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computacionalidade da arquitetura inca

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1. a ee a b e Figure 1 Plans of three Orkney megaliths a Midhowe b Quanterness the sixth chamber was destroyed in excavation c Isbister Fig 204 g 1 11 Procedimentos para o desenvolvimento da gram tica da forma dos t mulos megal ticos de Orkney de Boast 1987 Observar que o t mulo 2 de Quarterness teve uma c mara destru da por escava es vi Igrejas de Wren Londres As Igrejas de Wren Londres 1993 Ap s o grande inc ndio de Londres entre os dias 2 e 5 de setembro de 1666 o arquiteto e projetista Sir Christopher Wren 1632 1723 recebeu comiss es para construir muitas igrejas no centro de Londres o que agora a City of London WHINNEY 1992 p 45 80 Hoje em dia existem at 50 igrejas projetadas por ele e seu grupo de arquitetos e engenheiros Essas igrejas inclu am a Catedral de St Paul St Nicholas Cole Abbey St Lawrence Jewry Fig 205 fotos e muitas outras WHINNEY 1992 p 45 46 Como de supor a maioria das igrejas adotam um formato similar geralmente retangular com a exce o de uns dois exemplos que s o mais quadrangulares devido disponibilidade de um espa o de car ter restrito O autor criou um banco de dados analisou e comparou algumas das igrejas usando os conceitos que desenvolveu para a seguir descrever uma gram tica da forma anal tica aplicada s plantas daquelas igrejas No caso das igrejas de Wren o estudo deveria incluir o ele
2. o lans shown in a satisfy proviso plans in b fail to do so a LIC b Figure 2 Plans shown in a satisfy proviso 2 plans in b fail to do so 421 Fig 206 i ii iii iv Alguns dos procedimentos para o desenvolvimento da gram tica da forma das vilas de Pall dio Norte de It lia Vila Malcontenta Fonte Stiny e Mitchell 1978 a Pall dio propor es e dimens es na arquitetura Palladiana Andrea Pall dio conhecido principalmente pelos projetos de vilas al m de algumas igrejas que desenhou e construiu no norte de It lia na regi o entre Floren a Verona e Veneza Criou um cat logo de vilas e mans es que s o quase imediatamente reconhec veis como Palladianas por at mesmo aqueles com limitado conhecimento de suas obras A base principal para esta forma de determinismo Palladiana a aplica o b sica de um ret ngulo de uma altura pouco vari vel provavelmente em rela o entre a largura e comprimento de 2 3 WITTKOWER 1971 p 129 At a altura interna de cada quarto como tamb m as outras dimens es chegavam a ser consistentemente pouco vari veis fato que permite definir com f rmulas as estruturas Palladianas Por algum motivo Mitchell e Stiny decidiram definir somente a
3. LLU mm te E Figure 17 Shape rule schemata applied in stage 1 of the chardagh generation process 2 Fig 200 Desenvolvimento da gram tica da forma dos parques Mughalde Stiny e Mitchell 1980 li Ice Ray Ice Ray A Note on the Generation of Chinese Lattice Designs 1977 um exemplo de como a gram tica da forma param trica neste caso n o necessariamente tem que estar ligada diretamente arquitetura As formas estudadas e descritas s o triangulares de v rias dimens es e propor es que s o integradas a um desenho que fica dentro de uma moldura retangular Gerar uma gram tica da forma para estes desenhos muito mais complexa devido ao fato de que n o existe uma geometria e simetria bvia dos parques Mughal STINY 1977 p 89 98 Segundo Celani a gram tica da forma param trica permitia certos valores livres para ser definidos no momento de implementa o podendo assim gerar uma variedade de resultados Fig 201 CELANI 2008 p 7 8 416 a rD Mm sY rs DAA Cayo E 0 0 ros OD 6 4 9 ss LA gt tso 0 0 Go O EA Figure 3 Ice tay lattice designs a Chengtu Szechwan 1850 AD b Chengtu Szechwan l 1800 AD c Chengtu Szechwan 1880 AD d Jungking Szechwan 1725 AD e Chengtu Szechwan 1875 AD f Kwanhsien Szechwan 1875
4. Fig 210 i e ii Pisac sistema de terra os e estruturas iii Machu Picchu vista desde Huayna Picchu Observar posicionamento de estruturas e o tra ado em rela o topografia Fonte fotos de Mackay 1985 O fator altura tamb m era muito mais vari vel No caso dos monumentos Incas da costa sul por exemplo Tambo Colorado Ica Peru a arquitetura mantinha uma altura estrutural que estava em m dia de tr s a quatro metros devido ao fato de que estava em lugar plano semelhantemente s m ltiplas kanchas de Ollantaytambo tamb m desenvolvidas em parte planas Na maioria dos casos a arquitetura Inca era dependente de uma topografia muito variada sendo que as estruturas podiam ser constru das em pontos entre 3 500 Cusco 431 Huanuco Pampa e outros e 1 800 metros Machu Picchu Fig 210i Wifiay Wayna Phuyupatamarca e s vezes entre picos de montanhas cobertas de neve em alturas acima de 5 000 m os usnos da regi o de Coropuna Naturalmente o grau de inclina o nas ladeiras e o declive podiam ser substanciais Por isto a concep o do desenho arquitet nico que os Incas desenvolveram tinha um padr o que incorporava as possibilidades de aplica o de sua arquitetura asitua es e lugares de varia es consider veis Exemplos extremos s o Wi ay Wayna Phuyupatamarca Pisac e alguns setores de Machu Picchu Fig 67m iii As estruturas nestes casos est o conectadas e s vezes constru das acima de sistemas de
5. Fig 195i Milho dissecado exposto ao c u aberto em Lunahuan Lima Fonte Foto de Mackay 2009 Fig 195ii Milho multicolorido de Cusco Cuzco 392 Fonte Foto de Mackay 2009 Fig 196 Lhama no Atacama Bol via Chile Fonte Foto de Mackay 2009 de se supor que aqueles agrupamentos de edifica es t m pelo menos dois motivos para incorporar este padr o ortogonal Talvez come asse com uma estrutura de duas guas que seria a moradia principal e medida que a fam lia crescia se acrescentavam mais duas casas que formariam outras moradias O altiplano por causa da altitude uma regi o sujeita a largas varia es e extremas temperaturas pois durante o dia o sol muito intenso e noite faz frio extremo com temperaturas abaixo de zero grau Um agrupamento de estruturas deste formato daria certo n vel de prote o aos habitantes incluindo os efeitos dos elementos naturais particularmente os ventos e s vezes a neve Al m da prote o contra os ventos fortes e frios que s vezes atravessam o altiplano um agrupamento de estruturas providenciava tamb m uma prote o para os animais que eram de valor para os habitantes Os usos inclu am carne l transporte de cargas menores de 35 quilos e a produ o de material para uso como combust vel O agrupamento de estruturas em U ou fechado protegia contra clima inclemente e tamb m dos agressores como o felino puma puma concoloris que procurava se sustentar dos anim
6. um modelo para os estudos na costa deserta do norte do Peru pelo fato de descrever tudo o que tem a ver com a presen a humana nesse vale ao longo de um per odo de 1 500 anos Isto a diferencia da maioria de estudos da poca que enfocavam somente um monumento ou agrupamento de monumentos arqueol gicos ou uma cultura espec fica Em 1 950 John Rowe um dos colaboradores de Julian Steward trabalhou o tema da sucess o Inca e a cronologia Inca realizando estudos importantes em Cusco ROWE 1993 35 74 Nos anos 1960 Edward Lanning redefiniu a cronologia do Peru e Gordon 102 Willey completou um trabalho geral sobre a arqueologia sul americana no Volume 2 WILLEY 1971 atualizando conhecimentos divulgados no Handbook of American Indians LANNING 1967 p 19 30 Ap s isso houve v rias reorienta es da cronologia centro andina que s vezes eram mais varia es e dependiam mais do ponto de vista pol tico do arque logo Nesse momento por exemplo Guillermo Lumbreras Rogger Ravines e outros reagiam contra o dom nio e presen a de arque logos norte americanos e estavam conscientes dos conceitos e interpreta es marxistas referentes arqueologia Nos ltimos anos as cronologias definidas por Tello Rowe e Lanning foram as cronologias mais aceitas Estas estavam em grande parte respaldadas pelas escava es efetuadas assim como a descri o dos monumentos cer micas associadas e outros materiais descobertos nas escava
7. 139 defini o e utiliza o de certas propor es estabelecidas por eles como ideais Fig 50 Fig 50 Estudo das propor es de um port o da Renascen a Serlio Fonte Wittkower 1971 p 127 Os gregos segundo eles codificaram certas categorias e componentes de estruturas geralmente templos e estruturas de import ncia que podem ser reconhecidos e classificados Seria interessante comparar essas estruturas com aquelas desenhadas pelos Incas Os Incas tamb m definiram um estilo espec fico e um sistema talvez ainda mais codificado que o grego romano Sugirimos comparar os dois estilos dessas duas culturas diferentes e distantes entre si partes de um mundo culturalmente muito diferentes e estudar a incorpora o do conceito e ou uso de ntase nas duas Os Incas n o somente definiram um estilo e formato para estruturas relacionadas ao poder taix como templos e pal cios mas para quase todas seja uma humilde casa um pal cio de um nobre uma estrutura de import ncia econ mica comercial ou religiosa O estilo Inca aparentemente t o simples permeia toda a arquitetura da extensa regi o conquistada por eles Voltando codifica o efetuada pelos gregos nos seus templos principalmente as que incluem colunas foi poss vel definir tr s agrupamentos b sicos de estilos com propor es espec ficas que hoje em dia ainda conhecemos como D rica J nica e Corintia A estas tr s foram acre
8. ESCOPO DA TESE Elementos essenciais A arqueologia uma rea do conhecimento que procura entender o passado humano estudar culturas e modos de vida a partir da an lise de vest gios e restos de materiais Parte do processo de pesquisa do passado inclui escava es para determinar a cronologia est gios estruturais descoberta de artefatos detalhes dos la os culturais defini o de padr es de distribui o de artefatos ou como no caso deste trabalho envolve uma an lise dos padr es de arquitetura do grupo estudado A arqueologia est dividida em duas partes A primeira pr hist rica pois n o possui documenta o escrita A segunda hist rica e oferece a vantagem de acessar e analisar documenta o escrita Esta ltima inclui a arqueologia relativamente recente como a industrial e a mar tima A arqueologia pr hist rica precisa de um n vel mais complexo e detalhado de interpreta o Requer m todos espec ficos para extrapolar informa es a partir de conhecimentos de outras reas para interpretar e reconstruir o passado Desde seus in cios a arqueologia tem procurado empr stimos de outras disciplinas recep o de outros conceitos al m de adotar e adaptar ferramentas consideradas de utilidade no processo da interpreta o do passado Uma das principais disciplinas aliadas a arquitetura devido ao fato de que est representada na maioria das fases do desenvolvimento humano Por exemplo se um arque log
9. Fig 82 Vales do Vilcanota Urubamba e Patacancha vista dire o nor oeste com a cidade de Ollantaytambo e seu plano ortogonal No fundo os terra os e a fortaleza ou templo Fonte Fotos de Mackay 2007 i Come amos aqui com um exemplo simples bidimensional de quatro estruturas retangulares quase id nticas e apresentadas de forma espelhada e rotacionada girada ao redor de um quadr ngulo ou quadril tero ou um espa o no meio 197 dos quatro ret ngulos que ser definido como um p tio quadrangular Em outras palavras s o quatro estruturas quase id nticas Por m existe uma exce o em um dessas quatro estruturas pelo fato de que de dois andares pois os outros tr s s o de um andar pelo menos no caso das kanchas de Ollantaytambo mas como neste cap tulo o estudo est restrito representa o de plantas bi dimensionais de pouca import ncia se a estrutura de dois andares ou uma estrutura simples de um andar Iremos por enquanto considerar a planta desta estrutura de dois andares como quase id ntica as outras tr s As quatro estruturas s o apresentadas cada uma com uma face paralela com cada uma das quatro faces do p tio quadrangular interno olhando as fachadas principais ou seja a porta ou entrada est o orientadas em dire o ao espa o interior que separa as quatro estruturas Regra n mero um pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um espa o Ent o substitua aquele esp
10. cer mica e metalurgia e explicar como esta pode receber deriva es H diverg ncias em termos de metodologias E interessante observar a interpreta o do conte do das camadas ou n veis particularmente quando estas incluem objetos de valor iconogr fico atrav s de procedimentos que geralmente come am com a iconografia mais antiga para obter um entendimento e interpreta o 92 dos est gios mais recentes Em outras palavras estuda o desenvolvimento e a evolu o est tica N o muito comum aplicar este procedimento mas uma outra op o Esta op o a de prefer ncia quando se refere elabora o e aplica o de uma gram tica de forma pelas raz es apontadas a seguir a b c d Uma grande porcentagem das estruturas Incas est em comparativamente bom estado de conserva o mas isso n o o caso das estruturas pr Incas e de culturas anteriores A arquitetura Inca n o muda muito em todo um territ rio extenso enquanto que nas culturas pr Incas a arquitetura podia variar de um vale a outro Existem muitos exemplos da arquitetura Inca o que permite estabelecer um banco de dados completo de formas de estruturas cujo levantamento seria mais dif cil de efetuar se f sse baseado unicamente na arquitetura pr Inca A arquitetura Inca o produto de muitos anos de desenvolvimento de padr es arquitet nicos com antecedentes em outras culturas da regi o Andina Onde
11. come ando a 1 50 m a esquerda desse ponto central Fig 153 lt lt lt gt gt gt 269 Fig 153 Regra n mero sete Assim definimos uma estrutura retangular com duas entradas ou portas trapezoidais numa face IV Este procedimento pode ser repetido para inserir mais portas ou entradas caso haja tr s entradas ou portas numa face ou at quatro menos comum Para realizar este procedimento importante lembrar os conceitos de simetria e raz es definidas anteriormente Deve se manter em mente a medi o externa do comprimento face IV da estrutura e subdividi la simetricamente pelas vezes necess rias 3 x 1 1 m para as portas ou passagens 4 x 1 2 m das colunas ou suportes entre cada porta ou seja e m outras palavras seria o cumprimento da face IV com passagens ou portas repetidas tr s vezes com colunas simetricamente distribu das entre cada entrada ou 4 x 1 1m 5 x 1 2 a 5 m em casos de estruturas retangulares maiores de quatro entradas por exemplo em Racchi a verdade vira a estrutura de um ret ngulo incompleto formato de U de tr s paredes Isto com a parede da face 4 eliminada sendo que esta estrutura conhecida como uma masma Existem v rios exemplos em Machu Picchu Neste caso aplica se a modifica o da regra n mero tr s substituindo o comprimento face IV com um vazio Fig 154 Fig 154 Regra n mero oito 270 gt gt 271 Regras porta externa entrada principa
12. o do exterior com o interior nos quartos que ficam distribu dos ao redor do sal o ou quarto principal Pall dio mantinha um interesse em controlar a distribui o tanto interna do espa o como tamb m externa principalmente das janelas das mans es e a liga o entre as mesmas 422 Hoje em dia uma estrutura moderna com muitas janelas pode aparentar ser muito feia ou ficar muito bonita dependendo da distribui o e do estilo e formato das janelas Mudan as no formato de janelas e principalmente no estilo de uma moldura podem determinar a apar ncia de uma estrutura ou at acabar com a integridade da mesma Semelhantemente isto ocorre em rela o a integra o de chamin s na arquitetura neo g tica e cl ssica do Reino Unido Palladio refletia elevado grau de coer ncia entre o mundo interno e externo das edifica es especialmente na constru o das vilas e mans es A arquitetura Inca apresenta o lado externo como importante simbolizando domina o e poder Inca no mundo andino mas denota interesse na simetria e distribui o interna particularmente em termos da distribui o de nichos nas faces internas 3 Arquitetura Inca A arquitetura Inca ser resumida de forma que apresentaremos alguns aspectos que consideramos mais relevantes Foi uma arquitetura desenvolvida mais ou menos ao mesmo tempo em que Pall dio experimentava com v rios formatos gerando atrav s de sua arquitetura vilas mans es e casar es gera
13. poss vel que uma defini o de uma gram tica da forma subjacente na arquitetura Inca possa assistir na reconstru o arqueol gica virtual de s tios destru dos A an lise das formas principais provavelmente permitiria fazer avan os no dom nio do mundo da arquitetura Inca atrav s da sua inser o no mundo digital A altamente distinta e reconhec vel arte e arquitetura Inca tende a ser consistente atrav s dos s culos em todo o territ rio andino e representou de fato uma afirma o de poder Nesta tese foi desenvolvida uma gram tica da forma simplificada especificamente para a arquitetura Inca Os algoritmos gerados s o b sicos e independentes de plataformas permitindo a futura implementa o de sistemas CAD generativos mais duradouros e menos suscet veis s mudan as nos programas computacionais Geometricidade padr es interconectados plantas e demais representa es ortogonais cor e textura revers o de padr es espelhamento repeti o compress o modular deriva es rota o simetria raz o recombina o e ntase ilus es ticas s o qualidades fregiientemente encontradas na arquitetura e arte andina e principa dem ser integradas nas predi es t cnicas de reconstru o virtual representando monumentos e possivelmente as artes antigas andinas sofisticadas parcialmente danificadas ou substancialmente destru das Palavras chave Inca reconstru o virtual gram tica da forma kanchas Ollantayt
14. retangular mudando at adquirir formatos misturados no extenso centro urbano de Huari Propor o mais uma vez as estruturas de Moradachayoc s o aquelas que apresentam o esfor o dos arquitetos para criar um sentido de disciplina por meio de propor es cuidadosamente calculadas Outros setores apresentam uma variedade de sistemas de propor o Elementos decorativos No caso de Huari parece que n o foram acrescentados desenhos decorativos na arquitetura 374 Compara es e Heran a A Cultura Chim E finalmente poss vel analisar o caso referente a cultura Chim e especificamente Chan Chan a capital Chim Sele o de motivos da escolha do lugar ou determinado s tio em caso de cidade ou seja poss veis fatores geogr ficos determinantes para a sele o Chan Chan foi constru da em um vale extenso Moche da costa do norte do Peru pr ximo ao mar e a um rio que fornecia gua para a agricultura Al m disso foi estabelecida a cerca de poucos quil metros do in cio dos Andes na prov ncia departamento atual de La Libertad A regi o basicamente um deserto mas existem fontes de gua subterr nea e tamb m o fornecimento feito via canais trazida dos Andes A cidade foi estabelecida em vale aberto com v rios recursos e pr ximo ao mar e por isso deve ter sido uma boa escolha para criar um assentamento dessas dimens es A cultura Chim n o expandiu muito na regi o Andina Ao contr rio das cultur
15. topografia Estruturas podem ser ligadas s kanchas mas car ter ritual como menos a n vel geralmente existe Moradachayogq administrativo muita variedade Planejamento propor o e Consider vel e Planejamento Planejamento Aten o ao elementos decorativos relacionamentos solto misturado detalhado e planejamento importantes entre com setores elementos geralmente muito estruturas rituais altamente decorativos como detalhado A Elementos planejados frisos aten o ao iconogr ficos Elementos detalhe decorativos quase importante inexistentes Fig 189 Tabela de tra os comparativos da arquitetura das culturas pr Incas de Tiahuanaco Wari Chim e dos Incas Aplica o de sistemas computacionais aos tr s grupos b sicos identificados da poca pr Inca O objetivo desta parte do trabalho identificar uma gram tica da forma visando definir as formas arquitet nicas principais pr Incas como tamb m aquelas que s o especificamente Incas para uma futura implementa o em programas computacionais Neste cap tulo pretendemos resumidamente identificar e comparar algumas das caracter sticas da arquitetura que poderiam ser precursoras da arquitetura Inca No caso de Tiahuanaco e Chim sugerimos que as duas chegaram a influenciar a arquitetura Inca pelo menos ao n vel das lendas Incas Decidimos incluir o centro regional de Huari Wari Ayacucho devido ao fato de que estudo
16. 19 de setembro do 2 010 Sup e se que os Incas tinham um sistema de modelagem e maquetes para o tra ado urbano e topografias para planejamento agr cola mas s o poucos os exemplos que chegam confirmar esta teoria Hoje em dia existem exemplos etnogr ficos de estruturas geralmente em formato de kanchas e animais em miniatura conhecidos como conopas ou illas Estes poderiam originalmente ter sido maquetes mas o uso parece ter mudado e estes s o usados hoje em dia para liba es ou oferendas rituais Ao entrar no vale de Colca Arequipa n o muito longe de Chivay existe o que aparenta ser uma maquete de um setor do vale 37 mas prov vel que esta tenha sido modelada antes da chegada dos Incas A cer mica de v rias culturas pr Incas inclui complexos de pr dios ou estruturas unit rias modeladas em particular representadas nas Culturas Recuay Moche Fig 10b v Chancay Fig 10a Huari Fig 10b Chim e finalmente a cultura Inca Fig 10b i iv Fig 10a Cer mica Chancay Inca da costa norte Lima com duas estruturas estilo Inca no Museu da Universidade de Manchester Manchester Reino Unido O estilo do telhado dos Andes e nao da costa Fonte BANKES 1 989 38 Fig 10b Quatro maquetes de estruturas Incas i iv incluindo uma representa o de uma kancha no Museu de Arqueologia Cuzco e uma casa da cultura Mochica v de estilo completamente differente e adaptada para o clima c lido da cost
17. 1992 Agricultural Limitations of the Amazon in theory and practice em World Archaeology Vol 24 No 1 The Humid Tropics p 82 97 NILES Susan Allee 1999 The Shape of Inca History Narrative and Architecture in an Andean Empire University of Iowa Press Iowa City USA NILES Susan A BATSON Robert N 1997 Sculpting the Yucay Valley Power and Style in Lat Inka Architecture A Washington D C USA p 185 222 NILES Susan Allee 1984 Architectural Form and Social Function in Inca Towns near Cusco Kendall A ed Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford Inglaterra p 205 223 NILES Susan Allee 1980 Civil and Social Engineers Inca Planning in the Cuzco Region PhD California USA NOVISTSKI B J 1998 Rendering Real and Imagined Buildings Rockport Massachusetts USA 468 NUNEZ Estuardo e PETERSEN Georg 1971 El Per en la Obra de Alejandro de Humboldt Libreria Studium Lima Peru Evidence for Long Distance Transportation of Building Stones in the Inka Empire from Cuzco Peru to Saraguro Ecuador OKSALA T 1979 The language of formal Architecture Environment and Planning B 6 p 269 278 PERCIVAL John 1976 The Roman Villa An Historical Introduction Book Club Associat s London PARISEL C REVEZ J TID
18. Fig 80 Duas vistas da kallanka conhecida como o Templo de Viracocha Racchi Fonte Foto de Mackay 2 007 A seguir pretendemos descrever as regras para criar agrupamentos ou conjuntos de quatro estruturas ao redor de um p tio central e quadrangular geralmente conhecidas como as kanchas e a repeti o destas Fig 79 Hoje em dia o conceito de kancha ainda que n o seja conhecida atualmente por essa denomina o com algumas exce es na Bol via um conceito arquitet nico importante para a regi o andina Existe como um conjunto ou agrupamento de estruturas principalmente na regi o do sul do Departamento de Cusco no Peru e no Altiplano do Peru e da Bol via Em lugares afastados de centros de habita o estes agrupamentos apresentariam uma forma de prote o e defesa tanto para os que moradores da regi o quanto para os 193 animais domesticados Ihamas alpacas vicunha etc reduzindo as possibilidades de ataques por on as pumas e n o t o comumente dos ursos urso de culos e furto al m de ser uma prote o contra as intemp ries e os ventos fortes que arrasam o altiplano conforme comentado nas primeiras p ginas iii Unidades e conjuntos combinados e re recombinados Acontece que o assentamento Inca de Ollantaytambo apresenta muitos exemplos de unidades retangulares distribu das em conjuntos e quarteir es nos v rios setores Na maioria dos casos as estruturas s o retangulares com poucas exce es qu
19. andina 2500 1900 a C El Paraiso na costa c 2000 1800 a C refletem os dois elementos complementares Geralmente os dois seguem em uso ao longo do extenso per odo pr Inca com poucas exce es por exemplo na cer mica Moche Mochica Fig 8 d e Chim mas o conceito modular se mant m na maioria de casos chegando a ser muito sofisticado na poca dos Tiahuanaco 300 1000 d C e expresso principalmente nos tecidos Fig 71 como tamb m na arte l tica cer mica e trabalho em madeira O que acontece nos tecidos refletido de uma maneira mais limitada na arquitetura que basicamente na maioria de casos ortogonal geom trica e muitas vezes sim trica e geralmente incorpora uma base e express o modular Esta eventualmente gera a arquitetura Inca herdeira de muitos desses conceitos Os Incas conquistaram um extenso territ rio 1438 1532 no qual impuseram o seu selo f sico Aquele selo n o varia muito Os elementos individuais das estruturas agrupamentos de estruturas centros urbanos s o basicamente os mesmos Parecem ser muito diferentes por causa da topografia e fatores impostos pela geografia mas uma an lise das estruturas e seus agrupamentos indicam a manuten o do que denominamos de uma modularidade que altamente espec fica Esta express o modular se empresta ao sistema da gram tica da forma desenvolvida por William J Mitchell e outros nos seus trabalhos referentes s vilas de Palladio 1978 Ainda que Mitch
20. ate UNIVERSIDADE DE BRASILIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO PROGRAMA DE P S GRADUA O PPG FAU TESE DE DOUTORADO A LOGICA DA ARQUITETURA INCA E A GRAM TICA DA FORMA NA RECONSTRU O ARQUEOLOGICA VIRTUAL WILLIAM IAIN MACKAY Brasilia janeiro de 2011 WILLIAM IAIN MACKAY A LOGICA DA ARQUITETURA INCA E A GRAMATICA DA FORMA NA RECONSTRUGAO ARQUEOLOGICA VIRTUAL Tese apresentada como requisito parcial para a obtencao do grau de Doutor em Arquitetura e Urbanismo Orientador Prof Dr Neander Furtado Silva Universidade de Brasilia Brasilia dezembro de 2010 TERMO DE APROVA O WILLIAM IAIN MACKAY A L GICA DA ARQUITETURA INCA E A GRAM TICA DA FORMA NA RECONSTRU O ARQUEOLOGICA VIRTUAL Tese aprovada como requisito parcial para a obten o do grau de Doutor pelo Programa de P s Gradua o da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia Comiss o Examinadora Prof Dr Neander Furtado Silva Orientador FAU UnB Prof Dr Gustavo Alexandre C Cantu ria IESPLAN Prof Dr David Rodney Lionel Pennington FAC UnB Prof Dr Marcos Thadeu Queir z Magalh es FAU UnB Prof Dr Paulo Castilho Lima FAU UnB Bras lia 16 de dezembro de 2010 Com sabedoria se constr i a casa e com discernimento a consolida Pelo conhecimento os seus c modos se enchem do que precioso e agrad vel Prov 24 3 4 ii CAP TULOS p gina i Agradecimentos iv ii Resumo vi iii Lista
21. gundo D rer em The four books of human proportion 1528 Fig 213 Procedimentos de estiramento aplicado por Durero Conceitos similares podem ser aplicados a estruturas Fonte MITCHELL 2008 441 Mitchell ao desenvolver os procedimentos da gram tica da forma descreve primeiro o posicionamento de portas ou entradas a seguir as colunas e por ltimo as janelas J que as portas e janelas s o talvez os elementos n o estruturais mais importantes dentro e fora de uma estrutura e as colunas poderiam ser de interesse secund rio existe uma diferen a de opini o em termos de avalia o da import ncia destes detalhes Talvez devido ao fato de que as portas e entradas principais quase sempre estavam ligadas a colunas geralmente de car ter decorativo Mitchell escolheu descrever e desenvolver a sua gram tica da forma usando esta ordem de procedimentos e segii ncia de passos Segundo Mitchell s o poucas as regras que definem o formato e o posicionamento de janelas no caso das vilas Palladianas Nesse sentido existe uma semelhan a com a arquitetura Inca que tamb m gera poucas varia es no desenho posicionamento e do uso geral de janelas e nichos que chega ser ainda mais limitada no caso das kanchas As regras de finaliza o definidas por Mitchell geralmente eliminam os indicadores labels que foram empregados nas etapas iniciais do desenvolvimento da gram tica da forma Palladiana e tamb m reduzem os elementos do mundo const
22. o As propor es das janelas portas e nichos respectivamente tamb m s o dominadas geralmente pelo estilo trapezoidal incorporando uma simetria e distribui o que quase universal na arquitetura Inca determinadas em parte pela inclina o das paredes Por exemplo uma distribui o sim trica de portas janelas ou nichos trapezoidais ao longo de uma parede usual Os conceitos est ticos dos Incas demandavam a incorpora o do elemento pr tico combinando o com a simetria e tamb m um sentido de propor o Os conceitos de distribui o simetria e a defini o de propor o em muitos casos foram aplicadas parte interna da estrutura como por exemplo nos nichos com menos nfase no aspecto externo restringindo a visibilidade dos mesmos Em conjunto o aspecto externo podia ser mais impactante por exemplo no caso da distribui o de estruturas em combina o com andenes ou terra os em Machu Picchu Wifiay Wayna Pisac Choquequirao e outros lugares A arquitetura Inca definiu o espa o interior com um n vel maior de detalhes em termos da apresenta o e distribui o de nichos e portas Parece que a simetria forma e propor o interna determinavam as dimens es de uma estrutura e seu relacionamento com outras 60 estruturas E consideravelmente diferente da arquitetura europ ia que muitas vezes aplicava uma nfase especial referente ao aspecto externo fazendo mais investimento na apar ncia da fachada
23. o informa o e o reduzido n mero de trabalhos arqueol gicos realizados nesta imensa regi o de tanta variedade topogr fica 119 AFRICA AMERICA Nu ASIA EUROPA os REGIOS Meios Neg Quuturas Pamore pri tis iene Fey be NTeS OATS 2 ii E io meee NSN EA rent RE CON TA StH planters ROMANO Amma ESA A PESER F ME E RIVA Kos ameeicac LINHA Do TEMFb jESRMATIVO i i aa RErUBUCA 10000 2500 2000 i500 1000 4180 30 4930 80 DEScon as mem SOUNO x Fig 43 Tabela descrevendo uma linha do tempo hipot tica para os Andes Centrais Inclui uma linha do tempo simplificada e comparativa na faixa superior para eventos em outras partes do mundo e na faixa inferior para os eventos e caracter sticas arquitet nicas principais da regi o Andina Ver c pia ampliada no anexo A cultura Chav n nos Andes orientais isto uma cultura andina desenvolvida h pelo menos 1 000 anos antes da cultura Chim na costa do Pac fico faz constante refer ncia aos animais da regi o amaz nica em suas esculturas Devido a isso seria de se supor que em algum momento houve uma rela o bastante forte com a Amaz nia Trabalhos na chamada regi o da selva t m encontrado pouco al m de cer mica e menos em termos de estruturas e devido a isto dif cil estabelecer liga es com outras regi es Alguns s culos antes da chegada dos espanh is 1 532 houve um desenvolvimento cultural na regi o fronteiri a entre os Andes e a Amaz ni
24. o limitada relevante arquitetura que foi deixada pelos conquistadores e os cronistas ap s a conquista Vitr vio teve a vantagem de conhecer alguns documentos 144 e recebeu informa o herdada dos gregos aproveitando aqueles conhecimentos para estudar e descrever detalhadamente a arquitetura cl ssica principalmente a partir dos sistemas de defini o de colunas No caso dos Incas n s n o temos aquela vantagem em termos an lise das colunas sendo o Templo de Wiracocha em San Pedro de Casta ou Raqchi Raqchi ou Raqchi Sicuani Cusco provavelmente a nica estrutura Inca que incorporou colunas Figs 46 e 80 Esse templo era uma estrutura pouco usual em termos da arquitetura Inca e por isso n o deveria ser usado unicamente como base para estabelecer as regras Incas de propor o simetria e ntase Devido a isso torna se necess rio realizar compara es de estruturas Incas em v rios lugares do seu extenso imp rio As estruturas Incas que poderiam ser inclu das em estudos de propor es s o muitas e encontram se na capital Inca Cusco na Ilha do Sol Ilha da Lua Lago Titicaca Bol via Inkallajta Cochabamba com 70 metros de cumprimento provavelmente constru do por T pac Inca Yupanqui 1463 1472 e Samaipata Bol via Ingapirca e Tomebamba Equador como tamb m em Pisac Yucay Calca Ollantaytambo Machu Picchu Choquequirao Cusichaca Vilcabamba Pachacam c Tambo Colorado Vilcashuam n Raqchi Chincha Aypat
25. 8000 Ring Site 10000 Fig 42 Cronologia Sul Andina observar a seq ncia das culturas Chiripa Pukara Tiahuanaco culturas tiahuanacoides aymar s e finalmente os Incas Fonte Moseley 2 001 Entre Pucar e o eventual desenvolvimento de Tiahuanaco existem v rios est gios 600 1 000 a D na mesma regi o do Lago Titicaca mais ao sul Esta heran a estil stica da cultura Pucar fica apenas 75 quil metros ao noroeste do Lago Titicaca finalizada nos anos 500 AD Sabemos que o centro de Pucar foi mantido como um lugar de import ncia ritual at a chegada dos espanh is os quais acharam necess rio construir uma capela dentro das ru nas Pucar uma de v rias culturas e express es culturais regionais que refletem um desenvolvimento similar por exemplo a Chirip mas em maior escala 114 Tiahuanaco tamb m foi outro centro importante planejado estritamente no plano ortogonal Tiahuanaco tem a vantagem de ter sido constru da numa regi o topograficamente plana no altiplano que permitiu o uso de um sistema organizado e bem planejado utilizando amplamente a ortogonalidade As ru nas atuais cont m v rias pra as semi subterr neas como tamb m plataformas e inclui uma estrutura piramidal truncada conhecida como a Akapana Na parte superior da Akapana existem vest gios de estruturas retangulares que se assemelham queles descritos para Pucar Esses edif cios retangulares est o incorporados na estrutura da
26. Fig 47 e e f 53 dif cil estabelecer o posicionamento cronol gico exato dessas duas estruturas As duas parecem ser parte de um grupo definido como kallankas Na regi o de Vilcabamba onde os ltimos Incas procuraram ref gio poss vel confirmar a idade das estruturas Fig 46 a eb Mapa das kanchas parciais e vista da kallanka de Racchi Cuzco Fontes Gasparini e Margolies 1 977 foto de Mackay 2 007 130 Fig 47a b f Reconstru o virtual de Lizandro Tavares a e quatro vistas b e da kallanka de Huaytar e o sistema de nichos triangulares nicos entre os Incas Huancavelica Fonte MACKAY 2 009 p 137 138 O Neo Inca parece ser um estilo derivado do Inca cl ssico e Imperial desenvolvido em paralelo com os ltimos est gios dos estilos mais tradicionais mencionados anteriormente Fig 48 131 Fig 48 Duas entradas ou port es no caminho Inca e na avenida dos 100 nichos em Ollantaytambo Cuzco Parecem ser de estilo Neo Inca Fonte Foto Mackay 2 007 dif cil confirmar a data da defini o do estilo Neo Inca Parece que ocorreu ap s o governo de Pachacutec Inca Yupanqui 1 472 prov vel que esse estilo tenha se popularizado nos ltimos anos dos Incas Provavelmente houve problemas relacionados ao uso de blocos retangulares de pedra para as vergas que eram maiores em port es tinham suas dimens es limitadas devido ao fato de que podiam se quebrar de forma que o desenvo
27. GISBERT Teresa ARZE Silvia e CAJIAS Martha 1987 Arte Textil y Mundo Andino Gisbert amp Cia S A La Paz Bol via GOODMAN Edward J 1992 The Explorers of South America University of Oklahoma Press Norman Oklahoma GONZALES CORRALES Jos A La arquitectura y cer mica Killke del Cusco em Kendall A ed 1984 Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford p 189 204 G SSEL Peter e LEUTHAUSEN Gabriele 2005 Architecture in the 20 Century Vol I Taschen K ln p 232 GREENE Kevin 2002 Archaeology An Introduction Quarta edi o Routledge Londres p 131 132 GUAMAN POMA DE AYALA Felipe 1936 Nueva Cor nica y Buen Gobierno Institut HARRISON Eiteljorg I FERNIE Kat HUGGETT Jeremy e ROBINSON Damian 2003 CAD A Guide to Good Practice Oxbow Books Oxford Inglaterra HAMPE MARTINEZ Teodoro 2008 Juan Francisco del al Bodega y Quadra The Explorer of Vancouver Island Chasqui Ano 6 No 13 Novembro 2008 Lima p 2 3 HELLGARDT Michael e KUNDU Sourav 1997 SPATIUM A system for the definition and design of shape grammars CAAD Futures Munich Alemanha 1997 p 83 96 HEMMING John 1970 The Conquest of the Incas MacMillan and Co Ltd Londres Inglaterra HEMMING John 1982 Monuments of the Incas Thames amp Hudso
28. Pall dio foi um dos primeiros arquitetos que definiu as varia es de plantas criando sistemas de alternativas baseadas em f rmulas espec ficas para vilas Mitchell 2008 p 161 A partir da arquitetura Palladiana Mitchell e Stiny definiram varia es usando um sistema de adi o e subtra o principalmente de linhas e formas Mitchell descreveu a gram tica desenvolvida por Stiny em 1980 como uma gram tica da forma param trica no ingl s original parametric shape grammar ou seja com certos valores abertos que podem ser definidos no momento de aplica o A defini o de formas composta por uma s rie de pontos e linhas al m de um sistema de grupos de identificadores labels Esses identificadores permitem o desenvolvimento de sub regras que podem ser inseridas em uma composi o maior Mitchell confirma que as formas podem possuir par metros de propor es que n o precisam necessariamente ser especificadas permitindo assim o desenvolvimento de plantas esquem ticas at dimens es que n o s o espec ficas Isto um conceito de interesse que pode ser aplicado arquitetura Inca tradicionalmente descrita como cl ssica ou Imperial e a seguir arquitetura denominada neo Inca onde os par metros de propor o s o na maioria dos casos muito maiores onde o desenho similar mas maior A gram tica definida por Stiny e Mitchell em 1978 para as vilas Palladianas parte de um processo da deriva o das plan
29. Possibilidades e condi es para a gera o de tr s modelos A gera o de modelos baseados na gram tica da forma seguidos de implementa o de programas de modelagem uma possibilidade no caso de Tiahuanaco Entretanto existem poucas estruturas de car ter repetitivo padronizadas reduzindo as possibilidades e as condi es adequadas para definir regras H apenas algumas estruturas que podem ser 384 consideradas padronizadas Essas chegam a surpreender devido ao fato de que os Incas com sua arquitetura padronizada se referiam heran a arquitet nica altipl nica e Tiahuanacoide O que mant m um padr o distintivo em Tiahuanco o m todo de trabalhar a pedra um interesse particular dos Incas No caso de Huari Wari surpreendentemente a despeito da variedade de formas a gera o de alguns modelos obtidos por meio da gram tica da forma a partir dos setores mais padronizados poderia ser uma possibilidade A gram tica da forma seria aplicada provavelmente somente a Moradachayoq devido aos escassos exemplos de estruturas repetidas e ao fato de que existe neste setor um padr o ainda que limitado que permita definir algumas regras No setor de Moradachayoq existe uma semelhan a com a distribui o de estruturas retangulares encontradas na cultura Inca particularmente nas kanchas e essas poderiam servir para desenvolver uma gram tica da forma com uma finalidade comparativa A enorme cidade de Chan Chan dos Chim um
30. Pucara ou Pukar e uma variedade de outros centros Esses est o espalhados dentro da regi o centro sul do Peru ou seja ao norte de Tiahuanaco Bol via e do Cusco STANISH 2003 p 223 226 No sul existem centros regionais como Khari Iskanwaya e outros de culturas ligadas Tiahuanaco e a outras regionais como Mollo Iskanwaya muito interessante no sentido de que a arquitetura incorpora um alto n vel de planejamento simetria distribui o ortogonal Fig 130 e tamb m aquele elemento t pico arquitet nico dos Incas isto a forma trapezoidal que aplicada s janelas HUIDOBRO BELLIDO 1983 p 4 Exemplo de Huari Wari e Pikillajta N o muito longe da capital Inca de Cusco isto cerca de 30 quil metros ao sul havia o centro de import ncia associada com a cultura Huari Wari conhecida como Pikillaqta cidade das pulgas em Quechua Figs 181 e 182 a que apresenta uma regularidade nas constru es e tamb m uma grande quantidade de estruturas de car ter nobre Pikillajta indica um alto n vel de planejamento e organiza o Fig 181 a b Vista a rea do centro cerimonial e armazenamento de Pikillajta Cusco Observar o tra ado urbano ortogonal Fonte Miller 1995 p 140 141 364 No s tio arqueol gico de Huari cerca de 200 quil metros ao norte de Cusco no Departamento de Ayacucho ligado culturalmente e cronologicamente a Tiahuanaco podemos observar uma nfase ortogonal em alguns setores al
31. Racchi Tomebamba e setores de Cusichaca etc S Fig 77 Plano de Tomebamba Cuenca Equador Fonte Hyslop 1990 p 14 ii Conjuntos nivel bidimensional e sem patio interno B Come amos com um segundo exemplo simples de duas plantas bidimensionais de duas estruturas retangulares id nticas enfileiradas ou alinhadas e apresentadas de forma repetida com um pequeno espa o quadrangular no meio Em outras palavras s o duas estruturas retangulares mas podem ser mais estruturas id nticas apresentadas n o opostas e espelhadas sen o em linha e com as fachadas principais direcionadas ou seja com a porta ou entrada e possivelmente janelas do mesmo lado O direcionamento na pr tica definido pela linha na qual est o as duas estruturas geralmente um contorno topogr fico e al m disso muitas estruturas destes tipos s o constru das acima de um terra o Os procedimentos s o similares a ii a regras 2 e 3 189 Regra n mero um pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um espa o Ent o substitua o por um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 0 metros de largura A regra n mero dois pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Ent o defina um lado desse quadrado com uma linha e acrescente um ret ngulo que mede 4 2 metros de largura e 12 6 metros de comprimento ou seja do centro do quadrado
32. Usaremos m todos espec ficos que ser o descritos abaixo para avaliar as fun es e as rela es entre as principais formas Incas Neste processo 64 pretende se aplicar conhecimentos sobre arquitetura Inca e observa es visuais realizadas combinando com descri es cadastros e levantamentos do s tio de Ollantaytambo e outros centros com kanchas que foram realizados e divulgados por Bingham 1930 Gibaja Fig 22 a i Kendall 1 985 o Instituto Nacional de Cultura 2 004 e publicados por Protzen em 1 993 e 2 005 e que foram verificados como trabalho de campo no ano 2 007 e ap s isso interpretar os resultados veja as tabelas comparativas Fig 22 bi e ii Fig 1 Plano planta del sector Qosqo Ayllu Fig 22a i Plano de Gibaja do setor Qosgo de Ollantaytambo e ii Maquete do mesmo centro urbano Inca de Ollantaytambo Os setores em cinza no maquete ainda existem Museu de Ollantaytambo Fonte Foto de Mackay 2 007 65 Tabela comparativa de medi es kanchas Parte 1 Medidas externas super kancha 50x30m Setor 3 portas Machu Picchu 55x35m Ollantaytambo 60x33 Patallagta 50x33 37x15m Ancasmarca Os valores foram identificados a partir de descri es mapas e planos Medidas externas Kanchas Medidas estrutura retangular Medida estrutura retangular Compartilhada 70x60 p s ingleses 35x20 p s ingleses no Intihuatana de Pisac 23x22 m grupo Ingenuity M
33. a distribui o e posicionamento dos espa os al m de uma varia o de uma gram tica pr definida HERBERT T SANDERS I e MILLS G 1994 p 453 476 Segundo o estudo realizado o desenvolvimento das estruturas menos ortogonal e apresenta algumas semelhan as com tra ados de aldeias de origem Inca pelo menos no n vel bidimensional Fig 203 E l g Gy e Be 17 l Ap P l FREER 18 f t 3 4 Fig 203 f 1 11 Desenvolvimento da gram tica da forma das vilas e pal cios Ndebele de Herbert e Sanders 1994 Observar a acumula o de um formato e o uso do espa o central das vilas v T mulos Megal ticos de Orkney Esc cia Monumentos e T mulos Megal ticos de Orkney Esc cia 1987 Neste trabalho o autor define as regras que ele usa para descrever alguns dos t mulos megal ticos das ilhas de Orkney no extremo norte da Esc cia um projeto ambicioso pois os padr es ainda que sejam lineares podem incorporar muita variedade em termos das dimens es das c maras internas e formas dos megalitos escolhidos para essas constru es O autor estabelece uma vers o de gram tica da forma com marcadores e define v rias f rmulas algor tmicas para a descri o das mesmas BOAST 1987 p 451 466 Consiste em uns dos poucos estudos de aplica o da gram tica da forma diretamente monumentos pr hist ricos Fig 204 418 OI
34. algumas estruturas quadrangulares que poderiam ter sido dep sitos para armazenar produtos A ortogonalidade um elemento essencial do desenho das cidadelas Existiram v rias cidadelas Labirinto Tschudi Bandelier Tello e outras Relacionamento de estruturas c modos o planejamento das cidadelas foi sempre feito cuidadosamente e existiam conjuntos de estruturas ligadas umas com as outras para n o desperdi ar espa o Desenho as cidadelas parecem ser enormes e muito superiores s necessidades rotineiras do homem andino mas o desenho era apropriado ao contexto do usu rio provavelmente nobres ou chefes regionais Forma as formas dominantes s o retangulares As formas quadradas foram integradas s formas retangulares O formato circular parece n o ter sido usado Propor o os conceitos de propor o e distribui o de estruturas no caso das ciudadelas de Chan Chan foram estritamente controlados pois todo espa o precisava ser aproveitado Uma estrutura retangular podia ter ao lado paralelamente tr s estruturas menores de formato quadrangular que ocupariam o mesmo espa o da primeira estrutura As propor es parecem ter sido cuidadosamente calculadas pelos projetistas Chim Elementos decorativos A arquitetura Chim caracterizada pelos murais e frisos que criaram tanto em baixo relevo quanto aqueles em alto relevo Na maioria de casos os desenhos indicam uma nfase no mundo geom trico Os desenhos inclue
35. atrav s daqueles de Caral Pachacam c Huaca de la Luna Cusicancha Huaytar e outros H vantagens na integra o de estudos de an lise da formas e propor es das estruturas Incas com os conceitos da gram tica da forma especializada e desenvolvida particularmente para a arquitetura Inca Tamb m h vantagens em termos da aplica o relativamente r pida e gen rica a uma variedade de s tios arqueol gicos de origem pr Inca Inicialmente uma gram tica da forma pode e deve no contexto deste trabalho ser desenvolvida para a arquitetura Inca A seguir esses conceitos e m todos parcialmente modificados poderiam ser aplicados arquitetura de culturas pr Incas iv Problem tica Qual a rela o entre a gram tica da forma e a arquitetura Inca As linguagens arquitet nicas podem pertencer a um per odo ou a um arquiteto ou aos dois Incluem princ pios e f rmulas de composi o os quais podem ser definidos por meio de grupos de regras que formam suas gram ticas Uma linguagem arquitet nica est caracterizada por um vocabul rio e uma gram tica que define os padr es espaciais Stiny 1978 Gips 1999 e March 1999 procuraram aplicar a gram tica da forma baseando se em sistemas generativos de gram ticas As gram ticas da forma foram usadas para entender as possibilidades de aplicar gram ticas generativas Gram ticas da forma geram agrupamentos de regras equivalentes a linguagens de concep o do desenho
36. com a exce o de Pikillajta destinada a ser usada em ladeiras topos de cerros etc com o objetivo principal de controlar territ rios 365 Fig 182 a Parte do centro cerimonial de Moradachayug Wari Ayacucho Observar distribui o de estruturas similares s kanchas Incas e b O plano urbano de Wari indicando o setor Moradachayug no meio Fonte MILLER 1995 p 138 No caso de centro regional de Wari existem v rios setores alguns dos quais s o organizados em termos de uma ortogonalidade como Moradachayug Fig 28a que parecido com aquele que existe posteriormente na poca Inca nas kanchas de Ollantaytambo e outros centros Incas Outros setores apresentam uma abordagem mais voltada para planejamento de car ter adaptativo que determinado principalmente pela geografia mais ao estilo posteriormente desenvolvido em Machu Picchu e outros centros Incas No caso de Huari a geografia vari vel entre um vale e um planalto e consegiientemente a arquitetura adaptada topografia regional da regi o perto da Pampa de Quinua Ayacucho Alguns setores que s o diferentes podem ser diferenciados geralmente porque a constru o de pedra r stica e fora do padr o ortogonal No centro de Wari foram constru das estruturas em Moradachayoq Fig 182a e t mulos em Chego Wasi que s o de melhor acabamento sendo o restante um setor urbano extenso Esses centros geralmente s o consideradas associados artisticament
37. es relativamente insignificantes Trabalhar no plano tridimensional oferece uma contribui o maior do que no bidimensional no caso da arquitetura Inca e pr Inca pois permite visualiz las e realizar reconstru es virtuais com maior n vel de certeza incorporando o elemento trapeziodal t pico das edifica es e estruturas dos Incas Partindo do setor ou bairro denominado Qosqo pela INC de Ollantaytambo que a sua parte urbana melhor conservada poss vel definir algumas regras devido ao n vel de repeti o dentro da mesma Esta permite confirmar a teoria que de muito valor no estudo de outras estruturas destru das ou em vias de destrui o em Ollantaytambo como tamb m em outras partes do imp rio Inca poss vel identificar padr es e estruturas similares a partir das estruturas retangulares e kanchas de Ollantaytambo As vilas Palladianas n o precisam deste n vel de precis o pois a maioria delas est em timo estado de conserva o No caso da arquitetura Inca o desenvolvimento de uma gram tica da forma aplicada a partir dos agrupamentos de estruturas conhecidas como kanchas tem um valor particular no processo da reconstru o f sica e virtual das mesmas sejam inteiras ou fra es Como foi discutido o setor urbano de Ollantaytambo apresenta alguns dos melhores exemplos Existe tamb m recentemente a confirma o do uso do formato kancha na cidade de Cusco antiga capital dos Incas Nessa houve a constru o d
38. estruturas retangulares que podem ou n o se repetir ou constituir vers es reduzidas ou parciais compostas por duas ou mais estruturas retangulares menores ou at vers es parciais como por exemplo uma metade de um ret ngulo etc Neste trabalho a nfase est na defini o das kanchas e a constru o de um conjunto de regras que geram uma kancha completa Fazemos referencia possibilidade de que h outras op es baseadas em kanchas parciais e combina es de estruturas quadrangulares e retangulares como as kallankas masmas usnos e outras estruturas O objetivo desta an lise n o foi para realizar um estudo exaustivo de todos os formatos e vari veis poss veis No caso das vilas Palladianas o formato de prefer ncia que foi escolhido e repetido por Palladio era retangular subdividido geralmente com um espa o ou sal o interno e quartos ao redor deste espa o A planta b sica da estrutura era retangular e em algumas exce es podia ser quadrangular No entanto o formato retangular dominava com um espa o interno tamb m de formato retangular que geralmente servia como o sal o principal Existiram varia es desse sal o que inclu am o formato I na horizontal o formato T e quartos de formato de T invertido e v rias outras op es em termos de distribui o interna Isso contrastava com arquitetura Inca que quase sempre mantinha um p tio interno de formato quadrangular com poucas varia es em termos das dimens
39. incluindo uma representa o de uma kancha no Museu de Arqueologia Cuzco ii rrre 37 Fig 10c Cer mica de origem Chonchopata Huari Ayacucho observar representa o de casas no Museo de la Naci n Lima 38 Fig 11 Pedra escult rica de Saywite ADancay ees esesseeeeeeeeeeeeeeseeeseeeaeecsaecneenes 39 Fig 12 i ii Centro Inca regional que inclui um usnu na costa sul do Peru em Tambo Colorado Ca ccccccccccccccesesssesssesescssccscscsceececececeseseseseeecsesesesesesenes 40 Fig 13 Usnu de Vilcashuam n Ayacucho errar 40 Fig 14 Vista da estrutura principal do Templo de Viracocha Racchi Cuzco 42 Fig 15 Reconstru o do complexo de uma kancha no tra ado urbano de Ollantaytambo iate dete iT E E e E r dente ves E AE ERRE 44 Fig 16 Reconstru o do complexo de uma kancha no tra ado urbano de Ollantaytambo oeie an ee eee aaia espadas Sega ndo puto React heated 44 Fig 17 Planos da Villa Malcontenta e Rotonda de Pall dio 45 Fig 18 Villa Savoie Poissy de Le Corbusier erre 46 Fig 19a Rua Hatunrumiyoc observar constru o poligonal Inca na parte inferior CUZCO A EEN ia en AS eas eee atten et he aaa eee 47 Fig 19b i Sistema de cobertura Wright 2008 11 Masma reconstru da com telhado e cobertura Machu Picchu Hemming 2009 iii Ancora para uma porta Racchi iv Estacas e ncoras
40. integrada com os muros externos da kancha que v o ficar em 1 5 graus e com uma inclina o interna de 1 0 graus Ent o substitua se com um trapez ide vertical que mede 2 3 m de altura e 1 2 m de comprimento na base e 0 95 m na parte da verga e uma espessura de parede de 1 2 m na parte inferior e uma espessura na parte superior da verga de 1 0 m e dentro deste trapez ide deve haver uma moldura ou umbrais menores e internos que deve acrescentar 0 20 m embaixo da verga e 0 20 m nos umbrais nos dois lados laterais e deve ter uma espessura de 0 65 m nos tr s lados Dever tamb m manter na face externa da porta uma inclina o que ser integrada aos muros externos da kancha que ficar em 1 5 graus e com uma inclina o interna de 1 0graus Fig 161 Fig 161 Sub regra entrada principal dupla reentr ncia n mero tr s Regra n mero quatro porta com dupla reentr ncia Se existe um trapez ide vertical que mede 2 3 m de altura e 1 2 m de comprimento na base e 0 95 m na verga e uma espessura de parede de 1 2 m na parte inferior base e uma espessura na parte superior da verga de 1 0 m dentro deste 279 trapez ide deve haver uma moldura id ntica ou seja verga e umbrais menores e internos que v o acrescentar 0 20 m embaixo da verga principal e 0 20 m nos dois lados os umbrais principais e uma espessura de 0 65 m nos tr s lados Dever tamb m manter na face externa da porta uma inclina o que ser
41. mais ou menos 4 000 a C para definir com mais detalhe as express es principais de forma geral para cada est gio cultural LANNING 1967 p 39 56 O primeiro est gio principal definido conhecido como o pr cer mico O termo de car ter gen rico Existe a possibilidade de que este est gio formativo n o era o pr cer mico no senso estrito 106 Pode ser que existisse ou n o a cer mica em alguns dos centros definidos como pr Cer micos Poderia prov vel que tenha havido uma evolu o de estruturas de padr o como por exemplo templos em U etc que apresentam um n vel de relev ncia para este estudo de outros est gios de desenvolvimento arquitet nico andino Ha um conceito forte de organiza o ortogonal e de simetria j nos in cios da arquitetura pr cer mica Aparecem estruturas na costa norte do Peru chamadas os templos em U por exemplo em El Para so Fig 194 Vale do Chill n Lima Las Haldas Garagay Moxeke Cerro Sech n etc MAKOWSKI 2008 p 643 644 MOSELEY 2001 p 129 Este est gio est em processo de re defini o porque segundo descobertas novas houve estruturas semi piramidais similares incluindo uma pra a de forma circular sempre mantendo uma simetria por exemplo Caral com estruturas arranjadas ortogonalmente Caral 2 600 2 100 a C no vale de Supe inclui a pir mide mais antiga e maior das Am ricas Fig 39 Caral um de v rios centros similares no mesmo vale As const
42. muitas dessas geram mais objetos precisando cataloga o limpeza conserva o Tudo isso requer o trabalho de um especialista Os trabalhos arqueol gicos em Sip n 1987 2007 referentes cultura Sip n no norte do Peru foram realizados dentro de par metros profissionais muito estritos A conserva o de metais foi realizada na Alemanha Os empr stimos para exposi es foram feitos em v rios pa ses Bonn Alemanha 2006 Washington Estados Unidos 1989 Bogot Col mbia 2007 S o Paulo Brasil 2007 e Lima Peru 2009 e geraram fundos de forma que um Museu de S tio com uma boa infra estrutura foi estabelecido com centros de conserva o armaz ns etc S o Miguel das Miss es R S um bom exemplo da participa o de arquitetos como L cio Costa na conserva o de um monumento important ssimo como tamb m na cria o de um museu de visitas Os dois museus e centros de pesquisa s o timos exemplos mas na 314 maioria dos casos referentes s escava es essas n o geram tanto interesse particularmente na parte de conserva o de objetos As escava es na regi o Andina geram verbas min sculas que n o permitem uma boa estrutura o administrativa pr conserva o interessante observar que tanto Sip n quanto S o Miguel incluem reconstru es virtuais dos monumentos Na maioria dos casos seria prefer vel n o escavar procurar a aplica o de sistemas computacionais que geram vers es em realid
43. ngulo poss vel observar uma parte central aberta ao c u sem constru es equivalente a p tio interno das casas romanas Esta na l ngua Qu chua de hoje em dia considerada uma kancha um espa o para atividades para prote o dos animais armazenamento de produtos para iniciar o processo de produ o de substancias derivadas dos cereais e tub rculos como por exemplo tarwi quinoa milho olluco batata seca ou dissecada como chu o e preparadas como mote ou locro como tamb m de carnes dissecadas carne de Ilhama e alpaca charqui ZAPATA 2008 p 8 9 Em termos de distribui o um p tio interno que fica quase exatamente no meio e centrado entre do conjunto de quatro estruturas retangulares possibilitando acesso a cada uma destas estruturas Era provavelmente um espa o interno dedicado ao uso dos moradores e destinado a grupos espec ficos de nobres semelhantemente aos p tios e espa os internos das vilas de Pomp ia It lia e vilas Romanas na Inglaterra Por exemplo Ditchley Oxfordshire quase Palladiano em termos de distribui o PERCIVAL 1976 p 102 103 e Teotihuac n no M xico o Alhambra na Espanha mesquitas na Turquia e numa escala maior em milhares de mosteiros e conventos na Europa e na Am rica Latina 76 Fig 25 Plano do centro urbano de Ollantaytambo indicando a distribui o das kanchas e superkanchas Fonte INC Cuzco 2 007 No caso de Ollantaytambo os muros e parede
44. o agr cola de plantas e outros produtos que se adaptavam melhor ou tinham uma disponibilidade que variava dependendo de diferentes alturas A qualidade e o acabamento da arquitetura Inca geralmente servem como um indicador visual do n vel e est gio do controle do estado Inca numa regi o A cidade de Cusco por exemplo gerou centenas de estruturas simples e pr ticas mas muitas vezes com acabamentos finos que serviam como um ponto de refer ncia para a constru o no resto do Imp rio Existe tamb m variedade em termos dos m todos e sistemas usados pelos pedreiros para cortar pedras 446 e at se sugere que v rios nobres Incas criaram pal cios onde poss vel distinguir qual estilo foi usado de trabalhar a pedra O que varia menos o formato e a estrutura b sica que geralmente era retangular e em alguns casos a repeti o e varia es da mesma podiam ser usadas para criar kanchas com um p tio ou espa o interior 3 O n vel de governo Inca o poder dos cl s e a expans o ap s 1450 A da regi o do Lago Titicaca que chegaram aos vales inter Andinos perto da atual cidade de Cusco e come aram a dominar a zona Existem muitas lendas e hist rias entre as quais o que coincide o fato de que Manco Capac e Mama Ocllo foram os fundadores das dinastias que seguiram Esses eventos foram seguidos por brigas entre irm os conquistas de outros povos e batalhas importantes com os Chancas Ap s as vit rias sobre os Chancas o Imp
45. o de projeto Na maioria de casos o pesquisador possui uma id ia da ocupa o da regi o que pretende estudar muitas vezes derivada de refer ncias a centros ou monumentos existentes em textos e cr nicas da poca colonial no caso da regi o andina informa es fornecidas pelos moradores da regi o pesquisas efetuadas em vales pr ximos descobertas de fragmentos l ticos ou de cer mica obtidas ou atrav s de estudo de fotografias a reas prov vel que um projeto desse tipo possa ser definido fundamentando se em v rias combina es desses diversos fatores ii M todo de investiga o Come a com estudos dos antigos documentos e mapas fotos a reas topon mia geografia consultas etnogr ficas visitas regi o A seguir feito um mapeamento geral escolha de lugares espec ficos ap s o que s o feitos estudos de estruturas individuais e alguns testes escava es n o maiores que 4 x 4 m conhecidos em ingl s como test pits para estabelecer relacionamentos de estruturas cronologias e poss veis achados iii Estruturas 298 Geralmente o estudo de campo estabelece detalhes gerais da arquitetura de um centro urbano religioso ou defensivo gravando os em planos e mapas S o definidas quais s o as estruturas de maior interesse para o est gio seguinte iv Descobertas Os objetos encontrados em geral na superficie muitas vezes contribuem com uma id ia geral sobre a cronologia e a s cultura s repr
46. o descritas na B blia e outros textos hist ricos como por exemplo o cotovelo m o p etc Figs 207 a e b 208 al m de algumas mais complicadas usadas na medi o de terrenos ESCALANTE 1997 p 385 400 424 Estes termos ainda existem e est o em uso em algumas partes dos Andes tanto entre os Aimar s quanto os Qu chuas Assim como poss vel inferir regras ou princ pios organizadores da arquitetura de Pall dio tamb m poss vel faz lo em rela o a arquitetura Inca Essas s o quase imediatamente reconhec veis para aqueles as observam pela primeira vez mesmo com um conhecimento limitado sobre o assunto JEME CODO ANDINO 0 40m JE 0 15 m Enue CUCHUCHI WIKU YUKU Fig 207a i ii Medidas Andinas em Quechua e Aymara segundo Escalante Fonte ESCALANTE 1997 425 ANTROPOMETRIA ANDINA 4 I t l l 1 Fig 207b Medidas Andinas em Quechua e Aymara segundo Escalante Fonte ESCALANTE 1997 426 Fig 208 Tabela comparativa de medidas Andinas em Aymara na l ngua Quechua e Espanhol Fonte ESCALANTE 1997 Observe se que a medida para altura e braza 1 60 metros 427 Fig 209 Medidas andinas segundo Agurto Calvo Fonte LEE 1996 Observar que a medida para altura e braza similar quela definida por Escalante em Fig 207b em torno de 1 57 e 1 60 metros Semelhantemente forma de edifica es desenhadas por Pa
47. o presentes na regi o de Cusco e na costa como por exemplo em Pachacamac ao sul de Lima Lamentavelmente esses estilos e m todos de preparar e empregar a pedra ainda n o chegam a ser usados para definir cronologias espec ficas dentro do per odo Inca Possivelmente no futuro ser poss vel estabelecer uma cronologia para a etapa Inca com base nos tr s estilos principais de manufatura e de uso da pedra como tamb m estudos dos elementos das estruturas como as dimens es das portas janelas e nichos No caso de Yucay existem restos de um pal cio Inca com uma parte inferior de pedra trabalhada e a parte superior de adobe Nessa estrutura pode se observar a presen a do conceito de simetria e propor o at ent o de medi es Havia tamb m a possibilidade de determinar formas de antem o baseadas em vers es anteriores e havendo um n vel de condi o de predi o mudan a para propor es maiores que n o t m precedentes bvios na arquitetura Inca Tamb m sinaliza uma mudan a e uma varia o do estilo Inca que podemos considerar como neo Inca Segundo os estudos de Niles e Batson 1 988 e 2 007 Yucay foi terreno e jardim particular do Inca Huayna C pac Ali que encontramos os restos de duas estruturas tipo kallanka que 128 provavelmente foram dedicadas a eventos como festas NILES e BATSON 2 007 p 185 221 As kallankas de Yucay Fig 45 s o de interesse pois o formato e o agrupamento de suas estruturas obedecem qu
48. pois permite prognosticar onde estiveram algumas das estruturas ou conjuntos principais de Cusco Geralmente o ato de escava o de uma ou mais estruturas implica em destrui o de contextos e por isso requer m todos muito espec ficos para documentar e gravar as descobertas como tamb m a identifica o dos relacionamentos entre diferentes n veis entre as estruturas Prognosticar por meio de sistemas computacionais e outros evita destrui o permanente de contextos permite a conserva o e at o desenvolvimento de novas tecnologias nessa rea Um fator muitas vezes esquecido em rela o s escava es de estruturas que elas s o acompanhadas de altos custos de conserva o e podem envolver excessivo uso de recursos muitas vezes em longo prazo Um pa s como o Peru a Bol via e o Equador tem uma riqueza de monumentos e artefatos mas sempre vai existir um conflito de interesses em termos de quanto pode ser conservado para futuras gera es e quanto vai ficar semi abandonado ap s uma escava o e submerso embaixo de constru es e favelas Em particular o projeto Cusichaca liderado pela Dra Ann Kendall procura re aproveitar antigos sistemas de agriculturas e fornecimento de gua tais como canais e esgoto um excelente exemplo das possibilidades de conserva o p s escava o e pelo fato de que ap ia a comunidade local Museus regionais tamb m podem providenciar apoio s popula es locais gerando interesse e orgulh
49. q Top nimo usado geralmente para definir uma regi o plana s vezes no fundo de um vale Pampa q Top nimo tamb m usado geralmente para definir uma regi o plana mas tal vez de uso menos restringido que pata Phutu q Nicho Pirca ou perqa q Tipo de constru o de pedra n o muito trabalhada muitas vezes incluindo argamassa Pirwa ou pirua Estruturas para armazenar armaz ns 478 Pisonay Arvore andina Poma ou Puma q Puma ou on a poma poma concoloris associado com o plano urbano da cidade de Cusco S mbolo da nobreza Predictability i ou condi o de atribu vel Termino inventado para este estudo que indica que e poss vel determinar com anteced ncia P cara q Fortaleza Punku q Porta top nimo usado para algumas estruturas Incas exemplo Intipunku em Machu Picchu Poma ou Pumapunku em Cusco etc Puquio fonte de gua Pururauca Rocha ou pedra importante Qhipu ou Khipu q Um sistema contabilizador usado na regi o Andina e que continuava em uso at faz poucos s culos Estava baseada em um sistema de cordas com nos s vezes de diferentes cores pendurada de uma corda principal Raqay ou Racay Galp o Rumi q ou pedra Termo topon mico usado frequentemente na regi o do Cusco exemplo Rumi colca um aqueduto a uns 30 Km ao sul da cidade de Cusco Shape grammar i Sistemas desenvolvidos por G Stiny Gipps e William Mitchell para estabelecer series de regras que s o usadas para definir formas arquitet nicas ou a
50. relacionados com est gios cronol gicos ou em alguns casos est o ligados diretamente com desenvolvimentos culturais espec ficos por exemplo a arquitetura Ent o um fragmento por exemplo de cer mica numa capa superior relativamente mais recente em compara o com aquelas que ficam isoladas em capas inferiores Este procedimento simples pode sofrer ou n o altera es por exemplo se buracos atravessam v rios n veis e capas ou se estruturas foram acrescentadas posteriormente s estruturas existentes importante a documenta o como tamb m a grava o atrav s de desenhos em papel e ou por meio de fotos de cada n vel incluindo um registro completo dos objetos encontrados em cada n vel Tamb m o relacionamento de um quarto ou estrutura com outra deve ser estabelecido neste processo Os 302 conte dos de cada quarto dever o ser estudados minuciosamente mantendo o elemento principal conhecido como contexto A partir desse sistema gerado um ou v rias matrizes que ap iam o entendimento do desenvolvimento de uma ou v rias estruturas lil Estruturas Podem ser definidas antecipadamente se as bases originais existem ou se sistemas de scanner explorador de subsolo s o empregados para determinar diferen as de densidade no solo Os relacionamentos de uma estrutura com outra geralmente s o esclarecidas por meio das escava es A superposi o de v rias estruturas comum em monumentos arqueol gicos da reg
51. simbolicamente impressionante trabalhado em pedra com acabamento fino e muitas vezes de dupla re entran a ou seja dois umbrais e vergas que conectam o espa o interno como espa o externo Isso sugere uma fun o muito diferente das kallankas Sugere que as kanchas eram dedicadas a fam lias espec ficas ou nobreza Inca e ao uso exclusivo de grupos especificados pela autoridade Inca possivelmente militares O curto resumo da gram tica da forma que j foi definida para as kanchas reflete esse desenvolvimento que restrito ao uso de um espa o interno de dimens es aparentemente controladas ou seja quatro estruturas retangulares estabelecidas simetricamente ao redor desse p tio interno N o dif cil gerar as regras b sicas para definir essas estruturas Verificamos que semelhantemente s estruturas de Palladio tamb m poss vel criar f rmulas para definir as kanchas como o fizemos anteriormente As varia es 433 geradas podem incluir formatos multiples e similares al m de outras que parecem nunca ter existido como fez Mitchell com os planos das vilas Palladianas A gram tica da forma desenvolvida nesta tese para a arquitetura Inca ser gerada a partir da forma primitiva o quadrado Esta combinada com o ret ngulo e ou o paralelop pedo tridimensional organizada simetricamente gera conjuntos quadrangulares compostos por quatro estruturas retangulares e um espa o quadrangular no meio As vari veis s o as
52. timo exemplo para a aplica o da gram tica da forma e a gera o de modelos com uma amplitude de op es dentro do desenho ortogonal das ciudadelas e audi ncias estabelecidas Nesta tese este ser um estudo parte poss vel definir gram ticas da forma baseadas nos formatos vis veis como tamb m pelo n vel de repeti o dentro das estruturas Ainda que Chan Chan apresente estas vantagens em termos de de dados e reaproveitamento dos conceitos aplicados a Chan Chan ter o poucas aplica es na arquitetura Inca Onde uma gram tica da forma definida baseada em setores de Chan Chan poderia ser vantajosa seria em termos da aplica o a outros centros Chim Lambayeque Sip n e Sic n No futuro isto poderia ser um projeto com v rias aplica es arquitetura de culturas ligadas cultura Chim Conclus es Este cap tulo teve por objetivo apresentar alguns dos antecedentes aparentes e mais bvios da cultura Inca e mais especificamente da arquitetura Inca Tamb m pretendeu de maneira breve examinar a possibilidade de aplica o retroativa da gram tica da forma a esses tr s exemplos de arquitetura considerando os como precursores da arquitetura Inca e como parte do procedimento para entend la A seguir vamos ressaltar nosso pressuposto de que a aplica o da gram tica da forma pode ir al m da aplica o da recupera o dos formatos reconhecidos a exemplo dos trabalhos de Mitchell referentes arquitetura Palladiana
53. veis somente alguns detalhes dos alicerces A mudan a de paradigmas interessante no sentido de que muitos estudos da gram tica da forma aplicados a certos temas procuram analisar estruturas geralmente hist ricas entender o passado das mesmas ou como sugere Celani para a arquitetura em geral com um olhar para o futuro no mundo da projeta o CELANI 2005 No caso deste estudo um paradigma ou modelo que procura ir muito al m do passado hist rico e entra em est gio pr hist rico onde n o existem planos bem executados para realizar estudos que podem ser verificados Outro paradigma a aplica o da gram tica da forma fora dos padr es normais no sentido de que a aplica o 338 desta conjuntamente com outros procedimentos relacionados podem gerar reconstru es virtuais por meio de protocolos independentes Aparte de uma reorienta o da aplica o do conceito da gram tica da forma a outros temas na discuss o foi poss vel isolar alguns fatos que poderiam ser de valor principalmente a redu o do uso extenso e muito destrutivo de escava o total sendo que esta seria substitu da por escava es limitadas e maior nfase na reconstru o virtual interessante observar coment rios recentes de que a Pomp ia 79 d C e a Pir mide de Djoser 2650 a C est o sendo destru das e de que n o existe verba para reconstru o Isso traz desespero aos arque logos veja 20 Se n o houvesse aquel
54. 1 5 m na parte da verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior base Ent o insira e substitu a dentro deste paralelep pedo um trapez ide vertical que mede 2 3 m de altura e 1 2 m de cumprimento na base e 0 95 m na parte superior ou verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior Este processo cria uma inser o de um espa o de formato trapezoidal Dever ser mantido este formato e ser inserida n o substitu da uma porta de medidas ligeiramente menores 0 20 m tanto na verga quanto nos umbrais tamb m de um formato trapezoidal para criar a segunda moldura ou verga com umbrais internos Esta ser definida na sub regra quatro de porta com reentr ncia Fig 160 277 lt lt lt Fig 160 Sub regra entrada principal dupla reentr ncia n mero dois A parte menor dever ser inserida na maior constru da de acordo com a sub regra quatro Regra n mero tr s porta de dupla reentr ncia Se existe um trapez ide vertical inserido no bloco retangular original definido na sub regra dois porta dupla reentr ncia este substitu do com uma inser o que mede 2 3 m de altura e 1 2 m de comprimento na base e 0 95 m de comprimento na parte superior ou travessa e uma espessura de parede de 1 2 m na parte inferior base 278 e uma espessura na parte superior da verga de 1 0 m Ent o a esse procedimento se dever acrescentar na face externa da porta ou passagem uma inclina o que ser
55. 12 Centro Inca que inclui um usno ou plataforma cerimonial na costa sul do Peru Conhecido como Tambo Colorado Ica As estruturas s o de adobe com desenhos de v rias cores Foto Mackay 2 009 Fig 13 Usno de Vilcashuaman Ayacucho Observar no plano i a distribui o de estruturas que sugere uma guia ou condor Fonte Carre et al 1 982 p 54 Ainda existem exemplos em Hu nuco Pampa Vilcashuam n Fig 13 Tambo Colorado Fig 12 e muitos outros centros urbanos al m de algumas regi es afastadas em altitude acima de 3 500 metros onde n o existiam centros urbanos Sabemos agora que havia usnos espalhados em todo o territ rio Inca em outras cidades como 42 Cajamarca ou Aypata no extremo norte do Imp rio Inca J R JOFFRE 2 010 informa o obtida atrav s de comunica o pessoal julho 2 010 No caso de Ollantaytambo existe uma pra a mas se existiu um usno cerimonial n o bvio hoje em dia poss vel que no caso de Ollantaytambo n o se precisasse de um centro cerimonial ou usno na pra a principal porque nos andenes como s o conhecidos os terra os pr ximos a cidade ao norte do tra ado urbano existe uma parte que hoje se considera um templo que poderia ter inclu do o equivalente de um usno O tra ado urbano varia desde aqueles que est o organizados em padr o similar ao grid plan malha como Ollantaytambo Pisac Calca e Yucay aos que tinham um relacionamento direto com a topografia e o
56. 30 Fig 4 Duas vistas de diferentes setores de Ollantaytambo por Rugendas 1 843 1 844 Observa se a qualidade e detalhe inclu dos nos desenhos Fonte Protzen 2005 p 20 21 Fig 5 Blocos de pedra de car ter modular encontrados em Ollantaytambo por Charles Wiener 1880 Apresentam semelhan as com os blocos de pedra encontrados em Tiahuanaco Bol via Fonte WIENER 1993 p 506 31 Fig 6 Mapa de Ollantaytambo e o sistema de terra os associados por George E Squire 1877 Deve se observar a qualidade do mapeamento e comparar com Fig lc Fonte Squire 1991 p 498 Fig 7 Mapa de parte do tra ado urbano de Ollantaytambo com tr s quarteir es ou super kanchas incluindo detalhes como o posicionamento de nichos nas paredes de Ollantaytambo por Hiram Bingham 1915 Fonte Protzen 1993 A ferrovia que liga Cusco e Machu Picchu e Quillabamba foi constru da ap s a chegada de Hiram Bingham a Machu Picchu e mudou o com rcio e turismo da regi o A esta o de trem Pacchar uma das duas que ficam pr ximas a Ollantaytambo acima 32 do sistema de terra os complexos criados pelos Incas Na d cada de 1 990 o sistema ferrovi rio que ia at Quillabamba sofreu problemas s rios e o resultado disto foi o fortalecimento de novo de Ollantaytambo tanto como centro de transporte rodovi rio pelas estradas pois fica no roteiro que leva produtos amaz nicos a regi o Andina quanto de trem para Machu Pic
57. 347 166 Jean Fran ois Bouchard 1976 confirma que mediu estruturas que eramentre 9 2 e 14 4 metros de comprimento e 4 1 e 5 8 metros de largura Bouchard usou 12 2 metros como a medida m dia de comprimento e 4 9 metros para a largura BOUCHARD 1976 p 98 Na verdade as medidas s o vari veis e consideramos que nunca foram fixas Preferimos usar uma m dia de 12 5 metros de comprimento e 5 0 metros de largura A diferen a pequena devido ao fato de que com estas ltimas medidas s o mais f ceis e pr ticas para completar os c lculos como tamb m gerar modelos Ver plano de uma estrutura retangular menor de Mandor Pampa por Hiram Bingham com dimens es parecidas as descritas acima Fig 58 WRIGHT 2008 p ROCA LABRADA 93 PET iN TIERS SRR ARR TSN COTTE PIEDRAS pamm K NY LABRADAS ESCALA EN METROS NORTE Fig 58 Estrutura Incaica de Mandor Pampa com as medidas de H Bingham Fonte WRIGHT 2008 A raz o t pica de uma constru o retangular seria provavelmente de 2 5 e seria mantido na maioria dos casos seja uma estrutura grande ou pequena O fato de poder identificar as dimens es exatas isto a partir da medida de 1 60 1 62 metros importante mas devemos reconhecer que n o considerada uma ci ncia exata e estas 167 dimens es necessariamente iriam mudar de um s tio Inca para outro Lembre se do conceito de representa o adimensional e a relev ncia da mesma na arquitetura
58. AEE REESE 224 Regra n mero Quattor sch s 6A ieee edeeiiec heel cede i a i eiiis 226 Resultado da aplica o das regras n meros UM a Cinco 226 Regras n meros um a cinco resumo da aplica o e reconstru o 221 Iskanwaya Aucapata Cultura Mollo de Bol via Desenvolvimento pr Inca detra ados urbanos parcialmente ortogonais e padr es trapezoidais issia ee eset ai asas o Isa AS resets cana LE edge Esp OLE cad poa tiara Loss eae 231 Representa o sem dimens es ou Dimensionless Representation 236 Representa o de desenhos de car ter modular em tecidos de Tiahuanaco e aplica o de alguns princ pios de Dimensionless Representation ou representa o sem dimens es 237 Varia es e tipos de Kanha icesccesccescesssesssessecesecesecesecseceseceseeeeceaeeeseesaaeeaeee 238 Varia es e tipos de kancha Patallajata 238 An lise de Wright de estruturas Incaicas Inclui detalhes de razoes nichos trapezoidais e a inclina o das paredes eeesesseeeseceeceeeceseeeseeeees 239 Regra n mero Umini neaei ia haved deeds as eap dieta be ei rA 240 Regra numero dOIS canir ene ee a a E e E artes en 241 Regra NUMETO eSa eaer aeea eee eera A Oe EE EAEE E EEE EERE EE 242 Regra n mero Quatro essi tustosisoagenta caes ii dipalco gica ie ianari iioi 242 Regra NUMELO CINCO serseri e e e n a Aa panda 243 Regras n mero quatr
59. Anexo D A estrutura do cat logo e os passos para a elabora o de uma arquitetura reconstrutiva virtual baseada em restos arqueol gicos S ntese da arquitetura Inca 386 Anexo E Compara o da aplica o da gram tica da forma a arquitetura de Pall dio e outros exemplos com a arquitetura Incaica 402 Anexo F A gram tica de forma e a gram tica do poder Poder e unidade Imperial expressa na arquitetura dos Incas 426 Anexo G Discuss o O termo Qu chua f iksu perqa 442 Referencias Bibliogr ficas srecni nesies teru a eaS 444 GIOSSSS aO nenea a este a ee as hes eed E ah a S o a 461 iv i Agradecimentos H mais de meio s culo e quase na mesma longitude de Bras lia o autor desta tese morou em pa s vizinho do Brasil Peru Com a passagem dos anos come ou a viajar e achou interessante estudar as antigas culturas daquele pa s Alguns anos depois chegou a Bras lia para morar onde n o compartilhava nada sen o o mesmo ano de nascimento Sem saber como chegou a curtir a cidade cidade nas primeiras semanas ap s a sua chegada Pensou que iria sentir solid o mas foi imposs vel pois o povo brasileiro e mais especificamente o povo brasiliense lhe deu uma boa acolhida Os brasilienses ainda como os candangos s o migrantes de outros estados Um dos primeiros brasilienses que chegou conhecer foi o Dr Neander Silva Furtado um mineiro e a esposa Ecilamar Maciel Lima natural de Goi s e
60. Domingo parte da estrutura projetada pelos espanh is foi derrubada No entanto os alicerces do antigo templo Inca de Coricancha sobreviveram quase intactos e sem ser danificados Fig 57 Poder amos dizer que os Incas provavelmente estavam obcecados com a aplica o do conceito de t iksu perga ntase e com o uso do trapez ide tanto por 163 motivos est ticos quanto os pr ticos e pela experi ncia e mem ria coletiva de muitos s culos de atividade s smica na regi o andina 164 CAP TULO 6 PARTE 1 A GRAM TICA DA FORMA E SUA APLICA O NA ARQUITETURA INCA Introdu o Vers o gen rica e resumida tri dimensional Elementos b sicos regras de um a dez Unidades e Conjuntos fase descritiva e desenvolvimento bi dimensional i Unidades nivel bidimensional ii Conjuntos nivel bidimensional ili Unidades e conjuntos combinados e re recombinados PARTE 2 APLICACAO DA GRAMATICA DA FORMA NO PROCESSO DE RECONSTRUCAO VIRTUAL DE SITIOS INCAS EM ALGUNS EXEMPLOS DE ESTRUTURAS PARCIALMENTE DESTRUIDAS VERSAO TRIDIMENSIONAL Exemplol Qollpa Ollantaytambo Cusco PARTE 3 APLICACAO DA GRAMATICA DE FORMA NO PROCESSO DE RECONSTRUCAO VIRTUAL DE SITIOS INCAS EM ALGUNS CASOS DE ESTRUTURAS PARCIALMENTE DESTRUIDAS VERSAO BIDIMENSIONAL Exemplo 2 Superkancha n mero 2 numera o Protzen 2005 ou n mero 9 numera o INC 2004 setor Qosgo Ayllu Ollantaytambo Cusco 165 Introdu o Foi poss vel estabelec
61. Environment and Planning B 7 p 343 351 STINY George 1980 Environment and Planning B 5 p 409 462 STINY George e MITCHELL William J 1978 The Palladian Grammar Environment and Planning B Volume 5 p 5 18 STINY George e MITCHELL William J 1978 Counting Palladian Plans Environment and Planning B 5 p 189 98 STINY George e GIPS S 1978 An Evaluation of Palladian Plans Environment and Planning B 5 p 199 206 STINY George 1977 Ice ray A Note on the Generation of Chinese Lattice Designs Environment and Planning B Volume 4 p 89 98 STONE MILLER Rebecca 1992 To Weave for the Sun Ancient Andean Textiles Thames amp Hudson London Inglaterra SUMMERSON John 1988 The Classical language of Architecture Thames amp SWARTS Matthew MONAGHAN Marietta ECONOMOU Athanassios 2006 Performing Pall dio em Arte y Cultura Digital Sigradi Vol 4 No 3 setembro 2006 p 47 61 SZALAPAJ Peter 2001 CAD Principles for Architectural Design Architectural Press Oxford Inglaterra TANG Shen Kai e LIU Yu Tung 2002 A Digital Reconstruction Procedure for A Disappeared City Space and Its Activities eCAADe 20 p 598 603 TAPIA M 1999 A Visual Implementation of a Shape Grammar System Environment and Planning B Planning and Design Volume 26 p 59 73 The Inca Bridges in the Hu nuco 472 Region THOMPSON Donald 1972 La ocupaci n Incaica en la Sie
62. Fig 42 P cara desenvolveu uma simbologia diferente e independente ao estilo associado com Chav n Arquitetonicamente foi definida e organizada dentro de um sistema de tra ado ortogonal com pra as e estruturas importantes MOSELEY 2001 p 158 160 O formato das estruturas de P cara sugere planejamento fortemente influenciado pelo ortogonal e existe uma nfase que expressa uma prefer ncia em termos de estruturas retangulares s vezes ao redor de p tios internos As propor es empregadas para as estruturas retangulares s o basicamente as mesmas usadas pelos Incas s culos depois A diferen a principal que nas esquinas de alguns conjuntos existem cortes diagonais que truncam o formato retangular das estruturas que um conceito interessante e n o 113 muito comum na arquitetura Andina At poderia ser considerado nico na arquitetura pr Inca Titicaca Altiplano INCA INCA Time Scale Periods Horizona Late Horizon Late Intermediate AYMARA KINGDOMS 1250 CHIRIBAYA GENTILAR Period 1000 Tumilaca i Middle Horizon Chen Chen OMO Tw o TIWANAKU Early Intermediate Period HUARICANI PUKARA CHIRIPA Faldas el Moro Early Horizon 900 1000 Initial Period CHINCHORRO 000 Preceramic Period Asana loquepala 1000 6000 Lithic Period
63. Galgada 5 CHINCHOROS La Florida LITHIC PERIOD Sor Guitarrero Fig 34 Cronologia Centro Andina indicando o pr ceramico no in cio e o per odo tardio Cultura Inca no final Fonte MILLER 1995 p 8 Destacamos a necessidade de observar a arquitetura desde o in cio do desenvolvimento cultural nos Andes e realizar um acompanhamento cronol gico at a chegada ao poder pelos Incas Este seria o procedimento l gico do passado at o presente observando as mudan as em estilos de arquitetura atrav s dos s culos at chegar aos Incas o procedimento mais comum para descrever cronologias A maioria de textos referentes cronologia pr hist rica e hist rica usa esta abordagem Este cap tulo referente s cronologias usa este m todo que tamb m o sistema de prefer ncia para a maioria dos arque logos que pretendem apresentar uma reconstru o sequencial do passado Mas ainda que seja necess rio definir uma cronologia que come a nos prim rdios e avan a direcionada ao presente a gram tica da forma que procura analisar as fontes neste caso em particular da arquitetura Inca Dever come ar com os Incas estabelecendo as semelhan as com as vers es de arquitetura que s o precursoras dos mesmos Em outras palavras procuramos encontrar na arquitetura Inca elementos da arquitetura Tiahuanaco e a arquitetura Tiahuanaco na cultura Huari e a assim 91 sucessivamente Assim teremos uma extrapola o
64. Inca Uma vez identificadas algumas dimens es b sicas e gerais das estruturas retangulares individuais poss vel gerar uma vers o simplificada delas quanto tamb m dos agrupamentos b sicos de estruturas Abaixo iremos apresentar um esbo o b sico da gram tica da forma aplicada arquitetura Inca incluindo dimens es ngulos propor es etc Utilizaremos um m todo baseado em procedimentos isto um passo a passo de formato descritivo e um m todo algoritmico empregando afirma es se ent o similar quelas usadas no cap tulo anterior Em outras palavras o trabalho parte de um estado inicial que neste caso o ret ngulo e desenvolvido at o t rmino consistindo nos desenhos finais que geram uma kancha ou um quarteir o de duas kanchas que preferimos denominar de superkancha Desta forma apresentamos a seguir os procedimentos utilizados ou seja O passo a passo que eventualmente conduz a uma conclus o que define uma kancha inteira isto o m dulo ou um dos m dulos essenciais da arquitetura Inca Esta ser apresentada em formato tri dimensional isom trico ou axonom trico para melhorar as possibilidades de visualizar os passos a seguir Regra n mero um no formato mais simples pode ser apresentada da seguinte forma Inicie a partir de um ret ngulo Fig 59 que tem 12 5 metros de comprimento e 5 0 metros de largura que s o as dimens es gerais definidas no come o deste cap tulo 16
65. Lilian a filha a nica nitidamente brasiliense Ap s muita conversa alguns cursos e muito entusiasmo das duas partes embarcou nos estudos que definiram este trabalho Achava os Incas um pouco desinteressantes e ins pidos preferindo estudar as culturas anteriores particularmente o est gio formativo da pr hist ria andina e o desenvolvimento da tradi o geom trica e os padr es associados Mas ap s ser convencido pelo orientador que poderia existir uma l gica e por extens o um n vel computacional na arquitetura Inca meu parecer mudou no sentido contr rio e tenho chegado a conclus o de que os Incas n o foram em hip tesealguma desinteressantes pois tinham uma cultura admir vel merecendo um estudo to agradecido a ela por ter dedicado tanto tempo a este trabalho Tanto Neander quanto Ecilamar deram muito apoio s minhas visitas a Bras lia com a documenta o assuntos relativo a matr cula cartas apoio na Reitoria e muitas caronas A minha querida esposa Ana Maria sempre procurou dar o m ximo apoio a este projeto sendo muito paciente teve uma compreens o dos sacrif cios que seriam necess rios para completar o trabalho entendendo que s vezes ter amos que abandonar alguns dos nossos planos Este trabalho dedicado a ela com muito carinho e agradecimento pela generosidade como constante apoio e compreens o sem os quais teria sido imposs vel conclui lo Ray Tyler Gina Julio Lerma e Sarita Tyler nos apoiaram tantas v
66. Linhas imaginarias aplicadas a geografia e topografia Existiram pelo menos 42 ceques no Cusco Chaka ou chaca q Ponte Chaqui q P Chasqui q O sistema de correios dos Incas Os chasquis aproveitavam o sistema de vias dos Incas e os pontos de descanso troca conhecidos como tambo distribu dos ao longo desse sistema de vias Chullpa q T mulo quadrangular ou circular Ciudadela e Agrupa es de Unidades de habita o espa os administrativos e rituais definidas por muralhas externas principalmente na cidade de Chan Chan da cultura Chim 1200 1400 cultura da costa peruana Cocha ou Kocha q Lago Colca ou Qollqa q Estruturas geralmente dedicadas ao armazenamento de produtos como tecidos milho batatas e cereais Entase ou ntese grego ver T iksu perqa Um conceito est tico arquitet nico aplicado a colunas e pr dios Groundplan i Plano do andar a n vel do solo 476 Hanan q Parte superior ou do centro Hatun q Parte de um assentamento humano ou centro Huaca ou Waka ou Wakia q e a Adoratorio ou Santu rio que podia ser uma estrutura como tamb m um elemento da natureza por exemplo uma rocha com valor ritual Os Incas costumavam ter santu rios com estruturas fora de padr o associadas por exemplo em Coricancha Cusco e o Torre n em Machu Picchu Huaman ou Waman q Nome de pessoa associado com a guia mas tamb m um top nimo ligado a centros Inca Huasi ou Wasi q Casa Huayna q Jovem nome assoc
