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Facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho dos segurados

1. 60 62 ESSE 55 59 TOO 50 54 D dei E 45 49 ee uu E 40 44 RR E 35 39 D PR 30 34 25 28 EEE f T T T T T T 1 20 15 10 5 0 5 10 15 20 Distribui o por Sexo EMEF Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios dos segurados A faixa et ria encontrada neste estudo destoa da pesquisa de Ahlgren et al 4 em que o grupo que retornou ao trabalho tinha entre 16 29 anos e do trabalho de Bloch e Prins em que as maiores taxas de retorno ao trabalho estavam relacionadas faixa et ria de 24 44 anos A fim de saber se existe correla o entre a vari vel idade e o tempo de afastamento do trabalho foi feito o teste de correla o de Spearman sob as seguintes hip teses Ho p 0 H p 00 Ditas de outra maneira as hip teses s o essas Hp Idade e tempo de afastamento do trabalho n o s o correlacionados H Idade e tempo de afastamento do trabalho s o correlacionados O p valor do teste foi 0 7741 Para um n vel de signific ncia de 5 a hip tese nula n o rejeitada Portanto poss vel concluir nesta amostra que a idade e o tempo de afastamento do trabalho n o s o correlacionados No que se refere ao estado civil mais da metade do grupo declararam ser casados totalizando 54 86 da amostra Na pesquisa de Biiltmann com 632 trabalhadores que apresentavam dist rbio osteomuscular em membros superiores constatou se que 69 dos
2. Eu acho que n o tem perito m dico Tem m dico mas eles n o sabem o que perito pois eu teria que ser periciado por algu m que entende daquilo Eu ajudava mais os peritos Quem vir o meu diploma certificado vai encontrar ali as minhas palavras S3 A dificuldade foi as per cias Alguns me tratavam bem e outros tratavam mal Mesmo que eu levasse laudo s vezes era negado S12 Greve dos peritos atrasou o andamento da Reabilita o mas eu estava sempre ligando batendo na porta porque eu queria voltar a trabalhar S3 Reabilita o Profissional S1 S4 S5 S6 S9 falta de orienta es sobre o processo de Reabilita o Profissional de qualifica o cursos profissionalizantes treinamento adequado e retornar mesma fun o Eu fiquei decepcionada em rela o reabilita o porque eu pensei que tivesse algum treinamento que fosse me habilitar para outra rea N o fiz curso para retornar ao trabalho S4 118 Veja bem eu n o entendi essa reabilita o de voc s pra trabalhar na mesma fun o Eu n o entendi essa Se a minha fun o j era prejudicial certo quando eu tava doente agora com problema de coluna estourei o ombro carregando tanto peso estourei o pulso certo at hoje tenho dificuldade ainda eu trabalho ainda com algumas restri es certo mas eu trabalhei num lugar l de expedi o levantando e abaixando carregando peso fechando mala a
3. Ap s a apresenta o dos antecedentes hist ricos a seguir ser abordado o atual Programa de Reabilita o Profissional do INSS 3 3 ATUAL PROGRAMA DE REABILITA O PROFISSIONAL DO INSS Atualmente o servi o prestado pelas equipes de Reabilita o Profissional do INSS descrito no Manual T cnico de Procedimentos da rea de RP Resolu o INSS PRES n 160 de 17 10 2011 atualizado pelo Despacho Decis rio n 02 DIRSAT INSS de 24 11 2011 O referido manual estabelece rotinas e visa uniformizar os procedimentos al m de servir como fonte de consulta e orienta o para as equipes de Reabilita o Profissional quanto legisla o e s normas institucionais O servi o de Reabilita o Profissional do INSS conforme citado anteriormente previsto em Lei destinado aos segurados da Previd ncia Social de car ter obrigat rio e isento de car ncia 3 3 1 Estrutura Organizacional Quanto estrutura organizacional este servi o est vinculado Diretoria de Sa de do Trabalhador do INSS de acordo com a Portaria MPS N 296 de 09 de Novembro de 2009 que aprovou o Regimento Interno do Instituto Nacional do Seguro Social INSS conforme pode ser visualizado na Figura 3 58 Figura 3 Estrutura da Reabilita o Profissional do INSS Coordena o Geral de Servi os Previdenci rios e Assistenciais CGSPASS Diretoria de Sa de do Trabalhador DIRSAT Bras lia Sede do INSS Co
4. Em 2008 os Minist rios do Trabalho e Emprego da Sa de e da Previd ncia Social institu ram a Comiss o Tripartite de Sa de e Seguran a no Trabalho CTSST com o objetivo de atender as diretrizes da Conven o n 187 da OIT anteriormente citada A referida CTSST era constitu da por representantes dos tr s minist rios dos empregadores e dos trabalhadores Em sua 9 reuni o a Comiss o aprovou o texto b sico da Pol tica Nacional de Seguran a e Sa de no Trabalho culminando com a Publica o do Decreto n 7 602 de 07 11 2011 Em 2012 foi institu da a Portaria n 1 823 denominada Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador e da Trabalhadora PNSTT O interesse desta pol tica est em definir os princ pios as diretrizes e as estrat gias a serem observados pelas tr s esferas de gest o do Sistema nico de Sa de SUS para o desenvolvimento da aten o integral sa de do trabalhador com nfase na vigil ncia visando promo o e a prote o da sa de dos trabalhadores e a redu o da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos Nesta PNSTT a finalidade promover a aten o integral sa de do trabalhador Para atingir essa meta enfatiza as a es sobre a vigil ncia dos ambientes de trabalho e dos processos produtivos promovendo assim a prote o dos trabalhadores com consequente redu o da morbimortalidade Quanto ao alcance dessa pol tica prop
5. es e empresas p blicas ou privadas bem como poder ser orientado eleva o de escolaridade Quando indispens veis ao desenvolvimento do processo de reabilita o profissional o INSS fornecer aos segurados inclusive aposentados em car ter obrigat rio pr tese e rtese seu reparo ou substitui o instrumentos de aux lio para locomo o bem como equipamentos necess rios habilita o e reabilita o profissional transporte urbano e alimenta o e na medida das possibilidades do Instituto aos seus dependentes importante ressaltar que nesta fase devem ocorrer a es integradas entre as reas de Per cia M dica Reabilita o Profissional e o segurado Segundo o Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o Profissional uma vez finalizado o PRP o ROP ir utilizar os c digos de desligamento de acordo com a situa o de cada segurado e 4 40 Retorno Mesma Fun o com Atividade Diversa Segurado benefici rio que apresente condi es de retorno mesma fun o ap s cumprir o PRP necessitando de adequa o das atividades e ou do posto de trabalho e 4 41 Retorno Mesma Fun o com Todas as Atividades Segurado benefici rio que apresente condi es para exercer as mesmas fun es com todas as atividades que exercia anteriormente ap s cumprir o PRP 65 e 4 42 Retorno Fun o Diversa Segurado benefici rio que esteja habilitado para o exerc cio de
6. o n 187 e traz 16 propostas para serem seguidas pelos pa ses membros Entre as propostas est que os membros devem promover campanhas de conscientiza o sobre a seguridade e sa de no trabalho Tais campanhas devem ser voltadas para os grupos de empregadores trabalhadores e seus representantes Esses mesmos conceitos de seguran a e sa de devem ser introduzidos nos programas de educa o e forma o profissional Outra proposta seria de os pa ses membros facilitarem o interc mbio de estat sticas de sa de e de dados entre as autoridades competentes empregadores trabalhadores e seus representantes e seguran a no trabalho Em 2007 na 60 Assembleia Mundial da Sa de a Organiza o Mundial da Sa de OMS publicou o Plano de A o Global para Sa de dos Trabalhadores 46 2008 2017 que prop s cinco objetivos para que os pa ses em colabora o com os seus trabalhadores seus empregadores e suas respectivas organiza es pol ticas possam estabelecer os mecanismos e o marco jur dico pr prio para sua aplica o acompanhamento e avalia o Esses objetivos s o a elaborar e aplicar instrumentos normativos referentes sa de dos trabalhadores b proteger e promover a sa de no local de trabalho c aperfei oar o funcionamento dos servi os de sa de ocupacional e o acesso aos mesmos c fornecer dados comprobat rios para fundamentar as medidas e pr ticas d integrar a sa de dos trabalhadores com outras pol ticas
7. 4 UNIVERSIDADE DE BRAS LIA UNB Faculdade de Ceil ndia FCE Programa de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias em Sa de LILIAN FONSECA DA COSTA LESSA VARANDAS Facilitadores e Dificultadores do Retorno ao Trabalho dos Segurados Reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS BRAS LIA DF 2013 LILIAN FONSECA DA COSTA LESSA VARANDAS Facilitadores e Dificultadores do Retorno ao Trabalho dos Segurados Reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS Disserta o apresentada como requisito parcial para a obten o do T tulo de Mestre pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias em Sa de da Universidade de Bras lia Faculdade de Ceil ndia rea de concentra o Promo o Preven o e Interven o em Sa de Linha de pesquisa Sa de Educa o Ambiente e Trabalho Orientador Prof Dr Maur cio Robayo Tamayo Co Orientadora Prof Dr Aldira Guimar es Duarte Dom nguez BRAS LIA DF 2013 Autorizo a reprodu o e divulga o total ou parcial deste trabalho por qualquer meio convencional ou eletr nico para fins de estudo e pesquisa desde que citada a fonte Ficha catalogr fica elaborada pela Biblioteca Central da Universidade de Bras lia Acervo 1013601 Varandas Lilian Fonseca da Costa Lessa v288f Facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho dos segurados reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional do I
8. Maria Cristina Pereira e Angela Sadok pela amizade e por terem me dado os ensinamentos e o apoio na tarefa de ser ROP toda equipe com quem trabalhei na GEX Rio de Janeiro Centro e na APS S o Crist v o amiga Cristie Freitas que desde que entrei no INSS me acolheu e foi a incentivadora para que eu participasse da sele o do mestrado Ao amigo C cero Sampaio pelo apoio na constru o dos dados estat sticos amiga Luciana Feuzicaua pelas trocas compreens o companheirismo e ora es Estendo o agradecimento ao seu esposo F bio Larotonda pelas orienta es e dicas para o desenvolvimento desse trabalho e sua m e Regina pelas ora es Dra Maria Helena Marta Ang lica Carla Duran Fabi la Costa Izabel Fernandes e F tima de Sousa que est o na luta do dia a dia do trabalho e aos colegas de trabalho que me deram o incentivo para continuar nessa jornada Maria In s Ta s Florez Wederson Rufino Dra Renata Fr es e Dra Rebeca Valente Aos Representantes T cnicos da Reabilita o Profissional nas Superint ncias Regionais Andr P da Silva Leonardo Braga Manoela Aquino Renata Florez e L dia Higa pelo apoio aprendizado e pela torcida Aos colegas de outros setores da Dire o Central do INSS que tamb m me apoiaram e colaboraram para esse trabalho Eliane Campoi Ang lica Lima Ant nio Bacelar e Artur Fonseca L dia Higa e Let cia Antonialli pela colabora o quanto ao local onde
9. O Teste de Qui Quadrado teve como hip tese Ho O retorno independe da diferen a do sal rio anterior e durante o benef cio H O retorno depende da diferen a do sal rio anterior e durante o benef cio O Resultado do teste 103 Estat stica do Teste X2 85 038 P Valor 0 0035 Coeficiente de Conting ncia CC 0 2646 Como o P Valor observado menor que o n vel de signific ncia de 5 rejeita se HO ou seja h evid ncia para concluir que a diferen a do sal rio anterior e durante o benef cio e o fato da pessoa retornar ao trabalho s o associadas Como o Coeficiente de Conting ncia igual a 0 2646 ent o pode se dizer que essa associa o uma associa o fraca Assim este estudo acompanhou a evid ncia apontada na pesquisa de Sard Junior et al em que o fator sal rio foi considerado um preditor de retorno ou n o as atividades laborais Em rela o ao tempo que o segurado estava trabalhando na empresa a m dia foi um pouco acima de 8 anos sendo o m nimo de 8 dias e o m ximo de 34 anos No teste de Kolmogorov Smirnov para o tempo de trabalho na empresa o p valor foi de 0 00 menor que 0 05 portanto a hip tese nula de normalidade foi rejeitada afirma se com 95 de confian a que os dados n o seguem uma distribui o normal Como o tempo de trabalho na empresa n o seguiu uma distribui o normal aplicou se o teste n o param trico Mann Whitney para comparar as m dias O resultado do P va
10. compra de cursos profissionalizantes N o solicito recursos materiais por excesso de vezes que solicitei e n o fui atendida R1 A log stica n o funciona Eu vejo na Intraprev que outras GEX conseguem comprar cursos e n s aqui em Bras lia n o conseguimos E uma vergonha R2 Falta de compra de curso profissional e instrumento de trabalho com isso n s t nhamos que ser muito criativos para promover o retorno do segurado Com a nossa boa vontade a gente corria atr s para conseguir cursos gratuitos mas muitas vezes a gente n o tinha xito O segurado que for reabilitado com os cursinhos oferecidos pelo INSS n o consegue se manter no mercado R4 Tem segurado que entra a gente olha e pensa Meu Deus O que fazer A gente n o tem instrumento Sinto me estagnada tamb m Impotente 40 a 50 dos segurados que atendo est o aguardando curso R7 A aquisi o de recursos materiais indispens veis para o Programa de Reabilita o Profissional garantido em Lei e o INSS recebe todos os anos or amento pr prio A o 2585 Reabilita o Profissional para estas aquisi es conforme abordado no Cap tulo 3 que trata de Reabilita o Profissional A auditoria interna do INSS realizada em 2007 Programa de Auditoria n 5 2007 apontou entre as dificuldades do setor de reabilita o profissional a falta de recursos materiais e por este motivo os candidatos reabilita o permane
11. o Homem vivem na Terra e habitam o mundo A condi o humana da a o a pluralidade Tipos humanos homo faber o que fabrica com suas m os que age sobre a mat ria e a transforma e tem como virtude intelectual a techn capacidade raciocinada de produzir intelig ncia produtora t cnica animal laborans considerado como esp cie animal mais desenvolvida que retira da natureza tudo o que necess rio para manuten o da vida N o h um tipo espec fico de homem sendo este um ser pol tico por excel ncia pois a a o e o discurso s o os modos pelos quais os seres humanos se manifestam uns aos outros Fonte Arendt adaptado pela autora da disserta o Na vis o de Marx a defini o de trabalho seria a de um processo entre o homem e a Natureza onde o homem por sua pr pria a o media regula e controla seu metabolismo com a Natureza Esse movimento na verdade tem um duplo papel pois ao mesmo tempo em que o homem atua sobre a Natureza modificando a ele tamb m modifica sua pr pria natureza Quanto distin o entre o trabalho do homem e do animal Albornoz refere que no homem o trabalho realizado com consci ncia e intencionalidade enquanto os animais trabalham por instintos programados sem consci ncia A autora ainda distingue que o trabalho do homem chega a graus de complexidade e sofistica o muito superiores aos encontrados em outros animais
12. o S S EL 2 i i s ij ESR DE Ta e dt ER poi 45 AU ae e sodien ja 255925 REABIUTA AO PROFISSIONAL No presente cap tulo ser abordado o conceito de Reabilita o Profissional as considera es hist ricas que caracterizaram o surgimento deste fen meno o atual Programa de Reabilita o Profissional do INSS al m do processo de retorno ao trabalho com nfase nos aspectos facilitadores e dificultadores deste processo 3 1 CONCEITO DE REABILITA O PROFISSIONAL Para efeitos da Recomenda o n 99 de 1955 da OIT o termo Reabilita o Profissional faz parte de um processo cont nuo e coordenado de adapta o e reabilita o para permitir que uma Pessoa com Defici ncia possa garantir e manter o emprego apropriado utilizando para isso meios como orienta o profissional forma o profissional e coloca o seletiva No Brasil a Reabilita o Profissional considerada como a assist ncia re educativa e de re adapta o profissional prestada aos segurados da Previd ncia Social e s pessoas com defici ncia incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho com o objetivo de proporcionar o retorno ao mercado de trabalho e a adequa o ao contexto em que vivem Este servi o de car ter obrigat rio independe de car ncia e est previsto na Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 50 1988 artigo 203 regulamentado pela Lei 8 213 91 Decretos 3 298 99 3 048 99 5 296 04 e Instru o Normativa
13. o de epidemias e o aumento de acidentes de trabalho Assim segundo estudos de Aranha nos Estados Unidos o Governo aprovou atos constitucionais que garantiriam a es e suporte para programas de reabilita o pois os soldados feridos na guerra necessitavam de treinamento e assist ncia para assumir com sucesso uma ocupa o rent vel Entres os atos constitucionais que os Estados Unidos decretou Bryan e Henderson citam a Lei de Reabilita o Profissional Civil PL 236 ou tamb m conhecida por Smith Fess Act em 1920 em que o Governo financiava 50 das a es e os estados financiavam o mesmo percentual para servi os de orienta o profissional forma o adapta o ocupacional pr teses e servi os de coloca o destinados apenas pessoas com defici ncia f sica Na Inglaterra segundo Cardoso o destaque seria o Relat rio Beveridge apresentado ao parlamento ingl s em 1941 onde juntamente com medidas de seguridade social previa que o governo deveria assegurar servi os de sa de com qualidade e gratuidade fornecer meios para a reabilita o profissional e promover a manuten o do emprego No Brasil de acordo com Soares em 1943 o Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio instituiu a Portaria n 83 que determinava que os Institutos e Caixas de Aposentadoria e Pens es IAPs e CAPs organizassem servi os de reeduca o e readapta o de segurados e aposentados por invalidez Por m esta portari
14. o e vigil ncia sa de do trabalhador bem como de estabelecer uma pol tica p blica de reabilita o profissional Cabral et al 173 realizou um estudo com 35 trabalhadores que retornaram ao trabalho ap s um trauma de m o e analisou os fatores associados a este desfecho ap s tr s anos de alta da reabilita o O estudo confirmou a natureza multifatorial do retorno ao trabalho Como fatores que contribu ram para o sucesso desse retorno foram identificados rela es interpessoais saud veis boa acolhida no ambiente de trabalho a presen a de um profissional para acompanhar o processo a implementa o de alguns ajustes no posto e no hor rio de trabalho possibilitando a continuidade do tratamento e o aux lio acidente Como fatores dificultadores da readapta o os trabalhadores citaram caracter sticas da organiza o do trabalho problemas em rela o aos colegas e elevadas exig ncias nas tarefas A pesquisa apontou a import ncia de uma avalia o individualizada centrada no trabalhador Mesmo com limita es funcionais os trabalhadores destacaram seu desejo de voltar a trabalhar confirmando assim as evid ncias de que o sucesso no RT n o implica necessariamente a completa recupera o de uma les o A necessidade de acompanhamento e de suporte aos trabalhadores durante a volta ao trabalho tamb m ficou evidente sendo o medo de uma nova les o sempre destacado No Centro de Refer ncia em Sa de do Trabalhador em
15. o seguinte a ag ncia deficit ria em termos de funcion rio voc tem que fazer o trabalho que voc n o deveria fazer voc tem que fazer sen o o servi o n o sai certo at hoje eu n o entendi essa reabilita o de voc s Pra que essa reabilita o de voc s toma o tempo de voc s e do funcion rio S1 O local que fiz reabilita o n o era o certo A reabilita o em si foi mentirosa N o fui comunicada quando a orientadora profissional foi l conversar com os chefes e eu estava na empresa Eu lutei tanto para ter uma RP assistida e n o foi Ent o quer dizer eu n o fui reabilitada em nada Eu considero que eu n o fui reabilitada E at o setor que eu estava eu jamais tive compet ncia para estar l A entrei na justi a Eu entrei na justi a porque quando o INSS me devolveu pra empresa foi que a empresa disse que n o ia me receber com um laudo desse A virou uma bola de neve S9 N o fui orientado pelo Perito sobre a reabilita o Recebi um documento l na frente dizendo que o benef cio foi prorrogado por 1 ano e que eu j estava no processo de reabilita o Perguntei o que isso quer dizer Que voc vai ter que aguardar o INSS entrar em contato com voc pra voc entrar num processo de reabilita o e retornar ao trabalho Passou se 1 ano fiz novas per cias e s tive contato com os orientadores na poca de retornar foi quando eu passei por um processo de treinamento de 15 dias
16. 2011 Dispon vel em lt http www sinttel org br downloads dossie terceirizacao cut pdf gt Acesso em Out 2013 51 Pastore J O custo dos acidentes e doen as do trabalho no Brasil Palestra proferida no Tribunal Superior do Trabalho 20 10 2011 Dispon vel em lt http www josepastore com br artigos rt rt 320 htm gt Acesso em Out 2013 52 Brasil Lei N 8 213 de 24 de Julho de 1991 D O U de 14 08 1991 Disp e sobre os Planos de Benef cios da Previd ncia Social e d outras provid ncias 53 Brasil Lei N 8 029 de 12 de Abril de 1990 D O U de 13 04 1990 Disp e sobre a extin o e dissolu o de entidades da administra o P blica Federal e d outras provid ncias 54 Organiza o Internacional do Trabalho OIT Conven o n 155 1981 Conven o sobre Seguran a Sa de Ocupacional e Meio Ambiente de Trabalho Dispon vel em lt http Avww ilo org dyn normlex enf p NORMLEXPUB 12100 0 N0 12100 P 12100 INSTRUMENT 1D 312300 NO gt Acesso em Out 2013 55 Organiza o Internacional do Trabalho OlT a Conven o n 187 2006 Conven o sobre o quadro promocional para a seguran a e sa de ocupacional Dispon vel em lt http www ilo org dyn normlex en f p NORMLEXPUB 12100 0 NO P12100 ILO CODE C187 gt Acesso em Out 2018 56 Organiza o Internacional do Trabalho OlT c Ratifica es de C187 Quadro Promocional para a Seguran a e Sa de no Trabalho de 2006 n 187
17. 598 247 geraram incapacidade tempor ria para o trabalho 2 03 14 755 dos acidentes levaram incapacidade permanente e 0 37 2 731 resultaram em bito do trabalhador Dos que tiveram o registro da CAT a parte do corpo mais afetada nos trabalhadores acidentados foram os dedos 132 735 o p 41 437 e a m o 40 445 38 Quadro 3 Quantidade de Acidentes de Trabalho Liquidados Acidentes do Trabalho Liquidados RES ssa E e E EE RR RT RR aeos C esso owe arr O o ess C sson oraso aose E 2768 Fonte Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Assist ncia Incapacidade Incapacidade M dica Tempor ria Permanente Com rela o Classifica o Internacional de Doen as CID 10 o grupo mais incidente foi o diagn stico de les es e traumas CID 10 do grupo S e T em 448 691 trabalhadores seguido pelo grupo de Doen as Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho DORT diagnosticados em 92 232 trabalhadores e em terceiro lugar est o os Transtornos Mentais CID 10 do grupo F e G identificados em 17 428 trabalhadores Quanto ao perfil demogr fico 494 880 trabalhadores eram do sexo masculino predominando a faixa et ria entre 25 a 29 anos 120 439 seguido da faixa et ria entre 30 a 34 anos 118 477 e de 20 a 24 anos 104 571 39 Em rela o ao setor de atividade econ mica os maiores n meros de acidentes de trabalho se concentraram no setor de servi os e na ind stria O
18. Acesso em Out 2013 152 Brasil Lei Or ament ria Anual LOA 2009 Projeto de Lei n 38 2008 CN Dispon vel em lt http www2 camara leg br atividade legislativa orcamentobrasilloa loa2009 gt Acesso em Out 2013 158 Brasil Lei Or ament ria Anual LOA 2010 Projeto de Lei n 46 2009 CN Dispon vel em lt http www2 camara leg br atividade legislativa orcamentobrasil loa loa2010 gt Acesso em Out 2013 154 Brasil Lei Or ament ria Anual LOA 2011 Projeto de Lei n 59 2010 CN Dispon vel em lt http www2 camara leg br atividade legislativa orcamentobrasil loa loa2011 gt Acesso em Out 2013 155 Brasil Lei Or ament ria Anual LOA 2012 Projeto de Lei n 28 2011 CN Dispon vel em lt http www2 camara leg br atividade legislativa orcamentobrasilloa loa2012 gt Acesso em Out 2018 156 Rehabilitation Services Administration Vocational Rehabilitation Total Expenditures in dollars Federal Fiscal Year 2010 Dispon vel em lt http disabilitycompendium org compendium statistics vocational rehabilitation gt Acesso em Out 2013 157 Deutsche Rentenversicherung Bund Hinweis Alle Grafiken stehen Ihnen am Ende der Seite als druckbare Datei zur Verf gung 2012 Dispon vel em lt http www deutsche rentenversicherung de Bund de Inhalt 4 Presse medieninformationen 06 hint ergrundinformationen reha mappe grafiken index html gt Acesso em Out 2018 158
19. Burton e Main realizaram um estudo de coorte para avaliar o gerenciamento de cinco programas de retorno ao trabalho Em dois locais foram realizadas interven es e outros tr s locais serviram de controle Conclufram que um programa sistem tico para o gerenciamento de aus ncia de doen a pode ajudar as pessoas a voltar a trabalhar mais cedo Programas bem sucedidos precisam se concentrar em interven o precoce melhorar a comunica o e proporcionar mudan as nos ambientes de trabalho Al m desses aspectos avaliaram que a correta aplica o de um programa t o importante quanto o seu desenho No Brasil Gravina Nogueira e Rocha estudaram o programa de reabilita o profissional de uma grande institui o financeira p blica nacional A pesquisa foi realizada com 210 pessoas com diagn stico de Les es por Esfor os Repetitivos LER Como aspectos facilitadores foram identificados o fato do trabalhador ter participado do grupo de apoio dentro do banco tiveram acompanhamento multidisciplinar e puderam discutir as atividades laborais antes da recoloca o Assim os autores identificaram que quando os trabalhadores foram preparados f sica e psicologicamente encontraram receptividade nas suas unidades de trabalho bem como tiveram tarefas bem negociadas e adequadas s suas restri es foram melhor sucedidos no retorno Entre os dificultadores os autores citaram que os mais enfatizados pelos participantes da pesquisa foram
20. Em uma cl ssica cita o Marx distingue o trabalho da melhor abelha do realizado pelo pior arquiteto ressaltando que a diferen a que o pior arquiteto construiu o favo primeiro idealmente antes de constru lo em cera Assim ele conclui que o homem cria e recria sua pr pria exist ncia realiza na mat ria o seu objetivo bem como a transforma e a submete sua vontade A partir desta distin o de Marx Antunes reflete que o trabalho converteu se em um momento de media o s cio metab lica entre a humanidade e natureza 25 ponto de partida para a constitui o do ser social Sem ele a vida cotidiana n o seria poss vel de se reproduzir Os autores Borges e Yamamoto destacam que o trabalho em sua origem adv m de necessidades naturais como a fome ou a sede mas s pode ser realizado na intera o entre os homens ou entre homens e a natureza Os autores tamb m ressaltam que a forma de pensar sobre o trabalho ser determinado pelo contexto em que a pessoa est inserida Avan ando para o atual per odo de flexibilidade nas rela es de trabalho Sennett faz uma an lise sobre o capitalismo flex vel e a mudan a no significado do trabalho bem como nas palavras que s o empregadas para referir se a este fen meno Um exemplo a palavra carreira que em sua origem brit nica significava uma estrada para carruagens e terminou sendo aplicada para designar as atividades profissionais de uma pesso
21. Profissional O segurado poder participar da Reabilita o Profissional mediante requerimento pr prio nas Ag ncias da Previd ncia Social ou quando avaliados pela Per cia M dica e esta julgar necess rio Os benefici rios tamb m podem ser encaminhados para o servi o de Reabilita o Profissional por solicita o judicial Na avalia o do Perito M dico dever o ser observados os seguintes crit rios de encaminhamento para o servi o de Reabilita o Profissional e Os segurados preferencialmente com escolaridade a partir do n vel fundamental mesmo que incompleto e com condi es adequadas de aprendizagem e com quadro cl nico est vel que permita a inclus o no PRP de forma imediata desde que constatado que n o acarretar nenhum agravamento da les o doen a e e com experi ncias ou atividades profissionais j desenvolvidas compat veis com o potencial laboral No entanto a inexist ncia de experi ncia profissional anterior n o considerada fator impeditivo para o encaminhamento do segurado Reabilita o Profissional A t tulo de ilustra o no Gr fico 1 mostrada a evolu o das Per cias M dicas realizadas desde 1990 at 2011 e a porcentagem de segurados encaminhados para o servi o de Reabilita o Profissional O destaque que de todas as Per cias M dicas realizadas nesse per odo h uma m dia de 1 66 de segurados que s o registrados no servi o de Reabilita o Profiss
22. TULO 4 M TODO 4 1 Delineamento 4 2 Popula o 4 2 1 Amostra 4 3 Instrumento de Coleta de Dados 4 3 1 Procedimento de Coleta de Dados 4 3 2 Procedimento de An lise de Dados 4 4 Considera es ticas 5 RESULTADOS E DISCUSS O 5 1 Perfil S cio Demogr fico e Ocupacional dos Segurados Reabilitados Pelo PRP 5 2 Percep o dos Segurados quanto aos Facilitadores e Dificultadores no Processo de Retorno ao Trabalho 5 2 1 Perfil dos Segurados Entrevistados 5 2 2 Significado e Sentido do Trabalho 5 2 3 Significado do Per odo de Afastamento 5 2 4 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado 5 2 5 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado 5 2 6 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa 5 2 7 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa 5 2 8 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS 5 2 9 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS 5 2 10 Outros Facilitadores 5 2 11 Outros Dificultadores 5 2 12 Percep es Sobre a Efetividade do Retorno ao Trabalho P s PRP 68 69 69 71 80 80 80 80 80 80 83 84 85 85 105 105 106 107 108 111 112 114 115 116 120 120 121 5 3 Percep o dos Respons veis pela Orienta o Profissional quanto aos Facilitadores e Dificultadores no Processo de Retorno ao Trabalho 5 3 1 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado 5 3 2 Dificultadores do Retor
23. o do Projeto de RP entre outras A delimita o tem tica deste estudo concentra se na pol tica previdenci ria que preconiza o acesso de todo trabalhador brasileiro ao Servi o de Reabilita o Profissional o qual consiste no acompanhamento dos segurados afastados por motivo de doen a ou acidente de trabalho atrav s de avalia o s cio profissional 18 visando readapta o laborativa dos mesmos em sua empresa de v nculo e em casos contr rios a de n o vincula o ou obje o da empresa na readapta o dos seus funcion rios versar sobre a melhoria da escolaridade ou habilita o dos segurados mediante cursos profissionalizantes possibilitando assim a reinser o destes no mercado de trabalho A principal indaga o que sustenta a import ncia deste trabalho a de analisar quais foram os facilitadores ou dificultadores no processo de retorno do segurado atividade laboral quando submetido ao Programa de Reabilita o Profissional do INSS Este tema assim como a delimita o tem tica escolhida e a indaga o formulada s o sustentados pelos eventos negativos para a sa de p blica sobretudo os acidentes e as doen as relacionadas ao trabalho que provocam enorme impacto social e econ mico no Pa s Segundo dados do Anu rio Estat stico da Previd ncia Social no ano de 2011 foram registrados 724 169 acidentes e doen as do trabalho entre os trabalhadores assegurados da Previd ncia So
24. 185 195 107 Pransky G et al Improving return to work research Journal of Occupational Rehabilitation 2005 15 453 457 108 Gard G Sandberg AC Motivating factors for return to work Physiotherapy Research International 1998 V 3 n 2 p 100 108 109 Sokoll G Service Orientation in health care Indicators for more quality the example of occupational accidents In Strategies for more efficient and more effective social security ISSA Conference Paris 17 19 1 2001 110 Bloch FS Prins R Eds Who Returns to Work and Why A Six Country Study on Work Incapacity and Reintegration International Social Security Series Volume 5 New Brunswick London Transaction Publishers 2001 111 Selander J Marnetoft SU Bergroth A Ekholm J Return to work following vocational rehabilitation for neck back and shoulder problems risk factors reviewed Disability and Rehabilitation 2002 Sep 20 24 14 704 12 112 Gatchel RJ Psychosocial factors that can influence the self assessment of function Journal Occupational Rehabilitation 2004 Sep 14 3 197 206 113 Lysgaard AP Fonager K Nielsen CV Effect of financial compensation on vocational rehabilitation Journal of Rehabilitation Medicine 2005 Nov 37 6 388 91 155 114 Ahlgren A Bergroth A Ekholm J Sch ldt K Work resumption after vocational rehabilitation a follow up two years after completed rehabilitation Work 2007 28 4 343 54 115 Instit
25. DM Os Sentidos Atribu dos ao Trabalho pelos Profissionais do Ramo Publicit rio de Porto Alegre Disserta o de Mestrado Porto Alegre UFRGS 2008 176 p 27 Morin EM Os Sentidos do Trabalho Revista de Administra o de Empresas S o Paulo 41 3 8 19 2001 28 Brasil Portaria N 1 823 de 23 08 2012 Institu a Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador e da Trabalhadora 29 Nardi HC Sa de do Trabalhador In CATTANI A D org Trabalho e tecnologia dicion rio cr tico Petr polis Editora Vozes Porto Alegre Ed Universidade 1997 219 224 30 Ribeiro CVS As Rela es entre Trabalho e Sa de em Tempos de Reestrutura o Produtiva Departamento de Psicologia Social da UERJ 2009 P 1 9 31 Mattos UAO O acidente de trabalho e seu impacto socioecon mico ambiental In Mattos U A de O M sculo F S orgs Higiene e Seguran a do Trabalho Rio de Janeiro Elsevier Abepro 2011 408 p 32 Lacaz FAC Sa de do trabalhador um estudo sobre as forma es discursivas da academia dos servi os e do movimento sindical Tese Doutorado em Medicina Preventiva Faculdade de Ci ncias M dicas Universidade Estadual de Campinas Campinas 1996 33 Louren o EA de S Bertani IF Sa de do Trabalhador em Pauta Servi o Social amp Realidade Franca v 17 n 2 p 172 201 2008 34 Mendes R amp Dias EC Da medicina do trabalho sa de do trabalhador Revista de Sa de P blica 1991 2
26. Doen as do Trabalho de Profissionais do Setor de Transporte An lise dos Motoristas no Estado de S o Paulo 1997 a 1999 Tese de Doutorado Universidade de S o Paulo Faculdade de Sa de P blica Departamento de Sa de Ambiental 2005 45 Organiza o Internacional do Trabalho OlT a A Preven o das Doen as Profissionais BIT Genebra 2018 46 Organiza o Internacional do Trabalho OIT b OIT pede a o mundial urgente para combater doen as relacionadas com o trabalho Dispon vel em lt http www oit org br content oit pede acao mundial urgente para combater doencas relacionadas com o trabalho gt Acesso em Out 2018 47 Anu rio Brasileiro de Prote o Edi o Especial da Revista Prote o 2010 Novo Hamburgo 2010 Dispon vel em lt http www protecao com br materias anuario brasileiro de pro teca o 2010 mundo JyyJAc gt Acesso em Out 2018 48 Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Suplemento Hist rico 1980 a 2011 Minist rio da Previd ncia Social Empresa de Tecnologia e Informa es da Previd ncia Social V 1 1980 1996 Bras lia MPS DATAPREV 2011 49 Portal Brasil A es Marcam Dia Mundial da Seguran a e Sa de no Trabalho Dispon vel em lt http Avww brasil gov br defesa e seguranca 2013 04 acoes marcam o dia mundial da seguranca e saude no trabalho gt Acesso em Out 20183 149 50 Dieese Cut Terceiriza o e Desenvolvimento uma conta que n o fecha Set
27. Geral do Seguro Estatal Alem o de Acidentes do Trabalho German Social Accident Insurance a reabilita o profissional n o est no topo de nenhuma pol tica ainda que ela seja um direito humano Em 1961 Le ero j refletia que a reabilita o profissional abarca fundamentos antropol gicos que seria o direito do homem ao trabalho e sa de e fundamentos sociais que seria o bem comum e o bem estar individual Para o autor investir em Reabilita o Profissional aumentaria o n mero de pessoas capazes de trabalhar aumentaria a capacidade de um determinado setor da economia os inv lidos que eram assalariados passivos iriam se converter em ativos produtivos e contribuintes aliviando assim as cargas fiscais tornando mais justa e equitativa a distribui o das riquezas de um pa s Sem d vida essa an lise sugere a relev ncia de se investir nos programas de Reabilita o Profissional Na Previd ncia Social brasileira os investimentos em Reabilita o Profissional podem ser considerados nfimos se comparados aos despendidos no pagamento de 138 benef cios No Gr fico 15 pode ser observada a diferen a dos valores previstos na Lei Or ament ria Anual LOA para a Previd ncia Social B sica no per odo de 2008 a 2012 Gr fico 15 Previs o da LOA para o MPS de 2008 a 2012 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte LOA 2008 2012 192158 154 155 Se comparado a outros pa ses o gasto com o servi o de
28. Ltda 496 p 1996 146 12 Albornoz S O que trabalho S o Paulo Brasiliense 1986 Cole o primeiros passos 171 102 p 13 Antunes R S culo XXI Nova Era da Precariza o Estrutural do Trabalho Semin rio Nacional de Sa de Mental e Trabalho S o Paulo 28 e 29 de novembro de 2008 Dispon vel em lt http Avww fundacentro gov br dominios CTN anexos Mesa 201 20 20Ricardo 20Antunes 20texto pdf gt Acesso em Set 2013 14 Borges LDO Yamamoto OH O Mundo do Trabalho In Zanelli J C Borges Andrade J E Bastos V B Orgs Psicologia Organiza es e Trabalho no Brasil Porto Alegre Artmed 2004 15 Semnett R A Corros o do Car ter 14 Edi o Rio de Janeiro Record 2009 16 Borges LDO As Concep es do Trabalho Um Estudo de An lise de Conte do de Dois Peri dicos de Circula o Nacional Revista de Administra o Contempor nea 3 3 81 107 1999 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php pid S1415 6555 1999000300005 amp script sci arttext gt Acesso em Set 2013 17 Toffler A A Terceira Onda Rio de Janeiro Record 22 Ed 1997 18 Toffler A A Quarta Onda In Revista Exame Ed 766 2002 Dispon vel em lt http exame abril com br revista exame edicoes 0766 noticias a quarta onda m0052568 gt Acesso em Set 2018 19 Borges LDO amp Tamayo A Estrutura Cognitiva do Significado do Trabalho Revista Psicologia 1 2 11 44 2001 Dispon vel em lt h
29. Piracicaba SP Takahashi et al desenvolveram um projeto piloto em reabilita o profissional para adoecidos de LER DORT Este projeto foi fundamentado na aten o terap utica multidisciplinar sendo desenvolvido por uma equipe t cnica composta de m dica assistente social psic loga fisioterapeuta terapeuta ocupacional e soci loga Os resultados apresentados pelos autores mostraram o impacto positivo do programa terap utico de reabilita o profissional no resgate da autonomia da 79 autoestima e da capacidade de ressignificar o futuro dos trabalhadores acompanhados Como barreiras no retorno ao trabalho identificaram a perman ncia das condi es patol gicas que geraram o adoecimento Os autores prop em a implanta o dos conceitos te ricos da Classifica o de Incapacidade e Funcionalidade CIF na avalia o de incapacidade dos m dicos peritos do INSS representando uma mudan a no paradigma da incapacidade e capacita o em Ergonomia pela abordagem da An lise Ergon mica do Trabalho AET para a desconstru o da ideologia do trabalho ominiprofissional 125 realizaram entrevistas semiestruturadas com cinco Cestari e Carlotto segurados que participaram do Programa de Reabilita o Profissional do INSS os quais foram readaptados na empresa de v nculo estavam em exerc cio profissional h mais de seis meses e em seu primeiro processo de readapta o A maioria dos relatos de um modo geral deixa clara a fa
