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anais do i encontro do ministério público em proteção à

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1. Com uma popula o mundial de 7 1 bilh es de pessoas e com uma taxa de crescimento anual de 1 2 quase tr s seres humanos a mais por segundo possivel imaginar a colossal quantidade de recursos alimentos combusti veis f sseis eletricidade e minerais utilizados na manu ten o da humanidade Igualmente poss vel imaginar o impacto dessa demanda nos sistemas naturais globais De fato a perda e a degrada o de reas naturais est o rela cionadas diretamente ao aumento em at mil vezes das taxas atuais de extin o de esp cies em compara o com as taxas de extin es naturais PIMM et al 1995 O Brasil detentor de uma das maiores biodiversidades do planeta LEWINSOHN PRADO 2005 j abriga dois hotspots mundiais de biodiversidade MYERS et al 2000 1 United States Census Bureau U S and World Population Clock Dispon vel em lt http www census gov popclock gt Acesso em 14 nov 2014 a Mata Atl ntica e o Cerrado ambos caracterizados pela elevada diversidade biol gica pelos altos n veis de ende mismos e pelo avan ado est gio de degrada o ambien tal A eros o da biodiversidade causada pelos impac tos humanos na Amaz nia na Caatinga e no Pantanal BRANDON et al 2005 parece confluir inexoravelmente para o mesmo cen rio Atualmente o Brasil o quinto pa s mais populoso do mundo com 201 milh es de habitantes Essa equa o torna se ainda mais preocupante quando i
2. Refer ncias CAPRA Fritjop Alfabetiza o Ecol gica a educa o das crian as para um mundo sustent vel S o Paulo Cultrix 2006 A Teia da Vida uma nova compreens o cient fica dos siste mas vivos S o Paulo Cultrix 2006 FERRY Luc A nova ordem ecol gica a rvore o animal e o homem Rio de Janeiro DIFEL 2009 HONORE Carl Devagar 5 ed Rio de Janeiro Record 2007 MORIN Edgar O M todo 1 A Natureza da Natureza Porto Alegre Sulina 2002 A cabe a bem feita repensar a reforma reformar o pensamento 8 ed Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2003 201 REGAN Tom Jaulas Vazias encarando o desafio dos direitos animais Porto Alegre RS Lugano 2006 SHLESINGER S rgio NORONHA Silvia O Brasil est nu O avan o da monocultura da soja o gr o que cresceu demais Rio de Janeiro FASE 2006 VINAO FRAGO Ant nio ESCOLANO Agust n Curr culo Espa o e Subjetividade a arquitetura como programa 2 ed Rio De Janeiro DP amp A 2001 202 A atuacao do Minist rio Publico em defesa da fauna Luciana Imaculada de Paula A natureza o homem e os outros animais cen rios desta rela o Desde os tempos mais remotos o homem observou a si mesmo como um ente apartado da natureza Se no in cio persistia a vis o sacralizada da natureza que se apresentava como algo externo e superior aos seres humanos com a urbaniza o e o desenvolvimento industrial e tecnol gico
3. da ess ncia do mundo a mudan a O que era certeza hoje amanh n o mais e que precisamos UTA mudar Segundo eu tentei demonstrar que o pedido de habeas corpus para os chimpanz s ou para os grandes pri matas n o nenhum absurdo e que o Judici rio brasileiro teve oportunidade e certamente ter outras de entrar para a hist ria da humanidade Os chimpanz s s o humanos Vai no Google faz qualquer busca pega o livro de Peter Singer Eles t m comportamentos extremamente similares ao nosso N s aprendemos desde cedo que o s mbolo da justi a uma balan a e a balan a diz que quando duas situa es s o muito semelhantes elas devem ter trata mentos semelhantes A Justi a tem que ver que um chim panz n o pode ser igual a um mosquito n o pode ser igual a uma barata e que n o estar quebrando nenhum paradigma porque j admitimos como sujeito de direi tos outros que n o t m nada a ver com um ser humano A pessoa jur dica o Minist rio P blico a massa falida o esp lio s o sujeitos de direito nos Estados Unidos um navio sujeito de direito Por que nossos irm os os gran des primatas n o podem ser reconhecidos como sujeitos de direito Ent o eu n o me arrependo n o me arrependo mesmo e como estou em Minas Gerais termino com uma frase de Tiradentes Liberdade ainda que seja tarde 172 A quest o animal na sociedade contempor nea Vania Maria Tuglio Boa tarde a todos Como
4. o de peixe n o indicado Tamb m n o faria mal se n o tivesse um problema muito importante muito f cil para o peixe subir mas o peixe n o desce Vou tentar explicar em 30 segundos por que que o peixe n o desce e n o desce O peixe atravessa uma escada para peixe e chega ao reservat rio procurando gua corrente ele um bicho de gua corrente n o reconhece gua parada como o lar dele Ele tem um sistema sensorial extrema mente evolu do Trabalhos com telemetria de colocar o r dio e seguir o peixe mostram que mesmo em reserva t rios muito grandes como Itaipu em poucas horas o peixe acha o rumo dele e vem pro rio acima Beleza Mas 132 tem que voltar depois da reprodu o e ele volta para se alimentar Na verdade um processo de dispers o Ele aleatoriamente se distribui pelo rio acaba voltando encon tra o ambiente de gua parada e fala Epa eu entrei no lugar errado aqui n o tem alimento n o o ambiente a que estou acostumado E volta pra cima Ent o ele fica num pro cesso de recircula o Na maioria dos empreendimentos hidrel tricos o local onde a gente mais encontra peixe de piracema depois da reprodu o justamente o remanso dos reservat rios porque o bicho n o consegue voltar at a barragem Se voltasse daria para eventualmente ter solu es de engenharia para possibilitar a descida do peixe mas na maioria dos casos quando a barragem muito grande o peixe n o volt
5. singularidade olvidando se do animal seu companheiro hist rico se coloca distante e acima dos outros animais na cren a de que se basta Noutra situa o no entanto as pessoas estabelecem formas de conviv ncia harmoniosa com os animais na qual o bem estar pleno de ambos buscado atrav s dessa intera o Na primeira cren a se perpetua um modo de ser e de pensar que contraria as id ias sist micas contempor neas as quais prop em o benef cio de todos os elementos envolvidos no sistema hoje e no futuro A coevolu o do ser humano e do universo pede uma nova metodologia e uma nova Filosofia da Natureza mediadora privilegiada do di logo entre todos os campos da Natureza Essa nova concep o repousa sobre duas afirma es o ser humano pode estudar a Natureza atra v s da ci ncia e a Natureza n o pode ser concebida fora da sua rela o com o ser humano NICOLESCU 2005 Tal conhecimento precisa ser divulgado por legisladores juristas e educadores necess rio que justamente nos adolescentes e nos jovens sejam despertadas novamente as sensa es valo rativas que lhes permitam perceber o belo e o bom sen sa es essas que s o reprimidas pelo cientismo e pelo pensamento tecnomorfo Um contato t o ntimo quanto poss vel com a natureza viva t o cedo quanto poss vel na vida das crian as um caminho altamente promis sor para que se atinja esse objetivo LORENZ 1986 Cerca de 80
6. FONSECA G A B RYLANDS A B SILVA J M C Conserva o brasileira desafios e oportu nidades Megadiversidade 1 7 13 2005 BRASIL Minist rio do Meio Ambiente Instituto Chico Mendes de Conserva o da Biodiversidade Instru o Normativa MMA N 2 de 20 de agosto de 2009 Dispon vel em lt http www icmbio gov br cecav images down load IN 2002_MMA_Comentada pdf gt Acesso em 14 nov 2014 CARMO FF 7 CARMO FOB CAMPOS IC JACOBI C M Cangas Ilhas de Ferro Estrat gicas para a Conserva o Ci ncia Hoje 295 48 53 2012 FERREIRA R L MARTINS R P Cavernas em risco de extin o Ci ncia Hoje 29 20 28 2001 FERREIRA R L YANEGA D MARTINS R P Ecology of bat guano arthropod communities in a Brazilian dry cave Ecotropica 2 105 116 2000 HOCH Hy FERREIRA R L Ferricixius davidi gen n sp n the first cavernicolous planthopper from Brazil Hemiptera Fulgoromorpha Cixiidae Deutsche Entomologische Zeitschrift 59 201 206 2012 INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERA O IBRAM Informa es e an lises da economia mineral brasileira 7 ed Bras lia DF 2012 68 p 145 LEWINSORN T M PRADO P I Quantas esp cies h no Brasil Megadiversidade 1 1 36 42 2005 LOBO HA S PERINONTO SMA BOGGI ANI EC Espeleoturismo no Brasil panorama geral e perspecti vas de sustentabilidade Revista Brasileira de Ecoturismo 1 62 83 2008 MAURITY C W KOTSCHOUBE
7. No caput do art 225 na cabe a do artigo ela fala que todos t m direito ao meio ambiente Bastava isso Por m talvez o constituinte tenha se preocupado com a efetividade desse direito em raz o das peculiaridades um direito de todos de dimens o difusa e por isso res saltou no 81 para assegurar a efetividade desse direito Vejam n o h na Constitui o nenhum outro dispositivo com essa refer ncia assegurar a efetividade Ent o dou o direito mas quero assegurar a efetividade dele impondo uma s rie de deveres Sabe se que todo direito tem corre la o com algum dever Ent o a Constitui o passa a enu merar deveres ao poder p blico e entre eles est proteger a fauna a flora etc vedadas na forma da lei as pr ticas que coloquem em risco sua fun o ecol gica provoquem a extin o de esp cies ou submetam os animais a cruel dade Na sequ ncia estabelece que as condutas lesivas sujeitar o os infratores a san es penais e administrativas al m da repara o do dano Um argumento muito usado para apresenta es com ani mais especialmente de circo rodeio e prova de la o de que s o atividades culturais e econ micas dentro do espectro da livre iniciativa n o sendo objeto de veda o legal expressa individualizada como uma norma falando A prova de la o X vedada Esse argumento n o supera o obst culo constitucional de proibi o da crueldade toda vez que fo
8. considerado crime e a modifica o da mat ria contravencional para con duta criminosa para mostrar que Comiss o reconheceu e ao que me parece o Senado Federal est reconhecendo que o que existe hoje em termos de puni o para aquele que afronta a fauna n o suficiente S isso j justifica que todos n s possamos reconhecer que h uma nova mentalidade n o a ideal mas que alguma coisa est sendo feita para dar efetividade a essa exig ncia que a prote o aos animais Eu gostaria de concluir fazendo refer ncia aquele habeas corpus impetrado em favor de um chimpanz do qual inclusive o promotor de justi a da Bahia Heron Santana que nos brindar com a confer ncia a seguir foi um dos impetrantes lembrando a parte do meu voto naquele jul gamento em que observei que em 1857 a Suprema Corte dos Estados Unidos negou por sete votos a dois ao escravo Dred Scott a sua liberdade requerida sob o argumento de que tinha sido automaticamente liberto enquanto viveu com o seu propriet rio John Emerson em reas livres entendendo aquela Corte que ele n o era cidad o e portanto n o tinha o direito de mover uma a o em uma Corte Federal Pois bem hoje um negro preside aquele Pa s Tamb m registrei no mesmo voto que a mulher no Brasil da primeira Constitui o Republicana a de 1890 era praticamente um nada somente passando a gozar de direitos pol ticos em 1932 com a edi o do C digo Eleitoral D
9. dade de pensar e do livre arb trio Contudo foram as ideias do Renascentismo que consoli daram o pensamento da pretensa superioridade da esp cie humana em detrimento das outras pois o tal pensamento renascentista colocava o homem no centro do mundo O principal representante dessa fase foi o franc s Ren Descartes 2011 p 34 que contribuiu de forma deci siva para excluir os animais da esfera das preocupa es 203 morais humanas A partir da teoria animal m quina o fil sofo racionalista justificava a explora o dos animais ao afirmar que eles seriam somente aut matos ou m qui nas destitu das de sentimentos incapazes portanto de experimentar sensa es de dor e de prazer No s culo XIX com o advento do Iluminismo a ci ncia passa a adquirir notoriedade definindo a forma como os animais eram percebidos Surge nesse per odo o pensamento de Primatt e de Bentham que embora n o se referisse a direitos dos ani mais valorizava a capacidade tica da esp cie humana e preconizava o dever de compaix o em favor de todos os seres sens veis dor e ao sofrimento Nesse entendi mento a capacidade de sofrer o elemento determinante da preocupa o moral dos homens relativamente aos interesses de outros seres Em seu texto memor vel Bentham 1907 p 17 destaca Talvez chegue o dia em que o restante da cria o animal venha adquirir os direitos que jamais lhe teria sido negados a n o ser pela
10. dos de forma fragmentada e dissociada e que os estudos de impacto ambiental n o estavam focados no complexo 149 hidrel trico como um todo Em meio ambiente a gente sabe que nem sempre um mais um igual a dois por tanto a aferi o desses impactos cumulativos e sin rgicos n o existia at ent o na medida em que esses impactos assim como as medidas mitigadoras e reparat rias esta vam sendo mensurados de forma isolada Da forma como estava ocorrendo o licenciamento fragmentado colocaria sim em risco as esp cies em extin o pelo menos sem que tiv ssemos um estudo mais aprofundado a respeito delas e da sufici ncia ou n o do habitat que remanesceria da implanta o dos empreendimentos Essa foi a prin cipal justificativa da a o civil p blica Pedimos a sus pens o das licen as ambientais j concedidas e das que ainda seriam concedidas com o intuito de que o estado de Minas Gerais ou seja o rg o licenciador procedesse avalia o ambiental integrada e avalia o ambiental estrat gica haja vista as omiss es diversas nos proces sos de licenciamento dos empreendimentos e a aus ncia desses dois instrumentos A aus ncia de avalia o dos impactos cumulativos e sin rgicos n o permitiu a constata o dos reais efeitos dos aproveitamentos hidrel tricos e os estudos pontu ais e fragmentados dos processos de licenciamento n o tiveram a profundidade suficiente para a garantia por exemplo da p
11. gem s no meio do rio se ainda tiver rio para cima e para baixo tudo bem pode ser mantida alguma coisa Se n o tiver e se for fragmentado o local de reprodu o para o desenvolvimento inicial se for uma barragem pequena talvez as coisas funcionem bem Se for grande e grande barragem onde est o classificadas mais de 90 das nossas vinte quil metros quadrados n o nada Tr s Marias tem 1000 Furnas tem 1500 tamb m n o tem o que ser feito Eu particularmente acho que casos onde a barragem est no meio desses dois habitats cr ticos s o casos em que a gente tem que pensar muito para por uma barragem porque ela vai ser o golpe final quelas esp cies de peixe Existe uma medida mitigadora mas ela possivelmente n o vai funcionar Vou falar agora de problemas menos abordados mas de alguma forma relacionados quest o Uma plan cie de inunda o aqueles locais que o ovo e a larva alcan am s o locais sazonalmente alagados pelo rio Vamos ima ginar que eu seja um barrageiro e queira construir uma barragem Eu posso pensar em colocar uma turbina muito grande para gerar o m ximo durante o per odo de chuva e toda a gua do rio vai passar pela turbina Vou gastar um dinheir o para colocar uma turbina muito grande que vai gerar o m ximo S que quando chegar a poca da seca como o rio diminui muito a quantidade de gua minha turbina mal vai rodar e eu vou perder dinheiro A vou pensar a pr xima
12. morou na Europa algum tempo sabe disso reas vizinhan as valorizadas t m pequenos cervos correndo no quintal tem animais coexistindo D o problema D o problema voc resolve o problema mais problema n o t los ok E a quest o desse bem estar passa por isso olha voc pode olhar para uma rea para uma avenida assim ou voc pode olhar para ela assim voc pode olhar para a cidade dessa forma voc pode olhar para a press o que n s causamos sobre nosso pr prio olhar ou voc pode gradualmente fazer uma mudan a de vis o E se voc fizer essa mudan a de vis o voc vai entender a fauna e associa o com essa flo resta urbana A audi ncia p blica que eu tive com a L lian foi um grande prazer participar dessa audi ncia eu falei um pouco de improviso sobre envelhecimento e n s pensando na nossa esp cie Eu falei das rvores velhas em defesa a essas rvores velhas a gente est a n o movimento Fica Ficus o movimento da sociedade organizada que surgiu espontaneamente em torno desse problema dos ficus em Belo Horizonte j temos uma a o aqui n Dra Lilian Junto ao Minist rio P blico pedindo uma revis o da postura da prefeitura com rela o arbo riza o e nessa audi ncia p blica eu falei de velhos e de rvores velhas essa vis o sanitarista ela prevalece hoje na prefeitura em grandes na maioria das cidades do Brasil isso n o um problema de Belo Horizonte a ideia de q
13. o desse ciclo Com essa informa o podemos estimar que durante um ano de trabalho foi poss vel evitar o nas cimento de aproximadamente 8 mil filhotes de c es e gatos no munic pio considerando apenas a fertilidade das f meas que foram esterilizadas Nesse per odo observou se ainda que muitas pessoas que procuram o servi o do CODEVIDA n o t m nenhum conhecimento sobre guarda respons vel de animais Esses usu rios se irritam extremamente quando lhes informamos que n o podemos acolher o animal de estima o indese jado e que cabe ao usu rio dar um destino ao animal seja por meio de doa o no caso de animal saud vel ou por encaminhamento para tratamento ou eutan sia se assim a situa o o exigir As pessoas querem transferir sua respon sabilidade de guardi o para o Poder P blico e isso que desencadeia os agravos ocasionados pelos animais de rua 111 Silvano 2010 afirma que a falta de planejamento sob os princ pios da guarda respons vel acarreta v rios fatores entre os quais a compra impulsiva de animais estimulada por comerciantes que os exp e como mercadorias Essa rela o de consumo muitas vezes n o desperta o v nculo afetivo que deve nortear a rela o entre homem e animal fazendo com que as pessoas acabem descartando seus animais de estima o por se tornarem desinteressantes ap s a empolga o inicial Considera es finais Segundo dados obtidos no II Congresso Nacional de Sa
14. 6 514 2008 no caso de guarda de esp cime silvestre deve a autoridade competente deixar de aplicar as san es previstas nesse decreto quando o agente espontaneamente entre gar os animais ao rg o ambiental competente BRASIL 2008 TABELA 3 Detalhamento das den ncias recebidas pelo Disque Den ncia Unificado 181 Cia PM MAmb Belo Horizonte Minas Gerais 2012 Descri o Quantidade 08 51 76 U 0 97 215 1225 8 3 30 172 9 80 8 26 5 87 1 65 2 90 o o EDS E a a Cativeiro Animais Silvestre Ca a Abuso e Maus tratos a animais Rinha Desmate Corte de rvore Interven o APP Minera o Polui o Res duo S lido 3 2 10 if 20 1754 100 00 Fonte Cia PM MAmb PMMG O gr fico 1 revela que a quantidade de apreens es realiza das pela Cia PM de Meio Ambiente est com tend ncia de redu o no ano de 2007 foram apreendidos 14 347 esp ci mes de p ssaros somente na regi o metropolitana de Belo Horizonte no ano de 2012 foram apreendidos 3 358 passeri formes que representam uma diminui o de 10 989 animais apreendidos ou uma redu o de 76 59 em compara o com o ano de 2007 GR FICO 1 Apreens o de Passeriformes pela Cia PM MAmb Minas Gerais 2007 2012 t P ssaros apreendidos m BO Fonte Cia PM MAmb Outros aspectos importantes observados pela Cia PM MAmb ao longo do per odo foram a redu o dos casos de manuten o de a
15. Direitos dos animais Silvana Andrade Bom dia a todos Para mim uma grande honra estar aqui J agrade o as palavras generosas aproveitando tamb m para agradecer pelo convite Hoje um dia muito especial Dia Mundial dos Animais Dia de S o Francisco ent o sob todos os aspectos uma grande alegria e uma honra estar aqui Eu gostaria antes de come ar a apre senta o propriamente de jogar para voc s uma reflex o atrav s de dois v deos O primeiro gerou um grande buzz no YouTube com uns quatro milh es de views O segundo fala do mesmo tema mas poucas pessoas devem ter assistido Nos ltimos 60 anos houve um avan o muito grande para a humanidade na rea cient fica e tecnol gica mas infelizmente n o avan amos moralmente na mesma propor o Por m j h uma mudan a de menta lidade e consci ncia muito grande n o entre n s adultos mas principalmente entre as crian as A gente v crian as que mal sabem falar dando grandes li es para n s adul tos e mostrando que hoje se o tema de direitos animais no qual todos n s atuamos aqui ainda visto com pre conceito e relegado a segundo plano s vezes a plano algum porque nem sequer citado nos debates para as crian as algo bastante importante isso sem qualquer pro cesso educativo A compaix o e o respeito aos animais eles j trazem muito naturalmente Ouso dizer que o direito dos animais ser dentro de uns 15 anos
16. Um exemplo j estudado s o os morcegos dos quais muitas esp cies se caracteri zam pelo baixo grau de filopatria longa perman ncia no 141 mesmo abrigo Eles alternam os locais de perman ncia entre as cavidades isso significa que em regides com alta concentra o de cavernas n o se percebe um padr o de coloniza o desses animais TRAJANO 1985 1996 Uma an lise tr fica do ecossistema cavern cola mostra que o guano produzido pelos morcegos uma das mais impor tantes fontes energ ticas para a fauna local incluindo os trogl bios FERREIRA et al 2000 de igual import ncia o tipo de guano ofertado na cavidade o qual depende por sua vez da dieta da esp cie inquilina frug vora inse t vora hemat faga entre outras Para exemplificar essa quest o mencionemos um poss vel acontecimento numa rea onde se pretende realizar atividade de extra o mineral na qual ocorrem cavida des naturais dentro da rea Diretamente Afetada ADA Se nessa ADA existirem 30 cavidades e entre elas apenas uma for classificada como de relev ncia m xima porque nela foi encontrada uma popula o rara de um inverte brado trogl bio que ocorre associado a manchas de guano a priori a legisla o permite a supress o de 29 e deter mina a conserva o de apenas uma incluindo a sua rea de entorno O que determina o grau m ximo de relev n cia de uma cavidade a possibilidade da presen a de pelo menos um atr
17. a gente est com uma ilha verde cada vez menor e a cidade est perdendo tudo isso Essa rvore quase caiu j tem tr s anos ela teria sido derrubada porque ela estaria sob o risco de queda h tr s anos por causa da urbaniza o que estava sendo feita na Savassi Duas senhoras muito corajosas a Leda uma arquiteta ligada ao IAB e uma colega minha Isabel sentaram no p dessa rvore Sentaram e falaram que n o sa am de l nem presas come ou se todo um movimento em torno dessa rvore por causa dessas duas senhoras A rvore n o foi derrubada foi podada o canteiro foi reconstru do em torno dela eu desconstru o laudo que apresentaram na poca justificando a queda dessa rvore e l est ela que eu contei enfrentou sete tem pestades ningu m morreu por causa dela e ela cobriu a cabe a de muita gente Muito obrigado gente Triagem e reabilitacao de fauna silvestre apreendida Daniel Ambr zio da Rocha Vilela 1 Introdu o O com rcio ilegal de animais silvestres ocorre em todo o mundo e o Brasil por causa de sua rica biodiversidade considerado um dos principais alvos dos traficantes RENCTAS 2002 Assim a retirada de animais silvestres dos ecossistemas brasileiros para com rcio interno ou inter nacional ocorre desde a coloniza o mas pouco se conhece qualitativa e quantitativamente sobre os animais trafica dos em nosso pa s existindo apenas dois estudos de abran g ncia nacional RENCT
18. al 2006 ainda que nos prim rdios possa ter tido um papel menor na economia das sociedades de coletores e ca adores A domestica o do cavalo ocorreu junto com a evolu o humana com fortes ind cios de que os huma nos domesticaram os cavalos e os cavalos por sua vez domesticaram os humanos emprestando a estes sua for a e velocidade em troca de defesa contra os predadores ZEDER et al 2006 KUZMINA 1985 Essa domestica o se deu em diversos locais e tempos como est demons trado pela etnoarqueologia LEVINE 1999 No Per odo Holoceno entre o Neol tico e a Idade do Bronze o cavalo passa a influenciar o desenvolvimento social humano A domestica o do cavalo levou um longo tempo e poss vel que tenha dependido da mansid o de alguns animais predispostos a se reproduzir em cati veiro Portanto nesse sentido a domestica o come ou pelo pr prio cavalo O cen rio mais prov vel o de uma evolu o conjunta O amansamento dos cavalos era considerado uma arte de especialistas cuja princi pal ferramenta era o conhecimento ntimo da etologia equina poss vel que potros rf os tenham sido cria dos como mascotes e utilizados no trabalho A capaci dade de cuidar do cavalo deve ter evolu do antes da capacidade de controlar sua reprodu o pois para tanto suas necessidades ambientais nutricionais e sociais precisam ser atendidas LEVINE 1999 Em todas as culturas a posse do cavalo era demo
19. as partes nti mas do animal H uma diverg ncia entre m dicos tamb m H parece res de que o sed m cruel e causa mal estar no animal e h pareceres em sentido contr rio Temos v rios casos em Minas e noutros estados Os melhores precedentes s o de S o Paulo Minas tem um precedente negativo no Tribunal de Justi a Um precedente interessante que estu dei falava o seguinte Os animais pulam por qu Por que s o maltratados provocados N o Eles t m que pular porque s o xucros bravios correto Correto Ent o n o precisa usar o sed m 100 A decis o foi dada nesse sentido e os organizadores n o fizeram evento daquele dia Isso me chamou aten o talvez o sed m seja muito ruim mesmo afinal de contas o animal n o pula sem ele n o faz aquela apresenta o que faria se fosse natural do animal E os argumentos s o realmente curiosos Ah esse animal vive muito melhor do que muita gente porque muito bem alimentado treinado tem aula de nata o Sem falar no argumento de que Esse animal vale mais que outros e talvez at mais do que muita gente porque custa tantos mil Nesse contexto o Minist rio P blico brasileiro tem ado tado estrat gias no sentido de impedir com o argumento de que a lei inconstitucional ou de propor alternativas caso n o consiga impedir Se se realizar ser sem esporas sem sed m etc O Gedef Grupo Especial de Defesa da Fauna MPMG preparou
20. canaliza a maioria das den ncias de crimes ambientais o n mero 190 telefone de emerg ncia da Pol cia Militar e ainda os n meros de telefone de cada fra o de policia mento de meio ambiente f A es em conjunto com ONGs para suprir as defi ci ncias dos entes estatais Frequentemente h uma car ncia de locais apropriados para a destina o ou dep sito final dos esp cimes apreendidos seja em cati veiro ilegal ou em situa es de abuso e maus tratos As ONGs de forma altru sta os recebem e lhes ministram o devido tratamento g Melhoria da qualidade do boletim de ocorr ncia objeto de constante treinamento dos policiais militares a fim de que o hist rico contenha de modo objetivo e l gico os elementos de qualidade de maneira que a Pol cia Civil e o Minist rio P blico tenham subs dios para a respon sabiliza o do infrator Habitualmente durante a fiscali za o no local da infra o o policial militar confecciona um levantamento fotogr fico para melhor caracterizar a constata o dos fatos h Proibi o do dep sito de animais silvestres para os infratores Devido dificuldade de local adequado para a destina o do animal apreendido era comum nomear o infrator como deposit rio do esp cime o que acabava por fomentar a sensa o de impunidade e a reincid ncia no delito Essa medida teve efeito positivo na regi o metro politana de Belo Horizonte que conta com um Centro de Triagem d
21. como das unidades das Pol cias Militares de Meio Ambiente PMMA Pol cia Federal Pol cia Rodovi ria Federal Pol cia Civil entre outros Apesar dos significativos investimentos na estrutura o e manuten o dos CETAS pelas institui es brasileiras pouco se conhece sobre a fauna recebida e destinada nesses locais distribu dos pelo Brasil Atualmente encon tram se dispon veis na literatura apenas estudos pontuais que descreveram a composi o da fauna recebida por uni dades isoladas em determinados anos A an lise dos animais recebidos pelo CETAS da Para ba em 2006 indicou que 88 pertencem ao grupo das aves 9 aos mam feros e 3 aos r pteis Do grupo de aves 84 foram provenientes de apreens es 9 de reco lhimento e 7 de entrega volunt ria sendo as ordens Passeriformes Columbiformes e Psittaciformes as mais frequentes com 79 7 e 5 do total respectivamente PAGANO et al 2009 Estudo realizado no CETAS do IBAMA em Juiz de Fora MG que analisou os recebimentos de aves dos anos de 2002 a 2004 demonstrou que as familias Emberezidae Thraupidae Icteridae e Psittacidae foram as mais fre quentes GOGLIATH et al 2010 Em rela o as institui es mantenedoras dos centros de triagem no mundo verifica se que o formato atual de gest o e operacionaliza o dos CETAS brasileiros com participa o predominante quase exclusiva do poder p blico n o frequentemente observado nos demais pa s
22. escravos arguindo que a liberdade deles E a a o era rece bida Mas escravo n o uma coisa n o propriedade Ent o mesmo no imp rio mesmo no tempo da escravid o no Brasil o escravo podia em duas oportunidades ir a ju zo com direito de ser ouvido Ele era propriedade mas quando cometia um crime era julgado como pessoa ou quando ele ia a ju zo para discutir a sua pr pria condi o de escravo Ent o quando a Justi a quer a mudan a ela faz 169 S para concluir o destino quis que eu como promotor recebesse a demanda de uma sociedade protetora para defender uma chimpanz que n o macaco Algumas pessoas l na Bahia me chamam pejorativamente de o promotor da macaca s vezes eu explicava Mas n o macaca chimpanz um grande primata n o tem rabo tem o peito liso anda de duas pernas e tal mas as pessoas presas ao seu preconceito veem o chimpanz como mais um macaco Os nomes as defini es destroem hierarquizam as rela es Quando essa demanda chegou eu estava fazendo doutorado n o foi nada pr determinado e eu fui pesquisar ali s j estava pesquisando At ent o a determina o da esp cie era feita atrav s da anatomia se o animal se parece com outro ou n o numa classifica o que chamam de taxionomia Os bi logos me desculpem se eu falei alguma coisa errada e me corrijam por favor Com o exame de DNA acabou As principais faculdades de biologia do mundo
23. isso excelente mas nos maus nos causam tristeza A imprensa a m dia em geral tem um poder muito forte N o toa que conhe cida como quarto poder e um poder informal e junto com o Minist rio P blico eu acho que a gente pode atuar com bastante efetividade em defesa dos direitos dos ani mais A imprensa sempre esteve ao lado das mudan as pol ticas e socioecon micas desde que foi inventada no s culo XV por Gutenberg Ali s a imprensa conside rada a maior inven o da idade moderna Hoje a gente consegue medir o grau de democracia dos pa ses por conta da imprensa Uma imprensa livre uma democra cia livre Quanto maior o cerceamento maior o autorita rismo e isso se reflete de diversas formas A influ ncia da imprensa na sociedade t o grande que a Edelman a maior empresa de rela es p blicas do mundo fez um levantamento com 3 100 pessoas de n vel cultural e eco n mico elevados sobre a confian a que elas tinham nas institui es Vejam que 63 a 64 das pessoas acreditam na m dia como fonte de informa es As informa es passadas pela m dia apesar de as pessoas contestarem ideologicamente alguns ve culos s o aceitas como verda deiras S o incontest veis Pode se discordar mas n o h a uma quebra ou d vida com rela o informa o Em seguida informa es prestadas por empresas quase 60 Na sequ ncia com metade v m as ONGs mas esse valor no qual a Anda n
24. j que o uso de animais necess rio em alguns desses estudos mas no m rito ela acabou proibindo a experimenta o Vejam portanto que os desafios s o muitos e complexos mas as perspectivas s o promissoras em rela o ao reco nhecimento de que os animais pelas suas caracter sticas pr prias s o dignos de respeito e considera o As ins titui es devem atuar no sentido de dar concretude aos mandamentos constitucionais que os protegem e desta forma preparar o terreno para as evolu es que o futuro nos reserva Essa evolu o ser ampliada e antecipada se em Bras lia n s tiv ssemos uma Secretaria Especial de Pol ticas P blicas para a Fauna como foi criada uns dez anos atr s a Secretaria Especial de Pol ticas P blicas para as Mulheres N s estamos numa fase muito parecida com aquela quando foram criadas as primeiras DDMs Delegacias de Defesa da Mulher e que n o tinham poli ciais investigadores que quisessem ir para tais delegacias porque eles seriam ridicularizados A mulher que apa nhava em casa e ia para a DDM era humilhada na DDM E hoje o que a quest o da mulher no Brasil Ent o eu acho que se tiv ssemos um rg o federal pensando as quest es de maneira correta sensata e principalmente conseguindo dinheiro para os programas que fossem ali pensados e idealizados n s caminhar amos muito N o podemos mais depender de um ou outro promotor um ou outro defensor um ou outro ativista
25. m come tamb m M E Ningu m come galinha CRIAN A os animais M E CRIAN A M E Hum Mas vamos comer o nhoque Come a batata ent o CRIAN A S a batata e s arroz M E T CRIAN A Nem o polvo os animais M E T bom CRIAN A Todos esses s o os animais Esse os animais polvo os animais galinha os animais vaca os animais porco os animais M E CRIAN A Ent o toda vez que comer os animais eles morrem M E Ah CRIAN A Por qu M E Para a gente poder comer meu amor CRIAN A Por que eles morrem N o gosto que eles morrem Eu gosto que eles fiquem em p feliz M E Ent o t bom ent o a gente n o vai comer mais n o t bom CRIAN A T Esses animais t m que cuidar deles n o comer M E T certo meu filho Ent o come a parte da batata e do arroz CRIAN A T bom Por que voc est chorando M E N o estou chorando n o Eu t emocionada com voc CRIAN A Eu t vendo uma gua saindo M E Ent o come N o precisa comer o polvo n o t CRIAN A T bom Ent o esse polvo parece uma carne Vejam que uma crian a que mal sabe falar ou fazer gran des conclus es em seu racioc nio mas ela j se mostra e n o entende como que a gente come animais A explo ra o de animais na alimenta o acredito que ser a ltima fronteira que vamos conseguir alcan ar porque mesmo que muitos atuem cont
26. ntrica da defini o de caverna LOBO 2008 n o corresponde verdadeira dimens o de um habitat subterr neo Ao prescrever que o ambiente cavern cola definido pelo espa o que abriga pelo menos o tamanho de um ser humano a preocupa o com a manuten o do equil brio ecol gico da fauna cavern cola paradoxal A conserva o de cavidades sem a preocupa o de conservar suas conectividades aumenta a probabi lidade de fragmenta o de habitat Portanto deve prevale cer uma avalia o sobre a real preocupa o em conservar o sistema subterr neo levando se em considera o os processos e din micas que atuam na evolu o e na manu ten o do sistema e n o uma conserva o pontual que se torna antag nica aos seus princ pios Ao analisarmos os impactos inerentes minera o e ao aferirmos essa an lise com os impactos sin rgicos em regi des onde a minera o j se instalou h d cadas o resul tado que temos uma grande desfragmenta o e perda de habitats Os impactos gerados pela atividade mineradora segundo Mechi e Sanches 2010 p 209 podem ter efeitos danosos no equil brio dos ecos sistemas tais como a redu o ou destrui o de h bitat afugentamento da fauna morte de esp cimes da fauna e da flora terrestres e aqu ticas incluindo eventuais esp cies em extin o interrup o de corredores de fluxos g nicos e de movimenta o da biota entre outros Os impactos n
27. o os potenciais de a o ser o transportados centralmente por uma ou outra classe espec fica de fibras Esses poten ciais ser o decodificados primeiramente nos neur nios motores e em seguida retransmitidos para a regi o tala mica e para a forma o reticular Do t lamo esses impul sos seguem para o c rtex somatossensorial e para o giro cingulado Neste ltimo processada a qualidade emo cional ou afetiva da dor sistema l mbico devolvendo os impulsos ao c rtex somatossensorial Da se originam informa es mais precisas como tipo de dor localiza o e ansiedade emocional Lembra o autor que no local do trauma ocorre paralela mente a sensibiliza o perif rica com o derramamento de aminas vasoativas e de neuropept deos o que deflagra uma rea o encadeada do processo inflamat rio local de alto est mulo doloroso A natureza humana est atrelada ao do animal A fisiologia do comportamento humano em pouco difere da do animal na medida em que se manifesta atrav s do c rebro repti liano e do sistema l mbico Identificando as emo es dos animais pode se tra ar o alfabeto emocional humano estabelecer limites e um maior dom nio e reeduca o das emo es humanas PATERSON PALMER 1991 A toler ncia dos equinos aos desequil brios vari vel Alguns fatores estressantes como a perman ncia em con di es anti homeost ticas comuns nas situa es de expl cita priva o da lib
28. o Com o EIA Rima ser dada entrada no licencia mento propriamente dito Tendo a licen a v m depois os trabalhos de monitoramento de fauna e de resgate e sal vamento de fauna Essas autoriza es est o no mbito de licenciamento e por isso que ficaram com a Subsecretaria de Regulariza o Ambiental J o levantamento e inven tariamento de fauna ainda um processo anterior de pr licenciamento e por isso a solicita o feita no IEF Ser expedida uma resolu o conjunta com os procedimentos o fluxo a documenta o necess ria modelo de relat rio mas at o momento segue se a normativa do Ibama porque a gente s vai assumir essa atividade em novem bro de 2013 O Ibama vai publicar um of cio circular infor mando que as autoriza es de categorias de manejo s o agora de responsabilidade do IEF e listando os contatos do IEF para fazer essa solicita o Em novembro a resolu o e todos os procedimentos j ter o sido institu dos Terceiro os criadores amadoristas de passeriformes s o a grande demanda e v o estar vinculados ao Ibama Os servidores da Semad ter o acesso ao Sispass Sistema de Controle de Criadores Amadores de P ssaros a partir de dezembro mas ainda estamos no processo de compra de anilhas H uma negocia o entre Ibama e Semad e quem vai cuidar de cadastro a Subsecretaria de Fiscaliza o e Controle Ambiental onde j existe um setor espec fico de cadastro e registro
29. o autuados faz se o boletim de ocorr n cia que foi aperfei oado e est muito qualificado inclu sive com fotos No momento em que a PM tem contato com o infrator j d notifica o da data em que deve comparecer ao Juizado Especial A Pol cia Civil formata o Termo Circunstanciado de Ocorr ncia e envia para o Juizado N s ent o fazemos a Audi ncia Ambiental e a pessoa via de regra faz um acordo com o Minist rio P blico Por qu Porque todos os nossos acordos ofere cem op es A gente tem uma metodologia para valorar esse dano ambiental levando em conta os gastos m dios do Ibama para devolver o animal natureza De posse desse valor e conforme o n mero de animais oferecemos uma proposta ao infrator Ela pode fazer um pagamento a favor do Fundo Estadual de Direitos Difusos ou de algum projeto de prote o animal na cidade ou pode prestar ser vi os na Funda o Municipal de Parques onde ela passa por oficinas ambientais e lida com a conserva o dos par ques ou pode doar itens para ajudar a manter projetos do Ibama ou de intui es que abrigam animais A pessoa acaba se sentindo motivada porque entende como aquele valor vai favorecer a quest o ambiental h um n vel de ades o muito alto a esses acordos A ideia coletar os dados para poder avaliar os resultados O projeto foi implantado em Belo Horizonte em outubro de 2006 e temos dados colecionados at julho de 2013 Mais de cinco mil audi ncias fo
30. o sobreviver o caso sejam introduzidos na natureza pedindo que con tinuem sob a guarda e responsabilidade do propriet rio Ao julgar o caso o Relator Ministro Castro Meira disse 178 ser incab vel a impetra o de HC em favor de animais O Ministro Herman Benjamin interrompeu o julgamento para melhor exame do processo e esse caso ainda esta com ele Ele ainda n o se manifestou a respeito disso O Tribunal de Justi a de S o Paulo tem bons exemplos de julgados que levaram em considera o o sofrimento animal condenando condutas que levam a essa situa o Eu vou mencionar um voto do desembargador Renato Nalini numa a o promovida pela Mountarat uma asso cia o de prote o ambiental contra o Doctor s Ranch uma entidade que produzia rodeio no interior de S o Paulo Ele acabou julgando procedente o pedido dizendo que ele deveria ser provido como medida de preven o e prote o ao bem estar dos animais E a mais frente ele fala assim Em verdade nem sequer haveria neces sidade dos laudos produzidos e constantes dos autos para a not ria constata o de que tais seres vivos para deleite da esp cie que se considera a nica racional de toda a cria o s o submetidos tortura e tratamento vil A par desses julgados temos outros que entendem que crimes praticados contra animais em determinadas circunst n cias s o considerados crimes sem valor Ent o h decis es tamb m do pr prio STF que
31. para falarmos de tudo que j aconteceu em 154 termos de legisla o ambiental Temos que trabalhar com marcos para uma discuss o sobre o tema pode se voltar mesmo ao s culo XVI at in cio do s culo XVIII na hist ria mundial n o a hist ria do Brasil isoladamente pena de uma vis o incompleta sobre o assunto Eu ouvi aqui por um dos conferencistas uma cita o de Jeremy Bentham Estou acompanhando as palestras desde ontem para conhecer a abordagem feita pelos profissio nais autoridades policiais e civis acad micos professores fiscais funcion rios do IBAMA membros do Minist rio P blico e cada um tem sua vis o de atua o geralmente sugerindo alguma mudan a legislativa ou pol tica p blica pr pria ao tema E algu m falou do fil sofo e professor Jeremy Bentham eu o cito n o para aplaudir ou criticar mas para t lo como refer ncia Na passagem do s culo XVI para XVII ele j discutia temas que hoje est o na ordem do dia no Congresso Nacional Exemplo redu o da maioridade penal Temos um matiz condicional 18 anos de idade e tramitam no Senado Federal tr s propos tas de emenda constitucional para reduzir a maioridade Na C mara dos Deputados h 33 projetos de reforma constitucional nesse sentido E isso independentemente da discuss o se cl usula p trea ou n o e se pode uma emenda constitucional alterar esse dispositivo do art 227 da Constitui o As ideias de Bentham s o lembradas
32. passa se a uma percep o dos bens planet rios como recursos precipuamente destina dos frui o da humanidade Agindo em conson ncia com um pensamento instrumen talista da natureza o homem determinou a explora o irracional de todos os bens planet rios entre eles os ani mais estes seres t o pr ximos dos humanos Entre os elementos ambientais os animais sempre des pertaram grande interesse do homem que deles faz uso para seu alimento vestu rio pesquisas cient ficas diver s o e for a de trabalho Como registra Arist teles 1999 p 25 Hes odo o pensador grego mais antigo de que se tem registro j apresentava o boi lavrador como o escravo dos pobres N o somente o pensamento grego mas tamb m a tradi o romana valorizava a utilidade dos animais pec nia para o seu propriet rio E juntamente com os escravos humanos designava os como express o maior da fortuna individual SOUZA 1910 p 381 Fundamentos religiosos tamb m foram utilizados para propagar a ideia de explora o dos animais ao afirmar que eles eram seres inferiores na escala da cria o desti tu dos de alma e feitos para servir aos homens Te logos como Santo Agostinho e S o Tom s de Aquino concordam a respeito da ideia de que n o h deveres para com os animais Para eles a provid ncia divina autoriza o uso dessas criaturas de acordo com a ordem natural das coisas uma vez que estes seres s o destitu dos da capaci
33. que nossos peixes n o cuidam dos filhotes a desova muito abundante numerosa e esses ovos s o carreados rio abaixo ao sabor da correnteza Um ovo e uma larva n o conseguem nadar s o simplesmente empurrados pela correnteza e isso um aspecto muito importante Esses ovos e essas larvas t m que encontrar um ambiente prop cio para se desen volver e esses ambientes s o as plan cies de inunda o as lagoas marginais ao longo das v rzeas Esse ovo vira larva a larva cresce sai como juvenil dessas regi es e volta para os rios Por que importante ter essa figura em mente Se a gente tiver uma barragem aqui que o que a gente pensa com mais frequ ncia eventualmente um mecanismo de transposi o para peixe pode permitir que o peixe suba lembrando que esse adulto tem que descer depois e isso um grande problema Se a gente colocar uma barragem ser que um ovo e uma larva conseguem atravessar um reservat rio N o atravessam Barragens com mais de 20 quil metros lineares s o praticamente intranspon veis por ovos e larvas e a gente vai ver a implica o disso logo mais Vamos avaliar agora quando que se precisa ou quando que vale a pena colocar um mecanismo de transposi o para peixe dependendo da localiza o daqueles ambien tes que a gente viu no ciclo de vida das esp cies migrado ras Ent o toda vez que tiver um s mbolo como se fosse um entroncamento de rio um local de reprodu o e toda
34. rios da USP nunca viram isso com 14 inje es no cora o uma forma dolorida de matar e todo o sangue era retirado dos corpos dos ani mais No flagrante foram 37 animais c es e gatos mas entravam 300 por m s e n o sa am porque sa am em sacos de lixo A vizinhan a estranhava tanta produ o mas depois de dez anos de atua o alguns protetores resolveram pagar um detetive que montou campana e conseguiu fazer o flagrante Infelizmente essa psicopata do mais alto grau que em qualquer lugar do mundo esta ria encarcerada est livre num s tio no Paran Na ltima entrevista ao R7 ela se disse vegetariana e que gostava muito de animais Ela deveria estar num manic mio num hospital psiqui trico porque um perigo sociedade A Anda tem credibilidade justamente por ser uma ag ncia de not cias parcial porque setorizada e nasceu para equi librar o discurso na m dia Antes voc s s tinham not cias de animais se fossem digamos r us se um Pitbull atacasse algu m por exemplo ou se fosse algo bizarro como uma cabra com cinco pernas ou nascimentos em zool gicos algo muito valorizado e pouco educativo porque a gente sabe qu o triste e criminoso encarcerar animais inocentes em jaulas e gaiolas Ent o a Anda hoje fonte de not cias para a sociedade e para a imprensa Tudo que a gente pauta e lan a no site acaba tendo uma repercuss o muito grande na imprensa tradicional Eu j conside
35. um ou outro pol tico ou seja l quem for N s precisamos que a quest o da fauna seja uma quest o de Estado que seja pensada l em cima desenvolvidos projetos e que seja encaminhado dinheiro para que esses projetos sejam implementados no Brasil todo como CCZs Centros de Controle de Zoonoses por exemplo servi os de zoonoses de ado o de animais de posse respons vel ou de tutela respons vel N s vimos na primeira palestra lindo maravilhoso o integrante da Secretaria de Meio Ambiente falando dos projetos de cria o de novos centros de encaminhamento de animais silvestres traficados Eu preferiria que todo esse esfor o fosso encaminhado para impedir que eles fossem retirados dos ninhos E isso um projeto que tem que ser pensado em Bras lia com verba destinada para impedir que eles saiam da natureza porque a partir do momento que saem da natureza eles deixam de prestar os servi os ambientais e muito caro e muito complexo 182 devolve los reintegra los E a gente sabe que uma quanti dade infind vel deles morre antes de chegar aos locais de abrigamento Ent o quanto ao Minist rio P blico eu gos taria de repetir uma frase que eu j falei que os animais s o sens veis inteligentes e conscientes e essas caracter s ticas devem sobrepor se quando comparadas com as de qualquer outro bem ambiental para determinar a atua o do Minist rio P blico Muito obrigada 183 Abuso animal e viol ncia do
36. vez que tiver bolinhas local de desenvolvimento uma v rzea O peixe precisa desses dois locais para completar seu ciclo de vida Vamos pensar em uma barragem nesse caso Voc tem uma barragem entre outras duas Bom voc est ligando o nada a lugar algum Para que colocar um mecanismo de transposi o para peixe a bvio que n o precisa n o tem o que mais reconectar mesmo assim t m v rios casos no Brasil dessa forma Canoas I e Canoas II no estado de S o Paulo um mecanismo de transposi o feito com esse arranjo N o tem sentido L bastante interessante por sinal porque a nica coisa que passa til pia um bicho de gua parada importado da frica e os pescadores de um lado ficam lutando para fechar a escada sen o as til pias v o passar todas para cima e os do outro lado querem abrir a escada Eu nunca sei se a escada est funcionando ou n o porque t m duas col 131 nias que brigam entre si na Justi a mas rid culo n o tem a menor fun o do ponto de vista de conserva o Esse caso aqui bastante famoso e bastante perigoso um caso em que se tem tanto o local de reprodu o quanto o local de desenvolvimento inicial abaixo da barragem Pelo menos teoricamente h todas as condi es poss veis para o peixe completar o ciclo de vida aqui embaixo e voc coloca uma barragem abaixo da outra Para que tirar o peixe de um local prop cio e jogar para cima N o
37. vou apontar alguns caminhos que pare cem ser os mais adequados para a conserva o da ictio fauna Tamb m vou tentar ser bastante r pido e deixar uns minutos para perguntas ao final Inicialmente falar de impacto de barramento sobre a fauna de peixes extremamente importante no atual momento Isso aqui s o as novas barragens planejadas para o estado de Minas Gerais em curto e m dio prazo S o quase 300 empreendimentos e se isso se concretizar a gente vai ter um ambiente completamente fragmentado onde cer tamente n o vai dar para preservar nem a metade das nossas esp cies de peixe A gente tem muito mais costume de ouvir falar de fragmenta o para ambientes florestais porque a gente sabe que a mata cont nua extremamente importante para sustentar por exemplo animais de grande porte como a on a mas a gente tem que lembrar que o rio tamb m um ambiente cont nuo Colocar uma barragem o mesmo que fazer uma fragmenta o fracio nando esse rio em diferentes peda os e bichos que depen dem de reas maiores v o ser perdidos O primeiro impacto ambiental da constru o de uma bar ragem que nos vem cabe a a constru o de um reser vat rio um impacto extremamente importante n o s para peixe mas para mam feros vai ter rea de vegeta o sendo perdida pode afetar popula es humanas mas sempre devemos ter em mente nossa limita o princi palmente dos leigos em entender melhor esse
38. Belo Horizonte 2015 Copyright O2015 Procuradoria Geral de Justi a do Estado de Minas Gerais Centro de Estudos e Aperfeigoamento Funcional Diretoria de Produ o Editorial Todos os direitos reservados Nenhuma parte desta publi ca o poder ser reproduzida por qualquer meio ele tr nico ou mec nico incluindo fotoc pia grava o ou qualquer forma de armazenagem de informa o sem a autoriza o por escrito dos editores ressalvada a hip tese de uso por entes de direito p blico que poder o repro duzir livremente sem necessidade de pr via autoriza o desde que citada a fonte Diretoria de Produ o Editorial Av lvares Cabral 1 740 Santo Agostinho 3 Andar 30170 916 Belo Horizonte MG Tel 31 3330 8179 E mail dipe mpmg mp br www mpmg mp br M683 x Minas Gerais Minist rio P blico Procuradoria Geral de Justi a Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional ANAIS DO I ENCONTRO DO MINIST RIO P BLICO EM PROTE O FAUNA 03 E 04 DE OUTUBRO DE 2013 Organizadora Luciana Imaculada de Paula Belo Horizonte Procuradoria Geral de Justi a do Estado de Minas Gerais Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional 2015 PAD i ISBN 978 85 61532 13 0 1 Minist rio P blico Anais 2 Encontro sobre a fauna Fauna I Autor II Titulo CDU 347 963 094 5 815 1 gt Ficha T cnica Editora o Alessandra de Souza Santos Revisao Fernanda Cunha Pi
39. Biology 7 1 16 2009 TRAJANO E BICHUETTE M E Relev ncia de cavernas porque estudos ambientais espeleobiol gicos n o funcionam Espeleo Tema 21 105 112 2010 146 TRAJANO E SECUTTI S MATTOX G M T Ictiofauna epigea e subterr nea na rea c rstica de Cordisburgo Estado de Minas Gerais Biota Neotrop Jul Set vol 9 n 3 2009 Dispon vel em lt http www biotaneotropica org br v9n3 pt abstract inventory bn02109032009 gt Acesso em 14 nov 2014 VEADO MIA RO Vo ARANTES PASOLNVEIRA AS ALMEIDA M R M G MIGUEL R A SEVERO ML CABALEIRO H L Metal Pollution in the Environment of Minas Gerais State Brazil Environmental Monitoring and Assessment 117 157 172 2006 VEADO M A R V OLIVEIRA A H VEADO J C C REVEL G PINTE G Analysis and distribution of metals in the Paraopeba and the Das Velhas rivers Brazil Water SA 26 249 254 2000 147 A import ncia da avalia o ambiental integrada na preven o de riscos e de danos ictiofauna nos licenciamentos ambientais Francisco Chaves Generoso Boa tarde a todos Eu tenho a dif cil miss o de fechar esse painel em vista da compet ncia dos antecessores e tamb m por falar para um p blico certamente com fome Hoje um dia especial basicamente por dois motivos O primeiro porque estamos discutindo um tema t o caro O segundo porque coincid ncia ou n o hoje Dia de S o Francisco de Assis Os
40. Brasil s o poucos os munic pios que possuem uma estrutura administrativa e t cnica para atender o pro blema de animais soltos em vias p blicas notadamente c es In meras reclama es envolvem a popula o canina diariamente desde o inc modo causado por barulho maus tratos manuten o dos animais em ambientes que exalam mau cheiro at den ncias de ataques de c es al m de c es mortos ou feridos nas vias p blicas Sendo assim o Minist rio P blico de Minas Gerais por meio da Promotoria de Justi a de Defesa do Meio Ambiente formalizou um termo de ajustamento de con duta com a Prefeitura Municipal de Formiga MG para a implanta o de uma pol tica de controle populacional que assegure uma promo o da sa de tendo como prioridade a tica e o bem estar animal Isso foi realizado mediante a instaura o do Inqu rito Civil P blico n 0261 10 000070 0 Centro de Controle de Zoonoses Centros de Controle de Zoonoses CCZ s o institui es municipais com estrutura f sica espec fica e personalidade jur dica legalmente estabelecida geralmente vinculadas ao rg o de sa de local Secretaria Municipal de Sa de com compet ncia e atribui o para desenvolver os servi os elencados nos Programas de Controle de Zoonoses de Doen as Transmitidas por Vetores e de Agravos por Animais Pe onhentos 103 Os CCZ foram criados com o objetivo prec puo de con trolar a transmiss o da raiva Alguns munic pi
41. Rede Nacional de Combate ao Tr fico de Animais Sil vestres 1 Relat rio Nacional sobre o Tr fico de Fauna Silvestre Brasi lia Renctas 2002 Vida silvestre o estreito limiar entre a preserva o e a destrui o Diagn stico do tr fico de animais silvestres na mata atl ntica Corredores central e Serra do Mar Bras lia Renctas 2007 RIVALAN P DELMAS V ANGULO E et al Can bans stimulate wildlife trade Nature v 443 p 529 530 2007 SALA O E CHAPIN F S ARMESTO J J et al Global biodiver sity scenarios for the year 2100 Science v 287 p 1770 1774 2000 SANCHES T C Causas de mortes em passeriformes compara o entre aves de vida livre residentes na regi o metropolitana de S o Paulo e aves oriundas do tr fico Mestrado em Ci ncias Faculdade de Medicina Veterin ria e Zootecnia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2008 THEILE S STEINER A KECSE NAGY K Expanding borders New challenges for wildlife trade controls in the European Union Brus sels Belgium TRAFFIC Europe 2004 VIDOLIN G P MANGINI P R MOURA BRITTO M MUCHAILH M C Programa estadual de manejo de fauna silves tre apreendida Estado do Paran Brasil Cadernos da Biodiversi dade v 4 n 2 p 37 49 2004 VILELA D A R Diagn stico de situa o dos animais silvestres rece bidos nos CETAS brasileiros e Chlamydophila psittaci em papagaios Amazona aestiva no CETAS de Belo Horiz
42. Sousa Santos sim plesmente a constata o de que o humanismo e seus coro l rios de racionalidade de Iluminismo aquela ideia de que quanto mais culto educado e erudito o ser humano mais tende a se tornar uma pessoa iluminada esclarecida e portanto mais humana no sentido bom da palavra caiu por terra Como diz o professor Boaventura Santos o humanismo n o cumpriu suas promessas Prometeu uma era que come ou e teve seu apogeu na Revolu o Francesa cunhando aquele conceito de direitos universais do homem do cidad o etc Esse paradigma desembocou no s culo passado em duas grandes guerras mundiais Ent o o paradigma que se pretendia iluminado humano evolu do desembocou numa enorme matan a e genoc dio V rios fil sofos eu cito Toynbee outros falam em Lyotard outros Fukuyama come am a perceber que esse paradigma humanista estava ultrapassado e que seria necess rio criar um novo porque foi justamente nesse paradigma de racionalidade e esclarecimento que o nazismo se criou Essa a primeira constata o que eu queria fazer a partir dessa ideia de p s modernidade que alguns autores v o falar se o humanismo faliu se o paradigma humanista racionalista a cren a ilimitada da raz o como nica forma de se alcan ar a verdade faliu necess rio encontrar outro paradigma outro referencial te rico para vivermos 165 Ent o o positivista vira p s positivista o modernist
43. Tribunal Federal reconheceu que h cl usulas p treas de direitos fundamen tais em outros cap tulos da Constitui o Federal que n o somente os especificados no art 5 que cuida Dos Direitos e Garantias Individuais ou Coletivas ou no t tulo Espec fico sobre Direitos Fundamentais O rg o m ximo reconheceu que no art 225 havia tamb m um direito fundamental A segunda e ltima vez que o Supremo novamente ratificou esse entendimento foi quando discutiu uma ADIN de natu reza tribut ria a qual questionava os artigos 140 e seguintes do texto constitucional e versava sobre o princ pio da anuali dade tribut ria e se ele tamb m era um direito fundamental embora n o previsto no artigo 5 Em suma primeiramente a est n o apenas o resultado mas o legado do caso o reconhecimento da abrang ncia nacio nal que qualquer um de n s desde que organizado pode pleitear a defesa animal em todo o territ rio nacional n o precisando ser da regi o onde a ofensa esteja ocorrendo Em segundo lugar a Constitui o do Brasil prev outros direitos fundamentais al m daqueles que cont m no pr prio t tulo a express o Direitos Fundamentais constantes dos artigos 5 a 17 E por terceiro houve do debate em que o ministro vencido Maur cio Corr a sustentou que a mat ria n o era de natureza jur dica a permitir que fosse declarada a sua inconstitucionalidade em sede de Recurso Extraordin rio Ele entendeu que aquela m