67. Mapa dos Andes Centrais com os centros mencionados no texto Representa a extens o do Imp rio Inca e a rea das culturas que participaram na forma o dos Incas Fonte MILLER 1995 p 6 Diferentemente dos Chim os Tiahuanaco foram o grupo dominante nas regi es altas perto do Lago Titicaca como tamb m no norte de Chile Foram 354 portanto mais similares e talvez mais ligados em termos das cren as e cosmo vis o que se formariam nas regi es Incas Para dar in cio a esta parte do estudo tamb m precisamos fazer algumas observa es relacionadas com a arquitetura dos Chim da costa Pac fico Sup e se que alguns dos arquitetos Chim bem como seu l der Minchancaman foram levados talvez presos para trabalhar para os conquistadores Incas Tamb m importante considerar a arquitetura dos herdeiros Colla que provavelmente herdaram a cultura Tiahuanaco e muito prov vel que participaram na constru o do Imp rio Inca Existe um hiato entre Tiahuanaco e o desenvolvimento do Imp rio Inca de aproximadamente 300 anos ou mais Um dos procedimentos metodol gicos utilizados primeiramente procurar na documenta o dos cronistas espanh is e ind genas p s Conquista evid ncias de fontes que fazem refer ncia arquitetura Inca Segundo realizar uma an lise breve das supostas fontes de arquitetura Inca que s o obtidas atrav s desses cronistas Terceiro procurar alguns dos s tios arqueol gicos mais relevante
68. Peru before the Incas Prentice Hall Inc Englewood Cliffs New Jersey USA LARCO HOYLE Rafael 1966 Peru Nagel Publishers Geneva Sui a LECHTMAN Heather e SOLDI Ana Maria 1985 La Tecnologia en el Mundo Andino Runakunap Kawsayninkupaq Rurasqankunaqa Tomo I Subsistencia y Mensuracion LEE Vincent R 1996 Design by Numbers Architectural Order among the Incas Sixpac Manco Publications Wilson Wyoming USA LEVINE T Y 1992 Inka Storage Systems University of Oklahoma Press Norman and London USA LEXUS 2000 Historia del Per Grafos S A Barcelona Espanha LOCK YEAR Kris e RAHTZ Sebastian 1991 Computer Applications and Quantitative Methods in Archaeology 1990 BAR International Series 565 Oxford Inglaterra MACKAY W I e SILVA Neander Furtado 2009 A gram tica da forma aplicada a reconstru o virtual de sitios Incas a Arquitetura de Ollantaytambo Cuzco Peru em Parano boletim eletr nico de Arquitetura e Urbanismo http www unb br fau pos gradua ao paranoa edi ao2009 gramaticaforma aplicada pdf acessado em 17 07 2010 MACKAY W L 2009 From Ancient to Digital The Challenges of a Major Transition towards the Virtual Reconstruction of the Andreas Past With special reference to Inca architecture SIGraDi S o Paulo Brasil p 203 206 MACKAY W L 2007 CAD Friendly Form Shape Ratio and Proportion in Inca Ollantaytambo Cusco Peru Digital Thinking Euro
69. Rugendas 1 843 1 844 Fig 2 Antonio Raimondi Dellacqua 1 851 1 890 Ephraim Squire 1 863 1 865 Fig 4 Louise Langlois 1 938 Charles Wiener 1 875 Fig 3 Adolfe Francis Alphonse Bandelier 1 892 John James Von Tschudi 1 851 e finalmente Hiram Bingham 1 911 1 912 e 1 915 Eles participaram de expedi es nas quais registraram com mais detalhe v rias das antigas culturas peruanas particularmente a mais recente das culturas e portanto a mais conhecida de todas a cultura Inca O termo Inca pode criar confus o porque pode ser usado tanto para o estilo incluindo a arquitetura associado com a cultura quanto para o grupo de nobres conhecidos como os Incas Entre 1 930 e 1 945 o arque logo peruano Julio C Tello juntamente com Toribio Xespe Mejia e Larco Herrera realizou v rios estudos fora do mbito da cultura Inca nos centros de Casma Kotosh Hu nuco Alto Mara n Paracas e Chav n estabelecendo que deve teve havido um per odo de desenvolvimento de pelo menos 3 000 anos antes dos Incas KAUFFMANN DOIG 2 010 comunica o pessoal por email e KAUFFMAN DOIG 2 010 Ainda assim a arquitetura dos Incas n o podia ser ignorada particularmente ap s a divulga o de Hiram Bingham na National Geographic Magazine das descobertas feitas referentes Machu Picchu Nos anos 1 960 1 980 houve um crescimento no interesse nas culturas antigas e a etnografia do Peru e Bol via tanto de investigadores estrangeiros quanto locai
70. Tiryns 2 000 1 71 Le es em Micenas 2 100 1 200 a C Gr cia a Porta Principal e Fujimi Yagura nos Pal cios Imperiais 1 888 d C T kio e Sarugatsuji de Kyoto 1 855 d C Jap o e o Ahu de Vinapu 700 1 200 d C na Ilha da P scoa Polin sia Pac fico no territ rio chileno Regras similares poderiam ser definidas para essas arquiteturas pelo menos no caso de semelhan as estruturais Existe um termo japon s que cont m um conceito muito interessante modoki que traduzido significa similar e ao mesmo tempo diferente que pode ser aplicado a muitos exemplos de arquitetura Inca A an lise de formas propor o relacionamentos de estruturas e a aplica o de algumas regras espec ficas a partir desta an lise permitiria gerar uma gram tica de forma ou v rias espec ficas para a arquitetura Inca cujo passo seguinte permitiria gerar reconstru es computacionais a partir de algoritmos definidos Este procedimento poderia prover apoio arqueologia Andina particularmente em termos da reconstru o de estruturas semidestru das al m de poder ser aplicado na defini o de relacionamentos de estruturas 12 CAP TULO 3 PROCEDIMENTOS USADOS NA DEFINI O DE REGRAS ESSENCIAIS BASEADAS NA AN LISE DAS KANCHAS DE OLLANTAYTAMBO Introdu o Vers o inicial em 2D desenvolvimento do formato de uma kancha dupla A gram tica da forma Conclus es Introdu o Lembramos que o conceito da gram tica da forma foi inicialm
71. a maioria deles escreveu muito ap s os eventos da conquista por m dif cil aceitar todo o descrito por exemplo pelo Inca Garcilazo de La Vega 1 539 1 616 filho de Inca e espanhol Ele escreveu na Espanha anos ap s deixar a sua terra sendo muito criticado pelo historiador e arque logo John Hyslop e outros HYSLOP 1 990 p 48 49 Mas ainda assim continua sendo uma fonte importante Alguns dos cronistas ind genas estavam se justificando diante dos espanh is e outros procuravam justi a por exemplo Hu man Poma de Ayala na extensa carta ilustrada que enviou ao rei de Espanha O que poss vel observar que existe um padr o dentro das cr nicas que sugerem que ap s as batalhas com os Chancas uma tribo agressiva e forte do norte de Cusco o pequeno povo Inca conseguiu fazer alguns haveria mudan as no mundo Inca Esse avan ou e entrou no est gio de consolida o do imp rio incluindo a constru o de cidades caminhos estradas e a funda o de centros regionais Tupa T pac Inca expandiu o Imp rio dos Incas para que chegasse a uns 5 000 quil metros de largura ou seja desde o sul da Col mbia at o centro da parte Andina no norte de Chile boa parte da Bol via e o norte andino da Argentina Com a expans o e as dificuldades para controlar um territ rio t o extenso Huayna C pac criou uma segunda capital no norte no Equador atual em Quito para complementar a capital do sul Cusco Os in cios da arquitetura I
72. a um ou a v rios monumentos totalmente ou parcialmente destru dos onde ainda existem detalhes dos alicerces A aplica o ser realizada em representa es gr ficas bidimensionais e tridimensionais 18 vii Objetivos Nesta tese vamos aplicar conceitos relacionados ao racioc nio l gico O projeto est baseado em teorias computacionais referentes forma das constru es Incas Aqui vamos confirmar se h uniformidade nas estruturas Incas e particularmente no tra ado urbano de Ollantaytambo Llaqtapata Huchuy Cusco Cusco Calca Pisac e Chucuito Fig 187 Verificaremos a exist ncia de uma grande uniformidade de estilo e vocabul rios arquitet nicos espec ficos e se aos mesmos pode se aplicar conceitos usados na computa o arquitet nica inclusive alguns derivados de intelig ncia artificial Em rela o ao tema da problem tica podemos confirmar que existe uma falta de estudos relacionados com a liga o entre padr es da arquitetura Inca e o potencial da aplica o l gica e racioc nio projetual ou em outras palavras a computacionalidade desta At agora no mundo de estudos Andinos e da arquitetura desta regi o houve pouco interesse no sentido de aplicar sistemas de racioc nio l gico arquitetura Consideramos que estes poderiam contribuir para o processo da defini o de aspectos da arquitetura Inca na procura de sua parametriza o e na verifica o dos motivos pelos quais aparentemente existe uma computac
73. acima das huacas ind genas Por exemplo longe do Peru mas ainda nas Am ricas na cidade de Cholula Puebla M xico existe uma igreja acima de uma pir mide al m de muitas outras constru das acima de outros adorat rios e santu rios ind genas Assim como foi feito com a mesquita mu ulmana de C rdova Espanha que recebeu a estrutura de uma catedral ap s a reconquista No caso do Peru h oportunidades de comprovar que algo similar aconteceu Na mesma cidade de Cusco o centro ritual de Coricancha recebeu a constru o da Igreja de La Merced Em Huaytar Huancavelica uma igreja foi constru da sobre o que talvez foi uma kallanka Nos outros centros de origem Inca onde n o existe documenta o colonial muito mais dif cil estabelecer o uso original e exato de uma estrutura No caso de Machu Picchu n o existe nenhum documento que estabele a o uso das estruturas No entanto exemplo empregando e verificando detalhes comparativos como em Pisac e Coricancha Cusco em lugares com constru es parecidas 408 7 Quais s o as partes originais da estrutura e quais s o partes modificadas No caso do centro urbanizado e ortogonal de Ollantaytambo a maioria das estruturas reflete um est gio de constru o na qual as casas est o constru das sobre uma base bem planejada e incluem constru es e reconstru es que em geral s o posteriores a poca colonial e republicana e at uma reconstru o dos anos de 1990 Pelo menos uma
74. aplica o do conceito s o muitas e sem d vida e futuramente haver o outras vantagens Achamos relevante o coment rio de Kevin Green 2002 no seu livro Archaeology An Introduction An excellent way of increasing understanding of an excavated building is to create a scale model or reconstruction drawing Some information may be particularly helpful notably the size and strength of foundations pillars and walls Fragments of architectural stonework such as window or door frames voussoirs from arches or vaulting or roofing slates and tiles may help to date the building as well as to reconstruct it comparisons should also be made with surviving structures and relevant documentary evidence Excavators also benefit from the detailed analysis of the excavated remains new interpretations may be suggested and attention drawn to parts of a site that need further investigation If several plausible reconstructions are deduced from a single plan it is best to offer more than one interpretation in an excavation report Computer graphics are now very sophisticated and allow virtual reality modelling VRM of structures that allows viewers to look around the interior or inspect the appearance of the exterior from any angle for example Avebury Pollard and Gillings 1998 Fig 3 23 The display of an ancient site for the public is enhanced considerably by a high quality scale model that includes human figures and activities relevant to its fun
75. arquitetura da pr Conquista Pode se partir das cr nicas estudos ou referencias espec ficas como o nome do fundador data de come o datas de mudan as importantes data de destrui o e quem o dono atual 400 As informa es visuais de Barelowski seriam preservados em arquivos jpg desenhos armazenados em formatos computadorizados al m de fotografias e sistemas est ticos que dariam apoio a seu trabalho O trabalho de Barelowski foi importante no seu momento para criar um m todo de investiga o e este pode ser parcialmente adaptado para este estudo S NTESE DA ARQUITETURA INCA Hazel Conway e Rowan Roenisch em seu livro para estudantes de arquitetura Londres 2003 Cap tulo 10 p 210 238 apresenta o cap tulo 10 com uma s rie de perguntas b sicas que o estudante deve fazer para criar uma base para entender edif cios estruturas e a arquitetura Como resultado desta defini o uma s rie de perguntas podem ser geradas e em resumo as perguntas sugeridas pelos autores s o as seguintes 1 Qual a data dos edif cios 2 Quem foi o patr o ou cliente 3 Quais foram as instru es para o trabalho que foi comissionado 4 Quem foi o arquiteto e ou o construtor 5 Qual foi o custo do edif cio e quais foram ou s o os custos de uso e manuten o 6 Qual foi a utiliza o original da estrutura e para o que foi usada 7 Quais s o as partes originais da estrutura e quais s o partes modificadas 8 Qu
76. automat d space allocation Environment and Planning B 5 p 215 232 FL GGE Mattias 2005 Al m do Muro Artistas Alem es Conjunto Cultural da Caixa Brasilia FRENCH S P 1994 A Knowledge based System for Earthquake Risk Inventories Environment and Planning B Planning and Design Volume 21 p 421 428 Computer Use at an Archaeological Field Location Future Trends in Computer Applications GASPARINI Graziano e MARGOLIES Louise 1977 Arquitectura Inka Centro de Investigaciones Hist ricas y Est ticas Facultad de Arquitectura y Urbanismo Universidad Central de Venezuela Caracas Venezuela GAT S CHAVEZ Carlos 1997 La Historia In dita de los Chachapoyas Universidad de San Mart n de Porres Facultad de Turismo y Hoteleria Sellograf S A Lima Peru GERO J S 1977 Note on Synthesis and optimisation of small rectangular floor plans of Mitchell Steadman and Liggett Environment and Planning B 4 p 81 88 462 GIBAJA DE VALENCIA Arminda 1984 Secuencia Cultural de Ollantaytambo Secuencia Cronol gica de Ollantaytambo Peru Kendall A ed Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford p 225 245 GIPS James Computer Implementation of Shape Grammars 1999 Computer Science Department Boston College MIT Massachussets USA
77. barriadas de El Agustino Comas Villa El Salvador Collique em Lima etc Pode inclusive ser aplicada a objetos como j foi feito com poltronas e m quinas de caf Sugiro que semelhantemente ao Sir Flinders Petrie e outros se dedicaram a seria o cronol gica da cer mica fara nica e eg pcia tamb m ser poss vel aplicar os conceitos da gram tica da forma a outras tradi es de cer mica no mundo inteiro At poder ser uma op o na reconstru o virtual de cer micas altamente destru das e fragmentadas e Prototipagem r pida de estruturas existentes e outras apenas modeladas baseadas em conhecimentos derivados da gram tica da forma de agrupamentos um conceito interessante particularmente em termos da arquitetura Inca onde seria 342 poss vel gerar formas muito al m de aqueles que foram desenhas pelos Incas Haveria tamb m a possibilidade de gerar e reformular formas baseadas em prototipagem r pida de estruturas de outras culturas A grosso modo as varia es de estruturas sugeridas no trabalho de Duarte referente a Malagueira Portugal poderiam servir de exemplo DUARTE 2001 e 2005 A aplica o de procedimentos bem sucedidos no mbito da gram tica da forma arquitetura Inca sugere que seria poss vel aplicar estes procedimentos s estruturas particularmente altamente padronizadas em outras partes do mundo Este trabalho representa um min sculo passo em termos de desenvolvimento de um sistema que pode
78. cidades e aldeias nas estradas principais tais como Capac Nan etc Os arquitetos Incas sabiam como combinar os aspectos geom tricos t o t picos de sua arquitetura com estruturas aparentemente muito simples principalmente por meio do uso do trapez ide que chegou ser seu s mbolo arquitet nico principal como tamb m para enfatizar a rela o deste desenho aparentemente t o simples r gido e geom trico com a parte org nica e flex vel do mundo andino ao redor Existem alguns monumentos e centros Incas que foram desenhados especificamente para tirar vantagem da localiza o por exemplo perto de fontes de gua forma es rochosas como no caso de perto da cidade de Cusco Esses n o t m uma fun o que poder amos definir hoje em dia mas existem outros como Tip n que incorporam uma s rie de terra os e um sistema de fornecimento de gua muito avan ado Isto tamb m o caso de Ollantaytambo onde existe uma liga o entre estruturas como terra os o setor militar religioso e o plano urbano Com o crescimento do Imp rio dos Incas viu se a expans o da arquitetura que gerou tamb m uma forte nfase na constru o de vias e estradas que inclu am tambos em todos os poucos quil metros Esses eram postos de abastecimento pontos de troca e descanso para o sistema de mensagens e correios conhecidos como os sistemas de chasquis Geralmente aqueles postos foram formados por estruturas retangulares s vezes com armaz ns ou colcas
79. como mostraremos a seguir Fig 117 Regras n meros um a tr s R2 e Fig 120 C Come amos com uma estrutura retangular que forma a parte b sica de cada conjunto de quatro edif cios t picos das kanchas Geralmente a estrutura retangular equivale a tr s quadrados em linha conforme anteriormente definida em A Neste caso ser definido um quadrado cortado em dois Ci Regra n mero um pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um espa o Ent o substitua o por um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura 182 Cii Regra n mero dois pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Ent o divida a metade desse quadrado com uma linha imagin ria ficando assim dois ret ngulos menores com duas faces retangulares id nticas que medem 4 2 metros de comprimento e 2 1 metros de largura Desta forma existem dois ret ngulos muito menores de 4 2 metros de comprimento e de 2 1 metros de largura Ciii Regra n mero tr s um avan o onde ficam separados os dos ret ngulos Se existe um quadrado de 4 2 metros x 4 2 metros dividido por uma linha imagin ria Ent o divida se o quadrado de 4 2 metros x 4 2 metros em duas partes em A e Portanto existem dois ret ngulos muito menores do que aqueles definidos em A e B de 4 2 metros de comprimento e de 2 1 metros de largura Divida se em d
80. como tamb m na arquitetura 86 CAP TULO 4 CRONOLOGIA CENTRO ANDINA A cronologia do Levante e Mediterr neo e os in cios da arqueologia moderna Cronologia Andina hist ria do desenvolvimento e metodologias a poca pr Inca b poca Inca e as cr nicas c O estilo Neo Inca A cronologia do Levante e Mediterr neo e os in cios da arqueologia moderna importante perguntar por que a cronologia especialmente relativa a arqueologia sem documenta o hist rica como fundamento relevante para este trabalho No Levante e no Mediterr neo onde a arqueologia foi desenvolvida e teve seus in cios houve uma procura de entendimento do passado Um elemento importante desse entendimento foi a constru o de cronologias tanto exatas quanto relativas GREEN 2002 p 141 Existiam documentos escritos pelos eg pcios ass rios babil nios persas hititas hebreus fen cios gregos romanos al m de outros grupos tnicos e culturais sobre os quais os historiadores e arque logos muitas vezes tentam fazer co relacionamentos culturais por exemplo entre Mesopot mia e Egito Israel e os Ass rios Gr cia com Egito etc GREENE 2002 39 40 87 Por meio de listas de nomes de reis e governadores de imp rios que dominaram outros povos aqueles estudiosos estabeleciam cronologias que ligavam diferentes regi es Havia um conceito de cronologia que com avan os na arqueologia permitia comparar o passado escrito com os
81. conceitos que s o normalmente associados com tinha a roda n o tinha conhecimento do ferro e a lista de exce es bastante extensa Devido a isto n o se considerava uma civiliza o como aquelas que tinham alguma liga o com o mundo Greco Romano Precisou de v rios s culos para mudar este pr conceito Embora tenha existido um n vel de pr conceito a civiliza o Inca apresenta um selo e carimbo distintivo E uma arquitetura nica que at o cientista Alexandre ura que parecia ter sido realizada por arquitetura um fiel indicador da influ ncia Inca no seu extenso territ rio como tamb m nos territ rios conquistados por eles Os arque logos sempre est o procurando entender interpretar e visualizar o passado No caso dos Incas a metodologia para entender esse passado muda no sentido de que n o existem exemplos de forma escrita ou textos contempor neos que descrevem exatamente como era o mundo deles A metodologia principal atual para entender o passado Andino procura os seguintes elementos de pesquisa 1 o tipo etnogr fico supondo que os descendentes dos Incas o povo qu chua ainda mant m uma variedade de tradi es semelhantes s antigas 2 dos textos geralmente dos 333 cronistas espanh is sendo estes livros descritivos escritos imediatamente p s conquista e 3 pelos achados de materiais em escava es arqueol gicos Sem d vida a evid ncia arqueol gica mais forte sempre ficou estabele
82. controlava a produ o agr cola os mecanismos do aparato imperial de conquista e a assimila o de outros povos a defesa e controle de territ rios fortes sistemas de defesa os povos conquistados e suas moradias e da constru o de terra os caminhos pontes etc O estado Inca estava presente em todo n vel da vida do povo isto onipresente controlando tamb m as cren as e obviamente as constru es religiosas ligadas s mesmas Por exemplo as huacas wakas ou santu rios e templos formavam parte integral de todos os centros Incas Sabemos pois que o estado Inca n o era mais e nem menos que a autoridade Inca No caso de Atahuallpa e Hu scar os ltimos Incas antes da conquista o poder e o governo do imp rio estava dividido em duas partes e parece que existiu uma dualidade tamb m em outros aspectos de governo em tempos anteriores e de se supor que como resultado dessa situa o o estado Inca tamb m podia mudar Segundo o que sabemos Atahuallpa estaria encarregado dos dom nios do norte e Hu scar sendo o patr o no sul Cusco at a chegada dos espanh is teriam tido outros projetos dif cil comprovar mas prov vel que ainda ap s a morte de Hu scar por seu irm o Atahuallpa e deste ltimo pelos espanh is os desenhistas e construtores de edif cios comissionados pelos ltimos Incas continuaram a trabalhar at a conclus o de estruturas pr dios ou o fechamento de projetos 403 Fig 198 Catedral
83. culturas em v rios est gios de desenvolvimento desenvolvidos em paralelo e em diferentes vales da costa e contendo express es espec ficas como culturas em geral e regional Os Horizontes em geral representam culturas que dominam eliminam ou absorvem rivais e aquelas desenvolvidas no processo pois exerceram controle sobre povos menores e de menor import ncia No Horizonte Temprano antigo como j foi mencionado a cultura que eventualmente domina pelo menos no mbito e n vel iconogr fico a Cultura Chav n uma cultura que estabelece conceitos est ticos e de simetria como tamb m uma forte nfase enquanto representa o geom trica o que denominamos de tanto nos desenhos gravados nas estruturas l ticas como tamb m na cer mica e tecidos como por exemplo de Karwa Paracas na costa sul que foram encontrados fora do mbito de controle direto de Chav n de Hu ntar Sugere uma influencia ampla pelo menos em termos da iconografia religiosa Enquanto arquitetura mais dif cil definir um estilo que se possa dizer e associar diretamente com Chavin Observa se que alguns elementos o formato em U e a pra a circular parecem ter sido disseminados da matriz de Chav n No entanto este conceito poderia mudar de acordo com as novas descobertas no vale de Casma como de Caral O desenvolvimento arquitet nico com pain is gravados em baixo relevo restrito ao s tio arqueol gico de Chav n ainda que o templo em U e o uso
84. da cer mica tradi es t xteis e metais Se considerarmos L cio Costa 1 902 1 998 autor do projeto do Plano Piloto 1 957 que projetou o Plano Piloto utilizou uma padroniza o atrav s de um conjunto de unidades agrupadas Este projeto foi promovido pelo governo federal do momento compar vel em menor escala a arquitetura monumental padronizada Inca pois se limita a Bras lia mas proporciona uma analogia interessante O projeto urbano nos dois casos indica a necessidade de fontes de gua de um lado o Lago Parano e de outro o Rio Vilcanota e Urubamba uma estrada principal Bel m Bras lia Capac Nan ou estrada Real um lugar plano para construir o Planalto Central Vale de Patacancha no caso de Ollantaytambo a presen a de simetria nas superquadras nas superkanchas um eixo principal e poder amos continuar com a lista de compara es A arquitetura Inca era padronizada e composta por unidades que s vezes tinham um port o de dupla re entran a e alguns nichos ou janelas Todos esses 125 apresentavam um formato elegante de um trap zio Essas unidades eram individuais ou repetidas para formar conjuntos Al m disso simulavam formas org nicas que pareciam quase crescer da terra e s vezes incorporavam deliberadamente elementos rochosos que formavam parte da paisagem mas ao mesmo tempo sugeriam a interven o Inca na mesma Exemplos seriam o Templo do Condor e a rocha sagrada de 3x7 metros que se asseme
85. de agricultura e uso vale menor associada com um planalto perto de um rio apresenta possibilidade de defesa e agricultura e fica estabelecida no vale de um rio com acesso a agricultura e o mar al m de ser centro administrativo vale f rtil centro ritual econ mico e defensivo e tamb m centro administrativo de quatro prov ncias do lago caminho da costa Materiais de constru o Pedra e adobe Pirca pedra com Adobe Pedra e alguns argamassa exemplos de estruturas de adobe e pirca pedra no setor Moradachayogq Formas e M todos de constru o Domina o Estruturas Estritamente Domina a ret ngulo retangulares e retangular estrutura curvas retangular curva usada para armazenar produtos colcas Dimens es Estruturas Estruturas Estruturas Estruturas maiores como menores mas administrativas geralmente pir mides pra as extensas e maiores menores e menores no paredes altas cidadelas entorno sem incorporando muros externos audi ncias Ortogonalidade e a distribui o de estruturas Elemento Ortogonal importante Ortogonalidade vari vel distribui o Ortogonalidade essencial Ortogonalidade vari vel dependendo da 382 Relacionamento de estruturas Importante no caso de estruturas de celular Mais flex vel com setores organizados Estruturas altamente organizadas pelo
86. de Ollantaytambo dentro de um padr o ortogonal Em termos da distribui o poss vel sugerir que existe uma semelhan a ainda que seja superficial na distribui o de quartos na Villa Rotonda 1 566 Fig 17 1 e outras vilas como Villa Malcontenta Fig 17 11 projetadas por Pall dio ii Fig 17 i Planos da Vila Malcontenta e ii Vila Rotonda de Pall dio Observar o espa o no centro das estruturas e os quartos e c modos nos entornos Fonte Mitchell 2008 e Marton 2008 p 118 119 Estas ltimas tamb m parecem estar divididas e distribu das simetricamente de uma forma similar e possivelmente nas mesmas propor es que as kanchas de Ollantaytambo Um dado interessante o fato de que quando comparamos as datas de constru o das Vilas de Pall dio e as estruturas Incas poss vel observar que provavelmente existem apenas cerca de 30 a 50 anos de anteced ncia da primeira em rela o constru o da parte urbana de Ollantaytambo Pall dio foi estudado em detalhe e por muitas gera es de arquitetos ao longo de v rios s culos Em nosso s culo foi estudado e possivelmente aplicado por Le Corbusier Charles Edouard Jeanneret 1 887 1 965 em Villa Savoie Poissy observar o uso e distribui o sim trica de pilotis em Fig 18 e outros projetos Devemos lembrar que alguns 47 sugerem que n o foi o caso de Le Corbusier ter se fundamentado nos estudos de Pall dio TZONIS A 2004 p 20 21 Fig 1
87. de Cuzco constru da re utilizando pedras trabalhadas da fortaleza Inca de Sacsayhuam n e constru da acima do pal cio de Viracocha Inca Fonte Foto de Mackay 2009 dif cil comprovar mas prov vel que os construtores Incas continuaram seus trabalhos muito ap s a conquista Sabemos que nos s culos ap s a conquista os espanh is reaproveitaram pedras j trabalhadas para os projetos deles como por exemplo pedras tiradas da fortaleza de Sacsayhuam n para construir a Catedral de Cusco Fig 198 e outras estruturas como pal cios mosteiros e vilas Fig 199 404 Fig 199 O antigo Mosteiro Monast rio de San Antonio Abad Cusco 1595 incorpora paredes e muros de origem Inca do pal cio de Amaru Qhala Fonte Foto de Mackay 2009 3 Quais foram as instru es para o trabalho que foi comissionado Lamentavelmente s podemos reconstruir aquelas instru es parcialmente por meio dos trabalhos dos cronistas que escreveram ap s a conquista espanhola dos Incas Alguns documentos informam que cidades foram fundadas e ficaram definidas atrav s de registros de mitos como por exemplo Cusco com o objetivo de estabelecer a legitimidade dos Incas Em termos das estruturas individuais as instru es provavelmente foram feitas por meio de medi es feitas com cordas segundo outros cronistas No Cusco Inca as instru es devem ter sido bastante espec ficas e detalhadas para algumas constru es Devido ao fato de que o p
88. de los Incas American Society of Civil Engineers Universidad Nacional de Lima Lima Peru YOUNG SANCHEZ Margaret e SIMPSON Fronia W editors 2006 Andean Textile Traditions Papers from the 2001 Mayer Center Symposium at the Denver Art Museum Denver Art Museum Denver Colorado USA YUE Kui HICKERSON Casey e KRISHNAMURTI Ramesh 2008 Determining the interior layout of building describable by shape grammars Carnegie Mellon University p 1 8 ZAPATA Antonio 2008 The potato in early chronicles of the Indies Chasqui Ano 6 No 13 Novembro 2008 Lima p 8 9 ZUIDEMA Tom 1985 The Lion in the City Royal Symbols of Transition in Cusco em Animal Myths and Metaphor in South America University of Utah Press p 183 25 ZUIDEMA Tom 1985 The Lion in the City Royal Symbols of Transition in Cusco em Animal Myths and Metaphor in South America University of Utah Press p 183 25 474 GLOSS RIO Este gloss rio inclui termos em espanhol e Qu chua q Aymara ou Aimara a e alguns em ingl s i ligados ao mundo Andino e o mundo computacional e a arquitetura As l nguas Qu chua e o Aimara e seus dialetos n o tinham express o escrita e n o ficaram escritas assim como o Guarani e outras l nguas at ap s a conquista dos espanh is Existem varias formas de escrever algumas palavras sendo que s vezes devido ao fato que a l ngua Qu chua por exemplo tem mais sons que o espanhol as op es para cria
89. desses tr s e madeira e palha f se fica perto de zonas urbanas e assentamentos n o oficialmente constitu dos g p los industriais h regi es agr colas etc No caso de estruturas de pedra como andesita e diorita e os v rios tipos de granito aqueles tipicamente usados na arquitetura Inca na regi o Andina e tamb m antes deles em Tiahuanaco no altiplano pelo mero fato que s o resistentes s intemp ries os custos de conserva o s o relativamente baixos No caso de restos de estruturas de adobe ou taipa a destrui o pode ser r pida nas regi es altas devido s chuvas principalmente com colapso ap s a destrui o de um telhado Onde existe teto ou prote o de um muro a vida da estrutura muito mais longa Quando existe destrui o de um muro de adobe ou taipa prov vel que haja preserva o de objetos dentro dos dep sitos de lama criado pela destrui o Na costa existem condi es parecidas particularmente no caso de estruturas de adobe havendo uma diferen a pois geralmente existe um clima muito mais seco e devido a isto a preserva o das estruturas monumentos e de todos os materiais dispon veis incluindo madeira e palha em geral consideravelmente maior Por motivos visuais ainda muito comum tentar realizar uma escava o e limpeza das estruturas que esteticamente a solu o mais aceit vel Geralmente isto cria problemas de conserva o tanto do monumento cujas bases ficam desprotegidas pa
90. devido por exemplo a invas es crescimento de favelas constru o de estradas usinas f bricas e outros pr dios e pela escava o il cita na procura de objetos H vantagens e benef cios de sistemas de reconstru o virtual A reconstru o virtual come ou a ocorrer desde 1990 como j foi descrito dentro dos CAD A Guide to Good Practice no qual quatro autores Harrison Eilteljorg II Kate Fernie Jeremy Huggett e Damian Robinson tentam estabelecer um ou v rios sistemas complementares para conservar a documenta o criada por sistemas CAD No Reino Unido a maioria dos monumentos descritos tem milhares de anos e est o altamente destru dos Devido a isto a reconstru o virtual apresenta muitas vantagens principalmente na parte did tica No caso da regi o Andina a reconstru o virtual teria mais import ncia ainda devido ao crescimento da popula o em regi es da costa e a r pida destrui o de monumentos que acompanha este crescimento Este o caso da cidade atual de Chan Chan perto da cidade moderna de Trujillo que est sofrendo mudan as irrepar veis devido ao fato de que est sendo invadida pelos sem terra A cidade de Cajamarquilla no vale de R mac Lima Peru tamb m est desaparecendo embaixo de uma cidade que cresce com a chegada de migrantes do interior do pa s isto principalmente de Jun n Hu nuco e Ayacucho Cuenca no Equador e a cidade imperial de Cusco sofreram destrui o parcial no per o
91. dimens es Avan os feitos com os blocos Froebel Fig 201 em tr s dimens es e a seguir a integra o da aplica o de cores levou a trabalhos de gram tica tridimensional Os estudos anal ticos de Mitchell e Stiny referentes a arquitetura Palladiana foram completados nos trabalhos de gram tica tridimensional de Seebohm Mais recentemente Rosirene Mayer MAYER 2003 desenvolveu uma gram tica da forma para entender as transforma es na linguagem das estruturas variadas do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer poss vel por meio do desenvolvimento de modos de descri o arquitet nica de grupos onde existe simetria como no caso na arquitetura Inca especificar as gram ticas de linguagens arquitet nicas para assim obter resultados A compreens o de como se estrutura um estilo ou linguagem arquitet nica a partir do entendimento dos processos generativos espec ficos tem vantagens em termos de reconstru o virtual e possivelmente outras vantagens GRAM TICA DAS FORMAS DEFINI ES Os sistemas e mecanismos de constru o de linguagens de desenho t m seus fundamentos nas defini es que aparecem no trabalho de Sting e Gips de Shape Grammars STINY amp GIPS 1975 Este texto foi concebido inicialmente para resumir e fazer uma gera o de desenhos numa linguagem existente a partir da an lise do processo de gera o de formas Nos est gios iniciais a heran a conceitual de Chomsky orientada para o estudo sint tico de uma de
92. dispon veis principalmente na regi o costeira e em alguns vales andinos Constru es de adobe tinham vantagens adicionais na costa onde no ver o as temperaturas podiam ser altas pois o adobe cria ambientes frescos dentro de estruturas Como anteriormente observamos nos Andes a maior exce o quanto ao uso de adobe em San Pedro de Casta Racchi no Templo de Wiracocha Sicuani Fig 14 e as estruturas em Yucay no Vale Sagrado Cusco O uso de materiais org nicos na constru o se limitava parte de madeira utilizada na constru o de tetos Estes em geral precisavam de toras grandes Lembre se que havia pelo menos na poca dos Incas poucas rvores nos vales dos Andes com a exce o do pisonay Fig 199 polylepis alnus CHEPSTOW LUSTY 2010 comunica o pessoal por email novembro de 2 010 No altiplano n o existiam rvores que pudessem ser usadas de forma que a madeira utilizada na constru o 50 provavelmente foi obtida da regi o amaz nica Fig 191 N o existem exemplos hoje em dia mas de se supor que a madeira tamb m foi usada na constru o de portas O teto ou sua cobertura seria normalmente de palha da planta ichu Stipa stipa que teria que ser trazida das regi es acima de 3 500 metros e do altiplano onde a planta comum Para fixar as portas como n o existiam dobradi as usavam ncoras e buracos furados nas paredes das passagens Fig 19b iii ou em rochas individuais e furadas trabalhadas
93. do Equador at o centro do Chile perto da capital atual de Santiago de Chile isto em todo o Imp rio dos Incas que inclu a um territ rio aproximado de 5 700 quil metros Era um Imp rio controlado por meio de um sistema de estradas principais ligada a uma rede de caminhos que superava 30 000 quil metros no total e inclu a um territ rio que era quase t o extenso quanto aquele do 444 Imp rio Romano quando este chegou a sua expans o m xima J na poca da Renascen a e nos come os do Barroco ou seja na poca de Andrea Pall dio 1508 1580 o Imp rio Inca era enorme e parece ter sido o Imp rio mais extenso daquele s culo O que de interesse para este estudo o estilo que os Incas desenvolveram na sua arquitetura Era elegante s brio discreto e reconhec vel e n o dependia como as antigas culturas centro andinas de estruturas de volumes enormes ou de iconografias complexas e coloridas O estilo da arquitetura emanava uma presen a e descrevia os valores Incas de poder e perman ncia Como j foi descrito anteriormente existia um estilo padr o e estandardizado que era aplicado no imenso territ rio tanto na arquitetura e urbanismo quanto a cer mica metais tecidos e arte l tica Ainda que fosse de padr o e de car ter modular o arquiteto regional podia dentro dos padr es estabelecidos criar uma variedade como por exemplo Ingapirca um santu rio no Equador que possui uma estrutura oval que no fundo uma
94. do p tio interno no caso da kancha para aquela parede compartilhada pelas duas kanchas e atravessa longitudinalmente a estrutura retangular definida na regra n mero cinco Esta parede vira o eixo principal dos dois conjuntos no caso da superkancha Fig 120 aa EF Ca CI Fig 120 Regra n mero seis Regra n mero sete Na regra n mero quatro acima fizemos referencia a exist ncia de uma nica porta e passagem ligando o exterior da kancha com o interior No caso de Ollantaytambo naquelas estruturas onde h port es esses ficam sempre na fachada sul ou norte dependendo da orienta o da kancha Esses port es podem ser offset ou exc ntricos em rela o ao comprimento do muro Os port es eram geralmente de 231 acabamento fino e permitiam entrada para a estrutura e dessa ao p tio interno e s outras tr s estruturas Essas tr s n o tinham outro acesso do lado exterior Este procedimento repetido para a segunda kancha isto h um nico acesso a cada um dos dois grupos de estruturas do exterior e dessas ao interior do p tio por meio da estrutura que ser definida como unidade tr s ou um dependendo se ficava no conjunto leste ou oeste Este arranjo permitia que os dois conjuntos fossem independentes em termos de acesso Fig 121 Ent o substitu a se somente a estrutura retangular definida na regra tr s por uma estrutura id ntica que inclua uma passagem ou port o de 1 20 m de comprimento comunicando a face
95. dois blocos quadril teros dentro de um quarteir o retangular Devido ao fato de que a malha urbana grid plan fica comprimida ao entrar no vale o car ter geral da malha e plano chega a se aproximar do formato de um trapez ide uma das formas favoritas essenciais e distintivas dos Incas que ser descrita na se o referente ntase Andina O n vel da organiza o urbana nesta parte plana do vale sugere que foi um setor cuidadosamente planejado partindo de um plano mestre ou piloto sendo talvez constru do simultaneamente aos terra os do sul ligados fortaleza e o templo que controlava os tr s vales Em termos comparativos principalmente para o leitor brasileiro vale lembrar que entre cem a duzentos anos ap s o Imp rio Inca na costa Atl ntica da Am rica do Sul nas capitanias dos territ rios rec m conquistados pelos portugueses cada lugar que foi fundado seguia certos padr es que inclu am um centro fortificado onde existia bom acesso s estradas principais como tamb m transporte terrestre mar timo e fluvial fontes de gua suficientes para uma popula o que podia crescer m o de obra e suporte para gerar um n vel de auto sufici ncia Encontramos essas infra estruturas nas cidades de Alc ntara Natal Fortaleza Recife Rio de Janeiro Santos e S o Luiz al m de muitas outras cidades e aldeias MURILLO 1980 p 18 23 Semelhantemente os Incas e as culturas pr Incas escolheram s tios para estabelecer ci
96. domina o vale Esse centro arqueol gico o mais conhecido entre uns 20 centros menores daquele est gio inicial da regi o Andina A cultura associada a Caral foi definida entre 3 000 a C a 1 800 a C e 4 000 anos antes dos Incas Portanto seu desenvolvimento arquitet nico comparado queles mundiais mais importantes como a constru o das pir mides de Egito Em termos do in cio de culturas Andinas Caral importante devido ao alto nivel de desenvolvimento arquitet nico Aqui come a o desenvolvimento influ ncia e as eventuais rela es com as culturas Chav n 1 500 a C at 500 a C e Sech n 1 800 a C at 1 500 a C S culos mais tarde muitas outras culturas como Huari 600 d C at 1 200 d C Tiahuanaco 700 d C at 1 200 d C e Chim 1 000 d C at 1 460 d C apresentam algumas tradi es art sticas e 14 arquitet nicas que s o compartilhadas com a ltima fase de desenvolvimentos culturais nos Andes ou seja os Incas e fazem refer ncia a express es art sticas e arquitet nicas de culturas anteriores mapas 2a e b Este conceito ainda que n o seja desenvolvido em detalhe aqui aproveita e recicla algumas das propostas definidas na hip tese inicial e principal MAPA DAS CULTURAS AMER NDIAS Fig 2a Mapa Am rica do Sul com as principais culturas representadas Fonte Cat logo da expos 16 Fig 2b Mapa As principais culturas da Am rica do Sul e a regi o andina representadas e menci
97. dos casos o custo da manuten o n o estaria ligado conserva o da estrutura de pedra Era muito mais prov vel que tenha existido a necessidade de substitui o das partes org nicas da estrutura tais como madeira palha telhado etc com outras que seriam em geral do mesmo material Os suportes e as travessas dos tetos eram de madeira e davam apoio ao telhado de palha stipa ichu A madeira era usada para algumas pe as das portas e outras partes ligadas a elementos de seguran a da estrutura e estas naturalmente precisavam de um maior n vel de manuten o Tetos de palha similares a aqueles que existem em partes do Reino Unido em geral por exemplo devem ter uma vida til de mais ou menos 40 anos Ap s isso precisam ser trocados Isto implica em gastos enormes e de um custo elevado na substitui o talvez um valor entre um ter o at a metade do valor da estrutura Nos Andes havia a troca de trabalho por produtos e vice versa conforme o conceito de reciprocidade mencionado acima Hoje em dia importante e possivelmente na poca dos Incas essa troca criava um controle e evitava gastos elevados para os donos de estruturas n o estaduais Lamentavelmente n o existem exemplos atuais de estruturas Incas com os tetos originais intatos O viajante e diplomata Ephraim Squire nos anos de 1870 viajou muito dentro de Peru e da Bol via e quando esteve na regi o de Puno e Sillustani no sul do Peru observou e descrever estruturas que ain
98. duas s o pedras muito resistentes s intemp ries mas tamb m devem ter sido mais dif ceis de trabalhar especialmente sem instrumentos de ferro Existem v rias estruturas na cidade de Cusco particularmente aquelas que ficam na Rua Hatunrumiyoc Fig 19a que s o exemplos excepcionais de como os Incas chegaram a aproveitar n o somente cores mas tamb m as dimens es a textura e o relevo de pedras de origem vulc nica 49 Fig 19a Rua Hatunrumiyoc na qual pode se observar o estilo de constru o poligonal Inca na parte inferior da vila e a superposi o de uma estrutura colonial de adobe Cuzco Foto Mackay 2 009 2 Em Ollantaytambo a pedra usada predominantemente o granito BENGTSSON 1998 p 41 Pedras metam rficas como a pi arra foram usadas onde havia disponibilidade como por exemplo em Khari e Iskanwaya Bol via e regi es costeiras do Peru HUIDOBRO BELLIDO 1983 p 4 10 O uso de rochas calc rias na constru o tem um padr o de uso que na maioria de casos est associada com a periferia do Imp rio por exemplo na regi o de Chachapoyas no norte do imp rio O uso destas pedras deveria ser acompanhado quase sempre de argamassa O uso exclusivo de adobe como material de constru o era em geral tradicionalmente limitado costa Pac fica onde a disponibilidade de pedra apropriada para constru o era mais limitada ver Tambo Colorado Fig 12 Existiam dep sitos de argila e estes estavam
99. e Tschudi Uhle em 1400 Laberinto e Tello Gran Chim e Bandelier s o as principais e parecem ter tido uma popula o total estimada em 6 000 habitantes cada uma e possivelmente uma popula o total de at 30 000 habitantes MILLER 1995 p 164 Essas cidadelas s o express es relativamente tardias de um alto n vel de urbanismo como tamb m de organiza o Os Chim desenharam sistemas ortogonais que geralmente inclu am p tios locais para armazenamento e para eventos como as audi ncias Esses eventos provavelmente estavam ligados s fam lias reais ou nobres Nos complexos havia agrupamentos de estruturas usualmente em forma de U ou T podendo se observar uma pequena pra a no meio 358 Fig 177 Plano de Chan Chan Trujillo exemplificando o alto n vel de urbanismo na costa norte do Peru Fonte MOSELEY 1995 p 268 359 Fig 178 Plano da Ciudadela Rivero Chan Chan Trujillo Observar paredes externas lugares para audi ncias armaz ns etc Fonte MILLER 1995 p 167 Ao redor havia quartos usualmente id nticos e nas mesmas dimens es e al m disso eram padronizados e sim tricos Todos esses elementos de planejamento tamb m existem na arquitetura Inca Os Incas chegaram incluir em partes de sua arquitetura nos cantos dos seus p tios ou kanchas lugares para armazenamento e em escala muito maior lugares para audi ncias assembl ias e reuni es principalmente nas kallankas 36
100. e volumes extraordin rios Ollantaytambo inclui muitos exemplos de pedras trabalhadas algumas enormes pesando v rias toneladas como as de Sacsayhuam n perto da cidade de Cusco que foram trabalhadas a uma distancia de quatro ou mais quil metros do centro urbano Algumas ficaram abandonadas no caminho recebendo o nome de pedras cansadas 53 O meio ambiente Os povos Inca e pr Inca como mencionamos estavam muito ligados ao mundo ao seu redor assim como s montanhas morros cachoeiras rios e certas rochas etc At est ligada a um ciclo de eventos e cren as al m de outros deuses e divindades O meio ambiente a geografia a topografia as horas de luz dispon veis a poca da chuva e da seca o c u noturno eram observados com exatid o sendo interpretadas para entender ciclos e futuros eventos As culturas europ ias perderam estes conceitos com o passar dos s culos ficando com s alguns para prognosticar o clima e o tempo Cusco quase um exagero em termos da interpreta o da topografia e a geografia formalizada Foi uma cidade adaptada pelos Incas cujo formato interpretado como uma puma ou um tipo de on a poma concoloris Cusco eventualmente chegou ser o centro de poder administrativo e militar do Imp rio mais tarde compartilhado com Quito Equador no norte poss vel observar uma semelhan a com Roma que foi estabelecida como centro de um imp rio Ollantaytambo como centro tamb m deve ter sido escolhi
101. entender o passado n o t o importante devido ao fato de que a maioria dos seus monumentos apresenta um padr o com poucas varia es em espa o de tempo limitado como por exemplo do estilo chamado cl ssico ou imperial ao estilo Neo Inca Assim como acontece com os Incas a arquitetura de outras culturas e civiliza es em v rias partes do mundo geralmente tamb m incorpora suficiente detalhe e uma certa uma l gica que serve como base para entender formatos de arquitetura anteriores Sugerimos que no caso destes estudos partindo das vers es mais recentes de arquitetura podemos extrapolar como seria para gerar uma gram tica da forma para outras culturas pr Incas relacionadas pelo menos aquelas que est o estilisticamente ligadas aos Incas Este um procedimento invertido em rela o quele normalmente desejado na gera o de gram ticas da forma mas em princ pio deveria 326 ser poss vel procurar a gram tica da arquitetura antecedente ou precedente isto das culturas iniciais pr Incas Podendo assim formular s ries de gram ticas da forma que eventualmente gerariam modelos Incas dos est gios originais Devido ao fato que ainda existem hiatos na cronologia e as segii ncias de desenvolvimento de tipos de arquitetura na regi o Andina por enquanto melhor definir gram ticas da forma baseadas em padr es de arquitetura bem estabelecidos e entendidos mais recentes e aplic los ao passado do que procurar padr es p
102. es efetuadas por eles e outros Hoje em dia a arqueologia te rica em geral est em processo de ceder para uma arqueologia pr tica que tenta entender as mudan as e as variedades dentro das culturas que se desenvolveram ao longo dos s culos e antes da chegada dos europeus Isto se faz por meio de uma mistura de m todos e an lise desenvolvidos em parte por cientistas e em parte pelas interpreta es realizadas pelos interessados na etnologia e a evolu o da simbologia andina As mudan as e redefini es atuais da cronologia e seqii ncias de culturas s o relativamente pequenas acrescentando detalhes cronol gicos e s o ajustes que geralmente respeitam os trabalhos efetuados pelos investigadores dos anos 1 940 1 960 Hoje em dia os investigadores e arque logos demonstram certa concord ncia com as cronologias j definidas mas est o procura de temas diferentes e aparentemente desligados do mundo Inca e andino Este trabalho constitui um desses 103 Na maioria dos casos existe uma liga o entre a parte de estudos arquitet nicos e a an lise de estruturas quase inevit vel na arqueologia Andina Onde antes a interpreta o do passado andino procurava as origens socialistas particularmente aplicada aos Incas existem outras op es e formas de an lise que n o est o centradas em conceitos e teorias pol ticas deste s culo Nos ltimos anos houve uma libera o e uma procura de sistemas diferentes para a interpreta o do pa
103. es desenhada especificamente para as kanchas de Ollantaytambo Com duas pequenas modifica es as regras previamente definidas para as kanchas de Ollantaytambo foram aplicadas e uma reconstru o b sica foi definida e realizada O segundo procedimento de verifica o foi realizado em duas dimens es a partir de uma kancha parcialmente existente tendo por base os planos da INC Aqui foi empregado um procedimento booleano de substitui o das partes n o 337 existentes permitindo a reconstru o das duas kanchas inteiras 4 Os resultados obtidos nos dois casos confirmam o potencial de aplica o da gram tica da forma param trica a conjuntos de estruturas de tipo kancha ou similares A aplica o desta pode ser tanto em tr s dimens es como no caso de Qollpa ou Qollpa Fig 94 No tocante ao n vel bi dimensional foi usado o quarteir o ou super kancha de Ollantaytambo Fig 171 a b 5 Conclus es O desenvolvimento de uma gram tica da forma espec fica para uma determinada arquitetura tem duas partes a permite a gera o de uma gram tica da forma anal tica especificamente desenhada para a arquitetura Inca A procura inicial e a defini o de padr es na arquitetura Inca definem os elementos principais das estruturas Incas b Permite uma aplica o na arqueologia de procedimentos para criar vers es virtuais de estruturas Estas poderiam estar destru das quase totalmente ou apenas em parte onde existem ou s o vis
104. es e especialmente ao poder e organiza o dos Incas A chegada da poca das rep blicas independentes da Espanha 1 818 1 823 tanto no Chile quanto na Bol via e Peru trouxe consigo inicialmente um per odo de abandono parcial em n vel dom stico do interesse na cultura e arquitetura Inca e em outras culturas tendo dado enfoque no desenvolvimento de cidades comerciais da regi o da costa que mantinham liga es s cio pol ticas econ micas e at religiosas com as cidades e a cultura europ ia A seguir aconteceu um reajuste a uma perspectiva voltada parcialmente para os Incas Estudos pr Incas dos anos 1 840 em diante trouxeram o ressurgimento de interesse acad mico no passado peruano Isto ficou refletido no trabalho de cientistas e artistas estrangeiros como Johann Moritz 26 Rugendas que visitou o Peru entre 1 843 1 844 e tamb m trabalhou no Brasil Chile e M xico Fig 2 e artistas e fot grafos nacionais como Francisco Laso 1 823 1 869 artista peruano que incorporou tradi es e objetos da antiguidade peruana nas suas pinturas e v rios arque logos principalmente da Alemanha como Reiss e Stiibel e Max Ulhe PROTZEN 2005 p 241 MACKAY 2002 v rios artigos referentes a Francisco Laso e outros artistas Indigenistas no Grove Dictionary of Art on line REISS e ST BEL 1 880 1 887 Mais tarde o grupo de Indigenistas em parte uma rea o art stica pol tica e social ante a excessiva influ ncia europ i
105. esses avan os exemplificados em Caral poss vel fonte influencia nos centrs de Sechin Kotosh e Chavin a arquitetura e a urbaniza o ficaram sem maiores desdobramentos at o desenvolvimento dos precursores da cultura Chav n como tamb m das culturas Paracas e Cupisnique Pouco antes do desenvolvimento de Chav n a cultura Kotosh 2 000 1 800 a C e a seguir uma segunda fase cerca de 400 a C j no lado oriental dos Andes definiu centros urbanos que incluem v rios est gios de desenvolvimento Estas estruturas planejadas inclu am p tios e quartos com bancas e canais interiores e estruturas que podiam incluir desenhos altamente sim tricos importante ressaltar que em Kotosh a janela de forma trapezoidal j aparece e que s culos mais tarde torna se uma forma distintiva redescoberta e adotada pelos Incas Fig 20 Al m disso existem estruturas que incluem desenhos moldurados no adobe como tamb m prov vel o uso de cores para ressalt los Ao norte de Kotosh ainda na parte da serra no s tio estudado por J lio C Tello existe um complexo grande provavelmente de uso ritual e religioso conhecido como Chav n 800 100 a C Nesse complexo existe uma arquitetura muito refinada e bem planejada pelo menos na parte conhecida como templo e estruturas associadas Chav n foi estabelecido na regi o oriental norte Andina em um vale situado a 2 500 metros de altitude Havia disponibilidade de pedra de origem vulc nica de diferentes co
106. estabelecer seqii ncias cronol gicas de culturas Nos anos de 1950 John H Rowe 1918 2004 foi instrumental principalmente na reconstru o do entendimento do passado Inca Hoje em dia muitas universidades peruanas principalmente a Universidad de San Marcos a Pontif cia Universidad Cat lica del Per Universidad de San Agust n Universidad de Huamanga Universidad San Antonio Abad al m do Instituto Nacional de Cultura e no Chile a Universidad de Tarapac e Arica est o envolvidas em muitos projetos em v rias partes dos Andes Os m todos de investiga o usados variam dependendo principalmente do ponto de vista pol tico e social da Universidad e do pesquisador interpreta o Marxista era considerada importante mas este olhar perdeu a influencia que tinha Conforme mencionado na parte referente aos trabalhos de campo na maioria dos casos o pesquisador dever ter um conceito relativamente avan ado bem desenvolvido da ocupa o humana da regi o que pretende estudar Isto pode ser derivado de refer ncias a centros ou monumentos existentes em textos e cr nicas da poca colonial ou Republicana informa es etnogr ficas fornecidas pelos moradores da regi o pesquisas completas em regi es e vales pr ximos descoberta de tecidos fragmentos l ticos ou de cer mica ou pelo estudo de fotografias hist ricas e a reas ou tiradas por sat lites prov vel que um projeto deste tipo possa ser definido com base em v rios desses f
107. estruturas individuais tamb m o foram A est tica era tanto funcional quanto uma reflex o do poder Inca que era o motivo gerador desses projetos arquitet nicos A qualidade do trabalho era um fator importante sendo de car ter dur vel ou seja outra faceta que reflete o poder Inca A nossa rea o hoje em dia de admira o diante de tanto planejamento uso espec fico do espa o da qualidade da constru o e de conceitos est ticos integrados a estruturas e urbanismo A conclus o inevit vel para n s hoje em dia e podemos interpret la como uma declara o bvia que n o precisava de muita explica o do poder do estado Inca que no pice de seu Imp rio demandava um alto n vel de respeito colabora o participa o e retribui o O resultado seria a prote o e a pax Inca A arquitetura e urbanismo Inca confirmava esse n vel de controle e os benef cios da participa o positiva de seu mundo As perguntas geradas acima incorporam o elemento Inca que n o foi considerado pelos autores Lembramos ainda que o livro de Conway cont m alguns exemplos de arquitetura de outras partes do mundo cuja maioria do Reino Unido Europa e dos Estados Unidos Isto n o uma cr tica mas uma observa o pois o livro quase exclusivamente destinado a estudantes brit nicos Cont m perguntas e exemplos muito v lidos para a arquitetura de outras partes do mundo muitos dos quais podem ser aplicados arquitetura Inca Na intro
108. exemplo l batata e milho etc Os custos para completar uma estrutura para o Inca devem ter sido baix ssimos O gasto principal seria providenciar alimenta o roupa e alojamento pois era o costume dos Incas tirarem outros povos de seus lugares origin rios e lev los a lugares distantes para executar certos tipos de trabalho Isto ocorreu no caso dos Chachapoyas e os Cafiaris como um tipo de imposto O trabalho era obrigat rio e os trabalhadores ganhavam certos direitos e vantagens a longo prazo tais como provavelmente produtos aliment cios roupa al m de certa mudan a em termos de status Era ent o um custo indireto que dificilmente seria medido pelos sistemas m todos e conceitos ocidentais os quais em geral estavam e ainda est o orientados por sistemas monet rios ao inv s de troca ou 406 participa o em sistemas de reciprocidade Em termos de custos de uso e manuten o estruturas constru das principalmente com pedras incluindo aquelas bem trabalhadas e ligadas low upkeep ou seja de baixo custo de manuten o N o precisavam de suportes internos nem externos tais como colunas arcos etc A nica diferen a seria que em algumas partes o adobe e a taipa foram usados principalmente na faixa costeira do Peru e no segundo andar ou parte superior de estruturas nos Andes Nesses casos a manuten o era importante exigindo constantes revestimentos e verifica o da cobertura e do teto ap s as chuvas etc Na maioria
109. existe empr stimo estil stico claramente definido e v rios exemplos mais f cil procurar a etapa mais recente e a partir desta ir ao mais antigo ou vice versa ou seja desenvolver cronologias partindo dos primeiros est gios Este m todo prefer vel e deve ser aplicado nos outros cap tulos limitando se parte relevante arquitetura Inca Os dois m todos s o complement res Obviamente o processo de definir as gram ticas das formas na outra dire o isto do passado ao presente seria poss vel mas exigiria mais tempo para a an lise de cada est gio at chegar aos Incas devido a lacunae nos dados dispon veis Na dire o inversa do presente ao passado existe a vantagem de 93 observar o produto arquitet nico Inca completo e estudar seus est gios anteriores entender seus antecedentes arquitet nicos principais e formativos desenvolvidos por outras culturas No final como j foi indicado n o existe documenta o escrita do per odo da pr Conquista e os conhecimentos atuais s o baseados na interpreta o do passado por meio de escava es Voltaremos a este procedimento mais tarde A defini o da cronologia da regi o centro Andina envolve cerca de 200 anos no processo para ser definida re definida e estabelecida Alcan ar uma compreens o avan ada da s rie e sequ ncia das culturas desenvolvidas na regi o centro Andina ao longo de 4 000 anos ou mais importante Alguns dos primeiros trabalhos q
110. externa com o espa o interno localizado h dois metros da esquina da fachada externa estruturas retangulares I este Este procedimento deve ser repetido para a segunda kancha 3 oeste Fig 121 Regra numero sete Regra n mero oito Se na regra n mero cinco foi definido um quarteir o o passo seguinte a inser o de um muro externo ao redor de forma a integrar as faces exteriores das seis estruturas retangulares externas mantendo os formatos j definidos e incluindo os port es definidos na regra seis Fig 122 Sendo assim foi definida uma gram tica da forma de uma planta de uma superkancha Fig 123 O passo seguinte criar regras para definir os setores destru dos ou aquelas partes que receberam constru es posteriores na poca colonial 232 e republicana que n o permitem visualizar o formato original do quarteir o nove da INC ou 2 de Protzen Fig 122 Regra n mero oito E co 0 m o E Es ee o pj Fig 123 Regra n mero um a oito resumo de reconstru o bidimensional B Segunda parte A ordem dos procedimentos e est gios para definir a reconstru o virtual pode variar a pode ser a partir das estruturas individuais dentro de um conjunto at o contorno b ou o oposto isto a partir dos contornos externos prosseguir com a 233 defini o e elabora o da composi o das estruturas internas Em A Primeira Parte acima formulamos os procedimentos e passos a sere
111. formato b sico retangular de 6 00 7 50 metros por 11 00 12 50 metros at as estruturas retangulares maiores como aquelas que s o denominadas kallanka acima de 40 metros por 100 metros Al m das varia es dimensionais existem tamb m estruturas b sicas que s o originariamente retangulares que precisam ser adaptadas topografia ou seja incorporam pelo menos uma parede curva as quais ainda assim est o dentro do padr o sendo modificadas para atender os requisitos topogr ficos Assim as formas podem ser definidas e em decorr ncia os valores dimensionais podem ser aplicados ao final da deriva o Por ultimo Celani descreve a gram tica da forma generativa Gram tica generativa ou gerativa Teoria desenvolvida pelo lingiiista americano Noam Chomsky a partir de 1957 Trata se de uma gram tica anal tica e descritiva que difere da gram tica 283 Essa gram tica generativa tem menos relev ncia direta para este trabalho sendo que a gram tica da forma e a gram tica da forma param trica podem ser aplicadas diretamente a arquitetura Inca 70 Sendo assim podemos aproveitar aqueles conceitos descritos em detalhe no livro de Mitchell e aplic los arquitetura Inca Principalmente poderemos aplicar a gram tica da forma param trica partindo da forma retangular e gerando uma variedade de formas at chegar ao final da deriva o O Cap tulo oito do livro A L gica da Arquitetura est voltado geralmente para dese
112. gios iniciais do Imp rio foram substitu das Contudo devido ao fato de que prov vel que existam estruturas constru das acima das originais e que foi feito outro uso das mesmas imposs vel confirmar esta id ia As cr nicas sugerem v rios est gios de constru o Sugerimos que na maioria dos casos os Incas preparavam o vale que pretendiam ocupar pouco a pouco No caso de Ollantaytambo parece que a ocupa o da parte urbana realizou se rapidamente e de uma forma disciplinada Foram ocupados aqueles vales com seu urbanismo inclusive partes que poderiam ser de maior valor para a agricultura sem a imposi o de estruturas Este setor urbano fica no meio de um vale muito f rtil e por isso surpreende encontrar desenvolvimento urbano em rea que poderia ser cultivada O car ter do terreno e a topografia original foram adaptados como era o costume dos Incas em outras partes do Vale Sagrado para assim aproveitar ao m ximo o terreno dispon vel Preparavam uma parte do territ rio que restava com uma s rie de terra os conhecidos como andenes constru dos ao longo do vale principal do Rio Urubamba Vilcanota e tamb m nos vales secund rios Patacancha A agricultura um elemento principal na sobreviv ncia no mundo andino e ainda assim hoje em dia As estruturas e setores urbanos em geral evitavam o uso de reas que poderiam ser dedicadas agricultura O centro urbano de Ollantaytambo como tamb m aquelas de Pisac Yucay e Calca
113. gram tica de formas de usnus ent o seria preciso redefinir as regras e as formas Poder se ia dizer o mesmo das kanchas Em geral as diferen as n o ser o significativas seriam normalmente deriva es de formatos existentes exigiria apenas acrescentar algumas novas regras Uma das vantagens principais da aplica o da gram tica da forma a um grupo de estruturas relacionados a r pida visualiza o de v rios formatos interligados e al m disso o desenvolvimento de outras possibilidades que n o foram descobertas ou desenhadas originalmente Mitchell e Stiny por exemplo ao definir a gram tica da forma para as mans es de Pall dio geraram v rios formatos que nunca foram desenvolvidos por Pall dio 323 b Desvantagens e advert ncias Existem v rias desvantagens e estas podem incluir por exemplo mudan as no entendimento da gram tica da forma gerada especificamente para uma cultura e novas descobertas e problemas de atualiza o A falta de interesse em aplicar a gram tica da forma e dificuldades em termos da representa o derivada de um software espec fico que integre o passo a passo da gram tica da forma a possibilidade de que esse software eventualmente passar a ser obsoleto podem ser fatores negativos Poderia tamb m haver dificuldades com a leitura de desenhos desenvolvidos ou bem com o desenvolvimento de novos avan os tanto no software quanto o hardware Faremos uma breve considera o sobre as poss veis
114. horizontal do que o elemento vertical Para os Incas o elemento horizontal parece ter sido de maior import ncia existindo poucas estruturas que incorporam um interesse pela altura das fachadas Isto poderia ser por motivos pr ticos particularmente no sentido de que uma estrutura baixa e maci a num terremoto apresentava mais possibilidades de sobreviver Pall dio expressa na maioria dos seus trabalhos e desenhos de casar es e vilas uma nfase em rela o s propor es relativas aos quartos Essas propor es est o relacionadas com a forma de estrutura A altura de cada quarto por exemplo o espa o neles alocado para as escadas correspondia ao comprimento do mesmo A largura tamb m correspondia com a altura e comprimento sempre dentro das raz es espec ficas e conceitos de propor o harm nica A diferen a entre a arquitetura Palladiana e a arquitetura Inca parece poder ser estabelecida em rela o aplica o de propor es particularmente em termos de comprimento e largura no caso dos Incas ao inv s da altura de uma estrutura A arquitetura Palladiana uma arquitetura hol stica que incorpora todos os elementos que associamos com um estilo cl ssico Como mencionamos em cap tulos anteriores a arquitetura Inca era dependente da topografia principalmente na regi o Andina Devido a isto uma arquitetura de 430 car ter quase org nico desenvolvida e adaptada topografia do lugar escolhido Fig 210 i iii
115. integrada aos muros externos da kancha que ficar em 1 5 graus e com uma inclina o interna de 1 0 graus Ent o aquela verga e umbrais internos definidos acima de 0 20 m em tr s lados e de 0 65 m de espessura dever o ser trasladados 0 35 m para tr s da face externa da porta inicial e principal criando assim aquela dupla verga e umbrais ou seja inserida dentro da moldura inicial da verga e umbrais principais Fig 162 Fig 162 Regra entrada principal dupla reentr ncia n mero quatro ii Nichos e as regras b sicas para nichos Os nichos desenhados pelos Incas podem ser definidos por regras muito parecidas s portas ou entradas e s portas de uma verga mas em menor escala Existem nichos de duas reentr ncias e vergas por exemplo em Tambo Colorado Ica 280 e alguns outros centros mas esses s o menos comuns e n o pretendo defini los aqui Tamb m existem nichos das mesmas propor es que as portas principais Geralmente n o est o associados com o sistema de kanchas mas apresentam um uso variado e bastante comum no territ rio Inca Existem exemplos deles em Huaytar Huancavelica em forma de V Fig 16311 uma exce o interessant ssima e de reentr ncia e v rios umbrais e vergas na pra a principal de Chincheros Cusco Fig 1631 e nichos simples na maioria de centros como Cusco Machu Picchu Pisac Fig 1631 Yucay Tambomachay Vilcashuam n Ingapirca Samaipata Pachacamac Tambo Colorado e
116. ken shaku da arquitetura tradicional japonesa A arquitetura Inca tem sido observada e estudada atrav s dos s culos sob as perspectivas dos conquistados dos pr prios Incas e outros grupos Os conquistados eventualmente participaram da constru o de estruturas Incas como provavelmente foi 25 o caso dos povos das culturas Chim e Chachapoyas do norte do Peru e os Collas ou Coyas da regi o do Lago Titicaca no sul A arquitetura Inca tamb m tem sido observada e descrita pelos conquistadores europeus particularmente os espanh is a partir de 1 530 e dos moradores que constru ram dentro das cidades Incas como por exemplo em Andahuaylillas Calca Cajamarca Chincheros Chucuito Cusco Ollantaytambo Pacarigtambo Pisac Tomebamba Yucay e em muitas outras Muitos dos colonizadores tamb m tiveram um amplo conhecimento da hist ria e arquitetura Inca Semelhantemente os precursores da independ ncia decidiram aproveitar o legado e heran a dos Incas como por exemplo o curaca ou cacique e l der ind gena Tupac Amaru Condorcanqui II 1 742 1 781 e outros como Justificativa para suas atividades Eles aplicaram em alguns casos o conceito de reconquista que chegou a ser conhecido como o Inkarri um movimento de car ter messi nico de recupera o do passado No entanto a partir da poca Republicana de 1 821 at os dias de hoje parece que desenvolveu se por motivos pol ticos uma obriga o de fazer refer ncia s tradi
117. ligavam lugares de import ncia principalmente a n vel intercontinental eram os mares e os oceanos Para alguns dos povos pr colombianos como os Incas eram as estradas ou caminhos que subiram vales e cerros atravessavam montanhas e desciam em povoados que formavam um sistema de controle Ao 395 longo dessas estradas havia o que os Incas chamavam de tambos ou tampus pousadas ou pontos de descanso e reabastecimento ligados a um sistema excepcionalmente eficiente de correios efetuado pelo chasqui A efici ncia era tal que uma mensagem podia ser comunicada da costa a Cuzco em menos de 24 horas ou de Quito a Cusco em menos de tr s dias 396 Anexo D A ESTRUTURA DO CAT LOGO E OS PASSOS PARA ELABORA O DE UMA ARQUITETURA RECONSTRUTIVA BASEADA EM RESTOS ARQUEOL GICOS SINTESE DA ARQUITETURA INCA A estrutura do cat logo tem que ser bem elaborada para ser aplicada a qualquer estudo como neste caso arquitetura Inca Em 200 The optimization of Assumptions of the Reconstruction of Monumental Objects of Romanesque and Gothic Architecture Computer Aided Archaeological and Architectural Research um documento incipiente em termos de detalhes de como o autor polon s pretende aplicar seus conhecimentos s arquiteturas referidas no t tulo mas enquanto a estrutura e a aplica o de uma metodologia para um cat logo o trabalho tem grande valor Sugirimos pois adotar e adaptar alguns dos passos definidos para o banco de
118. mero sete Regra n mero oito Se voc tem a extrus o de uma estrutura de telhado retangular de duas guas com uma face interna voltada em dire o do p tio interno mencionado na regra n mero sete Ent o ser poss vel adicionar tr s estruturas retangulares com telhados simetricamente id nticos em volta e fechando o p tio central Fig 66 174 Fig 66 Regra n mero oito Regra n mero nove Se voc tem a extrus o de uma estrutura de telhado retangular de duas guas com uma face interna voltada em dire o ao p tio interno mencionado na regra n mero sete Ent o ser poss vel adicionar tr s estruturas retangulares com telhados simetricamente id nticos em volta do p tio central Fig 67 175 Fig 67 Regra n mero nove Regra n mero dez Ox Se a regra n mero nove completamente aplicada a seqii ncia ent o conclu da e o que foi produzido uma kancha ainda que seja apenas uma parte estrutural e externa de uma das unidades principais de padr o da arquitetura Inca A kancha e as estruturas retangulares que as comp em podem incluir pequenas varia es como por exemplo posicionamento de estruturas a ortogonalidade que nem sempre estritamente respeitada etc Tamb m v rias escalas podem ser usadas Fig de Patallajta na maioria de centros de origem Inca Fig 68 Por isso sugerimos que importante definir uma gram tica da forma a partir das estruturas retangular
119. muros e paredes curvas dever amos usar as orienta es de William Mitchell e pensar na substitui o rota o e Design Operators The Logic of Architecture Como foi explicado na parte introdut ria e no primeiro cap tulo n o podemos deixar de fazer refer ncia s culturas pr Incas que possivelmente influenciaram a arquitetura Inca Podemos repetir a sugest o feita nos primeiros cap tulos especialmente o terceiro que as culturas Tiahuanaco e Chimt tiveram uma influencia indireta e importante sobre a arquitetura Inca Os habitantes da cultura Tiahuanaco desenvolveram uma verdadeira riqueza e variedade de estilos regionais de arquitetura e de arte t xtil como tamb m o caso em rela o a cultura Wari Os estilos arquitet nicos n o foram homog neos no mesmo n vel que pode ser observado no caso dos Incas Por m por causa dessa variedade o conceito de ntase n o foi desenvolvido nem aplicado de forma consistente na cultura Wari Tiahuanaco e Tiahuanacoides com algumas exce es por exemplo em 146 Iskanwaya e Khari da cultura Mollo Enquanto nos centros urbanos de Wari e principalmente Pikillagta h poucos quil metros da cidade de Cusco poss vel observar um alto n vel de organiza o e planejamento Alguns elementos do conceito de t iksu perqa ntase poderiam neles existir semelhantemente ao centro urbano de Chan Chan da cultura Chim na costa norte do Peru Nos casos de Pikillagta e Chan Chan existem mur
120. n s de v rias dimens es e de diferentes cores etc SALAVERRY LLOSA 2007 p 60 66 Estas cordas eram lidas por pessoas capacitadas na sua leitura conhecidos como os quipucamayoc Fig 33 N o temos um entendimento completo de como funcionavam os quipus mas as vers es existentes na nossa era permitem uma id ia geral de como podiam ser aplicadas e qual foi o sistema usado que provavelmente era decimal LEE V 1996 p 5 6 N o sabemos com certeza se os quipus foram usados para realizar os c lculos necess rios para o projeto como tamb m a constru o de estruturas mas entendemos que isso teria sido muito prov vel Aquela suposta vers o inicial de computa o permitiria fazer c lculos bastante exatos para medir as dimens es necess rias e medir o material que devia ser usado para criar estruturas novas como tamb m para permitir varia es nas estruturas j constru das pelos Incas 84 ADMIVAITRADORDEPROVINS c Fig 33 Descri o de quipus e dos quipucamayoc em Felipe Huam n Poma de Ayala Fonte LEE 1996 p 11 Uma observa o recente importante referente lingua Aymara uma lingua similar ao Qu chua dos Incas esta falada pelos Aimar s atuais da regi o andina e do altiplano pr ximo ao Lago Titicaca O fato de que a l ngua Aymara falada originalmente na Bol via no sul do Peru e no norte de Chile uma l ngua que considerada importante na sua aplica o programa o par
121. na arquitetura grega e romana A arquitetura cl ssica foi estudada s culo ap s s culo por matem ticos engenheiros e arquitetos al m de artistas ROBBINS 1997 p 17 18 O conceito de propor o cl ssica eventualmente foi incorporado e ainda hoje estudado nos cursos de Belas Artes principalmente na Fran a As colunas foram estudadas detalhadamente pelos romanos e a seguir pelos italianos da Renascen a foram descritas em tabelas com valores quase fixos cujos conceitos de propor o mudaram pouco nos ltimos 500 anos Al m disso sabemos que os arquitetos da Renascen a como Andr a Pall dio 141 dedicaram muito tempo no processo de entendimento como tamb m na defini o tanto das propor es verticais como por exemplo das colunas quanto tamb m em termos da distribui o do espa o interno Aqueles estudos foram al m daqueles referentes ao plano horizontal As propor es ao n vel fundamental chegaram a ser muito importantes deixando de ser limitadas ao aspecto externo como por exemplo fachadas 142 Fig 5la b e c Uso de padr es greco romanos a National Museums of Scotland Edimburgo Esc cia b Great Court Museu Brit nico Londres e c The Mound Edimburgo Esc cia Fonte Fotos de Mackay 2009 143 A heran a cl ssica continuou por muitos s culos e h muitos exemplos de estruturas influenciadas pelo estilo Figs 5la b e c e vers es regionais no mundo inteiro Muito mai
122. na vizinhan a A topon mia de Ollantaytambo interessante pelo fato que inclui a palavra tambo mas pelo visto era muito mais que um posto no sistema vi rio Outro elemento arquitet nico repetitivo algo simalar a uma pir mide pequena chamada usno usnu ou ushnu que servia como centro de eventos importantes tais como a chegada da autoridade Inca liba es etc Esses usnos s o situados em muitos pontos at s vezes no centro de uma cidade como Hu nuco Pampa Tambo Colorado etc Fig 12 e 170 usno em Tambo Colorado 2009 ou afastadas dos centros urbanos em lugares cujas alturas excedem de 3 500 a 4 000 metros Geralmente tanto os tambos quanto os usnus s o dois tipos de estruturas que servem como indicadores da presen a Inca que j era provavelmente fixa na regi o Os usnos podem geralmente ser identificados mais facilmente em lugares que n o eram de car ter urbano Os tambos por ter sido constru dos perto de estradas e centros urbanos t m desaparecido na maioria de casos ou t m sido aproveitados atrav s do re uso de suas pedras 449 em outras constru es etc Al m disso existem outros tr s tipos de estruturas identific veis que seriam as colcas para armazenar produtos geralmente circulares por exemplo Racchi e alguns de formato retangular por exemplo em Ollantaytambo A seguir devemos incluir as estruturas conhecidas como masmas Estas s o estruturas simples sem portas e abertas de um lado geralme
123. numa escala maior aos de Ollantaytambo mas mantendo as mesmas propor es 7 T iksu perqa Entase em nichos A ntase que encontramos em geral nos nichos parece ser similar quela estabelecida para uso nas portas e port es Difere principalmente em termos de escala no caso de Ollantaytambo Figs 91a e b de uma escala menor e os nichos ficam no interior das paredes numa distribui o sim trica em faixas ao longo das superf cies A inclina o interna das paredes de um ngulo quase impercept vel tendo uma espessura menor no topo Fig 52 Aquele ngulo interno das estruturas refletido na inclina o oposta das paredes exteriores Quando seccionada a parede pode ser considerada um trapez ide exc ntrico Fig 52 Ent o a ntase negativa exterior da fachada das portas torna se ntase positiva na face interna como tamb m nos nichos inseridos na parede do interior Fig 91a 150 iv Fig 53i e ii Santu rio de Coricancha Cusco Observar inclina o das paredes nichos e o formato trapezoidal que domina a arquitetura Inca Fontes i MILLER 1995 e ii WRIGHT 2006 ii Igreja de Huaytar Huancavelica Provavelmente foi uma kallanka Observar o sistema de nichos trapezoidais iv Tambo Colorado Ica Estrutura Incaica em adobe que conserva a tradi o trapezoidal da regi o de Cusco Fonte Fotos de Mackay 2009 Em alguns casos os nichos s o alongados e chegam at dois ou tr s met
124. o proponente principal da aplica o da gram tica da forma arquitetura No seu livro The Logic of Architecture v rios procedimentos alguns desenhados especificamente para construir um sistema espec fico da gram tica da forma dedicada a um estilo de arquitetura por exemplo as vilas de Palladio Como as bases destes conceitos foram descritas em detalhe e com o n vel de precis o caracter stico de Mitchell em suas duas publica es acima mencionadas al m de outros artigos acad micos consideramos desnecess rio repeti los em detalhe aqui ver descri o da gram tica da forma no Anexo A na p 332 415 2 Aplica o da gram tica da forma em arquitetura 1 Parques Mughal India Este um dos trabalhos iniciais de STINY e MITCHELL 1980 onde os autores escolhem os parques ornamentais do Taj Mahal Agra na ndia Partindo de uma malha estilo tartan escoc s que pouco a pouco vai acrescentando v rios n veis ao desenho Este trabalho importante porque consiste em uma an lise da estrutura geom trica e do formato desses parques e os est gios necess rios at obter um desenho final Mitchell n o procura gerar outras poss veis solu es neste caso como faz em seu estudo das vilas de Pall dio STINY e MITCHELL 1980 p 209 226 O trabalho est limitado ao plano bi dimensional e estrictamente ortogonal Fig 200 ser E 7
125. o detalhada da arquitetura de algumas das culturas pr Incas sugere que alguns dos par metros observados na arquitetura Inca foram derivados tiveram antecedentes e constituem em parte uma heran a que teve origens na arquitetura dos primeiros grupos culturais que se desenvolveram nos Andes O objetivo deste cap tulo comparar a arquitetura monumental de tr s culturas embora tenham existido muitas outras que antecederam os Incas na procura de padr es definidores da arquitetura Inca Uma an lise da arquitetura comum ou popular das culturas pr Incas geralmente n o sugere com poucas exce es os padr es que mais tarde podemos observar na arquitetura Inca O caso diferente na arquitetura hier rquica isto associada ao poder e aos rituais dos que o mantinham nobres sacerdotes etc especialmente das culturas Chico e Tiahuanaco As estruturas principais dessas duas culturas possuem alguns formatos desenhos e planos que os Incas parecem adotar Os Incas por volta dos anos 1460 a 1470 durante o reinado do Tupac Inca Yupanqui conquistaram o Imp rio Chim e seu centro administrativo a grande cidade de Chan Chan perto da atual cidade de Trujillo na costa peruana levando artistas e especialistas no uso e produ o de metais para seu territ rio Andino no sul do pa s Os Tiahuanaco Tiahuanacu ou Tiwanaku 300 1100 d C quando os Incas assumiram poder 1445 d C com o Inca Pachac tec Inca Yupanqui j tinham deix
126. origem Inca Quase sempre no meio existe um espa o para um p tio ou curral O padr o de v rias estruturas arranjadas em forma de U foi observado nos anos 1960 e 1970 na costa peruana como por exemplo por Lanning e outros em El Para so Lima Fig 194 no centro cerimonial pr cer mico que tem datas de mais ou menos 2000 a C MOSELEY M 2001 p 128 129 Estas estruturas em geral s o caracterizadas pelo fato de que estavam ligadas vida religiosa dessas antigas comunidades e representam algumas das mais antigas estruturas nas Am ricas Fig 194 Plano do centro pr Cer mico de El Para so Lima Observar estruturas em forma de U no extremo norte superior 391 Fonte MOSELEY 2001 p 129 Aquelas estruturas e agrupamentos de estruturas que encontramos no altiplano planalto entre a Bol via e o Peru tamb m s o constitu dos de tr s a quatro edifica es arranjadas ao redor de um p tio incluindo o que parece ser um curral central e um muro na parte externa possivelmente de car ter defensivo O Altiplano uma regi o muito rica em termos dos augu nidos Ilhama alpaca vicu a e guanaco que formavam uma parte integral da vida andina Fig 196 fornecendo carne inclusive carne seca ou charqui l combust vel e transporte limitado de cargas Al m dos auqu nidos a economia daquela regi o foi e continua muito dependente da agricultura tais como batatas milho Figs 195 i ii tarwi kiwicha e quinoa
127. p 205 223 No caso de Yucay e Racchi a escala n o reduzida mas acrescentada para criar o que provavelmente foram as kallankas grandes estruturas retangulares com um lado aberto de uma das empenas ou largura al m de outras a elas relacionadas A seguir aplicamos um sistema da gram tica da forma baseado em parte naquela desenvolvida por Mitchell e outros para definir as Vilas de Pall dio O sistema usado foi bidimensional e procuraremos aplicar uma vers o similar mas as unidades e conjuntos de Ollantaytambo ser o simplificados Unidades e Conjuntos fase descritiva e desenvolvimento bi dimensional i Unidades desenvolvimento bidimensional Come amos com uma estrutura retangular que constitui a parte b sica de cada conjunto de quatro estruturas que formam parte das kanchas 178 A Ainda que tenhamos sugerido que a raz o b sica das estruturas Incas era geralmente 2 5 esta tamb m pode mudar Por motivos de simplifica o neste estudo pretendemos considerar que geralmente a estrutura Inca retangular e b sica equivale a tr s 3 quadrados das mesmas dimens es e em linha Assim a gram tica da forma da estrutura retangular vai ser definida em fun o daquelas tr s unidades ou quadrados unidos Ai Regra n mero um bi dimensional pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um espa o Ent o substitua esse espa o por um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de l
128. para fixar tetos Racchi Cuzco 49 Fig 20 i Blocos de Froebel exemplo de trabalhos em 3D e ii Casas de Pradaria de Frank Lloyd Wright Observar as varia es nos telhados das casas 55 Fig 21 Templo de las Manos Cruzadas Kotosh Peru 57 Fig 21b Runku Rakay Cusco estrutura circular Inca baseada no m dulo retangular MOdIfICAO eee eee eeeneeceeeeeeceeeeeceeeeecteeeeetteeeenaes 61 Fig 22a i Mapa ii Maquete do centro urbano Inca de Ollantaytambo Museu de Ollantaytambo s oiss os a aes eee iste eae cone eh a edad 63 Fig 22b Tabela Parte 1 e 2 Tabela de medi es referentes s kanchas 65 Fig 23 Plano de uma kancha duplicada Ollantaytambo ii 71 IX Fig 244e b Plano descrevendo a simetria raz es e distribui o nas kanchas e Superkanchas is scat sseestissthe ta tabea EEE E EEEE ti Sea dr iria ant SEA Cosas REEE 72 Fig 25 Plano do centro urbano de Ollantaytambo indicando a distribui o das kanchas e SUPerKANCHAS cccesccccscceesseceesceeeseeesecessecesaeceeaeeceseeseaeeeaaeceeaeeeneees 73 Fig 26 Regra n mero um defini o das esquinas de um quarteir o 15 Fig 27 Regra n mero dois defini o das estruturas retangulares entre esquinas quadrangulares de um quarteir o e eeereereereeraeenea 76 Fig 28 Regra n mero tr s defini o dos dois p tios internos 76 F
129. parte cl ssica Inca em pedra de dois metros de altura cuja parte restante de adobe Estruturas retangulares podiam incluir v rios andares ou n veis excepcionalmente tr s Em Yucay Cusco Peru Fig 45 Huaytar Huancavelica Fig 47 e 53 Hu nuco Pampa e perto de Cochabamba na Bol via existem estruturas retangulares que s o muito maiores do que aquelas geralmente encontradas em outras partes do Imp rio Inca A maior Inkallajta na Bol via e media 78 x 28 metros LEE 1996 p 8 10 Esses exemplos tamb m provavelmente foram kallankas constru dos para eventos importantes Geralmente as estruturas retangulares e quadrangulares s o de uma escala diferente e muito menor Por exemplo em Ollantaytambo um agrupamento de quatro a sete estruturas com um ou dois p tios no meio s o comuns Estas estruturas s o conhecidas como kanchas No caso de quatro estruturas ao redor de um p tio interno o termo usado kancha e quando h dois p tios internos e inclui sete estruturas s o kanchas e 16 45 Fig 15 Reconstru o de um quarteir o que inclui duas kanchas que forma parte do tra ado urbano dos Incas em Ollantaytambo Fonte desenho de J Guedes baseado em Protzen 1 993 p 12 Fig 16 Reconstru o 3 D do complexo de um quarteir o de duas kanchas ainda existente no tra ado urbano de Ollantaytambo Fonte Protzen 1 993 46 Estas super kanchas est o distribu das ordenadamente no centro urbano
130. particularmente pela troca para esp cies e outros produtos do Meio Oriente MARTON WUNDRAM PAPE 2008 p 118 119 Estes chegavam atrav s dos portos de Veneza Trieste no Adri tico e alguns outros portos principalmente no norte do pa s 442 poss vel declarar no caso de Pall dio que a sua gram tica da forma era tamb m ligada ao poder econ mico derivado das divisas geradas pelo com rcio e dom nio dos mercados econ micos Esse dom nio era substancialmente diferente do poder econ mico militar e ritual religioso refletido na arquitetura Inca A arquitetura Palladiana impinge na mente daquele que a observa um sentido de monumentalidade sobriedade de estilo heran a de estilos mais antigos hist ria um n vel de perfei o que incorpora um conceito de auto estima sem exagero e implica um poder econ mico que permitiu desenvolver vilas t o impressionantes Essas vilas foram parte de um fen meno arquitet nico que dominou uma regi o relativamente pequena o Veneto no norte de Roma mas cont m um formato reconhec vel um vocabul rio espec fico e principalmente uma gram tica da forma que declara uma simplicidade de linhas layouts e desenhos baseada em f rmulas desenvolvidas cuidadosamente at certo ponto similares s igrejas do Sir Christopher Wren criadas para a City of London Fig 114 a y b Igrejas de Wren na City of London 2009 Estas recebem varia es decorativas de colunas p rticos e escadas que
131. pe as art sticas de Bartnig acima mencionadas no inicio do cap tulo e agora no acervo de Chagas Freitas asemelham se aos trabalhos de Mitchell e outros no desenvolvimento de formas derivadas da aplica o computacional arquitetura e arte como tamb m o emprego dos princ pios da gram tica da forma para gerar uma variedade de poss veis formas Al m disso sugerem que existe uma relev ncia na aplica o da gram tica da forma arte moderna Pretendemos investigar as regras da arquitetura Inca e especialmente os formatos e desenhos particularmente das kanchas que podem ser mudados sem altera es significativas dentro de certos par metros como por exemplo Bartnig fez com as 70 varia es de um quadrado com quatro quadrados usando a computa o 82 gr fica O sistema ken de propor es e de distribui o de espa o aplicada no Jap o a estruturas dom sticas tradicionais deve incluir regras sistem ticas de car ter computacional que poderiam ser desenvolvidas com a aplica o de uma gram tica da forma tamb m poss vel observar uma aplica o bem sucedida de regras computacionais s plantas das vilas e a arquitetura dom stica Palladiana MITCHELL op cit Neste trabalho no processo de descobrir as regras que definiram a arquitetura pr colombiana e especificamente a arquitetura Inca precisamos estabelecer as caracter sticas gerais e principais refinando a pesquisa para definir um ou v rios tipos de estrut