30. Prof Dr Pedro de Andrade Calil Jabur Faculdade de Ceil ndia FCE UnB Dedico a esse olhar terno que me acompanha a cada dia A m e Maria a M e do Perp tuo Socorro E a Ele luz que me ilumina o caminho e me ajuda a seguir Ao Cristo Redentor AGRADECIMENTOS Agrade o Aos meus pais Valmor e Leonides que n o tiveram a mesma oportunidade que eu mas deram o m ximo para que eu pudesse chegar at aqui Agrade o s minhas irm s Valquiria e Mirlla que mesmo distante sempre me deram apoio e torceram por mim Ao meu esposo Pedro Alexandre que me ensinou a ser persistente e a lutar pelos meus objetivos Ao meu filho Mateus que o melhor presente que Deus poderia ter me dado e que me ensina a cada dia a ser uma mulher mais forte e Cindy nossa filha de outra esp cie que a alegria da casa Silvana que com dedica o aten o e amor cuidou do Mateus e da Cindy para que eu pudesse trabalhar e estudar A cada um dos meus familiares pelas ora es e pela torcida s amigas distantes mas sempre presentes Elizamara Florez Ana Cristina Lass lvia Simone Andr a da Cunha e Maria Martes Leila Cannalonga que muito me ensinou sobre a vida e sobre a Reabilita o Profissional Ao Dr Oscar Baldur Schubert a quem tenho enorme admira o Foi um grande parceiro na constru o desse trabalho s grandes amigas Jana na Sallas e Sandra Caz companheiras dentro e fora da sala de aula
31. S1 S3 No trabalho voc est produzindo n o d pra voc se sentir em uma posi o in til n S1 Longo tempo exercendo a mesma fun o S1 S5 S7 Uma das primeiras coisas que me ajudou foi o meu conhecimento com o pessoal e meu esfor o na constru o As pessoas da empresa que estou trabalhando hoje j me conheciam de outras constru es trabalho como armador desde 98 S7 Longo per odo de tempo empregado na empresa S1 S6 Eu acho que da minha pessoa eu j era curioso demais ent o praticamente o servi o todo eu j sabia L gico que n o de atendente eu n o tinha no o de tudo mas pelo menos o b sico eu j tinha 110 id ia Acho que isso facilitou muito Quando eu fui afastado j tinha 17 18 anos de empresa mais ou menos S6 Desta forma o que se percebe que os aspectos negativos suscitados pelo longo per odo de afastamento do trabalho provocaram sentimentos de incomodo e inquieta o suficientes para gerar a vontade pessoal de retornar ao trabalho Na verdade este n o seria um facilitador na medida em que surge de uma desvantagem econ mica Alguns segurados relataram que as empresas n o recolheram o Fundo de Garantia por Tempo de Servi o FGTS durante o per odo em que estavam afastados n o receberam tickets de alimenta o passagem cesta b sica gratifica es anu nios ou participa o nos lucros da empresa Assim a falta desses recursos atuou como propul
32. Trata se do atendimento ao segurado encaminhado pelos rg os do Judici rio para avalia o e parecer quanto defini o da capacidade laborativa e ou para cumprimento do PRP O atendimento destes casos deve obedecer a agendamento priorit rio 3 70 bito Segurado que vier a falecer no decorrer da avalia o do potencial laborativo 3 80 Manuten o de Pr tese Segurado que teve sua rtese e ou pr tese substitu da ou reparada sem a necessidade de programa profissional 3 90 Homologa ao de Habilita o de PcD Pessoa com Defici ncia PcD que tem comprovada sua habilita o profissional e compatibilidade para o exerc cio da fun o a ser desempenhada 3 91 Indeferimento de Homologa o de PcD Pessoa com de Defici ncia PcD que n o tem comprovada a sua habilita o profissional ou compatibilidade para o exerc cio da fun o a ser desempenhada 3 95 Homologa o de Readapta o Profissional Segurado que ap s submeter se ao processo de readapta o profissional promovida pela empresa de v nculo tem comprovada a compatibilidade da fun o proposta e a capacita o profissional realizada 3 96 Indeferimento de Homologa o de Readapta o Profissional Segurado que ap s submeter se ao processo de readapta o profissional promovido pela empresa de v nculo conveniada n o tem comprovada a compatibilidade da fun o proposta e a capacita o profissional realizada 3 97 Transfer nc
33. as a es que ocorrem no interior da vida laborativa influenciam se mutuamente Para Codo o trabalho uma rela o de dupla transforma o entre o homem e a natureza geradora de significado e de forma mais sint tica seria o ato de transmitir significado natureza Ele reflete que a diferen a entre a a o do rato e a do trabalhador que na primeira apresenta um circuito duplo e a segunda uma rela o tripla conforme ilustra na figura abaixo Figura 1 Rela o Trabalho Objeto e Significado TRABALHO s be SIGNIFICADO Fonte Codo No esquema apresentado acima o autor reflete que na a o vulgar o sujeito se transforma ao transformar o objeto e vice versa O trabalho permite que se abra uma terceira rela o que seria o significado um signo que fica signo ficare que por sua vez transforma e transformado pela a o rec proca do sujeito e ou do objeto Assim Codo afirma que o significado por defini o eterno signo que fica Ao abrir a a o para al m de si ao transformar em transcendente o gesto o trabalho o imortaliza Em que pese a import ncia desta rela o de transforma o o trabalho que tem um significado exerce outros dois importantes pap is sobre o indiv duo que seria sobre a sua identidade e em seu processo de autovaloriza o 2 Diversos 29 autores j se empenharam em desenvolver pesquisas que traduzissem o significado e ou o sentido do trab
34. as caracter sticas da organiza o do trabalho que geram elevadas exig ncias no trabalho e que nem sempre podem ser acompanhadas pelos trabalhadores readaptados e as dificuldades nas rela es com os gerentes Os autores conclu ram que reabilita o foi poss vel de ser efetuada apesar de representar uma atividade complexa para os trabalhadores e para a sociedade e que os fatores ligados ao sucesso ou ao fracasso nessa atividade est o pautados em dois aspectos organiza o do trabalho e suporte social Assim qualquer a o de reabilita o profissional no contexto do trabalho deve necessariamente contempl los O retorno ao trabalho de metal rgicos afastados por LER DORT foi abordado no estudo de Scopel Como facilitadores identificou troca de fun o possibilidade do trabalhador controlar a execu o das atividades apoio dos colegas e supervis o 77 Como agentes dificultadores obteve alta prematura para o trabalho retorno para a mesma fun o ou semelhante aus ncia de programas de retorno ao trabalho dificuldades no relacionamento com supervisores colegas dificuldades de impor limites na execu o das tarefas acompanhadas de medo de ser demitido discriminado na busca de um novo emprego e de viv ncias de impot ncia e inseguran a quanto ao futuro 1 121 examinaram os dados de 425 trabalhadores oriundos de Sard Jr et a um servi o de reabilita o profissional entre novembro de 2007 e setembro de 2
35. cia M dica no processo de retorno ao trabalho R2 R3 R7 nesse caso apesar estar disposto no Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o Profissional a participa o conjunta do Perito M dico e do ROP para avalia o de elegibilidade do segurado para o PRP os ROPs destacam que h pouca participa o nas demais etapas principalmente quando h necessidade de realizar visitas empresas Tamb m relataram a import ncia de se encaminhar segurados que se enquadrem nos crit rios m nimos para participar do Programa de RP citados no cap tulo sobre Reabilita o Profissional Participa o dos Peritos M dicos facilita o trabalho R3 Cherem et al descrevem de forma sucinta as atividades do Perito M dico da rea de RP avalia o potencial laboral do segurado aspectos f sicos potencialidades contra indica es e progn stico para o retorno ao trabalho e as restri es funcionais analisa se existe estabiliza o do quadro cl nico realiza a an lise do posto de trabalho nas empresas verifica os casos que podem ser encaminhados para a RP participa dos casos de protetiza o e realiza a an lise conjunta com o ROP quanto a defini o da elegibilidade para o programa profissional entre outras Esses autores ainda destacam a necessidade de um perfil m dico pericial diferenciado no atendimento dos segurados que est o no processo de reabilita o profissional que envolve n o s os segurados
36. com baixa escolaridade e o grupo com escolaridade superior conforme ilustrado na Tabela 8 Tabela 8 Rela o Escolaridade X M dia de Tempo Afastado do Trabalho x Retorno ao Trabalho Escolaridade Declarada Alfa Ens Ens Ens Ens Ens Ens betizado Fundamental Completo Fundamental Incompleto M dio Completo M dio Incompleto Superior Completo Superior Incompleto Especializa o Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra M dia do Tempo de afastamento dias Retorno ao Trabalho 2727 1780 1908 8 2230 2 2337 56 1690 22 2032 56 1425 27 2098 5 909 5 2314 5 1836 6 1988 67 1625 1798 5 Dos 38 segurados com baixa escolaridade ao t rmino do PRP apenas 15 permaneceram empregados e 23 segurados n o conseguiram se manter no trabalho Dos 46 segurados com escolaridade m dia 24 permaneceram empregados e 22 n o conseguiram se manter no trabalho E dos 21 com escolaridade superior 12 permaneceram empregados e 23 segurados n o conseguiram se manter no trabalho conforme tabela 9 98 Tabela 9 Compara o N vel de Escolaridade X Perman ncia na Empresa de V nculo Permaneceu empregado N o permaneceu empregado M dia do M dia do Escolaridade t d t d Quantidade f La Quantidade f SPOME afastamento afastamento dias dias Baixa Alfabetizado Ensino Fundamental f 15 39 47 1900 14 23 60 53 2324 45 Completo E
37. de introduzir a entrevista com os segurados mas n o se constitu a em objetivo deste trabalho Por m pelo conte do expresso decidiu se lan ar no texto a titulo de contextualizar as viv ncias dos segurados Em rela o pergunta sobre o significado do trabalho as respostas demonstram que o trabalho exerce um papel central e estiveram relacionadas import ncia que ele tem para o sustento do pr prio segurado e de sua fam lia al m de possibilitar a intera o com os colegas e promover a auto estima Bem eu t vendendo meu servi o n eu t contribuindo pra um trabalho executando uma fun o e a empresa est me remunerando n o sei se de acordo com o que eu fa o mas que pouco mas um pouco que sustenta voc e sua fam lia E intera o tamb m eu prefiro trabalhar doente do que ficar em casa pelo menos voc est comunicando e em casa voc fica sem ter o que fazer e no trabalho sem querer voc desabafa T doendo mas t aliviando aquela dor S1 Muito importante voc n o tem id ia traz auto estima tem significado de bom humor sa de estar bem comigo mesma acho 107 que n o seria uma pessoa bem normal se n o estivesse trabalhando S3 Trabalho significa tudo Na forma social para voc interagir com as pessoas principalmente para voc sair mesmo do estresse S6 um ato da gente lutar pela nossa vida do dia a dia e a gente tem a certeza d
38. do Parecer 398 051 Necessita Aprecia o da CONEP N o Considera es Finais a crit rio do CEP BRASILIA 17 de Setembro de 2013 Assinador por Natan Monsores de S Coordenador Endere o Faculdade de Ci ncias da Sa de Campus Darcy Ribeiro Bairro Asa Norte CEP 70 910 900 UF DF Munic pio BRASILIA Telefone 61 3107 1947 Fax 61 3307 3799 E mail cepfsQunb br P gina 02 de 02 163 164 ANEXO V TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TCLE Para o grupo de Segurados Reabilitados O a Senhor a est sendo convidado a a participar da pesquisa intitulada Facilitadores e Dificultadores do Retorno ao Trabalho dos Segurados que passaram pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS O objetivo desta pesquisa Identificar os aspectos facilitadores e dificultadores no processo de retorno ao trabalho dos segurados que passaram pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS no mbito da Ger ncia Executiva do Distrito Federal no ano de 2011 O a senhor a receber todos os esclarecimentos necess rios antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome n o ser divulgado sendo mantido o mais rigoroso sigilo atrav s da omiss o total de quaisquer informa es que permitam identific lo a A sua participa o ser por meio de uma entrevista a ser realizada na sala da Superintend ncia Regional do INSS SBN Quadra 02 Bloco K 2 subsolo Bras lia
39. do Trabalhador uma pr tica que se contrap e a postura da Medicina do Trabalho MT e da Sa de Ocupacional SO que com 32 suas bases e conceitos contribu am mais para a aliena o do trabalhador e por uma atitude autorit ria dos profissionais de sa de no ambiente de trabalho e fora dele Louren o e Bertani tamb m constatam que o olhar da Sa de do Trabalhador se amplia em rela o Medicina do Trabalho e da Sa de Ocupacional principalmente no que se refere ao entendimento da rela o trabalho e sa de para al m dos fatores de risco e ambientes de trabalho Ademais Mendes e Dias entendem a sa de do trabalhador como resultado de um processo de mudan a social fomentado no mundo ocidental nos ltimos 20 anos e entre as caracter sticas dessa pr tica destacam e Trata se de uma rea constru da no espa o da sa de p blica e Seu objeto o processo de sa de e doen a em rela o ao trabalho e Com base na investiga o dos processos de trabalho articulado com as quest es de ordem social preocupa se em responder porque adoecem e morrem os trabalhadores e Nesse processo os trabalhadores tem um importante papel de destaque pois deixam de ser dominados e submissos ao capital e colocam em pr tica o direito informa o lutam por um ambiente de trabalho mais salutar questionam a ado o de novas tecnologias e passam a n o aceitar se expor a trabalhos que ofere am perigo ou risco sua sa de e T
40. dos segurados os facilitadores destacados pelos Respons veis pela Orienta o Profissional foram Oferecem nova fun o de acordo com a capacidade laboral do segurado R1 R2 R3 R4 R6 R7 R8 Este foi o aspecto que mais prevaleceu nas respostas dos segurados pois consiste na primeira abordagem do ROP com a empresa de v nculo do segurado conforme instru es contidas no Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o Profissional No estudo de Vacaro amp Pedroso o retorno do segurado dentro da pr pria empresa foi tido como modelo de reabilita o de maior efic cia e os segurados que n o foram reabilitados na empresa de v nculo ao t rmino do programa e 01 ano ap s o t rmino do PRP constatou se que os segurados n o tinham conseguido retornar ao mercado de trabalho Este resultado tamb m surge como facilitador na literatura 20 Tem bom relacionamento com o segurado R3 e R5 apesar dessa resposta ter surgido no relato de apenas 02 ROPs um facilitador bastante citado pela literatura 081091 10 120 123 125 que destaca a import ncia de relacionamentos interpessoais saud veis onde o segurado acolhido pelas chefias e pelos colegas as atividades s o supervisionadas e o segurado se sente til Se a empresa oferece a fun o de acordo com a capacidade laborativa dava seguran a ao segurado R3 Neste aspecto os ROPs observam que se a empresa acolhe bem o segurado este se sentir m
41. e pol ticos daquele momento Quadro 2 Evolu o Hist rica do Trabalho Denomina o Concep o do Trabalho Prim rdios da Humanidade O trabalho humano j existia nas comunidades de ca adores e coletores 8 000 a C Tamb m era visto na incipiente agricultura no Oriente M dio China India e norte da Africa Per odo Cl ssico Per odo em que os fil sofos Plat o e Arist teles viam o trabalho como atividade inferior que cabia aos escravos A Idade M dia foi um per odo que oscilou entre exaltar o trabalho e tom lo como puni o e ou instrumento de expia o do pecado sob a influ ncia da igreja cat lica O fim da escravid o foi o marco que esgotou esta concep o Capitalismo Tradicional Per odo marcado pelo modelo Taylorista Fordista de produ o Nesse per odo surgiu o contrato de trabalho ou o trabalho assalariado onde o indiv duo vendia seu trabalho e o capitalista o adquiria para dar prosseguimento produ o de outras mercadorias o que sendo valor de troca permitia crescer seu capital Per odo da mais valia que se traduz no excesso de trabalho exigido do trabalhador no processo de produ o com o prolongamento da extens o da jornada de trabalho Era a chamada explora o extensiva O trabalho deveria ser realizado de forma disciplinada sistem tica padronizada e parcelada sendo um regime estritamente supervisionado simplificado e que exigia pouca qualifica o do trabal
42. empresas e sociedade Os setores do INSS desconhecem o que a RP faz A gente n o tem tempo de divulgar Mas isso internamente e externamente R4 Falta divulga o da RP no INSS A Previd ncia e os pr prios servidores desconhecem os processos de RP R6 Os ROPs relatam ser essa uma dificuldade para realiza o do trabalho pois muitas vezes s o questionados por outros servidores da pr pria institui o sobre a import ncia do trabalho que desenvolvem e na maioria das vezes n o conseguem espa o dentro de ag ncias ou material permanente para desenvolver o trabalho porque o gestor da unidade desconhece as necessidades da rea Assim o ROP R4 relatou Falta de material permanente era 1 impressora para 10 ROPs e para o administrativo sem contar a dist ncia para buscar a impress o R4 Falta de espa o f sico adequado J tive que atender com outra ROP no mesmo ambiente A gente trabalhava no 2 subsolo as janelas n o abriam s luz fluorescente ar condicionado sujo espa o totalmente insalubre R4 Al m da falta de divulga o dentro do pr prio instituto os ROPs relataram que quando ligam ou visitam as empresas muitas vezes tem que primeiro explicar sobre o que o servi o e a import ncia para promover o retorno do funcion rio ao trabalho e para a partir desse momento a empresa atender s solicita es do servi o de RP Os ROPs relataram que essa divulga o maci a poderia au
43. foram realizadas as entrevistas Dra Jacqueline Barroso Tatiana Mariano e ao apoio administrativo da equipe de Reabilita o Profissional pela colabora o na etapa de separa o e localiza o dos prontu rios e dos Boletins Estat sticos da Reabilita o Profissional Profs Daniela Rodrigues pelo apoio e incentivo no desenvolvimento desse trabalho Aos Respons veis pela Orienta o Profissional da Ger ncia Executiva do Distrito Federal que aceitaram participar das entrevistas e contribu ram para o alcance dos objetivos desta pesquisa Aos segurados que aceitaram participar e colaboraram para a realiza o deste trabalho Ana Luiza Coelho da Consultoria em Estat stica da Universidade de Bras lia pelo apoio nas an lises estat sticas Diretoria de Sa de do Trabalhador do INSS por ter autorizado o acesso aos prontu rios e sistemas corporativos Ao Dr S rgio Ant nio Martins Carneiro e Dra Samara Maria Douets Vasconcelos Cunha Dias pela libera o desta servidora para o per odo de licen a capacita o e pelo cuidado que est o tendo com toda a tem tica da Reabilita o Profissional e da Sa de do Trabalhador Coordena o de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias em Sa de pelo apoio e compreens o Ao Prof Dr Oviromar Flores Profl Dr Cl lia Maria de Sousa Ferreira Parreira e ao Prof Dr Pedro de Andrade Calil Jabur por aceitarem o convite de participar da banca examina
44. homem e de forma breve a sua evolu o hist rica 23 1 1 CONCEITO DE TRABALHO O conceito de trabalho vem sofrendo varia es ao longo da hist ria conforme entre outros fatores a cultura de cada sociedade e o modo como se d o as rela es entre os trabalhadores nos processos produtivos e na distribui o dos produtos do trabalho Para Ara jo e Sachuk desde os ca adores da era paleol tica aos profissionais da rea t cnico cientifico informacional de hoje o trabalho parte fundamental da exist ncia do ser humano O debate em torno do conceito de trabalho t o amplo que estudado nas mais diversas reas Segundo Batista dos Santos et al trata se de conceito poliss mico multifacetado e historicamente controverso constituindo se como tema de cunho multidisciplinar de reas diversas como a sociologia a psicologia a educa o e a administra o Etimologicamente a palavra trabalho adv m do latim tripalium que conforme explica Neves era um instrumento de tortura formado por tr s traves cruzadas em que o r u era atado e em seguida se chicoteava Em uma primeira concep o o trabalho era visto como tortura um fardo uma atividade penosa causa de fadiga realizado com sofrimento sacrif cio e esfor o Para Arendt h uma distin o clara entre labor e trabalho Ela explica que em todas as l nguas europeias antigas e modernas existem duas palavras de etimologias diferentes para design
45. hor rio de trabalho e 4 segurados n o aceitaram participar da entrevista Assim foram realizadas entrevistas com 13 segurados reabilitados representando 14 69 da popula o Quanto aos Respons veis pela Orienta o Profissional no per odo de Janeiro Dezembro de 2011 a Ger ncia Executiva do Distrito Federal tinha um total de 10 Respons veis pela Orienta o Profissional sendo que 08 deles atendiam na APS do Plano Piloto 01 fazia o atendimento na APS do Gama e 01 atendia na APS de Taguatinga A entrevista foi realizada com 08 dos 10 Respons veis pela Orienta o Profissional pois 01 ROP se encontrava em licen a m dica e 01 ROP foi transferida para outra cidade O roteiro da entrevista com os segurados Anexo e com os ROPs anexo ll foi delineado ap s revis o de literatura sobre o tema e era composto pelas seguintes perguntas Segurados 1 Oque a palavra trabalho significa para voc 2 O que significou o per odo de afastamento do trabalho para voc 3 Qual foi a sua percep o em rela o aos aspectos facilitadores e dificultadores do seu retorno ao trabalho de acordo com os fatores pessoais organizacional empresa de v nculo pol tica e institucional INSS e outros Sentia se apto para o retorno ao mercado de trabalho Recebeu algum tipo de treinamento ou capacita o para o retorno ao trabalho Ainda trabalha na mesma empresa ap s ter passado pelo Programa de Reabilita o Profissional do INS
46. invalidez IV o segurado em gozo de aposentadoria especial por tempo de contribui o ou idade que em atividade laborativa tenha reduzido a sua capacidade funcional em decorr ncia de doen a ou acidente de qualquer natureza ou causa V os dependentes dos segurados e VI as Pessoas com Defici ncia PcD Art 2 O encaminhamento Reabilita o Profissional dos segurados definidos no art 1 incisos a IV ser realizado pela Per cia M dica do Instituto Nacional do Seguro Social INSS e o atendimento pela equipe de Reabilita o Profissional da Ag ncia da Previd ncia Social APS ou Ger ncia Executiva GEX 61 Art 3 Os dependentes dos segurados e as PcD definidos respectivamente nos incisos V e VI do art 1 podem solicitar atendimento Reabilita o Profissional atrav s de requerimento na APS 1 Os dependentes dos segurados referidos no caput ser o atendidos pela equipe de Reabilita o Profissional de acordo com as possibilidades administrativas t cnicas e financeiras e as condi es locais do rg o 2 As PcD referidas no caput ser o atendidas pela equipe de Reabilita o Profissional quando houver previamente a celebra o de Conv nio de Coopera o T cnico Financeira firmado entre o INSS por meio das GEX e as institui es e associa es de assist ncia s pessoas com defici ncia 3 3 4 Tipos e Crit rios de Encaminhamento para o servi o de Reabilita o
47. o de origem pelo problema de sa de que apresentava voltou ao mercado de trabalho em uma atividade que j havia exercido anos atr s 124 5 3 2 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado Entre os aspectos dificultadores os Respons veis pela Orienta o Profissional destacaram Resist ncia Reabilita o Profissional ou para Retornar ao Trabalho R1 R4 R5 R6 e R7 Para os ROPs este o principal dificultador para o processo de retorno ao trabalho pois os segurados acabam adotando comportamentos que inviabilzam o andamento do programa profissional como o exemplo das falas abaixo Encontrar um segurado 100 interessado rar ssimo Coloca telefones que n o tem s para n o ser localizado R1 Pelo longo tempo em benef cio se acomodavam e se tornavam resistentes ao retorno Discutiam com a gente Para quebrar a resist ncia do segurado era muito dif cil pois eles ficavam muito tempo aguardando e trocavam entre si todas as artimanhas R4 Para Seyfried apesar da import ncia do servi o de reabilita o profissional ele s poss vel se houver a clara manifesta o e participa o do indiv duo em participar este comportamento que ir diferenciar um programa bem sucedido Segundo Tardin existem alguns fatores que explicam a resist ncia dos segurados com rela o Reabilita o Profissional ou ao retorno ao trabalho que pode ser a inseguran a no emprego as li
48. participantes que retornaram precocemente ao trabalho relataram que viviam com Coeficiente de correla o de Spearman utilizado para medir a correla o entre duas vari veis quantitativas 94 um parceiro No estudo de Rocha constatou se que o apoio dos familiares foi um fator importante na recupera o da incapacidade e pode ser considerado como um facilitador positivo para o retorno ao trabalho A literatura aponta os benef cios do suporte social sobre a sa de e o bem estar do indiv duo considerando que as rela es sociais s o fundamentais para os seres humanos Assim neste estudo o fato do segurado ter declarado ser casado poderia ser considerado um fator preditor do retorno ao trabalho Em rela o ao tempo de afastamento do trabalho conforme apontado anteriormente a m dia esteve acima dos 5 anos considerando a data de in cio do benef cio at a data de desligamento do PRP A Tabela 5 fornece algumas estat sticas sobre a vari vel tempo de afastamento do trabalho Tabela 5 Medidas para o Tempo de afastamento do trabalho dias Tempo de afastamento do trabalho M ximo 4 237 00 M nimo 90 00 1 Quartil 1 130 00 3 Quartil 2 572 00 M dia 1 938 89 Mediana 1 803 Soma 219 095 Vari ncia 910 097 33 Desvio Padr o 953 99 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra poss vel perceber que existe uma grande dispers o entre os dados E
49. que lhe garanta a subsist ncia No que diz respeito concess o do benef cio por aux lio doen a previdenci rio B31 ou acident rio B91 s ser devido ao segurado que havendo cumprido quando for o caso o per odo de car ncia exigido na Lei 8 213 91 ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 quinze dias consecutivos e n o ser devido ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previd ncia Social RGPS j portador da doen a ou da les o 2 A concess o gest o e pagamento do aux lio doen a s o de responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social INSS Autarquia Federal criada pela Lei 8 029 90 e vinculada ao Minist rio da Previd ncia Social 43 invocada como causa para o benef cio salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progress o ou agravamento dessa doen a ou les o Este benef cio ser devido ao segurado empregado a contar do d cimo sexto dia do afastamento da atividade e no caso dos demais segurados a contar da data do in cio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz Para ter direito aos benef cios de esp cie B31 e B91 necess rio que o segurado tenha contribu do por pelo menos 12 meses com a Previd ncia Social Algumas doen as no entanto n o exigem essa car ncia entre elas est o tuberculose ativa hansen ase aliena o mental neoplasia maligna cegueira paralisia irrevers vel e incapacitante c
50. que oferece fun es para readaptar seus funcion rios e possu uma equipe respons vel pela gest o do afastamento de seus funcion rios favorecendo assim o canal de comunica o mais transparente entre a equipe de Reabilita o Profissional do INSS e consequentemente o retorno do trabalhador ao ambiente de trabalho Quanto escolaridade declarada pelos segurados a preval ncia foi de ensino m dio completo e incompleto total de 46 segurados seguido daqueles considerados alfabetizados ensino fundamental completo e incompleto 38 segurados e dos segurados com especializa o n vel superior completo e incompleto 21 segurados n o tendo sido levantada a informa o de 08 segurados pois os prontu rios com estas informa es n o foram localizados mostrados na Tabela 7 97 Tabela 7 Escolaridade Declarada x Retorno ao Trabalho Escolaridade Declarada Alfabetizado Ens Fundamental Completo Ens Ens Ens Ens Ens Fundamental Incompleto M dio Completo M dio Incompleto Superior Completo Superior Incompleto Especializa o Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Retorno ao Trabalho N o 1 2 5 5 9 16 22 18 2 4 5 4 7 3 0 2 Na an lise quanto escolaridade dos segurados foi poss vel observar que os indiv duos com ensino m dio completo ou incompleto tiveram o per odo m dio de afastamento do trabalho menor que o grupo
51. retorno bem 115 citados anteriormente sucedido ao Trabalho Espera se que a Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador e da Trabalhadora PNSTT consiga atingir os objetivos de vigil ncia sa de do 115 trabalhador e de preven o aos acidentes e doen as do trabalho para que empresas como essas sejam punidas pelos males que causam aos seus funcion rios Dos segurados entrevistados 02 segurados S7 e S11 enfrentaram uma dificuldade inicial de suas empresas de v nculo terem falido mas a equipe de Reabilita o Profissional conseguiu entrar em contato com empresas que apresentavam cotas para reabilitados e encaminh los para retornar ao mercado de trabalho Outros 02 segurados S2 e S8 chegaram a pedir demiss o por n o terem conseguido se adaptar fun o mas conseguiram retornar ao mercado de trabalho exercendo outras fun es O segurado S4 foi demitido no in cio de 2013 mas em Agosto de 2013 j estava empregado em uma nova empresa e o segurado S13 foi demitido em Maio de 2013 mas est em busca de um novo emprego utilizando o certificado de reabilita o profissional para concorrer s cotas como reabilitado do INSS 5 2 8 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS Foi solicitado aos segurados que falassem sob o ponto de vista deles quais os aspectos foram considerados facilitadores por parte do INSS Identificou se os seguintes facilitadores O certificado de reabilita o profissional S
52. rio 89 B91 A preval ncia neste grupo de segurados do Benef cio por Aux lio Doen a Previdenci rio B31 em rela o ao Benef cio por Aux lio Doen a por Acidente de Trabalho B91 segue a tend ncia de concess o destes benef cios descritos no Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Em 2011 a Previd ncia Social concedeu 4 8 milh es de benef cios dos quais 85 5 eram previdenci rios 7 3 acident rios e 7 2 assistenciais A esp cie mais concedida foi o aux lio doen a previdenci rio representando 42 4 do total seguido da aposentadoria por idade 12 2 e do sal rio maternidade 11 9 Para analisar se a vari vel esp cie de benef cio tem associa o com a vari vel retorno ao mercado de trabalho foi feito um teste Qui Quadrado Tabela 4 Tabela 4 Associa o Esp cie de Benef cio x Retorno ao Mercado de Trabalho Retorno Esp cie Total N o Sim 31 38 23 61 91 22 30 52 Total 60 53 113 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra O Teste de Qui Quadrado teve como hip tese Ho As vari veis Esp cie e Retorno s o independentes H1 As vari veis Esp cie e Retorno s o associadas O Resultado do teste Estat stica do Teste X2 45 029 P Valor 0 0338 Coeficiente de Conting ncia CC 0 1958 Como o P Valor observado menor que o n vel de signific ncia de 5 rejeita se Ho ou seja h evid ncia para conc
53. s solicita es dos laudos para comprova o da incapacidade e ao atendimento da Per cia M dica s o queixas recorrentes em mbito nacional e de discuss es internas dentro do pr prio INSS que vem trabalhando no sentido de agendar os atendimentos diminuir o tempo de espera e que est se articulando aos Minist rios da Sa de e do Trabalho e Emprego com a finalidade de prestar um melhor atendimento aos segurados e modificar o atual modelo de atendimento m dico pericial Para Barreto o relato das humilha es sofridas pelos trabalhadores traduz o despreparo dos m dicos na abordagem desses pacientes e reafirma um comportamento vivenciado por trabalhadores do espa o fabril Nesse tipo de atendimento o trabalhador se sente desemparado incompreendido e se revolta pois n o encontra espa o para expressar nem realizar suas potencialidades 120 Quanto s greves Scopel relata em seu estudo que este evento acaba refor ando a id ia de que ruim estar afastado do trabalho pois h demora tanto no atendimento quanto no pagamento dos benef cios e o trabalhador fica a merc da ajuda de familiares e amigos Quanto s queixas em rela o ao Programa de Reabilita o Profissional o relat rio do Tribunal de Contas da Uni o TCU apontou a A baixa resolubilidade do servi o b Longo tempo de espera dos segurados para serem atendidos c A falta do servi o em grande parte das Ag ncias da Previd ncia Social d O se
54. taxas de retorno ao trabalho Esse estudo ainda evidenciou que a interven o o mais precoce poss vel essencial para o retorno bem sucedido A adapta o do local de trabalho e a flexibilidade do expediente tamb m s o fatores determinantes para a reintegra o no trabalho al m disso as regras de prote o ao emprego facilitam muito o retorno e finalmente a rela o entre empregados e empregadores deve ser sempre valorizada pit Selander et al em pesquisa para identificar os fatores associados ao retorno ao trabalho ap s Reabilita o Profissional para indiv duos com desordens musculoesquel ticas na regi o do pesco o ombros e membros superiores constataram que pessoas com maiores possibilidades de retorno ao trabalho s o e aquelas que passaram por um programa de Reabilita o Profissional em que o programa se caracteriza por uma equipe multidisciplinar e tem in cio precoce quelas pessoas que se sentiram satisfeitas com o programa e conclu ram at o final e tiveram o ambiente de trabalho adaptado e com mudan a em suas tarefas trabalham em empresas de grande porte pessoas que n o recebiam benef cio social s o mais jovens s o nativas tem escolaridade superior moram em regi o urbana tem emprego est vel e de alta renda s o casadas e t m redes sociais est veis s o autoconfiantes n o deprimidas tiveram menor tempo de afastamento do trabalho apresentam n vel baixo de
55. ter uma limita o que pode ser f sica mental ou social ou baixa escolaridade ou a falta de qualifica o e n o est apenas relacionada quest o da idade Na pesquisa de Guarino Chamlian amp Masiero sobre o retorno ao trabalho em amputados dos membros inferiores foi apontado que a idade avan ada poca da amputa o associada ao baixo n vel de escolaridade constitu ram os aspectos dificultadores do retorno ao trabalho Ademais no estudo de Maeno amp W nsch Filho 22 que analisaram as raz es alegadas pelos 174 ex trabalhadores de uma empresa com a finalidade de justificar o desemprego apenas 16 indiv duos ou 9 2 responderam que a causa era ter muita idade para o mercado de trabalho Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE na pesquisa mensal de emprego realizada nas regi es metropolitanas do Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro S o Paulo e Porto Alegre pessoas 127 com 50 anos ou mais representavam 23 das pessoas ocupadas no Brasil em Outubro 2013 superando a faixa et ria de 18 a 24 anos que representavam 12 Assim confirma se que n o a vari vel idade avan ada que caracteriza o dificultador do retorno ao mercado de trabalho mas sua associa o com outras barreiras impostas aos trabalhadores adoecidos ou acidentados 5 3 3 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa Quanto s empresas de v nculo
56. the return of this their working activities after passing through the Vocational Rehabilitation Program of the National Institute of Social Security INSS Objectives To analyze facilitate or hamper the return to work of insured rehabilitated by the Vocational Rehabilitation Program PRP of the National Social Security Institute INSS under the Executive Management of the Federal District GEX DF process the period January to December 2011 from the perspective of the insured and the Responsible Career Guidance INSS Method Descriptive study of cross sectional quantitative and qualitative approach Data collection was done through medical records information systems and conducting interviews with the insured and rehabilitated with the Responsible for Vocational Guidance For quantitative data analysis we used the RStudio Software Statistical Analysis Software SAS version 9 2 and Excel 2010 The qualitative analysis was based on Content Analysis of Laurence Bardin Results In summary the profile of the sample was characterized by predominantly male workers married had completed high school median age 47 years the business activities of the Service employed in the same company for over 8 years and with an average salary of R 1 253 00 Were off work for more than five years the main reason the diseases of the musculoskeletal system ICD 102 group M pension benefit for sickness B31 by the average value of R 1 151 083 It was obs
57. viv ncia do afastamento do adoecimento e mesmo da atividade em si conferindo novos sentidos ele O afastamento do trabalho implica uma s rie de custos econ micos e sociais Burt acredita que a incapacidade para o trabalho pode gerar a revers o nos pap is dentro da fam lia assim como mudan as no estilo de vida Estas geralmente s o causadas por dificuldades financeiras inatividade for ada depend ncia depress o ou ainda como respostas de inadequada adapta o psicossocial A exist ncia de uma incapacidade permanente acarretar altos custos econ micos e sociais por essa raz o recuperar o papel de trabalhador pode reduzir estes custos em n vel individual e social Na pesquisa de Young et al se discute que o retorno ao trabalho um processo din mico que inclui intera es com outros indiv duos e com o meio ambiente Esse processo incluem cinco grupos interessados os trabalhadores os empregadores os prestadores de cuidados de sa de os contribuintes e a sociedade O processo de retorno ao trabalho tem in cio com a incapacidade do trabalhador e engloba uma s rie de eventos e fases De acordo com esses autores as fases do processo s o 1 afastamento do trabalho off work etapa na qual imprescind vel a recupera o f sica parcial antes do retorno ao trabalho 2 retorno ao trabalho re entry work momento em que o trabalhador recome a seu trabalho podendo ser no mesmo local ou em outro desde
58. volta de nibus S13 5 2 12 Percep es Sobre a Efetividade do Retorno ao Trabalho P s PRP Ao final das entrevistas os segurados eram convidados a responder se sentiam aptos ao retorno se tinham passado pelo treinamento na empresa se continuavam a trabalhar na mesma empresa e realizando as atividades para o qual foram reabilitados Assim as respostas podem ser observadas conforme consta no Gr fico 14 Gr fico 14 Percep es Sobre a Efetividade do Retorno ao Trabalho P s PRP E Sim E N o Sentia se apto a retornar Passou por Treinamento Trabalha na mesma empresa Exerce a fun o para qual foi reabilitado Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na resposta das entrevistas com os segurados Por meio da visualiza o do gr fico 14 nota se nesse grupo de entrevistados que a programa o profissional foi efetiva mas deve ser ressaltado que se trata de uma parcela da amostra dos 113 segurados que permaneciam no trabalho ap s 1 ano do Programa de Reabilita o Profissional Dessa forma n o se pode generalizar os resultados para todo o grupo 122 5 3 PERCEP O DOS RESPONS VEIS PELA ORIENTA O PROFISSIONAL QUANTO AOS FACILITADORES E DIFICULTADORES NO PROCESSO DE RETORNO AO TRABALHO A seguir ser o abordados os facilitadores e dificultadores na percep o dos Respons veis pela Orienta o Profissional de acordo com os resultados da an lise de
59. z n o acredita em n s somente no que o segurado fala R2 A greve dos bancos para o ROP R2 o pagamento dos aux lios transporte e alimenta o ficam inviabilizados com a greve dos bancos pois o segurado s recebe o aux lio no caixa do banco e dessa forma prejudica o deslocamento do segurado para frequentar o treinamento na empresa ou ao curso profissionalizante 137 A greve dos bancos impedem que os segurados recebam o diheiro da passagem para frequentar curso ou treinamento R2 Assist ncia m dica para o ROP R5 a assist ncia m dica n o consegue dar conta da demanda Se a institui o desse um bom suporte para a RP a sa da do segurado seria em larga escala O perito encaminha dizendo que a pessoa pode retornar mas a pessoa depende de uma rede SUS que n o o atende E uma quest o mais ampla O contexto adoecedor mesmo E a voc fica em uma sinuca de bico R5 E o ROP R8 ressaltou que Falta interlocu o entre os entes pol ticos para implementar a Pol tica de Sa de do Trabalhador R8 Segundo pesquisa realizada por Rosskam que avaliou o ndice de seguran a do trabalho em 95 pa ses o resultado foi que dois ter os desses pa ses apresentam n veis insatisfat rios de prote o aos trabalhadores ainda que possu ssem um arcabou o legal que n o chegam a ser implementadas portanto n o conseguem garantir um ambiente de trabalho saud vel Para Joaquim Breuer Diretor