44. a de Tutela Coletiva no Rio de Janeiro e Presidente da Associa o Brasileira do Minist rio P blico do Meio Ambiente Abrampa a maior associa o tem tica do Minist rio P blico brasileiro congrega promotores e procuradores de Justi a procuradores da Rep blica pro curadores do Trabalho que lidam com quest o ambiental em todo o Brasil de todos os Minist rios P blicos tanto nos estaduais como nos da Uni o Essa associa o tem sede em Belo Horizonte j h alguns anos desde quando o ex Procurador Geral de Justi a e atual Conselheiro do Conselho Nacional do Minist rio P blico Jarbas Soares J nior era o presidente Eu n o cometi a irresponsabili dade de tir la assim que assumi a presid ncia porque aqui funciona bem O capital humano e a hist ria adqui rida nessa cidade fizeram com que a decis o da diretoria fosse manter a sede em Belo Horizonte o que me traz o prazer de estar pelo menos quinzenalmente em Minas Gerais nessa cidade t o acolhedora Quero agradecer pela realiza o do evento e dizer que o Minist rio P blico do Meio Ambiente atrav s da Abrampa est profunda mente vinculado causa dos direitos dos animais e que n o tem medo de se pronunciar porque h lutas sociais em que necess rio algum tipo de parcialidade para que o mundo efetivamente mude A imparcialidade absoluta al m de ser ut pica n o produz movimentos revolucion rios de transforma o A Abrampa tem um lado definido
45. adotam uma forma tripartite crime delito contraven o ou seja os tipos penais teriam como puni o de modo diferenciado a reclus o a deten o ou a pris o simples O Brasil adotou a dicotomia crime e contraven o Crime s o condutas t picas previstas em lei punidas com reclus o e ou deten o contraven o por sua vez punida no m ximo com pris o simples Antecipo que o projeto que est em discuss o acaba com essa dicotomia e uniformiza todas as condutas infracio nais como criminosas N o haver mais contraven o penal Algumas contraven es deixar o de ser infra o penal e outras galgar o ao status de crime Por exem plo cinco ou seis contraven es previstas hoje na Lei de Contraven es passar o a ser crimes como se pretende com o jogo de azar se aprovado o projeto e as demais passar o a ser consideradas infra es de natureza admi nistrativa como j tinha ocorrido com os maus tratos aos animais A Constitui o provocou uma revolu o exi gindo uma nova ordem jur dica eu citei o racismo o Estatuto de Armamentos e os maus tratos aos animais mas essa efetividade por si s n o provoca a mudan a ela o grande passo para a mudan a A Constitui o prev tamb m o terrorismo mas at hoje o Brasil n o tem um tipo penal para reprimir o terrorismo Felizmente n o da nossa realidade a conviv ncia com atos terroristas mas nunca sabemos o dia de amanh Se aco
46. adultos famintos fam lias morando embaixo de pontes e adolescentes morrendo drogados nas cal adas Esse artigo gerou imensa pol mica e a pr pria autora se arrependeu da frase infeliz Entretanto essa ideia equi vocada representa o status quo a opini o popular sobre o tema no Brasil Por sua vez o te logo Bloom 1991 revisita o G nesis luz da ci ncia atual N s lemos a hist ria de como Deus diz pala vra criativa e de repente h luz que j o come o da exist ncia da realidade Ent o vamos ver como as outras criaturas s o formadas pela determina o Divina como se fosse passo a passo melhorando e chegamos ao momento em que criado o homem Parece que o homem o pice da cria o Mas a his t ria da cria o do homem muito interessante N s n o podemos dizer que Deus ao criar e desenvolver os animais mais elevados desenvolvidos d um pr ximo passo para criar a criatura mais perfeita Dizem nos que quando todas as criaturas est o criadas Deus toma a terra o barro e cria o homem deste barro Eu n o quero dizer que esta descri o do que ocorreu mas isto indica que o homem foi criado a partir da mat ria b sica como todo o universo claro que a partir do mesmo material foram criadas todas as outras criaturas mas aqui sublinhado que as pessoas n o est o isoladas das outras criaturas que o homem est como que na raiz da exist ncia
47. animais e contra o meio ambiente N s n o podemos esquecer que as altera es feitas no C digo Florestal representam um preju zo indireto para os animais Este o panorama legis lativo e o Brasil como se v caminha na contram o do mundo mais uma vez Em rela o doutrina eu acho tamb m que a gente nunca teve tantas obras publicadas em rela o a direitos animais e a direitos do meio ambiente Especificamente em rela o ao reconhecimento de que os animais sejam sujeitos de direito h doutrinadores como Gustavo Tepedino e Anderson Schreiber afirmando que a extens o dos direi tos da personalidade s pessoas jur dicas um equ voco O Schreiber diz A prote o dos direitos da personali dade fundada constru da e inspirada na tutela cons titucional da dignidade humana e n o pode por isso mesmo se estender pessoa jur dica Se n o pode pessoa jur dica aos animais muito menos Mas por outro lado Alfredo Domingues Barbosa Migliore que no livro Personalidade jur dica dos grandes primatas analisa as semelhan as entre esses animais e os seres humanos bem como os diversos posicionamentos filos ficos e jur dicos afirmam que nossa miss o n o destruir esses e outros animais n o humanos mas zelar pela prote o deles reconhecendo no caso dos grandes primatas as suas similaridades e parentesco para conosco a fim de evitar sua tr gica e iminente extin o E ele diz textualm
48. animais nesse caso acabam sendo benefi ciados indiretamente Do reconhecimento pela comuni dade europeia que j se v o bem mais de cinco ou seis anos de que os animais s o seres sencientes decorreram duas consequ ncias que afetaram v rias empresas no mundo e no Brasil J est em vigor a diretiva que pro be nos 27 pa ses integrantes da Comunidade Europeia o com rcio de cosm ticos que tenham em alguma fase da produ o utilizado animais Tamb m em fun o daquele reconhecimento est proibido o com rcio de carne oriunda de sofrimento animal ganhando for a ent o a ci ncia do bem estar animal que exige a ado o de medidas e procedimentos visando melhorar o ambiente onde tais seres ficam confinados Essas exig ncias influenciaram no Brasil a edi o da Lei 12 097 de 2009 que conceitua e disciplina a aplica o de rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes de bovinos e b falos O Programa Nacional de Abate Humanit rio chamado Steps atrav s da Instru o Normativa n 3 que trata de m todos de insensibiliza o a Normativa n 56 que fala dos sistemas de produ o e transporte animal e a Circular n 12 que estabelece planilhas de verifica o de bem estar animal nos frigor ficos busca promover melhorias no manejo pr abate e abate visando evitar o sofrimento desnecess rio dos animais de produ o E aqui cabe um par ntese para afirmar que essa mesma Comunidade Europeia travou uma luta de
49. balizamento as orien ta es obtidas pelo Instituto Pasteur que editou o Manual T cnico n 06 no qual se l A apreens o e a remo o de c es errantes e dos sem controle desenvolvidas sem conota o epidemiol gica sem o conhecimento pr vio da popula o e segundo t cnicas agressivas cru is t m mostrado pouca efici n cia no controle da raiva ou de outras zoonoses e de dife rentes agravos devido resist ncia imediata que sus cita e reposi o r pida de novos esp cimes de origem desconhecida que associadas renova o natural da popula o canina na regi o favorecem o incremento do grupo de suscet veis Isoladamente a apreens o de c es n o um fator resolutivo para o controle da din mica da popula o canina Se a capacidade suportiva do ambiente garantir a sobrevida a reprodu o e o ingresso de novos esp cimes no grupo eles suprir o numericamente o desfalque Resultados obtidos O controle de animais de estima o depende da atua o direta de rg os governamentais institui es p blicas entidades de prote o animal e sobretudo dos guardi es pois quando estes assumem todos os deveres centrados nas necessidades f sicas psicol gicas e ambientais de seu animal n o ocorre o abandono A implanta o do CODEVIDA tem permitido suprir a demanda da popula o quanto ao atendimento de ani mais atropelados de animais doentes em vias p blicas e v timas de maus trat
50. barragem que eu construir ser diferente Vou por uma turbina pequena pensando na vaz o de seca e ela vai rodar ao maximo durante todo o ano e n o vou perder dinheiro Realmente n o vou perder mas vai 134 chegar a chuva vai sobrar muita gua pelo reservat rio e vou pensar eu poderia estar ganhando muito mais dinheiro Ent o o que se faz do ponto de vista de aproveitamento hidr ulico N o coloco turbina pensando em m nimo nem em m ximo mas pensando na m dia de vaz o Durante a chuva turbina menos do que est chegando porque est chegando mais do que a m dia o reservat rio sobe Durante a seca turbina mais do que a m dia o reservat rio baixa Eu consigo gerar o m ximo o tempo todo tenho aproveitamento ideal e o custo benef cio da barragem fica muito mais adequado Por outro lado antes eu tinha um rio flutuando agora tenho um reservat rio flutuando e um rio constante Rio constante significa pla n cie de inunda o morta Ent o n o adianta O peixe pode at reproduzir mas para onde v o o ovo e a larva N o v o mais para lugar nenhum Esse outro problema extremamente complicado A gente tem um trabalho relativamente recente em que compara tr s grandes regi es do Rio S o Francisco o Rio das Velhas o m dio S o Francisco e o baixo S o Francisco O Rio das Velhas recebe esgoto de Belo Horizonte mas n o tem nenhuma barragem regularizando esse rio Ele ainda tem curso de inunda o e a
51. de P blica Veterin ria e no I Encontro Internacional de Sa de P blica Veterin ria realizado em Bonito MS em 2009 aproximadamente 300 munic pios apenas entre os mais de cinco mil munic pios brasileiros possuem ins titui es destinadas ao controle de zoonoses e ao controle reprodutivo de animais Iniciamos as atividades de controle populacional da fauna dom stica no munic pio de Formiga MG mas sabemos que muito h que se fazer para conseguir o objetivo de promover o controle populacional da fauna dom stica por meio de medidas que respeitem o animal e zelem pelo seu bem estar O comportamento humano a for a mais poderosa por tr s da din mica da popula o canina O encorajamento das intera es homem animal de maneira respons vel e compensat ria levar melhora do bem estar animal e a uma redu o de muitas causas que originam os c es de rua Da popula o de c es com dono pode resultar um n mero significativo de c es de rua em decorr ncia de sofrerem problemas de bem estar que podem ser preve nidos O comportamento humano em rela o aos c es a for a propulsora por tr s desses problemas Outras medidas devem ser adotadas como por exemplo a conscientiza o contra a comercializa o de animais pois esta contribui ao abandono uma vez que o animal visto e tratado como mero objeto Mas o mais impor tante ser a implementa o de uma pol tica de educa o ambiental nas grades curric
52. de entrar com a a o um colega promotor me disse Heron Voc fez habeas corpus n o pediu liminar Eu disse Vou entrar com habeas corpus Se fosse um ser humano eu n o entraria com habeas corpus A grande arbitrariedade a seguinte a ci ncia diz classe g nero etc O g nero pan tem quatro grandes primatas 170 gorila orangotango chimpanz e bonobo O g nero homo vem separado e s tem um que o homem S que os cientistas provaram que o parentesco entre o chimpanz e o homem maior do que entre o chimpanz e o gorila O chimpanz um primo mais pr ximo nosso do que do gorila E por que o chimpanz est no meio dos gorilas e o homem est sozinho na divis o Apesar de aparente mente parecer que n s est vamos for ando a barra o tra balho foi feito em cima de provas cient ficas dadas pelas universidades mais importantes do mundo com v rios pr mios Nobel na estante Eu sabia que n o era uma aven tura o que n s est vamos cometendo Entretanto n s promotores assim como os ju zes sofremos muita pres s o press o externa do poder econ mico press o externa do poder pol tico porque infelizmente precisamos pedir apoio a eles para ascender na carreira press o dos pr prios colegas e a nica forma que eu tinha para minimi zar essa press o foi pedir o apoio de v rias pessoas Ent o no habeas corpus que n s fizemos para a Su a tivemos 16 assinaturas quatro sociedades protetoras q
53. de promover a educa o ambiental em todos os n veis de ensino e a conscientiza o p blica para a preserva o do meio ambiente Na linha constitucional a Lei n 9 795 1999 que instituiu a Pol tica Nacional de Educa o Ambiental apresenta a educa o ambiental como um componente essencial e permanente da educa o nacional Busca contribuir para o desenvolvimento de uma consci ncia mais tica e mais solid ria com as outras esp cies e orientar novos comportamentos consent neos com esse entendimento Afinal em um mundo mais tico todos os animais nascem iguais diante da vida t m o direito exist ncia UNITED NATIONS EDUCATIONSL SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION 1978 Nessa expectativa o Minist rio P blico de Minas Gerais por meio do Grupo Estadual de Defesa da Fauna GEDEF organiza v rias a es educativas entre elas est exi tosa parceria com a Secretaria de Estado de Educa o o I Concurso Educar para Proteger Guarda Respons vel Que Bicho Esse 2 que pretende contribuir para forma 2 O certame foi lan ado no dia 15 de abril de 2014 e seu conte do est dispon v el em lt https www mpmg mp br comunicacao campanhas mpmg e sec o de um novo cidad o que compreenda a necessidade de conferir um tratamento tico a todas as formas de vida Se o investimento em educa o ambiental eleva o olhar para o futuro o presente n o prescinde de enfrentamen tos e n o ser
54. de todas as criaturas que Ele criou a partir do elementar do prim rio do qual todas as outras criaturas foram feitas E isto nos torna parentes n o apenas como um ateu diria com as mais elevadas formas de vida animal isto gera parentesco mesmo com as menores criaturas da terra Somos criados a partir do mesmo material E isso muito importante porque estando aparentados com toda a cria o temos um relacionamento direto com ela Primatt 1776 j ent o afirmava Agora se entre os homens as diferen as de intelecto complei o estatura e acidentes de fortuna n o d o a nenhum homem o direito de abusar ou insultar qual quer outro homem por conta destas diferen as por esta mesma raz o o homem n o tem o direito natural de abusar e atormentar o animal simplesmente porque o animal n o tem o poder intelectual do homem Por fim se tudo o mais falhar resta ainda o sentimento de empatia aquela capacidade de uma pessoa se identi ficar com outra inclinando se a compreender o que ela pensa e a sentir o que ela sente ainda que nenhuma delas o expresse de modo expl cito ou objetivo ou como singe lamente est relatado em Mateus 7 12 Assim em tudo fa am aos outros o que voc s querem que eles lhes fa am Na incerteza do que fazer em rela o ao semelhante numa determinada circunst ncia o homem deve perguntar se o que desejaria que se fizesse com ele na mesma circunst n cia N s n
55. de trabalho v rios aspectos que envolvem a fauna para que possamos refletir incorpo rar ideias e fundamentar melhor nossas a es de defesa Muitas vezes se fica s no discurso e isso s enfraquece a prote o H necessidade de biodiversificar tamb m o discurso Temos que ter essa amplia o dos espectros de atua o para que possamos colaborar e formar realmente uma rede de prote o Quem quiser essas informa es sobre a Rede Judicial de Prote o s clicar na p gina do Tribunal de Justi a tem l os projetos do Juizado Especial e a descri o de cada um Quem quiser pode acompanhar tamb m a Audi ncia Ambiental toda ter a tarde Na internet voc s podem ter a felicidade de rever o v deo da cotia exibido aqui hoje porque eu me derreto de emo o quando vejo Acho que ela a cotia os papagaios os passeriformes s o realmente o motivo do nosso trabalho um alento para lidar com esses n meros avassaladores e tamb m para desmistificar essa quest o de que os animais n o sobrevivem se forem desti nados Que pelo menos eles possam ter a chance de morrer em liberdade de cumprir suas fun es ecol gicas por um dia por uma hora E se eles morrerem presas dos macacos que estejam cumprindo sua fun o de entrar na cadeia ali mentar e que isso seja respeitado por n s seres humanos Ali s como foi lembrado pelo professor S rvio precisamos desses servi os ecossist micos n o s na mata n
56. desse cadastramento de reas de soltura Nesse projeto feito todo o acompanhamento dos casos Tivemos experi n cias por exemplo no Sumidouro em Lagoa Santa onde inclusive j ocorreu reprodu o das esp cies soltas l Temos v rias outras experi ncias e precisamos de mais estudos em rela o a isso Bom agrade o mais uma vez e parabenizo pelo evento Se tiverem d vidas fiquem vontade para fazer contato pelo 3915 1340 ou 1320 A gente recebe e analisa projetos de parceria de conv nios A ideia fazer chamadas p bli cas vinculadas a determinadas atividades como gest o de Cetas gest o de Cras ou outras que possam surgir porque dentro do Estado n o estamos fazendo conv nios diretos A ideia que como recurso p blico que a gente fa a chamada p blica as institui es se cadastrem pro ponham projetos e com crit rios transparentes seja feita a sele o desse conv nio Agrade o mais uma vez fico disposi o e obrigada A atua o da Policia Militar de Minas Gerais na prote o fauna Tenente Coronel Valmir Jos Fagundes Introdu o A Pol cia Militar de Minas Gerais PMMG tem 240 anos de hist ria Criada em 9 de junho de 1775 sua raz o de existir inicial era manter a ordem em favor do reino portugu s Tendo evolu do juntamente com a sociedade hoje a PMMG tem a miss o de promover a seguran a p blica por interm dio da pol cia ostensiva com respeito aos di
57. direitos sim E esses direitos devem ser respei tados e impostos a quem os despreze especialmente por n s promotores de Justi a que temos o dever constitu cional de defender os idosos as crian as os adolescen tes o nascituro que aquele que sequer veio ao mundo ainda enfim todos aqueles que n o podem se defender por si mesmos ou os hipossuficientes que nome que se d para essas pessoas Em raz o dessa hipossufici n cia perante a nossa estrutura de poder que os animais devem ser defendidos pelo Minist rio P blico E quando pensamos nos hipossuficientes n s resolvemos a quest o acerca do sujeito de direitos sem os correspondentes deve res perante a lei civil As perspectivas portanto s o positivas mas h muitos riscos e perigos espreita e sobre eles que eu vou me deter agora Talvez o maior perigo seja ainda o precon ceito velado e disfar ado s vezes escancarado e tradu zido num esc rnio Esse preconceito que permeia todos 173 os segmentos da sociedade se constitui num verdadeiro paradoxo De todos os elementos que integram a natu reza ends somos um dos elementos que integram a natu reza o que mais se assemelha ao homem o animal De todos os elementos que integram a natureza o que mais negligenciado e abusado pelo homem justamente o animal Eu n o sei bem por qu mas talvez uma das respostas tenha sido dada pela eterna ministra do Meio Ambiente a Marina Silva num dos eve
58. do precon ceito que resiste em reconhecer valor moral aos animais exclusivamente por possu rem configura o f sica dife rente da dos humanos E a partir da quem sabe se concretizar a predi o de Rui Barbosa 2001 p 268 para quem a aboli o da escrava tura no Brasil n o seria a derradeira p gina de um livro encerrado mas um c ntico de alvorada Refer ncias ARISTOTLE Politics Batoche Books 1999 Dispon vel em lt http www dominiopublico gov br download texto mc000010 pdf gt Acesso em 10 set 2011 BARBOSA Rui Abolicionismo Rio de Janeiro Funda o Casa Rui Barbosa 1988 Obras completas de Rui Barbosa v 12 t 1 1885 211 p 136 Dispon vel em lt http docvirt com docreader net do creader aspx bib ObrasCompletasRuiBarbosa amp pasta Vol 20 X11 20 1885 Tomo 201 amp pesq gt Acesso em 10 set 2011 BENJAMIN Ant nio Herman de Vasconcellos e A natureza no di reito brasileiro coisa sujeito ou nada disso Caderno Jur dico S o Paulo a 1 n 2 jul 2001 BENTHAM Jeremy An Introduction to the principles of morals and legislation Oxford Clarendon Press 1907 DESCARTES Ren Discurso Del M todo p 34 Edi o www eb ooket net Dispon vel em lt http www dominiopublico gov br download texto bk000197 pdf gt Acesso em 23 ago 2011 FENSTERSEIFER Tiago Direitos fundamentais e prote o do ambi ente a dimens o ecol gica da dignidade humana no ma
59. e externa e cria projetos editoriais para todas as m dias Idealizadora e presidente da Anda Ag ncia de Not cias de Direito dos Animais a pri meira do g nero no mundo Respons vel por propor a ideia do Projeto de Lei 337 2006 que autoriza o Poder Executivo a criar hospitais veterin rios p blicos no estado de S o Paulo Cofundadora da Sociedade Vegana do Brasil Valmir Jos Fagundes Tenente Coronel da Pol cia Militar do Estado de Minas Gerais Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Centro Oeste de Minas FADOM Divin polis MG Especialista em Seguran a P blica pela Funda o Jo o Pinheiro Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho Comandante da CIA PM de Meio Ambiente da Regi o Metropolitana de Belo Horizonte MG Vania Tuglio Promotora de Justi a do Minist rio P blico de S o Paulo segunda secret ria da Associa o Brasileira do Minist rio P blico do Meio Ambiente Abrampa diretora de articula o do Instituto Abolicionista pelos Animais integrante do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Direito Animal integrante do Gecap Grupo Especial do Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo Urbano MPSP e articulista da Anda Ag ncia de Not cias de Direito Animal Sumario Abertura Waldemar Ant nio de Arimat ia Apresentacao Savio Bittencourt Lei Complementar 140 2011 e a gest o da fauna pelo Estado de Minas Gerais Neluce Maria Arenhar
60. e que possui hastes s quais se prendem as r deas Este arco fica na altura dos ossos na sais e junto com a corrente da barbela permite dirigir o cavalo sob a a o das r deas sobre os ossos nasais No Brasil esse instrumento degenerou numa placa c ncava com duas l minas afiadas ou ainda com bordas denteadas que cortam a pele e pressionam o peri steo e o osso ou simplesmente num peda o de ferro grosso forjado em meia lua ou ainda numa corrente de elos grossos O peri steo uma estrutura muito sens vel rica em termina es nervosas que recobre os ossos 16 Art 3 Consideram se maus tratos Ao fim da vida quando n o v o abatidos para con sumo esses animais s o abandonados em via p blica doentes feridos extenuados ou mutilados e assim morrem de fome uma morte lenta e torpe ou dolorosa mente atropelados por ve culo automotor e o propriet rio instado pela popula o ou pela pol cia foge ou n o assume a propriedade praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal IV golpear ferir ou mutilar voluntariamente qualquer rg o ou tecido de eco nomia X utilizar em servi o animal cego ferido enfermo fraco extenuado ou des ferrado XI a oitar golpear ou castigar por qualquer forma a um animal ca do sob o ve culo ou com ele devendo o condutor desprend lo do tiro para levantar se XX deix los sem gua e alimento por mais de 12 horas XXVII
61. em particular fica uma imensa lacuna quando se trata de tipificar cada ato singular Ao Judici rio e aos agen tes da lei escapam as min cias do que seria dolo ou destrato a um animal em compara o com situa es humanas Por outro lado estamos vivenciando um fen meno lento mas gradual que o surgimento da compaix o enquanto sentimento de pesar pena e simpatia para com o sofrimento de outrem associado ao desejo de confort lo e de ajud lo Se vivemos em uma comunidade de muitas ra as idades sexos e esp cies que evolui historicamente e na qual aprendemos obriga es livremente escolhi das ent o h possibilidade de reconhecimento para que c es gatos cavalos carneiros e outras esp cies comensais sejam parte da civiliza o ordeira e aberta ao aperfei oamento Entretanto devido nossa tradi o moral este um assunto que at pouco tempo foi muito negligenciado e portanto os conflitos s o muito agudos Ao mesmo tempo nos ltimos dois s culos houve chance para o crescimento de uma virtude a compaix o cuja deter mina o humanit ria minimizar o sofrimento n o importa quem o esteja sentindo Esta compaix o n o oficial tem sido lentamente inclu da como uma parte oficial da nossa cultura ocidental Este pensamento compassivo e humanit rio entretanto ainda muito caprichoso Pessoas que n o concordam com esta atitude podem livremente descart la como coisa
62. em todas as lutas ambientais com que lida e em todas est em defesa do meio ambiente contra a reforma esp ria do C digo Florestal Foram divulgados ontem dados de um trabalho t cnico do Instituto Trata Brasil parceiro da Abrampa Eu me refiro a esses dados para que todos tenham oportuni dade de entrar no site e ver os resultados aterradores sobre o saneamento ambiental no Brasil a falta de cuidado com isso Esta uma quest o absolutamente necess ria para que outras mazelas de doen as sa de p blica e meio ambiente sejam realmente resolvidas Estamos ao lado da implanta o de planos democr ticos com participa o popular mas da implanta o efetiva n o demag gica e da transforma o que necess ria assim tamb m nas quest es dos res duos s lidos em que os planos t m que ser feitos Temos prazos de fecha mento definitivo dos lix es at 2014 Eu gostaria de ter um click daqueles de filme para poder acordar em 2015 porque em 2014 teremos planos de saneamento feitos lix es erradicados e todas as obras da Copa do Mundo feitas com probidade administrativa sem desperdicio de dinheiro p blico Estaremos num mundo extremamente interessante o Brasil crescendo Se n o podemos ter esse otimismo absoluto podemos ter uma luta absoluta que exija que tenhamos posi es A Abrampa tem essa posi o porque o direito animal n o pode ser o primo pobre da quest o ambiental Quando realizamos eventos de d
63. entende que o ordenamento jur dico n o foi afetado porque cinco dez ou quinze aves estavam na posse de determinada pessoa e que precisaria estar provado o efetivo dano biodiversidade para que ent o essa situa o passasse a ser de interesse do Direito Penal Eu estou mostrando as v rias vertentes das deci s es Ele culmina dizendo nesse caso N o se pode olvi dar que a legisla o deve buscar a efetiva prote o dos animais finalidade observada pelo julgador ordin rio A nossa jurisprud ncia caminha a passos curtos e claudican tes eu acho ela claudica Por vezes atua favoravelmente por vezes n o Mas h uma tend ncia e a gente n o pode deixar de ver essa tend ncia em decidir ecologicamente E eu diferentemente do meu colega baiano acredito na Justi a trabalho com ela e acho que a gente n o pode ter medo das mudan as n o A gente tem que encarar essas mudan as acreditar que ser o favor veis aos animais e acreditar em voc s porque voc s que fazem a diferen a no fiel da balan a a sociedade organizada que faz a dife ren a em favor dos animais O papel da ci ncia fundamental e tem contribu do de forma bastante consistente para a evolu o da prote o dos animais A declara o assinada no ano passado pelos maiores neurocientistas da atualidade acerca da cons ci ncia animal n o surtiu ainda os efeitos necess rios e correspondentes t o importante descoberta Espera
64. es Os esco res 0 e 1 seguem a anatomia do esqueleto e descrevem est gios de emacia o e extrema magreza respectivamente O escore 2 representa um animal magro O escore 3 apresenta as estruturas esquel ticas de forma suave e representa um equino em condi es timas de manuten o em estado energ tico neutro Escores 3 5 e 4 apresentam animais com conforma es arredondadas discreta obesidade por m isto n o prejudica seu desempenho reprodutivo O escore 5 representa animais francamente obesos O problema da gua para os animais merece especial aten o 10 Sem tantos detalhes isto est previsto no artigo 3 do Decreto Lei N 24 645 34 Il manter animais em lugares anti higi nicos ou que lhes impe am a respira o o movimento ou o descanso ou os privem de ar ou luz XV prender animais atr s dos ve culos ou atados s caudas de outros XVI fazer viajar um animal a p mais de 10 quil metros sem lhe dar des canso ou trabalhar mais de 6 horas cont nuas sem lhe dar gua e alimento Se bem que os animais possam marchar longo tempo sem beber isso poder afetar seriamente a efici ncia e as condi es f sicas dos mesmos O calor intenso faz com que os animais transpi rem em demasia e se fatiguem rapidamente Nas marchas normais e sob condi es meteorol gicas favor veis os animais podem deixar de beber durante toda a marcha sem preju zo algum com o calor por
65. falamos da rvore e muito menos das florestas Ao picotar o conhecimento ele d volume e fica enorme Ent o surge a desculpa de que n o temos tempo N o preciso ensinar tudo preciso ensinar algumas coisas S o algumas chaves de compre ens o que abrem as portas Preciso concordar totalmente com Morin 2003 p 77 quando diz que as coisas depen dem menos de informa es do que da forma em que est estruturado o modo de pensar A plataforma tem como proposta agir em tr s n veis distintos l Na sala de aula a forma como o professor conduz a rela o ensino aprendizagem momento em que se fazem as conex es entre o objeto de estudo e as macrotem ticas que podem extrapolar as tr s su geridas pessoas planeta e animais o momen to de devolver o objeto ao seu contexto Algu m pode perguntar Isto mais uma coisa para pro fessor fazer N o isto a coisa ou seja a in corpora o de um jeito de ser escola de ensinar e de aprender A forma de organizar a aula e de lidar com o conhecimento que muda Na organiza o da escola e de suas rela es inter nas desej vel que a escola seja um centro de re fer ncia vivo e din mico onde os docentes discen tes e pedagogos adotem uma postura de trocas de discuss o de promo o e de informa o A escola como um ambiente onde todos aprendem e n o somente os estudantes Professores que buscam se qualificar para abordar assu
66. farelo que ter o esse mesmo destino Ou seja a expans o da soja est diretamente ligada maior demanda por carne animal Esse mesmo estudo afirma A soja vem se tornando o principal item do card pio dos animais criados em cativeiro por conter alto teor de prote na vegetal Segundo uma das maiores processa doras agr colas do mundo a norte americana Archer Daniels Midland ADM que tamb m atua no Brasil os amino cidos presentes no farelo de soja s o alta desmate em agosto gt Acesso em 10 out 2013 193 mente digestiveis e complementam outros ingredien tes para a obten o de uma dieta balanceada O farelo de soja usado como fonte de amino cidos em muitos animais em todas as fases de vida Em geral a dieta balanceada com o milho tamb m usado largamente SCHLESINGER e NORONHA 2006 p 9 Este n o o nico t pico de ensino que deveria entrar em uma matriz curricular de educa o ambiental mas tamb m teremos de incluir o did tico infogr fico publi cado no endere o eletr nico do jornal O Estado de S o Paulo onde o ge grafo e antrop logo Maur cio Waldman apresenta o mapa do lixo produzido no mundo A pecu ria consta como a maior produtora de lixo do mundo 39 seguida da minera o 38 Para todos esses problemas n o faltar o grupos interessa dos em investir grande soma de dinheiro nessa ind stria e no aprimoramento da tecnologia que retira o m ximo do animal no menor espa
67. fauna de grande porte a maus tratos a tr fico e a quest es que t m um fundo psicol gico muito importante para n s como pessoas eu espero que eu consiga ser bem sucedido e deixar isso claro para voc s Esse sou eu eu sou professor da Universidade Federal de Ouro Preto e n o tem como eu n o fazer essa palestra sen o pautado em ecologia pois o que eu sou ent o eu vou trabalhar inicialmente o conceito do habitat e a contextualizar o que necess rio para que um animal esteja ali Ent o na palestra do meu colega da UFMG vete rin rio ele falava de condi es para o comportamento ambiental do animal Se a gente vai coexistir com a fauna silvestre e a lei de certa forma nos obriga a coexistir com a fauna silvestre e o bom senso e a necessidade de sobre viv ncia tamb m a gente tem que lidar com as condi es de habitat e entender o m nimo dessas condi es de habi tat que s o necess rias para esses animais estarem com qualidade em qualquer lugar a degrada o ambiental resulta sem n s percebermos ou conseguirmos mensu rar em um mau trato h um mal trato h um impacto enorme no comportamento na fisiologia no stress que o animal sofre e o seu ambiente est sendo degradado E n s vivemos um grande paradoxo na hora que a socie dade como a Luciana colocou muito bem evolui em dire o a uma coexist ncia mais harm nica com as outras esp cies Isso nos p e no impasse do tipo de ambiente que escolhemos e sel
68. identificar o que e onde est tudo aquilo que faz com que rg os institui es e pessoas se coloquem em defesa Se a gente rodear vai chegar ao homem Talvez um dos setores mais capacitados do Minist rio P blico seja o de meio ambiente de gente muito comba tiva competente e talvez por isso tenhamos essa dificul dade de tra ar o contorno de quem somos n s em defesa de que trabalhamos e como vamos construir esse di logo O desafio t o grande que vai cair na filosofia porque o ser humano n o se respeita Se n s temos pessoas nos c rceres sofrendo imensamente eu fico pensando em que n vel vamos colocar os animais Ent o tudo circula de novo em torno do homem Sabe o que eu acho mais dif cil em filosofia que quando se fala em direito direito dos animais direitos de algu m direitos de algo temos sempre filosoficamente em contraposi o os deveres Eu j fui questionado sobre quais s o os deveres dos animais Essa uma quest o a ser posta se eles t m direitos e os deveres Eu me lembro de uma vez um sujeito numa defesa criminal que minha rea mais pr xima disse o seguinte Penso logo existo O tomate n o pensa ent o n o existe Por isso que nosso problema maior que temos que construir os conceitos sen o n o vamos avan ar Vamos ficar num plano de dificuldades imensas Fa o um apelo a todos aqui Podem contar comigo nessa luta isso eu j digo de p blico Sou produ
69. impacto A gente um macaco ent o para n s muito f cil enten der que um macaco pode viver numa floresta mas n o num pasto Para qualquer crian a que voc perguntar Uma on a um macaco ou um tamandu mirim pode viver na floresta Vai falar Pode E no pasto N o pode Por outro 128 lado se a gente mostrar essas duas figuras da floresta e do rio para essa mesma pessoa ela n o vai conseguir com a mesma facilidade identificar que o mesmo tipo de homogeneiza o que a gente tem na hora que transforma floresta em pasto ocorre quando a gente transforma rio em reservat rio Do mesmo jeito que a floresta tem dife rentes extratos e diferentes recursos um rio tamb m tem ele tem diferentes regimes de velocidade de profundi dade de substrato que atuam da mesma maneira Ent o a perda de biodiversidade se d de forma muito parecida mas justamente por sermos organismos terrestres a gente tem muito mais dificuldade em entender isso E a dificul dade t o grande que muito comum ver isso em f runs J participei de v rios e um que me chamou muito a aten o foi no Camboja Eu estava falando dos impactos de peixe no Brasil e um rapaz do Camboja onde vivem 10 milh es de pessoas que dependem da pesca falou assim Ah mas se a gente criar um reservat rio e vai ter mais gua n o vai ter mais peixe Infelizmente a percep o da popula o muitas vezes passa por a Transformar rio em barragem n o
70. importunando os animais Eu gostaria de falar tamb m sobre programas de supostos bi logos tem um a que vai aos lugares ver os animais Ele se faz de her i mas acontece que al m de ser deseduca tivo em alguns momentos criminoso Ele importuna os animais e esse tipo de programa n o tem que estar na TV e a gente vai precisar ter alguma posi o em rela o a isso Ele j passou por v rias TVs e agora est num canal a cabo Al m das informa es a Anda tamb m promove cultura com shows lan amento de livros exposi es e temos um projeto humor stico O canal Porta dos Fundos publicou um v deo que divulguei no site da Anda e vamos assistir agora Esse v deo muito engra ado faz piada e uma provoca o com rela o s pessoas que consomem carne Eu geralmente tenho problemas com os gar ons porque falo N o consumo carne e eles falam Ah tem frango peixe presunto Nesse v deo o caso invertido 3 http www youtube com watch v NTE5j qnpwo 123 HOMEM Isso aqui gostoso 6 MULHER tem bacon GAR OM Opa tudo bem HOMEM Tudo bom GAR OM Posso anotar o pedido de voc s HOMEM Eu estava pensando aqui esse Fil a Osvaldo Aranha vem como hein GAR OM Vem morto HOMEM Como assim GAR OM Fil n o sei se o senhor sabe mas um boi morto MULHER Ele est querendo saber a parte do Osvaldo Aranha GAR OM Ah isso da uma pessoa provavelmente um home
71. integrante da Abrampa gostaria de dizer que estou muito feliz por participar desse pro jeto pioneiro que este evento e agradecer por se lem brarem do meu nome para participar da organiza o H uns 15 anos eu falava para os colegas promotores de meio ambiente que as florestas n o t m somente tons de verde t m tamb m tons marrons azuis vermelhos Era uma tentativa de mostrar que era preciso tamb m defen der os animais que estavam nas florestas e n o apenas os vegetais Hoje ver colegas do Minist rio P blico defen dendo a causa animal uma alegria muito grande Em 2010 quando o Congresso Nacional da Abrampa foi reali zado em S o Paulo eu consegui colocar na programa o pela primeira vez uma mesa inteira tratando das ques t es animais E agora com o an ncio de que este evento passa a integrar a agenda anual da Abrampa estamos efetivamente diante de um divisor de guas Acredito que vamos avan ar muito no desenvolvimento de teses jur dicas que v o facilitar o trabalho dos promotores de Justi a e incentiv los a falar nos tribunais em favor daqueles que n o t m voz Bom devo dizer que a sociedade atual n o tolera mais atos de maus tratos contra os animais contra seres inde fesos de modo que sob todos os aspectos a quest o animal nunca esteve t o em voga Eu acredito tamb m ser a primeira vez na hist ria que tantas vozes de todos os segmentos da sociedade se erguem em favor dos animais que t m
72. los a trabalho excessivo experi ncia dolorosa ou cruel ainda que para fins did ticos ou cient ficos Mas como destaca Levai 2005 p 594 a maior virtude do Decreto foi contemplar o animal como destinat rio jur dico da norma e n o a fauna em abstrato ou o ambiente natural Al m disso o Decreto em destaque atribuiu ao Minist rio P blico e s entidades protetoras legitimidade para representarem os animais em Ju zo art 2 3 A Lei n 5 197 1967 conhecida como Lei de Prote o Fauna proibiu a pr tica da ca a profissional mas manteve a permiss o para ca a de controle a de subsist ncia a cien t fica e a amadorista ou esportiva art 2 Tamb m esta Lei transferiu os animais propriedade do Estado art 1 Duas d cadas depois o legislador ao se inteirar das evi d ncias cient ficas que indicam que os cet ceos golfinhos baleias botos s o mam feros inteligentes e sens veis editou a Lei n 7 643 1987 que criminalizou a pesca ou o molestamento desses animais em guas brasileiras Tamb m na d cada de 1980 foi publicada a Lei de Pol tica Nacional de Meio Ambiente Lei n 6 938 1981 que expres sou no inciso I do art 3 uma ampla perspectiva conceitual de meio ambiente abarcando todas as formas de vida Por seu turno a Lei de A o Civil P blica muito contri buiu na defesa dos animais quando dotou o Minist rio P blico de instrumentos eficientes inqu rito civ
73. m os substratos neuroanat micos neuro qu micos e neurofisiol gicos de estados de consci ncia juntamente como a capacidade de exibir comporta mentos intencionais Consequentemente o peso das evid ncias indica que os humanos n o s o os nicos a possuir os substratos neurol gicos que geram a consci ncia Animais n o humanos incluindo todos os mam feros e as aves e muitas outras criaturas incluindo polvos tamb m possuem esses substratos neurol gicos LOW 2012 A Declara o de Cambridge consiste num marco para a discuss o dos direitos dos animais uma vez que trouxe um aval cient fico para a quest o da senci ncia dos ani mais comprovando algo que ambientalistas e fil sofos j sabiam mas sempre foi mais conveniente humanidade ignorar os seres n o humanos tamb m t m consci ncia de si do mundo ao redor e sentem dor e prazer Macacos golfinhos papagaios polvos e moscas conse guem perceber a si mesmos num ambiente E todos eles sentem dor medo felicidade frustra o e tantos outros sentimentos que sempre foram designados como exclusi vamente inerentes aos humanos Assim em dias atuais poss vel afirmar que a evolu o do pensamento cient fico e filos fico al ou os animais da condi o de seres eticamente neutros ao status de entes pass veis de considera o moral Alegisla o brasileira acompanhou essa evolu o embora de forma absolutamente circunstancial Panorama da evo
74. ministrar ensino a animais com maus tratos f sicos Art 8 Consideram se castigos violentos sujeitos ao dobro das penas comi nadas na presente Lei castigar o animal na cabe a baixo ventre ou pernas Art 9 Tornar se efetiva a penalidade em qualquer caso sem preju zo de fazer se cessar o mau trato custa dos declarados respons veis Art 13 As penas desta Lei aplicar se o a todo aquele que infligir maus tratos ou eliminar um animal sem provar que foi por este acometido ou que se trata de animal feroz ou atacado de mol stia perigosa Art 15 Em todos os casos de reincid ncia ou quando os maus tratos venham a determinar a morte do animal ou produzir mutila o de qualquer dos seus rg os ou membros tanto a pena de multa como a de pris o ser o aplicadas em dobro 17 Mesmo este final degradante foi previsto no 3 art do Decreto Lei N 24 645 34 V abandonar animal doente ferido extenuado ou mutilado bem como deixar de ministrar lhe tudo que humanitariamente se lhe possa prover inclusive as sist ncia veterin ria VI n o dar morte r pida livre de sofrimento prolongado a todo animal cujo exterm nio seja necess rio para consumo ou n o A Declara o Universal dos Direitos dos Animais prev um cuidado especial com os animais dom sticos no artigo 6 a Todo animal escolhido pelo homem para compa nheiro tem direito a uma dura o de vida correspondente sua longevidade natural b Aba
75. mudam procedimentos de empresas servem de pauta ao Minist rio P blico e imprensa e conseguem melho rar um pouco a realidade dos animais A gente lan ou um game no Facebook de um minuto e meio temos aqui alguns educadores como a professora Aleluia um grande nome da educa o em Minas Gerais em defesa dos ani mais ent o eu gostaria de mostrar o game rapidamente exibi o de v deo Bom isso Agrade o mais uma vez pelo convite e a opor tunidade e convido voc s a conhecerem a Anda acessa rem e divulgarem nosso trabalho Muito obrigada 4 http www anda jor br sobre video institucional 127 Impactos negativos da ictiofauna decorrentes da implanta o e opera o de barragens Paulo dos Santos Pompeu Bom dia pessoal Inicialmente gostaria de agradecer a organiza o do evento pelo convite um prazer estar aqui falando para o Minist rio P blico para uma plateia t o variada Pelo t tulo da palestra Impactos Negativos da Ictiofauna Decorrentes da Implanta o e Opera o de Barragens j d para perceber que um tema extrema mente amplo poderia ser uma disciplina de gradua o ou p s gradua o Ent o em vez de dar receita de bolo ou falar do que est na maioria dos livros vou pontuar alguns itens bastante diferentes ou que geralmente n o t m sido considerados seja no licenciamento ambien tal ou em outras inst ncias Para n o ficar falando s em impacto negativo
76. necess rio muito esfor o para decidir por onde se deve come ar Enquanto algumas condutas s o mais facilmente entendi das como violadoras dos interesses dos animais como os maus tratos contra c es e gatos outras pr ticas por gera rem emprego e renda dificilmente s o assimiladas como degradantes e ilegais De fato se o homem contempor neo embora cada vez mais urbanizado e conectado reduziu a esfera de conv vio com seus pares e estabeleceu la os com certas esp cies de animais os quais elegeu para sua companhia e seu afeto paradoxalmente fixou seus h bitos de consumo em produtos e servi os produzidos a partir da explora o inclemente de milh es de outras esp cies em confinamen tos matadouros arenas picadeiros laborat rios retaria de estado de educacao lancam i concurso educar para proteger guar da responsavel que bicho e esse htm VBMZDKOi2So gt 208 Veja se por exemplo a explora o do gado pela ind s tria do entretenimento a qual cada vez mais pr spera atrai multid es s arenas para observarem a brutalidade humana gratuita contra cavalos e bois adultos e filhotes durante a pr tica dos rodeios e das vaquejadas Tamb m macacos ursos elefantes le es e outros animais silvestres s o retirados de seu ambiente natural e do con v vio dos seres de sua esp cie confinados a viverem sua miser vel vida em pequenas jaulas sendo brutalmente treinados para assimilarem performances arti
77. o velocidade do deslo camento informa se As condi es f sicas dos homens e dos animais e a natureza das estradas determinam quando a veloci dade normal de marcha para as diversas andaduras pode ou n o ser mantida Se os homens e os animais est o extremamente fatigados ou o itiner rio parti cularmente dif cil necess rio diminuir a velocidade da marcha Os per odos de trote devem sempre que poss vel ser feitos em terrenos planos Do mesmo modo prefer vel trotar nas estradas pavimentadas a faz lo nas pedregosas ou arenosas em lama ais na neve ou em estradas esburacadas Al m disso segundo o mesmo manual no in cio da marcha os cavalos devem ser distendidos gradual mente conduzindo se os a m o ou ent o no passo Esta pequena informa o oposta ao que se observa pois habi tualmente os carroceiros atrelam o cavalo e partem a trote largo ou galope De fato de amplo conhecimento que os exerc cios f sicos devem ser institu dos gradualmente no in cio do treinamento O cavalo um animal delicado se capaz de esfor os consider veis n o pode entretanto renov los em inter valos curtos tem necessidade de cuidados cont nuos falta dos quais enfraquece rapidamente antes de tudo deve beber regularmente ser desselado frequentemente e estar sempre ferrado Em principio quatro ou cinco dias de marcha devem alternar com um dia de repouso Para que uma cavalar
78. o de captura Pelos relatos mais recentes de apreens es regionais FERREIRA GLOCK 2004 VIDOLIN et al 2004 BORGES et al 2006 BASTOS et al 2008 pode se estimar que deze nas ou centenas de milhares de animais s o retirados ilegalmente do ambiente natural por ano para atender o mercado nacional Os impactos da retirada dessa imensa biomassa da natureza em longo prazo s o imprevis veis mas as extin es recentes tanto em escala regional quanto nacional de v rias esp cies de aves como a ararinha azul Cyanopsitta spixii e a arara azul pequena Anodorhynchus glaucus s o fortes indicativos do que poder ocorrer com outras esp cies caso esta press o n o seja controlada 4 Centros de Triagem de Animais Silvestres CETAS As a es de fiscaliza o e combate ao tr fico de animais e os conflitos envolvendo a fauna silvestre urbana e a socie dade geram um contingente de animais que precisa ser tratado adequadamente Para este fim foram institu dos os Centros de Triagem de Animais Silvestres CETAS Apesar de j existirem em algumas unidades do IBAMA desde a d cada de 1980 apenas em 2008 os CETAS foram institucionalmente criados por meio da Instru o Normativa n 169 IBAMA 2008a Essa IN define como CETAS todo empreendimento autorizado pelo IBAMA somente de pessoa jur dica com finalidade de receber identificar marcar triar avaliar recuperar reabilitar e destinar animais silvestres provenient
79. o de que animais extremamente fatiga dos poder o muitas vezes continuar a marcha se forem aliviados de sua carga preciso lembrar que os carguei ros s ter o descanso se forem descarregados durante os 5 Esta descri o de cavalo de tra o corresponde a um peso entre 450 e 600 kg altos EMPREGO 1950 Fica evidente que um cavalo atrelado a uma carro a carregada n o descansa pois seu corpo est suportando o peso dela Conv m ainda lembrar que uma carro a transporta normalmente um volume de 2 m O JORNAL 2013 o que pode facilmente induzir em erro pois entulho composto por material de constru o ou demoli o muito denso e pesa 1 284 92 kg m RAMOS 2007 Quanto ao arreio Loginov et al 1993 dizem que deve estar completo e corretamente ajustado ao corpo do animal pois disso depende a execu o normal do ser vi o por parte do cavalo Para uma boa manuten o o arreio precisa ser limpo diariamente e receber uma graxa espec fica todo m s o que o protege tanto da umidade quanto da secura Um arreio mal ajustado e mal conser vado com emendas outras que n o a costura com linha arames pregos fios el tricos etc a principal causa de ferimentos por atrito conhecidos por pisaduras S o feri mentos frequentemente profundos muito dolorosos e de dif cil cicatriza o Al m do trauma os arreios mal ajus tados causam uma sobrecarga muscular e fadiga r pida Pior ainda nas
80. o se inclui as ONGs infelizmente foram instrumentos de desvio de dinheiro aqui no Brasil ent o por as pessoas saberem desse problema da corrup o tem apenas 50 as institui es religiosas 48 e o Governo pouco mais de 20 Nesse aspecto a imprensa inegavelmente a principal fonte de informa es e de for ma o para a nossa sociedade A Anda surgiu a partir de uma observa o minha de que os colegas jornalistas n o tinham o conhecimento neces s rio sobre a realidade dos animais Quando dizem que 119 a Anda parcial eu falo Sim somos parciais porque n o existe a imparcialidade A imparcialidade um mito Ela t o verdadeira quanto Papai Noel H um ano e meio as orga niza es Globo lan aram um guia atestando a imparcia lidade deles em rela o aos fatos N o creiam porque absolutamente inexistente No final da apresenta o vou fazer um exerc cio para mostrar como a not cia pode ser dada de diversas formas Quando a Anda surgiu eu trabalhava como jornalista na rea pol tica no Congresso em Bras lia e estava se dis cutindo a Lei Arouca a regulamenta o da experimenta o animal no Brasil que um grande retrocesso mas como n o existiam debates s os vivisseccionistas tinham espa o na m dia n s perdemos isso Na poca foi feita uma mat ria no jornal O Globo eu liguei para um colega e disse Olha me desculpa mas voc n o ouviu o outro lado na sua mat
81. o tema mais impor tante a ser debatido pela sociedade Ser o tema principal da nossa sociedade Ent o todos n s que estamos aqui somos a vanguarda desse novo tempo que as crian as v o ajudar a construir cada um de n s atuando para esse novo mundo chegar mais r pido com mais consci ncia construindo realmente um mundo de paz para todos Vou passar os v deos Antes eu agrade o pela proposta do tema parabenizando o Minist rio P blico de Minas Gerais por esse avan o assim como Dra V nia T glio que faz um trabalho admir vel em S o Paulo por essa vanguarda em rela o ao tema Ent o vamos ver o v deo do Lu s Ant nio e em seguida Mam e n o mate animais exibi o de v deo CRIAN A Papa T bom M E Mas come seu nhoque de polvo CRIAN A Ah m e t bom Esse polvo n o de verdade n 1 http Awww youtube com watch v NS93s0iViyE 2 http www youtube com watch v XR8JzVaJrEM 115 MAE Nao CRIAN A Ent o t Ele nem fala e nem cabe a tem n Cad a cabe a dele M E N o tem cabe a Isso a s as perninhas do polvo picadas CRIAN A E a cabe a dele t no mar M E T l na peixaria CRIAN A O mo o cortou assim M E Cortou CRIAN A Por qu M E Para a gente poder comer porque sen o a gente ia ter que engolir inteiro CRIAN A Mas por qu M E Para comer amor igual corta o boi corta a galinha CRIAN A Ah a galinha ningu
82. que contribuiu para a supera o de fronteiras outrora estabelecidas para o favorecimento de seres de uma mesma ra a ou de um mesmo sexo Por m s o evidentes as dificuldades de evolu o desse movimento pois se muitos cativos puderam contribuir a seu tempo para o fim da odiosa servid o humana o que dizer dos animais que n o podem agir de forma eficaz em favor de seus interesses Quem falar por eles O sistema jur dico brasileiro n o deixa d vidas de que essa miss o cabe tamb m ao Minist rio P blico 4 Peter Singer 2008 p xxi reconhece a desvantagem ao momento de liberta o animal comparado aos outros movimentos de liberta o sendo a mais evidente o fato de que os membros do grupo explorado n o poderem por si mesmos protestar de forma organizada contra o tratamento que recebem embora possam protestar e o fa am da melhor maneira individualmente Conclui com a seguinte quest o por quanto tempo os negros teriam de esperar por direitos caso n o pudessem eles pr prios defend los e exigi los momento portanto de assumi la buscando a reuni o de prop sitos e de condutas com demais rg os p blicos imbu dos desse mister entidades protetoras e volunt rios da causa animal que desenvolvem um trabalho s rio e abnegado comunidade acad mica e profissionais da rea Qui essa reuni o oportuna possibilite uma rea o j t o tardia mas eficaz contra essa ltima fronteira
83. ria E ele espantado falou Mas tem outro lado Eu falei Claro O dos animais Se o jornalista Gerson Camarotti nem sequer considerava os animais como lado eu falei A imprensa n o sabe absolutamente nada Por conta disso decidi criar a ag ncia que nasceu com car ter h brido As ag ncias de not cias funcionam da seguinte forma pro duzindo textos not cias e informa es para ve culos de imprensa O que voc s leem na Folha de S o Paulo no Di rio de Minas ou em qualquer outro ve culo n o s a produ o da reda o Tem a Reuters ag ncias interna cionais como a Ansa a CNN e tantas outras que vendem conte do para ve culos de imprensa A Anda tem conte do aberto quer pautar a imprensa e informar a socie dade Para mim incr vel toda a repercuss o que a gente tem Em 2011 ou in cio de 2012 o Di rio de Pernambuco o jornal mais antigo da Am rica Latina com quase 200 anos de circula o estampou esta manchete O Pa s unido contra a viol ncia aos animais Tenho certeza de que voc s nunca viram isso na imprensa Isso manchete de capa diante da repercuss o do caso Lana que foi dado em primeira m o pela Anda eu n o sei se voc s se recor dam uma Yorkshire que foi brutalmente assassinada por sua tutora em Goi s Ela matou o animal na frente da filha que n o deveria ter nem dois anos e jogou a cachorrinha pela janela Infelizmente a gente esbarra na quest o da falta de leis para fazer ju
84. rio sequer do exame de corpo de delito caracterizando que o animal est machu cado porque aquela pr tica j foi incorporada inclusive na mente do julgador como caracterizadora do crime Os pontos que ensejam mais pol mica dizem respeito a animais em circo e rodeio No circo temos v rios proble mas Primeiro o cativeiro as jaulas espa os min sculos aus ncia de higiene problemas na alimenta o aban dono maus tratos nos treinamentos com choque el trico espancamento com barra de ferro objetos pontiagudos peda os de pau movimentos repetitivos no treino incom pat veis com a natureza e o comportamento dos animais deslocamentos cont nuos rotina desgastante em raz o das apresenta es Estou convencido de que essa quest o dos animais selvagens nos circos enseja os maus tratos N o vejo como pode haver circo funcionando com animais sel vagens sem maus tratos Mas h necessidade de compro v los e para tanto precisamos do apoio da Pol cia Civil no sentido de propiciar prova t cnica e especialmente do empenho do policial que est no front e que vai constatar Os rodeios s o ainda mais pol micos Eu diria que rinha e Farra do Boi est o no extremo no meio est o circo e no outro extremo est a quest o dos rodeios no sentido de aceita o popular dificuldade com o juiz etc No rodeio os maus tratos mais evidentes s o uso de esporas pon tiagudas do sed m choque el trico e barulho Aqui o p
85. rios nutricionais e comportamentais dos animais Al m disso os custos seriam menores do que os dos CETAS do modelo atual e com uma pequena rede de estruturas complementares a maioria das esp cies ani mais seria contemplada por esses CETAS especializados A cria o de novos CETAS com a finalidade de acolher e destinar os animais silvestres apreendidos no com rcio e na guarda dom stica ilegal fundamental mas n o cons titui solu o para o combate ao tr fico GODOY 2006 A a o priorit ria mas raramente desenvolvida com efi ci ncia deve objetivar a n o retirada da fauna silvestre de seu habitat Responsabilizar a situa o socioecon mica pela apanha e venda de animais nativos j n o pode ser uma justificativa aceit vel da mesma forma que n o se tolera o tr fico de drogas em regi es carentes A educa o ambiental e a repress o precisam caminhar juntas bem como a implanta o de projetos de incentivo a atividades geradoras de renda para as comunidades que n o impli quem usos indevidos dos recursos naturais Ecoturismo e saf ris fotogr ficos podem representar alternativas que com m nima interfer ncia tragam o retorno econ mico da presen a dos animais na natureza RENCTAS 2007 A perda da biodiversidade n o ocorre apenas quando uma esp cie extinta Cada indiv duo uma entidade biol gica produto de um processo evolutivo de milha res de anos e quando este deixa de participar dos ciclos
86. rios da con cuss o sobre o piso duro A ferradura fixada na superf cie palmar dos cascos mediante o uso de cravos pr prios atrav s da por o insens vel do casco que anatomicamente semelhante unha humana embora muito maior e mais espes sa O ferrageamento feito pelo ferreiro que se especializou no casqueamento ajuste da ferradura apropriada e confec o de ferraduras ortop dicas 9 Tal como artigo 3 do Decreto Lei N 24 645 34 inciso X utilizar em servi o animal desferrado sendo que este ltimo caso somente se aplica a locali dades com ruas cal adas branca e alto ndice de osteoartrite t rsica J Maranh o 2004 estudando animais do Projeto Carroceiro informa que a maioria deles utiliza solados de borracha em vez das ferraduras convencionais tendo constatado a presen a de necrose de ranilha em cerca de 70 dos animais al m de desnivelamento m dio lateral do d gito em torno de 30 deles A autora identificou alto ndice de afec es de teci dos moles sendo mais frequentes as tendinites dos ten d es flexores as tenossinovites distais dos tend es flexo res nos membros posteriores e as desmites do ligamento suspens rio do boleto nos membros anteriores Foi alta a frequ ncia de achados radiol gicos nos membros princi palmente as les es indicativas de osteoartrite nas articu la es c rpicas e t rsicas al m de les es interfal ngeas N o raro se observa que os condut
