gr fico Figura 15 Ecr interm dio que permite especificar a incid ncia do gr fico Neste ecr o utilizador define se quer visualizar o gr fico de barras Evolu o do pensamento ou o gr fico pie Usos Depois de feita a selec o do tipo de gr fico o util
93. Pag 4 Resumo de Sess o Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Sujeito Enunciado Cota o Terapeuta Portanto parece que o Emanuel imagina que lhe v o acontecer coisas de C3 C4 que tem medo Isto magico Paciente Sim neste caso foi Quer dizer eu tinha uma camisola interior branca AT AT mostrei lhe as costas tinha as costas todas vermelhas e cheias de sangue e ela em vez de chamar uma ambul ncia ou ir comigo falar com o homem que estava l na secret ria ainda me chamou para dentro do tapete outra vez mas realmente eu fiquei mesmo se n o desmaiei foi aquase Terapeuta Isso tinha 19 anos Ainda agora o Emanuel continua a pensar que tem a C1 Fl costela metida para dentro a perfurar lhe o pulm o desde essa altura Terapeuta Quando a m e lhe d massagens esta dor desaparece ou essa ideia de dor F3 desaparece Paciente N o sei Sei que fico a sentir me melhor F3 Terapeuta O Emanuel tem sonhos B3 Paciente N o raro ter sonhos N o sonhava mas agora h alguns tempos que n o B3 sonho nada Terapeuta E acordado tem alguns sonhos B2 Paciente Acordado n o tenho sonhos Ser mais desejos que eu tenho desejos C2 Terapeuta Que desejos s o esses Cl Paciente Ficar bom n o ter problema nenhum ter uma vida normal isso que o C2 principal Terapeuta Parece que vai concretizar isso C2 Paciente s quest o do outro m dico me tirar o sangue venoso A7 Terapeuta Sangue veno
94. SE mant m essencial ao significado que encerram O dispositivo que se sup e t pico da 2 z A 8 i melancolia s o por se manter em determinada combina o Compete nos abstrair tais elementos libertando os das combina es em que se mant m e da peculiaridade que os ee beats 63 acompanha oriunda da realiza o que primeiro se destinam a representar Bion W R Elementos em Psican lise P g 12 Ver refer ncia bibliogr fica 14 69 Pela leitura do excerto anterior poss vel perceber que uma das preocupa es de Bion foi a de reduzir ou at mesmo anular a ambiguidade que estas entidades cl nicas traziam para a pr tica cl nica Ao longo de toda a sua obra facilmente nos defrontamos com voc bulos como esquizofrenia psicose depress o e neurose Num primeiro momento estes voc bulos poder se o confundir com a nomea o de entidades cl nicas mas num olhar mais atento poss vel ver que eles nada t m a ver com entidades cl nicas mas que representam processos que operam na mente humana independentemente de haver ou n o psicopatologia associada A psicopatologia de Bion uma psicopatologia do pensamento Com Bion a velha dicotomia entre cogni o e emo o perdeu toda a sua pertin ncia Sob a gide do pensamento Bion une atrav s de uma articula o complexa a emo o e a cogni o Nesta perspectiva deixa de fazer sentido falar se de psicopatologia da afectividade e d
95. X XXII e XXIII Em todos os outros cap tulos a mat ria abordada diz respeito a investiga es achados e conclus es sobre o que e como funciona a mente humana Pensamos que este exemplo ilustra muito bem a dificuldade em criar esta separa o j que as duas reas est o imbricadamente juntas e sofreram uma evolu o em paralelo por outro lado pensamos que mostra tamb m a pertin ncia em faz lo Bion O epistemologo Bion O epistemologo que investiga a ci ncia Bion estudou hist ria moderna desde 1919 no The Queen s College e foi a que conheceu H J Paton um professor de filosofia que o levou a interessar se muito particularmente pela obra de Kant Este duplo encontro com um filosofo conhecido pela sua cr tica a Kant e pelo contacto com a obra da Kant gerou algumas das suas ideias sobre a ci ncia e a psican lise Em 1921 obteve a licenciatura em Letras o que lhe proporcionou uma excelente cultura geral e uma ptima cultura art stica Cultivava o conhecimento da l ngua e literatura francesa Segundo G rard Bl andonu Bion 1 Bion W R Aprendiendo de la experiencia Ver refer ncia bibliogr fica 13 2 Epistemologia s f disciplina que trata dos problemas filos ficos postos pela ci ncia particularmente o do valor do conhecimento cientifico Do gr Epist me l gos In Dicion rio da L ngua Portuguesa Ver refer ncia bibliogr fica 21 2 Bl andonu G Wilfred R Bion A
96. a g A din mica que se forma quando duas mentes se encontram faz lembrar uma dan a cuja coreografia depende tanto do paciente como do psicoterapeuta 218 11 Coment rio final e perspectivas futuras O corpo te rico desenvolvido por Bion ao longo de toda a sua obra extremamente rico Os seus textos t m a particularidade de n o se esgotarem e de continuarem a ser profundamente estimulantes Bion tem inspirado muitos autores que produziram tamb m obras de qualidade ineg vel As propostas te ricas os conceitos desenvolvidos e os conselhos oferecidos t m vindo a desenvolver se a ramificar e a introduzir uma nova maneira de ver e pensar a psican lise E nos dif cil identificar dentro de toda a sua obra uma ou duas contribui es como sendo as mais prof cuas j que os conceitos e as teorias principais se cruzam num complexo jogo de inter rela es Pensamos contudo que Bion deixou algumas reas menos exploradas e que mereceriam o empenho de uma investiga o dedicada Entre n s o Professor Doutor Carlos Amaral Dias tem sido pioneiro na arte de expandir explorar e sedimentar as reas mais obscuras As suas contribui es para a compreens o mais aprofundada da teoria dos v nculos da identifica o projectiva e as suas preocupa es epistemol gicas evidenciam a import ncia do seu trabalho N o menos importante tem sido o seu empenho na divulga o da obra de Bion e mais especificamente na divulga o da Tabela
97. a es futuras A nossa imagina o com facilidade voa e levant mos a hip tese de que os gr ficos de barras pudessem denunciar um padr o que muito provavelmente denunciaria um modo de funcionamento mental ou um tipo de rela o analista paciente 137 In Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 20 e 45 Ver refer ncia bibliogr fica 3 228 Pensamos que se fosse poss vel recolher uma quantidade de informa o razoavelmente grande de diferentes tipos de pacientes e terapeutas talvez pud ssemos investigar uma s rie de fen menos que at agora se tem mantido afastados da investiga o anal tica devido s dificuldades em transmitir a informa o e necessidade de preservar a confidencialidade da rela o anal tica Uma vez cotados os enunciados ganham um certo n vel de independ ncia e podem ser manipulados sem grande perda de rigor Esta vantagem abre in meras portas possibilidade de investigar mas n o deixa de ser necess rio ter um imenso cuidado para n o cair na manipula o est ril 229 Bibliografia 1 Aho Alfred V Hopcroft John E Ullman Jeffrey D Data structures and algorithms Addison Wesley Publishing Company 1983 2 Amaral Dias C Rev Fran Psychanal La fonction contenante de l analyste n 5 1994 3 Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion Fim de S culo L
98. a 26 67 Referi aqui este pequeno excerto da obra de Alberto Caeiro mas poderia referir muitos mais porque na nossa opini o o que Alberto Caeiro faz do principio ao fim de cada um dos seus poemas ilustrar a Transforma o em O N o por acaso que a ilustra o da Transforma o em O se faz atrav s de uma poesia Bion percebeu e explicitou que a qualidade do Ser radicalmente oposta a qualidade do Conhecer nao pode ser explicada nao pode ser compreendida atrav s da constru o de um sistema cientifico dedutivo apenas pode ser sentida a poesia a par da musica e da pintura oferece essa possibilidade Um poema um quadro ou uma m sica criam no leitor no observador no ouvinte um sentimento uma emog o essa emo o ser e n o conhecer O pensamento m tico parece ser a forma privada de cada um de n s fazer arte isto de exprimir qualquer coisa em termos de O mas tamb m a forma como a sociedade cria a sua arte privada Apesar de Ser e Conhecer possu rem qualidades radicalmente opostas complementam se numa espiral em que cada um ocupa uma posi o relativa num jogo de p los opostos O movimento perp tuo e sempre intercambiavel entre a Transforma o de K em O K gt O e de O em K O gt K a vida 68 5 Contributos de Bion para a psicopatologia Bion n o desenvolveu de facto uma verdadeira psicopatologia no sentido em que n o procurou a confirma o das ent
99. a A nomenclatura utiliza na ltima coluna n indicadora de que Bion considera que a expans o inevit vel e at desej vel contudo ele tece algumas considera es sobre a necessidade de se ser cauteloso para n o criar categorias de usos demasiado concretas ou desnecess rias Dario Sor e Maria Rosa Gazzano trabalham com alguma intensidade o conceito de fanatismo e os mecanismos a ele associados Para os autores o fanatismo uma forma de utiliza o do pensamento com caracter sticas particulares e cuja a import ncia na psicopatologia justifica a abertura de uma nova coluna O uso fan tico foi definido por Dario Sor e Maria Rosa Gazzano como uma for a que se op em ao encontro descobrimento transforma o da ideia nova Para os autores o uso fan tico pode desenvolver se e sedimentar se numa estrutura a estrutura fan tica O fanatismo pode se caracterizar como ataques K ao conhecimento quebrando as uni es entre as ideias Atrav s do uso fan tico s poss vel realizar pseudo articula es O fanatismo acalma enquanto que a ideia nova inquieta O fanatismo 130 atra do pela intoler ncia a frustrag o originada pelo confronto com o desconhecido O fanatismo cria uma presen a porque odeia a aus ncia a d vida e a mudan a O fanatismo um uso K A contra parte do fanatismo ao n vel de K poder com responsabilidade O poder com responsabilidade pretende enquadrar todas as fantasias
100. a Frustra o s o vitais para a compreens o da abordagem de Bion e poderiam ser agrupados num nico tema como iremos ver de seguida Bion W R Cogitatons P g 244 a 255 Ver refer ncia bibliogr fica 11 50 Sobre a frustrac o A viv ncia de uma situa o de frustra o origina sentimentos que s o dif ceis de tolerar A intoler ncia a estes sentimentos varia de indiv duo para indiv duo Varia com a idade e com caracter sticas intr nsecas sua personalidade Quando se tem uma experi ncia de frustra o se for ado a tomar uma decis o ou se decide negar a frustra o ou se decide modific la Quando a decis o tomada a de negar a frustra o e se continua a neg la a consequ ncia um empobrecimento da percep o da realidade Na situa o extrema da nega o da frustra o encontramos as bases da psicose j que a aus ncia de contacto com a realidade a sua problem tica fundamental O dio frustra o facilmente estendido e acaba por abarcar a pr pria realidade ou at abarcar aquela parte do aparelho mental de que a percep o da realidade e da frustra o depende H v rios graus de intoler ncia frustra o e h v rios n veis de intensidade com que se tenta negar a frustra o Quando a intoler ncia e o grau de intensidade da nega o moderado o indiv duo est na posse de um estado de esp rito adequado ao predom nio do principio da realidade
101. a algo de novo de diferente de desconhecido Se a minha expectativa era encontrar o desconhecido ela foi totalmente preenchida Bastou me a 1 aula para perceber isso Eram s mbolos ideias rabiscos e frases incompreens veis para os meus ouvidos O professor Amaral Dias terminava os seus racioc nios com uma express o de isto obvio que me fazia sentir ignorante pois nada percebia do que ele dizia Fazer o outro sentir se ignorante talvez n o seja a forma mais amig vel de estabelecer uma rela o mas a verdade que me estimulou a curiosidade e incrementou o meu desejo de investigar de compreender e perceber Para tentar compreender e perceber o professor Amaral Dias foi me dado a conhecer Bion W R Bion foi para mim um professor dif cil de entender tal como Amaral Dias Bion fazia me sentir ignorante e pouco inteligente Lia e voltava a ler Comecei pelos livros de introdu o e depois os outros e os outros e novamente os livros de introdu o e os outros e os outros Muitas vezes parecia me arrogante e pretensioso Parecia me que complicava as coisas simples e que n o dava os devidos esclarecimentos s coisas complexas Explicava de forma demasiado sint tica e pouco esclarecedora O meu companheiro testemunha que muitos foram os meus momentos de desespero e desesperan a Mas em cada volta em cada nova leitura percebia um pouco mais e sem saber bem como fiquei a perceber o professor Amaral Dias a
102. a calculadora n o substitui o conhecimento acerca dos n meros e das suas opera es a nossa Tabela Electr nica tamb m n o substitui a necessidade de se ter conhecimentos profundos sobre o seu significado e o seu manuseio Uma crian a que desconhe a o significado dos n meros e das suas opera es pode brincar com uma calculadora mas n o tira dela qualquer proveito da mesma forma qualquer pessoa poder atribuir classifica es aos enunciados no sentido em que associa a um enunciado algumas casas da tabela mas ser incapaz de tirar qualquer vantagem ou proveito desta ferramenta 183 A Tabela A elementos Anterior Pr ximo B elementos a Tem essa ideia dos pulm es perfurados h quantos anos E os gt Terapeuta fico dedutivo alg brico Figura 11 Ecr 4 A Tabela ar SE a 33 o m 2 BE fesfjafsfslelsz J EH n o go ELi m um q o gt EE El ES E eat LE Hip tese Defini erie pr concep o 20 Neste ecr existe uma caixa de texto onde aparece o enunciado completo Por cima dessa caixa aparecem dois bot es um de PR XIMO e outro ANTERIOR Estes bot es permitem navegar pelos diversos enunciados o bot o Pr ximo permite que o utilizador passe a visualizar o enunciado seguinte e o bot o Anterior permite que o utilizador passe a visualizar o enunciado anterior Logo por baixo do enunciado o utilizador pode ver o sujeito do enunciado
103. a de impress o 10 11 1998 6 3 0 0 0 0 15 79 19 6 li 36 7 19 6 43 0 27 5 3 8 o 6 3 17 6 Yo EE Hip tese definit ria EB Nota o Indaga o Ac o EB Psi enunciado falso Mi Aten o EE Decis o Pag 1 EXEMPLO 2 PROF DOUTOR CARLOS AMARAL DIAS A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Resumo de Sess o Titulo Sujeito Sess o 1 Enunciado Data de impress o 10 11 1998 Cotac o Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Diz que n o conseguiu arranjar lugar para o carro e que hoje teve um primeiro dia de aulas que adorou Senti que estava a desmaiar n o tinha dormido nada Adorei Tive uma semana horrorosa Tive uma semana horrorosa N o sei se estou gr vida Podia ser de duas pessoas Passei a semana em p nico Em parafuso Discuss es com amigas que me chamaram agressiva fria cida n o consigo digerir esta faceta agressiva Tive um sonho H muito tempo que n o sonhava com a minha m e Sonhei que ela estava afectuosa amig vel a falar comigo com olhos ternurentos t o surpreendida Gostei desse sonho Ela estava me a contrariar mas de uma forma meiga compreensiva tolerante Os olhos tinham muito calor Nunca mais pensei na minha m e Nunca tive um sonho amig vel com a minha m e Bolas
104. a do indiv duo n o podendo ser vistos como fases a atingir e a ultrapassar Em qualquer altura uma personalidade pode evoluir estagnar ou sofrer uma regress o por regress o entende se que existe uma invers o do processo que leva evolu o e n o a mudan a de uma posi o mais evolu da para uma menos evolu da a pessoa n o regride para uma fase evolutiva em que esteve anteriormente mas passa a utilizar mecanismos para lidar com a realidade que s o menos sofisticados que s o nesse sentido mais primitivos Sobre este assunto encontramos no livro Estudos Psicanaliticos Revisitados o seguinte frase Em suma para se entender a natureza do desvio do paciente frente ao normal no RE E E E i necess rio se ter uma ideia de normal que n o seja em si um afastamento do normal Os analistas frequentemente se referem a fases iniciais e avan adas da vida an mica A explica o que entende por Ideia que representa pela letra J e torna claro que I representa a realidade uke o ae x a ps quica que engloba o pensamento mas que n o se limita a ele e a Sigla I oriunda da palavra ideia e todas as suas realiza es inclusive as que o pensamento representa a sigla I se destina a representar os objectos psicanal ticos compostos de elementos a produtos da fun o ot 66 foes keg a a O problema psicanal tico de crescimento de que a solu o harmoniosa est na rela
105. a fora da personalidade atrav s da identifica o projectiva Na medida em que deixam de fazer parte da personalidade s o vividos pelo paciente como objectos externos reais Estes objectos constituem se como objectos bizarros que s o utilizados pelo paciente como se fossem prot tipos de ideias que mais tarde se tornam palavras Esta utiliza o indevida cria uma enorme confus o no paciente que passa a achar que as palavras s o as pr prias coisas que elas designam Nesta medida o paciente fica perplexo quando constata que os objectos obedecem s leis das ci ncias naturais e n o s leis do funcionamento mental Por esta raz o o paciente psic tico igualiza mas n o simboliza O paciente psic tico nutre uma enorme hostilidade em rela o ao aparelho mental seu ou dos outros porque este o p e em contacto com a realidade externa e interna O problema do paciente psic tico est vinculado predomin ncia do principio do prazer dor e atinge a sua singular qualidade porque o principio do prazer dor hegem nico tem de funcionar no mbito do prazer e da dor endops quica O paciente n o pode contar com nenhuma solu o adequada para os problemas do prazer dor que provenha do mundo da realidade externa O problema do psic tico um problema da gest o do conflito instaurado pelo principio do prazer dor ao n vel endops quico Em ocasi es em que a personalidade n o psic tica ou parte dessa personalidade emprega a repress
106. a forma estimular a utiliza o deste instrumento fant stico que a Tabela de Bion agora revista e modificada por Amaral Dias Metodologias processos e decis es A Tabela conceptualiza por Bion uma proposta de organiza o e visualiza o de uma grande parte do corpo te rico por ele desenvolvido ao longo de v rios anos A Tabela pretende ser um instrumento facilitador da an lise da mente humana e uma forma compacta de por em evid ncia e em rela o muitos dos conceitos Bionianos A teoriza o desenvolvida p r Bion extremamente complexa outra coisa n o seria de esperar j que a mente humana talvez o fen meno mais complexo que ela pr pria foi capaz de se aperceber Quer nos refer ramos totalidade do corpo te rico desenvolvido por Bion quer nos restrinjamos apenas Tabela estamos perante desenvolvimentos te ricos de elevada complexidade j que eles pr prios tentam dar conta de uma realidade hiper complexa A informatiza o da Tabela de Bion torna se imposs vel a n o ser que se tenha em conta a enorme complexidade que lhe est subjacente Por outro lado o pr prio processo de informatiza o tem determinadas exig ncias espec ficas que est o intimamente relacionadas com as ferramentas software e hardware utilizadas pelo programador respons vel pela concretiza o do projecto A consuma o deste projecto e o dar luz um programa verdadeiramente til para o cl nico e ou 150 inv
107. a m o de todos os mecanismos que se encontram sua disposi o inclusive a linguagem A linguagem ao servi o da compuls o a evitar o contacto com a dor ps quica tem como inten o ocultar o pensamento e n o a de o elucidar ou transmitir Por outro lado a pr pria linguagem na medida em que restritiva p e em evid ncia o negativo A consci ncia dessa restritividade e do negativo induz sofrimento ps quico na exacta medida em que frustra o intento da linguagem A linguagem enquanto forma de comunica o surge como frustrante per si e nessa medida a compuls o pode ir no sentido de utilizar a alucina o como forma de comunica o que n o padece das mesma restri es que a linguagem Verifica se assim que a palavra utilizada tanto para expressar a comunica o verbal como para expressar as transforma es em alucinose Contudo a palavra que representa o pensar apesar de semelhante n o igual que representa a alucina o As alucina es n o s o representa es s o coisas em si advindas da intoler ncia frustra o e da presen a de desejo Na esfera da alucinose o acontecimento mental transforma se numa impress o sens vel O acontecimento mental uma vez que passa a equivaler a uma impress o sens vel n o possui significado mas proporciona prazer ou sofrimento Desta forma o fen meno mental transforma se em elemento B Este elemento B evacuado e reintroduzido estimula o prazer ou o sofrimento
108. a mesma forma que ele coloca objectos dentro dos outros esfor a se para voltar a controlar as part culas expelidas As part culas expelidas de volta personalidade s o amontoadas aglomeradas e comprimidas constituindo os elementos pseudo simbdlicos PE Epis E 78 utilizados pelos psic ticos que se revelam numa linguagem altamente compacta A parte n o psic tica da personalidade no paciente psic tico apercebe se de que a introjec o conduz forma o do pensamento inconsciente e nesta medida d a conhecer parte psic tica da personalidade a necessidade de atacar todo e qualquer pensamento ou seja todo e qualquer mecanismo que conduza consci ncia da realidade externa e interna A parte n o psic tica da personalidade v se assim desprovida do material com que se formam os pensamentos elementos Q e incapaz de progredir Para al m do pensamento primitivo ser atacado em virtude de ligar as impress es dos sentidos consci ncia os elos de liga o no interior do pr prio processo de pensamento tamb m s o atacados e destru dos Em consequ ncia destes 15 In Estudos Psicanaliticos Revisitados Desenvolvimento do pensamento esquizofr nico e Diferencia o entre a personalidade psic tica e a personalidade n o psic tica P g 47 77 Ver refer ncia bibliogr fica 15 81 ataques aos v nculos torna se praticamente invi vel juntar dois objectos mantendo intactas as suas qualidades intr ns
109. a nota o de uma experi ncia A analista insiste fazendo uma interven o igual sua primeira Coloca se novamente ao n vel das estruturas m ticas e evidenc a a inten o de levar a mente do paciente e a sua a prestar aten o sobre um qualquer fen meno D4 D4 O paciente acompanha a analista e eleva o seu pensamento para a categoria m tica ficando ao mesmo n vel que ela Este acompanhar da analista pouco est vel e antes mesmo de terminar a sua interven o a qualidade do seu pensamento cai para forma o de enunciado falso As hesita es e a dificuldade em manter o pensamento est vel num n vel elevado e que vise a matura o da personalidade provavelmente revelador de psicopatologia A analista faz uma interven o razoavelmente complexa estabelecendo uma hip tese definit ria e depois centrando a a sua aten o DISD45F45D4 O paciente recupera a qualidade do seu pensamento para o n vel dos pensamentos oniricos e faz nota o de uma experi ncia Parece sentir 213 novamente dificuldade em manter se a este n vel e cai na formac o de enunciados falsos As tentativas para elevar a qualidade do seu pensamento parecem ser penosas e a progress o aborta 9 A analista desce pela 1 vez a qualidade da sua interven o e coloca se ao n vel dos pensamentos oniricos ao mesmo tempo que enuncia a 1 indaga o 10 O movimento anteriormente descrito parece ter um efeito muito positivo na mente do
110. a se a emerg ncia de proto pensamentos De seguida iremos passar an lise do gr fico Pie que exibe as propor es em que o psicoterapeuta utiliza as v rias modalidades de usos Observando o gr fico rapidamente nos apercebemos que 1 Existe uma distribui o quase regular da utiliza o de 5 usos enunciado falso hip tese definit ria indaga o aten o e nota o 2 A coluna n 2 Psi Enunciado falso foi a modalidade de utiliza o de pensamento mais utilizada pelo psicoterapeuta ao longo de toda a sess o Coluna n 2 27 5 3 72 5 das interven es do psicoterapeuta foram utilizadas com intuito de permitir a matura o do pensamento e o contacto com a verdade Por ltimo vamos analisar e observar o gr fico de barras que permite fazer uma leitura de acordo com os valores ponderados A leitura do gr fico evolu o do pensamento para o psicoterapeuta permite nos confirmar as conclus es elaboradas pela an lise das estat sticas e inferir outras que se mantinham at aqui insuspeitadas e Preponder ncia da utiliza o de mecanismos que revelam um modo de funcionamento da parte n o psic tica da personalidade e A actividade da parte n o psic tica da personalidade pontualmente interrompida por incurs es da parte psic tica da personalidade e A actividade da parte psic tica da personalidade diminuta mas vai se tornando progressivamente mais frequente e O psicoterapeuta evid
111. a verdade de um pensamento testada no contacto com a realidade e s a ele ganha ou perde Antes desta prova todos est o ao mesmo n vel nem verdadeiros nem falsos nem modernos nem antigos 5 Tbidem P g 28 Ver refer ncia bibliogr fica 27 19 Sintetizando poder amos dizer que Bion utiliza os pensamentos de muitos e diversos autores psicanalistas e n o psicanalistas como se fossem instrumentos ao dispor da investiga o Com estes instrumentos ele investiga uma realidade que foi denominada por Freud de Psican lise Investiga a Psican lise e investiga o objecto de estudo da psican lise a mente humana Como qualquer outro investigador Bion tem uma produ o que lhe pr pria e que se distingue com toda a clareza dos instrumentos que utilizou nessa investiga o 20 4 O pensamento de W R Bion W R Bion inovou e revolucionou a psican lise Como j referimos no cap tulo anterior Bion modificou profundamente a maneira de pensar a psican lise desenvolvendo v rios modelos que permitem abordar a realidade de uma forma geral e a mente humana em particular Neste cap tulo pretendemos elaborar uma descrig o sum ria do trabalho realizado por Bion dando conta das suas contribui es mais importantes Esta tarefa deveras dif cil porque a obra de Bion n o se presta a ser dividida e esquartejada A forma como o seu pensamento evolu ao longo de um determinado livro ou texto n o linear O leito
112. actamente sobre o exame minucioso do pensamento verbal nestes pacientes que Bion constitui as ra zes das suas teorias sobre a psicose e mais tarde sobre a psicopatologia geral Bion comegou por perceber que a linguagem verbal utilizada pelo esquizofr nico de 3 maneiras diferentes sob a forma de uma ac o como um m todo de comunica o e como uma forma de pensamento Observou tamb m que parecia haver uma incoer ncia entre o modo de utiliza o da linguagem verbal e as exig ncias da realidade Uma determinada situa o real exige a utiliza o de uma determinada forma de aplica o da linguagem que n o posto em marcha pelo paciente por exemplo para compreender porque que algu m est a tocar piano necess rio utilizar a linguagem como forma de pensamento mas o esquizofr nico poder utiliz 74 la como ac o etc A linguagem verbal como forma de ac o por exemplo quando confrontado com a situa o de estar num lugar quando deveria de estar noutro ou seja quando confrontado com um problema cuja a solu o depende da ac o o esquizofr nico recorre ao pensamento pensamento omnipotente como forma de transporte constantemente utilizada pelo esquizofr nico Muitas vezes a linguagem enquanto ws ape E W Ey forma de ac o encontra se ao servi o da identifica o projectiva Assim a 13 Ao abordar este tema atrav s do exame do pensamento verbal cor
113. acuaci n similar a los movimientos de la musculatura cambios de expresi n etc que Freud describi como tendientes a desembarazar a la personalidad de los incrementos de est mulos y no a efectuar cambios en el ambiente un movimiento muscular una sonrisa por ejemplo debe interpretarse en forma distinta de la sonrisa de una personalidad no psic tica e La actividad que tiene lugar bajo el predominio del principio del placer tendiente a liberar a la personalidad de inerementos de est mulos es reemplazada en la fase de 100 de que o paciente est a alucinar E de notar que Bion estende amplamente o conceito de alucinac o Os elementos B podem ser amalgamados e comprimidos construindo aquilo que Bion chama de Barreira ecr de elementos f Este ecr organiza uma esp cie de objectos que se observam na pr tica cl nica com pacientes psic ticos Os pacientes psic ticos por apresentarem um predom nio de elementos B s o altamente prof cuos em exibir objectos desta natureza Na p gina 23 do livro Aprendiendo de la experiencia Bion faz uma pequena mas precisa descri o de como o ecr de elementos se apresenta observa o na de pr tica cl nica Clinicamente esta pantalla de elementos beta se presenta a la observaci n casual como imposible de distinguir de un estado confuso y en particular de cualquiera de esa clase de estados confusos que semejan sue os a saber 1 Una producci n de frases o im g
114. ade Por paix es entende se tudo aquilo que se inclu u em L He K e I Denominado de Ideia Este elemento pertende representar as ideais inclusivamente as que surgem no seio do pensamento destina se a representar os objectos psianaliticos compostos de elementos a produtos da fun o ot Por fun o o entende se que transforma as impress es sens veis em elementos que se armazenam aptos a uso no sonho e noutros pensamentos A sigla R associa se sigla J na medida em que J se emprega para preencher o iato entre o impulso e a sua satisfa o A nota o R d conta que o impulso alcan ou outra finalidade que n o a modifica o da frustra o durante a espera 46 personalidade e que na mente do analista s o representados pelas impress es dos sentidos o mito e a paix o Estes elementos s o ent o coisas cuja concretizac o depende da personalidade do paciente que se tornam vis veis 4 mente do analista atrav s da impress es que este ltimo tem nos seus sentidos nos mitos que desenvolve e na paix o que vive Sintese realizada por n s das p ginas 12 13 e 14 do livro Elementos em Psican lise Ver refer ncia bibliogr fica 14 ess A dificuldade estabelecer emprego similar ou conven o que defina a natureza do sentido mediante que percebemos o elemento psicanal tico e o que lhe equivale definir lhe a natureza das dimens es In Elementos em Psicanalise P g 22 Ver refer ncia bi
115. ade com que Bion utiliza a palavra pensamento Bion utiliza a palavra pensamento em sentido lato e em sentido estrito mas em ambos os casos existe uma precis o grande no termo penso que talvez fosse til pensar se n o numa psicopatologia do pensamento mas numa psicopatologia da Ideia Bion nos livros Elementos em Psican lise e Aprendendo com a experi ncia 70 No livro Aten o e Interpreta o Bion diz que o problema psicanal tico o do crescimento Nesta medida a perturba o do pensamento uma perturba o do crescimento da matura o da personalidade Relacionar as perturba es do pensamento com perturba es do crescimento poder levar o leitor a p r em marcha uma penumbra de associa es que inclua a no o de fases numa perspectiva gen tico evolutiva como a que foi elaborada por Freud necess rio protegermo nos contra a invas o desta penumbra associativa j que Bion faz um corte radical com esta no o Este corte talvez o mais radical aquele que mais contribui para que se possa falar de uma corrente Bioniana isto para que se possa falar de um verdadeiro corte epistemol gico com as outras correntes da psican lise Relacionar as perturba es do pensamento com as perturba es da matura o da personalidade nada tem haver com a instaura o de uma vis o gen tico evolutiva Os processos que visam o desenvolvimento da personalidade est o constantemente activos ao longo de toda a vid
116. ado corresponda apenas a uma classificag o numa das categorias da tabela Por motivos que se prendem com a necessidade de sermos concisos n o iremos referir nos a cada uma das 34 c lulas de forma detalhada iremos apenas referir algumas devido sua particular import ncia para o trabalho anal tico Bion no livro Elementos em Psican lise diz que a interpreta o proferida pelo 114 Esta analista dever ser poss vel de catalogar em simult neo nas linhas C D e G sugest o levanta algumas dificuldades de ordem pr tica e te rica Em primeiro lugar verificamos que a linha G origina apenas uma c lula til a G2 A c lula G2 denota a falsidade associada ao sistema cientifico dedutivo isto qualquer corpo te rico por melhor que seja em termos da sua capacidade explicativa da realidade organiza se como uma resist ncia ao emergir de O Desta forma Bion estaria a propor que a interpreta o possu sse um elemento de falsidade logo um elemento K esta ideia parece nos pouco adequada e l gica Por outro lado Bion refere se interpreta o ou mais concretamente ao objecto psicanal tico como devendo estender se ao dom nio dos sentidos dos mitos e da paix o O confronto entre estes dois par grafos o da 114 3 i PE A E a No capitulo 3 sugiro que o objecto psicanal tico apresenta tr s dimens es os sentidos a mitologia e a teoria anal tica Traduzo o em termos de categorias da grade af
117. ais 23 Abandono da posi o esquizo paran ide e da cis o que a acompanha 3 Correc o das cis es e entrada na posi o depressiva Desta forma Bion relaciona o pensamento verbal com a capacidade para integrar associando assim o seu aparecimento com a ascens o posi o depressiva fase de s ntese e integra o activa definida por M Klein O pensamento verbal ao agu ar a consci ncia da realidade ps quica e portanto da depress o vinculada destrui o e perda de objectos bons pode levar o paciente a sentir que a rela o que se estabelece entre a posi o depressiva e o pensamento verbal do tipo causa e efeito O paciente pode ent o perceber que se evitar o pensamento verbal evitar concomitantemente a dor ps quica associada entrada na posi o depressiva Quando o pensamento verbal n o foi evitado o paciente sente a necessidade de o destruir pois a sua exist ncia vivida como causadora de sofrimento ps quico A forma como o paciente tende a destruir o pensamento verbal atrav s da utiliza o da identifica o projectiva aspectos das rela es de objecto do esquizofr nico em que ele ou divide os objectos ou neles penetra e sai In Estudos Psicanaliticos Revisitados Notas sobre a teoria da esquizofrenia P g 35 Ver refer ncia bibliogr fica 15 1 Notas sobre a teoria da esquizofrenia Trabalho lido no Simp sio A Psicologia da Esquizofrenia no 18 Co
118. ais verdadeiro 31 2 Ao estudar o m todo cientifico Bion apercebeu se de que ele segundo um determinado prisma profundamente subjectivo Bion considera que o contacto com a realidade e o processo de indu o reflex o sobre um conjunto de dados acumulados levantam quest es sobre aquilo que percebido como real Para ele as hip teses fundamentais ao processo cientifico s o a resposta natural da mente humana para tentar lidar com essas quest es 2 Contudo a hip tese levantada nem sempre visa responder quest o colocada pelo contacto com a realidade ou pelo processo de indu o Ainda de acordo com o pensamento de Bion o levantamento de hip teses est intrinsecamente relacionado com a capacidade individual do investigador para 2 30 escolher o facto seleccionado isto com a selec o de um facto que d nome e 8 My theory is that contact with reality induces questions and that the process of induction gives rise to questions The hypothesis is inspired by the need to deal with not necessarily to answer the question It may still be true that the hypothesis does answer the question but that may only be because in a particular instance there is an answer that would deal with the question In Cogitations N o datado P gina 190 1 22 I think the fault lies in the belief that the inductive method consists of the collection of data and the inference from the data ob
119. al A Dr Ana tem me dado A7 A2 A7 A2 medicamentos e disse que assim n o havia necessidade de estar internado e de me amputarem a perna Ent o ando a tomar esses medicamentos para isso Quando sair daqui levo uma carta de recomenda o ou qualquer outra coisa do g nero a dizer que eu estive aqui e que psicol gicamente n o aguento que eles me cortem a perna Isso para mim era o fim do mundo o que que eu ia fazer a andar ainda mais aflito Terapeuta Mas o Emanuel com estes medicamentos ainda sente formigueiro na F2 perna que est paralisada Paciente Sim e por vezes sinto o formigueiro s no p Deixei passar muito ttmpoe A7 A2 A7 A2 isso foi uma estupidez minha Deixei passar 5 anos desde que fizeram isto Eu estava a trabalhar ou estava a estudar e n o queria interromper Fui deixando andar como n o tinha o formigueiro na perna nem nada Quando comecei a ter isto fui logo ao hospital mas realmente j era tarde Terapeuta O Emanuel n o acha que estas coisas que tem estas doen as s o medos F2 F2 s o ideias s o sentimentos Nas pernas Porque n o tem nada Paciente N o isto real F2 Terapeuta Est bem real O sentimento pode parecer que est a ser magoado n o C5 C2 Nos pulm es e nas pernas acho que estava a falar da tristeza que ficou com a morte do seu av Parece que ficou com medo de morrer Paciente Pois exacto Eu tamb m j pensei nisso e disse isso minha m e AT7 F7 Realmente se eu n o tiver
120. alyst is in the curious position of studying a subject that illuminates the most ineradicable source of unscientific inquiry namely the human mind using that same mind as his scientific instrument and having to do so without the comfort of thinking his observations are made by an inanimate machine that by virtue of being dead must be objective But clearly an inability to be satisfied that the methods of scientists of other disciplines are scientific decreases rather than increases the psycho analyst s hope to be more successful Yet the attempt must be made to use psychoanalytic experience to improve on classical scientific method and to use such improvements to fortify the procedures we employ In Cogitations Metatheory N o datado P g 244 34 a SE Ultimately a science stands or falls in proportion as it is a valid technique for discovery and not by virtue of the knowledge gained This last is always subject to supersession indeed supersession of findings by new findings is the criterion by which vitality of the subject is judged In Cogitations P g 190 In the natural sciences the quantum mechanical theories have disturbed the classical concept of an objective world of facts which is studied objectively And the work of Freud has at the same time excited criticism that it is unscientific because it does not conform to the standards associated with classical physics and chemistry it
121. amento das t cnicas psicoterap uticas nunca se deixando arrastar pela press o exercida pela mente do paciente 215 Conclus es Ap s a an lise detalhada destes 3 exemplos pensamos ter deixado claro que a aplica o BION pode facilitar o trabalho do psicoterapeuta e do investigador permitindo manusear a informa o com maior rapidez e abrir a mente do utilizador como um abre latas analogia utilizada por Bion Os casos apresentados nos exemplos j tinham sido previamente cotados pelo que as quest es relacionadas com a cota o e classifica o foram escamoteadas Esta situa o foi intencional porque pretend amos discutir a poss vel utilidade de um programa como o que foi por n s desenvolvido e n o argumentar sobre as classifica es propriamente ditas Pensamos contudo que este assunto tem uma enorme pertin ncia j que a cota o a base sobre a qual tudo o resto trabalhado Se existirem incorrec es a este n vel tudo o resto estar necessariamente incorrecto Partimos do principio de que as cota es de todos os exemplos estavam correctas e quisemos demonstrar que trabalhando esses dados com a ajuda do programa BION se poder ir mais longe levantando novas hip teses Os casos apresentados s o bastante diferentes entre si o primeiro caso trata se claramente de um paciente psic tico enquanto que no 2 e no 3 isso j n o t o evidente Pensamos inclusivamente que o paciente do 3 exem
122. ao significado que encerram Compete nos abstrair tais elementos libertando os das combina es que mant m e da peculiaridade que os acompanha oriunda da realiza o que primeiro se destinam a representar 26 Os problemas do instinto e da emo o pertencem ao corpo principal da teoria psicanal tica e cumpre consider los entre os elementos em psican lise tal aparecem na clinica psicanal tica In Elementos em Psican lise P g 86 Ver refer ncia bibliogr fica 14 7 Ao usar a sigla J entendo represente a tabula o inteira ou um ou mais compartimentos que diferencio por coordenadas In Elementos em Psican lise P g 39 Ver refer ncia bibliogr fica 14 2 As interven es do analista s o na grande maioria das vezes interpreta es A atribui o de uma determinada classifica o interpreta o dada obriga o analista a reflectir sobre o seu pensamento quer no que respeita ao grau evolutivo quer em rela o ao tipo de funcionalidade uso que lhe conferiu 95 Ao classificar os enunciados do paciente o analista permite se a realizar um exerc cio de especula o que poder ser extremamente til dado que as caracter sticas inerentes ao setting anal tico tendem a produzir uma certa monotonia que culmina muitas vezes na satura o quase completa de toda e qualquer pr concep o que o analista tenha sobre o paciente O facto do analista estar em contacto com o paciente 3 4 vezes por semana