60. 008 com rela o aos fatores cl nicos demogr ficos e psicossociais e retorno ao trabalho Os resultados n o evidenciaram diferen as significativas entre os trabalhadores atendidos que retornaram ao trabalho e os que n o retornaram quanto as vari veis idade g nero intensidade da dor local da dor e tempo de afastamento Por outro lado os fatores tempo de trabalho sal rio n vel de incapacidade e depress o contribu ram para o n o retorno ao trabalho nesta popula o Outro estudo que identificou os facilitadores e barreiras para retorno ao trabalho foi realizado por Toldr e cols A pesquisa foi desenvolvida por um grupo de Terapia Ocupacional no Centro de Refer ncia em Sa de do Trabalhador CRST em 2008 utilizando a Classifica o Internacional de Funcionalidade CIF com um grupo de 10 trabalhadores que apresentavam um longo per odo de afastamento e sem resolutividade O uso da CIF ampliou a vis o das condi es de sa de dos trabalhadores e favoreceu a compreens o da influ ncia de servi os sistemas e pol ticas nas diferentes reas As principais barreiras ao retorno ao trabalho foram a aus ncia de adequados programas de reabilita o profissional e a insuficiente comunica o entre os atores dos diferentes n veis administrativos e pol ticos Os principais facilitadores foram as atitudes e os comportamentos individuais dos profissionais de sa de do CRST que forneceram acolhimento e suporte 122 A pesquis
61. 1 S13 contendo as restri es para as fun es que o segurado n o pode realizar Essa reabilita o s me fez bem foi que o INSS me deu aquele diploma com as restri es S1 O acolhimento da equipe de RP S2 S6 S7 S11 e S13 Fiquei muito tempo afastada e s foi melhorar as coisas quando comecei a fazer reabilita o Eu ia para reabilita o e ela me orientava L no INSS tomei algumas decis es importantes para minha vida Depois do INSS eu creio que eu recomecei passei a reviver sa do zero A orientadora pra mim foi pe a chave S2 Orienta o quanto melhoria de escolaridade e realiza o de cursos na comunidade S8 S11 e S13 A orientadora me estimulou a fazer os cursos gratuitos oferecidos pelo Governo do DF e intermediou a conversa com a loja de m veis 116 o INSS pagava o transporte para fazer o curso e a alimenta o para fazer o treinamento S11 A visita que o ROP fez empresa O INSS fez a parte dele normalmente mandou aquela carta foi l conhecer a empresa o local onde eu ia trabalhar conversou se daria pra voltar conversou comigo se eu gostaria ent o foi essa parte que foi feita S4 Cestari e Carlotto destacam que o Programa de Reabilita o Profissional deve ser capaz de auxiliar os segurados a compreender e aceitar suas limita es e ainda a sobrepor essas limita es enxergando de forma ampla o potencial que apresentam para ret
62. 34 A Resolu o 118 INSS PRES de 04 11 2010 art 4 prev Em conson ncia com a legisla o previdenci ria as Unidades e rg os descentralizados do INSS Superintend ncias Regionais ou GEX poder o celebrar acordos de coopera o t cnica no mbito da Reabilita o Profissional com entidades p blicas ou privadas e sem nus para os part cipes para presta o dos seguintes servi os atendimentos especializados nas reas de Fisioterapia Terapia Ocupacional Fonoaudiologia e Psicologia avalia o e eleva o do n vel de escolaridade Ill avalia o e treinamento profissional IV promo o de cursos profissionalizantes V est gios curriculares e extracurriculares para alunos graduados VI homologa o do processo de habilita o ou reabilita o de PcD VII homologa o de readapta o profissional BRASIL 2010 Entretanto segundo apontou o relat rio do Tribunal de Contas da Uni o das 102 Ger ncias Executivas existentes apenas 43 delas possu a algum tipo de conv nio firmado e destes apenas 20 s o voltados para oferecer algum tipo de capacita o ou treinamento Falta de treinamento capacita o para os servidores da rea R3 R4 R6 e R7 o relato dos ROPs tamb m evidenciou a falta de treinamento e capacita o para os servidores da rea Apesar das ROPs terem as mesmas atribui es cada uma acaba dando um enfoque para sua rea de forma o n o h padroniz
63. 5 341 349 35 Oliveira MHB A pol tica nacional de sa de do trabalhador 1980 1993 uma an lise a partir do Direito e da Legisla o Espec fica Tese de Doutorado ENSP Fiocruz 1996 36 Melo AIS Contracena de diferentes a sa de do trabalhador como pr tica social e a percep o dos trabalhadores Disserta o de mestrado Departamento de Servi o Social PUC RJ 1993 148 37 Lacaz FAC O campo da sa de do trabalhador resgatando conhecimentos e pr ticas sobre as rela es trabalho sa de Rio de Janeiro Cadernos de Sa de P blica 23 4 757 766 abr 2007 38 Minayo Gomez C Thedim Costa SM da F A constru o do campo da sa de do trabalhador percurso e dilemas Rio de Janeiro Cadernos de Sa de P blica n 13 Spl 2 p 21 32 1997 39 Assun o AA Uma contribui o ao debate sobre as rela es sa de e trabalho Ci ncia e Sa de Coletiva 8 4 1005 1018 2008 40 Waddell G Burton K Is work good for your health and well being London TSO 2006 41 Lancman S Sa de Trabalho e Terapia Ocupacional S o Paulo Roca 2004 42 Barreto MMS Viol ncia Sa de e Trabalho uma jornada de humilha es S o Paulo EDUC 2013 43 Franco T Druck G Selligman Silva E As novas rela es de trabalho o desgaste mental do trabalhador e os transtornos mentais no trabalho precarizado Revista Brasileira de Sa de Ocupacional S o Paulo 35 122 229 248 2010 44 Teixeira MLP Acidentes e
64. B Campus Darcy Ribeiro Asa Norte CEP 70 910 900 Bras lia DF As d vidas com rela o assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos atrav s do telefone 61 3107 1947 ou do e mail cepfsOunb br Este documento foi elaborado em duas vias uma ficar com o pesquisador respons vel e a outra com o a entrevistado a Nome do entrevistado a assinatura RG Pesquisador Respons vel assinatura RG Bras lia de de
65. Brasil Minist rio da Fazenda Secretaria do Tesouro Nacional Sistema Integrado de Administra o Financeira do Governo Federal SIAFI Relat rio Gerencial 2008 2012 159 Schubert B Reabilita o Retorno e Reinser o ao Trabalho na Aten o Integral Sa de do Trabalhador Confer ncia Magna Congresso da ANAMT SAO PAULO 16 05 2018 Dispon vel em lt http anamtdados kinghost net 15 congresso apresentacaos 16 05 2013 Confery C3 AAncia 20Magna 2014 Conf Magna 14 Baldur 20sch ubert 20 20RP 20ANAMT 202013 ppty o20 5BModo 20de 20Compati bilidade 5D pdf gt Acesso em Out 2013 160 Frade F Reabilita o Profissional nas empresas Viv ncia Ocupacional ano 1 n 01 Jan 2013 pp 18 19 159 ANEXO I ROTEIRO DE ENREVISTA PARA O SEGURADO REABILITADO 1 O que a palavra trabalho significa para voc 2 O que significou o per odo de afastamento do trabalho para voc Facilitadores Dificultadores Fatores de ordem pessoal Fatores de ordem organizacional Fatores de ordem pol tica e institucional Outros Sentia se apto para o retorno ao mercado de trabalho 4 Recebeu algum tipo de treinamento ou capacita o para o retorno ao trabalho 2 Ainda trabalha na mesma empresa ap s ter passado pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS e est exercendo a atividade para qual foi reabilitado readaptado 160 ANEXO II ROTEIRO DE ENREVI
66. DF CEP 70 041 901 Esta entrevista ser realizada individualmente seguindo um roteiro com 8 perguntas em um tempo aproximado de 1 hora no dia NO s 00 Informamos que o a Senhor a pode se recusar a responder qualquer quest o que lhe traga constrangimento podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum preju zo para o a senhor a Sua participa o volunt ria isto n o h pagamento por sua colabora o Os resultados da pesquisa ser o divulgados na disserta o a ser defendida na Universidade de Bras lia Campus Ceil ndia Programa de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias na Sa de podendo ser posteriormente divulgados em reuni es de car ter cient fico e ou publica es em meios especializados Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficar o sob a guarda do pesquisador 165 Se o a Senhor a tiver qualquer d vida em rela o pesquisa por favor telefone para pesquisadora Lilian Varandas Edif cio Sede do INSS Setor de Autarquias Sul Quadra 02 Bloco O 7 andar Sala 710 telefone 61 3313 4392 9931 6735 de Segunda Sexta no hor rio de 08 00 s 17 00 ou pelos e mail lilianfonsecaQDyahoo com br lilian lessaDinss gov br Este projeto foi Aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Faculdade de Ci ncias da Sa de da Universidade de Bras lia CEP FS UNB Campus Darcy Ribeiro Asa Norte CEP 70 910 900 Bras lia DF As
67. Dispon vel em lt http www ilo org dyn normlex en f p 1000 11300 0 NO 11300 P 11300 INS TRUMENT 1D 312332 gt Acesso em Out 2013 57 Organiza o Internacional do Trabalho OIT b Recomenda o n 197 2006 Recomenda o sobre o quadro promocional para a seguran a e sa de ocupacional Dispon vel em lt http Avww ilo org dyn normlex enf p NORMLEXPUB 12100 0 N0 12100 P1 2100 INSTRUMENT 1D 312534 NO gt Acesso em Out 2013 58 Organiza o Mundial da Sa de OMS Ambientes de Trabalho Saud veis um modelo para a o para empregadores trabalhadores formuladores de pol tica e profissionais OMS Tradu o do Servi o Social da Ind stria Bras lia SESI DN 2010 59 Brasil Portaria Interministerial N 152 de 13 05 2008 D O U de 15 05 2008 Institui a Comiss o Tripartite de Sa de e Seguran a no Trabalho 150 60 Brasil Decreto N 7 602 de 07 de Novembro de 2011 D O U de 08 11 2011 Disp e sobre a Pol tica Nacional de Seguran a e Sa de no Trabalho PNSST 61 Minayo Gomez C Avan os e entraves na implementa o da Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador Revista Brasileira de Sa de Ocupacional S o Paulo Vol 38 n 127 Jun 2013 p 21 25 62 0Organiza o Internacional do Trabalho Recomenda o n 99 de 22 06 1955 sobre Adapta o e Reabilita o Profissional Dispon vel em lt http Avww ilo org dyn normlex es f p NORMLEXPUB 12100 0 N0 12100 P1 2100 INSTRU
68. E DE Cgi me BRAS LIA CEP FS UNB PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA T tuio da Pesquisa Facilitadores e Dificultadores do Retorno ao Trabalho dos Segurados que passaram pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS Pesquisador LILIAN FONSECA DA COSTA LESSA VARANDAS rea Tem tica Vers o 4 CAAE 14617213 9 0000 0030 Institui o Proponente PROGRAMA DE P S GRADUA O EM CI NCIAS E TECNOLOGIAS EM Patrocinador Principal Financiamento Pr prio i DADOS DO PARECER N mero do Parecer 398 051 Data da Relatoria 18 09 2013 Apresenta o do Projeto vide parecer anterior Objetivo da Pesquisa vide parecer anterior Avalia o dos Riscos e Benef cios vide parecer anterior Coment rios e Considera es sobre a Pesquisa vide parecer anterior Considera es sobre os Termos de apresenta o obrigat ria vide parecer anterior Recomenda es vide parecer anterior Conclus es ou Pend ncias e Lista de inadequa es As pend ncias apontadas em parecer anterior foram atendidas pelos pesquisadores Situa o do Parecer Aprovado Endere o Faculdade de Ci ncias da Sa de Campus Darcy Ribeiro Bairro Asa Norte CEP 70 910 900 UF DF Munic pio BRASILIA Telefone 61 3107 1947 Fax 61 3307 3799 E mail cepfs unb br Pagina 01 de 02 FACULDADE DE CI NCIAS DA SA DE DA UNIVERSIDADE DE SRgraai orme BRAS LIA CEP FS UNB Continua o
69. INSS SAUS Qd 02 BI O Asa Sul 7 andar Sala de reuni es Bras lia DF CEP 70 070 946 Esta entrevista ser realizada individualmente seguindo um roteiro com 03 perguntas em um tempo aproximado de 1 hora no dia 22 10 s 17 00 Informamos que o a Senhor a pode se recusar a responder qualquer quest o que lhe traga constrangimento podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum preju zo para o a senhor a Sua participa o volunt ria isto n o h pagamento por sua colabora o Os resultados da pesquisa ser o divulgados na disserta o a ser defendida na Universidade de Bras lia Campus Ceil ndia Programa de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias na Sa de podendo ser posteriormente divulgados em reuni es de car ter cient fico e ou publica es em meios especializados Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficar o sob a guarda do pesquisador 167 Se o a Senhor a tiver qualquer d vida em rela o pesquisa por favor telefone para pesquisadora Lilian Varandas Edif cio Sede do INSS Setor de Autarquias Sul Quadra 02 Bloco O 7 andar Sala 710 telefone 61 3313 4392 9997 5838 de Segunda Sexta no hor rio de 08 00 s 17 00 ou pelos e mail lilianfonsecaGdyahoo com br lilian lessaWinss gov br Este projeto foi Aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Faculdade de Ci ncias da Sa de da Universidade de Bras lia CEP FS UN
70. INSS PR n 424 de 7 de Mar o de 1997 Tra a diretrizes gerais para implanta o em car ter experimental de novo modelo de Reabilita o Profissional com vistas moderniza o do servi o Dispon vel em lt http www010 dataprev gov br sislex paginas 72 INSS PR 1997 424 htm gt Acesso em Out 2013 84 Brasil Reabilita o Profissional tem novo modelo Minist rio da Previd ncia Social 2001 Dispon vel em lt http www previdencia gov br noticias reabilitacao profissional tem novo modelo gt Acesso em Out 2018 85 Cannalonga LS Projeto de Revitaliza o da Reabilita o Profissional Projeto Pr Reabilita o 2009 Dispon vel em lt http www proreabilitacao com br papo cafezinho leila silva cannalonga projeto de revitalizacao da reabilitacao profissional gt Acesso em Out 2013 86 Brasil Minist rio da Previd ncia Social Previd ncia Social Reflex es e Desafios Bras lia MPS 2009 232 p Cole o Previd ncia Social S rie Estudos v 30 1 Ed 87 Brasil Resolu o INSS PRES n 160 de 17 de Outubro de 2011 DOU de 18 10 2011 Aprova o Manual T cnico de Procedimentos da Area de Reabilita o Profissional Dispon vel em lt http www0O10 dataprev gov br sislex paginas 72 INSS PRES 2011 160 htm gt Acesso em Out 2018 88 Brasil Portaria MPS n 296 de 09 de Novembro de 2009 DOU de 10 11 2009 Aprovar o Regimento Interno do Instituto Nacional do Seguro Social INS
71. INSS PRES 45 2010 Segundo Rocha e Baltazar Jr a habilita o destinada aos benefici rios que jamais tiveram capacidade laborativa e a reabilita o aqueles que a perderam De acordo com o Department for Work and Pensions do Reino Unido a Reabilita o Profissional inclui uma vasta gama de interven es para ajudar as pessoas com incapacidade e ou defici ncia superar as barreiras para o retornar e permanecer no trabalho Por exemplo uma avalia o das necessidades f sicas psicol gicas e ou sociais do benefici rio treinamento desenvolvimento das capacidades gerenciamento do trabalho por parte dos empregadores incluindo ajustes razo veis nos ambientes conscientiza o sobre a defici ncia condi o de gest o e tratamento m dico Segundo Elliott e Leung a Reabilita o Profissional tradicionalmente se refere presta o de algum tipo de servi o que proporcione o retorno ao trabalho de um indiv duo que se encontra limitado por uma condi o f sica incapacitante seja por defici ncia f sica doen as cr nicas problemas cong nitos ou condi es psiqui tricas Waddell Burton e Kendall ap s extensa revis o de literatura sobre o conceito de Reabilita o profissional definiram na como qualquer coisa que ajude algu m com um problema de sa de para se tratar retornar e permanecer no trabalho uma id ia e uma abordagem tanto quanto uma interven o ou um servi o J Seyfried aponta uma r pida
72. MENT 1D 312437 NO gt Acesso em Out 2018 63 Brasil Decreto N 3 048 de 06 de maio de 1999 D O U de 7 5 1999 republicado no D O U de 12 5 1999 e retificado no DOU de 18 6 1999 e 21 6 1999 Aprova o Regulamento da Previd ncia Social e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww planalto gov br ccivil 03 decreto d3048 htm gt Acesso em Out 2013 64 Rocha DM da Baltazar Jr JP Coment rios lei de benef cios da previd ncia social 10 ed rev atual Porto Alegre Livraria do Advogado 496 p Esmafe 2011 65 Department for Work and Pensions Building capacity for work A UK framework for vocational rehabilitation London DWP 2004 66 Elliott TR Leung P Vocational Rehabilitation History and Practice In Walsh W Bruce Ed Savickas Mark L Ed Handbook of Vocational Psychology Theory Research and Practice 3rd ed Contemporary topics in vocational psychology pp 319 343 Mahwah NJ US Lawrence Erlbaum Associates Publishers x 463 pp 2005 67 Waddell G Burton AK Kendall NAS Vocational rehabilitation what works for whom and when London Stationery Office 2008 68 Seyfried E Vocational Rehabilitation and Employment Support Services In Stellman J M Encyclopedia of Occupational Health and Safety Geneva International Labor Organization 2011 69 Aparecida de Souza L Mancussi e Faro AC Hist ria da reabilita o no Brasil no mundo e o papel da enfermagem nes
73. NSS Lilian Fonseca da Costa Lessa Varandas 2013 Xiii 155 ds E dis 50 gm Disserta o mestrado Universidade de Bras lia Faculdade de Ceil ndia Programa de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias em Sa de 2013 Inclui bibliografia Orienta o Maur cio Robayo Tamayo Coorienta o Aldira Guimar es Duarte Dominguez 1 Instituto Nacional do Seguro Social Brasil 2 Reabilita o profissional Tamayo Maur cio Robayo Dominguez Aldira Guimar es Duarte Ill T tulo CDU 615 83 LILIAN FONSECA DA COSTA LESSA VARANDAS Facilitadores e Dificultadores do Retorno ao Trabalho dos Segurados Reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS Disserta o apresentada como requisito parcial para a obten o do T tulo de Mestre pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncias e Tecnologias em Sa de da Universidade de Bras lia Faculdade de Ceil ndia Area de concentra o Promo o Preven o e Interven o em Sa de Linha de pesquisa Sa de Educa o Ambiente e Trabalho Orientador Prof Dr Maur cio Robayo Tamayo Co Orientadora Prof Dr Aldira Guimar es Duarte Dom nguez Aprovada em BANCA EXAMINADORA Prof Dr Maur cio Robayo Tamayo Presidente Faculdade de Ceil ndia FCE UnB Prof Dr Oviromar Flores Faculdade de Ci ncias da Sa de UnB Prof Dra Cl lia Maria de Sousa Ferreira Parreira Faculdade de Ceil ndia FCE UnB
74. Outubro 2013 145 Brasil Projeto de Lei No 7 207 de 2010 Apensos os PLs n 1 240 de 2011 n 1 653 de 2011 e n 2 973 de 2011 Dispon vel lt http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra jsessionid 90 1A4ACCDAF115E101858629F2BB2F02 node2 codteor 987663 amp filename P arecer CDEIC 02 05 2012 gt Acesso em Out 20183 146 Cherem AJ Ruiz RC Tramontim A Lino D Per cia m dica e reabilita o profissional o atual modelo de per cia e uma proposta multidimensional aplicada em um projeto piloto em Santa Catarina Acta Fisi tr 2009 16 2 93 98 147 Bregalda MM Terapia Ocupacional e Reabilita o Profissional pr ticas e concep es de Terapeutas Ocupacionais no Instituto Nacional do Seguro Social INSS Disserta o S o Carlos UFSCar 2012 148 Rosskam E A 21st Century approach to assessing the protection of workers health IOS Press Work 38 2011 265 278 149 Breuer J Brasil e Alemanha Discutem caminhos para a Reabilita o Profissional Dispon vel lt http Avww reabilitacao com imprensa noticias brasil e alemanha discutem caminhos para a reabilitacao profissional gt Acesso em Out 2018 158 150 Le ero JP Ideario De La Reabilitacion Profesional De Los Invalidos Madrid Canales 1961 151 Brasil Lei Or ament ria Anual LOA 2008 Projeto de Lei n 30 2007 CN Dispon vel em lt http www2 camara leg br atividade legislativa orcamentobrasilloa loa2008 gt
75. RP ROP RT da RP RIT Minist rio do Trabalho e Emprego Minist rio P blico do Trabalho N cleos de Reabilita o Profissional Organiza o Internacional do Trabalho Orienta es Internas Organiza o Mundial da Sa de Per cia M dica Perturba es Musculo Esquel ticas Pol tica Nacional de Seguran a do Trabalhador e da Trabalhadora Programa de Reabilita o Profissional Programa Nacional de Acesso ao Ensino T cnico e Emprego Reabilita o Profissional Regime Geral de Previd ncia Social Representante T cnico da Reabilita o Profissional Respons vel pela Orienta o Profissional Respons vel T cnico da Reabilita o Profissional Retorno Imediato ao Trabalho Sa de do Trabalhador Sa de Ocupacional Secretaria da Pessoa com Defici ncia do Estado de S o Paulo Secretaria de Estado da Sa de do Estado de S o Paulo Secretaria Estadual do Emprego e Rela es do Trabalho Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial Servi o Se o de Sa de do Trabalhador Setor de Atividade Econ mica Sistema de Administra o Benef cios por Incapacidade Sistema de Reabilita o Profissional Sistema Integrado de Administra o Financeira Statistical Analysis Software Superintend ncia Regional Tempo M dio de Perman ncia do Segurado em Processo de Reabilita o Profissional Termo de Ajuste de Conduta Tribunal de Contas da Uni o Universidade de Bras lia SUM RIO INTRODU O OBJETIVOS Objetivo G
76. RP com retorno mesma fun o com atividades diversas e retorno fun o diversa ir receber certificado indicando a fun o para a qual foi capacitado profissionalmente sem preju zo do exerc cio de outra para a qual se julgue capacitado Por m n o obriga o do INSS a manuten o do segurado no mesmo emprego ou a sua coloca o em outro para o qual foi reabilitado cessando o PRP com a emiss o do certificado Este certificado permite ao segurado concorrer reserva de vagas de empresas para benefici rios reabilitados ou pessoas com defici ncia habilitadas Sobre a reserva de vagas a Lei N 8 213 1991 artigo 93 prev que a empresa com cem ou mais empregados est obrigada a preencher uma porcentagem de seus cargos com benefici rios reabilitados ou pessoas com defici ncia habilitadas na seguinte propor o at 200 empregados 2 de 201 a 500 empregados 3 de 501 a 1 000 empregados 4 mais 1 001 empregados 5 66 Essa legisla o ainda prev que a dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 noventa dias e a imotivada no contrato por prazo indeterminado s poder ocorrer ap s a contrata o de substituto de condi o semelhante Aos auditores fiscais do trabalho caber a fiscaliza o das empresas quanto ao cumprimento dessa legisla o 8 Apesar da legisla o protetiva apenas 26 2 da Lei
77. Reabilita o Profissional no Brasil irris rio Nos Estados Unidos em 2010 o gasto total com Programas de Reabilita o Profissional atingiu o correspondente a 3 831 133 005 d lares R 8 920 026 975 54 para um total de 327 599 pessoas que buscaram o servi o sendo que 169 260 pessoas conseguiram retornar ao mercado de trabalho Na Alemanha em 2012 a despesa bruta do Governo Federal com Reabilita o Profissional foi da ordem de 258 Milh es de Euros R 808 185 000 00 para um total de 67 687 usu rios Apesar do pouco investimento no servi o de Reabilita o Profissional do Brasil ainda tem sido comum a devolu o de parte do or amento como pode ser constatado na Tabela 16 Tabela 16 Or amento gasto no servi o de RP de 2008 2012 Aho Or amento Or amento Or amento Previsto na LOA Utilizado devolvido 2008 R 9 342 040 00 R 9 300 782 02 R 41 257 98 2009 R 9 342 040 00 R 11 276 056 67 R 1 934 016 67 2010 R 17 000 000 00 R 15 251 962 74 R 1 748 037 26 2011 R 30 000 000 00 R 15 726 691 74 R 14 273 308 26 2012 R 18 592 500 00 R 17 012 690 00 R 1 579 810 00 139 Fonte Adaptado da LOA 2008 2012 1152153 154155 5 Sistema Integrado de Administra o Financeira SIAFI Na vis o de Schubert a reabilita o profissional superavit ria pois para cada R 1 00 investido no PRP tem se um retorno de R 1 60 Frade ao se referir a experi ncia de reabilitar os colaboradores den
78. S Dispon vel em lt http www inss prevnet downloads presidencia cgpge estrutura regimento2009 htm gt Acesso em Out 2018 89 Brasil Minist rio da Previd ncia Social INSS em N meros Ed Agosto de 20183 90 Brasil Resolu o n 118 INSS PRES de 4 de Novembro de 2010 Disp e sobre o encaminhamento de clientela Reabilita o Profissional e Acordos de Coopera o T cnica e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww planalto gov br ccivil 03 decreto d3048 htm gt Acesso em Out 2018 91 Brasil Anu rio Estat stica da Previd ncia Social Suplemento Hist rico 1980 a 2011 Minist rio da Previd ncia Social Empresa de Tecnologia e Informa es da Previd ncia Social V 1 Bras lia MPS DATAPREV 2011 153 92 Espa o da Cidadania Ministro do Trabalho afirma na Comemora o do anivers rio da Lei de Cotas que A Igualdade no Trabalho um direito de todos os cidad os 2013 Dispon vel em lt http Anww ecidadania org br pg noticias amp id 282 gt Acesso em Out 2018 93 Brasil Minist rio do Trabalho e Emprego A Fiscaliza o do Cumprimento da Lei 2013 Dispon vel em lt http www3 mte gov br fisca trab inclusao lei cotas 13 asp gt Acesso em Out 2018 94 Brasil Minist rio do Trabalho e Emprego O que a RAIS Dispon vel em lt http Avww rais gov br RAIS SITIO oque asp gt Acesso em Out 2018 95 Brasil Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS Re
79. S e est exercendo a atividade para qual foi reabilitado readaptado Respons veis pela Orienta o Profissional 1 H quanto tempo atua ou atuou na rea de Reabilita o Profissional do INSS 2 Qual a sua percep o a respeito dos aspectos que facilitam ou dificultam o retorno do segurado ao mercado de trabalho em rela o ao pr prio segurado empresa institui o INSS e outros Importante ressaltar que o instrumento foi aplicado inicialmente em dois ROPs o ta e em dois segurados e verificou se que as respostas atendiam aos objetivos da pesquisa Assim o instrumento foi utilizado nas demais entrevistas que foram realizadas 83 Outra observa o a ser feita que os segurados permitiram que as entrevistas fossem gravadas por m os ROPs n o permitiram e suas respostas foram transcritas no momento da entrevista 4 3 2 Procedimento de an lise de dados Na etapa de coleta de dados quantitativos os dados foram consolidados e armazenados em planilhas do Microsoft Excel 2010 Para os procedimentos de an lise descritiva dos dados coletados foram utilizados os Software RStudio o Statistical Analysis Software SAS vers o 9 2 e o Excel 2010 A an lise descritiva compreendeu unidades como frequ ncia m dia desvio padr o uso de gr ficos e tabelas Em rela o an lise qualitativa das entrevistas ap s realiza las procedeu se a convers o das entrevistas em texto para posterior an lise Observou
80. SMA FUN O COM TODAS AS ATIVIDADES 5 1 4 42 RETORNO FUN O DIVERSA 63 36 4 43 RECUSA 9 10 rir 444 ABANDONO 3 2 4 45 INTERCORR NCIA M DICA 10 1 4 47 TRANSFER NCIA 3 2 4 49 INSUSCET VEL DE REABILITA O PROFISSIONAL 15 3 4 50 IMPOSSIBILIDADE T CNICA 2 0 Subtotal 417 231 Total 648 Fonte Boletim Estat stico da Previd ncia Social BERP da GEX DF 2011 87 Se considerarmos os 342 segurados que permaneceram em Programa de Reabilita o Profissional c digo 3 39 Eleg vel estes estavam aguardando a programa o profissional aguardando orienta o profissional curso profissionalizante rteses ou pr teses instrumento de trabalho implemento profissional eleva o de escolaridade etc aproximadamente h 2 anos e 8 meses como pode ser observado no Gr fico 4 o tempo de espera variou entre 1 ano h 9 anos Gr fico 4 Tempo de Perman ncia dos segurados que permaneceram em PRP Sa Percentual ta E g k 5 bo v 74 gt Tl o z 4 5 6 Tempo em anos E N de Segurados Percentual Fonte elaborado pela autora da disserta o com base nos dados do BERP GEX DF 2011 Dos 130 segurados que foram considerados reabilitados o objetivo deste estudo se deteve na an lise do perfil do grupo de segurados que possu am v nculo empregat cio quando registrados no PRP totalizando assim 113 segurados Na an lise do perfil s cio demogr fic
81. STA PARA OS RESPONS VEIS PELA ORIENTA O PROFISSIONAL DO INSS 1 H quanto tempo atua ou atuou na rea de Reabilita o Profissional do INSS Facilitadores Dificultadores Segurado Empresa Institui o Outros 161 ANEXO III a LAI u dr e PREVID NCIA SOCIAL k INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DIRETORIA DE SA DE DO TRABALHADOR 01 400 em 12 6 2012 REF Processo 35000 000621 2012 10 SIPPS 353 435 411 INT Lilian Fonseca da Costa Lessa Varandas ASS Pesquisa e elabora o de Mestrado UNB 1 Trata se o presente processo de solicita o da servidora Lilian Fonseca da Costa Lessa Varandas matr cula 1 635 126 Analista do Seguro Social com forma o em Terapia Ocupacional para realizar pesquisa nesta Institui o nos sistemas informatizados para elabora o de Projeto de Mestrado que objetiva analisar os aspectos facilitadores e dificultadores no processo de retorno ao trabalho dos segurados que passaram pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS no mbito da Ger ncia Executiva do Distrito Federal no ano de 2011 2 Esta Diretoria defere a solicita o desde que respeitado c digo de tica de pesquisa 3 Restitua se a servidora para ci ncia Verusa Maria Rodrigues Guedes Diretora de Sa de do Trabalhador Prote o para o Trabalhador e sua Fam lia 162 ANEXO IV FACULDADE DE CI NCIAS DA SA DE DA UNIVERSIDAD
82. a o do atendimento R3 Nos ltimos 10 anos n o recebi treinamento espec fico para ROP participei de alguns encontros R3 N o receb amos treinamento Quando chegava um documento novo a equipe se empenhava para discutir mas era dif cil e assim a gente n o conseguia uniformizar o atendimento R4 Nunca tive curso para fazer uma an lise de posto de trabalho Fazia no chut metro Falta curso para melhorar a abordagem com o segurado Falta curso para responder ao judici rio R5 N o recebi treinamento para ser ROP passei a fazer uma atividade espec fica da minha forma o profissional trabalhando com quest es mais subjetivas do segurado R5 Eu fui jogada na RP sem orienta o e sem treinamento R6 Em rela o falta de treinamento e capacita o o relat rio do TCU apontou que segundo a pesquisa com os gestores para 78 deles a car ncia de treinamentos tem dificultado o trabalho e para 39 dos gestores a qualidade foi 135 considerada como ruim ou p ssima Na poca a Divis o de Reabilita o Profissional manifestou que as solicita es de treinamento quanto ao aconselhamento profissional e an lise de posto de trabalho para os orientadores profissionais n o foram atendidas Falta de divulga o do trabalho da RP R3 R4 R5 R6 e R8 Os ROPs ainda manifestaram a necessidade de divulga o sobre a Reabilita o Profissional dentro do pr prio INSS e para
83. a ao longo de sua vida No capitalismo flex vel o que era uma estrada em linha reta tornou se uma estrada com desvios de um tipo de trabalho para outro Outro exemplo a palavra job tamb m de origem brit nica que em sua origem designava um bloco ou algo que pudesse ser transportado em uma carro a de um lado para o outro E em tempos atuais a flexibilidade provoca o retorno do sentido arcano de job pois no decorrer da vida as pessoas est o realizando as tarefas de forma fragmentada em blocos Al m dos conceitos apresentados poss vel encontrar uma vasta literatura que trata dos conceitos sobre trabalho mas em todos verifica se a unanimidade em situ lo dentro do contexto hist rico ao qual a pessoa est inserida A seguir ser apresentado um breve hist rico sobre a evolu o hist rica do trabalho 1 2 EVOLU O HIST RICA DO TRABALHO Tomando como base o estudo de Borges sobre concep es do trabalho e a revis o de Borges e Yamamoto sobre o Mundo do Trabalho no Quadro 2 ser apresentada uma s ntese da evolu o do trabalho e as respectivas formas de conceber e realizar o trabalho em cada contexto hist rico Para Borges o termo concep es do trabalho utilizado como resultado de um processo hist rico pertencentes evolu o das rela es de produ o da forma 26 como estava organizada a sociedade do conhecimento humano estando associado aos interesses econ micos ideol gicos
84. a de Maeno e W nsch Filho abordou a an lise do processo de reinser o no mercado de trabalho de trabalhadores com Les es por Esfor os Repetitivos LER desligados de uma empresa eletroeletr nica da regi o Trata se de uma classifica o criada pela Organiza o Mundial da Sa de OMS em 2001 e tem como proposta um modelo biopsicossocial com linguagem unificada e padronizada descrevendo a funcionalidade do indiv duo por contemplar as estruturas e fun es do corpo as atividades e a participa o influenciadas pelos fatores ambientais e pessoais Assim a classifica o a incapacidade estaria relacionada s limita es em se realizar uma atividade ou s restri es na participa o devido complexidade de condi es muitas vezes geradas pelos fatores ambientais 78 metropolitana de S o Paulo Foram respondidos 250 question rios de trabalhadores que haviam tido comunica es de acidentes de trabalho CAT emitidas por LER no per odo de 1987 1992 Em 1994 um total de 195 trabalhadores continuavam desempregados 89 2 Entre as dificuldades alegadas para a reinser o no mercado de trabalho as mais citadas foram sintomas nos bra os limita o funcional estigma da doen a e a condi o de ex funcion rio da empresa em quest o Com base nestes resultados os autores destacam a obriga o do empregador de oferecer condi es de trabalho adequadas a necessidade de se repensar o sistema de prote
85. a n o abrangia ainda a totalidade dos incapacitados revelando a dicotomia entre o discurso do governo populista e a realidade concreta Ainda com a iniciativa de alguns governos as a es em Reabilita o Profissional tiveram impulso com a participa o expressiva da OIT organismo 52 internacional que ao longo dos anos v m desenvolvendo recomenda es para inclus o de Pessoas com Defici ncia no mercado de trabalho e que adotou normas sobre a reabilita o profissional a serem aplicadas pelos pa ses membros No Quadro 5 est o sintetizadas estas diretrizes dessa organiza o e as contribui es em rela o Reabilita o Profissional importante ressaltar que o Brasil ratificou as Conven es n 102 e 159 Quadro 5 Diretrizes da OIT sobre Reabilita o Profissional Ano Ato Disp e sobre Compensa o m nima por acidentes de trabalho e foi a primeira recomenda o da OIT a tratar de reabilita o profissional para os trabalhadores v timas de acidente de trabalho Recomenda o 1925 n 29 Organiza o Emprego na transi o da guerra para a paz trabalhadores com defici ncia qualquer que seja a origem de sua defici ncia devem ser encaminhados aos servi os de reabilita o orienta o profissional especializada treinamento e reciclagem profissional e emprego em trabalho til Recomenda o 1944 do Orienta o Profissional assist ncia prestada a um indiv duo para
86. a o meio de locomo o inclusive ve culo de propriedade do segurado 1 Nos per odos destinados a refei o ou descanso ou por ocasi o da satisfa o de outras necessidades fisiol gicas no local do trabalho ou durante este o empregado considerado no exerc cio do trabalho 8 2 N o considerada agrava o ou complica o de acidente do trabalho a les o que resultante de acidente de outra origem se associe ou se superponha s consequ ncias do anterior Em rela o ao dia do acidente de trabalho o art 23 da Lei 8 213 91 disp e que Considera se como dia do acidente no caso de doen a profissional ou do trabalho a data do in cio da incapacidade laborativa para o exerc cio da atividade habitual ou o dia da segrega o compuls ria ou o dia em que for realizado o diagn stico valendo para este efeito o que ocorrer primeiro Com base no disposto pela Lei 8 213 91 Art 21 e 60 o trabalhador que ficar impedido de exercer sua atividade laboral em decorr ncia de doen a ou acidente ser submetido Per cia M dica do INSS que ir avaliar o motivo que gerou o afastamento e definir o tempo de afastamento do trabalho bem como a que esp cie de benef cio o segurado faz jus se aux lio doen a previdenci rio B31 aux lio doen a acident rio B91 ou ainda se ser aposentado por invalidez nos casos em que for considerado incapaz e insuscept vel de reabilita o para o exerc cio de atividade
87. ador doente pois vislumbra as a es de promo o vigil ncia diagn stico tratamento recupera o e reabilita o O que se espera agora que se consiga implementar o que foi estabelecido na PNSTT pois segundo Minayo Gomez os desafios s o muitos tais como a constru o de sistemas de informa o apropriados o maior envolvimento dos trabalhadores a ado o de m todos e referenciais te ricos apropriados promover a aloca o de recursos materiais quadro de pessoal suficiente capacitado e dotado de carreira compat vel com as fun es essenciais do Estado provedor Desta maneira Minayo Gomez alerta sobre a necessidade de se trabalhar arduamente para aplica o das diretrizes propostas e propiciar uma gest o que seja efetiva na implementa o das a es pois se trata de uma pol tica que foi constru da de forma coletiva e que precisa do empenho de todos os envolvidos institui es p blicas centros acad micos e inst ncias organizativas da sociedade civil Assim ap s breve exposi o sobre a import ncia da rea de sa de do trabalhador tanto para o contexto acad mico quanto para o ambiente laboral e toda a sociedade o pr ximo cap tulo ir tratar sobre a Reabilita o Profissional e o processo de retorno ao trabalho destacando os aspectos facilitadores e dificultadores 49 CAP TULO 3 A REABILITA O PROFISSIONAL E O PROCESSO DE RETORNO AO TRABALHO FACILITADORES E DIFICULTADORES E
88. ados na mesma empresa 02 estavam empregados em outra empresa e 01 era contribuinte individual Sal rio anterior ao benef cio a m dia foi de R 906 00 sendo que 07 segurados recebiam entre R 384 00 a R 1 001 00 e 06 segurados recebiam entre R 1 001 00 a R 1 599 00 Sal rio em benef cio a m dia foi de R 1 169 00 sendo que 07 segurados recebiam entre R 540 00 a R 1 000 00 04 segurados recebiam entre R 1 001 00 a R 2 000 00 e 02 segurados recebiam entre R 2 001 a R 2 500 00 Lembrando que em 2011 de Janeiro Fevereiro o valor m nimo do Benef cio Bl era de R 540 00 e em Mar o passou R 545 00 O teto m ximo do Bl em 2011 era de R 3 689 66 m Tempo na empresa a m dia foi de 07 anos na empresa Ao todo 10 segurados estavam abaixo dessa m dia e 3 acima dessa m dia cnegando ao m ximo de 23 anos de servi o na empresa Pela discrep ncia entre a m dia e m xima desmembrou se esses dois grupos No grupo abaixo da m dia a m dia entre eles ca a para 3 anos de tempo na empresa e no grupo acima da m dia a m dia entre eles era de 19 anos de servi o na mesma empresa n Tempo de afastamento do trabalho a m dia foi de 4 anos e 2 meses afastados do trabalho sendo o m nimo de 2 anos e 1 m s e o m ximo de 7 anos e 5 meses Estavam na m dia 4 segurados abaixo da m dia 3 segurados e acima da m dia 6 segurados 5 2 2 Significado e Sentido do Trabalho Esta pergunta foi elaborada apenas com o intuito
89. ais seguro e mais motivado a retornar ao local de trabalho por consequ ncia n o apresentar resist ncia ao treinamento 128 Empresa de Grande Porte R5 e R8 neste aspecto os ROPs relataram que o fato da empresa ser de grande porte ela tem como oferecer outras fun es o que facilita o processo de retorno ao trabalho Porte e a estrutura da empresa promove novas possibilidades R5 Este foi um facilitador apontado na literatura 185 Alguns dos segurados entrevistados tamb m identificaram este como um facilitador pois ao ser demitido ou a empresa ter falido eles conseguiram voltar ao trabalho em empresas de grande porte que cumpriam a Lei de Cotas para Pessoas com Defici ncia ou reabilitadas do INSS tratado no Cap tulo sobre Reabilita o Profissional 5 3 4 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa Em rela o aos aspectos dificultadores os Respons veis pela Orienta o Profissional destacaram Empresas que n o atendem ou respondem ao INSS R2 R4 R5 R6 R7 R8 neste aspecto os ROPs se queixaram que as empresas tentam inviabilizar o processo de reabilita o seja pelo desinteresse em rela o ao funcion rio seja porque temem a presen a do INSS no ambiente da empresa Assim elas deixam de atender liga es visitas n o respondem s cartas e aos of cios enviados n o atendem s solicita es que s o feitas como por exemplo o cadastro de fun es da empresa para qu