87. s o filhos do Pai e irm os do homem Deus quer que ajudemos aos animais se necessitam de ajuda Toda criatura em desgra a tem o mesmo direito a ser protegida Tomara que os andir s continuem nos res gatando das nossas desgra as n o Bom dia Obrigado 153 Avan os legislativos na prote o fauna Jos Muifios Pifteiro Filho Boa tarde a todos Inicialmente quero registrar um espe cial agradecimento pelo convite ao Minist rio P blico do Estado de Minas Gerais uma vez que eu tenho uma vin cula o bem fraterna com a Institui o fui integrante do Parquet fluminense por 25 anos e por estar aqui num encontro para abordar refletir e informar sobre a quest o animal no projeto de reforma do C digo Penal Quero tamb m agradecer por este Primeiro Encontro o que significa dizer que o primeiro de muitos a opor tunidade de rever profissionais que refletem a mat ria Talvez minha participa o neste evento seja justificada por dois motivos O primeiro que atuei num caso judi cial como desembargador relator num habeas corpus impe trado dentre outros profissionais por Heron Santana aqui ao meu lado para minha honra em favor de um chimpanz no Rio de Janeiro de nome Jimmy o que obri gou a mim e a meus colegas magistrados a discutir a mat ria e a um despertar para a quest o ambiental e animal Tamb m me parece ser um contributo mais direto a este evento a minha partic
88. sa daquela floresta equatorial h bastante tempo e voc s n o perce beram Essas s o magn lias na Savassi para quem n o daqui aqui na regi o centro sul olha que beleza tr s esp cies de rvores diferentes escalonadas em cresci mento compondo uma copa cont nua uma outra Aqui a gente tem um sistema diferente uma esp cie s uma esp cie importante a magn lia uma esp cie de muita folha uma esp cie primitiva mas a gente tem aqui um dos maiores problemas urbanos olha o fio el trico ali passando Lembra que as copas s o t midas Ent o elas fecham em si quando elas fecham em si umas s outras elas criam uma estabilidade ao longo do eixo do tronco isso evita que elas caiam as pessoas n o sabem porque que as rvores caem muito n o tem como negar a culpa da Cemig desculpem mas ela abre a copa de uma maneira tal que olha se eu quiser derrubar uma rvore eu fazia o que se faz a fia o um problema n o pode ser feito dessa maneira isso um problema para a cons tru o do qu Desse cont nuo de habitat agora se ponha no lugar dessa fauna e pense nos maus tratos e naquele ltimo item da palestra do meu colega condi es para o seu comportamento ambiental se manifestar A continui dade para a movimenta o de qualquer organismo passa a ser um fio el trico e n o as copas das rvores ent o isso ou rvores isoladas criam ref gios que essa fauna vai pro curar na cidade
89. sobre o risco de doen as de animais silvestres recebidos em CETAS serem transmitidas para animais em vida livre foi feita por Godoy 2006 e iv ocorr ncia de disputas e conflitos com outros animais silvestres de vida livre em raz o dos quase sempre escassos recursos naturais dis poniveis IUCN 2002 HOEGH GULDBERG et al 2008 MUELLER HELLMANN 2008 Para a IUCN 2002 um programa de reintrodu o deve ser motivado por justificativas conservacionistas ou seja necess rio que seja comprovado que as popula es livres necessitam do incremento populacional Os animais preci sam ser avaliados em rela o ao repert rio comportamen tal e condi o sanit ria e devem ser de origem conhecida ou com constitui o g nica adequada ao local da soltura De maneira geral um programa de reintrodu o bem con duzido apresenta custos elevados e s se justifica para esp cies raras ou amea adas de extin o J se sabe que as chan ces de sucesso de uma reintrodu o s o maiores quando a popula o usada como fonte selvagem quando um grande n mero de animais solto n gt 100 quando o habitat est preservado e quando a causa do decl nio populacional original suprimida GRIFFITH et al 1989 ARMSTRONG e SEDDON 2008 JULE et al 2008 Considerando os riscos da reintrodu o para as esp cies em vida livre a destina o para o cativeiro apresenta a vantagem de i os animais poderem ser utilizados em pro gr
90. sua vez j est o delimitados e definidos em sua fun o Aqui h um pro blema no qual irei me deter Se considerarmos conforme Vifiao Frago 2001 p 61 que h muitas maneiras de impedir ou de proibir proje tos propostas ou a es basta que se ocupem todos os espa os e todos os tempos Um projeto totalit rio para Frago seria aquele em que os indiv duos isolados ou em grupo n o dispusessem de espa os ou de tempos Essa uma primeira quest o Os sujeitos respons veis pela estru tura pedag gica precisam abrir espa os e tempos e rever algumas falas do tipo os alunos est o perdendo aula quando dependendo da proposta o contr rio que acon tece Equacionado esse problema poss vel dar mais um passo que a a o Resgatar a experi ncia da mobiliza o coletiva acerca de um mesmo prop sito outro passo Dado que essa refle x o est inserida em uma colet nea que trata de Educa o Ambiental e Cuidado e Prote o Fauna iremos nos deter nas tem ticas pelo planeta e pelos animais Plataforma Terr queos uma proposi o Nos cinco anos de exist ncia da plataforma o eixo pelos animais ganhou relevo na escola Antes mesmo que a plataforma fosse criada a exist ncia de um viveiro cati veiro suscitou um debate interessante Era o in cio de um novo olhar sobre os animais n o humanos Depois disso o uso de partes de animais no laborat rio e de pintinhos nu
91. t las Destaco a capacidade de reflex o interligada com a valoriza o das perguntas o que remete busca constante de susten ta o te rica para responder essas perguntas e para a ela bora o de outras a capacidade de potencializar as aprendizagens poss veis nascidas das perguntas e do que est acontecendo Essa capacidade irm g mea da capacidade de conviver com o movimento e com certa desordem criativa con forme diz Morin 2002 p 112 Os encontros produzem mais destrui o e dispers o que organiza o preciso para constituir uma organi za o para edificar uma ordem para manter uma vida em vida um tanto de agita o in til um tanto de des pesas v s um tanto de energia dilapidada um tanto de hemorragias dispersivas preciso bilh es de agita es para que se forme apenas um n cleo de carbono preciso a perda de bilh es de espermatozoides 180 milh es por ejacula o no homo sapiens para que nas a um s mortal preciso um esfor o de S sifo para n o 198 se deixar destruir Com quais perdas com quais gastos com quais esbanjamentos com que preco exorbitante preciso pagar um tomo um astro uma vida o m nimo de exist ncia um beijo Qual a centralidade desse ponto Ora a escola por natureza definida e determinada em calend rios crono gramas temas por tratar dias de prova etc e isso com um ano de anteced ncia Os espa os por
92. temperado con sideram mais racional o transporte de uma carga livre de 250 kg numa velocidade m dia de 4 a 5 km h num per curso de 30 a 36 km dia Definem ainda o cavalo de carga desse ex rcito como animais robustos de extremidades firmes pesco o e garupa poderosos e estatura entre 144 mesmas peso e esp cie de ve culo fazendo constar nas respectivas licen as a tara e a carga util e 151 cm Essas recomenda es garantem uma economia de for a e capacidade de trabalho dos cavalos de carga Os autores acrescentam que ao transpor aclives o cavalo despende um esfor o extra com efeito o grau do aclive diretamente proporcional ao peso da carga ou seja para cada grau de aclive necess rio reduzir 1 kg da carga Esta recomenda o entretanto deve ser seguida com cau tela pois indicada para animais bem nutridos e cuida dos de peso e estatura padronizados de institui o mili tar e precisa ser adaptada ao clima tropical e a condutores desinformados acerca do bem estar dos cavalos Al m disso as carro as de produ o artesanal pesam em torno de 200 a 250 kg de modo que justo aplicar o artigo 3 do Decreto n 24 645 1934 cujo inciso III pro be Obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores s suas for as e a todo ato que resulte em sofrimento para deles obter esfor os que razoavelmente n o se lhes possam exigir sen o com castigo como tamb m justo seguir a recomenda
93. vou dar uma outra vis o eu n o sei se eu vou conseguir apontar dessa posi o mas vejam como as copas n o se encostam as rvores s o t midas isso se d ao fato de que elas preci sam lutar por luz como elas precisam de luz elas n o podem na verdade ficar entrando a copa uma na outra ent o elas evitam esse contato isso se chama timidez de copa De fato um fen meno olha s voc identifica cada rvore na paisagem porque elas constroem esse espa o se voc voltar naquela hist ria da floresta prim ria por cima mais f cil a gente entender essa prim ria prim ria no sentido o qu Est a h mais de cem anos a gente sabe que isso no Canal do Panam essa composi o das copas e essa timidez cria a proximidade m xima poss vel e uma coisa importante para a gente na cidade cria a esta bilidade dessas copas as rvores que crescem assim cres cem muito pr ximas e muito pr ximas elas se equilibram uma as outras e equilibradas umas s outras pr ximas elas criam continuidade do habitat de doa o isso fun damental para a diversidade Quando a gente tem liana na floresta a gente v o quanto que isso importante Olha de baixo como que fica olha que interessante Isso cientificamente conhecido como timidez de copa elas de fato n o se encontram olha essa volta delas olhando de baixo e guarda essa foto na sua mem ria Outras coisas relacionadas floresta s o outros recursos que
94. 25 anos de Constitui o modificando o sistema penal foram edita das menos de 70 leis Temos em torno de 130 leis penais em vigor metade delas anteriores Constitui o de 1988 o pr prio C digo Penal de 1940 e a outra metade posterior Constitui o Vejam a diferen a de produ o legislativa penal p s Constitui o comparando com legis la o tribut ria e administrativa A pr pria legisla o civil muito mais ampla do que a penal em termos de pro du o embora o Direito Civil tamb m seja privativo da Uni o Evidente que n o se est neste ponto a exigir um Estado penalista nada disto O que se quer observar a prec ria defesa social diante de uma mutabilidade r pida de comportamentos criminosos particularmente em se considerando os avan os tecnol gicos Ao que me parece o Brasil pode at ser considerado um pa s que tem pensado a quest o ambiental notada mente a animal Isso n o quer dizer que estejamos aplau dindo a legisla o mas reconhecendo a posi o do Pa s no contexto mundial Dos 192 pa ses reconhecidos pela Organiza o das Na es Unidas que t m legisla o pr pria apenas um ter o 65 deles tem mat ria nacional sobre meio ambiente em particular a quest o animal O Brasil um deles Em primeiro lugar quando se fala em lei nacional h que se diferenciar da lei federal pois temos no Brasil as tr s esferas de Poder como v rios pa ses as t m ou seja um
95. 3 BRASIL 2004 BRASIL 2005 Al m de uma maior press o sobre os t xons esse fato deve ser analisado considerando tamb m o avan o do conhecimento cient fico sobre a fauna do pa s o que per mitiu ampliar a base de estudo e sua qualidade e incluir grupos taxon micos que n o haviam sido avaliados na lista anterior como o caso dos peixes BRASIL 2008 Dentre as principais causas relacionadas ao processo de extin o de animais silvestres no Brasil destacam se a perda e destrui o de habitats naturais a introdu o de esp cies ex ticas invasoras a ca a captura ou persegui o e a pesca predat ria BRASIL 2008 3 O com rcio de fauna silvestre O com rcio de vida silvestre legalizado ou clandestino ocorre em todo o planeta e representa a principal forma de subsist ncia de aproximadamente 200 milh es de pes soas principalmente nas regi es mais pobres do mundo RIVALAN et al 2007 Considerando se apenas o com rcio autorizado de ani mais vivos Theile et al 2004 verificaram que foram vendidos para a Uni o Europ ia aproximadamente seis milh es de aves 65 mil Amazona amazonica 1 5 milh es de r pteis 53 mil mam feros 40 mil anf bios e 2 milh es de invertebrados entre os anos de 1996 e 2002 Os Estados Unidos importaram legalmente 1 5 milh es de aves 215 mil mam feros 6 7 milh es de r pteis e 24 milh es de anf bios durante os anos de 2000 a 2004 Somando se a estes n meros o
96. 7 BRASIL 2013 criou o termo de dep sito de animal silvestre TDAS que possibilita s institui es fiscalizadoras integrantes do SISNAMA manter com o pr prio autuado em car ter provis rio os animais silvestres apreendidos que n o puderem ser destinados conforme determina o legal no momento da fiscaliza o Essa resolu o tamb m criou o termo de guarda de animais silvestres TGAS que possi bilita a um interessado que n o det m animais silvestres em cativeiro e sem registros de infra o ambiental contra a fauna nos ltimos cinco anos cadastrar se no rg o ambiental competente para receber tamb m de forma provis ria animais silvestres para guarda dom stica A devolu o dos animais natureza consiste numa a o complexa que apesar de apresentar ampla aceita o pela sociedade pode proporcionar preju zos Dentre os riscos destacam se i morte dos animais soltos em decorr ncia do despreparo para a sobreviv ncia no ambiente natural ap s o per odo em cativeiro ii a soltura de animais fora de sua rea de distribui o natural ou com padr o gen tico desconhecidos pode causar altera es delet rias na cons titui o g nica da popula o residente iii a introdu o de pat genos juntamente com o indiv duo que podem desencadear doen as nos animais liberados e potencial mente nos animais de vida livre inclu do o homem cau sando um problema irrevers vel Uma detalhada revis o
97. AS 2002 VILELA 2012 e v rios outros com abordagens estaduais ou regionais Verifica se que de maneira geral as principais v timas do tr fico no pa s s o as aves a seguir os r pteis e os mam feros Desde a cria o da Lei n 5 197 em 1967 BRASIL 1967 existe a proibi o do com rcio clandestino de animais silvestres e consequentemente as a es de fiscaliza o e combate aos crimes contra a fauna geravam um contin gente de animais que precisava de cuidados e destina o adequados At meados da d cada de 1980 os animais eram soltos imediatamente ap s as apreens es ou destina dos aos poucos zool gicos existentes Contudo a limitada capacidade de recebimentos dos zool gicos e a ocorr ncia de apreens es de animais fora de sua rea de distribui o natural que n o podiam ser liberados no local da infra o passaram a constituir entraves para as a es fiscaliza t rias desses il citos Os centros de triagem de animais silvestres CETAS se apresentaram como solu o para apoiar as a es de fisca liza o e combate ao tr fico de animais permitindo maior efic cia na identifica o manejo reabilita o e destina o dos esp cimes apreendidos medida que foram se esta belecendo os CETAS tamb m foram se tornando essen ciais para atender animais recolhidos em ambientes urba nos ou entregues voluntariamente pela popula o 2 Biodiversidade brasileira Os ecossistemas florestais em
98. AWTON J H MAY R M May ed Extinction rates Oxford Oxford University Press 1995 MINIST RIO DO MEIO AMBIENTE 4 Relat rio Nacional para a Conven o sobre Diversidade Biol gica S rie Areas Protegidas do Bra siln 7 Bras lia DF Secretaria de Biodiversidade e Florestas 2010 a Instru o Normativa MMA n 05 2004 Esp cies de inver tebrados aqu ticos e peixes amea ados de extin o 2004 Instru o Normativa MMA N 003 de 26 de maio de 2003 Esp cies da fauna brasileira amea adas de extin o 2003 Instru o Normativa N 52 2005 Altera as esp cies cons tantes da Instru o Normativa MMA n 05 2004 2005 ____ Resolu o CONAMA n 457 de 25 de junho de 2013 Disp e sobre o dep sito e guarda provis ria de animais apreendidos 2013 MOYLE B The Bioeconomics of Illegal Wildlife Harvesting An Outline of the Issues Journal of International Wildlife Law and Policy WA db ta tl jo SA Ter MUELLER J M HELLMANN J J An Assessment of Invasion Risk from Assisted Migration Conservation Bioology v 22 p 562 567 2008 PAGANO PISTA SOUSA TAT ETB TAT WAGNER biG Cera Aves depositadas no Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA na Para ba uma amostra do tr fico de aves silvestres no estado Ornithologia v 3 n 2 p 132 144 2009 PIMM S L RUSSELL G J GITTLEMAN J L et al The Future of Biodiversity Science v 269 p 347 350 1995 RENCTAS
99. F porque o gasto para manter essas estruturas muito grande Em Montes Claros por exemplo uma empresa est construindo um Cetas tipo A o maior Cetas com capacidade para dois mil animais N o tem porqu o IEF construir outro Cetas ali perto porque esse j estar englobando toda a regi o Estamos negociando com o Ibama para estender o prazo de compartilhamento que de tr s anos e analisando cada caso para escolher o modelo de gest o e a rea prio rit ria para constru o do primeiro Cetas O IEF tem obri ga o de estar com um Cetas pr prio em Belo Horizonte em outubro de 2014 e de construir mais dois em reas estrat gicas at dezembro de 2015 Como a gente descobriu essas reas estrat gicas Atrav s de um levantamento das apreens es de fauna silves tre feito pela Policia Militar de Minas Gerais em 2008 Foram apreendidos cerca de 50 esp cimes de anfibios principalmente nas regi es de Ub Betim e Cachoeira da Prata cerca de 150 r pteis com maior n mero em Uberaba seguida de Barbacena e Varginha Quanto aos mam feros at 75 esp cimes foram aprendidas em Uberaba Diamantina e Te filo Otoni Ent o Uberaba o ponto de r pteis e mam feros As aves que s o o grande n mero de apreens es com foco na regi o de Belo Horizonte Betim Esmeraldas e Uberaba Com a compila o e sistematiza o desse mapa que a equipe da ger ncia fez chegamos aos munic pios de maior prioridade de cons
100. HN PRADO 2002 Por outro lado estimativas baseadas em f sseis sugerem que a taxa de extin o anterior de mam feros e p ssaros era a de uma esp cie perdida a cada 500 a 1 000 anos MAY et al 1995 Os maiores respons veis por essa mudan a s o a perda de habitat as mudan as clim ticas a polui o a explora o n o sustent vel dos recursos naturais e a introdu o de esp cies ex ticas SALA et al 2000 O Brasil um dos pa ses com maior biodiversidade no mundo Estima se que das mais de 103 mil esp cies ani mais e 43 mil esp cies de plantas descritas no planeta 15 a 20 ocorram no pa s Ainda verifica se aqui a maior cobertura de floresta tropical do mundo LEWINSOHN PRADO 2002 BRANDON et al 2005 S o conhecidas atualmente no Brasil cerca de 10 658 de todas as esp cies de mam feros do planeta 18 1 800 das aves 46 680 dos r pteis 13 800 dos anf bios e 21 3 000 dos peixes Soma se a estes uma riqueza n o contabilizada de invertebrados Em m dia 1 500 novas esp cies animais s o reconhecidas por ano no Brasil e ainda assim estima se que foram descritas menos de 10 de nossa biodiversi dade LEWINSOHN PRADO 2002 BRASIL 2010 Apesar de sua megadiversidade biol gica o n mero de esp cies da fauna silvestre brasileira consideradas ame a adas de extin o aumentou consideravelmente de 218 em 1989 IBAMA 1989 IBAMA 1992 IBAMA 1997 para 627 em 2003 BRASIL 200
101. III da Lei n 6 624 de 18 de julho de 1975 com panhia uma subdivis o de um batalh o e respons vel pela execu o da miss o constitucional da Pol cia Militar em um espa o geogr fico denominado sub rea MINAS GERAIS 1975 No caso das Cias PM Ind MAT suas sub re as coincidem com a regi o de responsabilidade da RPM qual se subordinam diretamente de acordo com a Resolu o n 3 881 de 6 de setembro de 2006 MINAS GERAIS 2006 Companhias de Policia Militar Independente de Meio Ambiente e Tr nsito Rodovi rio Cia PM Ind MAT com atribui o de planejar e executar os policiamentos de meio ambiente e tr nsito rodovi rio nas regi es do interior do estado Hoje a PMMG possui aproximadamente 1 200 policias militares empregados diretamente no policiamento de meio ambiente Nas localidades com aus ncia de Fra o PM espec fica para a pol cia de prote o e conserva o do meio ambiente os comandantes mant m treinamento espec fico a fim de proporcionar ao efetivo policial pre paro para atendimento dessas demandas Hist rico de atua o da Pol cia Militar de Minas Gerais na prote o ao meio ambiente A atua o da PMMG na prote o fauna acompanhou a evolu o da legisla o ambiental Em 1966 quando foi iniciado o policiamento florestal a atua o era restrita ca a pesca e ao desmatamento n o havendo fiscaliza o das atividades poluidoras de minera o maus tratos a a
102. Michigan Princeton reconhecem esp cies a partir do exame de DNA Com esse exame voc v quem est pr ximo quem est longe e quem da mesma esp cie Por exemplo achava se que o urubu era uma esp cie de ave n o sei hoje ele um falcon deo um falc o na verdade Ent o modificou se o m todo e esses cientistas fizeram exame de DNA em chimpanz s e provaram que eles dividem conosco 99 4 do nosso DNA Eu fui promotor no interior durante muito tempo e cansei de pedir exame de DNA para comprovar a paternidade e 99 9 era filho Eu nem discutia Nenhum juiz discutia E aqui 99 4 Sabe o que isso significa Significa que se voc der a m o para sua m e se sua m e der a m o para a m e dela se a m e dela der a m o para sua tatarav se sua tatarav der a m o outra em menos de um quil me tro voc vai chegar a uma chimpanz Voc s est o dando risada mas quem diz isso Richard Dawkins um dos cientistas mais respeitados do mundo neo Darwinista O que eu iria fazer no caso da chimpanz claro que pode ria ter entrado com a o civil p blica mas a o animal continuaria na mesma situa o Eu pensei e se fosse um ser humano Normalmente n s promotores denuncia mos n o andamos com habeas corpus n o fun o de pro motor Eu nunca tinha entrado com habeas corpus passei a vida toda fazendo den ncias Foi praticamente um m s para redigir uma pe a que eu n o sabia fazer Quase na hora
103. Regional de Prote o Ambiental 2 ARPA 2 foi criada em 25 de abril de 2000 Trata se de uma associa o de car ter representativo sem fins lucrativos regida por estatuto pr prio e pelos regimentos legais aplic veis objetivo da ARPA 2 empreender a es efetivas a fim de preservar e recuperar o meio ambiente defendendo o para as presentes e futuras gera es e apoiar logisticamente as fra es da Pol cia Militar de Meio Ambiente para o eficaz cumprimento de suas atividades relacionadas com a prote o do meio ambiente em todas as suas formas A ARPA 2 poder propor a o civil p blica e praticar atos tendentes de prote o ao meio ambiente Trabalha com 29 munic pios do Centro Oeste mineiro em parceria com o Minist rio P blico com o Poder Judici rio e com o Poder P blico municipal Atualmente vem realizando projetos ambientais nas cidades de Divin polis Formiga Ita na Arcos Santo Ant nio do Monte e Lagoa da Prata 107 Essa associa o a partir de recursos oriundos de medidas compensat rias e transa es penais que lhe foram desti nados pelo Minist rio P blico da Comarca de Formiga custeou a aquisi o de um ve culo utilit rio novo para transporte dos animais e de v rios mobili rios materiais e equipamentos de uso veterin rio necess rios ao desen volvimento dos trabalhos do CODEVIDA A foto 2 abaixo mostra v rios equipamentos e mobili rios veterin rios doados pela ARPA que est o d
104. Y B 2005 Evolu o recente da cobertura de altera o no Plat N1 Serra de Caraj s PA Degrada o pseudocarstifica o espeleote mas O Carste 17 78 91 MECHI A SANCHES D L Impactos ambientais da minera o no Estado de S o Paulo Estudos Avan ados 24 209 220 MYERS N MITTERMEIER R A MITTERMEIER C G FONSECA G A B KENT J Biodiversity hotspots for conservation priorities Nature 403 853 858 2000 PIMM S L RUSSEL G L GITTLEMAN J L BROOKS T M 1995 The future of biodiversity Science 269 347 350 SILVA M S Ecologia e conserva o das comunidades de inver tebrados cavern colas na Mata Atl ntica Brasileira 216 f Tese doutorado Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ci ncias Biol gicas 2008 SILVA M S MARTINS R P FERREIRA R L Cave lithology determining the structure of the invertebrate communities in the Brazilian Atlantic Rain Forest Biodivers Conserv 20 1713 1729 2011 TRAJANO E Ecologia de popula es de morcegos caver n colas em uma regi o c rstica do sudeste do Brasil Revista Brasileira de Zoologia 2 255 320 1985 TRAJANO E Movements of cave bats in southeastern Brazil with emphasis on the population ecology of the commom vampire bat Desmodus rotundus Biotropica 28 121 129 1996 TRAJANO E BICHUETTE M E Diversity of Brazilian subterranean invertebrates with a list of troglomorphic taxa Subterranean
105. a o tradicional como o generalismo falta de especializa o e o atecnicismo por falta de suporte t cnico especiali zado certas iniciativas ministeriais s o inseguras incom 209 pletas tardias ou mesmo equivocadas foi criado o do Grupo Especial da Defesa da Fauna GEDEF em outu bro de 2011 por meio da Resolu o PGJ n 71 2011 com a expectativa de estimular o trabalho de defesa da fauna silvestre e dom stica e de garantia de seu bem estar pelas Promotorias de Justi a com atribui es na defesa do meio ambiente inclusive com a finalidade de obten o de a o uniforme e coerente A atua o do GEDEF certamente dar continuidade s a es exitosas das Promotorias de Justi a por Bacia Hidrogr fica e tamb m das Coordenadorias Estaduais de Defesa do Patrim nio Cultural e Tur stico e da Habita o e Urbanismo iniciativas que conferiram o aprimoramento na defesa do meio ambiente natural cultural e urbano De acordo com a Resolu o PGJ n 71 2011 o GEDEF desempenha importantes fun es a saber I Realizar diagn sticos regionais dos principais problemas e dificuldades relacionadas prote o e gest o da fauna sil vestre e dom stica em todo o Estado de Minas Gerais II Identificar as prioridades espec ficas da a o institu 3 Dispon vel em http ws mpmg mp br biblio informa 141016493 htm Acesso em 22 de agosto de 2015 cional mediante integra o e interc mbio com os
106. a rea rural nas reas de prote o mas tamb m nas florestas urbanas Obrigada Maus tratos a animais de tra o em rea urbana Barbara Goloubeff 1 Introdu o A natureza foi generosa com o cavalo ofertando lhe qualidades que o distinguem dos outros animais Gra as vis o agu ada o cavalo enxerga igualmente bem de perto e de longe seja de dia seja de noite possui boa mem ria orienta se bem no terreno demonstra apego aos da casa e sua baia sabe localizar um vau nos rios e em regi es des rticas encontra o caminho mais curto at a gua sua audi o especialmente desenvol vida capaz de captar ru dos impercept veis ao ouvido humano Al m disso o cavalo possui o sentido do tato em todo o seu corpo A sensibilidade maior nos l bios e especialmente nos cascos o que lhe permite sentir o caminho e como que ver com os p s Por n o serem animais agressivos os cavalos procuram afastar se prontamente do perigo O seu temperamento pode ser vivo pr prio das ra as leves de cavalos de sela ou fleum tico caracter stico das ra as pesadas de tra o 2 Desenvolvimento 2 1 Humano versus animal Ou somos iguais A domestica o a nica forma de mutualismo desen volvida entre a popula o humana e a animal A domes tica o animal permitiu criar um efeito tamp o contra as incertezas do meio ambiente providenciando uma base mais segura e previs vel de subsist ncia ZEDER et
107. a Conserva o e Manejo da Vida Silvestre da UFMG Bolsista CNPq de doutorado no mesmo programa Bi logo formado pela UFMG CRBio 57486 04 D Desenvolve projetos em Geoconserva o de reas Metal feras Diagn stico Ambiental e Ecologia Vegetal em Sistemas Rochosos Atua em Programas de Gest o P blica Ambiental Organizador de um livro sobre diversidade flor stica das cangas no Quadril tero Ferr fero Autor de 09 artigos publicados em peri dicos internacionais e nacionais 05 cap tulos de livros e deze nas de trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais Participa de grupos de pesquisa em sistemas rochosos Organizador do I Simp sio sobre Afloramentos Ferruginosos no Quadril tero Ferr fero 2008 Participou de 06 projetos de pesquisa realizados na UFMG Analista ambiental e perito do MPMG rea lizando laudos t cnicos de processos de licenciamento ambiental em reas metal feras e carbon ticas condomi nios verticais horizontais e na proposta e planejamento de unidades de conserva o no Quadril tero Ferr fero Instituto Pr stino Belo Horizonte MG Francisco Chaves Generoso Promotor de Justi a do Estado de Minas Gerais Coordenador Regional das Promotorias de Justi a de Meio Ambiente do Alto Rio S o Francisco Heron Santana Gordilno Promotor de Justica do Estado da Bahia vice coorde nador do programa de p s gradua o da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia coord
108. a Ent o passa a ser um risco Um mecanismo de transposi o pode representar tirar a popula o de baixo e jogar pra cima sem volta Isso aconteceu no Rio Tocantins na Usina de Lajeado onde a pesca come ou a se reduzir muito acentuadamente abaixo da barragem Os pescadores e pesquisadores locais conseguiram na Justi a fechar a escada para peixe porque causava dano Aqui s justifica ter passagem para peixe do ponto de vista gen tico alguns passando pra c e pra l para manter um fluxo de genes que n o isolasse popula es mas uma situa o bastante compli cada E tem um adendo bastante interessante porque o peixe sofre com isso Toda barragem e Minas Gerais tem v rias desse tipo que sofre muitos problemas com a opera o quando vai parar uma m quina entra muito peixe e morrem toneladas de peixe Tem que ter sistemas de grade um problema que toda usina mata peixe Algumas reconhecem outras n o mas todas matam n o tem jeito Aquilo ali um liquidificador Toda usina que tiver um grande trecho de rio abaixo sorte dos peixes por ter o rio abaixo vai enfrentar problemas toda vez que for parar a m quina porque os peixes v o entrar na turbina Usinas que n o matam muito peixe em geral s o turbinas que j est o num rio morto um contrassenso mas basicamente o que acontece Vamos imaginar que a gente n o tivesse essa barragem aqui e tivesse o local de reprodu o e aq
109. a dimens o ecol gica e os animais seres que compartilham conosco de um mesmo habitat ou animais n o humanos Esses ent o se tornaram os tr s eixos da plataforma que se comunicam e s o interdependentes O objetivo demons trar que a vis o sist mica e dos ecossistemas n o conhe cem linhas divis rias as coisas e os fatos est o interliga dos Uma pretens o que as coisas n o sejam ensinadas apenas como coisas deslocadas da realidade nem como objetos fechados mas que as tem ticas possam ser conhe cidas e inseridas em seu contexto O projeto uma possibilidade e uma tentativa de traduzir o que pensadores e estudiosos da rea da educa o est o discutindo com o aplauso de gestores e pedagogos em congressos mas que espantosamente encontra dificulda des no momento de ser levado para o interior da escola 196 A escola orientada por uma plataforma chamada terr queos visa a situar as disciplinas em macrotem ticas e proporcionar ao professor a possibilidade de voltar com o objeto de ensino que um dia foi extra do do seu contexto novamente para o grande texto Afinal o que de nossa rea lidade fica de fora dos tr s grandes eixos da plataforma pessoas planeta e animais Esse um contraponto ao que fazemos picotando o conhecimento Falamos de parede ch o piso teto e nos esquecemos de falar da casa das rela es ou das pessoas que habitam essa casa Ou ent o fala mos de caule tronco folhas mas n o
110. a porque n o estou aqui para fazer agrado gratuito a ningu m eu por exemplo nunca fiz isso meu envolvimento com os animais institucional e filos fico Comecei a trabalhar com animais enquanto promotor para responder demanda do movimento das socieda des protetoras essas pessoas t m um trabalho brilhante invej vel por uma das principais caracter sticas e valores positivos do ser humano que a compaix o Ent o senhoras e senhores enquanto a Constitui o n o cumprir esses e outros direitos existir o pessoas bradando reivindicando pedindo e exigindo que esses direitos sejam cumpridos Claro que temos muitos outros talvez o pior deles seja a corrup o A quest o animal uma entre muitas quest es que infelizmente continuam a sangrar o Estado brasileiro Quando uma pessoa faz uma promessa e n o cumpre o que a outra pessoa tem que fazer Se eu lhe dou um cheque sem fundos o que voc faz pra eu pagar Vai me cobrar Se eu disser que n o vou pagar Voc vai para a Justi a Ent o a Justi a o nico meio a que as pessoas que receberam um cheque uma promessa ou que compraram algo recorrem Todos n s compramos pagamos impostos e precisamos receber E as sociedades protetoras t m recorrido Justi a nesses 25 anos e n o t m conseguido ter o seu cheque resga tado Eu sou testemunha disso e fico at com medo desse aumento de pena porque se o aumento de pena sair da lei de crimes de menor
111. a boa solu o Para encerrar o ltimo slide de um trabalho de Lavras zoneamento ecol gico e econ mico que encerra bem o tipo de desenvolvimento que a gente est tendo em Minas Isso aqui a carta de vulnerabilidade natural Quanto mais ver melho mais bem preservada est a rea A gente pode per ceber que se tra ar uma linha de Bras lia a Belo Horizonte acima est muito preservado e abaixo est relativamente detonado Essas manchas por exemplo s o a Serra da Canastra que uma ilha de preserva o no Sul de Minas Por outro lado se a gente avaliar a potencialidade social em que entra grau de escolaridade e outras coisas relacio nadas a IDH infraestrutura vai ver que justamente a rea mais preservada aquela com pior potencialidade social onde tem mais pobreza Ent o no final das contas nosso modelo de desenvolvimento burro A gente est resol vendo o desenvolvimento humano em cima da biodiver sidade Se n o mudar esse par metro o que a gente s muda entendendo o impacto ambiental a gente vai ter um cen rio muito ruim no futuro Basicamente isso N o sei se ainda tem tempo para perguntas Obrigado 138 Impactos negativos de empreendimentos minerarios sobre a fauna elipe Fonseca do Carmo felioepristino gmail com Luciana Hiromi Yoshino Kamino luciana institutopristino org or l vio Fonseca do Carmo flavio institutopristino org br Instituto Pristino
112. a bolinha s o reas da Pampulha s o muito diferentes em habitats muito diferente de fauna com a regi o centro sul A principio quem conhece Belo Horizonte sabe que a Pampulha mais arborizada tem mais rea verde tem mais terreno vago tem mais capim mais capim e mais capim e mais capim E vai achar que a Pampulha tem mais bicho porque tem mais rea verde n o tem mais cor verde diferente A gente viu na ver dade que as esp cies raras exigentes de abelhas s exis tiam na zona sul Quando voc v esse gr fico ele rela ciona ali no eixo Y no eixo em p a riqueza de esp cies e no X na horizontal a estrutura do habitat olha dois dos pontos tr s dos pontos mais importantes est o na zona sul Por qu rvores velhas rvores de grande porte causam uma diversidade uma presen a de esp cies abso lutamente exigentes dif ceis de serem encontradas na natureza dentro de Belo Horizonte Vamos falar dos bichos que voc s querem ouvir falar e vamos falar dessa quest o se n o tem dever mas prestam servi os n Essas s o aves que voc encontra a em Belo Horizonte s o aves que na verdade voc encontra no meu quintal todos esses p ssaros s o inset voros em alguma escala ent o eles exercem um papel importante que a gente chama de pres s o top down eles equilibram essa floresta urbana por predarem os insetos os insetos s o necess rios estar o l mas se n o houver a fauna de vertebrad
113. a caro se n o tivesse essa apar ncia que tem Ent o a gente n o faz essa rela o racional mas bem estar arboriza o e animais t m a ver com cidade e a gente tem uma crise com essa rela o com esses animais Bom deixa eu mostrar um pouco de dados um pouco de biologia eu prometo n o aborrec los muito com isso Isso um trabalho de mes trado de uns anos atr s a gente estudou dois organismos muito importantes para a sa de do ecossistema urbano abelhas e vespas Abelhas s o polinizadoras eu n o sei se voc s sabem uma variedade de mel dos mais caros que existem no mundo o mel parisiense os telhados dos pr dios de Paris hoje produzem uma quantidade enorme de mel ent o grandes colmeias de abelhas coexistem com a popula o de Paris produzem um mel espetacular livre de agrot xicos livre de uma s rie de problemas que voc tem com o mel associado agricultura Ent o a gente estudou abelhas e vespas Vespas s o predadores impor tantes nas pra as de Belo Horizonte Ent o a gente pegou a pra a que um ambiente uniforme fomos l da Pampulha at o centro sul Pampulha uma regi o mais nova n da d cada de 50 60 e o centro sul est a com mais de 100 anos de idade n o d para voc ver mas o que esse gr fico est te mostrando que a estrutura do habitat que voc tem junto cidade na Pampulha muito diferente isso aqui os quadradinhos s o a regi o centro sul o tri ngulo e
114. a da arte se torna p s moderno o estruturalista na sociologia Claude L vi Strauss se torna p s estruturalista Michel Foucault Derrida que v o propor a desconstru o desse pensamento de que atrav s da raz o poss vel se chegar a ideias claras e definidas do que um copo do que a ver dade do que o bem o mal o animal o homem a natureza etc Esses autores v o dizer que infelizmente a moderni dade n o consegue explicar isso muito pelo contr rio ela foi e continua sendo utilizada como mero instrumento de subjuga o domina o e explora o institucionalizada de grupos sociais vulner veis Basta tomar como exemplo a Declara o Universal de Direitos Humanos que muito bonita mas eu convido qualquer um de voc s para sair mos daqui e entrarmos na delegacia mais pr xima e a vamos perceber que os direitos humanos exercem apenas um papel simb lico E n s que representamos o Estado somos simples para n o usar uma palavra muito pesada e n o ser acusado de radical porteiros desse sistema Ora por que isso O nosso semin rio sobre fauna mas se eu colocasse qualquer outro grupo vulner vel teria a mesma coisa ent o vamos colocar os animais j que o tema dos animais Somos um dos poucos pa ses como o professor Jos Muifios colocou que tem uma Constitui o com normas protegendo o meio ambiente e os animais Os americanos por exemplo n o t m Eu sou professor visitante em
115. a medicina animal alcan ou destacado lugar Foi na Gr cia entretanto que surgem os cura dores esclarecidos Com Hip crates pai da medicina come am a separa o e o estudo da medicina humana e animal Segundo Apsirto circa 300 d C Hip crates foi um dos hipiatros mais proeminentes e h beis do seu tempo Os romanos ja registravam os termos veterinaria medicina e veterinarius Com a Idade M dia o esplendor atingido pelas artes m dicas fenece sobrevivendo precariamente nos con ventos Ao cuidarem da caridade os religiosos pratica ram de modo constante a ci ncia m dica nas suas faces humana e veterin ria Foram os mouros os respons veis por reintroduzir na Pen nsula Ib rica a arte de curar os animais que antes tinha sido desenvolvida pelos celtas O conhecimento m dico foi lentamente se reorganizando e apenas em 1762 na Fran a surge a primeira faculdade de medicina veterin ria com o objetivo de aprimorar a produ o equina e evitar as perdas econ micas causadas pelas doen as contagiosas animais Em 1897 fundada a organiza o filantr pica Blue Cross para cuidar dos cavalos de servi o das ruas de Londres Foi a primeira a adquirir uma ambul ncia e abrir um hos pital al m disso acudiu os cavalos durante a Guerra dos B lc s e nas duas Guerras Mundiais BLUE CROSS 2013 MacLean 1990 prop e o modelo de c rebro trino segundo o qual primatas e humanos t m o c rebro divi dido em tr s
116. a mesma forma o Brasil hoje pre sidido por uma mulher Por tudo isso n o tenho d vidas que logos os animais ser o considerados sujeitos titulares de direitos na sua plenitude inclusive de ir e vir livremente Enfim o tempo curto e temos que ouvir outras pessoas Fico muito feliz de v los e de poder dar explica es justi ficativas pelo que est sendo feito em termos legislativos na prote o aos animais Obrigado 164 Interpreta o ecol gica do ordenamento protetivo Heron Jos de Santana Gordilho Boa tarde a todos Quero inicialmente agradecer pelo con vite da Abrampa dizer que uma satisfa o muito grande estar no Minist rio P blico de Minas Gerais e que vi a Abrampa nascer em 2007 Tenho acompanhado o traba lho que voc s t m feito para unificar e auxiliar o trabalho dos promotores ambientais no Brasil Quero tamb m falar da minha satisfa o de dividir essa mesa com o desem bargador Jos Pinheiro e parabeniz lo pela palestra e o trabalho na Comiss o de Reforma do C digo Penal sempre uma honra estar nessa casa Vou falar da minha experi ncia como Promotor de Justi a e sobre a quest o ambiental pelo vi s da p s modernidade A quest o da p s modernidade do p s humanismo e do p s positivismo est muito em voga Os constitucio nalistas falam em p s positivismo os fil sofos falam em p s modernidade Tudo isso e aqui eu falo a partir do olhar do professor Boaventura de
117. a n o causar pro blema no rio mas tem toda a quest o nuclear Ent o n o uma quest o muito simples mas a gente tem que come ar a dar aten o para ela tamb m Agora vou falar de alternativa de manejo O primeiro muito pol mico daria uma palestra toda mas s quero dizer que sou absolutamente contra a quantidade de peixe que tem num rio e a quantidade que d para ter Como ter mais peixe no rio Muda o rio N o adianta jogar peixe Parece bvio mas rid culo jogar peixe e pior ainda al m de jogar uma esp cie ex tica mesmo que jogue a esp cie nativa voc causa dano A qualidade gen tica de um bicho de piscicultura muito pior do que de um bicho nativo ent o por favor nunca joguem peixe no rio Tem gente que vai contradizer bom ouvir o outro lado mas toda a literatura cient fica aponta s para danos de peixamento N o existe ganho de peixamento Existe um nico caso em que o peixamento bem vindo quando a popula o foi extinta por pesca ou por algum derramamento era uma esp cie amea ada o rio retornou s condi es originais voc mantinha o peixe em piscicultura e faz a reintrodu o A sim Sen o sempre muito bom lembrar sempre 136 vai ter a quantidade de peixe que da para ter no rio Muda o rio que volta o peixe Tratamos o Rio das Velhas que hoje est com 80 dos esgotos tratados e o panorama de peixe no Rio das Velhas hoje completamente diferente de
118. acumulada uma quantidade de solo preser vada ou criada uma quantidade de gua limpa sai isso as plantas n o fazem sozinhas fazem com a fauna e isso nos proporciona o nosso habitat aqui que nos nivela aos ani mais temos que entender o nosso habitat se n s perder mos a no o de que somos um dos organismos vivendo nesse planeta a gente vai perder a no o da coisa mais s ria que tem por aqui o nico ponto antropoc ntrico na vis o hoje da ecologia n o estamos prejudicando a vida no planeta ela vai se virar ela vai nos superar estamos definhando o habitat que garante a nossa sobre vida ent o claro que as esp cies que coexistem nessas mesmas con di es sofrer o conosco Mas vamos avan ar um pouco continue olhando de cima da floresta para baixo e veja uma s rie de plantas bem estruturadas folhas grandes pegando o sol com pouco de luz que est ali dentro extre mamente mastigada por insetos Insetos s o a t nica da minha pesquisa e eu vou falar um pouco deles antes de falar dos demais animais Lembra da folhinha do ficus l atr s Olha ela grande a essa aqui uma figueira grande depois de desenvolver e superar a rvore onde ela come ou a crescer Isso de uma import ncia tanta que o mundo se une para estudar isso Esse um projeto que eu tive a honra de participar o Ibisca Ele junta arquitetos baloeiros escaladores bi logos das mais diferentes natu rezas e criam se coisas co
119. ade do sistema de defesa social de prote o fauna para a diminui o da impunidade e a redu o dos crimes ambientais A participa o das ONGs ajuda a impulsionar a prote o fauna al m de suprir defici ncias e lacunas deixadas pelos entes federativos O emprego de todo o efetivo da PMMG na prote o fauna em observ ncia do princ pio da universalidade potencializa a fiscaliza o repressiva e a a o preventiva Por fim a educa o em todas as suas formas contribui para a mudan a de comportamento inadequado Refer ncias BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Senado 1988 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 constituicao constituicao htm gt Acesso em 27 abr 2015 ___ Decreto n 24 645 de 10 de julho de 1934 Estabelece medidas de prote o aos animais Dispon vel em lt http legis senado gov br legislacao ListaPublicacoes action id 39567 gt Acesso em 27 abr 2015 ____ Decreto n 6 514 de 22 de julho de 2008 Disp e sobre as in fra es e san es administrativas ao meio ambiente estabelece o processo administrativo federal para apura o destas infra es e d outras Dis pon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 ato2007 2010 2008 decreto D6514 htm gt Acesso em 27 abr 2015 ____ Lein 5 172 de 25 de outubro de 1966 Disp e sobre o sistema tribut rio nacional e institui normas gerais de d
120. ado ras que podem funcionar 135 Outro impacto que o pessoal avalia pouco o derivado de flutua es de reas de vaz o Isso mal abordado nos licenciamentos O que isso A gente n o consome ener gia de maneira est vel ao longo do dia Existe um pico por volta de 6h da tarde at meia noite que decresce depois da novela das 9h a Globo que gera toda essa demanda de energia S muda em dia de Copa de Mundo e jogos Para gerar energia voc tem sempre que gerar acima da demanda sen o acontece apag o o que acontece quando voc liga v rios chuveiros numa casa sem sistema el trico adequado e a cai a chave Voc tem que ter picos de gera o de energia ao longo do dia no Brasil Como se faz isso Turbinando mais gua Turbinando mais gua por hidrel trica o n vel do rio vai subir e vai descer durante esses per odos Ent o imaginem os organismos que rela cionam todo o ciclo de vida com a flutua o do rio Isso se d num processo anual mas acontece todo dia nos nossos rios Eles sobem um metro s 6h da tarde e descem um metro s 9h da noite A gente n o tem a menor ideia dos problemas A gente est com um projeto de pesquisa ava liando j diagnosticamos alguns impactos mas estamos s na casquinha do problema V rios pa ses j detectaram problemas alguns t m proibido essa que a gente chama opera o em ponta e obrigado usinas nucleares a gerarem a ponta ao inv s das hidrel tricas par
121. afeta apenas esp cies migradoras Vou falar bastante delas porque tem sido os principais alvos de conserva o s o as mais amea adas e tem sido as mais avaliadas principalmente pelo aspecto socioecon mico S o as esp cies de maior porte e as mais abundantes em nossos rios por isso que o impacto inevit vel da constru o de barramento a diminui o da pesca Lembremos daquela figura da convers o de um rio num reservat rio que tem in meras outras esp cies v rias delas sem import ncia comercial mas que dependem do que a gente chama de ambiente l tico que o ambiente de gua corrente Se esse ambiente perdido essas esp cies tamb m ser o perdidas A conserva o delas se faz de maneira mais f cil porque em geral por n o precisarem migrar elas precisam de trechos um pouco menores de rio Para o migrador para a esp cie que precisa atraves sar grandes dist ncias a coisa fica mais complicada Mas s o peixes extremamente bonitos e que comp em cerca de 70 da nossa fauna de peixe Ao contr rio de pa ses como Argentina e Chile e da Am rica do Norte e Europa a gente n o tem grandes lagos no Brasil simplesmente porque n o fomos afetados por grandes glacia es um processo geol gico que acaba criando lagos A gente n o tem peixe adaptado a viver em lago s o muito poucos Nossos lagos s o pequenos s o lagos de plan cie de inun da o as famosas lagoas marginais mas nossa fauna n o est ad
122. aiba eu posso estar en ganado regulamentado para ser feito com ca a ou com elimina o muito menos com extin o local de popula es Ent o olha a febre maculosa um problema porque a capivara tem a febre maculosa Tem L no parque do Rio Doce onde eu trabalho eu vou l quase todo m s e fico exposto a isso leishmaniose a uma s rie de coisas Ent o motivo para eu acabar com o Parque do Rio Doce As pessoas est o l n s temos que conviver com esses riscos e minimizar a doen a em n s nos animais ah mas voc tem um volume muito maior de pessoas uma condi o ambiental insalubre Exatamente O problema a con di o ambiental insalubre n o o animal o animal sofre como n s dessa condi o ambiental insalubre na qual ele est vivendo A ele vive vira um problema N o ele sofre esse problema conosco n preciso pensar nisso Num dos trabalhos que eu fiz e a eu vou falar do mico le o estrela do caxinguel s o inset voros tamb m e o miquinho alguns dos meus colegas bi logos falam um problema urbano voc tem que tirar ele porque trans mite doen a zoonoses uma s rie de quest es a por tr s Eu orientei um trabalho com o Aedes Aegypti com o mos quito da dengue l em Mariana e Ouro Preto a gente des cobriu que nas reas verdes que o ambiente de um dos Aedes tem duas esp cies quase ningu m sabe n o Albopictus uma que gosta de mata mas eu tin
123. ais li es dadas por crian as publicadas no YouTube N o tenham ver gonha de defender os animais Eu observo muito entre os policiais um certo constrangimento quando v o aten der ocorr ncias relacionadas a viol ncias contra animais Eles se queixam que os colegas dizem Ah voc foi atender a ocorr ncia do veadinho quando se refere a animais Isso constrange mas constrangido deveria estar quem faz esse tipo de provoca o porque segundo Schopenhauer a gente tem tr s gradua es da verdade primeiro voc tem o que as pessoas fazem naturalmente conosco que a goza o estou usando termos populares as pessoas brincam com isso Depois voc tem a oposi o e uma oposi o violenta e depois a aceita o Ent o s o estes tr s passos para a aceita o de uma nova ideia O contr rio tamb m existe Quando eu fiz minha ltima den ncia numa delegacia em S o Paulo eu passei seis horas para concluir para conseguir fazer um termo cir cunstanciado porque cada vez que eu chegava que era minha vez para conversar com o escriv o o sistema ca a Foram seis horas do sistema caindo comigo Eu pensei se eu conseguir fazer isso vou ganhar na Mega Sena porque a possibilidade deve ser semelhante n Ent o h bar reiras colocadas pelos pr prios policiais em ocorr ncia e isso precisa ser entendido porque eles est o de alguma forma prevaricando Eu defendo que as academias de pol cia tenham cursos espec
124. al ao dar status de crime mat ria que era considerada mera contraven o 158 Agora veja se tamb m a quest o do racismo edificada como contraven o em 1952 O mineiro Afonso Arinos foi autor do projeto que nos deu uma forma de reprovar o racismo em seus v rios matizes e vieses com a lei cog nominada Afonso Arinos em sua homenagem O que era racismo at 1988 Mera contraven o Com a Constitui o tornou se crime imprescrit vel e inafian vel Nossa legis la o penal n o admitia imprescritibilidade em mat ria penal e passou a admitir nesse caso espec fico O mesmo ocorreu na quest o do porte ilegal de arma que era mera contraven o at 1988 quando a Constitui o exigiu um novo ordenamento jur dico Em 1997 tivemos uma lei criminalizando o porte ilegal de armas e hoje temos um Estatuto de 2003 Inclusive o povo foi chamado a se pro nunciar num referendo em 2005 em rela o ao com rcio e importa o de armamentos A mesma coisa n s temos nos maus tratos aos animais e aqui chegamos ao tema do Encontro que era tra tado como mera contraven o mas a nova Constitui o exigiu que recebesse tratamento de crime Aqueles que lidam com a rea penal sabem que a contraven o est muito mais pr xima de infra o administrativa do que de infra o penal embora seja uma esp cie deste g nero No Brasil trabalhamos com a infra o penal no sentido do crime e da contraven o alguns pa ses
125. alistas em Cl nica e Cirurgia Veterin ria A implanta o e o funcionamento do CODEVIDA se devem interven o do Minist rio P blico pela instaura o do Inqu rito Civil n 0261 10 000070 0 o qual mant m boa rela o com a administra o municipal nos trabalhos em conjunto em defesa da fauna Al m do Minist rio P blico a Pol cia Militar do Meio Ambiente o Centro Universit rio de Formiga UNIFOR MG a Associa o Protetora dos Animais de Formiga APAF e a Associa o Regional de Prote o Ambiental ARPA 2 constituem os 105 demais parceiros para o controle da fauna dom stica no municipio O bom xito dessa politica de controle popula cional da fauna dom stica deve se ao trabalho em parceira desses rg os p blicos e sociedade civil organizada Dando in cio execu o da iniciativa por custeamento pr prio o munic pio de Formiga propiciou a constru o do pr dio para abrigar o CODEVIDA com investimento aproximado de R 210 000 00 duzentos e dez mil reais conforme foto 1 abaixo A escolha da rea balizou se pelas exig ncias preconizadas no manual da Funda o Nacional de Sa de FUNASA Diretrizes para Projetos F sicos de Unidade de Controle de Zoonoses e Fatores Biol gicos de Risco Al m desse investimento os mobi li rios administrativos tamb m foram adquiridos por recursos pr prios da prefeitura Foto 1 Na imagem superior a rea onde ocorrem os procedimen tos t cnic
126. almente Nessa tica as a es e opera es realizadas devem dar aten o especial a esses animais que corresponderam a 84 76 das apreens es no ano de 2012 TABELA 2 Animais da fauna silvestre apreendidos pela PMMG Minas Gerais 2012 Classe Quantidade Esp cimes 402 16 418 84 76 Galos rinha 893 388 Fonte DMAT PMMG As estrat gias de conscientiza o produzem efeito de evitar a captura o cativeiro e o tr fico de animais silvestres e tam b mde incentivar a entrega volunt ria de esp cimes nati vos aprisionados ilegalmente No ano de 2012 as Unidades de Meio Ambiente da PMMG recolheram 6 638 animais da fauna silvestre em a es educa tivas e ou entregas volunt rias O Disque Den ncia Unificado DDU 181 estabeleceu um canal de comunica o para que o cidad o proceda dela o de crimes com garantia de total sigilo em rela o fonte e acompanhe o resultado da fiscaliza o por meio de proto colo gerado no ato do cadastro da den ncia O DDU um canal que vem contribuindo sobremaneira para maior efetividade e precis o das a es repressivas Na Regi o Metropolitana de Belo Horizonte RMBH o detalhamento do controle das den ncias recebidas pela Cia PM de Meio Ambiente demonstra clara predomin ncia da manuten o ilegal de animais silvestres e situa es de abuso e maus tratos a animais dom sticos 2 De acordo com 5 do art 24 do Dec Federal n
127. altrat los e sendo sens veis ao sofrimento devem ser tratados com respeito BENTHAM 1789 Al m disso Singer 2004 explica que a postura contr ria aos animais se deve ao especismo preconceito ou atitude tendenciosa a favor dos interesses dos membros da sua pr pria esp cie em detrimento das outras Em contrapar tida o princ pio b sico moral da igualdade com rela o aos animais n o exige tratamento igual ou id ntico mas sim igual considera o Essa igualdade se encontra na senci ncia capacidade de sofrer ou experimentar prazer A dor e o sofrimento s o em si mesmos algo ruim e devem ser evitados ou minimizados independentemente da ra a sexo ou esp cie do ser sofrente Regan 2006 fala sobre pessoas que desenvolveram a consci ncia animal aquela habilidade de penetrar no mist rio da vida interior dos animais e retorna ao uni verso moral concluindo que sem o respeito aos direitos de algu m n o h respeito por quem os possui O autor prop e enxergar o mundo com olhos imparciais e perceber que os animais n o s o apenas nossos parentes biol gicos mas tamb m nossos semelhantes psicol gicos Como n s eles est o no mundo conscientes do mundo e conscientes do que acontece consigo Completando o tema da senci ncia Briigger 2004 pontuou sobre o refinado conheci mento que os animais t m do seu meio ambiente Todos os seres vivos s o membros de comunidades eco l gicas ligadas umas s outra
128. amas de educa o ambiental enfocando nos preju zos do tr fico de animais para a sociedade e a biodiversidade ii desde que de origem conhecida a fauna em cativeiro tamb m pode servir de matriz para programas de reintro du o de animais nascidos em cativeiro e iii permitir o uso dos esp cimes para pesquisas cient ficas direcionadas conserva o TUCN 2002 A eutan sia pode ser considerada como alternativa de destina o de animais pois elimina o risco gen tico eco l gico e outros da libera o dos animais no ambiente afasta o risco de dispers o de doen as e apresenta custo reduzido Entretanto a realiza o de eutan sia de esp cies nativas saud veis n o socialmente aceita e somente deve ser realizada quando esgotadas todas as demais op es de encaminhamentos IUCN 2002 Atualmente no Brasil as diretrizes e procedimentos para destina o da fauna silvestre encaminhada para os CETAS do IBAMA est o contidas na Instru o Normativa 179 2008 IBAMA 2008b Segundo ela os esp cimes da fauna silvestre dever o ser destinados para i retorno ime diato natureza quando for rec m capturado na natu reza houver comprova o do local de captura a esp cie ocorrer naturalmente no local de captura e n o apresentar problemas que impe am sua sobreviv ncia ou adapta o em vida livre ii cativeiro desde que o empreendimento esteja devidamente autorizado pelo IBAMA e iii progra mas de soltu
129. anifesta o cultural poderia ter o seu impedimento por normas administrativas e a o da pol cia prevalecendo o aspecto cultural Esta tese foi 161 vencida por 4 a 1 pois tr s ministros seguiram o voto do relator Ministro Rezek Por que eu digo isso Porque no anteprojeto de novo c digo penal propusemos autonomia a tr s condutas criminosas o transporte criminoso a omiss o de socorro e o abandono aos animais Isso foi reprovado pelo substitutivo do senador Pedro Taques que a retirou do substitutivo e justificou que isso pode ser resolvido com normas meramente admi nistrativas Espero sinceramente que o Senado Federal reveja essa posi o Passo agora a resumir o anteprojeto j transformado em projeto de lei Quando a Comiss o de Juristas profissionais de direito em n mero de quinze presidida pelo ministro Gilson Dipp come ou a discutir a mat ria foi estabelecida uma premissa era necess rio estudar as 126 leis penais vigentes hoje j s o 131 e fazer um ordenamento jur dico mais coeso at para evitar contradi es Como exemplo de contradi es no sistema cito a elementar do tipo penal de crimes praticados em bando em que no art 288 do atual C digo Penal exigem se pelo menos quatro pessoas ou agentes na associa o ou no bando para o tr fico de drogas t o somente dois agentes por sua vez na organi za o criminosa tr s ou mais pessoas em reuni o contraven cional cinco ou ma
130. ano e fazendo truques imposs veis em competi es prejudiciais incolumidade f sica destes bichos Vamos encontrar outro tipo de com peti o em que os animais como na poca do Coliseu s o treinados para brigarem entre si A temos rinha de galos de c es de can rios No dia a dia do Promotor de Defesa do Meio Ambiente pelo menos na parte de maus tratos encontramos com frequ ncia esse tipo de infra o tipifi cada no art 32 da Lei dos Crimes Ambientais Em outros espet culos os animais s o treinados a disputar com o homem como faziam os antigos romanos S o vaqueja das em que o animal segurado pela cauda rodeios tou radas v rios tipos de prova de la o Reparem nesta foto o risco para os envolvidos porque o homem cai em dire o ao chifre do animal E se os senho res est o preocupados com o que vai acontecer com o pe o vejam que o animal tamb m n o est numa situa o confort vel porque nas partes ntimas dele est o sed m o instrumento de tortura que o faz corcovear Neste contexto parte do trabalho do Minist rio P blico e agora em Minas do Grupo Especial de Defesa da Fauna GEDEF examinar essas apresenta es com animais sob um prisma que busque eliminar pr ticas configura doras de maus tratos Todos esses eventos s o ambiente prop cio para essa pr tica embora haja uma grande pol mica em grande parte ensejada por pessoas que defen dem o rodeio inclusive com pr