123. ao individuo O conceito ou a concep o funcionam como um conte do que se pode alojar em outros continentes que podem ser outros pensamentos O facto seleccionado que organiza uma penumbra de associa es dependendo da perspectiva um continente ou um conte do conte do enquanto organiza e define uma determinada rela o com os elementos que o comp em e continente porque se encontra apto a receber uma determinada quantidade de fen menos A posi o esquizo paran ide obriga a exist ncia de um continente que aceite e recolha os fragmentos e a posi o depressiva cria um conte do dispon vel para ser projectado e para sondar a realidade A tabela foi desenvolvida com o intuito de servir como ferramenta para monitorizar o desenvolvimento mental e o desenvolvimento mental consiste num acr scimo de capacidade para perceber a realidade e num decr scimo da for a inibit ria das ilus es A tabela deve ser capaz de registar o desenvolvimento no sentido do aumento da capacidade para perceber a realidade mas tamb m deve ser capaz de registar o 120 Considera se PS uma nuvem de particulas capazes de se conglomerar em D e D objecto capaz de se fragmentar e difundir como PS As particulas PS encaram se como nuvem de incerteza e mais frente Observa se que PS funciona como forma de 9 In Elementos em Psican lise P g 55 Ver refer ncia bibliogr fica 14 125 desenvolvimento no sentido inverso ou seja
124. ar determinados elementos Os elementos nesta situa o os elementos s o as casas da Tabela s o cotados lhes atribu do um determinado valor segundo um determinado grau numa mesma dimens o neste caso a dimens o ser a evolu o do pensamento e o grau ser o grau de sofistica o Desta maneira elaboramos uma lista onde colocamos todos os pares ou seja todas as casas da Tabela ordenadas segundo o seu grau de sofistica o Num extremo da nossa lista temos o elemento mais primitivo de todos e no outro extremo o elemento mais sofisticado de todos Depois de elaborada a lista atribu mos valores a cada uma das casas tendo em considera o os 130 Cronbach Lee J Essentials of Psychological Testing Ver refer ncia bibliogr fica 20 165 crit rios estipulados A aplicag o desta t cnica sorting de acordo com os crit rios estipulados anteriormente s diversas casas da Tabela permitiu a convers o das casas da Tabela em valores valores ponderados Para realizar o sorting definimos em 1 lugar qual deveria de ser a casa que teria o valor negativo mais elevado a casa que teria o valor positivo mais elevado e a casa que corresponderia ao valor 0 Os outros valores foram distribu dos hierarquizados de acordo com os princ pios definidos previamente levando em considera o que e Os proto pensamentos s o significativamente mais primitivos que todos os outros Os elementos s o bastante mais primitivos que os el
125. ara complicar a an lise quando se obt m suficiente progresso A exist ncia de uma personalidade n o psic tica paralela personalidade psic tica embora obscurecida por esta ltima depende disso do facto de o ego conservar contacto com a i 68 realidade Em s ntese tentar perceber a psicopatologia de Bion cria um sentimento de estranheza que dificulta o entendimento Este sentimento de estranheza deve se ao facto de n o ser uma abordagem gen tico evolutiva a que todos n s estamos muito habituados A aus ncia de um eixo gen tico evolutivo que possa guiar o nosso pensamento e entendimento e a coexist ncia em simult neo de v rios acontecimentos na mente humana que estamos a analisar concorrem para a dificuldade que um qualquer psic logo ou analista sente quando se debru a sobre a obra de Bion Uma das consequ ncias da aus ncia de abordagem gen tico evolutiva a perda acentuada da import ncia da vida infantil como organizador e condicionador da vida 68 us os E E otek In Estudos Psicanal ticos Revisitados Diferencia o entre a personalidade psic tica e a personalidade n o psic tica P g 59 Ver refer ncia bibliogr fica 15 73 adulta Vimos no cap tulo anterior que Bion definiu o objecto da psican lise como a relag o que se estabelece entre paciente e analista quando ambos de dedicam a investiga o da mente do paciente Nesta altura j nos t nhamos apercebido de uma queda ace
126. as sobre a paciente podemos verificar que a b A paciente utilizou predominantemente o pensamento ao n vel das narrativas e estruturas m ticas D 55 Uma parte significativa das interven es da paciente D2 30 00 foram mitos e estruturas narrativas m ticas que visavam impedir e ou dificultar o contacto com a verdade e a realidade A paciente utilizou com igual frequ ncia mitos e estruturas narrativas m ticas sobre a forma de nota o de experi ncias e pr concep es quer sobre uma forma resist ncial quer na tentativa de fazer nota es de experi ncias 203 c Todos os outros n veis e modalidades de utiliza o do pensamento s o inferiores a 8 e portanto menos significativas Das informa es e observa es atr s referidas pode concluir se que a paciente se encontrava sobre o predom nio da rea psic tica da mente mas fazendo recurso a enunciados falsos como forma de evitar o contacto com a realidade e a verdade Continuando a observar e a analisar os dados fornecidos pela folha de estat sticas referente paciente verificamos que e N o poss vel identificar varia es ao longo das interven es que nos possam orientar no sentido de perceber uma tend ncia de evolu o do pensamento desta paciente e H medida que a sess o decorre a paciente parece manter o mesmo ritmo e a mesma incid ncia De seguida iremos passar an lise do gr fico Pie que exibe as propor es
127. as suas interpreta es pessoais sobre os acontecimentos que se passam na sua pr pria vida e a maneira como ele interliga estes acontecimentos aos acontecimentos que se passam sua volta In Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 13 Ver refer ncia bibliogr fica 3 A categoria C definida por Amaral Dias Pensamentos oniricos e sonhos est muito mais ligada ao sensorial do que a categoria D definida por Amaral Dias Mitos Para al m do sensorial ter uma import ncia capital nesta distin o ainda poss vel referir que a categoria C se processa em reas da mente muito mais pr ximas do inconsciente e do pr consciente do que a categoria D Tendo em considera o que com a teoria desenvolvida por Bion n o faz mais sentido falar de rea inconsciente pr consciente e consciente poder amos dizer que a categoria C reflexo imediato da barreira de contacto enquanto que a categoria D se organiza a partir de uma certa cristaliza o de elementos oriundos da barreira de contacto Esta subdivis o tem implica es ao n vel das categorias em que o analista se deve colocar quando elabora e fornece a interpreta o No capitulo anterior foi dito que segundo Bion a interpreta o fornecida pelo analista deve ser categoriz vel em C De F levando em linha de conta a modifica o introduzida por Amaral Dias poder amos dizer que a interpreta o fornecida pelo analista deve ser cat
128. bliogr fica 14 C investiga o psicanalitica formula permissas diferentes das da ciencia comum como o s o as da fiosofia ou teologia Os elementos psicanal ticos e objectos deles derivados apresentam as seguintes dimens es 1 Estendem se ao terreno dos Sentidos 2 Estendem se ao terreno dos mitos 3 Estendem se ao terreno das paix es Ibidem 47 Bion O Psicanalista que investiga a mente humana Bion desenvolveu tr s teorias principais que dizem respeito ao modo de funcionamento da mente humana Algumas destas teorias est o directamente relacionadas com as descobertas relacionadas com a epistemologia e portanto com a preocupag o em levar a psican lise ao rigor cientifico Esta preocupag o permitiu lhe observar uma s rie de fen menos que at ent o estavam obscurecidos As tr s teorias principais de Bion s o na nossa opini o a Teoria do Pensamento a Teoria do Conhecimento e a Teoria das Transforma es Nas Teorias do Pensamento e do Conhecimento Bion desenvolveu a Teoria das fun es e a Teoria da Fun o o Esta ltima tem uma import ncia fundamental como organizador de todo o corpo te rico As teorias do conhecimento e do pensamento est o intimamente relacionadas j que poder aceder ao pensamento tamb m poder aceder ao conhecimento contudo o inverso j n o correcto Pode ter se conhecimento sobre a realidade sem que se tenha desenvolvido o pensamento No artigo Uma teoria
129. btidos nesta investiga o Duas outras obras Attention and Interpretation e Learning from Experience s parcialmente d o conta desta investiga o mas n o deixam de ter material fundamental para a compreens o do que se passa no aqui e agora da sess o anal tica Na p gina 6 do livro Transformations encontramos Throughout this book I suggest a method of critical approach to psycho analytic pratice and not new psycho analytical theories Na p gina 11 do livro Elementos em psican lise enuncia algumas dificuldades com que a psican lise se debate e prop e ao longo do resto do livro solu es para essas mesmas dificuldades Sendo as teorias psicanal ticas misto de material de observa o e dele a abstrac o s o acoimadas de n o cientificas Demasiado especulativas de imediato isto mais representando a observa o que aceit veis como sendo a e concretas em excesso para a flexibilidade que permite abstrac o se una realiza o A falha pois d plice de um lado a descri o dos dados emp ricos insatisfat ria tal se manifesta no descrito em linguagem coloquial mais como teoria sobre o que ocorre que relato factual do ocorrido e de outro a teoria que o 44 ocorrido n o satisfaz os crit rios aplic veis teoria tal se emprega o termo para descrever os i 5 S e i 3 i 42 sistemas em uso na investiga o cientifica r gorosa e Foi
130. ca a sess o e por ltimo analisa a sess o analisando o resultado da classifica o Com base nesta informa o tom mos a decis o de separar a aplica o em tr s grandes blocos funcionais independentes 157 Registo das informa es do paciente e das ses es Registo dos dados do paciente Registo dos enunciados da sess o Cota o dos enunciados registados Visuzaliza o e an lise dos dados Parameteriza o do modelo An lise Co gt Parameterizag o e estatistica dos aferig o dos dados valores Co gt An lise evolutiva interactiva dos e O bloco de registo de informa es do paciente e das suas consultas em que se efectua o registo dos enunciados de cada sess o bem como da sua cotag o de acordo com a tabela de Bion na sua vers o aumentada de acordo com as propostas de Amaral Dias e O bloco de an lise de dados no qual se analisam os dados de cada sess o ou grupo de sess es 158 e O bloco de parameteriza o do modelo de an lise no qual se alteram os par metros necess rios ao modelo que efectua a an lise dos dados Esta estrutura tem como objectivo simplificar o trabalho do utilizador permitindo que em paralelo se desenvolva um trabalho de investiga o o desenvolvimento e ajuste do modelo de an lise de dados Seguindo este racioc nio foi decidido colocar o terceiro m dulo o m dulo de parameteriza o do modelo n
131. cess ria a exist ncia de um sistema de nota o adequado express o da observa o Foi com a preocupa o de levar a psican lise ao rigor cientifico que Bion a repensou O corpo te rico e a pr tica anal tica exigiam um olhar cr tico Bion debru ou se ent o sobre a psican lise de forma cr tica e construtiva Mais do que apontar as falhas do corpo te rico e da pr tica anal tica Bion prop em modifica es e desenvolvimentos Uma das grandes investiga es empreendidas por Bion foi ent o descobrir o que de facto se passa no aqui e agora da sess o anal tica descobrir o que verdadeiramente a psican lise Com inten o de criar uma psican lise que se adequasse melhor s exig ncias do m todo cientifico Bion criou de certa forma uma nova psican lise uma psican lise procura do rigor e da objectividade Foi como explorador desta nova psican lise que ele se embrenhou na descoberta do que acontecia nas sess es psicanal ticas onde desempenhava o papel de analista Bion come ou por observar para garantir que a sua observa o tinha alguma isen o e imparcialidade for ou se a adoptar de um estado de esp rito que definiu da n41 seguinte forma Sem desejo Sem compreens o e Sem mem ria Esta postura intelectual foi se revelando muito eficaz na recolha de informa o informa o esta 41 E P E RAS Seed 34 O primeiro ponto para o analista se impor a disciplina cat
132. chamar a aten o para o facto de que o enunciado do psicanalista nunca deve ser alvo das seguintes classifica es C2 D2 F2 C6 D7 F7 Resta nos dizer que a interpreta o elaborada pelo analista dever ser sempre composta por elementos retirados do seguinte conjunto de 12 elementos Cl C3 C4 C5 D1 D3 D4 D5 Fl F3 F4 F5 1 Estendem se ao terreno dos sentidos 2 Estendem se ao terreno dos mitos 3 Estendem se ao terreno da paix o N o se considera satisfat ria a interpreta o a menos que elucide o objecto psicanal tico e este apresente no momento da interpreta o estas dimens es In Elementos em Psican lise P g 22 Ver refer ncia bibliogr fica 14 Rosa Beatriz Pontes de Miranda Ferreira num artigo apresentado no Semin rio decorrido em Torino sobre a obra de Bion diz It is interesting to note in Elements od Psycho Analysis 1963 p 1 where Bion develops virtually the whole structure of the grid already in the first chapter he refers to categories C3 D3 E3 G3 and G4 and in the chapter VI of the same book he refers to categories D6 E6 F6 G6 and H6 We mention this because the structure of the grid printed in the cover of the book does not include categories G and H It would seem therefore that this structure is that of the original grid earlier 1963 Indeed in the later books Bion justifies not using categories G and H and in these with reference to category G only G2 remains
133. cia bibliogr fica 13 101 conservar debe ser considerado como dos diferentes actividades en potencia una como un modo de comunicar pensamientos y la otra como un empleo de la musculatua para desembarazar la personalidad de pensamientos In Aprendiendo de la experiencia P g 62 Ver refer ncia bibliogr fica 12 Ent o quando os pensamentos e ou os enunciados que lhes d o corpo s o sentidos como um aumento da estimula o podem ser vividos pelo paciente como id nticos aos elementos B e nessa medida utilizados como muni es para a identifica o projectiva Desta maneira a identifica o projectiva liberta a personalidade de pensamentos n o desejados Conforme afirma Bion a conversa o pode ter duas finalidades bem distintas uma delas a de comunicar e a outra a de livrar a personalidade de pensamentos que n o quer ou n o consegue tolerar dentro de si A conversa o que realiza este segundo prop sito deve ser classificada na linha A isto deve ser classificada como elemento B objecto bizarro ou barreira de elementos f Linha B Elementos a Os elementos o s o produto da fungao a Quando a fungao a opera sobre os elementos B origina os elementos o Os elementos a s o os elementos B a 104 Pia E q pe transformados pela fun o at O elemento a a unidade m nima de significa o individual O elemento o nome que organiza sua volta uma determinada penumbra de associa es Est
134. classificag o propriamente dita A decis o de utilizar um ecr principal com todas as op es fundamentais foi tomada tendo em considera o que e importante a exist ncia de um ponto a partir do qual o programa se expanda e que funcione ao mesmo tempo como um ponto de ancoragem e de reflex o e A visualiza o em simult neo do titulo do grupo de sess es do n da sess o do conte do da sess o da discrimina o do sujeito do enunciado e da cota o atribu da permite que o investigador nunca perda de vista a rela o entre estes vectores e Neste ecr o investigador pode observar ou reflectir minuciosamente sobre as v rias sess es de um mesmo paciente ou sobre sess es de diversos pacientes agrupados por tipo de patologia ou problem tica etc O texto correspondente a cada um dos enunciados pode ser modificado neste ecr O trabalho de introduzir o texto correspondente aos diversos enunciados um trabalho muito pouco exigente e pode ser executado por qualquer pessoa mesmo que n o possua qualquer tipo de conhecimento sobre a obra de Bion Pensamos que esta separa o poder ser til para aqueles investigadores e ou cl nicos demasiado ocupados j que poder o deixar esta tarefa para a sua secret ria sem qualquer tipo de preju zo para a qualidade do trabalho final A partir deste ecr principal pode iniciar se um novo grupo de sess es iniciar uma nova sess o introduzir os enunciados sobre os quais
135. constitutes an attack on the pretensions of the human being to possess a capacity for objective observation and judgment by showing how often the manifestations of human beliefs and attitudes are remarkable for their efficacy as a disguise for unconscious impulses rather than for their contribution to knowledge of the subjects they purport to discuss But it may be argued do not the facts discovered as a result of the application of scientific methods constitute a proof that the methods employed for example mathematical formulas in the prediction of astronomical phenomena have a validity independent of the observer who elaborates and employs them that the methods belong to ontology not epistemology and are objective not subjective In Cogitations 4 Outubro 1959 Pag 84 37 como instrumento cientifico e dessa forma ganhar em termos de objectividade e imparcialidade A mente humana ent o capaz de observar e registar os fen menos de forma objectiva tanto quanto em qualquer outra ci ncia desde que funcione como instrumento cientifico Esta passagem subtilmente introduzida mas tem uma import ncia fundamental A passagem da mente humana enquanto mente humana para a mente humana enquanto instrumento cientifico introduz uma nova quest o e por isso um novo debate em que circunst ncias sob que condig es pode a mente humana funcionar como instrumento cientifico Esta quest o aparentemente simples tem uma resp
136. d me Terapeuta Tem essa ideia dos pulm es perfurados h quantos anos C4 Paciente Aconteceu me isto quando eu tinha 19 anos C4 Terapeuta Foi o qu nessa altura essa dor comegou como C4 Pag 1 Resumo de Sess o Titulo Exemplo 1 Sujeito Sess o 1 Enunciado Data de impress o 10 11 1998 Cota o Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Paciente Terapeuta Eu estava no 11 ano nas aulas do curso de electricidade Tive de interromper o curso Fui deixando passar o tempo tinha me acontecido h pouco tempo Depois acabei por ficar tamb m com a cana do nariz partida porque tudo isto me aconteceu numa academia em que eu andava no Karat Isso foi nessa altura que me partiram a cana do nariz O pior de tudo foi isso que me aconteceu depois deram me uma injec o de hemoglobina quando apanhei a doen a em pequeno e ent o fiquei com a escarlatina fui para o Hospital para ser tratado Foi h muito tempo era mi do andava na escola Sim volta disso Depois ela levou me ao hospital da rea para eu levar uma injec o de hemoglobina e geralmente quando apanho sol fico logo bronzeado n o se nota nada que eu tenho escarlatina Mas ainda tem escarlatina Sim pois assim a cara como eu tenho agora Ah Sim os sinais da escarlatina Sim os sinais porque a minha
137. da Tabela Metodologias processos e decis es A tabela um instrumento extremamente valioso para a pr tica cl nica e para a investiga o mas quando se tenta utilizar a tabela para qualquer uma destas finalidades surgem in meras dificuldades Para al m das dificuldades inerentes classifica o propriamente dita encontramos dificuldades que se prendem com o manejo da informa o ap s a execu o da classifica o quantas vezes n o sentimos j a necessidade de um perfil sint tico de uma sess o de um resumo da evolu o de um paciente ao longo de uma sess o ou conjunto de sess es Pensamos que a solu o para o 1 tipo de dificuldades passa necessariamente pelo estudo aprofundado da obra de Bion e n o vislumbramos qualquer tipo de atalho ou caminho mais simples Pensamos mesmo ser prefer vel a n o utiliza o da tabela sua utiliza o sem os conhecimentos necess rios ao seu completo entendimento Conforme cham mos a vossa aten o anteriormente pensamos que uma m utiliza o da tabela pode ser profundamente negativa Por outro lado mesmo quando o cl nico tem um dom nio adequado dos conceitos te ricos subjacentes ao entendimento da tabela confronta se com algumas dificuldades Uma dessas dificuldades prende se com a organiza o e gest o do material trabalhado com o auxilio da tabela Foi a resolu o desta dificuldade que serviu de motiva o base informatiza o da tabela Se pensarm
138. da como tendo dois pontos distintos de evolu o m xima Um desses pontos a categoria H ou I respectivamente Sistema hipot tico dedutivo ou C lculo alg brico e o outro a categoria D Mito A introdu o da categoria D como um ponto m ximo ou seja como um ponto de chegada permite compreender de uma forma mais perfeita apesar de mais complexa a din mica do funcionamento ps quico Deixa de haver um objectivo para a evolu o e matura o da mente humana para passarem a haver dois A evolu o e a matura o n o visam apenas atingir um crescendo de complexidade mas visam tamb m atingir uma capacidade de auto observa o e de introspec o que se revela num saber pr tico sobre e na realidade A esta capacidade de leitura do sujeito da sua pr pria realidade Bion chamou de Fun o Psicanal tica da Personalidade A complexidade introduzida por esta nova leitura levou nos a ensaiar um fluxograma para a ilustrar No esquema apresentado existem inputs da realidade em dois n veis diversos um ao n vel da percep o dos rg os dos sentidos tacto olfacto audi o vis o e paladar e um outro ao n vel da percep o das qualidades ps quicas consci ncia Os inputs da realidade quer ao n vel das qualidades f sicas quer ao n vel das qualidades ps quicas t m que ser sujeitos fun o ot para se transformarem em elementos a Caso esta transforma o n o se realize inicia se o circulo que leva cria
139. da disserta o de mestrado A Dr Concei o Boavida trabalhou os enunciados de acordo com a tabela original Tabela de Bion o que significa que a coluna DECIS O n o existia e que havia apenas uma linha que 191 aglutinava os pensamentos on ricos e os mitos Estas diferengas obrigaram nos a fazer certas adapta es e correc es An lise dos dados referentes ao paciente Um dos primeiros indicadores a ser investigado e analisado a folha de Estat sticas A folha de estat sticas referente ao paciente ver anexo mostra nos que 13 92 das interven es do paciente se situaram em K e 79 75 em K Estes dois valores orientam nos no sentido de pensar que 1 Durante uma grande parte aproximadamente 80 da sess o a mente do paciente fez apelo a recursos e modos de funcionamento do tipo utilizado pela parte psic tica da mente O paciente utilizou a parte n o psic tica da mente e os seus recursos apenas numa pequena parte da sess o aproximadamente 14 Existiu uma predomin ncia do funcionamento da parte psic tica da personalidade Continuando a observar e analisar os resultados disponibilizados pela folha de estat sticas sobre o paciente podemos verificar que a b c O paciente utilizou predominantemente um pensamento muito prim rio ao nivel de elementos sobre a forma de ac es Uma parte significativa das interven es do paciente A7 35 44 foram pensamentos alucina es ou
140. da fun o alfa e a sua import ncia para o crescimento e para a maturac o Nesta medida abstemo nos de continuar a desenvolver este assunto de notar que tudo o que foi anteriormente dito sobre o elemento o pertinente para a compreens o da import ncia desta linha A exist ncia de elementos B e de elementos o fundamental para o desenvolvimento de um aparelho para pensar pensamentos como se pode deduzir a partir do excerto apresentado de seguida The function of the o element with which we are concerned in a discussion of scientific method is its key position in the apparatus by which the individual learns anything Similarly the function of the B element which concerns us is in communication within a group Without 0 elements it is not possible to know anything Without B elements it is impossible to be ignorant of anything they are essential to the functioning of projective identification any unwanted idea is converted into a B element ejected from the personality and then becomes a fact of which the individual is unaware though he may be aware of feelings of persecution stimulated by it I reserve the term knowledge for the sum total of and B elements It is a term that therefore covers everything the individual knows and does not know As I use it the term must not be supposed to imply the existence of a thing in itself called knowledge it is a name for a postulate that has no actuality there is no c
141. dade de entender fantasia imagina o percep o conceito plano Lat conceptione 110 A pr concep o poder ser vista como an logo em psican lise do conceito Kantiano de pensamento vazio Do ponto de vista psicanal tico poder amos empregar como modelo a teoria de que o beb tem uma disposi o inata que corresponde expectativa de um seio In Estudos Psicanal ticos Revisitados P g 129 Ver refer ncia bibliogr fica 15 Il O termo pr concep o amb guo porque denota instrumento fun o para que existe e uso a que se destina ambos de fato s o id nticos In Elementos em Psican lise P g 101 Ver refer ncia bibliogr fica 14 107 O conceito de concep o desenvolvido por Bion que aplicado como organizador da linha E relaciona de facto v rios n veis como se subentende pela definig o apresentada anteriormente A concep o simultaneamente o acto e o efeito de conceber A justaposi o de uma pr concep o com uma realiza o o acto de conceber que cria a concep o propriamente dita A concep o faz a liga o entre o mundo interno e a realidade externa permitindo tamb m a expans o do mundo interno porque as produ es mentais inconscientes e conscientes podem encontrar se perante as pr concep es como se fossem realidade externa Como a pr pria defini o sugere a concep o inaugura a faculdade de conhecer O produto do acto de conceber u
142. de de sexo cama Pag 2 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prs mail telepac pt Estatisticas Titulo Exemplo 2 Sujeito Paciente Da Sess o 1 1 Data de impress o 10 11 1998 Elemento Freq Elemento Freq B2 1 2 50 D7 2 5 00 C3 1 2 50 El 2 5 00 C4 1 2 50 E2 4 10 00 D1 2 5 00 E3 4 10 00 D2 12 30 00 Fl 1 2 50 D3 4 10 00 F2 3 7 50 D4 2 5 00 G2 1 2 50 E2 E3 B2 D1 D3 D4 C3 C4 E1 E2 F2 D2 E3 El D3 D4 D2 F2 D1 F1 D7 D2 D2 D2 D2 D7 E3 D3 D3 D2 E2 D2 E2 D2 D2 G2 F2 D2 E3 D2 K K F 12 30 00 F 23 57 50 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 2 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 DS D3 E2 E2 D7 D2 D2 D2 D2 D2 D2 B2 EE Paciente Pag 1 Evoluc o do Pensamento Titulo Exemplo 2 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 D2 EE Paciente Pag 2 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsemail telepac pt Usos Titulo Exemplo 2 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 5 0 12 5 o 7 5 22 5 EE Hip tese definit ria EB Nota o Indaga o Ac o EB Psi enunciado falso Mi Aten o EE Decis o Pag 1 EX
143. de funcionamento s o acess veis observa o Isto poder a mente humana ser considerada objecto de estudo 3 At que ponto que as teorias e os modelos desenvolvidos pela psican lise s o pass veis de confirma o e infirma o Isto poder o as teorias e os modelos da psican lise ser sujeitos experimenta o cientifica Se sim como que poder isso ser feito A exposi o que se apresenta de seguida pretende elucidar estes 3 pontos A reflex o que o primeiro ponto induz obriga nos a pensar sobre se ser de facto necess rio ser se totalmente imparcial e objectivo para se trabalhar ao n vel da produ o cientifica A defesa deste ponto n o passa por uma contraposi o ou por uma contra argumenta o no sentido de que a mente humana pode de facto ser capaz de uma observa o isenta e imparcial passa por reflectir sobre a import ncia dessa mesma objectividade e imparcialidade para o desenvolvimento de um conhecimento que se quer cientifico a quest o centra se ent o na implica o da objectividade versus subjectividade na produ o de conhecimento cientifico A quest o converte se ent o numa outra poder a mente humana servir como instrumento de observa o apesar de apreender o real o objecto da observa o de forma necessariamente subjectiva e parcial E que validade tem esta observa o A resposta a esta pergunta leva nos a reflectir sobre as diversas ci ncias particularm
144. de impedir a emerg ncia da verdade sobre a forma de um novo insight Nesta coluna s o classificados todos os enunciados que se apresentam como uma resist ncia ao trabalho anal tico No texto sobre a tabela The Grid podemos ler 115 Tn Elements of Psycho Analysis P g 24 Ver refer ncia bibliogr fica 7 112 Column 2 is to categorize the use to wich a statement of whatever kind it may be and however untrue in the context is put with the intention of preventing a statement however true in the context yhat would involve modification in the personality and its outlook I have arbitrarily used the sign to emphasize the close relationship of this use to phenomena known to analysts as expressions of resistance In The Grid P g 3 Ver refer ncia bibliogr fica 12 Esta coluna fundamental para a compreens o da psicopatologia porque produto da resist ncia ao contacto com a verdade e ou realidade Toda a gama de fen menos mentais psicopatol gicos organizam se em torno da coluna 2 ou da coluna 7 A coluna 2 est intimamente relacionada com as no es de verdade e realidade Estes dois conceitos encontram se interligados no corpo te rico desenvolvido por Bion conforme foi oportunamente referido Quando a mente opera ao n vel desta coluna estamos perante o predom nio do principio do prazer portanto o evitamento da dor ps quica o principal organizador A forma como a mente em quest o arquitecta a
145. de poder que impliquem manifesta es de responsabilidade para com os outros ou no exerc cio de uma tarefa Os autores consideram que a grande import ncia do uso fan tico se situa no auxilio que este pode prestar na compreens o da psicopatologia nesta medida exp em com algum pormenor o significado das c lulas associadas a K De seguida apresentamos um quadro que resume de forma abreviada o significado das diferentes c lulas originadas pela coluna 7 C lula Defini o A7 Esta c lula vazia A7 Evacua o de fantasias de poder n o transformadas pela fun o alfa B7 Certos usos fan ticos do corpo tal como ocorrem em algumas pervers es que usam compulsivamente uma zona corporal C7 Um mito ou um sonho transformado em ideia m xima que se disfar a de formula es pseudo l gicas que impedem o desenvolvimento de estrat gias e possibilidades adequadas evolu o Isto pode ocorrer tanto em indiv duos como em grupos sociais Os sistemas totalit rios criados sobre mitos como por exemplo o mito da ra a superior ou da ra a pura s o exemplos de C7 Ao n vel da psicopatologia temos o Fetichismo D7 Uma pr concep o utilizada como pr determina o E7 Uma forma mais cristalizada da pr determina o F7 Racionaliza es elaboradas sobre ideias fan ticas H7 Utiliza es fan ticas de sistemas hipot tico dedutivos 131
146. de psic tica e a personalidade n o psic tica P g 59 Ver refer ncia bibliogr fica 15 11 Est impl cito na descri o que fiz que a personalidade psic tica ou parte psic tica da personalidade utilizou a cis o e a identifica o projectiva como um substituto da repress o Enquanto a parte n o psic tica da personalidade recorre repress o como meio de eliminar da consci ncia certas tend ncias da mente Ibidem P g 65 122 H uma dor Ela deve ser removida Algu m dever faz lo sem demora de prefer ncia atrav s de m gica ou omnipot ncia ou omnisci ncia e imediatamente caso isso fracasse pela ci ncia O conflito entre a personalidade psic tica e a n o psic tica poderia ser descrito como um entrechoque entre uma parte religiosa da personalidade e uma parte que cientifica As opini es conflitantes assemelham se entre si no fanatismo S o semelhantes tamb m ao lembrarem personalidades em disputa sendo a vit ria assinalada pela aniquila o da experi ncia dolorosa ou da percep o desta In Estudos Psicanaliticos Revisitados Coment rio P g 168 9 Ver refer ncia bibliogr fica 15 76 mais complexas e dif ceis psicopatologias Os pacientes esquizofr nicos que perfaziam a grande maioria dos pacientes de Bion exibem caracter sticas muito particulares no seu modo de funcionamento fundamentalmente no que diz respeito a peculiaridade da express o verbal E ex
147. desenvolvido com cuidados especiais Manteve se a estrutura da Tabela exactamente como foi desenhada por Bion tendo se apenas acrescentado a linha e a coluna propostas por Amaral Dias 1 Booch Grady Object Oriented Analysis and Design with applications P g 6 Ver refer ncia bibliogr fica 19 151 conforme foi referido em capitulo anterior Pensamos que de elevada pertin ncia manter a Tabela com a mesma apresenta o visual para que o cl nico possa fazer a sua cota o de forma cuidada e intuitiva como fazia anteriormente sem recorrer ao auxilio do programa Cada c lula da Tabela funciona como um pequeno bot o que ao ser premido associa o respectivo valor ao enunciado vis vel na pequena janela que surge na parte superior esquerda do ecr Pensamos que este m todo bastante intuitivo e user friendly pois o utilizador tem sempre presente o enunciado que est a classificar e as classifica es j atribu das O programa BION foi desenvolvido para um ambiente Windows que actualmente o sistema operativo mais conhecido e com mais potencialidades a v rios n veis O programa corre em Windows 95 e a sua instala o extremamente f cil permitindo que qualquer utilizador mesmo que n o possuindo conhecimentos espec ficos de programa o ou inform tica o possa executar Uma vez instalado o programa fica dispon vel para o utilizador atrav s do Desktop pressionando o cone com um Psi e um Xi entre par nt
148. do mental de paci ncia As mem rias e os desejos prov m da experi ncia sens vel advinda dos sentidos evocam sentimentos de prazer ou sofrimento s o enunciados contendo prazer ou sofrimento As mem rias e os desejos s o enunciados falsos coluna 2 da tabela j que t m como fun o evitar o contacto com O evitar as transforma es do tipo vinculo KO O psicanalista deve lutar activamente contra a cria o de enunciados deste tipo porque eles afastam o psicanalista do seu principal objectivo que o de tornar se O As mem rias e os desejos saturam o aparelho das pr concep es de 88 In Aten o e Interpreta o P g 97 8 Ver refer ncia bibliogr fica 6 82 A aproxima o religiosa postula a emana o e a encarna o da divindade Ambos enunciados se requerer para representar estados mentais em que h interac o de estados de um objecto s vezes total outras cindido em fragmentos dispersos dentro de m ltiplos outros Para o analista a doutrina da encarna o constitu modelo fecundo In Aten o e Interpreta o P g 98 Ver refer ncia bibliogr fica 6 20 Em suma valho me de O para representar o car cter essencial da situa o que o psicanalista encontra Ele vai sendo tornado com o evolver de O se identifica de modo a formul lo na interpreta o Refiro adiante estados mentais que impedem o processo In Aten o e Interpreta o P g 99 Ver refer ncia b
149. do E necess rio ent o explicitar quais s o as regras e ou leis s quais se deve obedecer para levar a bom termo uma investiga o cientifica 28 A hip tese cientifica baseada na tend ncia da mente humana para associar v rios elementos e n o na tend ncia de os elementos para se associarem entre si A ci ncia debate se com alguns problemas que p em em causa a sua cientificidade objectividade Um desses problemas est relacionado com a percepc o e centra se na dificuldade de saber qual o grau de validade que deve ser atribu do a nossa crenga na exist ncia real de uma entidade que de facto apenas pode ser observada atrav s da dedu o de informa o sensorial Um outro est relacionado com a validade das contribui es que a mente humana faz a qualquer hip tese Na p gina 156 do livro Cogitations Bion explicita o que entende por sistema dedutivo cientifico gt By the term scientific deductive system I mean any system of hypotheses in which certain hypotheses occupy a high level in the particular system and are used as premises from which lower level hypotheses are deduced Lower level hypotheses are of decreasing generalization until the lowest level of all which have a degree of particularization that makes them suitable for verification by empirical experience such as scientific experiments or in the 99 case of psycho analysis clinical experience I con
150. do mi enunciado de que el hombre debe so ar una experiencia emocional corriente tanto si sta ocurre durante el dormir o durante la vigilia de esta manera la funci n alfa del hombre dormido o despierto transforma las impresiones sensoriales relacionadas con una experiencia emocional en elementos alfa los que al proliferar se adhieren formando la barrera de contacto Esta barrera de contacto de este modo en continuo proceso de 104 pensamentos on ricos os sonhos e os mitos s o constru es de um mesmo tipo articulam elementos alfa mas diferem no grau de sofistica o em que esses elementos se articulam Os pensamentos on ricos e os sonhos podem ser pensamentos inconscientes enquanto que os relatos dos sonhos e os mitos s o pensamentos conscientes Quando um sonho se organiza numa narrativa quando contado ou pensado ganha uma significa o mais estruturada que pode denunciar um mito Na pr tica cl nica os elementos da linha C apresentam se como imagens visuais como aparecem nos sonhos e nos devaneios Os mitos s o constela es de fantasias inconscientes pessoais organizadas numa narrativa Os mitos organizam e denunciam uma constela o que o indiv duo ou o Homem identificou como uma conjun o constante A exist ncia de pensamentos on ricos de sonhos e de mitos dependem da exist ncia pr via de elementos a quer eles tenham provindo da transforma o da experi ncia emocional quer da participa o
151. do nos Estados Unidos Bion reflecte sobre a sua associag o com a escola de M Klein e sobre os problemas das sucess es e da ader ncia a esta ou aquela escola Nessa reflex o ele deixa bastante claro que aquilo que tem uma import ncia fundamental s o as ideias desenvolvidas e o valor que lhes intr nseco e n o a sua pertenga em termos de escola ou corrente de pensamento Se n o vejamos Tam always hearing as I have always done that I am a Kleinian that I am crazy Is it possible to be interested in that sort of dispute I find it very difficult to see how this could possibly be relevant against the background of the struggle of the human being to emerge from 8 barbarism and a purely animal existence to something one could call a civilized society Podemos contudo verificar o reconhecimento da exist ncia de diferen as entre as suas ideias e as ideias de M Klein nos seguintes excertos Winnicott says patients need to regress Melanie Klein says they must not I say they are regressed and the regression should be observed and interpreted by the analyst without any need to compel the patient to become totally regressed before he can make the analyst observe and interpret the regression I use this phrase deliberately so as to emphasize a peculiarity in the use I am making of ad 10 these two Kleinian concepts O que parece ser um facto sem qualquer d vida que Bion se
152. ds are things This operation depends on the individual s capacity to tolerate the depression of the depressive position and therefore to achieve symbol formation This phase is identical with the scientist s ability to produce a scientific deductive system and the representation of this which is called calculus Braithwaite p 231 3 a mental development that is associated with an ability to see facts as they really are Samuel Johnson to Bennet Langton see p 114 of text for details and internally with a sense of well being that has an instantaneous ephemeral effect and a lasting sense of permanently increased mental stability The peculiarity that distinguishes the psycho analyst from his analysand is that the analyst is able to select the worthwhile fact produce the deductive system and its associated calculus experience the moment of union when the elements meet to give rise to a feeling that the cause has been found and begin a process that issues in a change that produces a feeling that an effect and its cause have been linked Poincar on defect of logic p 126 Braithwaite p 24 The analysand on the other hand is made aware of an hypothesis in a deductive system which he may or may not be able to use as a premise for further deductions The deductive system thus formed may enable him in his turn to select one of these unifying facts of which Poincar speaks In Cogitations Scientif method 10 de Jan
153. e possibilitam o aprender com e pela experi ncia Quando uma pr concep o se encontra com uma realiza o que a satisfaz isto quando uma pr concep o que est dispon vel para absorver apenas uma quantidade limitada de fen menos entra em contacto por justaposi o com um fen meno com caracter sticas adequadas sensibilidade da pr concep o forma se uma concep o Utilizando o modelo retirado da qu mica pod amos colocar as coisas da seguinte forma semelhante ao que acontece quando a gua a pr concep o entra em contacto com o sal ou o a car a realiza o e se forma um composto a concep o que pode ser denominado de gua salgada ou gua a ucarada A concep o a gua a ucarada por sua vez um composto que permite a solv ncia de outras subst ncias e eventualmente permitir a solv ncia de mais a car caso n o tenha atingido o ponto de satura o no 1 contacto Se pegarmos na gua a ucarada o composto resultante da justaposi o da gua com a car a concep o e lhe misturarmos sumo de lim o justaposi o ou uni o de uma concep o com uma realiza o obtemos um composto denominado limonada obtemos um conceito A limonada por sua vez est dispon vel para receber mais a car mais lim o e outras subst ncias ou compostos Est tamb m dispon vel para ser submetida a processos que podem ou n o alterar a sua estrutura molecular e nessa medida organizar