90. al onde o ponto alto ocorreu nos Estados Unidos durante a d cada de 1950 onde os trabalhadores dos escrit rios e de servi os gerais excederem em n mero os trabalhadores da ind stria Nesta mesma d cada houve a introdu o generalizada do computador do jato comercial da p lula anticoncepcional e muitas outras inova es de alto impacto e a terceira onda seria a revolu o da informa o que chegou em datas um pouco diferentes na maioria das na es industrializadas inclusive a Gr Bretanha a Fran a a Su cia a Alemanha a Uni o Sovi tica e o Jap o Ap s alguns anos do lan amento da Terceira Onda Toffler avalia que a humanidade est na ltima parte da terceira onda por meio do processo revolucion rio do desenvolvimento da biologia e a converg ncia com a tecnologia da informa o que permite avan os nas pesquisas biol gicas e modifica es de algumas estruturas biol gicas em seres humanos permitindo a prepara o para o espa o O autor acredita que a Quarta Onda ter in cio quando a humanidade considerar o espa o mais seriamente e come ar a coloniz lo Nesse processo de evolu o hist rica do trabalho os seus significados e os sentidos foram sendo modificados Assim no pr ximo subitem ser o tratadas as principais teorias a respeito do significado e sentido do trabalho 1 3 AS MUDAN AS NOS SIGNIFICADOS E SENTIDOS DO TRABALHO Como visto anteriormente desde os tempos mais remotos o trabalho tin
91. al rio pouco e o problema de sa de sentia muitas dores S11 Assim pode se concluir que o afastamento do trabalho gerou um impacto para estes trabalhadores pois al m do adoecimento n o tinham como manter a subsist ncia afetando sua auto estima Mendes e Silva amp Hashimoto refletem que sem o trabalho o homem est sem vida sem identidade n o consegue construir sua hist ria pois por meio dele que o homem ressignifica o seu passado presente e constr i seu futuro Para Matsuo os acidentes de trabalho n o deixam marcas apenas nos corpos dos trabalhadores mas em sua identidade auto estima e na seguran a que teriam quanto ao futuro Segundo Souza e Faiman o afastamento do trabalho acarreta in meras consequ ncias na subjetividade do indiv duo especificamente sua identidade profissional pois deixa de existir o sentimento atribu do por ele e pela sociedade ao trabalho que exercia o que gera sentimento de exclus o e sofrimento 5 2 4 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado Foi solicitado ao segurado falar do ponto de vista pessoal quais foram os aspectos que ele destacaria em si mesmo que funcionaram como um facilitador no processo de retorno ao trabalho Entre os facilitadores de ordem pessoal responderam A vontade pessoal de voltar ao trabalho S1 S2 S3 S4 S5 S10 S11 S13 109 Eu me abri o m ximo que eu pude porque se eu era aquele brinquedo quebrado q
92. alhadores do sexo masculino casados com ensino m dio completo com idade m dia de 47 anos do ramo de atividade da se o H do CNAE 2 0 transporte armazenagem e correio empregado na mesma empresa h mais de 8 anos e com sal rio m dio de R 1 253 00 Estavam afastados do trabalho h mais de 5 anos tendo como motivo principal as doen as do sistema osteomuscular CID 10 do grupo M recebendo benef cio por aux lio doen a B31 no valor m dio de R 1 151 08 Quanto efetividade retornaram ao mercado de trabalho e permaneceram na empresa de v nculo 1 ano ap s o t rmino do PRP do Servi o de Reabilita o Profissional observou se que ao t rmino do PRP dos 113 segurados apenas 53 permaneceram empregados e ap s 1 ano do PRP este n mero foi reduzido para 45 segurados em exerc cio da atividade laboral A situa o dos segurados ao t rmino do PRP e ap s 1 ano do PRP pode ser visualizado na Tabela 15 Tabela 15 Situa o Profissional do Segurado ao T rmino do PRP e 1 ano ap s o PRP Situa o do Segurado Ao t rmino do PRP 1ano ap s o PRP n n Empregados 53 46 9 45 39 82 Desempregados 7 6 2 9 7 97 Voltaram ao Benef cio 33 29 2 16 14 15 Aposentados 4 3 55 11 9 73 n o consta recolhimento da empresa contribui o individual ou BI 16 14 15 31 27 43 bito 1 0 9 Total 113 100 113 100 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra 105 Ap s apresen
93. alho para as pessoas nos mais diversos segmentos profissionais por m o estudo de maior destaque foi o desenvolvido pelo Grupo MOW conforme descrito por Tolfo e Piccinini Entre 1981 e 1983 a equipe de investiga o Meaning of Work International Research Team MOW passou a se destacar na condu o de pesquisas com amostras representativas de diferentes pa ses oito com vistas a definir e identificar vari veis que expliquem os significados que os sujeitos atribuem ao seu trabalho A partir dos principais componentes do modelo heur stico a equipe passou a conceituar o significado do trabalho como um construto psicol gico multidimensional e din mico formado da intera o entre vari veis pessoais e ambientais e influenciado pelas mudan as no indiv duo ao seu redor ou no trabalho Segundo Alberton a partir da pesquisa do grupo MOW identificou se a exist ncia de fatores condicionantes como a situa o pessoal familiar hist rico de carreira caracter sticas do trabalho atual e o cen rio socioecon mico no qual o sujeito est inserido Estas vari veis afetariam a constru o do sentido que o indiv duo atribuiu ao seu trabalho Na vis o de Morin o trabalho exerce uma influ ncia consider vel sobre a motiva o dos trabalhadores assim como sobre sua satisfa o e sua produtividade Compreender os sentidos do trabalho hoje um desafio importante para os administradores tendo em vista as m ltiplas transfor
94. almente poss vel o encaminhamento de relat rio ao Minist rio P blico do Trabalho para as medidas legais cab veis Audi ncias p blicas com empres rios autoridades p blicas e organiza es n o governamentais s o dirigidas pelo Minist rio P blico do Trabalho e Minist rio do Trabalho Caso haja descumprimento da lei o Minist rio P blico do Trabalho tentar compor um Termo de Ajuste de Conduta que n o exime a empresa infratora do descumprimento da lei e estipular prazo para sua adequa o Sendo imposs vel o entendimento aju za se A o Civil P blica que fixar multa inerente obriga o de contratar at que a cota se preencha bem como indeniza o social pelo descumprimento da lei Instrumento de coleta de dados institu da pelo Decreto n 76 900 de 23 12 75 Sua declara o anual e obrigat ria a todos os estabelecimentos existentes no territ rio nacional independente de possu rem ou n o empregado Ela contempla todos os empregados formais celetistas estatut rios tempor rios avulsos entre outros Tem por objetivo o controle da atividade trabalhista no Pa s MTE RAIS 2013 67 1100 Para al m da defici ncia e benefici rios reabilitados da Previd ncia Socia finalidade de garantir que a lei de cotas seja cumprida esta instru o visa assegurar o exerc cio pleno e equ nime do direito ao trabalho e a promo o do respeito dignidade da pessoa humana conforme estabelece a Conven o so
95. am seguro do Conselho de Seguran a do Trabalho Na an lise ap s os 06 meses os resultados apontaram que os trabalhadores que foram acompanhados ap s 01 m s da les o relataram menos dor menor incapacidade funcional melhor sa de f sica e mental menos sintomas depressivos e menos limita es de trabalho em compara o com aqueles que apresentaram aus ncias no trabalho ou que nunca mais voltaram a trabalhar Esses resultados sugerem que um retorno ao trabalho n o equivale a uma recupera o completa dos dist rbios osteomusculares Os trabalhadores que tiveram um suporte para o retorno ainda relataram significativas limita es de sa de em compara o com a popula o em geral e dificuldades no cumprimento das exig ncias do trabalho No intuito de identificar elementos de sucesso nos programas de Reabilita o Profissional para pessoas com dores no pesco o ombro e membros superiores os autores Meijer Sluiter e Frings Dresen detectaram que quanto maior for o afastamento mais dif cil o retorno ao trabalho Tamb m observaram que o retorno ao trabalho foi mais r pido quando o condicionamento f sico foi combinado com mudan as no ambiente ocupacional e nas atividades laborais A combina o de interven o psicol gica f sica e no ambiente de trabalho aliada a exerc cios de 76 relaxamento s o teis para promover o retorno ao trabalho pois ampliam as expectativas de recupera o dos participantes McCluskey
96. ar a mesma atividade e conservam ambas a despeito do fato de serem repetidamente usadas como sin nimos Assim a autora cita a distin o que acontece entre ponein e ergazesthai na l ngua grega entre laborare e facere ou fabricare no latim entre travailler e ouvrer no franc s e entre arbeiten e werken no alem o Por m somente as palavras que seriam equivalentes ao labor teriam uma conota o de dor e pena Como o caso do alem o Arbeit que se aplicava originalmente apenas ao trabalho agr cola executado por servos e n o obra do artes o que era chamada Werk e do franc s travailler que substituiu o mais antigo labourer e deriva de tripalium uma esp cie de tortura Al m da distin o entre labor e trabalho Arendt considera labor trabalho e a o como atividades humanas fundamentais porque a cada uma delas corresponde uma das condi es b sicas mediante as quais a vida foi dada ao 24 homem na Terra Para uma melhor compreens o do assunto apresentado no Quadro 1 uma s ntese da Vis o de Arendt sobre estas tr s atividades Quadro 1 Atividades Humanas na Vis o de Arendt Vita Activa Labor Trabalho A o corresponde ao processo corresponde ao corresponde condi o biol gico do corpo humano artificialismo da exist ncia humana da pluralidade ao A condi o humana do humana fato de que homens e n o labor a pr pria vida A condi o humana do trabalho a mundanidade
97. ardiopatia grave doen a de Parkinson espondiloartrose anquilosante nefropatia grave estado avan ado da doen a de Paget oste te deformante S ndrome da Imunodefici ncia Adquirida AIDS contamina o por radia o com base em conclus o da medicina especializada e hepatopatia grave A diferen a entre uma esp cie de benef cio e outra que o benef cio de aux lio doen a previdenci rio B31 concedido ao segurado impedido de trabalhar por doen a ou acidente mas que n o tem sua origem na atividade laboral que o trabalhador exercia Ap s comprovado pela Per cia M dica capacidade para retornar ao trabalho o benef cio cessado e n o gera estabilidade no emprego J o benef cio por aux lio doen a acident rio B91 exige a CAT Comunica o de Acidente do Trabalho e concedido ao segurado que sofreu acidente de trabalho inclusive o de trajeto ou para aquele trabalhador que desenvolveu a doen a por conta da atividade profissional que exercia O art 118 da Lei n 8 213 91 garante ao segurado pelo prazo m nimo de doze meses a manuten o do seu contrato de trabalho na empresa ap s a cessa o do aux lio doen a acident rio independentemente de percep o de aux lio acidente importante ressaltar o previsto no art 21 A da Lei n 8 213 91 sobre a possibilidade de convers o do B31 em B91 caso a Per cia M dica do INSS constate a ocorr ncia de nexo t cnico epidemiol gico entre o trabalho e o a
98. as as Considera es Finais apresentando as conclus es do estudo recomenda es e limita es A t tulo de ilustra o no in cio de cada cap tulo te rico ser apresentada uma nuvem de palavras para identificar as palavras mais evidentes daquele cap tulo Quanto maior o formato da letra maior a incid ncia daquela palavra no texto 21 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Analisar os facilitadores e dificultadores no processo de retorno ao trabalho dos segurados reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional PRP do INSS no mbito da Ger ncia Executiva do Distrito Federal no ano de 2011 OBJETIVOS ESPEC FICOS e Caracterizar o perfil s ciodemogr fico e ocupacional dos segurados reabilitados pelo PRP e Relacionar as caracter sticas s ciodemogr ficas e ocupacionais dos segurados reabilitados pelo PRP com os facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho e Identificar a percep o acerca dos facilitadores e dificultadores no retorno ao mercado de trabalho dos segurados que foram reabilitados pelo PRP e dos Respons veis pela Orienta o Profissional do INSS e Comparar os facilitadores e dificultadores do retorno do segurado ao trabalho identificados na pesquisa com os resultados de outros estudos nacionais e internacionais 22 CAP TULO 1 O TRABALHO Ooncep o 2 rela o g S visao E sofrimento al r nificados homem ogu o nieecda concep es ASSIM condi
99. b m atinge sua fam lia reduz a produtividade das empresas e aumenta os custos para o Estado que tem que arcar com os cuidados m dicos e previdenci rios Segundo o relat rio da OIT os custos anuais diretos e indiretos com os acidentes e doen as de trabalho s o estimados em cerca de 2 8 trilh es de d lares correspondendo a 4 do produto interno bruto PIB mundial Segundo Pastore no Brasil o gasto de R 71 bilh es com acidentes e doen as do trabalho quase 9 da folha salarial que da ordem dos R 800 00 bilh es Dessa maneira necess rio que se estabele a um amplo debate entre os trabalhadores empresas e os governos visando o cumprimento dos dispositivos legais e diretrizes dos organismos internacionais quanto preven o tratamento e retorno do trabalhador ao mercado de trabalho Assim o pr ximo item ir tratar sobre o conceito legal e os benef cios a que est o sujeitos os trabalhadores acometidos pelos acidentes e doen as profissionais 2 4 CONCEITO LEGAL E BENEF CIOS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO E DOEN AS PROFISSIONAIS Para uma melhor compreens o do tema por acidente de trabalho o art 19 da Lei 8 213 91 expressa que Acidente de trabalho o que ocorre pelo exerc cio do trabalho a servi o da empresa ou pelo exerc cio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art 11 desta Lei provocando les o corporal 41 ou perturba o funcional que cause a morte ou a perda ou redu o
100. beiro CAB 2010 Preval ncia de lombalgia em trabalhadores submetidos ao programa de Reabilita o Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social INSS S o Lu s MA Acta fisi trica 17 4 157 137 Mendes e Silva amp Hashimoto Afastados do Trabalho repercuss es na vida do indiv duo Pulsional Rev de Psican lise Ano XVI n 171 Jul 2008 138 Matsuo M Acidentado de trabalho Reabilita o ou exclus o S o Paulo Minist rio do Trabalho e Emprego Fundacentro 2002 238 p 139 Gravina MER Rocha LE Les es por esfor os repetitivos em banc rios reflex es sobre o retorno ao trabalho Cadernos de Psicologia Social do Trabalho S o Paulo v 9 n 2 p 41 55 2006 140 Eisenberger R Huntington R Hutchison S amp Sowa D 1986 Perceived organizational support Journal of Applied Psychology 71 500 507 141 Brasil Tribunal de Contas da Uni o Concess o e manuten o dos benef cios do aux lio doen a Relator Ministro Augusto Nardes Bras lia TCU 2010 142 Tardin GM A import ncia da an lise de atividades no contexto da Reabilita o Profissional do INSS Anais do XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional Vol 20 Suplemento Especial 2013 148 Guarino P Chamlian TR Masiero D Retorno ao trabalho em amputados dos membros inferiores Acta Fisi tr 2007 14 2 100 103 144 Brasil Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE Pesquisa Mensal de Emprego
101. bem como a empresa e o contexto social Assim Takahashi et al sugerem que os m dicos peritos do INSS sejam capacitados em ergonomia pela An lise Ergon mica do Trabalho AET pois possibilitaria sair de uma vis o de an lise concreta do trabalho real para uma an lise abstrata evitando as altas precoces e por consequ ncia a exclus o social 131 A realiza o de Grupo Informativo R4 R6 os ROPs avaliam que a realiza o do grupo informativo um facilitador pois o momento de fornecer ao segurado as orienta es iniciais sobre o PRP Grupo Informativo era bom pois dava as orienta es iniciais sobre o processo reabilitat rio R4 De acordo com o Manual T cnico da rea de Reabilita o Profissional o grupo informativo tem como finalidade prestar informa es ao benefici rio quanto legisla o previdenci ria da rea de RP quanto s normas institucionais e esclarecer sobre o processo de Reabilita o Profissional Desta maneira propicia ao segurado compreender o desenvolvimento do programa a manuten o do benef cio e os atendimentos que receber resultando no seu retorno ao mercado de trabalho O Manual T cnico de Procedimentos da rea de RP R3 apesar de ter sido apontado por apenas um ROP a explica o apresentada por ele que em virtude da falta de capacita o e treinamento na rea o manual a nica fonte institucional que aborda os procedimentos t cnico operacionais relat
102. beu que o auxiliou a entender suas limita es de ordem f sica Apesar de ser um caso isolado este deveria ser um facilitador citado por todos os outros entrevistados mas revela que ter acesso assist ncia m dica um fato isolado e n o coletivo ainda que nos dispositivos legais exista a previs o de atendimento universal que na pr tica n o acontece Por m no estudo de Bloch amp Prins n o houve nenhuma rela o significativa entre a assist ncia m dica e o retorno ao trabalho ainda que acreditem ser eficazes 5 2 11 Outros Dificultadores Entre outros dificultadores do retorno ao trabalho mas que n o foram citados pela literatura os segurados relatam a p ssima qualidade do transporte p blico do Distrito Federal A quest o do transporte p blico um problema do Distrito Federal e tamb m de outras cidades no Brasil O que os segurados se queixam que apresentam les es importantes que s o agravadas na condi o de ir e vir para o trabalho Acordam com dores que s o agravadas no trajeto para o trabalho e durante a jornada de trabalho e voltam para casa com mais dores um contexto adoecedor o transporte p ssimo porque o seguinte voc n o sabe se melhor ir sentado ou em p s vezes me sinto melhor em p porque 121 a cadeira dura e voc fica com a perna impressada voc n o tem uma postura adequada no nibus p ssimo p ssimo S1 dif cil a vinda e a
103. br sislex paginas 23 1960 48959a htm gt Acesso em Out 2013 78 Takahashi MABC Iguti A M As mudan as nas pr ticas de reabilita o profissional da Previd ncia Social no Brasil moderniza o ou enfraquecimento da prote o social Cad Sa de P blica 2008 vol 24 n 11 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php pid S0102 311X2008001100021 amp script sci arttext gt Acesso em Out 2013 79 Brasil Decreto n 53 264 de 13 de Dezembro de 1963 Disp e sobre a Reabilita o Profissional na Previd ncia Social Dispon vel em lt http legis senado gov br legislacao ListaTextoIntegral action id 166279 amp nor ma 185331 gt Acesso em Out 2018 80 Brasil Decreto Lei n 72 de 21 de Novembro de 1966 Unifica os Institutos de Aposentadoria e Pens es e cria o Instituto Nacional de Previd ncia Social Dispon vel em lt http www010 dataprev gov br sislex paginas 24 1966 72 htm gt Acesso em Out 2013 8 lh Brasil Decreto n 60 501 de 14 de Mar o de 1967 Aprova nova reda o do Regulamento Geral da Previd ncia Social Decreto n 48 599 A de 19 de setembro de 1960 e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Awww010 dataprev gov br sislex paginas 23 1967 60501 hntm gt Acesso em Out 2013 152 82 Maeno M Takahashi MAC Lima MAG Reabilita o Profissional como Pol tica de Inclus o Social Acta Fisi trica 2009 v 16 n 02 53 58 pp 83 Brasil Resolu o
104. bre os Direitos das Pessoas com Defici ncia e seu Protocolo Facultativo promulgados por meio do Decreto n 6 949 de 25 de agosto de 2009 Quanto ao desfecho do segurado no servi o de RP no Gr fico 2 pode ser verificado que no per odo de 1990 2011 dos 955 296 segurados que foram registrados no servi o de Reabilita o Profissional em 22 anos 1990 2011 24 73 236 265 segurados foram considerados ineleg veis para o PRP 7 32 69 981 segurados tiveram retorno imediato ao trabalho 51 70 493 914 segurados foram considerados eleg veis para PRP e destes 33 10 316 269 segurados foram considerados reabilitados Gr fico 2 Desfechos dos segurados registrados no servi o de RP de 1990 2011 700000 600000 500000 400000 300000 200000 100000 0 E Retorno Imediato ao Trabalho milneleg veis meEleg veis mm Reabilitados Fonte Elabora o Pr pria adaptado de AEPS 2011 3 3 6 Recursos Materiais e Or amento da rea de Reabilita o Profissional O or amento do servi o de Reabilita o Profissional est previsto na Lei Or ament ria Anual LOA destinado Previd ncia Social B sica designado como A o 2585 Reabilita o Profissional e destina se compra de recursos 68 materiais indispens veis para a programa o profissional dos segurados atendidos 187 no servi o de Reabilita o Profissional como e Cursos profissionalizantes e Instr
105. cial Destes 315 284 cidad os estiveram afastados do trabalho por um per odo de at 15 dias 282 963 cidad os tiveram um tempo de afastamento do trabalho por um per odo superior a 15 dias outros 14 755 trabalhadores tiveram incapacidade permanente e contabilizou se o bito de 2 731cidad os O censo demogr fico brasileiro realizado em 2010 contabilizou 45 623 910 pessoas que relataram ter algum tipo de defici ncia ou incapacidade representando 23 9 da popula o geral Percebe se em rela o ao censo demogr fico realizado em 2000 que houve um expressivo crescimento no n mero de pessoas que declararam as mesmas limita es Nesta ocasi o 24 600 256 pessoas ou 14 5 da popula o total assinalaram algum tipo de defici ncia ou incapacidade A apresenta o destes dados estat sticos refor am a necessidade de investimento maci o na preven o dos acidentes na promo o sa de do 1 O aumento expressivo no n mero de pessoas com defici ncia entre o censo de 2000 para o censo de 2010 tamb m justificado por uma mudan a realizada nos question rios pois permitiram que fosse captado de forma mais precisa as caracter sticas das pessoas com defici ncia Por exemplo no censo de 2000 a pergunta era Como voc avalia a sua capacidade de enxergar Em 2010 esta pergunta foi modificada para Voc tem alguma dificuldade para enxergar 19 trabalhador na vigil ncia dos ambientes de trabalho
106. ciam por at tr s anos com o benef cio ativo Segundo dados do Anu rio Estat stico da Previd ncia Social AEPS nos ltimos tr s anos a Ger ncia Executiva do Distrito Federal foi a nica em todo o Centro Oeste a n o conceder recursos materiais aos segurados em PRP Situa o semelhante ocorreu nos estados de Sergipe e Rond nia Por m o que se destaca que alguns ROPs entrevistados relatavam que o INSS n o compra curso para o segurado e o que se observa que h uma 133 dificuldade local para aquisi o por processo licitat rio dos recursos materiais necess rios para a programa o profissional do segurado Falta de recursos humanos para atendimento da demanda de segurados R1 R3 R4 R5 R6 e R7 Este um outro dificultador apontado pelos ROPs pois a demanda de segurados grande e o ROP exerce v rias atribui es A RP precisa de mais pessoas pois n o d para atender a demanda de segurados atual com o n mero de servidores que existe Falta servidor administrativo na RP para preparar e enviar cartas of cios R1 Com o rel gio eletr nico a gente trabalhava muito mais que 8 horas pois t nhamos muitas atribui es fazer o atendimento lan ar no sistema servi o externo R4 um ciclo n o tem recursos humanos ent o o segurado fica longo per odo de tempo aguardando na RP cria resist ncia em retornar ao trabalho a nesse ciclo a gente fica no mei
107. citado no cap tulo 03 desta disserta o Ser Jovem R5 R7 e R8 na an lise do perfil s cio demografico e ocupacional dos segurados que comp e a amostra dessa pesquisa a faixa et ria dos segurados que retornaram ao trabalho foi de 40 a 49 anos sendo a m dia de 47 anos por m para os ROPs entrevistados o segurado com idade mais jovem mais facilmente absorvido pelo mercado de trabalho Para R5 o facilitador o segurado que tem at 30 anos e para R8 o segurado que tem entre 18 e 40 anos Para ele 123 quanto mais novo mais f cil Este n o foi um facilitador apontado no grupo de segurados entrevistados A an lise estat stica realizada com a amostra desse estudo evidenciou que n o h correla o entre idade e tempo de afastamento do trabalho Bloch amp Prins apontaram maiores taxas de retorno ao trabalho na faixa et ria de 24 44 anos Selander et al indicam apenas que s o pessoas mais A jovens sem especificar uma faixa et ria e Ahlgren et a relatam que foram 1 18 a idade aqueles com idade entre 16 29 anos No entanto para B ltmann et a n o foi um aspecto que influenciou no retorno dos trabalhadores Ter v nculo empregat cio R2 R4 e R5 neste aspecto o v nculo empregat cio aparece como um facilitador pois conforme orienta es do Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o Profissional quando o segurado apresenta empresa de v nculo o ROP deve en
108. confian a que as m dias s o diferentes ou seja h diferen a do tempo de afastamento para quem retornou e quem n o retornou sendo que os que n o retornaram tiveram uma m dia de tempo de afastamento maior A diferen a das m dias foi de 479 87 e a diferen a dos desvios padr o foi de 174 8 conforme Tabela 6 O teste Kolmogorov Smirnov usado para determinar se duas distribui es de probabilidade subjacentes diferem uma da outra 96 Tabela 6 Tempo de Trabalho na Empresa x Retorno ao Trabalho t P valor Diferen a das Diferen a dos M dias desvios padr o Tempo de 2 745 007 479 87233 174 80479 Afastamento Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Em rela o ao tempo de afastamento do trabalho e retorno diversos estudos evidenciaram que quanto menor for o tempo de afastamento maiores ser o as chances de manter o segurado no mercado de trabalho 0 120 121185 Por m nesta pesquisa observa se que mesmo ap s terem passado mais de 5 anos afastados do trabalho a maior parte dos segurados estava empregada ao t rmino do PRP e ap s um ano do PRP como se ver mais adiante Pode se traduzir esta condi o diferenciada dos demais estudos pelo fato dos segurados morarem em uma regi o com maior n vel de instru o 35 39 com ensino m dio completo e pelo fato de ao menos 30 desses segurados pertencerem a uma grande empresa de economia mista nacional
109. conte do obtida por meio de entrevista Para que n o seja poss vel a identifica o dos entrevistados os relatos ser o acompanhadas com a letra R seguida da numera o respectiva a cada um deles 5 3 1 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado Os Respons veis pela Orienta o Profissional foram convidados a responder sobre quais eram os facilitadores do retorno ao trabalho que observavam em rela o ao segurado Nesse aspecto os ROPs expressaram os facilitadores de forma direta sendo comum responderem que era dif cil encontrar um facilitador em rela o ao segurado dando maior nfase aos aspectos dificultadores Neste sentido apresentaram os resultados conforme ser o descritos nos par grafos que se seguem Escolaridade at o n vel m dio R2 R3 R5 R6 e R7 este foi o aspecto mais citado pelos ROPs como facilitador para o retorno do segurado ao trabalho considerado um facilitador na medida em que possibilita ao ROP o encaminhamento do segurado para realiza o de cursos profissionalizantes onde normalmente h a exig ncia m nima de escolaridade de n vel m dio Vacaro amp Pedroso 2012 em sua pesquisa indicaram esta situa o informando que os cursos oferecidos pelo INSS exigem um n vel de escolaridade que o segurado muitas vezes n o tem A escolaridade a partir do n vel fundamental mesmo que incompleto constitu um dos crit rios para encaminhamento do segurado ao servi o de RP
110. cos atendidos em um programa de reabilita o profissional Acta Fisi trica S o Paulo v 16 n 2 p 76 80 jun 2009 122 Maeno M W nsch Filho V Reinser o no mercado de trabalho de ex trabalhadores com LER DORT de uma empresa eletr nica na regi o metropolitana de S o Paulo Revista Brasileira de Sa de Ocupacional vol 35 n 121 pp 53 63 2010 123 Cabral LHA et al Fatores Associados ao Retorno ao Trabalho ap s um trauma de M o Uma Abordagem Qualiquantitativa Revista Brasileira de Fisioterapia S o Carlos v 14 n 2 abril de 2010 124 Takahashi MABC et al Programa de reabilita o profissional para trabalhadores com incapacidades por LER DORT relato de experi ncia do Cerest Piracicaba SP Revista Brasileira de Sa de Ocupacional 35 121 100 111 2010 156 125 Cestari E Carlotto MS Reabilita o profissional o que pensa o trabalhador sobre sua reinser o Estudos e Pesquisas em Psicologia Rio de Janeiro v 12 n 1 abr 2012 126 Minayo MCS O Desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em sa de 11 edi o S o Paulo Hucitec 2008 127 Boletim Estat stico da Previd ncia Social BERP da GEX DF 2011 boletins impressos pertencentes equipe de Reabilita o Profissional da GEX DF e enviados mensalmente para DGARP 128 Saldanha JHS et al Facilitadores e barreiras de retorno ao trabalho de trabalhadores acometidos por LER DORT Revista Brasileira de Sa de Ocu
111. d vidas com rela o assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos atrav s do telefone 61 3107 1947 ou do e mail cepfsOunb br Este documento foi elaborado em duas vias uma ficar com o pesquisador respons vel e a outra com o a entrevistado a Nome do entrevistado a ou respons vel legal assinatura RG Impress o do Polegar caso n o saiba assinar Pesquisador Respons vel assinatura RG Bras lia de de 166 ANEXO VI TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TCLE Para o grupo de Respons veis pela Reabilita o Profissional do INSS O a Senhor a est sendo convidado a a participar da pesquisa intitulada Facilitadores e Dificultadores do Retorno ao Trabalho dos Segurados que passaram pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS O objetivo desta pesquisa Identificar os aspectos facilitadores e dificultadores no processo de retorno ao trabalho dos segurados que passaram pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS no mbito da Ger ncia Executiva do Distrito Federal no ano de 2011 O a senhor a receber todos os esclarecimentos necess rios antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome n o ser divulgado sendo mantido o mais rigoroso sigilo atrav s da omiss o total de quaisquer informa es que permitam identific lo a A sua participa o ser por meio de uma entrevista a ser realizada no Ed Sede do
112. dades entre 16 29 anos e que foram empregados na ind stria Ainda em 2007 o Institute for Work amp Health de Toronto Canad lan ou os Sete Princ pios para o retorno bem sucedido ao Trabalho Os princ pios 15 apresentados a seguir foram desenvolvidos a partir de uma revis o sistem tica da literatura 1 o local de trabalho tem um forte compromisso com a sa de e seguran a 2 o empregador faz as modifica es necess rias para os trabalhadores acidentados doentes com a finalidade de favorecer um retorno mais r pido com seguran a na execu o de atividades adequadas s suas capacidades 3 garantir que o trabalhador retorne sem prejudicar os colegas de trabalho e supervisores 4 os supervisores devem ser treinados em preven o da incapacidade para o trabalho e inclu dos no planejamento para o retorno ao trabalho 5 o empregador dever estabelecer um contato inicial e atencioso com os trabalhadores acidentados doentes 6 dever existir um respons vel por coordenar o processo de retorno ao trabalho 7 os empregadores e os prestadores de cuidados de sa de devem comunicar se a respeito das necessidades exigidas pelo local de trabalho levando em considera o o consentimento do trabalhador Em um estudo de coorte realizado por Biltmann et al avaliaram ap s 01 e 06 meses da les o um grupo de 632 trabalhadores com dist rbio osteomuscular em membros superiores e que recebi
113. de Cotas cumprida e de 4 vagas previstas apenas 1 preenchida Dados da Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS entre 2007 e 2011 deixam clara a diferen a entre o n mero de trabalhadores com e sem defici ncia no mercado de trabalho formal conforme Tabela 1897 98 99 Tabela 1 Total de trabalhadores formais com e sem defici ncia segundo a RAIS 2007 2011 Tipo de Defici ncia 2007 2008 2009 2010 2011 F sica 175 377 177 834 157 805 166 690 174 207 Auditiva 98 236 79 347 65 613 68 819 73 579 Visual 10 275 12 428 14 391 17 710 21 847 Mental 8 407 10 864 13 120 15 606 18 810 M ltipla 5 839 815117 3 506 3 845 4 144 Reabilitado 48 907 37 916 34 158 33 343 32 704 Total de Deficientes 348 818 323 210 288 593 306 013 325 291 Total de N o Deficientes 37 258 612 39 118 356 40 918 953 43 762 342 45 985 340 Total de Trabalhadores Formais 37 607 430 39 441 566 41 207 546 44 068 355 46 310 631 de Deficientes 0 9275242 0 8194654 0 7003402 0 6944053 0 7024111 95 96 97 98 99 Fonte Adaptada da RAIS Em 2012 o Minist rio do Trabalho e Emprego publicou a Instru o Normativa n 98 que disp e sobre procedimentos de fiscaliza o do cumprimento por parte dos empregadores das normas destinadas inclus o no trabalho das pessoas com De acordo com o Minist rio do Trabalho e Emprego BRASIL 2013 no caso de descumprimento poder ser lavrado auto de infra o com a consequente imposi o de multa administrativa Igu
114. do de Assun o corroborado com a revis o de literatura realizada por Wadell e Burton para responder quest o o trabalho bom para sua sa de e bem estar Esta revis o construiu uma forte base de evid ncias mostrando que o trabalho geralmente bom para sa de f sica e mental bem como para o bem estar n o s para pessoas saud veis mas tamb m para muitas pessoas com defici ncia com problemas de sa de comuns e para muitos benefici rios do seguro social 34 No entanto esses autores defendem que isso depende da natureza e qualidade do trabalho como tamb m do contexto social em que o trabalhador est inserido Em geral os efeitos ben ficos do trabalho superam os riscos de trabalho e s o maiores do que os efeitos nocivos do desemprego em longo prazo Wadell e Burton identificaram que pessoas afastadas do trabalho ou pessoas com defici ncia devem ser reinseridas o mais r pido poss vel ao trabalho pois na maior parte dos casos o trabalho terap utico ajuda a promover a recupera o e reabilita o leva a melhores resultados de sa de minimiza os efeitos f sicos mentais e sociais nocivos da aus ncia de doen a em longo prazo reduz o risco de incapacidade em longo prazo promove a plena participa o na sociedade a independ ncia e os direitos humanos reduz a pobreza melhora a qualidade de vida e bem estar A partir do levantamento feito por Wadell e Burton foi
115. dora minha Co Orientadora Prof Dr Aldira Guimar es Duarte Dom nguez pelo incentivo e colabora o no desenvolvimento desse trabalho E ao meu orientador Prof Dr Maur cio Robayo Tamayo pela paci ncia compreens o apoio e colabora o em todas as etapas dessa pesquisa RESUMO O presente trabalho tem como tema central o afastamento do trabalhador do ambiente laboral seja por doen a ou acidente de trabalho bem como o retorno deste s suas atividades laborativas ap s passar pelo Programa de Reabilita o Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social INSS Objetivos Analisar os facilitadores e dificultadores no processo de retorno ao trabalho dos segurados reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional PRP do Instituto Nacional de Seguro Social INSS no mbito da Ger ncia Executiva do Distrito Federal GEX DF no per odo de Janeiro Dezembro de 2011 sob a tica do segurado e do Respons vel pela Orienta o Profissional ROP do INSS M todo Estudo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa e qualitativa A coleta de dados foi feita por meio de prontu rios sistemas informativos e realiza o de entrevistas com os segurados reabilitados e com os Respons veis pela Orienta o Profissional Para an lise dos dados quantitativos foram utilizados os Software RStudio o Statistical Analysis Software SAS vers o 9 2 e o Excel 2010 A an lise qualitativa foi realizada co
116. dos que permaneceram em PRP Distribui o dos segurados por esp cie de benef cio e sexo Distribui o dos segurados por CID 10 e Sexo Tempo de Afastamento do Trabalho x CID 10 Distribui o dos segurados por faixa et ria e sexo Boxplot da vari vel tempo de afastamento dias Setor da Atividade Econ mica X CID 10 Boxplot da vari vel Sal rio de Benef cio R Boxplot da Vari vel Sal rio Anterior ao Benef cio R Faixas de Sal rio Antes do Afastamento e em Benef cio Percep es Sobre a Efetividade do Retorno ao Trabalho P s PRP Previs o da LOA para o MPS de 2008 a 2012 Atividades Humanas na Vis o de Arendt Evolu o Hist rica do Trabalho Quantidade de Acidentes de Trabalho Liquidados por Consequ ncia 1988 2012 Ranking Mundial de Mortes no Local de Trabalho segundo levantamento da OIT 2009 Diretrizes da OIT sobre Reabilita o Profissional 28 37 58 59 62 67 86 87 90 91 92 93 95 99 100 101 102 121 138 24 26 38 39 52 Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Tabela 9 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16 LISTA DE TABELAS Total de trabalhadores formais com e sem defici ncia segundo a RAIS 2007 2011 Desfecho dos segurados registrados no servi o de RP da GEX DF 2011 Via de encaminhamento para o PRP Associa o Esp ci
117. doutora de voc s ela nem fala com a gente pra dizer a verdade eu n o sei nem se ela tem dente deveria conversar direitinho com a gente n o conversa nada com a gente a a gente n o pode explicar o que tem porque n o d oportunidade Uma m dica que fui l eu nem sei se era m dica E outra voc s botam uma pessoa para periciar a gente ningu m sabe se ele ortopedista se reumatologista meu problema reumatologia e ortopedia Ser que eles est o aptos a periciar uma pessoa nesse meu caso E um tiro no escuro Eu perguntei isso l mas ningu m me respondeu S1 Os m dicos peritos eram muito dif cil muito complicado Chegou m dico assim de me humilhar de ser grossa comigo sabe falando essas coisas que eu tinha que arrumar um homem a m dica virou pra mim e falou que eu precisava arrumar um homem para me ajudar falta de homem uma coisa assim foi muito grossa comigo Muitas vezes cheguei a ir e voltar pra casa chorando deprimida e voltar a tomar os mesmos rem dios de novo e ficar deprimida Teve um dia que eu dormi tr s dias sem acordar sem comer sem tomar banho sem nada porque eu n o conseguia levantar nem abrir o olho Eu pretendo nunca mais ficar pelo INSS nunca mais na minha vida Eu pretendo me aposentar um dia mas ficar encostada pelo INSS eu n o aconselho a ningu m porque eu conhe o pessoas que lutam brigam para ficar encostada fazem qualquer coisa pra ficar Eu n o pretendo S2
118. e informa es de maneira eficaz e consistente Al m do SRP as equipes utilizam o Sistema de Administra o Benef cios por Incapacidade SABI que tem como principais fun es a concess o atualiza o revis o de benef cios agendamento de Per cia M dica e registro dos atendimentos de Reabilita o Profissional inicial e subsequentes realizados pelos Respons veis pela Orienta o Profissional e Perito M dico Assim ap s apresentar as etapas e como operacionalizado o atual Programa de Reabilita o Profissional do INSS o tema a seguir ir tratar do processo de retorno do segurado ao trabalho e dos seus facilitadores e dificultadores 3 4 O PROCESSO DE RETORNO AO TRABALHO Uma vez finalizado o Programa de Reabilita o Profissional o segurado experimenta um novo momento o de retornar ao trabalho Esse um per odo que gera grande expectativa e apreens o no segurado a respeito da forma como ser recebido pela chefia e pelos colegas al m disso algumas vezes existe o desconforto da doen a ou da les o e a preocupa o de que a atividade para o qual foi reabilitado agrave sua condi o de sa de pois muitas vezes o segurado retorna 70 sem ter se recuperado completamente especialmente quando acometido por doen as cr nicas Para Souza e Faiman o retorno s atividades laborais uma experi ncia rica de significados pessoais e muitas vezes bastante dif cil em que novas quest es se conjugam