131. anos atr s Get lio Vargas n o apenas se pre ocupou com o bem estar do trabalhador brasileiro mas tamb m assinou o Decreto n 24 645 34 que tipificou e descreveu os maus tratos aos animais O autor do decreto desconhecido por m evidencia grande cultura e uma vis o muito frente de seu tempo ao elaborar um texto que honra o Direito nacional Embora esse decreto esteja revogado continua sendo uma refer ncia modelar Atualmente a Lei n 9 605 98 define os crimes contra o meio ambiente merece especial aten o o artigo 32 Praticar ato de abuso maus tratos ferir ou muti lar animais silvestres dom sticos ou domesticados nativos ou ex ticos Pena deten o de tr s meses a um ano e multa A Constitui o brasileira no seu art 225 declara Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equi librado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e cole tividade o dever de defend lo e preserv lo para as pre sentes e futuras gera es 1 Para assegurar a efetividade desse direito incumbe ao Poder P blico VII proteger a fauna e a flora vedadas na forma da lei as pr ticas que coloquem em risco sua fun o ecol gica provoquem a extin o de esp cies ou submetam os animais a crueldade N o obstante essa legisla o que aparentemente seria sufi ciente para condenar as pr ticas cru is contra os animais os equinos
132. apenas 2 089 carro as foram emplacadas segundo dados da BHTrans Prefeitura O tr nsito de ve culos de tra o animal deve respeitar as normas do CTB que define carro a como ve culo de tra o animal destinado ao transporte de carga diferenciando a de charrete ve culo de tra o animal destinado ao trans porte de pessoas Disso se pode concluir que dentro da carro a se encontra apenas o condutor que para livrar o animal da carga extra deveria ter a bondade de apear se durante o transporte efetivo da carga 3 O Art 3 inciso XIV do Decreto Lei N 24 645 34 veta o seguinte conduzir ve culo de tra o animal dirigido por condutor sentado sem que o mesmo te Os artigos 52 e 247 combinados determinam a condu o dos ve culos de tra o animal pela direita da pista em fila nica junto guia da cal ada meio fio ou acostamento O n o cumprimento da determina o constitui infra o m dia pass vel de multa Deve ainda o condutor obedecer no que couber s normas de circula o previstas Por sua vez compete aos rg os executivos do munic pio fiscali zar autuar aplicar penalidades e arrecadar multas decor rentes de infra es art 24 Cabe ao executivo municipal ademais vetar o tr nsito de ve culos de tra o animal em logradouros incompat veis com essa finalidade placa de regulamenta o R 11 Proibido Tr nsito de Ve culos de Tra o Animal Essas normas visam a preservar a
133. aptada a esse tipo de ambiente Outro impacto bastante importante para a gente entender que a fauna de um reservat rio ser sempre muito mais pobre do que 129 a fauna de rio porque nossa fauna pr adaptada para gua corrente A gente n o tem grandes ambientes no Brasil com gua parada Com rela o s esp cies migradoras vou tratar bastante ao longo da apresenta o de algumas solu es que t m se mostrado in cuas na maioria dos casos e a gente vai entender por qu Essas solu es s o os mecanismos de transposi o para peixe A gente tem v rios exemplos em Minas Gerais como a Escada de Igarapava s vezes n o d para construir uma escada mas a gente pode fazer algo bastante interessante pelo menos esteticamente que o Canal de Piracema de Itaipu um sistema seminatu ral O Canal de Itaipu s Deus sabe quanto custou o maior canal de transposi o para peixes do mundo S o 10 quil metros de um misto de escada canal seminatural uma beleza O povo chega l e fala assim Nossa como a gente est fazendo para preservar o meio ambiente S que se esquece de um detalhe muito simples havia sete quedas aqui n o era local de passagem para peixe A vem aquela pergunta se n o era local de passagem para peixe se j existia uma barreira natural para que se construiu isso T m v rias teorias Eu particularmente acho que n o nem para gastar dinheiro toa acho que para dar pop
134. aqui porque ele foi um dos primeiros a pensar a necessidade de se criar um sistema para o que hoje chamamos de interna o de meno res e ou inimput veis Essa discuss o come ou em 1 600 em Londres e Amsterd onde foi criado um instituto pr prio para menores rf os n o praticantes do que cha mar amos genericamente de crime ou infra o penal No s culo XVII em Mil o foi criado um novo instituto com nome de hosp cio para cuidar de filhos rebeldes dando lhes li es educa o enfim aspectos ticos e morais de forma o S no final do s culo XVII por interfer ncia da Igreja o Papa Clemente IX criou o Hosp cio S o Miguel em Roma a sim para abrigar adolescentes autores do que chamar amos de crimes infra es nessa discuss o que surge Jeremy Bentham ao dizer Ainda que se criem tais institutos necess rio um sistema pr prio at de prote o humana a esses menores e n o simplesmente um reformat rio Por sua vez na discuss o de execu o penal Bentham foi tamb m um dos primeiros pensadores da fase iluminista para cria o de um sistema penitenci rio Um par nteses para observar que hoje h uma comiss o de profissionais de direito constitu da para apresentar anteprojeto da nova lei de execu o penal Na quest o animal que estamos discutindo ele Bentham foi um dos primeiros a questio nar a possibilidade do que seria hoje um abolicionismo contra o bem estarismo Vejam como a discu
135. ar tratamento semelhante com tudo que j desenvolvemos na p s Idade M dia Ent o ele dizia que numa determinada pra a na Fran a houve uma infesta o de besouros e como o ser vivo era cria o de Deus eles mereciam tamb m uma prote o judicial Era nomeado nas palavras dele um promo tor para a defesa N o era nem defensor p blico era Promotor de Justi a para defesa daqueles animais e tinha que haver um pleito ao tribunal eclesi stico o Tribunal Jurisdicional da Idade M dia para que a perman ncia daqueles insetos fosse declarada inadequada e eles pudes sem sair dali para que surgisse uma senten a Inclusive na proposta que foi feita havia indica o de um outro lugar para onde os besouros pudessem se deslocar e viver pacifica mente sem infestar aquela pra a que era rea de conviv n cia comum Havia inclusive um edital de cita o o besouro era citado o sujeito tinha que ler tr s vezes na pra a para os besouros infelizmente os besouros n o atendiam n o tinham essa considera o que a Justi a lhes fornecia Talvez isso a gente possa aprimorar correto Ter uma forma de participa o judicial do animal de defesa desse direito con cretamente que hoje est se cristalizando com o Minist rio P blico preciso confessar que h um direito animal Eu era promotor ambiental anos atr s a gente instaurava inqu rito para controle dos centros de zoonoses que trata vam desumanamente os a
136. aros foi incorporado estrutura do Poder Judici rio atrav s da Rede Judicial de Prote o Essa rede trabalha a partir dessa experi ncia do Juizado de Belo Horizonte que n o se limita a encaminhar as pes soas a pagar cesta b sica Na verdade a gente tenta criar uma resposta estatal que seja absolutamente coincidente com o crime que levou a pessoa ao Juizado Se ela tem um problema de viol ncia contra idoso problema de tr n sito se est envolvida com consumo de drogas o Juizado desenvolve projetos tem ticos A jun o desses projetos recebeu o nome de Rede Judicial de Prote o um traba lho que busca sensibilizar o cidad o para diminuir a rein cid ncia A gente percebe de forma muito clara o fato de pouqu ssimas pessoas reincidirem Depois de sete anos de trabalho voc come a a conhecer as pessoas e sabe que algumas est o envolvidas com reincid ncia mas a grande maioria n o A reincid ncia dessas pessoas que passaram pelo projeto muito pequena Assim eu penso que essa uma estrat gia interessante que pode ser replicada com facilidade Os promotores que quiserem podem ter acesso documenta o do pro jeto na nossa p gina da internet e tamb m podem fazer uma solicita o A gente encaminha compartilha esse material e pede que outros materiais desenvolvidos sejam encaminhados para a gente incorporar ao nosso banco de dados A ideia exatamente fazer um encontro de v rias opini es v rias linhas
137. as merendeiras nos alimentos das cantinas das escolas ou no card pio pres crito nas aulas de alimenta o saud vel quando se anuncia uma depend ncia completa e inquestion vel da prote na animal Apenas depois dos 40 anos e por conta pr pria aprendi que os feij es preto roxo branco a len tilha o gr o de bico a soja etc s o repletos de prote nas assim como as sementes de chia ou de quinoa que t m todos os amino cidos essenciais oligoelementos e vita minas necess rios para a nossa sobreviv ncia segundo dados da FAO Descobri tamb m tardiamente que o 1 Ano Internacional da Quinoa pode diminuir inseguran a alimentar e transformar a dieta mundial ONUBR Dispon vel em lt http www onu org br ano internacional da quinoa pode diminuir inseguranca alimentar c lcio est presente em grande quantidade e com tima absor o pelo nosso organismo nos vegetais verde escu ros e nas frutas Por isso a escola deveria ensinar aos estu dantes onde podem encontrar os nutrientes que fornecem prote na c lcio carboidratos e n o induzir e prescrever a dieta superproteica e com excesso de gordura saturada imposta pela ind stria da carne e do leite Sem nos dar conta desde o caf da manh ao ltimo lanche da noite inclu mos de modo mec nico produtos de origem animal em tudo o que comemos At a alface vem com queijo ralado por cima Esse modelo alimentar referendado pela escola refor ado pela
138. assemelha ao da lama A constru o de barragens de conten o o m todo mais usado para a deposi o desse material por m isso se faz geralmente em vales naturais cuja vegeta o composta quase sempre de forma es flo restais associadas rede de drenagem precisa ser supri mida para a instala o e a opera o daquelas estruturas CARMO et al 2012 V rios estudos j diagnosticaram a import ncia das reas metal feras e carbon ticas para a conserva o da diver sidade biol gica principalmente por conterem sistemas c rsticos No Brasil tais reas se concentram nas pro v ncias minerais do Quadril tero Ferr fero e Espinha o Meridional MG de Caraj s PA da Bacia de Bambu MG BA TO GO e de Borborema nordeste oriental e abrigam centros de endemismos de plantas peixes e invertebrados A maioria desses organismos est restrita a reas muito pequenas geralmente a uma serra ou at mesmo a uma cavidade natural subterr nea Um exem plo de endemismo restrito dado pela recente descri o de um novo g nero monoespec fico de um invertebrado trogl bio Ferricixius davidi HOCH amp FERREIRA 2012 cuja nica popula o conhecida se encontra limitada a uma cavidade desenvolvida em cangas Apesar de sua import ncia cient fica o novo g nero est sob elevado grau de amea a de extin o uma vez que seu habitat se localiza a poucos metros de uma cava de extra o de min rio de ferro En
139. bora correspondam a menos de 10 da superf cie da terra s o os mais ricos em esp cies podendo abranger 90 da biodiversidade do planeta Atualmente se tem not cia de mais ou menos 1 milh o e 800 mil esp cies no entanto estima se que existam mais de 14 milh es de esp cies em todo o mundo IUCN 2011 Esses organismos vivos realizam e contribuem para uma grande diversidade de fun es ambientais como a regula o da composi o gasosa da atmosfera prote o de zonas costeiras equil brio de ciclos hidrol gicos e do clima gera o e conserva o de solos f rteis dispers o e decomposi o de res duos poliniza o de v rias planta es e a absor o de poluentes Muitos desses servi os n o foram avaliados adequadamente em termos econ micos no entanto estima se que o valor dos servi os prestados pelos ecossistemas varie entre US 16 e 54 trilh es por ano COSTANZA et al 1997 Apesar de sua grande relev ncia para o planeta a biodi versidade global est decrescendo a uma velocidade sem precedentes BALMFORD et al 2003 Nas ltimas tr s d cadas a redu o e a extin o de esp cies tornaram se quest es de extrema import ncia A taxa de extin o atual centenas ou milhares de vezes acima da taxa observada nos processos naturais de extin o dos longos per odos geol gicos PIMM et al 1995 De 1970 at 2000 foram extintas 58 esp cies de peixes nove de aves e uma de mam fero LEWINSO
140. cesso estar nos IEF regionais Fizemos as contrata es e uma capacita o no Parque Estadual do Rio Doce com os servidores do IEF da Subsecretaria de Regulariza o Ambiental e da Subsecretaria de Fiscaliza o Foram tr s dias de capacita o com o Ibama repasse de informa es discuss o cria o de grupos de tra balho para termos uma ideia desse trabalho que vamos assu mir A gente est num processo de elabora o de normas mas ainda vamos seguir a norma federal IN 169 Estamos fazendo resolu es conjuntas de cada um desses criadouros com os procedimentos do Estado para publicar Eu trouxe um mapa com dados de 2006 j desatualizado mas que diz onde est o os criadouros os estabelecimentos vinculados fauna em Minas Gerais h uma grande concentra o na regi o metropolitana de Belo Horizonte A segunda etapa do acordo s o as autoriza es de coleta captura de fauna silvestre no mbito do licenciamento ambiental e estadual quando o empreendedor quer fazer o seu empreendimento e vai entrar com o pedido de licenciamento Na hora de elaborar o EIA Rima Estudo de Impacto Ambiental Relat rio de Impacto Ambiental ele ou a consultoria dele v o precisar pedir ao IEF uma autoriza o para fazer o levantamento e o inventaria mento de fauna a mesma linha do que hoje feito no Ibama para licen a de pesca Esse levantamento inventa riamento sera analisado pelo IEF para dar ou nao a auto riza
141. cologia de peixes impacto ambiental usinas hidrel tricas vaz es ecol gicas e recursos h dricos Rita de C ssia Maria Garcia MSc PhD MVC Consulting P s doutoranda da Faculdade de Medicina USP Associa o Brasileira de Medicina Veterin ria Legal ABMVL Instituto T cnico de Educa o e Controle Animal ITEC Savio Bittencourt Presidente da Associa o Brasileira dos Membros do Minist rio P blico do Meio Ambiente S rvio Pontes Ribeiro Possui gradua o em ci ncias Biol gicas e mestrado em Ecologia Conserva o e Manejo da Vida Silvestre pela Universidade Federal de Minas Gerais e douto rado em Ecology pela Imperial College at Silwood Park da Universidade de Londres Atualmente Professor Associado III da Universidade Federal de Ouro Preto onde foi idealizador um dos criadores e o primeiro coor denador do programa de p s gradua o em Ecologia de Biomas Tropicais Tamb m um dos idealizadores e pro ponentes da cria o do Departamento de Biodiversidade Evolu o e Meio Ambiente no Instituto de Ci ncias Exatas e Biol gicas da UFOP Sivana Andrade Ativista pelos direitos dos animais vegana e jornalista tra balhou como rep rter coordenadora de produ o editora e editora chefe em redes de TV como TV Cultura Record e Globo News e em produtoras de v deo empresas privadas e rg os governamentais respons vel pelo planejamento de estrat gias de comunica o interna
142. com br declaracao universal dos direitos dos animais pdf gt Acesso em 10 set 2011 212
143. como cadastro de motosserra por exemplo Como eles j t m toda essa experi ncia l que ficar o Sispass esse Sistema de Passeriformes Eu sei que diferente mas essa que ser a atribui o do Sercar Setor Regional de Cadastro e Registro Estamos em negocia o com o Ibama que j tem uma expertise muito grande em rela o a padroniza o de anilhas e conseguiu uma forma de controle e entrega e a gente n o est aqui para inventar a roda Ent o a nego cia o para ver se vai ser pelo mesmo termo mesma contrata o mesmo fornecedor qual ser a empresa se continuar sendo pelo correio Mas o procedimento o mesmo tem o cadastro e os n cleos Vejam aqui o mapa dos criadores amadores de passeriformes e os nove n cleos de fiscaliza o ambien tal onde est o os servidores do Sercar Qualquer cadas tro feito pelo sistema n o tem necessidade de ir at os regionais mas se tiver d vida pode recorrer a esses n cleos A demanda daqui muito grande S para voc s terem uma ideia s o 52 mil criadores no n cleo do Ibama de Belo Horizonte 7 mil criadores em Juiz de Fora 5 a 6 mil criadores em Montes Claros e Uberlandia 4 mil em Governador Valadares e 3 200 em Lavras E por que ficou na Subsecretaria de Fiscaliza o Porque um tra balho interligado com a pr pria fiscaliza o Se chegar ao Sispass o cadastro de algu m que tenha muitos animais a gente chama a fiscaliza o envia u
144. dade dos zool gicos poss vel deduzir isso pela maneira como os pr prios gestores p blicos ou a dire o disp em daquele espa o Quando se permite o uso do zool gico como rota de pas sagem de maratona tal como aconteceu recentemente em Belo Horizonte o animal obrigado a fazer parte de um evento onde pessoas gritam correm e torcem Por instinto o animal quer se defender ou fugir pois o sinal externo que lhe transmitido de perigo entretanto n o pode reagir In meras crian as que acompanhavam a cor rida sob o aplauso e consentimento dos adultos silencio samente sem que uma palavra fosse dita aprenderam a li o Com os animais isso pode Se for com gente n o Talvez um dia uma dessas crian as se torne prefeito secret rio ou vereador e coerente com o que aprendeu ir propor uma virada cultural dentro do zool gico Se o foco est realmente no cuidado e na prote o dos animais todos os esfor os deveriam ser empregados para devolv los ao seu habitat natural Os que foram abando nados pelos circos recapturados do tr fico e que se encon traram fragilizados ou doentes deveriam ser protegidos em lugares dispostos nos moldes de santu rios por m nunca expostos como atra o tur stica ou entretenimento Passamos a nossa vida sem ver um esquim um abor gene ou um pigmeu e nem por isso precisamos t los pr ximos a n s entre grades para conhecer lhes os h bitos e a cultura Podemos assi
145. de velhinhas piedosas PATERSON PALMER 1991 Sabe se que historicamente o Direito possui diversas ra zes e que na nossa cultura ocidental o Direito Can nico tem peso consider vel compar vel ao do Direito Romano Assim sendo l cito fazer um retorno aos textos teol gi cos para elucidar o tema em quest o Freud 1997 p 115 fundador da psican lise e cien tista de escol discorreu sobre o amor universal de forma conservadora as religi es da humanidade devem ser classificadas entre os del rios de massa Amar s a teu pr ximo como a ti mesmo Como isso pode ser poss vel Se no entanto devo am lo com esse amor universal meramente porque ele tamb m um habitante da terra assim como o s o um inseto uma minhoca ou uma serpente receio ent o que s uma quantidade de meu amor caber sua parte e n o em hip tese alguma tanto quanto pelo julgamento de minha raz o tenho o direito de reter para mim Qual o sentido de um pre ceito enunciado com tanta solenidade se seu cumpri mento n o pode ser recomendado como razo vel Lya Luft 2004 grande escritora brasileira certa vez escre veu uma cr nica intitulada Baleias n o me emocionam na qual faz eco N o que eu ache que sofrimento de animal n o valha a pena a solidariedade o dinheiro Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de n o haver mais crian as pedindo esmolas
146. de carroceiros s o habitualmente alimentados de maneira prec ria com capim colhido em lotes vagos restos de verdura e algum farelo de trigo e milho em gr o sem receber mineraliza o Isso se reflete no escore corporal predominante de grau 2 Os equinos s o animais sociais de manada e evolu ram seus etogramas e sua fisiologia durante milh es de anos para se adaptar ao seu meio ambiente Despendem grande parte do dia em p e caminhando lentamente enquanto pastejam Quando esse organograma ecol gico do tempo n o lhes permitido sua sa de geral pode ficar compro metida HELESKI et al 2002 De fato os cavalos gastam em torno de 18 horas di rias para consumir um volume de capim suficiente para o seu sustento Caso esse tempo lhe seja tomado pelo homem ser necess rio repor suas calorias com alimentos concentrados e de f cil digest o e permitir que no restante do dia o animal repouse A avalia o do peso do equideo a par do exame cl nico permite um acesso imediato ao seu estado de sa de e por dedu o sua capacidade laboral Conforme relatam Carroll e Huntington 1988 e Wright 1998 feita uma inspe o visual e t til da regi o das costelas base da cauda pesco o cernelha topo das esc pulas e atr s das esc pu las Se o balan o energ tico negativo ent o o peso e a condi o corp rea est o deficit rios A escala de an lise comp e se de seis graus indo de zero a cinco e permite fra
147. de reuni es para ver como seria o repasse de atribui es Dessa negocia o surgiu um acordo de coopera o assinado em 5 de junho de 2013 com um cronograma de atividades e tarefas Dentro do Sistema Estadual de Meio Ambiente Sisema do qual o IEF faz parte temos atribui es tanto da Secre taria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel quanto do IEF Para voc s conhecerem um pouco eu trouxe o organograma do Sisema Temos o IEF respons vel pela pol tica florestal e prote o biodiversidade incluindo a fauna o Igam Instituto Mineiro de guas e a Feam Funda o Estadual de Meio Ambiente respons vel pelo que a gente chama de agenda marrom Essas tr s autar quias s o atreladas ao Sisema Temos ainda a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel Semad na qual foram criadas tr s novas subsecretarias Subsecretaria de Inova o e Log stica respons vel por compras conv nios uma rea compartilhada com o Sistema Subsecretaria de Gest o e Regulariza o Ambiental Integrada qual est o vinculados todos os atos autori zativos relacionados a desmatamento e licenciamento Antes o IEF que dava as autoriza es como a famosa Daia Documento Autorizativo para Interven o Ambiental mas agora com a Subsecretaria de Gest o e Regulariza o Ambiental Subsecretaria de Controle e Fiscaliza o Ambiental Integrada que espec fica para fiscaliza o co
148. de troncos que foram morrendo foram caindo e foram retirados criam ocos e em ocos a gente tem coruja em ocos a gente tem ninhos de aves e esses organismos s o fundamentais por si per se pela sua exist ncia e s o fundamentais para a nossa sa de algu m come as nossas pragas a gente tem que lembrar disso uma vis o dessa copa por dentro a magn lia agora a gente vai ver aquela mesma rvore que eu vi com fio atravessando num quarteir o que n o tem fio ela fecha bastante a copa ela muito interessante olha s que beleza isso uma rua movimentada tamb m Voc pode olhar para ela dessa forma os arquitetos sabem disso e utilizam isso em seu favor e se voc e a popula o enten derem isso olha s as pessoas plantam essas rvores isso cria novos habitats novos ambientes novas coexist ncias Uma coisa que passa pelo cativeiro os colegas da Pol cia Militar a eu tenho certeza enfrentariam muito menos os policiais aqui o pessoal da Pol cia Civil muito menos problemas com captura e tr fico de animais silvestres se a gente n o tivesse a necessidade de t los conosco Ent o a quest o social profundamente s ria aqui n s preci samos desse contato E como que a gente faz com esse contato Outra coisa s en passant e quanto valem essas coisas para n s Esse local que eu estou fazendo quest o de mostrar um dos metros quadrados mais caros de Belo Horizonte Seria caro se fosse devastado Seri
149. descidas o arreio se desloca e produz com 6 Solo e areia cer mica branca cer mica vermelha asfalto concreto simples concreto armado argamassa rocha e brita outros press o da traqueia com sufocamento Na tentativa de se libertar o cavalo pode acelerar o passo debater se e virar a carro a causando a queda do animal e poss veis fratu ras que levam sua morte Fantini 2010 examinando equinos do Projeto Carroceiro encontrou les es graves na coluna toracolombar em 50 dos casos desmites supraespinhosas e interespinhosas miosites e s ndromes dos processos espinhosos decorren tes do selim mal ajustado e reflexo das patologias podais sobre o sistema musculoesquel tico O d gito equino evoluiu no seu habitat natural o campo rasteiro e desenvolveu o casco anatomicamente seme lhante unha humana embora muito maior e mais 7 Isto tudo est previsto no artigo 3 do Decreto Lei N 24 645 34 IX atrelar animais a ve culos sem os apetrechos indispens veis como sejam balancins ganchos e lan as ou com arreios incompletos inc modos ou em mau estado ou com acr scimo de acess rios que os molestem ou lhes perturbem o funcionamento do organismo XII descer ladeiras com ve culos de tra o animal sem utiliza o das respec tivas travas cujo uso obrigat rio XIII deixar de revestir com o couro ou material com id ntica qualidade de pro te o as correntes atreladas aos a
150. dez anos atr s Se n o mudar o rio nada vai acontecer A outra solu o que eu acho que nica pensando em hidrel trica manter trecho de rio livre Se n o tiver trecho de rio livre n o tem peixe Uma alternativa seria ter rios de preserva o J t m no estado de Minas Gerais alguns rios que foram declarados como rios de preserva o Quero contar um caso muito simples de um rio n o sei se est para ser declarado rio de preserva o mais mas algo bastante bvio Dentro do Rio Doce a gente tem a Bacia do Rio Santo Ant nio como de import ncia m xima para a conserva o no estado de Minas Gerais Isso aconteceu por v rios fatores dentre eles porque na d cada de 1960 foi introduzido o dourado nativo da Bacia do Paran e ele se espalhou por toda a bacia menos pelo Rio Santo Ant nio Por qu Porque tem a Usina de Salto Grande da Cemig que funcionou como barreira que veio para o bem e n o tem escada para peixe E o nico local na Bacia do Rio Doce onde ainda se tem uma grande quantidade de esp cie migradora E todas as esp cies amea adas de extin o da bacia s o jus tamente da Bacia do Rio Santo Ant nio A gente fez um exerc cio no ano passado pela UFLA Universidade Federal de Lavras avaliando quanto se perderia de gera o de energia el trica preservando o Rio Santo Ant nio frente ao que se preservaria de peixe num estudo de F bio Vieira Se a gente preservasse o Rio Santo A
151. dministra o sem o controle das pol cias do Minist rio P blico ou do Judici rio favorecendo obviamente ilega lidades O Judici rio por sua vez tem atendido as nossas reivindica es e no mais das vezes tem decidido ecologi camente claro que existem decis es que n o nos favorecem ou que n o favorecem a causa animal mas existem decis es boas tamb m N o h d vidas e isso uma quest o quase que pac fica nos tribunais de 177 que nem os juizes nem os tribunais superiores toleram situa es de maus tratos e sofrimento desnecess rio Ent o todas as a es que foram propostas a maioria pelo Minist rio P blico mas muitas por entidades de prote o animal t m sido bem recebidas quando se trata de impe dir que os animais sofram numa determinada situa o rodeio vaquejada enfim Um avan o importante foi noticiado na semana passada quando o STF admitiu o processo contra uma empresa poluidora sem que fossem denunciadas tamb m as pes soas f sicas que atuaram em nome da empresa apenas um posicionamento processual admitiu a den ncia porque antes nem isso eles admitiam Ent o admitiram a den ncia contra a empresa sem ter que necessariamente denunciar os integrantes da empresa que participaram daquele ato de polui o N o uma decis o de m rito mas significa um avan o ou o come o do fim da impunidade das grandes empresas poluidoras E para n s em particu lar essa
152. do Estado de Minas Gerais ANAIS DO I ENCONTRO DO MINISTERIO PUBLICO EM PROTECAO A FAUNA 3 e 4 de outubro de 2013 Administra o Superior Carlos Andr Mariani Bittencourt Procurador Geral de Justi a Luiz Ant nio Sasdelli Prudente Corregedor Geral do Minist rio P blico Ruth Lies Scholte Carvalho Ouvidora do Minist rio P blico Waldemar Ant nio de Arimat ia Procurador Geral de Justi a Adjunto Jur dico Mauro Fl vio Ferreira Brand o Procurador Geral de Justi a Adjunto Administrativo Geraldo Fl vio Vasques Procurador Geral de Justi a Adjunto Institucional Paulo de Tarso Morais Filho Chefe de Gabinete lida de Freitas Rezende Secret ria Geral Simone Maria Lima Santos Diretora Geral Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional Luciano Luz Badini Martins Diretor do Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional Fernando Rodrigues Martins Coordenador Pedag gico do Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional Danielle de Guimar es Germano Arl Assessora Especial do Procurador Geral de Justi a junto ao CEAF Tereza Cristina Santos Barreiro Superintendente de Forma o e Aperfei oamento Alessandra de Souza Santos Diretora de Produ o Editorial Minist rio P blico do Estado de Minas Gerais Procuradoria Geral de Justi a PGJMG ANAIS DO I ENCONTRO DO MINISTERIO PUBLICO EM PROTECAO A FAUNA 3e4de outubro de 2013 Organizadora Luciana Imaculada de Paula
153. dos mas o rg o ambiental n o pode submeter a julgamento essa licen a Ent o todos esses empreendimentos licen as e processos de licenciamento at ontem encontravam se paralisados Nesse ac rd o um dos que foram prolatados nos agravos de instrumento interpostos pelo Estado de Minas Gerais e pelos empreendedores o pr prio desembargador reco nhece de forma muito serena que a presente a o civil p blica prestigia o interesse coletivo na prote o do meio ambiente com foco na sobreviv ncia de esp cies da ictio fauna e dos impactos decorrentes das atividades de insta la o de hidrel tricas que ser o implementadas em cursos d gua que comp em uma mesma bacia O objetivo da a o civil p blica n o impedir a implementa o das PCHs mas alcan ar seguran a quanto extens o dos pre ju zos ecol gicos que os empreendimentos sob uma pers pectiva hol stica podem causar Essas duas frases resu mem exatamente o que pretend amos do Poder Judici rio e o que ele vem nos conferindo A partir dessa liminar o pr prio Estado de Minas Gerais resolveu mudar sua pol tica p blica Ent o esse um trabalho que nos orgulha muito porque foi um verda deiro indutor de pol tica p blica no estado A partir desse momento o Estado de Minas Gerais editou uma delibera o normativa sobre a utiliza o da avalia o ambiental integrada como instrumento de apoio ao planejamento de implanta o de novos emp
154. e vida artificial ecossist mica Wilson 1984 p 139 autor do conceito original de biofilia Priva o de Estado de incerteza perante afirmou categoricamente Eu discuto que n s somos individualidade as manipula es humanas A humanos em boa parte devido forma particular com que Tabela 2 Exemplos org nicos ou comportamentais consequentes nos afiliamos com os outros organismos Eles s o a matriz ao sofrimento emocional na qual a mente humana se origina e est permanente Pada dopes mente enraizada e eles oferecem o desafio e a liberdade 3 p buscados de forma inata Les es de pele Desidrata o Obnubila o e indiferen a ao ambiente Disfun es gastroenterol gicas F Singer 2004 comenta que o ser humano pode ser con Expressividade de agress o Pervers o de apetite ao hor rio de alimentar ee ae 3 3 rar as quest es ticas suscitadas pelos experimentos em Altera es na fisiologia da digest o A e animais o que ele chama de cegueira tica condicionada Desgaste dos epit lios e mucosas F ae 5 E said Essa quest o poderia ter sido resolvida j no s culo XVIII Depress o imunol gica Dist rbios e invers es hematopoi ticas na Inglaterra quando Bentham 1789 defendeu magis dicionado mediante recompensas profissionais a igno Perda da visao Doenga articular degenerativa tralmente os animais com o argumento de que a aus ncia de raz o neles n o motivo para m
155. e conte do mineral e h drico a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem desde que tenham sido formados por processos naturais indepen dentemente de suas dimens es ou tipo de rocha encai xante BRASIL 2008 Com isso a preserva o garantida somente para as cavi dades penetr veis pelo homem abdicando se do restante do meio subterr neo que faz conex o entre as cavidades e representa importante rea de vida para a fauna de inver tebrados geralmente objeto de conserva o Ademais a legisla o vigente impede a supress o apenas de cavernas consideradas de m xima relev ncia enquanto permite que as outras cavidades sofram impactos irrevers veis desde que haja algum tipo de compensa o Assim o cen rio que tende a se estabelecer em reas onde se encon tram v rias cavidades pr ximas o de fragmenta o de habitats subterr neos uma das principais causas de extin o de esp cies conforme indica farta bibliografia relacio nada com a Biologia da Conserva o As cavidades s o importantes porque servem de abrigo e fonte de recursos n o apenas para os trogl bios mas ainda para v rios tipos de organismos como morcegos mam feros n o voadores aves anf bios e r pteis Portanto diversas esp cies de invertebrados e vertebra dos utilizam as cavidades como abrigos sem que haja rela o espec fica com uma caverna mas sim com o con junto de cavidades da regi o
156. e Animais Silvestres na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis IBAMA e com o apoio de ONGs No inte rior do Estado entretanto a maioria dos munic pios n o conta com esses recursos i Participa o de todo efetivo da PMMG nas a es pre ventivas e repressivas de prote o fauna Em cumpri mento ao princ pio da universalidade do policiamento ostensivo geral todo policial militar ao verificar uma situa o de suspei o de crime ambiental deve atuar no evento em face do seu conhecimento e treinamento para a ado o das provid ncias policiais iniciais Considera es finais A conscientiza o do cidad o aumentou e melhorou especialmente em rela o manuten o ilegal de animais silvestres em cativeiro com redu o de 76 59 do quanti tativo de animais apreendidos no per odo de 2007 a 2012 Isso pode ser corroborado pela m dia de animais silves tres apreendidos por ocorr ncia que diminuiu de 15 76 animais em 2007 para 3 79 em 2012 Est em curso uma mudan a de comportamento do cidad o que cada dia mais d mostras de que n o tolera casos de animais silvestres em cativeiro ou situa es de abuso e maus tratos A atua o em rede integrada sem solu o de continui dade de cada rg o respons vel PMMG Pol cia Civil Minist rio P blico Poder Judici rio IBAMA e Instituto Estadual de Florestas IEF imprescind vel para a credibilid
157. e a pena continuar essa pr tica e para as nossas crian as e jovens esta a mensagem ter um animal engaiolado sig nifica gostar de animal e ser ecol gico Na contram o dessa l gica os p ssaros poderiam encontrar em nossas escolas as rvores e o ambiente de acolhimento para que fizessem sua morada As crian as poderiam acompanhar seus voos o trabalho da cons tru o dos ninhos o tempo de chocar o cuidado da m e passarinho e o voo dos seus filhotes ou seja o ciclo da vida repleto de ensinamentos respeito e beleza que deveria ter lugar nas escolas Essa mesma linha de racioc nio se aplica s visitas aos jar dins zool gicos apresentados como escola para educa o ambiental ponto tur stico centro de pesquisa local de acolher esp cies amea adas Ainda que seja assim pois de fato muitas pessoas que respeitam os animais s rias e respons veis ali trabalham Tom Regan 2006 uma das maiores autoridades de bio tica da atualidade defende em seu livro Jaulas Vazias que os direitos t m de ser res peitados ainda quando s o obtidos grandes benef cios com a viola o deles que a verdade dos direitos animais 189 requer jaulas vazias e n o jaulas mais espa osas e que o reconhecimento dos direitos dos animais requer a abo li o delas e n o sua reforma O direito animal segundo Regan se resume Vida Liberdade e Integridade F sica Al m do que se diz sobre a finali
158. e de 7 sete para 12 doze tipos penais desdobrados em 23 vinte e tr s Sendo assim se o projeto for transformado em lei como proposto pela Comiss o ser o n o 18 dezoito mas 23 vinte e tr s condutas criminosas 162 em rela o defesa da fauna De sua parte o substitutivo reduz de 12 doze para 9 nove as condutas e de 23 vinte e tr s para 20 vinte os desdobramentos o que mais do que os 18 atuais ou seja tanto o projeto como o substitutivo ampliam o n mero de tipos penais que protegem a fauna Outros avan os a considerar principalmente quando o subs titutivo mant m a proposta de autonomia criminosa e com isso eu particularmente fiquei muito feliz para punir as chamadas rinhas confronto entre animais seja de c es ou de galos Hoje n o h previs o legal espec fica a ponto dos Estados do Rio de Janeiro Santa Catarina e outros ten tarem regulamentar a pr tica e as respectivas Assembleias Legislativas aprovarem leis autorizando o confronto animal que mutila fere e mata Felizmente em mais uma inter ven o do Judici rio a meu ver bem salutar o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade das leis de Janeiro do Rio e de Santa Catarina como certamente o far com outras que se seguirem Est sendo mantido no substitutivo proposta de retirar do crime de maus tratos esse confronto e dar tratamento espe c fico como crime aut nomo o que tem import ncia muito
159. ecionamos para vivermos por uma s rie de raz es tico ecol gicas ou tnico ecol gicas rela cionadas particularmente a doen as Vou falar um pouco disso tamb m Antes de eu falar disso e antes de entrar na cidade vamos entrar numa floresta tropical equatorial para voc s verem um pouco ent o esse guindaste a n o aqui em Belo Horizonte n o um guindaste de obra esse um guindaste florestal para voc s entenderem a impor t ncia disso h um grande projeto mundial que estuda as florestas de cima para baixo a minha especialidade o dossel florestal s o as copas das rvores em associa o e o que elas produzem ali que a vida gerada ali que est a produtividade e a fotoss ntese e o desenvolvi mento de toda a composi o faun stica que vai de l para baixo para o solo para as fases de decomposi o e que sustentam esse ecossistema Isso extremamente impor tante h um enorme investimento por traz disso l de cima a gente v a floresta dessa maneira ent o isso a floresta lutando pela luz que est l em cima Com esp cies que s o adaptadas sombra embaixo s o as que a gente mais conhece e esp cies adaptadas ao sol pleno l em cima quando adultas Ent o essas rvores adultas elas vivem em condi o de insola o extrema Tanto na cidade quanto na floresta Isso aqui um ficus Na flo resta ele transportado por um animal ele germina no alto de uma rvore e
160. ecol gicos toda a sua hist ria gen tica desaparece Uma s rie de rela es intraespec ficas e interespec ficas e com o meio f sico qu mico tamb m ficam comprometidas e influenciam negativamente o delicado equil brio dina mico dos ecossistemas O tr fico de animais respons vel pelo desaparecimento de dezenas de popula es da fauna raz o pela qual se faz necess ria a ado o de medi das efetivas a fim de combater essa pr tica em nosso pa s urgente a implementa o de pol ticas p blicas para a conserva o da fauna nas esferas municipal estadual e federal com os respectivos instrumentos legais e a parti cipa o da sociedade civil A educa o ambiental deve ser o foco das a es com maci as campanhas publicit rias e programas permanentes que estimulem a preserva o e a valoriza o dos animais silvestres em liberdade Refer ncias ARA JO A V Doen a do bico e das penas avalia o em psi tac deos nativos apreendidos em Minas Gerais Disserta o Me strado Escola de Veterin ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2011 ARMSTRONG D P SEDDON P J Directions in reintroduction biology Trends in Ecology et Evolution v 23 n 1 p 20 25 2008 BAILLIE J E M HILTON TAYLOR C STUART S N IUCN Red List of Threatened Species Gland IUCN 2004 BALMFORD A GREEN R E JENKINS M Measuring the changing state of nature Trends in Ecology et Evolu
161. egativos na fauna n o se restringem apenas s reas diretamente afetadas pela atividade de minera o Estudos sobre a qualidade da gua em importantes rios que atravessam o Quadril tero Ferr fero conclu ram que a intensa atividade de minera o resultou em elevadas concentra es de metais pesados no solo e na gua Em alguns casos a polui o por metais pesados se espalhou por cerca de 400 km a jusante da fonte de contamina o afetando a ictiofauna e at mesmo o gado VEADO et al 2000 2006 144 Uma relevante reflex o sobre os componentes da conser va o foi realizada por Brandon et al 2005 Esses auto res argumentam que com as ferramentas e os m todos da Biologia da Conserva o por exemplo poss vel indicar ou sugerir o qu e onde conservar contudo o como conservar extrapola o mbito das ci ncias biol gicas pois influenciado pelas dimens es socioecon mi cas Portanto o benef cio atual e futuro trazido pela con serva o da biodiversidade das fun es do ecossistema do patrim nio geoambiental e dos servi os ambientais encontrados nas reas naturais alvo da explora o mine ral devem ser enfaticamente analisados pelos empreen dedores e pelos rg os ambientais e ao mesmo tempo discutidos com a sociedade pois as press es nesses ecos sistemas tanto as presentes como as projetadas podem torn los funcionalmente extintos Refer ncias BRANDON K
162. egem o homem da tempestade a rvore velha nos marca o tempo A gente envelhece eu vejo aqui que velhos n o t m nesse ambiente ainda mas n s quando estivermos todos bastante velhos vamos marcar a nossa exist ncia numa cidade pelas rvores que ainda lembrarmos porque os pr dios talvez n o estejam a Ent o essa evolu o da rvore tem a ver com a nossa pr pria evolu o isso pro fundamente natural nas tradi es mais antigas da esp cie humana A nossa rela o com a exist ncia das rvores extremamente importante Em frica sua morada a rvore Iroko no Brasil onde essa rvore n o existe disse que Iroko habita a gameleira branca que uma figueira n Ent o a gente vai deixar a cidade perder seus f cus e vai ofender Iroko A gente precisa de rvore velha a gente precisa de rvore velha coexistindo conosco Para termi nar eu vou saudar essa a essa a a Sete Cascas da Savassi e eu falo ent o isso Savassi todos as fotos foram da Savassi Infelizmente isso porque a maioria a maior parte de Belo Horizonte n o tem essa cobertura florestal mais como a gente viu a Pampulha que a gente considera bem arborizada tem perdas substanciais de esp cies exi gentes elas n o coexistem n o vivem l Santa Tereza tem menos de 30 da cobertura de arb rea de rua que preci sava ter o Anchieta tem 40 isso zona sul se voc for para Cai ara S o Pedro n o tem mais arboriza o Ent o
163. ei N 24 645 34 no seu inciso VII pro be abater para o consumo ou fazer trabalhar os animais em per odo adiantado de gesta o Em tempos muito antigos o conhecimento dos h bitos de vida do cavalo aprendidos intuitivamente por meio da observa o e talvez por ensaio e erro desenvolveu em algumas pessoas o horsemanship ou habilidade para cuidar e lidar com cavalos uma capacidade m tua de interpretar a linguagem corporal de modo interativo nos m nimos e quase impercept veis detalhes Nessa maneira de comunica o castigos e maus tratos s o impens veis Por outro lado a crueldade o abuso ou a neglig ncia para com os animais n o humanos correspondem ao sofri mento ou dano que n o seja causado em leg tima defesa ou sobreviv ncia de humanos como o caso do dano para divertimento pessoal zoosadismo Atos como esse longe de indicarem falha de personalidade s o sintomas de grave dist rbio mental Pesquisas em psicologia e cri minologia deixam evidente a conex o entre atos de cruel dade com animais e a personalidade patol gica de crimi nosos em s rie FELTHOUS 1980 Na inf ncia o quadro se caracteriza por enurese piromania tortura e morte de animais Os alvos posteriores ser o mulheres crian as e idosos HELLMAN e BLACKMAN 1966 S o comuns os castigos cru is contra cavalos a qualquer pretexto eventualmente por completa ignor ncia de que eles sentem fome sede dor emo es assim como os
164. ela vai criando e que alimentam um conjunto enorme de orga nismos na paisagem Eles passam a ser importantes n o s para os animais de porte maior os vertebrados que os senhores e senhoras est o preocupados mas para n s tamb m a nossa sa de como vertebrados depende de uma s rie de intera es que minimizam riscos da gente adoecer no ambiente em que vivemos Olha l frutos s o recursos tamb m que esses animais necessitam como a gente viu estrutura de microclima umidade que permite esse musgo estar crescendo a tem a ver com o qu Com sombreamento com gradiente de temperatura e umidade uma s rie de coisas a gente tem uma ideia e isso passa um pouco pelas coisas que eu quero falar de que para ter sa de a gente tem que se isolar e afastar um pouco dos animais que nos causam riscos isso uma mentalidade de gente que veio de regi es temperadas para os tr pi cos uma heran a cultural de povos e culturas tempera das enfrentando claro doen as e contamina es e fungos e micoses e uma s rie de coisas que n o sab amos como lidar com ela e um pouco da tuberculose tamb m n a gente precisava de sol e tinta para uma casa que tinha um tuberculoso da as rvores v o sofrer com essa percep o antiga de que precisamos do sol batendo talvez isso tenha mudado Olha que espet culo Sabe o que mais interessante dessas fotos desde aquela de baixo l que todas elas s o em Belo Horizonte ent o eu j
165. ele por uma fase da sua vida para sita algumas esp cies Mas ele extremamente importante para gerar uma coisa fundamental que a heterogenei dade N o tem como ter biodiversidade n o tem como ter fun o se n o tiver diferentes compartimentos na floresta Ent o essa ideia de que o animal importante para a flo resta existir ela de duas m os a floresta importante tamb m em todo esse processo s vezes dif cil para o leigo entender para que precisamos de um ponto de vista antropoc ntrico de tantas esp cies assim Como elas fun cionam n Mais para frente eu vou falar de uma coisa que talvez resolva o impasse da abertura desse evento Talvez animais n o tenham deveres eu n o sei os animais dom sticos mas os animais silvestres certamente n o v o se encaixar em determina es e imposi es que atingem a nossa filosofia existencial mas se n o t m deveres exer cem servi os ent o esse conceito um conceito cient fico extremamente s lido est a h mais de 30 anos que s o os servi os ambientais que cada esp cie nos traz Eles n o est o l para servir n uma coisa importante quando a gente estuda evolu o as coisas n o est o para nada elas t m a sorte evolutiva de terem sido os melhores naquele momento e a sobrevivem Essa sobreviv ncia entretanto resulta em intera es e intera es resultam em funciona mento uma quantidade de luz entra uma quantidade de biomassa
166. em cura mas h tratamento Nas not cias de hoje o site da Anda tem os tr s destaques o prefeito recompensando moradores galinhas e tigres explorados num cabo de guerra na China e essa foto do macaco S o coisas que voc s at desconhecem e que causam espanto porque quando a gente acha que a mal dade j chegou ao limite tem mais coisa Essa indigna o que sentimos tem que se tornar a o e a Anda adota a linha da n o viol ncia absoluta Muitas pessoas falam Ah eu n o gosto de ver Se voc n o gosta e se d i em voc d i muito mais neles e justamente por isso n o feche os olhos Deixe os olhos abertos e fa a sua parte A gente tem aqui no site o Dia do Animal milhares de peixes a se o de colunistas Tem tamb m a TV Anda com programas como o Anda Verde e uma r dio que s toca m sicas inspiradas em animais No futuro com recursos queremos quer ter programas guias gratuitos para as pessoas baixarem Uma rea muito interessante a de turismo consciente e respons vel Fizemos parce ria com uma ONG espanhola voc s podem abrir no site www anda jor br educando as pessoas a n o participarem de maus tratos na rea de turismo o burrico que fica no sol a pino para as pessoas tirarem foto o camelo s o os aqu rios e os zoos esses lugares n o devem ser visitados devem ser fechados Existe isso Ah eu vou mergulhar com um tubar o De alguma forma voc est causando impacto no habitat e
167. em 1997 no bojo de uma a o civil p blica afo 160 rada contra aquela pr tica O que se discutia era o valor da cultura e o valor da preserva o e prote o animal j que a Constitui o trouxe como matriz evitar preservar impedir e reprimir a crueldade aos animais Se aqui de um lado tinham se os maus tratos neste Encontro pas saram uma reportagem de como o boi violentado agre dido e morto do outro lado tem se a cultura a oriana que tem similitude com as touradas na Espanha Torno a chamar a aten o O Supremo declarou a inconstituciona lidade em sede de Recurso Extraordin rio n o foi uma argui o direta friso Em primeiro lugar um dos proponentes daquela a o foi uma ONG uma Associa o de Defesa Ambiental de Petr polis cidade localizada no Rio de Janeiro a demonstrar como a A o Civil P blica um instrumento anterior Constitui o e cuja instaura o e presid ncia do inqu rito s o de legitimi dade exclusiva do Minist rio P blico tem titularidade bem mais ampla e de abrang ncia nacional Veja se por isto a import ncia de uma lei nacional Em outras palavras uma ONG do Rio de Janeiro foi talvez a principal proponente da a o e nem era do Estado de Santa Catarina e se meteu l para defender os bois aqueles animais que estavam sofrendo Ent o vejam voc s a abrang ncia que enalte o e que o Supremo Tribunal Federal validou Segundo foi a primeira vez que o Supremo
168. em sua natureza n o s o pe as inertes mas seres sencien 4 Dispon vel em lt http vista se com br redesocial brasil mata 1 boi 1 por co e 185 frangos por segundo gt Acesso em 4 out 2013 E tamb m S no Brasil h 172 milh es de cabe as de gado bovino uma para cada cabe a hu mana Nosso rebanho bovino s menor que o da ndia onde proibido matar vacas Na m dia um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina por ano ou seja uma fam lia de cinco pessoas devora uma vaca em 12 meses Somos o quarto pa s do mundo onde mais se come carne bovina Um brasileiro m dio come tamb m 32 quilos de frango e 11 quilos de porco todo ano Dis pon vel em lt http super abril com br mundo animal deveriamos parar comer carne 442851 shtml gt Acesso em 4 out 2013 5 Dispon vel em lt http veja abril com br noticia ciencia nao e mais possivel dizer que nao sabiamos diz philip low gt Acesso em 4 out 2013 192 tes com vida e com vontade de viver e isso tem implica es ticas e morais que n o se resolvem aumentando a efici ncia t cnica Teremos nas escolas uma educa o ambiental capaz de articular essas afirma es e o relat rio publicado em 2006 pela FAO ONU A grande sombra da pecu ria Livestock slong Shadow que refor a a rela o entre a pecu ria e as mudan as clim ticas sendo ela respons vel por cerca de 18 da emiss o dos gases de efeito estufa Uma contr
169. emos isso na Anda e tenho certeza de que os simpatizantes se conhece rem a atua o de voc s v o tamb m defender essa atua o Atrav s da Anda a gente pode dar conhecimento das a es promovidas pelo Minist rio P blico com not cias e artigos As pessoas precisam entender como funciona a rea jur dica o que elas podem fazer como ampliar essa atua o Eu gostaria que o Minist rio P blico estivesse dentro da Anda com canais de not cia artigos entrevistas espa o de den ncia e acompanhamento de processos s vezes n o se sabe num primeiro momento como levar uma den ncia ao Minist rio P blico ent o podemos fazer um link ou abrir um canal explicando o procedimento Existem crit rios de preenchimento de um formul rio no site como nome e CPF o mesmo que solicitamos nas not cias que s o enviadas pra n s Temos um espa o chamado Voc o rep rter em que as pessoas colocam nome RG CPF e autorizam a publica o do texto porque n o temos recursos para checar as informa es in loco ent o preci samos desses dados para evitar problemas Espero que como em S o Paulo existam aqui cada vez mais promoto res atuando em defesa dos animais Levar esse tema para a sociedade vai estimular bastante Vou mostrar um v deo 126 de 5 minutos sobre a Anda que faz um apanhado geral sobre o nosso trabalho exibi o de v deo Bom voc s viram que as not cias da Anda t m repercus s o
170. enador do n cleo de pesquisa em direitos dos animais meio ambiente e p s modernidade vinculado ao programa de p s gradua o em Direito da Universidade Federal da Bahia professor adjunto das Faculdades de Direito da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Cat lica de Salvador consultor jur dico da International Union for the Conservation of Nature and Natural Resources fundador e ex presidente do Instituto Abolicionista pelos Animais membro fundador da Academia Latino Americana de Direito Ambiental Jos Muifios Pifeiro Filho Desembargador no Tribunal de Justi a do Rio de Janeiro desde 2008 pelo quinto constitucional mestre em Direito P blico professor na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade Est cio de S onde tamb m pesquisador Foi membro no Minist rio P blico fluminense por 25 anos Procurador de Justi a por 11 anos e Promotor de Justi a por 14 anos a maior parte da carreira no 2 Tribunal do J ri do Rio Foi Procurador Geral de Justi a em dois mandatos Exerceu o cargo de Presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais dos Estados e da Uni o em 2000 Leonardo Castro Maia Promotor de Justi a do Estado de Minas Gerais Especialista em Direito Ambiental e Urban stico pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regi o do Pantanal e em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce Lilian Maria Ferre
171. enhada industrial mente uma m quina que provavelmente deixou suas tetas em carne viva enquanto isso o filhote dela morto pelo fato de n o ter acesso ao seu leite Esse o acompanhamento do Supremo de Frango Pode ficar tranquilo que esse bezerro n o morreu em v o t a no card pio chama Baby Beef custa 39 90 Voc s podem pedir tem a fam lia toda a 124 HOMEM Vamos de salada MULHER Salada Vamos de salada a salada boa Tem salada de atum GAR OM Sai peixe geneticamente modificado morto por asfixia ali na mesa 3 Sai futuro pintinho n o fecundado estra lado sem sal Sai ostra ainda viva para elas serem sugadas dentro de suas casas sem que tenham feito nada para merecer isso Sai um bando de carne de porco embutida embutida e prensada junto com o queijo da vai um misto queijo porra Sai salada de r cula Muito legal n As op es a s o justamente o contr rio do que a gente enfrenta todos os dias n Na Anda temos contato com formadores de opini o e queremos promo ver uma noite de humor J temos humoristas que aceita ram fazer um deles o Danilo Gentili L cia Ver ssimo Marcelo M dici Japinha do CPM 22 e a Gabriela Duarte j fizeram eventos para a gente Eles sempre me pergun tam o quem podem fazer pelos animais querem ajudar mas n o sabem como Temos apoio do Laerte Coutinho o maior cartunista brasileiro do Her doto Barbeiro jor nalista da apresentadora Cynthia H
172. ente Ao cabo desse trabalho se ver que a manuten o do sistema que reconhece direitos subjetivos apenas ao ser humano n o pode ter outra raz o sen o a mera conveni ncia da lei e dos seus criadores porque da an lise cr tica dos fundamentos da personalidade jur dica e dos direitos subjetivos do homem luz das suas semelhan as com os seus parentes n o humanos mais pr ximos defluir conclus o nunca dantes cogitada de que n o h um s fundamento l gico ontol gico ou jur dico que imp e o reconhecimento da personalidade aos homens e n o ao 176 grupo de animais nao humanos mais pr ximo no qual se incluem as quatro outras esp cies de primatas superiores da fam lia dos hominoides dentro da qual tamb m n s estamos incluidos os chimpanz s os bonobos os gorilas e os orangotangos Administrativamente n s estamos regredindo tamb m Est em per odo de vacatio legis a Resolu o no 457 13 do Conama que pretende regularizar a posse ilegal de animais silvestres H ilegalidades e contradi es insuper veis sendo certo que na pr tica vai efetivamente favorecer o tr fico il cito de animais silvestres e desesti mular as aquisi es l citas Al m das in meras contradi es e ilegalidades referida resolu o inconstitucional na medida em que descumpre e afronta o art 25 da Lei no 9 605 que determina a apreens o do animal e o dep sito a um t cnico habilitado A pr tica do Gecap o gr
173. envolvendo animais nestes eventos Aqui n s nos referimos a espet culos como sin nimo de apresenta o p blica sem atribuir sentido de grandiosidade ou de beleza aos eventos em quest o O uso de animais em apresenta es p blicas realidade desde tempos imemoriais Em Roma como retrata a tela A ltima ora o dos m rtires crist os G r me 1883 vemos um le o ingressando na arena do Coliseu cir cundado por outros felinos e poss vel tamb m ver um tigre saindo da parte de baixo do Coliseu onde ficavam os gladiadores No Coliseu grandes animais oriundos de diversas partes do mundo ent o conhecido propiciavam atra es muito populares sendo provocados a brigarem entre si e com gladiadores al m de terem sido empregados como retrata a cena no assassinato dos desafetos dos governantes na persegui o e no exterm nio dos crist os H algum tempo li uma reportagem na National Geographic relatando que ainda hoje no Coliseu Romano existem in meras esp cies de plantas ex ticas que foram trazidas pelos animais e tamb m por escravos e gladiado res e que acabaram germinando ali Bem esses animais eram treinados assim como hoje para desempenhar ati vidades perigosas para divers o e fasc nio do p blico A cena t pica a do animal selvagem domado para saltar atrav s do c rculo de fogo N o raro encontramos um animal nessas situa es condicionado a utilizar suas habi lidades especiai
174. erdade individual produzem descon forto sofrimento e dor Pode se dizer que o sofrimento implica um estado emocional severo desprazeroso em n veis tais que comumente quebram o equil brio biol gico interno refletindo se nas diversas disfun es fisiol gicas Na Tabela 1 est o identificados exemplos de situa es di rias vividas pelos equ deos nos logradouros p blicos das urbes nacionais e na Tabela 2 s o apresentadas as condi es ps quicas e som ticas que se instalam no organismo equino decorrentes de maus tratos infligidos de modo perene Tabela 1 Exemplos de situa es de desconforto e dor emocional 2 2 Deficit agudo de Natureza em equinos Fuse de ezee ani Neste trabalho o enfoque proposto fruto de uma pos Fadiga espec fica e inespec fica tura tica atual baseada no racioc nio ecol gico moral Movimentos impedidos a biofilia uma forma de racioc nio que alarga o escopo Desempenho de trabalho sem a do dom nio tradicional da moralidade num futuro Movimentos n o desejados condi o biomec nica necess ria bastante pr ximo a tica da conserva o i e proteger e respeitar o ambiente ser facilmente mencionada ao lado Agressividade sem chances Desempenhos biomec nicos das ticas mais tradicionais da justi a do cuidado e da de defesa ou revide comprometedores da integridade f sica virtude LOUREN O KAHN 2000 p 426 J A be s s Priva o de experi ncia Monotonia consequent