154. e interna e externa e 81 82 a personalidade e De seguida apresentamos um pequeno quadro que pretende resumir as principais diferen as entre a parte psic tica e a parte n o psic tica da personalidade PARTE PSIC TICA DA PERSONALIDADE PARTE N O PSIC TICA DA PERSONALIDADE e Identifica o Projectiva Excessiva Identifica o Projectiva Normal s4 e Cis o fragmenta o e Dissocia o e Aglomera o e Compress o e Repress o e Instaura o de um pensamento e Discrimina o entre o verdadeiro e o Omnisciente Fan tico falso 81 F e a een E Agora a melhora surpreendente e at desconcertante a que me referia diz respeito quest o do conglomerado engenhoso aglomerado de objectos bizarros com valor de ideograma e que consegue transmitir significado pois verifiquei que n o s os pacientes recorriam mais e mais ao pensamento verbal ordin rio revelando desse modo uma maior capacidade em us lo e maior considera o pelo analista como ser humano comum mas tamb m pareciam se tornar cada vez mais peritos nesse g nero de fala aglomerada em vez de articulada e O extraordin rio o tour de force por cujo o interm dio o paciente utiliza modalidades primitivas de pensamento para a formula o de temas de grande complexidade 2 Apregoa se que o g nio afim da loucura Mais verdade afirmar que os dispositivos psic ticos requerem o g nio para manej los de modo ad
155. e nome que pode ser concretizado num som numa imagem num cheiro numa palavra numa emo o etc extremamente subjectivo e gt 3 E 105 ANNE possu um grau de abstrac o muito baixo O elemento o est intimamente dependente da experi ncia subjectiva individual e dificilmente se presta 194 This supposes that the B elements can be employed when a elements do not exist and the ar elements are a later stage of B elements In Cogitations Communication Sec o Dream work 0 P g 183 Ver refer ncia bibliogr fica 11 105 Los elementos alfa comprenden las im genes visuales los modelos auditivos modelos olfativos y son adecuados para ser empleados en el pensamiento onirico el pensar inconciente de vigilia sue os barrera de contacto memoria In Aprendiendo de la experiencia P g 25 Ver refer ncia bibliogr fica 13 102 106 a me comunicac o O elemento o tem contudo a particularidade de poder ser utilizado para o desenvolvimento do pensamento inconsciente que ocorre durante a vig lia e para a forma o do pensamento on rico Os elemento s o tamb m os precursores gfe E 107 da mem ria na medida em que se prestam a ser armazenados 0 No 1 capitulo deste trabalho sec o sobre o pensamento de W R Bion foi descrita com alguns pormenores a forma como se constituem os elementos alfa e os elementos beta assim como foi explicitado o modo de funcionamento
156. e pretend amos evidenciar quais 155 as situa es em que as interven es eram constru das num registo positivo ou num registo negativo isto pretend amos dar particular destaque aos movimentos K e K executados por qualquer um dos intervenientes Todas as nota es K s o representadas com valores positivos e todas as nota es K s o representadas com valores negativos As decis es sobre quais as casas da Tabela que deveriam ser consideradas K ou K foram tomadas com base na obra de Bion e principalmente com base no livro Tabela para uma nebulosa do Prof Amaral Dias Neste livro podemos ler o seguinte A categoria 2 a par com a 7 que corresponderia na Tabela de Bion categoria 6 faz parte do que chamo as categorias K onde n o h cria o de conhecimento algum S o o contr rio das categorias 3 4 e 5 que s o categorias de nota o aten o e investiga o s o categorias K ou i E A F 41128 seja categorias onde o fen meno de crescimento se d No que respeita as colunas temos ent o que as colunas 2 e 7 s o K e as colunas 3 4 e 5 s o mais K A coluna 1 neutra na medida em que funciona como a base sobre a qual se desenvolve o pensamento K mas n o em si mesmo K Em rela o s linhas a linha A Elementos B e a linha B Elementos a s o linhas K pois situam se ao n vel de proto pensamentos Todas as outras linhas apesar de variarem em termos de evolu o gen
157. e quando um modelo deixa de ser til deve ser abandonado no entanto pensamos que a Tabela n o deve ser abandonada at ter sido totalmente explorada ou at aparecer um substituto que se mostre mais til e eficaz Reconhecemos como Bion que a Tabela talvez n o consigo abranger toda a gama de fen menos contidos pela psican lise mas 155 Tn La Tabla y la Cesura Bion en Nueva York y San Pablo P g 153 4 Ver refer ncia bibliogr fica 16 222 contrariamente a Bion pensamos que isso n o faz com que a Tabela seja uma perda de tempo antes pelo contr rio pensamos que se for devidamente enquadrada poder vir a constituir se como um dos mais teis instrumentos de investiga o em psican lise devendo ela pr pria ser continuamente alvo de investigag o Bion elabora uma grande parte das suas teorias e cria a Tabela para dar conta de fen menos que ele vai progressivamente descobrindo desde os tempos de experi ncias com grupos e para os quais n o existia suporte te rico ou qualquer tipo de compreens o Estes fen menos situam se a um n vel inconsciente Ainda em 1977 nas confer ncias em Nova York Bion diz o seguinte sobre esta quest o Deseo llamar la atenci n sobre la existencia de lo que parecen ser ideas y emociones primordiales que nunca fueron conscientes Dif eren de las ideas que en alg n momento fueron conscientes y que despu s fueron reprimidas o transformadas en algo que es inconsciente Este dom
158. e No inicio da sess o encontramos a maior concentra o de enunciados classificados como ac es ou seja como formas de evitar o contacto com a verdade e a realidade atrav s da expuls o de pensamentos n o toler veis e H medida que a sess o decorre o paciente parece ir substituindo o pensamento acg o por pensamento enunciado falso e revela condi es ps quicas para a forma o de indaga es De seguida iremos passar an lise do gr fico Pie que exibe as propor es em que o paciente utiliza as v rias modalidades de usos Observando o gr fico rapidamente nos apercebemos que 1 A coluna n 2 Psi enunciado falso foi a modalidade de utiliza o do pensamento mais utilizada pelo paciente ao longo de toda a sess o Coluna n 2 38 5 2 A coluna n 3 Nota o foi a 2 modalidade de utiliza o de pensamento mais utilizada pelo paciente ao longo de toda a sess o Coluna n 3 30 8 3 A coluna n 7 Ac o e a coluna 5 Indaga o foram em igual frequ ncia a 3 modalidade de utiliza o de pensamento ao longo da sess o Coluna n 7 e coluna n 5 15 4 Por ltimo vamos analisar e observar o gr fico de barras que permite fazer uma leitura de acordo com os valores ponderados A leitura do gr fico evolu o do pensamento para o paciente permite nos confirmar as conclus es elaboradas pela an lise das estat sticas e inferir outras que se mantinham at aqui insuspeitadas
159. e associados repress o e sublima o A investiga o do modo de funcionamento de cada uma destas partes permite a compreens o das diversas psicopatologias j que em cada uma delas se observam diferentes formas eventualmente padr es de predom nios de funcionamento e de rela o que se estabelece entre as duas partes A investiga o do modo de funcionamento da parte psic tica da personalidade foi elaborada directamente a partir da observa o e da pr tica cl nica psicanal tica com pacientes psic ticos Na pagina 51 deste trabalho dizemos que na situa o extrema da nega o da frustra o encontramos as bases da psicose j que a aus ncia de contacto com a realidade a sua problem tica fundamental Vamos agora tentar elucidar um pouco mais esta quest o por forma a que se possa compreender a psicose enquanto uma das 70 a Z Como resultado dessas modifica es chegamos conclus o de que os pacientes cuja gravidade leve a que por exemplo recebam oficialmente o atestado de psic ticos cont m na parte ps quica da personalidade resqu cios de diversos mecanismos neur ticos sobejamente conhecidos gra as pr tica da psican lise e junto uma parte psic tica da personalidade que predomina a tal ponto que a parte n o psic tica com a qual coexiste em justaposi o negativa fica obscurecida In Estudos Psicanaliticos Revisitados Diferencia o entre a personalida
160. e de alguns casos pr ticos 191 Exemplo N 1 191 An lise dos dados referentes ao paciente 192 An lise dos dados referentes ao psicoterapeuta 194 An lise dos dados conjuntos psicoterapeuta paciente 197 Conclus o 201 Exemplo N 2 202 An lise dos dados referentes ao paciente 203 Conclus o 207 Exemplo N 3 208 An lise dos dados referentes ao paciente 208 An lise dos dados referentes ao psicoterapeuta 211 An lise dos dados conjuntos psicoterapeuta paciente 212 Conclus o 214 Conclus es 216 11 Coment rio final e perspectivas futuras 219 Bibliografia 230 Anexo 233 1 Pr logo Quando iniciei a licenciatura em Psicologia tive uma cadeira que se chamava Antropologia Cultural Foi uma das cadeiras que mais me marcou Nessa disciplina estud vamos alguns grandes pensadores e eu juntamente com o meu grupo tive que estudar J Paul Sartre Aquilo que me impressionou n o foi de facto a cadeira mas o contacto que esta me proporcionou com a obra de Sartre J Paul Sartre defendia ideias que eram at ent o novas para mim ele reflectia sobre a realidade de uma forma que ultrapassava tudo aquilo que eu tinha conhecido Ele defendia magistralmente na minha opini o que o homem respons vel pelo seu destino que o nico destino que lhe est reservado n o ter destino nenhum O seu discurso tinha for a as frases eram incisivas e a l gica parecia me a toda a prova Nessa altu
161. e knowledge becomes public knowledge when the common sense of analyst and analysand agree that the perceptions of both indicate that some idea corresponds to an external fact independent of both observers I shall later suggest that it is the moment of public ation that is the point at which a mental phenomenon a thought an idea a hypothesis becomes an action in a psycho analysis When the psycho analyst gives an interpretation that is a public ation of private knowledge he is translating thought into action word into deed just as much as the physicist conducting a laboratory experiment In Cogitations N o datado P g 197 37 What does the psycho analyst do He observes a mass of elements long since known but till he gives his interpretation scattered and seemingly foreign to each other If he can tolerate the depressive position he can give this interpretation the interpretation itself is one of those only facts worthy of our attention which according to Poincar introduce order into this complexity and so make it accessible to us The patient is in this way helped to find through the analyst s ability to select one of these unifying facts The fact that I here equate with what Bradley calls the actual element is in a sense in no way different from the facts or actual elements that are the objects of curiosity elucidation and study in any science whatever although this fact may be obscur
162. e o entendimento correcto entre o especialista do dom nio neste caso a obra de Bion e mais concretamente a tabela de Bion e o t cnico ou t cnicos encarregues de desenhar e implementar o sistema inform tico Durante esta fase inicial foram identificados e classificados os objectos que deveriam ser utilizados no programa Procedeu se tamb m a uma triagem de quais seriam os conceitos e objectos que apesar de fazerem parte do corpo te rico que sustenta a tabela de Bion deveriam ser exclu dos da informatiza o Esta selec o levou em 127 Ver o livro de Grady Booch intitulado Object Oriented Analysis and Design Ver refer ncia bibliogr fica 19 154 considera o factores como as limita es inerentes representa o inform tica do conhecimento quais os conceitos cuja funcionalidade pertinente ao correcto e expressivo funcionamento do programa e quais s o os que devido sua complexidade ou irrelev ncia no processo deveriam permanecer como responsabilidade do utilizador Esta fase tornou nos poss vel uma vis o sistematizada e organizada da tabela diferente da habitual Atrav s desta nova perspectiva foi nos poss vel reajustar os nossos objectivos foi nesta fase que tom mos a decis o de adicionar s potencialidades do programa duas novas formas de an lise dos dados que nos s o oferecidos pela classifica o de sess es utilizando o modelo representado pela tabela de Bion Assim afigu
163. e op es Neste ecr poss vel introduzir dados e observar os dados introduzidos em outras ocasi es As reas inclu das em rect ngulos cinzento escuro s o reas exclusivamente de leitura e servem apenas para referencia do utilizador fornecendo informa es teis como sejam o titulo do grupo de sess es a que pertence a sess o seleccionada n mero dessa mesma sess o e a classifica o dos enunciados A rea principal do ecr est ocupada por uma tabela composta por 3 colunas que exibem informa es sobre o enunciado o sujeito e a cota o Logo por debaixo desta tabela encontram se um espa o destinado a permitir o trabalho sobre os enunciados Quando se corre o programa BION pela 1 vez estas reas encontram se em branco com excep o do titulo e do n mero da sess o Se o utilizador desejar introduzir os dados sobre uma sess o dever utilizar o bot o que diz INSERIR Pressionar este bot o permite introduzir o conte do ou descri o do enunciado Os enunciados s o introduzidos na janela que situa logo por baixo da tabela que exibe a informa o j introduzida O utilizador deve come ar por seleccionar o sujeito respons vel pelo enunciado que quer introduzir O utilizador pode seleccionar o sujeito atrav s da combo box ou digitando o respectivo nome Depois de seleccionar ou escrever o nome do sujeito o utilizador poder passar ao campo seguinte situado direita do campo de selec o do sujeit
164. e os elementos compulsivos oferece uma coer ncia e um significado que eles n o apresentavam antes A Psican lise para Bion o m todo de investiga o que mais habilitado est para lidar com a perturba o mental Ele parte de duas premissas base para organizar as suas ideias volta dos processos inerentes psican lise A primeira diz que h em 87 In Aten o e Interpreta o P g 38 Ver refer ncia bibliogr fica 6 88 todo o objecto material ou imaterial uma realidade ltima incognosc vel denominada de coisa em si e a segunda diz que dos objectos promanam ou emergem qualidades envolvem caracter sticas imanentes que adv m como fen menos 88 E a personalidade humana Destas duas premissas decorre para a pr tica cl nica que o analista nunca conhecer a realidade ltima a coisa em si a que corresponde o analisando mas que poder ter acesso a essa realidade atrav s das qualidades imanentes da coisa em si analisando que podem envolver o analista apresentando se a este ltimo como fen menos de que a sua personalidade tem consci ncia Se a personalidade que recebe as emanac es estiver sobre determinadas condi es tem mais hip teses de se aperceber delas isto dos fen menos que adv m personalidade humana A personalidade que tem como objectivo o contacto com o deve estar isenta de mem ria e compreens o O estado mental resultante um esta
165. e psicopatologia do pensamento A psicopatologia passa a ser apenas a psicopatologia do pensamento Bion diz por vezes que as suas teorias se adaptam a todos os pacientes que sofrem de perturba es do pensamento Este tipo de enunciados pode induzir o leitor a pensar que existem outras perturba es que n o estejam relacionadas com perturba es do pensamento mas por muito que se percorra a obra de Bion n o se encontram refer ncias a quaisquer outros tipos de perturba o que n o sejam uma perturba o do pensamento A psicopatologia de facto uma psicopatologia do pensamento A utiliza o do pensamento de uma forma eficaz e sofisticada ind cio de sa de mental enquanto que a utiliza o do pensamento de tE Ste hye et Sele 65 forma ineficaz e primitiva ind cio de doen a mental 64 Este sistema te rico destina se aplica o a um n mero significativo de casos cumpre ao analista portanto vivenciar realiza es que se aproximem desta teoria N o atribuo qualquer valor diagn stico presente teoria embora ache que poder ser aplic vel sempre que se acredite esteja havendo um dist rbio do pensamento Sua significa o diagnostica depende da configura o formada pela conjun o constante de v rias teorias dentre as quais se inclui a teoria em apre o In Estudos Psicanal ticos Revisitados Uma teoria sobre o pensar P g 127 8 Ver refer ncia bibliogr fica 15 6 Dada a especificid
166. ecas tendo em vista a cria o de um novo objecto mental que fosse a conjuga o dos outros dois A parte psic tica da personalidade utiliza uma esp cie de fala aglomerada enquanto que a parte n o psic tica da personalidade utiliza uma fala articulada Em certos casos n o se observa a exist ncia de uma psicose propriamente dita mas observa se o funcionamento intenso de mecanismos psic ticos ligados utiliza o excessiva e ou inadequada da identifica o projectiva Nestas situa es patente uma rela o de car cter muito particular com a Curiosidade a Arrog ncia e a Estupidez O analista e o paciente na medida em que este se identifica com o analista surge ora como cego ora como imbecil ou ainda como suicida curioso e arrogante A instala o deste tipo peculiar de transfer ncia deve se consolida o de modalidades defensivas que pretendem evitar a tomada de conhecimento e a investiga o anal tica O paciente necessita da an lise para melhorar a sua condi o ps quica mas ao mesmo tempo invadido por um temor a essa mesma an lise e por um desejo de se proteger dela O temor e o desejo de protec o devem se ao facto de a doen a se ter instalado em primeira inst ncia como uma forma defensiva tomada de consci ncia da exist ncia interna e externa de sentimentos frustrantes e dolorosos A an lise enquanto modalidade de investiga o favorece o insight tornando se por isso mesmo indutora do
167. ed because it is a fact or actual element of the kind that the analyst is inviting the patient to study namely the patients own It will be observed that in the theory I am putting forward I am postulating a phenomenon with three facets 39 Da leitura da nota 37 percebe se que o objecto da psican lise n o pode ser dissociado da relag o que se estabelece entre analisando e analista Desta forma n o s o mais os conte dos mentais do analisando que definem o objecto de estudo da psican lise mas sim a relag o que se estabelece entre analisando e analista quando ambas as mentes investigam os conte dos mentais de um deles o analisando A rela o estabelecida desta forma ganha em termos de objectividade pois o objecto da psican lise passa a ser tudo aquilo que se passa durante a sess o e n o coisas relatadas pelo paciente s quais o psicanalista n o tem nem nunca poder ter acesso Nesta linha de racioc nio o pensamento a aus ncia de pensamento e tudo o que possa surgir no lugar 1 what Bradley would call actual elements in an actual union which is identical with what the scientist would call observable data in a relationship with each other that is equally observable 2 an ideational counterpart of the above which is dependent upon the individuals ability to translate an actual element into an idea The psychotic fails to do this and even when he verbalizes still thinks that wor
168. eg rica de rechagar mem ria e 2 desejo Afirmo que esquecer n o suficiente requer se ato deliberado de abster se de mem ria e desejo A ades o deliberada disciplina fortalece de modo gradual os recursos mentais do analista E Mem ria e desejo s o ofusca es que destroem o poder de observar do analista como a luz que inunda a c mara destr i a condi o do filme exposi o seletiva Ver Aten o e Interpreta o P g 41 62 e 79 Refer ncia bibliogr fica 6 43 que se mantinha dispersa at ao momento de elaborar a hip tese A hip tese ent o o momento que se segue recolha de informa o Como j foi referido anteriormente Bion partilha a opini o de que o levantamento de uma hip tese assenta na declara o de que tais e tais factos se encontram co relacionados de uma determinada maneira portanto acredita que a hip tese o facto seleccionado que d coer ncia a uma massa de elementos incoerentes ou aparentemente incoerentes Seguindo estes passos temos que Bion observou o aqui e agora da situa o anal tica e o aqui e agora dos grupos retirando dessa observa o uma massa de elementos aparentemente incoerentes e depois seleccionou um determinado facto ps quico por forma a com ele dar coer ncia aparente incoer ncia Pelo menos duas das suas obras Elements of Psycho analysis e Transformations surgiram para dar conta dos resultados o
169. egoriz vel em C Pensamentos oniricos e sonhos E pr concep es e G conceitos Daqui decorre que a categoria D Mitos n o adequada formula o de interpreta es conforme explicitado por Amaral Dias porque o encontro de duas categorias m ticas a do paciente e a do analista origina uma cat strofe o que bem diferente de uma reac o catastr fica Sem esta modifica o continuando a manter a indiferenci o entre pensamentos oniricos sonhos e mitos n o poss vel chegar a este insight 135 Podemos dizer e isso outra coisa que eu iria tamb m comunicar que se a mente do analisando se pode observar na Tabela bem como a pr pria mente do analista na rela o anal tica a mente do analista n o pode estar nunca na categoria D Ela n o pode estar exposta H categorias que s o interditas na mente do analista do decurso de uma an lise Como j disse a categoria D de um analista ou seja as suas estruturas narrativas m ticas e on ricas pessoais n o devem poder estar em ac o In Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 19 Ver refer ncia bibliogr fica 3 Amaral Dias destaca se de muitos outros autores na medida em que prop e que a tabela seja lida como um sistema de dupla entrada isto significa que a Tabela deixa de poder ter uma leitura linear de cima para baixo que organiza um crescendo de complexidade e de matura o para ter que ser li
170. eiro de 1959 Pag 5 40 do pensamento s o os temas principais da abordagem da psican lise O aqui e agora an 3 do acontecimento permitem a observag o O terceiro e ltimo ponto introduzia a quest o de saber at que ponto que as teorias e os modelos constru dos pelos psicanalistas podem ser testados Bion considera que o teste das teorias e dos modelos se faz na pr pria situa o anal tica isto um modelo e ou teoria tanto mais v lido quanto mais til se mostrar na resolu o dos problemas apresentados pelo paciente Esta situa o levanta alguns problemas adicionais porque exige que o psicanalista tenha uma consci ncia exacta do que est a fazer isto de quais s o os modelos e ou teorias que est a utilizar quando faz uma determinada interpreta o As interpreta es fornecidas pelo analista n o s o mais do que hip teses que este levanta sobre aquilo que ele pensa estar a passar se no aqui e agora da sess o com o analisando Nesta medida o que de facto pass vel de verifica o emp rica o grau de certeza que o analista tem de que aquilo que se est a passar de facto aquilo que ele elaborou em termos de interpreta o e 38 E PEE x PE Como por m considerar vis veis as manifesta es de elementos not rio sendo alguns analistas afirmarem ver o que para os outros n o existe discrep ncia comum bastante entre paciente e analista que partilha
171. elha Se o utilizador desejar alterar estes valores tem apenas que seleccionar o elemento que quer modificar e escrever o valor corr gido Pondera es para a Tabela de Bion Ea 88 90 75 Ff 73 72 70 68 78 0 50 Figura 5 Tabela com as pondera es para a Tabela de Bion O programa BION A instalag o do programa BION bastante simples mas exige da parte do utilizador alguma interac o O programa BION incluindo o programa PONDERA por n s concebido e desenvolvido entregue a todos os membros do j ri desta disserta o de mestrado em CD ROM O CD ROM est identificado com uma etiqueta colada sobre uma das faces do CD em que se pode ver o desenho da Tabela de Bion e a frase Tabela de Bion Para iniciar a instala o deve introduzir o Cd rom no leitor de Cd roms do seu computador N o se esque a que o seu computador deve ter previamente instalada 174 uma vers o do Windows 95 Fa a correr o programa de instala o X BION setup exe em que X a letra do seu drive de Cd rom a partir da barra de navega o Start Run setup exe ou a partir do programa de gest o de ficheiros Explorer Explorador Uma vez iniciada a instala o do programa BION o utilizador passa a receber instru es espec ficas atrav s do ecr Estas instru es passam pela confirma o do path sugerido pelo pr prio programa de instala o e outras informa es adicionais que s o nece
172. em nessa complexidade e a tornam deste modo acess vel Daqui se depreende a necessidade de tomar decis es acertadas ou seja a necessidade de escolher mesmo que criando aquele facto que re ne sua volta forma uma penumbra associativa factos at ent o dispersos e incoerentes 141 No texto Da capacidade de decis o Amaral Dias e colaboradores afirmam que inventar consiste em construir combina es teis e que estas n o s o mais do que uma nfima minoria das poss veis Segundo estes autores inventar discernir escolher Desta maneira torna se evidente a necessidade de escolher e tamb m as dificuldades que o n o exerc cio dessa capacidade podem acarretar Ao n vel da psicopatologia ser muito interessante investigar as situa es e os motivos que levam um determinado paciente a mostrar se incapaz de aceder a esta categoria laia de hip tese podemos pensar que dificuldades nesta rea estar o provavelmente relacionadas com s rias dificuldades em aceder posi o depressiva ou seja com a intoler ncia dor mental Conforme foi anteriormente referido se a mente n o consegue tolerar a d vida e a incerteza o tempo suficiente para o facto seleccionado emergir os elementos ou um elemento mais complexo mant m se dispersos e portanto in teis Nas palavras dos autores podemos ler Gra as ao mecanismo PS lt gt D dispers o integra o uma s rie de fen menos isolados e dispersos s
173. em que a paciente utiliza as varias modalidades de usos Observando o gr fico rapidamente nos apercebemos que 1 A coluna n 2 Psi enunciado falso foi a modalidade de utiliza o do pensamento mais utilizada pela paciente ao longo de toda a sess o Coluna n 2 52 5 2 A coluna n 3 Nota o foi a 2 modalidade de utiliza o de pensamento mais utilizada pela paciente ao longo de toda a sess o Coluna n 3 22 5 3 47 5 das interven es da paciente foram utilizadas com intuito de permitir a maturag o do pensamento e o contacto com a verdade Por ltimo vamos analisar e observar o gr fico de barras que permite fazer uma leitura de acordo com os valores ponderados A leitura do gr fico evolu o do 204 pensamento para a paciente permite nos confirmar as conclus es elaboradas pela an lise das estat sticas e eventualmente inferir outras Preponder ncia da utiliza o de mecanismos que revelam um modo de funcionamento da parte psic tica da personalidade Apesar da preponder ncia de mecanismo da parte psic tica da personalidade n o se observam quedas da qualidade do pensamento para n veis muito primitivos como seja o n vel proto mental A linha vermelha indicador da qualidade da actividade mental mant m se no quadrante positivo com excep o de um nico momento A actividade da parte psic tica da personalidade frequentemente interrompida por incurs es da parte n o psic tica da
174. em que estabelece uma rela o entre factos da realidade externas mas a relag o encontrada produto da mente do investigador My view diverges from the view that the scientific hypothesis or law includes more than a generalization and that that something is a function of external reality It approximates to the views of those epistemologists Kant Whewell Mill Peirce Poincar Russell and Popper who tend to the beliefs compatible with the idea that scientific knowledge is the result of the growth of common sense knowledge My agreements and disagreements with these epistemologists are a direct consequence of a psycho analytic investigation of the phenomena x 3 sen 25 known to all of them under various synonyms for scientific common sense Bion acaba por demonstrar de uma forma bastante clara que os desenvolvimentos cientificos e os m todos por ela utilizados dependem e est o limitados pelas capacidades dos homens que os produzem e utilizam Isto a produ o cientifica profundamente subjectiva mas rigorosa na aplica o do seu m todo ela reflecte o modo como a mente humana funciona e est por isso condicionada s suas limita es e aos seus erros Da mesma forma que a mente humana incapaz de apreender a globalidade dos fen menos que se passam sua volta tamb m uma determinada ci ncia incapaz de dar sentido globalidade dos fen menos A mente humana s capaz de conhecer e esclarecer
175. ementos a Os elementos a s o bastante mais primitivos que todos os outros e A passagem de uma linha evolutiva para outra um salto qualitativo superior passagem de uma casa para outra dentro de uma mesma linha e A passagem para a coluna 7 Decis o um salto qualitativo superior ao da passagem das outras colunas Os valores ponderados podem ser colocados num sistema de coordenadas dando origem a um gr fico que representa a evolu o do pensamento ao longo de uma sess o ou de um conjunto de sess es A leitura interpretativa do gr fico continua a exigir o dom nio dos modelos e das teorias de Bion mas o acesso informa o organizada desta forma facilita uma leitura r pida e correcta O gr fico n o substitui um n vel de interpreta o mais profunda onde se relacionam as duas dimens es os enunciados propriamente ditos e a hist ria do paciente e ou do terapeuta Valores Ponderados para a Evolu o do Pensamento Elementos Valores Elementos Valores Elementos Valores 166 A2 88 D1 20 F3 62 Com base neste novo instrumento de trabalho a quest o passou a ser qual a melhor forma de analisar os dados das sess es e apresentar os mesmos ao utilizador Subdividimos a an lise em an lise da evolu o do pensamento e em an lise dos diferentes tipos de utiliza es do pensamento usos An lise da evolu o do pensamento No caso da an lise ao n vel da evo
176. empo O psicoterapeuta cai abruptamente e pela 1 vez assistimos a uma descida ao nivel proto mental Talvez a queda tenha sido proporcional a altura que a dupla atingiu Paciente e psicoterapeuta ficam presos em pensamentos anti pensamentos O psicoterapeuta vai progressivamente elevando o nivel das suas interven es at atingir um novo C5 Este C5 inst vel e antes da interven o do paciente j caiu para um C2 F2 gt C3 gt C2 O paciente responde a um n vel muito primitivo A7 mas antev se uma possibilidade de mudanga atrav s da passagem da qualidade do pensamento do elementos f para conceitos A7 gt F7 O psicoterapeuta estabiliza a um n vel maturativo e trabalha no sentido de atingir K O paciente reage com alguma hesitac o iniciando por se colocar a um n vel superior F1 e descendo depois novamente de uma forma abrupta A2 Parece repetir se o fen meno j suspeitado e anteriormente referido como tanto maior a queda quanto a altura a que se chegou O psicoterapeuta insiste num n vel muito elevado F1 mas acaba por baixa lo um pouco Talvez tenha intu do que manter se a um n vel muito elevado poderia criar um fosso entre ele e o paciente ou talvez n o tenha conseguido resistir for a atractiva que a persist ncia do paciente ao manter se em anti pensamento exerce sobre ele Ressurge um novo equil brio entre paciente e psicoterapeuta mantendo se ambas as mentes em C2 numa troca homogeniza
177. enes desconectadas que si el paciente estuviera dormido las tomar amos ciertamente como pruebas de que el paciente so aba 2 Una producci n similar pero expresada en forma tal que sugiere que el paciente simula que suena 3 Una producci n confusa que parece ser prueba de alucinaci n 4 Similar al anterior pero sugiriendo una alucinaci n de un sue o no he tenido motivo para suponer que el paciente so aba que estaba alucinado Depois desta pequena explicag o tornar se razoavelmente f cil distinguir e identificar os elementos B e os objectos bizarros mas subsiste ainda a d vida de como identificar elementos t o primitivos como estes quando O paciente os manifesta atrav s da linguagem verbal Esta quest o pode ser resolvida com a ajuda de um pequeno excerto i A 103 retirado da obra anteriormente citada Vejamos Si se siente que son os pensamentos acrecentamientos de est mulos entonces pueden ser similares o id nticos a los elementos beta y como tales se prestar an a tratamiento por medio de descarga motora y la acci n de la musculatura para efectuar la descarga Por lo tanto el predominio del principio de realidad por la expulsi n de elementos beta indeseados Una sonrisn o una frase dicha debe interpretarse como un movimiento muscular de evacuaci n y no como una comunicaci n de sentimientos In Aprendiendo de la experiencia P g 18 Ver refer ncia bibliogr fica 13 19 Tbidem Ver refer n
178. ente humana uma vez que disponibiliza um velho novo instrumento que permite o aumento da capacidade de toler ncia frustra o imposta pelo contacto com a realidade e a verdade Esperamos que a vers o informatizada da Tabela possa vir a constituir se como um instrumento til para todos os cl nicos que trabalham com os conceitos Bionianos 11 3 Enquadramento da Obra de Bion no seio da Psican lise O valor e a import ncia da obra de Bion na Psican lise Bion nasceu na cidade de Muttra na ndia em 1897 e faleceu em Oxford Inglaterra em Novembro de 1979 Entre o seu nascimento e a sua morte passaram se 82 anos Durante as ltimas quatro d cadas da sua vida Bion transformou a psican lise e a maneira de se pensar a psican lise O valor e a import ncia dos seus desenvolvimentos te ricos s o hoje em dia pol micos Para alguns aquilo que Bion acrescenta psican lise suficientemente vasto e coerente para merecer a designa o de uma nova corrente a bioniana Para outros mais radicais que os primeiros Bion instala uma ruptura com a psican lise desenvolvida at ent o e inaugura uma nova era a que chamam de psican lise actual por contraposi o a uma psican lise cl ssica Outros ainda pensam que os desenvolvimentos te ricos de Bion n o s o mais que uma continuidade natural ao desenvolvimento do pensamento anal tico Kleiniano Por ltimo h quem negue a validade e a import ncia dos desenvol
179. ente ou determinada sess o Pensamos que a inten o de informatizar a tabela por forma a permitir que o cl nico passasse a ter uma maior capacidade de manejo e organiza o da informa o com que trabalha diariamente era j por si um objectivo digno da nossa aten o e esfor o mas medida que amos trabalhando neste objectivo defront mo nos com uma s rie de dificuldades cuja solu o permitiu expandir de uma forma inesperada quando deit mos m os obra a utilidade e pertin ncia da informatiza o da tabela O grande desafio neste projecto foi arranjar uma forma de apresenta o e s ntese da informa o recolhida atrav s da classifica o que fosse verdadeiramente til ao cl nico e que n o induzisse em erro A primeira solu o foi a de construir uma folha que apresentasse sequencialmente as diversas classifica es conforme sugerem Dario Sor e Maria Rosa Gazzano C2 gt C2 gt E2 gt E3 gt C2 C3 gt D3 gt F2 gt C2 gt B3 gt B4 B5 gt C2 5 C2 5 C2 gt C2 B3 gt D4 Conforme se pode ver atrav s deste exemplo retirado da obra Cambio Catastrofico Psicoan lisis del Darse Cuenta a sugest o dos autores de que se coloquem os 148 elementos de classificag o de um enunciado entre par ntesis rectos e separados entre Si por uma seta unidireccional ou bidireccional A seta unidireccional indica a passagem de uma c lula a outra e a seta bidireccional
180. ente sobre as ci ncias naturais que se t m apresentado como o modelo a seguir dada a sua completa objectividade e isen o Uma reflex o cuidada como aquela que foi empreendida por Bion impele nos no sentido de que se torna cada vez mais evidente que a objectividade e imparcialidade destas ci ncias se deve por um lado utiliza o de instrumentos de observa o criados com o objectivo de distanciar o investigador do seu objecto de estudo padronizar as observa es e permitir o desenvolvimento de uma linguagem t cnica isto precisa e isenta de conota es emocionais e por outro lado ao facto de os seus objectos de estudo 36 serem inanimados o que faz com que mantenham uma grande parte das suas POPA cja 2 de 3 caracter sticas ao longo do tempo facilitando assim a observa o 3 A esta explicita o podem acrescentar se os argumentos utilizados na sec o anterior que retiram objectividade e imparcialidade uma parte da sua import ncia j que de facto todo o conhecimento cientifico est intimamente relacionado com o investigador que o produziu e nem por isso perde em termos de cientificidade e 35 Retomando a problem tica introduzida no ponto 1 podemos dizer sem qualquer tipo de rodeios que a mente humana de facto um observador subjectivo e imparcial no entanto este facto n o inviabiliza a possibilidade de a mente humana poder servir 33 ce e PE 2 A The psycho an
181. enunciado determina o potencial evolutivo desse mesmo enunciado 111 Coluna 1 Hip tese Definit ria A coluna 1 refere se ao estabelecimento de uma defini o que funciona como hip tese O facto seleccionado estabelece e organiza uma penumbra de associa es nesta medida o facto seleccionado estabelece a hip tese de que uma s rie de elementos se relacionam da maneira que ele determina Ao dizer se que um c o est se por um lado a criar uma defini o que organiza uma quantidade de elementos de uma determinada maneira mas est se tamb m a dizer que um c o n o tudo aquilo que fica fora da rea delimitada pela defini o No texto The Grid podemos ler Columm 1 is subtitled a definitory hypothesis Statements to which this category is appropriate mark that elements previously regarded as unrelated are believed to be constantly conjoined and to have coherence A statement in this column should be considered to have significance but not meaning From the fact that the definitory statement does not refer to an earlier conjunction springs the objection sometimes made that a definition is negative N o poss vel fomentar uma discord ncia com a hip tese definit ria j que a nica objec o v lida mostrar que o enunciado absurdo por ser contradit rio em si pr prio Coluna 2 Psi Y Esta coluna reservada para enunciados falsos e ou para enunciados que t m por finalida
182. equado a que promovam crescimento ou vida sin nimo esta de crescimento In Aten o e Interpreta o P g 73 Ver refer ncia bibliogr fica 6 8 no elo de liga o entre o paciente e o analista ou entre o beb e o seio o mecanismo de identifica o projectiva Os ataques destrutivos a este elo de liga o originam se numa fonte externa ao paciente ou ao b b ou seja no analista ou no seio O resultado a excessiva identifica o projectiva por parte do paciente e a deteriora o dos processos de desenvolvimento deste ltimo 83 Ap s termos explicitado de forma mais ou menos minuciosa os modos de funcionamento da psicose e do psic tico estamos agora em condi es de dizer que para Bion a psicopatologia pode estar relacionada com a exist ncia de conflitos entre a parte psic tica e a parte n o psic tica da personalidade ou pode dever se a dificuldades no desenvolvimento dos pensamentos em qualquer uma das suas v rias fases e ou no desenvolvimento de um aparelho para os pensar O predom nio do funcionamento da parte psic tica da personalidade acarreta dificuldades imensas ao desenvolvimento dos pensamentos Mesmo quando poss vel a uni o entre uma pr concep o e uma realiza o com o consequente surgimento de uma concep o esta tratada pelo paciente como se fosse indistinta de uma coisa em si sendo por isso evacuada atrav s da utiliza o da identifica o projectiva A predomin ncia
183. es do seu desenvolvimento pessoal quer como investigador quer como indiv duo Desta forma Rezende apresenta nos a obra de Bion fazendo nos acompanhar a evolu o dos modelos Do modelo cientifico filos fico para o modelo est tico art stico e por ltimo para o modelo m stico religioso Para al m de nos conduzir ao longo deste trajecto no seu livro Wilfred R Bion Uma Psican lise do Pensamento Rezende apresenta nos ainda um outro livro denominado A 3 18 metapsicanalise de Bion Al m dos modelos onde nos mostra que a obra de Bion n o termina com a constru o de modelos N s tamb m pretendemos abordar a obra de Bion segundo uma biparti o necessariamente artificial mas que nos parece til Iremos dividir a obra de Bion segundo as suas preocupa es e desenvolvimentos respeitantes ci ncia em geral e psican lise em particular no primeiro e no segundo momento iremos tentar elaborar uma vis o de conjunto sobre as suas preocupa es investiga es e desenvolvimentos sobre a mente humana Esta proposta parece nos til pois nem sempre f cil distinguir aquilo que pertence a uma ou a outra rea de interesse Bion reflectiu ao longo de toda a sua obra sobre o que ou deve ser a ci ncia e sobre o que e como funciona a mente humana Estas duas preocupa es e interesses acompanharam se mutuamente e ambas sofreram evolu es ao longo do tempo assim como se influenciaram reciprocamente