132. pedras e gerar formas que eles precisavam N o existe evidencia e nem foi comprovado que foi assim mas prov vel ap s os testes feitos por Jean Protzen que foi simplesmente o trabalho m o que definiu as formas das pedras usadas 9 Quais s o as formas e estilo da estrutura As formas que prevalecem neste setor ortogonal e urbano de Ollantaytambo s o obrigatoriamente quadrados ou ret ngulos com um ligeiro Esse vis vel uma parte integral das formas e do estilo Inca um elemento do desenho que permeia a constru o Inca Suas estruturas s o de plantas retangulares ou quadrangulares que incorporam tend ncias trapezoidais que s o quase impercept veis O uso do trap zio de car ter global e aparece tanto na estrutura geral quanto nas sec es de paredes Essas chegam ser integralmente trapezoidais possivelmente por motivos est ticos como tamb m anti s smicos Detalhes como portas janelas e os nichos e janelas cegas para ornamentos ou objetos tamb m s o de forma trapezoidal Os tetos s o quase sempre de duas guas e sim tricas mas as estruturas situadas em plano inclinado e constru dos numa ladeira por exemplo recebem tetos que s o assim tricos As plantas de conjuntos de estruturas apresentam uma disposi o quase Palladiana pelo menos no t rreo e muito prov vel que houve uma s rie de regras que chegaram definir a disposi o como tamb m as propor es internas e externas destas estruturas ass
133. pene NS Ne XK TH 09 Gt ama os Cee en ct Fig 147 Regra n mero um Regra n mero dois portas estrutura retangular Se voc tem um espa o com um paralelep pedo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de comprimento e 1 2 m de largura na base Ent o substitua se esta forma inserindo dentro do paralelep pedo maior definido na regra um um ret ngulo vertical e menor que mede 2 1 m de altura e 1 1 m de comprimento e 1 2 m de largura na base Fig 148 O cumprimento e a largura dever o estar no n vel do solo pois s o por enquanto medidas aproximadas essenciais para criar uma entrada ou passagem ou porta com o formato de um trapez ide discreto 263 Fig 148 Regra n mero dois Regra n mero tr s portas estrutura retangular Se existe um ret ngulo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de cumprimento 1 2 m de largura na base com uma inser o das dimens es descritas na sub regra dois Ent o substitua se esta inser o por um trapez ide vertical que mede 2 1 m de altura e 1 1 m de comprimento na base e 0 90 m de comprimento na parte superior ou verga e uma espessura da parede de 1 2 m na parte inferior ou base Observe se que desta forma atrav s de pouc a porta de formato trapezoidal Utilizamos medidas aproximadas que podem variar mas estas servem para criar uma entrada ou porta que um trapez ide discreto Fig 149 264 Fig 149 Regra n m
134. pensar no caso das Miss es jesu ticas S o Miguel do Arcanjo RS no Brasil San Ignacio Mini na Argentina Trindad e Jes s no Paraguai onde o controle era mais de car ter religioso econ mico e parcialmente estatal Fig 9 Duas reconstru es virtuais de S o Miguel das Miss es RS Fonte Projeto Miss es UNISINOS 1 990 2 000 36 No caso dos Incas o n vel de controle estatal era uma coisa de admirar Os espanh is ficaram admirados ao ver a estrutura organiza o e os edif cios monumentais dos Incas e chegaram aproveitar v rias partes da estrutura do estado Devemos lembrar que os espanh is conquistaram uma cultura que n o tinha ferro nem conhecimento da roda nem animais de carga nem transporte por via mar tima ou fluvial como por exemplo para as cargas pesadas e n o usavam cimento e outros materiais conhecidos na Europa e sia e que desconheciam a escrita Exemplos da arquitetura Inca abrangem todo o Imp rio Inca e o n vel de integra o estil stico impressionante Inclui partes conquistadas pelos Incas o que surpreendente considerando o pouco tempo que a regi o Andina esteve sob dom nio Inca Desenhos Formatos e Planos Urbanos Os Romanos fizeram planos e mapas gravados em pedra de m rmore cujo objetivo principal era estabelecer as taxas dos terrenos Inclu am muitos detalhes e no planejamento e tra ado urbano estritamente ortogonal pe a inclusa na exposi o de 30 de abril at
135. que a base SQUIRE 1973 p 376 389 quase uma revers o da depend ncia do uso de t iksu perga ntase at poderia considerar se anti estilo e contraproducente pois n o muito pr tico porque n o uma forma est vel ainda que exista no Tintero Kuelap Chachapoyas norte de Peru e que esteja em colapso como tamb m em alguns monumentos Maias e em Chichen Itz Yucat n M xico Nessas torres ou t mulos o trabalho em pedra tem certa semelhan a com o estilo dos Tiahuanaco uma cultura muito anterior quela dos Incas Contudo as interse es entre as pedras se aproximam do us booleano descritas acima mais tipicamente Inca Existem torres de forma retangular ali e o trabalho em pedra mais de acordo com o padr o Inca V rias tentativas foram feitas no sentido de estabelecer as origens dos trabalhadores Incas que participaram nda constru o dos centros Incas No caso de Ollantaytambo Chincheros e outros centros Incas Lisbet Bengtsson identifica v rios grupos trazidos e empregados pelos Incas tais com os Chupaychu e os Lupaga ou Lupaca Chachapoyas e outros al m de cl s e tribos do Vale Sagrado BENGTSSON 1998 p 12 17 117 118 O que surpreende que n o sabemos quais eram os grupos que estavam trabalhando para os Incas pois aceitaram e trabalhavam dentro dos padr es estabelecidos sem manter as pr prias 159 tradi es de forma bvia Tamb m interessante o fato de que n o exista uma mem ria coleti
136. que cont m portas ou entradas est o orientadas em dire o ao espa o interior que separa as quatro estruturas A Primeira parte preliminar Regra n mero um pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um espa o Ent o substitua esse espa o com um quadril tero que tem 12 60 m de comprimento e 12 60 m de largura Fig 115 228 Fig 115 Regra n mero um reconstru o bidimensional Na regra n mero dois fica definido um primeiro ret ngulo paralelo ao espa o quadrangular definido em regra n mero um Se voc partir de um quadrado que tem 12 60 m de comprimento e 12 60 m de largura em uma face adjacente acrescente um ret ngulo que mede 12 60 m de comprimento e 4 20 m de largura Fig 116 Fig 116 Regra n mero dois Regra n mero tr s Se na regra n mero dois ficou definido um primeiro ret ngulo que mede 12 60 m de comprimento e 4 20 m de largura adjacente a um dos lados do espa o quadrangular definido em regra n mero um Ent o acrescente no lado externo oposto do quadrado outro ret ngulo id ntico fig 117 ao definido na regra n mero dois na primeira parte Fig 117 Regra n mero tr s Regra n mero quatro pode ser apresentada da seguinte forma 229 O passo seguinte consiste em definir um terceiro ret ngulo contendo as mesmas dimens es do primeiro adjacente face do espa o quadrangular definido na regra n mero um Geralmente nesta estrutura
137. que nesta s rie de regras que devemos observar um hiato antes de prosseguir com as outras regras relevantes aos conjuntos O motivo desse hiato simples pois a quarta estrutura IV e I de dois andares deveria ser definida separadamente das outras tr s Isto se torna necess rio ainda que seja visualmente quase igual que s outras tr s devido ao fato que apresenta algumas diferen as internas al m de uma altura maior do que das outras tr s unidades Para isto necess rio modificar as regras definidas para a estrutura b sica e retangular definir novas sub regras para esta estrutura e a seguir voltar regra n mero sete de conjuntos para substituir a estrutura retangular compartilhada duas kanchas ou superkancha como mostramos abaixo na regra 7b Neste Cap tulo e no cap tulo nove foram definidos v rios est gios que permitem estabelecer o formato da kancha e o quarteir o ou superkancha No in cio 204 do trabalho um dos objetivos principais estabelecidos foi confirmar se seria poss vel gerar uma gram tica da forma que permitisse a reconstru o virtual de estruturas substancialmente destru das Pretendemos incluir dois exemplos PARTE 2 APLICA O DA GRAM TICA DA FORMA NO PROCESSO DE RECONSTRU O VIRTUAL DE SITIOS INCAS EM ALGUNS EXEMPLOS DE ESTRUTURAS PARCIALMENTE DESTRUIDAS VERSAO 3 D Exemplo1 Qollpa Ollantaytambo Cusco A unidade b sica dos Incas na maioria dos casos uma estrutura retangular
138. rela o a m sica tamb m pode ser realizado um estudo a n vel da terceira dimens o ou seja a ac stica e sonoridade na arquitetura Inca e pr Inca um campo de estudos que merece ser desenvolvido Os estudos ainda est o nos in cios sendo que os primeiros trabalhos foram realizados por Jerry Moore faz aproximadamente tr s anos Algo indicativo da falta de interesse no mundo do ambiente ac stico Andino como tamb m musical Andino o fato que na publica o Handbook of South American Archaeology nas 1190 p ginas n o incluem estudos da musica Andina e n o incluem os termos musica nem ac stica SILVERMAN e ISBELL editores 2008 Existem alguns estudos anteriores a este trabalho espec ficos referentes a instrumentos musicais dos Mochica e dos Nazca e a representa o em cer mica Fig 93 Tra ado urbano de Patallagta segundo Margolies e Gasparini Observar as varia es em termos das dimens es e as combina es das kanchas Fonte fonte Gasparini e Margolies 1 977 208 No caso de Patallagta existe uma repeti o e v rias recombina es do formato b sico da kancha Fig 93 Al m disso interessante observar que um grupo de kanchas fica na borda de um terra o de formato comprido e quase semicircular Neste caso as kanchas t m que ser compridas para ficar dentro de um espa o limitado e de formato curvo O que acontece que os Incas aplicaram o conceito definido por estirame 1128 133 Este um conceit
139. rio cresceu no est gio de crescimento econ mico militar que come a a constru o de cidades e povos em regi es conquistados A domina o Inca come ou principalmente com Incas Pachacuti Inca a seguir Topa Inca filho de Pachacuti Inca e Huayna C pac e estes chegaram a criar um Imp rio t o grande e em brev ssimo tempo que havia perigo de desintegra o devido sua extens o e criou dificuldades em termos do controle do territ rio Para estabelecer mais controle criaram quatro prov ncias conhecidas como os Suyos e eventualmente tamb m tiveram que criar uma capital provincial no Equador em Quito na regi o dos Canaris um povo que resistiu os Incas Existia a expectativa que cada suyo iria colaborar pagando os tributos respectivos dentro do extenso territ rio O sistema de tributo foi desenvolvido principalmente em termos de apoio agricultura m o de obra e procedimentos de manufatura da cer mica e tecidos como tamb m outros produtos Ent o era comum que os trabalhadores intinerantes conhecidos como mitimaes pagassem tributo por meio da m o de obra Eram geralmente origin rios de uma regi o e estavam obrigados a ir para outra prov ncia para realizar trabalho agr cola de produ o t xtil ou de constru o A troca e a reciprocidade foram importantes conceitos e fatos na regi o Andina e ainda s o Os mitimaes receberam sustento em termos de alimentos e hospedagem em troca pelo trabalho realizado prov vel qu
140. software desenvolvido especificamente para certas fun es e deixa de ser ativo ou receber suporte tecnico ap s cinco anos Isto gera problemas porque os sistemas computacionais tanto o software quanto o hardware est o em constante processo de avan os e melhorias O resultado pode ser que uma reconstru o virtual gerada no 1995 dificilmente ser lida por um sistema do 2010 Obviamente isso depende do sistema de armazenamento que tamb m muda radicalmente Cronologicamente s o apenas 15 anos mas os avan os em v rios sistemas computacionais tornam obsoletos aqueles dos anos 2000 e anteriores Lembre se que em 2000 falava se do Millenium Bug sendo um problema de banco de dados que exigiu o desenvolvimento sistemas para lidar com o mesmo Possivelmente este exemplo menos relevante aqui mas possibilita entender alguns dos perigos de depend ncia de um ou outro sistema computacional A nfase deve ser sobre desenvolver um sistema que fique livre e que seja um plataforma independente O software e o hardware mudaram de uma forma irreconhec vel em poucos anos de desenvolvimento Outros sistemas tamb m t m sido gerados para gravar artefatos e segi ncia dos mesmos principalmente a cer mica Agora os arque logos est o preocupados com a preserva o de documenta o arqueol gica arquivada em sistemas computacionais 309 3 Reconstru o virtual em casos de monumentos destru dos ou sofrendo um processo de destrui o
141. telhado de duas guas Fig 101 Face iv Fig 101 Regra n mero seis Regra n mero sete 215 Se existe uma estrutura retangular que inclui as regras de um a seis Ent o acrescente se em paralelo uma pracinha ou p tio ou espa o quadrado no lado interno o comprimento e a face denominada como face iv da estrutura que mede 9 0 m por 9 0 m Fig 102 Isto foi definida uma estrutura retangular com um patio quadrado adjacente e paralelo com a face iv e interna comprimento da estrutura retangular Face iv Fig 102 Regra n mero sete Regra n mero oito Se existe uma extrus o retangular com um telhado de duas guas que permite acesso da parte da face interna a um p tio como aquela descrita na regra n mero sete Ent o dever acrescentar tr s estruturas retangulares id nticas definidas na regra n mero seis com seus tetos de duas guas respectivos al m da primeira estrutura definida arranjados simetricamente em cada uma das tr s faces externas no espa o ou p tio central e quadrangular Fig 103 Em cada um das faces internas vi das quatro estruturas deve ser inserido um port o do tipo definido em regras porta 216 interna do cap tulo nove Este deve ser centrado e come ar desde o n vel da base na face iv Fig 103 Regra n mero oito poss vel aplicar a regra de conclus o aqui pelo menos para a parte da defini o estrutural mas lembramos que existe uma estrutur
142. termo cl ssico de origem grega usado para descrever uma ilus o tica Uma palavra muito similar existe no grego moderno que significa esticado alargado ou for ado E usada para corrigir a ilus o tica que seria o alargamento do primeiro ter o das colunas A defini o coluna a fim de corrigir uma ilus o ptica de concavidade verificada caso os lados CHING 2003 p 206 Ching esquece ou pelo menos ignora que este conceito conhecido em ingl s como foreshortening relacionado perspectiva ainda que n o se chame ntase existe e usado em detalhes como dentro das m topas e esculturas acima do entablamento um conceito que pode ser aplicado de forma global ou a elementos e formas arquitet nicas espec ficas A perspectiva usual era uma vista em geral observada atrav s de um ngulo bastante fechado desde o ch o piso inferior ou a base externa de uma estrutura Por isso o escor o foreshortening contra o ou distor o controlada relacionada ao conceito de anamorfose era usado principalmente nas esculturas acima do entablamento que podem ser observadas por exemplo nas estruturas e detalhes dos Elgin Marbles no Museu Brit nico Londres Reino Unido e originalmente do Parten n Atenas Gr cia Esse uso aparece mais tarde com algumas mudan as por exemplo nos templos barrocos como extens o de colunas nas c pulas e ab badas etc 137 Eram desenhos em geral pintados nos tetos e c pulas d
143. tica da forma especificamente gerada para uso pr tico Os territ rios de pa ses como Peru Bol via e Equador incorporam uma riqueza arqueol gica e arquitet nica muito variada Lamentavelmente essa riqueza n o veio acompanhada pelos recursos econ micos suficientes para a escava o e manuten o p s escava o havendo muitas vezes o risco de destrui o das estruturas e seus conte dos Esta 13 proposta sugere formas de limitar escava es e criar possibilidades de gerar vers es virtuais dos monumentos Incas inicialmente com o objetivo de preservar o patrim nio pr hist rico dos pa ses Andinos c Potencial de ser aplicado a culturas pr Incas Como uma sub hip tese importante considerar o seguinte a cultura Inca a ltima numa s rie de culturas na regi o Andina e esta derivou alguns dos seus conceitos arquitet nicos de culturas mais antigas Portanto uma gram tica da forma desenvolvida para a arquitetura Inca pode permitir o desenvolvimento de gram ticas da forma para arquiteturas antecessores dos Incas Precisa se adotar um procedimento gradual no primeiro caso partindo dos predecessores mais imediatos dos Incas Na verdade os in cios da arquitetura monumental na regi o Andina s o muito remotos em termos de quadros cronol gicos e posicionamento dos Incas Possivelmente essa arquiatetura come ou com as culturas relacionadas do Norte Chico uma regi o h 200 quil metros ao norte de Lima onde Caral
144. um extenso complexo de kanchas simples duplos triples e qu druplos que mudam de dimens es dependendo do setor urbano e que ficam definidas dentro de um espa o limitado numa s rie de terra os uma compara o interessante mas b sica que merece um estudo aparte e que funciona no caso de Patallajta Existem tamb m limita es porque em alguns centros Incas n o poss vel determinar se houveram exemplos de kanchas ou estruturas de car ter repetitivo apenas elementos que poderiam ser estruturas individuais Wittkower dedica pelo menos um cap tulo ao problema de propor es harm nicas na arquitetura aos estudos de Pall dio Alberti e outros da Renascen a onde houve uma integra o important ssima de conceitos derivados da m sica com desenho e arquitetura WITTKOWER 1971 p 101 154 A compara o b sica e simples acima poderia formar parte de um estudo comparativo 207 no futuro incorporando temas como ritmo e raz es e outros conceitos da teoria musical incluindo o fato de que a m sica Andina pentat nica relativa escala de cinco notas fator que poderia influenciar interpreta es Isto em termos de fatores computacionais n o apenas a gram tica da forma que pode ter uma aplica o na arquitetura Inca mas abordando o tema em v rios n veis como uma novela Borgiana seria poss vel incluir elementos da teoria musical Al m do potencial de estudar os planos de estruturas bidimensionais e em
145. uma gram tica da forma especificamente para a arquitetura Palladiana Para efetuar este estudo foi necess rio determinar as dimens es e propor es ideais usadas pelo famoso arquiteto italiano Andrea di Pietro della G ndola vulgo Pall dio ou mais conhecido como Andrea Palladio 1508 1580 Aquelas dimens es foram aplicadas por meio de f rmulas sistem ticas a sal es e quartos considerados relevantes como tamb m s diferentes partes das vilas assim como aos planos de vilas completos A distribui o e simetria interna das vilas parece ter sido importante tanto para a est tica quanto para a distribui o e a simetria externa Mitchell estava ciente disto e na gram tica da forma que desenvolveu na L gica da Arquitetura 2008 gera op es por meio de regras de transla o rota o espelhamento e adicionando ou removendo formas para quartos em forma de T I e T invertido Figs 67i ii e iv Utilizou formatos retangulares quadrangulares e considerou o relacionamento da entrada principal com as escadas exteriores como tamb m as internas O posicionamento das janelas portas e colunas definido atrav s de uma s rie de regras separadas da estrutura principal descritas em sua linguagem e regras que desenvolveu para estabelecer a gram tica da forma Palladiana STINY e MITCHELL 1978 p 5 18
146. uma rela o entre os resultados da arqueologia Andina e especialmente a arquitetura Inca por meio de procedimentos l gicos referentes ao conceito de computabilidade Assim elaboramos uma gram tica da forma especificamente para analisar essa arquitetura que o objetivo principal desta tese A nossa proposta no sentido de estabelecer novos fundamentos te ricos e pr ticos para a arquitetura Inca baseados em conceitos originalmente desenvolvidos por matem ticos ling istas e arquitetos Utilizamos conceitos derivados das ci ncias cognitivas intelig ncia artificial e principalmente dos procedimentos da l gica importante neste contexto explicar o termo computational design que pretendemos descrever abaixo que poderia ser considerado um neologismo derivado do ingl s a computabilidade Uma das nossas propostas de apresentar um modo de analisar como tamb m de representar o conhecimento arquitet nico ABndino que procura entender e descrever alguns aspectos do modo de pensar e atuar do arquiteto Inca desconhecido i L gica e teorias computacionais A l gica a ci ncia de raciocinar com exatid o e por esse motivo est amplamente ligada ao conceito de computational design Este ltimo dif cil traduzir e refere se a projetos baseados em teorias computacionais referentes a computabilidade de projeto e n o somente aos sistemas digitais de suporte de representa o e renderiza o Geralmente se refere a um projet
147. varia o de uma estrutura retangular associada com as kanchas No m todo de constru o temos por exemplo uma parede ou muro que poderia ser constru da como pedra com um acabamento fino Cusco ou ser de adobe ou at uma mistura das duas t cnicas Pachacamac Yucay Racchi ou pedra com argamassa pirca dependendo da regi o O que permitiu isso foi o controle aplicado pelos Incas sobre os v rios povos conquistados e o tributo e taxas que pagavam Os grandes projetos precisavam de m o de obra particularmente desses povos conquistados e grupos inteiros foram transferidos temporariamente para trabalhar nesses projetos s vezes poss vel identificar um estilo de constru o que ainda parece ser de padr o Inca mas incorpora elementos que podem ser origin rios de outros grupos tais como nos casos de Choquequirao Pachacamac Chincha e muitos mais Ainda n o sabemos com certeza quantos povos estavam dominados e subjugados pelos Incas Contudo sabemos que os cronistas espanh is descrevem os Chachapoyas e a rebeldia deste grupo nortenho como tamb m a repress o e domina o Inca daquele povo Sabemos tamb m que os Chachapoyas foram conquistados e incorporados nos trabalhos dos grandes projetos monumentais como por exemplo em Ollantaytambo e possivelmente em Choquequirao Os Colla da regi o do Lago Titicaca trabalharam em outros projetos Sugere se que antes da chegada dos espanh is a popula o da regi o centro andina prova
148. vel estabelecer um problema adicional Este consiste no fato de que essa regra simplificada e falsa no caso das kanchas de Ollantaytambo A descri o da extrus o que gera a parede ou muro quadrangular que est ao redor das quatro estruturas 291 retangulares da kancha n o existe independentemente O muro que vai ao redor da kancha inclui est incorporado nas tr s paredes externas das tr s estruturas retangulares da kancha como tamb m da quarta estrutura que seria o edif cio retangular de dois andares que est compartilhada com a kancha seguinte A parede ou muro divis rio chega a ser incorporado atravessando a metade da estrutura ou seja o comprimento dentro desta estrutura retangular de dois andares Desta forma existe um muro ao redor do conjunto de quatro estruturas retangulares e chega a ser parte integral das quatro estruturas No caso de Ollantaytambo ser necess rio estabelecer uma defini o das regras de uma forma parcialmente diferente daquelas onde existem quatro ou menos estruturas basicamente id nticas distribu das simetricamente ao redor de um p tio interno com ou sem um muro ou parede no entorno Temos observado nestes procedimentos a repeti o modular com m ltiplas varia es do m dulo ou elemento principal Isto interessante em termos de ritmos estruturais e arquitet nicos Tamb m apresenta quase contraditoriamente certo senso de irregularidade ou variabilidade que existe na arquitetura In
149. vio de gram tica da forma Em resumo o procedimento a ser aplicado ser estabelecido passo a passo partindo de uma estrutura retangular a unidade base levando a ao est gio e resultado final completo que uma kancha inteira isto quatro estruturas retangulares arranjadas simetricamente em forma de uma cruz ao redor de um p tio interno Ap s a defini o dessa kancha inteira haver m ltiplas formas e outros formatos que 244 desenvolveremos kanchas parciais estendidas duplicadas e aumentadas e reduzidas incluindo a redu o radical dos elementos retangulares das kanchas Ser tamb m considerada a aplica o de conceitos diferentes para estruturas retangulares que incorporam curvas Elaboramos a seguir dez regras ou passos generalizados e prim rios para definir um conjunto de estruturas Essas regras s o definidas em um n vel simplificado e aplicadas a estruturas em tr s dimens es para permitir mais op es na visualiza o que um dos objetivos deste trabalho As estruturas s o reduzidas ao m nimo em termos de detalhe permitindo uma gera o r pida da forma visual Consideramos que s o regras gen ricas e b sicas que servem para sugerir que poss vel criar uma gram tica da forma dedicada especificamente ao formato b sico da arquitetura Inca isto a estrutura retangular repetida quatro vezes para criar uma kancha incluindo as varia es da mesma Ser essencial definir com mais detalhe no
150. 0 Exemplo de Tiahuanaco Tiwanaku No centro cerimonial pr Inca de Tiahuanaco cerca de 1 500 quil metros ao sul de Chan Chan tamb m podemos observar um planejamento ortogonal com eixos caminhos muros acesso a gua e outros fatores como aqueles de Chan Chan que est o bem estabelecidos p tios centros de reuni o e possivelmente armaz ns A parte urbana que muito extensa ainda precisa de muito estudo mas na parte relacionada com os nobres administra o e eventos rituais que conhecemos existe uma padroniza o ortogonal Como mencionamos anteriormente investigamos adicionalmente nesta tese a t tulo de metodologia de trabalho se a arquitetura Inca incorpora uma gram tica de forma que pode ser em parte uma heran a de arquitetura e urbanismo pr Inca A seguir apresentaremos uma sele o de v rias estruturas pr Incas em agrupamentos de edifica es e outros casos como estruturas individuais Tiahuanaco O primeiro cronologicamente e talvez o mais importante para os Incas o centro cerimonial de Tiahuanaco Tiwanaku perto do Lago Titicaca na Bol via Lamentavelmente a despeito de muitos trabalhos arqueol gicos ao longo de quase dois s culos existem poucos levantamentos detalhados e planos completos de Tiahuanaco Geralmente esses n o apresentam suficientes detalhes para permitir definir e identificar a parte urbana e os setores de armazenamento Os planos Figs 179 e 180 inclusos indicam soment
151. 101 autores John Rowe Alfred Kidder II Alfred Metraux e muitos mais com amplos conhecimentos em variados campos da lingiifstica arqueologia etnografia estudos de cer mica e arquitetura um trabalho que inclui regi es diversas desde a Terra de Fogo at o Dari n al m de descrever em detalhe fatos culturais Foi dispon bilizado a grupos acad micos e interessados principalmente da l ngua inglesa E ainda 50 anos mais tarde resultou em uma s rie de volumes muito conceituados S o regularmente consultados para entender a ling stica religi o etnologia costumes religiosos tradi es funer rias as artes arquitetura e outros temas de interesse tanto da extensa regi o Andina quanto da Amaz nia Orinoco Patag nia e Terra do Fogo Foi t o bem sucedido que foi publicada outra s rie para Mesoam rica O projeto Vir tamb m apoiado pela Smithsonian foi uma investiga o muito espec fica dirigida por Gordon Willey em 1 946 e publicada em 1 953 ou seja 10 anos ap s seu estudo do Vale de Chancay um estudo integral de um vale nortenho da costa peruana onde existiram v rias culturas como tamb m express es culturais locais que seria de menor impacto em termos cronol gicos para o resto da regi o centro Andina Ainda assim foi um trabalho importante que tentou entender o desenvolvimento de v rias culturas e as suas express es regionais atrav s da cronologia de um vale espec fico MOSELEY 2001 p 174 177
152. 2 Rio Vilcanota e o vale de Patacancha as 184 Vales do Vilcanota Urubamba e Patacancha vista dire o nor oeste com a cidade de Ollantaytambo e seu plano ortogonal No fundo os terra os e a fortaleza ou templo seara 186 Regra n mero UM st ce eee e asi ese lated EE a a e E pas 187 Regra MUMETO dO18 2 ss2ceseseeadees heey io polo ab so utapos Pinga panda ob piada ache Pata Os den aBos dna 188 Regra n mero tr s aonan ao ona o sidonp Wadeee o Janta een cin So asoata and 188 Regra n mero GUA seie2 ress setae eee gedeend nei los ia dec este Guth poa Steve taal 189 RESTA n mero CINCO maai ergenis neee a E EA A E E E RE lesions 190 Regra N MEro SEIS 16 2 os Soeces tha ees oa hee ee ee E EG 190 Exemplos de kanchas reconstru das Racchi San Pedro de Casta CUZCOs x tives cilscA Aeshna tte ieee ilies Hee reine 191 Regra n mero SeLe ssm cedia sede co a healt eeth sec ede Haein ds 192 Exemplos de kanchas No 10 Ollantaytambo ii 195 Exemplo e reconstru o de uma kancha de Ollantaytambo 196 Plano das kanchas de Patallagta errar 197 Plano de uma kancha destru da em Qollpa perto de Ollantaytambo 199 Plano de uma kancha parcial em Chachabamba ou Chuchupampa 199 Regra n mero um reconstru o 3 D ir reree 201 Regra n mero dois us sieges ee ea E E E EA altos o
153. 25 2 005 e outros os chilenos Gustave le Paige 1 903 1 980 argentinos Alberto Rex Gonzalez 1 918 e equatorianos Emilio Estrada 1 926 1 961 tamb m desenvolveram um entendimento e interpreta o regional de suas culturas locais Esta consci ncia aut ctone e coletiva do passado teve uma influ ncia forte no M xico e no Peru Avan ou em paralelo com o desenvolvimento do indigenismo nas artes e na literatura constituindo um movimento importante Muitos dos autores indigenistas nem sempre tinham antecedentes ind genas como o artista Jos Sabogal 1 888 1 956 e o arque logo J lio C Tello 1 880 1 947 Geralmente os artistas procediam da elite Limenha ou das cidades principais do Peru como Arequipa Trujillo e Cusco de La Paz Cochabamba e Sucre na Bol via de Quito Guayaquil e Cuenca no Equador Aparte dos trabalhos de Tello em Cerro Sech n MILLER 1995 p 25 28 e Chav n MILLER 1995 p 29 49 KAUFFMANN DOIG 2010 p 1 8 e das culturas relacionadas a esses dois centros pr Incas a incipiente arqueologia nativa n o chegou florescer 100 As duas guerras mundiais implicaram tempos de austeridade falta de verba de recursos e arque logos preparados Logo ap s o final da segunda guerra observa se um sem nimero de projetos apoiados pelas universidades da Calif rnia principalmente Berkeley em S o Francisco Nova Iorque Boston e Filad lfia Peabody e outros Financeiramente observa se o apoio das funda es Wenne
154. 273 da verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior Este processo cria e insira um formato trapezoidal dentro do bloco retangular Fig 156 Fig 156 Regra entrada principal n mero dois Regra n mero tr s porta externa entrada principal do conjunto Se dentro de um paralelep pedo vertical existe um trapez ide vertical que mede 2 3 m de altura e 1 2 m de comprimento na base e 0 95 m na parte da verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior base 274 Ent o substitua este trapez ide vertical por outro trapez ide vertical que mede 2 3 m de altura e 1 2 m de comprimento na base e 0 95 m na parte superior ou verga e uma espessura de parede de 1 2 m na parte inferior base e uma espessura na parte superior no nivel da travessa de 1 m A base fica ligeiramente maior que a parte superior automaticamente criando um ngulo Isto deve criar na face externa da porta uma inclina o que dever ser integrada aos muros externos da kancha ou estruturas retangulares anteriormente definidas as quais devem incluir uma inclina o de 1 5 graus Fig 157 gt gt gt gt gt gt Fig 157 Regra entrada principal n mero tr s Regra n mero quatro porta externa entrada principal do conjunto Deve ser repetido o procedimento da regra n mero dois ou seja substituindo com um volume com a mesma forma trapezoidal e inclina o externa mas que inclua na face interna uma inclina o de 1 0 g
155. 7 Regra n mero sete Na regra n mero quatro de conjuntos tridimensionais fizemos referencia a exist ncia de uma nica porta ligando o exterior com o interior Na vers o nova de dois grupos de quatro estruturas retangulares ou seja incluindo uma que compartilhada entre os dois conjuntos e estruturas que est o distribu das ao redor de dois p tios existe uma porta ligando o exterior ao interior do grupo de quatro estruturas na estrutura retangular II haver que haver outra para controlar o ingresso 202 ao segundo p tio Ent o vamos substituir o segundo grupo de quatro estruturas retangulares com uma que inclu a uma porta ligando o segundo p tio ao exterior na estrutura retangular IV ou I dependendo do posicionamento Podemos dizer que os dois grupos de estruturas t m acesso desde o exterior ou interior desde o p tio via as estruturas I ou IV Isto permite os dois conjuntos serem independentes em termos de acesso externo Fig 90 DI C C C Fig 90 Regra n mero sete Agora podem ser consideradas independentes e a implica o que existe um maior n vel de privacidade uso exclusivo de um grupo nuclear familiar ou at uso para um grupo espec fico de nobres ou talvez militares Temos apresentado o processo para definir uma gram tica da forma simplificada para as quatro estruturas retangulares e quase id nticas definidas na primeira parte deste cap tulo no seu formato tridimensional Estas regras de
156. 8 Fig 59 Regra n mero um Regra n mero dois Se voc tem um ret ngulo que mede 12 5 metros de comprimento e 5 0 metros de largura Ent o substitua aquele ret ngulo pelo que ser uma extrus o formada por dois ret ngulos um externo de 12 5 metros de comprimento e 5 0 metros de largura e outro interno que gera um s lido equivalente a espessura das paredes Incas O ret ngulo interno deve ter dimens es de 1 2 metros tendo este uma espessura a menos que o externo em cada uma das paredes do quadril tero com as duas paredes chegando a uma altura de 2 5 metros e uma base com uma espessura de 1 2 metros Isto s o dois ret ngulos da mesma altura que criam um s lido Fig 60 Esta a forma b sica retangular da maioria das estruturas Incas Fig 60 Regra n mero dois 169 Regra n mero tr s Se voc tem uma extrus o retangular com uma altura de 2 5 metros 12 5 metros de comprimento e 5 0 metros de largura e uma base com uma espessura de 1 2 metros Ent o adicione a cada largura uma das duas empenas que s o de 5 0 metros de largura um topo triangular o qual em seu pice mede 1 5 metros a mais ou seja mais alto do que aquele de 2 5 metros da extrus o retangular da regra dois Em outras palavras adicionado s empenas retangulares um topo triangular de 1 5 metros de altura Sendo assim a altura total no seu pice de 4 metros ou seja os 2 5 metros de altura da extrus o original som
157. 8 Villa Savoie Poissy de Le Corbusier Observar o uso de pilotis distribu dos simetricamente como suporte para uma estrutura com um espa o p tio interno no segundo andar Fonte GOSSEL 2005 p 232 Constru o em lugares onde havia possibilidades de criar terra os andenes para a agricultura n o era muito desej vel para os Incas nem para as culturas antecessores Ollantaytambo interessante no sentido de que n o fica dentro deste padr o pois a parte urbana foi estabelecida no meio de um vale com potencial agr cola Centros como Ollantaytambo foram geralmente constru dos em lugares altos e com espa os planos como Hu nuco Viejo Patallagta Chucuito Pumpu ou Hatun Cusco Materiais O material preferido dos Incas era a pedra pois permitia criar estruturas s lidas resistentes aos terremotos e propagava uma mensagem de poder e perman ncia Outro fator que contribuiu para essa escolha e uso desse material foi 48 simplesmente a disponibilidade de uma variedade de diferentes tipos de pedras Na maior parte dos Andes centrais existem amplas fontes de basalto andesita e granito e no norte do territ rio Inca pedras sediment res e calc rias que foram as pedras prediletas para as constru es nobres e de import ncia pol tica religiosa e social As cores dessas pedras variavam entre preto cinza cinza azul cinza chumbo e verde cinza no caso do basalto enquanto o granito variava de rosa a branco cinza e preto As
158. 88 Fonte Foto de Mackay 2009 Cerca de uns 100 quil metros ao norte da moderna cidade de La Paz foi estabelecida a extensa cidade de Tiahuanaco hoje caracterizada pelas estruturas administrativas ou cerimoniais retangulares e quadril teras distribu das dentro um plano ortogonal Tiahuanaco ou Tiwanaku como tamb m conhecida tem v rias estruturas cerimoniais como pir mides plataformas pra as semi subterr neas as quais foram constru das predominantemente com pedras trabalhadas A cultura Inca que se desenvolveu muito mais tarde supostamente recebeu parte dessa heran a Tiahuanaquense Evidencia disto restrita a algumas referencias nas cr nicas e tamb m ligada geralmente s chullpas ou t mulos de forma de torres principalmente quelas de de Sillustani Puno Fig 174 Estas s o consideradas testemunhas dessa cultura compartilhada As descobertas feitas tais como tupus ou alfinetes e queros ou copos de ouro e prata em alguns desses t mulos sugeriam a presen a Inca mas poderiam tamb m ser um re uso de estruturas anteriores Uma das melhores formas de visualizar as plantas de edifica es e as liga es entre as v rias estruturas observar o altiplano de cima atrav s de aerofotografia e de fotos obtidas via sat lite Fig 191 e 192 Fig 191 Vista de Tiahuanaco Bol via vista tirada por um sat lite Observar pir mide Akapana Fonte Wikimapia acessado em 22 06 2010 A expedi o Shippee Johnsto
159. AD g Chengtu Szechwan 1875 AD Fig 201 i 11 111 Desenvolvimento da gram tica da forma das janelas chinesas de Stiny 1977 Observar nos primeiros est gios o uso de labels ou indicadores para estabelecer pontos de uni o iii Casas turcas Casas turcas 1996 de quartos dentro de estruturas e agrupamentos de casas ligadas pela distribui o dos quartos O autor cria uma s rie de casas tradicionais turcas empregando uma gram tica da forma pr determinada ou pr definida Poder se ia dizer que a mesma regra ou seq ncias de regras similares s o repetidas Os resultados derivados apresentam um certo n vel de semelhan a formando quase um cat logo de diferentes tipos de estruturas habitacionais Fig 202 1996 p 443 464 gr Pn tpe mia x oo em 1 pape 20 Fig 202 i ii Desenvolvimento da gram tica da forma das casas turcas de casa 417 iv Palacios Ndebele Pal cios e casas dos Ndebele Os autores tentam fazer uma classifica o de uma s rie de pal cios ou vilas dos Ndebele na frica do Sul Em um estudo sobre a linguagem de casarios e aldeias lineais dos Ndebele um grupo de regras repetido Geralmente este estudo n o est orientado para as subdivis es internas como no caso do estudo das casas de turcas de Cagdas mas descri o externa e a nfase principal est no uso dos p tios
160. AFI T e de PAOLI G 2003 Computer Modeling as a means of reflexion in Archaeology A new epigraphic and architectural approach applied to a monument registered on the World Heritage list CAADRIA 2003 p 1 15 PARK Hyoung June ECONOMOU Athanassios e PAPALAMBROS Panos 2005 Hermes A Computational Tool for Proportional Studies in Design CAAD futures 2005 Viena Austria p 99 108 PINO M Jos Luis 2005 El Ushnu y la Organizaci n Espacial Astron mica en la Sierra Central del Chinchaysuyu Estudios Atacamefios No 29 p 143 161 PINTO DUARTE Jose 2001 Customizing Mass Housing a Discursive Grammar for Dissertacao Massachusetts Institute of Technology Cambridge EUA PINTO DUARTE Jose 2005 Towards the mass customization of housing the grammar of Siza s houses at Malagueira Environment and Planning B Planning and Design Volume 32 p 347 380 PLIMPTON C L e HASSAN F A 1987 Social Space A Determinant of House Architecture Environment and Planning B Planning and Design Volume 14 p 439 449 PONCE SANGINES C 1999 Arqueolog a Pol tica Tiwanaku un estado precolombino La Paz Bol via PROMPERU 1999 Roberto Quiroz ed Heritage Trails of Ollantaytambo The Sacred Valley of the Incas Commission for the Promotion of Peru Heritage Trails of Ollantaytambo The Sacred Valley of the Incas Lima Peru PROTZEN Jean Pierre 2005 Arquitectura y Construcci n Incas en Ollantaytambo Ponti
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162. Chan e substancialmente diferente em termos de dimens es em rela o a outras cidades constru das por v rias culturas pr Incas Foi constru da nas proximidades do oceano Pac fico do lado oeste e do deserto do lado sul e leste Era abastecida de gua dos Andes ao norte A cidade se desenvolveu com v rios setores hoje em dia conhecidos para pequenas cidades Essas de supor pertenciam a grupos de nobres que recebiam as propriedades por heran a MOSELEY Michael e DAY Kent 1982 p 14 16 Ao redor dessas cidades desenvolveu se a constru o de casas e complexos dessas no entanto sem um planejamento coesivo Essas casas e seus complexos n o s o de interesse deste estudo por falta de padr es espec ficos e de uma ortogonalidade bvia As ciudadelas possuem um ordenamento ortogonal o que sugere um planejamento estruturado como tamb m uma unidade em termos das estruturas e de estilo de constru o O contexto geogr fico das cidades associadas com os Chim e a cultura Lambayeque da costa rida s o muito diferentes das cidades dos Tiahuanaco do altiplano A diferen a ainda mais bvia no caso dos Incas que em geral constru am aos p s de grandes montanhas acima dessas ou em vales muito estreitos Os Incas muitas vezes faziam refer ncia ao mundo ao redor das estruturas e edif cios Este mundo at podia ser incorporado e refletido nas estruturas como por exemplo elementos da natureza rochas montanhas e rios pr
163. Colorado Fig 170 Lunahuan e Inkawasi Lima e Ica onde existem nichos escalonados isto arranjados simetricamente mas em faixas uma acima da outra Fig 170 Centro Inca de Tambo Colorado Ica Peru nichos e porta de dupla reentr ncia e uma segunda faixa de nichos de adobe escalondos Fonte Foto Mackay 2009 Exce es s regras definidas para unidades e conjuntos kancha No caso de Ollantaytambo e alguns outros centros Incas as kanchas foram duplicadas onde existem exemplos de uma estrutura retangular e compartilhada mas n o interconectada que ficava nos fundos de outra A s rie de regras se fosse aplicada s kanchas duplas quarteir es ou super kanchas seria falsa a partir da regra sete e oito regras para conjuntos e unidades pois a estrutura retangular ainda que seja 290 muito parecida com as outras estruturas retangulares na kancha de dois andares e algumas das dimens es mudam por exemplo a largura e a altura Al m disto dentro desta estrutura existe uma parede que chega dividir o ret ngulo longitudinalmente Esta estrutura retangular de dois andares de duas partes compartilhada pelas duas kanchas no caso de Ollantaytambo Fig 171 a e em outros centros Inca como Patallagta ou Llagtapata Fig 93 Fig 171 a eb Kanchas Incas ainda em uso em Ollantaytambo Cusco Peru Fonte Fotos Mackay 2007 No tocante regra n mero nove das regras para unidades e conjuntos poss
164. EMMING 1982 p 167 169 Instru es espec ficas para trabalhos comissionados n o s o conhecidas mas poss vel confirmar que as instru es n o mudavam muito de um centro Inca para outro Existia um padr o b sico e reconhecido em todo o imp rio Inca 4 Quem foi o arquiteto e ou o construtor Lamentavelmente n o temos os nomes espec ficos de arquiteto e ou construtor O arquiteto era provavelmente o Inca mesmo que dirigia pelo menos inicialmente a planifica o HEMMING 1982 p 15 O construtor foi o povo Qu chua e outras tribos integradas pelos Incas Chachapoyas Chim Colla Chincha Canaris e muitos mais Semelhantemente temos hoje em dia o trabalho cooperativo dos habitantes do Vale Sagrado Cusco na constru o de edifica es principalmente casas Ainda podemos observar esta atividade que bastante comum particularmente nos Andes aynis e minka seja trabalho agr cola nas estradas limpeza de canais ou na constru o de pr dios terra os e paredes 5 Qual foi o custo da estrutura e quais foram e s o os custos de uso e manuten o No nosso mundo globalizado al m das preocupa es que temos com os custos interessante observar que o sistema que existia e ainda existe nos Andes atuais muito ligado a troca intercambio e principalmente ao conceito de reciprocidade Para n s nos dias de hoje este conceito n o t o comum mas ainda existe em termos de troca de trabalho por produtos como por
165. ESTIGIO REPUBLICANO SECTOR 00500 AYLLU Fig 114i ii Plano do Quarteir o super kancha n mero 2 Setor Qosqo Ayllu e reconstru o esquem tica parcial de uma kancha da mesma Ollantaytambo Fonte Instituto Nacional de Cultura Cusco 2007 221 O exemplo t pico de Ollantaytambo de quatro estruturas retangulares quase id nticas e apresentadas em forma espelhadas ou rotacionadas ao redor de um espa o no meio dos quatro ret ngulos que ser definido como um p tio quadrangular Em outras palavras s o quatro estruturas quase id nticas numa kancha que s o duplicadas dentro de um quarteir o ou super kancha Uma das quatro estruturas retangulares est dividida entre as duas kanchas ou seja a nica com dois andares No caso do quarteir o INC 9 esta estrutura est intacta e n o ser necess rio descrev la em detalhe Este cap tulo est restrito a representa o de plantas bidimensionais Por isto de pouca import ncia se a estrutura de dois andares ou uma estrutura simples de um andar As dimens es da planta da estrutura de dois andares s o quase id nticas s outras tr s A planta desta estrutura de dois andares quase id ntica as outras tr s a diferen a principal est na divis o interna que ocorre uma s vez atrav s de uma parede ao longo do cumprimento As quatro estruturas s o apresentadas paralelas com as quatro faces do p tio quadrangular interno sendo que as fachadas principais
166. Ele gerou pelos menos duzentos e trinta varia es das vilas do estilo de Pall dio embora n o as tenham necessariamente desenvolvido Tiahuanaco pelo fato de que possui estruturas ortogonais e sim tricas tamb m apresenta possibilidades na aplica o mas como ainda falta uma base de dados maior apresentaria alguns problemas na defini o de uma gram tica da forma Os exemplos de Chan Chan e da cultura Chim s o bons candidatos e existem timas 385 condi es para aplicar a gram tica da forma nos v rios centros Chim seja Chan Chan Pacatnam Farf n Manch n e El Milagro Lamentavelmente dif cil estabelecer e confirmar a influencia da arquitetura Chim no contexto da arquitetura Inca devido falta de documenta o e permitir criar uma gram tica da forma especificamente para a arquitetura Chim e para as culturas associadas da costa Norte do Peru Isto deixa Huari com mais potencial para receber uma aplica o parecida aquela definida para os Incas Isto se deve principalmente ao fato de que o setor Moradachayoc ainda mant m um padr o que poderia ser desenvolvido por meio da gera o da gram tica de forma espec ficamente definida para esse setor estabelecendo se poss veis liga es com a arquitetura Inca 386 Fig 189b Tabela Linha do tempo tra os comparativos para a arquitetura das manifesta es culturais pr Incas Incas Coloniais e Republicanas e a rela o com outros eventos mundiais
167. IST RIA DEFINI ES Uma p gina web que descreve a hist ria da gram tica da forma conceitos e as defini es e aplica es www shapegrammar org Esta p gina inclui o artigo importante e formativo de George Stiny STINY 1972 que serve de ponto de referencia no mundo dos estudos da gram tica da forma Foi publicada em ingl s O resumo de Terry Knight KNIGHT 1999 em ingl s da gram tica da forma e sua aplica o e uso tamb m um trabalho importante O leitor de fala portuguesa pode dispor de v rios artigos escritos principalmente por Gabriela Celani e outros que incluem um resumo sucinto do tema CELANI CYPRIANO GODOI e VAZ 2009 hell por Celani CELANI 2008 uma importante contribui o para o estudo anal tico da arquitetura Inclui no cap tulo 8 um estudo detalhado dos procedimentos usados por Mitchell para definir gram ticas das formas Outros recursos incluem as aulas audiovisuais gravadas e traduzidas para o portugu s em 2005 do Dr Alan Bridges University of Strathclyde Esc cia na Faculdade de Arquitetura na FAU Lecomp do Prof Dr Neander Silva Furtado Rosirene Mayer em 2003 completou um estudo original referente a arquitetura de Oscar Niemeyer e integrou o com uma an lise empregando uma gram tica da forma especificamente desenvolvida para as obras de Oscar Niemeyer Todos estes trabalhos e muitos outros sugerem que a aplica o de algoritmos pode gerar fachadas plantas e pode incluir o desenho de est
168. Inca de Tambo Colorado Ica Peru ccccccccccccccceseceseeseceseeeseeees 275 Kanchas Incas de Ollantayambo Cusco Peru de ceccceessceeseceeeeceeeeeeees 276 Anexo A A gera o de diferentes rela es CSpaciais eee sseceseceseeeeeeeee 332 Anexo A A gera o de diferentes rela es CSpacials seeececeeeeeeeeeeeeneee 332 Anexo B Chullpas ou t mulos de Sillustani Puno Peru 336 Mapa dos Andes Centrais com os centros mencionados 337 Tabela cronol gica com um resumo das ltimas culturas da regi o centro Andina sa a ere o E techie ection E E EE aii a ER 340 Plano de Chan Chan Trujillo 342 Plano da Ciudadela Rivero Chan Chan Trujillo seeeseeeseesesessssssesssressess 343 Plano geral de Tiahuanaco e E seth 345 Plano geral de Tiahtahac irector iein oeeie eote e EEEE E EEEE EEE 346 Centro de armazenamento e cerimonial de Pikillajta 348 Parte do centro cerimonial de Moradachayug Wari 349 Portada do Sol Tiahuanaco Bolivia ccccccccceesssssseccccecececececeseceeseseseeeseseses 354 a Parte do centro cerimonial de Moradachayug Wari b pode ser comparado com os planos das kanchas descritas por Hyslop 356 Vale Sagrado dos Incas Cusco ni ereeereeeneraeraneaaeea 360 O plano urbano 1 e a pra a 2 de Ollantaytambo Vale Sagrado dos Incas Cusco
169. L William J 1977 Computer Aided Architectural Design Van Nostrand Reinhold Company New Iorque USA MITCHELL William J 1996 The Logic of Architecture MIT Press Boston USA 467 MITCHELL William J 2008 A L gica da Arquitetura Unicamp S o Paulo Brasil MOFFETT Marian FAZIO Michael e WODEHOUSE Lawrence 2003 A World History of Architecture Laurence King Publishing Ltd Londres Inglaterra MOORE Jerry D 2005 Architecture amp Power in the Ancient Andes The archaeology of public buildings Cambridge University Press Cambridge Inglaterra MOORE Jerry D 2005 Cultural Landscapes in the Ancient Andes Archaeology of Place University Press of Florida Gainesville Florida USA MOREIRA Neiva 1974 Modelo Peruano Rio de Janeiro RJ Brasil Hu nuco Viejo An Inca Administrative Center MORRIS Craig 1985 Hu nuco Pampa an Inca City and its Hinterland Thames and Hudson Londres Inglaterra MORRIS Craig e VON HAGEN Adriana 1993 The Inka Empire and its Andean Origins Abbeville Press Inc Nova Iorque USA MOSELEY Michael 1974 Chan Chan Twenty four Architectural Plans of Chan Chan Peru Harvard University Press USA MOSELEY M E 2001 The Incas and their Ancestors The Archaeology of Peru Thames and Hudson Londres Inglaterra MOSELEY Michael 2002 Chan Chan Andean Desert City University of New Mexico New Mexico USA MYERS Thomas P
170. Manuten o de monumentos e estruturas tamb m cria problemas similares Obviamente um dos problemas imediatos a falta de verba e arrecada o de recursos especificamente daqueles dedicados manuten o de estruturas e museus Estes s o problemas importantes para os pa ses Andinos tais como Argentina Chile Col mbia Bol via Equador e Peru que t m que lidar com milhares de exemplos de estruturas de origem arqueol gica H exemplos de museus regionais que complementam os monumentos por exemplo o Museu Gustave Le Paige em San Pedro de Atacama Chile Tiahuanaco na Bol via Puruchuco e Pachacamac Lima Peru Ollantaytambo Cusco Peru e alguns outros que foram bem sucedidos como o projeto e museu Sip n no Peru de Walter Alva Os monumentos da regi o andina podem sofrer tr s tipos principais problemas e s vezes uma combina o deles Esses s o especificamente os 305 efeitos negativos de turismo excessivo grafite picha es e destrui o de estruturas Os terremotos s o comuns na regi o Andina e as chuvas podem em casos excepcionais destruir estruturas como aconteceu com Chan Chan na costa nos anos 1970 nos eventos do fen meno El Ni o Al m da destrui o de monumentos h situa es em que esses s o incorporados a pueblos j venes ou barriadas equivalente a favelas ou s o destru dos por tubula es barragens pela agricultura etc As estruturas na maioria de casos constituem o elemento visual e a parte
171. No caso da arquitetura Inca poss vel fazer uma aplica o da gram tica da forma modificada mas similar s kanchas O n mero de varia es e vers es muito mais limitado do que em rela o arquitetura Palladiana Os procedimentos utilizado em nosso passo a passo ao aplicarmos a gram tica da forma arquitetura Inca em termos gerais s o muito parecidos queles aplicados arquitetura Palladiana Formulamos dois formatos de representa es um bi dimensional e outro tri dimensional para definir e visualizar com mais detalhe as kanchas Por algum motivo Mitchell decidiu n o aplicar um m todo tri dimensional no estudo das vilas desenhadas por Pall dio Um m todo tri dimensional aplicado s vilas de Pall dio teria sido de muito valor especialmente para entender a simetria e distribui o interna e a integra o dessa com a parte externa fachada Seebohm comenta isto e no seu artigo procura gerar estruturas completas SEEBOHM 1991 p 135 166 e 2001 p 156 165 A arquitetura Inca tamb m precisa ser apresentada de forma tri dimensional mas por outros motivos principalmente para descrever o efeito ntase nas estruturas a Diferen as entre a aplica o da gram tica da forma arquitetura Palladiana e dos Incas Compara es como j foi mencionado uma das diferen as principais entre as duas arquiteturas mencionadas a representa o vertical das fachadas em que Pall dio decide enfatizar tanto o elemento
172. Observar as quatro estruturas retangulares o p tio central os nichos nas paredes internas a inclina o dos muros pelo lado interno e os pontos para atadura do telhado Fonte Foto de Mackay 2 007 poss vel descrever em termos musicais o formato da kancha Podemos dizer que similar a um ritmo de som e sil ncio Possui um ritmo definido e consiste em uma recorr ncia integrando padr es com elementos e motivos espa ados com intervalos regulares e s vezes irregulares um ritmo dominante usado para organizar espa os que podem ser repetidos com varia es em diversos lugares no extenso territ rio Inca CHING 2005 p 356 As estruturas como as notas musicais isto com a dura o e tom podem mudar s vezes radicalmente em rela o ao ritmo ou estrutura b sica Existe aquele conceito do modoki similar mais diferente 206 Fig 92 Exemplo e reconstru o de uma kancha de Ollantaytambo Fonte Gasparini e Margolies 1977 p 71 No caso de Patallagta poss vel sugerir que existe um ritmo forte das kanchas repetidas como tamb m no caso de Ollantaytambo Dentro deste ritmo existe o equivalente a uma melodia de notas sucessivas que est o incorporadas ligadas ao ritmo que poderia ser interpretada em rela o s kanchas de maior ou menor dimens o Essa melodia repetida com varia es harm nicas sonoridade vertical que criam um resultado est tico isto em termos urban sticos e arquitet nicos
173. RA DE PALLADIO E OUTROS EXEMPLOS COM A ARQUITETURA INCA Compara o com os estudos da gram tica da forma aplicados a Pall dio e outros exemplos No in cio deste trabalho houve uma discuss o referente arquitetura Inca e as possibilidades de aplicar o aparato conceitual da gram tica da forma para analisar esta arquitetura Entre os estudos que aplicam a gram tica da forma a estilos e tipos de arquitetura com alguns padr es parecidos chegamos estabelecer que o trabalho de Stiny e Mitchell 1978 e a seguir v rios trabalhos de Mitchell 1996 e 2008 e finalmente Seebohm e Chan 2001 apresentam alguns paralelos visuais e metodol gicos originalmente desenvolvidos para analisar a arquitetura das vilas Palladianas Esses podem ser re aproveitados e desenvolvidos para a arquitetura Inca 1 Breve hist ria da gram tica da forma A gram tica da forma se desenvolveu nos anos de 1970 e 1980 O per odo de seu desenvolvimento correspondeu a evolu o da inform tica e a computa o e de sistemas de desenhos computacionais gerados inicialmente para engenheiros e arquitetos Nessa fase inicial os autores Ulrich Flemming George Stiny e William J Mitchell escreveram v rios artigos important ssimos referentes ao tema Continua sendo um tema relevante para o mundo do desenho computadorizado e j foi aplicado a arquitetura desenho de objetos e etc Ap s o est gio inicial de desenvolvimento por Stiny e Gips 1980 William J Mitchell talvez foi
174. TULO 7 UMA GRAM TICA DA FORMA INCA A gram tica da forma e a sua aplica o arquitetura Inca Unidades e Conjuntos regras b sicas i Portas e entradas regras ii Nichos e as regras b sicas para nichos A gram tica da forma e a sua aplica o arquitetura Inca A gram tica da forma descrita nos cap tulos iniciais ap s a defini o do conceito com aplica o na arquitetura por Stiny Mitchell STINY e MITCHELL 1978 p 5 18 e STINY e GIPPS 1978 p 199 206 e outros foi aplicada por aproximadamente uns 35 anos modificada e expandida por v rios arquitetos e especialistas em computa o em m ltiplos estudos referentes arquitetura e desenhos Estes estudos apresentam uma variedade de temas como por exemplo as janelas de templos chineses STINY 1977 p 89 98 casas japonesas casas de telhado esconso hip roof desenhadas por Frank Lloyd Wright as casas estilo Queen Anne casas 443 464 os t mulos megal ticos de Orkney na Esc cia BOAST 1987 p 451 466 Parques Mughul MITCHELL 1980 p 209 226 m quinas de caf AGARWAL e CAGAN 1998 p 205 226 poltronas Pal cios dos Ndebele HERBERT SANDERS E MILLS 1994 p 453 476 monumentos em 239 Teotihuac n as vilas de Pall dio MITCHELL 1978 p 89 198 as mans es e casas desenhadas por Le Corbusier a linguagem da arquitetura de Niemeyer MAYER 2003 e muitos outros temas Podemos dizer que a gram tica da forma tem sido aplicada
175. a e forma integral e completa algumas partes de Pomp ia estariam em melhor estado Uma gram tica de forma e o uso de softwares associados permitiriam uma visualiza o completa sem uma depend ncia dos resultados de uma ou v rias escava es extensas e possivelmente de car ter altamente destrutiva Uma gram tica da forma especificamente desenhada para um grupo de estruturas por exemplo dos Incas permite uma computabilidade ligada visualiza o e realidade virtual que elimina em parte aquela aparente necessidade de fazer uma limpeza total num s tio arqueol gico 6 Poss veis desenvolvimentos a Dentro do contexto andino as oportunidades de estudar estruturas e agrupamentos de estruturas principalmente aquelas da cidade de Chan Chan dos 339 Chim da costa norte do Peru por meio de estudo anal tico possivelmente usando um conceito como a gram tica da forma teria resultados timos Existe um alto n vel de xemplo Definindo gram ticas das formas espec ficas para esta arquitetura teria vantagens enormes no sentido que Chan Chan dos Chim representa uma entre v rios exemplos de arquitetura relacionados que podem ser achados espalhadas na costa deserta no norte do Peru Em outras palavras se se define uma gram tica da forma para esta arquitetura ser poss vel derivar outras gram ticas da forma reaproveitando alguns dos conceitos j definidos A arquitetura Chim tem precursores em culturas anteriores tais co
176. a Sacsayhuam n Phuyupatamarca Hu nuco Pampa Cajamarca Choquequirao e muitos outros centros a maioria principalmente no atual departamento de Cusco no sul do Peru A maioria das constru es s o de pedra de formato e planta retangular Geralmente as estruturas est o distribu das em forma ortogonal pelo menos quando a topografia permitia Exce es ao padr o retangular ou quadrangular est o presentes em estruturas geralmente tamb m de pedra que s o circulares ou semicirculares onde n o existia espa o suficiente e o terreno era demasiado limitado para construir Muitas dessas estruturas incorporavam um elemento de ntase nas janelas e portas isto eram Fig 215 ainda que tenha 145 uma parede curva inclui o formato trapezoidal nas janelas e nichos como tamb m uma inclina o nas paredes expressando assim um t iksu perqa ntase integral Aquelas terreno aproveitando a variedade das topografias e s o inseridos onde existia espa o insuficiente para uma estrutura maior ou em linha nas ladeiras das montanhas Essas estruturas circulares e constru das em s rie tinham a fun o de armazenar o produto de tributos ou podiam ser de car ter religioso As constru es circulares e aquelas de de ntase Ainda assim poss vel fazer uma tentativa baseada em detalhes como a inclina o das paredes uso de portas janelas e nichos Talvez nos casos onde a estrutura retangular tenha sido modificada para incorporar
177. a na floresta alta no norte do Peru na regi o de Chachapoyas Amazonas e San Mart n El 120 Gran Pajat n e outros centros Ali existem cidades integramente constru das de pedra tas como Kuelap e Levanto Revanto e estruturas de uma tradi o totalmente diferente com muros de conten o de at 10 metros de altura de formas circulares e org nicas Os Incas conquistaram os Chachapoyas e esses foram desterrados em muitos casos levados a outras partes do imp rio Inca GATES CH VEZ 1997 p 35 63 98 99 A arquitetura de Chachapoyas merece um estudo aparte especialmente a formula o de uma gram tica de forma espec fica Al m disso n o existe muita informa o para aquela regi o de alta floresta e da bacia Amaz nica Os Incas pelo visto temiam os habitantes da regi o que eles denominaram o Antisuyo S ap s a conquista dos espanh is os remanescentes dos Incas acharam necess rio fazer contatos e alian as com os antigos advers rios para assim sobreviverem na regi o de alta floresta amaz nica interessante observar que os Chachapoyas ao norte decidiram aliar se com os conquistadores espanh is pelos menos no in cio da conquista espanhola b poca Inca e as cr nicas os Incas tinham v rios mitos e hist rias que foram gravados ap s a conquista espanhola numa s rie de cr nicas Os autores dessas cr nicas foram escritores muitas vezes parcialmente nativos ou ind genas Hu man Poma de Ayala Santa Cr
178. a o com um quadril tero que tem 12 6 metros de comprimento e 12 6 metros de largura Fig 83 Fig 83 Regra n mero um A regra n mero dois pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um quadrado que tem 12 60 metros de comprimento e 12 60 metros de largura 198 Ent o defina um lado externo desse quadrado com uma linha e acrescente um ret ngulo que mede 12 60 metros de comprimento e 4 20 metros de largura ou seja do centro do quadrado at o extremo externo do ret ngulo definido seria 12 60 metros Fig 84 Fig 84 Regra n mero dois A regra n mero tr s um avan o em que fica definido um segundo ret ngulo paralelo e id ntico espelhando o primeiro que foi definido separado pelo espa o quadrangular definido na regra n mero um Se voc partir de um quadrado que tem 12 60 metros de comprimento e 12 60 metros de largura com um lado externo onde acrescentado um ret ngulo que mede 12 60 m de comprimento e 4 20 metros de largura Ent o acrescente no lado externo oposto do quadrado outro ret ngulo id ntico ao definido na regra dois de conjuntos das seguintes dimens es 12 60 metros de comprimento e 4 20 metros de largura Fig 85 Fig 85 Regra n mero tr s A regra n mero quatro pode ser apresentada da seguinte forma 199 outro avan o onde fica definido um terceiro ret ngulo em ngulo reto e id ntico ao primeiro e o segundo nos lados do espa o quadrangular confor
179. a Peru The Carnegie Museum of Natural History Pittsburgh Pennsylvania USA SARMIENTO DE GAMBOA Pedro 2007 1572 The History of the Incas Traduzido e editado por Brian S Bauer amp Vania Smith University of Texas Press Austin Texas USA SASS L 2001 Reconstructing Pall dio Pall dio villa design and construction process Reinventing the Discourse How Digital Tools Help Bridge and Transform Research Education and Practice in Architecture Proceedings of the Twenty First Annual Conference of the Association for Computer Aided Design in Architecture 2001 ACADIA Buffalo NY p 212 26 SASS L 2003 Rule Based Rapid Prototyping of Pall dio Digital Design 21 eCAADe Conference Proceedings Graz Austria p 649 52 SAWYER Alan R Tiahuanaco Tapestry Design em Rowe John Howland amp Menzel Dorothy 1967 Peruvian Archaeology Selected Readings Peek Publications Palo Alto California USA p 264 274 470 SCRUTON Roger 1979 The Aesthetics of Architecture Methuen amp Co Ltd Londres Inglaterra SCHJELLERUP Inge 1984 Cochabamba An Incaic administrative centre in the rebellious Province of Chachapoyas Kendall Anne ed Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford Inglaterra p 161 187 SDEGNO Albert 2004 3 D Reconstruction of a Canale
180. a da forma Sigradi Havana Cuba p 251 55 CERR N PALOMINO Rodolfo 1976 Gram tica Qu chua Jun n Huanca IEP Lima COE Michael SNOW Dean e BENSON Elizabeth 1986 Atlas of Ancient America Facts on File Publications Nova Iorque USA CONWAY Hazel e ROENISCH Rowan 2003 Understanding Architecture An Introduction to Architecture and Architectural History Londres Inglaterra COOK Anita G 1994 Wari y Tiwanaku Entre el Estilo y la Imagen Pontificia Universidad Cat lica del Per Fondo Editorial Lima Peru Administration of the Far South Coast of Peru COYNE R D e YOKOZAWA M 1992 Computer Assistance in Designing from Precedent Environment and Planning B Planning and Design Volume 19 p 143 171 CHING F D K 2005 Arquitetura Forma Espa o e Ordem Livraria Mart n Fonte s Editora Ltda S o Paulo Brasil CHING F D K 2003 Dicion rio Visual de Arquitetura Livraria Mart n Fonte s Editora Ltda S o Paulo Brasil CHING F D K 1996 Architecture Form Space and Order John Wiley Nova Iorque USA DARLING E 2000 Le Corbusier Carlton Books Londres Inglaterra Interpreting Variability in Thule Inuit Architecture A Case Study from the Canadian High Arctic 460 Terence N 2003 The Incas Blackwell Publishing Londres Inglaterra Terence N amp SCHREIBER K 2004 Andean Empires em SILVERMAN H editor Andean Archaeology Black
181. a definir um nivel cronol gico geralmente uma fase no desenvolvimento do sitio estudado ou pode ser na arquitetura indicando um nivel ou camada no desenvolvimento de uma estrutura Layout i Distribui o de um projeto ou v rias estruturas dentro um espa o Llacta ou llajta lagta q Povo aldeia cidade Mamakuna Qu chua pl Mulheres sagradas ou do Inca Maqui q M o Machu q Velho termo que e as vezes acrescentado a outro termo Machu Picchu por exemplo Mallqui q Os antepassados Marca ou Marka torre q e qe Aldeia fortificada Masma q Estrutura com um lado aberto n o fechado Mayo Moyo Muyu ou Mayu q Rio termo que aparece na topon mia Andina Alto Mayo Moyobamba Mita q Trabalho obrigat rio que entregue ao estado N o era de car ter permanente Mitakuna q Os que tinham o dever de realizar o trabalho Modoki japon s Um termo empregado para sugerir caracter sticas similares mas diferentes Usado pelos cientistas para definir eventos que n o s o exatamente El Nifio o menino ou La Nifia sendo eventos ambientais que incorporam elementos dos dois e conhecidos como El Nifio Modoki Nan q O sistema de vias dos Inca que ligava Chile Bol via e Argentina com o centro em Cusco E o norte com Equador e o sul da Col mbia Pacha q e a Terra Pachamama q e a M e terra conceito ritual religioso que continua sendo forte entre os Qu chua e Aimar Panaca panaga Descend ncia real da nobreza Inca Pata
182. a nas artes dos pa ses andinos vinculado a movimentos sociais pol ticos e art sticos no M xico pa s tamb m de enorme import ncia cultural pr colombiana avan ou sobre aqueles passos fundamentais no estudo do passado Andino dos anos 1 840 em diante Na d cada de 1 920 houve uma politiza o do movimento Indigenista apoiada na influ ncia socialista dos trabalhos do autor o fil sofo peruano Jos Carlos Mari tegui 1 884 1 930 conhecido pelos 7 Ensayos de Interpretaci n de la Realidad Peruana publicado em 1 928 e passado Inca e pr Inca como tamb m da etno hist ria ganhou mais import ncia e relevo nesses anos Independentemente desse processo de interesse pelo passado v rios estrangeiros muitas vezes ligados s grandes e importantes expedi es cient ficas realizadas entre os anos 1 840 e 1 920 registraram e escreveram trabalhos detalhados referentes ao passado boliviano chileno equatoriano e peruano incluindo livros e artigos referentes obviamente aos Incas Era inevit vel Alguns desses acad micos estrangeiros da Alemanha Espanha Fran a It lia Su a Reino Unido e Estados Unidos da Am rica chegaram a ser muito famosos mundialmente Podemos incluir 2 por exemplo o cientista Alexandre von Humboldt que fez visitas regi o andina entre 1 800 1 802 Leonce Angrand 1 836 1 838 Ernest Wilhelm Middendorf 1 885 1 888 Wilhelm Reiss 1 938 e Alphonse Stiibel 1 868 1 877 Johann Moritz
183. a norte do Peru Fontes Lee 1996 Miller 1995 p 91 39 Fig 10c Cer mica de origem Chonchopata Huari Cultura Huari Ayacucho Observar a representa o de casas de dois andares Museo de la Naci n Lima Foto Mackay 2 009 Exemplos Incas n o s o comuns mas existem certas pedras e forma es rochosas de Chincheros Cusco que t m representa es que s o interpretadas como modelagens gerais da utiliza o de topografias locais para organizar a constru o e distribui o de terrenos No caso da enorme pedra de Saywite Abancay Fig 11 algumas interpreta es feitas sugerem que a pedra representa planejamento urbano e topogr fico dos Incas 40 Fig 11 Pedra escult rica e ritual de Saywite Abancay Pode ser interpretada como um maquete Fonte HEMMING 2009 p 11 Os dados s o insuficientes para confirmar se existiam maquetes e se seria poss vel supor que o mesmo Inca e conquistador Inca Pachac tec teria sido um arquiteto O que est confirmado que o Inca Pachac tec ordenou v rios projetos arquitet nicos no imp rio tentando padronizar a arquitetura Inca mas sempre permitindo mudan as m nimas regionais em rela o ao tra ado urbano uso de outros materiais e estilos de constru o A maioria das cidades Incas inclu a um parque pa o imperial pra a cerimonial que tinha no centro uma plataforma retangular ou s vezes semipiramidal conhecida como usno ou ushnu 41 Fig
184. a retangular adicional definida no plano original de A Valencia Regra n mero nove Se existem quatro extrus es equivalentes a estruturas retangulares com telhados de duas guas inclusos e distribu dos simetricamente ao redor de um p tio central Ent o procure se o centro do p tio ou seja 4 50 m tra ando um eixo imagin rio que diagonal e de orienta o NNO SSE que passa pelo meio das duas estruturas 4 25 m que dever ser estendida partindo do centro do p tio em diagonal 18 00 m em dire o SSE NNO 217 Face1 unidade quatro SSE Fig 104 Regra n mero nove Regra n mero dez defini o da estrutura individual retangular tipo masma anexada a kancha definida nas regras 1 9 Se come armos a partir da face externa de comprimento de 8 50 m da unidade retangular n mero quatro da kancha j definida posicionada no sul do eixo NNO SSE e paralela ao comprimento de unidade quatro e distante 9 0 m desta no mesmo eixo vamos definir uma estrutura adicional ligeiramente maior de formato retangular Ent o tendo estabelecido o posicionamento da estrutura adicional continuando a regra n mero dez pode ser considerada como Se existe um espa o vazio Ent o substitufa este espa o com um ret ngulo que mede 10 5 m de comprimento centrado no eixo NNO SSE previamente definido e de 4 5m de largura 218 SSE Fig 105 Regra n mero dez Regra n mero onze Se existe um
185. a t pica eres 140 Fig 53i iv i e ii Santu rio de Coricancha Cusco Inclina o das paredes nichos e paredes e o formato trapezoidal que domina a arquitetura Inca 141 Fig 54 Nicho janela na parede divis ria da estrutura principal kallanka der Racchiy ss siete et Ane tisk ese dete MN Ge eel E Renae 144 Fig 55 Quatro exemplos de diferentes estilos de cortar pedras para muros e paredes Incaicas a Hatunrumiyoq Cusco b c e d Torre n Machu Fig Fig 56 57 Fig 58 Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 15 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 95 96 97 98 99 100 101 102 103 Picchu C SCO jsessass ago caeveeelevevan ava E oosastetsiesoesevee Ovoespivavescdaveonsdesbosates 146 Maquete de cer mica Inca Museo Regional Cusc0 eseesesseeeseceseeeeeeeeee 152 Igreja de Santo Domingo Cusco usando os alicerces do templo Inca de Corica ncha ses shaves ccstecevioe a aa ea sete stated e fan notre 154 Estrutura Inca de Mandor Pampa com as medidas de H Bingham 157 Regra n mero UM asus srs seratane eea esos a e elses abe vati lew canas
186. a uma variedade de temas e ainda est sendo gerada para uso em outros projetos dif cil saber e devem existir motivos que n o podemos esclarecer porque a arquitetura Inca ainda n o foi considerada para a aplica o da gram tica da forma a exemplo de outros estilos de constru o com formas e padr es repetitivos como aqueles de mesquitas desde C rdoba at a Turquia e Iran os aranha c us de Sanaa Yemen etc Estes tamb m poderiam ser considerados para desenvolvimento conceitual dentro do sistema de gram ticas da forma Parece existir uma diverg ncia de entendimento ou talvez ignor ncia em termos ao considerar as culturas Andinas e particularmente os Incas como importantes e significativos na hist ria mundial Em parte isso se deve ao fato 1889 1975 e outros consideravam o desenvolvimento das culturas Andinas entre as cinco mais importantes do mundo A despeito das muitas publica es o mundo dos Incas e seus antecedentes andinos continuam sendo um mundo desconhecido ou pelo menos mal entendido O fato de que n o existe uma gram tica da forma desenvolvida O trabalho efetuado por Mitchell e Stiny particularmente aquele referente s vilas e mans es de Pall dio 1978 e a variedade de solu es geradas pela gram tica da forma aplicada quelas vilas palladianas obviamente foi desenvolvida para estruturas de tipo Palladiano mas poss vel observar que a arquitetura Inca tamb m poderia 240 apresentar op es s
187. a uso em computadores 85 Isto um conceito observado pelos pesquisadores e eles consideram esta vantagem como derivada da l gica da mesma l ngua Neste sentido come ou a ser desenvolvido um projeto chamado Khopuchawi cujo alvo era usar a l ngua Aymara como interface com outras l nguas especialmente para tradu es O projeto ainda est em desenvolvimento e prov vel que precise de mais alguns anos de estudos e testes Isto implica que a l ngua Aymara como tamb m a l ngua Qu chua inclui um potencial para uso como interface no mundo computacional e por extenso e importante lembrar isto em termos da arquitetura Andina Conclus es Existem dois sistemas diferentes que poderiam ser desenvolvidos a partir de dados similares l Um sistema para gravar informa es referentes s kanchas dos Incas que poderia ser aplicado a computadores semelhantemente ao que est sendo desenvolvido em rela o l ngua atual da regi o Aymara Este sistema seria adapt vel a computadores 2 Existem varios motivos para pensar na computacionalidade de outros aspectos da cultura Inca e pr Inca por exemplo os desenhos nos tecidos na ceramica e de particular interesse aqui a influ ncia geom trica na arquitetura Inca O conte do dos tecidos da rea Andina altamente geom trico e padronizado Por isso est ligado a uma tend ncia geom trica generalizada que encontrada tanto na cer mica quanto na arte l tica tecidos
188. a variedade de rela es espaciais que podem servir para basear uma variedade de regras Fig 172 Cada est gio conhecido como deriva o pode produzir uma nova forma Dentro das regras podem ser usados os labels Fig 173 ou marcadores estado inicial transi o e final para o controle de direcionamento e orienta o da aplica o da regra sobre a forma escolhida No desenho final ou termination rule esses marcadores devem ser eliminados SHAPE GRAMMAR gt oh rule DERIVATION Eh Ebb eH Eb Fig 172 A gera o de diferentes rela es espaciais Fig 173 O uso de marcadores ou labels OPERA ES E RELA ES A forma que ser modificada est sujeita a opera es ou intera es e 348 procedimentos para estabelecer rela es que tem dois componentes um lado intuitivo da representa o gr fica associada e um lado matem tico As opera es booleanas s o importantes ferramentas matem ticas usadas na inform tica Suas e modifica es de formas incluem uni o subtra o diferencia o intersec o e aparte das transforma es euclidianas incluem procedimentos de transla o rota o reflex o e escala e a composi o das mesmas Em outras palavras s o opera es que permitem a combina o de formas e a gera o de novas formas Por exemplo uma opera o booleana de intersec o de duas ou mais formas tem como resultado uma forma que incorpora linhas ou partes
189. abalhos em pedra nas estruturas de car ter ritual que s o geralmente paralelep pedos cuidadosamente cortados Possui tamb m alguns blocos de pedra com esculturas em baixo relevo que integram os desenhos geom tricos e rituais associados com a cultura Tiahuanaco Existe uma rela o interessante entre os estilos de Tiahuanaco e Inca em Sillustani que ainda precisa ser esclarecida Ao norte de Sillustani distante aproximadamente 70 quil metros em Pucara ou Pukar 300 a C 300 d C existem restos de um centro administrativo ritual e regional que estava situado perto do que era provavelmente a fronteira entre o Imp rio Tiahuanaco e Wari ou Huari 700 1200 d C Quinua Ayacucho P cara foi uma cultura regional que se desenvolveu juntamente com outras na regi o do Lago Titicaca antes de Tiahuanaco 352 mas compartilha estilisticamente alguns desenhos e estilos de constru o com Tiahuanaco Ao norte de P cara a cultura Wari dominava parte do centro sul do Peru e alguns trechos da costa Fig 175 Fig 174 Chullpas ou t mulos de Sillustani Puno Peru Fonte SQUIRE 1877 1973 p 381 353 200 miles 400 km land over 3000m Sechura Desert CHAV N i chavin de Huantar a Kotosh CHANCAY Lima Pachacamac b Ta oe 2 Wari e PARACAS i Cuzco Paracas o Nasca Pikillacta INC Cahuachi NASC I 4 sm SCA ukar Lake Titicaca Tiwanaku TIWANAKU 2 Fig 175
190. achay A an lise pode ser tamb m em termos das linhas imagin rias ceques definidas pelos Incas geralmente em rela o as 126 montanhas sendo Cusco um centro principal E podemos acrescentar diferentes n veis como por exemplo em rela o s estruturas e rochas consideradas sagradas Eventualmente podemos alcan ar tanto a uma abordagem simples ou complicada dependendo de nossa vontade de entender a arquitetura Inca e seu entorno Como observado houve um n vel de empr stimo arquitet nico que sugiro faziam refer ncia aos formatos simples definidos em Kotosh Fig 21 h pelo menos 2 000 anos antes mas sendo mais refinado que este e sempre mantendo uma simplicidade e pureza de forma Sua estrutura retangular ligeiramente trapezoidal em todos os elementos da estrutura tais como portas janelas nichos muros e at o plano da planta principal Sua unidade retangular funciona de forma modular org nica sendo adaptada topografia Pode se repeti la total ou parcialmente como tamb m cort la pelo meio girar espelhar adapt la para incorporar curvas ou at desenhar op es de forma escalonada para inseri la aos terra os ou andenes Os Incas fizeram experimentos dimensionais aprovaram sistemas para incorporar unidades modulares de diferentes medidas em suas kanchas muitos anos antes de Le Corbusier projetar unidades habitacionais em Marselha Unit d Habitation 1947 e 1953 de 337 c lulas ou apartamentos Nan
191. achu Picchu 38x17 p s e 16x8 5 grupo Ingenuity Machu Picchu 8x8 p s 15 x6m e 10x5 m 18x15m Ancasmarca 37x35m Paucarcanchis 17x5m Paucarcanchis 9x8m Quishuarpal S o valores aproximados Alguns dos valores s o expressados em p s outros no sistema m trico Algumas das medidas s o derivadas diretamente dos planos e tra ados existentes Medida espa o esquina 6x5m Paucarkancha Na maioria de casos as informa es nao foram completadas Entrada principal de uma reentr ncia Entrada principal dupla reentr ncia Entrada s a estruturas retangulares Nichos internos Elementos de estruturas 2 5 p s ingleses no complexo da Intihuatana de Pisac 1 pe ingl s no Intihuatana Pisac 1 5 metros grupo Ingenuity Machu Picchu 1 50 Quishuarpal 80 165 gen incaico 1 1 65m base 0 80 1m 31 56 base 1 85 acima dos alicerces 0 26 32 base 0 18 30 topo 0 18 25 altura Ancasmarca As medidas das kanchas podem ou nao mudar de uma centro a outro e dentro de um tra ado urbano No caso de Llajtapata e poss vel observar 3 tipos de kanchas O formato fica basicamente igual e a parte que muda e a escala 67 Tabela comparativa de medi es kanchas Parte 2 Medidas externas super kancha 53x38x2 70m 1 30 1 50m Ollantaytambo Mz7 39 40x25m Ollantaytambo 43x25x2 5 m 2 50m Ollantaytambo Bloco 4 Os va
192. acrescente um ret ngulo que mede 12 6 metros de comprimento e 4 2 metros de largura ou seja do centro do quadrado at o extremo externo do ret ngulo j definido teria uma medi o de 12 6 metros Fig 73 12 6 4 2 Re 12 6 Fig 73 Regra n mero dois A regra n mero tr s um avan o onde fica definido um segundo ret ngulo paralelo espelhado e id ntico ao primeiro que foi definido anteriormente que fica separado pelo espa o quadrangular 12 6 x 12 6 metros definido atrav s da regra n mero um Fig 74 186 4 2 R3 Fig 74 Regra n mero tr s Se voc partir de um quadrado que tem 12 6 metros de comprimento e 12 6 metros de largura com um lado externo onde acrescentado um ret ngulo que mede 12 6 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Ent o acrescente no lado externo e paralelo no lado oposto do quadrado outro ret ngulo id ntico ao definido pela regra n mero dois de conjuntos que mede 12 6 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Fig 75 R3 R1 R2 12 6 V 126 12 6 126 42 R3 R4 il IV 12 6 l IV 12 6 4 2 12 6 42 4 2 126 4 2 Fig 75 Regras de n mero um a quatro Na fig 75 apresentamos duas estruturas retangulares id nticas definidas na sec o A unidades deste cap tulo e estabelecemos um dos primeiros passos para criar uma kancha primitiva ou uma kancha que talvez seja melhor descrita como incipiente Ainda que estas estruturas sejam
193. ade virtual utilizando de prefer ncia a gram tica da forma das estruturas parcialmente vis veis A gera o de vers es computadorizadas da realidade virtual de um s tio arqueol gico reduz a necessidade de escava o al m da destrui o que obrigatoriamente acontece quando se aplicam parcialmente alguns dos procedimentos arqueol gicos acima mencionados A necessidade de escavar deveria ser considerada quando existe o risco adicional de destrui o por causa de desvio de rios mudan as no uso da terra mudan as na agricultura ou constru o tais como planta es extensas de monoculturas invas es de terreno crescimento de zonas urbanas sem planejamento favelas constru o de usinas mudan as clim ticas terremotos etc Nesses casos seria oportuno escavar para n o correr o risco de perder valiosas informa es Contudo acreditamos que na maioria dos casos seria prefer vel evitar escava es e o problema de conserva o de estruturas e artefatos iii Custos p s escava o preserva o e conserva o de monumentos A discuss o referente aos custos p s escava o de monumentos similar queles relacionados aos objetos A diferen a principal consiste na maioria de casos em termos da escala de manuten o p s escava o Isto varia enormemente na regi o Andina que fica dependente de v rios fatores a se o monumento de pedra 315 maci a solida b se de adobe ou taipa c de pirca d uma mistura
194. ado de existir como poder econ mico ou militar Os Incas faziam refer ncia expl cita e impl cita a eles nas suas lendas MILLER 1995 p 182 Essas foram descritas por alguns dos 351 cronistas espanh is interessados no passado Inca como Sarmiento de Gamboa 1532 1592 e Pedro Cieza de Le n c 1520 1554 e outros Parece que Tiahuanaco ficou sendo uma refer ncia e sobreviveu na consci ncia Inca pelo fato de ser um antecedente e uma influ ncia na funda o da dinastia dos Incas Em Sillustani Puno no altiplano existem alguns t mulos conhecidos como chullpas que s o de estilo expressamente Inca e outros a maioria considerados como de origens Colla Esses t mulos s o torres altas que excedem 8 metros de altura Fig 174 sendo que a mais alta tem 12 metros em geral de forma circular ou em alguns casos retangulares Entre essas estruturas pode se reconhecer que algumas s o de outro estilo e que t m origens ou pelo menos influ ncias provavelmente derivadas da cultura Tiahuanaco existente na vizinha Bol via O trabalho em pedra que encontramos nessas chullpas menos org nico e poligonal O acabamento das pedras empregadas na constru o de estilo atijolado que sugere ser um trabalho realizado com mais precis o e exatid o No centro monumental de Tiahuanaco representante de seu Imp rio e cultura que fica aproximadamente a 100 quil metros ao sul de Sillustani ainda existem muitos exemplos do estilo refinado de tr
195. ados aos 1 5 metros do tri ngulo adicionado Fig 61 I Fig 61 Regras n mero dois e tr s Regra n mero quatro Se voc tem uma extrus o retangular definida por uma altura t pica de 2 5 metros e de 4 0 metros de altura no m ximo no pice onde est o situadas as empenas 170 Ent o deve ser realizada a uni o das empenas triangulares com a extrus o retangular da base e o volume inteiro deve receber uma inclina o de 1 5 graus partindo da base nas quatro faces externas da extrus o Aplica se esta regra da parte inferior dos muros at a parte superior da extrus o como tamb m nas empenas com seu pice triangular Fig 62 Este est gio permite definir o ngulo externo t pico das paredes e muros Incas Fig 62 Regra n mero quatro a inclina o inclui um elemento de exagero para permitir visualizar o efeito Regra n mero cinco Se voc tem uma extrus o retangular com uma altura de 2 5 metros e 4 0 metros de altura nas empenas que inclui uma inclina o de 1 5 graus nas paredes partindo da base nas quatro faces externas da extrus o Ent o substitua aquela extrus o por um volume quase id ntico apenas diferenciado pelo fato de que as paredes ou faces internas da extrus o sofrem uma inclina o de 1 0 grau Esta inclina o incorpora tamb m as empenas e as partes superiores triangulares A aplica o desta regra deve ser uniforme partindo da base da estrutura Fig 63 Aplica se e
196. ais da fam lia dos auqu nidos quando desprovidos de prote o e seguran a N o podemos confirmar se aquele formato ou agrupamento de estruturas existia na poca da cultura Tiahuanaco prov vel que existisse pois parece ser um formato milenar N o h certeza sobre a cronologia ou se esta apareceu mais tarde com os Incas e se o Altiplano recebeu esta influencia mais tarde Por enquanto s precisamos dizer que esse sistema existia muito antes da coloniza o espanhola Os agrupamentos de estruturas nos setores urbano dom sticos definidos como as kanchas 1 9 PROTZEN 2005 e outros de Ollantaytambo Setor Cuzco s o muito similares aquelas encontradas no Altiplano em termos de distribui o de uma estrutura relativa outra No entanto os materiais de constru o e as circunstancias geogr ficas e econ micas eram diferentes Sugerimos que as plantas desses agrupamentos de estruturas ao redor de um p tio s o muito similares quelas que s o constru das hoje em dia entre Cuzco Sicuani La Raya P cara Juliaca Puno Chucuito Fig 187 no Peru e na regi o altiplanica da Bol via Ollantaytambo fica na interse o de dois vales muito profundos e fechados Patakancha e o Vilcanota Urubamba e ao lado de um rio forte e caudaloso o Rio Vilcanota N o existia em Ollantaytambo uma parte plana extensa ou planalto semelhante ao altiplano do sul do Peru e do norte da Bol via A pergunta no caso de Ollantaytambo seria porque no pl
197. ais s o os materiais e m todos de constru o 9 Quais s o as formas e estilo do edif cio 10 Qual foi o posicionamento original da estrutura quais foram as caracter sticas do terreno original E o entorno mudou 11 Quais foram as observa es referentes ao edif cio no momento da constru o Quais foram as rea es ap s a constru o 12 Qual foi o contexto sociocultural pol tico e econ mico dentro do qual foi constru do Podemos analisar a possibilidade de aplicar estas perguntas e obter respostas referentes arquitetura pr colombiana e Inca Entre estas perguntas algumas t m relativamente pouca relev ncia para este estudo e n o pretendo desenvolver as No entanto outras como por exemplo a de n mero nove tem maior relev ncia e seria aconselh vel acrescentar a seguinte pergunta 13 Seria poss vel a partir de nossos conhecimentos e an lise da arquitetura Inca saber se existe a possibilidade de definir padr es e par metros que permitam a defini o de uma gram tica da forma que resulte em visualiza o ou reconstru o virtual usando computadores 401 As respostas s perguntas de 1 a 12 s o as seguintes s vezes incompletas porque trata se da cultura Inca e como j foi dito n o tinha escritura 1 Data das estruturas N o sabemos com certeza as datas de nenhuma das estruturas Incas no est gio pr conquista No entanto podemos definir datas aproximadas entre 1200 1532 Observe s
198. al de constru o os materiais de constru o de prefer ncia dos Incas eram pedras de diferentes qualidades que inclu am andesita basalto granito e outros Al m disso quando n o havia disponibilidade de pedra era poss vel e comum usar o adobe Em regi es da costa da regi o andina o uso de adobe nas estruturas prevalecia como tamb m constru es de pirca mistura de pedras argamassa e adobe onde havia disponibilidade de pedra Constru es de pirca embora tenham qualidade de acabamento inferior tamb m s o comumente encontradas na regi o Andina M todos de constru o os m todos de constru o variam dependendo do material usado No caso do uso das pedras essas freqiientemente foram trazidas de outros lugares das pedreiras e cantarias s vezes localizadas cerca 378 de alguns quil metros de onde seriam trabalhadas usadas e integradas em paredes BENGTSSON 1998 p 34 93 Parece que para dar forma e cortar pedra utilizavam simplesmente a m o de obra sem equipamentos especializados Ainda dif cil explicar a constru o em pedra dos Incas uma das maravilhas no mundo da engenharia e constru o Dimens es dentro dos planos ortogonais das cidades por exemplo Ollantaytambo Fig 186 Chucuito Fig 187 e outros os quarteir es inclu am agrupamentos de estruturas geralmente organizadas simetricamente A estrutura regular era retangular e normalmente a m dia era a partir de 8 a 10 metros de cumpri