175. ersas vertentes terap uticas Daniel Ambr zio da Rocha Vilela M dico Veterin rio Mestre em Reprodu o Animal pela UFMG e Doutor em Ci ncia Animal pela UFMG Analista Ambiental do IBAMA onde desempenha atividades rela cionadas ao manejo prote o conserva o reintrodu o e medicina de animais silvestres Professor Titular na UNIPAC elipe Fonseca do Carmo Bioespeledlogo e Mestre do Programa de Ecologia Conserva o e Manejo da Vida Silvestre UFMG Bi logo formado pela UFMG CRBio 70931 04 D Tem experi n cia na rea de Ecologia com nfase em Bioespeleologia Membro da Sociedade Brasileira de Espeleologia SBE Analista ambiental e perito do MPMG realizando laudos t cnicos de processos de licenciamento ambiental em reas metal feras e carbon ticas condom nios verticais horizontais Instituto Pr stino Belo Horizonte MG Fernanda Pinheiro Lima M dica veterin ria com mestrado em Ci ncias Veterin rias pela Universidade Federal de Lavras Diretora do Centro de Defesa Vida Animal Codevida rg o municipal vinculado Secretaria de Gest o Ambiental Docente do Centro Universit rio de Formiga membro do Comit de tica no Uso de Animal do UNIFOR MG membro da Associa o Protetora dos Animais de Formiga membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Planejamento Urbano perita forense na rea civil l vio Fonseca do Carmo Doutor e Mestre em Ecologi
176. es Nos Estados Unidos pessoas f sicas ou ONGs s o cadastradas como reabilitadores volunt rios de fauna sil vestre Apenas no Estado de Colorado durante os anos de 1998 a 2002 53 000 animais silvestres foram cuidados pelos 177 reabilitadores que se encontravam licenciados no per odo Na grande maioria dos casos tratava se de animais urbanos ou periurbanos que necessitavam de cui dados sendo aproximadamente 70 aves 28 mamife ros e apenas 2 de r pteis Cerca de 35 desses animais morreram ou foram submetidos eutan sia e o restante foi liberado no ambiente natural ap s a recupera o Entre os principais problemas sanit rios observados nos animais recebidos nos centros de reabilita o dos Estados Unidos est o em ordem de import ncia as fra turas a desidrata o os traumas na cabe a os ferimen tos os dist rbios neurol gicos e os problemas nutricio nais CASEY CASEY 2005 No Estado australiano de Victoria onde atualmente existem mais de 700 reabilitadores de animais silvestres volunt rios cadastrados foram cuidados mais de 7 000 animais por ano aproximadamente 100 por unidade Naquele pa s o governo fornece suporte financeiro por meio de fundos espec ficos para a melhoria da infraestru tura e aquisi o de equipamentos para os reabilitadores que apresentam os melhores resultados DSE 2011 Wimberger et al 2010 verificaram que na frica do Sul o procedimento de reabilita o de animais sil
177. es da a o da fisca liza o resgates ou entrega volunt ria de particulares Segundo a IN 169 os CETAS s o divididos em tr s cate gorias A Be C de acordo principalmente com a quan tidade de animais recebidos por ano e a infraestrutura dispon vel sendo classificado como A o que recebe acima de 800 animais por ano possui pelo menos 4 tratadores 1 bi logo e 1 m dico veterin rio O CETAS B recebe abaixo de 800 animais e o CETAS C apresenta estrutura menor com instala es simples exclusivas do IBAMA Essa clas sifica o tem se mostrado incompat vel com a realidade dos centros de triagem brasileiros e deve ser revista em uma pr xima edi o da instru o normativa pois algu mas estruturas classificadas inicialmente como B recebem e cuidam de milhares de animais anualmente A IN 169 estabelece ainda os procedimentos para implanta o e operacionaliza o dos centros de triagem por outras insti tui es privadas ou p blicas Por meio da IN 169 tamb m foram criados os centros de reabilita o de animais silvestres CRAS que s o empre endimentos autorizados pelo IBAMA somente de pessoa jur dica com finalidade de reabilitar esp cimes da fauna silvestre nativa para fins de programas de reintrodu o no ambiente natural IBAMA 2008a Al m dos animais apreendidos pela fiscaliza o do IBAMA tamb m s o encaminhados para os CETAS ani mais provenientes de a es de outros integrantes do SISNAMA
178. es era indicado Enfim j na Idade M dia havia um pren ncio uma ten tativa de algum tipo de respeito processual que o que se est querendo resgatar agora Nunca tarde para tentar equalizar a justi a pela justi a que se consegue compre ender o momento hist rico que a gente vive A Abrampa est de portas abertas para a causa de portas abertas para todos funciona na Rua Araguari em Belo Horizonte tem um site abrampa org br com not cias ambientais todos os dias e est disposi o de todos Muito obrigado Bom evento Lei Complementar 140 2011 e a gest o da fauna pelo Estado de Minas Gerais Neluce Maria Arenhart Soares Bom dia a todos Primeiro quero muito agradecer pelo convite e parabenizar pelo evento E importante ter esse f rum para discuss o sobre a fauna ainda mais agora que com a Lei Complementar 140 o Estado est assumindo essa atribui o na gest o da fauna Inicialmente est sendo um grande aprendizado estamos aprendendo juntos a fazer uma gest o efetiva de prote o fauna Estou no Instituto Estadual de Florestas IEF h dois anos e assumi a diretoria de Pesquisa e Prote o Biodiversidade em abril de 2013 Esta diretoria respons vel pela gest o da fauna dentro da Ger ncia de Prote o Fauna e Flora A partir da Lei Complementar 140 2011 o Estado come ou a assumir atribui es na gest o da fauna Em nego cia o com o Ibama foi feita uma s rie
179. exemplo positivo desse esfor o do Minist rio P blico na divulga o da causa e na tentativa de despertar interesses e capacitar os profis sionais que atuam na rea Os movimentos sociais t m incrementado as a es dos rg os estatais e o Minist rio P blico tem se apoiado nessa for a popular para garantir melhores condi es de vida aos animais Pessoas como os senhores dentro e fora do Brasil s o os grandes respons veis por esse est gio de concretiza o e press o for ando as altera es legislativas e a jurisprud ncia S para citar um exemplo recente na ustria dois chim panz s representados por um ativista e um advogado ingressaram em ju zo e obtiveram uma ordem judicial preliminar equiparando os s pessoas relativamente ao direito vida a n o serem torturados e a poderem viver em liberdade sob certas condi es O processo est em andamento ent o vamos esperar a decis o de m rito A Justi a Federal do Rio Grande do Sul proibiu numa limi nar que a Universidade Federal de Santa Maria utilize animais saud veis para fins did ticos e experimentais inclusive em pesquisas Segundo a decis o a institui o 181 deve buscar meios alternativos Essa a o foi ajuizada pelo Movimento Gaticho de Defesa Animal que alegou que o uso de animais vivos configura maus tratos A ju za ent o afirma que a quest o dif cil especialmente no tocante s pesquisas acad micas para avan o da ci ncia
180. fam lia e cristali zado em nossas mentes pela m dia tem implica es para as pessoas para o planeta e para os animais Essa dieta contribui com os altos ndices de obesidade que j ultrapassou 53 da nossa popula o segundo os ltimos dados do IBGE O document rio Muito Al m do e transformar a dieta mundial gt Acesso em 16 out 2013 2 Dados in ditos do Minist rio da Sa de revelam que pela primeira vez o percentual de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da po pula o brasileira A pesquisa Vigitel 2012 Vigil ncia de Fatores de Risco e Prote o para Doen as Cr nicas por Inqu rito Telef nico mostra que 51 da popula o acima de 18 anos est o acima do peso ideal Em 2006 o ndice era de 43 Entre os homens o excesso de peso atinge 54 e entre as mu 191 Peso 2012 dirigido por Estela Renner trata da obesi dade infantil e revela que j existe no Brasil uma gera o de crian as condenadas a morrer cedo ou ter problemas de sa de em raz o de maus h bitos alimentares Outros t picos de ensino s o tratados pela escola por m de modo fragmentado nas disciplinas para que a paisa gem real fique oculta aos olhos das crian as e jovens No dia 19 de setembro de 2014 o Brasil obteve um recorde hist rico no abate de animais o que foi muito comemo rado pelo agroneg cio e citado at mesmo pela presidente da Rep blica num discurso proferido na ONU Na soma do segundo t
181. faz o menor sentido Tem v rios casos no Brasil funcio nando dessa forma e quase um crime um mecanismo de transposi o funcionando assim A escada de Igarapava um caso pol mico e possivelmente funciona como o que a gente chama de armadilha ecol gica Isso foi tema de artigo de um grupo do Paran com Tocantins publicado na Folha de S o Paulo O artigo fala que boa parte dos mecanismos de transposi o constitui dano fauna quando est nessa modalidade justamente porque se est tirando o peixe de um local bom e jogando para um local ruim Esse caso aqui bastante interessante porque quando voc ainda mant m muito local para o peixe completar o ciclo de vida acima e muito local para o peixe completar o ciclo de vida abaixo Um exemplo em Minas Gerais Tr s Marias Ainda tem esp cie de piracema a montante de Tr s Marias n o sei por quanto tempo Antigamente o Rio Paraopeba era uma rota n o mais o retiro baixo tem o Rio S o Francisco n o sei se tem previs o de bar ragem na calha de S o Francisco De qualquer forma a gente ainda tem tribut rios acima de Tr s Marias que per mitem a manuten o da fauna Abaixo de Tr s Marias a gente tem acredito que sim o maior segmento de rio livre do Sudeste brasileiro o Rio S o Francisco junto com o Velhas Paracatu Urucu Carinhanha Rio Verde Grande sabe se l por quanto tempo Essa uma situa o em que a princ pio o mecanismo de transposi
182. fica luz dessas considera es cumpre salientar que fruir do restrita a dia til e s bado reservado o domingo para trabalho de guas em gesta o ou aleitamento tamb m extremamente cruel tanto para m e quanto para o filhote que se encontram unidos por fortes la os Kiley Worthington 1987 considera a separa o da m e e do seu potro uma situa o de intensa frustra o equivalente a uma alimenta o deficiente ou restrita a uma oferta de volumoso insuficiente ou a restri es f sicas como se estivesse amarrado ou preso em baia A autora observa que potros que n o sofrem o desmame levam metade do tempo para serem preparados para a primeira aula montada Nos primeiros meses os potros mamam leite com grande frequ ncia e mant m se pr ximos da m e Segundo Goloubeff 2006 o estresse de desmame afeta o apetite o metabolismo e a imunocompet ncia do potro A utiliza o de guas prenhes vedada de forma muito clara no art 6 1 da Lei Municipal n 10 119 11 vedada a utiliza o nas atividades de tra o de ve culo e carga de f mea em estado de gesta o ou aleita mento E o art 9 prescreve Fica proibido usar no ve culo de tra o animal I equ deo com idade inferior a 3 tr s anos atrelado solto ou no cabresto Par grafo nico Constitui infra o semelhante atar no mesmo ve culo filhotes em per odo de amamenta o 11 O artigo 3 do Decreto L
183. fica como bens m veis ou semoventes como define a doutrina O Direito Penal embora tipifique como crime condutas que atentam contra a vida e a integridade dos animais n o os coloca como sujeitos passivos do crime Quando n s formos fazer uma an lise dos tipos penais n s vamos verificar que sujeito passivo do crime n o o animal que sofreu a conduta de abuso de morte ou de ferimento ou de mutila o mas sim a coletividade Os bens ambientais s o classificados como difusos da de interesse da coletividade Embora a prote o penal recaia sobre o animal n o esta condi o que inspira tal prote o mas o fato de os animais estarem inseridos no rol de bens que integram o ambiente que deve estar ecologicamente equilibrado e preservado para as gera es presentes e futuras E embora tamb m se fa a 174 uma leitura correta de que a Constitui o de 88 rompeu com o antropocentrismo ao vedar a pr tica de atos cru is contra os animais fato que n o os reconheceu como sujeitos de direitos Embora n o haja reconhecimento formal de que os animais sejam sujeitos de direitos por outro lado h ordenamentos jur dicos que j afirmam que eles n o s o coisas ou bens m veis A Constitui o da Su a fala nisso Al m disso a Constitui o do Equador reconhece a natureza ou Pacha Mama como sujeito de direitos e afirma que qualquer pessoa do povo pode exigir do Estado a prote o ou a recupera o da natureza Os
184. ficiais ao seu modo natural de viver Acresce se ainda que muitas dessas crueldades s o pra ticadas sob os ausp cios do pr prio Estado a quem a Constitui o da Rep blica encarregou de ofertar prote o fauna o caso por exemplo do uso indiscriminado de animais para o ensino o que hoje absolutamente injus tificado em face dos m todos alternativos j existentes que podem com muita compet ncia substituir o uso de cobaias vivas Preocupa ainda o financiamento p blico para uso de ani mais em pesquisas in teis Peter Singer 2008 na aclamada obra Liberta o Animal relata que apenas uma universidade norte americana registrou mais de 500 estudos sobre os efeitos da indu o dos animais ao v cio em drogas Uma an lise de apenas 380 destes permitiu calcular os seus custos em cerca de 100 milh es de d lares a maior parte dos quais proveniente de impostos No Brasil a quase absoluta falta de controle estatal sobre essas atividades nos permite apenas suspeitar com o pessimismo realista de quem atua na defesa da fauna que muitos experimentos desnecess rios sejam realiza dos custa da dor e do sofrimento dos animais Para o enfrentamento dessas quest es o Parquet de Minas Gerais conta com quase 300 Promotores de Justi a de Defesa do Meio Ambiente que promovem em todo o Estado a defesa da fauna seja no mbito civil seja no mbito criminal Na expectativa de superar os inconvenientes da atu
185. ficos para forma o de poli ciais Isso vai ajudar na agilidade da conclus o de inqu ritos porque um crime contra animal n o investigado da mesma forma como um crime contra uma pessoa Uma universidade de Curitiba est lan ando curso de Medicina Veterin ria legal o que fant stico e vai dar celeridade aos processos Existe livro de cabeceira n o Eu tenho uma frase de cabeceira N o existe opini o p blica existe opini o publicada Esta frase de Churchill resume a import n cia da imprensa porque s vezes se voc n o sabe o que est acontecendo voc n o tem opini o sobre aquilo n o E se voc bem direcionado opini o voc acaba 118 comprando a opini o que veiculada seja em jornal ou revista No caso da Anda temos uma postura absoluta mente parcial Muitas vezes voc acha que tem a sua opi ni o N o A opini o n o sua ela vem da imprensa A imprensa n o apenas informa ela forma conceitos modi fica ideias influencia decis es e define valores da socie dade E aqui estou incluindo tamb m as redes sociais as m dias de uma forma geral s vezes voc passa con ceitos atrav s de programas de novelas e a gente sabe que o comportamento da sociedade muda muito com as novelas desde a moda at outras formas de compor tamento Estive h alguns anos no sert o do Nordeste e vi as meninas vestidas e se comportando como as da capital nos comportamentos bons
186. g London J A Allen 1987 KUZMINA E E Difus o da equideocultura e do culto ao cavalo entre os povos de l ngua persa na sia Central e outros povos do Mundo Antigo Moscou Drevneia Anat lia 1985 LEVINE M A Botai and the Origins of Horse Domestication Jour nal of Anthropological Archaeology v 18 p 29 78 1999 Dispon vel em lt http www 2 arch cam ac uk m112 download jaa article pdf gt Acesso em 25 set 2013 LINZEY A Reverence responsibility and rights In PATERSON D PALMER M The status of animals Wallingford CAB International 1991 LOGINOV G G et al Bota sela Material de ensino para cavalarianos Moscou Granitsa 1993 LORENZK A demoli o do homem Cr tica falsa religi o do progresso 2 ed S o Paulo Brasiliense 1986 LOUREN O O KAHN P Racioc nio ecol gico moral um estudo de senvolvimentista numa amostra de sujeitos de Lisboa An lise Psicol gica v 18 n 4 p 425 435 2000 LUFT L Baleias n o me emocionam Pontos de Vista Revista Veja n 1868 25 de agosto de 2004 Dispon vel em lt http webcache googleusercontent com search q cache dYBUwC4rWqY veja abril com br 250804 ponto de_vista html amp cd 1 hl pt BR amp ct clnk amp gl br gt Acesso em 25 set 2013 MACLEAN P D The Triune Brain in Evolution Springer Science amp Business Media 1990 MARANH O R P A Estudo epidemiol gico e diagn stico do sistema loco motor dos egii de
187. gica Al m disso foi inclu da como rea priorit ria para conserva o de peixes em Minas Gerais com import ncia especial pelo mapa da Funda o Biodiversitas mapa inclusive chancelado por delibera o normativa do Copam Conselho Estadual de Pol tica Ambiental um instrumento de pol tica p blica j consa grado no Estado de Minas Gerais 148 A partir da percep o da import ncia dessa rea por estar situada no bioma Mata Atl ntica por ser considerada como patrim nio nacional e por ser classificada como de extrema import ncia biol gica por esses dois documentos come amos a investigar melhor o caso A implanta o de sete empreendimentos hidrel tricos numa rea de tamanha import ncia mereceria uma an lise mais aprofundada Diante disso o que traz esse caso para o nosso painel A import ncia dessa rea para a ictiofauna O que faz dessa rea t o importante para a ictiofauna Primeiramente porque os sistemas aqu ticos da Mata Atl ntica possuem formas de peixe ricas e variadas e al m de tudo porque verificamos a ocorr ncia de esp cies restritas aquela rea de Minas Gerais Algumas delas s o timbor sarap um pequeno bagre cujo g nero e esp cie ainda n o foram descritos pirapitinga pacu surubim do doce e andir Gravem esse nome andir Toda a nossa investiga o foi conclu da inclusive a partir de uma ajuda que nos foi fornecida pelo professor F bio Vieira com o estudo A ict
188. governo mas houve veto Posso citar tamb m o deputado estadual Feliciano Filho de S o Paulo que encaminhou Assembleia paulista o Projeto de Lei n 666 2013 que pro be a distribui o de animais vivos bem como a exposi o manuten o utiliza o e transporte dos mesmos em situa es que provoquem maus tra tos independente das san es previstas em outros dispositivos legais Municipal Estadual ou Federal e d outras provi d ncias Estou utilizando esses exemplos para mostrar a infinidade de leis de natureza administrativa nota damente municipais que contribuem para alicer ar a prote o fauna O problema est e aqui me parece que a grande ques t o que este Encontro quer discutir na mat ria penal Em mat ria penal de prote o flora e fauna vamos nos limitar fauna em termos de criminaliza o de condutas que afrontem o bem jur dico protegido o animal propria mente dito E a que vem a quest o segundo ditames da nossa Constitui o a cria o de infra es penais pri vativa da Uni o querendo ou n o isso gera uma dificul dade maior porque d abrang ncia nacional edifica o de condutas para que venham a ser reprovadas no mbito penal Se em mat ria tribut ria foram produzidas cerca de 250 mil leis nas tr s esferas de Poder e mais de um milh o de natureza administrativa em mat ria penal s 157 tivemos 67 textos legais p s Constitui o Em
189. grande porque prev san o muito mais rigorosa Eu e meus colegas de Comiss o est vamos preocupados com o subs titutivo mas ele manteve a proposta portanto demos um grande passo Aquele que financia organiza ou p e animais para disputar rinhas passa a praticar um crime aut nomo que hoje no m ximo poder amos tipificar como maus tratos Isso n o se aplica a quem assiste ao confronto bom que se diga porque tal conduta n o constituir crime podendo ser valorada tica ou moral Mas n o ser crime Veja se que hoje o art 32 da Lei 9 605 inclui como elementar do crime o ferimento e a mutila o do animal Ora mutilar ou ferir um animal s o maus tratos para a legisla o penal de hoje com puni o bem reduzida J o projeto tira o ferimento e a muti la o do tipo b sico e cria uma cl usula especial de aumento de pena para les o grave mutila o e principalmente morte Para que voc s tenha uma ideia o art 408 do futuro do C digo Penal praticar ato de abuso ou maus tratos a animais dom sticos domesticados ou silvestres nativos ou ex ticos pra ticamente a mesma reda o mas sem incluir ferindo ou muti lando previstos no atual art 34 da Lei Ambiental Portanto para o projeto em discuss o no Congresso Federal qualquer maltrato j identificar o crime que hoje tem previs o de tr s meses a um ano de deten o enquanto o projeto prop e um a quatro anos de reclus o O substitutivo p
190. ha mais Albopictus na cidade do que dentro da mata e se voc pegasse a mesma rea urbana com a mata e sem a mata a rea que tinha a mata tinha menos mosquito nas casas porque na mata tem quem coma o mosquito na mata ele tem competidor na mata com um bairro com uma pra a tem menos risco de infec o por dengue do que um bairro sem pra a nenhuma Isso a gente mediu ent o essas coisas s o relacionadas e n o acho que a solu o seja aquele sanitarismo dos anos 60 e 70 que temos que nos distanciar da natureza n Os mais velhinhos talvez seja uma revolu o geri trica os mais velhinhos minha m e e meu pai meu pai viveu cortando as rvores do jardim por causa da folha no ch o hoje eu fa o a folha no ch o eu tiro mais de dez quilos de terra de jardim de Belo Horizonte de um quintal quase todo pavimentado com as folhas que meu pai n o gostava Ent o tem uma mudan a de menta lidade que a gente tem que assumir Se a gente n o coexis tir com a natureza n s n o vamos coexistir com nada N o h sobreviv ncia poss vel sem essa intera o de uma maneira mais agressiva E uma coisa extremamente importante eu j falei isso l dico isso depende a nossa sa de mental depende disso mais do que o servi o que esses animais prestam mais do que o equil brio e a fun cionalidade poss vel de uma floresta dentro das nossas cidades eles nos prestam bem estar de existirem o cresci mento com esses organismos Quem j
191. habilidades necess rias para a sobreviv ncia em liber dade mesmo tendo passado um per odo em cativeiro e necessitam principalmente de treinamento f sico 5 Destina o de animais silvestres A destina o adequada dos animais silvestres apreen didos constitui desafio especial para as institui es que administram os centros de triagem e de reabilita o de animais silvestres Determina es legais aspectos socio culturais e as condi es econ micas influenciam as deci s es sobre os destinos da fauna recebida Considerando se o contexto de conserva o da biodiversidade os animais podem ser destinados para programas de reintrodu o para criadouros devidamente registrados ou podem ser submetidos eutan sia IUCN 2002 Ainda segundo a International Union for Conservation of Nature IUCN 2002 a destina o para os criadouros quase sempre a melhor op o mas tamb m pode apre sentar problemas a encontrar locais apropriados para os diversos animais demorado e cuidar destes por tempo indeterminado apresenta altos custos e grandes instala es b cuidar de animais silvestres por longos per odos requer manejo e cuidados nutricionais especializados nem sempre dispon veis c a transfer ncia dos animais apreendidos para institui es ou pessoas f sicas pode sus citar discuss es ticas e legais dif ceis de serem resolvidas Al m disso a presen a de animais em cativeiro domiciliar ou criadour
192. i es de refer ncia de longa dura o na atualidade N o poss vel que todas as demandas que lhe s o atribu das sejam atendidas no entanto a escola poder dar grande contribui o espe cialmente quanto educa o ambiental ao cuidado e prote o fauna Isso longe de ser simples como parece exige um pensa mento complexo que seja capaz de restabelecer as cone x es perdidas entre o homem e a natureza Edgar Morin 2003 afirma que quanto mais complexos os problemas do mundo tanto mais se repartem as disciplinas e tanto maior a nossa incapacidade de dar respostas a eles Infelizmente a escola com seus modelos pedag gicos tem cortado as conex es Al m disso a vis o antropo c ntrica dificulta o pensamento nessa perspectiva Fomos educados numa cultura que p e o ser humano no centro do universo e acima das outras formas de vida Assim ele desfruta e disp e dos recursos naturais e das outras esp cies animais conforme os interesses estabelecidos por si mesmo assumindo uma postura de superioridade baseada na for a bruta em rela o aos seres n o huma nos e natureza Ora no campo da reflex o filos fica a vis o antropoc n trica h muito vem sendo questionada e superada por outras perspectivas Alguns pensadores como o pr prio Edgar Morin 2002 ou Fritjof Capra 2006 a 2006 b pro p em pensar o mundo pelo paradigma da complexidade n s seres humanos n o somos o centro linear da c
193. ia conserve todo o seu valor preciso que seja empregada com oportunidade e de acordo com suas caracter sticas caso contr rio correr o risco de uma r pida usura EMPREGO 1950 Os autores do manual tamb m informam que as mar chas noturnas s o de emprego militar e precisam ser cui dadosamente planejadas pois a velocidade dever ser reduzida em virtude da menor visibilidade do estado da estrada e do terreno Os cavalos como todos os seres vivos requerem repouso alimento e gua descabido utiliz los no trabalho noturno e tamb m nos dias de repouso nominalmente nos fins de semana e feriados quando se tornam trans porte da fam lia em passeios e visita es O mesmo seja dito quando o animal passa a ser divers o das crian as da casa ao retornar do servi o extremamente comum tamb m os cavalos serem soltos noite nas ruas para providenciarem seu sustento alimentando se de grama dos canteiros ou do lixo domiciliar exposto s vezes s o amarrados e at acorrentados em frente resid ncia do condutor ou em cub culo pr ximo junto a cochos com alimenta o impr pria composta de restos de verdu ras e legumes em estado de fermenta o ou s o atados uns aos outros ou carro a Raros s o os condutores que se d o o trabalho de plantar e cortar capim e forne cer alimento concentrado na forma de gr os e farelos Maranh o 2004 observou que no munic pio de Belo Horizonte os cavalos
194. iagem seja por apreens o ou entrega volunt ria submetido a exames e fica l de seis meses a um ano Alguns t m um processo mais longo de aclimata o e por isso precisamos dos centros de reabilita o t o importantes quanto os Cetas A gente fala muito dos Cetas e acaba se esquecendo dos Cras tanto que n o h nenhum na regi o As unidades de Paracatu e Montes Claros s o Cetas Cras e em algumas condicionantes a gente est pedindo para que seja um Cetas Cras tamb m Al m disso tem as reas de soltura O Ibama fez um cadastramento e n s j fizemos um levantamento desse cadastramento Esta atividade est centralizada na sede porque h uma s rie de propriedades com reas de sol tura cadastradas e a gente vai saber qual o lugar ideal com base na situa o do animal Alguns precisam de rea com mais vegeta o outros precisam de recintos maiores outros de recintos espec ficos por m tempor rios que os pr prios propriet rios podem construir Tem at uma proposta de Centros de Reabilita o espec ficos para algu mas esp cies e grupos taxon micos com suporte exper tise estudos e testes direcionados Em outubro de 2013 ser emitida uma portaria com todas as regras No site do IEF o propriet rio poder cadastrar sua rea como rea de soltura A o Estado vai vistoriar publicar e apresentar aquele espa o como rea de soltura do Estado importante que voc s ajudem na divulga o
195. ibui o maior que a do setor de transportes que de cerca de 15 N o se trata apenas de g s car b nico CO Segundo o mesmo relat rio a produ o bovina respons vel por cerca de 35 a 40 das emiss es de metano que 21 vezes mais prejudicial que o CO Em setembro de 2012 o INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais publicou que a pecu ria responde por 62 do desmatamento da Amaz nia e que a agri cultura respons vel apenas por 5 o ndice pode ser maior j que por causa das nuvens nem sempre os sat lites captam todas as reas 6 Dispon vel em lt http www fao org docrep 010 a0701e a0701e00 HTM gt Acesso em 5 out 2013 7 Dispon vel em lt http igepri org news 2012 09 amazonia legal tem alta de O mesmo relat rio da FAO apontou que n o somente as pastagens mas tamb m os gr os utilizados nas ra es de animais est o a cada dia ocupando local onde antes havia grandes florestas Entre os anos de 1994 e 2004 a rea ocupada para o plantio de soja na Am rica Latina praticamente dobrou chegando a 39 milh es de hectares com grandes reas ocupadas pela monocultura Mais de tr s quartos da produ o de soja no Brasil se destinam a alimentar frangos porcos e bovinos criados em cativeiro nos pa ses importadores Segundo estudo de Schlesinger e Noronha 2006 90 de toda a safra do mundo eram des tinados s ind strias de esmagamento que transformam o gr o em leo e
196. ibuto entre 11 do quais apenas quatro s o referentes fauna ou a processos ecol gicos Quanto ao exemplo da supress o de 29 cavidades e preserva o de apenas uma o cen rio instalado seria este perda de abri gos potenciais para v rias esp cies de organismos perda de vegeta o espec fica presente em ambientes de penum bra caracter sticos das entradas de cavernas o que implica ria a diminui o de ofertas tr ficas para algumas esp cies como por exemplo morcegos frug voros e nectar voros e diminui o de servi os ambientais importantes como a poliniza o A rea o desencadeada pelos impactos nega tivos da lavra poderia diminuir a oferta de variedades de guano na nica cavidade que recebeu a tutela ambiental o que numa din mica tr fica poderia interferir negati vamente na preserva o da fauna cavern cola incluindo novamente os trogl bios objeto de conserva o espec fico na cavidade de relev ncia m xima Al m disso como j descrito por Ferreira e Martins 2001 p 25 Os ambientes cavern colas podem ser desestruturados por mudan as no meio externo decorrentes de fen me nos naturais ou a es humanas e isso tamb m pode a m dio ou longo prazos comprometer o estado de conserva o do pr prio ambiente externo Diferen as na drenagem subterr nea da gua causadas por desa 142 bamentos em cavernas por exemplo podem induzir alte ra es no regime hidrico do meio externo co
197. icina Veterin ria Legal Instituto T cnico de Educa o e Controle Animal S o Paulo 2013 ARLUKE A LOCKWOOD G R Understanding cruelty to ani mals In Society and Animals v 3 n 5 p 83 93 1997 185 ASCIONE F R ARKOW P Child abuse domestic violence and an imal abuse linking the circles of compassion for prevention and intervention West Lafayette Purdue University Press 1999 ASCIONE F R KAUFMANN M E BROOKS M E Animal abuse and developmental psychopathology recent research pro grammatic and therapeutic issues and challenges for the future In FINE A H Handbook on animal assisted therapy theoretical foundations and guidelines for practice San Diego Academic Press 2000 ASCIONE F R WEBER V WOOD D S Animal welfare and domestic violence In Final Report to the Geraldine R Dodge Founda tion April 25 1997 CURRIE C L Animal cruelty by children exposed to domestic vi olence In Child Abuse amp Neglect 30 2006 p 425 435 FERRARI D C A VECINA T C C O fim do sil ncio na viol ncia familiar teoria e pr tica S o Paulo Editora Agora 2002 LINZEY A The link between animal abuse and human violence Sussex Academic Press 2009 186 Educa o ambiental e prote o fauna o que se espera da escola leluia Heringer Lisboa Teixeira Introdu o cada vez maior a expectativa da sociedade na escola uma das derradeiras institu
198. icipal n 10 119 11 disp e do Munic pio ns 7 F 5 O descanso do animal n o poder ocorrer em via de Art 6 O animal utilizado na tra o de ve culo deve j i i e EA j aclive ou declive com arreio sob condi es clim ticas estar em condi es f sicas e de sa de normais identi i adversas nem com barbela presa ou outro tipo de freio ficado ferrado limpo alimentado dessedentado e em 2 Ree que impe a movimento condi es de seguran a para o desempenho do trabalho Ei ecl i f Art 10 vedada a perman ncia dos referidos animais 2 A jornada de trabalho do animal dever ser de no 4 soltos ou atados por corda ou por outro meio em vias m ximo 8h oito horas de prefer ncia no per odo das Es ou logradouros p blicos 6 seis s 18h dezoito horas inclu do o deslocamento para o trabalho observado o intervalo de descanso de no m nimo 10min dez minutos por hora de trabalho Finalmente a Declara o Universal dos Direitos dos Animais da qual o Brasil signat rio disp e no seu art 3 Durante a jornada de trabalho dever o ser 7 Cada animal que trabalha tem o direito a uma razo oferecidos gua e alimento para o animal pelo menos vel limita o do tempo e intensidade do trabalho a uma de 4 quatro em 4h quatro horas alimenta o adequada e ao repouso UNESCO 1978 4 A circula o de ve culo de tra o animal
199. idas pelas f ngicas 23 e pelas parasit rias 18 4 1 Triagem de animais silvestres O processo de triagem de animais constitu do basica mente por quatro etapas a identifica o b avalia o cl nica c avalia o f sica e d avalia o comportamental A identifica o cient fica e correta dos esp cimes deve ser realizada logo no recebimento sendo fundamental para subsidiar v rias das a es posteriores e depende de conhecimento taxon mico especializado pois com a expressiva biodiversidade brasileira e a grande simila ridade entre as esp cies de alguns grupos como o das aves esta pode n o ser uma tarefa simples Centenas de esp cies de animais s o encaminhadas para os CETAS do Brasil anualmente sendo que muitos destes exem plares s o procedentes de regi es geogr ficas e habitats distintos dos locais onde s o apreendidos Assim a iden tifica o exata dos animais influencia diretamente a des tina o principalmente quando se tratar de devolu o de animais ao ambiente A avalia o cl nica representa uma etapa complexa pois ainda s o pouco conhecidas as enfermidades que podem afetar a fauna silvestre No entanto crescente o interesse das universidades e centros de pesquisa pelos estudos envolvendo as doen as que acometem os animais na natu reza e em cativeiro A Instru o Normativa do IBAMA IN n 179 2008 IBAMA 2008b disp e sobre os protocolos a serem adotados em rela
200. ies fortemente amea adas de extin o inclusive o andir era conside rado extinto at 1996 Os estudos desconsideraram a acu mula o dos impactos e o licenciamento est sendo feito de forma fragmentada O senhor tem duas op es per mitir a continuidade dos licenciamentos ou suspender at que estudos mais aprofundados sejam realizados Em hip tese alguma n s dissemos N s somos contra os sete empreendimentos Ou Somos contra cinco quatro ou tr s 1 empreendimentos O que dissemos foi Precisamos de estudos mais aprofundados que nos deem um pano rama mais concreto efetivo e transparente a respeito da implanta o de um dois tr s quatro cinco seis ou sete desses empreendimentos Portanto o principal fundamento dessa a o civil p blica o risco de extin o de esp cies Em letras garrafais colocamos inclusive o risco de extin o de uma esp cie do Planeta Terra o exterm nio do andir Os resultados parciais o Judici rio tem nos dado a resposta que preci s vamos Essa a o foi proposta em 2011 e desde ent o todos esses empreendimentos encontram se paralisados Essa liminar foi confirmada mesmo ap s v rios questio iSi namentos recursais Apenas para um empreendimento que ainda n o tinha sequer pedido de licen a pr via for malizado foi permitida a continuidade da condu o do processo exclusive a licen a a decis o deixa bem claro ou seja podem ser apresentados estu
201. il com promisso de ajustamento de conduta e a o civil p blica para o exerc cio de sua atribui o Com o advento da Constitui o da Rep blica altera se novamente a categoria dos animais os quais de res nullius propriedade privada e depois dom nio estatal adquirem a ordem de bem de uso comum do povo essencial sadia qualidade de vida art 225 caput 206 Indo al m o legislador constituinte origin rio no art 225 1 VII reconheceu que os animais possuem um valor intr nseco que deve ser respeitado al ando os a destina t rios diretos dos deveres constitucionais Confirma essa premissa a proscri o de condutas que levem extin o de esp cies da fauna e que revelem maus tratos aos ani mais 0 que a princ pio n o representa nenhuma utili dade direta para o homem Tamb m o mesmo dispositivo constitucional estabelece prote o aos animais em vir tude de sua import ncia ambiental raz o pela qual veda as pr ticas que coloquem em risco sua fun o ecol gica Para Levai 2005 p 588 a previs o constitucional ora analisada consiste no fundamento prec puo para a tutela da fauna no Brasil reunindo a um s tempo o aspecto ambiental e o tico Ademais com o advento da Constitui o da Rep blica de 1988 todas as formas de vida obtiveram ampla prote o visto que na dic o do festejado art 225 todos t m o direito ao meio ecologicamente equilibrado A pr
202. ilidade de dor ou sofri mento deve abster se daquele uso Em outras palavras revela se o princ pio da precau o que foi forjado na Rio 92 e que informa o direito ambiental brasileiro e o direito ambiental de todas as na es evolu das E o Minist rio P blico tem olhado para a quest o animal e buscado atender as especificidades pr prias do pro blema V rios grupos t m sido criados como o Gedef em Belo Horizonte que tem formata o diferente do Gecap em S o Paulo N s somos promotores criminais com o poder de execu o O Gedef n o prop e a es n s propo mos Desde a constitui o do Gecap em janeiro de 2012 j investigamos mais de 400 den ncias de maus tratos contando com aproximadamente dois mil procedimen tos em andamento entre processos inclusive em grau de recurso inqu ritos e procedimentos internos de investi ga o Um resultado que nos alegrou muito diz respeito a uma recomenda o que formulamos em face do Conselho Federal de Medicina Veterin ria Fizemos um trabalho demonstrando qual era a fun o da cauda nos animais comparamos isso com a legisla o penal e com a legisla o ambiental dizendo que cortar cauda de animal era um ato de mutila o portanto crime e recomendamos 180 ao Conselho que modificasse a resolu o que eles tinham porque eles s recomendavam que n o se cortasse a cauda de animais e proibiam o corte das caudas vocais e o corte das orelhas Ent o n s
203. ina o dos animais de rua resgatados para trata mento no ano de 2013 m Adotados E Soltos no local de captura inicial bito E Submetidos eutan sia E Em tratamento 110 O numero de animais doados amostrados na tabela 1 parece pouco expressivo No entanto considerando que nosso trabalho tem apenas um ano e sete meses e que por quest es culturais as pessoas preferem animais de ra a julgamos satisfat rio esse resultado de 61 ado es No mesmo per odo foi poss vel realizar 975 esteriliza es conforme tabela 2 abaixo Essas medidas seguem recomen da es da Organiza o Mundial de Sa de OMS para o controle efetivo da popula o de c es e gatos com base em educa o para a guarda e tutela respons vel dos animais de estima o registro e identifica o controle da reprodu o e dispositivos legais pertinentes Tabela 2 N mero de animais Canis familiaris e Felis catus esteri lizados por esp cie e sexo Esp cie Esp cie Total Canis familiaris Felis catus Macho 180 Macho 79 259 F mea 592 F mea 184 716 Total a2 Total 263 975 N o h por conseguinte controle de zoonoses sem controle reprodutivo De fato uma s6 cadela pode originar direta ou indiretamente 67 mil c es num per odo de seis anos e uma gata em sete anos 420 mil gatos A maior parte desses animais morre precocemente caso contr rio haveria um n mero ainda maior de animais abandonados e a perpetu a
204. inco lumidade do cavalo e do seu condutor fr geis diante dos ve culos automotores O C digo de Tr nsito Brasileiro nos art 165 e 310 pro be tamb m a condu o sob influ ncia de lcool ou de qual quer outra subst ncia psicoativa que determine depen d ncia assim como a condu o de pessoa n o habili tada com habilita o cassada ou com o direito de dirigir suspenso J o art 237 pro be transitar com o ve culo em desacordo com as especifica es sendo esta uma infra o nha bol ia fixa e arreios apropriados com tesouras pontas de guia e retranca grave A utiliza o de animais carro as e arreios em con di es inadequadas de seguran a portanto uma infra o grave e forma um conjunto que precisa ser avaliado pelos legisladores e juristas uma vez que a carro a n o se locomove per se se n o estiver atada ao seu motor no caso a anim lia Loginov et al 1993 descrevem os requisitos que devem ter as carro as leveza na movimenta o estabilidade facilidade de convers o nas curvas elasticidade e inde pend ncia de marchas Al m disso devem possuir sis tema de frenagem mec nica e um conjunto de suspens o Do ponto de vista de conserva o do cavalo s o mais importantes a leveza na movimenta o e a elasticidade O art 231 pro be transitar com o ve culo acima da capa cidade m xima de tra o enquanto o art 275 obriga o transbordo do peso excedente Tamb m exigido n
205. io Rita de Cassia Maria Garcia Educa o ambiental e prote o a fauna o que se espera da escola Aleluia Heringer Lisboa Teixeira A atua o do Minist rio P blico em defesa da fauna Luciana Imaculada de Paula 154 165 184 187 NO e OO Waldemar Antonio de Arimat ia Meu bom dia a todos Eu vou ser breve parece que temos muito com que trabalhar mas quero deixar aqui meu registro Dr Luciano Badini Dr Carlos Eduardo Ferreira Pinto minha ex aluna Luciana Imaculada Dra Shirlei Bert o componentes da Mesa demais colegas do plen rio promotores representantes da Pol cia Civil da Pol cia Militar da sociedade civil organizada Recebi ontem essa miss o estava de licen a mas fiz quest o de vir aqui porque sei que os desafios de voc s s o enor mes Em alguns setores eu diria que sou incisivo n o vou falar xiita e nem radical mas incisivo e talvez eu me identi fique com alguns aqui em certos pontos Nas nossas lides de Minist rio P blico convivemos com algumas dificuldades Primeiro uma das palavras mais utilizadas hoje nos setores de conhecimento pol ticos institucionais defesa Vamos lutar em defesa disso em defesa daquilo S o v rias institui es v rios rg os numa pluralidade de esfor os de concen tra o de energia em defesa Mas quem que est atacando Quem que ataca Vou falar muito r pido n o tenho preten s o de palestrar mas precisamos
206. iofauna do Rio Santo Ant nio Bacia do Rio Doce MG Proposta de conserva o Infelizmente tivemos que judicializar o caso porque esses empreendimentos efetivamente estavam sendo licencia dos no Conselho Estadual de Pol tica Ambiental Desses empreendimentos inclusive alguns j tinham licen a de instala o expedida ou seja os danos ambientais eram prementes Das esp cies que mencionamos na a o civil p blica como amea adas de extin o est o o surubim do doce criticamente amea ado o piau com incid ncia quase restrita Bacia do Santo Ant nio a pirapitinga e o andir Com rela o ao andir e a partir dos estudos e dos encon tros com o professor F bio descobrimos que o rio Santo Ant nio o nico local do planeta onde ele existe A implanta o de sete pequenas centrais hidrel tricas pode ria colocar em risco a exist ncia de uma esp cie no Planeta Terra A partir dessa constata o passamos algumas noites sem dormir pensando nesse bicho e quando dor m amos sonh vamos com ele Estudamos quais seriam as melhores estrat gias pegamos os processos de licen ciamento ambiental dos sete empreendimentos e consta tamos as seguintes amea as e riscos A primeira delas basilar no sentido de que a implanta o de barragens uma das principais causas de impacto da ictiofauna Mas o que justificou de fato a a o civil p blica foi a ideia de que esses sete empreendimentos estavam sendo licencia
207. ipa o no projeto de reforma do C digo Penal em tramita o no Congresso Nacional com mais 14 profissionais de direito ju zes promotores advo gados defensores p blicos procuradores da Rep blica Esse trabalho entregue ao Senado Federal foi transfor mado no projeto CPLS 236 2012 e j sofreu um substitu tivo H previs o real de vota o no Senado Federal sobre a possibilidade de um novo C digo Penal para o Brasil e caso aprovado ir para a C mara dos Deputados Por que a import ncia desse tema Porque foi inclu da no projeto de reforma toda mat ria de crime e contraven o vigente no Pa s sendo que se revoga toda a mat ria contravencional e passaremos a ter s a mat ria infracio nal criminosa como t pica ou seja as condutas conside radas criminosas na Lei 9 605 98 passam a ser inclu das no C digo Penal Esta lei vai continuar vigorando caso o projeto se transforme em lei como novo C digo Penal por m a mat ria eminentemente penal n o ser mais tra tada nesse sistema parte que a lei ambiental e sim dentro do C digo Penal Como fui um dos membros da Comiss o e acabei sendo indicado relator da mat ria o cap tulo referente prote o da fauna e da flora posso esclarecer a esse respeito Na verdade isso s o considera es sobre o tema que me foi proposto falar sobre avan os legislativos na mat ria ambiental claro que essa tem tica demandaria todo um semin rio s
208. ira Marotta Moreira Promotora de Justi a do Estado de Minas Gerais Mestre em Direito Ambiental e Sustentabilidade pela Escola Superior Dom Helder C mara Promotora de Justi a do Meio Ambiente e Patrim nio Cultural na Comarca de Belo Horizonte Tem experi ncia na rea de Direito com nfase em Direitos Especiais Luciana Hiromi Kamino Doutora e Mestre em Biologia Vegetal pelo Programa de P s Gradua o em Biologia Vegetal da UFMG Bi loga formada pela UFMG CRBio 30070 4 D Desenvolve projetos de conserva o de esp cies end micas do Quadril tero Ferr fero e de esp cies amea adas de extin o no estado de Minas Gerais Colabora com a atualiza o de dados da Lista de Esp cies da Flora do Brasil e na execu o do projeto Rede Integrada em Taxonomia de Plantas e Fungos Autora de artigos em ecologia e biogeografia explorando intera es esp cies e ambien tes 11 cap tulos de livros e dezenas de trabalhos apresen tados em congressos nacionais e internacionais Editora do livro Plantas da Floresta Atl ntica Organizadora do Workshop Plantas Vasculares da Mata Atl ntica Centros de Endemismos e Estrat gias para a Conserva o 2007 e do I Workshop de Modelos Preditivos de Distribui o de Esp cies Aplica es Desafios e Perspectivas 2011 Possui experi ncia como analista ambiental e per cia em meio ambiente realizando an lise t cnica dos processos de licen ciamento ambiental monitoramen
209. ireito ambiental temos facili dade de encontrar parcerias e financiamentos A Abrampa tem uma gest o absolutamente transparente em rela o sua forma de capta o e aos gastos inclusive gastos de viagem de diretoria Quando fazemos eventos sobre minera o energia inclusive energias alternativas licen ciamento ambiental ou outros assuntos nos quais o poder pol tico ou o poder econ mico tenham interesse devotado temos muito mais facilidade de arrecada o e constru o de parcerias do que quando se trata de diretos dos ani mais Portanto essa hist ria dos direitos dos animais ser o primo pobre precisa ter um posicionamento e esse posi cionamento dizer N s vamos realizar os eventos vamos enfrentar essa dificuldade buscar formas alternativas de finan ciamento vamos realiz los assim J anuncio que estamos incorporando permanentemente ao calend rio o Encontro do Minist rio P blico de Prote o Fauna O fil sofo franc s Luc Ferry quando aborda a quest o animal ele fala que na Idade M dia havia uma postura em que at por for a de influ ncia da Igreja de certa forma havia maior equipara o do animal com as pessoas Portanto voc tinha que ter procedimentos judiciais de respeito ao animal que hoje nos parecem ris veis e in cuos mas que eu menciono para a gente ter a considera o de onde n s j estivemos N o que tenhamos que voltar para a Idade M dia mas que possamos ter inspira o para d
210. ireito tribut rio aplic veis Uni o Estados e Munic pios Bras lia 1966 Dispon v el em lt http www presidencia gov br gt Acesso em 19 ago 2007 ____ Lei n 5 197 de 3 de janeiro de 1967 Disp e sobre a prote o fauna e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www plan alto gov br ccivil 03 leis 15197 htm gt Acesso em 27 abr 2015 ____ Lei n 9 605 de 12 de fevereiro de 1998 Disp e sobre as san es penais e administrativas derivadas de condutas e ativi dades lesivas ao meio ambiente e d outras provid ncias Dis ponivel em lt http www planalto gov br ccivil 03 leis 19605 htm gt Acesso em 27 abr 2015 ___ Lei Complementar n 140 de 8 de dezembro de 2011 Fixa normas nos termos dos incisos III VI e VII do caput e do par grafo nico do art 23 da Constitui o Federal e d outras provid ncias Bras lia DF 2011 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 leis lcp Lcp140 htm gt Acesso em 27 abr 2015 MINAS GERAIS Constitui o do Estado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Assembl ia Legislativa 1989 ___ Lei Delegada n 180 de 20 de janeiro de 2011 Disp e sobre a estrutu ra org nica da administra o p blica do poder Executivo do Estado de Minas Gerais e d outras provid ncias Belo Horizonte MG 2011 ____ Pol cia Militar Instru o n 03 003 1 2009 CG Regula a at ua o da Patrulha de Preven o Degrada o do Meio Ambie
211. is agentes ou seja o que infra o penal praticada em bando no Brasil Temos um descompasso E o projeto pretende sistematizar e trazer para o C digo Penal cerca de 120 leis Ent o ser inserida no C digo Penal toda a mat ria penal da Lei de Drogas da Lei 9 605 assim como os crimes previstos no ECA e no C digo do Consumidor dentre outros Se aprovado o projeto e o substitutivo o Brasil ir reduzir para cerca de 850 tipos penais os mais de dois mil crimes ou contraven es hoje previstos nas 130 leis penais vigoran tes Quem aqui sabe ou conhece todos os tipos penais todas as infra es que se pode praticar no Pa s e que s o punidos penalmente Desde que maiores e capazes estamos sujeitos a praticar mais de duas mil infra es e nenhum professor de Direito Penal sabe todas elas N o h como N o que se pretenda uma descriminaliza o geral ampla e irrestrita ao contr rio foi dada dignidade penal quilo que realmente deve estar em um C digo Penal principalmente mat ria de defesa animal O s tio eletr nico do Senado Federa permite o acesso ao projeto e ao substitutivo um projeto com mais de 500 artigos e j h um substitutivo com altera es Veja se o que se vai diferenciar na parte de crimes contra a fauna em termos quantitativos Pela Lei 9 605 temos hoje 7 sete condutas criminosas b sicas desdobradas em cerca de 18 dezoito no cap tulo Dos Crimes contra a Fauna No projeto aumentam s
212. ispostos nas salas de cirur gia e de preparo pr operat rio Foto 2 Salas destinadas cirurgia e ao cuidado pr operat rio O apoio do UNIFORM MG vem dos acad micos do curso de Medicina Veterin ria que realizam est gios na sede no local Al m disso a institui o colabora com alguns proce dimentos cir rgicos exames e atendimentos cl nicos O apoio do Minist rio P blico e da Pol cia Militar de Meio Ambiente consiste em dar respaldo legal s a es respecti vamente por meio de requerimento judicial de emiss o de mandados de busca e apreens o quando a situa o exigir e pela requisi o ou averigua o de den ncias de maus tratos e ado o de medidas judiciais em face dos infratores Todas as despesas de manuten o e funcionamento est o a cargo da Secretaria Municipal de Gest o Ambiental Os 108 trabalhos desenvolvidos no CODEVIDA incluem micro chipagem doa o de animais notifica es de animais soltos em vias p blicas atendimento de den ncias de maus tratos realiza o de exames de leishmaniose visce ral canina recolhimento seletivo de animais abandonados em p ssimas condi es de sa de para realiza o de euta n sia recolhimento de animais doentes e ou atropelados com progn stico bom para atendimento veterin rio e rea liza o de esteriliza o cir rgica por meio de orquiecto mia e ov rio salpingo histerectomia de c es e gatos O programa em refer ncia tem por
213. isse que ele voltava a ser escravo sim e ele voltou a ser escravo A emenda 14 estabeleceu o fim da escravid o nos Estados Unidos todos que assistiram ao filme Lincoln viram mais ou menos o que aconteceu mas os descendentes de escravos n o podiam estudar porque nas escolas estava escrito S para brancos White Only Ferguson um desses negros j n o era mais escravo entrou com uma a o na Suprema Corte querendo estudar naquela escola que proibia a sua entrada e a Suprema Corte reconheceu o direito dele de estudar mas n o naquela escola porque aquela era destinada apenas a alunos brancos Surge o conceito de separate but equal separados mas iguais Alguns anos depois um outro aluno Brown ingressa com uma a o pedindo para estudar numa daquelas escolas onde os negros estavam segregados e a mesma Suprema Corte sem nenhuma Emenda Constitucional sem nenhuma lei nova obrigou a escola a matricular esse aluno Ent o foi baseado nesses precedentes hist ricos mesmo no Brasil e eu posso citar v rios exemplos como o caso Liberata uma escrava no Rio de Janeiro poss vel Mesmo na escravid o brasileira um escravo que era coisa como os animais hoje s o considerados coisas por boa parte da doutrina podia ir a ju zo defender o seu direito O grande abolicionista baiano Lu s Gama n o era nem formado em Direito r bula como o chamavam no estado de S o Paulo entrou para defender muitos
214. ivamente uma democracia s lida ou vamos continuar sendo rep blica de bananas A todo momento n s do Minist rio P blico somos amea a dos de nos tirarem a vitaliciedade de nos proibirem dar entrevista morda a Quantas emendas constitucionais t m no Congresso brasileiro grande parte para amea ar para impedir o Minist rio P blico que n o tem feito nada mais do que cumprir a lei Quero poupar voc s de uma palestra muito grande Desculpem pelo meu tom um pouco exacerbado n o do meu costume mas tem certas horas que n o conseguimos conter nossa indigna o Sei que n o f cil que estamos numa democracia n o pretendo ser o dono da verdade mas preciso que o Judici rio e o Minist rio P blico con tinuem e tem feito at muito nesse caminho de pro 168 mover a mudan a social O Judici rio n o para mudar a sociedade mas a hist ria tem demonstrado que poss vel sim em casos onde o cidad o n o tenha mais nenhuma alternativa que o Judici rio o fa a Vou citar somente um caso hist rico da jurisprud ncia americana o caso Dred Scott Ele era um escravo do estado da Virg nia onde tinha escravid o e o dono dele se mudou para uma cidade que n o tinha escravid o logo ele se tornou um homem livre O patr o voltou para o local de origem e disse Voc agora volta a ser escravo Voc era um homem livre l Aqui tem escravid o E ele recor reu at Suprema Corte americana que d
215. l n cio n o inocente j que hoje dispomos de informa es e conhecimentos que podem fazer contraponto atual situa o Luc Ferry 2009 p 75 nota 10 observa que a literatura americana e alem sobre o direito dos animais de uma abund ncia e riqueza impressionantes e que uma bibliografia recente precisou de mais de seiscentas p gi nas para recense la Diante disso qual a proposi o Como mudar pois essa situa o e traduzir esses conhecimentos em a es peda g gicas N o me refiro a a es desarticuladas pontuais que dependem da exist ncia de um setor espec fico da obriga o legal ou da boa vontade de um professor mais disposto mas a algo sist mico Plataforma Terr queos um jeito de ser escola No campo das inten es e dos discursos daqueles que lidam com crian as e jovens principalmente em escolas se diz desej vel que os estudantes tenham interesse pelas grandes causas que sejam colaborativos e menos indivi dualistas que tenham refer ncias de vida e autonomia que consigam propor solu es para os problemas Para citar apenas algumas expectativas Contudo quando nos confrontamos com as nossas pr ticas pedag gicas na dis 195 tribui o dos tempos e espa os escolares percebemos o quanto somos contradit rios e incoerentes pois nosso modus operandi nega e sufoca tudo isso A escola infeliz mente com seus modelos pedag gicos tem cortado as conex es O que prevalece afi
216. l de Combate ao Tr fico de Animais Silvestres Renctas 2002 avaliou os dados de animais apreendi dos pelo IBAMA durante os anos de 1992 a 2000 quando foram contabilizados cerca de 264 mil animais apreen didos sendo 41 na regi o Nordeste 31 na Noroeste 13 na Centro Oeste 11 na Sudoeste e 4 na regi o Sul Assim a Renctas aponta como principal rota de tr fico no Brasil a saida de animais das regides Noroeste Nordeste e Centro Oeste para as regides Sul e Sudeste e sugere ainda que os animais s o capturados por pessoas humildes que vivem nas zonas rurais visando complementa o da baixa renda familiar para a sobreviv ncia Ainda segundo a Renctas 2002 o transporte clandestino de fauna reali zado por motoristas de nibus ambulantes barqueiros ou pessoas que transitam entre os ambientes urbanos e rurais e os principais destinos desses animais s o as resid ncias de pessoas que os mant m como pet al m de alguns cria douros e zool gicos Entretanto em rela o s rotas de tr fico Vilela 2012 por meio de compara o dos habi tats das esp cies mais apreendidas em todas as regi es do Brasil sugere que esse perfil de fluxo do tr fico com os animais saindo das regi es Noroeste e Nordeste para as regi es Sul e Sudeste n o corresponde realidade do tr fico de animais em nosso pa s e sugere que os animais em sua grande maioria s o comercializados e mantidos de forma clandestina na pr pria regi
217. lu o das normas protetivas dos animais no cen rio legislativo brasileiro de objeto a destinat rio final da norma As primeiras refer ncias aos animais no ordenamento p trio podem ser encontradas no Direito Civil Neste sentido o C digo Civil de 1916 forjado nas bases do Direito Romano relegava os seres moventes a coisas pass veis de apropria o pelo homem classificando os como bens m veis art 47 ou como res nullius art 593 Considerava se o animal como objeto de um direito de propriedade ou ent o caso n o domesticado como artigo sem dono pertencendo ao primeiro que dele se apossasse No novo C digo Civil foi suprimida a previs o dos ani mais como mercadorias sem dono em conson ncia com a nova orienta o constitucional mas manteve se a catego ria semovente art 82 205 A primeira norma criada no Brasil com a finalidade preci pua de proteger os animais foi o Decreto n 24 645 1934 subscrito por Get lio Vargas em pleno Governo Provis rio o qual de surpreendente orienta o bioc n trica BENJAMIN 2001 criminalizou diversas condu tas caracterizadoras de maus tratos contra os animais Referida norma reconheceu os animais como seres tutela dos do Estado art 1 estabelecendo ipso facto deveres ao ente p blico concernentes ao exerc cio desse encargo Tamb m o Decreto Lei n 3 688 1941 tipificou condutas lesivas integridade dos animais como trat los com crueldade ou submet