184. eses curvos formula utilizada por Bion para se referir pr concep o P E e o nome Bion escrito por baixo Num primeiro momento o utilizador convidado a definir um nome Titulo para um conjunto de sess es sobre as quais pretenda trabalhar Este titulo tanto pode ser o nome de um paciente por exemplo Jo o com o nome de uma institui o ou qualquer outra caracter stica que o investigador considere ser um elemento pertinente para agrupar uma s rie de sess es Achamos que a constru o de uma rvore simples apenas com uma ramifica o seria adequado para as necessidades da maioria dos utilizadores psic logos psicanalistas etc Levant mos a hip tese de permitir a constru o de uma arvore mais complexa com dois ou tr s n veis mas conclu mos que o beneficio seria menosprez vel face s dificuldades de utiliza o que acarretaria Uma vez definido o titulo da s rie de sess es e o n da sess o sobre que se ir trabalhar o programa convida o utilizador a introduzir os enunciados segundo a ordem temporal em que eles ocorreram discriminando em cada um deles qual o sujeito que o enunciou O programa foi especialmente concebido para classificar enunciados verbais apesar de ser poss vel classificar outro tipo de enunciados ou 152 fen menos Ap s se terem introduzido todos os enunciados correspondentes a uma determinada sess o est se em condic es de passar a fase seguinte em que se decide sobre a
185. estigador necessitou de uma constante troca de informa es e adequa es entre ambas as partes E de notar a enorme paci ncia e toler ncia frustra o manifestada pelo Sr Pedro Roquette que persistentemente tentava compreender os nem sempre f ceis conceitos desenvolvidos por Bion Grady Booch escreveu The fundamental task of the software development team is to engineer the illusion of simplicity 7 Concordamos plenamente com esta frase de Grady Booch pois achamos que a aparente simplicidade oferecida por um programa n o corresponde necessariamente a uma vis o simplista ou excessivamente simplificada Tamb m aqui quisemos criar essa ilus o de simplicidade mas sempre conscientes da enorme complexidade subjacente s teoriza es de Bion Ali s pensamos que a simplicidade s poss vel de atingir quando previamente existiu um longo e profundo trabalho Conforme foi anteriormente referido o nosso 1 objectivo era o de desenvolver uma aplica o de inform tica que permitisse catalogar organizar e simplificar a classifica o com a Tabela Nesta medida pretend amos e Desenvolver um programa atractivo e user friendly e Desenvolver um programa que pudesse ser utilizado por pessoas pouco treinadas e com conhecimentos rudimentares de inform tica e Desenvolver um programa que permitisse a listagem de informa es com facilidade e pertin ncia Para concretizar estes objectivos o programa BION foi
186. estrui o de ambas a compuls o As rela es que se estabelecem entre o compulsivo e o ambiente s o muito complexas O pr ximo excerto retirado da p gina 2 Zz 118 do livro Aten o e Interpreta o muito denso mas uma contribui o inestim vel para o esclarecimento deste problema A compuls o peculiar a v nculo entre mente que abriga e outra parasit ria e que destr i ambas O pensador acolhe pensamentos se deles n o precisa para lhe conferirem significado e tolera os que n o o fazem Se indispens vel ao pensamento o pensador conflita com os outros pensadores que se julgam essenciais ao pensar A inveja o ci me e a possesividade s o equivalentes mentais dos componentes t xicos do parasitismo f sico Contribuem para a natureza da actividade que adv m da presen a da compuls o O mpeto do indiv duo que admite nico e indispens vel seu contribuir para o pensamento diverge do clima emocional em que a iman ncia do pensamento dispensando pensador para pens lo n o lhe lisonjeia o narcisismo e perde assim o atractivo emocional O esfor o que corrobora a verifica o de outros n o constitui apelo Ainda que requeira pensador n o se refere a algum determinado e nisso se assemelha s verdades pensamentos que n o precisam pensador 87 As implica es na pr tica cl nica Conforme decorre do anteriormente exposto a psicopatologia est intimamente relacionada com a compuls o a evitar de
187. exist ncia de um aparelho para pensar pensamentos e a teoria que descreve essa actividade a teoria do pensamento os pensamentos propriamente ditos n o dependem desse aparelho e a teoria que descreve a sua forma o a teoria do conhecimento Os proto pensamentos s o de certa forma as sementes que ap s matura o originam os pensamentos propriamente ditos e subsequentemente a capacidade de pensar A teoria que descreve o funcionamento e o desenvolvimento dos proto pensamentos a teoria da fun o or Existe uma rela o din mica entre os proto pensamentos os pensamentos a faculdade de pensar a realidade interna e ou externa e o conhecimento que a personalidade capaz de alcan ar Estas rela es s o descritas pela teoria das fun es e das transforma es Ap s esta pequena apresenta o das principais teorias de Bion pensamos ter articulado o conte do de algumas das suas obras mais significativas De seguida iremos tentar apresentar as conceptualiza es e teoriza es de Bion de acordo com o esquema evolutivo do pensamento em sentido lato que foi anteriormente definido como Proto pensamentos Pensamentos Faculdade de pensar Nesta medida n o iremos fazer a separa o entre Teoria do Conhecimento Teoria do Pensamento e Teoria das Fun es mas sim tentar articul las num todo coerente que esperamos melhor elucide as excelentes e radicais contribui es de Bion para a Psican lise
188. forma 4 quadrantes Nos quadrantes I e Il o eixo Y que corresponde na tabela ao eixo gen tivo evolutivo positivo no quadrante I o eixo X que corresponde na tabela ao eixo dos usos positivo e no quadrante II negativo Da mesma forma temos que nos quadrantes III e IV o eixo gen tico evolutivo sempre negativo e o eixo dos usos positivo para o quadrante IV e negativo para o quadrante III Resumindo temos 127 Eixos Quadrante Gen tico Usos I H Il IV Em cada um destes quadrantes h uma repeti o do desenho completo da tabela A tabela original de Bion tinha 34 c lulas teis e a de Dario Sor e Maria Rosa Gazzano passa a ter 136 mais 22 resultantes do acr scimo de uma nova coluna coluna7 Os autores consideram que o quadrante III o mais adequado representa o da parte psic tica da personalidade e deixam em aberto sem resposta a utilidade dos quadrantes mistos II e IV Em termos pr ticos os autores classificam todos os enunciados no 1 ou no 3 quadrante consoante se trate de um pensamento origin rio da parte neur tica ou da parte psic tica da personalidade Sobre isto podemos ler a La extens n de la Tabla al lado negativo nos hace entrar de lleno en el rea psic tica de la personalidad La naturaleza misma del ojeto que est siendo indagado perturba en alto grando a quienes lo investigan Pensamos que este obst culo es con much
189. ge e Ludwing Wittgnstein al m de Kant Para o modelo est tico art stico um autor significativo William Blake e n o por acaso Para o modelo m stico religioso os principais interlocutores s o Mestre Eckhart S o Jo o da Cruz e o Bhagavad git Rezende utiliza a express o interlocutores como se tivesse havido uma troca din mica de ideias entre Bion e os referidos pensadores Essa escolha deve se forma como vemos Bion a integrar as contribui es destes autores e a expandi las para al m deles num movimento muito pr prio a Bion Rezende identificou estes autores como os mais preciosos mas as refer ncias de Bion a outros pensadores s o frequentes Podemos ainda destacar Arist teles Arnold Bennet George Berkeley Nils Bohr F H Bradley R B Braithwaite Lewis Carroll Kenneth Clark Nicolaus Copernicus Charles Darwin Descartes Euclydes Heisenberg Hume Milton Sir Isaac Newton H Poincar etc A lista muito extensa e d conta do vontade com que Bion se situava no mundo da cultura e a facilidade com que ele integrava ideias provenientes de campos de estudo bastante diversos Um outro ponto digno de aten o segundo o nosso ponto de vista a coexist ncia de pensadores actuais com pensadores cl ssicos como se a data da produ o desta ou daquela ideia n o tivesse qualquer peso Bion parece lidar com as ideais e os pensamentos enquanto elementos intemporais Isto
190. gia 69 Os constructos te ricos 75 A parte Psic tica e a parte N o psic tica da personalidade 75 A Identifica o Projectiva a Posi o Esquizo paran ide e a Posi o Depressiva 78 A Compuls o express o de uma personalidade perturbada 84 As implica es na pr tica cl nica 88 94 As linhas e as colunas na tabela 98 Linha A Elementos B 100 Linha B Elementos 102 Linha C Pensamentos On ricos Sonhos e Mitos 104 Linha D Pr Concep o 106 107 Linha E Concep o Linha F Conceito 109 Linha G Sistema Dedutivo Cientifico 110 Linha H C lculo Alg brico 111 Coluna 1 Hip tese Definit ria 112 Coluna 2 Psi W 112 Coluna 3 Notag o 113 Coluna 4 Aten o 114 Coluna 5 Indaga o 115 Coluna 6 Ac o 116 Navegar na tabela 117 7 Propostas para a modificac o da Tabela de Bion 127 As modifica es introduzidas por Dario Sor e Maria Rosa Gazzano 127 As modifica es introduzidas por Amaral Dias 133 Coment rios e considera es finais _145 Volume II 8 A informatiza o da Tabela Metodologias processos e decis es 147 Metodologias processos e decis es __ 150 Novas propostas de leitura da Tabela 154 O Modelo 160 9 Descri o da aplica o desenvolvida 173 O programa de Parametriza o 173 O programa BION 174 Inserir 182 Classificar 182 Apagar 185 Estat stica 185 Gr ficos 188 Imprimir 190 10 An lis
191. h to come across John Rickman I decided to launch out onto an analysis with him That I found to be extremely illuminating to my surprise psycho analysis seemed to have a distinct relationship to what I thought was common sense Then alas came the threat of war and I found my analytic experience terminated After the war Rickman did not feel that it was possible to continue with me because we had had plenty of experience together during the war Pela leitura deste pequeno excerto ficamos com a ideia que foi Rickman que apresentou a psican lise a Bion e que o convenceu dos seus m ritos At ent o ele parecia desconfiar do valor da Psican lise Nota se ainda um tom pesaroso ao referir a necessidade que Rickman sentiu de terminar a an lise Fica se tamb m com a ideia de que foi o contacto com a situac o anal tica a experi ncia de ser analisado que o convenceu do interesse e da pertin ncia da psican lise J aqui se manifestava a tend ncia que acompanhou toda a sua obra de s se deixar convencer pela e na experi ncia Bion assume para o exterior uma ader ncia a escola Kleiniana apesar de os seus desenvolvimentos te ricos se afastarem em alguns pontos dos desta corrente Ibidem p gina 376 excerto retirado da transcri o de uma casete datado em Abril de 1979 15 More than one patient has said my technique is not Kleinian I think there is substance in this 7 Ap s ter esta
192. hecido como tal A F que Bion pretende que os psicanalistas desenvolvam muito particular na medida em que pretende que eles acreditem cegamente tenham f que existe a 91 Es PONY i O psicanalista n o condescende com as caracter sticas acima mencionadas com o desejo e as mem rias sem deteriora o de capacidade anal tica Quem se habitua a recordar o que os pacientes diziam e a desejar lhes o bem estar dif cil Ilhe escapar ao dano intui o anal tica intr nseco a quaisquer mem rias e quaisquer desejos O primeiro ponto para o analista se impor a disciplina categ rica de recha ar mem ria e desejo Afirmo que esquecer n o suficiente requer se ato deliberado de abster se de mem ria e desejo In Aten o e Interpreta o P g 41 Ver refer ncia bibliogr fica 6 92 sya me E frase acima representa o ato do que chamo f E a meu ver um enunciado cientifico pois zn 4 para mim f estado mental cientifico a se reconhecer como tal In Aten o e Interpreta o P g 42 Ver refer ncia bibliogr fica 6 90 realidade e a verdade ltima Na p gina 44 do livro Aten o e Interpreta o podemos ler A disciplina que advogo para o analista isto recha ar mem ria e desejo na acep o que uso os termos aumenta lhe a aptid o para admitir actos de f condi o peculiar ao processo cientifico diferencia se da significa o religio
193. houver um grau de intoler ncia frustra o demasiado elevado que impossibilite a perman ncia de sentimentos dolorosos na mente o tempo suficiente para se eleger o facto seleccionado ir se fazer uso da identifica o projectiva que expulsar a percep o e o sentimento doloroso a ela associado para fora da mente negando esse mesmo sofrimento Desta forma a reac o e a rela o que a personalidade mant m com a frustra o determinante para o evoluir da personalidade Poder se igualmente pensar que o grau de preocupa o que a pessoa tem para com a verdade e a vida ir influenciar a sua rela o com a realidade e com a frustra o Se a curiosidade em rela o verdade suficientemente forte e se encontra acompanhada por uma preocupa o em rela o vida ent o o indiv duo ir esfor ar se no sentido de aumentar o seu grau de toler ncia frustra o e s emo es a ela associadas Pelo contr rio se existir um predom nio do dio verdade e vida o indiv duo ir refor ar os mecanismos de identifica o projectiva que lhe permitem livrar se rapidamente de sentimentos e emo es indesejadas A utiliza o excessiva dos mecanismos de identifica o projectiva aumenta a intoler ncia frustra o porque priva o indiv duo do exerc cio da faculdade de pensar e por isso mesmo priva o da possibilidade de produzir modifica es sobre a realidade interna e externa consciente e inconsciente
194. ibliogr fica 6 89 forma prematura impedindo o de funcionar de forma apropriada para a capta o das emanac es Esta proposta de Bion bastante radical e entra em conflito com a postura da psican lise da altura Para a maioria dos analistas n o existia grande mal em desejar o bem estar dos pacientes uma cura r pida ou at desejar que surgisse este ou aquele acontecimento em sess o Os desejos que iam surgindo na mente do analista poderiam ser utilizados posteriori na an lise da contra transfer ncia e nessa medida tinham um valor no processo terap utico As mem rias tamb m eram se n o estimuladas pelo menos bem aceites Uma vez que a hist ria de vida do paciente tinha uma import ncia fundamental as rela es e inter rela es que se podiam tecer entre diversas associa es eram bem vindas Para que elas fossem de facto vi veis era necess rio que o analista possu sse recorda es das sess es passadas Aquilo que Bion vem dizer que o analista deve treinar se por forma a ser capaz de estar na sess o com um estado de esp rito que ele pr prio denomina de f F uma palavra emprestada da religi o e aplicada psican lise Transpor um conceito originalmente da religi o para a psican lise uma atitude que por si s poder acarretar algumas cr ticas mas Bion vai mais longe e retira todo o conte do religioso do termo afirmando que F um A wit x 2 estado mental cientifico e deve ser recon
195. ic rigour as the circumstances of analytical practice permit whose function is to probe the environment In this respect it has affinities with the pre conception It is essential to discrimination One of its functions is receptiveness to the selected fact By selected fact I mean that by which coherence and meaning is given to facts already known but whose relatedness has not hitherto been seen In Elements of Psycho Analysis Pag 19 Ver refer ncia bibliografica 7 114 Coluna 5 Indagac o Os enunciados categoriz veis nesta coluna visam em primeiro lugar satisfazer Os impulsos de investiga o e de indaga o A investiga o ou a indaga o dirigida para um acontecimento ou fen meno preciso Quando o enunciado proferido uma interpreta o enunciado elaborado pelo psicanalista a interpreta o uma teoria utilizada para explorar a inc gnita Pretende esclarecer o material revelado por forma a ajudar o paciente a libertar e revelar mais material No texto sobre a tabela podemos ler Column 5 particular the gloss Oedipus requires some explanation In so far as it represents a use similar to Column 4 it may be regarded as redundant A criticism of Oedipus implicit in the story is the obstinacy with which he pursues his inquiry This aspect of curiosity may seem unimportant to the philosopher of science but it is of significance clinically and therefore worth including with Columns 3 and 4 as repre
196. idades cl nicas definidas nem procurou encontrar novas psicopatologias Tentou isso sim desenvolver teorias e modelos te ricos que permitissem compreender as diversas psicopatologias que surgem na pr tica cl nica de qualquer analista Bion parece ser da opini o de que a divis o em entidades nosol gicas muito espec ficas complica mais do que esclarece Segundo ele a psicopatologia est organizada de tal forma que uma s rie de elementos que s o comuns a todas as psicopatologias concorrem para a discrimina o de certas psicopatologias como elementos isolados A utiliza o de um factor comum com intuito discriminativo origina uma confus o enorme porque uma mesma entidade cl nica possui significados distintos consoante o contexto em que est inserido A Depress o disto um bom exemplo existe a Depress o psic tica a Depress o neur tica a Depress o isolada e como sintoma associado a uma outra problem tica Existe a Depress o normal e a depress o patol gica etc No seu livro Elementos em Psican lise encontramos o seguinte excerto A maioria dos analistas experimenta o sentimento de que a descri o de caracter sticas de determinada entidade cl nica perfeitamente se enquadra dentro da caracteriza o de algumas bem diferentes A mesma descri o todavia raro representa o adequada mesmo de realiza o que obviamente se destinam a expressar A combina o que certos elementos Am tae n 7 ida ha
197. ifica o necessita de ser representada por uma barra de uma mesma cor Se convencionarmos que a cor da barra define o sujeito do enunciado podemos estabelecer uma altern ncia entre as cores das barras para representar as altern ncias das falas ou interven es mas n o temos forma de representar a diversidade v rias classifica es no seio de uma nica interven o porque em cada momento este tipo de gr fico s permite a atribui o de um nico valor Temos ent o que o gr fico de barras disponibilizado pelos programas a que tivemos acesso obriga a uma estrutura o de informa o do tipo um sujeito uma s rie e um valor Se a cada enunciado s fosse poss vel atribuir uma nica classifica o ent o este tipo de gr fico teria resolvido o nosso problema mas a verdade que a um nico enunciado podem corresponder v rias classifica es Mais uma vez vimo nos perante uma situa o delicada e dif cil Quando n o existem ferramentas dispon veis para lidar com a realidade a melhor solu o cri las Foi de facto isso que fizemos O Sr Pedro Roquette desenvolveu desde a raiz um programa que permite fazer um gr fico exactamente medida das nossas necessidades Este programa foi habilmente integrado com o programa BION e permitiu nos conceber e apresentar um gr fico ao qual denominamos Gr fico de S ries Temporais com M ltiplos Pontos em cada S rie O Gr fico de S ries Temporais com M ltiplos Pontos
198. ight turn out to be is and must be related to a sensory awareness of data of external reality But the function of induction is to extract from the data that have been collected via the sensory apparatus not a hypothesis but a question preferably the right question By right question I mean that which is dictated by common sense in the sense in which I have defined it for any other question is a matter of private concern and all scientific matters are of public knowledge of public facts made public the scientific work consisting of public ation I suggest then that the process is one of awareness of incoherent elements and the individuals ability to tolerate that awareness until such time as induction leads to the formulation of a question Of the nature of those questions I shall speak later The question once formulated gives rise to an inspiration the selection of the fact or as I would suggest the sophisticated fact or hypothesis From this follow the steps by which a scientific deductive system is built up from the high level hypotheses acting as premises through the intermediate derived hypotheses through decreasing generalization to the lowest level hypotheses we reach the particularizations that are open to invalidation by empirical testing In Cogitations P g 195 33 do pr prio sistema cientifico dedutivo O conhecimento obtido atrav s da utilizag o de um qualquer sistema cientifico dedutivo sempre
199. inar que o O a que nos referimos uma impress o dos sentidos Vamos imaginar que a impress o dos sentidos que ocorreu quando o indiv duo queimou um dedo Ent o temos quando perante o acontecimento queimadura do dedo o indiv duo apreendeu uma s rie de est mulos internos e externos sensa o de aquecimento s bito sensa o de dor e mau estar movimento do bra o cheiro a pele queimada etc que organiza segundo os passos inerentes forma o de concep es e acaba por dizer Ai queimei me A realidade ltima inerente situa o incognosc vel mas o contacto da situa o com o indiv duo produziu uma s rie de impress es que ap s terem sido transformadas se organizaram numa frase Ai queimei me Esta frase pode ser o facto seleccionado que deu sentido s in meras sensa es e ao mesmo tempo o resultado da transforma o operada sobre a percep o da situa o real 38 n I transform the facts I describe by regarding them in a particular way In Transformations P g 10 Ver refer ncia bibliogr fica 9 the term transformation related to I the total operation which includes the act of transforming and the end product for this I shall use the sign T 11 the process of transformation sigh Ta and iii the end product sign Tf Ibidem Ver refer ncia bibliogr fica 9 64 A percep o da situa o real e a situa o real n o s o uma e a mesma coisa
200. intolerante a uma dessas posi es how far is the scientific outlook the attempt to understand a compromise between the necessity imposed by the compulsion to survive the reality principle of knowing the facts of external reality and the necessity imposed by the psyche s intolerance of the paranoid schizoid position or the depressive position to move freely from one position to the other and back without depressively coloured persecutory feelings on the one hand and depressive feelings untinged with feelings of persecution on the other Ao levantar e investigar esta quest o Bion verifica que os trabalhos realizados segundo o m todo cientifico s o vulner veis a cr tica de que possam ser a express o 2 Bion W R Cogitations Cientific method P g 12 Excerto datado de 10 de Janeiro de 1959 Ver refer ncia bibliogr fica 11 Ibidem P g 07 Ver refer ncia bibliogr fica 11 24 de tens es profundas inner tensions inerentes personalidade dos seus autores Bion tenta demonstrar que o m todo cientifico em si falho na objectividade que lhe geralmente atribu da e que poder at nascer de elementos da personalidade inconscientes que procuram a sua realiza o Uma outra quest o que encontramos reflectida na obra de Bion com uma frequ ncia significativa a de saber em que que se baseia a generaliza o do m todo cientifico A fun o da ci ncia parece
201. ip tese definit ria mas mostra se incapaz de elaborar qualquer esp cie de movimento no sentido de transformar essa hip tese em objecto de investigac o O pensamento da paciente salta para formula es em termos de enunciados falsos e observa se uma tentativa de sustentar essa enuncia o anti pensamento em diversos n veis E2 F2 D2 Regressa a um modo de funcionamento K com a nota o de uma experi ncia ao n vel das pr concep es Mant m um funcionamento que visa atingir K mas novamente se observa que s o pseudo explora es porque nunca chega a atingir a indaga o A sequ ncia que deveria levar indaga o aborta antes de estar conclu da E3 gt E1 gt D3 gt D4 Ensaia diferentes n veis de express o mas evita a indaga o que lhe permitiria uma verdadeira aproxima o da verdade Volta a cair em enuncia es falsas e resistenciais Mais uma vez se observa uma flutua o do n vel a que a enuncia o conseguida D2 F 2 Recupera mantendo se ao n vel da hip tese definit ria Tamb m aqui se observa uma flutua o do n vel a que a enuncia o fornecida D1 gt F1 A partir deste ponto a mente da paciente parece tornar se mais resistente refugiando se de uma forma mais intensa no enunciado falso variando constantemente o n vel a que essa express o conseguida Quando se encontra em modalidades de funcionamento maturativas f lo apenas ao n vel da nota o da experi ncia mostrando
202. ir para ser completo Na p gina 78 transmite nos a diferen a entre a Transforma o de O em K ou seja entre a realidade e a interpretac o que se pode elaborar sobre ela que tamb m o conhecimento que se pode obter no contacto com ela e a Transforma o de K em O Tu m stico v s uma significag o em todas as coisas Para ti tudo tem um sentido velado H uma coisa oculta em cada coisa que v s O que v s v lo sempre para veres outra coisa Para mim gracas a ter olhos s para ver Eu vejo aus ncia de significag o em todas as coisas Vejo o e amo me porque ser uma coisa n o significar nada Ser uma coisa n o ser suscept vel de interpreta o 2 Transformation i e Tp amp or Ta q is influenced by L H and K The analyst is assumed to allow for or exclude L or H from his link with the patient and Ta a and Ta f are assumed for purposes of this discourse to be free from distortion by L H i e by counter transference Tp e Tp B on the contrary are assumed always to be subject to distortion and the nature of that distortion in so far as it is an object of illumination through psycho analytic interpretation is the O of the transformation that the analyst effects in his progress from observation to interpretation In Transformation P g 48 Ver refer ncia bibliogr fica 9 2 Obras Completas de Fernando Pessoa Poemas de Alberto Caeiro 1987 Ver refer ncia bibliogr fic
203. irmando que qualquer objecto analitico antes de assim se qualificar apresenta tra os categoriz veis nas fileiras B C e G In Elementos em Psican lise P g 114 Ver refer ncia bibliogr fica 14 115 n E i E x PER As investiga o psicanal tica formula premissas diferentes das da ci ncia comum como o s o as de filosofia ou teologia Os elementos psicanal ticos e objectos deles derivados apresentam as seguintes dimens es 117 p gina 22 e o da p gina 114 leva nos a pensar que a teoria anal tica e a paix o s o intercambi veis pelo menos quando o vertex de trabalho a interpreta o que o analista fornece em sess o ainda de referir que a tabela que Bion descreve no livro Elementos em Psican lise parece ser ligeiramente diferente da vers o final apresentada ao publico em geral Esta suspeita partilhada por diversos autores j que existem v rias incongru ncias deste tipo ao longo do livro Na posse de todas estas informa es pensamos que ser correcto considerar que Bion se referia mais classifica o na linha F do que propriamente na linha G Se a nossa hip tese estiver correcta ser licito dizer que a interpreta o que revela um objecto psicanal tico dever ser pass vel de classifica o nas linhas C De F Se a nossa hip tese estiver correcta devemos pensar que as c lulas correspondentes s linhas C D e F s o particularmente importantes necess rio contudo
204. isboa 1997 4 Amaral Dias C Franca R Coelho E P Matos A P CAESURA Da capacidade de decis o N 1 Jul Dez 1992 5 Amaral Dias Carlos A Re pensar Colect nea Psicanal tica Edi es Afrontamento Biblioteca das Ci ncias do Homem 1995 6 Bion W R Atenc o e Interpretac o 1970 Rio de Janeiro Imago Editora Traduc o de Paulo Dias Corr a 1991 7 Bion W R Elements of Psycho analysis William Heinemann London 1963 8 Bion W R Experiences in Groups Tavistock Publications London 1961 9 Bion W R Transformations William Heinemann London 1965 10 Bion W R Clinical Seminars and Four Papers Fleetwood Press 1987 11 Bion W R Cogitations edited by Francesca Bion Karnak Books 1992 230 12 Bion W R Two Papers The Grid and Caesura 1977 Karnak Books London 1989 13 Bion W R Aprendiendo de la experiencia M xico Paidos Editorial Tradug o de Hayde B Fern ndez 1987 14 Bion W R Elementos em Psican lise Rio de Janeiro Imago Editora Tradug o de Paulo Dias Corr a 1991 15 Bion W R Estudos Psicanaliticos Revisitados Imago Editora Rio de Janeiro 1994 16 Bion W R La Tabla y la Cesura Bion en Nueva York y San Pablo Gedisa Buenos Aires Argentina 1982 17 Bl andonu G Wilfred R Bion A vida e obra Imago Editora Rio de Janeiro 1993 18 Boavida Maria da Concei o Disserta o de Mestrad
205. isualizar o n mero da sess o 177 Uma vez pressionado este bot o o programa pergunta se quer de facto introduzir uma nova sess o Quer introduzir uma nova sess o se o utilizador dizer que sim ent o ele sugere de imediato um n mero para a nova sess o esse n mero aquele que estiver na sequ ncia das sess es j existentes Se por exemplo j foram feitos os registos correspondentes a 4 sess es no agrupamento denominado Paulo o programa ir propor que a nova sess o seja numerada com o n mero 5 O terceiro e ltimo campo de visualiza o e escrita um espa o em branco que permite registar informa es que considere pertinentes para identificar e catalogar o novo grupo de sess es Este ltimo campo est equipado com uma barra lateral que permite deslizar ao longo do texto A Tabela de W R Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Titulo Exemplo 1 y Novo Sess o 1 Nova Exemplo apresentado na monogra AN Quer introduzir uma nova sess o Jw Anterior Figura 8 Ecr a exibir o pedido de confirma o para uma nova sess o Por ltimo temos dois bot es nos cantos inferiores direito e esquerdo O bot o colocado no canto inferior direito leva o utilizador ao ecr n 1 e o bot o no canto inferior direito leva o utilizador para o pr ximo ecr ou seja para o ecr n mero 3 178 O ecr 3 um dos ecr s mais complexos de todo o programa porque cont m um n mero elevado d
206. ita es que a vis o de Bion ou seja a sua proposta te rica val tentar ultrapassar Os constructos te ricos Bion utiliza relativamente poucas teorias na construg o da sua psican lise Uma grande parte dos pacientes de Bion eram psic ticos no sentido habitual do termo ou seja sofriam de uma psicopatologia denominada Psicose Este facto fez com que a investiga o de Bion sobre a psicopatologia seguisse um determinado rumo Bion comegou por tentar compreender o funcionamento da mente dos pacientes psic ticos e a partir dessa compreens o extrapolou para outro tipo de psicopatologias tendo acabado por desenvolver uma teoria geral para a compreens o do funcionamento da mente humana A parte Psic tica e a parte N o psic tica da personalidade Na sua observa o e investiga o com pacientes psic ticos principalmente esquizofr nicos Bion verificou que existiam duas modalidades de funcionamento em paralelo uma modalidade de funcionamento psic tico e outra modalidade de funcionamento neur tico Estas duas modalidades de funcionamento coexistem num 75 mesmo indiv duo ou personalidade actuando cada uma delas em momentos diferentes ou num mesmo momento sobre elementos diferentes A actua o da parte psic tica da personalidade leva a utilizag o da identificag o projectiva enquanto que a actua o da parte neur tica da personalidade leva utiliza o de mecanismos 5 X zan 71 frequentement
207. ital na forma como Bion aborda e pensa a psican lise quer pela integra o de muitos dos conceitos que ela desenvolveu quer pela experi ncia marcante que foi ter sido sua analista A este respeito encontramos na obra de compila o elaborada por Francesca Bion os seguintes coment rios I certainly cannot claim for myself who have been analysed by Melanie Klein that I am incapable of experiencing feelings of persecution in our present state of progress I think 4 any analyst would be rash to think that he was Neste pequeno excerto podemos verificar que Bion leva em considera o a sua experi ncia vivida para diferenciar a verdade da n o verdade nos conceitos desenvolvidos pela psican lise e mais concretamente por Melanie Klein Ele n o pode por em causa aquilo que sentiu e t lo sentido deve se ao facto de ter sido analisado por M Klein Desta forma verificamos que existe uma integra o da sua experi ncia de vida nos seus desenvolvimentos te ricos Num outro excerto ainda no livro Cogitations observamos que Bion procurou deliberadamente M Klein e que a sua influ ncia se passa a um n vel bastante consciente Bion integra muitos dos conceitos de M Klein mas n o o faz sem uma profunda reflex o cr tica However I took the plunge and went to see Melanie Klein I found that what she said while seeming very often to be rather extraordinary stuff had a kind of common sense about it no
208. ixar rasto Esta conjun o constante cont m a penumbra associativa relacionada com a posi o esquizo paran ide descrita por Melanie Klein A posi o esquizo paran ide indistinta na mente de uma terr vel fragmenta o do objecto A posi o depressiva tamb m indistinta da sintetiza o de um objecto ou seja da defini o de facto seleccionado conjun o constante ou elemento a Articulando estas premissas com as teorias do conhecimento e do pensamento temos que O contacto com a realidade induz frustra o e perante a frustra o a pessoa invadida por sentimentos dolorosos que s o por isso mesmo dif ceis de suportar ou tolerar O grau de toler ncia que a pessoa tem em rela o ao sofrimento depende de uma s rie de vari veis de entre as quais se destaca a predisposi o heredit ria Se existir um grau suficientemente elevado de toler ncia frustra o o contacto com a realiza o Ea do 5 51 negativa ou seja com a situa o frustrante d lugar a um pensamento sobre a 51 No pensar incluo o que primitivo mesmo os elementos alfa tal os descrevo Excluo de modo arbitr rio por defini o os elementos beta e Como defino o pensamento quem n o produz 54 coisa ausente e desenrola se o processo de desenvolvimento de um aparelho para pensar pensamentos Se nao existir um grau suficientemente elevado de toler ncia a frustra o isto se
209. izador dever especificar o s sujeito s Uma vez feitas todas as defini es 188 necess rias o utilizador poder pressionar o bot o GRAFICO e dessa forma visualizar Os respectivos gr ficos Evolu o do Pensamento C4 C4 C4 C4 CACH MA ATATATATATAR Ap AZA Je E Paciente Terapeuta Pensamento Imprimir Figura 16 Visualiza o de um gr fico com incid ncia Evolu o do pensamento e Todos os sujeitos O gr fico do tipo pie mostra a predomin ncia e a utiliza o relativa dos diferentes usos ao longo da sess o Atrav s da visualiza o e interpreta o deste gr fico o psic logo ou psicanalista fica a saber quais s o os usos que o paciente e ou terapeuta evita ou priviligia Para a execu o deste gr fico tamb m necess rio definir a incid ncia 189 Paciente Terapeuta m Hip tese definit ria Y Nota o Indaga o Sair E Psi enunc falso Aten o m Decis o Imprimir Figura 17 Visualiza o de um gr fico com incid ncia Usos e Todos os sujeitos Imprimir A op o IMPRIMIR no ecr n 3 permite fazer a impress o de uma tabela com todos os enunciados os sujeitos e as cota es de uma determinada sess o Resumo da sess o Esta op o faz a impress o da sess o que est a ser visualizada nesse ecr 190 10 An lise de alguns casos pr ticos Conforme foi referido em cap tulos anteriores pensamos que a utilizac o do progra
210. l gico encontra se a um outro n vel A Tabela assim como todas as suas teorias surgem da pr tica cl nica surgiu da press o que a realidade os fen menos fizeram no sentido de se tornarem vis veis Em 1977 Bion numa das reuni es de Nova York ao ser questionado sobre o facto de falar t o pouco sobre a Tabela responde que para ele a Tabela tinha perdido uma grande parte do interesse j que tinha acabado por verificar que ela n o conseguia abarcar a realidade do que se passa em an lise E O Usted no ha hablado sobre la Tabla B Tan pronto como me apart de la Tabla advert hasta qu punto es inapropiada He put in his thumb and pulled out a plum and said What a good boy I am Puso el dedo y sac una ciruela y dijo Que bueno soy Pero la satisfacci n no dura mucho A modo de modelo pict rico sugeriria que es como el ni o que se chupa el dedo lo saca para examinarlo con admiraci n pero al cabo de un tiempo se siente descontento Lo que yo experimento es ese tema con variaciones P No es operativa B A cada uno le corresponde decidir si le resulta til Si no lo es no vale la pena perder el tiempo con ella Lo mismo digo de cualquier futura Tabla que yo pueda formular P Es duro de aceptar B No para m es s lo una p rdia de tiempo porque no corresponde en verdad a los 135 hechos que es posible que encuentre Concordamos com esta postura de Bion ou seja concordamos com a ideia de qu
211. l desarrollo y el crecimiento Imaginemos es una conjetura imaginativa que las paredes del tero fueran demasiado limitadas la nica alternativa ser que la madre evacuara a la criatura que est adentro y que la criatura que est adentro saliera y se adatara de vivir en fluido acuoso a viver en fluido gaseoso Se quis ssemos poder amos voltar a pegar em cada uma das sess es apresentadas como exemplos ilustrativos voltar a classificar os enunciados um por um tentando ver a coisa por outra perspectiva lan ar novas hip teses interpretativas para cada interveng o e estudar os resultados com o mesmo afinco e seriedade Estamos convictos que as conclus es seriam outras mas talvez n o menos pertinentes Fazendo isto uma e outra vez talvez possamos abrir novos mundos Da an lise dos dados trabalhados pelo programa BION surgiram diversas hip teses que n o s o mais do que especula es Para n s estas especula es t m de facto um enorme valor Permitem nos repensar toda uma s rie de conceitos e ideias feitas ao mesmo tempo que nos impulsionam para reas inexploradas e desconhecidas De todas as hip teses que levant mos aquelas que nos parecem mais pertinentes s o A manuten o do pensamento a um certo n vel de maturidade parece exercer sobre a outra mente ou outro pensamento uma determinada for a atractiva em setting anal tico As mentes de ambos os intervenientes parecem desejar encontrar e
212. lhe atribuir uma qualquer classifica o o analista corre o s rio risco de fazer uso da sua omnipot ncia e enveredar pela esfera do 136 dogmatismo e do fanatismo Nenhum analista ou psic logo est a salvo desta situac o por melhor profissional que seja A postura intelectual que o analista deve manter em sess o denunciada de forma muito clara e inequ voca por Bion sem desejo sem mem ria e sem compreens o mas o que dizer sobre a postura mental a ter quando se utiliza a Tabela ou outro qualquer instrumento dela derivado Pensamos que a resposta a esta quest o poder passar por nunca esquecer a necessidade de fazer v rias experi ncias e test las no confronto com a realidade Fazer v rias experi ncias levantar muitas hip teses utilizar muitos e diferentes vertex nunca parar de fazer uso da imaginac o especulativa Me amparo en la idea de la Tabla en este sentido se puede considerar que las cosas llamadas materiales son ajenas a nuestra jurisdicci n porque son hechos de constituci n fisica Pero y aqui entro en terrenos que sin duda dar n lugar a controversia y con raz n quisiera suponer que adem s de esos teoricamente supuestos e imaginarios elementos alfa y elementos beta tambi n el pensamiento entre en una fase que yo llamaria primordial Podr a decir que el pensamiento primordial tambi n se revela aqu estoy hablando de nosotros pero en este caso lo llamar a imaginaci n especulativa E
213. lisando O psicanalista n o aguarda a fala do analisando ou o seu sil ncio ou o seu gesto ou qualquer outra ocorr ncia que seja um acontecimento concreto mas o envolver de O que se manifesta pelo vinculo K emergindo de fen menos concretos 93 6 A Tabela de W R Bion A tabela concebida por Bion um instrumento de enorme interesse para a investiga o e para a actividade cl nica Com a tabela Bion conseguiu apresentar de um modo pr tico simb lico e condensado as suas teorias sobre o pensamento A tabela favorece e estrutura um modo de nota o ao mesmo tempo que permite o desenvolvimento da intui o cl nica A tabela surge na sequ ncia das suas investiga es sobre o pensamento e as suas vicissitudes mas surge principalmente como consequ ncia do seu esfor o no sentido de levar a psican lise a atingir um maior grau de cientificidade Bion apercebeu se como j foi referido em cap tulos anteriores de que as teorias em psican lise eram ou demasiado concretas e inflex veis ou demasiado abstractas e especulativas No primeiro capitulo do livro Os elementos em Psican lise podemos ler Sendo as teorias psicanal ticas misto de material de observa o e dele abstrac o s o acoimadas de n o cientificas Demasiado especulativas de imediato isto mais representando a observa o que aceit veis como sendo a e concretas em excesso para a flexibilidade que permite abstrac o se una realiza