119. e de Benef cio x Retorno ao Mercado de Trabalho Medidas para o Tempo de Afastamento do Trabalho dias Tempo de Trabalho na Empresa x Retorno ao Trabalho Escolaridade Declarada x Retorno ao Trabalho Rela o Escolaridade X M dia de Tempo Afastado do Trabalho x Retorno ao Trabalho Compara o N vel de Escolaridade X Perman ncia na Empresa de V nculo Setor da Atividade Econ mica X Tempo de Afastamento do Trabalho Medidas para o Sal rio de Benef cio R Medidas para o Sal rio Anterior ao Benef cio R Tabela de Associa o Valor do Benef cio e Retorno ao Trabalho Tempo de Trabalho na Empresa x Retorno ao Trabalho Situa o Profissional do Segurado ao T rmino do PRP e 1 ano ap s o PRP Or amento gasto no servi o de RP de 2008 2012 66 86 88 89 94 96 97 97 98 99 100 101 102 103 104 139 APS AET a C AEPS AVAPE B91 B31 BI BERP CNIS CRST CRP CEREST CBO CID 10 CIF CNAE COPERS CAT CREABP CGPGE CGSPASS DNPS d C DIRBEN DIRSAT DGARP ERPAPS FCE FGTS GEX DF GI ISR INPS INSS IAPS LOA LER MT MPS MS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Ag ncia da Previd ncia Social An lise Ergon mica do Trabalho antes de Cristo Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Associa o para Valoriza o e Promo o de Excepcionais Aux lio doen a acident rio Aux lio doen a previdenci rio Benef cio Boletim Estat stico da Reab
120. e nas pr ticas voltadas para a reabilita o profissional pois se trata de um servi o que possibilita ao segurado da Previd ncia Social mesmo em percep o de aux lio doen a n o seja necessariamente aposentado por invalidez pois apresentando capacidade laboral ser qualificado para retornar ao mercado de trabalho e assim continuar contribuindo para o Regime Geral de Previd ncia Social RGPS Toldr e cols destacam as mudan as pelas quais o mundo do trabalho passou e est passando a partir da introdu o de novas tecnologias altera es no modo de organizar a produ o com a nova ordem nas rela es entre capital e trabalho permitindo que se abrisse espa o para novas e conflituosas rela es de trabalho resultando em adoecimento e barreiras para reabilita o retorno e principalmente para a perman ncia do cidad o em seu ambiente de trabalho Assim justifica se a import ncia da presente pesquisa que analisou os facilitadores e dificultadores no processo de retorno dos segurados ao mercado de trabalho visando a real compreens o dos alcances sociais da pol tica previdenci ria brasileira via Programa de Reabilita o Profissional sob a tica do trabalhador afastado e dos Respons veis pela Orienta o Profissional do INSS Desta maneira estruturou se esta disserta o em seis cap tulos buscando privilegiar a contextualiza o e a compreens o do tema investigado em conformidade com os objetivos definidos q
121. e necess rio com os servi os gerais de reabilita o profissional com vistas ao restabelecimento de pessoas com defici ncia no trabalho adequado Conven o n 1952 102 Reabilita o Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes assegurar Conven o n que existam medidas adequadas de reabilita o profissional ao alcance de 159 todas as categorias de pessoas deficientes e promover oportunidades de emprego para as pessoas deficientes no mercado regular de trabalho 1983 Reabilita o Profissional e Emprego Pessoas com Defici ncia As pessoas com defici ncia devem desfrutar de igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso perman ncia e progress o no mercado de Recomenda o trabalho que sempre que poss vel corresponde sua escolha e as suas n 168 capacidades individuais A reabilita o profissional deve come ar o mais cedo poss vel Para esta finalidade os sistemas de sa de e de outros rg os respons veis pela reabilita o m dica e social devem cooperar regularmente com os rg os respons veis pela reabilita o profissional 1983 Fonte OIT NORMLEX Sistema de Informa es sobre Normas Internacionais do Trabalho 53 Antes de reconhecer as normas estabelecidas pela OIT em 1955 o Brasil j abrangia em sua legisla o a readapta o profissional por meio do Decreto Lei n 7 036 de 10 11 1944 Art 90 93 que tratava da Reforma da Lei de Acident
122. e o ROP verifique quais s o as fun es que a empresa possu e tamb m n o seguem as restri es contidas no Certificado de Reabilita o Profissional Tem empresas que n o acatam as orienta es da equipe de RP R1 Empresas de transporte coletivo n o respondem aos of cios e uma empresa j impediu a minha entrada para entrega do of cio R7 Empresas de nibus respondem aos of cios de forma ir nica com gracejos at o trato era dif cil R8 Muita dificuldade para ter acesso ao cadastro de fun es de uma empresa R8 N o respeitam as restri es apontadas pela equipe de RP R8 129 Para Vacaro amp Pedroso um dos fatores que contribuiu para o alto ndice de segurados fora do ambiente laboral 01 ano ap s o t rmino do PRP tem rela o com a n o aceita o do segurado na empresa de v nculo al m do desinteresse do segurado A fun o oferecida estar abaixo da capacidade do segurado em realiza la R2 R3 Esse um dificultador apresentado pelos ROPs que reca sobre a motiva o do segurado muitas vezes j resistente ao processo de retorno ao mercado de trabalho Tem empresa que oferece readapta o mas em fun es que desestimulam o segurado a permanecer R2 Quando oferece fun o que incompat vel R3 Segundo Cestari e Carlotto um dos aspectos dificultadores do retorno ao trabalho para o indiv duo se relaciona com o desempenho de
123. e o atendimento a todos os trabalhadores sejam homens ou mulheres que vivam em rea urbana ou rural com v nculo de trabalho formal ou informal com emprego p blico ou privado em condi o de assalariado aut nomo avulso tempor rio cooperativados aprendiz estagi rio dom stico aposentado ou desempregado Por m quando necess rio a PNSTT ir priorizar pessoas e grupos que se encontrem em situa o de maior 47 vulnerabilidade como os casos de rela es informais e prec rias de trabalho que envolvam o exerc cio de atividade de risco sa de os que s o discriminados e o trabalhador menor de idade Essa PNSTT ir observar os princ pios da universalidade integralidade participa o da comunidade dos trabalhadores e do controle social descentraliza o hierarquiza o equidade e precau o Para que possa ser devidamente implementada esta PNSTT prev a realiza o do trabalho de forma articulada entre a es individuais e coletivas que atuem sobre a assist ncia e minimizando os agravos como tamb m prevenindo promovendo e intervindo sobre os ambientes e processos de trabalho Entre os seus objetivos a PNSTT contempla fortalecer as a es de vigil ncia em Sa de do Trabalhador atentando para a identifica o dos riscos a que est o expostos os trabalhadores intervir nos processos e ambientes de trabalho controlar e avaliar a qualidade dos servi os e programas em sa de do trabalhador de empr
124. e teve um bom acompanhamento m dico e isso o ajudou a compreender melhor suas limita es f sicas Entre os dificultadores apontados pelos segurados identificou se de ordem pessoal em todos a presen a da dor e limita o f sica mas que foram superadas pelo desejo que tinham de retornar ao trabalho em rela o empresa quando oferecem fun o esta est aqu m da capacidade do segurado a redu o salarial que gera desmotiva o e o posto de trabalho inadequado quanto ao INSS o valor do benef cio que era considerado pouco o atendimento da Per cia M dica a burocracia em rela o exig ncia de laudos o longo tempo de espera para ser atendido negar o aux lio acidente e as greves que geraram atraso nos atendimentos e pagamentos de benef cios a falta de orienta es sobre o processo de Reabilita o Profissional de qualifica o cursos profissionalizantes treinamento adequado e retornar mesma fun o outros Alguns segurados ainda citaram que a p ssima qualidade do transporte p blico do Distrito Federal tamb m dificulta a ida ao trabalho Na entrevista com os ROPs foram apontados como facilitadores em rela o ao segurado escolaridade at o n vel m dio ter v nculo empregat cio e possuir experi ncias profissionais diversificadas quanto empresa oferecem nova fun o de acordo com a capacidade laboral do segurado tem bom relacionamento com o segurado empresa de grande porte no q
125. e uma coisa de que a gente se mant m dali na realidade e a gente precisa manter a fam lia Trabalho como se fosse uma escola de aprendizado Todo dia voc precisa ir para o trabalho para voc se manter S7 A fala dos entrevistados a respeito do significado do trabalho ratifica a vis o de Borges e Tamayo em que explicam que o trabalho rico de sentido individual e social e por meio dele o indiv duo estrutura sua personalidade e sua identidade deriva um sentido existencial e prov sua subsist ncia Para Morin o trabalho exerce uma importante influ ncia sobre a motiva o dos trabalhadores bem como sobre sua satisfa o e sua produtividade permitindo a intera o entre as pessoas e contribuindo para o desenvolvimento de sua identidade 5 2 3 Significado do Per odo de Afastamento Quanto ao significado do per odo de afastamento para os segurados entrevistados esta tamb m era uma pergunta com a finalidade de melhor compreens o do evento que os afastou do trabalho Um dos segurados n o respondeu dois deles responderam que foi um per odo tranquilo e necess rio para sua recupera o para posterior ingresso no mercado de trabalho mas para 10 segurados foi um per odo ruim ou p ssimo Sinceridade n o foi muito bom n o passei muita necessidade passei muita fome meus filhos passou por muita necessidade eu s tinha aquele sal rio do INSS algumas vezes ganhava cesta b sica do hospital eu pass
126. ei muita precis o tanto filho que eu tenho pagando aluguel gua luz tudo com sal rio m nimo por isso pra mim foi muito dif cil S2 Incapacidade A gente se sente um nada Quando voc chega no INSS voc v pessoas t o doente quanto ou pior ent o aquilo te deixa deprimida o seu emocional voc se sente uma pessoa incapacitada eu me senti com a auto estima baixa porque eu trabalho desde nova e isso nunca tinha me acontecido n o que a gente se sente uma m quina mas a gente nunca pensa que isso n o vai acontecer com a gente Voc se sente impotente A voc pensa 108 e agora Sabe assim um brinquedo que quebra que n o tem mais valor que fica al encostado eu n o sei se toda pessoa se sente assim mas foi assim que me senti aquele brinquedo velho quebrado jogado sem serventia E horr vel E tive medo quando o INSS falou que ia me dar alta porque se eu n o tinha serventia como que eu ia trabalhar eu vou voltar e a empresa me manda embora e a o que eu vou fazer Eu n o desejo na minha vida voltar para o benef cio de forma nenhuma muito desgastante muito humilhante voc se sente um nada Eu tive muita perda com isso eu trabalho desde nova esses 7 anos em benef cio eu s perdi se eu tivesse na empresa trabalhando talvez eu teria tido uma promo o teria me qualificado melhor muitas coisas e l n o voc fica de m os atadas S4 Olha foi muito triste al m do s
127. eles documentos me botou pra digitar fiquei l um m s beleza sentada igual palha a Mentiram para orientadora profissional em rela o ao local de treinamento e gratifica o S9 Me colocaram pra limpar salas e os computadores Eu n o me senti muito bem S12 Redu o salarial que gera desmotiva o S8 S9 Eu recebia X na outra fun o e quando retornei foi X foi bem abaixo do que eu recebia o que me obrigou a fazer acordo com eles S8 Posto de trabalho inadequado S1 S6 Uma empresa desse tamanho deveria reabilitar esse pessoal em um lugar mais adequado a empresa n o segue as restri es os m veis ergonomicamente errados n o condizem com a fun o S1 Ou seja s o empresas que n o seguem os dispositivos legais nacionais e t o pouco as diretrizes internacionais de preven o aos acidentes e doen as profissionais Como retratou um dos segurados A empresa tem uma pir mide e diz Voc vai ficar nesse meio aqui Isso tudo a mesma coisa tudo movimentar peso Que alternativa ela te d Nenhuma Na ag ncia s quem n o pega peso o gerente Eles deviam deixar a gente fazer um curso de auxiliar administrativo a n o t acontecendo isso ent o n o t o dando a m nima pra voc A verdade essa Alguns funcion rios dizem ou voc faz isso ou voc volta pro INSS de novo S1 Certamente tamb m desconhecem os Sete Princ pios para o
128. em origem as reinvindica es de melhores condi es de trabalho por meio dos sindicatos e Fica evidente a incapacidade do Estado em responder s necessidades de sa de da popula o e dos trabalhadores Oliveira aponta outro avan o importante da rea de Sa de do Trabalhador o fato de pressupor a atua o de uma equipe t cnica multiprofissional e dos trabalhadores Al m disso a sa de do trabalhador abarca segundo Melo uma quest o coletiva por conseguir a interlocu o entre o Estado as empresas os trabalhadores e seus sindicatos Por m Louren o e Bertani manifestam preocupa o quanto efetividade das a es em Sa de do Trabalhador pois a interdisciplinaridade e intersetorialidade ainda n o s o pr ticas consolidadas devido predomin ncia de uma equipe composta por profissionais que tradicionalmente compuseram a MT SO e por uma an lise cl nica dos agravos sa de como quest es individuais Destacam que ao permanecer o enfoque da MT SO s o ofuscados os estudos de car ter intersetorial que tenham por objetivo buscar a origem das doen as e dos acidentes de trabalho bem como a preven o promo o e educa o em sa de 33 Diante do processo atual de atua o t mida tanto do movimento sindical da academia e de pol ticas p blicas Lacaz observa um processo de retrocesso no campo da Sa de do Trabalhador e um discurso ainda hegem nico da Sa de Ocupacional Conforme sintetiza M
129. empresas al m da aten o necess ria na rede de sa de leva cronicidade das doen as relacionadas ao trabalho e a um aumento no n mero de acidentes tema este que ser abordado no pr ximo item 2 3 ESTAT STICAS SOBRE OS ACIDENTES E DOEN AS DE TRABALHO Infelizmente na maior parte dos pa ses a rela o sa de e trabalho ainda permeada por ambientes de trabalho que n o propiciam o bem estar dos trabalhadores Para Teixeira O trabalho sempre foi a pr pria ess ncia da atividade humana No entanto continua a ver os trabalhadores adoecerem e morrerem no exerc cio da atividade laborativa A afirma o da autora confirmada pelos dados estat sticos da Organiza o Internacional do Trabalho OIT pois no mundo todo a cada ano aproximadamente 317 milh es de trabalhadores s o v timas de acidentes de trabalho n o mortais al m de 160 milh es de novos casos de doen as n o letais relacionadas ao trabalho Quanto aos bitos 2 02 milh es de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho o que equivale a uma m dia di ria de 5 500 mortes e 321 000 pessoas morrem como consequ ncia de acidentes no trabalho Figura 2 Isto significa que a cada 15 segundos um trabalhador morre de acidentes ou doen as relacionadas com o trabalho e nos mesmos 15 segundos 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral Os n meros apresentados apesar de assustadores s revelam a realidade dos t
130. entados diversos estudos que tratavam da import ncia de se propiciar o retorno o mais precoce poss vel do trabalhador ao seu local de trabalho Por m neste estudo evidenciou se que mesmo ap s terem passado um tempo m dio de 5 anos afastados do trabalho dos 113 segurados reabilitados ao t rmino do PRP 53 permaneceram empregados sendo que ap s 1 ano do PRP ainda foram encontrados 45 segurados em exerc cio da atividade laboral Pode se traduzir esta condi o diferenciada dos demais estudos pelo fato dos segurados morarem em uma regi o com maior n vel de instru o 35 39 com ensino m dio completo e pelo fato de ao menos 30 desses segurados pertencerem a uma grande empresa de economia mista nacional que oferece fun es para readaptar seus funcion rios e possu uma equipe respons vel pela gest o do afastamento de seus funcion rios favorecendo assim o canal de comunica o mais transparente entre a equipe de Reabilita o Profissional do INSS e consequentemente o retorno do trabalhador ao ambiente de trabalho As an lises estat sticas teste do Qui Quadrado permitiram identificar que existe associa o ainda que fraca entre aux lio doen a acident rio B91 e retorno Z ao trabalho em rela o aos que recebem o aux lio doen a previdenci rio B31 E 141 poss vel que isto se deva garantia de estabilidade de 12 meses ao trabalhador afastado por acidente de trabalho Tamb m constatou se que quan
131. eral Objetivos Espec ficos CAP TULO 1 O TRABALHO 1 1 Conceito de Trabalho 1 2 Evolu o Hist rica do Trabalho 1 3 As Mudan as nos Significados e Sentidos do Trabalho CAP TULO 2 A SA DE DO TRABALHADOR 2 1 Sa de do Trabalhador 2 2 Rela o Entre Trabalho e Sa de Doen a 2 3 Estat sticas sobre os Acidentes e Doen as de Trabalho 2 4 Conceito Legal e Benef cios Sobre Acidentes de Trabalho e Doen as Profissionais 2 5 Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador CAP TULO 3 A REABILITA O PROFISSIONAL E O PROCESSO DE RETORNO AO TRABALHO FACILITADORES E DIFICULTADORES 3 1 Conceito de Reabilita o Profissional 3 2 Considera es Hist ricas 3 3 Atual Programa de Reabilita o Profissional do INSS 3 3 1 Estrutura Organizacional 3 3 2 Composi o e Fun es B sicas das Equipes de Reabilita o Profissional 3 3 3 Clientela 3 3 4 Tipos e Crit rios de Encaminhamento para o Servi o de Reabilita o Profissional 3 3 5 Fluxo do Processo de Reabilita o Profissional 3 3 6 Recursos Materiais e Or amento da rea de Reabilita o Profissional 17 21 21 21 22 23 25 27 30 31 33 36 40 44 49 49 51 57 57 60 60 61 62 67 3 3 7 Indicadores da rea de Reabilita o Profissional 3 3 8 Sistemas Informativos da rea de Reabilita o Profissional 3 4 O Processo de Retorno ao Trabalho 3 4 1 Facilitadores e Dificultadores no Processo de Retorno ao Trabalho CAP
132. erved that at the end of the PRP the 113 insured rehabilitated and only 53 remained after 1 year of PRP this number was reduced to 45 insured employees in exercise of labor activity Conclusions The analysis of facilitators and hindering the return to work of the insured rehabilitated by the INSS has shown that there is an urgent need for investment in Vocational Rehabilitation Service not only of the Executive Management of the Federal District but throughout the INSS for one to ensure entitled to the insured a worthy and effective return to the labor market as well as offering better working conditions for the staff to operationalize this service Keywords Vocational Rehabilitation Social Welfare Return to Work Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Gr fico 1 Gr fico 2 Gr fico 3 Gr fico 4 Gr fico 5 Gr fico 6 Gr fico 7 Gr fico 8 Gr fico 9 Gr fico 10 Gr fico 11 Gr fico 12 Gr fico 13 Gr fico 14 Gr fico 15 Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3 Quadro 4 Quadro 5 LISTA DE ILUSTRA ES Rela o Trabalho Objeto e Significado Doen as e Acidentes Mortais 2008 Estrutura da Reabilita o Profissional do INSS Mapa das Superintend ncias Regionais do INSS Evolu o das Per cias M dicas realizadas e o registro no Servi o de RP 1990 a 2011 Desfechos dos segurados registrados no servi o de RP de 1990 a 2011 Distribui o do registro de segurados por APS da GEX DF 2011 Tempo de Perman ncia dos segura
133. es ignif icado sujeito sociedade oito q a l aj Vida O trabalho consubstancia fortemente a exist ncia humana com seus humano E balha processo iG Enamauo labor diferentes significados e sentidos ao longo da hist ria Atualmente o tema Sa de do Trabalhador objeto de debates em diferentes campos do conhecimento Assim cada vez mais as empresas buscam processos de trabalho mais humanizados procurando proporcionar um ambiente mais equilibrado aos trabalhadores nos quais os danos sa de devam ser mitigados levando em considera o todos os envolvidos o trabalhador a fam lia a empresa a sociedade em geral o Estado dentre outros Portanto ao originar maior satisfa o aos seus trabalhadores a produtividade dever ser aumentada e consequentemente os lucros da organiza o Esses conceitos buscam superar os danos causados pelo trabalho visando preven o e neutraliza o dos acidentes e doen as tidos como relacionados ao trabalho em si Assim o presente cap tulo tem por objetivo tratar em linhas gerais sobre a evolu o hist rica dos processos relacionados ao trabalho enquanto ocupa o humana Neste ponto conv m ressaltar que n o objetivo deste estudo progredir profunda e detalhadamente neste tema n o fazendo parte do escopo uma an lise detalhada desta parte envolvida na problem tica a ser estudada Por fim ser abordado o conceito e o sentido do trabalho para o
134. es de ordem pessoal os segurados foram un nimes em afirmar que a presen a da dor e limita o f sica foram os principais aspectos que dificultaram o retorno mas que n o chegou a ser um fator impeditivo No in cio a perna inchava muito acho que isso a o que dificultou mais Ainda sinto dores mesmo que eu fique parado sentado d i se eu caminhar muito d i ent o tem que ser o meio termo nem muito tempo parado sentado nem muito tempo em p Por enquanto eu n o quero fazer a cirurgia porque sen o terei que ficar mais dois anos parado Ent o enquanto der pra ir trabalhar eu vou levando S6 No come o meu bra o inchou ficou t o vermelho assim que eu fiquei com medo mas a depois foi acostumando n o voltou mais ao normal como esse aqui como o direito n mas vista do que eu comecei melhorou bastante Eu sinto s vezes algumas dores de vez em quando eu ainda sinto mas n o mais como era anteriormente S7 Eu tinha limites por conta do uso do aparelho marcapasso At concurso p blico se exigir esfor o f sico eu n o posso fazer ent o dificulta um pouco S8 Na pesquisa de Gard e Sandberg os participantes consideraram que quando se sentem motivadas no ambiente de trabalho a dor n o um fator de impedimento para o retorno pois o trabalho torna se terapia em que a pessoa aprende a lidar com a dor Para Selander et al entre as pessoas com maiores possibilidades de
135. es do Trabalho A readapta o profissional dos incapacitados para o trabalho tinha como objetivo restituir no todo ou em parte a capacidade na profiss o anterior ou em outra compat vel com as novas condi es f sicas do trabalhador A abordagem para este grupo de trabalhadores seria realizada mediante a pr tica da fisioterapia cirurgia ortop dica e reparadora al m do ensino em escolas profissionais especiais Em 1954 o Decreto n 35 448 art 22 5 previa que o segurado em percep o de aux lio doen a estava obrigado sob pena de suspens o do benef cio a submeter se aos exames que fossem determinados pela Previd ncia Social e ao tratamento que esta proporcionasse bem como a seguir os processos de reeduca o ou readapta o profissional prescritos A d cada de 60 viu a concretiza o da implanta o de um Programa de Reabilita o Profissional promovida pelo Estado Nessa poca foi publicado o Decreto n 48 959 1960 que aprovou o Regulamento Geral da Previd ncia Social assegurando aos benefici rios a presta o de servi os que objetivavam a prote o de sua sa de sua reabilita o profissional e o seu bem estar Neste decreto existia uma se o espec fica para descrever o processo de Reabilita o Profissional que deveria assegurar o diagn stico o tratamento e a orienta o profissional para a consecu o do objetivo final b sico ou seja a reabilita o profissional do benefici rio co
136. esas ou institui es p blicas ou privadas promover ambientes e processos de trabalhos saud veis identificar e erradicar situa es an logas ao trabalho escravo ou infantil assegurar a integralidade na aten o sa de do trabalhador e conceber a sa de do trabalhador como uma a o transversal Quanto s estrat gias a PNSTT prev a integra o da Vigil ncia em Sa de do Trabalhador com as demais reas da Vigil ncia em Sa de e da Aten o Prim ria em Sa de a an lise do perfil e da situa o de produ o dos trabalhadores a composi o da Rede Nacional de Aten o Integral Sa de do Trabalhador RENAST como parte da Rede de Aten o Sa de a consolida o e a articula o intersetorial estimulo a participa o dos trabalhadores e da comunidade no controle social as a es de capacita o e desenvolvimento de recursos humanos e a es articuladas com institui es de ensino para o desenvolvimento de pesquisas incluindo a divulga o e aplica o de seus resultados Compete Uni o aos estados o Distrito Federal e aos munic pios a garantia dos princ pios diretrizes objetivos e estrat gias previstos na PNSTT bem como caber a cada esfera do Governo alocar os recursos necess rios para implementa o desta PNSTT Assim conclui se que se trata de uma pol tica constru da ap s longo per odo de discuss es e estruturada para atender complexidade de aten o necess ria ao 48 trabalh
137. evolu o nos servi os de Reabilita o Profissional nos ltimos 30 anos Esses servi os incluem avalia o profissional que visa obter uma imagem clara das capacidades potenciais da pessoa cursos de orienta o para ajudar o indiv duo a recuperar a confian a perdida em suas habilidades orienta o profissional para desenvolver uma perspectiva profissional nova e escolher uma determinada ocupa o forma o profissional al m de oportunidades de reciclagem na rea escolhida de atividade e coloca o de servi os destinados a auxiliar a pessoa com incapacidade defici ncia a encontrar emprego adaptado para sua necessidade Al m disso a reabilita o profissional tem como objetivo oferecer condi es para que esses trabalhadores desenvolvam suas pr prias capacidades de tal forma que uma vida com ou sem o m nimo de limita es torne se poss vel pois somente quando as pessoas com defici ncia s o 51 integradas na comunidade que o verdadeiro objetivo e finalidade da reabilita o foram efetivamente alcan ados 3 2 CONSIDERA ES HIST RICAS Antes do s culo XX era quase inexistente a preocupa o com as pessoas que se acidentavam ou adoeciam no seu local de trabalho Para Aparecida de Souza Mancussi e Faro o interesse mundial pela reabilita o aconteceu em fun o das duas grandes guerras mundiais em decorr ncia do processo acelerado de urbaniza o e industrializa o do favorecimento da propaga
138. exercido Deve se levar em considera o al m das percep es subjetivas dos indiv duos as quest es pessoais e ambientais envolvidas pois estas influenciam no comportamento de retornar ao trabalho Considerando a necessidade de compreender melhor o processo de retorno ao trabalho Pransky et al constataram em revis o de literatura sobre o tema que apesar da abund ncia de pesquisas sobre retorno ao trabalho o conceito muitas vezes mal definido e n o h acordo substancial sobre o que constitui um retorno ao trabalho bem sucedido Os autores tamb m identificaram que a pesquisa sobre o retorno ao trabalho levou a significativos avan os na compreens o sobre esse fen meno por m apesar disso verifica se que as taxas de incapacidade para o trabalho n o mudaram significativamente no mundo desenvolvido e os custos associados essa incapacidade aumentaram dramaticamente afetando significativamente o bem estar econ mico e individual Tanto o afastamento quanto o retorno ao trabalho s o novos processos que o indiv duo ter que enfrentar Assim a literatura tem buscado identificar os facilitadores e os dificultadores envolvidos nesse processo e o tema que ser abordado a seguir 3 4 1 FACILITADORES E DIFICULTADORES NO PROCESSO DE RETORNO AO TRABALHO A literatura que trata sobre o processo de retorno ao trabalho oferece uma variedade de pesquisas que tratam dos facilitadores ou preditores deste processo bem como s
139. fun o diversa da que exercia anteriormente ap s cumprir PRP e 4 43 Recusa Segurado benefici rio que manifeste ativa ou passivamente total desinteresse e ou resist ncia em cumprir o PRP embora re na condi es f sicas ps quicas e socioprofissionais e 4 44 Abandono Segurado que falte tr s vezes consecutivas sem justificativa aos agendamentos durante a avalia o e que n o atenda convoca o feita pela RP at o dia subsequente ao recebimento da correspond ncia via Aviso de Recebimento AR e 4 45 Intercorr ncia M dica Segurado benefici rio que apresente problemas de ordem m dica que impe am a frequ ncia e a continuidade no programa e cuja solu o exija o seu afastamento por per odo superior a trinta dias e 4 47 Transfer ncia Segurado que transferir o benef cio para outra GEX ou APS durante o PRP e 4 48 bito Segurado que vier a falecer no decorrer do PRP e 4 49 Insuscet vel de Reabilita o Profissional Segurado benefici rio que n o alcance os requisitos m nimos para o exerc cio de uma atividade laborativa que lhe garanta a subsist ncia ap s v rias tentativas de capacita o e 4 50 Impossibilidade T cnica Segurado benefici rio eleg vel para PRP mas que n o poder conclu lo devido impossibilidade do INSS de propiciar recursos t cnicos e ou operacionais necess rios para a realiza o do programa dentro do prazo previsto O segurado que for desligado do P
140. garantia de qualidade no tratamento de v timas de acidentes colabora o entre servi os m dicos ocupacionais e de reabilita o com aten o especial preven o pela parte dos m dicos respons veis pela reabilita o envolvimento ativo das empresas em medidas para proteger os empregados de acidentes rela o pr xima entre segurados e empresas o segurado como ator principal j que o acidentado deve ser o mestre de sua pr pria reabilita o ou desempenhar o papel principal no time da reabilita o Um dos maiores estudos realizados sobre incapacidade e retorno ao trabalho foi desenvolvida por Bloch e Prins sob o ausp cio da Associa o Internacional de Seguridade Social AISS Trata se de um estudo comparativo coorte realizado em seis pa ses Dinamarca Alemanha Israel Holanda Su cia e Estados Unidos em um per odo de 24 meses e envolveu 4 858 indiv duos Neste estudo quanto s caracter sticas demogr ficas ficaram evidentes que as maiores taxas de retorno ao trabalho estavam relacionadas faixa et ria de 24 44 anos a respeito do g nero os homens tiveram uma taxa de retorno superior ao das mulheres a cerca do estado civil foi identificado que indiv duos que moravam sozinhos apresentavam um ndice 13 de retorno ao trabalho consideravelmente menor do que indiv duos que viviam em outro tipos de composi o familiar e quanto escolaridade quanto menor o n vel educacional menores tamb m foram as
141. gravo decorrente da rela o entre a atividade da empresa e a entidade m rbida motivadora da incapacidade elencada na Classifica o Internacional de Doen as CID em conformidade com o que dispuser o regulamento Para os segurados que sofreram acidente de qualquer natureza ainda h no art 86 da Lei n 8 213 91 a previs o de o segurado receber o benef cio de aux lio 44 acidente que consiste em uma indeniza o correspondente metade do valor do aux lio doen a acident rio que o segurado recebia e que ser paga at a aposentadoria comum por idade ou tempo de contribui o Somente devido quando ap s consolida o das les es decorrentes de acidente de qualquer natureza resultarem sequelas que impliquem redu o da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia ou no caso de incapacidade laborativa que obrigue troca de fun o nesse caso passando por Reabilita o Profissional A indeniza o tem in cio a partir do dia seguinte ao da cessa o do aux lio doen a acident rio independentemente de qualquer remunera o ou rendimento recebido pelo acidentado Caso a doen a volte a evoluir o aux lio acidente ser suspenso para reiniciar o aux lio doen a O segurado n o perder o aux lio acidente se estiver desempregado e tamb m se estiver recebendo outro benef cio do INSS n o podendo apenas acumular com aposentadoria O art 62 da Lei n 8 213 91 prev que caso o segurado em gozo de au
142. gurado ao t rmino do PRP foi de 15 segurados que retornaram ao benef cio e apenas 10 segurados que retornaram ao mercado de trabalho 01 estava desempregado e 04 n o constavam informa es de recolhimento ou contribui es Ao analisar a situa o desses 10 segurados ap s 1 ano do PRP apenas 5 estavam trabalhando na mesma empresa 3 foram demitidos 1 retornou ao benef cio e 1 foi aposentado poss vel que o baixo n mero de segurados que mesmo fazendo uso do recurso judicial n o conseguiram retornar efetivamente ao mercado esteja relacionado entre outros aspectos car ncia de recursos materiais utilizados no PRP desses segurados conforme ser apontado pelos Respons veis pela Orienta o Profissional mais adiante e pelos pr prios segurados que se queixaram de n o terem sido devidamente qualificados treinados para o retorno ao mercado de trabalho Outra raz o pode ser o temor de retornar ao ambiente de trabalho com condi es inadequadas insalubres ou ainda o receio de serem demitidos no ato do retorno ao trabalho Dessa forma o segurado n o vislumbrando outra op o se utiliza da via judicial para retornar ao benef cio pois v no benef cio uma forma de manter a subsist ncia mesmo tendo condi es de exercer uma atividade que possa lhe garantir a renda No que concerne a esp cie de benef cio 61 segurados recebiam o aux lio doen a previdenci rio B31 e 52 segurados recebiam o aux lio doen a acident
143. ha sentido em atender s necessidades b sicas do homem depois adquiriu uma conota o negativa como se fosse uma atividade inferior indicada para os escravos e sem valor algum Com o surgimento da burguesia passou se a valorizar o trabalho e a criticar a vida ociosa Com a industrializa o houve a preocupa o com o trabalho alienado por meio do trabalho mecanizado Em seguida o processo de gest o das organiza es obriga os trabalhadores a desempenharem suas fun es de forma mais racionalizada ou seja passam a seguir as regras estabelecidas por seus chefes Com as transforma es recentes no mundo do trabalho pode se observar um maior envolvimento das pessoas com seu trabalho 28 Na vis o de Borges e Tamayo o trabalho rico de sentido individual e social e por meio dele o indiv duo estrutura sua personalidade e sua identidade deriva um sentido existencial e prov sua subsist ncia Assim os autores abordam o significado do trabalho como uma cogni o subjetiva e social que varia individualmente no processo de atribuir significados mas que tamb m apresenta aspectos que s o socialmente compartilhados na medida em que se associam s condi es hist ricas da sociedade Antunes assertivo ao destacar o que ele entende como determinante ou seja que n o h como supor uma vida cheia de sentido dentro do trabalho sem uma vida dotada de sentido fora dele Desta forma de alguma maneira a vida fora do trabalho e
144. hador Cabia aos especialistas e gerentes o planejamento e ao trabalhador a execu o Marxista Este um per odo de cr tica concep o anterior pois nela o trabalho era visto como alienante explorador humilhante mon tono repetitivo discriminante embrutecedor e submisso Atribui elevada centralidade ao trabalho na vida das pessoas Defende que o trabalho deve ser produtor da pr pria condi o humana expressivo fornecer recompensas de acordo com as necessidades de cada um de conte do criativo e desafiante dignificante de controle coletivo e protegido pelo Estado Compartilha com a concep o capitalista a glorifica o ao trabalho fundamentada na cren a de que a produ o em massa implica avan o qualitativo para a sociedade Gerencialista Per odo de rea o s cr ticas da concep o marxista e de outros movimentos como o anarquismo Tenta conter as insatisfa es de massa as quais t m no sindicalismo uma forma de institucionaliza o Atribui centralidade mais baixa ao trabalho Concep o formada a partir do capitalismo tradicional que prop e a estabilidade no emprego programas assistenciais e ou de benef cios e promo o das rela es interpessoais com o objetivo de amenizar as consequ ncias indesej veis do capitalismo tradicional Centralidade Expressiva Atribui elevada centralidade ao trabalho O trabalho descrito pelo car ter expressivo e rico em conte do para alguns empobrec
145. i tamb m o que teve maior n mero de pessoas que n o retornaram ao trabalho 126 Vacaro e Pedroso afirmam que muitos segurados preferem n o retornar ao trabalho pois mais vantajoso receber o benef cio que em alguns casos supera o sal rio mensal que recebiam na empresa Dessa maneira evidencia se a necessidade de encaminhar o segurado para a Reabilita o Profissional o mais precocemente poss vel conforme destaca a literatura 18 110 111 120 Idade avan ada R4 R7 e R8 de acordo com o relatado pelos ROPs R7 e R8 ser jovem um facilitador do retorno ao trabalho citado anteriormente e ter idade avan ada um dificultador conforme os relatos apresentados a seguir A clientela n o era muito jovem Quem quer empregar uma pessoa com essa faixa et ria e ainda com limita o R4 Quem recebe hoje no mercado de trabalho uma pessoa com 48 anos sem escolaridade que se estagnou O mercado busca uma pessoa mais jovem com sa de que estudou R7 Esses relatos trazem dois componentes importantes pois na verdade n o o fato do indiv duo ter 40 anos ou mais que dificulta o processo de retorno ao trabalho Para legisla o previdenci ria a mulher se aposenta por idade a partir dos 60 anos e o homem a partir dos 65 anos 2 Levando em considera o este fator a pessoa ainda teria entre 20 a 25 anos de trabalho Nesses casos o dificultador a associa o da idade avan ada com o fato da pessoa
146. ia Segurado que transferir o benef cio para outra GEX ou APS 3 98 N o Necessita de Programa de RP Segurado que apresenta condi es f sicas ps quicas e socioprofissionais e n o necessita de PRP por j possuir qualifica o comprovada para outra fun o atividade e experi ncia profissional recente compat vel com os requisitos exigidos pelo mercado de trabalho permitindo sua imediata reinser o no mesmo 64 Caso o segurado seja considerado ineleg vel para o PRP ele encaminhado para a Per cia M dica que ir definir sobre a manuten o do segurado no benef cio de aux lio doen a ou sobre a aposentadoria por invalidez Ap s a elegibilidade o segurado ser encaminhado para a rea administrativa da GEX ou APS para agendar reuni o no Grupo Informativo Gl sendo obrigat ria sua participa o O objetivo deste grupo orientar o benefici rio quanto legisla o s normas institucionais e ao processo de reabilita o profissional Por meio deste processo o segurado recebe informa es que auxiliam sua compreens o sobre o desencadeamento do programa a manuten o do benef cio os atendimentos que receber bem como da import ncia de seu reingresso no mercado de trabalho Caso seja considerado eleg vel para PRP o segurado seguir uma programa o profissional que ser desenvolvida mediante cursos e ou treinamentos na comunidade por meio de contratos acordos e conv nios com institui
147. ia Social AEPS 60 O atendimento dos segurados acontece nas Ag ncias da Previd ncia Social onde est o lotados os Respons veis pela Orienta o Profissional ROP e o Perito M dico 3 3 2 Composi o e Fun es B sicas das Equipes de Reabilita o Profissional O servi o de Reabilita o Profissional deve ser composto preferencialmente por uma equipe multiprofissional especializada em Medicina Servi o Social Psicologia Sociologia Fisioterapia Terapia Ocupacional e outras reas afins ao processo Sempre que poss vel deve funcionar na localidade do domic lio do benefici rio ressalvadas as situa es excepcionais em que este ter direito reabilita o profissional fora dela Estas equipes t m como fun es b sicas do processo de habilita o e reabilita o profissional e A avalia o do potencial laboral e A orienta o e acompanhamento do programa profissional e A articula o com a comunidade para parcerias conv nios e outros com vistas ao reingresso do segurado no mercado de trabalho e E a pesquisa da fixa o no mercado de trabalho 3 3 3 Clientela A clientela encaminhada Reabilita o Profissional dever seguir a seguinte ordem de prioridade o segurado em gozo de aux lio doen a acident rio ou previdenci rio Il o segurado sem car ncia para aux lio doen a previdenci rio portador de incapacidade IIl o segurado em gozo de aposentadoria por