218. lui tamb m a proibi o de animais em circo A mobiliza o da Plataforma Animal ter um grande peso na sua aprova 200 o A proposta de interven o na realidade s o momen tos ricos de aprendizagem experiencial e essenciais para desenvolver as lideran as do futuro o aprender fazendo O projeto de coleta seletiva da escola um sucesso desde 2009 Est na interface das pessoas catadores e do pla neta A escola p s disposi o bags e mant m nas duas portarias uma estrutura de recolhimento As fam lias pro fessores e funcion rios aderem proposta de acordo com as pr prias possibilidades Realizamos dois Mutir es de Res duo Eletr nico inicia tiva muito apreciada pelos pais que pediram que a escola a repetisse de tempo em tempo Considera es finais Iniciei este texto perguntando se em rela o ao meio ambiente e aos animais a escola estaria contribuindo para o cuidado e a prote o ou para a indiferen a Considerei que at o momento a escola vem contribuindo para a indiferen a N o de modo deliberado e intencional mas porque n o realiza as conex es necess rias poss vel interferir nessa realidade propondo um ensino pautado pela complexidade A educa o ambiental o cuidado e a prote o dos animais dar o um salto de qualidade somente quando a escola e o seu corpo discente enten derem que h uma interdepend ncia entre as pessoas as quest es ambientais e os animais
219. m o da tirania Os franceses j descobriram que o escuro da pele n o raz o para que um ser humano seja irremediavelmente abando nado aos caprichos de um torturador poss vel que um dia se reconhe a que o n mero de pernas a vilosi dade da pele ou a termina o do osso sacro s o raz es igualmente insuficientes para abandonar um ser sen ciente ao mesmo destino O que mais deveria tra ar a linha intranspon vel A faculdade da raz o ou talvez a capacidade de linguagem A quest o Eles s o capazes de raciocinar nem S o capazes de falar mas sim Eles s o capazes de sofrer Mais de dois s culos depois a ci ncia endossa de forma irrefut vel que as diferen as f sicas econ micas e inte lectuais n o aumentam nem diminuem a sensibilidade dor e ao sofrimento Tal perspectiva evidente na Declara o sobre a Consci ncia em Animais Humanos e N o Humanos assinada no dia 07 de julho de 2012 na Universidade de Cambridge no Reino Unido durante a Confer ncia Francis Crick Memorial Sobre a Consci ncia nos animais Humanos e n o humanos Na ocasi o reno mados cientistas das mais importantes universidades do mundo como Harvard MIT Princeton e Instituto Max Planck assim declararam 1 Dispon vel em http femconference org img CambridgeDeclarationOn Consciousness pdf Acesso em 22 de agosto de 2015 204 Evid ncias convergentes indicam que animais n o humanos t
220. m os animais necessitam de beber fre quentemente aconselh vel dar gua aos cavalos cerca de uma hora ap s o in cio da marcha e novamente poucos quil metros antes de fazer um grande alto Com calor e em tempo seco ainda aconselh vel dar lhes de beber de duas em duas ou de tr s em tr s horas durante a marcha o que estimula os grandemente aumentando a sua disposi o para marchar Em tempo frio e chuvoso esses cuidados n o se imp em com tanta frequ ncia O frio excessivo afeta a capacidade de marcha dos elementos a cavalo principalmente devido ao sofrimento que causa aos homens e aos animais os animais quando em movimento n o s o particularmente afetados pelo frio intenso nos altos entretanto eles sentem bastante a menos que sejam tratados convenientemente Agasalhos apropriados XVIII conduzir animais por qualquer meio de locomo o colocados de cabe a para baixo de m os ou p s atados ou de qualquer modo que lhes produza sofrimento XX encerrar em curral ou outros lugares animais em n mero tal que n o lhes seja poss vel moverem se livremente ou deix los sem gua e alimento por mais de 12 horas para os homens e mantas para os animais s o imprescind veis descanso semanal do animal ressalvada a hip tese de EMPREGO 1950 utiliza o em atividades voltadas para o lazer e para o turismo como passeio de charrete em pontos tur sticos Por sua vez a Lei Mun
221. m provavelmente morto e que d nome ao fil HOMEM Vou reformular Como que ele vem o fil assim GAR OM Morto N o tem o que fazer At pensei se tinha um jeito de repente de cortar um peda o e anestesiar para ele n o sentir dor e depois ia crescer a a anestesia corta o peda o e cresce para saciar essa vontade que voc s t m de animal morto mas n o infelizmente n o d MULHER Ele vem com o qu GAR OM Ah isso que voc s querem saber o que faz dife ren a para voc s Vem com alho MULHER Ah GAR OM Bastante alho MULHER Eu acho que bom GAR OM Tanto alho que mal d pra ver que de baixo tem um cad ver um boi morto abatido brutalmente com uma pancada na cabe a sem ele ter feito nada para merecer isso e cortado ainda vivo fatiado pra que o sangue n o se esvaia MULHER E o frango hein Eu acho que eu vou nesse Supremo de Frango Como que esse Supremo de Frango GAR OM O frango um pinto que cresceu da noite pro dia base de um monte de horm nio cresceu entulhado numa caixi nha assim com mil outros pintinhos numa caixinha de sapato desse tamanho MULHER N o tudo bem mas depois disso GAR OM Depois mataram ele Mataram cortaram a cabe a dele fora e HOMEME Desculpa o que ela est querendo perguntar a parte do Supremo GAR OM Creme de leite HOMEM Creme de leite Voc gosta MULHER Eu gosto GAR OM Derivado do leite da vaca ord
222. m stica o papel do m dico veterin rio Rita de C ssia Maria Garcia Quantas vezes um policial no exerc cio de sua profiss o se deparou com um caso de abuso animal cujos algozes eram potenciais criminosos Atr s de cada hist ria de abuso contra animais talvez se escondam hist rias de vio l ncia contra seres humanos O abuso animal que abrange os maus tratos a crueldade e a neglig ncia muitas vezes considerado um incidente isolado e de todo separado da viol ncia familiar dom s tica abuso a adultos vulner veis como idosos mulheres abuso infantil etc No entanto ambos est o interliga dos ARKOW 2013 ASCIONE KAUFMANN BROOKS 2000 embora nem sempre essa conex o seja levada em conta pelos profissionais da Medicina Veterin ria da Sa de Mental do Direito da Seguran a P blica e pelos profissionais de outras reas a quem cabe a responsabili dade de identificar e prevenir a crueldade contra animais ARLUKE LOCKWOOD 1997 A viol ncia dom stica envolve casos de agress o f sica sexual e psicol gica de abandono e neglig ncia de crian as adolescentes e adultos vulner veis geralmente idosos e mulheres e est presente em todas as classes sociais com um n vel de complexidade tal que exige abordagem mul tidisciplinar de assistentes sociais psiquiatras psic logos e m dicos FERRARI VECINA 2002 O abuso animal al m de causar sofrimento v tima pode tornar o agresso
223. m encontrar aves com plenas condi es f sicas mas com baixa capacidade funcional para certas atividades como o voo por passarem muitos anos aprisionadas em gaiolas ou recintos pequenos A manuten o tempor ria destes esp cimes em recintos especializados para a rea bilita o f sica com um programa de treinamento pode reverter esse quadro de atrofia do sistema musculoesque l tico e recuperar as condi es para retorno vida livre A avalia o comportamental feita por meio da observa o do repert rio das respostas dos animais aos diferentes agentes externos Comportamentos de automutila o s o frequentemente observados em animais mantidos isola dos em cativeiro clandestino que por via de regra s o inadequados para atender s necessidades dos animais silvestres O comportamento de aproxima o ao humano frequentemente verificado em papagaios araras e alguns primatas tamb m indesej vel quando se prop e a reali Zara destina o para o ambiente no entanto observa se que alguns animais com grau de amansamento elevado podem apresentar sucesso em programa de reintrodu o desde que a rea de soltura seja devidamente pro tegida contra as a es de capturadores de animais O que se observa no entanto que a maioria dos animais encaminhados para os centros de triagem s o proceden tes do ambiente natural capturados adultos exceto psi tac deos e possuem conhecimento dos comportamentos e
224. m projeto de biologia entre outros foram sendo ques tionados e abolidos um a um Realizaram se tr s eventos de ado o de animais sendo o primeiro organizado juntamente com os alunos desde a divulga o at o trabalho volunt rio no dia da feira Escrevemos uma carta aberta sobre a situa o dos cava los de Contagem e colhemos assinaturas Fomos recebi dos pelo Presidente da C mara de Vereadores e nada 10 Todas as iniciativas e mais informa es sobre o projeto ver no endere o eletr nico www plataformaterraqueos org br 199 mais foi feito Fracasso da opera o N o necess rio fazer a distin o entre a a o de militantes e a proposta da escola que atua no mbito da educa o da mudan a de mentalidade portanto a longo prazo O importante levantar o debate entre estudantes e professores e deixar que as pessoas opinem concordem ou contestem Foi o que aconteceu De um lado os que se preocupavam com o emprego do carroceiro e n o assinavam do outro os que se preocupavam com os cavalos Levantamos ent o uma terceira possibilidade que era a rela o entre mis ria e sofrimento quando se uniam as duas figuras envolvidas O carroceiro e o cavalo Foi necess rio tamb m propor uma solu o N o tivemos for a para apresentar a aboli o mas sim um per odo de transi o at chegar aboli o Apesar de Tom Regan 2006 afirmar que o direito dos animais requer aboli o e n o refor
225. m t cnico para entre gar as anilhas e verificar a situa o dos animais um tra balho conjunto com a pr pria fiscaliza o e por isso est dentro da mesma estrutura Bom a v m os Centros de Triagem de Animais Silvestres Cetas os Centros de Reabilita o de Fauna Cras que ainda n o temos em Minas Gerais e as reas de Soltura de Animais Silvestres que a gente chama de Asas e s o de responsabilidade do IEF O Ibama tem cinco Cetas Montes Claros Uberl ndia Juiz de Fora Governador Valadares e Belo Horizonte A partir de novembro de 2013 haver servidores do IEF trabalhando nesses Cetas com anilhas pr prias e os animais decorrentes de fiscali za o estadual ser o animais do Estado mas o Ibama con tinuar fiscalizando e passar a compartilhar seus Cetas Esse compartilhamento para o Estado poder iniciar seus processos de fiscaliza o por ser uma atribui o comum de acordo com a Lei Complementar 2011 O Estado pre cisa de estruturas de triagem para levar os animais e vai inaugurar o primeiro dos seus pr prios Cetas em outubro de 2014 na regi o de Belo Horizonte usando Cetas do Ibama federais Depois a gente descompartilha e conti nuar havendo Cetas do Ibama e Cetas do IEF O Minist rio P blico tem sido um grande parceiro no que se refere a encontrar reas estrat gicas para constru o dos Cetas A gente quer unir esfor os e n o construir um Cetas do Ibama e do lado um Cetas do IE
226. m uma equipe respons vel pela fauna Ent o cada subsecretaria e o pr prio IEF t m atribui es distintas Como eu disse o acordo de coopera o da gest o da fauna silvestre foi assinado entre Ibama Semad e IEF com dura o de tr s anos e foi dividido em quatro etapas A primeira em rela o a manejo de fauna silvestre em cativeiro Todas as categorias de criadouros cient ficos criadouros comerciais mantenedouros Cetas Centros de Triagem de Animais Silvestres Cras Centros de Reabilita o de Animais Silvestres estabelecimentos comerciais abatedouros frigor ficos normatizados pela IN 169 Instru o Normativa do Ibama de 2008 e criado res de aves ex ticas vinculadas IN 18 de 2011 As auto riza es para instala o de todas essas categorias ser o dadas pelo IEF a partir de outubro de 2013 Vai continuar sendo pelo Sisfauna ao qual todos os servidores do Ibama t m acesso O empreendedor que quiser instalar um cria douro comercial vai dar entrada no Sisfauna n o precisa vir ao IEF de Belo Horizonte pode ir ao rg o regional e abrir o protocolo que ser analisado para serem feitas as vistorias O IEF contratou 26 servidores sendo 13 bi lo gos e 13 veterin rios Temos 13 regionais e dentro desses escrit rios regionais tem um veterin rio e um bi logo tra balhando especificamente com fauna l gico que podem tirar d vidas na sede em Belo Horizonte mas o protocolo o arquivo todo o pro
227. m variados impactos sobre as esp cies aqu ticas e as comunidades rip rias que vivem no limite entre ecossistemas terrestres e aqu ticos Al m disso a retirada das esp cies de morce gos que comem frutas de cavernas parece reduzir as taxas de poliniza o e de dispers o de sementes na vegeta o externa o que a longo prazo pode empobrecer a variabili dade gen tica de muitas popula es de plantas A Instru o Normativa MMA n 02 2009 IN 02 que veio complementar o Decreto n 6 640 2008 dando diretrizes e propondo metodologias para os estudos de relev ncia das cavidades naturais subterr neas deixa claro que o objetivo o de preserva o unit ria ou seja o alvo de preserva o restrito cavidade e a seu entorno imediato Esse entorno ou rea de influ ncia da caverna definido pela IN 02 como rea que compreende os elementos bi ticos e abi ti cos superficiais e subterr neos necess rios manuten o do equil brio ecol gico e da integridade f sica do ambiente cavern cola BRASIL 2009 Alguns autores questionam a possibilidade de uma an lise eficiente dos atributos apenas por meio das meto dologias indicadas na IN 02 De acordo com Trajano e Bichuette 2010 p 107 Essas normas legais apresentam v rias falhas das quais uma das maiores centrar toda a an lise na cavidade que na defini o equivale a caverna por sua vez definida atrav s de crit rio antropoc nt
228. ma e depois eu mostrei de baixo Adivinha Olha ela a Ent o n s temos uma flores ta urbana ela est conosco as rvores que crescem livres de impedimento mesmo que parando nas constru es estabelecem uma continuidade e uma ocupa o do espa o que lhes natural rvores n o evolu ram a gente n o pode esquecer que habitat e ecossistema s o frutos de processo evolutivo eles evolu ram para coexistir lutando por luz ent o eles evolu ram para crescer mais ou menos embolados A gente pode direcionar isso at certo ponto mas a coexist ncia das copas parte da sa de delas e a fauna que utiliza isso como habitat precisa dessa continui dade isso est entre n s onde a gente tem um ambiente saud vel isso s o pra as se isso uma pra a olha o que a gente tem n Por outro lado olha que beleza parece um desenho animado que passou uma bala de canh o assim e atravessou Como que essa rvore vai durar e como essa rvore pode ser habitat de alguma coisa n o tem muita condi o Nem essa tamb m n o essa que vai cair no seu carro o estado de Minas vai fotografar e colocar na pri meira p gina depois da primeira chuva e vai falar que a culpa da rvore Eu vou falar de tempestade no final de uma rvore muito importante nessa hist ria para essa cidade Voltando nessa foto tamb m olha l no centro ali tamb m na Pra a da Savassi isso aqui outra figueira uma figueira asi tica com v rios buracos
229. ma nova cultura a respeito Naquela audi ncia p blica um oficial da Pol cia Militar de S o Paulo do Batalh o que cuida de defesa ambiental apresentou sua disserta o de mestrado agora publicada em livro Ele apresentou estudos feitos com base em cri minosos do sistema penitenci rio londrino em particular e de outros pa ses O referido estudo destacou criminosos que praticaram delitos graves como latroc nios crimes contra a identidade sexual morte de mulheres em sequ ncia serial killers extors es sequestros seguidos de assas sinato enfim crimes de grande repulsa O estudo mos trou que cerca de 90 dos criminosos quando crian as ou adolescentes violentavam maltratavam dissecavam agrediam e ou matavam os animais Certamente n o coincid ncia Os dados cient ficos mostram que a perver sidade do animal humano tem alguma liga o com seu hist rico e sua rela o com o ambiente principalmente com os animais Como se deu ent o a passagem desse grande marco legislativo que a Constitui o para a quest o animal Um exemplo como se disse pode ser a Farra do Boi Todos sabem que o que aconteceu juridicamente foi em sede de Recurso Extraordin rio bom que se frise n o ter sido em se de a o direta de inconstitucionalidade Foi declarada a inconstitucionalidade daquele compor tamento das normas que o autorizava portanto por uma Turma do Supremo Tribunal Federal em julgamento ocorrido
230. mas essa foi a solu o mais f cil de ser entendida e aceita naquele momento A escola participou ativamente em 2012 da coleta de assi naturas para a cria o da 1 Delegacia Especializada de Prote o Animal Contribu mos com aproximadamente seis mil assinaturas o que nos possibilitou compor a comiss o que se encontrou com o Governador Ant nio Anastasia Em 2013 a delegacia foi criada Nessa mobili za o os alunos puderam ver o resultado de sua a o e perceberam que podem interferir na realidade e mud la O grupo que se interessava pela causa animal foi criando uma identidade dentro da escola Come aram a se encon trar depois do hor rio e criaram um grupo no Facebook onde combinavam as pequenas a es anjos da guarda para aju darem um socorrista campanha de arrecada o de ra o etc Eles denominaram a esse grupo Plataforma Animal O grupo da Plataforma Animal aproveitou o tema da festa junina Boi Bumb para fazer a rela o com o rodeio No primeiro caso consideram que cultura e divers o j no rodeio que tortura Iniciaram a coleta de assinaturas para o fim da realiza o dos rodeios em Contagem No dia 8 de outubro ocupamos a Tribuna da C mara de Vereadores e discursamos durante 20 minutos sobre as raz es que nos levam a repudiar a realiza o de rodeio Entregamos na ocasi o 7 222 assinaturas o que causou grande inte resse dos vereadores O projeto de lei j existente inc
231. mil esp cies de artr podes e 60 dessas esp cies de artr podes est o no mesmo hectare isso nos mostra que cada hectare interconectado com outro e cada fragmento de floresta perdido s o muitas esp cies que come am a estar sob maior risco de extin o As 25 mil esp cies s o de artr podes mas nenhum dos vertebrados com os quais as senhoras e os senhores est o mais preocupados sobreviver o sem esses artr po des ent o a gente tem que pensar na rvore no inseto para pensar nos animais com que esse encontro est pre ocupado ok Eu gosto tamb m depois de descer na flo resta de mostrar essa foto a isso lembra alguns dos p tios centrais de pr dios extremamente chiques aqui em Belo Horizonte isso muito interessante plantas tropicais nos remontam riqueza nos remontam uma beleza est tica que tem a ver com exuber ncia eu vou voltar nessa quest o do dinheiro porque n o tem jeito de a gente lidar com a sociedade sem lidar com ele ent o a beleza de um sub bosque nunca me impressionou num pr dio porque eu a conhe o na floresta mas curioso que os pr dios os pai sagismos de interior de grandes edif cios simulam esse ambiente uma coisa para a gente pensar Outra coisa inte ressante para a gente pensar com rela o s rvores na cidade como que a rvore se estrutura e se posiciona na floresta isso fundamental se voc pensar em mobilidade dos animais d uma olhada nessas rvores a Eu
232. mo isso a olha uma estrutura flutuante que carregada por um helic ptero e pousada no alto das rvores para a gente poder ter acesso s copas e desenvolver um monte de estudos ali em cima Est a o nico animal vertebrado que eu vou mostrar para voc s aproveitem t s esse a bicho pregui a est a e muito interessante que a gente voltou nessa floresta tr s anos seguidos e essa bicho pregui a estava nos tr s anos no mesmo lugar quer dizer ela absolutamente depen dente daquele ponto quase uma planta tamb m por isso que eu gosto dele eu acho mas um animal extrema mente dependente do sistema ele em si um hotspot de diversidade ele tem uma fauna enorme associada ao seu pelo e ele eu pus ele como cone de tudo que acontece por baixo e que define a exist ncia dele de toda a floresta Na verdade estudamos isso e isso 95 das esp cies que existem no planeta Essa floresta muito dif cil a gente saber quantas esp cies existem em um ecossistema uma pergunta at o ano passado n o respondida de forma categ rica pela ci ncia esse projeto que a gente partici pou estudou insetos em toda essa floresta em diferentes pontos em v rios lugares diferentes usando diferentes metodologias a gente teve a chance de colocar na Science um projeto de tal import ncia que a gente conseguiu ser capa da revista e eu posso te dizer que uma floresta equa torial no Panam tem 25
233. n meno social o cavalo urbano de tra o fruto dos maus tra tos sendo um animal geneticamente pobre com defei tos zoot cnicos graves inapropriado em geral ao tra balho que lhe prop em Um matungo enfim Sofre com a polui o do ar sonora ambiental Torna se um ser incapaz f sica e mentalmente morrendo muito antes do seu limite de vida biol gica A transforma o desse quadro social requer a educa o da consci ncia das pessoas quanto civilidade e socie 18 Prof Sergio Lima Beck Comunica o pessoal dade o que se pode obter apenas pelo acesso principal mente dos jovens ao conhecimento e por mecanismos de empregabilidade digna 4 Refer ncias ALMEIDA V Acidente de trabalho e perfil s cio econ mico de carrocei ros em Belo Horizonte Disserta o Mestrado Escola de Veterin ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2010 BACON F Novum organum ou Verdadeiras indica es acerca da interpreta o da natureza S o Paulo Abril Cultural 1984 BELO HORIZONTE Lei n 10 119 de 24 de fevereiro de 2011 Disp e sobre a circula o de ve culo de tra o animal e de animal montado ou n o em via p blica do Munic pio e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www cmbh mg gov br leis legislacao pesquisa gt Aces so em 30 set 2013 BENTHAM J An Introduction to the Principles of Morals and Legislation Oxford 1970 Dispon vel em lt h
234. n o fosse frut fero ele ajuizava A o Civil P blica e ao mesmo tempo ia ao Juizado Especial Criminal para acompanhar a responsabiliza o criminal do infrator Quando cheguei promotoria eram cerca de 250 a es em andamento e mais esse volume crescente de apreens o de animais silvestres para acompanharmos na esfera crimi nal Isso porque em Minas todas as promotorias de direi tos difusos t m atribui o c vel e criminal A lei ambiental prev que para a pessoa usar dos seus benef cios de tran sa o penal ou suspens o condicional do processo tem que fazer antes a composi o civil Da surgiu a necessi dade de se unirem for as Em vez de ir ao Poder Judici rio e trabalhar com A o Civil P blica ou abrir inqu rito civil na promotoria por que n o concentrar a es e trabalhar num projeto dentro do Poder Judici rio que pudesse resolver essas duas vertentes do crime ambiental Como sabemos as vertentes s o tr s a parte administrativa a cargo do IBAMA que aplica a multa e faz a destina o dos animais essa compet ncia est passando para o Estado a partir da Lei Complementar 140 E temos essas outras duas atribui es que ficavam a cargo do Minist rio P blico a responsabiliza o civil e a penal O Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte funciona em tr s turnos Logo quando assumi comecei a ser inti mada para audi ncias de manh de tarde e de noite todos os dias da semana Minhas
235. nal a l gica utilitarista que engessa a educa o b sica e n o consegue romper com a abordagem conteudista que reduz tudo a uma per gunta Vai cair no ENEM Se n o larga para l que perda de tempo Diante desse desafio de fazer as conex es que surgiu a Plataforma Terr queos A experi ncia se iniciou em fevereiro de 2012 numa escola particular da cidade de Contagem MG A express o plataforma como modo de conceber a escola combinava com esse anseio de mudan a pois remete a uma estrutura de apoio que abriga equipes multidisciplinares e presta se a sustentar equipes projetos ou equipamentos para que conquistem algo que se v al m seja o espa o o fundo do mar e por que n o a fun o social da escola Se cada uma p blica ou particular pudesse pensar Qual presente deixaremos para a cidade para a comunidade onde estamos inseri dos para o planeta e para os animais Digo ser presente hoje de uma educa o na cidadania e n o para um vir a ser A escola pode fazer algo oferecendo o que tem de mais caro o conhecimento com atitude N o qualquer tipo de saber mas o saber que transforma liberta e que permite s pessoas se tornarem mais humanas e respons veis J a express o terr queos veio das possibilidades e da abrang ncia da pr pria express o tudo o que se refere ao planeta Terra Essa defini o comporta as pessoas seres humanos ou animais humanos o planeta que abarca
236. ndonar um animal a o cruel e degradante UNESCO 1978 3 Considera es finais O fen meno da tra o animal em reas urbanas por uma parte fruto do xodo rural iniciado na d cada de 1950 com as demandas da industrializa o e da cons tru o civil que geraram inadapta o subempregos e incha o das periferias das metr poles por outra parte heran a colonial em que uma grande parcela da popula o perdeu o contato com a evolu o da civiliza o do Velho Mundo de onde nos chegam com atraso de s culos os conceitos de bem estar animal tamb m resultado da perda do contato com a Natureza em raz o do est mulo ao consumo imediatista e descart vel e por fim reflexo de um desvio comportamen tal bem conhecido da psicologia e da criminal stica De qualquer forma observa se um embrutecimento dos modos e uma vida em guetos que pode eventualmente desembocar na marginalidade Essas pessoas perderam a capacidade de se comunicar com o animal que lhes fornece o sustento e de garan tir lhe as necessidades b sicas Observamos que os cavalos desejam da vida apenas seguran a 40 con forto 30 divers o 15 e comida 15 O trabalho pode ser inclu do no item divers o se for agrad vel prazeroso e leve em similaridade com o dos c es de servi o Qualquer sobrecarga e monotonia cont nuas geram estresse cr nico doen as e morte Da mesma forma que o carroceiro vive um fe
237. nheiro da Silva Renato Felipe de Oliveira Romano Arthur de Almeida Passos est gio supervisionado Marilda Mendes da Silva est gio supervisionado Projeto gr fico e diagrama o Jo o Paulo de Carvalho Gavidia Ang lica Louren o de Almeida est gio supervisionado Conte do de responsabilidade do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi a de Defesa do Meio Ambiente CAOMA Produzido editorado e diagramado pelo Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional do Minist rio P blico do Estado de Minas Gerais CEAF em maio de 2015 Colaboradores leluia Heringer Lisooa Teixeira Doutora em Educa o pela UFMG Diretora do Col gio Santo Agostinho Contagem MG Colunista da Ag ncia Noticias Defesa Animal ANDA Vegana e idealizadora da Plataforma Terr queos www plataformaterraqueos org br Barbara Goloubeff Mestre em Medicina Veterin ria e Doutora em Ci ncia Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais Professora da disciplina Metodologia Cient fica na UNIPAZ MG Coordenadora de cursos de p s gra dua o em Homeopatia e Acupuntura Veterin rias inclusive orienta o de monografias de conclus o destas Conferencista sobre os temas gastroenterolo gia eq ina terap uticas alternativas complementares e bem estar animal Tem experi ncia na rea de Medicina Veterin ria com nfase em Terapias Alternativas e ou Complementares buscando uma integra o da medicina entre as suas div
238. nimais e essas coisas viram piada Defendemos aqueles animais para que n o sofram eutan sia e nem sejam tratados com desleixo enquanto permanecem nos centros e n o confessamos que eles t m direito a esse tratamento N s dizemos Estamos defendendo a afetivi dade humana a comunidade porque n o queremos confes sar N s da rea jur dica somos os mais retr grados com maior dificuldade de nos transformarmos parece que esses dogmas jur dicos entram na nossa cabe a condicionam o racioc nio e nos impedem de liberdade criativa Hoje quando anunciamos como projeto do Minist rio P blico ver reconhecido e consagrado o direito dos ani mais estamos rompendo com essa hipocrisia Por que se consagra uma grande hipocrisia Eu me lembro do Luc Ferry contando que um lago em Viena ficou infestado de sanguessugas e fizeram ent o uma intima o para elas As sanguessugas n o entenderam sacrificaram uma sanguessuga para mostrar para as outras que realmente estavam falando s rio Se isso engra ado porque as sanguessugas e os besouros n o t m capacidade de enten dimento para responder intima es pelo menos havia inten o processual de sua defesa e a nomea o de um curador que era o promotor Quanto senten a dos besouros n o sei se conseguiu ser executada se os besou ros receberam a intima o de que tinham que sair em 30 dias sob pena de colocarem pesticida neles obedeceram e foram para o lugar que lh
239. nimais de tiro E ainda no Art 5 Nos ve culos de duas rodas de tra o animal obrigat rio o uso de escora ou suporte fixado por dobradi a tanto na parte dianteira como na traseira por forma a evitar que quando o ve culo esteja parado o peso da carga recaia sobre o animal e tamb m para os efeitos em sentido contr rio quando o peso da carga for na parte traseira do ve culo espesso que serve para proteger as falanges e fazer o cavalo se deslocar com celeridade Em piso duro pedre goso ou pavimentado o cavalo tem de usar ferraduras imprescind veis nas cidades onde o casco pode sofrer fissuras fraturas e desenvolver processos inflamat rios que muitas vezes aleijam definitivamente Essa determi na o se encontra expressa em diversas leis como na Lei Municipal n 10 119 2011 art 6 O animal utilizado na tra o de ve culo deve estar em condi es f sicas e de sa de normais identificado ferrado limpo alimentado dessedentado e em condi es de seguran a para o desem penho do trabalho BELO HORIZONTE 2011 Fantini 2010 observa que o casqueamento e o ferrage amento s o efetuados incorretamente pelos carroceiros desencadeando in meros problemas podais como podri d o de ranilha rachadura sola plana doen a da linha 8 Ferradura um produto habitualmente feito de metal elaborado para proteger o casco equino do desgaste entretanto n o o poupa dos efeitos delet
240. nimais e de recursos h dricos Com a cria o do Batalh o Florestal em 1981 o cativeiro de animais silvestres e as atividades de garimpo passaram a receber aten o da fiscaliza o Posteriormente com o advento da Lei n 9 605 1998 Lei dos Crimes Ambientais a atua o do Policiamento de Meio Ambiente foi ampliada para todas as multidisciplinaridades protegidas pela lei ambiental com exce o da atua o administrativa em rela o aos recursos h dricos ocorrida a partir do ano de 2007 com assinatura de conv nio com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos H dricos SEMAD Quadrol Evolu o da atua o do Policiamento de Meio Ambiente em Minas Gerais A edi o da Lei dos Crimes Ambientais representa um divi sor de guas para a operacionalidade da atua o do policia Ca a Pesca Desmate Garimpo Minera o Cativeiro Maus Ind strias A Silv tratos animais In cio de atua o fiscalizat ria Fonte Hist rico da Cia PM MAmb H drico mento florestal j que codificou as infra es contra o meio ambiente em um nico diploma legal Por decis o do Comando Geral da Corpora o no ano de 1998 o ent o Policiamento Florestal passou a ser designado Policiamento de Meio Ambiente com o intuito de dar a devida compreens o e amplitude da atua o protetiva da Pol cia Militar Contextualiza o das demandas relativas prote o da fauna em Minas Gerais No ano de 2012 a
241. nimais silvestres em cativeiro e principal mente a redu o da m dia de animais apreendidos em cada ocorr ncia Em 2012 a m dia foi praticamente quatro vezes menor em rela o ao ano de 2007 TABELA 4 Compara o da M dia de Passeriformes Apreendidos Cia PM MAmb Belo Horizonte Minas Gerais 2007 2012 Ano Passeriformes Ocorr ncias M dia apreendidos RG EEE EE 2008 12 340 1 216 10 15 2009 12 492 1 691 2010 10 487 2 343 wi TA E 2012 3 358 884 Fonte Cia PM MAmb PMMG Estrat gias de atua o da Pol cia Militar de Minas Gerais para prote o fauna Feito o diagn stico da situa o das ocorr ncias relati vas fauna foram estabelecidas estrat gias de atua o pela Cia PM MAmb de acordo com as diretrizes do Comando Geral da PMMG especialmente a Instru o n 3 003 01 2009 que estabelece par metros para a Patrulha de Preven o Degrada o do Meio Ambiente e pela Diretriz de Produ o de Servi os de Seguran a P blica que trata do emprego operacional da PMMG a Foi estabelecido o tratamento e an lise dos dados esta t sticos cat logo de den ncias e defini o da gest o das informa es O tratamento permitiu detalhar as carac ter sticas das infra es ambientais contra a fauna favo recendo as informa es gerenciais para o planejamento cient fico da atua o policial militar b Houve planejamento do policiamento direcionado para bairros e m
242. nimais v o os animais os pei xinhos e as vaquinhas eu adoro M E Voc gosta dos animais Mas por que voc come ent o a asinha de galinha e o peixe Aqui o peixe que voc t comendo 6 CRIAN A Eu n o estou comendo eu t segurando o peixinho M E Vai comer Come o peixinho O que foi CRIAN A meu peixinho M E Mas agora t morto CRIAN A Mas ele n o deve morrer M E A m e n o vai matar mais n o t bom CRIAN A Eles v o matar todos os animais MAE Mam e n o vai mais matar os animais n o t bom CRIAN A T Bom a m e teve uma postura n o muito educativa at cruel A crian a nem sabia que aquilo era um peixinho mas quando soube voc s percebem a dor dela Ela o beija isso muito lindo Esse nosso mundo futuro a sociedade vai ter que acompanhar quer queira quer n o E n s adultos temos obriga o de acompanhar esse avan o moral em todos os setores da sociedade 117 Quando comecei o ativismo eu defendia que os direitos dos animais n o estavam circunscritos apenas rea jur dica ou rea filos fica do ponto de vista tico mas a todos n s dentro da nossa rea de atua o como arqui tetos dentistas engenheiros policiais Minist rio P blico que a institui o mais importante na defesa dos animais A gente tem que atuar Se n o aprendemos sozinhos que aprendamos com essas crian as Estou dando apenas dois exemplos mas existem cada vez m
243. not cia importa na medida em que grandes empre sas especialmente aquelas do agroneg cio causam danos ambientais de monta na utiliza o indevida de animais A jurisprud ncia em rela o a crimes contra animais bastante reduzida porque os crimes contra a fauna na sua maioria s o considerados crimes de menor potencia lidade ofensiva e da eles n o v o para os nossos tribu nais Os recursos s o julgados por um col gio recursal for mado por ju zes de Direito Ent o essas causas das quais falamos e que acabam chegando nos tribunais na maior parte das vezes s o a es civis p blicas Nestas sim as apela es s o direcionadas para os Tribunais Superiores Mas daqueles casos que chegaram aos tribunais eu gos taria de destacar dois Um deles do Heron Santana que ele j mencionou sobre a macaca su a que acabou n o recebendo os benef cios da decis o porque a ordem n o chegou a ser cumprida porque ela morreu antes E um outro HC habeas corpus s que s avessas est pendente no STJ e envolve dois chimpanz s a Lili e a Megh O fiel deposit rio desses animais quer manter a cust dia por isso que eu estou falando que um HC s avessas Na defesa Rubens Forte que esse fiel deposit rio ao recor rer ao STJ alegou que a vida dos animais dado o fato de que o chimpanz possui 99 do DNA humano est acima das leis requerendo que seja aplicada a equidade Afirma tamb m que os chimpanz s n
244. nserida a vari vel econ mica pois uma relevante parcela do produto interno bruto brasileiro se deve produ o de commodities ou seja mat ria prima produzida em larga escala cujo valor de mercado independe de quem produz A economia de importantes estados como Minas Gerais Par Bahia e Goi s est diretamente atrelada produ o de commodities minerais com destaque para a explora o de rochas carbon ticas e de minerais met licos como o ferro o mangan s e a bauxita IBRAM 2012 Esses esta dos concentram ainda as maiores minas de extra o a c u aberto do pa s Os impactos ambientais das atividades de grandes lavras a c u aberto podem classificar se como diretos de alta magnitude e irrevers veis Essa classifica o depende basicamente da forma de extra o e de processamento do 139 min rio que resulta na destrui o da paisagem da regi o da jazida As maiores jazidas chegam a ter um per me tro linear de 30 km e profundidade de quase 0 5 km atin gindo em alguns casos o sistema aqu fero Muitos impac tos negativos decorrem do processo de beneficiamento do min rio por meio do qual o material com baixo teor chamado est ril frequentemente descartado e arma zenado em grandes pilhas de deposi o normalmente ao lado das cavas de extra o Quando o processo de benefi ciamento realizado por lavagem e peneiramento ainda gerado um res duo conhecido por poupa cujo aspecto se
245. nstra o de poder e riqueza al m disso era venerado em cultos por sua imensa relev ncia para a sobreviv ncia da fam lia humana Essa import ncia religiosa econ mica e militar desencadeou um processo de mudan a no modo de vida da sociedade KUZMINA 1985 alterando at mesmo os conceitos de tempo e espa o Por ser o cavalo t o valioso era impens vel perder a vida de um animal por motivos f teis como traumatis mos durante manuseio ou doma e muito menos indu zir um aborto de origem traum tica e perder um ou dois anos de trabalho seletivo LEVINE 1999 Marques 2002 informa que a preocupa o com a sa de animal surge com a domestica o T o antiga certamente como a sua irm humana pois as origens das duas se perdem na noite dos tempos ponto assente que os prim rdios da medicina animal s o coevos da domestica o das esp cies e que surgem manifestamente da necessidade do homem agasalhar o gado procurando arredar as causas poss veis de p r em perigo um bem amanhado com tanto labor e canseira evidentemente por dele carecer para seu sustento e res guardo lavran a das terras e movimenta o das cargas ou ainda de meio de locomo o nas suas andan as O C digo de Hamurabi enumera as regras e conceitos de exerc cio da medicina veterin ria Tamb m o c digo dos hititas consagrado em boa parte patologia e terap utica dos cavalos dos bovinos e dos ovinos No Egito e na ndia
246. nt nio inteiro acima da barragem uma rea importante de ser preservada estaria perdendo 7 9 do potencial energ tico da Bacia do Santo Ant nio e preservando todos os amea ados aqui n o tem um que j est no Parque do Rio Doce e 80 da fauna de peixe A pergunta ser que n o d para perder um pouquinho de gera o para preservar tudo E a gente tem esse panorama para todo o estado de Minas Gerais A gente j fez um exerc cio e viu que perdendo menos de 10 da gera o em cada bacia do estado s n o fizemos para o Paran porque mais complexo e estamos esperando dados a gente consegui ria preservar praticamente todo mundo E o problema a gente provavelmente n o vai construir 100 das barra gens s que no futuro j vai ter um arranjo t o fragmen tado que n o vai dar mais para fazer esse exerc cio Ent o o momento agora A gente ainda est no momento em que tem rios que se forem mantidos sem barramento sozi 137 nho suportam quase tudo Se todos esses rios que ainda sobrarem receberem barragem n o adianta N o adianta ter 20 pedacinhos de 10 quil metros Vale muito mais ter um peda o de 200 quil metros e a fragmenta o avan a t o rapidamente que no futuro n o vai dar mais para a gente tomar esse tipo de a o Ser que perdendo uma pequena parte da gera o potencial a gente n o poderia preservar boa parte das esp cies A gente tem tudo isso mapeado acho que seria um
247. nte PPMAmb da Pol cia Militar de Minas Gerais Comando Geral 3 Se o do Estado Maior 2009 ____ Pol cia Militar Diretriz 3 01 01 2010 CG Regula o emprego op eracional da Policia Militar de Minas Gerais Belo Horizonte MG 2010 ___ Policia Militar Sistema de Gest o Estrat gica da Pol cia Militar Di retriz 002 2012 CG Belo Horizonte Assessoria de Gest o para Resulta dos Estado Maior 2012 A import ncia ecossist mica dos animais silvestres em rea urbana S rvio Pontes Ribeiro Obrigado Queria agradecer inicialmente a Dra Luciana pelo convite Dra Lilian por ter ajudado para que isso acontecesse tamb m um grande prazer para mim estar aqui e poder contribuir para esse debate t o importante Mas eu tamb m fico muito grato Regina Cas que faci litou o meu trabalho Minha ideia hoje poder trazer para voc s um pouco de processos importantes com rela o fauna e um conceito que chamado conceito de florestas urbanas ent o realmente esse v deo a gente n o combi nou isso n o mas vai ajudar muito nesse entendimento porque eu quero que voc s me acompanhem nessa ideia a ideia de que a gente tem e pode conseguir construir um habitat florestal em qualquer lugar N o porque temos uma malha urbana pavimentada que a gente n o deva ou n o possa ter uma floresta em associa o com essa malha urbana Isso voc s v o ver pode permear basicamente tudo que problema relacionado
248. ntecerem atos terroristas como uma explos o num metr matando 300 pessoas n s continuaremos punindo 159 como meros homic dios Haver quem entenda como crime continuado continuidade delitiva nesse caso se o agente criminoso vier a ser julgado pode eventualmente ser condenado por no m ximo tr s homic dios porque a continuidade delitiva assim exige Apesar de uma Constitui o de 25 anos n o a temos em efetividade na mat ria penal E como que podemos dar efetividade quest o penal prevista na Constitui o para chegarmos inclusive defesa animal Vou usar como exemplo a Farra do Boi manifesta o cul tural de origem a oriana e praticada especialmente no Estado de Santa Catarina e que foi citada tamb m por outros palestrantes neste Encontro Ali s eu tenho notado na atua o das autoridades policiais e nas delegacias pr prias sobre a mat ria um resultado positivo V rios Estados j t m delegacia especializada para a quest o da defesa da fauna e da flora O procurador da rep blica Luiz Carlos Gon alves relator na Comiss o de Juristas do anteprojeto de reforma do C digo Penal a promo tora de justi a Vania Tuglio e eu estivemos na Assembleia Legislativa de S o Paulo numa audi ncia p blica presi dida pelo deputado Feliciano Filho fundamental defen sor nessa quest o Acabei de citar um projeto em que ele prop e proibir que os pintinhos fossem oferecidos como brindes e estimula toda u
249. ntos diversos ter o maior capacidade de fazer conex es Na comunidade o conhecimento um meio de nos tornar mais humanos e respons veis com o que est em nosso entorno Ent o h de se ob servar e estar atento comunidade onde estamos UEA inseridos Se a escola um centro de estudo e de conhecimento espera se que haja interven es inteligentes l dicas e criativas na comunidade e para ela Podemos observar pequenas iniciativas por s rie ou segmento e at mesmo as grandes mo biliza es que envolvem toda a escola acerca de uma tem tica nica O contato com um problema ou necessidade jun tamente com a viv ncia e a experi ncia de trocar ideias organizar se propor uma interven o acompanhar seu resultado etc tudo isso apren dizagem e traz em si uma metodologia de ensino e aprendizagem As pessoas s o fundamentais nessa transi o Elas n o est o prontas nem deveriam estar Essa incompletude que faz com que sejamos seres de busca e a escola um lugar de aprendizagem e troca constantes Ent o qual o papel do diretor do supervisor do coordenador ou dos pedagogos em geral S o animadores do di logo interdis ciplinar os guardi es das conex es os construtores das pontes das teias e das jun es A proposta da plataforma imprime na escola a valoriza o e a necessidade de pes soas com esse perfil e compet ncia Que n o as tenha de antem o bem prov vel mas que busque
250. ntos promovidos pela Abrampa em que ela disse o seguinte que a nica diferen a existente entre n s e os animais que eles j nascem sabendo de tudo Fato que os animais s o assim sens veis inteligentes e conscientes e essas caracter sti cas devem sobrepor se quando comparadas com as de qualquer outro bem ambiental para determinar a atua o do Minist rio P blico Aprofundando um pouco mais o tema eu devo dizer que os ordenamentos jur dicos n o reconhecem os ani mais como seres sujeitos de direitos Uma das raz es de assim ser diz respeito explora o mesmo muito f cil ganhar dinheiro com os animais e eles propiciam muita riqueza Al m disso animal n o fala nossa l ngua e por tanto n o oferece riscos de denunciar os abusos reivin dicar condi es adequadas de vida e de trabalho etc Assim n s poder amos analisar essa quest o sob v rios aspectos biol gico social filos fico como a gente j tem feito nesse evento mas a verdade crua que o reconheci mento de personalidade jur dica a outro ente que n o a pessoa f sica humana um ato de poder exclusivamente O direito reconhece um ente moral como j foi dito aqui sociedades comerciais partidos pol ticos como sujeitos de direitos mas n o faz o mesmo em rela o a seres que em quase tudo se assemelham a n s Animais n o s o pes soas portanto n o s o capazes de direitos e deveres sob a tica do C digo Civil que os classi
251. o avalia o sanit ria da fauna silvestre Apesar da IN 179 ser acentuadamente rigorosa e de dif cil aplica o na rotina dos CETAS ela til como refer ncia Os gestores dos centros de triagem devem envidar esforcos a fim de realizar os exames de satide soli citados para gerar conhecimento t cnico para uma futura revis o desta instru o No entanto algumas doen as com registros relativamente recentes em aves silvestres no Brasil como a doen a dos bicos e das penas causada por um circov rus e a doen a da dilata o proventricular causada por um bornav rus ARA JO 2011 DONATTL 2012 entre outras que n o constam nos anexos da IN 179 podem oferecer maior risco fauna silvestre que doen as j estabelecidas nas popula es de vida livre como a doen a de Pacheco e clamidiose Animais doentes devem ser tratados conforme as recomenda es espec ficas antes de serem agrupados ou colocados em recintos coletivos A preven o e profilaxia devem permear todas as a es dos t cnicos que trabalham em um CETAS A avalia o f sica representa etapa essencial para definir o destino dos animais se cativeiro ou retorno ao ambiente natural Somente animais considerados aptos no exame f sico podem ser inclu dos em um programa de reabili ta o para tentativa de posterior reintrodu o O exame f sico contempla tanto a avalia o da integridade ana t mica quanto a capacidade funcional dos esp cimes comu
252. o se sentiu representada contra o crime organizado a corrup o ent o o Minist rio P blico teve 125 papel fundamental A gente diz at que a partir dai os jornalistas deixaram de fazer jornalismo investigativo para fazer jornalismo sobre investiga es porque era at confort vel voc s faziam tudo e a imprensa divul gava No in cio de 2000 houve retra o nessa parceria que n o o melhor termo nessa rela o com a imprensa e consequentemente o Minist rio P blico se deslo cou tamb m da sociedade Se naquele momento o MP servia imprensa hoje a Anda pode servir ao Minist rio P blico Era uma rela o de uma via e hoje a gente pode ter uma rela o de duas vias Muitas mat rias da Anda serviram de base para a abertura de processos inqu ritos do Minist rio P blico em diver sas cidades Aqui est o dois casos No CCZ de Alagoas 72 c es foram salvos da morte depois de uma den ncia publi cada e o Minist rio viu Como eu falei antes o Minist rio P blico a institui o mais preparada para defender os animais e a sociedade precisa saber disso para inclusive apoiar a institui o Sem o apoio da sociedade ficamos vulner veis assim como os animais a interesses pol ticos de outros poderes Como o Minist rio P blico sofre cer ceamento a imprensa tamb m sofre com rela o liber dade de express o e n o liberdade atua o essencial ao promotor ter atribui es amplas Defend
253. o art 117 que os ve culos de carga dever o conter em local facilmente vis vel a inscri o indicativa de sua tara do peso bruto total PBT do peso bruto total combinado PBTC ou capacidade m xima de tra o CMT 4 O mesmo previsto no Decreto Lei N 24 645 34 no seu Art 7 A carga por ve culo para um determinado n mero de animais dever ser fixada pelas mu nicipalidades obedecendo sempre ao estado das vias p blicas declives das Loginov et al 1993 informam com riqueza de detalhes que a leveza da carro a em andamento consiste na sua capacidade de se movimentar com o m nimo esfor o pos s vel de tra o pelo cavalo ou seja medida pela rela o do esfor o de tra o do cavalo com o peso da carro a car regada Esta rela o se denomina coeficiente de resist n cia ao movimento a resist ncia ao movimento a somat ria do atrito interno entre o eixo e os raios das rodas e do atrito externo entre os pneus e o solo da estrada A resist ncia for a de tra o do cavalo depende das caracter sticas do solo do volume da carga transportada e da constru o da carro a Por exemplo a locomo o se d com maior facilidade em estradas de cobertura dura do que em solo de terra batida A carro a fica mais leve em movimento quando seu peso menor os pneus das rodas s o mais largos e de di metro maior Alguns autores refe rindo se a cavalos de cavalaria em clima
254. o de tatu e ou tros RINK 2008 13 Este tipo de tortura em humanos classificado como sev cia sadismo em palamento sodomiza o feridos profundamente pelo uso de embocaduras aut n ticos aparelhos de subjuga o dos quais os piores tipos s o os freios de uso externo conhecidos como professora ou breque passam fome e sede como castigo por mau comportamento t m o esmalte dos seus dentes brutal mente limados para adulterar a idade Sem entrar em min cias todos esses crimes est o tipifi cados no Decreto Lei n 24 645 3416 14 Nenhuma embocadura em nenhuma poca teve o poder de realizar o que os seus inventores preconizaram Poucas ferramentas foram alvo de tanta mis tifica o quanto os freios e os brid es do passado e a sua efici ncia foi sempre enormemente exagerada Mas uma coisa certa o poder de destrui o de uma embocadura enorme O mau uso das embocaduras o maior respon s vel por todos os cavalos imprest veis que j habitaram e ainda habitam este planeta Embocadura Termo gen rico para designar freios e brid es a ferra menta que colocada na boca do cavalo e ligada s m os do cavaleiro atrav s das r deas ajuda a conduzi lo considerada pesada a embocadura ca paz de provocar muita dor RINK 2008 15 A professora uma deriva o do hackamore que consiste de uma cabe a da com um arco em placa de metal recoberta de pele ou couro
255. o desses esp cimes sobre os demais indiv duos e o meio ambiente IBAMA 2005 6 Desafios e propostas em rela o triagem e reabilita o de animais silvestres no Brasil A literatura dispon vel informa que apenas cerca de 40 dos animais s o encaminhados para os CETAS Renctas 2007 Mesmo nas cidades onde est o presentes os CETAS o excesso populacional observado em algumas unidades decorre na maioria dos casos do recebimento de grande contingente de animais e das dificuldades de destina o dos esp cimes mais comumente recebidos Verifica se assim a urg ncia do estabelecimento de novos CETAS que contemplem de maneira mais homog nea as regi es com maior n mero de apreens es Existem poucos trabalhos que abordam a recep o tria gem e destina o de fauna silvestre em outros pa ses A nosso conhecimento em nenhum outro pa s a fauna sil vestre apreendida ou recolhida tratada como no Brasil onde os centros de triagem s o implantados e geridos quase exclusivamente por institui o p blica federal Assim os governos estaduais municipais universidades ONGs e a iniciativa privada precisam contribuir de mais efetivamente na dif cil miss o de gerenciar os recursos faun sticos de maneira respons vel Estrat gia interessante seria envolver a sociedade civil organizada ou n o e cl nicas veterin rias no trabalho de cuidado da fauna silvestre v tima de conflitos urbanos semelhan a do que ocor
256. o e no menor tempo poss vel 8 Dispon vel em lt http www estadao com br especiais de onde vem o lixo produzido no mundo 148028 htm gt Acesso em 12 out 2013 A autoria do in fogr fico de Mauricio Waldman mestre em Antropologia Social USP doutor em Geografia Humana USP e p s doutor em Res duos S lidos UNICAMP de maneira sustent vel Afinal a esteira da ind stria e a economia n o podem parar A resposta da Associa o Brasileira da Ind stria Exportadora de Carnes ABIEC e de outros setores ligados ind stria da carne diante do relat rio da FAO que h solu es para esses problemas e a inspira o viria dos Estados Unidos para tristeza dos animais l no norte da Am rica que se verifica maior efici ncia nos processos alta tecnologia empregada inten sifica o confinamento do rebanho sendo poss vel at mesmo abater animais mais jovens Com essa tecnologia os EUA conseguem com um rebanho que metade do nosso pro duzir mais carne que n s Essa mesma tecnologia provoca algumas absurdidades conforme nos alerta Carl Honor 2011 p 71 em seu livro Devagar dois s culos atr s um porco levava em m dia cinco anos para alcan ar 60 quilogramas hoje chega a mais de 100 quilogramas passados apenas seis meses e abatido antes mesmo de perder a denti o de leite 9 Dispon vel em lt http Awww abiec com br gt em textos assinados por Fernan do Sampaio Diretor e Co
257. o econ mico dos carroceiros de Belo Horizonte entre 1998 e 2003 Disserta o Mestrado Escola de Veteri n ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2004 RINK B Desvendando o enigma do centauro S o Paulo Equus Brasil 2008 SCHWEITZER A Civilization and Ethics London Adam and Charles Black 1987 SINGER P Liberta o animal Porto Alegre Lugano 2004 SOARES I R Avalia o cl nica e laboratorial de equinos sororreagen tes para Leishmania sp no munic pio de Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 2012 Disserta o Mestrado Escola de Veterin ria Universi dade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2012 UNESCO Declara o Universal dos Direitos dos Animais em 27 de Janeiro de 1978 Dispon vel em lt http www suipa org br in dex asp pg leis asp gt Acesso em 30 set 2013 WILSON E Biophilia Cambridge MA Harvard University Press 1984 WRIGHT R G RIETVELD G LAWLIS P Body Condition Scoring of Horses Ontario OMAFRA 1998 ZEDER M A EMSHWILLER E SMITH B D BRADLEY D G Doc umenting domestication the intersection of genetics and archaeology Trends in Genetics v 22 n 3 p 139 155 2006 Animais em apresenta es e espet culos Leonardo Castro Maia Boa tarde Vamos falar sobre os animais em apresenta es e espet culos e tentar estabelecer uma vis o pano r mica ou um retrato dos problemas e conflitos de inte resses
258. o poder amos ter um guia mais seguro do que a pr pria consci ncia A sublimidade do cristianismo consiste em tomar o direito pessoal por base do direito do pr ximo 2 3 Legisla o bem estar direito animal A cidade de Belo Horizonte tem 13 da popula o em favelas 313 681 habitantes BELO HORIZONTE 2013 Estima se que nelas habite uma popula o de 8 mil ani mais de tra o sem nenhum tipo de controle oficial As favelas possuem currais reas para doma e abatedouros clandestinos de equ deos para a produ o de embutidos principalmente Ocorre um intenso com rcio de cavalos promovido pelos catireiros muitos objeto de furto Rezende 2004 diagnosticou no munic pio de Belo Horizonte uma migra o acentuada dos carroceiros do setor formal da economia para o informal com diminui o da renda semanal em rela o ao d lar ao longo dos anos imensa maioria vive abaixo da linha da pobreza 1 Aquele que faz catira troca permuta Nas favelas como se autodenominam os comerciantes de cavalos Est o na atividade em m dia 10 84 10 03 anos numa varia o de 15 dias a 62 anos A maioria trabalha oito horas por dia seis dias por semana e 84 25 sao proprie t rios do animal que explora Por sua vez Almeida 2003 registrou durante o bi nio 2001 2002 no mesmo munic pio os acidentes de tra balho decorrentes da atividade A maioria consequ ncia de acidentes de tr nsito colis o com outro
259. o um evento tradicional e muito mais na dificuldade de despertar no nimo das pessoas a preocupa o com o combate a todo tipo de crueldade Fora da Constitui o mas sempre sob as luzes dela vamos encontrar o artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais um dispositivo que descreve bem a conduta mas que infelizmente em raz o da pena diminuta n o capaz de prestar satisfatoriamente a tutela criminal penal que n s esperamos como a ltima esfera a incidir sobre as infra es Al m disso temos problemas pr ticos Nem sempre f cil demonstrar a pr tica do crime considerando os rigores do procedimento criminal e a dificuldade de se conseguir elementos t cnicos como exame de corpo de delito por exemplo Agora foi criada uma delegacia mas no inte rior o promotor muitas vezes n o tem a quem recorrer e ele usa apenas a ocorr ncia policial Hoje em dia temos o relat rio fotogr fico dos policiais do meio ambiente que muito interessante porque causa impacto e cristaliza o fato de forma muito mais habilidosa do que o relato escrito Por m s vezes s o exigidos no processo certos cuidados e exames dependendo inclusive da formali dade do juiz e isso dificulta a aplica o do dispositivo A pena incompat vel Bem no que diz respeito a rinhas e a Farra do Boi acho que n o h muito problema quanto caracteriza o O simples fato de se ter uma rinha configura crime de maus tratos N o se mostra necess
260. of gica A humanidade est vivenciando uma mudan a paradig m tica do cartesianismo reducionismo para uma cosmo vis o hol stica cient fica NICOLESCU 2005 No para digma ainda vigente a mecaniza o e a urbaniza o da vida humana aparentemente levaram as pessoas respon s veis pela cria o de cavalos perda desses conceitos A artificializa o da vida e o consumismo irrefletido ampliam o distanciamento do homem em rela o natu reza o que resulta numa percep o pasteurizada da vida animal Em consequ ncia surge a dificuldade em pensar sobre a origem animal do ser humano Pascal Picq et al 2002 estudaram esse fen meno destacando que o homem n o o nico animal que pensa sim o nico que pensa que n o um animal p 9 Faraco e Seminotti 2004 desenvolvem esse tema Sugerimos uma maior aten o e import ncia s formas de ser de uma multiplicidade de grupos dos quais ambos s o membros e nos quais o ser humano reconhece o animal como seu parceiro no cotidiano Desde o nosso ponto de vista o conjunto de informa es sobre os saberes do homem e do animal tende a ficar fechado e portando sem estabelecer um interc m bio de ideias provindas de distintas reas do conhe cimento do sistema vivo interc mbio que uma vez obtido torna mais f cil a compreens o dos sistemas nos quais convivem ambas as esp cies Quando o ser humano olha apenas para si mesmo e reverencia sua