214. lizar o pensamento ao n vel A elementos B sobre a forma do tipo coluna 2 ou utilizar o pensamento ao n vel E concep es ainda que sobre a forma do tipo coluna 2 No que respeita pondera o para menos K ambos os valores A2 e E2 contribuem mas a diferen a subtil entre um A2 e um E2 n o posta em evid ncia O mesmo poder ser dito a respeito de K sabemos que o sujeito em estudo elaborou 50 de movimentos num sentido positivo mas nada sabemos a predomin ncia deste ou daquele mecanismo ou se houve uma distribui o equilibrada Contudo um olhar r pido sobre os valores de K e K permitem que o investigador fique imediatamente com uma ideia sobre se a mente da pessoa em causa est sobre o predom nio da actividade psic tica ou n o psic tica da personalidade Esta informa o pode ser preciosa para o estabelecimento confirma o de um diagn stico ou para avaliar os efeitos terap uticos de uma determinada interven o ou situa o mas insuficiente para uma descrimina o fina e subtil Os valores do K e do K s o independentes do tempo ou seja da sequ ncia em que foram apresentados os enunciados O cruzamento entre a informa o disponibilizada pelo 1 tipo de estat sticas apresentado frequ ncias e percentagens dos valores individuais e a informa o 161 disponibilizada pelo 2 tipo de estat sticas percentagens de K e K permite fazer uma leitura bastante mais completa da informag o dis
215. lquer incongru ncia e a atribuig o respeitasse as premissas conceptuais fundamentais Para facilitar este trabalho definimos em 1 lugar os crit rios que sustentavam a atribuig o dos valores do seguinte modo Crit rios para a Definig o dos Valores Ponderados A Ao pensamento mais evolu do atribu se o Maior Score Positivo B Ao pensamento mais primitivo atribu se o Menor Score Negativo C S o atribu dos scores negativos a todas as casas que contribuem para impedir o desenvolvimento do pensamento ou seja todas as casas referentes a K e as casas das linhas correspondentes aos proto pensamentos Linha A e B D S o atribu dos scores positivos a todas as casas que contribuem para o desenvolvimento do pensamento Linhas C D E F G e H com excep o das casas inclu das na categoria K C2 C7 D2 D7 E2 E7 F2 F7 G2 G7 e H2 E A distribui o dos scores feita tendo em considera o que a O elemento mais primitivo ou seja o menos evolu do de todos o representado pela casa A7 Disto decorre que 1 A expuls o de um pensamento sobre a forma de uma ac o pior do que a elabora o de um pensamento com inten o inconsciente e ou consciente de evitar a emerg ncia de um outro pensamento 2 Os elementos B s o os mais primitivos de todos b O elemento mais evolu do de todos representado pela casa G6 Disto decorre que 164 1 A elaborag o de um pensamento decis o
216. lu o do pensamento opt mos por utilizar um gr fico de barras com duas s ries uma correspondente ao terapeuta e outra correspondente ao analisado Convencion mos representar todas as interven es realizadas ao n vel de K abaixo do eixo horizontal e todas as interven es realizadas ao n vel K acima do referido eixo A informa o que permite elaborar o gr fico de barras ponderada conforme foi anteriormente referido e nesta medida pode acontecer que um enunciado classificado como pertencente linha E possa estar associado a um valor negativo n o porque a 167 linha E seja negativa a linha E de facto positiva mas porque a intencionalidade do pensamento foi classificada como coluna 2 Para que o psicoterapeuta possa confrontar esta informa o a ponderada com uma informa o que n o leve em considera o as diferentes intencionalidades do pensamento os usos constru mos um outro indicador a linha vermelha que exibe a evolu o do pensamento sem levar em linha de consta os usos ou seja levando apenas em considera o o eixo gen tico evolutivo Comparando estes dois indicadores linha vermelha e barras poss vel verificar se os sucessivos valores de K se devem maioritariamente a uma dificuldade com o desenvolvimento gen tico do pensamento ou a uma deficiente utiliza o do pensamento Pensamos que a queda da linha vermelha ao eixo negativo indicador de um modo de funcionamento psic tic
217. m e tamb m teve A sua m e tamb m teve Parece que a m e sabe tratar de tudo no Emanuel n o Ela assim Ela levou me ao Hospital para levar a injec o E o pai H pai Agora est reformado era tip grafo Ele tem um curso de enfermeiro Est a trabalhar como preparador f sico na policia Eles vivem consigo Com quem vive o Emanuel N o n o O meu pai e a minha m e s o divorciados O Emanuel tamb m tinha um av O que que aconteceu a esse av Era o meu av paterno o pai do meu pai Ele realmente tinha doen as tinha diabetes tinha problemas nos intestinos Ele foi fazer uma opera o ao c lon e ele realmente depois dessa opera o nunca mais ficou bom Ficou muito doente de cama n o tinha for as para nada depois parece que tamb m tinha o mesmo problema que eu tinha que uma costela encostada ao pulm o e ent o na v spera de ele morrer estive a falar com ele Ele estava muito calado a olhar para as pessoas e depois quando eu me fui embora ele disse que se calhar a ltima vez que tu me v s Eu disse n o pense nisso Depois no outro dia telefonaram l para minha casa a dizerem que o meu av j tinha falecido A minha av contou que ele tinha aquele problema nas costas e tinha ido ao m dico e que ele j n o aguentava a opera o e que tinham que lhe mandar amputar a perna e como j era velhote pensou assim agarrou numas caixas de comprimidos que l tinha tomou e matou se
218. m objecto ps quico a concep o que pode ser armazenado como um objecto do conhecimento A concep o vincula o indiv duo realidade numa rela o din mica A concep o corresponde ao 1 pensamento propriamente dito e fruto da uni o de uma pr concep o com uma realiza o negativa O fruto da uni o de uma pr concep o com uma realiza o positiva de natureza sensorial tamb m uma concep o mas j n o possui o atributo de pensamento A concep o um elemento saturado e corresponde exclama o de H isto ou h exclama o H N o isto A expectativa de encontrar uma determinada realiza o frustrada e essa frustra o origina um pensamento acerca da coisa ausente O grau em que a concep o se torna saturada depende do grau em que a realiza o satisfaz a pr concep o O aparelho pr conceptual descrito mais frente pode actuar sobre a concep o criando uma nova rea n o saturada A exist ncia de uma rea insaturada faz com que a concep o possa ser utilizada como pr concep o ou seja nestas condi es a concep o pode ser utilizada como uma ferramenta para explora o do real interno consciente e inconsciente e externo A concep o como ferramenta para explora o do real distingue se da pr concep o por ter um maior grau de abstrac o No livro Elements of Psycho Analysis podemos ler 108 The conception The co
219. m a experi ncia vista Como crit rio do que constitu a experi ncia sens vel proponho o consenso na acep o que alhures lhe atribuo de sentido comun a mais de um sentido Considero sens vel investiga o psicanal tica o objecto quando apenas quando satisfaz condi es an logas quela em que a sua presen a f sica se confirma evidencia de dois ou mais sentidos In Elementos em Psicanalise P g 21 Ver refer ncia bibliogr fica 14 39 i e i NE E There is a great difficulty in making the step between the scientific deductive system and the low level hypothesis that is susceptible of clinical verification The gap between the actual clinical experimental data and the theory that is being tested and is to contribute to the formation of an interpretation seems to me to be very big it is not only the size of the gap but the actual dimension in which it exists which is so difficult to determine Once the two have been brought together it becomes simpler It is very important that the analyst knows not what is happening but that he thinks it is happening That is the only certitude to which he lays claim If he does not know that he thinks such and such is happening he has no grounds for making the interpretation This may help to bridge the gap The theory that is being subjected to empirical test must be related to its power to enable the analyst to feel certain that he thinks that X i
220. ma BION tem enormes vantagens j que permite organizar a informag o que por vezes se encontra dispersa permitindo simultaneamente uma leitura mais interessante e rica dos dados recolhidos Com este cap tulo pretendemos mostrar o enorme potencial oferecido pela utiliza o do programa BION para isso introduzimos os enunciados produzidos em 3 sess es diferentes bem como as respectivas classifica es A an lise das diversas tabelas e gr ficos permitiu nos elaborar algumas especula es sobre os pacientes e os terapeutas envolvidos que provavelmente n o seriam poss veis ou seriam mais dificilmente alcan adas de outra forma Nos tr s casos sess o apresentada pela Dr Concei o Boavida na disserta o de mestrado sess o apresentada pelo Professor Carlos Amaral Dias no seu livro Tabela para uma nebulosa Desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion e sess o apresentada pela Dr Manuela Hartley num semin rio de supervis o com o Professor Carlos Amaral Dias n o s o tecidas quaisquer considera es sobre as cota es propriamente ditas j que esse trabalho foi executado pelo pr prio Professor Amaral Dias ou sob a sua supervis o Exemplo N 1 Para o exemplo n 1 foi trabalhada a sess o que a Dr Concei o Boavida apresenta na sua disserta o de mestrado Conforme foi referido anteriormente foram introduzidos no programa BION os enunciados e as classifica es exactamente como foram apresentados na j referi
221. manter um certo equil brio homeost tico O equil brio encontrado inst vel e exige esfor o para se manter Uma diferen a muito grande entre a qualidade do pensamento do paciente e do psicoterapeuta parece ser sentida por ambas as mentes como amea adora da rela o 226 Uma mudan a muito r pida e abrupta na qualidade do pensamento talvez produza uma onda de choque que se faz sentir para al m do momento da queda A din mica que se forma quando duas mentes se encontram faz lembrar uma danca cuja a coreografia depende tanto do paciente como do psicoterapeuta As conclus es a que cheg mos depois da an lise dos casos cruzam se com o nosso prop sito mas n o s o o nosso prop sito principal Quisemos mostrar que poss vel e desej vel trabalhar boas ideias e que poss vel desenvolv las para l dos seus limites aparentes A inform tica e as novas tecnologias colocam nossa disposi o um enorme potencial especulativo na medida em s o um outro vertex uma outra forma de lidar com a realidade Como foi deixado claro em muitos pontos desta disserta o o programa BION n o pretende nem pode substituir o analista e ou psic logo O programa uma ferramenta que pode estar ao servi o do analista para o ajudar a manipular os dados que ficam sua disposig o quando classifica uma sess o um pensamento ou um enunciado de acordo com a Tabela Foi por considerarmos que o programa deve estar ao
222. mento da queda e A din mica que se forma quando duas mentes se encontram faz lembrar uma dan a cuja a coreografia depende tanto do paciente como do psicoterapeuta Exemplo N 2 Para o exemplo n 2 foi trabalhada a sess o que o Professor Doutor Carlos Amaral Dias apresentou no seu livro Tabela para uma nebulosa Desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion Este exemplo ilustrativo tem a particularidade de apenas mostrar e analisar a din mica do paciente As interven es do analista s o referidas apenas muito vagamente e n o s o cotadas 202 Sobre o paciente dito apenas que tem a idade de 29 anos e que uma rapariga An lise dos dados referentes ao paciente Um dos primeiros indicadores a ser investigado e analisado a folha de Estat sticas A folha de estat sticas referente paciente ver anexo mostra nos que 30 0 das interven es do paciente se situaram em K e 57 5 em K Estes dois valores orientam nos no sentido de pensar que 1 Durante um pouco mais de metade da sess o aproximadamente 58 a mente da paciente fez apelo a recursos e modos de funcionamento do tipo utilizado pela parte psic tica da mente A paciente utilizou a parte n o psic tica da mente e os seus recursos apenas em 30 das suas produ es Existiu uma predomin ncia do funcionamento da parte psic tica da personalidade Continuando a observar e analisar os resultados disponibilizados pela folha de estat stic
223. mentos anal ticos a Tabela A Tabela permite investigar a realidade anal tica e aumentar o grau de cientificidade dos diversos conceitos e teorias O crit rio de cientificidade n o contudo suficiente por si s para levar uma qualquer ideia ou teoria a ser reconhecida e aceite como verdade No texto La Tabla Bion faz refer ncia a uma cita o de Max Planck para ilustrar o que ele pr prio pensa e sente sobre o reconhecimento de uma teoria cientifica nessa cita o Planck diz claramente que uma verdade cientifica n o ganha por ter convencido os seus opositores ou por ter tornado poss vel ver a luz mas vence porque com o tempo os seus Opositores morreram e surge uma nova gerac o que est familiarizada com ela Pensamos que esta disserta o j se enquadra nesta nova gera o que n o p e em causa a veracidade de muitos dos achados realizados por Bion mas que se esfor a no O texto La Tabla foi publicado no livro La Tabla y la Cesura Ver refer ncia bibliogr fica 16 La segunda es una cita de la autobiografia de Max Planck acerca de un descubrimiento que fue s lo incidental respecto de su trabajo en mec nica cu ntica Una de las m s dolorosas experiencias de toda mi vida es que rara vez y en realidad poder a decir nunca llegu a obtener reconocimento universal para un nuevo resultado cuya veracidad pod a demostrar por una prueba concluyente pero s lo te rica Esta experiencia me permiti tambi n apre
224. mentos e a faculdade de pensar assim como elucida as rela es entre a realidade interna e ou externa e o conhecimento que a pessoa capaz de alcan ar Isto a teoria das transforma es permite esclarecer a forma como o homem se relaciona com a realidade quando est envolvido na actividade de a conhecer ou descobrir Sobre a forma como a teoria das fun es elucida a passagem entre os diversos n veis evolutivos do pensamento em sentido lato pensamos j ter sido dito o fundamental Pensamos que se tenha tornado claro pelo acima exposto que a fungao a uma fun o transformadora na medida em que ao agir sobre os elementos B os transforma em elementos Os elementos 0t por sua vez s o de tal forma pl sticos e flex veis que podem ser agrupados e submetidos a arranjos e re arranjos num crescendo de capacidade simb lica e abstrativa Esta capacidade de agrupamento parece estar relacionada com uma forte capacidade de integra o e vincula o entre si Os 62 elementos t m tamb m a capacidade de se desvincularem A desvincula o representada pela dispers o observada quando a mente se encontra na posi o esquizo paran ide e muito ben fica para o desenvolvimento da faculdade de pensar o aparelho para pensar pensamento na medida em que os elementos desvinculados se tornam dispon veis para outros arranjos que porventura podem ser mais evolu dos que os primeiros A invers o da fun o amp pelo cont
225. mentos e pens los Os pensamentos pensados isto trabalhados pelo aparelho para pensar pensamentos ganham n veis de abstrac o cada vez maiores Bion identifica os pensamentos oniricos e m ticos as pr concep es as concep es os conceitos o sistema cient fico dedutivo e o c lculo alg brico Carlos Amaral Dias subdividiu mais recentemente os pensamentos oniricos e m ticos em dois momentos distintos Os cap tulos sobre a Tabela ir o desenvolver este assunto em maior profundidade Para que o pensamento possa alcan ar estes diversos n veis de abstrac o necess rio que em nenhum momento o pensamento perca flexibilidade e plasticidade A manuten o destas caracter sticas depende novamente do grau de toler ncia dor mental porque em qualquer salto qualitativo de menor grau de abstrac o para maior grau de abstrac o necess rio proceder destrui o da abstrac o j conseguida Isto a reestrutura o da abstrac o independentemente do n vel evolutivo em que se apresenta implica que a estrutura inicial seja desfeita para que se possa construir sobre as pe as soltas uma outra estrutura mais abrangente igualmente ou mais 9 os objectos bizarros pelos quais se sente rodeada a parte psic tica da personalidade quando a identifica o projectiva se mostra hiperativa s o sempre constitu dos de v rios elementos sendo um deles uma parcela da personalidade do pr prio pacie
226. mesmo que seja razoavelmente primitiva entre ele e o outro com base nesta capacidade comunicativa que se estabelece a interac o entre m e e beb ou seja entre conte do e continente e que se cria o ambiente propicio aprendizagem da fun o ot A fun o a exerce a sua actividade de forma continuada durante o dia e a noite sobre os pensamentos de vig lia e sobre os pensamentos inconscientes Opera sobre os est mulos produzidos pelo psiquismo e n o s Opera na contra parte mental dos acontecimentos da realidade externa A contra parte ideativa em que a fun o o opera parece ser a consci ncia associada a certas impress es dos sentidos ser aquilo que Freud definiu como a consci ncia atrelada aos rg os dos sentidos A fun o os presta aten o s impress es dos sentidos Mas para que de facto possa exercer a sua fun o sobre elas as impress es dos sentidos estas t m que permanecer na mente 4 o ele de liga o entre o paciente e o analista ou entre o beb e o seio o mecanismo de identifica o projectiva In Estudos Psicanal ticos Revisitados Ataques liga o P g 121 Ver refer ncia bibliogr fica 15 58 durante algum tempo s depois se tornando dispon veis para serem memorizados e recordados At aqui vimos que E que Os elementos s o impress es dos sentidos quer ao nivel das percep o das qualidades ps quicas elaboradas pela consci ncia
227. mo positivo denominado poder com responsabilidade como sendo d bia e como tendendo mais a complicar do que a simplificar Poder com responsabilidade um conceito que na nossa opini o demasiado complexo para poder representar uma caracter stica elementar As altera es propostas por Amaral Dias parecem respeitar na integra as condi es de conceitos elementares A proposta de uma linha divis ria apenas uma 145 actualiza o j que o pr prio Bion a tinha sugerido numa das suas obras A proposta subdivis o da categoria C ganha uma enorme pertin ncia quando se percebe que a mente do analista deve estar C pensamentos oniricos e sonhos mas nao em D mitos e a introduc o da categoria n 6 decis o esclarece qual a finalidade ltima do pensamento quest o que se mantinha em aberto A Tabela depois das modifica es introduzidas por Amaral Dias mant m a mesma congru ncia pertin ncia e interesse Estas modifica es n o desvirtuam a inten o de Wilfred Bion e permitem uma melhor compreens o da realidade ps quica A leitura em dupla entrada a proposta mais controversa mas a nosso ver obriga a um salto qualitativo enorme Este salto j existia num forma embrion ria na obra de Bion mas ganha muito mais clareza com o contributo de Amaral Dias O aparente eixo gen tico transforma se num eixo bidirecional conforme pretendemos demonstrar com o fluxograma 146 8 A informatiza o
228. mportante fazendo o bem aos outros partindo para o Tibete Terapeuta E os prazeres da sua partida amanh para os Acores D4 Paciente Eu vou com o meu irm o estamos l 10 dias e penso que poderia ser D3 D2 muito divertido mas mesmo quando fa o estas coisas que me poderiam dar prazer de vez em quando surgem me estes pensamentos e ponho me a meditar na injustiga da vida eu que tenho tantas coisas mas n o justo eu n o posso aceitar estas coisas como justas ali s era exactamente o mesmo pensamento que me aparecia sobre a escolha do curso Terapeuta Pois n o v eu pensar que o R parte com prazer n o v eu invej lo pelas D1 D4 F4 D4 suas poss veis alegrias N o v eu pensar que me abandona para fazer algo de prazeiroso preciso que me diga do seu desprazer da sua bondade altru sta Pois imagina me como a si pr prio com os mesmos sentimentos que tem quando eu fa o f rias e portanto necess rio aplacar a zanga a inveja que o domina tantas vezes e isso f lo atrav s de mim Paciente Claro que sabe que eu me aborre o que at j cheguei a ficar em crise C3 C2 quando vai de f rias mas olhe acho que a viagem aos Acores at pode ser gira O meu irm o s vai ter mesmo muito poucos dias de f rias pois ainda vai a Fran a ver a namorada antes de partir para o est gio na China Ele est simplesmente louo s fala da namorada diz que est apaixonadissimo fala disso com os amigos todo o tempo e eles
229. n Uma Psican lise do Pensamento Campinas S o Paulo Papirus Editora 1995 30 Sor Dario Senet de Gazzano M R Cambio Catastrofico Psicoan lise del Darse Cuenta Ediciones Kargieman Buenos Aires 1988 31 Zimerman D E Bion da Teoria a Pr tica Uma leitura did ctica Porto Alegre Artes M dicas 1995 232 ANEXO EXEMPLO 1 DR CONCEI O BOAVIDA A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prsomail telepac pt Resumo de Sess o Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Sujeito Enunciado Cotac o Terapeuta Gostava de comegar a nossa conversa falando um pouco de como que o F4 Emanuel veio aqui parar ao Hospital o que que lhe aconteceu Paciente Portanto eu vim qui porque no Hospital Francisco Xavier o m dico que AT A7 A7 A7 A7 A2 14 estava e que me atendeu Eu antes de estar aqui estive numa casa de satide em Belas depois deram me muitos medicamentos ao mesmo tempo e fiquei com o queixo apanhado ao lado e a coluna toda torta Telefonei minha m e para me ir l buscar s estive l um dia e meio fui direito para o Hospital Francisco Xavier para me darem uma injec o ou qualquer medicamento Fui l e deram me a injec o e passado um bocado fiquei bom A m dica que me viu l psiquiatra passou me uma carta para eu vir para aqui eu falei l em baixo na consulta e o m dico disse me que eu esta
230. n tem acima de tudo um pensamento critico e com essa capacidade cr tica que ele aborda as teorias desenvolvidas por Freud e Klein If this is so Freud s denial of guilt before the Oedipal situation except for social guilt is a more fruitful theory than Melanie Klein s Developments in PsychoAnalysis p 272 et seq 12 e mais tarde This means that Melanie Klein is right in saying that the depressive position depression is about all the destruction the patient has wrought But has she regarded the splits as being parts of the whole object that has been destroyed soe Bion sempre se considerou Kleiniano Mas a verdade que ele foi Kleiniano de uma forma muito Bioniana N o restam d vidas de que M Klein enquanto pessoa analista e te rica teve uma influ ncia decisiva nos seus desenvolvimentos te ricos mas a forma como ele absorveu as teorias de Klein n o foi neutra Bion integrou digeriu e modificou alguns dos modelos desenvolvidos por Klein O pensamento de Klein n o exactamente o mesmo antes e depois de ter sido tocado pela mente de Bion Se a transformag o que Bion operou sobre os desenvolvimentos de Klein suficientemente grande para se observar uma ruptura entre eles e portanto criar se uma cis o e estabelecer se a diferen a entre corrente Bioniana e Kleiniana motivo de Ibidem p gina 4 excerto datado de 10 de Janeiro de 1959 12 Ibidem p gina 31 excerto datado de
231. nar o respectivo enunciado passando com o rato pela rea do sujeito que emitiu esse enunciado Desta forma aparecer lhe o enunciado pretendido na janela mais abaixo e desta vez todo o seu conte do est perfeitamente vis vel 180 A Tabela de W R Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Titulo Exemplo 1 Sess o 1 Sujeito Enunciado ooo pees Terapeuta Gostava de come ar a nossa conversa falando um pouco F4 Paciente Portanto eu vim qui porque no Hospital Francisco Xavier o 47 47 47 47 A7 42 Classificar Terapeuta Do que que o Emanuel se queixa O Emanuel tem v rias Paciente Sim uma delas a que me est a preocupar mais que eu BD Apagar Terapeuta Explique me l melhor como isso da costela perfurar o pul Paciente uma coisa que sinto tiraram me l uma radiografia ao cor E Estatisticas Terapeuta A m e do Emanuel massagista n o Ela costuma dar lh Paciente N o n o costuma dar muitas massagens Gr ficos Terapeuta Mas j deu quando o Emanuel estava mais doente n o era Paciente Quando eu preciso a qualquer altura Quando eu estou mal Imprimir Terapeuta Tem essa ideia dos pulm es perfurados h quantos anos Paciente Aconteceu me isto quando eu tinha 19 anos a P Teraneuta Fain qu nessa altura essa dor comecou como Terapeuta y de como que o Emanuel veio aqui parar ao Hospital o que que lhe aconteceu Anterior Figura 10 Ecr 3 em que
232. nc pio descrevem 2 articular se a elementos similares 3 assim articulados formar o sistema dedutivo cientifico que representa a realiza o existente as demais caracter sticas do elemento psicanal tico ulteriormente se deduzem In Elementos em Psicanalise P g 12 Ver refer ncia bibliogr fica 14 45 Elementos da Psican lise e 6 amp 9 Denomina se de Rela o Din mica entre Continente e Conte do Este elemento representa com alguma perda de exactid o as caracter sticas essenciais da concep o desenvolvida por M Klein de Identifica o Projectiva e PS amp D Denomina se por Interac o entre as Posi es Esquizoparano de e Depressiva Este elemento representa se mais correctamente por Ps gt D gt Ps 2 ciclo D 2 ciclo gt Ps gt ciclo n 1 Pertende representar a a interag o das posig es esquizoparanoide e depressiva descritas por M Klein e b a reac o suscitada pelo que Poincar descreve como o descobrir do facto seleccionado L He K Denominado de Os Vinculos Este elemento representa os vinculos nomeadamente L de Love H de Hate e K de Knowlege que ligam os objectos psicanaliticos Quaisquer objectos que assim se vinculem presume se que se influenciam mutuamente e R Denominado de Raz o Este elemento pertende representar a raz o pr priamente dita A sigla R destina se a representar a fun o que serve s paix es quaisquer que sejam orientando lhes a supermacia no mundo da realid
233. nception may be regarded as a variable that has been replaced by a constant If we represent the pre conception by w amp with 6 as the unsaturated element then from the realization with wich the pre conception mates there is derived that which replaces by a constant The conception can howevwe be employed as a pre conception in that it can express an expectation The mating of w amp with the realization satisfies the expectation but enlarges the capacity of for futher saturation In Elements of Psycho Analysis P g 23 24 O facto de a vari vel ser substitu da por uma constante quando se d a justaposi o da pr concep o com a realiza o apenas uma hip tese acad mica ou fruto de patologia porque de facto na pr tica no dia a dia a realiza o nunca satura por completo a pr concep o apenas se aproxima dela Numa linguagem mais simples podemos dizer que a substitui o por uma constante s acontece quando a realidade e a expectativa que temos dela s o exactamente iguais Por defini o esta situa o imposs vel Na concretiza o deste conceito na vida a realidade interna e externa apenas se aproxima com maior ou menor desvio da expectativa que temos dela O desvio do dom nio do sentir e concretiza se na frustra o e na viv ncia de dor ps quica O desvio organiza uma nova rea insaturada dentro da pr pria concep o Linha F Conceito No Dicion rio da L ngua
234. nction of any personality if it is to be capable of learning by experience i e storing experience in an epitome and comparing a fact with the expectation engendered by the law Uma terceira quest o que alvo de reflex o por parte de Bion e que ainda se encontra relacionada com o m todo cientifico prende se com o que poder ser considerado material leg timo para o estudo cientifico isto qual ou quais s o os tipos de dados Ibidem p g 08 25 apropriados a formulag o de leis cientificas A resposta a esta quest o remete nos para o facto de que n o existem restri es a este nivel a n o serem as impostas pelo facto de terem que ser dados observ veis O material leg timo para o estudo cientifico aquele que se quiser que seja Isto significa que estamos no dom nio da escolha quando definimos o material leg timo Bion cita Braithwaite para explicitar que o material leg timo para o estudo cientifico tem que ser observ vel tendo esta palavra o valor e o significado que o senso comum lhe atribu facts observed by common sense Mais tarde iremos discutir esta no o de observ vel segundo o senso comum para reflectir sobre a cientificidade do m todo psicanal tico De uma forma geral a quest o principal passa por saber o que uma hip tese cientifica j que os resultados cient ficos s o confirma es da veracidade de hip teses cientificas Bion defende
235. nder algo que en mi opini n es un hecho notable una nueva verdad cient fica no triunfa convenciendo a sus oponentes y haci ndoles ver la luz sino m s bien porque con el tiempo sus oponentes mueren y surge una nueva generaci n que est familiarizada con ella sentido de expandir e aperfei oar algumas das coisas que possam ter ficado mais obscuras ou embrion rias Com este estudo Ensaio para a informatiza o da Tabela pretendemos contribuir para o desenvolvimento das teoriza es e aplica es pr ticas trabalhadas por W R Bion e posteriormente por Carlos Amaral Dias e outros A Tabela uma grelha constru da atrav s da operacionaliza o do modelo criado por Bion para o entendimento do pensamento e que permite a categoriza o de enunciados verbais numa nomenclatura mais abstracta sem perda de rigor A posse de informa o nesta nova nota o permite nos observar e ler os dados de uma outra forma mais frut fera e pass vel de originar associa es ainda n o pensadas A Tabela um instrumento que permite ao cl nico exercitar se mentalmente Enquanto instrumento de investiga o parece nos de uma enorme utilidade mas apresenta a nosso ver algumas dificuldades que se prendem fundamentalmente com o manuseamento da informa o ap s ter sido transformada pela Tabela Foi na resolu o ou tentativa de resolu o destas dificuldades que surgiu e se desenvolveu a ideia de informatizar
236. ndo elabora pensamentos com um n vel de sofistica o razo vel E e C faz uma utiliza o deles que defensiva e resistencial A linha vermelha indicador do grau de matura o do pensamento situa se no quadrante positivo apesar de as barras azuis se situarem no quadrante negativo e medida que a sess o decorre observa se um aumento progressivo da emerg ncia da parte n o psic tica da personalidade An lise dos dados referentes ao psicoterapeuta Um dos primeiros indicadores a ser investigado e analisado a folha de Estat sticas A folha de estat sticas referente ao psicoterapeuta ver anexo mostra nos que 52 das interven es do psicoterapeuta se situaram em K e 28 em K Estes dois valores orientam nos no sentido de pensar que 1 Existiu uma predomin ncia do funcionamento da parte n o psic tica da personalidade 194 2 O psicoterapeuta utilizou muito frequentemente o uso hip tese definit ria aproximadamente 20 e esta modalidade n o contribu para a determina o de K nem de K 3 A actividade mental do psicoterapeuta foi razoavelmente pouco est vel observando se flutua es significativas entre o predom nio da actividade da parte psic tica e da parte n o psic tica da personalidade Continuando a observar e analisar os resultados disponibilizados pela folha de estat sticas sobre o psicoterapeuta podemos verificar que a b c O psicoterapeuta n o privilegio
237. ngresso Internacional de Psican lise em Londres a 28 de Julho de 1953 78 e dos mecanismos associados posi o esquizo paran ide Os mecanismos da posi o esquizo paran ide levam fragmenta o do pensamento verbal e a identifica o projectiva encarrega se de os expulsar da mente Paralelamente para o paciente a falta dessa capacidade linguagem verbal sentida como sendo equivalente a estar louco Bion est convicto que o dist rbio esquizofr nico surge da interac o entre o meio e a personalidade mas por motivos pr ticos ignora o efeito do meio externo e tenta descobrir o que se passa com a personalidade Verifica ent o que a personalidade esquizofr nica depende da exist ncia das seguintes quatro caracter sticas no paciente Conflito permanente entre os instintos de vida e os de morte Predom nio dos impulsos destrutivos Odio realidade interna e externa E o USO bee m 2 717 Uma rela o de objecto t nue mas muito adesiva O paciente portador destas caracter sticas faz um emprego maci o da identifica o projectiva pela utiliza o excessiva da identifica o projectiva que se constitui o grande handicap da personalidade esquizofr nica Para Bion a personalidade uma entidade que habita a pessoa A pessoa tem que aprender a lidar com a sua personalidade da mesma maneira que tem de aprender a lidar com a realidade externa Temos ent o que a personalidade esqui
238. nte In Estudos Psicanal ticos Revisitados Sobre a Alucina o P g 85 Ver refer ncia bibliogr fica 15 61 precisa e flex vel Este processo de splitting implica a viv ncia de dor j que a personalidade tem que enfrentar o sentimento de perda destruig o da estrutura encontrada anteriormente e de ansiedade pelo desconhecido O movimento que permite o aprender com e pela experi ncia est associado ou semelhante ao conceito de Melanie Klein sobre a transi o entre a posi o esquizo paran ide e a posi o depressiva Como j tivemos ocasi o de referir Bion faz uma expans o deste conceito imprimindo lhe uma din mica diferente Para Bion esta transi o opera se sempre que se organiza um elemento e sempre que um pensamento em sentido lato se torna mais abstracto Para ele este movimento tamb m bidireccional isto a transi o feita em ambos os sentidos se bem que em momentos diferentes Um elemento que esteja na posi o depressiva pode ser estilha ado e fragmentado passando a estar na posi o esquizo paran ide e um conjunto de estilha os e fragmentos pode unir se sobre a gide de um nome um som ou de uma imagem e ficar na posi o depressiva ficar nesta posi o at voltar a sofrer uma nova fragmenta o Dissemos anteriormente que a teoria das fun es e das transforma es elucida a forma como se estabelecem as rela es entre os proto pensamentos os pensa
239. nte O paciente esboga pela 1 vez uma intenc o de elevar a qualidade do seu pensamento antes do psicoterapeuta C2 F2 O psicoterapeuta responde a esta inten o elevando a qualidade da sua interven o para C3 O paciente responde imediatamente em C3 ficando em sintonia mas n o p ra por a e eleva a qualidade do seu pensamento para o n vel dos conceitos C3 gt F1 gt F3 199 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Pela 2 vez o psicoterapeuta cai de forma muito abrupta e submerge numa actividade muito primitiva Talvez o psicoterapeuta se tenha assustado com a qualidade manifestada pelo pensamento do paciente O paciente cai tamb m para um pensamento anti pensamento C2 mas n o t o primitivo quanto o manifestado pelo psicoterapeuta na interven o anterior O psicoterapeuta recupera e eleva a qualidade do seu pensamento para o n vel dos pensamentos on ricos e m ticos e manifesta inten o de registar uma experi ncia e de lhe prestar aten o O paciente continua em queda e n o reage ao apelo feito pelo psicoterapeuta F3 gt C2 gt A7 A queda abrupta do psicoterapeuta no ponto 27 talvez tenha criado uma onda de choque que n o foi poss vel de conter com a recupera o do psicoterapeuta O psicoterapeuta insiste na eleva o da qualidade do seu pensamento C3 gt C4 gt F1 gt F3 O paciente eleva brutalmente a qualidade do seu pensamento e equilibra se com o
240. nteriormente dito f cil perceber que a tabela se correctamente utilizada poder constituir um instrumento de grande valor para qualquer analista que queira progredir no sentido de melhorar a sua intui o e a sua pr tica cl nica No texto de 1971 La Tabla podemos ler o seguinte La interpretaci n producida por el psicoanalista depende del vincula intuitivo entre analizado y analista Su fragilidad essencial la simple fatiga o los ataques deliberados la ponen constantemente en peligro por lo que es necesario protegerla y conservarla La finalidad de la Tabla es proporcionar un instrumento de gimnasia mental Puede ser utilizada a relativo resguardo del ataque y no resulta prejudicial siempre que se evite su interferencia en la relaci n entre analizado y analista como lo ser a la elaboraci n de una teor a referente el paciente que queda almacenada para despu s usarla a la manera de algo que se dispara como un misil en una batalla Neste par grafo s o percept veis os grandes beneficios e os grandes malef cios em que o uso da tabela pode trazer Se utilizada correctamente a Tabela favorece o desenvolvimento da intui o cl nica se utilizada incorrectamente pode ser um obst culo na execu o da t cnica psicanal tica Como dissemos anteriormente a Tabela favorece o desenvolvimento de conjunturas especulativas assim como permite 2 In La tabla y la Cesura Bion en Nueva York y San Pablo P g 41 Ver refer
241. ntre elas permitiu nos levar uma s rie de hip teses sobre a din mica 13 In Concei o Boavida Disserta o de mestrado P g 212 Ver refer ncia bibliogr fica 18 201 subjacente interac o Destas hip teses destacamos 7 por nos parecerem as mais pertinentes Hip teses levantadas no decorrer da an lise do gr fico de s ries temporais e A manuten o do pensamento a um certo n vel de maturidade parece exercer sobre a outra mente uma determinada for a atractiva e As mentes de ambos os intervenientes parecem desejar encontrar e manter um certo equil brio homeost tico e O equil brio encontrado inst vel e exige esfor o para se manter e Por vezes o paciente parece hesitar e oscilar na sua constru o defensiva como que se se sentisse amea ado pela recupera o pr via do psicoterapeuta e tivesse dificuldade em acompanh lo Por vezes o psicoterapeuta parece baixar um pouco a qualidade do seu pensamento para se aproximar do grau de matura o a que o paciente se encontra Esta situa o leva nos a pensar que uma diferen a muito grande entre a qualidade do pensamento do paciente e do psicoterapeuta parece ser sentida por ambas as mentes como amea adora da rela o e Se um pensamento elaborado a um n vel muito elevado corre o risco de sofrer uma queda abrupta e Uma mudan a muito r pida e abrupta na qualidade do pensamento talvez produza uma onda de choque que se faz sentir para al m do mo
242. ntuada na import ncia dos conte dos das recordac es e das hist rias contadas pelo paciente mas se houvesse a inten o de manter uma perspectiva gen tico evolutiva a import ncia dos conte dos manter se ia atrav s da necessidade de vir a descobrir conhecer o que se passou para que o paciente tivesse ficado bloqueado naquela fase do desenvolvimento e posteriormente recriar os sentimentos vividos no aqui e agora da sess o por forma a resolver o bloqueio Mas Bion recusa se a enveredar por uma perspectiva gen tico evolutiva e em vez de salvar o valor dos conte dos diz nos que aquilo que importante que uma determinada din mica se d entre uma s rie de elementos e que o valor do conte do o de exibir a forma como essa din mica se processa Neste ponto o psic logo e o analista comum sentem se profundamente desamparados n s pensamos que a grande resist ncia de que a obra de Bion por vezes alvo prende se exactamente com a aus ncia de uma abordagem gen tico evolutiva O psic logo est habituado a trabalhar com os dados do conte do a dar uma enorme import ncia ao facto de o paciente ter tido uma inf ncia saud vel ou doentia de ter tido uma m e carinhosa e compreensiva ou fria e intolerante etc Bion retira nos o sossego inerente abordagem gen tico evolutiva e atira nos para uma vis o totalmente diferente do paciente Na abordagem de Bion a hist ria do paciente e as hist rias que nos conta
243. o transformado convertido expandido etc Presta se a ser pensado enquanto que o elemento B apenas se presta a ser transformado em elemento a ou a ser expulso do psiquismo atrav s da utiliza o da identifica o projectiva 56 J vimos como feita a convers o de elementos em elementos q resta nos dizer que Bion denominou esse processo por func o a ou alfa dream work De facto a fun o o ou o alfa dream work o que permite a emerg ncia do facto seleccionado O modo exacto como a fun o funciona parece ser por enquanto mais desconhecido do que conhecido Para al m do que j foi dito a fun o a parece ser a nosso ver qualquer coisa semelhante a um gerador de algoritmos se houvesse algum A fun o o parece desenvolver se no contacto com os outros isto parece ser indispens vel para o desenvolvimento da fun o amp a vincula o Tudo a observa o leva a crer que a fun o o seja uma aquisi o do aparelho mental posterior exist ncia de rg os que permitem a percep o das impress es dos sentidos e anterior h produ o de pensamentos propriamente ditos Nesta medida a aquisi o da fun o a ser esbogada depois de o beb nascer e antes de come ar a falar Bion pensa que a fung o Q se aprende da mesma forma que se aprende a desenvolver a fun o psicanal tica da personalidade Isto Bion pensa que o outro a quem a crian a est vinculada e que por s