148. ibu dos Gr fico 11 Boxplot da vari vel Sal rio de Benef cio R Sal rio de Benef cio h Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra 101 O Gr fico 11 Boxplot para a vari vel Sal rio de Benef cio mostra que h uma observa o discrepante entre os dados Esta indicada pelo sal rio m ximo correspondente a R 2 973 71 Quanto ao sal rio que o segurado recebia antes de entrar em benef cio a m dia identificada foi de R 1 253 00 sendo o m nimo de R 232 50 e o m ximo de R 9 679 00 A tabela 12 resume os dados Tabela 12 Medidas para o Sal rio Anterior ao Benef cio R Sal rio anterior M ximo 9 679 00 M nimo 232 50 1 Quaritil 550 30 3 Quartil 1 490 00 M dia 1 253 00 Mediana 896 90 Soma 140 382 36 Vari ncia 1 536 354 23 Desvio Padr o 1239 497573 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra A diferen a m dia entre os sal rios anteriores para o sal rio durante o benef cio de R 101 97 O desvio padr o aumentou consideravelmente isso devido ao alto valor do sal rio m ximo Note no gr fico 12 que este valor foi considerado discrepante dos demais pois est indicado com um ponto no gr fico Gr fico 12 Boxplot da Vari vel Sal rio Anterior ao Benef cio R Sal rio anterior e Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesqui
149. ica haja contribu do diretamente para a morte do segurado para redu o ou perda da sua capacidade para o trabalho ou produzido les o que exija aten o m dica para a sua recupera o Il o acidente sofrido pelo segurado no local e no hor rio do trabalho em consequ ncia de a ato de agress o sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho b ofensa f sica intencional inclusive de terceiro por motivo de disputa relacionada ao trabalho c ato de imprud ncia de neglig ncia ou de imper cia de terceiro ou de companheiro de trabalho d ato de pessoa privada do uso da raz o e desabamento inunda o inc ndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de for a maior IIl a doen a proveniente de contamina o acidental do empregado no exerc cio de sua atividade IV o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e hor rio de trabalho a na execu o de ordem ou na realiza o de servi o sob a autoridade da empresa 42 b na presta o espont nea de qualquer servi o empresa para lhe evitar preju zo ou proporcionar proveito c em viagem a servi o da empresa inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacita o da m o de obra independentemente do meio de locomo o utilizado inclusive ve culo de propriedade do segurado d no percurso da resid ncia para o local de trabalho ou deste para aquela qualquer que sej
150. idente do trabalho foi concedido um total de 6 871 benef cios sendo 84 92 para os homens e 15 08 para as mulheres Assim o grupo estudado seguiu a tend ncia de concess o de benef cios em mbito nacional O motivo do afastamento foi identificado por meio da Classifica o Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de CID 10 encontrado no Formul rio de Avalia o do Potencial Laboral FAPL dos prontu rios ou Sistema de Administra o de Benef cios por Incapacidade SABI sendo o principal motivo relacionado s doen as do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo CID do grupo M identificados em 57 segurados O segundo motivo de afastamento foi por les es envenenamento e algumas outras consequ ncias de causas externas CID do grupo S e do grupo T identificados em 27 segurados e o terceiro motivo esteve 91 relacionado aos Transtornos mentais e comportamentais ou pelas Doen as do Sistema Nervoso Central CID do grupo F e do grupo G identificados em 10 segurados Os outros 19 segurados correspondem a grupos menos expressivos No Gr fico 6 poss vel observar a distribui o do diagn stico m dico com base no CID 10 e por sexo Gr fico 6 Distribui o dos segurados por CID 10 e Sexo 35 32 w N w N e H ea N2 de segurados H o 5 5 5 6 3 a E E td A Doen as CeD FeG H Doen as dos Doen asdo J Doen asdo M Doen as d
151. ido para a maioria discriminante em vista do n cleo moderno da economia e da periferia sistematizado inst vel de elevada tecnologia nos setores do n cleo moderno e convivendo com v rios estilos de estrutura e de gest o organizacional As estruturas organizacionais s o mais horizontalizadas Os principais valores s o a expressividade a riqueza de conte do do trabalho e o avan o tecnol gico Centralidade Externa Surgiu concomitantemente concep o anterior Atribui baixa centralidade ao trabalho Defende um trabalho instrumental igualit rio baseado na socializa o de aspectos positivos e negativos do trabalho horizontaliza o instabilidade e um trabalho leve baseado na alta tecnologia e na redu o da jornada de trabalho Toma como principal valor o prazer fora do trabalho por meio do consumo ou de atividades de lazer Fonte Borges e Borges e Yamamoto adaptado pela autora da disserta o Al m do hist rico apresentado no Quadro 2 outros autores tamb m apresentam suas concep es sobre a evolu o do trabalho Entre estes autores pode se citar Alvin Toffler que na obra A Terceira Onda olha a Hist ria como uma 27 sucess o de ondas de mudan a avan ando a certa velocidade Segundo Toffler a primeira onda estaria relacionada revolu o agr cola que come ou por volta de 8000 a C e dominou a terra at 1750 d C a segunda onda teria rela o com a revolu o industri
152. idora do INSS tendo atuado por 02 anos como Respons vel pela Orienta o Profissional na Ger ncia Executiva do Rio de Janeiro Centro 2009 2010 e outros 03 anos na Divis o de Gerenciamento de Atividades de Reabilita o Profissional DGARP 2011 2013 No per odo de Agosto de 2012 a Agosto de 2013 atuou como Chefe da DGARP e teve a oportunidade de compreender de forma mais extensiva s dificuldades operacionais enfrentadas pela equipe de Reabilita o Profissional de todo Pa s A t tulo de esclarecimento esta Divis o tem como fun o orientar acompanhar e supervisionar os procedimentos operacionais das equipes de Reabilita o Profissional do INSS envolvendo aproximadamente 1 000 servidores lotados nas 05 regi es geogr ficas respons vel pelas atividades de an lise e acompanhamento de Boletins Estat sticos acompanhamento da meta f sica n mero de segurados reabilitados celebra o de acordos e conv nios acompanhamento da execu o or ament ria para aquisi o dos recursos materiais dos segurados em Programa de Reabilita o Profissional acompanhamento da pesquisa da fixa o do segurado no mercado de trabalho utiliza o das vagas em cursos profissionalizantes oferecidos por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino T cnico e Emprego Pronatec atualiza o e proposi o de atos normativos capacita o dos servidores gerenciamento dos sistemas informativos acompanhamento dos indicadores da execu
153. ienta o Profissional ROP da GEX DF reabilitou uma m dia de 13 segurados em todo o ano de 2011 pouco mais de 1 segurado por m s Assim h necessidade de um melhor gerenciamento dos casos encaminhados para o servi o de reabilita o profissional como tamb m urge a necessidade de recomposi o da equipe que avalia e presta atendimento a esses segurados com a finalidade de reduzir o n mero dos mesmos aguardando avalia o do potencial laboral fila de espera gastos desnecess rios com segurados que j poderiam ter retornado ao mercado de trabalho oportunamente longo tempo de perman ncia dos segurados aguardando programa o profissional e o baixo n mero de segurados reabilitados Deve se tamb m apurar as dificuldades que os Respons veis pela Orienta o Profissional ROP enfrentam com a finalidade de promover a reabilita o profissional dos segurados encaminhados para este servi o O estudo permitiu observar que em 22 anos foram registrados no servi o de Reabilita o Profissional 955 296 segurados e destes apenas 33 10 316 269 segurados foram considerados reabilitados Ademais em 2011 no mercado formal existiam apenas 32 704 reabilitados Desta maneira pode se afirmar com base na literatura e nas entrevistas realizadas com os segurados e com os respons veis pela orienta o profissional que h necessidade urgente de investimentos no Servi o de Reabilita o Profissional n o s da GEX DF mas de tod
154. ilita o Profissional Cadastro Nacional de Informa es Sociais Centro de Refer ncia em Sa de do Trabalhador Centro de Reabilita o Profissional Centro de Refer ncia em Sa de do Trabalhador Classifica o Brasileira de Ocupa es Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados com a Sa de Classifica o Internacional de Funcionalidade Classifica o Nacional de Atividades Econ micas Comiss o Permanente de Reabilita o Profissional da Previd ncia Social Comunicado de Acidente de Trabalho Coordena o de Reabilita o Profissional Coordena o Geral de Planejamento e Gest o Estrat gica Coordena o Geral de Servi os Previdenci rios e Assistenciais Departamento Nacional de Previd ncia Social depois de Cristo Diretoria de Benef cios Diretoria de Sa de Do Trabalhador Divis o de Gerenciamento de Atividades de Reabilita o Profissional Equipe de Reabilita o Profissional na Ag ncia da Previd ncia Social Faculdade de Ceil ndia Fundo de Garantia por Tempo de Servi o Ger ncia Executiva do Distrito Federal Grupo Informativo ndice de Segurados Reabilitados Instituto Nacional de Previd ncia Social Instituto Nacional de Seguro Social Institutos de Aposentadoria e Pens es Lei Or ament ria Anual Les es por Esfor os Repetitivos Medicina do Trabalho Minist rio da Previd ncia Social Minist rio da Sa de PME PNSTT PRP Pronatec RP RGPS RET da
155. inayo Gomez e Thedim Costa apesar de o importante avan o no campo conceitual ainda hoje predominante a atua o da Medicina do Trabalho e da Sa de Ocupacional o que evidencia a dist ncia entre a produ o do conhecimento e sua aplica o especialmente em um campo que confronta a busca de solu es com interesses econ micos que n o est o preocupados com a garantia da dignidade e da vida no trabalho Ap s apresentar os conceitos da rea de sa de do trabalhador enquanto um campo de pesquisa que estuda a rela o sa de doen a dentro do processo produtivo e de um processo social cabe uma melhor compreens o sobre essa rela o dicot mica 2 2 RELA O ENTRE TRABALHO E SA DE DOEN A A rela o entre o trabalho e a sa de doen a por muito tempo n o foi debatida e segundo Minayo Gomez e Thedim Costa no trabalho escravo ou no regime servil inexistia a preocupa o em preservar a sa de dos que eram submetidos ao trabalho interpretado como castigo ou estigma Para Assun o a rela o sa de e trabalho n o se limita apenas aos acidentes doen as e ao sofrimento Trata se de uma rela o em que o trabalhador constr i sua sa de no pr prio trabalho pois um espa o que permite dentro de suas possibilidades que ele desenvolva suas habilidades expresse emo es reafirme sua autoestima se relacione com o outro desenvolva sua personalidade construa a sua hist ria e a sua identidade social O estu
156. ional e ainda assim parte desses segurados s o considerados ineleg veis para seguir o PRP como ser observado adiante 62 Gr fico 1 Evolu o das Per cias M dicas realizadas e o registro no Servi o de RP 1990 a 2011 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 E Per cias M dicas Realizadas E Clientes Registrados na RP Fonte Adaptado de AEPS 2011 Dentre as situa es desfavor veis para o encaminhamento RP est o doen a com progn stico reservado ou ainda n o definido fratura n o consolidada confirmada por meio de exame de imagem p s operat rio recente gesta o de alto risco ou pr termo doen a em fase de descompensa o e segurados que se enquadrem nos crit rios de sugest o de aposentadoria por invalidez 3 3 5 Fluxo do Processo de Reabilita o Profissional O fluxo do processo da RP tem in cio na APS com a avalia o do segurado pelo Perito M dico que ir descrever as altera es an tomo funcionais para o desempenho de fun o definindo o potencial laboral apresentado pelo segurado e o ROP ir avaliar os aspectos s cio profissionais do segurado Ap s estas avalia es ser agendada reuni o de Avalia o Conjunta entre o Perito M dico da RP o ROP e o segurado a fim de verificar a elegibilidade ou n o do segurad
157. ita o profissional pois em 2001 existiam 79 unidades em 66 Ger ncias Executivas al m de intensifica o das parcerias para ampliar as possibilidades de reinser o no mercado de trabalho Os objetivos secund rios seriam racionalizar custos e evitar o deslocamento do trabalhador para outras cidades Nos n cleos de avali o os m dicos peritos e orientadores profissionais iriam trabalhar juntos para avaliar e definir o potencial laboral de cada trabalhador com vistas a orientar o programa de reabilita o Este programa foi normatizado pelo INSS por meio das Orienta es Internas Ol n 63 65 e 69 DIRBEN INSS de 2002 e pela Ol n 116 INSS DIRBEN de 1 06 2005 Por m conforme Cannalonga esse projeto tamb m foi bastante criticado principalmente pela desativa o dos Centros de Reabilita o Profissional e pela falta de recomposi o das equipes de atendimento mas alguns aspectos se mostraram extremamente positivos tais como o envolvimento dos Peritos M dicos na condu o dos programas e a extens o do atendimento para outros locais ao inv s da concentra o apenas nas grandes cidades Em 2008 iniciou se a constru o do Projeto de Revitaliza o da RP proposto pelo Minist rio da Previd ncia Social MPS com alguns pontos norteadores entre eles aumento dos recursos humanos forma o continuada para as equipes melhoria da infra estrutura para atendimento agilidade dos conv nios e termos de coopera o ta
158. iva em 1995 de lan ar um Plano de Moderniza o normatizado na Resolu o INSS PR n 424 de 07 de Mar o de 1997 onde foram criadas unidades executivas de reabilita o com equipes volantes e de extens o com vistas a levar o servi o o mais pr ximo poss vel da clientela e aumentar a capacidade de atendimento valendo se do estabelecimento de parcerias com as demais reas do Seguro Social e com entidades da sociedade 55 civil Por m devido falta de investimentos do governo os Centros de Reabilita o Profissional CRPs e os N cleos de Reabilita o Profissional NRPs tiveram suas instala es f sicas sucateadas com uma brutal car ncia de recursos humanos levando a total desativa o dos servi os prestados nesses locais e a transforma o do modelo de aten o de reabilita o profissional no Programa Reabilita um subprograma das per cias m dicas das ag ncias de benef cios da Previd ncia Social Em 2001 foi lan ado o Programa Reabilita que tinha por objetivos a descentraliza o do atendimento para as Ger ncias Executivas do INSS com uma equipe de coordena o e equipes de execu o e mais tarde para as Ag ncias da Previd ncia Social APS buscando integra o com os demais servi os e a per cia m dica aumento da capilaridade com a proposta de se fazer presente em cada uma das 100 Ger ncias Executivas do INSS com pelo menos um n cleo de avalia o e acompanhamento dos segurados na reabil
159. ivos rea de Reabilita o Profissional Manual muito bem feito detalhava bem todas as atribui es R3 Segundo Matsuo observou se que existia diferen a no atendimento dos acidentados entre os t cnicos de um mesmo setor ainda que existisse um manual da reabilita o profissional por m a falta de um procedimento uniforme n o parecia comprometer o resultado da reabilita o Outrossim nos relatos das entrevistas do estudo de Bregalda as respons veis pela reabilita o profissional apontam a falta de uniformiza o dos procedimentos t cnico operacionais de uma Ag ncia da Previd ncia Social para outra e dificuldade em realizar algumas a es conforme previstas no manual 5 3 6 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS Este foi o item em que foram apontados a maior quantidade de aspectos que dificultam o processo de retorno ao trabalho dos segurados atendidos pelos Respons veis pela Orienta o Profissional e est o relacionados efetiva a o do Estado em adotar uma Pol tica de Reabilita o Profissional e falta de investimento no servi o prestado atualmente 132 Falta de aquisi o de recursos materiais para o PRP R1 R2 R3 R4 R5 e R7 Este foi o dificultador mais apontado pelos ROPs pois tem impacto direto sobre os atendimentos e o que tem resultado em uma maior concentra o de segurados em Programa de Reabilita o Profissional aguardando principalmente a
160. l Quanto ao segurado de n vel superior a dificuldade relatada pelos ROPs que por ser mais esclarecido o segurado n o aceita ser encaminhado para realizar uma atividade aqu m de seu conhecimento mas a an lise do perfil s cio demogr fico e ocupacional mostrou que estes segurados estiveram em uma m dia de tempo afastados do trabalho menor que o segurado de baixa escolaridade e ap s 01 ano do PRP eram os que tinham a maior frequ ncia de perman ncia no trabalho Ademais a literatura indica que quanto maior o n vel de escolaridade maiores s o as possibilidades de retorno ao mercado de trabalho Longo per odo de afastamento e acomoda o ao benef cio R1 R2 R4 e R7 Infelizmente esse um dado que foi frequente em toda a amostra do estudo pois a m dia de tempo do afastamento do trabalho foi superior a 05 anos Os segurados chegam RP com v cios por conta do longo per odo de afastamento A maioria dos segurados j chega com o quadro estabilizado mas quer se aproveitar da sequela o m ximo poss vel O segurado n o enxerga as potencialidades que tem R1 uma choradeira quando sabem que ser o desligados pois o segurado acha que sal rio e n o benef cio R2 Segurado v no Bl uma complementa o da renda pois acaba fazendo outra coisa por fora R7 Para B ltmann et al o grupo que ficou mais tempo recebendo a compensa o financeira e passou mais tempo afastado do trabalho fo
161. l de Doen as CID 10 06 segurados apresentavam doen as do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo CID do grupo M seguido de 04 segurados que sofreram les es envenenamento e algumas outras consequ ncias de causas externas CID do grupo S e do grupo T 02 segurados apresentavam doen as dos olhos e anexos CID do grupo H e 01 segurado apresentava doen a do aparelho circulat rio e Ramo de atividade conforme a classifica o por Setor da Atividade Econ mica SAE 08 segurados eram do setor de Servi os 03 segurados eram do setor da Constru o e 02 segurados eram do setor da Ind stria f Via de encaminhamento 12 segurados foram encaminhados pela Per cia M dica do INSS e 01 segurado foi encaminhado pela via judicial Vara de A es Previdenci rias do Distrito Federal VAP DF g Faixa et ria a m dia foi de 43 anos sendo que 07 segurados tinham entre 40 a 49 anos 03 segurados tinham entre 30 a 39 anos e 03 segurados tinham entre 50 a 59 anos h Escolaridade 01 segurado tinha o ensino fundamental completo 05 segurados possu am o ensino fundamental incompleto 03 segurados apresentavam o ensino m dio completo 02 segurados tinham o ensino m dio incompleto 01 segurado 106 possu a o ensino superior completo e 01 segurado apresentava o ensino superior incompleto Estado Civil 08 segurados eram casados 04 segurados estavam solteiros e 01 segurado era vi vo Situa o empregat cia 10 estavam empreg
162. lor foi de 0 59 maior que 0 05 ou seja aceitamos a hip tese nula com 95 de confian a de que as m dias de tempo de trabalho na empresa n o diferem significantemente para os que retornaram e para os que n o retornaram Tabela 14 Tempo de Trabalho na Empresa x Retorno ao Trabalho Mann Whitney com 5 de signific ncia Hip tese nula P valor Decis o A m dia de tempo de trabalho na empresa a 0 59 Aceita a hip tese mesma para quem retornou e n o retornou nula Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra O teste de Mann Whitney usado para a compara o de dois grupos independentes 104 Constatou se que os segurados que estavam h mais tempo na empresa m dia de 397 08 meses ao t rmino do PRP se aposentaram ou voltaram para o benef cio talvez na expectativa de serem aposentados por invalidez Os segurados que estavam h menos tempo trabalhando na empresa ao t rmino do PRP um total de 53 segurados m dia de tempo na empresa de 174 58 meses estavam empregados e 06 segurados m dia de tempo na empresa de 148 87 meses estavam desempregados Este resultado tamb m foi evidenciado no estudo de Sard Junior et al que identificou que a cada ano a mais de trabalho na empresa a raz o de chances odds ratio para o retorno ao trabalho diminui 6 Assim em s ntese o perfil da amostra deste estudo foi caracterizado predominantemente por trab
163. lta de integra o entre os objetivos do Programa de Reabilita o Profissional por parte do INSS e as empresas O INSS atrav s do trabalho de seus profissionais percebido como facilitador no processo de reabilita o que por sua vez desconsiderado pelas empresas De acordo com os depoimentos dos segurados os fatores que dificultaram a adapta o ao novo trabalho foram exercer uma fun o com a qual n o se identificavam a reorganiza o de hor rios para refei es forma o de v nculo com colegas novos acomoda o por ficar muito tempo em casa medo do retorno ap s tanto tempo de afastamento recoloca o em setores onde precisavam trabalhar sozinhos sem comunica o com outros trabalhadores aceita o dos limites impostos em fun o da doen a ou acidente no trabalho Dentre os aspectos que promoveram o retorno os participantes relataram que o relacionamento com chefias e colegas foi um elemento facilitador de seu processo de reingresso empresa as fam lias mostraram se acolhedoras em rela o ao per odo em que os participantes ficaram afastados e ao mesmo tempo deram est mulo para que estes retornassem para suas atividades laborativas ap s a conclus o da reabilita o no INSS Ap s apresentar os aspectos facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho na literatura nacional e internacional no pr ximo cap tulo ser apresentado o percurso metodol gico deste trabalho a fim de atingir os objetivos p
164. luir que a vari vel esp cie de benef cio e retorno s o associadas Como o Coeficiente de Conting ncia igual a 0 1958 ent o se pode dizer que existe associa o por m essa associa o fraca Assim ainda que a associa o constatada nesta pesquisa seja considerada fraca poss vel que o maior retorno ao trabalho de segurados que recebiam o aux lio doen a acident rio B91 em compara o com o grupo de segurados que recebiam o aux lio doen a previdenci rio B31 se deve pela garantia de 90 estabilidade de 12 meses determinadas no Artigo 18 da Lei N 8213 9122 ao trabalhador afastado por acidente de trabalho conforme mencionado no cap tulo sobre Sa de do Trabalhador desta disserta o Quanto ao sexo 79 eram do sexo masculino e 34 do sexo feminino No Gr fico 5 mostrada a distribui o por esp cie de benef cio e sexo dos segurados Gr fico 5 Distribui o dos segurados por esp cie de benef cio e sexo E Femino E Masculino B31 Aux lio Doen a B91 Aux lio Doen a Previdenci rio Acident rio Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra No que se refere maior concess o de aux lios doen as por sexo em 2011 segundo o Anu rio Estat stico da Previd ncia Social foram concedidos 2 022 613 benef cios por aux lio doen a previdenci rio sendo 53 04 para os homens e 46 96 para as mulheres Quanto ao aux lio doen a por ac
165. m base na An lise de Conte do de Laurence Bardin Resultados em s ntese o perfil da amostra deste estudo foi caracterizado predominantemente por trabalhadores do sexo masculino casados com ensino m dio completo idade m dia de 47 anos do ramo de atividades dos Servi os empregado na mesma empresa h mais de 8 anos e com sal rio m dio de R 1 253 00 Estavam afastados do trabalho h mais de 5 anos tendo como motivo principal as doen as do sistema osteomuscular CID 102 do grupo M recebendo benef cio por aux lio doen a previdenci rio B31 no valor m dio de R 1 151 08 Observou se que ao t rmino do PRP dos 113 segurados apenas 53 permaneceram empregados e ap s 1 ano do PRP este n mero foi reduzido para 45 segurados em exerc cio da atividade laboral Conclus es A an lise dos facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho do segurado reabilitado pelo INSS mostrou que h necessidade urgente de investimentos no Servi o de Reabilita o Profissional n o s da GEX DF mas de todo o INSS para que se consiga garantir o direito ao segurado de um retorno digno e efetivo ao mercado de trabalho bem como oferecer melhores condi es de trabalho para a equipe que operacionaliza este servi o Palavras Chave Reabilita o Profissional Seguro Social Retorno ao Trabalho ABSTRACT The present work has as its central theme the removal of the employee work environment either by disease or accident at work as well as
166. m como uma nova proposta de aten o sa de dos trabalhadores e interven o nos ambientes de trabalho Partindo da an lise que a sa de faz parte de um processo hist rico social Ribeiro adverte que n o h como pensar em sa de do trabalhador de forma desconectada das discuss es sobre as transforma es do mundo do trabalho Assim Mattos ressalta ser este um modelo que surgiu em pa ses desenvolvidos a partir de movimentos sociais organizados de car ter participativo em detrimento do modelo tecnicista comum nas abordagens anteriores que apresentava defici ncias quanto ao atendimento a suas demandas Entre essas defici ncias Lacaz aponta que escapava Medicina do Trabalho Sa de Ocupacional MT SO a capacidade de considerar outras rela es que envolvem a quest o da organiza o divis o do trabalho como o ritmo e a dura o da jornada o trabalho em turnos a hierarquia a divis o e o conte do das tarefas o controle e esquemas para eleva o da produtividade e as pr prias campanhas para redu o dos acidentes de trabalho Entre outras limita es do esquema da MT SO estava ainda dificuldade em lidar com as doen as de car ter mais complexo que s relacionadas s doen as profissionais cl ssicas consideradas de causalidade simples ou mono causal Dentre as doen as de car ter mais complexo cita as cardiovasculares as doen as psicossom ticas e as doen as mentais Lacaz ressalta que a Sa de
167. m o consequente reemprego e deveria acontecer sob a responsabilidade de especialistas em medicina f sica psicologia servi o social orienta o profissional e mercado de trabalho cujas atividades deveriam ser permanentemente articuladas num sistema de equipe durante todo o processo Outro destaque para o decreto supracitado est na cria o dos Centros de Reabilita o Profissional e na reserva de vagas pelas empresas para atender aos casos de benefici rios reabilitados Nos Centros de Reabilita o Profissional CRPs os benefici rios tinham acesso a todos os recursos terap uticos necess rios com grandes estruturas f sicas equipamentos de fisioterapia e terapia ocupacional de alto custo e um grande contingente de profissionais J os N cleos de Reabilita o Profissional 54 NRPs eram unidades menores com uma ou duas equipes que referenciavam para os CRPs os casos de maior complexidade J em 1963 por meio do decreto n 53 264 foi decretado que a reabilita o profissional dos benefici rios da Previd ncia Social seria prestado em regime de comunidade tendo em vista que o baixo quantitativo de benefici rios n o justificavam a implanta o de servi os de reabilita o profissional em todos os Estados e considerando tamb m o reduzido n mero de especialistas em reabilita o profissional existente no mercado de trabalho brasileiro Assim foi criado o Departamento Nacional de Previd ncia Social DNPS e a C
168. m rela o s mulheres No que se refere aos afastamentos por transtornos mentais foram encontrados 10 casos que retornaram sendo 5 homens e 5 mulheres e ap s 1 ano de PRP apenas 1 homem e 1 mulher estavam empregados Poucos s o os estudos referentes preval ncia do sexo e retorno ao trabalho de indiv duos com transtornos mentais por m h estudos que indicam maior preval ncia destes transtornos no sexo feminino 30 181 192 No Gr fico 7 pode ser observado que o maior tempo de afastamento corresponde ao grupo M do CID 10 seguido do grupo S e T e em terceiro lugar o grupo F e G Gr fico 7 Tempo de Afastamento do Trabalho x CID 10 4500 4000 3500 3000 2500 2000 E M nimo E M dia 1500 B M ximo Tempo de Afastamento em dias 1000 500 A Doen as J Doen as CeD H Doen as Doen as FeG SeT Les es M DORT Infecciosas do Aparelho Neoplasias dosolhose do Aparelho Transtornos e Traumas Respirat rio ouvidos Circulat rio Mentais e Doen as do SNC Classifica o Internacional de Doen as CID 10 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Em rela o faixa et ria a preval ncia esteve na faixa dos 40 aos 49 anos A m dia de idade do segurado ao ser desligado do PRP foi de 47 anos sendo a m nima de 25 anos e a m xima de 62 anos Gr fico 8 93 Gr fico 8 Distribui o dos segurados por faixa et ria e sexo
169. ma es que t m atingido as organiza es e os mundos do trabalho Ap s reconhecer que o trabalho surge com significados e sentidos variados e que portanto ir influenciar na forma como o indiv duo avalia o seu ambiente laboral importante refletir sobre o nexo do trabalho com a sa de do indiv duo Dessa forma no pr ximo cap tulo ser discutido sobre a sa de do trabalhador 30 CAP TULO 2 A SA DE DO TRABALHADOR ensTT BRASIL ET ma aux lio doen a agi a SAUE nesses e tis ambientes segundo mms Sa de cs Esta stco trabalhadores Previd ncia acidente doen as Social doen a acidentes EE o EE Ta a segurado pd are exerc cio trab A hist ria da evolu o do trabalho envolve grandes conquistas para o Ja trabalhador em rela o ao modo de produzir nos ambientes na gest o e na organiza o do processo de trabalho na legisla o na produ o de conhecimento cient fico na interlocu o que envolve os trabalhadores empresas e o Estado entre tantos outros aspectos Por m apesar de v rias conquistas estamos vivendo um processo de retrocesso em tempos da flexibiliza o e precariza o do trabalho Existe a expectativa de mudan as ap s a institui o da Pol tica Nacional de Seguran a do Trabalhador e da Trabalhadora PNSTT em 2012 que pretende promover n o s a preven o dos riscos dos acidentes de trabalho mas tamb m a es de vigil ncia a
170. me Lei 8 666 93 3 3 7 Indicadores da rea de Reabilita o Profissional Para avaliar o desempenho do servi o de Reabilita o Profissional existem dois indicadores O primeiro denominado de ndice de Segurados Reabilitados ISR feito a partir do c lculo do n mero de segurados reabilitados dividido pelo n mero de segurados eleg veis para o programa multiplicados por 100 Se o ISR for menor que 20 ent o ser considerado cr tico se estiver entre 20 a 49 ent o se exige aten o e se estiver entre 50 a 100 ent o ser considerado bom 69 O segundo indicador serve para mensurar o tempo que um segurado permanece em processo de Reabilita o Profissional conhecido por Tempo M dio de Perman ncia do Segurado em Processo de Reabilita o Profissional TMPRP O c lculo deste ndice realizado com o somat rio dos tempos entre a data do encaminhamento ao Servi o de Reabilita o Profissional e a data do desligamento do Programa de Reabilita o Profissional dividido pelo n mero de segurados benefici rios desligados da Reabilita o Profissional na compet ncia mensal do desligamento 3 3 8 Sistemas Informativos da rea de Reabilita o Profissional Al m dos indicadores que avaliam o desempenho mensal das equipes o servi o ainda conta com o Sistema de Reabilita o Profissional SRP que tem por objetivo informatizar o servi o de Reabilita o Profissional e propiciar a obten o d
171. mita es e dores geradas pela doen a ou acidente o temor de n o conseguir prover a fam lia entre outros Cabral et al alerta para a quest o da instabilidade do mercado de trabalho no Brasil com pouca oferta de emprego o que pode gerar inseguran a e medo de retornar ao trabalho Ter baixa escolaridade ou n vel superior R2 R3 R5 e R7 Os ROPs relataram que quando o segurado possu baixa escolaridade muito dif cil promover o retorno a menos que a empresa de v nculo ofere a uma fun o compat vel ou que o segurado tenha experi ncia profissional em outra fun o caso contr rio o segurado orientado a melhorar sua escolaridade para posteriormente ser encaminhado para um curso profissionalizante que o qualifique para uma nova fun o 125 A falta de escolaridade ou muita escolaridade pois quando reabilitado n o tem como receber mais Ex Motorista de Onibus e o caixa de banco R3 Quem tem curso superior orientado por advogado e se sentem diminu dos caso tenham que fazer curso t cnico R2 Em regra quanto mais baixa a escolaridade mais dif cil o segurado ter motiva o R8 Saldanha identificou que a baixa escolaridade se constituiu em uma barreira para o retorno ao trabalho Outrossim Toldr e cols evidenciaram que a baixa escolaridade dos trabalhadores inviabilizou os processos de re educa o re qualifica o profissional e a re adapta o profissional e socia
172. mpo as chefias e os colegas esqueciam de suas limita es e acabavam por desconsiderar este aspecto 5 2 6 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa Foi solicitado aos segurados que indicassem de acordo com a experi ncia vivenciada por eles no processo de retorno ao trabalho os facilitadores em rela o empresa que trabalhavam Na vis o dos segurados uma empresa que facilita o retorno ao trabalho aquela que Receptiva em que os chefes e colegas acolhem o trabalhador que estava afastado S1 S2 S3 S4 S5 S6 S9 S10 S11 S12 S13 O lado bom que a empresa me aceitou mesmo sabendo que eu n o estava bem S1 A gerente gostava muito de mim e dos meus servi os me estimulou a voltar a estudar foi sempre muito prestativa Permitiu que eu voltasse a trabalhar fazendo outro servi o S2 Fui cercado de carinho profissional A minha empresa uma m e disfar ada de irm Fez de tudo para me colocar em um ambiente onde eu pudesse desenvolver o meu trabalho O gerente daquela rea queria saber se eu estava bem J tinha o plano B e essa porta do plano B ainda existe A minha empresa foi t o h bi Eu cuido de um pr dio de 24 andares porque eu n o fui alijado do processo nem pelo banco nem pelo INSS O banco em momento algum me empurrou morro abaixo nunca me tratou como um demente tamb m n o S3 O que ajuda muito a quando voc chega num ambiente que as pe
173. mpo de afastamento do trabalho A constata o que o setor de Servi os onde esteve concentrada 75 da amostra e destes 50 permaneceram afastados do trabalho de 1 a 5 anos Tabela 10 Setor da Atividade Econ mica X Tempo de Afastamento do Trabalho Setor de Atividade Econ mica Tempo g o l Servi os de Total Agropecu ria Constru o Ind stria Servi os Utilidade P blica Menor que 1 ano 0 0 1 1 0 2 1 a5 anos 1 6 5 43 0 55 5a 10 anos 0 9 3 34 2 48 Maior que 10 anos 0 1 0 7 0 8 Total 1 16 9 85 2 113 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra 100 Em 2011 o sal rio m dio de benef cio pago a estes segurados foi de R 1 151 03 sendo o m nimo de R 267 33 e o m ximo de R 2 973 71 As estat sticas que resumem os dados para a vari vel Sal rio de Benef cio est o na Tabela 11 Tabela 11 Medidas para o Sal rio de Benef cio R Sal rio de Benef cio M ximo 2 973 71 M nimo 267 33 1 Quartil 636 24 3 Quartil 1 558 37 M dia 1 151 08 Mediana 1 108 52 Soma 122 009 01 Vari ncia 372 302 19 Desvio Padr o 610 16 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Note que os sal rios variam em m dia R 610 16 em torno da m dia Existe tamb m uma diferen a grande entre o sal rio m ximo e o m nimo R 2 973 71 e 267 33 respectivamente O Gr fico 11 ilustra melhor a forma como os dados est o distr
174. na empresa S5 O INSS negou o aux lio acidente mas j est ajuizado com uma turma de colegas que tamb m foram reabilitados S6 Quanto diferen a salarial este fato se explica por ser o aux lio doen a calculado com base nas contribui es realizadas pelos segurados durante a vida laboral e quanto maior a contribui o maior tamb m ser o c lculo do benef cio Da a import ncia de se manter as contribui es para o Regime Geral da Previd ncia Social em dia De acordo com a Lei 8 213 91 art 61 o aux lio doen a consiste numa renda mensal correspondente a 91 noventa e um por cento do sal rio de benef cio Nos casos que se tratar de aux lio doen a ou aux lio acidente o artigo 32 do Decreto N 3 048 99 define que o sal rio de benef cio consiste na m dia aritm tica simples dos maiores sal rios de contribui o correspondentes a oitenta por cento de todo o per odo contributivo E segundo o par grafo 3 do mesmo artigo o valor do 119 sal rio de benef cio n o ser inferior ao de um sal rio m nimo nem superior ao limite m ximo do sal rio de contribui o na data de in cio do benef cio Barreto relata as dificuldades enfrentadas pelo trabalhador que adoece e necessita se afastar do trabalho Entre estes temores est o de ir para Caixa que significa receber o benef cio do INSS ou seja receber um sal rio menor Em rela o ao longo tempo de espera para ser atendido
175. no ao Trabalho em Rela o ao Segurado 5 3 3 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa 5 3 4 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa 5 3 5 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS 5 3 6 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS 5 3 7 Outros Facilitadores 5 3 8 Outros Dificultadores 6 CONSIDERA ES FINAIS 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ANEXOS ANEXO l Roteiro de Entrevista para o Segurado Reabilitado ANEXO II Roteiro de Entrevista para os Respons veis pela Reabilita o Profissional do INSS ANEXO III Autoriza o da DIRSAT para pesquisa ANEXO IV Parecer do Comit de tica em Pesquisa ANEXO V Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para o grupo de segurados reabilitados ANEXO VI Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para o grupo de Respons veis pela Orienta o Profissional 122 122 124 127 128 130 131 136 136 140 145 159 159 160 161 162 164 166 17 INTRODU O O presente trabalho tem como tema central o afastamento do trabalhador do ambiente laboral seja por doen a ou acidente de trabalho bem como o retorno deste s suas atividades laborativas ap s passar pelo Programa de Reabilita o Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social INSS O interesse e a disponibilidade para o esmiu amento do tema proposto devem se motiva o profissional da pesquisadora pois a mesma serv
176. nsino Fundamental Incompleto M dia E 52 17 1167 38 22 47 83 2065 53 Ens M dio Completo Incompleto Alta Ensino Superior Completo Ensino 12 57 15 1730 8 9 42 85 2033 89 Superior Incompleto Especializa o Total 51 54 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Assim relacionando os que conseguiram permanecer no trabalho e os que n o conseguiram se manter no trabalho pode se concluir neste estudo que quanto maior o n vel de escolaridade mais frequente foi a perman ncia na empresa de v nculo em rela o aos segurados com menor n vel de escolaridade ap s 1 ano da participa o no PRP A m dia do tempo de afastamento dos segurados com baixa escolaridade em rela o s demais tamb m foi maior tanto no grupo que permaneceu quanto aqueles que n o conseguiram permanecer na empresa de v nculo Esta constata o tamb m foi obtida na pesquisa de Abreu e Ribeiro em que o resultado da rela o entre escolaridade e tempo de afastamento indicou que quanto menor o n vel escolar maior foi o tempo de afastamento No estudo de Cabral et al 1 constatou se que trabalhadores com maior n vel de escolaridade t m mais chance de mudar de trabalho ou emprego comparados queles em desvantagem educacional Em rela o ao ramo de atividade os segurados em sua grande maioria eram provenientes de empresas voltadas ao ramo de transporte armazenagem e cor
177. nt o a preven o deve se dar a partir de mudan as na organiza o de situa es de trabalho concretas Essa autora ressalta que o ato da preven o exige uma transforma o social para se pensar em interven es que tenham como finalidade a redu o das doen as relacionadas ao trabalho sua g nese gravidade bem como em rela o quantidade de acometidos e por fim na exclus o que elas geram Apesar da necessidade de preven o Minayo Gomez e Thedim Costa destacam que o Estado n o tem conseguido exercer seu papel de promover a sa de do cidad o que trabalha visto no esfor o isolado de alguns profissionais que se articulam em programas de sa de do trabalhador centros de refer ncia e atividades de vigil ncia ou em sucess es de novas administra es que n o priorizam os investimentos na sa de do trabalhador Por outro lado segundo Minayo Gomez e Thedim Costa o contexto atual faz com que o indiv duo passe a resistir sua condi o de doente pelo medo de perder o emprego que garante sua subsist ncia somado a outros constrangimentos que surgem durante o per odo de afastamento do trabalho Essa postura faz com que o trabalhador ignore os ind cios de agravamento de sua sa de bem como se sinta inibido ou postergue a busca pelo direito de ter garantido sa de no trabalho Barreto denuncia que a empresa diante da doen a mant m o sil ncio n o reconhece o nexo causal com o trabalho e ainda leva o trabalhado