261. ofissionais veterin rios atestando que isso n o ocasiona maus tratos que tudo vai bem com essa pr tica De qualquer forma esse tipo de evento um ambiente prop cio para maus tratos porque temos um animal cativo e um ser humano em situa o de superioridade para divertimento popular Portanto esses eventos s o merecedores da nossa aten o como membros do Minist rio P blico A Constitui o Federal institui como fun o do Minist rio P blico promover a o penal Se n s temos crime de a o penal p blica incondicionada que o caso dos maus tra tos o Minist rio P blico tem o papel de promover a per secu o criminal do infrator e no aspecto civil a prote o do meio ambiente no sentido de obter repara o dos danos ou evit los na medida do poss vel Tamb m est registrada no artigo 127 da Constitui o Federal a atribui o de defesa dos interesses transindividuais assim como dos individuais indispon veis e no artigo 129 a men o especificamente a o penal e a o civil p blica Se formos mais a fundo no dispositivo que trata do meio ambiente veremos que a Carta Maior veda qualquer ativi dade que submeta os animais crueldade Isso o objeto de uma disposi o que de repente nem precisaria exis tir mas existe para refor ar a defesa do meio ambiente Essa uma t cnica empregada pela Constitui o Federal que n o se contentou em enumerar o direito ao meio ambiente
262. onde ela vai adoecer onde ela vai sofrer riscos e alguns outros problemas similares E pensando em n s como animais n o melhor ver uma cidade dessa forma Voc n o pode tirar de perspectiva n eu poder olhar para uma rea isso um lugar de muito tr nsito mas se voc olha na hora certa no momento certo isso que voc v voc v um bosque do outro lado ali olha Tr s Cora es do outro lado quem n o de Belo Horizonte eu lhes convido a passear nesse lugar vale a pena e vamos falar do porqu que esse lugar est sendo mais falado que outros daqui a pouco tamb m Organismos coloni zam essas rvores claro sen o era um jardim e n o era uma floresta e n s precisamos desses organismos essas bolotas nesse tronco s o brocadores essa rvore tem mais de cem anos ela adoece gradualmente isso importante porque esses brocadores criam condi es de habitat que outros animais v o utilizar tamb m n o h nada de errado com isso isso n o causa queda o que causa queda mau manejo Aqui a gente v outra quest o uma rvore enorme eu vou apresentar essa rvore depois para voc s a timidez de copas se estabelecendo um grande volume de biomassa um dos lugares mais agrad veis de se estar num dia quente ok Aquele fruto que eu mostrei l atr s Est ele a olha l no centro tamb m numa pra a bastante movimentada n o era na floresta E lembra disso Que eu mostrei a timidez de dossel de ci
263. onte MG Tese Doutora do Escola de Veterin ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2012 WIMBERGER K DOWNS C T BOYES R S A survey of wildlife rehabilitation in South Africa is there a need for improved man agement Animal Welfare v 19 p 481 499 2010 Apresenta o de caso projeto p ssaros L lian Maria Ferreira Marotta Moreira O gr fico feito pelo veterin rio Daniel Vilela do IBAMA BH e apresentado na palestra anterior mostra a import ncia da quest o relativa fauna silvestre no pa s principalmente em face do n mero elevado de animais silvestres apreendidos em Belo Horizonte Voc s viram que o Centro de Triagem de Belo Horizonte est no alto da escala e os outros centros todos abaixo Uma parceria entre Cetas IBAMA e Policia Militar favoreceu muito esse trabalho principalmente na regi o metropolitana da capi tal onde houve um grande n mero de apreens es Eu assumi a Promotoria de Belo Horizonte em 2006 quando esse trabalho estava no auge A gente tinha cerca de mil ocorr ncias por ano somente relativas apreen s o de animais silvestres Esses n meros eram gigantes cos para uma nica Promotoria de Justi a Meu anteces sor Fernando Galv o que se destacou muito nessa rea implantou um trabalho de acompanhamento total da apu ra o decorrente de crime ambiental contra a fauna Ele ajuizava A o Civil P blica instaurava inqu rito civil se o TAC
264. op sito do alcance do dispositivo constitucional Fensterseifer 2008 p 55 admite que n o apenas a vida humana disp e de pro te o constitucional mas todas as demais formas de vida que compartilham com o ser humano o espa o ambiental caracterizando uma solidariedade ecol gica entre as esp cies naturais Os desafios do Minist rio P blico na prote o fauna Um olhar para a realidade no entanto dir que o avan o do pensamento filos fico cient fico e legal pouco benefi cia os animais que continuam sendo perseguidos em seu habitat explorados em confinamentos e trabalhos for a dos submetidos a terr veis experi ncias cient ficas muitas vezes in teis e desnecess rias entre outras situa es que lhes causam dor e sofrimento Essas situa es est o a desafiar a atua o urgente do Minist rio P blico seja agindo na busca da implanta o de educa o ambiental que promova o respeito a todas as esp cies de vida seja na repress o a todas as condutas que atentem contra esse entendimento Isso porque a supera o desse padr o perverso n o pode ser obtida apenas por meio de instrumentos legais pois a partir da educa o que comportamentos e mentalidades s o modificados e n o na for a da lei Nessa perspectiva sobreleva em import ncia perse guir o cumprimento do disposto no art 225 8 1 VI da 207 Constitui o da Rep blica que determina ao Poder P blico o dever
265. or sua vez redu ziu o preceito secund rio para seis meses a tr s anos N o o ideal mas mais do que a puni o m xima atual com um detalhe que acrescemos A pena aumentada de um ter o se ocorre les o grave ou mutila o do animal Mutila o do animal hoje s o maus tratos punidos com um ano de deten o no m ximo Se houver morte do animal a pena ser aumentada da metade de acordo como o projeto Hoje o aumento m ximo de um ter o Assim como esse tipo penal propusemos um novo que a Promo o do Confronto 163 Promover financiar organizar ou participar de confronto entre animais de que possa resultar les o mutila o ou morte Pris o de um a quatro anos a previs o do substitutivo dois a seis anos o que prop e o projeto da Comiss o Hoje a puni o para essas rinhas em caso de a o penal e eventual condena o no m ximo de um ano de pris o Apenas para ilustrar mais um exemplo Na reprova o Penal da ca a s esp cies e fauna silvestre que matar per seguir ca ar apanhar utilizar esp cimes da fauna nativos ou em rota migrat ria sem a devida permiss o licen a ou autoriza o da autoridade competente ou em desacordo com a obtida a pena hoje de seis meses a um ano e o substitutivo manteve a pro posta da Comiss o de dois a quatro anos Estou apenas exemplificando dentre as novas propostas de tipifica o criminosa a manuten o do que j
266. ordenador de Sustentabilidade da Associa o Brasi leira das Ind strias Exportadoras de Carnes Abiec Acesso em 10 out 2012 194 Que educa o ambiental ser capaz de problematizar com os jovens estudantes todas essas informa es Tais dados s o apresentados na geografia na biologia nas ci ncias mas sozinhos n o dizem nada As conex es depender o do nosso m todo de questionamento S assim eles podem falar A escola deveria ser a primeira a perguntar N s precisamos Eles merecem Para onde esse modelo est nos levando Ou ent o Sempre foi assim assim Queremos que seja assim Falar sobre isso na escola subverter a ordem natural das coisas dizer que o rei est nu causar constrangimentos Esse silencioso e omisso curr culo oculto est carregado de ensino que coisifica o animal n o humano e o define como vida feita para servir ao homem e para o prazer deste evidente a blindagem pactuada de v rios setores da sociedade naquilo que um ponto central para a edu ca o ambiental ou de cuidado com a fauna A escola mesmo com as suas limita es poder iniciar grandes mudan as Ela trabalha com ferramentas men tais que deveriam suscitar em seus estudantes o esp rito investigativo a reflex o a criticidade a problematiza o e o estranhamento em todas as reas incluindo se o trato com os animais n o humanos e de sua responsabilidade direta e pessoal em rela o ao meio ambiente O seu si
267. ores obrigam os cava los a se deslocarem em velocidades incompat veis com a natureza do transporte seja porque se sentem a odados pelos ve culos automotores seja porque t m pressa em descarregar e assumir novo compromisso No manual de cavalaria do Ex rcito brasileiro aprende se que o estado o tipo de estradas e a natureza do terreno influenciam diretamente a capacidade de marcha As estradas de superf cies consistentes niveladas e com acabamentos r sticos que proporcionem bom piso para os animais s o os mais favor veis s marchas pois permitem que seja mantida uma grande velocidade As estradas planas de terra ou de arei o com superf cie lisa e desprovida de pedregulhos soltos valas e outros pequenos obst culos constituem itiner rios ideais para os elementos a cavalo As estradas e caminhos mal con servados cheios de pedregulhos soltos buracos e com valas profundas aumentam a fadiga dos elementos a cavalo As estradas constru das em terrenos monta nhosos ou acidentados com longos declives ou nume rosas eleva es ngremes reduzem a velocidade de marcha e os per odos a trote O manual tamb m ensina que as andaduras normais de marcha para os elementos a cavalo s o o passo interca lado com pequenos per odos de marcha a p com a velo cidade de 6 km h e o trote com a velocidade de 13 2 km h O galope somente empregado em circunst ncias excepcionais Ainda com rela
268. os al m de retirar da rua animais depauperados e animais mordedores viciosos gra as parceira entre o setor p blico e a entidade civil organi zada por meio da APAF Ressalta se que o trabalho vol tado para animais de rua e c es comunit rios 109 Durante um ano e sete meses de trabalho foram realizadas 134 eutan sias em animais com grave comprometimento do estado cl nico geral ou com sorologia reagente para leishmaniose visceral canina diagnosticada em exames feitos pela Funda o Ezequiel Dias FUNED Esses dados est o dispostos na tabela 1 Todos os procedimentos de eutan sia foram realizados conforme a Resolu o n 1 000 de 11 de maio de 2012 Nesse mesmo per odo 141 ani mais foram assistidos recolhidos das ruas passaram por assist ncia veterin ria e suas enfermidades foram trata das conforme pode ser visto tamb m na tabela 1 Dos 115 animais medicados em 2013 19 foram adotados 39 foram soltos no seu local de captura inicial 12 vieram a bito 16 foram submetidos eutan sia e 14 conti nuam em tratamento conforme representado no gr fico 1 Os 16 de animais que sofreram eutan sia est o inclu dos nos dados da tabela 1 Tabela 1 N mero de animais Canis familiaris e Felis catus resga tados para tratamento doa es e eutan sia no Centro de Defesa Vida Animal 2012 2013 Total Tratamento 26 115 141 Eutanasias 60 74 134 Doa es 12 49 61 Gr fico 1 Dest
269. os brasilei ros embalados pelo 6 Informe T cnico da Organiza o Mundial de Sa de OMS publicado no ano de 1973 bus caram conter o aumento populacional de c es e gatos por meio do recolhimento e do exterm nio sistem tico Com o passar do tempo foi observado que o recolhi mento e a elimina o de animais mostrou se ineficaz tanto para a profilaxia de zoonoses quanto para o con trole da popula o animal Entre as raz es da inefic cia est o as seguintes n o atua na origem do problema o excesso de nascimentos origina melhores oportunidades de sobreviv ncia para os que escapam captura provoca a imigra o de animais de outras regi es causando dese quil brio na estrutura social da popula o canina local e promovendo a ocorr ncia de novos focos de doen as estrat gia onerosa quando comparada a outras de car ter preventivo tem sido alvo frequente de manifesta es de desacordo por parte da sociedade O Minist rio da Sa de por meio da Portaria MS GM n 1 172 de 15 de junho de 2004 entre outros dispositivos enfatizou a compet ncia legal dos munic pios brasilei ros para controlar animais em sua rea de circunscri o mediante a execu o de atividades program ticas Essa responsabilidade recai nos munic pios sobre a Secretaria de Sa de a partir dos repasses do Sistema nico de Sa de SUS destinados aos trabalhos de vigil ncia em sa de cujos recursos s o insuficientes para a
270. os de tra o em Belo Horizonte 2004 Disserta o Mestra do Escola de Veterinaria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2004 MARQUES F Hist ria da medicina veterin ria 2002 Dispon vel em lt http www drapc min agricultura pt base documentos historia medicina veterinaria htm gt Acesso em 25 set 2013 MORAES D D A Preval ncia de mormo e anemia infecciosa equina em equideos de tra o do Distrito Federal 2011 Disserta o Mestrado Fac uldade de Agronomia e Medicina Veterin ria Universidade de Bras lia 2011 OJORNAL DA REGI O NORDESTE Entulhos t m destino certo na regi o Nordeste de BH Meio Ambiente Ano 1 n 1 Dispon vel em lt http wwwitribunadacidade xpg com br entulhos html gt Acesso em 30 set 2013 PATERSON D PALMER M ed The status of animals ethics educa tion and welfare Wallingford CAB Int 1991 PICO P et al La historia m s bella de los animales Barcelona Anagrama 2002 PRIMATT H Dissertation on the Duty of Mercy and the Sin of Cruelty to Brute Animals Edinburgh T Constable 1776 RAMOS B F Indicadores de qualidade dos res duos da constru o civil do munic pio de Vit ria ES 2007 Disserta o Mestrado Centro Tec nol gico Universidade Federal do Esp rito Santo 2007 REGAN T Jaulas Vazias encarando o desafio dos direitos animais Porto Alegre Lugano 2006 266 p REZENDE H H C Perfil s ci
271. os e administrativos do CODEVIDA Na inferior os canis e os almoxarifados 106 A Associa o Protetora dos Animais de Formiga MG APAE constitu da em 18 de agosto de 2011 uma asso cia o civil de direito privado de car ter s cio ambienta lista sem fins lucrativos de dura o indeterminada com sede e foro no munic pio de Formiga estado de Minas Gerais e regida por um estatuto e pelas demais dispo si es legais que lhe forem aplic veis A associa o n o possui sede pr pria A APAF tem como objetivos principais a defesa preserva o e conserva o do meio ambiente urbano por meio de seu car ter zo filo educacional assistencial e fiscalizador a promo o da tica e da cidadania aproximando as pes soas f sicas e jur dicas leigos ou profissionais que possam oferecer aos animais abandonados ou n o melhores con di es de vida Para cumprir seu prop sito a entidade atua por meio da execu o direta de projetos programas ou planos de a es pela doa o de recursos f sicos humanos e finan ceiros ou presta o de servi os intermedi rios de apoio a outras organiza es sem fins lucrativos e a rg os do setor p blico que atuem em reas afins A associa o arca com as despesas das esteriliza es cir r gicas realizadas quinzenalmente com a assist ncia vete rin ria e com os medicamentos para animais que necessi tam desse tipo de servi o A Associa o
272. os eles viram praga Belo Horizonte enfrentou duas pragas enormes A gente est a lutando contra a mosca branca nos ficus anti gos dessa cidade n e deliberadamente que eu n o estou mostrando o problema dos ficus de Belo Horizonte que eu quero lhes tocar pela beleza das reas preservadas e n o pela cat strofe ambiental que est o virando as podas e o problema que aconteceu com esses ficus mas por que tivemos esse ataque porque o inseto tomou conta de rvo res centen rias Pavimenta o extrema ambiente insalu bre e falta de fauna ok Se voc vai para os psitac deos eles s o dispersores de sementes Belo Horizonte tem v rias esp cies de psitac deos a volto para os colegas militares que t m que enfrentar l na frente os colegas da Pol cia Civil As minhas filhas nunca me pediram papa gaio porque elas t m papagaio em volta de casa os peri quitos v m frente da gente sem cevar hein eu nem ponho comida para eles eles v o na ameixeira v o nas sementes da Espat dea e l est o A coexist ncia com a fauna necess ria mas se voc coexiste com ela porque ela est onde voc est voc n o precisa captur la E esse um paradigma que a gente tem que lidar de uma maneira diferente a quest o da capivara ora eu n o vou falar de lei aqui eu n o vou ousar falar de lei mas at onde eu lembro matar fauna silvestre crime inafian vel e n o h manejo de fauna silvestre no Brasil que eu s
273. os pode estimular o interesse em manter esp cies silvestres como animais de estima o TUCN 2002 Atualmente segundo a IN 169 2008 IBAMA 2008a existem no Brasil cinco modalidades de criadouros de fauna silvestre Todos s o empreendimentos que preci sam ser autorizados pela institui o ambiental compe tente e podem pertencer a pessoa f sica ou jur dica exceto o criadouro cient fico para fins de pesquisa que somente pode ser mantido por pessoa jur dica O criadouro comercial tem como finalidade criar e reproduzir esp cimes da fauna silvestre em cativeiro para fins de aliena o de esp cimes partes produtos e subprodutos ao passo que o Jardim Zool gico cons titu do de cole o de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos visita o p blica para atender a finalidades cient ficas conser vacionistas educativas e socioculturais O mantenedor de fauna silvestre possui a finalidade de criar e manter esp cimes da fauna silvestre em cativeiro sendo proi bida a reprodu o IBAMA 2008a Existem duas modalidades de criadouro cient fico o de conserva o e o de pesquisa O primeiro tem como fina lidade subsidiar programas de conserva o enquanto o segundo se prop e a subsidiar pesquisas cient ficas ensino e extens o em institui es reconhecidas Em ambos permitida a reprodu o de esp cimes IBAMA 2008a Al m dos criadouros a resolu o CONAMA 45
274. outras atribui es fica riam prejudicadas Na Promotoria de Belo Horizonte dividimos os trabalhos por assunto Eu fui agraciada com patrim nio cultural flora somente no que se refere ao com rcio irregular de esp cies defesa da probidade administrativa ambiental e fauna e assim n o poderia ficar disposi o de um nico tema Uma estrat gia encontrada foi condensar as audi ncias ambientais num mesmo hor rio para podermos comparecer a todas e assim favorecer a negocia o com cada infrator Surgiu da o Projeto P ssaros e o carro chefe desse trabalho s o os passeriformes aves apreendidas em larga escala colocadas irregularmente em cativeiro pela popula o de Minas especialmente Belo Horizonte A Promotoria elaborou um plano de trabalho para inten sificar as a es de defesa de fauna e equacionar esse grande volume de tarefas Para viabilizar isso contamos com a ades o do Juizado Especial de Belo Horizonte que j vinha trabalhando com divis o de temas Aproveitei a quest o da viol ncia dom stica e de g nero proposta pelo Promotor Dr Eduardo que atuou no Juizado antes de mim e propus ent o coordenadora do Juizado Dra Fl via Birchal de Moura que fosse montada o que se denominou de Audi ncia Ambiental O infrator seria recebido de forma especial Estabeleceu se que haveria distribui o de material gr fico e se passaria um v deo para o infrator assistir Al m disso treinaria os concilia do
275. owlett esposa do Du Moscovis Bruno Gagliasso Nem todos s o vegetarianos mas podem dentro de suas reas contribuir para os ani mais Temos tamb m a Monja Coen um escritor esp rita empres rios e pol ticos como Heloisa Helena Ela falou com pessoas no Minist rio P blico de Goi s sobre o caso da Lana O crime foi cometido na frente de uma crian a constrangimento ilegal algo assim e a mulher n o perdeu a tutela da filha apesar da brutalidade cometida Enfim ela est pronta para fazer outros crimes Bem o juiz federal Anderson Furlan tamb m acompanha nosso trabalho assim como a Mara Gabrilli o deputado fede ral Capes ent o s o pessoas de todas as reas Eu digo que todas as causas s o uma s Queremos direitos e o direito para todos ent o em algum momento n s esta mos juntos nessa causa Cren as parte a gente recebeu at uma psicografia E a gente fica feliz em saber que em todos os lugares o trabalho da Anda bem recebido apesar de a gente n o ter ainda os recursos necess rios Bom o Minist rio P blico tem uma atua o extrema mente importante para a sociedade Na d cada de 1990 houve um estreitamento muito grande com a imprensa e aqui eu n o vou discutir se as informa es passadas dificultaram ou de alguma forma n o foram boas para as investiga es mas essa aproxima o foi muito impor tante At ent o a sociedade n o tinha representantes e naquele moment
276. oxalmente pela express o da primeira foto dif cil identificar o homem como o ser racional e dif cil n o identific lo como o diabo De qualquer forma estabelecida a premissa dos maus tra tos a discuss o foi se desenvolvendo de forma muito inte ressante porque tivemos votos muito bons dos dois lados o voto condutor do Ministro Francisco Rezek e o voto divergente do Ministro Maur cio Corr a dois mineiros Quem imaginava que os mineiros que iriam divergir Felizmente prevaleceu a tese segundo a qual n o pode haver prote o a manifesta o cultural que importe ato cruel contra animais Portanto nem mesmo o artigo 215 protege ato cultural que seja ao mesmo tempo cruel O Ministro Rezek iniciou o exame dele justamente com dois alertas mas o que me marcou profundamente foi o de que era necess rio superar qualquer impress o de que a defesa dos animais em um pa s com dramas sociais t o intensos com fome com problemas de sa de pudesse parecer uma iniciativa pequena Ele falou o seguinte Se o direito est na Constitui o ou nas leis ele tem que ser objeto da tutela N o podemos amesquinhar nenhum direito Nenhum A o ministro tocou no cerne do pro blema relacionado a maus tratos que o obst culo cul tural mas eu diria cultural n o no sentido de o evento ser uma tradi o ou um ato mas cultural no sentido de cultura interna do convencimento muito menos no fato de ser este ou aquele espet cul
277. p 477 480 1989 HERRERA M MAILLARD O Z El tr fico de aves silvestres una de las principales causas de su declinaci n poblacional en Bolivia Dispon vel em lt http www armonia bo org spanish recursos boletines gt Acesso em 9 dez 2011 HOEGH GULDBERG O HUGHES L O MCINTYRE S et al Assisted colonization and rapid climate change Science v 321 p 345 346 2008 IBAMA Instru o Normativa IBAMA n 169 de 20 de fevereiro de 2008 Institui e normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em territ rio brasileiro 2008a Dispon vel em lt http www icmbio gov br sisbio images stories instru coes normativas IN 20n 20169 20manejo 20ex 20situ pdf gt Acesso em 9 dez 2011 EPE Instru o Normativa IBAMA n 179 de 25 de junho de 2008 Define as diretrizes e procedimentos para destina o dos animais da fauna silvestre nativa e ex tica apreendidos resgata dos ou entregues espontaneamente s autoridades competentes 2008b Dispon vel em lt http www mprs mp br ambiente le gislacao id4757 htm gt Acesso em 9 dez 2011 ____ Portaria n 1 522 de 19 de dezembro de 1989 Disp e sobre a Lista Oficial de Esp cies da Fauna Brasileira Amea ada de Extin o Dispon vel em lt http www mma gov br estruturas 179 arquivos lista 1989 pdf gt Acesso em 9 dez 2011 ____ Portaria n 45 N de 27 de abril de 1992 Incluir no item 1 0 Mammalia s
278. potencial ofensivo se n o houver um aumento da lei de crimes de menor potencial ofensivo o que vai acontecer Hoje eu consigo punir a pessoa que maltrata o animal sem ir para a Justi a Fa o a transa o penal e imponho uma medida alternativa Tenho v rios exemplos de puni o Quando n s promotores n o tivermos mais esse instru mento n s vamos para a Justi a e os promotores que est o aqui sabem o que vai ocorrer quando a gente denunciar os crimes contra os animais na Justi a Fizemos isso na Bahia denunciando 16 pessoas por rinha de galo entre elas o marqueteiro Duda Mendon a que at representou contra mim e o colega Luciano na Corregedoria afirmando que est vamos promovendo uma persegui o pessoal contra ele Ele estava num grupo de 40 mas acho que ele um pouco megaloman aco achava que a persegui o era pessoal e a gente nem sabia que ele participava daquela rinha Viemos a descobrir bem depois com os pap is que foram apreendidos Sabe o que aconteceu com essa a o 167 Eu tive que me defender na Corregedoria provar que nao estava fazendo uma promo o e que n o estava revelando porque o processo n o era sigiloso ele pr prio havia dito na imprensa eles n o negaram n o O processo ficou na gaveta do juiz at prescrever e eu recebi a senten a Fiz v rias peti es ao juiz para pelo menos marcar audi ncia Ele n o marcou e o crime prescreveu Ent o esse medo que eu tenho claro
279. quase dez anos perante o tribunal europeu para conseguir legislar em mat ria penal ambiental e n o apenas em mat ria econ mica O principal fundamento dessa luta residiu na constata o de que a experi ncia centen ria da Europa da prote o dos bens ambientais apenas por normas admi nistrativas levou quase extin o daqueles bens Ent o o que resta precisa ser protegido e preservado e eles entendem que o Direito Penal o nico instrumento com for a para tanto Embora esse panorama legal mundial que eu estou mostrando para voc s possa ser entendido como favor vel aos animais especialmente em rela o ao fato de poup los de sofrimento desnecess rio no Brasil o progn stico bastante incerto 175 Ha projetos de lei tanto para descriminalizar as condutas previstas na Lei 9 605 como para ampliar os tipos penais ou recrudescer as penas hoje existentes O projeto de reforma do C digo Penal a que fez refer ncia o desembar gador Jos Mui os e eu sou testemunha ocular de que ele foi um bravo defensor dos direitos animais perante os outros integrantes da comiss o que elaborou o anteprojeto de reforma do C digo Penal e que tramita no Senado o Projeto de Lei 236 12 O prazo para emendas est aberto at meados desse m s e a senadora Maria do Carmo Alves do Sergipe integrante do Partido Democratas j apresentou uma proposta de descriminaliza o de todas as condutas hoje previstas como crime contra os
280. que s vezes a gente tem medo do ativismo judicial o juiz n o pode substituir o legislador mas o Judici rio um instrumento de mudan a A hist ria demonstra que quando o Judici rio tem vontade pol tica consegue dar respostas sociedade aqui e em qualquer lugar do mundo porque as pessoas n o t m mais outro a quem recorrer A gente sabe que o legislador faz a lei mas n o aplica A gente sabe como os pol ticos no Brasil s o submetidos ao poder econ mico s o escravos do poder econ mico para financiar suas campanhas Eles n o v o tomar medidas que efetivamente venham a se estabelecer como disse o Doutor Leonardo Maia O professor Celso Fiorillo disse Voc s acabaram a farra do boi porque festa de pobre verdade S bio o pro fessor Celso Fiorillo Eu quero ver acabar o rodeio de Barretos a vaquejada de Serrinha na Bahia ou o Mercado Central N s do Minist rio P blico estamos muito acos tumados com isso mas n o podemos desistir Pior temos uma Constitui o gigantesca cheia de promes sas n o cumpridas que vai gerando insatisfa es na sociedade A gente est vendo o movimento nas ruas Quando o Minist rio P blico ou o pr prio Judici rio no caso do julgamento do Mensal o passa a cumprir sua fun o vem a Proposta ou seja uma Constitui o de 25 anos que j tem mais de 80 emendas A Constitui o americana tem 200 anos e apenas 27 emendas N s que remos nos tornar efet
281. que os dois homens estavam sofrendo Sem d vida refe rido Decreto foi um marco que nem mesmo a Lei 9 605 teve inspira o de imitar Ele o Decreto criou v rios tipos contravencionais logo n o considerados crimes que a Lei 9 605 abandonou mas o projeto de reforma do C digo Penal tenta recuperar relativamente omiss o de socorro ao transporte criminoso e falta da assist ncia aos ani mais que j tinham previs o legal em 1934 e que a lei p s Constitui o de 1988 n o cuidou ou desconsiderou O maior avan o legislativo que tivemos p s Constitui o foi a Lei 9 605 Para falar desse marco importante saber mos o que foi produzido a partir de 1988 para chegarmos mat ria penal Trago cola o os estudos tribut rios a partir de 1988 cerca de 250 mil leis tribut rias foram produzidas no pa s muitas revogadas outras criadas ou alteradas E por que 250 mil leis de natureza tribut ria Porque temos uma legisla o que cuida em mat ria de tributo com auto nomia legislativa da Uni o dos Estados membros e dos Munic pios todos podem legislar sobre tributos ou mat ria financeira Com cerca de seis mil Munic pios brasi leiros 26 Estados Distrito Federal e Uni o n o dif cil perceber o porqu dessa quantidade de leis tribut rias Mas elas n o afetam a fauna e a flora propriamente ditas 156 a n o ser que algum Munic pio a Uni o ou um Estado membro resolvam criar algum benef cio tribu
282. r insens vel viol ncia minando lhe a capacidade de sentir empatia n o somente pelos animais como tamb m no futuro pelos pr prios seres humanos ASCIONE ARKOW 1999 Muitos pa ses inclu ram o abuso animal no mbito da viol ncia dom stica depois que v rias pesquisas demons traram o elo entre ambos e a necessidade do trabalho intersetorial integrado conjunto entre as autoridades competentes tanto as que protegem as crian as quanto as que protegem os animais LINZEY 2009 O abuso animal tem sido usado como um indicador de que a fam lia apresenta problemas relacionados viol n cia dom stica e precisa passar por diagn stico avalia o de risco da situa o medidas preventivas e prote o aos mais vulner veis Quando os animais s o abusados as 184 crian as tamb m est o em risco Currie 2006 por exem plo descobriu que crian as expostas viol ncia dom s tica eram tr s vezes mais cru is para com os animais Segundo outro levantamento feito com mulheres v timas de espancamento 71 relataram que o agressor j havia machucado e ou matado o seu animal de companhia ASCIONE WEBER WOOD 1997 importante diagnosticar o abuso animal porque geral mente as pessoas que sofrem viol ncia dom stica se sentem mais confort veis ao falar sobre a agress o contra seus animais de companhia do que sobre a agress o que elas mesmas est o sofrendo Vizinhos tamb m denunciam mais facilmente o abu
283. r suporte atua o do promotor no sentido de ele nem precisar ingressar na discuss o No entanto temos observado que os infra 101 tores estao ficando acostumados e dando um passo a frente Temos necessidade de tamb m galgar mais um degrau e refor ar o roteiro para o Promotor de Justi a poder atuar de forma tranquila Ent o senhores s o essas as considera es Quero agradecer imen samente pela aten o a paci ncia e fico disposi o para qualquer discuss o e questionamento Obrigado 102 Bem estar animal e controle populacional de c es e gatos em rea urbana Fernanda Pinheiro Lima Observa se atualmente um aprofundamento na rela o dos animais de estima o com os seres humanos Por outro lado vivemos em uma sociedade consumista e descart vel onde muitas pessoas t m seus animais de estima o como algo utilit rio promovendo pouco ou nada a supervis o dos pets a limita o do movimento e do habitat O controle reprodutivo muitas vezes consi derado desnecess rio Os h bitos inadequados de manuten o a procria o descontrolada e a deteriora o da qualidade de vida em certas comunidades humanas fizeram com que o exces sivo n mero de animais dom sticos sobretudo c es e gatos constitu sse um grave problema tornando os inde sej veis pelos agravos produzidos em pessoas por aspec tos est ticos e ambientais e pela presen a de grupos de animais abandonados No
284. ra desde que mediante aprova o de projeto que deve conter entre outros aspectos avalia es pr sol tura da rea com foco no invent rio da fauna residente e dos riscos da soltura para os animais e o ambiente avalia o dos animais que ser o soltos comportamental gen tica e sanit ria metodologia de soltura e programas de monitoramento p s soltura Estudo da Renctas 2002 verificou que a principal forma de destina o dos animais apreendidos no bi nio 1999 2000 foi a soltura com 78 dos animais confiscados devolvidos natureza Apenas 9 dos animais foram encaminhados para os CETAS 4 foram destinados para pessoas f sicas TDDP 2 para criadouros cient ficos 1 para zool gicos e 1 veio a bito O percentual de animais encaminhados para soltura foi diferente entre os grupos taxon micos 83 quando se considera apenas r pteis 74 para aves e 49 para mam feros Considerando se apenas os animais confiscados nos estados do Rio de Janeiro S o Paulo e Minas Gerais no ano de 2005 verificou se que dos mais de 50 000 esp cimes apreendidos aproximadamente 40 dos animais foram encaminhados para os centros de triagem e 32 para solturas Renctas 2007 Segundo o IBAMA embora grande parte dos animais que chegam aos CETAS seja devolvida ao ambiente a maio ria das solturas ainda realizada com poucos crit rios e nenhuma informa o fornecida sobre a taxa de sobre viv ncia e o impact
285. ra a explora o na cultura no entretenimento moda ou ci ncia a alimenta o com a matan a de animais faz parte da vida das pessoas Mas 116 acredito que tudo isso um avan o moral e aos poucos a gente vai fechando os links Esse garoto tem tr s anos e de Bras lia Ele saiu em v rias m dias ent o espero que a m e o conduza porque uma crian a com a consci ncia desse novo mundo pelo qual a gente trabalha Vou passar o outro v deo gostaria que voc s n o reparassem muito na m e porque ela cruel tem uma postura que dese duca e a gente tem que estimular a compaix o e o res peito pelos animais que essas crian as t m naturalmente Infelizmente essa m e n o tem a vis o ela do Rio de Janeiro A crian a que voc s v o ver tem dois anos e meio e est desesperada diante da postura da m e de dar ani mais para serem consumidos exibi o de v deo M E Por que voc est chorando CRIAN A Porque voc vai matar a vaca e os peixinhos M E Mas a gente tem que matar para comer N o tem os pei xinhos A gente mata para comer CRIAN A Mas m e n o pode M E N o tem as vacas A mam e matou para cortar a carne CRIAN A Voc n o pode mam e M E Mas n o tem a asinha de galinha que voc gosta a galinha que a mam e matou e tirou o bra o dela CRIAN A Voc n o pode M E Mas eu fa o CRIAN A Voc n o pode M E Eu fa o CRIAN A Voc n o pode os a
286. ram feitas dessas os prin cipais problemas s o de pessoas que mudam de endere o ou t m antecedentes criminais e n o podem fazer acordo mas a faixa maior de pessoas que somem e dif cil encontr las Das que comparecem temos 3 653 acordos S o 3 653 pessoas que j assistiram ao v deo receberam cartilha passaram por negocia o e foram encaminha das Central de Acompanhamento de Penas e Medidas Alternativas Ceapa para sensibiliza o e presta o de servi o ambiental Ent o a pessoa tocada influenciada e de alguma forma a gente usa essa resposta estatal civil e penal para tentar modificar o comportamento delas O que foi pesquisado pela funda o que normalmente s o pessoas acima de 45 anos a maioria do sexo mascu lino e com grau de instru o fundamental S o pessoas que j t m filhos netos adolescentes que recebem uma cartilha para levarem para casa Temos a felicidade de j ter trabalhado com mais de tr s mil fam lias e cada uma delas atrav s desses infratores acaba recebendo infor ma es que v o ajudar a disseminar pela cidade Est havendo inclusive uma diminui o no n mero de reco lhimentos na capital mineira Ainda n o sabemos exata mente as causas para cientificamente atribuir ao nosso trabalho mas sabemos que um grande esfor o tem sido feito e essa sensibiliza o tem aumentado Toda essa metodologia foi sugerida aos profissionais do interior e o Projeto P ss
287. rco jur d ico constitucional do estado socioambiental de direito Porto Ale gre Livraria do Advogado Editora 2008 p 55 LEVAI Laerte Fernando Prote o Jur dica da Fauna In S O PAULO Minist rio P blico do Estado de S o Paulo Manual Pr tico da Promotoria de Justi a de Meio Ambiente 2005 p 583 629 LOW Philip Declara o de Cambridge sobre a Consci ncia em Animais Humanos e N o Humanos In FRANCIS CRICK MEMORIAL CONFERENCE ON CONSCIOUSNESS IN HUMAN AND NON HUMAN ANIMALS 2012 Cambridge Cambridge 7 de julho de 2012 Tradu o de Mois s Sbardelotto Editada por Jaak Panksepp Diana Reiss David Edelman Bruno Van Swinderen Philip Low e Christof Koch MINAS GERAIS Minist rio P blico do Estado de Minas Ge rais Resolu o PGJ n 71 de 7 de outubro de 2011 Dispon vel em lt http ws mpmg mp br biblio normajur normas Res_ PGJ 71 2011 atual htm gt Acesso em 13 ago 2015 SINGER Peter Liberta o Animal ed rev Tradu o Marly Winck ler Porto Alegre Lugano 2008 SOUZA Marnoco e Historia das Institui es do Direito Romano Peninsular e Portugu s Coimbra Fran a Amado 1910 Dispon v el em lt http www dominiopublico gov br download texto bd000088 pdf gt Acesso em 24 ago 2011 UNITED NATIONS EDUCATIONAL SCIENTIFIC AND CULTUR AL ORGANIZATION Declara o Universal dos Direitos dos Ani mais Bruxelas 27 jan 1978 Dispon vel em lt http www forumna cional
288. re s ter as feiras tarde s o chamados trinta e dois envolvidos em infra es penais Temos oito salas de conci lia o e uma sala multim dia Primeiro as pessoas passam pela sensibiliza o veem o v deo que abre o cora o e mostra a import ncia de preservar e respeitar os animais que s o mais importantes soltos do que presos Depois eles v o para as salas com os negociadores O treinamento inicial dos conciliadores foi feito junto ao N cleo de Estudos em Direito Ambiental Neda da Universidade Federal de Minas Gerais e Funda o Zoobot nica Hoje esse tema j est incorporado ao curso de conciliadores do Juizado Especial S o Projeto P ssaros representa 5 do movimento do Juizado Especial de Belo Horizonte um volume grande O pr prio Tribunal de Justi a percebeu a import ncia do projeto e vem fazendo os m dulos de treinamento de conciliadores Quando a gente percebeu todas essas nuances identifi cou a necessidade de desenvolver o projeto Eu trouxe uma rela o das considera es que tivemos ao elaborar esse projeto Foi observada a necessidade de forma o de uma rede de parceiros Contamos inicialmente com a parceria do Ibama da Pol cia Militar do Juizado Especial da Pol cia Civil que foi sempre uma grande parceira do nosso projeto da Central de Cumprimento de Penas e da Funda o de Parques Municipais de Belo Horizonte e montamos uma esp cie de for a tarefa Os envolvidos s
289. re na maioria dos pa ses do mundo A implanta o do sistema de reabilitador volun t rio no Brasil permitiria maior distribui o e significa tivos avan os na qualidade do atendimento emergencial de animais feridos ou filhotes recolhidos A cria o de fundos espec ficos com aportes financeiros provenientes dos pr prios infratores poderia representar um est mulo extra s a es de recep o triagem tratamento reabi lita o soltura e monitoramento dos animais silvestres brasileiros desenvolvidas por particulares ou organiza es n o governamentais Uma rede mais ampla de CETAS proporcionar diver sos benef cios Quanto menor o deslocamento de um esp cime apreendido tanto menor ser o risco de pro blemas sanit rios gen ticos e populacionais se ele for solto Menor ser tamb m o tempo entre a apreens o e o destino e consequentemente mais r pida ser a recu pera o do esp cime e menores ser o os gastos das ins titui es com alimenta o combust vel manuten o di rias entre outros Alternativa tamb m interessante seria a implanta o de CETAS com finalidade exclusiva de receber apenas deter minados grupos taxon micos como por exemplo psi tac deos primatas quel nios felinos ou rapinantes Os gestores e t cnicos dessas unidades poderiam especiali zar se melhor no grupo desenvolver e implantar recintos mais apropriados e conhecer mais sobre os aspectos taxo n micos sanit
290. recomendamos que alterassem a resolu o para tamb m proibir o corte da cauda Depois de um ano mais ou menos eles acabaram modificando a resolu o e hoje proibida a caudectomia E deve ter circulado na internet voc s devem ter visto uma criadora que falou que essa resolu o s se aplicava aos veterin rios e que ela como criadora de determinada esp cie sempre cortou e continuaria cortando os rabos dos animais N s recebemos a den ncia e ela est respondendo a inqu rito policial por isso porque muito f cil um veterin rio dizer se aquela cauda foi cortada h um m s dois meses tr s meses Com isso a gente compara com a resolu o e ela responde por crime de maus tratos Outra batalha quase vencida no Gecap diz respeito cria o da Delegacia de Defesa Animal V rias vezes a Secretaria de Seguran a P blica recebeu demandas a esse respeito e sempre deu parecer negativo cria o dessa delegacia N s estivemos l reunimos dados estat sticos dados doutrin rios dados cient ficos e levamos ao Secret rio de Seguran a P blica N s conseguimos um parecer positivo da Secretaria da Seguran a P blica para cria o da primeira delegacia em S o Paulo mas o delegado geral de pol cia achou que n o era o caso e n o criou a delegacia Depois publicaram que havia sido criada mas na verdade s mudaram o nome do departamento A gente ainda vai voltar luta nessa ques t o Pois bem esse evento um
291. reendimentos hidrel tricos no estado Em todas as bacias onde houver um n mero significativo de empreendimentos hidrel tricos dever ser feita avalia o ambiental integrada N o vou entrar no m rito do conte do porque algumas coisas previstas nessa delibera o normativa possivelmente ainda ser o questionadas pelo Minist rio P blico Mas independente do conte do e se ter alcan ado 100 dos nossos anseios ou n o o pr prio Estado de Minas Gerais reconheceu a necessidade desse instrumento e normatizou no seu mbito a avalia o ambiental integrada Em rela o ao Rio Santo Ant nio especificamente a reso lu o Semad Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel adotou um estudo cha mado Avalia o Ambiental Integrada da Bacia do Santo 152 Ant nio como instrumento oficial de an lise dos proces sos de regulariza o ambiental Al m de ter sido uma a o que pelo menos por ora pre serva a exist ncia dessas esp cies tamb m funcionou como indutor de pol tica p blica em Minas Gerais na medida em que a avalia o ambiental integrada passou a ser um instru mento institucionalizado Eu procurei realmente ser o mais breve poss vel Acho que como membros do Minist rio P blico temos o dever de prestar contas do nosso trabalho sociedade e foi essa a inten o No Dia de S o Francisco eu n o poderia deixar de cit lo Disse ele que todas as coisas da Cria o
292. reitos humanos e participa o social Considerada patrim nio do povo mineiro a Pol cia Militar cultua valores como a tica a lealdade o respeito a justi a a disciplina e a hie rarquia MINAS GERAIS 2012 Sua vis o em ser reconhecida como refer ncia na produ o de seguran a p blica contribui para a constru o de um ambiente seguro em Minas Gerais A PMMG articula se para servir e proteger a popula o como nico rg o do Estado presente em seus 853 munic pios Atualmente possui 42 mil policiais milita res distribu dos em unidades operacionais Batalh es e Companhias Independentes e Unidades Administrativas Hist rico organizacional do policiamento de meio ambiente em Minas Gerais Aorigem da especialidade de policiamento de meio ambiente na PMMG ocorreu no ano de 1966 quando foi criado o Contingente de Vigil ncia Rural com a atribui o de fiscali zar as atividades de flora pesca e fauna Em 1981 foi criado o Batalh o de Pol cia Florestal que deu maior amplitude para a prote o e a conserva o do meio ambiente A fim de alcan ar maior efici ncia representatividade coordena o e controle a estrutura passou por aprimoramentos Atualmente o policiamento de prote o e conserva o do meio ambiente executado pela Companhia de Pol cia Militar de Meio Ambiente Cia PM MAmb na Regi o Metropolitana da capital mineira e por outras quinze 1 Segundo o artigo 52 inciso
293. rem constatados maus tratos mesmo porque a ordem econ mica est subordinada defesa do meio ambiente e n o o contr rio como infelizmente acontece na pr tica A ordem econ mica est fundada em prin c pios e entre eles est a defesa do meio ambiente Sem defesa do meio ambiente n o h ordem econ mica l cita conforme a Constitui o nascedouro de todas as normas Eu pincei fotos da Farra do Boi um caso emblem tico no Supremo Tribunal Federal objeto de discuss o em 1997 quando do exame de Recurso Extraordin rio 1535318 de Santa Catarina Na ocasi o foram apreciados argumen tos a favor e contra a Farra do Boi O interessante que essa pr tica era naturalmente cruel como a rinha em que a crueldade est evidente Mesmo para aqueles que por exemplo admitem a atividade de animais em espet culos apresenta es ou eventos p blicos indiscut vel que a Farra do Boi cruel O debate ficou centrado acerca de um conflito aparente entre a norma que pro be a crueldade e o art 215 tamb m da Constitui o que defende ou pro tege interesses ou direitos cultura Ent o n o se discutia em determinado ponto do julgado se era cruel ou n o A quest o era saber se aquele dispositivo constitucional que pro be a crueldade era aplic vel ante o outro No antecedente hist rico da Farra do Boi dentro da tradi o a oriana basicamente o boi ora simboliza Judas por isso t o maltratado ora o diabo Parad
294. res espa nh is e pesquisadores da Arquitetura Escolar afirmam 188 que o espa o escolar como um constructo cultural expressa e reflete para al m de sua materialidade deter minados discursos Nessa perspectiva segundo esses autores todo espa o educa forma e situa De posse desse elemento conceitual apresento um pri meiro exemplo de como isso acontece no interior da escola a exist ncia de cativeiros erroneamente chamados de viveiros de p ssaros e tartarugas Qual o problema Devolvo a pergunta se o cativeiro est dentro da escola sua exist ncia comporta um discurso e dessa maneira educa forma e situa Em que e para qu Como o conte do desse curr culo oculto interfere na percep o e sensibi lidade de nossas crian as e jovens Em princ pio o p ssaro cativo usado como entreteni mento est ali para que sua beleza e sua forma sejam apreciadas Entretanto esse capricho esse ato singelo do homem alimenta um sistema perverso que retira o p ssaro do seu habitat natural fazendo que muitos deles morram no momento da captura No transporte s o amontoados em caixas escuras com pouca ventila o ou postos s deze nas em gaiolas apertadas J n o s o considerados p ssa ros mas produtos que alimentar o os mercados Somos portanto c mplices e incentivadores desse sistema que abrange entre outras coisas o tr fico de animais silves tres Emitimos sinais para esse mercado de que val
295. res para essa audi ncia d plice de modo que estives sem preparados para explicar sobre responsabilidade civil e penal e pudessem oferecer uma proposta de resolu o do conflito ambiental que promovesse essencialmente a conscientiza o Conseguimos viabilizar a execu o desse trabalho e foi muito interessante A dificuldade que a gente encontra no poder p blico por n o ter uma rubrica espec fica para esses projetos muito grande sempre se come a sem nada Na poca o mate rial gr fico era aquele que se produzia na promotoria mesmo A seguir a gente precisava de um video eu falo que quem trabalha com fauna parece que tem um radar um anjinho da guarda Um dia acordei no meio da noite liguei a televis o e estava passando o programa Um P de Qu da Regina Cas Falava da cutieira uma rvore mostrando de forma acess vel a intera o da fauna silves tre com a mata o que era uma novidade para a maioria das pessoas que iam ao Juizado Especial Mesmo a gente que lida com o meio ambiente s vezes tem dificuldade de perceber a necessidade da intera o da mata com os animais e os servi os ambientais que eles prestam E o que fizemos O Juizado tinha apreendido uma televis o n o tinha como devolver a eu comprei um DVD liguei para a produtora expliquei o problema e eles autorizaram e me enviaram o envio do material Desde ent o o v deo apresentado regularmente antes da Audi ncia Ambiental Semp
296. rg os p blicos competentes assim como com as entidades n o governamentais HI Promover a efetiva mobiliza o dos rg os de exe cu o objetivando uma atua o conjunta uniforme e coordenada IV Compilar sistematizar e analisar a legisla o e a jurisprud ncia sobre a tem tica para distribui o s Promotorias de Justi a com a atua o na defesa do meio ambiente V Elaborar e publicar roteiros de atua o sem car ter vinculativo e modelos de a es civis p blicas penais e termos de ajustamento de conduta que possam ser utili zados pelos rg os de execu o VI Sugerir a celebra o de conv nios pertinentes sua finalidade com entidades e institui es p blicas e privadas VII Promover em conjunto com o Centro de Estudos e Aperfei oamento Funcional encontros de especializa o e atualiza o nas v rias reas de conhecimento associadas prote o da fauna VII Instaurar Procedimento de Apoio Atividade Fim PAAF para coletar dados e informa es viabilizar consultorias e produzir provas necess rias implemen ta o de medidas que garantam a prote o da fauna no Estado de Minas Gerais PAKO IX Promover a integra o institucional com a comuni dade visando estimular a participa o desta na prote o e conserva o da fauna local Conclus o As a es em defesa dos interesses dos animais represen tam a continuidade do processo de evolu o da mora lidade
297. ria o mas compomos um elo na exist ncia em meio a m ltiplas formas de vida que coabitam o mesmo planeta A vida humana estabelece com as outras formas de vida uma rela o de interdepend ncia o destino da vida no planeta comum a todos O cuidado com os seres humanos n o prescinde do cuidado com o planeta e com os animais que nele vivem Somos habitantes e companheiros de jornada de um mesmo habitat compartilhado da sermos terr queos pois n o somos indiferentes a nada que se refere ao planeta Terra nossa casa comum seus ecossistemas as pessoas e os animais 187 Aos que pretendem dar um passo frente o que se tem uma longa caminhada por uma estrada repleta de entra ves que requer de quem a trilha coragem para adentrar nesse novo terreno praticamente inexplorado dos curr cu los escolares Escola contribuindo para o cuidado ou para a indiferen a A fim de responder pergunta acima revisitei a mem ria dos tempos de estudante da educa o b sica para identi ficar o lugar as representa es e a forma como os animais eram reconhecidos ou mencionados pela institui o esco lar Inclu nessa busca os quase trinta anos de estudo e tra balho com educa o exercendo v rias fun es na escola Digo com certeza e pesar que nunca presenciei durante esse per odo em lugar algum nem sequer na universi dade nenhuma discuss o sobre a tica no trato com os animais ou sobre os seus direito
298. rico que s o as dimens es do espa o e n o no ecossistema em si o qual em muito a ultrapassa geograficamente al m de ignorar sumariamente a exist ncia de outros habitats subterr neos igualmente relevantes Quando se isola uma cavidade e a sua rea de influ ncia no caso de cavernas de relev ncia m xima a legisla o prioriza a conserva o f sica da cavidade gerando um limite que impede o fluxo de dispers o da fauna cavern cola e a utiliza o de importantes reas de vida Uma das principais caracter sticas de cavernas desenvolvidas em dep sitos minerais como as cavidades em cangas e ita biritos justamente a rede de canal culos que interconec tam as microcavidades e as mesocavidades MAURITY KOTSCHOUBEY 2005 Todo esse sistema de acordo com o Decreto n 6 640 2008 n o pode ser classificado como cavidade natural subterr nea em virtude do seu pequeno espa o n o penetr vel pelo ser humano Nos sistemas 143 subterr neos ferruginosos a ocorr ncia de grande quan tidade de canal culos que formam extensas redes de espa os intersticiais microcavernas e mesocavernas conec tados a macrocavernas propicia grandes extens es de habitats SILVA et al 2011 Compartimentos subsuperfi ciais provavelmente podem atuar como meio de disper s o da fauna entre macrocavernas aumentando a riqueza atrav s do balan o entre processos de coloniza o e extin o SILVA 2008 Uma vis o antropoc
299. rimestre abril maio e junho foram abati dos 8 milh es e 500 mil bois e vacas 9 milh es de su nos considerados os animais mais inteligentes j domestica dos pelo homem 1 bilh o e 400 milh es de aves Nessa f brica de desmontagem de vidas conforme express o de F bio Chaves do endere o eletr nico VISTA se cada um destes animais sofreu de uma forma que somos inca lheres 48 Dispon vel em lt http portalsaude saude gov br portalsaude noticia 12926 162 mais da metade da populacao brasileira tem excesso de peso html gt Acesso em 18 out 2013 3 IBGE Dispon vel em lt http saladeimprensa ibge gov br noticias view noti cia amp id 1 amp busca 1 amp idnoticia 2470 gt Acesso em 5 out 2013 pazes de imaginar Ser alto o pre o desse recorde hist rico e aqui aproveito para fazer uma interface dessa tem tica com a educa o ambiental Conv m mencionar o manifesto publicado em 7 de julho de 2012 em Cambridge no Reino Unido assinado por pesquisadores renomados com o apoio do f sico Stephen Hawking no qual manifesto se conclui que os seres humanos n o det m o monop lio da consci ncia e que h um corpo razo vel de evid ncias cient ficas que sus tentam estados conscientes em uma variedade de animais n o humanos O que esse manifesto endossa que o boi o bezerro o frango o porco ou a vaca que est o sendo cientificamente manipulados e completamente alterados
300. ro a Anda uma grande m dia porque tem mais de um milh o de acessos por m s e a ONG brasileira mais 121 acessada na rede mundial Quando eu estive na Fran a e em Luxemburgo em congressos sobre direito dos ani mais eu fiquei sabendo atrav s de ativistas do mundo inteiro que somos o maior site de not cia sobre animais do mundo E nao temos sustentabilidade financeira para isso temos muita vontade muita coragem e profissiona lismo isso feito praticamente sem recursos S o mais de 40 colunistas os melhores nomes da defesa dos direitos dos animais Publicamos mais de 40 conte dos por dia e poder amos publicar mais mas preciso dar um tempo para as pessoas lerem Vou abrir o site da Anda aqui para a gente ver as manchetes de hoje Infelizmente a gente n o d not cias boas sempre ali s as not cias espelham o que a nossa a sociedade Hoje 90 do que veiculado pela imprensa brasileira considerado como m s not cias Isso inclui desastres sequestros corrup o uma PEC des favor vel aprovada e 10 de not cias neutras e boas not cias Hoje a nossa manchete principal de um prefeito que est recompensado moradores e voc s est o vendo a uma cadela que tinha acabado de parir e foi assassi nada e os beb s ainda est o mamando Provavelmente esses beb s foram resgatados porque a foto foi feita por ativistas na R ssia Quando h jogos ol mpicos sempre tem higieniza o das cidades com pes
301. roblema pior porque temos uma lei de rodeios N o temos lei de circo pelo contr rio o Congresso caminha claramente no sentido de proibir J nos rodeios em raz o da quest o econ mica um poderio muito grande com interesses muito fortes Minas Gerais inclusive tem lei estadual de rodeios uma lei interessant ssima para estudos por m perigosis sima porque n o clara n o permite nenhum desses ins trumentos de maus tratos mas na hora de proibir pro be com certa timidez Por exemplo do uso de esporas fala que n o poss vel usar esporas pontiagudas quer dizer que s o permitidas as esporas rombudas Temos defen dido que n o porque a lei diz tamb m n o ser poss vel al m do uso de esporas pontiagudas qualquer outro ins trumento capaz de causar maus tratos dor ou crueldade aos animais Consta num determinado dispositivo que as barrigueiras e as cintas que s o os arreios dever o ser de l macia ou revestida de material para n o causar danos sofrimento ou crueldade aos animais etc A os defenso res do sed m dizem assim Essa l de crina macia apenas faz c cegas nos animais No entanto se observarmos a lei n o permite o sed m Ela fala da barrigueira e barri gueira n o sed m Sed m um instrumento que n o arreio n o tem serventia para segurar o pe o ou permi tir a montaria serve simplesmente para fazer o animal pular e ele faz isso pressionando os vazios
302. rote o dessas esp cies amea adas A principal discuss o levantada pelos r us e essa uma a o ainda em andamento de que a avalia o ambiental integrada e a avalia o ambiental estrat gica n o teriam sedes normativas e n o poder amos exigir algo que n o est previsto em lei Vou citar instrumentos normativos que disp em acerca desses dois instrumentos a avalia o ambiental integrada avalia o ambiental estrat gica de forma que essa uma tese de defesa que n s recha amos de plano na medida em que n s temos sim normatiza dos esses instrumentos tanto principiologicamente como por meio de artigos de resolu o Conama e decretos A partir da constata o de que seria necess ria a realiza o de estudos mais aprofundados que aferissem os impac tos do parque hidrel trico como um todo na a o civil p blica n s formulamos diversas indaga es justamente com a inten o de demonstrar que d vidas existiam em rela o aos efeitos que seriam causados pela implanta o de todos aqueles empreendimentos Dentre essas in me ras indaga es vou destacar algumas A primeira delas Qual a rela o custo benef cio socioambiental do desen volvimento hidrel trico da regi o Isso j foi respondido pelo professor Paulo Ele mostrou que essas hidrel tricas gerariam um percentual de energia nfimo perto da prote o 150 que deveria ser mantida em rela o rea E porque essa perg
303. s Apenas recentemente ouvi algo sobre tratar bem os animais mas sempre numa refer ncia restrita aos dom sticos ou aos animais em extin o O que n o deve causar surpresa uma vez que esses temas passaram a despertar o interesse das pessoas h pouco tempo O mesmo se pode dizer da educa o ambiental Curiosamente a aus ncia da tem tica da fauna n o sig nifica que os animais estiveram ou est o ausentes dos curr culos escolares Interessa me aqui interrogar sobre a qualidade dessa presen a e em que medida ela contribui ou dificulta para a consci ncia de nossas crian as e jovens acerca da fauna de modo que reflita em suas a es uma postura de compaix o respeito cuidado e prote o Nesse primeiro momento conv m demonstrar com alguns exemplos a natureza dessa presen a que a meu ver vem atrasando e dificultando a percep o concep o que temos sobre os animais e espero encerrar de modo otimista apresentando uma experi ncia que tem alterado esse quadro Sabemos que a escola n o trabalha somente com o curr culo formal descrito nas propostas pedag gicas Outro tipo de curr culo acontece diariamente sem que uma palavra sequer seja dita ou escrita sobre ele S o pr ticas atitudes com portamentos gestos percep es que apontam para o que valor para aquele grupo espec fico As crian as e os jovens assimilam esses valores e ensinamentos Escolano e Vin o Frago 2001 p 26 historiado
304. s como equil brio for a e agilidade para ultrapassar obst culos a exemplo do aro guarnecido de l minas afiadas Outra circunst ncia muito apreciada em espet culos com animais como macacos reside no fato de emularem comportamentos humanos por exemplo usar vestimentas dan ar controlar instrumentos engenhos bicicletas fazer rever ncia agradecer a plateia ou ainda representar uma hist ria Eu trouxe essa foto em que o animal caracterizado como uma mulher com maquia gem treinado para segurar objetos que utilizamos no dia a dia e sempre que poss vel praticar trejeitos t picos de pessoas com isso cativando o p blico notadamente o infantil Esse quadro de aparente felicidade e por que n o dizer de inoc ncia al m de tornar o espet culo uma atividade lucrativa transmite ao p blico uma fan tasia acerca da vida dos animais como se eles desfrutas sem de participar do show ou fossem personagens de ani ma o A no o de vida feliz dos animais fora do habitat natural vivendo em palcos estradas passando de cidade em cidade perpetuada no imagin rio da coletividade como uma coisa glamorosa Vejamos um v deo do aro em chamas Obviamente essa anima o uma fantasia mesmo porque o tigre nesse desenho com muitos efeitos passa por um anel desses que usamos no dedo Mas na vida real essa fantasia acaba permanecendo para o p blico vido por encontrar ani mais em situa es do cotidiano hum