244. o Schreber aos Conceitos ae p Contribui es da Psican lise para a Compreens o da Psicose ISPA 1995 19 Booch Grady Object Oriented Analysis and Design with applications Addison wesley Santa Clara California 1994 20 Cronbach Lee J Essentials of Psychological Testing New York Fifth Edition Harper Collins Publishers Inc 1990 21 Dicion rio da L ngua Portuguesa Edi o Electr nica Porto Editora 1997 22 Ferreira Rosa Beatriz P M The Fundamental Role of the Grid in Bion s Work Artigo apresentado no Semin rio decorrido em Torino sobre a obra de Bion e disponibilizado atrav s da Internet vers o em HTML 1997 231 23 Fowler Martin UML Distilled Applying the Standard Object Modeling Language Addison Wesley 1997 24 Goodman S E Hedetniemi S T Introduction to the design and analysis of algorithms International Student Edition Mcgraw hill 1977 25 Grinberg Le n Sor Dario Tabak de Bianchedi Elizabeth Nueva introducci n a las ideas de Bion 26 Pessoa Fernando Obras Completas de Fernando Pessoa Poemas de Alberto Caeiro Colec o Poesia Lisboa Edi o tica 9 Edi o 1987 27 Rezende A M Bion e o futuro da psican lise Papirus Editora Campinas 1993 28 Rezende Ant nio Muniz de A Metapsican lise de Bion Al m dos Modelos Campinas S o Paulo Papirus Editora 1994 29 Rezende Ant nio Muniz de Wilfred R Bio
245. o ao identificar os elementos suscept veis de subjectividade no seio do m todo cientifico como seja a elabora o da hip tese Bion est a abrir espa o para o estabelecimento de uma ci ncia onde a subjectividade desej vel Por outro lado e como veremos de seguida Bion esfor a se para introduzir na psican lise o rigor e a objectividade obrigando a a aproximar se das condi es exigidas pelo m todo cient fico 34 A psican lise coloca muitas e s rias dificuldades no que respeita ao seu m todo de trabalho e a publicac o das suas descobertas O facto de se servir da mente humana a do analista como instrumento de investigac o de uma realidade muito espec fica a mente humana a dos outros a do paciente a psican lise cria uma dificuldade aparentemente muito complexa e dif cil de ultrapassar O investigador o instrumento de investiga o e o objecto a investigar s o uma e a mesma realidade a mente humana Esta aparente confus o fus o entre investigador t cnica e objecto de estudo vai se desfazendo medida que reflectimos e a observamos mais de perto ne a de a Wek 32 As criticas feitas psican lise 3 que mereceram uma profunda reflex o por parte de Bion s o variadas mas talvez se possam identificar tr s como sendo as mais pertinentes 1 At que ponto que a mente humana capaz de observar e registar os fen menos de forma objectiva Isto significa que a capacidade do analista como instr
246. o e escrever o texto correspondente ao enunciado Depois de terminar esta opera o o utilizador deve pressionar a tecla que diz INSERIR o enunciado fica automaticamente registado e aparecer na tabela Para al m de introduzir os enunciados tamb m poder utilizar este procedimento para alterar enunciados que por qualquer motivo contenham incorrec es Para alterar um enunciado previamente introduzido necess rio em primeiro lugar seleccionar o enunciado que se pretende alterar para fazer isto basta seleccionar o enunciado seleccionando o sujeito que o emitiu Quando se pressiona o bot o esquerdo do rato e ele est a apontar para o sujeito de um enunciado esse enunciado fica imediatamente seleccionado e aparecer na rea de trabalho logo abaixo da 179 tabela Nesta altura poss vel apagar e acrescentar texto no enunciado Depois de 2 terminar as altera es necess rio voltar a primir a tecla INSERIR para que as altera es fiquem correctamente registadas Figura 9 Ecr 3 Uma vez introduzidos os enunciados passamos a poder visualizar a sequ ncia de enunciados ocorridos durante a sess o Por motivos que se prendem com a possibilidade de visualizar um maior n mero de enunciados no espa o que lhe est reservado no ecr apresentada apenas a 1 linha de cada um dos enunciados e o sujeito da enuncia o Se o utilizador desejar ver todo o conte do de um determinado enunciado dever seleccio
247. o el m s grave de todos b La comprensi n del esquema que ahora vamos a desarrolar introduce un grado de complejidad mayor al sistema Lo enriquece notablemente pero obliga al pensamiento a un esfurezo notoriamente superior Y la mente protesta ante estos requerimientos con olvidos y cegueras Qu fue lo que NO vimos Que el cruce de dos ejes cartesianos limita en realidad la existencia de CUATRO cuadrantes y no dos como nuestra anterior versi n simplificada propon a Pensamos que estos cuadrantes pueden llegar a describir estados peculiares de la mente con mayor precisi n que la que hasta ahora hemos utilizado El cuadrante III donde ambos ejes est n en negativo resulta apropiado para clasificar el fanatismo as como la psicosis y las transformaciones en alucinosis 128 Los cuadrantes II y IV mixtos donde hay un eje positivo y otro negativo plantean interesantes enigmas que un no estamos en condiciones de develar In Cambio Catastrofico Psicoan lisis del Darse Cuenta P g 327 8 Ver refer ncia bibliogr fica 30 Apesar de considerarem que ainda n o est o em condi es para desenvolver os enunciados que poder o vir a ser classificados nos quadrantes II e IV Dario Sor e Maria Rosa Gazzano sentem se suficientemente seguros para poderem dizer que apenas no quadrante I a mente se encontra em K Em todos os outros quadrantes a mente encontra se em K Saber se a mente do analista ou do analisando est num
248. o fica desse modo prejudicado Produz se um estado em que o paciente reluta em admitir a percep o de dist ncia ou de tempo Ver refer ncia bibliogr fica 14 P g 155 e 156 A transcri o deste excerto apesar de um pouco longa tornou se necess ria j que expl cita uma quest o de elevada pertin ncia Na verdade este par grafo explica porque que uma abordagem gen tico evolutiva ir introduzir distor es na observa o do paciente O analista que espera encontrar no seu paciente o relato e ou a viv ncia de um epis dio passado enfrenta a confus o inerente aus ncia por parte do paciente de um aparelho que fa a essa medi o Na aus ncia de um aparelho para medir o tempo e o espa o os acontecimentos ps quicos surgem mente numa sequ ncia que n o temporal nem espacial A procura de elementos significativos organizados numa sequ ncia temporal e ou espacial pode induzir em erro porque estes n o s o condicionantes da organiza o do discurso falado ou pensado A psicopatologia de Bion ent o uma psicopatologia do pensamento n o tem em conta a evolu o gen tica do paciente Contudo Bion aponta para a exist ncia de ee 67 one z PAR certas condi es ambientais car ncia de recursos internos suficientes para fazer frente a uma m e com uma capacidade de reverie insuficiente que podem condicionar 67 A E X x OS ES E Por condi es ambientais referimo nos con
249. o mas a exist ncia de barras no mesmo eixo j n o tem esse significado apesar de ser sempre um revelador de pensamento perturbado ou patol gico na medida em que revela a exist ncia de um anti pensamento Em termos de concretiza o pr tica foi necess rio criar um novo tipo de gr fico de barras em que o facto de n o haver altern ncia entre as duas s ries n o deve istQtr 2ndQtr 3rd Qtr 4th Qtr condicionar a apar ncia do gr fico em termos pr ticos isto significa muito simplesmente que existe a necessidade de representar v rios pontos relativos a um nico enunciado de um dos intervenientes ver exemplo que se segue Figura 2 Gr fico Tipo executado pelo programa Graph 97 168 Os gr ficos criados pelos programas habitualmente dispon veis para esse efeito t m caracter sticas muito especificas e s o pouco adequados apresenta o da informa o como fornecida pelo sistema de atribui o de valores ponderados Como poss vel verificar pelo exemplo fornecido habitualmente os gr ficos permitem a exist ncia de v rias s ries no exemplo s rie azul East vermelha West e amarela North colocadas sobre um eixo horizontal eixo dos X s A leitura dos valores feita sobre o eixo vertical eixo dos Y s Este gr fico inadequado para a representa o das casas da Tabela atrav s valores ponderados porque um nico enunciado pode ser alvo de v rias classifica es e cada class
250. o o que se reflecte ao n vel da compreens o Bion deduziu a exist ncia de 7 elementos fundamentais em psican lise a Rela o Din mica entre Continente e Conte do PS a Interac o entre as Posi es Esquizo paran ide e Depressiva PSD Os V nculos L H e K a Raz o R a Ideia I o Sofrimento dor ps quica e os sentimentos ou as emo es J anteriormente fal mos vagamente sobre estes elementos e o seu valor para o corpo te rico desenvolvido por Bion A tabela um modo de organizar esquematizar e simplificar as diversas fases de I Ideia A tabela um instrumento ao servigo da pr tica cl nica psicanal tica Com a tabela poss vel ao analista classificar enunciados os seus e o s do s paciente s Ao classificar os seus pr prios enunciados o analista reflecte sobre si pr prio o que promove um aumento do insight sobre a sua pr tica cl nica Esta consci ncia aumentada das caracter sticas subjacentes s suas interven es impulsiona o no sentido de desenvolver a intui o cl nica 95 koi i EN Zu A maioria dos analistas experimenta o sentimento de que a descri o de caracter sticas de determinada entidade clinica perfeitamente se enquadra dentro da caracteriza o de algumas bem diferentes A mesma descri o todavia raro representa o adequada mesmo da realiza o que obviamente se destina a expressar A combina o que certos elementos mant m essencial
251. o elevado A ideia de se cruzarem valores negativos e valores positivos obriga a um esfor o suplementar para se conseguir identificar enunciados que revelem essa caracter stica Os pr prios autores reconhecem que pelo menos dois dos quadrantes s o pouco expl citos e exigem um enorme trabalho de pesquisa e investiga o antes de se tornarem teis para a cl nica e para o analista Por outro lado a abertura para um sistema de eixos de coordenadas obriga nos a repetir toda a tabela num eixo negativo o que levanta s rias quest es sobre o facto de se pode manter a significancia e as defini es que Bion atribuiu aos diversos usos Pensamos que com a proposta de Dario Sor e Maria Rosa Gazzano a teoria nasceu antes da evid ncia cl nica o que nos alerta para o enorme perigo de tentar adequar a realidade teoria em vez de fazer exactamente o contr rio A proposta para o acr scimo da s tima coluna Fanatismo Poder com responsabilidade levanta tamb m algumas quest es Uma delas e talvez a mais pertinente ser a de saber at que ponto que de facto v lido isolar essa categoria j que inicialmente segundo as instru es do pr prio Bion o pensamento fan tico seria sempre classificado como coluna 2 O pensamento fan tico como os pr prios autores referem uma forma de evitar o contacto com a dor mental e surgindo na pr tica cl nica como uma resist ncia ao processo psicanal tico de referir ainda a no o de fanatis
252. olu o parece dever se ao facto de funcionarem num 2 movimento como pr concep es ver o anteriormente explicitado sobre o aparelho pr conceptual Se pretend ssemos elaborar uma perspectiva evolutiva os mitos e as concep es teriam que estar a um mesmo n vel S o ambos resultantes do contacto de uma pr concep o com uma realiza o interna consciente inconsciente ou externa Por sua vez as concep es evoluem progressivamente at atingir um elevado grau de complexidade e sofistica o Esta evolu o consequente actua o de dois mecanismos fundamentais a rela o din mica entre continente e conte do 23 e a interac o entre as posi es esquizo paran ide e depressiva PSD 137 Realidade be A Elementos f Objectos bizarros Fun o a Aglomerado de elementos B Identifica o H projectiva e PS B Elementos a Barreira de contacto C Pensamentos on ricos sonhos Objectos bizarros Fun o psicanal tica da personalidade D Mitos E Pr concep es yO F Concep es PS O De 59 G Conceitos PS O De 59 H Sistema hipot tico dedutivo PS O De 59 mn C lculo alg brico 138 Sobre este assunto podemos ler Recapitulando e de uma forma mais sim
253. onceito um pensamento independentemente do di metro da rea insaturada Contudo quanto maior o di metro da rea insaturada maior a curiosidade Sobre isto leia se a obra oportunamente citada de Dario Sor e Maria Rosa Gazzano A situac o do tipo 2 envolve um processo inevitavelmente din mico extremamente complexo que articula dois mecanismos fundamentais a interac o entre a posi o esquizo paran ide e depressiva PSD e a rela o din mica entre continente e conte do 26 Levando em considera o o exemplo utilizado para ilustrar a situa o de tipo 1 a limonada poder amos pensar que a situa o de tipo 2 ser um equivalente do gelado feito a partir da limonada Quando se coloca a limonada no congelador est se a obrigar a uma reorganiza o da estrutura molecular sem introduzir qualquer outra subst ncia no composto A concep o e o conceito tamb m podem sofrer uma transforma o reorganiza o sem que isso obrigue a um novo contacto com uma realiza o Esta transforma o oferece um aumento do poder de abstrac o da concep o ou do conceito Com um poder de abstrac o superior a concep o ou o conceito torna se apta a receber um n mero superior de realiza es Estamos ent o na posse de um conceito ou concep o que possui uma parte saturada isto fixa e imut vel e uma parte n o saturada ou seja pass vel de ser transformada O di metro da parte insaturada determina o grau
254. onde a frustra o e os sentimentos dolorosos a ela associados s o suficientemente tolerados para permitir personalidade a possibilidade da modifica o da frustra o em oposi o sua nega o O aparelho mental tem segundo Bion as seguintes componentes e Uma capacidade para pensar um aparelho para pensar pensamentos que est dispon vel como um substituto para a ac o imediata por sua vez esta surge sobre o princ pio do prazer permitindo libertar o psiquismo de um acr scimo de estimulo e Um sistema de nota o associado ao desenvolvimento da capacidade de aten o selectiva de que depende a mem ria e Um mecanismo de percep o consci ncia das informa es sensoriais 50 mas pessoas h t o intolerantes ao sofrimento ou frustra o ou para quem o sofrimento e frustra o s o t o intoler veis que sentem o sofrimento sem sofr lo e assim n o o descobrem In Aten o e Interpreta o P g 19 Ver refer ncia bibliogr fica 6 51 Negar a frustra o implica destruir ou negar estas fun es Curiosamente Bion chama a aten o para o facto que a terceira fun o percep o das informa es sensoriais pode ficar comparativamente muito pouco afectada Se pelo contr rio a intoler ncia frustra o menos intensa e permite a tomada de decis o no sentido da modifica o ent o as fun es anteriormente referidas poder o desenvolver se e amadurecer sob o dom
255. orresponding realization in the sense that 106 The a elements may be presumed to be mental and individual subjective to a high degree personal particular equivocally belonging to the domain of epistemology in a particular person Cogitations P g 181 Ver refer ncia bibliogr fica 11 197 La funci n alfa opera sobre las impresiones sensoriales y las experiencias emocionales produciendo elementos alfa que pueden ser almacenados y utilizados posteriormente para crear pensamientos oniricos In Aprendiendo de la experiencia P g 4 Ver refer ncia bibliogr fica 13 103 abstract mathematical systems may have one or more concrete realizations Cogitation P g 182 Linha C Pensamentos On ricos Sonhos e Mitos O mito uma constru o pessoal que organiza uma s rie de elementos alfa num todo coerente e significativo para o pr prio O sonho uma combina o em forma narrativa de pensamentos on ricos e estes pensamentos por sua vez derivam de combina es de elementos alfa A organiza o que preside a estrutura o de um Ee E E 4 108 pensamento onirico nao tem de ser a l gica e na grande maioria das vezes n o o Os pensamentos on ricos os sonhos e os mitos s o constru es formadas a partir de elementos alfa distinguindo se entre si pelo grau de sofisticag o que apresentam e pelo facto de se encontrarem conscientes e ou inconscientes Os elementos alfa t m a capacidade de se agru
256. os em estudar um grupo de indiv duos ou um individuo durante v rias sess es o volume de informa o surge como uma das dificuldades com que nos temos que defrontar Imaginemos por exemplo que pretend amos estudar a evolu o retrocesso de um determinado paciente ao longo de 4 6 ou 10 sess es O volume de informa o correspondente a 10 sess es bastante elevado e mesmo que s lev ssemos em considera o a nomenclatura utilizada pela tabela ficar amos com uma quantidade muito elevada de informa o Mais ainda o enunciado uma vez 147 convertido numa classifica o atrav s da aplica o da tabela ganha um valor per si e como que se desprende do enunciado registado inicialmente Quando se trata de volumes de informag o muito grandes este desprendimento de alguma forma prejudicial porque deixa de existir um contacto pr ximo com o material verbal produzido pelo paciente A tabela informatizada vem assim tentar ajudar o cl nico a organizar o registo das suas sess es e Os correspondentes valores transformados pela tabela impedindo que se perca a rela o entre o que se classificou e o resultado da classifica o A tabela informatizada foi ent o em primeiro lugar conceptualizada como um instrumento auxiliar para organizar e gerir a informa o que o cl nico tem sua disposi o quando pretende iniciar um qualquer processo de investiga o ou quando pretende reflectir sobre um determinado paci
257. os nestas colunas visam a tomada de consci ncia e o contacto com a verdade e a realidade e Acoluna Hip tese definit ria a base sobre a qual se poder o estruturar os outros usos 22 Penso tal como outros vg E S tratar se de uma Tabela de dupla entrada Considero que a chegada aos elementos conceptuais que na Tabela de Bion F e na nossa G e a chegada aos sistemas m ticos estrutura mitica do sujeito se pode fazer a partir de A B C ou E F G ou seja isto poderia ser visto assim podemos conceber que a D G se pode chegar a partir de A ou se pode chegar a partir de E considerando como tamb m iremos ver que A B a entrada dos elementos da realidade sensorial realidade externa e que w amp s o elementos oriundos do endoceptivo In Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 11 12 Ver refer ncia bibliogr fica 3 134 A subdivis o da categoria C em pensamentos oniricos e sonhos por um lado e mitos por outro permite a separa o entre aquilo que s o pensamentos que se apresentam de uma forma sensorial e pensamentos que n o se apresentam desta forma Os elementos m ticos s o representa es pessoais do sujeito da sua hist ria pessoal Na p gina 13 da obra supracitada podemos ler Os elementos m ticos s o finalmente todos aqueles elementos de que o individuo se serve para construir as suas pr prias narrativas as suas narrativas pessoais e
258. osta bastante complexa que passa pela an lise de algumas teorias anal ticas e pela reflex o sobre as modalidades de anota o e de comunica o das investiga es realizadas A resposta a esta quest o prende se com a resposta aos dois outros pontos j mencionados A problem tica introduzida no ponto 2 at que ponto que os conte dos e os modos de funcionamento da mente humana s o acess veis observa o tamb m muito complexa e dificilmente se esgota nesta apresenta o Contudo iremos fazer um esfor o no sentido de focar os pontos que nos parecem ser de maior relev ncia para a discuss o Que a mente humana existe e que tem conte dos evidente para todos aqueles que poder o ler este trabalho isto evidente para toda a mente humana que seja capaz de ter consci ncia de si e da realidade Nesta altura lig mos a exist ncia de conte dos mentais com a consci ncia deles mas a partir de Freud os conte dos mentais ultrapassaram a barreira do consciente Com a defini o de inconsciente passou a existir um espa o onde os conte dos mentais existem para al m da consci ncia ou apesar da consci ncia Desta forma apesar de ser imposs vel negar a exist ncia de conte dos mentais n o poss vel falar deles sem recurso linguagem Os conte dos mentais s se tornam vis veis quando sobre eles qualquer coisa se diz n o necessariamente de forma verbal Este dizer dos conte dos mentais ganha uma
259. parcial e os m todos e t cnicas por ele utilizados s o tamb m sempre limitados Uma outra dificuldade que o m todo cientifico tem de enfrentar est relacionada com a necessidade de criar desenvolver uma linguagem cientifica que possa dar conta desse conhecimento cientifico obtido atrav s da aplicag o do m todo cientifico a uma determinada realidade Dissemos anteriormente que o conhecimento o processo pelo qual se traduz a experi ncia numa linguagem tal que esta possa ser aproveitada pelo homem para predizer o futuro explicar o passado e modificar a realidade A estrutura o e o desenvolvimento desta linguagem cientifica o desenvolvimento e a estrutura o de um sistema Ex sistema m trico c lculo matem tico etc que represente o sistema cientifico dedutivo ao mesmo tempo que o torna generaliz vel e poss vel de ser comunicado e partilhado por todos No conhecimento cientifico a generaliza o n o pode acarretar a perda de precis o dos conceitos envolvidos Esta dificuldade a imprecis o ultrapassada pela delimita o precisa do campo de ac o do conceito e pela explicita o clara da sua defini o enquanto que a generaliza o conseguida atrav s da abstrac o Bion O epistemologo que investiga a psican lise Bion ao investigar a ci ncia e a psican lise faz um duplo movimento aproxima o m todo cientifico do m todo psicanal tico e este ltimo ao m todo cientifico De fact
260. parem aderem entre si e formarem a barreira de contacto A barreira de contacto funciona como uma membrana permitindo que o indiv duo esteja q 10 z consciente de certos factos e inconsciente de outros Temos ent o que os 108 de dinda ie raat E Resumiendo el sue o junto con la funci n alfa que posibilita el so ar es fundamental para el funcionamiento de la conciencia y la inconsciencia de lo cual depende el pensamiento ordenado La teoria de la funci n alfa del sue o tiene los elementos del enfoque de la teoria psicoanalitica cl sica de los sue os o sea que la censura y la resistencia est n representados en ella Pero en la teoria de la funci n alfa las fuerzas de censura y resistencia son esenciales para la diferenciaci n de consciente e inconsciente y ayudan a mantener la discriminaci n entre los dos Esta discriminaci n deriva del funcionamiento del sue o que es una combinaci n en forma narrativa de pensamientos oniricos y estos pensamientos a su vez derivan de combinaciones de elementos alfa En esta teoria la capacidad para so ar preserva a la personalidad de lo que es virtualmente un estado psic tico Por lo tanto ayuda a explicar la tenacidad con que el sueno como se lo presenta en la teoria cl sica se defiende del intento de convertir lo inconsciente en consciente In Aprendiendo de la experiencia P g 19 Ver refer ncia bibliogr fica 13 109 De acuerdo con esto he reformula
261. personalidade A actividade da parte n o psic tica da personalidade visa permitir o contacto com a verdade e a realidade A paciente evid ncia durante esta sess o uma intoler ncia dor mental dor depressiva mas poss vel reconhecer uma quantidade significativa de momentos em que entra em contacto com a verdade e que empreende movimentos que visam atingir K ou seja movimentos maturativos Nesses momentos a paciente revela uma capacidade de toler ncia dor mental suficiente Descri o detalhada dos movimentos executados pela mente da paciente ao longo da sess o A paciente inicia a sess o explicitando uma pr concep o mentirosa seguida de uma nota o de experi ncia Cai imediatamente a seguir na modalidade de pensamento mais primitiva que posteriormente utiliza durante toda a sess o A paciente passa de E3 para B2 Esta invas o do sensorial ao n vel de um enunciado falso dif cil de compreender at porque se constitui como um momento nico Se existisse o registo de mais sess es desta paciente talvez fosse poss vel especular sobre a import ncia deste B2 na din mica da paciente A paciente inicia uma sequ ncia que a conduz a K posicionando se ao n vel dos mitos D1 D3 D4 205 A paciente mant m uma sequ ncia que visa atingir K mas det m se novamente antes de iniciar a indaga o C3 gt C4 A paciente salta de C pensamentos oniricos para E pr concep es Em E enuncia uma h
262. ples podemos dizer que entramos na Tabela pela realidade externa e entramos na Tabela pela realidade interna Ambas estas realidades a partir da pr concep o ou dos elementos B v o ser suscept veis de transforma o at criarem uma narrativa pessoal e conceitos sobre o mundo N o esque amos o seguinte o pensamento humano destina se a duas coisas capacidade de criar conceitos e mais tarde sistemas hipot tico dedutivos e c lculos alg bricos a um n vel muit ssimo superior de abstrac o e tamb m constru o de uma capacidade de leitura do sujeito da sua pr pria realidade ou seja da constru o de uma fun o psicanal tica da personalidade de uma capacidade de auto observa o da introspec o de todas estas coisas que se encontram na categoria D In Tabela para uma nebulosa P g 14 15 Ver refer ncia bibliogr fica 3 Uma outra modifica o essencial proposta por Amaral Dias o acr scimo de mais uma coluna a coluna n 7 Em termos pr ticos a nova coluna a coluna da Decis o passa a ser a coluna n 6 enquanto que a coluna da Ac o anteriormente coluna n 6 passa para coluna n 7 A introdu o da nova coluna depois da coluna da Indaga o e antes da coluna da Ac o serve um prop sito As colunas 3 4 5 e 6 respectivamente Nota o Aten o Indaga o e Decis o formam uma sequ ncia que exibe um crescendo de matura o num progressivo movimento de K a O Es
263. plo um paciente neur tico A nosso ver o 1 exemplo o mais rico em termos de infer ncias poss veis Pensamos que talvez isso se deva ao facto de existirem muitas interven es quer do paciente quer do psicoterapeuta e ao facto de a patologia ser muito marcada Como o nosso objectivo n o era o estudo de caso optamos por n o desenvolver a an lise dos exemplos at sua exaust o Para todos os exemplos teria sido interessante correlacionar o conte do das sess es com os movimentos identificados Pensamos que realizar esse tipo de an lise iria tornar bastante mais complexa a nossa exposi o e correr amos o risco de passar para segundo plano o que pretendemos que fique em 216 primeiro plano mostrar que o manuseamento e a interpreta o de dados aparentemente excessivamente abstractos como a nomenclatura utilizada por Bion na Tabela pode ser extremamente til at mesmo insubstitu vel Pensamos que o nosso objectivo foi amplamente conseguido j que nos foi poss vel elaborar uma s rie de hip teses sobre a din mica observada nas diversas sess es realizadas por diferentes psicoterapeutas e com diferentes pacientes As nossas hip teses s o contudo meras hip teses Queremos com isto dizer que devem ser sujeitas a verifica o criteriosa e totalmente postas de parte caso n o se verifique fazerem sentido em outros contextos Se trabalhos posteriores invalidarem a pertin ncia das nossas hip teses ainda as
264. poder pensar com ele e com a ajuda dele Fiquei a perceber Bion e a poder tamb m pensar com a ajuda dele De facto W R Bion e Carlos Amaral Dias est o a marcar a minha personalidade est o a fazer me ver a vida de forma diferente e principalmente est o a modificar a minha cl nica e a minha maneira de ser psic loga Se daqui a alguns anos reflectirei sobre o que vi em Bion da mesma forma que hoje fa o com o que vi ao 19 anos em Sartre n o o sei N o sei e isso n o me preocupa Agora ainda sinto a ferida que Bion e Amaral Dias abriram em mim 2 Introduc o Wilfred Ruprecht Bion nasceu em 1897 e faleceu em 1979 deixando uma vasta obra dedicada ao estudo da psican lise Tecnicamente Bion constitu se como um seguidor da corrente te rica desenvolvida por M Klein mas a riqueza dos seus textos e dos seus pensamentos t m vindo a por em causa a ideia de que o seu trabalho apenas mais uma expans o do pensamento desta autora De facto na nossa opini o Bion desenvolve uma nova corrente dentro da psican lise ou inaugura mesmo uma nova poca O trabalho elaborado por Bion assenta numa reflex o profunda e detalhada sobre alguns aspectos fundamentais da obra de Freud nomeadamente os textos Instincts and their Vicissitudes Interpretation of Dreams Two Principles of Mental Functioning Remembering Repeating and Working Through Inhibitions Symptoms and Anxiety O seu trabalho desenvolve se tamb m muito a par
265. pon vel O 1 quadro apresentado na figura 1 permite saber a frequ ncia com que uma determinada notac o foi utilizada ao longo de uma sess o ou de um conjunto de sess es No exemplo apresentado podemos ver que a nota o A7 foi atribu da 28 vezes o que representa 35 44 de todas as nota es utilizadas e que as nota es A2 e C2 foram atribu das respectivamente 12 e 16 vezes o que corresponde a uma percentagem de 15 19 e 20 25 Todas as outras nota es atribu das foram iguais ou inferiores a uma frequ ncia de 5 Para al m de permitir ver discriminadamente a frequ ncia e a respectiva percentagem de todas as nota es utilizadas para classificar a sess o ou o grupo de sess es a an lise quantitativa permite ainda ver a frequ ncia de itens que concorreram para os valores de K e K e mostra o respectivo valor percentual No nosso exemplo podemos ver que 13 92 das classifica es atribu das aos enunciados do paciente nesta sess o espec fica se situam em K e que 79 75 das mesmas classifica es se situam em K Atrav s de uma leitura r pida poss vel inferir que durante uma grande parte do tempo da sess o a mente do paciente funcionou segundo um registo K o que nos permite levantar algumas hip teses te ricas sobre o tipo de funcionamento deste paciente Ainda dentro da estat stica descritiva apresentamos de uma forma condensada e simb lica a sequ ncia de nota es atribu das ao longo da sess o para os dive
266. por es entre os diversos peda os que comp em a pie 171 evidenciam as diferentes frequ ncias em que foram utilizados os diversos usos ao longo da sess o Pretendemos com este gr fico analisar qual o mecanismo predominante utilizado por cada um dos intervenientes no processo Com o intuito de enriquecer esta parte que para n s fundamental desenvolvemos aquilo que convencion mos chamar Model View O Model View ofereceu nos a possibilidade de apresentar os mesmos dados sob diferentes perspectivas A leitura que fazemos dos dados depende da perspectiva com que olhamos para eles Bion trabalha exaustivamente esta ideia quer com a nog o de vertex quer com a nog o de revers o de perspectiva Tamb m aqui n s pretendemos fornecer ao utilizador do programa BION v rias perspectivas sobre os mesmos dados e ou valores Pensamos ter atingindo amplamente esse objectivo pois oferecemos aos utilizadores do programa BION uma quantidade razoavelmente elevada de diferentes formas de trabalhar a mesma informa o 172 9 Descric o da aplicac o desenvolvida Neste cap tulo pretendemos descrever de forma sum ria o modo de funcionamento da aplica o BION Este capitulo funciona como um manual t cnico da aplica o A sua leitura fundamental para a correcta utilizag o do programa BION Conforme foi referido no capitulo anterior desenvolvemos dois programas aparentemente separados mas que funcionam de facto interligados
267. que exibe as propor es em que o paciente utiliza as v rias modalidades de usos Observando o gr fico rapidamente nos apercebemos que 1 A coluna n 2 Psi enunciado falso foi a modalidade de utiliza o do pensamento mais utilizada pelo paciente ao longo de toda a sess o Coluna n 2 43 2 A coluna n 7 Ac o foi a 2 modalidade de utiliza o de pensamento mais utilizada pelo paciente ao longo de toda a sess o Coluna n 7 36 7 3 Apenas 20 das interven es do paciente foram utilizadas com intuito de permitir a matura o do pensamento e o contacto com a verdade 193 Por ltimo vamos analisar e observar o gr fico de barras que permite fazer uma leitura de acordo com os valores ponderados A leitura do gr fico evolug o do pensamento para o paciente permite nos confirmar as conclus es elaboradas pela an lise das estat sticas e inferir outras que se mantinham at aqui insuspeitadas e Preponder ncia da utiliza o de mecanismos que revelam um modo de funcionamento da parte psic tica da personalidade e A actividade da parte psic tica da personalidade pontualmente interrompida por incurs es da parte n o psic tica da personalidade e A actividade da parte n o psic tica da personalidade diminuta e r pidamente substitu da por actividade da parte psic tica e O paciente evid ncia durante esta sess o uma enorme intoler ncia dor mental dor depressiva porque mesmo qua
268. r obrigado a envolver se na expectativa de vir a ficar esclarecido mais a frente mas de facto o nico elemento esclarecedor todo o texto todo o livro Falar do pensamento de Bion talvez mais dif cil do que perceb lo e compreend lo A grande maioria dos autores que pretende resumir ou sintetizar o pensamento de Bion optaram por seguir a ordem cronol gica do seu aparecimento em p blico este o caso de G rard Bl andonu com o livro intitulado W R Bion A vida e a Obra e o de Le n Grinberg Dario Sor e Elizabeth Tabak de Bianchedi com a obra intitulada Nueva introducci n a las ideas de Bion Em ambos os casos os livros iniciam se com as teorias sobre os grupos passando depois pela an lise da psicose as teorias do pensamento e do conhecimento e em ltimo lugar a abordagem m stica e as preocupa es com a verdade absoluta David Zimerman optou por abordar a obra de Bion em dois registos diferentes o te rico e o pr tico Na abordagem da teoria segue a sequ ncia cronol gica dos desenvolvimentos de Bion e na parte pr tica reflecte sobre o impacto da teoria anteriormente referida na pr tica quotidiana do analista Ant nio Muniz de Rezende discute a obra de Bion de uma forma inovadora pois utiliza os modelos desenvolvidos por Bion para perscrutar a realidade como marcadores de Zimerman D E Bion da Teoria Pr tica Uma leitura did ctica Ver refer ncia bibliogr fica 31 21 fas
269. r 6 Neste espa o o utilizador pode identificar o n mero de sess es sobre as quais as estat sticas dever o incidir de ressaltar que as estat sticas incidiram apenas sobre um grupo de sess es ou seja sobre um titulo Para al m de ser necess rio definir as sess es com que pretende trabalhar tamb m necess rio definir sobre que sujeito que as estat sticas deveram incidir 185 O utilizador poder mandar executar as estat sticas para todos os sujeitos que sejam intervenientes nas sess es escolhidas Se o utilizador estiver a trabalhar sobre um grupo grupan lise poder pedir as estat sticas individuais para cada um dos elementos do grupo Depois de introduzir a parametriza o necess ria para as estat sticas o utilizador poder pressionar o bot o ESTAT STICAS e aguardar que o programa BION lhe apresente a folha de estat sticas A folha com as estat sticas disponibilizada pelo programa BION composta por 3 tipos diferentes de indicadores Valores percentuais e frequ ncias para cada par elemento Valores de K e de K Listagem com todas as classifica es elaboradas ao longo das diversas sess es segundo o modo de apresenta o sugerido por Dario Sor e Maria Rosa Gazano Para al m de poder consultar esta folha directamente do ecr poder imprimi la 186 Figura 13 Ecr com as estat sticas sobre o paciente Para imprimir esta listagem basta pressionar o bot o I
270. r n 2 um ecr com 3 campos de leitura e escrita Destes campos dois apresentam se sob a forma de combo box A combo box desdobra se numa lista que pode conter v rios elementos 176 A Tabela de W R Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Titulo Sess o 1 Nova Sess o de exemplo A Anterior Seguinte Figura 7 Ecr 2 Neste ecr o utilizador psicanalista psic logo etc procura o t tulo de uma determinada sess o ou grupo de sess es e selecciona utilizando para isso o rato um dos t tulos dispon veis na lista Se o utilizador desejar iniciar a formag o de um novo grupo dever pressionar o bot o que diz NOVO Quando este bot o pressionado o campo de leitura que se encontra ao seu lado esquerdo transforma se num campo de escrita permitindo ao utilizador escrever um qualquer nome para o agrupamento que pretende iniciar Se o utilizador optar por iniciar um novo agrupamento o campo seguinte que mostra escreve o n mero de sess o far de imediato uma proposta para o n mero de sess o j que se considerou que a numera o das sess es seria sequencial e autom tica apesar de poder ser alterada pontualmente Caso o utilizador tenha utilizado o 1 campo apenas para seleccionar um determinado grupo de sess es por exemplo as sess es do paciente Paulo poder abrir uma nova sess o neste agrupamento pressionando o bot o que diz NOVA e que se encontra direita do campo que permite v
271. r rio uma transforma o de elevada capacidade destrutiva em que o elemento o como que explode sendo os seus fragmentos lan ados para muito longe como m sseis Os fragmentos resultantes desta explos o s o am lgamas de elementos B com restos de personalidade Estes novos objectos designados de objectos bizarros t m as qualidades de rigidez e inflexibilidade que caracterizam os elementos B e por isso mesmo apenas t m utilidade como muni es para a identifica o projectiva Por outro lado quando a mente ou a personalidade est envolvida na actividade de conhecer a realidade interna ou externa consciente ou inconsciente tamb m se observam uma s rie de transforma es Bion decidiu postular que a realidade O letra 6 Com O ele enuncia uma conjun o constante que articula as ideias de verdade absoluta realidade incognosc vel realidade ltima coisa em si divindade e ponto de origem O serve como um ponto de refer ncia uma meta a atingir um ponto de partida e um ponto de chegada Como vimos na sec o referente aos desenvolvimentos de Bion em rela o ci ncia a verdade absoluta ou a realidade ltima s o por defini es incognosc veis Ou seja O m ximo que se consegue uma aproxima o realidade ltima mas esta impossibilidade como tamb m vimos na altura n o retira a pertin ncia da mente se envolver na actividade de a tentar descobrir Mais ainda conforme Bion po
272. r depressiva porque nunca lhe acontece descer ao n vel dos proto pensamentos nem recorrer utiliza o da coluna 2 ou 7 A linha vermelha indicador do grau de matura o do pensamento e as barras azuis mantiveram se no quadrante positivo durante toda a sess o An lise dos dados conjuntos psicoterapeuta paciente Na an lise dos dados conjuntos fundamental a an lise do gr fico de barras que exibe em simult neo e de acordo com a sequ ncia decorrida na sess o os movimentos elaborados por cada uma das mentes e decorrentes da interac o entre elas 212 A an lise do gr fico de barras evolug o do pensamento com os valores ponderados para ambos os intervenientes na sess o permite nos dizer que 1 O paciente iniciou a sess o colocando se ao nivel dos pensamentos oniricos utilizando a sua formula o com o intuito de evitar o contacto com a dor depressiva Ainda na mesma interven o o paciente eleva a qualidade do seu pensamento para nota o de uma experi ncia mas imediatamente a seguir refugia se em novo enunciado falso e ac o mas num n vel ligeiramente mais evolu do C2 gt C7 gt D3 gt D2 gt D7 A analista faz a sua 1 interven o em D4 ou seja ao n vel das narrativas m ticas e desta forma define o n vel a que se vai situar ao longo de toda a sess o O paciente eleva a qualidade do seu pensamento e coloca se novamente ao n vel dos pensamentos on ricos mas desta vez elaborando
273. r verdadeiro entende se que de facto traduz a realidade isto que existe na realidade uma contra parte dessa ideia desse pensamento O estar na posse de um conhecimento desta natureza cientifico permite uma ac o na realidade mais eficaz permite a modifica o da realidade por forma a reduzir ou a minimizar o sofrimento e a aumentar o prazer f sico e ou ps quico Nesta altura pensamos ter sido capazes de responder pelo menos em parte pergunta Porque que o homem procura conhecer a realidade De facto o homem parece procurar conhecer a realidade porque atrav s desse conhecimento capaz de a modificar melhorando as suas possibilidades de sobreviv ncia e de desenvolvimento e diminui o sofrimento inerente ao contacto com a realidade Uma outra pergunta pertinente a responder seria De que forma tenta o homem obter conhecimento acerca da realidade Esta pergunta seria melhor formulada da seguinte forma Que tipo de rela o estabelece o homem com a realidade quando est envolvido na actividade de a conhecer O m todo cientifico parece ser uma forma de investiga o muito adequada e eficaz Neste sentido o estudo do m todo cientifico parece ser uma forma adequada para compreender como poss vel ao homem obter conhecimento O m todo cientifico n o o nico m todo pelo qual se pode obter conhecimento mas parece ser o m todo pelo qual se obt m um conhecimento m
274. ra as suas ideias as suas frases e a forma de transmitir o seu pensamento tiveram em mim um impacto muito especial talvez devido minha idade eu tivesse encontrado nele um sentido que tanto me agradava De facto Sartre fez me pensar na independ ncia e na depend ncia na minha depend ncia e no meu desejo de independ ncia De facto dizia eu para mim pr pria na altura n s somos donos e senhores do nosso destino Eu sou mais eu Eu sou aquilo que eu quiser ser Eu sou livre de escolher de tomar decis es A verdade conforme vim a perceber mais tarde que o elogio de liberdade que eu tinha percebido em Sartre era de facto o elogio ao c rcere ao prisioneiro A felicidade de ser livre n o mais do que a condena o decis o escolha Condena o porque uma decis o acarreta sempre uma perda a perda do n o escolhido do n o vivido Esta nova consci ncia leitura da obra de Sartre em nada mudou a profunda admira o que tenho pelo seu trabalho Antes pelo contr rio talvez me tenha levado a desenvolver uma maior estima pelo seu pensamento Algo de semelhante aconteceu quando inicie este mestrado mas a um n vel diferente Desta vez foi uma cadeira e um Homem Ao escolher o meu orientador de semin rio de disserta o num papel que circulou numa das aulas escolhi o professor Amaral Dias A bem da verdade escolhi o apenas porque n o o conhecia Todos os outros j tinham sido meus professores e eu pretendi