199. am e chamaram de ntase 138 Fig 49a e b Reconstru o virtual e vista do Templo de Karnak Egito de David Roberts 1796 1864 artista escoc s Observar ntase nas colunas 3 Entase na arquitetura grega e as ordens Existem vers es muito anteriores ainda no Egito onde podemos observar problemas relacionados perspectiva e aspectos da ntase No entanto a cultura grega a que se dedicou a definir e encontrar solu es discretas integrais e completas para o problema provavelmente come ando com o Templo de Apolo Thermon Gr cia em 630 aC um templo proto D rico de 40 colunas WATKIN 2000 p 24 25 Os gregos desenvolveram v rios estilos ligados a certas propor es e al m de procurar novas id ias criaram uma solu o est vel e previs vel com possibilidades de reprodu o e repeti o em v rias circunst ncias O mero fato de que os gregos definiram o efeito visual numa palavra ntase t pico da habilidade grega de an lise e s ntese no processo de procura de solu es pr ticas para problemas art stico est ticos semelhantemente aos problemas da filosofia Os estudos efetuados pelos Romanos Vitr vio e outros e depois desses pelos Italianos renascentistas Vignola e Pall dio v rios s culos mais tarde apresentam descobertas e re defini es do que os gregos tinham feito Esses tentaram eliminar os problemas de desenho e o desequil brio est tico art stico s culos antes com a
200. ambo vii ABSTRACT The process of definition of a possible underlying shape grammar behind Inca architecture can assist in the virtual archaeological reconstruction of destroyed and partially destroyed sites that is to attempt to progress from the ancient to the digital realm The highly distinctive and recognizable Inca architectural and art style tends to be consistent throughout the length of the Andes and was in effect a statement of power This allows for the generation of fairly simple and straightforward algorithms which are used to develop shape grammars These are and need to be independent of platforms and can be implemented in the future as CAD generative systems They are designed so as not to be tied to one system Geometricity interlocking patterns orthogonal layouts colour and texture reversal modular compression derivations rotation mirroring repetition symmetry proportion ratios recombination and the Andean version of entasis are qualities frequently encountered in Andean art and architecture These qualities can be considered CAD friendly and can be integrated into predictive digital virtual reconstruction techniques representing partially damaged and substantially destroyed ancient Andean monuments and may also be applicable to some of the fine arts Keywords Inca virtual reconstruction shape grammars kanchas Ollantaytambo viii iii Lista de ilustra es P gina Fig la e b Dois teci
201. amena ae es 158 Repra NUMerO dolsar eein ee eneen ce edeeean cesses abade tab orar UabecabecessoueDobesdvesngestbeckes 159 Regra n mero dois etesen eme i e R E E E EE S s 160 Regra n mero Guato eeaeee ee Ee e oni 160 Regra n mero CINCO sce o ted ia a a e e pce eee es 161 Regras MUMETO SelSonnsranii eeii i A EN AR 162 Regra n mero Sete intear eenen aee an E e las a E aiani 163 Regra N MEro OIO i aie E ER A ee 164 Regra N MErO NOVE rats Eeoae iei ta EEE eine EE E EEEE EELA CANER 165 Vista do setor urbano de Ollantaytambo CUSCO seeseeesseeseeseesresresrsereseesreerees 166 Regras n meros na tres surteren ooa na erii achando 169 Regras n meros um a tr s acneea eaii heh i ast 170 Poss veis combina es nni pi ei i E E REE 174 Regra n mero UMi estier epa EE EEE EEEE Ena EE atas 175 Regra numero doisich sieve vee aii es Recess ee a ota da aaa ogia 175 Regra NUMELO TOS yenir lois cates setes a Cad aaa ee a ceed ites nua can pe 176 Regras de n mero um a quatro ceeceseceeeeeeeesaeceseceseeeeeeneeeaeeeaaecaeens 176 Regra n mero CINCO Greier are a nieee eR eeu jane ad ene sa dans 177 Plano de Tomebamba Cuenca Equador irreais 178 Regras n meros um a tr s forma o de dois ret ngulos alinhados 179 Exemplos de estruturas retangulares Coricancha Cusco 180 Exemplos de estruturas retangulares e kallankas Racchi Cusco 18
202. anaco na Bol via Tilcara P cara de Quitor e outros povos Atacamenhos no Chile v rios centros no Equador e uma multid o de centros e monumentos pr Incas no Peru Como foi observado na maioria de casos a gram tica da forma desenvolvida particularmente para as kanchas Inca uma estrutura conceitual inicial e simples geralmente desenvolvida para estruturas de formato quadrangular ou retangular Partindo deste conceito foram acrescentados outros elementos ou m dulos criando outras formas Criar algo parecido para a arquitetura de outras culturas andinas baseado no passo a passo definido anteriormente uma possibilidade que ret m muito 319 valor evitando criar s ries de novas regras para definir estruturas parecidas com aquelas desenvolvidas pelos Incas Representa economia de tempo que importante em qualquer trabalho arqueol gico vi Redu o da arqueologia destrutiva e a aplica o da gram tica da forma representa o virtual Ainda que n o sejam vers es derivadas de uma gram tica de forma existem alguns exemplos de representa es virtuais no Peru As mais difundidas e conhecidas s o aquelas desenvolvidas para Machu Picchu Cusco Caral Lima e Sip n Lambayeque Considero que aquelas representa es virtuais v o manter seu valor na medida em que os criadores dessas modelagens de realidade virtual se esfor em para manter o software e tamb m o hardware necess rio Em outras palavras para que estas
203. anas e a suposi o seria que estariam associadas com os grupos hurin Esse conceito de dualidade hanan e hurin incorpora tamb m parte do conceito de verticalidade j mencionado que refere se ao dom nio de v rios n veis topogr ficos variados e contextos geogr ficos complicados Alguns centros Incas que exemplificam e refletem esses conceitos de forma bastante radical s o Pisac e Machu Picchu que dominam v rios n veis topogr ficos Tamb m pode ser aplicado a centros urbanos onde a varia o topogr fica n o t o acentuada como Cusco Ollantaytambo e muitos outros centros urbanos menores que tamb m geralmente estavam divididos nas suas partes respectivas de hanan e hurin Os conceitos ligados s divis es hanan e hurin podem incorporar v rios n veis de interpreta o ou seja os termos podem ser interpretados de diferentes formas Hanan por exemplo al m de ser aplicado aos setores altos de um bairro ou centro urbano tamb m podia ser associado por exemplo com altura superioridade certeza o lado direito o ser masculino etc e n veis mais complexos S o conceitos pr hisp nicos dif cil saber a relev ncia em rela o a centros como Ollantaytambo Poderia ser que a parte hanan de Ollantaytambo ficava al m da praza e o setor Aurin ficava na parte urbana atual PROTZEN 2005 p 78 A verticalidade era outro conceito importante relacionado a hanan e hurin no sentido de que tornava poss vel controlar a produ
204. ano dom stico o formato e agrupamento de casas era muito parecido com a distribui o e layout daquelas do altiplano atual A kancha seria um modelo desenvolvido para regi es 393 altiplanicas e Ollantaytambo um experimento na aplica o Ou mais prov velmente o uso de kanchas j estava extensamente aplicado a centros Incas e houve uma difus o posterior do modelo A diferen a principal no caso de Ollantaytambo consiste em que os agrupamentos de estruturas s o mais fechados e expressam maior nfase nos fatores de defesa e governo centralizado Foi sugerido com freq ncia por v rios autores que Ollantaytambo era uma fortaleza al m de ser um parque ou jardim MILLER 1995 p 204 Provavelmente o foi mas al m disso era um ponto importante no vale do Vilcanota e no restante do Vale Sagrado Desse partiam estradas para outros centros at a temida regi o amaz nica A fun o de Ollantaytambo teria sido muito diferente em rela o aos agrupamentos do Altiplano especula se que tenha tido car ter defensivo al m de ser um centro econ mico e regional Vamos analisar os agrupamentos de espa os e estruturas em Ollantaytambo e compar los brevemente com aqueles mais simples do Altiplano existem semelhan as em termos de distribui o etc O formato dos grupos de estruturas de tipo residencial de Ollantaytambo fica ordenado dentro de uma s rie de blocos retangulares Esses em geral s o mais bem definidos como
205. aos conceitos Incas no sentido que apresentam f rmulas e padr es espec ficos Por outro lado em termos de estrutura existe uma capacidade de predizer ou prognosticar no desenho como tamb m na distribui o de habita es e espa os MITCHELL 2008 p 62 63 56 Fig 20 i Blocos de Froebel exemplo de trabalhos em 3D e ii Casas de Pradaria de Frank Lloyd Wright Observar as varia es nos telhados das casas Fonte MITCHELL 2008 p 63 57 Isto n o deve gerar surpresas pois a maioria da arquitetura mundial apresenta certos padr es t picos que podem ser repetidos No caso de Ollantaytambo n o o caso dos tetos que s o de duas ou quatro guas pois pouco variavam S o s quatro varia es que se repetem das quais duas s o as principais Essas ltimas varia es se estabelecem mais em termos da distribui o de estruturas retangulares ao redor de p tios internos etc Isto um fator que limita a variedade O que podia mudar seria a possibilidade de uma recombina o parcial de estruturas como por exemplo tr s estruturas retangulares ao redor de um p tio Observamos que isto s representaria uma recombina o limitada que faria pouca diferen a O que tamb m podia mudar era a qualidade das juntas especialmente em termos do esfor o investido nesse trabalho de acabamento das rochas e pedras usadas nas parede das estruturas Incas principalmente as externas Aquelas kanchas do centro urbano de Ollantaytam
206. apel n o existia m todo para gravar informa es medidas e formas eram quase inexistentes entre os Incas Portanto ficamos dependentes das informa es fornecidas por alguns cronistas e das interpreta es baseadas nos khipus quipus ou cordas de diferentes cores e v rios tipos de n s que serviam como livros Talvez algum dia possamos obter uma id ia mais espec fica das instru es que foram entregues aos arquitetos e engenheiros Incas Existem maquetes de algumas estruturas Incas como tamb m de estruturas pr Incas Recuay Chancay Moche e Chim e tamb m um n mero limitado de forma es naturais e rochosas que foram trabalhadas e descrevem topografias e n o t o comumente conjuntos arquitet nicos Segundo Charles Wiener a rocha 405 de Saywite ou Saihuite de Abancay Fig 11 ca fiel dessa regi o dos Andes os trabalhos efetuados pelos arquitetos e engenheiros peruanos Ou seja trata se de alguma forma de uma s ntese topogr fica que consiste em uma prova da forma l gica que os antigos habitantes da regi o explicavam o mundo f sico do qual eles t o admiravelmente 167 WIENER 1880 1993 p 306 No vale do Colca perto de Chivay Arequipa Peru existe uma rocha substancial que inclui uma escultura detalhada que provavelmente descreve um sistema de terra os e possivelmente um povo N o se sabe com certeza se foi desenhada por uma cultura pr Inca ou pelos Incas mesmos e em Chincheros Cusco existe outro exemplo H
207. apud sugest o de D Pennington 387 ANEXO C QUADRIL TEROS REPETI O E SIMETRIA NAS PLANTAS DAS SUPERQUADRAS DO CENTRO RESIDENCIAL DE OLLANTAYTAMBO Um v o sobre os Andes centrais e do sul de Lima a La Paz preferencialmente antes das duas da tarde e sem forma o de nuvens permite visualizar uma das paisagens mais extraordin rias Se o v o est a 15 000 metros de altitude o n vel de detalhe ser impressionante poss vel ver as montanhas mais altas acima de 6 000 metros em rela o ao n vel do mar que dividem os Andes da costa do Oceano Pac fico e ao leste com a vasta bacia Amaz nica O altiplano peruano compartilhado com o Chile e a Bol via fica cerca de 4 000 metros acima do n vel do mar Foi ali que a Cultura Tiahuanaco se desenvolveu por volta de 800 anos antes dos Incas Ao norte desta regi o altipl nica come am muitos vales interandinos geralmente definidos por cordilheiras com suas forma es de montanhas com neve permanente e geleiras que fornecem gua para os rios sistemas fluviais dos quais alguns desaguam no Amazonas ou no Oceano Pac fico Foi nesta regi o que se desenvolveu a cultura Inca e outras culturas antes da mesma A sociedade andina foi e ainda dedicada agricultura tanto na regi o altipl nica quanto nos vales interandinos Fig 190 Vista a rea ao sul de Cusco entre os vales andinos de Ausangate um dos apus da regi o de Sicuani e a regi o denominada selva amaz nica 3
208. aquela definida por Mitchell e Stiny para os planos inferiores das estruturas geradas pelo arquiteto italiano Andrea Pall dio nas suas vilas Paladianas no norte da It lia Alguns dos conceitos e passos definidos por Stiny e Mitchell foram re aproveitados e aplicados neste trabalho Tendo definido as formas principais e prim rias da arquitetura Inca o passo seguinte consistiu em apresentar uma gram tica da forma em duas dimens es das plantas t picas e at certo ponto idealizados das estruturas retangulares que comp em as kanchas Aqueles passos foram repetidos com o desenvolvimento da forma tri dimensional para melhorar a visualiza o e procurar o objetivo eventual de reconstru es virtuais baseados em formas geradas pela gram tica da forma desenvolvida especificamente para a arquitetura Inca Ap s a gera o destas duas vers es e a conclus o em termos das regras ou seja chegar regra finalizadora ou termination rule e concretizar a conclus o poss vel entregar os detalhes do sistema elaborado aos programadores de softwares para desenvolver programas a partir desta interface algor tmica Os procedimentos de verifica o da hip tese foram desenvolvidos de forma que o primeiro baseado no monumento Inca menor de Qollpa ou Collpa h poucos quil metros de Ollantaytambo que est em condi es ruins sendo que este foi utilizado para verificar o conceito Aqui foi aplicada uma gram tica da forma j definida em tr s dimens
209. argura Aii Regra n mero dois pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Ent o acrescente a esse quadrado um quadrado id ntico que tenha 4 2 metros de cumprimento e 4 2 metros de largura Desta forma agora existe um ret ngulo que tem 8 4 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Aiii Regra n mero tr s uma repeti o parcial da regra dois Ent o acrescente a esse ret ngulo um quadrado id ntico ao existente na regra n mero um que tenha 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura 179 O ret ngulo de 8 4 metros de comprimento e de 4 2 metros de largura recebeu um incremento de cumprimento que muda para ficar em 12 6 metros de cumprimento e 4 2 metros de largura Fig 69 A 4 2 R1 4 2 R2 42 42 4 2 4 2 4 2 8 4 R3 42 42 42 4 2 4 2 4 2 4 2 126 Fig 69 Regras n meros um a tr s Temos definido nessas tr s primeiras regras o formato ou planta b sica de uma das estruturas mais comuns do mundo Andino e Inca isto um ret ngulo alongado composto por tr s quadrados A defini o da regra tr s um formato comum e simples existente no mundo inteiro Uma defini o que menos comum aquela que define as tr s partes que formam o ret ngulo que permitiriam ao desenhista engenheiro e arquiteto Inca estabelecer a distribui o sim trica interna da estrutura Estas partes podem s
210. arquitet nico Os sistemas formais baseados em regras que codificam conhecimentos de desenhos arquitet nicos t m sido inclu dos em v rios estudos referentes gram tica da forma em diferentes partes do mundo Exemplos de estudos que integram as duas disciplinas Um dos estudos principais e o mais relevante para esta tese foi o trabalho de Mitchell e Stiny 1978 referente s Vilas de Pall dio seguido por v rios artigos de Mitchell e Seebohm que desenvolveram o estudo original Outros trabalhos e artigos referem se a desenhos de janelas chinesas ou ice ray desenvolvidos por Stiny em 1977 os Jardins Mughal da ndia Mitchell e Stiny 1980 as casas da pradaria de Frank Lloyd Wright Koenig e Eizenberg 1981 as casas Queen Anne Flemming 1987 os pal cios e casar es dos Ndebele na frica Herbert et al 1994 os formatos de casas turcas Cagdas 1996 as igrejas de Wren Buelinckx 1993 as estruturas de Oscar Niemeyer Mayer 2005 e muitos outros Ainda que a gram tica da forma tenha sido desenvolvida inicialmente pelos artistas pl sticos existe uma forte nfase nos trabalhos acad micos referentes arquitetura Na maioria dos casos a metodologia de prefer ncia era estudar os formatos das estruturas em duas dimens es S o poucos os exemplos de trabalhos referentes a uma aplica o tri dimensional e no caso do estudo referente s Vilas de Pall dio surpreendente o fato de que Mitchell e seus associados n o chega
211. artir desses poss vel extrapolar e aplicar aspectos selecionados do passado ou seja entender o passado a partir de uma referencia moderna A aplica o de sistemas computacionais mais dificilmente relacionada a essas disciplinas etnografia etc Apresentam poucas possibilidades de ser aplicadas al m do fato de que as liga es entre estudos de etnografia de sistemas computacionais aplicadas arquitetura n o s o bvios A arte t xtil e cer mica dos Incas era formal cheia de s mbolos e ao mesmo tempo tamb m declarava o poder deles Existem muitos outros exemplos menos bvios que s um olho treinado pode perceber tais como as rela es entre certas rochas pedras ou estruturas com a geografia e topografia semelhantemente em alguns sentidos ao feng shui da arquitetura chinesa No caso de Cusco h descri es de uma cidade em forma de uma on a ou puma dentro do tra ado urbano ZUIDEMA 1985 p 183 250 Numa conversa com Tom Zuidema em novembro 2010 ele sugiriu que ele j n o acreditava nessa teoria Ainda assim a teoria que liga tra ados urbanos com animais do pante o andino considerada uma teoria v lida Isso n o muito bvio se a observa o for feita dentro da cidade mas h algumas refer ncias nesse sentido feitas por cronistas espanh is que descreveram a cidade ap s a conquista dos Incas bastante prov vel que outros centros Incas incorporavam a forma de animais mitol gicos tais como guias
212. as monumentais de car ter cerimonial No mesmo per odo estava se desenvolvendo o indigenismo que gerou um interesse em descrever a vida Andina tanto na literatura quanto nas artes visuais geralmente do povo Qu chua Tamb m fazia se referencia constante a s mbolos derivados das culturas pr colombianas Este estilo chegou e foi aceito at na Argentina longe do centro origin rio nos Andes centrais No caso da arquitetura teve E ma por exemplo no Museu da Cultura baseada parcialmente na arquitetura Inca no Museu Nacional de Arqueologia La Paz 99 que reflete elementos de desenhos enconrados em Tiahuanaco no local chamado de Pal cio Tiwanaku dos Condes de Arana Em termos da arquitetura n o foi um estilo bem sucedido mas no mundo das artes e literatura houve muito interesse em manter o estilo indigenista por um per odo de mais ou menos cingiienta anos o qual ainda existe hoje em dia embora fortemente modificado Entre os anos 1 920 e 1 950 a arqueologia peruana foi re definida pelos peruanos com a contribui o do arque logo peruano J lio C Tello 1 880 1 947 e do historiador de arte e arque logo Rafael Larco Hoyle 1 901 1 966 um especialista nas culturas do norte e centro Andinas KAUFFMANN DOIG 2010 p 1 8 Os dois desenvolveram conhecimentos das culturas centro andinas e do norte realizando trabalhos de investiga o e publicando artigos relevantes entre 1 930 e 1 970 Os bolivianos Carlos Ponce Sangin s 1 9
213. as o sistema de Mitchell ou pelo menos uma parte do mesmo tamb m poderia ser aplicado retroativamente como um olhar ao passado Barelowski definiu seu sistema referente arquitetura g tica e romanesca da seguinte forma seu estudo inclui informa es param tricas como por exemplo o comprimento do edif cio largura espessura altura n mero de metros c bicos a solidez estrutural dos alicerces e fundamentos os materiais usados argamassa pedra tijolo etc A seguir escolheu os dados descritivos quantificados que seriam por exemplo n mero de torres quartos paredes Menos relevante para este estudo mas segundo Barelowski os dados descritivos deveriam incluir o tipo de material usado para as plantas e alicerces paredes suportes revestimento tais como pedra cal etc Os tipos de materiais usados para o teto seriam por exemplo palha e madeira Deveria incluir a descri o tamb m do tipo de uso do espa o as estruturas das paredes uso do espa o distribui o do peso Dados adicionais em termos de texto seria o nome do objeto lugar e tipo de objeto segundo a primeira men o nos documentos hist ricos conferidos e relevantes ao monumento estudado Neste sentido precisamos lembrar que os Incas n o tinham um sistema que n s facilmente podemos ler documentos hist ricos e entender Apenas com o aux lio dos cronistas espanh is e dos desenhos feitos pelos invasores europeus podemos ter uma id ia de como era a
214. as Tiahuanaco e Huari ficou restrita a uma faixa costeira ao norte do Peru Material de constru o o adobe era o material perfeito em termos de disponibilidade para aquela regi o e cidades como Chan Chan como tamb m para outras cidades Chim Essas foram constru das perto de um vale onde havia fontes de materiais para a produ o de adobe argila e gua essenciais para a constru o pois n o existiam pedras em quantidades suficientes para construir edifica es M todos de constru o podiam empregar tijolos de formato mediano ou sistemas de moldes provavelmente de madeira que eles enchiam com adobe e deixavam secar criando blocos relativamente grandes Dimens es as dimens es dos recintos maiores podiam ser enormes de v rias centenas de metros e muitas vezes inclu am os muros externos das cidadelas Dentro dos recintos a escala das estruturas individuais aproximava se das dimens es humanas uma vez que foram produzidas para ser habitadas Essas 375 foram desenhadas em formato retangular em torno de um espa o maior denominado audi ncia e outros menores Esses ltimos geralmente foram desenhados de forma quadrangular os quais se acredita se ter sido usados para armazenar produtos Distribui o da estrutura e ortogonalidade uma ciudadela consistia de um muro retangular extenso e alto de tr s a quatro metros constru do em volta de um centro dom stico administrativo de estruturas de formato retangular e
215. as estruturas Como foi observado existem v rios relacionamentos estruturais e estil sticos que comp em a arquitetura Inca A constru o de estruturas na poca Inca girava em torno de tr s ou quatro formas b sicas que ser o descritas abaixo Todas s o retangulares ou baseadas na forma retangular ou em alguns casos menos comuns de formato 61 derivado o quadrado O formato circular parece ter tido uso restrito tendo sido utilizado principalmente para estruturas dedicadas ao armazenamento de produtos agr colas ou colcas e incluindo materiais trazidos da regi o amaz nica A t tulo de exemplo podem ser citadas as estruturas circulares de Racchi Cuzco e em Junin e rituais tais como t mulos e chullpas no vale do Urubamba e no altiplano no Departamento de Puno Fig 174 no Anexo B ou experimentais como os terra os e estruturas associadas de Moray em Maras O ret ngulo alongado em uma propor o de 2 3 um dos formatos mais comuns Era como um ret ngulo de referencia que podia ser mudado de escala o qual estudaremos em maior detalhe A forma trapeziodal era imposta maioria das estruturas Geralmente uma estrutura quadrangular aparece em combina o com outras formas retangulares maiores nos formatos de L U e T Fig 32 para as vers es poss veis na arquitetura Palladiana Este quadrado tamb m pode ser subdividido gerando ret ngulos menores que na maioria dos casos s o utilizados para fechar um espa o ou completar
216. at o extremo externo do ret ngulo definido a dist ncia seria 16 8 metros A regra n mero tr s um avan o baseado na regra dois onde fica definido um segundo ret ngulo enfileirado ou alinhado e id ntico ao primeiro que j foi definido separado pelo espa o retangular conforme a regra n mero um Ou seja um ret ngulo espelhado no lado oposto do primeiro ret ngulo definido do espa o quadrangular de acordo com regra um ii b 1 Se voc partir de um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura com um lado externo onde acrescentado um ret ngulo que mede 4 2 metros de largura e 12 6 metros de comprimento Ent o acrescente na face do lado externo oposto do quadrado outro ret ngulo id ntico ao definido na regra dois que mede 4 2 metros de largura e 12 6 metros de comprimento Fig 78 R3 190 4 2 R1 4 2 42 R2 42 R3 l iI 12 6 4 2 12 6 Fig 78 Regras de n meros um a tr s cria o de dois ret ngulos alinhados Aqui temos duas estruturas retangulares em linha que s o id nticas somente separadas por um espa o retangular pequeno entre as duas Neste caso podemos estabelecer um dos primeiros passos para criar as regras pare definir uma estrutura escalonada isto estruturas geralmente de dois andares possivelmente usadas para armazenar produtos comuns nos morros perto de Ollantaytambo e em outros centros Incas Em escala muito maior e de dimens es substanciais s o as kal
217. atores ii M todo de investiga o Geralmente incorpora os acima mencionados primeiros passos no est gio do estudo de campo acrescentando mais detalhe aos m todos de escava o Um ponto de 301 partida apropiado de come ar com estudos das antigas cr nicas p s Conquista e mapas faria uso de fotografias a reas estudos geogr ficos e trabalhos de topon mia verifica o de dados etnogr ficos e ou outros trabalhos arqueol gicos completos visitas ao lugar onde se pretende realizar a escava o Permiss o para escavar do rg o competente da regi o e pais essencial como tamb m a incorpora o de especialistas estudo do mapeamento a n vel geral e de fotos e procura de solo solto e trabalhado geralmente um bom indicador de roubo em t mulos Talvez a aplica o e uso de equipamento especializado e a escolha de estruturas individuais que s o determinadas como de maior interesse em termos de possibilidades de objetos encontrados nas cozinhas no lixo e entulho etc A partir desse ponto poss vel determinar onde realizar alguns testes iniciais escava es test pits geralmente n o maiores que 4 m x 4m e s vezes muito menores para estabelecer relacionamentos de estruturas cronologias e poss veis descobertas e estendendo estes quadrados 4 m x 4m dentro de um sistema de malha caso seja necess rio O procedimento normal de escava o envolve retirada de capas e n veis de solo que geralmente est o
218. bo incluem uma padroniza o estabelecida que deve ter sido definida pelo estado Inca e usado em outros centros Sendo assim prov vel que fosse um estilo padronizado e poss vel encontrar exemplos parecidos em outros centros urbanos de origem Inca A procura de princ pios que utilizavam para chegar a estes desenhos importante para estabelecer se realmente houve uma padroniza o geral no territ rio Inca Forma propor o simetria perspectiva estilo e express o na arquitetura Inca Forma propor o simetria perspectiva estilo e express o s o termos com alto n vel de conte do t cnico simb lico e ling stico que na verdade n o se podem descrever em poucas linhas Deveriam ser considerados individualmente e merecem artigos dedicados aos mesmos especificamente desenvolvendo os e apresentando os relacionamentos entre os mesmos N o poss vel considera los em muito detalhe aqui Alguns s o essenciais para entender a arquitetura Inca e o urbanismo associado A 58 maioria desses termos tamb m compartilha facetas que permitem um estudo conjunto como por exemplo entre forma e perspectiva ou entre simetria e perspectiva na aplica o do estudo do formato t pico dos Incas trapezoidal e a distribui o sim trica do mesmo Os Incas muitas vezes aparentam ter uma obsess o com a forma trapezoidal No caso de Ollantaytambo a observamos no tra ado da parte principal urbana No plano cartesiano o uso de formas
219. c ficos fossem deixados em aberto para logo ser definidos no momento da implementa o Uma gram tica da forma param trica capaz de gerar uma enorme variedade de resultados virou uma realidade Os componentes de uma forma podem ser dimensionados por motivos espec ficos resultando em grupos ou fam lias de formas Esses s o definidos pelo que chamamos de rela es param tricas que permite distor es varia es em termos de propor es entre comprimentos de linhas ngulos uni o de linhas etc VOCABUL RIO Um vocabul rio um agrupamento ou conjunto de formas que podem ser alteradas pelas transforma es euclidianas Um desenho n o pode ser simplesmente definido a partir de um vocabul rio de formas tem que ser especificado em termos da combina o de procedimentos como opera es booleanas e transforma es RELA ES ESPACIAIS E A DEFINI O DE REGRAS Uma combina o espec fica e o arranjo de um conjunto de formas podem ser consideradas rela es espaciais A combina o de duas ou mais formas permitem criar uma nova forma onde existe uma rela o espacial Rela es espaciais constituem a 347 base para regras de composi o Qualquer conjunto de formas apresenta uma rela o espacial Em cada est gio da evolu o da deriva o de um desenho a partir de um conjunto de regras pode ser realizada um procedimento de escolha da regra seguinte a partir possibilidades m ltiplas Um vocabul rio pode gerar um
220. ca 248 a TT e es it s ne Fig 132 Representa o de desenhos de carater modular em tecidos de Tiahuanaco e aplica o de alguns princ pios ao adimensional de Mitchell O mesmo desenho esta representado na Porta do Sol Tiahuanaco e em cer mica Huari Parece ter seu inicio no pr Ceramico sendo logo adoptado e representado com frequ ncia na cultura Chavin particularmente nas lito esculturas cer mica e os tecidos de Karwa Fonte SAWYER 1970 p 168 249 Fig 133 Varia es de dimens es em diversos tipos de kancha Observar as diferentes combina es de estruturas retangulares para gerar as kanchas Fonte Hyslop 1990 p 18 Fig 134 Varia es e tipos de kancha em Patallajta Llaqtapata onde as varia es poderiam receber a aplica o do conceito de representa o adimensional Fonte Gasparini 1977 p 82 Mitchell tamb m procura explicar o sistema de defini o de m dulos por meio de representa es sem dimens es de formas retangulares similares primeiro em termos de v rios desenhos em U a seguir com o uso de malhas e finalmente com a transforma o das representa es sem dimens es A Fig 132 inclui desenhos de tipo modular integrando o conceito de representa es sem dimens es baseado em tecidos 250 Tiahuanaco Veja tamb m Fig 131 de Mitchell explicando o conceito Ap s a aplica o inicial da gram tica da forma arquitetura Inca e especificamente aos conjuntos
221. ca geralmente em casos onde a topografia n o permite manter os padr es Tamb m existe paradoxalmente um alto n vel de ordem Este ltimo conceito era importante para os Incas refletindo seu poder e influencia no extenso territ rio que dominavam A arquitetura Inca incorporava um n vel de integra o topogr fico particularmente em termos do aproveitamento e manipula o da enorme variedade geogr fica dos Andes costa desertos planaltos vales andinos e partes da selva Amaz nia As estruturas ainda que mantivessem um n vel de repeti o de m dulos incorporavam um car ter org nico que surpreende especialmente em termos da integra o dentro das variadas paisagens mas tamb m em termos dos materiais usados Sendo assim se criava um sentido de variedade Entender o uso do conceito modular desenvolvido pelos Incas importante 292 Ainda em hoje em dia isto importante em outros contextos inclusive para analisar a arquitetura moderna Os Incas sabiam repetir formatos modulares e ao mesmo tempo criar variedade na sua arquitetura Para os arquitetos modernos como Calatrava existe um desafio similar no sentido da procura de variedade dentro da repeti o e modularidade Calatrava declara o seguinte se referindo ao desenho da esta o ferrovi ria the entire work I applied the same compositional principle in Li ge There we have a device namely beams arranged in lines which is repeated all over the station All
222. ca arquitet nica e computacional que estamos analisando neste trabalho O conceito de ntase usado na distribui o e 147 relacionamento de estruturas com planejamento determinado pelo layout distribui o horizontal s o par metros que permitem determinar a linguagem e gram tica arquitet nica Inca S o dois fatores de enorme valor na computacionalidade da arquitetura Inca A proposta inclui realizar um estudo de cada um dos elementos principais da arquitetura Inca Essa arquitetura reflete ntase por exemplo nas portas nichos paredes Fig 52 cortes de pedras desenho urbano como tamb m em outros elementos relacionados Fig 52 Corte de uma estrutura Inca t pica Observar a inclina o das paredes nichos entrada etc A porta apresenta exagero no ngulo para permitir visualizar o uso do trapez ide e conceito de T iksu perqa Fonte Mackay aplicando modelo sugerido por David Pennington 6 T iksu perqa Entase nas entradas port es e portas T iksu perqa Entase nas entradas port es e portas o port o t pico de entrada e passagem de uma estrutura Inca quase sempre de forma trapezoidal e reflete automaticamente um tipo de ntase porque o observador da estrutura ou o morador quando entrava numa estrutura por meio daquele port o percebia que a verga ou travessa superior parecia mais alta do que realmente era Isto era devido distor o 148 visual criada pelo fator t iksu perqa ntase F
223. cap tulo seguinte as regras que estabelecem e regulam as estruturas e as regras que s o indispens veis arquitetura Inca Este procedimento ser efetuado ap s uma breve introdu o das dez regras definidas a seguir Precisamos lembrar que Mitchell para definir as vilas de Pall dio teve que criar uma s rie de regras para estabelecer uma gram tica da forma relevante que coincidia com os planos de duas dimens es dessas estruturas e das varia es que poderiam ser derivadas e definidas O formato da planta de uma vila desenhada por Pall dio n o t o diferente da estrutura b sica dos Incas isto a kancha A diferen a maior est no fato de que as fachadas e andares existentes nas estruturas palladianas s o definidas por outros conceitos tais como propor o e distribui o interna posicionamento de janelas entrada principal escadas e acesso etc A diferen a entre 245 o casar o ou vila de origem Palladiano a fachada e at toda a estrutura Inca Inca n o estava constitu da por mais de um andar existindo relativamente poucos exemplos de estruturas de dois andares e ainda menos de tr s andares Neste breve pre mbulo antes de descrever as regras fundamentais definimos alguns par metros simples como por exemplo o uso do ret ngulo trapezoide emprego do conceito de ntase repeti o e recombina o de formatos etc que s o de car ter essencial e que deveriam ser mantidos e desenvolvidos med
224. casos Esta tamb m pode ser subdividida e reduzida gerando estruturas menores por exemplo ret ngulos menores ou formas quadrangulares menores e logo integrada a outros agrupamentos de estruturas Outras estruturas retangulares maiores conhecidas como kallankas poderiam formar um estudo parte como tamb m os galp es circulares conhecidos como colcas Existem v rios centros Incas que apresentam um alto n vel de planejamento urbano Patallagta conhecido tamb m como Llagtapata um desses e est em desuso Huchuy Cusco e o exemplo de Ollantaytambo que ainda est em uso ap s v rios s culos da conquista espanhola Devido ao fato de que Ollantaytambo conserva um plano urbano quase intato poss vel consider lo como um timo exemplo de planejamento urbano e do aperfei oamento da concep o l gica dos Incas Se existem padr es vis veis nestes centros ent o eles podem ser analisados em termos das suas tipologias arquitet nicas por meio de uma gram tica da forma especificamente desenvolvida para a arquitetura Inca Ser poss vel confirmar se existe um n vel de racioc nio l gico e projetual computacional nesta arquitetura a Exemplos desenvolvidos para outras arquiteturas e a relev ncia para a arquitetura Inca Um processo de an lise similar aquele que Stiny Mitchell e outros definiram para as vilas de Pall dio confirma que poss vel derivar ou gerar sistemas para serem aplicados a outros agrupamentos e estilos
225. cel ncia um indicador da presen a Inca O trapez ide e sua liga o essencial com o conceito associado de ntase aparece na maioria dos exemplos da arquitetura Inca tais como nas casas templos fortalezas galp es armaz ns muros e paredes utilizado nos nichos portas e entradas na sec o de paredes e muros e aparece at nos planos de estruturas e nos planos de centros urbanos Permeia a arquitetura Inca O trapez ide um elemento principal da gram tica da forma Inca e j foi descrito e definida em detalhe inevit vel uma declara o vis vel dos Incas que chega comprovar e evidenciar at onde os mesmos chegaram e estiveram o que eles conquistaram e onde houve a imposi o da sua autoridade N o precisavam do s mbolo andino aquele deus de dois cetros que aparece na poca Chav n e chega ser apresentado em outras partes s culos culturas e fases nem de outra simbologia relacionada com as culturas mais antigas dos Andes Centrais At as rochas mesmas receberam desenhos que sugerem o uso do formato trapezoidal e org nico Fig 214 como por exemplo no caso do chamado Templo da Lua e o Mausol u em Machu Picchu 450 Fig 214 Fonte Foto Mackay 1988 451 Fig 215 O Torre n aplica o do formato trapezoidal a uma estrutura com paredes curvas Machu Picchu Cusco Fonte Foto de Mackay 1988 Como um muro da se o trapezoidal tem uma inclina o interna e externa natural que a su
226. chu Como Ollantaytambo n o fica na alta e mida floresta e considerando que h muito tempo conhecida n o percebida nem de Vilcashuam n e Choquequirao N o podemos dizer que Ollantaytambo foi ignorada totalmente ap s as primeiras descri es mas outros centros como Machu Picchu receberam maior aten o nos trabalhos arqueol gicos at os anos 1 980 Dra A Kendall 1 984 e 1 987 realizou v rios estudos de povos e centros Incas e pr Incas perto de Ollantaytambo e Jean Pierre Protzen completou um estudo detalhado de trabalho das constru es e uso de pedra e a arquitetura Inca de Ollantaytambo que foi publicado em 1 993 e em 2 005 e Lisbet Bengtsson em 1 998 O trabalho realizado por Protzen fundamental para esta pesquisa pois pretendemos nos apoiar nos conhecimentos adquiridos desenvolvidos e divulgados por ele e outros incluindo as cr nicas herdadas dos espanh is como tamb m documentos e as pesquisas mais recentes de Squire Bingham e Gibaja etc Estes conhecimentos foram o resultado e derivados de trabalhos arqueol gicos e de campo desenvolvidos por Protzen Figs 8a e 8b 33 Frage 5223 ETETE E Es 8 Clen Nichos de Armas sos H Epis s 2 z E Fig 8a e 8b Mapa geral do tra ado urbano de Ollantaytambo incluindo os sistemas de terra os fortaleza templo ponte e caminhos de acesso Fig 8b Tra ado urbano detalhado de Ollantaytambo 1 Caminho Inca 2 Tiyupunku 3 Canal 4 Pared
227. cida no fato de que ainda existem muitos exemplos de estruturas Incas em territ rio extenso desde Quito no Equador at a regi o central de Chile Estas quase sempre foram de um mesmo padr o Neste trabalho temos observado no primeiro cap tulo que l Em termos de problem tica no mundo Andino at agora houve pouco interesse e relativamente pouco esfor o no sentido de aplicar sistemas computacionais seja usando algoritmos para definir uma gram tica da forma ou usando softwares e aplicando os arquitetura Inca atrav s de Virtual Reality ou Realidade Virtual ou vers es atualizadas como Augmented Virtual Reality Existem alguns exemplos de reconstru o virtual desenvolvidos pelos Belgas e aplicados em Pachacam c Lima EECKHOUT 2003 Este centro cerimonial apresenta v rias fases de ocupa o pr Inca e um est gio Inca Outros exemplos foram desenvolvidos pelo peruano Lizandro Tavares para v rios centros pr Incas e para a estrutura Inca conhecida como uma kallanka um galp o para eventos em Huaytar em Huancavelica Figs 47 53 e 163 e o agrupamento de estruturas similares a uma kancha em Coricancha Cuzco Fig 57 e 79 S o trabalhos isolados e n o representam uma procura de padr es e o estabelecimento de um sistema gen rico para gerar estruturas Incas lembremos a observa o de von Humboldt A arquitetura Inca devido ao seu car ter modular nico e pelo fato de que quase onipresente na regi o Andina a
228. cobras pumas ursos lobos etc dentro do tra ado urbano URTON 1985 p 251 284 Ollantaytambo ficava no final da cauda o rio do puma de Cusco e isso estabelecia um valor nobre e especial Como no caso de Vilcashuam n Ayacucho o centro ritual parece ser uma guia ou condor Tamb m existe a possibilidade de haver outra forma talvez de um animal m tico mas a documenta o comprovando isto n o muito forte Este estudo faz referencia s estruturas do centro urbano de Ollantaytambo especificamente da parte ortogonal e por isto n o h motivo para procurar significados mitol gicos al m do tra ado Constituem objeto deste estudo simplesmente uma sele o de algumas estruturas de car ter espec fico de desenho repetitivo e de tipo padr o As observa es n o ignoram a possibilidade de que o centro de Ollantaytambo seja parte de um desenho mitol gico maior o qual poderia ser comparado com outros centros Incas Cusco Vilcashuam n etc O agrupamento de estruturas nesta parte urbana tem uma ligeira compacta o no extremo sul que leva a uma disposi o trapezoidal provavelmente devida ao fato de que este setor urbano est situado em vale menor entre dois pared es ou muros rochosos Por motivos pr ticos devido topografia e geografia transforma este formato em um plano trapezoidal 413 Pelas informa es de car ter ritual sabemos que os residentes de Cusco h cerca de 50 quil metros de dist ncia considera
229. como por exemplo nas kanchas completas e parciais j descritas Existem kanchas e varia es de kanchas na regi o do Vale Sagrado como por exemplo Ollantaytambo e em lugares muito afastados da capital Inca como em Aypata Piura no norte do Peru perto do Equador Tamb m podem ser encontrados no extremo sul do Imp rio Inca em Samaipata Santa Cruz Bol via S o vers es parecidas que declaram a presen a Inca longe do seu centro administrativo e capital no Cusco A gram tica da forma poder Inca de car ter modular e repetida em todo o Imp rio Inca Em quase todo centro Inca existem v rias zonas ou contextos que podem ser identificados como de uso da fam lia real da nobreza Inca dos trabalhadores dos mitimaes dos artistas como tamb m aqueles locais desenvolvidos para a prepara o da cer mica e dos tecidos As estruturas nessas zonas e os contextos arqueol gicos s vezes com o apoio dos registros gravados e atrav s das cr nicas permitem identificar n veis de controle gerados pelos Incas Esses controles podiam existir dentro de um vocabul rio de formatos uma linguagem ou de uma gram tica da forma estritamente limitada Em todo caso a arquitetura seja de adobe e da costa ou com acabamento em pedra ou pirca na serra e nas regi es altas mantinha as propor es dimens es raz es simplicidade e formas Incas uma gram tica da forma que reflete os interesses de poder religi o e economia Inca diferentemente da g
230. conforme definida no cap tulo nove Esta s vezes pode ser reduzida a uma fra o da estrutura retangular original isto 1 3 ou 2 3 da estrutura ou tamb m at a metade ou seja no formato de um ret ngulo menor Da mesma forma que pode ser reduzida tamb m pode receber um acr scimo de dimens es sendo 10 a 15 vezes maior A estrutura retangular pode formar parte dos conjuntos kanchas ou um agrupamento de v rias estruturas alinhadas Fig 92 e em alguns casos estruturas retangulares maiores geralmente unit rias e associadas com poucas outras estruturas como no caso das kallankas As kanchas apresentam uma variedade de formatos dependendo do lugar e da localiza o Podem ser de at quatro estruturas de dimens es similares ao redor de um p tio ou espa o interno ou varia es da mesma unidade retangular com dimens es vari veis dependendo do uso e ou da topografia como por exemplo em linha muito interessante observar as varia es em um n mero de centros Incas e o uso a modifica o e aplica o destes conceitos como por exemplo em Racchi Cuzco Peru e Tomebamba Cuenca Equador ou a repeti o de agrupamentos de estruturas ao redor de um espa o interno como por exemplo em Ollantaytambo Fig 91 205 Provavelmente tamb m houve um desenvolvimento planejado similar em Cuzco por exemplo no setor de Coricancha Fig 91 Exemplo do interior de uma kancha em reformas No 10 Ollantaytambo
231. corativos empregando uma simplicidade e pureza de forma que prefere ressaltar a qualidade do acabamento das pedras trabalhadas Existem algumas poucas exce es por exemplo em Ollantaytambo na parte que considerada templo pode ser observado parte de um s mbolo escalonado Fig 188 Reconstru o do complexo de um quarteir o ou super kancha do tra ado urbano de Patallagta Fonte Bingham em LEE 1996 381 Em Racchi Figs 14 54 e 80 no templo de Wiracocha parece haver um desenho da cruz andina referida como a chacana ou chakana Aparece tamb m na litoescultura de Tiahuanaco e nas estruturas Incas da Ilha da Lua Koati Lago Titicaca Est presente tamb m em Tambo Colorado Ica na costa cujos muros internos foram pintados com cores beges branco creme vermelho e preto Figs 12 e 170 Tamb m sabemos que os terra os de Choquequir o incorporam desenhos de animais provavelmente grupos de llamas No entanto todas estas s o exce es regra geral de excluir motivos decorativos Tra os definidores tabela Cultura Cultura Huari Cultura Chim Cultura comparativa Tiahuanaco Inca Motivos de escolha do lugar e Cidade de Cidade de Huari Cidade de Chan Cidade de Cusco poss veis fatores geogr ficos Tiahuanaco estabelecida em Chan estabelecida em determinantes centro ritual e econ mico estabelecida no altiplano e perto do Lago Titicaca e apresenta possibilidades
232. ction full scale reconstructions are even more attractive However Shakespeare s Globe Theatre in London provides an excellent example of the difficulties involved in relating excavated foundations to an above ground structure even with the help of contemporary illustrations GREENE K 2002 p 131 132 Uma tima forma de aprimorar o entendimento de uma estrutura escavada criar uma maquete em escala ou realizar uma reconstru o por meio de um desenho Algumas informa es poderiam assistir particularmente as dimens es e resist ncia dos alicerces pilares e paredes Fragmentos de pe as de pedraria arquitet nica como as molduras de janelas e portas os voussoirs de 330 arcos e tetos a ard sia e pi arra e os telhados usados podem ser importantes par fixar as datas de constru o de uma estrutura al m de ser teis na reconstru o Compara es deveriam ser feitas com exemplos de estruturas existentes e a evid ncia document ria existente Os escavadores tamb m obt m vantagem da an lise detalhada dos remanescentes escavados como tamb m novas interpreta es podem ser sugeridas e o interesse enfocado nas partes da escava o que ainda precisam ser trabalhadas Se v rias reconstru es com possibilidades de ser aceitas s o deduzidas de um plano aconselh vel oferecer mais que uma interpreta o destas na reportagem arqueol gica A parte gr fica da computa o est muito avan ada e permite modelagem de rea
233. da mantinham sistemas de tetos de palha SQUIRE 1973 p 844 Em Hatuncolla al m de tetos de palha havia um plano urbano incorporando uma malha ortogonal JULIEN 1983 p 9 29 Algumas casas do setor ortogonal e urbano de Ollantaytambo conservavam a tradi o do uso de telhados de palha nos anos 1970 1985 MACKAY 1977 e 1983 A observa o de Squire implica que houve manuten o de estruturas Incas e pr Incas na poca da Col nia Ainda existem em algumas partes afastadas dos Andes do Sul casas feitas de adobe com telhados de palha e houve muitas na regi o de Cusco at os anos de 1970 O cronista Felipe Hu man Poma de Ayala c 1555 1616 descreveu em 1615 e fez muitos desenhos de v rios tipos de estruturas Incas para acompanhar o texto Sabemos alguns detalhes da apar ncia das estruturas principais por exemplo as kallankas cerimoniais e usnos al m de outras estruturas que eram mantidas para o Inca os nobres e para eventos de car ter ritual Semelhantemente a constru o a manuten o dessas estruturas deve ter sido baseada no sistema de reciprocidade descrita antes 407 6 Qual foi a utiliza o original da estrutura O desenho inicial e original visava um uso particular para a estrutura E para que foi usado eventualmente Este estudo de caso est enfocado sobre o centro ortogonal e urbano de Ollantaytambo A utiliza o deve ter sido principalmente para o Inca a sua fam lia e seus nobres Hoje em dia cada uma das
234. da masmas Fig 110 222 Face um masma SSE Fig 110 Regra n mero quinze Regra n mero dezesseis Se uma estrutura foi desenvolvida que inclui regras dez a quinze Ent o se aplique um telhado com um valor longitudinal de 9m isto permitindo a constru o de uma sali ncia o beiral projetado acima das tr s paredes e quatro faces externas e que seja dividido no meio formando um telhado de duas guas Fig 111 Fig 111 Regra n mero dezesseis Se aplicarmos todas as regras at a regra dezesseis a s rie chegou ao seu final e pode ser conclu da Fig 122 O resultado destes procedimentos uma kancha simplificada que incorpora quatro estruturas retangulares e uma estrutura retangular alongada de tr s paredes aberta para o lado do vale do Rio Kiskamayo 223 Fig 112 Reconstru o esquem tica de Collpa A eo ew CO os se O 4 Fig 113 Resumo das regras um a dezesseis usadas na Reconstru o esquem tica de Collpa PARTE 3 APLICA O DA GRAM TICA DE FORMA NO PROCESSO DE RECONSTRU O VIRTUAL DE SITIOS INCAICAS EM ALGUNS 225 CASOS DE ESTRUTURAS PARCIALMENTE DESTRUIDAS VERS O BIDIMENSIONAL Exemplo 2 Superkancha n mero 2 numera o Protzen 2005 ou n mero 9 numera o INC 2004 setor Qosqo Ayllu Ollantaytambo Cusco Fig 114 Este segundo exemplo desenvolvido em formato bidimensional a partir de duas plantas de kanchas que provavelmente fora
235. da por uma s rie de relacionamentos com os apus as montanhas ao redor que ficam vigiando a parte urbana no fundo do vale O tra ado urbano ocupa s um pequeno espa o na totalidade dos tr s vales que formam parte do complexo urbano ritual defensivo e agr cola de Ollantaytambo 54 CAP TULO 2 A L GICA E EST TICA NA ARQUITETURA INCA RECURSOS ANAL TICOS Introdu o Forma propor o simetria perspectiva estilo e express o na arquitetura Inca Conceitos b sicos para definir arquitetura Inca padr o e o uso de m todos computacionais na codifica o de propor es Conclus es Introdu o Este cap tulo inclui uma breve descri o e an lise do conceito que pretendo exatamente o que pretendo sugerir e analisar na arquitetura Inca Incorporado neste conceito pode e deve ser inclu do o termo computabilidade Como Celani disse internacionalmente como design computing ou computational design Apesar do nome remeter ao uso de computadores o design computing n o 55 consiste necessariamente na implementa o de aplicativos em computador ou o uso da programa o implicando simplesmente em uma maneira de pensar sobre o projeto de maneira l gica e matem tica A palavra em ingl s computation refere se a qualquer tipo de processamento de informa es incluindo desde a realiza o de opera es elementares at o estudo do 3 A arquitetura Inca parece ser baseada em f rmulas espec ficas al m d
236. dades principalmente em fun o a disponibilidade de gua terrenos para agricultura e integrados ao sistema de estradas A diferen a principal era que os Incas n o 394 davam a mesma import ncia navega o mar tima sendo este aspecto entregue a outros grupos Aqueles primeiros centros coloniais e Capitanias dos Portugueses quase n o se afastavam da costa e do litoral como tamb m dos rios principais O interior do Brasil quase n o foi desenvolvido ou explorado com a exce o daquelas partes conhecidas pela minera o como Minas Gerais Bahia Rio e S o Paulo sendo essas cidades definidas em rela o Estrada Real pelo menos entre o interior de Minas Gerais e a costa de Rio de Janeiro isto Diamantina Ouro Preto Mariana e Parati etc No caso dos Incas a domina o do territ rio n o se limitava aos Andes e incliu a regi o da costa e seu com rcio mar timo efetuado pelos Chincha A nica regi o onde desistiram em concretizar a sua conquista foi a regi o Amaz nica Os moradores do Antisuyo regi o Amaz nica ficaram como advers rios tem veis e foi s ap s a conquista realizada pelos espanh is entre 1532 a 1550 que os remanescentes dos Incas ficaram obrigados a procurar santu rios em regi es que previamente tinham sido hostis Existe uma diferen a em termos dos conceitos aplicados em Ollantaytambo e a muitos dos outros centros Incas pois a maioria deles dependia de uma fortifica o pr xima fonte
237. dados obtidos pelos procedimentos arqueol gicos Formaram se conceitos e modelos do passado como tamb m cronologias baseadas nos documentos hist ricos nas v rias l nguas dominantes As vezes essas faziam referencia aos monumentos rec m descobertos e e formavam o contexto dos mesmos ou seja a hist ria da arquitetura atrav s da cer mica encontrada em situ e de estilos espec ficos Por sua vez aqueles conceitos desenvolvidos de idade eram baseados na aplica o e uso de diferentes tipos de metais Esses indicam uma evolu o de t cnicas partindo do cobre seguidos por alhea es de metais chegando ao bronze e finalmente o uso de ferro incluindo diferentes misturas temperaturas e m todos de fabrica o Esse ltimo tem sido o metal mais avan ado devido s temperaturas e materiais necess rios no seu processo de produ o Nesta tese fazemos um breve resumo do desenvolvimento e a compreens o da cronologia estabelecida ap s 1 600 isto ap s a Reforma na Europa Consideramos necess rio faz lo embora tenha havido v rios estudos anteriores que usaram uma vis o filos fica e cient fica principalmente na Gr cia para entender o passado como Arist teles Plat o Lucr cio Her doto Pausanias e T cito GREEN 2002 p 3 A arquitetura tamb m forma uma parte importante desta defini o de cronologias Os v rios n veis estratigr ficos muitas vezes apresentam varia es de arquitetura por exemplo nos Tells mor
238. dados que Barelowski prop s A fun o do sistema sugerido por Barelowski de gerar um sistema de aplica o modular que permite uma an lise din mica de estruturas como tamb m uma an lise comparativa formulando outras possibilidades para fazer uma coleta e revis o de dados obtidas junto a v rias fontes Segundo ele cada registro deveria conter informa es em cinco partes ou fases BARELOWSKI 2004 p 621 Dados param tricos dados descritivos quantificados dados descritivos informa es ou dados adicionais em termos de texto SAN auf do ghee e e informa es ou dados visuais Na verdade n o existe muita necessidade de diferenciar entre os est gios dois e tr s que poderiam ser integrados Dessa forma os est gios quatro e cinco se tornam os principais de interesse e aplica o neste cap tulo Em outras palavras e para esclarecer as cr nicas espanholas que formariam parte do est gio quatro de Barelowski foram conferidas A seguir as informa es geradas pelos arque logos foram consideradas sendo integradas ao processo de defini o de padr es e elementos baseados em sistemas de m dulos Fig 197 Usaremos o sistema definido em Mitchell 2008 para procurar uma solu o de desenho cujo objetivo diferente daquele de Barelowski Este ltimo est norteado e concentrado no estudo da reconstru o do passado usando m todos novos tais como an lise 397 de partes de estruturas para criar vers es
239. das mesmas que s o comuns s formas no ponto de intersec o Ou no caso de uma opera o de uni o de duas ou v rias formas resulta em uma forma que compartilha as especifica es de cada forma sendo que o sistema de coordenadas associado a cada uma das formas ainda coincide internamente As transforma es euclidianas de transla o rota o roto transla o espelhamento escala e reflex o est o associadas com a mudan a da orienta o ou a escala da forma A aplica o de uma transforma o ou v rias transforma es resulta em uma forma nova O conceito adimensional de Mitchell e uma transforma o euclidiana conhecida tamb m como um mapeamento n o necessariamente mant m as caracter sticas espaciais como comprimento escala dire o rea ou os ngulos e vira uma transla o escalar 349 ANEXO B A ORGANIZA O DE PAR METROS REFERENTES ARQUITETURA INCA E SEUS ANTECEDENTES PR INCAS Introdu o Antecedentes Exemplo de Chan Chan Exemplo de Tiahuanaco Tiwanaku Exemplo de Wari ou Huari Tra os definidores Compara es e Heran a A Cultura Tiahuanaco Compara es e Heran a A Cultura Huari Wari Compara es e Heran a A Cultura Chim Aplica o de sistemas computacionais aos tr s grupos b sicos identificados da poca pr Inca Identifica o de padr es Possibilidades e condi es para a gera o de tr s modelos Conclus es Introdu o 350 Uma observa
240. de 260 1 2 graus aplicada a cada unidade em forma de L Estas seriam inseridas entre as faces externas I de cada uma das estruturas retangulares formando as esquinas Esta op o permite inserir ou n o uma unidade em forma de L em cada uma das esquinas e n o implicaria em imposi o de um muro quadrangular externo s quatro estruturas retangulares Fig 146 Fig 146 Regra n mero nove Regra n mero 10 Se aplicarmos todas as regras at a regra nove a s rie chegou ao seu final e foi conclu da 261 2 O resultado uma kancha simplificada que incorpora quatro estruturas retangulares semelhantemente a uma das unidades criada pelos Incas em Ollantaytambo e repetida com uma s rie de varia es na grande maioria de centros Incas Portas e entradas regras i Regras portas estrutura retangular Janelas nichos e as portas podem ser acrescentadas com uma s rie de sub regras que iremos definindo e expandindo a seguir Regra n mero um portas estrutura retangular Pretendemos continuar com a aplica o tri dimensional e apresenta o isom trica simplificada Se existe um espa o ent o continuo com o m todo usado anteriormente para definir as portas ou entradas Ent o substitua se este espa o por um paralelep pedo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de cumprimento na base e 1 2 m de largura Fig 147 Nesta extrus o ser inserida a porta trapezoidal 262
241. de 201 Resta MUMELO Simier ere e RE fuse sabulgsidsdevucselcesttebarsasceedeteleeeste dos 203 Regra n mero quatro ren lees sito serio densas con eso ani el alba scores E isa riso a 204 Regra n mero CINCOS saccvesssseaselacseesteceabescdeseetssaautestgensestaewsstiguseastoluseetaceensasdaueets 204 Regra Numero SEIS ccs ties rosa ia ae ln he tie ae eee 205 Regra n MEro Sete cities tiles Gate aN I Fascinated 205 Regra n mero OItO sum s sastoasesiiso sabgoiige ceed eis seit ois ected Heed a iea 206 Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 1141 1 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 i ii 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 xi Regra n mero NOVE is esesisa as asiisoniza soioanissd be de hice condes cao Wels engas Na settee 206 Regra n mero deZ saci ie desde teaebladadeolgeaeestbbadzeecd ca EE ERE EREE Etn 208 Regra numero Onze si ai bee Se ee Uta ee 209 Regra n mero OZ eienen Teo n nado ven aves based ad ed ce ala 210 Regra n mero reze ori prison cotaltelo eed a also a Sano penas Shao ree ss weet seeds 211 Regra n mero GUALOLZ Eksier
242. de WUSWACGES sis sastaseasenas cess nnana a E ERE vii iv Escopo da TeSCircssensn or ia EE EEEE EA E R 1 v HE OCU CAG 52 cds Sasaki n a ARA R R PR E PR ER ER RR 21 Cap tulo 1 Princ pios e par metros da arquitetura Inca 34 Cap tulo 2 A l gica e est tica na arquitetura Inca recursos anal ticos 54 Cap tulo 3 Procedimentos usados na defini o de regras essenciais baseadas na an lise das kanchas de Ollantaytambo 71 Capitulo 4 Cronologia centro andina iceiiviievssscatssdeaversssesiaciaavscatntadveussdvataaeesndueweks 84 Cap tulo 5 Tiksu perqa ou o conceito de 131 Cap tulo 6 A gram tica da forma e sua aplica o arquitetura Inca 160 Cap tulo 7 A gram tica da forma Incas is sena sradia isa aaa ni qnd DA adiado 233 Cap tulo 8 Discuss o Potencial da aplica o de uma gram tica da forma na reconstru o virtual de monumentos Incas e a redu o da necessidade da arqueologia destrutiva i 287 Cap tulo 9 CONC SAC se rece E RS La ea Ri aaa inner 324 ili ANEXOS pagina Anexo A A gram tica da forma hist ria e defini es 337 Anexo B A organiza o de par metros referentes arquitetura Inca e seus antecedentes pr Incas sessseeeeseeeeseeesseesseesseeseressee 342 Anexo C Quadril teros repeti o e simetria nas plantas das superquadras do centro residencial de Ollantaytambo 378
243. de arquitetura como por exemplo os 12 pal cios e casas Ndebele as ru nas megal ticas de Orkney na Esc cia as igrejas Wren do centro de Londres etc Existem padr es e tipologias definidas na arquitetura Inca que est o representadas no extenso territ rio Andino O ponto de partida neste caso dever ser gerar sistemas a partir da uniformidade dos padr es observados na arquitetura Inca tendo em vista a limitada variedade de formas usadas Os estudos acima mencionados se caracterizam pelo interesse na an lise das estruturas A diferen a aqui que a gera o de uma gram tica da forma especificamente para a arquitetura Inca poderia trazer benef cios de forma a permitir a reconstru o arqueol gica virtual Uma aplica o pr tica poderia ser a reconstru o virtual de centros arqueol gicos baseada na an lise de padr es tipologias arquitet nicas estudo do racioc nio projetual e formas espec ficas por meio de uma s rie de regras desenvolvidas especificamente para a arquitetura Inca b O Potencial para reconstru o virtual de s tios e monumentos arqueol gicos Ap s a defini o das formas b sicas e essenciais da arquitetura Inca baseada em observa es realizadas no centro arqueol gico de Ollantaytambo e a formula o de uma gram tica da forma param trica ser poss vel realizar estudos comparativos em outros centros Incas Este procedimento permitiria confirmar se poss vel ou n o aplicar uma gram
244. de espessura de 0 50 m na parte inferior e uma espessura na parte superior da verga ou umbrais de 0 55 m Precisamos executar estes procedimentos para calibrar e integrar o nicho no lado externo de uma parede A face externa do nicho pode incluir uma inclina o que dever ser integrado nos muros externos da kancha ou estruturas retangulares que devem ser aproximadamente 1 5 graus Fig 166 285 Fig 166 Regra nichos externos n mero tr s a e nicho alongado Regra n mero tr s b de constru o para um nicho interno Se existe um trapez ide vertical que mede 1 1 m de altura e 0 70 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior ou verga e uma espessura de 0 60 na parte inferior Ent o substitua este trapez ide vertical por outro trapez ide vertical que mede 1 1 m de altura e 0 7 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior e uma espessura de parede de 0 55 m na parte inferior e uma espessura na parte superior ou verga de 0 60 m Neste caso o procedimento est sendo desenvolvido em fun o da inclina o interna da estrutura retangular Para isto o nicho interno dever refletir a inclina o interna e dever ser integrada a um muro que incorpora uma inclina o aproximada de 1 0 grau Fig 167 Fig 167 Regra nichos interno n mero tr s b Existem duas a es que ainda precisam ser executadas as quais j foram consideradas Primeiro definir a altura na qual deveria ser incorp
245. de hoje o m todo usado para trabalhar essas pedras n o entendido completamente mas o estilo considerado uma das maravilhas do mundo pelo menos referente constru o litica A pedra dos Doze ngulos Cusco e outras mais de m ltiplos ngulos Fig 55c s o talvez um exagero comparadas com muitas outras com acabamento principalmente de estilo atijolado Figs 55a e d Estas s o bem mais simples Estas s o representadas pelas rochas e pedras trabalhadas que s o de tipo estiolado e as de formato ligeiramente poligonal ou de estrutura celular Fig 55b que formam a maior parte dos muros trabalhados no territ rio Inca N o de surpreender que cada bloco de pedras atijoladas tamb m tem um formato quase trapezoidal tanto no horizontal ou seja duas dimens es quanto horizontal combinado com o vertical em tr s dimens es Para colocar as pedras e para que houvesse uma superf cie vertical mais ou menos plana numa face externa de uma parede as pedras precisavam ser de base trapezoidal para ser colocadas em um muro ficar bem posicionadas e encaixadas em rela o as laterais e as inferiores N o s isso o topo ou superf cie superior dessas pedras relativa base precisava ser ligeiramente menor O topo das pedras tamb m 154 devia ser minimamente trapezoidal para poder ser inserida na parede Na verdade cada pedra incorporava elementos ligeiramente trapezoidais nas seis faces ou superf cies o que mais f ci
246. de pra as circulares sejam encontrados e usados de forma mais geral na regi o da costa norte do Peru A arquitetura das culturas artisticamente ricas de Paracas Chongoyape e Cupisnique ainda n o foram estudadas em detalhe devido ao fato de que existem 112 poucas provas que essas culturas tinham cidades Diferentemente destas em Sech n entre Chav n e Lima existem v rios centros que longe de serem restritos e primitivos ja apresentam estruturas distribu das dentro de um sistema ortogonal isto templos e estruturas grandes que geralmente seguem um padr o sim trico MILLER 1995 25 28 Estes incorporam desenhos que at podem ser precursores dos desenvolvidos pela cultura Chav n como tamb m muito mais tarde pela cultura Tiahuanaco Fora do mbito do poder e longe do desenvolvimento da cultura Chavin no sul do Peru existe um centro conhecido como Pucar que est relacionado com o desenvolvimento de manifesta es culturais e rituais no sul do Peru particularmente em regi es altas em altitudes acima de 3 000 metros como por exemplo na regi o do Lago Titicaca Ressalte se a poderosa e importante cultura Tiahuanaco MILLER 1995 p 119 137 Tamb m se desenvolveu no altiplano e ap s alguns s culos do eventual desaparecimento daquela cultura os Incas escolheram identificar se com ela e especialmente a arquitetura deste centro Em outras palavras existe uma rela o indireta entre P cara Tiahuanaco e os Incas
247. desenvolvido em cap tulos anteriores Como ficou definido a kancha e os elementos individuais que a comp em surgiram como parte de uma tradi o longa no processo de desenvolvimento do formato de prefer ncia isto a estrutura retangular nos Andes muito antes dos Incas Um exemplo importante o chamado Templo das M os Cruzadas em Kotosh Hu nuco 2000 1500 a C que incluiu muitos dos elementos de concep o de desenho que reaparecem na poca dos Incas Fig 20 Existem tamb m estruturas em Pucar Puno e no centro de Tiahuanaco Fig 179 na Bol via atual que apresentam algumas semelhan as em termos das estruturas retangulares MOSELEY 2001 p 163 171 Existem tamb m outros formatos como pra as circulares que s o conhecidos em espanhol como Horizonte Temprano significando antigo em portugu s e que pode ser 432 traduzido como um est gio primordial H exemplos em bom estado de conserva o como o p tio circular de Chav n de Hu ntar Ancash 1500 a C 500 d C nos Andes do Centro Norte numa altura de 3 317 metros Na costa quase ao n vel do mar no vale de Casma em Sech n Alto 1600 800 a C e tamb m em Caral Lima 2600 1800 a C foram encontradas pra as circulares e semi subterr neas A an lise dedicada ao entendimento daquelas culturas continua Geralmente os centros estavam situados em lugares estrat gicos importantes e pr ximos de fontes de gua Os p tios retangulares ou quadrangulares parecem esta
248. desvantagens Uma desvantagem bvia no caso de gera o da gram tica da forma para um grupo de estruturas de um estilo o pressuposto que compartilham os mesmos fundamentos culturais e o tempo que se deve dedicar ao desenvolvivimento Al m disso o que se precisa um conhecimento que incorpora as bases para entender a cultura a ser definida os padr es espec ficos da arquitetura que ser estudada entender os procedimentos da gram tica da forma resumir aqueles padr es identificados e aplicar os conceitos da gram tica da forma e entender as regras daquela arquitetura O passo seguinte a integra o da gram tica da forma definida por um c digo computacional compat vel e um sistema desenhado para uso de arquitetos e engenheiros por exemplo AutoCAD FormZ Sketchup etc As desvantagens principais s o faltas de conhecimento de car ter arqueol gico entendimento arquitet nico restrito compreens o limitada para desenvolver sistemas baseados na gram tica da forma e finalmente dificultadas na aplica o destas em um sistema de visualiza o e softwares Nestes casos melhor formar uma equipe de indiv duos com conhecimentos em cada um dos tr s grupos a arquitetura arqueologia do per odo ou fase indicado b defini o da gram tica da forma e c implementa o 324 dos algoritmos definidos na gram tica da forma de ambiente de programa o espec fico Enquanto as desvantagens definidas acima precisamos acrescentar
249. do colonial Monumentos como o complexo Nazca de Cahauchi tamb m tem sofrido destrui o devido a escava es ilegais e il citas dos huaqueros ao longo dos anos particularmente ap s 1980 A reconstru o virtual baseada em conhecimentos derivados de planos mapas fotografias e inclusive as a reas t m um valor importante principalmente no processo de valoriza o dos monumentos como parte do patrim nio hist rico nacional Al m 310 disso t m um valor adicional para a popula o residente na proximidade dos monumentos Conforme mencionado anteriormente a reconstru o virtual pode ter uma vida curta se n o existir apoio preserva o dos dados computadorizados Por isso nem sempre poss vel ou aconselh vel criar modelagens que s o dependentes de um sistema computacional apenas Fatores que podem influir s o a falta de indiv duos com conhecimento de inform tica falta de verba para a manuten o etc Talvez nestes casos seria aconselh vel pelo menos inicialmente gerar vers es impressas dos s tios arqueol gicos e publica es de qualidade para que a popula o local e moradores da regi o apreciem o valor dos monumentos at que hajam sistemas de realidade virtual mais avan ados e est veis Visitamos a cidade pr Inca de Caral em dezembro do 2010 e foi poss vel observar e confirmar o uso de materiais como pan is com detalhes referentes a cidade no museu do s tio S o situa es como essas que sugerem o dese
250. do que a simetria forma e propor o interna Os conceitos da perspectiva Andina parecem ser opostos queles cl ssicos da Gr cia com a exce o da ntase que era usado para corrigir a ilus o tica de vazio Geralmente no caso de estruturas de origem Inca no processo de construir a partir dos alicerces at a parte superior de uma parede apresenta se um incremento m nimo no ngulo da inclina o criando assim uma percep o conforme o olho vai avan ando at o topo de forma aparentar ser cada vez menor pelo menos em propor o a base Poderia al m de ser um desenho calculado para minimizar a poss vel destrui o em consequ ncia dos sismos ou um sistema desenvolvido na preven o de destrui o gerada por terremotos um s mbolo de grandeza e poder uma vez que a tica e perspectiva sugeriria uma estrutura maior e superior ao que aparentava Em termos de estilos estes se diferenciam principalmente no emprego das pedras trabalhadas na constru o por exemplo aquele do corte da pedra poligonal que talvez a mais complicada como tamb m dif cil de criar e aplicar Quando comparado com o estilo atijolado de pedras alinhadas em s ries consecutivas e paralelas poss vel entender as dificuldades da aplica o do estilo poligonal Tanto os estilos poligonais quanto atijolados refletiam o uso de uma seqii ncia de pedras maiores nos n veis inferiores que iam diminuindo conforme se alcan ava a parte superior das paredes d
251. dos Incas que incorporam desenhos modulares conhecidos como tocapus geralmente associados com a nobreza Inca 6 Fig 2a Mapa Am rica do Sul com as principais culturas representadas 14 Fig 2b Mapa As principais culturas de Am rica do Sul e a regi o andina representadas e mencionadas no texto errar 15 Fig 3a Mapa dos vales de Urubamba e Patacancha observar sistemas de terra os e centro urbano de Ollantaytambo 21 Fig 3b Mapa sintetizado do Vale de Urubamba vers o topogr fica 22 Fig 3c Foto sat lite do Centro Urbano de Ollantaytambo o setor arqueol gico CHCITACOS areo geoana aE A a ty E EE dog a a ce ro DO Ra O RN ia cena cu 22 Fig 4 Duas vistas de Ollantaytambo por Rugendas 1843 1844 28 Fig 5 Blocos de pedra de Ollantaytambo por Charles Wiener 1880 29 Fig 6 Mapa de Ollantaytambo por George E Squire 1877 29 Fig 7 Mapa de parte do tra ado urbano de Ollantaytambo por Hiram Bingham 30 Fig 8 Dois mapas do tra ado urbano de Ollantaytambo Fonte Protzen 1993 31 Fig 9 Dois reconstru es de S o Miguel das Miss es RS 34 Fig 10a Cer mica Chancay Inca da costa norte Lima com duas estruturas estilo Inca no Museu da Universidade de Manchester Manchester Reino Unido 36 Fig 10b Quatro maquetes de estruturas Incas
252. dos espa os at a inser o das portas principais A gram tica da forma Anexo A para uma discuss o mais completa deste tema Lembramos que em 1 977 William Mitchell come ou a formular algumas id ias em torno da computa o e a sua aplica o arquitetura e a partir dos anos de 1 980 estava divulgando ativamente seus conceitos da gram tica da forma shape grammars com George Stiny No cap tulo 8 Language of Architectural Form em The Logic of Architecture William Mitchell fez v rias compara es tanto da gram tica quanto da linguagem gerada pela gram tica Palladiana e aplica uma s rie de regras criando assim grande n mero de possibilidades dentro dos par metros definidos por Pall dio Varia es baseadas nos planos de Pall dio MITCHELL 1990 Figs 8 31 a 8 55 Alguns dos planos gerados s o cria es ao estilo de Pall dio mas nunca foram desenvolvidas pelo famoso arquiteto Fig 32 81 m O Bi El O ha No oo da m Fig 32 Varia es geradas pela gram tica da forma baseadas nos planos de Pall dio Fonte MITCHELL 2008 p 186 Na Alemanha Oriental havia dentro da arte socialista al m do muro artistas seguindo passos n o t o diferentes aos dos pesquisadores norte americanos As duas
253. dr o Semelhantemente isto foi feito anteriormente de forma manual em rela o arquitetura cl ssica romana e grega ao longo dos s culos por exemplo por Vitruvio 80 ou 70 15 a C Sebasti o Serlio 1 475 1 554 Andre di Pietro della G ndola vulgo Pall dio 1 508 1 580 e outros Definimos anteriormente em poucas palavras o estilo propor o e estrutura da maior parte da arquitetura Inca de forma altamente generalizada O passo seguinte ser aproveitar a possibilidade de predizer descrita anteriormente e ali la a f rmulas aplicando medi es exatas onde for poss vel bidimensionais e tridimensionais a estruturas individuais e aos posicionamentos relativos de janelas portas nichos etc Tendo feito isso criaremos um catalogo comparativo baseado nas estruturas existentes em Ollantaytambo testando o conceito de previs o em outras constru es Incas em 63 diversos centros tanto na regi o Andina quanto na costa Peruana William Mitchell George Stiny e outros definiram diversas s ries de regras para a arquitetura Palladiana por exemplo e outros grupos de estruturas MITCHELL 2008 p 161 196 Essas regras geralmente incorporam muitos est gios e s o relativamente complexas e longas Como a arquitetura Inca muito mais simples ser poss vel aplicar uma s rie de condicionantes conhe traduzidos como se ent o e se ou tanto para definir as regras para as plantas bidimensionais quanto para estabelecer a e
254. du o deste trabalho e em outros cap tulos particularmente no sexto observamos as poss veis fontes da arquitetura Inca e os monumentos arqueol gicos que podem ser considerados como geradores e fontes da heran a arquitetura Inca Este trabalho re ne informa es da arquitetura arqueologia etnografia etnohist ria iconografia ling stica e arte e de forma mais detalhada cria estuda e tenta aplicar sub disciplinas como por exemplo a gram tica da forma etc que podem estar inclu das e integradas dentro das disciplinas acima mencionadas Em termos da arquitetura por exemplo inclui estudos de estilo propor o padr es gram tica funcionalidade e a aplica o de sistemas computacionais aos mesmos No mbito da arqueologia incorpora estudos de arquitetura os materiais encontrados al m da arquitetura cronologia motiva o para a escolha e prefer ncia de um lugar espec fico na geografia e topografia Um sistema ou v rios sistemas computacionais podem ser aplicados maioria dessas sub disciplinas ligadas arqueologia A etnografia e a etnohist ria servem para derivar conhecimentos de procedimentos e culturas atuais e procurar aplic las ao passado pois nos Andes quase n o existem 412 informa es origin rias e documenta o suficientemente detalhada de forma escrita especificamente para os Incas e seus antepassados A vantagem da etnografia que pode estabelecer padr es sociais e culturais atuais A p
255. e es recentes no Brasil MAYER 2005 Aqui a proposta o contr rio N o de criar novas formas numa projeta o ainda que esta seja uma possibilidade de procurar aplicar as regras de uma gram tica da forma especificamente desenvolvidas e definidas para a arquitetura Inca a estruturas e seus respectivos grupos que est o j em alto grau de destrui o Isto possibilitar criar reconstru es virtuais baseados nos fragmentos de estruturas ou alicerces existentes 3 O m todo de investiga o utilizado na maioria de trabalhos de an lise arqueol gica procura interpretar e entender as principais fases anteriores quela que se pretende estudar A cronologia arqueol gica da regi o andina muito longa acima de 335 5000 anos e isto inclui estruturas e estilos de arquitetura que antecedem o desenvolvimento da arquitetura Inca Isto criou problemas no sentido de gerar um trabalho demasiado extenso A solu o encontrada foi no sentido de preparar um resumo geral dos estilos pr Incas relevantes No passo seguinte definimos a arquitetura das culturas que tiveram alguma associa o direta com os Incas como por exemplo Tiahuanaco na Bol via lembre se que os Incas faziam referencia a arquitetura desta cultura e Chim o Reino de Chimor conquistado pelos Incas Tendo sido efetuado estes est gios foi poss vel proceder uma an lise da arquitetura Inca em maior detalhe definindo as formas principais Uma das caracter s
256. e dos 100 nichos 5 Pra a 7 Controle de entrada Fonte Protzen 1993 34 CAP TULO 1 PRINC PIOS E PAR METROS DA ARQUITETURA INCA Descri o da arquitetura Inca Desenhos Formatos e Planos Urbanos Materiais Lugar e M todo de Constru o Meio ambiente 35 Descri o da arquitetura Inca A arquitetura Inca s bria simples quase padronizada e reconhec vel tanto no tra ado urbano como nas pr prias estruturas Reflete tr s conceitos simples mas muito importantes organiza o perman ncia e poder todos integralmente ligados s atividades do imp rio Inca Portanto um pr dio Inca no extremo norte por exemplo em Cuenca Equador n o muito diferente daquele constru do no extremo sul em Cusco Peru O fato de que usavam rochas cuidadosamente escolhidas e especialmente bem trabalhadas no caso dos edif cios mais nobres assentadas e encaixadas na constru o de paredes implicava em uma indiscut vel perman ncia Hoje em dia ainda s o testemunhas silenciosas dessa express o Inca de controle do estado Pode se comparar a arquitetura Inca ainda que a fun o seja diferente aos oppida acampamentos e bases fortificados dos Romanos e tamb m aos totalmente diferentes centros de extermina o de Auschwitz Belsen ou Dachau onde o visitante tamb m sem saber muito apenas observando a arquitetura compreende que foram centros de controle e al m disso uma express o vis vel de poder organizado Podemos
257. e padr es definidos e por isso n o particularmente complicado visualizar ou at prever a forma e distribui o de estruturas desenhadas e constru das pelos integrantes daquela cultura Dentro do tra ado urbano de Ollantaytambo encontramos uma s rie de quadras denominadas kanchas que mant m quase as mesmas dimens es propor es e distribui es seja no setor oeste ou o setor leste Tomando as por base podemos dizer que existe uma unidade em termos de estilo que apresenta limitadas varia es de uma parte do plano urbano a outro Isso possivelmente sugere que os arquitetos e projetistas urbanos Incas empregavam uma f rmula ou algumas f rmulas espec ficas para definir aquelas estruturas Ollantaytambo por exemplo chega ser um centro urbanizado incorporando um alto n vel de padroniza o Os agrupamentos de estruturas que os arquitetos Incas desenharam para Ollantaytambo s o parcialmente parecidos com os mesmos da nossa era especialmente aqueles do altiplano Fig 193 Isto pelo menos em termos do conceito de multiplica o de formas que encontramos na distribui o de edif cios no Plano Piloto Bras lia de L cio Costa ou aquele desenvolvido para casas individuais como por exemplo os Prairie Houses de Frank Lloyd Wright Fig 2011 No caso das casas desenhadas por Wright s o principalmente os tetos denominados simple hip roofs ou telhados de quatro guas que mudam de formato e apresentam varia es S o similares
258. e a integra o deste com os terra os o setor Manyaraqui e cerimonial 3 e 4 o setor ritual e a fortaleza 5 361 Distribui o ortogonal no setor urbano de Chucuito Puno no Lasgo Titicaca cscs thence en EE wet Ea el ei 362 Reconstru o do complexo de um quarteir o ou super kancha no tra ado urbano de Patallajta eee esecneceeeceseeeeeeaeceaeceseceeeeseeeaeeeaaeeneee 363 Tabela de tra os comparativos para a arquitetura das culturas pr Incas de Tiahuanaco Wari Chim e dos Incas eee eeeceenteeeeeeeeees 366 Anexo C Vista a rea ao sul de Cusco entre os vales andinos de Ausangate e a floresta amaz nica errar ereerenernea 370 Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig 191 192 193 194 195a 195b 196 197 198 199 200 201 i iii 202 i ii 2031 11 Fig 204 i ti Fig 205 i iii Fig 206 i iv Fig 207a i ii Fig 207b Fig 208 Fig 209 Fig 2101 ii1 Fig 211 Fig 212 Fig 213 Fig 214 Fig 215 xiii Vista de Tiahuanaco Bol via vista tirada por um sat lite 371 Conjunto de v rias estruturas no altiplano a 1 Km ao sul de Tiahuanaco Bol via Observar tamb m o sistema de waru waru desenvolvido para o cultivo de batatas 371 Conjunto de v rias estruturas no altiplano de formato de kancha 372 Plano do Centro pr Cer mic
259. e algumas das principais estruturas e setores cerimoniais tais como a Pir mide de Akapana a pra a de Kalasasaya Pumapunku mas mesmo assim permitem visualizar a organiza o geral e o fato de que existia um plano baseado em um sistema ortogonal e o fato de que o uso do espa o estava ligado a um sistema de eixos 361 Fig 179 Plano geral de Tiahuanaco A Pir mide da Akapana B Pra a de Kalasasaya C Pra a semi subterranea D Perimetro Fonte MOSELEY 2001 p 218 poss vel observar tamb m outras estruturas quadrangulares importantes Em termos de centros principais de origem Tiahuanaquense Tiahuanaco apresenta um alto n vel de planejamento estruturado Outros centros regionais em geral nos vales andinos s vezes refletem um n vel de crescimento que poder amos chamar de desenvolvimento org nico e menos ortogonal os quais s o por natureza menos estruturados Na verdade dif cil resgatar muito em Tiahuanaco que se possa identificar imediatamente e estabelecer o que esteja obviamente ligado arquitetura e a planifica o urbana Inca mas como sabemos partindo das tradi es orais os Incas referiam se queles da regi o do Lago Titicaca como os seus antepassados fazendo men o espec fica da heran a arquitet nica raz o pela qual a sua inclus o nesta tese obrigat ria PROTZEN 1993 p 257 258 362 Fig 180 Plano geral de Tiahuanaco Centro cerimonial e piramidal de Tiahuanaco onde se
260. e com Tiahuanaco na Bol via devido semelhan a com os estilos dessa regi o de trabalho litico que foram desenvolvidos ali A cultura Chim e a cidade de Chan Chan A ltima express o cultural que pretendo considerar aqui a cultura nortenha Chim Chim uma das culturas que tem uma interconex o direta em termos cronol gicos com os Incas pelo menos nas ltimas fases Geograficamente a cidade 366 de Chan Chan Fig 177 est situada em um vale plano no meio do deserto Era abastecida com gua obtida por meio de sistemas de canais que a trazia dos Andes e de alguns po os na parte inferior do vale do Chan Chan derivada do n vel fre tico Dentro das ciudadelas incorporadas dentro do enorme complexo de v rios quil metros quadrados de extens o observa se um alto n vel de organiza o e planejamento A ortogonalidade em Chan Chan r gida e controlada e n o de caracter stica e estilo solto ou aparentemente n o planificado como no caso anterior do centro cerimonial de Wari Reflete planejamento efetuado com anteced ncia incluindo demarca o e provavelmente medi es exatas O material principal usado na constru o era o adobe Geralmente era um adobe maci o existindo paredes e muros grossos protegendo as ciudadelas ou complexos principais Fig 178 Muitas vezes dentro dos complexos existiam estruturas com frisos decorados incorporando desenhos geralmente de formas geom tricas e em alguns casos mais nat
261. e dois andares da superquadra tem uma parede no meio que compartilhada como tamb m o teto de duas guas que tamb m compartilhado As outras estruturas tamb m t m tetos de duas guas O telhado deve ter sido de palha e agora substitu do na maioria dos casos por telhas de cer mica Em termos de m todos de constru o s podemos supor que o planejamento come ou com o Inca ou os nobres urbanizadores e arquitetos usando talvez cordas e medidas j especificadas Existem documentos da poca colonial que fazem referencia a isto Ap s a defini o dessas quadras e o planejamento da disposi o das estruturas e dos espa os e quartos dentro das superquadras em plano ou desenho descrevendo o plano urbano seria importante procurar fontes de pedra trabalhada apropriadas para essas estruturas A maioria dessas pedras foram trazidas de pedreiras h poucos quil metros de Ollantaytambo Eram em geral rochas ou pedras com formas j definidas e talhadas que s precisavam receber um acabamento mais fino e completo e quando estavam em situ estariam prontas para ser integradas dentro de um muro Acredita se 409 que na produ o destas rochas e pedras trabalhadas os Incas n o teriam usado m todos modernos para cortar a pedra Lembramos que os Incas n o conheciam o uso de ferro ou metais resistentes similares para fabricar ferramentas Por isso ainda hoje em dia muitas vezes se fala que usaram produtos qu micos e cidos para cortar as
262. e em na maioria delas timas condi es de conserva o permitindo assim 318 definir e gerar gram ticas de forma especificamente para a arquitetura Inca Lembrando que a arquitetura Inca em parte uma heran a de pocas e estilos anteriores o conceito da gram tica da forma desenvolvida para a arquitetura Inca pode ser modificada e reaplicada como j foi sugerido para uso em monumentos pr Incas Esta metodologia sugerida tem prov veis aplica es em v rias culturas anteriores aos Incas e pode se criar sistemas paralelos e modificados ou adaptados de gram tica da forma para as estruturas padr o dentro das cidades maiores como Chan Chan e Pacatnam onde existem altos n veis de repeti o de estruturas ortogonais Geralmente em trabalhos deste tipo seria melhor incorporar um investigador especialista com conhecimentos amplos de arqueologia da arquitetura que eventualmente dever ser re definida por meio de uma gram tica da forma Na verdade um procedimento normal para o arque logo arquiteto e historiador procurar antecedentes arquitet nicos para obter a uma defini o do formato de uma ou muitas estruturas Geralmente este procedimento realizado para poder aplicar sistemas comparativos mas isto nem sempre o caso A metodologia sugerida aqui para uma gram tica de arquitetura Inca tem enorme potencial em termos de aplica o arquitetura de outras culturas e especialmente aos monumentos seja Iskanwaya Khari Tiahu
263. e esp yet scapes eb ea enar E ever anus dama doa AE 211 Resta numero GUNZE e sie oad s6icocdelte cvs ee e se O en detak EAR EE EEEE a 212 Regra n mero dezesseis ia ss oni eo E E E EE EE E EE EEEIEE 212 Reconstru o esquem tica de Collpa 213 Resumo das regras um a dezesseis usadas na Reconstru o esquem tica de Qollpa sussa ciate enian eina na carma baste vadias conste lia R 214 Mapa do Quarteir o super kancha numero 2 Setor Qosgo Ayllu e figura reconstru o esquem tica parcial de uma kancha da mesma Ollantaytambo aca sos e iea AE L ETA tet esdieretedeleesivelest testes 216 Regra n mero um s rie reconstru o 2 D 217 Regra n mero dois rareta a erete Pala Dag ado eont inan p inaki i he 218 Regr n mero tr s sanigon annaa e ai h a ise 219 Regra n mero guatro sesemon a R a E i i 220 Regra NUMETO CINCO ieii teenstreet eneus hraet taakse EO EREE EEEE EEEa i REE E 220 Regra numero SeSi ssa resisto EE a BES ee ee ee et 221 Regra n mero seten morroin aiee aei A E A ENAA AARE 221 Regra n mero Olto snper ai ii E E E a ia ia 222 Regras n mero um a oito resumo de reconstru o 2 D 222 R sta n mero dO1S v2 csc se es fesse eer a e oro cndeetenassoeededchsnenedebeonesssoebetigets 223 Regra n mero tr s ists isca ieee tiene ies ieee thiawdies nities teas ine eee aoe 224 Regra n MEro TeS izastosazebr ias sete ee oaeen a A ee Sagan slewing EEEO E NEEE