305. s den ncias de infra es ambientais recebi das pelas Companhias de Meio Ambiente totalizaram 31 270 eventos distribu dos em sete reas de concentra o em todo o Estado A rea de maior demanda a florestal com 46 9 do total apurado As den ncias relativas fauna e pesca ilegal t m uma grande signific ncia representando 29 3 do total TABELA 1 Den ncias de infra es ambientais recebidas pela PMMG por rea de concentra o Minas Gerais 2012 rea de Concentra o Quantidade 14 674 7 109 2 036 Minera o Polui o 5 659 1 792 31 270 Fonte Diretoria de Meio Ambiente e Tr nsito DMAT PMMG Mediante planejamento espec fico com observa o das peculiaridades de cada local todas as Companhias de Meio Ambiente desenvolvem a es e opera es educativas pre ventivas e repressivas com emprego diuturno de equipes de fiscaliza o para atender as demandas de prote o fauna Em virtude desse esfor o operacional milhares de apreen s es de animais foram realizadas resultado principalmente do cativeiro e do tr fico ilegal da fauna silvestre Ao todo foram apreendidos 19 365 animais silvestres no ano de 2012 predominantemente p ssaros 16 413 esp cimes not rio o encantamento que o povo brasileiro tem pelos p ssaros da fauna nativa especialmente os de canto toda via n o se pode compreender o mau costume de captur los aprision los e comercializ los ileg
306. s esp cimes de peixes e invertebrados verifica se que mais de um bilh o de animais entraram nos EUA nesse per odo procedentes quase exclusiva mente de pa ses em desenvolvimento como Cingapura Tail ndia Indon sia Taiwan M xico Col mbia e Peru O Brasil contribuiu com aproximadamente 25 milh es de esp cimes para esse total principalmente por meio da venda de peixes ornamentais DW 2011 O com rcio ilegal de animais silvestres e seus subpro dutos amea a aproximadamente um ter o dos mam fe ros e aves em todo o mundo BAILLIE et al 2004 No entanto apesar da forte press o que exerce sobre a bio diversidade existem poucos dados confi veis sobre o tr fico de animais no planeta principalmente pelo fato de o com rcio clandestino de fauna silvestre ser por sua pr pria natureza obscuro Estima se que o com rcio clandestino seja de propor es semelhantes ao com rcio autorizado Nesse sentido THEILE et al 2004 registraram que apenas entre os anos de 2000 e 2002 foram apreendidos mais de 120 mil ani mais silvestres em aeroportos de nove pa ses membros da Uni o Europeia A Organiza o Internacional de Pol cia Criminal Interpol estima que o contrabando de vida selvagem movimente cerca US 10 bilh es por ano em todo o mundo sendo dominado por redes bem organizadas de ca adores ata cadistas distribuidores e varejistas CEC 2005 Segundo Moyle 1998 os animais e seus subprodutos entram ne
307. s lagoas marginais as plan cies de inunda o funcionam como ber rio perfei tamente O m dio S o Francisco abaixo de Tr s Marias at Sobradinho uma regi o intermedi ria A gente tem Tr s Marias controlando o fluxo do rio mas tem tanto afluente Velhas Paracatu Urucu e Carinhanha que o rio ainda flu tua em fun o dos afluentes e tem o baixo S o Francisco que n o flutua mais Itaparica Paulo Afonso Sobradinho etc Conseguiram matar o curso de inunda o do rio Qual a consequ ncia disso No Rio das Velhas a gente ainda tem muita esp cie migradora no Rio S o Francisco perdeu se um pouco mas ainda mant m muita esp cie migradora em fun o dos afluentes e o Baixo S o Francisco peixes que para n s s o muito comuns como pir surubi curimat e pacu simplesmente desaparece ram porque n o tem mais curso de inunda o A gente tem que se lembrar que n o adianta ter um trecho grande de rio livre abaixo do seu barramento se o barramento n o permitir a exist ncia de cheias Todo pa s que usa hidrel trica planeja pensando na m dia porque o custo benef cio tem que ser adequado Em alguns pa ses j se pensa em coisas como cheias artificiais por exemplo Eles s o obri gados em poca de reprodu o a dar um curso de cheia ao rio assim ovos e larvas conseguem alcan ar as lagoas marginais e o peixe tem condi o para se recrutar Para esse tipo de impacto existem algumas medidas mitig
308. s numa rede de interdepen d ncias Essa vis o do mundo reconhece o valor intr nseco da vida n o humana Quando tal percep o ecol gica pro funda se torna parte de nossa consci ncia cotidiana emerge um sistema de tica radicalmente novo CAPRA 1999 De acordo com Boff 2005 o bem estar n o pode ser apenas social mas tamb m socioc smico atendendo aos demais seres da natureza em oposi o ao antropocen trismo segundo o qual s existe sentido nos seres quando ordenados ao homem No primeiro caso todos os seres s o interdependentes e vivem dentro de uma teia intrin cad ssima de rela es todas elas importantes O autor prop e uma defini o mais atual de ecologia a saber a rela o que todos os seres vivos e inertes naturais e cul turais t m entre si e com o seu meio ambiente Em oposi o a Sir Francis Bacon citado por Capra 1988 que propagou o imp rio do homem sobre as coisas a necessidade de torn lo senhor e propriet rio da Natureza e a ideia de que a Ci ncia arranca sob tortura os segredos da Natureza Schweitzer 1987 citado por Linzey 1991 expressa A Natureza para ser vivida e n o para ser dominada uma teia complexa de rela es org nicas unidas em ciclos incessantes e milenares A Natureza um mist rio para ser reverenciado n o um problema para ser resolvido A Natureza um cen rio de que se tem de fazer parte n o um meio que
309. s pdf gt Acesso em 9 dez 2011 DONATTI R V Avalia o sanit ria de Psittaciformes em cativeiro no estado de Minas Gerais no per odo de 2010 a 2012 Disserta o Mestrado em Medicina Veterin ria Preventiva Escola de Veteri n ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2012 DSE Department of Sustainability and Environment Wildli fe Rehabilitation Dispon vel em lt http www dse vic gov au plants and animals native plants and animals wildlife rehabili tation gt Acesso em 9 dez 2011 DUBOIS S FRASER D Defining and measuring success in wild life rehabilitation Wildlife Rehabilitation v 20 p 117 126 2003 FERREIRA C M GLOCK L Diagn stico preliminar sobre a avi fauna traficada no Rio Grande do Sul Brasil Bioci ncias v 12 n 1 p 21 30 2004 GODOY S N Patologia comparada de passeriformes oriundos do tr fico implica es na soltura Tese Doutorado em Ecologia de Agroecossistemas Escola Superior de Agricultura Luiz de Quei roz Universidade de S o Paulo Piracicaba 2006 GOGLIATH M BISAGGIO E L RIBEIRO L B et al Avifauna apreendida e entregue voluntariamente ao Centro de Triagem de Animais Silvestres CETAS do Ibama de Juiz de Fora Minas Ge rais Atualidades Ornitol gicas v 154 p 55 59 2010 GRIFFITH B SCOTT J M CARPENTER J W et al Translocation as a species conservation tool status and strategy Science v 245
310. se 179 que ela possa influenciar os legisladores a criarem normas que efetivamente protejam os animais das loucuras e das maldades humanas e que possa tamb m ser instrumento para vencer as barreiras ainda existentes no meio juridico Este manifesto al m de atestar um conhecimento cienti fico portanto irrefut vel um alerta e cria uma obriga o para n s que temos o dever legal e constitucional de defender os seres sens veis e falamos por aqueles que n o t m voz sejam homens ou animais hipossuficientes Eu estou me referindo declara o do Phillip Low acho que todo mundo acompanhou na internet um estudo de uma equipe do Stephen Hawking e ent o eu n o preciso mais me estender sobre isso A professora Irv nia Prada da USP Universidade de S o Paulo demonstrou j h bastante tempo num artigo cien t fico a capacidade dos mam feros de sentirem as mesmas sensa es que n s quando colocados em situa es id n ticas semelhantes e tamb m comprovou a exist ncia do sistema l mbico que nos humanos respons vel pelos animais E a essa similitude entre seres e aqui eu estou sendo ousada porque estou entre bi logos e veterin rios essa similitude de situa es entre organismos permite a aplica o do princ pio da homologia que diz o seguinte Para similaridade entre seres o pesquisador ou seja quem for que esteja utilizando animais dever colocar se no lugar dele e se admitir a possib
311. se tem de dominar O homem deve conservar e proteger a Natureza como a sua pr pria vida Schweitzer contundente Uma tica que nos obrigue somente a preocupar nos com os homens e a sociedade n o pode ter esta significa o Somente aquela que universal e nos obriga a cuidar de todos os seres nos p e de verdade em contato com o Universo e a vontade nele manifestada MEYER e BERGEL 2002 O bem estar humano depende do bem estar animal j que o homem interdependente dos animais e dos demais seres da natureza BOFF 2005 Atualmente o ser humano tem levantado quest es ticas referentes ao aspecto eco l gico moral a biofilia WILSON 1984 LOUREN O KAHN 2000 A tica da conserva o tornou se um tema atual e premente no qual se insere o conceito de transdis ciplinaridade NICOLESCU 2005 relacionado coevo lu o do ser humano e da natureza Aparentemente durante seu processo civilizat rio o ser humano perdeu contato com a natureza SCHWEITZER 1987 citado por LINZEY 1991 BACON 1984 citado por CAPRA 1988 e com os animais e retirou deles a liber dade e o respeito BENTHAM 1789 SINGER 2004 refle tido no reconhecimento da senci ncia BRUGGER 2004 SINGER 2004 REGAN 2006 Adiante Brtigger 2004 comenta que o nosso grau de ruptura com o entorno cada vez mais profundo e que a explora o do homem dos animais e da natureza se d juntamente o que ele denomina de cultura aut
312. senhores perceberam na palestra do professor Paulo dos Santos Pompeu que ele mencionou uma rea espec fica na Bacia do Rio Doce que o Rio Santo Ant nio jus tamente esse caso que eu gostaria de trazer at na expec tativa de dar um alento para que ao final da explana o n s n o precisemos sair acompanhados por psic logos N s do Minist rio P blico de Minas Gerais temos assento no rg o ambiental licenciador inclusive com direito a voto Num desses julgamentos acompanhando proces sos de licenciamento ambiental n s nos deparamos com o planejamento de um complexo hidrel trico composto por sete pequenas centrais hidrel tricas PCHs previstas justamente para aquela rea mencionada pelo professor Paulo como priorit ria para a conserva o Essa rea do alto Rio Santo Ant nio e assim considerada porque tem baixo ndice de ocupa o nas suas margens baixo ndice de lan amento de efluentes sanit rios e industriais enfim ainda preserva as condi es quase que originais Est situada no bioma Mata Atl ntica o que por si s j justificaria sua preserva o especial por termos uma legisla o espec fica protetiva da Mata Atl ntica a Lei 11 428 A Constitui o Federal tamb m elevou o bioma Mata Atl ntica categoria de patrim nio nacional Essa rea foi considerada pelo documento Avalia o e a es priorit rias para a conserva o como rea de extrema import ncia biol
313. seres humanos Os cavalos trabalham doentes fracos extenu ados se caem ao peso da carga s o a oitados sem d s o cegados do olho esquerdo porque se assustam com o fluxo do tr nsito em dire o contr ria s o feridos pelos arreios mal conservados ou mal ajustados e deliberada mente machucados com chicotes paus p s martelos foices machados t m pregos cravados no corpo e arre medos de ferradura fixados aos cascos com pregos de carpintaria s o chicoteados no p nis ereto penetrados no nus e na vulva com objetos rombos de grande cali bre com fins did ticos para aprenderem quem est no controle t m o corpo perfurado por aguilh es e a l ngua amarrada boca com fios de a o arame ou fios el tricos para que n o tentem empurrar o freio isso causa cortes e amputa es de l ngua que impedem que o animal se alimente apropriadamente t m a boca e os ossos nasais 12 Do chicote n o h muitas hist rias para contar desde tempos imemoriais basta se cortar uma vara no mato para bater no cavalo e vapt vupt est in ventado o chicote Os chicotes foram confeccionados com todo tipo de material pau cip bambu couro e at p nis de boi no Brasil chamado eufemis ticamente de umbigo O chicote como s mbolo de autoridade altamente valorizado pelo cavaleiro xucro e como tudo o que popular goza de in meras denomina es mango arreiador guacha relho rebenque rab
314. sistema federativo com v rias esferas e autonomia inclusive de se dotar de legisla o pr pria Temos que reconhecer que um avan o Em segundo lugar rar ssimos s o os pa ses que t m mat ria ambien tal inserida na pr pria Constitui o em especial relativa aos animais O Brasil um dos poucos pa ses a t la na Constitui o Al m dele posso citar tamb m a ndia e parte da comunidade europeia Pelo menos nos avan os legislativos o Brasil se insere bem um exemplo o art 225 da Constitui o e a Lei 9 605 coisa que dois ter os dos pa ses do mundo n o t m ou t m apenas leis regionais sem abrang ncia nacional Agora se nossas leis s o boas se o que est na Constitui o formid vel isso outra coisa at porque depende de efe tividade Em algum aspecto estamos avan ando e bem em outros ainda estamos dando passos curtos Veja se que a Lei 9 605 foi editada dez anos depois de Constitui o como se a fauna e a flora pudessem aguardar tanto tempo depois da revolu o social que a Constitui o produziu A est a quest o da efetividade Quando o promotor de justi a Leonardo Maia observou em sua abordagem que talvez n o fosse necess rio um acr scimo no art 225 de como se daria essa efetiva o eu pensei Ainda bem que se tem isso porque talvez tiv ssemos um lapso temporal maior em certas conquistas Est claro que em termos penais a Constitui o de 1988 fez uma mudan a radic
315. so animal do que a falta de cuida dos com as crian as a viol ncia dom stica e o abuso de adultos vulner veis Nesse sentido veterin rios entida des de prote o animal e centros de controle de zoonoses ao receberem as den ncias de abuso animal consequen temente podem ser os primeiros a receber as de viol ncia dom stica ASCIONE ARKOW 1999 Os traumas n o acidentais TNA provocados contra os animais podem evidenciar a exist ncia de viol ncia dom stica e portanto j s o usados em muitos pa ses para acionar rg os de prote o s crian as e ou aos adultos vulner veis Os sinais indicadores de TNA s o similares nas crian as e nos animais por exemplo queimaduras com gua quente geralmente em membros queimaduras por cigarro e fraturas As agress es que provocam esses traumas s o geralmente repetidas e os relatos dos res pons veis pelas crian as traumatizadas e pelos animais apresentam o mesmo padr o ou seja s o inconsistentes e discrepantes Aquele que pratica o abuso reluta geral mente em falar sobre o hist rico do trauma e muda de comportamento quando questionado MUNRO 1996 O trabalho interdisciplinar fundamental para a identifi ca o das v timas e a implanta o de medidas de prote o e de diagn stico dos criminosos Refer ncias ARKOW P O elo entre a viol ncia humana e o abuso animal Palestra apresentada no Semin rio Internacional da Associa o Brasileira de Med
316. soas e com animais Sempre tivemos esses problemas e uma forma de se inter por a isso informando porque a sociedade tamb m se mobiliza para ajudar quem est defendendo animais A gente n o pode aceitar que uma cidade n o tenha pol ti cas p blicas ou que a pol tica p blica dela seja a matan a Aproveito para fazer uma cr tica ao Conselho Federal de Medicina Veterin ria e aos conselhos regionais que adotam pol ticas de matan a de animais com leishmaniose e isso um assunto muito s rio alegando cumpri mento de portaria Os conselhos regionais de Medicina Veterin ria matam animais Matam e de uma forma ter r vel Cinquenta por cento dos exames de leishmaniose d o falso positivo Eles entram na casa das pessoas retiram o animal e matam Na cidade de S o Paulo a leishmaniose est chegando pertinho da gente Existem outras formas de controle Os governos precisam assu mir e investir em saneamento porque t m verbas para isso mas n o usam acabam realocando e a forma que acham mais f cil a matan a Ao contr rio disso a leishmaniose est crescendo exponencialmente em todos os lugares Eles v o acabar com os c es os gatos as aves com todos os animais e depois v o ter que acabar com as pessoas porque s o mais ou menos potenciais transmissoras Isso precisa mudar O Minist rio P blico Federal entrou com um processo n o sei como que 122 est o andamento disso mas precisa mudar N o t
317. ss o de hoje 155 foi alimentada no momento hist rico dos s culos XVII e XVIIL que nos legaram a pr pria Constitui o as gran des reformas tanto na Inglaterra como na Fran a as pri meiras declara es em favor do humano por pensadores que ainda hoje s o refer ncia para que se possa amadu recer a quest o Evidentemente se vou falar sobre avan os legislativos o marco maior a Constitui o fundamento de qualquer lei Por exemplo a Lei 9 605 98 embora merecedora de cr ticas cuida do sistema penal e de alguma maneira protege o meio ambiente e visa a preservar prevenir e reprimir atentados fauna e flora N o h d vida de que foi um grande passo legado pela Constitui o de 1988 Antes se f ssemos ter marcos legislativos ter amos que ficar em 1934 por um Decreto Ali s ontem foi mencio nado esse Decreto citado por Roosevelt quando falou de uma esp cie de New Deal brasileiro dando o como exem plo o primeiro que criou normas de prote o aos animais Merece lembran a que esse texto legal foi utilizado pelo advogado Her clito Fontoura Sobral Pinto na defesa de dois comunistas que tiveram suas pris es e incomuni cabilidade decretadas por mais de um ano Luiz Carlos Prestes e Cl vis Lima Sobral Pinto sustentou que n o se poderia permitir um tratamento indigno a eles e invocou a lei de prote o aos animais argumentando que nem um animal era merecedor daquela tortura f sica e psicol gica
318. ssa cadeia pelas m os dos ca adores e seus pre os v o se elevando a cada etapa O fluxo desse com rcio quase sempre das na es em desenvolvimento ricas em biodi versidade para a Europa e os Estados Unidos Herrera e Maillard 2011 por meio de investiga es realizadas em feiras de com rcio ilegal de animais sil vestres na Bol via estimaram que aproximadamente 22 mil psitac deos principalmente das esp cies Amazona aestiva Myopsitta monachus e Forpus xanthopterygius s o comercializados anualmente naquele pa s Esses autores identificaram ainda algumas esp cies exclusivamente brasileiras e sugeriram que a Bol via talvez represente uma escala para o tr fico internacional de animais silvestres procedentes do Brasil Fortes evid ncias sugerem que a maioria absoluta dos animais silvestres comercializados ilegalmente no Brasil destinada ao mercado interno para atender a demanda da sociedade em manter animais silvestres em resid n cias como pet ou para ornamenta o O perfil das esp cies mais apreendidas geralmente de baixo valor comer cial e o pequeno percentual de animais confiscados nas fronteiras portos e aeroportos corroboram essa infor ma o Acredita se que o tr fico internacional priorize esp cies raras ou amea adas de extin o que provavel mente alcancem altos valores e justifiquem o maior risco RENCTAS 2002 GODOY 2006 O estudo em car ter nacional elaborado pela Rede Naciona
319. ste mas vivos S o Paulo Cultrix 1999 CARROLL C L HUNTINGTON P J Body Condition Scoring and Weight Estimation of Horses Equine Veterinary Journal v 20 n 1 p 41 45 1988 FANTINI P Avalia o toracolombar em equideos de tra o estudo cl nico termogr fico e ultrassonografico 2010 Disserta o Mestrado Escola de Veterin ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2010 FARACO C B SEMINOTTI N A rela o homem animal e a pr tica veterin ria Revista CEMV vol 10 n 32 p 57 62 2004 FELTHOUS A R Aggression against cats dogs and people Child Psy chiatry and Human Development v 10 p 169 177 1980 FREUD S O mal estar na civiliza o Imago Rio de Janeiro 1997 GOLOUBEFF B Altera es g stricas em potros submetidos ao estresse do desmame 2006 Tese Doutorado Escola de Veterin ria Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2006 Abdome agudo equino S o Paulo Varela 1993 HEDESN CR SHELLETAC NIBESEINAB ZANE EIA A nius ence of housing on weanling horse behaviour and subsequent welfare Applied Animal Behaviour Science v 78 p 291 302 2002 HELLEBREKERS L J Dor em animais S o Paulo Manole 2002 HELLMAN D S BLACKMAN N Enuresis firesetting and cruelty to an imals a triad predictive of adult crime Am J Psychiatry 122 1431 35 1966 KILEY WORTHINGTON M The behaviour of horses In relation to man agement and trainin
320. sti a nesses casos Eu defendo que os ope radores de direito e a sociedade junto precisamos julgar a viol ncia e punir a viol ncia e n o contra quem ela cometida Se voc comete um crime contra animal de menor poder ofensivo por mais b rbaro que seja n o 120 existe puni o e a falta de puni o gera impunidade A gente sabe que para crimes de psicopatas leis ou puni es pouco importam mas a gente tem v rios n veis de maldade Se essa enfermeira que matou a Lana soubesse que teria puni o de pris o e multa alt ssima tenho cer teza de que pensaria duas vezes antes de surtar O surto causado pela falta de consequ ncias Eu j debatia h uns dez anos com advogados que o crime seja julgado n o observando quem cometeu ou contra quem foi cometido mas pela viol ncia em si Se um ndio um mendigo um cachorro s o queimados na rua a viol ncia a mesma e esse indiv duo potencialmente perigoso sociedade A gente tem o caso de uma falsa protetora chamada Dalva Estimamos que ela tenha assassinado 30 mil c es e gatos em dez anos Dia sim dia n o ela depositava 700 litros em sacos de lixo de c es e gatos mortos Ningu m sabia at ent o No m s em que foi feita a campana entra ram para ela 300 c es e gatos tem uma imagem que n o me sai da cabe a de uma cachorrinha com lacinho para ser doada Horas depois ela foi morta de uma das formas mais cru is inclusive os veterin
321. stir a filmes ou document rios Os animais tamb m est o nas aulas pr ticas dos labora t rios de ci ncias ou de biologia inteiros ou em peda os Qual o problema pergunta se J morreu mesmo Isso sem falar dos criativos projetos a respeito de peixinhos bichos da seda coelhinhos e pintinhos oferecidos como surpresinha e aquela que n o podia faltar mas deixou de ser utilizada por falta de mat ria prima dispon vel as borboletas e insetos fincados no isopor entre outras ideias criativas repletas de boas inten es e educativas nessas iniciativas da escolariza o b sica que se vai natu ralizando o uso do animal como objeto e dificultando o olhar segundo o qual o animal sujeito de direitos porta dor de uma vida As escolas sem perceberem contribuem para isso As matrizes curriculares est o organizadas de diferentes maneiras Um t pico de ensino a menor uni 190 dade de um dado conte do Para ser mais direto aquilo que se transforma em aula Considero que os t picos de ensino s o propostos de forma tal que dificultam a visua liza o da paisagem completa Demonstrarei a seguir um exemplo e as implica es dessa abordagem metodol gica quando se refere ao alargamento da consci ncia de nossas crian as e jovens em rela o ao cuidado e prote o da fauna e do meio ambiente As conex es n o recomendadas para menores de 18 anos Os animais est o bastante presentes n
322. t cnico para maior conscientiza o da popula o sobre a fauna dom stica O objetivo geral do rg o implantar no munic pio o Programa de Guarda Respons vel de Animais preservar a sa de da popula o mediante os conhecimentos espe cializados e a experi ncia de sa de p blica veterin ria e fiscalizar a es e ou atos de maus tratos contra animais contando com o apoio quando necess rio da Pol cia Militar de Meio Ambiente Entre os objetivos espec ficos podem ser citados a preven o redu o e elimina o das causas de sofrimento dos animais a preserva o da sa de e do bem estar da popula o humana evitando lhe danos agravos ou inc modos causados por animais e a cria o manuten o e atualiza o de um registro de iden tifica o das popula es animais do munic pio No CODEVIDA h oito colaboradores uma m dica veterin ria em regime estatut rio especialista em Sa de P blica Veterin ria tr s auxiliares em cargo comissio nado tr s vigias sendo um em regime estatut rio e dois contratados em conformidade com as Consolida es das Leis Trabalhistas e uma colaboradora de servi os gerais em regime estatut rio Al m disso h tr s estagi rios do curso de Medicina Veterin ria do Centro Universit rio de Formiga UNIFOR MG Os procedimentos cir rgicos e cl nicos s o realizados por m dicos veterin rios contrata dos pela Associa o Protetora dos Animais de Formiga especi
323. t rio aque les que fomentam a defesa animal ou florestal Pode se encontrar em determinada legisla o de natureza tribut ria algum fomento relacionado fauna e flora mas s o poucas as identificadas no ponto J na legisla o admi nistrativa tamb m editada pela Uni o Estados membros e Munic pios passamos de um milh o de leis e decretos desde 1988 A prote o da fauna e da flora normalmente tamb m regida pela legisla o administrativa ent o ela pode e deve ser um dos caminhos para a implementa o de pol ticas p blicas a respeito Quero aqui aderir homenagem feita ontem ao profis sional Cl udio Cavalcante ator que morreu no domingo e estava frente de uma Secretaria de Prote o Animal no Rio de Janeiro cuja atua o na C mara Municipal mostra como a legisla o administrativa pode ter grande import ncia no tema Vou citar tr s exemplos Ele ingres sou como vereador em 2000 e ficou l por dois mandatos Dentre os projetos que prop s e que foram transformados em lei destaco a proibi o de circula o de ve culos de tra o animal em 2005 a proibi o de rinhas de c es em 2001 e a proibi o de rodeios touradas e eventos simila res em 2004 todos para o munic pio do Rio de Janeiro Infelizmente este ltimo foi vetado pelo Prefeito e ser rediscutido pela C mara O que pro be o uso de animais para tra o ou carga foi aprovado por unanimidade at pela base aliada do
324. t Soares A atua o da Pol cia Militar de Minas Gerais na prote o fauna Tenente Coronel Valmir Jos Fagundes A import ncia ecossist mica dos animais silvestres em rea urbana S rvio Pontes Ribeiro Triagem e reabilita o de fauna silvestre apreendida Daniel Ambr zio da Rocha Vilela Apresenta o de caso projeto p ssaros L lian Maria Ferreira Marotta Moreira Maus tratos a aninais de tra o em rea urbana Barbara Goloubeft 67 Animais em apresenta es e espet culos Leonardo Castro Maia Bem estar animal e controle populacional de c es e gatos em rea urbana Fernanda Pinheiro Lima Direitos dos animais Silvana Andrade Impactos negativos da ictiofauna decorrentes da implanta o e opera o de barragens Paulo dos Santos Pompeu Os impactos negativos na fauna em empreendimentos de minera o elipe Fonseca do Carmo Luciana Hiromi Kamino l vio Fonseca do Carmo A import ncia da avalia o ambiental integrada na preven o de riscos e de danos fauna nos licenciamentos ambientais Francisco Chaves Generoso 108 128 139 148 Avan os legislativos na prote o a fauna Jos Mui os Pi eiro Filho Interpreta o ecol gica do ordenamento protetivo Heron Jos de Santana Gordilho A quest o animal na sociedade contempor nea Vania Maria Tuglio Abuso animal e viol ncia dom stica o papel do m dico veterinar
325. tender s demandas diretas da popula o sa de curativa pouco sobrando para investimentos em a es preventivas Fica evidenciada portanto a dificuldade dos munic pios em realizar aportes imediatos de recursos para a implanta o do CCZ bem como executar as demais medidas inerentes ao Programa Sendo assim no munic pio de Formiga esta estrutura foi vincula Secretaria de Gest o Ambiental para con seguir recursos de outras fontes e assim complementar os repasses oriundos da administra o municipal como j est sendo feito em muitos munic pios no Estado de S o Paulo Al m disso a estrutura administrativa criada denominada Centro de Defesa Vida Animal prioriza tr s m todos pr ticos para o controle popula cional limita o do movimento controle do habitat e controle da taxa de natalidade 104 Centro de Defesa a Vida Animal CODEVIDA A Lei n 4 595 de 10 de fevereiro de 2012 disp e sobre o Estatuto de Defesa Controle e Prote o dos Animais no Munic pio de Formiga MG Esse estatuto estabelece normas de defesa e controle das popula es animais urbanas e rurais no munic pio de Formiga e cria a Coordenadoria de Prote o Vida Animal O rg o municipal respons vel pelo desen volvimento das a es est ligado Secretaria Municipal de Gest o Ambiental cabendo lhe entre outras atribui es desenvolver campanhas e programas de informa o e orien ta o com respaldo legal e
326. tica e tenhamos sempre isso que o Minist rio P blico precisa ter ouvidos para as pessoas Se estamos em defesa de animais n o s o dos animais contra animais basicamente s o das pessoas Ent o vamos tratar disso cuidar desse discurso da constru o de uma doutrina sen o mesmo durante um per odo muito longo talvez n o venhamos a construir algo que possa ser trabalhado um apelo para que nossa luta tenha maior possibilidade de xito Eu n o quero que o discurso venha de cima para baixo imposto quero que seja dilu do Portanto devemos ter paci ncia para enfrentar cr ticas de grupos que t m outros interesses e para dialogar com eles sen o n o vamos chegar a um resultado mais prof cuo Esse o meu apelo Quero parabenizar a todos pela iniciativa a todo o pessoal do meio ambiente e dizer que essa Casa continua nesse prop sito O Minist rio P blico uma institui o do Estado mas uma institui o aberta ao povo ao cidad o Esta a nossa preocupa o a de que a gente n o se dis tancie que esteja junto que ou a mas ou a todos e n o s um grupo que a gente elege com esse prop sito com essa ideia que dou boas vindas a todos Senhoras e senho res sintam se em casa essa uma institui o do povo Apresenta o S vio Bittencourt Bom dia a todos Quero agradecer pela recep o e a rea liza o do evento Meu nome S vio Bittencourt sou Procurador de Justi
327. tion v 18 p 326 330 2003 BASTOS L F LUZ V L F REIS I J et al Apreens o de esp cimes da fauna silvestre em Goi s situa o e destina o Revista de Bio logia Neotropical v 5 n 2 p 51 63 2008 BORGES R C OLIVEIRA A BERNARDO N et al Diagn stico da fauna silvestre apreendida e recolhida pela Pol cia Militar de Meio Ambiente de Juiz de Fora MG 1998 e 1999 Revista Brasileira de Zooci ncias v 8 p 23 33 2006 BRANDON K FONSECA G A B RYLANDS A B et al Con serva o Brasileira desafios e oportunidades Megadiversidade v 1 p 7 13 2005 BRASIL Lei n 5 197 de 3 de janeiro de 1967 Disp e sobre a pro te o fauna e d outras provid ncias Dispon vel em lt http legislacao planalto gov br legisla legislacao nsf Viw Identifica cao lei 205 197 1967 OpenDocument gt Acesso em 12 dez 2011 CASEY A M CASEY S J Wildlife rehabilitation demographics and caseload analysis Colorado 1998 2002 Colorado Evergreen 2005 CEC Commission for Environmental Cooperation ed Montre al Canada 2005 Dispon vel em lt http www cec org Page as p PageID 30101 amp ContentID 17247 amp SiteNodeID 504 gt Acesso em 12 dez 2011 DEFENDERS OF WILDLIFE DW Broken screens the regulation of live animal imports in the United States 2007 Disponivel em lt http www defenders org sites default files publications summary_of_broken_screen
328. to ambiental dos empre endimentos com Licen a de Opera o vistorias t cnicas fiscaliza o do cumprimento de condicionantes e emiss o de parecer t cnico Instituto Pr stino Belo Horizonte MG Luciana Imaculada de Paula Promotora de Justi a do Estado de Minas Gerais Coordenadora do Grupo Especial de Defesa da Fauna do Minist rio P blico do Estado de Minas Gerais mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto Neluce Maria Arenhart Soares Diretoria de Pesquisa e Prote o da Biodiversidade Formada em Ci ncias Biol gicas pela Universidade Federal do Paran ex integrante do Programa de Educa o Ambiental da APA do Ira Pr Lago do Ira t cnica associada ao Mater Natura e t cnica do Projeto de Capacita o e Gest o Participativa de Unidades de Conserva o na Regi o Sul e Mato Grosso do Sul tamb m educadora e consultora de projetos ambientais Paulo dos Santos Pompeu Graduado em Ci ncias Biol gicas pela Universidade Federal de Minas Gerais mestre em Ecologia Conserva o e Manejo da Vida Silvestre pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em Meio Ambiente Saneamento e Recursos H dricos pela Universidade Federal de Minas Gerais Atualmente professor associado da Universidade Federal de Lavras Tem experi ncia na rea de Ecologia com nfase em Ecologia Aplicada Conserva o de Ambientes Aqu ticos atuando principalmente nos seguintes temas e
329. tor rural mas nao precisam ficar desconfiados nao Sabe por que eu falo isso Para mostrar como necess rio a esse setor ligado ao meio ambiente e prote o da fauna construir um discurso que seja de todos porque se errarmos na cons tru o do discurso se formos somente por um caminho n o seremos ouvidos por outros setores que talvez sejam importantes na execu o daquilo que se prop e Estou dizendo isso pra chamar porque nessa luta precisamos muito das universidades e de ouvir a sociedade para o discurso n o ficar parecendo uma idiossincrasia s um grupo fala ningu m ouve ningu m O apelo que fa o que todos tenhamos consci ncia de que precisamos ir luta em defesa dos animais mas que essa luta seja feita num discurso pautado em conceitos bem fixados numa constru o doutrin ria n o s uma luta superficial e que a partir da esse discurso possa permear toda a sociedade Eu acredito muito na sociedade civil Tenho estudado ulti mamente a atividade da sociedade civil o que n o deixa de ser para mim algo complicado saber que o Minist rio P blico que algo do Estado venha canalizar isso Eu estou confort vel aqui porque estou diante de mem bros do Minist rio P blico que t m essa vis o de saber o seguinte n s precisamos n o s canalizar ou verbalizar precisamos que a sociedade civil nos ajude a construir e como o Dr Badini destacou que possamos ser indutores de uma pol
330. tre os habitats presentes nas regi es c rsticas um dos mais sens veis s atividades de minera o s o os sistemas subterr neos onde se encontram as cavidades naturais A fauna desses lugares representada principalmente por invertebrados peixes e morcegos de extrema import n cia em raz o do grande n mero de esp cies raras end micas TRAJANO BICHUETTE 2009 TRAJANO et al 2009 SILVA et al 2011 que cumprem servi os ambien tais vitais para a manuten o dos sistemas naturais como a poliniza o e a dispers o de sementes Destacam se 140 tamb m os organismos adaptados s condi es subter r neas chamados trogl bios que se tornaram exclusivos desses habitats caracterizados pela aus ncia de luz As cavidades naturais subterr neas s o protegidas por legisla o espec fica e os trogl bios s o objeto de conser va o por sua hist ria evolutiva e pela restri o de habi tats O Decreto Federal n 6 640 2008 garante prote o para essas esp cies raras n o somente da cavidade onde se encontram mas tamb m de um raio de prote o ade quado manuten o da biodiversidade do meio subterra neo No entanto h um vi s antropoc ntrico na defini o de cavidade do Decreto n 6 640 2008 Todo e qualquer espa o subterr neo acess vel pelo ser humano com ou sem abertura identificada popu larmente conhecido como caverna gruta lapa toca abismo furna ou buraco incluindo seu ambient
331. tru o de Cetas A rea verme lha do mapa tem prioridade alt ssima e a parte hachurada priorit ria para instala o de curto prazo A regi o de Te filo Otoni tem um grande vazio uma rota de tr fico por causa da rodovia Rio Bahia e j tem um Cetas em fase de constru o por condicionante que a gente acredita inaugurar no ano que vem Uberaba Jo o Pinheiro e Juiz de Fora s o regi es em negocia o Em Paracatu um Cetas est sendo constru do atrav s de um TAC e de parceria com a Anda Ag ncia de Not cias de Direitos Animais Em Montes Claros est em negocia o a constru o de um Cetas A atrav s de TAC que ser compartilhado com o Ibama Para Belo Horizonte existe um projeto com algumas condicionantes e termos de ajustamento em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e o Minist rio P blico Seria uma proposta inovadora um Cetas padr o sediado na pr pria UFMG com uma s rie de recintos modulares e capacidade para cinco mil animais Uberaba tem um TAC em fase de elabora o Uberl ndia e Patos de Minas tamb m Juiz de Fora tamb m tem pos sibilidade assim como Varginha e Uberl ndia A gente tem algumas coisas concretizadas e outras em negocia o para todo o estado com possibilidade de ter Cetas at final de 2015 em todas essas regi es atrav s de parcerias condicionantes e tudo mais Junto disso a gente quer construir centros de reabilita o porque o animal chega tr
332. ttp www laits utexas edu pol theory bentham ipm1 ipml toc html gt Acesso em 08 abr 2013 BERGEL K MEYER M ed Reverence for Life The Ethics of Albert Sch weitzer for the Twenty First Century Syracuse University Press 2002 B BLIA S o Paulo Vida Nova 1980 Vers o eletr nica RkSoft De senvolvimentos BLOOM Anthony The human vocation In Sermons Disponivel em lt http lib eparhia saratov ru books 01a antony meeting conten ts html gt Acessado em BLUE CROSS Dispon vel em lt http www bluecross org uk 1992 about blue cross html gt Acesso em 25 set 2013 BOFF L tica da vida Rio de Janeiro Sextante 2005 BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 5 de outu bro de 1988 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 constituicao constituicaocompilado htm gt Acesso em 25 set 2013 Decreto n 24 645 de 10 de julho de 1934 Estabelece medidas de prote o aos animais Dispon vel em lt http legis senado gov br legislacao ListaPublicacoes action id 39567 gt Acesso em 25 set 2013 __ Lei n 9605 98 Define os crimes contra o meio ambiente Dis pon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 leis 19605 htm gt Acesso em 25 set 2013 ____ Manual de Campanha C 2 15 EMPREGO da Cavalaria Rio de Janeiro Minist rio da Guerra EGCF 1950 CAPRA F A teia da vida Uma nova compreens o cient fica dos si
333. uatro cora josos promotores quatro professores de Direito e quatro estudantes de Direito porque a quest o era o seguinte se o juiz mandar lhe prender algum tem que ficar algu m para entrar com habeas corpus Voc s d o risada hoje Hoje eu dou risada mas na poca foi muito traum tico Simplesmente aonde eu chegava as pessoas iam se levan tando e sa am como se eu fosse um leproso mas n o me arrependo Por isso fiz isso de novo no Rio de Janeiro no caso Jimmy e acho desembargador que voc s perderam uma grande oportunidade de ficar na hist ria O juiz Edmundo Cruz na Bahia recebeu o habeas corpus Ele recebeu intimou a autoridade coatora um procura dor do Estado que pediu dila o de prazo ele deu mais 10 dias foi visitar o paciente na jaula e no dia em que iria julgar o habeas corpus a chimpanz apareceu morta Ele me ligou para me dar a not cia claro que eu n o sou adepto de teorias da conspira o j ouvi muitas teo rias dizendo que a chimpanz foi morta para n o abrir o precedente etc Nesse ponto se a gente for usar a teoria da imputa o objetiva talvez eu tenha sido um coautor se voc levar isso ao extremo por submeter ela a essa press o e por ter sido respons vel por desencadear o dio de seus algozes Bom acho que j falei demais Eu quero terminar com uma frase Primeiro eu provei para voc s que o direito muda que as ideias mudam que as pessoas mudam que tudo muda
334. ub item 1 2 Primates da Portaria 1 522 de 19 de dezembro de 1989 Dispon vel em lt http faolex fao org docs texts bra44557 doc gt Acesso em 9 dez 2011 ____ Portaria n 062 97 de 17 de junho de 1997 Inclui morce gos na Lista Oficial de Esp cies da Fauna Brasileira Amea ada de Extin o Dispon vel em lt http www redeprofauna pr gov br arquivos File legislacao port 62 97 pdf gt Acesso em 9 dez 2011 Projeto CETAS Brasil Bras lia 2005 Dispon vel em lt www ibama gov br gt Acesso em 12 ago 2011 INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE AND NATURAL RESOURCES IUCN IUCN Guidelines for the placement of confiscated animals IUCN SSC Re introduction Specialist Group Dispon vel em lt http iucnsscrsg org images download EnglishConfGlines pdf gt Acesso em 12 dez 2011 IUCN WWF BRASIL IP Biodiversidade Brasileira an lise de situa o e oportunidades documento base Bras lia DF UICN WWF BRASIL e IP 2011 LEWINSOHN T M PRADO P Biodiversidade Brasileira s ntese do estado atual do conhecimento S o Paulo Editora Contexto 2002 MACHADO A B DRUMMOND G M PAGLIA G M Ed Livro vermelho da fauna brasileira amea ada de extin o Bras lia Minist rio do Meio Ambiente Departamento de Conserva o da Biodiversidade Belo Horizonte Funda o Biodiversitas 2008 MAY R M LAWTON J H STORK N E Assessing extinction rates In L
335. ue voc tem que retirar as rvores ter rvores novas ter rvores que correm menos risco de cair ter rvores meno res mas a verdade se a gente tiver rvores menores se a gente arbustizar a cidade a gente vai perder muita fauna e vai perder muita sa de ambiental tamb m E eu estava pensando nisso ontem revendo a apresenta o e ouvindo Gl ria Bonfim uma sambista espetacular n eu estava ouvindo ela e ela come ou h uma m sica que ela falava da gameleira branca e da santifica o da gameleira branca nas tradi es afro brasileiras a eu fiquei lembrando dos amer ndios sempre que os amer ndios santificam um habitat um ecossistema ou um organismo aquilo tem a ver com ancestralidade de alguma maneira A eu fui estu dar Abri a internet e fui estudar a gameleira branca Deixa eu ler para voc s isso que encontrei olha que interessante Iroko uma deidade da rvore velha ent o as rvores velhas na frica t m a sua deidade o seu orix associado a ela olha o que eles falam Iroko representa a ancestrali dade os nossos antepassados pais av s bisav s e etc representa tamb m o seio da natureza a morada dos orix s desrespeitar Iroko a grande e suntuosa rvore o mesmo que desrespeitar a sua dinastia seus av s seu sangue Iroko representa a hist ria do il a casa a ecolo gia o estudo da casa assim como do seu povo protegendo sempre das tempestades as rvores velhas prot
336. ui a gente tivesse apenas o de reprodu o O peixe s tem lagoa marginal abaixo da barragem e s tem local de reprodu o acima da barragem aquele caso em que a barragem est justa mente entre os dois habitats mais importantes para o peixe Ele s se reproduz acima da barragem e s tem lagoa mar ginal abaixo da barragem 133 Bom este o nico caso onde a nica chance de se manter as esp cies migradoras ter um mecanismo de transpo si o eficiente porque o bicho tem que subir e alcan ar o local de reprodu o acima do reservat rio O bicho pode at atravessar d para fazer um mecanismo para atrair o peixe para cima ele vai reconhecer a rota vai reproduzir Qual o X da quest o aquela hist ria que comentei anteriormente O ovo e a larva n o s o capazes de atraves sar o reservat rio talvez atravessem as turbinas at chegar plan cie de inunda o Quando o reservat rio menor do que dez quil metros quadrados ou vinte quil metros lineares parte dos ovos e larvas consegue atravessar mas muito dif cil No final das contas o seguinte uma usina onde extremamente necess ria a transposi o mas possivelmente ela n o vai funcionar porque o adulto n o vai descer se o reservat rio for grande e muito menos o ovo e a larva v o atravessar Ent o isso s funcionaria para usinas pequenas Moral da hist ria se tiver muita barragem n o tem o que ser feito Se tiver uma barra
337. ula o o sentimento de se estar fazendo algo com rela o ao meio ambiente e tem v rios casos que passam por a Na verdade mais f cil construir do que justificar tec nicamente que n o precisa Na maioria dos casos que vou mostrar daqui pra frente mostrar que n o precisa admi tir que n o tem nada para ser feito que o rio est morto E isso do ponto de vista do empreendedor ou mesmo do ponto de vista do Estado extremamente complicado mas voc s v o ver que em muitos casos n o tem o que ser feito Por qu Porque n o tem mais rio livre Temos outros casos principalmente para barragens de maior porte em que a gente pode colocar eventualmente um elevador para peixe S que a partir de 2007 quando a gente organizou em Lavras um simp sio de transposi o para peixes e discutiu pela primeira vez os impactos no Brasil a gente come ou a ver que v rios desses sistemas n o funcionavam t o bem A buscamos nos aprofundar e isso deu origem a um artigo A primeira coisa importante entender como funciona a migra o dos peixes no Brasil que algo completamente diferente do que aparece no Globo Rep rter no Fant stico que a migra o do salm o muito diferente Durante as cheias os peixes saem dos locais de alimenta o e v o para os locais de reprodu o Isso geralmente um movi 130 mento rio acima mas pode ser rio abaixo tamb m Depois da reprodu o uma coisa importante
338. ulares do ensino fundamen tal e m dio A educa o continuada promover a cons cientiza o da comunidade em geral quanto ao respeito para com os animais e quanto a um ambiente saud vel do ponto de vista ambiental e de sa de p blica 112 Refer ncias BRASIL Funda o Nacional de Sa de Diretrizes para projetos f sicos de unidades de controle de zoonoses e fatores biol gicos de risco Bras lia Funasa 2003 46 p CARVALHO M P P et al Estudo retrospectivo da esteriliza o em c es e gatos no munic pio de Ara atuba SP Revista Ci ncia em Extensa onni o pM RS 2007 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERIN RIA CFMV Resolu o n 1 000 de 11 de maio de 2012 Disp e sobre procedi mentos e m todos de eutan sia em animais e d outras provid n cias Dispon vel em lt http www ulbra br pesquisa files res olucao 1000 cfmv pdf gt Acesso em 30 abr 2015 GUIA DE CONTROLE HUMANIT RIO DA POPULA O CANINA Alian a Internacional para Controle de Animais de Companhia ICAM INSTITUTO PASTEUR Manual T cnico n 06 Controle de popu la o de animais e estima o Instituto Pasteur S o Paulo 2000 MINIST RIO DA SA DE Portaria n 1 172 de 15 de junho de 2004 Regulamenta a NOB SUS 01 96 no que se refere s com pet ncias da Uni o Estados Munic pios e Distrito Federal na rea de vigil ncia em sa de define a sistem tica de financiamento e d outras provid ncias Dispon
339. um roteiro para dar suporte ao Promotor de Justi a O promotor come a pela not cia do fato vai cli cando nas janelas e tem acesso a modelos de pe as pro cessuais naturalmente com independ ncia funcional para fazer adapta es ou proceder de forma diferente legis la o dilig ncias ele vai passando pelas fases at deci dir por Termo Circunstanciado de Ocorr ncia TCO ou inqu rito civil As vezes poss vel fazer a composi o civil no TCO O modelo focava apenas em rodeios e proi bi o de instrumentos mas est sendo atualizado para incluir outros espet culos como os circenses Ingressando com TCO o promotor ter outras op es adiante Por exemplo se houver necessidade de dilig ncia est l um ofi cio modelo s clicar Se n o h justa causa para a a o O autor do fato aceitou necess rio Inqu rito Civil IC Ele descreve o procedimento no IC at o momento em que executa uma a o um Termo de Ajustamento de Conduta ou uma decis o judicial No final requerendo a extin o do processo surge uma janela onde ele poder relatar a experi ncia e qualquer dificuldade que tenha enfrentado Essa informa o retorna para o Grupo de Defesa da Fauna que pode aperfei oar o sistema Nesse roteiro tentamos verificar quest es da pr pria lei para iden tificar dificuldades na realiza o porque a lei tem umas exig n cias como comunica o pr via formalidades etc que poderiam da
340. unic pios identificados como zonas quentes de delitos contra a fauna bem como a imple menta o de a es de car ter duradouro com vistas mudan a de comportamento c Houve ainda direcionamento da educa o ambiental para prevenir infra es contra o meio ambiente de forma que abrangesse todos os p blicos Essas a es foram rea lizadas prioritariamente nas entidades de classe associa es escolas universidades e em reuni es com propriet rios rurais com o intuito de orientar e esclarecer d Envolvimento do Minist rio P blico para articular a celeridade e otimiza o dos procedimentos policiais relativos fauna com cumprimento das formalidades legais o que propiciou maior agilidade e efici ncia no encaminhamento das ocorr ncias policiais na destina o dos animais e na notifica o do infrator para com parecimento ao Juizado Especial Criminal Isso garante que os infratores sejam responsabilizados pelo delito ambiental perante o Poder Judici rio e Estabelecimento de canais de comunica o com a comu nidade com o intuito de propiciar formas de dela o de infratores e acionamento da Cia PM MAmb Para o pro p sito o policial militar foi instru do a respeito das formas de aproxima o e conscientiza o das comunidades bem como acerca da melhor maneira de captar informa es sobre crimes ambientais Outras fontes valiosas de comu nica o utilizada pela comunidade foram o DDU que
341. unidades funcionais diferentes cada qual a representar um extrato evolutivo do sistema nervoso dos vertebrados O c rebro reptiliano ou instintivo refere se s estruturas mais antigas do c rebro relacionadas ter ritorialidade ao comportamento ritual e a outras atitudes de vida instintiva do tipo luta ou fuga que comparti lhamos com os r pteis O c rebro l mbico ou paleomam fero corresponde s estruturas do c rebro relacionadas a comportamentos sociais e educacionais surgidos precoce mente durante a era dos mam feros sendo respons veis pela motiva o e pela emo o presentes no comporta mento reprodutivo alimentar e parental e nos sentimentos de prazer e de dor O neoc rtex ou c rebro neomam fero representa o conjunto de estruturas cerebrais envolvidas em fun es como percep o aprendizagem e mem ria tomada de decis o coordena o motora pensamento con ceitual e uso de ferramentas Nesta ltima divis o o c rtex pr frontal que evoluiu significativamente nos primatas medeia a cogni o avan ada incluindo planejamento modelagem e simula o Hellebrekers 2002 cita que a Associa o Internacional para o Estudo da Dor definiu a dor como uma experi n cia sensorial ou emocional desagrad vel associada les o tissular real ou potencial O autor descreve que ap s o est mulo dos nociceptores as termina es nervosas senso riais s o ativadas e dependendo do tipo de estimula
342. universidades americanas e l eles dizem cla ramente que o esfor o que fazem para colocar quest es ambientais nos tribunais porque n o t m norma consti tucional E como que voc vai chegar Suprema Corte se n o tem norma constitucional Ent o eles t m uma Constitui o de 200 anos e v o atrav s das cl usulas de com rcio Se h um rio polu do para chegar Suprema Corte voc tem que dizer que aquele rio afeta o com rcio entre as duas cidades ou os dois estados etc numa mano bra tortuosa e for ada para conseguir fazer com que essas causas cheguem Suprema Corte No caso espec fico dos animais existe uma promessa que a nossa Constitui o fez e que diz o seguinte Art 225 Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equi librado bem de uso comum do povo VII vedadas as pr ticas que submetam os animais a crueldade Aqui n o tem nenhum conceito jur dico indeterminado nenhuma palavra vaga est muito claro uma norma constitucional proibitiva que ainda diz vedada toda forma de pr tica que submeta os animais a crueldade Ent o a Constitui o fez uma promessa e h 25 anos o movimento animalista os defensores dos animais pes soas que andam nas ruas recolhendo levando para casa 166 implorando se humilhando aos poderes p blicos para encontrar um local alternativo para esses animais est o esperando o cumprimento do que a Constitui o disse E sem demagogi
343. unta j foi respondida que n s vamos ver no final Qual ser o resultado desse desenvolvimento em longo prazo Basicamente o que pretend amos saber era haver extin o de esp cies Remanescer habitat suficiente para essas esp cies Sete hidrel tricas uma atr s da outra nem preciso dizer o impacto que traz na transforma o do ambiente l tico e l ntico n o O que pode ser feito para que o resultado desse desenvolvimento seja um cen rio melhor em termos socioambientais Isso ipsis litteris o que est na a o civil p blica E qual o grau de varia o gen tica das popula es das esp cies Propor o de varia o gen tica dentro de cada popula o Tamanho esti mado das popula es Nada disso constava dos estudos de impacto ambiental apresentados pelos empreendedo res Como os empreendedores monitorar o as mudan as gen ticas decorrentes do isolamento Quais as necessida des comportamentais fisiol gicas e energ ticas das esp cies nas fases embrion rias Qual a condi o atual de sobreviv ncia da esp cie A condi o atual resultado de um ciclo natural ou de a es antr picas E a princi pal num cen rio de implanta o de todos os empreendi mentos remanesceria habitat suficiente para sustentar as popula es existentes Essa foi a d vida que levamos ao Poder Judici rio dizendo Senhor Juiz uma rea considerada priori t ria para a conserva o Existem esp c
344. upo ao qual eu integro do Minist rio P blico de S o Paulo demonstra que praticamente todos os animais silvestres apreendidos est o sofrendo maus tratos seja porque as condi es de higiene s o inadequadas seja porque est o com infec es ou outras doen as mas principalmente por que apresentam mau empenamento e baixo peso conse qu ncias de alimenta o inadequada e insuficiente Isso sem falar nos maus tratos que est o na ess ncia da apre ens o e manuten o em cativeiro de um ser alado O papa gaio muitos de voc s devem saber que t o apreciado ter em casa quando solto na natureza voa por dia aproxima damente dez quil metros em busca de alimentos e outras coisas Manter este animal em cativeiro e obrig lo a negar a sua pr pria constitui o gen tica sim ato de maus tratos e abuso Como esta Resolu o outros atos admi nistrativos t m contrariado e por vezes negado os direi tos e deveres contidos em leis as quais deveriam apenas instrumentalizar ou concretizar Aten o redobrada por tanto merecem os atos administrativos especialmente aqueles relativos ao meio ambiente e esse recado vai para n s colegas promotores porque a tica da administra o o valor da taxa ou do pre o p blico n o a conserva o Ent o ela se revela insuficiente para a prote o dos bens ambientais ainda existentes no nosso pa s Al m disso o procedimento administrativo opera entre o autuado e a a
345. ve culo 38 71 atropelamento 6 43 colis o de moto com cavalo 1 07 quedas 32 estrutura da carro a 8 6 acidente com o animal 4 3 Como resultado desses acidentes 39 7 dos carroceiros ficaram sem trabalhar por mais de 15 dias e 32 3 dos acidentados apresentaram sequelas sem que tenha havido prote o da previd ncia social Com rela o aos equinos Soares 2012 avaliou a soro preval ncia para imunoglobulinas IgG anti Leishmania sp em equinos de tra o do Projeto Carroceiro de Belo Horizonte A pesquisa determinou uma preval ncia de 16 22 para o g nero Leishmania sp 11 49 para L bra ziliensis 6 08 para L infantum e ainda 4 05 de infec o 2 Programa de Corre o Ambiental e Reciclagem com Carroceiros de Belo Ho rizonte mais conhecido como Projeto Carroceiro mista Tais resultados alertam para a poss vel participa o dos equinos como reservat rio das diferentes esp cies do parasito O grande tr nsito e as diversas proced ncias desses animais sugerem a possibilidade de que eles sejam tamb m reservat rio de mormo uma grave zoonose ree mergente MORAES 2011 j presente no estado de Minas Gerais e de anemia infecciosa equina doen a de grande import ncia econ mica na equideocultura O C digo de Tr nsito Brasileiro CTB determina que os ve culos de tra o animal devem ser vistoriados e empla cados Desde 2000 ano em que esse servi o come ou a ser feito
346. vel em lt http bvsms saude gov br bvs saudelegis gm 2004 prt1172 15 06 2004 html gt Acesso em 30 abr 2015 MUNIC PIO DE FORMIGA Lei Municipal n 4 595 de 10 de feverei ro de 2012 Disp e sobre o Estatuto de Defesa Controle e Prote o dos Animais no Munic pio de Formiga e d outras provid ncias REICHMANN M L A B SANDOVAL M R C FORMAGGIA D M E PRESOTTO D NUNES V F P SANTOS L S GLASSER C M COSTA M A F Orienta o Para Projetos de Centros de Controle de Zoonoses S o Paulo Instituto Pasteur 2000 Manuais 2 45p S O PAULO Programa de controle de popula es de c es e gatos do Estado de S o Paulo Suplemento 7 do Boletim Epidemiol gico Pau lista volume 6 maio 2009 SILVANO D BENDAS A J R MIRANDA M G N PINH O R MENDES DE ALMEIDA F LABARTHE N V PAIVA J P Divulga o dos princ pios da guarda respons vel uma vertente poss vel no trabalho de pesquisa a campo Revista Eletr nica Novo Enfoque ano 2010 v 09 n 09 p 64 86 113 THORNTON G W Pet overpopulation Why is a solution so il lusive In Urban Animal Management Discussion Papers v 18 1993 WORLD HEALTH ORGANIZATION Expert Committee on Rabies Sixth Report Technical Report Series Geneva WHO 1973 59 p WORLD HEALTH ORGANIZATION WORLD SOCIETY FOR THE PROTECTION OF ANIMALS Guidelines for dog population management Geneva WHO WSPA 1990 128 p 114
347. vestres reali zado por 63 centros particulares que recebem em m dia 418 animais por ano cada As aves constitu ram o grupo mais frequente com 83 seguido pelos mam feros com 12 e pelos r pteis com 4 No Canad Dubois e Fraser 2003 por meio de pesquisa realizada na Columbia Brit nica com 11 centros de reabi lita o verificaram o recebimento m dio de 270 animais por ano por cada unidade sendo 82 de aves e 17 de mam feros Em rela o destina o observaram que 40 foram reintroduzidos no ambiente 35 submetidos a eutan sia e 21 morreram durante os cuidados Os auto res ressaltam que a maioria das eutan sias foi realizada para abreviar o sofrimento dos esp cimes ou quando se tratava de esp cie ex tica Existem poucos estudos que abordam os fatores relacio nados aos bitos ocorridos nos CETAS do Brasil Sanches 2008 identificou como principal causa de morte dos Passeriformes provenientes do tr fico e encaminhados a um CETAS de S o Paulo a ocorr ncia de doen as infec ciosas principalmente infec es mistas por bact rias e fungos Nas aves procedentes de vida livre a mesma autora identificou como causa mortis predominante os processos n o infecciosos principalmente traumatismos Godoy 2006 tamb m identificou as causas infecciosas como respons veis pelo maior n mero de bitos 79 de Passeriformes em um CETAS de S o Paulo onde as infec es virais foram mais frequentes 38 segu

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