275. ra abranger estas novas tabelas que ficam inclusas dentro da Tabela base Imaginamos que ao se pressionar uma das v rias casas da coluna 2 ou 7 possa surgir ao utilizador um outro conjunto de op es que funcionem como subclasses dentro daquela classe Por exemplo ao C2 poderia estar agregada uma outra nomenclatura do tipo C2a C2b C2c etc que permitiria descriminar com alguma subtileza os diferentes tipos de enunciados falsos Em termos da an lise dos dados este sistema poderia permitir diferentes an lises com diferentes graus de profundidade A Tabela conforme foi concebida por Bion pretendia ser um instrumento que aumentasse o grau de cientificidade do trabalho investiga o anal tica e exibisse de forma intensamente compacta e altamente abstracta as suas teorias principais sobre o funcionamento da mente humana e da psicopatologia Desta forma Bion pretendia que a Tabela pudesse descrever e conter uma vasta gama de fen menos Nunca as 134 In Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 16 Ver refer ncia bibliogr fica 3 221 nuances entre o normal e o patol gico foram t o subtilmente expressas como com o que acontece com o modelo da tabela os exemplos trabalhados por n s nesta disserta o evidenciam claramente que os mecanismos utilizados pelos pacientes n o s o assim t o diferentes dos utilizados pelo psicoterapeuta A diferenga entre o normal e o pato
276. ransforma es a que um O pode ser sujeito As transforma es identificadas por Bion s o as Transforma es em Movimento R gido as Transforma es Projectivas e as Transforma es em Alucinose As Transforma es em Movimento R gido introduzem modifica es relativamente pouco acentuadas Entre o O inicial e o Q final encontram se um n mero de invariantes suficientemente grandes para o analista poder com alguma facilidade identificar inferir O Este tipo de Transforma es s o efectuadas pela parte neur tica da personalidade ou por personalidades neur ticas nelas o analista observa que foi 65 utilizado o mecanismo da repress o com o intuito de afastar a percep o daquela realidade Nas Transforma es Projectivas assiste se a um movimento em que o O inicial e o Q final se encontram aparentemente menos relacionados Isto entre o O inicial e o produto final encontram se relativamente poucos invariantes O analista tem dificuldade em inferir o O inicial O que introduz a dificuldade de reconhecimento o facto de a transforma o n o respeitar as no es de tempo e espa o lineares Este tipo de Transforma es s o efectuadas com o intuito de impedir ou dificultar a percep o de uma realidade s o utilizados mecanismos do tipo da dissocia o e da projec o tal como descrito por M Klein Por ltimo as Transforma es em Alucinose s o as que mais radicalmente impedem o reconhecimento do
277. rceber como deveria funcionar o m todo cientifico Apesar de poder existir esta rela o para Bion parecia tamb m ser claro que o m todo cientifico n o era uma reprodu o fotoc pia do modo de funcionamento da mente j que a mente poderia funcionar de forma semelhante ao m todo cientifico mas n o se esgotava nele Bion sabia que havia mais coisas na mente do que aquelas que o m todo cientifico ou anal tico poderiam explicar O m todo psicanal tico contudo revelou se ao longo da investiga o de Bion como sendo um m todo que satisfazia os requisitos do m todo cientifico mas que n o se esgotava nele Depois da leitura atenta da obra de Bion fica no ar a ideia de que o m todo psicanal tico de alguma forma superior ao m todo cientifico Se o m todo anal tico de alguma forma superior ao m todo cientifico ent o fundamental trabalhar sobre ele investigando as suas particularidades e especificidades Investigar o que e como se faz psican lise n o uma tarefa simples a complexidade da rela o que se estabelece entre dois seres humanos quando estes est o envolvidos na actividade anal tica colossal A mente humana fr gil no sentido em que apesar de tudo pouco poderosa e delicada e com facilidade sucumbe ao peso esmagador do desconhecido Para ajudar a mente humana a lidar com a complexidade que emerge de qualquer sess o anal tica Bion criou e desenvolveu um m todo de nota o dos aconteci
278. ro o risco de parecer n o levar devidamente em conta a natureza das rela es de objecto do esquizofr nico necess rio acentuar agora portanto que considero o car cter peculiar das rela es objectais do esquizofr nico o tra o marcante da esquizofrenia A import ncia das quest es que desejo levantar est no potencial que tem de esclarecer a natureza dessa rela o de objecto da qual s o elas fun o subordinada In Estudos Psicanal ticos Revisitados Notas sobre a teoria da esquizofrenia P g 33 4 Ver refer ncia bibliogr fica 15 74 Exemplo utilizado por Bion para ilustrar esta inadequa o entre a exig ncia da realidade e a resposta do paciente esquizofr nico 75 e sa No momento desejo examinar somente a sua utiliza o da linguagem como forma de ac o e a A servi o ou da divis o do objecto ou da identifica o projectiva Notar o que esse apenas um dos 11 identifica o projectiva revela se assim como um dos principais conceitos manuseados e trabalhados por Bion A Identifica o Projectiva a Posi o Esquizo paran ide e a Posi o Depressiva No seu trabalho sobre a esquizofrenia realizado em 1953 Bion revelou a rela o que existe entre a identifica o projectiva e a linguagem verbal Nesse trabalho diz nos que a capacidade para formar s mbolos da qual depende a linguagem verbal est por sua vez dependente da 1 Capacidade para apreender objectos tot
279. rou se nos de grande utilidade conseguir dar uma vis o quantitativa do conte do classificado corresponde s estat sticas descritas adiante bem como uma vis o evolutiva interactiva corresponde aos gr ficos descritos adiante Estas novas formas de representa o tentam ser de simples interpreta o e tirar partido do potencial de um programa de computador no sentido de organizar e sintetizar grandes volumes de informa o Relativamente vis o quantitativa opt mos por uma abordagem relativamente convencional em que fornecer amos uma estat stica descritiva b sica fundamentalmente frequ ncias das ocorr ncias e redund ncias das v rias classifica es Optou se por exprimir separadamente as estat sticas relativas ao paciente e ao terapeuta Simultaneamente seriam apresentados os valores de K e K para ambos os intervenientes Este resumo permite nos com grande simplicidade ver qual o registo de funcionamento dominante de cada um dos intervenientes durante o per odo de tempo analisado uma sess o ou um conjunto de sess es Quanto perspectiva evolutiva interactiva a nossa abordagem teve de ser diferente O que era por n s pretendido era que fossem tornados relevantes os movimentos e flutua es de cada um dos intervenientes em resultado da sua interac o com o outro por exemplo que tipo de resposta despoleta no paciente uma interven o do terapeuta feita essencialmente em C4 Paralelament
280. roveitada pelo homem para predizer o futuro explicar o passado e modificar a realidade 2 Visa diminuir a ansiedade e a angustia originada pelo contacto com uma realidade n o conhecida n o prevista e indutora de sofrimento f sico e ou psicol gico 3 Visa modificar a realidade por forma a torn la mais toler vel ou at mesmo agrad vel 27 Bion W R Cogitations Communication P g 179 Excerto n o datado Ver refer ncia bibliogr fica 11 30 Ser capaz de conhecer a realidade ent o uma arma ferramenta poderosa que o homem tem ao seu dispor para lidar com ela A capacidade de conhecer n o a nica arma de que o homem disp e para lidar com a realidade mas uma delas e talvez seja a mais importante Desta forma torna se claro que ser capaz de conhecer algo ser capaz de traduzir a realidade numa linguagem suficientemente apta para predizer o futuro e para explicar o passado seja fundamental para o desenvolvimento e a sobreviv ncia do homem ent o l cito pensar que a possibilidade de sobreviv ncia e de desenvolvimento do homem tanto mais elevada quanto mais preciso eficaz e verdadeiro for o conhecimento que ele tem acerca da realidade interna e externa consciente e inconsciente neste momento que o m todo cientifico se introduz como um factor de elevada pertin ncia O m todo cientifico permite a obten o de um conhecimento mais eficaz mais preciso e verdadeiro Po
281. rsos enunciados Nesta forma de apresenta o foram seguidas as sugest es e indica es de Dario Sor e Maria Rosa Gazzano 162 1 1 3 6 2 3 1 2 5 2 2 1 Figura 1 Exemplo da an lise quantitativa de uma sess o Nota ambas as figuras correspondem an lise dos dados do exemplo 1 apresentado no anexo Relativamente an lise evolutiva que se nos afigurou a mais interessante quanto mais n o seja devido ao seu car cter inovador o problema colocou algumas quest es de mais dif cil resolu o O primeiro passo que foi tomado foi a atribuig o de valores ponderados a cada uma das casas da tabela com a finalidade de estabelecer uma hierarquia un voca entre elas Este processo n o se revelou f cil colocando algumas quest es de ordem t cnica e exigindo uma reavalia o constante dos resultados conseguidos Este processo teve um cariz eminentemente interactivo em que se tentaram v rias formas de hierarquia 163 diferentes at se obter uma que nos parecesse correcta foi durante este processo que obtivemos os maiores benef cios das op es por n s tomadas na fase do design do software A atribuig o de valores ponderados vem permitir que cada uma das c lulas da Tabela tenha associado um determinado valor num rico A determina o de qual o valor que deveria ser associado a cada uma das c lulas da Tabelas foi alvo de intenso trabalho conceptual para que n o houvesse qua
282. rticula o de conceitos suficientemente trabalhada para pertencer a esta linha Para um individuo sozinho quase imposs vel atingir um n vel de complexidade t o elevado quanto aquele que exigido pelo sistema dedutivo cientifico Os sistemas dedutivo cientifico s o habitualmente produto da contribui o de muitos indiv duos por vezes ao longo de v rios s culos Linha H C lculo Alg brico No livro Elements of Psycho Analysis podemos ler o seguinte sobre a linha H Calculi The scientific dedutive system may be represented by an algebraic calculus In the algebraic calculus a number of signs are brougth together according to certain rules of OS 113 combination S o razoavelmente poucas as ci ncias que atingiram este nivel de abstrac o Nenhuma das ci ncias sociais atingiu este ponto Bion pensa que uma tentativa excessivamente precoce para desenvolver a Psican lise ao ponto de esta poder ser traduzida num sistema de c lculo poder ter efeitos prejudiciais porque uma vez estabelecido ele poder limitar os desenvolvimentos do pr prio sistema dedutivo cientifico Os enunciados catalog veis nas linhas G e H s o enunciados totalmente ou quase totalmente saturados pelo que se apresentam com razoavelmente pouca capacidade para auscultar a realidade apesar de terem um enorme poder ao n vel explicativo Colunas As colunas permitem definir e catalogar a intencionalidade do enunciado A inten o do
283. rvenientes 3 e 2 podemos dizer que o vinculo K organiza uma rela o simbi tica uma rela o que promove o crescimento e a matura o O vinculo K pelo contr rio preside organiza o de uma rela o de evitamento e de resist ncia O intuito da vincula o K impedir a tomada de consci ncia ou seja a forma o de 129 conhecimento O estabelecimento de uma rela o vincular do tipo K est habitualmente associado a predomin ncia de sentimentos marcados de inveja e voracidade enquanto que o estabelecimento de uma relag o vincular do tipo K est habitualmente associada a predomin ncia de sentimentos mais ou menos marcados de toler ncia a um sentido de infinito de toler ncia frustra o dor mental aos sentimentos depressivos duvida e incerteza A fun o do analista em ltima inst ncia transformar o vinculo K em vinculo K Bion define estes dois tipos de vincula o da seguinte forma K Rela o simbi tica Dois que se juntam para formar um terceiro e para beneficio dos tr s K Rela o parasit ria Dois que se juntam para formar um terceiro e para destrui o dos tr s Para al m da proposta de expans o da tabela para os 4 quadrantes estes autores prop em o acr scimo de mais uma coluna a coluna n 7 Bion deixou em aberto a possibilidade de se irem acrescentando colunas medida que se fosse tendo consci ncia das necessidades suscitadas pela pr tica cl nic
284. s agressivos belicosidade ret m se o ressentimento O predom nio da reten o do prazer organiza um ataque verdade e realidade o predom nio da necessidade de posse induz intensos medos de perca A selec o do material que evacuado ou retido regida pelo principio do prazer desprazer Quando a mente funciona de acordo com o impulso para se livrar de est mulos penosos torna se incapaz de aprender porque est satisfeita A sua mem ria est cheia de objectos que originam sentimentos de prazer e desprovida de componentes de desprazer A psicopatologia como j o dissemos anteriormente est relacionada com uma s ria dificuldade em crescer Segundo Bion a resist ncia ao crescer endops quica e endogreg ria e associa se turbul ncia no indiv duo e no grupo a que pertence o indiv duo que cresce A hostilidade ao processo de matura o torna se evidente quando necess rio subordinar o principio do prazer por forma a permitir que o principio da realidade possa sobressair O enunciado compulsivo um enunciado que o paciente intui como defensivo e que actua como uma barreira contra pronunciamentos que acarretem tumulto psicol gico O tumulto psicol gico a mudan a catastr fica A veem ncia com que a mente elabora enunciados compulsivos d conta da intensidade do sentimento de amea a instaurado pela proximidade da mudan a catastr fica A imin ncia da mudan a catastr fica leva o paciente a sentir nece
285. s enunciados suscept veis de serem classificados como pr concep o linha D reflectem um estado mental de expectativa voltada para uma gama restrita de realiza es O facto de ser uma gama restrita de realiza es deve se exist ncia de caracter sticas inalter veis 106 A pr concepcio representada pela formula w 6 o que significa que a pr concepc o um elemento composto por duas partes distintas uma parte saturada e n o dispon vel modifica o e uma outra n o saturada e dispon vel mudan a O conceito de pr concep o revela um tipo da matura o do pensamento assim como ilustra um mecanismo utilizado para auscultar a realidade interna e externa o aparelho pr conceptual A formula w amp pode ser representada graficamente da seguinte forma PSI Elemento saturado da Pr concep o N o suscept vel de mudan a XI Elemento n o saturado da Pr concep o E suscept vel de mudan a O modo de ac o do aparelho pr conceptual a distinguir do est gio evolutivo pr concep o ser discutido mais frente mas poder se j adiantar que um mecanismo essencial ao crescimento e matura o o que significa que um mecanismo essencial ao aprender com a experi ncia Linha E Concep o No dicion rio da l ngua portuguesa podemos ler Concep o acto ou efeito de conceber ou ser concebido gera o concei o facul
286. s the case not to its power to make it certain that X is the case The fact susceptible of empirical test is the certainty or the degree of certainty that the analyst 41 Terminando aqui esta exposi o necessariamente sum ria dos tr s pontos resta nos reorganizar de novo a informa o num todo coerente Do acima exposto ficamos com a ideia de que a psican lise pode de facto ser considerada como uma ci ncia desde que se tenham algumas precau es na execu o do seu m todo Estas precau es passam pela aplica o rigorosa do m todo cientifico levando para isso em considera o que 2 O objecto de estudo da psican lise a rela o que se estabelece entre analisando e analista quando ambas as mentes investigam os conte dos mentais de um deles o analisando e As interpreta es fornecidas ao paciente pelo analistas n o s o mais do que hip teses que este ltimo levanta sobre aquilo que ele pensa ser o que se est a passar no aqui e agora da sess o e A articula o destas hip teses num todo coerente perfaz um sistema cientifico dedutivo isto uma teoria ou modelo do que se est a passar e As teorias e os modelos devem poder ser expressos num conjunto de hip teses de baixo n vel porque s estas s o pass veis de verifica o emp rica e A verifica o emp rica feita sobre o grau de certeza que o analista tem de que a hip tese por si levantada representa de facto aquilo que se est a
287. sa de que se investe na linguagem habitual torna se apreens vel ao se representar no pensamento e por ele O ato de f entanto n o pronunciamento ou afirma o coluna 6 embora se compare a elementos dessa coluna O ato de f n o se liga a mem ria desejos ou sensa o Relaciona se ao pensar como conhecimento a priori ao entendimento N o pertence ao sistema do vinculo K mas ao sistema de O O ato de f tem como base algo inconsciente e desconhecido porque n o aconteceu O acto de f surge como um pensamento colocado deliberadamente na esfera do fan tico com inten o de suscitar um estado mental adequado percep o das emana es de O O acto de f ent o uma cren a inabal vel de que vai ser encontrada uma solu o isto de que o analista vai ser capaz de eleger um facto seleccionado que d coer ncia ao material disperso e aparentemente incoerente ou ainda dito de uma outra forma o acto de f cientifico a cren a inabal vel de que existe um qualquer facto seleccionado que permite ler dados aparentemente dispersos e incoerentes como fazendo parte de um todo coerente F surge como o caldo emocional sobre o qual a fung o a pode trabalhar e criar o facto seleccionado O estado de esp rito que se forma quando a mente se encontra desprovida de desejo mem ria e compreens o o mais adequado para o analista que procura entrar em contacto com o seu anali
288. samente sobre a obra de Bion e expandido alguns dos seus conceitos O seu artigo dedicado fun o continente do analista publicado na Revista Francesa de Psican lise um bom exemplo do seu inestim vel valor como investigador e cientista Nos ltimos anos tem se dedicado a reflex o cuidadosa sobre a tabela de Bion Encabegou v rios semin rios e encontros cient ficos onde discutiu e desenvolveu este assunto O livro recentemente publicado Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion Abril de 1997 o resultado de um pensamento amadurecido ao longo de v rios anos Neste livro Amaral Dias apresenta algumas propostas de modifica o expans o da tabela de Bion A tabela modificada por Amaral Dias constitu se como uma nova tabela Irei come ar por resumir um pouco a Tabela J n o a de Bion uma Tabela modificada da qual ensaiarei definir os diferentes n veis In Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 11 Ver refer ncia bibliogr fica 3 Carlos Amaral Dias prop e v rias modifica es fundamentais Tr s reflectem se imediatamente sobre o desenho da tabela e as outras apenas se reflectem ao n vel da interpreta o e da concep o mais abstracta Prop e o acr scimo de uma nova coluna a coluna n 7 denominada de Decis o e a subdivis o da linha C em duas A subdivis o tem como objectivo estabelecer uma separa o entre os Sonhos e
289. sando e com a psican lise Por outro lado quando a mente se encontra repleta de curiosidade desejo e mem ria encontra se demasiado saturada para se abrir a R 6 93 us o te ap aed nike To F cren a absoluta na exist ncia de certo facto convic o intima lealdade primeira das virtudes teologais gra as qual acreditamos nas verdades reveladas cr dito confian a prova religi o ades o aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada In Dicion rio da L ngua Portuguesa Edi o Electr nica Porto Editora 1997 Ver refer ncia bibliogr fica 21 91 Genericamente podemos dizer que R amp a realidade ps quica externa ao analista isto 0 O do paciente emana do paciente e envolve o analista O analista apercebe se de R porque se apercebe de w 8 realidade ps quica interna ao analista isto as suas emo es e sentimentos em si pr prio A passagem de R amp para w amp exige que a mente receptora 2 se encontre sobre determinadas condi es a saber sem desejo 2 94 sem mem ria sem compreens o e com f A forma final com que o fen meno surge a mente do analista depende do v rtice que ele elegeu para abordar as emana es de RG Quando a mente do analista capaz de preencher as condi es anteriormente definidas este come a a observar intuir uma s rie de material R amp transformado em V 5 e inicia se a etapa seguinte Nesta segunda
290. sas coordenadas que permitem tragar o caminho que a mente humana percorreu quando passou de um ponto a outro Esta descri o do movimento a verdadeira express o do potencial da tabela por isso mesmo fundamental compreender aprofundadamente a din mica que permite a passagem uma casa da tabela a outra A passagem da linha A elementos B para a linha B elementos q feita atrav s da fun o a A fun o o j foi amplamente discutida pelo que nada mais acrescentaremos sobre ela A passagem da linha B para a linha C pensamentos on ricos sonhos e mitos prende se com a j oportunamente referida barreira de contacto A passagem da linha C para a linha D pr concep o menos clara mas pensamos que seja apenas uma altera o da intencionalidade isto um pensamento on rico um sonho ou um mito pode servir como pr concep o desde que seja uma ferramenta para auscultar a realidade A linha D para al m de poder ser interpretada como um est dio posterior ao da linha C pode tamb m ser visto como uma linha de origem quando se observa o desenvolvimento de uma pr concep o inata Por ex a 119 expectativa de um seio no beb A passagem da linha D para a linha E concepg o e desta para a linha F conceito faz se atrav s do aparelho pr conceptual O aparelho pr conceptual permite transformar uma concep o ou um conceito saturado em um outro com uma parte insaturada O aparelho pr conceptual de
291. sciente ou consciente mas inteng o com que esse pensamento surge ou manifestado e ao grau de sofisticac o maturidade que o pensamento atingiu O conte do tamb m relegado para segundo plano sendo o seu interesse reduzido ao facto de poder exibir os dois par metros anteriormente referidos As duas grandes quest es que a Tabela coloca sobre qualquer enunciado s o Qual o prop sito desta elabora o deste pensamento desta emo o desta ideia desta frase deste gesto etc Qual o grau de maturidade que exibe atrav s de uma compreens o din mica psicanal tica do conte do que muitas das vezes nos poss vel encontrar uma resposta O sentido de uma frase emo o gesto som depende necessariamente do vertex com que o olhamos e interpretamos Para classificar um enunciado necess rio interpret lo n o poss vel fugir disto apenas ter o facto em considera o e arranjar estrat gias que nos permitam lidar com ele 224 Este ponto sentido por n s como extremamente importante O analista e o psic logo n o podem esquecer se que s o Homens e como tal n o podem esquecer se que eles pr prios t m um limiar de toler ncia verdade Nas condi es ideais um analista por for a de ele pr prio ter sido analisado tem um limiar de toler ncia verdade muito superior ao do n o analista mas apesar da fasquia estar mais a cima ela continua l Ao interpretar o enunciado para
292. se pretende trabalhar apagar e modificar enunciados e observar as estat sticas e os gr ficos Sobre as estat sticas e os gr ficos iremos falar na pr xima sec o 153 Novas propostas de leitura da Tabela Conforme foi referido na secg o anterior o grande desafio que a informatizag o da Tabela nos colocava prendia se com a necessidade de encontrar novas formas de apresentar a informag o que se torna dispon vel ap s a classificag o com a Tabela Uma vez que ao partirmos para esta aventura ainda n o t nhamos uma ideia muito precisa do resultado que iriamos obter foi necess rio criar uma infra estrutura t cnica e conceptual que nos permitisse abordar este problema de uma forma interactiva e evolutiva Para tal servimo nos de t cnicas e m todos de utilizac o corrente nas disciplinas de Object Oriented Analizys and Design OOAD Apesar de n o estar no mbito deste trabalho a apresentac o destes m todos e t cnicas n o poderemos deixar de fazer uma pequena descrig o de alguns pontos que consideramos chave pois o resultado final o programa implementado e a filosofia que o suportam foi largamente condicionado pelas op es que foram tomadas nesta fase Verifica se que um dos resultados mais importantes de uma an lise object oriented se n o o mais importante a defini o e levantamento da terminologia e conceitos pr prios do dom nio do problema analisado este levantamento que permit
293. senting something that is more than a difference of intensity just as 4 attention is more than an intense 3 notation In The Grid Pag 4 Ver refer ncia bibliografica 12 E no livro Elements of Psycho Analysis lemos Similar to 1 2 3 and 4 as far as formulation is concerned all are formulated by an identical representation or in other words the interpretation can be verbally identical in each case but it is a theory used to investigate the unknown The primary object is to obtain material for satisfaction of the impulses of inquiry in patient and analyst In Elements of Psycho Analysis P g 19 Ver refer ncia bibliogr fica 7 Numa palestra sobre a tabela dada em Los Angeles 1971 Bion disse que columns 3 5 may be conveniently regarded as a spectrum of attention ranging from memory and desire to floating general attention to a further extreme of particularity In Two Papers The Grid and Caesura Pag 11 12 Ver refer ncia bibliografica 12 115 Coluna 6 Acc o Esta coluna pretende dar conta de todo o tipo de enunciados que de uma forma ou de outra funcionam como ac es Funcionar como uma ac o significa que um enunciado que tem por finalidade libertar o psiquismo de estimula o indesej vel e ou produzir uma modifica o no meio No texto sobre a tabela podemos ler The last column which I have annotated action also requires comment It refers to those phenomena
294. ser a de estabelecer leis gerais que convertam o comportamento de acontecimentos ou objectos impiricos de tal forma que passe a ser poss vel extrapolar acontecimentos ou objectos ainda n o conhecidos Ao investigar esta quest o Bion verifica que a experi ncia em ltima inst ncia a prova de validade de uma generaliza o Verifica tamb m que a generaliza o depende muito intimamente da capacidade de acumular dados da experi ncia factos hist ricos e da capacidade de utilizar essa experi ncia passada acumulada para predizer o futuro Desta forma a formula o de uma generaliza o cientifica atrav s do estabelecimento de uma hip tese e na verifica o dessa hip tese est dependente de uma capacidade e portanto uma fun o da personalidade capaz de aprender com e pela experi ncia I wish to emphasize the fact that the historical question may be regarded as the reciprocal of prediction in that the function of the scientific generalization is to make it possible to summarize past experience in such a way that when as it were a whale turns out not to be a mammal it will at once become clear either that an error has been made in the original formulation of the hypothesis or is about to be made It follows that the scientific law is closely related to and an epitome of experience that it has relationships with memory and that a capacity for the formulation of scientific generalization must be an essential fu
295. ser penosa para o psicoterapeuta que mesmo antes da interven o do paciente deixa cair a qualidade do seu enunciado novamente para C2 Nesta altura observa se uma tentativa falhada abortada para elevar a qualidade da sess o O paciente esbo a tamb m uma inten o de recupera o mas acaba por ficar maioritariamente preso a um pensamento primitivo curioso verificar que num nico enunciado o paciente utiliza diversos n veis de pensamento indo do A ao F passando pelo C Talvez se possa pensar que o paciente hesita e oscila na sua constru o defensiva como que se sentisse amea ado pela recupera o pr via do psicoterapeuta O psicoterapeuta eleva a sua interven o para um est vel C4 O paciente persiste num pensamento anti pensamento apesar de elevar a qualidade para um est vel C2 O psicoterapeuta insiste na tentativa de atingir e se manter em K C5 O paciente acompanha o movimento e responde tamb m em C5 O equil brio volta a estabelecer se O psicoterapeuta puxa a qualidade do pensamento para F conceitos e o paciente acompanha Persiste o equil brio mas num n vel superior O paciente quebra o equil brio e refugia se num pensamento do tipo pensamento on rico m tico com car cter resist ncial Talvez o equil brio encontrado se 198 16 17 18 19 20 21 22 23 24 23 26 encontrasse a um n vel demasiado elevado para ser tolerado pelo paciente durante muito t
296. served of generalizations such as are commonly embodied in a hypothesis I believe the hypothesis is not based on what is commonly supposed to be observation but is essentially a statement that such and such is a fact This supposed fact has invariably the following features which are essential to it as a hypothesis 1 It states that certain elements are constantly conjoined 2 It states that these elements are conjoined in a particular way When one of the elements is time the elements are always stated to be related to each other as cause and effect The word cause is applied to the selected fact that for the particular individual observer gives coherence to certain elements that have to him been mentally present as incoherent and demanding coherence Essential amongst these elements are externally time and internally and peculiar to the individual feelings of guilt In Cogitations N o datado P g 194 5 30 f 1 have said that the inchoate mass of incoherent or apparently incoherent elements can by selection of the appropriate fact be made to appear to the observer to come together as a whole in which the elements are now seen to be related to each other as parts of the whole When time is essential this selected fact is known as the cause but this fact is otherwise no different from other facts 32 organiza todo o conjunto de factos que at ent o se encontravam separados dando lhes
297. servi o do investigador e n o o contr rio que concebemos o programa PONDERA O programa PONDERA uma pe a fundamental na nossa abordagem Com este programa que nada mais que uma tabela de valores o investigador pode testar muitas e diferentes hip teses N s elabor mos os nossos valores com base numa s rie de premissas te ricas ver o capitulo A informatizac o da Tabela Metodologias processos e decis es que foram inferidas directamente da compreens o da Obra de Bion mas outros autores e outros investigadores poderam criar e desenvolver outras correspond ncias num ricas baseadas em outras premissas igualmente v lidas N s pensamos que seria extremamente interessante desenvolver a ideia de Bion e posteriormente de Amaral Dias sobre as categorias a que o analista nunca dever aceder e criar duas tabelas ponderadas distintas uma para o paciente eventualmente semelhante ou igual criada por n s e uma para o psicoterapeuta em que seriam 227 dados valores negativos para todas as categorias obviamente K e tamb m s categorias que lhe s o interditas pelo pr prio sistema te rico Portanto estas categorias pode se dizer que s o categorias interditas ao analista O seu sistema m tico pessoal e as suas concep es n o podem estar interferindo a nenhum n vel na escuta da an lise Como j disse h lugares na Tabela para o analista e lugares para o f x ivo n137 analisando Os lugares
298. sic tica neur tica domina a actividade da mente As informa es obtidas atrav s da classifica o utilizando o sistema de Bion A Tabela podem ser preciosas n o tanto porque permitem situar o paciente num registo mais psic tico ou mais neur tico mas principalmente porque permitem observar as circunst ncias em que a mente tende a funcionar em registo psic tico e em registo neur tico A din mica de funcionamento da mente do paciente pode ser posta em confronto com a din mica de funcionamento da mente do analista O cruzamento da 96 informa o facultada por estas duas vertentes paciente analista pode ser bastante frut fera pois permite observar o verdadeiro objecto da psican lise que a relag o que se estabelece entre analisando e analista quando ambas as mentes investigam os conte dos mentais de um deles o analisando Nesta medida a investiga o poder levar o analista a encontrar padr es de funcionamento que possam tipificar determinadas patologias assim como pode levar o analista a observar os seus pr prios padr es de funcionamento perante determinado paciente e ou perante determinado tipos de pacientes ou modalidades de funcionamento mental Ser ainda poss vel ao analista observar atrav s da utiliza o da tabela o efeito que as suas interpreta es tiveram sobre o analisando e o efeito das interven es do analisando sobre a sua pr pria mente e capacidade de analisar Por tudo o que foi a
299. sider it of great importance that there should be established a calculus that represents the scientific deductive system and in all cases where the scientific deductive system is represented by the associated calculus I include calculus and scientific deductive system as essential to each other unless otherwise stated I wish it to be assumed that when I speak of a scientific deductive system I refer to it and the associated calculus that represents it Bion considera que o problema central do m todo cientifico a comunicag o e nesta medida considera pertinente que se faga uma abordagem do m todo cientifico atrav s da discuss o da psicologia do indiv duo assim como do indiv duo enquanto membro de um grupo Os erros do m todo cientifico est o associados a dificuldades de comunica o isto passagem do conhecimento privado para o conhecimento p blico daqui se depreende a import ncia vital da linguagem utilizada pela ci ncia e as suas t cnicas de nota o We must consider the possibility that in a scientific deductive system the appearance of bi polarity that is presented by the hierarchical arrangement of a theory with premises and highlevel hypotheses of high generalization at one end and low level sets of empirically 29 verifiable data of high degree of particularization at the other must be replaced by something far more complex in which what I later call a selected fact has grouped abo
300. sim o programa BION n o perde a sua pertin ncia nem o seu interesse porque pretendemos apenas que ele se constitua como um instrumento de trabalho e de investiga o Da an lise dos 3 exemplos apresentados anteriormente levantamos as seguintes hip teses sobre a din mica que se estabelece entre o paciente e o psicoterapeuta a A manuten o do pensamento a um certo n vel de maturidade parece exercer sobre a outra mente uma determinada for a atractiva b As mentes de ambos os intervenientes parecem desejar encontrar e manter um certo equil brio homeost tico c O equil brio encontrado inst vel e exige esfor o para se manter d Por vezes o paciente parece hesitar e oscilar na sua constru o defensiva como que se sentisse amea ado pela recupera o pr via do psicoterapeuta e tivesse dificuldade em acompanh lo Por vezes o psicoterapeuta parece baixar um pouco a qualidade do seu pensamento para se aproximar do grau de matura o em que o paciente se encontra Esta situa o leva nos a pensar que uma diferen a muito grande entre a qualidade do pensamento do paciente e do psicoterapeuta sentida por ambas as mentes como amea adora da rela o e Se um pensamento elaborado a um n vel muito elevado corre o risco de sofrer uma queda abrupta 217 f Uma mudanca muito r pida e abrupta na qualidade do pensamento talvez produza uma onda de choque que se faz sentir para al m do momento da mudang
301. so F2 Paciente Pois fui fazer umas an lises e puseram l uma gotinhas de um l quido que A7 era para ver se ficava azul E porque j tenho sangue venoso e ela viu me do lado esquerdo Terapeuta Mas isso toda a gente tem Emanuel C3 Paciente Do lado esquerdo ja apresentava um pouco de sangue venoso C2 Terapeuta Mas sangue venoso toda a gente tem qual a sua ideia em ter sangue F4 venoso Paciente Pronto sangue B2 Terapeuta Estragado C2 Paciente Estragado sim Cl Terapeuta Vai adoecer F4 Paciente se eles me fizerem a opera o posso ficar maluco s querer andar A7 A2 C2 tareia e fazer essas coisas Pag 5 A Tabela de Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida prs mail telepac pt Estatisticas Titulo Exemplo 1 Sujeito Paciente Da Sess o 1 1 Data de impress o 10 11 1998 Elemento Freq Elemento Freq A2 12 15 19 C4 3 3 80 A7 28 35 44 C5 1 1 27 B2 1 1 27 Fl 2 2 53 B3 1 1 27 F2 5 6 33 ci 3 3 80 F3 2 2 53 C2 16 20 25 F5 2 2 53 C3 2 2 53 F7 1 1 27 A7 A7 A7 A7 A7 A2 A7 A2 A7 F2 A7 F2 C4 C4 C4 A7 A7 A2 A7 A7 A7 A2 A7 A7 A2 A7 A2 C1 C3 C2 C2 A7 C2 F2 C2 C5 F5 F5 C2 A7 A2 A7 A2 A7 A2 A7 A2 F2 A7 F7 F1 A2 A7 C2 C2 C2 C2 C2 C2 F2 C3 FI F3 C1 C2 A7 A7 F3 B3 C2 C2 A7 A7 C2 B2 CI A7 A2 C2 K K F 11 13 92 F 63 79 75
302. sofrimento t o acalentadamente evitado Nestes pacientes tamb m se verifica um ataque massivo linguagem j que esta o instrumento que o analista utiliza para investigar a realidade ps quica do paciente O ataque linguagem fundamentalmente exercido sobre os v nculos elos de liga o que s o despeda ados Por todos estes motivos o paciente d a impress o de n o ter os Y ido SS PERO i 0 problema algum a n o ser a exist ncia do pr prio analista Os ataques ao elo de liga o surgem na fase que Melanie Klein chamou de esquizo parano de In Estudos Psicanal ticos Revisitados Ataques liga o P g 118 Ver refer ncia bibliogr fica 15 80 In Estudos Psicanal ticos Revisitados Sobre arrog ncia P g 103 Ver refer ncia bibliogr fica 15 82 Bion levanta tamb m uma hip tese a nosso ver bastante interessante e que se prende com a sanidade e a insanidade de um psic tico Segundo ele ser til admitir um tipo de progresso anal tico que vai da psicose insana a sanidade psic tica Pensamos que esta hip tese n o foi suficientemente trabalhada e ou esclarecida por ele mas aquilo que depreendemos foi que a fala aglomerada utilizada pela parte psic tica da personalidade pode evoluir no sentido de se tornar sofisticada ao ponto de cumprir uma grande parte das fun es da fala articulada Nesta altura o psic tico poder de certa forma encontrar um equil brio entre a realidad
303. ss rias para a correcta instala o do programa Uma vez terminada a instala o com sucesso o utilizador poder incluir o cone do programa BION e do programa PONDERA junto de todos os seus outros cones Ye cone da aplica o BION que poder colocar Bion em qualquer ponto do seu Desktop Ei Pondera cone da aplica o PONDERA que poder colocar em qualquer ponto do seu Desktop Quando faz double click sobre qualquer um dos cones no desktop o programa come a a correr 175 O 1 ecr do programa BION tem uma fotografia de Wilfred Bion sobre o lado direito retirada da capa do livro Cogitations na parte superior do lado esquerdo est vis vel o titulo mais extenso do programa Tabela de W R Bion revista e modificada por Amaral Dias e no canto inferior esquerdo aparece o nome da autora que concebeu a aplica o seguido do seu endere o de e mail Toda a parte de programa o foi realizada pelo Sr Pedro Roquette ao qual a autora est imensamente grata Por ltimo existem neste ecr dois bot es um colocado no canto inferior esquerdo e outro no canto inferior direito Um dos bot es permite abandonar a aplica o e o outro permite avan ar para o ecr seguinte A Tabela de W R Bion Aplica o concebida por Ana Cristina Almeida Sair prs mail telepac pt Figura 6 Ecr 1 Se o utilizador pressionar o bot o que diz SEGUINTE avan a para o ecr n 2 O ec
304. ssidade de fugir e de facto ele consegue fugir a sua verdade transformando O em O O gt T O O enunciado compulsivo ent o O ou seja n o verdade Ver Aten o e Interpreta o P g 44 Refer ncia bibliogr fica 6 86 Na p gina 110 do livro Aten o e interpreta o Bion ao desenvolver este tema diz O paciente temeroso de sofrer afigura se compelido a estar sendo de modo a se livrar da efic cia da an lise e prossegue vivendo a compuls o rejeita as interpreta es que lhe amea am a defesa e ostenta convic o em seus pronunciamentos Nesta medida o trabalho do analista o de substituir a n o verdade pela verdade Este processo vivido pelo analisando como profundamente doloroso e concomitantemente a analise sentida como um procedimento perigoso e por vezes odiado Quando o psicanalista est atento compuls o consegue perceber o sintoma que revela o padr o pelo qual o paciente tenta escapar ao efeito da an lise e das interpreta es do analista A n o verdade depende do pensador e atrav s dele adquire significa o A compuls o o vinculo entre hospedeiro e parasita numa rela o fortemente parasit ria A compuls o caracter stica do estabelecimento de um vinculo entre uma mente que acolhe a compuls o e outra que a parasita O resultado do estabelecimento deste vinculo a destrui o de ambas O vinculo que se estabelece entre duas mentes e que origina a d