264. e gera o de uma gram tica de forma que parte de um grupo de formas relativamente conhecidas e destas derivamos formas de culturas anteriores Apresentamos um m todo diferente que usa um procedimento oposto ao comumente aplicado para definir cronologias relativas do presente ao passado Sendo assim e como foi sugerido existe alternativamente a possibilidade de realizar um estudo cronol gico inverso baseado em conhecimentos estabelecidos por vias tradicionais e convencionais Isto come ando a partir dos Incas o ltimo est gio extrapolando em dire o oposta atingir os est gios de desenvolvimento iniciais Come ando pelos Incas e chegando at o pr Cer mico uns 4 000 anos antes Pensando na metodologia de escava o arqueol gica o procedimento natural aquele em que o arque logo trabalha a partir da superf cie limpando camada por camada medida em que a escava o vai se aprofundando muitas vezes poss vel esclarecer em termos de diferen as de solo mais definidos a rela o dos v rios n veis estratigr ficos Geralmente poss vel interpretar as descobertas de cada n vel dentro de contextos espec ficos para a seguir comparar com as descobertas de n veis subsequentes para assim fazer uma tentativa de entender e definir os desenvolvimentos estil sticos e tecnol gicos um procedimento comparativo que precisa come ar com o presente para chegar a um entendimento do passado Pode ser aplicado particularmente
265. e inseridas nas paredes E tamb m existiam estacas ou juntas de pedra para fixar tetos Fig 19 b ii ili e iv 51 iii iv Fig 19b i Sistema de cobertura WRIGHT 2008 ii Masma reconstru da com telhado e cobertura Machu Picchu HEMMING 2009 iii Ancora para uma porta Racchi iv Estacas e ncoras para fixar tetos Racchi Cuzco Fotos iii e iv Mackay 2 009 Lugar e m todos de constru o A escolha de lugares de constru o na regi o Andina variava entre os vales planaltos e cumes de montanhas s vezes incorporando variados n veis topogr ficos Na maioria dos casos existe uma liga o ritual entre centros urbanos e o meio ambiente e s vezes estruturas espec ficas com as forma es topogr ficas rochas etc Acreditava se que as montanhas eram os senhores apus rochas importantes podiam ser santu rios huacas ou wakas as fontes de gua puquios pukios tinham um significado especial e os rios mayo ou muyu podiam incorporar um valor ritual Yucay Calca Pisac Cusco e Ollantaytambo ficam em vales mas tamb m possuem nas partes mais altas estruturas defensivas e sistemas agr colas Em parte isto se deve ao que foi definido e denominado por Murra 1 976 controle m ximo vertical de pisos ecol gicos e outros Aquele conceito de controle se percebe tamb m em outros 52 centros Incas como Machu Picchu Phuyupatamarca Wi aywayna Choquequirao e outras mais que controlam desde o alt
266. e novos hot is por exemplo El Libertador em reas tombadas nas quais ocorreu destrui o de estruturas coloniais e republicanas pelos terremotos permitindo assim um incremento em conhecimentos de como foi a antiga capital Inca Estes possibilitam confirmar 437 algumas das teorias propostas para Ollantaytambo Pouco a pouco est o ficando a descoberto os formatos e planos de v rias estruturas Isto o caso do quarteir o atualmente ocupado pelo Instituto Nacional de Cultura de Cusco onde cerca de 60 do mesmo paasou por uma limpeza e onde agora poss vel ver os alicerces e fundamentos das estruturas que em alguns casos formavam o equivalente das kanchas O valor da defini o de uma gram tica da forma para esta arquitetura gera muito interesse e amplia a validade do sistema desenvolvido para futuros estudos e principalmente a defini o de reconstru es virtuais baseadas nos algoritmos simplificados que apresentamos Criar reconstru es virtuais baseadas em estudos de padr es e a aplica o da gram tica da forma a estas um dos objetivos principais em termos de sistemas de apoio tanto para arque logos quanto historiadores e educadores para identificar os remanescentes de estruturas e visualizar como era a arquitetura da antiga cultura Inca Compara o Vilas de Pall dio Kancha Incas Semelhan as Estrutura Estrutura retangular quadrangular ou retangular Semelhan as Sal o principal P tio central interno no cent
267. e pr dios de car ter religioso Estas criavam uma apar ncia de um espa o maior uma ilus o de extens o vertical dentro de um espa o s vezes tamb m horizontal Conhecemos tamb m o trompe l oeil que tenta criar espa os e vistas que seriam imposs veis de representar dentro de espa os mais restritos Todas procuram uma solu o para assim corrigir ou criar ilus es ticas ligadas ao ngulo de observa o Evitava se em alguns casos um ura particularmente uma fachada Em outros casos criava uma sensa o de que seriam estruturas maiores e mais altas 2 Os gregos e os antecedentes eg pcios Os gregos definiram o conceito de ntase usando uma palavra que usamos hoje em dia para a solu o de problema de car ter tico muito prov vel que o conceito ja existia entre outros grupos e culturas por exemplo nos templos de Edu e de Amun Re Khonsu 1180 60 aC em Karnak e de Amenhotep II em Luxor 1 370 aC no Egito No centro de Karnak existe um C mara do Hypostyle Hall que media 104 x 84 metros come ada por Seti I e completada por Rameses II Chegou a ser o maior complexo coberto com teto dos eg pcios Existem 134 colunas em 16 faixas cada uma com capit is simulando a planta o papiro Figs 49a e b As maiores colunas medem 21 metros de altura e as exteriores ainda enormes medem 13 metros WATKIN David 2000 p 16 17 As colunas integram uma inclina o discreta parecida com aquelas que os gregos adotar
268. e sem esta consider vel m o de obra o grande n mero de projetos arquitet nicos e as constru es enormes n o teriam sido realizados em t o pouco tempo interessante que os mitimaes entendiam e aplicavam os padr es da arquitetura Inca com uma uniformidade bem estabelecida no extenso territ rio Inca como tamb m foi posteriormente o caso dos descendentes dos Incas quando constru ram igrejas para os conquistadores Espanh is Isso implica um alto n vel de controle por parte dos governantes Incas N o poss vel confirmar u es O quipu com uma corda principal e outras cordas penduradas com n s de v rias cores que descrevia o que se 447 devia fazer Lee e alguns outros sugerem que incorporavam detalhes de como e onde construir estruturas espec ficas e de padr o aceit vel para os Incas LEE 1988 p 5 6 10 11 23 26 29 31 33 O homem Andino tem um alto n vel de respeito pelo o mundo natural c us e terra que estava em seu entorno e geralmente chamava Pachamama terra pacha em Qu chua ou m e terra uma tradi o que ainda respeitada e forte hoje em dia Sem d vida os Incas e aqueles povos conquistados por eles que lhe pagavam tributo tamb m tiveram este respeito pelo mundo sobrenatural que n o somente inclu a a pachamama mas tamb m o esp rito das montanhas apus e outras manifesta es naturais divinizadas illapa ou raio thunupa ou trov o khuychi ou arco Iris etc importante entender
269. e tamb m que a constru o continuou ap s a conquista Foi um espa o de tempo relativamente curto durante o qual se desenvolveu um estilo incluindo v rios sub estilos de arquitetura facilmente reconhecido e descrito como Inca Os Incas come aram a mudar o mundo Andino atrav s de v rias conquistas relativamente pequenas a partir dos anos 1 100 d C A seguir come aram a definir altos n veis de expans o imperial que foram acompanhados por programas de constru o geralmente ap s 1200 d C A conquista espanhola em 1532 n o acabou totalmente com os Incas e a sua arquitetura pois alguns grupos continuaram construindo edif cios em lugares afastados e longe dos antigos centros Inca Vilcabamba foi constru da pelo Inca Manco Capac II em 1539 e ele ficou governando o remanescente de seu imp rio at 1572 quando foi capturado Provavelmente existem outros centros pr ximos a Machu Picchu segundo comunica o verbal de Maria Vargas em maio de 2010 H tamb m outros centros pr ximos a Choquequirao interessante observar que aqueles centros Incas que s o posteriores a conquista espanhola como Vilcabamba s vezes incluem telhados de cer mica e o uso de argila semelhantemente aos que os espanh is usavam Antes daquela conquista os tetos dos edif cios Incas eram em geral de palha ou ichu uma grama obtida no altiplano e raramente integralmente de madeira No caso de Ollantaytambo existem possibilidades de definir ainda mais a data prov ve
270. ean Civilization Thames amp Hudson Londres Inglaterra BURGER Richard L MORRIS Craig MATOS MENDIETA Ramiro PILLSBURY Joanne e QUILTER Jeffrey 2007 Variations in the Expression of Inka Power A Symposium at Dumbarton Oaks Dumbarton Oaks Research Library and Collection Washington D C USA BURGER Richard L 1992 Chavin and the origins of Andean Civilization Thames and Hudson Londres Inglaterra BUSSEY Katrine 2010 Another Step for Scots Technology em The Scotsman 16 de outubro do 2010 Edimburgo Esc cia p 4 A Shape Grammar The Language of Traditional Turkish Houses Environment and Planning B Planning and Design Volume 23 p 443 464 CANAL ONTON David 2006 Etnohistoria y Tecnologia Inka Ollantaytambo Peru 459 CANZIANI AMICO Jos 1989 Asentamientos Humanos y Formaciones Sociales en la Costa Norte del Antiguo Per ndice Editores Asociados S A Lima Peru CARRENO COLLATUPA Ra l 2006 Diagnostico de Peligros Geodin micos en los Parques Arqueol Cusco is 97 120 Lima Peru side The Spanish architect on how his sculptures w Setembro 2009 p 8 DE GODOI Giovanna 2006 A gram tica da forma como metodologia de an lise e s ntese em arquitetura em Conex o Comuni o e Cultura UCS Caxias do Sul Brasil v 5 No 10 p 183 197 CELANI Gabriela e CYPRIANO Debora 2008 A fachada inclinada na arquitetura moderna brasileira uma an lise com a gram tic
271. ees for Harvard University Washington D C USA 464 KAUFFMANN DOIG Federico 2010 Julio C Universidad San Martin de Porres p 1 8 Lima Peru KAUFFMANN DOIG Federico 2006 Machu Picchu Tesoro Inca PROMPERU Lima Peru KAUFFMANN DOIG Federico e LIGABUE Giancarlo 2003 Los Chachapoya s Moradores Ancestrales de los Andes Amaz nicos Peruanos Universidad Alas Peruanas p 391 395 KAUFMANN H W e KAUFMANN J E 2006 Fortifications of the Incas 1200 1531 Osprey Publishing Ltd Northants Inglaterra KAULICKE Peter 1997 Contextos Funer rios de Ancon Esbozo de una s ntesis Anal tica Pontif cia Universidad Cat lica del Per Fondo Editorial Lima Peru KENDALL A 1976 Descripci n e inventario de las formas arquitect nicas Inca Patrones de distribuci n e inferencias cronol gicas Revista del Museo Nacional Lima tomo XLII p 13 96 KENDALL A ed 1984 Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford Inglaterra KENDALL Ann 1984 Archaeology Investigations of Lat Intermediat Period and Lat Horizon Period at Cusichaca Peru Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Ox
272. eitos deste estudo a aplica o da gram tica da forma por exemplo muito al m dos Incas Um exemplo timo da arquitetura Chim o complexo da cidade de Chan Chan que cont m v rios conjuntos cercados por muros conhecidos como ciudadelas ou cidadelas Estas cidadelas tamb m foram constru das com adobe e sofreram destrui o pelas chuvas infreqiientes trazidas pelos efeitos do El Ni o Os Chim come aram a estender a sua influ ncia nos Andes do norte com interc mbios econ micos mas pouco prov vel que tenham dominado aquelas regi es pr ximas aos Andes talvez com a exce o da regi o de Cajamarca A extens o do imp rio Chim possivelmente chegou at os vales ao norte de Lima Antes disso acontecer os Incas que estavam influenciando e controlando regi es pr ximas a eles come aram a descer dos Andes at a costa sul Chincha por exemplo e eventualmente chegaram regi o Chim conquistando e dominando a Parece que os Incas controlaram e subjugar a maioria das regi es a partir da poca do governo do Inca Pachacutec ou Cusi Yupanqui que governou entre 1 438 e 1 471 d C Neste resumo da cronologia pr Inca Fig 43 fluxograma comparativo n o foi considerada a Amaz nia ainda que Julio C Tello e mais tarde Donald Lathrap em 1 968 Betty Meggers e outros sugerissem que as origens das culturas Andinas foram estabelecidas nesta regi o MYERS 1992 p 83 84 Um dos motivos para isto que existe pouca documenta
273. el Cusco Incaico Tomo 1 2 e 3 Talleres de Industrial Gr fica S A Lima Peru ASANOWICZ Aleksander 1994 CAFE Composition for Architects Form and Emotions eCAADe 1994 Glasgow Esc cia p 249 BAROCAS Claudio 1979 Monuments of Civilization Egypt Association Limited Londres Inglaterra BAUDIN Louis 2003 Daily Life of the Incas Van Nostrand Co Princeton Nova Jersey USA BAUDIN Louis 1961 The Incas of Peru A Socialist Empire Van Nostrand Co Princeton Nova Jersey USA Pacariqtambo and the Mythical Origins of the Inca Latin American Antiquity BAUER Brian S 1992 The Development of the Inca Stat University of Texas Press Austin USA Ritual Pathways of the Inca An Analysis of the Collasuyu Ceques in Cuzco BAUER B S 2004 Ancient Cusco Heartland of the Inca University of Texas Press Austin USA BAUER Brian S 2007 The History of the Incas by Pedro Sarmiento de Gamboa 1572 University of Texas Press Austin USA BENGTSSON Lisbet 1998 Prehistoric Stonework in the Peruvian Andes A Case Study at Ollantaytambo Department of Archaeology Etnologiska Studier No 44 Goteborg University Gotemburgo Su cia BERLOWICZ Barbara 2002 Aickhout Volta ao Brasil 1644 2002 Caixa Econ mica Brasil BINGHAM Hiram 1979 Machu Picchu A Citadel of the Incas Hacker Art Books Nova Iorque USA 458 BOAST R B 1987 Rites of Passage Topological and For
274. ela Raimondi representando a deidade de dois cetros Chav n Peru 105 Fig 41 Tabela cronol gica para os Andes centrais ee 107 Fig 42 Cronol gia Sul Andina sas caneco anion oraso alan Sac u eaa ai a eiaa 109 Fig 43 Tabela descrevendo uma linha do tempo hipot tica para os Andes Centrals neeaaea eaea edocs divs Mice tic interno pane dis a ds dinda La eee distaste 115 Fig 44 Manuscrito colonial de Mart n de Murtia ca 1605 com Cusco no centro e os centros dos quatro suyos prov ncias do Tahuantinsuyo 117 Fig 45 Plano das estruturas tipo kallanka Yucay CUSCO 124 Fig 46a b Mapa das kanchas parciais e vista da kallanka de Racchi Cuzco 125 Fig 47 a b c Reconstru o virtual gerada por Lizandro Tavares a e quatro vistas b e da kallanka de Huaytar Huancavelica i ii 126 Fig 48 Duas entradas ou port es no caminho Inca e na avenida dos 100 nichos em Ollantaytambo Cuzco Parecem ser de estilo Neo Inca 127 Fig 49a b Reconstru o virtual do Templo de Karnak Egito e vista do artista escoc s David Roberts sm cs ye Set tate atada pro e e ne e testes tee dada i eanas 132 Fig 50 Estudo das propor es de um port o erra 133 Fig 5la c Uso de padr es greco romanos a National Museums of Scotland Edimburgo Esc cia e b Great Court Museu Brit nico Londres 135 Fig 52 Corte de uma estrutura Inc
275. ela regra Acredita se que foi desenhado e constru do em pouco tempo nas fases finais do Imp rio Inca e possivelmente inclui algumas estruturas que foram completadas ap s a conquista efetuada pelos espanh is 1 535 prov vel que existisse um complexo urbano em Ollantaytambo antes da chegada dos Incas mas a implementa o de um n vel avan ado de planejamento e distribui o urbana sem d vida de origens e influ ncia Inca Parece que Ollantaytambo representa o n vel de planejamento e distribui o ideal dos Incas ou seja uma aproxima o a um sistema ortogonal de distribui o de estruturas Fig 37 Este n vel de distribui o n o muito comum nos centros Incas da regi o de Cusco pois a topografia geralmente n o o permitia mas no caso de Ollantaytambo existe um aproveitamento das partes planas dos vales que foram empregadas para planejar e construir uma cidade homog nea e de padr o org nico Fig 81 A implica o interessante no sentido que a cidade foi constru da sobre terras consideradas de alto valor para a agricultura 194 Fig 81 Rio Vilcanota e o vale de Patacancha Um trecho de rio foi canalizado observar tamb m os andenes ou terra os ponte e caminho Incaico e no fundo Ollantaytambo Fonte Foto de Mackay 2 009 Precisamos lembrar que o dom nio de v rios n veis ecol gicos e topogr ficos assim como tamb m a pr tica da agricultura em v rios n veis formava parte dos proced
276. eles observados nas kanchas mas em escala maior Outro dado interessante que segundo o cronista espanhol Juan de Betanzos 1 551 1 557 houve colabora o de 100 000 trabalhadores no processo de constru o NILES e BATSON 2007 p 186 187 n i prt Fig 45 Plano parcial de Yucay das estruturas tipo kallanka H e E agrupa es kancha N e D pra a principal K e L amuralhada com torreones de controle A Be Ce estruturas associadas a e b Yucay Cusco Fonte Niles e Batson 2007 p 135 c O estilo Neo Inca as propor es maiores e estruturas modificadas existem antes do per odo considerado Neo forma parte da cabeceira da cidade de Cusco incorpora estruturas muito maiores que aquelas constru das pelos Incas O estilo de trabalho megal tico incluindo os port es Incas de Sacsayhuam n talvez pudessem ser considerados precursores do estilo Neo Inca 129 Outra estrutura excepcional a enorme constru o em San Pedro de Casta ou Racchi provavelmente usada para rituais e eventos cerimoniais Fig 46b A despeito das dimens es interessante observar o uso incomum pelos Incas de colunas circulares uma estrutura que obedece aos padr es normais e cl ssicos em termos das portas internas e externas assim como os nichos e janelas internas N o se pode defini la com certeza como Neo Inca assim como tamb m a estrutura Inca Huancavelica em Huaytar que incorpora nichos com um fundo triangular
277. ell estivesse mais interessado em desenvolver uma gram tica da forma para aquelas poss vel confirmar o conceito e o elemento modular Esta compara o com as vilas de Palladio e a an lise que Mitchell fez de um sistema para examinar as estruturas retangulares e quadrangulares desenvolvidas pelos Incas aparentam ser padronizadas e respeitam um sistema modular O estudo visa 328 criar interesse por um sistema que eventualmente permita a r pida prototipagem de algumas estruturas Incas baseada nesta modularidade As regras de substitui es algor tmicas s o definidas e podem ser transferidas por programadores a programas desenhados para uso na arquitetura Atrav s deste processo haver disponibilidade de um sistema que defina os sistemas de reconstru o virtual baseados nos conhecimentos isto a priori de estruturas j existentes que podem eliminar a necessidade de realizar escava es e limpeza de monumentos preservando os para futuros trabalhos arqueol gicos pelo menos at a data quando houver sistemas de pesquisa arqueol gica que sejam menos destrutivos Houve uma poca quando os museus e as universidades e alguns governos tinham muitos recursos dispon veis para financiar escava es arqueol gicas e as expedi es cient ficas 1770 1940 mas isto deixou de ser o caso e hoje em dia necess rio manter mais controle no processo da conserva o da heran a arqueol gica mundial J existem muitos estudos de tant
278. enciados pelos eg pcios Sugiro que no caso dos Incas a incorpora o da est tica s suas estruturas particularmente o t iksu perqa ntase foi t o bem sucedida que n o percebida automaticamente nem imediatamente N o um fator intrusivo na est tica mas ao contr rio o que domina a vis o do observador que a arquitetura Inca maci a e produzida para se defender ser duradoura e que um reflexo do poder por meio da unidade da sua arquitetura A introdu o da ntase um elemento que o observador percebe mas precisa observar detidamente para entender que permeia toda arquitetura Inca um selo garantindo autenticidade e originalidade al m de ser est tico confirma que o que se observa parte de um dom nio total um 158 reflexo do poder Inca Ainda que haja essa originalidade na arquitetura propor o e est tica Inca tamb m t m antecedentes como no caso dos Gregos e os Romanos No caso dos Incas devemos olhar ao sul de Cusco a regi o perto do Lago Titicaca Em Sillustani no Lago Umayo existem exemplos de chullpas ou torres onde os Incas e principalmente os Collas e outras culturas pr Incas enterravam seus mortos Fig 174 em Anexo B ali que podemos observar o que deve ser um aspecto do estilo Inca JULIEN 1983 p 6 7 interessante que um dos estilos que domina na verdade um ntase ligeiramente inversa Ou seja no caso das torres circulares de Sillustani o topo ligeiramente maior
279. ente desenvolvida para projetos art sticos virando mais tarde para ser um atalho na an lise da arquitetura O artista alem o Horst Bartnig j estava experimentando com a computa o gr fica em 1 985 a 1 988 Computa o gr fica serigrafia 52 5 x 39 5 cm Essas gravuras est o integradas na cole o Chagas Freitas e foram apresentadas na Exposi o Al m do Muro de nove de novembro de 2 005 a oito de janeiro de 2 006 na Caixa Econ mica Federal Bras lia Bartnig parecia lidar em seu aqueles que Mitchell criou ao gerar m ltiplos modelos partindo das plantas das vilas de Pall dio alcan ando como mencionado anteriormente uma quantidade superior a 73 210 vers es Este trabalho tamb m procura estabelecer e estudar as varia es poss veis derivadas das estruturas retangulares e alguns quadrangulares que chegam ser parte de uma kancha e super kancha ou quarteir o Inca como tamb m das vers es parciais de kanchas S o varia es geradas partindo de um formato espec fico A primeira observa o e em resumo no caso de Ollantaytambo que cada quadril tero est composto de quatro estruturas retangulares ao redor de um p tio interno e quadrangular Este agrupamento de quatro estruturas retangulares distribu das simetricamente dentro de um formato quadrangular chega a ser duplicada ou espelhada criando um formato retangular maior formado pelos dois agrupamentos quase id nticos de quatro estruturas retangula
280. ente semelhantemente aos conceitos explorados pelo arquiteto de estruturas biom rficas o austr aco Freideusreich Hunterwasser 1928 2000 Em outras palavras a arquitetura e urbanismo Inca s o org nicos sendo integrados com a natureza A arquitetura Inca tamb m uma declara o impressionante de poder Os Incas estavam declarando de uma maneira sutil que tinham alterado as paisagens naturais impondo suas formas geom tricas no mundo que eles conquistavam Existe um vocabul rio de formas que sugere sem declarar explicitamente o poder que eles tinham como tamb m o n vel de domina o do meio ambiente al m do controle de outros povos conquistados um ponto de vista e um entendimento parcial da arquitetura Inca particularmente dif cil entender a complexidade e as liga es entre as diferentes tradi es art sticas andinas mas pelo menos no caso da arquitetura da poca Inca podemos fazer uma tentativa de entender alguns aspectos da 448 mesma pois existem fontes escritas como documenta o p s Conquista al m da evidencia arqueol gica 4 A defini o de estruturas padr o e a constru o em ambientes topogr ficos e ecol gicos diversos Tipologias ligadas expans o do poder A arquitetura Inca demanda que o observador e estudioso de seus monumentos procure entender as rela es entre a arquitetura estruturas rochas de car ter simb lico e religioso fontes de gua trechos de gua posicionamento de
281. ente para a arquitetura Inca ii Arte e Arquitetura Inca A palavra Inca pode ser aplicada cultura desenvolvida por um grupo como um cl origin rio da regi o de Cusco no sul do Peru e tamb m aos seus governantes e nobres e especialmente ao seu l der ou chefe grupo conhecido como o sapa Inca ou supremo Inca por exemplo Manco Inca o governante fundador H tr s acep es similares mas differentes e o leitor naturalmente ir distinguir entre as mesmas No contexto deste trabalho esta denomina o ser usada pois na maioria dos casos est relacionada ao conceito de cultura Preferimos usar a palavra Inca que elimina a maioria das d vidas que podem existir em rela o ao uso da mesma no texto A arquitetura Inca apresenta um alto n vel de l gica manifesta na repeti o de certos formatos e agrupamentos de estruturas Em sua maioria s o retangulares ou vers es destas e em alguns casos s o estruturas parcialmente modificadas como por exemplo nas situa es em que precisam ser inseridas em um terra o curvo Trata se de uma arquitetura padronizada com certas caracter sticas que s o repetidas particularmente em termos de formatos simetria propor es e raz es Em termos de urbanismo a complexa topografia Andina geralmente foi um fator determinante mas os Incas sempre tentavam impor e paradoxalmente ao mesmo tempo integrar as estruturas com o meio ambiente Segundo alguns historiadores de arte os Incas desenvolveram co
282. entros de topografia restrita ou de car ter mais complexo que os eixos podem variar podem ser v rios e at fragmentados No caso das estruturas Palladianas descritas por Mitchell acontece que o passo a passo das regras se define a partir da etapa inicial e primitiva e vai se estendendo a outros est gios onde aparecem as formas internas Com a defini o das divis es internas estabelecem se os sal es e quartos internos das vilas de Pall dio Estas s vezes precisam de realinhamento para ficar dentro dos padr es definidos por Pall dio Realinhamento um elemento importante para que os quartos sejam definidos e fiquem dentro do contorno e das paredes externas j definidas s vezes o realinhamento n o necess rio mas no caso da arquitetura Inca muito prov vel que haja necessidade de realizar essa opera o com frequ ncia principalmente devido ao fator topogr fico como por exemplo em rela o ao muro externo dos quarteir es de Ollantaytambo Por isso foi necess rio definir alguns m dulos parciais No mesmo contexto de realinhamento Mitchell tamb m faz referencia ao conceito de alongamento ou transforma o de estiramento stretch function que pode ser vinculado ao conceito de realinhamento ou compress o Fig 213 Figura 7 14 Uso da proje o paralela por pm D rer Figura 7 13 Uso da transforma o de estira s mento para a obten o de diferentes formatos de rostos humanos
283. er aplicadas individualmente ou bem com grupos formando ret ngulos em v rias combina es A relev ncia desta parte da defini o se torna maior quando percebemos que as estruturas Incas cont m um elemento quase modular Isto inclui a parte referente distribui o sim trica e o equil brio da distribui o particularmente internamente incluindo janelas nichos portas e pontos de amarra o de telhado Ainda quando este formato de planta retangular tem que ser modificado e adaptado para uso em topografias complexas aquela distribui o modular fica 180 incorporada s vezes comprimida transformada ou expandida lembre se da modularidade dos desenhos da cultura Tiahuanaco Figs 71 a be c Esta discuss o pelo fato de que refere se a ao elemento vertical pertence propriamente parte do cap tulo que refere se disposi o tri dimensional Haver uma discuss o referente s fachadas isto al m da planta devido ao fato de que existem estruturas de um andar dois andares menos comuns e at tr s andares menos comuns ainda Esta discuss o mais pertinente a sec o referente ao desenvolvimento de estudos da parte tri dimensional B Segue a vers o reduzida da vers o anterior ou seja a estrutura retangular descrita em A Esta s vezes forma a parte b sica de alguns conjuntos como uma estrutura ou m dulo que pode ser acrescentado a uma estrutura maior ou inserida em espa os que devem ser preench
284. er aplicado a estruturas retil neas e modulares por meio do conceito que representa o sem dimens es Mitchell confirma que be termed its dimensionless repre uma forma dentro de uma malha uniforme pode ser denominada com sua representa o adimensional MITCHELL 1992 p 177 Mitchell define como a representa o pode ser mas o termo usado ou seja dimensionless ou representa o sem dimens es Fig 131 n o representa formas definidas com exatid o a forma definida relativamente ao espa o devido ao fato de se supor que cada um desses elementos dentro da malha ser o uniformes mas n o sempre o caso A despeito de poss veis exce es que n o s o necessariamente uniformes o conceito adimensional pode e deve ser usado no processo de defini o de estruturas quando relevante 247 g U Gs Wy U aa H EO Fig 131 Representa o adimencional ou Dimensionless Representation Fonte MITCHELL 1977 p 176 Este conceito adimensional tem import ncia e deve ser aplicado gram tica da forma definida para a arquitetura Inca Figs 133 e 134 onde existem muitos exemplos de formatos de estruturas aparentemente compridos ou expandidos partindo do formato b sico e retangular de 2 3 Lembre se tamb m que este conceito de representa o sem dimens es ou dimensionless representation aparece nos desenhos modulares associados com a cultura Tiahuanaco Fig 132 particularmente nos tecidos e arte l ti
285. er de conservar as estruturas para futuras gera es aguardando avan os nos m todos de sistemas de escava o e conserva o S o casos como estes por exemplo a cidade Chim de Chan Chan e v rios monumentos de origem Mochica Huaca del Sol Huaca de la Luna e outros que s o geralmente de adobe ou taipa que sofrem destrui o r pida por causa dos efeitos ambientais de El Nifio Alguns desses monumentos foram escavados nos anos de 1960 e ficaram desprotegidos dos efeitos ambientais de El Nifio dos anos 1970 como tamb m eventos mais recentes ligados ao meio ambiente Os efeitos t m sido destrutivos resultando em perda de partes de frisos murais e de paredes em Chan Chan por exemplo etc A maioria dos artefatos de car ter arqueol gico ainda n o extra dos e removidos atrav s de escava es n o precisam de conserva o com a exce o apenas daqueles artefatos que podem ser danificados devido a mudan as no n vel fre tico e a movimento de agua e infiltra es com a consegiiente efloresc ncia e expans o causada por sal ap s as chuvas Verificamos no centro de Caral em novembro do 2010 que um dos maiores problemas aparte dos ventos que danifican os monumentos era a efloresc ncia de sais e alto n vel de salinidade nas estruturas piramidais A partir do momento em que a decis o de escavar estabelecida e efetuada e os artefatos s o encontrados existe uma s rie de problemas de conserva o entre eles a exist ncia de sai
286. er que a gram tica da forma f sse aplicada em v rios temas e por autores diversos a estruturas at s vezes de car ter arqueol gico no caso dos megalitos de Orkney Esc cia e muitas vezes em edif cios hist ricos como as mans es de Pall dio Nos primeiros cap tulos foi explicado a estrutura b sica da arquitetura e os fundamentos dos conceitos est ticos andinos de forma que neste cap tulo procuro aplicar a gram tica da forma a alguns desses conceitos Vers o gen rica e resumida tri dimensional Elementos b sicos regras um a dez importante lembrar que a medida b sica e generalizada para a regi o andina foi provavelmente na faixa de 1 60 1 62 metros segundo os estudos de Lee e Mendiz bal Lozano LEE 1996 MENDIZ BAL LOZANO 2002 p 56 e ESCALANTE 1997 p 397 398 Equivale a altura m dia do homem andino Ainda hoje em dia aquela medida n o mudou muito A arquitetura Andina e Inca e as suas dimens es est o em grande parte relacionadas a esta medida Ainda que essa arquitetura seja monumental a escala humana domina a maioria das constru es As exce es s o constitu das de alguns setores de Sacsayhuam n Cusco s vezes denominadas megal ticas ou cicl peos pelas dimens es talvez por ser uma fortaleza e o templo de Wiracocha Racchi ou Ragchi Sicuani provavelmente devido ao fato de que era um santu rio importante e mais algumas outras estruturas de tipo kallanka como Yucay ESCALANTE 1997 p
287. er um sistema pelo menos para estruturas retangulares ao redor de p tios internos talvez empregando o padr o de estruturas escavadas no topo da pir mide da Akapana em Tiahuanaco No caso de Huari isto seria muito mais dif cil devido ao fato de que muitas das formas s o irregulares Considero que s no setor de Moradachayoc existe a possibilidade de estabelecer uma gram tica da forma baseada nos quatro grupos de estruturas retangulares ao redor de um p tio cuja distribui o similar quela que aparece nas kanchas Incas Contudo o n mero de exemplos definidos muito limitado e ainda n o merece aplicar os procedimentos para definir uma gram tica da forma para uso especificamente em Huari Onde poderia ser aplicado seria em alguns dos centros regionais ligados a Huari como por exemplo Pikillajta que uma tima op o para a aplica o de uma gram tica de forma Nesse centro existem estruturas e formatos similares s cidadelas audi ncias estruturas retangulares e quadrangulares de Chan Chan como tamb m de outros de origem Chim e Lambayeque Existem v rios estudos muitas fotografias a reas e planos detalhados que permitem decidir uma estrat gia para definir uma gram tica da forma para os Chim Os padr es das estruturas retangulares e tamb m dos quadrangulares est o dentro de um sistema ortogonal e apresentam enorme potencial para a aplica o de uma gram tica da forma gerada especificamente para Chan Chan
288. erada para facilitar visualiza o do conceito R3 R4 257 Fig 142 Regras n mero quatro e cinco incorporam um elemento de inclina o tanto externamente de 1 5 quanto internamente 1 0 graus exagerado aqui para enfatizar a inclina o A inclina o pode chegar at 5 00 graus Regra n mero seis Se uma estrutura foi desenvolvida que inclui as regras de um a cinco Ent o substitua a por outra que lhe acrescente um telhado com um valor de comprimento de 8 50 m isto permitindo lhe um beiral ou seja uma prolonga o al m da parede acima das quatro faces externas e que seja dividida ao meio ou seja com uma cumeeira de forma que o telhado ser de duas guas Isto ser o equivalente de um V invertido ou voltado ao rev s Fig 143 Fig 143 Regra n mero seis o desenho inclui um n vel limitado de exagero Regra n mero sete Se existe uma estrutura retangular que inclui as regras de n mero u a seis Ent o substitua se essa estrutura retangular com seu telhado de duas guas por uma id ntica acrescentando estrutura que temporariamente ser denominada face IV um p tio ou espa o quadrangular no lado interno que mede 9 0 m por 9 0 m Ou seja assim definimos uma estrutura retangular com um p tio quadrado fig 144 258 Fig 144 Regra n mero sete Regra n mero oito Se existe uma extrus o retangular com um telhado de duas guas como descrita na regra n mero sete
289. erado como Se existe um espa o Ent o substitua este espa o com um ret ngulo que mede 8 5 m de comprimento e 4 5 m de largura Fig 96 Essas medidas s o aproximadas devido ao fato de que desconhecemos as medidas originais Fig 96 Regra n mero um Regra n mero dois Se existe um ret ngulo que tem 8 50 m de cumprimento e 4 5 m de largura Ent o substitua o com uma extrus o retangular formada por este ret ngulo com paredes de uma altura de 2 50 m e uma base de 1 20 m de espessura Fig 97 Fig 97 Regra n mero dois 212 Regra n mero tr s Se existe uma extrus o retangular com as dimens es definidas na regra n mero dois com uma altura de 2 50 m e uma base de 1 20 m de espessura Ent o acrescente as empenas triangulares nos muros finais isto nas duas larguras de 4 50 m Em outras palavras isto ter um topo triangular que s o continua es das paredes que formam as larguras centrado na parte da extrus o de 4 50 m de largura e que tem 1 20 m de espessura Estas empenas ser o no seu pice 1 50 m mais alto do que a extrus o retangular descrita na regra dois Fig 98 Estas regras descrevem uma extrus o de uma estrutura retangular com duas empenas que dever o receber um telhado de duas guas Fig 98 Regra n mero tr s Regra n mero quatro Se existe uma extrus o de forma retangular com uma altura regular de 2 50 m nos dois lados de comprimento e de 4 50 m na largu
290. ero tr s vers o idealizada e aproxima o a um port o Neo Inca incorporando um elemento de exagero na representa o Pode ser um bloco retangular paralelep pedo com um espa o trapezoidal inserido Regra n mero quatro portas estrutura retangular Se existe um bloco retangular com um trapez ide vertical inserido que mede 2 2 m de altura e 1 1 m de comprimento na base e 0 90 m de comprimento na parte superior ou verga e uma espessura de 1 2 m de largura na base Ent o substitua se este bloco contendo um trapez ide vertical por outro trapez ide vertical que mede 2 1 m de altura e 1 1 m de comprimento na base e 0 90 m de comprimento na parte superior ou verga e uma espessura de parede de 1 2 m na parte inferior ou base e uma espessura na parte superior do bloco o que agora seria a verga de 1 0 m O topo agora menor que a base Isto deve criar automaticamente um ngulo e inclina o na parede que pretendemos aplicar no lado externo Ou seja na face externa da porta deve haver uma inclina o que segue em paralelo com os muros externos definidos para as estruturas retangulares de 1 5 graus nas regras iniciais que definem as estruturas Isto permitiria a inser o do port o mantendo os par metros j definidos para as estruturas retangulares descritas acima Fig 150 265 120m Fig 150 Regra n mero quatro Regra n mero cinco portas estrutura retangular Repita se o procedimento da regra n mero
291. es a uso destas para criar conjuntos dessas estruturas ou seja as kanchas e suas varia es 176 Fig 68 Vista do setor urbano de Ollantaytambo Cusco Fonte Foto Mackay 2007 Sendo assim e havendo criado um conjunto gen rico simplificado baseado nas kanchas de Ollantaytambo como teste inicial agora poss vel definir com mais detalhes as partes individuais e geralmente modulares Lembre se de que o conceito de representa o sem dimens es ou dimensionless representation de William Mitchell 177 pode ter uma aplica o na estrutura ou agrupamento de estruturas como por exemplo nas kanchas conjuntos e agrupamentos de estruturas modulares como as kallankas masmas usnos e outras estruturas Incas Este e outros trabalhos s o caracterizados pela nfase no bidimensional Em trabalho na regi o de Cusco que usa conceitos similares e bidimensionais Jean Fran ois Bouchard verificou que existem agrupamentos de estruturas que podem ser apresentadas por oposi o e simetria Definiu cinco modelos de agrupamentos de edif cios As formas b sicas usadas nas defini es inclu am o ret ngulo uma das formas principais e s vezes o formato do quadrado Estes s o repetidos em v rias combina es e em muitos casos s o derivadas e maiores ou vers es reduzidas do sistema de kanchas observadas em Ollantaytambo al m de alguns outros centros de origem Inca como por exemplo o espa o real de Yucay NILES e BATSON 2008
292. es e distribui o Fig 211 H ES Go EE R al H P El a Fig 211 As vilas de Pall dio e as varia es de formas das plantas do sal o principal segundo Mitchell Fonte MITCHELL 2008 434 Ao redor do espa o interno das vilas de Pall dio estavam distribu dos os quartos habita es e espa o para a escada interna Geralmente essa distribui o adotava um sistema sim trico que encerrava o n cleo principal da estrutura o sal o Neste sentido os conjuntos ou kanchas Incas apresentam muitas semelhan as isto as quatro estruturas retangulares distribu das simetricamente ao redor do p tio interno Isto ap ia as possibilidades que a aplica o da gram tica da forma pode ser efetuada tanto nas mans es ou vilas de Pall dio quanto nas kanchas de origem Inca Um sistema de defini o de passo a passo foi estabelecido sendo muito similar e permitindo um reaproveitamento e adapta o de muitas das regras definidas por Mitchell para a arquitetura Palladiana Permitiu tamb m reaplica o destas com pequenas modifica es arquitetura Inca Em rela o a sua distribui o ou layout a arquitetura Inca e Palladiana se diferenciam particularmente em termos do posicionamento dos port es das janelas ou nichos relativos estrutura externa como tamb m em rela o distribui o interna No tocante aos elementos arquitet nicos al m do layout ou distribui o ou seja a parte tri dimensi
293. esentada s Se existe muita evidencia de cer mica por exemplo numa parte de um centro urbano isto implica que poderia ser de interesse realizar uma avalia o e escava es no futuro para determinar a sequ ncia cronol gica de culturas em um centro Os tecidos podem ter uma fun o semelhante s cer micas como tamb m outros materiais Fragmentos de cer mica tecidos objetos inorg nicos de origem l tica por exemplo e org nicos como ossos e dentes tamb m podem ser associados com t mulos e por isso nem sempre constituem um fator determinante em rela o s estruturas arquitet nicas O posicionamento dessas descobertas devem ser descritas em um plano ou mapa para entender relacionamentos de estruturas e os detalhes gravados e cadastrados para assim poder estabelecer futuros trabalhos v Algumas metodologias atualmente em uso Um dos primeiros passos procurar indiv duos capacitados nos campos relacionados tais como arque logos ge logos e fot grafos a seguir procurar permiss o do rg o competente decidir uma estrat gia baseada nas fotografias e mapas buscar financiamento e apoio log stico estudar as fotografias dispon veis 299 estabelecer boas rela es com os moradores com conhecimentos e integr los onde for poss vel na equipe As descobertas devem ser gravadas ap s cada dia de trabalho e logo apresentadas em um documento que dever servir de base para estabelecer e decidir se haver futuramen
294. esenvolvidos para reconstru o virtual il Custos p s escava o preserva o e conserva o de objetos Os custos p s escava o inicialmente s o baixos mas segundo o tempo que um artefato mantido em outras condi es e circunst ncias diferentes das originais a conserva o pode se tornar um elemento de alto custo Por exemplo o mero fato de encontrar madeira pode gerar problemas de longo prazo pois esse material para ser conservado precisa de um n vel espec fico de umidade preciso reduzir a salinidade que deve ser tirada do objeto e os n veis de luz devem ser reduzidos etc Pode se dizer o mesmo em rela o aos tecidos penas cestaria e outros materiais org nicos que precisam de sistemas avan ados de conserva o e manuten o A cer mica e objetos l ticos podem sofrer algumas mudan as ap s serem retirados do solo numa escava o mas geralmente menos cuidados s o necess rios em termos de umidade e n veis de luz Os metais semelhantemente aos ossos e dentes geralmente precisam de menos manuten o Um trabalho arqueol gico nos Andes quase sem exce o vai gerar todos esses tipos de objetos e materiais e muito mais O conceito de evitar escava es pelo menos por um tempo definido para conservar as poss veis descobertas ainda n o existe Fomos pessoalmente testemunhas nos anos de 1980 a 1990 no Museo Nacional de Arqueolog a Pueblo Libre Lima das dificuldades que existam em manter artefatos em b
295. esenvolvimento da gram tica da forma das igrejas de Wren Londres e ii e iii plantas completas Fotos de v rias igrejas Wren incluindo Cole Abbey St Brides e St Paul 401 Alguns dos procedimentos para o desenvolvimento da gram tica da forma das vilas de Pall dio Norte de It lia Vila Malcontenta 403 Medidas Andinas em Quechua e Aymara segundo Escalante 406 Medidas Andinas em Quechua e Aymara segundo Escalante 407 Tabela comparativa de medidas Andinas em Aymara Quechua em Espanhol segundo Escalante rea 408 Medidas andinas segundo Agurto Calvo Fonte LEE 1996 408 Pisac sistema de terra os e estruturas iii Machu Picchu vista desde Huayna Picchu ssenarinin nnn a Ghee eile 412 As vilas de Pall dio e as varia es de formas das plantas do sal o principal segundo Mitchell enii ee iiaia erei 416 Tabela comparativa das Vilas de Pal dio e as kanchas Incas 419 Anexo F Procedimentos de estiramento aplicados por Durer Conceitos similares podem ser aplicados a estruturas eseeeseeeeeeeeeereeeeeeee 422 Machu Picchu CUSCO ssc isiscsthsccceeesdctosoaiesisasiassarsesbacsesasteasaveaawdoasionarsbacatacangeants 431 O Torre n aplica o do formato trapezoidal a uma estrutura com paredes curvas Machu Picchu Cusco cccccssessseceeececeeeceeteceeneeeeeeenees 432
296. esquisadores americanos George Stiny e James Gips na d cada de 1970 tem sido aplicado an lise e s ntese de obras de arte de arquitetura Para maiores informa es ver http www shapegrammar org 283 Nos cap tulos seguintes definiremos um vocabul rio b sico de formas desenhado especificamente para a arquitetura Inca gerando uma s rie de regras para uma forma espec fica principalmente para o ret ngulo que a forma inicial Essa forma ser transformada por meio de uma s rie de regras de transforma o combina es do ret ngulo alcan ando eventualmente o formato desejado para este trabalho ou seja quatro estruturas arranjadas simetricamente ao redor de um p tio quadrangular interno Dessa forma seria poss vel concluir o processo de deriva o 69 para aplicar a regra de conclus o Celani descreve as varia es e vers es da gram tica da forma Gram tica da forma param trica parametric shape grammar Vers o da gram tica da forma em que as dimens es das formas n o s o determinadas a priori sendo representadas por MITCHELL 2008 p 283 A gram tica da forma param trica de interesse neste trabalho devido ao fato de que as escalas scaling do formato b sico da arquitetura Inca podem mudar substancialmente como tamb m pode haver varia es em termos das transforma es que seguem As dimens es para uma estrutura retangular podem variar enormemente na arquitetura Inca partindo desde um
297. estruturas em lugares de espa o restrito como por exemplo em terra o que n o pode ser estendido devido a fatores topogr ficos Os tr s formatos podem ser e s o combinados e recombinados Tamb m devido ao fato de que a topografia andina muito variada os projetistas urbanistas e arquitetos engenheiros obrigatoriamente precisavam alterar e modificar os padr es e formatos principais para incorporar as estruturas topografia espec fica de um lugar Assim uma estrutura basicamente retangular podia variar dependendo do espa o dispon vel Um ret ngulo podia virar um trapez ide exc ntrico ou podia incorporar uma parede curva no caso em que estivesse constru do acima de uma forma o rochosa ou um terra o curvo Al m disto as solu es geradas pelos Incas para estas situa es podiam ser muito criativas O formato principal de prefer ncia era 62 o ret ngulo mas se os Incas achavam necess rio mudavam essa forma para permitir adequ la topografia como o exemplo de Runku Rakay Cusco Fig 21 b Fig 21b Runku Rakay Cusco estrutura circular Inca baseada no m dulo retangular modificado Fonte ANGLES VARGAS 1 990 Reconhecendo que o formato retangular o dominante podemos definir a computabilidade da arquitetura Inca para apoiar as pesquisas desenvolvendo id ias estabelecendo padr es aplicando medidas conhecidas criando f rmulas b sicas no sentido de estabelecer o conceito de arquitetura Inca pa
298. et nicos um ponto fraco na l ngua Qu chua e os detalhes do templo de Salom o apresentam uma falta de informa es at nas descri es mais importantes Ent o por exemplo Vers o Qu chua 6 4 Salomonqa ventanakunatan churarqan chaykunan karqan ukhun aswan hatun hawanmantaga 455 Vers o em Portugu s para a casa fez janelas de fasquias fixas superpostas Vers o em Ingl s He made narrow clerestory windows in the templo ou Solomon put in windows these were larger on the inside than on the outside Observe se que Qu chua emprega o termo em janela ou ventanakuna para v rias janelas interessante observar que Qu chua contempor neo n o emprega um termo Qu chua para um elemento arquitet nico comum O vocabul rio arquitet nico chega a ser bastante limitado Isto gerou problemas para os tradutores devido ao fato que na B blia encontramos detalhes de constru es relativamente complexas como por exemplo em I Reis 6 5 8 onde o texto descreve como em tr s dos quatro lados do templo foram constru dos tr s andares e se edificaram tr s andares de c modos com uma escada em espiral carac is que unia os tr s andares Outro dado interessante e de dif cil tradu o que as paredes externas do templo foram mais amplas nos alicerces e menores na parte superior das paredes A vers o casa em redor fizeram reentr ncias para que as vigas n o fossem introduzidas nas paredes Aqui as tradu es ao In
299. evidencia de v rios s culos de desenvolvimento urbano e onde muitas vezes encontramos um alto n vel de planejamento Os Incas geralmente na regi o da costa do Pac fico procuravam manter esse padr o ortogonal existente mas tamb m o desenvolvimento dependia em parte das tradi es arquitet nicas regionais como por exemplo Tambo Colorado Ica o setor Inca de Pachacamac das Mamakunas Lur n Lima e outros Na constru o das estruturas os Incas procuravam impor aquele formato trapezoidal que associamos com os Incas da regi o do Cusco Os urbanistas e os arquitetos que desenharam Ollantaytambo talvez foram influenciados pelos padr es de desenho presentes na regi o da costa peruana Para os fins deste estudo precisamos verificar os padr es do centro urbano de Ollantaytambo setor Mosoqllaqta ou Cosco para reconhecer que era importante Foto 128b Isto provavelmente expressava o padr o que devia ter sido repetido no extenso territ rio Inca e o foi de forma mais restrita em algumas partes Na verdade esse padr o est incorporado e ainda existe em algumas partes do altiplano em muitos centros Incas mas n o bvio pois pode ficar isolado modificado ou quase irreconhec vel devido destrui o e ou s constru es posteriores Ainda sendo assim o formato da kancha e as suas vers es parciais s o muito importantes para entender os padr es da arquitetura Inca e a gram tica da forma que pode ser aplicada a ela 196
300. ezes de uma forma hospitaleira nos hospedando por per odos longos Linda Phipps ngela Pontes e os esposos David e Patr cia Cordingly tamb m nos deram apoio Muitos outros ofereceram apoio log stico como tamb m com as minhas dificuldades com a l ngua portuguesa particularmente Silv rio Pereira e o Pr Enoch Nascimento Rio e S o Paulo muitas vezes ficavam no meu roteiro para Bras lia e devo agradecer a Sandra e Sillas Oliva Freddy Mackay Junior Dr Fritz Sanchez e fam lia e o Dr Gustavo Assi e a sua fam lia pela amizade e apoio Na Bol via o General Freddy Mackay e fam lia sempre nos apoiaram ao m ximo com a log stica das visitas a Samaipata e Tiahuanaco Pr William e Ena Mackay meus pais sempre apoiaram este projeto muitas vezes de forma pr tica com a parte da literatura emprestando livros relevantes e possibilitando a compra de outros Dr Eric Mackay meu querido irm o mais novo sempre foi mais como um irm o mais velho quase um guru aconselhando e prestando apoio com assuntos computacionais No Peru Dr Kauffman Doig forneceu contatos dados e artigos interessantismos sobre o passado peruano e meus queridos professores e amigos o C sar Guti rrez e Mariano Lint tiveram uma influencia forte estimulando meu interesse no passado peruano Em Lima meu estimado companheiro Jonathan Calle sempre me deu apoio log stico em todo os momentos No Reino Unido Dr Warwick Bray Dr Frank Meddens e a Dra Ann Kendall foram muito generos
301. fica es s o de formatos bastante org nicos pelo menos para as estruturas semicirculares Os Huari n o chegaram dominar a costa 116 militarmente tiveram uma influencia pela parte est tica e devido a isso poss vel sugerir la os econ micos com algumas exce es na costa central do Peru A costa do Peru foi receptora de muitos povos ao longo de sua hist ria fato expresso atrav s de v rias culturas que geralmente ficaram limitadas a controlar uns poucos vales A costa sul ficou sob o dom nio da cultura Paracas e a seguir pelos Nazca e algumas express es regionais As duas compartilham tradi es art sticas parecidas mas no mbito arquitet nico ainda existe pouca informa o para definir um estilo Isto ocorre com a rela o entre Nazca e Huari alguns s culos mais tarde como tamb m foi o caso entre Paracas e a cultura Nazca onde mais uma vez esta liga o n o refletida na arquitetura mas na cer mica e nos tecidos Na costa central existiam v rias culturas que dominavam vales espec ficos tais como Lima R mac Chill n e Canta e outros poucos Elas desenvolveram centros regionais importantes de padr o ortogonal com pr dios retangulares e diferentes tipos de pir mides de adobe Isto se deve em parte aos vales mais extensos onde existia boa agricultura particularmente ao norte onde os habitantes de Casma e Sech n haviam dominado Foi naquela faixa nortenha da costa que se desenvolveu a cultura Moche o
302. ficia Universidad Cat lica del Per Lima Peru PROTZEN Jean Pierre 1993 Inca Architecture and Construction at Ollantaytambo Oxford University Press Nova Iorque USA 469 RADFORD A e DAY A 1996 Growing Georgian Bath Environment and Planning B Planning and Design Volume 23 p 465 488 RAVINES Rogger 1976 El Cuarto de Rescat de Atahualpa em Revista del Museo Nacional Lima Tomo XLII p 113 143 RENFREW C foreword 1997 Virtual Archaeology Great Discoveries Brought to Life through Virtual Reality Thames and Hudson Londres Inglaterra Absolute Chronology in the Andean Area American Antiquity ROWE John Howland amp Menzel Dorothy 1970 Peruvian Archaeology Selected Readings Peek Publications Palo Alto California USA ROWE John H 1970 Urban Settlements in Ancient Peru em Rowe John Howland amp Menzel Dorothy Peruvian Archaeology Selected Readings Peek Publications Palo Alto California USA pp 293 320 ROSTWOROWSKI DE DIEZ CANSECO M 1985 Mediciones y C mputos en el Antiguo Per em Tecnologia en el Mundo Andino Vol I UNAM M xico p 379 405 The Meaning of Style in Archaeology A General Model SALAVERRY LLOSA Jos A 2007 Instrumentos y sistemas andinos Medici n c mputo de tiempo y lugar pacha en el Per prehisp nico Eds COFIDE UNMSM Lima SANDWEISS D H 1992 The Archaeology of Chincha Fishermen Specialization and Status in Ink
303. finem e estabelecem uma kancha primitiva de quatro estruturas ao redor de um p tio e estas ficam duplicadas com uma adi o de outra kancha quase id ntica e espelhada diferenciada s pelo posicionamento da porta externa do conjunto e como ser descrito tamb m pelo posicionamento das entradas do segundo andar da estrutura retangular IV ou I compartilhada pelas duas kanchas no eixo central as quais t m duas escadas exteriores que levam s portas do segundo andar Ainda que estas estruturas 203 retangulares sejam quase id nticas ao definir outras combina es ser prefer vel definir as estruturas com numerais Neste caso a primeira estrutura ser definida como e a segunda como II O terceiro com a porta externa como III e o quarto de dois andares como IV ou I dependendo a qual das duas kanchas ou p tios pertence Existe flexibilidade neste procedimento Uma vez que ficou definida a estrutura retangular b sica na primeira parte deste cap tulo na sec o Vers o Gen rica e Resumida tridimensional e tamb m foram definidas as distribui es das plantas das kanchas os dois formatos podem ser integrados Em outras palavras as unidades retangulares tridimensionais podem ser fixadas e desenvolvidas a partir dos planos bidimensionais das plantas das kanchas A exce o seria a estrutura de dois andares compartilhada pelas duas kanchas que teria que ser desenvolvida independentemente com outra s rie de regras Podemos dizer
304. ford Inglat rra p 247 284 KHEMLANI Lachmi 2004 Form Z4 3 D Modeling Rendering amp Animations McGraw Hill New Iorque USA KIMMELMAN Michael 4 11 2009 Scots Aim Lasers at Landmarks New York Times http www nytimes com 2009 1 1 05 arts design OSabroad html scp 18sq scots 20__aim2Olasers acessado em 12 7 2010 KIMMELMAN Michael 4 11 2009 Preserving the Details of History with Lasers New York Times http www nytimes com 2009 1 1 05 arts design 05abroad html scp 1 8sg scots 20 aim20lasers acessado em 12 7 2010 KNIGHT T W 1999 Shape Grammars Six Types Environment and Planning B Planning and Design Volume 26 p 15 31 KNIGHT T W 1994 Shape Grammars and Color Grammars in Design Environment and Planning B Planning and Design Volume 21 p 705 735 KNIGHT Terry 1999 Report for the NSF MIT Workshop on Shape Computation Massachusetts Institute of Technology Cambridge MA p 1 11 KOSOK Paul 1965 Life Land and Wat r in Ancient Peru Long Island University Press Nova Iorque USA 465 KRISHNAMURTI H 1978 Algorithmic aspects of plan generation and enumeration Environment and Planning B 5 p 157 177 KRSTIC D 1997 Constructing Algebras of Design Environment and Planning B Planning and Design Volume 26 p 45 57 KUBLER George 1990 The Art and Architecture of Ancient America Yale University Press New Haven USA LANNING Edward P 1967
305. ga es Podia ser aplicado recursivamente copiado reproduzido e gerar desenhos por m dio de aplica es Como no caso da m sica as regras podem ser descritas As l nguas de hoje em dia tamb m empregam gram ticas que incorporam regras e um vocabul rio de palavras que s o usados para gerar as senten as em uma linguagem espec fica A gram tica da forma emprega conceitos similares onde regras s o definidas em rela o a um vocabul rio b sico de formas que s o utilizadas para 345 gerar formas adicionais numa linguagem ou estilo arquitet nico A gram tica da forma descreve atrav s de v rias regras iniciais e simples os princ pios generativos de desenhos como por exemplo aqueles desenvolvidos para os Parques Mughal as malhas chinesas ice ray ou lattice work designs STINY 1977 gerando desenhos que j existem al m de novas vers es hipot ticas dentro de estilo e padr o similar A partir desses estudos incipientes a gram tica da forma tem sido utilizada em v rios estudos na an lise da linguagem da arquitetura de Pall dio Stiny e Mitchell 1978 das casas de pradaria de Frank Lloyd Wright dos megal ticos Orcadianos das Igrejas de Christopher Wren das casas Turcas tradicionais da casa Queen Anne dos jardins e parques Mughal das casas dos Ndebele das casas de Malagueira de lvaro Siza Duarte 1999 e at na an lise da linguagem de m quinas de caf Geralmente os primeiros trabalhos ficaram limitados a duas
306. geraria duas empenas prontas para receber um telhado Figs 138 9 mpRcarenes Fig 138 254 Fig 139 Regra n mero tr s Regra n mero quatro Se existe uma extrus o retangular feita de acordo com a regra tr s com uma altura de 2 5 m e de 4 0 m de altura somente nas empenas mas com os topos ou empenas separados Ent o fa a se a uni o da base com as duas empenas triangulares e aplique se a extrus o e substitua a com um volume que tenha uma base da mesma forma ou seja retangular e os lados muros externos com uma inclina o interna de 1 5 graus na face exterior da extrus o aplicando se esta substitui o partindo da base Este procedimento Fig 140 aplicado a toda a parte externa da extrus o retangular e empenas cria uma inclina o observada na maioria de estruturas de origem Inca 255 Fig 140 Regra n mero quatro Regra n mero cinco Se existe uma extrus o retangular com paredes de uma altura de 2 5 m e uma altura m xima de 4 0 m nas empenas e uma inclina o de 1 5 graus aplicada a toda estrutura externa Ent o se deve substitu la com um volume com a mesma forma de base e lados muros internos inclinados em 1 0 graus nas quatro faces internas da extrus o em rela o ao plano vertical sempre mantendo uma inclina o nos muros externos de 1 5 graus Figs 141 2 256 Fig 141 Regra n mero cinco a inclina o externa exag
307. gi es 104 Al m disso a arquitetura Inca muitas vezes considerada pelos pesquisadores como uma heran a de outras culturas mais antigas como foi sugerido pelos Incas mesmos nas cr nicas escritas ap s a conquista realizada pelos espanh is Um estudo da arquitetura Inca com estes pontos de referencia adquire uma base est vel e v lida quando se apresenta a possibilidade de aplicar o aparato conceitual da gram tica da forma arquitetura de pocas anteriores aos Incas Portanto passamos a definir abaixo uma cronologia simples do desenvolvimento da arquitetura da regi o Andina ao longo de 6 000 anos para assim entender melhor a heran a arquitet nica dos Incas Procuramos tamb m onde for poss vel explicar a padroniza o de projeto e o potencial de aplicar a gram tica da forma particularmente arquitetura Inca e algumas das culturas pr Incas 105 Fig 38i v Plano iii e quatro vistas de Katarpe centro regional Inca San Pedro de Atacama Chile Fonte Fotos de Mackay 2009 Fonte Plano de Katarpe Fonte HYSLOP 1990 a poca pr Inca Os primeiros est gios do desenvolvimento cultural e arquitet nico na regi o Andina foram em parte esclarecidos em trabalhos arqueol gicos mas a maior parte ainda est em processo de investiga o e estudos Esses come am por volta de 8 000 a C em v rias partes no norte andino Lauricocha as Pampas de Paij n e em Guitarrero mas temos que aguardar at
308. gl s Portugu s e Espanhol coincidem na descri o dos detalhes da arquitetura A estrutura descrita compartilha alguns elementos e detalhes com a arquitetura Inca particularmente a inclina o das paredes Contudo a tradu o e a procura de descri es de elementos arquitet nicos e estruturais na l ngua Qu chua contempor nea apresenta problemas Por exemplo a tradu o do Qu chua de Cuzco do texto de 1 Reis 6 6 assim Yupaychana wasi pergataga anchotan gallarirganku onde se adora casa parede espessa eles come aram kinsa kutitatag ithiykuchirganku tr s vezes e eles fizeram menor na parte interior muyuriq pata kurkukunata chayman chakanapag ahinapin que ao redor planta vigas ao esse para atravessar de aquela maneira pergata mana t ogochirgankuchu parede n o eles fizeram Isto ilustra o problema de achar palavras descritivas e adequadas para descrever a arquitetura seja da B blia ou Inca Ent o a nossa tradu o de parede inclinada na procura do equivalente do conceito grego de ntase acaba sendo traduzida de forma incompleta como t iksu perqa Fico muito agradecido ao experto em Qu chua e tradutor William Mitchell pelas 456 orienta es com este tema e o termo 457 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AGARWAL M e CAGAN J 1996 A Blend of Different Tastes The Language of Coffeemakers Environment and Planning B Planning and Design Volume 25 p 205 226 ANGLES VARGAS Victor 1988 Historia d
309. gr ficos que geram uma cronologia relativa para um monumento arqueol gico At os anos de 1980 isto era um procedimento manual geralmente cuidadosamente gravado em papel como tamb m fotograficamente No entanto nos anos 1990 foram desenvolvidos v rios sistemas para documentar monumentos No caso do Reino Unido existe uma publica o anual feita a partir do ano de 1989 Computer Applications and Quantitative Methods in Archaeology nos British Archaeological Reports com volumes dedicados principalmente a temas relacionados com a documenta o do monumento arqueol gico estat stica e estratigrafia m todos para estudar os v rios n veis cronol gicos definidos no solo no processo das escava es e a liga o e correspond ncia de n veis como os artefatos encontrados em estruturas via sistemas como o Harris Matrix etc No final dos anos de 1990 e come o de 2000 foi inevit vel que houvesse crescimento na nfase de 308 reconstru o virtual de forma que o volume de CAA 90 1991 inclui uma modelagem de Furness Abbey empregando um sistema conhecido como PDMS Plant Design Management System Os autores Ken Delooze e Jason Wood criaram um modelo tridimensional que impressionante considerando que este trabalho foi concluido em 1991 Seria interessante saber e comprovar se a modelagem gerada por eles ainda pode ser interpretada e lida pelos computadores de hoje ou seja cerca de 20 anos depois Sabemos que em muitos casos o
310. i o Andina O caso de Pachacamac um exemplo que reflete muitas fases de desenvolvimento Geralmente s o as ltimas fases que s o as mais f ceis de resolver e entender Por exemplo a ltima fase no caso de Pachacamac na costa perto de Lima que envolve cerca de 1000 anos de ocupa o da fase Inca caraterizado pelo setor das Mamakunas Determinar o formato das estruturas neste exemplo n o apresenta maiores dificuldades como tamb m em rela o aos objetos encontrados tais como a cer mica geralmente s o de estilo Inca Situa es em que s vezes apresentam dificuldade em determinar os relacionamentos de estruturas s o aquelas que foram destru das ao serem perfuradas em tempos posteriores a sua constru o Outra situa o de dif cil identifica o das estruturas s o aquelas cujos materiais tais como pedras tijolos adobes etc foram re aproveitados e reciclados em outras constru es Isto o caso da cidade de Cusco na qual os Incas substitu ram a cultura Killke e depois eles mesmos sofreram o reaproveitamento de suas estruturas que foram usadas na constru o das igrejas e mans es coloniais dos 303 espanh is Hoje em dia boa parte do Cusco Inca desapareceu embaixo das estruturas coloniais republicanas e algumas constru es modernas A aplica o de sistemas de reconstru o baseadas numa gram tica da forma desenhada com base nas estruturas Incas principalmente os conjuntos kancha tem muita import ncia
311. i desenvolvida nas ladeiras do vale poss vel estabelecer que o formato de suas estruturas pudesse variar sendo retangular ou com setores com curvas integradas a estruturas retangulares No caso do setor Moradachayuc Fig 184a do complexo de Huari poss vel observar um fragmento de um plano urbano que apresenta padr es ortogonais e grupos de estruturas retangulares ao redor de p tios internos parecidos em formato com as kanchas de Ollantaytambo e outros centros Incas Fig 184b a 373 b Fig 184 a Parte do centro cerimonial de Moradachayug Huari Fonte Miller 1995 p 138 b observar distribui o de estruturas e semelhan as entre os conjuntos de Moradachayuq e as kanchas Incas descritos por Hyslop Fonte Hyslop 1990 p 58 Relacionamento de estruturas c modos O relacionamento de estruturas no setor de Moradachayuc talvez o mais disciplinado S o v rias estruturas retangulares que est o posicionadas em rela o a outras ao redor de um p tio quadrangular Os outros setores apresentam relacionamentos de estruturas de car ter mais org nico sendo mais dif ceis de interpretar Desenho em termos de desenho apenas o setor de Moradachayoc apresenta um plano ortogonal criado tendo por base a planifica o pr via O resto do s tio parece ser uma evolu o org nica sem muito planejamento isto aparte do muro externo Forma como j foi estabelecido a forma dominante no setor Moradachayoc
312. iado com alguns centros Incas Hurin Parte baixa de um assentamento humano Ichu Stipa stipa Grama t pica do altiplano usado para os telhados Inca ou Inka q Usado no senso restringido refere se ao mandat rio principal a fam lia dele e os nobres do grupo Qu chua e os que governavam o Imp rio Inca mas hoje em dia aplica se a tudo o grupo tanto os nobres quanto os governados por eles Inti q Sol existem muitas estruturas ligadas provavelmente ao culto do sol Intipunku Intiwatana etc Kallanka ou Kallanca q Estruturas geralmente retangulares muito maiores as kanchas que provavelmente serviam como centros para eventos comunit rios Kancha Cancha ou Khanka q Geralmente agrupa es de quatro estruturas retangulares arranjados ao redor em torno de um p tio central Ken shaku japon s Uma medida especifica baseada em esteiras ou tapetes no Jap o que determinava as dimens es de uma estrutura Khipu q e a Um sistema contabilizado usado na regi o Andina e que continuava em uso at faz poucos s culos Estava baseada em um sistema de cordas com n s s vezes de diferentes cores Estas estavam penduradas de uma corda principal Label i Um marcador do sistema de gram tica da forma que permite estabelecer qual das faces do objeto vai ser especificado normalmente usado como um indicador para completar a uni o como a face de outro objeto 477 Layer i Refere se a um nivel ou camada pode ser usado na arqueologia par
313. icada ad infinitum pois consiste numa s rie de regras independentes de sistemas de software e hardware funcionando como uma linguagem e interface Estimular aquelas reconstru es virtuais preferivelmente baseadas numa gram tica de forma gerada especificamente para um monumento dever reduzir a necessidade de realizar escava es completas de monumentos como aquelas realizadas por Heinrich Schliemann de 1822 a 1890 em Tr ia onde na procura de tesouros muitos contextos arqueol gicos foram destru dos Al m disso como explicado reduz os custos tanto de escava o quanto de manuten o das estruturas e dos artefatos encontrados vii Metodologias hibridas ou flex Sugerimos que a gram tica da forma definida para um monumento ou v rios pode ser combinada com visualiza o usando reconstru o virtual Existem muitos avan os tecnol gicos que podem dar apoio ao objetivo deste estudo que poderiam ser inclu dos em estudos futuramente S no m s de maio 2010 lemos dois artigos na imprensa que sugerem grandes mudan as na medi o e preserva o de monumentos um sistema que est sendo desenvolvido para tomar leituras usando laser de estruturas existentes com tal precis o que chega a definir as diferentes superf cies tridimensionais Segundo os autores da Digital Design Studio esse sistema muito melhor que as fotografias e permite visualizar como foi uma estrutura h s culos 321 como tamb m elaborar progn stic
314. id nticas podem mudar em outros est gios da 187 descri o ao definir outras combina es ser prefer vel definir as estruturas com numerais Neste caso a primeira estrutura ser definida como I e a segunda como IV Fig 76 R5 12 6 12 6 4 2 im 4 2 Fig 76 Regra numero cinco Estes agrupamentos ou conjuntos b sicos de estruturas e as varia es delas consistem em um formato que se apresenta com frequ ncia em todo o extenso territ rio Inca As vezes podem ser encontradas como estruturas desligadas de complexos urbanos maiores como aqueles agrupamentos pequenos em Collpa etc e distantes de centros urbanos sendo talvez tambos o pontos de descanso nos caminhos a estes Por exemplo os centros urbanos de Yucay Pisac Calca e Ollantaytambo no Vale Sagrado Cuzco etc est o ligados a sistemas de tambos ou bem s vezes formando parte de centros urbanos principalmente no setor Mosoqllajta mas tamb m em Manyaraki de Ollantaytambo em Chachabamba em Pisac e longe do centro Inca de Cusco em Tomebamba Fig 77 no Equador s para citar alguns exemplos s vezes estes agrupamentos est o inseridos dentro de espa os onde a topografia n o permite o desenvolvimento integral e completo de conjuntos e estruturas do tipo kancha As kanchas completas s o mais t picas de centros urbanos 188 onde existe uma parte plana que pode ser aproveitada como em Ollantaytambo Patallajta Cusco
315. ida em que as regras sejam definidas em maior detalhe Este n vel de detalhe e o fato de manter as regras simples a op o de prefer ncia Isto ap ia os fatores custo benef cio mencionados anteriormente A maior vantagem consiste na simplicidade da aplica o de um sistema que sintetiza e n o precisa ser mudado muito com as novas descobertas o que comum no mundo da arqueologia andina Apresenta vantagens tamb m devido ao fato de que as regras n o t m que ser redefinidas Essas regras precisam ser desenhadas para incorporar um n vel de flexibilidade Lembre se que um arque logo n o vai ter o tempo suficiente para definir listas de regras para uma estrutura ainda que sejam simples Por isso o modelo desenvolvido abaixo um resumo baseado numa estrutura basicamente ortogonal retangular comumente observada na maioria de monumentos e centros urbanos de origem Inca Al m disso o sistema emprega formas denominadas prim rias ou primitivas na linguagem de programas computacionais desenvolvidas para a arquitetura que apresentam possibilidades de ser reduzidas a algumas poucas regras gerais 246 Como Mitchell explica no cap tulo 6 de Computer Aided Architectural Design existem v rias op es para definir estruturas que est o ligadas ao sistema computacional bin rio MITCHELL 1992 p 155 221 O sistema bin rio pode ser aplicado para representar estruturas muito mais complicadas Pode tamb m ser adaptado para s
316. idas numa s rie de quartos adjacentes conectados por passarelas com portas que levavam a estruturas individuais ou p tios Geograficamente estas estruturas em geral se situavam nas ladeiras onde o espa o era limitado Podemos citar como exemplo as estruturas conhecidas como as casas das Acllahuasi provavelmente armaz ns Fig 171 no fundo da montanha pode se perceber estas estruturas em Ollantaytambo em v rios setores de Machu Picchu Pisac e outros centros Estas ocupam espa os restritos e evitam ocupar lotes ou terrenos que poderiam ter utilidade agr cola Existem exce es como o Templo de Wiracocha em San Pedro de Casta Racchi que fica mais ou menos a 100 Km ao sul de Cusco Fig 14 Fig 14 Vista da estrutura principal conhecida como uma kallanka no Templo de Viracocha Racchi Cuzco Pode se observar a parte inferior de pedra as bases das colunas e a parte superior de adobe 44 Foto Mackay 2 009 Este templo foi constru do numa escala enorme sobre terreno e terra os que podiam ter valor para a agricultura A estrutura principal provavelmente foi uma varia o de uma kallanka sal o de eventos e festas de forma retangular com uma divis o no meio e paralela a esta nos dois lados havia uma s rie de colunas ou pilares elementos de suporte quase desconhecidos e incomuns na arquitetura Andina que serviam para dar apoio ao enorme teto de duas guas Fig 14 Este templo inclui uma superestrutura acima da
317. idos em topografias de terrenos limitados A associa o com aqueles agrupamentos de quatro estruturas formam parte das kanchas e s o menos comuns Geralmente como foi estabelecido em A a estrutura retangular equivale a tr s quadrados em linha mas neste caso pretendemos definir as duas unidades de quadrados que unidos criam um ret ngulo menor Esta ltima estrutura definida e recebe menos import ncia devido ao fato de que uma unidade menos comum na arquitetura Inca Ent o a gram tica da estrutura retangular ser definida em fun o da uni o desses dois quadrados A f rmula b sica definida em A repetida isto as regras um e dois Bi Regra n mero um pode ser apresentada da seguinte forma 181 Partir de um um quadrado que tem 4 2 metros de cumprimento e 4 2 metros de largura Bii Regra n mero dois pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um quadrado que tem 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Ent o acrescente a esse quadrado um quadrado id ntico que tenha 4 2 metros de comprimento e 4 2 metros de largura Sendo assim existe pela uni o dos dois quadrados um ret ngulo de 8 4 metros de comprimento e de 4 2 metros de largura E assim se conclui o desenvolvimento da planta desta estrutura reduzida Observe que as estruturas com essas plantas podem ser combinadas com vers es de ret ngulos maiores como aquela definida em A ou com menores a ser definidas em C
318. iferenciando se principalmente no fato que n o inclui um muro integral externo Devido ao fato de que a constru o de pirca pedras menores com argamassa esta est em alto estado de destrui o e abandono Al m da kancha existe parte de uma estrutura retangular maior que fica no mesmo eixo Nordeste Sudoeste da kancha Basicamente uma unidade retangular maior tipo masma de um comprimento aberto do mesmo formato que aquelas que comp em a kancha O procedimento para definir o agrupamento de estruturas retangulares n o muda muito em rela o quele sistema que ja foi desenvolvido para as kanchas 1 Qollpa A aplica o desta gram tica da forma arquitetura Inca em Qollpa ser em rela o s unidades retangulares e ao agrupamento destas que inclui quatro unidades retangulares a redor de um p tio central acrescentando uma estrutura retangular ao sudeste deste grupo Lamentavelmente Angles Vargas n o inclui as dimens es no texto e o plano ou croquis desenvolvido por A Valencia n o especifica uma escala ANGLES VARGAS 1990 p 226 227 Vamos supor que as dimens es devem ser muito parecidas com aquelas encontradas em outras kanchas de origem Inca como por exemplo em Ollantaytambo Escolhi o m todo de apresenta o tridimensional 211 utilizando gr ficos com proje es axonom tricos baseados na planta de A Valencia os gr ficos incorporam um elemento de perspectiva A regra n mero um pode ser consid
319. iferia as estruturas s o de adobe que o segundo material de constru o de prefer ncia M todos de constru o uso de blocos quadrangulares de pedras bem trabalhados nas v rias faces Em alguns casos as pedras foram unidas por um artefato de metal cobre ou um cobre ars nico similar ao bronze em forma de Ollantaytambo PROTZEN 1993 p 257 258 um detalhe interessante e possivelmente relevante em termos da suposta liga o entre as culturas Tiahuanaco e Inca Hemming faz men o espec fica ao fato que os Colla da regi o do Titicaca isto perto de Tiahuanaco foram levados pelos Incas para trabalhar em Ollantaytambo HEMMING 2009 p 125 Dimens es as estruturas principais pra as e pir mides s o muito maiores que aquelas geralmente encontradas naquela regi o Existem outras estruturas menores que n o s o muito diferentes daquelas projetadas pelos Incas como por exemplo as estruturas ortogonais no topo da pir mide Akapana Distribui o da estrutura e ortogonalidade a distribui o de edif cios na parte central de Tiahuanaco geralmente ortogonal um fator tamb m compartilhado em termos do tra ado urbano Relacionamento de estruturas c modos a ortogonalidade de estruturas importante e reflete a integra o de v rias estruturas de car ter ritual A pir mide de Akapana e a Pra a de Kalasasaya est o integradas a outras partes do complexo isto essas n o s o estruturas isoladas Existe um re
320. ig 21b e os alicerces do Torre n de Sacsayhuam n A vantagem seria que se f sse definida uma metodologia para outros formatos tais como estruturas circulares semi circulares e curvas Seria poss vel aplicar os conceitos s estruturas de culturas pr Incas como por exemplo s pra as circulares de Caral Sech n Chav n etc O que sugiro aqui a modifica o e aplica o dos conceitos arquitetura de culturas anteriores aos Incas c A gera o de uma gram tica da forma baseada na an lise de padr es e formatos repetidos neste caso aplicada arquitetura Inca poderia adotar os procedimentos adaptados e espelhados em um ou v rios trabalhos sobre estruturas aldeias teatros e igrejas no Brasil Um exemplo que considero timo para a aplica o de uma gram tica da forma anal tica seria Alc ntara S o Luis de Maranh o devido ao alto n vel de conserva o e poucas mudan as posteriores no centro urbano que apresenta estruturas de um certo padr o e pelo n vel de isolamento que ainda existe que permitiu a conserva o deste patrimonio A partir de um trabalho desse tipo haveria possibilidades de realizar reconstru es virtuais de alguns dos pal cios destru dos e possivelmente reconstru es virtuais da aldeia inteira Haveria vantagens tanto para os habitantes de Alc ntara quanto os visitantes documentando um valioso patrim nio arquitet nico e hist rico criando um n vel maior de interesse no passado e a con
321. ig 29 Regra n mero quatro defini o dos dois muros quadrangulares CXLEMOS ide ei et al ade hele Rad hale land O 77 Fig 30 Regra n mero cinco defini o da integra o dos muros externos com as paredes externas das estruturas retangulares e a inser o das portas PEINCIPAIS ngriinin annie e e Tl adega Sos insa bas ae eds 77 Fig 31bi v Regras n meros 1 5 defini o dos espa os at a inser o das portas Principals aas aeae eeen Lashecenassaekesd EAEE EERE EEE twssbhonedents E NEAN 77 Fig 32 Varia es geradas pela gram tica da forma baseadas nos planos de Pall dio ias speseseietoa partie e bri ia a ado sa Ss Shiver a thea eens Pa eita a 78 Fig 33 Descri o de quipus e dos quipucamayoc em Felipe Huam n Poma de Ayala merienn eeraa eaea Data DIO need ua OL Wasi sata ESSO puta P sonha EDN bee 81 Fig 34 Cronologia Centro Andina o peosier ia EREE E E EAEE E a i 86 Fig 35 Plano de Pachacamac de Bandelier 1892 92 Fig 36 Mapa de Bingham de Machu Picchu rare 94 Fig 37 Mapa de Bingham de Ollantaytambo 94 Fig 38 i v Quatro vistas de Katarpe centro regional Inca San Pedro de Atacama Chile enid note chee tei dived eniion RR RARE RE RNA RE aa 101 Fig 39 Vista da avenida de sete pir mides de Caral Lima detalhes da terceira pir mide e o sistema de constru o de duas paredes paralelas com redes cheias de pedra para preencher 0 espa o re 103 Fig 40 Est
322. ig 52 e Figs 53a e b Psicologicamente t iksu perga ntase nas portas aumentava o sentido de import ncia e poder do propriet rio ou usu rio do edif cio sugerindo perman ncia solidez e peso al m da unidade refletida na arquitetura Inca Se fizermos um estudo dos ngulos t picos gerados para criar t iksu perga ntase verificar amos que esses port es possuem um ngulo de entre 87 a 88 graus na parte da base da porta que refletido em ngulo similar de 87 a 88 graus na parte superior ou seja nos umbrais superiores isto um ngulo diagonal pouco acentuado Isto foi confirmado por observa es realizadas em 2 007 nas entradas principais das kanchas 9 e 10 de Ollantaytambo Podemos identificar o ngulo existente de 87 a 88 graus e que muda pouco variando apenas no estilo denominado Neo Inca Nos port es ou entradas duplas e at naqueles de reentr ncia tripla o efeito se duplica mas em paralelo Ressaltamos que o estilo definido como Neo Inca provavelmente chegou a se estabelecer principalmente na poca da chegada dos Espanh is aproximadamente em 1 540 e mudou um pouco os ngulos usados nos port es da poca pr Conquista No centro urbano de Ollantaytambo existem v rios exemplos de port o cl ssico incorporando uma ntase que poderia ser considerada espec fica para o est gio de expans o imperial dos Incas Fig 24b No entanto h poucas centenas de metros no setor Manyaraqui existem algumas estruturas
323. iller 1995 p 133 A Cultura Huari Wari Ayacucho Andes centrais do Peru A cultura Wari foi considerada geralmente como tendo sido derivada da cultura regional de Tiahuanaco particularmente em termos da iconografia compartilhada N o poss vel confirmar isto mas poss vel observar que a cultura Wari compartilha muitos elementos art sticos com a cultura Tiahuanaco Em termos de planejamento urbano o formato e distribui o das estruturas que apresentam muito mais variedade e liberdade que Tiahuanaco e at uma falta de controle no desenvolvimento do desenho do plano urbano Sele o e motivos de escolha do lugar ou um s tio determinado para um assentamento poss veis fatores geogr ficos determinantes O centro de Huari Wari serviria como um exemplo geral para arquitetura daquela cultura Huari fica situada em um vale aberto que inclui uma topografia variada a qual os antigos habitantes de Huari souberam aproveitar As constru es dominam um lado do vale e dentro desse lado alguns setores apresentam muros e paredes que protegem a parte urbana prov vel que houvessem v rios est gios de desenvolvimento come ando com a influ ncia de Tiahuanaco que a seguir foi entregue a um desenvolvimento regional Existem outros centros ligados 372 cultura Huari os quais s o mais complicados e ordenados Pikillajta Cusco por exemplo Parece que existiu uma prefer ncia para construir centros urbanos em cerros cume
324. im como outras estruturas maiores O Modulor de Le Corbusier serve como um conceito interessante para comparar as propor es propostas por ele para medir o uso de espa o em estruturas como tamb m a adapta o para uso na aplica o das poss veis propor es e dimens es definidas pelos Incas Seria poss vel determinar um Modulor Andino e Amaz nico J que as medidas oferecidas por Le Corbusier est o mais ligadas s propor es Europ ias dos anos 1950 1960 e na verdade s o andenor Podemos ent o desenvolver argumentos que sugerem que estas estruturas t m uma forma reconhec vel uma unidade de desenho estilo fun o e disposi o que podemos identificar imediatamente em outros centros Incas Reconhecemos sem a menor d vida o estilo como Inca sem adultera o estrutural e devido ao fato de que os materiais usados tais como pedras e rochas est o bem trabalhados e colocados em faixas e fileiras cuidadosamente em alguns setores Falta definir exatamente a que estilo e est gio Inca pertencem Atrav s de alguns 410 trabalhos de pesquisa seria poss vel definir o estilo e coloc lo dentro da cronologia e logo relacion lo com um governador Inca espec fico 10 Qual foi a posi o original das estruturas o car ter do terreno original A parte no entorno mudou ou tem sido modificada As posi es das estruturas atuais provavelmente indicam que as originais isto aquelas que existiam antes dos Incas ou nos est
325. imentos dos Incas para dominar v rias regi es formando tamb m as bases econ micas principais dos mesmos Fig 128 a dif cil saber porque os Incas sacrificaram essas terras valiosas de Ollantaytambo e em outros vales n o Ollantaytambo fica na interse o de v rios vales Al m disso era estrategicamente importante porque era onde as estradas eram localizadas permitido a uni o e a comunica o das terras altas com aquelas da regi o Amaz nica e o acesso aos produtos tropicais tais como madeira penas coloridas de aves e tamb m aquele produto t pico das culturas andinas a folha de coca Existe em Ollantaytambo o que interpretado como uma fortaleza Esta tamb m inclui o que provavelmente foi um templo no topo menor de um morro ao norte do centro urbano Esta tem uma vista para o Nevado Ver nica Fig 128 no fundo provavelmente um apu ou montanha deificada importante nas cren as Incas O centro urbano de Ollantaytambo estava exclusivamente formado por estruturas de um padr o e formato repetido Isto importante pois sugere o uso por um grupo para fins militares ou pela nobreza Inca Sabemos que Yucay h uns poucos quil metros 195 de Ollantaytambo era considerado propriedade da panaca cl do Inca e inclu a jardins criados exclusivamente para este Inca BATSON e NILES 2007 p 185 187 Estruturas padronizadas e repeti es na fase Inca geralmente s o associadas mais com a regi o da costa do Peru que
326. imilares devido ao fato que os dois estilos as vilas palladianas e as kanchas Incas pelo menos no n vel do desenho e distribui o do plano inferior parecem ser similares Lembre se que plano t pico de uma vila Palladiana n o era muito dissimilar daquela de uma kancha desenvolvida pelos Incas Surgiu a id ia que existe uma semelhan a entre as m ltiplas formas geradas pela gram tica da forma aplicada s vilas e mans es de Pall dio e aquelas que poderiam ser geradas para uma s rie de estruturas e combina es de estruturas baseadas na unidade habitacional dos Incas a kancha e outras varia es dessas estruturas como por exemplo as kallankas masmas e outras estruturas similares etc Aparte de um exerc cio para definir compara es e estabelecer a aparente semelhan a entre os planos das estruturas Palladianas e as kanchas Incas existe uma vantagem adicional em aplicar a gram tica da forma s estruturas existentes dos Incas Atrav s da defini o da gram tica da forma h possibilidade de definir repeti o e padr es a partir destes dois conceitos que poderia resultar em vantagens importantes no desenvolvimento de procedimentos arqueol gicos especialmente no que tem a ver com reconstru o virtual de estruturas e a substitui o de procedimentos arqueol gicos Um dos passos iniciais foi analisar os n veis de repeti o nos remanescentes da arquitetura Inca que est o relativamente intactos e que apresentam caracter s
327. ina Sabemos que no caso do Coricancha Cusco os espanh is re aproveitaram as estruturas Incas para construir sobre as mesmas a igreja de Santo Domingo que foi destru da em 1 650 e em 161 1 950 No entanto as bases Inca sobrevivendo os terremotos intactas nos dois casos HEMMING 1982 p 82 Esse exemplo sugere pelo menos no caso de Coricancha Santo Domingo que os conhecimentos e tecnologia original foram ignorados ou esquecidos 12 Conclus o T iksu perqa Entase como parte da linguagem arquitet nica Inca Nesta se o deste cap tulo observamos a aplica o do conceito de t iksu perqa ntase aos v rios elementos das estruturas que confirmam a id ia de que um conceito global na arquitetura Inca Podemos observar janelas portas paredes perfis ou cortes de paredes e at o formato das pedras usadas na constru o e concluir que o fato inescap vel que todos esses elementos est o fundamentados no conceito de ntase Inca 162 Fig 57 Igreja de Santo Domingo Cusco usando os alicerces do templo Inca de Coricancha Observar inclina o das paredes externas Fonte Foto de Mackay 1987 um conceito com aplica es muito pr ticas pois os terremotos podem ter um poder altamente destrutivo nos Andes e esse m todo de construir resistente e duradouro Parte da cidade colonial de Cusco foi parcialmente destru da pelo terremoto de 21 de maio de 1950 Como foi observado no caso da igreja de Santo
328. ina que fica definida como dentro do Horizonte Temprano ou Early Horizon que por falta de um 110 termo mais exato 600 100 a C Aparecem a seguir o Est gio ou poca Inicial e o Interm dio Temprano ou Early Intermediate mais uma vez com problemas de tradu o ao Portugu s O est gio inicial envolve v rias express es culturais que t m relev ncia direta para os Incas O Horizonte Temprano Antigo grava na arte e na arquitetura Andina alguns padr es que n o mudaram muito ao longo de 2 500 anos Ap s o Horizonte Temprano Antigo a cultura a arte e a arquitetura na regi o Andina apresentam mais dois est gios que s o definidos em termos de desenvolvimento cultural e econ mico Esses s o o Horizonte Meio 500 1 000 d C que inclui as culturas Moche Wari e Tiahuanaco e a seguir ao finalizar o longo desenvolvimento deste est gio na regi o Andina o Horizonte Tardio 1 300 1 535 d C representado pela cultura Chimt e a cultura dos Incas al m de alguns desenvolvimentos regionais como Chachapoyas Chancay Chincha etc Fig 41 Tabelas cronol gicas para os Andes centrais Apresenta os est gios ou Horizontes e os per odos interm dios definidores Fonte LANNING 1967 111 Entre cada um desses Horizontes ou est gios existem dois per odos intermedi rios Intermedi rio Temprano antigo 100 a C 600 d C e o per odo Intermedi rio Tardio Final circa 1 000 1 400 d C representados por v rias
329. influir muito no desenvolvimento da arquitetura Inca talvez com exce o das estruturas constru das para armazenar produtos como por exemplo Racchi Sicuani Cusco mais vi vel estudar a arquitetura Inca como observamos anteriormente em termos das duas grandes culturas que os Incas mesmos identificaram as quais s o Tiahuanaco Wari e Chim Some se a isto o fato de que os arque logos em geral t m decidido aceitar que existe uma liga o entre elas Os Incas estabeleceram rela es comerciais com os Ica Chincha tamb m conhecidos por seus centros rituais na costa central do Peru e v rias outras culturas ao longo da costa peruana e nos Andes SANDWEISS 1992 p 3 Nesses casos existe uma integra o de tradi es da costa peruana como por exemplo pir mides conhecidas como huacas e principalmente na cer mica e nos tecidos Este o caso de Pachacamac um santu rio pr Inca important ssimo na costa ao sul de Lima e tamb m em Tambo de Mora Chincha Ica Tra os definidores 368 Esses tra os definidores no caso dos Incas como tamb m de outras culturas poderiam ser estudados em termos de v rios fatores por exemplo sele o e motivos de escolha do lugar ou um determinado s tio em caso de uma cidade ou seja poss veis fatores geogr ficos determinantes material de constru o m todos de constru o dimens es distribui o da estrutura e ortogonalidade relacionamento da estrutura c m