178. nto na rea de presta o de assist ncia m dica como de educa o qualifica o profissional agiliza o dos processos licitat rios para 56 aquisi o de rteses e pr teses e articula o com rg os e institui es que fazem interface com a rea de RP tais como Minist rio do Trabalho e Emprego MTE Inspe o do Trabalho Fundacentro Estudos Pesquisas e Forma o Minist rio da Sa de MS Centros de Refer ncia de Sa de do Trabalhador CEREST e Vigil ncia Sanit ria SUS Minist rio P blico do Trabalho MPT TAC e outros visando identificar os principais problemas de sa de do trabalhador bem como os setores e empresas com maior ndice de afastamentos possibilitando uma a o preventiva nestas empresas Sobre a constru o do Projeto de Revitaliza o da RP Cannalonga menciona que o maior ganho com o novo projeto foi a retomada da Reabilita o Profissional como pol tica de atua o do Minist rio da Previd ncia Social MPS Dentre as a es desenvolvidas pelo MPS com o Projeto de Revitaliza o da RP podem ser destacadas a contrata o de 100 novos servidores Analistas do Seguro Social com forma o em Terapia Ocupacional e a implanta o em S o Paulo do Projeto Piloto de Revitaliza o da Reabilita o Profissional que propiciou a celebra o de conv nios entre o Minist rio da Previd ncia Social MPS o INSS e institui es como a Associa o para Valoriza o e P
179. o E dif cil mesmo a gente fica com os p s e m os atadas Fica muito dif cil de trabalhar a gente se desmotiva R7 141 em 91 das Ger ncias Segundo relat rio do Tribunal de Contas da Uni o Executivas o n mero de servidores n o suficiente para atender a demanda existente Na poca existiam 508 Orientadores Profissionais para atender cerca de 1200 APS existentes em todo o Brasil O relat rio ainda informou que desde 1980 n o havia concursos para recomposi o de profissionais para esta rea Em 2008 o INSS contratou 100 servidores com forma o em Psicologia e Terapia Ocupacional para atuarem como orientadores profissionais e em 2009 seriam contratados os Assistentes Sociais Falta de acordos e conv nios locais para promo o do PRP R1 R2 R6 e R8 Para os ROPs na aus ncia de aquisi o de recursos materiais uma solu o seria celebrar acordos e conv nios que tivessem como objetivo atender a clientela que necessita de eleva o da escolaridade e realizar cursos profissionalizantes Falta de conv nios de n vel nacional ex Correios Funda o Educacional e Sistema S R6 Falta de coopera o t cnica com empresas EJA e sistema S 7O dos segurados que eu tinha era de 1 a 72 s rie A orienta o era para encaminhar para o EJA mas cada s rie dura 6 meses e n s trabalhamos com indicadores como deixar o segurado tanto tempo na planilha A falta de conv nio era um dificultador R8 1
180. o SeT Les es e Infecciosas Neoplasias Transtornos olhos e ouvidos Aparelho Aparelho Sistema Traumas Mentais e Circulat rio Respirat rio Osteomuscular e Doen as do SNC do Tecido Conjuntivo Grupo CID 10 H Sexo F E Sexo M Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Ao relacionar o sexo com o diagn stico m dico o principal motivo de afastamento da amostra tanto em mulheres quanto em homens foram as Doen as do Sistema Osteomuscular CID do grupo M contabilizando 57 segurados As informa es de mbito nacional encontradas no Anu rio Estat stico da Previd ncia Social tamb m registram esta evid ncia pois dos tr s principais motivos de maior afastamento do trabalho no Pa s as doen as relacionadas ao CID do Grupo M tiveram um total de 336 455 pessoas sendo 181 490 homens e 154 965 mulheres O CID do Grupo S e T contabilizou um total de 258 300 pessoas sendo 201 067 homens e 57 233 mulheres por fim o CID do Grupo F e G teve um total de 203 865 pessoas afastadas sendo 99 405 homens e 104 460 mulheres Observa se que nesse ltimo grupo o n mero de mulheres esteve acima do n mero de homens afastados De acordo com Saldanha nos casos de LER DORT as evid ncias sobre a rela o do sexo e retorno ao trabalho ainda s o insuficientes 92 Quanto aos casos de traumas ou les es o estudo de Silva tamb m apontou a preval ncia de retorno ao trabalho em homens e
181. o e ocupacional dessa amostra foram consideradas as seguintes vari veis via de encaminhamento diagn stico pericial Classifica o Internacional de Doen as CID 10 esp cie de benef cio sexo faixa et ria escolaridade estado civil ramo de atividade tempo de trabalho na empresa anos tempo de afastamento do trabalho anos faixa de sal rio antes do benef cio e faixa de sal rio do benef cio No que diz respeito ao tipo de encaminhamento para o servi o de Reabilita o Profissional a preval ncia foi de segurados encaminhados pela Per cia M dica do INSS correspondendo a 66 37 do total conforme tabela 3 Tabela 3 Via de encaminhamento para o PRP 88 Via de Encaminhamento n Y Per cia M dica 75 66 37 Judicial 30 26 54 Prontu rios n o localizados 8 7 079 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Sobre a clientela encaminhada via Per cia M dica do INSS os segurados aguardaram a avalia o com um Respons vel pela Orienta o Profissional em m dia por 1 ano e 8 meses Quanto ao encaminhamento via judicial os segurados aguardaram em m dia 1 ano e 3 meses para serem avaliados por um Respons vel pela Orienta o Profissional ROP ainda que segundo o Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o Profissional essa clientela deve ser atendida com prioridade Dos 30 segurados encaminhados pela via judicial a situa o do se
182. o o INSS para que se consiga garantir o direito ao segurado de um retorno digno e efetivo ao mercado de trabalho bem como oferecer melhores condi es de trabalho para a equipe que operacionaliza este servi o H necessidade de constru o de protocolos de atendimento para equipe que realiza o atendimento e ampliar os acordos e conv nios Salienta se que esta pesquisa n o se esgota aqui h necessidade de ampliar os estudos quanto aos aspectos que promovem o retorno do trabalhador avaliar a vis o das empresas sobre este evento e quanto ao retorno ao trabalho do segurado sem v nculo empregat cio 145 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 9 Bardin L An lise de conte do Lisboa Edi es 70 Mar o de 2010 Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados a Sa de CID 10 Dispon vel em lt http www datasus gov br cid10 V2008 cid10 htm gt Acesso em Out 2013 Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Minist rio da Previd ncia Social Empresa de Tecnologia e Informa es da Previd ncia Social Ano 1 1988 1992 Bras lia MPS DATAPREV 2012 Brasil Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo Demogr fico 2010 Resultados Preliminares da Amostra Dispon vel em lt http Anww ibge gov br home estatistica populacao censo2010 resultados pr eliminares amostra notas resultados preliminares amostra pdf gt Acesso em Dez 2012 Brasil Institu
183. o para participar do PRP De acordo com o Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o 87 Profissional na conclus o da avalia o do potencial laboral o ROP ir utilizar o c digo espec fico para a situa o de cada segurado conforme descrito a seguir 63 3 10 Ineleg vel Tempor rio Segurado que n o apresenta condi es para in cio de PRP em raz o de depend ncia de cirurgia final de gravidez doen a infecto contagiosa sequela n o consolidada entre outros 3 20 Ineleg vel Permanente Segurado que definitivamente n o apresenta condi es f sicas ps quicas e socioprofissionais para desenvolver PRP 3 30 Retorno Imediato ao Trabalho Segurado que apresenta condi es f sicas ps quicas e socioprofissionais para exercer todas as atividades relativas sua fun o de origem sem qualquer a o da RP 3 40 Eleg vel Segurado que atenda aos crit rios de encaminhamento para o PRP 3 50 Recusa Segurado que manifeste ativa ou passivamente total desinteresse e ou resist ncia em cumprir o PRP embora re na condi es f sicas ps quicas e socioprofissionais 3 51 Abandono Segurado que falte tr s vezes consecutivas sem justificativa aos agendamentos durante a avalia o e que n o atenda convoca o feita pela RP at o dia subsequente ao recebimento da correspond ncia via Aviso de Recebimento AR 3 60 Instru o de Processo Judicial Conclu do
184. o trabalho da equipe de Reabilita o Profissional que funcionou como um canal de interlocu o entre o segurado e a empresa de v nculo Entre os dificultadores do retorno do segurado ao trabalho o que se destacou foram os segurados que eram resistentes a esse processo que se acomodaram ao benef cio ap s longo per odo de afastamento com baixa escolaridade vinculados empresas que n o tinham o interesse em reabilitar e n o foram devidamente qualificados pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS para o retorno Al m desses aspectos foi poss vel constatar as dificuldades enfrentadas pela equipe de Reabilita o Profissional da GEX DF Dos 648 segurados registrados em 2011 apenas 21 foram considerados reabilitados contra 53 que permaneceram em PRP e j estavam aguardando em programa h aproximadamente 2 anos e 8 meses o tempo de espera variou entre 1 ano a 9 anos Os segurados encaminhados pela via judicial que deveriam ter atendimento priorit rio aguardaram em m dia 1 ano e 3 meses para serem avaliados pelo PRP e os encaminhados via per cia m dica aguardaram 1 ano e 8 meses 144 Constatou se tamb m que a GEX DF n o concede recursos materiais desde 2009 ainda que todos os anos sejam devolvidos parte do or amento destinado ao Programa de Reabilita o Profissional de todo o INSS Analisando apenas o grupo dos 130 segurados reabilitados esse n mero permite afirmar que cada um dos 10 Respons veis pela Or
185. obre os dificultadores barreiras ou obst culos para o trabalhador retornar atividade laboral ap s passar por programas de reabilita o profissional 72 A pesquisa de Gard e Sandberg envolve a quest o da motiva o no processo de retorno ao trabalho chegando conclus o que o retorno ao trabalho fortemente influenciado pelo relacionamento no ambiente laboral Tamb m s o relevantes a forma como o indiv duo se sente em rela o ao seu trabalho o sentimento de estar contribuindo de forma til de pertencer e ser necess rio no local de trabalho A comunica o com os supervisores e o controle sobre as tarefas de trabalho tamb m s o importantes para a motiva o do trabalhador Outro aspecto relevante envolve a quest o da dor Os participantes no estudo consideraram que quando se sentem motivadas no ambiente de trabalho a dor n o um fator de impedimento para o retorno pois o trabalho torna se terapia em que a pessoa aprende a lidar com a dor Outro facilitador envolve a precocidade no retorno ao trabalho Nesse sentido Sokoll defende o modelo canadense de reabilita o que diz N o reabilitar pessoas com a finalidade de faz las retornar ao trabalho mas faz las voltar ao trabalho para reabilit las Para esse autor necess rio seguir as seguintes diretrizes integra o de par metros preventivos a abordagem articulada de servi os preventivos e de reabilita o que abre o caminho para a
186. omiss o Permanente de Reabilita o Profissional da Previd ncia Social COPERS com a finalidade de planejar orientar coordenar e fiscalizar em todo o territ rio nacional a presta o da reabilita o profissional No ano de 1966 o Decreto Lei n 72 unificou os Institutos de Aposentadoria e Pens es IAPs e foi criado o Instituto Nacional de Previd ncia Social e no ano seguinte o Decreto n 60 501 67 aprovou o Regulamento Geral da Previd ncia Social e estabeleceu que a Reabilita o Profissional seria executada pelo INPS A d cada de 1970 a 1980 foi considerada a d cada da reabilita o decretada na Assembleia Geral das Na es Unidas Foi tamb m nesse per odo que houve a expans o dos Centros de Reabilita o Profissional As atividades eram descentralizadas e os benefici rios permaneciam em m dia 240 dias no programa tendo as despesas com transporte alimenta o hospedagem documenta o medicamentos cursos profissionalizantes e instrumentos de trabalho custeadas pela Previd ncia Social Ao final da d cada de 80 com a Constitui o Federal de 1988 promulgada a reabilita o f sica passou a ser atribui o do Minist rio da Sa de e a reabilita o profissional continuou a ser atribui o do Minist rio da Previd ncia Social sendo este servi o destinado apenas aos seus segurados Na d cada de 90 constatou se a decad ncia do servi o de Reabilita o Profissional mesmo com a tentat
187. ordena o de Reabilita o Profissional Divis o de Gerenciamento de Atividades de Reabilita o Profissional DGARP Superintend ncia Regional SR S o Paulo SR Belo Horizonte SR Il Florian polis SR III Recife SR IV Bras lia SR V Representante T cnico da Reabilita o Profissional RET Servi o Se o de Sa de do Ger ncia Executiva GEX Trabalhador SST 103 GEX s Respons vel T cnico da Reabilita o Profissional RT Ag ncia da Previd ncia Social APS 455 APS Equipe de Reabilita o Profissional ERPAPS PM ROP Fonte Elaborado pela autora da disserta o Na Diretoria de Sa de do Trabalhador encontra se a Coordena o Geral de Servi os Previdenci rios e Assistenciais CGPASS a Coordena o de Reabilita o Profissional CREABP e a Divis o de Gerenciamento de Atividades de Reabilita o Profissional DGARP respons veis por planejar coordenar orientar supervisionar e avaliar as atividades e procedimentos de reabilita o profissional das equipes distribu das nas 103 Ger ncias Executivas do INSS Na Superintend ncia Regional SR do INSS atua o Representante T cnico da Reabilita o Profissional RET da RP subordinado tecnicamente Diretoria de Sa de do Trabalhador e administrativamente sua respectiva SR BRASIL 2011 O RET o respons vel por supervisionar as equipes de Reabilita o Profissional das Ger ncias Executivas
188. ornar ao trabalho Papel esse que com as limita es apresentadas pelo atual servi o de Reabilita o Profissional do INSS os segurados desse estudo conseguiram identificar 5 2 9 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS Para os segurados os dificultadores no processo de retorno ao trabalho em rela o ao INSS foram Benef cio S1 S7 S8 S12 a diferen a entre o valor do benef cio que era menor ao sal rio anterior A dificuldade que eu vi foi s o pagamento que pouco que uma contribui o pouca porque eu estava recebendo o aux lio doen a 87 O benef cio era bem menor que o sal rio que eu recebia acho que s n o era menos porque a Lei n o permite ser menor que um sal rio m nimo S8 O benef cio muito pouco Fiquei v rias vezes sem receber Teve uma poca que eu nem queria ficar pelo INSS eu n o via nem minhas dores era o sal rio mesmo Negavam muito S12 Per cia M dica S1 S2 S3 S8 S11 S12 o atendimento da Per cia M dica a burocracia em rela o exig ncia de laudos o longo tempo de espera para ser atendido negar o aux lio acidente e as greves que geraram atraso nos atendimentos e pagamentos de benef cios A dificuldade mesmo era s de conseguir laudo O sal rio era cortado atrasava S11 117 N o tive problemas com o INSS apesar que eu tinha que vir aqui todos os meses e a demora para ser atendido S8 A
189. pacional 38 127 122 138 129 Silva CB et al Retorno produtividade ap s reabilita o de pacientes deambuladores v timas de trauma craniencef lico Fisioterapia e Pesquisa 15 1 6 11 130 Barbosa Branco A Albuquerque Oliveira PR Mateus M Epidemiologia das licen as do trabalho por doen as mentais no Brasil 1999 2002 Dispon vel em lt http www prti 8 mpt gov br eventos 2004 saude mental anais artigos 3 pdf gt Acesso em 02 10 2013 131 B rbaro AM et al Transtornos mentais relacionados ao trabalho revis o de literatura SMAD Rev Eletr nica Sa de Mental Alcool Drog 5 2 1 16 ago 2009 132 Siano AK Ribeiro LC Ribeiro MS An lise comparativa do registro m dico pericial do diagn stico de transtornos mentais de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social requerentes de aux lio doen a Jornal Brasileiro de Psiquiatria 59 2 131 138 138 Rocha FRP O trabalhador doente e sua fam lia nos seus pap is como atores sociais no processo de retorno ao trabalho Disserta o Mestrado Universidade Federal da Bahia Salvador BA 2010 134 Cooper C L e Bright J Social support In F Jones amp J Bright Orgs Stress myth theory and research pp 155 174 London Prentice Hall 135 Vacaro JE amp Pedroso FS Desempenho dos segurados no servi o de reabilita o do Instituto Nacional de Seguridade Social Acta Fisi trica 2011 18 4 200 205 136 Abreu ATDJB amp Ri
190. permanente ou tempor ria da capacidade para o trabalho Para efeitos da Lei 8 213 91 considerado acidente do trabalho nos termos do art 20 as seguintes entidades m rbidas doen a profissional assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerc cio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva rela o elaborada pelo Minist rio do Trabalho e da Previd ncia Social Il doen a do trabalho assim entendida a adquirida ou desencadeada em fun o de condi es especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente constante da rela o mencionada no inciso l 8 1 N o s o consideradas como doen a do trabalho a a doen a degenerativa b a inerente a grupo et rio c a que n o produza incapacidade laborativa d a doen a end mica adquirida por segurado habitante de regi o em que ela se desenvolva salvo comprova o de que resultante de exposi o ou contato direto determinado pela natureza do trabalho 8 2 Em caso excepcional constatando se que a doen a n o inclu da na rela o prevista nos incisos e Il deste artigo resultou das condi es especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente a Previd ncia Social deve consider la acidente do trabalho Quanto equipara o do acidente de trabalho a Lei 8 213 91 tamb m faz a ressalva o acidente ligado ao trabalho que embora n o tenha sido a causa n
191. proposto um modelo da rela o entre trabalho e sa de que deve seguir alguns princ pios seguran a e sa de no trabalho devem ser distinguidos existem intera es importantes entre os trabalhadores e seu trabalho que podem modular qualquer efeito sobre a sa de elementos de trabalho podem ter tanto efeitos ben ficos e nocivos sobre a sa de f sica e mental bem como sobre o bem estar problemas de sa de comuns geralmente n o s o simples consequ ncias da exposi o ao trabalho mas ocorrem no contexto de intera o entre o trabalhador e seu ambiente de trabalho entender e lidar com os problemas de sa de comuns requer uma abordagem biopsicossocial que consigam atender o trabalhador seu problema de sa de e seu ambiente de trabalho Considerando o trabalho como parte essencial na vida do indiv duo Lancman entende que essa dimens o um continuum que atinge todas as reas do ser humano Nele o indiv duo capaz de pensar de refletir de se apropriar do trabalho e de se emancipar Nesta reflex o o trabalhador se conscientiza da sua realidade de trabalho das implica es deste sobre sua sa de bem como faz com que os trabalhadores sejam impelidos a agir no sentido de promover mudan as que o tornem mais saud vel 35 Entretanto segundo Lancman a preven o de doen as no ambiente de trabalho est relacionada consci ncia de que se o trabalho potencializador de doen as e sofrimento e
192. que pertencem sua SR As Superintend ncias Regionais est o localizadas nas cidades de S o Paulo Superintend ncia Regional Sudeste Belo Horizonte Superintend ncia Regional Sudeste Il Florian polis Superintend ncia Regional Sul Recife Superintend ncia Regional Nordeste e em 59 Bras lia Superintend ncia Regional Norte Centro Oeste conforme pode ser visualizado na Figura 4 Figura 4 Mapa das Superintend ncias Regionais do INSS SUPERINTEND NCIAS REGIONAIS SR Sudeste us SR Il Sudeste 1 SR IH Sul U SR Iv Nordeste SR V Norte Centro Oeste Fonte Brasil MPS INSS em N meros Nas Ger ncias Executivas encontra se 01 Respons vel T cnico da Reabilita o Profissional RT apoiado por uma equipe multidisciplinar e respons vel pelas equipes de RP nas Ag ncias da Previd ncia Social ERPAPS Segundo dados referentes ao m s de Setembro de 2013 do Boletim Estat stico da Reabilita o Profissional BERP a Equipe de Reabilita o Profissional est presente em 103 Ger ncias Executivas O Boletim Estat stico da Reabilita o Profissional BERP o instrumento utilizado para registro dos dados estat sticos pela Equipe de RP nas GEX Com base no registro destes dados a DGARP acompanha e supervisiona o cumprimento das metas f sicas e or ament rias da RP Os dados coletados no BERP s o encaminhados ao Anu rio Estat stico do Minist rio da Previd nc
193. que possa ser realizado de forma satisfat ria para todas as partes Durante esta fase o desempenho provavelmente ser monitorado e o objetivo estabelecido poder ser reavaliado 3 Manuten o durante esta fase o trabalhador se esfor a para atingir o objetivo estabelecido e considera o desejo de ir al m dessa finalidade 4 Avan o Durante esta fase o trabalhador procura avan ar pode qualificar se para tarefas e responsabilidades de trabalho de n vel superior O indiv duo pode buscar outras op es de emprego al m da atividade p s les o concluindo com a realiza o plena de seu potencial laboral Nesse processo din mico a literatura aponta uma s rie de aspectos instrumentais no processo de retorno ao trabalho que merecem aten o pois o estudo de Ekbladh aborda que no processo de retorno ao trabalho a avalia o da 71 capacidade para o trabalho desempenha um papel importante No entanto a falta de instrumentos de avalia o v lidos e confi veis uma preocupa o Al m disso a interven o deve incluir uma equipe multiprofissional para realizar a avalia o global da capacidade do indiv duo para retornar ao trabalho e que consiga captar a percep o subjetiva deste trabalhador Para al m dessas a es Shaw et al ressaltam a import ncia de uma abordagem multidimensional que integre a perspectiva do indiv duo o significado pessoal da incapacidade e a relev ncia pessoal do trabalho que ser
194. r a sentir se culpado e envergonhado de sua exist ncia de doente Os m dicos que atendem os trabalhadores nos ambulat rios das empresas incorrem frequentemente em problemas ticos Assim os trabalhadores com seus direitos negados passam a peregrinar nos consult rios em busca do al vio para a dor de existir Fazendo uma an lise do momento atual Franco Druck e Selligman Silva constataram que nas ltimas tr s d cadas aconteceu um processo de crescente precariza o do trabalho e consequentemente da rela o sa de x doen a dos trabalhadores observadas na falta de treinamento e da informa o sobre os riscos a que est o expostos tanto os funcion rios contratados quanto os terceirizados na falta de identifica o dos respons veis pelo adoecimento dos trabalhadores pelas falhas na preven o e pela ocorr ncia dos acidentes fruto do fen meno atual de dilui o das responsabilidades falta de pol ticas preventivas coletivas e por um 36 cen rio de explora o da atividade terceirizada que se submete a contratos de trabalho tempor rio condi es insalubres jornadas de trabalho extenuantes metas e ritmos acelerados revelando assim uma postura que nega prote o sa de e vida Este processo de terceiriza o atingiu inicialmente os trabalhadores da ind stria os assalariados e atualmente todos os que vivem do trabalho Assim o resultado da falta de vigil ncia e fiscaliza o nas
195. ra necess rio prever um n mero de entrevistas que ser balizado posteriormente a partir do entendimento das homogeneidades da diversidade e da intensidade das informa es necess rias para a pesquisa Ainda segundo essa autora para o dimensionamento da quantidade de entrevistas foi adotado o crit rio de satura o Esse crit rio descrito por Minayo como o conhecimento formado pelo pesquisador no campo de que conseguiu compreender a l gica interna do grupo ou da coletividade em estudo A sele o para entrevista dos segurados foi feita com base nos 45 segurados que permaneceram no mercado de trabalho 01 ano ap s terem sido reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional segundo dados do Cadastro Nacional de Informa es Sociais CNIS Destes 45 segurados foram agendadas entrevistas com um total de 17 mas 04 n o compareceram no dia agendado Outros 20 segurados n o foram localizados o n mero n o estava recebendo liga es o telefone estava programado para n o receber chamadas chamou e ningu m atendeu disse n o ter ningu m com esse 82 nome ca a na caixa de mensagens o n mero n o existia o n mero de telefone n o pertencia pessoa o telefone estava impossibilitado de receber este tipo de chamada neste momento o n mero n o completava a chamada n mero incompleto 4 segurados gostariam de participar da entrevista mas estavam impedidos de comparecer em raz o de se encontrarem em
196. rabalhadores do mercado formal ou seja aqueles que contribuem para o sistema de previd ncia excluindo os servidores p blicos e os trabalhadores informais Al m disso segundo a OIT mais da metade de todos os pa ses n o fornecem estat sticas de doen as ocupacionais O Brasil desde 2000 n o envia OIT os n meros de acidentes de trabalho assim como outros 61 pa ses que 37 tamb m n o informaram e de 63 pa ses que deixaram de fornecer as informa es sobre bitos Figura 2 Doen as e Acidentes Mortais 2008 Acidentes mortais 321 000 14 N mero total de mortes 2 34 milh es Fonte OIT Segundo dados do Anu rio Estat stico da Previd ncia Social O Brasil supera o n mero de 700 000 setecentos mil acidentes de trabalho por ano Quadro 3 sendo que em 2012 foram registrados 724 169 acidentes de trabalho Em rela o s regi es do Brasil a Sudeste teve 395 669 registros de trabalhadores acidentados seguida da regi o Sul com 153 652 o Nordeste com 92 257 o Centro Oeste com 50 318 e a regi o Norte com 32 273 Quanto aos motivos dos acidentes 60 423 935 foram ocasionados por acidentes t picos 15 102 396 decorreram de acidentes de trajeto 2 14 955 resultaram de doen as do trabalho e 23 163 953 n o tiveram o registro do Comunicado de Acidente de Trabalho CAT inviabilizando conhecer a causa do acidente Com rela o as consequ ncia dos acidentes 82 61
197. reio Se o H da Classifica o Nacional de Atividades Econ micas CNAE 2 0 e da categoria de Servi os do Setor de Atividade Econ mica SAE correspondendo a 27 33 do total onde predominam o esfor o f sico a sobrecarga a deambula o constante e os movimentos repetitivos que resultam nas doen as osteomusculares tamb m predominantes neste estudo conforme visto 99 anteriormente Este resultado concorda com o estudo realizado por Toldr e cols em que 10 dos 10 trabalhadores realizavam atividades que exigiam esfor o f sico e repeti o dos movimentos al m de ter que levantar e carregar objetos Sendo que desse grupo apenas 1 trabalhador conseguiu retornar ao trabalho em situa o considerada favor vel ap s o afastamento enquanto participava do grupo No Gr fico 10 pode ser observada a distribui o do setor de atividade econ mica SAE com rela o aos motivos de afastamento dos segurados da amostra estudada Gr fico 10 Setor da Atividade Econ mica X CID 10 Outras doen as Neoplasias Doen a dos olhos e ouvidos m Servi os Aparelho Circulat rio E Servi o de Utilidade P blica Ind stria Transtornos Mentais m Constru o Les es e Traumas E Agropecu ria Dort N de Segurados Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Na tabela 10 se observa a distribui o dos segurados quanto ao Setor de Atividade Econ mica e o te
198. res do retorno ao trabalho presentes na literatura foi obtida por meio e dos prontu rios do servi o de Reabilita o Profissional que cont m todo o hist rico do afastamento do segurado do mercado de trabalho e a participa o no Programa de Reabilita o Profissional N o foram localizados 08 prontu rios e por este motivo alguns resultados ser o apresentados de forma parcial e dos Boletins Estat sticos da Previd ncia Social referentes Ger ncia Executiva do Distrito Federal e dos sistemas da Previd ncia Social que cont m os dados relativos ao benef cio e hist rico profissional da carteira de trabalho Plenus e CNIS e e do Sistema utilizado pela equipe de Reabilita o Profissional e pela Per cia M dica do INSS que cont m os dados dos segurados atendidos durante o PRP SABI Controle Operacional A etapa de coleta de dados qualitativos com o objetivo de identificar a percep o acerca dos facilitadores e dificultadores no retorno ao mercado de trabalho dos segurados que foram reabilitados pelo PRP e dos Respons veis pela Orienta o Profissional do INSS para posterior compara o destes aspectos com os resultados de outros estudos nacionais e internacionais compreendeu a realiza o de entrevista com os segurados reabilitados e os Respons veis pela Orienta o Profissional destes segurados Quanto defini o do n mero de entrevistados seguiram se as recomenda es de Minayo Conforme esta auto
199. resolver Recomenda o os problemas relativos escolha de uma profiss o e na progress o n 87 profissional tendo em conta as caracter sticas do indiv duo e da rela o entre eles e a oportunidades de trabalho 1949 A forma o profissional dos adultos incluindo os deficientes deve ser desenvolvido de acordo com as tend ncias do mercado de trabalho com os esfor os para melhorar ou aumentar a produ o e as possibilidades de colocar os alunos em trabalhos apropriado tamb m poder ser realizado com a colabora o de organiza es de empregadores e de trabalhadores interessados com o objetivo de facilitar a reinser o dos trabalhadores que precisam de treinamento para conseguir um emprego adequado Recomenda o 1950 db Adapta o e Reabilita o Profissional essencial para que a pessoa com defici ncia recupere ao m ximo a capacidade f sica e mental e seja reintegrada ao meio social profissional e econ mico Deve ser Recomenda o disponibilizada a todos os deficientes adapta o e reabilita o profissional n 99 seja qual for a origem e a natureza da sua defici ncia e independentemente da sua idade desde que possam ser preparados para exercer um emprego adequado e ter perspectivas razo veis para garantir e conservar o emprego 1955 Padr es M nimos de Seguran a Social As institui es ou departamentos do governo que administram os cuidados m dicos devem cooperar sempre qu
200. retorno ao trabalho estavam aquelas com n vel baixo de severidade da doen a e com aus ncia de dor E segundo B ltmann et al no estudo de coorte com um grupo de 632 trabalhadores que apresentavam dist rbio osteomuscular em membros superiores os resultados sugerem que um retorno ao trabalho n o se traduz em uma recupera o completa de uma desordem musculoesquel tica pois muitos trabalhadores quando retornam ao trabalho ainda tem problemas e dificuldades de sa de para cumprir as demandas do trabalho Neste estudo al m da presen a da dor e da limita o f sica um dos segurados relatou a quest o da invisibilidade da dor A minha dificuldade maior que eu tenho um problema que ningu m v a fibromialgia uma doen a que a pessoa n o tem 112 diagn stico ningu m v a doen a voc sente aquilo e voc n o pode nem reclamar porque voc fala e a pessoa fala o que voc tem voc tem um problema que ningu m v ningu m sabe n o conhece ent o voc n o pode nem falar que voc tem aquilo porque as pessoas acham que mentira E isso um fator bem ruim S4 Segundo Gravina amp Rocha o indiv duo com dor nem sempre expressa uma apar ncia de adoecimento provocando discrimina o e preconceito o que s aumenta o n vel da dor Trata se de uma experi ncia individual e dif cil de ser descrita Na pesquisa realizada por essas autoras os participantes relataram que com o te
201. romo o de Excepcionais AVAPE a Secretaria de Estado da Sa de do Estado de S o Paulo SESSP e a Secretaria da Pessoa com Defici ncia do Estado de S o Paulo SEPCD a Secretaria Estadual do Emprego e Rela es do Trabalho SERT e o Protocolo de Inten es com Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI Em 2010 a Diretoria de Sa de do Trabalhador apresentou Coordena o Geral de Planejamento e Gest o Estrat gica CGPGE do INSS o projeto de revitaliza o da Reabilita o Profissional Este projeto vem sofrendo altera es a cada ano e busca proporcionar melhoria no atendimento geral aos segurados da Previd ncia Social que necessitam do Servi o de Reabilita o Profissional aprimorando a preven o de riscos ocupacionais e mitigando os efeitos da incapacidade laboral Analisando todo o contexto hist rico da Reabilita o Profissional do INSS poss vel perceber um primeiro movimento de planejamento das a es que aconteceu nas d cadas de 1950 e 1960 Depois seguiu se um per odo de implanta o na d cada de 1970 chegando ao auge na d cada de 1980 com posterior decl nio na d cada de 1990 com a revitaliza o a partir do ano 2000 57 Assim ao todo s o mais de 50 anos na tentativa de estabelecer um programa de Reabilita o Profissional nas premissas da Seguridade Social mas sem a suficiente interlocu o para que se promova o retorno digno do cidad o ao mercado de trabalho
202. ropostos 80 CAP TULO 4 M TODO 4 1 DELINEAMENTO Estudo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa e qualitativa A coleta de dados foi obtida por meio da realiza o de entrevistas e an lise de dados documentais dos prontu rios e sistemas informativos de trabalhadores submetidos ao Programa de Reabilita o Profissional do INSS 4 2 POPULA O A popula o estudada foi composta pelos segurados que foram reabilitados por meio do Programa de Reabilita o Profissional da Ger ncia Executiva do Distrito Federal GEX DF do Instituto Nacional de Seguro Social INSS entre os meses de Janeiro a Dezembro do ano de 2011 4 2 1 AMOSTRA Foram considerados os dados dos prontu rios e dos sistemas informativos relativos aos 113 segurados que foram desligados mediante c digos para o retorno ao mercado de trabalho e possu am v nculo empregat cio quando registrados no Programa de Reabilita o Profissional da Ger ncia Executiva do Distrito Federal no per odo de Janeiro Dezembro de 2011 4 3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 4 3 1 Procedimento de coleta de dados Este trabalho foi realizado com base em constante busca de refer ncias bibliogr ficas que tratavam sobre o tema A etapa de coleta de dados quantitativos com a finalidade de caracterizar o perfil s cio demogr fico e ocupacional dos segurados reabilitados pelo PRP e 81 relacion las posteriormente com os facilitadores e dificultado
203. rtes Formais TURQUIA 21 194 000 1 601 INDON SIA 102 553 000 1 476 M XICO 43 866 700 1 421 72 8 COR IA DO SUL 2008 24 000 000 1993 32 142 2008 1 332 9 JAP O 2008 63 850 000 2008 119 291 2008 1 268 10 CANAD 2008 17 125 800 2007 318 577 2007 1 055 Fonte Anu rio Brasileiro de Prote o Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Nota 1 os n meros est o de acordo com o Anu rio Estat stico da Previd ncia Social Outra realidade impactante no Brasil se refere s empresas terceirizadas pois segundo o estudo Terceiriza o e Desenvolvimento uma conta que n o fecha de 40 cada cinco acidentes quatro s o com terceirizados De 10 empresas onde o fato acontece oito s o terceirizadas De acordo com o relat rio da OIT estes n meros adv m das mudan as tecnol gicas sociais e organizacionais no local de trabalho agravadas pelas condi es da economia mundial pois os perigos para a sa de s aumentaram al m de gerarem novos fatores de risco No relat rio da OIT destaca se que doen as profissionais como as pneumoconioses permanecem um fen meno generalizado enquanto as relativamente novas como as perturba es mentais e m sculo esquel ticas PME s o cada vez mais frequentes A ocorr ncia de acidentes de trabalho e doen as ocupacionais gera danos sociais e econ micos imediatos pois acomete n o s a sa de e integridade f sica do trabalhador como tam
204. rvi o n o est plenamente estruturado para atender aos normativos legais e As equipes enfrentam dificuldades para aquisi o de recursos materiais mesmo diante dos acordos e conv nios contribuindo para a perman ncia do segurado no benef cio f As equipes operam com o m nimo da capacidade n o sendo suficientes para a demanda existente g Falta de espa o f sico e de computadores para que as equipes possam trabalhar e realizar os atendimentos h Aus ncia de capacita o para a equipe t cnica i Falta do INSS em disseminar informa es e orienta es relativas Reabilita o Profissional 120 j Falta de execu o da Pesquisa da Fixa o no Mercado de Trabalho que mede a efetividade do servi o Diante desse cen rio o TCU 2010 concluiu que a falta de investimento na Reabilita o Profissional contribu para o desperd cio do or amento p blico pois mant m os segurados por longo per odo recebendo benef cio de aux lio doen a retarda o retorno do segurado ao mercado de trabalho e tenha a possibilidade de voltar contribuir com o Regime Geral de Previd ncia Social Esse tema ser melhor discutido adiante quando for analisada a entrevista com os ROPs 5 2 10 Outros Facilitadores Os segurados ainda foram convidados a falar sobre outros facilitadores para o retorno ao mercado de trabalho Apenas 01 segurado respondeu que atribui como facilitador as orienta es e acompanhamento m dico que rece
205. s s categorias Facilitadores e Dificultadores e nas sub categorias segurado organizacional empresa institucional INSS e outros que foram escolhidas priori A utiliza o desta t cnica favoreceu a compreens o dos facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho tanto na tica dos segurados quanto na vis o dos Respons veis pela Orienta o Profissional 4 4 CONSIDERA ES TICAS A Diretoria de Sa de do Trabalhador do INSS autorizou o acesso ao banco de dados dos sistemas informatizados e dos prontu rios dos segurados pesquisados desde que respeitado o c digo de tica de pesquisa Anexo III S foi poss vel a realiza o das entrevistas ap s a aprova o do projeto de pesquisa pelo Comit de tica em Pesquisa da Faculdade de Ci ncias da Sa de da Universidade de Bras lia CEP FS sob o parecer 398 051 de 18 09 2013 Anexo IV Antes de participarem da entrevista os segurados e os Respons veis pela Orienta o Profissional receberam as orienta es contidas no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE Anexo V e VI respectivamente 85 5 RESULTADOS E DISCUSS O Nesta se o ser o apresentados os resultados e a discuss o referentes aos objetivos da pesquisa Inicialmente ser o abordadas as informa es concernentes ao primeiro e ao segundo objetivo da pesquisa caracterizar o perfil s cio demogr fico e ocupacional dos segurados reabilitados pelo PRP e relacionar as caracter
206. s A empresa confiou no meu trabalho A empresa tem uma equipe respons vel pela preven o de acidentes tem palestras toda segunda feira eles d o uma reuni o de meia hora inclusive tem segunda feira que ela me d 5 minutos para falar com o pessoal e no final tem ora o e n o todo lugar que tem isso S7 Os facilitadores em rela o empresa de v nculo foram apontados nos 110 111 120 129 125 em que os funcion rios estudos abordados anteriormente trabalhavam em empresas de grande porte com mudan a em suas tarefas com a possibilidade de controlar a execu o das atividades tiveram boa acolhida no ambiente de trabalho possu am rela es interpessoais saud veis tinha a presen a de um profissional para acompanhar o processo foram implementados alguns ajustes no posto e no hor rio de trabalho possibilitando a continuidade do tratamento Eisenberger Huntington Hutchison e Sowa abordam a import ncia do suporte fornecido pela organiza o considerando que esse apoio traduz uma preocupa o institucional com a sa de e com o bem estar do trabalhador 114 5 2 7 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o Empresa Entre os dificultadores por parte da empresa os segurados relataram o oposto dos facilitadores Quando oferecem fun o esta est aqu m da capacidade do segurado S3 S12 Durante o treinamento do INSS me jogaram l no cofre me fizeram de besta o chefe l pegou aqu