305. ste tipo de pensamiento no tiene nada que ver con la evidencia es especulaci n Trato de estimular a la gente a que d paso a su imaginaci n especulativa hay mucho que decir en su favor antes de que se convierta en algo que un cientifico llamar a evidencia El tipo de cosas que flotan en esta rea de la imaginaci n especulativa son racionalizaciones fantas as probabilidades no hechos La actividad anal tica en la que estamos empe ados no parece estar respaldada hoy en d a por videncias apod ctias 136 A i La i A toler ncia verdade e ao conhecimento versus a intoler ncia verdade e ao conhecimento fazem com que ac es se sucedam onde deveria haver pensamentos ou que perante a intoler ncia verdade pensamentos falsos surjam como obst culos continua o da procura dos pensamentos verdadeiros ou seja procura da verdade In Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 17 Ver refer ncia bibliogr fica 3 225 pero creo que tenemos derecho a decir que quiz s el psicoan lisis es de alguna utilidad que quiz ciertas conversaciones que tuve con alguien que no era yo dieron como resultado la iniciaci n de nuevos desarrollos Un diagn stico como psic tico o psic tico fronterizo no da lugar a la elaboraci n la especulaci n la conjetura limita las posibilidades de expansi n El an lisis no debe ser tan restringido como para no permitir e
306. stitui o heredit ria e a todos os outros factores que n o podem ser manipulados pela personalidade em causa As condi es ambientais s o nesta medida internas e externas ao sujeito 72 a evolu o do ser humano a evolu o do beb Numa primeira abordagem estas condicionantes iniciais parecem forgar o desenvolvimento a uma perspectiva gen tico evolutiva mas reflectindo melhor acabamos por ver que s em casos muito dram ticos que as condi es m nimas n o s o encontradas e nestes casos os pacientes nem sequer se encontram em condi es de se deslocarem ao consult rio para serem analisados Desta forma todos os pacientes em psican lise conquistaram o m nimo necess rio ao desenvolvimento da sua personalidade Isto todos os pacientes analis veis mesmo que psic ticos tiveram recursos internos suficientes ou m nimos para fazer frente a uma m e com uma capacidade de reverie insuficiente ou tiveram uma m e com uma capacidade de reverie suficientemente bem elaborada para fazer frente aos seus recursos internos insuficientes Pelo menos no que se refere aos pacientes que ter amos chance de encontrar na pr tica anal tica n o creio que alguma vez o ego esteja inteiramente afastado da realidade Uma vez que jamais se perde por completo o contacto com a realidade os fen menos que costumamos associar s neuroses jamais est o ausentes servindo a sua presen a em meio a material psic tico p
307. stulou ver nossa refer ncia sobre a preocupa o com a verdade e a vida a preocupa o com a 2 verdade e a vida inata O Homem tem uma puls o inata que o impele a tentar 57 o Por O se representa a verdade absoluta imanente de qualquer objecto admite se que o ser humano n o o conhece dele se sabe a respeito sente se lhe e reconhece a presen a embora incognosc vel Poss vel ser tornado O In Aten o e Interpreta o P g 40 Ver refer ncia bibliogr fica 6 63 conhecer a realidade que o cerca a puls o epistemofilica isto o Homem tem curiosidade e desejo de conhecer a realidade que o envolve Este desejo e esta curiosidade leva o a envolver se numa busca activa Para estudar a forma como o paciente se envolve nesta busca activa Bion postulou a exist ncia de O que como vimos anteriormente representa uma conjung o constante que engloba o conceito de realidade ltima verdade absoluta e coisa em si Existe portanto um O que pode ser qualquer coisa pode pertencer realidade interna do paciente pode pertencer a realidade externa pode ser uma impress o dos sentidos pode ser um sonho pode ser um pensamento pode ser consciente pode ser inconsciente etc Este O sofre uma transforma o e como O transformado que apreendido pelo outro por si pr prio pelos rg os dos sentidos pelo rg o que detecta as impress es ps quicas 8 etc Para simplificar vamos imag
308. sua fuga no sentido de fuga dor ps quica pode ser observado pelo cruzamento desta coluna com as diversas linhas Coluna 3 Nota o A coluna 3 serve para classificar os enunciados que t m o prop sito de registar um acontecimento externo ou interno consciente ou inconsciente O registo de acontecimentos passados a mem ria e os tra os mn sicos deve ser realizado nesta coluna Os desejos enquanto mem rias do futuro e o registo de poss veis satisfa es s o tamb m coluna 3 No texto sobre a tabela podemos ler Column 3 contains the categories of statements which are used to record a fact Such statements are fulfilling the function described by Freud as notation and memory In The Grid P g 3 Ver refer ncia bibliogr fica 12 E no livro Elements of Psycho Analysis lemos Statements that are representations of present and past realizations An exemple of such a statement would be a brief summary reminding the patient of something that the analyst belives 113 took place on a previous occasion This corresponds to the function Freud denotes by the term notation In Elements of Psycho Analysis P g 18 Ver refer ncia bibliogr fica 7 Coluna 4 Atenc o A coluna 4 serve para classificar todos os enunciados que s o determinados pela func o da ateng o Quando a pessoa tem comportamentos que revelam que est a prestar aten o ao que se passa no meio ambiente externo e interno eles devem ser
309. t uma 133 In Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 18 19 Ver refer ncia bibliogr fica 3 220 Tabela poss vel a partir de y ou emergindo de y Para se distinguirem todos os n veis que o Bion considerou de enunciados falsos a mentira da verdade o facto mentiroso do facto seleccionado o enunciado falso da mentira e at a pseudo verdade que se constr i como uma rela o que se destina a ocultar a rela o com a pr pria verdade necess ria uma investigac o rigorosa Em primeiro lugar um levantamento de todos os conceitos de mentira na obra de Bion e depois a tentativa de transforma o desta Tabela no uso horizontal de v rios Em 134 momentos das mentiras de v rios tipos de mentira E mais frente Poder se vir a pensar numa Tabela em que em cima coloquemos os enunciados anteriores referindo se a diferentes tipos de mentiras e os cruzemos com as diferentes val ncias para observa o do fen meno ps quico Bion ali s sugeriu que era poss vel fazer uma Tabela a partir do enunciado falso Penso tamb m que necess rio vir a construir uma Tabela para os enunciados falsos bem como uma Tabela para as categorias das ac es As categorias K merecem uma Tabela porque l que encontramos muitas das nossas dificuldades Pensamos que a aplica o concebida por n s Programa BION poder vir a ser corrigida e adaptada pa
310. t altogether what I would have regarded as obvious or clear to me but on the other hand not divorced from what I knew about myself or other people or even about my war experience 95 Bion W R Aprendiendo de la experiencia P g 13 par grafo 2 Ver refer ncia bibliogr fica 13 Bion W R Cogitations P g 291 Com o titulo de Reverence and awe Redigido em Marco de 1967 Ver refer ncia bibliogr fica 11 Ibidem P g 376 Excerto retirado da transcri o de uma casete Abril de 1979 Ver refer ncia bibliogr fica 11 14 Ter sido analisado por M Klein foi de facto a grande experi ncia cientifica na vida de Bion John Rickman teve um impacto muito menor na vida e obra de Bion Poder se pensar que a an lise com Rickman tenha sido demasiado curta para exercer sobre Bion uma influ ncia marcanda mas apoiando nos no excerto apresentado de seguida podemos levantar a hip tese que tenha sido Rickman a conduzir Bion at Freud e depois para M Klein que se intitulava seguidora directa de Freud There were rumours during my time at Oxford about a thing called psycho analysis and somebody called Freud I knew nothing about it nor was much known about it at the university I made some enquiries but was persuaded that it wasn t really very much good there were a lot of foreigners and Jews mixed up with it so it was better not to get involved However when I was fortunate enoug
311. tal para poder executar as fun es de INSERIR CLASSIFICAR e APAGAR As fun es ESTAT STICA GR FICO e IMPRIMIR s o independentes da selec o do enunciado Pressionando o bot o ESTAT STICA o utilizador poder dar indica es precisas sobre as sess es cuja a estat stica ter incid ncia Os gr ficos disponibilizados incidiram sobre a sess o previamente seleccionada e apenas sobre essa enquanto que as estat stica poder o incidir sobre v rias sess es de um mesmo grupo A op o IMPRIMIR permite imprimir uma listagem que mostra o conte do da sess o os sujeitos e as classifica es De seguida iremos falar com maior detalhe de algumas das op es dispon veis a partir deste ecr ecr n 3 Inserir Esta op o permite inserir o texto correspondente aos v rios enunciados e definir qual foi o sujeito respons vel por esse enunciado Atrav s desta op o poss vel inserir o conte do das diversas sess es sobre as quais o investigador pretende trabalhar Classificar 2 A op o classificar uma das partes mais importantes do programa BION A classifica o um dos factores que est totalmente a cargo do utilizador psic logo psicanalista etc pois n o nos parece poss vel nem adequado qualquer tipo de 182 automatiza o deste procedimento Os resultados que se possam obter com este programa dependem fundamentalmente da classifica o dos diversos enunciados A atribui
312. tas 4 colunas concorrem para a forma o e desenvolvimento de K enquanto que a coluna 2 e a coluna 7 respectivamente YW e Ac o concorrem para a forma o e o desenvolvimento de K Amaral Dias descreve sumariamente mas de forma muito inciziva os diferentes vividos psicopatol gicos que podem ser observados a partir do cruzamento das diversas linhas com a coluna 2 A2 Vivido alucinat rio B2 Ilus es despersonaliza o desrealiza o etc C2 Evacua es on ricas Ver Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa Desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion P g 49 Ver refer ncia bibliogr fica 3 139 E2 Inveja prim ria e secund ria F2 Rela o dogm tica G2 Fanatismo H2 Ortodoxia D2 Mitos e vers es mentirosas do mito A import ncia da coluna 2 n o se esgota neste cruzamento at porque conforme j referimos em outra ocasi o praticamente toda a gama de fen menos psicopatol gicos se situa ao n vel destas duas colunas a 2 e a 7 Sobre a nova coluna a Decis o podemos ler A categoria 6 introduzimo la e transformamo la a partir de uma sugest o de Bion no livro Os elementos em Psican lise onde afirmado que a capacidade de decis o se pode considerar eventualmente um elemento da psican lise Num texto de 1994 fal mos longamente deste problema Para j consideramos uma categoria 6 versus uma categoria 7 j que decis es n o s o ac es decis es res
313. telectuais de onde resultam os conceitos Bion fala muitas vezes sobre a imagina o especulativa como sendo um exerc cio que favorece e estimula a capacidade de pensar Pensamos que isso acontece porque ao fazermos especula es imaginativas estamos a produzir pensamentos que se constituem num segundo momento como mat ria prima sobre a qual o aparelho para pensar pensamentos pode agir A imagina o encontra se intimamente ligada no o desenvolvida por Bion de fun o a E a no o de fung o o est intimamente associada no o de facto seleccionado e desta forma capacidade de escolha que em ltima inst ncia se traduz numa decis o A decis o a forma mais adequada de agir sobre a realidade 143 A Tabela de W R Bion Revista e Modificada por Amaral Dias Ea W Nota o Aten o ee Decis o ea 1 2 3 4 oe 5 6 A Al A2 A7 Elementos B B Bl B2 B3 B4 B5 B6 B7 B Elementos o oa C Pensamentos C1 C2 c3 C4 C5 C6 C7 On ricos sonhos Cn D D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 ae Mitos E El E2 E3 E4 ES E6 E7 E Pr concep o a F F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 Concep o aces G G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 a Conceito EA H Sistema H2 Dedutivo Cientifico I C lculo Alg brico 144 Coment rios e considera es finais A proposta de Dario Sor e Maria Rosa Gazzano torna a Tabela muito dif cil de manusear porque o n mero de c lulas teis muit
314. ter tudo definido j Ter a minha casa Ter o meu namorado certo Urg ncia de ter um filho Da eu sentir me desenraizada J n o tenho ra zes para cima Quero criar ra zes para baixo Sinto me a pairar sem la os por isso que gosto tanto de irm os E2 E3 B2 D1 D3 D4 C3 C4 El E2 F2 D2 E3 E1 D3 D4 D2 F2 D1 F1 D7 D2 D2 D2 D2 D7 E3 D3 Pag 1 Resumo de Sess o Titulo Exemplo 2 Sess o 1 Data de impress o 10 11 1998 Sujeito Enunciado Cotac o Paciente Emagreci dez quilos Entrei em depress o Devia procurar um m dico de D3 D2 medicina interna Paciente N o tenho apoio de ningu m E2 Paciente Diz que lhe caem todos em cima que a irm diz que est maluquinha D2 Paciente N o me sinto velha Adoro os meus irm os os meus amigos os meus E2 D2 amantes Eles s querem uma rela o sem compromisso Vou encost lo parede para ver se ele me quer Agressividade da minha irm Ela gosta que eu lhe berre Interfere na minha vida Manda em mim como se eu fosse uma empregada Paciente Estou em casa dela Cala te N o me chateies Gosto dela mas para D2 vivermos longe uma da outra Paciente S falei de coisas de superficie N o me agrada a posi o deitada G2 F2 Paciente Fico com sono e o contacto ocular faz me falta Sinto me rid cula D2 E3 D2 ansiosa porque n o vejo reac o Um amante disse que era ninfoman aca e que eu sou multiorg stica Necessida
315. tica do menos evolu do ao mais evolu do s o linhas K Estas condicionantes levaram nos a tomar algumas op es a n vel de design da aplica o Passaremos a descrever de uma forma concisa quais as op es tomadas que tiveram influ ncia na funcionalidade da aplica o e na sua forma de utiliza o Para representar graficamente alguns dos detalhes de design utilizaremos a Unified Modelling Language UML Esta linguagem torna acess vel a representa o de sistemas object oriented de uma forma objectiva e simples tornando poss vel a representa o de algumas das componentes do sistema de uma forma intelig vel por E a 129 leigos na rea da an lise e programa o 128 Amaral Dias C Tabela para uma nebulosa desenvolvimentos a partir de Wilfred R Bion Ver refer ncia bibliogr fica 3 12 Ver Fowler Martin UML Distilled Applying the Standard Object Modeling Language Ver refer ncia bibliogr fica 23 156 Atrav s da discuss o de diversos cen rios de utiliza o determin mos os seguintes use gt Psicoterapeuta Paciente cases Regista dados da sess o utiliza Psicoterapeuta Classifica a sess o utiliza Analiza a sess o O psicoterapeuta interage com o paciente num setting espec fico fazendo uso de um modo de rela o particular a psican lise Desta interac o organiza se a sess o Depois da sess o o psicoterapeuta regista os dados da sess o classifi
316. tilizou a parte n o psic tica da mente e os seus recursos em aproximadamente 46 das suas produ es Existiu uma ligeira supremacia do funcionamento da parte psic tica da personalidade Continuando a observar e analisar os resultados disponibilizados pela folha de estat sticas referente ao paciente podemos verificar que a b O paciente utilizou predominantemente o pensamento ao nivel das narrativas e estruturas m ticas D 54 Uma parte significativa das interven es do paciente D2 23 08 foram mitos e estruturas narrativas m ticas que visavam impedir e ou dificultar o contacto com a verdade e a realidade A segunda forma de pensamento mais utilizada pelo paciente foi o pensamento onirico Quando os enunciados se constitu am neste n vel o paciente utilizou com igual frequ ncia a elaborag o de enunciados falsos e a nota o de experi ncias Das informa es e observa es atr s referidas pode concluir se que o paciente se encontrava sob o predom nio da rea psic tica da mente mas fazendo recurso fundamentalmente a enunciados falsos como forma de evitar o contacto com a realidade e a verdade Evidenciou uma actividade bastante intensa da parte n o psic tica sendo manifesto um esfor o marcado para n o se deixar sucumbir pela press o da parte psic tica Continuando a observar e a analisar os dados fornecidos pela folha de estat sticas referente ao paciente verificamos que 209
317. tinha que lhe apresentar uma rapariga l da escola e eu disse sim est bem Era uma que l andava que a tratavam por Brigida e havia l outra que n o sabia Karat e que tinha o mesmo nome Houve l um cintur o castanho que ouviu e pensou que eu andava agozar com a outra rapariga que l andava e ent o combinaram de me fazer mal Tinham a mania do cintur o preto pronto e eles ent o combinaram de me fazer mal e de me darem um murro no nariz Realmente eu at deixei que me acontecesse isso nas costas come aram a dar me uma data de pontap s e pronto Nesse dia o que que aconteceu com as costas e consigo N o foi antes Eles combinaram coisas que eu n o vi e ele ent o disse para logo que come asse o combate para ele me dar um murro no nariz para me deixar logo defeituoso Partiu me logo o nariz e ficou logo assim como est O Emanuel n o tentou defender se Estava no Karat N o porque n o vi ele a dizer ao outro para me fazer mal S ao fim que me apercebi que ele tinha dito ao outro para me fazerem mal De uma maneira geral quando atacado o Emanuel n o se defende N o eu defendia me Mas tinha sempre muito medo muito medo Medo do qu Do advers rio porque tinha mais medo que ele me desse um murro e ficaria assim Depois foi o que aconteceu Foi o que me aconteceu realmente C3 F3 F1 A2 A7 Fl CS C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 F2 C3 C3 F1 F3 Bl Cl Bl C2
318. tir de alguns conceitos fundamentais de M Klein como sejam a identifica o projectiva a cis o e as teorias sobre a posi o esquizo paran ide e depressiva O facto de M Klein ter sido sua analista tamb m parece ter influenciado de forma determinante as suas produ es intelectuais Para n s claro que Bion transforma quase tudo o que o seu pensamento toca mas curioso verificar que no livro Cogitations uma compila o de textos elaborada por Francesca Bion o nome de Freud aparece referido 104 vezes enquanto que Klein aparece apenas 34 Talvez isto seja significativo da import ncia que Bion deu a um e a outro autor As contribui es de Bion s o de facto fascinantes Conforme referiremos mais adiante nesta disserta o pensamos que Bion utiliza os pensamentos de muitos e diversos autores psicanalistas e n o psicanalistas como se fossem instrumentos ao dispor da investiga o Com estes instrumentos ele investiga uma realidade que foi denominada por Freud de Psican lise Investiga a Psican lise e investiga o objecto de estudo da psican lise a mente humana Como qualquer outro investigador Bion tem uma produ o que lhe pr pria e que se distingue com toda a clareza dos instrumentos que utilizou nessa investiga o O trabalho desenvolvido por Bion extremamente rico e abrange uma rea muito vasta Temos a no o muito clara de que esta disserta o fica muito aqu m de revelar todo a genialidade de Bion
319. to ou um conjunto de conceitos ou um sistema dedutivo cientifico n o capaz de determinar o seu pr prio limite Da mesma forma que se reflecte sobre a incapacidade de um sistema cientifico dedutivo determinar os seus limites tamb m se dever reflectir sobre a capacidade que o sistema cientifico dedutivo tem de obter conhecimento Isto Bion levanta a quest o que n o era nova de saber o que que de facto se conhece se obt m quando se utilizam as metodologias inerentes ao sistema cientifico dedutivo Bion considera que os factos descobertos como resultado da aplica o do m todo cientifico n o constituem uma prova de que o m todo empregue por exemplo as formulas matem ticas utilizadas na predi o de fen menos da astronomia tenha uma validade independente do observador que os elabora e os emprega Heisenberg e Nils Bohr mostraram que nenhum facto se encontrada isolado da totalidade dos factos Isto que todos os factos se encontram relacionados e s o influenciados pela totalidade e por sua vez a totalidade desconhecida Desta forma o conhecimento obtido necessariamente uma frac o e os m todos conceitos etc utilizados para o obter s o sempre limitados e est o necessariamente relacionados com a mente que os produziu A discuss o gira volta de saber o que ou o que deve ser o m todo cientifico e sobre quais s o ou quais devem ser os objectivos daqueles que empregam esse m to
320. tra uma grande flexibilidade em termos do grau de matura o a que o pensamento expresso sendo capaz de elaborar pensamentos em praticamente todas as linhas da tabela Pensamos que talvez exista alguma rela o entre as constantes flutua es do n vel a que o pensamento elaborado e a dificuldade em suportar tolerar a indaga o e a decis o Pensamos que as flutua es constantes podem permitir mitigar o sofrimento j que a paciente foge para um nivel superior e deixa de se sentir pressionada a enfrentar o processo indagat rio Exemplo N 3 Para o exemplo n 3 foi trabalhada a sess o apresentada pela Dr Manuela Hartley num semin rio de supervis o com o Professor Carlos Amaral Dias Conforme foi referido anteriormente foram introduzidos no programa BION os enunciados e as classifica es exactamente como foram apresentados e cotadas no j referido semin rio de supervis o An lise dos dados referentes ao paciente Um dos primeiros indicadores a ser investigado e analisado a folha de Estat sticas A folha de estat sticas referente ao paciente ver anexo mostra nos que 46 15 das interven es do paciente se situaram em K e 53 85 em K Estes dois valores orientam nos no sentido de pensar que 208 1 Durante um pouco mais de metade da sess o aproximadamente 54 a mente do paciente fez apelo a recursos e modos de funcionamento do tipo utilizado pela parte psic tica da mente O paciente u
321. u nenhuma modalidade de pensamento em especial tendo utilizado v rias Nenhum dos elementos apresenta uma frequ ncia superior a 20 A grande maioria dos elementos tem uma frequ ncia inferior ou igual a 10 A forma de pensamento mais utilizada pelo psicoterapeuta foi o pensamento onirico e m tico Quando os enunciados se constitu am neste n vel observou se uma predomin ncia da utiliza o do pensamento como forma defensiva para evitar o contacto com a verdade C2 18 A segunda forma de pensamento mais utilizada pelo psicoterapeuta foi ao n vel dos conceitos Ainda neste n vel poss vel observar uma quantidade significativa de enunciados que t m como finalidade evitar o contacto com a verdade realidade F2 7 84 Das informa es e observa es atr s referidas pode se concluir que O psicoterapeuta conseguiu manter a actividade da sua mente sobre o predom nio da rea n o psic tica Esta actividade sucumbiu por diversas vezes dando lugar actividade psic tica da mente O psicoterapeuta manteve o seu pensamento estruturado quase sempre ao n vel dos pensamentos m ticos on ricos C 56 85 Continuando a observar e a analisar os dados fornecidos pela folha de estat sticas referente ao psicoterapeuta verificamos que 195 e No inicio da sess o encontramos a maior concentra o de enunciados classificados ao n vel de conceitos e pensamentos m tico on ricos e H medida que a sess o decorre observ
322. ua vez est vinculado crian a faz as vezes 52 E Pos Z a Pareceu me conveniente supor que existia uma fun o alfa que converte os dados sensoriais em elementos alfa fornecendo assim psique material para pensamentos on ricos e propiciando portanto a capacidade de acordar ou de dormir de estar consciente ou inconsciente In Estudos Psicanal ticos Revisitados Uma teoria sobre o pensar P g 133 Ver refer ncia bibliogr fica 15 Por gerador de algoritmos pretendo referir me a um hipot tico gerador de solu es para um dado problema Poderiamos pensar que o contacto com a realidade por a ao individuo um problema na medida em que este compelido a seleccionar um facto que organize a informa o que possu Seria ent o pela resolu o deste problema dar sentido ao elementos beta que se constiuiria o elemento alfa Neste caso a fun o o funcionaria como um gerador de solu es isto como um gerador de algoritmos No livro Data Structure and Algoritms ver refer ncia bibliogr fica 1 encontramos a seguinte defini o de algoritmo algorithm is a solution which is a finite sequence of instructions each of which has a clear meaning and can be performed with a finite amount of effort in a finite lenght of time Numa outra obra Introduction to the Design and Analysis of Algorithms ver refer ncia bibliografica 24 encontramos We can loosely define an algorithm as an unambigus
323. udos 13 De facto as modifica es introduzidas por Amaral Dias sobre a Tabela original de Bion mostraram se bastante teis e lan am a mente do analista para reas inexploradas Pensamos ainda que para al m deste inestim vel contributo o Professor Amaral Dias fez um outro de igual import ncia Este segundo contributo passa talvez mais despercebido para um leitor menos atento mas a nosso ver n o fica aqu m do primeiro Referimo nos aos contributos do Professor Amaral Dias com o intuito de propor uma nova leitura da Tabela A Tabela revista e modificada por Amaral Dias j n o uma tabela de leitura simples e linear Deixa de fazer sentido pensar que o pensamento evolui progressivamente do mais primitivo para o mais evolu do passa a ser necess rio desdobrar a Tabela e eventualmente redimension la Talvez no fim do processo a Tabela deixe de ser uma tabela Quem o poder dizer A sua proposta para a amplia o da coluna n 2 e n 7 eventualmente com um grau de extens o t o grande que seja necess rio elaborar uma Tabela s para dar conta desses fen menos parece nos fundamental Esta proposta est ali s de acordo com o pensamento do pr prio Bion que se deu conta de muitas das insufici ncias que este instrumento apresentava 4 Continuando a categoria 2 a que se chama categoria y a categoria dos enunciados falsos Claro que Bion distingue entre muitas formas de enunciados falsos e sugeriu a
324. ue la mayor a de nosotros reconece vagamente en parte porque todos creemos conocer las palabras pero conocemos palabras prostituidas un lenguaje vago 223 No creo que esta idea del inconsciente ni siquera la de pensamientos o ideas inconscientes sean suficientemente abarcativas Es sorprendente lo lejos que lleg Freud con estas teor as y hasta qu punto hizo redundante su propio trabajo Revel nuevas reas de experiencia que no pueden ser tratadas del modo en que intentamos tratar las neurosis y aquellos fen menos en los que es aplicable la idea del inconsciente y de pensamientos inconscientes es decir las formas nominal y adjetival del t rmio Bion revela sem grandes ambiguidades que pensamentos inconscientes e inconsciente n o s o a mesma coisa e portanto n o podem ser tratados da mesma forma A sua abordagem profundamente din mica como foi poss vel demonstrar ao longo desta disserta o f lo derrubar a no o de inconsciente enquanto lugar onde sao depositados e ou existem pensamentos inconscientes e reforcar a ideia de inconsciente como o estado em que se encontram os pensamentos O consciente e o inconsciente s o assim definidos como caracter stica de um pensamento nesta medida o consciente e o inconsciente s o criados e definidos em cada momento Deixa pois de fazer sentido falar em termos de inconsciente e consciente A Tabela n o d import ncia ao facto de um pensamento se encontrar incon
325. ultam de processos do pensamento C evidente que a capacidade de decis o implica uma rela o com o pensamento de uma ordem superior Se os pensamentos por si pr prios valessem ent o n o t nhamos nenhumas decis es Nada far amos na nossa vida por exemplo n o estar amos aqui hoje Houve uma decis o de estar aqui Essa decis o implicou capacidade de pensarmos o que que v nhamos aqui esperar o que que poder amos aprender e portanto tom mos uma decis o de vir A capacidade de decis o op e se categoria de ac o As decis es fazem parte de factores maturativos da personalidade E mais frente Uma decis o s o se tomada em fun o de um facto seleccionado H um facto seleccionado na mente e antes desse facto seleccionado qualquer ac o t o s ac o Ac o verdadeira implica um facto seleccionado Melhor a utiliza o combinat ria de facto seleccionado e do princ pio da realidade A Decis o aparece na Tabela de Amaral Dias como um outro uso poss vel para o pensamento este uso por sua vez a finalidade m xima da inten o do pensamento Ao tomar uma decis o ap s reflex o e investiga o o Homem tenta resolver as mais Tn Tabela para uma nebulosa P g 17 18 e 51 Ver refer ncia bibliogr fica 3 140 diversas quest es que a sua exist ncia no mundo lhe coloca e faz se Homem no sentido em opera a passagem de Saber para Ser Na coluna 6 d
326. um funcionamento muito intenso da parte psic tica da personalidade O paciente faz apelo a recursos muito primitivos nomeadamente a alucina es e ou del rios H medida que a sess o decorre 0 paciente parece ir substituindo o pensamento ac o por pensamento enunciado falso e observa se um aumento progressivo da emerg ncia da parte n o psic tica da personalidade isto permite nos pensar que a sess o teve um efeito ben fico sobre o paciente Os dados por n s trabalhados revelam uma concord ncia com algumas das conclus es a que chegou a Dr Concei o Boavida Tamb m n s pensamos que o paciente revela uma enorme intoler ncia dor depressiva conforme referido no seu trabalho Passamos a citar Da an lise dos elementos da grade parece nos evidente uma enorme intoler ncia do paciente depress o E lhe insuport vel aceder sua verdade A intoler ncia dor mental mant m no E ps 7 131 no funcionamento do del rio que se observa atrav s da articula o de pensamentos falsos Podemos ainda concluir que a actividade mental do psicoterapeuta foi razoavelmente pouco est vel observando se flutua es significativas entre o predom nio da actividade da parte psic tica e da parte n o psic tica da personalidade A an lise do gr fico de barras que exibe em simult neo e de acordo com a sequ ncia decorrida na sess o os movimentos elaborados para cada uma das mentes e decorrentes da interac o e
327. um programa independente j que o mesmo n o necess rio para o utilizador comum Em termos de design afigurou se nos favor vel utilizar uma filosofia Model View Controller Esta filosofia subdivide a implementa o em tr s componentes a componente do modelo respons vel pela gest o da informa o e pela produ o de resultados a partir dessa mesma informa o a componente de visualiza o respons vel pela apresenta o de toda a informa o quer informa o em bruto quer informa o trabalhada pelo modelo e a componente de interface respons vel pela interac o com o utilizador Estas op es permitiram nos obter uma correcta e adequada divis o de responsabilidades entre os v rios objectos que comp em os programas implementados Consideramos que em termos de interesse para esta disserta o de mestrado a relev ncia se prende com o modelo de an lise de dados e a sua implementa o j que as quest es de interface e display s o de car cter bastante t cnico no mbito da inform tica Paralelamente tamb m o modelo e o seu potencial de an lise de informa o que tem mais interesse para o utilizador do programa Como tal ser sobre o modelo e a sua implementa o que incidir a nossa aten o 159 O Modelo Conforme j foi mencionado atr s o programa por n s descrito destina se a permitir gerir informa o sobre sess es psicoterap uticas Por m o grande proveito da utiliza
328. umento de observa o posta em causa 32 lt 1 shall approach the subject as if my aim were to see in what way the criticism that psycho analysis is unscientific is justified To do this it is necessary first to try to understand what constitutes scientific method and by what criteria it is possible to determine whether a given method is scientific or not To this end I propose to consider the views of physicists and philosophers I choose these two disciplines because it would generally be conceded today that it is in the field of physics that scientific method has achieved its greatest successes and in the field of philosophy particularly through the labours of the philosophers of science that the most rigorous investigation of the methods by which these successes have been achieved has been set in train I must say at once that the idea that there is any generally accepted view of what constitutes scientific method or indeed that there is a scientific method is one of which one rapidly becomes disabused The search as I hope to show is rewarding the more thoroughly it is carried out the greater and more fascinating is the complexity that is revealed In the first place it is clear that psycho analysis is not alone in being vulnerable to criticism of the scientific soundness of its methods and results In Cogitations N o datados P g 242 35 2 At que ponto que a mente humana os seus conte dos e os seus modos
329. ut it a constellation of elements in sets that are determined only by the nature of the link and its characteristic of being attached to the selected fact In such a system the scientific deductive system would form only one set of elements linked by the logic of the deductive system and possessing the selected fact as one of its elements Em s ntese o m todo cientifico visa obter conhecimento sobre a realidade O conhecimento n o uma coisa em si isto n o existe nada na realidade externa que seja a contra parte do conhecimento O conhecimento ent o qualquer coisa que o homem tem e produz na sua rela o com a realidade O conhecimento sobre a realidade n o est tico mas modifica se no contacto com a realidade A ilus o de que o conhecimento est tico adv m da perman ncia com que determinadas coisas se relacionam com outras e da const ncia com que o homem verifica empiricamente essa perman ncia Os padr es de rela es parecem ser mais est veis entre objectos n o vivos do que entre objectos vivos Conhecimento ent o a palavra escolhida para dar conta de um fen meno que pode ser descrito como o estabelecimento e o desenvolvimento de uma determinada rela o entre o homem e a realidade Esta rela o entre o homem e a realidade chamada de conhecimento muito espec fica A sua especificidade inclui 1 Tentar traduzir a experi ncia numa linguagem tal que esta possa ser ap
330. va com uma depress o assim muito grande e que era melhor eu ficar c algum tempo Terapeuta Do que que o Emanuel se queixa O Emanuel tem v rias queixas F4 dificuldades n o Paciente Sim uma delas a que me est a preocupar mais que eu tenho uma AT AZ AT costela que me est a perfurar o oulm o Isto j foi h muito tempo isto do mesmo lado da perna Sinto um formigueiro na perna no p Quando fui falar ao m dico do Hospital S o Jos ele disse me que eu tinha que p r um aparelho nas costas umas costelas de ferro ou o que Disse me que j n o podia fazer opera o porque j tinha sido h muito tempo e disse me que a mandar me cortar a perna Pode mandar vir c a Judici ria vou mandar cortar lhe a perna j mandei cortar muitas Marcou me um dia passado 10 dias para eu voltar a ir l e eu n o fui Terapeuta Explique me l melhor como isso da costela perfurar o pulm o uma F3 F4 coisa que sente uma dor ou uma ideia Paciente uma coisa que sinto tiraram me l uma radiografia ao corpo inteiro F2 A7 Notava se l na radiografia que eu tinha a costela para dentro a perfurar o pulm o Terapeuta A m e do Emanuel massagista n o Ela costuma dar lhe muitas C3 massagens Paciente N o n o costuma dar muitas massagens F2 Terapeuta Mas j deu quando o Emanuel estava mais doente n o era C4 Paciente Quando eu preciso a qualquer altura Quando eu estou mais doente ela C4
331. valor espec fico ao longo de toda a sess o ou ao longo de um conjunto de sess es Este valor global e n o tem qualquer poder discriminativo em rela o aos enunciados propriamente ditos Isto significa que se por qualquer motivo um enunciado foi classificado com o valor C2 5 160 vezes ser contado como tendo ocorrido 5 vezes sem levar em considerac o o facto de a ocorr ncia se ter registado na cataloga o de um nico enunciado Isto significa ainda que a classifica o atribu da a um enunciado pode ter repercuss es na leitura dos dados finais enviesando de alguma forma a tend ncia Esta leitura dos dados n o leva em considera o o vector tempo sendo arbitr ria a sequ ncia dos enunciados e da respectiva classifica o A leitura feita com base nos valores de K e K bastante mais rica que a leitura simples e directa feita atrav s da contagem de frequ ncias mas n o permite uma descrimina o dos valores que concorreram para a obten o daqueles valores Vejamos por exemplo uma situa o hipot tica em que o valor de K e o de K eram iguais entre si e iguais a 50 Nestas circunst ncias ficar amos a saber que o sujeito em estudo analista ou paciente utilizou em quantidades iguais processos que promovem o desenvolvimento e a matura o e processos que evitam o crescimento e a matura o mas nada ficamos a saber sobre o tipo e a qualidade desses processos Existe uma diferen a enorme entre uti
332. vimentos te ricos de Bion Esta corrente defende que parte do corpo te rico desenvolvido por Bion est mais ligado ou orientado para uma disciplina como a filosofia do que para uma disciplina como a psican lise que eminentemente pr tica De facto o espectro de opini es sobre a obra de Bion bastante amplo variando entre a adora o como a um mestre religioso e o desprezo ou indiferen a A n o exist ncia de um consenso na avalia o do valor desta obra faz com que seja particularmente dif cil situ la na hist ria da psican lise O lugar que se oferecer obra de Bion ser sempre condicionado pela opini o valorativa que tivermos dela pelo que autores diferentes oferecem lugares diferentes Neste contexto pensamos ser importante posicionarmo nos em rela o obra de Bion Para n s a obra de Bion tem vindo a revelar se como altamente prof cua quer ao n vel te rico onde nos estimula a uma constante reflex o e a uma abordagem 12 diferente da realidade quer ao nivel pr tico onde as novas ideias interiorizadas se transformam num novo dizer ao paciente num novo modo de interpretar e de nos deixarmos interpretar pelo paciente No entanto como nos encontramos no inicio daquilo que pensamos vir a ser uma longa talvez mesmo intermin vel investiga o da obra de Bion pensamos tamb m que tudo pode acontecer e que aquilo que agora nos parece espantoso poder vir a ser visto como
333. xigentes na medida em que s o a contra parte ps quica dos dados sensoriais brutos Nesta perspectiva s o tamb m classificados os objectos bizarros Os objectos bizarros s o objectos mais ou menos complexos que resultam da invers o da fun o alfa Comportam se como elementos f coisas em si e s o manuseados pela identifica o projectiva como foi j oportunamente referido Todos os enunciados que se encontrem a um n vel evolutivo muito primitivo como os elementos B ou os objectos bizarros s o classificados nesta linha A titulo de exemplo pode dizer se que estar amos perante um elemento B se o paciente fizesse sons guturais ou apresentasse um qualquer tipo 102 ae is de tique Estamos perante um objecto bizarro sempre que se observam indicadores 190 The B elements are characteristic of the personality during the dominance of the pleasure principle on them depends the capacity for non verbal communication the individual s ability to believe in the possibility of ridding himself of unwanted emotions and the communication of emotion within the group In Cogitations Communication P g 181 Ver refer ncia bibliogr fica 11 101 n El elemento beta difiere del objeto extra o en que este ltimo es un elemento beta sumado a vestigios del yo y del supery6 In Aprendiendo de la experiencia P g 24 Ver refer ncia bibliogr fica 13 102 Estos elementos beta son tratados por un procedimiento de ev
334. zofr nica se confronta com in meras dificuldades de entre as quais se destacam as inerentes sua configura o inata Neste cen rio a personalidade torna se incapaz de ultrapassar a posi o esquizo paran ide e perpetua um movimento de cis o via mecanismos esquizo parano des e expuls o via identifica o projectiva que impedem a ascens o posi o depressiva e subsequentemente a aquisi o de pensamento verbal Quando o pensamento verbal apesar de tudo elaborado vivido pelo paciente como profundamente amea ador Este sentimento intoleravelmente doloroso para o 77 Tn Estudos Psicanaliticos Revisitados Desenvolvimento do pensamento esquizofr nico P g 49 Ver refer ncia bibliogr fica 15 79 paciente e p e em marcha mecanismos de ataque percep o consciente e consequentemente ao comego do pensamento verbal que lhe est associado Os ataques s o executados em condi es semelhantes s descritas por M Klein para a posi o esquizo paran ide j que aquilo que ela observou tamb m observado por Bion nestes pacientes O paciente desfere ataques s dicos contra o ego e contra as bases do pensamento verbal Estes ataques levam destrui o com diferentes graus de sucesso da percep o consciente A diminui o da percep o consciente implica um decl nio na capacidade para perceber Os fragmentos resultantes dos ataques anteriormente referidos s o expelidos par

Ensaio para a Informatização da Tabela de Bion

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