330. inserida ao n vel da base do muro e na face IV comprimento do ret ngulo definido na regra cinco unidades Esta a o pode ser efetuada em outros est gios e n o necessariamente na regra cinco At poderia ser prefer vel inserir a porta ou passagem definida nas sub regras em um est gio mais avan ado principalmente para incorporar a inclina o interna e externa das paredes Fig 152 Fig 152 Regra n mero seis Regra n mero sete Existem exemplos de estruturas retangulares integradas a uma kancha de uma entrada ou passagem duas e at tr s na arquitetura Inca ou uma entrada enorme geralmente apresentada numa s face da estrutura retangular geralmente o comprimento denominado face IV aqui isto aquela face que est ligada ao p tio interno da kancha Para definir aquelas duas entradas paralelas numa face lembrando que a simetria e raz es Incas est o dominadas pela distribui o de nichos janelas portas ou passagens no muro do comprimento face IV aquela entrada ou porta trapezoidal de 268 acordo com a sub regra cinco acima deve ser mudada e inserida para come ar aproximadamente 1 50 m direita do centro do comprimento que foi definida como 4 0 m na sub regra seis No sentido de inserir a segunda entrada ou porta trapezoidal definida em sub regra cinco procure se o centro do comprimento na face IV ou seja 4 0 m e a segunda inser o da entrada ou porta trapezoidal deve ser executada
331. investiga o iii Estruturas iv Descobertas v Algumas metodologias em uso 2 A arqueologia tradicional e escava es na regi o Andina i Defini o do projeto ii Metodologia iii Estruturas iv Objetos encontrados v Alguns m todos computacionais em uso 3 Exemplos de reconstru o virtual de monumentos destru dos ou em processo de destrui o devido a invas es crescimento de favelas constru o de edif cios e escava o il cita na procura de objetos e venda 295 dos mesmos Vantagens e benef cios de procedimentos de reconstru o virtual i Custos associados com uma escava o il Custos p s escava o preserva o e conserva o de objetos iii Custos p s escava o preserva o e conserva o de monumentos iv Preserva o de monumentos para estudos futuros evitando a escava o destrutiva v A contribui o potencial da gram tica da forma arqueologia Necessidade de usar alguns conceitos baseados em estruturas intactas ou derivados de trabalhos arqueol gicos vi Redu o da arqueologia destrutiva e a aplica o da gram tica da forma representa o virtual vii Metodologias h bridas ou flex viii Conclus es As vantagens e desvantagens de reconstru o virtual ser o discutidos neste capitulo mas para apresentar um trabalho cooerente dever o ser considerados alguns dos conceitos comuns que estabelecem se e necess rio uma escava o ou n o S
332. ionalidade ou mais especificamente antecipar formas na arquitetura Inca o que denominamos de previsibilidade na arquitetura Inca Se a arquitetura Inca apresenta padr es modulares s o repetidos com freqii ncia ser poss vel procurar aplicar conceitos computacionais mesma Um sistema de an lise que poderia ser de interesse neste sentido a gram tica da forma e suas subsequentes aplica es 19 Esta hip tese e seus objetivos aliados baseiam se em estudos das rela es entre a forma propor o estilo conceitos modulares e as raz es das estruturas em Ollantaytambo dos Incas realizadas a partir das medi es exatas dispon veis nos planos existentes Instituto Nacional de Cultura Cuzco e outros Um primeiro passo seria estabelecer as formas propor es e estilos t picos de Ollantaytambo comparando os com outros centros Incas bem como tamb m com algumas das defini es da arquitetura cl ssica e da renascen a principalmente a Palladiana Se o uso de alguns conceitos derivados da arquitetura cl ssica corroborarem as nossas descobertas aplicaremos esses conceitos arquitetura Inca como por exemplo o uso do trapez ide e o conceito grego de ntase Caso n o seja bem sucedida a compara o faremos uma an lise das raz es pelas quais n o houver resultados positivos O passo seguinte seria estabelecer e confirmar par metros e regras por meio de uma gram tica da forma desenvolvida para elementos espec fic
333. ionalmente que marcam sua arquitetura interessante regi o da costa onde nem sempre havia disponibilidade de pedra de prefer ncia o basalto como tamb m s vezes o granito Ulhe criou v rios planos do centro religioso de Pachacamac e semelhantemente aos alem es Reiss e Stiibel redefiniu e confirmou a cronologia centro Andina O trabalho de Ulhe tem mais relev ncia devido ao fato de que completou uns planos e mapas detalhados de v rios centros urbanos extensos e n o somente t mulos duma extens o limitada Nesses ltimos mais dif cil estabelecer uma cronologia baseada simplesmente em estruturas funer rias e o conte do delas como foi feito por Reiss e Stiibel Com Ulhe e os arque logos que o seguiram definiu se pouco a pouco os est gios e a cronologia do desenvolvimento centro Andino particularmente da costa peruana Com a chegada e a presen a cada vez mais frequente dos etn logos arque logos e antrop logos estadunidenses viu se fortalecida a arqueologia n o somente na regi o da costa mas tamb m nas regi es de montanhas e vales inter Andinos Como j foi mencionado o projeto Shippee Johnson JOHNSON 1930 p xi criou um arquivo valios ssimo formado por uma s rie de fotografias a reas principalmente da costa peruana algumas gerais de car ter topogr fico e geogr fico mas tamb m muitas vezes incluindo ru nas e fotos a reas de reas de interesse arqueol gico Com o crescimento de destrui o de m
334. iones Etnoarqueol gicas La Paz Bolivia HYSLOP J 1984 The Inka road system Academic Press Nova Iorque EUA HYSLOP J 1990 Inka settlement planning Austin University of Texas Press EUA ISBELL William H 1984 Huari Urban prehistory em Kendall A ed Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford p 95 131 ISBELL W H e VRANICH A Experiencing the cities of Wari and Tiwanaku in Silverman H editor 2004 Andean Archaeology Blackwell Publishing Ltd Oxford Inglat rra p 167 182 JANUSEK J W Household and City in Tiwanaku in Silverman H editor 2004 Andean Archaeology Blackwell Publishing Ltd Oxford Inglat rra p 183 208 JENCKS Charles 2002 The New Paradigm in Architecture Yale University Press New Have USA JOHNSON George R Lieutenant 1930 Peru from the Air American Geographical Society New Iorque USA JONES David M 2007 The Lost History of the Incas Hermes House Londres Inglaterra JULIEN Catherine J 1983 Hatungolla A view of Inca Rule from the Lake Titicaca Region University of California Publications Anthropology Volume 15 University of California Press California USA KANO Chiaki 1979 The Origins of the Chavin Culture Studies in Pre Columbian Art amp Archaeology No 22 Dumbarton Oaks Trust
335. kancha importante considerar e estabelecer se necess rio aplicar o conceito de Mitchell definido como representa es sem dimens es s estruturas Incas A aplica o da gram tica da forma arquitetura Inca e especificamente unidades retangulares e conjuntos de quatro unidades retangulares difere daquela aplicada por Mitchell pelo fato de que usaremos modelagem tri dimensional Pretendemos apresentar abaixo a parte visual com gr ficos isom tricos Lembramos o conceito da representa o adimensional descrita acima que permite empregar um n vel flex vel as medidas usadas Fig 135 As medidas mudam de uma estrutrura Incaica a outra e a flexibilidade do conceito de representa o adimensional e importante aqui As medidas usadas aqui s o aproximadas 251 Fig 135 An lise de Wright de estruturas Incaicas Inclui detalhes de raz es nichos trapezoidais e a inclina o das paredes Obs As medidas est o em p s WRIGHT 2007 Regra n mero um no seu formato mais simples pode ser considerada como Se existe um espa o come amos com este ponto de partida Ent o inclua neste espa o um ret ngulo que mede 8 5 m de comprimento e 4 5 m de largura estas s o por enquanto medidas aproximadas fig 136 Fig 136 Regra n mero um e forma inicial Regra n mero dois Se existe um ret ngulo que mede 8 5 m de comprimento e 4 5 m de largura Ent o substitua o por uma extrus o derivada de es
336. ksu perqa ntase nos muros e pared es 9 T iksu perqa Entase em pedras individuais e como revestimento 10 Tiksu perqa ntase s est tica ou est tica com funcionalidade 11 ntase total na arquitetura Inca 134 12 Conclus o T iksu perqa Entase como parte da linguagem arquitet nica Inca T iksu perga ou o conceito de ntase Andino A inclina o das paredes ou o termo sugerido pelo Prof Paulo Castilho e a aplica o do elemento trapezoidal s o fatores que n o devem ser ignorados em estudos da arquitetura Inca Atendendo a necessidade de estudar e esclarecer fizemos um breve estudo de T iksu perqa ou o conceito de ntase Andino enquanto parte da linguagem arquitet nica Inca Neste sentido na sua disserta o de mestrado referente a est tica da arquitetura Inca fez o seguinte coment rio But this batter along with the diminishing size of the stones at greater height also increases the imposing and impenetrable visual effect of these imperial buildings on the viewer ntase 135 Las jambas de muchas de las entradas en especial aquellas de mamposteria de piedra cortada e engastada no son rectas sino que se curvan ligeramente lo que produce un ntasis distintivo PROTZEN 2005 p 275 Entasis can also be found on walls spires and towers op cit ventana ventanakuna t iksu perqa tiksu perga pirca 136 1 O termo e a defini o Entase ou ntasis um
337. l Porto Alegre RS MEDDENS Frank 2008 High Altitude Ushnu Platforms in the Department of Ayacucho Peru Structure Ancestors and Animating Essence em STALLER J E Editor Columbian Landscapes of Creation an 315 355 MEDERO ROCHA I A amp DANCKWARDT V 2000 Projeto Miss es Computa o Gr fica Multim dia da Reconstitui o Computadorizada da Redu o de S o Miguel Arcanjo no Rio Grande do Sul 4th SIGRADI Conference Proceedings 2000 pp 191 193 http cumincad scix net data works att 8db8 conent pdf acessado em 20 07 2010 MENDIZ BAL LOSACK Emilio 2002 Patrones Arquitect nicos Inkas San Marcos Lima Peru MENDIZABAL LOSACK Emilio 1989 Estructura y Funci n en la Cultura Andina Editorial Universidad Nacional Mayor de San Marcos Lima Peru MENZEL Dorothy 1970 The Inca Occupation of the South Coast of Peru em Rowe John Howland amp Menzel Dorothy Peruvian Archaeology Selected Readings Peek Publications Palo Alto California USA MIDDENDORF Ernst W 1974 Peru Observaciones y est dios del pa s y sus habitantes durante una perman ncia de 25 anos Per Tomo III La Sierra UNMSM Lima traduzido ao espanhol do original em alem o Peru das Lande und seihe Bewohner Berlim 1895 MITCHELL William J e MCCULLOUGH Malcolm 1991 Digital Design Media A Handbook for Architects amp Design Professionals Van Nostrand Reinhold Nova Iorque Nova Iorque USA MITCHEL
338. l m disso as rela es espaciais existentes entre a forma origin ria e o vocabul rio t m que ser definidas Em outras palavras deve haver uma descri o de como se relacionam as partes da forma origin ria Uma rela o espacial ou a rela o entre elementos de um vocabul rio pode ser estabelecida para formar novas regras que servem para gerar formas novas a partir de um ponto comum Apresentamos as defini es das partes ou elementos essenciais de uma gram tica da forma isto o vocabul rio regras de composi o e rela es espaciais E necess rio incluir detalhes de opera es que precisam ser completadas para gerar formas novas A FORMA A forma na sua ess ncia constitui um agrupamento de linhas arranjadas em duas ou tr s dimens es e essas integram um valor gr fico A formas tipicamente est o associadas com um sistema cartesiano com detalhes das coordenadas e inclue a localiza o orienta o e tamanho As linhas s o elementos essenciais que comp em as formas suficiente ter uma linha unicamente para constituir uma forma que pode ser reta ou curva conectada ou at desconectada Uma linha deve ser determinada por um conjunto de dois pontos distintos ou finais de uma linha Inicialmente existe uma ou mais formas relacionadas dentro de um vocabul rio que podem incluir marcadores de estado AS FORMAS PARAM TRICAS Nos in cios da defini o da gram tica da forma foi estudada a possibilidade de que valores espe
339. l do conjunto Sub regra numero um para a defini o de uma porta externa ou principal entrada de uma kancha de uma verga e umbrais Esta porta e passagem externa e define a nica entrada ou porta com acesso aos conjuntos ou kanchas Geralmente dever ser inserida na face I e somente em uma das quatro estruturas que formam uma kancha O conceito para desenvolver este est gio muito parecido com aquele usado para descrever os procedimentos para definir as portas ou entradas de estruturas retangulares na sub regra n mero um de porta ou entrada E definida numa escala maior por ser a porta principal do conjunto de quatro estruturas retangulares Regra n mero um porta externa entrada principal do conjunto Se existe um espa o Ent o substitua este espa o com um ret ngulo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de comprimento na base e 1 5 m na parte superior que ser da verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior Fig 155 272 Fig 155 Regra entrada principal n mero um Regra n mero dois porta externa entrada principal do conjunto Se existe um paralelep pedo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de comprimento na base e 1 5 m na parte superior futura verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior Ent o insira e substitua dentro deste espa o um trapez ide vertical que mede 2 3 m de altura e 1 20 m de comprimento na base no n vel do solo e 0 95 m na parte
340. l do projeto constru o e desenho do Inca Pachacutec 1438 1471 e outros PROTZEN 2005 p 23 Podemos sugerir isto baseado na compara o com alguns poucos documentos feitos ap s aquela conquista que cont m refer ncias espec ficas a alguns Incas e o trabalho que fizeram Protzen cita o cronista Bernab Cobo 1582 1657 quem em 1653 afirmou que f brica de piedra labrada qued muy admirado por no tido visto jam s tal modo de edif cios y mand Los Suyos que advirtiesen y notasen bien E prov vel que em Ollantaytambo possamos achar v rios est gios de desenvolvimento do plano urbano e da arquitetura dependendo de uma an lise comparativa dos poucos documentos dispon veis comparando os com as estruturas existentes e os v rios estilos refletidos neles Em resumo podemos completar algumas informa es referentes primeira 402 pergunta mas na maioria dos casos sem datas espec ficas com exce o de alguns centros constru dos ap s a conquista espanhola 2 Quem foi o patr o ou cliente O patr o e o cliente na maioria dos casos da arquitetura monumental Inca era um s o estado Inca representado por uma autoridade semelhante a um rei conhecido como o Sapa Inca Capac sua fam lia e a nobreza associada Tamb m haviam propriedades que foram recebidas como heran a pelos descendentes de uma autoridade Inca falecida como por exemplo Yucay Chincheros e provavelmente Ollantaytambo e algumas outras O estado Inca
341. l observar nas esquinas d Fig 55 Quatro exemplos de estilos diferentes de cortar pedras para muros e paredes Incas a semi atijolado Cusco b Celular e ciclopeo Ollantaytambo observar a curvatura das paredes c Moldurado Rua Hatunrumiyog Cusco d Torre n Machu Picchu Cusco Fonte Fotos de Mackay 2007 2009 e 1987 O efeito global ou seja de muitas pedras assim trabalhadas nas seis faces com a maioria apresentando uma nfase no formato trapezoidal e com todos os blocos inseridos na mesma dire o com uma face quase plana no exterior vis vel da parede criava naturalmente uma parede com certa inclina o permitindo gerar uma ntase bastante vis vel que aquela que tentaremos descrever aqui Em outras palavras a ntase global observada numa parede est parcialmente presente nas facetas que formam parte desta parede que cont m t iksu perqa ntase individual no corte das 155 pedras Existe uma certa semelhan a com os olhos compostos dos insetos particularmente as moscas Um exagero de agrupamentos de blocos de pedras de que perde pouco a pouco seu di metro e ganha uma ligeira convexidade como as colunas gregas Como foi observado antes as colunas n o s o comuns na arquitetura andina e menos ainda na arquitetura Inca mas existem alguns exemplos interessantes no templo Inca de Wiracocha San Pedro de Casta ou Raqchi Cusco que parecem refletir o conceito de ntase baseado no di metro e na alt
342. lacionamento de estruturas dentro da ortogonalidade do plano urbano que mais disciplinado em termos de formato que na maioria dos centros urbanos de origem Inca lembrando que estes s o gerados mais tarde Em termos de relacionamentos entre estruturas e quartos tamb m existe um alto n vel de ortogonalidade que refletido tanto no aspecto externo quanto no interno das 370 estruturas por exemplo nas estruturas retangulares constru das acima da pir mide de Akapana Desenho geralmente quadrangular ou retangular e provavelmente n o excedia um andar No entanto devido ao n vel de destrui o de Tiahuanaco e na maioria dos centros regionais de origem Tiahuanaquense dif cil confirmar isto Forma a forma e o desenho s o temas similares e relacionados A forma n o muda muito de uma estrutura para outra geralmente sendo quadrangular ou retangular Quando muda as mudan as s o de car ter limitado Quando estruturas s o incorporadas por exemplo numa pir mide ou plataformas as formas refletem e respeitam a ortogonalidade da estrutura principal Propor o a aplica o do conceito de propor o important ssimo nos desenhos e nas formas escolhidas para as estruturas de Tiahuanaco Os que planejaram Tiahuanaco dedicaram tempo para calcular as dimens es de estruturas internas em rela o s principais dividindo as cuidadosamente Essas estruturas incorporam o conceito de simetria que era usado junto com pro
343. lankas salas ou galp es de festa que existiram em Hu nuco Pampa Yucay Cuzco no Peru e Inkallajta na Bol via etc Ainda que estas estruturas sejam id nticas ao definir outras combina es v rias faixas de estruturas retangulares em paralelo ou faixas longas de quatro a cinco estruturas retangulares em linha por enquanto ser prefer vel definir as estruturas com numerais em letra menor Neste caso a primeira estrutura ser definida como i e a segunda como ii etc Esses agrupamentos ou conjuntos b sicos de estruturas enfileiradas ou alinhadas s o bastante comuns em todo o territ rio Inca As vezes s o estruturas individuais e mais comumente aparecem como agrupamentos de estruturas em linha paralelos ou escalonados em terra os individuais a pequena distancia de centros 191 urbanos como por exemplo as estruturas escalonadas e em s rie erroneamente chamadas as casas dos Acllahuasi Figs 91 no fundo e nas ladeiras em Ollantaytambo em regi es de topografia acidentada Fig 171 no fundo as estruturas nos terra os s vezes surgem formando parte de centros urbanos como no setor da fortaleza de Ollantaytambo alguns setores do centro de Cusco o Grupo Portal de Machu Picchu e em Pisac nos setores mais altos apenas para citar alguns exemplos Fig 79 a Exemplos de estruturas retangulares dentro do centro do INC Cusco Observar inclina o interna das paredes Foto Mackay 2007 b Reconstru o de Corica
344. lembrar que os Incas consistiam em um ou v rios grupos de nobres e fam lias que mantinham o poder sobre uma variedade de grupos tnicos e culturais Segundo Nieva Moreira o general Eduardo Segura Gutierrez declarou social n o igualados em nenhuma MOREIRA 1974 p 120 A 423 Z arquitetura s uma das facetas importantes do dom nio que exerciam At hoje em dia a uniformidade da aplica o de conceitos arquitet nicos Incas impressionante e pode ser comparada com a arquitetura romana alem e russa Pode ser identificada nos oppida em pontos defensivos ou nas vilas romanas de v rios pontos do extenso imp rio romano na Alemanha nazista em seus campos de concentra o como Belsen Auschwitz ou nas estruturas de estado representando o poder Nazista em Berlim e Nurembergue e at mesmo na arquitetura estalinista ou leninista dos centros residenciais urbanos de Novosibirsk Moscou hot is do estado esta es de trem sistemas de Metr de S o Petersburgo e Moscou pelo menos em termos da imposi o do Estado de um estilo e funcionalidade a Propor o e dimens es na arquitetura Inca As propor es e dimens es Incas est o baseadas na escala humana e em termos gerais da mesma forma que os desenhos de Pall dio e Le Corbusier No entanto importante lembrar que o homem Andino tinha uma estatura menor do que a dos europeus seus contempor neos do s culo XVI e ainda muito menor do que a dos atuais Os estudos comp
345. letos feitos por Le Corbusier em Marselha com as Grandes Unidades e o sistema modular que desenhou refletem seu interesse em aplicar a propor o das dimens es humanas s constru es em s rie Algo parecido aconteceu com os Incas Le Corbusier criou um sistema que denominou O Modulor baseado no homem Vitruviano e nas dimens es humanas e posicionamento das extremidades humanas As dimens es e medidas b sicas que acreditamos foram utilizadas pelos Incas de cerca de 1 61 metros em m dia est o baseadas na etnohist ria etnografia tiradas de restos sseos e derivadas das dimens es dos port es ou portas constru das segundo o estilo Inca cl ssico imperial na maioria das estruturas descritas nesta tese excluindo Raqchi Mendizabal Lozak e Escalante 1997 Essas entradas geralmente n o excedem dois metros de altura apenas no estilo agora conhecido como neo Inca que essas medidas podem mudar para tr s metros de altura ou mais O que surpreende na maioria de casos que a arquitetura Inca mant m um n vel pr tico em termos de altura e propor es gerais com algumas exce es tais como Racchi Sacsayhuam n Yucay etc Isso geralmente n o acontece na arquitetura Romana onde existe muita nfase em dominar por meio do senso de altura incorporada numa estrutura espec fica de car ter maci o e s lido tal como o Coliseu o Pante o etc As propor es dos Incas parecem refletir as dimens es humanas Fig 209 que aparecem e s
346. lham a um felino e que se observadas de outro ngulo parecem imitar os perfis das montanhas circundantes de Machu Picchu A postura era de respeito pelo mundo natural ao mesmo tempo que mantinham controle sobre o mesmo e sabiam dominar seu extenso territ rio Os conceitos de arquiteura e urbanismo Incas s o dif ceis de serem entendidos a despeito do fato de que suas formas n o serem complexas H diferentes n veis que precisam ser entendidos como por exemplo da topografia das fontes de gua das pedras ritualmente importantes das montanhas com e sem neve e os seus deuses dos apus e at possivelmente da orienta o e do posicionamento em rela o s estrelas via l ctea etc O entendimento da arquitetura Inca como a leitura de um dos livros do escritor Argentino Jos Lu s Borges 1 899 1 986 por exemplo em El Aleph 1 949 algo que acontece quando o leitor descobre que Borges n o pretendia oferecer apenas um n vel simples de leitura Ele estava oferecendo v rios n veis de leitura dependendo do interesse do leitor Seria o que se poderia dizer livros dentro de livros Um entendimento da arquitetura Inca e a compreens o do planejamento urbano dos Incas podem ser efetuados empregando uma an lise simples por exemplo definindo estruturas retangulares planos ortogonais ou numa an lise menos simples observamos estruturas em rela o s fontes de gua tais como Tip n Cusco Machu Picchu Ollantaytambo e Tampum
347. lidade virtual MRV de estruturas que permitem o usu rio verificar o interior ou inspecionar a parte externa desde quaisquer ngulo como no exemplo de Avebury Pollard e Gillings 1998 Fig 3 23 A apresenta o de um s tio da antiguidade para o p blico pode ser aprimorado com uma maquete de alta qualidade e que inclui figuras humanas e atividades relevantes fun o reconstru es em escala natural s o ainda mais atraentes Contudo o teatro O Globo de Shakespeare em Londres apresenta um timo exemplo das dificuldades apresentadas ao tentar entender os alicerces escavados e a estrutura no n vel superior ainda que existam ilustra es contempor neas descrevendo o GREENE K 2002 p 131 132 331 CAP TULO 9 CONCLUS O O estudo da hist ria da poca Greco Romana ou cl ssica em tempos renascentistas teve in cio no Imp rio Romano sendo que esta conseguiu incorporar um empr stimo forte de seus antecedentes Gregos S culos mais tarde o desenvolvimento da arqueologia como disciplina com seus precedentes no antiquarismo por exemplo a cole o de Sir John Soane incorporou desde seus in cios um interesse no estudo e entendimento da arquitetura das antigas culturas come ando com os gregos e romanos expandindo se s regi es de Mesopot mia Palestina e Egito conhecidos conjuntamente como o ber o da civiliza o As perguntas referentes s antigas culturas tentavam definir se existia um conceito que poderia se
348. ll dio o fundamento principal para essa forma de imposi o Inca a aplica o b sica de um ret ngulo mas nem sempre pois existem alguns exemplos de estruturas circulares na arquitetura Inca principalmente aquelas usadas para armazenar produtos de uma altura pouco vari vel que quase nunca superavam dois andares e que provavelmente obedecia a propor o de 2 3 No caso dos Incas a altura interna de cada quarto como tamb m as outras dimens es n o eram consistentes como aquelas desenhados por Pall dio As dimens es e propor es registram um n vel de variedade e os Incas aplicam um conceito similar ao japon s de modoki ou seja s o estruturas similares mas diferentes Isto se deve a uma depend ncia e uma adapta o amp ov topografia variada dos Andes Por exemplo o desenho das empenas que estava adaptado topografia particularmente de ladeiras de declives fortes reflete a necessidade da integra o com o ambiente e o entorno Isto est refletido particularmente na inclina o dos telhados e das empenas nas regi es altas dos Andes onde precisavam principalmente de estruturas de duas guas resistentes a chuvas e pancadas fortes b Simetria A simetria externa da maioria das estruturas como tamb m dos quartos formava parte muito importante da maioria dos projetos desenvolvidos pelos Incas Estes eram basicamente estruturas distribu das ao redor de um p tio ou espa o maior geralmente de planta quad
349. lmente para nobres e indiv duos abastados Era uma arquitetura que inclu a um selo de qualidade ou seja um acabamento e desenho que era aplicado na parte externa e interna das edifica es e templos O objetivo da arquitetura Inca era diferente da Palladiana ou at da moderna no sentido que procurava criar uma arquitetura padr o desenvolvida n o apenas para os nobres mas tamb m para sua popula o em geral Aoo mesmo tempo tinha por objetivo confirmar a imposi o desta cultura em todo o territ rio andino impondo um selo caracter stico que automaticamente indicava ao observador que o morador dessa estrutura fazia parte do grande territ rio e imp rio Inca Existem alguns autores que consideram que os Incas criaram m todos de controle dos seu s ditos semelhantes aos sistemas socialistas BAUDIN 1961 v xi A sociedade Inca desenvolveu e a seguir modificou conceitos complexos relacionados sociopol tica religi o e temas econ micos que muitas vezes se tornaram inovadores na regi o Andina Houve uma centraliza o do poder em Cusco e mais tarde tamb m no segundo centro no Equador A terra era mantida para usos religiosos do estado e principalmente dos Incas e da elite nobre e para aqueles que nela trabalhavam Esses ltimos muitas vezes eram transferidos de outras partes do Imp rio Inca Os sistemas de minka e ayni foram estabelecidos conjuntamente com o conceito de reciprocidade ainda forte na regi o andina importante
350. lores foram identificados a partir de descricoes mapas e planos 60 90m 1 Ollantaytambo Mz7 0 50 70m Ollantaytambo 0 90m alt bloco la Medidas 27x6 7x2 7 0m 0 20 0 85m 30x25x2 50m Sao valores externas Ollantaytambo Mz7 25x22m Ollantaytambo aproximados Kanchas Ollantaytambo Bloco 4 Medidas 12 13 x m As medidas das estrutura Ollantaytambo 12 0 70m e 8x7 kanchas podem retangular Ollantaytambo ou nao mudar Mz7 e 18 07 x de uma centro a 0 70m 12 6x2 50m outro e dentro Ollantaytambo 12x5m Ollantaytambo de um tracado Mzi4 Ollantaytambo Bloco 7b urbano Medida 12 13x8m estrutura Ollantaytambo 12 6 7x2 30m retangular 15x7 5m 12x7m Ollantaytambo Compartilhada Ollantaytambo Mz7 Ollantaytambo Bloco 7b Medida espa o 7x m 6x6m 0 20 0 85m esquina Ollantaytambo Ollantaytambo Mz7 e 5x5m 0 20 7x7m x2 50 0 85m 6x5m Ollantaytambo Ollantaytambo Mz7 Ollantaytambo Bloco 7b Elementos de estruturas Entrada 1 30 1 50m principal com Ollantaytambo 1 20m 2 50m alt uma reentrancia Ollantaytambo Mz7 1 50m base Ollantaytambo Entrada principal 1 30 1 50m 2 20m alt e cada dupla reentrancia Ollantaytambo 1 90m Ollantaytambo reent 0 20m Mz7 Ollantaytambo Entrada s a 1 80 2 00m estruturas Ollantaytambo 1 50m Ollantaytambo 1 30 1 50m 2 20 alt retangulares Mz7 Ollantaytambo Ollantaytambo Nichos internos 0 70m 1 00 base Ollantaytambo 0 90m topo Fig 22 b Par
351. lturas precursoras que os pr prios Incas reconheciam como influentes Por exemplo a influencia da regi o Colla Lago Titicaca particularmente de Tiahuanaco mencionada nas cr nicas referentes aos Incas Inclusive em lugares de carater sticas rituais como Pukar os Incas chegaram a impor seu selo sobre a arquitetura O centro cerimonial de Pukar foi estabelecido como um ponto intermedi rio entre a regi o de Cusco e o Lago Titicaca pelo menos 1 300 1 500 anos antes do apogeu Inca A domina o Inca prevaleceu no extenso territ rio cerca de uns 200 anos antes da chegada dos espanh is regi o Andina isto nos anos 1 530 1 535 A presen a dos Incas est gravada na arquitetuta e em um sem n mero de monumentos que perduram at o dia de hoje Existem evid ncias duradouras da arquitetura Inca no territ rio que se estende desde o centro de Chile at o norte do Equador iii Reconstru o Virtual de S tios Arqueol gicos Um dos objetivos principais da arqueologia a interpreta o do passado Este objetivo est muitas vezes aliado reconstru o e conserva o f sica de artefatos e monumentos Uma op o mais recente a de interpretar o passado a partir de reconstru es virtuais Na regi o Andina a aplica o da realidade e reconstru o arqueol gica virtual a monumentos pr hisp nicos ainda est nos est gios iniciais de desenvolvimento mas o n mero de reconstru es est crescendo como por exemplo
352. lvimento do Neo Inca ficou limitado a alguns poucos exemplos Algumas das principais estruturas desta poca foram feitas com adobe um material n o t o nobre e que apresentava problemas e n o combinava bem com os elementos estruturais de pedra A pergunta no come o deste cap tulo referente relev ncia da cronologia deste estudo isto a aplica o gram tica da forma respondida pelo fato de que existe uma continuidade de conceitos e de algumas formas arquitet nicas nem sempre muito bvias ao longo de v rios mil nios Por isto a gram tica da forma tem o potencial n o 132 s para ser aplicada arquitetura Inca mas tamb m a formatos pr Incas Permite entender o desenvolvimento da arquitetura Inca centro Andina at sua defini o e s ntese Como vamos observar essa s ntese importante pois cont m a chave da gram tica da forma da arquitetura Inca e tamb m suaa poss vel aplica o a express es arquitet nicas pr Incas nos Andes centrais 133 CAP TULO 5 T IKSU PERQA OU O CONCEITO DE ENTASE ANDINO E INCA T iksu perqa ou o conceito de ntase Andino 1 O termo e a defini o 2 Os gregos e os antecedentes eg pcios 3 ntase na arquitetura grega e as ordens 4 Propor es e padr es na arquitetura grega e romana 5 Conceitos de t iksu perqa ou ntase andino entre os Incas 6 T iksu perqa Entase nas entradas port es e portas 7 Tiksu perqa ntase em nichos 8 T i
353. m de uma cultura do mesmo nome que aparentemente estava fortemente aliada a conceitos est ticos e art sticos da cultura Tiahuanacoide Fig 182 Existe em outras partes de Huari um desenvolvimento aparentemente desorganizado que cria problemas em termos do estabelecimento de um entendimento das alian as pelo menos em n vel art stico e arquitet nico entre as duas express es culturais As estruturas de Huari s o adaptadas para um solo variado e parecem ser de do fato de que sugerem a falta de uma natureza coesiva arquitet nica parecem ter sido relativamente bem organizadas pois existem muralhas e paredes que fecham e protegem o centro No caso de Pikillajta tamb m considerada da poca Huari Wari podemos observar um planejamento urbano e arquitet nico controlado que utiliza um formato repetitivo Ainda que esteja situada no vale principal dos Andes foi constru da numa parte plana do vale de Cusco permitindo assim uma repeti o de estruturas que contrastam com a arquitetura Inca Essas estruturas surpreendentemente ocupam v rios pontos do vale em est gio cronol gico muito posterior A popula o origin ria foi provavelmente de Huari ou pelo menos ligada esfera de influ ncia Huari Ainda que a arquitetura Tiahuanaquense parecesse incluir uma f rmula padronizada na maioria dos casos a arquitetura ligada a cultura Huari adaptada topografia regional Geralmente a arquitetura de cultura Huari muito org nica
354. m desenvolvidos A seguir pretendemos experimentar com a aplica o do procedimento b Regra n mero um de procedimentos para substitui o virtual Aplicando o sistema b definido acima Se existem tr s lados do muro externo da superkancha devendo existir um quarto muro externo ver plano INC Figs 158 a e b do oeste neste caso segundo regra sete acima Ent o substitua os tr s muros que ainda existem com um muro id ntico externo de formato retangular que ter aproximadamente 1 20 m a 1 50 m de espessura na base e que resultar em um muro externo quadril tero que seguir ao redor do quarteir o Fig 124 Ser um muro de quatro faces que dever incorporar uma das paredes comprimento externo de cada um das seis estruturas retangulares Fig 124 Regra n mero um substitui o Regra n mero dois Se voc partir de um muro externo que define o quarteir o composto por duas kanchas 234 Ent o substitua e acrescente nesse espa o retangular de quatro muros dois quadril teros em paralelo que t m 12 60 m de comprimento e 12 60 m de largura Estes dever o ser estabelecidos e centrados em um eixo Norte Sul Neste passo foram definidos os dois p tios internos que ainda existem os quais foram inseridos dentro do espa o retangular definido pelos muros externos segundo a regra um da segunda parte Fig 125 Fig 125 Regra n mero dois O passo seguinte ser definir as seis estruturas retangula
355. m id nticas e formaram uma superkancha fig 114 Protzen em seu trabalho aplica a numera o dois 2 para este quarteir o e o Instituto Nacional de Cultura lhe atribui a numera o nove 9 Descri o As estruturas est o parcialmente destru das como as estruturas de origem colonial acima na Rua Chacomayo ao leste substancialmente danificadas nas Ruas Chaupicalle ao norte Horno Calle ao sul e no lado do oeste Isto resulta no fato de que o lado sudoeste da superkancha que fica na dire o da Plaza de Armas ou Plaza Principal de Ollantaytambo se tornou inexistente tendo recebido 20 00 metros de largura ou mais de constru es adicionais na poca da colonial e republicana A parte original que ainda existe o muro exterior nas tr s ruas mencionadas e a estrutura de dois andares que compartilhada e situada entre as duas kanchas Esta parecida com aquelas descritas em outros cap tulos Pretendemos criar uma restaura o virtual bidimensional da planta baixa deste quarteir o baseado nos conhecimentos derivados de kanchas e superkanchas completas quarteir es 3 4 e 5 da INC e 7 10 e 11 de Protzen e aplicando a gram tica da forma s mesmas Primeiro descreveremos uma kancha na ntegra e a 226 super kancha substituindo as partes destru das e inexistentes do quarteir o n mero 9 com as partes sabemos que deveriam existir a partir dos exemplos contempor neos e completos TIPOLOGIA DE CASA CON V
356. m peixes p ssaros e s vezes figuras 376 A partir desta an lise b sica das caracter sticas fundamentais das culturas que t m influ nciado direta ou indiretamente a arquitetura Inca poss vel tentar fazer uma breve avalia o dos principais conceitos da arquitetura Inca Vejamos pois a seguir usando os crit rios b sicos definidos acima e aplic los arquitetura Inca Sele o e motivos de escolha do lugar ou um determinado s tio em caso de cidade em outras palavras poss veis fatores geogr ficos determinantes para os Incas existiam v rios fatores importantes e determinantes que incluem defesa da regi o e do centro abastecimento de produtos fornecimento e fontes de gua comunica es com outros centros Incas controle de v rios n veis de produ o e provavelmente a parte est tica seja um posicionamento para poder aproveitar as lindas paisagens Andinas e alinhamento com montanhas de import ncia ritual No plano abaixo est o indicados em cinza duas cordilheiras Vilcabamba e Urubamba e no meio est o Vale Sagrado e ao longo deste est o Rio Vilcanota ou Urubamba que desce para a regi o Amaz nica Fig 185 Nos dois lados do vale existem montanhas altas muitas delas consideradas como deidades ou apus e vis veis desde os centros urbanos dos Incas 377 Fig 185 Vale Sagrado dos Incas indicando as estradas reais e as principais cidades Incas Cusco Fonte HEMMING 2009 p 52 Materi
357. ma parede por exemplo na regra cinco de unidades conjuntos na parede interna equivalente a face um e distribuindo se os nichos simetricamente para cada lado deste ponto m dio e a uma altura de 1 90 na parede Fig 168 e 169 287 Fig 168 Regra nichos externo n mero quatro altura e cinco distribui o sim trica 288 Fig 169 a e b Regra nichos externo n mero quatro altura e cinco distribui o sim trica dentro de uma estrutura A porta estabelece o eixo principal em rela o ao nichos internos Pode ser aplicado tamb m a uma face externa c nichos internos Existem outros fatores e motivos para definir mais exemplos de outras estruturas retangulares com nichos tais como aqueles que s o de nichos grandes e altos estilo porta etc Considero necess rio manter as vers es descritas acima especificamente para ser incorporadas em paredes internas de estruturas retangulares que t m uma ampla distribui o no Imp rio Inca e mais especificamente aqueles que 289 aparecem nos espa os quadrangulares das esquinas das kanchas de Ollantaytambo Quando necess rio no caso de varia es em nichos ser poss vel gerar regras similares integrar modifica es m nimas ou substituir com outros exemplos Existem exemplos de nichos arranjados em duas faixas uma acima da outra como tamb m aquela que s o alternadas Estas precisariam de outras regras como por exemplo nos casos de Pisac Cusco em Tambo
358. mais vis vel da heran a pr hist rica e arquitet nica e geralmente precisam de procedimentos de conserva o iv Objetos encontrados nas escava es Devem ser cadastrados usando uma metodologia estrita para registrar e documentar o local onde foram encontrados indicando o n vel estratigr fico espec fico mantendo assim o contexto para futuros estudos As descobertas muitas vezes s o enviadas aos museus e armaz ns onde divorciados desses contextos originais perdem o valor de car ter hist rico e talvez mant m somente o valor est tico H tempo que experimentos feitos tamb m como tentativas de seria o de cer mica no Egito por Sir Flinders Petrie tais como o Levante e em muitos pa ses na Europa Estes muitas vezes permitem criar cronologias e estudos de desenvolvimento de culturas s vezes aqueles estudos t m o potencial de criar uma vis o falsa ou parcial baseada unicamente em fragmentos de cer mica Nos Andes estudos similares das cer micas e tecidos que v o complementando se poderiam ser efetuados e algumas vezes o s o Onde as liga es entre culturas como tamb m com a arquitetura s o definidas h at alguns casos em que as liga es geradas poderiam ser determinadas como falsas A cer mica nem sempre permite criar uma hist ria cronol gica completa e correta A conserva o destes objetos seria desnecess ria se houvesse mais crit rio 306 em n o escavar monumentos O objetivo principal deve s
359. mal Representation Environment and Planning B Planning and Design Volume 14 p 451 466 BONAVIA Duccio e RAVINES Rogger 1972 Pueblos y Culturas de la Sierra Central del Per Cerro de Pasco Corp Lima Peru BONAVIA Duccio 1975 Ecological Factors Affecting the Urban Transformation in the Last Centuries of the Pre Columbian Era em Advances in Andean Archaeology ed D L Browman Mouton Publishers The Hague p 393 410 BOUCHARD J F 1976 Patrones de agrupamiento arquitect nico del Horizonte Tardio del Valle del Urubamba Revista del Museo Nacional Lima Tomo XLII p 97 111 BRIDGES Alan 1987 The Challenge of Constraints A discussion of computer applications in architectural design Glasgow Esc cia BRIDGES Marilyn 1991 Planet Peru An Aerial Journey through a Timeless Land Kodak Company Aperture Nova Iorque USA BROWMAN David L 1978 Advances in Andean Archaeology Mouton Publishers University Press Cambridge Inglaterra BROWN F E e STEADMAN J P 1987 The Analysis and Interpretation of Small House Plans Some Contemporary Examples Environment and Planning B Planning and Design Volume 14 p 407 438 BUELINCKS H 1993 Generative Classification Environment and Planning B Planning and Design Volume 20 p 645 676 BUENO Eduardo Brasil Uma Historia A Incr vel Saga de um Pais Marprint S o Paulo Brasil BURGER Richard L 1992 Chavin and the Origins of And
360. mbayeque Segundo William Mitchell da United Bible Society que participou de um evento no qual alguns de seus membros provenientes do Peru e outros do Equador falavam a l ngua qu chua inclusive o mesmo dialeto MITCHELL 2010 comunica o verbal de junho 2010 Eles puderam se comunicar apesar de estar afastados geograficamente por v rios s culos devido a uma divis o criada pelos Incas e a seguir mantida pelos espanh is A despeito dos s culos e da dist ncia os dois grupos ficaram surpresos pelo fato de que ainda podiam se comunicar Na arquitetura Qu chua contempor nea interessante observar a manuten o de algumas tradi es semelhantemente a l ngua Qu chua a despeito fronteiras distancias e a superposi o de outras tradi es culturais Fig 192 Conjunto de v rias estruturas no altiplano cerca de um quil metro ao sul de Tiahuanaco Bol via Observar tamb m o sistema de waru waru para cultivo de batatas Fonte Wikimapia accessado 22 06 2010 390 Fig 193 i ii Conjunto de v rias estruturas contempor neos no altiplano de formato de kancha Fonte Kaufmann 1999 p 22 Gasparini e Margolies 1977 p 138 O que interessante observar examinando estas fotos Figs 192 e 193 iii s o os relacionamentos de estruturas Nesta regi o geralmente h v rias estruturas retangulares que formam um conjunto em forma de U ou muitas vezes um p tio fechado por v rias estruturas parecidas como as kanchas de
361. me a regra n mero um Geralmente esta estrutura que inclui a nica porta de entrada ao conjunto desde a parte externa e nesse sentido apresenta uma diferen a ainda que seja m nima s outras estruturas retangulares Fig 86 Sendo assim temos definido tr s edif cios em forma de U ao redor de um p tio C Fig 86 Regra n mero quatro O passo seguinte a implementa o da regra cinco que define como deve ser fechado o p tio interno pelo lado interno que ainda est aberto A regra n mero cinco pode ser apresentada da seguinte forma Acrescenta se regra n mero quatro um ret ngulo id ntico ao definido na regra dois de conjuntos que mede 12 60 metros de comprimento e 4 20 metros de largura Fechando assim o conjunto de estruturas da regra quatro deixando o como um quadrado ou quatro estruturas distribu das simetricamente ao redor de um p tio quadrado interno Fig 87 Esta ltima estrutura pelo menos no caso de Ollantaytambo compartilhada com o conjunto seguinte e al m disso considerada como algo diferente porque 200 consiste de dois andares Por enquanto vamos consider la como uma unidade ou conjunto fechado este formato b sico que define as kanchas C C Fig 87 Regra n mero cinco Regra n mero seis Consiste na substitui o das regras quatro e cinco por uma s rie de quatro estruturas adicionais que s o quase um espelho fiel do primeiro conjunto definido mas no lado op
362. mento por 4 a 6 metros de largura e aproximadamente 4 a 8 metros de altura podendo ser ainda maiores ou menores dependendo de v rios fatores tais como uso topografia materiais usados etc Este era o formato b sico e aparece na maioria do Imp rio Inca n o somente na capital mas tamb m em Ollantaytamboe em muitos centros regionais N Fig 186 O plano urbano 1 e a pra a 2 de Ollantaytambo Vale Sagrado dos Incas Cusco e a integra o deste com os terra os o setor Manyaraqui e cerimonial 3 e 4 o setor ritual e a fortaleza 5 Fonte Hemming 2009 p 65 Distribui o da estrutura e ortogonalidade a distribui o de estruturas tipicamente Inca pode ser em linha no caso de terra os Isto resulta em faixas com estruturas retangulares em linha ou varia es de estruturas ao redor de um 379 espa o ou p tio interno Al m disto existem m ltiplas vers es da segunda vers o de distribui o que basicamente aquela que denominada kancha Fig 188 H tamb m outras vers es parciais Fig 187 Distribui o ortogonal no setor urbano de Chucuito Puno no Lago Titicaca Fonte Hyslop 1990 Relacionamento de estruturas c modos o relacionamento de estruturas muito diferente daquele que existe na parte n o ortogonal de Huari ou Wari ainda que apresente algumas semelhan as com aquelas de Moradachayoc tamb m em Huari Na arquitetura Inca os relacionamentos de estruturas s o
363. mento urbano deles N o parece existir uma regra que possa fixar um m todo espec fico para criar e estabelecer centros urbanos H exce o de alguns dos centros no vale sagrado como Pisac Calca Yucay Ollantaytambo como tamb m Chincheros mapa em Anexo B Fig 185 onde existe um planejamento que respeita um sistema ortogonal e parece estar em evidencia um plano mestre definido Aparenta ser dif cil estabelecer um padr o para centros urbanos mas n o o caso com 124 as estruturas ou unidades constru das devido ao fato de que estas chegam ser altamente padronizadas Nos cento e cinquenta anos de desenvolvimento da arquitetura Inca a estrutura retangular n o apresenta maiores diferen as de estilo O sistema padr o definido cedo na hist ria do imp rio Inca e aplica se sistematicamente a quase todo o extenso territ rio at a chegada dos espanh is A unidade retangular um desenho simples e tamb m s brio Exemplificava o carimbo distintivo do poder Inca dentro desse vasto territ rio Inca N o se pode comparar com a arquitetura monumental Maia Palenque Uxmal Cop n etc que incorporava m ltiplas esculturas e simbologia complexas que tinha a fun o de impressionar com cones distintivos para cada uma das cidades estatais e apresentava um senso de cidade estado e individualismo citadino O selo ou carimbo Inca n o procurava ser individualista mas ao contr rio era estatal pelo menos em termos da arquitetura
364. mento vertical tridimensional pois foi uma parte muito importante do racioc nio projetural de Sir Christopher Wren Figs 205i v BUELINCKX 1993 p 645 676 419 Fig 205 i 11 iii Procedimentos para o desenvolvimento da gram tica da forma das igrejas de Wren Londres e ii e iii plantas completas BUELINCKX 1993 Fotos de v rias igrejas Wren incluindo Cole Abbey St Brides e St Pauls Fonte Fotos de Mackay 2009 vii Vilas de Pall dio As mans es e vilas de Pall dio 1978 Os tr s estudos realizados por William Mitchell George Stiny e tamb m Gips foram precursores de outros estudos da aplica o detalhada da gram tica baseada em formas geom tricas e transforma es euclidianas particularmente quelas relacionadas com a arquitetura hist rica A gram tica da forma foi desenvolvida h cerca de 30 anos em 1978 atrav s de tr s artigos principalmente por 420 Mitchell e Stiny e tamb m do livro de Mitchell intitulado The Logic of Architecture 1996 e 2008 onde condensa um resumo desses artigos Em poucas p ginas destes artigos Mitchell e Stiny descrevem o passo a passo do vocabul rio das formas e suas rela es espaciais Definiram tammb m as regras de transforma o e aquelas que usaram para determinar
365. mo a Moche ou Mochica existindo semelhan as estruturais poss vel que uma gram tica da forma definida para certos grupos de estruturas Chim tamb m teria aplica o nas culturas Lambayeque e Sic n como tamb m na arquitetura da cultura Moche muito anterior sendo poss vel reciclar e reaplicar alguns das regras definidas para a arquitetura Chim Ap s o primeiro est gio de defini o de uma gram tica da forma espec fica um dos principais desenvolvimentos futuros seria a aplica o de protocolos independentes gerados via softwares gen ricos ou bespoke arquitetura Inca ou cultura relevante b Como foi demonstrado por Rosirene Mayer 2003 no seu trabalho referente Linguagem de Oscar Niemeyer poss vel desenvolver gram ticas da forma que descrevem formas curvil neas No contexto da arquitetura Inca ainda que haja uma gram tica da forma desenvolvida para maioria da arquitetura Inca e as estruturas apresentem um car ter ortogonal ser necess rio desenvolver procedimentos similares para outras estruturas que n o s o de tipo retangular ou do formato das kanchas Isto 340 as estruturas tais como o muro inferior de Coricancha em Cusco o Torre n de Machu Picchu s o basicamente retangulares com uma face curvil nea geralmente adaptadas a um espa o limitado A t tulo de exemplo poderia ser mencionada a estrutura sobre um terra o curvil neo em Pisac ou outras totalmente circulares como Runku Rakay F
366. mo a maioria da arquitetura Inca era de pedra e de car ter altamente permanente j deveria ser vis vel e conhecida O Peru o pa s com maior acervo arqueol gico Inca e pr Inca na Am rica do Sul e as descobertas continuam Os departamentos de Cusco Abancay e Puno no Peru e La Paz e a regi o das Yungas na Bol via receberam muitos pesquisadores tanto nacionais como estrangeiros nos ltimos tr s s culos Uma variedade de temas nos trabalhos de investiga o foi gerada a partir dos dados registrados nessas pesquisas A cultura Inca deveria ser conhecida em detalhe pelo 29 mero fato de que a antiga nfase era estudar os Incas e consequentemente ignorar a maioria das outras culturas pr Incas Ollantaytambo devido a sua proximidade a Cusco antiga capital dos Incas capital atual do Departamento de Cusco conhecida h muitos anos O posicionamento geogr fico e topogr fico muito importante hoje em dia como tamb m o foi na poca dos Incas e da Conquista Espanhola devido ao fato de que ficava no roteiro da regi o Amaz nica Foi conhecida primeiro pelos conquistadores espanh is e s culos mais tarde visitada pelo artista Maurice Rugendas 1 843 1 844 Fig 4 descrita pelo franc s Charles Weiner Fig 5 e outros e mapeada por Ephraim Squire 1 863 Fig 6 Mais tarde foi mapeada de novo por Hiram Bingham 1 915 Fig 7 quando voltou trilha que lhe levou a Machu Picchu LA iy 7 thf 0 iM ba
367. muito relevantes e onde poss vel topograficamente confirmar o fato de que ficam dentro de um padr o ortogonal Onde n o existe esta possibilidade geralmente seguem os contornos e a topografia local 380 Desenho o desenho t pico muito simples e incorpora poucos detalhes al m daqueles necess rios como portas nichos e s vezes janelas Forma a forma predominante o ret ngulo que pode ser de v rias dimens es e assim pode ser reduzida ao formato quadrangular As formas tamb m podem ser mudadas para ficar dentro de um espa o restrito como por exemplo em um terra o ou and n curvil neo Quando isto acontece uma ou duas das paredes podem mudar do padr o retangular s vezes incorporando ngulos diagonais ou at uma curva que reflete a curva do terra o onde fica apoiada e estabelecida a estrutura Propor o o elemento propor o aparece constantemente na arquitetura Inca e parece ter sido incorporado obrigatoriamente em quase toda estrutura Inca O padr o t pico em termos proporcionais seria aproximadamente tr s quadrados repetidos e unidos para criar um ret ngulo Obviamente existem muitas exce es mas o conceito parece estar presente na maioria dos casos Adicionalmente os nichos internos e as portas t m propor es espec ficas que n o mudam at os ltimos est gios do desenvolvimento Inca Elementos decorativos a arquitetura Inca na maioria de casos exclui o uso de elementos de
368. n Londres Inglaterra HEMMING John 2010 Monuments of the Incas Thames amp Hudson Londres Inglaterra HERBERT T SANDERS I e MILLS G 1994 African Shape Grammar A Language of Linear Ndebele Homesteads Environment and Planning B Planning and Design Volume 21 p 453 476 HILL Richard 1999 Designs and their Consequences Yale University Press New Haven USA 463 HILLIER B HANSON J e GRAHAM H 1987 Ideas are in Things An Application of the Space Syntax Method to Discovering House Genotypes Environment and Planning B Planning and Design Volume 14 p 363 385 HOGUE Marianne 2006 Cosmology in Inca Tunics and Tectonics Young Sanchez Margaret and Simpson Fronia W editores Andean Textile Traditions Papers from the 2001 Mayer Center Symposium at the Denver Art Museum Denver Art Museum Denver Colorado USA p 101 119 HOPKINS M R Network Analysis of the Plans of some Teotihuacan Apartment Compounds Environment and Planning B Planning and Design Volume 14 p 387 406 HUANG J MANN S e COWAN W 2009 Inca Reconstruction Using Shape Grammar University of Wat rloo Canada http www cgl uwat rloo ca j23huang proejcts inca inca htm HUBBARD Ethan 1990 Journey to Ollantaytambo In the Sacred Valley of the Incas Chelsea Green Publishing Company Post Mills Vermont USA HUIDOBRO BELLIDO Jose 1983 La Cultura Mollo una concepcion sistematica Centro de Investigac
369. n de 1935 chegou a registrar boa parte da costa peruana e os monumentos arqueol gicos a partir de vistas a reas Os procedimentos n o mudaram muito e nos anos 1990 Marilyn Bridges sobrevoou v rias partes da costa pr colombiana do Peru gerando fotos interessant ssimas usando um filme que reage aos raios ultravioletas Nos 389 ltimos anos temos dispon veis fotografias a reas tiradas por sat lite que permitem visualizar diversos centros arqueol gicos com muito detalhe GREENE 2002 p 62 69 Al m de Tiahuanaco poss vel visualizar perto do centro arqueol gico a partir de fotos de sat lites as casas contempor neas dos moradores do altiplano Os dois grupos tnicos principais definidos pelas l nguas que falam que moram nesta regi o s o os Aymaras e os Qu chuas al m dos Lupaca Colla Uru ou Uro etc Z O povo Qu chua contempor neo considerado descendente dos Incas e a l ngua Qu chua era e ainda falada nos Andes incluindo v rios dialetos dependendo da regi o Qu chua Cochabamba Cuzco sendo estas Qu chua II ou A Ayacucho Junin Huanca San Martin ou Qu chua I ou B CERR N PALOMINO 1976 p 29 Tamb m existiram outros grupos tnicos conquistados pelos Incas que falam a l ngua Qu chua e esta heran a da poca pr colonial continua Um exemplo interessante o caso do Qu chua Cafiaris falado no Equador e outros dialetos equatorianos que tamb m foram falados na costa norte do Peru La
370. n en Mitades de la Ciudad Incaica Francais 23 28 ELLEFSEN B 1973 El Patron Urbano Incaico seg n el Prof Zuidema y su Relaci n con Incallacta Bulletin de des Andines II No 4 p 29 34 ELWARD Ronald 16 05 2010 Reconocimiento de Raices Ind genas Antes pecado hoy un Orgullo Jornal El Comercio Lima Peru 461 ENGEL Frederic 1978 Towards a Typology of Architecture and Urbanism in the Pre Columbian Andes em Advances in Andean Archaeology ed D L Browman Mouton Publishers A Haia p 411 441 ESCALANTE MOSCOSO Javier F 1997 Arquitetura Prehisp nica en los Andes Bolivianos Producciones Cima La Paz Bolivia Geologic Wat r Storage in Pre Columbian Peru FELTHAM Jane 1984 The Lurin Valley Project some results for the Lat Intermediat and Lat Horizon em Kendall A ed Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester BAR International Series 210 Oxford p 45 71 FISCHLER R 1979 What did Herodotus really say Or how to build a theory of the Great Pyramid Environment and Planning B 6 p 89 93 FISCHLER R 1979 X Environment and Planning B 6 p 95 103 FLEISHER A 1992 Grammatical Architecture Environment and Planning B Planning and Design Volume 19 p 221 226 FLEMMING Ulrich 1978 Wall Representations of rectangular dissections and their use in
371. nalise de formas visando a formaliza o destas por m todos computacionais Simple hip roof i Termo usado para um tipo de teto de duas guas truncado nas pontas virando assim de quatro guas Exemplos t picos s o aqueles tetos usados nas Prarie Houses de Frank Lloyd Wright State action tree i S o sistemas para definir se e poss vel construir um sistema partindo de um foco nico e desenvolvendo um passo por passo que leva eventualmente a descrever todos os passos para chegar a uma estrutura global Suyo ou suyu Estado ou prov ncia Os Incas definiram quatro prov ncias Antisuyo Collasuyo Chinchaysuyo e estas formavam parte do Tawantinsuyo ou Tahuantinsuyo Tambo ou tampu q Centro de descanso nos caminhos usados pelos incas ver Chasqui Tapia ou taipa Constru o em barro ikshu inclinado e perqa ou pirca muro de pedra 479 Torre ou Torre n e Termo usado para definir estruturas Inca geralmente com curvas Na verdade provavelmente n o foram torre es defensivos e mais provavelmente de uso ritual e de observa es astron micas Tumi ou Tome q Faca semicircular usado pelas culturas pr Incas e adotada pelos Incas Existem centros urbanos que incorporam o nome Tumi ou Tome por exemplo Tomebamba no Equador Urco ou Orco Cerro Usno Ushno ou Ushnu q Uma estrutura semi piramidal muitas vezes associada com centros Inca de uso ritual Poderia tamb m referir se a um po o ritual Waka ou Huaca q Adora
372. nca foram adotados e integrados arquitetura Inca Um caso que provavelmente teria uma influencia em termos de planejamento urbano e arquitet nico seria Iskanwaya da cultura Mollo Fig 130 uma cultura tiahuanacoide na Bol via e Huamachuco Peru e outros ESCALANTE MOSCOSO 1997 p 306 315 Portanto podemos sugerir que alguns estilos arquitet nicos anteriores aos Incas chegaram a formar parte da heran a arquitet nica e art stica dos Incas 242 Fig 130 Iskanwaya Aucapata Cultura Mollo de Bol via Desenvolvimento pr Inca de tra ados urbanos parcialmente ortogonais e padr es trapezoidais Em 2009 tr s autores Hwang Mann e Cowan da Universidade de Waterloo University Canad enviaram um documento breve e um p ster conferencia Ac dia de 2009 em Nova Orleans HWANG MANN e COWAN 2009 Foi interessante observar que existia um interesse em definir gram ticas da forma para aplic las a outros tipos de arquitetura fora do mbito ocidental Desafortunadamente devido interpreta o errada dos planos originais e falta de entendimento dos princ pios e conceitos da arquitetura Inca tais como o uso do trapez ide e do formato trapezoidal etc o resultado final foi um produto que n o reflete o estilo e a organiza o espacial dos monumentos Incas Pelo que foi descrito uma aplica o quase cega da gram tica da forma arquitetura Inca sem um estudo preliminar dos padr es Incas e pr Incas e sem s
373. nca geralmente ficam associados com um estilo arquitet nico e cer mico conhecidos como Killke que s foi estudado e definido nos 123 ltimos 30 anos A arquitetura Killke em geral associa se com estruturas geralmente circulares de pedra e adobe ou pirca de tipo r stico dif cil saber quando exatamente mudou para uma arquitetura mais refinada O que sabemos que o selo dos Incas est em grande parte ligado arquitetura al m da cer mica trabalho litico e em metais e dos tecidos e que foi aplicado ao maior imp rio da renascen a A arquitetura Inca est imbu da de uma vis o animista do mundo e por isso as estruturas constru das por eles muitas vezes constituem uma tentativa de interpretar e incorporar rochas objetos naturais montanhas ou apus nascentes de gua ou puquios linhas imagin rias ou ceques e lugares sagrados conhecidos como huacas ou wakas Partindo de nosso sentido de pensar ocidental dif cil perceber o significado e o arquitetura Os catequistas espanh is mesmos ap s a conquista tentaram entender o pensamento ind gena principalmente para exercer a convers o ao Catolicismo chamavam as extirpaciones de idolatr as Os escritos de Jos de Acosta 1 590 Joseph de Arriaga 1 621 e outros cronistas permitem entender de uma forma limitada desse mundo sagrado e animista dos Incas Mantendo esse conceito em mente devemos pensar nos centros Incas e tentar entender o desenvolvi
374. nceitos de reciprocidade relacionadas s paisagens Andinas Esse conceito de reciprocidade e troca de produtos ou trabalho ainda muito importante nas comunidades Andinas Semelhantemente a arte Inca tamb m apresenta muitos exemplos de repeti o de formatos espec ficos dominados por desenhos de carater sticas geom tricas e modulares principalmente nos tecidos e objetos de madeira e nas composi es conhecidas como tocapus Veja a seguir as figuras 1 a eb Fig l a e b mostram dois tecidos Incas que incorporam desenhos modulares conhecidos como tocapus geralmente associados com a nobreza Inca Os tocapus eram constitu dos por uma s rie de s mbolos usados para definir o status do indiv duo inclusive um vocabul rio das formas A Fig 1b apresenta tecido que possue desenhos tocapus simplificados provavelmente de origem neo Inca Fonte MILLER 1995 A arquitetura Inca pode at certo ponto ser considerada a fase final e produto de cerca de 4 000 anos de desenvolvimento arquitet nico na regi o central Andina Um dos resultados principais esperado da an lise da arquitetura Inca a identifica o da uniformidade de estilo e desenho de estruturas presentes em todo o extenso territ rio Andino dos Incas Partindo dessa uniformidade poss vel procurar retroativamente sinais da influencia das culturas pr Incas na arquitetura Inca Em outras palavras essa arquitetura apresenta antecedentes e reflete tradi es de cu
375. ncha Fonte TAVARES 2 009 Na maioria dos casos estes s o inseridos dentro de espa os onde a topografia n o permite a evolu o de agrupamentos ou conjuntos de estruturas maiores e mais amplas com a exce o das kallankas que precisam de um espa o maior que deve de ser plano Geralmente as kallankas ficam afastadas dos centros urbanos Em contraste as kanchas acham se na maioria dos casos em centros urbanos onde existe uma parte plana que muitas vezes pode ser aproveitada No caso de Racchi Fig 80 que foi um centro ritual at pico existe uma mistura de estruturas incluindo uma estrutura retangular maior de tipo kallanka Templo de Wiracocha e s ries de semi kanchas ou kanchas parciais agrupamentos abertos em formato de U como tamb m estruturas circulares provavelmente colcas para armazenar produtos Todas as 192 estruturas ainda que variadas e provavelmente de usos diversos foram constru das na parte plana do vale Esta mistura de formatos e fun es n o t o comum nos centros Incas Acredita se que Racchi era um centro importante dentro do mbito cerimonial Figs 80 e 128 Estes tipos de estruturas s o de menos interesse na defini o da gram tica da forma Inca devido ao fato de que s o express es menos comuns e n o s o de car ter gen rico A gram tica da forma aplicada aos Incas fica mais fortalecida atrav s da an lise dos conjuntos de kanchas e estruturas retangulares de formato repetido
376. nho atual ou relativamente recente Procuraremos aplic lo ao passado pr hist rico fora dos padr es da arquitetura ocidental e muito al m da arquitetura cl ssica Conclus es Entre as id ias geradas neste cap tulo podemos procurar afirmar que se o estudo de relacionamento de formas propor es estilo e fun o permitem conhecer com mais profundidade uma estrutura ou v rias estruturas no caso da arquitetura Inca a partir de medi es exatas prov vel que possam como foi estabelecido para arquitetura cl ssica europ ia definir f rmulas que estabelecem por exemplo o relacionamento entre partes de uma estrutura as propor es destas e as regras de constru o possivelmente incluindo procedimentos para definir a regra urea raz o de ouro conhecida como o golden section etc A aplica o destes procedimentos poderia nos levar a definir algo similar ao Modulor de Le Corbusier desenvolvido entre 1 948 49 mas neste caso voltado para a arquitetura Inca ou at outros tipos de arquitetura que n o necessariamente est o baseados em conceitos ocidentais Pelos m todos e motivos que estamos descrevendo n o existe d vida de que seja poss vel chegar a regras que definem a arquitetura Inca ainda que esta tenha um estilo diferente e nico no mundo Existem exemplos isolados no mundo de estilos e m todos de constru o parcialmente similares e de um formato que parece primeira vista ser id ntico o Megaron em
377. nte uma das paredes dos comprimentos eliminada S o de formato similar s estruturas retangulares padronizadas Muitas vezes ligadas s masmas apresentam se as estruturas retangulares que formam parte das kanchas Essas ltimas talvez sejam as estruturas mais conhecidas no mundo da arquitetura Inca e encontradas em quase todo seu territ rio Finalmente devemos incluir as kallankas ou sal es de festa que geralmente foram constru dos numa escala muito maior Todos os tipos mencionados acima t m alguma liga o express o do poder Inca Entre as estruturas encontradas em diferentes partes do mundo Andino a kancha e as varia es da mesma a estrutura que apresenta o uso mais amplo em todo o territ rio Dentro das manifesta es arquitet nicas provavelmente reflete a expans o do poder Inca com maior precis o que as demais 6 A linguagem e a expans o do poder Inca Uma gram tica da forma dominante A arquitetura como o selo e carimbo de poder e qualidade A arquitetura e urbanismo Inca tinham por objetivo enfatizar o poder deles por meio da incorpora o da paisagem e de uma forma que poderia ser descrita como org nica Isto impressionante devido ao fato de que existem poucos exemplos semelhantes no mundo inteiro de arquitetura que esteja t o bem integrada com a natureza Como foi mencionada anteriormente talvez a nica forma estrutural que fica gravada de forma fixa em quase toda estrutura o trapez ide por ex
378. nvolvimento de sistemas derivados de estudos da gram tica da forma Por exemplo se existissem vers es de reconstru o baseadas em estudos da gram tica da forma das cidadelas de Chan Chan ou dos agrupamentos de estruturas em Cajamarquilla teriam mais valor do que uma vers o de reconstru o virtual que pode ficar obsoleta em pouco tempo Ao contr rio das reconstru es virtuais baseadas em sistema de software e sistemas que s o fr geis se existisse uma vers o derivada de um estudo da gram tica da forma que pudesse ser reaplicada atrav s de diversos softwares estaria em vantagem o formalismo da gram tica da forma permite isso devido ao fato de que pode ser usada muitas vezes sem ser influenciada por um sistema particular espec fico de computa o virtual e principalmente por representar atrav s de algoritmos 311 i Custos associados com uma escava o Os custos associados com qualquer escava o geralmente s o altos e n o se limitam ao pessoal envolvido na escava o que s vezes s o volunt rios T m que incluir no or amento a compra e ou aluguel de equipamento especializado contrata o de especialistas fot grafos especialistas em materiais sseos p len madeiras especialistas bot nicos em conserva o de materiais org nicos e inorg nico transporte verba para alimenta o dos participantes despesas m dicas al m da prepara o da pr escava o com sondagens escava es preliminares aq
379. o CINCO cece ceseceseeeseeeseeeseesseeseeesneeeaeeeaeesaeceaeesseeeaes 244 Regra n mero SEIS ioe er E E E EE E eE Ee E EA PaE R San 245 Resta n Mero Sete oeenn ieee ie iE i E E E AEA AEE REEERE Ta 246 Regra N MELO OILO casm sstscssssizets i e R E E EE R e e a 247 Regra NUMETO NOVE scsscstacccestsignvetsdsdestessueiessceudetadees EEEE ATE RCE sia 248 Regra detalhe n mero um erra a a aS 249 Regra detalhe n mero dois neiaa a a i 250 Regra detalhe n mero tr s i a ii 251 Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 Fig 163i iii Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig 164 165 166 168 169 b 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 xii Regra detalhe n mero Quatro eeeeseeseeeseceseceseceseeseecaecsaecaecsseeeneeeaeeenees 252 Regra detalhe n mero cinco rr ereereeerreereranda 253 Regra detalhe n mero seis i aeia iia e E cera eieaa ea 254 Regra detalhe n mero Sete Tirreni ii alta do deteed teense 255 Regra detalhe n mero O10 ee ee eeeeseecseecneceeeceseeeeeesaecaeceseeeeeeseseneeenaeeneens 256 Regra en
380. o complexo As metodologias e estrat gias de escava o n o mudaram radicalmente nos anos que seguiram mas as tecnologias dispon veis t m melhorado as possibilidades de definir quais s o os setores ou regi es que devem ser trabalhados com mais detalhe A arqueologia procura aproveitar e incorporar tecnologias desenvolvidas para outros setores e ci ncias No caso do Peru a fotografia a rea da topografia centro Andina realizada pela expedi o Shippee Johnson em 1931 registrou vistas de alguns centros urbanos e de defesa pr Incas Depois disso nenhum estudo de campo estaria completo sem o apoio do SAN Servicio Aerofotogr fico Nacional del Per fundado no ano de 1942 Nos ltimos anos eles desenvolveram diversas s ries de fotos usando jatos Learjet e equipamentos estereogr ficos que permitem visualizar monumentos arqueol gicos O SAN foi re integrado Forca A rea do Peru FAP em 2007 Atualmente as fotografias a reas s o complementadas com muitas op es como 297 aquelas obtidas via sat lites e dispon veis facilmente via pesquisas no Google Earth ou Wiki Mapia No entanto essas fotos nem sempre podem ser usadas pois s vezes h cobertura de nuvens ou o n vel de defini o ruim Geralmente ap s os trabalhos preliminares de estudo de documentos fotos a reas e estudo de mapas topogr ficos poss vel come ar o trabalho de campo O que segue um resumo de poss veis passos e procedimentos i Defini
381. o os vales e as estradas al m dos sistemas de fornecimento de gua Em rela o aos estudos referentes a m todos usados para trabalhar as pedras ainda n o existe um consenso sobre um m todo espec fico de trabalho usado para dar forma e amoldar as pedras usadas nas constru es Incas Alguns sugerem o uso de plantas cidos etc mas prov vel que os Incas simplesmente contratavam grupos substanciais de trabalhadores para cortar retirar e colocar em posi o as pedras segundo foi descrito por v rios cronistas espanh is tais como Guaman Poma de Ayala Inca Garcilazo de la Vega Os m todos e sistemas de constru o que os Incas e povos pr Incas conheciam foram perdidos ap s a introdu o pelos espanh is de ferramentas de ferro e metais usados em constru o os quais eram mais resistentes que cobre e bronze A mem ria Qu chua que ainda protege e mant m muitas tradi es anteriores conquista lamentavelmente n o chegou a resgatar os conhecimentos dos antepassados neste caso S podemos sugerir quais eram os m todos mais prov veis e na verdade estes n o seriam muito complexos David Drew document rio da BBC referente aos Incas DREW 2 009 comunica o pessoal em 2009 PROTZEN 2 005 p 353 357 As excepcionais juntas entre pedras foram efetuadas com muito trabalho e esfor o manual e deve ter recebido apoio de uma equipe enorme de t cnicos especialistas para cortar pedras em formatos complexos e em quantidades
382. o at descobrir que o conceito de ntase inevitavelmente existe e est presente em todo n vel de quaisquer estruturas estudadas Ainda que n o haja refer ncia espec fica ou explicita ao conceito nas cr nicas de n o conhecemos nenhuma palavra com este significado entre os Incas ou na l ngua qu chua hoje em dia caracterizado pela sua onipresen a Isto sugere que n o um caso de est tica com um elemento funcionalidade incluso um fator permanente e existe em quase todo exemplo e detalhe de arquitetura Inca Uma pergunta leg tima seria se ntase Inca um fator que reflete somente interesse em valores est ticos ou se se pode extrapolar e sugerir que ela tem outros valores e significados Ainda n o poss vel verificar e confirmar as outras possibilidades N o prov vel que o valor est tico seja o valor dominante pois s o v rios os fatores que dominam a arquitetura Inca como a geografia topografia e a localiza o Estes fatores influenciavam e estavam ligados a aplica o de t iksu perqa ntase ainda que este conceito seja uma parte integral da maioria de estruturas Incas n o eram fatores nitidamente determinantes um produto secund rio associado a estrutura Inca mas como est amplamente ligado s propor es as medidas em geral n o variam muito e podem ser medidos e calculados sem maior dificuldade Os par metros das suas formas na maioria de casos s o conhecidos e portanto t m um potencial para se
383. o como baseado em teorias computacionais Gabriela Celani descreve muito sucintamente o valor gen rico do conceito computacional relacionado arquitetura computation se a qualquer tipo de processamento de informa es incluindo desde a realiza o de opera es elementares at o estudo do CELANI 2007 p 2 A palavra computacional de car ter gen rico cuja vers o original em ingl s computation n o sendo portanto restrito ao desenvolvimento e uso de softwares e hardwares Refere se a qualquer procedimento de processamento de dados que pode incluir opera es b sicas at procedimentos de racioc nio altamente complicados Este trabalho consiste em reconhecer certos padr es conceitos e uso da concep o do projeto de arquitetura e planejamento urbano Inca para descrev los de forma coerente e racional Esses permitem gerar regras que podem ou n o implicar no uso de programa o e aplicativos em computador A arquitetura seja de um arquiteto ou de um estilo espec fico inclui conceitos e princ pios de concep o que podem ser definidos por uma s rie de regras que geram a gram tica da forma Nos in cios da d cada de 1970 estabeleceu se um interesse em procedimentos que seriam shape grammars traduzidos por gram tica da forma Esses foram desenvolvidos principalmente por George Stiny e James Gips Formam parte de um sistema de gera o de formas baseadas em regras As gram ticas da forma podem ser usadas pa
384. o de El Para so Lima 374 Milho multicolor em Lunahuan Lima erereererererererass 375 Milho multicolor de Cusco CUZC0 ccccceeeeeeseeesessecceecseeeaeeeecaeececsceeeeueees 375 Lhamas no alto Atacama Bolivia Chile ccccccccesssssssssssesssnssseeeeeeeeeeeeees 375 Anexo D Fluxograma Desenvolvimento cultural na regi o Andin a 380 Catedral de Cuzco constru da re utilizando pedras trabalhadas da fortaleza Inca de Sacsayhuam n e constru da acima do pal cio de Viracocha Inca ite axiceds guas tasers betas onatateccteesscthee died densos Raissa aa di info da cca dad 384 O antigo Mosteiro Monast rio de San Antonio Abad Cusco 1595 incorpora paredes e muros de origem Inca do pal cio de Amaru Qhala observar rvore PISONAY ccccccccccssesscescesscsessesscessesscssesseesscsecsseeseeseceees 385 Anexo E Desenvolvimento da gram tica da forma dos parques Mughal de 396 Desenvolvimento da gram tica da forma das janelas chinesas destiny LITT ninen a ene eraa EE EEE E EE AE A EE ERE 397 Desenvolvimento da gram tica da forma das casas turcas de DE SR RE RN PIDE EE T E DR E GORE ORE eben 398 Desenvolvimento da gram tica da forma das vilas e palacios Ndebele de Herbert e Sanders 1994 ccccccccccssececessececsesseeecneaeeeenenseeeenaes 399 Procedimentos para o desenvolvimento da gram tica da forma dos t mulos megal ticos de Orkney de Boast 1987 400 Procedimentos para o d
385. o de obra etc Esses fatores tiveram um efeito direto na defini o da arquitetura desses tr s grupos culturais os quais tamb m foram influenciados pelas culturas anteriores incluindo as tradi es arquitet nicas que existiram em outras culturas s culos antes dos Chim Inca ou Tiahuanaco um processo muito longo de v rios milhares de anos de desenvolvimento e que apresenta certos per odos de avan o e mudan as devido a fases revolucion rias como no caso de Tiahuanaco e dos Incas Para visualizar a cronologia e entender a rela o entre as diferentes culturas dentro do contexto necess rio fazer refer ncia ao cronograma simplificado que apresentamos abaixo Fig 23 importante lembrar que excluimos muitas manifesta es culturais regionais e importantes como Caral Chachapoyas Chancay Chiripa Chongoyape Chincha Cupisnique Chavin Gallinazo Huarpa Lambayeque Karwa Kotosh Lima Nazca Maranga Moche Paracas Cavernas e Necr polis Pukar Recuay Sechin Sic n Vicus etc Figs 175 e 176 1400 1532 d C Inca Chincha e Chancay 1300 1450 d C Chim e Lambayeque 250 d C 800 1100 d C Tiahuanaco Wari Fig 176 Tabela cronol gica simplificada com um resumo das ltimas culturas principais da regi o centro Andina para encontrar as tabelas completas ver Figs 50 e 56 357 N o bvio qual foi o motivo do desenvolvimento de algumas culturas e porque n o tiveram a mesma
386. o e uma aplica o de formatos que implica que houve muita prepara o no desenho do plano urbano de Patallagta Patallagta apresenta interessantes possibilidades para aplica es de sistemas de reconstru o virtual em termos das varia es de temas dentro do sistema b sico de kanchas Apresenta vers es completas e ortogonais recombinadas multiplicadas por dois e at quatro kanchas parciais e reduzidas estiradas e compridas Existem muitos outros exemplos menos complexos e com menos varia o no extenso territ rio Inca pelo que considero que ser poss vel aplicar os conceitos da gram tica da forma como tamb m verificar o uso e aplica o desta na reconstru o virtual de estruturas altamente destru das Dois conjuntos de estruturas que poderiam receber esta aplica o de forma experimental ficam pr ximos a Ollantaytambo Qollpa ANGLES VARGAS 1990 p 264 265 e Chachabamba Figs 94 e 95 ou Chuchupampa ANGLES VARGAS 1990 p 226 227 209 Fig 94 Plano idealizado de uma kancha destru da em Qollpa perto de Ollantaytambo Fonte ANGLES VARGAS 1990 p 264 5 Fig 95 Plano de uma kancha parcial em Chachabamba ou Chuchupampa 210 Fonte Angles Vargas 1977 p 226 7 Esses dois conjuntos de estruturas apresentam diferentes vers es de kanchas Qollpa a mais simples e reflete o padr o Inca sem muita modifica o N o muda muito em rela o s kanchas observadas em Ollantaytambo d
387. o encontra no processo de uma escava o um capitel em forma de papiro no Sud o L bia ou Palestina ou fora de contexto pode compar lo com as colunas que ainda possuem capit is tais como aquelas existentes nos templos de Edfu Karnak e Luxor no Egito e assim pode determinar o estilo fixar datas e sugerir liga es Tudo isso est baseado na compara o identifica o e confirma o atrav s de documentos tais como hier glifos a pedra Rosetta etc A arqueologia Andina n o tem acesso documenta o escrita no per odo anterior ao dos Incas Devido a isto o n vel de interpreta o e o modo de obter informa es mais t pico daquele associado com a arqueologia pr hist rica O uso de princ pios de compara o e extrapola o muito maior do que em regi es do mundo onde existe uma hist ria escrita como na It lia em rela o aos antepassados Romanos No caso de estudos referentes aos Incas existe uma depend ncia do processo de verifica o de dados das chamadas cr nicas escritas pelos espanh is imediatamente ap s a conquista dos Incas associadas a compara o etnogr fica e an lise de estruturas como tamb m dos materiais culturais tais como cer mica tecidos fragmentos de metal ossos etc A verifica o de dados e a interpreta es do passado pr Inca s o consideravelmente mais complicadas e dif ceis devido falta de documenta o daquele est gio da hist ria andina Este trabalho estabelece
388. o no passado da regi o e apoiando o turismo regional Museus podem incluir modelos e maquetes de realidade virtual Geralmente muito dif cil combinar o re uso de estruturas p s escava o com os objetivos de conserva o O termo ingl s back filling significa o equivalente a preencher os buracos feitos no 304 processo da escava Na costa peruana isto bastante comum em regi es de areia particularmente nos casos onde existem murais e desenhos que precisam de conserva o Reformas e manuten o s o dois problemas que s o comumente associados nos monumentos p s escava o As reformas precisam ficar dentro dos padr es da estrutura original e s vezes n o existe suficiente conhecimento derivado das escava es arqueol gicas para determinar como deveria ser a reforma Existem exemplos recentes de estruturas e complexos Incas que sofreram reformas e reconstru es tais como Choquequirao e algumas partes do plano urbano de Ollantaytambo onde houve uso excessivo de argamassa e de cimento para consolidar estruturas Deve se observar que este ltimo n o existia como material nas culturas pr colombianas da Am rica do Sul Excesso de tr fego veicular e consequente polui o produzida pode danificar tra ados urbanos No caso de Ollantaytambo a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Virginia 2007 08 fez levantamentos e sugiriu um plano para reduzir tr nsito de carros principalmente nibus pelo centro hist rico
389. oas condi es e os problemas associados com a falta de verba Ainda existem armaz ns nos principais museus na regi o Andina onde os objetos descobertos n o recebem os cuidados necess rios Al m disso no dia 20 de maio do 2010 no jornal El Comercio Lima a diretora do Instituto Nacional de Cultura Peru a Dra Cec lia B kula declarou que mais de cem pe as de interesse arqueol gico retiradas 313 sem permiss o foram devolvidas ao Peru por pa ses como os Estados Unidos Su cia Espanha e a Franca Isto timo no n vel diplom tico e pol tico pois as pe as deveriam ser devolvidas se tivessem sido retiradas ilegalmente de um pa s mas necess rio que o pa s origin rio como o Peru Equador Chile Bol via etc confirme se tem museus em boas condi es e verbas dispon veis a longo prazo para manuten o das pe as devolvidas O Museu de Gotemburgo Su cia que mant m uma tima cole o de tecidos Paracas do Peru em ambiente controlado comprometeu se a n vel diplom tico devolver as pe as arqueol gicas ao pa s origin rio Em 2009 sugerimos ao diplomata encarregado a fazer a devolu o que deveria verificar se existiam condi es e verbas similares no Peru para manter a cole o em bom n vel Pareceu nos que concordava nesse sentido e at ficou surpreso que os artefatos fossem devolvidos t o rapidamente Esses artefatos geralmente s o produto de escava es legais e ilegais No caso de escava es legais
390. odos desenho forma propor o elementos decorativos Realizando um levantamento desses fatores alguns dos quais s o relevantes para definir gram ticas das formas podemos determinar padr es computacionais que adiantariam em determinar princ pios principalmente de forma e propor o na arquitetura Inca Com o desenvolvimento desse recurso se possibilita tamb m a an lise de outros centros urbanos Esses poderiam ser desenvolvidos com aplica es de tipo base ou uso quase gen rico e empregado em trabalhos reconstrutivos An lise Compara es e Heran a A Cultura Tiahuanaco Vejamos pois e apliquemos os crit rios definidos acima a cada um das culturas Come amos com a cultura Tiahuanaco Sele o e motivos de escolha do lugar ou um s tio determinado para um assentamento isto identifica o dos poss veis fatores geogr ficos determinantes O centro religioso econ mico principal fica no altiplano E 369 uma regi o aberta e plana que permitia constru es e planejamento urbanos impressionantes refletindo o poder do Imp rio de Tiahuanaco Materiais de constru o preferencialmente a pedra vulc nica de cor cinza al m dessa a pedra de origem aren tica e o granito tamb m foram usados A parte principal est no centro de Tiahuanaco Kalasasaya Akapana e Pumapunku onde foram construidas estruturas de pedras trabalhadas geralmente em formato de paralelep pedo enquanto que na per
391. oeminentes Como Tiahuanaco fica no altiplano os que participaram na constru o dela n o tiveram que lidar da mesma forma com o meio ambiente e localiza o geogr fica mas prov vel que a orienta o das estruturas estivesse ligada s montanhas e ao Lago Titicaca Pedras verdes e areia supostamente foram trazidas da costa para ser incorporadas na parte superior da pir mide de Akapana em Tiahuanco constituindo uma referencia ao mundo mar timo Os Chimt tamb m faziam refer ncia ao mundo que os rodeava mas al m das montanhas o mar era de muita import ncia para eles o que n o chegou a despertar o mesmo n vel de interesse para a maioria dos Incas e provavelmente tamb m para os 356 antecedentes Tiahuanaco A despeito disso sabemos que as duas culturas respeitavam o mar e tinham desenvolvido conceitos ritos e tradi es ligados ao mesmo pois as duas apresentaram a presen a de rituais no centro arqueol gico de Pachacamac 200 1450 d C cerca de 40 quil metros ao sul de Lima As diferen as entre os Incas os Chim Lambayeque e os Tiahuanaco al m dos enfoques particulares de cada grupo cultural ser o definidas em pequenos esbo os certo que todos eram origin rios dos Andes mas o conceito de ser andino variava bastante de um grupo para outro Isto deve se em grande parte como observamos anteriormente s diferentes rela es com o meio ambiente mar rios vales agricultura disponibilidade de gua m
392. of this is based on a module a motif that is obsessively repeated vertically on the inside horizontally across the whole fa ade and then lengthways and crossways on the id sensation you get with prefabricated or modular architecture which is something I find Calatrava citado por CARRILLO DE ALBORNOZ 2009 p 8 A declara o do arquiteto muito relevante ao nosso entendimento da evolu o e do conceito de repeti o modular encontrado nas estruturas Inca ainda que n o seja a sobreposi o de pecas pr fabricadas ou o processo de evitar criar uma modularidade bvia como no caso da esta o de Li ge de Calatrava Os Incas tinham desenvolvido arquitetura modular no conceito da kancha mas como Calatrava pretende fazer eles faziam m ltiplas combina es de estruturas evitando assim n veis de repeti o Os Incas n o usavam linhas como Calatrava para ocultar a modularidade de seus projetos Eles aplicaram o conceito de ntase e particularmente a obsessiva aplica o do formato do trapez ide e formas trapezoidais em quase todos os elementos da arquitetura e urbanismo Inca 293 294 CAPITULO 8 DISCUSSAO Discuss o Potencial da aplica o de uma gram tica da forma na reconstru o virtual de monumentos Incaicos e a redu o da necessidade da arqueologia destrutiva Combina o com outras metodologias e tecnologias 1 O trabalho de campo na regi o Andina i Defini o do projeto ii M todo de
393. ois e considera se s um dos dois ret ngulos eliminando o outro Uma vez definida a divis o do quadrado em duas partes resultando em duas formas retangulares uma das formas pode ser acrescentada a qualquer planta ou estrutura Fig 70 183 R1 4 2 4 2 R2 4 2 4 2 21 214 21 21 Fig 70 Regras n meros um a tr s D Ent o se acrescentarmos a esse ret ngulo menor um procedimento que se chama itera o ou a aplica o sucessiva de regras um ret ngulo j definido na fase A com 12 60 metros de cumprimento e de 4 2 metros de largura pode receber um incremento de cumprimento de 2 1 metros em v rias dire es o que pode ser definido pelo sistema de marcadores labels desenvolvido por Mitchell Stiny 1 980 e outros para estabelecer os pontos exatos para a uni o de formas e restringindo a aplica o das regras que poderiam gerar combina es muito al m das necess rias sem este controle Empregando o ret ngulo definido inicialmente em A baseado em tr s quadrados unidos existem muitas op es de acrescentar aquela meia estrutura retangular menor definida em C principal retangular maior por uma s rie de adi es empregando as regras de marcadores labelling e assim podemos definir estruturas em v rios formatos tais como U L T e L Te U invertidos etc Fig 71 C B Bu Box A C A C A C A C A B 184 E F Fig 71 D Poss veis combina es de formas retangulares E e F Estr
394. olvimento de escadas geralmente obedecia a padr es org nicos ao inv s de a um sistema r gido e sim trico d Semelhan as entre a defini o da gram tica da forma desenvolvida para a arquitetura de Pall dio e aquela definida para a arquitetura Inca Existem semelhan as entre a defini o da gram tica da forma que foi desenvolvida para a arquitetura das vilas de Pall dio e aquela definida para as kanchas Incas incluindo suas vers es iniciais e parciais O formato de v rios quartos em torno de um espa o ntimo e interno e a distribui o sim trica ao redor do mesmo geralmente de formato retangular nas mans es de Palladio apresentam padr es que s o similares queles observados nas kanchas Incas Nessas kanchas na maioria de casos as estruturas retangulares e espa os quadrangulares est o distribu dos ao redor de um espa o ou p tio quadrangular interior Mitchell e Stiny chegaram definiram em v rios artigos MITCHELL e STINY 1978 a b c e e MITCHELL 1990 p 152 2008 uma s rie de regras s o geradas a partir de um espa o Na fase seguinte e em uma s rie de est gios ou etapas os autores chegaram definir uns 210 exemplos poss veis por meio de v rias intera es isto a aplica o sucessiva de regras fechando a s rie de formatos gerados com a regra 429 finalizadora ou terminal termination rule Sem a regra terminal as varia es podiam continuar e ser multiplicadas possivelmente ad infinitum