207. s rias para promover um ambiente laboral que propicie o bem estar do trabalhador e evite o seu adoecimento e morte A Conven o n 155 da OIT adotou diversas proposi es relativas seguran a higiene e ao meio ambiente de trabalho Em seu artigo 4 prop e que todo pa s membro dever consultar as organiza es mais representativa de empregadores e trabalhadores e levando em conta as condi es e as pr ticas nacionais formular p r em pr tica e reexaminar periodicamente uma pol tica nacional coerente em mat ria de seguran a e sa de dos trabalhadores e o meio ambiente de trabalho Por m apesar desta Conven o ter sido institu da em 1983 somente em 1994 o Brasil publicou o Decreto n 1 254 promulgando o que nela havia sido estabelecido A Conven o n 187 da OIT de 2006 denominada Conven o sobre o Marco Promocional em Seguran a e Sa de no Trabalho prev que os pa ses membros devem tomar medidas ativas para atingir progressivamente um ambiente de trabalho seguro e saud vel a fim de prevenir les es doen as e mortes causadas pelo trabalho Esta conven o entrou em vigor em 2009 Dos 185 pa ses membros da OIT apenas 24 ratificaram esta conven o entre eles Jap o Alemanha Canad R ssia Espanha e Inglaterra O Brasil ainda n o ratificou esta conven o A Recomenda o n 197 da OIT de 2006 denominada Quadro Promocional para a Seguran a e Recomenda o da Sa de complementa a Conven
208. sa dos prontu rios da amostra 102 Estes dados tamb m podem ser observados quando se apresenta o gr fico 13 com as faixas de sal rio e se faz a compara o entre o Sal rio de Benef cio e o anterior ao benef cio Gr fico 13 Faixas de Sal rio Antes do Afastamento e em Benef cio acima de 5 000 4 001 a 5 000 3 001a 4 000 2 001a 3 000 1 001a 2 000 200a 1 000 bga E v o E w T ra w Ro o dus 5 4 N de Segurados E Sal rio antes do afastamento E Sal rio de Benef cio em 2011 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Nota De Janeiro Fevereiro de 2011 o valor m nimo do Benef cio Bl era de R 540 00 em Mar o passou R 545 00 O teto m ximo do Bl em 2011 era de R 3 689 66 A vari vel sal rio foi categorizada sendo Sim quando Sal rio de Beneficio maior que o Sal rio anterior a Beneficio e N o quando Sal rio de Beneficio menor que o Sal rio anterior ao Beneficio Para analisar se a vari vel Sal rio tem correla o com a vari vel Retorno foi feito um teste Qui Quadrado Tabela 13 Tabela 13 Tabela de Associa o Valor do Benef cio e Retorno ao Trabalho Retorno Sal rio Total N o Sim BI lt 22 34 56 Bl gt 38 19 57 Total 60 53 113 Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra
209. se ap s a transcri o das entrevistas que a primeira pergunta feita aos ROPs n o deveria ser considerada pois poderia identificar algum deles O m todo selecionado para a an lise das entrevistas foi a An lise de Conte do proposta por Laurence Bardin Este tipo de an lise definido por Bardin como o conjunto de t cnicas de an lise das comunica es visando obter por procedimentos sistem ticos e objetivos de descri o dos conte dos das mensagens indicadores quantitativos ou n o que permitam a infer ncia de conhecimentos relativos s condi es de produ o recep o vari veis inferidas destas mensagens Sendo assim foram seguidos os passos propostos por Bardin a saber 1 Pr an lise nesta etapa da pesquisa deu se sequencia ao levantamento dos dados bibliogr ficos determinando o corpus da pesquisa conjunto de dados englobou a transcri o na ntegra das entrevistas e das observa es realizou se a ordena o dos dados coletados de acordo com as categorias selecionadas previamente 2 Explora o do material leitura exaustiva e tratamento dos depoimentos ap s a categoriza o dos dados 84 3 Tratamento dos resultados obtidos e interpreta o s ntese e sele o dos resultados que culminou nas interpreta es inferenciais momento da an lise reflexiva e cr tica e deu origem aos resultados que ser o apresentados adiante Dessa maneira levantou se extratos dos relatos pertinente
210. setor de com rcio e reparo de ve culos automotores teve o n mero mais expressivo de trabalhadores acidentados 95 659 seguido do setor de sa de e servi os sociais 66 302 e do setor da constru o 62 874 Quanto Classifica o Brasileira de Ocupa es CBO 83 558 trabalhadores dos servi os foram acidentados seguidos de 74 891 trabalhadores das fun es transversais tais como operadores de rob s de ve culos operados e controlados remotamente condutores de equipamento de eleva o e movimenta o de cargas etc e outros 50 570 trabalhadores da ind stria extrativa e da constru o civil Existe uma afirma o de que o Brasil ocupa o 4 lugar no ranking mundial de mortes no local de trabalho Por m essa compara o feita com base no ano em que o Brasil enviou a informa o para OIT e nesse caso a informa o foi enviada em 2007 com dados do ano 2000 sobre quantidade de acidentes 326 071 e mortes 2 503 Assim se levarmos em considera o estes fatores e os dados reais de 48 2008 informados pela Previd ncia Social o Brasil ocuparia o 3 lugar com 2 817 mortes atr s dos Estados Unidos com 5 840 mortes dados de 2006 da China com 14 924 mortes dados de 2002 e a R ssia surge em quarto lugar com 2 550 mortes conforme segue no quadro 4 Quadro 4 Ranking Mundial de Mortes no Local de Trabalho segundo levantamento da OIT 2009 N de Ano Trabalhadores ano acidentes Mo
211. severidade da doen a aus ncia de dor hist rico de trabalho anterior longo um empregador que se preocupa e deseja o retorno dessa pessoa Os autores ainda concluem que infelizmente pessoas com este perfil s o raramente encontradas entre os doentes cr nicos Em fun o do afastamento do trabalho o indiv duo pode experimentar uma s rie de perdas que muitas vezes constituem barreiras para o retorno Gatchel em sua pesquisa observou que o afastamento do trabalho acarreta uma s ria de perdas que podem gerar problemas emocionais significativos e 74 seguem um efeito cascata podendo interferir inclusive sobre a sa de f sica do trabalhador Entre essas perdas identificou a perda econ mica de relacionamentos no trabalho de redes de apoio social assim como o estigma social de se encontrar em benef cio ou de estar desativado culpa sobre a defici ncia doen a perda de atividades recreativas e do respeito da fam lia e dos amigos Outro aspecto abordado no estudo de Gatchel sobre o ganho secund rio da compensa o financeira pois segundo a percep o do autor se os pacientes s o pagos para estar doentes eles podem aprender a continuar parecer doentes Para o autor quando se suspende o pagamento do benef cio espera se que as pessoas v o voltar ao funcionamento normal no entanto quando a recompensa financeira para os comportamentos muitas vezes n o mudam As pessoas podem continuar a se compor
212. sor para o retorno ao trabalho diante de um cen rio de perdas estruturais incluindo as financeiras Como visto anteriormente para Wadell e Burton o emprego geralmente o mais importante meio de obten o de adequados recursos econ micos que s o essenciais para o bem estar material e a plena participa o na sociedade de hoje al m de atender s necessidades psicossociais importantes nas sociedades onde o emprego regra Na pesquisa de Sard Jr et al O fato de receberem menores sal rios p s afastamento foi considerado um facilitador de retorno ao trabalho Selander et al identificou entre os fatores facilitadores de retorno ao trabalho o hist rico de trabalho anterior longo Para Lysgaard Fonager amp Nielsen o risco de n o retornar ao trabalho aumentou com experi ncia laboral inferior a 01 ano por outro lado ser um trabalhador qualificado na ocupa o anterior reduziu esse risco O estudo de Sard Jr et al apontou que maior tempo de trabalho na empresa mostrou se uma barreira ao retorno no entanto no presente trabalho constatou se o contr rio pois o fato dos segurados j conhecerem a fun o e pelo tempo de trabalho na empresa possibilitou que o segurado realizasse o treinamento na empresa e em seguida n o s retornaram ao trabalho como permaneciam no mesmo at a data da entrevista 111 5 2 5 Dificultadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao Segurado Entre os dificultador
213. ssist ncia m dica articula o entre os diversos atores capacita o para os trabalhadores da rea entre outras a es que atendem tamb m s diretrizes dos organismos internacionais Assim neste cap tulo ser abordada a tem tica de sa de do trabalhador contemplando seus conceitos e estendendo para rela o trabalho x sa de doen a Na sequ ncia ser o mostradas as estat sticas e o conceito legal sobre os acidentes de trabalho e doen as profissionais bem como os benef cios destinados aos trabalhadores que contribuem com o Regime Geral de Previd ncia Social Por fim ser apresentada a atual Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador e da Trabalhadora 31 2 1 SA DE DO TRABALHADOR Falar em sa de do trabalhador falar de um movimento hist rico de express es e de for as dos trabalhadores na tentativa de minimizar os problemas de sa de que se originavam nos processos de trabalho e dos riscos a que estavam expostos os trabalhadores Sua base epistemol gica segundo Nardi era sustentada por diversas disciplinas como a Medicina Social a Sa de P blica a Sa de Coletiva a Cl nica M dica a Medicina do Trabalho a Sociologia a Epidemiologia Social a Engenharia a Psicologia e outras que se somavam ao conhecimento apreendido pelo trabalhador sobre seu ambiente laboral e suas experi ncias cotidianas Partindo desta base teve in cio uma nova forma de compreens o das rela es entre sa de e trabalho be
214. ssoas s o receptivas com voc mas muitas pessoas n o tem essa sorte eu tive essa sorte mudaram muitos funcion rios mas 113 ainda tinha muitos que eram do meu tempo me acolheram bem e preocupavam se comigo falavam pra mim olha para um pouquinho faz um alongamento descansa sabe algo assim que te acolhe n S4 A empresa me acolheu muito bem e foram receptivos com o INSS O ambiente sempre foi muito bom e o que tem me ajudado at hoje porque mesmo com a dificuldade que eu tenho eu retornei pra minha atividade normal eu n o sou mais aquele profissional 100 que eu era eu diria em torno de 75 e quando eu sinto alguma dificuldade os colegas me prestam aux lio S5 A minha sorte foi que encontrei colegas legais at pessoas jovens que eu nunca tinha trabalhado me receberam bem Eu pensei que poderia ser discriminada de voltar com 50 e poucos anos e 8 anos encostada N o fui Eu seria muito injusta se reclamasse dos meus colegas N o se recusaram de ensinar nada O meu chefe me deu o maior apoiou para buscar conhecimento S9 Tive um tratamento que eu n o esperava Fui muito bem recebido pelos meus chefes anteriores e novos tamb m e j t a com 3 anos que voltei e t indo bem tranquilo N o tenho nada a reclamar dessa volta n o S10 Obedece Lei de Cotas S7 S11 A empresa tem mais de 100 funcion rios e entrei na cota dos reabilitados Eram tr s funcion rios reabilitado
215. stes variam em m dia 953 99 dias em torno da m dia igual a 1 938 89 dias Apesar da grande vari ncia entre as observa es pode se supor que n o exista uma observa o de tempo muito discrepante das demais observa es pois o valor da mediana n o est muito distante do valor da m dia No gr fico 9 de Boxplot pontos fora da caixa indicam a presen a de valores discrepantes do conjunto dos dados Como esses pontos n o existem no Gr fico 9 pode se afirmar que n o existe uma observa o destoante das demais 95 Gr fico 9 Boxplot da vari vel tempo de afastamento dias o c o E l pa pu o pr e o ao E w Fonte elaborado pela autora da disserta o com base na pesquisa dos prontu rios da amostra Aplicou se o teste de Kolmogorov Smirnov com 5 de signific ncia para testar a normalidade dos dados do tempo de afastamento do trabalho Verificou se com 95 de confian a que o tempo de afastamento do trabalho segue uma distribui o normal com m dia 1 938 99 e desvio padr o 953 99 pois o resultado do p valor foi de 0 95 sendo maior que 0 05 ou seja a hip tese nula de normalidade aceita Como o tempo de afastamento no trabalho seguiu uma distribui o normal aplicou se o teste t de compara o de m dia a fim de verificar se a m dia do tempo de afastamento a mesma para quem retornou e para quem n o retornou O P valor foi de 0 007 menor que 0 05 portanto aceitou se com 95 de
216. sticas s cio demogr ficas e ocupacionais dos segurados reabilitados pelo PRP com os facilitadores e as barreiras do retorno ao trabalho Posteriormente ser o apresentados e discutidos os resultados referentes ao terceiro e quarto objetivos identificar a percep o acerca dos facilitadores e dificultadores no retorno ao mercado de trabalho dos segurados que foram reabilitados pelo PRP e dos Respons veis pela Orienta o Profissional do INSS e comparar os facilitadores e dificultadores do retorno do segurado ao trabalho identificados na pesquisa com os resultados de outros estudos nacionais e internacionais 5 1 PERFIL S CIO DEMOGR FICO E OCUPACIONAL DOS SEGURADOS REABILITADOS PELO PRP Como citado anteriormente a amostra desse estudo relaciona se aos 113 segurados que foram reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional da Ger ncia Executiva do Distrito Federal INSS no per odo de Janeiro Dezembro de 2011 A seguir ser apresentado uma breve contextualiza o que explica como foi selecionada esta amostra De Janeiro Dezembro de 2011 a Ger ncia Executiva do Distrito Federal atendeu um total de 648 segurados no servi o de Reabilita o Profissional Para este n mero de segurados o referido servi o era prestado por 10 Respons veis pela Orienta o Profissional ROP nas Ag ncias da Previd ncia Social APS do Plano Piloto 509 registros Gama 74 registros Taguatinga 62 registros e Posse 3 regis
217. sultados Definitivos Ano Base 2007 Minist rio do Trabalho e Emprego Dispon vel em lt http wwwS mte gov br rais resultado 2007 pdf gt Acesso em Out 2013 96 Brasil Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS Resultados Definitivos Ano Base 2008 Minist rio do Trabalho e Emprego Dispon vel em lt http www3 mte gov br rais resultado 2008 pdf gt Acesso em Out 2013 97 Brasil Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS Resultados Definitivos Ano Base 2009 Minist rio do Trabalho e Emprego Dispon vel em lt http www3 mte gov br rais resultado 2009 pdf gt Acesso em Out 2013 98 Brasil Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS Resultados Definitivos Ano Base 2010 Minist rio do Trabalho e Emprego Dispon vel em lt http www pessoacomdeficiencia gov br app indicadores rais 2011 gt Acesso em Out 2013 99 Brasil Rela o Anual de Informa es Sociais RAIS Resultados Definitivos Ano Base 2011 Minist rio do Trabalho e Emprego Dispon vel em lt http www pessoacomdeficiencia gov br app indicadores rais 2011 gt Acesso em Out 2013 100 Brasil Instru o Normativa MTE SIT n 98 de 15 de Agosto de 2012 DOU de 16 08 2012 Disp e sobre procedimentos de fiscaliza o do cumprimento por parte dos empregadores das normas destinadas inclus o no trabalho das pessoas com defici ncia e benefici rios da Previd ncia Social reabilitados Dispon vel em lt h
218. ta o dos resultados e da an lise estat stica relativa caracteriza o do perfil s ciodemogr fico e ocupacional ser o apresentados os resultados da an lise de conte do obtida por meio das entrevistas com os segurados e com os Respons veis pela Orienta o Profissional 5 2 PERCEP O DOS SEGURADOS QUANTO AOS FACILITADORES E DIFICULTADORES NO PROCESSO DE RETORNO AO TRABALHO Ap s a caracteriza o do perfil s cio demogr fico e ocupacional dos 113 segurados com v nculos empregat cios e considerados reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional do INSS ser o apresentados e discutidos os resultados obtidos por meio da entrevista semiestruturada realizada com 13 destes segurados Para que n o seja poss vel a identifica o dos entrevistados os relatos ser o acompanhadas com a letra S seguida da numera o respectiva a cada um deles 5 2 1 Perfil dos Segurados Entrevistados Dos 13 segurados entrevistados tem se o seguinte perfil s cio demogr fico e ocupacional a Esp cie de Benef cio 10 segurados recebiam o aux lio doen a previdenci rio B31 e 03 segurados recebiam o aux lio doen a acident rio B91 b Sexo 10 eram do sexo masculino e 03 do sexo feminino c C digo de desligamento do Programa de Reabilita o Profissional 09 segurados retornaram para fun o diversa 4 42 e 04 segurados retornaram para as mesmas fun es com atividade diversa 4 40 d Classifica o Internaciona
219. tar de uma forma que lhes permite evitar a atividade Quanto quest o de receber uma compensa o financeira como o benef cio de aux lio doen a Lysgaard Fonager e Nielsen conclu ram que pessoas que recebem uma compensa o financeira eram menos propensas a voltar a trabalhar O risco de n o retornar ao trabalho aumentou com idade com experi ncia laboral inferior a 01 ano e morar em habita o alugada Por outro lado ser um trabalhador qualificado na ocupa o anterior reduziu esse risco Ahlgren et al realizaram uma pesquisa follow up com 815 pessoas que passaram por um programa de reabilita o profissional na Su cia tendo por como objetivos avaliar a estabilidade do retorno ao trabalho ap s passar pelo PRP e analisar quais foram os aspectos positivos para os clientes que permaneceram no trabalho Dos participantes 52 4 tinham atingido a capacidade de trabalho completo logo ap s conclu da a RP mas esta propor o tinha diminu do para 37 4 dois anos mais tarde O grupo que retornou ao trabalho caracterizou se por um menor per odo de afastamento possu am v nculo empregat cio e receberam treinamento no trabalho como uma medida de reabilita o profissional Esses autores conclu ram que os clientes com as melhores probabilidades de permanecer no trabalho dois anos ap s a reabilita o profissional tinham sido aqueles com per odo curto de afastamento que passaram por forma o profissional com i
220. te contexto reflex es e tend ncias com base na revis o de literatura Revista Enfermer a Global N 24 Out 2011 290 306 pp 70 Aranha MSF Integra o Social do Deficiente An lise Conceitual e Metodol gica Temas em Psicologia v 2 p 63 70 1995 71 Bryan WV Henderson G Psychosocial Aspects of Disability 4th ed Charles C Thomas Publisher 2011 151 72 Cardoso FLL A Influ ncia do Relat rio Beveridge nas Origens do Welfare State 1942 1950 Revista Todavia Ano 1 n 1 jul 2010 p 39 58 73 Soares LBT Terapia Ocupacional L gica do capital ou do trabalho S o Paulo Hucitec 1991 74 Organiza o Internacional do Trabalho OIT NORMLEX Sistema de Informa es sobre Normas Internacionais do Trabalho Dispon vel em lt http Avww ilo org dyn normlex en f p NORMLEXPUB 1 0 gt Acesso em Out 2018 75 Brasil Decreto Lei n 7 036 de 10 de novembro de 1944 Reforma a lei de acidentes do trabalho Dispon vel em lt http www010 dataprev gov br sislex paginas 24 1944 7036 htm gt Acesso em Out 2013 76 Brasil Decreto n 35 488 de 01 de Maio de 1954 Regulamento Geral dos Institutos de Aposentadoria e Pens es Dispon vel em lt http AvwwO010 dataprev gov br sislex paginas 23 1954 35448 htm gt Acesso em Out 2013 717 Brasil Decreto n 48 959 A de 19 de Setembro de 1960 Aprova o Regulamento Geral da Previd ncia Social Dispon vel em lt http www010 dataprev gov
221. to Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo Demogr fico 2000 Resultados Preliminares da Amostra Dispon vel em lt http www ibge gov br censo gt Acesso em Dez 2012 Toldr RC e cols Facilitadores e barreiras para o retorno ao trabalho a experi ncia de trabalhadores atendidos em um Centro de Refer ncia em Sa de do Trabalhador SP Revista Brasileira de Sa de Ocupacional Funda o Jorge Duprat Figueiredo de Seguran a e Medicina do Trabalho Vol 35 N 121 Janeiro Junho 2010 pp 10 22 Ara jo RRE Sachuk MI Os Sentidos do Trabalho e suas Implica es na Forma o dos Indiv duos Inseridos nas Organiza es Contempor neas Revista de Gest o USP S o Paulo v 14 n 1 p 53 66 janeiro mar o 2007 Dispon vel em lt www revistas usp br rege article download 36590 39311 gt Acesso em Set 2013 Batista dos Santos AC et al Sobre o Trabalho o Trabalhador e a Teoria das Organiza es Uma Leitura Cr tica Qualitos Revista Eletr nica Vol 9 N 3 2009 Dispon vel em lt http revista uepb edu br index php qualitas article viewFile 971 505 gt Acesso em Set 2018 Neves O Dicion rio da Origem das Palavras Portugal Leya 2012 10 Arendt H A condi o humana 10 Edi o Rio de Janeiro Forense universit ria 2007 11 Marx K O capital Cr tica da Economia Pol tica V 1 Livro Primeiro O Processo de Produ o do Capital S o Paulo Ed Nova Cultural
222. to maior o n vel de escolaridade mais frequente foi a perman ncia na empresa de v nculo em rela o aos segurados com menor n vel de escolaridade ap s 1 ano da participa o no PRP A m dia do tempo de afastamento dos segurados com baixa escolaridade em rela o s demais tamb m foi maior tanto no grupo que permaneceu quanto aqueles que n o conseguiram permanecer na empresa de v nculo Neste estudo o fato do segurado ter declarado ser casado pode ser considerado um fator preditor do retorno ao trabalho pois identificou se que o estado civil de 54 86 da amostra eram de pessoas casadas concordando com o encontrado em outros estudos sobre o tema A fim de saber se existe correla o entre a vari vel idade e o tempo de afastamento do trabalho foi feito o teste de correla o de Spearman sendo poss vel concluir nesta amostra que a idade e o tempo de afastamento do trabalho n o s o correlacionados Em rela o ao ramo de atividade os segurados em sua grande maioria eram provenientes de empresas voltadas ao ramo de transporte armazenagem e correio Se o H da Classifica o Nacional de Atividades Econ micas CNAE 2 0 e da categoria de Servi os do Setor de Atividade Econ mica SAE correspondendo a 27 33 do total onde predominam o esfor o f sico a sobrecarga a deambula o constante e os movimentos repetitivos que resultam nas doen as osteomusculares tamb m predominantes neste estudo Para analisar se a
223. trar em contato com a empresa e solicitar a readapta o em uma nova fun o ou se for o caso na mesma fun o com restri es Quando o segurado n o apresenta v nculo empregat cio o ROP deve lan ar m o dos recursos da comunidade cursos profissionalizantes e treinamento em outra empresa para conseguir promover a reabilita o profissional do segurado Assim o fato do segurado ter v nculo empregat cio se constitu em um facilitador para promover o retorno mais c lere ao trabalho ao inv s da espera para conseguir vaga em um curso profissionalizante e a dura o de realiza o do mesmo para posterior encaminhamento ao mercado de trabalho conforme evidenciado por Vaccaro amp Pedroso em que os segurados que permaneceram mais tempo no programa foram os que tiveram o curso profissionalizante custeado pelo PRP Possuir experi ncias profissionais diversificadas R3 e R8 De acordo com o Manual T cnico de Procedimentos da rea de Reabilita o Profissional durante a avalia o do potencial laboral o ROP deve investigar se o segurado tem experi ncias profissionais pr vias pois na impossibilidade do segurado retornar atividade que exercia ao ser afastado do trabalho o ROP poder fazer a an lise da possibilidade do segurado retornar ao mercado de trabalho exercendo alguma das fun es que j havia realizado anteriormente Assim foi observado na entrevista realizada com o segurado S8 impedido de retornar sua fun
224. tro da pr pria empresa em parceria com o INSS destaca que essa pr tica possibilita diferentes tipos de retorno entre eles o financeiro sendo de R 2 00 para cada R 1 00 investido no processo Ele ainda avalia que o investimento compensado por manter o empregado na linha de produ o evitando assim o peso das condena es financeiras ou das reintegra es quase sempre acompanhadas de conflitos e m goas Com base nestas constata es a seguir ser o apresentadas as conclus es deste trabalho 140 6 CONSIDERA ES FINAIS O objetivo deste trabalho foi de analisar os facilitadores e dificultadores no processo de retorno ao trabalho dos segurados reabilitados pelo Programa de Reabilita o Profissional PRP do INSS no mbito da Ger ncia Executiva do Distrito Federal no ano de 2011 Por meio da coleta de dados quantitativos identificou se o perfil s ciodemogr fico e ocupacional da amostra Em s ntese caracterizou se predominantemente por trabalhadores do sexo masculino casados com ensino m dio completo idade m dia de 47 anos do ramo de atividade da se o H do CNAE 2 0 transporte armazenagem e correio empregado na mesma empresa h mais de 8 anos e com sal rio m dio de R 1 253 00 Estavam afastados do trabalho h mais de 5 anos tendo como motivo principal as doen as do sistema osteomuscular CID 10 do grupo M recebendo benef cio por aux lio doen a B31 no valor m dio de R 1 151 08 Foram apres
225. tros conforme ilustrado no Gr fico 3 86 Gr fico 3 Distribui o do registro de segurados por APS da GEX DF 2011 EH Gama HEPosse m Taguatinga Plano Piloto Fonte Boletim Estat stico da Previd ncia Social BERP da GEX DF 2011 A primeira quest o que deve ser ressaltada a quantidade de segurados que foram registrados no servi o de Reabilita o Profissional do INSS e que efetivamente conseguiram retornar ao trabalho pois de 648 registros apenas 6 tiveram conclus o como Retorno Imediato ao Trabalho RIT e um total de 130 foram considerados reabilitados ao t rmino do Programa de Reabilita o Profissional c digos de desligamento 4 40 4 41 e 4 42 da tabela 1 representando assim 21 do total de registrados E outros 53 permaneceram em PRP c digo 3 39 Eleg vel para PRP e 26 dos registrados tiveram outros desfechos conforme pode ser observado na Tabela 2 Tabela 2 Desfecho dos segurados registrados no servi o de RP da GEX DF 2011 ETAPAS DESCRI O DOS C DIGOS B31 B91 3 10 INELEG VEL TEMPOR RIO 4 4 3 20 INELEG VEL PERMANENTE 37 8 AVALIA ES 3 30 RETORNO IMEDIATO AO TRABALHO 2 4 CONCLU DAS 3 39 ELEG VEL 223 119 Pr PRP 3 60 INSTRU O DE PROCESSO JUDICIAL CONCLU DO 15 14 3 98 N O NECESSITA DE PROGRAMA DE RP 3 2 N O CONSTAM C DIGOS DE AVALIA O CONCLU DA 14 9 4 40 RETORNO MESMA FUN O COM ATIVIDADE DIVERSA 9 16 4 41 RETORNO ME
226. ttp pepsic bvsalud org scielo php pid S1984 66572001000200002 amp script sci arttext amp ting en gt Acesso em Set 2018 20 Antunes R Os Sentidos do Trabalho Ensaio sobre a Afirma o e a Nega o do Trabalho S o Paulo SP Boitempo 1999 21 Codo W Um Diagn stico do Trabalho em busca do prazer In A Tamayo J Borges Andrade amp W Codo Eds Trabalho Organiza es e Cultura p 21 40 S o Paulo SP Cooperativa de Autores Associados 1997 22 Codo W Vasques Menezes l amp Verdan CS Import ncia Social do Trabalho Educa o Carinho e Trabalho Petr polis RJ Vozes Bras lia Confedera o Nacional dos Trabalhadores em Educa o Universidade de Bras lia 1999 Laborat rio de Psicologia do Trabalho 293 299 23 Demo P Trabalho Sentido da Vida Boletim T cnico do Senac Rio de Janeiro 32 1 5 17 2006 Dispon vel em lt http www senac br INFORMATIVO BTS 321 bts32 1 artigo1 pdf gt Acesso em Set 2018 147 24 MOW Interantional Research Team 1987 The Meaning of working London Academic Press 25 Tolfo SDR amp Piccinini V Sentidos e Significados do Trabalho Explorando Conceitos Vari veis e Estudos Emp ricos Brasileiros Psicologia amp Sociedade 19 spe 38 46 2007 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0102 71822007000400007 amp Ing en amp tIng pt 10 1590 S0102 71822007000400007 gt Acesso em Set 2013 26 Alberton
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228. ue n o tinha serventia e que algu m foi l pegou ele e tentou dar uma arrumadinha pra dar ele de presente de natal no final do ano ent o pra algu m ele teria uma serventia foi isso que eu pensei que eu poderia me dar novamente eu poderia ter aquela chance aquela oportunidade foi assim uma porta que se abriu n S4 A desvantagem salarial do benef cio S1 S2 S5 S6 S7 S8 S13 Na reabilita o eu entrei pelo segundo degrau pois eu j conhecia todo processo da empresa Tinha um longo per odo de experi ncia na empresa 21 22 anos mais ou menos S5 O fator financeiro e emocional me motivou a retornar eu acho que j tava tendo umas crises l parado sem fazer nada voc fica agoniado S6 O sal rio da constru o um pouco a mais do que voc recebe do Governo o que me motivou a voltar S7 O aux lio doen a era bem abaixo do que eu recebia no trabalho e isso me motivava bastante a voltar at mesmo pra pr pria fun o claro que com cautela mas em primeiro lugar minha sa de S8 A necessidade de prover a fam lia S1 S2 S12 Voc precisa trabalhar voc n o tem outra renda voc n o tem nada desse jeito S eu mantenho minha fam lia tr s pessoas tem gasto casa gua luz voc indo trabalhar voc tem os tickets a participa o nos lucros tudo ganhos Quando voc t no INSS s esse INSS e pronto S1 O sentimento de ser til
229. ue se refere ao INSS oferecem nova fun o de acordo com a capacidade laboral do segurado tem bom relacionamento com o segurado e ser empresa de Grande Porte 143 Entre os dificultadores os ROPs relataram que e quanto ao segurado resist ncia Reabilita o Profissional ou para retornar ao trabalho ter baixa escolaridade ou n vel superior longo per odo de afastamento e acomoda o ao benef cio Idade avan ada e em rela o s empresas empresas que n o atendem ou respondem ao INSS a fun o oferecida estar abaixo da capacidade do segurado em realiza la empresa de pequeno porte ou terceirizada e quanto ao INSS falta de aquisi o de recursos materiais para o PRP falta de recursos humanos para atendimento da demanda de segurados falta de acordos e conv nios locais para promo o do PRP falta de treinamento capacita o para os servidores da rea falta de divulga o do trabalho da RP falta de um sistema integrado com os demais sistemas da institui o e com rela o a outros dificultadores os ROPs citaram a alta demanda de segurados encaminhados para o servi o de RP pela via judicial e a falta de assist ncia m dica para os segurados A identifica o dos facilitadores do retorno do segurado ao trabalho permitiu concluir que aqueles que retornaram ao trabalho e se mantiveram empregados tiveram como principal motivador a vontade do segurado em retornar ao trabalho as empresas que foram receptivas e
230. ue ser o tratados sumariamente a seguir O Cap tulo 01 versa sobre o conceito e o sentido do trabalho para o homem e de forma breve a sua evolu o hist rica O Cap tulo 02 aborda a tem tica de sa de do trabalhador contemplando seus conceitos e estende para rela o trabalho x sa de doen a Na sequ ncia s o mostradas as estat sticas e o conceito legal sobre os acidentes de trabalho e doen as profissionais bem como os benef cios destinados aos trabalhadores que contribuem com o Regime Geral de Previd ncia Social E por fim apresentada a atual Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador e da Trabalhadora O Cap tulo 03 trata sobre o conceito de Reabilita o Profissional as considera es hist ricas que caracterizaram o surgimento deste fen meno o atual Programa de Reabilita o Profissional do INSS al m do processo de retorno ao trabalho com nfase nos facilitadores e dificultadores deste processo O Cap tulo 04 descreve o percurso metodol gico explicitando o delineamento popula o amostra os instrumentos de coleta de dados 20 procedimento de coleta de dados procedimento de an lise dos dados e as considera es ticas No Cap tulo 05 s o apresentados os resultados e a discuss o a partir das informa es coletadas em prontu rios e sistemas informativos e nas entrevistas realizadas com os segurados reabilitados e com os Respons veis pela Orienta o Profissional No Cap tulo 06 s o feit
231. uma fun o com a qual n o se identifica Este um aspecto abordado no Cap tulo 1 sobre O Trabalho no que concerne aos significados e sentidos do trabalho para o homem Empresa de pequeno porte ou terceirizada R3 R8 Nesse caso os ROPs fazem refer ncia s dificuldades de conseguir reinserir o segurado dentro da pr pria empresa pois por serem empresas de pequeno porte ou terceirizadas na maioria das vezes n o tem vagas ou fun es compat veis para promover a readapta o do segurado em uma nova fun o atividade Dependendo do tamanho da empresa se for muito pequena tem poucas fun es a tem dificuldade em oferecer R3 Empresa terceirizada pois o nus para eles muito alto R8 Empresa pequena falta fun o compat vel n o tem vagas R8 Segundo Vacaro amp Pedroso muitas empresas de pequeno porte est o desobrigadas de cumprir a meta de um n mero m nimo de empregados que possuem algum tipo de defici ncia ou reabilitados do INSS Entretanto tramita desde 2010 na C mara dos Deputados o Projeto de Lei N 7 207 2010 com a proposta de reduzir o porte da empresa que estar obrigada a 130 preencher um percentual de seus cargos com reabilitados de 100 para 50 ou mais empregados 5 3 5 Facilitadores do Retorno ao Trabalho em Rela o ao INSS Entre os facilitadores com rela o ao INSS os Respons veis pela Orienta o Profissional responderam Participa o da Per
232. umentos de trabalho conjunto de materiais imprescind veis ao exerc cio de uma atividade laborativa na condi o de contribuinte individual ou microempres rio compreendendo m quinas acess rios ferramentas e aparelhos indispens veis para o desempenho da fun o a ser exercida N o s o considerados instrumentos de trabalho mat ria prima de transforma o e outros materiais que se destinem comercializa o direta e Implemento profissional conjunto de materiais indispens veis para o desenvolvimento da forma o treinamento profissional compreendendo dentre outros materiais did ticos instrumentos t cnicos e equipamentos de prote o individual e Orteses e pr teses pr teses dispositivos utilizados com a finalidade de substituir um membro e rteses aparelhos de corre o ou complementa o Esse or amento tamb m utilizado para custear di rias passagem terrestre a rea e pesquisas externas que s o realizadas pela equipe de Reabilita o Profissional para subsidiar as a es do PRP Caso necess rio o segurado tamb m ir receber o pagamento de di rias aux lio transporte e ou alimenta o para se deslocar para os cursos profissionalizantes ou treinamento na empresa por m este custeio feito com a a o or ament ria da rea de benef cios O recurso material concedido ao segurado seguindo crit rios que ser o observados pela equipe que conduz o PRP e mediante processo licitat rio confor
233. ute for Work amp Health Seven principles for successful return to work Institute for Work amp Health 2007 March 116 B ltmann U et al Health status work limitations and return to work trajectories in injured workers with musculoskeletal disorders Quality of Life Research 2007 September 16 7 1167 1178 117 Meijer E M Sluiter J K Frings Dresen M H W Evaluation of effective return to work treatment programs for sick listed patients with non specific musculoskeletal complaints a systematic review International Archives of Occupational and Environmental Health 2005 v 78 p 523 532 118 McCluskey S Burton AK Main CJ The implementation of occupational health guidelines principles for reducing sickness absence due to musculoskeletal disorders Occupational Medicine London 2006 Jun 56 4 237 42 119 Gravina MER Nogueira DP Rocha LE Reabilita o profissional em um banco facilitadores e dificultadores no retorno ao trabalho Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de S o Paulo Brasil v 14 n 1 p 19 26 abr 2003 120 Scopel MJ Retorno ao trabalho trajet ria de trabalhadores metal rgicos portadores de LER DORT 2005 130 f Disserta o Mestrado em Psicologia Social e Institucional Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2005 121 Sard Jr et al Preditores biopsicossociais de incapacidade f sica e depress o em trabalhadores do setor de frigor fi
234. vari vel sal rio tem correla o com a vari vel retorno ao trabalho foi feito um teste Qui Quadrado e h evid ncias para concluir que a diferen a do sal rio anterior e durante o benef cio est o associadas ao fato da pessoa retornar ao trabalho Aplicou se o teste n o param trico Mann Whitney para analisar se as m dias do tempo de trabalho na empresa diferem dos que retornaram e dos que n o retornaram Neste caso o resultado foi que n o h diferen a significativa 142 Na an lise de conte do obtida por meio das entrevistas com os segurados foram apontados os seguintes facilitadores de ordem pessoal a vontade de voltar ao trabalho a desvantagem salarial do benef cio em compara o com o sal rio que recebiam antes do afastamento do trabalho e longo tempo exercendo a mesma fun o quanto empresa quando esta receptiva em que os chefes e colegas acolhem o trabalhador que estava afastado e as que obedecem Lei de Cotas promovendo a entrada de pessoas reabilitadas pelo PRP do INSS em rela o ao INSS o certificado de reabilita o profissional contendo as restri es para as atividades que n o podem exercer e por ser til no momento de concorrer s vagas para pessoas reabilitadas o acolhimento da equipe de RP e as orienta es que receberam quanto a melhoria da escolaridade e realiza o de cursos na comunidade foram importantes para promover o retorno outros um segurado citou qu
235. x lio doen a seja insuscept vel de recupera o para sua atividade habitual dever ser submetido a processo de Reabilita o Profissional para o exerc cio de outra atividade e n o cessar o benef cio at que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsist ncia ou quando considerado n o recuper vel ent o ser aposentado por invalidez Infelizmente o n mero dos trabalhadores que se afastam por doen a ou acidente e necessitam desses benef cios muito alto Segundo dados do Anu rio Estat stico da Previd ncia Social em 2011 o benef cio de aux lio doen a previdenci rio foi o de maior volume monet rio para Previd ncia Social correspondendo a 45 8 do total de R 4 53 bilh es Ap s a explica o sobre os benef cios concedidos aos trabalhadores acidentados e adoecidos ser abordada a seguir a Pol tica Nacional de Sa de do Trabalhador que tem como um de seus objetivos minimizar os efeitos da falta de preven o e de vigil ncia nos ambientes de trabalho 2 5 POL TICA NACIONAL DE SA DE DO TRABALHADOR Ao tomar conhecimento dos determinantes que afetam a sa de do trabalhador verifica se que no ambiente laboral ele est exposto a situa es 45 potenciais de risco f sicos qu micos biol gicos bem como ps quicos e sociais entre outros Neste sentido diversos organismos nacionais e internacionais v m debatendo ao longo dos anos as pol ticas neces
236. xiliar no desenvolvimento das atividades do servi o de RP e representaria menos uma atribui o destinada a eles 136 Falta de um sistema integrado com os demais sistemas da institui o R8 Um dos ROPs relatou a falta de um sistema banco de dados que facilitasse a consolida o das informa es sobre os atendimentos realizados Sistema de Reabilita o Profissional muito falho desintegrado de todos os outros sistemas institucionais Falta um sistema que d agilidade ao atendimento R8 Conforme citado no Cap tulo sobre Reabilita o Profissional atualmente a equipe de Reabilita o Profissional possu dois sistemas com a finalidade de lan ar informa es sobre os atendimentos e gerar relat rios sobre os mesmos por m n o atendem todas as necessidades das equipes 5 3 7 Outros Facilitadores N o foram apontados pelos ROPs outros facilitadores que possam promover o retorno do segurado ao mercado de trabalho 5 3 8 Outros Dificultadores Entre outros dificultadores para o retorno do segurado ao mercado de trabalho os ROPs responderam A alta demanda de segurados encaminhados para o servi o de RP pela via judicial neste aspecto a principal queixa do ROP R2 em rela o ao retorno do segurado resistente RP foi considerado apto para retornar ao trabalho e pela via judicial retorna ao Servi o de RP A Justi a tamb m emperra nosso trabalho pois pede para aposentar o segurado O Ju

Facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho dos segurados

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