395. omaticamente definido tamb m os espa os quadrangulares das oito esquinas das duas kanchas Fig 126 Fig 126 Regra n mero tr s Regra n mero quatro Se entre as duas kanchas deveria haver uma estrutura quadrangular de dois andares com um comprimento de 12 60 m e uma largura aproximada de 4 20 m paredes com uma espessura de 1 20 m e uma parede divis ria longitudinal interna de um comprimento total de 21 00 m ou seja 12 60 m 4 20 m 4 20 m das estruturas quadrangulares das esquinas que excede o comprimento da estrutura que a divide criando uma parede alongada em 4 20 m nos dois lados que atravessa as duas empenas da estrutura retangular Fig 127 236 Fig 127 Regra n mero quatro Ent o substitu mos esta estrutura retangular que inclui uma parede divis ria com a estrutura existente que de formato quase id ntico Fig 1281 APLICA O DA GRAM TICA LEGENDA PAREDES EXISTENTES PAREDES BASEADAS NA GRAM TICA FORMA OBTIDA Fig 128 i ii Resultado da aplica o das regras n meros um a cinco 237 um mm Fig 129 Resumo da aplica o das regras n meros um a cinco Poder amos prosseguir com muitas regras de car ter algor tmico para definir nichos portas port es janelas e outros detalhes principalmente trapezoidais Estes precisariam integrar os conceitos Incas de simetria incluindo o posicionamento e as raz es t picas para a distribui o de nichos 238 CAP
396. onadas no texto Fonte Expos 17 vi Metodologia Procedimentos metodol gicos a Especificar arquitetura Determinar os par metros baseados em entendimento dos procedimentos da gram tica da forma A arquitetura Inca foi escolhida como alvo de investiga o Iniciar uma sele o de trabalhos sobre a aplica o da gram tica da forma em outras reas para formar uma base comparativa e metodol gica Procurar a literatura relevante arquitetura da regi o Andina e mais especificamente arquitetura Inca exemplo Kendall Hyslop Gasparini e Margolies Angles Vargas Hemming e estudos espec ficos exemplo Protzen referente a Ollantaytambo b Analisar os padr es principais Baseado na an lise das formas de estruturas por meio de trabalho de campo visita o a monumentos estudo de mapas planos e dos resultados da literatura conferida A seguir definir e isolar os padr es principais das estruturas Incas c Observar as possibilidades da aplica o da gram tica da forma A partir da an lise das formas obtidas comparar a aplica o da gram tica da forma j realizada em outras estruturas com as possibilidades na arquitetura Inca d Defini o das regras Estabelecer s ries de regras para definir a gram tica da forma especificamente desenvolvida para a arquitetura Inca a partir das formas selecionadas e Aplica o a um centro ou monumento arqueol gico O ltimo passo consiste em testar as regras definidas aplicando as
397. onal seria necess rio considerar tamb m inclina o das paredes para estruturas Incas e a presen a de arcos nichos esculturas e outros materiais etc no caso da arquitetura Palladiana Na arquitetura Inca o posicionamento dos port es pode ser assim trico mas nem sempre o As janelas e nichos particularmente aqueles que s o internos os nichos geralmente s o de um desenho e posicionamento sim trico compartilhando nesse sentido com Pall dio o conceito do espa o e balan o interno da estrutura e a distribui o dos quartos individuais Na maioria dos exemplos da arquitetura de vilas ou mans es desenhadas por Pall dio a distribui o geral fica dentro de um padr o retangular e o formato espec fico dos quartos ou habita es tamb m retangular Esses detalhes foram definidos por Mitchell em seu estudo enfatizando tamb m o posicionamento e a rela o das janelas e portas referente ao elemento externo como tamb m interno Na aplica o arquitetura Palladiana as janelas recebem uma s rie de regras que permitem que sejam definidas semelhantemente s portas e escadas internas Assim como poss vel definir uma gram tica da forma para as estruturas de Pall dio e Incas poss vel elaborar outros conjuntos de regras da gram tica da forma para outros tipos de edifica es Assim sendo ser poss vel sugerir muitas oportunidades para futuros estudos que possibilitem a aplica o da gram tica da forma para outros tip
398. onumentos gerada pelas cidades contempor neas e o urbanismo descontrolado aqueles s o documentos valiosos da arquitetura incluindo detalhes de muitas estruturas e at cidades que t m sido 97 absorvidas pelas urbaniza es atuais como por exemplo Cajamarquilla e Maranga pela metr pole de Lima e Chan Chan por Trujillo Por volta do ano 1909 Hiram Bingham BINGHAM 1979 p v vii recebeu bolsas e apoio do Museu da Universidade de Yale como tamb m da National Geographic Magazine e realizou v rias expedi es procura da cidade perdida de Choquequirao e outros centros descritos por v rios cronistas espanh is e acabou descobrindo Machu Picchu segundo muitos KAUFFMANN 2006 p 15 20 Os planos realizados por Bingham e seus engenheiros s o muito detalhados e ainda hoje ficam entre os melhores particularmente para Ollantaytambo Fig 7 e 37 Machu Picchu Fig 36 e e mais alguns outros centros Incas PROTZEN 2005 p 66 RUINS OF MACHU PICCHU Fig 36 Mapa de Bingham de Machu Picchu Fonte BINGHAM 1979 p 254 98 Fig 37 Mapa de Bingham de Ollantaytambo Fonte Protzen 1993 p 66 A exatid o e o cuidado empregado em preparar estes planos s o exemplares Tanto os trabalhos de Ulhe quanto os de Bingham e suas equipes s o relevantes para este estudo devido ao fato de inclu rem detalhes e tamb m porque eles realizaram estudos completos de todas as estruturas nos setores urbanos al m daquel
399. orado o nicho na 286 parede e decidir se vai ser na face interna ou externa Segundo estabelecer o n vel e ritmo raz o e frequ ncia da repeti o dos nichos Regras n meros quatro e cinco Defini o de posicionamento ou altura de nichos numa parede Geralmente os nichos pequenos s o incorporados nas faces internas de estruturas retangulares Se existe um trapez ide vertical que mede 1 1 m de altura e 0 70 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior ou verga e uma espessura de 0 60 m na parte inferior e incorpora uma inclina o positiva ou negativa dependendo se em rela o a uma face interna ou externa para incorporar a inclina o da parede onde vai ser inserida Ent o substitua este nicho trapezoidal vertical que mede 1 1 m de altura e 0 70 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior ou verga e que tenha uma espessura de 0 60 m na parte inferior por um nicho dessas mesmas medidas que dever ser incorporado na parede interna a uma altura de 1 90 m partindo do n vel do solo Caso haja e muito prov vel que exista a repeti o destes nichos haver ent o que aplicar as regras definidoras usadas para m ltiplas entradas para procurar a simetria e a distribui o de todos os nichos a uma altura de 1 90 m acima do n vel do solo nas paredes etc sendo espa adas aproximadamente entre 0 75 m at um metro entre cada nicho Este procedimento dever come ar no ponto m dio de u
400. os tipos de arquiteturas pr hist ricas que deveria ser poss vel gerar modelagens da maioria sem excesso de escava es reduzindo os gastos associados Onde existem etc usando sistemas convencionais de realidade virtual seria interesante realizar reconstru es virtuais em paralelo mas baseadas na gram tica da forma de cada uma destes centros para permitir comparar e verificar ap s um tempo significativo dez anos se os arquivos ainda podem ser acessados e usados para gerar reconstru es virtuais Existe aquela solu o algor tmica computacional mas sempre deve incluir uma advert ncia de que imperfeita como em qualquer solu o N s hoje em dia estamos criando uma gera o dependente de sistemas digitais e computacionais que muitas vezes tem vidas curtas devido ao fato de que existe uma sede permanente para 329 o ltimo modelo mais poderoso mais novo etc O que acontece em pouco tempo que um sistema fica obsoleto por causa de mudan as no hardware e o software Aqui a proposta de criar uma gram tica da forma ou l ngua subjacente que n o precisa mudar ou mudar relativamente pouco com os avan os no mundo dos de programas e interfaces computacionais e que pode ser integrado a tal ou qual sistema de software no momento requerido Come amos com a arquitetura Inca mas temos certeza que existem muitas outras tradi es arquitet nicas que poderiam aproveitar os conceitos descritos aqui As vantagens da
401. os Andes Bol via Equador e Peru pirca pedra e argamassa ou misturadas com adobe ou adobe majoritariamente da regi o da costa do Peru Chile e do Norte de Argentina Essa arquitetura observador mesmo sem ser instru do em arquitetura intuitivamente reconhece ser Inca simplicidade que reflete o poder unificador e a assertividade dos Incas Era como um gigantesco carimbo ou selo aplicado pelos Incas em seu extenso territ rio importante lembrar que o estilo Inca embora tenha tido antecedentes nas culturas Kotosh Kotosh Hu nuco Peru Huari ou Wari setor Moradachayoc Wari Peru e Tiahuanaco ou Tiwanaku Tiahuanaco Bol via Cultura Mollo Iskanwaya Bol via evoluiu em pouco tempo e estendeu se ao longo do Imp rio Inca O Inca Pachac tec ou Inca Yupanqui geralmente reconhecido como um dos principais organizadores da arquitetura dos Incas 1 438 1 470 e a seguir seu filho T pac Inca 1 471 1 493 PROTZEN J 2005 p 23 REGALADO DE HURTADO L 1993 p 79 81 Boa parte da constru o foi realizada no espa o de 40 anos e a maioria dos projetos foi conclu da em menos de 100 anos Comparado com a dura o da arquitetura Grega e Romana que precisou de v rios mil nios para desenvolver e que era uma heran a de v rias culturas pode se concluir que 40 a 100 anos pouco tempo para gerar um estilo t o monol tico e distintivo como aquele desenvolvido pelos Incas Rio Vilcanota ou Urubamba Cusco Peru no se
402. os com os documentos que eles tinham escrito Devo agradecer a Adrian Gallop por ter procurado me informar v rias vezes sobre os avan os no mundo da arqueologia Preciso agradecer tamb m a Jos Velasco Infantes do INC Ollantaytambo Maruja Villena e Fernando D az do INC Oficina de Planes Maestros Cuzco por ter compartilhado espontaneamente o produto de muitos anos de trabalho em Ollantaytambo e V ctor Manuel Oliveira Cuzco pelos contatos sugeridos N o vou esquecer me do Dr Alan Bridges e a importante participa o dele na UnB o apoio de Joelsio Guedes como tamb m Junior Jo o e Raquel da Secretaria da FAU UnB Finalmente porque foi nos est gios finais obtive apoio absolutamente essencial na parte gr fica de Felix Alves da Silva da UnB quem entendeu a problem tica dos conceitos que tentava explicar no texto Houveram distra es problemas doen as o barulho constante do vizinho que n o deixava trabalhar nem pensar pessoas que precisavam falar trabalho cotidiano a fazer cursos obrigat rios a completar mas fico agradecido a Deus pelo meios que enviou de forma que durante o ver o de 2010 decidiu compartilhar minha solid o cantando uns salmos variados mel dicos e sonoros alegrando o cora o Bras lia acaba de festejar um anivers rio important ssimo e fico agradecido a Deus o Grande Arquiteto n o s por este fato mas tamb m porque eu tamb m compartilho esses 50 anos de vida com a capital vi li Resumo
403. os consider veis e de alturas de entre 4 e 8 metros que s o partes de estruturas de formato ortogonal Chan Chan tem um formato afilado tapering em ingl s ou inclina o nos dois lados das paredes Essas paredes s o afiladas e pontiagudas pelo efeito de estreitamento na parte superior em compara o com a base Esses muros poderiam ou n o estar ligados ao conceito geral andino de ntase No entanto n o acreditamos que isso seja prov vel pois a maioria dos muros de adobe das v rias culturas da costa peruana geralmente incorpora uma inclina o provavelmente definindo em termos pr ticos o desenho e a constru o considerando tamb m os problemas s smicos da regi o O estilo Inca era de tal padr o que muitas vezes incorporava automaticamente aquele conceito que chamamos t iksu perqa ntase Os formatos e os desenhos escolhidos pelos Incas incorporam uma nfase muito funcional em termos de inclina o das paredes e muros visando um alto n vel de resist ncia tanto ao clima e ambientes adversos como tamb m outros fen menos naturais como terremotos etc Entase e funcionalidade s o complementares Esse padr o t pico da arquitetura Inca e uma parte quase fixa de qualquer desenho arquitet nico Isso permite incorporar o conceito de ntase Inca em estudos da linguagem do desenho e deve ser obrigatoriamente inclu do em todo o estudo da gram tica da forma da arquitetura Inca Esta inclus o faria parte do estudo da l gi
404. os da arquitetura Inca Poder amos afirmar que se devem considerar sistemas de defini o que n o estivessem necessariamente baseados em sistemas ocidentais vii Resultados esperados Este processo ter uma vantagem em rela o a modelagem de cidades e reconstru es de outras estruturas Incas semi destru das Se a teoria da l gica e previsibilidade visual na arquitetura Inca for comprovada e aceita atrav s de um sistema computacional fundamentado na defini o do conceito da gram tica de forma teremos uma aplica o que refor aria tamb m as possibilidades de reconstru es virtuais da arquitetura Inca n o apenas em Ollantaytambo mas tamb m em outros complexos Incas 20 A necessidade de realizar escava es dificilmente ser eliminada No entanto a aplica o da gram tica da forma e o uso de sistemas computacionais realidade virtual e a gera o de sistemas combinando esta ltima com outros sistemas tais como laser medi es magn ticas fotos a reas etc apresentam possibilidades de reduzir escava es completas e altamente destrutivas consideradas obrigat rias para aprimorar o entendimento do passado A express o do Mies van der Rohe less is more sentido adicional neste contexto pois implica a preserva o de vest gios arqueol gicos para futuras gera es e avan os tecnol gicos 21 INTRODU O A arquitetura Inca facilmente reconhec vel seja nas constru es efetuadas com pedras n
405. os de arquitetura no mundo inteiro como por exemplo os arranha c us de Sanaa Yemen as mesquitas da Turquia etc Podemos concluir que a aplica o provavelmente n o restrita a monumentos de uma certa categoria de origem Inca mas a muitos outros estilos de arquitetura 8 Mitchell e a defini o dos planos de planta layout e groundplans da arquitetura Palladiana A defini o inicial bidimensional da arquitetura Inca e o acr scimo do n vel tri 435 dimensional Vantagens principais e a inclus o de detalhes principais n o obtidos nos planos bi dimensionais No caso da arquitetura Palladiana como observamos anteriormente Mitchell e Stiny definiram n o apenas as plantas baixas como tamb m o relacionamento e posicionamento de detalhes como janelas colunas escadas e entradas nessas edifica es dif cil entender porque ap s este primeiro est gio de defini o de plantas descrita em v rios artigos n o decidiram realizar um estudo mais completo aplicando a gram tica da forma compreendendo toda a estrutura e n o somente apenas o plano inferior conforme comenta Thomas Seebohm em 1991 a este respeito SEEBOHM 1991 p 135 66 Estas primeiras abordagens de Mitchell e Stiny tinham por objetivo analisar e simplificar os exemplos de plantas Palladianas para permitir melhor entendimento e demonstrar que a gram tica da forma era promissora e vi vel A arquitetura que eles analisaram era sem d vida muito mais com
406. os de como seria uma estrutura no futuro distinguindo suas diferentes fases de constru o Veja o artigo Preserving the Details of History with Lasers por Michael Kimmerman no New York Times Nova Iorque novembro 4 2009 e tamb m Another step for Scots technology BUSSEY 2010 p 4 O segundo exemplo trata de um artigo tamb m no New York Times Wilford 10 mayo 2010 que descreve o mapeamento da regi o Maia Guatemala M xico pelos pesquisadores Arlen e Diane Chase com o objetivo tamb m de aproveitar um sistema combinado de laser com fotografias a reas para criar mapeamento tridimensional Um destes sistemas geralmente voltado para as fachadas e outro funciona no plano horizontal Seria interessante incorporar particularmente o sistema adotado pelos Chase para mapear o solo de centros e monumentos arqueol gicos estudando os padr es vis veis gerando uma gram tica da forma para as estruturas mais comuns e assim integrando esta com uma reconstru o virtual Existem outras metodologias e sistemas que poderiam e em alguns casos deveriam ser incorporadas e isto inclui a fotografia a rea e de sat lites levantamentos tradicionais estudos topogr ficos sondagens fotogrametria e obviamente o sistema mais complementar de visualiza o e renderiza o de estruturas Algumas dessas metodologias h bridas tamb m apresentam possibilidades de ser aplicadas aos objetos a Conclus es Vantagens A r pida visualiza o A gram
407. os derivados das culturas que os pr prios Incas e cronistas espanh is como Sarmiento de Gamboa 367 identificaram como antecedentes a cultura Tiahuanaco e juntamente com esta a cultura Wari que tem algumas origens comuns com a primeira Pelo menos em termos da iconografia e alguns elementos da arquitetura e planejamento urbano os Wari tiveram um estreito relacionamento com a cultura Tiahuanaco No caso dos Chim a participa o de arquitetos e engenheiros na constru o de cidades e estruturas Incas ainda precisa ser esclarecida Por enquanto podemos tentar observar a influ ncia dessa cultura nos Incas em outros aspectos principalmente a cer mica Os habitantes que antecediam os Incas no vale do Cusco Killke 1100 d C tinham estruturas muito mais simples do que aquelas desenhadas pelos Incas BAUER 2004 p 84 90 Os Incas estabeleceram se na regi o do Cusco que tinha uma tradi o arquitet nica dom stica simples e de pouco relevo Essa ltima tradi o inclui estruturas constru das em pedra geralmente de pirca ou perga pedra e argamassa pouco trabalhadas e em muitos casos de planta circular como por exemplo no centro regional de Chokepuquio e em alguns setores de Tip n que se tornou mais tarde um centro Inca Esses centros n o ficam dentro do padr o que vemos na arquitetura Inca que se desenvolveu posteriormente Essa tradi o Killke ainda que seja a mais pr xima em termos geogr ficos parece n o
408. os que s o de car ter quase Palladiano que podemos achar em todo o territ rio Andino A kancha Inca apresenta um p tio central a c u aberto que pode ser comparado com o espa o central fechado das Villas Palladianas Ao redor do p tio central existem quartos organizados simetricamente e estes individualmente conservam uma simetria e propor es espec ficas Existe a possibilidade de gerar e desenvolver uma gram tica da forma para a arquitetura Inca Isto sugere que arquitetura Inca era muito mais do que uma simples distribui o de formas e mais do que um sistema al m de uma gram tica da forma uma gram tica do poder A express o mais comum fica no desenho e desenvolvimento do sistema de kanchas O sistema de kanchas tem uma simplicidade que permite que seja copiado e repetido numa variedade de lugares preferencialmente onde haja suficiente espa o plano Parece ter sido baseado em um sistema de m dulos que poderia ser expandido caso existisse mais espa o ou reduzido a alguns elementos no caso de espa os menores Este sistema modular ou gram tica da forma poder foi aplicado pelos Incas quando come aram a conquistar outros cl s tribos povos e culturas Aplicaram assim um novo e alto n vel de controle refletido na uniformidade de suas estruturas e da arquitetura em geral da maior parte da regi o dos Andes Centrais O desenvolvimento r pido que aconteceu em menos de um s culo espalhou um estilo que reconhec vel desde o norte
409. osto Em outras palavras um conjunto de quatro estruturas definido atrav s da regra quatro com seu p tio interno que ser repetido sendo espelhado como se fosse um conjunto novo Isto cria um duplicado das quatro estruturas sendo que uma delas estar compartilhada entre os dois conjuntos que cria um quarteir o que podemos chamar de uma superkancha A estrutura que agora fica compartilhada entre os dois conjuntos de dois andares vira o eixo principal dos dois conjuntos quando antes o eixo principal iria pelo meio do p tio interno Fig 88 C C 1 C Fig 88 Regra n mero seis 201 Este conceito de duplica o espelhada pode ser repetido em cada um dos seis ret ngulos que ficam definidos mas n o aplicado aqui porque os Incas n o chegaram triplicar quadruplicar e assim sucessivamente etc este conceito com exce o de Patallajta Aqui poss vel observar que a repeti o a partir da regra quatro desta s rie com as tr s unidades ou estruturas retangulares em um conjunto em forma de U e que compartilham uma estrutura lateral com o conjunto seguinte Este formato pode ser repetido v rias vezes dos quais existem exemplos em Cusco Racchi Fig 89 Machu Picchu nos grupos Fontana e Portal Huchuy Cusco Patallajta e outros centros regionais etc r Fig 89 Exemplos de kanchas reconstru das Racchi San Pedro de Casta Cuzco observar colca reconstru do no fundo Fonte Foto de Mackay 2 00
410. outros Como s o basicamente muito parecidos com as portas ou entradas embora de menor escala definidas na se o de sub regras para portas ou entradas acreditamos n o ser necess rio descrever em detalhe as regras Os nichos alongados de dupla reentr ncia tamb m podem ser definidos com modifica es menores re aplicando as regras para portas de dupla reentr ncia Os nichos menores geralmente foram incorporados no interior de estruturas retangulares sendo espa ados simetricamente e empregando raz es muito espec ficas LEE 1990 s vezes os nichos internos complementavam as portas ou passagens no lado oposto das estruturas retangulares das kanchas sendo distribu dos e centrados cuidadosamente Fig 163 11 Simetria distribui o raz es e propor es internas parecem ter sido importantes na arquitetura Inca Fig 163 ili 281 06 11 2009 ii Fig 163 i Nichos maiores da pra a de Chincheros Anta Cusco ii Nichos menores numa estrutura retangular Pisac Cusco iii Nichos menores e maior em forma de V e com escadas na igreja de Huaytar Huancavelica obs Estes nichos em V s o nicos no territ rio Incaico Fonte fotos Mackay 2007 1985 e 2009 282 Sub regra n mero um para nichos Se existe um espa o vazio o conceito para desenvolver este est gio muito parecido com aquele desenvolvido para as portas ou entradas de estruturas retangulares em sub regra n mero um porta ou entrada Ent o sub
411. pIA 11 Montreal Canada p 81 95 MACKAY William Iain 2003 Tradiciones Textiles de Cruzpata em Los Chachapoya s Moradores Ancestrales de los Andes Amazonicos Peruanos Universidad Alas Peruanas p 391 395 MACKAY W I 1984 Wiracocha and his Possible Representation in the Arts with particular reference to the Textile Arts Vol 16 A Universidade de St Andrews Esc cia MARCH L 1999 Architectonics of Proportion A Shape Grammatical Depiction of Classical Theory Environment and Planning B Planning and Design Volume 26 p 91 100 MARIAT GUI J C 1968 7 Ensayos de Interpretaci n de la Realidad Peruana originalmente publicado em 1928 Empresa Editorial Amauta Lima 466 MARKUS R A 1987 Buildings as Classifying Devices Environment and Planning B Planning and Design Volume 14 p 467 484 Assessing Feature Function and Spatial Patterning of Artifacts with Geophysical Remote Sensing Data MARTON Paolo WUNDRAM Manfred e PAPE Thomas 2008 Pall dio Complete Buildings Taschen Cologne Alemanha MARX Murillo 1980 Cidade Brasileira Universidade de S o Paulo S o Paulo Brasil MASSER I 1994 The Use of Monitoring Systems An Evaluation of the SETIA Project Monitoring System Environment and Planning B Planning and Design Volume 21 p 429 440 MAYER Rosirene 2003 A linguagem de Oscar Niemeyer disserta o para grau de mestre Universidade Federal do Rio Grande do Su
412. parte substancial talvez at metade dos edif cios existentes s o bastante fi is aos originais s variando enquanto o uso de madeira balc es de origem colonial republicano e telhados de cer mica ou chapas de ferro corrugado para telhados e outras partes da estrutura 8 Quais s o os materiais e m todos de constru o Os materiais e m todos usados no caso de Ollantaytambo s o os cl ssicos e aqueles que associamos comumente com as estruturas dos Incas Em geral as esquinas de cada superquadra da parte urbana de Ollantaytambo est o definidas por rochas ou pedras bem trabalhadas de estilo poligonal e preenchendo o espa o entre cada esquina existe um setor de muro em estilo poligonal muitas vezes menos refinado em termos de acabamento s vezes existem port es ou entradas em geral dois podendo ser de at quatro trabalhados em pedra e de formato trapezoidal com uma esculpidos no estilo poligonal ou celular mas no estilo atijolado e de formato regular No interior de cada kancha existe um p tio central ou no caso das superquadras dois agrupamentos de quatro estruturas ao redor de duas pequenas pra as ou p tios comuns Aquelas quatro estruturas retangulares s o em geral constru das em pedra S o de um andar com a exce o de uma estrutura que compartilhada com a kancha seguinte e essa de dois andares No espa o interno mant m um estilo pouco trabalhado e refinado com a exce o das portas e janelas A estrutura d
413. perf cie externa receba muita luz ressaltando a textura do muro particularmente se feita de pedras e rochas trabalhadas com o fino acabamento no estilo imperial dos Incas principalmente no estilo de acabamento poligonal Fig 215 Os Incas tamb m procuravam ressaltar as formas de algumas pedras de car ter cerimonial incluindo aquelas abstratas como escadas ou em outra escala esculpir as ladeiras dos vales com sistemas de terra os que incorporavam uma beleza incr vel exemplos Pisac Wifiay Wayna etc Observa se que com ou sem considerar a parte est tica esses terra os eram de uso eminentemente pr tico Os terra os Incas procuravam seguir os contornos naturais das ladeiras e da topografia Andina Pode se dizer que em todo momento os Incas deixavam um selo ou carimbavam o solo por eles conquistado Parece ser uma contradi o pois por um lado existia um alto n vel de respeito pelo mundo natural que estava ao seu entorno e por outro a arquitetura e os terra os em particular parecem declarar um dom nio do mundo ao redor At nos terra os existe uma nfase em aplicar o conceito e desenho trapezoidal Outros muros e paredes nas cidades Incas s o aparentemente org nicos constru das com pedras e de car ter nico Observe se que n o existiram duas paredes iguais O que parece ser contradit rio em termos das constru es com 452 acabamentos nicos que ao mesmo tempo aplicavam conceitos padronizados pr ticos simples
414. pir mide Exemplos similares de estruturas retangulares tamb m podem ser observados na arquitetura Inca cerca de 300 a 400 anos ap s Pode se sugerir que existe pelo menos uma continuidade ainda que seja em termos gerais da arquitetura de formato retangular e ortogonal desde Pucar at os Incas ou seja aproximadamente 1 100 anos Neste estudo deve se ressaltar que ainda que se procure entender a aplica o da gram tica da forma e sistemas de computa o arquitetura Inca tamb m se pode gerar uma ou v rias aplica es para estilos de arquitetura desenvolvidos muito antes dos Incas A arquitetura tanto de P cara quanto de Tiahuanaco e dos Incas tinha como material principal a pedra trabalhada al m de algum uso do adobe Muitas vezes o trabalho com materiais de origem l tica era de qualidade e nivel superior com cortes feitos nas pedras e rochas realizados com precis o Tiahuanaco se desenvolveu ao longo de muitos s culos permitindo a evolu o de v rios estilos e sub estilos relacionados entre si tais como Mollo Lupaca etc Houve no norte da regi o dominada pela cultura Tiahuanaco uma cultura considerada paralela que compartilhava muitos elementos inclusive religiosos A arte geom trica inclui 115 desenhos que foram desenvolvidos na cultura Chav n mais ou menos mil anos antes e que foram a seguir modificados e integrados na arte de Tiahuanaco A cultura conhecida como Huari ou Wari provavelmente se desenvol
415. plexa que a Inca O fato de que n o inclu ram a rela o da fachada com as plantas ignora o que sabemos ou seja que Pall dio enfatizava a harmonia entre as propor es simetria e principalmente as raz es entre o comprimento largura e altura de quartos individuais assim como a rela o com a estrutura em geral O passo seguinte deveria ter sido um estudo integral uma omiss o interessante provavelmente porque a gram tica da forma definida por eles para Pall dio ainda n o considerava a parte tridimensional naquele momento somente em 1980 que Stiny come a explorar o mundo tri dimensional no seu artigo sobre blocos Froebel Fig 20i STINY 1980 p 409 462 No caso deste estudo da arquitetura Inca e aplica o da gram tica da forma mesma come amos com um sistema parecido quele sugerido por Stiny e Mitchell 1978 que est baseado na defini o de plantas bidimensionais Ap s definir as plantas de uma forma que inclui um resumo de como deveriam ser o desenvolvimento da estrutura retangular que comp e a kancha procuramos avan ar no sentido de gerar representa es tridimensionais Mitchell e Stiny 1978 puderam aproveitar o fato de que a maioria das mans es ou vilas Palladianas ainda existem e muitas delas est o ainda intatas Al m disso Pall dio descreveu em detalhe em manuscritos e livros os conceitos que geraram aquelas estruturas O credo de Pall dio para a arquitetura era and have such propo
416. pode observar a ortogonalidade Fonte Kolata 2005 Pela distribu o ortogonal de estruturas Tiahuanaco sugere um alto n vel de organiza o e planejamento que tamb m caracteriza a cultura Inca nos centros urbanos Os Incas n o costumavam construir pir mides truncadas nessas propor es Isto mais t pico das culturas da costa peruana Os Incas limitavam se a desenhar e desenvolver plataformas geralmente menores conhecidas como os ushnos ou usnos Figs 12 e 13 Essas se acham distribu das em todo o territ rio Inca desde Cusco at Aypate no norte do Peru e numa variedade de altitudes de 300 at 4 300 metros JOFFR 2010 p 6 9 Em 2007 observamos in loco na parte superior da pir mide de Akapana Tiahuanaco que em um setor recentemente escavado arqueologicamente existem estruturas retangulares menores aparentemente organizadas simetricamente ao redor de um p tio interno que poderiam ter servido como modelo para estruturas que seriam similares j na poca dos Inca e poderiam ser poss veis antecedentes de conjuntos de 363 estruturas tipo kanchas Lamentavelmente n o temos acesso a planos detalhados dessas escava es arqueol gicas para confirmar essa aparente semelhan a Em refer ncia cultura de Tiahuanaco os especialistas e arque logos com conhecimentos da mesma a comparam com os centros ligados cultura Huari ou Wari estabelecendo cronologias similares a Tiahuanaco Pikillajta Fig 27
417. por o Elementos decorativos geralmente o s tio arqueol gico de Tiahuanaco principalmente conhecido pelos port es da Lua e do Sol e pelos desenhos gravados neles e em alguns mon litos Mon litos Ponce Bennett e outros Esses desenhos tamb m s o encontrados nos tecidos e cer micas em regi es muito afastadas do centro de Tiahuanaco Isto sugere que a influencia econ mica e religiosa de Tiahuanaco foi consider vel Os desenhos incorporam seres alados apresentados em faixas e com uma figura central de um deus de dois cetros Fig 183 que tamb m aparece em formato similar nos prim rdios da arte andina os quais eram bem desenvolvidos na cultura Chavin Outros desenhos que aparecem s o representa es do felino puma e do condor A cabe a de um condor e de um puma s o frequentemente re combinados com of dios ou cobras estilizados e com as figuras de seres alados apresentados geralmente de perfil e mostrando apenas uma asa Uma informa o que pode ser de interesse que os Incas retiveram o puma condor e cobra como s mbolos da sua nobreza 371 pal 2 5 ESP s OR E ox f meo AO ci T gy iis a it A AFTREE IA o z Fig 183 Detalhe escult rico da Porta do Sol Tiahuanaco Bol via A figura central denominada a deidade de dois cetros e aparece nas express es art sticas da cultura Chavin ou seja 700 anos antes da cultura Tiahuanaco e Huari Fonte M
418. pouco pois sempre v o existir avan os no mundo da inform tica que v o criar sistemas obsoletos tanto do hardware quanto do software c Futuro Bases ou fundamentos dispon veis e prontos para a aplica o A procura de uma solu o e aplica o gen rica da gram tica da forma com potencial de ser usada a n vel universal na arquitetura de diversas culturas estilos e est gios da hist ria humana seria um avan o de alta import ncia Lamentavelmente n o muito prov vel O processo invariavelmente precisa de uma an lise inicial dos padr es originais e estilos associados para assim estabelecer a l gica a linguagem e a gram tica espec fica da arquitetura a ser estudada O conceito poderia ser mais aceito no caso de estudos anal ticos referentes a evolu o de arquiteturas regionais e de tradi es relacionadas s mesmas como no exemplo do barroco rococ e churriguerresco Em termos gerais uma breve metodologia desenvolvida para estruturas com caracter sticas pr prias dever providenciar op es para definir formatos b sicos da arquitetura de culturas anteriores ligadas a primeira Em outras palavras deve haver uma procura da continuidade na arquitetura estudada Os usos e as poss veis aplica es da gram tica da forma arquitetura relacionada arqueologia t m sido pouco estudados Contudo como esperamos ter comprovado uma gera o da gram tica da forma ligada e desenvolvida especificamente para um grupo de est
419. presenta maiores possibilidades de ser reduzida a uma s rie de regras Como foi estabelecido nos cap tulos nove a onze estas regras poderiam ser geradas a partir das formas principais 334 existentes na arquitetura Inca principalmente a estrutura retangular como tamb m os agrupamentos de estruturas retangulares ou kanchas 2 Partindo da problem tica definida a hip tese procurou estabelecer se existe dentro dos padr es da arquitetura Inca a possibilidade de definir uma s rie de regras que podem refletir o passo a passo do desenvolvimento de estruturas Incas Consiste em um sistema independente de protocolos desenvolvido para aplica o eventual a sistemas computacionais por meio de regras algor tmicas e utilizando o conceito da gram tica da forma Esta permitiu a an lise de estruturas e a redu o a regras que futuramente poder o ser interpretadas e aplicadas por sistemas computacionais Devido ao fato de que na arquitetura Inca existe uma grande propor o de estruturas de padr o e de car ter modular poss vel analisar as estruturas e reduzi las s regras permitindo combina es recombina es e vers es parciais Estas estruturas podem ser analisadas atraves de uma gram tica da forma gerada especificamente para a arquitetura Inca Como Gabriela Celani CELANI 2005 p 6 comenta a gram tica da forma geralmente usada para an lise de estruturas e formas e poucas vezes para processos de projeta o com algumas exc
420. quadras ou kanchas e superquadras est dividida entre v rias fam lias e dif cil estabelecer como o espa o era usado no passado Talvez o uso da parte que podemos inspecionar hoje n o mudou muito em rela o ao passado Pelo que podemos observar hoje em dia que o uso parece ser muito parecido no sentido de que muito mais prov vel que cada kancha tenha tido uso limitado e estava restrito a um grupo de Incas nobres e as suas fam lias Cada agrupamento de quatro estruturas retangulares ao redor de um pequeno p tio central tinha nas quatro esquinas espa os quadrangulares provavelmente usados para armazenar produtos A apresenta o quase sim trica reflete certos desejos de desenho formalizados que nem sempre existem em todo grupo de estruturas Incas e isso sugere que as estruturas poderiam ter sido de uso intermitente Talvez quando fazia mais frio em Cusco a fam lia real e os nobres que os acompanhavam desciam e usavam Ollantaytambo como seu pal cio de ver o Observando as estruturas no caso de Cusco podemos estabelecer quais foram consideradas de uso ritual e quais foram usadas no dia a dia pela nobreza e pelos Incas Existem documentos coloniais que estabelecem como foram os templos fortalezas santu rios etc e quais foram seus usos Os cronistas descreveram algumas das estruturas e existem arquivos que documentam a elimina o de adorat rios conhecidos como huacas ou wakas Os espanh is geralmente construfam capelas ou igrejas
421. quatro substituindo se o bloco com o trapez ide inserido por um bloco do mesmo volume e do mesmo formato trapezoidal e inclina o da superf cie da parede externa que tamb m inclua na face interna uma inclina o interna de 1 0 graus Isto o que acontece aqui que pretendemos inserir uma porta ou entrada trapezoidal na parede de uma estrutura retangular que tamb m apresenta uma face externa com uma inclina o externa de 1 5 graus Esta seria a extrus o retangular original definida acima que integra uma inclina o nos muros na face interna de 1 0 graus Fig 151 266 Fig 151 Regra n mero cinco inclina o de paredes externa e interna Regra n mero seis inser o de um espa o trapezoidal ou porta no muro No muro ou comprimento externo definido na primeira parte referente a estruturas retangulares ou face IV da extrus o retangular definida na regra cinco das regras originais para unidades e conjuntos procure o centro do comprimento da face IV ou seja 4 0 m neste caso e substitua esse muro externo em branco da regra cinco de unidades com um uma inser o da porta no centro da parede 4 0 m com a base ao n vel do solo Este procedimento tamb m pode ser aplicado a nichos e ou janelas com a diferen a que a inser o n o necessariamente vai ser realizada ao n vel do solo 267 A passagem ou port o a ser inserida aquela descrita na sub regra portas quatro acima Essa passagem deve ser
422. que situada a nica porta de entrada e passagem para o conjunto desde a parte externa e nesse sentido apresenta uma diferen a menor em rela o s outras estruturas retangulares Fig 118 Sendo assim definimos tr s edif cios em forma de U ao redor de um p tio Esta regra define como deve ser fechado o p tio interno pelo lado interno que Fig 118 Regra n mero quatro Regra n mero cinco ainda est aberto Acrescente se estrutura n mero quatro um ret ngulo id ntico ao definido na regra dois de conjuntos que mede 12 60 m de comprimento e 4 20 m de largura Fechando assim o conjunto de estruturas da regra quatro deixando o como um quadrado ou quatro estruturas distribu das simetricamente ao redor de um p tio quadrado interno em formato de cruz Fig 119 Esta ltima estrutura pelo menos no caso de Ollantaytambo e alguns setores de Patallajta compartilhada com o conjunto seguinte e como foi comentado anteriormente diferenciada porque consiste de dois andares 230 LI Fig 119 Regra n mero cinco Regra n mero seis Consiste na substitui o e duplica o das regras quatro e cinco ou seja com um grupo de quatro estruturas uma kancha que s o um espelho fiel do primeiro conjunto definido mas no lado oposto da estrutura retangular compartilhada e descrita na regra n mero cinco O que foi definido um quarteir o que podemos chamar de uma superkancha O eixo principal mudou do meio
423. que existia um alto n vel de compenetra o e identifica o dos Incas e seus descendentes com v rios aspectos do universo kay pacha ukhu pacha e a pachamama de hoje em dia e um pante o de outros deuses prov vel que atividades ligadas a esses deuses estivessem conectadas a estruturas incorporadas quase organicamente nas paisagens rochosas dos Andes Lembre se que as rochas podiam sugerir e at incorporar valores e conceitos especiais Podemos observar na arquitetura Inca especialmente naquela que incorporava constru o p trea a import ncia das superf cies o efeito da luz e s vezes da gua sobre diferentes cores de pedra como tamb m uma nfase especial em rela o s constru es e formas org nicas interessante observar que poss vel que existissem formas org nicas e uma arquitetura inteiramente Inca simultaneamente A forma org nica n o eliminava estruturas padronizadas Ao contr rio se complementavam A arquiteura Inca fiferentemente de muitas outras parece se estabelecer integrando se nas paisagens e de uma forma at natural nas rochas etc Podemos afirmar que a constru o Inca e a natureza t m um alto n vel de intera o quase incompar vel em outras partes do mundo Existem exce es como por exemplo Mesa Verde Nova M xico e algumas das estruturas da Cultura Anazazi e dos Chacos no sul dos Estados Unidos da Am rica que s o culturas com constru es que formam parte quase integral com o meio ambi
424. que permite acesso pela parte da face IV interna a um p tio Ent o pode se acrescentar a esta tr s estruturas retangulares id nticas adicionais com seus tetos e cumeeiras respectivos al m do existente dispostos simetricamente ao redor de um p tio central 259 Cada um das quatro estruturas d com o p tio interno e quadrangular e Fig 145 Fig 145 Regra n mero oito Regra n mero nove Se existem quatro extrus es retangulares com tetos inclusos distribu dos simetricamente ao redor de um p tio central Ent o as quatro estruturas devem incluir uma extrus o quadrangular maior parede ou muro de 17 5 m de comprimento nas quatro faces ou paredes externas denominadas faces I por enquanto que vai ao redor das quatro estruturas Esta parede ou muro externo de 2 5 m de altura e com uma envergadura ou espessura de 1 2 m deve incluir uma inclina o de 1 2 graus partindo do ch o na face externa Essa regra n mero nove aplicada no caso de Ollantaytambo e alguns outros centros Incas mas n o sempre assim podendo chegar ao estagio de completamento na regra oito A regra nove pode ser expressa de outras formas e n o necessariamente como uma extrus o quadrangular Isto poderia ser por exemplo por meio da defini o de quatro unidades de extrus es paredes ou muros em forma de L de dois comprimentos externos de 4 5 m e de 1 2 m de largura Devendo incluir uma inclina o externa
425. r Incas e desenvolver los at chegar ao estilo Inca d T picos conclusivos Este estudo da gram tica da forma aplicada s kanchas Incas gerou uma an lise de conceitos modulares na arquitetura Inca para a qual teve se que descrever passo a passo o desenvolvimento de uma estrutura ou v rias estruturas Os conceitos modulares da arte Tiahuanaquense foram estudados por Sawyer atrav s dos tecidos arte gravada em madeira na cer mica e na arte l tica SAWYER 1970 p 264 274 mas este parece ter sido um estudo isolado Em 1984 sugerimos que a arte Andina desenvolvimento de desenhos realizados nos tecidos Andinos MACKAY 1984 Em Huaca Prieta 4000 2500 a C nos est gios iniciais de desenvolvimento da arte Andina no Equador e o Peru pode se observar a aplica o bastante estrita do conceito de geometricidade n o s nos tecidos mas tamb m nos mates lagenaria vulgaris fatos descobertos H exemplos de arte de outras culturas dos est gios iniciais pr Cer mico que sugerem que o conceito art stico que seria escolhido e o sistema adotado e aplicado por v rios s culos seria o geom trico Dentro desta consolida o de nfase e prefer ncia por desenhos geom tricos existe uma aplica o do conceito modular por exemplo nos tecidos Paracas 800 a C 200 d C 327 O plano urbano e a arquitetura em geral tamb m reflete esse interesse na geometricidade e particularmente no uso de procedimentos modulares Os centros
426. r aplicados com o aux lio do computador O fator ntase descrito n o um caso de ntase baseado s na est tica N o principalmente est tica com um pouco de funcionalidade Os Incas formaram seu imp rio como resultado de conquistas militares e alian as com outros grupos como por exemplo os mercadores Chinchas da costa A est tica n o serviria de nada na luta e nas conquistas A est tica resultou 157 em consist ncia particularmente ap s as conquistas e vit rias expressa em conceito arquitet nico unificado representando o estado Inca por meio de estruturas de certos estilos propor es dimens es espec ficas como ntase 11 ntase total na arquitetura Inca Pretendemos sugerir que a funcionalidade estava aliada a est tica nos principais centros Incas com estruturas de propor es definidas e medidas que se repetem e aquele conceito que nos referimos como t iksu perqa ntase Reconhecemos que a est tica regida pela funcionalidade N o de surpreender que as cidades dos Romanos e outras culturas que foram centros de grandes civiliza es foram constru das em primeiro lugar para manter controle e em segundo para incorporar est tica onde era poss vel e at s vezes incorporar conceitos de outros grupos culturais No caso dos Romanos existe um empr stimo da est tica dos gregos Esses ltimos talvez receberam os est gios iniciais de sua est tica dos Cretenses e esses possivelmente foram influ
427. r Gren Getty Rockfeller e a Ford Foundation entre algumas das principais Estas s o integramente entidades estadunidenses Lembre se tamb m das atividades da National Geographic Magazine cujas publica es de investiga o e ensaios fotogr ficos foram Sul cedeu s funda es financeiras e filantr picas estadunidenses s vezes incluindo alguma participa o peruana por exemplo do Museu Nacional de Arqueologia Lima Peru no caso de Tello As publica es das antigas expedi es europ ias estavam limitadas a umas poucas edi es No entanto os projetos apoiados pela National Geographic Magazine e outras funda es permitiam a difus o de um projeto a muitos e principalmente a acad micos a pre os relativamente menores A heran a desses estudos detalhados e definidores dos anos 1 950 1 970 continua nos trabalhos e publica es de Dumbarton Oaks Washington DC Nos anos 1 940 a 1 950 a Smithsonian Institute apoiou v rios projetos antropol gicos arqueol gicos e etnogr ficos e iniciou a publica o do Handbook of South American Indians no qual o Volume 2 The Andean Civilizations o mais relevante para este estudo Esta publica o esteve sob os cuidados editoriais de Julian Haynes Steward 1 902 1 972 e foi publicada em 1946 WILLEY 1988 p 219 241 um trabalho de refer ncia quase enciclop dico possuindo o estilo de um manual detalhado Foi um trabalho de pesquisa realizado com muita seriedade por v rios
428. r denominado primeiros historiadores arque logos e pesquisadores um dos objetivos principais era estabelecer se a cultura apresentava certas caracter sticas por exemplo se incorporava cidades escritura etc poderia ser classificado ou considerado uma civiliza o Este fato era suficiente para estimular uma multid o de estudos detalhados que procuravam fazer as ta Muitos pa ses europeus Alemanha Espanha Franca It lia Reino Unido e R ssia desenvolveram expedi es cientificas para establecer esse conceito e gerar informa es sobre outras culturas ainda n o entendidas pelos europeus Napole o enviou pesquisadores ao Egito e a outros pa ses na regi o Eles voltaram com muitas descobertas referentes a estruturas monumentais e come aram com estudos das v rias l nguas que chegaram decifrar a partir da pedra Rosetta atualmente no Museu Brit nico important ssimo porque apresentava tr s l nguas gravadas na mesma pedra ou seja tr s textos em paralelo Aquele m todo de 332 pesquisa baseada em definir civiliza es chegou ser o mais aceito e foi aplicado em Turquia Paquist o o Mediterr neo e Mesopot mia Egito com frequ ncia A defini o de civiliza o como tamb m de culturas continua sendo um tema de muita import ncia em pesquisas arqueol gicas Lamentavelmente a escrita n o foi conservada em algumas civiliza es Em alguns casos os remanescentes culturais nao s o necessariamente definidos por aqueles
429. r ligados tanto a fun es rituais e de car ter religioso quanto possivelmente a grupos de nobreza sacerdotes ou n cleos familiares dentro de um grupo social espec fico As kanchas de Ollantaytambo como tamb m em alguns outros centros Incas parecem ter adotado um uso funcional ligado a n cleos familiares provavelmente da nobreza Inca Existem tamb m estruturas enormes que est o danificadas e at mesmo destru das conhecidas como kallankas que segundo as cr nicas eram espa os abertos que serviam como centros Essas estruturas geralmente s o parcialmente independentes e n o precisavam integrar outras estruturas Quase sempre estavam ligadas a um espa o maior ou um campo aberto onde a vida cerimonial provavelmente era desenvolvida J Distribui o de estruturas retangulares ao redor de um p tio interior ou interno exemplo das kanchas etapa Inca Os espa os definidos para as kanchas parecem ter sido estabelecidos e regulados estritamente de supor que as kallankas tamb m Geralmente est o integradas a espa os grandes e abertos que incluem muros perimetrais como por exemplo aqueles encontrados em Yucay Cuzco Diferentemente desses as kanchas na maioria dos casos s o fechadas nos quatro lados por estruturas retangulares No caso de Ollantaytambo um muro integrado e ao redor de cada kancha cria um espa o interno de uso restrito Devemos ressaltar tamb m que s existe uma forma de entrada a esses espa os um port o
430. r uma forma escrita de uma palavra e principalmente dos top nimos podem variar Temos v rios exemplos Inca ou Inka Cusco ou Cuzco Cancha ou Kancha Huaca ou Waka Tiahuanaco ou Tiwananaku Huari ou Wari Kapac ou Capac ent o uma palavra come ando com o som similar ao C inicial numa palavra em Portugu s pode Qu chua ou Aimara Para motivos deste estudo prefiro n o ser partid rio de um sistema ou outro sistema de escrever as palavras e decid continuar com poucas exce es as formas de escrever que j foram definidas e aceitos pelos expertos faz mais de uns s culos Aclla Mulher nobre escolhida 475 Acllahuasi Casa das mulheres escolhidas Allpa q Terra lama argila Altiplano e Regi o alta e geralmente plana nos Andes por exemplo a regi o do Lago Titicaca Andenes e Terra os geralmente para agricultura s vezes tamb m usados para plataformas para estruturas Antisuyo q Uma das quatro prov ncias dos Inca e a menos explorada pelos Incas Apus q Montanhas importantes com valor m tico religioso no mundo Andino Audi ncia e Setores de estruturas geralm Ayllu q Subdivis o da sociedade unidades pol tico sociais grupos familiares Bamba pumpu ou pampa e regi o plana ou plan cie Cancha Kancha ou Khanka q Agrupa o sim trica de estruturas retangulares geralmente com um p tio no meio ou um espa o aberto Capac q Nobre ou rei Inca chefe Cassana q Casas reais do Inca Pachacutec Ceque
431. ra definir linguagens de desenho e apoiar o desenvolvimento arquitet nico Os conceitos computacionais podem ser desenvolvidos por meio da defini o de gram ticas da forma Estas podem incluir estudos de vocabul rios das formas e das linguagens de diferentes tipos de arquitetura os quais resultam em regras que definem as formas principais Um exemplo de desenvolvimento da aplica o da gram tica da forma foi o trabalho de Mitchell e Stiny referente s Vilas de Pall dio MITCHELL e STINY 1978 Foi um trabalho anal tico e muito detalhado que ainda serve como ponto de refer ncia para a gram tica da forma aplicada arquitetura Segundo Tapia a gram tica da forma se empresta naturalmente a implementa o por meio do uso de computadores TAPIA 1999 p 59 O computador usado no desenvolvimento da parte mais detalhada de manipula o e manuten o de dados representa o e gera o ou computa o de formas regras e gram ticas e apresenta o de alternativas corretas para as quais o desenhista desenvolve linguagens espec ficas de desenho Tapia continua confirmando que at recentemente havia pouco interesse em dedicar recursos e tempo implementa o computacional provavelmente devido aos problemas de complexidade para desenvolver algoritmos A an lise da arquitetura Inca n o uma exce o No sentido de suprir esta lacuna apresentamos nesta tese um m todo para desenvolver uma gram tica da forma especificam
432. ra e 4 0 m de altura m xima nas empenas Ent o substitua a por um volume que tem uma base da mesma forma isto retangular onde as faces ou as paredes externas dever o ter uma inclina o externa de 213 1 5 graus na face exterior da extrus o Esta substitui o deve ser realizada de forma global em toda estrutura externa partindo da base Fig 99 Este procedimento se aplicado integramente extrus o retangular e empenas cria uma parte da inclina o externa observada na maioria de estruturas de origem Inca Fig 99 Regra n mero quatro e cinco Regra n mero cinco Se existe uma extrus o retangular com uma altura de 2 5 m e uma altura m xima de 4 0 m nas empenas e uma inclina o de 1 5 graus aplicada a toda estrutura externa Ent o deve se substitu la por um volume com a mesma forma de base e lados as paredes internos inclinados em 1 0 graus partindo da base na face interna da extrus o e sempre mantendo aquela inclina o externa descrita na regra quatro de 1 5 graus nos muros externos Fig 100 214 gt gt gt gt lt lt lt Fig 100 Regra n mero cinco Regra n mero seis Se uma estrutura foi desenvolvida que inclui as regras de n mero um a cinco Ent o acrescente se um telhado cujo tamanho longitudinal de 9 0 m isto permitindo a constru o de um beiral projetado acima das quatro faces externas e que seja dividida no meio ou seja resultando em um
433. ram tica da forma Palladiana cuja distribui o limitada geograficamente ao norte da It lia em que as vilas s o ligadas a uma express o de poder e sucesso econ mico Este ltimo 453 estilo est restrito a um grupo de mans es e vilas na regi o do norte da It lia e foi criado com objetivos muito mais limitados al m de ser uma arquitetura estruturalmente e decorativamente mais complexa 454 ANEXO G Discuss o O termo Qu chua t iksu perqa O termo Qu chua para inclinar na regi o do Cuzco tiksuy t ihsuy t ijsuy a ortografia pode variar Ao norte no Departamento de Ancash muda para tikshuy A palavra e os derivados e variantes s o os seguintes f iksu inclinado a uma parte ou lado t iksuq aquele ou aquela coisa que fica inclinada a um lado tiksunpaman inclinado a um ngulo t iksuykachay inclinar ou mover de um lado ao outro Isto uma coisa que est fora do plano vertical e esta a um ngulo A palavra para uma parede de pedra e perga ou pirca Considerando isto o termo que poder amos adotar seria Uiksu perqa Ainda que o formato trapezoidal teve dura o longa muito e foi muito difundido na regi o Andina Parece n o existir um termo para o trapez ide Segundo um dos membros de uma equipe que traduzia Qu chua Cuzco do Antigo Testamento da B blia a parte que deu maior dificuldade no projeto foi I Reis 5 6 Como diz o tradutor William Mitchell O uso de termos arquit
434. ram completar uma vers o tri dimensional Anos ap s a publica o dos trabalhos originais Thomas Seebohm 1991 e 2001 reconheceu que devia haver uma vers o tri dimensional e completou os trabalhos iniciais de Pall dio Lembre se que Pall dio desenhava e desenvolvia conceitos considerando a altura de uma estrutura e as dimens es tridimensionais dos quartos internos da estrutura Por motivos similares o estudo da arquitetura Inca tamb m deve integrar a altura das estruturas para descrever as janelas nichos e entradas trapezoidais e muros inclinados que s o parte de sua Por algum motivo a arquitetura Inca n o foi considerada na aplica o de uma gram tica da forma para integrar estes conceitos Contudo a arquitetura Inca particularmente os conjuntos de estruturas conhecidas como kanchas apresenta algumas caracter sticas similares s Vilas de Pall dio Essas kanchas estruturas de car ter modular est o representadas em todas partes do que foi o extenso Imp rio Inca Desde Tomebamba hoje Cuenca no norte do Equador at Katarpe no Deserto de Atacama Chile no extremo sul do Imp rio Inca existem restos arqueol gicos que confirmam uma arquitetura padronizada Essa arquitetura semelhantemente s Vilas 10 de Pall dio est baseada no coneito de um espa o interno central ou p tio com quartos em volta do mesmo vV Hip tese A hip tese desta tese envolve tr s conceitos e est gios simples e pode ser definida a pa
435. rangular ou retangular A distribui o sim trica ao redor de p tios internos s vezes metade de um p tio um elemento importante do desenho tanto dos Incas como tamb m de v rias culturas pr Incas Considerando os conceitos da arquitetura Inca com aqueles gerados por Mitchell e Stiny para as vilas de Pall dio existe uma semelhan a em termos dos objetivos estabelecidos Apresentam possibilidades de ser timos candidatos para a aplica o de gram tica da forma principalmente porque apresentam aquele padr o de quatro quartos ou estruturas principais retangulares ou em alguns casos limitados quadrangulares distribu das em volta de p tios os quais s o chamados na l ngua Qu chua kanchas Observe se que esta semelhan a ocorre a n vel de layout isto bidimensional sem considerar os materiais usados as fachadas e a volumetria global uma arquitetura que deveria ser considerada modular No aspecto da simetria este um conceito Inca que se diferencia muito de Pall dio A simetria propor es e raz es Incas geralmente s o refletidas no espa o interior de uma estrutura com poucas exce es por meio da distribui o dos nichos e s vezes de portas e janelas 428 c Posicionamento de janelas nichos p rticos e escadas Os Incas diferentemente de Pall dio n o dedicavam o mesmo n vel de interesse pelo exterior das estruturas individuais em termos de simetria e propor o Pall dio percebeu o valor da ap
436. raus Em outras palavras pretendemos inserir uma porta ou entrada trapezoidal na parede externa de uma kancha que deve incluir uma face externa com uma inclina o de 1 5 graus partindo da base incorporada na extrus o retangular original e mantendo uma inclina o nos muros na face interna de 1 0 graus Fig 158 275 O passo seguinte seria definir aquelas portas externas que podem ser de dupla ou at tripla reentrancia Uma vez que a porta externa simples de uma reentrancia verga e umbrais foi definida n o consideramos ser necess rio repetir todas as sub regras para definir aquelas portas externas de reentr ncias m ltiplas Fig 158 Regra entrada principal n mero quatro Regra n mero um para a constru o de uma porta de dupla reentr ncia Se existe um espa o o ponto de partida usado para desenvolver este est gio n o varia muito daquele usado para as portas ou entradas de estruturas retangulares na sub regra n mero um de constru o de porta ou entrada Ent o substitua este espa o por um paralelep pedo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de comprimento na base e 1 5 m na parte da verga e uma espessura de 1 2 m na parte inferior base Fig 159 276 Fig 159 Regra entrada principal dupla reentrancia n mero um Regra dois para a constru o de uma porta de dupla reentr ncia Se existe este paralelep pedo vertical que mede 2 5 m de altura e 1 5 m de comprimento na base e
437. representa es virtuais sejam mantidas a longo prazo deve existir um plano de apoio e um entendimento de compatibilidade de sistemas computacionais Na verdade dif cil manter um sistema comercial de software ap s de v rios anos Por exemplo se ao longo de cinco anos usamos um computador com Windows 95 ou 98 e disquetes de 3 5 polegadas e se esse computador n o tem leitor de CD DVD nem USB e as aplica es associadas Word Perfect 5 1 e se ap s de cinco anos decidimos mudar de sistema muito prov vel que vai haver problemas Se come amos a usar um Apple Mac da ltima gera o ficamos com o problema de saber se vai permitir funcionar programas antigos e se vai haver compatibilidade entre aqueles documentos escritos em sistemas anteriores Al m disso como n o tenho USB e CD DVD a nica forma de transferir dados seria por meio do disquete de 3 5 polegadas mas os Apple Mac n o incorporam essas leitoras Essas mudan as s o pequenas mas a longo prazo sabemos que existir incompatibilidade tanto de softwares quanto dos sistemas de armazenamento Como 320 fazemos para transferir e manter esses dados Sabemos que existem problemas tanto de compatibilidade e eventualmente da capacidade da mem ria do hardware como tamb m do software Devemos evitar uma depend ncia total neste ponto que a gram tica da forma que n o dependente de um sistema espec fico de inform tica software ou hardware pode ser aplicada ou at reapl
438. res Os dois quadril teros compartilham uma parede divis ria que divide o ret ngulo maior em duas partes virtualmente iguais sim tricas e refletidas Fig 23 Em outras palavras e em termos da gram tica da forma temos uma transforma o x Fig 23 Plano de uma kancha duplicada Ollantaytambo Observar agrupamento sim trico de quatro estruturas e um p tio no meio 74 Fonte Protzen 2 005 p 82 Nessas unidades encontramos uma simetria em termos da distribui o das estruturas e dos espa os internos Figs 23 24 e 25 Estas lembram o ordenamento ortogonal e a propor o do espa o interno como tamb m externo das vilas que Pall dio desenhou e fez construir no Veneto no norte da It lia Fig 32 Existe tamb m como foi observado anteriormente parte dessa simetria talvez influenciada pelos desenhos Incas nos agrupamentos de estruturas contempor neas mais r sticas do Altiplano peruano chileno e boliviano Este formato de distribui o de estruturas parece estar gravado como uma f rmula que foi aplicada por s culos e que ainda tem validade pelos menos para o a arquiteto a e construtor a contempor neo a da regi o andina Fig 24a b Plano descrevendo a simetria raz es e distribui o nas kanchas superkanchas de Ollantaytambo Fonte Lee 1 996 Porta principal entrada a uma kancha Ollantaytambo Fonte Foto de Mackay 2 009 75 Nos dois espa os quadril teros dentro do ret
439. res que est o incorporadas ao muro externo e que est o distribu das ao redor dos p tios internos Regra n mero tr s Se existe um espa o retangular de quatro muros com dois p tios internos quadrados em paralelo que medem 12 60 m de comprimento e 12 60 m de largura que foram estabelecidos e centrados num eixo Norte Sul sendo o espa o entre os dois de 4 2 m para construir uma estrutura de dois andares Ent o substitua os por seis estruturas retangulares cada uma com um comprimento de 12 60 m e uma largura de 4 20 m e uma espessura de parede de 1 20 m que ser o distribu das em cada face dos quadril teros p tios internos de 12 60 m de comprimento e 12 60 m de largura menos as faces internas dos p tios ou seja da estrutura dos andares que ficam no meio entre os dois conjuntos Estas seis estruturas ficaram dentro das paredes externas do quarteir o cada uma compartilhando 235 e integrando uma parede externa cujo comprimento externo de 12 60 m com o muro externo Existe uma exce o pois s deveriam ser substitu dos cinco das seis estruturas retangulares ao redor do p tio j que existe uma estrutura retangular no lado leste que est quase intata e completa na Rua Chachacomayo isto na kancha sul Reformulando a regra tr s para integrar esta estrutura existente ter amos que substituir cinco estruturas e n o as seis originalmente estabelecidas Seguindo este procedimento temos aut
440. res que permitiu a elabora o de alguns desenhos geom tricos em alto relevo com contraposi es interessantes como por exemplo o portal Preto e Branco Pode se observar a presen a de um conceito forte de distribui o ortogonalidade e simetria Al m disso 109 a estrutura conhecida como o templo incorpora uma s rie de t neis e um p tio circular A arquitetura circular e as pra as nunca foram de interesse para os Incas As estruturas circulares s foram usados excepcionalmente geralmente para armazenar produtos e realiza o de alguns rituais ou s vezes como pontos de defesa nos vales Esse p tio circular de Chav n inclui pain is que como as colunas do Portal Preto e Branco foram gravados com desenhos muito bem formulados e dentro de padr es geom tricos mantendo simetrias internas e uma unidade de desenho propor es cuidadosamente calculadas Fig 40 Inclui tamb m desenhos elaborados incorporando iconografias que reaparecem com freqii ncia nos s culos seguintes e em outras culturas principalmente Paracas Huari Wari Pucar e Tiahuanaco Tiwanaku e na cer mica de algumas das culturas da costa am R O ieee fai D ESTA DT FE Fig 40 Estela Raimondi com a deidade de dois cetros Chavin Peru Comparar com Fig 29 e a iconografia da Porta do Sol Tiahuanaco Bolivia Fonte MILLER 1995 p 42 Chavin e as culturas associadas s o consideradas como parte da cronologia And
441. res s o necess rias Podem ser aplicadas tanto no formato art stico quanto s formas das estruturas Incas A ntase o elemento principal que deve ser incorporado nas medi es que s o necess rias para entender os conceitos arquitet nicos dos Incas Serve tamb m para determinar a computabilidade n o apenas do layout horizontal como foi feito por Mitchell em rela o s vilas 152 Palladianas como tamb m numa dimens o mais importante incluindo a tridimensionalidade como vamos ver nos cap tulos seguintes O muro Inca na maioria dos casos apresenta uma inclina o externa e interna Isto resulta em um muro quando seccionado trapezoidal incluindo uma inclina o m nima para o interior no lado interno da estrutura que em geral de planta retangular A vantagem destas estruturas era que existia uma estabilidade interna pois cada esquina incorporava conceitos similares queles usados nos contrafortes g ticos ou flying buttress em ingl s A diferen a que o contraforte g tico era externo e at s vezes sua base era isolada da estrutura No caso dos Incas era parte integral do desenho e uma solu o muito pr tica em termos de desenho anti s smico Encontramos na arquitetura pr Inca sinais de que essa solu o e forma foram preferenciais mas n o est o presentes de forma sistem tica na arquitetura pr Inca Em Chim e Wari encontramos exemplos de muros principais de se o trapezoidal No entanto dentro de
442. resenta o externa e dedicou tempo para determinar onde seriam estabelecidas as escadas de acesso as portas s vezes colunas e especialmente as janelas As portas e escadas geralmente estavam ligadas a um eixo principal como tamb m a escada principal interior WITTKOWER 1971 p 128 129 134 36 Onde existe uma forte liga o do exterior com o interior nos quartos que ficam distribu dos ao redor da sala ou quarto principal Pall dio mantinha um interesse em controlar a distribui o tanto interna quanto externa das janelas nas vilas Os Incas s vezes apresentavam estruturas com uma nica porta principal offset ou recuo no muro como no caso das kanchas de Ollantaytambo As janelas e nichos geralmente mant m uma simetria cuidadosa tanto dentro de uma estrutura quanto do lado de fora Isto dependia do car ter da estrutura e seu uso Na arquitetura Inca a janela tem usos limitados geralmente em estruturas de dois andares e algumas estruturas em lugares com posicionamentos geogr ficos importantes como por exemplo aquela de tr s janelas de Machu Picchu Os p rticos geralmente eram integrados nos muros muitas vezes com blocos de pedra com maior n vel de acabamento e podiam incluir escadas como por exemplo Sacsayhuaman As escadas principais geralmente serviam a fun o de integrar v rias estruturas ou terra os e na maioria de casos n o obedecem a conceitos de simetria Essas ficavam dependentes de topografias complexas O desenv
443. ret ngulo que mede 10 50 m de comprimento e 4 5 m de largura Ent o deve ser substitu do com uma extrus o de forma retangular formada por este mesmo ret ngulo mas com paredes de uma altura de 2 50 m e uma base de 1 20 m de espessura Fig 106 SSE Fig 106 Regra n mero onze Regra n mero doze Se existe uma extrus o retangular com as dimens es definidas na regra n mero onze com uma altura de 2 50 m e uma base de 1 20 m de espessura 219 Ent o acrescente as empenas triangulares no topo dos muros finais isto nas duas larguras de 4 50 m Em outras palavras isto ser um topo triangular centrado nas extrus es laterais de 4 50 m de largura e de 1 20 m de espessura Esta ser no seu pice 1 50 m mais alta que a extrus o retangular descrita na regra onze Estas regras descrevem uma extrus o de uma estrutura retangular com duas empenas que receber o uma uni o com aquela extrus o retangular e que dever o receber um telhado de duas guas Fig 107 Fig 107 Regra n mero doze Regra n mero treze Se existe uma extrus o retangular com uma altura regular de 2 50 m nos dois lados de comprimento e de 4 0 m de altura nas empenas ou seja das larguras Ent o substitua se essa estrutura por um volume que tem uma base da mesma forma isto retangular sendo que as faces ou paredes externas dever o apresentar uma inclina o externa de 1 5 graus extrus o aplicando se esta sub
444. retangulares do estilo Neo Inca que exibem uma inclina o ou ntase menos discreta do que aquela que se apresenta na parte considerada original de Ollantaytambo no setor chamado Cozco Fig 48 Fizemos algumas medi es comparativas em 2 007 de v rios port es e dos ngulos internos e externos destes para determinar se existe um padr o e possibilidades de sugerir apoio computacional para defini los de forma gen rica com o objetivo de que o resultado pudesse ser aplicado quase universalmente a outros centros de origem Inca Precisaos aceitar que em alguns 149 centros e estruturas Incas os port es incorporam outro formato e que nem sempre s o iguais Aqueles que geralmente apresentam diferen as s o os que est o associados com as reconstru es realizadas na poca da conquista por exemplo de Ollantaytambo e Cusco onde houve muita reutiliza o de estruturas existentes ou talvez tenham sido estruturas Incas modificadas Vamos supor que s o de origem posterior e talvez colonial espanhol pois os port es n o exibem a ntase que podemos observar em Ollantaytambo Os port es de alguns dos pal cios Incas em Cusco e ao sul em sua pra a principal de Andahuaylillas t m o cumprimento quase duplicado particularmente a verga ou travessa Em compara o com aqueles geralmente observados na parte urbana de Ollantaytambo esses ltimos s o de propor es mais discretas Os port es internos do templo de Wiracocha foram constru dos
445. ria do desenvolvimento e metodologias No caso da arqueologia Andina e dos procedimentos necess rios para estabelecer uma defini o de sua cronologia n o existe a vantagem dos documentos escritos e hist ricos que deram apoio arqueologia Europ ia e do Levante Os metais no Levante e na Europa definem fases mas no caso da regi o Andina n o mudam muito em 3 000 anos O cobre como tamb m a prata e o ouro e as combina es ou misturas de cobre com outros metais s o as varia es principais na metalurgia por exemplo misturadas com ouro ars nico estanho etc Isso n o quer dizer que n o existia conhecimento de t cnicas complexas para melhorar e refinar metais usando m todos qu micos e provavelmente eletroqu micos Al m de definir avan os 89 tecnol gicos do Levante por exemplo a aplica o de temperaturas altas aos metais muito relevante para este estudo devido ao fato de que a cronologia Andina em grande parte definida pelos arque logos relacionando a com o desenvolvimento da cer mica e metais que precisavam de temperaturas altas como tamb m da arquitetura e muitas vezes com os estilos est ticos associados com a mesma Al m disso ao realizar escava es descobriu se cer mica e tecidos de estilos que hoje em dia podemos associar pelas semelhan as estil sticas com os murais ou desenhos existentes nas estruturas como Huaca del Brujo Huaca Centinela e Tambo Colorado das culturas Moche Chim e Inca respec
446. ria ter muitas aplica es em outros estilos de arquitetura e campos Dever permitir criar uma variedade de op es e maiores possibilidades de interpretar do passado Como Mauricio Forte sugere a arqueologia vai mudar radicalmente com a incorpora o de novas id ias e tecnologias como esperamos ter explicado com a aplica o de uma gram tica da forma especificamente desenvolvida para a arquitetura Inca A computabilidade da arquitetura Inca por meio da an lise empregando a gram tica da forma tem uma aplica o pr tica na reconstru o virtual de estruturas e s tios de car ter arqueol gico que apresentam alguns padr es definidos Segundo Forte However this process of amassing and interpreting information is a continuous one what we cannot find out or understand now we will be able to comprehend in the future provided we do not destroy or lose the underlying data It is important therefore not to waste information or lose access to it In this process of acquisition restoration and re presentation the assistance of computers and other technology has become vital and it is here that the term virtual archaeology becomes valid The archaeology of the third Millennium will very likely be a science with a strong technological element that will enhance out of all proportion our ability to explore to interpret and to classify 343 bringing with it a greater and more penetrating ability to reconstruct the past Loosel
447. ro Semelhan as Distribui o sim trica Distribui o sim trica de quartos ao redor do de estruturas espa o interno retangulares p tio interno Semelhan as Simetria dentro dos Simetria dentro das quartos estruturas retangulares Semelhan as Simetria e raz es Simetria e raz es espec ficas na espec ficas na distribui o de janelas distribui o de nichos e portas e entradas nas estruturas retangulares Diferen as Porta entrada Porta entrada Offset simetricamente centrada Diferen as Uma a quatro andares Estruturas geralmente de um andar Fig 212 Tabela comparativa das Vilas de Pal dio e as kanchas Incas 438 ANEXO F A gram tica da forma e a gram tica do poder as vilas Palladianas e as kanchas Incas Poder e unidade expressos na arquitetura Inca 1 A arquitetura Inca reduzida a alguns conceitos arquitet nicos b sicos 2 Os conceitos andinos e arquitet nicos em regi es de topografia variada Qualidades nicas da arquitetura Inca A ess ncia e o esp rito caracter stico da arquitetura Inca 3 O n vel de governo Inca o poder dos cl s e a expans o ap s 1450 4 A defini o de estruturas padr o e a constru o em ambientes topogr ficos e ecol gicos diversos Tipologias ligadas expans o do poder 5 A linguagem e a expans o do poder Inca uma gram tica da forma dominante e um caminho direcionado a acrescentar o poder Inca a arquitetura o selo e carimbo de poder e qualidade Gra
448. ros criados por v rios n veis de ocupa o de Israel Palestina Iraque e S ria que incorporam os elementos acima mencionados e chegaram a definir a cronologia do Levante A estratigrafia s vezes era muito complicada pois um Tell poderia ter sido ocupado por v rios grupos culturas ou 88 povos ou seja ser um centro de habita o humana multiface ou de v rios est gios Lachish no Israel atual por exemplo foi um centro defensivo para v rios grupos isto primeiro provavelmente dos Filisteus a seguir dos Israelitas seguido pelos Ass rios e de novo pelos Israelitas e depois fica em decad ncia e abandono Lembre se que Lachish est documentado tanto na B blia quanto nos desenhos murais e textos Ass rios da poca expostos no Museu Brit nico Londres Fig 43 importante portanto efetuar a conex o entre as duas partes ou seja documentos hist ricos com a estratigrafia definida arqueologicamente Na verdade o entendimento da cronologia daquela regi o do Levante e Norte da frica n o mudou radicalmente at hoje em dia isto em 200 anos de pesquisas Por exemplo Napole o quando esteve no Egito em 1 798 tinha uma equipe de 200 cientistas que lhe acompanhavam completando pesquisas importantes GREEN 2002 p 34 40 Eles estabeleceram quais foram as l nguas faladas e estudaram as poss veis cronologias do Egito as quais a seguir foram refinadas pelos arque logos como Petrie Cronologia Andina histo
449. ros de altura por exemplo em Samaipata Santa Cruz Bol via Chincheros Anta Cusco e Pumacancha Cusco e Huaytar Huancavelica Fig 47 e 53 1 11 Nesses casos os nichos est o incorporados nos muros exteriores Os nichos menores geralmente s o localizados na parte interna das estruturas dif cil estabelecer a fun o exata e definir o uso dos nichos muito prov vel segundo os cronistas que os nichos exteriores serviam para colocar os corpos mumificados dos Incas e defuntos nobres Lamentavelmente foram destru dos sistematicamente ap s a conquista espanhola pelos e tamb m em Ragchi existem 151 algumas janelas que duplicam as dimens es dos nichos particularmente aqueles que s o pequenos A diferen a que o formato quase o mesmo e que as janelas atravessam as paredes Fig 531 e 54 Alguns nichos foram de car ter decorativo como por exemplo aqueles de Yucay Urubamba e outros estruturais na Ilha da Lua Copacabana na Bol via Fig 54 Nicho janela na parede divis ria da estrutura principal kallanka de Ragchi Observar o formato trapeziodal Fonte Foto de Mackay 2 007 8 T iksu perqa Entase nos muros e pared es Os muros e pared es s o as partes principais de qualquer edifica o Inca e por isto merecem um estudo mais detalhado importante considerar outros fatores como propor o simetria e fun o juntamente com o conceito de t iksu perqa ntase Algumas observa es prelimina
450. rra Central Bonavia Duccio e Ravines Rogger Pueblos y Culturas de la Sierra Central del Peru Cerro de Pasco Corp Lima Peru p 77 89 TICKELL James e TICKELL Oliver 1989 Cusco Peru Tauris Parke Books Londres Inglaterra TSAI Daniel E 1997 The Pall dio Web Museum A Heterogeneous Database of Architecture and History em CAAD Futures Munich Alemanha 1997 p 655 62 TURKIENICZ Benamy e MAYER Rosirene 2006 Oscar Niemeyer Curved Lines few words many sentences Nexus TZONIS Alexander 2004 Le Corbusier The Poetics of Machine and Metaphor Universe Nova Iorque USA URBANO Henrique e SANCHEZ Ana 1992 Cr nicas de Am rica V rios Antig edades del Per Historia 16 Informaci n y Revistas S A Madrid Espanha URTON Gary 1999 Inca Myths The British Museum Press Londres Inglaterra URTON Gary 1985 Animal Metaphors and the Life Cycle in an Andean Community em Animal Myths and Metaphor in South America University of Utah Press p 251 84 Los sistemas de almacenamiento Inka de Tinyaq Ayacucho Peru VAN DER STRATEN Harald S 1998 Brasil Um Destino Bras lia DF VELARDE Beatrice 2004 Ollantaytambo Cuna Viviente de los Incas La Positiva Seguros y Reaseguros Lima Peru VILLAR DE QUEIROZ Claudio Ed 2005 Le Corbusier Espa o Corbusier Embaixada da Franga no Brasil Brasilia Brazil VON HAGEN Adriana e MORRIS Craig 1998 The Cities of the Ancient Ande
451. rticularmente onde existem desenhos frisos e pinturas pois estes est o sujeitos a ser danificados atrav s de picha o e grafite por exemplo As estruturas de pirca ou seja uma mistura de pedras com argila s o ligeiramente mais resistentes mas perdendo o telhado ou cobertura as edifica es sofrem de problemas similares s estruturas de adobe O n cleo de destrui o similar aquele observado em estruturas de adobe sendo que a maior parte do material depositada imediatamente aos lados dos muros e geralmente em paralelo aos mesmos nos cantos pela parte interna A regra geral 316 deveria ser n o realizar escava es desnecess rias aplic vel a qualquer tipo de estrutura ou monumento como aqueles descritos acima Onde for poss vel se existem padr es vis veis prefer vel criar modelagens de realidade virtual baseadas inicialmente nas regras definidas por meio da gram tica da forma Assim a seguir deve se procurar realizar reconstru es virtuais baseadas nas formas identificadas e geradas pela gram tica da forma Dessa forma se limitam os custos de escava o e os gastos relacionados a preserva o e conserva o de estruturas resultando em trabalhos de menor custo e maior preserva o da documenta o cronol gica iv Preserva o de monumentos para estudos futuros evitando a escava o destrutiva Um dos m todos usados para preparar estudos de monumentos com menor n vel de destrui o por meio do
452. rtions that there may be none whereby the whole cannot PALL DIO apud WITTKOWER 1971 p 108 109 436 Posteriormente como resultado dessa divulga o esses conceitos t m sido discutidos muitas vezes e re aplicados por outros arquitetos Por isto existem v rias fontes de documenta o que descrevem os conceitos e planos de Pall dio das quais v rias fontes al m das estruturas podem servir para apoiar o desenvolvimento de uma gram tica da forma que descreve as vilas Palladianas Por outro lado para a arquitetura Inca geralmente existem duas fontes de dados e informa es que na maioria de casos requerem um certo n vel de interpreta o A fonte principal o monumento arqueol gico ou remanescentes de estruturas que poderiam apoiar uma interpreta o e em segundo lugar as cr nicas que descrevem em algum momento a arquitetura Inca ou seus elementos Nenhuma das duas fontes tem aquele peso e autoridade t o vis vel como aquele aplicado s vilas Palladianas estruturas intactas e documentos escritos pelo autor e arquiteto Existe uma depend ncia da escava o e das descobertas como tamb m principalmente da interpreta o da arquitetura tendo por base documentos tais como cr nicas e outras fontes que ainda existem como por exemplo etnogr ficas O caso das kanchas de Ollantaytambo um timo exemplo e tem muito valor porque ainda existe ali uma alta porcentagem de estruturas constru das pelos Incas com modifica
453. rtir de tr s perguntas 1 Existe um racioc nio l gico e computacional relacionado ao conceito de computational design no sentido do uso da palavra em ingl s nos projetos arquitet nicos e urban sticos Incas 2 Se este racioc nio l gico projetual e computacional existe poss vel definir vocabul rios arquitet nicos ou tipologias arquitet nicas e aplicar uma gram tica da forma arquitetura Inca 3 A partir dessa gram tica da forma existe uma aplica o pr tica na arqueologia Se pudermos definir uma gram tica para a arquitetura Inca isto possibilitaria gerar reconstru es virtuais a partir desta reduzindo a necessidade de realizar escava es destrutivas O primeiro passo da verifica o da hip tese desta tese consiste em estabelecer se poss vel observar e verificar padr es baseados em sistema l gico incorporados na arquitetura Inca Seguindo o modelo de Mitchell e Stiny desenvolvido para as vilas de Pall dio e ap s um estudo comparativo de monumentos Incas ser poss vel observar alguns padr es arquitet nicos que s o repetidos no extenso territ rio Inca Um dos formatos principais consiste em quatro estruturas geralmente de um andar organizadas 11 simetricamente ao redor de um p tio interno Estas s o conhecidos como kanchas Este formato aparece de forma parcial ou integral na maioria de centros Incas A mesma estrutura retangular tamb m pode ser isolada sendo uma unidade separada em alguns
454. ru es inclu am estruturas complexas de duas paredes paralelas de pedra preenchidas com redes com pedras dentro do espa o entre as duas paredes Parece ser um sistema anti s smico que ficou em uso um tempo mas n o foi adotado por outras culturas posteriores j que estas procuraram outras solu es para esse problema Associadas com algumas das pir mides haviam pra as circulares e algumas das pir mides receberam anexos posteriormente 107 Fig 39 1 Vista da avenida de sete pir mides de Caral Lima detalhes da terceira pir mide ii e o sistema de constru o de duas paredes paralelas iii com redes cheios de pedra para preencher o espa o Fonte Fotos de Mackay 2 010 Em relativamente pouco tempo houve uma evolu o de uma arquitetura monumental ligada ao conceito de cidade estado cidade ritual e planejada ligada a um desenvolvimento de uma extensa parte urbana At certo ponto apresentavam semelhan as pelo menos em termos de monumentalidade com Bras lia mas h milhares de anos atr s O homem da regi o Andina j estava no processo de criar 108 zonas de urbaniza o tinha acesso gua terra para agricultura e materiais de constru o e o mar para a pesca Contavam com os elementos essenciais para estabelecer regi es urbanas de car ter fixo longe dos padr es iniciais de transum ncia como por exemplo em Guitarrero Jun n 12 500 9 000 a C as Pampas de Paij n 10 000 a C e Lauricocha a C Ap s
455. rutivo ou at o excesso de formas definidas nestes procedimentos A defini o da gram tica da forma das vilas Palladianas ficou sem ser mais desenvolvida devido ao fato de que Mitchell concentrou se principalmente nas plantas onde criou um n mero maior de vers es das vilas 210 em total excedendo o n mero que Pall dio desenhou Como j foi comentado por algum motivo Mitchell n o prosseguiu para completar o estudo com uma an lise das fachadas e a distribui o de quartos nos v rios andares das vilas nem dos sistemas de telhado Isto teria sido muito relevante devido ao fato de que Pall dio al m de seu interesse na estrutura externa usava conceitos que integravam o espa o interno com o externo desenvolvendo f rmulas espec ficas para o dimensionamento dos quartos etc A gram tica da forma das vilas Palladianas est ligada s possibilidades econ micas daqueles que contratavam Pall dio para projetar as edifica es As vilas desenhadas por Palladio representam um conjunto de f rmulas que mudam pouco com algumas exce es como por exemplo Villa B rbaro Vicenza e sugerem que estava desenhando para donos de vilas que estariam expressando seu poder econ mico por meio de estruturas grandiosas A It lia do Norte Verona Vicenza Veneza etc tinha bastante poder econ mico que foi desenvolvido a partir do s culo XVI devido a v rios fatores principalmente a importa o e exporta o de produtos europeus do Levante e
456. ruturas como neste caso s kanchas Incas t m aplica es mais amplas no mundo da arqueologia seja a grupos de anfiteatros romanos ou estilos de teatros gregos ou outros tipos de estrutura As gram ticas das formas podem ser desenvolvidas n o tanto 325 para agrupamentos de estruturas Incas mas tamb m para monumentos e grupos de estruturas em outras partes do mundo onde existe um estilo e padr o definido Exemplos podem incluir os ziggurats do Iraque a cidade de Mohjen Daro no Paquist o Templos Eg pcios e estruturas associadas templos hindus da ndia templos budistas da China e xinto stas do Jap o mesquitas na Turquia igrejas coloniais do Brasil a cidade de Alc ntara em S o Luiz de Maranh o as vilas e cidades romanas do Mediterr neo e Europa os templos gregos maias a cidade de Teotihuac n M xico e um sem n mero de estruturas e seus respectivos agrupamentos no mundo inteiro Portanto existem muitas op es e oportunidades para gerar gram ticas da forma para categorias e estilos de arquitetura existentes A aplica o de uma gram tica da forma definida para estruturas estilos e arquitetura mais recentes tamb m pode ser estendida ao passado como foi sugerido aqui no cap tulos referentes arquitetura Inca isto principalmente arquitetura de culturas relacionadas anteriores nas quais existem padr es aparentemente compartilhados No caso dos Incas o procedimento de procurar os est gios mais recentes para
457. ruturas completas Os fundamentos destes conceitos podem ser encontrados nos tratados dos anos 1400 a 1550 interessante observar que esses fundamentos existiam antes daquele per odo nos procedimentos para definir dimens es e propor es de colunas e outros elementos arquitet nicos na arquitetura grega e romana Os Shape Grammars conhecidos como a Gram tica das Formas ou a Gram tica da Forma tiveram in cio nos trabalhos de Noam Chomsky em 1957 quando ele desenvolveu a gram tica generativa Essa consiste em um conjunto de regras que servem para gerar todas as seqii ncias de palavras que s o v lidas em uma linguagem por meio de substitui es a partir de um s mbolo inicial No in cio era uma teoria ligada a um sistema de sele o de uma gram tica designada para l nguas espec ficas e dentro um grupo de frases dessa l ngua Com base inicialmente na gram tica generativa de Chomsky James Gips e George Stiny 1972 1975 e 1978 e a seguir William Mitchell criaram um sistema de an lise de linguagens que podia ser aplicado em duas ou tr s dimens es Nessa gram tica anal tica os procedimentos se revertem onde a partir de uma sequ ncia de palavras s o feitas restri es consecutivas que devem resultar numa vari vel booleana do tipo positivo ou negativo que estabelecia se a segii ncia originalmente proposta pertencia ou n o linguagem descrita pela gram tica Esse sistema permitia fazer um resumo de um conjunto de regras e li
458. s Esse interesse que inicialmente divulgou se em publica es acad micas e nos jornais ainda refletido quase semanalmente em reportagens nos jornais revistas televis o e na Internet al m das publica es acad micas A cada semana outra 28 010 no norte peruano na prov ncia de La Libertad monumentos e restos de origem Chim foram encontrados em Jetoro Jayanca segundo Wilfredo Sandoval do jornal El Comercio 22 de maio de 2 010 em Pachacamac na costa deserta perto de Lima s tio arqueol gico milenar trabalhado por v rios investigadores por mais de um s culo incluindo Max Uhle e outros As descobertas receberam cobertura mundial e chegaram a ser inclu das na imprensa brasileira como por exemplo na Folha de S o Paulo 12 05 2 005 na Internet na BBC do Reino Unido al m de naturalmente nos jornais do Peru Podemos assim dizer que esse um exemplo t pico do fato de que as imediatamente Pachacamac interessante porque um monumento que inclui um complexo de templos que foram adotados pelos Incas onde eles tamb m iniciaram constru es em pedra eventualmente mudando de materiais de constru o e completando o complexo das Mamakunas em adobe material mais apropriado e dispon vel na costa peruana Surpreendentemente muitas das descobertas atuais na regi o Andina ainda est o ligadas cultura Inca por exemplo Choquequirao Vilcasbamba etc surpreendente porque de se supor que co
459. s Thames and Hudson Ltd Londres Inglaterra WATKIN David 2000 History of Western Architecture 3ra edi o Laurence King Londres Inglaterra WHINNEY Margaret 1992 Wren Thames and Hudson Londres Inglaterra WIENER Charles 1880 1993 Peru y Bolivia Relato de Viaje Istituto Franc s de Estudos Andinos e Universidad Nacional Mayor de San Marcos Lima Peru WILFORD John Noble 2010 Mapping Ancient Civilization in a Matter of Days New Iorque Times 10 May 2010 USA 473 http www nytimes com 2010 05 1 1 science 1 Imaya html 8dpc acessado em 03 06 2010 WILLEY Gordon R 1953 Prehistoric Settlement patterns in the Vir Valley Peru Bureau of American Ethnology Bulletin 155 Smithsonian Institute Washington DC USA WILLEY Gordon R 1971 An Introduction to American Archaeology Volume 2 South America Prentice Hall Inc Englewood Cliffs New Jersey USA WILLEY Gordon Randolph 1988 Portraits in American Archaeology Rememberances of some distinguished Americanists University of New Mexico Press Albuquerque USA WISNIK Guilherme 2001 Lucio Costa Cosac amp Naify Edi es S o Paulo Brasil WITTKOWER Rudolf 1971 Architectural Principles in the Age of Humanism W W Norton amp Company Inc USA WOODFIELD R editor 1996 The Essential Gombrich Phaidon London WRIGHT Kenneth R 2008 Tip n Obra maestra de la ingenier a hidr ulica del Imperio
460. s nos ltimos 60 anos sugerem que a cultura Huari estava ligada cultura Tiahuanaco Como os tr s grupos t m ou pelo menos sugerem uma liga o poss vel com arquitetura Inca importante consider los de uma forma resumida Ainda que n o seja o objetivo deste estudo acreditamos que a aplica o de sistemas computacionais pode ser efetuada nos tr s grupos apresentando diferentes n veis de dificuldade Para estabelecer se poss vel criar gram ticas da forma para estes tr s grupos precisamos verificar se existem padr es que possamos identificar No sentido de definir a arquitetura Inca necess rio no m nimo que esses padr es integrem um sistema da gram tica da forma similar quela definida por Mitchell para as vilas de Pall dio MITCHELL e STINY 1978 a e b MITCHELL 1996 e MITCHELL 2008 383 Identificac o de padr es No caso de Tiahuanaco pelo menos em rela o ao centro principal que fica no altiplano boliviano poss vel reconhecer uma ortogonalidade o primeiro passo para avan ar em projeto deste tipo O passo seguinte ser identificar estruturas t picas e preferencialmente repetidas tanto no centro de Tiahuanaco quanto em outras partes do Imp rio Tiahuanaquense Lamentavelmente as varia es regionais ainda n o permitem desenvolver este conceito de repeti o mas se considerarmos algumas estruturas existentes e vis veis no centro matriz de Tiahuanaco prov vel que seja poss vel desenvolv
461. s o exce es mas sempre poss vel observar um n vel de controle e respeito que existe para as reas de agricultura e cultivo O ambiente em todos estes lugares e ao redor foi altamente modificado por necessidade e tamb m como parte do simbolismo Inca confirmando uma domina o da natureza at nos detalhes 11 Como reagiram ante a estrutura no momento da constru o Quais foram as rea es ap s a constru o imposs vel saber como reagiram ante a estrutura no momento da constru o mas prov vel que a rea o foi de orgulho devido ao fato de que era um s mbolo da capacidade dos governantes Incas de dominar o territ rio e construir estruturas de qualidade e de certo n vel de padr o Ollantaytambo Chincheros Pisac Calca Cusco e Yucay e muitos outros centros urbanos de origem Inca incluem bases e estruturas anteriores a 1530 Ainda est o em uso hoje em dia fato que reflete o sucesso da escolha do lugar e a qualidade do produto que permite uma continuidade e expans o desses centros urbanos No caso de Ollantaytambo uma alta porcentagem maior que em outros centros de origem Inca das 411 estruturas desenhadas e constru das pelos Incas ainda continuam em uso N s hoje em dia podemos ficar admirados ao olhar as estruturas a qualidade do trabalho e o planejamento urbano que ainda existe uns 400 a 500 anos ap s o final do Imp rio Inca Isto significa que o planejamento urbano foi um sucesso e os desenhos de
462. s acidentes geogr ficos Cusco um bom exemplo de um centro com uma divis o social bem definida Esta antiga divis o social no caso dos Incas entre os Hanan da parte alta da cidade e os Hurin parte baixa da cidade um conceito que ainda existe em muitos povoados nos Andes No caso do tra ado urbano de Ollantaytambo observamos uma disposi o de estruturas de um plano ou layout ligeiramente trapezoidal um elemento de desenho important ssimo dos Incas que merece um estudo aparte Desenhos formatos e planejamento urbano O plano da maioria das estruturas Andinas Incas n o muda muito do retangular ou s vezes quadrangular Men o das exce es que s o poucas deve ser feita antes de entrar na an lise detalhada das estruturas retangulares e quadrangulares Existem poucas varia es com a exce o de algumas estruturas consideradas como de uso ritual rto ou na cidade de Cusco ou em Machu Picchu e Pisac s o alguns outros exemplos e o torre n e o sistema de defesa de Sacsayhuaman s o outros poucos exemplos Outros 43 parte n o estrutural de um monumento como o Templo da Lua em Machu Picchu K Poder amos compilar uma s rie de desenhos de estruturas para um cat logo de arquitetura Inca como aquela feita pela Dra Kendall 1 976 e 1 984 mas este provavelmente n o seria muito extenso devido a reduzida varia o estrutural e o limitado n mero de varia es Estruturas retangulares geralmente estavam subdivid
463. s de gua sistemas agr colas e estavam situados numa rede de vias e de transporte terrestre regional Ollantaytambo parece incorporar um setor de car ter religioso setores para armazenamento e um plano urbano planejado dentro de regras que restringiam crescimento As popula es muitas vezes inclu am uma fun o militar pois o povo Inca estava no processo de conquista de outros povos quando foi conquistado al m do elemento administrativo e de controle das estradas ligando os Andes e as regi es que forneciam produtos da Amaz nia madeira ouro prata frutas folha de coca penas de aves etc A cidade Inca geralmente era estabelecida em lugar estrat gico em termos de defesa e perto de um rio caudaloso para fornecer gua para a agricultura Os rios em geral por serem muito perigosos n o eram considerados estradas para navegar pelo menos no caso dos Andes Os assentamentos Incas tamb m podiam ser estabelecidos considerando a proximidade a uma estrada ou no topo de montanhas como santu rios ou beira de fontes de gua ou pukios para uso de ritual Aquelas estradas ou Capac Nan o equivalente as estradas reais eram important ssimas pois ligavam o Imp rio e tamb m os povos conquistados pelos Incas Tinham uma fun o semelhante aquela dos portos estrat gicos ao longo da costa brasileira que controlavam o dom nio portugu s e eventualmente os rios do interior do Brasil Ent o para o portugu s e o europeu em geral as estradas que
464. s de montanhas e regi es altas que permitiam controlar os vales inferiores diferentemente dos principais centros urbanos de Chan Chan do Chim e Tiahuanaco que ficavam em vales ou espa os planos Material de constru o o material de prefer ncia era a pirca ou perqa uma mistura de pedra rusticamente trabalhada com pouco acabamento e argila ou argamassa Existem algumas estruturas particularmente alguns t mulos com acabamento fino nas pedras que est o integradas e bem encaixadas Estas estruturas no setor Conchopata provavelmente foram ligadas pelo menos estilisticamente a est gios da influencia de Tiahuanaco M todos de constru o v rios sistemas foram usados A maioria das estruturas de uma forma irregular s vezes incorporando curvas e algumas delas de formato retangular A altura das estruturas e particularmente dos muros pode surpreender devido ao fato de que s vezes superavam oito metros as quais provavelmente foram de car ter defensivo No caso de Huari as estruturas que obedecem ao conceito de ortogonalidade s o aquelas que ficam no setor de Moradachayoc Fig 182a Dimens es dif cil estabelecer as dimens es exatas particularmente a altura das estruturas de Huari devido ao fato de que est o em estado avan ado de deteriora o com a exce o dos muros e paredes externos Distribui o das estruturas e ortogonalidade n o existe um padr o para a maior parte da arquitetura de Huari Essa fo
465. s plantas provavelmennte porque a aplica o mais simples b Distribui o e simetria A distribui o e simetria da maioria dos quartos um elemento muito importante em quase todos os projetos desenvolvidos por Pall dio Os desenhos geralmente incorporam conceitos b sicos de quartos distribu dos ao redor de um sal o ou do quarto maior geralmente de forma retangular ou em forma de T Mitchell percebeu que as vilas de Pall dio seriam timas candidatas para a aplica o da gram tica da forma principalmente porque apresentavam o padr o de um quarto ou sal o principal retangular ou quadrangular e em volta do sal o quartos menores uma arquitetura que poderia ser considerada quase modular Lembre se a suposta heran a Palladiana de Le Corbusier particularmente em termos dos desenhos desenvolvidos para os apartamentos em Marselha e em Berlim que tamb m usavam o conceito modular geralmente de dois andares Esse conceito tamb m foi usado nos desenhos geom tricos e modulares associados com as culturas Tiahuanaco e Huari ou Wari G Posicionamento de escadas entradas janelas p rticos e colunas Pall dio estudou a apresenta o externa das vilas dedicando tempo e cuidado para determinar onde deveriam ser localizadas as escadas de acesso as portas s vezes colunas e especialmente as janelas As portas e escadas geralmente estavam ligadas a um eixo principal e tamb m escada principal interior Onde existe uma forte liga
466. s que podem at danificar a cer mica e os metais Antes de realizar uma escava o deve existir um plano de conserva o e planejamento para inesperados do passado v Algumas metodologias computacionais j em uso Existem estrat gias metodologias e sistemas computacionais para v rios est gios de um trabalho arqueol gico Algumas delas s o pr escava o ou pr 307 trabalho de campo No decorrer do ano 2010 o casal de pesquisadores Chase trabalhando na regi o Maia do M xico Guatemala Belize El Salvador e Honduras encontraram um sistema de medi o a rea empregando raios laser Este ligado a sistemas computacionais descrevia em um ter o do tempo e com maior exatid o a geografia e possibilitava a identifica o de monumentos existentes tridimensionais como tamb m o relacionamento de monumentos no caso do s tio de Caracol Belize WILFORD J N New York Times 10 de maio de 2010 acessado 03 06 2010 At h pouco tempo os procedimentos usados demandavam muito tempo para gerar planos e mapas exatos Mencionei anteriormente que aerofotografia o mapeamento complementado com imagens geradas por sat lites e de sistemas de GPS Global Positioning Systems podem apoiar trabalhos arqueol gicos obedecendo um alto n vel de precis o Existem outros sistemas de grava o ou medi o que geralmente est o ligados a um sistema computacional O arque logo geralmente precisa manter um controle dos v rios n veis estrati
467. s referidos pelos cronistas para estabelecer onde est o localizados hoje em dia Quarto fazer uma escolha de estruturas e edif cios individuais ou agrupamentos dos mesmos em cada um desses s tios Isto significa procurar identificar quais foram as culturas ou express es culturais mais importantes e elaborar id ias em termos de sua participa o nos antecedentes da cultura Inca Quinto identificar padr es e par metros que s o refletidos na arquitetura Inca e confront los com os v rios centros de origem Inca e nesse processo tentar especificar as regras da gram tica da forma da arquitetura Inca que pretendemos pesquisar analisar e aplicar Neste ltimo est gio procuraremos aplicar e integrar os conceitos da gram tica da forma com as regras da arquitetura Inca resultantes deste estudo Formariam parte das conclus es que eventualmente poder o ser aplicadas a sistemas com modelos gerados por computador Incluiremos tamb m uma aplica o adicional no processo de reconstru o virtual de estruturas parcialmente ou totalmente destru das Existem muitas publica es estudos e pesquisas feitas referentes cultura Inca incluindo sua arquitetura No entanto s o poucos aqueles que tentam entender a forma dimens es raz es e propor es tanto na arquitetura Inca quanto nas pr Incas que constituem as poss veis fontes da primeira 355 Antecedentes pr Incas A grande cidade da costa peruana constru da pelos Chim Chan
468. s s o altos as constru es de pedra maci a com uma nica e importante entrada sa da do conjunto arquitet nico para cada p tio Fig 24b A parte visual que estava repetida no tra ado urbano Fig 25 no exterior implicava poder ao contr rio do espa o interior das estruturas As quatro habita es retangulares ao redor do p tio interno apresentam um acabamento de menor qualidade Os espa os internos devem ter sido escuras isto o aspecto interno era pelo menos visualmente menos impressionante poss vel descrever em poucas palavras a distribui o e relacionamento das estruturas e a sua integra o parte externa e o uso do espa o dentro do p tio interno Este ltimo se mant m em propor o e est limitado pelas estruturas externas E poss vel visualizar um ret ngulo maior isto as duas kanchas que formam parte de 27 inseridos neste ret ngulo maior Existem v rias formas de descrever os padr es observados nas kanchas Ao desenvolver uma gram tica da forma para descrever estes conjuntos poss vel gerar passos ou v rias s ries de regras e procedimentos que parecem ser diferentes mas o resultado final geralmente ser o mesmo Dentro do espa o quadrangular est o distribu das quatro estruturas bem proporcionadas que ficam cuidadosamente espa adas com entradas e port es voltados ao p tio interno interessante observar que na maioria dos exemplos de Ollantaytambo as quatro estruturas re
469. s tarde Le Corbusier 1 930 1 950 realizou estudos baseados tanto na arquitetura cl ssica quanto nos sistemas desenvolvidos pelos mestres da Renascen a Uma parte do estudo estava baseada no emprego das dimens es do ser humano para definir escala e propor o principalmente no plano vertical mas tamb m no horizontal Lembramos que a coluna era important ssima na arquitetura cl ssica pois o di metro da base de certo tipo de coluna determinava a altura e as dimens es das partes associadas tais como suporte cornija etc A rela o entre as coluna era definida em termos de espa o altura e a rela o entre as partes 5 Conceitos de t iksu perqa ou ntase andino dos Incas Um detalhe da arquitetura Inca que n o deve ser ignorado o uso repetitivo do formato trapezoidal aplicado rigorosamente maioria das estruturas constru das por eles importante integrar este elemento no desenvolvimento de uma gram tica da forma relacionada s reconstru es de estruturas Incas Existe at hoje em dia um amplo uso das formas relacionadas ao trapez ide particularmente nas igrejas de origem colonial no sul do Peru e o norte chileno e boliviano A inclina o das paredes tamb m um dos ind cios de tradi es mais antigas na arquitetura ind gena colonial A defini o exata e escrita de t iksu perqa ntase como foi desenvolvida pelos Incas n o conhecida por falta de registros e estudos escritos Existe uma descri
470. s test pits ou escava es experimentais que j foram descritos neste cap tulo Implementando esse m todo apenas numa pequena parte de uma estrutura que sofre destrui o de contextos e possivelmente perda da cronologia Mas se a escolha bem feita essa escava o tamb m pode servir para definir descrever e documentar uma cronologia de um monumento A destrui o de car ter limitado necess ria para estabelecer a evolu o dos est gios do monumento estudado Um estudo que inclui um test pit realizado com a devida considera o para as estruturas vis veis geralmente procura entender o relacionamento de estruturas e as v rias fases de uma constru o Aproveitando os conhecimentos obtidos com base naqueles test pits poderemos decidir se uma escava o ser necess ria e se vai prosseguir a outros est gios ou se um entre v rios sistemas poder ser aplicado para gerar uma visualiza o de como eram as estruturas Isto pode incluir reconstru es virtuais baseadas em estudos da gram tica da forma das estruturas O objetivo de re 317 criar monumentos baseados a partir de dados e detalhes obtidos na superf cie do solo e de definir paredes e estruturas etc simplesmente o melhor sistema de conservar monumentos e limita os gastos de escava o como tamb m o trabalho de grande n mero de pessoas em longo prazo Isto tem uma dupla vantagem primeiro de conservar ou pelo menos n o alterar a heran a hist rica ou pr hi
471. scentadas mais duas a Composta que muda pouco em rela o a Cor ntia variando 140 principalmente na parte da camp nula e a Toscana que muito simples e exclui a parte decorativa As ordens Toscana e Composta s o definidas e reconhecidas como de origem Romana As colunas em cada caso s o s um elemento das diferentes partes das ordens que foram definidas pelos gregos e romanos Elas geralmente est o relacionadas a uma estrutura maior que poderia ser por exemplo um templo como o Parten n em Atenas e o Templo de Sounio Cabo de Sounio tamb m na Gr cia ou um edif cio de car ter administrativo a exemplo de Stoa em Atenas Gr cia As colunas cl ssicas t m uma forte nfase est tica para setores espec ficos geralmente externos de uma estrutura Diferentemente a arquitetura Inca usa o conceito que quase ntase em todos os elementos de uma estrutura aplicado tanto na parte est tica quanto na estrutural Na arquitetura cl ssica s refletem ntase aquelas partes ligadas a colunas e outros elementos est ticos e estruturais geralmente externos e relacionados as fachadas N o seria poss vel definir a arquitetura cl ssica como um exemplo de aplica o do conceito de ntase de forma total e integral pois existem exce es Como veremos no caso da arquitetura Inca o conceito de ntase aplicado de forma global sua arquitetura incluindo estruturas de car ter modular como as kanchas 4 Propor es e padr es
472. sem precisar de uma tecnologia complexa de manufatura para produzir desenhos de estruturas que n o s o nicas O acabamento de muros e paredes podia ser elegante incluindo muitas vezes pedras trabalhadas em grande detalhe com ngulos vari veis intercalados e integrados Essas podiam consistir de variedades de formatos poligonais celulares ou simplesmente semelhante a um tijolo ou atijolados s vezes v rios estilos podem ser integrados numa mesma estrutura Arquitetura Inca chega ser quase uma express o f sica da flexibilidade org nica dom nio pol tico econ mico e religioso do sistema de governo do Imp rio Inca Em resumo aqueles elementos formam parte do vocabul rio da arquitetura e planejamento urbano principalmente a nfase sobre o uso integral e quase exclusivo das formas trapezoidais muitas vezes dentro de estruturas e conjuntos tais como as kanchas A maioria das estruturas Incas s o aparentemente b sicas e simples geralmente retangulares de um andar e de duas guas mas incorporam v rios elementos distintivos que s o principalmente trapezoidais representadas nas portas janelas nichos no formato e se o das paredes que procuramos descrever como ntase total e est o ligadas a uma gram tica de forma que aplicada de forma geral em todo o Imp rio Inca Sendo assim pode ser considerada por extenso at como uma gram tica do poder pois essas estruturas s o repetidas ad infinitum em v rios formatos parecidos
473. serva o desta para futuras gera es e provavelmente gerando novos empregos para os habitantes Existem outros centros coloniais no Brasil onde seria poss vel 341 realizar um estudo similar por exemplo no centro de S o Luis Len is o Pelourinho de Salvador na Bahia Olinda perto de Recife Parat no Rio de Janeiro Mariana e algumas das cidades hist ricas de Minas Em termos de estruturas a gera o de uma gram tica da forma baseada numa an lise de padr es e formatos repetidos poderia ser aplicada de forma comparativa aos teatros brasileiros Pirin polis Bel m Manaus etc ou igrejas coloniais das cidades hist ricas incluindo aquelas que s o de formatos diferentes como Nossa Senhora do Outeiro RJ e Nossa Senhora do Ros rio Ouro Preto estruturas portu rias fortalezas S o Vicente Santos Rio de Janeiro Santa Catarina Natal Macap Fernando de Noronha etc chafarizes mercados etc e a lista pode continuar d O desenvolvimento de gram ticas das formas n o est restrita s vilas de Pall dio casas tipo Queen Anne Igrejas desenhadas por Wren templos Chineses Jardins Mughal etc Pode tamb m ser usada para entender os arranha c us de Yemen estruturas altas de v rios andares com uma escada semi espiral interna e um p tio ou vazio interno as casas tradicionais de Dubai com sistema de p tios internos para controlar temperaturas as mesquitas turcas as favelas de Rio de Janeiro ou S o Paulo as
474. ssado andino retirando tend ncias existentes e substituindo as oir uma abordagem relacionada a ecologia Jerry Moore muitas vezes sugere m todos te ricos por exemplo pontos de observa o dan as e m sica para entender as estruturas da sociedade andina sem a necessidade de se basear em estudos com fundamentos te ricos derivados de pontos de vista diferentes MOORE 2005 p 1 18 A pergunta que apresentamos aqui Qual a relev ncia da cronologia arqueol gica Andina particularmente com refer ncia arquitetura Inca A partir de 4 000 anos antes de Cristo aparecem os primeiros exemplos da arquitetura andina come ando nessas datas que os arque logos podem definir uma s rie de mudan as em estruturas de car ter religioso e de uso em n vel estatal como tamb m nas vivendas e casas mais simples assim que ao longo de 6 000 anos podemos descrever uma s rie de mudan as na arquitetura Andina que culmina no desenho da arquitetura estatal dos Incas aplicada quase indistintamente em todo o territ rio Podemos dizer que isto ocorreu desde o norte perto de Quito no Equador atual at Samaipata Meyers 2007 p 223 254 no sul de Bol via e em outros centros do norte Argentino Humahuaca Salta e Jujuy WILLEY 1971 p 233 237 e no norte de Chile Katarpe na regi o do deserto de Atacama Fig 38 i v A arquitetura Inca possui uma fun o definidora que mant m elementos de desenho e manufatura em comum com as outras re
475. sses muros protetores as estruturas internas incorporam muros que s o de faces paralelas O arquiteto Inca aplicava aquela inclina o indiscriminadamente e de forma uniforme a toda estrutura o que pretendo denominar uma vers o Inca da ntase Era uma ntase que foi aplicada em geral at nos detalhes arquitet nicos como portas janelas muros e incluindo o corte ou uni o das pedras inclusive no plano urbano ver o tra ado urbano de Ollantaytambo nas Figs 22 e de Chucuito Puno e 187 9 T iksu perqa Entase em pedras individuais e como revestimento T iksu perqa Entase na composi o de paredes exemplo em pedras individuais usadas como revestimento Talvez os melhores exemplos deste tipo de 153 ntase s o aquelas que encontramos nas paredes da cidade Inca de Cusco Na Rua Hatunrumiyoq Cusco uma das mais conhecidas e mais fotografadas por exemplo foi constru da com pedras trabalhadas e de acabamento fino Figs 19a e 55 incluindo uma de doze ngulos A habilidade dos Incas em cortar as pedras sem ferramentas reconhecida por todos Isto se revela no fato de que quando cortadas elas podem ter muitos ngulos que s o trabalhados de tal forma que coincidem com exatid o com aqueles feitos nas outras pedras dif cil ignorar os fatos Essas pedras trabalhadas booleanos que permitem uma pedra de forma complexa e que cont m muitos ngulos se encaixar como outra mas isto exigiria um estudo aparte At o dia
476. st rica e segundo limitar os gastos de escava o e subsequentemente a conserva o das descobertas v A contribui o potencial da gram tica da forma para a arqueologia na regi o Andina Existe a necessidade de aplicar alguns conceitos formulados e estabelecidos que est o baseados pelo menos inicialmente em estruturas intatas ou derivados de trabalhos arqueol gicos Houve nos cap tulos anteriores uma discuss o do potencial e da poss vel aplica o da gram tica da forma em monumentos arqueol gicos na regi o Andina A tenta o sempre ser no sentido de realizar escava es para determinar as formas principais dos monumentos mas com dedica o e fazendo conferencia com os especialistas em estilos e culturas espec ficas aquela percep o da necessidade de escavar pode ser restringida e permitir que outras op es sejam estudadas Estas op es podem incluir sondagens eletr nicas de resist ncia magn tica uso de fotos a reas e inclusive por sat lites Tamb m deve ser reconhecido que arque logos historiadores e arquitetos com amplos conhecimentos de monumentos relacionados e dos formatos comuns de monumentos de uma cultura podem reconhecer os padr es arquitet nicos identificados com uma cultura espec fica Como j foi descrito geralmente com poucas exce es a arquitetura Inca preenche os crit rios para realizar um estudo do tipo proposto A arquitetura Inca inclui muitas estruturas de padr es quase fixos
477. sta regra de forma integral incluindo a parte inferior dos muros at a parte superior 171 Esta regra e est gio permitem definir o ngulo interno comumente encontrado na maioria das paredes e muros de origem Inca Fig 63 Regra n mero cinco Regra n mero seis Se voc desenvolveu uma estrutura que inclui as regras partindo do n mero um at cinco ou seja uma extrus o retangular com empenas de topos triangulares com uma inclina o ligeira externa aplicada universalmente estrutura como tamb m uma inclina o interna de poucos graus Ent o adicione quela estrutura definida um telhado com um valor longitudinal de 13 m isto que permite uma sobreposi o do telhado que tem uma Fig 64 172 Fig 64 Regra n mero seis Regra n mero sete Se voc tem uma estrutura retangular que compreende e inclui as regras de um a seis Ent o poss vel acrescentar extrus o retangular que incorpora um telhado retangular de duas guas um quadrado paralelo ao cumprimento da estrutura isto um p tio inteiro medindo 13 por 13 metros Fig 65 A face com as entradas portas e janelas seria voltada em dire o do p tio interno As formas b sicas j foram definidas e sendo assim as janelas e nichos podem ser adicionados atrav s de regras suplementares como tamb m detalhes menores como as fechaduras das portas e pontos de atadura para o telhado 173 Fig 65 Regra n
478. stitua este espa o com um ret ngulo vertical que mede 1 5 m de altura e 0 90 m de comprimento na base e 0 90 m na parte da verga e umbrais e uma espessura de 0 60 m na parte inferior Fig 164 Nn OL nn wn ln nn Cnn coma Fig 164 Regra nichos n mero um Regra n mero dois nichos Se existe um paralelep pedo vertical que mede 1 5 m de altura e 0 90 m de comprimento na base e 0 90 m na parte superior ou verga e uma espessura de 0 60 m na parte inferior Ent o substitua dentro do paralelep pedo definido na sub regra um com um trapez ide vertical que mede 1 1 m de altura e 0 70 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior ou verga e uma espessura de 0 60 m na parte inferior semelhantemente s entradas ou portas este processo cria um formato trapezoidal O nicho dever ser centrado horizontalmente e situado a do topo do bloco Fig 165 283 F 33 Fig 165 Regra nichos n mero dois i vi i Bloco inicial iii nicho trapezoidal e vi inclina o das paredes 284 Regra n mero tr s a para a inser o de um nicho externo Se existe um trapez ide vertical que mede 1 10 m de altura e 0 70 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior ou verga e uma espessura de 0 60 m na parte inferior Ent o substitua este trapez ide vertical com outro trapez ide vertical que mede 1 10 m de altura e 0 70 m de comprimento na base e 0 50 m na parte superior ou verga e uma parede
479. stitui o a toda estrutura externa partindo da base incluindo as empenas Fig 108 220 Fig 108 Regra n mero treze Regra n mero quatorze Se existe uma extrus o retangular com uma altura regular de 2 50 m e uma altura m xima de 4 0 m nas empenas e uma inclina o de 1 5 graus aplicados a toda estrutura externa Ent o se deve substituir essa estrutura por um volume com a mesma forma de base sendo que os lados que formam as paredes internas estejam inclinados em 1 0 graus partindo da base Fig 109 Na face externa da extrus o deve se manter sempre aquela inclina o de 1 5 graus nos muros externos 221 ul Fig 109 Regra n mero quatorze Regra n mero quinze Se existe uma extrus o retangular com uma altura de 2 50 m e uma altura m xima de 4 0 m nas empenas e uma inclina o de 1 5 graus aplicada a toda estrutura externa e uma inclina o interna de 1 0 graus Ent o se deve substituir a extrus o retangular com empenas e inclina o externa de 1 5 graus e interna de 1 graus eliminando a parede SSE da estrutura ou seja o cumprimento de 10 50 m lembrando que as duas paredes laterais empenas larguras t m uma espessura de 1 20 m cada uma 10 50 m 1 20 m lateral leste 1 20 m lateral oeste 8 10 m de comprimento Isto um trecho de parede de no lado SSE face 1 de 8 10m dever ser retirado Isto cria uma estrutura de tr s paredes ou em forma de U comumente denomina
480. strutura externa e interna tridimensional Essas regras ou algoritmos podem ser implementados atrav s de linguagens computacionais por meio de diversos ambientes de programa o existentes A implementa o dos algoritmos em ambientes de programa o contudo est fora do escopo de nossa pesquisa As f rmulas que pretendemos definir nos pr ximos cap tulos dever o incorporar no m nimo os conhecimentos das medidas usuais e normais para as estruturas definidas como t picas Incas Como estabelece William Mitchell para outras arquiteturas Computer aided design systems typically represent various relations of shapes in their databases Thus they can provide facilities for querying the relations of a specific shape or the shapes in a specified relation Methods of evaluating functions and relations of shapes in a design world by visual inspection use of measurement instruments or execution of computer programmes provide a designer with the capacity to make observations about a design Then as we shall see these can be combined with other knowledge to yield useful inferences The practical usefulness of a design world is largely determined by the range of observations that it allows MITCHELL 1996 p 52 Conceitos b sicos para definir arquitetura Inca padr o e o uso de m todos computacionais na codifica o de propor es Pretendemos estudar as rela es de formas espec ficas que est o diretamente relacionadas s kanchas
481. struturas parcialmente completas provavelmente interrompidas devido a conquista espanhola Muitas das estruturas do centro urbano continuam em uso e t m sobrevivido h s culos resistido a terremotos e inclusive destrui o de partes do Vale Sagrado e Ollantaytambo devido s guas das chuvas torrenciais e enchentes no Rio Vilcanota por exemplo em abril 2010 Outra raz o para a escolha de Ollantaytambo que sua arquitetura Inca nica e altamente padronizada O setor urbano ainda que tenha sofrido altera es preserva o plano urbano original e muitas das estruturas originais Por isto possui potencial para ser definido por f rmulas b sicas por exemplo pelo sistema de state action tree rvore de decis o ou estado a o descrita por Mitchell MITCHELL 1996 p 56 Al m disto a arquitetura Inca n o estruturalmente complicada o que facilita gerar f rmulas para a mesma Este procedimento e outros ajudariam a definir propor es no desenho da arquitetura Inca Seria interessante estudar as possibilidades para estabelecer se os arquitetos andinos chegaram a definir f rmulas arquitet nicas Incas similares quelas que geraram a se o urea MENDIZABAL LOSAK 2002 p 31 33 Esta regra conhecida tamb m como a regra urea ou raz o de ouro e foi definida para a arquitetura cl ssica e pode ser aplicada a outras arquiteturas de formas variadas como por exemplo ao m dulo ou unidade linear reguladora de 1 8 metro
482. sugerem um n vel de perman ncia e a import ncia da domina o e controle sobre os outros exercida por certas fam lias no norte da It lia Aquela referencia ao poder vale tanto para a estrutura externa quanto para a distribui o interna dos quartos Consistia em uma gram tica da forma que criava um sentido positivo do poder convidando uma participa o N o possu a car ter impositivo como no caso dos Incas As vilas Palladianas n o s o como as fortalezas ou vilas fortaleza Italianas Austr acas Francesas Espanholas Su as Francesas ou at Escocesas e refletem uma abertura maior ao p blico pelo menos para apreciar ainda que a declara o geralmente seja de poder e dinheiro e feito a uma distancia discreta N o s o estruturas de caracter sticas defensivas A apar ncia externa de p rticos e entradas emolduradas com colunas etc convidavam a entrar e n o representava o estilo castelo mans o com uma nica entrada defendida A distribui o interna tamb m sugeria participa o daquele que tinha acesso pois entrava pelo p rtico com colunas e a seguir pela entrada principal a um sal o de recep o amplo que tinha pelos dois lados opostos quartos arranjados simetricamente Aquele primeiro sal o provavelmente tamb m seria aquele que servia para impressionar o visitante O que Mitchell n o chega a descrever porque mant m um interesse s nas plantas baixas a altura dos quartos internos e tamb m a altura externa rela
483. t rio constru do muitas vezes de formato piramidal em regi es costeiras ou em muitos casos simplesmente uma forma o rochosa de import ncia de valor cerimonial Wasi ou Huasi q Casa 480 10 Conforme a gra a de Deus que me foi concedida eu como s bio construtor lancei o alicerce e outro est construindo sobre ele Contudo veja cada um como constr i 11 Porque ningu m pode colocar outro alicerce al m do que j est posto que Jesus Cristo 12 Se algu m constr i sobre esse alicerce usando ouro prata pedras preciosas madeira feno ou palha 13 sua obra ser mostrada porque o Dia a trar luz pois ser revelada pelo fogo que provar a qualidade da obra de cada um ICOR 3 10 13
484. tangulares mant m quase as mesmas propor es e que em termos do acabamento interno foram completadas de forma artesanal com pirca e sem o cuidado normalmente investido nos muros externos Nas quatro esquinas de cada espa o quadrangular ou p tio existe um espa o muito menor de uso desconhecido que provavelmente ficava a c u aberto e que talvez fosse usado para armazenar objetos Vers o inicial em 2D desenvolvimento do formato de uma kancha dupla Esta breve descri o permite definir uma an lise das formas vis veis antes de aplicar uma gram tica da forma b sica com algumas regras simples para definir a planta baixa em duas dimens es Observe se que existem v rias formas de aplicar as regras 1 Os espacos quadrangulares que ficam nos quatro cantos quatro para um conjunto ou kancha ou oito para as duas partes do conjunto super kancha ou quarteir o Fig 26 s o como ncoras internas e as estruturas retangulares regra dois a ser definida podem ser inseridas entre estes quatro espa os nas esquinas 78 d EE E 0 EE 0 Fig 26 Regra n mero um defini o das esquinas quadrangulares de um quarteir o PA Logo definimos as estruturas retangulares Fig 27 que devem ser das mesmas dimens es em termos de comprimento e que ficam coincidindo com quatro ou oito espa os pequenos nos cantos definidos na regra um O J ult OC ODOC 0 Fig 27 Regra n mero dois defini o das estruturas retang
485. tas que realizado de cima para baixo Come a com um espa o em branco e vai desenvolvendo o contorno ou parte externa da planta sendo acrescentados os detalhes e elementos arquitet nicos das paredes janelas portas escadas e colunas Ap s a defini o do contorno da estrutura Mitchell estabelece a distribui o dos quartos e habita es e a esta incorpora detalhes das divis es e paredes internas As entradas e portas principais s o definidas segundo o posicionamento das colunas No est gio final as janelas s o incorporadas e a ltima etapa a conclus o ou finaliza o Uma das pressuposi es iniciais que os valores a respeito das dimens es estabelecidas por Pall dio s o consideradas por igual Isto como sendo do mesmo valor e no mesmo n vel que achado numa simetria bilateral Esta simetria est ligada ao eixo principal e central que ser mantido No caso da arquitetura Inca ainda n o foram encontrados manuscritos contendo detalhes dos conceitos principais usados por seus arquitetos para definir a est tica fun es e m todos de constru o 440 Podemos partir de observa es feitas no sentido de que a arquitetura Inca pode incluir algumas regras de propor o e que al m da simetria bilateral tamb m associada com Pall dio existem ou podem existir simetrias compostas e mais complexas A simetria bilateral segue baseando se no eixo central e esta geralmente a principal O que pode acontecer em c
486. te 1 e 2 Tabela de medi es e medidas referentes as kanchas Incas obtidas de v rias fontes Fonte Squire 1877 Protzen 2 004 68 Um dos objetivos desta tese inclui combinar este trabalho de campo com os estudos comparativos referentes arquitetura Inca e observar as semelhan as existentes com sistemas desenvolvidos para a arquitetura Palladiana para inferir se uma gram tica de forma espec fica para as kanchas Incas pode ser definida Os tra ados e as plantas das estruturas palladianas apresentam algumas semelhan as com aquelas relacionadas com as kanchas Fizemos refer ncia anteriormente gram tica da forma e sua relev ncia para este trabalho Inclu mos um resumo de Gabriela Celani que aparece na edi o de l ngua portuguesa da L gica da Arquitetura de Mitchell 2 008 que permite entender os diferentes tipos e procedimentos para gerar uma gram tica da forma como tamb m a sua aplica o Gram tica da forma em ingl s shape grammar Sistema de produ o baseado na gram tica generativa de Noam Chomsky que utiliza formas bidimensionais ou tridimensionais no lugar de palavras Uma gram tica da forma definida a partir de um vocabul rio b sico de formas um conjunto de regras de transforma o dessas formas e uma forma inicial qual as regras s o aplicadas recursivamente at que se chegue forma desejada A esse processo d se o nome de deriva o Fig 11 O sistema que foi criado pelos p
487. te escava es A t tulo de exemplo de expedi es que usaram esse m todo de investiga o das culturas Inca e Chachapoyas podemos citar Expedi es Antisuyo em 1986 com especializa o na Cultura Chachapoyas dirigidas pelo arque logo Federico Kauffman Doig o Projeto Ushno 2009 sob a dire o do Dr Frank Meddens para estudar as estruturas rituais Incas em v rios pontos do Imp rio Inca 2 A arqueologia tradicional e escava es na regi o Andina i Defini o do projeto Como foi mencionado anteriormente Reiss e Stiibel estiveram envolvidos nos in cios das investiga es da arqueologia da regi o Andina nos anos 1880 marcando a influ ncia alem e a heran a da metodologia europ ia que era considerada bastante avan ada para aquela poca Max Ulhe e outros arque logos europeus tamb m tiveram liga es com universidades nos Estados Unidos principalmente na Pensilv nia Chicago e Boston Ap s a primeira guerra mundial e com mais impulso ap s a segunda Guerra Mundial aquelas universidades e Berkeley na Calif rnia promoveram estudos nas Am ricas No interl dio entre as duas guerras estabeleceu se um interesse entre os peruanos para estudar a arqueologia peruana Julio C Tello 1880 1947 foi um dos arque logos principais que identificou algumas das primeiras culturas da regi o Andina por volta do ano 1925 Trabalhos efetuados por ele em 300 Chavin Paracas Cavernas Sechin e outros lugares permitiram
488. te mesmo ret ngulo incluindo paredes de uma altura de 2 5 m e uma base de 1 2 m de espessura Fig 137 252 BN AN Dara tendo data Fig 137 Regra n mero dois Regra n mero tr s Se existe uma extrus o retangular com as dimens es definidas na regra n mero dois com uma altura de 2 5 m e uma base de 1 2 m de espessura existem outras formas de definir as regras segundo Marcos Thadeu Magalh es por exemplo neste caso a regra tem a forma r S L S L usando o sistema desenvolvido por Stiny em 1980 STINY 1980 p 346 Ent o substitua esta extrus o por outra acrescentando as empenas nos muros finais abaixo do que ser estabelecido na regra n mero seis como o telhado isto nas duas larguras de 4 5 m definidas nas regras n meros um e dois Em outras palavras isto ser um topo triangular centrado na extrus o de 4 5 m de largura e que tem 1 2 m de espessura Esta ser no seu pice 1 5 m mais alta que a extrus o retangular definida na regra dois Estes procedimentos geram uma extrus o retangular com duas empenas pronta para receber um telhado de duas guas Estas regras n o s o nicas e podem ser definidas tamb m de outras formas como por exemplo em vez de acrescentar um topo triangular podem constituir uma extrus o retangular de 4 m de altura aplicando 253 superior um para um lado do eixo superior e outro para o outro Aplicado s duas larguras isto tamb m
489. temente existem muitos centros urbanos e cerimoniais religiosos da costa norte do Peru que tamb m t m sofrido devido aos efeitos do desvio da corrente Humboldt ou Peruana aproximadamente a cada dez anos causados pelo fen meno El Nino MOSELEY 2001 p 223 As mudan as clim ticas causavam destro os e ainda mudam a vida das comunidades nortenhas de hoje em dia A quantidade das chuvas fortes tamb m continuam causando destrui o de estruturas de adobe particularmente aquelas que est o desprotegidas Os sistemas originais para os tetos eram fr geis e os efeitos das chuvas trazidas pelos El Ni o foram extremadamente destrutivos Existe uma continuidade cultural no norte do Peru e a Cultura Sic n ou Lambayeque que n o t o diferente pelo menos em termos de arte em rela o aquelas precedentes que foram substitu das pela cultura Chim 900 1 480 AD H cerca de duas d cadas muitos arque logos n o diferenciavam entre Sic n Lambayeque e Chim Chim pode ser considerada como uma continua o do grupo cultural da costa norte que era significativamente diferente dos grupos dos Andes do 118 Sul e dos vales inter andinos e por isso a aplica o deste estudo n o tem tanta relev ncia para os grupos culturais do norte Do lado positivo muitos dos monumentos conjuntos e estruturas principais obedeciam a padr es ortogonais retangulares repetitivos e sim tricos Com base nisto podemos pensar na aplica o dos conc
490. terminada l ngua foi inevit vel A gram tica era considerada como um mecanismo de produ o de frases de uma l ngua espec fica A gram tica caracteriza a linguagem por meio de um vocabul rio de palavras associada com um conjunto de regras Essas regras especificam como um vocabul rio um conjunto de formas pode ser combinado para gerar senten as dentro de uma linguagem Esta linguagem tem seus limites mas pode ser combinada e recombinada permitindo maiores op es Uma gram tica espec fica para uma l ngua ser o m todo ou mecanismo que permite gerar as seqii ncias gramaticais Analogamente a gram tica da forma envolve procedimentos similares pois existem vocabul rios de formas defini o de regras para gerar conjuntos de formas e as combina es dessas inclusive complexas dentro de estilo arquitet nico Usando 346 esta analogia a caracteriza o de um estilo arquitet nico reuniria grupos de estruturas geradas a partir de um conjunto de elementos e regras resultando numa gram tica Uma linguagem arquitet nica cont m uma gram tica que permite gerar todas as estruturas dentro de um estilo Uma gram tica da forma desenvolvida para uma linguagem arquitet nica cont m um vocabul rio de formas e suas regras associadas A gram tica da forma determinada a partir de regras e de uma forma inicial Partindo da an lise de uma forma e sua decomposi o obtemos um vocabul rio de formas mais simples que a origin ria A
491. terra os Existem o fora do setor e plano urbano que foram adaptadas para aquela inclina o e declive Geralmente s o estruturas retangulares de telhados de duas guas sendo na maioria dos casos de coberturas assim tricas Devido a sua depend ncia da vari vel topografia a arquitetura Inca nem sempre pode ser idealizada com a escolha de um modelo ou de uns poucos modelos Isto seria poss vel em rela o arquitetura Palladiana contudo a unidade retangular e o conjunto tipo kancha e suas vers es derivadas permitem a formula o de uma aproxima o de um modelo b sico que tem uma distribui o ampla no territ rio Inca Uma gram tica da forma baseada em estruturas desses formatos mais gen ricos e seus derivados tem maiores vantagens em termos de aplica o do que poss veis vers es definidas para estruturas espec ficas 6 Espa o retangular subdividido o espa o ou p tio interno e a distribui o de quartos ao redor deste espa o na etapa pr Inca Uso de espa o o espa o quadrangular subdividido com um espa o ou p tio interno e quartos ou estruturas retangulares ao redor deste espa o foi um sistema que os Incas desenvolveram e provavelmente preferiam Como foi observado at hoje em dia o sistema de prefer ncia na vasta regi o altipl nica Ap s a breve compara o das semelhan as e diferen as entre a arquitetura Palladiana e Inca importante voltar a fazer referencia ao tema das kanchas Este tema foi
492. tes na Fran a e em Berlim Alemanha As unidades Incas foram estabelecidas e repetidas dentro de um s tio espec fico como a exemplo Ollantaytambo Cusichaca um bom exemplo de um centro urbano cuidadosamente planejado onde o componente e a estrutura b sica s o retangulares Este conceito aplicado com muitas varia es incluindo estruturas parcialmente retangulares onde um trecho de parede que pode ser curvo incorporado para a seguir ser integrado na topografia do s tio Ap s os primeiros desenvolvimentos arquitet nicos isto depois dos in cios Killque que parecem ter tido estruturas principalmente de formato circular dif cil 127 estabelecer quais foram os desenvolvimentos arquitet nicos principais Parece existir uma ruptura com o uso do formato circular e original Em seguida o formato quadrangular ou retangular torna se o principal das unidades e conjuntos e resulta naquele que domina a longo prazo Este formato n o muda muito sendo fixado por uns 150 anos Ou seja o plano piloto para a maioria dos centros ou o desenho padr o e original varia pouco Onde existem varia es essas geralmente est o ligadas a m todos de trabalho em pedra Os estilos definidos e principais s o poligonal celular e atijolado e outros Os m todos de misturar pedra com adobe pirca e somente adobe usados de prefer ncia na costa ou bases de pedra com estruturas nas partes superiores a dois metros de altura de adobe est
493. tica da forma de car ter mais gen rico Existem regras definidas Devido ao seu car ter algor tmico seu desenvolvimento permite uma vida de aplica o longa e uma independ ncia de plataformas A gera o de gram ticas da forma para grupos de estruturas parecidas cria inicialmente muitos est gios de desenvolvimento este processo pode desanimar os interessados em aplic la mas ap s a defini o das 322 regras principais chega se a um ponto onde podem ser definidos sistemas de prototipagem r pida para algumas estruturas A gram tica da forma desenvolvida aqui ainda que tenha sido definida para um n mero espec fico de estruturas retangulares tais como as kanchas Inca tem uma validade a n vel gen rico uma l gica interna e incorporada que pode ser aplicada v rias vezes e logo arquivada E a seguir em caso de nova descobertas pode ser aplicada de novo As regras j est o definidas Estas regras dever o incluir um n vel de flexibilidade para ser adaptadas a novos exemplos O nico caso em que haveria exce es seria se houvessem novas descobertas que determinam mudan as nos conceitos j definidos na arqueologia para um grupo de arquiteturas Por m poderia ser preciso redefinir uma gram tica da forma para um estilo de arquitetura ainda n o descrita Poder amos dizer por exemplo no caso das estruturas usnu dos Incas se fosse realizada uma descoberta de um novo estilo de usno ainda n o considerada por exemplo na
494. ticas principais da arquitetura Inca a inclina o interna e externa dos muros Este conceito tamb m refletido nas janelas nichos e portas trapezoidais que s o distintivos de toda a arquitetura Inca O trapez ide e o conceito de ntase est o interligados e s o aplicados quase sem exce o na arquitetura Inca Aliado a estes est gios tamb m foi importante analisar as dimens es propor es raz es e a simetria existente na arquitetura Inca A integra o desta primeira fase do m todo de investiga o com os processos de defini o de uma gram tica da forma precisavam de um ou v rios centros Incas que apresentavam um n vel percept vel de repeti o de formas sendo a gram tica da forma param trica a mais apropriada para os motivos deste estudo Pelo menos tr s centros Incas apresentam um alto n vel de padroniza o e estes s o Patallagta Ollantaytambo e Cuzco Os planos providenciados pelo Instituto Nacional de Cultura Cuzco e v rias visitas a Ollantaytambo apresentam timas condi es para serem usadas em estudo de caso o conceito da kancha ou seja quatro estruturas retangulares distribu das ao redor de um p tio central o formato de prefer ncia Pesquisas pr vias sobre a aplica o de gram tica de forma geradas por v rios autores sobre temas muito diversos foram estudadas A gram tica da forma desenvolvida e 336 que apresenta maiores semelhan as em termos da distribui o de estruturas quartos foi
495. ticas comuns e ou repeti o como por exemplo as kanchas de Ollantaytambo Cusco etc preciso estabelecer se poss vel re aplicar os conceitos definidos pela gram tica da forma a estruturas consideradas de origem Inca e quelas que possivelmente s o de origens pr Inca que podem estar em estado avan ado de destrui o O projeto tamb m procura estabelecer se seria poss vel definir m todos que eventualmente poderiam gerar reconstru es virtuais de custo reduzido baseadas em banco de dados conjuntamente com a aplica o da gram tica da forma 241 Apresentamos as teorias no EUROPIA de Montreal em 2007 MACKAY 2007 p 81 95 e tamb m no SIGraDi de S o Paulo em 2009 MACKAY 2009 p 203 206 cujos artigos foram publicados naqueles anos respectivamente Como foi explicado nesses artigos as possibilidades de re definir estruturas empregando os conceitos da gram tica da forma e aplicando os a remanescentes de monumentos Incas teria vantagens na reconstru o virtual de estruturas quase inexistentes como tamb m daquelas que est o parcialmente completas Como tamb m foi explicado os conceitos aplicados quelas reconstru es tamb m poderiam ser usados e aplicados a algumas express es arquitet nicas pr Incas Existem muitos exemplos de estruturas e formatos de estruturas que foram desenvolvidos s culos e at mil nios antes dos Incas Alguns desses a despeito o fato de incorporaram elementos de desenho pr I
496. tiva interna Como j foi observado as plantas n o necessariamente explicam como seria a fachada e a impress o que esta causaria ao observador e visitante O aspeto externo particularmente das fachadas das vilas Palladianas criava uma impress o sobre aquele que as observava E ao entrar por um espa o ou p rtico com colunas deve ter acrescentado aquela impress o de estar ingressando em uma estrutura monumental Se se visitasse v rias dessas vilas iria definir alguns padr es que observador associaria ainda hoje 443 em dia com a arquitetura de Pall dio O que estaria observando seria o produto de um conjunto de regras com algumas modifica es dependendo da vila que definem um vocabul rio de elementos da estrutura ou seja as fachadas o p rtico como estavam arranjadas as colunas o posicionamento da entrada principal a simetria das janelas o sistema de telhado escolhido e muitos outros detalhes do aspecto externo da estrutura Todos estes seriam o resultado de defini es de regras que teriam sido aplicadas quele vocabul rio isto uma gram tica de forma Poder e unidade expressa na arquitetura Inca 1 A arquitetura Inca reduzida a alguns conceitos arquitet nicos b sicos A arquitetura Inca tamb m incorporava e ainda sugere uma linguagem e um vocabul rio que segundo este estudo podem ser definidos pela gram tica da forma param trica e tridimensional Existe uma repeti o de desenhos layouts e format
497. tivamente obviamente al m de dados derivados do conte do estratigr fico obtido e definido pelas metodologias usadas em escava es arqueol gicas A partir do per odo pr cer mico ver tabela cronol gica na Fig 34 at os Incas em cerca de 3 500 anos as estruturas e a arquitetura ajudam a definir o desenvolvimento socioecon mico e cultural da regi o centro Andina ainda que seja uma vis o parcial e incompleta do passado MOSELEY Michael 2001 p 107 129 assim que podemos observar as mudan as do pr cer mico com seus templos em forma de U de desenhos e formatos simples at o final do desenvolvimento arquitet nico Andino no estilo padr o dos Incas que foi aplicado em todo o territ rio conquistado por eles A cronologia da arquitetura Inca e o seu desenvolvimento ao longo de v rios s culos antes do auge dos Incas muito importante para entender como eles criaram a s ntese da arquitetura Andina aplicada em tantas partes do imp rio deles 90 PERIODS COASTAL PERU HIGHLAND PERU TITICACA REGION HORIZONS North Central North Central South Moquegua Arica Titicaca i Coast Coast Altiplano TATE INCA INCA INCA INCA INCA INCA INCA INCA HORIZON CHIM CHANCAY SIC N WARI WARI WARI MOCHE Pachacamac TIWANAKU TIWANAKU MEDIATE PERIOD HUARPA GALLINAZO SALINAR l HORIZON CUPISNIQUE PARACAS CHAV N Caballo Cerro uerto Sechin Garagay PERIOD Huaca Prieta E a El Paratso
498. tor mais amplo do vale Fig 1 b e c 22 Embora seja at pica seu n vel de planejamento muito maior do que em outros centros urbanos Incas quando comparada com outras aldeias povos e cidades Incas Foi escolhida para este estudo por v rios motivos Primeiro porque um centro regional planejado e preservado Ainda est o em uso os setores habitacionais os sistemas e servi os de fornecimento de gua chafarizes e canais de drenagem e esgoto os terra os s o dedicados agricultura e em car ter parcial o sistema de estradas reais Capac Nan dos Incas Inclui uma variedade de arquiteturas por exemplo estruturas consideradas como parte de uma fortaleza templo al m de muitas constru es subsidi rias a exemplo de poss veis kallankas sal es de festa colcas armaz ns restos de uma ponte p nsil modificada e ainda em uso estradas caminhos e terra os para agricultura e trechos do rio que foram canalizados Fig 3a Mapa dos vales de Urubamba e Patacancha observar sistemas de terra os e centro urbano de Ollantaytambo Fonte PROTZEN 2005 p 41 23 Fig 3b Mapa sintetizado do Vale de Urubamba vers o topogr fica onde e poss vel observar um setor do rio canalizado Fonte Wikimapia acessado julho 2 010 24 Fig 3c Foto sat lite do centro urbano de Ollantaytambo o setor arqueol gico e os terra os Fonte Wikimapia acessado julho 2 010 Existem tamb m setores com canteiros e e
499. trada principal n mero UM eee eeeeeeeeereeeseceseceseeeeceseeeneeenaecneees 257 Regra entrada principal n mero dois eras 258 Regra entrada principal n mero tr s erre 259 Regra entrada principal n mero quatro rea 260 Regra entrada principal dupla reentr n a n mero um 261 Regra entrada principal dupla reentr n a n mero dois 262 Regra entrada principal dupla reentr n a n mero tr s 263 Regra entrada principal dupla reentr n a n mero quatro 264 Regra nichos n mero UMs aieri teeren oeie E a i Ea EE e 265 Nichos maiores da pra a de Chincheros Anta Cusco ii Nichos menores numa estrutura retangular Pisac Cusco iii Nichos menores e maior em forma de V e com escadas na igreja de Huaytar Huancavelica 267 Regra nichos n mero COIS ceceeeceeseessecsseceeceseceseeeeeeaeceseeseesseeeeeeaaecaaecseeees 269 Regra nichos externo n mero tr s a errar 210 Regra nichos interno n mero tr s D s erre 272 Regra nichos externo n mero quatro altura e cinco distribui o SIM LICA iara a ieit A opala E E saida aaa BA A E 273 Regra nichos externo n mero quatro altura e cinco distribui o sim trica dentro de uma CStrUtUTA cece ccesseeceessececeseececeeseeecssseeeeneaeeeensaes 274 Centro
500. trajet ria Por exemplo Paracas e Nasca t m poucas constru es associadas s mesmas e est o limitadas a umas poucas estruturas em Karwa Paracas e Cahuachi Nazca Contudo sabemos SILVERMANN 1990 que foram culturas dominantes na regi o da costa s culos antes da cultura Tiahuanaco Se nos referirmos simplesmente arquitetura e ao urbanismo na regi o Andina devemos tomar alguns cuidados para n o criar pr conceitos pois nem sempre a arquitetura ou a cer mica o reflexo fiel da import ncia de uma cultura poss vel sugerir que em alguns casos existiu um n vel de arquitetura combinada com planejamento urbano e outros fatores relacionados que nos permitem entender os avan os de uma cultura espec fica Em geral h evid ncias de arquitetura e planejamento urbano que sugerem a exist ncia de sociedades avan adas pelo menos na regi o Andina como tamb m em outras partes do mundo Egito Iraque S ria Turquia na regi o Maia etc Quando observamos a repeti o de alguns formatos e estruturas podemos imaginar que foi o resultado de um alto n vel de organiza o e de poder organizado Podemos dizer que esses permitiram estabelecer padr es particularmente em rela o queles que s o mais recorrentes de car ter repetitivo Exemplo de Chan Chan No caso da cidade de Chan Chan Fig 177 existem v rios complexos constru dos ou ciudadelas das quais Rivero por volta dos anos 1400 Fig 178 Velarde em 1350
501. trapezoidais estabelecido de uma forma discreta e quase impercept vel Em outros casos um dos elementos de desenho mais distintivos e n o apresentado de uma forma t o discreta O uso do trapez ide e a forma trapezoidal para definir tudo sejam as paredes janelas portas nichos e at mesmo as pedras ou blocos cortadas na rochas s o fatos quase inevit veis Esta obsess o pelo formato trapezoidal est ligada com tradi es mais antigas por exemplo de Kotosh 2000 1800 a C Fig 21 Hu nuco Peru Iskanwaya Fig 130 da cultura Mollo 1 145 1 424 d C Prov ncia de Apolobamba Bol via e outros Fig 21 Templo de las Manos Cruzadas Kotosh Hu nuco Peru Pode se observar o uso de nichos e portas de formato trapezoidal 3000 anos antes dos Incas Fonte MOORE 2 007 59 Os Incas provavelmente optaram por este formato inicialmente por motivos pr ticos Poderia ter sido em parte devido ao fato de que a regi o que habitavam sofria de fortes terremotos e sismos e o trapez ide apresentava uma solu o tima para criar estruturas s lidas J definido com o tempo como uma boa solu o arquitet nica espalhou se o conceito e virou um s mbolo t pico dos Incas isto uma marca que seria associado imediatamente ao poder exercido por eles Portanto uma estrutura com uma base muito mais ampla que o topo naturalmente seria muito mais est vel em caso de terremotos do que uma com paredes em paralelo e sem inclina
502. tto Painting 22 eCAADE Conference Proceedings Copenhague Dinamarca p 342 48 SEEBOHM Thomas 1991 A possible Palladian Villa Reality and Virtual Reality 1991 ACADIA Conference Proceedings Los Angeles CA EUA p 135 66 SEEBOHM Thomas e CHAN Dean 2001 The Design Space of Schematic Palladian Plans for Two Villa Topologies Reinventing the Discourse How Digital Tools Help Bridge and Transform Research Education and Practice in Architecture Proceedings of the Twenty First Annual Conference of the Association for Computer Aided Design in Architecture 2001 ACADIA Buffalo NY p 156 65 Slithering serpents and the afterlives of stones the role of ornament in Inka style architecture of Cusco SERRATO COMBE Antonio 2001 From Aztec Pictograms to Digital Media The Case of the Aztec Temple Square 2001 ACADIA Buffalo NY p 34 43 SERRATO COMBE Antonio 2001 Visualizando el Pasado el caso del Templo Mayor Patrimonio Digital SIGRADI p 55 62 SHIMADA Izumi 1991 Pachacamac A Reprint of the 1903 Edition by Max Uhle e Pachacamac Archaeology Retrospect and Prospect University Museum of Archaeology and Anthropology University of Pennsylvania Philadelphia USA SILVERMAN Helaine 2004 Andean Archaeology Blackwell Publishing Londres Inglaterra SNYDER Alison B e PALEY Samuel M 2001 Experiencing an Ancient Assyrian Palace Methods for a Reconstruction Reinventing the Discourse How Digital Tools Help
503. u Mochica 100 750 d C Era uma cultura rica em tradi es art sticas com uma arquitetura que conhecemos em parte das cidades ortogonais e estruturas piramidais truncadas enormes e em parte devido ao desejo dos Moche de gravar e descrever tudo da vida e ritual deles na cer mica MOSELEY 2001 p 173 196 por isto que temos descri es bastante exatas e detalhadas da vida dos Moche incluindo at vers es em miniatura de algumas estruturas que foram constru das por eles para o uso deles Fig 10b v Al m das estruturas habitacionais existem v rias pir mides entre as quais as maiores e mais conhecidas s o as da Lua e do Sol que ficam perto da 117 cidade moderna de Trujillo na costa norte Uma grande parte destes centros urbanos e estruturas religiosas foram constru das com enormes quantidades de tijolos de adobe A cultura Moche parece ter sofrido as consegii ncias daquele fen meno conhecido como El Ni o o menino talvez v rias vezes que foi eventualmente acabando com ela segundo estudos realizados por Moseley e outros Eventualmente os Moche foram substitu dos no norte do Peru pela cultura Sic n 750 1 375 d C que em muitos sentidos parecida com a anterior particularmente em termos da continuidade das tradi es arquitet nicas como tamb m da cer mica e j ias de ouro a ourivesaria conhecida tamb m pelas estruturas piramidais e agrupamentos de estruturas geralmente arranjadas ortogonalmente Semelhan
504. ue procuraram entender o passado e a cronologia da regi o foram efetuados pelos arque logos alem es Wilhelm Reiss e Alphonse Stiibel em Anc n h uns 40 Km ao norte de Lima em 1 887 KAULICKE P 1997 p 1 Estes encontraram t mulos que correspondiam a v rias culturas Publicaram em Berlim as descobertas em tr s volumes entre os anos 1 880 e 1 887 Inclu am 141 litografias a cores e descri es detalhadas dos objetos retirados daqueles trabalhos arqueol gicos REISS e ST BEL 1880 1887 Volumes 1 2 e 3 Os objetos encontrados variavam muito em termos de desenho e estilo Reiss e Stiibel perceberam isto interpretando os diferentes estilos como express es de v rias culturas e o desenvolvimento cultural e tecnol gico ao longo de milhares de anos Estavam trabalhando na idade de ouro em termos da explora o e descri o cient fica Com a independ ncia das col nias dos espanh is e tamb m dos portugueses houve mais liberdade para visitar pa ses que antigamente estavam sob o monop lio espanhol e portugu s Realizaram expedi es para descrever colecionar e documentar o que descobriram nas viagens extensas que fizeram o alem o Friedrich 94 Heinrich Alexander Von Humboldt GOODMAN 1992 p 245 263 conhecido com o bar o de Humboldt 1769 1859 o cientista su o Johann Jakob von Tschudi 1 818 1 889 o italiano Antonio Raimondi Dell Acqua 1 824 1 890 os franceses Leonce e Angrand 1 808 1886 o franc s a
505. ue n o O corte das pedras sob as instru es dos espanh is podia ser feita com serras e instrumentos de ferro e portanto de forma mais r pida Blocos de pedra poderiam ser cortados em linhas retas e atijoladas permitindo algo similar a produ o em massa Os espanh is trouxeram outros m todos e sistemas de constru o e engenharia Outras vantagens era o de cavalos animais de carga e a utiliza o de ve culos com roda que permitiam 160 transporte relativamente r pido de pedras trabalhadas aos s tios de constru o O planejamento para os espanh is podia ser visualizado em papel mas n o sabemos como era o processo de desenho Inca S existem poucos exemplos de cer mica que sugerem maquetes com uma casa ou estrutura modelada Figs 10a 10b e 56 e algumas rochas interpretadas como edif cios em miniatura ou escala menor M todos e instrumentos de medi o mudaram bastante Mas a parte que nos deixa perplexos que o pedreiro Inca que lavrava as pedras para us las nas constru es desapareceu com seus conhecimentos de m todos de trabalho aplicados tecnologia litica Fig 56 Maquete de cer mica Inca Museo Regional Cusco Observar inclina o t iksu perga ntase das paredes dif cil confirmar se os espanh is incorporarm os conhecimentos adquiridos pelos pedreiros Incas ao longo de v rios s culos ou come aram do zero esquecendo e ignorando milhares de anos de experi ncia de constru o And
506. ugerimos aqui que as escava es deveriam ser limitadas reduzindo assim a destrui o de informa es Ligado a estas decis es deve ser considerado o potencial de aplicar um sistema de realidade virtual e principalmente a aplica o da gram tica da forma no estudo 1 O trabalho de campo na regi o Andina Nos primeiros cap tulos fizemos uma descri o de alguns dos trabalhos arqueol gicos na regi o Andina principalmente aqueles que envolviam o uso de procedimentos de escava o 296 importante lembrar que na maioria dos casos prefer vel realizar um estudo completo de uma regi o ou um grupo de estruturas para assim definir agrupamentos estilos por exemplo em termos de padr es e aquelas que s o de maior interesse Isto geralmente completado atrav s de um estudo de campo No caso do Peru Max Uhle 1856 1944 um arque logo amigo de Alphonse Stiibel um ge logo alem o que trabalhou na costa do Peru publicou um trabalho muito completo referente aos t mulos de Anc n e seus conte dos em 1880 Das Totenfeld von Anc n in Peru Berlim 1880 1886 e definiu os in cios dos trabalhos arqueol gicos e cient ficos na America do Sul O trabalho de Max Uhle no extenso centro multi fase de Pachacamac Lima nos anos 1896 1897 precisou de uma estrat gia de um estudo de campo para decidir onde iria escavar Foi assim que elaborou mapas e planos completos de todo o centro urbano de Pachacamac e estruturas espec ficas d
507. ugerir as vantagens do desenvolvimento e aplica o daquele trabalho a outros mbitos Foi apenas uma reconstru o virtual A despeito disso o trabalho sugere um interesse em expandir as fronteiras do uso da gram tica da forma e os autores coincidem em procurar aplicar seu uso na reconstru o virtual Este provavelmente 243 o segundo trabalho e publica o que procura entender o potencial da gram tica da forma e a aplica o desta s estruturas e monumentos de origem Inca MACKAY 2007 p 81 95 Unidades e Conjuntos regras b sicas Abaixo vamos fornecer alguns breves passos e procedimentos para definir uma simples gram tica da formas dedicada arquitetura Inca Levaremos em considera o as dimens es ngulos propor es e outras caracter sticas relacionadas aos conceitos de desenho arquitet nico Inca que poder o ser aplicados sistematicamente a v rios s tios com caracter sticas similares Atrav s de um formato descritivo que vai apresentando um passo a passo iremos gerar um m todo computacional algor tmico e independente de uma plataforma qu Podemos dizer que pretendemos come ar com um estado inicial e lev lo passo a passo at a sua conclus o que seria o desenvolvimento do desenho de uma kancha Os procedimentos precisam ser simplificados para assim ser aplicados por indiv duos como por exemplo semelhante queles usados por arque logos trabalhando no campo sem muito conhecimento pr
508. uisi o de mapas e fotos tiradas por sat lites permiss o para escavar materiais de documenta o etc Estudos que incorporam um alto n vel de utiiliza o de recursos computacionais reduzem mas geralmente n o eliminam a necessidade de escava o Geralmente estes ainda s o derivados do ato da escava o e os detalhes gerados no processo dos trabalhos e n o est o baseados nos conceitos sobre o que poderia existir no solo Se a visualiza o estivesse baseada nos par metros definidos numa gram tica da forma desenvolvida para certos tipos de estruturas existiria uma vantagem maior no sentido de que pode ser aplicada a diferentes centros sem ter que ser redefinida para diferentes tipos de software Pode ser uma gram tica desenvolvida de forma gen rica para a arquitetura t pica do monumento que ser escavado Se por exemplo j temos v rios exemplos de complexos e conjuntos de dentro da cidade de Chan Chan pode ser desenvolvido um banco de dados que gere um modelo hipot tico empregando os conceitos da gram tica da forma isto a priori e sem necessidade de escava o No sentido de produzir um bom mapeamento a defini o e aplica o de uma gram tica da forma espec fica requer bons ge grafos e ge logos com conhecimentos amplos al m de pessoal Dessa forma poder o transferir as regras da gram tica da forma do estilo 312 escolhido e do c digo que pode ser lido pelos computadores e interpretado por softwares d
509. ulares entre esquinas quadrangulares de um quarteir o 3 O passo seguinte consiste em definir o p tio interno x2 isto um quadrado que fica centrado e no meio com as quatro estruturas retangulares em cada uma das faces do p tio interno Fig 28 Este deve ficar estabelecido dentro do ret ngulo maior que define os limites exteriores que ser definido na regra quatro ou seja o per metro do quadr ngulo regra tr s 79 E Ll OC IM 0 Fig 28 Regra n mero tr s defini o dos dois p tios internos 4 Colocar o per metro a borda ou parede exterior com referencia s partes estruturais do interior j indicadas regra quatro Fig 29 E Fig 29 Regra n mero quatro defini o dos dois muros quadrangulares externos Fig 30 Regra n mero cinco defini o da integra o dos muros externos com as paredes externas das estruturas retangulares e a inser o das portas principais Com esses simples passos e os detalhes correspondentes foi poss vel fazer uma an lise das partes e definir a planta de uma superquadra de Ollantaytambo e sendo 80 assim em apenas quatro passos E necess rio ir muito al m destes passos pois devem ser inclu das outras regras que definem o posicionamento e dimens es das portas Fig 30 janelas nichos por exemplo 00 200 I0200 IO DO ICO IO RR O 00 A ii DU IO 90 v Fig 31b i v Regras n meros 1 5 defini o
510. ura Antes desse exemplo a coluna cil ndrica era quase desconhecida no mundo Andino e o melhor exemplo de colunas aquele do Templo de Chav n de Hu ntar Ancash 1500 a C 500 d C no qual um dos port es principais do templo apresenta duas colunas mas sem sinal algum do conceito de ntase pois elas s o cil ndricas Em rela o ao revestimento geralmente sobre adobe ainda que n o haja tanto nfase na qualidade do acabamento mesmo existe uma referencia propor o simetria e invariavelmente ntase como por exemplo no caso de Yucay e Tambo Colorado onde existem constru es de adobe No mesmo caso do templo de Wiracocha em seu n vel inferior observa se acabamento em pedra Encontramos acima das paredes de tr s metros o equivalente a mais dois andares constru dos em adobe com revestimento No caso de Ollantaytambo existem v rios exemplos de constru o parcial em adobe ao redor da Plaza Manyaraki Esses tamb m obedecem fielmente o conceito de ntase 10 Tiksu perqa ntase s est tica ou est tica com funcionalidade T iksu perqa Entase s est tica ou est tica com funcionalidade ou funcionalidade com est tica N o existe d vida de que os Incas tinham um conceito 156 de est tica muito definido que at os dias de hoje podemos reconhecer e confirmar sua presen a na cer mica no desenho t xtil e na arquitetura Observamos v rios exemplos de arquitetura Inca estudando elemento por element
511. urais e at bi dimensionais de temas zoom rficos e antropom rficos Os Incas conquistaram os Chim e levaram os artes os para trabalhar em Cusco O que n o podemos confirmar se os Incas teriam levado tamb m os que trabalhavam em temas de planejamento arquitetura e constru o ainda que isto seja bastante prov vel Se os Incas levaram arquitetos e engenheiros de Chim para a regi o alta no sul onde a mat ria prima para constru o n o era tanto adobe material que os Chim costumavam usar na costa mas geralmente pedras e rochas de origem vulc nica podemos deduzir que houve um processo de integra o r pida dos Chim em termos de m todos de constru o poss vel observar exemplos e confirmar que houve uma integra o de estilos de cer mica Inca e Chim MILLER 1995 p 216 A seguir com a chegada dos espanh is uma segunda integra o pode ser observada na incorpora o de desenhos e motivos Chim e Inca com um acabamento e tecnologia de origem espanhola Poderiam ser citados os huacos tradicionais que incorporam sistemas europeus da manufatura de cer mica envidra ada WILLEY 1971 p 178 Um dos objetivos especificados no come o deste trabalho esclarecer se poss vel identificar tra os bvios da influ ncia de culturas e tradi es pr Incas da regi o Andina que foram adaptadas e inseridas influindo e formando parte da heran a da cultura Inca Foi inclu da uma sele o limitada de exempl
512. uras principais e gerar regras que possam eventualmente estabelecer a possibilidade de integrar fazer interface e aproveitar as vantagens da computa o gr fica Isto um projeto que pretende ir al m da reconstru o virtual imaginada e talvez fantasiosa A partir de exemplos existentes e intactos daquelas estruturas que podemos considerar que incluem as caracter sticas principais vamos procurar verificar se poss vel definir regras da gram tica da forma que tenham uma interface algor tmica com sistemas computacionais O objetivo principal deste procedimento seria gerar reconstru es de estruturas inteiras que j n o existem dependendo em parte dos remanescentes de alicerces existentes e em parte dos conhecimentos derivados dos estudos de padr es na arquitetura andina N o forma parte deste trabalho mas como Mitchell chegou comprovar com as plantas Paladianas tamb m muito al m dos que foram desenvolvidos pelos Incas Os Incas obviamente n o tinham computadores para criar e gerar as varia es gram ticas linguagens e regras de arquitetura mas podemos observar que manipulavam certas formas e desenhos com muita habilidade criando e misturando m dulos girando reduzindo a formas b sicas como tamb m criando aquelas que s o 83 de car ter repetitivo e aplicando as de uma forma consistente Sem o uso do computador os Incas faziam c lculos com quipus ou khipus cordas Fig 33 s vezes de v rias cores com
513. ustr aco Charles Weiner 1 851 1913 os espanh is Alexandro e Malaspina 1 754 1 810 e a expedi o de 1 775 1 779 do peruano espanhol Juan Francisco de la Bodega y Quadra 1 744 1794 HAMPE MARTINEZ 2008 p 2 3 estadunidenses George Ephraim e Squire 1 821 1 888 e Ernst Middendorf 1 830 1 908 Os registros detalhados destes pesquizadores considerado como a documenta o das culturas costumes plantas e animais realizados pelos franceses e particularmente pelos holandeses sob o comando de Jo o Mauricio de Nassau Seigen VAN DER STRATEN 1998 p 79 100 Por exemplo as pinturas minunciosas de Albert Eckhout c 1 610 1 665 no nordeste brasileiro entre 1 637 e 1 644 descrevem a vida plantas e paisagens BERLOWICZ 2002 p 19 62 M De Oliveira Lima descreve em seu 975 como que foi que os holandeses chegaram e se estabeleceram e como os portugueses reagiram Lembre se que a documenta o holandesa do Brasil realizou se uns 220 anos antes das expedi es cient ficas mencionadas acima ou seja 1 620 1 630 O esp rito de descrever culturas tradi es e o mundo animal e vegetal com precis o e em grande detalhe j existia mas perdeu se no caso das Am ricas Foram 100 anos e um pouco mais ap s a interven o holandesa no Brasil com as circunavega es de Cook 1 768 1 779 e outros exploradores e as expedi es com objetivos mais espec ficos que exploraram regi es costeiras das Am ricas frica e a ndia que hou
514. uturas kanchoides Neste ponto a adi o de A com C pode ser observada como parte do processo modular nas estruturas Incas nem sempre integradas dentro de uma unidade mas principalmente como parte complementar de estruturas maiores i Conjuntos nivel bidimensional A Come amos na se o i unidades com um exemplo simples da composi o de plantas bidimensionais de uma estrutura retangular Fig 120 A seguir pretendemos apresentar passo a passo uma metodologia para definir uma kancha ou um conjunto b sico Inca a n vel bidimensional Na forma idealizada s o quatro estruturas retangulares id nticas e apresentadas em forma espelhadas com um espa o no meio Em outras palavras s o quatro estruturas id nticas que em pares podem ser apresentadas em paralelo com as fachadas principais ou seja com a porta ou entrada direcionada para um espa o interior que divide os dois pares ou quatro de estruturas Regra n mero um pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um espa o em branco Ent o substitua esse espa o com um ret ngulo que tem 12 60 metros de comprimento e 12 60 metros de largura Fig 72 185 2 PARTE CONJUNTOS A 12 6 R1 Fig 72 Regra n mero um A regra n mero dois pode ser apresentada da seguinte forma Se voc partir de um quadrado que tem 12 6 metros de comprimento e 12 6 metros de largura Ent o defina e selecione um lado externo desse quadrado com uma linha e
515. uz Pachacuti Yamqui e outros e s vezes espanh is como tamb m das primeiras gera es de crioulos e mesti os como Inca Garcilazo de la Vega al m de e alguns sacerdotes e soldados As fontes principais para a hist ria da poca Inca aparte dos trabalhos realizados em s tios arqueol gicos s o aquelas cr nicas Algumas fazem refer ncia arquitetura Fig 44a mas a maioria dos textos refere se aos eventos pol tico sociais e principalmente a religi o dos Incas que os 121 fazer muito progresso no sentido de entender a hist ria e a estrutura da sociedade Inca Fig 44 Manuscrito colonial de Mart n de Mur a Codex Murua 80v ca 1 605 com Cusco no centro e os centros dos quatro suyos prov ncias do Tahuantinsuyo Ressalta se o formato das estruturas parecido com as kanchas cortesia British Museum A hist ria Inca apresenta os est gios iniciais atrav s de v rios mitos que em sua maioria sugerem que tiveram origem na regi o do Lago Titicaca Os fundadores Incas teriam sido Manco Capac e Mama Ocllo H outras lendas que se referem aos Irm os Ayar principalmente aquelas relacionadas funda o da cultura Inca e a religi o correspondente Quase todas as lendas e mitos coincidem com a id ia de que 122 os Incas tiveram seu in cio em grupo tnico pequeno que estava baseado em sistema de cl s Alguns cronistas escrevem com muitos detalhes a hist ria e o desenvolvimento dos Incas No entanto
516. va de como os Incas desenhavam e trabalhavam Deve ter havido uma mem ria j que os espanh is parecem ter herdado muitos trabalhadores dos Incas tanto para trabalhos de constru o quanto em outros trabalhos arquitet nico complexos Isso est evidenciado nas muitas igrejas trabalhadas em pedra na cidade de Cusco por muitos povos da regi o de Cusco Arequipa e do altiplano peruano e boliviano Uma pesquisa interessante seria identificar se aquelas igrejas coloniais foram feitas pela m o de obra Inca ou dos povos conquistados pelos mesmos como por exemplo pelos mitmaes que contribuiam trabalhando em projetos Incas Pode ser que haja agrupamento estil stico na arquitetura eclesi stica andina dependendo do grupo tnico Para que a pintura e arte sejam de arte de Cuzco Quito e outros centros regionais prov vel que tenha havido agrupamentos estil sticos similares na arquitetura p s Inca Os espanh is aparentemente ficaram impressionados com o que chegaram a ver A fortaleza de Sacsayhuam n foi considerada muito importante mas n o o suficiente para preserv la uma vez que muitas das pedras trabalhadas e usadas na constru o original foram posteriormente reaproveitadas ap s 1 540 pelos espanh is para a constru o de casas em Cusco segundo os cronistas espanh is Sarmiento de Gamboa Cieza de Le n e Garcilazo de la Vega HEMMING 1982 p 68 N o sabemos se os conhecimentos para trabalhar as pedras foram conservados Parece q
517. vam Ollantaytambo como uma fronteira com outros mundos segundo o cronista Crist bal de Molina 1580 URBANO e DUVIOLS 1989 p 115 116 A fronteira principal era a regi o conhecida como o Antisuyo ou a Amaz nia Esta regi o estava associada com animais diferentes aquelas achadas nos Andes como o jacar porco do mato guia harpia macacos cobras etc e muitos desses figuram na arte da cultura Chav n e outras culturas pr Incaicas O simbolismo Inca parece ter inclu do a cobra a guia e a on a puma al m do arco iris e a borla real ou mascaipacha A cidade poderia no caso de uma interpreta o mitol gica ser considerada parte do corpo de um animal p ssaro ou outro ser e a fortaleza e templo e outros setores poderiam ser considerados como as extremidades desse animal mas isso seria por enquanto uma especula o Neste cap tulo temos aproveitado uma estrutura definida a partir das perguntas relevantes de Hazel Conway e Rowan Roenisch al m de outras para estabelecer se poss vel determinar alguns par metros para a seguir aplicar um sistema computacional arquitetura Inca particularmente a Ollantaytambo A orienta o multidisciplinar deste trabalho confere possibilidades de sucesso s defini es dos procedimentos necess rios para a aplica o de um sistema computacional ao passado de Ollantaytambo 414 ANEXO E GRAM TICA DA FORMA COMPARA O DA APLICA O DA GRAM TICA DA FORMA A ARQUITETU
518. ve um esfor o de manter a tradi o de descrever o passado e as culturas antigas das Am ricas 95 Seguindo os passos de outros alem es Max Uhle 1 856 1 944 realizou estudos no antigo centro Inca de Tomebamba hoje em dia Cuenca no sul do Equador e no centro cerimonial de Pachacamac perto de Lima no Peru nos anos 1 890 1 900 Nessa localidade at pouco tempo devido ao fato de que a cidade espanhola ter sido constru da acima das estruturas originais dos Incas era dif cil estabelecer como era aquele centro Inca SHIMADA 1991 p xvi Pachacamac importante pois foi um santu rio com v rios templos e estruturas de v rias fases desenvolvidas ao longo de mais ou menos 2 000 anos semelhantemente aos assentamentos conhecidos como Tells na S ria e Israel no Levante Pachacamac foi adotado por v rias culturas ao longo desses s culos e finalmente pela cultura Inca Fig 35 Kaaa BWA Fig 35 Plano de Pachacamac de Bandelier 1 892 Pachacamac foi um centro cerimonial muito antes dos Incas e foi adotado pelos Inca como um santu rio nos ltimos est gios de seu desenvolvimento Fonte Shimada 1991 p xix 96 Ali os Incas construiram o templo das Acllahuasi Mamacunas em volta de um espelho de gua feito com trabalho em pedra caracter stico dos Incas pelo menos nas partes inferiores das estruturas e a seguir superposta por constru es em adobe Nelas mantiveram os nichos janelas e portas trapezoidais tradic
519. velmente ficava em torno de seis milh es de habitantes incluindo os desterrados Isto os Incas tinham m o de obra suficiente para todos os seus projetos 2 Os conceitos andinos e arquitet nicos em regi es de topografia variada qualidades nicas da arquitetura Inca A ess ncia e o esp rito caracter stico da arquitetura Inca 445 As tradi es principais dos Incas e aquelas que geralmente s o andinas consistiam em manter a reciprocidade al m de conceitos de dualidade e a import ncia da verticalidade que uniam a maioria dos povos conquistados e incorporados ao Imp rio pelos Incas V rios desses conceitos culturais podem ser percebidos na arquitetura e planejamento urbano dos Incas e s o em parte uma heran a dos primeiros est gios do desenvolvimento da cultura Andina A dualidade em termos de planejamento de centros urbanos importante e esse conceito ainda existe e aplicado hoje em dia Est sendo usado entre os povos de fala Qu chua e Aimara e conhecido como hanan ou hanansaya e o hurin ou hurinsaya Hanan sendo o grupo da parte alta de um centro urbano O sistema mant m uma semelhan a com os sistemas de cl Os habitantes da parte baixa de um povo ou cidade s o referidos como os hurin Ainda n o poss vel determinar se esta divis o hanan e hurin gera grandes diferen as em termos da arquitetura produzida e planejamento urbano mas prov vel que a maioria das kanchas ficavam nos vales e partes pl
520. veu entre 500 e 750 d C Sua rela o e integra o com a cultura Tiahuanaco n o bem entendida mas em termos de arte cer mica tecidos e alguns elementos da arquitetura existem muitas semelhan as Poder se ia considerar quase uma vers o de Tiahuanaco regional Sugere se que Huari consistia numa cultura mais interessada na domina o militar e que Tiahuanaco tinha objetivos relacionados com a domina o econ mica e religiosa incluindo alguma presen a militar MOSELEY 2001 p 230 238 As constru es relacionadas cultura Huari em geral n o apresentam uma nfase em termos de distribu o ortogonal com a exce o de Pikillajta que estritamente ortogonal Pikillajta foi um centro regional estabelecido h uns 30 qil metros ao sul da cidade Inca de Cusco A cidade de Huari cerca de 300 quil metros ao norte de Cusco inclui alguns setores ortogonais mas em geral dominada pela geografia que n o permitiu este tipo de desenvolvimento As estruturas est o ligadas topografia estruturado Os muros externos s o de pirca ou de pedra com argamassa e pouco trabalhados Eles s o altos o que sugere que poderiam ser de car ter defensivo Esta caracter stica defensiva associada com a arquitetura Huari particularmente nas regi es dominadas por eles Geralmente os centros que eles desenvolveram foram estabelecidos em lugares altos controlando os vales Como conseqii ncia natural as estruturas dentro dessas forti
521. virtuais enquanto o primeiro olha para o futuro usando an lise de planos Palladianos para derivar outros incluindo temas de um car ter mais gen rico Em cada uma dessas fases ter amos um processo que seria o de tentativa e erro at eventualmente obter sucesso 398 Fig 197 Fluxograma Aplica o de conceitos da arquitetura Inca id ia da D Pennington Os passos seriam os seguintes 399 1 Estagio inicial 2 Gera o de uma ou v rias solu es 3 Avalia o ou teste da solu o e outras op es 4 Uma estrat gia de controle e confirma o ou n o e a procura de alternativas e o que s o chamados predicados ou qualidades satisfeitos Nesta ltima fase 4 haveria uma confirma o ou nega o dos passos antecedentes Se houvesse um resultado negativo o processo voltaria de novo ao passo onde se gera uma solu o No caso de uma afirma o ou confirma o o processo j estaria completo Os procedimentos pr ticos para implementa o de um sistema computacional de car ter mais espec fico como por exemplo voltados para a arquitetura g tica desenvolvidos por Barelowski poderiam ser integrados ao sistema de Mitchell de car ter mais gen rico e com aplica es m ltiplas Pelo menos a primeira parte da seq ncia do sistema do Barelowksi pode ser integrada embora Mitchell estivesse parcialmente pensando em um sistema voltado para o futuro incluindo projetos mais complexos e completos Em outras palavr
522. well Publishing Ltd Oxford p 167 182 Textiles of Ancient Peru and their Techniques Dover Publications Inc Mineola Nova Iorque USA DEAN Carolyn 2010 A Culture of Stone Inka Perspectives on Rock Durham e Londres Intimachay A December Solstice Observatory at Machu Picchu Peru DE OLIVEIRA LIMA M 1975 Pernambuco Seu Desenvolvimento Hist rico 2 Ed Governo do Estado de Pernambuco Secretaria de Educa o e Cultura Recife Brasil DEL BUSTO DUTHURBURU Jos Antonio 1970 Historia General del Per Per Antiguo Librer a Studium Lima Peru DREW David 1984 The Cusichaca Project Aspects of Archaeological Reconnaissance the Lucumayo and Santa Teresa Valleys Kendall A ed Current Archaeological Projects in the Central Andes Some approaches and results Proceedings of the 44 International Congress of Americanists Manchester 1982 BAR International Series 210 Oxford p 345 375 EARL C F 1977 A note on the Generation of Rectangular Dissections Environment and Planning B 4 p 241 246 EARLS John 1976 Evoluci n de la Administraci n Ecol gica Inca Revista del Museo Nacional Tomo XLII Lima Peru p 97 111 ECONOMOU A 1999 The Symmetry Lessons from Froebel Building Gifts Environment and Planning B Planning and Design Volume 26 p 75 90 EECKHOUT Peter 2003 Pachacamac y el Proyecto Ychsma 1999 2003 Bulletin de 425 448 ELLEFSEN B 1973 La Divisio
523. y speaking it will be a computerized archaeology because it will involve the large scale use of computer and archaeometric science in a major scientific endeavour to develop a truly virtual research laboratory The quality of archaeological information and classification will in future create the bases of a new cognitive science FORTE 1997 p 9 Contudo este processo de acumular e interpretar informa es cont nuo o que n o podemos descobrir ou entender agora poderemos entender no futuro desde que n o venhamos a destruir ou perder os dados subjacentes importante portanto n o danificar informa o nem perder o acesso mesma Neste processo de aquisi o restaura o e representa o o aux lio dos computadores e outras tecnologias se tornaram essenciais e aqui que o termo arqueologia virtual faz sentido A arqueologia do terceiro mil nio muito provavelmente ser uma ci ncia com um forte elemento tecnol gico que ir expandir de forma inimagin vel nossa capacidade de explorar interpretar e classificar trazendo consigo uma possibilidade maior e mais detalhada para reconstruir o passado Em termos gerais ser uma arqueologia computadorizada porque envolver em grande escala o uso de ci ncias computacionais e arqueom tricas em um dos mais importantes projetos cient ficos para desenvolver um verdadeiro laborat rio de pesquisas virtuais A FORTE 1997 p 9 344 ANEXO A A GRAM TICA DA FORMA H
524. ziano Gasparini e Luise Margolies no seu livro Arquitetura Inca 1977 ap s um estudo de planejamento urbano e arquitetura dom stica no cap tulo quatro p 201 incluem s autores nesse cap tulo se limitam s ou seja estudos de kallankas alguns templos Corikancha em Cusco o templo de Wiracocha de Racchi ou Raqchi o Templo de Huaytar e as estruturas das ilhas do Lago Titicaca Ainda que eles se limi intencional de repetir el modelo considerado exponente representativo para una determinada funcion Essa atitude se fortalece quando e auspiciada e impuesta por el Estado porque en la repeticion del modelo se identifica uno de los rasgos de la cultura dominante en los territ rios GASPARINI e MARGOLIES 1977 p 204 Os autores n o incorporaram um estudo completo do poder do Estado na Arquitetura Inca e a reflex o deste nas estruturas domiciliares Em outras palavras n o conseguiram ultrapassar as limita es dos crit rios usados para definir a influencia do Estado A seguir pretendemos em parte apoiados na gram tica da forma definida para a arquitetura Inca ir 439 al m dos conceitos difundidos para sugerir que n o somente aquela arquitetura que considerada p blica deve ser inclu da mas tamb m deveria incluir desenvolvimento urbano e outros aspectos relativamente menores A gram tica da forma e a gram tica do poder as vilas Palladianas e as kanchas Incas Como Mitchell afirmou na L gica da Arquitetura

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